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Página | 1 © José Rodrigues de Farias Filho, D. Sc. 13 jan. 11 Oficina de Estratégia Oficina de Estratégia Nº 2

Lupatech

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Lupatech

Lupatech S.A. é composta por negócios voltados principalmente ao setor de petróleo e gás, fornecendo equipamentos e serviços para a etapa de produção, além de possuir liderança no Mercosul na fabricação de válvulas industriais e posição de destaque na produção de componentes para a cadeia automotiva.

As soluções oferecidas pela Lupatech, através de empresas situadas no Brasil e no exterior, destacam-se pelo alto valor agregado. Para a indústria de petróleo e gás são fornecidos cabos de poliéster (para ancoragem de plataformas em águas profundas e ultraprofundas), ampla linha de válvulas, ferramentas para completação de poços, revestimentos especiais para tubos, compressores de gás, sistemas de monitoramento em fibra óptica, além de serviços gerais em plataformas. Além desses negócios, a Lupatech atua na produção e comercialização de válvulas industriais, com destaque para petroquímica, química, papel e celulose, alimentação, farmacêutica, siderúrgica e no desenvolvimento e produção de peças para indústria automotiva mundial, através dos processos de fundição de precisão e de injeção de aço.

A posição de liderança que a Companhia vem consolidando nos segmentos em que atua é sustentada pela credibilidade e pelo estreito relacionamento que mantém com seus clientes, em decorrência do extenso tempo de atividades conjuntas, altos padrões de qualidade, tecnologias inovadoras e certificações internacionais que possui. A Lupatech também presta assistência técnica e tem uma bem estruturada e tecnicamente capacitada equipe de vendas e pós vendas (técnicos).

A criação de valor da Lupatech no mercado é também fruto da consciência de que a organização é parte integrante de um ecossistema complexo e de que a perpetuidade da empresa e evolução dependem da qualidade do relacionamento com todos os seus públicos e especial atenção na preservação e melhoria do meio ambiente.

Visão

Ser uma empresa sustentável, de presença global e reconhecida por suas relações de confiança e excelência em gestão nos setores de energia e industrial.

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Missão

Prover soluções inovadoras para os setores de energia e industrial, gerando valor para todos os nossos públicos.

Valores

Relações de confiança Capacidade de ousar Sustentabilidade Talentos e diversidade Foco em performance Governança superior

Consultar: http://www.lupatech.com.br/lupatech/apresentacao

Ele não perdeu a década

Nos anos 80, quando a economia do país não andava, o gaúcho

Nestor Perini fundou uma pequena fábrica de válvulas

industriais - hoje a Lupatech, que fatura mais de 700 milhões de

reais por ano fornecendo para o setor de petróleo e gás

EXAME PME Negócios | 17/03/2010 15:27

Revista Exame1

O empresário Nestor Perini, de 57 anos, presidente da fabricante gaúcha de válvulas industriais Lupatech, por pouco não se tornou padre. Na adolescência, foi mandado para um seminário, onde estudou por seis anos. Desistiu, pois sua vocação era outra. "Eu queria dirigir uma empresa", diz Perini, que acabou indo cursar administração em São Paulo. Em 1980, juntamente com um amigo, fundou a Lupatech, em Caxias do Sul. Hoje, a companhia é um dos principais fornecedores do país para o setor de petróleo e gás. Sobretudo depois de ter recebido investimentos de oito fundos de risco (entre eles o exigente GP) e                                                             1 Esta matéria foi publicada no Revista

Exame– http://exame.abril.com.br/revista-exame-pme/edicoes/0023/noticias/ele-nao-perdeu-decada-541152?page=1&slug_name=ele-nao-perdeu-decada-541152. acesso em 13/01/2011.

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abrir o capital, a Lupatech passou por um período intenso de aquisições. Nos últimos quatro anos, foram adquiridas 15 empresas, o que ajudou a elevar as receitas para mais de 700 milhões de reais em 2008. Agora, a meta é conquistar clientes no exterior para diminuir a dependência da Petrobras. Nesta entrevista a EXAME PME, Perini conta como conseguiu chegar até aqui e fala de seus objetivos à frente da empresa.

Meu pai morreu quando eu tinha 9 anos, numa explosão no matadouro da família. Com apenas o ensino primário, ele, sozinho, estava começando a construir um bom patrimônio. Iniciou produzindo queijos, levantou um matadouro e também uma mini-indústria de embutidos na Serra Gaúcha. Devo a ele minha veia empreendedora.

Minha mãe estava grávida do meu terceiro irmão. Morávamos na zona rural de Feliz, uma pequena cidade próxima a Caxias do Sul, cheia de imigrantes alemães e italianos. Era comum os filhos ajudarem os pais na lavoura ou na produção de leite. Mas meu pai havia nos deixado numa boa situação financeira e eu podia estudar.

Desde cedo, já pensava em fazer faculdade numa cidade grande, como São Paulo. Só que minha mãe queria que eu fosse padre. Então, na adolescência fui mandado para um internato na periferia de Caxias do Sul. Fiquei lá por seis anos. Mas eu sabia que não seguiria a vida religiosa. Tinha vontade de dirigir negócios, embora não soubesse ao certo se seria o meu próprio ou o de alguém.

Desde cedo, já pensava em fazer faculdade numa cidade grande, como São Paulo. Só que minha mãe queria que eu fosse padre. Então, na

adolescência fui mandado para um internato na periferia de Caxias do Sul. Fiquei lá por seis anos. Mas eu sabia que não seguiria a vida religiosa. Tinha vontade de dirigir negócios, embora não soubesse ao certo se seria o meu próprio ou o de alguém.

Voltei para Caxias do Sul, onde reencontrei um amigo que planejava abrir uma empresa para produzir componentes para válvulas industriais. Eu não entendia nada dessa história de válvulas, mas meu amigo tinha experiência no setor e precisava de capital. Investi no que viria a ser a Lupatech o equivalente a 400 000 reais hoje em dia.

Era 1980 e o Brasil logo entraria numa recessão tremenda. Nossa previsão de demanda não se concretizou. Todo dia vinha a sensação de que poderíamos quebrar. Foi um sufoco.

Em 1984, passamos a fabricar nossas próprias válvulas industriais, em vez de apenas fornecer componentes. Deu certo. A rentabilidade aumentou e a empresa engrenou.

Em 1987, meu amigo decidiu se mudar para Florianópolis, para ficar junto da família, e sair da empresa. Eu não tinha dinheiro para comprar a parte dele e procurei um fundo de capital de risco. Desde a época da faculdade, acreditava que somente com dinheiro de bancos ou com recursos próprios não era possível uma empresa como a nossa crescer rapidamente. Além disso, para mim os fundos representavam não apenas uma fonte de recursos mas também de conhecimento, ao permitir o contato com pessoas que podem ajudar uma empresa a crescer rapidamente.

O fundo CRP fi cou com a parte do meu sócio. Talvez pela experiência que tive

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na Alpargatas, que tinha capital aberto, sempre fiz questão de ter toda a contabilidade bem organizada. Com a chegada dos investidores, os controles ficaram ainda mais rígidos. Passamos a auditar o balanço e criamos um conselho de administração.

Muitos empreendedores não gostam da ideia de conviver com os profissionais desses fundos. Para mim foi ótimo, pois passei a ter com quem dividir responsabilidades. A vida de empreendedor é muito solitária. Acho que, quando se divide o controle com gente competente, você ganha poder de análise sobre cada decisão e passa a enxergar coisas que não tinha visto.

Desde o início da Lupatech até agora, eu trouxe capital de risco em outras três oportunidades. Eles injetaram recursos, usados para aumentar a capacidade produtiva e comprar empresas do setor. Uma delas foi uma companhia argentina, que tinha alguns clientes no mercado de energia e gás. Depois, em 2000, compramos uma fábrica no interior de São Paulo especializada nisso.

O momento era muito oportuno. Com o aquecimento da economia mundial, a demanda por petróleo estava em alta. O Brasil se destacava na prospecção em águas profundas e a Petrobras estava em crescimento acelerado. O mercado de energia e gás foi fundamental para a grande expansão da Lupatech e responde hoje por 60% do faturamento. O restante tem origens variadas, incluindo setores como o de siderurgia.

Em 2006, a Lupatech abriu o capital na bolsa. Captamos 227 milhões de dólares. Parte desse valor foi usada para comprar mais empresas. Foram 15 aquisições para fortalecer a presença no mercado de petróleo e gás, como a

Cordoaria São Leopoldo, de cabos para ancoragem de plataformas.

A descoberta do pré-sal fez do Brasil o melhor mercado do mundo para empresas da cadeia produtiva de petróleo. Mas ampliar a participação da Lupatech fora do país é uma questão estratégica para diminuir a dependência da Petrobras. Cerca de 20% das receitas da Lupatech vêm do mercado externo, mas ainda é pouco. Há boas oportunidades lá fora, no golfo do México e na costa da África.

A Lupatech tem muito o que crescer. Estou com 57 anos e tenho pensado na sucessão no médio prazo. Tenho dois filhos - um de 29 anos e outro de 31. Cada um deles já tem seus negócios em outros setores. A política dentro da companhia tem sido a de não envolver familiares no negócio.

Com a entrada dos fundos, as aquisições e a abertura de capital, minha participação na empresa veio diminuindo. Mesmo assim, ainda sou dono de 25% da companhia e continuo sendo o maior acionista. Mas não sou "o cara". Não sei tudo. E já cometi erros como principal executivo da Lupatech. Duas vezes, agi por impulso e sugeri a abertura de unidades fora do Brasil - uma nos Estados Unidos, outra em Portugal. Elas tiveram de ser fechadas algum tempo depois, resultando em prejuízo de 2 milhões de dólares à empresa.

Tomar conta de uma empresa demanda muito de alguém. No início dos anos 90, por exemplo, cheguei a me envolver em outras atividades fora da Lupatech. Dei aulas em uma faculdade, fui presidente de entidades empresariais e até organizei a Festa da Uva de Caxias do Sul. Mas percebi que para manter uma empresa no caminho da expansão é preciso estar muito

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concentrado no negócio e em tempo integral.

Recursos obtidos na bolsa: 227 milhões de dólares Aquisições(1): 15 Fábricas: 21

(1) Desde a abertura de capital, em 2006 Fonte: Empresa

Exportadores de conhecimento

A gaúcha Lupatech é uma das raras empresas brasileiras que ganham dinheiro com royalties

Suzana Naiditch - 19/04/2005 16:34

Revista Exame2

As empresas brasileiras nunca se destacaram no comércio internacional por ser grandes vendedoras de inovações. Na maioria dos casos, os royalties, valores pagos a quem desenvolve novas tecnologias, marcas ou produtos, são fontes de despesa, e não de receita. Há, porém, honrosas e raras exceções. A Lupatech, fabricante de peças industriais localizada em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, é uma delas. Sua inovação é pouco charmosa -- uma nova tecnologia para a produção de peças metálicas de alta precisão --, mas coloca a empresa em posição de destaque num país que gasta anualmente 1 bilhão de dólares em royalties e onde o desenvolvimento de novas tecnologias nunca foi prioridade. "Os contratos fechados até agora indicam que já no primeiro ano vamos receber mais royalties do que pa gamos nos últimos 12 anos", diz Nestor Perini, presidente e fundador da empresa.

                                                            2 Esta matéria foi publicada no Revista

Exame– http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/0841/negocios/noticias/exportadores-de-conhecimento-m0054909. acesso em 13/01/2011.

 

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A equipe de técnicos da Lupatech trabalhou durante cerca de seis anos num novo método de moldagem por injeção de aço. Trata-se de um sistema semelhante ao empregado na fabricação de peças de plástico. A tecnologia que usava anteriormente era importada, envolvia dois ciclos de produção e levava aproximadamente 90 horas. O sistema criado pela Lupatech em conjunto com a Universidade Federal de Santa Catarina tem um ciclo único e dura apenas 24 horas. O resultado são peças quase 30% mais baratas. Tal método já foi patenteado na Alemanha e nos Estados Unidos e é comercializado há seis meses. Perini estima que, com a venda da tecnologia, seu faturamento aumente de 150 milhões de reais, em 2004, para 200 milhões neste ano. O próximo passo é aprontar a empresa para abrir o capital em 2007.

Dá para contar nos dedos as empresas nacionais que, a exemplo da Lupatech, ganham recebendo royalties. Um recente trabalho do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que menos de 2% das empresas industriais do Brasil investem seriamente em tecnologia. Outro caso de empresa brasileira que recebe royalties do exterior é a ALL Logística. O computador de bordo que equipa seus trens passou a ser vendido a ferrovias estrangeiras.

Um dos sócios da ALL, o grupo GP, fez em 2003 um investimento de 23 milhões de reais na Lupatech. "Não investimos pensando que teríamos ganhos com a venda de tecnologia", diz Márcio Trigueiro, sócio da GP. No mesmo ano, o BNDESPar comprou seu segundo lote de debêntures da companhia, no valor de 8 milhões de reais. Os recursos para pesquisa e desenvolvimento no Brasil ainda correspondem a pouco mais de 1% do

PIB. Países emergentes de crescimento econômico mais acentuado, como a Coréia do Sul, consomem quase 3% do PIB em pesquisa.

Dinheiro para inovar

Veja quanto o Brasil investe em pesquisa e desenvolvimento em comparação com outros países (em relação ao PIB)

Brasil 1%

Coréia do Sul

2,7%

Estados Unidos

2,7%

Japão 3%

Fonte: Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE)

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Lupatech renegocia debênture com

BNDES

Carolina Mandl | De São Paulo - 05/01/2011

Valor Econômico3

A Lupatech, fabricante de equipamentos para o setor de petróleo, conseguiu renegociar com seus debenturistas algumas cláusulas de limite de endividamento de uma emissão de R$ 320 milhões feita pela companhia em 2009. As conversas em torno das obrigações financeiras começaram quando a empresa percebeu que não cumpriria os patamares inicialmente acordados.

Porém, para liberar a Lupatech do cumprimento das cláusulas, os debenturistas exigiram da empresa o pagamento de uma multa até o fim deste mês equivalente a 0,5% do valor nominal das debêntures, o que equivale a cerca de R$ 1,7 milhão.

                                                            3 Esta matéria foi publicada no Jornal Valor

Econômico– http://www.valoronline.com.br/impresso/standard-poors/2134/363763/lupatech-renegocia-debenture-com-bndes. acesso em 13/01/2011.

 

O maior detentor dos papéis é o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que também é acionista da Lupatech, com 11,4% do capital. O banco possui cerca de 90% das debêntures, que têm vencimento em 2018 e podem ser convertidas em ações já a partir de abril deste ano.

No acordo com a Lupatech, os debenturistas alteraram o índice de dívida líquida/lajida (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) de igual ou menor que 3,5 para igual ou menor que 7, o que dá uma folga à companhia. Além disso, esse indicador não será cobrado da empresa até junho deste ano e passará a ser verificado anualmente e não a cada semestre como ocorria antes.

No dia 10 de dezembro, a Standard & Poor'sjá havia rebaixado a nota da companhia de 'B+' para 'B-' na escala global e de 'brBBB+' para 'brBB' na escala nacional. A agência de classificação de risco já previa que a Lupatech não atingiria as cláusulas de endividamento e dizia acreditar que os debenturistas aceitariam renegociar.

Essa é a segunda vez em um ano que a Lupatech precisa renegociar com seus

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credores os limites de endividamento. No começo de 2009, a empresa já havia acordado com o BNDES uma espécie de perdão pelo não cumprimento das obrigações financeiras. Naquela época, a empresa teve de pagar uma comissão de 0,975% sobre o valor das debêntures aos investidores.

Um ano depois, o episódio se repete por causa do elevado nível de endividamento da fabricante de equipamentos para o setor de petróleo. Após sucessivas aquisições de empresas, a Lupatech tem uma dívida líquida - descontado o caixa - de R$ 921,3 milhões, sendo que R$ 463,3 milhões são em bônus perpétuos.

Segundo relatório da Standard & Poor's, o aumento da produção poderia elevar a rentabilidade da Lupatech. Porém, para conseguir isso, a empresa precisaria de mais capital de giro para investir, o que pode ser difícil dado o atual quadro de endividamento.

Procurada pela reportagem, a companhia informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não comentaria o assunto por falta de porta-voz.

Lupatech afretará duas embarcações da Eide Marine por US$

899 milhões

Téo Takar | Valor - 17/12/2010 19:41

Valor Econômico4

SÃO PAULO - A Lupatech assinou dois contratos com a Eide Marine Semi AS para afretamento de duas embarcações para prestação de serviços de intervenção em poços (light workover).

Os contratos, que incluem tripulação e operação das respectivas embarcações, somam US$ 899,0 milhões, pelo período de 10 anos. Os serviços de intervenção em poços estão previstos no contrato firmado entre a Lupatech e a Petrobras em 7 de junho.

As embarcações serão construídas pela Eide Marine e a entrega da primeira unidade está prevista para 2012, quando começa o fornecimento dos serviços do Lote A do contrato com a Petrobras.

Segundo a Lupatech, as taxas de afretamento serão devidas a partir da entrega das respectivas embarcações. Os custos de operação e manutenção

                                                            4 Esta matéria foi publicada no Jornal Valor

Econômico– http://www.valoronline.com.br/online/petrobras/4426/355601/lupatech-afretara-duas-embarcacoes-da-eide-marine-por-us-899-milhoes. acesso em 13/01/2011.

 

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das embarcações, assim como paradas programadas e não programadas, serão de responsabilidade da Eide Marine.

A Eide Marine é uma subsidiária integral da companhia norueguesa Eide Marine Services AS, que presta serviços de salvatagem, transporte, operação e afretamento de embarcações, entre outros.

Lupatech e Petrobras firmam acordos de

US$779 milhões

Em cinco anos, a Lupatech poderá executar serviços em áreas de

concessão da Petrobras em águas territoriais brasileiras

Vivian Pereira, da

Petróleo e gás | 07/06/2010 08:01

Funcionários trabalham com a criação de peças

na fábrica da Lupatech, empresa do setor de

petróleo e gás.

Revista Exame5

São Paulo - A Lupatech, fabricante de equipamentos para o setor de petróleo e gás, firmou com a Petrobras dois contratos no valor de 779 milhões de dólares para prestação de serviços marítimos de intervenção e recuperação de poços e aluguel de plataformas semi-submersíveis, segundo comunicado enviado ao mercado nesta segunda-feira.

Os contratos envolvem afretamento de duas plataformas semisubmersíveis para poços em lâmina d'água de 1.100 metros e 2.500 metros, "incluindo os serviços de operações com riser de completação, instalação e desinstalação de árvores de natal molhadas, instalação de equipamentos submarinos com auxílio de veículos operados remotamente, dissociação de hidratos e viabilização de operações de coiled tubing, slickline e wireline em poços de petróleo e gás, além de poços de injeção de água".

A Lupatech executará os serviços em áreas de concessão da Petrobras em águas territoriais brasileiras, no prazo de cinco anos a partir do início das operações, sendo que os contratos podem ser renovados por outros cinco anos.

Para a execução dos serviços, a Lupatech investirá cerca de 100 milhões de dólares na aquisição de equipamentos especializados em movimentação de "riser de completação e em drill pipe riser".

                                                            5 Esta matéria foi publicada no Revista

Exame– http://exame.abril.com.br/negocios/empresas/noticias/lupatech-petrobras-firmam-acordos-us-779-milhoes-566941. acesso em 13/01/2011.

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"Foi pensando no enorme potencial do mercado brasileiro que nos últimos anos fizemos investimentos de quase 1 bilhão de reais na diversificação da base de serviços e produtos ofertados ao mercado de petróleo e gás", disse o diretor presidente da Lupatech, Nestor Perini, no comunicado.

"As demandas que surgirão com a produção no pré-sal e simultaneamente em campos de águas rasas criam oportunidades adicionais a essas e vamos persegui-las como forma de acelerar o processo de criação de valor para a Lupatech", acrescentou.

À espera do pré-sal Mirando além da crise financeira, empreendedores brasileiros ainda

acreditam que o mundo vai precisar do petróleo que está no fundo do oceano - e se preparam

para lucrar com a exploração

Plataforma em Angra dos Reis: Petrobras

gastará no pré-sal mais do que já investiu em

55 anos

Camila Fusco - 30/10/2008 00:20

Revista Exame6

O Brasil virou, nos últimos tempos, a principal novidade do mercado mundial de energia, não apenas pelo sucesso do etanol mas também pela descoberta de enormes reservas de petróleo no país. Na última década, após a abertura do mercado, o que se

                                                            6 Esta matéria foi publicada no Revista

Exame– http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/0930/economia/noticias/espera-pre-sal-396394. acesso em 13/01/2011.

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viu foi um salto enorme para as empresas do ecossistema petrolífero: a participação do setor no PIB passou de 3% dez anos atrás para 10% no ano passado. A possibilidade de tornar possível a exploração das novas reservas em algum momento do futuro trouxe uma efervescência ainda maior ao setor. A corrida pelo petróleo extrapolou o limite das grandes companhias e já é encarada também por pequenas e médias empresas brasileiras. O otimismo dos empresários teve seu ápice em julho deste ano, quando o preço do barril atingiu o recorde histórico de 147 dólares. Na época, a maioria dos analistas apostava em novas altas, e o mais famoso deles, Arjun Murti, especialista do setor de energia do banco americano Goldman Sachs, previu que o preço chegaria a 200 dólares em algum momento dos próximos dois anos.

A crise que se abateu sobre os mercados mundiais calou os analistas e freou a euforia exacerbada que girava em torno do assunto. A cotação do barril caiu para a faixa de 60 dólares mesmo com o anúncio de corte da oferta por parte dos países produtores. As restrições ao crédito, fundamental para o avanço dos grandes projetos de exploração, e a queda abrupta no preço do petróleo geraram incertezas. Pelo menos por enquanto, porém, a maioria dos analistas acredita que a exploração do pré-sal ainda será uma realidade, embora os prazos possam ter se dilatado. Para tornar viável a retirada, o preço do barril tem de ficar acima de 45 dólares de maneira consistente. Hoje, seria até ridículo especular sobre o comportamento das cotações nas décadas à frente. "Mas as possibilidades de que o mundo venha a precisar do petróleo brasileiro são muito boas", diz Alfredo Renault, superintendente da Organização

Nacional da Indústria do Petróleo. "O petróleo adicional do pré-sal certamente vai transformar o Brasil em exportador líquido. Só não sabemos quando nem qual vai ser o preço." A exploração do pré-sal é um projeto que deve se estender por décadas, e por ora estão mantidas as apostas de que o setor será um dos mais prósperos da economia brasileira nos próximos anos. O banco UBS estimou que, para extrair o petróleo das águas ultraprofundas, serão necessários 600 bilhões de dólares, quase quatro vezes mais do que os 160 bilhões que a Petrobras já investiu ao longo de seus 55 anos. A estatal conta com reservas financeiras enormes e estima-se que possa arcar com 200 bilhões de dólares em investimentos no pré-sal nos próximos anos. As oportunidades do pré-sal talvez sejam mais difíceis de atingir do que o previsto, mas, segundo os especialistas, elas existem — e vão beneficiar as empresas que fazem parte de sua cadeia produtiva. "Surgiram instabilidades, mas os investimentos são certos no longo prazo", diz Marco Antonio Saravalle, analista da corretora Coinvalores. "A indústria certamente vai se beneficiar."

Poucas empresas apostaram mais no petróleo do que a gaúcha Lupatech, de Caxias do Sul. Fundada na década de 80 como uma indústria metalúrgica, a Lupatech decidiu há 15 anos investir na produção de equipamentos para as petroleiras — inicialmente fora do país, após a aquisição da argentina Esferomatic, fabricante de válvulas. "Foi o nosso aprendizado em petróleo", diz Nestor Perini, um dos fundadores. Ao longo de seis anos, a Lupatech manteve a operação de petróleo no país vizinho, mas, com as perspectivas de desaceleração do setor por lá, a companhia voltou suas atenções para o Brasil. "Pelo que conseguíamos vislumbrar naquela época, o Brasil

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traria oportunidades tão grandes ou até maiores do que tivemos na Argentina", diz Perini. "A Petrobras sinalizava investimentos robustos, e nós apostamos muito nisso." A decolagem da Lupatech no setor de petróleo aconteceu a partir do ano 2000. Desde então, a companhia passou por dois aportes de capital e fez 15 aquisições. As válvulas, os cabos e os revestimentos de tubulações produzidos pela Lupatech não têm lá muito charme nem visibilidade — eles ficam submersos. Mas dão dinheiro. A empresa viu seu faturamento crescer quase 400% nos últimos cinco anos, chegando a 387 milhões de reais em 2007.

Ultimamente, a má fase dos mercados e o adiamento do anúncio dos investimentos da Petrobras para os anos entre 2009 e 2013 — a estatal representa 60% das receitas da Lupatech — golpearam em cheio a empresa, que abriu o capital há dois anos. Seu valor de mercado foi reduzido a um terço do que era no ano passado — de 1,2 bilhão de dólares para 430 milhões de dólares em outubro. As ações, que chegaram perto de 65 reais no último ano, eram negociadas a 16 reais no final de outubro. Mas, para os analistas, são questões momentâneas. "A Lupatech comprou sete empresas dedicadas ao setor de petróleo desde o fim do ano passado e é uma das mais bem preparadas tecnologicamente para ser fornecedora na era do pré-sal", afirma Saravalle.

Se realmente saírem do papel, os investimentos da Petrobras e de suas parceiras estrangeiras na exploração e na produção do pré-sal devem se propagar em ondas por muitos setores da economia. Ao licitar um projeto, as gigantes do petróleo contratam diretamente administradoras de

projetos, que subcontratam outros fornecedores, que subcontratam empresas ainda mais especializadas, e assim por diante. Desde as empresas que dão suporte direto às obras de engenharia até as fabricantes dos equipamentos de segurança usados pelos técnicos nas plataformas em alto-mar, o impacto da exploração do pré-sal será enorme. O número exato é difícil de calcular, mas as histórias de sucesso geradas com o ecossistema bilionário do petróleo já aparecem e tendem a aumentar. A mineira AeC, do ramo de gestão de projetos, passou de 19 milhões de reais de faturamento em 2003 para 140 milhões no ano passado, impulsionada pelos contratos da Petrobras. A companhia embolsou, até agora, cerca de 60 milhões de reais em projetos feitos para a gigante brasileira, segundo os editais das licitações das quais participou. O negócio principal da AeC no ramo de petróleo é fornecer os engenheiros que vão desenvolver, implantar e gerenciar os projetos da Petrobras. Na construção de uma plataforma, os especialistas da AeC são convocados para orquestrar qual será o passo-a-passo de compra, instalação e até treinamento de pessoal. Mais de 150 profissionais já foram alocados em projetos ligados ao petróleo.

Se por um lado as cifras volumosas dos contratos do setor de petróleo fazem brilhar os olhos dos empresários, por outro impõem desafios significativos de competitividade. A Petrobras exige a certificação de qualidade ISO 9001 para mais de 1 200 grupos de materiais e, recentemente, passou a demandar a adequação de seus fornecedores para a gestão de saúde ocupacional, meio ambiente e segurança operacional. Segundo a empresa, exigências como essas fazem melhorar a cadeia de fornecimento. Além das certificações, as empresas brasileiras têm sido

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© José Rodrigues de Farias Filho, D. Sc.    13 jan. 11  

Oficina de Estratégia   

pressionadas a investir em inovação para competir com as concorrentes internacionais. É o caso da Setha Eletrônica, que mantém 30% de engenheiros no quadro de funcionários e cria sistemas com software e hardware próprios, aliada a parceiros de mercado. A companhia é hoje a única brasileira a criar sistemas de comunicação para uso em áreas com risco de explosão, como as plataformas marítimas. A Setha já conquistou cerca de 80 milhões de reais em contratos com a Petrobras. "Quem desenvolve tecnologia precisa entrar no setor de petróleo", diz Hélio Geraldino, diretor comercial da companhia. Hoje, mais da metade de seu faturamento vem do setor de petróleo. Neste ano, a Setha pode dobrar de tamanho se vencer uma concorrência para sistemas de segurança patrimonial em diversas instalações da Petrobras — na qual seus concorrentes são gigantes multinacionais, como Siemens, Alcatel e GE.

A história da Setha é emblemática de outro desafio para as brasileiras: os olhos do mundo do petróleo estão voltados para o Brasil. Na Rio Oil & Gas, feira do setor que aconteceu em setembro — até agora, um dos picos máximos da tensão financeira —, havia 23 empresas estrangeiras, recorde para o evento, todas interessadas em conseguir contratos do pré-sal. O salto de qualidade da indústria petrolífera do país deve significar oportunidades aqui e também no exterior. "O pré-sal poderá fazer com que as empresas brasileiras sejam exportadoras de equipamentos para águas ultraprofundas em regiões como Ásia e África", diz Milena Matone, especialista em petróleo e gás da consultoria Frost & Sullivan. Hoje, ninguém pode afirmar com certeza quando a exploração da camada do pré-sal vai começar, ou mesmo se ela

realmente vai ocorrer. Portanto, todas as movimentações são baseadas em hipóteses. O que empresas como Lupatech, AeC e Setha parecem apostar é que esta crise, como todas as que a antecederam, uma hora vai passar. E que o mundo dificilmente poderá ficar sem o petróleo brasileiro quando a calma voltar.