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SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS COM ELETRICIDADE NR 10 MÓDULO III - PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS

MóDulo Iii Nr 10 Combate A IncêNdios

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1. APRESENTAÇÃO

Este trabalho tem por objetivo auxiliar as empresas a organizarem sua proteção contra

incêndio, treinando seus funcionários para uma ação pronta e correta.

E dedicado àqueles que se enterneçam pelo digno trabalho de prevenção e combate a incêndios, cuja finalidade é a proteção do patrimônio e, principalmente, de vidas, evitando-se catástrofes, perdas, muitas irreparáveis.

Sua forma de apresentação, prática e objetiva, recomenda a sua utilização nos treinamentos em combate a incêndios, almejando o bom rendimento desejável aos participantes.

2. FOGO

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Desde a antiguidade, o fogo vem sendo um auxiliar inestimável ao homem.

Quando o homem primitivo conseguiu o controle sobre as chamas, iniciou-se um processo de desenvolvimento que se prolonga e se moderniza em nossos dias. O calor produzido pelo fogo quer para conforto na lareira ou como força violenta de um alto forno, capaz de fundir o mais duro dos metais, sempre está presente na vida do homem, principalmente nos nossos dias.

O fogo, que tanto tem contribuído para o desenvolvimento da humanidade, quando fora de controle, transforma-se no mais cruel dos inimigos, ceifando vidas e causando prejuízos incalculáveis.

Quando isso acontece - o que chamamos de incêndio – devemos estar preparados para combatê-lo de modo rápido e eficiente. FOGO: Embora nos seja tão familiar, definir o fogo não é tão simples como parece.

Chamamos fogo, materiais combustíveis que se transformam e combinam-se com oxigênio contido no ar, produzindo calor e chamas. TRIÂNGULO DO FOGO

Três fatores são necessários para que se inicie ou haja fogo. São eles: 1 - COMBUSTÍVEL: É tudo que se queima. Ex: Madeira, tecidos, gasolina. 2 - OXIGÊNIO: Presente no ar que respiramos. 3 - CALOR: O suficiente para levar um material a sua temperatura de combustão. O fósforo ilustra bem o processo: o fósforo contido na ponta do palito é o combustível envolvido pelo oxigênio do ar. Junta – se o calor ao mesmo, quando esfregamos o fósforo na lixa da caixa, A fricção levá-o a sua temperatura de combustão, dai surgindo o fogo. 3. FULGOR - COMBUSTÃO – IGNIÇÂO

Ponto de fulgor: é a temperatura mínima em que um corpo desprende gases que se queimam em contato com uma fonte externa de calor, não havendo duração prolongada na sua queima, por não serem os gases em quantidades suficientes.

COMBUSTÍVEL

CALOR

OXIGÊNIO

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Ponto de combustão: é a temperatura através da qual um corpo emite gases em quantidade suficiente, para que haja chama permanente, quando houver contato com uma fonte externa de calor.

Ponto de ignição: é a temperatura através da qual os gases desprendidos por um corpo

entram em combustão sem auxilio de fonte de calor. Somente a presença de oxigênio e suficiente.

4. TRANSMISSÃO DE CALOR É útil conhecer os processos de transmissão de calor porque são esses que propagam os incêndios ou são responsáveis pelos mesmos. CONDUÇÃO - É a transmissão de calor feita por aquecimentos progressivos, principalmente nos corpos sólidos. Os líquidos são em geral maus condutores. CONVECÇÃO - É a transmissão de calor por meio de correntes circulatórias originadas da fonte. IRRADIAÇÃO - É a transmissão de calor por raios, sem o auxilio de substância material. A sensação de calor produzida por uma lâmpada elétrica acesa é um caso típico de propagação de calor por irradiação. 5. MEIOS PARA EXTINÇÃO DO FOGO

Conhecido o triângulo do fogo, é possível concluir que, para extingui-lo, basta eliminar um dos elementos essenciais a sua existência.

Os processos para extinção do fogo, com a eliminação de um de seus componentes, são:

1. RESFRIAMENTO: Consiste na retirada de calor do material incendiado, até que fique abaixo de seu ponto de ignição. O agente mais usado é a água, fácil de encontrar, sendo também o mais econômico, além de ser o elemento com maior capacidade de absorver o calor. Ex: Apagar uma fogueira com água.

2. ABAFAMENTO: Consiste em diminuir ou isolar o oxigênio interrompendo o triângulo do fogo. Ex: Colocar um copo sobre uma vela acesa.

3. CORTE OU REMOÇÃO DO SUPRIMENTO COMBUSTÍVEL: Como exemplo, temos o fechamento da válvula de um tambor de gás.

6. CLASSIFICAÇÃO DE INCÊNDIOS Em princípio de incêndio, temos que observar e determinar a sua classe. Os incêndios são classificados em A, B, C e D. CLASSE “A”: São considerados classe “A” os incêndios em papéis, madeira, tecidos e outros materiais que deixam cinzas depois de queimados. A extinção se dá por resfriamento: eliminação ou redução do calor normalmente com água ou espuma. CLASSE “B”: Fogo em líquidos inflamáveis como gasolina, óleos, tintas, graxas, etc. A extinção se dá por abafamento: isolamento entre o combustível e o oxigênio. O agente extintor cobre a superfície inflamada com uma camada que isola o oxigênio do ar, abafando o fogo. CLASSE “C”: É o fogo em aparelhos elétricos ou em instalações com passagem de corrente elétrica. A extinção se dá por abafamento como na classe “B”. Retirada ou isolada a corrente elétrica, os incêndios de classe “C” passam a ser incêndios semelhantes aos da classe “A”.

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CLASSE “D”: É o fogo em metais pirofóricos tais como: magnésio, alumínio em pó, zinco, zircônio, sódio, potássio e outros. A extinção se dá por abafamento ou ação química. 7. AGENTES EXTINTORES Por agentes extintores entendem-se certas substâncias (sólidas, líquidas ou gasosas), que são utilizadas na extinção de um incêndio, quer abafando-o, resfriando-o ou ainda, utilizando conjuntamente esses dois processos. Os agentes extintores devem ser classificados conforme a classe do incêndio, pois, em alguns casos, sérias conseqüências podem ocorrer, quando empregados inadequadamente. Principais agentes extintores:

1. Água: jato pleno (compacto: chuveiro; neblina; vapor). 2. Areia: (sea). 3. Gases inertes: C. nitrogênio, etc. 4. Líquidos voláteis: tetracloreto de carbono, clorobromometrano, brometo de metila. 5. Espuma: química e mecânica. 6. Pós-químicos: talco, sulfato de alumínio, grafite, bicarbonato de sódio. 7. Líquidos umectantes

APARELHOS EXTINTORES

Os aparelhos extintores são de variados tipos, tamanhos, modelos e processos de funcionamento. Quando ao tipo, os aparelhos extintores mais usados são: água pressurizada (gás); carga líquida (Cl); espuma (Es); gás carbônico (CO2); pó químico seco (Pqs). Quanto ao tamanho, os extintores podem ser: portáteis (até 10 litros para: espuma, carga líquida e água pressurizada), (até seis kilos para CO2; até 10 kilos para pó químico); e rebocáveis (carretas), para tamanhos maiores.

Quanto ao modelo, o extintor varia muito, conforme a procedência (nacional ou importado) e conforme o fabricante.

Quanto ao processo de funcionamento, os extintores são geralmente de duas espécies: inversão e de válvula.

1. Inversão: Os extintores de inversão são os de espuma e carga líquida. 2. Válvula: Os extintores de válvulas são os de gás carbônico, pó químico seco e água

pressurizada. As válvulas são encontradas nos mais vários tipos e modelos.

Os extintores ainda diferem em: pressurizados e não pressurizados. O pressurizado tem, no seu interior, a pressão necessária ao seu funcionamento. Os não

pressurizados são aqueles que têm necessidade de serem dotados de um recipiente anexo, contendo um gás inerte, a fim de promover a expulsão de sua carga liquida, os quais têm pressão desenvolvida pela própria reação química das substâncias que integram suas cargas. O aparelho tem seu uso aplicado às classes de incêndio, de acordo com os agentes extintores de suas cargas.

EXTINTORES DE ESPUMA

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O extintor de espuma é próprio para incêndios de classe “A” e classe “B”, não podendo ser usado nos da classe “C”. O mais comum extintor de espuma, usualmente com capacidade para 10 litros, contém uma solução de bicarbonato de sódio em água, um agente estabilizador de espuma, dentro do reservatório interno menor. Quando o extintor é invertido, os líquidos misturam-se e formam uma solução espumosa com dióxido de carbono (CO2), encerrando em bolhas resistentes e duráveis. Um extintor de espuma de 10 litros, convenientemente carregado, descarregara 70 a 75 litros de espuma. O alcance é de aproximadamente 9 a 12 m, com o tempo de descarga de cerca de 1 minuto. Os tipos mais usuais de extintor de espuma são os de 10 litros, 75 litros e 150 litros. Os modelos existentes são mais ou menos padronizados. A carga do extintor de espuma de 10 litros é dividida em duas câmaras. A câmara metálica externa tem capacidade para 8 litros de água, 600g de bicarbonato de sódio e mais 70g de alcaçuz ou outro agente estabilizador. A câmara interna tem capacidade para 1 litro e meio de água, mais 800g de sulfato de alumínio. Invertendo-se o aparelho, esses componentes reagem entre si, resultando gás carbônico que, ao formar, dá origem às bolhas, sendo que o sulfato de sódio, que nenhuma ação tem sobre o fogo. A espuma é recomendada para incêndios em combustíveis comuns (classe “A”), onde a ação de cobertura e resfriamento é importante, e para incêndios em líquidos inflamáveis (classe “B”), onde as labaredas são acessíveis. Uma cobertura de espuma abafou deve ser colocada sobre a superfície em chamas. A espuma não tem ação sobre fogos em álcool, thiner, acetona e éteres. Esse extintor de espuma, recarregado anualmente, é testado por pessoas habilitadas, a cada cinco anos, e sempre que apresentar deformação. Deve ser colocado na parede, a uma altura de, no máximo, 1.80m do solo (a tampa), em local de fácil acesso e protegido contra avarias. CUIDADO A SER OBSERVADOS COM EXTINTORES TIPO ESPUMA

1. Não deixar o bico entupido. Ao retirar a tampa, manter o rosto afastado, protegido, procurando certificar-se de que o bico está desimpedido.

2. Não invertê-lo, a não ser para uso. 3. Não usá-lo em eletricidade. 4. Não jogar espuma diretamente sobre o líquido em chamas, pois poderá ainda espalhar mais

fogo.

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5. Ao aplicar o extintor, se possível, dê as costas ao vento. A espuma deixa resíduos que devem ser limpos após o incêndio, pois contaminaria soluções químicas.

A área de extinção de um extintor de espuma de 10 litros (E), é de 2m2 (dois metros quadrados). MODO DE USAR O EXTINTOR DE ESPUMA

1. Retirar o aparelho com cuidado e levá-lo até as proximidades do fogo. 2. Inverter o aparelho. 3. Dirigir o jato contra a base do fogo, em caso de materiais sólidos. 4. Dirigir o jato contra as bordas ou peças salientes, em caso de líquidos.

EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO Extintor de Pó ou PQS, para maior facilidade de estudo e reconhecimento. A carga desse extintor constitui-se, quase que exclusivamente de bicarbonato de sódio, o qual é tratado, a fim de circular livremente mo interior do aparelho. A principal ação do pó, no fogo, é fazer, sobre a superfície em chamas, uma nuvem de pó para isolar o oxigênio. Além desta ação de pó no estado normal, ainda há a produção do CO2 e vapor d’água em conseqüência da queima do bicarbonato, que auxiliam no abafamento. A ação do extintor de pó demonstra mais eficiência que o CO2, pois sendo sólida, a nuvem cai e tem ação de permanência, pois o fogo, antes de tornar a avivar, tem de queimar o bicarbonato. TIPOS DE EXTINTORES DE PÓ QUIMICO SECO

a) Pressão injetada: Constitui-se de duas camadas: 1ª - para o pó, testada a pressão de 500 libras por polegada quadrada e outra menor, CO2 ou nitrogênio, com válvula de abrir e fechar. O CO2 ou nitrogênio, comprime o pó a cerca de 250 libras por polegada quadrada. Consta ainda de um tubo flexível da saída com esguicho, com válvula gatilho, que permite descargas intermitentes.

b) Pressurizado: Consta de uma única peça, onde o pó é pressurizado com CO2 ou nitrogênio, tendo um manômetro para controle da pressão interna.

O extintor de pó é empregado para incêndios em líquidos inflamáveis e para

incêndios em equipamentos elétricos. Também para fogos superficiais, desde que haja à disposição um extintor que atue por resfriamento que auxilie a extinção do material, em combustão lenta e braseiros. Os extintores de pó são recomendados para incêndios em metais, assim como: magnésio, pó de alumínio, zinco, zircônio, sódio ou potássio. Neste caso, o pó deve ser especial.

MODO DE USAR O APARELHO EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO Aparelho pressurizado No caso de aparelhos que já forem providos de pressurização, proceder da seguinte forma:

1. Retirar o pino de segurança. 2. Retirar a mangueira do suporte, segurando o difusor. 3. Aponte Para o fogo. 4. Apertar o gatilho da válvula.

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Aparelho Pressurizável

1. Retirar o aparelho do suporte. 2. Levá-lo o mais próximo possível do fogo. 3. Retirar a mangueira do suporte, segurando pela pistola. 4. Abrir o pressurizador lateral. 5. Apertar o gatilho, dirigindo o jato para o fogo.

EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO O CO2 atua como agente extintor por abafamento. A rápida expansão do CO2 comprimido, baixa a temperatura, parte do gás é solidificado em partículas (gelo seco). O efeito do gás é o abafamento pela exclusão do oxigênio. O CO2 e gás incolor e não venenoso, quando inalado em grande quantidade, pode sufocar. O CO2 não é condutor de eletricidade. É contra-indicado para o fogo de classe “A”, age somente, sobre a chama e quase nulo seu poder de penetração. Não é eficiente em fogo de madeira, tecido, etc. Bom para o combate ao fogo de classe “B”, abafa a superfície inflamada e exerce ao mesmo tempo o poder de resfriamento, contribuindo para a extinção das chamas.

Deve ser evitado o jato em qualquer parte do corpo, pois poderá provocar queimaduras. E indicado para combate ao fogo de classe “C”, pois alem de abafar o fogo e não ser

condutor de eletricidade, não danifica os equipamentos com os quais não tem contato.

Principais partes do extintor de CO2:

1. Cilindro de aço. 2. Gatilho de ação rápida (jato intermitente). 3. Esguicho difusor de forma cônica, que nos modelos pequenos é ligado diretamente à

válvula.

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4. Mangueira flexível de alta pressão, que nos modelos grandes liga a válvula ao difusor. 5. Pino de segurança. 6. Válvula de segurança.

Os extintores de CO2 não precisam ser recarregados periodicamente, porém, no mínimo a cada seis meses, deverá ser verificado o peso do seu gás. Caso este peso tenha caído cerca de 10%, o aparelho deverá ser recarregado imediatamente.

Os extintores de CO2 devem ser recarregados por pessoal habilitado, que possua

equipamento necessário, o que evitará danos aos aparelhos, pelo uso de ferramentas não adequadas. Os cilindros deverão ser submetidos a testes de segurança, no mínimo, a cada cinco anos.

CUIDADOS A SEREM TOMADOS COM O EXTINTOR DE CO2

1. Não conservá-lo em locais de elevada temperatura, acima de 40 º C. 2. Não usá-lo em incêndios de pós metálicos e metais alcalinos. 3. Não usá-lo em incêndios de materiais comuns onde possa se verificar uma

combustão lenta, com brasas. 4. Não permanecer em local inundado de CO2, pois apesar de não ser tóxico, é

sufocante. 5. Não usar o CO2 em superfícies frágeis e superaquecidas, pois a diferença brusca de

temperatura provocará rupturas no material.

MODO DE USAR O CO2

1. Retirá-lo do suporte da parede. 2. Conduzi-lo pelo punho até a proximidade do fogo. 3. Retirar o pino de segurança. 4. Retirar o esguicho do suporte, pegando-se pelo punho. 5. Acionar a válvula ou gatilho. 6. Dirigir o jato contra a base do fogo.

APARELHO EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADA

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A água atua como agente extintor por resfriamento. Sua ação especifica está nos incêndios classe “A”, com inúmeras vantagens sobre a espuma, dado o seu poder de penetração em combustíveis sólidos com combustão neutra. Totalmente contra-indicado em fogos de classe “B” e “C”. No primeiro caso, por poder aumentar o volume do liquido em combustão, além de, com a força do jato, espalhar mais fogo. No caso do fogo em eletricidade, é contra-indicado pelo fato de conduzir corrente e por em risco a vida do operador. Podemos encontrar extintores de água acionados por dois sistemas: pressurizados e pressurizáveis. a)Pressurizado: A água contida em seu cilindro de aço é mantida sob pressão durante o tempo todo. Essa pressão, que pode ser ar comprimido ou CO2, é controlada através de manômetros. O aparelho é operado mediante a retirada do pino de proteção e acionamento da válvula, sendo o jato guiado por mangueira nele contida.

b)Pressurizáveis: São aparelhos formados por um cilindro metálico contendo água e outro cilindro de aço anexo, contendo CO2, provido de válvula que, em caso de uso, é aberta, liberando o CO2 para o cilindro que contém água, possibilitando a expulsão da mesma sob pressão. Como no caso anterior esse aparelho possui também mangueira para dirigir e orientar o jato. 8. EQUIPAMENTOS HIDRÁULICOS Denominação dos equipamentos que tornam possível transportar a água dos locais de abastecimento até as imediações do fogo, para efeito de prevenção e combate a incêndios. a) Mangueiras: As mangueiras para incêndio são geralmente de lona ou fibras sintéticas, forradas com borracha. As mangueiras no trabalho contra incêndio são chamadas linhas. São linhas adutoras, quando empregadas unicamente para transporte de água até as imediações do incêndio e linhas de ataque, quando empregadas para o ataque direto ao fogo.

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Os danos causados às mangueiras, normalmente, são ocasionados pelo arrastamento, calor, mofo, ferrugem, ácidos, gasolina, óleos, etc. O arrastamento das mangueiras em superfícies abrasivas desgasta-lhes o tecido, enfraquecendo-as. Pregos, farpas, vidros, podem ocasionar estragos sérios às mangueiras. Deve-se evitar: arrastá-las desnecessariamente, passagem de veículos por sobre elas, guardá-las molhadas. Para conservação das mangueiras devem ser observadas as seguintes normas:

1. Conservá-las seca e em local ventilado. 2. Mantê-las desligada dos hidrantes. 3. Examiná-las visualmente quanto a rupturas ou abrasões. 4. Submetê-las a teste de pressão hidráulica, apos 10 anos de serviço, e, posteriormente, cada

dois anos. 5. Secá-las completamente apos uso. b) Manobra com mangueiras 1 – Enrolar: O transporte e a guarda das mangueiras são geralmente feitos com os lances enrolados. Para se enrolar um lance de mangueira deve-se colocá-lo estendido, o mais reto possível e iniciar-se o enrolamento por uma das extremidades. 2 – Dobrar:

Quando se acondicionam mangueiras nas caixas de incêndio, carretas ou carros de bombeiros, prevendo-se uma utilização imediata, estas devem primeiramente ser dobradas ao meio e depois enroladas, de maneira que as duas extremidades fiquem do lado externo do rolo. Na dobra central convém que seja colocado um tarugo de madeira, para evitar uma dobra viva na mangueira.

3 – Engate:

O engate de uma mangueira a um hidrante, a outra mangueira, ou a um esguicho, se faz adaptando os dentes da junta de engate rápido da mangueira à abertura da outra junta, girando-a em seguida, para direita.

Para desengatar, é suficiente segurar uma das juntas e girar a outra até liberar os dentes, que passam pelas respectivas aberturas.

Se necessário, usa-se chaves de mangueiras para facilitar o desengate. 4 – Descarga de água:

Terminado o trabalho, os lances de mangueira são desengatados e colocados estendidos ao solo da maneira mais reta possível. Uma pecha levanta uma das extremidades da mangueira e caminha sob ela, levantando-a sucessivamente por partes, até provocar a total saída da água de seu interior. Depois a achata bem ao solo, procedendo, a seguir, seu enrolamento.

c) Mangotinho: São mangueiras de borracha de diâmetro menor do que o das mangueiras comuns (3/4 ou 1“). São utilizados em instalações leves ou em carros de bombeiros. Especialmente indicados para trabalhos em princípios de incêndio, pois possuem boa capacidade extintora, sem provocar grandes danos ao material como acontece, com freqüência, nos trabalhos realizados com mangueira de 2 ½ ““. d) Acessórios:

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Entre os equipamentos complementares do material hidráulico, alguns são indispensáveis ao trabalho. Far-se-á a referência aos mais comumente empregados:

1. Junta de União

Para facilidade de transporte e manuseio, as mangueiras são utilizadas em seções de 15 a 30 metros. Para interligá-las e para juntá-las aos hidrantes, carros de bombeiros ou esguichos, às suas extremidades são adaptadas peças metálicas, dotadas de encaixes, que tornam possíveis estas ligações. Essas pecas são chamadas juntas de união. Antes de o operador providenciar qualquer ligação, deve, preliminarmente, verificar a existência de água e de pressão, o que poderá comprometer todo o trabalho da linha. 2. Esguichos Esguichos são peças retalias adaptadas à extremidade da linha de mangueira, destinadas a dar forma, dirigir e controlar o jato de água. São vários os tipos de esguichos: 3. Esguichos agulheta E o tipo mais comum. Constituído de um cone oco. A parte posterior é ligada à mangueira e a parte anterior, mais fina, dispõe de boca removível chamada requinte. O requinte, cujo diâmetro regula a formação do jato, pode ser substituído por outros de diversos tamanhos, conforme se deseje jato, de maior ou menor volume de água ou menor alcance. Esguichos com regulagem: São os tipos de esguichos com dispositivo especial capazes de produzir jatos sólidos ou neblina, controlados pelo próprio operador. 4. Derivantes e coletores: Derivantes são aparelhos destinados a permitir desdobrar uma linha em duas ou mais linhas de ataque. Coletores se destinam a reunir em uma só linha, duas ou mais linhas adutoras. Os coletores são usados muito raramente, pois somente nos casos de se ter mais de uma fonte de abastecimento com pressão, tenta-se reuni-las em uma só linha, para se conseguir a pressão mínima indispensável para o trabalho. Chave de mangueira: Destina-se a complementar o engate ou desengate das juntas de união. Alguns tipos servem também, como alavanca para pequenos arrombamentos.

8. RESUMO DE EXTINTORES

CLASSES AGENTES EXTINTORES

DE FOGO ÁGUA ESPUMA PÓ QUÍMICO CO 2

A Ótimo Bom Regular Não

B Não Bom Ótimo Bom

C Não Não Bom Ótimo

D Não Não Ótimo * Não

* Para os Incêndios de Classe “D” usa-se Pó Químico especial.

10. NORMAS GERAIS DE SEGURANCA NA PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS

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1. Não permita o acúmulo de lixo fora dos locais apropriados ou recipientes próprios. 2. Não guarde estopa nem trapos impregnados de óleo, cera, ou combustível, porque podem

inflamar espontaneamente. 3. Não fume em locais proibidos. 4. Não jogue pontas de cigarros acesos e apague os fósforos antes de jogá-los fora; use

sempre cinzeiros nos locais onde é permitido fumar. 5. Mantenha em seu poder as quantidades mínimas de inflamáveis, estritamente necessárias a

seu trabalho. 6. Conserve os combustíveis e inflamáveis em recipientes próprios, fechados, em ordem e

devidamente rotulados, longe do alcance dos “curiosos”. 7. Os líquidos inflamáveis emitem vapor constantemente; aquecê-los, acender fogo em sua

extremidade ou produzir faíscas nas imediações é arriscar-se a MORRER por EXPLOSÃO e INCÊNDIO.

8. Não permita a formação de poças de combustíveis, nem que os mesmo sejam jogados no esgoto, pois que se inflamam facilmente e produzirão explosões. Lave os derramamentos com água.

9. O uso de combustível para limpeza requer ventilação do ambiente e especial atenção às fontes de calor próximas, que devem ser eliminadas.

10. Não use fogareiros a álcool ou outros combustíveis, em locais não apropriados. Não aqueça o almoço em locais inadequados como vestiários, “quartinhos”, depósitos, etc.

11. A fumaça e asfixiante é, às vezes, também tóxica. Evite respirá-la e não desça por escadas interiores que estejam tomadas pelo gás quente ou pela fumaça. Você será fatalmente ASFIXIADO.

12. As lâmpadas elétricas produzem calor; não às abandone em contato com substancias combustíveis.

13. Mostre ao novo funcionário os riscos de acidentes e incêndio existentes no seu local de trabalho e “apresente-o” aos meios de prevenção e combate ali localizados.

14. Não faca instalações elétricas “de emergência” porque elas sobrecarregam os circuitos, provocando aquecimentos e fogo.

15. Não substitua fusíveis queimados por moedas, chapinhas, etc. Os fusíveis são única segurança da instalação contra a sobrecarga o incêndio.

16. Em caso de incêndio, não deixe o pânico fazer vítimas; faça com que as pessoas saiam em ordem, devagar, sem atropelos e que fechem as janelas, gavetas e portas.

17. Não obstrua, nem mude de lugar, os aparelhos de combate a incêndio (extintores, hidrantes, mangueiras, etc.).

18. Se você usar um extintor ou descarregá-lo acidentalmente, comunique o fato imediatamente ao responsável, por escrito, para que se providencie a sua recarga.

19. Não rompa o lacre dos extintores, a não ser para usá-los. 20. Não exerça atividades diversas das previstas para cada local ou recinto.

11. PROCEDIMENTOS EM CASO DE INCÊNDIO

Certificado o fogo, avise imediatamente o Corpo de Bombeiros, agindo da seguinte forma e fornecendo as seguintes informações: a) Há um incêndio. b) Local. c) Um ponto de referência se o endereço for pouco conhecido. d) Tipo de prédio. e) O que está queimando e, em que andar. f) Extensão do incêndio (sala, conjunto, quarto, todo o pavimento ou prédio todo, etc.). g) O nome de quem estiver avisando e o respectivo número do telefone. Dadas as informações: Aguarde o pedido de confirmação, que será feito logo em seguida pelo Corpo de Bombeiros. 12. EXERCÍCIOS DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS

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NOME__________________________________________________ Assinale a alternativa correta: 1) Condução é a forma de propagação do calor por meio de: a) raios b) matérias sólidas c) fumaça 2) O aparelho extintor de espuma não deve ser usado em: a) papelão b) madeira c) eletricidade 3) Os meios de extinção são: a)Abafamento – Cancelamento - Retardamento b)Desmoronamento – Desligamento – Retirada do material 4) Classe “B” é o fogo em: a) líquidos b) gelatinas c) papelão 5) O gás carbônico é muito eficiente em fogo da classe: a) A b) B c) C 6) O aparelho de espuma, depois de posto para funcionar: a) pode parar b) descarrega totalmente c) pode ter sua carga guardada 7) O Pó Químico atua por: a) abafamento b) retirada do material c) congelamento 8) A água atua como agente extintor por: a) desligamento b) resfriamento c) equiparação 9) Gás Carbônico também é conhecido por: a) H2) b) SO2H4 c) CO2 10) O esguicho regulável apresenta a seguinte vantagem sobre o tipo de agulheta: a) várias formas de saída de água b) isolante da eletricidade c)menor desgaste das peças