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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO INSTITUTO NACIONAL DO SEMI-ÁRIDO INSA Comparação territorial e populacional de diversos países da América do Sul e da Europa em relação ao Semi-Árido brasileiro Território Estimativa Km 2 População (milhões) Argentina 2.766.890 39.9 Peru 1.285.220 28.7 Colômbia 1.141.748 45.6 Bolívia 1.098.581 8.9 Semi-Árido 969.589 21.0 Venezuela 916.445 27.7 Chile 756.950 15.1 França 551.695 61.5 Espanha 504.782 45.0 Paraguai 406.752 6.2 Alemanha 357.021 82.5 Polônia 312.683 38.5 Itália 301.230 59.1 Equador 256.370 13.9 Uruguai 176.215 3.3 Inglaterra 130.395 50.7 Portugal 92.391 10.6 Bélgica 30.000 10.5 Situada na porção central da Região Nordeste, com os seus limites contornados por áreas sub-úmidas, exceto na porção setentrional, a região semi-árida brasileira tem sido convencionalmente delimitada pela isoieta de 800 mm. Do ponto de vista climático, o semi-árido é caracterizado pelo balanço hídrico negativo, resultante de precipitações médias anuais iguais ou inferiores a 800 mm, insolação média de 2.800h/ ano, temperaturas médias anuais de 23º a 27º C, evaporação de 2.000 mm/ano e umidade relativa do ar média em torno de 50%. Caracteriza-se também por forte insolação, regime de chuvas marcado pela escassez, irregularidade e concentração das precipitações num curto período, de apenas três meses. Em conseqüência da escassez das precipitações pluviométricas e da reduzida capacidade de retenção de água no solo, o regime dos rios é temporário, com exceção do Rio São Francisco, pelo fato de ter suas cabeceiras fora da região semi-árida. Com relação ao quadro ambiental, o semi-árido é caracterizado pelo domínio do bioma Caatinga. A vegetação é de porte arbóreo e arbustivo, onde predominam espécies decíduas e espinhentas, com elevado grau de xerofilismo. Os solos são arenosos ou areno-argilosos, pobres em matéria orgânica, muito embora, com regular teor de cálcio, magnésio e potássio. Os solos rasos e pedregosos do semi-árido são derivados principalmente de rochas cristalinas, praticamente impermeáveis, em que a possibilidade de acumulação de água se restringe às zonas fraturadas. A região abrange, de acordo com a “Nova delimitação do Semi-Árido brasileiro”, no todo ou em parte, o território de nove Estados (Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais), 1.133 municípios e abriga uma população de aproximadamente 21 milhões de habitantes, cobrindo uma área de 969.589km 2 . (Fontes: Ministério da Integração Nacional 2005; IBGE, 2000). O Semi-Árido brasileiro

Planejamento Estrategico do Instituto Nacional do Semi-árido - INSA

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Planejamento Estratégico do Instituto Nacional do Semi-árido

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Page 1: Planejamento Estrategico do Instituto Nacional do Semi-árido - INSA

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DO

INSTITUTO NACIONAL

DO SEMI-ÁRIDO INSA

Comparação territorial e populacional de diversos

países da América do Sul e da Europa em relação ao

Semi-Árido brasileiro

Território Estimativa Km2

População (milhões)

Argentina 2.766.890 39.9 Peru 1.285.220 28.7 Colômbia 1.141.748 45.6 Bolívia 1.098.581 8.9 Semi-Árido 969.589 21.0 Venezuela 916.445 27.7 Chile 756.950 15.1 França 551.695 61.5 Espanha 504.782 45.0 Paraguai 406.752 6.2 Alemanha 357.021 82.5 Polônia 312.683 38.5 Itália 301.230 59.1 Equador 256.370 13.9 Uruguai 176.215 3.3 Inglaterra 130.395 50.7 Portugal 92.391 10.6 Bélgica 30.000 10.5

Situada na porção central da Região Nordeste, com os seus limites contornados por áreas sub-úmidas, exceto na porção setentrional, a região semi-árida brasileira tem sido convencionalmente delimitada pela isoieta de 800 mm.

Do ponto de vista climático, o semi-árido é caracterizado pelo balanço hídrico negativo, resultante de precipitações médias anuais iguais ou inferiores a 800 mm, insolação média de 2.800h/ano, temperaturas médias anuais de 23º a 27º C, evaporação de 2.000 mm/ano e umidade relativa do ar média em torno de 50%. Caracteriza-se também por forte insolação, regime de chuvas marcado pela escassez, irregularidade e concentração das precipitações num curto período, de apenas três meses. Em conseqüência da escassez das precipitações pluviométricas e da reduzida capacidade de retenção de água no solo, o regime dos rios é temporário, com exceção do Rio São Francisco, pelo fato de ter suas cabeceiras fora da região semi-árida.

Com relação ao quadro ambiental, o semi-árido é caracterizado pelo domínio do bioma Caatinga. A vegetação é de porte arbóreo e arbustivo, onde predominam espécies decíduas e espinhentas, com elevado grau de xerofilismo.

Os solos são arenosos ou areno-argilosos, pobres em matéria orgânica, muito embora, com regular teor de cálcio, magnésio e potássio. Os solos rasos e pedregosos do semi-árido são derivados principalmente de rochas cristalinas, praticamente impermeáveis, em que a possibilidade de acumulação de água se restringe às zonas fraturadas.

A região abrange, de acordo com a “Nova delimitação do Semi-Árido brasileiro”, no todo ou em parte, o território de nove Estados (Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais), 1.133 municípios e abriga uma população de aproximadamente 21 milhões de habitantes, cobrindo uma área de 969.589km2. (Fontes: Ministério da Integração Nacional 2005; IBGE, 2000).

O Semi-Árido brasileiro

Page 2: Planejamento Estrategico do Instituto Nacional do Semi-árido - INSA

INSTITUTO NACIONAL DO SEMI-ÁRIDO

INSA

O INSA

Criado em abril de 2004, o Instituto Nacional do Semi-Árido (INSA) é uma Unidade de Pesquisa integrante da estrutura básica do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), na forma do disposto na Lei 10.860/2004, com estrutura regimental aprovada pelo Decreto 5.886/2006.

A finalidade do INSA é promover o desenvolvimento científico e tecnológico e a integração dos pólos socioeconômicos e ecossistemas estratégicos da região do semi-árido brasileiro, bem como realizar, executar e divulgar estudos e pesquisas na área de desenvolvimento científico e tecnológico para o fortalecimento do desenvolvimento sustentável da região (Portaria MCT 896/2006).

Sediado em Campina Grande - PB, o instituto deverá voltar-se para a pesquisa de tecnologias que possibilitem aos habitantes das zonas semi-áridas do Nordeste brasileiro, produzir e progredir mesmo em condições adversas. Os primeiros editais lançados pelo INSA foram destinados a pesquisas com plantas nativas xerófilas (resistentes a secas) como a faveleira, e o umbuzeiro, usadas na alimentação humana e animal na região.

O INSA, após a escolha e recente designação formal de seu primeiro diretor, juntou-se ao esforço de planejamento do MCT, iniciando em maio de 2007, o seu Planejamento Estratégico que se estenderá até dezembro deste ano.

O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO (PE) DO INSA

Com o objetivo de dar maior sustentabilidade às suas unidades de pesquisa, o MCT implementou em 2004/2005 um programa de planejamento estratégico dessas unidades, visando alinhá-las com o Plano Estratégico 2004-2007 do MCT, com o Plano Plurianual (PPA) do Governo Federal e demais políticas públicas para o setor.

Para alcançar esse objetivo, o MCT conta com o apoio do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) no desenvolvimento e uso de metodologia de planejamento estratégico apropriada às instituições de ciência, tecnologia e inovação (C,T&I).

Objetivos do PE

O PE do INSA deverá buscar os caminhos pelos quais o instituto trabalhará as incertezas e demandas do futuro, com eficiência e eficácia em favor do desenvolvimento sustentável da região semi-árida. Para tanto, o PE deverá definir, por meio de análises, estudos temáticos e da discussão com “grupos de interesse”, para os quais O INSA está voltado, os objetivos e as ações estratégicas necessárias para que o Instituto possa se estabelecer como uma referência no âmbito da sua missão. Para cumprir esses objetivos o processo de Planejamento Estratégico deverá, em dezembro de 2007, apresentar proposta de um Plano Diretor para o período de 2008-2011 para o Instituto.

Descrição do processo de PE

A metodologia de planejamento estratégico adotada pelo CGEE inclui a realização de estudos e análises diagnósticas e prospectivas envolvendo o ambiente interno e externo da Instituição. Para tanto serão utilizadas ciências e técnicas aplicadas à gestão de organizações públicas de C&T, advindas da teoria das organizações, da sociologia da ciência, da teoria econômica e da inovação.

O PE do INSA terá a duração de oito meses e será desenvolvido em cinco fases. Nesse período, além da experiência de consultores especialistas em C,T&I e em planejamento estratégico, também serão agregadas ao processo as experiências das instituições de pesquisa e agências que atuam na região do semi-árido. Ao longo do processo serão produzidos documentos de caráter geral e em temas específicos. Para tanto foram constituídos grupos de trabalho temáticos que deverão executar a coordenação de equipes, contratação de consultores, organização de oficinas de trabalho, preparação de eventos de validação dos estudos e elaboração de uma proposta de Plano Diretor.

Cada fase do planejamento envolverá reuniões de validação com a participação de instituições e competências regionais.

Espera-se que as diversas etapas do PE sejam executadas e concluídas, até o final de 2007, de forma participativa com o ambiente externo e parceiros prospectivos. A validação das análises e estudos temáticos está prevista para outubro de 2007 e a discussão e validação do Plano Diretor para dezembro do mesmo ano.

Queremos ouvir você! Suas idéias e sugestões para a

atuação do INSA e para o desenvolvimento do Semi-Árido

são muito importantes.

CONTATOS:

INSTITUTO NACIONAL

DO SEMI-ÁRIDO - INSA Av. Floriano Peixoto, nº 715 - Centro

58.100-001 - Campina Grande, PB Fone: (83) 2101-6400

Website: www.insa.gov.br

Dr. Roberto Germano Costa

Diretor

E-mail: [email protected]

Fone: (83) 2101-6400

CENTRO DE GESTÃO E

ESTUDOS ESTRATÉGICOS - CGEE SCN Quadra 2, Bloco A

Ed. Corporate Financial Center

11º andar, Sala 1102 70712-900 - Brasília, DF Tel.: (61) 3424-9600

Fax: (61) 3424-9659

Website: www.cgee.org.br

Dr. Antonio Carlos Guedes

Coordenador do PE do INSA

E-mail: [email protected]

Fone: (61) 3424-9686