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1 Produtividade pode crescer até 20% Espectroscopia a serviço da agricultura Brasil desenvolve produto comestível CEISE Br continua luta em Brasília HÚMUS LUZ PLÁSTICO Caderno A VOZ DO AGRONEGÓCIO Ribeirão Preto SP Julho 2015 Ano 17 nº 197 R$ 12,00 Etanol 2G Raízen inaugura planta em Piracicaba

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Produtividade pode crescer até 20%

Espectroscopia a serviço da agricultura

Brasil desenvolve produto comestível

CEISE Br continua luta em Brasília

HÚMUS LUZ PLÁSTICO

CadernoCaderno

A VOZ DO AGRONEGÓCIO

Ribeirão Preto SP • Julho 2015 • Ano 17 • nº 197 • R$ 12,00

Etanol 2GRaízen inaugura planta em Piracicaba

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Revolucione sua produtividade. Potencialize seus resultados.

Prosugar

Tecnologia inovadora criada para aperfeiçoar o processo de clarificação do açúcar. Não remove apenas a cor, mas garante também melhorias no desempenho industrial:

remove a cor de forma irreversível;promove maior volume na produção de açúcar;aumenta a eficiência energética;age na redução da viscosidade das massas.

www.prosugar.com.br

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Os dois mundos da cana-de-açúcar

Plínio CesarDiretor

Edição: Equipe Terra & Cia

Editor Chefe e de Fotografia: Doca Pascoal

Reportagem: Marcela Servano, Arnaldo Jardim,

Claudio Spadotto, Paola Buzollo e Doca Pascoal

Foto Capa: Ana Carolina Melo/Blog do Planalto

Editor Gráfico: Jonatas Pereira I Creativo ArtWork

Contato: [email protected]

Outras publicações da Agrobrasil:

Guia Oficial de Comprasdo Setor Sucroenergético

Revista CanaMix

Portal CanaMix

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2º a 6º feira, das 9h às 12h e das

13h30 às 18h.

Artigos assinados, mensagens publicitárias e o cadernoMarketing Rural refletem ponto de vista dos autores e nãoexpressam a opnião da revista. É permitida a reproduçãototal ou parcial dos textos, desde que citada a fonte.

Diretor: Plínio César

A VOZ DO AGRONEGÓCIO

Editorial

A Raízen inaugurou, dia 22 de julho, sua planta de etanol 2G, em Piracicaba. Um investimento de R$ 207 milhões com aporte de 90% do BNDES. Uma companhia com gestão segura, que administra 24 unidades industriais no Brasil. Uma das poucas que conseguem investir, mesmo no olho do furacão da crise. A presidente Dilma Rous-seff esteve lá na inauguração, teceu elogios à empresa e ao etanol da cana-de-açúcar, mesmo tendo a atuação de seu governo questionada pela maioria dos representantes do setor sucroenergético.

A GranBio já possui uma planta de etanol celulósico (2G), em Alagoas, desde 2014. O Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) tam-bém desenvolve esta tecnologia e estima iniciar a produção em escala comercial até 2018. Os três empreendimentos brasileiros são modelos de como o setor de etanol e bioenergia vai caminhar em um futuro pró-ximo. Se hoje, mesmo com a produção convencional, o etanol é consi-derado por especialistas como estratégico para a economia, imagine só com valores sociais e ambientais agregados ao 2G.

Produzido a partir de palha e bagaço, o etanol celulósico não compete com alimentos. Outro aspecto da sustentabilidade da tecno-logia é que ela requer pouca energia do petróleo e muita de um com-bustível limpo e renovável, resultando em menor emissão de gases do efeito estufa. Com o 2G, o Brasil pode garantir a dianteira de uma emergente corrida pela ampliação do desenvolvimento de produtos de alta qualidade e baixo custo de produção, que têm como fundamento a sustentabilidade ambiental. É um grande passo que precisa ser re-conhecido.

O Governo elogiou o etanol da Raízen. Dilma reconheceu, pelo menos na inauguração da nova planta 2G, a importância estratégica do biocombustível da cana para o Brasil. Mas as mais de 300 usinas sucroenergéticas do Brasil vivem realidades diversas. Confi ra nesta edição, o que pensam os produtores de cana do Nordeste. Eles não estão nem um pouco satisfeitos com as ações (ou falta delas) do Go-verno para ajudar o setor a sair de uma crise desencadeada mundial-mente em 2008 e ampliada no Brasil no atual governo petista. Faça sua avaliação. Boa leitura.

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06CapaEtanol 2GRaízen inaugura

planta de etanol

celulósico em Piracicaba

14EntrevistaAlexandre Lima,

presidente da UNIDA

32 Pesquisa & Desenvolvimento

Embrapa desenvolveplástico comestível

34 - SBPC apresentou inovaçõespara a agricultura

36 Eventos

Ganho de produtividade seráa tônica da Feacoop 2015

38 - UPL Brasil participa da feirada Coopercitrus

40 - APCS e CSP anunciam apoioao Congresso Abraves 2015

42 - Congresso sobre fertilizantes discutirá segurança alimentar

44 - Opinião - O risco das pragas que vem de fora - por Claudio Spadotto

46 Criatividade

Garrafas usadas integram irrigador solar automático

09 - GranBio já opera plantade etanol 2G desde 2014

11 Caderno CanaMix

16 - Setor canavieiro nordestinovai à luta

18 - CEISE Br continua lutaem Brasília

20 - Setor espera crescimentoda demanda por etanol

22 - Especialista defendeuso de novas tecnologias

23 - Controle de microrganismosmelhora a eficiência do etanol

26 - Opinião - Energia renovada,vida melhor - por Arnaldo Jardim

28 - Propagação do Sphenophorus deve ser maior em 2015

29 - Setor estuda métodode precificação do etanol de sorgo

30 - Portal CanaMix

50 Tecnologia Agrícola

Tubos flexíveis permitem irrigação inteligente e prática

52 Pecuária

Opinião - Mitos e verdades sobrea carne suína - por Paola Buzollo

55 - MAPA publica PNCRC 2015da área animal

56 Bioestimulantes

Vermicomposto podeincrementar produtividadevegetal em até 20%

64 Gestão

Embrapa Instrumentação terá inovação intensificada

66 Sustentabilidade

John Deere defende produção com preservação

48Tecnologia AgrícolaAgricultura tem

espectroscopia

como aliada

59CitrusIAC lança programa

Citricultura

Nota 10

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Raízen inaugura planta de etanol celulósicoem Piracicaba

Capa

Da Redação

Com investimento de R$ 237 milhões, a Raízen inaugurou oficialmente, dia 22 de julho, sua planta para produção de etanol celulósico, interligada à usina Costa Pinto, em Piracicaba, SP. A unidade, que ocupa 30 mil m² e tem capacidade instalada para produzir anualmente 42 milhões de litros do biocombustível, já operava em escala de testes desde novembro de 2014 produzindo etanol de segunda geração (2G), que é obtido a partir do bagaço e da palha da cana-de-açúcar.

De acordo com o diretor-executivo de etanol, açúcar e bioenergia da Raízen, João Alberto Abreu, na primeira safra a planta 2G vai produzir 10 milhões de litros do bio-combustível celulósico, volume contemplado na curva de aprendizado da escala comer-cial da nova tecnologia. Quando estiver operando em plena capacidade, o volume total

Cerimônia de inauguração da unidade de produção

de Etanol 2G da Raízen, em Piracicaba, SP

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7Quando estiver operando em plena capacidade, o volume total produzido pela unidade Costa Pinto - etanol 2G e convencional - deve ser ampliado em 50%, alcançando 80 milhões de litros

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produzido pela unidade Costa Pinto - eta-nol 2G e convencional - deve ser ampliado em 50%, alcançando 80 milhões de litros.

A planta é a única com inter-ligação dos processos de produção do biocombustível de primeira e de segunda gerações, com setores de fermentação e destilaria compartilhados, o que garante efi ciência e ganhos logísticos ao grupo. De acordo com o vice-presidente de eta-nol, açúcar e energia da Raízen, Pedro Mi-zutani, o desenvolvimento do projeto para produção do etanol 2G, até a conclusão da primeira usina, consumiu mais de uma década de pesquisas e testes.

A produção do biocombus-tível celulósico da Raízen contou com a parceria da Iogen Corporation, empresa canadense de biotecnologia, que possi-bilitou a formação da joint venture Iogen Energy, que é a detentora da tecnologia de processo da biomassa para produção do etanol de segunda geração. Com a tecno-logia 2G, os resíduos da cana passam por um prétratamento com desestruturação das fi bras, que depois são transformadas em açúcares solúveis por meio de hidróli-

se enzimática.De acordo com Mizutani, a produção de etanol de se-

gunda geração deve ser algo competitivo para a empresa nos pró-ximos três a quatro anos, quando alguns entraves tecnológicos, especialmente em relação ao custo das enzimas utilizadas, forem solucionados. Outros desafi os dizem respeito ao desenvolvimento de novas tecnologias e equipamentos que podem, por exemplo, re-duzir a presença de areia no bagaço da cana, o que leva à interrup-ção do processo produtivo.

O vice-presidente da Raízen considera que a fase ainda é de aprendizado. “Ainda há entraves para serem resolvidos. É pre-ciso buscar como etanol de segunda geração um ganho de escala para reduzir os custos. É um aprendizado ainda. Apesar da gente já ter a planta em escala comercial, há muito o que evoluir para tornar o etanol competitivo”, disse. O parâmetro de competitividade consi-derado por Mizutani é produzir o combustível de segunda geração com o mesmo custo do etanol de primeira geração, feito a partir da moagem da cana-de-açúcar.

O custo do etanol convencional hoje é um pouco supe-rior a R$ 1,10 por litro, enquando o biocombustível celulósico fi ca ligeiramente abaixo dos R$ 1,40. Para a Raízen, as contas vão co-meçar a se equilibrar quando houver redução do custo das enzimas utilizadas no processo de produção e melhorias na produtividade dos canaviais.

Segundo o diretor executivo de produção da Raízen, Antonio Alberto Stuchi, o aumento na capacidade de produção do etanol celulósico também vai gerar economia nos processos. “Se

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Capanossa planta performar os 290 litros por to-nelada, quando conseguirmos trazer toda a biomassa do campo, já teremos custo mais competitivo”, disse.

A unidade de etanol 2G em Pi-racicaba é a primeira de um projeto total de oito usinas com capacidade de produção prevista em 2 bilhões de litros. As usinas devem entrar em operação até 2024 e vão custar cerca de R$ 2,5 bilhões. Este plano de ampliação, que em princípio parece au-dacioso, tendo em vista a situação de crise pela qual passa o setor sucroenergético, não pode ser relacionado à situação atual do mercado. Segundo João Alberto Abreu, “a crise não afeta essa questão específi-ca, pois o produto tem muita demanda nos mercados interno e externo”.

A presidente Dilma Rousseff, que tem enfrentado críticas por conta da falta de políticas eficientes para garantir a recuperação do setor sucroenergético, participou da inauguração da unidade. Se-gundo ela, o etanol 2G é a “materialização de um sonho”. Dilma afirmou que a Raízen está na vanguarda da produção de etanol e a nova planta integrada à usina Costa Pinto representa o futuro nos combustíveis renováveis. “Ele (etanol) nos qualifica ain-da mais nas negociações internacionais sobre mudanças climáticas”, observou Dilma, referindo-se à participação do Bra-sil na COP 21, a conferência do clima que ocorrerá em Paris no final do ano.

Investimento - O empreendi-mento contou com 90% de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que apor-tou R$ 207,7 milhões. A seleção foi feita pelo programa Inova Empresa, parte do Plano Nacional de Apoio à Inovação Tec-nológica e Industrial dos Setores Sucroe-nergético e Sucroquímico. De acordo com o diretor da instituição, Júlio César Maciel,

o BNDES está direcionando a maior parte dos seus investimentos na área de etanol ao desenvolvimento da produção de se-gunda geração.

Segundo Maciel, essa políti-ca tornou-se prioridade a partir de estudo recente, realizado em conjunto com o La-boratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), que indicou a oferta em larga escala como caminho mais viável a ser trilhado no setor hoje. O custo de pro-dução, segundo o estudo, poderá chegar a 40% do etanol convencional. Entre as al-ternativas tecnológicas em vista e que já contam com aportes da instituição, há tan-to usina dedicada exclusivamente ao eta-nol 2G como instalação modular acoplada à uma usina tradicional .

“O Brasil está na vanguarda nessa área. Já tem três usinas de produção de etanol de segunda geração e vai con-tar com uma terceira unidade em breve”, disse sem mencionar nomes. No momento há a Raízen e a GranBio. O Centro de Tec-nologia Canavieria (CTC) também trabalha num projeto desse tipo. Por volta de 2018, calcula o executivo, as melhores alternati-vas industriais começarão a se difundir no mercado, dando início a um salto de produ-tividade que, na prática significará sair de 2,5 mil litros/ha para 7 mil litros/ha.

No CTC, os trabalhos para o desenvolvimento do etanol a partir de bio-massa tiveram início em 2006, sendo a téc-nica escolhida a de hidrólise enzimática. O projeto, inovador, será totalmente integra-do aos processos de geração de etanol já existentes nas usinas que operam no Brasil, visando à otimização dos custos de instalação e operação. O projeto está sen-do desenvolvido em escala semi-industrial em parceria com as empresas Novozymes e Andritz. A escala comercial deve ser al-cançada até 2018.

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GranBio já opera plantade etanol 2G desde 2014

Criada em junho de 2011, a GranBio opera a primeira planta em escala comercial de etanol celulósico do Hemis-fério Sul. A fábrica, batizada de Bioflex 1, está em funcionamento desde setembro de 2014, em Alagoas, a 55 quilômetros do porto de Maceió. A planta tem capacidade para produzir 82 milhões de litros do bio-combustível por ano.

Eleita em 2013 uma das em-presas mais inovadoras da América do Sul pela revista americana Fast Company, além de figurar entre as 10 empresas mais inovadoras do País, segundo a edição de junho de 2015 da revista Forbes, a GranBio possui um Centro de Pesquisas em Biolo-

gia Sintética e uma Estação Experimental, em Barra de São Miguel, AL, para desen-volvimento de novas fontes de biomassa. Com 60 hectares de área, tem foco no de-senvolvimento de cana-energia, variedade batizada pela empresa de Cana Vertix.

De acordo com a empresa, a cana-energia é uma variedade desenvol-vida a partir do cruzamento genético de tipos ancestrais e híbridos comerciais de cana-de-açúcar. O resultado é uma cana mais robusta, com maior teor de fibra e po-tencial produtivo, ideal para fabricação de biocombustíveis e bioquímicos de segun-da geração. Uma das vantagens é poder ser plantada em áreas degradadas de pas-

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oriz

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A GranBio possui um Centro de Pesquisas em Biologia

Sintética e uma Estação Experimental, em Barra

de São Miguel, AL, para desenvolvimento de novas

fontes de biomassa

Arq

uivo

to - não competindo, assim, com alimentos - e colhida em qualquer período do ano. O diretor agrícola da GranBio, José Bressiani, chama a atenção para a im-

portância do investimento na produção do etanol de segunda geração: “É a melhor ener-gia de todas porque consegue alta produtividade com menos custo, além de ser o com-bustível comercial mais limpo do mundo, 13 vezes mais eficiente do que a gasolina e de 6 a 7 vezes do que o etanol de primeira geração”, afirma o diretor.

Bioenergia - Na fábrica da GranBio, a lignina, um dos subprodutos da pro-dução do 2G, é queimada junto com o bagaço para gerar energia elétrica. Segundo a empresa, é a primeira vez que a lignina é usada para esse fim na indústria sucroenergé-tica, em um processo ainda mais sustentável que o da primeira geração, tanto pela baixa quantidade de CO2 lançada na atmosfera quanto pela quantidade de resíduos gerada.

O sistema de cogeração, uma parceria entre a GranBio e o grupo Carlos Lyra, tem uma capacidade de geração de vapor de 200 toneladas por hora para abas-tecer as duas usinas e ainda exportar um excedente para a rede de 135 mil MWh/ano, o suficiente para abastecer uma cidade de 300 mil habitantes. O sistema está programado para operar durante onze meses no ano, o equivalente a oito mil horas, no período de safra e entressafra da usina Caeté.

Desde 2013 a GranBio tem participação na empresa americana de tecnolo-gias limpas, American Process Inc., API. Na área de bioquímicos, é parceira da Rhodia - empresa do Grupo Solvay - em um projeto pioneiro para produção de bio n-butanol, usa-do na fabricação de tintas e solventes. A GranBio é controlada pela GranInvestimentos S.A., holding da família Gradin, e tem a BNDESPar, empresa de participações do BNDES, como acionista minoritário, com 15% do capital total.

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CriseCanavieiros nordestinosvão à luta

Sphenophorus Propagaçãodeve ser maior em 2015

SorgoSetor estudamétodo de precifi cação

GRANBIO E RAÍZEN A vanguarda do etanol 2G

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E N T R E V I S T A

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Acabou a paciência como governo, diz Unida

Marcela Servano

Presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) afirma que a falta de política estratégica para o setor sucroenergético na região tem feito produtores pensarem em desistir da cultura

Desastrosa. É a palavra usada por Alexan-dre Lima, da Unida, para classificar a política praticada pelo governo em relação ao setor de cana-de-açúcar no Nordeste. Em entrevis-ta à Terra&Cia, Lima lista as principais reivin-dicações do segmento e afirma que os cana-vieiros da região precisam de ajuda urgente.

Terra&Cia - Quais dificuldades o seg-

mento canavieiro do Nordeste tem enfren-

tado?

Alexandre Lima - As principais dificul-dades são o atraso do pagamento da sub-venção, os preços baixos da matéria prima, cana de açúcar, que é decorrente da política desastrosa do governo federal com o setor sucroenergético nos últimos anos, além dos

Entrevistado, Alexandre Lima

Div

ulg

ação

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E N T R E V I S T A

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pagamentos atrasados de algumas usinas aos fornecedores de cana, que compram a nossa matéria prima, vendem açúcar e etanol e não pagam pela cana.

T&C - O que o Governo tem feito?

AL - A presidente Dilma Rousseff sancio-nou a lei 12.999/14, legislação que determina o pagamento de R$ 12 por toneladas de cana dos produtores independentes da região Nordeste e do Rio de Janeiro. A referida lei tem prazo de validade até 2015. Todavia, até agora, o governo federal não sinalizou sobre o pagamento da lei, bem como não publicou decreto que regulamenta o pagamento Para piorar, a presidente sempre pede um pouco de mais paciência aos canavieiros, mas, até o momento, não há definição de nada.

T&C - A situação piorou muito esse ano

com a crise?

AL - Com certeza. A crise tem atrapalhado diretamente a questão relativa ao pagamen-to da subvenção para o setor canavieiro. Por outro lado, é preciso reconhecer a adoção de importantes políticas públicas a pedido do setor sucroenergético, a exemplo da volta da Cide na gasolina, e o aumento da mistura do anidro na composição da gasolina de 25% para 27%, que estão amenizando um pouco os problemas, porque veio a melhorar o con-sume de etanol, mas ainda não é o ideal.

T&C – A mistura poderia ser maior?

AL - De fato, o aumento da mistura já ocor-reu. Contudo, ainda pode elevar mais 0,5% de anidro na gasolina, conforme a proposta original do então deputado federal Arnaldo Jardim, hoje atual secretário da Agricultura do Estado de São Paulo. Esse aumento não causará dano aos carros, conforme já foi in-formado pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

T&C - Nomes como Kátia Abreu (Agri-

cultura) e Armando Monteiro (Desenvolvi-

mento) melhoraram a relação com setor?

AL - O ministro Armando é um profundo conhecedor do setor canavieiro. Ele tem nos ajudado no que pode fazer. Tem sido um in-terlocutor importante junto ao governo federal em relação à defesa de nossas pautas. Em relação à ministra Kátia Abreu, outra profunda conhecedora do setor agropecuário no Brasil, inclusive por ter sido presidente da CNA, já conhece bem as dificuldades do setor. As-sim, a ministra foi fundamental no processo de assinatura do decreto de regulamentação da lei 12.999 (subvenção da cana). Ela já as-sinou o decreto, porém, há meses, encontra--se no aguardo da assinatura do Ministro da Fazenda, pasta onde nada evoluiu até hoje.

“As relações com os sindicatos das usinas

não estão boas”

T&C - Como está o fornecimento nas

usinas já que muitos reclamam de atrasos

no pagamento? Muitos trabalhadores es-

tão mudando de área por conta da crise?

AL - Existem atrasos de pagamentos há mais de três anos por parte de algumas usi-nas, principalmente no estado de Alagoas. Desse modo, há sim uma grande tendência dos nossos associados em mudar da cultura da cana de açúcar para a pecuária, causan-do, consequentemente, um grande desem-prego na região.

T&C – Como estão as relações com os

sindicatos das usinas?

AL - As relações com os sindicatos das usinas não estão boas. Isto porque, apesar das dívidas, não há evolução nas negocia-ções dos pagamentos atrasados das usinas. Desse modo, os ânimos não estão bons.

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Política Setorial

Setor canavieironordestino vai à luta

A crise econômica que assola o

Brasil tem prejudicado diversas áreas, fazen-

do o País passar por um doloroso ajuste fiscal.

Com a piora da situação, setores que já sofriam

com problemas econômicos foram ainda mais

afetados, caso do setor canavieiro que ainda

amarga efeitos do colapso econômico de 2008.

Cansados de tantas promessas,

os produtores de cana-de-açúcar nordestinos

se reuniram em uma audiência na Assembléia

Legislativa de Alagoas, no final de junho. O en-

contro teve a presença de dez deputados e do

secretário secretario estadual da Agricultura, Ál-

varo Vasconcelos.

A iniciativa foi liderada pela União

Nordestina dos Produtores de Cana (Unida),

presidida por Alexandre Andrade Lima, que re-

presenta 23 mil produtores de cana da região.

O presidente diz que vários motivos os levaram

a tomar está decisão.

Segundo ele as principais dificul-

dades são o atraso do pagamento da subven-

ção, os preços baixos da matéria prima, cana-

-de-açúcar, decorrente da política desastrosa do

governo federal para o setor sucroenergético nos

últimos anos. Além dos pagamentos atrasados

de algumas usinas aos fornecedores de cana.

A reunião foi apenas o primeiro

passo, pois os produtores pretendem pressio-

nar ainda mais o Governo e a indústria. O presi-

dente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do

Álcool do Estado de Alagoas (Sindaçúcar-AL),

Pedro Robério Nogueira, afirma que a situação

está insustentável.

“O setor sucroenegético de Ala-

goas está passando pela mesma crise que vem

se abatendo no âmbito nacional desde 2008,

decorrência do congelamento de preços impos-

to ao etanol em função da política de subsídios

do Governo Federal ao preço da gasolina”, dis-

se Robério.

Alagoas teve uma redução no

volume de cana produzidas, de 30 milhões de

toneladas para 23 milhões. O Estado também

sofre com as seguidas secas na região e com os

baixos preços de mercado.

Neste ano por conta da crise eco-

nômica e do ajuste fiscal que país está passan-

do tudo tende a ser ainda pior. Os produtores

cobram da presidente Dilma Rousseff o cumpri-

mento da lei 12.999/14, sancionada em julho de

2014, que determina o pagamento de R$ 12 por

tonelada de cana dos produtores independen-

tes da região Nordeste e do Rio de Janeiro.

A referida lei tem prazo de valida-

de até o fim de 2015. Todavia, segundo Lima

até agora, o governo federal não sinalizou sobre

o pagamento, bem como não publicou decre-

to que regulamenta a liberação do dinheiro. “O

que irrita o setor é o fato da presidente sempre

pedir um pouco mais de paciência aos cana-

vieiros e não definir a situação”.

Algumas medidas foram toma-

das pelo Governo Federal no início do ano: a

reintrodução da Contribuição de Intervenção no

Domínio Econômico – CIDE sobre a gasolina e o

aumento da mistura do anidro na composição da

gasolina de 25% para 27%. O presidente da Uni-

da relata que as medidas estão amenizando um

pouco os problemas, mas ainda não é o ideal.

“De fato, o aumento da mistura já

ocorreu. Contudo, ainda pode elevar mais 0,5%

de anidro na gasolina, conforme a proposta ori-

ginal do então deputado federal Arnaldo Jardim,

Marcela Servano

Segundo o presidente do Sindaçúcar-AL, Pedro Robério, Alagoas teve uma redução no

volume de cana produzidas, de 30 milhões de toneladas

para 23 milhões

Div

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ação

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hoje atual secretário da Agricultura do Estado de

São Paulo. Esse aumento não causará dano aos

carros, conforme já foi informado pela Associa-

ção Nacional dos Fabricantes de Veículos Auto-

motores – ANFAVEA” salientou Lima.

O Presidente do Sindaçúcar diz

que neste momento delicado todos têm que fa-

zer sua parte: Governo, indústria e usinas. Pe-

dro Robério ainda sugere iniciativas que podem

ser tomadas, como a implantação de um pro-

grama que visa devolver às empresas perdas

impostas pela crise e a criação de um mecanis-

mo de longo prazo para a irrigação e renovação

dos canaviais nordestinos.

Outra medida sugerida diz respei-

to à dinâmica de comercialização do etanol, com

a possibilidade de venda direta das usinas aos

postos de revenda. “É preciso mobilizar todos os

elos da cadeia produtiva, acionar todos os po-

deres públicos, cada um, em sua área de atu-

ação, para contribuir com a solução e equacio-

namento. É necessário também promover ações

no Fórum Nacional Sucroenegético e levá-las ao

Congresso Nacional” destacou Robério.

Inadimplência - Outro fator que

incomoda o setor é as constantes acusações

de inadimplência de alguns usineiros. Para

combater isso a Unida sugere alterações na

liberação do pagamento da subvenção ao eta-

nol nordestino, contida na lei 13.000/14. “Va-

mos pedir para que tais usinas inadimplentes

sejam suspensas também desse benefício”,

disse Lima.

Tal medida será tratada com os

ministérios da Fazenda e da Agricultura. Lima

ainda frisou que não é justo o governo federal

dar um subsídio pelo etanol dessas unidades

industriais que o combustível foi fabricado com

a cana-de-açúcar (não paga) do fornecedor.

Isso seria estimular a inadimplência delas, e,

portanto, uma grande injustiça com o agricultor.

Existem denúncias de atrasos de

pagamentos há mais de três anos por parte de

algumas usinas, principalmente no estado de

Div

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ação

Alagoas. O Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool-AL, diz quem vem

mantendo permanentemente diálogo com o segmento dos fornecedores e

trabalhadores no sentido de encontrar-se o melhor caminho para superarem

esse momento agudo de crise.

“Nos dois casos temos obtido sucesso nas negociações de-

clarou o presidente”. Pedro Robério ainda afi rmou que o setor não passa por

uma crise de credibilidade, pois todos têm consciência geral do momento

delicado.

As relações com os sindicatos dos trabalhadores e das usi-

nas não estão boas. Isto porque, apesar das dívidas, não há evolução nas

negociações dos pagamentos atrasados. Desse modo, os ânimos seguem

alterados. Segundo relatos, alguns associados já planejam mudar de cultu-

ra da cana-de-açúcar para a pecuária, causando, consequentemente, um

grande desemprego na região.

Manifestação - Os produtores planejam manifestações con-

tra o Governo em estados nordestinos e no Rio de Janeiro. “A paciência

com o governo federal acabou “, bradou Lima da tribuna da Assembleia

Legislativa de Alagoas, para um público formado por políticos, membros

do governo estadual, dirigentes e fornecedores do setor canavieiro do Es-

tado e do Nordeste.

Segundo os produtores a última promessa foi dada pelo Ministé-

rio da Fazenda, condicionando o pagamento após a aprovação do ajuste fi scal

da União pelo Congresso Nacional, fato que já aconteceu, mas até agora nada

de subvenção. O dirigente disse que cansou desse jogo sem fi m e teme que o

prazo da lei perca validade, ela termina em dezembro deste ano.

Por esses fatores os associados decidiram promover protesto

em visitas da presidente Dilma Rousseff nos estados produtores de cana

da região. Lima concluiu o discurso dizendo que a presidente, além de não

garantir aos canavieiros o que consta na lei. Apenas a sancionou para ilu-

dir os agricultores, porque naquela época faltavam quatro meses da eleição

presidencial, o que fez com que a maioria votasse nela, sem que em nenhum

momento, fosse falado de problemas fi nanceiro. (Com informações comple-

mentares da Assessoria da Unida)

Alexandre Andrade Lima,da Unida: “A paciênciacom o governo federalacabou

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Política Setorial

CEISE Br continua luta em Brasília

O setor sucroenergético é extremamente produtivo e tem tecnologia de ponta, mas a crise atual atingiu fortemente a indústria de bens de capital, principalmente em Sertãozinho e Pira-cicaba, maiores polos industriais da cadeia. A afi rmação é defen-dida pelo diretor técnico e o gerente executivo do CEISE Br, Paulo Gallo e Sebastião Macedo. “O setor enfrenta forte concorrência no mercado internacional, apesar de termos a melhor tecnologia e qualidade. Isso se deve ao fato de nossos concorrentes apresenta-rem máquinas e equipamentos mais baratos e com fi nanciamento aprovado”, disse Gallo.

Os representantes do CEISE Br participaram de reu-nião com o Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, para discutir uma agenda de propostas e soluções para a crise da cadeia produtiva da cana-de--açúcar, dia 14 de julho, em Brasília, DF.

O deputado e presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Sucroenergético, Sérgio Souza, também marcou

Representantes do CEISE Br participaram de reunião com o

Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,

Armando Monteiro Neto

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Br

presença, assim como outros parlamenta-res e representantes de entidades ligadas ao setor.

Na oportunidade, o presiden-te do Sindaçúcar e vice-presidente do Fórum Sucroenergético, Renato Cunha, ressaltou a questão da “permanência da CIDE em patamares plenos e corrigidos”. Já Eduardo Leão, diretor da União da In-dústria de Cana de Açúcar (Unica), des-tacou a necessidade de investimentos na melhoria da efi ciência dos carros fl ex. Ele também demonstrou preocupação quan-to ao crescimento da Tailândia e da Índia, “que estão ganhando mercados por ex-portação a subsídios distorcidos”, disse Leão.

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Gallo apontou para a neces-sidade de investimentos em cogeração de energia a partir da biomassa da cana e pediu já apoio do Ministério de Minas e Energia ao programa de retrofi t como so-lução imediata para alavancar a produção da indústria, que também contribui com o sistema de abastecimento elétrico. “As unidades produtoras precisam de recur-sos e o BNDES pode viabilizá-los, dando condições para investimento em retrofi t, gerando caixa adicional, criando empre-gos e contribuindo para a sustentabilida-de ambiental”, observou.

O ministro Armando Monteiro pediu detalhamento do projeto de retro-fi t e disse ter razões para acreditar que o setor voltará a ter seu espaço, dada a

sua importância para o país. Monteiro se mostrou disposto a engajar mais áreas do governo federal para acompanhar o setor sucroenergético. “Precisamos somar de maneira sinérgica para alcançarmos al-guns objetivos para o setor”, ressaltou.

O Ministro também se com-prometeu em viabilizar a reativação do Conselho Interministerial do Açúcar e Álcool (Cima); solicitou a elaboração de estudo que mostre o impacto da arreca-dação a partir da CIDE; além de se com-prometer com a Frente Parlamentar em Defesa do Setor Sucroenergético, através do deputado Sérgio Souza, a levar o tema para a Conferência das Partes (COP 21), que acontecerá no fi m de novembro, na França.A

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VII Simpósio de Tecnologia de Produção de Cana

Setor esperacrescimento dademanda por etanol

O estoque mundial de açú-car está acima do desejado e os países produtores enfrentam queda de preços internacionais. O Brasil, maior exportador com 46% de participação, também não en-controu fórmula para sustentar as vendas em patamares razoáveis. Por outro lado, o etanol caminha rumo à recuperação. A de-manda interna de álcool hidratado vem su-bindo, mas o setor ainda precisa de regras claras para voltar a investir.

A análise foi discutida por mais de 600 empresários, profissionais, consultores e técnicos que participaram do VII Simpósio de Tecnologia de Produção de Cana-de-Açúcar realizado em julho no município de Piracicaba, SP. O momento econômico do setor sucroenergético domi-nou as discussões durante o evento.

“Devido à depressão dos pre-ços do açúcar, o etanol deve ser o principal condutor na retomada da atividade”, con-firmou Alexandre Enrico Figliolino, diretor de Agronegócios do Itaú BBA. Segundo ele, é preciso conseguir melhorar o nível de rentabilidade para o fortalecimento das usi-nas. “Existe demanda, mas em relação a preços está longe de proporcionar o equi-líbrio necessário. Os níveis de produção estão próximos aos do ano passado, mas com maiores custos para as usinas. Nesse cenário, o investimento praticamente ine-

xiste”, observou.Ainda segundo Figliolino, o

caminho para a expansão deve partir de políticas de governo que auxiliem a recu-peração, e também do setor privado, com investimento contínuo em novas tecnolo-gias. Já o diretor da Datagro, Plínio Nastari, apontou ações para contornar as adversi-dades do momento, citando a continuida-de do investindo na implantação de varie-dades mais produtivas para reduzir riscos no perfil varietal.

Outros pontos abordados por Nastari foram o aproveitamento do bagaço e palha para geração elétrica; incentivos para aumento da eficiência do uso do eta-nol em veículos; assim como a busca por um mix de produção mais lucrativo para cada unidade produtora, com atenção e acompanhamento do mercado. O consul-tor disse ainda que é preciso concentrar esforços para reduzir custos e melhorar o desempenho operacional e que “as usinas devem aplicar todo o resultado na redução do endividamento”.

Assim como o diretor de Agro-negócios do Itaú BBA, Plínio Nastari desta-ca o etanol como principal esperança para a retomada. “A demanda de etanol está em crescimento novamente e, em função dos preços baixos de açúcar, se torna uma al-ternativa mais interessante”, afirmou.

Para Figliolino, o caminho para a expansão deve partir de políticas de governo que auxiliem a recuperação, e também do setor privado, com investimento contínuo em novas tecnologias

Nastari defende investimentos na implantação de variedades mais produtivas para reduzir riscos no perfil varietal

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Especialista defende uso de novas tecnologias

Uma das novas tecnologias destacadas para ajudar a atividade a aumentar a rentabilidade sem representar elevação dos custos operacionais é o uso da palha da cana para a cogeração de energia elétrica. O tema foi abordado pelo pesquisador do CTBE, João Luis Nunes Carvalho.

Segundo Carvalho, apostar na cogeração é fundamen-tal para que as usinas comecem o processo de recuperação: “Se pegarmos as empresas que cogeram energia e as que não coge-ram, nós conseguimos defi nir quem está pagando as contas em dia e quem não está”, afi rmou.

O pesquisador ressaltou que tem havido maior preo-cupação econômica na exploração da palha pela indústria. Mas ele lembrou que deve haver ponderação. Ao retirar toda a palha da cana-de-açúcar do solo, há grande possibilidade de perdas na produtividade das próximas safras.

“É preciso fazer análise técnica, econômica e ambiental para esse subproduto voltar como recursos para o gestor desse ne-gócio”, disse. Carvalho também frisou que é importante observar as características de cada região para, então, verifi car se a palha deve ou não ser retirada e em que quantidade. “A palha é um recurso que

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devemos usar com sabedoria e a favor do agronegócio”, fi nalizou.

Vinhaça - No VII Simpósio de Tecnologia de Produção de Cana-de-Açú-car, o engenheiro agrônomo Luiz Paiva fa-lou sobre o uso de vinhaça concentrada na adubação da cana-de-açúcar. Segundo ele, a utilização da técnica é de grande im-portância para contribuir para o aumento da produtividade.

Além de proporcionar mais efi ciência logística e de transporte, é pos-sível usar o potássio de forma mais racio-nal e há ainda a possibilidade de reciclar o potássio em 100% da área colhida. “Assim como no caso da palha, a vinhaça concen-trada é um grande benefício que o setor pode colher”. Para Paiva, fazer uso da vi-nhaça concentrada é uma saída para que as empresas gerarem dinheiro novo.

O uso da palha da cana para a cogeração de energia elétrica é uma das novas tecnologias destacadas para ajudar a atividade a aumentar a rentabilidade sem representar elevação dos custos

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Pesquisa & Desenvolvimento

Controle de microrganismos melhoraa efi ciência do etanol

O primeiro passo é conhecer quais são os microrganismos presentes na indústria. Alguns trabalhos já descreviam algumas espécies e gêneros encontrados nas usinas, mas pesquisadores da Embra-pa, com participação da Universidade Ca-tólica de Brasília, fi zeram um estudo com duas novidades principais. Para começar, pela primeira vez, em uma usina sucro-energética foram identifi cadas arqueias, seres vivos ainda recentemente agregados ao conhecimento científi co. Outra novida-de é o uso de técnicas de busca de fungos e bactérias a partir do DNA.

A abordagem mais moderna conhecida como metagenômica, utilizada pela Embrapa Agroenergia nesse estudo, permite extrair o DNA das amostras sem necessidade de cultivo em meio sintéti-co, de forma que os cientistas conseguem explorar 99% de microrganismos que não são identifi cados pelos métodos clássicos. Pelas metodologias tradicionais, para sa-ber se há microrganismos em um determi-nado ambiente, as amostras que chegam ao laboratório são inseridas em meios de cultivo e espera-se que bactérias e fungos cresçam ali para então identifi cá-los. O

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Sede da Embrapa Agroenergia, que desenvolve pesquisas na área de metagenômica

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problema é que apenas 1% dos microrganismos pode ser cultivado no laboratório.

Os microrganismos não comprometem a qualidade do etanol, tampouco a presença deles no ambiente de produção repre-senta risco. Pelo contrário, é esperada em qualquer local não este-rilizado, como é o caso das usinas, ressalta a pesquisadora Betania Ferraz Quirino, da Embrapa Agroenergia. Só que eles podem reduzir o volume de produção.

O etanol é gerado também por um microrganismo, a le-vedura Saccharomyces cerevisiae, que consome o açúcar do caldo da cana e o converte no biocombustível. No entanto, tal como ervas daninhas, outros microrganismos podem competir com essa leve-dura pelo açúcar, deixando menos carboidratos disponíveis para a fermentação e, consequentemente, para a produção de etanol.

Eles também podem produzir ácidos orgânicos que ini-bem a atividade metabólica da Saccharomyces cerevisiae, além de gerar biofilmes (camada de microrganismos e matéria orgânica que se acumula no interior das tubulações) que comprometem o funcio-namento dos equipamentos da indústria, exigindo paradas para lim-peza. Esse fato encarece o processo de produção, além de poder danificar os equipamentos.

Para as análises na pesquisa da Embrapa, foram cole-tadas amostras de seis produtos, de diferentes etapas do processo de produção do etanol: caldo de cana proveniente de uma única propriedade rural, caldo de cana de diversas propriedades mistura-do, caldo clarificado, caldo evaporado, mosto e vinho. Nas etapas iniciais de produção, o estudo identificou bactérias associadas ao solo e às próprias plantas de cana-de-açúcar. Assim, a diversida-de aumenta quando se analisa a mistura de caldos de canas de diferentes propriedades, já que se tem maior variedade de solos e plantas, explica a pesquisadora da Embrapa Agroenergia Betania Quirino. Leuconostoc foi o gênero predominante no primeiro caldo e Lactobacillus, no segundo.

As etapas seguintes do processo de produção nas usi-nas utilizam altas temperaturas, o que faz a diversidade de bactérias diminuir drasticamente. No caldo evaporado e no caldo clarificado, os testes encontraram principalmente DNA de gêneros capazes de produzir biofilmes. Essa característica é um dos fatores que pode explicar a sobrevivência desses microrganismos em ambiente com alta temperatura. Ao mesmo tempo, os biofilmes produzidos consti-tuem um dos fatores de comprometimento de produtividade causa-do por microrganismos.

Já na etapa de fermentação, Lactobacillus voltam a

ser o gênero dominante. Eles eram encon-trados em grande número nas primeiras etapas de produção, mas a população cai drasticamente durante as fases que utili-zam altas temperaturas. Uma possibilidade é que a etapa final favoreça a proliferação dos poucos sobreviventes, que crescem rapidamente. No entanto, também é pos-sível que os equipamentos contenham Lactobacillus de fermentações anteriores, que passam, então, a ser encontrados no vinho. Isso reforça a necessidade de lim-peza cuidadosa dos equipamentos.

Na busca por fungos e ar-queias, os cientistas da Embrapa Agro-energia conseguiram encontrar material genético desses microrganismos apenas nas amostras dos dois produtos das eta-pas mais iniciais estudadas: o caldo e a mistura de caldos. Contudo, não é possí-vel descartar a presença deles nas fases seguintes da produção.

Catálogo - As principais se-quências de DNA de fungos encontradas são de espécies ainda não classificadas, o que sugere a presença de uma rica diver-sidade desses microrganismos, diferen-te do que apontam os estudos baseados apenas em métodos de cultivo. Betania conclui que este estudo encontrou uma di-versidade microbiana na indústria de eta-nol maior do que a conhecida até então. Quanto às arqueias, grande parte do ma-terial encontrado pertence ao filo Thaumar-chaeota, o mais abundante na Terra.

Mas a pesquisadora ressalta que este é um espaço para muitas outras descobertas. Para começar, boa parte dos microrganismos encontrados ainda não foi classificada pela ciência e é possível que existam arqueias e fungos nos estágios mais avançado de produção que não pu-deram ser detectados até agora.

Pesquisa & Desenvolvimento

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Energia renovada,vida melhor

Opinião

*Arnaldo Jardim

Enquanto o mundo caminha na direção certa de subs-tituir combustíveis fósseis por renováveis, o Brasil está andando na contramão. Um grande exemplo deste caminho foi o comunicado divulgado pelos líderes do G7, no dia 8 de junho de 2015, apoiando metas ambiciosas para a redução das emissões de CO².

Uma das melhores alternativas que o País dispõe em escala comercial e imediatamente disponível para combater o aque-cimento global, o Etanol, foi colocada no limbo quando políticas econômicas e energéticas favoreceram os combustíveis fósseis em detrimento da bioenergia. Para dependermos menos do refino do petróleo, será preciso políticas governamentais e visão de longo

prazo para o etanol, mas o governo federal tem oferecido o contrário: artificialismo e oscilações abruptas.

Potencial e capacidade para reverter esse quadro nós temos. O Plano Decenal de Energia elaborado pela Em-presa de Pesquisa Energética prevê o aumento da participação do etanol na ma-triz brasileira, dos 15,5%, em 2013, para 17,7%, em 2022. Uma medida importante recente foi tomada para atingirmos essa meta, quando aumentamos o percentual de etanol na gasolina, que passou a ser de 27% desde março deste ano e isto somen-te ocorreu por iniciativa do Parlamento.

Necessitamos de permanente inovação para o aproveitamento máximo do setor sucroenergético. Isto significa no-vos cultivares, evolução dos sistemas de produção, efetivação do etanol de base celulósica, etc. O maior exemplo de que a agricultura paulista trabalha em sintonia com o meio ambiente é como trata o setor sucroenergético. Trata-se de um setor que representa 44% do valor bruto da agrope-cuária paulista, sendo a maior atividade agrícola do estado, uma cadeia virtuosa que precisa de políticas públicas nacio-nais estáveis e duradouras.

O Estado de São Paulo é o maior produtor de cana-de-açúcar, com 56,2% da produção nacional. Além disso, 50,6% da produção de etanol e 63,5% de açúcar foram originárias das propriedades

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paulistas, na safra 2013/2014. No Estado de São Paulo, temos feito nossa lição de casa: somos pioneiros em pesquisa e de-senvolvimento na área de energia gerada a partir da biomassa de cana.

O governo estadual adotou uma série de medidas para melhorar o de-sempenho do setor. Dentre elas, a redução do ICMS para 12%, o incremento à logísti-ca com o apoio à construção do alcoolduto de Paulínia, quando zerou a destinada ao “retrofi t” visando assim estimular a geração de bioenergia e também ao simplifi car a estrutura tributária para estimular a cadeia da cogeração.

Essa confi ança pode ser tra-duzida em números. São Paulo é o maior produtor de bioeletricidade. Somente em março de 2015, a produção nacional de cana de-açúcar gerou 9.984 MW, dos quais 53% foram provenientes do estado. O Programa Cana, do Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, ligado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, com apoio de agências de fomento estadu-ais e federais e parcerias com a iniciativa privada, é referência nacional e um exem-plo para os países interessados na viabili-zação da canavicultura sustentável.

Conseguimos desenvolver 22 variedades de cana-de-açúcar para o setor sucroenergético. A meta para 2020, estipu-lada pela Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC), assinada em fevereiro deste ano, é de que a nossa matriz seja composta por 69% de energias limpas, o que só será possível se o etanol e a co-geração contribuírem com a maior parcela.

Desde a assinatura do proto-colo sócio ambiental do setor (Etanol Ver-de) até o fi nal da safra 2013/2014, cerca de 7 milhões de hectares deixaram de ser queimados. Assim, o setor deixou de emi-tir 26,7 milhões de toneladas de poluentes (monóxido de carbono, hidrocarbonetos e material particulado) e 4,4 milhões de tone-ladas de gases causadores do efeito estu-fa (metanol e óxido nitroso).

O Brasil pode ser vanguarda em energia limpa. Um dos caminhos é re-cuperar o etanol, combustível que, compe-tindo com os fósseis, é mais barato e cor-reto ambientalmente.

*Arnaldo Jardim é deputado

federal licenciado e atual secrerário de

Agricultura e Abastecimento do Estado

de São Paulo

rodapé de pagina

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Propagação do Sphenophorus deve ser maior em 2015

De acordo com informações do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), o Sphenophorus levis atingiu 150 municípios em 2014 entre os estados de Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e, principalmente, São Paulo, responsável por 54,6% da participação da safra. Segundo levantamento da consultoria Data-gro Alta Performance, a praga está presente em mais de 60% dos canaviais do noroeste paulista.

“Ensaios conduzidos pelo CTC demonstraram em par-celas experimentais que a cada 1% de colmos infestados, as perdas variam de 0,55% a 2,08% na produção agrícola e 1,63% a 13,34% na margem de contribuição no sistema agroindustrial”, afi rma Aline Zavaglia, pesquisadora da instituição.

“Por isso a atenção em 2015 deve ser redobrada, o sphenopherous tende a se propagar ainda mais”, diz Antônio César Azenha, gerente Sênior de Marketing do negócio agrícola da BASF. “Isso deve acontecer em função da redução de investimentos em tecnologias que o cultivo vem enfrentando, tendo em vista o pano-rama econômico do País associado às difi culdades que atingem o setor sucroenergético há pelo menos sete anos”, complementa Aze-nha.

Para o executivo, no entanto, há uma luz no fi m do túnel desde que tecnologias com boa relação custo benefício sejam ado-tadas e os produtores percebam o valor agregado.

A BASF tem reforçado as recomedações para o manejo adequado de pragas durante encontros técnicos com os produtores de cana-de-açúcar. Em julho, a empresa realizou um “Dia de Cam-po” específi co para demonstrar os benefícios do inseticida Regent® Duo, único no mercado de dupla ação para auxiliar no controle do Sphenophorus.

“O produto apresenta efeito de choque e residual (DUO), isto é, controla adultos imediatamente e ainda ofere residual sobre as larvas por mais tempo, eliminando os insetos antes de seu desenvolvimento”, diz Carulina Borges de Oliveira, gerente de ma-rketing para cana, amendoim e citrus da BASF.

Case de sucesso - “A propagação veloz do Shepnopho-rus se deu muito por conta da plantação contínua de cana-de-açú-car ao invés de mudas. Isso aconteceu devido a grande expansão do setor e a correria em se plantar cana, muitas vezes já contami-nadas. Consequentemente, a multiplicação do bicudo de cana e a

queda de produtividade foram inevitáveis”, comenta Paulo Roberto Artiolli, diretor agrí-cola da Tecnocana.

Na Tecnocana, parceira do Grupo Zilor, localizada em Macatuba, SP - e que cultiva cerca de 13 mil hectares de cana e produz anualmente 750 mil tonela-das - foi detectado em 2013 grande queda de produtividade decorrente do apareci-mento do Sphenophorus. Desde então, a empresa deu início a um trabalho mais mi-nucioso para combater a praga por meio de controles mecânico (rotação de cultu-ras) e químico (no plantio e cana soca).

Para Artiolli, o uso de Regent® Duo contribui nessa batalha contra o bicu-do de cana tem demonstrado muita efi ci-ência: “Residual de 200 dias, segurança maior para dar continuidade na produção, melhor relação custo x benefício (margem muito boa devida à baixa infestação) e evolução (análises técnicas comprovaram redução de 18% de 2013 para 2% em 2014 de tocos atacados)”, disse o produtor.

Antônio César Azenha, gerente Sênior de Marketing do negócio agrícola da BASF

Sanidade

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Setor estuda método de precificação do etanol de sorgo

Como acontece desde a dé-cada de 1990 com a cana de açúcar, o sorgo como matéria-prima para produção de etanol de primeira geração precisa de um método confiável e padronizado de precificação. Quando identificou o cresci-mento acelerado do interesse de agricul-tores e usineiros em testar seus híbridos de sorgo sacarino Malibu, a Nexsteppe decidiu encabeçar a criação deste siste-ma de remuneração.

“Nos inspiramos no Conse-cana, pois ele zela pelo equilíbrio entre o relacionamento de quem vende e quem compra os produtos vindo da cana. Que-remos a mesma prática com o sorgo”, diz a vice-presidente Comercial da Nexste-ppe para a América do Sul, Tatiana Gon-salves. Para desenvolver a metodologia do Consesorgo, a Nexsteppe contratou o engenheiro agrônomo Antonio Carlos Fernandes, consultor técnico do mercado sucroenergético.

O cálculo do valor da tone-lada de sorgo sacarino utiliza o peso de bagaço úmido da prensa (PBU) e o brix do caldo para estimar a porcentagem de fibra do sorgo e seu teor de açúcares fer-mentescíveis de cada produtor. Aplicando valores padrões de eficiência industrial é possível estimar o rendimento de etanol do sorgo sacarino e o seu correspondente valor econômico. Foram estudados apro-ximadamente 1,6 mil diferentes germo-plasmas de sorgo sacarino.

Segundo Fernandes, “a cana de açúcar possui, principalmente, três

açúcares: sacarose, glucose e frutose, sendo que o primeiro re-presenta mais de 90% do total e é o único cristalizável diretamen-te. Os demais, denominados açúcares redutores (AR), podem ser fermentados para produção de etanol, assim como a própria sa-carose. No sorgo sacarino, geralmente, a participação dos AR na composição total de açúcares é bem mais elevada, o que torna essa matéria-prima ideal para produção de etanol”.

Assim, por ser material dedicado exclusivamente para produção de etanol, a Nexsteppe concentrou o desenvolvimento do Consesorgo em modelo que remunera o produtor com base no rendimento teórico de etanol, sem a necessidade do conceito de ATR do Consecana.

Para o diretor de agronomia da Nexsteppe, Edson Corbo, é de suma importância saber qual será o retorno de in-vestimento, principalmente quando se trata de um cultivo que está começando a se estabelecer. “Contudo, estamos desenvolvendo o Consesorgo com muita dedicação. O trabalho desenvolvido para a cana está consolidado, mas levou algumas décadas. Já temos a primeira versão do Consesorgo em três anos e isso é um avanço enorme”, diz Corbo.

Nexsteppe está desenvolvendo a metodologia do Consesorgo, sistema de remuneração mais confiável e padronizado de precificação do sorgo sacarino para produção de etanol

Legislação

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Case Multiação entrega obra que benefi cia mais de 400 crianças

Centro Educacional Comunitário da Pastoral do

Menor no bairro Habiteto, em Sorocaba, ganhou um novo te-

lhado, quadra poliesportiva e reforma da cozinha. Local ade-

quado para estudar, praticar atividades físicas e ter uma boa

alimentação. São esses os principais ganhos das mais de 400

crianças e adolescentes atendidos no Centro Educacional

Comunitário (CEC) da Pastoral do Menor no bairro Habiteto,

em Sorocaba (SP), com a reforma da unidade, realizada pelo

Case Multiação, programa de ações sociais das marcas agrí-

cola e de construção da CNH Industrial, a Case IH e a Case

Construction Equipment.

A obra foi entregue à Pastoral do Menor por re-

presentantes da CNH Industrial, em um evento com ativida-

des recreativas e a participação de outras entidades apoiadas

pelo programa, como a Associação Pintura Solidária e a Liga

Sorocabana de Basquete (LSB).

“Acreditamos que no processo de desenvol-

vimento do país, a construção da formação de cidadãos é

fundamental, por isso apoiamos ações como essas e acom-

panhamos de perto o incremento na formação das crianças

e adolescentes”, ressalta Erika Michalick, responsável pela

área de Sustentabilidade da CNH Industrial. O Case Multia-

ção apoia ONGs de Sorocaba, entre elas a Pastoral do Menor,

desde 2008.

A unidade, que possui cerca de mil metros qua-

drados de área construída, passou por reforma do telhado,

construção de quadra poliesportiva, além da pintura das salas

de aula e melhorias na estrutura da cozinha para receber a re-

gularização do Corpo de Bombeiros e da Vigilância Sanitária.

“O telhado estava cheio de buracos, o que pre-

judicava as atividades em dia de chuva. E, nos dias de calor,

havia um desconforto térmico muito grande. Agora, as salas

são bem arejadas, pois foram cobertas com telha metálica du-

pla com isolamentos térmico e acústico, a mesma cobertura

utilizada na fábrica da CNH Industrial em Sorocaba”, explica

José Roberto Rosa, Coordenador Geral da Pastoral do Menor

na cidade, que acolhe em todas as unidades locais mais de

1,5 mil crianças e adolescentes com idade entre 5 e 17 anos.

As adaptações na cozinha também foram es-

senciais para que os assistidos tenham uma melhor qualidade

na alimentação que recebem no período que fi cam no CEC.

“Poderemos preparar refeições melhores para as crianças”,

ressalta. “Recebemos ajuda do poder público e realizamos

eventos benefi centes, mas, sem o apoio de empresas, como

a Case, seria muito difícil dar continuidade a um projeto tão

abrangente como este”, fi naliza Rosa.

Os Centros de Educação Comunitária da Pasto-

ral do Menor prestam atendimento de segunda a sexta-feira,

no contraturno escolar. O foco do atendimento é a inclusão

social, o resgate da cidadania e a preparação do jovem para o

ingresso no mercado de trabalho. Para isso, realizam ofi cinas

socioeducativas, palestras sobre saúde, educação e orien-

tação vocacional, envolvendo os assistidos e suas famílias,

além do encaminhamento para o primeiro emprego.

A reforma realizada pelo Case Multiação durou

três meses e recebeu investimentos de cerca de R$ 800 mil,

feitos pela CNH Industrial com recursos de contrapartida so-

cial de fi nanciamentos do BNDES, além de ajuda de parceiros

como fornecedores e equipe de voluntariado da fábrica da

empresa em Sorocaba. (Fonte: Página 1 Comunicação)

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Leitoras Biométricas Faciais e Digitais

AGDATA abre escritório no Brasil

Sugestões através do e-mail [email protected]

Para saber mais, acesse: www.canamix.com.br | twitter: @canamix

Atualmente, a biometria (estudo estatístico das

características físicas ou comportamentais dos seres vivos)

passou a ser usada para a identifi cação criminal ou para o

Controle de Acesso.

Os sistemas chamados biométricos podem ba-

sear o seu funcionamento em características de diversas par-

tes do corpo humano, como a palma da mão, as digitais do

dedo, a retina ou íris dos olhos.

No caso da Leitora Biométrica Digital, a com-

paração por impressão digital foi o primeiro recurso adotado

para identifi cação de usuários.

Extraindo os pontos característicos ou ponto de

minúcias de uma impressão digital, a Leitora Biométrica Digi-

tal pode realizar o Controle de Acesso, identifi cando pessoas

Neste mês, a AGDATA, companhia americana

que oferece serviços de análise de mercado e soluções de

vendas, gerenciamento e marketing para o setor do agrone-

gócio, abriu o primeiro escritório no Brasil. A fi lial está localiza-

da no bairro de Alphaville, em Barueri (SP). Líder nos Estados

Unidos e no Canadá no fornecimento de serviços baseados

em informação, a AGDATA chegou ao país em abril de 2015,

após adquirir a divisão agrícola da PRG Brasil AG. Recente-

mente, a AGDATA nomeou Kim Noel como country manager

no Brasil. “O Brasil é uma das maiores economias agrícolas

do mundo em ascensão”, diz Kim. “Viemos para cá porque

sabemos que a AGDATA detém todo o know-how de serviços

e soluções para otimizar os processos de produção, distribui-

ção, logística, marketing e venda.” Além de Kim, o escritório

brasileiro terá mais 20 profi ssionais até o fi nal do ano.

AGDATA LATAM

Al. Rio Negro, 585 – Bloco A – 3rd Floor

Conj. 36 - Alphaville – Barueir – SP

06454-000 - Tel. +55 (11) 4369 1700 www.agdata.net.

autorizadas a ter acesso a determinados locais.

Já o reconhecimento biométrico através da face

é feito a partir de pontos de medida do rosto, que faz uma liga-

ção algorítmica de traços e tamanhos, como por exemplo, dis-

tância exata entre nariz e orelhas, tamanho do crânio, arcada

dentária, entre outros detalhes.

Para falar sobre este tema, tenho como fonte a

VAULT, empresa especializada em Barreiras Físicas de Alta

Segurança (Equipamentos Blindados, Bollards e Projetos Es-

peciais) e Sistemas Integrados de Segurança (Controle de

Acesso, CFTV e Alarmes), que possui uma efi ciente tecnolo-

gia de Leitoras Biométricas (de impressão digital e reconhe-

cimento facial) para aplicações em sistemas de controle de

acesso, cofres, ATM’s, PDV’s, entre outras automações.

As Leitoras Biométricas da VAULT são as mais

fl exíveis do mercado, desenhadas para adaptação em diver-

sos sistemas de segurança, permitindo sua instalação em vá-

rias confi gurações e oferecendo o mais estável e rápido reco-

nhecimento facial e/ou digital.

Se tiver interesse em saber mais sobre o tema

ou quiser conhecer melhor os diversos modelos e as funciona-

lidades das Leitoras Biométricas da VAULT, pode me chamar!

Também tenho imagens dos produtos, caso precise! (Fonte:

Assessoria Vaultbr)

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Pesquisa & Desenvolvimento

Embrapa desenvolve plástico comestívelAinda em fase de desenvolvimento, o produto é feito a partir de rejeitos de alimentos, como tomate, beterraba, cenoura, mamão, maracujá, para envolver de pizza a aves, sem a necessidade de descartá-los na hora do preparo

Desenvolvido no âmbito da Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegó-cio (AgroNano), com investimentos que já ultrapassaram os R$ 200 mil, os plásticos têm como vantagens o reaproveitamento de rejeitos da indústria de alimentos, a substituição de material sintético, além de ter a mesma resistência e textura dos plásticos convencio-nais. Como podem ser ingeridos, a indústria de embalagens pode explorar o material de diversas formas.

Entre as possibilidades estão sachês de sopas que podem se dissolver com seu conteúdo em água fervente, aves já envoltas em sacos que contêm o tempero em sua composição, sem contar o potencial para o mercado de alimentos destinado ao público

Produção de plástico comestível no Laboratório

Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio, da

Embrapa

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infantil. “Geralmente os vegetais, como es-pinafre, brócolis, beterraba, que são ricos em nutrientes, não agradam o paladar das crianças. Por isso, os plásticos podem ser desenvolvidos com a mesma composição de nutrientes destes vegetais”, explica Marcos Lorevice, integrante da equipe res-ponsável pela produção dos plásticos.

Os plásticos que estão sendo desenvolvidos pela Embrapa podem aumen-tar o tempo de vida de prateleira dos alimentos com a adição de quitosana – um polissacarí-deo formador da carapaça de carangueijos, que tem propriedades bactericidas.

Para o chefe-geral da Embra-pa Instrumentação e coordenador da pes-quisa, Luiz Henrique Capparelli Mattoso, o trabalho de desenvolver filmes a partir de frutas tropicais é pioneiro no mundo, por utilizar rejeitos da indústria alimentícia para

fabricar o material. “Isso garante duas ca-racterísticas de sustentabilidade: o apro-veitamento de rejeitos de alimentos e a substituição de uma embalagem sintética que seria descartada”, afirma Mattoso.

Para se chegar no plástico co-mestível, a matéria-prima utilizada passa pelo processo de liofilização, um tipo de desidratação na qual, após o congelamen-to do alimento, toda a água contida nele se transforma do estado sólido diretamente ao gasoso, sem passar pela fase líquida. Ao alimento desidratado é misturado um na-nomaterial que tem a função de dar liga ao conjunto. O resultado é um alimento com-pletamente desidratado com a vantagem de manter suas propriedades nutritivas.

A pesquisa vem sendo reco-nhecida pela comunidade científica com a conquista de diversas distinções por instituições como a Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais (SBPMat), que escolheu o artigo “Mamão e canela, ingre-dientes de filmes antimicrobianos para em-balar alimentos”, como destaque do mês de junho de 2014.

Outro artigo intitulado “Antimi-crobial and physical-mechanical proper-ties of pectin/papaya puree/cinnamaldehy-de nanoemulsion edible composite films”, o qual trata do desenvolvimento do filme de mamão, está entre os mais baixados no site da revista Food Hydrocolloids. http://www.journals.elsevier.com/food-hydro-colloids/most-downloaded-articles/

A pesquisa envolve parce-rias importantes, entre elas, a Embrapa Agroindústria Tropical (CE) e a Univer-sidade Estadual Paulista “Júlio de Mes-quita Filho” (Unesp), no campus de Ilha Solteira (SP), e internacionais, entre as quais destacou o trabalho conjunto com o Agricultural Research Service (ARS), dos Estados Unidos.

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SBPC apresentou inovações para a agricultura

Plásticos comestíveis, senso-res para irrigação, softwares para proces-samento de imagens e equipamento de ressonância magnética são resultados de pesquisa que foram apresentados no es-tande da Embrapa durante a 67ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Pro-gresso da Ciência (SBPC). Realizada na Universidade Federal de São Carlos (UFS-Car), de 12 a 18 de julho, a Expo T&C, feira de Ciência, Tecnologia e Inovação, reuniu 37 expositores.

Desenvolvidos à base de dife-rentes alimentos como espinafre, mamão, goiaba, tomate, beterraba, maracujá, entre outros, os plásticos comestíveis têm vanta-gens como o reaproveitamento de rejeitos da indústria de alimentos e a substituição de material sintético, que é descartado após o uso.

Os filmes têm a mesma resis-tência e textura dos plásticos convencio-nais, mas podem aumentar o tempo de vida do alimento com a adição de propriedades bactericidas. O coordenador da pesquisa, Luiz Henrique Capparelli Mattoso, lembra que o trabalho de desenvolver filmes a par-tir de frutas tropicais é pioneiro no mundo.

Sensores para irrigação - Ou-tro destaque da Embrapa Instrumentação são sensores de baixo custo para irrigação, como os sensores Diédrico e IG, que já es-tão em processo de produção industrial e disponíveis para comercialização a preços que variam entre R$10,00 e R$ 150,00.

Os instrumentos podem ser usados no campo ou na cidade, indicam a quantidade de água no solo, servem para qualquer tipo de cultura e podem ser adap-tados a todas as regiões do país. Outra vantagem é que os sensores são eficazes em períodos de chuvas e em épocas de estiagem e não exigem nenhuma fonte de energia. Podem ser usados por produtores rurais, donas de casa, profissionais de en-sino e pesquisa, entre outros.

Processamento de imagens - Softwares que tratam imagens captadas por câmeras fotográficas embarcadas em drones; que realizam a análise da cober-tura do solo; de fibras e raízes; que identi-ficam e quantificam problemas em plantas também foram apresentados pela empre-sa Stonway, para quem a Embrapa licen-ciou os programas. Os cinco softwares estão disponíveis para download gratuito por meio do site http://labimagem.cnpdia.embrapa.br/. Análise de alimentos - No es-tande, os visitantes ainda tiveram a opor-tunidade de conhecer um equipamento de ressonância magnética usado para analisar alimentos in natura, como carne e frutas, e industrializados, entre eles, azeite, molhos de salada, maionese, que fazem parte da mesa do consumidor. Com o aparelho é possível saber se uma fruta está doce ou azeda e ainda observar o teor de gordura na maionese, água em molhos de saladas, bem como detectar se há a presença de óleo de soja em azeite de oliva.

Pesquisa & Desenvolvimento

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Distribuidores Credenciados Vallourec:confiança e credibilidade por todo o país.

A Vallourec é líder mundial na produção de soluções tubulares. Assim, atende de

forma personalizada aos setores de energia, petrolífero, industrial, automotivo e da

construção civil. Na hora de escolher seu distribuidor, conte com a qualidade e os

serviços diferenciados da nossa rede credenciada. Com eles, você tem garantia de

procedência, entrega imediata, assistência técnica e soluções especializadas em

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Eventos

Ganho de produtividade será a tônica daFeacoop 2015

Uma das ações da Cooper-citrus, a maior cooperativa do Estado de São Paulo na comercialização de insumos, máquinas e implementos agrícolas, para que o produtor rural tenha grandes opor-tunidades de negócios é a Feacoop (Feira de Agronegócio Coopercitrus Sicoob Cre-dicitrus). O principal evento da cooperativa acontecerá de 3 a 6 de agosto, na Estação Experimental de Bebedouro, SP. O evento deste ano disponibilizará para os produto-res, em um mesmo espaço, soluções inte-gradas compostas por todos os produtos e serviços oferecidos pela cooperativa.

Com o apoio de cerca de 160 empresas parceiras, a Feacoop apresenta-rá novidades do mercado agrícola e oferta-rá produtos com condições diferenciadas em insumos, máquinas e implementos agrí-colas, fertilizantes, agricultura de precisão, entrega de óleo diesel na propriedade ru-ral, projetos de irrigação, saúde e nutrição animal, assistência técnica, armazenagem de grãos na propriedade, sementes, além de oportunidades comerciais como a troca de grãos por produtos e serviços, preços, prazos, e financiamentos oferecidos pelos maiores agentes financeiros do país, entre

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elas, a maior cooperativa de crédito do Brasil, a Sicoob Credicitrus.

Este ano a Feacoop será re-alizada em quatro dias, um dia a mais, oportunizando assim a realização de mais negócios. A feira terá também um Polo de Agricultura de Precisão, onde os agricul-tores terão a oportunidade de conhecer e acompanhar as demonstrações que apre-sentarão as mais inovadoras soluções tec-nológicas, que podem auxiliar o produtor a alcançar uma maior produtividade de forma sustentável e, consequentemente, aumentar a rentabilidade.

Outra novidade da edição 2015 é a dinâmica de reco-lhimento de palha voltada para o setor canavieiro, uma nova opção de incremento de renda aos produtores de cana. A Feacoop contará também com um estande que mostrará a linha agrícola de máquinas da JCB Agriculture, uma concessão exclusiva da Coopercitrus.

A cooperativa lançou este ano, no segmento de nutri-ção animal, produtos exclusivos com qualidade e alta tecnologia. A nova linha com a marca da Coopercitrus oferece rações, suple-mentos minerais e concentrados para bovinos e equinos. A Feacoop contará com o Shopping Rural, em um conceito de autoatendimento. Lá os produtores poderão escolher os produtos que atendam as ne-cessidades de sua casa ou do campo, além da comercialização do suco de laranja da Coperfam (Cooperativa de Produtores Rurais de Agricultura Familiar).

Feacoop 2014 movimentou mais de R$ 200 milhões e contou com a presença aproximadamente 10 mil cooperados e produtores rurais

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UPL Brasil participada feira da Coopercitrus

A edição 2015 da Feira de Agronegócios Coopercitrus, Sicoob e Cre-dicitrus (Feacoop) contará com a participa-ção da UPL, empresa global de produção, pesquisa e venda de agroquímicos. A mul-tinacional apresentará sua estratégia para controle de pragas, doenças e ervas dani-nhas presentes na citricultura e na cana--de-açúcar.

“Além disso, apresentaremos nosso catálogo completo de insumos agrí-colas, bem como receberemos clientes e parceiros”, informou o gerente de marke-ting da UPL, Marcus Brites. Manzate e Uni-zeb Gold são produtos líderes no mercado de protetores e indispensável para o ma-nejo de doenças. “No espaço da UPL no evento terá ainda a presença de represen-tantes técnicos para esclarecer as princi-pais dúvidas de produtores e visitantes”, acrescentou Brites. Também haverá expo-sição de outros produtos, como o Atriun (destinado ao cultivo de cana).

Sob o tema “Soluções Integra-das, Resultados Sustentáveis”, a feira de agronegócios Feacoop visa exibir novida-des que auxiliarão os produtores na maxi-mização da produtividade com condições comerciais diferenciadas. O agronegócio paulista é responsável por 18,1% de todas

as exportações do agronegócio brasileiro, e por 36,4% das importações. O Instituto de Economia Agrícola (IEA) informou que a balança comercial do agronegócio paulista gerou superávit de US$ 5,87 bilhões no pri-meiro semestre de 2014. A citricultura é o setor mais representativo e competitivo da economia brasileira, movimentando cerca de R$ 1 trilhão anuais.

A UPL é uma empresa de atu-ação global, presente entre o grupo das 10 maiores empresas do ramo no mundo e engajada em pesquisa, manufatura, ma-rketing, vendas e distribuição de agroquí-micos e especialidades químicas em todo o mundo. Fundada em 1969, atualmente seu faturamento ultrapassa US$ 2 bilhões, com ações na Bolsa de Mumbai.

Com 27 fábricas espalhadas por todo o mundo, a UPL está presente em países como Índia, Argentina, China, Colôm-bia, Espanha, França, Holanda, Itália, Reino Unido e Vietnã. No Brasil, a meta é atingir um faturamento de US$ 1 bilhão até 2018, refor-çar a atuação em culturas onde ela já tem forte presença no mercado brasileiro, como soja e milho, e ampliar o seu atual portfólio para culturas nas quais a sua participação ainda é recente, como cana-de-açúcar, ar-roz, café, citros, algodão e hortifruti.

Eventos

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Eventos

APCS e CSP anunciam apoio ao Congresso Abraves 2015Patrocínio do coquetel de abertura, exibição de vídeo sobre a certificação do selo Suíno Paulista e evento paralelo sobre comercialização de carne suína estão entre os destaques do evento, que será de 20 a 23 de outubro em Campinas, SP

A APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos) anunciou apoio, por meio do Consórcio Suíno Paulista, ao 17º Congresso Abraves. A associação vai patrocinar o coquetel de abertura, a exibição de um vídeo institucional e um evento paralelo cujo tema central será a comercialização de suínos no Brasil. “Vamos apro-veitar a oportunidade do Congresso Abraves, que volta a São Paulo depois de muitos anos, para discutir as tendências de comercialização do nosso produto”, disse o presidente da APCS, Valdomiro Ferreira.

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“A suinocultura brasileira teve grandes avanços em produção, ge-nética e nutrição, além de vários aspec-tos da porteira da granja para dentro. No entanto, a comercialização não acompa-nhou estas evoluções. Por isso acredita-mos que estas iniciativas serão importan-tes para proporcionar debates além da programação técnica já consagrada da Abraves”, destaca Ferreira.

O coquetel de abertura con-tará com produtos da suinocultura pau-lista, de granjas certificadas pelo selo Suíno Paulista em parceria com frigorífi-cos que recebem estes animais, como o Frigodellis, de Capivari; o Frigorífico San-

Evento vai discutir as tendências de comercialização dos produtos oriundos da suinocultura

ta Rosa, de Leme; o Frigorífico Cowpig, de Boituva e o Frigorífico Gran Corte, de Cerqueira César. Além desta ação, a APCS vai exibir um vídeo sobre as auditorias realizadas pelo Selo Suíno Paulista logo após o Painel de Abertura do evento, dia 20.

O evento paralelo da entidade, sobre a comercializa-ção de carne suína, está programado para o período da manhã do dia 21 de outubro. “Será um momento importante para mostrar como está a suinocultura do Estado de São Paulo”, diz o dirigente ressaltando a importância de inovações no processo de comer-cialização da carne suína. “Precisamos agregar valor ao nosso produto, comercializando animal abatido, avaliar carcaças e fa-zer tipificação para viabilizar melhores rendimentos para a carne magra”.

A médica veterinária da diretoria da Abraves/SP (As-sociação Brasileira de Veterinários Especialistas em Suínos), Er-lete Vuaden, aposta na iniciativa para a divulgação e promoção de produtos paulistas. “Será um momento para demonstrar a sui-nocultura regional e o trabalho técnico, realizado por veterinários, no selo Suíno Paulista”.

O presidente da Abraves/SP, Godofredo Miltenburg, reforça a importância da parceria com a entidade. “A APCS e o Consórcio Suíno Paulista demonstraram interesse desde o início, por isso estamos tão felizes com esta parceria. Certamente vai contribuir com uma promoção importante dos produtos paulis-tas”. Outras informações sobre o 17º Congresso Abraves podem ser obtidas através do e-mail [email protected] ou pelo telefone (43) 3025-5223.

Selo Suíno Paulista - Criado a mais de seis anos, a Associação Paulista de Criadores de Suínos certifica granjas que trabalham em conformidade com regras estabelecidas em ali-mentação, bem-estar animal, qualidade da carcaça e tratamento de dejetos suínos na propriedade. A certificação é realizada por empresas de auditorias independentes credenciadas pelo gover-no do Estado de São Paulo através da Coordenadoria de Defesa Agropecuária. Este programa tem hoje 10 granjas certificadas no Estado, o que representa 31 mil matrizes.

Apoio - O 17º Congresso Abraves tem patrocínio Dia-mante confirmado por empresas como Alltech, De Heus, Elan-co, Merial e Vaccinar. O patrocínio Ouro tem a participação da MCassab e o patrocínio Prata tem a confirmação de empresas como Big Dutchman e Plasson. O patrocínio Bronze está confir-mado pelas empresas In Vivo e Vétoquinol. Entre outras cotas de patrocínio, estão confirmadas Abraves/SC, AB Vista, Agroceres Multimix, Biomin, DB Genética Suína, DSM, Kemin, MSD Saúde Animal, Ourofino Saúde Animal, Poli-Nutri, Suiaves e Vencofarma.

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Eventos

Congresso sobre fertilizantes discutirá segurança alimentar

Uma grande reflexão sobre a importância dos solos e fertilizantes como pilares da segurança alimentar global será o tema central e principal motivo do 5º Con-gresso Brasileiro de Fertilizantes, que será realizado dia 25 de agosto, no Hotel Re-naissance, em São Paulo, SP. O tema ganha ainda maior relevância por coincidir com a determinação da ONU, que decretou 2015 como o Ano Internacional dos Solos.

Realizado pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), o

evento contará com a presença de renoma-dos profissionais ligados à cadeia do agro-negócio, que discutirão soluções que per-mitam, não só promover a recuperação de solos degradados, como também mostrar caminhos para o aumento da produtividade agropecuária nacional de forma sustentável.

A programação deste ano do Congresso da Anda será aberta com a palestra “Solos, Fertilizantes e Segurança Alimentar”, que será proferida por Paul Fi-xen, vice-presidente sênior do Internatio-nal Plant Nutrition Institute e presidente da American Society of Agronomy. A palestra terá como moderador Reinaldo Cantarutti, secretário geral da Sociedade Brasileira do Solo (SBCS).

Na sequência, está progra-mada a palestra “Solos, Fertilizantes e Agrosociedade”, que ficará a cargo de José Luiz Tejon, diretor do Núcleo de Estu-dos de Agronegócio da ESPN e consultor do Instituto de Estudos da Associação Bra-sileira do Agronegócio (Abag). Na parte da tarde está prevista a palestra “Desafios e Oportunidades para a Agropecuária Brasi-leira”, que ficará a cargo de André Nassar, secretário de Política Agrícola do Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Por fim, ocorrerá a palestra “Perspectivas para a Agropecuária Brasi-leira para os Próximos 5 anos”, ministrada pelo engenheiro agrônomo Fernando Mu-raro Junior, analista de mercado da AgRu-ral Commodities Agrícolas.

Paul Fixen, presidente da American Society of

Agronomy, fará palestra com o tema “Solos, Fertilizantes e

Segurança Alimentar”

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Leitores da Terra&Cia têm descontos especiais!

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Opinião

O risco das pragasque vêm de fora

*Claudio Spadotto

As pragas (insetos, fungos, bactérias, plantas invasoras etc.) das la-vouras costumam tirar o sono dos agri-cultores e seu controle custa caro. Entre perder grande parte da sua produção ou lançar mão de métodos de controle, a es-colha já está feita. No Brasil, o mercado de defensivos agrícolas – o método mais utili-zado - movimentou 13 bilhões de dólares em 2014.

Se não bastassem as pragas que já temos, existe o risco das que vêm de fora. A disseminação de pragas pelo mundo é favorecida pelo crescimento do comércio internacional. O aumento do trân-sito de pessoas e mercadorias leva, cada vez mais, à chegada e a dispersão de pra-gas, mesmo que não intencional.

Aqui tratamos das pragas quarentenárias que não estão presentes no território nacional, mas apresentam alto potencial de entrada com possíveis danos aos cultivos. Essas pragas podem gerar grandes perdas nas culturas agrícolas, como no exemplo recente da lagarta He-licoverpa armigera, que causou prejuízos estimados em mais de 10 bilhões de reais e nem sequer foi possível determinar com exatidão a forma como entrou no País. Ou-tros exemplos são: vassoura-de-bruxa do cacaueiro, bicudo do algodoeiro, ferrugem asiática da soja.

O estabelecimento de uma praga quarentenária em uma região pode comprometer a safra e a comercialização

de produtos agropecuários, implica no au-mento dos custos de produção e na ado-ção de medidas fitossanitárias, que preju-dicam diretamente o produtor rural e têm em efeitos negativos em toda a cadeia pro-dutiva.

As pragas quarentenárias po-dem entrar no Brasil, vindas de países vizi-nhos pelas nossas fronteiras. A vigilância sanitária no território brasileiro é um enor-me desafio imposto pela grande extensão e diversidade de condições das nossas fronteiras. Essas pragas podem vir de pa-íses distantes e entrar através dos portos e aeroportos. Podem também aqui chegar trazidas por massas de ar ou por meios ati-vos de locomoção.

O conhecimento dos possí-veis danos das pragas quarentenárias e a identificação das áreas agrícolas amea-çadas, assim como a caracterização das possíveis vias de ingresso e rotas de dis-persão, são fundamentais para orientar o planejamento e a execução da vigilância fitossanitária. A proximidade das vias de ingresso e a concentração geográfica de algumas culturas agrícolas facilitam a pro-liferação de pragas exóticas e potencializa os danos.

Para apoiar a prevenção e o contingenciamento de pragas quarentená-rias, a Embrapa vem conduzindo trabalhos em base territorial para subsidiar a defini-ção de estratégias de defesa vegetal no Brasil.

Claudio Spadotto

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Foram identificadas regiões em que ocorre grande produção de cultu-ras agrícolas hospedeiras próximas a inter-seções de rodovias, ferrovias ou hidrovias na fronteira com países vizinhos e com au-sência de postos de vigilância agropecu-ária. Em outras regiões, é notada a defici-ência do número de postos de controle em função da extensão da fronteira.

Há ainda regiões longe da faixa de fronteira, mas com porto ou ae-roporto próximo, sem postos de vigilância federal. Já foram identificados 364 pontos de acesso terrestre (intersecção da fron-teira territorial brasileira com rodovias, fer-rovias e hidrovias) de pragas, e próximo à fronteira localizou-se 26 pontos de acesso portuário, 105 aeródromos públicos e 414 aeródromos privados.

Considerando a importância das pragas quarentenárias, a proeminên-

cia da agricultura brasileira no cenário mundial e a relevância desse setor para a economia do país, a Embrapa Gestão Terri-torial e o Conselho Científico de Agricultura Sustentável estão direcionando esforços conjugados no sentido de ampliar e apro-fundar o trabalho de inteligência territorial para caraterização de vias de ingresso e priorização de locais para a implantação ou intensificação da vigilância fitossanitá-ria e para identificação de áreas de con-tingenciamento de pragas quarentenárias.

Não estamos falando em zerar os riscos, mas sim de analisá-los e comuni-cá-los, para que possam ser devidamente gerenciados.

*Claudio Spadotto é membro do Conse-

lho Científico para Agricultura Susten-

tável (CCAS), gerente geral da Embrapa

Gestão Territorial

Helicoverpa armigera já causou prejuízos

estimados em mais de R$ 10 bilhões e nem sequer

foi possível determinar com exatidão a forma como

entrou no País

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Criatividade

Garrafas usadas integram irrigador solar automático

Um irrigador automático que não usa eletricidade e ainda pode ser feito com materiais usados. Essa criação rústica e eficaz de um pesquisador da Embrapa poderá ajudar de pequenos produtores a jardineiros amadores a manter seus canteiros irrigados automaticamente pelo método de gotejamento.

Desenvolvido pelo físico Washington Luiz de Barros Melo, pesquisador da Embrapa Instrumentação (SP), o equipamen-to é baseado em um princípio simples da termodinâmica: o ar se expande quando aquecido. Melo se valeu dessa propriedade para utilizar o ar como uma bomba que pressiona a água para a irrigação.

Uma garrafa de material rígido pintada de preto é em-borcada sobre outra garrafa que contém água. Quando o sol incide sobre a garrafa escura, o calor aquece o ar em seu interior que, ao se expandir, empurra a água do recipiente de baixo e a expulsa por uma mangueira fina para gotejar na plantação.

“Funciona tão bem que se você sombrear a garrafa, o gotejamento para, e, ao deixar o sol bater novamente, a água volta a gotejar”, afirma o pesquisador que apresentou sua invenção na 67ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada de 12 a 18 de julho na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Paulo.

Fazem parte do invento outros dois depósitos de água: uma garrafa rígida também emborcada que desempenha a função de caixa d’água para manter abastecida a garrafa do gotejamento, e um recipiente maior conectado à garrafa-caixa-d’água que arma-zena um volume maior de água que será usado por todo o sistema. “Os tubos que interligam as garrafas podem ser de equipos de soro hospitalar, por exemplo, mas já utilizei até capas de fios elétricos, retirei os fios de cobre de dentro e funcionou também,” conta o pes-quisador.

Ele explica que o maior desafio para quem for fazer o equipamento em casa é a vedação. Para o funcionamento do sis-tema é necessário que as três primeiras garrafas estejam fechadas hermeticamente. “Isso pode ser obtido com adesivos plásticos, do tipo Araldite, mas exige uma aplicação minuciosa”, ensina. Também compõe o sistema um distribuidor que pode ser construído com gar-rafa pet e do qual saem as tubulações que farão a irrigação.

Tubo de descompressão

Conexão

Recipiente do gotejador

Sifão inverso

Válvula de saída

Gotas

Suporte

Econômico e ecológico - As vantagens do irrigador caseiro são várias, conforme enumera Melo. Trata-se de um sistema automático sem fotocélulas e que não demanda eletricidade, pois depende somente da luz solar, tornando sua opera-ção extremamente econômica. Ele promo-ve igualmente uma economia de água, pois utiliza o método de gotejamento para irrigar, o que evita o desperdício do recurso.

“Além disso, é possível cons-truí-lo com objetos que seriam jogados no

Simples garrafa pet pode ser usada com criatividade

para sistema de irrigação automática

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Confira o sistema

Reservatório de água

Conexão

VálvulaTubo de passagem

Bomba solar – recipiente com ar

Tubo de descompressão

Conexão

Recipiente do gotejador

Sifão inverso

Válvula de saída

Gotas

Suporte

Tubo de sucção

Recipiente de transposição de água – sifão fonte

Equalização de pressão atmosférica

Quanto o Sol ilumina a bomba solar 11, a temperatura interna aumenta. O ar interno se expande e força a passagem pelo tubo 12; a pressão do ar sobre o lí-quido no recipiente 14 impulsiona-o a sair pelos tubos 10 e 15.

A água sai pelo tubo 15 por gotejamento. A pressão interna do reci-piente 14 diminui. Nisso, a água no reci-piente 8 passa para o recipiente 14 para suprir a água perdida. Mas um pequeno

vácuo no recipiente 8 é gerado. Este vácuo provoca a sucção da água que se encontra no reservatório 4.

Quando se encerra a ilumi-nação, a bomba solar 11 tende a esfriar, diminuindo ainda mais a pressão interna do recipiente 14, isto provoca um aumen-to do vácuo no recipiente 8, que aumenta a sucção da água do reservatório 4. Este processo continua até o recipiente 14 com-pletar totalmente o seu volume de água.

lixo, como garrafas e recipientes de plásti-co, metal ou vidro”, lembra o especialista. A versatilidade do equipamento também é grande. A intensidade do gotejamento

pode ser regulada por meio da altura do gotejador e o produtor pode colocar nu-trientes ou outros insumos na água do re-servatório para otimizar a irrigação.

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Tecnologia Agrícola

Agriculturatem espectroscopiacomo aliada

O Fósforo é um dos elementos mais importantes para a agricultura, principalmente em solos tropicais. No entanto, as re-servas mundiais são limitadas e concentradas em poucos países, fato que é agravado pela redução nas rochas industriais nas últimas décadas. Novos adubos à base de resíduos orgânicos e de mistura de fontes orgânicas e minerais de Fósforo estão disponíveis no mer-cado. No entanto, detectar a quantidade tanto do orgânico como do inorgânico ainda é uma tarefa que exige longos processos de análise laboratorial.

“Assim, o desenvolvimento de um método que possa avaliar a quantidade de fósforo em amostras de fertilizantes orgâni-cos e inorgânicos, de um modo rápido e de baixo custo de análise, pode promover um grande impacto ambiental e econômico” diz a pesquisadora Débora Milori que trabalha com a técnica Espectros-copia de Emissão Óptica com Plasma Induzido por Laser (LIBS), siglas em inglês.

Com LIBS é possível analisar amostras nos estados sólido, líquido e gasoso e com uma única medida detectar todos os elementos de maneira simultânea. Em experimentos realizados na Embrapa Instrumentação (São Carlos - SP), o emprego do LIBS, que avalia a emissão de luz oriunda de átomos em um plasma, que foram retirados da amostra por meio da interação com um laser de alta energia, demonstrou bom funcionamento. O estudo analisou 26 amostras de fertilizantes, sendo 5 de rochas fosfáticas, 3 de mine-rais e 18 de adubo orgânico.

O experimento teve como objetivo o desenvolvimento de uma me-todologia de análise utilizando LIBS para quantificar o Fósforo em fertilizantes orgâ-nicos e inorgânicos. “A ideia é implemen-tar uma metodologia para a realização de medições in situ em fertilizantes, conta a pesquisadora. A Embrapa Instrumentação possui 15 anos de experiência na aplica-ção de técnicas fotônicas voltadas para análises de materiais de interesse do agro-negócio dentro do Laboratório de Óptica e Fotônica.

Além disso, conta com as par-cerias de universidades brasileiras e es-trangeiras, como a USP, UFSCar, UNESP, Universityof Florida e Université du Sud Toulon-Var (França); centros de pesquisa nacionais e internacionais, como o IAC - Centro APTA Citros ‘Sylvio Moreira’, Agri-cultural Research Service - ARS (Estados Unidos), Istituto di Metodologi e Inorgani-che e dei Plasmi (Itália) e o International Potato Center (Peru); e empresas do setor privado, MM Optics, Citrosuco e Terral.

Pesquisadora Débora Milori no Laboratório de Óptica e Fotônica da Embrapa

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Tecnologia Agrícola

Tubos flexíveis permitem irrigação inteligente e prática

A Netafim, empresa pioneira e líder mundial em soluções de irrigação por gotejamento, lança tubo flexível para complementar seu portfólio de produtos. O lança-mento é usado como o tubo que leva a água até os gotejadores no sistema de irrigação por gotejamento, microaspersão e aspersão, e substitui no mercado o PVC.

Dentre as vantagens, o novo tubo flexível é mais leve e indicado para sis-

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temas móveis. Segundo Bruno Costa, ge-rente de produtos da Netafim, o produtor pode usar o tubo flexível em áreas dife-rentes, pois é fácil para instalar, recolher e transportar. “Ocupa menos espaço de armazenamento dentro da fazenda bem como nos caminhões de transporte, ou seja, cabe até nove vezes mais de material no mesmo espaço quando comparamos com o PVC”, destaca o gerente.

O produto também é mais

Tubo flexível da Netafim, que substitui no mercado o PVC,

é usado para levar a água até os gotejadores no sistema de

irrigação por gotejamento, micro aspersão e aspersão

robusto e durável o que possibilita que máquinas passem por cima dele sem danificá-lo. É constituído de polietileno re-forçado, na cor branca para proteger de raio UV (ultravioleta), é 100% reciclável e certificado pelo padrão de qualidade ISO 16438 do segmento.

Outro destaque do novo pro-duto é a precisão. “Hoje com o PVC cabe aos próprios produtores prepararem o sis-tema: colagem de tubos e conexões, além dos furos para instalar os tubos gotejado-res. Porém, esse processo no campo é ex-tremamente complicado e demorado. Nos-sos tubos flexíveis já vêm pronto direto da fábrica para que os produtores não preci-sem se preocupar, além de garantir maior precisão da instalação”, afirma Costa.

Os tubos flexíveis da Neta-fim estão disponíveis para as culturas de hortifrúti, milho, soja, entre outros cultivos anuais. “Queremos ajudar os produtores que precisam movimentar as áreas pro-dutivas. Além disso, facilita o dia a dia no campo pela simplicidade da nossa tecno-logia e reduz custos operacionais”, finaliza o gerente de produtos. A Netafim já fechou uma parceria com o Governo do Estado de Alagoas para fornecer os tubos flexíveis dentro dos kits de irrigação da companhia para os produtores locais.

Fundada há mais de 50 anos e com cerca de 30 subsidiárias em todo o mundo, a Netafim oferece as melhores soluções aos agricultores de mais de 110 países por meio 15 unidades produtivas, milhares de distribuidores e mais de 4.000 funcionários. No Brasil são três unidades: Campinas/SP, Ribeirão Preto/SP e em Cabo de Santo Agostinho/PE. O portfólio de produtos inclui sistemas completos de irrigação por gotejamento, microaspersão, controle e monitoramento automatizados, dentre outras.

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Opinião

Mitos e verdades sobre a carne suína

Paola Buzollo

A carne suína sempre foi ro-deada de mitos e preconceitos, principal-mente no Brasil, onde as pessoas ainda relacionam o suíno com o antigo porco tipo “banha”, com alto percentual de gordura na carcaça e criados em chiqueiros. Ainda há fatores de origens culturais e religiosas que reforçam a rejeição à carne suína (cer-ca de 48,56% dos brasileiros disseram não consumi-la em pesquisa realizada pela Embrapa), porém tais fatores não corres-pondem às verdades científi cas.

Levar a informação correta aos consumidores tem sido a maneira que os produtores e profi ssionais do ramo encontra-ram para elevar o consumo do produto na mesa dos brasileiros e torná-lo tão popular quanto é no resto do mundo, onde é a carne de maior produção e consumo mundial.

Vamos, portanto, citar alguns dos mitos mais populares sobre a car-ne suína e elucidá-los a partir de dados científi cos comprovados por profi ssionais veterinários, nutricionistas e zootecnistas, deixando a critério do leitor a escolha na hora de ir ao mercado, mas desta vez livre de preconceitos:

Mito 1: A carne suína é uma

carne gorda e com alto colesterol.

Fato: Depois dos peixes, a carne suína é a proteína animal com o menor teor de colesterol. Pesquisas cien-tífi cas revelam que a carne do lombo su-íno é mais magra que a carne das coxas de frango sem pele e tão magra quanto à

*Paola Buzollo

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do peito de frango. Os teores de colesterol presentes na carne suína ainda são 34% menores que o de frango sem pele. A car-ne que é comprovadamente a com maior teor de gordura e colesterol dentre as pro-teínas animais mais populares é a carne bovina.

Mito 2: Suínos são animais

sujos e que comem lixo.

Fato: A suinocultura moderna é completamente diferente da antiga suino-cultura de 40 anos atrás. Hoje, os animais são criados em confinamento, com am-bientes altamente higienizados, sem con-tato com outras espécies e o meio externo, a fim de assegurar ao consumidor animais totalmente saudáveis. A alimentação dos suínos também está bem diferente: é feita com rações balanceadas com base, princi-palmente, de milho ou soja.

Mito 3: A carne suína pode

transmitir doenças parasitárias graves,

como teníase (a solitária) ou cisticercose.

Fato: A forma de criação atual dos suínos tornou praticamente impossível a exposição destes animais a qualquer tipo de parasitas encontrados no ambiente ex-terno. Poucas pessoas sabem, mas a cisti-cercose é transmitida pelo próprio homem. Ou seja, a água contaminada com dejetos humanos infectados pode chegar a verdu-ras e legumes (através da irrigação) que, sem higienização adequada, transmitem a doença a outro ser humano. No sistema de produção atual, os suínos não têm contato com dejetos humanos para adquirir estes parasitas.

Mito 4: A carne suína tem

hormônio.

Fato: Não são utilizados hor-mônios em suínos para estimular seu cres-cimento muscular (nem em frangos!). A mudança na composição corporal dos ani-mais atuais ocorreu devido à intensa sele-

ção genética sofrida pela espécie ao longo de vários anos. Os suínos com menor per-centual de gordura, e maior de músculo, foram reproduzidos até atingir o estágio atual de evolução: um suíno magro, com alto rendimento de carcaça e baixo per-centual de gordura corporal.

Mito 5: A carne suína é mui-

to seca ou deve ser sempre muito bem

passada.

Fato: A carne suína atinge sua máxima suculência e sabor quando cozida deixando seu meio levemente rosado. Ela pode ficar seca quando cozida além do ponto – muito bem passada – o que não é necessário, pois, como já vimos, é uma carne segura para consumo. Um pouco menos de tempo de cozimento significa muito mais suculência. Tente cozinhar a carne suína como você normalmente faria com a carne bovina.

Podemos concluir que, a car-ne suína é sim uma ótima opção de ali-mento e faz jus à sua popularidade mun-dial. Como qualquer outro tipo de carne, há cortes mais gordos e ricos em coles-terol, mas também existem os cortes ma-gros e saudáveis.

Lembrem-se também que, independentemente da carne ser suína, bovina, de aves ou peixe, é muito im-portante o consumidor se atentar para a origem do produto que leva para casa. Adquira sempre alimentos que passaram pelo serviço de fiscalização e inspeção oficial, realizado por médicos veterinários qualificados e que asseguram que o pro-duto é de qualidade. Bom apetite!

*Paola Buzollo é médica veterinária for-

mada pela Universidade Estadual Pau-

lista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp),

campus de Jaboticabal, SP. E-mail para

contato: [email protected]

Opinião

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MAPA publica PNCRC 2015 da área animal

A Secretaria de Defesa Agro-pecuária do Ministério da Agricultura, Pe-cuária e Abastecimento (SDA/Mapa) publi-cou o programa de monitoramento anual do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes da área animal (PNCRC/Animal), por meio da Instrução Normativa nº 13 (IN n° 13). Neste ano, o plano amplia o monitoramento de substâncias em ovos e lácteos, o que vai garantir maior qualida-de a esses produtos para o consumidor e também permitir a exportação para deter-minados mercados.

Desde de 2006, técnicos da SDA trabalharam para ampliar o escopo do PNCRC/Ovos. Para exportar ovos e seus derivados – também chamados de ovopro-dutos – para a União Europeia é necessá-rio que as autoridades sanitárias do Food and Veterinary Office (FVO) reconheçam o programa, o que é oficializado por meio de publicação no Diário Oficial Europeu.

“A partir da publicação da IN n° 13, a SDA poderá oficialmente so-licitar ao Food and Veterinary Office o re-conhecimento do PNCRC/Ovos. Depois da publicação desse reconhecimento, as empresas brasileiras poderão exportar ovoprodutos para aquele importante mer-cado”, diz o chefe da Coordenação de Resíduos e Contaminantes (CRC) da SDA, Leandro Feijó. A Instrução Normativa nº 13 foi publicada no dia 20 de julho.

Leite - Houve também amplia-ção do escopo do PNCRC/Leite. Ao lon-go deste ano, a SDA pretende finalizar a inclusão de outras novas substâncias no

escopo desse produto, o que também viabilizará brevemente a soli-citação de equivalência junto ao FVO e possibilitar ao Brasil exportar lácteos para a União Europeia.

Segundo Feijó, “o escopo do PNCRC/2015 amplia as garantias quanto à robustez do monitoramento realizado pelo Mapa junto às cadeias produtivas. Isso resulta em maior qualidade e am-pliação das garantias de saúde pública”. Para este ano é prevista a coleta de cerca de 19 mil amostras em todo o país, cobrindo todas as espécies/matrizes participantes do plano.

O que é - O PNRC existe desde 1979 e é uma ferra-menta para monitorar a presença de resíduos de produtos de uso veterinário utilizados nas propriedades rurais e pela agroindústria na produção animal e também de contaminantes ambientais, tais como metais pesados, micotoxinas, dioxinas e outras substâncias.

De acordo com Feijó, o PNCRC/Mapa se constitui “em um dos principais pilares para garantir as exportações de produtos de origem animal, considerando a grande preocupação que todos os países têm com essa questão”. Em todas as missões veterinárias que o Ministério da Agricultura recebe dos países com os quais o Brasil tem acordo sanitário, o PNCRC/Mapa é avaliado quanto a sua organização, implementação e efetividade.

Segundo Feijó, “o escopo do PNCRC/2015 amplia as garantias quanto à robustez do monitoramento realizado pelo Mapa junto às cadeias produtivas

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Sanidade

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Bioestimulantes

Vermicomposto pode incrementar produtividade vegetal em até 20%

Produtos oriundos do húmus podem exercer atividades bioestimulantes respon-sáveis pelo crescimento vegetal e podem aumentar a produtividade em até 20%. Também conhecido por vermicomposto, o húmus é o produto que resulta de um processo de compos-tagem, no qual minhocas aceleram o processo de degradação da matéria orgânica. Outro produto desse processo é o chorume (ou lixiviado), um líquido que, quando diluído em água, pode ser aproveitado como biofertilizante.

Contudo, produtos de ação bioestimulante não necessariamente atuam como fertilizantes, e sim potencializam sua ação, por isso, funcionam melhor em situações em que o solo dispõe de uma nutrição adequada e balanceada. “Nessas condições, foi observado um aumento de produtividade de 5% até 20%, dependendo da espécie”, quantifica o agrô-nomo Daniel Zandonadi, pesquisador e analista da Embrapa Hortaliças, que estuda a ação do húmus líquido na fisiologia das plantas, principalmente hortaliças.

No caso do húmus, além de ser um importante fertilizante orgânico, que forne-ce nutrientes essenciais para o desenvolvimento da planta, ele possui moléculas semelhan-tes à auxina, um hormônio vegetal que contribui para o enraizamento mais vigoroso, com maior quantidade de pelos absorventes e raízes laterais. A vantagem de se aumentar a área superficial das raízes das plantas está relacionada a uma maior facilidade de absorção de nutrientes e de água, o que torna as plantas mais tolerantes à seca.

Há diversas categorias de substâncias que possuem ação bioestimulante, além do húmus, entre elas: inoculantes microbianos (bactérias, fungos, leveduras), aminoácidos ou hidrolisados de proteínas, e extrato de algas. Em geral, os bioestimulantes comerciais estão sendo utilizados para aumentar a tolerância das plantas aos estresses ambientais e melhorar a

Húmus é o produto que resulta de um processo de

compostagem, no qual minhocas aceleram o processo de

degradação da matéria orgânica

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efi ciência de absorção de nutrientes.Nas pesquisas realizadas no

Laboratório de Nutrição de Plantas da Em-brapa Hortaliças (DF), o húmus foi produzido por meio da decomposição de restos vege-tais, especialmente hortaliças e frutas, pelas minhocas. Nesse processo, observou-se uma concentração desejável de auxina.

Utilização criteriosa - Em todo caso, nessa etapa, foi constatado que a quantidade do hormônio vegetal presente no húmus ocasiona um efeito positivo nas plan-tas. “Porém, a utilização desse fertilizante não pode ser trivial, visto que uma concen-tração inadequada pode causar efeitos ini-bitórios ao invés de ação estimulante. Assim, recomendações específi cas são necessá-rias para evitar resultados indesejáveis para o agricultor, como inibição do crescimento vegetal e da absorção de nutrientes”, pon-dera Zandonadi.

Para defi nir o mecanismo de ação do bioestimulante oriundo do vermi-composto e comprovar os efeitos benéfi cos para o desenvolvimento das plantas, uma enzima chamada ATPase foi a chave para a resolução do problema. A ativação dessa enzima é indispensável para o enraizamen-to das plantas e, por isso, ela foi o ponto de partida para averiguar a atividade bioestimu-lante do húmus líquido.

De acordo com o agrônomo, o grande diferencial do estudo foi a proposi-ção de um método rápido e simples de de-tecção da atividade bioestimulante do vermi-composto. “O processo de identifi cação da auxina é complexo e difícil de ser realizado em larga escala. Por isso, adaptamos um método para relacionar o aumento da ativi-dade da enzima ATPase às ações bioestimu-lantes do hormônio vegetal auxina presente no húmus”, explica.

A partir de procedimentos bio-químicos realizados no laboratório, foi possí-vel confi rmar que os produtos testados oca-

sionaram a ativação da enzima ATPase. “A proposta de mecanismos de ação para bioestimulantes dessa natureza passa pela ativação dessa enzima que, por sua vez, vai estimular a absorção de nutrientes e o en-raizamento vigoroso. Em linhas gerais, se a enzima for ativada, é sinal de que há atividade bioestimulante no húmus”, recapitula Zandonadi, cujas perspectivas futuras consistem em compreender mecanismos de ação de diferentes fertilizantes orgânicos para propor à comunidade científi ca métodos para identifi car as ações supostamente estimulantes desses produtos.

Morango - Fertilizantes orgânicos alternativos, fáceis de produzir nas propriedades rurais e de alto valor nutricional e biológico, são muito demandados por horticultores que optam pela produção de base ecológica. A utilização de húmus líquido, aplicado via fertirrigação ou por pulverização foliar, pode contribuir para o melhor desenvolvi-mento e maior produtividade de hortaliças.

O produtor orgânico de morango Carlos Castro, do Dis-trito Federal, teve um resultado muito satisfatório ao adicionar o húmus líquido na água de irrigação por gotejamento da lavoura suspensa da hortaliça. “Além de a produtividade ter aumentado em torno de 40%, as plantas de morango, que possuem uma longevidade aproximada de um ano, fi caram três anos produzindo sem interrupção”, comemora o agricultor, ao acrescentar que as plantas são saudáveis e sem defi ciên-cia de qualquer nutriente.

Para o agrônomo Daniel Zandonadi, o uso do húmus líqui-do resulta em um aumento de produtividade porque, além de fornecer todos os nutrientes que a planta precisa para completar seu ciclo, ele também contribui para a melhoria das condições do solo, principalmen-te em relação às características físicas, químicas e biológicas, que são deterioradas com as técnicas intensivas de preparo e manejo do solo.

“Somado a isso, há ainda a ação bioestimulante de molé-culas promotoras do crescimento que facilitam a ativação de mecanis-mos da planta responsáveis pela absorção dos nutrientes”, sintetiza ao pontuar que para reduzir o impacto ambiental das atividades agrícolas, é preciso adotar práticas que contribuam para a sustentabilidade dos sistemas produtivos. (Embrapa)

Adição de húmus líquido na água de irrigação da lavoura de morango proporciona grande aumento de produtividade, com plantas saudáveis e sem deficiência de nutrientes

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IAC lança programa Citricultura Nota 10

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto Agronômico (IAC), de Cam-pinas, lançou, com a presença do Secretário Arnaldo Jardim, o programa Citricultura Nota 10, em 17 de julho de 2015 no Centro de Citri-cultura Sylvio Moreira, em Cordeirópolis, inte-rior paulista. O programa foi apresentado du-rante o evento Citros de Mesa: da produção à comercialização, que reuniu mais de 300 pessoas, entre produtores, consultores e re-presentantes do setor citrícola. O evento con-tou com palestrantes do País e do exterior, nas áreas de nutrição, novas cultivares, processa-mento, custos e aplicação de agroquímicos.

Arnaldo Jardim destacou que o objetivo do programa Citricultura Nota 10 é disponibilizar cerca de 60 cultivares copa e porta-enxertos de citros para serem validados pelos citricultores paulistas. Lembrou que o governador Geraldo Alckmin vem solicitando ferramentas, como esta, para incentivar os pequenos e médios produtores. O secretário ressaltou que o programa propõe um novo modelo de citricultura, diferente da produção de citros voltada para a indústria. “Com o pro-grama, a citricultura de mesa passa a ganhar mais relevância em São Paulo e no País. Essa parceria com o produtor permite diminuir a dis-tância entre as pesquisas e o setor produtivo e contribuímos ainda na disseminação de boas práticas agrícolas e na criação de oportunida-des para o setor”, afirmou, lembrando que nos últimos anos a citricultura esteve muito volta-da aos produtores para a indústria e, agora os pequenos e médios terão incentivo extra para agregar valor de uma forma diferenciada.

O pesquisador e diretor do Cen-tro de Citricultura IAC, Marcos Machado, afir-

mou durante a cerimônia que o lançamento do programa é a consolidação de um tra-balho realizado há anos pelo Instituto, no desenvolvimento e transferência de tecno-logia para a produção de citros de mesa. “O Centro de Citricultura do IAC é referên-cia na distribuição de material genético e o programa Citricultura Nota 10 se origina desse nosso trabalho. As nossas pesqui-sas têm como foco a citricultura e o citricul-tor, pois a nossa missão é gerar e transferir tecnologia para o produtor rural”, disse.

O coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), Orlando Melo de Castro, comemo-rou o lançamento do programa. “Programas como esse vão ao encontro do que nos pede o governador Geraldo Alckmin, de valorizar a diversidade da agricultura paulista, que é o diferencial de São Paulo do restante do País”, ressaltou. O evento Citros de Mesa: da pro-dução à comercialização contou com nove palestras nas áreas de novas variedades, nutrição, processamento, custos de produ-ção e uso de agroquímicos.

Programa - O objetivo do Citri-cultura Nota 10 é disponibilizar aos citriculto-res um conjunto de variedades selecionadas pelo programa de melhoramento genético do IAC e transferir conhecimento de manejo dos pomares. Os materiais têm aptidão para o mercado de fruta in natura. Eles serão vali-dados em pomares semicomerciais, visando o desenvolvimento sustentável da citricultura de mesa no Estado de São Paulo e a maior competitividade para o citricultor. Os 60 ma-teriais foram selecionados no Banco de Ger-moplasma do IAC, um dos mais importantes do mundo, que conta com mais de 1.700

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acessos e mais de mil híbridos de copas e porta-enxertos.

O IAC disponibilizará aos inte-ressados grupos de cultivares de laranja, la-ranjas para NFC (suco não concentrado), de baixa acidez, de umbigo, de polpa vermelha e sanguíneas. Também serão oferecidos ma-teriais de tangerinas, tipo Ponkan, tipo Mur-cott, além de mexericas e limas ácidas. “O IAC coloca à disposição dos interessados novos porta-enxertos que apresentam carac-terísticas como tolerância a seca ou doenças, como gomose, morte súbita e declínio”, expli-ca Marinês Bastinel, coordenador do Progra-ma Citricultura Nota 10. As variedades e porta-

exigentes”, afirma Ricardo Toledo, gerente de negócios para América Central, México e Península Ibérica da Cytrozyme. Toledo ex-plica que a Espanha é o maior produtor de citros de mesa do mundo e as frutas consu-midas no País tem alta qualidade, com colo-ração laranja escura, ótimo sabor e ausência de sementes. Toledo apresentou palestra so-bre como as mudanças de temperatura, pro-vocadas, principalmente, pelo aquecimento global tem influenciado na fotossíntese da planta. “Essa ainda é uma questão pouco discutida, mas que tem influência na pro-dutividade da planta, qualidade dos frutos e ocorrência de pragas e doenças”, afirmou.

Para participar do programa, o citricultor deve preencher formulário de inte-resse para ser feita a pré-seleção, firmar o ter-mo de transferência de material genético do IAC e implantar o lote com as cultivares. Os produtores parceiros precisam também per-mitir o acesso dos pesquisadores do Centro de Citricultura para validação e compartilhar as informações com a equipe técnica do IAC.

“Esta é uma alternativa para pequenos e médios produtores com o obje-tivo de aumentar a diversidade de frutas cí-tricas, uma vez que os frutos destinados ao consumo in natura apresentam maior valor agregado”, afirma Marinês. Ela explica que o maior valor agregado está relacionado aos frutos de maior qualidade, sanidade e carac-terísticas nutracêuticas.

Os interessados devem se cadastrar no programa até dezembro de 2015 entrando em contato com o Centro de Citricultura através do e-mail [email protected] ou no site www.centrodecitricultura.br. A expectativa é que a implantação dos campos de vali-dação seja feita até março de 2018, depois do estabelecimento da parceira e forma-ção das mudas. Os resultados dos primei-ros ensaios deverão estar concluídos em 2028.

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De acordo com Arnaldo Jardim, nos últimos anos a citricultura

esteve muito voltada aos produtores para a indústria. Mas agora os

pequenos e médios terão incentivo extra para agregar valor de uma

forma diferenciada

-enxertos são interessantes para o desenvolvimento de uma citricultura sustentável, com redução no uso de agrotóxicos, que leva a melhoria na qualidade ambiental e na saúde do produtor e consumidor.

Os materiais, selecionados do Banco Ativo de Germoplas-ma do IAC, foram pré-avaliados em ensaios por apresentarem qualida-de de frutos, diferentes épocas de maturação e boa produção. Alguns deles apresentam resistência a doenças importantes na citricultura. “O programa permitirá uma validação desses materiais em pomares dis-tribuídos no Estado de São Paulo, etapa necessária e que antecede a liberação para o plantio em grande escala e ao Registro Nacional de Cultivares (RNC) no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen-to”, explica a pesquisadora do IAC, Marinês Bastianel.

A pesquisadora do IAC explica que a citricultura tem sido bastante afetada pela mancha marrom de alternaria, doença de origem fúngica, amplamente disseminada, que afeta as principais variedades de tangerinas plantadas no Estado de São Paulo, como a Murcott e Ponkan. “Muitos pomares dessas variedades foram erradicados em função dos altos custos com fungicidas, que em alguns casos superam 15 aplicações para o controle do fungo, condição para viabilizar a pro-dução”, explica. O programa Citricultura Nota 10 contempla algumas variedades resistentes à doença e também porta-enxertos resistentes à seca, tolerantes a gomose de Phytopthora, declínio, entre outras.

Além de disponibilizar os materiais, o IAC vai oferecer in-formações técnicas de manejo e condução do pomar, acompanhar o desenvolvido do campo, e o potencial de mercado do material produ-zido, além de realizar eventos de difusão e transferência de tecnologia para os produtores.

“Incentivar a produção e consumo dos citros de mesa é fantástico. Mostra que o Brasil está passando por uma mudança, de me-lhora de renda e educação, o resulta em consumidores cada vez mais

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Embrapa Instrumentação terá inovação intensifi cada

Gestão

O pesquisador João de Men-donça Naime assumiu em junho a chefi a--geral da Embrapa Instrumentação, em São Carlos, SP, disposto a intensifi car a prática de inovação aberta multi-institu-cional, principalmente, por meio de parce-rias com a iniciativa privada já nos proje-tos de pesquisa.

“Esse é um ponto crítico no processo de produção da Embrapa, trans-formar em ativos tecnológicos, à disposi-ção da sociedade, o que é desenvolvido nos laboratórios e campos experimentais, dentro do menor prazo possível”, diz o doutor em Ciências da Engenharia Am-biental pela Universidade de São Paulo (USP), que vai dirigir a Unidade nos próxi-mos três anos.

Baseado nos indicadores recentes, no período em que foi chefe--adjunto de Pesquisa & Desenvolvimento, João Naime acredita ser possível intensi-fi car as parcerias. “Tivemos 66 contratos de diferentes naturezas assinados entre 2011 e 2014, que envolveram 30 empre-sas e que, além da cooperação em pro-jetos de pesquisa, também resultaram no licenciamento de 10 tecnologias. Apesar do momento econômico delicado, temos recebido muitas demandas de empresá-rios e investidores interessados em bus-car, na tecnologia, formas de aumentar a competitividade e agregar valor em seus negócios”, enfatiza.

Para fortalecer parcerias e au-

mentar as oportunidades de pesquisas, o engenheiro eletricista de formação preten-de compartilhar a infraestrutura e recursos humanos com universidades, demais insti-tutos de ciência e tecnologia e empresas, por meio de arranjos institucionais, como as Unidades Mistas de Pesquisa – modelo adotado pela Embrapa para reunir compe-tências e compartilhar infraestrutura de pes-quisa da Empresa – e Instituto de Inovação.

De acordo com Naime, a ges-tão ainda pretende ampliar a inserção da Embrapa Instrumentação no cenário inter-nacional, fortalecendo a integração com os Laboratórios Virtuais (Labex) e projetos da Embrapa no exterior, bem como esti-mular a realização de eventos de Pesqui-sa, Desenvolvimento & Inovação (P,D&I) em parceria com institutos de ciência e tecnologia e empresas estrangeiras.

Naime substitui o pesquisa-dor Luiz Henrique Capparelli Mattoso, que ocupou o cargo de chefe-geral de se-tembro de 2010 até o início de julho. Na Embrapa há 26 anos, o novo gestor tam-bém está com o olhar voltado para o am-biente interno. Para fortalecê-lo, pretende aumentar a integração entre as áreas de P&D e Transferência de Tecnologia (TT); investir em capacitação e atualização de conhecimentos dos funcionários; na me-lhoria da qualidade de vida, além de in-centivar a organização e gestão, visando à preservação da história e memória téc-nica dos projetos da Unidade.

João de Mendonça Naime é o novo chefe-geral da Embrapa

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20 anos

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225 e 26 de MARÇO

11º SEMINÁRIO SOBRE CONTROLE DE PRAGAS DA CANA

DA AGROINDÚSTRIA CANAVIEIRA

14º PRODUTIVIDADE &REDUÇÃO DE CU$TO$

HERBISHOW 14ºSeminário sobre Controle de Plantas Daninhas na Cana

Realizado com sucesso

9º Grande Encontro sobreVARIEDADES DE

CANA-DE-AÇÚCAR

BIOMASSA DECANA-DE-AÇÚCAR

1º S e m i n á r i o s o b r e

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25 e 26 de MARÇO25 e 26 de MARÇO25 e 26

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Sustentabilidade

John Deere defende produção com preservação

“É possível produzir e preser-var, e a integração lavoura-pecuária-fl ores-ta é um dos caminhos para esta produção sustentável”. É com este conceito que Pau-lo Herrmann, presidente da John Deere Brasil e da Rede de Fomento à Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) ministrou a palestra “Alimentando milhões - como a parceria público-privado pode contribuir para a intensifi cação sustentável da agro-pecuária” no Congresso Mundial sobre Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária--Floresta, realizado em julho, no Distrito Fe-deral.

Durante o evento, Herrmann explicou que o mundo demandará alimen-tos em alta quantidade por causa de um crescimento populacional exponencial. Segundo o executivo, cabe aos países tro-picais - notadamente aos produtores brasi-leiros - suprir a necessidade de segurança alimentar.

“A agricultura tropical passou por três revoluções signifi cativas nas últi-mas décadas. A primeira foi a utilização do plantio direto, que potencializou a utiliza-ção da terra agriculturável. Em um segun-do momento, os agricultores introduziram o plantio da segunda cultura – chamada de safrinha – que agora já tem produções robustas. E atualmente estamos em um ter-ceiro momento - a era da ‘agricultura sem parar’, viável somente por meio da utiliza-ção do sistema iLPF, com produtividade e sustentabilidade”, destacou Herrmann.

Foi a partir deste cenário que a Embrapa, um dos principais centros cien-

tífi cos do País, e instituições preocupadas em promover a agricultura sustentável se uniram em 2012 para criar a Rede de Fo-mento iLPF. Atualmente John Deere, Syn-genta, Schaffl er, Parker, Dow AgroSciences e Cocamar – além da Embrapa – compõem a Rede de Fomento.

“A Rede foi pensada para acelerar pesquisas e tecnologias, identi-fi car oportunidades, promover cada vez mais políticas e programas públicos para o sistema e, por fi m, difundir amplamente o conceito para os envolvidos com o agro-negócio de forma que todos possam co-nhecer e implantar o sistema iLPF”, disse o presidente.

De acordo com Paulo Herr-mann, a Rede de Fomento está aberta para agregar novos parceiros interessados em intensifi car a utilização do sistema. Ele ainda destacou a importância de uma nova geração de cientistas – que atualmente es-tão nas universidades – pesquisarem cada vez mais o iLPF. Para Herrmann, é na re-gião tropical, sendo o Brasil um dos países que se desponta como líder, que o siste-ma pode ser criado e desenvolvido – uma tecnologia que, segundo o executivo, é contagiante na medida em que é rentável, produtiva, capaz de promover benefícios tecnológicos, econômicos e sociais.

“Queremos contagiar todos com a tecnologia e conceito iLPF, que é uma iniciativa ousada e visionária, parte fundamental da terceira revolução agrícola mundial: a alta produção somada à susten-tabilidade”, fi nalizou.

Paulo Herrmann, presidente da John

Deere Brasil e da Rede de Fomento à Integração

Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF)

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