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1 “A Experiência Brasileira de Pesquisas de Avaliação de Impacto e Painel Longitudinal de Família em Situação de Pobreza” Seminário Registros Administrativos e Pesquisas Amostrais no Monitoramento e Avaliação de Políticas Sociais e de Superação da Pobreza Alexandro Pinto Diretor de Avaliação, SAGI/MDS Rio de Janeiro, 3 e 4 de novembro de 2014

Apresentação Alexandre Pinto

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“A Experiência Brasileira de Pesquisas de Avaliação de Impacto e Painel Longitudinal de Família em Situação de Pobreza"

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Page 1: Apresentação Alexandre Pinto

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“A Experiência Brasileira de Pesquisas de Avaliação de Impacto e Painel Longitudinal de Família em Situação de Pobreza”

Seminário Registros Administrativos e Pesquisas Amostrais no Monitoramento e Avaliação de Políticas Sociais e de Superação da Pobreza

Alexandro PintoDiretor de Avaliação, SAGI/MDS

Rio de Janeiro, 3 e 4 de novembro de 2014

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Avaliação de Impacto do

Bolsa Família – 2ª rodada

(2009)

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Disponibilização Pública de Pesquisas

http://www.mds.gov.br/sagi->pesquisas de avaliação

Sumário ExecutivoBase de Dados, Questionário

e documentação

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OBJETIVOS

• Avaliar o impacto do PBF, a partir dos dados levantados na primeira rodada

(2005), no que diz respeito às seguintes dimensões: i) gastos com alimentação; ii)

diversificação dos itens de alimentação consumidos; iii) medidas antropométricas

de crianças com menos de sete anos de idade; iv) gastos com educação, saúde,

vestuário, dentre outros itens de gastos da família.

• Comparar os resultados das duas rodadas no que se refere a informações sobre

situação laboral, e analisar informações referentes à empregabilidade – estas

últimas, captadas apenas na 2ª rodada (2009).

• Comparar os resultados das duas rodadas dando destaque aos impactos de curto

prazo (observados na 1ª rodada) e os impactos de médio prazo (coletados na 2ª

rodada) do Programa.

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METODOLOGIA

• Estudo quasi-experimental realizado em 2 rodadas (2005 e

2009);

• MDS optou em contrato por não tomar conhecimento dos

municípios e domicílios amostrados;

• Amostra representativa para as regiões Nordeste, Centro-

Oeste/Norte e Sul/Sudeste;

• Questionário com 15 seções que investiga diversos aspectos da

vida das famílias sorteadas além daqueles relacionados ao

programa.

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AMOSTRA

Em 2005, na AIBF I foram entrevistadas 15.426 famílias distribuídas em 24

unidades da federação e em 269 cidades. Nesta ocasião, foram utilizados 3

grupos de comparação:

• Domicílios recebendo o Bolsa Família (Tratamento);

• Domicílios cadastrados no CadÚnico, porém, sem receber o Bolsa Família (Controle 1);

• Domicílios sem cadastro no CadÚnico ou benefício do Bolsa Família (Controle 2).

Em 2009, na AIBF II, foram encontrados 11.433 domicílios (74% encontrados,

26% de perda amostral).

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Tabela 1. Amostra segundo grupos de pertencimento na AIBF I e AIBF II

AIBF-1

(2005) /

Grupo de

Intervenção

Beneficiário do

PBF

Grupo de Controle

1

Não beneficiário no

CadÚnico

Grupo de

Controle 2

Não beneficiário

Não

ClassificávelTotal

AIBF-2-

2009

Beneficiário do

PBF1844 1121 1707 4672

Não beneficiário 929 1352 3416 5697

Perda Amostral* 913 2137 943 3993

Total 3686 4610 6066 14362

Não classificável 1064 1064

Total Geral 3686 4610 6066 1064 15426

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Análises Possíveis

2005 2009

Controle

Tratamento

Controle

Tratamento

Transversal Transversal

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9

Análises Possíveis

2005 2009

Controle

Tratamento

Controle

Tratamento

Longitudinal

Longitudinal

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10

Análises Possíveis

2005 2009

Controle

Tratamento

Controle

Tratamento Impacto

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METODOLOGIA

Cálculo do ImpactoO principal método utilizado foi o da diferença das diferenças. Basicamente o que faz é comparar dois grupos -controle e intervenção – ao longo do tempo.

Figura 1: Ilustração da diferença das diferenças

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12

Principais Resultados

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SAÚDE DA CRIANÇA

Resultados descritivos:

• O peso médio ao nascer das crianças com até um ano de idade em 2009 cujas mães erambeneficiárias do Bolsa Família era 3,26 kg e o de crianças de mães não beneficiária era 3,24 kg.

• A proporção de crianças que nasceram a termo (isto é, com uma gestação de pelo menos 38semanas) foi de 88% para não beneficiárias do Bolsa Família e 91% para os filhos debeneficiárias do Bolsa Família.

• Praticamente todas as crianças (95%) são amamentadas. Contudo, a proporção dos filhos debeneficiárias do Bolsa Família serem exclusivamente amamentados pelo menos durante os seisprimeiros meses de vida é 8% maior (61%, em comparação com 53%).

Resultados de Impacto

• O resultado foi similar quanto aos índices antropométricos. O impacto ocorreu aoconsiderarmos o IMC – impacto de 39,6% (Erro-padrão = 16,1%);

• A vacinação em dia também apresentou impacto ao considerarmos as vacinas da Polio (1ª. e3ª. Doses) – 15 e 25%, respectivamente, DTP (2ª. e 3ª. Doses) – 18 e 19%,respectivamente;

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EDUCAÇÃO

Resultados Descritivos• Em 2005, os padrões de frequência escolar são muito semelhantes entre beneficiários e não

beneficiários do Programa, tanto do sexo masculino como do sexo feminino.

• Em 2009, a proporção de meninos do Bolsa Família que frequentavam a escola no momento dapesquisa é ligeiramente maior dos 7 aos 14 anos de idade, com exceção dos 9 anos de idade em queos dois perfis são similares, e muito maior dos 15 aos 17 anos de idade. A proporção de meninas doBolsa Família que frequentavam a escola também é ligeiramente maior para as idades mais novas econsideravelmente maior aos 15 e aos 17 anos de idade.

Resultados de Impacto

• A frequência escolar de crianças de 6 a 17 anos pertencentes a famílias beneficiárias foi4,4 % (Erro-padrão = 2,0%) maior em comparação com famílias não beneficiárias;

• A progressão de ano para crianças de 6 a 17 anos de famílias beneficiárias foi 6,0%(Erro-padrão = 2,8%) maior em comparação com famílias não beneficiárias;

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SAÚDE DA MULHER

Resultados descritivos• As beneficiárias do Bolsa Família tiveram, em média, 3,0 visitas de cuidados pré-natais em

2005 e 3,7 visitas de cuidados pré-natais em 2009. As não beneficiárias também tiveram, emmédia, 3,0 visitas de cuidados pré-natais em 2005, mas apresentaram um aumento menor devisitas, 3,5 em média.

Resultados de Impacto• Houve impacto do número de visitas dos agentes de saúde no pré-natal, as mães de famílias

beneficiárias receberam em média mais 1,510 (Erro-padrão = 0,731) visitas em relação amães de famílias não beneficiárias;

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EMPODERAMENTO DA MULHER

Resultados Descritivos

• Em 2009, a maioria das decisões sobre os aspectos investigados na pesquisa é

feita de forma conjunta (mulher e cônjuge), percentual que chega a 69%

• No comparativo 2005 e 2009, as alterações aconteceram no sentido de

ampliar o poder de decisão das mulheres.

Resultados de Impacto

• Encontrou-se um aumento de 8 pontos percentuais (p<0,10) na proporção da

participação das mulheres nas decisões sobre compra de remédios para os

filhos e 5,3 (p<0,10) pontos percentuais sobre os gastos com bens duráveis.

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TRABALHO DE CRIANÇAS E

ADOLESCENTES

Resultados Descritivos

• Em ambos os anos da pesquisa, na faixa etária de 5-15 anos de idade observou-se uma baixa

prevalência de trabalho. Entre as famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família o

percentual de relatos de trabalho nesta fase da vida foi ainda menor.

Resultado de Impacto

• Similar ao resultado anterior, porém o impacto estimado foi de 1,9 (Erro-padrão = 0,8);

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EMPREGO

Resultados Descritivos• Em ambos os anos estudados, considerando as diferenças de composição

demográficas, não foram detectadas diferenças na participação no mercado detrabalho e jornada total de trabalho entre beneficiários e não beneficiários doPrograma.

• Em 2009, a busca por trabalho (desemprego) entre beneficiários é um pouco maiselevada que entre não beneficiários. A jornada de trabalho de beneficiárias é 1,5horas menor que entre não beneficiárias.

• Esses resultados revelam, pois, não haver evidências de que há desincentivo àparticipação no mercado de trabalho por parte de beneficiários do PBF.

Resultado de Impacto• Corroborando a análise descritiva, não se identificou diferenças na participação

econômica, desemprego e horas trabalhadas;

• Observou-se uma diminuição na média de horas semanais trabalhadas dosbeneficiários no emprego formal (cerca de 8 horas) e aumento equivalente noemprego informal.

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Percepção

• Bem-estar das Crianças

Figura 2: Percentual de respondentes que concordam

com a afirmativa “Você pode mandar as crianças à

escola”

47%

49%

51%

44%

45%

46%

47%

48%

49%

50%

51%

52%

Não Beneficiário Benefício BásicoApenas

Benefício Básico +Variável

Figura 3: Percentual de respondentes que concordam

com a afirmativa “As crianças não precisam trabalhar”

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Percepção• Condicionalidades

Afirmação - Educação %

1 As crianças de 6-15 anos de idade devem manter uma frequência escolar de pelo menos 85% 94

2 As crianças de 16 e 17 anos devem manter uma frequência escolar de pelo menos 75% 91

3 As crianças de risco ou as que trabalham devem participar de serviços sociais e educacionais 89

4 Todas as crianças devem estar matriculadas na escola 93

Tabela 8 : Beneficiários que corretamente responderam as perguntas de condições relacionadas com a educação e

saúde

Afirmação - Saúde %

1 Manter o calendário das crianças de 0 – 7 anos atualizado 94

2 Levar as crianças de 0 – 7 anos para serem pesadas de acordo com o calendário da saúde 94

3 As gestantes devem participar de atividades de pré-natal 94

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Percepção

• Condicionalidades

6.077% 5.849%

4.327%

6.367% 6.531% 6.845%

4.375%

16.610%

8.660%7.808%

12.374%

9.407%

12.798%

8.594%

6.212%

2.196%1.411%

3.921%

2.636%

3.869%3.281%

.0%

2.0%

4.0%

6.0%

8.0%

10.0%

12.0%

14.0%

16.0%

18.0%

Rural Urbano Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-oeste

Condição do Domicílio Região

Educação Saúde Saúde e Educação

Figura 4: Percentual dos Beneficiários do Bolsa Família que Relataram Dificuldade no Cumprimento das

Condicionalidades, 2009

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Percepção

Figura 6: Percentual Respondentes Segundo a Percepção de Alteração na Qualidade da Escola

(atenção dada aos alunos), 2009.

51%

42%

7%

47% 46%

8%

56%

38%

6%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Melhorou Nâo mudou Piorou

Total Não Bolsa Família Bolsa Família

Acesso e Qualidade dos serviços – Educação

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Percepção

Figura 6: Percentual Respondentes Segundo a Percepção de Alteração na Qualidade da Saúde

(Horas de Espera), 2009.

19%

48%

33%

18%

49%

33%

21%

48%

31%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Melhorou Nâo mudou Piorou

Total Não Bolsa Família Bolsa Família

Acesso e Qualidade dos serviços – Saúde

Page 24: Apresentação Alexandre Pinto

Pesquisa Painel de Pobreza – PPPPesquisa Painel Longitudinal de Acompanhamento das Condições de Vida e Acesso a Programas Sociais da População em Situação de Pobreza

Page 25: Apresentação Alexandre Pinto

Considerações iniciais

Page 26: Apresentação Alexandre Pinto

Contexto: Avaliação de Programas e Expansão de Políticas Sociais

• Transformações no campo das políticas sociais desde 1988

• Alterações de escopo, cobertura e formas de atuação

• Expansão e reorganização da malha jurídica,administrativa e financeira que estrutura a provisão deserviços e benefícios sociais

• Expansão do gasto social federal: cerca de 4% do PIB em1987, 11,24% em 1995 e 16,23% em 2011.

Page 27: Apresentação Alexandre Pinto

Avaliação de Programas e Expansão de Políticas Sociais

• Alteração do quadro social Complexificação da atuação do Estado• Melhora em indicadores gerais altera as demandas por serviços e a

lógica de atuação dos programas, que se multiplicam e se tornam mais multifacetados.

• Alteração na demanda • Alteração na dispersão territorial e nas características sociais da

população demandante

+• Ação interativa de diversas políticas sociais

• Organização sistêmica • Transversalidade• Intersetorialidade

=• Desafio à avaliação dos programas

Page 28: Apresentação Alexandre Pinto

Avaliação de Programas e Expansão de Políticas Sociais

• Demanda por estudo de acompanhamento de populações-alvo de políticas sociais, avaliando a relação dinâmica entre acesso a serviços e benefícios, por um lado, e geração de oportunidades e renda, por outro.

• Caracterização de populações e territórios (contextualização)• Compreensão complexa (fenômenos multifacetados)• Análise dinâmica (dimensão temporal)• Efeitos integrados de diversas políticas públicas

Page 29: Apresentação Alexandre Pinto

Pesquisas Longitudinais de Pobreza - vantagens

• Desenho metodológico robusto e com diversas possibilidades analíticas Standard proposto pela literatura especializada Modelo usado em diversos países desenvolvidos e em desenvolvimento (EUA,

Canadá, Austrália, Reino Unido, Alemanha, Polônia, Hungria, União Europeia como um todo, Argentina, Chile, Peru, México, África do Sul, Quênia, Malaui, Iêmen, Bangladesh, Vietnam, China etc.)

• Capacidade de captar dimensão crucial na análise do fenômeno da pobreza: TEMPO Distinção de situações de pobreza transitória e crônica Análises de trajetória escolar, ocupacional etc.

• Diagnóstico multidimensional da privação material e da vulnerabilidade social

• Permite analisar a validez das medidas de padrão de vida com base monetária

Page 30: Apresentação Alexandre Pinto

Pesquisas Longitudinais de Pobreza - vantagens

• Capacidade de avaliação e monitoramento simultâneo de diversas políticas públicas em conjunto com mudanças econômicas, sociais e demográficas em geral.

• Capacidade de avaliar efeitos interativos entre diversas políticas públicas

• Capacidade de gerar diagnósticos multifacetados das diversas situações de pobreza enfrentadas em contextos de vida diferentes (urbano e rural, peculiaridades regionais etc.).

• Em suma, a identificação da natureza temporal da pobreza é elemento fundamental para a definição de prioridades, para o desenho de políticas apropriadas para cada grupo e para o monitoramento das metas estabelecidas.

Page 31: Apresentação Alexandre Pinto

Eixos analíticos

• A PPP permitirá um diagnóstico mais acurado de diversasdimensões da pobreza, contextualizadas espacialmente e levandoem conta as dinâmicas temporais

Avaliação BSM: Avaliação e monitoramento das três dimensões principais doPlano Brasil Sem Miséria.

Renda: Análise detalhada da geração de renda monetária e não monetária porparte do público-alvo da pesquisa, incluindo “bicos”, programas públicos eprivados de transferência de renda e doações

Pobreza multidimensional: Levantamento sistemático e periódico das principaisdimensões que compõem o conceito de pobreza em sentido lato, tais comoacesso à água, alimentação, habitação, saneamento, saúde e educação.

Page 32: Apresentação Alexandre Pinto

Eixos analíticos

Diferenciação regional: Análise das variabilidades regionais no acesso a serviçospúblicos, às oportunidades de inclusão produtiva, à geração de renda e àsmúltiplas dimensões da pobreza em dois contextos bastante díspares.

Flutuações, dinâmicas e tendências temporais: análise das diversas trajetórias desuperação e/ou reprodução da pobreza nas famílias entrevistadas, incluso asvolatilidades de renda.

Blocos Temáticos: Informações detalhadas a respeito de aspectos que serãoobjeto de “Blocos Temáticos Variáveis” tais como percepções de pobreza, redesde solidariedade, qualidade dos serviços públicos etc.

Page 33: Apresentação Alexandre Pinto

Limites da Pesquisa

Sem representatividade para os “novos pobres” (não eram pobres em 2010): oacompanhamento das taxas gerais e das mudanças para o todo da população serãoacompanhadas pela PNAD Contínua e outras pesquisas.

Sem representatividade nacional: A PPP é circunscrita a 4 Regiões Metropolitanas doSudeste e ao Semiárido Brasileiro. São os tipos extremos de duas formas bastantediversas de pobreza que encontramos no Brasil e nesse sentido permitirão umentendimento muito rico da situação nacional como um todo. Ainda assim, háespecificidades de outras áreas (e.g. Amazônia, litoral do Nordeste) que não serãocaptadas.

Amostragem domiciliar e mudança de endereço: A mudança de endereço geraráperdas amostrais, como em qualquer pesquisa desse tipo. Não haveráacompanhamento individual da amostra, ao menos no primeiro ano.

Page 34: Apresentação Alexandre Pinto

Apresentação Geral da Pesquisa

Page 35: Apresentação Alexandre Pinto

Pesquisa Painel de Pobreza - Síntese

• Objetiva levantar informações que auxiliem acaracterização da população em situação de pobrezapara melhor avaliar as iniciativas voltadas para a inclusãosocial e produtiva da mesma.

• Os três eixos centrais da pesquisa são advindos do BrasilSem Miséria:

RendaInclusão produtivaAcesso a programas e serviços públicos

Page 36: Apresentação Alexandre Pinto

Pesquisa Painel de Pobreza - Síntese

• Dois contextos: o Sudeste metropolitano e o Semiárido.

• Amostra: 13.380 domicílios pobres (cf. Censo 2010)

• Não visa à avaliação de impacto de um programa específico (sem

grupo de controle)

• Faz parte de um sistema amplo de pesquisas e dados

administrativos que compõem que concorrem a múltiplas

formas de avaliação e monitoramento das políticas de

desenvolvimento social

Page 37: Apresentação Alexandre Pinto

Metodologia - síntese

•Pesquisa longitudinal de base domiciliar

•Coletas quadrimestrais

•Cada coleta deverá ser realizada em 45 dias, por meio deequipamentos eletrônicos

•Protocolos: consistência; treinamento; inserção de dados.

•Respondentes: responsável pelo domicílio e indivíduos acima de14 anos de idade

Page 38: Apresentação Alexandre Pinto

Objetivo Geral

• Levantamento e análise de dados que permitam a caracterização

ao longo do tempo da população em situação de pobreza em dois

contextos – Semiárido brasileiro e Sudeste metropolitano –,

particularmente no que se refere à composição e volatilidade da

renda das famílias, às estratégias de inserção produtiva e ao

acesso a serviços públicos.

Page 39: Apresentação Alexandre Pinto

Objetivos Específicos

• Caracterizar socioeconômica e demograficamente a população

amostrada nos dois contextos: Semiárido brasileiro e Sudeste

metropolitano;

• Coletar informações referentes à inserção produtiva e às formas

de ocupação e geração de renda da população-alvo, incluindo a

identificação de eventuais obstáculos à inserção ao mercado de

trabalho;

• Coletar informações referentes à mobilidade sociocupacional da

população amostrada;

Page 40: Apresentação Alexandre Pinto

Objetivos Específicos

• Coletar informações referentes aos modos de acesso a programas,

serviços e ações por essa população pobre, com ênfase àqueles

desenvolvidos no âmbito do Plano Brasil Sem Miséria;

• Coletar informações referentes aos blocos rotativos da pesquisa,

que irão abordar temas específicos de interesse do MDS, tais

como condições de habitação, histórico migratório, participação

social, redes de relações sociais, consumo, percepção subjetiva

sobre pobreza e desigualdade social, elementos subjetivos da

pobreza, qualidade dos serviços públicos e condições de vida,

entre outros a serem definidos posteriormente.

Page 41: Apresentação Alexandre Pinto

Amostra

• Amostra em dois estágios:

• Sorteio de setores censitários com N mínimo de domicílios sorteáveis (12

para setores metropolitanos e 15 para setores do Semiárido)

• Sorteio de domicílios (12 por setor nas metrópoles e 15 no Semiárido)

• Representatividade para domicílios pobres de duas áreas:

• Semiárido brasileiro

• 6.180 domicílios

• 412 setores

• Sudeste metropolitano

• 7.200 domicílios

• 600 setores

• Total: 13.380 domicílios

• Sem previsão de reposição de perdas amostrais

Page 42: Apresentação Alexandre Pinto

Amostra

• Para definição dos domicílios em cada setor, será realizado um arrolamentoprévio de todos os setores censitários sorteados• Atualização de todos os endereços• Verificação do status dos domicílios sorteáveis (ocupado, vago,

inexistente)

• Arrolamento visa minimizar a perda amostral na primeira coleta

• Este plano amostral permitirá avaliar a situação atual dos domicílios vis a vis oCenso 2010, reduzindo riscos de perda amostral por problemas cadastrais epermitindo uma análise comparativa (limitada) da situação dos domicílios emcomparação com 2010.

Page 43: Apresentação Alexandre Pinto

Distribuição Espacial da Amostra

Semiárido Sudeste Metropolitano

Page 44: Apresentação Alexandre Pinto

Amostra

• Fazem parte da amostra:

• Domicílios habitados por pessoas em situação de pobreza em 2010

(definição: renda domiciliar per capita inferior a R$ 140,00 captada no

Censo de 2010); E

• Localizados no Semiárido Brasileiro ou no Sudeste Metropolitano; E

• Localizados em setores censitários com outros domicílios pobres (min. 12

nas metrópoles e 15 no Semiárido)

• Não fazem parte da amostra:

• Domicílios que não existiam em 2010

• Domicílios localizados em outras áreas geográficas

• Domicílios cuja renda domiciliar per capita era superior a R$ 140,00 em 2010

Obs: foram realizadas correções para excluir domicilios não pobres que declararam renda zero em 2010

Page 45: Apresentação Alexandre Pinto

Amostra

• Em suma, não fazem parte da amostra domicílios que são pobres hoje mas não o

eram em 2010, domicílios novos e domicílios fora da área geográfica definida

• Fazem parte da amostra domicilios pobres em 2010 e que hoje sejam pobres ou

vulneráveis à pobreza

• Oscilações de renda e montagem do painel:• É esperado um aumento da renda no período, e deve-se acompanhar as

famílias com renda per capita superior a R$ 140,00/mês• Serão excluídos da amostra após a primeira coleta domicílios pobres em

2010 e que hoje sejam habitados por famílias sem vulnerabilidade àpobreza

• As oscilações na renda após a primeira rodada serão dados de pesquisa eas famílias seguirão sendo investigadas durante todo o painel.

Page 46: Apresentação Alexandre Pinto

Perdas Amostrais

• Domicílios inexistentes (ou em ruínas), • Recusas• Domicílios cujos membros com idade maior ou igual a 14 anos não forem entrevistados

conforme critérios estabelecidos em edital.• Domicílios fechados na primeira coleta.

• Devem ser realizadas, pelo menos, três visitas em dias e turnos distintos incluindo, caso necessário, finais de semana e período noturno. Se em nenhuma das três visitas for possível iniciar a entrevista, caracterizar-se-á uma situação de perda amostral.

• Segunda e terceira coleta:

• A logística de campo partirá de informações coletadas previamente, incluindo contatos que permitam o pré-agendamento da visita para a realização das entrevistas.

• Domicílios fechados serão mantidos no plano amostral e participarão das coletas subsequentes, posto que poderão estar abertos no futuro

Page 47: Apresentação Alexandre Pinto

Mudanças de endereço e composição familiar

• Nos casos em que houver mudança de um ou mais membro da família definida

na primeira rodada mas ainda residir algum membro entrevistado em rodada

anterior, deverão ser realizadas entrevistas ser realizadas no domicilio original.

• No caso de mudança integral de um dado domicílio dentro dos municípios

definidos no plano amostral da pesquisa, os seus membros deverão ser

entrevistados em seu novo endereço

• Nos casos de desmembramento da família para dois ou mais novos locais de

habitação, MDS e empresa executora contratada definirão regras de

rastreamento, dando ênfase à captação dos núcleos familiares básicos (em

especial mães e seus filhos)

• Mudanças para municípios fora do plano amostral não serão rastreadas no

primeiro ano

Page 48: Apresentação Alexandre Pinto

Questionário

• Questionário com duração média de 60 minutos (mais no pré-teste):

• Bloco Fixo: questões centradas em:

• Trabalho e Rendimento

• Inclusão Produtiva

• Acesso a Programas Sociais

• Bloco Variável: questões rotativas a cada coleta; na coleta 1 deverá ser dada

prioridade à caracterização sociodemográfica dos entrevistados

• Formato eletrônico: permitirão pulos automáticos de questões, georeferenciamento e

registro fotográfico de cada domicílio visitado.

• O software a ser utilizado permitirá a crítica preliminar dos dados coletados, considerando,

dentre outros aspectos, a plausibilidade dos dados, o fluxo das questões e aspectos lógicos

relativos a ela.

Page 49: Apresentação Alexandre Pinto

Treinamento

• Devem ser elaborados manuais específicos para supervisão e treinamento

• No caso das coletas de campo manuais devem ser validados previamente

pelo MDS

• Treinamento do arrolamento (8h)

• Treinamento antes dos pré-testes e coletas (40 h cada)

• Treinamento das coletas é precedido de uma simulação de treinamento

• Nenhum pesquisador que não tenha sido treinado poderá ir a campo

• O treinamento deve sensibilizar os entrevistadores para a importância da

pesquisa e o sentido das questões, bem como para a necessidade de

abordagem adequada de forma a ser possível o retorno ao domicílio e o

respeito às pessoas entrevistadas e suas condições de vida

Page 50: Apresentação Alexandre Pinto

Pré-teste

• 180 domicílios necessariamente, com possibilidade de substituição de amostra

• Questionário um pouco maior que os das coletas

• Probes

• Duplas de entrevistadores

• Visa captar, entre outras coisas:

• logística de campo

• abordagem e comportamento dos entrevistados

• desempenho dos instrumentos eletrônicos e duração das entrevistas

• sistema de registro e envio dos dados

• qualidade dos treinamentos

• a produtividade e efetividade da coleta dos dados

• a inteligibilidade das questões e das opções de resposta

Page 51: Apresentação Alexandre Pinto

Campo

• Cada uma das coletas será realizada em no máximo 45 dias

• Precedido por:

• pré-teste, oficina de nivelamento de conceitos, oficina de simulação de

treinamento, treinamento, teste de equipamentos, teste do sistema de

transmissão de dados e planejamento logístico

• Inclui:

• o deslocamento até todos domicílios amostrados, a abordagem adequada,

a realização das entrevistas e a supervisão

Page 52: Apresentação Alexandre Pinto

Acompanhamento do Campo

• MDS acompanhará o treinamento dos entrevistadores e a realização das entrevistas

in loco

• Envio online dos questionários pelos entrevistadores permitirão monitoramento

rápido do trabalho realizado e correção de rumos durante a execução da coleta de

dados:

• A equipe da SAGI terá acesso ao sistema de coleta e monitoramento por meio

de logins e senhas autenticadas, permitindo visualizar as rotas de pesquisa,

posição diária do entrevistador, nome e telefone dos entrevistadores. Serão

registrados de forma automática a data de realização da entrevista, posição

geográfica de cada coleta, hora de início e término da entrevista.

Page 53: Apresentação Alexandre Pinto

Banco de Dados e relatórios

• Banco de dados:• Compatível com SPSS• Devem vir consistidos e acompanhados de dicionário de variáveis, sintaxes e

fatores de ponderação da amostra• Seu sistema de transmissão e disponibilização online deve ser testado antes

do campo e permitir o acompanhamento dos dados coletados e a análise de dados preliminar

• Relatórios:

• Precedidos por discussão de planos tabulares

• Abrangem todos os tópicos da pesquisa (blocos e objetivos)

• Apresentados em oficina de discussão de resultados

Page 54: Apresentação Alexandre Pinto

Protocolos

• Objetivam permitir a continuidade do painel para além do escopo da presente

contratação, seja com a mesma instituição responsável pelas primeiras três coletas, seja

com outra instituição

protocolo de treinamento: procedimentos para a realização dos treinamentos a serem ofertados aos entrevistadores, supervisores de campo e coordenadores regionais;

protocolo de inserção de dados: os parâmetros gerais para a inserção dos dados coletados nos sistemas informatizados, incluindo parâmetros lógicos básicos de acordo com os conceitos empregados em cada questionário.

protocolo de consistência: procedimentos para análise de consistência e limpeza dos dados.

• Cada protocolo será elaborado pela empresa contratada, sob supervisão e seguindo as recomendações do MDS

Page 55: Apresentação Alexandre Pinto

Comitê de Acompanhamento

• Sob responsabilidade do MDS em parceria com o IBGE:

• Realização de oficinas para discussão de aspectos metodológicos (plano amostral,

protocolos) e instrumentos básicos e rotativos;

• Subcomitê de Amostra;

• Subcomitê de Questionários; e

• Subcomitê de Análise

Page 56: Apresentação Alexandre Pinto

Grato pela Atenção

Alexandro [email protected]

61-2030-1509