10112017 Revista Amanhatilde Inuacutemeros desafios pelo caminho

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(httpwwwamanhacombrpagesmelhoressc)

Por Antenor Savoldi Jr

antenoramanhacombr

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Inuacutemeros desafios pelo caminhoFalhas de infraestrutura no Sul comprometem a competitividade

Copo meio cheio ou copo meio vazio A anaacutelise fria dos nuacutemeros de exportaccedilatildeo para 2016 ateacutepermite leituras distintas No Brasil o saldo da balanccedila comercial ficou positivo em US$ 477bilhotildees apesar da queda queda de 31 no valor total exportado A diminuiccedilatildeo tanto nas vendasexternas quanto nas compras de importados foi registrada em todas as regiotildees do paiacutes Norecorte para o Sul o saldo positivo de US$ 96 bilhotildees traz tambeacutem uma queda de 18 nasexportaccedilotildees

Em 2014 e 2015 a queda nas exportaccedilotildees da regiatildeo foi ainda maior 154 e 89respectivamente Jaacute em 2016 entre as cinco regiotildees o Sul foi o que teve menor queda no seuvalor exportado Enxergando o copo meio cheio ou meio vazio o diagnoacutestico eacute unacircnime parasonhar com nuacutemeros melhores o principal problema a ser resolvido satildeo os jaacute conhecidosgargalos na infraestrutura

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Federaccedilotildees das induacutestrias empresaacuterios e analistas pouco divergem acerca das necessidades decada Estado para que o custo da infraestrutura natildeo pese tanto sobre a competitividade dosprodutos da regiatildeo no mercado internacional Os diagnoacutesticos vecircm de deacutecadas A necessidade deum relanccedilamento significativo do modal ferroviaacuterio para a regiatildeo por exemplo eacute uma demandaque jaacute atravessa diversos governos No entanto os avanccedilos nos trilhos satildeo praticamente nulosEm um quadro que projeta a escassez de recursos para os investimentos em infraestrutura nocurto prazo a saiacuteda eacute definir prioridades Aleacutem de torcer para que mais um programa de parceriapuacuteblico-privada ndash o Programa de Parceria de Investimentos (PPI) ndash lanccedilado pelo governo federalcom o nome de ldquoProjeto Crescerrdquo tenha resultados raacutepidos e palpaacuteveis

ldquoO grande diferencial em relaccedilatildeo a outros programas de infraestrutura lanccedilados anteriormente eacuteque o PPI resgata o fator planejamento Antes de se anunciar qualquer obra deve-se ter o projetoe sua licenccedila ambiental preacutevia encaminhadosrdquo explica Edson Vasconcelos coordenador doConselho Temaacutetico de Infraestrutura da Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Paranaacute (Fiep) Otimista eleprevecirc que com a criaccedilatildeo do Fundo de Apoio agrave Estruturaccedilatildeo de Parcerias (Faep) os orccedilamentos ecronogramas seratildeo mais realistas evitando os famigerados aditivos que satildeo anexados aoscontratos por deficiecircncias nos projetos ou atrasos por dificuldades na obtenccedilatildeo de licenccedilasambientais

No primeiro lote de projetos do PPI o Paranaacute natildeo teve nenhuma obra contemplada Na segundarodada de divulgaccedilotildees o governo incluiu os arrendamentos dos terminais de celulose e deveiacuteculos no Porto de Paranaguaacute O nuacutemero pequeno de projetos no Estado ateacute o momento natildeochega a preocupar Segundo o dirigente alguns estatildeo em fase final de liberaccedilatildeo em oacutergatildeosresponsaacuteveis caso da BR-476 entre Paranaacute e Santa Catarina conhecida como ldquoRodovia doFrangordquo

ldquoEsse projeto estaacute em fase de redesenho do modelo de concessatildeo jaacute que o formato anteriorprevia a duplicaccedilatildeo do trecho nos primeiros cinco anos de contrato encarecendosignificativamente a tarifardquo conta A alternativa foi a produccedilatildeo de um cronograma mais longoprojetando a construccedilatildeo de terceiras faixas duplicaccedilotildees e viadutos em alguns trechos criacuteticos demodo a reduzir a tarifa

Apesar de possuir projetos nos dois primeiros lotes a posiccedilatildeo de Mario Aguiar presidente daCacircmara de Assuntos de Transporte e Logiacutestica da Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do SantaCatarina (Fiesc) contrasta com a do colega paranaense ldquoEacute preocupante que o uacutenico grandeprojeto incluso na primeira etapa do programa do governo para Santa Catarina tenha sido oAeroporto Herciacutelio Luz Existe um compromisso da Uniatildeo com nossos eixos rodoviaacuteriosdemandas antigas e estrateacutegicas dos catarinensesrdquo lamenta Aguiar No segundo lote deconcessotildees foi listado o trecho de 211 quilocircmetros da BR-101 entre Paulo Lopes e Satildeo Joatildeo doSul Em marccedilo a operadora Zurich Airport AG da Suiacuteccedila garantiu a concessatildeo do Herciacutelio Luz por30 anos desembolsando R$ 833 milhotildees

Aguiar estabelece como prioridade o eixo rodoviaacuterio da BR-282 e da BR-480 As rodovias fazem aligaccedilatildeo do oeste catarinense zona produtora ao litoral onde se encontram os portos ldquoEacute precisocobrar e garantir que natildeo sejam repassados ao usuaacuterio na tarifa de pedaacutegio os aportes que jaacuteforam realizados Tambeacutem devemos evitar a judicializaccedilatildeo pois algumas das estradas jaacute estatildeo emobrasrdquo defende O abastecimento de insumos para a induacutestria via cabotagem ou a importaccedilatildeo vianavegaccedilatildeo de longo curso tambeacutem satildeo necessidades urgentes de acordo com Aguiar Aleacutem doHerciacutelio Luz e do trecho da BR-101 o PPI listou em terras catarinenses apenas o projeto daPequena Central Hidreleacutetrica (PCH) de Pery em Curitibanos Os trecircs Estados do Sul tambeacutem estatildeoentre os 17 que receberatildeo a concessatildeo de 35 lotes para instalaccedilatildeo de linhas de transmissatildeo deenergia

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No Rio Grande do Sul aleacutem do aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre e da concessatildeo paraextraccedilatildeo de carvatildeo mineral em Candiota o projeto mais relevante listado pelo PPI eacute a oferta doeixo rodoviaacuterio que se estende BR-386 ateacute a BR-101 O trecho inicia na conhecida ldquoestrada daProduccedilatildeordquo vinda do norte e noroeste gauacutecho chega agrave BR-290 na regiatildeo metropolitana de PortoAlegre alcanccedilando finalmente a BR-101 Esta uma das principais ligaccedilotildees do Rio Grande do Sulcom a costa de Santa Catarina

Heitor Muumlller presidente da Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs)lamenta o cenaacuterio enfrentado pelo exportador gauacutecho ldquoHoje temos gargalos em todas as aacutereasNossa logiacutestica eacute muito cara abandonamos o sistema ferroviaacuterio perdemos o hidroviaacuterio asestradas estatildeo muitos ruins e o custo do frete eacute muito altordquo discorre Ele se manteacutem ressabiadoquanto agrave consolidaccedilatildeo do novo plano do governo federal ldquoO governo precisa atender a tantosatores que levamos cinco anos para fazer apenas um projeto Em Porto Alegre ateacute hoje temosobras da Copa de 2014 que dependem de liberaccedilatildeo judicialrdquo exemplifica Muumlller

Em marccedilo a alematilde Fraport AG Frankfurt pagou R$ 2905 milhotildees e garantiu por 25 anos aconcessatildeo do aeroporto Salgado Filho Aleacutem da ampliaccedilatildeo da pista o novo controlador deveadequar a estrutura de acesso e armazenagem de carga e de fiscalizaccedilatildeo aduaneira Com oredimensionamento do Salgado Filho para permitir a operaccedilatildeo com aviotildees de maior porte Muumlllercelebra a perspectiva de que exportadores gauacutechos natildeo precisem mais transportar seus produtosateacute Satildeo Paulo para soacute entatildeo despachaacute-los para o exterior

Vasconcelos da Fiep lembra que o paiacutes jaacute possui mais de 20 anos de experiecircncia em concessotildeesde infraestrutura agrave iniciativa privada Entre erros e acertos o fundamental destaca eacute o alcance deuma ampla concorrecircncia no momento da licitaccedilatildeo Para isso os projetos precisam serdisponibilizados em detalhes a todos os interessados e com tempo suficiente para a anaacutelise ldquoOPPI demonstra estar alinhado com essa preocupaccedilatildeo ao fixar em um miacutenimo de 100 dias operiacuteodo entre a apresentaccedilatildeo do projeto aos interessados e o momento da licitaccedilatildeordquo avalia

Outro ponto que atrai interesse ao PPI eacute o fato de seus editais serem lanccedilados em portuguecircs einglecircs mirando investidores estrangeiros ldquoConcessotildees que tecircm um maior nuacutemero deconcorrentes tecircm maior disputa e isso daacute valores reais para as tarifas O exemplo das licitaccedilotildeesem rodovias federais em 2014 em que a meacutedia de concorrentes em cada licitaccedilatildeo era de oitoempresas trouxe descontos de mais de 50 sobre a tarifa-teto fixada nos editais Jaacute emconcorrecircncias mais antigas com pouco tempo de divulgaccedilatildeo dos projetos natildeo houveconcorrecircncia e as tarifas sofreram descontos bem menoresrdquo lembra Vasconcelos Ele ressaltaque os grupos envolvidos precisam ter capacidade financeira para assumir os riscos do negoacuteciodesde que ldquoas exigecircncias teacutecnicas e financeiras natildeo limitem a disputa a poucas empresasrdquo

Desafio em trecircs frentes Uma das dez maiores exportadoras do Sul a Cooperativa Central Aurora Alimentos funcionacomo um microcosmo de todas as questotildees de infraestruturas enfrentadas pelas empresas daregiatildeo Com cadeia de operaccedilotildees nos trecircs Estados do Sul ndash estendendo-se inclusive para o MatoGrosso do Sul de onde traz o milho para raccedilatildeo animal ndash 25 do faturamento da Aurora vem dasexportaccedilotildees Com abate diaacuterio de 18 mil suiacutenos e 1 milhatildeo de frangos nas suas 15 unidadesespalhadas pela regiatildeo satildeo cerca de 30 mil toneladas exportadas por mecircs pela cooperativaDestes apenas 4 se dirigem agrave chamada ldquofronteira secardquo nos vizinhos Argentina Uruguai e ChileAssim 96 da produccedilatildeo precisa cruzar o interior dos Estados para chegar ao litoral catarinensede onde parte para os demais mercados No processo do escoamento de cargas rumo ao litoral70 do total a ser exportado sai direto das unidades de produccedilatildeo para os portos onde seraacuteembarcado Os 30 restantes satildeo concentrados e montados na unidade armazenadora localizadaem Itajaiacute proacutexima ao porto

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Praacutetica comum agraves empresas exportadoras isso leva a Aurora a estar listada na cidade de Itajaiacutedentro do ranking Sul for Export de AMANHAtilde apesar de sua matriz seguir em Chapecoacute no oestecatarinense ldquoNosso escoamento depende muito da malha rodoviaacuteriardquo assegura Celso Cappellarogerente de produccedilatildeo da Aurora ldquoCaso a BR-282 e a BR-470 fossem duplicadas teriacuteamos umganho de produtividade em torno de 20 pela melhora logiacutestica e reduccedilatildeo do tempo detransporterdquo calcula o gestor Tal ganho provocaria uma reduccedilatildeo de cerca de 10 no custo deproduccedilatildeo de acordo com a estimativa da Aurora Aleacutem disso os profissionais do transporte quehoje fazem em meacutedia duas ou trecircs cargas por semana conseguiriam fazer uma a mais no mesmoperiacuteodo Para sair do paiacutes 54 da carga da companhia utiliza o porto de Navegantes enquanto28 utiliza o de Itajaiacute ldquoO porto de Itajaiacute eacute mais barato mas por ser puacuteblico tem maior burocraciae o processo demora maisrdquo comenta Cappellaro Os 14 restantes que saem pelo mar satildeoembarcados em Itapoaacute que tem capacidade para receber navios maiores

Pesquisa realizada pela Fiesc em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc)mostra a influecircncia da infraestrutura logiacutestica na competitividade da induacutestria do Estado Deacordo com o estudo para cada real faturado R$ 014 se destina a cobrir o custo logiacutesticonuacutemero acima dos R$ 011 na meacutedia nacional Respondendo por 687 da matriz de transporteem Santa Catarina o modal rodoviaacuterio a exemplo de Paranaacute e Rio Grande do Sul opera no limitee demonstra sinais de comprometimento ldquoPrecisamos de maior eficiecircncia e seguranccedila nosnossos principais eixos caso da BR-101 no trecho norte e das BRs 470 280 e 282rdquo explica Aguiarda Fiesc Na ponta final do ciclo logiacutestico haacute tambeacutem necessidade de adequaccedilatildeo dos acessosmariacutetimos e terrestres aos portos do Estado ndash que precisam estar atualizados agraves demandas damarinha mercante em relaccedilatildeo agrave dimensatildeo das embarcaccedilotildees

Ferrovia a utopia As promessas de avanccedilo no modal ferroviaacuterio satildeo tantas e tatildeo antigas que discursos sobre asevidentes vantagens que os trens trariam agrave infraestrutura do Sul jaacute soam como um sonhodistante Apesar da tradiccedilatildeo das estradas de ferro que deram origem a inuacutemeras cidades aolongo do seu traccedilado pelos trecircs Estados a promessa da ferrovia Norte-Sul segue apenas no papelldquoNo caso do modal ferroviaacuterio defendemos uma mudanccedila mais profunda no modelo deconcessatildeordquo aponta Vasconcelos da Fiep Segundo ele a saiacuteda eacute permitir o compartilhamento dostrilhos com parte da capacidade das ferrovias sendo explorada pelos concessionaacuterios ndash no casodo Paranaacute a Rumo e a Ferroeste ndash e outra parte disponiacutevel a ser explorada por outros operadoresferroviaacuterios independentes ldquoIsso criaria uma concorrecircncia nos trilhos e o fim de monopoacutelios queacabam por natildeo repassar ao mercado toda a reduccedilatildeo do custo logiacutestico que uma ferrovia podetrazerrdquo defende o dirigente

No Paranaacute existe um projeto para que seja triplicada a capacidade das ferrovias que ligam ointerior ao litoral passando das atuais 10 milhotildees de toneladas para 30 milhotildees de toneladas aoano Para isso o foco das melhorias se concentraria na ferrovia que percorre a Serra do Mar e aSerra da Esperanccedila na regiatildeo de Guarapuava Vasconcelos vecirc uma oacutetima oportunidade de avanccedilono modal apoacutes a aquisiccedilatildeo da ALL pela Rumo ldquoBons planos foram anunciados e se resolvida aquestatildeo do monopoacutelio esse modal teraacute muito a crescer e contribuir com a reduccedilatildeo do custordquo

Apesar de possuir um dos complexos portuaacuterios mais competitivos do paiacutes e da Ameacuterica LatinaSanta Catarina se ressente da falta de ferrovias capazes de facilitar a movimentaccedilatildeo das cargaspor seu territoacuterio Na busca pela reduccedilatildeo da dependecircncia do modal rodoviaacuterio as prioridadesapontadas pela federaccedilatildeo satildeo aleacutem da cabotagem exatamente os projetos da ferrovia litoracircnea edo corredor ferroviaacuterio leste-oeste vistos como essenciais para a competitividade do Estado nolongo prazo

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Para a Aurora uma ferrovia capaz de trazer o milho do Centro-Oeste ateacute suas unidadesprodutoras do Sul baratearia em ateacute 35 o custo logiacutestico ldquoPara distacircncias acima de 800quilocircmetros o modal ferroviaacuterio jaacute apresenta resultados melhores que o rodoviaacuteriordquo avaliaCappellaro ldquoAleacutem das perdas de gratildeos no percurso e dos danos que o tracircnsito pesado decaminhotildees traz agraves rodoviasrdquo lembra A preferecircncia por uma ferrovia que traga os insumos agraveregiatildeo e natildeo de trilhos que levem a produccedilatildeo ao litoral tem uma explicaccedilatildeo simples a equaccedilatildeoda empresa mostra que satildeo necessaacuterios trecircs quilos de milho para a produccedilatildeo de um quilo decarne Por isso o custo no transporte de insumos pesa tanto O resultado beneacutefico se refletirianas exportaccedilotildees com a reduccedilatildeo draacutestica no custo de produccedilatildeo a ponto de tornar o produto daAurora ainda mais competitivo no cenaacuterio externo

A barreira invisiacutevel Apesar de indicar como urgente a duplicaccedilatildeo das rodovias que levam sua produccedilatildeo ao litoralCappellaro natildeo esquece o inimigo invisiacutevel que dificulta ainda mais a missatildeo de quem exporta aburocracia ldquoEacute preciso desburocratizar os processos para vender para fora Satildeo muitos oacutergatildeosdiferentes ndash Receita Federal Mapa Anvisa Poliacutecia Federalrdquo enumera O gestor clama pelaconsolidaccedilatildeo de uma promessa tambeacutem jaacute antiga a centralizaccedilatildeo de todo o processo em umuacutenico portal digital regulado pelo governo

Pensado para facilitar as operaccedilotildees aumentar a transparecircncia e reduzir a burocracia ndash tanto paraimportaccedilotildees quanto para exportaccedilotildees ndash o Portal Siscomex se apresenta como ldquoa etapa inicial deum grande programa de reformulaccedilatildeo da atuaccedilatildeo governamental sobre as operaccedilotildees docomeacutercio exterior brasileirordquo que teria como resultado finalmente o Portal Uacutenico de ComeacutercioExterior Os dados do site do governo mostram que de acordo com o projeto Doing Business doBanco Mundial uma exportaccedilatildeo por contecirciner no Brasil demora em meacutedia 13 dias ndash nuacutemero quechega a 17 dias para o caso das importaccedilotildees O custo meacutedio para a exportaccedilatildeo de um contecirciner eacutede US$ 2215 valor que chega a US$ 2275 para a importaccedilatildeo Tais iacutendices colocam o Brasil nalamentaacutevel 124ordf posiccedilatildeo no ranking de paiacuteses para operaccedilotildees de comeacutercio exterior Lanccediladoainda em 2014 o site prometia reduzir para oito dias as operaccedilotildees de exportaccedilatildeo ainda em 2016Para 2017 a intenccedilatildeo era a reduccedilatildeo das operaccedilotildees de importaccedilatildeo para dez dias O objetivo eacute queo Brasil jaacute apareccedila ao menos entre os 70 melhores daquele ranking

Cappellaro deduz que a burocracia acaba responsaacutevel por 30 a 35 dos custos de exportaccedilatildeoda Aurora ldquoTem caminhatildeo parado em alfacircndega espera pela liberaccedilatildeo de veterinaacuterio pelaReceita Federalrdquo Ele cita o exemplo do Certificado Sanitaacuterio Internacional ndash CSI ldquoTodo contecircinerque sai da faacutebrica sai com CSI Ao chegar no porto o caminhatildeo vai para um lado e o CSI volta praempresa para ser enviado por correio aeacutereo para o porto de destino E precisa chegar antes dacarga que segue seu caminho pelo marrdquo

Copo cheio de futuro Se o passado traz poucas promessas concretizadas o futuro precisa ser mais pragmaacutetico para asdemandas do setor exportador no Sul ldquoEacute uma luta diaacuteria a enfrentar Eacute preciso quase ser umheroacutei para continuar exportando Haacute interferecircncia do governo municipal estadual e federal queatrapalham o sistema privadordquo reclama Heitor Muumlller da Fiergs ldquoVemos que financeiramenteprefeituras e Estados natildeo estatildeo bem Logo natildeo satildeo administraccedilotildees elogiaacuteveis para dizer queentendem de gestatildeo e vivem se intrometendo nas coisas das empresas privadas Por favordeixem a induacutestria produzir com menos burocracia e menos inseguranccedila juriacutedicardquo pede Muumlller

Em Santa Catarina a Fiesc estima que a demanda por investimentos ateacute 2019 em obras federaisde transporte de todos os modais seja de R$ 149 bilhotildees ndash uma meacutedia de R$ 37 bilhotildees por anoA previsatildeo do governo federal eacute bem menor R$ 59 bilhotildees ldquoA execuccedilatildeo do orccedilamento geral daUniatildeo deixa muito a desejar Nos uacuteltimos dez anos dos R$ 113 bilhotildees previstos foram

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efetivamente aplicados R$ 55 bilhotildees sendo cerca de 54 destinados agrave duplicaccedilatildeo da BR-101rdquorevela Aguiar argumentando que os nuacutemeros reforccedilam a necessidade da participaccedilatildeo privada nasobras de infraestrutura Vasconcelos da Fiep vecirc como fundamental a existecircncia de um amplodiaacutelogo entre todos os envolvidos ndash concessionaacuterios usuaacuterios agecircncias reguladoras oacutergatildeos decontrole e representantes dos trecircs poderes incluindo o Ministeacuterio Puacuteblico ndash para a definiccedilatildeo domodelo de concessatildeo ldquoTodos esses atores jaacute sabem o que daacute certo e o que daacute errado Basta ouvi-los e criar um consenso em torno de um novo modelo que gere seguranccedila ao investidor tarifasjustas concorrecircncia e principalmente ampla transparecircncia em todo o processordquo projeta NoBrasil de acordo com estudo publicado pela consultoria PwC os gastos com infraestrutura devemcrescer em meacutedia 6 ao ano ateacute 2025 ndashnuacutemero menor que o de outras economias emergentesApesar disso esse volume de gastos deve alcanccedilar os 75 do PIB mesmo patamar preacute-crise Nofuturo haacute uma tendecircncia natural para o volume estabilizar-se abaixo dessas meacutedias histoacutericasrefletindo uma provaacutevel maturidade da economia que deslocaria os investimentos dainfraestrutura jaacute consolidada para outros setores

A consultoria vecirc o transporte como um ldquosetor chaverdquo e projeta investimentos de US$ 60 bilhotildeespor ano na aacuterea ateacute 2025 Os gastos com rodovias devem passar de US$ 10 bilhotildees em 2010 paraUS$ 38 bilhotildees em 2025 enquanto os investimentos em ferrovias e portos devem alcanccedilarrespectivamente US$ 17 bilhotildees e US$ 44 bilhotildees ndash refletindo a crescente demanda pelaexportaccedilatildeo de commodities Enquanto os gargalos natildeo satildeo vencidos resta agrave cadeia de exportaccedilatildeolutar por medidas raacutepidas capazes de diminuir as perdas e de consertar rapidamente o copo dainfraestrutura ndash que segue meio rachado

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No Rio Grande do Sul aleacutem do aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre e da concessatildeo paraextraccedilatildeo de carvatildeo mineral em Candiota o projeto mais relevante listado pelo PPI eacute a oferta doeixo rodoviaacuterio que se estende BR-386 ateacute a BR-101 O trecho inicia na conhecida ldquoestrada daProduccedilatildeordquo vinda do norte e noroeste gauacutecho chega agrave BR-290 na regiatildeo metropolitana de PortoAlegre alcanccedilando finalmente a BR-101 Esta uma das principais ligaccedilotildees do Rio Grande do Sulcom a costa de Santa Catarina

Heitor Muumlller presidente da Federaccedilatildeo das Induacutestrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs)lamenta o cenaacuterio enfrentado pelo exportador gauacutecho ldquoHoje temos gargalos em todas as aacutereasNossa logiacutestica eacute muito cara abandonamos o sistema ferroviaacuterio perdemos o hidroviaacuterio asestradas estatildeo muitos ruins e o custo do frete eacute muito altordquo discorre Ele se manteacutem ressabiadoquanto agrave consolidaccedilatildeo do novo plano do governo federal ldquoO governo precisa atender a tantosatores que levamos cinco anos para fazer apenas um projeto Em Porto Alegre ateacute hoje temosobras da Copa de 2014 que dependem de liberaccedilatildeo judicialrdquo exemplifica Muumlller

Em marccedilo a alematilde Fraport AG Frankfurt pagou R$ 2905 milhotildees e garantiu por 25 anos aconcessatildeo do aeroporto Salgado Filho Aleacutem da ampliaccedilatildeo da pista o novo controlador deveadequar a estrutura de acesso e armazenagem de carga e de fiscalizaccedilatildeo aduaneira Com oredimensionamento do Salgado Filho para permitir a operaccedilatildeo com aviotildees de maior porte Muumlllercelebra a perspectiva de que exportadores gauacutechos natildeo precisem mais transportar seus produtosateacute Satildeo Paulo para soacute entatildeo despachaacute-los para o exterior

Vasconcelos da Fiep lembra que o paiacutes jaacute possui mais de 20 anos de experiecircncia em concessotildeesde infraestrutura agrave iniciativa privada Entre erros e acertos o fundamental destaca eacute o alcance deuma ampla concorrecircncia no momento da licitaccedilatildeo Para isso os projetos precisam serdisponibilizados em detalhes a todos os interessados e com tempo suficiente para a anaacutelise ldquoOPPI demonstra estar alinhado com essa preocupaccedilatildeo ao fixar em um miacutenimo de 100 dias operiacuteodo entre a apresentaccedilatildeo do projeto aos interessados e o momento da licitaccedilatildeordquo avalia

Outro ponto que atrai interesse ao PPI eacute o fato de seus editais serem lanccedilados em portuguecircs einglecircs mirando investidores estrangeiros ldquoConcessotildees que tecircm um maior nuacutemero deconcorrentes tecircm maior disputa e isso daacute valores reais para as tarifas O exemplo das licitaccedilotildeesem rodovias federais em 2014 em que a meacutedia de concorrentes em cada licitaccedilatildeo era de oitoempresas trouxe descontos de mais de 50 sobre a tarifa-teto fixada nos editais Jaacute emconcorrecircncias mais antigas com pouco tempo de divulgaccedilatildeo dos projetos natildeo houveconcorrecircncia e as tarifas sofreram descontos bem menoresrdquo lembra Vasconcelos Ele ressaltaque os grupos envolvidos precisam ter capacidade financeira para assumir os riscos do negoacuteciodesde que ldquoas exigecircncias teacutecnicas e financeiras natildeo limitem a disputa a poucas empresasrdquo

Desafio em trecircs frentes Uma das dez maiores exportadoras do Sul a Cooperativa Central Aurora Alimentos funcionacomo um microcosmo de todas as questotildees de infraestruturas enfrentadas pelas empresas daregiatildeo Com cadeia de operaccedilotildees nos trecircs Estados do Sul ndash estendendo-se inclusive para o MatoGrosso do Sul de onde traz o milho para raccedilatildeo animal ndash 25 do faturamento da Aurora vem dasexportaccedilotildees Com abate diaacuterio de 18 mil suiacutenos e 1 milhatildeo de frangos nas suas 15 unidadesespalhadas pela regiatildeo satildeo cerca de 30 mil toneladas exportadas por mecircs pela cooperativaDestes apenas 4 se dirigem agrave chamada ldquofronteira secardquo nos vizinhos Argentina Uruguai e ChileAssim 96 da produccedilatildeo precisa cruzar o interior dos Estados para chegar ao litoral catarinensede onde parte para os demais mercados No processo do escoamento de cargas rumo ao litoral70 do total a ser exportado sai direto das unidades de produccedilatildeo para os portos onde seraacuteembarcado Os 30 restantes satildeo concentrados e montados na unidade armazenadora localizadaem Itajaiacute proacutexima ao porto

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Praacutetica comum agraves empresas exportadoras isso leva a Aurora a estar listada na cidade de Itajaiacutedentro do ranking Sul for Export de AMANHAtilde apesar de sua matriz seguir em Chapecoacute no oestecatarinense ldquoNosso escoamento depende muito da malha rodoviaacuteriardquo assegura Celso Cappellarogerente de produccedilatildeo da Aurora ldquoCaso a BR-282 e a BR-470 fossem duplicadas teriacuteamos umganho de produtividade em torno de 20 pela melhora logiacutestica e reduccedilatildeo do tempo detransporterdquo calcula o gestor Tal ganho provocaria uma reduccedilatildeo de cerca de 10 no custo deproduccedilatildeo de acordo com a estimativa da Aurora Aleacutem disso os profissionais do transporte quehoje fazem em meacutedia duas ou trecircs cargas por semana conseguiriam fazer uma a mais no mesmoperiacuteodo Para sair do paiacutes 54 da carga da companhia utiliza o porto de Navegantes enquanto28 utiliza o de Itajaiacute ldquoO porto de Itajaiacute eacute mais barato mas por ser puacuteblico tem maior burocraciae o processo demora maisrdquo comenta Cappellaro Os 14 restantes que saem pelo mar satildeoembarcados em Itapoaacute que tem capacidade para receber navios maiores

Pesquisa realizada pela Fiesc em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc)mostra a influecircncia da infraestrutura logiacutestica na competitividade da induacutestria do Estado Deacordo com o estudo para cada real faturado R$ 014 se destina a cobrir o custo logiacutesticonuacutemero acima dos R$ 011 na meacutedia nacional Respondendo por 687 da matriz de transporteem Santa Catarina o modal rodoviaacuterio a exemplo de Paranaacute e Rio Grande do Sul opera no limitee demonstra sinais de comprometimento ldquoPrecisamos de maior eficiecircncia e seguranccedila nosnossos principais eixos caso da BR-101 no trecho norte e das BRs 470 280 e 282rdquo explica Aguiarda Fiesc Na ponta final do ciclo logiacutestico haacute tambeacutem necessidade de adequaccedilatildeo dos acessosmariacutetimos e terrestres aos portos do Estado ndash que precisam estar atualizados agraves demandas damarinha mercante em relaccedilatildeo agrave dimensatildeo das embarcaccedilotildees

Ferrovia a utopia As promessas de avanccedilo no modal ferroviaacuterio satildeo tantas e tatildeo antigas que discursos sobre asevidentes vantagens que os trens trariam agrave infraestrutura do Sul jaacute soam como um sonhodistante Apesar da tradiccedilatildeo das estradas de ferro que deram origem a inuacutemeras cidades aolongo do seu traccedilado pelos trecircs Estados a promessa da ferrovia Norte-Sul segue apenas no papelldquoNo caso do modal ferroviaacuterio defendemos uma mudanccedila mais profunda no modelo deconcessatildeordquo aponta Vasconcelos da Fiep Segundo ele a saiacuteda eacute permitir o compartilhamento dostrilhos com parte da capacidade das ferrovias sendo explorada pelos concessionaacuterios ndash no casodo Paranaacute a Rumo e a Ferroeste ndash e outra parte disponiacutevel a ser explorada por outros operadoresferroviaacuterios independentes ldquoIsso criaria uma concorrecircncia nos trilhos e o fim de monopoacutelios queacabam por natildeo repassar ao mercado toda a reduccedilatildeo do custo logiacutestico que uma ferrovia podetrazerrdquo defende o dirigente

No Paranaacute existe um projeto para que seja triplicada a capacidade das ferrovias que ligam ointerior ao litoral passando das atuais 10 milhotildees de toneladas para 30 milhotildees de toneladas aoano Para isso o foco das melhorias se concentraria na ferrovia que percorre a Serra do Mar e aSerra da Esperanccedila na regiatildeo de Guarapuava Vasconcelos vecirc uma oacutetima oportunidade de avanccedilono modal apoacutes a aquisiccedilatildeo da ALL pela Rumo ldquoBons planos foram anunciados e se resolvida aquestatildeo do monopoacutelio esse modal teraacute muito a crescer e contribuir com a reduccedilatildeo do custordquo

Apesar de possuir um dos complexos portuaacuterios mais competitivos do paiacutes e da Ameacuterica LatinaSanta Catarina se ressente da falta de ferrovias capazes de facilitar a movimentaccedilatildeo das cargaspor seu territoacuterio Na busca pela reduccedilatildeo da dependecircncia do modal rodoviaacuterio as prioridadesapontadas pela federaccedilatildeo satildeo aleacutem da cabotagem exatamente os projetos da ferrovia litoracircnea edo corredor ferroviaacuterio leste-oeste vistos como essenciais para a competitividade do Estado nolongo prazo

10112017 Revista Amanhatilde Inuacutemeros desafios pelo caminho

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Para a Aurora uma ferrovia capaz de trazer o milho do Centro-Oeste ateacute suas unidadesprodutoras do Sul baratearia em ateacute 35 o custo logiacutestico ldquoPara distacircncias acima de 800quilocircmetros o modal ferroviaacuterio jaacute apresenta resultados melhores que o rodoviaacuteriordquo avaliaCappellaro ldquoAleacutem das perdas de gratildeos no percurso e dos danos que o tracircnsito pesado decaminhotildees traz agraves rodoviasrdquo lembra A preferecircncia por uma ferrovia que traga os insumos agraveregiatildeo e natildeo de trilhos que levem a produccedilatildeo ao litoral tem uma explicaccedilatildeo simples a equaccedilatildeoda empresa mostra que satildeo necessaacuterios trecircs quilos de milho para a produccedilatildeo de um quilo decarne Por isso o custo no transporte de insumos pesa tanto O resultado beneacutefico se refletirianas exportaccedilotildees com a reduccedilatildeo draacutestica no custo de produccedilatildeo a ponto de tornar o produto daAurora ainda mais competitivo no cenaacuterio externo

A barreira invisiacutevel Apesar de indicar como urgente a duplicaccedilatildeo das rodovias que levam sua produccedilatildeo ao litoralCappellaro natildeo esquece o inimigo invisiacutevel que dificulta ainda mais a missatildeo de quem exporta aburocracia ldquoEacute preciso desburocratizar os processos para vender para fora Satildeo muitos oacutergatildeosdiferentes ndash Receita Federal Mapa Anvisa Poliacutecia Federalrdquo enumera O gestor clama pelaconsolidaccedilatildeo de uma promessa tambeacutem jaacute antiga a centralizaccedilatildeo de todo o processo em umuacutenico portal digital regulado pelo governo

Pensado para facilitar as operaccedilotildees aumentar a transparecircncia e reduzir a burocracia ndash tanto paraimportaccedilotildees quanto para exportaccedilotildees ndash o Portal Siscomex se apresenta como ldquoa etapa inicial deum grande programa de reformulaccedilatildeo da atuaccedilatildeo governamental sobre as operaccedilotildees docomeacutercio exterior brasileirordquo que teria como resultado finalmente o Portal Uacutenico de ComeacutercioExterior Os dados do site do governo mostram que de acordo com o projeto Doing Business doBanco Mundial uma exportaccedilatildeo por contecirciner no Brasil demora em meacutedia 13 dias ndash nuacutemero quechega a 17 dias para o caso das importaccedilotildees O custo meacutedio para a exportaccedilatildeo de um contecirciner eacutede US$ 2215 valor que chega a US$ 2275 para a importaccedilatildeo Tais iacutendices colocam o Brasil nalamentaacutevel 124ordf posiccedilatildeo no ranking de paiacuteses para operaccedilotildees de comeacutercio exterior Lanccediladoainda em 2014 o site prometia reduzir para oito dias as operaccedilotildees de exportaccedilatildeo ainda em 2016Para 2017 a intenccedilatildeo era a reduccedilatildeo das operaccedilotildees de importaccedilatildeo para dez dias O objetivo eacute queo Brasil jaacute apareccedila ao menos entre os 70 melhores daquele ranking

Cappellaro deduz que a burocracia acaba responsaacutevel por 30 a 35 dos custos de exportaccedilatildeoda Aurora ldquoTem caminhatildeo parado em alfacircndega espera pela liberaccedilatildeo de veterinaacuterio pelaReceita Federalrdquo Ele cita o exemplo do Certificado Sanitaacuterio Internacional ndash CSI ldquoTodo contecircinerque sai da faacutebrica sai com CSI Ao chegar no porto o caminhatildeo vai para um lado e o CSI volta praempresa para ser enviado por correio aeacutereo para o porto de destino E precisa chegar antes dacarga que segue seu caminho pelo marrdquo

Copo cheio de futuro Se o passado traz poucas promessas concretizadas o futuro precisa ser mais pragmaacutetico para asdemandas do setor exportador no Sul ldquoEacute uma luta diaacuteria a enfrentar Eacute preciso quase ser umheroacutei para continuar exportando Haacute interferecircncia do governo municipal estadual e federal queatrapalham o sistema privadordquo reclama Heitor Muumlller da Fiergs ldquoVemos que financeiramenteprefeituras e Estados natildeo estatildeo bem Logo natildeo satildeo administraccedilotildees elogiaacuteveis para dizer queentendem de gestatildeo e vivem se intrometendo nas coisas das empresas privadas Por favordeixem a induacutestria produzir com menos burocracia e menos inseguranccedila juriacutedicardquo pede Muumlller

Em Santa Catarina a Fiesc estima que a demanda por investimentos ateacute 2019 em obras federaisde transporte de todos os modais seja de R$ 149 bilhotildees ndash uma meacutedia de R$ 37 bilhotildees por anoA previsatildeo do governo federal eacute bem menor R$ 59 bilhotildees ldquoA execuccedilatildeo do orccedilamento geral daUniatildeo deixa muito a desejar Nos uacuteltimos dez anos dos R$ 113 bilhotildees previstos foram

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efetivamente aplicados R$ 55 bilhotildees sendo cerca de 54 destinados agrave duplicaccedilatildeo da BR-101rdquorevela Aguiar argumentando que os nuacutemeros reforccedilam a necessidade da participaccedilatildeo privada nasobras de infraestrutura Vasconcelos da Fiep vecirc como fundamental a existecircncia de um amplodiaacutelogo entre todos os envolvidos ndash concessionaacuterios usuaacuterios agecircncias reguladoras oacutergatildeos decontrole e representantes dos trecircs poderes incluindo o Ministeacuterio Puacuteblico ndash para a definiccedilatildeo domodelo de concessatildeo ldquoTodos esses atores jaacute sabem o que daacute certo e o que daacute errado Basta ouvi-los e criar um consenso em torno de um novo modelo que gere seguranccedila ao investidor tarifasjustas concorrecircncia e principalmente ampla transparecircncia em todo o processordquo projeta NoBrasil de acordo com estudo publicado pela consultoria PwC os gastos com infraestrutura devemcrescer em meacutedia 6 ao ano ateacute 2025 ndashnuacutemero menor que o de outras economias emergentesApesar disso esse volume de gastos deve alcanccedilar os 75 do PIB mesmo patamar preacute-crise Nofuturo haacute uma tendecircncia natural para o volume estabilizar-se abaixo dessas meacutedias histoacutericasrefletindo uma provaacutevel maturidade da economia que deslocaria os investimentos dainfraestrutura jaacute consolidada para outros setores

A consultoria vecirc o transporte como um ldquosetor chaverdquo e projeta investimentos de US$ 60 bilhotildeespor ano na aacuterea ateacute 2025 Os gastos com rodovias devem passar de US$ 10 bilhotildees em 2010 paraUS$ 38 bilhotildees em 2025 enquanto os investimentos em ferrovias e portos devem alcanccedilarrespectivamente US$ 17 bilhotildees e US$ 44 bilhotildees ndash refletindo a crescente demanda pelaexportaccedilatildeo de commodities Enquanto os gargalos natildeo satildeo vencidos resta agrave cadeia de exportaccedilatildeolutar por medidas raacutepidas capazes de diminuir as perdas e de consertar rapidamente o copo dainfraestrutura ndash que segue meio rachado

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Praacutetica comum agraves empresas exportadoras isso leva a Aurora a estar listada na cidade de Itajaiacutedentro do ranking Sul for Export de AMANHAtilde apesar de sua matriz seguir em Chapecoacute no oestecatarinense ldquoNosso escoamento depende muito da malha rodoviaacuteriardquo assegura Celso Cappellarogerente de produccedilatildeo da Aurora ldquoCaso a BR-282 e a BR-470 fossem duplicadas teriacuteamos umganho de produtividade em torno de 20 pela melhora logiacutestica e reduccedilatildeo do tempo detransporterdquo calcula o gestor Tal ganho provocaria uma reduccedilatildeo de cerca de 10 no custo deproduccedilatildeo de acordo com a estimativa da Aurora Aleacutem disso os profissionais do transporte quehoje fazem em meacutedia duas ou trecircs cargas por semana conseguiriam fazer uma a mais no mesmoperiacuteodo Para sair do paiacutes 54 da carga da companhia utiliza o porto de Navegantes enquanto28 utiliza o de Itajaiacute ldquoO porto de Itajaiacute eacute mais barato mas por ser puacuteblico tem maior burocraciae o processo demora maisrdquo comenta Cappellaro Os 14 restantes que saem pelo mar satildeoembarcados em Itapoaacute que tem capacidade para receber navios maiores

Pesquisa realizada pela Fiesc em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc)mostra a influecircncia da infraestrutura logiacutestica na competitividade da induacutestria do Estado Deacordo com o estudo para cada real faturado R$ 014 se destina a cobrir o custo logiacutesticonuacutemero acima dos R$ 011 na meacutedia nacional Respondendo por 687 da matriz de transporteem Santa Catarina o modal rodoviaacuterio a exemplo de Paranaacute e Rio Grande do Sul opera no limitee demonstra sinais de comprometimento ldquoPrecisamos de maior eficiecircncia e seguranccedila nosnossos principais eixos caso da BR-101 no trecho norte e das BRs 470 280 e 282rdquo explica Aguiarda Fiesc Na ponta final do ciclo logiacutestico haacute tambeacutem necessidade de adequaccedilatildeo dos acessosmariacutetimos e terrestres aos portos do Estado ndash que precisam estar atualizados agraves demandas damarinha mercante em relaccedilatildeo agrave dimensatildeo das embarcaccedilotildees

Ferrovia a utopia As promessas de avanccedilo no modal ferroviaacuterio satildeo tantas e tatildeo antigas que discursos sobre asevidentes vantagens que os trens trariam agrave infraestrutura do Sul jaacute soam como um sonhodistante Apesar da tradiccedilatildeo das estradas de ferro que deram origem a inuacutemeras cidades aolongo do seu traccedilado pelos trecircs Estados a promessa da ferrovia Norte-Sul segue apenas no papelldquoNo caso do modal ferroviaacuterio defendemos uma mudanccedila mais profunda no modelo deconcessatildeordquo aponta Vasconcelos da Fiep Segundo ele a saiacuteda eacute permitir o compartilhamento dostrilhos com parte da capacidade das ferrovias sendo explorada pelos concessionaacuterios ndash no casodo Paranaacute a Rumo e a Ferroeste ndash e outra parte disponiacutevel a ser explorada por outros operadoresferroviaacuterios independentes ldquoIsso criaria uma concorrecircncia nos trilhos e o fim de monopoacutelios queacabam por natildeo repassar ao mercado toda a reduccedilatildeo do custo logiacutestico que uma ferrovia podetrazerrdquo defende o dirigente

No Paranaacute existe um projeto para que seja triplicada a capacidade das ferrovias que ligam ointerior ao litoral passando das atuais 10 milhotildees de toneladas para 30 milhotildees de toneladas aoano Para isso o foco das melhorias se concentraria na ferrovia que percorre a Serra do Mar e aSerra da Esperanccedila na regiatildeo de Guarapuava Vasconcelos vecirc uma oacutetima oportunidade de avanccedilono modal apoacutes a aquisiccedilatildeo da ALL pela Rumo ldquoBons planos foram anunciados e se resolvida aquestatildeo do monopoacutelio esse modal teraacute muito a crescer e contribuir com a reduccedilatildeo do custordquo

Apesar de possuir um dos complexos portuaacuterios mais competitivos do paiacutes e da Ameacuterica LatinaSanta Catarina se ressente da falta de ferrovias capazes de facilitar a movimentaccedilatildeo das cargaspor seu territoacuterio Na busca pela reduccedilatildeo da dependecircncia do modal rodoviaacuterio as prioridadesapontadas pela federaccedilatildeo satildeo aleacutem da cabotagem exatamente os projetos da ferrovia litoracircnea edo corredor ferroviaacuterio leste-oeste vistos como essenciais para a competitividade do Estado nolongo prazo

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Para a Aurora uma ferrovia capaz de trazer o milho do Centro-Oeste ateacute suas unidadesprodutoras do Sul baratearia em ateacute 35 o custo logiacutestico ldquoPara distacircncias acima de 800quilocircmetros o modal ferroviaacuterio jaacute apresenta resultados melhores que o rodoviaacuteriordquo avaliaCappellaro ldquoAleacutem das perdas de gratildeos no percurso e dos danos que o tracircnsito pesado decaminhotildees traz agraves rodoviasrdquo lembra A preferecircncia por uma ferrovia que traga os insumos agraveregiatildeo e natildeo de trilhos que levem a produccedilatildeo ao litoral tem uma explicaccedilatildeo simples a equaccedilatildeoda empresa mostra que satildeo necessaacuterios trecircs quilos de milho para a produccedilatildeo de um quilo decarne Por isso o custo no transporte de insumos pesa tanto O resultado beneacutefico se refletirianas exportaccedilotildees com a reduccedilatildeo draacutestica no custo de produccedilatildeo a ponto de tornar o produto daAurora ainda mais competitivo no cenaacuterio externo

A barreira invisiacutevel Apesar de indicar como urgente a duplicaccedilatildeo das rodovias que levam sua produccedilatildeo ao litoralCappellaro natildeo esquece o inimigo invisiacutevel que dificulta ainda mais a missatildeo de quem exporta aburocracia ldquoEacute preciso desburocratizar os processos para vender para fora Satildeo muitos oacutergatildeosdiferentes ndash Receita Federal Mapa Anvisa Poliacutecia Federalrdquo enumera O gestor clama pelaconsolidaccedilatildeo de uma promessa tambeacutem jaacute antiga a centralizaccedilatildeo de todo o processo em umuacutenico portal digital regulado pelo governo

Pensado para facilitar as operaccedilotildees aumentar a transparecircncia e reduzir a burocracia ndash tanto paraimportaccedilotildees quanto para exportaccedilotildees ndash o Portal Siscomex se apresenta como ldquoa etapa inicial deum grande programa de reformulaccedilatildeo da atuaccedilatildeo governamental sobre as operaccedilotildees docomeacutercio exterior brasileirordquo que teria como resultado finalmente o Portal Uacutenico de ComeacutercioExterior Os dados do site do governo mostram que de acordo com o projeto Doing Business doBanco Mundial uma exportaccedilatildeo por contecirciner no Brasil demora em meacutedia 13 dias ndash nuacutemero quechega a 17 dias para o caso das importaccedilotildees O custo meacutedio para a exportaccedilatildeo de um contecirciner eacutede US$ 2215 valor que chega a US$ 2275 para a importaccedilatildeo Tais iacutendices colocam o Brasil nalamentaacutevel 124ordf posiccedilatildeo no ranking de paiacuteses para operaccedilotildees de comeacutercio exterior Lanccediladoainda em 2014 o site prometia reduzir para oito dias as operaccedilotildees de exportaccedilatildeo ainda em 2016Para 2017 a intenccedilatildeo era a reduccedilatildeo das operaccedilotildees de importaccedilatildeo para dez dias O objetivo eacute queo Brasil jaacute apareccedila ao menos entre os 70 melhores daquele ranking

Cappellaro deduz que a burocracia acaba responsaacutevel por 30 a 35 dos custos de exportaccedilatildeoda Aurora ldquoTem caminhatildeo parado em alfacircndega espera pela liberaccedilatildeo de veterinaacuterio pelaReceita Federalrdquo Ele cita o exemplo do Certificado Sanitaacuterio Internacional ndash CSI ldquoTodo contecircinerque sai da faacutebrica sai com CSI Ao chegar no porto o caminhatildeo vai para um lado e o CSI volta praempresa para ser enviado por correio aeacutereo para o porto de destino E precisa chegar antes dacarga que segue seu caminho pelo marrdquo

Copo cheio de futuro Se o passado traz poucas promessas concretizadas o futuro precisa ser mais pragmaacutetico para asdemandas do setor exportador no Sul ldquoEacute uma luta diaacuteria a enfrentar Eacute preciso quase ser umheroacutei para continuar exportando Haacute interferecircncia do governo municipal estadual e federal queatrapalham o sistema privadordquo reclama Heitor Muumlller da Fiergs ldquoVemos que financeiramenteprefeituras e Estados natildeo estatildeo bem Logo natildeo satildeo administraccedilotildees elogiaacuteveis para dizer queentendem de gestatildeo e vivem se intrometendo nas coisas das empresas privadas Por favordeixem a induacutestria produzir com menos burocracia e menos inseguranccedila juriacutedicardquo pede Muumlller

Em Santa Catarina a Fiesc estima que a demanda por investimentos ateacute 2019 em obras federaisde transporte de todos os modais seja de R$ 149 bilhotildees ndash uma meacutedia de R$ 37 bilhotildees por anoA previsatildeo do governo federal eacute bem menor R$ 59 bilhotildees ldquoA execuccedilatildeo do orccedilamento geral daUniatildeo deixa muito a desejar Nos uacuteltimos dez anos dos R$ 113 bilhotildees previstos foram

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efetivamente aplicados R$ 55 bilhotildees sendo cerca de 54 destinados agrave duplicaccedilatildeo da BR-101rdquorevela Aguiar argumentando que os nuacutemeros reforccedilam a necessidade da participaccedilatildeo privada nasobras de infraestrutura Vasconcelos da Fiep vecirc como fundamental a existecircncia de um amplodiaacutelogo entre todos os envolvidos ndash concessionaacuterios usuaacuterios agecircncias reguladoras oacutergatildeos decontrole e representantes dos trecircs poderes incluindo o Ministeacuterio Puacuteblico ndash para a definiccedilatildeo domodelo de concessatildeo ldquoTodos esses atores jaacute sabem o que daacute certo e o que daacute errado Basta ouvi-los e criar um consenso em torno de um novo modelo que gere seguranccedila ao investidor tarifasjustas concorrecircncia e principalmente ampla transparecircncia em todo o processordquo projeta NoBrasil de acordo com estudo publicado pela consultoria PwC os gastos com infraestrutura devemcrescer em meacutedia 6 ao ano ateacute 2025 ndashnuacutemero menor que o de outras economias emergentesApesar disso esse volume de gastos deve alcanccedilar os 75 do PIB mesmo patamar preacute-crise Nofuturo haacute uma tendecircncia natural para o volume estabilizar-se abaixo dessas meacutedias histoacutericasrefletindo uma provaacutevel maturidade da economia que deslocaria os investimentos dainfraestrutura jaacute consolidada para outros setores

A consultoria vecirc o transporte como um ldquosetor chaverdquo e projeta investimentos de US$ 60 bilhotildeespor ano na aacuterea ateacute 2025 Os gastos com rodovias devem passar de US$ 10 bilhotildees em 2010 paraUS$ 38 bilhotildees em 2025 enquanto os investimentos em ferrovias e portos devem alcanccedilarrespectivamente US$ 17 bilhotildees e US$ 44 bilhotildees ndash refletindo a crescente demanda pelaexportaccedilatildeo de commodities Enquanto os gargalos natildeo satildeo vencidos resta agrave cadeia de exportaccedilatildeolutar por medidas raacutepidas capazes de diminuir as perdas e de consertar rapidamente o copo dainfraestrutura ndash que segue meio rachado

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A barreira invisiacutevel Apesar de indicar como urgente a duplicaccedilatildeo das rodovias que levam sua produccedilatildeo ao litoralCappellaro natildeo esquece o inimigo invisiacutevel que dificulta ainda mais a missatildeo de quem exporta aburocracia ldquoEacute preciso desburocratizar os processos para vender para fora Satildeo muitos oacutergatildeosdiferentes ndash Receita Federal Mapa Anvisa Poliacutecia Federalrdquo enumera O gestor clama pelaconsolidaccedilatildeo de uma promessa tambeacutem jaacute antiga a centralizaccedilatildeo de todo o processo em umuacutenico portal digital regulado pelo governo

Pensado para facilitar as operaccedilotildees aumentar a transparecircncia e reduzir a burocracia ndash tanto paraimportaccedilotildees quanto para exportaccedilotildees ndash o Portal Siscomex se apresenta como ldquoa etapa inicial deum grande programa de reformulaccedilatildeo da atuaccedilatildeo governamental sobre as operaccedilotildees docomeacutercio exterior brasileirordquo que teria como resultado finalmente o Portal Uacutenico de ComeacutercioExterior Os dados do site do governo mostram que de acordo com o projeto Doing Business doBanco Mundial uma exportaccedilatildeo por contecirciner no Brasil demora em meacutedia 13 dias ndash nuacutemero quechega a 17 dias para o caso das importaccedilotildees O custo meacutedio para a exportaccedilatildeo de um contecirciner eacutede US$ 2215 valor que chega a US$ 2275 para a importaccedilatildeo Tais iacutendices colocam o Brasil nalamentaacutevel 124ordf posiccedilatildeo no ranking de paiacuteses para operaccedilotildees de comeacutercio exterior Lanccediladoainda em 2014 o site prometia reduzir para oito dias as operaccedilotildees de exportaccedilatildeo ainda em 2016Para 2017 a intenccedilatildeo era a reduccedilatildeo das operaccedilotildees de importaccedilatildeo para dez dias O objetivo eacute queo Brasil jaacute apareccedila ao menos entre os 70 melhores daquele ranking

Cappellaro deduz que a burocracia acaba responsaacutevel por 30 a 35 dos custos de exportaccedilatildeoda Aurora ldquoTem caminhatildeo parado em alfacircndega espera pela liberaccedilatildeo de veterinaacuterio pelaReceita Federalrdquo Ele cita o exemplo do Certificado Sanitaacuterio Internacional ndash CSI ldquoTodo contecircinerque sai da faacutebrica sai com CSI Ao chegar no porto o caminhatildeo vai para um lado e o CSI volta praempresa para ser enviado por correio aeacutereo para o porto de destino E precisa chegar antes dacarga que segue seu caminho pelo marrdquo

Copo cheio de futuro Se o passado traz poucas promessas concretizadas o futuro precisa ser mais pragmaacutetico para asdemandas do setor exportador no Sul ldquoEacute uma luta diaacuteria a enfrentar Eacute preciso quase ser umheroacutei para continuar exportando Haacute interferecircncia do governo municipal estadual e federal queatrapalham o sistema privadordquo reclama Heitor Muumlller da Fiergs ldquoVemos que financeiramenteprefeituras e Estados natildeo estatildeo bem Logo natildeo satildeo administraccedilotildees elogiaacuteveis para dizer queentendem de gestatildeo e vivem se intrometendo nas coisas das empresas privadas Por favordeixem a induacutestria produzir com menos burocracia e menos inseguranccedila juriacutedicardquo pede Muumlller

Em Santa Catarina a Fiesc estima que a demanda por investimentos ateacute 2019 em obras federaisde transporte de todos os modais seja de R$ 149 bilhotildees ndash uma meacutedia de R$ 37 bilhotildees por anoA previsatildeo do governo federal eacute bem menor R$ 59 bilhotildees ldquoA execuccedilatildeo do orccedilamento geral daUniatildeo deixa muito a desejar Nos uacuteltimos dez anos dos R$ 113 bilhotildees previstos foram

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efetivamente aplicados R$ 55 bilhotildees sendo cerca de 54 destinados agrave duplicaccedilatildeo da BR-101rdquorevela Aguiar argumentando que os nuacutemeros reforccedilam a necessidade da participaccedilatildeo privada nasobras de infraestrutura Vasconcelos da Fiep vecirc como fundamental a existecircncia de um amplodiaacutelogo entre todos os envolvidos ndash concessionaacuterios usuaacuterios agecircncias reguladoras oacutergatildeos decontrole e representantes dos trecircs poderes incluindo o Ministeacuterio Puacuteblico ndash para a definiccedilatildeo domodelo de concessatildeo ldquoTodos esses atores jaacute sabem o que daacute certo e o que daacute errado Basta ouvi-los e criar um consenso em torno de um novo modelo que gere seguranccedila ao investidor tarifasjustas concorrecircncia e principalmente ampla transparecircncia em todo o processordquo projeta NoBrasil de acordo com estudo publicado pela consultoria PwC os gastos com infraestrutura devemcrescer em meacutedia 6 ao ano ateacute 2025 ndashnuacutemero menor que o de outras economias emergentesApesar disso esse volume de gastos deve alcanccedilar os 75 do PIB mesmo patamar preacute-crise Nofuturo haacute uma tendecircncia natural para o volume estabilizar-se abaixo dessas meacutedias histoacutericasrefletindo uma provaacutevel maturidade da economia que deslocaria os investimentos dainfraestrutura jaacute consolidada para outros setores

A consultoria vecirc o transporte como um ldquosetor chaverdquo e projeta investimentos de US$ 60 bilhotildeespor ano na aacuterea ateacute 2025 Os gastos com rodovias devem passar de US$ 10 bilhotildees em 2010 paraUS$ 38 bilhotildees em 2025 enquanto os investimentos em ferrovias e portos devem alcanccedilarrespectivamente US$ 17 bilhotildees e US$ 44 bilhotildees ndash refletindo a crescente demanda pelaexportaccedilatildeo de commodities Enquanto os gargalos natildeo satildeo vencidos resta agrave cadeia de exportaccedilatildeolutar por medidas raacutepidas capazes de diminuir as perdas e de consertar rapidamente o copo dainfraestrutura ndash que segue meio rachado

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efetivamente aplicados R$ 55 bilhotildees sendo cerca de 54 destinados agrave duplicaccedilatildeo da BR-101rdquorevela Aguiar argumentando que os nuacutemeros reforccedilam a necessidade da participaccedilatildeo privada nasobras de infraestrutura Vasconcelos da Fiep vecirc como fundamental a existecircncia de um amplodiaacutelogo entre todos os envolvidos ndash concessionaacuterios usuaacuterios agecircncias reguladoras oacutergatildeos decontrole e representantes dos trecircs poderes incluindo o Ministeacuterio Puacuteblico ndash para a definiccedilatildeo domodelo de concessatildeo ldquoTodos esses atores jaacute sabem o que daacute certo e o que daacute errado Basta ouvi-los e criar um consenso em torno de um novo modelo que gere seguranccedila ao investidor tarifasjustas concorrecircncia e principalmente ampla transparecircncia em todo o processordquo projeta NoBrasil de acordo com estudo publicado pela consultoria PwC os gastos com infraestrutura devemcrescer em meacutedia 6 ao ano ateacute 2025 ndashnuacutemero menor que o de outras economias emergentesApesar disso esse volume de gastos deve alcanccedilar os 75 do PIB mesmo patamar preacute-crise Nofuturo haacute uma tendecircncia natural para o volume estabilizar-se abaixo dessas meacutedias histoacutericasrefletindo uma provaacutevel maturidade da economia que deslocaria os investimentos dainfraestrutura jaacute consolidada para outros setores

A consultoria vecirc o transporte como um ldquosetor chaverdquo e projeta investimentos de US$ 60 bilhotildeespor ano na aacuterea ateacute 2025 Os gastos com rodovias devem passar de US$ 10 bilhotildees em 2010 paraUS$ 38 bilhotildees em 2025 enquanto os investimentos em ferrovias e portos devem alcanccedilarrespectivamente US$ 17 bilhotildees e US$ 44 bilhotildees ndash refletindo a crescente demanda pelaexportaccedilatildeo de commodities Enquanto os gargalos natildeo satildeo vencidos resta agrave cadeia de exportaccedilatildeolutar por medidas raacutepidas capazes de diminuir as perdas e de consertar rapidamente o copo dainfraestrutura ndash que segue meio rachado

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