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Revista anicer v. 74 Muito Além do Óbvio

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Muito Além do Óbvio Esta matéria foi publicada na Revista da ANICER v. 74. Fala do Projeto Parapuan, Arte na Indústria: para além do trabalho. Ilustra com fotos e relata depoimentos dos participantes do Projeto. E tudo começou por causa de um sonho...

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SUMÁRIO

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FUNDACER Nova entidade na luta pelo setor

NORMATIZAÇÃO Competitividade e inovação para MPEs

ARTE Muito além do óbvio

ARTIGO TÉCNICO Ordenamento territorial da extração mineral de argila

SINDICATOS Maceió recebe Encontro do Nordeste

TECNOLOGIA O Conceito BIM

DELEGAÇÕESAnicer leva empresários brasileiros à Alemanha

FEIRASetor participa da Feicon 2012

ARTIGO DO PRESIDENTE

CARTAS

INTEGRADAS

CERÂMICA VERDE Indústria investe na produção sustentável de telhas e tijolos no TO

COLUNA DA QUALIDADE

PONTO DE VISTA Mara Viana Medeiros, consultora da Paracena e do Sinceplis

TENDÊNCIA DE MERCADO Os Novos Jardins Suspensos

MOMENTO INSPIRAÇÃO Um castelo de arte, beleza e cultura

MAROMBANDOJorge Hereda, presidente da Caixa Econômica Federal

SOCIAL

NOTÍCIAS DA ANICER

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ARTE

Muito além do óbvioTubos cerâmicos viram inusitadas luminárias nas mãos de artista paulistanaPor Manuela Souza | Fotos Antônio Venturato

Tótem para jardins

Luminária crucifi xo

Ainda na época da faculdade, a

artista plástica Nádia Saad ou-

via dos amigos que ela gesticulava

demais em uma conversa e que deve-

ria trabalhar com algo para ocupar as

mãos, conselho que ela levou a sério

ao depositar toda a sua inquietação

na argila e essa paixão já dura mais de

28 anos.

Nádia, que inicialmente criava esferas,

começou uma pesquisa para desenvol-

ver novas peças e, durante uma visita

à Cerâmica Parapuan, no município de

Pará de Minas - MG, se encantou com

os tubos de cerâmica e daí surgiu um

novo conceito em luminárias que a ar-

tista logo colocou em prática. Hoje, a

designer em cerâmica produz peças

voltadas para a arquitetura e decora-

ção. “Na minha criação o grande de-

safio é com a matéria. É ela que me

estimula a criar. Diante das manilhas,

cada vez mais atraída pela sua forma,

depois de perceber que elas não eram

esferas restou à pergunta: O que fazer

então? Em uma manhã veio a inspira-

ção: farei luminárias. Elas ficariam na

vertical e revelariam toda a sua no-

breza. Novamente minha inspiração

partiu do desafio da matéria/forma”.

Para o proprietário da Cerâmica Pa-

rapuan, Ralph Perrupato, o trabalho

desenvolvido pela artista causou uma

transformação na produção da fábri-

ca. “Nádia é uma artista plástica ex-

periente e com belos trabalhos no

seu currículo, portanto é um orgulho

muito grande para nós da Parapuan, a

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parceria com uma artista desse nível e ver nossos produtos serem

transformados em verdadeiras obras de arte. Vimos também a

possibilidade de desenvolver outras técnicas em nossos proces-

sos produtivos, usando o lado artístico de nossos colaboradores

e o envolvimento cultural e social deles com a comunidade. O

projeto tem trazido uma maior valorização e reconhecimento ao

trabalho das pessoas envolvidas”.

Como trabalha no interior da Cerâmica Parapuan, o trabalho da ar-

tista despertou o interesse dos funcionários da cerâmica, daí sur-

giu o Grupo Parapuan, onde eles puderam colaborar com a criação

de objetos de arte sob a coordenação da artista. “Minha presença

lá na Indústria, com meu trabalho de artista acabou induzindo a

formação do Grupo. Passamos a criar objetos de arte no que antes

eram apenas manilhas. Transcendemos a própria matéria”. A alu-

na do Projeto, Silvana Rezende, concorda com Nádia. “A oportuni-

dade de trabalhar com manilhas trouxe muita satisfação e prazer

para nós. Abriu novos horizontes e enriqueceu nosso desenvolvi-

mento na arte. Além disso, tivemos oportunidade de realizar no-

Luminária cerâmica compõe ambiente contemporâneo

“É um orgulho muito

grande para nós da

Parapuan, a parceria com

uma artista desse nível

e ver nossos produtos

serem transformados em

verdadeiras obras de arte”.

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vos experimentos nas queimas e na aplicação de pigmentos, engrande-

cendo nossos trabalhos”.

A iniciativa deu tão certo que logo tomou nova forma e deu lugar ao Pro-

jeto Parapuan, Arte na Indústria: para além do trabalho, onde, além dos

funcionários da Cerâmica, alunos da Escola de Arte de Pará de Minas tam-

bém trabalham como colaboradores. “Mais importante do que os produ-

tos em si, foi vivenciar os relacionamentos inerentes a todo o processo e

ter tido a chance de compartilhar novos horizontes e a vibração de todos

diante do processo criativo. É uma doação social tanto por parte da em-

presa como minha, pois consideramos a arte um processo transformador

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aad

capaz de dignificar e valorizar o ser hu-

mano”.

Os trabalhos executados pelo grupo já

foram expostos na 23ª Feira de Cerâmi-

ca de Belo Horizonte, realizada em abril

e outubro de 2011, com o apoio da Pre-

feitura de Pará de Minas, foi montada

a exposição “Diálogos do Barro”, onde

todos os trabalhos foram expostos na

Casa de Cultura e no Hall da própria Pre-

feitura. Além disso, o Município entrou

com processo para tombar a Cerâmica

Parapuan como um bem imaterial do

Município

Funcionários da Parapuan constroem arte em tubos cerâmicos

Poste de iluminação usado para decorar salas

ARTE