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2020 1 Prof. Gina FONÉTICA – FONOLOGIA 1. Na charge de Aroeira, a maneira como estão grafadas as expressões ―”ié”, ―”ad’mito” e ―”fut’ból” – empregadas por Cristiano Ronaldo, é uma tentativa de a) reproduzir, na linguagem escrita, traços característicos do sotaque lusitano. b) mostrar que o atleta, por ter jogado em vários países, mistura idiomas ao falar. c) sugerir que ele já se expressa em espanhol melhor do que o faz em português. d) satirizar a dificuldade do astro do futebol para concatenar ideias. e) comprovar que jogadores de futebol não sabem usar o padrão culto da língua. 2. O poema foi construído com formas do português não padrão, tais como ―”juntim” ―”nois” ―”tarvês”. Essas formas legitimam-se na construção do texto, pois a) revelam o bom humor do eu lírico do poema. b) estão presentes na língua e na identidade popular. c) revelam as escolhas de um poeta não escolarizado. d) tornam a leitura fácil de entender para a maioria dos brasileiros. e) compõem um conjunto de estruturas linguísticas inovadoras 3. A tirinha tematiza questões de gênero (masculino e feminino), com base na oposição entre: Equilíbrio, Folha de S.Paulo, 21/05/2013. a) permanência e transitoriedade. b) sinceridade e hipocrisia. c) complacência e intolerância. d) compromisso e omissão. e) ousadia e recato GRAMATICA

GRAMATICA...2020 1 Prof. Gina FONÉTICA – FONOLOGIA 1. Na charge de Aroeira, a maneira como estão grafadas as expressões ―”ié”, ―”ad’mito” e ―”fut’ból”

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Prof. Gina

FONÉTICA – FONOLOGIA

1. Na charge de Aroeira, a maneira como estão grafadas as

expressões ―”ié”, ―”ad’mito” e ―”fut’ból” – empregadas por Cristiano Ronaldo, é uma tentativa de

a) reproduzir, na linguagem escrita, traços característicos do sotaque lusitano.

b) mostrar que o atleta, por ter jogado em vários países, mistura idiomas ao falar.

c) sugerir que ele já se expressa em espanhol melhor do que o faz em português.

d) satirizar a dificuldade do astro do futebol para concatenar ideias. e) comprovar que jogadores de futebol não sabem usar o padrão culto

da língua. 2.

O poema foi construído com formas do português não padrão, tais como ―”juntim” ―”nois” ―”tarvês”. Essas formas legitimam-se na construção do texto, pois a) revelam o bom humor do eu lírico do poema. b) estão presentes na língua e na identidade popular. c) revelam as escolhas de um poeta não escolarizado. d) tornam a leitura fácil de entender para a maioria dos brasileiros. e) compõem um conjunto de estruturas linguísticas inovadoras

3. A tirinha tematiza questões de gênero (masculino e feminino), com base na oposição entre:

Equilíbrio, Folha de S.Paulo, 21/05/2013.

a) permanência e transitoriedade. b) sinceridade e hipocrisia. c) complacência e intolerância. d) compromisso e omissão. e) ousadia e recato

GRAMATICA

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4. É uma expressão coloquial, ou seja, diz-se de ou variante da linguagem oral afeita às situações de trato diário, em que se exige pouca (ou se dispensa) formalidade:

a) “alcoólatra – machista” b) “horror – piada” c) “mas – bom” d) “tou – porre” e) “sempre – emprego” 5. Em função de algum aspecto sociocultural, caracterizando apenas

uma variação fonética, e não um “erro”, rotacismo – “pranta, armoço, praneta, brusa” – é um fenômeno comum na linguagem popular.

Considerando o conceito de rotacismo, o conteúdo da propaganda sugere a) que o Celta é o carro dos personagens dos gibis. b) que a Chevrolet recomenda o Celta às crianças. c) que o Celta é a escolha certa para os que vão adquirir um veículo. d) que somente o Celta pertence à nova geração de veículos. e) que todos os veículos da Chevrolet são do modelo Celta. 6.

“A língua portuguesa usada no Brasil é um idioma rico, plural e vai muito além da gramática normativa. Os linguistas

travam uma verdadeira luta ideológica para desmistificar o valor soberano da gramática tradicional, a gramática do certo ou errado, e tentam valorizar outros usos, tentam inovar na

forma de entender o idioma vivo na sociedade.” Regionalismo Pai d’égua. João Bolognesi

Para o autor, por trás do discurso dos estudiosos, há algo essencial: a) a luta contra o preconceito linguístico. b) a desvalorização das diferenças sociais e regionais. c) a discriminação dos nordestinos nos grandes centros urbanos. d) a denúncia da precariedade linguística provocada pela seca. e) a expansão das desigualdades sociais.

Que tal escrever “omem” sem h? E “qeijo” sem u?

Comissão técnica do Senado estuda nova reforma ortográfica na Língua Portuguesa

Parece que o tempo do homem com “h” está mesmo chegando ao fim. Pelo menos é o que propõe uma comissão técnica do Senado Federal que estuda novas mudanças ortográficas na Língua Portuguesa. Além de querer eliminar a letra “h” do início de palavras, quer também um pedaço do queijo, ou melhor, sugere a eliminação da letra “u” da palavra queijo.

De acordo com o secretário da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, Julio Ricardo Linhares, o objetivo do grupo de trabalho, com professores renomados como Ernani Pimentel e Pasquale Cipro Neto, é aperfeiçoar e simplificar a língua. A ideia da comissão nasceu com as constantes discussões em audiências públicas sobre a Reforma Ortográfica de 2009, que alterou 0,5% do vocabulário brasileiro, segundo o Ministério da Educação.

Embora ainda não haja um texto pronto ou projeto de lei, com as mudanças o “ch” deixaria de existir e palavras como chá, flecha e macho, seriam escritas assim: xá, flexa e maxo. O dígrafo “qu” também desapareceria. Palavras como queijo e aquele ficariam assim: “qeijo” e “aqele”.

https://www.soportugues.com.br/secoes/new.php?indice=158 11.08.2014

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7. Com base no texto divulgado em A Gazeta, sobre a intenção da Comissão Técnica do Senado Federal para a nova reforma ortográfica na Língua Portuguesa, um dos objetivos prováveis dos autores é

a) validar a existência de duas normas ortográficas oficiais distintas: brasileira e lusitana. b) correlacionar histórias de tradição oral com os conteúdos populares portugueses. c) funcionar como veículo de transmissão de valores e elementos patrióticos próprios. d) fazer a transcrição fonética, valorizando o símbolo que representa convencionalmente o som. e) uniformizar palavras que hoje são pronunciadas nos países lusófonos de modo diferente. 8.

A gramática normativa estuda a correta produção oral das palavras, a pronúncia de fonemas, a partir de uma concepção fonética tida como ideal. Quanto à palavra “Estrupos”, observa-se que a) não ocorre domínio da língua falada sobre a escrita, que apresenta fluxo de produção dinâmico e bem

articulado. b) existe interferência na produção oral; a escrita, entretanto, respeita a articulação gráfica da Língua

Portuguesa, estabelecida pela norma padrão. c) foram mantidos os aspectos semânticos, contudo ocorre caracterização de barbarismo prosódico, porque a

sílaba alterada transformou a palavra em proparoxítona. d) há uma disfunção de pronúncia e de articulação fonética, o que caracterizou cacoepia e demonstrou ser a

forma escrita uma decorrência da linguagem falada. e) a articulação fonética da palavra “estrupos” não depende de fatores sociais; depende, exclusivamente, do

nível econômico do falante. 9. Analisando-se o texto e a imagem do quadro, pode-se afirmar que

a) apesar de haver diferenciação na pronúncia das palavras “tattoo” e “tatu”, estabeleceu-se, perfeitamente, a

comunicação entre os interlocutores. b) o entendimento da mensagem foi prejudicado, porque houve coincidência fonética entre as palavras “tattoo” e

“tatu”. Os fonemas da palavra em inglês – tattoo: tatuagem, dermopigmentação – levam à idêntica pronúncia, em português, do nome desse mamífero que habita o continente americano.

c) tomando-se as palavras fora do contexto, não se equivalem foneticamente, porque uma pertence à língua inglesa, e a outra, portuguesa.

d) não cabe no contexto a tradução da palavra “tatu”, interpretada desse modo em decorrência da limitação da capacidade do receptor e relacionada ao grau cultural dele.

e) os fatores extrínsecos – sugeridos por défice mecânico e distância entre os interlocutores – interferiram na recepção da mensagem,

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O texto que vem a seguir é a letra de uma das músicas de Adoniran Barbosa, o mesmo compositor de Saudosa Maloca, O samba do Arnesto e Trem das onze.

Domingo nós fumus Num samba no Bexiga Na rua Major Na casa do Nicola A “mezza notte o’clock” Saiu uma baita duma briga Era só pizza que avoava Junto côas brajola Nóis era estranho no lugar E não quisemo se meter Não fumo lá pra brigá Nóis fumo lá pra comê Na hora h se infiemo debaixo da mesa Fiquemo ali de beleza Vendo o Nicola brigá Dali a pouco escuitemo a patrulha chegar E o sargento Oliveira parlar Num tem portância Vô chamando as ambulância. Aí ele disse assim: Carma, pessoar, A situação aqui tá Muito cínica: Os mais pior vai pras Crínica.

Extraído de Elis Regina no fino da bossa. V. 3, faixa 7, 11. V030. V3. CD.

10. A leitura global do texto permite afirmar que a) a variante linguística usada no texto é inapropriada, pois se trata de um dialeto rural. b) o dialeto usado é urbano, sem nenhuma mistura com outro linguajar. c) o dialeto usado é formado de palavras estrangeiras misturadas com o dialeto urbano de São Paulo. d) o dialeto usado contém traços típicos da linguagem dos imigrantes italianos e do dialeto caipira de São Paulo. e) a linguagem usada no texto contém palavras e expressões típicas de um dialeto urbano misturado com

palavras e expressões da língua culta escrita.

11. Na produção de um texto, são feitas escolhas referentes à estrutura de frases, tipos de letra e mensagens que possibilitam inferir os objetivos do autor. A mensagem pintada na parede, dentre as habilidades e ofertas de serviços, apresenta advérbio inadequadamente registrado, o que corrobora o desvio do conteúdo sobre “Merisvaldo”:

a) ele é parte de uma categoria profissional que trabalha com cabelo humano. b) é profissional, cabeleireiro, que cuida de cabelos por preço bem modesto. c) não conta mentiras aos clientes de segunda a sábado, apenas aos domingos. d) utiliza vários utensílios e ferramentas para a manipulação capilar. e) faz atendimentos aos domingos e não nos demais dias. 12. O nível coloquial ou informal de linguagem é uma manifestação espontânea da língua. Independe de regras,

apresenta gírias, restrição de vocabulário e até formas subtraídas de palavras; muito presente nas conversas joviais, entre amigos, familiares e nas tirinhas. Singulariza uma forma característica desse falar

a) a frase declarativa “Não daremos certo”. b) o período simples “Claro que daremos”. c) a colocação pronominal “Porque não se completa”. d) as inadequações “somos diferente”, “Porque?”, “quebra cabeça”. e) as formas verbais “daremos” e “somos”.

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13. Na tira de Calvin, há três vícios de linguagem: - “Susie está batendo na porta”, o verbo bater rege a preposição “a”, ou seja, Susie está batendo à porta, solecismo de regência; em “eu poderia subir no telhado”, o verbo “subir” rege a preposição “a” – subir ao telhado –; o outro vício, o pleonasmo vicioso, caracteriza-se em

a) “se eu tivesse feito isso” b) “Nem pense nisso, Calvin” c) “você não quer brincar com ela?”

d) “Há alguns anos atrás...” e) “jogar uns balões com água nela”

14. O comportamento linguístico do personagem Hagar, na tirinha de Dick

Browne, no corresponde ao de um falante comum, porque Hagar a) não percebe as variantes regionais determinantes do linguajar caipira

da própria esposa. b) não se importa com orações interrogativas que não corroboram a

linguagem formal sóbria contida em “Café?”. c) não reconhece a restrição do vocabulário coloquial que deprecia o

público-alvo das tirinhas. d) não leva em conta os fatores do contexto e se atém, apenas, aos

elementos linguísticos, de forma absolutamente literal. e) não absorve os elementos figurativos metafóricos, politicamente

corretos, que desvalorizam os textos narrativos.

“Uma língua é um elemento vivo que também evolui e que se transforma a cada minuto. Palavras e expressões que marcam uma geração podem facilmente ser esquecidas na década seguinte. Algumas pessoas se espantam com a velocidade com que o idioma assimila alguns vocábulos e com sua tendência a descartar elementos linguísticos que, à primeira vista, pareciam eternos e imunes às mudanças”. José Neres, Mutações Vocabulares

15. Com base na leitura das falas das personagens, pode-se reconhecer um trabalho de linguagem que se singulariza por

a) uso de termos raros da língua, lembrando o preciosismo. b) registro de marcas linguísticas típicas do universo oral. c) desrespeito às palavras, desprovidas de sentido. d) oposição ao estilo que se distancia dos aspectos normativos. e) estabelecimento de um código que inabilita a comunicação.

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16. As várias interpretações de uma palavra levam em consideração as situações de aplicabilidade que permitem que ela assuma mais de um significado nos contextos. Isso aconteceu, na tira, porque a palavra “porca” apresentou vários significados para um mesmo significante, o que caracteriza exemplo de

a) polissemia b) polissílabo c) polissíndeto

d) poliglotismo e) poligrafia

“Zé Pequeno”- Turma do Xaxado - Antônio Cedraz.

17. Observe as palavras A – “senhor” e B – “professor”. Pode-se afirmar, em relação a elas, que a) as duas palavras são derivadas de ‘ensinar’; (A) é oxítona e (B) contém um dígrafo consonantal separável. b) as duas palavras se identificam quanto ao número de sílabas, mas diferem quanto ao de fonemas; apenas

(A) possui dígrafo e (B) contém ditongo. c) são dois substantivos; (A) difere o número de letras do número de fonemas e (B) apresenta o mesmo

número de fonemas e letras. d) ambas as palavras apresentam número de fonemas e letras diferentes; cada uma possui dígrafo; (A) contém

05 fonemas e (B) um encontro consonantal perfeito. e) ambas as palavras são paroxítonas; (A) apresenta fonema nasal e (B) contém hiato.

Leia os versos de Antônio Sales, poeta pernambucano, que foi membro da Academia de Trovadores de Pernambuco:

Malinculia Malinculia, Patrão, É um suspiro maguado Qui nace no coração! É o grito safucado Duma sôdade iscundida Qui nos fala do passado Sem se torná cunhicida! É aquilo qui se sente Sem se pudê ispricá! Qui fala dentro da gente Mas qui não diz onde istá! Malinculia é tristeza Misturada cum paxão, Vibrando na furtaleza Das corda do coração! Pruquê inda vai nacê O home, ou mêrmo a muié, Capacitado a dizê Malinculia o qui é?

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18. Sobre os aspectos relacionados à variante linguística adotada na poesia, pode-se afirmar que a) a forma como é feita a marcação do plural em “das corda” caracteriza flexão correta apenas aos padrões

formais da linguagem acadêmica. b) as palavras “sôdade”, “pruquê” e “muié” são registros que englobam todas as possibilidades de sons

existentes em uma comunidade. c) em “sem se pudê ispricá”, o poeta caracteriza o próprio nível de instrução e as dificuldades para relacionar o

nível de informalidade com as conversas íntimas e pessoais. d) a língua sofre transformações ao longo do tempo, portanto é correto e bastante natural o emprego de

palavras que suprimam fonemas tais como em “dizê”, “pudê”, “nacê” e “home”. e) no registro escrito da poesia, há exemplos de marcas que são comuns em textos orais: “torná”,

“nacê”, “maguado”. Abreviação ou redução de palavras é um recurso convencional da língua escrita que consiste em representar de forma reduzida certas palavras ou expressões. Algumas se apresentam reduzidas por contração, ou seja, pela supressão de letras no meio da palavra: bel. (bacharel), cel. (coronel), cia. (companhia), Dr. (doutor), Ilmo. (Ilustríssimo), Ltda. (limitada) e outras. Há, também, casos de prefixos ou elementos de um composto utilizados no lugar do todo: O vice representou o diretor presidente na reunião. 19. É exemplo do que trata o texto: a) só b) nu c) ti d) ex e) não A língua falada e a escrita são formas de interação e não há uma melhor que a outra, há diferentes modos de utilização, o que diminui os efeitos da distância entre os interlocutores. Não são, também, modalidades estanques, uma vez que dá, até, informações acerca do próprio estado de espírito do usuário.

20. Não caracteriza tipo das linguagens virtual ou digital: a)

b)

c)

d)

e)

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GABARITO 1. A – A charge apresenta uma tentativa de reproduzir, na linguagem escrita, traços característicos do sotaque

lusitano, pois é comum no Português de Portugal suprimir o som de algumas vogais na fala, como o uso dos apóstrofos dentro dos balões indica. A ilustração, portanto, não aponta para uma "mistura de idiomas ao falar" ou uma "dificuldade do astro para concatenar ideias", como algumas das alternativas sugerem.

2. B – Essas formas se legitimam na construção do poema por reproduzirem o registro linguístico usual (e menos monitorado) dos falantes.

3. A - Na tirinha, segundo a personagem feminina, o marido, no dia seguinte, continuaria uma pessoa deplorável. No entanto, ele ilude-se achando que, passada a ressaca, estaria bom, e a mulher continuaria um horror. A oposição indicada pelo autor é de permanência e transitoriedade.

4. D 5. C – A palavra “Celta” sugere a palavra “certa” porque o personagem Cebolinha troca R por L. 6. A – A língua é um organismo vivo, entendido por meio de sua história no tempo (variação histórica) e no

espaço (variação regional), no qual convivem sociedades com variações linguísticas que não podem ser discriminadas.

7. D – A Comissão Técnica do Senado Federal, aparentemente, busca transcrever o som das palavras: elimina o “h” e o “u” não pronunciados, o dígrafo “ch” pronunciado como /x/, o “s” pronunciado com som de /z/, os dígrafos “ss, sc, sç, xc” e o “ç” pronunciados como /s/ .

8. D – A partir de uma concepção fonética tida como ideal, em decorrência da linguagem falada, observou-se a ocorrência de disfunção de pronúncia e de articulação da palavra “estupro”, estudada pela Ortoepia.

9. B – A equivalência de fonemas entre “tattoo” e “tatu”, mamífero do continente americano, impediu o entendimento da mensagem. A idêntica pronúncia levou o interlocutor a interpretá-la dessa maneira e não como forma de modificação do corpo, aplicação subcutânea obtida através da introdução de pigmentos por agulhas.

10. D – A linguagem usada pelo brasileiro sofre visíveis alterações linguísticas por diversos fatores. O texto de Adoniran Barbosa mostra a fusão do dialeto utilizado pelos imigrantes italianos em São Paulo com a linguagem típica dos caipiras. Em um texto bem humorado, o compositor usa com maestria os dois dialetos citados, mostrando assim, as diferentes formas de registro da língua portuguesa.

11. C - A separação do advérbio “somente”, com iniciais maiúsculas, em duas partes, sugere que o autor “mente, deliberadamente apresenta inverdades” à clientela, “aos domingos”, quando, na verdade, o objetivo da mensagem é informar que o atendimento ao público é feito apenas, só aos domingos.

12. D – Tirinhas, normalmente, trazem exemplos de linguagem coloquial. As inadequações “somos diferente”, “Porque?” e “quebra cabeça”, para registro adequado e formal, devem ser corrigidas para as formas “somos diferentes” – concordando sujeito e predicativo -, “Por quê?” – construído em fim de frase com junção da preposição “por” com o pronome interrogativo “quê” -, e “quebra-cabeça” – substantivo composto, escrito com hífen.

13. D – A fala do pai, no 4º quadrinho”, apresenta uma redundância (ou pleonasmo vicioso) em “... se eu tivesse feito isso há alguns anos atrás”, com a repetição de “há” e “atrás”, ambos os termos indicando tempo decorrido.

14. D – Hagar não leva em conta fatores do contexto e se atém aos elementos linguísticos, pois interpreta a fala da esposa como um pedido de informação: se aquilo era café, ou: como significando: “Isto é café?”.

15. B – Nesse gênero, as marcas linguísticas típicas do universo oral singularizam as variedades sociais, temporais e de registro, repletas de coloquialismos, gírias e inadequações.

16. A – A palavra “porca” é exemplo de polissemia – poli + sema + ia –, ou seja, possui multiplicidade de sentidos, assumindo mais de um significado.

17. D – A palavra “senhor” possui 05 fonemas e 06 grafemas; a palavra “professor”, 08 fonemas e 09 grafemas. Cada uma delas apresenta dígrafo: ‘nh’ na primeira e ‘ss’ na segunda. O encontro consonantal perfeito – consoante + R ou L – constrói a sílaba ‘pro’, de ‘professor’.

18. E – O poema de Antônio Sales, apesar de escrito numa linguagem pouco valorizada socialmente, cumpre a função de externar os anseios e sentimentos do homem do povo, demonstrando exemplos de marcas que são comuns em textos orais, envoltos na aproximação entre os falantes.

19. D – Algumas abreviações, as quais vêm se tornando frequentes, são representadas pelo emprego de apenas um prefixo ou de um elemento de uma palavra composta, sendo utilizado no lugar de um todo. O prefixo “ex”, de ex-marido, ex-namorado, ex-esposa, é empregado habitualmente sozinho e representa o sentido por completo: Minha ex é uma ótima pessoa./ Você tem visto sua ex?

20. B – A linguagem virtual facilita a comunicação na Internet (Foruns, e-mails e outros) e nos Mensageiros (Facebook, Messenger, Whatsapp, Skype...), permitindo demonstrar emoção com apenas alguns caracteres combinados.