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253 ATA DA CENTÉSIMA QUINQUAGÉSIMA OITAVA SESSÃO ORDINÁRIA DO 1 CONSELHO UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS. 2 Aos vinte e cinco dias do mês de setembro do ano de dois mil e dezoito, às nove horas, 3 reuniu-se o Conselho Universitário da Universidade Estadual de Campinas, em sua sede, no 4 prédio da Reitoria II, na Cidade Universitária “Zeferino Vaz”, em Barão Geraldo, Campinas, 5 sob a presidência do MAGNÍFICO REITOR, Professor Doutor MARCELO KNOBEL, e com 6 o comparecimento dos seguintes conselheiros: Adilton Dorival Leite, Alberto Luiz Serpa, 7 Alexandre Leite Rodrigues de Oliveira, Alvaro Gabriel Bianchi Mendez, Amanda Oliveira da 8 Silva, Antonio José de Almeida Meirelles, Carlos Raul Etulain, Celso Akira Nishibe, 9 Christiano Lyra Filho, Cibele Granito Santana, Claudia Maria Bauzer Medeiros, Cláudio José 10 Servato, Cristiano Novack Amaral Pereira, Diego Machado de Assis, Edson Tomaz, Eduardo 11 Gurgel do Amaral, Eduardo Hiroshi Tikazawa, Eliana Martorano Amaral, Erich Vinicius de 12 Paula, Everardo Magalhães Carneiro, Fátima Regina Rodrigues Évora, Fernando Augusto de 13 Almeida Hashimoto, Flávio Ribeiro de Oliveira, Francisco de Assis Magalhães Gomes Neto, 14 Francisco Haiter Neto, Grácia Maria Navarro, Gustavo Tenório Cunha, João Ernesto de 15 Carvalho, João Frederico da Costa Azevedo Meyer, João Luis Saraiva Moraes Abreu, João 16 Marcos Travassos Romano, João Raimundo Mendonça de Souza, Joaquim Antonio Graciano, 17 José de Souza Martins, Lucas Marques de Almeida, Luiz Carlos Kretly, Luiz Carlos Zeferino, 18 Marcelo Weishaupt Proni, Márcio Alberto Torsoni, Márcio de Carvalho Saraiva, Marco 19 Antonio de Carvalho, Marco Aurélio Zezzi Arruda, Maria Isabel Pedreira de Freitas, Marilisa 20 Berti de Azevedo Barros, Marina Sangoi de Oliveira Ilha, Marisa Masumi Beppu, Mônica 21 Alonso Cotta, Munir Salomão Skaf, Nancy Lopes Garcia, Orival Andries Júnior, Paulo Sérgio 22 Fracalanza, Petrilson Alan Pinheiro Silva, Renato Falcão Dantas, Rachel Meneguello, Renato 23 Hyuda de Luna Pedrosa, Rodolfo Jardim de Azevedo, Ronaldo Aloise Pilli, Ronaldo Ferreira 24 dos Santos, Rosmari Aparecida Ribeiro, Savio Machado Cavalcante, Sérgio Luiz Monteiro 25 Salles Filho, Toyoko Watanabe Takao, Teresa Dib Zambon Atvars, Walkiria Hanada Viotto e 26 Zigomar Menezes de Souza. Esteve presente também a representante suplente dos servidores 27 técnico-administrativos Silvana Pinheiro Migliaccio. Como convidados especiais, 28 compareceram os professores: Alan Cesar Ikuo Yamamoto, José Roberto Ribeiro, Manoel 29 Barros Bertolo, Luis Otavio Zanatta Sarian, Marco Aurélio Pinheiro Lima, Peter Alexander 30 Bleinroth Schulz, Rodrigo Lanna Franco da Silveira, Shirlei Maria Recco-Pimentel, Teresa 31 Celina Meloni Rosa e Wagner de Melo Romão; a doutora Ana Carolina de Moura Delfim 32 Maciel; o doutor Andrei Vinicius Gomes Narcizo; a doutora Fernanda Lavras Costallat 33 Silvado; os senhores Clayton Bianchini Levy, Gilmar Dias da Silva, Manuel Alves Filho, 34 Marcílio Ventura, Orlando Carlos Furlan, e Thiago Baldini da Silva. Justificaram ausência à 35 Sessão os seguintes conselheiros Dirce Djanira Pacheco e Zan e diretora associada Debora 36 Mazza; Luísa Andreia Gachet Barbosa, sendo substituída pelo conselheiro Renato Falcao 37 Dantas; Álvaro de Oliveira D'Antona, sendo substituído pelo diretor associado Márcio 38 Alberto Torsoni; Pascoal José Giglio Pagliuso, sendo substituído pela diretora associada 39 Mônica Alonso Cotta; Samuel Rocha de Oliveira, sendo substituído pelo conselheiro Marcelo 40

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253

ATA DA CENTÉSIMA QUINQUAGÉSIMA OITAVA SESSÃO ORDINÁRIA DO 1

CONSELHO UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS. 2

Aos vinte e cinco dias do mês de setembro do ano de dois mil e dezoito, às nove horas, 3

reuniu-se o Conselho Universitário da Universidade Estadual de Campinas, em sua sede, no 4

prédio da Reitoria II, na Cidade Universitária “Zeferino Vaz”, em Barão Geraldo, Campinas, 5

sob a presidência do MAGNÍFICO REITOR, Professor Doutor MARCELO KNOBEL, e com 6

o comparecimento dos seguintes conselheiros: Adilton Dorival Leite, Alberto Luiz Serpa, 7

Alexandre Leite Rodrigues de Oliveira, Alvaro Gabriel Bianchi Mendez, Amanda Oliveira da 8

Silva, Antonio José de Almeida Meirelles, Carlos Raul Etulain, Celso Akira Nishibe, 9

Christiano Lyra Filho, Cibele Granito Santana, Claudia Maria Bauzer Medeiros, Cláudio José 10

Servato, Cristiano Novack Amaral Pereira, Diego Machado de Assis, Edson Tomaz, Eduardo 11

Gurgel do Amaral, Eduardo Hiroshi Tikazawa, Eliana Martorano Amaral, Erich Vinicius de 12

Paula, Everardo Magalhães Carneiro, Fátima Regina Rodrigues Évora, Fernando Augusto de 13

Almeida Hashimoto, Flávio Ribeiro de Oliveira, Francisco de Assis Magalhães Gomes Neto, 14

Francisco Haiter Neto, Grácia Maria Navarro, Gustavo Tenório Cunha, João Ernesto de 15

Carvalho, João Frederico da Costa Azevedo Meyer, João Luis Saraiva Moraes Abreu, João 16

Marcos Travassos Romano, João Raimundo Mendonça de Souza, Joaquim Antonio Graciano, 17

José de Souza Martins, Lucas Marques de Almeida, Luiz Carlos Kretly, Luiz Carlos Zeferino, 18

Marcelo Weishaupt Proni, Márcio Alberto Torsoni, Márcio de Carvalho Saraiva, Marco 19

Antonio de Carvalho, Marco Aurélio Zezzi Arruda, Maria Isabel Pedreira de Freitas, Marilisa 20

Berti de Azevedo Barros, Marina Sangoi de Oliveira Ilha, Marisa Masumi Beppu, Mônica 21

Alonso Cotta, Munir Salomão Skaf, Nancy Lopes Garcia, Orival Andries Júnior, Paulo Sérgio 22

Fracalanza, Petrilson Alan Pinheiro Silva, Renato Falcão Dantas, Rachel Meneguello, Renato 23

Hyuda de Luna Pedrosa, Rodolfo Jardim de Azevedo, Ronaldo Aloise Pilli, Ronaldo Ferreira 24

dos Santos, Rosmari Aparecida Ribeiro, Savio Machado Cavalcante, Sérgio Luiz Monteiro 25

Salles Filho, Toyoko Watanabe Takao, Teresa Dib Zambon Atvars, Walkiria Hanada Viotto e 26

Zigomar Menezes de Souza. Esteve presente também a representante suplente dos servidores 27

técnico-administrativos Silvana Pinheiro Migliaccio. Como convidados especiais, 28

compareceram os professores: Alan Cesar Ikuo Yamamoto, José Roberto Ribeiro, Manoel 29

Barros Bertolo, Luis Otavio Zanatta Sarian, Marco Aurélio Pinheiro Lima, Peter Alexander 30

Bleinroth Schulz, Rodrigo Lanna Franco da Silveira, Shirlei Maria Recco-Pimentel, Teresa 31

Celina Meloni Rosa e Wagner de Melo Romão; a doutora Ana Carolina de Moura Delfim 32

Maciel; o doutor Andrei Vinicius Gomes Narcizo; a doutora Fernanda Lavras Costallat 33

Silvado; os senhores Clayton Bianchini Levy, Gilmar Dias da Silva, Manuel Alves Filho, 34

Marcílio Ventura, Orlando Carlos Furlan, e Thiago Baldini da Silva. Justificaram ausência à 35

Sessão os seguintes conselheiros Dirce Djanira Pacheco e Zan e diretora associada Debora 36

Mazza; Luísa Andreia Gachet Barbosa, sendo substituída pelo conselheiro Renato Falcao 37

Dantas; Álvaro de Oliveira D'Antona, sendo substituído pelo diretor associado Márcio 38

Alberto Torsoni; Pascoal José Giglio Pagliuso, sendo substituído pela diretora associada 39

Mônica Alonso Cotta; Samuel Rocha de Oliveira, sendo substituído pelo conselheiro Marcelo 40

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Weishaupt Proni; Paulo Cesar Montagner, sendo substituído pelo conselheiro Petrilson Alan 1

Pinheiro Silva; Osvaldir Pereira Taranto, sendo substituído pelo conselheiro Carlos Raul 2

Etulain; Mariana Conceição da Costa, sendo substituída pelo conselheiro Gustavo Tenório 3

Cunha; Gil Guerra Junior, sendo substituído pelo conselheiro Marco Antonio Garcia de 4

Carvalho; Francisco Hideo Aoki; Iuriatan Felipe Muniz, sendo substituído pela conselheira 5

Toyoko Watanabe Takao; Sofia Bonuccelli Heringer Lisboa; Thiago Henrique Rosales 6

Marques, sendo substituído pelo conselheiro Cristiano Novack Amaral Pereira; Vicente 7

Hidalgo Rodrigues Fernandes, sendo substituído pelo conselheiro Eduardo Hiroshi Tikazawa; 8

e Claudiney Rodrigues Carrasco. Havendo número legal, o MAGNÍFICO REITOR dá início à 9

Centésima Quinquagésima Oitava Sessão Ordinária do Conselho Universitário da 10

Universidade Estadual de Campinas, dando as boas-vindas ao diretor associado da Faculdade 11

de Odontologia de Piracicaba, professor Flávio Henrique Baggio Aguiar, cujo mandato é de 12

26.08.2018 a 25.08.2022. Informa que o processo nº 01-P-7426/1990, retirado de pauta da 13

155ª Sessão do Consu, proposta de deliberação Consu que dispõe sobre o Programa de 14

Professor Colaborador e Pesquisador Colaborador, revogando a Deliberação Consu-A-06/06, 15

não retornou por ainda serem necessárias providências, e que o processo nº 01-P-4548/2002, 16

retirado de pauta da 157ª Sessão do Consu, proposta de deliberação Consu que dispõe sobre o 17

Regimento Interno do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais – Lume, revogando a 18

Deliberação Consu-A-12/02, não retornou também por ainda serem necessárias providências. 19

Em seguida, submete à apreciação as Atas da Centésima Quinquagésima Sétima Sessão 20

Ordinária, realizada em 07.08.2018, e a Ata da Primeira Sessão Extraordinária, realizada em 21

04.09.2018. Consulta se há observações. Não havendo, submete à votação as referidas Atas, 22

que são aprovadas com 05 abstenções. Passa à Ordem do Dia, que contém 19 itens, e à Ordem 23

do Dia Suplementar, que contém 4 itens. Considerando a necessidade de quórum qualificado 24

para o item 1 da Ordem do Dia Suplementar, sugere a inversão da ordem da discussão e da 25

votação dos itens da Ordem do Dia Suplementar, começando pelos itens 1, 2 e 3, que tratam 26

de matéria da mesma natureza. Informa também que o item 4 da pauta suplementar, por sua 27

vez, deve ser discutido juntamente com os itens da letra A da Ordem do Dia, pela mesma 28

razão, ou seja, são matérias de mesma natureza, tratam da Segunda Revisão Orçamentária. 29

Então, estão destacados automaticamente, da Ordem do Dia Suplementar, os itens 1 – Proc. nº 30

01-P-1300/1967 –, que trata de proposta de deliberação Consu que altera o Regimento Geral e 31

os Estatutos; 2 – Procs. nºs 01-P-13453/2006 e 01-P-14501/2001 –, que trata de proposta de 32

Deliberação Consu que altera as Deliberações Consu-A-09/2015 e A-05/2003; e 3 – Proc. nº 33

01-P-19980/2018 –, que trata de proposta de Deliberação Consu que regulamenta o processo 34

de promoção por mérito para o nível de Professor Associado I da Carreira do Magistério 35

Superior. Da Ordem do Dia há o destaque da Segunda Revisão Orçamentária, item 1 – Proc. 36

nº 01-P-20911/2017; item 2 – Procs. nºs 01-P-16211/1998, 01-P-25086/2011, 01-P-37

21170/2013 e 01-P-6051/2011 –, que trata de proposta de Deliberação Consu que dispõe 38

sobre a atribuição dos prêmios institucionais; e item 3 – Proc. nº 01-P-20911/2017 –, que trata 39

do acréscimo de recursos para as Carreiras; e, ainda, da Ordem do Dia Suplementar, o item 4 40

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– Proc. nº 01-P-20911/2017 –, que trata de suplementação de recursos para atender despesas 1

com módulo plantão do Caism no período de outubro a dezembro de 2018. Pergunta se há 2

outros destaques. O Conselheiro LUIZ CARLOS KRETLY destaca, da Ordem do Dia, o item 3

4 – Proc. nº 01-P-13864/2018 –, que trata de proposta de Deliberação Consu que cria a 4

Comissão para Análise de Convênios e Contratos – Cacc e regulamenta tramitação de 5

processos de convênios e contratos a serem celebrados pela Universidade. O Conselheiro 6

DIEGO MACHADO DE ASSIS destaca o item 11 – Proc. nº 01-P-306/2017 –, de Jemis 7

Dievas José Manhiça, do Instituto de Computação. Não havendo mais destaques, o 8

MAGNÍFICO REITOR submete à votação todos os itens não destacados da Ordem do Dia, 9

sendo aprovados, por unanimidade, os pareceres que subsidiaram os seguintes processos: C – 10

Avaliação Institucional das Atividades Interdisciplinares dos Centros e Núcleos - 11

Procedimentos e Formulários para aprovação - 05) Proc. nº 01-P-9046/1987, proposta de 12

procedimentos e formulários para Avaliação Interna e para Avaliação Externa dos Centros e 13

Núcleos Interdisciplinares de Pesquisa no processo de Avaliação Institucional da Unicamp, 14

período 2014-2018 - Memo. CAI-03/2018, Deliberações CAI/Consu-01/2018 e 07/2018. D – 15

Regimento Geral dos Cursos da Graduação - Para Aprovação - 06) Proc. nº 01-P-7487/1988, 16

proposta de alteração do Regimento Geral dos Cursos de Graduação (inclusão dos parágrafos 17

1º e 2º no artigo 118) - Aprovada pela CCG em 09.08.18 - Pareceres PG-1939/2018, CLN-18

26/2018 e Cepe-132/2018. E – Carreira do Magistério Superior - Perfis Acadêmicos - Para 19

Aprovação - 07) Proc. nº 39-P-9400/2015, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas - Proposta 20

de Deliberação que dispõe sobre o Perfil Acadêmico de Professor Doutor II (MS-3.2), 21

Professor Associado II (MS-5.2) e Professor Associado III (MS-5.3) da Carreira do 22

Magistério Superior (MS) - Pareceres CIDD-187/2018 e CCRH-247/2018. 08) Proc. nº 39-P-23

5194/2015, da Faculdade de Ciências Farmacêutica - Proposta de Deliberação que dispõe 24

sobre o Perfil Mínimo de Professor Associado para inscrição em Concurso Público para 25

obtenção do Título de Professor Livre-Docente - Pareceres CIDD-186/2018 e CCRH-26

246/2018. 09) Proc. nº 39-P-9481/2015, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas - Proposta 27

de Deliberação que dispõe sobre o Perfil Mínimo para inscrição em Concurso Público para 28

Provimento de Cargo de Professor Titular (MS-6) - Pareceres CIDD-188/2018 e CCRH-29

248/2018. F – Pós-Graduação - Para Aprovação - 10) Proc. nº 02-P-26561/2010, da 30

Faculdade de Ciências Médicas - Proposta de criação do Programa de Residência Médica em 31

Transplante de Rim-Urologia, a partir do Catálogo de 2017 - Aprovada pela Congregação 32

25.05.18 e pela CCPG em 04.07.18 - Parecer Cepe-131/2018. G – Recurso ao Consu - Para 33

Deliberação - 12) Proc. nº 01-P-17492/2018, de Josué Nieri, do Instituto de Matemática, 34

Estatística e Computação Científica - Recurso interposto pelo interessado face à decisão da 35

CCG contrária à solicitação de reconsideração de matrícula - Deliberação CCG-149/17 e 36

Pareceres PG-1729/2018 e Cepe-134/2018 (favorável). H – Comissão Permanente de 37

Dedicação Integral à Docência e à Pesquisa - Indicação de Membros - Para Aprovação - 13) 38

Proc. nº 01-P-605/1968, da Comissão de Dedicação Integral à Docência e à Pesquisa - 39

Indicação de representantes titulares e suplentes das áreas de Exatas e Biológicas, com 40

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mandato de 02 (dois) anos a partir de 03.10.18 - Ofícios CPDI-06/2018 e SG-100/2018. 1

Representação da área de Biológicas: Titular: Profa. Dra. Roberta Cunha Matheus Rodrigues - 2

FEnf e Suplente: Prof. Dr. Cláudio Eduardo Muller Benzato - FCM. Representação da área de 3

Exatas: Titular: Prof. Dr. Alex Antonelli - IFGW e Suplente: Prof. Dr. Carlos Roque Duarte 4

Correia - IQ. I – Congregações - Para Homologação - 14) Proc. nº 39-P-5949/2016, da 5

Faculdade de Ciências Farmacêuticas - Eleições da representação docente e dos servidores 6

técnicos e administrativos, realizadas em 09 e 10.08.18; e da representação discente 7

(graduação e pós-graduação) - Ciência da Congregação em 24.08.18. 15) Proc. nº 07-P-8

3510/1998, do Instituto de Biologia - a) Homologação das aprovações ad referendum dadas 9

pelo Magnífico Reitor para prorrogações do mandato da representação discente junto à 10

Congregação até 31.07.18 - Ofício IB-79/2018, Despacho PG-3522/2018 e Despacho do 11

Reitor 253/2018 e a partir de 31.07.18 até a homologação do resultado final da eleição pelo 12

Consu - Ofício IB-113/2018, Parecer PG-1742/2018 e Despacho do Reitor 394/2018. b) 13

Eleições da representação discente (graduação e pós-graduação), realizadas em 27 e 28.06.18 14

- Homologadas pela Congregação em 16.08.18. J – Áreas de Prestação de Serviços - Para 15

Aprovação - a) Abertura - 16) Proc. nº 34-P-2255/2016, do Instituto de Computação - Área de 16

Prestação de Serviços “Ciência e Tecnologia da Computação e Comunicação”, cujo objetivo é 17

a prestação de assessoria no estudo, avaliação e desenvolvimento de ferramentas e técnicas 18

para a especificação, projeto, desenvolvimento, implantação, operação e gerência de sistemas 19

computacionais - Aprovação pela Congregação do IC em 02.12.15 - Parecer CAD-46/2018. b) 20

Encerramento - 17) Proc. nº 18-P-16705/2004, da Faculdade de Engenharia Química - Área 21

de prestação de serviços “Laboratório de Física de Polímeros” - Aprovado pela Congregação 22

da FEQ em 15.06.18 - Parecer CAD-47/2018. K – Convênios, Contratos e Termos Aditivos - 23

A Serem Celebrados - Para Aprovação - 18) Proc. nº 29-P-18926/2018, da Faculdade de 24

Engenharia Elétrica e de Computação - Contrato de Prestação de Serviços - Partes: 25

Unicamp/Funcamp e Embraer S.A. - Executores: Gustavo Fraiden Raich e José Cândido 26

Silveira Santos Filho - Data de Assinatura: a ser celebrado - Vigência: 19 meses - Recursos: 27

R$1.221.999,93 - Resumo do Objeto: Prestar serviços especializados de Consultoria no 28

desenvolvimento de algoritmos para o sistema Multimodos do radar Saber M200 Multimissão 29

- Pareceres: PG e Caacc. 19) Proc. nº 11-P-13905/2018, do Instituto de Química - Convênio - 30

Partes: Unicamp e Drugs for Neglected Diseases Initiative e sua afiliada DNDi América 31

Latina - Executores: Luiz Carlos Dias e Airton Gonçalves Salles Junior - Data de Assinatura: 32

a ser celebrado - Vigência: 01 ano - Recursos: R$258.292,80 - Resumo do Objeto: Execução 33

do projeto de pesquisa “Otimização de compostos líderes para tratamento de doenças tropicais 34

negligenciadas” - Pareceres: PG e Caacc. O MAGNÍFICO REITOR passa aos itens 1, 2 e 3 da 35

Ordem do Dia Suplementar, referentes aos seguintes assuntos, respectivamente: item 1 – Proc. 36

nº 01-P-1300/1967 –, que trata de proposta de Deliberação Consu que altera o artigo 97 e os 37

incisos II e IV do artigo 98 dos Estatutos; e o artigo 164, incisos II e IV do artigo 165 e o 38

artigo 171 do Regimento Geral da Unicamp; item 2 – Procs. nºs 01-P-13453/2006 e 01-P-39

14501/2001 –, que trata de proposta de Deliberação Consu que altera a Deliberação Consu-A-40

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09/2015, que dispõe sobre as normas a serem observadas nos concursos para provimento de 1

cargo de Professor Titular, e a Deliberação Consu-A-05/2003, que dispõe sobre as normas 2

para realização de concursos para o Título de Livre-Docente; item 3 – Proc. nº 01-P-3

19980/2018 –, que trata de proposta de Deliberação Consu que regulamenta o processo de 4

promoção por mérito para o nível de Professor Associado I da Carreira do Magistério 5

Superior (MS). Como são assuntos totalmente correlacionados, sugere que façam a discussão 6

em bloco. A Conselheira CLAUDIA MARIA BAUZER MEDEIROS diz que gostaria de se 7

ater, apesar de o senhor Reitor indicar a discussão em bloco, a duas propostas associadas ao 8

item 1 da Ordem do Dia Suplementar, com correções na redação. A primeira diz respeito ao 9

artigo 1º da proposta de deliberação, que modifica o artigo 97 e os incisos II e IV do artigo 98 10

dos Estatutos. Propõe, independente de toda discussão que com certeza irá surgir, que se retire 11

o § 2º da proposta do artigo 97, que ficaria da seguinte forma: “Artigo 97. O nível de 12

Professor Associado I será alcançado mediante processo de promoção por mérito, cujos 13

procedimentos e critérios serão fixados por Deliberação do Conselho Universitário. § 1º - É 14

requisito mínimo para que o docente participe do processo de promoção por mérito para o 15

nível de Professor Associado I de que trata o caput o Título de Livre-Docente, obtido através 16

de concurso de títulos e provas.” Sugere que eliminem qualquer referência a recursos, porque 17

nos Estatutos e no Regimento da Unicamp, em todos os outros itens associados à progressão 18

na carreira docente não há nenhuma referência a recursos. A questão de recursos e a 19

regulamentação associada fazem parte de deliberações que podem ser modificadas ao longo 20

do tempo, e foi assim, inclusive, que há algum tempo foi eliminada a necessidade de 21

comprovação de recursos para livre-docente, que antes era obrigatório. Portanto, sua proposta 22

é que se considere a promoção para o nível MS-5 da mesma forma como a regulamentação 23

trata as outras promoções, sem menção a recursos, apenas a critérios de mérito. O 24

MAGNÍFICO REITOR pergunta se a sugestão é de alteração. A Conselheira CLAUDIA 25

MARIA BAUZER MEDEIROS responde que é de eliminar o § 2º, mesmo porque, como 26

disse, não encontrou em nenhum outro lugar nos Estatutos e Regimento da Unicamp qualquer 27

referência a recursos para promoção ou para ingresso em MS-3.1 ou MS-6. Então, isso não 28

seria isonômico, todos os outros itens associados à carreira tratam apenas de mérito, inclusive, 29

o artigo 97.A faz referência a promoções horizontais e não menciona nada sobre recursos. 30

Outra questão seria a mudança de redação dos incisos II e IV do artigo 98, que contêm um 31

problema. No inciso II consta: “candidato externo à Carreira do Magistério Superior da 32

Unicamp, portador há 5 (cinco) anos, no mínimo, do título de Livre-Docente (...).” No artigo 33

1º, que não está sendo modificado, consta que se alguém é docente da Unicamp, professor 34

associado I, precisa esperar cinco anos para fazer um concurso para titular. Essa nova redação, 35

no inciso II, traz uma quebra de tratamento, porque, se aprovada a mudança na redação do 36

artigo 97, alguém pode obter o título de livre-docente e esperar 10, 15 anos, até decidir passar 37

para professor associado, ou, por qualquer razão de calendário, primeiro é livre-docente e 38

talvez só no ano seguinte passe a professor associado. Então, essa pessoa, sendo docente da 39

Unicamp, terá de esperar cinco anos para se candidatar a titular, enquanto quem obtiver o 40

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título de livre-docente fora da Unicamp poderá esperar cinco anos e se candidatar. Ou seja, 1

quem é associado na Unicamp pode, potencialmente, vir a ser prejudicado. Então, sua 2

proposta, e há várias alternativas para ajustar esse procedimento, é que um docente da 3

Unicamp que obtiver o título de livre-docente estará no mesmo nível de espera de não 4

docentes que obtiverem o título de livre-docente. E viria, posteriormente, como disse o senhor 5

Reitor, a regulamentação dos critérios e métodos da promoção para associado e para titular, 6

que é o que é feito em todos os outros níveis da carreira, como algo isolado e não pertencente 7

aos Estatutos. O Conselheiro GUSTAVO TENÓRIO CUNHA diz que se manifestará como 8

representante dos docentes nível MS-3, mas também como parte da diretoria da Adunicamp. 9

Ontem, uma assembleia de docentes da Unicamp discutiu essa proposta de pauta, que é um 10

tema extremamente relevante, e foi muito pouco discutido na Universidade, e a assembleia 11

deliberou por um pedido de retirada de pauta, para um debate mais aprofundado nas unidades, 12

com o conjunto da Universidade. Estão vivendo um tempo de muitas propostas de mudanças 13

nas regras organizacionais, tem havido propostas de mudanças nas gratificações, propostas de 14

mudança, agora, nos critérios de acesso à carreira, e também mudanças em gratificações por 15

premiações. Então, quem busca uma titulação fora da Unicamp, em outra universidade 16

estadual, ou são pessoas que fazem parte de um campo de pensamento minoritário dentro de 17

sua área, que considera saudável que exista, é necessário que exista, ou são pessoas que 18

depois de muitas vezes décadas trabalhando dentro de uma determinada regra, de uma 19

proposta institucional, acreditam que têm o direito de adquirir uma promoção – e a proposta 20

da instituição era de que o mérito fosse o critério principal. Todas as regras institucionais de 21

promoção têm potencialmente efeitos colaterais, qualquer regra institucional de promoção que 22

busque valorizar um determinado tipo de caminho, por exemplo, valorizar determinada 23

produção de quantidade de coisas pode prejudicar a qualidade, qualquer gratificação por um 24

cargo de gestão pode induzir à busca, por exemplo, de ocupar um cargo não exatamente por 25

afinidade com aquela função. A instituição precisa ir amadurecendo e lidando com essas 26

regras, mas é muito ruim que ela culpabilize as pessoas, que trate de uma forma tão sumária 27

pessoas que durante décadas, às vezes, acreditaram que determinada regra era a que valia e 28

direcionaram seu processo de trabalho, seus investimentos, nesse caminho. Então, propõe a 29

supressão dessa pauta. Gostaria que, de uma forma geral, pudessem pensar em um método de 30

discussão de regras institucionais, porque essas regras têm um impacto extremamente forte na 31

vida institucional das pessoas daqui, e na vida institucional das pessoas que estão entrando 32

também. O que uma instituição está dizendo para pessoas que estão entrando quando ela 33

muda sumariamente regras para profissionais que estão aqui há muito tempo? Está dizendo 34

que elas sigam as regras, mas nada garante que daqui a pouco, tudo mude. Então, não existe 35

regra institucional que seja perfeita, não existe processo de carreira perfeito, tudo pode ser 36

passível de mudança, mas como se faz essas mudanças é um aspecto extremamente relevante 37

para a vida institucional. Imagina que estejam vivendo uma situação de ameaça, muitos já 38

conversaram sobre isso aqui, estão sob ameaça financeira, porém, não faz sentido 39

comprometer uma organização em que as pessoas são o principal patrimônio, fazer mudanças 40

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atabalhoadas, com pouca discussão, pouco debate na comunidade, que não apontam resolução 1

de problemas importantes de regras institucionais, que não reafirmam os valores 2

institucionais. Uma instituição como essa vai sobreviver se ela estiver conectada à sua função 3

social, e pode não sobreviver se ela se desconectar. Muitas vezes, quando incorporam 4

metodologias de funcionamento, regras de funcionamento que incorporam valores justamente 5

daqueles setores da sociedade que valorizam menos a universidade, que valorizam menos o 6

ensino público, podem estar na perspectiva de tentar melhorar a contabilidade, podem 7

comprometer a instituição no que ela tem de mais valioso. O MAGNÍFICO REITOR diz que 8

foi solicitada a retirada da matéria de pauta, que tem preferência sobre as demais discussões. 9

Fará alguns comentários sobre o assunto antes de dar continuidade. Acha que o professor 10

Gustavo utilizou algumas palavras um pouco fortes para o que estão colocando aqui. 11

Ninguém está mudando sumariamente nada, estão discutindo no Conselho Universitário 12

sugestão de regras e ninguém está culpabilizando ninguém de absolutamente nada, são regras 13

que estão sendo propostas no sentido de melhorar os Estatutos e Regimento que têm uma 14

brecha que foi notada e que precisam discutir. Acompanhou esse assunto, e realmente se 15

surpreende a cada dia com a política e, em particular, com a política universitária. Aquela 16

máxima “Se hay gobierno, soy contra” funciona muito bem e, se vem da Reitoria, é contra, 17

independente do que seja. E, nesse caso, deixa bem claro que essa pauta não é da Reitoria 18

atual, não é desta Administração, foi trazida pelos diretores, porque há situações nas unidades 19

em que eles não sabem como lidar, porque há uma brecha institucional nos Estatutos que não 20

estava prevista. A pressa não é porque não querem discussão, é que há processos na mesa 21

sobre os quais precisam de decisões, e são processos que afetam a vida de todos os docentes 22

da Universidade. A pressa de pautar foi solicitada pelos diretores, por uma situação 23

institucional. E se querem retirar de pauta, esta Reitoria não tem absolutamente nada contra, 24

porém é importante que tenham clareza de que retirar de pauta pode ter implicações mais 25

sérias do que a discussão. Recebeu vários recados de WhatsApp dizendo que há uma 26

conspiração, porque foi colocada na pauta suplementar para evitar a discussão. Não tem nada 27

disso. Foi colocada na pauta suplementar porque não deu tempo de colocar antes, de estudar 28

tudo; tiveram pressa para pautar algo que pode ter consequências drásticas para todos os 29

docentes da Universidade. É fundamental falar de justiça para todas as pessoas que estão aqui 30

na Universidade, principalmente aos docentes. Como todos sabem, nenhuma unidade pode 31

criar despesas de caráter permanente. Ou seja, a unidade não pode fazer um concurso de 32

ingresso, ou de titular, porque ela quer, sem ter recursos, muito menos um indivíduo pode 33

criar despesas de caráter permanente. E é essa brecha que tem nos Estatutos e no Regimento. 34

Uma pessoa pode ir para outra universidade, Unesp ou USP, fazer o concurso de livre-35

docente, vir para cá exigindo cargo de professor associado. Então, um indivíduo pode, hoje, 36

criar despesas de caráter permanente, e é isso que estão tentando reparar com essa proposta de 37

mudança. Se o Consu decidir pela retirada de pauta, retiram. Porém, as unidades terão de 38

decidir o que fazer com esses casos e, provavelmente, a Unicamp terá de absorver os recursos 39

já previstos para o ano que vem e, eventualmente, se der certo um, garante que a porta estará 40

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aberta para que venham dezenas, quiçá centenas de casos, e as unidades perderão o controle 1

de fazer política de promoção, de contratação etc. A Conselheira TERESA DIB ZAMBON 2

ATVARS informará ao Conselho Universitário algumas coisas que considera relevantes, para 3

desmistificar um pouco que o assunto é intempestivo, que veio sem discussão. Não é verdade. 4

Em 2016, foi tomada a decisão de contingenciar recursos para promoções, e foram atribuídas 5

cotas de livre-docência para as unidades. Todos os diretores e as pessoas que participaram 6

desse processo devem se lembrar disso. A Unicamp possui 24 unidades de ensino e pesquisa, 7

21 delas seguiram estritamente as cotas atribuídas, fizeram concursos de livre-docente 8

exatamente no número de cotas que estava estabelecido. Três unidades resolveram fazer 9

diferente e não obedecer ao sistema de cotas. Para resolver esse problema, a CVD criou uma 10

resolução esdrúxula que definia como tratar esses casos, resolução essa absolutamente 11

antiestatutária. E tratou dizendo que esses concursos ela não homologaria, como se fosse dela 12

a atribuição de não homologar. Uma comissão meramente assessora deliberou como tratar 13

esses casos e, obviamente, não resolveu e foi empurrando até quando a atual gestão assumiu a 14

Reitoria em maio de 2017. Encontraram o problema feito e tentaram contemporizar, 15

contornando e vendo como se resolvia, e acabou se resolvendo. Não é possível tratar um 16

assunto estritamente vinculado à carreira docente com esse nível de informalidade, de dar um 17

jeito e fazendo em uma comissão assessora resoluções de como tratar um problema 18

estatutário. Esse problema vem de 2016, está se agravando e os diretores estão preocupados. 19

Depois que assumiu a CVD, teve de enfrentar esse problema com muita dificuldade do ponto 20

de vista da legislação vigente. Felizmente, conseguiram resolver sem confrontos jurídicos, até 21

pela compreensão dos diretores envolvidos que ajudaram muito na mediação, mas o problema 22

está posto novamente. Há um orçamento definido pelo Conselho Universitário, todas as 23

unidades fizeram planos de aplicação, algumas vão abrir concurso de livre-docência ou já 24

abriram, não é possível fixar o número desses concursos, mas o orçamento é fixo. Então, 25

precisam de uma solução. O Consu, hoje, precisa discutir e orientar quanto à solução. Não 26

estão criminalizando ninguém, não estão discutindo se o professor tem direito ou não, mas 27

dizendo que a instituição tem um problema que vem se arrastando desde 2016. Quem 28

participa dos fóruns, das congregações nas unidades, das discussões na CVD, na Cepe, no 29

Consu, sabe que o problema não é novo. Retirar de pauta ou não é uma discussão que o 30

Conselho precisa fazer. Para sugerir emendas, modificar, pedir mais tempo para discutir, está 31

tudo em aberto, mas argumentar que há interesses escusos para tratar o assunto é 32

absolutamente inconveniente e não adequado. O Conselheiro MARCELO WEISHAUPT 33

PRONI diz que considera muito importante essa discussão, porque sempre que tratam de 34

alteração do Regimento Geral criam uma série de resistências e, pessoalmente, acha que o 35

princípio que está colocado nessa alteração é válido e é favorável a essa mudança. O 36

problema é que, conversando com outros docentes, notaram que houve uma grande 37

insegurança em relação à maneira de operacionalizar o processo. Por exemplo, até hoje há 38

concurso de livre-docência e, a partir de agora, é necessário ter um processo de promoção por 39

mérito e isso retardaria muito a progressão na carreira. Também entende que a Universidade 40

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tem um problema imediato, como foi colocado, e que deve ser resolvido. Poderia ser melhor 1

discutida aqui a questão da transição. Talvez fosse mais interessante que isso passasse a valer 2

a partir de 2020, ou seja, que houvesse alguma regra de transição que fosse melhor para 3

aqueles colegas que já estão com o processo baseado na regra anterior. Mas o que queria 4

dizer, é que esse princípio que considera correto deveria ser aplicado também à passagem de 5

nível MS-5 para MS-6. É representante da categoria MS-5, e também acha que esse é um 6

problema na Universidade. Não é um problema do Instituto de Economia, mas, em várias 7

unidades há colegas que não conseguem prestar o concurso para professor titular porque a 8

cota já se esgotou, e não é uma questão de dinheiro. Se consideram que essa alteração que está 9

sendo colocada para votação faz sentido, precisam estender essa discussão também para a 10

transição de MS-5 para MS-6. Quando foi feito esse Regimento, fazia sentido na época. A 11

Universidade mudou, entende que precisam mudar junto, e é favorável à mudança. Mas o que 12

está sendo discutido aqui não deveria se restringir à categoria, a essa questão do concurso de 13

livre-docente. O Consu poderia formar uma comissão para elaborar uma proposta de mudança 14

do Regimento Geral que envolva uma discussão mais ampla e que inclua esse ponto. 15

Poderiam ter vários colegas alcançando a titulação de professor titular sem que isso 16

implicasse ser MS-6. O MAGNÍFICO REITOR diz que isso não é possível, porque MS-6 é 17

um cargo. O Conselheiro MARCELO WEISHAUPT PRONI diz que sabe disso. O 18

MAGNÍFICO REITOR diz que essa é a diferença fundamental. No momento em que se faz 19

um concurso para MS-6 tem de haver um cargo disponível. O Conselheiro MARCELO 20

WEISHAUPT PRONI diz que conhece a regra, mas está propondo que mudem isso. O 21

MAGNÍFICO REITOR diz que essa é a lei de cargos, e isso não pode. O Conselheiro 22

MARCELO WEISHAUPT PRONI diz saber que é uma lei de cargos, mas deveriam 23

encaminhar uma mudança. Não está falando que vai ser mudado em uma semana. Está 24

falando que, enquanto Universidade, deveriam pressionar por uma mudança. Cada 25

universidade tem uma regra diferente. Por exemplo, a Unicamp tem uma regra de 26

incorporação de gratificação, a Unesp tem outra diferente. Tem um colega que é professor da 27

Unesp, lá não tem acúmulo, depois que a pessoa sai do cargo, não é proporcional ao tempo 28

que fica. O MAGNÍFICO REITOR diz que é impossível. Isso é lei estadual. O Conselheiro 29

MARCELO WEISHAUPT PRONI diz que sempre disseram que é uma lei estadual, 30

argumentou com seu colega, mas este colocou que é professor da Unesp, foi coordenador de 31

graduação durante quatro anos e, agora, a gratificação não foi incorporada em seu salário. 32

Pelo menos foi o depoimento dele. O MAGNÍFICO REITOR diz que ou ele entra na Justiça 33

ou ele recebeu por outra fonte, pode acontecer, mas não vai entrar no detalhe dos outros. O 34

Conselheiro MARCELO WEISHAUPT PRONI está dizendo que ficou surpreso ao saber que 35

a Unesp tem regras diferentes em relação a questões básicas. Professor titular se dá através de 36

concurso de cargo, entende isso, mas acha que não deveria ser assim, deveriam tentar mudar 37

isso. O que está dizendo é que essa alteração que está ao alcance de se fazer aqui é o mesmo 38

princípio que deveria valer para o outro, que houvesse a possibilidade de ter o título e separar 39

a questão da promoção por mérito, que foi aprimorada de forma mais recente. Trata-se de uma 40

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decisão complexa, entende que precisa ser tomada uma decisão, mas sugere que seja montada 1

uma comissão pelo Consu para encaminhar isso, até para dizer o que pode e o que não pode. 2

O MAGNÍFICO REITOR diz que estão com a discussão da retirada de pauta. Solicita que as 3

pessoas sejam mais objetivas. Há uma pauta longa, se forem retirar de pauta, irão discutir em 4

outra oportunidade. O Conselheiro RENATO FALCÃO DANTAS ressalta que a Faculdade 5

de Tecnologia é completamente favorável à norma, porque estão vivendo esse problema e 6

solicitaram as providências que a Reitoria traz no dia de hoje. Mas sua dúvida é a seguinte, só 7

para confirmar, gostaria de entender. Pergunta se a pessoa que faz livre-docência antes de 8

entrar na Unicamp ou até mesmo fazendo livre-docência e não sendo promovido para MS-5, 9

poderá passar para titular sem passar pelo nível MS-5. O MAGNÍFICO REITOR responde 10

que sim, isso está na norma, desde que cumpra o interstício. A doutora FERNANDA 11

LAVRAS COSTALLAT SILVADO diz que na proposta estão sendo alterados também os 12

Estatutos quanto ao requisito para o concurso de professor titular, então, seriam mesmo os 13

cinco anos no nível de professor associado. O MAGNÍFICO REITOR diz que é isso, no nível 14

de professor associado. Vai mudar de livre-docente para nível de professor associado. E foi 15

justamente disso que a professora Claudia reclamou aqui, que teriam de consertar para o caso 16

interno. O Conselheiro ERICH VINICIUS DE PAULA diz que irá falar da questão da retirada 17

de pauta, mas destaca que o problema real que já tem mencionado aqui do grande número de 18

docentes que entraram e que têm condição de progressão, gerou esse problema secundário, 19

que é real, que é uma busca por métodos alternativos que embora compreensível ela cria um 20

bypass sobre os mecanismos institucionais e, como representante da totalidade dos docentes 21

de nível MS-3, entende que deve ser favorável à necessidade de solucionar e que evitem esses 22

mecanismos que tiram da instituição a capacidade de gerir os próprios recursos porque, 23

eventualmente, isso pode atingir a todos. Hoje atinge um, amanhã pode atingir outro. Nesse 24

sentido, entende que essa discussão é importante, que é importante uma solução e que ficar do 25

jeito que está, agora, certamente é o pior cenário. Acha que a proposta tem como objetivo 26

solucionar essa questão, que já disse que é importante, mas, por outro lado, cria em muitos um 27

sentimento de que o que estava sendo visto como transitório, ainda que isso possa ser 28

discutido, adquire um caráter permanente de forma inesperada. Essa é uma percepção 29

importante. Muitos docentes de nível MS-3 entendiam essa limitação e a chegada da proposta, 30

ainda que não com essa intenção, causou esse impacto. Isso justifica, em parte, seu 31

encaminhamento pela retirada de pauta também. Acha que, no entanto, a proposta que a 32

professora Claudia colocou, tirando do Regimento a vinculação a recursos e levando para 33

resolução, abre espaço para que passem a ter de novo essa percepção de transitoriedade. 34

Adianta que parece uma proposta interessante para ser explorada na discussão que acha que 35

tem de ser ampliada. Apesar da qualidade desse ajuste proposto pela professora Claudia que 36

acha que resolve a questão central que é tirar do Regimento essa questão definitiva, ainda que 37

possa durar por muito tempo, estão falando de uma questão quase simbólica de percepção, 38

mas que é importante para a dedicação das pessoas, essa é uma questão que toca na maneira 39

da ascensão das pessoas na carreira e retirar de pauta vai abrir mais tempo ou para a refinar 40

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essa proposta, ou até para discutir, que acha que não podem deixar de discutir a questão de 1

fundo mais importante, que é o custo acadêmico versus o custo financeiro. Acha que isso 2

também é uma questão importante que precisa ser refletida e colocada. Encaminha pela 3

retirada, fazendo essa ressalva de que acha que essa discussão é importante, acha que ela vem 4

sendo amadurecida dentro das pessoas, mas, de fato, ela precisa chegar com mais cuidado 5

para diminuir a desinformação da comunidade. Coloca aqui a proposta que talvez para mitigar 6

o impacto de ficar sem uma regra durante esse processo, se não seria interessante que – e aí 7

não sabe dizer exatamente a partir de que ponto – alguns processos que estejam em 8

andamento e que envolvam essa possibilidade de bypass institucional não tenham de aguardar 9

uma nova proposta para continuarem. Preocupa-se bastante com a possibilidade de que os já 10

escassos recursos que estarão disponíveis para a progressão no ano que vem, que é de 11

interesse de toda comunidade MS-3, sejam diminuídos, principalmente se isso evoluir para 12

uma questão de judicialização, o que seria o pior dos mundos. O Conselheiro PAULO 13

SÉRGIO FRACALANZA diz ser favorável a que discutam hoje e tomem uma decisão a 14

respeito deste caso. No caso do Instituto de Economia, não tiveram nenhum tipo de problema, 15

como outras unidades tiveram, de pessoas que pleitearam o nível de livre-docência, mas teme 16

que isso possa vir a acontecer em algum momento, e fica muito preocupado com essa 17

possibilidade. Compartilha a preocupação de se essa medida é temporária ou permanente, mas 18

imaginando que ela será transitória, mesmo no caráter de transitoriedade, há um componente 19

dessa possibilidade de bypass à instituição que o preocupa enormemente. Possuem um perfil 20

acadêmico para o acesso à livre-docência e é um perfil que consideram no IE bastante plural, 21

que abriga um conjunto enorme de características, ensino na graduação, ensino na pós-22

graduação, orientações de mestrado ou de doutorado, de iniciação científica e assim por 23

diante, e fica imaginando como fica essa questão se o candidato pode pleitear a livre-docência 24

em outra unidade. Gostaria de saber como isso vai ser avaliado. Parece, salvo melhor juízo, 25

que se tiverem depois um concurso por mérito que chancele, na verdade, e que dê o horizonte 26

para decisão daqueles candidatos que poderão efetivamente ter o nível de associado, poderia 27

ser contemplado em uma revisão desse perfil. Não sabe se está entendendo corretamente. 28

Acredita que há um fator preocupante e por isso acha que deveriam conversar, teme que essa 29

discussão tome um pouco de tempo, mas acha importante, porque a questão é muito nova. 30

Não esteve presente na reunião com o professor Marcelo, quem esteve foi o professor André 31

Biancarelli, diretor associado, e ele perguntou se poderiam continuar a fazer tudo que fazem 32

hoje no IE, já que não possuem problemas e, aparentemente, não terão, os concursos de livre-33

docência sempre foram decididos pela congregação. Abertura de vagas e áreas de concurso 34

são bastante específicas, então não encontrarão concursos gerais onde os candidatos poderiam 35

se estabelecer, não é esse o padrão da Unicamp, não é o padrão do Instituto de Economia, lá 36

há exigências que em outras unidades não sabe se tem, outras universidades talvez não 37

tenham, zelam por certo modelo e perfil. Então, acredita que precisem discutir, e talvez a 38

desinformação neste momento tenha de ser suprida ao longo dessa discussão. O Conselheiro 39

CLÁUDIO JOSÉ SERVATO diz que o professor Marcelo Proni comentou sobre a questão do 40

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professor amigo da Unesp, os quatro anos que ele deve ter citado, no caso, devem ser com 1

relação à lei antiga, porque pela lei antiga se ficava cinco anos e havia 100% de incorporação. 2

Depois veio a nova lei, quando começou a incorporar 10% ao ano. O Conselheiro ANTONIO 3

JOSÉ DE ALMEIDA MEIRELLES diz que ontem houve uma congregação na FEA e esse 4

tópico foi discutido no Expediente. O assunto é algo que preocupa os diretores, mas não 5

acredita que essa seja uma discussão que tenha envolvido o conjunto dos docentes, então, as 6

pessoas que estavam na congregação da FEA, em particular os MS-3, solicitaram que 7

votassem pela retirada de pauta desse tópico. Essas pessoas estão querendo participar mais 8

ativamente da discussão, entender direito o significado dessa mudança. Em particular, o que o 9

preocupa, e vai discordar um pouco do professor Paulo, é que estão deliberando algo que é 10

estatutário e, portanto, supostamente, deveria ser algo mais permanente da história da 11

Universidade por uma questão conjuntural que é a financeira. Isso, em si, não está errado, mas 12

deveria merecer um pouco mais de discussão, porque o que irão deliberar é algo que vai afetar 13

de forma mais permanente o futuro da Universidade. Precisam verificar se essa é realmente a 14

opção que desejam, porque é uma mudança de regimento e de estatuto e não motivada pela 15

questão financeira. Às vezes, olham com muita intensidade o problema imediato e se 16

esquecem de ver outros que podem ser causados pela mudança que se deseja fazer. Então, 17

acredita que se tivessem um pouco mais de paciência nessa discussão e envolvessem mais a 18

comunidade, poderiam encontrar uma solução mais adequada. A questão, inclusive, não é 19

exatamente o conteúdo, entretanto, o conjunto dos docentes não participou dessa discussão. 20

Talvez esse seja o foco do problema. O MAGNÍFICO REITOR diz que há só um detalhe, 21

essa discussão realmente surgiu por causa da questão financeira, mas ela traz junto também 22

uma questão de fundo que o próprio professor Paulo levantou, da qualificação dos docentes, 23

da autonomia de cada unidade de decidir o perfil daqueles que deseja promover. Há outras 24

questões que aparecem, mas, mais do que nada, claro que também tem a motivação e a 25

preocupação financeira. E ela é permanente e acredita que vai continuar sendo permanente 26

hoje e sempre, porque esse tema faz parte do dia a dia da Universidade. O Conselheiro JOÃO 27

MARCOS TRAVASSOS ROMANO diz que também irá defender a retirada de pauta, na 28

linha do que o professor Antonio Meirelles acaba de colocar. Na verdade, concorda com a fala 29

do professor Gustavo, embora também reconheça e dê razão à reação tanto do professor 30

Marcelo, quanto da professora Teresa. Prefere ser preciso nos termos e não utilizar os que 31

façam algum tipo de julgamento de valor, então, não quer falar de criminalizar, nem de 32

interesses espúrios, nada disso. Acha que todos aqui estão tentando encontrar uma solução. 33

Por outro lado, para ser preciso nos termos, o professor Marcelo colocou que é uma proposta 34

oriunda dos diretores, talvez o artigo definido leve a pensar em unanimidade, e não há 35

unanimidade entre os diretores, mesmo que tenha sido proposto pela maioria deles. Nem pode 36

dizer ainda que é contrário à proposta. Hoje, às 10h é contrário, porque não se sente 37

totalmente consciente de todas as consequências e pensou muito pouco sobre o assunto, até 38

porque não pôde, por razões pessoais estar na quarta-feira aqui, mas, mesmo que estivesse, 39

acha que o tempo seria muito pouco. Conviveu acha que quase dois anos, talvez menos um 40

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pouco na CVD com a professora Teresa, quando partilharam esses problemas que aparecem 1

desde os tempos das famosas cotas. Essa mudança nos Estatutos vem, a seu ver, com dois 2

alvos muito claros. Um, obviamente, os docentes que procurem fazer livre-docência em outra 3

instituição, USP e Unesp, onde ainda existe isso, e outro também que não é bem uma 4

desobediência, mas irá comentar, quando, na verdade, só há verba reservada para um 5

concurso de livre-docência e dois ou três ou meia-dúzia se inscrevem nesse concurso. Não é 6

propriamente uma desobediência da unidade, porque ela não pode fazer nada. Pelo menos na 7

Feec, para abrir um concurso de livre-docência, o departamento precisa mostrar que existe ao 8

menos um docente com perfil que já satisfaz o perfil de MS-5, portanto, o mérito precede a 9

inscrição, ninguém pode se inscrever em um concurso de livre-docência se não satisfaz o 10

perfil. Então, se houvesse um acordo de cavalheiros, esse concurso seria para determinada 11

pessoa. O que não pode é que outros que venham até a cumprir o perfil posteriormente se 12

inscrevam. Então, há um problema que acha que é de solução difícil e via Estatutos é, 13

realmente, uma medida definitiva, porque os Estatutos não devem ficar mudando a cada seis 14

meses, por isso mesmo acha que merecia um pouco mais de ideias, na linha do que o 15

professor Erich colocou, ou talvez montar uma comissão. O problema existe, e não conhece 16

ainda a solução e não tem ideia do que uma mudança, agora, poderia gerar. Por isso se 17

manifesta pela retirada de pauta e também porque, em sendo uma medida estatutária, 18

precisam de dois terços de votos. Acha que está difícil obter dois terços aqui, do jeito como a 19

discussão prossegue. A congregação da Feec de ontem não deliberou sobre isso, mas deu para 20

sentir muita perplexidade, por isso sentiu que seria necessário retirar de pauta. Foi um pouco o 21

recado. Um tema que tem de ser aprovado por dois terços dos membros do Consu implica 22

certo consenso na comunidade. O Conselheiro RODOLFO JARDIM DE AZEVEDO diz que 23

é contrário à retirada de pauta. No IC, haviam feito desde o ano passado levantamento de 24

demandas e encontraram um problema que acredita fortemente que essa sequência de três 25

normas consiga resolver. Existe uma parte perene e uma parte conjuntural no momento de 26

hoje. A parte perene que a discussão trouxe é que possuem um perfil, que já está discutido na 27

Unicamp há um bom tempo, definido pelas unidades, que têm uma boa autonomia para 28

atualizá-los de tempos em tempos, e o que acontece é que pelas regras estatutárias atuais 29

existe uma complicação, uma brecha em que é possível fazer um concurso, ser aprovado, ter o 30

título de livre-docente sem cumprir o perfil, simplesmente porque existem concursos de livre-31

docente com perfis diferentes – melhores, piores, maiores, mais rígidos, menos rígidos, de 32

acordo com cada um dos seus locais. No caso, por exemplo, do Instituto de Computação, há 33

um programa de doutorado, e é exigida uma orientação de doutorado para livre-docente, mas 34

se a pessoa fizer esse concurso em outro local que não tem um programa de doutorado ele não 35

vai exigir e não vai cumprir o perfil do IC, mas vai ter o título. Então, a questão que acredita 36

que seja perene aqui é que passem a demandar ou solicitar que exista o perfil, então o perfil é 37

algo perene. A parte de verba está em um momento crítico. Sempre é necessário ter verba, por 38

vários momentos a Universidade tinha verba suficiente e não discutia isso, mas nitidamente 39

sabem que alguém que passou para MS-5.1 teve um aumento na sua remuneração, logo teve 40

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verba envolvida, então a verba era mais transparente ou menos transparente. Justamente por 1

isso, apoia a proposta da professora Claudia de que por isonomia transfiram a parte de verba, 2

como já fazem para os outros níveis, em uma resolução do Consu, e mantenham nos Estatutos 3

da Unicamp a parte do perfil, que considera essencial. Hoje há no Instituto de Computação o 4

caso de um docente que fez concurso no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação 5

– ICMC-USP, em São Carlos, o perfil dele está aprovado, o recurso também, mas ainda assim 6

é uma brecha, e o trâmite na Unicamp é um pouco mais complicado. Esse docente está 7

inscrito no concurso de livre-docente e, provavelmente, vai fazer o segundo, ele até brinca que 8

está inscrito em um da Unesp, então ele pode vir a fazer três concursos de livre-docente, e não 9

possuem um caminho legal para resolver isso. Seu argumento principal é que deveriam, no 10

item referente aos Estatutos, definir a necessidade do perfil, pois já têm trabalhado há muitos 11

anos com a demanda de perfil para livre-docente, e também conseguem hoje deixar a questão 12

financeira na parte das normas do Consu, que também está em votação lá. Por isso é favorável 13

a que o item seja votado hoje. O Conselheiro FLÁVIO RIBEIRO DE OLIVEIRA diz que a 14

situação é séria e possuem aqui uma proposta de solução. Considera fundamental que 15

encontrem meios de fechar o atalho existente no acesso ao cargo de professor associado, e é 16

importante que encontrem uma solução. O seu desconforto é porque tem a impressão de que a 17

solução encontrada joga fora a criança junto com a água do banho. Para bloquear um atalho 18

que é usado excepcionalmente por uns poucos docentes, estão criando, no plano estatutário, 19

uma situação que vai dificultar a progressão na carreira de todos aqueles docentes corretos 20

que não buscam o atalho. E os Estatutos não podem ser mudados a todo momento. Em vez de 21

fazer um processo para se tornarem professores associados, eles vão ter de fazer dois 22

processos. Então, não sabe se não poderiam encontrar um mecanismo que não punisse aquele 23

professor MS-3.2 da Unicamp que faz o seu concurso de livre-docência regularmente aqui na 24

Universidade, atendendo aos critérios acadêmicos da sua unidade, como o professor Paulo 25

mencionou. Acha muito importante que resolvam o problema, e lhe parece temerário ir para 26

uma votação agora, que precisa de dois terços dos votos, pois tem a impressão de que correm 27

o risco de não ver aprovada a proposta. Então, seria interessante a retirada de pauta para 28

discutirem um pouco mais e aprovar de forma consensual, na próxima reunião do Consu. Tem 29

receio de perder essa oportunidade. A Conselheira MARISA MASUMI BEPPU diz que 30

várias pessoas colocaram a percepção de que a questão de limite financeiro é conjuntural. 31

Sente talvez frustrar as expectativas aqui, e talvez a própria Instituição esteja passando por um 32

momento de negação ainda, ou por um processo de aceitação, mas mesmo nas situações 33

anteriores, as promoções que eram feitas de forma “automática” custavam à Universidade, e 34

custam saindo de um montante total de orçamento da Universidade, concorrendo por recursos 35

com outras rubricas de gastos da Universidade. Se ela deve ser mantida automática ou não é 36

outra questão, mas acha que dizer que o aspecto de restrição é conjuntural é não querer 37

enxergar a realidade de como funciona o orçamento da Universidade. Podem ter essa situação 38

mais evidenciada agora que trabalham em um sistema mais transparente, em que decidem o 39

que será feito e qual o tamanho do déficit que a Universidade vai abraçar. Acha que isso tudo 40

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pode ser colocado de maneira clara aqui, mas discorda da afirmação feita de que seja 1

conjuntural que estudem o impacto das promoções. Então, respeita se a Universidade quer 2

manter, entre todos os demais, um mecanismo automático de geração de despesas, mas dizer 3

que essa tratativa não é permanente, é conjuntural, é realmente negar a realidade de como 4

funcionam os mecanismos orçamentários. O segundo ponto que destaca é que muitos dos 5

conselheiros que defendem a retirada de pauta o fazem imaginando que isso faria com que 6

não acontecesse nada nesse meio do caminho. Não fazer nada agora também tem impacto, e 7

gostaria que todos refletissem sobre esse impacto e também ajudassem a pensar o que pode 8

ser feito nesse meio tempo, se todos desejam um tempo a mais para pensar. Regimentalmente, 9

hoje é a CIDD que possui a função de dar equivalência aos títulos de livre-docente obtidos em 10

outras instituições. Na última reunião da CIDD, disse que achava estranho que uma câmara 11

acadêmica como aquela tivesse a prerrogativa de se sobrepor a COP, Consu, CVD, CVND e 12

estabelecer que determinado professor tenha a equivalência de livre-docente, de fora para 13

dentro da Universidade. A proposta é desatrelar o livre-docente do MS-5, estabelecendo que 14

um dos requisitos para ser nível MS-5.1 é ter a livre-docência, mas não é condição suficiente. 15

O que houver em relação a recursos etc., concorda que pode ser colocado não como cláusula 16

pétrea de Estatutos, mas volta à sua primeira colocação de que não devem negar e fingir que 17

isso não afeta nada, era automático. Era automático porque a Universidade vivia anos de 18

superávit. Então, o impacto de não fazer é que há na CIDD vários processos, e pergunta ao 19

Consu o que fazer com esses casos. Se os Estatutos continuam com essa letra, a CIDD vai 20

fazer o seu trabalho de olhar apenas a questão do mérito, como sempre faz, e não vê outra 21

saída, uma vez que a peça orçamentária é aprovada por COP, CAD e Consu, que esse recurso 22

que dessa maneira chegue para utilização na unidade seja retirado do montante destinado ao 23

Programa de Qualificação do Quadro Docente. Então, tudo bem se alguns querem pensar um 24

pouco mais, mas existem impactos em prologarem demais esse tempo. É uma situação em que 25

terão impacto se aprovarem e também se não aprovarem ou se postergarem. Coloca esses 26

aspectos de realidade para deixar claro que não existe situação confortável nesse caso. 27

Solidária à questão de todas as congregações que aprovaram seus planos de aplicação, que 28

discutiram muito o assunto, votará pela permanência na pauta porque precisam encarar esse 29

assunto. Se as pessoas querem esticar um pouco mais, pede que pensem o que fazer nesse 30

ínterim, visto que é presidente de uma câmara que está com esses assuntos à mesa e precisa de 31

uma definição. O MAGNÍFICO REITOR diz que hoje os Estatutos e o Regimento da 32

Universidade estabelecem claramente que alguém que tem a livre-docência automaticamente 33

se torna MS-5.1. E o que tem sido feito é segurando equivocadamente, por isso tiveram a 34

pressa de colocar este assunto na pauta. Concorda que talvez tenha faltado um pouco de 35

discussão com os próprios interessados para tentar dirimir dúvidas, mas tem certeza de que 36

em 95% dos casos se trata de falta de conhecimento do processo como ele é hoje, que também 37

precisa de recursos. Mas foi detectada uma brecha importante, que envolve questão 38

financeira, mas também uma questão fundamental que é a acadêmica, porque se deixarem 39

essa brecha crescer, que é o que está acontecendo, as unidades vão perder autonomia de tomar 40

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decisões de política de contratação, de política de promoção. Isso é algo que os preocupa e 1

que deve ser resolvido. Concorda com o professor Flávio e com o acadêmico João Luis, que 2

lembraram que precisam de dois terços de votos e sabem que essa situação é suficientemente 3

importante para não deixar morrer aqui nesse caminho. Então, sua sugestão, caso haja a 4

retirada de pauta dos itens 1, 2 e 3, seria criar um GT para estudar esse assunto e trazer para o 5

próximo Consu. Perguntou agora à doutora Fernanda se seria possível suspender a redação 6

dos artigos 97 dos Estatutos e 164 do Regimento Geral, até tomarem essa decisão. Se não, 7

haverá casos que terão de aprovar. A Conselheira RACHEL MENEGUELLO pergunta se a 8

suspensão não requererá dois terços. O MAGNÍFICO REITOR responde que sim; é um risco 9

que correm se não aprovarem a suspensão. A Conselheira RACHEL MENEGUELLO 10

pergunta se votarem a retirada, terão uma nova votação, que é essa de suspensão. O 11

MAGNÍFICO REITOR responde que sim. O Conselheiro FRANCISCO DE ASSIS 12

MAGALHÃES GOMES NETO diz que uma possibilidade também que não foi aventada, 13

para aquelas pessoas que solicitaram a retirada de pauta, é aprovar os itens 1 e 2 e retirar de 14

pauta o item 3, que são as normas para o processo de promoção por mérito. Algumas pessoas 15

argumentaram que têm dúvidas sobre as normas para a promoção por mérito. Poderiam, 16

eventualmente, aprovar a alteração dos Estatutos e do Regimento, sem aprovar, 17

concomitantemente, as regras, porque essas regras só passarão a valer, segundo o texto que 18

está aqui, depois da concessão de novas verbas para isso, porque, segundo o item 3 que está 19

em votação, aquele dinheiro concedido pela Deliberação CAD recente continua seguindo as 20

regras antigas. O MAGNÍFICO REITOR diz que o problema é que, pelas manifestações que 21

ouviram aqui, há representantes que não se sentem confortáveis em votar sem a sua base, há 22

diretores em cujas unidades foi discutido o assunto na congregação, e seu temor é que isso 23

não seja aprovado e percam a chance. Devem primeiro votar a retirada de pauta. O 24

Conselheiro MARCELO WEISHAUPT PRONI pergunta se em caso de suspensão, os 25

concursos que estão em andamento não ficam prejudicados, se a suspensão não implica os 26

editais que já foram aprovados. O MAGNÍFICO REITOR responde que implica até o 27

próximo Consu, mas acha difícil alguém fazer um concurso agora e isso acontecer durante 28

esse período. Consultou a doutora Ângela e ela lhe disse que não é preciso dois terços pois 29

não se trata de alteração, só de suspensão temporária. Está propondo uma solução agora, então 30

pode haver falhas. O Conselheiro SÉRGIO LUIZ MONTEIRO SALLES FILHO diz que não 31

está seguro sobre o que significa essa suspensão. Houve agora a pergunta sobre os concursos 32

em andamento, e informa que há seis no IG; pergunta se isso significa que precisa interrompê-33

los. Eles vão acontecer agora, antes do próximo Consu. O MAGNÍFICO REITOR responde 34

que eles podem prosseguir tranquilamente, sem nenhum problema. O Conselheiro SÉRGIO 35

LUIZ MONTEIRO SALLES FILHO pergunta qual a consequência disso. O MAGNÍFICO 36

REITOR responde que a consequência é que se todo processo acontecer, e a pessoa tiver de 37

ser homologada, não será até o próximo Consu. A Conselheira TERESA DIB ZAMBON 38

ATVARS diz que quando não entendem do processo, começam a fazer especulações. 39

Pensando em uma situação normal, em que a unidade recebeu um recurso, fez um plano de 40

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aplicação que previa um ou dois concursos de livre-docência com uma ou duas pessoas 1

prestando, não há nada de diferente do que sempre fizeram. Essa norma diz: faz o concurso, 2

tem o recurso, homologa, concede o título, promove. Nada de diferente. Existe uma segunda 3

situação: a unidade recebeu o recurso, fez um plano de aplicação, que não previa concursos 4

externos, e agora recebe uma demanda que vem de fora para dentro, que não está prevista no 5

plano de aplicação dela. De acordo com a norma vigente, ela vai ter de tirar pessoas do plano 6

de aplicação dela e colocar os concursos externos que vieram, porque isso é automático. 7

Reconheceu o título, está promovido. Esse é um dos problemas. O outro tipo de processo que 8

podem ter é: a unidade recebeu o recurso, fez o plano de aplicação, analisou os professores 9

que tinha e imaginou que dois iriam prestar o concurso de livre-docente, mas apareceram 10

cinco. Eles vão prestar o concurso, vão ser aprovados, e serão automaticamente promovidos 11

em detrimento dos outros que não serão promovidos porque o recurso é insuficiente. É essa a 12

realidade do que está acontecendo. Então, não é uma questão de se vai ou não restringir. 13

Quem vier com livre-docência passa à frente. O professor Sérgio perguntou sobre os 14

concursos de livre-docente que estão em andamento. Eles continuarão em andamento. E se 15

estava no plano de aplicação que haveria cinco concursos de livre-docente para cinco pessoas, 16

prestarão o concurso, serão aprovados, serão automaticamente promovidos, na norma vigente. 17

Na outra norma, o que vai acontecer é que terão de passar por uma outra etapa, que é 18

referendar aquilo que aconteceu. Acha que às vezes falta um pouco de clareza sobre qual é o 19

processo que existe, quais são os problemas dele decorrentes e o que está mudando nele. O 20

que está mudando no processo é muito pouco. Então, a proposta aqui não joga a criança junto 21

com a água do banho, ao contrário. Ela garante que todas aquelas pessoas que estavam 22

previstas no plano de aplicação das unidades serão respeitadas sem que aconteçam eventos 23

externos que interfiram nesse processo previsto. Aqueles que vierem com título de fora ou 24

com título de dentro para os quais não havia previsão de recurso aguardarão o momento em 25

que haverá previsão de recursos. Para aqueles que tinham o fluxo normal, como o professor 26

Paulo Fracalanza colocou, na unidade não interfere em nada. Isso porque já existe uma 27

dinâmica própria de elencar, de priorizar, de fazer a mediação interna. Seria contrária à 28

retirada de pauta, mas o risco de a proposta não ter os dois terços dos votos para ser aprovada 29

leva a que vote pela retirada de pauta, apesar de considerar a proposta muito boa. Talvez com 30

a proposta da professora Claudia ela se aprimore, mas o risco de ter uma proposta de reforma 31

estatutária derrotada por razões múltiplas a leva a ser favorável à retirada de pauta com a 32

criação do grupo de trabalho, e como o professor Marcelo colocou, com a suspensão 33

temporária dos dois artigos dos Estatutos e do Regimento para que não criem conflitos ou 34

dificuldades maiores do que aquelas que já possuem. O MAGNÍFICO REITOR esclarece que 35

o artigo 97 estabelece que: “O nível de professor associado 1 será atingido pelo professor 36

doutor que através de concurso de títulos e provas obtiver o título de livre-docente”. A 37

sugestão é suspender temporariamente isso. O artigo 164 do Regimento Geral diz o mesmo. 38

Não tem problema, os concursos devem ser feitos e devem continuar, porém para que o 39

resultado do concurso seja homologado, vai ter de acabar a suspensão desses dois artigos, que 40

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deve ocorrer no próximo Consu. Não vê outra saída, a não ser que deixem como está, mas já 1

adianta que se deixarem como está haverá alguns casos que passarão na frente. O Conselheiro 2

SÉRGIO LUIZ MONTEIRO SALLES FILHO diz que está de acordo com a deliberação, 3

votaria a favor dela, porque acha que é preciso separar as coisas pelas razões que foram aqui 4

expostas. Sua questão é outra: essa suspensão agora implicará a não homologação dos 5

concursos que estão em andamento. Foram incluídas as disposições transitórias estabelecendo 6

que aquilo que está em andamento continua. Suspender significa que por exemplo no IG, 7

onde os concursos estão caminhando corretamente, com uma pessoa para cada vaga, com a 8

verba alocada, os concursos que estão acontecendo agora não serão homologados antes de o 9

Consu voltar a discutir isso. Não lhe parece ser esse o melhor caminho. O MAGNÍFICO 10

REITOR pergunta se há alguma sugestão. Diz que o problema é concreto. Como já disse no 11

início da reunião, não havia intenção da Mesa de pautar esse assunto. É um problema 12

complexo e acreditam que conseguirão encontrar uma solução razoável, porém sentem pelas 13

manifestações aqui feitas que é preciso mais discussão e talvez uma redação melhor. Não 14

consegue ver outra saída. O concurso está acontecendo agora, em um trâmite normal, depois 15

terá de ser aprovado pela congregação, depois pela CAD etc. Normalmente, leva de dois a três 16

meses, não é algo imediato e automático, então não vê que haja um grande prejuízo dos 17

docentes, desde que se comprometam a pautar isso, caso a retirada de pauta seja aprovada. Se 18

houver algum prejuízo, acha que ele deve ser de 10 ou 15 dias, mas conhecendo a Unicamp 19

sabem que é impossível que um processo, mesmo um concurso que está acontecendo hoje, 20

seja homologado em dois meses, então não vai haver grande prejuízo. O Conselheiro JOÃO 21

MARCOS TRAVASSOS ROMANO diz que considera a proposta do professor Marcelo a 22

mais fácil de pactuar, entre os interesses aqui. O próximo Consu é em novembro, e não acha 23

que vá haver um êxodo, nesses dois meses, para USP e Unesp, nem sabe se há tanta livre-24

docência aberta lá. Por outro lado, também não vê que ou no IG ou em outra unidade dê 25

tempo também. Se pactuam essa proposta do senhor Reitor, em novembro substituem. O 26

MAGNÍFICO REITOR diz que talvez não tenha ficado claro o que a professora Teresa falou: 27

alguns tinham percebido a existência de uma brecha, e agora ela está escancarada, a partir 28

deste Consu. Quem não tinha notado, notou agora. Mesmo nas unidades, internamente, onde 29

os diretores esperam às vezes um candidato, dois candidatos, não é de estranhar que apareçam 30

mais, porque, na regra atual, ao ser aprovado é promovido. Então, é essa a questão. Por isso a 31

preocupação, hoje, tem uma questão de timing por causa disso. A Conselheira RACHEL 32

MENEGUELLO diz que a proposta do senhor Reitor, de fato, como o professor João Romano 33

colocou, é a que melhor consegue dar conta dessa discussão: sai da pauta com essa proposta 34

de suspensão. Acha que a preocupação do professor Sérgio não deve ser em razão do tempo, 35

já que o próximo Consu é em novembro e nada corre tanto assim nesse tempo. Pergunta se a 36

preocupação é esta ou é pelo fato de que uma vez a suspensão terminada e, eventualmente, 37

uma nova proposta estatutária aprovada, haverá dúvida se esses concursos responderão à nova 38

proposta ou se se manterão na vigência da antiga norma. Isso tem de ficar claro. Esse 39

processo suspenso não elimina responder à norma anterior, quando chegar o momento da 40

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homologação. Então, se ocorrer, é um atraso de uma semana, quinze dias, na vida de uma 1

pessoa que fez concurso. O MAGNÍFICO REITOR observa que nas disposições transitórias 2

da minuta fica registrado que seguirão as regras então vigentes. O Conselheiro SÉRGIO LUIZ 3

MONTEIRO SALLES FILHO esclarece que a preocupação é em razão de ser uma mudança 4

de regra, é a incerteza sobre o que vai ser decidido. Houve uma previsão orçamentária no ano 5

passado para distribuição de recursos para isso, o Instituto de Geociências cumpriu à risca, fez 6

a distribuição dos recursos, previu promoções e concurso, isso tudo já está em andamento e as 7

promoções já aconteceram. Há seis concursos de livre-docência no IG, e sua preocupação é 8

com a incerteza no meio do caminho em que isso vai ficar suspenso. Sua dúvida é qual a 9

proporção, qual o risco que estão correndo. Pergunta quantas pessoas há hoje que fizeram 10

livre-docência fora pedindo, o quanto isso é relevante e o quanto isso vai impactar. É claro 11

que se isso for mantido no próximo Consu, com as disposições transitórias que estão 12

colocadas, não há problema, mas a dúvida é se será mantido. O MAGNÍFICO REITOR diz 13

que caso seja submetido à votação e não façam outra coisa, a incerteza é a mesma. O 14

professor Sérgio trouxe aquela preocupação na reunião e imediatamente foram colocadas as 15

disposições transitórias para contemplar isso. Não vê tanta preocupação e não acredita que o 16

Conselho Universitário tenha qualquer impedimento com relação a isso. É preciso deixar as 17

pessoas que estão fazendo o concurso tranquilas. É claro que depende do Consu, porém há 18

casos que já chegaram, mas não sabem os casos que estão na fila, e essa incerteza será maior 19

se não aprovarem isso, porque pode haver pessoas do IG que estão fazendo, hoje, um 20

concurso fora e semana que vem virão pedir a vaga ali, no lugar desses que estão fazendo, e 21

essa incerteza é maior do que outra qualquer. A Conselheira TERESA DIB ZAMBON 22

ATVARS diz que várias falas mencionaram a intranquilidade e a insegurança das pessoas em 23

relação ao que for proposto aqui; citaram ainda que não foi discutido, que ninguém sabia do 24

assunto. Entretanto, admitem que digam a um grupo de professores de uma unidade que está 25

fazendo tudo dentro das normas que vão parar tudo e o Consu de novembro vai decidir. Não 26

entende que não possa haver intranquilidade para alguns, mas que gerar intranquilidade para 27

outros seja algo natural. A sugestão de bom senso de retirar de pauta visa evitar que a 28

proposta seja derrotada, como várias das falas aqui colocadas já indicaram. É importante ter 29

uma melhor normatização do que a existente, mas acha que o Consu tem de garantir, hoje, que 30

aqueles processos que transcorreram absolutamente dentro das normas vigentes tenham a 31

garantia da sua continuidade, caso contrário votará contrariamente à retirada de pauta. Acha 32

que essa é a tranquilidade que este Consu, tão preocupado com vários professores que estão 33

inseguros, com tantas congregações que se reuniram para discutir o assunto e recomendar a 34

retirada de pauta, tem de oferecer em relação àqueles concursos que ocorreram dentro das 35

normas, que seguem dentro dos orçamentos que foram aprovados dentro do Plano de 36

Aplicação. A Conselheira FÁTIMA REGINA RODRIGUES ÉVORA defende a manutenção 37

na pauta, pois desde o início da discussão sobre a retirada ou não de pauta, muitos pontos já 38

ficaram esclarecidos. No começo, as pessoas estavam mais inseguras porque achavam que 39

isso atrapalharia e tiraria algum direito. Agora está muito claro. Acha que se mantiverem na 40

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pauta e discutirem, conseguem decidir sobre isso de maneira bastante tranquila. Considera 1

excelente essa ideia de desvincular uma questão acadêmica, que é um concurso de livre-2

docência, de uma questão financeira, que é de progressão na carreira – são duas coisas 3

diferentes. Defende que seja mantido para evitar situações-limite como a que foi levantada 4

pelo professor do IG. A Conselheira MARINA SANGOI DE OLIVEIRA ILHA diz que a 5

professora Teresa se referiu à manutenção dos processos em andamento, mas observa que as 6

disposições transitórias que foram apresentadas não mencionam processo em andamento. 7

Acha que precisariam deixar isso claro. Elas dispõem sobre o recurso 2018. Como há alguns 8

processos que estão ainda começando o trâmite na unidade, precisa ficar claro, porque eles 9

são do recurso de 2018 mas ainda não estão em andamento. Existem casos assim na FEC, 10

então acha que isso precisaria ser esclarecido para que pudessem também definir. O 11

Conselheiro MARCELO WEISHAUPT PRONI diz que concorda com a professora Teresa. 12

Poderiam suspender a norma e criar uma resolução transitória. O MAGNÍFICO REITOR diz 13

que tentará encaminhar da melhor maneira possível. A prioridade é a votação da retirada de 14

pauta e depois decidem o resto. A retirada de pauta vem acompanhada da criação de um GT, 15

para o qual sugerirá alguns nomes. Não havendo mais observações, submete à votação a 16

retirada de pauta dos itens 1, 2 e 3 da pauta suplementar, que é aprovada com 34 votos 17

favoráveis, 17 contrários e 07 abstenções. Os nomes que sugere para o GT são os seguintes: 18

professores Erich de Paula, Marcelo Proni, Claudia Bauzer, Alvaro D’Antona, Renato Dantas 19

e Petrilson Silva. Pergunta se todos estão de acordo, recebendo a anuência do Plenário. O GT 20

terá a incumbência de burilar essa ideia e trazê-la mais discutida para os representantes, para 21

os diretores, para as unidades, antes do próximo Consu. Conversou novamente com a doutora 22

Ângela, e os Estatutos preveem que emendas a eles e ao Regimento precisam ter a aprovação 23

de dois terços. Neste caso, não se trata de uma emenda, mas de uma suspensão, que aqui é 24

algo novo. Acha que para garantia e para melhor qualificação, submeterá à votação por dois 25

terços para aprovação. A ideia também é incorporar a sugestão da professora Teresa, aqui 26

colocada por provocação dos diretores, de garantia de que o Consu, de alguma maneira, dê a 27

segurança para as pessoas que estão prestando concurso, para os diretores que estão 28

realizando os concursos de acordo com as normas, de que eles terão continuidade e serão 29

homologados. Pode incluir nessa suspensão esse entendimento. Não havendo mais 30

observações, submete à votação a suspensão temporária, até o próximo Consu, do artigo 97 31

dos Estatutos e do artigo 164 do Regimento Geral, com a garantia de que os processos já 32

aprovados por este Conselho Universitário, referentes a 2018, terão continuidade, sendo 33

aprovada com 56 votos favoráveis, 01 voto contrário e 07 abstenções. A Conselheira 34

RACHEL MENEGUELLO diz que conversou agora com a doutora Fernanda porque tem uma 35

preocupação legal no sentido de que se os Estatutos não mencionam nada sobre suspensão, 36

alguém no meio do concurso poderia eventualmente reclamar na Justiça. Mas a doutora 37

Fernanda esclareceu que seria uma medida acauteladora, e que podem fazer isso. O 38

MAGNÍFICO REITOR diz que agora que a votação já ocorreu, pode expressar sua 39

preocupação. A brecha justamente os deixa muito frágeis do ponto de vista jurídico, então a 40

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todo momento isso vai poder acontecer. A Conselheira CLAUDIA MARIA BAUZER 1

MEDEIROS pergunta como será escolhido o coordenador do GT. Esclarece que estará 2

viajando uma parte desse período, mas ficará disponível on-line 100% do tempo. O 3

MAGNÍFICO REITOR diz que sua sugestão é que o coordenador seja o professor Erich. 4

Esclarece que a escolha dos membros para o GT, além da representação, também se baseou 5

no fato de que unidades mais jovens possuem muitos docentes nível MS-3, e por isso essa 6

questão aparece com toda força; nas unidades maiores, também há um grande número de 7

pessoas nessa situação. Passa à discussão do item 1 da Ordem do Dia – Proc. nº 01-P-8

20911/2017 –, que trata da Segunda Revisão do Orçamento 2018, com Demonstrativo 9

Receita/Despesa. A Conselheira MARISA MASUMI BEPPU diz que explicará a forma como 10

foi pautada a Segunda Revisão Orçamentária. Forneceu uma explicação parecida na CAD e 11

acha que o Consu merece um pouco mais de esclarecimentos porque será apreciado um item a 12

mais dentro da Segunda Revisão de 2018. Esta trouxe em um molde muito parecido a 13

discussão dos itens que serão apreciados pelo Consu, frente ao déficit projetado para 2018, de 14

R$242 milhões, já colocados os reajustes de 2018 e do auxílio-alimentação. O senhor Thiago 15

pode fazer uma explanação breve sobre os itens, mas informa que decidiram na COP trazer ao 16

Consu dois itens que consideram que são de sua competência: item 2 – Procs. nºs 01-P-17

16211/1998, 01-P-25086/2011, 01-P-21170/2013 e 01-P-6051/2011 –, que trata de proposta 18

de Deliberação Consu que dispõe sobre a atribuição dos Prêmios de Reconhecimento 19

Acadêmico “Zeferino Vaz”, de Reconhecimento Docente pela Dedicação ao Ensino de 20

Graduação, de Reconhecimento Acadêmico para Pesquisadores da Carreira de Pesquisador 21

e do Prêmio aos Profissionais da Carreira Paepe, no ano de 2018. Assim como no ano 22

passado, foi apreciada a questão de atribuir ou não o valor pecuniário aos prêmios 23

institucionais, mas eles são regidos por deliberação Consu, portanto somente este Conselho 24

teria a prerrogativa de decidir se outorga ou não o valor específico desses prêmios. Também 25

foi colocado para o Conselho Universitário apreciar o item 3 – Proc. nº 01-P-20911/2017 –, 26

que trata do acréscimo de recursos para as carreiras (docentes, funcionários e pesquisadores). 27

Essa foi uma tratativa de pauta interna de negociação à época do dissídio, junto às entidades 28

representativas para que o “excedente” de arrecadação, que seria a diferença do que seria a 29

arrecadação real com o projetado à época das revisões da própria Aeplan e da COP, fosse 30

então destinado às carreiras. Como se trata de um aumento de despesas permanentes, ele vem 31

para apreciação no Consu. Outro assunto é o item 4 da Ordem do Dia Suplementar – Proc. nº 32

01-P-20911/2017 –, que trata de suplementação de recursos para atender despesas com 33

módulo plantão do Caism no período de outubro a dezembro de 2018, que teve uma 34

tramitação, pelo menos para ela, inédita na Universidade. A COP apreciou o assunto e em um 35

primeiro momento decidiu que o assunto não evoluiria até as discussões da CAD e do Consu. 36

No entanto, na CAD houve uma solicitação do Caism pedindo para que houvesse a 37

apreciação. Como não havia nenhum dos documentos apresentados à COP no momento da 38

solicitação, o professor Marcelo remeteu de volta à COP, que aconteceu no dia 20 passado, 39

que já era uma COP agendada para revisão das taxas praticadas pela Universidade. Pela 40

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situação inusitada, entendiam que o que deveria ter sido apresentado seria um recurso à COP, 1

e após ouvir toda a argumentação do professor Sarian, a Comissão achou melhor fazer um 2

parecer de encaminhamento que trouxesse esse item também para ser apreciado nessa 3

Segunda Revisão Orçamentária. O que está colocado no item 1 não contém nenhum dos 4

demais assuntos, portanto seria decisão do Consu essa ampliação de gastos ou não. Se o 5

professor Marcelo permitir, passará a palavra ao senhor Thiago para que ele faça uma breve 6

explanação, como ele fez na CAD, sobre os números da Segunda Revisão. O senhor THIAGO 7

BALDINI DA SILVA diz que falará um pouco sobre as diferenças entre a Primeira e a 8

Segunda Revisão, o que notaram que provocou a alteração do déficit. Na Primeira Revisão, o 9

déficit projetado era de R$239,2 milhões, e para a Segunda Revisão ele está sendo levemente 10

ampliado para R$242,657 milhões. Fizeram uma alteração da projeção da receita de 11

arrecadação de ICMS para 2018. Seguindo a nova previsão da Secretaria da Fazenda, a 12

Aeplan elaborou a Segunda Revisão alterando a arrecadação que estava prevista na Lei 13

Orçamentária Anual de R$99,623 bilhões para o número previsto pela Secretaria da Fazenda, 14

em junho de 2018, de R$100,270 bilhões, fato que gera para a Universidade um acréscimo na 15

sua quota-parte de aproximadamente R$14 milhões. Esses R$14 milhões vão aumentar a 16

receita deste ano, cuja tendência é de diminuição do déficit. Do lado das despesas, em 17

contrapartida, a diferença que acabou gerando o déficit um pouco maior foi o aumento da 18

folha de pessoal, gerado principalmente pelo reajuste de 1,5% dos salários e pelo aumento do 19

auxílio-alimentação. Da Primeira para a Segunda Revisão, o acréscimo da folha de pessoal foi 20

de aproximadamente R$26 milhões, que utilizaram não somente aqueles R$14 milhões que 21

aumentaram na receita, como também acabaram sendo financiados por uma diminuição geral 22

das outras despesas, uma leve diminuição em alguns casos, até uma manutenção das despesas 23

que estavam previstas nos outros grupos de despesas. Vale a pena ressaltar nessa diminuição 24

de despesas – e ficaram até um pouco surpresos com isso na elaboração da Segunda Revisão – 25

que na previsão do item de Despesas Contratuais o valor está ligeiramente menor do que na 26

Primeira Revisão. Vale lembrar que é um item que de uma revisão para outra sempre tende a 27

aumentar por causa dos reajustes contratuais previstos que acontecem no período. Esse valor 28

ter ficado abaixo demonstra que não somente a Universidade está fazendo um melhor gasto 29

dos seus contratos, como alguns contratos entraram em valores reduzidos para a Segunda 30

Revisão. Nas despesas de restaurante, notaram uma leve redução no valor gasto com gêneros 31

alimentícios, o que está projetando um gasto menor para 2018 do que haviam imaginado na 32

Primeira Revisão. Vale lembrar que nas Despesas com Projetos Especiais a Universidade 33

precisou fazer um aporte de R$415 mil para o pagamento de auxílio-funeral, já que não 34

existia uma rubrica específica e acabavam utilizando recursos de outras alíneas para o 35

pagamento, que é previsto por lei estadual. Para a proposta orçamentária de 2019, planejam 36

demonstrar com mais transparência todos esses itens. Ainda esperam uma recuperação mais 37

estruturada das receitas. Para isso, precisam talvez de alguns indicadores um pouco mais 38

consistentes e sustentáveis desse crescimento econômico, uma vez que esses indicadores, no 39

momento, estão fortemente abalados pela crise econômica e pelas incertezas políticas sobre o 40

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ano de 2019. O Conselheiro CLÁUDIO JOSÉ SERVATO gostaria de saber se o auxílio 1

funeral é um benefício concedido por lei somente para funcionários Esunicamp, e se 2

funcionários celetistas têm direito. O senhor THIAGO BALDINI DA SILVA diz que o 3

auxílio funeral é concedido por lei estadual que a Unicamp cumpre e já está dentro de seu 4

Regimento, ele é pago para quem permanece na folha, então, seria para os ativos e 5

aposentados Esunicamp. O Conselheiro GUSTAVO TENÓRIO CUNHA solicita a palavra ao 6

professor Wagner. O Professor WAGNER ROMÃO deseja se manifestar a respeito do 7

subitem C da revisão orçamentária. O MAGNÍFICO REITOR diz que irão votar os outros 8

itens primeiro. O Professor WAGNER ROMÃO diz ter achado que estava incluído, mas não 9

tem problema. O Conselheiro DIEGO MACHADO DE ASSIS diz que irá manifestar uma 10

posição que já manifestou na reunião da COP que discutiu a Segunda Revisão Orçamentária, 11

que diz respeito às negociações salariais deste ano, ao processo de data-base. Não tem aqui, 12

mas na ocasião da reunião da comissão, havia resgatado todos os comunicados Cruesp 13

durante o período de negociação salarial, quando foi oferecido o reajuste de 1,5%, e todos eles 14

ressaltavam que o Cruesp reconhecia aquele índice como insuficiente e que as tratativas de 15

novas negociações, ou a rediscussão desse valor, ou a reposição das perdas ocorreriam assim 16

que a situação financeira da Universidade se normalizasse ou melhorasse, ou que enxergasse 17

algum cenário no horizonte de melhora econômica. Apesar de parecer simplesmente técnica, 18

na verdade essa é uma discussão política, fazer previsão se está melhorando, se não está, 19

quando seria bom o suficiente para voltar à discussão. Objetivamente, o que apresentaram na 20

segunda revisão foi uma melhora da previsão de arrecadação. Para além de qualquer previsão 21

ou de recomendação, existe uma previsão inicial de cerca de R$97 bilhões que, agora, passou 22

para R$100 bilhões aproximadamente. Tendo isso em vista, e que, principalmente para 23

servidores técnico-administrativos, a discussão da questão do reajuste salarial é mais que 24

urgente, porque cada dia que passa com essas perdas é uma dificuldade a mais nas famílias, 25

no dia a dia, e considerando que o próprio Cruesp reconhece a necessidade de uma discussão 26

ou de um reajuste, ou de uma proposta de reajuste que seja mais digna para seus servidores 27

como um todo, acha que poderiam tirar deste Conselho uma recomendação que seja retomado 28

o processo de negociação entre o Fórum das Seis e o Cruesp para a discussão do reajuste 29

salarial no segundo semestre, inclusive retomando acordos antigos firmados pelo Cruesp; 30

devem aproveitar esse ensejo e conclamar que ele reveja o índice de reajuste proposto para a 31

data-base de 2018. O MAGNÍFICO REITOR diz que podem propor isso no Expediente. 32

Gosta de ver o otimismo, mas estão aumentando o déficit de R$239 milhões para R$242 33

milhões. Não é muito, mas é um esforço imenso que tem sido feito, e todos aqui podem 34

concordar que apesar de ter ocorrido um leve aumento do ICMS, do crescimento da 35

economia, de terem começado a trabalhar com um crescimento do PIB de 3% para propor este 36

orçamento, o último dado que viu é que talvez chegue a 1,5%. Então, outros fatores também 37

têm implicação que são, em primeiro lugar, a situação política absolutamente assustadora que 38

há pela frente, e a situação das outras universidades públicas do Estado de São Paulo que 39

participam do Cruesp. A Unesp anunciou que novamente não tem recursos para pagar o 40

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décimo terceiro, e ao contrário do ano passado em que ela não tinha nem orçamentário, mas 1

tinha financeiro, este ano ela não tem nem orçamentário, nem financeiro. Então, a situação 2

não é tão simples e não é tão boa como eventualmente pode parecer. Agradece a sugestão, 3

mas aqui irão votar o orçamento da Unicamp, essa sugestão de eventual encaminhamento para 4

o Cruesp será deixada para o Expediente. Votarão a segunda revisão para analisare os itens 2 5

e 3 e, depois, o item suplementar. O Conselheiro MARCO ANTONIO GARCIA DE 6

CARVALHO diz que gostaria de saber do senhor Thiago se é possível precisar, talvez em 7

ordem de grandeza, a economia que foi feita com as medidas tomadas no intuito de reduzir 8

despesas referentes, por exemplo, às decisões tomadas com relação à redução de GRs, à 9

mudança nos valores pagos ao restaurante, ou seja, ao conjunto de medidas tomadas no último 10

ano. Em um passado não tão longínquo lembra, por exemplo, que as receitas próprias eram da 11

ordem de uma folha de pagamento e, agora, elas se reduziram bastante, na ordem de R$66 12

milhões, sendo que há quatro, cinco anos, ela era de R$200 milhões; assusta muito essa 13

queda. Tem uma questão mais formal no documento que foi apresentado com relação à receita 14

própria ainda, um item no início das folhas 4: receita própria - R$2,86 milhões. Só para 15

manter uma transparência com relação aos outros itens, por exemplo, o item anterior tem um 16

(+) R$14 milhões, no item posterior tem um (-) X milhões, acha que aqui precisava ter 17

também um “+” só para dizer que é acréscimo, porque em sua primeira leitura entendeu que a 18

receita própria era apenas de R$2,86 milhões, o que seria irrisório frente ao orçamento total da 19

Unicamp. Gostaria também de um esclarecimento sobre esse item na sequência, dos royalties. 20

Está entendendo que R$36 milhões irão desaparecer do orçamento final da Unicamp; o que 21

foi efetivamente incluído no orçamento até junho foram R$16 milhões, mas solicita uma 22

explicação mais detalhada. Apesar dessa melhoria do cenário, estão longe de um panorama 23

que possam considerar confortável, porque não dá para pensar que com R$242 milhões de 24

déficit se encontrem em uma situação minimamente razoável, para usar uma palavra mais 25

tranquila, em termos financeiros. Outro esclarecimento que pediria à professora Marisa, é 26

sobre as discussões que começaram no ano passado, de priorização de obras e daquela lista, e 27

estão aqui no documento algumas dessas obras que já foram concluídas, efetivadas e, naquela 28

discussão de maio do ano passado existia uma previsão de que, caso fosse gasto isso, teriam 29

um panorama saudável que permitiria à Unicamp pagar décimo terceiro, ou seja, cumprir seus 30

compromissos em 2018 e, ainda, em 2019. Pergunta se isso permanece, e como está sendo 31

visualizado o próximo ano. O Conselheiro DIEGO MACHADO DE ASSIS diz que 32

recentemente foi aprovado pelos ministros do Supremo um reajuste salarial que, se aprovado 33

pelo Congresso, vai impactar em todo o cálculo do teto do funcionalismo, pós-aprovação da 34

PEC 5, que estabeleceu que este ano, durante os próximos 12 meses, o percentual do teto seria 35

70% do teto do salário do desembargador, e que seria mais ou menos equivalente ao teto 36

atual. Caso seja confirmado esse aumento do Supremo, a medida causará impactos imediatos, 37

porque 70% vão deixar de ser equivalentes ao teto atual. O professor Marcelo, na época da 38

aprovação da PEC 5, disse que não tinha muita preocupação com essa aprovação porque os 39

impactos não seriam a curto prazo, mas podem ser. Tendo isso em vista, pergunta se já houve 40

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alguma manifestação por parte da Reitoria, pública ou direcionada ao Congresso, ou ao 1

próprio presidente Temer, externando essa preocupação de que parece que a Unicamp não 2

teria caixa para pagar esse aumento, caso ele aconteça. O Conselheiro LUCAS MARQUES 3

DE ALMEIDA diz que gostaria de um esclarecimento a respeito da parte de despesas do 4

relatório, o ponto F, que fala do Grupo VI, Programas de Apoio. O relatório aponta uma 5

redução de 2,18%, equivalente a R$1,650 milhão, pela movimentação de recursos entre os 6

programas, e no Grupo VII, Manutenção de Atividades Existentes, parte do aumento da 7

despesa indica transferência de recursos do Grupo VI para este. Gostaria de saber se houve 8

diminuição de gasto com programas de bolsa diretamente e como isso as afetaria. O senhor 9

THIAGO BALDINI DA SILVA diz que irá responder aos poucos. Voltando ao que o 10

professor Marco colocou, diz que às folhas 12 está apresentado um demonstrativo de receitas 11

e despesas, e na primeira parte está demonstrada parte das receitas do Tesouro do Estado e 12

embaixo entram as receitas próprias da Universidade. As receitas próprias foram previstas 13

inicialmente em R$66,158 milhões, e as aplicações financeiras relativas aos juros da 14

Universidade eram R$36,258 milhões. Nessa alínea entram todos os juros que vêm da reserva 15

estratégica da Universidade, todo o saldo que no passado foi acima de R$1 milhão, hoje 16

baixado para R$582 mil, ou seja, essa alínea se reduziu em praticamente 50%. Então, os 17

rendimentos financeiros realmente estão muito menores. Nas linhas de baixo, outras receitas 18

aumentaram com o passar dos últimos anos. É um pouco a diferença entre a proposta 19

orçamentária, que entrou com R$29,900 milhões, e na segunda revisão foi alterada para 20

R$33,533 milhões, refletindo diretamente uma das medidas que foram tomadas pelo Consu no 21

final de 2017, porque grande parte desse aumento de aproximadamente R$3,5 milhões, vem 22

das receitas dos restaurantes universitários. Então, as medidas tomadas em relação ao 23

aumento desse valor estão sendo refletidas nessa alínea da revisão. No primeiro trimestre 24

notaram um crescimento de demanda do restaurante universitário, mas no segundo voltou a se 25

estabilizar. É difícil denominar qual foi a vantagem financeira de cada uma das medidas de 26

contenção. Uma das medidas foi formar um grupo de trabalho para redução dos contratos, 27

mas não conseguem perceber claramente olhando de uma forma geral, sem ser contrato por 28

contrato. Para muitos contratos a inflação do período foi de 3,6%, entretanto, o grupo de 29

trabalho conseguiu negociar para não ser repassado esse percentual todo, teve reajustes de 1,5, 30

2%, alguns outros contratos em que o reajuste deveria acontecer em março ficaram em 31

negociação, ou seja, ganharam mais prazo. Em relação a despesas de utilidade pública, água e 32

energia elétrica, apesar de em alguns locais ter havido aumento de consumo, o restante da 33

Universidade está trabalhando de forma mais econômica, porque, apesar dos reajustes 34

contratuais, as despesas não estão crescendo na mesma medida. Está havendo uma contenção 35

de gastos bastante forte. Sobre a alínea dos royalties, voltando um pouco para a LDO, pelos 36

royalties estarem entrando pela primeira vez, a Universidade não sabia exatamente como seria 37

o recebimento desses royalties. Então, se tomou como procedimento incluir os R$36 milhões, 38

que era uma previsão inicial passada pela Secretaria do Planejamento para a Universidade. 39

Com as tratativas no início do ano, com todo o mapeamento de um roteiro desses royalties, a 40

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Secretaria da Fazenda junto com a SPPrev, decidiram que não ia entrar uma receita nova na 1

Universidade no fator de royalties. A Universidade paga sua insuficiência financeira para 2

pagamento dos inativos para a SPPrev. Então, em vez de entrar uma receita da Universidade 3

para pagar as despesas de pessoal da insuficiência, a própria SPPrev está fazendo o desconto 4

desses valores nos recursos de insuficiência. Na segunda revisão é possível verificar, mas na 5

primeira revisão fica mais claro esse movimento, em que reduziram os R$36 milhões, uma 6

vez que eles não entram como receita, foram lançados na sua projeção dentro das despesas de 7

pessoal da Universidade. Na primeira revisão, percebe-se claramente que muito do que 8

diminui os valores gastos com folha de pessoal é com relação a essa compensação que está 9

sendo feita. Mantêm a alínea com (-) R$36 milhões somente para informar que, em vista da 10

proposta orçamentária, o valor não está entrando. A Conselheira RACHEL MENEGUELLO 11

pergunta se esses R$36 milhões estão sendo abatidos das despesas da SPPrev da 12

Universidade. O senhor THIAGO BALDINI DA SILVA responde que sim, elas não entram 13

na alínea de receita porque já está descontando das despesas de pessoal. A folha de pessoal, 14

sendo mais claro, na proposta orçamentária estava com um valor de R$2,089 bilhões, além 15

das reduções normais, esse valor caiu para R$2,041 milhões na primeira revisão, sendo que 16

esses R$36 milhões saíram da receita e estão entrando na despesa fazendo a compensação. A 17

Conselheira RACHEL MENEGUELLO diz que está entrando para a Universidade. O senhor 18

THIAGO BALDINI DA SILVA diz que ela está recebendo, só não estão lançando na receita 19

porque não está havendo recebimento de uma receita para pagar uma despesa, está havendo 20

uma diminuição de despesa na origem. Falando um pouco do panorama geral, também 21

acreditam em dificuldades no futuro. Entendem que muito das complicações dessa crise 22

econômica, apesar da volta de um crescimento, se acontecer o crescimento econômico em 23

2019, imaginando um bom ano, com aumento das receitas do Tesouro do Estado, ainda 24

preveem alguma dificuldade por causa do tamanho do déficit nominal, que hoje, as despesas 25

estão 14% acima das receitas. Então, não é um leve crescimento de receitas do Tesouro que 26

vão facilitar muito. Falando um pouco do que foi comentado das despesas com gratificações, 27

como sempre informam, é um dado um pouco complicado de se extrair porque dependendo da 28

forma como se busca esse dado, haverá um resultado um pouco diferente. O que pode 29

garantir, usando o dado da própria revisão orçamentária, que se tomar como base outubro de 30

2017, que foi o último mês de pagamento antes do valor de reduções de GRs, o que foi pago 31

em junho de gratificações de representação desconsiderando os valores, fazendo os cálculos, 32

apesar dos valores incorporados, a Universidade está fazendo uma folha com GR de R$980 33

mil, praticamente menor do que pagam em outubro, que são os 30%. O MAGNÍFICO 34

REITOR diz que há uma pergunta relativa à questão das bolsas dos estudantes. O senhor 35

THIAGO BALDINI DA SILVA diz que os programas de apoio contêm todas as bolsas, todo 36

auxílio aos estudantes, e esses valores estão intactos, não existe redução nenhuma para outros 37

grupos. Qualquer recurso de uma bolsa que por algum motivo não tenha adesão ou não esteja 38

sendo gasta em sua totalidade pode ser transferido dentro do mesmo grupo de despesa para 39

outra bolsa. Houve alguma transição, acha que de uma bolsa de auxílio social para auxílio 40

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moradia, mas é importante frisar que os recursos de bolsas estão sendo gastos somente como 1

bolsas. Dentro desses programas de apoio existe um programa principalmente, é um programa 2

de qualificação orçamentária, que é um recurso que as unidades recebem, baseado em sua 3

produção dos anos anteriores, sendo que ela pode utilizá-lo livremente. A Conselheira 4

MARISA MASUMI BEPPU, respondendo ao professor Marco sobre a questão do panorama 5

e das perspectivas, diz que estava resgatando sua primeira apresentação que está no site da 6

PRDU, de maio do ano passado. A questão das obras, de agora em diante, conforme aprovado 7

pela Copei, vai ser gerida pela Depi. Então, a lista de projetos e a priorização feita pela PRDU 8

foram passadas para a Depi fazer as tratativas de priorização. Obras têm sido, segundo 9

levantamentos do dia a dia, o que tem segurado o avanço de despesas do ponto de vista de 10

proporcionalidade. Quase 100% da folha é gasto com pessoal e cerca de 15% é custeio, sabem 11

que o que impede a questão do avanço do déficit são as ações de planejamento de contenção 12

com relação a pessoal. Mesmo assim, analisaram a execução do que foi feito de janeiro a 13

junho deste ano e compararam com janeiro a junho do ano passado, e mantiveram, na 14

verdade, não avançaram em folha, o que já é um grande feito dentro da Universidade em 15

relação ao crescimento que ela vinha imprimindo em um ritmo muito acelerado. As outras 16

despesas decresceram em 12% no mesmo período dos seis primeiros meses, sendo que 22% 17

foram em relação a gastos com obras. Isso não é de graça, ocorreu conforme planejamento 18

feito com os diretores, alguns locais estão esperando a tratativa de execução, e não têm 19

perdido de vista aqueles casos que aparecem como estritamente emergenciais e que precisam 20

fazer. Colocaram a parte de obras na época como sendo cerca de R$30 milhões e toda vez que 21

uma obra dessas é realizada é colocada na parte de projetos especiais e começa a figurar para 22

aparecer o controle para o Conselho Universitário. As outras despesas configuram em 23

segundo lugar como 11% a menos, que é basicamente na parte de gastos contratuais, na 24

execução. Se imprimissem uma tática de tentar abater esse déficit, ou seja, ter um pouco 25

menos de R$240 milhões no fechamento do ano, significaria que avançariam menos nas 26

reservas. A conta que se faz sobre o conforto em relação à longevidade do saldo que existe na 27

Universidade depende desse balanço de déficit versus saldo, que para 2019 depende muito das 28

tratativas no meio do caminho. Respeita uma agenda específica que foi negociada no 29

momento da data-base, e se colocarem que qualquer diferença que haja de arrecadação em 30

relação ao previsto será consumido, estarão dizendo que vão manter o déficit e ampliar. Terão 31

de baixar alguma outra coisa que já estava prevista para poder arcar com isso. Não sabe o 32

quão calibrado está 2019, mas depende muito dos números que aqui estão. Do que foi 33

exercitado ao longo deste ano, houve bastante contenção tentando garantir um pouco mais da 34

longevidade, pelo menos até que haja esperança de que a economia imprima um ritmo mais 35

constante de receitas. O Conselheiro CLÁUDIO JOSÉ SERVATO diz que gostaria de saber 36

se é possível fazer o pagamento do décimo terceiro salário no mês de outubro. E, se não for 37

possível, deseja saber qual a data prevista para o pagamento da primeira parcela em 38

novembro. Parabeniza a Aeplan e toda equipe pelo trabalho realizado. O senhor Thiago 39

mencionou um valor de R$980 mil ao mês com gratificações, solicita que repita, porque 40

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acabou se perdendo na hora. O senhor THIAGO BALDINI DA SILVA diz que não pode 1

precisar se os R$980 mil foram ao mês, mesmo porque se pensarem um pouco nas 2

gratificações de representação, quando passou o corte dos 30%, um dos motivos da Reitoria, 3

além da redução de despesa, foi para não travar as gratificações. Então, hoje, a CIDF funciona 4

normalmente e está aprovando mensalmente novas gratificações que dão algum acréscimo ou 5

não de folha. O valor citado, na verdade, é uma relação entre a última gratificação paga, 6

relativa a outubro, em relação ao que foi pago em junho de 2018. Então, houve uma redução 7

total de R$980 mil. Nesse mesmo período, até junho, só a CIDF aprovou um acréscimo 8

mensal de R$70 mil de gratificações. O MAGNÍFICO REITOR diz que foram designações. O 9

senhor THIAGO BALDINI DA SILVA diz que foi isso, designações. Então, não há como 10

comprovar que a cada mês foram R$980 mil, pode ter havido meses em que tenha sido 11

menos, e pode haver meses em que foi mais, por causa das novas designações que 12

aconteceram em seguida. O Conselheiro JOÃO LUIS SARAIVA MORAES ABREU 13

parabeniza o senhor Thiago e a equipe da Aeplan. É membro da COP e foi solicitado que nas 14

tabelas que se encontram às folhas 14, 15 e 16, que tratam da análise comparativa da 15

arrecadação do ICMS, nos dados referentes à análise comparativa do ano de 2018 sobre o ano 16

de 2017, intitulados na letra K, quando entrasse a parte de previsão, o que não havia certeza 17

que fosse previsto, fosse sinalizado. Não percebeu a sinalização, mas faz a solicitação, que já 18

tinha sido encaminhada na COP, para que seja cumprida. É interessante perceber como para 19

fechar a ideia de uma despesa superior aos recursos do Tesouro do Estado em 14,10%, onde é 20

utilizado o deflator IGP-DI/FGV, há uma previsão muito negativa sobre o que virá nos 21

próximos meses, até o fim do ano, em relação ao que foi o valor arrecadado até então. Não 22

acha que isso dê base para comemorar, é só para ter ciência de que esse déficit inclui uma 23

perspectiva de meses muito piores até o fim do ano, do que são os meses até então realizados. 24

O senhor THIAGO BALDINI DA SILVA diz que, sobre os dados previstos, podem 25

providenciar e quando for distribuir no site marcam de outra cor, como foi solicitado. Foi uma 26

falha, quando fez as alterações na COP, esqueceu de alterar. Não possuem os parâmetros 27

exatos que a Secretaria da Fazenda utilizou na previsão de R$100,270 bilhões. Talvez a 28

Aeplan entenda um pouco diferente. Para o mês de setembro estão previstos R$8,559 bilhões 29

de arrecadação no Estado, e a Secretaria da Fazenda está trabalhando com R$8,4 bilhões; 30

talvez ela tenha um olhar mais negativo. O MAGNÍFICO REITOR se manifestará com 31

relação à questão do Diego. Está claro aqui, e os dados estão transparentes, em nenhum 32

momento foi dito que não existem recursos, tanto é que todos sabem que há cerca de R$580 33

milhões na conta corrente. Estão minimizando os gastos e tentando maximizar os recursos 34

recebidos para chegar a um equilíbrio financeiro que a Universidade ainda não possui. O 35

professor Marco pediu uma estimativa do que têm conseguido fazer. Desde o momento em 36

que esta gestão assumiu, até hoje, conseguiram o que considera quase um verdadeiro milagre, 37

que é manter a folha de pagamentos em R$170 milhões em média, e é um milagre porque a 38

folha cresce mês a mês espontaneamente. A cada mês há pessoas que incorporam 39

gratificações, há novas designações, quinquênios, sextas-partes, pessoas que se aposentam; 40

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contrataram centenas de pessoas e mantiveram todas as pessoas que são Esunicamp ainda na 1

folha. Mantiveram por um ano e meio a folha de pagamentos em R$170 milhões. Fazendo 2

uma estimativa grosseira, a folha aumenta 1,5% sozinha por ano. Dois por cento de economia 3

na folha significa algo em torno de R$3 milhões por mês e, portanto, algo em torno de R$35 a 4

R$40 milhões por ano. Isso não aconteceu de graça. Todos sabem, percebem e notam o 5

desgaste político que isso representa, porque todas as demandas que chegam são no sentido 6

contrário. Não é fácil segurar essas despesas. Em todas as áreas. Fizeram um esforço imenso 7

que também não aparece, fica diluído na renovação e renegociação de contratos. A média é da 8

ordem de 10% de economia em cada contrato, eles são grandes, importantes, e isso representa 9

algo considerável. Volta a insistir que em abril de 2017 as despesas totais eram de 117% do 10

recebido via ICMS, hoje elas são de aproximadamente 103%. Acredita que estejam na direção 11

certa. É muito difícil, existem demandas importantes, mas precisam trabalhar com essa 12

situação, sabendo a importância de manter o equilíbrio financeiro-orçamentário e também 13

reconhecendo as dificuldades das coirmãs do Cruesp. Em particular, a questão do teto é uma 14

discussão importante e que, de fato, novamente, vem de fora para dentro. A eventual 15

aprovação desse reajuste terá um impacto financeiro na folha, porque há diversas pessoas com 16

o salário cortado por causa do teto, um salário que foi conquistado, é parte da carreira. Terá 17

um impacto, mas é justamente para este e para outros impactos e para uma possibilidade 18

imediata de poder realmente construir a carreira nova, de poder fazer promoções, de conseguir 19

dar um aumento mais expressivo no ano que vem que têm feito esse trabalho muito cuidadoso 20

de contenção de despesas e que é o que estão discutindo hoje. O Conselheiro DIEGO 21

MACHADO DE ASSIS pergunta se a Unicamp está em algum processo de mediação junto 22

aos deputados, junto à sociedade contra esse aumento do teto, para que não seja aprovado. O 23

MAGNÍFICO REITOR responde que não. Em seguida, submete à votação a Segunda Revisão 24

Orçamentária, que é aprovada com 60 votos favoráveis e 02 abstenções. Passa ao item 2 – 25

Procs. nºs 01-P-16211/1998, 01-P-25086/2011, 01-P-21170/2013 e 01-P-6051/2011 –, que 26

trata de proposta de Deliberação Consu que dispõe sobre a atribuição dos Prêmios de 27

Reconhecimento Acadêmico “Zeferino Vaz”, de Reconhecimento Docente pela Dedicação ao 28

Ensino de Graduação, de Reconhecimento Acadêmico para Pesquisadores da Carreira de 29

Pesquisador e do Prêmio aos Profissionais da Carreira Paepe, no ano de 2018. A 30

Conselheira MARISA MASUMI BEPPU diz que já explicou anteriormente que esse assunto 31

está pautado agora, como esteve no ano passado, porque ele se refere à atribuição de prêmios 32

que são referentes a deliberações do Consu. O que está em pauta é a concessão ou não do 33

valor pecuniário. Às folhas 24 da pauta consta o valor do pagamento de prêmios, na ordem de 34

R$2,5 milhões. O MAGNÍFICO REITOR diz que a discussão é sobre o pagamento, ou não, 35

do valor pecuniário. O Conselheiro MUNIR SALOMÃO SKAF diz que a Universidade como 36

um todo, e talvez isso seja reflexo da sociedade brasileira em geral, tende a reconhecer muito 37

pouco méritos de diversas origens. Não são vice-campeões de nada, são perdedores. Qualquer 38

destaque que haja, qualquer sobressalência de êxito, de sucesso é, em geral, percebida como 39

privilégio, como endeusamento de poucos, e isso é muito ruim. A Universidade tem poucos 40

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mecanismos de reconhecimento de seus quadros de excelência, seja no ensino, seja na atuação 1

da carreira Paepe, seja como pesquisadores dos seus méritos científicos, artísticos etc. Então, 2

a criação desse prêmio é algo que considera extremamente importante, é um incentivo, é uma 3

maneira de dizer que a pessoa foi além de suas obrigações. É extremamente salutar e 4

simpatiza com diversos colegas que alcançaram essas metas. No entanto, infelizmente, a 5

situação atual dificulta, são R$2,5 milhões que pesam na disponibilidade financeira da 6

Universidade. O valor pecuniário deve ser restabelecido assim que for possível, mas neste 7

primeiro momento é salutar, uma questão de precaução, não premiar com recursos 8

pecuniários. Devem reconhecer o prêmio, o mérito, mas não em recursos. O Conselheiro 9

RODOLFO JARDIM DE AZEVEDO diz que, apesar de toda a situação financeira, 10

particularmente, no caso desses prêmios, chama atenção que alguns deles são prêmios de 11

carreira, são pessoas que vão ganhar esse prêmio uma única vez na vida e mesmo nos que se 12

pode repetir, as regras são extremamente rígidas e é pouco provável que as pessoas repitam 13

esses prêmios. Tipicamente, são pessoas que trouxeram inúmeros recursos para a 14

Universidade, das mais diversas formas possíveis, como bolsas e serviços. Há o prêmio 15

Paepe, através do qual as pessoas implementaram grandes benefícios também. Entende a 16

questão financeira, ainda assim, considera que esse é um dos esforços que deveriam fazer. Se 17

é preciso fazer esforços, há outros lugares, já cortaram em outros lugares, removeram 30% 18

das GRs não incorporadas, e agora há uma tabela para providenciar seu retorno, então, 19

gostaria ainda de acreditar na excepcionalidade do não pagamento no ano passado. E caso 20

decidam realmente que neste ano não irão pagar, gostaria de tentar colocar isso como uma das 21

metas para o próximo ano. É ruim chegar no final do ano, depois de selecionadas as pessoas, 22

decidir que não haverá pagamento novamente; considera uma situação bem complicada, 23

porque agora já foram colocados rostos nos prêmios. Então, é favorável a esse valor e, no caso 24

de não aceitação, gostaria que essa decisão fosse tomada no início do ano que vem, não mais 25

no final do ano, como estão fazendo agora. O Conselheiro PETRILSON PINHEIRO SILVA 26

diz-se que a premiação em pecúnia não vai ser paga nesta edição de 2018, pergunta se há a 27

possibilidade de interpretação de que isso possa vir ser pago caso a situação financeira fique 28

melhor, de uma edição atrasada, ou se não existe essa possibilidade. Tomando aqui um pouco 29

do que o professor Rodolfo levantou, gostaria de saber se existe a possibilidade de colocar 30

também na deliberação a possibilidade de que isso venha a ser restabelecido mediante algum 31

fator específico, ou se também não existiria essa possibilidade. O MAGNÍFICO REITOR 32

responde que isso foi amplamente discutido no ano passado e não irá retomá-la, porque é 33

infinita, mas é um prêmio momentâneo e tendo essa situação, se não pagar este ano, no futuro, 34

terão de pagar o do ano passado, e viraria uma bola de neve. Então, a decisão e a discussão foi 35

que, infelizmente, pelo momento que a Universidade está vivendo, precisam tomar essa 36

decisão para este ano. E sobre a questão de colocar a discussão no início do ano, é o ideal. Há 37

tantas outras coisas aqui, é de novo a mesma discussão: esses R$2,5 milhões competem com 38

R$2,5 milhões em promoções, com R$2,5 milhões em aumento salarial, com R$2,5 milhões 39

em obras etc. Então, é extremamente difícil associar esse valor a uma melhoria, ou a chegar a 40

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certo ponto da reserva. Deixaram a decisão para a segunda revisão, porque ela é momentânea, 1

e a expectativa é sempre a mais positiva possível. Então, foi um pouco isso que discutiram, no 2

final do ano não havia a certeza de que a economia não fosse melhorar. Essa decisão é muito 3

particular do momento que vivem. A Conselheira TERESA DIB ZAMBON ATVARS diz 4

que, em algum momento, em seu passado longínquo, foi contemplada com o Prêmio 5

“Zeferino Vaz”, portanto, entende que é um prêmio que realmente reconhece o trabalho 6

integral do docente e, pelo menos para ela, deu muito orgulho ter recebido. Na época 7

reclamou muito porque o imposto de renda consumiu um terço do valor. Entretanto, observa 8

um cenário que, apesar de as pessoas mais otimistas do que ela acharem que a economia do 9

governo Temer está melhorando, que a arrecadação está melhorando, que podem fazer várias 10

coisas, o fato objetivo é que não está melhorando. E toda melhora é sobre uma base 11

extremamente baixa. Estão em um patamar orçamentário de 2009, 2010, com uma despesa de 12

2018. Essa é a origem do rombo. E R$2,5 milhões significam 15 novos professores, 25 13

funcionários adicionais. Então, não é um valor que hoje podem utilizar com tranquilidade. 14

Compartilha a opinião do professor. Neste momento, o prêmio em pecúnia é absolutamente 15

inviável, dada a situação orçamentária real, e dado o cenário de incerteza que existe do ponto 16

de vista econômico e político, pelo menos para o próximo ano. A Conselheira RACHEL 17

MENEGUELLO considera uma questão de coerência. Fizeram aqui uma discussão longa, 18

retiraram da pauta algo que dizia respeito à progressão de carreira de livre-docente. Não sabe 19

como se faz esse cálculo, mas gostaria de saber o quanto significaria em progressão R$2,5 20

milhões. Não é possível fazer aquela discussão toda e manter uma premiação. Acha que é de 21

coerência institucional, não só orçamentária. Não deveriam encaminhar dessa forma, embora 22

concorde com várias ponderações aqui sobre o que significa o reconhecimento. Mas não há 23

maior reconhecimento do que a própria carreira. Se não conseguem reconhecer a progressão 24

óbvia da carreira de um docente, não tem como manter o reconhecimento por uma atividade 25

entre vários colegas em uma concorrência. O MAGNÍFICO REITOR diz que irá colocar a 26

matéria em votação. O Conselheiro MARCELO WEISHAUPT PRONI pergunta o que o 27

senhor Reitor está colocando em votação, o prêmio em pecúnia ou a premiação. O 28

MAGNÍFICO REITOR responde que se trata do prêmio em pecúnia. O Conselheiro 29

MARCELO WEISHAUPT diz que o reconhecimento é mantido. O MAGNÍFICO REITOR 30

diz que sempre é mantido. Submete à votação a manutenção do prêmio sem pecúnia, que é 31

aprovado com 56 votos favoráveis, 01 contrário e 04 abstenções. Com relação ao item 3, diz 32

que está se sentindo um pouco desconfortável, porque interrompeu a fala do professor 33

Wagner, e ele precisou buscar os filhos na escola e voltará após o almoço. Solicita que 34

invertam a pauta, passando a discutir o item 04 da Ordem do Dia Suplementar – Proc. nº 01-35

P-20911/2017 –, que trata de suplementação de recursos para atender despesas com módulo 36

plantão do Caism no período de outubro a dezembro de 2018. A Conselheira CLAUDIA 37

MARIA BAUZER MEDEIROS diz que nada tem contra o senhor Reitor pular esse item 38

porque o professor Romão não se encontra, mas, normalmente, pelo que conhece no Consu, 39

infelizmente, quando as pessoas têm de se retirar, a pauta segue normalmente. O 40

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MAGNÍFICO REITOR diz que é assim mesmo, mas o interrompeu, ele ia se retirar, podia ter 1

querido falar antes. Não se sente à vontade para discutir o item. Então, volta à discussão sobre 2

a questão dos recursos suplementares para o Caism. Está aqui convidado o professor Luis 3

Sarian, diretor do Caism. O Professor LUIS OTÁVIO ZANATTA SARIAN agradece o 4

convite para participar da reunião do Consu e para poder dar os esclarecimentos necessários 5

com relação a essa necessidade do hospital. Também agradece toda a tramitação que esse 6

processo vem tendo dentro das instâncias da Universidade, tem sido tratado com muita 7

delicadeza, muita seriedade, e vem permitindo que o hospital mantenha, até o momento, suas 8

atividades essenciais de prestação de serviço à comunidade e também suas atividades internas 9

de ensino, pesquisa etc. Com relação a esse problema dos plantões, o primeiro ponto a deixar 10

claro é que o Caism, embora solicite uma suplementação, isso é uma interpretação formal do 11

problema. O que o hospital solicita, na realidade, é a manutenção do orçamento que já vinha 12

sendo executado anteriormente. Então, é uma suplementação porque quando a PDO foi 13

realizada, no final de 2017, levou em consideração o histórico pregresso incompatível com as 14

atividades existentes no momento em que ela foi elaborada. O hospital pede que o orçamento 15

de 2018 seja mantido exatamente nos mesmos níveis dos de 2017, executado pela 16

Universidade ao longo de todo 2017. Para contextualizar, há uma pauta extensa, pede até 17

desculpas pelo volume de informações, mas é fundamental que elas estejam disponíveis, são 18

aproximadamente 120 páginas de histórico e de justificativas técnicas para a equipe de 19

plantão que o hospital tem e os gastos que vem fazendo, para que isso fique absolutamente 20

claro e cristalino, uma vez que a Universidade enfrenta, obviamente, dificuldades 21

orçamentárias e qualquer oportunidade de redução de gastos sempre é vista com muita ênfase. 22

Essencialmente, o hospital tem um orçamento de plantonistas que cobre as atividades que 23

estão listadas às folhas 28 da pauta suplementar, é uma tabela que mostra a equipe de 24

plantonistas médicos que perfazem mais ou menos 80% dos gastos com os plantões do 25

hospital. O Caism é hoje referência praticamente nacional para toda obstetrícia de alto risco, 26

referência regional para 42 municípios, uma área importantíssima, densamente povoada, de 27

oncologia ginecológica e mamária, de todas as eventualidades ginecológicas, e neonatologia, 28

possui 140 leitos, 36 dos quais são de terapia intensiva. É considerado um hospital de 29

altíssima complexidade. Embora ele tenha toda essa estrutura, o plantão, que é aquela 30

atividade que ocorre no período noturno e nos finais de semana, é coberto por uma equipe 31

claramente insuficiente. Atendendo, por exemplo, dentro da obstetrícia de alto risco, durante a 32

noite, há apenas dois médicos, aos finais de semana também dois médicos para atender ao 33

centro obstétrico, realizar todos os procedimentos obstétricos, principalmente partos e 34

operações cesarianas, dar assistência a todas as intercorrências de enfermarias com 44 35

pacientes internadas, a maior parte das quais em regime de internação para cuidados de alto 36

risco obstétrico, de alta complexidade, e também todas as intercorrências do pronto-37

atendimento do hospital. Por ser uma maternidade, precisa ter uma equipe de plantonistas 38

disponível para atender as intercorrências que chegam. Tem também um plantonista apenas 39

para atender todas as pacientes internadas que foram operadas ao longo do dia, e que estão 40

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internadas para cuidados perioperatórios de ginecologia. O hospital é um Centro de 1

Referência de Alta Complexidade em Oncologia – Cacon, o topo da cadeia do Ministério da 2

Saúde para atendimento oncológico, são mais de 28 profissionais, médicos dedicados 3

exclusivamente aos pacientes oncológicos durante o dia, e à noite fica uma pessoa 4

exclusivamente para atender 19 leitos de oncologia ginecológica cirúrgica, mais 15 leitos de 5

cuidados paliativos, mais todas as intercorrências de pronto-atendimento, qualquer paciente 6

que é atendida durante o dia e tem alguma intercorrência vem ao hospital, tem de ser atendida, 7

e é atendida por esse único profissional. Há uma UTI que é referência praticamente nacional 8

em atendimento neonatal. É o melhor atendimento neonatal que existe no Brasil. Mas está 9

irregular do ponto de vista do número de plantonistas noturnos, segundo a documentação 10

demonstrada aqui. Durante a noite, nos dias de semana, ficam apenas dois plantonistas para 11

30 leitos de UTI neonatal. Nos finais de semana são três pessoas, e há dois anestesiologistas 12

para dar cobertura a todas as atividades anestésicas, além de mais um médico intensivista para 13

UTI adulto. Isso está dentro das normas, porque a UTI adulto tem seis leitos e a norma diz 14

que tem de ter um médico para aproximadamente sete e meio a dez leitos. O hospital tem essa 15

equipe extremamente reduzida, não existe nenhuma elasticidade técnica para acomodar 16

reduções na equipe de plantonistas. Qualquer redução que se faça vai resultar em 17

desassistência, em exposição das pacientes a risco de morte, inclusive, em flagrante 18

descumprimento de todas as normas técnicas e teria repercussões possivelmente catastróficas. 19

Essa justificativa vem sendo extremamente necessária para manter o orçamento do hospital. 20

Se essa manutenção do orçamento não for aprovada, o efeito imediato é a eliminação de um 21

dos dois plantonistas da obstetrícia, deixando desassistidas as pessoas, e também a redução de 22

um plantonista na UTI neonatal, com as repercussões que isso possa trazer e que pode 23

adiantar a todos que são de extrema gravidade. Podem perguntar por que de um orçamento 24

proposto na PDO 2018 é menor do que aquele necessário para a manutenção das atividades. 25

As despesas com plantão entre 2016 e 2017 teve um aumento de aproximadamente 17 a 18% 26

no consumo de módulos. Isso por estarem em uma situação absolutamente irregular do ponto 27

de vista de assistência, com casos graves, com exposição de pacientes, de uma série de 28

questões, inclusive algumas sendo tratadas em litígio. Por causa disso, a Administração 29

permitiu começar um processo de correção que se iniciou por colocar outro plantonista na 30

obstetrícia e, pelo menos nos finais de semana, levando em consideração a crise que já existia 31

em 2016, mais um plantonista para a UTI neonatal. Como a base é extremamente achatada, 32

colocar um plantonista a mais significa um aumento de 12,5% nos recursos, dois plantonistas 33

25%. Colocar um plantonista durante o dia e um nos finais de semana dá um aumento em 34

torno de 1,6 plantonistas na média, o que vai gerar em torno de 20% de aumento nos gastos 35

com os módulos de plantão, que é o que se reflete na tabela constante às folhas 141, que 36

compara todas as unidades de saúde da Unicamp. Existe um detalhamento de todo consumo 37

de módulos de plantão, tanto médico quanto não médico, na unidade, com o valor que é a 38

coluna comparativo C sobre B, que demonstra quanto foi executado entre janeiro e setembro 39

de 2017, e janeiro e setembro de 2016, que é exatamente o reflexo econômico dessa 40

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adequação que foi feita na ocasião. Então, quando se retrocede o orçamento aos valores de 1

2016, descumprem-se questões mínimas de segurança e operacionalidade do hospital, que 2

começaram a ser corrigidas desde então. Têm mostrado em todas os órgãos que o hospital, em 3

todas as suas possibilidades, vem fazendo as reduções de despesa necessárias, contenções em 4

todos os níveis. O hospital possui bem menos funcionários do que tinha há dois anos, 5

reduziram também todos os contratos, a operação global do hospital é de mais de R$100 6

milhões/ano, mas nesse aspecto dos plantões, não há elasticidade alguma. O hospital não tem 7

recursos extraorçamentários para cobrir essas despesas. Os recursos extraorçamentários são 8

advindos do contrato que a Universidade como um todo faz com o SUS, e eles vêm através de 9

uma contratualização que mantém os valores nominais desde 2012, o hospital não tem uma 10

governabilidade direta sobre esses valores, eles não são reajustados e estão se reduzindo, na 11

verdade, uma vez que existe o impacto inflacionário, e a inflação na área de saúde nos últimos 12

sete anos atingiu, só em insumos, aproximadamente 75%, e o hospital tem funcionado 13

fazendo todas relicitações e outras medidas necessárias de renegociação de contratos, tem se 14

mantido adimplente até então. Não tem como acomodar a despesa dos plantões nos recursos 15

extraorçamentários e nem haveria por que acomodá-los, uma vez que são plantões de 16

funcionários, de pessoas ligadas ao quadro Unicamp. Outro ponto importante é que o hospital 17

mantém, com relação à administração de seus plantões, uma série de medidas disciplinares 18

extremamente rigorosas, então, são recursos de RH extremamente bem administrados. 19

Existem regimentos para os plantonistas, uma série de normatizações que o hospital vem 20

seguindo rigorosamente para manter isso sempre de uma maneira absolutamente disciplinada, 21

então, o que vem trazer aqui é a necessidade de manter esse orçamento, não há como escapar 22

desse pagamento de plantões do ponto de vista técnico-legal de operação do hospital, não tem 23

como reduzir a equipe de plantonistas, ela já é menor inclusive do que a necessária, qualquer 24

redução em número de pessoas pode expor a Universidade, vai expor com certeza o hospital e 25

principalmente exporá as pacientes a situações de risco gravíssimas, e precisam que esses 26

valores sejam mantidos. O hospital não pede nenhum aumento de recursos, pede sua 27

manutenção. Formalmente é uma suplementação porque trabalham em cima de uma PDO que 28

considerou recursos em valor menor, mas efetivamente, na prática, o que o hospital quer é a 29

manutenção das equipes necessárias para trabalhar com condições mínimas de segurança e 30

operacionalidade. O Conselheiro RODOLFO JARDIM DE AZEVEDO agradece o 31

esclarecimento. É membro da COP, acompanhou esse processo em abril, quando teve o 32

primeiro contato, e o processo voltou para a COP onde tiveram uma discussão razoavelmente 33

longa na semana passada. O professor Sarian esteve lá e passou vários esclarecimentos. Às 34

folhas 147 do processo, a pedido do professor Álvaro D’Antona, surgiu uma nova 35

informação, onde constam as tabelas de 2015, 2016, 2017 e 2018 até março com o número e 36

valor dos plantões. Nesse primeiro momento, precisam lembrar que há uma necessidade 37

indiscutível por questões de normas de saúde, de certo padrão de atendimento, e acha que isso 38

não está em questionamento. O professor Sarian reforçou que há procedimentos de altíssima 39

complexidade e precisam de profissionais presentes no hospital por esse período inteiro, mas 40

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não pode deixar de analisar a tabela das folhas 147 e coletar os 10 maiores valores de 2017, 1

sendo que superam a suplementação total solicitada para este ano, em particular, os 3 maiores 2

de 2017 superam o pedido que está em pauta. Além disso, desses 10 maiores, 9 já recebem 3

verba do SUS via fundo que paga as atividades de extensão. Mas o que mais o preocupa desse 4

processo inteiro, se ligarem a questão em especial da alta complexidade, é que a pessoa que 5

faz o maior número de plantões contabiliza da ordem de 48 horas por semana de plantão, além 6

do RDIDP e além das horas SUS, provavelmente. Gostaria de saber como conseguem tratar 7

procedimentos de altíssima complexidade chegando a quase 90 horas de trabalho de um 8

médico. Talvez não esteja entendendo alguns dos detalhes, mas passa a ser algo bem 9

complicado. Gostaria de um esclarecimento sobre isso. Procurou por escalas de plantões e 10

coisas assim, encontram as normas, mas as escalas, provavelmente por causa da imensa 11

quantidade, não ficam muito fácil de encontrar e não conseguiu detectar. Não é da área de 12

saúde, não consegue detectar isso claramente, mas na CAD o professor Zeferino mencionou 13

uma questão de verba total para a área de saúde, acha que esse é um caminho que devem 14

fazer. Acredita que colocar profissionais da área para poder regular e melhor distribuir os 15

recursos seria a melhor solução para a Unicamp. Ficam discutindo item a item e às vezes não 16

conseguem enxergar o todo. Essa é sua grande preocupação nesse momento. O Conselheiro 17

CLÁUDIO JOSÉ SERVATO diz que esse assunto é de suma importância, por isso está sendo 18

discutido. Mas solicita que o Caism dê a mesma importância quanto à contratação de 19

funcionários para repor o quadro que está deficitário, comparado há dois anos. O Conselheiro 20

LUIZ CARLOS ZEFERINO diz que foi diretor do Caism e é plantonista desde a sua 21

fundação, em 1986, e desde então dá plantão às quartas-feiras, uma vez por semana. Como 22

diretor do Caism enfrentou os problemas de escala em que a equipe só tinha um anestesista, e 23

quando o anestesista estava fazendo uma cirurgia, se tivesse uma segunda urgência o hospital 24

ficava vulnerável, e corrigiram naquele momento. Ficaram duas pendências importantes, que 25

é a obstetrícia, que tem uma demanda diferenciada e imprevisível: pode haver uma noite 26

inteira em que a pessoa possa dormir ou pode ter uma noite inteira em que fica acordada, ou 27

seja, vai de oito a oitenta. Acha que uma situação muito peculiar é a neonatologia, porque o 28

problema é mais permanente, trabalhar com recém-nascidos é permanente e duas demandas 29

estavam presentes. Quando o professor Luis assumiu o hospital, encaminhou de tal forma 30

avançando para solucionar isso e conseguiu, discutindo com a Universidade, na forma como 31

foi colocado, entre 2016 e 2017, implantado a partir de março de 2017. O Caism ficou muito 32

tempo só com plantão de obstetrícia, e a partir de março ou abril de 2017, com dois 33

plantonistas, que era o que precisaria ter sido feito há muito tempo. A questão crucial, e já 34

teve oportunidade de conversar com o professor Marcelo e a professora Teresa, é que depois 35

que se corrige um problema, retroceder seria criar um cenário péssimo e de muita 36

vulnerabilidade para a instituição. Dará alguns esclarecimentos sobre como funciona a área da 37

saúde. As atividades são iguais de janeiro a dezembro, não há diferença, não há primeiro 38

semestre e segundo semestre. O quinto e sexto ano da graduação são doze meses e as 39

atividades também. Antes de vir para o campus da Unicamp os docentes tocam os hospitais, 40

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então, quando o Hospital de Clínicas era a Santa Casa no centro, 100% do hospital eram 1

tocados por docentes, não havia médicos contratados, o professor ensinava e era responsável 2

por 100% da assistência. Em meados dos anos 1980 veio para o HC e para o Caism, o número 3

total de docentes era insuficiente para atender a nova demanda, que era mais que o dobro do 4

da Santa Casa. Consequentemente, começaram a surgir os médicos contratados, mas sempre 5

com prioridade para os docentes, então, sempre que possível, e havendo docentes 6

interessados, eles têm prioridade em dar plantão. Houve um ingresso razoável de docentes 7

jovens com muitas perspectivas, hoje os docentes entram na carreira mais seniores, então, há 8

demandas financeiras, nesse sentido o hospital tem como norma priorizar os docentes nas 9

escalas de plantão. Como funciona isso, até para entender a tabela, essa questão que o 10

professor Rodolfo levantou do número de plantões das pessoas? Dá um único plantão na 11

semana e não se dispõe a cobrir ninguém. Quando qualquer docente está afastado 12

oficialmente, outra pessoa entra para cobrir plantão. Essa outra pessoa é de um grupo de 13

docentes que se colocam em disponibilidade para cobrir as vagas. Viu na lista apresentada que 14

dois ou três plantonistas fazem bem mais plantões que os outros, por opção. Quando tem um 15

buraco na escala e não tem ninguém para preencher, entre aqueles que se colocaram com 16

disponibilidade, esta vaga que não tem naquele momento ninguém para preencher é sorteada e 17

aquele que for sorteado obrigatoriamente terá de fazer o plantão, já que quem se colocou em 18

disponibilidade é para cobrir todos os buracos da escala, espontaneamente ou por sorteio. O 19

valor do plantão para quem faz uma vez por semana, como ele, varia de R$7 a talvez R$9 mil 20

por mês. Há pessoas que dobram o plantão, o que significa dar dois plantões por semana, 21

fazer seu plantão e cobrir pelo menos um vago durante a semana, o que daria o dobro disso 22

por mês. Quando um docente não dá plantão, entra médico. No caso da neonatologia há 23

pouquíssimos docentes interessados em plantão. A questão de ser docente ou médico não 24

aumenta o número de plantões, pois se tata de uma escala que cobre os 30 ou 31 dias do mês, 25

realizado por médico ou docente – se o docente não realizar, realizará médico, como é o caso 26

da obstetrícia que, até pouco tempo, só tinha um docente plantonista, e acha que hoje há dois 27

ou três que, claramente, não cobrem a escala, ou seja, 80% da equipe de neonatologia hoje são 28

médicos. Hoje, a quase totalidade dos plantões na ginecologia, como tem um departamento de 29

38 ou 39 docentes, é feita por docente, tem essa diferença, então, aparecem muitos docentes 30

na tabela. Está entendendo que o Caism está pleiteando o mesmo que foi executado em 2017, 31

que foi mais do que em 2016, porque houve uma correção da equipe, por essas questões que 32

foram colocadas. Caso não haja disponibilidade desse orçamento, o Caism terá de discutir 33

internamente como isso deverá ser viabilizado. Do ponto de vista institucional é muito difícil 34

corrigir alguma coisa e desfazer depois, então, acha que haverá uma dificuldade interna 35

importante para o hospital do ponto de vista de voltar para uma equipe claramente 36

considerada deficiente para a demanda. Não existe expansão de serviços, existe uma 37

adequação de normas. As pessoas que fazem mais ou menos plantões dependem de 38

disponibilidade, e se não fazem, outras farão. Têm orientado que as pessoas não deem mais 39

que dois plantões seguidos, esse é o limite que tem de ser colocado, do ponto de vista noturno. 40

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O Conselheiro MARCIO ALBERTO TORSONI diz que, um pouco do que gostaria de dizer o 1

professor Rodolfo comentou, então, acrescentará um pedido de esclarecimento e uma 2

preocupação. O professor Zeferino comentou sobre a distribuição dos plantões, e é uma 3

quantidade de documento muito grande, difícil de entender o que acontece com relação aos 4

horários semanais de cada um dos professores que estão envolvidos. Existem duas listas, uma 5

de funcionários médicos da Carreira Paepe e outra de docentes médicos, e entre estes, quase a 6

totalidade são do RDIDP. Nas unidades acha que varia um pouco de diretor, de área para área, 7

a preocupação às vezes é muito grande com o tanto de atividades simultâneas os docentes 8

fazem e que geram recursos financeiros para que não extrapolem essas regras. O docente 9

RDIDP tem seus compromissos com, além da docência, de ensino na graduação e pós-10

graduação, atividade de pesquisa e extensão, e atividade de extensão normalmente paga com 11

recurso extraorçamentário. É difícil para um colega da FCA olhar a quantidade de tempo que 12

esses docentes envolvem com esses plantões, mesmo assim mantendo a atividade que tem 13

com um contrato RDIDP. Há um recurso de aproximadamente R$774 mil, só nos três meses 14

de 2018, pergunta se não seria melhor que um docente RDIDP que é o funcionário docente 15

pelo qual a Universidade preza para exercer suas atividades de pesquisa e extensão, fosse 16

resguardado desse tipo de atividade e contratassem médicos da carreira Paepe para suprir. Às 17

vezes, o salário do docente praticamente dobra fazendo essas atividades, e um docente com 40 18

horas a mais de plantão, sendo RDIDP. Não consegue entender como isso acontece dentro da 19

Universidade. Existem cursos em que os docentes, e cita o IB, de onde é oriundo, dão aula à 20

noite e, por fazer essa atividade à noite, não ganha mais. Pergunta onde está o regulamento 21

que rege a atividade desse docente fazendo plantão. Há um apelo grande, porque estão 22

lidando com vidas, mas fica meio no limbo sobre como isso é regulamentado, por que existe 23

uma regra para esses docentes RDIDP fazerem isso e para outros que fazem atividades, por 24

exemplo, ligadas à área de administração ficam sempre reguladas as atividades semestrais. 25

Essa foi uma preocupação que surgiu, depois da reunião da COP, e quando chegou essa tabela 26

ficou mais preocupante ainda. O Conselheiro JOÃO RAIMUNDO MENDONÇA DE 27

SOUZA diz que essa discussão dos plantões no Caism já vem se arrastando há algum tempo. 28

Do ponto de vista da necessidade de garantir o atendimento à população e sua qualidade, 29

tendo em vista que há uma discussão orçamentária que o fato de reduzir o orçamento do ano 30

passado para este ano tem um efeito prático nos quatro meses do ano. Porque não haverá a 31

possibilidade de esses plantões serem continuados, entende que este Conselho não pode 32

aprovar algo que prejudique o atendimento à população, nesse sentido, devem aprovar a 33

suplementação, levando-se em consideração o corte feito em relação ao orçamento de 2017. 34

Tiveram o cuidado, enquanto sindicato, de fazer uma reunião com o diretor do Caism para 35

compreender a dimensão desses plantões e o que isso significa. É óbvio que não acreditam 36

que a solução do atendimento esteja na manutenção de uma política de plantões. Então, essa 37

discussão aqui é muito pontual, precisam resolver esse problema este ano e acha que esse 38

recurso deveria ser aprovado, mas é uma questão de contabilidade – quanto se vai gastar para 39

efetivar contratações e quanto para realizar plantões. Há uma discussão dessas contas que, em 40

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alguns momentos, aparentam algumas disparidades. Isso precisa ser colocado a limpo, com 1

bastante transparência, para que possam ter condições de discutir com clareza. No entanto, é 2

fundamental que se aprove isso aqui, porque têm conversado com os trabalhadores do Caism, 3

com os trabalhadores da área da saúde de uma forma geral, e essa situação de falta de 4

trabalhadores não é um problema localizado nos plantões, há um esgarçamento das condições 5

de trabalho naquela área por falta de funcionários; as pessoas estão adoecendo, as relações de 6

trabalho estão ruins, particularmente no Caism, de cuja direção têm cobrado muito por causa 7

de problema nas relações e nas condições de trabalho. Mas existe uma situação objetiva do 8

funcionamento do hospital que este Consu não pode colocar em risco. O Conselheiro 9

ALVARO GABRIEL BIANCHI MENDEZ diz que, da maneira como chegou a discussão e 10

com os esclarecimentos prestados pela direção do Caism, podem dividir a conversa em dois 11

tópicos. O primeiro diz respeito à suplementação orçamentária, mas junto com essa questão, 12

que é vital para os próximos meses e sobre a qual precisam tomar uma decisão, há outra que 13

diz respeito à regulamentação do trabalho dos plantonistas, à regulamentação do plantão. E há 14

aqui dúvidas, algumas das quais já foram mencionadas, mas irá tocá-las a partir de outro viés. 15

A primeira é se estão considerando essa atividade de plantão uma atividade associada ao 16

ensino ou à extensão, porque se é uma atividade associada ao ensino, isso cai, 17

inevitavelmente, à condição de professor RDIDP – está supondo que na lista que chegou aqui, 18

esses professores são RDIDP, mas podem não ser. E se é uma atividade de extensão, como já 19

foi colocado pelo colega, deveria ser custeada por recursos extraorçamentários, e não 20

orçamentários. É um tema sobre o qual precisam discutir. A segunda questão diz respeito 21

ainda à situação de RDIDP. Procurou a legislação e não encontrou, mas se a memória não 22

falha, está estabelecido um teto para vencimentos extraordinários, que é equivalente ao 23

montante do vencimento anual do professor. Há, de acordo com essa tabela, casos que, 24

provavelmente, extrapolam esse teto. Cita como exemplo o caso de um professor doutor, não 25

é necessário mencionar o nome, nível 1, com vencimentos anuais da ordem de R$186 mil, 26

exclusivamente com os plantões. Sua questão é se essa norma que está vigente na 27

Universidade, que estabelece um teto anual para vencimentos extraordinários no caso dos 28

professores RDIDP é pertinente no caso dos professores que realizam esses plantões. A 29

Conselheira TERESA DIB ZAMBON ATVARS diz que há vários aspectos importantes nessa 30

discussão que talvez até extrapolem os assuntos da pauta. Têm falado aqui da necessidade de 31

plantão, mas acha que isso não está muito em discussão. A necessidade de plantão existe 32

como decorrência da atividade assistencial do hospital, e essa dúvida ninguém pode ter. Mas 33

há várias dúvidas e a documentação colocada é extremamente detalhada, e agradece muito o 34

trabalho da COP que foi garimpando a necessidade de informações adicionais, mas há várias 35

questões que estão colocadas que são mudanças efetivamente estruturantes que foram feitas 36

no Caism e que criam despesas que não são irrelevantes. No Consu de hoje suspenderam os 37

prêmios em pecúnia no montante de aproximadamente R$2,5 milhões. A professora Rachel 38

perguntou quantas promoções seriam possíveis com esses R$2,5 milhões e fez uma conta 39

muito rápida, sujeita a imprecisão e, portanto, dá um intervalo grande, entre 110 e 130 40

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promoções de docentes por ano. Não é um número irrelevante. E, às folhas 119 da pauta, é 1

possível verificar que há uma migração importante que talvez explique muito da necessidade 2

de aporte de novos recursos que é do tipo de plantão, não é da existência do plantão, e essa 3

migração vai dos níveis mais baixos aos mais altos. De 2008 até 2013, o plantão do tipo 1A 4

era zero, ele passa a representar em 2016 30% do montante de recursos; o plantão do tipo 1B 5

era zero e, a partir de 2014, vai crescendo e, em 2016, passa a ser 62%. Então, quando há 6

mudanças estruturantes dessa natureza que não tratam do número, mas do tipo de plantão, 7

percebem que há uma mudança que foi feita pactuada de alguma forma que trouxe a despesa 8

para dentro do orçamento. Acha que isso não pode continuar. Então, sua proposta aqui é 9

muito objetiva, o que está feito, está feito, não podem apagar. Entretanto, há necessidade de 10

que esse assunto seja recolocado de maneira diferente. É claro que o Consu não pode 11

deliberar sobre o que fazer hoje, porque o assunto é muito complexo, mas a sinalização 12

deveria ser muito clara. Primeiro, não é possível crescer despesas em uma unidade da 13

Universidade em cima de todo o restante, em um montante que não é irrelevante, em uma 14

situação orçamentária extremamente complicada, e que, de alguma maneira, terá de ser 15

repactuada, com cautela, protegendo a vida das pessoas, garantindo a assistência em um prazo 16

razoável, não é de um dia para o outro que se faz as coisas, mas acha que não podem manter a 17

situação do jeito que está hoje, como se fosse absolutamente tudo irreversível. Houve uma 18

mudança clara de perfil, de modo que façam, ao longo de um período razoável, uma 19

adequação voltando aos níveis anteriores. Não vê como simplesmente aprovar uma 20

suplementação de recursos no montante solicitado, sem uma recomendação de redução, ao 21

longo do tempo, a valores adequados. Talvez ainda permaneça alguma despesa, mas, dada a 22

abertura que estão tendo aqui de conversar, de ver os números, de analisar, cada um dentro da 23

sua perspectiva, sua sugestão seria resolver o passado, já que não é possível apagá-lo, mas 24

pactuar uma análise profunda para voltar a patamares anteriores, porque simplesmente as 25

coisas não cabem no orçamento. A Deas tem toda condição de coordenar esse trabalho por 26

sua especialidade, pelo seu conhecimento na área, de tal maneira que, talvez daqui a seis ou 27

oito meses, tenham um refluxo dessa despesa. Não há forma de assimilar no orçamento essa 28

despesa adicional sem uma correção de rumo. O Conselheiro DIEGO MACHADO DE ASSIS 29

diz que o fato de essa discussão ter se estendido do longo do tempo e ter passado pela COP, 30

CAD e agora Consu, evidenciou um modelo de funcionamento que muitas pessoas não 31

conheciam. Setores mais amplos da Universidade estão tendo contato com esse debate sobre 32

os módulos de plantão só mais recentemente, e acha que há alguns valores que não cabem. 33

Não vai tratar especificamente se deve ser aprovada ou não essa complementação, mas 34

considera válido, aproveitando que esse assunto está mais em evidência, fazer uma reanálise 35

melhor sobre se esse é, de fato, o melhor modelo de funcionamento, porque pelas contas que 36

fez acha que não cabe muito bem. Tomando como exemplo as folhas 67 da pauta, o mês de 37

abril de 2018 teve 791 plantões do tipo 1A e 1.623 do tipo 1B, o que resulta em um total de 38

2.414 módulos de plantão. Como foi explicado, cada módulo equivale a duas horas, portanto 39

seriam 4.828 horas realizadas como plantões no mês de abril. O custo total do 1A, R$167 mil, 40

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e do 1B, R$315 mil, é de R$482,641 mil. Dividindo as 4.828 por quatro, são 1.207 horas por 1

semana. Considerando o último concurso de médico realizado, cuja contratação é no regime 2

de 24 horas semanais, podendo variar para período diurno, noturno, misto, na forma de 3

revezamento ou escala de serviço – e acha que um médico contratado desse seria capaz de 4

substituir um plantonista –, precisariam de 50 médicos trabalhando 24 horas por semana para 5

realizar essa mesma jornada. Com o salário correspondente à contratação de médico, a 6

referência 7B da carreira Paepe, que na época do edital era R$6,368 mil, mas hoje está em 7

R$6,464 mil, aplicando os encargos, mais o auxílio-alimentação, ainda assim não chegam ao 8

valor que custam 24 horas de plantão no modelo atual, que seria de R$9,652 mil. Então, se 9

pergunta se não seria mais vantagem ter profissionais contratados via concurso público, 10

garantindo a impessoalidade da contratação, com maior lisura e transparência, tendo um 11

servidor público realizando essa função e não uma equipe. Não sabe até que ponto são 12

públicos os critérios de participação nessa equipe de plantões. Tendo em vista a lisura do 13

serviço público, além de vantagens econômicas, acha que valeria a pena ter médicos 14

contratados no lugar do regime de plantões. Está fazendo uma conta grosseira considerando 15

todos os plantões, mas poderiam pensar em um modelo gradativo que altere esse modelo de 16

plantão, que a princípio não sai mais barato e que não mantém a impessoalidade pela qual 17

devem zelar no serviço público. Propõe que esse seja o início de um debate a ser feito sobre o 18

assunto. O MAGNÍFICO REITOR diz que o conselheiro Diego tocou em um ponto relevante. 19

Essas são as consequências inesperadas e muito importantes da transparência e de passar 20

todas essas questões por câmaras deliberativas. Muitas vezes houve posicionamento contrário 21

a essa questão, mas isso evidenciou para a comunidade como um todo uma discussão 22

importante de ser colocada. Lembra que até recentemente tudo isso era decidido na caneta do 23

Reitor e exigiram que passasse a ser apreciado pelo Consu. O Conselheiro ERICH VINICIUS 24

DE PAULA diz que seu comentário já foi abordado pelo professor Alvaro. Observa que a 25

discussão está derivando um pouco para uma questão que não era o objeto inicial, embora 26

entenda que essa questão é complexa e acaba gerando uma série de dúvidas, mas o objeto 27

central é a suplementação. A professora Teresa também trouxe essa questão de volta para a 28

discussão apontando outros aspectos. Percebe que há uma insegurança de todos em relação ao 29

que pode estar sendo aprovado aqui muito por conta do não entendimento de como funciona 30

essa necessidade de plantão, e obviamente não irão resolver isso hoje. Mas se permitirá dar 31

uma contribuição aqui, porque é responsável pela escala de plantão do Hemocentro e vive 32

uma dificuldade real de não conseguir um número suficiente de médicos plantonistas. Não 33

tem os números exatos, mas é pelo menos igual, portanto acredita que também defasado em 34

relação a outras instituições públicas da região. Os médicos não querem dar plantão e a 35

maioria dos docentes também não tem interesse. Ele, por exemplo, está de plantão na noite de 36

Natal, não porque queira, mas porque cabe ao gestor, que muitas vezes é obrigado a entrar na 37

escala de plantão. Acabou de receber uma escala em que um dos médicos tem 71 módulos de 38

plantão este mês, lembrando que os médicos estão submetidos ao teto, e às vezes os docentes 39

precisam entrar na escala também para cobrir o teto. Considera fundamental que essa questão 40

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complexa seja discutida. A questão de se o docente pode ou não, tem limite ou não para dar 1

plantão, é completamente diferente; pode ser discutida, mas não está em jogo aqui. O regime 2

de plantão é uma característica dos serviços de saúde que têm assistência, não conhece serviço 3

de saúde que não tenha plantões, e ele não é um privilégio, pelo menos não percebe como tal, 4

inclusive isso fica claro pela dificuldade que possuem de fechar essas escalas. O 5

MAGNÍFICO REITOR passa a palavra ao professor Manoel, diretor executivo da área da 6

Saúde. O Professor MANOEL BARROS BERTOLO diz que seguirá mais ou menos a linha 7

da professora Teresa. É óbvio que precisam manter o máximo possível o orçamento, nesse 8

período de dificuldade de arrecadação, mas existem algumas coisas que a instituição é 9

obrigada a fornecer. Então, o que está ocorrendo aqui é uma dificuldade de entendimento em 10

relação ao orçamento do ano de 2018. Não estão nem discutindo 2017, porque 2017 foi feito 11

dessa maneira. Em algumas reuniões com o professor Luís Otávio e algumas conversas com o 12

professor Zeferino, para tentar corrigir esse aumento que vinha ocorrendo – principalmente 13

porque esse aumento continuou ocorrendo de 2017 para 2018 –, fizeram um acordo interno de 14

que esse acréscimo de 2017 para 2018 vai ser assumido extraorçamentariamente pelo Caism, 15

e a tentativa é de manter até o final do ano essa previsão do orçamento feita pelo Caism. 16

Existe um risco muito grande de desassistência, não possuem tantos plantonistas disponíveis, 17

como todos pensam, porque isso envolve não só os professores, os médicos assistentes e 18

algumas categorias de funcionários. Lembrando que o plantão é a partir das 19h até as 7h ou 19

8h do dia seguinte. Então, durante a semana é horário noturno completo, 12 horas, e no final 20

de semana cobrindo 24 horas do sábado e 24 horas do domingo. Tiveram de fazer algumas 21

contingências de contratações, algumas pessoas saíram e a Universidade não conseguiu repor. 22

Isso está sendo corrigido, tem havido bastante discussão com as professoras Teresa e Marisa, 23

e estão fazendo um mecanismo de reposição mais rápida na área da Saúde porque a entrada e 24

saída de funcionários é muito grande, diferente de outras áreas. Então, por exemplo, se em um 25

posto há três enfermeiros e amanhã sai um, leva tempo até que contratem outro, e com o 26

contingenciamento isso ficou ainda mais represado. E amanhã pode sair outro, porque o 27

mercado é muito ativo em toda a região. Faltam funcionários especializados no nível que 28

possuem aqui na Unicamp. Fala com tranquilidade em relação aos plantões porque felizmente 29

não é plantonista; a qualidade de vida do plantonista não é fácil, para todos, para professor, 30

médico, funcionário. O melhor é que realmente tivessem pessoas contratadas para esse 31

horário, mas sabem que isso não existe no mercado. Todos os hospitais privados e públicos 32

trabalham, no horário noturno, com esquema de plantão, porque não conseguem profissionais 33

suficientes para trabalhar das 19h às 7h. Na reunião da COP, conversou com o professor 34

Rodolfo, que apresentou alguma coisa aqui do que conversaram, de que o grande risco é a 35

parte assistencial da área da Saúde consumir muito do orçamento da Unicamp. Tem de ficar 36

bem esclarecido que a parte assistencial da área da Saúde também está contemplada no 37

orçamento da Universidade, então existe verba, só precisam definir quanto é. Acha que é 38

necessário manter os serviços hoje como estão funcionando, lembrando que qualquer aumento 39

da parte assistencial de qualquer área da Universidade tem de vir com verbas pertinentes para 40

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cobrir esse gasto. O funcionamento de alguns convênios que possuem na área da Saúde hoje, 1

que são os AMEs, o Hospital de Sumaré e o Hospital de Piracicaba, é o seguinte: quando a 2

Unicamp assume a administração desses locais, é repassada uma verba, através de convênio, 3

que cobre esses gastos. Entretanto o recurso SUS não é suficiente; não podem mais assumir 4

nada com verba SUS. Quando assumem uma expansão de qualquer área interna, por exemplo 5

o aumento de 10 leitos que ocorrerá agora no Hospital de Clínicas, na área da UTI pediátrica, 6

é impossível fazer com valor da tabela SUS. Enquanto estava na superintendência do Hospital 7

de Clínicas, não aceitou nenhum aumento de atividade dentro do Hospital que fosse 8

contemplado com a tabela SUS, que é insuficiente para cobrir. O professor Zeferino fez o 9

mesmo. É feito um convênio junto à Secretaria Estadual de Saúde, que vem com as metas 10

estabelecidas e com valores que contemplam todas as despesas. Por isso precisam analisar 11

bem qualquer expansão, mesmo de atividade de plantão. Esses plantões, na sua opinião, foram 12

aumentados de 2016 para 2017, corrigindo alguns erros, foram pagos na gestão anterior até o 13

período de troca, e posteriormente continuaram sendo pagos. Defende que seja coberto esse 14

aumento real de 2017 para 2018 através de recursos extraorçamentários da unidade do Caism. 15

O Conselheiro LUIZ CARLOS ZEFERINO diz que a questão de médicos contratados 16

especificamente para plantões não é praticada por nenhum hospital, pois isso gera uma 17

vulnerabilidade muito grande, já que uma pessoa contratada especificamente para isso pode 18

apresentar qualquer problema de saúde, não vir ao plantão e trazer um atestado no dia 19

seguinte. Ela está plenamente amparada, só que o plantão ficou descoberto. Então, não se 20

deve contratar celetistas para cumprir plantão no horário do seu contrato. Viu algumas 21

análises econômicas e não lhe parece tão vantajoso economicamente, porque a questão do 22

plantão, a rigor, segue valores de mercado. Já tiveram de revisar os valores de plantão por 23

conta da defasagem com o mercado, porque são as mesmas pessoas que fazem. Quando 24

alguém não tem interesse em dar plantão aqui, principalmente médico, é porque está dando 25

plantão em outro lugar. E não existem, como foi dito aqui, pessoas extremamente interessadas 26

em dar plantão, existem pessoas que por necessidade se dispõem a dar mais plantões do que 27

outros, para cobrir uma escala predeterminada. Um outro aspecto importante que a professora 28

Teresa levantou sobre essas alterações de 2013, 2014, é que há uma portaria do professor 29

Tadeu mudando o escalonamento dos plantões, exatamente em 2014, que não era específica 30

do Caism, também era do HC. Então, isso foi feito por alguma discussão que aconteceu 31

naquele momento e por decisão do professor Tadeu o plantão 1B se tornou 1A, o 1C se tornou 32

1B, o 2 se tornou C. Portanto, houve um escalonamento. O MAGNÍFICO REITOR informa 33

que consta às folhas 146 a última portaria sobre o assunto, que data de 02.07.14. O 34

Conselheiro LUIZ CARLOS ZEFERINO diz que isso justifica o que a professora Teresa 35

apontou, essa mudança de escalonamento. Não foi uma mudança interna decidida dentro do 36

Caism, foi uma mudança da lógica geral dos plantões, provavelmente para corrigir valores de 37

mercado que estavam defasados. É o que imagina, porque em outras ocasiões isso foi feito 38

para corrigir valores de mercado daquela época. Foi mencionado que 2018 está aumentando 39

em relação a 2017, parece que isso está aumentando indefinidamente, mas tem a impressão de 40

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que esse aumento se deve ao seguinte: a alteração de escala no Caism não aconteceu em 1

janeiro de 2017, ela aconteceu em março ou abril de 2017, portanto o acréscimo correspondeu 2

a nove meses. Em 2018, estão trabalhando com 12 meses. Então, claramente se gastará mais 3

recursos em 2018 do que em 2017, porque essa escala está cobrindo 12 meses em 2018, e 4

nove em 2017. O que ocorre, e foi isso que o professor Manoel destacou, é que o Caism está 5

assumindo cobrir com recurso orçamentário a diferença entre 2017 e 2018. A Conselheira 6

MARISA MASUMI BEPPU diz que será bastante didática em relação aos procedimentos que 7

a COP tomou, exatamente porque ouviu várias vezes que em 2017 isso foi aprovado e feito 8

dessa forma. Contextualizará um pouco por que esse assunto chegou à Mesa do Consu. Já que 9

os Estatutos são tão importantes para a Universidade, cita o seu artigo 54, que define as 10

competências da Comissão de Orçamento e Patrimônio. Entre elas, emitir parecer sobre 11

orçamento geral da Universidade, fixação de taxas, contribuições, emolumentos. E o último 12

item que está lá colocado é: pedidos de suplementação de verbas feitos pelas unidades 13

universitárias. Então, qualquer suplementação que apareça, além da peça orçamentária 14

vigente, sempre deveria ter passado pela COP. Às folhas 51 da pauta, consta o primeiro 15

assunto trocado entre Aeplan e Caism, em documento ainda assinado pelo senhor Roberto 16

Bosso, que em janeiro solicita que, considerando essa previsão de módulos de 2017, a 17

previsão seja reformulada dentro das restrições orçamentárias, para que não haja expansão de 18

despesas em 2017. A resposta do Caism, em fevereiro, foi que não seria possível fazer o 19

dimensionamento solicitado pela Aeplan. Outras tratativas também estão colocadas, e mais 20

recentemente a Aeplan menciona as questões específicas sobre o dimensionamento dos 21

plantões. Chama a atenção sobre a diferença de como era feita a peça orçamentária em 2017, 22

aprovada em dezembro de 2016. Na PDO 2017, está colocado Grupo I, pessoal e reflexos, 23

horas extras e regime de sobreaviso e o programa de auxílio-alimentação. O que produziram 24

em 2018 estratifica em uma linha a mais, que é pessoal e reflexos, horas extras e regime de 25

sobreaviso e plantões na área da Saúde e programa de auxílio-alimentação. A mudança feita 26

de 2017 para 2018 é que a parte de plantões era de alguma forma “prevista”, mas estava em 27

um grupo muito maior, e é óbvio que pagavam conforme a atestação da área da Saúde, 28

sempre muito meritórios, colocados e verificados após execução. O que alteraram de um ano 29

para outro foi colocar em previsão e fazer um controle muito parecido com o que acontece 30

com horas extras e sobreaviso. Os órgãos que possuem horas extras e sobreaviso sabem como 31

isso funciona. A discussão toda aconteceu no momento do desenho da PDO 2018, em que foi 32

solicitada a previsão de gastos no orçamento, e todos sabem que começam a fazer as 33

previsões para desenhar a PDO do ano seguinte em setembro ou outubro. Solicitaram a todas 34

as áreas assistenciais da Saúde a previsão de plantões a serem executados, sugerindo, porque 35

era a única referência que tinham à época, os patamares de 2016. Não haviam fechado 2017 36

ainda, segundo a sistemática antiga. Todas as áreas assistenciais, HC, Hemocentro, 37

Gastrocentro, CCI, trouxeram valores compatíveis com 2016. O valor específico do Caism 38

destoou de 2016 exatamente em razão dessa tratativa que desconheciam à época, feita no 39

início de 2017, e da qual não há um único documento disponível. Então, colocou que 40

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tratariam disso no desenho da PDO 2018. Colocaram no desenho da PDO 2018, este 1

Conselho Universitário aprovou, com os valores que a Aeplan havia proposto, e começaram a 2

execução. Quando começaram a execução, como a nova sistemática verifica a disponibilidade 3

mês a mês, já nos primeiros meses começaram a ter problemas com o Caism. Fizeram várias 4

tratativas, mas os Estatutos colocam a apreciação da COP como algo importante a ser feito, e 5

portanto apresentaram o pedido do Caism na Primeira Revisão Orçamentária. Naquela 6

ocasião, a COP reclamou, com toda razão, de falta de dados para decisão, e fez uma 7

aprovação condicional até a Segunda Revisão, solicitando que todos os dados, inclusive 8

extraorçamentários, fossem apresentados. Foi o que tentaram fazer nesse meio tempo, e agora 9

trazem todos os dados na documentação. Acha importante esclarecer, porque em vários 10

momentos foi dito que foi aprovado em 2017, foi realizado, e é verdade, porque não havia 11

uma forma de controle dessas rubricas, mas entende também que na explanação do professor 12

Sarian tomaram conhecimento de que houve uma mudança em 2017. Foi colocado por ele 13

claramente que o Caism não fez qualquer planejamento em relação à possibilidade de a COP, 14

a CAD e o Consu rejeitarem o seu pedido, e que portanto tinha uma folha em outubro em que 15

teria de pagar as pessoas que já fizeram plantão em setembro. Particularmente, não gosta 16

muito dessa tratativa, porque parece que estão sendo acuados a tomar as decisões, mas há um 17

assunto prático que traz à tona várias outras questões que foram aqui colocadas, a que não irá 18

se ater porque sua questão aqui é meramente orçamentária. Concorda com o professor 19

Marcelo que essa é a situação na qual se inserem no momento em que resolvem seguir os 20

Estatutos, ser transparentes e fazer a gestão nas câmaras como deve ser feita. É uma decisão 21

difícil, mas entende também as decisões pragmáticas. Faz questão de explanar didaticamente 22

sobre a tramitação para que não fique parecendo que foi um assunto escolhido pela 23

Administração, um assunto pinçado para trazer aqui à exposição, ou qualquer outra 24

interpretação paralela que possa haver, já que vivem momentos muito difíceis na 25

Universidade em termos de comunicação. Informa que a COP também negou o pagamento de 26

suplementação de horas de sobreaviso solicitado pelo CCUEC. É claro que as duas questões 27

não têm ligação, só está dizendo que essa prática está acontecendo, na sua opinião, como 28

deveria sempre ter acontecido. E este Conselho é soberano para dizer quais tratativas gostaria 29

de ter dentro da Universidade. A Conselheira CLAUDIA MARIA BAUZER MEDEIROS diz 30

que apoia a proposta da professora Teresa. Não sabe até que ponto o que o professor Manoel 31

sugeriu também possa ser combinado na questão de já começar a haver uma reorganização de 32

plantões e do custo dos plantões. Só a incomoda ter a questão do RDIDP misturada aqui, pois 33

ela não tem a ver. O Professor LUÍS OTÁVIO ZANATTA SARIAN diz que foram colocadas 34

diversas questões, algumas são da sua governabilidade e outras não, mas comentará alguns 35

aspectos. Sobre a escolha de quem dará os plantões, foram apresentadas tabelas, inclusive 36

com o apoio do Caism, que demonstram quais são os profissionais e quanto eles recebem. Há 37

total apoio para que isso seja divulgado amplamente. Acha que fica claro que não existe 38

nenhum tipo conflito de interesses da parte de ninguém aqui em relação aos plantões. 39

Algumas pessoas citaram questões pessoais; é do plantão da oncologia, está falando aqui de 40

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plantões da obstetrícia e da neonatologia, então acha fundamental que isso seja dito para 1

dirimir quaisquer dúvidas nesse sentido. Não importa quem fará os plantões – se serão 2

docentes em RDIDP, em RTC ou se profissional Paepe, o que importa é que o Hospital 3

precisa do plantonista para fazer a sua assistência e precisa do dinheiro para realizar. A 4

professora Marisa colocou várias questões, colocou esse histórico todo. Todas as discussões 5

que o Hospital fez com a Reitoria foram feitas à moda de então, como todas as questões de 6

plantões referentes às outras unidades de saúde eram feitas, com as instâncias necessárias, 7

com a documentação necessária e assim era decidido. Considera muito salutar o que fez esta 8

Administração colocando isso dentro de uma discussão ampla e colegiada e explicitando na 9

peça orçamentária. Isso é ótimo, desde que o orçamento colocado seja compatível com as 10

atividades necessárias dentro da unidade. Então, apoia totalmente essa postura da professora 11

Marisa, não tem nada a reclamar com relação a isso, só é preciso que haja uma 12

compatibilidade entre o valor apresentado na peça orçamentária para o Consu e aquilo que o 13

Hospital precisa fazer contratualmente e legalmente. Ainda em relação a quem faz os 14

plantões, esclarece que a questão do docente em RDIDP está mais do que regulamentada, 15

inclusive já existe até um parecer STF sobre uma ação que foi movida dizendo que podem ser 16

dados plantões dessa forma. No momento em que o indivíduo está de plantão, não importa se 17

ele é um docente, professor titular, professor MS-3.1, se ele um médico Paepe ou se ele é um 18

professor em RTC – todos estão assumindo exatamente as mesmas responsabilidades médico-19

legais, estão exercendo uma atividade médica, cumprindo horário. As prerrogativas são 20

idênticas para todos, e se trata de uma atividade absolutamente à parte daquela que ele faz no 21

período diurno. A pessoa tem de ser remunerada para assumir a atividade de plantonista, com 22

as responsabilidades médico-legais a ela inerentes. Precisa ficar bem claro que nunca disse 23

que os plantões de outubro já estão marcados e não tem dinheiro para pagar. Isso nunca foi 24

colocado, até porque seria uma inverdade, os plantões de outubro ainda não foram dados. O 25

que é necessário é uma definição para fechar escala. Se a suplementação dos plantões não for 26

aprovada aqui, a partir do dia 1º não haverá recurso para pagar os plantonistas, e o Hospital 27

cairá na situação de desassistência, exposição a risco e todos os argumentos que já colocou 28

aqui com bastante clareza. A professora Teresa fez alguns comentários aos quais considera 29

importante responder. O primeiro deles é com relação à questão da mudança dos plantões. 30

Como está apresentado no material da pauta, às folhas 146, como comentado pelo professor 31

Marcelo, o tipo de plantão foi alterado ainda na gestão do professor Tadeu, em 2014. O 32

professor Zeferino mencionou que havia uma necessidade de corrigir o valor de mercado, o 33

que existe até hoje, mas o problema não é esse. É que o tipo de plantão exercido tem de ser 34

colocado em uma categoria. Quando existe exposição de urgência e emergência, esse plantão 35

deve ser pago no nível 1A ou 1B; os plantões eram pagos no nível 1C, então havia um passivo 36

trabalhista, uma inadequação do tipo de plantão que estava sendo colocado, então foi por isso 37

que houve essa correção. A diferença é pequena do valor pecuniário do plantão. Está também 38

demonstrado quanto é cada uma das categorias, mas a diferença, se não está enganado, é de 39

R$10 por hora. A professora Teresa propõe uma redução aos valores anteriores. Na situação 40

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em que estão hoje, de operacionalidade do Hospital, isso é absolutamente inviável. Nunca se 1

comprometerá a retornar aos valores anteriores porque está dizendo que eles são insuficientes. 2

A equipe também já é absolutamente enxuta, e de todas as unidades da área da Saúde, a que 3

proporcionalmente ao seu orçamento menos gasta com plantões é disparado o Caism. Não 4

está dizendo que as outras unidades gastam demais, mas que o Caism gasta de menos. Ele se 5

destaca por gastar muito pouco, menos do que precisaria até para cumprir outras 6

normatizações, e isso é algo que deve ser discutido. Acha que precisa ser feita uma 7

desvinculação dessas questões que foram colocadas aqui de quem paga, quem faz e quem 8

deve fazer etc. Reitera que o Hospital tem uma necessidade técnica desses plantonistas 9

absolutamente cristalina, e a suplementação orçamentária ocorre no papel, mas não é uma 10

suplementação real porque esse orçamento vem sendo executado desde agosto de 2016, 11

quando foi colocado um plantonista a mais na obstetrícia, e desde abril de 2017, quando o 12

terceiro plantonista, nos finais de semana, na neonatologia, foi colocado. Então, para 13

manutenção de atividades existentes é necessário que esse orçamento seja mantido. O 14

MAGNÍFICO REITOR diz que a área da Saúde é extremamente complexa porque existe um 15

mercado que envolve os profissionais de assistência, como enfermeiros e médicos, um 16

mercado extremamente complexo, porque ele tem um certo valor, tem muita volatilidade e, ao 17

mesmo tempo, tem falta de profissionais. Por outro lado, é uma característica da Unicamp ter 18

os professores envolvidos. A pergunta do professor Alvaro foi importante, porque não há 19

atividade dentro da área da Saúde da Unicamp que não envolva também a questão 20

educacional, ela caminha junto com a assistência. Continuamente ocorre a formação de 21

residentes, há estudantes de diversos anos trabalhando em conjunto, então essa área é 22

complexa por si só, e isso em qualquer lugar do mundo. Acha que todos sabem que é inviável 23

esse modelo em que a Universidade assume a área da Saúde quase integralmente porque o 24

recurso SUS não cobre os gastos. A área consome muito, ela tem a sua dinâmica própria e o 25

que precisam fazer e estão continuamente fazendo é cobrar da Secretaria de Saúde do Estado 26

mais recursos. Isso é algo fundamental. O modelo que possuem aqui, que é o único entre 27

todas as universidades paulistas, de assumir não só um hospital, mas cinco, é inviável. Não 28

permite que a área da Saúde cresça e se desenvolva adequadamente e não permite que as 29

outras áreas também cresçam, porque a área da Saúde tem a tendência de ser cara e é mais 30

cara, inclusive os insumos são importados etc. Há uma situação muito complexa que é fruto 31

do desenvolvimento da própria Universidade que precisam ir cuidando e resolvendo. Em 32

particular aqui apareceram diversas questões fundamentais que têm relação com a própria 33

prática e a cultura na área da Saúde, que é diferente de outras áreas e muitas vezes não 34

conhecido. Fica satisfeito com todo esse resultado porque demonstra, mais uma vez, que há 35

transparência na organização do orçamento da Universidade, e o fato de trazerem todas essas 36

discussões para órgãos colegiados levanta questionamentos fundamentais que toda 37

universidade deve fazer. Sua proposta de encaminhamento é que aprovem a suplementação de 38

orçamento solicitada, porque precisam fechar o ano, mas que nesse meio tempo a Deas 39

coloque em um contexto mais amplo essa discussão e essa regulamentação sobre os plantões, 40

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um estudo detalhado sobre eles, para tentar equacionar a questão e trazer um resultado mais 1

concreto ao Conselho Universitário. Esse assunto vai, naturalmente, voltar na discussão 2

orçamentária de 2019 e é importante que ele lá esteja, para não precisarem repetir essa 3

questão novamente. Não havendo mais observações, submete à votação a suplementação 4

orçamentária solicitada pelo Caism, que é aprovada com 39 votos favoráveis, 08 contrários e 5

11 abstenções. Em seguida, faz uma pausa para o almoço. Reiniciando a Sessão, diz que há 6

um assunto da Ordem do Dia que ficou pendente: item 3 – Proc. nº 01-P-20911/2017 –, que 7

trata do acréscimo de recursos para as Carreiras (Docentes, Funcionários e Pesquisadores). 8

Interrompeu o professor Wagner quando quis se pronunciar. Dessa forma, inverteu a pauta 9

porque ele precisou sair no momento da discussão, para que se posicionasse agora, após o 10

almoço. O Professor WAGNER DE MELO ROMÃO agradece a deferência do professor 11

Marcelo pela preservação da oportunidade de fala. Havia passado essa incumbência para o 12

professor Gustavo, mas agradece a possibilidade de poder expressar, em primeiro lugar a 13

satisfação de que aquilo que foi acordado entre a Reitoria, a Adunicamp e o STU – não está 14

falando pelo STU, mas ele participou da negociação – alguns meses atrás tenha sido mantido, 15

mesmo reafirmando que o ideal é que o reajuste de 1,5% tivesse sido maior. A visão da 16

Adunicamp continua otimista, lembrando que quando ainda se colocava que o orçamento para 17

2018 seria de R$97,9 bilhões, já indicavam que haveria uma arrecadação maior. Houve o 18

reconhecimento dessa arrecadação com os R$100,2 bilhões de agora. Essas previsões não são 19

de hoje, utilizam dados de 17 anos de arrecadação do ICMS, considerando também períodos 20

eleitorais, e anteveem que devem chegar a uma arrecadação da ordem de R$102,4 bilhões 21

neste ano de 2018. Verão em dezembro e janeiro, se isso se confirma. A Adunicamp solicitou 22

informações às unidades sobre as regras estabelecidas em cada uma para utilizar esses 23

recursos concedidos pela Reitoria para progressões e contratações. Receberam 10 respostas, 24

das 27 unidades, agradece aos diretores da FCF, FCM, FE, Feagri, Feec, FEF, FEQ, IE, IEL e 25

IFCH, que passaram informações sobre como foi o processo nas unidades. O único caso de 26

contratações para utilização daquele recurso de uma referência MS-3 foi da Faculdade de 27

Ciências Médicas, que decidiu contratar 5 docentes em RTP, mas nas demais unidades houve 28

uma variação entre 9 a 10 progressões. Perguntaram também qual seria a demanda reprimida. 29

É sabido que há alguns anos existe um contingenciamento, pelo menos uma diminuição da 30

frequência das progressões, e chegaram ao número de 175 progressões adiadas apenas nessas 31

10 unidades. Reforça o pedido às direções de unidade para fornecer essas informações, porque 32

acredita que também é parte do trabalho da Adunicamp, em colaboração inclusive com a 33

Reitoria, que possam ter o máximo de informações sobre como esses processos têm se dado, e 34

em respeito à carreira docente, sobretudo, que é algo que os une. Fazendo alguns cálculos, e 35

considerando esses R$102,4 bilhões na arrecadação de 2018, portanto, mais do que os 36

R$100,2 bilhões que estão indicados na atual revisão orçamentária, se mantivessem o critério 37

adotado no primeiro semestre, poderiam chegar a aproximadamente mais R$12 mil mensais 38

para cada unidade. Considerando a atual previsão, seus cálculos indicam que fazendo a 39

divisão entre a carreira de funcionários e a carreira docente, considerando as 27 unidades e 40

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uma divisão equânime, teriam em torno de R$4,5 mil/mês, o que possibilitaria que ainda este 1

ano cada unidade fizesse pelo menos 4 progressões na carreira. Espera que seja aprovado por 2

este Conselho, não há nenhuma indicação sobre o uso desses recursos adicionais, seja para a 3

carreira Paepe, seja para as carreiras docentes. Na visão da Adunicamp é importante que esse 4

recurso seja utilizado, em primeiro lugar, para as progressões, como foi o acordo. No caso da 5

carreira docente isso é mais tranquilo, uma vez que possuem uma carreira que sobrevive e 6

bem estruturada, não fala aqui pelos funcionários, mas acredita que eles tenham a 7

preocupação de como, afinal de contas, é possível que se utilize parte desses recursos para 8

uma reestruturação, uma compensação das perdas que tem havido nos últimos anos. De todas 9

unidades que conseguiram o detalhamento desse déficit de progressões que poderiam ser 10

feitas pelo tempo no nível, tempo de Casa dos colegas que entraram na Universidade nos 11

últimos anos, percebem que é nos níveis iniciais, 3.1 e 3.2 que há uma necessidade maior de 12

progressões. Então, o pleito é que esse recurso seja utilizado, sobretudo e preferencialmente, 13

nesses níveis. Cada unidade tem seu processo interno e autônomo de decisão, de definição, 14

sobre como esses recursos vão ser direcionados, mas, enquanto Adunicamp, gostariam de 15

acompanhar esse processo, pelo menos as discussões a serem feitas em algum âmbito no nível 16

central da Universidade, a não ser que haja algum tipo de deliberação com relação a isso. 17

Como são otimistas e acreditam que terão uma previsão de arrecadação de ICMS melhor até 18

dezembro, já no início de janeiro, tendo em mãos a arrecadação realizada, pleiteiam a 19

possibilidade de contar com esse acordo dos 10% do previsto sobre o arrecadado, para que 20

também seja direcionado para a reestruturação das carreiras, e para ampliação do número de 21

progressões referentes a este ano de 2018. O MAGNÍFICO REITOR diz ter plena consciência 22

de que existe uma demanda reprimida em todas as carreiras da Universidade. Inclusive, 23

destaca que estão realizando um esforço grande com relação à carreira dos servidores Paepe, 24

porque ela está congelada há cinco anos e precisam mudar essa situação. Mas há também um 25

grande número de jovens docentes contratados nos últimos anos e, naturalmente, muitos 26

docentes desejam progredir na carreira, e há aqui uma situação complicada nesse aspecto. Isso 27

é importante. Estava previsto na discussão tanto com o Fórum das Seis quanto internamente. 28

Para o processo que se dará a partir de agora pretendem alocar recursos para o orçamento 29

2019. Acabando a dinâmica da discussão da segunda revisão, imediatamente iniciam a 30

discussão da PDO 2019 e, de fato, todos estão torcendo para que a economia melhore, mas 31

precisam separar muito claramente o sonho da realidade. A segunda questão é que a 32

Adunicamp pode acompanhar em todos os âmbitos sempre, não há nenhuma restrição. 33

Aprendem com os erros, já discutiram na outra vez, se não está enganado foi na reunião 34

passada, e é preciso ficar claro e muito bem definido que o recurso é para progressão, porque 35

houve algumas unidades que não fizeram isso. Não foi apenas a FCM, o IB também fez. A 36

Conselheira TERESA DIB ZAMBON ATVARS diz que, em sua visão, está absolutamente 37

claro que esses recursos devem ser utilizados para promoção de docentes. O que não está 38

claro é privilegiar algum nível da carreira – e fala isso com muita tranquilidade, porque está 39

estudando os números. Em todas as reuniões da CVD esse assunto tem sido pautado. Ao 40

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longo desse um ano e meio conseguiram praticamente resolver todos os problemas dos 1

concursos que estavam em andamento, sendo que todos foram realizados e as pessoas 2

aprovadas tomaram posse. Resolveram parcialmente com os recursos deste ano a questão das 3

promoções e concursos de livre-docência. Entretanto, há um conjunto substancial de 4

concursos de professores titulares que foram contingenciados e não realizados. Há vaga e 5

verba concedida e, por razões conjunturais, entraram em dois contingenciamentos. A 6

distribuição é bastante heterogênea entre as unidades, sendo que há algumas que têm quatro 7

concursos de titular contingenciados e quase 25% do quadro entre os docentes MS-5 com 8

tempo de interstício que permitiria postularem o concurso de titular. Então, sair do Consu com 9

uma regra em que esse recurso de progressão, ou de promoção horizontal, está previamente 10

definido para docentes em início de carreira, produzirá em diferentes unidades reflexos 11

diversos. A CVD poderia se debruçar sobre o assunto e dar liberdade para cada unidade tomar 12

a melhor decisão. Como fizeram uma distribuição linear, uma cota para cada uma, as grandes 13

foram muito prejudicadas e as pequenas não gastaram todo o recurso, estão transformando em 14

custeio ou aguardando para utilizar no ano que vem. Uma das críticas que têm feito na 15

discussão na CVD é que a distribuição linear não é adequada, foi feita este ano por algumas 16

questões, mas não é adequada porque trata de modo igualitário unidades com perfis muito 17

diferentes. Gostaria que o Consu referendasse a proposta aqui apresentada pela Adunicamp de 18

que esse recurso fosse utilizado exclusivamente para promoções, mas não gostaria de ter uma 19

diretriz de que ele não possa ser utilizado para descontingenciar os concursos para titular que 20

estão contingenciados ainda. O Conselheiro ALEXANDRE LEITE RODRIGUES DE 21

OLIVEIRA diz que, a título de esclarecimento, pelo IB ter sido citado em termos de como 22

aplica esses recursos, como dito pela professora Teresa, foi em um momento de 23

excepcionalidade que a distribuição foi dessa forma, linear, e tinham concursos de livre-24

docente não homologados. Portanto, o IB aplicou em promoções, só que promoções que 25

estavam em haver ainda, de progressão na carreira de duas livre-docências que há dois anos 26

estavam aguardando homologação. E como foi dito, por ser uma unidade grande, que tem 27

uma demanda didática enorme, muitas disciplinas de serviço, e afetada pelas aposentadorias, 28

toda essa onda de revisão da previdência, teve perdas, inclusive falecimento de docente, uma 29

série de razões que os obrigou a mesclar um pouco o uso. Não foi, de forma nenhuma, por 30

má-fé ou na tentativa de não promover os docentes, mas sim para atender às atividades-fim da 31

unidade, e também para finalizar, como a professora Teresa também frisou, qualquer passivo 32

da unidade. Acredita que a partir de agora estejam alinhados para aplicar os recursos em 33

progressão dos jovens docentes. A Conselheira ROSMARI APARECIDA RIBEIRO destaca a 34

importância de pensar na carreira docente dos colégios com relação a esses recursos extras, 35

considerando que no primeiro semestre não foi disponibilizado nenhum valor para promoção 36

dessa carreira e, só agora, neste segundo semestre, é que entra em pauta novamente, ainda 37

com algum percalço em agosto. Mas há uma demanda bastante extensa se considerarem os 38

dois colégios. Há um grande número de docentes à espera dessa progressão e o valor que está 39

previsto para ser disponibilizado, conforme o orçamento, não é suficiente. Então, como agora 40

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entra esse valor extra, solicita que a Administração pense pelo menos em fazer uma divisão 1

equânime para que, assim como as unidades de ensino e pesquisa, os colégios também sejam 2

considerados no mesmo valor. O MAGNÍFICO REITOR diz que constam aqui as carreiras 3

especiais, e certamente a dos colégios. Não está na pauta, mas terão uma proposta, pelo que 4

ouviu da discussão entre o STU e a Adunicamp, de 50% para a carreira de professores e 50% 5

para a carreira de funcionários, mas dentro de cada carreira há algumas situações especiais, 6

por exemplo, o caso de pesquisadores, e o caso dos professores dos colégios. Então, terão de 7

adequar cada uma delas, e acredita que podem trazer uma proposta concreta para a próxima 8

CAD, pois terão de aprovar uma resolução para essa distribuição de recursos. O Conselheiro 9

DIEGO MACHADO DE ASSIS diz ter uma dúvida com relação à aplicação desse recurso no 10

caso da carreira dos técnico-administrativos. Na proposta orçamentária deste ano já estava 11

previsto um recurso para aplicação nas carreiras. Desde aquele momento foi dito que seria 12

aplicado a partir da nova proposta de carreira, criou-se o GT, e que ela ocorreria nos três 13

últimos meses do ano. Não tem a minuta desse GT da carreira, mas a professora Marisa fez 14

uma apresentação onde foi dito, não sabe se de lá para cá algo mudou, que essa proposta de 15

carreira seria separada da discussão dos recursos de 2018, que seriam duas discussões em 16

separado. Pergunta se em se aprovando esse item, esses recursos seriam somados ao valor 17

previsto na PDO para progressão na carreira em 2018 ou entraria só no cálculo do ano que 18

vem. O MAGNÍFICO REITOR diz que essa dúvida é bem pertinente, e o que estão 19

discutindo agora é 2018. Na carreira de funcionários há uma dificuldade extra porque estão 20

fazendo a discussão, e estão agindo rápido para poder ter uma carreira estável, que seja 21

suficientemente discutida, que seja boa, o que não é algo trivial de se fazer. A perspectiva é 22

que isso seja feito ainda em 2018, mas com toda garantia em manter os recursos previstos 23

para aplicação, ou seja, devem somar esses recursos a qualquer outra discussão do orçamento 24

2019. A Conselheira MARISA MASUMI BEPPU, relembrando um pouco, diz que já 25

colocou, acha que na CAD, mas esse GT tem uma particularidade: dois grupos o compõem. 26

Um é o GT executivo, que tem incumbência de elaborar, fazer estudos, fazer propostas, e o 27

outro é o GT consultivo, que levanta questões, coloca opiniões específicas sobre o trabalho. A 28

proposta do GT executivo está pública no portal da Universidade. Consta na página 5, que foi 29

feita um tempo atrás, a apresentação do workshop da carreira Paepe. Há um vídeo da 30

apresentação que fizeram do GT executivo para o consultivo, e realizaram o workshop 31

posteriormente, logo após essa apresentação. Há vários itens que julga interessantes ainda 32

para a discussão sobre essa carreira. Uma das manifestações que ouviu foi que a proposta que 33

o GT carreira está fazendo é uma mudança de paradigma, e é mesmo. Nesse sentido, há uma 34

clara visão de que uma coisa é discussão da carreira porque ela coloca alguns pressupostos 35

que separam progressão de avaliação, por exemplo, e também a questão do recurso alocado 36

para este ano. A ideia é que haja uma proposta de utilização desse recurso para este ano, mas 37

essa proposta especificamente é uma discussão que vai ser feita de acordo com o julgamento 38

do professor Marcelo e da professora Teresa acerca das possibilidades que os estudos 39

demonstram. Obviamente, uma avaliação precisa ter critérios estabelecidos, uma progressão 40

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tem de ter estabelecimento de várias outras informações que, para o ano de 2018, não vai 1

haver. Nesse sentido, deveria ocorrer uma separação das duas tratativas. A intenção é fazer 2

um investimento desse montante na carreira dos funcionários que está sem qualquer avaliação 3

desde 2013. Então, daqui para frente, com uma carreira aprovada, a intenção é de que haja 4

todo ano um montante destinado ao programa de desenvolvimento dessa carreira. Há um 5

material para acessar, cujo link está na PRDU, que faz parte da enquete realizada em vários 6

pontos em que tiveram a oportunidade de contatar diretamente o colaborador Paepe, todos 7

foram convidados a responder temas bastante objetivos e pontuais, sendo que conseguiram 8

alcançar um número um pouco maior do que 1.800 pessoas dentro de quatro dias, foi uma 9

adesão bastante expressiva em relação aos exercícios anteriores de tentativa de coleta de 10

opiniões. O material que está à disposição também foi uma quebra de paradigma, foi 11

desdobrado em áreas da administração central, unidades de ensino e pesquisa e área da saúde 12

e, por acaso, não foi significativa a diferença de opinião coletada entre as três, o que 13

supunham que ocorreria. O exercício está sendo bastante interessante. Há alguma 14

reverberação negativa, principalmente por causa dos grupos que, de certa maneira, se 15

apropriam como detentores da opinião dessas pessoas. Estão no momento de verbalizar uma 16

minuta proposta, ainda há pontos a serem definidos e a próxima etapa é levar a apresentação 17

da proposta para o expediente da CIDF e depois realizar tantas sessões quanto forem 18

necessárias para que possam deliberar com tranquilidade, porque têm a consciência da 19

importância de uma carreira que funcione para que haja uma trilha previsível para os 20

funcionários em termos de progressão. Uma das filosofias colocadas, e também viu algumas 21

críticas a esse respeito, é sobre a necessidade do alinhamento do olhar institucional com o 22

desenvolvimento da carreira do funcionário. Isso está bastante frisado nessa apresentação que 23

todos podem acessar; as pesquisas realizadas também podem ser acessadas. Solicitou à sua 24

equipe que colocasse um item de perguntas frequentes. Todas as perguntas que têm recebido 25

acerca da carreira estão sendo respondidas, bem como todas as solicitações que chegam no e-26

mail [email protected]. Há uma agenda de utilização para este ano, que acredita 27

que será decidida com critério bastante claro, mas que não necessariamente deve se confundir 28

com a tratativa do que estão pensando em termos de carreira e avaliação dos funcionários. 29

Uma colaboradora Paepe perguntou na CIDF o que garante que essa carreira que está sendo 30

proposta seja perene e não alterada em uma próxima gestão, ao que respondeu que ela será tão 31

perene quanto eficaz for, e as pessoas também enxergarem que está trazendo contribuição. 32

Esse ponto precisa ficar bastante claro, pois está ligado à questão do mérito que algumas 33

pessoas estão criticando. Agradece ao GT executivo, ao GT consultivo e à comunidade que 34

tem participado ativamente das enquetes, dando opiniões, mandado e-mails, tem sido bastante 35

importante. O Conselheiro DIEGO MACHADO DE ASSIS diz que, com relação à carreira, 36

há o vídeo da apresentação disponível e o resultado da enquete, mas gostaria de saber se é 37

possível disponibilizar a apresentação, os slides, porque há algumas tabelas que pelo vídeo 38

não é possível ver muito bem. A Conselheira MARISA MASUMI BEPPU diz que irá 39

disponibilizar no site da PRDU. O senhor Gilmar informou que as frequently asked questions 40

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– FAQ, ou perguntas frequentes – também já estão no ar. O Conselheiro JOÃO RAIMUNDO 1

MENDONÇA DE SOUZA diz que há um mérito nessa discussão que é ter uma proposta para 2

um debate. É importante a Administração sinalizar qual caminho está propondo. Houve 3

algumas discussões promovidas pelo sindicato com a participação das CSAs para avaliar 4

alguns aspectos. A carreira está estagnada há cinco anos, ou seja, uma pessoa que entrou aqui 5

cinco anos atrás pela carreira Paepe nunca teve a oportunidade de saber para que ela existe. 6

Há uma reunião agendada com a Reitoria, acredita que para o próximo dia 05, para que 7

possam expressar opiniões sobre o tema; depois de cinco anos não desejam protelar a 8

utilização desse recurso, o que precisa acontecer ainda este ano. É importante que haja um 9

processo de investimento na carreira, até do ponto de vista do que gerou a discussão da 10

negociação salarial, pelas circunstâncias que o senhor Reitor colocou aqui das dificuldades de 11

uma interface com o Cruesp, sendo que a pauta da greve era que houvesse uma referência 12

para todos os trabalhadores. Isso se desdobrou nesse recurso para a carreira que agrega um 13

valor importante para discutir o que fazer. Não vai entrar no mérito das observações da 14

carreira, mas pontua duas coisas que precisam ser levadas em consideração. É importante 15

elaborar uma proposta e que se crie um calendário de debate com a comunidade e com os que 16

têm acompanhado historicamente a discussão da carreira. As CSAs não têm participado e não 17

têm sido convidadas a participar dessa discussão. Estando há cinco anos sem carreira, o 18

acúmulo de entendimento e de conhecimento de histórico está muito mais concentrado nas 19

CSAs do que em qualquer outro instrumento, então, esse é um problema. Há também os 20

problemas estruturais da carreira que é uma isonomia que não foi concluída, um processo de 21

trajetória que não foi consumado e isso precisa ser analisado. É importante olhar para a 22

carreira através de um diagnóstico do que aconteceu, do que serve e do que não serve, apesar 23

de não estarem constituindo uma nova carreira, mas fazendo uma adaptação, estão 24

recomeçando um processo de discussão sem memória, sem os dados objetivos de até onde ela 25

chegou. Nunca viu aqui divulgado, nem nesta e em nenhuma outra gestão, quantos 26

trabalhadores subiram na carreira por terem feito graduação, mestrado e doutorado, e o que 27

isso representa ou representou. A Universidade simplesmente não consegue diagnosticar essas 28

questões, não consegue verbalizar que existe uma carreira onde a formação desses servidores 29

impactou na organização do trabalho, até porque a carreira nunca discutiu isso. Se estão 30

pensando em reformas, é preciso discutir alguns conceitos. O debate não passa por discutir 31

conceitos, mas por discutir tabela, forma de avaliação e em que vai enquadrar a avaliação. 32

Solicita à Universidade que mapeie o passivo existente, que faça um diagnóstico para que 33

partam de algo mais objetivo no sentido do que foi, do que é e o que desejam de uma carreira, 34

senão, correm o risco de que seja mais do mesmo com uma fórmula diferente. O Professor 35

WAGNER DE MELO ROMÃO diz que o pedido da Adunicamp para priorização das fases 36

iniciais está relacionado a dois aspectos. É natural que haja na Universidade mais docentes no 37

nível MS-3.1 e no 3.2. Na pesquisa inicial, ainda com dados parciais, os números mostram 38

que há 115 docentes em nível MS-3.1 e 3.2 que estão em condições de fazer sua progressão, 39

mas ainda não podem por falta de recursos, e 39 docentes nos níveis MS-5.1, 5.2 e 5.3 que 40

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também poderiam passar para o nível superior. Ou seja, em torno de 2/3 para os níveis iniciais 1

do MS-3, e 1/3 para os níveis a partir do nível do MS-5. Está trabalhando esses dados com as 2

unidades que os detalharam. É claro, se tivessem mais dados, poderiam tomar decisões mais 3

acertadas. Para além disso, há a questão dos baixos salários. De maneira geral, os professores 4

que estão em início de carreira têm obrigações familiares mais fortes, mais imediatas e, 5

infelizmente, entraram na Universidade exatamente em um período de refluxo do que seriam 6

as melhores condições salariais. Há pelo menos três ou quatro anos estão vivenciando uma 7

contenção muito forte nos reajustes salariais. Esse elemento também é muito importante e a 8

Adunicamp é apenas a intermediária dos professores nível MS-3 que têm chamado muita 9

atenção sobre esse fato. Concorda com a professora Teresa com relação a que a divisão não 10

seja igual nesse próximo momento entre as unidades, pois há realmente algumas que têm uma 11

demanda muito maior do que outras. A Adunicamp está à disposição para colaborar com esse 12

novo processo que se avizinha. O MAGNÍFICO REITOR diz que uma coisa é pedir os dados 13

e outra é validá-los, porque é preciso ter clareza sobre o que significam. Tem em mãos a 14

tabela enviada, e parece que o entendimento de demanda reprimida é diferente em diferentes 15

unidades. Por exemplo, na demanda reprimida da FE constam 61 pessoas, enquanto na da da 16

Feec, 3. Tem algo estranho nisso. Então, acha que é melhor validar esses dados antes de 17

ampla divulgação. O Conselheiro ALVARO GABRIEL BIANCHI MENDEZ, sobre a 18

questão da priorização aos níveis iniciais da carreira, diz que é uma questão delicada. 19

Conversando com os colegas diretores da área de Humanas e Artes pôde identificar que cada 20

unidade adotou um critério diferente. Estão muito satisfeitos com o critério que adotaram, 21

porque organiza uma fila e podem ordenar toda progressão pelos próximos anos, sem muitos 22

conflitos internos. O IFCH adotou um critério de desempate em certas situações que 23

favoreciam a progressão e a obtenção do título de livre-docente. Fizeram isso pela forma 24

como ocorreram as contratações no instituto, que gerou um vazio geracional no meio. Havia 25

professores muito novos, professores com bastante tempo de casa e já titulares, mas um 26

número reduzido de livre-docentes, e uma demanda reprimida nos departamentos bastante 27

considerável. Na primeira rodada de progressões, conseguiram fazer com que um número 28

relevante de professores pudesse pleitear o título de livre-docente. Em breve, haverá outro 29

problema decorrente das aposentadorias, que será a ausência de titulares em alguns 30

departamentos e de professores em condições de pleitear um cargo desses, o que em 31

programas de pós-graduação tem efeitos muito complicados. Está explicando essa situação 32

porque acredita que a situação do IFCH é particular, assim como é dos demais institutos e 33

faculdades. Ou seja, diz respeito à maneira de elaborar o calendário e o processo de renovação 34

ao longo dos últimos anos. Ficando a critério das unidades, acredita que podem chegar a 35

melhores resultados e a quadros mais equilibrados de composição do corpo docente. O 36

MAGNÍFICO REITOR diz que concorda plenamente. O Conselheiro CLÁUDIO JOSÉ 37

SERVATO diz que está fazendo visitas às unidades devido à eleição de servidores para o 38

Conselho Universitário. Muitas pessoas colocaram que a carreira e o processo avaliatório 39

precisam ser amplamente discutidos com a categoria, através de tutoriais e debates. São 40

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necessárias discussões nas instâncias institucionais, mas o foco é que haja uma carreira e 1

processo avaliatório que atenda à expectativa da maioria. Há uma demanda feita por pessoas 2

que obtiveram titulações e que não foram analisadas, ou seja, há muitos funcionários com 3

nível médio concluído, graduação, mestrado, doutorado, pós-doutorado, especialização, e é 4

preciso considerar. Nessas visitas que faz, as principais reclamações são sobre carreira, 5

processo avaliatório, redução das gratificações, vale-refeição, isonomia e achatamento. O 6

MAGNÍFICO REITOR diz que comentará uma questão levantada pelos conselheiros João 7

Raimundo e Cláudio. Vale a pena assistir com atenção a apresentação da professora Marisa, 8

que é bastante esclarecedora. Há muitos conceitos envolvidos, e a questão não é tabela. Há 9

ideias envolvendo a discussão da carreira, não é algo meramente burocrático, então, vale a 10

pena assistir e verificar que existe toda uma conceituação dentro do projeto. Concorda que é 11

um assunto complicado, se fosse simples, a Unicamp não teria completado 51 anos sem uma 12

carreira estabelecida. Não é trivial, não será fácil passar no Conselho Universitário. Possuem 13

um problema prático: os funcionários estão há muito tempo sem processo de avaliação, sem 14

processo de progressão e estão, no momento, em uma situação complicadíssima, porque 15

houve a aprovação parcial de uma carreira no final da outra gestão que é impossível de ser 16

implantada da maneira como está. Então, fazer qualquer ação na carreira vigente é impossível, 17

porque pode acontecer de depois a nova carreira atropele o que for decidido, como aconteceu 18

no caso da isonomia, onde muitas pessoas que com títulos já reconhecidos tiveram 19

achatamento em sua carreira porque a isonomia ocorreu parcialmente. Encontram-se em uma 20

situação absolutamente complexa do ponto de vista prático. Ampliarão os recursos caso a 21

matéria seja aprovada, mas a comunidade e os funcionários solicitam mais discussões e, ao 22

mesmo tempo, que utilizem esses recursos o mais rapidamente possível. Acredita que do 23

ponto de vista prático e pragmático, o que devem fazer é acelerar essa discussão para que 24

possam implantar o mais rapidamente possível. A solicitação é que possam avançar sem 25

prejudicar a discussão, que é fundamental, porque se não houver um apoio básico desde o 26

início ela nasce morta, sem chance de progredir. Sua sugestão de encaminhamento é pela 27

aprovação desses recursos com a divisão de 50% para funcionários e 50% para docentes, 28

incluindo as carreiras especiais. Talvez precisem reunir a PRDU e a CGU para que façam 29

uma proposta para aprovar essa distribuição na próxima CAD. Não sabe se será possível, 30

justamente porque desejam acelerar o processo, mas talvez, em breve, haja uma proposta 31

concreta de aplicação desses recursos. O Conselheiro JOÃO RAIMUNDO MENDONÇA DE 32

SOUZA diz que não tem nada contra o encaminhamento. Mas pela trajetória difícil da carreira 33

dos funcionários que está há cinco anos parada, pergunta se essa divisão não deveria ser 34

proporcional ao que representa o recurso de cada segmento, pois os servidores somam mais 35

que a metade do todo. O MAGNÍFICO REITOR diz que podem colocar isso, mas havia 36

entendido na discussão que tiveram durante a greve e durante a discussão que a divisão seria, 37

justamente para facilitar, 50% para cada categoria. Mas tudo está aberto para discussão. O 38

Conselheiro DIEGO MACHADO DE ASSIS diz que fez uma pergunta que não foi 39

respondida. Perguntou sobre o recurso para 2018. O professor Marcelo disse que tudo que 40

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estão discutindo é para 2018. O MAGNÍFICO REITOR concorda que é para 2018. O 1

Conselheiro DIEGO MACHADO DE ASSIS diz que há pouco o professor disse que é 2

impossível aplicar recurso na carreira porque ela não está pronta e que é possível acelerar a 3

discussão e implantar a carreira o quanto antes. Ao mesmo tempo, colocou a opinião, que foi 4

o que motivou sua pergunta, de que na apresentação havia sido dito que uma coisa é essa 5

discussão da carreira, do GT, minuta, e outra é o recurso para 2018. Gostaria de saber se é 6

outra coisa ou só depois de discutida essa nova carreira vai se aplicar o recurso de 2018. O 7

MAGNÍFICO REITOR diz que o risco aqui é uma decisão que o Consu tem a liberdade de 8

tomar. É possível parar a discussão da carreira, fazer um processo de promoção utilizando a 9

carreira antiga. O problema todo é que correm o risco de ter situações dependendo depois da 10

reclassificação em uma nova carreira e que todo esse processo seja engolido. Ou seja, não é 11

razoável atuar em cima de uma carreira, parar tudo, fazer o processo que precisam colocar, e 12

que não acontece há cinco anos, em uma carreira que está prestes a ser substituída. Acredita 13

que a maioria dos trabalhadores deve pensar igual. A sugestão é avançar nessa discussão da 14

carreira e garantir esses recursos de 2018 para que sejam utilizados na nova carreira. Se a 15

discussão se estender, se não acontecer, devem garantir que esses recursos sejam guardados e 16

mantidos para serem utilizados quando a carreira estiver disponível. Essa é sua posição 17

pessoal, mas o Consu é soberano para tomar outra decisão. Acredita que o melhor 18

encaminhamento é que avancem na discussão da carreira e utilizem esses recursos, se 19

possível, ainda em 2018. A Conselheira MARISA MASUMI BEPPU convida todos a 20

assistirem a esse vídeo. É muito importante que os dirigentes das unidades, dos locais, tomem 21

conhecimento do que estão começando a discutir. A primeira coisa que fala na apresentação é 22

que não levam uma minuta pronta, porque estavam discutindo conceitos, que são 23

extremamente importantes. Na situação em que estão, em que é muito fácil plantar opiniões 24

prontas sem ver o material, gostaria que todos buscassem essa informação na forma de vídeo 25

quando tiverem disponibilidade de tempo. Olhando a proposta, entenderão que colocam essas 26

discussões de forma separada porque, de fato, o zelo por implantar alguma coisa que possa ter 27

um caráter mais permanente é bastante importante. Sobre os recursos deste ano, o que 28

propuseram é fazer um estudo, já que possuem os dados em mãos. Inclusive é dito que não foi 29

feito diagnóstico, mas alguns dos slides são de diagnóstico, inclusive do represamento etc. Por 30

isso convida todos a colher fatos, dados e verem com os próprios olhos. Duas discussões que 31

podem no futuro acontecer em conjunto são a da carreira e a da aplicação dos recursos para 32

este ano, que podem ser usados na questão dos enquadramentos e em várias outras 33

circunstâncias. Elas são discussões separadas, mas em algum momento terão o 34

encaminhamento uma entendendo a outra. Não há como conjecturar nada disso sem que 35

assistam à apresentação e sem que vejam o que está sendo discutido lá. Isso foi publicado no 36

portal. Sobre a questão da agenda, informa que há reuniões da CIDF marcadas já para sexta-37

feira desta semana e para a próxima, e farão tantas quantas forem necessárias para a 38

discussão. O MAGNÍFICO REITOR diz que esse assunto é de extrema importância para a 39

Administração. Podem, até o fim do ano, marcar quantas reuniões extraordinárias do Consu 40

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forem necessárias para discutir essa questão, porque consideram importante que coloquem 1

essa questão de uma maneira muito clara, que haja essa discussão suficiente e que possam 2

avançar neste projeto de tornar a carreira estável e aceita por toda a comunidade. O 3

encaminhamento será colocar em votação esses recursos extras para a progressão nas 4

carreiras, considerando a porcentagem de 50% para professores e 50% para funcionários. 5

Sugere que tragam ou na próxima CAD ou na posterior, dependendo do avanço da discussão, 6

como será feita uma sugestão de aplicação para discussão e aprovação. O Conselheiro DIEGO 7

MACHADO DE ASSIS propõe que a porcentagem seja proporcional ao tamanho das 8

categorias. A dos funcionários está congelada há cinco anos, e entendem que a greve dos 9

servidores fez avançar esse processo de negociação. O Conselheiro FRANCISCO DE ASSIS 10

MAGALHÃES GOMES NETO pergunta se seria proporcional ao tamanho ou ao volume de 11

recursos gastos com as categorias. O Conselheiro DIEGO MACHADO DE ASSIS responde 12

que ao tamanho da categoria –7 mil técnico-administrativos e 1.900 docentes. O 13

MAGNÍFICO REITOR submete à votação a proposta que prevê a divisão pelo tamanho das 14

categorias, que é rejeitada com 36 votos contrários, 08 favoráveis e 11 abstenções. Portanto, 15

fica aprovada a proporção 50% e 50%. Passa ao item 4 – Proc. nº 01-P-13864/2018 –, que 16

trata de proposta de Deliberação Consu que cria a Comissão para Análise de Convênios e 17

Contratos – Cacc e regulamenta tramitação de processos de convênios e contratos a serem 18

celebrados pela Universidade. O assunto foi destacado pelo professor Kretly. O Conselheiro 19

LUIZ CARLOS KRETLY diz que uma das preocupações que os docentes têm com relação à 20

elaboração de contratos e convênios é o tempo e as seguidas comissões a que deve ser 21

submetido o projeto. Pergunta qual é a mudança crítica nessa comissão e onde são os pontos 22

em que a Reitoria detectou problemas na unidade e na volta. O MAGNÍFICO REITOR diz 23

que esta proposta oficializa de vez a Câmara para Análise e Aprovação de Convênios e 24

Contratos – Caacc, que foi criada por portaria GR e que nunca havia sido submetida ao 25

Consu. Ela fica mais forte ao ser criada por meio de uma resolução Consu, estabelecendo os 26

critérios, o caminho que um processo deve seguir dentro da Universidade. Há muitos casos 27

que correm da seguinte forma: depois de passar pela congregação e por outras instâncias, a 28

Caacc aprova, o Reitor assina e então vai para a unidade para ciência, assinatura, e depois 29

deveria voltar para aprovação da CAD. Mas como já está aprovado e assinado, a grande 30

maioria dos convênios e contratos não volta, 80% apenas volta aqui junto com o relatório 31

final para aprovação da CAD. Às vezes na CAD aprovam o relatório final e o próprio 32

convênio junto, cinco anos depois, o que traz uma fragilidade imensa ao sistema. O que vai 33

acontecer agora é que depois da Caacc vai passar na CAD para aprovação e depois irá para 34

assinatura do Reitor. Em casos extremos, isso pode retardar o processo em seis ou sete dias, 35

dependendo do dia da Caacc e do dia da CAD, mas seu compromisso aqui com todos os 36

projetos e processos é que aqueles que sejam urgentes assinará ad referendum da CAD para 37

não atrasar, o que, na realidade, é o que tem sido feito hoje. Não havendo mais observações, 38

submete à votação a matéria, que é aprovada por unanimidade. Passa ao item 11 – Proc. nº 39

01-P-306/2017 –, que trata de recurso interposto por Jemis Dievas José Manhiça, do Instituto 40

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de Computação, face à decisão da CCG contrária à solicitação de reconsideração de matrícula. 1

O item foi destacado pelo conselheiro Diego. O Conselheiro DIEGO MACHADO DE ASSIS 2

diz que destacou este assunto porque seria votado o parecer da Cepe contrário à 3

reconsideração de matrícula do estudante. Tomou contato com esse caso lendo a pauta do 4

Consu, não tinha conhecimento anterior, e não sabe se todos tiveram oportunidade de ler com 5

atenção este caso. Trata-se de um estudante de Moçambique, que está na Unicamp cursando 6

graduação através do Convênio PEC-G, tendo ingressado em 2005. Em 2007, ele descumpriu 7

a regra do programa de não poder ser reprovado em mais de duas disciplinas no mesmo 8

semestre. Naquele momento, em 2017, ele solicitou a reconsideração de matrícula, que foi 9

concedida, inclusive foi colocado já naquele momento que seria a última chance. Aconteceu 10

novamente no segundo semestre de 2017 de ele ter sido reprovado em mais de duas 11

disciplinas, e com isso está sendo negada sua rematrícula. Nesse segundo pedido, uma das 12

coisas que ele diz é que foi reprovado em mais disciplinas porque requereu um trancamento 13

de disciplina fora de época, não tomou ciência do resultado e isso foi um fator que 14

desmotivou a conclusão das outras disciplinas. Na prática, ele abandonou as outras disciplinas 15

por não ter conseguido esse trancamento, pois ele sabe que significaria seu desligamento do 16

curso. Como sempre é alegado, também não há excepcionalidade neste caso, mas podem 17

entender a situação do estudante estrangeiro que vem para cá e tem de se adaptar, entender o 18

processo burocrático. Faz um apelo para que reconsiderem a matrícula desse estudante, para 19

que ele possa concluir o curso. Em vários momentos ele coloca que só está no país por conta 20

do curso. É um custo muito pequeno para a Universidade e um benefício muito grande não só 21

para o aluno, mas até simbólico, de flexibilizarem um pouco a regra nesse caso e garantir que 22

a conclusão possa acontecer. Confessa que destacou o item sem muita esperança, porque esse 23

tipo de recurso sempre perde, mas acha que neste caso valeria a pena dar uma chance para o 24

estudante e fazer um ato de solidariedade com as dificuldades que ele deve estar passando por 25

aqui. O MAGNÍFICO REITOR observa que este caso realmente é diferente, e talvez a 26

professora Eliana possa explicar. O aluno é participante de um programa administrado pelo 27

Itamaraty chamado PEC-G, um convênio com regras muito rígidas. Se a Universidade 28

descumprir as regras, é descredenciada do programa. No caso desse estudante, já houve 29

descumprimento uma vez. Trata-se de uma questão diplomática, muito mais complexa do que 30

os casos normais que discutem aqui. O artigo 12 do programa estabelece que: “Será desligado 31

do programa o estudante-convênio que: 1) não efetuar matrícula no prazo regulamentar; 2) 32

trancar matrícula injustificadamente ou abandonar o curso; 3) não obtiver frequência mínima 33

exigida; 4) for reprovado por três vezes na mesma disciplina; 5) for reprovado em mais de 34

duas disciplinas ou número de créditos equivalentes no mesmo semestre, a partir do segundo 35

ano ou do terceiro semestre do curso”. Observa que o estudante em questão fala a língua, ele é 36

de Moçambique, então, nesse caso, vê que, infelizmente, não há muito o que discutir. A 37

Conselheira ELIANA MARTORANO AMARAL diz que a coordenação do curso de 38

Engenharia de Computação analisou o caso e, na primeira vez, apesar de o desempenho se 39

encaixar em uma regra de exclusão do programa, aceitou o retorno. Ele voltou com o 40

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compromisso de que era a última vez, mas o desempenho continuou muito aquém do 1

esperado. Então, como ele teve muitas reprovações, a coordenação agora disse que não 2

concordava com a reconsideração. O assunto foi encaminhado para um subgrupo da CCG 3

julgar, depois foi discutido na CCG em maio e foi mantida a decisão. Como após isso ele 4

ainda pede reconsideração, a próxima instância é a Cepe e depois o Consu. Há na 5

documentação um quadro histórico de todas as passagens pela DAC, um resumo bem feito 6

pela Procuradoria Geral e a situação é essa. É uma questão que lhe preocupa, o estudante que 7

chega aqui precisa ter uma orientação melhor, e não só o que chega de fora, mas todos os 8

ingressantes, pois eles não entendem as regras do jogo no sentido das possibilidades. Ontem 9

mesmo estava conversando com estudantes a esse respeito. O histórico desse aluno é 10

realmente muito arrastado, com muita dificuldade. É a segunda vez que ele pede 11

reconsideração, as duas vezes não cumprindo a regulamentação do PEC-G. Informa que ele 12

teve auxílio dos programas de apoio da Universidade que os estudantes desses convênios eles 13

podem ter, porque eles não podem ter BAS, em razão do acordo com o PEC-G, mas ele 14

sempre teve moradia e auxílio-transporte. Não havendo mais observações, o MAGNÍFICO 15

REITOR submete à votação o parecer da Cepe referente ao recurso do estudante, que é 16

aprovado com 48 votos favoráveis, 03 votos contrários e 02 abstenções. Portanto, fica 17

mantido o parecer Cepe. Nada mais havendo a tratar na Ordem do Dia, coloca para ciência o 18

item 1 do Expediente – Proc. nº 01-P-5179/2018 –, que trata do relatório do grupo de trabalho 19

criado para detalhar e elaborar proposta sobre o assunto Gratificação de Função, em 20

cumprimento à Deliberação Consu-564/2017. O assunto gerou um certo ruído, portanto 21

explicará a motivação. Olhou as atas das reuniões do Consu do ano passado em que 22

discutiram o corte linear nas gratificações, e existem cerca de 70 manifestações contrárias, 23

afirmando que não é correto, não é justo etc. E foi convocado um Consu extraordinário para 24

votar novamente a questão dos cortes lineares, onde novamente foi muito criticado o corte 25

linear. O GT que foi criado a partir dessa discussão de contenção de gastos sugeriu que fosse 26

feito um estudo de um corte não linear de gratificações para chegar ao mesmo valor de 30% 27

de redução nas gratificações. Como sempre tentam fazer tudo o que o Consu pede, foi criado 28

um grupo de trabalho bem técnico para estudar a questão e apresentar um relatório, uma 29

proposta que é muito preliminar, não é única e, certamente, vem junto com muitas críticas, 30

porque quando a pessoa, o cargo ou o órgão é afetado, há uma tendência natural de ser contra. 31

Entretanto, é impossível conseguir reduzir 30% sem reduzir as gratificações. Em algum lugar 32

essa redução tem de ocorrer. Nesse estudo, o grupo de trabalho descobriu que 30% dos 33

supervisores de seção não tem nenhum supervisionando. Em alguns órgãos, há pessoas que 34

possuem sob sua responsabilidade duas ou três pessoas e que ganham mais que o 35

superintendente do HC, por exemplo. Existem distorções imensas na tabela de gratificação, 36

pois ela foi construída a partir de situações específicas, eventualmente para solucionar 37

problemas, em geral na base da canetada do Reitor, que criava gratificações sem passar por 38

nenhum órgão colegiado. A ideia aqui é apresentar o relatório. Já recebeu centenas de 39

mensagens de todo tipo e de todo teor com reclamações, contendo talvez um entendimento 40

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errôneo dessa questão, mas se trata de um estudo, de um exercício. Se será implantado, 1

dependerá da resposta do próprio Conselho Universitário. É o resultado de uma solicitação de 2

pensar em uma resolução de 30% sem o corte linear. E verão que essa dificuldade é imensa, é 3

algo muito difícil de fazer. É uma proposta, pode haver outras, mas é um assunto importante 4

que a Universidade discuta. O corte linear tem prazo para dezembro e será rediscutido até lá. 5

Precisam ter alternativas: se vão ou não manter, se vão utilizar outro critério. É por isso que 6

estão colocando esse estudo para apreciação do Conselho Universitário. Várias pessoas lhe 7

disseram que não houve critérios, que foram apenas cortando, mas os critérios estão muito 8

claros no relatório final. A COP também colocou que a proposta é equivalente a 30% de corte 9

linear. Portanto, o documento está aqui como um relatório final de um grupo de trabalho para 10

subsidiar discussões. A Conselheira RACHEL MENEGUELLO pergunta se o senhor Reitor 11

abrirá para debate. O MAGNÍFICO REITOR responde que sim, mas que primeiro a 12

professora Marisa fará uma apresentação sobre os critérios, porque cada valor foi muito 13

discutido – por que um subiu, outro desceu etc. A Conselheira RACHEL MENEGUELLO diz 14

que talvez a professora Marisa pudesse incorporar suas perguntas na exposição dela, mas 15

pode deixar para depois. O MAGNÍFICO REITOR diz que provavelmente as perguntas já 16

estão incorporadas, mas se não estiverem, de qualquer forma ele abrirá posteriormente para 17

discussão. A Conselheira MARISA MASUMI BEPPU solicita, antes de passar para os slides 18

simples que o grupo preparou – os mesmos que foram apresentados para os professores 19

Marcelo e Teresa –, que os conselheiros se atentem ao material que está na pauta. Às folhas 1, 20

consta a portaria que designou o grupo de trabalho e nomeia seus membros. Essa designação 21

veio de um parecer da CGU e se tornou deliberação Consu, que menciona que “considerando 22

os itens constantes no relatório referentes à gratificação de função, foi aprovada a proposta de 23

criação de um grupo de trabalho no âmbito da PRDU para detalhar e elaborar proposta a ser 24

encaminhada à CAD”. Neste caso específico, como há supressão, elevação e modificação da 25

nomenclatura das GRs, ela não pode ser apreciada somente no âmbito da CAD, ela tem de ser 26

apreciada no âmbito do Consu. O que fizeram foi fechar o relatório desse GT que discutiu 27

bastante as GRs. Observa que estão disponíveis no S-Integra os nomes e lotações de todas as 28

pessoas que hoje recebem GR. Isso também foi divulgado na lista de e-mails do Divulga, 29

portanto muitas pessoas acessaram essas informações e muitas pessoas manifestaram que não 30

sabiam que eram tantas. A missão colocada a esse GT foi dar uma alternativa mais “racional” 31

ao corte, racionalizando a aplicação dessas GRs para conseguir o mesmo corte de 30% que foi 32

proposto de forma linear no ano passado. Na documentação da pauta consta todo o relatório, 33

além do parecer da COP, que como o professor Marcelo comentou se ateve à questão do 34

orçamento, dizendo se a proposta tenderia a alcançar o mesmo corte dos 30% e deixando 35

claro que a análise de mérito tem de ser feita nas instâncias específicas. Apresenta os 36

membros que fizeram parte do GT: o professor Sérgio Salles, que colocou as possibilidades 37

alternativas de corte; a professora Milena Serafim, que é presidente do comitê ad hoc que 38

cuida da análise das propostas de recertificação no âmbito da PRDU; além dos funcionários 39

Rubens dos Santos Junior, que não só participa do comitê ad hoc, mas também da gestão de 40

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quadros da PRDU, Monica Rovigati, da Educorp, e Gilmar Dias da Silva, coordenador da 1

DGRH. A senhora Veridiana Chiavegato, funcionária da PRDU, secretariou o GT. A 2

metodologia utilizada foi primeiramente se ater aos critérios. A tabela talvez seja o ponto mais 3

fácil de deliberar, as disposições transitórias é que talvez sejam motivo de grande discussão. 4

Tinham clareza disso, mas para a tabela se permitiram fazer o exercício mais racional 5

possível, e na tentativa de ordenar. Então, analisaram a tabela atual, verificando a 6

nomenclatura, a localização e a classificação delas. A tabela atual está hoje disponível no site 7

da DGRH, na parte de documentos. A metodologia utilizada na construção da proposta foi 8

primeiro entender onde estão essas GRs e fazer uma classificação sobre abrangência, 9

responsabilidade, complexidade e exposição jurídica. Os critérios utilizados foram os 10

seguintes: responsabilidade, que são obrigações e deveres gerenciais de arcar com as 11

consequências de suas atitudes e resultados do seu trabalho, ou do comportamento e 12

resultados de seus subordinados. Complexidade, que é o nível de interações e de 13

interferências nos processos de trabalho, considerando prazos e expectativas dos usuários dos 14

serviços prestados. A abrangência é a amplitude dos processos de trabalho dentro das 15

diferentes áreas e órgãos internos e/ou além da Universidade, se o impacto é interno ou 16

externo. Por fim, a exposição jurídica foi colocada como o grau de exposição ao qual está 17

submetida a função em possibilidade de uma ocorrência dentro de um processo de trabalho no 18

âmbito jurídico. Além de pontuar e tentar separar isso, fizeram uma revisão de nomenclatura. 19

Notaram que há uma grande heterogeneidade de denominações nos sistemas hierárquicos da 20

Universidade, portanto consideraram que deveria haver uma colocação mais específica para 21

cada dirigente, cada um saber a que se destina aquela GR, para qual órgão, e ter clareza do 22

porquê, e também da hierarquia. Discutiram muito a questão do diretor e coordenador; havia 23

coordenador 1, coordenador 2, e apesar de ser, por exemplo, Diretoria Geral de Recursos 24

Humanos e Diretoria Geral de Administração, elas possuem coordenadores e não diretores, e 25

se perguntaram o porquê. Fizeram uma proposta de homogeneização de nomenclatura. 26

Tentaram também fazer o trabalho árduo de padronização, que é a distribuição dos grupos de 27

GR, a quantidade por estrutura, sempre tentando valorizar as atividades-fim da Universidade. 28

Se alguém quiser se debruçar nas pontuações dadas etc., existe todo um material que não foi 29

anexado à pauta porque ela se tornaria exaustiva, assim como foram exaustivas as reuniões de 30

trabalho. Em relação à nomenclatura, há a denominação da hierarquia: reitor, coordenador 31

geral da Universidade, pró-reitores, diretores executivos, diretores gerais, que estão na linha 32

hierárquica dos locais, dos órgãos específicos, chegando então às chefias, e há um 33

quantitativo que colocaram, assim como a parte de coordenadores gerais e coordenadores 34

associados. Também diferenciaram o que é uma linha hierárquica direta e o que é 35

coordenação da parte de assessoria, porque há um entendimento claro de que assessoria, em 36

princípio, não assina papéis específicos de despacho etc., e não se trata de uma condição de 37

dirigente, então dessa maneira foram colocadas nesses eixos as GRs específicas. A partir 38

disso, fizeram uma redistribuição, que está colocada neste Expediente para que todos possam 39

ter ciência e debater se esse critério foi ou não correto. Inclusive a minuta ainda está em 40

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tramitação na própria PG, que já deu orientação clara de que deveriam, nas disposições 1

transitórias, dividir as GRs em impactos diferentes e talvez dispor regras de transição 2

distintas, porque há GRs que não se alteram em denominação, há GRs que se alteram e 3

alteram valor, há GRs que somente alteram valor, há algumas que são extintas, então para 4

cada uma delas categorizaram e isso estava em uma franca discussão com a doutora Fernanda, 5

da PG, que os está orientando muito bem acerca dos impactos disso. Então, não é uma 6

proposta fechada para no dia seguinte pautar no Consu, como muitos imaginaram. É uma 7

discussão para trazer o relatório do GT à luz, mostrar que a Administração trabalhou em uma 8

alternativa, conforme determinação do próprio Consu, e decidir se vale a pena ou não essa 9

tabela, se vale a pena modificar alguma especificidade, se vale a pena discutir alguma outra 10

coisa. Da mesma forma como em outros momentos outros relatórios de GT foram trazidos no 11

Expediente. Só que esse causa uma polêmica muito grande porque muitas pessoas 12

imaginaram, pelo que ouviu das críticas, que já estava vindo para decisão específica, e não é o 13

caso. A questão está toda aberta, e um aspecto complicado para os conselheiros é que podem 14

concordar com a questão racional que o GT praticou, mas o ocupante tem nome, CPF, sabem 15

quem é, portanto a questão se torna muito mais política do que racional-administrativa. Por 16

isso o convite a pensarem no que foi lá colocado, que é passível de críticas, e convida também 17

a pensarem muito nas disposições transitórias. Não vai entrar aqui nas especificidades, porque 18

um subiu, porque outro desceu, porque isso tomaria muito tempo. Na padronização, 19

propuseram uma outra tabela, que está colocada também no relatório, então passam a ser 20

alguns grupos específicos de GR. Primeiro, possuem alterações de GR de funções que hoje 21

cumprem mandato. Então, tiveram a clareza de que essas devem ser preservadas até o fim do 22

mandato. Existem outras que os conselheiros podem querer discutir se são os seis meses que o 23

GT colocou ou se seria um prazo maior, ou o que for, mas existem situações em que até os 24

Regimentos têm de ser revistos em um determinado momento. Isso acontece no caso dos 25

coordenadores de graduação, por exemplo. Por isso o tempo para que isso aconteça. Unidades 26

e órgãos terão de ajustar seus regimentos em algum momento. Tiveram o cuidado de dizer 27

que qualquer “economia” gerada a partir desse processo seria revertida às carreiras 28

respectivas, portanto isso não vai ser utilizado para outras situações. A diferença de investir 29

em carreira e investir em GR é que GR, por determinação da Constituição estadual, é 30

acumulada, então há aquele efeito multiplicativo de que falam de tempos em tempos. E há 31

também as funções que só podem ser alteradas por meio de certificação, e por isso leva um 32

tempo também. Foi um trabalho que se ateve bastante à questão racional e classificatória, os 33

critérios estão expostos e as pontuações que deram, ponderaram, conversaram, estão ali 34

colocadas. É um trabalho sujeito a críticas, mas que mostra o compromisso de que se 35

debruçaram sobre o tema, com pessoas que trabalham há bastante tempo com o assunto, e que 36

poderiam trazer uma alternativa para que a comunidade da Universidade reflita o que ela quer 37

através de sua grade de GRs. Reitera que é uma deliberação que se no futuro for pautada, será 38

curta, e as disposições transitórias é que vão cuidar de todo o assunto. Se alguém tiver alguma 39

dúvida, está à disposição. A Conselheira RACHEL MENEGUELLO diz que participou da 40

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reunião convocada pelo senhor Reitor com a representação docente, em que algumas 1

explicações foram fornecidas sobre essa proposta de nova tabela e de novos critérios. Então, 2

quer crer, e já sabiam disso, que a motivação dessa mudança toda não são apenas os 30% 3

cortados. Se o senhor Reitor consultou as atas antigas, verificou uma manifestação que ela fez 4

sobre a importância a mudança da tabela vigente porque ela se cristalizou no tempo com uma 5

distribuição e uma nomenclatura incompreensíveis, se se levar em conta inclusive os critérios 6

que foram colocados aqui, como a responsabilidade e complexidade das funções. Então, essa 7

é uma tarefa que tem de ser feita e considera o trabalho do GT muito bom nesse sentido, 8

tentando dar essa clareza para os conselheiros. Entretanto, possui algumas dúvidas que talvez 9

se devam à falta desse material que a própria professora Marisa disse que não veio junto e que 10

traria algumas explicações. A primeira é que como a numeração dos níveis praticamente não 11

muda, e há uma descrição de cada uma das funções, pergunta seria possível fazer um quadro 12

sinótico que demonstre que determinado cargo foi para um local, determinado número foi 13

para outro. Deseja entender essa passagem das coisas para saber o quanto elas são pertinentes, 14

o quanto elas conversam nessa nova proposição, que parece muito racional, mas fica essa 15

dúvida por conta de que havia 80 nomenclaturas na antiga e agora são mais de 90. Então, a 16

intenção foi dar uma precisão maior ao que está sendo feito, mas seria interessante visualizar 17

para onde cada coisa foi de um nível para outro, para terem clareza da aplicação desses novos 18

critérios. Outra questão é que as secretarias estão extintas na tabela proposta, salvo alguns 19

casos específicos como o de secretário de diretor de unidade. Isso foi algo que o próprio 20

professor Marcelo mencionou para a bancada docente que talvez tivesse um impacto 21

importante. A pergunta para o GT é sobre a variação do impacto que isso poderá ter à luz da 22

certificação que já está feita para grande parte da Universidade. Sua dúvida é se houve essa 23

reflexão e se essa avaliação está em algum lugar do relatório maior, que não foi anexado à 24

pauta, mas que é importante conhecerem. Eles mesmos comentam que descobriram casos de 25

supervisores que não supervisionam pessoas, então provavelmente esse impacto é positivo, de 26

colocar ordem na casa, mas há outro impacto que também é complicado: existem funções 27

reais que continuarão sendo realizadas, mas que não terão mais seu reflexo na gratificação. 28

Sua última dúvida é a questão do coordenador de graduação, que acha que pode ser algo a ser 29

ainda discutido. Às folhas 13, consta a descrição da função de coordenador de curso de 30

graduação, com a observação de que para existir a unidade de ensino deverá ter mais de dois 31

cursos de graduação diurnos ou três cursos de graduação diurnos/noturnos. Pergunta se cada 32

curso terá um coordenador. Então, ele tem o geral, tem o associado, e cada curso desses terá 33

uma coordenação gratificada. O IFCH, que tem quatro cursos, terá quatro coordenadores. 34

Pergunta se seu entendimento está correto. O MAGNÍFICO REITOR observa que no 35

momento isso ainda é uma mera proposta, que nem sabem se será pautada. É o relatório de 36

um grupo de trabalho. Possuem plena consciência das repercussões políticas e das 37

dificuldades que terão. Então, é um futuro que não necessariamente se concretizará. O 38

Conselheiro DIEGO MACHADO DE ASSIS diz que na reunião da COP em que foi 39

apresentado esse tema e na reunião realizada esta semana entre o senhor Reitor e a bancada de 40

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funcionários e estudantes, solicitou um dado sobre a quantidade de docentes e técnicos na 1

tabela antiga e na proposta e os valores de cada categoria. Pergunta se possuem esse dado para 2

fornecer. O MAGNÍFICO REITOR responde que o dado solicitado consta às folhas 28 da 3

pauta. O Conselheiro DIEGO MACHADO DE ASSIS diz que no artigo 1º, § 2º da minuta, 4

trata-se de dois casos: funções que têm algum mandato, que seriam extintas na vacância do 5

mandato, e demais funções seriam extintas em até seis meses pelas unidades. Pergunta 6

quantas se enquadram em cada caso, das 500 gratificações que estão propondo extinguir. A 7

segunda dúvida é em relação às gratificações incorporadas, principalmente relacionadas à 8

mudança de nomenclatura. Em se mudando a nomenclatura, pergunta em que caso as partes 9

incorporadas entrariam; se elas se adequariam também à nova nomenclatura por conta dos 10

reajustes ou passariam por um processo de defasagem. Já que a proposta é discutir conceito, 11

coloca que há um conceito que não entendeu: às folhas 6 da pauta, está dito que é proposta 12

uma distinção entre o que seria uma carreira gerencial e uma carreira técnica. O texto é o 13

seguinte: “Instituição de uma carreira gerencial no âmbito da Universidade em paralelo à 14

carreira técnica, reforçando a distinção entre uma política de funções e outra de postos 15

gerenciais”. Se o conceito é de que existem carreiras em paralelo de funções gerenciais e 16

outras de funções técnicas, pergunta por que existe uma distinção, por exemplo, no cargo de 17

assessor, que considera gerencial, entre assessor docente e assessor Paepe. Parece-lhe que isso 18

é o contrário do que é o conceito, que é separar carreira gerencial de carreira técnica. Na 19

verdade, estão separando dentro da carreira gerencial as atribuições técnicas do indivíduo. O 20

Conselheiro CLÁUDIO JOSÉ SERVATO diz que participou ativamente, em 2011, de um 21

processo envolvendo a tabela de gratificações. Disponibilizará à professora Marisa o parecer 22

que tem em mãos sobre o assunto para ajudar, se for necessário. Entregou cópia desse 23

documento para os senhores João Raimundo e Diego. Nos últimos dias, recebeu 24

manifestações quanto ao trabalho realizado pelo GT para rever a tabela de gratificações. Nas 25

conversas com os funcionários, há uma indignação quanto a essa reestruturação. Os 26

secretários estão apreensivos quanto ao futuro, especialmente porque muitos relatam 27

momento de crise financeira. Na FEQ, por exemplo, há um prédio onde fica o professor 28

Milton Mori e uma dezena de docentes. A secretária lá era a senhora Rosângela Pedroz, que 29

tomava conta dos projetos de 10 professores; ela não está lá mais hoje, há outra pessoa em seu 30

lugar, mas pergunta quem vai tomar conta de todo esse serviço naquele local com a extinção 31

da secretária. É só um exemplo, mas deve acontecer em outros setores. Cita também o IB, que 32

passou por uma reestruturação de departamentos há pouco tempo. O MAGNÍFICO REITOR 33

observa que a proposta não extingue a secretária, extingue a gratificação. O Conselheiro 34

CLÁUDIO JOSÉ SERVATO diz que haverá acúmulo de serviço no caso da falta de 35

secretários. Sobre os supervisores de seção, há várias questões a levantar. Nos últimos anos, a 36

Unicamp vem gradativamente diminuindo o número de funcionários e aumentando o trabalho 37

dos supervisores, chegando ao ponto de adoecerem. Aproveita o relatório da comissão para 38

fazer a leitura de um documento para entender o que está acontecendo: “Artigo 2º. os recursos 39

decorrentes nos ajustes desta deliberação serão revertidos para ações na melhoria da gestão 40

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pessoal, com prioridade para investimento nas carreiras dos servidores da Unicamp, docentes, 1

pesquisadores, procuradores, técnico-administrativos, mediante parecer da COP.” É o que 2

acabou de dizer, a Unicamp fez uma política para diminuir o número de funcionários, 3

incluindo os supervisores. Há muita insatisfação com relação à redução de 490 profissionais, 4

que lutaram e trabalham para manter o serviço em ordem, mesmo com a política de 5

enxugamento da Universidade. As pessoas estão bastante insatisfeitas com o que consta no 6

relatório: “Atualmente, há na Universidade 1.851 cargos gratificados, considerando a tabela 7

de gratificações vigente, com uma despesa mensal estimada em R$2.636.301,88, sem 8

encargos. A nova tabela proposta, após reanálise das estruturas organizacionais, apresenta o 9

total de 1.357 funções gratificadas, com uma despesa mensal estimada em R$2.644.594,93.” 10

Está tudo muito bem explicado, mas diminuiu o número de gratificações e aumentou o 11

dinheiro gasto. A Conselheira MARISA MASUMI BEPPU, começando com as questões da 12

professora Rachel, diz que na tratativa com a Procuradoria Geral notaram isso, e ela indicou, e 13

começaram a fazer o trabalho da tabela “de/para”. Esse ponto inclusive vai tangenciar 14

questões jurídicas, então, se essa proposta vai um pouco mais à frente, é necessário incluir o 15

“de/para”. Existem movimentações de recolocação e algumas extinções. A quantidade de 16

denominações de gratificação, de fato, aumentou, porque especificaram para o que é, então, 17

diretor de determinado órgão, diretor de outro, e não diretor 1 etc. Para coordenador, a mesma 18

coisa. Houve um rearranjo de grupos, sendo que a tentativa, em um primeiro momento, foi 19

fazer um enxugamento nesses grupos, pensaram e repensaram algumas situações porque 20

notaram que alguns grupos que estavam mesclados tinham o problema de que o dirigente e o 21

próximo supervisionado, ou o que é dirigido, tinham a mesma GR, então, precisaram fazer 22

uma estratificação para a denominação diferente e para que os valores denotassem essa 23

diferenciação de critérios. Toda classe de secretários teve orientações diferentes, assim como 24

a de ATs. Estão preservados os secretários de diretoria, por exemplo, vários dos secretários 25

que trabalham em coordenações estão sendo dirigidos a ser chamados de ATs. Para os que 26

estavam na graduação, os que estavam na extensão, há uma ideia de homogeneizar. Existia na 27

determinação dos critérios utilizados um entendimento de que boa parte das descrições já 28

estavam na Classificação Brasileira de Ocupações – CBO. Com esse entendimento, foi feita 29

essa proposta específica. Antecipando um pouco a resposta ao conselheiro Cláudio, primeiro 30

que não há extinção de pessoa, isso já está, em boa parte, descrito na CBO de muitos 31

funcionários, e muito dessa inquietação se tranquiliza nas disposições transitórias, que 32

inclusive pode ser bastante flexível, e conversarão sobre isso no GT, se é até o momento de 33

uma vacância, se é até o momento de uma substituição. A questão dos supervisores foi um 34

pouco mais polêmica, porque eles congregam um espectro de pessoas nessas funções que têm 35

subordinados e supervisionados em funções em diversidade muito grande. Enquanto há 36

supervisores que chegam a ter 500 supervisionados, há supervisores sem supervisionado 37

algum. E também levaram em consideração que alguns desses supervisionados poderiam 38

alegar que não possuem supervisionado porque a Unicamp não contrata, porque sua unidade é 39

enxuta, enquanto outra que não é poderia ser privilegiada. A questão da quantidade de 40

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supervisores só pode ser equacionada nas certificações, quando se verifica que determinada 1

seção realmente necessita. A questão é bastante polêmica, houve muita discussão dentro do 2

próprio grupo, mas é sabido que há pessoas que têm um quantitativo que beira centenas, quase 3

milhares, e outras que não têm supervisionados. Se as pessoas acharem que há uma razão, se 4

contempla nas disposições transitórias. Com relação à certificação, os dois pontos se casam. 5

Algumas unidades têm revisão automática e outras têm de perceber um trabalho de 6

recertificação. Pode ser que alguma unidade que já enviou a certificação, frente a uma nova 7

tabela, queira mandar uma recertificação. Mas saberão que foi uma demanda específica do 8

Conselho Universitário, não poderiam parar nem as certificações, nem o trabalho do GT, que 9

terão de se complementar. Sobre a questão dos coordenadores de graduação, a ideia foi tentar 10

tornar a CCPG mais isonômica com a CCG, porque a ideia é ter um coordenador geral de 11

graduação por unidade, sendo que os demais são coordenadores de curso, e há uma 12

negociação histórica para isso. Observaram que os coordenadores associados foram 13

conferidos às unidades que possuem curso noturno. Ou seja, a regra é ter um curso diurno e 14

um curso noturno; se há dois cursos diurnos, ela já tem direito não só ao coordenador geral de 15

graduação, mas também a um coordenador de curso. A soma de coordenador geral de 16

graduação, mais coordenador associado, mais coordenador de curso tem de perfazer o total de 17

cursos de graduação que a Universidade possui. Sabe que em algumas unidades o número é 18

grande e em outras é bem menor, mas é a tratativa mais igualitária para equacionar a questão 19

que já vem de muito tempo. A demanda à COP do Diego está colocada à página final, e foi 20

feita às pressas, pois tiveram uma dificuldade. Existem GRs que servem tanto para docente, 21

quanto para funcionário, então, houve dificuldade para mensurar o quantitativo. O 22

Conselheiro DIEGO MACHADO DE ASSIS diz que havia pedido os valores também. A 23

Conselheira MARISA MASUMI BEPPU diz que estão apurando os valores, é um pouco mais 24

difícil, porque sabiam que haveria questionamentos sobre quem ocupa hoje as GRIs. Pode 25

comentar uma prévia sujeita a erros, pois ainda é preciso apurar com a DGRH, com a DAP e 26

com a própria Aeplan. Algumas projeções colocam que, provavelmente, haverá uma redução 27

de x. Então, haverá cerca de 14 docentes com uma perda específica média de R$1,117 nas 28

GRs e, a depender do que ocorrer entre secretários e supervisores, porque esse quantitativo 29

não está fechado, pode variar até cerca de 80, 90 posições, e terão uma perda média de 30

R$601,86 para cada um. Já encomendou um trabalho nesse sentido para a DGRH e para a 31

Aeplan, para obter números cuidadosos. Outro ponto colocado são as disposições transitórias. 32

E as disposições transitórias sobre a mudança que pode levar a cerca de 500 GRs a menos, é 33

que vão ditar. Como se dará a tratativa, se vai se manter, se vai se permitir incorporar, vai 34

trazer à tona a discussão de uma eventual implantação disso. Com relação ao impacto da 35

mudança de nomenclatura, a doutora Fernanda orientou que toda vez que haja, por exemplo, 36

uma extinção, é preciso guardar o grupo de referência ao qual pertence a GR, para não tornar 37

a GRI obsoleta. Então, isso também é um trabalho que além do “de/para” que a professora 38

Rachel mencionou, precisam colocar os que eventualmente estejam em extinção, precisam 39

colocar um referencial claro de em que local ele está. Esse parágrafo do “reforçando os postos 40

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gerenciais versus as carreiras”, é a tratativa que disseram que precisam saber diferenciar o que 1

é GR do que é progressão de carreira. Por isso, as duas tratativas vêm juntas, porque é sabido 2

que GR, de forma errada, durante muito tempo nesta Universidade, foi utilizada como 3

compensação de carreira. Não significa dizer que irão criar categoria de GR técnica, mas que 4

é preciso ter uma carreira que contemple as pessoas através de talentos tanto gerenciais 5

quanto técnicos, e a tabela de GRs está sendo analisada sob o aspecto gerencial. Com relação 6

a assessores, houve uma redução, pois havia uma quantidade bastante grande e estratificada e 7

eles também foram delimitados a quem, em princípio, pode ocupar cada um deles. 8

Novamente, sujeita a observações e análises. Com relação à colocação do conselheiro 9

Cláudio, sabe que estão em plena campanha para votação de representantes de funcionários 10

junto ao Consu, e precisam colocar aqui as preocupações da categoria, mas se verificarem 11

novamente, com olhar técnico, verão que o trabalho feito pelo GT não foi leviano. A matéria 12

está aberta à discussão, mas a questão de citar nomes, leva, de novo, à necessidade de 13

observar as disposições transitórias. Sabem que as pessoas não vão deixar de realizar seu 14

trabalho, muitas delas, como disse, estão descritas em CBO. A tabela específica da USP 15

coloca secretários em vários níveis diferentes, distinguindo que secretário é cada um. Outra 16

questão é sobre os supervisores, que atualmente são cerca de 460, saberão exatamente 17

verificando as certificações, por isso não tem um corte claro do que é a questão específica, do 18

que vai virar o quantitativo. O Conselheiro JOÃO RAIMUNDO MENDONÇA DE SOUZA 19

diz que, pelo que entendeu, as unidades que fizeram a certificação terão de refazer ou 20

readequá-la. Algumas questões que tinha, a professora Marisa respondeu em sua fala. Irá 21

colocar algumas questões que considera importantes. Primeiro, que estão em uma reunião que 22

não é de Expediente. O MAGNÍFICO REITOR diz que é Expediente. O Conselheiro JOÃO 23

RAIMUNDO MENDONÇA DE SOUZA esclarece que o que quis dizer é que estão tendo 24

espaço para debater, sendo que não irão deliberar, e isso é importante. Outra questão é que a 25

professora Marisa comentou um problema que é histórico e mais recentemente mais presente 26

ainda, na ausência da carreira, a gratificação vem sendo usada como instrumento de 27

reconhecimento. Quando se toma uma medida dessa desconectada da carreira, sem que haja o 28

espaço para que do ponto de vista da carreira as pessoas enxerguem esse reconhecimento, 29

gera frustração. Estão em um ambiente de reajuste curto, em que cerca de 500 trabalhadores 30

vão perder renda, então não dá para omitir isso da proposta. Alguns, por exercer uma 31

atividade gratificada que não se justifica, o estudo provavelmente identificou, e outros porque 32

estavam exercendo uma atividade gratificada que tinha um reconhecimento naquela atividade. 33

Está dizendo isso porque essa é uma mudança que precisa de um timing também, porque essa 34

frustração vai acontecer, ela já está presente no debate que têm visto nas unidades. 35

Circulando, identificou duas observações, por exemplo, de unificar em uma mesma grade um 36

assistente técnico de divisão e um assistente técnico de apoio, seja da pesquisa, seja da 37

extensão. O que faz um ATD é muito diferente do que faz quem trabalha com extensão. 38

Estava nas definições do que era critério para definir gratificação a questão da 39

responsabilidade. Para dar um exemplo, o pregoeiro que trabalha na DGA precisa responder 40

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judicialmente por seus atos com seu CPF, porque existe essa característica, e hoje eles não 1

têm mais gratificação. Por isso acha que seria interessante que esse debate fosse para as 2

unidades para que elas pudessem reverberar essa discussão, pudessem saber com maior 3

profundidade o que isso representa. Gratificação é um instrumento de gestão, diferente da 4

carreira, mas acha que ela foi desenhada com outro caráter ao longo dos anos e é muito ruim 5

frustrar as pessoas que vão ter redução de salário, e não estão falando de poucas pessoas, em 6

um cenário que não é favorável. Como estão discutindo carreira, processo de avaliação, seria 7

bastante prudente que essa discussão fosse feita nas unidades para, depois, refletir sobre ela. O 8

MAGNÍFICO REITOR diz que terá de repetir que este assunto não está pautado, não sabem 9

se será pautado, ou seja, é responsabilidade dos trabalhadores que são representantes dos 10

funcionários deixar isso claro para não gerar pânico à toa. Não está sendo pautado, está sendo 11

discutido um relatório de um grupo de trabalho. Não estão cortando salário de ninguém, não 12

estão eliminando ninguém. Trata-se de uma discussão de uma proposta de um grupo de 13

trabalho que, como a professora Marisa repetiu várias vezes, tem disposições transitórias. A 14

disposição transitória poderá ser, por exemplo, que ninguém perderá gratificação até 15

incorporar. Isso o Consu vai decidir. Haverá eleições dos representantes para o Conselho 16

Universitário, e é importante se colocar nesse momento e discutir, mas não na base de notícias 17

que não são verdadeiras. Não está sendo pautado, então não há nenhum tipo de perigo à vista 18

para nenhuma categoria, para nenhum cargo, para nenhuma pessoa. É preciso deixar isso 19

muito claro porque nessas horas a internet se ocupa de causar um pânico completamente à toa, 20

principalmente por pessoas que se aproveitam desse momento para querer, eventualmente, 21

conquistar votos. A matéria está colocada no Expediente justamente para que seja discutida 22

nas unidades, para que seja discutida no sindicato, para que seja discutida em todos os 23

lugares, e já nessa discussão é possível ver a complexidade que tem. O Conselheiro 24

FRANCISCO HAITER NETO diz que aquele “de/para” é extremamente importante, 25

principalmente porque existem algumas particularidades de algumas unidades que na atual 26

proposta não se sabe como fica. Por exemplo, na FOP há uma coordenadoria de campus, tem 27

coordenador de clínica, e não tendo o “de/para” fica um pouco difícil entender a proposta. A 28

Unicamp sempre se pautou no tripé ensino, pesquisa e extensão, e há aqui os cargos de 29

coordenador de pós-graduação, coordenador de graduação e acha que seria uma oportunidade 30

para ter um cargo de coordenador de extensão, de maneira a valorizá-la nesse momento. 31

Como o professor Marcelo colocou, isso não está pautado, mas há diferença salarial, ou de 32

referência entre assistente técnico de graduação e de pós-graduação, sendo que na FOP as 33

duas pessoas fazem basicamente o mesmo serviço e a complexidade não é tão diferente. O 34

Conselheiro EDUARDO GURGEL DO AMARAL diz que, no caso de essa tabela vir a ser 35

adotada da forma como está e ser o parâmetro definitivo, em relação à Inova, que tem 36

algumas características específicas, gostaria de saber se terão a oportunidade de interagir para 37

verificar se na certificação que está sendo finalizada há uma correspondência a essa tabela ou 38

não. Ainda no caso da Inova, o diretor geral é diretor executivo, e percebeu que há uma 39

diferença, mas não se há alguma razão, porque viu que tem uma classe de diretoria executiva 40

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e depois o diretor da Inova. O Conselheiro RONALDO FERREIRA DOS SANTOS diz que 1

esta é uma de suas últimas sessões do Conselho, pelo que agradece à Reitoria. Não será 2

candidato novamente devido a algumas mudanças de setores no HC e priorizou nesse 3

momento a unidade de emergência referenciada. Sobre as propostas, gostaria de saber como 4

poderão ajudar em sua melhoria. Nos grupos 10 e 11, há uma descrição de atividades que 5

acha que inverte a posição do assistente técnico-administrativo com o assistente técnico de 6

graduação, sendo que no final da descrição o assistente técnico de divisão representa o 7

superior imediato junto a colegiados e outros órgãos quando solicitado, e o assistente técnico 8

de graduação não faz isso e na posição de complexidade está invertido. Gostaria de uma 9

informação sobre isso. Com relação à supervisão de enfermagem, que tem uma complexidade 10

grande, com grande quantidade de subordinados, possui uma responsabilidade enorme. Uma 11

diferença é um supervisor noturno, que fica responsável pelo hospital inteiro, e um supervisor 12

que fica em uma área. Existe uma diferença só na descrição de atividades internas de um 13

hospital, e gostaria de ajudar a alinhar esse ponto, deixando bem claro qual a função de cada 14

um dentro de um complexo hospitalar. Agradece por ter sido colocado no Expediente esse 15

item de gratificações, para que possam discutir. Solicita a palavra ao senhor Orlando. O 16

senhor ORLANDO CARLOS FURLAN diz ter uma dúvida. Pela análise do documento, só 17

vão permanecer nessa proposta atual os secretários de diretores de unidades universitárias, 18

gostaria de saber se é isso mesmo. Existem alguns órgãos ligados à Reitoria que, pela 19

estrutura e número de funcionários, as tarefas desses secretários equivalem às de uma 20

unidade. Está se referindo à DAC, não conversou com seus colegas, mas também está 21

comentado sobre a DGRH e a DGA. Coloca mais esse assunto para análise e debate futuro. O 22

Conselheiro JOÃO MARCOS TRAVASSOS ROMANO diz que divulgou o relatório na 23

sexta-feira para a comunidade da Feec, para que pudessem conversar a respeito na 24

congregação. Houve reações de descontentamento, que não considera ruído, acha que foram 25

reações legítimas. A bancada de funcionários elaborou um documento, pediram que lesse, 26

mas não irá fazê-lo, porque acha que poderia provocar alvoroço nesse momento, mas há 27

alguns termos um pouco mais enfáticos que vai tentar traduzir. Existem boas ideias nesse 28

documento. Sem dúvida, foi um trabalho difícil, longo e sério. Por exemplo, a ideia dos 29

quatro ATs é muito boa, bem como a isonomia entre graduação e pós-graduação no tocante 30

aos coordenadores, e deveriam considerar também no tocante às gratificações dos ATs. 31

Naquelas duas difíceis reuniões do Consu do ano passado, quando se manifestou contra o 32

corte linear, não foi pela linearidade em si, é que entendeu, e continua entendendo, sempre 33

podendo estar errado, que aquela linearidade percentualmente prejudicava mais os que 34

recebiam menos. Ministra aula de Teoria de Sinais e Sistemas, brinca com os alunos dizendo 35

que todos os modelos lineares se parecem, já os não lineares são cada um não linear à sua 36

maneira. O que quer dizer com isso é que o fato de substituir um modelo linear pelo não linear 37

não necessariamente melhora. O que o preocupa – e não é candidato a nada e não está fazendo 38

demagogia – é uma não linearidade que não desfavoreça os que menos favorecidos, ou usando 39

a frase da professora Marisa, tentar fazer as omeletes com os ovos de quem tem mais ovo. 40

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Não pode omitir que a ideia de restituir integralmente as gratificações maiores foi mal 1

recebida, a sua, inclusive, e neste relatório que ainda está em discussão, consta que irão 2

cancelar, por exemplo, as gratificações de secretário ou aventar a diminuição de outras. Acha 3

que, apesar de a professora Marisa ter dito, com razão, que se fossem discutir agora o que 4

sobe e o que desce ficariam aqui até meia-noite, coisa que não quer, mas no fundo é esse o 5

ponto. Acha que então irão regular a não linearidade. Pergunta como poderiam fazer isso, qual 6

tarefa têm a partir de agora nas unidades. É interessante que a unidade trabalhe antes 7

justamente para que o relatório vire proposta e venha a ser deliberado. A Feec recebeu a visita 8

da Pró-Reitoria de Graduação, onde discutiram não só o tema da graduação como um todo, 9

mas em cada unidade. Seria interessante que a professora Marisa, ou alguém do GT, visitasse 10

a unidade, expusesse a proposta geral, o impacto da proposta na certificação daquela unidade 11

específica, porque está começando a se ver perdido. Fez um trabalho relativamente bom, 12

pediu adiamento para fazer a certificação, o que está escrito nesse relatório, se um dia virar 13

proposta e for aprovado, é incompatível com a certificação da Feec, e esse ajuste começa a 14

ficar difícil. Todos desejam que as unidades cheguem a uma certificação funcional e 15

competente. Acha que isso poderia ser uma saída. O MAGNÍFICO REITOR diz que todos 16

devem lembrar que sofreram muito com a questão do corte linear, muitas pessoas 17

perguntaram por que não propuseram corte não linear. O corte não linear é tão ou mais difícil 18

que o linear. Sabem das dificuldades, ninguém as nega, e cada unidade poderá e deverá 19

discutir, mas não acha que nesse momento que estão querendo priorizar a carreira, que a 20

PRDU coloque esforços de ir às unidades discutir uma proposta que é complexa de avançar. 21

Não que seja impossível, mas precisam ter ainda talvez um tempo maior. Toda e qualquer 22

sugestão é bem-vinda para aprimorar o relatório. A Conselheira FÁTIMA REGINA 23

RODRIGUES ÉVORA diz que tem uma dúvida com respeito à proposta do GT. Se entendeu 24

corretamente, a ideia foi levar homogeneidade entre coordenação de graduação e coordenação 25

de pós-graduação. Na coordenação de pós-graduação há um coordenador geral, que tem uma 26

gratificação maior, e o antes chamado subcoordenador, corretamente agora chamado de 27

coordenador de programa. No caso da graduação, gostaria de saber como funcionaria em uma 28

unidade como o IFCH, que tem quatro graduações diferentes, como ficaria esse coordenador 29

geral e os coordenadores de curso, cujas gratificações na proposta do GT é de diminuição 30

significativa. Foi colocado que há um coordenador geral e o associado, mas pergunta como 31

isso funciona num instituto com graduações muito diferentes. O Conselheiro SÉRGIO LUIZ 32

MONTEIRO SALLES FILHO, em primeiro lugar, agradece à professora Marisa por seu 33

trabalho no GT. Ocorreram várias reuniões, e todos podem imaginar, pela estrutura de 34

gratificações, cargos e funções, o que foi sendo empilhado ao longo de 50 anos na Unicamp, 35

então era impossível ter alguma racionalidade, alguma compreensão, inclusive visual. Há 48 36

tipos diferentes de diretores distribuídos em 7 grupos de GRs. Ou seja, a pessoa era diretor de 37

um diretor que era diretor de um outro diretor, e assim segue. É uma situação impossível de 38

ser gerenciada racionalmente. Por exemplo, não há critérios para dar uma gratificação, que 39

tipo de gratificação, para cada cargo e para cada função. Esse trabalho foi longo e muito 40

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difícil, e a proposta que chegou aqui é a que foi possível fazer nesse período e, obviamente, 1

são necessárias melhorias. Mas uma coisa que é importante é que em nenhum momento o 2

critério de valor de gratificação foi colocado na mesa. Todas as sessões as discussões foram 3

sobre critérios, como tentar homogeneizar minimamente a nomenclatura, para dar uma 4

racionalidade e poder projetar um organograma que qualquer um que analise possa enxergar. 5

Esse elemento tem de vir junto com a carreira, porque a pessoa precisa olhar para sua carreira 6

e saber quais os tipos de gratificação ela pode ter em função de suas qualidades, de sua 7

trajetória profissional. Então, o apelo é que não percam a oportunidade. É difícil, e vai 8

continuar sendo difícil sempre. É fundamental fazer as disposições transitórias com calma, 9

analisando os possíveis impactos. Discutiram muito essa questão da graduação, porque há 10

impactos não só nas gratificações, mas na própria estrutura de organização dos cursos de 11

graduação, na própria estrutura da organização da pós-graduação, e assim sucessivamente. E, 12

finalmente, o último ponto que o grupo de trabalho insistiu e que está aqui nas deliberações 13

provisórias, nas minutas, é de que doravante, e tomara que seja assim, para criar gratificação 14

nova tem de apresentar uma boa justificativa, e não criar de forma ad hoc, como elas vêm 15

sendo criadas ao longo da história da Unicamp. O Conselheiro DIEGO MACHADO DE 16

ASSIS diz que possui dúvidas bem pontuais. Com relação aos dados constantes à última folha 17

do Expediente referente ao número de docentes, funcionários, pesquisadores e procuradores, 18

gostaria de saber por que o resultado da somatória não é igual ao da tabela, se houve mudança 19

desde que foi feita aquela tabela para esse levantamento do dia 21. Em seguida, diz que 20

perguntou sobre os valores e a professora Marisa passou um dado, e confessa que não 21

entendeu. Talvez não tenha sido claro das outras vezes que solicitou, vai tentar ser mais claro 22

agora. Gostaria de uma tabela igual a essa fornecida às folhas 28 com os valores, ou seja, uma 23

tabela atual com o custo de docentes por mês, de funcionários e pesquisadores. Se puderem 24

fornecer ajudaria bastante. Outra coisa é que, particularmente, não viu ninguém dizendo que 25

isso seria votado hoje no Consu. Entretanto, é inegável que despertou interesse nas pessoas e 26

que queiram debater o assunto, e é inegável que existe uma proposta. As coisas não estão no 27

ar, isso foi aprovado na COP. O MAGNÍFICO REITOR diz que o que foi aprovado na COP 28

foi o relatório de um grupo de trabalho que tinha como sugestão diminuir 30%. O Conselheiro 29

DIEGO MACHADO DE ASSIS diz que não foi isso, o parecer da COP está às folhas 27: “A 30

Comissão de Orçamento e Patrimônio do Conselho Universitário em sua 130ª reunião, 31

realizada em 20.09.18, manifestou-se favoravelmente à Informação Aeplan nº 681/18, que 32

trata da proposta de nova tabela de gratificações de representação formulada pelo Grupo de 33

Trabalho - Revisão da Tabela de GRs, constituído pela Portaria GR-016/2018 de 07.03.2018.” 34

Ou seja, a COP aprovou essa informação. As pessoas veem isso, as pessoas assistem às 35

reuniões. Ninguém estava achando que isso iria ser aprovado agora, mas que existe um 36

caminho para a aprovação sendo percorrido, isso existe. E esse caminho para aprovação é o 37

que desperta o interesse das pessoas. O MAGNÍFICO REITOR diz que a professora Marisa 38

esclarecerá. O Conselheiro CLÁUDIO JOSÉ SERVATO diz que passou a semana toda 39

conversando com as pessoas e deixando claro que hoje iria expor opiniões, não seria nada 40

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deliberado aqui, não haveria votação. Se, porventura, deu a entender que é por causa das 1

eleições que manifestou suas opiniões, pede desculpas, mas é assim dentro do Conselho 2

Universitário desde 2003. Está neste Conselho Universitário há 16 anos e tentando novo 3

mandato. Em nenhum momento aqui colocou que era candidato, e ficou extremamente 4

chateado com o que escutou pela segunda vez. O MAGNÍFICO REITOR diz que não 5

entendeu por que o conselheiro ficou chateado. O Conselheiro CLÁUDIO JOSÉ SERVATO 6

diz que de outra vez teve de escutar que estava misturando “cenoura com banana”, porque foi 7

infeliz em sua fala, a professora Marisa sabe do que está falando. Hoje não usou microfone 8

para fazer propaganda política. Se fez, os conselheiros Diego, João Raimundo e outros 9

funcionários também fizeram. Quis expor uma situação que vivenciou nas últimas semanas. O 10

MAGNÍFICO REITOR diz que ninguém comentou sobre ele, falaram de maneira genérica. O 11

Conselheiro CLÁUDIO JOSÉ SERVATO pede desculpas, pois exagerou. O Conselheiro 12

LUIZ CARLOS ZEFERINO diz que lidar com gratificações é um trabalho difícil. Recorda-se 13

que o professor Vogt, quando assumiu a Reitoria, fez uma certificação naquele momento e 14

uma ou outra aconteceu depois, e acha que isso pende para a racionalidade administrativa e 15

entende que é absolutamente esperado. Tem a impressão de que essa questão vai ficar clara no 16

momento da certificação, quando irão ajustá-la às estruturas das unidades. A única coisa que 17

gostaria de destacar é que a FCM, por ter uma estrutura complexa, ser uma unidade grande, 18

tem alguns aspectos que não se encaixaram, pois uma terminologia específica não existe. Dará 19

um exemplo. A questão da residência médica é extremamente mal contemplada na estrutura 20

da faculdade. Há hoje mais de 700 residentes com processo seletivo mensal muito mal 21

estruturado. Há disciplinas na DAC e é preciso enviar relatório, colocar nota, fazer seleção 22

anual. Gostaria de saber se, oportunamente, poderiam discutir isso dentro do processo de 23

certificação da unidade, procurando fazer um ajuste da melhor forma possível. A Conselheira 24

TERESA DIB ZAMBON ATVARS diz que cada vez que o assunto GR entra em pauta de 25

algum órgão fica estarrecida com a Universidade. Em seu passado longínquo também tratou 26

desse tema. Observa diretores, coordenadores e representantes comentarem sobre GR de 27

secretário, sendo que a gratificação de função de um coordenador de programa de pós-28

graduação é igual. Não viu nenhuma referência à atividade, o problema é o secretário, como 29

se eles tivessem o mesmo nível de responsabilidade. E volta a um assunto referente a um dos 30

primeiros slides que a professora Marisa exibiu, sobre o qual não houve um único comentário 31

de todos aqueles que por horas ficaram ouvindo aqui, que era a estrutura dos assuntos e o 32

nível de responsabilidade das funções gerenciais. Ninguém tocou nesse assunto. Ou ele é 33

pacífico ou ele é irrelevante. Se é pacífico, a tabela decorre dele, se é irrelevante, a tabela não 34

faz sentido. Outro ponto importante a comentar aqui é que as mudanças irresponsáveis de 35

tabela de gratificação produziram em 2013 um rombo de R$44 milhões, com compensações 36

de gratificações de função incorporada ao patrimônio. Então, quando vê o trabalho que foi 37

feito no passado e o trabalho feito agora, não sabe o que estão discutindo. Não discutiram se 38

os pressupostos, que são a parte essencial para a composição de uma proposta, estão corretos, 39

mas que a gratificação do secretário, do supervisor de seção, residência médica, AT da 40

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secretaria de graduação e AT da secretaria de pós-graduação. Na verdade, estão tratando de 1

gestão universitária. Os deputados não quererem extinguir cargos na câmara dos deputados, 2

na câmara de vereadores, nas prefeituras municipais, e pensa que não são diferentes aqui, 3

parece que estão cada vez mais iguais. Concorda de modo integral com os valores e os 4

princípios que nortearam esse trabalho, em toda sua dimensão, extensão e classificação. Essa 5

tabela coloca ordem gerencial na Universidade, que acha que muitos não querem. Podem 6

criticar uma ou outra rubrica escalonando o tempo, que produza menos impacto, que 7

minimize efeitos colaterais eventuais para o salário das pessoas, mas lembra que GR não é 8

salário. E há uma sentença judicial bastante recente, porque quando foi implantado o corte de 9

30% houve uma arguição jurídica com argumentação de que GR era salário e a sentença foi 10

de que GR não é salário, mas não foi só isso, a Unicamp precisa de uma revisão na sua 11

estrutura gerencial para pôr ordem em seu orçamento. Essa é a sentença judicial em resumo. 12

Se não concordam com o princípio, rasga-se a tabela, se concordam com o princípio, 13

aperfeiçoa-se a tabela. Considera um absurdo passar horas de seu tempo ouvindo se terão ou 14

não, porque o secretário é isso ou aquilo etc. Não teve uma palavra para dizer que a 15

gratificação de um coordenador de programa de pós-graduação tem de ser diferenciada do de 16

seu secretário. Não entende sobre quais pseudovalores estão tratando aqui. O que ouviu, 17

realmente é um nivelamento com o que há de pior na gestão pública. E terão de explicar, não 18

para os colegas, mas para a sociedade que os sustenta, se é esse o modelo que desejam ter. O 19

Conselheiro SÁVIO MACHADO CAVALCANTE diz que não está dizendo isso porque a 20

professora Teresa mencionou agora. Na verdade, havia feito a indicação para o professor 21

Marcelo, não de que fosse entrar no mérito dessa questão, mas de que iria se abster de fazer 22

qualquer comentário porque perguntaria à professora Marisa se ela poderia passar junto com o 23

material. Pelo que entendeu, ela iria disponibilizar essa pontuação de 1 a 4 para cada um dos 24

critérios, que era o que estava lhe deixando curioso e interessado para saber como foi o 25

processo. A contundência da declaração da professora Teresa o faz colocar o seguinte ponto: 26

tem total concordância que um dos princípios fundamentais pelos quais se deve zelar no 27

serviço público é a eficiência e uma organização que consiga minimamente ser 28

correspondente a esse conjunto de critérios que foram estabelecidos aqui. Princípio da 29

eficiência, por exemplo, mas que nunca pode ser apenas de eficiência; ele é necessário, mas 30

não é suficiente, porque também aqui discutem valores a respeito de justiça, que não é algo 31

que seja um consenso tão racional no sentido técnico, embora seja a base para se conversar 32

tudo. Concorda que é muito complicado justificar o conteúdo da tabela anterior e também 33

concorda que há muitas atividades que são feitas por professores, que são aqueles com quem 34

tem mais contato, que também poderiam ser alvo de gratificações, ou de complementos, e que 35

não são, como no caso das atividades realizadas em algumas empresas, em algumas 36

universidades particulares, se é esse o tipo de eficiência que se busca. Estão pensando aqui um 37

equilíbrio entre eficiência e um ideal de justiça que seria próprio para a universidade pública. 38

Nesse sentido, é esse o espírito para conversarem, e que ele consiga ser feito de uma forma 39

serena para que encontrem esse caminho. Sua intervenção era só para ter conhecimento da 40

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pontuação, porque com mais conhecimento podem colaborar de uma forma mais efetiva. O 1

Conselheiro FRANCISCO DE ASSIS MAGALHÃES GOMES NETO diz que possuem três 2

grupos de certificações: as certificações ligadas à Administração Central, sobre as quais não 3

tem absolutamente nada a contribuir, e que vai ter de ser decidido pela própria Administração, 4

e dois grupos que estão relacionados às unidades de ensino e pesquisa, que são as 5

gratificações de professores e funcionários. Com relação às de professores, acha que a 6

mudança significativa é essa da coordenação de graduação, que vai exigir uma mudança 7

relativamente simples dentro das unidades, uma mudança de cultura, porque hoje em dia há 8

unidades com muitos coordenadores de graduação e que não têm uma hierarquia, e agora com 9

essa nova estrutura haverá uma hierarquia, que terá de ser estabelecida de alguma maneira. 10

Então, isso vai gerar alguma discussão dentro das unidades, mas acha que elas saberão como 11

lidar com isso. E há uma parte relacionada aos funcionários, e é nessa que vê algumas 12

dificuldades. As unidades encaminharam recentemente suas propostas de certificação, e acha 13

que para essas gratificações dos funcionários será preciso olhar as certificações que foram 14

enviadas e fazer uma comparação entre elas. Não haverá maneira de uma proposta ser 15

aprovada pelo Consu sem que haja um acordo entre as unidades e sem que as unidades 16

resolvam esse problema de desconfiança de pensar que as outras unidades possuem mais 17

gratificações etc. Isso terá de ser feito, aplaude a proposta de que seja posto na mesa, mas não 18

vê como possa ser feito no curtíssimo prazo. Será preciso eventualmente reestudar e comparar 19

as certificações entre unidades para que haja essa confiança mútua e que permita que algum 20

dia aprovem alguma coisa. Sua sugestão para a Administração é que – não a curto prazo, 21

porque concorda com a proposta do professor Marcelo de que a carreira dos funcionários tem 22

total preferência – no momento em que essas certificações forem descongeladas, que isso seja 23

feito de forma conjunta pelas unidades para que haja essa possibilidade de acordo. A 24

Conselheira MARISA MASUMI BEPPU diz, sobre a questão de refazer as certificações, que 25

três pessoas que participaram do GT fazem parte do comitê ad hoc de certificação, portanto 26

elas não proporiam algo que fosse oposto àquilo que já estava sendo discutido em termos de 27

filosofia das certificações. Mas concorda que é necessário um tempo, inclusive dependendo 28

da dimensão da alteração, para verificar os impactos, fazer as mudanças necessárias, que não 29

são tão grandes, do ponto de vista de certificação, mas que podem ser grandes do ponto de 30

vista de revisão de Regimento, de funcionamento de órgãos etc. Alguns outros casos aqui vai 31

aglutinar dizendo que se trata de verificar na tabela de/para se há aumento ou diminuição: a 32

questão colocada pelo professor Francisco, sobre o coordenador de extensão, acrescentando a 33

questão colocada pelo doutor Eduardo Gurgel sobre a Inova, além da questão mencionada 34

pelo senhor Ronaldo sobre os supervisores da enfermagem, que reconhecem que 35

supervisionam um número grande de funcionários, e a questão das especificidades de 36

residência médica e tudo o que foi colocado pelo professor Zeferino. Acha que nisso reúnem 37

um pacote de verificações pontuais que está aberto à discussão da comunidade. Sobre a 38

questão dos ATs, observa que essa é uma categoria que engloba vários tipos de funções, então 39

a ideia foi fazer o desmembramento, e especificamente a diferença de AT de graduação e AT 40

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de pós-graduação foi pautada em estudos já existentes. Verificaram que foi feito um imenso 1

levantamento de quais eram as atividades realizadas pelos ATs de pós-graduação e pelas 2

eventuais ATs/secretarias de graduação, e esse estudo concluía que havia uma diferenciação 3

em termos de impacto, responsabilidade, sujeitas a diferenças em algumas unidades. Então, 4

preservaram uma diferenciação que já existe, sujeita às discussões que possa haver. Na 5

questão específica mencionada pelo conselheiro Ronaldo, de fato foi colocado o AT de 6

graduação em nível diferente na tentativa de resgatar ou colocar um valor claro em relação à 7

questão de quem dá apoio específico ao ensino também, já que “divisão” no HC pode ter uma 8

certa conotação, mas ele também passa por várias situações administrativas que não 9

necessariamente vão contemplar a dimensão do HC. Sobre a questão específica das 10

secretarias, como a professora Teresa já citou, tudo vai depender das disposições transitórias. 11

Entende mas não concorda com a manifestação do professor João Romano, porque nos 12

princípios de trabalho colocados o requisito não foi que uma GR menor tem corte menor. 13

Colocou desde o início que um princípio do trabalho era tentar utilizar essa oportunidade para 14

fazer uma verificação racional, e dentro dessa racionalidade há discussões de algumas 15

situações abertas, e é isso que está mencionado. Acha que podem colocar a questão específica 16

da professora Fátima, mas não sabe se quando há curso noturno pode haver coordenador 17

associado, cada um dos coordenadores específicos se torna um coordenador de curso e um 18

deles é o coordenador geral. Essa é a hierarquização que passaria a existir. Sobre a questão do 19

conselheiro Diego de que o somatório não bate, não bate porque, como já explicou, como há 20

GRs que podem ser ocupadas tanto por docentes quanto por funcionários, consideraram as 21

hoje ocupadas e não a da grade existente para fazer a distinção. Por isso há uma diferença, 22

porque nem todas as GRs hoje estão ocupadas. Por isso há 1.682 na soma do conselheiro, mas 23

a Aeplan analisou tabela contra tabela. Em relação à especificidade, entende que foi colocada 24

a demanda do conselheiro Diego, e irão atendê-la; nesse levantamento, terão de colocar outra 25

categoria – além de docente e funcionário, aquelas GRs que podem ser ocupadas pelas duas 26

categorias. Não podem discriminar entre um e outro, conforme o conselheiro solicitou. O 27

senhor Gilmar trouxe agora um dado que bate com a apresentação que fez no ano passado 28

sobre o histórico de GRs, que está no site da PRDU. Ele trouxe aqui em termos de recursos 29

totais, globais, quanto de GR dispenderam em folha de pagamento na Universidade hoje. 30

Possuem 35% desse montante total para a categoria docente e 65% para a categoria de 31

funcionários, e podem colocar essas informações. Este é um trabalho, conforme o professor 32

Sérgio mencionou, de referência, que foi definido como uma missão, e todos os que fizeram 33

parte desse GT sabiam que não estavam lá para colher amizades e elogios, mas que havia um 34

trabalho muito específico e importante a ser feito. A partir dessa referência, a Universidade 35

decide se vai aceitar, fazer ajustes e seguir adiante, com todo o cuidado das disposições 36

transitórias que o assunto merece, ou se vai continuar na situação em que está. É simples a 37

decisão, não há motivo para pânico, para celeuma, até porque o tempo inteiro colocam que a 38

Administração está sempre muito aberta a qualquer tipo de conversa sobre o assunto. No 39

entanto, sem prejuízo algum do debate que tem de haver, não tem grandes esperanças de que 40

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voltará algo muito diferente do que foi exposto aqui publicamente, com critérios claros, após 1

um processo muito prolongado de debates específicos. O MAGNÍFICO REITOR diz que o 2

encaminhamento que vai sugerir é o seguinte: que seja discutido nas unidades, na CCG, na 3

CCPG, como isso poderia eventualmente ser aplicado, e essa discussão retornará até o final 4

do ano, porque precisam rediscutir a questão do corte linear. Nada impede, como a professora 5

Marisa já colocou, que seja pensada uma transição lenta, porque ninguém nega, e a professora 6

Teresa disse com muita veemência, que é necessário o trabalho de organização, mas ele é 7

impossível sem a readequação de valores. A dificuldade é que mexe com uma estrutura que já 8

está montada, que já está eventualmente discutida, certificada, e naturalmente mexe no bolso 9

das pessoas também. Nada impede que imaginem um processo que fique para a Universidade, 10

mesmo que sendo a mais longo prazo, mas que fique feito. Podem perfeitamente pensar em 11

um processo de dois, três anos de transição, em que vá sendo diminuído o corte linear e 12

aplicadas eventualmente as mudanças de acordo com certificações etc. Está imaginando 13

cenários que são factíveis e possíveis de negociar dentro da dificuldade política que isso gera. 14

A questão corporativista aparece de maneira natural, não no mau sentido, mas no bom sentido 15

de proteção até das estruturas que são organizadas. Então, pensar na universidade pública, no 16

patrimônio público que deixarão para as futuras gerações também é pensar nessa organização 17

que eventualmente precisam fazer, com todo o cuidado para não prejudicar ninguém e para 18

fazer um processo adequado. Sua sugestão neste momento é que as unidades e órgãos 19

discutam, e havendo sugestões ou pontos específicos, como foi levantado, enviem para a 20

PRDU, e tratarão sempre de rediscutir, aprimorar essa discussão. Mas reforça que hoje toda a 21

energia da PRDU está focada na carreira, então esse assunto será colocado, mas a carreira 22

vem em primeiro lugar. Sugere a criação de um grupo de trabalho para estudar a viabilização 23

do sistema eletrônico de votação para a escolha dos representantes docentes junto ao Consu. 24

Desejam fazer a votação dos representantes docentes por meio eletrônico também, o problema 25

é que o sistema que foi escolhido tem dificuldade em incorporar nesse sistema e-Voto o voto 26

apenas em dois candidatos da mesma unidade. Não está prevista no sistema essa 27

funcionalidade. Somente no caso da bancada geral há essa especificidade, não nos casos das 28

bancadas por categoria. Então, o GT pode estudar a viabilização de como isso será feito por 29

meio do sistema e-Voto, ou eventualmente sugerir alguma mudança, se precisar, nos 30

Estatutos, Regimento etc. Mas precisam da discussão para realmente poder fazer essa votação 31

eletrônica dos representantes docentes. Se houver candidatos, solicita que se manifestem para 32

a doutora Ângela; não havendo, serão gentilmente convidados a participar desse grupo de 33

trabalho. Em seguida, passa a palavra aos inscritos no Expediente. O Conselheiro JOÃO 34

RAIMUNDO MENDONÇA DE SOUZA informa que a partir de 1º de outubro se inicia a 35

eleição dos delegados ao 14º Congresso dos Trabalhadores da Unicamp. A primeira edição foi 36

realizada em 1991, e essa já é a 14º dentro de uma trajetória de análise da conjuntura, da 37

situação sindical, da situação da Universidade. Essa vai ser a discussão que pautará também 38

esse congresso e a eleição dos delegados é feita com base em assembleias setoriais em toda a 39

Universidade. O congresso será nos dias 29, 30 e 1º de dezembro. A Conselheira MARINA 40

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328

SANGOI DE OLIVEIRA ILHA diz que se inscreveu para se despedir deste Conselho, já que 1

seu mandato junto à diretoria da FEC se encerra em 31 de outubro. No momento, estão na 2

fase de debates entre os candidatos inscritos para a diretoria da Faculdade. Agradece a todos 3

os conselheiros pelo convívio e pelo aprendizado, em especial aos colegas diretores das áreas 4

Tecnológicas e Exatas, com os quais teve um convívio mais próximo. Sentirá saudades das 5

reuniões, das discussões e da troca de experiências. Participou deste Conselho inicialmente 6

como diretora associada e depois como diretora em três gestões da Reitoria, às quais agradece 7

o apoio dado à FEC. Em especial agradece aos atuais pró-reitores, professores Marisa, Munir, 8

Fernando, Eliana e André, recentemente substituído pela professora Nancy. Faz um 9

agradecimento muito especial também à professora Teresa e ao professor Marcelo, pelo 10

irrestrito apoio. Manifesta também seu agradecimento aos professores Shirlei, Joaquim, 11

Osvaldir e Paulo César, chefes de gabinete e chefes de gabinete adjuntos desta gestão e da 12

anterior, e à doutora Ângela, secretária geral, que muito a auxiliaram na condução dos mais 13

diferentes assuntos relativos à Faculdade. Agradece também ao doutor Andrei, da DGA, e ao 14

senhor Gilmar, da DGRH, pelo apoio irrestrito às suas consultas. Não pode também deixar de 15

destacar o apoio e a imensa ajuda que recebeu da Procuradoria Geral no esclarecimento de 16

inúmeras dúvidas, o que permitiu que suas decisões na diretoria da FEC fossem suportadas 17

pela devida análise jurídica. Seu especial agradecimento aos doutores Octacílio, Lívia e 18

Fernanda, com os quais teve mais oportunidade de interagir, e também ao restante da equipe 19

de advogados da PG. Agradece também a paciência das senhoras Denise e Gisele com seus 20

inúmeros contatos e cobranças. Por fim, deseja a todos que permanecem neste Conselho e aos 21

que os sucederem serenidade para a tomada de decisões que sejam de melhor proveito para a 22

comunidade da Unicamp. O Conselheiro ALEXANDRE LEITE RODRIGUES DE 23

OLIVEIRA diz que sua fala também é de agradecimento, tendo em vista o final de sua gestão. 24

Em seu nome e em nome do professor Marcelo Brocchi, diretor associado, agradece pela 25

honra e pelo privilégio de representar o IB junto a este Conselho, tendo sempre o apoio da 26

Administração em todas as necessidades. Convida todos para a cerimônia de posse da nova 27

gestão, 2018-2022, no próximo dia 03.10, quarta-feira, às 10h30min, com presença já 28

confirmada do senhor Reitor. Deseja a máxima sorte e sucesso à gestão do professor André 29

Victor Freitas e do seu associado, professor Everardo Carneiro. O Conselheiro SÁVIO 30

MACHADO CAVALCANTE diz que estão em um processo eleitoral bastante tenso no país, 31

com repercussões fortes para a educação. Ontem foi realizado pela TV Cultura um debate 32

com os assessores dos partidos da chapa sobre educação, e para quem não acompanhou, vale a 33

pena assistir pela internet, pois foram expostas de forma muito clara as posições das 34

candidaturas sobre ensino público e financiamento. Foi um debate bom e didático, porque 35

todos de fato queriam discutir com mais propriedade. Nota que a chapa do candidato que hoje 36

tem a maior inclinação a voto simplesmente não enviou nenhum representante a esse debate. 37

O MAGNÍFICO REITOR diz que amanhã comparecerá a um debate sobre ensino superior 38

promovido pela Folha de S.Paulo, que será realizado na Unip. O Conselheiro SÁVIO 39

MACHADO CAVALCANTE diz que também se inscreveu para participar. O Conselheiro 40

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ANTONIO JOSÉ DE ALMEIDA MEIRELLES diz que no final de agosto foi realizada a 1

consulta à comunidade da FEA para a escolha da nova gestão, e foram escolhidos a professora 2

Mirna Lúcia Gigante como diretora e o professor Julian Martínez como diretor associado. 3

Convida todos os conselheiros para a posse, que ocorrerá no dia 08 de outubro, às 10h30min, 4

no Salão Nobre da FEA. Sua atividade administrativa esteve concentrada nesses últimos sete 5

anos como coordenador de pós-graduação e diretor, e foi uma experiência muito agradável, 6

apesar de todos os conflitos que eventualmente tenham ocorrido. Tem uma visão da 7

Universidade, conheceu colegas de toda a Unicamp, professores, diretores, funcionários, 8

alunos. Foi uma experiência realmente muito boa para adquirir essa visão mais geral do local 9

onde trabalham, e foi uma convivência pessoal também bastante enriquecedora. Agradece à 10

Reitoria atual, na pessoa do professor Marcelo, e todos os pró-reitores. Também agradece à 11

Reitoria anterior e seus pró-reitores. Conviveu bem com as duas gestões. Agradece ainda a 12

Procuradoria Geral, que o auxiliou bastante em vários momentos, a e Secretaria Geral, a quem 13

também recorreu bastante. Deseja uma boa gestão aos que estão assumindo e uma boa 14

continuidade a todos, para que sigam nessa batalha. Apesar de todas as diferenças que possam 15

ter, são unidos pela defesa da universidade pública, gratuita, inclusiva, e se mantiverem esse 16

espírito, irão pelo caminho certo. É um momento social bastante difícil, sabem o risco que 17

corre o setor público como um todo, portanto manter a unidade em torno dessas coisas, apesar 18

de todas as diferenças de opinião, é algo muito importante. O Conselheiro JOÃO 19

FREDERICO DA COSTA AZEVEDO MEYER diz que lerá uma carta escrita pelo professor 20

Paulo César Montagner, a pedido deste. A carta foi enviada à Secretaria Geral, aos cuidados 21

da doutora Ângela de Noronha Bignami, e o assunto é a solicitação de inclusão na Ata do 22

Consu de 25 de setembro de 2018, o que não é possível, portanto terá de ser agregada à Ata de 23

hoje. A carta é endereçada ao Magnífico Reitor, à senhora Coordenadora Geral da 24

Universidade, às senhoras Pró-Reitoras e Pró-Reitores, e aos membros do Conselho 25

Universitário: “Solicito a inclusão do conteúdo deste documento na Ata do Conselho 26

Universitário buscando registrar informações referentes à minha participação como 27

representante docente. Antes da reunião do dia 07 de agosto de 2018, por volta das 7h30min, 28

conversei com meus irmãos sobre o estado de saúde de nossa mãe. Ela encontrava-se, naquele 29

momento, internada na UTI do Centro Médico. Sua internação havia ocorrido no dia 24 de 30

julho, uma terça-feira, em situação que inspirava muitos cuidados. Em 27 de julho, sexta-31

feira, com o agravamento do seu estado de saúde, foi transferida para a UTI, de onde não mais 32

saiu com vida. Era esse o mesmo cenário na manhã do dia 07 de agosto de 2018. Tive dúvidas 33

se seria possível comparecer ao Consu, e minha decisão, após conversarmos em família, foi a 34

de manter a rotina e ficarmos em contato permanente. Com o início da reunião às 9h, tendo 35

sido concluída a pauta por volta de 10h20min, e o início imediato do Expediente, e 36

considerando ainda as notícias que me chegaram sobre o difícil estado de saúde da minha 37

mãe, resolvi ir até o hospital buscar notícias mais concretas. Esse foi o motivo único da minha 38

saída da reunião nesse horário. As notícias não eram boas. Naquele mesmo dia, 07 de agosto, 39

no período da noite, cumpri minhas atividades didáticas regulares no curso de graduação, 40

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disciplina EF 811 B, com aulas às terças-feiras das 19h às 21h. No dia seguinte, compareci às 1

10h à CPP 2, processo nº 158/2018, onde permaneci até por volta das 12h. Ao sair da CPP, 15 2

minutos após, recebi a notícia do falecimento de minha mãe, no dia 08 de agosto, 3

aproximadamente às 12h15min. Com esse breve relato, espero ter contribuído para sanar 4

dúvidas sobre os motivos que me fizeram deixar a reunião do Consu. No que diz respeito ao 5

assunto pelo qual o magnífico reitor fez referência à minha ausência, cumpre-me dizer que o 6

gabinete, quando sob minha responsabilidade, sempre seguiu de maneira irrestrita as 7

orientações da Procuradoria Geral, zelando por permitir na apuração dos fatos amplo 8

contraditório e oportunidades de defesa e informações. Grato pela atenção, professor Paulo 9

Cesar Montagner”. O MAGNÍFICO REITOR esclarece, para também deixar registrado, que 10

no momento em que houve a discussão referente a essa questão só lamentou que o professor 11

Paulo César não estivesse presente porque ele havia sido citado, mas naturalmente cada um 12

aqui tem diversas motivações para sair, e não cabe a ninguém aqui questionar. Agradece a 13

leitura da carta e registra os votos de pesar ao professor Paulo César pelo falecimento de sua 14

mãe. Reforça que em nenhum momento houve qualquer questionamento sobre o motivo de 15

ele ter deixado a sala; apenas lamentou que ele não estivesse mais presente para poder 16

esclarecer dúvidas que surgiram. O Conselheiro FRANCISCO DE ASSIS MAGALHÃES 17

GOMES NETO diz que está se despedindo da diretoria do Imecc, cuja eleição está ocorrendo 18

hoje, com candidato único. Teve o privilégio de participar do Consu nos quatro últimos anos; 19

agradece à Administração Central, ao pessoal da Secretaria Geral, que foi sempre 20

extremamente gentil, e diz que foi um prazer trabalhar com todos. Quem passou os últimos 21

quatro anos no Consu sabe das dificuldades financeiras que a Universidade enfrentou, foram 22

momentos difíceis, de alguma disputa dentro do Consu, mas foram, de qualquer forma, 23

enriquecedores. É um otimista incorrigível, e acha que essas dificuldades financeiras 24

acabaram colaborando para que a Universidade ampliasse a transparência, para que tivessem 25

o desejo de racionalizar os gastos. Acredita que a Unicamp está saindo muito melhor da crise 26

do que entrou. Curiosamente, as pessoas criam uma certa fantasia com relação à diretoria; 27

nesses muitos anos, passou mais tempo calado do que falando, apesar da vontade de falar, 28

porque achou que isso era conveniente. Como diretor do Imecc, trabalha 65 horas por semana, 29

dá seis horas de aula por semana para 130 alunos, e olhando o contracheque recebe 30

R$14.874,00 por mês, sem nenhum adicional de nenhuma natureza. Está na diretoria mas não 31

recebeu o adicional por ser diretor, da mesma forma está na diretoria da Funcamp e os 32

diretores de lá não recebem adicional nenhum. Cria-se a fantasia de que ser diretor é ter poder 33

e é ter benefícios, mas ser diretor, no fundo, é ter responsabilidades. Depois de 54 anos como 34

indivíduo, 30 dos quais na Unicamp, diz que o essencial, no fim das contas, é pôr a cabeça no 35

travesseiro e se sentir tranquilo. Mas a verdade é que põe a cabeça no travesseiro e fica 36

pensando no que terá de fazer no dia seguinte, no que está faltando, que não dará tempo, que 37

tem de correr. Nunca conseguiu ter uma noite tranquila nesses quatro anos; espera ter depois. 38

De qualquer forma, foi um prazer compartilhar esses momentos com os conselheiros; 39

agradece a compreensão de todos e espera que o próximo diretor faça um papel ainda melhor. 40

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O Conselheiro DIEGO MACHADO DE ASSIS lembra que o senhor Reitor havia sugerido 1

que discutissem no Expediente o que havia proposto na discussão sobre o Orçamento, que é a 2

recomendação do Consu para que se rediscuta o índice de reajuste salarial. O Conselheiro 3

JOÃO ERNESTO DE CARVALHO cumprimenta os colegas que estão deixando a diretoria. 4

Informa que tiveram uma assembleia na Faculdade de Farmácia, cujo curso completou 14 5

anos. A Faculdade tem quatro anos e foi criada sem um centímetro quadrado. Os 10 anos 6

anteriores à criação da Faculdade foram de uma gestão compartilhada entre quatro unidades, o 7

que não aconselha para ninguém, apesar de os alunos saírem muito bem formados e o curso 8

estar sempre colocado entre os primeiros do Brasil. A questão não é a qualidade dos alunos e 9

do ensino, mas a complicação de haver quatro unidades gerindo um curso. Durante esses 10

anos, os professores que prestaram concurso para as disciplinas específicas de Farmácia foram 11

acolhidos nas quatro unidades, e durante esses quatro anos buscaram um espaço físico. 12

Primeiro a proposta era a construção de um prédio, mas com a mudança do IG, negociaram 13

com a Reitoria e, em vez de construir um novo edifício, com todas as dificuldades e os 14

imprevistos que isso poderia trazer, decidiram pela reforma do espaço do IG. Então, somente 15

este ano conseguiram realmente esse espaço e agora iniciam o processo para construir. É um 16

espaço que necessita de muita infraestrutura, de reformas, por isso solicita à Reitoria 17

prioridade em uma unidade nova. Muitos docentes estão ansiosos, precisando mudar para o 18

espaço para continuar trabalhando, portanto necessitam de agilidade para as reformas 19

necessárias. Tem inclusive de segurar alguns docentes que querem já mudar, pois a estrutura 20

elétrica dos prédios não comporta aquilo de que precisam. É até uma questão de segurança, 21

pois se ligarem todos os equipamentos, colocam fogo no prédio. E alguns edifícios já têm 22

mais de 50 anos. Dessa forma, a Faculdade solicita prioridade nessas reformas. O Conselheiro 23

LUCAS MARQUES DE ALMEIDA diz que nas últimas semanas, desde o dia 05 de 24

setembro, perceberam o fechamento de ruas dentro do campus, nas quartas e quintas-feiras. 25

Pessoalmente, viu o fechamento, nos dias 05, 06 e 13 de setembro, de ruas em frente ao CB e 26

todas as ruas de acesso do círculo maior para o círculo menor do Ciclo Básico do IFGW até o 27

IA. Perguntando para os guardas, recebeu diversas respostas diferentes, desde inspeção na 28

biblioteca até, de fato, que era por restrição de acesso para evitar festas, o que gerou um 29

incômodo, um desconforto na comunidade do IFCH em especial, mas com certeza gerou 30

transtornos devido às dificuldades do acesso, restrição de circulação de pessoas para as outras 31

unidades também. Solicita esclarecimento a respeito de por que isso está sendo feito, 32

especialmente nestes tempos atuais, sombrios, politicamente falando, o que causa bastante 33

desconforto nos estudantes e na comunidade em geral. A Conselheira ROSMARI 34

APARECIDA RIBEIRO diz que hoje pela manhã a professora Teresa comentou sobre o 35

orgulho de já ter sido contemplada com o Prêmio “Zeferino Vaz”. Talvez haja agora a 36

possibilidade de se pensar em se instituir um prêmio para os docentes da carreira do 37

Magistério Secundário. Sabe que há um grupo de trabalho tratando dos relatórios de 38

atividades das carreiras especiais, então talvez isso pudesse ser retomado, para que avancem 39

nessa linha e que em um futuro não muito distante esse prêmio se torne realidade. A 40

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Conselheira MARIA ISABEL PEDREIRA DE FREITAS diz que também está se despedindo 1

do Consu. Agradece à Administração Central, que sempre a ajudou muito nos últimos 10 anos 2

a transformar o antes Departamento de Enfermagem da Faculdade de Ciências Médicas em 3

Faculdade de Enfermagem. Pôde contar muito com as gestões dos professores Fernando e 4

Tadeu, e agora do professor Marcelo. Agradece à Secretaria Geral, acrescentando os mesmos 5

agradecimentos nominais já feitos pela professora Marina. Deixa a sua gestão satisfeita em 6

ver o amadurecimento ocorrido nas reuniões do Consu nos últimos quatro anos. Diferente do 7

professor Francisco, tem conseguido dormir ao colocar a cabeça no travesseiro, porque se 8

permite expressar o que pensa e sente e votar conforme a sua consciência. Ainda hoje 9

consultou uma pessoa a respeito de um tema e a pessoa lhe disse para votar segundo a sua 10

consciência. Termina a gestão muito feliz, porque passou por três universidades, mas 11

aprendeu muito com a vivência na Unicamp, com essa discussão da política universitária, uma 12

política difícil há cinco, seis anos atrás. Sai satisfeita, embora sem saber muito bem como será 13

o ano que vem para a Faculdade de Enfermagem, que terá mais três docentes se aposentando, 14

além dos seis enfermeiros Paepe que foram embora, então não sabem bem como vão tocar o 15

curso. Faz um agradecimento especial à Aeplan, nas pessoas dos senhores Antonio Félix, 16

Roberto e Thiago. Quando planejavam a Faculdade, o senhor Antonio mostrou de que forma 17

deveriam fazer o pedido. Nem tinham ideia do que era orçamento, mas transformaram o 18

projeto de faculdade naquilo que ele orientou. Agradece também à gestão anterior, 19

principalmente à professora Teresa quando foi pró-reitora e acreditou que podiam ter uma 20

força no programa de pós-graduação para torná-los um pouco mais sólidos para reivindicar a 21

Faculdade, depois com o professor Tadeu, no apoio que veio e depois desapareceu, mas veio 22

de uma certa forma, e não pode deixar de agradecer à atual Reitoria – professores Munir, 23

Eliana, Marisa, Marcelo, Teresa, Fernando, André, Nancy. O que leva de mais importante é o 24

quanto aprendeu, ao ver, por exemplo, a forma como o professor Marcelo passou por 25

situações bastante difíceis sem perder a linha, sem perder a classe, abrindo o diálogo, ouvindo 26

as coisas que têm de ouvir. Não teria essa paciência. Agradece ainda o apoio dos estudantes e 27

principalmente da diretoria da Faculdade de Ciências Médicas, nas figuras dos professores 28

Mário Saad, Ivan Toro e agora do professor Luiz Carlos Zeferino, que concederam bastante 29

apoio para que pudessem ter a estrutura que possuem. O MAGNÍFICO REITOR diz que 30

quebrará um pouco o protocolo, pois são cinco diretores que estão se despedindo. Não vai 31

falar sobre cada um, mas pede uma salva de palmas para todos. Cada um contribuiu e 32

continua contribuindo de maneira muito importante, e o conhecimento deles sempre será 33

necessário em algum grupo de trabalho, por exemplo. Agradece em nome da Administração, 34

em nome da Unicamp, todo o esforço que todas as equipes também fizeram nesses momentos. 35

Todos aqui viveram quatro anos difíceis, de crise, de dificuldades, de muita tensão em muitas 36

áreas. Talvez vivam crises ainda piores; a insegurança é total com relação ao futuro. Não 37

sabem o que acontecerá, e a situação, como o professor Sávio mencionou, é realmente 38

preocupante, especialmente no que diz respeito ao posicionamento do Governo Federal e 39

Estadual em relação às universidades públicas e até em relação ao ICMS. Não se sabe nem se 40

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continuará existindo ICMS. Portanto, a insegurança é imensa em todos os sentidos. Viverão 1

aqui momentos tensos, e como o professor Antonio Meirelles comentou, podem discordar às 2

vezes de maneiras de atuar, de alguma prioridade, de um valor etc., mas o que os mantêm 3

unidos e fortes é a certeza de que desejam uma universidade pública, gratuita, de qualidade, 4

inclusiva e cada vez melhor. Isso é o que os une e que faz com que todos aqui colaborem de 5

uma maneira muito efetiva. Ninguém, em nenhum lugar do mundo, e isso pode garantir 6

porque encontra pessoas no mundo inteiro, acredita que ficam das 9h às 18h30, sentados o dia 7

inteiro, nas reuniões do Consu. É realmente o amor à causa da universidade pública que 8

produz esses resultados, apesar de todas as dificuldades. No sábado, teve o prazer e a 9

satisfação de vir aqui para a comemoração da turma que ingressou em 1968. Pergunta se não 10

era a turma do professor João Frederico. O Conselheiro JOÃO FREDERICO DA COSTA 11

AZEVEDO MEYER responde que a dele é a de 1967. O MAGNÍFICO REITOR diz que essa 12

turma se refere bastante, e o professor João Frederico já relatou também várias vezes, à 13

infraestrutura, já ligando com o que o professor João Ernesto falou. Inclusive comentou no 14

discurso que fez que cada vez que receber alguma reclamação de infraestrutura ligará para um 15

deles para que relatem como era essa situação. É claro que a Unicamp mudou muito, e é 16

incrível como mudou e construiu isso aqui em apenas 50 anos. É algo impressionante de se 17

pensar. Tem certeza de que todas as unidades superarão rapidamente as dificuldades de 18

infraestrutura pelas quais estão passando. Passa a palavra aos membros da Mesa. O 19

Conselheiro MUNIR SALOMÃO SKAF agradece aos diretores que estão finalizando suas 20

gestões. Informa que esteve agora em uma viagem bastante extenuante de quase nove dias 21

cofinanciada pelo DAAD alemão, com outros pró-reitores e representantes da Capes, 22

visitando várias universidades alemãs em diversas cidades. Claro que o assunto-chave foi o 23

PrInt, mas transmitiram bem a mensagem geral da Universidade, em um tom bastante 24

amigável e cordial, e as pessoas quando ouvem os dados, as estatísticas e a pujança da 25

Unicamp ficam absolutamente impressionadas com as coisas que conquistaram por aqui. A 26

Conselheira ELIANA MARTORANO AMARAL solicita ajuda aos diretores para a recepção 27

dos novos docentes, que ocorrerá na próxima quinta-feira, e apesar desse ambiente um pouco 28

sombrio, acha que possuem muitas coisas boas para mostrar, como já foi lembrado. Informa 29

que houve uma chamada da Capes para editais de aprimoramento ou renovação do ensino de 30

graduação em Engenharia. Foi uma oportunidade de colocar as Engenharias juntas para 31

conversar, e conseguiram rapidamente construir dois projetos que foram enviados à Capes, 32

um da Engenharia de Alimentos e um da Engenharia Química. O da Engenharia de 33

Telecomunicações ficou pronto, faltou pouco para ser aprovado e eles resolveram esperar, 34

mas trabalharão para conseguir aumentar a velocidade dessas propostas, e talvez a Capes 35

ajude nesse processo. A Conselheira MARISA MASUMI BEPPU registra também seus 36

agradecimentos aos diretores que estão deixando o Consu, pelo tempo de convivência e a 37

troca de ideias neste Conselho. Acha que é dessa maneira que conseguem, de fato, construir 38

uma instituição. Deseja boa sorte nas investiduras dos novos diretores que estão por vir. A 39

Conselheira NANCY LOPES GARCIA se despede dos diretores, mesmo estando aqui há 40

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pouco tempo. Informa que sexta-feira esteve presente no Fórum de Pró-Reitores da Região 1

Sudeste e que em outubro será realizado o Fórum de Pró-Reitores. Sabe que todos possuem 2

perguntas e opiniões sobre o fórum, e está aberta a receber sugestões. No fórum de sexta-3

feira, foi vinculado que há um GT da Capes para estudar o Qualis Único, com todos os 4

problemas que pode haver, mas essa é uma das coisas que está sendo discutida, e 5

provavelmente no Fórum de Pró-Reitores em outubro essa vai ser uma discussão ampla. O 6

Conselheiro FERNANDO AUGUSTO DE ALMEIDA HASHIMOTO diz que para ele 7

também foi uma alegria conviver com os diretores que hoje se despedem, primeiro como 8

diretor e depois como pró-reitor, e espera que esse período tenha sido proveitoso para todos. 9

Informa que encerraram a avaliação do PEC, do edital de extensão 2018, e foram 38 projetos 10

aprovados, com um montante de R$365 mil alocados, com representantes de quase todas as 11

unidades. Agradece muito o envolvimento dos diretores na indicação dos pareceristas, que 12

este ano foi mais efetivo, então agradece muito essa colaboração, e solicita também um outro 13

auxílio, para um projeto muito interessante, historicamente importante e de tradição na 14

Universidade, que é o Projeto Rondon. Foi feito um vídeo instrutivo com o professor Luciano 15

Mercadante, da FCA, falando um pouco sobre a última expedição do Projeto Rondon, da qual 16

ele participou. O edital está aberto até 02 de outubro na Proec. Solicita que os diretores 17

repliquem o e-mail que a pró-reitoria enviou um tempo atrás falando da abertura dos projetos, 18

porque são projetos que tradicionalmente têm pouca inscrição na Universidade. Fica só um 19

grupo de professores que está mais vinculado a isso, mas acha que é um projeto muito 20

interessante, que tem um histórico, e convida todos a observarem. Do ponto de vista cultural, 21

teria vários informativos, mas vai se concentrar em um, que tem muito a ver com o Instituto 22

de Artes, de onde é docente: convida todos para a exposição que homenageia o professor 23

Marco do Valle, que faleceu recentemente. Ela acontece no Gaia, que fica embaixo da 24

Biblioteca Central, uma área muito interessante do Instituto de Artes. Há uma escultura do 25

professor bem no centro da Universidade que mostra um pouco da interação ensino, pesquisa 26

e extensão. Convida quem não conhece esse trabalho a tentar entender esses três princípios 27

que estão na escultura dele. A Conselheira TERESA DIB ZAMBON ATVARS agradece aos 28

professores Francisco, Alexandre, Marina, Antonio e Maria Isabel a convivência por vários 29

anos, o aprendizado mútuo e a amizade que fica. O MAGNÍFICO REITOR diz que 30

encaminhará a sugestão dada pelo Diego ao Cruesp. Em relação ao questionamento do 31

conselheiro Lucas, diz que não sabe a resposta; encaminhou a pergunta por Whatsapp para o 32

pessoal da vigilância, e assim que receber a informação, comunicará. Em seguida, propõe 33

votos de pesar à família de Osvair Vidal Trevisan, docente aposentado da Faculdade de 34

Engenharia Mecânica, que faleceu no dia 13 de setembro; também à família de Warwick 35

Estevam Kerr, Doutor Honoris Causa pela Unicamp em 2005, que faleceu no dia 15 de 36

setembro; assim como à família de José Jorge Facure, docente aposentado da Faculdade de 37

Ciências Médicas, que faleceu no dia 20 de setembro. Nada mais havendo a tratar, o 38

MAGNÍFICO REITOR declara encerrada a Sessão e, para constar, eu, Ângela de Noronha 39

Bignami, Secretária Geral, lavrei a presente Ata e solicitei a Cláudia Masliaev que a digitasse 40

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335

para ser submetida à aprovação do Conselho Universitário. Campinas, 25 de setembro de 1

2018. 2

NOTA DA SG: A presente Ata foi aprovada na 159ª SESSÃO

ORDINÁRIA DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO, realizada em 27 de

novembro de 2018, sem alterações.