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Sumário
Introdução ............................................................................................................................................. 5
Capítulo 1. Balanço da última década e situação atual de São Luís ...................................................... 11
1.1. Demografia ................................................................................................................................ 14
1.2. Infraestrutura Urbana ............................................................................................................... 15
1.3. Atividade Econômica ................................................................................................................. 21
1.4. Mercado de Trabalho ................................................................................................................ 22
1.5. Desenvolvimento Humano ........................................................................................................ 25
1.6. Renda, Pobreza e Desigualdade ................................................................................................ 27
1.7. Educação ................................................................................................................................... 30
1.8. Saúde ......................................................................................................................................... 33
1.9. Segurança .................................................................................................................................. 34
1.10. Juventude .................................................................................................................................. 35
1.11. Gestão Fiscal .............................................................................................................................. 37
Capítulo 2. Condicionantes do futuro .................................................................................................. 41
2.1. Tendências relevantes para São Luís ......................................................................................... 43
2.2. Incertezas críticas para São Luís ................................................................................................ 79
Capítulo 3. Cenários para São Luís 2033 ............................................................................................... 85
Cenário 1 ................................................................................................................................................ 90
Cenário 2 ................................................................................................................................................ 96
Cenário 3 .............................................................................................................................................. 102
Cenário 4 .............................................................................................................................................. 109
2
Lista de ilustrações
FIGURAS
Figura 1. Destaques de Investimentos (2013-2017) ................................................................................... 76
Figura 2. Quatro Cenários para São Luís 2013-2033 .................................................................................. 88
GRÁFICOS
Gráfico 1. População por Faixas de Idade - 2010 ....................................................................................... 15
Gráfico 2. População Jovem (15 a 24 anos) ................................................................................................ 15
Gráfico 3. Aglomerados Subnormais .......................................................................................................... 17
Gráfico 4. Saneamento Básico - Índice Trata Brasil .................................................................................... 17
Gráfico 5. Tempo médio do deslocamento casa – trabalho – regiões metropolitanas selecionadas no
Brasil e no Mundo* (em minutos) ............................................................................................. 19
Gráfico 6. PIB per capita ............................................................................................................................. 22
Gráfico 7. Pessoal Ocupado por Posição na Ocupação .............................................................................. 23
Gráfico 8. Taxa de Sucesso dos Empreendedores ...................................................................................... 24
Gráfico 9. Desigualdade de Renda .............................................................................................................. 27
Gráfico 10. Renda Domiciliar Per Capita e Pobreza .................................................................................... 28
Gráfico 11. IDEB Anos Iniciais - Escolas Municipais .................................................................................... 32
Gráfico 12. IDEB Anos Finais - Escolas Municipais ...................................................................................... 32
Gráfico 13. Taxa de Mortalidade Infantil .................................................................................................... 33
Gráfico 14. Índice Firjan de Gestão Fiscal ................................................................................................... 38
Gráfico 15. Composição da receita orçamentária 2008 a 2012 (Em R$ milhões 2012) ............................ 39
Gráfico 16. Composição da despesa orçamentária 2008 a 2012 (Em R$ milhões 2012) .......................... 39
Gráfico 17. Exportações mundiais de mercadorias e serviços a preços correntes - 2003 a 2011 (US$
bilhões) ..................................................................................................................................... 45
Gráfico 18. Participação da população urbana no total da população mundial ........................................ 49
Gráfico 19. Taxa de Desemprego (%) - Média Anual .................................................................................. 53
3
Gráfico 20. Massa Salarial e Vendas Varejo ............................................................................................... 53
Gráfico 21. Projeções População brasileira segundo as classes de renda .................................................. 55
Gráfico 22. Proporção da População segundo as Classes Econômicas ...................................................... 55
Gráfico 23. Percentual de empresários com dificuldades para preencher vagas com profissionais
qualificados.............................................................................................................................. 60
Gráfico 24. Demanda por serviços em função da idade ............................................................................. 68
Gráfico 25. Evolução das pirâmides etárias do Brasil 2010 - 2015 ............................................................. 69
Gráfico 26. Pirâmide etária de São Luís em 2010 - 2033 ............................................................................ 70
Gráfico 27. Estimativa de déficit habitacional por Regiões Metropolitanas .............................................. 71
Gráfico 28. Participação de São Luís nas Atividades Avançadas do Maranhão .......................................... 73
Gráfico 29. Crescimento Populacional entre 2000 e 2010 - Grande São Luís ............................................ 75
Gráfico 30. Projeção de cargas do Porto do Itaqui ..................................................................................... 78
MAPAS
Mapa 1. Porcentagem de pessoas em domicílios com banheiro e esgoto ligado à rede geral .................. 18
Mapa 2. Tempo médio de deslocamento entre a casa e o trabalho (horas) ............................................. 20
Mapa 3. Porcentagem de pessoas em domicílios com computador e internet ......................................... 21
Mapa 4. Taxa de desemprego (%) .............................................................................................................. 24
Mapa 5. Renda domiciliar per capita (R$/mês jul/2010) ........................................................................... 29
Mapa 6. Coeficiente de Gini ....................................................................................................................... 29
Mapa 7. Porcentagem de pobres ............................................................................................................... 30
Mapa 8. Porcentagem que frequenta à escola (0 a 3 anos) ....................................................................... 31
Mapa 9. Porcentagem de jovens de 15 a 29 anos que não estudam nem trabalham ............................... 36
Mapa 10. Porcentagem da população urbana e aglomerações urbanas, por tamanho da cidade, 2025 .. 50
Mapa 11. Distribuição do PIB por região .................................................................................................... 57
Mapa 12. Cidades nordestinas ................................................................................................................... 58
Mapa 13. Evolução histórica da ocupação da Ilha de São Luís ................................................................... 74
Mapa 14. Principais Rotas Marítimas ......................................................................................................... 77
Mapa 15. Eixo Araguaia-Tocantins ............................................................................................................. 79
4
QUADRO
Quadro 1. Comparação das Principais Variáveis dos Cenários ................................................................. 116
Quadro 2. Cenários em Números ............................................................................................................. 117
Quadro 3. Quadro de quantificação dos cenários .................................................................................... 118
TABELAS
Tabela 1. Posição das capitais do nordeste no ranking do IDHM ............................................................... 26
Tabela 2. Indicadores dos Componentes do IDHM .................................................................................... 26
Tabela 3. Dívida com Restos a Pagar Dezembro 2008 a 2012 (Em R$ Milhões Correntes) ....................... 40
Tabela 4. Os 20 maiores mercados consumidores ..................................................................................... 54
Tabela 5. Cenários Exploratórios para São Luís no Horizonte 2033 ........................................................... 87
5
“ “
Introdução
As cidades prosperam quando possuem muitas empresas pe-
quenas e cidadãos qualificados.”
Edward L. Glaeser
Institutions are the rules of the game in a society; more for-
mally, they are the humanly devised constraints that shape
human interaction. In consequence they structure incentives
in exchange, whether political, social or economic.”
Douglas North
O presente documento apresenta Cenários para São Luís no período de 2013 a 2033. O estudo
possui dois objetivos centrais: (i) construir configurações de futuro possíveis para a cidade; e (ii)
subsidiar a formulação do Plano Estratégico da Cidade no horizonte 2033, bem como proces-
sos de planejamento das outras instituições públicas e privadas que influenciam o desenvolvi-
mento da cidade.
O futuro é um espaço aberto a várias possibilidades e repleto de incertezas. A construção de
cenários tem se mostrado uma técnica eficaz para lidar com esses fatores incertos. O propósito
dos cenários não é o de predizer o futuro, mas organizar, sistematizar e delimitar as incertezas
explorando os pontos de mudança ou manutenção dos rumos de uma dada evolução de situa-
ções com o intuito de formular estratégias antecipatórias.
6
ABORDAGEM PROSPECTIVA
Este documento está estruturado em três capítulos. O Capítulo I: Balanço da última década e
situação atual de São Luís, apresenta a evolução recente do desenvolvimento socioeconômico
da cidade de São Luís, comparando com as outras capitais do Nordeste e média Brasileira.
Capital de um dos estados mais pobres do Brasil, São Luís não é uma cidade pobre para os pa-
drões do Nordeste. O Produto Interno Bruto (PIB) per capita só perde para o Recife entre as
capitais do Nordeste. Além disso, a evolução na última década mostra um expressivo cresci-
mento econômico.
No entanto, em indicadores sociais e urbanos, São Luís apresenta baixo desenvolvimento
mesmo quando comparados às demais capitais nordestinas, como em mortalidade infantil, sa-
neamento, moradias inadequadas e renda domiciliar per capita. Os índices de pobreza e desi-
gualdade ainda são muito elevados e emergem problemas como mobilidade urbana e violência.
Há, portanto, um descompasso entre a geração de riqueza e os indicadores sociais e urbanos,
que limitam a capacidade de desenvolvimento e a qualidade de vida da população de São Luís.
O desenvolvimento de São Luís é limitado pelo seu ambiente institucional1, com o predomínio
de práticas clientelistas, ainda baixa transparência e gestão ineficiente. Destaca-se também a
1 A qualidade das instituições, i.e., as regras do jogo que regem as relações numa sociedade, são determinantes para a prosperidade.
Visão retrospectiva
Condicionantes do futuro
Situação atual
+
Futuro alternativo A
Futuro alternativo N
Futuro alternativo B
Situação futura livre de
surpresas
Possíveis variações
Extrapolação da tendência
+
7
presença de elevadas disparidades intramunicipais que demandam estratégias de políticas dire-
cionadas às prioridades em cada região a fim de reduzir as desigualdades internas.
Após o diagnóstico recente, são mapeados aqueles elementos no âmbito global, nacional e re-
gional que influenciarão, com elevado grau de certeza, o desenvolvimento futuro de São Luis.
Este é o objeto da primeira parte do Capítulo 2: Condicionantes do Futuro, sintetizado na figura
a seguir:
Para olhar à frente, é necessário também identificar as grandes incertezas que se colocam para
o desenvolvimento de São Luís. As incertezas críticas estão mapeadas na segunda parte do Ca-
pítulo 2. O futuro de São Luís será influenciado pelo crescimento econômico do Brasil e do es-
paço geoeconômico de São Luís. Ao cumprir o papel de intermediário entre o eixo de desenvol-
vimento Araguaia-Tocantins e o mundo, dado seu potencial logístico, a capital maranhense terá
seu futuro, em grande medida, condicionado pela expansão das fronteiras do agronegócio, pela
lógica dos mercados de commodities e do comércio internacional, pela evolução da indústria e
dos serviços no Maranhão, bem como pela capacidade do seu complexo portuário se manter
competitivo e atuar em padrões globais de eficiência.
8
A outra incerteza-crítica síntese diz respeito a fatores internos, em especial, os padrões institu-
cionais que predominarão em São Luís nos próximos 20 anos. Os padrões instituicionais envol-
vem fatores como o comportamento da sociedade em relação ao que é público e de interesse
comum, transparência, qualidade da gestão pública e governança metropolitana. Instituições
predominantemente extrativistas acabam por incentivar a apropriação privada do bem público,
a insegurança jurídica, desestimulam o empreendedorismo e a inovação, bem como compro-
metem o acesso e qualidade dos serviços públicos.
É a partir dessas duas forças motrizes principais – crescimento econômico do Brasil e do espaço
geoeconômico de São Luís e padrões institucionais predominantes em São Luís – que são defi-
nidos os Cenários para São Luís 2033, objeto do Capítulo 3.
QUATRO CENÁRIOS PARA SÃO LUÍS 2013-2033
Fonte: Macroplan.
No Cenário 1, Continuidade (Caranguejo do Mangue), o contexto econômico brasileiro e do
espaço geoeconômico de São Luís desfavorável, com crescimento intermitente, aliado a manu-
tenção das instituições extrativistas na capital maranhense, com baixa articulação entre os ato-
res, não gera em São Luís uma dinâmica de desenvolvimento inclusivo. Há baixa disseminação
interna de oportunidades e de renda. Até 2033, a capital maranhense tem crescimento urbano
desordenado e crescentes passivos socioeconômicos e ambientais.
No Cenário 2, Inclusão progressiva (Jurará), apesar das dificuldades apresentadas pelo desfa-
vorável cenário econômico brasileiro e do espaço geoeconômico de São Luís, há uma agenda de
reformas institucionais em curso na capital maranhense que melhora seu ambiente de negócios
9
e promove melhorias nos serviços públicos e na qualidade de vida. Em 2033, a cidade não é rica,
mas tem as bases para o desenvolvimento sustentável.
O Cenário 3, Crescimento excludente (Milagre Maranhense), o contexto econômico brasileiro
apresenta desempenho favorável mas São Luís não aproveita as oportunidades proporcionadas
por este contexto, pois o ambiente institucional instável dificulta o desenvolvimento dos negó-
cios. Mesmo com elevado crescimento econômico, em 2033, São Luís é uma cidade com grande
concentração de poder e riqueza e com baixa qualidade de vida para a maioria da população.
No Cenário 4, Desenvolvimento inclusivo e integrado (Vôo do Guará), suportada por melhores
instituições e maior concertação política e institucional entre os atores sociais, econômicos e
políticos de São Luís e do entorno metropolitano, a capital passa a explorar com maior intensi-
dade suas principais vocações e potencialidades e aproveita as principais oportunidades trazidas
pelo contexto externo favorável. Em 2033, São Luís é uma cidade com planejamento urbano
integrado e com melhoria substancial dos padrões de qualidade de vida, com diminuição das
desigualdades.
Os cenários constituem representações simplificadas de trajetórias futuras da realidade, esta
muito mais plural, contraditória e complexa. A riqueza está na visão de conjunto dos futuros
possíveis e sua utilidade principal é inspirar a formulação de estratégias antecipatórias e criati-
vas. Seu intuito, portanto, é antecipar decisões e traduzi-las em iniciativas concretas para com-
por a Estratégia de Longo Prazo com seus projetos, metas e indicadores para, dentro do quadro
de possibilidades, fazer o melhor futuro para São Luís acontecer.
11
Capítulo 1. Balanço da última década e situação atual de São
Luís
v
1 Balanço da última década e situação atual de São Luís
13
O objetivo deste capítulo é analisar a evolução recente do desenvolvimento socioeconômico da
cidade de São Luís. Esta análise tem como grupo de comparação as capitais do Nordeste e a
média brasileira. Os dados utilizados são, na sua maioria, oriundos de fontes oficiais de informa-
ção.2
Sempre que possível foi feita uma análise da cidade por região. São Luís é dividido em 29 áreas
de ponderação, isto é, recortes territoriais para os quais são apurados os dados da amostra do
Censo Demográfico, de modo que cada uma possui população entre 30 e 45 mil habitantes. A
análise intramunicipal revela elevadas disparidades que demandam estratégias de políticas di-
recionadas às prioridades em cada território a fim de reduzir as desigualdades internas.
De modo geral, os resultados de São Luís mostram um descompasso entre a geração de riqueza
e os indicadores sociais e urbanos, que limitam a capacidade de desenvolvimento da cidade. O
forte desempenho econômico não resultou em ganhos proporcionais em termos de bem-estar
da população ludovicense. Os índices de pobreza e desigualdade ainda são muito elevados e a
renda domiciliar per capita baixa. Variáveis econômicas, como PIB e PIB per capita tiveram no-
tável crescimento na década, enquanto as dimensões relacionadas ao desenvolvimento social,
urbano, infraestrutura e mobilidade urbana se encontram em níveis preocupantes quando com-
paradas às demais capitais nordestinas.
Conforme apontam as recentes teorias de desenvolvimento, o padrão institucional, isto é, “as
regras do jogo”, são preponderantes para a prosperidade; não basta gerar riqueza, mas con-
vertê-la em qualidade de vida para a população. De acordo com as pesquisas qualitativas reali-
zadas no âmbito do projeto, São Luís apresenta uma carência institucional representada por um
“modelo político clientelista”, aliado à “forte dependência do setor público” e do “abandono
bilateral da cidade por parte dos governantes e da população”. A gestão ineficiente é um reflexo
das instituições predominantemente extrativistas3 no Maranhão e em São Luís, que acabam por
incentivar a apropriação privada do bem público, a insegurança jurídica, e compromete o acesso
e qualidade dos serviços públicos.
A seguir, passamos à análise de dimensões importantes para o entendimento da situação atual
da cidade.
2 Um conjunto maior de dados e gráficos pode ser obtido no “Diagnóstico socioeconômico de São Luís”.
3 Expressão cunhada por Daron Acemoglu e James Robinson no livro “Por que as nações fracassam?”. Instituições extrativistas
geram insegurança jurídica, desigualdades e poucos incentivos a investimentos e à inovação.
14
1.1. DEMOGRAFIA
De acordo com o Censo 2010, São Luís conta com uma população de 1.014.837 habitantes. Em
2000, eram 868.047 habitantes. A população da capital maranhense equivale a 15,4% do total
do estado e a 76,2% do total de residentes na sua Região Metropolitana. Quando analisado o
percentual da população dos municípios das capitais em relação aos das respectivas Unidades
da Federação, observa-se que São Luís apresenta o menor valor no Nordeste.
A população de São Luís cresceu mais que a média brasileira e que as demais capitais do Nor-
deste nas últimas décadas. São Luís tem uma estrutura etária mais madura do que a do Mara-
nhão e mais jovem do que a brasileira (Gráfico 1). A distribuição etária da população revela que
São Luís é a capital mais jovem do Nordeste, com 21% de pessoas entre 15 e 24 anos de idade
(Gráfico 2), além de possuir 71% de sua população entre 15 e 64 anos, idade potencialmente
ativa economicamente. Como consequência, a razão de dependência4 caiu de 56,5 para 45,7,
entre 2000 e 2010, o que configura o bônus demográfico, isto é, o período em que a população
ativa é mais numerosa e que corresponde a uma janela de oportunidade para o desenvolvi-
mento da economia ludovicense.
No que tange grupos específicos, mulheres e negros representam a maioria da população, 53%
e 70%, respectivamente.
4 A razão de dependência mede o peso da população considerada inativa (0 a 14 anos e 65 anos ou mais de idade) sobre a população
potencialmente ativa (15 a 64 anos).
15
GRÁFICO 1. POPULAÇÃO POR FAIXAS DE IDADE - 2010
Fonte: Censo 2010/IBGE
GRÁFICO 2. POPULAÇÃO JOVEM (15 A 24 ANOS)
Fonte: Censo 2010/IBGE
1.2. INFRAESTRUTURA URBANA
Na década de 90, a população ludovicense residente em área urbana cresceu de forma acelerada
e hoje corresponde a quase totalidade dos habitantes da cidade. A taxa de urbanização em São
Luís é de 94,5%, segundo o Censo 2010. Embora seja uma das capitais nordestinas menos den-
samente povoadas (à frente apenas de Teresina), São Luís experimentou crescimento de 16,6%
na densidade na última década. Em 2010, a densidade populacional no município atingiu 1.216
habitantes/Km2.
7,43 7,538,72
9,5411,31 10,75
9,077,65
6,745,56
4,493,52
2,45 1,86 1,4 0,92
0 a 4anos
5 a 9anos
10 a14
anos
15 a19
anos
20 a24
anos
25 a29
anos
30 a34
anos
35 a39
anos
40 a44
anos
45 a49
anos
50 a54
anos
55 a59
anos
60 a64
anos
65 a69
anos
70 a74
anos
75 a79
anos
São Luís - MA Maranhão Brasil
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
Recife - PE Salvador -BA
JoãoPessoa -
PB
Maceió -AL
Aracaju -SE
Natal - RN Fortaleza -CE
Teresina -PI
São Luís -MA
2000 2010
16
A infraestrutura urbana de São Luís não acompanhou este elevado crescimento populacional, o
que ocasionou problemas de moradia, saneamento e mobilidade. A proporção de domicílios em
aglomerados subnormais é a segunda maior entre as capitais nordestinas; mais de 1/5 da popu-
lação vive em aglomerados subnormais (Gráfico 3). Segundo o Censo 2010, a Grande São Luís
possui um déficit habitacional de 59.852 domicílios (16,6% do total), configurando o segundo
maior entre as capitais nordestinas.
No que tange ao saneamento, no índice Trata Brasil – que analisa o atendimento com água tra-
tada, coleta de esgoto, perdas na distribuição, investimentos e avanços na cobertura e o que é
feito com o esgoto – São Luís encontra-se em último lugar, com nota média pouco superior a 3
e a maior proporção de perdas totais na distribuição (Gráfico 4). A rede geral de esgoto contem-
pla menos da metade dos domicílios, assim como o abastecimento de água – 83,4% dos domi-
cílios recebem água limpa. No que se refere ao destino do lixo, 90,9% dos moradores de São Luís
têm acesso à coleta de lixo adequada. Embora este percentual seja superior às médias nacional
(85,8%) e do Nordeste (72,9%), é o mais baixo dentre as capitais nordestinas. Além disso, a fre-
quência da coleta de lixo é inferior à das capitais do NE5.
5 Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, 2010
17
GRÁFICO 3. AGLOMERADOS SUBNORMAIS6
Fonte: Censo 2010/IBGE
GRÁFICO 4. SANEAMENTO BÁSICO - ÍNDICE TRATA BRASIL
Fonte: Trata Brasil com base no SNIS 2010
6 O IBGE classifica como aglomerado subnormal cada conjunto constituído de, no mínimo, 51 unidades habitacionais carentes, em
sua maioria, de serviços públicos essenciais, ocupando ou tendo ocupado, até período recente, terreno de propriedade alheia
(pública ou particular) e estando dispostas, em geral, de forma desordenada e densa. A identificação atende aos seguintes crité-
rios:
a) Ocupação ilegal da terra, ou seja, construção em terrenos de propriedade alheia (pública ou particular) no momento atual ou
em período recente (obtenção do título de propriedade do terreno há dez anos ou menos); e
b) Possuírem urbanização fora dos padrões vigentes (refletido por vias de circulação estreitas e de alinhamento irregular, lotes
de tamanhos e formas desiguais e construções não regularizadas por órgãos públicos) ou precariedade na oferta de serviços pú-
blicos essenciais (abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta de lixo e fornecimento de energia elétrica).
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%100%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
% A
glom
erad
os C
apital/U
FP
rop
orç
ão D
om
icíli
os
em
A
glo
me
rad
os
Sub
no
rmai
s
Proporção de Domicílios em aglomerados subnormais % Aglomerados Capital/UF
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
0
20
40
60
80
100
São Luís- MA
Teresina- PI
Maceió -AL
Natal -RN
Recife -PE
JoãoPessoa -
PB
Aracaju -SE
Fortaleza- CE
Salvador- BA
Atendimento de água (%) Atendimento de esgoto (%)
Esgoto tratado por água consumida (%) Perdas totais (%)
Nota Trata Brasil
Pe
rce
ntu
al d
e d
om
icíli
os
No
ta Trata Brasil
18
Em termos de acesso à infraestrutura de saneamento por área da cidade, Cidade Operária, Co-
hatrac e Centro destacam-se com os melhores indicadores, com mais de 90% da população re-
sidindo em domicílios com banheiro e esgoto ligado à rede geral de esgoto. No outro extremo,
áreas como São Raimundo, Cidade Olímpica e Maracanã possuem acesso extremamente precá-
rio ao saneamento, abaixo de 1%. Vale ressaltar, porém que no Litoral, área com maior renda
da cidade, 35% dos domicílios não estão conectados à rede geral de esgoto.
MAPA 1. PORCENTAGEM DE PESSOAS EM DOMICÍLIOS COM BANHEIRO E ESGOTO LIGADO À REDE GERAL
Fonte: Estimativas produzidas com base nos microdados da Amostra do Censo Demográfico (IBGE) de 2010.
Quanto à mobilidade, mais da metade dos ludovicenses levam mais de meia hora para chegar
ao trabalho. Na região metropolitana, o movimento dos trabalhadores dura 39 minutos, em
média, acima da média das regiões metropolitanas brasileiras e na comparação internacional,
conforme o gráfico 5, inferior apenas à Xangai. Uma possível explicação para a deterioração da
mobilidade urbana é a malha viária deficiente para atender o aumento da frota de veículos –
entre 2001 e 2012, o total de veículos teve aumento de 206,8%, sendo que motos e automóveis
cresceram 569% e 155%, respectivamente. Contudo, mesmo com o expressivo crescimento da
frota (o segundo maior entre as capitais do NE), a quantidade relativa de carros por habitantes
é baixa – 162 automóveis por 1000 habitantes, a segunda menor entre as capitais do NE – o que
tende a indicar gargalos na estrutura viária e na engenharia de tráfego. A percepção entre os
1 CENTRO 90,3
2 MONTE CASTELO 75,3
3 BAIRRO DE FÁTIMA 86,7
4 JOÃO PAULO 74,8
5 VILA PALMEIRA 56,6
6 ANIL 32,4
7 ANGELIM 77,1
8 COHAMA 56,2
9 VINHAIS 70,3
10 SÃO FRANCISCO 72,4
11 LITORAL 64,6
12 TURU 19,1
13 ITAPIRACÓ 57,1
14 COHATRAC 95,1
15 COHAB 61,0
16 SÃO CRISTÓVÃO 14,5
17 SANTO ANTÔNIO 31,8
18 SACAVÉM 64,5
19 COROADINHO 42,3
20 VILA EMBRATEL 5,3
21 MAURO FECURY 6,8
22 ANJO DA GUARDA 30,1
23 MARACANÃ 0,8
24 TIBIRI 2,5
25 SÃO RAIMUNDO 0,3
26 TIRIRICAL 18,3
27 CIDADE OPERÁRIA 96,6
28 JARDIM AMÉRICA 23,7
29 CIDADE OLÍMPICA 0,4
Legenda:
-
+
< 15
> 15 a 50
> 50 a 73
> 73
MÉDIA SÃO LUÍS 45,1
12
10
11
9
8
12
13
7
543
19
20
21
26
1718
6
1514
16
27
29
2825
2423
22
19
entrevistados é que “os ônibus são antigos, sem manutenção, e as vias não foram ampliadas
para absorver o grande número de novos veículos, assim como não houve integração adequada
da hierarquia viária”. Se não houver planejamento para o crescimento da cidade, a tendência é
de colapso da mobilidade e da infraestrutura urbana, com efeitos negativos no meio ambiente
urbano de São Luís.
GRÁFICO 5. TEMPO MÉDIO DO DESLOCAMENTO CASA – TRABALHO – REGIÕES METROPOLITANAS SELECIONADAS NO BRASIL E
NO MUNDO* (EM MINUTOS)
Fonte: Pereira, R.H.M.; Schwanem, T.; “Tempo de deslocamento casa-trabalho no Brasil (1992-2009): diferenças entre regiões me-
tropolitanas, níveis de renda e sexo”. IPEA, Texto para Discussão nº 1813, Brasília, Fevereiro 2013. *Tóquio (2005), Santiago e
Europa (2006); Brasil (2009); Austrália, Canadá, Xangai e EUA (2010). Os critérios para delimitação das fronteiras das regiões me-
tropolitanas europeias podem variar entre os países. Os dados para os EUA se baseiam nas regiões metropolitanas americanas
(metropolitan statistical areas)
A análise por área da cidade mostra que o tempo de deslocamento entre casa e trabalho varia
de 26,8 minutos no Litoral a 55 minutos entre os moradores da Cidade Olímpica. As áreas rurais,
mais distantes do centro de São Luís, têm as piores médias de deslocamento.
Xan
gai
São
Pau
lo
Rio
de
Jan
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Po
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Ale
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San
tiag
o
Seat
tle
Milã
o
Bar
celo
na
50
40
30
20
10
Grande São Luís: 39min
20
MAPA 2. TEMPO MÉDIO DE DESLOCAMENTO ENTRE A CASA E O TRABALHO (HORAS)
Fonte: Estimativas produzidas com base nos microdados da Amostra do Censo Demográfico (IBGE) de 2010.
Com relação às Tecnologias da Informação e Comunicação, a estrutura de São Luís ainda é inci-
piente, pois apenas 34% dos domicílios têm computador. O acesso a Internet é menos fre-
quente, com apenas 28,7% das pessoas com computador e internet em São Luís, conforme o
mapa abaixo. Em Tibiri, Cidade Olímpica, Maracanã e Mauro Fecury menos de 6% possuem com-
putador e acessam Internet, enquanto no Litoral esse percentual chega a 82%. Já o celular é
mais difundido, atinge 89% dos domicílios. Diante das potencialidades informacionais disponí-
veis pela internet, a exclusão digital exerce um forte impacto negativo no exercício de cidadania
em São Luís, pois reduz o acesso limitado às informações e aos serviços públicos ao tempo que
limita a participação e o controle que a sociedade pode exercer sobre a gestão pública.
1 CENTRO 31,9
2 MONTE CASTELO 31,6
3 BAIRRO DE FÁTIMA 32,1
4 JOÃO PAULO 35,1
5 VILA PALMEIRA 34,3
6 ANIL 39,8
7 ANGELIM 35,1
8 COHAMA 32,9
9 VINHAIS 30,9
10 SÃO FRANCISCO 30,3
11 LITORAL 26,8
12 TURU 40,1
13 ITAPIRACÓ 40,3
14 COHATRAC 44,8
15 COHAB 35,7
16 SÃO CRISTÓVÃO 41,6
17 SANTO ANTÔNIO 35,6
18 SACAVÉM 37,9
19 COROADINHO 44,3
20 VILA EMBRATEL 40,8
21 MAURO FECURY 43,2
22 ANJO DA GUARDA 37,0
23 MARACANÃ 41,9
24 TIBIRI 52,9
25 SÃO RAIMUNDO 53,8
26 TIRIRICAL 39,7
27 CIDADE OPERÁRIA 45,0
28 JARDIM AMÉRICA 51,7
29 CIDADE OLÍMPICA 54,9
Legenda:
-
+
< 33
< 33 a 38
< 38 a 44
> 44
MÉDIA SÃO LUÍS 39,1
12
10
11
9
8
12
13
7
543
19
20
21
26
1718
6
1514
16
27
29
2825
2423
22
21
MAPA 3. PORCENTAGEM DE PESSOAS EM DOMICÍLIOS COM COMPUTADOR E INTERNET
Fonte: Estimativas produzidas com base nos microdados da Amostra do Censo Demográfico (IBGE) de 2010.
1.3. ATIVIDADE ECONÔMICA
Em 2010, o Produto Interno Bruto de São Luís totalizou R$ 17,9 bilhões, o que representa 39,6%
da renda gerada no estado. A relevância da capital na geração do PIB estadual é particularmente
grande no caso da Maranhão. O peso da capital no PIB do estado está entre os 10 maiores do
Brasil.
O setor de serviços responde por 77,7% do PIB ludovicense, seguido pela indústria (22,2%) e
pela agropecuária (0,1%). Cabe ressaltar que a importância relativa do setor industrial na gera-
ção do PIB municipal em São Luís é a 5ª mais elevada dentre as 27 capitais brasileiras.
Entre 2003 e 2010, a atividade econômica ludovicense teve desempenho superior à média na-
cional e foi a que mais cresceu entre as capitais do Nordeste, estabelecendo-se como o quarto
maior PIB entre elas. Em 2010, a participação de São Luís no PIB do Nordeste e do Brasil era de,
respectivamente, 3,5% e 0,48%, acima do observado em 2003 (3,2% e 0,41%, na ordem).
1 CENTRO 35,0
2 MONTE CASTELO 27,8
3 BAIRRO DE FÁTIMA 23,1
4 JOÃO PAULO 29,1
5 VILA PALMEIRA 21,2
6 ANIL 30,9
7 ANGELIM 56,5
8 COHAMA 63,9
9 VINHAIS 57,2
10 SÃO FRANCISCO 32,3
11 LITORAL 81,8
12 TURU 19,3
13 ITAPIRACÓ 43,0
14 COHATRAC 66,4
15 COHAB 34,6
16 SÃO CRISTÓVÃO 25,1
17 SANTO ANTÔNIO 21,8
18 SACAVÉM 17,6
19 COROADINHO 12,7
20 VILA EMBRATEL 12,7
21 MAURO FECURY 5,6
22 ANJO DA GUARDA 16,8
23 MARACANÃ 5,9
24 TIBIRI 2,0
25 SÃO RAIMUNDO 9,4
26 TIRIRICAL 17,2
27 CIDADE OPERÁRIA 39,2
28 JARDIM AMÉRICA 20,8
29 CIDADE OLÍMPICA 3,9
Legenda:
-
+
< 13
> 13 a 24
> 24 a 36
> 36
MÉDIA SÃO LUÍS 28,7
12
10
11
9
8
12
13
7
543
19
20
21
26
1718
6
1514
16
27
29
2825
2423
22
22
Na análise do PIB per capita, isto é, da riqueza produzida em relação à população, São Luís as-
sume o segundo lugar dentre as capitais nordestinas, com R$ 17.703, atrás apenas de Recife
(Gráfico 6). Na última década, o crescimento médio do PIB per capita foi de 15,7%.
GRÁFICO 6. PIB PER CAPITA
Fonte: IBGE.
1.4. MERCADO DE TRABALHO
São Luís apresenta a terceira maior taxa de participação do Nordeste, o que significa que 58,24%
da população em idade para trabalhar estão inseridas no mercado de trabalho. O desemprego
atinge 12,4% da população economicamente ativa, quarta maior taxa das capitais do NE, sendo
maior entre as pessoas com nível de instrução mais elevado (sobretudo aqueles com ensinos
médio e superior completos). Some-se a isso a maior informalidade entre as capitais nordestinas
(junto com Teresina e Fortaleza): quase um quarto dos ocupados não possui carteira assinada
(Gráfico 7).7
7 A população ocupada inclui empregadores, empregados, trabalhadores por conta própria, trabalhadores para subsistência, e os
trabalhadores não remunerados.
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
14%
16%
18%
0
5000
10000
15000
20000
25000
Taxa de
Cre
scime
nto
do
PIB
pe
r capita
PIB
pe
r ca
pit
a
2000 2005 2010 Média de Crescimento
23
GRÁFICO 7. PESSOAL OCUPADO POR POSIÇÃO NA OCUPAÇÃO
Fonte: Censo 2010/IBGE.
No que tange aos empregos formais, destaca-se a importância da administração pública, seguida
pelo comércio varejista e pela construção civil. Os maiores rendimentos8, por sua vez, são en-
contrados nas instituições financeiras (R$ 3.571), na indústria metalúrgica (R$ 2.899) e na admi-
nistração pública (R$ 2.502). Os salários médios de São Luís – enquanto indicador que serve
como um referencial de produtividade da economia – sinalizam que as atividades econômicas
ludovicenses são menos produtivas que os suas correlatas em outras capitais do Nordeste, pois
a maioria dos setores apresenta rendimentos inferiores em São Luís quando comparado à média
das demais capitais nordestinas.
Outro aspecto importante é o empreendedorismo, no qual São Luís destaca-se pelo maior per-
centual de trabalhadores por conta própria. Contudo, vale observar que o empreendedorismo
na cidade é de baixa performance, principalmente pelo baixo lucro médio e pela pior taxa de
sucesso dos empreendedores9 (6%). Recife apresenta o dobro de sucesso, medido pelo percen-
tual de empregadores no total de empreendedores (empregadores mais trabalhadores por
conta própria) (Gráfico 8). Além disso, o desempenho das micro e pequenas empresas10 (MPE)
ludovicenses é o mais fraco do Nordeste: as MPE respondem por 32% dos empregos e apenas
20% da massa salarial, enquanto, no Nordeste como um todo, essas taxas são de 38,9% e 27,2%,
respectivamente.
8 Os valores correntes dos rendimentos apresentados referem-se ao ano de 2011.
9 A taxa de sucesso dos empreendedores é representada pelo número de empregadores sobre o número de trabalhadores por
conta própria e de empregadores.
10 Micro e pequenas empresas são as que têm até 100 empregados.
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
Teresina São Luís JoãoPessoa
Maceió Fortaleza Recife Aracaju Natal Salvador
Empregados - com carteira de trabalho assinada Empregados - militares e funcionários públicos estatutários
Empregados - sem carteira de trabalho assinada Conta própria
Empregadores Não remunerados
Trabalhadores na produção para o próprio consumo
24
Quanto à análise intramunicipal, Maracanã e Tirirical registram os maiores índices de desem-
prego (cerca de 17%), enquanto as áreas mais ricas Litoral e Cohama possuem taxas de desem-
prego inferiores à 7%.
GRÁFICO 8. TAXA DE SUCESSO DOS EMPREENDEDORES
Fonte: Censo 2010/IBGE
MAPA 4. TAXA DE DESEMPREGO (%)
Fonte: Estimativas produzidas com base nos microdados da Amostra do Censo Demográfico (IBGE) de 2010.
6% 7%8% 8% 9%
10% 10%12% 12%
21% 21% 21% 20%19% 19% 18% 20% 20%
São Luís Teresina Fortaleza Maceió Salvador Natal JoãoPessoa
Aracaju Recife
Taxa de sucesso dos empreendedores Proporção de CP
1 CENTRO 14,9
2 MONTE CASTELO 13,2
3 BAIRRO DE FÁTIMA 14,6
4 JOÃO PAULO 13,9
5 VILA PALMEIRA 12,7
6 ANIL 13,1
7 ANGELIM 9,0
8 COHAMA 6,7
9 VINHAIS 8,9
10 SÃO FRANCISCO 13,1
11 LITORAL 5,5
12 TURU 12,0
13 ITAPIRACÓ 8,4
14 COHATRAC 8,5
15 COHAB 12,9
16 SÃO CRISTÓVÃO 12,2
17 SANTO ANTÔNIO 12,8
18 SACAVÉM 10,6
19 COROADINHO 15,2
20 VILA EMBRATEL 13,7
21 MAURO FECURY 16,2
22 ANJO DA GUARDA 15,3
23 MARACANÃ 17,0
24 TIBIRI 13,6
25 SÃO RAIMUNDO 16,3
26 TIRIRICAL 17,3
27 CIDADE OPERÁRIA 13,7
28 JARDIM AMÉRICA 12,5
29 CIDADE OLÍMPICA 11,3
Legenda:
-
+
< 12
< 12 a 13
< 13 a 15
> 15
MÉDIA SÃO LUÍS 12,4
12
10
11
9
8
12
13
7
543
19
20
21
26
1718
6
1514
16
27
29
2825
2423
22
25
1.5. DESENVOLVIMENTO HUMANO
O desenvolvimento humano é medido nos municípios brasileiros por meio do Índice de Desen-
volvimento Humano Municipal (IDHM), que sintetiza três aspectos fundamentais: Educação,
Longevidade e Renda. Quanto mais próximo de 1, maior o grau de desenvolvimento humano de
uma cidade. Dentre as capitais do Nordeste, São Luís possui o terceiro IDHM mais elevado
(0,768). A primeira posição no ranking é ocupada por Recife (0,772) (Tabela 1).
Pela análise dos componentes do IDHM, o município destaca-se em Educação, que não consi-
dera indicadores de qualidade11. São Luís é a única capital nordestina entre os 50 melhores mu-
nicípios neste quesito, ocupando a 45ª posição. Teresina, na 278ª colocação, é a segunda capital
do Nordeste mais bem posicionada neste ranking. O nível de instrução da população adulta12 e
a frequência escolar no ensino nos níveis fundamental e médio impulsionam a performance glo-
bal ludovicense no IDHM.
Já quando o desenvolvimento humano é analisado pelas óticas da renda e da longevidade, São
Luís destaca-se negativamente no contexto nacional. Em ambas as dimensões o município loca-
liza-se entre as três piores capitais nordestinas. No que se refere à longevidade, a esperança de
vida ao nascer em São Luís é de 73,8 anos, enquanto que em Natal e Salvador – capitais nordes-
tinas mais bem posicionadas no ranking – é de 75,1 anos. Já no tocante à renda, a capital mara-
nhense apresenta renda per capita de R$ 805, ao passo que em Recife ela chega a R$ 1.444
(Tabela 2).
11 Esses indicadores serão abordados adiante na seção de Educação mostrando um retrato menos favorável da situação educacional
de São Luís.
12 População com mais de 18 anos.
26
TABELA 1. POSIÇÃO DAS CAPITAIS DO NORDESTE NO RANKING DO IDHM
IDHM IDHM-EDUCAÇÃO IDHM-LONGEVIDADE IDHM-RENDA
RECIFE 210 377 1908 58
ARACAJU 227 261 1993 111
SÃO LUÍS 249 45 2504 593
NATAL 320 433 1426 211
JOÃO PESSOA 321 446 1561 193
SALVADOR 384 595 1429 186
FORTALEZA 467 422 1953 459
TERESINA 526 278 2162 813
MACEIÓ 1266 1302 3167 638
Fonte: “Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013”, PNUD.
TABELA 2. INDICADORES DOS COMPONENTES DO IDHM
IDHM E COMPONENTES -
2010 SÃO LUÍS TERESINA FORTALEZA NATAL MACEIÓ SALVADOR RECIFE
JOÃO
PESSOA ARACAJU
IDHM EDUCAÇÃO 0,752 0,707 0,695 0,694 0,635 0,679 0,698 0,693 0,708
% DE 18 ANOS OU MAIS COM
ENSINO FUNDAMENTAL COM-
PLETO 73,5 64,2 65,8 65,9 59,1 69,7 66,4 66,3 69,5
% DE 5 A 6 ANOS FREQUEN-
TANDO A ESCOLA 96,0 97,5 95,9 92,8 87,0 92,9 95,3 92,6 95,0
% DE 11 A 13 ANOS FRE-
QUENTANDO OS ANOS FINAIS
DO ENSINO FUNDAMENTAL 88,1 90,2 84,8 87,8 83,8 83,0 86,1 85,5 86,3
% DE 15 A 17 ANOS COM EN-
SINO FUNDAMENTAL COM-
PLETO 67,2 62,9 59,5 56,5 49,7 50,2 58,5 57,5 53,8
% DE 18 A 20 ANOS COM EN-
SINO MÉDIO COMPLETO 53,1 46,2 45,4 47,8 42,6 41,8 46,7 47,9 50,7
IDHM LONGEVIDADE 0,813 0,82 0,824 0,835 0,799 0,835 0,825 0,832 0,823
ESPERANÇA DE VIDA AO NAS-
CER (EM ANOS) 73,8 74,2 74,4 75,1 72,9 75,1 74,5 74,9 74,4
IDHM RENDA 0,741 0,731 0,749 0,768 0,739 0,772 0,798 0,77 0,784
RENDA PER CAPITA (EM R$) 805,4 757,6 846,4 950,3 792,5 973,0 1144,3 964,8 1052,0
Fonte: “Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013”, PNUD. Nota: A renda per capita está auferida em valores de 01 de
agosto de 2010.
27
1.6. RENDA, POBREZA E DESIGUALDADE
A riqueza gerada em São Luís, medida pelo PIB, não é a mesma riqueza auferida pela população,
medida pela renda familiar: a distância entre essas duas rendas é de quase duas vezes. Assim,
apesar de São Luís ter o segundo maior PIB per capita dentre as capitais do Nordeste, consegue
ter a segunda pior renda familiar per capita nesta mesma base de comparação. Uma possível
explicação para esse diferencial seria a existência de empregos de baixa qualidade, baixa quali-
ficação da mão e obra e, consequente, baixa remuneração. Em outras palavras, boa parte da
riqueza gerada em São Luís não é apropriada pela população.
GRÁFICO 9. DESIGUALDADE DE RENDA
Fonte: IBGE
O índice de Gini, que mede a desigualdade de renda na população, é alto em relação ao padrão
brasileiro (e mundial), mas encontra-se dentro da média observada na região Nordeste (Gráfico
9). Outro fator de atenção é o alto contingente de pobres – 38% da população – maior que a
média brasileira e inferior apenas aos de Maceió e Teresina dentre as capitais nordestinas (Grá-
fico 10).
0,56
0,58
0,6
0,62
0,64
0,66
0,68
0,7
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
JoãoPessoa -
PB
Salvador- BA
Aracaju -SE
Natal -RN
Maceió -AL
Teresina- PI
Recife -PE
Fortaleza- CE
São Luís- MA
Gin
iP
IB p
er
cap
ita/
RD
PC
an
ual
PIB per capita/RDPC anual Gini
28
GRÁFICO 10. RENDA DOMICILIAR PER CAPITA E POBREZA
Fonte: Censo 2010/IBGE. Nota: A linha de pobreza utilizada foi de metade do salário mínimo de 2010 (R$255,00).
A desigualdade fica bastante visível quando se observa os indicadores das áreas da cidade. O
Litoral concentra a maior renda da cidade, R$ 4.000 per capita, mais do dobro dos vizinhos,
Cohama e Vinhais, que completam a trinca de bairros com maior renda em São Luís. Metade das
áreas de São Luís registraram renda domiciliar per capita inferior ao salário mínimo da época.
A maior desigualdade, medida pelo índice de Gini, está nas áreas mais ricas, Litoral e São Fran-
cisco e no Centro. Já a pobreza13 concentra-se, principalmente na área rural e do Itaqui-Bacanga,
onde mais da metade da população é considerada pobre.
13 Pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 220.
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
0
200
400
600
800
1000
1200
Recife Aracaju Salvador JoãoPessoa
Natal Fortaleza Maceió São Luís Teresina
Po
bre
zaRD
PC
Renda Familiar Per Capita Pobreza
29
MAPA 5. RENDA DOMICILIAR PER CAPITA (R$/MÊS JUL/2010)
Fonte: Estimativas produzidas com base nos microdados da Amostra do Censo Demográfico (IBGE) de 2010.
MAPA 6. COEFICIENTE DE GINI
Fonte: Estimativas produzidas com base nos microdados da Amostra do Censo Demográfico (IBGE) de 2010.
Legenda:
-
+
< 400
> 400 a 520
> 520 a 900
> 900
1 CENTRO 885
2 MONTE CASTELO 509
3 BAIRRO DE FÁTIMA 498
4 JOÃO PAULO 526
5 VILA PALMEIRA 518
6 ANIL 619
7 ANGELIM 1.100
8 COHAMA 1.821
9 VINHAIS 1.783
10 SÃO FRANCISCO 945
11 LITORAL 4.035
12 TURU 490
13 ITAPIRACÓ 1.068
14 COHATRAC 1.140
15 COHAB 697
16 SÃO CRISTÓVÃO 631
17 SANTO ANTÔNIO 546
18 SACAVÉM 390
19 COROADINHO 389
20 VILA EMBRATEL 348
21 MAURO FECURY 314
22 ANJO DA GUARDA 433
23 MARACANÃ 281
24 TIBIRI 238
25 SÃO RAIMUNDO 367
26 TIRIRICAL 511
27 CIDADE OPERÁRIA 603
28 JARDIM AMÉRICA 442
29 CIDADE OLÍMPICA 344
MÉDIA SÃO LUÍS 768
12
10
11
9
8
12
13
7
543
19
20
21
26
1718
6
1514
16
27
29
2825
2423
22
1 CENTRO 0,575
2 MONTE CASTELO 0,509
3 BAIRRO DE FÁTIMA 0,514
4 JOÃO PAULO 0,508
5 VILA PALMEIRA 0,544
6 ANIL 0,506
7 ANGELIM 0,500
8 COHAMA 0,541
9 VINHAIS 0,557
10 SÃO FRANCISCO 0,693
11 LITORAL 0,573
12 TURU 0,550
13 ITAPIRACÓ 0,559
14 COHATRAC 0,441
15 COHAB 0,484
16 SÃO CRISTÓVÃO 0,506
17 SANTO ANTÔNIO 0,531
18 SACAVÉM 0,454
19 COROADINHO 0,540
20 VILA EMBRATEL 0,447
21 MAURO FECURY 0,427
22 ANJO DA GUARDA 0,446
23 MARACANÃ 0,479
24 TIBIRI 0,539
25 SÃO RAIMUNDO 0,477
26 TIRIRICAL 0,534
27 CIDADE OPERÁRIA 0,441
28 JARDIM AMÉRICA 0,473
29 CIDADE OLÍMPICA 0,480
Legenda:
-
+
< 0,475
< 0,475 a 0,507
< 0,507 a 0,540
> 0,540
MÉDIA SÃO LUÍS 0,624
12
10
11
9
8
12
13
7
543
19
20
21
26
1718
6
1514
16
27
29
2825
2423
22
30
MAPA 7. PORCENTAGEM DE POBRES
Fonte: Estimativas produzidas com base nos microdados da Amostra do Censo Demográfico (IBGE) de 2010.
A elevada pobreza explica a importância dos programas assistenciais de transferência de renda,
como o Bolsa Família (BF), e das aposentadorias e pensões públicas: estimativas do Censo 2010
sugerem que 24,5% das famílias de São Luís recebem BF e 5,5% recebem aposentadoria ou pen-
são. A participação dessa renda não proveniente do trabalho na renda total dessas famílias é de
29,9% e 48,5%, respectivamente.
1.7. EDUCAÇÃO
O componente educacional é o destaque positivo quando analisado o desenvolvimento humano
de São Luís pela ótica do IDHM. Isso se deve ao fato de que o indicador do Pnud/ONU considera
o nível de instrução dos adultos e o acesso escolar (sobretudo na educação básica) onde a capital
maranhense vem experimentando avanços importantes. Já na a qualidade do ensino, observa-
se que São Luís possui importantes desafios a superar. Este panorama de avanços no acesso e
desafios na qualidade do ensino não é exclusividade da capital maranhense e possui paralelo
em diversos municípios brasileiros.
1 CENTRO 25,4
2 MONTE CASTELO 39,4
3 BAIRRO DE FÁTIMA 39,8
4 JOÃO PAULO 35,7
5 VILA PALMEIRA 42,1
6 ANIL 30,8
7 ANGELIM 18,7
8 COHAMA 16,2
9 VINHAIS 18,2
10 SÃO FRANCISCO 41,8
11 LITORAL 11,6
12 TURU 45,3
13 ITAPIRACÓ 21,6
14 COHATRAC 12,1
15 COHAB 25,7
16 SÃO CRISTÓVÃO 33,7
17 SANTO ANTÔNIO 39,4
18 SACAVÉM 46,6
19 COROADINHO 55,1
20 VILA EMBRATEL 51,3
21 MAURO FECURY 53,3
22 ANJO DA GUARDA 39,8
23 MARACANÃ 60,7
24 TIBIRI 71,2
25 SÃO RAIMUNDO 51,8
26 TIRIRICAL 37,3
27 CIDADE OPERÁRIA 27,9
28 JARDIM AMÉRICA 41,5
29 CIDADE OLÍMPICA 57,3
Legenda:
-
+
< 26
< 26 a 39,5
< 39,5 a 50
> 50
MÉDIA SÃO LUÍS 37,8
12
10
11
9
8
12
13
7
543
19
20
21
26
1718
6
1514
16
27
29
2825
2423
22
31
A taxa de analfabetismo de São Luís, de 5,8%, é a segunda menor dentre as capitais da região
Nordeste. Esse indicador espelha o nível de instrução da população adulta ludovicense, que pos-
sui o menor percentual de pessoas sem instrução ou com o fundamental incompleto (29,53%) e
a maior proporção com ensino médio entre as capitais nordestinas. Na população com 25 anos
de idade ou mais, menos de um terço não completou o Ensino Fundamental, enquanto que mais
de 40% possui Ensino Médio completo (Gráfico 11).
Cerca de 92% das crianças com idade entre 6 e 9 anos estão matriculados no Ensino Fundamen-
tal. Isso faz com que São Luís apresente, comparativamente às demais capitais do Nordeste, a
2ª melhor cobertura no Ensino Fundamental nos anos iniciais e a melhor taxa nos anos finais.
No que se refere ao Ensino Médio, São Luís apresenta a segunda melhor cobertura dentre as
capitais nordestinas: 78,4%.
Assim como ocorre na maior parte das cidades brasileiras, o desafio do acesso ao Ensino Infantil
também se faz presente em São Luís. Segundo os dados do Censo de 2010, 27,7% das crianças
entre 0 e 3 anos frequentam creches em São Luís. A heterogeneidade entre as áreas da cidade
nesse indicador é bastante relevante. Maracanã e Cohab têm menos de 20% das crianças fre-
quentando creche, enquanto em Vinhais, esse percentual é de (42%).
MAPA 8. PORCENTAGEM QUE FREQUENTA À ESCOLA (0 A 3 ANOS)
Fonte: Estimativas produzidas com base nos microdados da Amostra do Censo Demográfico (IBGE) de 2010.
1 CENTRO 29,6
2 MONTE CASTELO 34,1
3 BAIRRO DE FÁTIMA 22,9
4 JOÃO PAULO 26,0
5 VILA PALMEIRA 27,3
6 ANIL 20,5
7 ANGELIM 34,8
8 COHAMA 33,8
9 VINHAIS 42,5
10 SÃO FRANCISCO 29,6
11 LITORAL 34,6
12 TURU 23,0
13 ITAPIRACÓ 31,2
14 COHATRAC 27,4
15 COHAB 19,3
16 SÃO CRISTÓVÃO 26,7
17 SANTO ANTÔNIO 27,5
18 SACAVÉM 24,7
19 COROADINHO 25,9
20 VILA EMBRATEL 29,0
21 MAURO FECURY 29,0
22 ANJO DA GUARDA 23,1
23 MARACANÃ 17,9
24 TIBIRI 23,0
25 SÃO RAIMUNDO 29,3
26 TIRIRICAL 27,8
27 CIDADE OPERÁRIA 31,9
28 JARDIM AMÉRICA 31,3
29 CIDADE OLÍMPICA 28,0
Legenda:
-
+
< 25
> 25 a 28
> 28 a 30
> 30
MÉDIA SÃO LUÍS 14,8
12
10
11
9
8
12
13
7
543
19
20
21
26
1718
6
1514
16
27
29
2825
2423
22
32
Já no que se refere à qualidade da educação em São Luís, o Índice de Desenvolvimento da Edu-
cação Básica (IDEB) do município ficou abaixo da média nacional do Ensino Fundamental de 2011
(4,7), quando analisados os anos iniciais. Em comparação com as demais capitais do Nordeste,
São Luís tem maior destaque: fica na 3ª posição na avaliação da rede municipal e na 4ª posição
na rede estadual. Vale ressaltar, no entanto, que entre 2007 e 2011 a capital maranhense per-
deu posição neste ranking e não conseguiu alcançar a meta para os anos iniciais do Ensino Fun-
damental, o que compromete as chances de sucesso dos alunos no decorrer do Ensino Básico e,
por consequência, a permanência destes na escola. Já na avaliação dos anos finais do Ensino
Fundamental, São Luís ficou pouco acima da média brasileira (3,8) (Gráficos 12 e 13).
GRÁFICO 11. IDEB ANOS INICIAIS - ESCOLAS MUNICIPAIS
Fonte: Ministério da Educação
GRÁFICO 12. IDEB ANOS FINAIS - ESCOLAS MUNICIPAIS
Fonte: Ministério da Educação
Por fim, no que tange ao Ensino Superior, entre 2008 e 2010, São Luís apresentou aumento
acentuado do número de candidatos por vaga nos cursos de graduação, sendo esta a maior
relação entre as capitais do Nordeste. Além disso, houve melhora na taxa de conclusão do en-
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
Aracaju Maceió Natal Salvador Recife São Luís Fortaleza JoãoPessoa
Teresina
IDEB 2007 - Municipal IDEB 2011 - Municipal Meta 2007 - Municipal Meta 2011 - Municipal
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
Maceió Salvador Recife Aracaju Natal Fortaleza São Luís JoãoPessoa
Teresina
IDEB 2007 IDEB 2011 Meta 2007 Meta 2011
33
sino superior, mas ainda abaixo de 50%. A baixa taxa de conclusão do ensino superior tem con-
sequência na quantidade de estudantes de mestrado e doutorado: São Luís é uma das piores
capitais nesse quesito.
1.8. SAÚDE
O sistema de saúde de São Luís apresenta inúmeros desafios: os índices de mortalidade infantil,
o número de médicos e a cobertura de Equipes Básicas de Saúde estão entre os piores do Nor-
deste. Além disso, há um paradoxo importante, pois a maior mortalidade infantil está justa-
mente na cidade com o melhor IDSUS (que avalia tanto a infraestrutura de saúde quanto o aten-
dimento) dentre as capitais nordestinas. O componente do IDHM que considera a esperança de
vida ao nascer é o segundo pior do Nordeste, com 73,76 anos. Nesse contexto, a percepção da
população é de que a cidade cresceu, mas os equipamentos de saúde não acompanharam a
demanda.
No que se refere à mortalidade infantil, nenhuma capital do Nordeste alcança o indicador reco-
mendado pela OMS (10 por 1000 nascidos vivos). São Luís foi a única capital que teve aumento
da taxa entre 2007 e 2011, além de possuir a maior mortalidade infantil da região (Gráfico 14).
GRÁFICO 13. TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL
Fonte: Ministério da Saúde – Portal da Saúde. Nota: Número de óbitos de crianças residentes com menos de um ano de idade sobre
o número de nascidos vivos de mães residentes na cidade em questão. Apresentado número de óbitos sobre 1.000.
-50,0%
-40,0%
-30,0%
-20,0%
-10,0%
0,0%
10,0%
0,002,004,006,008,00
10,0012,0014,0016,0018,0020,00
Variação
Taxa
Mo
ralid
ade
Infa
nti
l
Taxa de mortalidade infantil (2011) Variação 2007-2011
34
Outro fator que não deve ser desconsiderado é o baixo número de médicos por habitantes. São
Luís tem 2,33 médicos por 1000 habitantes, o segundo menor dentre as capitais da região Nor-
deste. Este indicador é inferior à metade do registrado em Recife (5,46). A carência de médicos
influencia negativamente o desempenho da atenção primária. Menos de um terço da população
de São Luís está coberta pelas equipes básicas de saúde, apresentando o segundo pior desem-
penho neste indicador dentre as capitais nordestinas (Gráfico 15).
GRÁFICO 15. EQUIPES BÁSICAS DE SAÚDE (2011)
Fonte: Ministério da Saúde - DATASUS
Por fim, no tocante à infraestrutura de saúde, observa-se que a proporção de leitos hospitalares
vem sendo reduzida nos últimos anos em São Luís, fenômeno que encontra paralelo no Brasil
em geral. A população cresceu 17% na capital maranhense, ante uma redução de 2,9% na oferta
de leitos no mesmo período. Este aspecto pode ser explicado pelo desempenho dos gastos com
saúde em São Luís nos últimos anos. A despesa total com saúde experimentou aumento subs-
tancial em todas as capitais nordestinas entre 2000 e 2012, mas São Luís apresentou a menor
taxa média de variação neste quesito.
1.9. SEGURANÇA
Segurança é um grande desafio urbano em toda metrópole. Em São Luís, a taxa de homicídios
de 56,1 homicídios por 100 mil habitantes posiciona o município em posição intermediária em
relação às demais capitais nordestinas. A capital maranhense é a quarta mais violenta do Nor-
deste, atrás de Maceió, João Pessoa e Recife. Vale ressaltar que este patamar encontra-se muito
acima do referencial da OMS (10 óbitos/1000 habitantes).
24,9%32,9% 33,3%
38,1% 39,1%
53,4%
74,3%82,2%
88,5%
15,3% 17,2% 22,1%
45,8%
25,8% 25,9%
79,4%
38,8%
64,9%
Salvador São Luís Maceió Natal Fortaleza Recife JoãoPessoa
Aracaju Teresina
EBS Saúde Bucal
35
Já quando analisada a variação da taxa de homicídios no comparativo 2008-2010, observa-se
que São Luís experimentou o segundo maior crescimento dentre as capitais do Nordeste, atrás
apenas da capital paraibana (Gráfico 16).
GRÁFICO 16. TAXA DE HOMICÍDIOS
Fonte: Mapa da Violência.
1.10. JUVENTUDE
A transição demográfica em São Luís ainda está no início, o que significa que o município tem
plenas condições de beneficiar-se do bônus demográfico nas próximas décadas. O aproveita-
mento desta oportunidade, por sua vez, requer investimento maciço na juventude, em particu-
lar os jovens estudantes e profissionais.
A promoção do protagonismo juvenil envolve a superação de importantes desafios. São Luís
apresenta a maior proporção de jovens entre 15 e 24 anos que não estudavam nem estavam
trabalhando (27%). Na comparação por gênero, as mulheres têm proporção superior aos ho-
mens (Gráfico 17). Mesmo os jovens que buscam uma ocupação enfrentam barreiras ao tentar
ingressar no mercado de trabalho. A taxa de desemprego dos jovens é de 25,5% em São Luís.
-40,0%-30,0%-20,0%-10,0%0,0%10,0%20,0%30,0%40,0%
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
Variação
Taxa
Ho
mic
ídio
s
Taxa Homicídios 2010 Variação 2008-2010
36
GRÁFICO 17. JOVENS QUE NEM ESTUDAM, NEM TRABALHAM
Fonte: Censo 2010/IBGE. Nota: Consideramos jovens a população entre 15 e 24 anos.
Em áreas da cidade como João Paulo, Maracanã, Coroadinho e Vila Palmeira, mais de um terço
dos jovens de 15 a 29 anos não estão trabalhando nem estudando, enquanto o Litoral, Cohatrac
e Itapiracó registram os menores índices de ociosidade juvenil, menos de 20%, porém ainda
considerados alto para a média brasileira.
MAPA 9. PORCENTAGEM DE JOVENS DE 15 A 29 ANOS QUE NÃO ESTUDAM NEM TRABALHAM
Fonte: Estimativas produzidas com base nos microdados da Amostra do Censo Demográfico (IBGE) de 2010.
0,0%
5,0%
10,0%15,0%
20,0%25,0%
30,0%
35,0%
Aracaju -SE
Teresina -PI
Natal - RN JoãoPessoa -
PB
Fortaleza -CE
Salvador -BA
Recife - PE Maceió -AL
São Luís -MA
Indicador NemNem Indicador NemNem - Homens Indicador NemNem - Mulheres
1 CENTRO 28,6
2 MONTE CASTELO 26,0
3 BAIRRO DE FÁTIMA 26,3
4 JOÃO PAULO 36,0
5 VILA PALMEIRA 34,7
6 ANIL 25,0
7 ANGELIM 20,2
8 COHAMA 20,4
9 VINHAIS 20,5
10 SÃO FRANCISCO 24,7
11 LITORAL 14,7
12 TURU 22,3
13 ITAPIRACÓ 19,1
14 COHATRAC 18,1
15 COHAB 23,8
16 SÃO CRISTÓVÃO 28,7
17 SANTO ANTÔNIO 25,9
18 SACAVÉM 31,4
19 COROADINHO 36,3
20 VILA EMBRATEL 32,1
21 MAURO FECURY 32,6
22 ANJO DA GUARDA 31,9
23 MARACANÃ 34,9
24 TIBIRI 37,2
25 SÃO RAIMUNDO 32,0
26 TIRIRICAL 30,7
27 CIDADE OPERÁRIA 26,1
28 JARDIM AMÉRICA 24,1
29 CIDADE OLÍMPICA 27,0
Legenda:
-
+
< 24
< 24 a 28
< 28 a 32
> 32
MÉDIA SÃO LUÍS 27,3
12
10
11
9
8
12
13
7
543
19
20
21
26
1718
6
1514
16
27
29
2825
2423
22
37
A vulnerabilidade social da juventude ludovicense é agravada por esta ociosidade. Entre os ma-
les aos quais os jovens encontram-se vulneráveis, o mais grave é a violência. A taxa de homicí-
dios entre jovens com idade de 15 a 24 anos é superior à do total da população: 83,2 e 56,1
homicídios por 100 mil habitantes, respectivamente.
Um dos desafios estratégicos de São Luís no horizonte das próximas duas décadas é a retenção
e qualificação de sua juventude. Além da existência de oportunidades de emprego e de qualifi-
cação profissional, a qualidade de vida no ambiente urbano é elemento importante e cada vez
mais valorizado pelos jovens. A retenção de talentos em São Luís requer, portanto, investimen-
tos não apenas em educação, saúde, mobilidade, saneamento básico e segurança, mas também
em cultura e lazer – elementos essenciais para a formação dos cidadãos, especialmente os mais
jovens.
Nesse sentido, ressalta-se que abaixa quantidade relativa de equipamentos de cultura, como
museus, teatros e bibliotecas em São Luís. A limitação de equipamentos e espaços de lazer na
capital maranhense pode ser ilustrada pelo número de habitantes por parque, 130 mil, o se-
gundo mais elevado do Nordeste.
1.11. GESTÃO FISCAL
A gestão fiscal, medida pelo Índice Firjan (IFGF), é aqui utilizada como uma proxy da capacidade
administrativa e da qualidade do ambiente institucional. Sendo assim, houve queda de 16,3%
no IFGF no período 2006 e 2011, o que indica uma perda de qualidade na administração pública
de São Luís. Na comparação com as demais capitais do Nordeste, a cidade ficou a frente apenas
de Natal (Gráfico 18). Com base na pesquisa qualitativa realizada no âmbito do Plano de Longo
Prazo de São Luís, a gestão municipal é vista como “ineficiente e sem capacidade de atender às
demandas da população, além de faltarem incentivos e regras claras para atração de investi-
mentos”. A pesquisa aponta que “um aspecto que dificulta a atração de empresas para São Luís
é o excesso de burocracia e a politização das decisões".
38
GRÁFICO 14. ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCAL
Fonte: FIRJAN
Os relatórios “Desempenho Fiscal 2008-2011, Estimativa 2012 e projeção 2013” e “Desempenho
Fiscal 2012, Orçamento 2013 e Reestimativas 2013”, realizados pela Macroplan em dezembro
de 2012 e fevereiro de 2013, indicam que ao longo do período, a Receita Corrente cresceu em
termos reais à média anual de 4,9%. A baixa expansão das transferências intergovernamentais
entre 2008 e 2010, decorrentes da crise econômica, foi compensada pela expansão das receitas
próprias, em particular, da receita com a arrecadação de Imposto sobre Serviços de Qualquer
Natureza (ISS), que mudou de patamar em 2011, tornando-se responsável por 44,5% do au-
mento da Receita Corrente no período 2008 a 2012. A receita do Fundo de Manutenção e De-
senvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB)
teve forte expansão no período analisado, impulsionado pelo crescimento das transferências de
recursos da complementação da União ao Fundo, mecanismo que visa equalizar o volume de
recursos financeiros por aluno, pelo menos entre algumas Unidades Federativas do país.
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
Natal - RN São Luís -MA
Salvador -BA
Maceió -AL
JoãoPessoa -
PB
Teresina -PI
Aracaju -SE
Fortaleza -CE
Recife - PE
IFGF 2006 IFGF 2010 IFGF 2011
39
GRÁFICO 15. COMPOSIÇÃO DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA 2008 A 2012 (EM R$ MILHÕES 201214)
Fonte: Macroplan, 2013.
Apesar disso, a situação deficitária de 2010, embora amenizada, persistiu face ao contínuo cres-
cimento de despesas correntes e ao empenhamento de um montante de investimentos incom-
patível com a disponibilidade de recursos.
GRÁFICO 16. COMPOSIÇÃO DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA 2008 A 2012 (EM R$ MILHÕES 2012)
Fonte: Macroplan, 2013.
As despesas de pessoal expandiram-se a uma taxa média de 8,8% no período analisado. Por essa
razão, embora a Receita Corrente Líquida (RCL) tenha crescimento médio de 5,1% a.a., a relação
Despesas de Pessoal/RCL passou de 48,3% para 54,4% entre 2008 e 2012, ultrapassando o limite
prudencial de 54%. Em 2013, a concessão de novos aumentos aos servidores (77% do incre-
mento da Receita Líquida obtida em 2013 foi destinado ao pagamento de pessoal), em especial
aos da Educação, agravou ainda mais a situação fiscal, mas foi contrabalanceada com a decisão
de enxugamento do quadro de servidores, sendo esperada a redução da relação Pessoal/Receita
para patamar abaixo dos 51%.
14 IPCA/IBGE para 2008 a 2011, estimativa de 5,43% em 2012 – Relatório Focus/BACEN de 30/11/2012. Foi utilizada a variação média
do IPCA em cada ano da série.
365 372 405 473 518
1046 1077 10201207 1177
132 186 190229 1496 5 512 32
2008 2009 2010 2011 2012Receita Tributária Transferências intergovernamentais Outras Receitas Correntes Receita de Capital
1496 1594 2001 2031 2052
726 8791042 991 997651 597694 786 75417 31
33 30 28
2008 2009 2010 2011 2012
Despesa Total Pessoal Outras Despesas Correntes Investimentos + Inv. Financeiras Serviço da Dívida
40
A participação dos investimentos na despesa total aumentou de uma média de 6,1% no biênio
2008-09 para 12,2% nos anos 2011-12. Essa expansão foi financiada, basicamente, com a gera-
ção de déficit fiscal, o que elevou fortemente o Passivo Financeiro do Município, principalmente
através do acúmulo de Restos a Pagar Processados e Não Processados.
O Serviço da Dívida do município empenhado em 2012 foi de R$ 28 milhões; considerada a re-
lação entre a Dívida Líquida e a Receita Corrente Líquida, o Município se encontra bem abaixo
do limite permitido pelo Senado Federal, do que resulta um comprometimento com o serviço
da dívida bastante confortável - média de 1,5% do total da despesa.
Embora a Dívida Contratual não seja preocupante, não se pode dizer o mesmo dos Restos a
Pagar - RP, com expansão significativa nos últimos anos, passando de R$ 60 milhões em 2008
para R$ 831 milhões ao final de 2012, comprometendo fortemente a capacidade da Prefeitura
de honrar os compromissos assumidos.
TABELA 3. DÍVIDA COM RESTOS A PAGAR DEZEMBRO 2008 A 2012 (EM R$ MILHÕES CORRENTES)
Restos a pagar Dez/08 Dez/09 Dez/10 Dez/11 Dez/12
Total de RP 60 138 417 520 831
Processados (despesa liquidada, a pagar) 36 95 241 285 512
Não processados (despesa empenhada, a liqui-dar)
24 43 176 235 319
Fonte: STN/Ministério da Fazenda e Portal de Transparência PSL – RREO.
41
Capítulo 2. Condicionantes do futuro
2 Condicionantes do futuro
43
2.1. TENDÊNCIAS RELEVANTES PARA SÃO LUÍS
O futuro de São Luís não é totalmente incerto, nem obra do acaso. Ele é influenciado por um
conjunto de fenômenos externos e internos que têm impacto relevante sobre a trajetória futura
da capital maranhense. Dentro desse conjunto de fenômenos, há um grupo de elementos já
consolidados cujos desdobramentos apresentam alto grau de certeza ou previsibilidade no ho-
rizonte 2033.
Esses elementos predeterminados são denominados tendências consolidadas. As tendências
consolidadas são aquelas perspectivas cujas direções já são bastante visíveis e suficientemente
consolidadas para se admitir a manutenção deste rumo durante o período considerado. A expli-
citação de hipóteses quanto às tendências consolidadas é um recurso metodológico particular-
mente relevante para a geração de cenários na medida em que delimita, numa primeira aproxi-
mação, o espaço de restrições e possibilidades dentro dos quais os cenários podem ser constru-
ídos, estreitando assim o “leque” dos futuros a serem explorados.
Esse capítulo apresenta uma descrição dos principais elementos predeterminados que condici-
onarão o futuro de São Luís nos próximos anos. Para uma melhor compreensão, as tendências
consolidadas foram segmentadas em três grandes grupos conforme imagem abaixo: o macro-
ambiente global, o Brasil e a região Nordeste, além do Maranhão e São Luís.
44
TENDÊNCIAS GLOBAIS
» Globalização comercial, financeira e produtiva
Nas últimas duas décadas, vivenciamos uma ampliação, com intensidade sem precedentes, dos
fluxos de pessoas, informação, tecnologia, produtos, serviços e capitais em todo o mundo. Esse
fenômeno constitui um importante condicionante do crescimento e da inserção externa dos
países, na medida em que possibilita o estabelecimento de processos produtivos, comerciais e
financeiros capazes de movimentar bens e serviços ao redor do mundo, seja para consumo final,
seja para utilização como insumo em outras unidades produtivas.
A intensificação da globalização terá grande influência na produção de bens e serviços ao possi-
bilitar a formação de redes de valor integradas, operando em escala mundial e envolvendo par-
ceiros, fornecedores e distribuidores. Este fenômeno terá como importante consequência o au-
mento da terceirização e do offshoring, permitindo a configuração de redes de valor distribuídas
internacionalmente onde os diferentes países e cidades se defrontarão com um vasto e diversi-
ficado leque de oportunidades de negócios, em especial no segmento de serviços.
45
GRÁFICO 17. EXPORTAÇÕES MUNDIAIS DE MERCADORIAS E SERVIÇOS A PREÇOS CORRENTES - 2003 A 2011 (US$ BILHÕES)
Fonte: World Bank, World Development Indicators, Elaboração Macroplan
Assim como a produção é internacionalizada, o mesmo ocorre com o acesso aos bens e serviços.
Seja para consumo final, seja para a sua utilização como insumos no processo produtivo, é cres-
cente o comércio internacional de bens e serviços. Entre 2003 e 2011, as exportações mundiais
de bens e serviços cresceram 125%, passando de US$ 9 trilhões para US$ 20,5 trilhões, segundo
dados do Banco Mundial.
Se por um lado, a globalização aumenta a acessibilidade a novos bens e serviços de maior qua-
lidade e com custos menores, bem como amplia a eficiência dos processos produtivos, esse mo-
vimento também impõe grandes desafios. A intensificação da concorrência, por exemplo, pro-
voca a dissolução de empresas com pouca vantagem competitiva e com menor capacidade de
adaptação e acesso limitado aos novos mercados. O aumento da concorrência internacional de-
manda também que as cidades sejam mais competitivas.
Uma das condições exigidas dos países para ampliar sua capacidade de crescimento econômico
e melhorar sua inserção no mercado internacional reside na capacidade dos seus agentes econô-
micos em adotar técnicas produtivas e de gestão mais modernas e competitivas, incorporando
com rapidez informações e conhecimentos que permitam uma redução ágil de custo e a melho-
ria de seus produtos, mediante a inovação de produtos e processos. Nesse contexto, o limitado
grau de abertura da economia brasileira – quando comparado não apenas a economias avança-
das, mas também a outros países emergentes – constitui-se em um inibidor à modernização e à
diversificação do parque industrial de alto valor agregado e as redes de serviço de qualidade que
operam no país.
IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS
OPORTUNIDADE PARA AMPLIAR A MOVIMENTAÇÃO DO PORTO DE ITAQUI NOS PRÓXIMOS ANOS, ESPECIALMENTE COM A
AMPLIAÇÃO DO CANAL DO PANAMÁ
AUMENTO DA COMPETIÇÃO INTERNACIONAL PELOS FLUXOS DE CAPITAIS PRODUTIVOS E FINANCEIROS CIRCULANTES AO
0
5000
10000
15000
20000
25000
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
46
REDOR DO MUNDO E PELA LOCALIZAÇÃO DE NOVAS PLANTAS INDUSTRIAIS, COM IMPACTOS SOBRE A COMPETITIVIDADE
DAS CIDADES.
OPORTUNIDADE PARA A ATRAÇÃO DE REPRESENTAÇÕES DE GRANDES EMPRESAS BRASILEIRAS E MULTINACIONAIS DA IN-
DÚSTRIA METALÚRGICA E DAS CADEIAS PRODUTIVAS EXPORTADORAS, POSSIBILITANDO UM MAIOR DESENVOLVIMENTO
DO SETOR DE SERVIÇOS ASSOCIADOS.
NECESSIDADE DE UMA INTENSA ARTICULAÇÃO DE ATORES PRIVADOS E PÚBLICOS PARA UM ESFORÇO CONJUNTO DE (I)
IDENTIFICAÇÃO DAS PRINCIPAIS OPORTUNIDADES, GARGALOS E AMEAÇAS (CONCORRENCIAIS, REGULATÓRIAS E LOGÍSTI-
CAS) PARA O DESENVOLVIMENTO DE NOVOS NEGÓCIOS E EMPREENDIMENTOS; E (II) FORMULAÇÃO DE ESTRATÉGIAS E
INICIATIVAS ATIVAS NA ATRAÇÃO DE NOVOS EMPREENDEDORES, INVESTIDORES, NEGÓCIOS E/OU FINANCIAMENTOS PARA
ALAVANCAR OPORTUNIDADES RELEVANTES À CIDADE E PARA AS QUAIS SÃO LUÍS POSSUA EVIDENTES VANTAGENS COM-
PARATIVAS.
» Crescimento dos países asiáticos, emergência dos africanos e recuperação progressiva do di-
namismo da economia americana
O ambiente econômico internacional nos próximos anos ainda será influenciado pelos desdo-
bramentos da crise de 2008/2009, a maior desde a Grande Depressão de 1929. Nesse sentido,
espera-se que os EUA experimentarão recuperação progressiva do dinamismo de sua economia.
A alta nos preços dos imóveis, a geração de empregos e a adoção de regras mais rígidas para o
sistema financeiro – com influência positiva sobre a confiança de empresários e consumidores
– serão os principais alicerces de uma gradual retomada da atividade econômica norte-ameri-
cana. Segundo as projeções do FMI, a economia americana deve crescer em termos reais 1,6%,
em 2013, e 2,6%, em 2014.15
A evolução da economia global nas próximas décadas será cada vez mais condicionada ao de-
sempenho dos países emergentes. A população mundial, de 6,9 bilhões em 2011, deverá alcan-
çar 7,9 bilhões em 2022. A maior parte desse aumento populacional irá ocorrer nos países em
desenvolvimento, sobretudo na Ásia. A população das regiões mais desenvolvidas deverá cres-
cer muito pouco, passando do atual 1,24 bilhão em 2011 para 1,31 bilhão em 2050.
Também no campo econômico os avanços dos países emergentes são inquestionáveis. O PIB do
Brasil, Rússia, Índia e China (BRICs) passou de US$ 2,8 trilhões, em 2002, para US$ 13,3 trilhões,
em 2011, e a participação na economia global saltou de 8% para 19%. Juntos, eles controlam
15 World Economic Outlook, FMI, outubro de 2013.
47
US$ 4,4 trilhões em reservas internacionais, cerca de 40% do total, sendo US$ 3,2 trilhões so-
mente da China.16 A economia da Ásia em desenvolvimento deve crescer 6,3%, em 2013, e cerca
de 6% a.a. nos próximos cinco anos, de acordo com as projeções do FMI.17
Um dos resultados associados a este processo é o aumento da participação da classe média na
população mundial. Em 2009, 1,85 bilhão de pessoas compunham a classe média global. Para
2020 projeta-se que este contingente saltará para 3,25 bilhões de pessoas, sendo China e Índia
os grandes responsáveis por esse crescimento.
O crescimento dos asiáticos – e seu impacto sobre a demanda por commodities – tem influência
direta sobre outro fenômeno que marcará o panorama econômico global nos próximos anos: a
emergência dos africanos. A economia da África está crescendo. Na última década, o cresci-
mento real do PIB dos países africanos foi, em média, de 5% anuais. O PIB do continente africano
cresceu 6,6% em 2012 e a previsão de crescimento para 2013 e 2014 é de 4,8% e 5,3%, respec-
tivamente. 18
Além do crescimento econômico acelerado, há evolução positiva dos indicadores socioeconô-
micos. Nos últimos dez anos, a renda domiciliar per capita cresceu mais de 30%, ao passo que
nos 20 anos anteriores, diminuiu quase 10%. A expectativa de vida na África aumentou em cerca
de 10% e a taxa de mortalidade infantil vem caindo na maioria dos países do continente.19
Embora os desafios do continente ainda sejam muitos – existem 25 países africanos entre os 30
mais pobres do mundo –, as expectativas para os próximos anos são positivas. Ao longo da pró-
xima década, o PIB deverá crescer em média de 6% ao ano.20 A expansão do mercado interno e
a evolução do preço das commodities de sua base econômica serão responsáveis por um fluxo
crescente de investimentos estrangeiros, com destaque para os setores de infraestrutura, mi-
neração, petrolífero e de bens de consumo.
16 Arbache, J. O Brasil está na direção certa?. Janeiro de 2013. Disponível em: http://interessenacional.uol.com.br/2013/01/o-brasil-
esta-na-direcao-certa/.
17 World Economic Outlook, FMI, outubro de 2013.
18 Idem.
19 Dados disponíveis em http://www.economist.com/news/special-report/21572377-african-lives-have-already-greatly-improved-over-past-decade-says-oliver-august. Acessado em 24 de outubro de 2013. 20 Idem.
48
IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS
AUMENTO DA DEMANDA MUNDIAL POR COMMODITIES IMPACTANDO O CRESCIMENTO DA ECONOMIA DE SÃO LUÍS,
TENDO EM VISTA SEU PERFIL SETORIAL E LOGÍSTICO.
OPORTUNIDADE DE DESENVOLVIMENTO DE NOVOS NEGÓCIOS E SERVIÇOS ASSOCIADOS AO COMÉRCIO EXTERIOR (EXPOR-
TAÇÃO E IMPORTAÇÃO), INCLUSIVE SERVIÇOS ESPECIALIZADOS ASSOCIADOS AO TRADING E SISTEMAS LOGÍSTICOS EM
REDE.
AMPLIAÇÃO DOS FLUXOS TURÍSTICOS DE NEGÓCIOS E DE LAZER.
NECESSIDADE DE AMPLIAÇÃO DAS CAPACIDADES E DA ARTICULAÇÃO PÚBLICO E PRIVADA PARA A PROSPECÇÃO E ATRAÇÃO
ATIVA DE NOVOS NEGÓCIOS E EMPREENDEDORES PARA ATUAÇÃO SINÉRGICA E COMPLEMENTAR À CAPACIDADE INSTA-
LADA.
» Rede de cidades globais: lócus de competitividade
Atualmente, há 3,3 bilhões de pessoas vivendo em cidades no mundo, e as estimativas apontam
que, em 2050, a população urbana será de 6,4 bilhões. De acordo com a Organização das Nações
Unidas (ONU), em 2008, pela primeira vez o percentual de pessoas residindo em áreas urbanas
superou o de pessoas instaladas em áreas rurais. Este processo de intensificação da
urbanização21, uma das principais características da demografia mundial no século XX, pode ser
ilustrado a partir da evolução da participação da população mundial urbana em relação à
população total. Em 1960, 34% da população mundial viviam em cidades; em 1992 este
percentual já havia se ampliado para 44% e, em 2008, alcançou 50%. Estima-se que, em 2025, a
população urbana representará 61% da população total22.
21 Entende-se por urbanização o processo de transferência de pessoas do meio rural (campo) para o meio urbano (cidade). O au-
mento da população urbana em relação à população rural vem acompanhado da substituição das atividades primárias (agropecu-
ária) por atividades secundárias (indústria) e terciárias (comércio e serviços).
22 Relatório UN-HABITAT (ONU, 2008)
49
GRÁFICO 18. PARTICIPAÇÃO DA POPULAÇÃO URBANA NO TOTAL DA POPULAÇÃO MUNDIAL
Fonte: ONU, 2008 *Estimativa
As transformações socioeconômicas que marcaram as últimas décadas resultaram em sistemas
urbanos complexos e interconectados, estruturados em redes. Essas redes urbanas caracteri-
zam-se por um conjunto de cidades com características distintas, cuja hierarquia é definida por
fluxos de bens, serviços e informações. São esses fluxos que definem as relações de dependência
estabelecidas entre as cidades componentes da rede urbana23.
Em economias relativamente fechadas, a hierarquia entre cidades é definida, quase exclusiva-
mente, em função da importância relativa dos centros urbanos no cenário nacional. Contudo, à
medida que as economias se internacionalizam, passa a haver crescente interação entre os vá-
rios sistemas nacionais, o que significa dizer que, no limite, os vários sistemas nacionais tendem
a transformar-se em um único sistema em escala mundial.
Nesse caso, os centros situados no topo da hierarquia são denominados cidades globais, cuja
característica principal consiste em atuar como foco da irradiação das decisões tomadas em es-
cala global para as demais cidades dos seus respectivos sistemas nacionais. A crescente interna-
cionalização dos fluxos de bens, serviços e informações dão origem à formação de uma rede
mundial de metrópoles e megacidades24, onde são geradas e transitadas as decisões financeiras,
mercadológicas e tecnológicas, capazes de moldar os destinos das economias nacionais e suas
articulações com os fluxos internacionais de comércio, informação e conhecimento.
Para serem consideradas metrópoles globais, as cidades, apesar das suas diferenças, possuem
muitos traços em comum: i) influência no âmbito internacional; ii) grande população, mercado
interno pujante e mão-de-obra qualificada; iii) polarização sobre áreas metropolitanas; iv) sede
23 Ipea (2002)
24 Megacidade é o termo normalmente empregado para se definir uma cidade que sedia uma aglomeração urbana com mais de dez
milhões de habitantes (GlobeScan e MRC McLean Hazel, 2008)
1960 1992 2008 2025
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
50
de importantes empresas transnacionais, multinacionais ou grandes empresas nacionais; v) cen-
tro financeiro moderno e de grande porte; vi) parque manufatureiro inovador e de escala inter-
nacional; e vii) infraestrutura voltada a atividades terciárias e quaternárias (serviços avançados)
de ponta (centros de convenções, aeroportos e rede hoteleira moderna).
MAPA 10. PORCENTAGEM DA POPULAÇÃO URBANA E AGLOMERAÇÕES URBANAS, POR TAMANHO DA CIDADE, 2025
Fonte: United Nations, Department of Economic and Social Affairs, Population Division: World Urbanization Prospects, The 2011
Revision. *Mckinsey Global Institute, ”Urban World: Mapping the economic power of cities”, 2011
A intensificação do processo de urbanização25, que culminou na criação de grandes metrópoles
ao redor do mundo no passado, será cada vez mais visível nos países emergentes, acarretando
em metropolização acentuada nessas regiões. Em 1950, apenas 3 entre as 10 maiores
metrópoles mundiais pertenciam a países em desenvolvimento. Em 2000, essa proporção já era
muito maior, com 7 metrópoles localizadas nestes países. Ademais, projeta-se que existirão 60
metrópoles no mundo em 2015, abrigando 600 milhões de pessoas e em sua maioria localizadas
em países em desenvolvimento.26
25 Entende-se por urbanização o processo de transferência de pessoas do meio rural (campo) para o meio urbano (cidade). O au-
mento da população urbana em relação à população rural vem acompanhado da substituição das atividades primárias (agrope-
cuária) por atividades secundárias (indústria) e terciárias (comércio e serviços)
26 Relatório UN-HABITAT (ONU, 2008)
51
IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS
CRESCENTE IMPORTÂNCIA DAS GRANDES CIDADES, COMO SÃO LUÍS, PARA A COMPETITIVIDADE REGIONAL E DO PAÍS.
OPORTUNIDADE PARA A REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO LUÍS ATRAIR INVESTIMENTOS PRODUTIVOS EM SERVIÇOS (PRE-
DOMINANTEMENTE CONCENTRADOS EM SÃO LUÍS) E NA INDÚSTRIA, BENEFICIANDO-SE DE SUA POSIÇÃO GEOGRÁFICA
ESTRATÉGICA PARA O COMÉRCIO INTERNACIONAL E DE SUA PROXIMIDADE COM O DINÂMICO MERCADO INTERNO DO
NORDESTE.
OPORTUNIDADE DE FORTALECER SUA POSIÇÃO NA REDE DE CIDADES BRASILEIRAS A PARTIR DE UMA MAIOR INTEGRAÇÃO
COM A REDE GLOBAL DE CIDADES CONECTADAS A PARTIR DE SUA INSERÇÃO NO COMÉRCIO INTERNACIONAL.
NECESSIDADE DE INCORPORAÇÃO SISTEMÁTICA DA COMPETITIVIDADE COMO UM DOS VETORES ESTRUTURANTES DAS ES-
TRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO DA CIDADE A CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZOS, COM FOCO NA REDUÇÃO DOS CUSTOS
DE DESLOCAMENTO, LOCALIZAÇÃO E DE TRANSAÇÃO, OFERTA DE INFRAESTRUTURA DE TELECOMUNICAÇÕES, MAIOR MO-
BILIDADE DE PESSOAS E MERCADORIAS, ECONOMIAS DE ESCALA E AGLOMERAÇÃO, SEGURANÇA PÚBLICA E JURÍDICA E DA
FORMULAÇÃO DE EXPERIMENTOS INOVADORES NESTE CAMPO (INCUBADORAS DE EMPRESAS DE BASE TECNOLÓGICA, ACE-
LERADORAS DE START UPS, POLOS DE SERVIÇOS, ETC).
» Demandas crescentes por sustentabilidade ambiental e economia de baixo carbono
Nas próximas décadas, será cada vez maior a visibilidade dos efeitos ambientais e econômicos
trazidos pelo aquecimento global – o aumento da temperatura média dos oceanos e do ar pró-
ximo à superfície que ocorre desde meados do século XX. De acordo com o Painel Intergoverna-
mental sobre Mudanças Climáticas da ONU, realizado em 2007, a temperatura na superfície ter-
restre aumentou 0,74 ± 0,18°C durante o século XX. A maior parte deste aumento de tempera-
tura foi causada por concentrações crescentes de gases do efeito estufa resultantes de ativida-
des humanas.
O risco de aquecimento global tem conduzido países, órgãos multilaterais, empresas e ONGs,
entre outros, a se preocuparem com a redução da emissão de gases de efeito estufa. Com isso,
a regulação ambiental tem saído dos fóruns globais para as pautas legislativas dos países e as
práticas produtivas sustentáveis são crescentemente reconhecidas pelos consumidores como
fontes de valor adicional aos produtos.
Nesse contexto de crescente demanda por sustentabilidade ambiental, diversas medidas têm
sido tomadas em busca de uma economia de baixo carbono. Entre elas, destacam-se o uso de
fontes não fósseis de produção de energia; a redução do desflorestamento; e adaptações no
processo industrial e no sistema de transporte.
52
A tendência mundial rumo a uma economia sustentável e de baixo carbono representa oportu-
nidades e riscos para o Brasil. Os riscos estão relacionados às barreiras no comércio internacio-
nal, impostas com base em requisitos e padrões ambientais mínimos. Como oportunidade, des-
taca-se o papel da gestão ambiental como forma de obter ganhos de produtividade com, por
exemplo, maior eficiência energética e reutilização de materiais na atividade produtiva. Serão
necessários investimentos crescentes em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias limpas
que minimizem os danos ao meio ambiente, além da adaptação da produção a padrões interna-
cionais de eco-eficiência. São também oportunidades uma série de novos negócios ambientais
relacionados ao mercado de créditos de carbono e à biodiversidade, tais como o desenvolvi-
mento de bioprodutos e a produção e comercialização de fármacos e filoterápicos (além dos
recicláveis).
O meio ambiente torna-se cada vez mais importante também nas políticas de gestão do espaço
urbano, sobretudo diante do risco crescente de colapso no saneamento nas grandes metrópoles
e em algumas cidades médias brasileiras. Além da questão do saneamento, um tema que ganha
espaço crescente na agenda estratégica das cidades brasileiras consiste em fortalecer sua resi-
liência a eventos climáticos naturais de grande intensidade, como tempestades, chuvas, enchen-
tes e deslizamentos.
IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS
PRESSÃO POR MAIOR ALINHAMENTO A NOVA AGENDA AMBIENTAL DAS CIDADES, CONCENTRADA FORTEMENTE NA REDU-
ÇÃO DAS EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA E NA “DESCARBONIZAÇÃO” DA ECONOMIA.
DEMANDAS POR MELHORIA DA QUALIDADE AMBIENTAL, FATOR CRÍTICO PARA A ATRAÇÃO E RETENÇÃO DE EMPRESAS E
PESSOAS.
CRESCIMENTO DAS OPORTUNIDADES NO MERCADO DE GERAÇÃO DE CONHECIMENTO PARA O DESENVOLVIMENTO DE NE-
GÓCIOS LIGADOS AO MEIO AMBIENTE.
CONTEXTO FAVORÁVEL PARA A MONTAGEM, PROSPECÇÃO E/OU ATRAÇÃO DE NEGÓCIOS ASSOCIADOS À ECONOMIA SUS-
TENTÁVEL (RECICLAGEM, RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS, EXPANSÃO DE “NEGÓCIOS VERDES”) E DE CAPTAÇÃO
DE RECURSOS DE AGÊNCIAS DE DESENVOLVIMENTO (BANCO MUNDIAL, BNDES, FINEP, ENTRE OUTROS) PARA FINAN-
CIAR O SEU DESENVOLVIMENTO.
53
TENDÊNCIAS DO BRASIL E NORDESTE
» Ampliação do mercado consumidor
Na última década, o perfil socioeconômico do país se alterou significativamente. Entre 2001 e
2011, 37 milhões de pessoas foram incorporadas ao mercado consumidor brasileiro, que é o
sétimo maior do mundo. A chamada classe C já representa 55% da população e a tendência é
que ela cresça nos próximos anos, sustentando um amplo mercado interno.
Entre 2003 e 2014, 52,1 milhões de pessoas entrarão na classe C e outros 15,7 milhões na AB.
Os dois grupos somam 67,8 milhões de pessoas nas classes de renda mais altas, superior à po-
pulação do Reino Unido.27 A classe média tem feito do mercado interno brasileiro o motor do
crescimento econômico.
A estabilidade monetária e a expansão da renda e do emprego foram os principais responsáveis
pela formação do grande mercado consumidor brasileiro. Contribuiu amplamente para isso tam-
bém a ampliação do acesso ao crédito observada no país nos últimos anos. De fato, a bancari-
zação, o acesso a empréstimos bancários, a criação de novos instrumentos de financiamento, o
alargamento dos prazos dos recursos da casa própria e, mais recentemente, a queda da taxa de
juros, tiveram papel importante neste processo.
GRÁFICO 19. TAXA DE DESEMPREGO (%) - MÉDIA
ANUAL GRÁFICO 20. MASSA SALARIAL E VENDAS VAREJO
Fonte: Pesquisa Mensal do Emprego - PME/IBGE *Média Anual para dos valores mensais
**Massa Salarial Ampliada Disponível
Fonte: IBGE e Banco Central do Brasil
27 Neri, M. “De Volta ao País do Futuro: Crise Europeia, Projeções e a Nova Classe Média”, Centro de Políticas Sociais – CPS/FGV,
disponível em: http://cps.fgv.br/ncm2014.
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
20
02
20
03
20
04
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20
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20
10
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11
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12
0,0
50,0
100,0
150,0
0,00
50.000,00
100.000,00
150.000,00
200.000,00
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
Massa Salarial (R$ Milhões) Índice de Vendas Varejo
54
Esta considerável mobilidade social ocorrida nos últimos anos deve permanecer em marcha.
Estima-se que, até 2030, o Brasil se tornará o 5º maior mercado consumidor do mundo, movi-
mentando cerca de US$ 2,5 trilhões (em 2010, o país ocupava a 7ª posição neste ranking).28
TABELA 4. OS 20 MAIORES MERCADOS CONSUMIDORES
Em São Luís, a classe média representa 44,22%, enquanto a classe AB é 13,66% da população.
Ainda há, portanto, um grande contingente da população nas classes DE (42,11%) para ser in-
corporado à classe C, elevando o seu potencial de consumo.
28 Crescimento econômico e potencial de consumo (Ernst & Young / FGV, 2008).
55
GRÁFICO 21. PROJEÇÕES POPULAÇÃO BRASILEIRA SE-
GUNDO AS CLASSES DE RENDA
GRÁFICO 22. PROPORÇÃO DA POPULAÇÃO SEGUNDO AS
CLASSES ECONÔMICAS
Fonte: CPS/FGV “De Volta ao País do Futuro”. Fonte: CPS/FGV; “Os emergentes dos emergentes”. 2011
IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS
AMPLIAÇÃO DA DEMANDA POR SERVIÇOS PÚBLICOS DE QUALIDADE EM DECORRÊNCIA DO CRESCIMENTO DA CLASSE MÉDIA.
OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS EM SÃO LUÍS GERADAS PELO CONSUMO INTERNO, QUE CONTINUARÁ SENDO UM DOS PRINCI-
PAIS VETORES DO CRESCIMENTO ECONÔMICO DA REGIÃO NORDESTE.
NOVO LEQUE DE OPORTUNIDADES PARA OS SEGMENTOS DE NEGÓCIO ALINHADOS ÀS EXIGÊNCIAS DE UM MERCADO CONSU-
MIDOR MAIS QUALIFICADO E COM NOVOS PATAMARES DE DEMANDA.
OPORTUNIDADE DE DINAMIZAÇÃO ECONÔMICA DAS REGIÕES MENOS DESENVOLVIDAS DA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO
LUÍS.
NECESSIDADE DE MELHORIA URGENTE DO AMBIENTE DE NEGÓCIOS, ESPECIALMENTE OS LIGADOS A COMÉRCIO E SERVIÇOS DE
CONSUMO PESSOAL, COM ÊNFASE NA DESBUROCRATIZAÇÃO E CRIAÇÃO DE FACILIDADES PARA A ABERTURA E FECHAMENTO
DE EMPRESAS.
» Reorganização geoeconômica do espaço brasileiro
O crescimento acelerado das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste a taxas superiores às das
regiões Sul e Sudeste e a interiorização da economia são fenômenos marcantes no Brasil re-
cente. O desenvolvimento do agronegócio no Centro-Oeste, a reorganização da dinâmica eco-
nômica do Nordeste, o potencial da biodiversidade na Amazônia e o desenvolvimento industrial
de cidades de médio porte são alguns exemplos desse processo.
Observa-se que, nas duas últimas décadas, ocorreram alterações significativas nos padrões de
localização das atividades produtivas no território brasileiro. Se, historicamente, os investidores
28,12
8,59
26,73 16,36
37,56
60,19
7,6 14,850
20
40
60
80
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
classe E classe D
classe C classe AB
11,76
55,05
33,19
13,66
44,22 42,11
AB C DE
Brasil São Luís
56
buscaram os grandes centros urbanos motivados pelas economias de aglomeração
(proximidade ao mercado e fornecedores, melhor infraestrutura e maior acesso aos avanços
tecnológicos)29, essa preferência passou a se reduzir progressivamente, provocando a
desconcentração espacial da base produtiva.
Esse movimento de interiorização do desenvolvimento reflete a busca pelo aproveitamento de
vantagens comparativas entre as regiões, e se intensificará nos próximos anos. Dentre os fatores
que explicam em parte a interiorização do desenvolvimento econômico, pode-se citar: o
aumento dos incentivos fiscais; a melhoria no desempenho da agropecuária e sua maior
integração com o setor industrial; o maior direcionamento de centros de pesquisa para o
interior; o baixo desempenho sindical nas cidades pequenas e médias; a oferta de mão-de-obra
mais barata; e o surgimento de deseconomias de aglomeração nos grandes centros, como
violência urbana e o aumento dos custos de transportes.
Vale destacar, contudo, que essas modificações nos padrões de localização das indústrias não
ocorrem de forma homogênea para todos os setores industriais. Enquanto o setor de bens de
consumo pouco duráveis (intensivo em mão-de-obra) se direciona para o Nordeste e o setor de
bens duráveis experimenta uma desconcentração restrita dentro da região Sul-Sudeste; outros
setores, como o de química, mantêm-se concentrados nos centros econômicos e, em alguns
casos, até acontece uma intensificação dessa concentração, caso das telecomunicações e
informática. Na verdade, a despeito da tendência de desconcetração, os produtos de maior valor
agregado e intensivos em tecnologia permanecem concentrados nos principais centros
nacionais. O caso do agronegócio é uma exceção nesse padrão de desconcentração de pouco
valor agregado, pois tem se tornado cada vez mais intenso em tecnologia e inovação.
Outro fator que impactará a reorganização do espaço geoeconômico é a expansão da Ferrovia
Norte-Sul, que formará um importante corredor de exportação de grãos, açúcar, carne
fertilizantes e combustíveis, além de facilitar a importação de produtos industrializados, com
forte impacto no desenvolvimento da região Centro-Oeste do Brasil. Já em operação, o trecho
Açailândia (MA) – Palmas (TO), integrado com a Estrada de Ferro Carajás, da Vale, permite o
acesso ao complexo portuário de Itaqui.30
29 Entendem-se como “economias de aglomeração” os ganhos de eficiência que beneficiam atividades produtivas em situação de
proximidades geográficas e que seriam inexistentes se as atividades tivessem localizações isoladas. (PONTES, 2005)
30 Ver http://www.valec.gov.br/FerroviasFNSAcailandia.php.
57
MAPA 11. DISTRIBUIÇÃO DO PIB POR REGIÃO
Fonte: IBGE
Atrelado a esse movimento de interiorização do desenvolvimento e desconcentração da base
produtiva, tem ocorrido um processo de descentralização da rede urbana nacional, com a
ascensão das cidades brasileiras de médio porte e a criação de metrópoles no interior do País.
De acordo com os Censos Demográficos do IBGE, em 1991 as cidades com população entre 100
mil e 500 mil habitantes representavam 21,8% da população nacional. Em 2000 este percentual
já era de 23,3%, e em 2010 elevou-se ainda mais para 25,5%. O mesmo pode ser percebido em
relação à dimensão econômica. As cidades com população entre 100 mil e 500 mil habitantes
representavam 28,5% do PIB nacional em 2010, enquanto que em 2000 este percentual era de
25,1%.31 Portanto, esse crescimento populacional está diretamente relacionado à expansão de
novos mercados consumidores com potencial de dinamizar a economia do interior do Brasil.
31 Produto Interno Bruto dos Municípios 2010 (IBGE, 2012)
58
MAPA 12. CIDADES NORDESTINAS
Fonte: Macroplan
59
IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS
O CRESCIMENTO DO NORDESTE E DO CENTRO OESTE TENDEM A IMPACTAR SÃO LUÍS, SOBRETUDO PELO DINAMISMO DO
EIXO ARAGUAIA-TOCANTINS.
CONSOLIDAÇÃO DA INFRAESTRUTURA URBANA DE TRANSPORTES COMO TEMA CENTRAL NO PLANEJAMENTO E GESTÃO DE
POLÍTICAS PÚBLICAS METROPOLITANAS.
INTENSIFICAÇÃO DA DISPUTA POR ATRAÇÃO DE INVESTIMENTOS INDUSTRIAIS ENTRE OS ESTADOS E MUNICÍPIOS. SÃO LUÍS
PRECISARÁ GARANTIR INFRAESTRUTURA DE QUALIDADE E AMBIENTE INSTITUCIONAL FAVORÁVEL AO DESENVOLVIMENTO
DE NEGÓCIOS.
COM O MAIOR PROTAGONISMO DAS CIDADES MÉDIAS, ESPERA-SE UM AUMENTO DO NÚMERO DE MUNICÍPIOS QUE CON-
GREGAM O COLAR METROPOLITANO DE SÃO LUÍS.
NECESSIDADE DE PARTICIPAÇÃO ATIVA DO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS EM INICIATIVAS DE PLANEJAMENTO E MONITORA-
MENTO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL E METROPOLITANO ESPECIALMENTE NAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA GEOECONÔ-
MICA DA CIDADE.
» Escassez de mão de obra qualificada
A qualidade da educação brasileira é um dos principais obstáculos ao desenvolvimento do país.
Avanços educacionais foram realizados nas duas últimas décadas, mas há ainda muito a ser feito.
A escolaridade média da população de 15 anos ou mais aumentou de 6,4 para 7,5 anos entre
2000 e 2010 (IBGE, 2011) e o Índice da Qualidade da Educação Básica (IDEB) vem evoluindo ano
a ano. Contudo, vários países emergentes também elevaram a escolaridade média e o Brasil
continua com uma média de anos de estudo abaixo da China, México e Malásia. A qualidade da
educação requer melhoria substancial, como sugerem os exames internacionais. Na última ava-
liação do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos, realizado pela OCDE), em 2009,
o Brasil ocupou a 54ª colocação entre 65 países.
Assim como ocorre na educação básica, também no ensino profissional o avanço recente ainda
é insuficiente para suprir as necessidades do setor produtivo. Apenas 6,6% dos estudantes
brasileiros cursam a educação profissional concomitante ao ensino médio regular. Em países
desenvolvidos, esse número fica em torno de 50%: Japão, 55%; Alemanha, 52%; França e Coreia
do Sul, 41% (SENAI, 2012). Em média, profissionais com ensino técnico de nível médio têm
salários 12% maiores do que os que cursaram ensino regular (Fundação Itaú Social, 2010). Essa
diferença sinaliza a demanda do mercado por profissionais de conhecimento mais específico,
diretamente aplicável à realidade empresarial.
60
Já no que se refere ao ensino superior, somente 15% dos jovens brasileiros acessam a
universidade, o que equivale a 4 milhões de pessoas – sendo que a taxa de conclusão é de
apenas 15,2% dos ingressantes (SENAI, 2012). Em 2010, havia cerca de 10 milhões de graduados
– 10% da população adulta brasileira –, enquanto no Chile essa taxa é de 25% e, na média da
OCDE, de 30% (MENEZES FILHO, 2012).
A falta de profissionais qualificados em determinadas áreas é um gargalo para a inovação. Na
graduação tecnológica, os números são baixíssimos: apenas 0,16% da população entre 20 a 29
anos frequentavam um curso desse tipo em 2007, enquanto 11,26% das pessoas na mesma faixa
frequentavam cursos de graduação regulares (IBGE, 2007).
Destaca-se a escassez de engenheiros, cuja atividade possui um impacto amplo sobre muitos
setores da economia. Somente 5% dos graduados no Brasil formam-se em engenharia. Enquanto
temos 2 graduados em engenharia para cada 10 mil habitantes, no Japão são 10,2 e na China
são 13,4.
O desafio do desenvolvimento sustentável impõe que o Brasil disponha de mais pessoas com
formação superior de qualidade, sobretudo nas áreas exatas. Para isso, é preciso atuar na
melhoria da educação básica, mas também ter ações específicas imediatas para ampliar a oferta
de profissionais qualificados. Em decorrência do prazo de maturação requerido para que tais
iniciativas gerem resultado, espera-se que no horizonte das próximas décadas a escassez de
mão-de-obra qualificada ainda continue gerando fortes impactos para a atividade produtiva no
Brasil.
GRÁFICO 23. PERCENTUAL DE EMPRESÁRIOS COM DIFICULDADES PARA PREENCHER VAGAS COM PROFISSIONAIS QUALIFICADOS
Fonte: Manpower, 2013. “Talent Shortage Survey Research Results 2013” Disponível em http://www.manpowergroup.com. Aces-
sado em 30/07/2013. *Pesquisa feita com 38 mil empregadores em 42 países.
85%
68%61% 58%
41% 39% 38% 35% 35% 33%
17% 13%6% 3% 3%
Média Mundial 35%
61
IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS
COM A TENDÊNCIA DE ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA NO BRASIL, SÃO LUÍS PODE SOFRER UMA ELEVAÇÃO DOS CUSTOS DO
TRABALHO DEVIDO À BAIXA DISPONIBILIDADE DE PROFISSIONAIS QUALIFICADOS.
AUMENTO DA COMPETIÇÃO POR CÉREBROS. NESSE SENTIDO, QUALIDADE DE VIDA E OPORTUNIDADES DE TRABALHO SE-
RÃO, CADA VEZ MAIS, FATORES CRÍTICOS PARA A RETENÇÃO DE JOVENS QUALIFICADOS EM SÃO LUÍS E PARA ATRAÇÃO DE
PROFISSIONAIS DE OUTRAS CIDADES.
A ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA QUALIFICADA PODE SE CONSTITUIR EM GARGALO NO PROCESSO DE ATRAÇÃO DE PLANTAS
INDUSTRIAIS E SEDES DE EMPRESAS NACIONAIS E MULTINACIONAIS PARA A REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO LUÍS.
NECESSIDADE DE CRIAÇÃO DE ESTÍMULOS ESPECÍFICOS PARA O DESENVOLVIMENTO, EM SÃO LUÍS, DE REDES PÚBLICAS,
PRIVADAS OU DO TERCEIRO SETOR ESPECIALIZADAS EM EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E PROFISSIONAL.
» Forte expansão da conectividade
A expansão tecnológica tem ocorrido de forma cada vez mais intensa nos países em desenvol-
vimento. De acordo com Observatório Europeu de Tecnologia da Informação32, os mercados de
Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) dos países do BRICS teriam atingido, juntos, em
2011, 430 bilhões de euros.
No Brasil, o crescimento do mercado de TIC é notável. Em 2010, segundo a Anatel, os mais rele-
vantes sub-segmentos das TIC foram de serviços de telecomunicações (43,14%) e serviços de TI
(17,87%). Este setor foi um dos mais afetados pela abertura econômica ocorrida no País na dé-
cada de 90, quando o valor relativo do mercado de TIC quase duplicou. Em 2011, o valor de
mercado desse segmento atingiu o equivalente a 7% do PIB, impulsionado pela grande expansão
no percentual de brasileiros conectados à Internet: de 27% para 48% entre 2007 e 2011.
Nesse sentido, cabe ressaltar que a evolução das TIC representa um inegável vetor de inovação
para outras atividades da economia. Sua dinâmica muda significativamente o cenário de
negócios no Brasil. Desde transformações em setores tradicionais, através da adoção de novas
formas de transação comerciais e acesso a novos mercados, até a viabilização e consolidação de
setores anteriormente restritos, como o ensino à distância.
Dentro desse contexto de forte expansão da conectividade, ganha importância o conceito de
“cidades inteligentes ou cidades conectadas”, caracterizado como um ambiente que utiliza a
conectividade para analisar dados visando melhores decisões, antecipar problemas e resolvê-
32 European Information Technology Observatory (EITO). Disponível em: http://www.eito.com.
62
los de forma proativa. Trata-se de coletar e analisar os dados produzidos a cada momento para
apoiar os tomadores de decisão no planejamento e administração da cidade. Além disso, con-
tribui à melhoria da capacidade de aprendizagem e inovação. Apesar de 89% dos domicílios de
São Luís terem celular, impõe-se como desafio a ser superado para que o município consolide-
se como “cidade inteligente” o fato de apenas 34% dos lares apresentarem computador e so-
mente 28% deles com acesso à internet (entre os menores índices das capitais do NE).
IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS
POTENCIAL DE EXPANSÃO DAS TIC NO MARANHÃO E SÃO LUÍS, AUMENTO DO VOLUME DE TRANSAÇÕES, OFERTA DE
SOLUÇÕES URBANAS E MAIOR ACESSO A SERVIÇOS.
AUMENTO DA IMPORTÂNCIA DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO PARA A GESTÃO E OPERAÇÃO DAS
CIDADES (“CIDADES INTELIGENTES”) E PARA A CONECTIVIDADE DAS CIDADES DA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO LUÍS.
NECESSIDADE DE ADEQUAÇÃO DAS REDES DE TELECOMUNICAÇÕES PARA AUMENTAR A QUALIDADE DA TELEFONIA, INTER-
NET E DEMAIS SERVIÇOS.
MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS NOS PROCESSOS DE NEGÓCIO, DESDE NOVAS FORMAS DE TRANSAÇÕES COMERCIAIS E DE
ACESSO A NOVOS MERCADOS ATÉ A VIABILIZAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DE ATIVIDADES ANTERIORMENTE RESTRITAS, COMO
O ENSINO A DISTÂNCIA E A TELEMEDICINA, DENTRE OUTRAS.
OPORTUNIDADE DE EXPLORAR GANHOS ASSOCIADOS ÀS “ECONOMIAS DE REDE”.
AUMENTO DA DEMANDA POR QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL, ORIUNDA DA INCORPORAÇÃO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO
MUNDO DO TRABALHO.
OPORTUNIDADE PARA MELHORIA DA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO EM FUNÇÃO DA POSSIBILIDADE DE INCORPORAÇÃO DAS
NOVAS TECNOLOGIAS NO SISTEMA DE ENSINO.
MULTIPLICAÇÃO DE REDES SOCIAIS E MAIOR PARTICIPAÇÃO DO CIDADÃO NAS QUESTÕES DE INTERESSE PÚBLICO. POSSI-
BILIDADE DE MAIOR TRANSPARÊNCIA NAS AÇÕES, DADOS E REGISTROS DO PODER PÚBLICO.
» Avanços lentos no ambiente de negócios e na infraestrutura
A taxa de investimento do Brasil (formação bruta de capital fixo/PIB) é bem mais baixa que a
média de outras importantes economias emergentes. Entre 2003 e 2011, ela registrou valor mé-
dio de 17,5% do PIB. A taxa de investimentos na China ficou, na média do mesmo período, em
44,5% do PIB e a do México, em 24,8% do PIB. O aumento do investimento produtivo no país
supõe a criação de um melhor ambiente de negócios. Isso, por sua vez, implica superar obstá-
culos, tais como a insegurança jurídica, o peso da burocracia, alta tributação, entre outros.33
33 Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022 (CNI, 2013)
63
O Doing Business 2013 coloca o Brasil em 130º lugar entre 185 países com relação à facilidade
de se fazer negócios, colocação pior do que a média dos países caribenhos e latino-americanos
(97º), fruto do fraco desempenho do país em indicadores como a facilidade em abrir empresas
(121º), de resolver contenciosos (116º), insolvências (143º) e de proteger investidores (82º). O
Global Competitiveness Report 2012-2013 classifica o país em 84º lugar na eficiência do arca-
bouço legal para resolver litígios e em último lugar (144º) em termos de peso da regulação es-
tatal.
A burocracia permeia praticamente todas as etapas da atividade empresarial: na abertura de
uma empresa, na obtenção de financiamento, no pagamento de tributos, nas relações das em-
presas com seus funcionários, na inovação, no desenvolvimento dos mercados e nos investi-
mentos de infraestrutura. A burocracia excessiva é também uma causa importante da informa-
lidade nos negócios, da sonegação, do desperdício de dinheiro público, da corrupção e da inse-
gurança jurídica. Estima-se que tudo isso tenha gerado um custo adicional de R$ 46,3 bilhões
para a economia brasileira em 2011.34
No âmbito da segurança jurídica e da burocracia, cabe destacar o tema do licenciamento ambi-
ental por conta do impacto que detém sobre os investimentos, especialmente, mas não só, na
área da infraestrutura. O país convive com a ausência de normas claras que estabeleçam as eta-
pas do processo de licenciamento, bem como as competências para licenciar, fiscalizar e punir.
Assim, órgãos ambientais e de controle, governo federal, estados e municípios atuam de ma-
neira desalinhada, em um ambiente de ampla insegurança jurídica.35
Dentre os fatores que prejudicam o ambiente de negócios no país, a modernização das relações
trabalhistas é essencial para um ambiente mais favorável ao investimento produtivo. Os encar-
gos trabalhistas, que não envolvem benefícios diretos aos trabalhadores, aumentam os custos
das empresas, reduzindo a competitividade e o incentivo a novos investimentos e contratações.
Dentre todos os critérios analisados pelo relatório anual do Banco Mundial, Doing Business
2013, a pior classificação do Brasil ocorre no item “pagamento de impostos”, figurando o país
no 156º lugar. A carga tributária brasileira, de 36,3% do PIB em 2012, situa-se acima da de países
semelhantes, como México (22,1%) e Chile (24,7%), e mais próxima da de países desenvolvidos,
34 Carga Extra na Indústria Brasileira. São Paulo: FIESP, 2011.
35 Licenciamento Ambiental: Texto para discussão: versão preliminar. Brasília: SAE, 2009.
64
como os EUA (33,4%).36 Porém, o retorno social dos tributos ainda é baixo em comparação aos
países de elevada carga tributária.
Existem hoje no Brasil mais de 60 tributos federais, estaduais e municipais. Além do grande nú-
mero de tributos, a estrutura tributária é muito complexa. Há muitas regras e mais de um tributo
que incide sobre a mesma base. A presença de incidências em cascata, que, além de impedir a
desoneração por completo das exportações e dos investimentos, distorce os preços relativos é
outro dificultador.
Além da melhoria do ambiente institucional, o fortalecimento da competitividade da economia
brasileira requer um salto de qualidade na infraestrutura logística, energética, de telecomunica-
ções e urbana. O Brasil ocupa a 70ª posição no quesito infraestrutura no ranking Global Compe-
titiveness Report 2012-2013, patamar abaixo da média dos países no mesmo estágio de desen-
volvimento. 37
Dentro desse quesito, o país apresenta classificações muito ruins em temas com forte impacto
na competitividade econômica, como a qualidade dos portos (135º), aeroportos (134º), rodovias
(123º) e ferrovias (100º). O mesmo relatório coloca o país na 68ª posição no item qualidade do
fornecimento de energia elétrica. Neste aspecto, além da baixa qualidade, os custos são eleva-
dos.
Em virtude de sua complexidade, projeta-se que a superação de tais obstáculos à competitivi-
dade empresarial se dará de forma lenta e gradual, o que fará com que o ambiente de negócios
do país nos próximos anos se mantenha pouco favorável ao desenvolvimento da atividade eco-
nômica.
36 World Economic Outlook, out. 2012. Washington: FMI, 2012.
37 Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022 (CNI, 2013)
65
IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS
AS ATIVIDADES PRODUTIVAS COM INFLUÊNCIA SOBRE A DINÂMICA ECONÔMICA DE SÃO LUÍS E DE SEU ENTORNO METRO-
POLITANO TAMBÉM SERÃO NEGATIVAMENTE INFLUENCIADAS PELOS OBSTÁCULOS DO AMBIENTE DE NEGÓCIOS QUE INI-
BEM A COMPETITIVIDADE EMPRESARIAL.
SÃO LUÍS DEVERÁ MOBILIZAR E ATRAIR GRANDES INVESTIMENTOS PÚBLICOS E PRIVADOS EM INFRAESTRUTURA PARA FOR-
TALECER A COMPETITIVIDADE DE SUA ECONOMIA E MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO.
PARA QUE SÃO LUÍS POSSUA UMA INFRAESTRUTURA COMPETITIVA, SERÁ PRECISO INVESTIR NA MELHORIA DA EFICIÊNCIA
DOS DIFERENTES MODAIS, ESPECIALMENTE A FERROVIA E O PORTO DO ITAQUI. AO MESMO TEMPO, A EFICIÊNCIA LOGÍS-
TICA DEPENDE DA ADEQUADA INTEGRAÇÃO ENTRE ELES AO LONGO DOS PRINCIPAIS EIXOS LOGÍSTICOS QUE TRANSPORTAM
BENS MANUFATURADOS NO ESTADO. É PRECISO DESENVOLVER A INFRAESTRUTURA DE INTEGRAÇÃO (CONSTRUÇÃO DE
CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO, TERMINAIS DE INTEGRAÇÃO MULTIMODAL E TERMINAIS DE TRANSBORDO E ARMAZENAGEM).
MOBILIDADE DE MERCADORIAS E DE PESSOAS COM TEMPOS MÍNIMOS E CUSTOS COMPETITIVOS GANHAM PARTICULAR
RELEVÂNCIA NAS AGENDAS PÚBLICA E PRIVADA.
NECESSIDADE DE IMPLEMENTAÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA DE ACELERAÇÃO DA MELHORIA DO AMBIENTE DE NEGÓCIOS EN-
VOLVENDO O GOVERNO ESTADUAL E OS MUNICÍPIOS DA REGIÃO METROPOLITANA E OS PODERES JUDICIÁRIO, LEGISLA-
TIVO E O MINISTÉRIO PÚBLICO.
» Pressão por qualidade dos serviços públicos, transparência e accountability
Em junho de 2013, milhões de brasileiros foram às ruas em todo o Brasil, naquele que pode ser
considerado o maior protesto da história do país. Dentre as reivindicações direcionadas ao Es-
tado brasileiro – em todas as suas esferas administrativas e de poder –, estavam: maior quali-
dade dos serviços públicos, maior transparência, melhor conduta das autoridades, combate à
corrupção, canais de participação mais efetivos, gestão profissional, prestação de contas, entre
outras.
MANIFESTAÇÃO DE MORADORES DA ROCINHA, RIO DE JANEIRO.
66
Uma população de maior renda, maior escolaridade e com mais acesso à informação tende a
pressionar o poder público na adoção de um novo padrão de gestão. E foi exatamente este sen-
timento que motivou os protestos que tomaram conta do país. Pesquisa realizada pelo Ibope
nas manifestações de 20 de junho aponta que a baixa qualidade do transporte público e dos
serviços de saúde e educação, bem como a deterioração do ambiente político foram os princi-
pais motivos para os protestos segundo 80% dos manifestantes.38
As causas do mal-estar que levou a população às ruas podem ser agrupadas em dois eixos prin-
cipais. O primeiro, e mais evidente, é uma crise de representação. A sociedade não se reconhece
nos poderes constituídos – Executivo, Legislativo e Judiciário – em todas suas esferas. O segundo
é que o projeto do Estado brasileiro (o projeto do Estado, e não do governo, pois a questão
transcende governos e oposições) não corresponde mais aos anseios da população. Este hiato
entre o projeto do Estado e a sociedade explica em grande parte a crise de representação. 39
Apesar de arrecadar 36% da renda nacional, o Estado brasileiro investe menos de 7% do que
arrecada, ou seja, menos de 3% da renda nacional. A despesa primária federal, que representava
14,0% do PIB em 1997, elevou-se para 18,2% do PIB em 2012, puxado pelos gastos com custeio,
reduzindo o espaço para o investimento público. De fato, a proporção dos gastos de investi-
mento nos gastos totais do governo federal diminuiu de 6,7%, em 1997, para 5,8%, em 2012.
Além disso, a baixa eficiência do setor público gera problemas de execução dos investimentos,
não permitindo a plena utilização dos recursos disponíveis.40
Os recursos arrecadados e não investidos são direcionados para a rede de proteção e assistência
social – que se expandiu muito além do mercado de trabalho organizado –, mas, sobretudo, para
a própria operação do setor público. Com isso, disseminou-se junto à sociedade brasileira a per-
cepção de que o Estado tornou-se um sorvedouro de recursos, cujo principal objetivo é financiar
a si mesmo e não repercute na melhoria da qualidade dos serviços públicos.41
O atendimento ao clamor das ruas passa necessariamente, portanto, por melhorias na compo-
sição do gasto público – direcionando recursos para investimentos – e na eficiência do Estado
brasileiro. Será cada vez maior a pressão da sociedade por uma reforma na gestão pública. Nesse
38 IBOPE Inteligência, agosto de 2013.
39 O Mal-Estar Contemporâneo. Artigo de André Lara Resende publicado no Valor Econômico de 5 de julho.
40 Tesouro Nacional, 2012.
41 O Mal-Estar Contemporâneo. Artigo de André Lara Resende publicado no Valor Econômico de 5 de julho.
67
sentido, a agenda da reforma deve considerar a nova concepção de Estado, que atua com trans-
parência e em parceria com o setor privado visando ampliar a capacidade de produzir resultados
efetivos para a sociedade e a accountability. É central nesse processo a incorporação de práticas
de planejamento de médio e longo prazos e de avaliação dos projetos, trazendo clareza na de-
finição dos objetivos e foco na efetividade das políticas públicas, além do aprimoramento do
processo orçamentário dos governos federal, estaduais e municipais.
IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS
ASSIM COMO OCORRE EM TODO O PAÍS, NOS PRÓXIMOS ANOS AS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS INTERVENIENTES SOBRE A RE-
ALIDADE DE SÃO LUÍS SERÃO PRESSIONADAS A ADOTAR UM NOVO PADRÃO DE GESTÃO QUE GARANTA A CONVERSÃO
EFETIVA DOS RECURSOS ARRECADADOS JUNTO À SOCIEDADE EM MELHORIA DOS SERVIÇOS PÚBLICOS E DA QUALIDADE DE
VIDA DA POPULAÇÃO.
A QUESTÃO DA MOBILIDADE URBANA E DA QUALIDADE DO TRANSPORTE PÚBLICO GANHA PAPEL CENTRAL NA AGENDA
ESTRATÉGICA DAS GRANDES METRÓPOLES E CIDADES MÉDIAS BRASILEIRAS.
A PROFISSIONALIZAÇÃO DA GESTÃO PÚBLICA COM A ADOÇÃO INTENSIVA E EXTENSIVA DA MERITOCRACIA E DAS BOAS
PRÁTICAS DE GESTÃO, INCLUINDO AGENDAS DE MELHORIA DA QUALIDADE E PRODUTIVIDADE DE TODOS OS PODERES TERÁ
CRESCENTE IMPORTÂNCIA POLÍTICA.
» Transição demográfica provocando grandes alterações econômicas e no perfil da demanda
de serviços públicos
O Brasil está passando por transformações estruturais da sua população, com destaque para o
acelerado envelhecimento populacional, consequência da redução das taxas de fecundidade. A
projeção da pirâmide etária brasileira mostra uma redução da população na faixa de 0 a 14 anos
e um incremento da parcela da população em idade potencialmente ativa (15 a 64 anos) – o
chamado bônus demográfico –, que deverá representar cerca de 70% da população total na
próxima década.42
O bônus demográfico cria condições favoráveis ao crescimento econômico do país pela maior
oferta de trabalho e maior capacidade de poupança. No entanto, seu impacto no Brasil tem sido
42 Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022 (CNI, 2013)
68
reduzido por uma série de questões políticas, econômicas e sociais. 43 A taxa de poupança con-
tinua baixa e a baixa qualidade da educação não permitiu que a oferta de trabalhador qualifi-
cado, de capital humano, seja tão abundante como a oferta de mão de obra como um todo.
A população em idade ativa continuará a crescer por pelo menos mais 10 anos, mas sua taxa de
crescimento vem desacelerando rapidamente, o que impõe desafios ao crescimento econômico
e à competitividade das empresas.44 Por volta de 2025, a população brasileira potencialmente
ativa deve iniciar o processo de encolhimento devido à redução da taxa de natalidade e ao au-
mento da expectativa de vida da população.
A composição etária de uma população determina a forma e a intensidade como os serviços são
demandados, conforme a figura abaixo.
GRÁFICO 24. DEMANDA POR SERVIÇOS EM FUNÇÃO DA IDADE
Fonte: Adaptado de Crsa e Oakley apud Rogers, 1982 In: FERREIRA; Frederico P. M, Op. Cit, 2007.
Na área da educação, a tendência de diminuição da população jovem (com menos de 15 anos)
permitirá alterar prioridades na alocação dos recursos do sistema educacional, tanto para o au-
mento dos níveis de qualidade do ensino fundamental, uma vez que a questão da expansão da
oferta não representa mais um desafio, quanto para a expansão da cobertura nos ensinos infan-
til, médio, profissional e superior. Já no campo da saúde, por exemplo, caem, relativamente, as
mortes decorrentes de doenças infectocontagiosas e aumentam aquelas derivadas das chama-
das doenças crônicas45.
43 IBRE/FGV. Revista Conjuntura Econômica, jan. 2011. Rio de Janeiro: FGV, 2011.
44 ARBACHE, Jorge. Transformação demográfica e competitividade internacional da economia Brasileira. Revista do BNDES, dez.
2011.
45 São exemplos de doenças crônicas o diabetes, doenças cardiovasculares, obesidade e doenças respiratórias.
Saúde
HabitaçãoTrabalhoAlimentação
Educação
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade
69
Com relação ao aumento da população idosa, é reconhecido que os gastos com assistência à
saúde dessa população tendem a ser mais expressivos pelo fato de as doenças características
de idades mais avançadas demandarem, em muitos casos, maior uso de tecnologia e também
por haver uma incidência maior de doenças entre os grupos etários mais velhos do que entre os
grupos mais jovens. Além disso, será necessário investimento crescente em promoção da saúde
(estímulo à vida saudável e à prática de esportes) e em saúde preventiva da atual população
adulta, para evitar o aumento dos custos associados aos tratamentos médico-hospitalares da
população idosa no horizonte de tempo.46
As pirâmides etárias que se seguem são ilustrativas das transformações pelas quais atravessa a
estrutura por sexo e idade da população do Brasil. 47
GRÁFICO 25. EVOLUÇÃO DAS PIRÂMIDES ETÁRIAS DO BRASIL 2010 - 2015
Fonte: IBGE – Projeção da População do Brasil
São Luís integrará este processo de transição demográfica que o Brasil atravessará nas próximas
décadas. Assim como ocorre no Brasil, a pirâmide etária ludovicense em 2033 retratará uma
população maior e mais velha. Projeta-se que a proporção de pessoas com idade igual ou supe-
rior a 60 anos mais do que dobrará nos próximos 20 anos, alcançando 19% da população total
em 2033. Em 2010, esta proporção era de 8%. Já a população em idade potencialmente ativa
46 Análise Prospectiva: Tendências e Incertezas Relevantes para a Estratégia de Desenvolvimento de Minas Gerais. Agenda de Me-
lhorias. Governo de Minas Gerais, 2011.
47 Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade – 1980-2050 – Revisão 2008 (IBGE) http://www.ibge.gov.br/home/estatis-
tica/populacao/projecao_da_populacao/2008/projecao.pdf
2010
Homens Mulheres
2030
787266605448423630241812
60
787266605448423630241812
60
2.00
0.00
0
1.50
0.00
0
1.00
0.00
0
50
0.0
00
0 0
500.
000
1.00
0.00
0
1.50
0.00
0
2.00
0.00
0
2.00
0.00
0
1.50
0.00
0
1.00
0.00
0
500.
0000
0
500.
000
1.00
0.00
0
1.50
0.00
0
2.00
0.00
0
70
(15 a 64 anos) permanecerá praticamente no mesmo patamar, com participação oscilando de
71% para 69% da população total entre 2010 e 2033.
GRÁFICO 26. PIRÂMIDE ETÁRIA DE SÃO LUÍS EM 2010 - 2033
Fonte: Macroplan
IMPLICAÇÕES PARA SÃO LUÍS
MUDANÇA DO PERFIL DA DEMANDA SOBRE OS SERVIÇOS DE SAÚDE PÚBLICA E EDUCAÇÃO.
AUMENTO DA DEMANDA DE MATRÍCULAS NOS ENSINOS MÉDIO E SUPERIOR VIS-À-VIS SUA REDUÇÃO NO ENSINO FUNDA-
MENTAL, CUJA PRIORIDADE CENTRAL PASSARÁ A SER A QUALIDADE DO ENSINO.
MODIFICAÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA POPULAÇÃO, COM MAIOR INCIDÊNCIA DE DOENÇAS CRÔNICAS E DE-
MANDA DECRESCENTE DE SERVIÇOS DE SAÚDE RELACIONADOS À POPULAÇÃO INFANTIL.
IMPORTÂNCIA DE APROVEITAR O BÔNUS DEMOGRÁFICO, ATUANDO NA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL.
NECESSIDADE DE ADEQUAR O PLANEJAMENTO E A OPERAÇÃO URBANAS AO PERFIL EMERGENTE: REVISÃO DOS CONCEITOS
DE MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE, ESPAÇOS DE LAZER, AMENIDADES URBANAS, FORMAS DE PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS
PÚBLICOS.
Homens Mulheres
70 50 30 10 10 30 50 70
Milhares70 50 30 10 10 30 50 70
Milhares
>80
70-74
60-64
50-54
40-44
30-34
20-24
10-14
0-4
>80
70-74
60-64
50-54
40-44
30-34
20-24
10-14
0-4
2010 2033
71
TENDÊNCIAS DO MARANHÃO E SÃO LUÍS
» Crescentes problemas urbanos e ambientais
Entre 1980 e 2010, São Luís apresentou expressivo crescimento populacional. Nas décadas de
80, 90 e 00 a população municipal cresceu a taxas anuais de 4,1%, 2,5% e 1,6%, respectivamente,
superior ao observado nas demais capitais do Nordeste e no Brasil (1,9%, 1,6% e 1,2% para os
mesmos períodos).
Até 2033, a tendência é de convergência da taxa para a média brasileira que, por sua vez, será
cada vez menor até que a população comece a diminuir – o que deve acontecer em 2043, se-
gundo o IBGE. Em 2033, a população de São Luís totalizará cerca de 1,2 milhão de habitantes em
sua área urbana, um aumento de 175 mil pessoas em relação ao registrado em 201048.
O intenso processo de urbanização em São Luís pressionou sua infraestrutura, que não acompa-
nhou o desenvolvimento da demanda, provocando problemas de habitação, saneamento e
transportes. Com o crescimento populacional projetado para os próximos anos, espera-se uma
maior pressão sobre as malhas urbanas. Cabe ressaltar que esta pressão tende a ser agravada
em virtude dos movimentos migratórios atraídos pelos altos investimentos na cidade e seu en-
torno, bem como pelo processo de conurbação dos municípios da Ilha de São Luís
GRÁFICO 27. ESTIMATIVA DE DÉFICIT HABITACIONAL POR REGIÕES METROPOLITANAS
Fonte: Ipea 2013 a partir de dados do Censo 2010. *Região Integrada de Desenvolvimento da Grande Teresina
Outro fator importante para projetar o desenvolvimento urbano futuro de São Luís é a consta-
tação de que a densidade populacional do município ainda é baixa, representada pela predomi-
nância de casas. A verticalização planejada no último Plano Diretor da cidade, de 1992, não foi
totalmente implementada. As economias de escala características do adensamento urbano e
48 A projeção de crescimento até 2033 desconsidera movimentos migratórios para o município. Macroplan, 2013
9,811,1 11,3 11,3 11,8 12,1 13
16,618,9
João Pessoa Salvador Recife Fortaleza Maceió Natal Aracaju São Luís Teresina*
72
essenciais na provisão de água, esgoto e energia não ocorreram em São Luís e a tendência é que
seja necessário um arranjo inovador para a universalização desses serviços.
Em termos ambientais, as preocupações são: a crescente quantidade de veículos poluidores, a
falta de tratamento do esgoto com a consequente poluição dos rios e praias de São Luís, além
da coleta de lixo insuficiente e não-seletiva, o que agrava o quadro de deterioração ambiental.
Nos próximos 20 anos, a intensificação da urbanização, a expansão da renda média das famílias,
os investimentos produtivos previstos para o distrito industrial de São Luís e cidades vizinhas,
além do crescimento populacional terão como resultado o aumento do consumo de energia
tanto para uso residencial como para uso comercial e a pressão sobre os recursos naturais.
» Fortalecimento de São Luís como polo de serviços avançados do Maranhão
O setor de ‘serviços avançados’ é uma parcela do setor terciário da economia que engloba aque-
las atividades de mais alto valor agregado, caracterizadas pelo uso intensivo do conhecimento.
São exemplos de serviços avançados: serviços financeiros, consultorias, pesquisa & desenvolvi-
mento, ensino superior e pós-graduação, seguros, logística, telecomunicações e serviços de TI,
entretenimento. Este segmento compõe a vanguarda do setor de serviços, envolvendo alta tec-
nologia e, geralmente, com vínculos com grandes corporações do capital internacional. Uma
característica comum a essas atividades é o fato de todas elas demandarem mão-de-obra qua-
lificada.
São Luís concentra as atividades avançadas do estado, tanto em proporção de estabelecimentos
quanto em empregos, além de concentrar as instituições de ensino superior do Maranhão. Es-
pera-se para os próximos anos uma franca expansão e desenvolvimento do segmento de servi-
ços avançados em São Luís, alimentada pelo desenvolvimento econômico a ser experimentado
pela cidade no futuro.
Vale lembrar que o pleno aproveitamento das oportunidades associadas a esta tendência está
condicionado à qualificação do ambiente de negócios e da força de trabalho local. De fato, a
internalização dos benefícios da atração dos investimentos, traduzida em aumento de empregos
para a população local, somente acontecerá no caso de existir mão-de-obra qualificada para o
preenchimento dos postos de trabalho gerados no setor de serviços avançados.
73
GRÁFICO 28. PARTICIPAÇÃO DE SÃO LUÍS NAS ATIVIDADES AVANÇADAS DO MARANHÃO
Fonte: RAIS/TEM, 2011.
» Conurbação dos municípios da Ilha de São Luís e formação de “cidades polinucleares” dentro
do espaço urbano
Com a construção da ponte José Sarney, que atravessa o rio Anil, o padrão de ocupação do solo
de São Luís foi direcionado para o litoral entre as décadas de 1970 e 1980 e, a partir de então, a
cidade cresceu para o leste e prolongou-se para fora de seu perímetro, em direção a São José
do Ribamar e demais cidades da Ilha de São Luís. Trata-se de um exemplo típico de conurbação,
entendido como a expansão da cidade para além de seu perímetro, absorvendo outras cidades
ou aglomerações.
Esse processo está em estágio inicial em São Luís e deve se intensificar nos próximos anos. Os
vultosos investimentos produtivos previstos para São Luís e cidades próximas devem gerar forte
fluxo migratório para a Ilha. Ressalta-se o expressivo crescimento populacional vivido pelas ci-
dades de São José do Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa na última década.
A expansão física de São Luís e demais cidades da Ilha altera a configuração espacial urbana,
favorecendo a formação e consolidação de novos núcleos de atividades comerciais e de serviços.
Além da descentralização das atividades produtivas em subcentros comerciais, o conceito de
0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%
100%
Proporção de Estabelecimentos Proporção de Empregos
74
“cidades polinucleares” também é caracterizado pelo crescimento da mancha urbana sobre a
região circundante, interligando-se através de estrutura viária49.
A conurbação dos municípios da Ilha de São Luís trará significativas implicações para a estrutura
urbana da capital, influenciando diretamente na redistribuição das atividades econômicas e so-
ciais do espaço metropolitano. Os impactos dessa reconfiguração para o município, por sua vez,
ainda são incertos. Eles dependerão da forma como essa conurbação se desenvolverá nas pró-
ximas duas décadas: de forma ordenada e com planejamento e infraestrutura que dê suporte
ao crescimento; ou de forma desordenada, resultando na favelização e degradação das condi-
ções sociais da população.
MAPA 13. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA OCUPAÇÃO DA ILHA DE SÃO LUÍS
Fonte: “São Luís – Uma Leitura da Cidade” - INCID
49Novas Cidades, Novos Centros. Disponível em: http://conhecimentopratico.uol.com.br/geografia/mapas-demografia/45/ar-
tigo266197-1.asp
75
GRÁFICO 29. CRESCIMENTO POPULACIONAL ENTRE 2000 E 2010 - GRANDE SÃO LUÍS
Fonte: Censo/IBGE. *Projeção da Consultoria McKinsey no artigo “Global Cities of the Future: An Interactive Map”.
» Entrada de investimentos no Maranhão e São Luís
Entre 2013 e 2017, o Maranhão espera receber cerca de R$ 79 bilhões em investimentos indus-
triais, como o Complexo Termelétrico do Parnaíba, em Santo Antônio do Parnaíba; a planta para
fabricação de papel e celulose da Suzano, em Imperatriz; a Refinaria Premium I, em Barreiri-
nhas/São Luís; e a ampliação da capacidade logística da Vale, em São Luís. Dentre esses empre-
endimentos, destaca-se a Refinaria Premium I50, que tem estimativa de gerar cerca de 130 mil
postos de trabalho diretos e indiretos na fase de implantação e 1,5 mil empregos diretos na fase
de operação. Os projetos da Vale em logística também são vultosos, somando R$ 31 bilhões e
contemplando a construção do Píer IV no terminal da Ponta da Madeira, do Terminal Ferroviário
da Ponta da Madeira e a duplicação da Estrada de Ferro Carajás.51
Além de energia e logística, outros setores também investem no Maranhão. No setor minero
metalúrgico destaca-se a implantação de uma indústria metalúrgica em Açailândia e a constru-
ção da Usina Siderúrgica Integrada. No comércio, destaca-se a construção de shopping centers
no estado, especialmente no interior, que somam R$ 1 bilhão. Os investimentos públicos nas
três esferas somam R$ 18,9 bilhões, com destaque para a modernização e o aumento da capa-
cidade do porto do Itaqui, com a recuperação estrutural dos berços 101 e 102, dragagem dos
berços 100 a 104 e construção do berço 108, além da construção do Terminal de Grãos (TE-
GRAM).
50 O Plano de Negócios e Gestão 2013-2017 da Petrobras indica que a Refinaria Premium I – Trem 1 está prevista para Out/2017 e
a Refinaria Premium I – Trem 2 está prevista para Out/2020. Disponível em: http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/apre-
sentacoes/apresentacao-do-png-2013-2017.htm Acessado em: 05/10/2013.
51 Nota de Conjuntura Econômica do Maranhão – Junho/Julho 2013. IMESC
14,925 26,327 32,366 39,576105,121
163,045
1014,837
48%
1%
62%
36%
20%
45%
56%
19%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
0
200
400
600
800
1000
1200
Bacabeira Alcântara Raposa Santa Rita Rosário Paço doLumiar
São Josédo
Ribamar
São Luís
Cre
scim
en
to P
op
ula
cio
nal
Milh
are
s
76
Todos esses projetos gerarão um forte aumento da demanda por mão-de-obra qualificada, o
que pressionará as redes de ensino profissionalizante e superior. Ademais, a necessidade de
aumento da qualidade do capital humano exigirá elevados investimentos na educação tradicio-
nal, visando aumentar a qualidade dos ensinos fundamental e médio, além de expandir o ensino
pré-escolar.
Em São Luís há uma demanda reprimida por mão-de-obra qualificada. O desemprego em São
Luís, em 2010, era de 12% em 2010, mas entre a população com ensino superior completo era
de somente 4,5%. Uma consequência direta deste quadro é a “importação”, pelas empresas
ludovicenses, de mão-de-obra qualificada de outros estados.
Com isso, o crescimento da demanda por mão-de-obra qualificada que acontecerá nos próximos
20 anos, se não for acompanhada de políticas efetivas para a melhoria da qualidade do capital
humano, poderá implicar no agravamento da defasagem já existente entre a oferta e a demanda
por profissionais de nível superior e técnicos de nível médio.
FIGURA 1. DESTAQUES DE INVESTIMENTOS (2013-2017)
Fonte: SEDINC, 07/08/2013. Análise Macroplan
PIER IVTERMINAL FERROVIÁRIO
DUPLICAÇÃO EFC
R$ 12.500 MILHÕES
FABRICAÇÃO DE CELULOSE
R$ 4.600 MILHÕES
PARQUE EÓLICO
R$ 6.000 MILHÕES
TERMELÉTRICA
R$ 6.000 MILHÕES
REFINARIA PREMIUM I
R$ 40.000 MILHÕES
TERMINAL PORTUÁRIO
R$ 4.500 MILHÕES
2013 2014 2015 2016 2017
INV
EST
IMEN
TOS
ESP
ERA
DO
S
SÍTIO DE LANÇAMENTO
R$ 522 MILHÕES
AMPLIAÇÃO DE COMPLEXO
SUCO-ALCOOLEIRO
R$ 400 MILHÕES
R$ 18.452 milhões
R$ 8.717 milhões R$ 400
milhões
R$ 6.610 milhões
R$ 45.450 milhões
DESTAQUES DE INVESTIMENTOS EM CADA ANO
77
» Dinâmica econômica ludovicense baseada em logística, serviços e turismo de negócios52
Atualmente, a exportação de commodities e outros bens intermediários de menor valor agre-
gado representa a mais importante atividade econômica para São Luís. O cluster de logística
compreende o Porto de Itaqui, o Porto Ponta da Madeira (pertencente à Vale), o Terminal da
Alumar, a Ferrovia Carajás, a Ferrovia Norte-Sul (em construção) e a Ferrovia São Luís-Teresina.
O complexo portuário tem sido a infraestrutura estratégica indutora do desenvolvimento regi-
onal. Sua localização estratégica, com rotas mais curtas para a Europa e os EUA, representa eco-
nomia de até sete dias em relação aos portos do Sudeste do Brasil53. Tendo em vista a expansão
do Canal do Panamá e a crescente relevância comercial de China e Índia, o Porto do Itaqui rece-
berá grandes investimentos para a expansão de sua capacidade logística. As projeções para o
movimento de cargas no porto sugerem que o fluxo de mercadorias deve quadruplicar até 2031,
saindo de 16,9 milhões de toneladas, em 2013, para 65,67 milhões, em 2031.
MAPA 14. PRINCIPAIS ROTAS MARÍTIMAS
Fonte: EMAP – PDZ 2012 http://www.portodoitaqui.ma.gov.br/
52 Plano de Desenvolvimento Econômico Local de São Luís, 2011.
53 Planejamento Estratégico, EMAP, 2013.
78
GRÁFICO 30. PROJEÇÃO DE CARGAS DO PORTO DO ITAQUI
Fonte: EMAP – PDZ 2012
A demanda internacional tem aumentado o preço e a procura por produtos-chave, como aço,
minério de ferro, alumínio, bauxita, soja, milho, entre outros. O desafio de São Luís é diversificar
e adensar a cadeia produtiva em direção a atividades de maior valor agregado e reduzir a de-
pendência da administração pública, que empregava 33% do pessoal ocupado na cidade em
2011. Além disso, o crescimento da produção agropecuária, bem como a expansão dos projetos
no Centro-Oeste, deve aumentar a demanda pela infraestrutura logística intermodal do eixo
Araguaia-Tocantins para o comércio internacional, reforçando o papel de São Luís como inter-
mediário entre esta região e o mundo.
Além do potencial logístico, o setor de serviços também exerce influência na economia de São
Luís. Contribui para isso, o potencial turístico da cidade, com a importância do Centro Histórico
(Patrimônio Cultural da Humanidade da Unesco e maior centro urbano com construções histó-
ricas da América Latina), do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses e da cultura. Destaca-se
também a presença de equipamentos especializados para o turismo de negócios e eventos, que
deve permanecer atraindo visitantes a São Luís diante do grande fluxo de negócios previstos
para a próxima década. 54
54 Segundo a Pesquisa de Serviços de Hospedagem do IBGE de 2011, há 127 estabelecimentos de hospedagem em São Luís, sendo 51 hotéis. A capacidade total de hóspedes é de 11.881.
15
.58
8
16
.94
8
24
.18
1
26
.14
3
27
.15
8
29
.30
2
30
.99
9
49
.09
3
50
.74
8 52
.50
55
5.3
79
57
.14
8
58
.77
0
60
.31
4
61
.63
6
62
.40
7
63
.20
0
64
.01
3
64
.84
3
65
.68
6
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031
Carga Movimentada (mil t)
79
MAPA 15. EIXO ARAGUAIA-TOCANTINS
Fonte: SEDINC/MA, 2013. “Estratégias de Desenvolvimento do Maranhão”
2.2. INCERTEZAS CRÍTICAS PARA SÃO LUÍS
Além das Tendências Consolidadas, os cenários para São Luís no horizonte 2013-2033 depen-
dem também de fatores nacionais, estaduais, regionais e locais altamente incertos e de elevado
impacto, denominados Incertezas Críticas.
Incertezas críticas são condicionantes do futuro com baixo grau de previsibilidade e elevado im-
pacto. As incertezas podem ter origem exógena ou endógena ao município de São Luís.
As incertezas críticas foram divididas em duas categorias. A primeira reúne aquelas incertezas
relacionadas ao contexto externo a São Luís, incluindo variáveis específicas ao macroambiente
de interesse do município. Essas incertezas são predominantemente econômicas e se relacio-
nam às atividades produtivas motrizes da economia ludovicense. Já a segunda categoria tem
80
origem interna e engloba os elementos específicos a São Luís, sobretudo nas dimensões institu-
cional, social e ambiental.
INCERTEZAS CRÍTICAS EXTERNAS
Por ser uma importante capital regional e cidade portuária, o futuro de São Luís será fortemente
influenciado pela evolução do ambiente internacional e pelo padrão de desenvolvimento eco-
nômico do Brasil. Ao cumprir o papel de intermediário entre o eixo de desenvolvimento Ara-
guaia-Tocantins e o mundo, a capital maranhense terá seu futuro, em grande medida, condicio-
nado pela expansão das fronteiras do agronegócio, pela lógica dos mercados de commodities e
do comércio internacional, bem como pela evolução da indústria de transformação e do setor
de serviços no Maranhão.
Com o intuito de reduzir o universo de elementos do macroambiente a um subconjunto de in-
certezas explicativas essenciais para a geração dos cenários, a primeira incerteza crítica síntese
reúne as variáveis econômicas de cunho nacional, estadual e regional que definem o comporta-
mento predominante do ambiente externo em relação a São Luís. Aspecto este que, por sua vez,
influenciará a qualidade do desenvolvimento socioeconômico do município.
A primeira incerteza crítica síntese que os cenários procuram responder é:
Qual será o ritmo e a natureza do crescimento econômico brasileiro e do espaço geoeconômico
de São Luís no horizonte 2013-2033?
A resposta à incerteza crítica síntese no contexto externo compreende a análise de cinco ques-
tões específicas nas dimensões global e nacional:
Ambiente internacional (evolução da crise econômica, grau de protecionismo e de-
manda mundial por produtos da região de influência de São Luís);
Orientação da política econômica (fiscal, monetária, industrial e de comércio exterior);
Agenda de reformas estruturais;
Enfrentamento dos gargalos de infraestrutura econômica (transporte e energia); e
Crescimento econômico, inclusão social, qualidade de vida e meio ambiente.
81
Já no âmbito regional, a incerteza crítica externa engloba outros quatro temas relevantes ao
futuro de São Luís:
Atratividade a investimentos privados e crescimento econômico;
Eficiência do complexo portuário;
Perfil da estrutura produtiva (agregação de valor, conteúdo tecnológico e grau de diver-
sificação); e
Desempenho do Eixo Araguaia-Tocantins.
A incerteza crítica do ambiente externo a São Luís pode assumir estados possíveis em um eixo
contínuo delimitado por dois extremos: “Tendência recente” e “Mudança de patamar (salto)”.
Tendência recente: economia mundial com crescimento moderado e volátil, com desa-
celeração do comércio internacional; pequena disponibilidade de capital e menor de-
manda externa por alimentos e commodities industriais; perda de competitividade da
economia brasileira e, consequentemente, maranhense, com atrasos dos investimentos
no estado; crescimento econômico baixo e errático no Brasil e em São Luís.
Mudança de patamar (salto): economia mundial retoma o caminho do crescimento,
com a melhora na confiança dos investidores estrangeiros e aumento do fluxo comer-
cial; crescimento sustentado da economia brasileira; aumento da competitividade na
capital maranhense e atração de investimentos e empresas multinacionais para São
Luís.
INCERTEZAS CRÍTICAS INTERNAS
O segundo eixo que determina os cenários alternativos de São Luís é definido por meio de uma
incerteza crítica síntese que associa as variáveis internas específicas ao município. Conside-
rando, sobretudo, as dimensões institucional, social e ambiental, a incerteza crítica síntese do
contexto interno que os cenários procuram responder é:
Que padrões institucionais predominarão em São Luís nos próximos 20 anos?
82
Essa incerteza crítica diz respeito às instituições, i.e., regras e normas que sustentam e dão forma
às relações políticas, sociais e econômicas em São Luís. Essa incerteza crítica sintetiza aspectos
como:
Comportamento da sociedade em relação ao que é público e de interesse comum;
Transparência e qualidade da gestão pública;
Governança metropolitana; e
Alinhamento entre os poderes e as esferas de governo e lideranças.
A incerteza crítica interna a São Luís assume estados possíveis em um eixo contínuo delimitado
por dois extremos: padrões institucionais “predominantemente extrativistas55” e “progressiva-
mente inclusivos”.
Predominantemente extrativistas: parcelas minoritárias da população capturam quase
toda riqueza gerada. A maioria tem oportunidades restritas e acesso precário a serviços
públicos. Trata-se de um padrão institucional que gera insegurança jurídica, desigualda-
des e poucos incentivos à inovação.
Progressivamente inclusivos: há oportunidades para parcelas crescentes da população,
valorização do mérito, acesso equitativo aos serviços públicos, sistema jurídico imparcial
e célere, garantia dos direitos de propriedade, incentivos à inovação.
Além das duas incertezas-crítica síntese para o desenvolvimento, há mais 10 incertezas que im-
pactarão expressivamente o desenvolvimento de São Luís nos próximos 20 anos:
1. Como avançará o desenvolvimento de competências (educação e qualificação da mão
de obra) em São Luís?
2. Como evoluirá o ambiente de negócios e a cultura empreendedora?
3. Como avançará a rede de cidades na área de influência de São Luís?
4. Qual será a dinâmica de ocupação do solo em São Luís e suas regiões vizinhas?
5. Como evoluirá a demanda (quantidade e qualidade) por serviços públicos?
55 Expressão cunhada por Daron Acemoglu e James Robinson no livro “Por Que As Nações Fracassam”.
83
6. Como avançará a oferta de serviços públicos? Qual será o impacto das novas tecnologias
da informação e comunicação?
7. Como evoluirão as finanças públicas do município, sobretudo a arrecadação?
8. Como avançará a capacitação, gestão e elaboração de projetos robustos e estruturan-
tes, além da capacidade de estruturação e viabilização de financiamento nos vários ní-
veis de governo na região metropolitana de São Luís?
9. Como evoluirá a distribuição da riqueza e a pobreza em São Luís?
10. Como evoluirá a qualidade de vida da população ludovicense (oportunidades de traba-
lho, mobilidade, segurança, saneamento, meio ambiente, oportunidade de lazer, etc)?
85
Capítulo 3. Cenários para São Luís 2033
3 Cenários para São Luís 2033
87
O propósito primário dos cenários não é o de predizer o futuro, e sim, organizar, sistematizar e
delimitar as incertezas, explorando os pontos de mudança ou manutenção dos rumos de uma
dada evolução de situações. Eles ajudam governantes, instituições, empresas e os atores sociais
a trabalhar com o futuro de um modo organizado e sistemático, reduzindo incertezas e estimu-
lando a formulação de políticas, estratégias e iniciativas antecipatórias e inovadoras.
Cenários são imagens coerentes e plausíveis de futuros alternativos. Sua denominação vem do
termo teatral scenario – o roteiro para filmes ou peças teatrais. Seu uso em análise prospectiva e
estratégia consiste em antecipar visões de futuro para “iluminar” decisões e ações no presente.
Cenários são, portanto, histórias sobre as possíveis maneiras como o mundo, o Brasil, o Mara-
nhão e São Luís poderão estar configurados no futuro. As condições iniciais da realidade, a cha-
mada cena de partida, foram detalhadas no capítulo I. A partir da situação atual, a hipótese da
Macroplan é que o futuro da capital maranhense poderá assumir quatro contornos alternativos,
descritos sob a forma de cenários. Vale lembrar que os fatores certos ou quase certos em relação
ao futuro e que, em maior ou menor grau, estarão presentes em todos os cenários, foram des-
critos no capítulo II.
Os cenários para São Luís no horizonte dos próximos 20 anos são decorrentes de duas incertezas
críticas já destacadas no capítulo anterior:
TABELA 5. CENÁRIOS EXPLORATÓRIOS PARA SÃO LUÍS NO HORIZONTE 2033
Crescimento econômico brasileiro e do espaço geoeconômico de São Luís
MANTÉM TENDÊNCIA RECENTE MUDANÇA DE PATAMAR (SALTO)
Evolução econômica a taxas próximas da média da úl-
tima década, com elevada volatilidade e baixa inter-
nalização de oportunidades e de renda
Crescimento mais elevado do que a média da última
década, com aumento da competitividade e crescente
internalização de oportunidades e de renda.
Padrões institucionais de São Luís - "Regras do jogo" estabelecidas formalmente ou pelos costumes e que são
amplamente praticadas na sociedade
PREDOMINANTEMENTE EXTRATIVISTAS PROGRESSIVAMENTE INCLUSIVOS
Parcelas minoritárias da população capturam a maior
parte da riqueza gerada. A maioria tem oportunidades
restritas e acesso precário a serviços públicos. Insegu-
rança jurídica e poucos incentivos à inovação.
Há oportunidades para parcelas crescentes da popula-
ção, valorização do mérito, acesso equitativo aos servi-
ços públicos, sistema jurídico imparcial e célere, garan-
tia dos direitos de propriedade, incentivos à inovação.
88
Estas duas indagações em face do futuro formam dois grandes eixos ortogonais cujas combina-
ções das hipóteses extremas configuram os quadros futuros possíveis do município, como mos-
tra a figura a seguir56:
FIGURA 2. QUATRO CENÁRIOS PARA SÃO LUÍS 2013-2033
Fonte: Macroplan.
» CENÁRIO 1: Continuidade – Caranguejo do Mangue: o contexto econômico brasileiro
e da região de influência de São Luís desfavorável com crescimento intermitente e a
manutenção das instituições extrativistas, com baixa articulação entre os atores, não
gera em São Luís uma dinâmica de desenvolvimento inclusivo. Há baixa disseminação
interna de oportunidades e de renda. A gestão, o planejamento e a provisão de serviços
urbanos são insuficientes para atender às demandas básicas da população, pois o dis-
curso de modernização da política e da gestão não sai do papel. Até 2033, a capital ma-
ranhense tem crescimento urbano desordenado e elevados passivos socioeconômicos
e ambientais.
» CENÁRIO 2: Inclusão progressiva – Jurará: apesar das dificuldades apresentadas pelo
desfavorável cenário econômico brasileiro e da região de influência de São Luís, há uma
agenda de reformas institucionais em curso na capital maranhense que melhora seu
ambiente de negócios. Há uma melhora na gestão e na qualidade dos gastos públicos
56 Agradecemos a valiosa contribuição do Professor Felipe de Holanda na denominação dos cenários.
89
influenciadas em boa medida pela maior participação e fiscalização da sociedade ludo-
vicense. Em 2033, a cidade ainda não é rica, mas já tem as bases para o desenvolvimento
sustentável.
» CENÁRIO 3: Crescimento excludente – O Milagre Maranhense: apesar do externo fa-
vorável, São Luís não aproveita as melhores oportunidades proporcionadas, pois o am-
biente institucional instável dificulta o desenvolvimento dos negócios e a internalização
de parcelas maiores da renda gerada. A ampliação do PIB é ocasionada por grandes pro-
jetos com limitada geração de emprego. A provisão de serviços públicos é limitada pela
capacidade da gestão pública, limitação de recursos financeiros e baixa coordenação
entre os agentes. Em 2033, São Luís é uma cidade com elevada concentração de poder
e riqueza numa elite e com baixa qualidade de vida para a maioria da população.
» CENÁRIO 4: Desenvolvimento inclusivo e integrado – Vôo do Guará: suportada por in-
tensa concertação política e institucional entre os atores sociais, econômicos e políticos
com influência sobre a sua realidade, São Luís passa a explorar com maior intensidade
suas principais vocações e potencialidades e aproveita as principais oportunidades tra-
zidas por um contexto externo favorável. Em 2033, São Luís é uma cidade com planeja-
mento e gestão urbana integrados, crescente captação de recursos e com melhoria
substancial dos padrões de qualidade de vida, com diminuição das desigualdades. A ci-
dade deixa de ser conhecida como espaço de domínio de grupos políticos, passando a
ser um dos exemplos nordestinos de boa gestão e participação empresarial e social nas
decisões.
90
CENÁRIO 1 CONTINUIDADE - CARANGUEJO DO MANGUE
O potencial logístico e a vocação exportadora
da cidade, especialmente de commodities
como alumínio, minério de ferro e soja, e o di-
namismo da construção civil permitem que a
cidade registre crescimento econômico supe-
rior à média brasileira, mas com elevada vola-
tilidade e baixa disseminação interna de opor-
tunidades e de renda. O contexto econômico
da região de influência de São Luís é predomi-
nantemente adverso em função do baixo cres-
cimento no mundo e no Brasil. A cidade e suas
instituições são pouco capazes de alavancar
novas oportunidades de negócios.
O predomínio de instituições de caráter “ex-
trativista”, isto é, regras e normas que geram
desigualdades e não incentivam o investi-
mento na cidade, dificulta a internalização da
renda pela população ludovicense. Os avanços
sociais são decorrentes principalmente de polí-
ticas de caráter nacional, com baixa contribui-
ção da gestão local. O planejamento, a gestão
e a provisão dos serviços urbanos são insufici-
entes para resolver os crescentes problemas
de mobilidade urbana e infraestrutura e para
atender às demandas básicas da população.
Há um descompasso entre a geração de ri-
queza e os indicadores sociais e urbanos da ci-
dade.
91
» Desenvolvimento do
cenário “Caranguejo
do Mangue”
São Luís, beneficiada por suas vantagens loca-
cionais e pela articulação política de seus prin-
cipais atores sociais, atrai investimentos, o que
contribui para que a cidade apresente cresci-
mento econômico acima da média brasileira.
Contudo, o contexto externo predominante-
mente adverso potencializa as dificuldades in-
ternas, resultando em crescimento econômico
baixo e errático. Os investimentos têm desdo-
bramento limitado sobre a economia local em
virtude do seu baixo efeito estruturante sobre
as demais atividades econômicas do municí-
pio. Deste modo, o PIB de São Luis continua a
apresentar elevada volatilidade (dependência
em relação às grandes cadeias produtivas vol-
tadas para o mercado internacional).
O crescimento se dá “de fora para dentro”, ba-
seado na instalação de grandes empreendi-
mentos, tais como a Refinaria da Petrobras, na
ampliação da produção da Vale, na implanta-
ção da fábrica da Suzano no Sul do Maranhão
e na maior exportação de soja, estimulada
pela ampliação da produção na região de Bal-
sas e pela evolução da ferrovia Norte-Sul. No
entanto, são frequentes os atrasos nos investi-
mentos, o que gera um ambiente de insegu-
rança que limita o crescimento. Os motores do
crescimento, externos a cidade, não são sufici-
entes para alavancar oportunidades de negó-
cio que promovam a disseminação deste dina-
mismo para o restante da economia.
O setor de construção civil continua a crescer
em função de demandas privadas, de obras
públicas e programas habitacionais federais.
Os investimentos da Prefeitura neste campo
são reduzidos, limitados pelas restrições orça-
mentárias não integralmente equacionadas.
Por outro lado, a ferrovia Norte-Sul avança
lentamente. A ampliação do complexo portu-
ário se dá a reboque de investimentos contra-
tados, não sendo o porto, assim, um captador
de oportunidades. O turismo se amplia de
modo incremental, principalmente com base
na modalidade de negócios e eventos. Já a cul-
tura local e o centro histórico atraem um fluxo
residual de turistas, em virtude da insuficiência
de investimentos e incentivos para sua promo-
ção e desenvolvimento.
A classe média de São Luís amplia-se gradual-
mente, refletindo também maior poder de
consumo do interior do Maranhão, parte dele
92
suprido pela capital. Este movimento dinamiza
o mercado de bens de consumo e estimula a
criação de novos pequenos negócios. Porém,
com a predominância de um ambiente pouco
favorável aos negócios, quase todos têm
“baixo rendimento”, sendo alta a taxa de mor-
talidade das micro e pequenas empresas em
São Luís. A renda e a produtividade continuam
baixas, a melhoria da qualidade de vida das
pessoas não é proporcional ao aumento da ri-
queza gerada, e as desigualdades sociais per-
manecem elevadas na cidade.
No campo político, há uma sucessão geracio-
nal de lideranças, mas não prosperam alianças
com capacidade de aglutinação nem tam-
pouco consensos em torno de projetos e inici-
ativas estruturadoras do desenvolvimento
econômico e da inclusão social na cidade e no
estado. O padrão dominante é de instabili-
dade e descontinuidade política. As mudanças
e melhorias acontecem de modo gradual e
lento, estimuladas, no caso das instituições
públicas pelas exigências sociais de maior rigor
no provimento dos cargos e na qualidade do
gasto público e, nas instituições privadas, por
crescente acirramento da competição.
A nova classe média, com maior acesso à infor-
mação e maior escolaridade, torna-se tam-
bém indutora dessas mudanças. O fortaleci-
mento de uma classe empresarial menos de-
pendente dos governos ocupa um lugar de
destaque neste processo de reconfiguração da
estrutura social, mas ela enfrenta dificuldades
em assumir postos de liderança em suas enti-
dades e se engajar em iniciativas com impacto
efetivo no desenvolvimento, permanecendo
com capacidade de contribuição limitada.
A gestão pública experimenta melhorias, mas
mantém um desempenho pouco eficaz, com
incipiente participação da sociedade civil e li-
mitada transparência o que produz um ambi-
ente institucional frágil e pouco atrativo aos in-
vestimentos. A relação da população com o
poder público permanece predominante-
mente pautada pelo binômio extrativismo
para os segmentos mais poderosos e assisten-
cialismo para os demais, não sendo clara-
mente visíveis os limites que separam o pú-
blico e o privado. O limitado efeito estrutura-
dor dos grandes investimentos sobre a econo-
mia local tem impactos sobre o mercado de
trabalho, onde predominam empregos de
baixa qualidade e com remuneração reduzida.
As dificuldades do mercado de trabalho em
São Luís podem ser vistas também no baixo
grau de formalidade dos negócios e no incipi-
ente grau de empreendedorismo local.
A baixa qualidade institucional de São Luís difi-
culta os avanços no campo da governança me-
tropolitana. Entre 2013 e 2033, a transforma-
ção da realidade na Grande São Luís é limitada
pela reduzida articulação entre o setor pú-
blico, o empresariado e a sociedade civil orga-
nizada em âmbito metropolitano, traduzida
93
sob a forma de ações isoladas e pouco colabo-
rativas entre suas principais lideranças. Confli-
tos e descontinuidades políticas não permitem
a concretização de um pacto metropolitano,
inibindo o aproveitamento de sinergias e a in-
tegração da região. A colaboração entre os
municípios se limita a iniciativas isoladas orien-
tadas à solução de problemas comuns. Em
2033, o crescimento populacional não foi
acompanhado de devido planejamento e re-
gulação urbanos, gerando grandes disparida-
des econômicas e sociais entre os municípios
da Grande São Luís.
A baixa efetividade da governança metropoli-
tana existente na Grande São Luís implica o es-
tabelecimento de redes fragmentadas em vá-
rias dimensões: nas áreas de saúde e educa-
ção, acarretando pressão de demanda sobre
os serviços públicos ofertados na capital; na
segurança pública, dificultando o combate à
violência na metrópole; na área ambiental, po-
tencializando os gargalos ambientais que exi-
gem um equacionamento conjunto em âm-
bito metropolitano; no setor produtivo e na
promoção de investimentos, prevalecendo a
atração de investimentos baseada na guerra
fiscal entre os municípios; e redes de transpor-
tes com baixo grau de integração intermunici-
pal e intermodal, limitando a mobilidade e a
acessibilidade no espaço metropolitano. A ci-
dade apresenta problemas crescentes de mo-
bilidade com impactos sobre a desigualdade
social, o acesso ao mercado de trabalho e a
qualidade de vida.
A limitada articulação político-institucional e a
baixa efetividade das redes de serviços públi-
cos trazem melhorias restritas para a popula-
ção de São Luís. Aos poucos, o município perde
sua vantagem relativa em termos de escolari-
dade média da população adulta frente às ca-
pitais do Nordeste. A qualidade da educação
em São Luís em todos os níveis de ensino é
apenas mediana quando comparada às de-
mais capitais nordestinas. Além disso, a oferta
de oportunidades de educação profissional é
insuficiente face às demandas existentes.
Como resultado, boa parte da força de traba-
lho mais qualificada é “importada” e a produ-
tividade média do trabalho em São Luís é
baixa, o que se reflete nos baixos salários e no
desincentivo à prestação de serviços de alto
valor agregado, que não florescem vigorosa-
mente na cidade.
A cidade caracteriza-se pelos elevados con-
trastes sociais: no litoral, uma pequena parcela
rica da população tem elevada renda e bem-
estar social; no outro extremo, a pobreza as-
sola as áreas do Itaqui-Bacanga e rural, onde a
população vive de forma precária, sem acesso
aos serviços básicos e a empregos formais; fi-
nalmente, há a classe média, emergente ou re-
mediada, no centro e seus arredores e no eixo
94
Vinhais-Cohab-São Cristóvão, que busca me-
lhor qualidade de vida, mas esbarra na falta de
oportunidades de serviços e lazer.
Neste cenário, o espaço público da capital ma-
ranhense permanece desorganizado e hetero-
gêneo. Há um baixo grau de articulação e com-
plementaridade das ações da União, do Estado
e das Prefeituras, o que acarreta, muitas vezes,
em desperdício de recursos e sobreposição de
esforços. Deste modo, agravam-se os proble-
mas de mobilidade urbana relacionados, prin-
cipalmente, à precariedade do sistema de
transporte público de passageiros. Em virtude
do limitado volume de investimentos públicos
e privados, o sistema de transporte público em
São Luís consiste em um dos principais garga-
los da cidade. A existência de uma matriz de
transporte ancorada no transporte individual,
aliada à baixa capacidade e ao limitado grau de
integração e intermodalidade do sistema de
transporte público resulta na saturação do sis-
tema viário de São Luís e no crescimento dos
tempos de deslocamento.
Nas áreas de saúde e educação, os avanços
são limitados e, em grande parte, movidos pe-
las transferências de recursos federais. Há ex-
pansão nos níveis de ensino fundamental e
médio e no ensino técnico-profissional, porém
com melhorias incrementais na qualidade do
aprendizado dos alunos, sendo ainda possível
encontrar escolas com ambiente inapropriado
para o aprendizado. Já na saúde, o contexto fa-
vorável em âmbito nacional contribui para a
expansão da atenção primária e especializada.
A expansão do acesso à saúde, porém, é
acompanhado por melhorias apenas incre-
mentais na qualidade da prestação dos servi-
ços, uma vez que a adoção de novas práticas
de gestão se demora a generalizar. Em 2033,
grandes filas de esperas e crises no atendi-
mento aos pacientes nos postos de saúde e
hospitais municipais de São Luís ainda são
eventos frequentes.
Soma-se a isso a pressão de demanda advinda
dos demais municípios da Grande São Luís e
do restante do Estado do Maranhão. Se, por
um lado, a qualidade de vida e o ambiente de
negócios pouco atrativos afastam os principais
talentos de São Luís, por outro, a capacidade
polarizadora da capital maranhense no con-
texto metropolitano impulsiona um cresci-
mento desordenado, que é responsável pela
manutenção de problemas urbanos. A expan-
são dos espaços de exclusão social, acompa-
nhada pelas pressões sobre o ambiente ur-
bano, pela limitada expansão do emprego e da
renda e pela manutenção de bolsões da po-
breza e de desigualdade social, ao lado da ine-
ficácia das políticas públicas de prevenção e
repressão de crimes, é responsável pelo au-
mento dos níveis de violência e criminalidade.
São Luís torna-se uma metrópole violenta,
com impacto negativo sobre a imagem do mu-
nicípio e a qualidade de vida dos cidadãos.
95
Sob o ponto de vista urbanístico, a cidade
apresenta alguns sinais de saturação e desor-
dem em espaços específicos. Apesar da exis-
tência de recursos para habitação, boa parte
dos projetos tem sua execução prejudicada
pelos entraves regulatórios e institucionais.
Órgãos públicos do setor habitacional e seto-
res correlatos empreendem algumas ações
isoladas e fragmentadas. O ambiente é pouco
fértil também para a realização de parcerias
com a iniciativa privada, cuja participação no
mercado habitacional cresce abaixo do que é
registrado nos demais estados brasileiros.
Com isso, o déficit habitacional em São Luís até
2033 é parcialmente remediado apenas com
programas nacionais de moradia popular. Essa
expansão da oferta de habitações de interesse
social observada nos próximos vinte anos não
é capaz de atender aos enormes desafios re-
presentados pela elevada demanda e pelas
inúmeras necessidades habitacionais, cuja
concentração na Grande São Luís mostra-se
ainda mais aguda.
Na área ambiental, permanecem com déficits
os serviços de saneamento, especialmente
nos territórios com grande número de mora-
dias irregulares e inadequadas. Em 2033, a
rede de esgoto ainda não abrange todo o ter-
ritório de São Luís. Observa-se um elevado vo-
lume de esgoto não tratado despejado nos
rios e mananciais da cidade, provocando de-
gradação dos recursos hídricos e comprome-
tendo a balneabilidade das praias. Ademais,
apesar de algumas melhorias pontuais, as
áreas verdes, parques e praças da cidade mos-
tram-se pouco convidativos à integração e ao
convívio social.
Em suma, neste cenário São Luís não consegue
traduzir seu crescimento econômico em bene-
fícios substanciais para a população. O efeito
estruturante dos grandes investimentos sobre
as demais atividades produtivas locais é limi-
tado, o que conduz a uma baixa disseminação
interna de oportunidades de negócio e renda.
São Luís experimenta crescimento urbano de-
sordenado, fruto dos baixos padrões instituci-
onais em âmbito municipal e metropolitano.
Os avanços sociais são decorrentes, principal-
mente, de políticas de caráter nacional, com
baixa contribuição da gestão local. A baixa
qualidade dos serviços públicos se mostra in-
suficiente para atender às demandas crescen-
tes da população, acarretando reduzido nível
de bem-estar social e desenvolvimento limi-
tado pelos acentuados passivos socioambien-
tais.
96
CENÁRIO 2 INCLUSÃO PROGRESSIVA - JURARÁ
O contexto econômico da região de influência
de São Luís é predominantemente adverso em
função do baixo crescimento no mundo e no
Brasil. A estrutura produtiva de São Luís man-
tém-se ancorada na atividade das grandes
empresas exportadoras de bens industriais e
commodities. Contudo, em virtude de uma
gradual melhoria das instituições da capital
maranhense – com reflexo positivo sobre a
qualidade do ambiente de negócios – observa-
se um processo de adensamento das cadeias
produtivas. Se, por um lado, a economia ludo-
vicense se mantém suscetível às oscilações de-
correntes da volatilidade dos mercados inter-
nacionais, por outro, o maior grau de formali-
zação dos negócios e do mercado de traba-
lho, bem como o aumento da produtividade e
da massa salarial, favorece a internalização da
renda gerada.
O aumento da participação e da fiscalização
da sociedade ludovicense sobre os rumos da ci-
dade forçam esta progressiva mudança no
campo institucional, estimulando maior en-
tendimento entre as esferas de governo e a
profissionalização da gestão pública. Ob-
serva-se a ampliação da oferta de serviços pú-
blicos de qualidade e a melhoria dos instru-
mentos de planejamento e ordenamento ur-
bano. Há ganhos progressivos em termos de
qualidade de vida, refletida na evolução posi-
tiva dos indicadores sociais nas áreas de edu-
cação, saúde, emprego e mobilidade. Em
2033, a cidade não é rica, mas atrai pessoas e
investimentos pela qualidade do ambiente ins-
titucional, pela organização do espaço público,
pelo nível de bem-estar social e pela receptivi-
dade do orgulhoso povo ludovicense.
97
» Desenvolvimento do
Cenário “Jurará”
Até 2033, o desempenho de São Luís e seu en-
torno metropolitano é limitado pelos desdo-
bramentos de seu contexto econômico ex-
terno. A economia global atravessa um perí-
odo prolongado de baixo crescimento, redu-
zindo a confiança dos agentes econômicos e os
níveis de investimento. No Brasil, o contexto
internacional predominantemente adverso
potencializa as dificuldades internas, resul-
tando em crescimento econômico baixo e er-
rático.
Nesse contexto adverso, a base da economia
de São Luís ainda não experimenta mudanças
radicais nas próximas duas décadas, mantendo
crescimento próximo ao desempenho histó-
rico do município no período 2000-2010, pu-
xada predominantemente pelos setores
econômicos exportadores de commodities
agrícolas e industriais. O complexo portuário
mantém-se como o principal motor da econo-
mia, exportando tanto a produção agrícola do
Centro-Oeste do Brasil e do sul do Maranhão,
quanto as commodities da Vale e os bens in-
dustriais da Alumar.
Mas há um elemento novo: é o aumento da
importância relativa do mercado interno. A
contribuição da demanda local para o cresci-
mento econômico do município ganha força
com a melhoria contínua dos padrões de ges-
tão pública e após a implantação de importan-
tes reformas microeconômicas, como a redu-
ção das burocracias regulatória e tributária. A
melhoria do ambiente de negócios possibilita
que os grandes empreendimentos realizados
em todo o Maranhão, como a Refinaria da Pe-
trobras, a ampliação da produção da Vale, a fá-
brica da Suzano e a construção da ferrovia
Norte-Sul, entre outros, atraiam investimentos
correlatos e fomentem um gradual adensa-
mento das cadeias produtivas instaladas em
São Luís e no seu entorno metropolitano.
Novos empreendedores, especialmente relaci-
onados aos serviços de maior conteúdo tecno-
lógico, e pequenas e médias empresas de ser-
viços especializados surgem estimulados pela
simplificação dos procedimentos para abertura
de empresas e por políticas de fomento ao em-
preendedorismo. Soma-se a isso um aumento
da oferta de mão de obra qualificada – fruto de
bem sucedidos programas de promoção do en-
sino técnico-profissionalizante – resultando em
aumento da produtividade e maior formaliza-
ção da economia municipal. Vale ressaltar que
a despeito do desenvolvimento do mercado de
98
trabalho, em 2033 as melhores oportunidades
de trabalho ainda se mantêm em segmentos
consolidados, como a indústria metalúrgica e o
setor público. Nesse contexto, a renda prove-
niente do trabalho passa a se destacar na com-
posição da renda das famílias. Reduz-se, por-
tanto, o grau de dependência da população lo-
cal em relação aos programas de transferên-
cias governamentais que, não obstante, ainda
se mantêm como fundamentais para uma par-
cela significativa dos munícipes.
No campo institucional são evidenciados avan-
ços em resposta às adversidades econômicas
que caracterizam o período. Observa-se uma
alteração do modo como os atores sociais,
econômicos e políticos interagem na cidade, o
que influencia as regras e normas formais e in-
formais vigentes. Há um efeito mobilizador
para a construção do futuro de São Luís, com
união entre as principais lideranças políticas e
da sociedade civil, governantes, empresários e
formadores de opinião em torno de projetos e
iniciativas estruturadoras do desenvolvimento
na cidade e no estado. É visível a redução das
disputas políticas predatórias e cresce a partici-
pação dos vários segmentos da sociedade no
planejamento e na gestão da cidade, o que per-
mite a implementação de políticas públicas es-
pecíficas para as diferentes regiões da cidade.
Neste cenário, as instituições ludovicenses aos
poucos tornam-se mais inclusivas, isto é, pas-
sam a gerar oportunidades para parcelas mai-
ores da população, com valorização da merito-
cracia, fortalecimento da segurança jurídica, e
incentivo à inovação. O aparelho estatal em
São Luís revela-se cada vez mais produtivo e
eficiente, concentrado na provisão de serviços
públicos essenciais de qualidade. Acresce-se a
isso o fato de que o aumento da importância
relativa do mercado interno contribui, via au-
mento da arrecadação própria, para que o or-
çamento municipal reduza sua dependência
em relação às transferências de recursos inter-
governamentais.
A gestão pública municipal da capital mara-
nhense caracteriza-se por maior profissionali-
zação, eficiência e responsabilidade fiscal, com
mais transparência e instituições pluralistas e
de qualidade. As relações políticas abrem es-
paço para a formação dos quadros funcionais
profissionais na administração pública e a rela-
ção da população com o governo muda do pa-
drão extrativista e assistencialista para um mo-
delo mais meritocrático e integrado, com res-
peito ao patrimônio público.
A nova configuração da sociedade ludovicense
contempla a união entre a chamada “nova
classe média” emergente, uma classe empre-
sarial empreendedora mais robusta e menos
dependente do governo para os negócios, e, fi-
nalmente, uma classe de gestores públicos
profissionais comprometidos com o futuro de
São Luís.
99
Os efeitos dessa relação estendem-se para a
governança metropolitana e para o relaciona-
mento entre os poderes e os vários níveis de
governo. Entre 2013 e 2033, os avanços obser-
vados na Grande São Luís são estimulados pelo
estreitamento dos laços entre o setor público,
o empresariado e a sociedade civil organizada
em âmbito metropolitano, traduzida sob a
forma de ações conjuntas e colaborativas entre
suas principais lideranças. Esta concertação po-
lítica e institucional entre os atores com in-
fluência na realidade metropolitana se desen-
volve em duas dimensões: uma vertical, carac-
terizada por maior articulação entre as três es-
feras de governo; e outra horizontal, visível na
colaboração entre os municípios constituintes
da Grande São Luís. Com isso, iniciativas pú-
blico-privadas entre governos, empresas e a
sociedade civil são traduzidas na realização de
projetos metropolitanos voltados não apenas à
solução de problemas comuns, mas também
para o aproveitamento de sinergias e comple-
mentaridades entre as cidades.
O estabelecimento de mecanismos de coope-
ração sistemática entre a Prefeitura, o Estado e
a iniciativa privada, combinado à recuperação
da infraestrutura e melhoria das operações de
escolas, postos de saúde e hospitais, melhoram
gradativamente a qualidade dos serviços pres-
tados nas áreas de saúde e educação. O ensino
básico torna-se amplamente difundido na ci-
dade; as escolas têm maior autonomia admi-
nistrativa, o que as permite implementar práti-
cas educacionais modernas e que trazem be-
nefícios na qualidade do aprendizado dos alu-
nos. De modo semelhante, a prestação de ser-
viços de saúde melhora com os avanços no
campo da gestão e regulação da rede, que re-
sultam em aumento das unidades e equipes
básicas de saúde.
A melhoria do ambiente de negócios incentiva
o estabelecimento de parcerias público-priva-
das (PPPs) em diversas áreas, com destaque
para o transporte público e a mobilidade ur-
bana. Assim, apesar da limitada capacidade de
investimento do poder público, as redes de
transporte são reestruturadas para facilitar a
integração intermunicipal e projetos intermo-
dais são implantados para facilitar a mobili-
dade e a acessibilidade no espaço metropoli-
tano. O sistema de transporte público é alvo de
importantes melhorias e recebe investimentos
para modernizar a estrutura viária e a frota de
ônibus, desincentivando o transporte indivi-
dual e reduzindo o tempo de deslocamento na
cidade.
São Luís vivencia um desenvolvimento mais in-
tegrado sob as óticas social e territorial. Um es-
forço concentrado de desenvolvimento das
áreas do Itaqui-Bacanga e rural, reunindo ato-
res públicos e privados, contribui para a redu-
ção das disparidades sociais. A eficiência no uso
dos recursos públicos permite a redução do dé-
100
ficit de escolas nos bairros mais pobres da ci-
dade, além de melhorar a qualidade média da
educação em todos os níveis de ensino, melho-
rando seu posicionamento em relação às de-
mais capitais nordestinas. O crescente padrão
educacional da capital aumenta a produtivi-
dade, tornando São Luís uma cidade com salá-
rios gradativamente mais atrativos para seus
talentos. São Luís, que no passado se caracteri-
zava como uma cidade tripartida, com grandes
desigualdades no acesso à renda e aos serviços
públicos entre os estratos populacionais, viven-
cia a melhora progressiva de suas disparidades
históricas.
Neste cenário, há maior organização e equilí-
brio na ocupação do solo da capital mara-
nhense. O planejamento e a gestão urbana são
realizados de forma mais estruturada, com im-
pactos positivos sobre a mobilidade urbana, o
saneamento, o déficit habitacional e a oferta
de amenidades urbanas. Em 2033, nem todas
as necessidades foram solucionadas, mas é vi-
sível a redução dos espaços de exclusão social.
A violência ainda é um problema, mas apre-
senta retração frente à eficácia das políticas de
prevenção da criminalidade combinadas a
ações integradas de policiamento e à maior co-
esão social.
O estabelecimento de parcerias público-priva-
das contribui também para a expansão do
acesso a habitações no município. Registra-se
um movimento de expansão do mercado de
habitação de interesse social em São Luís, ca-
racterizado por uma maior participação do se-
tor privado, em particular das empresas de pe-
queno porte. Em paralelo, se desenvolve um
pujante mercado imobiliário orientado sobre-
tudo para a crescente classe média.
O déficit habitacional na capital maranhense
cai também em virtude da implantação de pro-
gramas de urbanização de favelas, moderniza-
ção de áreas degradadas e infraestrutura com-
plementar. Contudo, em 2033, apesar da
maior atenção dada ao centro histórico, os pro-
jetos carecem de recursos para uma efetiva
transformação da região e recuperação do di-
namismo.
Do ponto de vista ambiental, os serviços de sa-
neamento têm melhora significativa, principal-
mente nos bairros mais pobres. Isso se deve
tanto ao esforço de gestão quanto à percepção
dos benefícios do saneamento sobre a quali-
dade de vida dos cidadãos. Além disso, há
maior preocupação com os impactos negativos
do esgoto não tratado despejado diretamente
nos rios de São Luís. As praias da cidade melho-
ram gradativamente suas condições de balne-
abilidade. Finalmente, melhora a conservação
e preservação das áreas verdes remanescen-
tes, na tentativa de torná-las mais apropriadas
à integração e ao convívio social.
101
Apesar dos avanços experimentados por São
Luís até 2033, sua capacidade polarizadora so-
bre o contexto metropolitano mantém a pres-
são de demanda proveniente dos demais mu-
nicípios maranhenses sobre as redes de servi-
ços da capital. Embora ela ocorra de forma me-
nos acentuada em virtude da maior coopera-
ção entre os agentes metropolitanos, esta
pressão ainda compromete a qualidade de al-
guns serviços públicos.
Em resumo, este cenário descreve São Luís
com um crescimento econômico mediano,
mas com importantes transformações institu-
cionais e sociais. O ambiente de negócios mais
favorável permite que os grandes empreendi-
mentos produzam desdobramentos na econo-
mia ludovicense, gerando oportunidades de
emprego e garantindo a internalização da
renda.
A gestão pública eficaz e a maior articulação
entre os atores econômicos, políticos e sociais
influenciam positivamente o planejamento ur-
bano e a oferta de serviços públicos, com redu-
ção das disparidades de acesso entre as regiões
da cidade e os diferentes estratos sociais. O
planejamento do espaço urbano permite que a
cidade cresça de forma mais estruturada, com
impacto positivo sobre a qualidade de vida e a
imagem de São Luís.
102
CENÁRIO 3 CRESCIMENTO EXCLUDENTE – O MILAGRE MARANHENSE
O contexto econômico se mostra favorável a
São Luís, influenciado pelo crescimento dos
mercados de commodities e pelas políticas de
incentivo à demanda interna. A economia de
São Luís cresce a taxas elevadas – similares à
época do chamado “milagre econômico bra-
sileiro” –, porém com volatilidade acentuada
e concentração da atividade em poucas em-
presas intensivas em capital. A riqueza é acu-
mulada por uma elite social que detém o po-
der político e concentra as principais decisões
de alocação de recursos públicos, sobretudo
as de âmbito municipal. Esse tipo de arranjo
social torna o ambiente institucional instável
e pouco propício ao desenvolvimento de ne-
gócios. O orçamento de grande parte da po-
pulação do município depende dos progra-
mas governamentais de transferência de
renda ou de remunerações medianas oriun-
das de empregos de baixa qualidade. A po-
breza atinge pelo menos um terço da popula-
ção e é potencializada pela abrangência limi-
tada dos serviços públicos. São Luís experi-
menta crescimento urbano desordenado,
fruto da baixa efetividade da governança me-
tropolitana e da limitada articulação dos ato-
res sociais, econômicos e políticos com in-
fluência sobre a sua realidade. Em 2033, a ca-
pital maranhense é uma cidade dual: com
alto PIB per capita e “ilhas de prosperidade”,
mas inchada e com seu desenvolvimento e
qualidade de vida limitados pelos acentuados
passivos socioambientais.
103
» Desenvolvimento do
Cenário “O Milagre
Maranhense”
Os desdobramentos do contexto externo são
amplamente favoráveis a São Luís, uma vez
que o mundo e o Brasil são portadores de
grandes oportunidades para a capital mara-
nhense. O mundo volta a crescer de forma sus-
tentada a partir de uma ampla e profunda re-
forma na regulação do sistema financeiro in-
ternacional e estimulada por investimentos
em infraestrutura, tecnologia e energias reno-
váveis. Nesse contexto, as economias emer-
gentes demandam grande volume de commo-
dities agrícolas e industriais.
O Brasil é beneficiado pela evolução favorável
dos mercados internacionais de commodities.
Observa-se o aumento da produção de merca-
dorias básicas, como grãos, minério de ferro e
alumínio, sobretudo no eixo Araguaia-Tocan-
tins, área de influência da capital maranhense.
Concomitantemente, observa-se no Brasil o
enfrentamento, por parte do Estado, da socie-
dade e do setor privado aos principais gargalos
que restringem o crescimento econômico do
país. Intensificam-se as iniciativas para melho-
rar o nível educacional da população, para am-
pliar e melhorar a capacidade da infraestru-
tura, para aprimorar a gestão pública e fiscal,
reduzir a burocracia e a informalidade, moder-
nizar a legislação trabalhista, e para reduzir os
déficits previdenciários, a carga tributária e os
juros.
Essa mudança de patamar observada no am-
biente econômico externo contribui para que
o nível de geração de riqueza em São Luís
cresça significativamente, registrando-se taxas
de crescimento do PIB superiores à média da
última década. A infraestrutura logística inter-
modal de São Luís é o principal indutor desse
crescimento, sendo reforçada pelos grandes
investimentos produtivos realizados na capital
e em outras cidades do Maranhão, como a Re-
finaria Premium I da Petrobras, a expansão do
complexo portuário do Itaqui, o aumento da
produção de minério da Vale, a geração de
energia em usinas termelétricas, além da ex-
pansão do setor de petróleo e gás.
Infelizmente, São Luís não se mostra capaz de
aproveitar as oportunidades trazidas pelo am-
biente externo favorável. No plano institucio-
nal, os esforços iniciais de melhoria da gestão
pública não se sustentam ao longo do tempo
104
e a expectativa inicial de mudança se frustra.
Não há alteração significativa em relação à
maneira como a sociedade interage com o go-
verno e o patrimônio público, sendo constante
a apropriação indevida e os acordos políticos
para nomeação de cargos no setor público.
A gestão pública permanece ineficaz com al-
ternâncias e descontinuidades políticas, o que
é visível tanto na baixa qualidade dos serviços
prestados pelo poder público quanto no des-
perdício de recursos físicos e financeiros. Ape-
sar da existência de algumas “ilhas de excelên-
cia”, a máquina pública é predominantemente
desarticulada e pouco eficiente, contribuindo
para o baixo desempenho das ações governa-
mentais. Os recursos advindos da maior arre-
cadação tributária com os grandes empreen-
dimentos são desperdiçados em atividades
pouco comprometidas com a sustentabilidade
do desenvolvimento e o equilíbrio fiscal é
mantido via aumento da carga tributária sobre
o setor produtivo. Em 2033, a estrutura funci-
onal da Prefeitura permanece inchada e de-
sordenada, gerando ineficiência no gasto pú-
blico e desequilíbrios constantes no orça-
mento municipal.
A baixa qualidade das instituições e a eficácia
limitada da gestão pública geram repercus-
sões sobre a dimensão econômica. Apesar do
contexto externo favorável, os investimentos
anunciados para São Luís estão concentrados
em empresas intensivas em capital e em seto-
res já consolidados na economia ludovicense.
Isso se deve, principalmente, ao ambiente de
negócios desfavorável a novas atividades pro-
dutivas por conta dos elevados riscos de cor-
rupção, da insegurança jurídica e da burocra-
cia. Além disso, neste cenário a inserção e os
acertos políticos são determinantes para o su-
cesso das empresas, que têm de investir na
aproximação com governantes e forças políti-
cas para a obtenção de vantagens e favores.
Assim, há séria limitação em relação ao desen-
volvimento do mercado de trabalho e conse-
quente internalização da renda, pois as opor-
tunidades de emprego ficam restritas às ca-
deias exportadoras ou à administração pú-
blica.
Como há dificuldade institucional para empre-
ender – a capital apresenta alta taxa de morta-
lidade das micro e pequenas empresas –, a in-
formalidade permanece elevada. Nesse cená-
rio, setores como construção civil e comércio
mantêm sua importância relativa, pois o mer-
cado encontra-se aquecido por obras públicas,
programas habitacionais e pela expansão do
crédito.
Em meio a este quadro político-institucional
adverso, são recorrentes em São Luís as mani-
festações da sociedade – composta majoritari-
amente de pessoas das classes C e D, além de
grande número de jovens – exigindo redução
105
da desigualdade de oportunidades, transpa-
rência e qualidade do gasto público e maior
participação no planejamento da cidade. A im-
plementação dessas melhorias, contudo,
ocorre de modo lento e gradual, pois não en-
contram eco nas forças políticas hegemônicas.
O desenvolvimento de São Luís é inibido e, ao
mesmo tempo, restringe o desenvolvimento
de seu entorno metropolitano. Entre 2013 e
2033, a transformação da realidade na Grande
São Luís é limitada pela reduzida articulação
entre o setor público, o empresariado e a soci-
edade civil organizada em âmbito metropoli-
tano, traduzida sob a forma de ações isoladas
e pouco colaborativas entre suas principais li-
deranças. Dificultada por interesses divergen-
tes, a metrópole maranhense diferencia-se
negativamente no contexto das metrópoles
nacionais pela baixa articulação institucional
dos atores políticos, econômicos e sociais que
a influenciam.
Observa-se na Grande São Luís grande dispari-
dade na qualidade da gestão das cidades. Co-
existem municípios dotados de equilíbrio fiscal
e gestão pública eficaz – que se beneficiam do
ambiente externo favorável –, com outros que
sofrem com graves desequilíbrios nas contas
públicas e gestão pouco eficaz. Neste campo
institucional, destaca-se, a despeito de algu-
mas tentativas lideradas pelo Governo Fede-
ral, a limitada capacidade de decisão dos ins-
trumentos de governança metropolitana esta-
belecidos ao longo do período, que se revelam
vulneráveis aos ciclos políticos.
A baixa efetividade da governança metropoli-
tana existente na Grande São Luís implica o es-
tabelecimento de redes fragmentadas em vá-
rias dimensões, sobretudo nas áreas de saúde,
educação, segurança pública e mobilidade.
Ademais, o crescimento populacional resul-
tante dos fluxos migratórios advindos do inte-
rior do estado não é acompanhado das neces-
sárias medidas no campo do planejamento e
ordenamento urbano, fazendo de São Luís em
2033 uma tradicional cidade grande sul-ame-
ricana: inchada e com o desenvolvimento ini-
bido por gargalos sociais e ambientais.
A falta de integração das políticas metropolita-
nas implica na sobrecarga das redes de servi-
ços da capital. A limitada eficácia do setor pú-
blico em São Luís, inclusive no terreno da re-
gulação e das parcerias, é claramente obser-
vada nos serviços públicos, que experimentam
apenas melhorias incrementais. Há grande he-
terogeneidade na qualidade dos serviços pres-
tados nas áreas de saúde, educação e segu-
rança pública, contribuindo para resultados
pouco sensíveis às demandas sociais. Coexis-
tem serviços públicos, sobretudo federais ou
estaduais, de maior qualidade e de acesso am-
pliado com outros ofertados pela esfera muni-
cipal que não conseguem atender satisfatoria-
mente a todas as necessidades da população.
106
O acesso e a qualidade dos serviços públicos
essenciais são comprometidos ainda pelo
baixo grau de articulação e complementari-
dade das ações da União, do Estado e da Pre-
feitura, o que acarreta, muitas vezes, em des-
perdício de recursos e sobreposição de esfor-
ços.
A forte desigualdade regional, especialmente
no que tange as áreas de saúde, educação e
habitação, cria tensões sociais que estimulam
a violência na metrópole. O baixo grau de inte-
gração intermunicipal do transporte mantém
o tempo de deslocamento na Grande São Luís
entre os cinco maiores entre as regiões metro-
politanas brasileiras. Em relação ao meio am-
biente, há degradação crescente por causa da
desorganização das políticas metropolitanas
de regulação das áreas de preservação.
Nesse cenário economicamente favorável e
institucionalmente adverso, a qualidade de
vida da população ludovicense melhora em
proporção aquém do esperado, com forte he-
terogeneidade na qualidade dos serviços pú-
blicos acessados pelos diferentes estratos so-
ciais. A imagem da “cidade partida” – onde
uma pequena elite dispõe de elevado nível de
bem-estar social e amenidades urbanas, en-
quanto o restante da população não dispõe ou
de acesso a serviços básicos, ou de empregos
formais, ou mesmo de oportunidades de lazer
e serviços – sintetiza esses contrastes.
Nas áreas de saúde e educação, os avanços
são limitados e, em grande parte, movidos pe-
las políticas públicas federais e estaduais. Há
uma expansão nos níveis de ensino fundamen-
tal e médio, porém com melhorias incremen-
tais na qualidade do aprendizado dos alunos.
A educação profissional é incentivada a partir
de programas estaduais e federais, mas os cur-
sos são direcionados para atender à demanda
dos negócios existentes; ainda é usual a impor-
tação de talentos de outras capitais do Nor-
deste. Já na saúde, o contexto favorável em
âmbito nacional permite que os recursos re-
passados pela esfera federal contribuam para
a expansão da atenção primária e especiali-
zada. A expansão do acesso à saúde, porém, é
acompanhado por melhorias apenas incre-
mentais na qualidade da prestação dos servi-
ços, uma vez que a adoção de novas práticas
de gestão demora a se generalizar.
Soma-se a isso a pressão de demanda advinda
dos demais municípios da Grande São Luís. Se,
por um lado, a qualidade de vida e o ambiente
de negócios pouco atrativos afastam os princi-
pais talentos e tomadores de decisão de São
Luís, por outro, a atratividade relativa da capi-
tal no contexto metropolitano impulsiona um
crescimento desordenado, que é responsável
pela manutenção de problemas urbanos.
Os fluxos migratórios temporários e perma-
nentes direcionados a São Luís sobrecarregam
e saturam as redes, comprometendo ainda
107
mais a qualidade dos serviços prestados na ca-
pital. São Luís apresenta saturação em setores
como habitação, mobilidade e meio ambiente.
No primeiro, entraves burocráticos prejudi-
cam tanto a execução dos projetos de habita-
ção elaborados por órgãos estaduais para di-
minuir o déficit habitacional, quanto a partici-
pação do setor privado. Quanto à mobilidade,
o sistema de transportes públicos recebe in-
vestimentos abaixo dos necessários para su-
prir a evolução da demanda, resultando em
gargalos crescentes na oferta. Por último, a
rede de saneamento não atende todos os bair-
ros de São Luís, levando ao despejo de elevado
volume de esgoto não tratado nos rios e ma-
nanciais da cidade. Além disso, o uso predató-
rio dos recursos naturais, principalmente pelas
atividades ligadas à geração de energia por
termelétricas e à exploração de petróleo e gás,
provoca sérios desequilíbrios no ecossistema
da Ilha de São Luís.
Em 2033, a densidade demográfica na capital
maranhense ainda é baixa. Assim, o custo para
disponibilizar todas as estruturas urbanas ne-
cessárias à universalização dos serviços bási-
cos torna-se um fator limitador para a atuação
da Prefeitura. Se o espaço público não é atra-
tivo às interações da população, há esvazia-
mento dessas áreas, como o centro histórico,
que não consegue se tornar atrativo. A organi-
zação da ocupação do solo da cidade é tardia,
feita a partir de um Plano Diretor defasado.
São Luís destaca-se pela heterogeneidade en-
tre seus bairros: o Litoral com construções de
alto padrão e renda per capita elevada; as
áreas do Itaqui-Bacanga e rural, onde predo-
mina favelização, pobreza e baixo acesso a ser-
viços públicos; e o abandono do centro e seus
arredores.
O crescimento urbano desordenado, aliado à
limitada expansão do emprego, à manutenção
de bolsões da pobreza e ao acirramento da de-
sigualdade social resulta no aumento dos es-
paços de exclusão social. Acrescente-se a isso
a ineficácia dos programas de prevenção e re-
pressão da violência, acarretando o aumento
dos níveis de criminalidade na capital mara-
nhense.
Em suma, o desempenho de São Luís neste ce-
nário se assemelha ao experimentado pelo
Brasil durante o chamado “milagre econô-
mico” na década de 1970: a capital mara-
nhense vive um ciclo econômico favorável, re-
aliza algumas reformas, mas não o suficiente
para tornar o crescimento sustentável; as de-
sigualdades sociais aumentam, com grande
disparidade de rendimentos e de acesso aos
serviços e amenidades urbanas. A baixa quali-
dade das instituições exerce grande influência
negativa na gestão pública municipal e na ca-
pacidade de atrair investimentos produtivos
diferentes dos já consolidados. A cidade atrai
grande fluxo migratório por causa de ciclos de
108
prosperidade na capital, o que provoca incha-
mento do espaço urbano e intensifica alguns
dos problemas históricos da cidade, como o
déficit habitacional, o tempo de deslocamento
e os passivos ambientais. A riqueza gerada não
é convertida em qualidade de vida e bem estar
social.
| 109 | CENÁRIOS DE SÃO LUÍS 2013-2033
CENÁRIO 4 DESENVOLVIMENTO INCLUSIVO E INTEGRADO - O VOO DO GUARÁ
São Luís supera seus principais entraves inter-
nos e se insere em um ciclo duradouro de de-
senvolvimento sustentável, aproveitando-se
das principais oportunidades oferecidas pelo
contexto externo favorável. A evolução positiva
dos mercados internacionais de commodities,
combinada à melhoria da qualidade do ambi-
ente de negócios local, atrai elevado fluxo de in-
vestimentos produtivos para São Luís, que ex-
perimenta um processo de diversificação e mo-
dernização de sua economia.
Em virtude da multiplicação de oportunidades
de negócios, do maior grau de formalização da
economia e de qualificação do mercado de tra-
balho, o crescimento econômico elevado tra-
duz-se em aumento da renda e redução estru-
tural da pobreza e da desigualdade social. Os
benefícios do crescimento econômico são po-
tencializados por melhorias substanciais no
campo institucional. O aumento da participa-
ção e da fiscalização da sociedade sobre os ru-
mos da cidade resultam em uma gestão pú-
blica eficaz e inovadora, responsável pela am-
pliação da oferta de serviços públicos de quali-
dade em todas as regiões da cidade. Acresce-se
a isso a melhoria dos instrumentos de planeja-
mento e ordenamento urbano, garantindo a
São Luís um crescimento sustentável também
no que se refere à ocupação do solo.
Em resumo, neste cenário São Luís combina
acentuado crescimento econômico, fortaleci-
mento institucional, redução da pobreza e da
desigualdade social e o uso sustentável do ca-
pital natural, vivenciando um processo de de-
senvolvimento urbano integrado e de melhoria
substancial da qualidade de vida.
110
» Desenvolvimento
do Cenário “o Voo
do Guará”
A economia mundial volta a ser portadora de
grandes oportunidades para o Brasil e o Estado
do Maranhão. O mundo volta a crescer de
forma sustentada a partir de uma profunda re-
forma na regulação do sistema financeiro in-
ternacional e estimulada por investimentos em
infraestrutura, tecnologia e energias renová-
veis. A retomada do crescimento econômico
nos EUA, a recuperação da Europa e o extraor-
dinário desempenho das economias emergen-
tes – em especial China e Índia – têm efeito po-
sitivo sobre os mercados internacionais de
commodities agrícolas e industriais, o que esti-
mula o aumento da produção dessas mercado-
rias na área de influência de São Luís, isto é, na
região do eixo Araguaia-Tocantins.
O Brasil aproveita muitas das oportunidades
trazidas pelo ambiente mundial favorável após
enfrentar seus principais gargalos estruturais,
resultado da concretização de uma agenda de
reformas, da realização de importantes investi-
mentos em infraestrutura e de expressiva me-
lhoria dos padrões de governança pública e de
parcerias com o setor privado. A maior eficácia
das políticas públicas federais e estaduais tam-
bém contribui para a melhoria da qualidade de
vida na maior parte das cidades.
Em meio a este contexto externo amplamente
favorável, a economia de São Luís experimenta
um processo de diversificação e modernização.
O crescimento econômico é puxado tanto pe-
los tradicionais setores exportadores de com-
modities como pelos novos empreendimentos
produtivos em setores com crescente conte-
údo tecnológico. O complexo portuário man-
tém-se como o principal motor da economia,
exportando tanto a produção agrícola do Cen-
tro-Oeste do Brasil e do sul do Maranhão,
quanto as commodities da Vale e os bens in-
dustriais da Alumar. Nesse contexto, os propri-
etários e gestores do Porto do Itaqui adotam
postura ativa na busca de parcerias com a inici-
ativa privada para a captação de negócios e
cargas.
A contribuição do mercado interno para o cres-
cimento econômico do município ganha maior
importância relativa após a implantação gra-
dual de profundas reformas microeconômicas
que tornam o ambiente de negócios em São
111
Luís atrativo para novos investimentos. A redu-
ção e simplificação da carga tributária, a dimi-
nuição da burocracia e o fortalecimento da se-
gurança jurídica fazem da economia de São
Luís e seu entorno metropolitano um espaço
próspero para o surgimento de novos empre-
endimentos.
Ademais, a Prefeitura desenvolve ações articu-
ladas com grupos empresariais para internali-
zar oportunidades associadas aos grandes em-
preendimentos realizados em todo o Mara-
nhão, como a Refinaria da Petrobras, a amplia-
ção da produção da Vale, a fábrica da Suzano e
a construção da ferrovia Norte-Sul, entre ou-
tros. Nesse sentido, a administração municipal
atua no ambiente de negócios de forma a fo-
mentar o adensamento das grandes cadeias
produtivas. São Luís passa a concentrar, assim,
uma rede de empresas voltadas ao suprimento
local de grande parte do novo consumo das
classes emergentes ou que atuam em negócios
correlatos às grandes atividades produtivas do
estado e no seu entorno. Entre 2013 e 2033, a
cidade fortalece substancialmente sua função
polarizadora em relação à boa parte do Mara-
nhão.
Novos empreendedores, pequenas e médias
empresas de serviços especializados surgem
estimulados pela simplificação dos procedi-
mentos para abertura de empresas, por políti-
cas de fomento ao empreendedorismo e à ino-
vação e pelo ambiente de negócios percebido
como cada vez mais saudável. Soma-se a isso
um aumento da oferta de mão de obra qualifi-
cada – fruto de bem sucedidos programas de
promoção do ensino técnico-profissionalizante
– resultando em aumento da produtividade e
maior formalização da economia municipal.
Em 2033, a nova dinâmica econômica propicia
o desenvolvimento do mercado de trabalho,
reduzindo relativamente o vínculo em relação
aos segmentos consolidados, como a indústria
metalúrgica e o setor público. Nesse contexto,
a renda proveniente do trabalho passa a se
destacar na composição da renda das famílias,
diminuindo significativamente o grau de de-
pendência da população local em relação aos
programas de transferências governamentais.
Os avanços evidenciados no campo econômico
são reforçados por aqueles obtidos no campo
institucional. Observa-se o protagonismo insti-
tucional de novas lideranças políticas capazes
de mobilizar e aglutinar a sociedade civil em
torno de projetos e iniciativas estruturadoras
do desenvolvimento na cidade e no estado. O
novo cenário político ludovicense passa a atrair
cada vez mais jovens empresários, formadores
de opinião e representantes do setor privado,
fortalecendo o capital social no município. É vi-
sível tanto a redução das históricas disputas
políticas quanto uma maior articulação entre
as instituições e os entes federados. Cresce,
também, a participação da sociedade no plane-
jamento e na gestão da cidade, o que permite
a elaboração de políticas públicas direcionadas
112
às diferentes regiões da cidade. As instituições
se tornam progressivamente inclusivas e pas-
sam a gerar oportunidades para parcelas mai-
ores da população, com valorização da merito-
cracia, fortalecimento da segurança jurídica, e
incentivo à inovação e aos investimentos.
A Prefeitura passa a ser reconhecida por indu-
zir, em articulação com os órgãos de controle,
um novo padrão na gestão pública no Mara-
nhão, com reflexos positivos inclusive no nível
estadual. O aparelho estatal em São Luís re-
vela-se cada vez mais produtivo, moderno e
eficiente, concentrado na provisão de serviços
públicos essenciais de qualidade. Acresce-se a
isso o fato de que o novo padrão de desenvol-
vimento econômico crescentemente baseado
no mercado interno contribui, via aumento da
arrecadação própria, para que o orçamento
municipal reduza sua dependência em relação
às transferências de recursos intergoverna-
mentais. A administração municipal ludovi-
cense particulariza-se ainda pela participação
democrática da sociedade na gestão, o que
contribui para o surgimento de diversas solu-
ções inovadoras, sobretudo no que se refere
ao equacionamento das demandas locais es-
pecíficas.
Este elevado padrão de gestão pública obser-
vado na esfera municipal da capital mara-
nhense caracteriza-se por maior profissionali-
zação, eficiência e responsabilidade fiscal, com
mais transparência e instituições pluralistas e
de qualidade. As vinculações políticas deixam
de influenciar a designação dos quadros funci-
onais na administração pública e a relação da
população com o governo muda do padrão ex-
trativista e assistencialista para um modelo
mais meritocrático e integrado, com total res-
peito ao patrimônio público.
Dessa forma, a nova configuração da socie-
dade ludovicense contempla a união entre a
chamada “nova classe média” emergente,
uma classe empresarial empreendedora mais
robusta e menos dependente do governo para
os negócios, e, finalmente, uma classe política
e de gestores públicos profissionais compro-
metidos com o desenvolvimento sustentável e
inclusivo de São Luís.
Os efeitos dessa relação estendem-se para a
governança metropolitana. Entre 2013 e 2033,
os avanços observados na Grande São Luís são
estimulados pelo estreitamento dos laços en-
tre o setor público, o empresariado e a socie-
dade civil organizada em âmbito metropoli-
tano, traduzida sob a forma de ações conjuntas
e colaborativas entre suas principais lideran-
ças. Esta concertação política e institucional en-
tre os atores com influência na realidade me-
tropolitana se desenvolve em duas dimensões:
uma vertical, caracterizada por intensa articu-
lação entre as três esferas de governo; e outra
horizontal, visível na colaboração entre os mu-
nicípios constituintes da Grande São Luís. Com
113
isso, iniciativas público-privadas entre gover-
nos, empresas e a sociedade civil são traduzi-
das na realização de projetos metropolitanos
voltados não apenas à solução de problemas
comuns, mas também para o aproveitamento
de sinergias e complementaridades entre as ci-
dades.
A competitividade da economia metropolitana
se fortalece ao longo do período 2013-2033,
possibilitando à Grande São Luís uma inserção
estratégica nas redes urbanas maranhense e
nacional. Em 2033, a Região Metropolitana de
São Luís é uma metrópole polinuclear e diver-
sificada em seu conjunto, porém com um visí-
vel grau de especialização produtiva entre as
diversas cidades que a integram. E, ao longo do
processo, a capital desempenha papel de pro-
tagonista do desenvolvimento da Grande São
Luís, impulsionando e, ao mesmo tempo, be-
neficiando-se do desenvolvimento metropoli-
tano.
A qualidade dos serviços prestados nas áreas
de saúde e educação melhora substancial-
mente, influenciada pela melhoria dos progra-
mas federais de alcance nacional e pelo su-
cesso de projetos realizados em âmbito esta-
dual e municipal. Destaca-se ainda o estabele-
cimento de parcerias entre a Prefeitura, o Es-
tado e a iniciativa privada, resultando em solu-
ções criativas e inovadoras que reforçam esta
mudança de patamar registrada na qualidade
dos serviços.
O sistema educacional é alvo de iniciativas ro-
bustas em melhorias de gestão, modernização
de estrutura, projetos e sistema de aprendiza-
gem e ensino, que incorporam novas tecnolo-
gias e docentes mais qualificados. Já na saúde,
o fortalecimento dos mecanismos de gestão e
regulação da rede garante a expansão da aten-
ção primária e do acesso à atenção especiali-
zada, resultando na redução da mortalidade in-
fantil e no controle da incidência de doenças in-
fectocontagiosas.
Investimentos públicos e privados permitem
que o sistema de transporte em São Luís seja
gradualmente reestruturado. Projetos orienta-
dos ao fortalecimento da intermunicipalidade
e intermodalidade da rede de transportes ga-
rantem à capital maranhense, em 2033, eleva-
dos padrões de mobilidade e a acessibilidade
no espaço metropolitano. O sistema de trans-
porte público é reorganizado e modernizado,
desincentivando o transporte individual e re-
duzindo o tempo de deslocamento na cidade.
Além disso, redes de comunicações de elevado
desempenho permitem a conectividade em
todo o território municipal, consolidando siste-
mas eficientes de geração e difusão do conhe-
cimento e de possibilidades de comunicação e
negócios virtuais.
No que se refere à gestão do espaço público da
capital maranhense, o desenvolvimento mos-
tra-se territorialmente integrado. O planeja-
114
mento urbano é realizado de forma estrutu-
rada, melhorando o equilíbrio entre os bairros
no que se refere à mobilidade urbana, ao sane-
amento, às condições habitacionais e à oferta
de serviços públicos e amenidades urbanas.
Embora ainda existam espaços de exclusão so-
cial em 2033, é visível sua redução ao longo do
tempo. A violência reduz-se drasticamente de-
vido à eficácia das políticas de prevenção da cri-
minalidade combinadas a ações integradas de
policiamento, tornando os indicadores contro-
lados e em trajetória descendente.
Apesar dos enormes desafios representados
pela elevada demanda e pelas inúmeras neces-
sidades habitacionais, a expansão da oferta de
habitações de interesse social observada nos
próximos vinte anos contribuiu para a redução
do déficit habitacional em todas as regiões da
cidade. O déficit habitacional na capital mara-
nhense cai em virtude da implantação de pro-
gramas de urbanização de áreas com moradias
inadequadas, modernização de áreas degrada-
das e infraestrutura complementar. Em 2033,
o centro histórico está reformulado e atrativo,
com boa infraestrutura de comunicações e va-
riedade de serviços voltados ao turismo, cul-
tura e educação, como hotéis, restaurantes,
centros culturais e ateliês de arte popular, en-
tre outros, além de instituições tecnológicas e
universitárias e incubadoras de empresas.
Já no que se refere ao meio ambiente, os servi-
ços de saneamento têm melhora significativa.
Isso se deve tanto ao esforço de gestão quanto
à percepção dos benefícios do saneamento so-
bre a qualidade de vida dos cidadãos. Políticas
de conscientização fomentam a coleta seletiva.
Além disso, há maior preocupação com os im-
pactos negativos do esgoto não tratado despe-
jado diretamente nos rios de São Luís; parceria
entre Prefeitura, Governo do Maranhão e se-
tor privado possibilita a construção de estações
de tratamento. Finalmente, é iniciado um pro-
cesso de recuperação do patrimônio natural,
além da conservação e preservação das áreas
verdes.
Em resumo, o aumento da qualidade instituci-
onal que caracteriza São Luís neste cenário po-
tencializa os benefícios trazidos pelo ambiente
econômico amplamente favorável. O cresci-
mento econômico elevado e sustentado tra-
duz-se na ampliação da oferta de serviços pú-
blicos de qualidade, resultando na melhoria
dos principais indicadores socioambientais. A
gestão pública eficaz e inovadora, além da
maior articulação entre os atores econômicos,
políticos e sociais, retratam este processo de
fortalecimento do capital social em São Luís. A
participação democrática da sociedade na ges-
tão impulsiona o surgimento de soluções ino-
vadoras para o encaminhamento das deman-
das locais. O crescimento da cidade ocorre de
forma territorialmente integrado e ordenado,
alicerçado pelos eficazes mecanismos de pla-
nejamento urbano.
115
Esta nova São Luís é destaque no contexto na-
cional, tendo sua imagem vinculada à quali-
dade de vida, às belezas naturais preservadas
ou recuperadas, à cultura fortalecida, às opor-
tunidades de entretenimento em um ambi-
ente de segurança, combinadas à prosperi-
dade econômica e à coesão social.
Vale ressaltar, contudo, que apesar dos gran-
des avanços obtidos, nesta São Luís em pro-
cesso de transformação, alguns problemas
permanecem e outros novos emergem. A in-
tensificação dos fluxos migratórios em direção
ao estado e o envelhecimento da população
acentuam as pressões sobre os serviços públi-
cos essenciais, sobretudo nas áreas de saúde e
educação. Além disso, o custo de vida é ele-
vado e a especulação imobiliária torna-se cres-
cente em algumas áreas da cidade.
116
QUADRO 1. COMPARAÇÃO DAS PRINCIPAIS VARIÁVEIS DOS CENÁRIOS
CENÁRIO 1
Caranguejo do Mangue
CRESCIMENTO HISTÓRICO E INSTITUIÇÕES
EXTRATIVISTAS
CENÁRIO 2
Jurará
CRESCIMENTO HISTÓRICO E INSTITUIÇÕES
MAIS INCLUSIVAS
CENÁRIO 3
O Milagre Maranhense
CRESCIMENTO ELEVADO COM INSTITUIÇÕES
EXTRATIVISTAS
CENÁRIO 4
O Voo do Guará
CRESCIMENTO ELEVADO COM INSTITUIÇÕES
INCLUSIVAS
CRESCIMENTO ECONÔMICO Volátil, superior ao nacional Volátil, superior ao nacional Crescimento econômico elevado e
volátil
Crescimento econômico elevado e
menos volátil
INVESTIMENTOS
Investimentos com reduzida capaci-
dade de desdobramento na econo-
mia
Investimentos com maior capaci-
dade de desdobramento na econo-
mia
Investimentos vultosos com redu-
zido desdobramento na economia
Múltiplas oportunidades de negó-
cios, adensamento produtivo e inter-
nalização da renda
AMBIENTE DE NEGÓCIOS Ambiente de negócios pouco favo-
rável
Ambiente de negócios mais favorá-
vel
Ambiente de negócios pouco favorá-
vel Ambiente de negócios atrativo
CONCERTAÇÃO ENTRE OS
ATORES Baixa concertação entre os atores Maior concertação entre os atores
Baixa concertação entre os atores Efetiva concertação entres os atores
INSTITUIÇÕES
Mudança lenta nas instituições,
com predominância de posturas
patrimonialistas
Mudança nas instituições, que se
tornam progressivamente inclusivas
Mudança lenta nas instituições, com
predominância de posturas patrimo-
nialistas
Novos padrões institucionais, que in-
centivam o investimento e a inova-
ção
GESTÃO PÚBLICA Baixa qualidade da gestão pública Gestão pública mais eficiente Baixa qualidade da gestão pública Maior desempenho da gestão pú-
blica
DESIGUALDADE DE RENDA Manutenção das elevadas desigual-
dades sociais Redução das desigualdades sociais
Manutenção das elevadas desigual-
dades sociais Forte redução das desigualdades
QUALIDADE DE VIDA Melhoria lenta na qualidade de
vida Melhoria na qualidade de vida
Melhoria na qualidade de vida de
uma parcela da população
Avanços expressivos na qualidade de
vida
DESENVOLVIMENTO URBANO Crescimento urbano desordenado Maior capacidade de planejamento
urbano Crescimento urbano desordenado
Maior capacidade de planejamento
urbano
117
QUADRO 2. CENÁRIOS EM NÚMEROS
R$ 0
R$ 20.000
R$ 40.000
R$ 60.000
Situação Atual 2033
PIB PER CAPITA
(EM R$ CONSTANTES DE 2010)
Caranguejo do Mangue Devagar, mas vai longe
O Milagre Maranhense O Voo do Guará
R$ 0
R$ 500
R$ 1.000
R$ 1.500
R$ 2.000
Situação atual 2033
RENDA DOMICILIAR PER CAPITA MENSAL
(EM R$ CONSTANTES DE 2010)
Caranguejo do Mangue Devagar, mas vai longe
O Milagre Maranhense O Voo do Guará
0,5200,5400,5600,5800,6000,6200,640
Situação atual 2033
ÍNDICE DE GINI
Caranguejo do Mangue Devagar, mas vai longe
O Milagre Maranhense O Voo do Guará
0,0%
20,0%
40,0%
Situação atual 2033
POBREZA
(% DE POBRES)
Caranguejo do Mangue Devagar, mas vai longe
O Milagre Maranhense O Voo do Guará
0
20
40
60
80
Situação atual 2033
TAXA DE HOMICÍDIOS POR 100 MIL HABITANTES
Caranguejo do Mangue Devagar, mas vai longe
O Milagre Maranhense O Voo do Guará
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
Situação atual 2033
MORTALIDADE INFANTIL
(ÓBITOS POR MIL NASCIDOS VIVOS)
Caranguejo do Mangue Devagar, mas vai longe
O Milagre Maranhense O Voo do Guará
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
Situação atual 2033
ESCOLARIDADE: PROPORÇÃO DA POPULAÇÃO ADULTA
(25 ANOS OU MAIS DE IDADE) COM ENSINO BÁSICO
(FUNDAMENTAL + MÉDIO) COMPLETO (%)
Caranguejo do Mangue Devagar, mas vai longe
O Milagre Maranhense O Voo do Guará
0,0%
20,0%
40,0%
60,0%
80,0%
100,0%
Situação atual 2033
PROPORÇÃO DE DOMICÍLIOS COM ACESSO À REDE DE ESGOTO
(%)
Caranguejo do Mangue Devagar, mas vai longe
O Milagre Maranhense O Voo do Guará
Jurará
Jurará
Jurará
Jurará
Jurará
Jurará
Jurará
Jurará
118
QUADRO 3. QUADRO DE QUANTIFICAÇÃO DOS CENÁRIOS
VARIÁVEL SITUAÇÃO ATUAL
(2010)
SITUAÇÃO EM 2033
CENÁRIO 1 CENÁRIO 2 CENÁRIO 3 CENÁRIO 4
Econômico
TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB DO BRASIL 3,7% (MÉ-
DIA 2006-2010) 2,0% a 3,0% 4,0% a 5,0%
PIB SÃO LUÍS - PARTICIPAÇÃO NO TOTAL DO BRASIL (%) 0,5% 0,8% 1,3% 0,6% 1,3%
PIB SÃO LUÍS - PARTICIPAÇÃO NO TOTAL DO MARANHÃO (%) 39,6% 36,2% 42,0% 30,1% 40,0%
PIB PER CAPITA (EM R$ CONSTANTES DE 2010) R$ 17.704 R$ 27.883 R$ 35.583 R$ 41.533 R$ 54.798
RENDA DOMICILIAR PER CAPITA MENSAL (EM R$ CONSTANTES DE 2010) R$ 768 R$ 897 R$ 1.259 R$ 1.100 R$ 1.545
ÍNDICE DE GINI 0,610 0,610 0,587 0,624 0,563
PERCENTUAL DE POBRES 38% 27% 18% 24% 11%
TAXA DE HOMICÍDIOS POR 100 MIL HABITANTES 55,4 57,0 38,3 75,4 19,6
MORTALIDADE INFANTIL (ÓBITOS POR MIL NASCIDOS VIVOS) 18,0 15,4 10,1 14,0 9,2
ESCOLARIDADE: PROPORÇÃO DA POPULAÇÃO ADULTA (25 ANOS OU MAIS DE IDADE) COM ENSINO BÁ-
SICO (FUNDAMENTAL + MÉDIO) COMPLETO (%) 56,2 60,0 72,6 66,3 85,2
ESCOLARIDADE: PROPORÇÃO DA POPULAÇÃO ADULTA (25 ANOS OU MAIS DE IDADE) COM ENSINO SU-
PERIOR COMPLETO (%) 13,7 15,8 23,8 19,8 31,9
PROPORÇÃO DE DOMICÍLIOS EM AGLOMERADOS SUBNORMAIS (%) 22,3% 25,0% 16,7% 23,0% 11,0%
PROPORÇÃO DE DOMICÍLIOS COM ACESSO À REDE DE ESGOTO (%) 46,7% 59,6% 75,2% 67,4% 90,8%
PROPORÇÃO DE DOMICÍLIOS COM ACESSO À REDE GERAL DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA (%) 76,4% 82,9% 95,1% 89,0% 100,0%
PROPORÇÃO DA POPULAÇÃO COM TEMPO MÉDIO DE DESLOCAMENTO CASA-TRABALHO DE MAIS DE 1
HORA (%) 14,2% 26,1% 14,1% 28,2% 14,0%
1
Os Cenários para São Luís 2033 foram construídos a partir de uma série de insumos e análises:
i) Pesquisa documental; ii) Diagnóstico de São Luís; iii) Pesquisa qualitativa com 30 lideranças
municipais; iv) Sondagem de opinião pública via internet; e v) Benchmarking: experiências de
sucesso com outras cidades.
Este documento recebeu várias contribuições ao longo do processo de elaboração dos cenários.
As ideias centrais dos Cenários de São Luís (2013-2033) foram discutidas em Oficina realizada no
dia 15 de agosto de 2013 com técnicos da Prefeitura Municipal de São Luís e representantes da
sociedade civil.
Participantes da Oficina de Cenários para a Estratégia
de Longo Prazo para São Luís – 2033
1. André Mendonça – SEMGOV
2. Aquiles Andrade – FUMPH
3. Celso Veras – Economista
4. Cidinho Marques – Educador
5. Daniel Madorra – Nossa São Luís
6. Dilma Pinheiro – ACM
7. Dorgival Pereira – Vale
8. Eleotério Nan Sousa – ACM
9. Elis Ramos – ICE/MA e Vale
10. Erica Garreto Ramos Barbosa - INCID
11. Felipe de Holanda – UFMA
12. Francisco Gonçalves – FUNC
13. Gustavo Marques – SEMPE
14. Joaquim Itapary – AML
15. José Albert M. Rego Júnior – SEPLAN
16. José Cursino Moreira – SEPLAN
17. José de Ribamar da Silva – ACM
18. José Marcelo do Espírito Santo - INCID
19. Laura Carneiro – SEPLAN
20. Milton Calado – SEMGOV
21. Pablo Rebouças – SEPLAN
22. Patrícia Vieira Trinta – INCID
23. Raimundo Nonato Silva – PMSL
24. Ted Lago – ICE/MA
2
Entrevistados Instituição / Cargo
1. Allan Kardec Prefeitura - Secretário de Educação
2. Carlos Fossati Presidente da EMAP
3. Celso Veras Assessor de Planejamento do Estado
4. Daniel Madorra Coordenador do Observatório Social de São Luís/Movimento Nossa São Luís
5. Dorgival Pereira VALE - Gerente Geral de Relações Institucionais
6. Edivaldo Holanda Júnior Prefeito de São Luís
7. Felipe Macedo de Holanda Universidade Federal do Maranhão – Professor
8. Flávio Dino Presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur)
9. Francisco Gonçalves Prefeitura – Presidente da FUMC
10. Gustavo Marques Prefeitura – Assessoria de Projetos Especiais
11. Honorato Fernandes Vereador, líder da bancada
12. João Antônio Barros Filho Presidente da ABIH Maranhão
13. José Aquiles Andrade Presidente da Fundação Municipal do Patrimônio Histórico
14. José Arteiro Presidente Fecomércio
15. José Cursino Prefeitura - Secretário de Planejamento Econômico
16. José Marcelo do Espírito Santo Presidente do Instituto da Cidade (INCID)
17. Kátia Bogea Superintendente do IPHAN/MA
18. Luís Fernando Landeiro VALE Nordeste - Diretor de Logística
19. Luiz Phelipe Andrés Conselheiro do IPHAN e Diretor do Centro Vocacional Tecnológico Estaleiro-Escola do Maranhão
20. Lula Fylho Prefeitura - Secretário de Turismo
21. Luzia Resende Presidente da Associação Comercial
22. Márcio Vaz UFMA - Professor
23. Márcio Jerry Prefeitura - Secretário de Comunicação
24. Nilson Ferraz Diretor da ALUMAR
25. Pedro Dantas de Rocha Neto Secretário em Açailândia
26. Raimundo Borges Editor Chefe do jornal O Imparcial
27. Roberto Rocha Vice-prefeito de São Luís
28. Rodrigo Marques Prefeitura – Secretário de Governo
29. Rubens Jr Deputado Estadual – líder da oposição
30. Ted Lago Ex-Assessor especial da Prefeitura
3
Equipe Macroplan
DIRETOR
Gustavo Morelli
GERENTE DO PROJETO
Leonardo Cassol
SUPERVISÃO TÉCNICA
Claudio Porto
Alexandre Mattos
EQUIPE
Adriana Fontes (Coordenadora do produto)
Caio Trogiani
Helena Aslan
Pedro Lipkin
Rodrigo Ventura
Thomas Freier
QUANTIFICAÇÕES
Rodrigo Ventura
DESIGN
Luiza Raj
Mariana Bahiense
VISÃO DO PROJETO
ACOMPANHAMENTO DAS ETAPAS
1
Estratégia de longo prazo ‐ 2033
LANÇAMENTO
PÚBLICO DO
PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO
ANÁLISE RETROSPECTIVA (1993 – 2012),
CENÁRIO DE SÃO LUIS (2013 – 2033) E DO
SEU CONTEXTO REGIONAL
PESQUISAS DE OPINIÃO (A CIDADE QUE TEMOS
VS. A CIDADE QUE QUEREMOS):
• QUALITATIVA COM 30 LIDERANÇAS MUNICIPAIS
• DE OPINIÃO PÚBLICA VIA INTERNET
BENCHMARKING: EXPERIÊNCIAS DE SUCESSO
COM OUTRAS CIDADES
VISÃO DE FUTURO,
OBJETIVOS,
INDICADORES E
METAS PARA SÃO
LUIS 2033
CONSOLIDAÇÃO E
DIVULGAÇÃO DO
PLANO ESTRATÉGICO
1ª OFICINA DE
FORMULAÇÃO
ESTRATÉGICA
2ª OFICINA DE
FORMULAÇÃO
ESTRATÉGICA
PRODUTO CONSIDERADO
DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO DE SÃO LUÍS
• O objetivo deste estudo é analisar a evolução recente do desenvolvimento de São Luís nas
dimensões urbana, econômica e social.
• Esta análise tem como grupo de comparação as capitais do Nordeste e a média brasileira.
• Os dados utilizados são, na sua maioria, oriundos de fontes oficiais de informação.
• O diagnóstico está dividido em duas partes:
• Este documento com os principais dados que subsidiaram as conclusões, organizados nas
três dimensões e uma análise territorial, que visa permitir um visão das desigualdades
intramuncipais; e
• Anexo com indicadores complementares.
• Os principais resultados da análise estarão sintetizados no primeiro capítulo do documento de
Cenários de São Luís (2013‐2033) e serão posteriormente utilizados como insumos para
formulação da Estratégia de Desenvolvimento de Longo Prazo de São Luís.
APRESENTA
ÇÃO
2
URBANA
• Demografia
• Habitação
• Saneamento
• Mobilidade
• TIC
• Meio ambiente
DIMENSÕES ANALISADAS
ECONÔMICA
• Atividade econômica
• Trabalho
• Renda
• Desigualdade
• Gestão fiscal
SOCIAL
• Educação
• Saúde
• Segurança
• Juventude
• Cultura e lazer
3
DESENVOLVIMENTO URBANO
DIMENSÕES ANALISADAS
ECONÔMICA
• Atividade econômica
• Trabalho
• Renda
• Desigualdade
• Gestão fiscal
SOCIAL
• Educação
• Saúde
• Segurança
• Juventude
• Cultura e lazer
URBANA
• Demografia
• Habitação
• Saneamento
• Mobilidade
• TIC
• Meio ambiente
5
DESENVOLVIMENTO URBANO
• Elevado crescimento populacional: a população de São Luís cresceu mais que
a média brasileira e que as demais capitais do Nordeste (NE) nas últimas
décadas
• É a capital mais jovem do NE e apresenta elevado percentual de mulheres
(53%) e de negros (70%)
• Urbanização: a taxa de urbanização já superou 96%
• Habitação: segundo maior percentual de moradias inadequadas das capitais do
NE – mais de 1/5 da população vive em aglomerados subnormais
• Saneamento: índices mais precários que a maior parte das capitais do NE
• Mobilidade: segundo maior tempo de deslocamento entre as capitais do NE
6
DESENVOLVIMENTO URBANO
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Fonte: “São Luís – Uma Leitura da Cidade” ‐ INCID
Até 1948
1950 ‐ 1970
1970 ‐ 1980
1980 ‐ 1990
1990 ‐ 2006
Ocupação rural
Distrito industrial – 1988
Ocupação Urbana ‐ Déc. 80
Ocupação Urbana ‐ Déc. 90
Área da Companhia Vale do Rio Doce – CVRD
Área da ALUMAR
Estrada de Ferro Carajás – CVRD
Caminho Grande – Séc. XIX
Companhia Ferroviária do Nordeste – CFN
BR ‐135
Antiga Estrada de Ferro São Luis/Teresina – RFFSA
Ferry boat
Complexo Portuário
LIMITE DO MUNÍCIO
LEGENDA
Revolução histórica da Ilha
7
DESENVOLVIMENTO URBANO
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Fonte: “São Luís – Uma Leitura da Cidade” ‐ INCID
8
DESENVOLVIMENTO URBANO
PROJEÇÃO DE 1992
Fonte: “São Luís – Uma Leitura da Cidade” ‐ INCID
9
DESENVOLVIMENTO URBANO
PADRÕES DE OCUPAÇÃO
Fonte: “São Luís – Uma Leitura da Cidade” ‐ INCID
10
DESENVOLVIMENTO URBANO
REGISTRO VIA SATÉLITE
COMO A URBANIZAÇÃO TEVE UM SALTO ENTRE AS DÉCADAS DE 1990 E 2000, É IMPORTANTE VISUALIZAR
COMO OCORREU ESSA RÁPIDA EVOLUÇÃO DO DESENVOLVIMENTO URBANO DE SÃO LUÍS.
Fonte: world.time.com/timelapse/
1984 2012
http://earthengine.google.org/#intro/v=‐2.5307312,‐44.30682580000001,9.813162957096024 11
POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO
SÃO LUÍS APRESENTOU ELEVADAS TAXAS DE CRESCIMENTO POPULACIONAL NAS DÉCADAS DE 70 E 80, COM
REDUÇÃO DO RITMO NOS ANOS POSTERIORES.
Nota: “Migrantes até 9 anos são pessoas que residiram fora do município em questão e se mudaram para o município há até 9 anos ininterruptos.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
0
200
400
600
800
1000
1200
1970 1980 1991 2000 2010
Taxa de Crescim
ento Populacio
nal
Milh
ares
População São Luís
Crescimento São Luís
Crescimento Brasil
Crescimento Capitais NE sem SLZFonte: Censo IBGE, 2010.
População
Fonte: IBGE
43,8% 43,7% 42,4% 42,4%40,2% 39,9%
34,6%31,5% 30,2%
14,6%12,7% 14,3%
11,4% 12,1% 11,0%9,0% 8,4% 8,9%
Migração
% Migrantes na População % Migrantes até 9 anos
CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO
SÃO LUÍS É UMA CAPITAL JOVEM, 21% DA POPULAÇÃO TEM ENTRE 15 E 24 ANOS. A POPULAÇÃO DO
ESTADO DO MARANHÃO É AINDA MAIS JOVEM. AS MULHERES SÃO A MAIORIA EM SÃO LUÍS (53,19%).
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
Jovens (15 a 24 anos)
2000 2010
População por Faixas de Idade ‐ 2010
São Luís ‐ MA Maranhão BrasilFonte: Censos IBGE
13
CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃOPESSOAS COM DEFICIÊNCIA E ESTADO CIVIL
EM SÃO LUÍS, 25% DAS PESSOAS ALEGARAM TER ALGUM TIPO DE DEFICIÊNCIA – EM SUA MAIORIA, VISUAIS.
DESTE GRUPO, 5% APRESENTAM DEFICIÊNCIA MOTORA. O MUNICÍPIO POSSUI 67% DE SOLTEIROS
Fonte: IBGE – Censo 2010
19%
5%
5%
1%70%
Visual Auditiva Motora
Mental Outras
Pessoas com Deficiência Estado Civil
26%
1%
2%4%67%
Casado Desquitado Divorciado
Viúvo Solteiro 14
CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃOPIRÂMIDE ETÁRIA DE SÃO LUÍS
Fonte: IBGE
2000 2010
A POPULAÇÃO COM 60 ANOS OU MAIS DE SÃO LUÍS CRESCEU 57% ENTRE 2000 E 2010, PASSANDO DE
49.517 PARA 77.971
MulheresHomens
0‐4
5‐9
10‐14
15‐19
20‐24
25‐29
30‐34
35‐39
40‐44
45‐49
50‐54
55‐59
60‐64
65‐69
70‐74
75‐79
80‐84
85‐89
90‐94
95‐99
100 ou mais
4,8%
4,7%
5,7%
6,9%
6,2%
5,1%
4,5%
3,8%
3,0%
2,3%
1,7%
1,3%
1,0%
0,8%
0,6%
0,4%
0,3%
0,1%
0,1%
0%
0%
4,9%
4,8%
5,4%
5,9%
5,2%
4,2%
3,6%
3,2%
2,6%
2,0%
1,5%
1,1%
0,8%
0,6%
0,4%
0,3%
0,1%
0,1%
0%
0%
0%
41.584
41.076
50.008
59.992
54.023
44.154
38.873
33.001
26.008
19.798
14.881
11.072
9.110
6.855
5.270
3.605
2.262
1.229
533
248
82
43.019
41.636
47.249
51.060
45.347
36.561
31.707
27.448
22.633
17.426
12.845
9.146
7.047
5.191
3.569
2.335
1.253
581
207
87
53
MulheresHomens
0‐4
5‐9
10‐14
15‐19
20‐24
25‐29
30‐34
35‐39
40‐44
45‐49
50‐54
55‐59
60‐64
65‐69
70‐74
75‐79
80‐84
85‐89
90‐94
95‐99
100 ou mais
3,7%
3,7%
4,4%
5,0%
6,0%
5,7%
4,9%
4,2%
3,7%
3,1%
2,5%
1,9%
1,4%
1,0%
0,8%
0,5%
0,4%
0,2%
0,1%
0%
0%
3,8%
3,8%
4,3%
4,5%
5,3%
5,0%
4,1%
3,5%
3,0%
2,5%
2,1%
1,6%
1,1%
0,8%
0,6%
0,4%
0,2%
0,1%
0%
0%
0%
37296
37545
44400
50795
60531
58266
49913
42562
37623
31003
25166
19031
14180
10507
8167
5567
3808
2023
1001
323
135
38195
38897
44134
46046
54227
50864
42102
35023
30731
25430
20986
16050
11130
7969
5705
3685
2124
1073
397
129
48
CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃOPROJEÇÃO POPULACIONAL SÃO LUÍS
Fonte: Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico ‐ PMISB de São Luís ‐MA, "Progóstico com Cenários de Metas e Demandas e Estudo de Alternativas Técnicas", Julho/2011
ATÉ 2033, A POPULAÇÃO DE SÃO LUÍS DEVE CRESCER 18,7%, ESPECIALMENTE NA ÁREA URBANA.
800.000
850.000
900.000
950.000
1.000.000
1.050.000
1.100.000
1.150.000
1.200.000
1.250.000
Projeção Populacional de São Luís
População total ‐ São Luís População urbana ‐ São Luís 16
RAZÃO DE DEPENDÊNCIA
42,745,7 45,9 47,1 47,5 47,7 48 48,7 50,3
0
10
20
30
40
50
60
70
Salvador São Luís Aracaju Teresina Natal Fortaleza João Pessoa Recife Maceió
Razão de Dependência
2000 2010
Fonte: IBGE. A Razão de Dependência mede o peso da população considerada inativa (0 a 14 anos e 65 anos ou mais) sobre a população potencialmente ativa (15 a 64 anos de idade).
SÃO LUÍS APRESENTA A SEGUNDA MENOR RAZÃO DE DEPENDÊNCIA DO NORDESTE, SUPERIOR APENAS À
SALVADOR.
17
Fonte: Censos IBGE
URBANIZAÇÃO
NA DÉCADA DE 90, A POPULAÇÃO EM ÁREA
URBANA CRESCEU DE FORMA ACELERADA E
HOJE CONTEMPLA QUASE A TOTALIDADE DA
POPULAÇÃO DA CAPITAL.
SÃO LUÍS TEVE CRESCIMENTO DE 16,6% NADENSIDADE NA ÚLTIMA DÉCADA, MAS É A
SEGUNDA CAPITAL MENOS DENSA DENTRE AS
COMPARADAS. O DESTAQUE É FORTALEZA, COMQUASE 8 MIL HABITANTES POR KM² E O DOBRO
DA POPULAÇÃO ABSOLUTA DE SÃO LUÍS.
5851.216
1.854
3.141 3.4213.859
4.808
7.0387.787
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
Densidade Populacional (Hab/km²)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1991 2000 2010
Proporção de domicílios em áreas urbanas
São Luís ‐ MA Capitais NE sem SLZ Brasil Maranhão
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
Salvador ‐ BA São Luís ‐ MA Recife ‐ PE Teresina ‐ PI Fortaleza ‐ CE João Pessoa ‐PB
Maceió ‐ AL Aracaju ‐ SE Natal ‐ RN
% Aglo
merad
os C
apital/U
FProporção
Domicílios em Aglomerados
Subnorm
ais
Proporção de Domicílios em aglomerados subnormais % Aglomerados Capital/UF
AGLOMERADOS SUBNORMAIS
A CAPITAL DO MA POSSUI O SEGUNDO MAIOR PERCENTUAL DE MORADIAS INADEQUADAS ENTRE
AS CAPITAIS DO NORDESTE
Nota: O IBGE classifica como aglomerado subnormal cada conjunto constituído de, no mínimo, 51 unidades habitacionais carentes, em sua maioria, de serviços públicos essenciais, ocupando ou tendo ocupado, até período recente, terreno de propriedade alheia (pública ou particular) e estando dispostas, em geral, de forma desordenada e densa. A identificação atende aos seguintes critérios:a) Ocupação ilegal da terra, ou seja, construção em terrenos de propriedade alheia (pública ou particular) no momento atual ou em período recente (obtenção do título de propriedade do terreno há dez anos
ou menos); eb) Possuírem urbanização fora dos padrões vigentes (refletido por vias de circulação estreitas e de alinhamento irregular, lotes de tamanhos e formas desiguais e construções não regularizadas por órgãos públicos) ou precariedade na oferta de serviços públicos essenciais (abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta de lixo e fornecimento de energia elétrica).
Fonte: Censo 2010/IBGE
19
AGLOMERADOS SUBNORMAIS
20
Fonte: “São Luís – Uma Leitura da Cidade” – INCID, 2010.
DÉFICIT HABITACIONAL
A GRANDE SÃO LUÍS TEM UM DÉFICIT HABITACIONAL DE 59.852 DOMICÍLIOS, 16,6% DO TOTAL, SEGUNDO
MAIOR PERCENTUAL DAS CAPITAIS DO NE
Fonte: Ipea 2013 a partir de dados do Censo 2010. *Região Integrada de Desenvolvimento da Grande Teresina.
9,811,1 11,3 11,3 11,8 12,1 13
16,618,9
João Pessoa Salvador Recife Fortaleza Maceió Natal Aracaju São Luís Teresina*
Estimativa de déficit habitacional por Regiões Metropolitanas
21
ADEQUAÇÃO DE MORADIAS
SÃO LUÍS APRESENTA MAIORIA DOS DOMICÍLIOS EM CONDIÇÕES SEMI‐ADEQUADAS (56%), MAS A MAIORIA DA POPULAÇÃO MORA
EM DOMICÍLIOS ADEQUADOS. SÃO LUÍS TEM A SEGUNDA MENOR PROPORÇÃO DE DOMICÍLIOS ADEQUADOS.
Nota: Moradia adequada – Domicílio particular com rede geral de abastecimento de água, rede geral de esgoto, coleta de lixo;Moradia semi‐adequada – domicílio com pelo menos um serviço inadequado; Moradia inadequada – domicílio com abastecimento de água de poço ou nascente ou outra forma, sem banheiro e sanitário ou com escoadouro ligado à fossa rudimentar, vala, rio, lago, mar ou outra forma, e lixo queimado, enterrado ou jogado em terreno baldio, em rio, lago ou mar ou outro destino.Fonte: Censo 2010.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
Adequação dos Domicílios
Domicílios Adequados Domicílios Semi‐adequados
Domicílios Inadequados
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Adequação de Domicílios ‐Moradores
Moradores de Dom. Adequados Moradores de Dom. Semi‐adequados
Moradores de Dom. Inadequados
22
ATENDIMENTO DA REDE DE ÁGUA
SÃO LUÍS APRESENTA A SEGUNDA PIOR COBERTURA NO ATENDIMENTO DA REDE GERAL DE ABASTECIMENTO
DE ÁGUA DAS CAPITAIS DO NE, PIOR QUE A MÉDIA NACIONAL DE 82,85% DOS DOMICÍLIOS ATENDIDOS.
Fonte: Censo 2010/IBGE.
74,28 76,36
86,7493,31 93,36 96,39 97,91 98,34 98,89
Maceió ‐ AL São Luís ‐ MA Recife ‐ PE Fortaleza ‐ CE Teresina ‐ PI João Pessoa ‐PB
Aracaju ‐ SE Natal ‐ RN Salvador ‐ BA
Proporção de domicílios com rede geral de abastecimento de água
23
DESPERDÍCIO DE ÁGUA
EM 2010, SÃO LUÍS APRESENTOU O TERCEIRO MAIOR PERCENTUAL DE PERDAS NA DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA ENTRE AS
CAPITAIS. EM RELAÇÃO AO ANO ANTERIOR, A CAPITAL DO MA TEVE PIORA SUBSTANCIAL NA EFICIÊNCIA DO SERVIÇO.
Fonte: SNIS.
Percentual de perdas na distribuição de água
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Fortaleza Salvador João Pessoa Aracaju Natal Teresina São Luís Recife Maceió
2009 2010
24
Fonte: “São Luís – Uma Leitura da Cidade” – INCID
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
25
1 Centro
2 Monte Castelo
3 Bairro de Fátima
4 João Paulo
5 Vila Palmeira
6 Anil
7 Angelim
8 Cohama
9 Vinhais
10 São Francisco
11 Litoral
12 Turu
13 Itapiracó
14 Cohatrac
15 Cohab
16 São Cristovão
17 Santo Antônio
18 Sacavem
19 Coroadinho
20 Vila Embratel
21 Mauro Fecury
22 Anjo da Guarda
23 Maracana
24 Tibiri
25 São Raimundo
26 Tirirical
27 Cidade Operária
28 Jardim América
29 Cidade Olímpica
1122
1010
1111
99
88
1212
1313
77
55
4433
1919
2020
2121
2626
17171818
66
15151414
1616
2727
2929
28282525
2424
2323
2222
ACESSO A ESGOTO
MENOS DA METADE DA CIDADE DE SÃO LUÍS É COBERTA PELA REDE DE ESGOTO. A PARCELA DE DOMICÍLIOS
COM ESGOTO INADEQUADO É DE 33% EM SÃO LUÍS.
Fonte: Censo 2010/IBGE
18,68
30,69 31,76
46,68
54,99 56,82 59,56
72,21
90,8
38,2
51,58
37,2333,55
29,42 28,25 25,33
12,186,87
Teresina ‐ PI Maceió ‐ AL Natal ‐ RN São Luís ‐ MA Recife ‐ PE João Pessoa ‐PB
Fortaleza ‐ CE Aracaju ‐ SE Salvador ‐ BA
Rede geral Céu abertoInadequado
Percentual de domicílios com rede geral e atendimento inadequado
Nota: É considerado inadequado o escoamento feito por fossa rudimentar, vala, rio, lago, mar ou outra forma, e lixo queimado, enterrado ou jogado em terreno baldio, em rio, lago ou mar ou outro destino
26
Fonte: “São Luís – Uma Leitura da Cidade” – INCID, 2010.
ESGOTO SANITÁRIO
27
1 Centro
2 Monte Castelo
3 Bairro de Fátima
4 João Paulo
5 Vila Palmeira
6 Anil
7 Angelim
8 Cohama
9 Vinhais
10 São Francisco
11 Litoral
12 Turu
13 Itapiracó
14 Cohatrac
15 Cohab
16 São Cristovão
17 Santo Antônio
18 Sacavem
19 Coroadinho
20 Vila Embratel
21 Mauro Fecury
22 Anjo da Guarda
23 Maracana
24 Tibiri
25 São Raimundo
26 Tirirical
27 Cidade Operária
28 Jardim América
29 Cidade Olímpica
1122
1010
1111
99
88
1212
1313
77
55
4433
1919
2020
2121
2626
17171818
66
15151414
1616
2727
2929
28282525
2424
2323
2222
COLETA DE LIXO
SÃO LUÍS É A ÚNICA CAPITAL NORDESTINA QUE APRESENTA DOMICÍLIOS QUE TÊM O LIXO COLETADO APENAS
UMA VEZ NA SEMANA.
Fonte: SNIS 2010
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Fortaleza Natal Teresina São Luís Aracaju João Pessoa Maceió Recife Salvador
Freqüência diária Freqüência de 2 ou 3 vezes por semana Freqüência de 1 vez por semana
Percentual de domicílios com coleta segundo a frequência
28
Fonte: “São Luís – Uma Leitura da Cidade” – INCID, 2010.
LIXO COLETADO
29
1 Centro
2 Monte Castelo
3 Bairro de Fátima
4 João Paulo
5 Vila Palmeira
6 Anil
7 Angelim
8 Cohama
9 Vinhais
10 São Francisco
11 Litoral
12 Turu
13 Itapiracó
14 Cohatrac
15 Cohab
16 São Cristovão
17 Santo Antônio
18 Sacavem
19 Coroadinho
20 Vila Embratel
21 Mauro Fecury
22 Anjo da Guarda
23 Maracana
24 Tibiri
25 São Raimundo
26 Tirirical
27 Cidade Operária
28 Jardim América
29 Cidade Olímpica
1122
1010
1111
99
88
1212
1313
77
55
4433
1919
2020
2121
2626
17171818
66
15151414
1616
2727
2929
28282525
2424
2323
2222
ÍNDICE TRATA BRASILREFERENCIAL COMPARATIVO
O INSTITUTO TRATA BRASIL AVALIA A ESTRUTURA DE SANEAMENTO DAS 100 MAIORES CIDADES BRASILEIRAS,
CONCEDENDO UMA NOTA PARA O SISTEMA. ENTRE AS CAPITAIS NORDESTINAS, SÃO LUÍS OBTEVE A PIOR AVALIAÇÃO
Fonte: Trata Brasil com base no SNIS 2010
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
São Luís ‐ MA Teresina ‐ PI Maceió ‐ AL Natal ‐ RN Recife ‐ PE João Pessoa ‐PB
Aracaju ‐ SE Fortaleza ‐ CE Salvador ‐ BA
Atendimento de água (%) Atendimento de esgoto (%) Esgoto tratado por água consumida (%)
Perdas totais (%) Nota Trata Brasil
Percentual de domicílios N
ota Trata B
rasil
30
PAVIMENTAÇÃO
REFERENCIAL COMPARATIVO
SÃO LUÍS É A SEGUNDA PIOR CAPITAL EM PERCENTUAL DE DOMICÍLIOS COM CALÇADAS NO ENTORNO,
INCLUSIVE PIOR QUE A MÉDIA BRASILEIRA.
Fonte: Censo 2010/IBGE.
62,74%
64,93% 71,46% 72,04% 72,65% 74,54% 76,28%82,95%
88,16%
68,46%
Salvador São Luís Maceió Teresina Natal Recife JoãoPessoa
Fortaleza Aracaju
2010 Brasil
Percentual de domicílios com pavimentação no entorno
31
TEMPO DE DESLOCAMENTO
SÃO LUÍS
METADE DA POPULAÇÃO OCUPADA DE SÃO LUÍS DEMORA MAIS DE MEIA HORA POR DIA PARA SE DESLOCAR
AO LOCAL DE TRABALHO ‐ 5.428 PESSOAS LEVAM MAIS DE DUAS HORAS NESTE PERCURSO
Fonte: IBGE – Censo 2010
6,59%
42,93%
36,29%
12,46%
1,73%
Até 5 minutos De 6 minutos até meia hora
Mais de meia hora até uma hora Mais de uma hora até duas horas
Mais de duas horas
Percentual de Pessoas de 10
anos ou mais de idade
segundo o tempo habitual
de deslocamento casa‐
trabalho
32
TEMPO DE DESLOCAMENTO
COMPARATIVO
ENTRE AS CAPITAIS DO NE, SÃO LUÍS É A SEGUNDA PIOR EM RELAÇÃO AO DESLOCAMENTO ATÉ O TRABALHO:
36% LEVAM DE MEIA A UMA HORA E 15% MAIS DE UMA HORA.
Fonte: Censo 2010/IBGE
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Tempo de Deslocamento Casa‐Trabalho
Até 30 minutos Mais de meia hora até uma hora Mais de 1 Hora 33
EVOLUÇÃO DA FROTA DE VEÍCULOS
SÃO LUÍS APRESENTOU O MAIOR AUMENTO DA FROTA DE AUTOMÓVEIS, MOTOS E CAMINHÕES ENTRE
2001 E 2012. SEM PLANEJAMENTO URBANO NESSE PERÍODO, ESSE AUMENTO PRESSIONOU A ESTRUTURA
VIÁRIA DA CIDADE.
0%
100%
200%
300%
400%
500%
600%
ARACAJU RECIFE SALVADOR FORTALEZA NATAL MACEIO JOAO PESSOA SAO LUIS TERESINA
Variação da Frota entre 2001 e 2012
Automóvel Motos Ônibus Caminhões Veículos
Fonte: DENATRAN
34
DENSIDADE DE VEÍCULOS POR 1000 HABITANTESCOMPARATIVO
ENTRE AS CAPITAIS NORDESTINAS, SÃO LUÍS TEM A SEGUNDA MENOR RELAÇÃO DE AUTOMÓVEIS POR 1000
HABITANTES E A 2ª MAIOR RELAÇÃO DE ÔNIBUS POR HABITANTES
Fonte: DENATRAN e IBGE
249 233 231
219 193 189 187
162 160
93 9273
10286
38
163
7452
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
‐
50
100
150
200
250
300
Ônibus
Automóveis e M
otos
Automóveis/1000 hab Motos/1000 hab 2012 Ônibus/1000 hab35
Fonte: “São Luís – Uma Leitura da Cidade” ‐ INCID
MOBILIDADE URBANA
HIERARQUIA VIÁRIA
36
Fonte: “São Luís – Uma Leitura da Cidade” ‐ INCID
MOBILIDADE URBANA
BAIRROS, CORREDORES E ZONAS URBANAS
Corredor Primário ‐ CP
Corredor Consolidado 1 ‐ CC1
Corredor Consolidado 2 ‐ CC2
Corredor Secundário 1 ‐ CC1
Corredor Secundário 2 ‐ CC2
Corredor Secundário 3 ‐ CC3
Corredor Secundário 4 ‐ CC4
Corredor Secundário 5 ‐ CC5
Corredor Secundário 6 ‐ CC6
Corredor Secundário 7 ‐ CC7
Corredor Secundário 8 ‐ CC8
Corredor Secundário 9 ‐ CC9
Limite do munício
Limites de bairros
LEGENDA
Corredores urbanos
37
TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO
SÃO LUÍS APRESENTA O SEGUNDO PIOR ACESSO DOMICILIAR À INTERNET, ALÉM DO PIOR ACESSO À TELEFONE
CELULAR. É A ÚNICA CAPITAL DO NE QUE POSSUI MAIS DE 10% DOS DOMICÍLIOS SEM TELEFONE CELULAR.
Fonte: Censo 2010/IBGE
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Teresina ‐ PI São Luís ‐ MA Fortaleza ‐ CE Maceió ‐ AL Natal ‐ RN João Pessoa ‐ PB Recife ‐ PE Aracaju ‐ SE Salvador ‐ BA
Telefone celular Telefone fixo Computador Computador com acesso à internet
Percentual de domicílios segundo a posse de telefone e computador
38
ARBORIZAÇÃO
APENAS 32,3% DOS DOMICÍLIOS COM ENTORNO ARBORIZADO, O PIOR ÍNDICE DA COMPARAÇÃO COM AS
CAPITAIS NORDESTINAS.
Fonte: Censo 2010/IBGE
32,32%39,51%
44,69%
56,57% 57,06%
60,49%72,33% 74,79% 78,37%
67,43%
São Luís Salvador Natal Aracaju Maceió Recife Teresina Fortaleza João Pessoa‐ PB
2010 Brasil
Percentual de domicílios com entorno arborizado
39
COBERTURA VEGETAL
Fonte: “São Luís – Uma Leitura da Cidade” ‐ INCID
40
Fonte: “São Luís – Uma Leitura da Cidade” ‐ INCID
DEGRADAÇÃO AMBIENTAL
Limite do munício
Limites de referências urbanas
41
DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO
DIMENSÕES ANALISADAS
SOCIAL
• Educação
• Saúde
• Segurança
• Juventude
• Cultura e lazer
URBANA
• Demografia
• Habitação
• Saneamento
• Mobilidade
• TIC
• Meio ambiente
ECONÔMICA
• Atividade econômica
• Trabalho
• Renda
• Desigualdade
• Gestão fiscal
43
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
• Atividade econômica: 4º maior PIB entre as capitais do NE e teve o maior crescimento entre
1999‐2010
• 2º maior PIB per capita das capitais do NE, atrás apenas de Recife
• Em termos de setoriais, destacam‐se a administração pública, comércio e construção civil no
total de empregos formais
• Desemprego: 4ª Maior taxa das capitais do NE
• Elevada informalidade: quase um terço dos empregados não tem carteira assinada, maior
índice das capitais do NE
• Grande contingente de trabalhadores por conta própria e empreendedorismo de baixa
performance
• Baixa produtividade: salários médios dos setores em geral iguais ou menores que outras
capitais do NE44
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
• Baixo desenvolvimento: terceiro pior IFDM das capitais do NE
• Renda per capita: apesar de ter o 2º maior PIB per capita, tem a 2ª menor
renda per capita do NE e 3º maior percentual de pobres (38%)
• Desigualdade de renda: elevada para padrões nacionais e mediana entre
as capitais do NE
• Relação entre PIB e renda: PIB per capita é 2 vezes maior do que a renda
per capita, maior relação entre as capitais do NE
• Gestão fiscal: terceiro pior índice, depois de Natal e Salvador
45
PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB)
O CRESCIMENTO DO PIB DE SÃO LUÍS ACOMPANHOU O CRESCIMENTO DO ESTADO DO MARANHÃO, COM
TAXAS SUPERIORES ÀS DO BRASIL A PARTIR DE 2003.
Nota: Base: 2000=100Fonte: IBGE
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
PIB ‐ Brasil PIB ‐ Maranhão PIB ‐ São Luís46
PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB)
ENTRE AS CAPITAIS DO NE, SÃO LUÍS APRESENTOU O MAIOR CRESCIMENTO ENTRE 1999 E 2010.
Fonte: IBGE
0%
50%
100%
150%
200%
250%
300%
350%
400%
0
5000000
10000000
15000000
20000000
25000000
30000000
35000000
40000000
São Luís ‐MA
Teresina ‐ PI Maceió ‐ AL João Pessoa ‐PB
Fortaleza ‐CE
Aracaju ‐ SE Natal ‐ RN Recife ‐ PE Salvador ‐ BA
Taxa de Crescim
entoP
IB (em R$1.000,00)
2000 2005 2010 Taxa de Crescimento 1999‐201047
PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB)
APESAR DE SÃO LUÍS TER REGISTRADO O MAIOR CRESCIMENTO ENTRE 1999 E 2010, NOTA‐SE QUE HOUVE UMA DESACELERAÇÃO
NA SEGUNDA METADE DA DÉCADA QUE NÃO FOI VERIFICADA NAS OUTRAS CAPITAIS NORDESTINAS. SÃO LUÍS MANTEVE A SUA
PARTICIPAÇÃO NO PIB DO MA EM TORNO DE 38% NA ÚLTIMA DÉCADA.
Fonte: IBGE
0
10
20
30
40
50
60
Participação do PIB capital no PIB da UF (%)
2000 2005 2010
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
14%
16%
18%
Variação do PIB (preços correntes)
Var 1999‐2004 Var 2005‐2010 Taxa Média Crescimento 48
PIB PER CAPITA
REFERENCIAL COMPARATIVO
SÃO LUÍS POSSUI O SEGUNDO MAIOR PIB PER CAPITA (R$17.704) ENTRE AS CAPITAIS DO NE, ATRÁS SOMENTE DE RECIFE. ALÉMDISSO, APRESENTOU A MAIOR VARIAÇÃO POSITIVA NO PERÍODO ANALISADO. EM 2000, SÃO LUÍS ESTAVA EM TERCEIRO (R$4.370), ATRÁS DE RECIFE (R$ 6.586) E FORTALEZA (R$ 4.515), RESPECTIVAMENTE.
Fonte: IBGE
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
14%
16%
18%
0
5000
10000
15000
20000
25000
Teresina Maceió João Pessoa Salvador Natal Fortaleza Aracaju São Luís Recife
Taxa de Crescim
ento
PIB per capita
2000 2005 2010 Média de Crescimento 49
VALOR ADICIONADO POR SETORCOMPARATIVO
Fonte: IBGE. Nota: Administração Pública inclui Educação e Saúde públicas, além de Seguridade Social.
0,0%
0,2%
0,4%
0,6%
0,8%
1,0%
1,2%
1,4%
Agricultura
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
Indústria
0%
5%
10%
15%
20%
25%
Administração Pública
0%10%20%30%40%50%60%70%80%
Serviços
2000 2005 2010
50
CARACTERIZAÇÃO SETORIAL
Fonte: Cadastro Central de Empresas/IBGE
EM RELAÇÃO ÀS DEMAIS CAPITAIS DO NORDESTE, SÃO LUÍS SE DESTACA NO NÚMERO DE EMPRESAS NO
COMÉRCIO E CONSTRUÇÃO CIVIL
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
Distribuição de Empresas por Setor (2011)
São Luís Capitais NE sem SLZ 51
CARACTERIZAÇÃO SETORIAL
Fonte: RAIS/MTE, 2011.
AS ATIVIDADES COM MAIOR REMUNERAÇÃO MÉDIA EM SÃO LUÍS SÃO: INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS, INDÚSTRIASMETALÚRGICA E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. JÁ EM PARTICIPAÇÃO NOS EMPREGOS, DESTACAM‐SE A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, COMÉRCIO E CONSTRUÇÃO CIVIL
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
8.000 Porce
ntage
m Pesso
al Ocupad
oRendim
ento M
édio
Salário Médio e Ocupação por Setor
Rendimento Médio ‐ São Luiz ‐ MA Rendimento Médio ‐ Capitais NE sem SLZ
Pessoal Ocupado ‐ São Luiz ‐ MA Pessoal Ocupado ‐ Capitais NE sem SLZ52
EMPRESAS POR TAMANHO
Nota: Micro e Pequenas Empresas são as que têm até 100 empregadosFonte: RAIS/MTE
SÃO LUÍS TEM A MENOR PARTICIPAÇÃO DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS ENTRE AS CAPITAIS NORDESTINAS
TANTO EM RELAÇÃO AO NÚMERO DE EMPREGADOS QUANTO À MASSA SALARIAL.
32%33%
37% 37% 38% 39% 40% 41%43%
20% 20%22% 22%
24%22% 21%
27% 27%
São Luís ‐ MA João Pessoa ‐PB
Terezina ‐ PI Salvador ‐ BA Recife ‐ PE Natal ‐ RN Aracaju ‐ SE Maceió ‐ AL Fortaleza ‐ CE
Participação das MPE
Participação das MPE na Força de Trabalho Participação das MPE na Massa Salarial
Teresina ‐ PI
53
POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVAESCOLARIDADE
22%
17%
46%
14%
São Luís
Sem instrução e fundamental incompleto
Fundamental completo e médio incompleto
Médio completo e superior incompleto
Superior completo
SÃO LUÍS APRESENTA UMA PEA COM MAIOR NÍVEL DE INSTRUÇÃO QUE A MÉDIAS DAS DEMAIS CAPITAIS DO
NORDESTE
28%
17%38%
16%
Capitais do NE sem SLZ
Sem instrução e fundamental incompleto
Fundamental completo e médio incompleto
Médio completo e superior incompleto
Superior completo
Fonte: Censo 2010/IBGE.
54
TAXA DE PARTICIPAÇÃOCOMPARATIVO
SÃO LUÍS POSSUI A TERCEIRA MAIOR TAXA DE PARTICIPAÇÃO DENTRE AS CAPITAIS, MAS COM GRANDE
PARCELA DE TRABALHADORES DE OUTRAS NATURALIDADES.
Fonte: Censo 2010/IBGE
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
Recife Maceió João Pessoa Aracaju Natal Fortaleza São Luís Teresina Salvador
Taxa de Participação Taxa de Participação de quem nasceu na cidade Taxa de Participação de quem nasceu na UF55
TAXA DE DESEMPREGO
O DESEMPREGO EM SÃO LUÍS É DE 12%. É O MAIS ALTO ENTRE AS PESSOAS COM ENSINO MÉDIO COMPLETO.
Fonte: Censo 2010/IBGE
0,0%
2,0%
4,0%
6,0%
8,0%
10,0%
12,0%
14,0%
Fortaleza Teresina João Pessoa Natal Aracaju São Luís Maceió Recife Salvador
Desemprego Total e por Nível de Instrução
Total Sem instrução e fundamental incompleto Fundamental completo e médio incompleto
Médio completo e superior incompleto Superior completo
TAXA DE DESEMPREGO
Fonte: IBGE/Censo 2010
PESSOAL OCUPADO POR SETORREFERENCIAL COMPARATIVO
OS SETORES QUE MAIS EMPREGAM PESSOAS NA CIDADE SÃO O COMÉRCIO E A CONSTRUÇÃO CIVIL. NO
RESTANTE DAS CAPITAIS NORDESTINAS, A INDÚSTRIA DA TRANSFORMAÇÃO SE DESTACA EM SEGUNDO LUGAR.
São Luís Capitais NE excluindo São Luís
Fonte: Censo 2010/IBGE
5,7%
10,3%
21,4%
9,5%
4,1%
7,2%
7,1%
5,2%
29,5%
Indústrias de transformação Construção
Comércio Serviços domésticos
Atividades administrativas Administração pública
Educação Saúde
Outros
8,5%
7,3%
20,7%
8,5%
4,8%
6,9%6,8%
5,7%
30,7%
Indústrias de transformação Construção
Comércio Serviços domésticos
Atividades administrativas Administração pública
Educação Saúde
Outros58
PESSOAL OCUPADO POR POSIÇÃO NA OCUPAÇÃO
SÃO LUÍS APRESENTA A SEGUNDA PIOR TAXA DE FORMALIDADE DENTRE AS CAPITAIS DO NORDESTE.
Fonte: Censo 2010/IBGE
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
Teresina São Luís João Pessoa Maceió Fortaleza Recife Aracaju Natal Salvador
Empregados ‐ com carteira de trabalho assinada Empregados ‐ militares e funcionários públicos estatutários
Empregados ‐ sem carteira de trabalho assinada Conta própria
Empregadores Não remunerados
Trabalhadores na produção para o próprio consumo59
INFORMALIDADE DO EMPREGO
JUNTO COM TERESINA E FORTALEZA, SÃO LUÍS POSSUI O MAIOR PERCENTUAL DE EMPREGADOS SEM
CARTEIRA DE TRABALHO ASSINADA NO TOTAL DE EMPREGADOS
Fonte: IBGE
22% 22% 22%24%
27%29%
31% 31% 31%
Aracaju Natal Salvador Recife João Pessoa Maceió Fortaleza São Luís Teresina
60
EMPREENDEDORISMO
SÃO LUÍS POSSUI O MAIOR PERCENTUAL DE TRABALHADORES POR CONTA PRÓPRIA E A MENOR TAXA DE
SUCESSO DOS EMPREENDEDORES
Fonte: Censo 2010/IBGE. Nota: A taxa de sucesso é medida pelo percentual de empregadores no total de empreendedores (empregadores + trabalhadores por conta própria).
6% 7%8% 8% 9%
10% 10%12% 12%
21% 21% 21% 20%19% 19% 18%
20% 20%
São Luís Teresina Fortaleza Maceió Salvador Natal João Pessoa Aracaju Recife
Taxa de sucesso dos empreendedores Proporção de CP
61
EMPREENDEDORISMO
7,4
7,6
7,8
8
8,2
8,4
8,6
8,8
9
9,2
9,4
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
Teresina São Luís Maceió Fortaleza Natal Aracaju Salvador JoãoPessoa
Recife
Anos d
e Estu
doLu
cro M
édio
Lucro Médio e Anos de Estudo dos Empreendedores
Lucro Médio Anos de Estudo
APESAR DA ESCOLARIDADE MÉDIA DOS EMPREENDEDORES LUDOVICENSES SER MEDIANA ENTRE AS CAPITAIS
DO NE TEM O SEGUNDO PIOR LUCRO MÉDIO DENTRE ELAS
Fonte: Ipea
62
TURISMO
ENTRADA DE TURISTAS E OCUPAÇÃO DOS HOTÉIS
A ENTRADA DE TURISTAS EM SÃO LUÍS CRESCEU 50% ENTRE 2007 E 2009. A TAXA DE OCUPAÇÃO DOS
HOTÉIS EM 2009 NÃO CHEGAVA A 60%
Fonte: Plano de Marketing Turístico/Setur.
56
57
58
59
60
61
62
63
64
0
200000
400000
600000
800000
1000000
1200000
1400000
1600000
1800000
2007 2008 2009
Taxa de Ocupação
Entrad
a de Turistas
Entrada de Turistas e Ocupação de Hotéis
Entrada de turistas Taxa de ocupação63
TURISMO
TIPO DE HOSPEDAGEM
Fonte: Pesquisa de Serviços de Hospedagem 2011/IBGE
EM SÃO LUÍS, HÁ PREDOMINÂNCIA DE HÓTEIS E MÓTEIS, ENQUANTO NO RESTANTE DO NE OS MÓTEIS SÃO
SUBSTITUÍDOS PELAS POUSADAS
40,2%
22,8%
31,5%
5,5%
Estabelecimentos de Hospedagem ‐ SLZ
Hotéis
Pousadas
Motéis
Outros
43,5%
27,2%
22,7%
6,6%
Estabelecimentos de Hospedagem –Capitais do NE sem SLZ
Hotéis
Pousadas
Motéis
Outros 64
ÍNDICE FIRJAN DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL
COMPARATIVO
SÃO LUÍS POSSUI O TERCEIRO MENOR IFDM DAS CAPITAIS DO NE MAS REGISTROU GRANDE AVANÇO ENTRE 2009
E 2010. O COMPONENTE DE EMPREGO E RENDA FOI RESPONSÁVEL PELA VOLATILIDADE DO IFDM LUDOVICENSE.
Nota: O IFDM é um estudo anual do Sistema Firjan que acompanha o desenvolvimento dos municípios brasileiros em 3 áreas: Emprego & Renda, Educação e Saúde, utilizando estatísticas públicas oficiais disponibilizadas pelos ministérios do Trabalho, Educação e Saúde.Fonte: FIRJAN.
0,66
0,68
0,7
0,72
0,74
0,76
0,78
0,8
0,82
0,84
0,86
Maceió Salvador São Luís Fortaleza Aracaju João Pessoa Natal Teresina Recife
2006 2007 2008 2009 2010
ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL
REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO LUÍS
NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO LUÍS, A CAPITAL SE DESTACA COM MELHOR ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL,
IMPULSIONADO PELO ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO (IDE). NOS DEMAIS MUNICÍPIOS, IDS É BEM SUPERIOR AO IDE.
Nota: O IDM é um indicador síntese, que tem como componentes o Índice de Desenvolvimento Econômico (IDE) e o Índice de Desenvolvimento Social (IDS). São consideradas 50 variáveis na composição do IDM.Fonte: IMESC
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
Santa Rita Alcântara Raposa Rosário Paço do Lumiar São José deRibamar
Bacabeira São Luís
Índice de Desenvolvimento Municipal (2010)
IDM IDE IDS
66
RENDA DOMICILIAR PER CAPITA E POBREZA
SÃO LUÍS TEM A SEGUNDA MENOR RENDA PER CAPITA E O TERCEIRO MAIOR ÍNDICE DE POBREZA
Fonte: Censo 2010/IBGE. Notas: A linha de pobreza utilizada foi de metade do salário mínimo de 2010 (R$255,00).
11041017
932 928 918
809770 768 737
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
45%
0
200
400
600
800
1000
1200
Recife Aracaju Salvador JoãoPessoa
Natal Fortaleza Maceió São Luís Teresina
Pobreza
RDPC
Renda Familiar Per Capita Pobreza
67
PIB X MASSA DE RENDAREFERENCIAL COMPARATIVO
O PIB DE SÃO LUÍS É QUASE O DOBRO DA MASSA DE RENDA DAS FAMÍLIAS
Nota: A Massa de Renda foi calculada pela multiplicação da renda domiciliar per capita anual pela população. Ela representa a quantidade de renda anual que a população recebe.Fonte: IBGE, 2010.
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
R$ ‐
R$ 5
R$ 10
R$ 15
R$ 20
R$ 25
R$ 30
R$ 35
R$ 40
João Pessoa ‐PB
Salvador ‐ BA Aracaju ‐ SE Natal ‐ RN Maceió ‐ AL Teresina ‐ PI Recife ‐ PE Fortaleza ‐ CE São Luís ‐ MA
PIB/M
assa de Renda
Bilh
ões
Massa de Renda Anual PIB 2010 (preços correntes) PIB/Massa de Renda
68
PIB PER CAPITA E DESIGUALDADE
NA COMPARAÇÃO PIB PER CAPITA, RENDA DOMICILIAR PER CAPITA E POBREZA, FICA EVIDENTE QUE O
GRANDE VOLUME DE RENDA GERADO EM SÃO LUÍS NÃO SE CONVERTE EM RENDA PARA AS FAMÍLIAS
Fonte: IBGE
0,56
0,58
0,6
0,62
0,64
0,66
0,68
0,7
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
João Pessoa‐ PB
Salvador ‐BA
Aracaju ‐ SE Natal ‐ RN Maceió ‐ AL Teresina ‐ PI Recife ‐ PE Fortaleza ‐CE
São Luís ‐MA
Gini
PIB per capita/RDPC anual
PIB per capita/RDPC anual GiniÍndice de Gini69
RELAÇÃO ENTRE POBREZA E PIB PER CAPITA
Curitiba
Florianópolis
Goiânia Porto Alegre
Porto Velho
Campo Grande BH
Palmas
Cuiabá
Vitória
Rio de JaneiroSão Paulo Brasília
Belém
Natal
ManausSão Luís
Macapá
Recife
0
0,05
0,1
0,15
0,2
0,25
0,3
0,35
0,4
0,45
0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000 80000 90000
Pobreza (2010)
PIB per capita (2010)
SÃO LUÍS NÃO POSSUI O NÍVEL DE POBREZA CONDIZENTE COM O SEU PIB PER CAPITA. GOIÂNIA TEM
PIB PER CAPITA PRÓXIMO E MENOS DA METADE DA POBREZA.
Fonte: IBGE. Análise Macroplan
RENDA PER CAPITA
Fonte: IBGE/Censo 2010
DOMICÍLIOS COM RENDA ATÉ R$ 140
Fonte: IBGE/Censo 2010
DEPENDÊNCIA DAS TRANSFERÊNCIAS
• 79.253 famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família
• Repasses federais (mar/2013) relativos ao Bolsa Família: R$
11.582.171 (1,5% da renda total das famílias)
• Repasses federais ao município em mar/2013: R$
37.648.144,26 (5% da renda total das famílias)
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social
73
DEPENDÊNCIA DAS TRANSFERÊNCIAS
PARTICIPAÇÃO DA RENDA NÃO TRABALHO NA RENDA TOTALPORCENTAGEM DE FAMÍLIAS QUE RECEBEM BOLSA FAMÍLIA,
APOSENTADORIA OU PENSÃO PÚBLICA
Entre famílias que recebem Bolsa Família
Entre famílias que recebem aposentadoria
ou pensão pública
Entre famílias que recebem Bolsa Família ou aposentadoria ou
pensão pública
Recebem Bolsa FamíliaRecebem aposentadoria
ou pensão pública
Recebem Bolsa Família ou aposentadoria ou
pensão pública
SÃO LUIS 29,9 48,5 32,7 24,5 5,5 28,3
TERESINA 31,1 46,5 33,2 27,3 6,9 31,7
FORTALEZA 28,3 46,4 31,4 22,8 6,8 27,4
NATAL 32,3 46,9 35,6 18,5 8,0 24,6
JOÃO PESSOA 33,6 46,9 35,9 23,0 7,9 28,3
RECIFE 38,4 50,0 40,4 22,4 6,5 27,2
MACEIÓ 35,5 52,6 38,1 25,7 7,7 31,0
ARACAJÚ 34,8 46,3 37,4 17,8 8,3 24,0
SALVADOR 34,9 48,7 37,8 17,1 6,1 21,6
Fonte: Estimativas produzidas com base na Amostra do Censo Demográfico de 2010.
74
COBERTURA DO BOLSA FAMÍLIA
Fonte: IBGE/Censo 2010
ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCAL
0,0000
0,1000
0,2000
0,3000
0,4000
0,5000
0,6000
0,7000
0,8000
Natal Salvador São Luís Maceió João Pessoa Aracaju Fortaleza Teresina Recife
IFGF 2006 IFGF 2010
PELO ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCAL, INDICADOR QUE MEDE DIFERENTES ASPECTOS DA GESTÃO FISCAL
MUNICIPAL, SÃO LUÍS APRESENTA O TERCEIRO PIOR DESEMPENHO ENTRE AS CAPITAIS DO NE
Fonte: FIRJAN.
76
ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCALDESAGREGADO
77
São Luís0,6748
Δ 9,8%
0,4157
Δ ‐50,7%
0,7388
Δ 173,7%
0,091
Δ ‐98,3%
0,7878
Δ ‐2,9%
Fortaleza0,7061
Δ ‐12,4%
0,5614
Δ 2,6%
0,5143
Δ 89,5%
0,7699
Δ 23,3%
0,7555
Δ ‐1,4%
Teresina0,5538
Δ 43,9%
0,6437
Δ ‐21,7%
0,5023
Δ ‐19,5%
0,8977
Δ 11,1%
0,9306
Δ 34%
Recife0,9042
Δ 0,6%
0,6111
Δ ‐24%
0,3791
Δ 19,9%
0,9209
Δ 4,1%
0,7816
Δ ‐5,3%
Maceió0,6714
Δ 2,9%
0,6841
Δ ‐3,4%
0,2717
Δ ‐53,3%
0,7617
Δ ‐21,4%
0,5928
Δ 62,3%
RECEITAPRÓPRIA
GASTOS COM
PESSOALINVESTIMENTOS LIQUIDEZ CUSTO DA
DÍVIDA
Δ
AUMENTODIMINUIÇÃO
VARIAÇÃO ENTRE 2006 E 2010
Fonte: FIRJAN.
ASPECTOS SOCIAIS
DIMENSÕES ANALISADAS
ECONÔMICA
• Atividade econômica
• Trabalho
• Renda
• Desigualdade
• Gestão fiscal
URBANA
• Demografia
• Habitação
• Saneamento
• Mobilidade
• TIC
• Meio ambiente
SOCIAL
• Educação
• Saúde
• Segurança
• Juventude
• Cultura e lazer
79
ASPECTOS SOCIAIS
EDUCAÇÃO
• Analfabetismo: 5,8% de analfabetos na população adulta, baixo para padrões
do NE
• 30% da população adulta não completou o Ensino Fundamental: apesar de
alto, o menor entre as capitais do NE
• Maior proporção de pessoas com o segundo grau completo das capitais do NE
• Baixo acesso à creche em relação às capitais do NE
• Qualidade da educação: 3º e 4º melhor IDEB das capitais do NE, mas ainda
inferior à média brasileira
80
ASPECTOS SOCIAIS
SAÚDE
• Paradoxo: maior mortalidade infantil das capitais do NE e melhor IDSUS
• Mortalidade infantil em alta desde 2009
• Baixo número de médicos e baixa cobertura de Equipes Básicas de Saúde
SEGURANÇA
• A taxa de homicídios de São Luís teve o 2º maior crescimento das capitais do NE.
A taxa é inferior apenas a Maceió, Salvador e Recife.
81
ASPECTOS SOCIAIS
JOVENS
• Maior índice de ociosidade das capitais do NE: 27% não trabalham nem estudam
• Escolaridade melhor do que outras capitais do NE, mas baixa taxa de ocupação
CULTURA E LAZER
• São Luís apresenta baixa quantidade relativa de equipamentos de cultura
(museu, teatro e biblioteca), com exceção de cinemas
82
TAXA DE ANALFABETISMO
SÃO LUÍS APRESENTOU A SEGUNDA MENOR TAXA DE ANALFABETISMO DE ADULTOS, ACIMA DE SALVADOR.
Nota: Analfabetismo da População com 10 anos ou mais de idadeFonte: Censo 2010/IBGE.
4,9%5,8%
7,1% 7,4% 7,5%7,9%
8,5% 8,9%
12,0%
‐45,0%
‐40,0%
‐35,0%
‐30,0%
‐25,0%
‐20,0%
‐15,0%
‐10,0%
‐5,0%
0,0%
0,0%
2,0%
4,0%
6,0%
8,0%
10,0%
12,0%
14,0%
Salvador ‐BA
São Luís ‐MA
Aracaju ‐ SE Recife ‐ PE Fortaleza ‐CE
João Pessoa‐ PB
Teresina ‐ PI Natal ‐ RN Maceió ‐ AL
Variação
Perce
ntual
Taxa de Analfabetism
o
Taxa de Analfabetismo
Tx. Analfab. (2010) Variação Percentual83
NÍVEL DE INSTRUÇÃO DA POPULAÇÃO ADULTA
SÃO LUÍS POSSUI O MENOR PERCENTUAL DE PESSOAS SEM INSTRUÇÃO OU COM O FUNDAMENTAL
INCOMPLETO E MAIOR PROPORÇÃO COM ENSINO MÉDIO ENTRE AS CAPITAIS DO NE.
Nota: População com 25 anos ou mais de idade foi considerada adultaFonte: Censo 2010/IBGE
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
São Luís ‐ MA Salvador ‐ BA Aracaju ‐ SE Recife ‐ PE João Pessoa ‐PB
Natal ‐ RN Fortaleza ‐ CE Teresina ‐ PI Maceió ‐ AL
Sem instrução e fundamental incompleto Fundamental completo e médio incompleto
Médio completo e superior incompleto Superior completo84
EDUCAÇÃO INFANTILREFERENCIAL COMPARATIVO
APENAS 5% DAS CRIANÇAS ENTRE 0 E 3 ANOS FREQUENTAM CRECHES EM SÃO LUÍS – ENQUANTO 43% POSSUEM
ACESSO À PRÉ‐ESCOLA. O DESTAQUE É TERESINA, COM BOA TAXA DE COBERTURA EM AMBOS OS PERÍODOS
Nota: divisão do número de crianças de 0 a 3 e de 4 e 5 anos matriculadas em creches ou pré‐escolas públicas pela população de crianças nessa faixa etária.Fonte: Ministério da Educação
Creche
Pré‐escola
2,03% 2,76% 2,92%5,05% 5,10% 5,72% 6,10% 7,35%
15,43%
Maceió João Pessoa Salvador São Luís Natal Recife Aracaju Fortaleza Teresina
18,54% 20,39% 22,00% 24,02%28,26% 30,14%
34,57%43,57%
60,44%
Maceió Salvador Aracaju João Pessoa Recife Natal Fortaleza São Luís Teresina
85
COBERTURA DO ENSINO FUNDAMENTAL
SÃO LUÍS
APENAS 68% DOS ADOLESCENTES ENTRE 10 E 14 ANOS ESTÃO MATRICULADOS NO ENSINO FUNDAMENTAL,
ANTE 92% DAQUELES ENTRE 6 E 9 ANOS
Nota: divisão do número de crianças matriculadas em escolas pela população de adolescentes na faixa etáriaFonte: Ministério da Educação ‐ 2010
56.421 60.36361.307
88.534
Anos iniciais Anos Finais
Matrículas População em idade escolar
DÉFICIT DE 4.886 VAGAS
DÉFICIT DE 28.171 VAGAS
86
COBERTURA DO ENSINO FUNDAMENTAL
REFERENCIAL COMPARATIVO
SÃO LUÍS APRESENTA, COMPARATIVAMENTE ÀS DEMAIS CAPITAIS DO NORDESTE, A 2ª MELHOR COBERTURA NO ENSINOFUNDAMENTAL– ANOS INICIAIS, E A MELHOR TAXA NOS ANOS FINAIS. ENTRETANTO, A MÉDIA BRASILEIRA É DE 118% E 72%,
RESPECTIVAMENTE (OS ÍNDICES ACIMA DE 100% REPRESENTAM EXISTÊNCIA DE DEFASAGENS IDADE‐SÉRIE)
Nota: divisão do número de matriculas em cada nível pela população na faixa etária correspondente.Fonte: Ministério da Educação 2010
Anos Iniciais
Anos Finais
71,2% 73,4% 77,2% 82,6% 85,5% 88,1% 88,6% 92,0% 95,5%
Salvador Aracaju Recife Maceió Fortaleza João Pessoa Natal São Luís Teresina
50,5%56,9% 57,3% 58,6% 59,2% 64,2% 64,3% 65,7% 68,2%
Fortaleza Aracaju Natal Teresina João Pessoa Salvador Maceió Recife São Luís87
IDEB ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
SÃO LUÍS FICOU ABAIXO DA MÉDIA NACIONAL NO IDEB DE 2011 (4,7). ENTRE AS CAPITAIS DO NE FICA EM
3º E 4º LUGAR, TENDO PERDIDO POSIÇÃO ENTRE 2007 E 2011.
Fonte: Ministério da Educação
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
IDEB Anos Iniciais ‐ Escolas Estaduais
IDEB 2007 ‐ Estadual IDEB 2011 ‐ Estadual
Meta 2007 ‐ Estadual Meta 2011 ‐ Estadual
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
IDEB Anos Iniciais ‐ Escolas Municipais
IDEB 2007 ‐ Municipal IDEB 2011 ‐ Municipal
Meta 2007 ‐ Municipal Meta 2011 ‐ Municipal
88
IDEB ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
SÃO LUÍS FICOU POUCO ACIMA DA MÉDIA BRASILEIRA (3,8). A CIDADE ATINGIU A META NOS ANOS FINAIS.
Fonte: Ministério da Educação
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
IDEB Anos Finais ‐ Escolas Municipais
IDEB 2007 IDEB 2011 Meta 2007 Meta 2011
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
3,5
4,0
4,5
5,0
IDEB Anos Finais ‐ Escolas Estaduais
IDEB 2007 IDEB 2011 Meta 2007 Meta 2011
COBERTURA ENSINO MÉDIO
SÃO LUÍS APRESENTA A SEGUNDA MELHOR COBERTURA DO ENSINO MÉDIO.
Nota: Número de matrículas iniciais no ensino médio (parcial e integral) sobre a população entre 15 a 17 anos de idadeFonte: Censo Escolar 2012/Inep e Censo 2010/IBGE
45,3%
51,2% 52,3%57,2%
60,5%65,9%
68,3%
78,4%
89,2%
Maceio Aracaju João Pessoa Fortaleza Natal Salvador Recife São Luis Teresina
FREQUÊNCIA ESCOLAR
SÃO LUÍS APRESENTA A SEGUNDA MELHOR COBERTURA DO ENSINO MÉDIO.
Nota: Número de matrículas iniciais no ensino médio (parcial e integral) sobre a população entre 15 a 17 anos de idadeFonte: Censo Escolar 2012/Inep e Censo 2010/IBGE
35,5% 34,7%32,8%
28,4% 27,7% 28,1% 26,4% 26,6%
22,1%
42,3% 42,4%46,2% 46,9% 47,8% 49,1% 49,2%
55,7% 56,0%
Maceió ‐ AL Salvador ‐ BA Aracaju ‐ SE Natal ‐ RN João Pessoa ‐PB
Recife ‐ PE Fortaleza ‐ CE Teresina ‐ PI São Luís ‐ MA
Frequência escolar dos jovens de 15 a 17 anos
Frequenta Ensino Fundamental Frequenta Ensino Médio91
PERFIL DOS EDUCADORESREDE MUNICIPAL
DENTRE OS DIRETORES, MAIS DE UM TERÇO POSSUEM OUTRO EMPREGO, DIVIDINDO SUA CARGA HORÁRIA DE
TRABALHO COM A DIREÇÃO DA ESCOLA
Fonte: http://www.qedu.org.br/cidade/5297‐sao‐luis/pessoas/professor com base nos dados do Ministério da Educação – Questionário da Prova Brasil 2011
PERFIL DOS DIRETORES
PERFIL DOS PROFESSORES
• 35% POSSUEM OUTRO TRABALHO
ALÉM DA DIREÇÃO DA ESCOLA
• 82% APLICAM PROGRAMA DE
REFORÇO DA APRENDIZAGEM
• 44% POSSUEM PROGRAMA DE
REDUÇÃO DO ABANDONO
• 73% POSSUEM PROGRAMA DE
REDUÇÃO DA REPROVAÇÃO
• 10% AFIRMAM NÃO EXISTIR
CONSELHO DE CLASSE
• 97% POSSUEM ENSINO SUPERIOR
• 31% TRABALHAM EM APENAS UMA ESCOLA
• 80% NUNCA LEEM LIVROS EM SEU TEMPO LIVRE
92
INFRAESTRUTURA DAS ESCOLASREDE MUNICIPAL
HÁ 167 ESCOLAS MUNICIPAIS EM SÃO LUÍS, COM UMA MÉDIA DE 29,9 ALUNOS POR TURMA NOS ANOS
INICIAIS E 36,6 NOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL.
Nota: Percentual das escolas municipais que possuem construções e equipamentos de infraestrutura. Fonte: Ministério da Educação – Censo Escolar 2011; http://www.qedu.org.br/cidade/5297‐sao‐luis/censo‐escolar
• 35% POSSUEM BIBLIOTECA
• 30% POSSUEM INTERNET
• 29% POSSUEM LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA
• 2% POSSUEM LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS
• 19% POSSUEM QUADRA DE ESPORTES
• 629 COMPUTADORES PARA USO DOS ALUNOS
93
Fonte: Censo 2010/IBGE.
EQUIPAMENTOS DE EDUCAÇÃO
94
ENSINO SUPERIOR
ENTRE 2008 E 2010, SÃO LUÍS APRESENTOU AUMENTO ACENTUADO DO NÚMERO DE CANDIDATOS POR VAGA NOS CURSOS DE
GRADUAÇÃO, SENDO A MAIOR RELAÇÃO ENTRE AS CAPITAIS DO NE. ALÉM DISSO, HOUVE MELHORA NA TAXA DE CONCLUSÃO DO
ENSINO SUPERIOR, MAS AINDA ABAIXO DE 50%.
Fonte: Ministério da Educação
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
0
2
4
6
8
10
12
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
Conclu
intes/In
gressan
tes n
o an
o
São Luís ‐MA
Candidatos/Vaga Concluintes no ano/Ingressantes no ano
0
1
2
3
4
5
6
7
8
Relação Candidato/Vaga
2000 2005 2010 95
PÓS‐GRADUAÇÃO
A BAIXA TAXA DE CONCLUSÃO DO ENSINO SUPERIOR TEM CONSEQUÊNCIA NA QUANTIDADE DE ESTUDANTES
DE MESTRADO E DOUTORADO: SÃO LUÍS É UMA DAS PIORES CAPITAIS NESSE QUESITO.
Fonte: Ministério da Educação
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
São Luís ‐ MA Maceió ‐ AL Teresina ‐ PI Salvador ‐ BA Fortaleza ‐ CE Aracaju ‐ SE Recife ‐ PE João Pessoa ‐PB
Natal ‐ RN
Pessoas que frequentavam pós‐graduação ‐ 2010
Mestrado Doutorado 96
SAÚDE ‐ IDSUS
GRUPO HOMOGÊNEOMUNICÍPIOS
MARANHÃOMARANHÃO
MUNICÍPIOS
BRASILBRASIL
GH1 1 0,46% 29 0,52%
GH2 1 0,46% 94 1,69%
GH3 0 0,00% 632 11,36%
GH4 73 33,64% 587 10,55%
GH5 2 0,92% 2039 36,64%
GH6 140 64,52% 2184 39,25%
TOTAL 217 100% 5565 100%
Fonte: Ministério da Saúde – Portal da Saúde (http://portal.saude.gov.br/portal/saude/Gestor/visualizar_texto.cfm?idtxt=38675)
SÃO LUÍS É O ÚNICO MUNICÍPIO DO MARANHÃO NO GRUPO HOMOGÊNEO 1 DO IDSUS, QUE CONTEMPLA
A ESTRUTURA DE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE.
97
IDSUS
DENTRE AS CAPITAIS DO NE, A MAIOR NOTA NO IDSUS PERTENCE A SÃO LUÍS, INDICADOR SÍNTESE DO
MINISTÉRIO DA SAÚDE.
Fonte: Ministério da Saúde – Portal da Saúde
5,035,18
5,32
5,555,62
5,86 5,89 5,9 5,93
Maceió ‐ AL Fortaleza ‐ CE João Pessoa ‐PB
Aracaju ‐ SE Teresina ‐ PI Salvador ‐ BA Natal ‐ RN Recife ‐ PE São Luís ‐ MA
Nota IDSUS 2010
98
MORTALIDADE INFANTIL
TODAS AS CAPITAIS DO NORDESTE APRESENTAM NÍVEIS DE MORTALIDADE INFANTIL ACIMA DO RECOMENDADO PELA OMS (10 POR1000 NASCIDOS VIVOS). SÃO LUÍS FOI A ÚNICA CAPITAL QUE TEVE AUMENTO DA TAXA ENTRE 2007 E 2011, ALÉM DE POSSUIR A
MAIOR TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL
Nota: Número de óbitos de crianças residentes com menos de um ano de idade sobre o número de nascidos vivos de mães residentes na cidade em questão. Apresentado número de óbitos sobre 1.000.Fonte: Ministério da Saúde – Portal da Saúde
‐44,9%‐17,1%
‐1,8%‐19,5%
‐14,5%‐22,5%
‐10,4% ‐19,1%
6,8%
‐50,0%
‐40,0%
‐30,0%
‐20,0%
‐10,0%
0,0%
10,0%
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
18,00
20,00
Natal ‐ RN João Pessoa‐ PB
Recife ‐ PE Fortaleza ‐CE
Aracaju ‐ SEMaceió ‐ AL Teresina ‐PI
Salvador ‐BA
São Luís ‐MA
Variação
Taxa M
oralid
ade In
fantil
Taxa de Mortalidade Infantil (por 1000 nascidos vivos)
Taxa de mortalidade infantil (2011) Variação 2007‐2011
MORTALIDADE POR GRUPO DE CAUSAS
A PRINCIPAL CAUSA DE MORTALIDADE SÃO DOENÇAS DO APARELHO CIRCULATÓRIO. NA COMPARAÇÃO COM DEMAIS CAPITAIS, SÃO
LUÍS DESTACA‐SE COMO A TERCEIRA MAIOR MORTALIDADE POR DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS.
Nota: Distribuição percentual das causas de mortes Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS
‐
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
Salvador Aracaju Maceió Fortaleza São Luís Natal João Pessoa Recife Teresina
Mortalidade por grupos de doenças (2010)
Doenças infecciosas e parasitárias Neoplasias Doenças do aparelho circulatório
Doenças do aparelho respiratório Afecções originadas no período perinatal Causas externas
Demais causas definidas
100
MORTALIDADE POR AIDS
SÃO LUÍS TEM A SEGUNDA MAIOR TAXA DE MORTALIDADE POR AIDS DO NORDESTE, COM MAIOR
INCIDÊNCIA NOS HOMENS.
Nota: Número de óbitos por 100 mil habitantesFonte: Ministério da Saúde – DataSUS
‐
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
16,0
18,0
João Pessoa Fortaleza Aracaju Natal Teresina Maceió Salvador São Luís Recife
Taxa de Mortalidade por AIDS (2010)
Masculino Feminino Taxa de mortalidade por AIDS101
EQUIPES BÁSICAS DE SAÚDE ‐ EBS
MENOS DE UM TERÇO DA POPULAÇÃO DE SÃO LUÍS ESTÁ COBERTA PELAS EQUIPES BÁSICAS DE SAÚDE,
APRESENTANDO O SEGUNDO PIOR DESEMPENHO NESTE INDICADOR
Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS, 2011.
24,9%
32,9% 33,3%38,1% 39,1%
53,4%
74,3%
82,2%88,5%
15,3% 17,2%22,1%
45,8%
25,8% 25,9%
79,4%
38,8%
64,9%
Salvador São Luís Maceió Natal Fortaleza Recife João Pessoa Aracaju Teresina
EBS Saúde Bucal102
QUANTIDADE DE MÉDICOS
SÃO LUÍS TEM O SEGUNDO MENOR NÚMERO DE MÉDICOS POR 1000 HABITANTES.
Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS, 2011.
2,082,33 2,54
3,28 3,44 3,624,15 4,19
5,46
Fortaleza São Luís Teresina Maceió Natal João Pessoa Aracaju Salvador Recife
Médicos/1000 Hab.
103
LEITOS HOSPITALARES
EVOLUÇÃO
A PROPORÇÃO DE LEITOS HOSPITALARES VEM SENDO REDUZIDA NOS ÚLTIMOS ANOS, INCLUSIVE NO BRASIL. A POPULAÇÃO CRESCEU
17% EM SÃO LUÍS, ANTE UMA REDUÇÃO DE 2,9% NA OFERTA DE LEITOS NO MESMO PERÍODO.
Nota: leitos por 1000 habitantesFonte: Ministério da Saúde – DataSUS
2,83 3,37 3,48 3,71 3,8 3,82 3,89 4,24
5,12
‐0,69
‐2,89
‐0,18 ‐0,54
‐1,8
‐2,9
‐0,85
‐2,21
‐1,18
2,42
Salvador Maceió Fortaleza Natal Teresina São Luís Aracaju João Pessoa Recife
Variação entre 1994 e 2010 Resultados em 2010 Brasil
104
DESPESA TOTAL COM SAÚDE POR HABITANTE
A DESPESA TOTAL COM SAÚDE TEVE AUMENTO SUBSTANCIAL EM TODAS AS CAPITAIS NORDESTINAS, MAS SÃO
LUÍS APRESENTOU A MENOR TAXA MÉDIA DE VARIAÇÃO DOS GASTOS ENTRE 2000 E 2012.
Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS (SIOPS)
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
Salvador ‐ BA Recife ‐ PE Maceió ‐ AL Natal ‐ RN Fortaleza ‐ CE São Luís ‐ MA Aracaju ‐ SE João Pessoa ‐PB
Teresina ‐ PI
Variação
MédiaD
espesa Total
Despesa total com saúde por habitante
2000 2006 2012 Var Média 105
HOMICÍDIOS
SÃO LUÍS ENCONTRA‐SE EM POSIÇÃO INTERMEDIÁRIA EM RELAÇÃO ÀS DEMAIS CAPITAIS DO NE, PORÉM COM O SEGUNDO MAIOR
CRESCIMENTO DE HOMICÍDIOS NO COMPARATIVO E MUITO ACIMA DO REFERENCIAL DA OMS (10 ÓBITOS/1000 HABITANTES).
Fonte: Mapa da Violência.
‐40,0%
‐30,0%
‐20,0%
‐10,0%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
Teresina ‐ PI Natal ‐ RN Aracaju ‐ SE Fortaleza ‐ CE Salvador ‐ BA São Luís ‐ MA Recife ‐ PE João Pessoa ‐PB
Maceió ‐ AL
Variação
Taxa Homicídios
Taxa de Homicídios
Taxa Homicídios 2010 Variação 2008‐2010 106
JOVENS
64,0%
66,0%
68,0%
70,0%
72,0%
74,0%
76,0%
78,0%
80,0%
82,0%
84,0%
Taxa de Ocupação entre Jovens
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
40,0%
45,0%
Nível de instrução dos Jovens
Sem instrução e fundamental incompleto
Fundamental completo e médio incompleto
Médio completo e superior incompleto
Superior completo
Nota: Consideramos jovens a população entre 15 e 24 anosFonte: Censo 2010/IBGE
A TAXA DE DESEMPREGO DOS JOVENS É DE 25,5% EM SÃO LUÍS. MACEIÓ TEM O MAIOR ÍNDICE (28,7%)
107
JOVENS OCUPADOS POR SETOR
OS SETORES QUE MAIS EMPREGAM JOVENS NA CIDADE SÃO O COMÉRCIO E CONSTRUÇÃO CIVIL. NAS OUTRAS
CAPITAIS, A MAIOR REPRESENTATIVIDADE É A DO COMÉRCIO, SEGUIDO DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO
São Luís Capitais NE excluindo São Luís
Fonte: Censo 2010/IBGE
6%
12%
27%
4%3%3%4%5%
3%
11%
22%9,0%
6,7%
26,0%
6,3%3,7%5,3%4,4%
5,1%
3,4%
7,2%
23,0%
Indústrias de transformação
Construção
Comércio
Alojamento e alimentação
Atividades profissionais, científicas e técnicas
Atividades administrativas
Administração pública
Educação
Saúde humana e serviços sociais
Serviços domésticos
Outros
JOVENS – NEMNEM
Nota: Consideramos jovens a população entre 15 e 24 anosFonte: IBGE
SÃO LUÍS APRESENTA A MAIOR PROPORÇÃO DE JOVENS QUE NÃO ESTUDAVAM NEM ESTAVAM TRABALHANDO
(27%). NA COMPARAÇÃO POR GÊNERO, AS MULHERES TÊM PROPORÇÃO SUPERIOR AOS HOMENS.
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
Aracaju ‐ SE Teresina ‐ PI Natal ‐ RN João Pessoa ‐PB
Fortaleza ‐ CE Salvador ‐ BA Recife ‐ PE Maceió ‐ AL São Luís ‐ MA
Jovens que Nem Estudam, Nem Trabalham
Indicador NemNem Indicador NemNem ‐ Homens Indicador NemNem ‐ Mulheres109
JOVENS – GRAVIDEZ PRECOCE
Nota: Consideramos gravidez precoce a ocorrida na população entre 10 a 19 anosFonte: IBGE
SÃO LUÍS APRESENTA O TERCEIRO MENOR ÍNDICE DE GRAVIDEZ PRECOCE DO NORDESTE E ESTÁ EM UMA POSIÇÃO
MEDIANA NO QUE SE REFERE À PROPORÇÃO DE FILHOS NASCIDOS MORTOS DAS MÃES ADOLESCENTES.
4,9% 5,1% 5,1% 5,3% 5,3% 5,5%6,0%
6,4%
7,4%
3,3%
2,4%
3,1%
4,3% 4,2% 3,9%
2,1%1,8%
4,8%
Salvador ‐ BA Aracaju ‐ SE São Luís ‐ MA Fortaleza ‐ CE Natal ‐ RN Teresina ‐ PI Recife ‐ PE João Pessoa ‐PB
Maceió ‐ AL
Gravidez Precoce
Gravidez Precoce Proporção de filhos tidos nascidos mortos no total de filhos tidos
110
HOMICÍDIO DE JOVENS
A TAXA DE HOMICÍDIOS DOS JOVENS É BEM SUPERIOR A DO TOTAL DA POPULAÇÃO. ENTRE AS CAPITAIS DO
NE, SÃO LUÍS TEM O 3º MENOR ÍNDICE, PORÉM COM VARIAÇÃO POSITIVA ENTRE 2008 E 2010.
Nota: Taxa de Homicídios calculado pelo número de óbitos por causa externa por 100 mil habitantes.Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS
48,1 51,3
83,2 85,6
115,6 117,5
172
209,1
269,7
‐40%
‐30%
‐20%
‐10%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
0
50
100
150
200
250
300
Teresina Aracaju São Luís Natal Recife Fortaleza João Pessoa Salvador Maceió
Variação
2008‐2010Ta
xa de Homicídios
Taxa de Homicídios de Jovens (15 a 24 anos)
Tx. Homicídios de Jovens (15 a 24 anos) Var. 2008‐2010111
LAZER: PARQUE E MUSEU
SÃO LUÍS CARECE DE EQUIPAMENTOS DE LAZER, COMO PARQUES, MUSEUS, TEATROS. A CAPITAL ABRIGA 20
MUSEUS
Fonte: IBGE, Apontador.com.br e Cadastro Nacional de Museus.
36.731 38.933 39.873 43.863 46.124
82.151
95.339
129.951
148.496
Habitantes por Parque
0,30 0,32 0,33 0,35 0,37 0,38
0,52
0,74
1,38
Índice de Habitantes por Museu
Nota: Número de habitantes/ Número de Museus/100.000
112
LAZER: TEATRO E CINEMA
0,520,61 0,63
0,71
0,88
1,251,32 1,34
1,6
Índice de Habitantes por Teatro
0,32 0,36 0,37 0,410,53 0,56
0,83 0,89
1,32
Índice de Habitantes por Cinema
Nota: Número de habitantes/ Número de equipamentos/100.000Fonte: http://www.marketingcultural.com.br/115/pdf/cultura‐em‐numeros‐2010.pdf
EM RELAÇÃO AOS CINEMAS, A CAPITAL MARANHENSE ESTÁ BEM COLOCADA ENTRE AS DEMAIS CAPITAIS DO NE
113
ANÁLISE TERRITORIAL
UNIDADES DE ANÁLISE
INDICADORES INTRAMUNICIPAIS
• A divisão de São Luís apresentada nesta parte é baseada nas 29 áreas de ponderação do
Censo, cada uma delas corresponde a uma população entre 30 e 45 mil habitantes
• Estas áreas correspondem a recortes territoriais para as quais são apurados os dados da
amostra do Censo
• O objetivo da divisão territorial da cidade (29 áreas) é compreender, com maior grau de
precisão, as diferenças intraregionais em três dimensões:
• Condições de moradia;
• Renda e pobreza;
• Educação; e
• Trabalho115
ANÁLISE TERRITORIAL29 UNIDADES DE ANÁLISE
1 Centro
2 Monte Castelo
3 Bairro de Fátima
4 João Paulo
5 Vila Palmeira
6 Anil
7 Angelim
8 Cohama
9 Vinhais
10 São Francisco
11 Litoral
12 Turu
13 Itapiracó
14 Cohatrac
15 Cohab
16 São Cristovão
17 Santo Antônio
18 Sacavem
19 Coroadinho
20 Vila Embratel
21 Mauro Fecury
22 Anjo da Guarda
23 Maracana
24 Tibiri
25 São Raimundo
26 Tirirical
27 Cidade Operária
28 Jardim América
29 Cidade Olímpica
Fonte: INCID
1122
1010
1111
9988
1212
1313
77
55
4433
1919
2020
2121
2626
17171818
66
15151414
1616
2727
2929
28282525
2424
2323
2222
+
116
Fonte: “São Luís – Uma Leitura da Cidade” – INCID
DENSIDADE
117
1 Centro
2 Monte Castelo
3 Bairro de Fátima
4 João Paulo
5 Vila Palmeira
6 Anil
7 Angelim
8 Cohama
9 Vinhais
10 São Francisco
11 Litoral
12 Turu
13 Itapiracó
14 Cohatrac
15 Cohab
16 São Cristovão
17 Santo Antônio
18 Sacavem
19 Coroadinho
20 Vila Embratel
21 Mauro Fecury
22 Anjo da Guarda
23 Maracana
24 Tibiri
25 São Raimundo
26 Tirirical
27 Cidade Operária
28 Jardim América
29 Cidade Olímpica
1122
1010
1111
99
88
1212
1313
77
55
4433
1919
2020
2121
2626
17171818
66
15151414
1616
2727
2929
28282525
2424
2323
2222
DENSIDADE POPULACIONAL (HAB/HA)
Fonte: “São Luís – Uma Leitura da Cidade” – INCID, 2010.
NÚMERO DE PESSOAS ‐ DPP
118
1 Centro
2 Monte Castelo
3 Bairro de Fátima
4 João Paulo
5 Vila Palmeira
6 Anil
7 Angelim
8 Cohama
9 Vinhais
10 São Francisco
11 Litoral
12 Turu
13 Itapiracó
14 Cohatrac
15 Cohab
16 São Cristovão
17 Santo Antônio
18 Sacavem
19 Coroadinho
20 Vila Embratel
21 Mauro Fecury
22 Anjo da Guarda
23 Maracana
24 Tibiri
25 São Raimundo
26 Tirirical
27 Cidade Operária
28 Jardim América
29 Cidade Olímpica
1122
1010
1111
99
88
1212
1313
77
55
4433
1919
2020
2121
2626
17171818
66
15151414
1616
2727
2929
28282525
2424
2323
2222
NÚMERO DE PESSOAS RESIDENTES EM DOMICÍLIO PARTICULAR PERMANENTE
HETEROGENEIDADE INTRAMUNICIPAL
• Em termos de acesso a infraestrutura de saneamento, as áreas do Centro, Cidade
Operária, Cohatrac, Vila Palmeira e Bairro de Fátima, destacam‐se com os melhores
indicadores;
• No outro extremo, áreas como Maracanã, Tibiri, Cidade Olímplica, Mauro Fecury e Vila
Embratel possuem acesso extremamente precário ao saneamento. São essas áreas
também que possuem os piores indicadores de renda e maiores índices de pobreza;
• O Litoral possui de longe a maior renda da cidade, R$ 4.000 per capita, mais do dobro
dos vizinhos, Cohama e Vinhais, que possuem o segundo melhor índice. Porém mesmo
no litoral, 35% dos domicílios não estão conectados à rede geral de esgoto;
• Maracanã e Tirirical registram os maiores índices de desemprego (cerca de 17%),
enquanto as áreas mais ricas Litoral e Cohama possuem taxas de desemprego inferiores
à 7%.
119
ANÁLISE DE TERRITÓRIOS
05000100001500020000250003000035000400004500050000
Quantidade de moradores
91,2
0102030405060708090100
Domicílios com lixo coletado
Fonte: INCID, http://nca.ufma.br/saoluisppa; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
120
ANÁLISE DE TERRITÓRIOS
45,3
0102030405060708090100
Moradores com acesso à rede de esgoto
76,5
0,010,020,030,040,050,060,070,080,090,0
100,0
Moradores com abastecimento de água
Fonte: INCID, http://nca.ufma.br/saoluisppa; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
121
ANÁLISE DE TERRITÓRIOS
R$ 768
R$ 0R$ 500
R$ 1.000R$ 1.500R$ 2.000R$ 2.500R$ 3.000R$ 3.500R$ 4.000R$ 4.500
Renda Domiciliar per capita mensal
0,02,04,06,08,010,012,014,016,018,020,0
Taxa de Desemprego
Fonte: INCID, http://nca.ufma.br/saoluisppa; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
122
ANÁLISE DE TERRITÓRIOS
14,1
051015202530354045
Domicílios com renda per capita até R$140
39
0
10
20
30
40
50
60
70
Taxa de cobertura BF
Fonte: INCID, http://nca.ufma.br/saoluisppa; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
123
ANÁLISE DE TERRITÓRIOS
Fonte: INCID, http://nca.ufma.br/saoluisppa; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
28
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Frequência à creche (0 a 3 anos de idade)
124
+
CENTRO
Unidades de Análise ‐ 2010
Centro São Luís
Quantidade de moradores
31707 1012856
Quantidade de Jovens 10198 211649
Moradores com acesso à rede de esgoto
90,1 45,3
Moradores com abastecimento de água
98,2 76,5
Domicílios com lixo coletado
98,7 91,2
Renda Domiciliar per capita mensal
R$ 885 R$ 768
Taxa de Desemprego (%) 14,9 12,0
Domicílios com renda per capita até R$140 (%)
9,6 14,1
Taxa de cobertura BF (%) 33,8 38,7
Frequência à creche (0 a 3 anos)
29,6 27,7
• A área central abriga 3,1% da população de São Luís e registra
indicadores de acesso a saneamento e renda melhores do que a
média da cidade. O principal problema do Centro é a taxa de
desemprego, acima da média da cidade.
Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
125
+
MONTE CASTELO
Unidades de Análise ‐2010
Monte Castelo
São Luís
Quantidade de moradores
31489 1012856
Quantidade de Jovens 10676 211649
Moradores com acesso à rede de esgoto
74,3 45,3
Moradores com abastecimento de água
94,3 76,5
Domicílios com lixo coletado
94,0 91,2
Renda Domiciliar per capita mensal
R$ 509 R$ 768
Taxa de Desemprego (%) 13,2 12,0
Domicílios com renda per capita até R$140 (%)
16,3 14,1
Taxa de cobertura BF (%) 22,5 38,7
Frequência à creche (0 a 3 anos)
34,1 27,7 126
• Monte Castelo registra melhores indicadores de acesso a
saneamento do que a média da cidade. A questão prioritária na
região está relacionada à geração de renda, bem inferior à média da
capital.
Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
+
BAIRRO DE FÁTIMA
Unidades de Análise ‐2010
Bairro de Fátima
São Luís
Quantidade de moradores
32519 1012856
Quantidade de Jovens 10828 211649
Moradores com acesso à rede de esgoto
86,9 45,3
Moradores com abastecimento de água
98,7 76,5
Domicílios com lixo coletado
98,5 91,2
Renda Domiciliar per capita mensal
R$ 498 R$ 768
Taxa de Desemprego (%) 14,6 12,0
Domicílios com renda per capita até R$140 (%)
19,9 14,1
Taxa de cobertura BF (%) 29,1 38,7
Frequência à creche (0 a 3 anos)
22,9 27,7 127
• No Bairro de Fátima é essencial o combate à pobreza, uma vez que
quase 20% dos domicílios da região tem renda inferior à R$ 140 per
capita.
Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
+
JOÃO PAULO
Unidades de Análise ‐2010
João Paulo
São Luís
Quantidade de moradores
37457 1012856
Quantidade de Jovens 12842 211649
Moradores com acesso à rede de esgoto
71,8 45,3
Moradores com abastecimento de água
97,6 76,5
Domicílios com lixo coletado
98,2 91,2
Renda Domiciliar per capita mensal
R$ 526 R$ 768
Taxa de Desemprego (%) 13,8 12,0
Domicílios com renda per capita até R$140 (%)
18,5 14,1
Taxa de cobertura BF (%) 32,4 38,7
Frequência à creche (0 a 3 anos)
26,0 27,7 128
• Em João Paulo a prioridade é a geração de trabalho e renda, a fim
de que a pobreza e o desemprego sejam reduzidos.
Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
VILA PALMEIRA
Unidades de Análise ‐2010
Vila Palmeira
São Luís
Quantidade de moradores
34508 1012856
Quantidade de Jovens 11799 211649
Moradores com acesso à rede de esgoto
60,0 45,3
Moradores com abastecimento de água
98,3 76,5
Domicílios com lixo coletado
94,5 91,2
Renda Domiciliar per capita mensal
R$ 518 R$ 768
Taxa de Desemprego (%) 12,7 12,0
Domicílios com renda per capita até R$140 (%)
17,9 14,1
Taxa de cobertura BF (%) 35,0 38,7
Frequência à creche (0 a 3 anos)
27,3 27,7 129
• Vila Palmeira sofre com o baixo acesso a rede geral de
saneamento, o que se reflete na alta mortalidade infantil.
Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
+
ANIL
Unidades de Análise ‐2010
Anil São Luís
Quantidade de moradores
38607 1012856
Quantidade de Jovens 13492 211649
Moradores com acesso à rede de esgoto
34,4 45,3
Moradores com abastecimento de água
93,3 76,5
Domicílios com lixo coletado
97,4 91,2
Renda Domiciliar per capita mensal
R$ 619 R$ 768
Taxa de Desemprego (%) 13,1 12,0
Domicílios com renda per capita até R$140 (%)
11,7 14,1
Taxa de cobertura BF (%) 50,2 38,7
Frequência à creche (0 a 3 anos)
20,5 27,7 130
• Anil abriga 3,8% da população de São Luís e apenas 34,4% possuem
acesso à rede de esgoto. Outro fator relevante é a alta dependência
do Bolsa Família: 50% da população da área.
Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
+
ANGELIM
Unidades de Análise ‐2010
Angelim São Luís
Quantidade de moradores
40759 1012856
Quantidade de Jovens 15276 211649
Moradores com acesso à rede de esgoto
74,1 45,3
Moradores com abastecimento de água
87,7 76,5
Domicílios com lixo coletado
98,4 91,2
Renda Domiciliar per capita mensal
R$ 1.100 R$ 768
Taxa de Desemprego (%) 9,0 12,0
Domicílios com renda per capita até R$140 (%)
7,5 14,1
Taxa de cobertura BF (%) 15,8 38,7
Frequência à creche (0 a 3 anos)
34,8 27,7 131
• Angelim tem renda per capita é acima da média da cidade e taxa de
desemprego bem mais baixa. Ainda é preciso investimentos para
alcançar a universalização da rede geral de esgoto.
Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
+
COHAMA
Unidades de Análise ‐2010
Cohama São Luís
Quantidade de moradores
40497 1012856
Quantidade de Jovens 13685 211649
Moradores com acesso à rede de esgoto
53,7 45,3
Moradores com abastecimento de água
69,1 76,5
Domicílios com lixo coletado
98,8 91,2
Renda Domiciliar per capita mensal
R$ 1.822 R$ 768
Taxa de Desemprego (%) 6,7 12,0
Domicílios com renda per capita até R$140 (%)
10,0 14,1
Taxa de cobertura BF (%) 42,1 38,7
Frequência à creche (0 a 3 anos)
33,8 27,7 132
• Em Cohama grande parte dos domicílios não é atendida pelos
serviços de esgoto e de abastecimento de água. A renda da
região é a segunda maior entre as 29 unidades de análise.
Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
+
VINHAIS
Unidades de Análise ‐2010
Vinhais São Luís
Quantidade de moradores
30274 1012856
Quantidade de Jovens 10758 211649
Moradores com acesso à rede de esgoto
72,4 45,3
Moradores com abastecimento de água
89,8 76,5
Domicílios com lixo coletado
93,3 91,2
Renda Domiciliar per capita mensal
R$ 1.783 R$ 768
Taxa de Desemprego (%) 8,9 12,0
Domicílios com renda per capita até R$140 (%)
6,5 14,1
Taxa de cobertura BF (%) 26,5 38,7
Frequência à creche (0 a 3 anos)
42,5 27,7 133
• O foco de Vinhais deve ser universalizar a rede de esgoto nos
domicílios.
Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
+
SÃO FRANCISCO
Unidades de Análise ‐2010
São Francisco
São Luís
Quantidade de moradores
36404 1012856
Quantidade de Jovens 12999 211649
Moradores com acesso à rede de esgoto
73,0 45,3
Moradores com abastecimento de água
93,1 76,5
Domicílios com lixo coletado
95,8 91,2
Renda Domiciliar per capita mensal
R$ 946 R$ 768
Taxa de Desemprego (%) 13,1 12,0
Domicílios com renda per capita até R$140 (%)
22,5 14,1
Taxa de cobertura BF (%) 30,3 38,7
Frequência à creche (0 a 3 anos)
29,6 27,7 134
• A pobreza em São Francisco é preocupante, assim como o grau de
dependência do Bolsa Família.
Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
+
LITORAL
Unidades de Análise ‐2010
Litoral São Luís
Quantidade de moradores
33573 1012856
Quantidade de Jovens 10871 211649
Moradores com acesso à rede de esgoto
65,2 45,3
Moradores com abastecimento de água
74,0 76,5
Domicílios com lixo coletado
98,5 91,2
Renda Domiciliar per capita mensal
R$ 4.038 R$ 768
Taxa de Desemprego (%) 5,5 12,0
Domicílios com renda per capita até R$140 (%)
6,5 14,1
Taxa de cobertura BF (%) 15,1 38,7
Frequência à creche (0 a 3 anos)
34,6 27,7 135
• O Litoral é a região mais rica da cidade. O índices de desemprego
(5,5%) é um dos mais baixos da capital. É necessário ampliar o
acesso à rede de esgoto e o abastecimento de água.
Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
+
TURU
Unidades de Análise ‐2010
Turu São Luís
Quantidade de moradores
37536 1012856
Quantidade de Jovens 13921 211649
Moradores com acesso à rede de esgoto
21,2 45,3
Moradores com abastecimento de água
28,8 76,5
Domicílios com lixo coletado
98,9 91,2
Renda Domiciliar per capita mensal
R$ 490 R$ 768
Taxa de Desemprego (%) 12,0 12,0
Domicílios com renda per capita até R$140 (%)
22,4 14,1
Taxa de cobertura BF (%) 44,1 38,7
Frequência à creche (0 a 3 anos)
23,0 27,7 136
• Turu é uma das regiões mais pobres da capital, vizinho à região
mais rica. As redes de esgoto e de abastecimento de água são
precárias. A pobreza é elevada.
Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
+
ITAPIRACÓ
Unidades de Análise ‐2010
Itapiracó São Luís
Quantidade de moradores
30547 1012856
Quantidade de Jovens 10512 211649
Moradores com acesso à rede de esgoto
54,4 45,3
Moradores com abastecimento de água
55,5 76,5
Domicílios com lixo coletado
96,1 91,2
Renda Domiciliar per capita mensal
R$ 1.068 R$ 768
Taxa de Desemprego (%) 8,4 12,0
Domicílios com renda per capita até R$140 (%)
10,5 14,1
Taxa de cobertura BF (%) 29,8 38,7
Frequência à creche (0 a 3 anos)
31,2 27,7 137
• Itapiracó precisa ampliar o saneamento (água e esgoto). De modo
geral, a região apresenta indicadores melhores que a média da
cidade.
Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
+
COHATRAC
Unidades de Análise ‐2010
Cohatrac São Luís
Quantidade de moradores
30950 1012856
Quantidade de Jovens 11645 211649
Moradores com acesso à rede de esgoto
92,2 45,3
Moradores com abastecimento de água
96,9 76,5
Domicílios com lixo coletado
99,6 91,2
Renda Domiciliar per capita mensal
R$ 1.140 R$ 768
Taxa de Desemprego (%) 8,5 12,0
Domicílios com renda per capita até R$140 (%)
4,1 14,1
Taxa de cobertura BF (%) ‐ 38,7
Frequência à creche (0 a 3 anos)
27,4 27,7 138
• Cohatrac abriga 3% da população de São Luís e registra todos os
indicadores melhores do que a média da cidade. A geração de renda
deve ser o foco da região.
Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
+
COHAB
Unidades de Análise ‐2010
Cohab São Luís
Quantidade de moradores
32783 1012856
Quantidade de Jovens 11092 211649
Moradores com acesso à rede de esgoto
60,1 45,3
Moradores com abastecimento de água
84,6 76,5
Domicílios com lixo coletado
97,7 91,2
Renda Domiciliar per capita mensal
R$ 697 R$ 768
Taxa de Desemprego (%) 12,9 12,0
Domicílios com renda per capita até R$140 (%)
10,9 14,1
Taxa de cobertura BF (%) 22,1 38,7
Frequência à creche (0 a 3 anos)
19,3 27,7 139
• Cohab necessita de investimentos em saneamento. Além disso é
fundamental uma estratégia de geração de trabalho e renda.
Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
+
SÃO CRISTOVÃO
Unidades de Análise ‐2010
São Cristovão
São Luís
Quantidade de moradores
36104 1012856
Quantidade de Jovens 13525 211649
Moradores com acesso à rede de esgoto
16,1 45,3
Moradores com abastecimento de água
91,8 76,5
Domicílios com lixo coletado
97,4 91,2
Renda Domiciliar per capita mensal
R$ 631 R$ 768
Taxa de Desemprego (%) 12,3 12,0
Domicílios com renda per capita até R$140 (%)
11,2 14,1
Taxa de cobertura BF (%) 42,7 38,7
Frequência à creche (0 a 3 anos)
26,7 27,7 140
• A rede de esgoto é praticamente inexistente. Além disso, o
desemprego é alto, a renda é menor que a média da capital e a taxa
de cobertura do Bolsa Família é superior a 40%.
Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
+
SANTO ANTÔNIO
Unidades de Análise ‐2010
Santo Antônio
São Luís
Quantidade de moradores
29712 1012856
Quantidade de Jovens 10818 211649
Moradores com acesso à rede de esgoto
32,3 45,3
Moradores com abastecimento de água
90,7 76,5
Domicílios com lixo coletado
92,8 91,2
Renda Domiciliar per capita mensal
R$ 546 R$ 768
Taxa de Desemprego (%) 12,9 12,0
Domicílios com renda per capita até R$140 (%)
20,9 14,1
Taxa de cobertura BF (%) 39,6 38,7
Frequência à creche (0 a 3 anos)
27,5 27,7 141
• Santo Antônio abriga 2,93% da população de São Luís e apresenta
indicadores de esgoto e pobreza preocupantes.
Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
+
+
SACAVEM
Unidades de Análise ‐2010
Sacavem São Luís
Quantidade de moradores
31807 1012856
Quantidade de Jovens 11188 211649
Moradores com acesso à rede de esgoto
62,6 45,3
Moradores com abastecimento de água
73,7 76,5
Domicílios com lixo coletado
92,7 91,2
Renda Domiciliar per capita mensal
R$ 390 R$ 768
Taxa de Desemprego (%) 10,6 12,0
Domicílios com renda per capita até R$140 (%)
19,4 14,1
Taxa de cobertura BF (%)
45,2 38,7
Frequência à creche (0 a 3 anos)
24,7 27,7 142
• Em Sacavem é necessário aumentar a cobertura de água e esgoto,
além de reduzir a pobreza e a dependência do Bolsa Família.
Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
+
COROADINHO
Unidades de Análise ‐2010
Coroadi‐nho
São Luís
Quantidade de moradores
32919 1012856
Quantidade de Jovens 12006 211649
Moradores com acesso à rede de esgoto
46,2 45,3
Moradores com abastecimento de água
49,2 76,5
Domicílios com lixo coletado
93,5 91,2
Renda Domiciliar per capita mensal
R$ 389 R$ 768
Taxa de Desemprego (%) 15,2 12,0
Domicílios com renda per capita até R$140 (%)
25,6 14,1
Taxa de cobertura BF (%) 44,8 38,7
Frequência à creche (0 a 3 anos)
25,9 27,7 143
• O Coroadinho é a terceira região mais pobre da cidade. O
desemprego é elevado, enquanto a renda é quase a metade da
média da capital. Além disso, tanto a rede de esgoto quanto o
abastecimento de água precisam ser ampliados.
Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
+
VILA EMBRATEL
Unidades de Análise ‐2010
Vila Embratel
São Luís
Quantidade de moradores
45130 1012856
Quantidade de Jovens 16271 211649
Moradores com acesso à rede de esgoto
6,9 45,3
Moradores com abastecimento de água
61,6 76,5
Domicílios com lixo coletado
87,1 91,2
Renda Domiciliar per capita mensal
R$ 348 R$ 768
Taxa de Desemprego (%) 13,7 12,0
Domicílios com renda per capita até R$140 (%)
21,5 14,1
Taxa de cobertura BF (%) 39,6 38,7
Frequência à creche (0 a 3 anos)
29,0 27,7 144
• Vila Embratel não possui rede de esgoto. Os demais serviços de
saneamento – água e coleta de lixo – precisam aumentar. A taxa
de desemprego é superior à média, assim como a pobreza.
Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
+
MAURO FECURY
Unidades de Análise ‐2010
Mauro Fecury
São Luís
Quantidade de moradores
33676 1012856
Quantidade de Jovens 12417 211649
Moradores com acesso à rede de esgoto
7,6 45,3
Moradores com abastecimento de água
77,8 76,5
Domicílios com lixo coletado
91,6 91,2
Renda Domiciliar per capita mensal
R$ 314 R$ 768
Taxa de Desemprego (%) 16,2 12,0
Domicílios com renda per capita até R$140 (%)
24,6 14,1
Taxa de cobertura BF (%) 34,3 38,7
Frequência à creche (0 a 3 anos)
29,0 27,7 145
• Assim como Vila Embratel, a rede de esgoto é inexistente em
Mauro Fecury, e o abastecimento de água precisa de melhoras. O
desemprego é 3 p.p acima da média. A pobreza atinge ¼ da
população.
Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
+
ANJO DA GUARDA
Unidades de Análise ‐2010
Anjo da Guarda
São Luís
Quantidade de moradores
36257 1012856
Quantidade de Jovens 12581 211649
Moradores com acesso à rede de esgoto
26,1 45,3
Moradores com abastecimento de água
92,7 76,5
Domicílios com lixo coletado
94,6 91,2
Renda Domiciliar per capita mensal
R$ 433 R$ 768
Taxa de Desemprego (%) 15,3 12,0
Domicílios com renda per capita até R$140 (%)
17,6 14,1
Taxa de cobertura BF (%) 38,3 38,7
Frequência à creche (0 a 3 anos)
23,1 27,7 146
• Anjo da Guarda precisa investir na geração de renda e redução da
pobreza. Também é essencial ampliar a rede de esgoto na região.
Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
+
MARACANÃ
Unidades de Análise ‐2010
Maracanã São Luís
Quantidade de moradores
37344 1012856
Quantidade de Jovens 13690 211649
Moradores com acesso à rede de esgoto
2,0 45,3
Moradores com abastecimento de água
39,6 76,5
Domicílios com lixo coletado
55,9 91,2
Renda Domiciliar per capita mensal
R$ 281 R$ 768
Taxa de Desemprego (%)
17,0 12,0
Domicílios com renda per capita até R$140 (%)
32,1 14,1
Taxa de cobertura BF (%)
49,5 38,7
Frequência à creche (0 a 3 anos)
17,9 27,7 147
• Maracanã é uma região marcada pela pobreza e pela falta de
saneamento, apesar de abrigar 3,7% da população. Quase metade
da população é dependente do Bolsa Família.
Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
+
TIBIRI
Unidades de Análise ‐2010
Tibiri São Luís
Quantidade de moradores
34463 1012856
Quantidade de Jovens 11906 211649
Moradores com acesso à rede de esgoto
2,1 45,3
Moradores com abastecimento de água
49,2 76,5
Domicílios com lixo coletado
36,3 91,2
Renda Domiciliar per capita mensal
R$ 235 R$ 768
Taxa de Desemprego (%) 13,7 12,0
Domicílios com renda per capita até R$140 (%)
41,5 14,1
Taxa de cobertura BF (%) 36,8 38,7
Frequência à creche (0 a 3 anos)
23,0 27,7 148
• Região mais pobre da cidade, Tibiri abriga 3,4% da população e
carece de serviços de saneamento.
Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
+
SÃO RAIMUNDO
Unidades de Análise ‐2010
São Raimundo
São Luís
Quantidade de moradores
31072 1012856
Quantidade de Jovens 10788 211649
Moradores com acesso à rede de esgoto
2,1 45,3
Moradores com abastecimento de água
62,2 76,5
Domicílios com lixo coletado
85,1 91,2
Renda Domiciliar per capita mensal
R$ 367 R$ 768
Taxa de Desemprego (%)
16,3 12,0
Domicílios com renda per capita até R$140 (%)
22,8 14,1
Taxa de cobertura BF (%)
53,1 38,7
Frequência à creche (0 a 3 anos)
29,3 27,7 149
• São Raimundo precisa de investimentos em saneamento,
especialmente esgoto e abastecimento de água. Além disso, é
essencial criar empregos para aumentar a renda da população,
reduzindo a pobreza da região.
Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
+
TIRIRICAL
Unidades de Análise ‐2010
Tirirical São Luís
Quantidade de moradores
30275 1012856
Quantidade de Jovens 11090 211649
Moradores com acesso à rede de esgoto
20,7 45,3
Moradores com abastecimento de água
66,5 76,5
Domicílios com lixo coletado
88,2 91,2
Renda Domiciliar per capita mensal
R$ 511 R$ 768
Taxa de Desemprego (%)
17,3 12,0
Domicílios com renda per capita até R$140 (%)
19,3 14,1
Taxa de cobertura BF (%)
40,9 38,7
Frequência à creche (0 a 3 anos)
27,8 27,7 150
• Tirirical sofre as mesmas mazelas de São Raimundo: precisa de
investimentos nos serviços de saneamento, além de elevado
desemprego e nível de pobreza.
Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
+
CIDADE OPERÁRIA
Unidades de Análise ‐2010
Cidade Operária
São Luís
Quantidade de moradores
39033 1012856
Quantidade de Jovens 14932 211649
Moradores com acesso à rede de esgoto
97,5 45,3
Moradores com abastecimento de água
97,7 76,5
Domicílios com lixo coletado
99,4 91,2
Renda Domiciliar per capita mensal
R$ 603 R$ 768
Taxa de Desemprego (%)
13,7 12,0
Domicílios com renda per capita até R$140 (%)
11,6 14,1
Taxa de cobertura BF (%)
47,4 38,7
Frequência à creche (0 a 3 anos)
31,9 27,7 151
• A Cidade Operária tem alta dependência do Bolsa Família,
desemprego e renda inferiores à média de São Luís e melhores
índices de acesso à saneamento.
Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
+
JARDIM AMÉRICA
Unidades de Análise ‐2010
Jardim América
São Luís
Quantidade de moradores
38599 1012856
Quantidade de Jovens 14702 211649
Moradores com acesso à rede de esgoto
24,6 45,3
Moradores com abastecimento de água
74,2 76,5
Domicílios com lixo coletado
95,3 91,2
Renda Domiciliar per capita mensal
R$ 442 R$ 768
Taxa de Desemprego (%)
12,5 12,0
Domicílios com renda per capita até R$140 (%)
16,7 14,1
Taxa de cobertura BF (%)
33,2 38,7
Frequência à creche (0 a 3 anos)
31,3 27,7 152
• Jardim América precisa de investimentos em saneamento (esgoto
e água) e geração de renda.
Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
+
CIDADE OLÍMPICA
Unidades de Análise ‐2010
Cidade Olímpica
São Luís
Quantidade de moradores
35878 1012856
Quantidade de Jovens 11909 211649
Moradores com acesso à rede de esgoto
2,7 45,3
Moradores com abastecimento de água
42,0 76,5
Domicílios com lixo coletado
69,5 91,2
Renda Domiciliar per capita mensal
R$ 333 R$ 768
Taxa de Desemprego (%)
11,3 12,0
Domicílios com renda per capita até R$140 (%)
23,5 14,1
Taxa de cobertura BF (%)
57,7 38,7
Frequência à creche (0 a 3 anos)
28,0 27,7 153
• Cidade Olímpica deve receber ações de ampliação do
abastecimento de água e instalação da rede de esgoto. Também é
importante atuar na geração de renda para reduzir a pobreza da
região.
Fonte: INCID; Censo 2010/IBGE. Análise Macroplan
EQUIPE TÉCNICA
DIRETOR DO PROJETO
Gustavo Morelli
EQUIPE TÉCNICA
Adriana Fontes | Coordenadora
Pedro Lipkin
Helena Aslan
Thayse Silva
Thomas Freier
DESIGN
Mariana Bahiense
Luiza RajGERENTE DO PROJETO
Leonardo Cassol
José Cursino Raposo Moreira | Secretario de Planejamento e Desenvolvimento
Danielle Christine B. Nogueira | SEPLAN
Laura Carneiro | SEPLAN
Hélio Maia | SEPLAN
Maria Eugenia| SEPLAN
Artur Thiago | SEMGOV
Fernando Cardoso | SEMGOV
José Marcelo do Espirito Santo |Presidente INCID
Érica G. Ramos Barbosa | INCID
Patrícia Vieira Trinta | INCID
EQUIPE PREFEITURA SÃO LUÍS
Rodrigo Marques | Secretario de Governo
Maristela Silva Araujo | SEPLAN
Janikele Galvão Ferreira | SEPLAN
Danilo José Menezes Pereira | SEPLAN
Claudio Antonio Cutrim Raposo | SEPLAN
Antonio Augusto Ribeiro Brandão | SEPLAN
Raimundo Nonato Fernandes Silva | SEPLAN
Eduardo Cássio Beckman Gomes | SEPLAN
José Alberto M. Rego | SEPLAN
DESENVOLVIMENTO URBANO
CARACTERÍSTICAS DOS DOMICÍLIOS
SÃO LUÍS
A POPULAÇÃO DE SÃO LUÍS VIVE, MAJORITARIAMENTE, EM CASAS (85%), INFERIOR APENAS AO PERCENTUAL
DE TERESINA (90,5%). EM 83% DOS DOMICÍLIOS, O REVESTIMENTO É DE ALVENARIA
85%
3%10%
2%
Casa
Casa de vila/ condomínio
Apartamento
Habitação em casa de cômodos e cortiços
83%
14%
1% 2%
Alvenaria com revestimento
Alvenaria sem revestimento
Outro material
Taipa não revestida
Fonte: IBGE – Censo 2010
2
Tipo de moradia Tipo de revestimento
DENSIDADE DE MORADORES POR CÔMODO
REFERENCIAL COMPARATIVO
SÃO LUÍS APRESENTA DOMICÍLIOS COM CÔMODOS MAIS DENSOS QUE O PERFIL BRASILEIRO
37%
46%
14%3%
Até 0,5 morador
De 0,5 a 1 morador
De 1 a 2 moradores
Mais de 2 moradores
48%
42%
9%1%
Até 0,5 morador
De 0,5 a 1 morador
De 1 a 2 moradores
Mais de 2 moradores
Nota: É a razão entre o total de moradores do domicílio e o número de cômodos do mesmo, menos o número de banheiros e menos um destinado à cozinha.Fonte: IBGE – Censo 2010
3
São Luís Brasil
FROTA DE VEÍCULOS AUTOMOTORES
SÃO LUÍS
A FROTA DE SÃO LUÍS CRESCEU 186% EM DEZ ANOS, COM AUMENTO REPRESENTATIVO NA PARCELA DE
MOTOCICLETAS, BEM COMO DIMINUIÇÃO NO VOLUME DE CAMINHÕES E AUTOMÓVEIS
Fonte: DENATRAN
65,1%3,2%0,5%
27,6%
1,4%0,8% 1,4%
Automóvel Caminhão Micro‐ônibus Motocicleta
Ônibus Reboque Utilitário
77,3%
5,1%
0,6% 14,1%
2,3%0,5% 0,0%
Automóvel Caminhão Micro‐ônibus Motocicleta
Ônibus Reboque Utilitário4
2002 2012
ÓBITOS EM ACIDENTES DE TRÂNSITOSÃO LUÍS
5Nota: Total do número de óbitos causados por acidentes de trânsito. Inclui pedestres, ciclistas, motociclista ou ocupante de automóvel, ônibus ou veículo de carga por 100 mil habitantes.Fonte: IBGE
109
156
188 185 191
220210
242
295281
297
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
ÓBITOS EM ACIDENTES DE TRÂNSITOREFERENCIAL COMPARATIVO
SÃO LUÍS APARECE NUMA POSIÇÃO INTERMEDIÁRIA EM RELAÇÃO ÀS DEMAIS CAPITAIS NESTE ÍNDICE, PORÉM APRESENTOU O
MAIOR AUMENTO NO NÚMERO DE ÓBITOS NO PERÍODO. NATAL FOI A ÚNICA CIDADE COM REDUÇÃO NESTE INDICADOR
6Nota: Óbitos por 100 mil habitantes. Total do número de óbitos causados por acidentes de trânsito. Inclui pedestres, ciclistas, motociclista ou ocupante de automóvel, ônibus ou veículo de carga.Fonte: IBGE
659594
467
297 278 245 226 195110
28,7% 36,2%
109,4%
172,5%
74,8%
0,4%
44,9%58,5%
‐29,0%
‐50,0%
0,0%
50,0%
100,0%
150,0%
200,0%
0
100
200
300
400
500
600
700
Recife Fortaleza Teresina São Luís Aracaju Maceió JoãoPessoa
Salvador Natal
Variação
2000‐2010
Òbitosem
Acidente de trânsito
Resultado em 2010 Variação entre 2000 e 2010
ATENDIMENTO DA REDE DE ÁGUAEVOLUÇÃO
A POPULAÇÃO ATENDIDA PELA REDE DE ÁGUA EM SÃO LUÍS APRESENTOU MELHORA ENTRE 2000 E 2005, PORÉM EM 2010 REGREDIU À NÍVEIS INFERIORES AO ENCONTRADO EM 2000. A CAPITAL POSSUI UMA TAXA DE ATENDIMENTO POUCO ACIMA DA
MÉDIA NACIONAL (81%)
7
Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento ‐ SNIS
87,6%
100%
83,40%
2000 2005 2010
ATENDIMENTO DA REDE DE ÁGUAREFERENCIAL COMPARATIVO
SÃO LUÍS E RECIFE APRESENTAM A PIOR COBERTURA POPULACIONAL NO ATENDIMENTO DA REDE DE ÁGUA.
ENTRE 2000 E 2010, MACEIÓ E ARACAJU FORAM AS ÚNICAS CAPITAIS DO NE COM MELHORA NO ÍNDICE
8
Fonte: Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento ‐ SNIS
82,90% 83,40% 87,10% 87,10% 89,50% 89,70% 92,20% 92,40% 99,00%
‐8,64% ‐4,20% ‐1,75%
23,86%
‐1,96% ‐10,30% ‐2,08% ‐1,60%
4,22%
81,10%
Recife São Luís Fortaleza Maceió João Pessoa Natal Salvador Teresina Aracaju
Variação entre 2000 e 2010 (p.p.) Resultados em 2010 Brasil
ESGOTAMENTO DE BANHEIROSREFERENCIAL COMPARATIVO
APENAS METADE DOS LOGRADOUROS POSSUEM REDE GERAL DE ESGOTO NOS BANHEIROS. SALVADOR
APRESENTOU O MELHOR RESULTADO NESTE INDICADOR (92%)
9
Fonte: IBGE
51%
22%
27%
Tinham banheiro ‐ rede geral de esgoto ou pluvial
Tinham banheiro ‐ fossa séptica
Tinham banheiro ‐ outro escoadouro
92%
2% 6%
Tinham banheiro ‐ rede geral de esgoto ou pluvial
Tinham banheiro ‐ fossa séptica
Tinham banheiro ‐ outro escoadouro
São Luís Salvador
DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO
TAXA DE DESEMPREGO
EVOLUÇÃO
OS ÍNDICES DE DESEMPREGO DA CAPITAL PERMANECEM EM NÍVEIS ELEVADOS EM RELAÇÃO À MÉDIA
BRASILEIRA, PORÉM COM DIMINUIÇÃO NA ÚLTIMA DÉCADA.
11Nota: Cálculo que leva em conta a população economicamente ativa desocupada em relação à população economicamente ativa. Fonte: IBGE
9,4%
21,5%
11,9%
4,90%
14,67%
7,42%
1991 2000 2010
São Luís Brasil
PESSOAL OCUPADO POR SETORREFERENCIAL COMPARATIVO
OS SETORES QUE MAIS EMPREGAM PESSOAS NA CIDADE SÃO O COMÉRCIO E A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. NO
BRASIL, A MAIOR REPRESENTATIVIDADE É A DO COMÉRCIO, SEGUIDO DAS INDÚSTRIAS DA TRANSFORMAÇÃO
Fonte: IBGE
3,4%
14,0%
17,4%
8,9%16,9%
14,7%
24,7%
Indústrias de transformação Construção
Comércio Atividades administrativas
Administração pública Educação
Outros
17%
6%
22%
9%15%
5%
26%
Indústrias de transformação Construção
Comércio Atividades administrativas
Administração pública Educação
Outros 12
São Luís Brasil
RENDA DO TRABALHOEVOLUÇÃO
O RENDIMENTO MÉDIO DE TODOS OS TRABALHOS EM SÃO LUÍS CRESCEU 122% NA ÚLTIMA DÉCADA,
ENQUANTO NO RESTO DO PAÍS FOI DE 83%
R$ 616,35
R$ 1.369,25 R$ 686,40
R$ 1.256,00
2000 2010
São Luís Brasil
Nota: Valor do rendimento médio mensal de todos os trabalhos das pessoas de 10 anos ou mais de idade ocupadasFonte: Censo Demográfico/IBGE
13
RENDA DO TRABALHOREFERENCIAL COMPARATIVO
SÃO LUÍS POSSUI A QUARTA MENOR RENDA DAS CAPITAIS DO NE E OBTEVE O MAIOR CRESCIMENTO NO
PERÍODO
14
Nota: Valor do rendimento médio mensal de todos os trabalhos das pessoas de 10 anos ou mais de idade ocupadas Fonte: Censo Demográfico/IBGE
R$1.243 R$1.328 R$1.335 R$1.369 R$1.460 R$1.471 R$1.570 R$1.577 R$1.729
R$1.256 118%
96% 95%
122%
99% 101%
133%
155%
100%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
140%
160%
180%
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
2000
Teresina Fortaleza Maceió São Luís Natal Salvador JoãoPessoa
Aracaju Recife
Variação
Rendim
ento de todos os trab
alhos
Resultados em 2010 Variação entre 2000 e 2010
ABERTURA DE EMPRESAS
A ABERTURA DE EMPRESAS ENTRE 2006 E 2011 CRESCEU 22% EM SÃO LUÍS, ENQUANTO NAS DEMAIS
CAPITAIS DO NE O CRESCIMENTO FOI DE 14%
Fonte: Cadastro Central de Empresas/IBGE
0,0%
2,0%
4,0%
6,0%
8,0%
10,0%
12,0%
14,0%
16,0%
18,0%
20,0%
Até 1966 1967 a1970
1971 a1980
1981 a1990
1991 a1995
1996 a2000
2001 a2003
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Distribuição de Empresas pelo Ano de Fundação
São Luís ‐ MA Capitais NE sem SLZ15
MOVIMENTO DE PASSAGEIROS
Fonte: Infraero
SÃO LUÍS APRESENTA BAIXO MOVIMENTO ANUAL DE PASSAGEIROS EM SEU AEROPORTO INTERNACIONAL,
APESAR DO CRESCIMENTO NOS ÚLTIMOS ANOS.
16
‐
1.000.000
2.000.000
3.000.000
4.000.000
5.000.000
6.000.000
7.000.000
8.000.000
9.000.000
10.000.000
Teresina JoãoPessoa
Aracaju Maceió São Luís Natal Fortaleza Recife Salvador
Movimento Anual de Passageiros (Embarques e Desembarques)
2008 2009 2010 2011 2012
TURISMO ‐ HOSPEDAGEM
Fonte: Pesquisa de Serviços de Hospedagem 2011/IBGE
OS ESTABELECIMENTOS DE HOSPEDAGEM EM SÃO LUÍS APRESENTAM CAPACIDADE MÉDIA COMPATÍVEL COM
O RESTANTE DAS CAPITAIS, MAS A CAPACIDADE TOTAL É BEM INFERIOR ÀS PRINCIPAIS CAPITAIS TURÍSTICAS.
17
0
50
100
150
200
250
300
350
400
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
40000
Teresina ‐ PI João Pessoa‐ PB
Aracaju ‐ SE São Luís ‐MA
Maceió ‐ AL Recife ‐ PE Fortaleza ‐CE
Natal ‐ RN Salvador ‐BA
Número de Estab
elecim
entos e
Cap
acidad
e Média
Cap
acidad
e To
tal de Hóspedes
Capacidade total de hóspedes (Pessoas) Número de estabelecimentos de hospedagem (Unidades) Capacidade Média por Estabelecimento
DESENVOLVIMENTO HUMANO E DESIGUALDADESÃO LUÍS
EM 2000, SÃO LUÍS FIGURAVA NA 1109º POSIÇÃO DENTRE OS MUNICÍPIOS BRASILEIROS – ATRÁS DE FORTALEZA, RECIFE, NATAL E
SALVADOR. APRESENTOU MELHORA NA DESIGUALDADE DE RENDA, PORÉM AQUÉM DOS NÍVEIS ENCONTRADOS EM1991 E DA MÉDIA
NACIONAL (0,608)
Nota: Não há dados municipais do IHD posteriores à 2000. O novo Atlas do Desenvolvimento Humano será publicado em 2013Fonte: PNUD
0,721
0,778
1991 2000
0,623
0,655
0,627
1991 2000 201018
Índice de Desenvolvimento Humano Índice de GINI
ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
REFERENCIAL COMPARATIVO
SÃO LUÍS APRESENTOU CRESCIMENTO MEDIANO NO IDH ENTRE AS CAPITAIS DO NE
Nota: Não há dados municipais do IHD posteriores à 2000. O novo Atlas do Desenvolvimento Humano será publicado em 2013Fonte: PNUD
19
0,7390,766 0,778 0,783 0,786 0,788 0,794 0,797 0,805
5,2%
5,3%5,7%
6,4% 6,9% 5,5%6,0% 5,7% 5,4%
Maceió Teresina São Luís João Pessoa Fortaleza Natal Aracaju Recife Salvador
Variação entre 1991 e 2000 Resultados em 2000
ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCALEVOLUÇÃO
HOUVE REDUÇÃO NO DESEMPENHO DA GESTÃO FISCAL DO MUNICÍPIO ENTRE 2006 E 2010, COM PERDA DE
18 POSIÇÕES NO RANKING ENTRE 100 CIDADES BRASILEIRAS
Nota: Ranking dos 100 maiores municípios brasileiros. Avaliação da gestão fiscal dos municípios brasileiros em 5 dimensões: Receita Própria, Investimento, Gastos com Pessoal, Liquidez e Custo da Dívida.Fonte: FIRJAN
0,5926
0,4924
2006 2010
20
• Considerada ferramenta de
accoutability, auxilia no
diagnóstico sobre a situação dos
municípios brasileiros no que se
refere à arrecadação e gestão dos
gastos municipais
• Possui variação de 0 a 1, sendo 1
resultante da obtenção de nota
máxima nos critérios analisados
• Contempla 5 subindicadores
ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCALREFERENCIAL COMPARATIVO
SÃO LUÍS TEM O TERCEIRO PIOR ÍNDICE CONSOLIDADO E POSIÇÃO INTERMEDIÁRIA NO COMPONENTE DE
RECEITA PRÓPRIA
Fonte: FIRJAN
21
0,452 0,485 0,492 0,597 0,604 0,629 0,650 0,677 0,712
‐37,9%
4,1%
‐16,9% ‐13,7%
25,5%3,0%
11,5%2,2%
‐3,3%Natal Salvador São Luís Maceió João Pessoa Aracaju Fortaleza Teresina Recife
0,554 0,652 0,671 0,675 0,697 0,706 0,755 0,904 0,922
43,9%20,6%
2,9%9,8%
‐1,9% ‐12,4%
6,5%0,6% 2,4%
Teresina João Pessoa Maceió São Luís Aracaju Fortaleza Natal Recife Salvador
Variação entre 2006 e 2010 Resultados em 2010
IFGF Consolidado
Receita Própria
ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCALREFERENCIAL COMPARATIVO
OS GASTOS COM PESSOAL DO MUNICÍPIO APRESENTAM OS PIORES RESULTADOS DO COMPARATIVO, COM A MAIOR VARIAÇÃO
NEGATIVA NO PERÍODO. ENTRETANTO, NOS INVESTIMENTOS, SÃO LUÍS POSSUI O MELHOR DESEMPENHO, COM FORTE EVOLUÇÃO
ENTRE 2006 E 2010
Fonte: FIRJAN
22
0,416 0,428 0,496 0,561 0,601 0,611 0,644 0,684 0,798
‐50,7%‐34,2%
‐9,6%
2,6%4,7%
‐24,0% ‐21,7% ‐3,4% ‐12,2%
São Luís Natal Aracaju Fortaleza João Pessoa Recife Teresina Maceió Salvador
0,253 0,272 0,277 0,379 0,379 0,502 0,514 0,605 0,739
‐56,6% ‐53,3%
51,0%30,30% 19,9%
‐19,5%
89,5%
28,90%
173,7%
Natal Maceió Salvador Aracaju Recife Teresina Fortaleza João Pessoa São Luís
Variação entre 2006 e 2010 Resultados em 2010
Gastos com Pessoal
Investimentos
ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCALREFERENCIAL COMPARATIVO
SÃO LUÍS POSSUI O PIOR RESULTADO NA PROPORÇÃO DE RESTOS A PAGAR, COM FORTE VARIAÇÃO NEGATIVA NO PERÍODO. OS
ENCARGOS DA DÍVIDA EM RELAÇÃO À RECEITA, ENTRETANTO, COLOCAM O MUNICÍPIO EM QUARTO LUGAR
Fonte: FIRJANNota: não há dados sobre Salvador no indicador de Liquidez
23
0,352 0,593 0,691 0,756 0,782 0,788 0,847 0,859 0,931
104,9% 62,3%
22,5%
‐1,4% ‐5,3% ‐2,9% ‐3,1% ‐2,2%
34,0%
Salvador Maceió João Pessoa Fortaleza Recife São Luís Aracaju Natal Teresina
Variação entre 2006 e 2010 Resultados em 2010
0,0090,190
0,518 0,762 0,770 0,845 0,898 0,921
‐98,3%‐78,9%
70,70%
‐21,4%
23,3% 9,30% 11,1% 4,1%
São Luís Natal João Pessoa Maceió Fortaleza Aracaju Teresina Recife
Liquidez
Custo da Dívida
GESTÃO FISCAL
INDICADOR ESTUDADO
ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCAL
• AVALIAÇÃO DA GESTÃO FISCAL DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS* EM 5 PERSPECTIVAS:
• RECEITA PRÓPRIA: CAPACIDADE DE ARRECADAÇÃO DE TRIBUTOS DESCONTADAS AS TRANSFERÊNCIAS INTERGOVERNAMENTAIS
• INVESTIMENTO: PERCENTUAL INVESTIDO PELO MUNICÍPIO EM RELAÇÃO À RECEITA CORRENTE LÍQUIDA (RCL)
• GASTOS COM PESSOAL: PARCELA DOS GASTOS COM SALÁRIO E APOSENTADORIA EM RELAÇÃO À RCL
• LIQUIDEZ : PROPORÇÃO DOS RESTOS A PAGAR EM RELAÇÃO AOS ATIVOS FINANCEIROS DO MUNICÍPIO
• CUSTO DA DÍVIDA: ENCARGOS DA DÍVIDA EM RELAÇÃO À RECEITA LÍQUIDA REAL
• O ÍNDICE IFGF POSSUI VARIAÇÃO DE 0 A 1, SENDO 1 RESULTANTE DA OBTENÇÃO DE NOTA MÁXIMA NOS CRITÉRIOS
ANALISADOS
• FONTE: FIRJAN, ANOS 2006 E 2010
• RELEVÂNCIA: CONSIDERADA FERRAMENTA DE ACCOUTABILITY , AUXILIA NO DIAGNÓSTICO SOBRE A SITUAÇÃO DOS
MUNICÍPIOS BRASILEIROS NO QUE SE REFERE À ARRECADAÇÃO E GESTÃO DOS GASTOS MUNICIPAIS. O INDICADOR
CONTEMPLA DIVERSAS PERSPECTIVAS DO ORÇAMENTO MUNICIPAL, AUXILIANDO NA ANÁLISE DE MÚLTIPLOS FATORES QUE
INTERFEREM DA BOA GESTÃO DAS FINANÇAS LOCAIS
*Exceto Brasília ‐ DF 24
NOTA METODOLÓGICA
CÁLCULO DO ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCAL
IFGF – LIQUIDEZ (2010) IFGF – CUSTO DA DÍVIDA (2010) CLASSIFICAÇÃO DOS RESULTADOS
Base de cálculo: Restos a Pagar/ Ativos FinanceirosCritérios: • = 0, IFGF = 1• > 1 : IFGF = 0• > 0 e < 1 : aplicação de ponderação
Base de cálculo: Juros e Amortizações/ Receita Líquida RealCritérios: • = 0 : IFGF = 1• > 13%, IFGF = 0• > 0 e < 13% : aplicação de ponderação
• Conceito A (gestão de excelência):• nota > 0,8 e < 1
• Conceito B (boa gestão fiscal):• nota > 0,6 e < 0,8
• Conceito C (gestão em dificuldade):• nota > 0,4 e < 0,6
• Conceito D (gestão crítica):• nota < 0,4
IFGF – RECEITA PRÓPRIA (2010) IFGF – GASTOS COM PESSOAL (2010) IFGF – INVESTIMENTOS (2010)
Base de cálculo:Receita Própria/ Receita Corrente Líquida. Critérios: • > 50%: IFGF = 1• = 0:IFGF = 0• > 0% e < 50%: aplicação de ponderação
Base de cálculo:Despesas com Pessoal/ Receita Corrente Líquida. Critérios: • < 30%: IFGF = 1• > 60%: IFGF = 0• > 30% e < 60%: aplicação de ponderação
Base de cálculo:Investimentos/ Receita Corrente Líquida. Critérios: • > 20%: IFGF = 1• = 0: IFGF = 0• > 0% e < 20%: aplicação de ponderação
PONDERAÇÃO DAS PERSPECTIVAS PELOS SEGUINTES PESOS:
• RECEITA PRÓPRIA, GASTOS COM PESSOAL, INVESTIMENTOS E LIQUIDEZ: 22,5%
• CUSTO DA DÍVIDA: 10%
ÍNDICE GLOBAL*
*Exceto Brasília ‐ DF
25
ASPECTOS SOCIAIS
TAXA DE ANALFABETISMO
EVOLUÇÃO
SÃO LUÍS APRESENTOU REDUÇÃO DE 34% NA TAXA DE ANALFABETISMO DAS PESSOAS COM 10 ANOS OU MAIS NA
ÚLTIMA DÉCADA. O MUNICÍPIO OBTEVE RESULTADOS MELHORES QUE A MÉDIA NACIONAL NO PERÍODO ANALISADO
27
Fonte: IBGE
76.628
58.734
8,81%
5,79%
14,19%
9,77%
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
14%
16%
‐
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
80.000
90.000
2000 2010
População Analfabeta Taxa de Analfabetismo São Luís Taxa de Analfabetismo Brasil
DISTORÇÃO IDADE‐SÉRIEEVOLUÇÃO
SÃO LUÍS APARECE, NO RESULTADO DE 2010, MELHOR QUE A MÉDIA BRASILEIRA, COM FORTE REDUÇÃO NO
PERÍODO ANALISADO.
Nota: A partir da adequação teórica entre a série e a idade do aluno, o cálculo do percentual de alunos, em cada série, com idade superior à idade recomendadaFonte: Ministério da Educação
18,30%
14,20% 12,80%
18,50%
16,60%
11,70% 11,50%
2006 2008 2010
Rede Municipal Brasil 2010 Todas as Redes
40,50%
24,30% 26,70%
29,60%
30,10%
19,30%21,80%
2006 2008 2010
Rede Municipal Brasil 2010 Todas as Redes
28
Anos Iniciais Anos Finais
DISTORÇÃO IDADE‐SÉRIEREFERENCIAL COMPARATIVO
A REDE MUNICIPAL DE SÃO LUÍS APRESENTA MELHORES TAXAS DE DISTORÇÃO EM COMPARAÇÃO ÀS DEMAIS
CAPITAIS DO NE E ABAIXO DA MÉDIA BRASILEIRA
Fonte: Ministério da Educação
30,1% 24,2% 22,9% 22,5% 20,6% 17,9% 14,4% 13,7% 11,5%
‐6,5% ‐0,9%
1,0%
‐7,8% ‐11,1% ‐3,8% ‐2,4% ‐1,6% ‐5,1%
18,5%
Salvador João Pessoa Fortaleza Maceió Aracaju Natal Recife Teresina São Luís
41,5% 42,8% 36,2% 35,3% 34,4% 31,5% 31,0% 26,2% 21,8%
‐3,3% ‐11,8%
36,2%
2,2%
‐11,7%
31,5%
‐7,2% ‐5,2% ‐8,3%
29,6%
Salvador Maceió João Pessoa Natal Recife Aracaju Fortaleza Teresina São Luís
Variaçãoe ntre 2006 e 2010 (p.p.) Resultados em 2010 Brasil
Anos Iniciais
Anos Finais
29
REPROVAÇÃOREFERENCIAL COMPARATIVO
SÃO LUÍS SE MANTEVE COM A MENOR TAXA DE REPROVAÇÃO DENTRE AS CAPITAIS, NOS ANOS INICIAIS E
FINAIS
Fonte: Ministério da Educação
30
12,7% 12,7% 9,6% 9,6% 9,4% 8,0% 6,7% 6,6% 5,7%
1,7% 0,1%1,3%
‐0,8%‐0,8% ‐2,7% ‐2,3% ‐1,1% ‐1,3%
7,20%
Salvador Aracaju Natal João Pessoa Maceió Fortaleza Teresina Recife São Luís
26,9% 24,5% 20,0% 17,2% 15,7% 15,2% 13,5% 11,7% 9,8%
2,4% 3,9%
‐0,4%
4,3%0,4%
‐4,3% ‐1,9% ‐1,7% ‐2,0%
12,4%
Recife Aracaju Maceió Teresina João Pessoa Fortaleza Salvador Natal São Luís
Variação entre 2007 e 2011 Resultados em 2011 Brasil
Anos Iniciais
Anos Finais
ABANDONOEVOLUÇÃO
HOUVE REDUÇÃO CONSIDERÁVEL NAS TAXAS DE ABANDONO DESDE 2007, CHEGANDO A RESULTADOS MAIS
BAIXOS QUE A MÉDIA NACIONAL.
Nota: percentual de alunos que, numa dada série, deixam de frequentar a escola durante o ano letivo sobre o total matrículas.Fonte: Ministério da Educação
3,6%
2,1%
1,5%
1,6%
3,3%
1,8%
1,2%
2007 2009 2011
Rede Municipal Brasil 2010 Todas as Redes
5,9%
3,2%2,3%
4,2%4,7%
2,7%2,1%
2007 2009 2011
Rede Municipal Brasil 2010 Todas as Redes
31
Anos Iniciais Anos Finais
ABANDONOREFERENCIAL COMPARATIVO
SÃO LUÍS APARECE ENTRE AS CAPITAIS COM AS MENORES TAXAS DE ABANDONO ESCOLAR. O DESTAQUE É
TERESINA, QUE APRESENTA AS TAXAS MAIS BAIXAS NOS DOIS GRUPOS DE ANÁLISE
Fonte: Ministério da Educação
32
4,1% 3,6% 3,4% 2,9% 2,9% 2,6%1,2% 1,0% 0,8%
‐3,4%‐3,7%
‐2,2% ‐1,2% ‐2,3% ‐2,0% ‐2,1% ‐2,3% ‐2,3%
1,6%
João Pessoa Maceió Salvador Natal Aracaju Fortaleza São Luís Recife Teresina
14,2%8,7%
6,7% 6,5% 6,2% 6,1% 6,0% 2,1% 1,9%
‐2,8% ‐1,4% ‐1,1% ‐1,0% ‐3,0%‐10,3%
‐4,3%‐2,6% ‐2,7%
4,2%
Maceió João Pessoa Aracaju Natal Salvador Recife Fortaleza São Luís Teresina
Variação entre 2007 e 2011 (p.p.) Resultado em 2011 Brasil
Anos Iniciais
Anos Finais
APRENDIZADO ADEQUADO (5º ANO)EVOLUÇÃO
A PORCENTAGEM DE ALUNOS COM APRENDIZADO ADEQUADO EM SÃO LUÍS FICOU ABAIXO DA MÉDIA BRASILEIRA, E VEM SE
DISTANCIANDO DA MESMA NO PERÍODO ANALISADO. APENAS ¼ DOS ALUNOS DA CAPITAL MARANHENSE POSSUEM CONHECIMENTOS
ADEQUADOS PARA A SÉRIE EM PORTUGUÊS, COM RESULTADOS MENOS SATISFATÓRIOS EM MATEMÁTICA
Fonte: Ministério da Educação
23% 23%25%
25%
32%
37%
2007 2009 2011
São Luís Brasil
14%
17%15%
22%
30%
33%
2007 2009 2011
São Luís Brasil 33
Português Matemática
APRENDIZADO ADEQUADO (5º ANO)REFERENCIAL COMPARATIVO
EM PORTUGUÊS, A CAPITAL APRESENTOU RESULTADO INTERMEDIÁRIO NO COMPARATIVO. O PONTO DE ATENÇÃO É
EM MATEMÁTICA, NA QUAL FICA ATRÁS SOMENTE DE MACEIÓ, COM PEQUENA DIFERENÇA EM RELAÇÃO À MESMA
Fonte: Ministério da Educação
34
18% 23% 24% 24% 25% 28% 31% 33% 39%4%
6%12%
6% 2%
9%14% 12%
17%
37%
Maceió Aracaju Natal Recife São Luís Salvador Fortaleza João Pessoa Teresina
14% 15% 16% 17% 18% 20% 23% 24%33%
3% 1% 4%8%
5%
8%11% 8%
17%
33%
Maceió São Luís Aracaju Natal Recife Salvador Fortaleza João Pessoa Teresina
Variação entre 2007 e 2011 (p.p.) Resultado em 2011 Brasil
Português
Matemática
APRENDIZADO ADEQUADO (5º ANO)ESCOLAS PÚBLICAS
Fonte: Ministério da Educação
Escola RedeAprendizado Adequado
Crescimento 2009 e 2011
(pp)
Montezuma Estadual 51,84% 28,77
Nice Lobao Cintra Estadual 36,74% ‐3,81
Santa Tereza Estadual 36,16% 4,91
Bandeira Tribuzzi Municipal 34,62% 10,37
Aluisio Azevedo Estadual 33,82% ‐12,12
Miguel Lins Municipal 29,97% 1,09
Estado Do RN Estadual 27,55% ‐8,12
Padre Newton Pereira Estadual 24,56% 3,89
Estado De Alagoas Estadual 22,87% 0,47
Agostinho Vasconcelos Municipal 22,81% 10,31
Pio Xii Estadual 4,58% 1,13
Prof. Luzenir Mata Roma Municipal 4,54% ‐10,4
Sagarana I Estadual 3,32% ‐9,58
Haydee Chaves Municipal 2,92% ‐20,57
Rivanda Berenice Braga Municipal 2,63% ‐9,37
Santa Barbara Estadual 2,06% 2,06
Hortencia Pinho Municipal 1,76% ‐6,16
1O De Maio Estadual 1,56% ‐11,12
Vila Maranhao Estadual 0 ‐3,85
Viriato Correa Estadual 0 ‐8,57
Escola RedeAprendizado Adequado
Crescimento 2009 e 2011
(pp)
Montezuma Estadual 74,06% 27,91
Aluisio Azevedo Estadual 57,36% 9,35
Nice Lobao Cintra Estadual 52,75% 4,89
Santa Tereza Estadual 48,82% 5,06
Estado Do RN Estadual 42,17% 4,59
Miguel Lins Municipal 40,36% ‐0,75
Padre Newton Pereira Estadual 37,65% ‐2,35
Estado De Alagoas Estadual 37,16% 10,46
Marechal Castelo Branco Estadual 36,61% 19,56
Anjo Da Guarda Municipal 35,59% 7,59
Haydee Chaves Municipal 12,71% ‐12,8
Santa Barbara Estadual 12,31% 10,05
Embx. Araujo Castro Caic I Estadual 10,71% ‐3,84
Pio Xii Estadual 9,69% ‐1,8
1O De Maio Estadual 9,36% ‐14,57
Rivanda Berenice Braga Municipal 8,46% ‐5,54
Viriato Correa Estadual 6,65% 3,71
Hortencia Pinho Municipal 6,07% ‐2,5
Vila Maranhao Estadual 5,56% 1,56
Prof. Luzenir Mata Roma Municipal 2,08% ‐18,61
Português Matemática
APRENDIZADO ADEQUADO (9º ANO)EVOLUÇÃO
NO ÚLTIMO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL, APENAS 19% DOS ALUNOS POSSUEM APRENDIZADO
SATISFATÓRIO EM PORTUGUÊS E 8% EM MATEMÁTICA – AMBOS ABAIXO DA MÉDIA BRASILEIRA.
Fonte: Ministério da Educação
16%
21%19%
16%
23%22%
2007 2009 2011
São Luís Brasil
7%8% 8%
9%10%
12%
2007 2009 2011
São Luís Brasil 36
Português Matemática
APRENDIZADO ADEQUADO (9º ANO)REFERENCIAL COMPARATIVO
OS RESULTADOS NO COMPARATIVO SÃO MELHORES EM PORTUGUÊS, OCUPANDO O QUARTO MELHOR
DESEMPENHO. EM MATEMÁTICA APRESENTOU O QUARTO PIOR DESEMPENHO NO PERÍODO ANALISADO
Fonte: Ministério da Educação
37
11% 15% 17% 17% 18% 19% 21% 22% 22%
4%
7% 4%6% 4% 3%
6%9% 10%
22%
Maceió Recife Salvador Aracaju Natal São Luís João Pessoa Teresina Fortaleza
4%7% 7% 8% 8% 9% 10% 10%
13%1%
3% 3%1%
3%1%
4% 2%
5%
12%
Maceió Recife Salvador São Luís Aracaju João Pessoa Fortaleza Natal Teresina
Variação entre 2007 e 2011 (p.p.) Resultado em 2011 Brasil
Português
Matemática
APRENDIZADO ADEQUADO (9º ANO)ESCOLAS PÚBLICAS
Fonte: Ministério da Educação
Escola RedeAprendizado Adequado
Crescimento 2009 e 2011
(pp)
Militar da PM do MA Estadual 54,71% 14,12
Aluisio Azevedo Estadual 41,79% 4,65
Santa Tereza Estadual 40,81% 8,81
Odylo Costa Filho Estadual 40,77% Sem dados
Doutor Clarindo Santiago Estadual 35,01% 15,96
Professora Maria Pinho Estadual 32,01% 0,07
Nice Lobao Cintra Estadual 30,14% ‐1,38
Conego Ribamar Carvalho Estadual 29,64% 10,08
Professor Barjonas Lobao Estadual 29,39% ‐11,98
Sao Jose Operario Estadual 28,95% ‐1,33
Barjonas Lobao Estadual 8,55% ‐7,08
Professor Carlos Saads Municipal 7,99% ‐2,72
Professor Rosilda Cordeiro Municipal 7,85% 2,59
Salim Braid Estadual 5,55% 2,92
Estado Do Para Estadual 5,37% ‐8,91
Viriato Correa Estadual 4,17% ‐13,07
Estado Do Ceara Estadual 3,58% ‐10,71
Severiano De Sousa Lima Estadual 3,55% ‐32,45
Pio Xii Estadual 3,41% ‐8,42
Agostinho Vasconcelos Municipal 0 ‐9,52
Escola RedeAprendizado Adequado
Crescimento 2009 e 2011
(pp)
Militar da PM do MA Estadual 33,82% 9,06
Aluisio Azevedo Estadual 31,35% 9,92
Miguel Lins Municipal 18,96% 0,78
Professora Maria Pinho Estadual 15,53% 7,2
Doutor Clarindo Santiago Estadual 14,99% 14,99
Nice Lobao Cintra Estadual 14,38% 0,24
Santa Tereza Estadual 14,14% ‐4,51
Estado Do RN Estadual 13,43% 0,73
Professor Barjonas Lobao Estadual 13,43% 1,36
Antonio Vieira Municipal 12,47% 6,66
Joao Lima Sobrinho Municipal 1,56% ‐6,69
Professor Ezelberto Martins Estadual 1,32% ‐0,37
Maria Jose Vaz Dos Santos Municipal 1,22% ‐0,63
Governador Leonel Brizola Municipal 0,94% ‐3,6
Conego Ribamar Carvalho Estadual 0 ‐4,35
Estado Do Ceara Estadual 0 0
Joaquim Gomes De Sousa Estadual 0 ‐6,67
Julio De Mesquita Filho Estadual 0 ‐20
Professor Luzenir Mata Roma Municipal 0 ‐5,88
Rivanda Berenice Braga Municipal 0 Sem dados
Português Matemática
NUNCA FREQUENTOU A ESCOLASÃO LUÍS
EM SÃO LUÍS, 14,7% DA POPULAÇÃO IDOSA NUNCA FREQUENTOU A ESCOLA
Fonte: Censo 2010/IBGE
650 6591455 1582
4052 4023 4281
11452
10 a 14 anos 15 a 19 anos 20 a 24 anos 25 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos 60 anos oumais
Apenas 0,71% das crianças entre 4 e 17 anos nunca frequentou a escola
39
NÍVEL DE INSTRUÇÃOSÃO LUÍS
A MAIORIA DA POPULAÇÃO DE SÃO LUÍS (52%) NÃO CONCLUIU O ENSINO BÁSICO. DOS QUE FREQUENTAM
O ENSINO SUPERIOR, APENAS 13,73% O CONCLUEM
Fonte: Ministério da Educação
Taxa de Conclusão do Ensino Superior
12,0%15,5% 14,3%
11,7%
13,1%15,0% 15,8% 15,2%
2000 2004 2008 2010
São Luís Brasil 40
34,08% FUNDAMENTAL INCOMPLETO E SEM INSTRUÇÃO
18,28% FUNDAMENTAL COMPLETO E MÉDIO INCOMPLETO
37,23% MÉDIO COMPLETO E SUPERIOR INCOMPLETO
9,77% SUPERIOR COMPLETO
CURSOS DE GRADUAÇÃO
EVOLUÇÃO
EM SÃO LUÍS, A OFERTA DE CURSOS DE GRADUAÇÃO DA REDE PRIVADA CRESCEU VIGOROSAMENTE NA
ÚLTIMA DÉCADA
Fonte: Ministério da Educação ‐ 2010
14
2433 33
4045
51 53
20
68
89
103
2000 2004 2008 2010
Estadual Federal Privada
No Brasil, há 19.756 cursos na rede privada, 141% a mais do que a oferta da rede pública
41
OFERTA NO ENSINO SUPERIORREFERENCIAL COMPARATIVO
SÃO LUÍS POSSUI A MAIOR RELAÇÃO DE CANDIDATOS DISPUTANDO POR VAGA NO ENSINO SUPERIOR. EM
SALVADOR, SÃO MENOS DE 2 CANDIDATOS POR VAGA
Fonte: Ministério da Educação
42
5,70
4,50
3,73 3,553,30
2,482,00 1,97 1,80 2,15
São Luís Teresina João Pessoa Recife Fortaleza Maceió Natal Aracaju Salvador
Relação Candidato por vaga (2010) Brasil
EVOLUÇÃO DAS DESPESAS COM SAÚDE
SÃO LUÍS
HOUVE UM AUMENTO SIGNIFICATIVO NAS DESPESAS MUNICIPAIS COM SAÚDE NA ÚLTIMA DÉCADA. A
PARTICIPAÇÃO DO SUS NAS DESPESAS DE SAÚDE VÊM REGREDINDO DESDE 2000
Nota: Despesa total com Saúde (exceto inativos), inclusive aquela financiada por outras esferas de governo, por habitante. Fonte: Rede Nossa São Luís
R$ 146,6R$ 191,2
R$ 284,8
R$ 414,3
R$ 564,4
2000 2003 2006 2009 2012
Despesa com Saúde/ Habitante
78,62
66,28
53,7750,48
42,74
2000 2003 2006 2009 2012
% Transf. SUS/ Despesa com Saúde
IDSUSCLASSIFICAÇÃO
44
GRUPO HOMOGÊNEO IDSE ICS IESSM
GH6 BAIXO BAIXO SEM ESTRUTURA MAC¹
GH5 MÉDIO MÉDIO SEM ESTRUTURA MAC
GH4 BAIXO BAIXO POUCA ESTRUTURA MAC
GH3 MÉDIO MÉDIO POUCA ESTRUTURA MAC
GH2 ALTO MÉDIO MÉDIA ESTRUTURA MAC
GH1 ALTO MÉDIO MUITA ESTRUTURA MAC
A FORMAÇÃO DOS GRUPOS HOMOGÊNEOS, SEGUNDO AS SUAS SEMELHANÇAS, OCORREU POR MEIO DA
UTILIZAÇÃO DE TRÊS ÍNDICES: O ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO (IDSE); O ÍNDICE DE
CONDIÇÕES DE SAÚDE (ICS); E O ÍNDICE DE ESTRUTURA DO SISTEMA DE SAÚDE DO MUNICÍPIO (IESSM)
ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO:
• PIB MUNICIPAL PER CAPITA ‐ PESO DE 54,93%• PROPORÇÃO DE FAMÍLIAS COM BOLSA FAMÍLIA – PESO DE 45,07%
ÍNDICE DE CONDIÇÕES DE SAÚDE:
• TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL – MENOR DE 8 ÓBITOS A CADA 1.000 NASCIDOS VIVOS
ÍNDICE DE ESTRUTURA DO SISTEMA DE SAÚDE DO MUNICÍPIO:
• CONSIDERA OS RECURSOS FÍSICOS E HUMANOS DO SISTEMA DE SAÚDE, BEM COMO A
PROPORÇÃO DE SERVIÇOS PRESTADOS, TAIS COMO PROCEDIMENTOS DE INTERNAÇÕES (MÉDIA E
ALTA COMPLEXIDADE) E AMBULATORIAIS, MÉDICOS DE ATENÇÃO BÁSICA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE
SÃO LUÍS
¹ Atenção de alta e média complexidade ou estrutura de atenção especializada, ambulatorial e hospitalarNota: Composto de 24 indicadores associados aos temas de cobertura (acesso potencial ou obtido) com 14 indicadores, e efetividade (resultados esperados) do SUS, com 10 indicadores.
IDSUSCOMPARATIVO
SÃO LUÍS OBTEVE O MELHOR DESEMPENHO NO IDSUS DE 2011 DENTRE OS REFERENCIAIS COMPARATIVOS, ACIMA DA MÉDIA
BRASILEIRA. ALÉM DISSO, FIGURA NO GRUPO DE MUNICÍPIOS PERTENCENTE AO GH 1, REFLEXO DA BOA ESTRUTURA INSTALADA DE
SAÚDE NO MUNICÍPIO
45
Fonte: Ministério da Saúde – Portal da Saúde
5,03
5,18
5,32
5,555,62
5,86 5,89 5,9 5,93
5,47
Maceió Fortaleza João Pessoa Aracaju Teresina Salvador Natal Recife São Luís
Notas em 2011 Brasil
ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER
EVOLUÇÃO
O MARANHÃO POSSUI 4,4 ANOS A MENOS NA EXPECTATIVA DE VIDA DOS SEUS HABITANTES, EM RELAÇÃO À MÉDIA BRASILEIRA.
ENTRETANTO, HOUVE UM AUMENTO, EM ANOS, MAIOR DO QUE O OBSERVADO NO RESTO DO PAÍS NO PERÍODO ANALISADO
46
Fonte: Ministério da Saúde – Portal da Saúde
64,8
66,4
6868,8
70,4
71,772,8
73,4
2000 2004 2008 2010
Maranhao Brasil
ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER
REFERENCIAL COMPARATIVO
NO COMPARATIVO ENTRE AS REGIÕES BRASILEIRAS, O MARANHÃO POSSUI UMA EXPECTATIVA DE VIDA MENOR DO QUE O NORDESTE
– O QUAL JÁ SE POSICIONA ABAIXO DA MÉDIA DO PAÍS. SUA EVOLUÇÃO EM ANOS, ENTRETANTO, FOI A MAIOR DENTRE OS
REFERENCIAIS
47
Fonte: Ministério da Saúde – Portal da Saúde
68,870,8
72,474,5 74,9 75,5
4
3,6
2,9
2,72,9
2,8
73,4
Maranhao Região Nordeste Região Norte Região C‐O Região Sudeste Região Sul
Resultados em 2010 Variação entre 2000 e 2010 Brasil
TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL
EVOLUÇÃO
SÃO LUÍS APRESENTOU CRESCIMENTO NA TAXA DE MORTALIDADE INFANTIL, DESDE 2009, EM OPOSIÇÃO AO COMPORTAMENTO DO
PAÍS NO PERÍODO. A RECOMENDAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE É QUE HAJA ATÉ 10 MORTES PARA CADA MIL
NASCIDOS VIVOS
48Nota: Número de óbitos em menores de um ano de idade, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano consideradoFonte: Ministério da Saúde – Portal da Saúde
16,8%16,5%
15,5%16,0%
18,0%
15,7%15,0% 14,8%
13,9%13,5%
2007 2008 2009 2010 2011
São Luís Brasil
ÓBITO MATERNO POR CAUSAS OBSTETRÍCIAS
EVOLUÇÃO
EM SÃO LUÍS, SETE EM CADA DEZ ÓBITOS DE MULHERES GRÁVIDAS SÃO DECORRENTES DE CAUSAS LIGADAS
EXCLUSIVAMENTE À MATERNIDADE. HOUVE INCREMENTO NESTA PARCELA ENTRE 2008 E 2010
49
91,7%
78,6%73,3%
80,0%
60,0%
70,4%75,2% 73,5%
70,9% 71,8%
71,1%
66,7%
2000 2002 2004 2006 2008 2010
São Luís Brasil
Nota: Óbitos que ocorrem por complicações obstétricas durante gravidez, parto ou puerpério devido a intervenções, omissões, tratamento incorreto ou a união resultante dessas causasFonte: Ministério da Saúde – DataSUS
ÓBITO MATERNO POR CAUSAS OBSTETRÍCIAS
REFERENCIAL COMPARATIVO
A CAPITAL APRESENTA O TERCEIRO PIOR DESEMPENHO NESTE INDICADOR, EM RELAÇÃO AO COMPARATIVO, PORÉM COM MELHORA
NO PERÍODO OBSERVADO. O DESTAQUE É ARACAJU, COM A MENOR TAXA DE ÓBITOS MATERNOS POR CAUSAS DIRETAS E A MELHOR
REDUÇÃO NO INTERVALO ANALISADO
50
Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS
90,9%75,0% 70,4%
50,0% 44,4% 40,0% 36,4% 33,3% 33,3%
‐9,1% ‐9,6%
‐29,6%‐16,7%
‐27,0%‐36,5%
‐20,7%‐33,4%
‐60,0%
66,7%
Maceió Natal São Luís Recife Fortaleza Salvador Teresina João Pessoa Aracaju
Variação entre 1996 e 2010 Resultados em 2010 Brasil
CONSULTAS DE PRÉ‐NATALVALOR ABSOLUTO
EM 2010, A MAIOR PARTE DOS NASCIDOS VIVOS EM SÃO LUÍS NÃO RECEBERAM ACOMPANHAMENTO PRÉ‐NATAL COMPLETO, OU
SEJA, PELO MENOS 7 CONSULTAS DURANTE A GRAVIDEZ. ALÉM DISSO, 2,5% DAS MULHERES NÃO REALIZARAM PRÉ‐NATAL
51
2,5%
55,1%
42,4%
2,4%
32,8%
64,8%
Nenhuma consulta 1 a 6 consultas 7 ou mais consultas
São Luís Brasil
Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS
CONSULTAS DE PRÉ‐NATALEVOLUÇÃO
CONSIDERANDO O PRÉ‐NATAL COMPLETO, SÃO LUÍS VEM SE DISTANCIANDO NEGATIVAMENTE DA MÉDIA BRASILEIRA NESTE
INDICADOR, COM PEQUENA MELHORA EM 2004, PORÉM SEM UMA TENDÊNCIA CONCRETA DE AVANÇO – APRESENTA DESEMPENHO
INFERIOR AO OBSERVADO EM 1996
52
45,5341,28
30,933,31
38,5934,8
37,8542,4
50,28 49,4545,97
49,14
59,34 60,94 62,1864,83
1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010
São Luís Brasil
Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS
CONSULTAS DE PRÉ‐NATALREFERENCIAL COMPARATIVO
DENTRE AS CAPITAIS DO NORDESTE, SÃO LUÍS POSSUI O PIOR RESULTADO NO PROCESSO COMPLETO DE PRÉ‐NATAL. A REFERÊNCIA, NESTE CASO, É JOÃO PESSOA, COM 60% DAS GESTANTES ASSISTIDAS, AINDA ABAIXO DA MÉDIA BRASILEIRA. O DESTAQUE É PARA A
EVOLUÇÃO NEGATIVA NO PERÍODO EM 6 DAS 9 CAPITAIS COMPARADAS
53
Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS
42,4 43,5649,56 50,89 52,1 55,07 57,06 58,64 60,19
‐3,13 ‐11,2 ‐12,6‐4,9
7,06
12,18
‐15,02
8,32
‐4,35
64,83
São Luís Fortaleza Maceió Salvador Teresina Natal Aracaju Recife João Pessoa
Variação entre 1996 e 2010 Resultados em 2010 Brasil
PROGRAMA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
EVOLUÇÃO
QUASE METADE DA POPULAÇÃO BRASILEIRA POSSUI ACESSO À ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA. ENTRETANTO, SÃO LUÍS POSSUI
APENAS 29,2% DE SEUS CIDADÃOS CADASTRADOS, ALÉM DE TER TIDO QUEDA NESTE INDICADOR DESDE 2009
54
35,7%37,9% 39,3%
32,8%29,2%
47,0%48,9% 49,9%
52,3%49,2%
2007 2008 2009 2010 2011
São Luís Brasil
Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS
PROGRAMA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
REFERENCIAL COMPARATIVO
A CAPITAL TEM ÍNDICE MUITO ABAIXO DA MÉDIA BRASILEIRA. OS DESTAQUES SÃO ARACAJU E TERESINA NO ÍNDICE DE COBERTURA
TOTAL, ALÉM DE FORTALEZA TER APRESENTADO A MAIOR ELEVAÇÃO NESTE INDICADOR, COM AUMENTO DE 21% NO PERÍODO
ESTUDADO
55
Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS
13,68%26,64% 27,51% 29,16%
38,04%
58,22%
76,77% 79,73% 82,48%
‐0,70%‐19,3%
1,75%
‐6,49%
21,1%5,37%
‐13,06%‐8,83%
3,22%
49,20%
Salvador Natal Maceió São Luís Fortaleza Recife João Pessoa Aracaju Teresina
Variação entre 2007 e 2011 Resultados em 2011 Brasil
LEITOS HOSPITALARES
EVOLUÇÃO
A PROPORÇÃO DE LEITOS HOSPITALARES VEM SENDO REDUZIDA NOS ÚLTIMOS ANOS, INCLUSIVE NO BRASIL. A POPULAÇÃO CRESCEU
17% EM SÃO LUÍS, ANTE UMA REDUÇÃO DE 29% NA OFERTA NO MESMO PERÍODO, INDICANDO UMA POSSÍVEL MUDANÇA NOS
PADRÕES DE UTILIZAÇÃO OU REDUÇÃO NA ASSISTÊNCIA COM SUPORTE DE LEITOS
56
6,726,33
5,75,37
4,38
3,87 3,99 3,823,32 3,2 3,05 2,88
2,65 2,48 2,46 2,42
1994 1996 1998 2000 2002 2006 2008 2010
São Luís Brasil
Nota: leitos por habitanteFonte: Ministério da Saúde – DataSUS
ÓBITOS POR ARMA DE FOGOEVOLUÇÃO
SÃO LUÍS APRESENTOU CRESCIMENTO NESTE INDICADOR DE 214% NA ÚLTIMA DÉCADA. EM 2010 HAVIA 31
ÓBITOS POR ARMAS DE FOGO A CADA 100 MIL HABITANTES, VALOR 52% SUPERIOR À MÉDIA NACIONAL
57Nota: Número de óbitos de pessoas por armas de fogo, por cem mil habitantes, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.Fonte: DataSUS
9,9 10,6
15,6 15,5
25,0
31,1
20,6 21,7 20,7 20,0 20,4 20,4
2000 2002 2004 2006 2008 2010
São Luís Brasil