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Arte e Intervenção Artistas de 4 anos Galos (re)criados Primeiro ciclo modela em pasta de papel Criar a partir de lixo Galo Pintado à Moda de Barcelos 1 +artes +artes n.º 1 — Junho 2010 Trimestral Agrupamento de Escolas Vale do Tamel

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Arte e Intervenção

Artistas de 4 anos

Galos (re)criados

Primeiro ciclo

modela em pasta

de papel

Criar a partir de

lixo

Galo Pintado à

Moda de Barcelos

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Editorial

"Some men see things as they are and ask 'Why?' I dream things that never were and ask, 'Why not?'"

Robert F. Kennedy, 1968

Porque não fazer um jornal escolar apenas dedica-do à produção artística e cultural do nosso Agrupa-mento? Porque não valorizar o processo de trabalho dos alunos e não apenas o produto final? Porque não transformar uma revista de culinária num jornal esco-lar? Quase ninguém coloca as revistas de culinária do lixo… porquê? Porque vê nelas uma potencial utilida-de, senão no momento, futuramente… São úteis, dão ideias quando a imaginação e a vontade parecem escassear, são apelativas aos olhos! São pedagógicas: ensinam e não mostram apenas o produto final, por-que não mostrar também os processos de trabalho que estão por trás das realizações artísticas?

O Projecto +artes surge do (feliz) encontro de três professores da Escola EB 2,3/S de Lijó na forma-ção „A Montagem de um Jornal Escolar - técnicas e estratégias‟, organizada pelo SIPE e realizada na Esco-la EB 1,2,3 de Fragoso. Aí, deparados com a proposta de trabalho de continuar ou formar um jornal escolar, logo nos surgiu a hipótese de criar uma publicação destinada exclusivamente à divulgação artística e cul-tural da comunidade escolar e local do Vale do Tamel… Conscientes de que a arte é um importante trabalho educativo, pois procura, através de tendên-cias individuais, encaminhar a formação do gosto, esti-mular a inteligência e contribuir para a formação da personalidade do indivíduo, sem ter como preocupa-ção única ou essencial a formação de artistas. No seu trabalho criador, o indivíduo utiliza e aperfeiçoa pro-cessos que desenvolvem a percepção, a imaginação, a observação, o raciocínio, o controle gestual. Capaci-dades psíquicas que influem na aprendizagem. No processo de criação pesquisa-se a própria emoção, liberta-se a tensão, organiza-se pensamentos, senti-mentos, sensações e desenvolvem-se hábitos e méto-dos de trabalho. No fundo, Educa-se.

Um jornal é um prodigioso instrumento pedagógi-co. É uma prodigiosa aventura cujos limites não se deixam limitar.

Uma palavra final a todos aqueles que, na comuni-dade escolar e local, nos ajudaram a construir este projecto e ao formador Rui Carvalho, por acreditar e pela sua capacidade de direccionar sem restringir.

Índice

2 +artes1 Editoral | Índice | Ficha Técnica

3 +arteshistória Arte e intervenção

4 +artesnapré Artistas de 4 anos

6 +artesno1ºciclo O primeiro ciclo modela Pasta de Papel

8 +artesno2ºciclo Galos (re)criados

10 +artesno3ºciclo Estruturas em Arame | Criar a partir de lixo

12 +artessecretas D. Lucília revela talento

13 +artesporaí Ponte das Tábuas

14 +artesd’aqui Galo Pintado à Moda de Barcelos

15 +artespráticas Concurso +artes: Cria o teu Galo

Ficha Técnica Título +artes (n.º1, 1ª edição)

Tiragem 500 exemplares Publicação Junho 2010

Propriedade Escola EB 2,3/S de Lijó Agrupamento de Escolas Vale do Tamel

Rego — Lijó | 4750-531 Lijó BCL Tel 253 808 170 Fax 253 808 179 Email [email protected]

Blog http://maisartestamel.blogspot.com Grupo Coordenador

Alberto Costa, Mónica Alves e Andreia Coutinho Direcção Alberto Costa

Redacção Andreia Coutinho Edição e Arranjo Gráfico Mónica Alves

Produção de textos e Fotografia Comunidade escolar participante no Projecto +artes Impressão Gráfica XPTO - Barcelos

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Arte e intervenção

TEXTO Alberto Costa

A marcante presença da arte nas civilizações ao lon-go da história da humanidade encontra fundamento no papel desta como instrumento privilegiado para conhe-cimento e transformação da realidade. Nesta perspecti-va, o artista pode desempenhar um importante papel de despoletador de ideias, revogador de preconceitos, denunciador de injustiças e opressões, em suma, agita-dor de consciências e impulsionador para a mudança social e para o bem.

A violência, enquanto uso indevido do poder para provocar sofrimento ou morte, está presente, desde a origem, na civilização e cultura ocidentais e os medos e angústias dela decorrentes foram, ao longo da história, objecto de análise e representação pelos artistas. Esta capacidade de interpretar a sociedade, criticando ou valorizando determinados valores ou situações sociais atribui à obra um valor social de intervenção.

A arte tem desempenhado, ao longo do século XX, um importante papel de denúncia de situações de opressão, violência e atentados aos mais elementares direitos do ser humano. Há artistas que se distinguem porque procuram intervir socialmente através do seu trabalho, procurando influenciar e despertar as cons-ciências para os problemas e dificuldades do “outro”, para a necessidade de promover uma sociedade mais justa e igualitária.

“A arte é um motor da sociedade e não, simplesmente seu pálido reflexo”.

Catherine Millet

Frémez, s/título (c.1970).Serigrafia. Tema: Solidariedade para com as mulheres vietnamitas.

Black Venus: Niki de Saint Phalle (1965-67). Escultura (polyester; arame; papel mache).Tema: Arte feminista; estereótipos da beleza feminina na arte e sociedade.

... Haven't 15 Years of Hiding in the Toilets Been Enough?: Nada Sehnaoui (2004). Instalação. Tema: Memória/denúncia da guerra civil no Líbano.

Marilyn: Joana Vasconcelos (2009). Escultura (Panelas e tampas em aço inox; cimento) Tema: dualidade da vida feminina.

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A Salinha dos 4 anos do Jardim de Infância Carapeços decidiu comemorar a chegada da Primavera com um trabalho com técnicas mistas.

A turma, pela manhã, foi visitar o jardim da D. Lina que mora mesmo ao lado da escola, lá viu muitas flores, as quais desenharam num caderninho de regis-tos.

Durante o passeio foram admirando as belas formas que a Natureza lhes ofe-rece nesta altura do ano. Nessa altura, a educadora aproveitou para questionar o grupo sobre a nova estação do ano que estava a nascer.

De regresso à sala, a turma de 16 alunos foi dividida em pequenos grupos de trabalho, uns com a tarefa de compor as flores e outro o cenário. No fim estes pequenos artistas juntaram-se para formar o painel.

A educadora, para estruturar o painel, serviu-se da obra “Girassóis” do artista holandês Van Gogh.

Este projecto pode ser admirado na entrada da escola e esta edição felicita estes pequenos artistas por tão belo trabalho!

TEXTO Mónica Alves | FOTOGRAFIA Carmo Santos

Artistas de 4 anos!

Ingredientes:

Papel de seda (amarelo, castanho, cor-de-

laranja e vermelho)

Tesouras

Cola branca

Pincéis

Papel de cenário

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Doze girassóis numa jarra: Vicent Van Gogh (1888). Óleo sobre tela.

Van Gogh Pintando Girassóis: Paul Gauguin (1888). Óleo sobre tela.

Vicent Van Gogh foi um pintor holandês pós-impressionista que viveu entre 1853 e 1890. A imagem em cima mostra um dos mui-tos auto-retratos que o artista pintou ao longo da sua vida, este foi elaborado em 1887. Um ano depois, Van Gogh viria a pintar a obra que serviu de estrutura aos nossos artistas de doze anos, Doze Girassóis numa Jarra.

Actualmente esta é uma das obras mais famosas do mundo. Tal sucesso e reconheci-mento contrastam com a vida do autor, que sempre viveu à margem da sociedade, tendo vendido apenas um quadro ao longo da sua vida, e foi ao seu irmão Théo.

Os girassóis são um tema recorrente da obra de Van Gogh, são o reflexo da “explosão da cor” e da grande expressividade que o artista descobre quando se estabelece no sul de Fran-ca, numa vila chamada Arles. Aí o artista vai explorar o sentido da cor e da luz, a expressivi-dade das pinceladas e das formas.

Ao todo, Van Gogh pintou sete telas de girassóis ao longo da sua estadia em Arles.

O artista conviveu com outros pintores marcantes do pós-modernismo, como Toulouse-Lautrec e Gauguin. Este último retratou Van Gogh a pintar os seus girassóis...

Jarra com quinze girassóis: Vicent Van Gogh (1888). Estudo dos contornos.

Inspiração

Van Gogh

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O primeiro ciclo modela

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A pasta de papel é um material económico e moldável, capaz de ser “esculpido” das mais diver-sas maneiras e aplicado a um sem número de apli-cações úteis. Os alunos da Escola EB 1 do Campo puseram mãos ao trabalho e conseguiram resulta-dos surpreendentes!

Os alunos começaram por rasgar pedaços de papel de jornal e colocá-los num recipiente.

De seguida, juntou-se água e deixou-se repousar durante dois dias...

TEXTO Andreia Coutinho e Mónica Alves | FOTOGRAFIA Alberto Costa

RASGAR

2º DEMOLHAR

ESPREMER

4º JUNTAR COLA

5º MODELAR

Os alunos retiraram o excesso de água.

Pasta de Papel

Juntou-se cola branca (por cada folha dupla de jor-nal, uma colher de sopa de cola). Com a ajuda da pro-fessora, os alunos amassaram-se com as mãos e verifi-caram se a consistência da pasta era a ideal para ser modelada.

Seguiu-se a parte mais divertida, que todos adora-ram: a modelação das figuras, directamente com as mãos na obra!

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O Figurado de Barcelos

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Inspiração

Deixou-se secar durante alguns dias, e depois iniciaram-se as pinturas.

Nas pinturas foram usadas preferencialmente as ricas cores do artesanato barcelense — tema desta actividade.

6º PINTAR

7º CONSTRUIR O PAINEL

Cada uma das peças construídas pelos alunos com base no imaginário tradicional de Barcelos foi justaposta num painel…

Agora só falta pintar o fundo e já vai poder decorar uma parede da nossa escola com as cores alegres do artesanato de Barcelos e seus os motivos tão característicos, como o galo, o cruzeiro ou o porco…

Celebrizado por artis-tas populares, os barros figurados de Barcelos são um caso à parte no pano-rama do artesanato portu-guês. As figuras são modeladas à mão, pinta-das com cores vivas e vidradas. Umas vezes recriam o quotidiano do mundo rural com lavra-dores, junta de bois, ban-das de música, presépios, padres, procissões, o galo a galar a galinha, etc. Outras inspiram-se no imaginário popular e nas lendas locais. A fonte de inspiração são os sonhos, os medos, os mistérios, as forças do mal e do bem. Assim surgem bruxas e lobisomens, e os apitos para crianças representam diabos, diabas e outras criaturas estranhas, um grande espelho deste colorido universo. da fan-tasia e da imaginação popular.

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Galos (re)criados TEXTO Alberto Costa | FOTOGRAFIA Alberto Costa

No âmbito da disciplina de Educação Visual e Tecnológica, os alunos da turma B do 6.º ano da Escola EB 2,3 de Lijó reproduziram na figura do Galo de Barcelos vários estilos artísticos de pintores famosos dos séculos XIX e XX. Amadeo de Souza Cardoso, Monet, Picasso, Dalì, Miró, Mondrian, Van Gogh, Escher, Pollock, Delaunay, Chagall, Klimt ou Matisse são alguns dos artistas plásticos representados nestes Galos (re)criados.

Numa primeira fase, foi analisada a obra de diferentes artistas plásticos do séc. XIX e XX. Após a análise, cada aluno escolheu apenas um autor e nele concentrou uma breve investigação que veio a servir de base para o trabalho. Posteriormente, os alunos começaram a explorar, na forma tridimensional do Galo, as técnicas, cores e temáticas que mais o impressionaram no artista que escolheram. Apesar de, no início, o desafio proposto ter sido encarado como mais uma actividade, a turma rapidamente se entusiasmou, demonstrando um grande inte-resse e empenho na concretização da actividade.

Uma curiosidade engraçada é que os artistas Sonia e Robert Delaunay, após a I Guerra Mundial, exilaram-se em Vila do Conde, visitando com regularidade a feira de Barcelos e há quem defenda que as cores por eles utilizadas são influência da olaria barcelense. Assim, quase um século depois, do casal se ter impressionado com a cor da arte popular de Barcelos, a aluna barcelense Ana Maria deixou-se impressionar pelas formas e cores da obra dos Delaunay.

Segundo os professores Alberto Costa e Pedro Meira, que orientaram esta actividade, a interpretação de obras é um exercício habitual entre os artistas, daí a pertinência desta proposta de trabalho, que pretendeu essencialmente desenvolver “a capacidade de apreciação artística dos alunos”.

Os trabalhos puderam ser vistos por toda a comunidade no Museu de Olaria de Barcelos, onde despertaram grande interesse e muitos elogios.

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Galos (re)criados TEXTO Alberto Costa | FOTOGRAFIA Alberto Costa

No âmbito da disciplina de Educação Visual e Tecnológica, os alunos da turma B do 6.º ano da Escola EB 2,3 de Lijó reproduziram na figura do Galo de Barcelos vários estilos artísticos de pintores famosos dos séculos XIX e XX. Amadeo de Souza Cardoso, Monet, Picasso, Dalì, Miró, Mondrian, Van Gogh, Escher, Pollock, Delaunay, Chagall, Klimt ou Matisse são alguns dos artistas plásticos representados nestes Galos (re)criados.

Numa primeira fase, foi analisada a obra de diferentes artistas plásticos do séc. XIX e XX. Após a análise, cada aluno escolheu apenas um autor e nele concentrou uma breve investigação que veio a servir de base para o trabalho. Posteriormente, os alunos começaram a explorar, na forma tridimensional do Galo, as técnicas, cores e temáticas que mais o impressionaram no artista que escolheram. Apesar de, no início, o desafio proposto ter sido encarado como mais uma actividade, a turma rapidamente se entusiasmou, demonstrando um grande inte-resse e empenho na concretização da actividade.

Uma curiosidade engraçada é que os artistas Sonia e Robert Delaunay, após a I Guerra Mundial, exilaram-se em Vila do Conde, visitando com regularidade a feira de Barcelos e há quem defenda que as cores por eles utilizadas são influência da olaria barcelense. Assim, quase um século depois, do casal se ter impressionado com a cor da arte popular de Barcelos, a aluna barcelense Ana Maria deixou-se impressionar pelas formas e cores da obra dos Delaunay.

Segundo os professores Alberto Costa e Pedro Meira, que orientaram esta actividade, a interpretação de obras é um exercício habitual entre os artistas, daí a pertinência desta proposta de trabalho, que pretendeu essencialmente desenvolver “a capacidade de apreciação artística dos alunos”.

Os trabalhos puderam ser vistos por toda a comunidade no Museu de Olaria de Barcelos, onde despertaram grande interesse e muitos elogios.

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Referência

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Estruturas em arame

Alexander Calder

Disciplina: Educação Visual Turma: 7.º A, 7.º C e 7.ºE Tema: A estrutura Proposta de Trabalho: Elaboração de estrutura tridimensional em arame. Objectivo principal: Compreender a importância da estrutura para a definição da forma.

TEXTO Andreia Coutinho | FOTOGRAFIA Alunos do 7ºC

Filadélfia, 1898 - Nova Iorque, 1976

A sua obra escultórica caracteriza-se, desde o início da sua carreira, pela ausência de preten-sões e por uma poesia humorística. Pouco depois (1931) inclina-se para a arte abstracta, pinta alguns quadros (Composition) e realiza diversas esculturas, entre elas trinta mobiles (o nome de mobile é de Marcel Duchamp) que apresenta numa galeria parisiense em 1932. A partir de então começa a ser conhecido pelo grande público.

Ao longo de toda a sua obra, Calder desen-volve um lirismo quase infantil sem se ver limi-tado por nenhum prejulgamento de escola, o que pode ser apreciado em alguns dos seus mobi-les mais famosos, como o do edifício da UNES-CO em Paris. Idênticas características apreciam-se nos seus cenários teatrais, jóias, personagens de estuque, «constelações» de madeira e ferro e, nas suas esculturas da última época, as deno-minadas «setas».

É autor, além disso, de pinturas esquemáti-cas de grande colorido e de mobiles espectacula-res, como a fonte do aeroporto de Barcelona.

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TEXTO Andreia Coutinho | FOTOGRAFIA Alunos do 7ºA

Criar a partir de lixo

Os alunos da turma A do 7.º ano, no âmbito da temática de Educação Ambiental, decidiram aproveitar as sobras e os materiais usados que possuíam em casa ou aqueles que normalmente vão para o lixo, para construir novas peças, pondo em prática a velha máxima “Do velho se faz novo!”.

Assim, cada grupo de 3 a 4 elaborou uma investigação na Internet sobre a temática da reutilização, onde descobriu o trabalho de artistas e designers como Cris Jordan, Jason Mecier, David Graas ou Douglas Okula, cujas obras sur-preendentes são construídas com materiais velhos e usados.

Assim, um grupo dedicou-se à reutilização de tampas de garrafas de plásti-co, e construiu um galo de Barcelos e uma nova versão do Jogo do Galo. Outro grupo trabalhou a área da moda, elaborando roupas a partir de materiais como sacos de plástico, papeis velhos ou cartões. Outro optou por construir relógios a partir de tampas de bidões. Outro grupo reciclou garrafas de plástico e cons-truiu cortinas, mesas e poltronas. E por fim, outro grupo dedicou-se à confec-ção de acessórios, como pulseiras, carteiras ou brincos.

Foi uma forma divertida, onde a criatividade esteve à prova, de sensibilizar para a quantidade de resíduos que todos nós produzimos no dia-a-dia.

Disciplina: Área de Projecto Turma: 7.º A Tema: Educação Ambiental Proposta de Trabalho: Elaboração de objectos a partir da reutilização de materiais. Objectivo principal: Sensibilizar para a redução de resíduos.

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Nesta edição o +artes confirmou o que há muito se suspeitava: o nosso Agru-pamento está cheio de talentos escondidos!

A D. Lucília, assistente operacional da Escola EB 2,3/S de Lijó, aceitou mos-trar como ocupa os seus tempos livres e o resultado está à vista: deixa a imagina-ção fluir em telas e em tintas...

Trabalha neste estabelecimento de ensino desde que este abriu, já lá vão doze anos! Mas apesar de conhecer tão bem os cantos à escola, foi apenas no ano passa-do que descobriu este seu lado criativo. Quando era estudante, não gostava de desenhar nem de pintar, no entanto, sempre gostou de bordar e adora fazer bolos! Segundo a autora, a confecção de doçarias é o seu ponto forte no que toca a talen-tos.

A inspiração para as suas pinturas é a sua própria casa, sítio onde pinta e para onde quer pintar. É notória a sua preferência pelas cores quentes e pelas formas orgânicas. As suas composições são dinâmicas e fluidas.

Para os interessados, acrescentamos que esta pintora-revelação não aceita encomendas, pois pinta apenas pela satisfação pessoal e pelo gosto que lhe dá o acto de pintar.

Tem planos para pintar muito mais e vai aproveitar as férias de Verão para o fazer.

Bom trabalho, D. Lucília, e muito parabéns!

D. Lucília revela talento

TEXTO Andreia Coutinho | FOTOGRAFIA Andreia Coutinho e Lucília Gonçalves

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Com este artigo iniciámos um roteiro por sítios e lugares cheios de histó-rias e memórias, envoltos em brumas, lendas e mistérios, que a dois passos de nossa casa, nos são totalmente desconhecidos, apesar da sua enorme importân-cia histórica, artística e cultural.

O principal objectivo destas pequenas crónicas será dar-te a conhecer locais e monumentos de reconhecido valor artístico, de modo que a visita a estes sítios históricos possa constituir, também, uma jornada de aventura e des-coberta na companhia dos teus familiares e amigos.

A abrir este nosso espaço, propomos-te a visita a um local muito bonito e de grande importância histórica: a Ponte das Tábuas.

Trata-se de uma ponte de origem medieval, em pedra, assente em dois arcos de volta perfeita, com pavimento composto por grandes lajes de granito, já muito desgastadas, pelo uso ao longo dos séculos.

A ponte situa-se na periferia da aldeia de Aguiar, num local aprazível a que um açude de amplas dimensões confere grande beleza, rodeada de verdejantes campos agrícolas e junto a um velho moinho recuperado.

Certamente que ao ler estas linhas te questionas. Porquê o nome Ponte das Tábuas, se esta é de pedra? É que durante a Idade Média, a ponte original, feita de madeira, foi substituída por esta, no entanto o povo continuou a usar o nome que dava à primeira.

TEXTO Alberto Costa | FOTOGRAFIA Alberto Costa

A Ponte das Tábuas

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Galo pintado à Moda de Barcelos

por Emília Côta

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Nascida em Stª Maria de Galegos, Barcelos e residente, no lugar de Casas Novas, freguesia de Manhente, concelho de Barcelos, Emília Côta é uma das refe-rências da cerâmica artesanal na região, juntamente com sua irmã, Júlia Côta, outra notável ceramista.

É um caso típico de uma herança artística, com grandes raízes familiares pois segundo é voz pública, o avô - Domingos Côto - terá sido o criador e o principal obreiro do nascimento do afamado e emblemático Galo de Barcelos.

A aprendizagem barrista, iniciou-a, tal como a irmã Júlia Côta, com sua mãe, tinha ainda sete anos. A pintura fazia-a com pontas de fósforo, que absorviam a tin-ta e amoleciam as pontas vendo-se forçada a procurar outros meios técnicos, até chegar aos processos actuais - passando pelo uso de pruma ou caruma de pinheiro.

Dedica-se à confecção e á pintura dos famosos "Galos de Barcelos", com ofici-na na casa de morada. Na decoração dos galos predominam as cores azuis, amare-las, vermelhas, brancas e pretas. Cores garridas, contrastantes, que embelezam as formas dos galos, que atraem pela alegria e valorizam muito, esteticamente, o objecto pintado. O marido de D. Emília ajuda-a na feitura dos galos mas é ela quem controla o formato que se lhe afigura mais adequado.

O +artes foi visitá-la e a D. Emília contou-nos o segredo da famosa pintura do Galo, que se tornou um ícone nacional.

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TEXTO Andreia Coutinho | FOTOGRAFIA Alberto Costa

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TEXTO Mónica Alves

Concurso

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Cria o Galo

à tua moda!

REGULAMENTO

O trabalho deve ser enviado pelo correio para o +artes (Morada: Escola EB 2,3/S de Lijó | Agrupamento de Escolas Vale do Tamel | Rego — Lijó | 4750-531 Lijó BCL) até 30 de Setembro de 2010. Tens as férias todas para explorar!

Podes usar qualquer técnica e material e deves usar o verso desta folha como base. Não te deixes aprisionar, solta a tua imaginação!

A tua criatividade é o limite! Quem ganhar vai ver o seu trabalho publicado na próxima edição do jornal! Bom trabalho!

IDENTIFICAÇÃO DO CONCORRENTE Nome ______________________ Data de Nascimento: __ / __ / ____

Ocupação:

aluno □ Pré-escola □ 1º Ciclo □ 2º Ciclo □ 3º Ciclo □ Secundário □ professor □ assistente operacional □ assistente técnico □ encarregado de educação □ outra □ qual? _______________

Morada: _________________________________________________ E-mail: _____________________________ Telefone: _____________

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