84

 · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau
Page 2:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau
Page 3:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau
Page 4:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

2 /

Sumário

PROPRIEDADE, EDIÇÃO E COORDENAÇÃO GERALAPCMCAssociação Portuguesa dos Comerciantes deMateriais de ConstruçãoPç. Francisco Sá Carneiro, 219, 3º 4200-313 PortoTel.: 225 074 210; Fax: 225 074 218/9E-mail: [email protected]: www.apcmc.ptNIPC: 500 969 221

Diretor: Afonso Manuel Coutinho CaldeiraDiretor Adjunto: José de MatosColaboração: Vieira de AbreuImagem: Bruno CostaComposição e Grafismo: Bruno CostaComunicação, Marketing e Publicidade: Eduarda Machado Assinaturas: Susana Mendes Tel.: 225 074 210; E-mail: [email protected]

PUBLICAÇÃO, PUBLICIDADE E DISTRIBUIÇÃOAPCAssociação do Comércio de Produtos eEquipamentos para a ConstruçãoPç. Francisco Sá Carneiro, 219, 3º 4200-313 PortoTel.: 225 074 210; Fax: 225 074 218

EXECUÇÃO GRÁFICAMULTITEMARua do Cerco do Porto, 365/3674300-119 PortoTel.: 225 192 600; Fax: 225 192 698Site: www.multitema.pt

Registo no I.C.S. nº 111972Depósito Legal nº 84434/94Publicação TrimestralTiragem: 5.000 ExemplaresPreço: 3,75 Euros

A Direção da Revista é responsável apenaspelos artigos publicados sem assinatura e tam-bém pela sua seleção.

Os artigos assinados são da exclusiva respon-sabilidade dos seus autores.

FICHA TÉCNICA

APEL - ARQUITETURA, PLANEAMENTO, ENGENHARIA

2. Editorial4. Notícias DIVULGAÇÃO06 Ecoenergy10 Tisem12 Tese14 Montael16 Sil

EVENTO18 Plano Estratégico para a Fileira da Construção19 Fórum Sanitop20 Congresso da UFEMAT 21 Conferência do EUROCONSTRUCT22 Conferência Liiveplace Therm Etics 23 Congresso Cinco’s 24 Dimscale25 As mais Recentes Alterações ao Código do

Trabalho - Seminário26 Conferência Passivhaus 28 Semana da Reabilitação Urbana do Porto30 Convívio de Natal APCMC31 Casa Peixoto abriu portas em Braga

ENTREVISTAS32 Bigmat Ibéria34 Diera36 Henkel38 Tintas 200040 Uralita

OPINIÃO42 Rui Loza

DOSSIER NOVOS MATERIAIS E TECNOLOGIAS47 Entrevista, Produtos e Soluções

ARQUITETURA64 Edifício ANF - APEL54 Torre de Palma Wine Hotel - Arq. João Ribeiro64 Spaceroom

DOSSIER ECONÓMICO68 Análise de Conjuntura do Setor da Construção - 3º trimestre 201473 Inquérito de Conjuntura APCMC - 3º trimestre de 201476 Estatísticas - Confidencial Imobiliário

PUBLICAÇÕES APCMC DISPONÍVEISNA APLICAÇÃO MULTITEMA

USERNAME > APCMCPASSWORD > APCMC

Page 5:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

/ 3

AFONSO CALDEIRA(PRESIDENTE DA APCMC)

Em 2014 experimentámos, pela primeira vez após doze anosde quedas sucessivas, um ligeiro crescimento das vendas demateriais de construção. Aumentou a procura nos setores daagricultura e do turismo, as pequenas obras de manutenção erenovação multiplicaram-se e as vendas para o exterior cresce-ram significativamente. Só o investimento público não acompa-nhou�

O ano de 2015 tem tudo para ser ainda melhor.

A economia, que começou a crescer a partir do final de 2013,apesar do abrandamento temporário causado pela contraçãodo crédito em Agosto por efeito da resolução do BES, deveráretomar e até intensificar essa tendência, ultrapassados queforam os principais constrangimentos financeiros e, sobretudo,os receios sobre o sucesso do processo de ajustamento e asustentabilidade da dívida pública.

Além disso, este é ano de eleições e o Governo, garantido queestá o cumprimento das metas, fez uma pausa na “austerida-de”, devolvendo parte dos “cortes” efetuados aos funcionáriospúblicos e aos pensionistas.

EditorialÉ até expectável que o investimento público possa aumentarligeiramente, aproveitando uma pequena folga conquistada àtroika relativamente ao défice acordado, de forma a permitiraproveitar melhor os fundos do QREN que ainda estão disponí-veis.

Para além dos já referidos, há dois outros fatores positivos quepoderão contribuir para a consolidação da retoma no nossosetor: o aumento do investimento induzido pelo novo pacotefinanceiro do “Portugal 2020” e os apoios específicos para areabilitação urbana e para a melhoria da eficiência energéticados edifícios.

Importa sublinhar que, finalmente, a regeneração e a reabilita-ção dos espaços urbanos foi integrada numa estratégia concre-ta, a “Estratégia para o Crescimento Verde”, o que permitirá, deacordo com o anunciado pelo Governo, combinar os apoios do“Portugal 2020” com outros instrumentos financeiros (fundospúblicos e empréstimos do BEI) e medidas específicas decarácter regulamentar e fiscal, de forma a promover a reabilita-ção e a melhoria de desempenho energético dos edifícios públi-cos e privados.

Mas estas boas perspetivas não nos devem fazer esquecer osobstáculos e as ameaças.

Os principais obstáculos são, como de costume, a demora, aburocracia e as incongruências dos instrumentos, para não citaraquelas obrigações absurdas e a destempo que a Secretariados Assuntos Fiscais “produz” todos os anos, pese embora obenefício sempre bem-vindo da luta contra a evasão fiscal. Oanúncio de incentivos, quando os mesmos não têm uma con-cretização prática e rápida, provoca adiamentos e desconfiançaque, pelo menos durante algum tempo, acabam por causarmais prejuízos do se nunca tivessem existido� Esperemos quenão seja o caso.

Também existem ameaças e não são pequenas. Uma, de quejá falámos, é a da concorrência, cada vez mais forte e extensadas grandes organizações internacionais retalhistas no nossomercado interno. Se não soubermos dar uma resposta adequa-da em termos de aproximação ao cliente e de qualidade perce-bida do serviço e se não conseguirmos alcançar uma posiçãosignificativa e forte no mercado, poderemos ficar a ver passaros negócios�

Outra, que começa a ganhar forma, diz respeito às dificuldadescambiais de alguns países de destino das nossas exportações,originadas pela queda dos preços das matérias-primas, nomea-damente do petróleo. O peso acrescido ganho nos últimos trêsanos pela parcela de exportações no volume de negócios dasempresas do nosso setor torna-as mais vulneráveis a um fenó-meno que pode vir a intensificar-se, sabendo-se que a diversi-ficação para outros mercados é um processo que leva o seutempo e que pressupõe algum investimento adicional.Nesta área, porventura, mais vale prevenir�

A vida empresarial nunca é fácil e fazer de 2015 um Bom Anodependerá sobretudo de nós próprios.

BOM ANO?

Page 6:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

Notícias Novidades

Nova Tinta para Fachadas ACRYL RSX | Barbot

Acryl RSX é a nova tinta aquosa especial para fachadas daBarbot. Baseada em resinas acrílicas e de polisiloxano, estatinta distingue-se pela elevada retenção de cor e excelenteresistência às agressões do exterior.

A fachada de um edifício é um dos principais desafios de umprojeto de nova construção ou reabilitação, uma vez que a pin-tura está permanentemente exposta a agressões do exterior,como a exposição solar, chuva, erosão, entre outros.

A nova tinta Acryl RSX da Barbot responde eficazmente a estedesafio, estando especialmente vocacionada para recupera-ções de edifícios antigos ou históricos e, de modo geral, proje-tos em que se pretende obter um acabamento com aspeto tra-dicional e com elevada durabilidade.

Esta nova tinta é impermeável, impedindo a penetração deágua e simultaneamente permeável ao vapor de água, evitandoos efeitos negativos da humidade. Com acabamento mate,apresenta uma excecional resistência à intempérie e à alcalini-dade. Além disso, é fácil de aplicar e tem bom poder de cober-tura.

Segundo João Braga, responsável pelo departamento de inves-tigação da Barbot, a nova tinta “resulta da aposta da Barbot nainovação e desenvolvimento de novos produtos para responderàs necessidades de mercado. A reabilitação de fachadas é umatendência crescente, mas traz vários desafios a nível da resis-tência e longevidade da pintura. As resinas acrílicas e de polisi-loxano desta nova tinta permitem uma camada protetora muitoeficaz, preservando a pintura por muito mais tempo”.

Acryl RSX está indicada para qualquer tipo de fachadas, sendoafinável no catálogo Barbot Fachadas, através do sistemaBarbotmix.

Page 7:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau
Page 8:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

A TJF ECOENERGY SOLUTIONS É UMA EMPRESA ESPECIALI-ZADA EM SOLUÇÕES DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E AMBIENTE PARAEDIFÍCIOS E INDÚSTRIA. CARATERIZA-SE POR UM GRAU INTENSIVOTECNOLÓGICO E NASCE NO SENTIDO DE DAR RESPOSTA ÀS NECES-SIDADES ATUAIS DO MERCADO, NO ÂMBITO DOS SETORES DA ENER-GIA, AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE. O CONCEITO MINDFUL™, PRE-TENDE DINAMIZAR O MERCADO DE CONTROLO ENERGÉTICO, OFERE-CENDO UM VASTO LEQUE DE SERVIÇOS COMPLEMENTARES ENTRE SI.

O conceito Mindful™ oferece soluções integradas para os mer-cados Habitacional, Edifícios de Comércio e Serviços eIndustrial, auxiliando na definição da estratégia de poupançaenergética com um desempenho crescente ao longo do tempo.

Caraterizado como o mercado mais vasto, mas ao mesmotempo mais pessoal, o mercado habitacional assume grandeimportância para o conceito Mindful™. Este visa disponibilizardiversas soluções, económicas e viáveis, para todo um contro-lo e gestão de energia a nível habitacional, de modo a facilitaro quotidiano do cliente, contribuindo para uma maior consciên-cia energética por parte de todos os utilizadores e uma melho-ria dos hábitos de consumo.

No caso dos edifícios de comércio e serviços, estes são os edi-fícios com mais utilização e notoriedade pública e são portantoos que devem primar pelo exemplo. Numa sociedade cada vezmais necessitada de consciência e noção ambiental, o controloenergético dos edifícios de serviços constitui uma pedra basilarna evolução da sua mentalidade.

A adoção de comportamentos sustentáveis é cada vez maispremente por forma a reduzir o consumo dos recursos energé-ticos e assim reduzir os custos operacionais e aumentar a com-petitividade.

Uma utilização mais eficiente da energia permite ao mesmotempo diminuir o impacto ambiental e as emissões de carbo-no para a atmosfera, com todos os benefícios que isso podetrazer em termos ambientais e para a própria comunicaçãoexterna do seu negócio.

6 /

Divulgação Mindful™ PlatformPlataforma de Monitorização de Consumos Energéticos

A eficiência energética é uma questão importante para o futuro dahumanidade, pois é insustentável manter os atuais níveis de desper-dício de energia. A má utilização da energia proporciona um desper-dício das fontes primárias, implicando um consumo desnecessário decombustíveis fósseis, o que pode implicar a criação de danos irrever-síveis no meio ambiente, tais como, as alterações climáticas.

A eficiência energética é de facto o caminho para as empresas ehabitações reduzirem custos operacionais, tornando-as assim maiscompetitivas e sustentáveis. A TJF Ecoenergy Solutions distingue-seno mercado pelos seus serviços e dedicação em encontrar soluçõesdiferentes e inovadoras, possui como missão fornecer produtos esoluções de elevada qualidade, tecnologicamente avançados e ade-quados às necessidades dos seus clientes.

Ajudam os clientes a gerir o uso dos seus recursos energéticos deuma forma eficaz e eficiente, contribuindo para a redução das emis-sões de carbono das suas instalações, promovendo uma reduçãodos custos globais e aumento da sustentabilidade.

Page 9:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

/ 7

Fornecendo informações de consumos de recursos e indica-dores de conforto térmico e ambiental (temperatura, humida-de, CO2, luminosidade, entre outros) numa periodicidade diá-ria, semanal, mensal e anual, enviando notificações sempreque o consumo ou os indicadores excedam o limite definidopor si.

A Mindful™ Platform pretende simplificar as soluções demonitorização de energia existentes no mercado, dando res-posta aos principais requisitos dos responsáveis de explora-ção e de gestão energética de instalações que se centramno:

- Conhecimento centralizado e em tempo real do perfil de con-sumos da instalação de uma forma global e desagregada;

- Armazenamento e consulta de histórico de consumos energé-ticos e parâmetros de conforto térmico e ambiental;

- Calculo e previsão de gastos futuros, tendo em conta os gastos correntes;

- Definição de planos de poupança;

- Sugestões para melhoria de performance;

- Monitorização das medidas de melhorias implementadas;

- Notificações de incumprimento de metas em tempo real;

- Controlo remoto de circuitos, equipamentos, áreas de consu-mo, regimes de funcionamento, cargas, parâmetros ambientais e de conforto térmico;

- Emissão de relatórios regulares dos seus consumos;

- Otimização do melhor tarifário de fornecimento de energia;

- Benchmarking energético.

De forma a evitar valores de licenças onerosas, a Mindful™Platform funciona numa lógica de SAAS, isto é, o utilizadorapenas paga aquilo que consome, apresentando assim umagrande flexibilidade na aquisição desta ferramenta de apoio àimplementação de medidas de racionalização de consumosenergéticos e melhoria de conforto térmico e ambiental.

O setor industrial apresenta também benefícios na aplicação doconceito Mindful™. Com a evolução tecnológica constante,surge a necessidade de uma evolução ambiental paralela, atra-vés da melhoria da eficiência energética e aproveitamento dosrecursos naturais, incrementando a competitividade das empre-sas.

Neste contexto, é fundamental dispor de informação como osrecursos energéticos estão a ser utilizados para saber como eonde poupar. Para começar a reduzir custos da fatura energéticaé necessário saber de que forma são utilizados os recursos ener-géticos para que possa definir a estratégia de racionalização dosconsumos e estabelecer as metas.

De forma a ultrapassar as limitações de soluções chave-na-mãode hardware e software existentes no mercado, a TJF EcoenergySolutions desenvolveu uma solução de monitorização de consu-mos, a Mindful™ Platform, que permite a integração de um con-junto alargado de sensores e atuadores em rede, bem como decontadores de energia multi-marca, adaptando-se aos equipa-mentos de monitorização existentes na instalação e facilitando acomunicação com novos equipamentos (contadores e sensores/atuadores).

A plataforma de gestão de recursos Mindful™ Platform com fun-cionamento em ambiente cloud e assente em tecnologiasmóveis, permite utilizar os recursos (energia elétrica, água,gás/combustíveis) de uma forma mais eficiente, reduzindo osseus consumos e custos mensais e traçar o seu perfil de consu-mo, estabelecendo planos de ação e metas de desempenho dasua pegada ecológica.

Page 10:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

8 /

Divulgação

Dispomos de uma equipa especializada que poderá analisaros consumos e reduzir a fatura energética, poupando tempoe dinheiro.

A Mindful™ Platform e o apoio especializado da equipa deconsultores de energia e eficiência energética na elaboraçãode um plano de ação, permitirá alcançar um potencial de pou-panças até 30%, assim como contribuir para uma melhoriado conforto térmico através da monitorização e controlo deparâmetros térmicos e ambientais.

Page 11:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau
Page 12:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

OS PAINÉIS DE MADEIRA LAMELADA-COLADA CRUZADA(CROSS-LAMINATED TIMBER), VULGARMENTE DESIGNADOS PORPAINÉIS CLT OU PAINÉIS X-LAM, SÃO PLACAS ESTRATIFICADASDE GRANDES DIMENSÕES COM DESEMPENHO ESTRUTURAL,AQUI APRESENTADAS PELA TISEM.

O sistema construtivo “seco” permite a antecipação do períodode execução das restantes especialidades (instalações técnicase aplicação de revestimentos). Todas estas condições proporcio-nam uma grande economia de tempo e custos, desde que devi-damente planeadas.

A dimensão máxima dos painéis está geralmente limitada aosmeios de transporte, com um comprimento máximo de 13,5 m euma largura máxima de 2,95 m. A espessura depende da espe-cificação de projeto (estabilidade, resistência ao fogo, isolamen-to térmico e acústico), iniciando-se nos 57 mm (3 estratos) ealcançando geralmente os 250 mm (8 estratos).

As realizações mais significativas dizem respeito a edifícios devários pisos, tendo um dos mais relevantes sido executado emLondres com 8 pisos, totalmente em estrutura de madeira compainéis CLT e executado por uma equipa de 4 carpinteiros, comum rendimento de 3 dias/piso.

Em Portugal foram já executadas algumas obras, encontrando--se as de maior dimensão na piscina municipal da Caparica, emAlmada e no pavilhão para laboratório do ISQ, em CasteloBranco.

10 /

Divulgação Inovação em Construção em MadeiraNova Geração de Edifícios - Tisem

Os estratos são dispostos ortogonalmente, sendo normalmenteconstituídos por lamelas de madeira maciça de espécies resinosascom espessuras entre os 20 e os 40 mm. Esta disposição ortogo-nal dos estratos proporciona estabilidade dimensional ao painel,com variações dimensionais desprezáveis no seu plano.

Estes painéis de grande dimensão executam paredes, pisos ecoberturas acumulando funções estruturais, compartimentação erevestimento, sendo entregues em obra nas dimensões finais deprojeto e prontos para a respetiva montagem, num processo detotal pré-fabricação.

Todas as aberturas para portas, janelas e outros vãos são execu-tadas em fábrica com tecnologia de corte CNC, deixando para aobra somente as pequenas furações e roços para redes de infra-estruturas técnicas.

Page 13:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

/ 11

Para os mesmos requisitos de engenharia (esta-bilidade, segurança contra-incêndios, confortotérmico e acústico) a solução em CLT é maisesbelta, comparada com as soluções tradicionais.

Para o mesmo desenho de arquitetura, o ganhoem termos de área útil é evidente. A ausência depilares (as paredes desempenham o papel de ele-mento vertical portante) e paredes com espessu-ras muito inferiores são os principais fatores quecontribuem para esse ganho.

Estudos realizados em edifícios de madeira mos-tram que estes desempenham um papel impor-tante na prevenção de doenças cardio-vascularese doenças nervosas.

A monitorização do comportamento dos utilizado-res mostra uma redução significativa do ritmo car-díaco bem como um aumento da atividade do sis-tema nervoso parassimpático (que é ativado emsituações de calma) e que tem efeito protetor car-dio-vascular.

Além destas, destacam-se as questões relacionadas com o desempenho ener-gético derivado da baixa condutibilidade térmica dos painéis e ausência ouredução muito significativa de pontes térmicas.

O desempenho face à ação sísmica é outra das características de eleiçãodeste sistema, conseguindo superar sismos de grande intensidade sem danona estrutura (conseguido através da dissipação de energia nas ligações, efeito dediafragma rígido nos painéis e uma massa muito baixa).

Page 14:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

SERVIÇO COMUNITÁRIO DE ENERGIA DE BAMBADINCAEM FASE DE TESTES

LANÇADA EM 2002 PARA CRIAR E IMPLEMENTAR SOLUÇÕES SO -CIAL MENTE INOVADORAS QUE RESPONDAM A NECESSIDADES TRADI-CIONAIS E EMERGENTES, A TESE É UMA ORGANIZAÇÃO NÃOGOVERNAMENTAL PARA O DESENVOLVIMENTO (ONGD) QUE TRA-BALHA PROJETOS, CONSULTORIA E INVESTIGAÇÃO, TANTO EMPORTUGAL, COMO INTERNACIONALMENTE, ATRAVÉS DAS UNIDADESOPERACIONAIS TESE PORTUGAL E TESE SEM FRONTEIRAS.

ENERGIA CHEGA A BAMBADINCA

Com um custo total de cerca de dois milhões e cem mileuros e financiamento da União Europeia e do Camões- Instituto da Cooperação e da Língua, o projeto“Bambadinca Sta Claro - Programa Comunitário paraAcesso a Energias Renováveis” é promovido pela TESESem Fronteiras em parceria com a AssociaçãoComunitária de De senvolvimento de Bambadinca(ACDB), a ONG guineense DIVUTEC, a Universidadede Lisboa e a Direcção Geral de Energia da Guiné-Bissau.

A solução técnica implementada pelo projeto - uma cen-tral fotovoltaica híbrida de 312 kW de potência instaladacomposta por 1.248 painéis fotovoltaicos, 216 baterias etrês geradores diesel - é a primeira do género e contacom 150 clientes-piloto que, nesta fase, estão a testar oServiço Comunitário de Energia de Bambadinca(SCEB).

O SCEB resume uma solução técnica e de gestão ino-vadora, em que uma associação de base comunitária (aACDB) é autorizada pelo Estado para a produção, trans-porte e venda de energia elétrica à população, nummodelo de parceria público-comunitária.

12 /

Divulgação Projeto Português Ilumina Vila GuineenseTESE

Estabelecida em vários países em desenvolvimento - Guiné-Bissau,Moçambique e São Tomé e Príncipe -, a TESE Sem Fronteiras dedica-seà promoção do acesso sustentável de comunidades rurais e periurbanasdo continente africano a serviços e infraestruturas nos setores da Água,Saneamento, Promoção de Higiene (WaSH) e Energia, particularmentede fonte renovável.

Desenvolve a sua atividade numa lógica de Co ope ração para oDesenvolvimento, em colaboração estreita com entidades públicas,privadas e organizações da sociedade civil, através do reforço deconhecimentos e competências, com vista à universalidade do aces-so aos serviços.

O fluxo constante de água na cisterna garante o arrefecimento do ar que vai para o interior do edifício. Este processo permite assegurar o máximo rendimento energético.

A elevação a Sul é salvaguardada pelo radiação solargraças à proteção em madeira e pelas filas de árvores.

Page 15:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

/ 13

LIGAR EQUIPAMENTOS, TESTAR O SERVIÇO

O serviço de energia previsto pelo projeto“Bambadinca Sta Claro” irá, até finais de2015, fazer chegar energia elétrica aoscerca de 650 agregados familiares da vilade Bambadinca, o correspondente a cercade 6.500 habitantes.

Os testes ao seu funcionamento estão adecorrer em regime intensivo até final doano e incluem o arranque da central foto-voltaica híbrida, a ligação à rede de elétricade média e baixa tensão, e a assistênciatécnica à ACDB para a implementação dosprocedimentos de gestão, operação emanutenção desenvolvidos durante os últi-mos meses.

A colaborar nesta fase de testes estão osclientes-piloto que já aderiram ao serviço ea quem é pedida a utilização dos seusequipamentos elétricos, de acordo comquatro perfis de consumo definidos, quealiam a dimensão das famílias ao númerode equipamentos utilizados.

Page 16:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

FUNDADA EM 1974, PELAS MÃOS DOS IRMÃOS JOSÉ E FERNANDOFERNANDES, A MONTAEL DEDICOU-SE INICIALMENTE AO SERVIÇODE MONTAGEM E INSTALAÇÃO DE ÁGUA E ELETRICIDADE.

Alcançar a notoriedade de fornecedor de referência no setor daconstrução civil e obras públicas, nomeadamente através da inter-nacionalização para 3 continentes no espaço temporal de 3 anos.

Em 2006 a Montael, juntamente com outras 5 empresas do ramo(Macovex, Olisei, Armazéns Reis, José Oliveira Nogueira &Filhos e Sisal), fundou o WBG - ACE. Um grupo de compras cujoobjetivo comum passa por ter uma plataforma de compras uni-formizada de forma a reduzir custos dos produtos e logísticosassim como a ser mais competitivo na revenda de produtos mul-timarcas.

Outro objetivo passou também pela criação da marca própria dogrupo WBG. Neste sentido o grupo tem vindo a introduzir nomercado novos produtos com a sua marca, comercializados portodos os associados, a preços/qualidade algo diferenciados dosatualmente existentes.

Já com uma importante relevância, as vendas para o exterior temsido, ano para ano, uma aposta ganha sendo que a Montael pre-tende, já neste ano de 2015, reforçar esta estratégia contudo agoraa outro nível. Internacionalização das vendas assim como damarca MONTAEL passa pelo principal objetivo de curto prazo.

De forma a combater, a mais que provável, quebra a curto prazoda procura no mercado interno (essencialmente nas obras públi-cas) a Montael propõe-se este ano, juntamente com um parceiroestrangeiro, a lançar internacionalmente a sua marca. A concreti-zação deste objetivo passará pela abertura de um novo espaçofísico no continente africano já no decorrer do 2º semestre de 2015.

14 /

Divulgação Montael Celebra 40 Anos de Existência

Apenas mais tarde, no ano de 1982, após a admissão de doisnovos sócios, Arlindo Brás e Luciano Dias, a diversificação da ativi-dade tornou-se cada vez mais uma aposta, com principal destaquepara a comercialização de materiais de construção e mais recente-mente a bricolage.

Hoje, a Montael continua uma empresa familiar, com elementos dasegunda geração na sua equipa de gestão, garantindo a continui-dade de uma empresa que procura diariamente destacar-se pelaqualidade de serviço e acompanhamento no pós venda.

A Montael procura ser reconhecida e diferenciada no seu ramo deatividade, pela excelência no atendimento, rápida resposta às soli-citações dos seus clientes e pelo leal e dedicado acompanhamentono pós venda.

Trabalha de forma a atingir plena satisfação de todos os clientes,colaboradores, fornecedores e acionistas, com o intuito de fortale-cer e valorizar as relações profissionais que desenvolve e trabalha.

Oferece um variado leque de soluções com o objetivo de superaras expetativas dos clientes e procura constantemente a valorizaçãoprofissional dos colaboradores, criando oportunidades que poten-ciem o seu crescimento profissional e social.

Page 17:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau
Page 18:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

PROJETO DESENVOLVIDO PELO GABINETE DE ARQUITETURA JOSÉFREIRE & LUÍSA CUNHA, EM CONJUNTO COM O PROMOTORENGITORRES - SOCIEDADES DE CONSTRUÇÕES, SA

Com uma área aproximada de 11.000 m2, conjugan-do no mesmo espaço físico uma clínica médica dedi-cada ao tratamento e investigação de doenças neu-rológicas, e uma valência residencial, com 78 camas,este projeto de arquitetura desenvolvido peloGabinete José Freire & Luísa Cunha - Arquitetos, Lda,em conjunto com o promotor Engitorres - Sociedadede Construções, SA, presidida por Joaquim ManuelFerreira, é assim distinguido na edição de 2014 dosPrémios SIL do Imobiliário.

“É com muito orgulho que vemos o CNS conquistaresta distinção. O nosso objetivo é que se torne numareferência no âmbito do tratamento e investigaçãodas doenças neurológicas, não só em Portugal,como a nível internacional.

Ver este projeto reconhecido também ao nível deprojeto de arquitetura, deixa-nos sem dúvida motiva-dos para continuarmos a fazer do CNS uma referên-cia na sua área de intervenção”, refere JoaquimManuel Ferreira.

Os Prémios SIL do Imobiliário são os mais prestigia-dos a nível nacional no setor imobiliário e destinam-sea premiar a qualidade e a inovação da atividade nosdomínios da promoção imobiliária, do desenvolvimen-to urbano, das autarquias, das obras públicas, dahabitação, do arrendamento, da construção sustentá-vel, da reabilitação urbana, da eficiência energética edos fundos de investimentos imobiliários em Portugal.

16 /

Divulgação Campus Neurológico Sénior Recebe Prémio SIL do Imobiliário 2014

O Campus Neurológico Sénior (CNS), centro português dedicado a doençasneurológicas, em Torres Vedras, foi recentemente distinguido com o PrémioSIL do Imobiliário 2014, na categoria de “Melhor Empreendimento Imobiliáriode Comércio, Serviços e Logística”. A cerimónia de entrega decorreu na FIL(Feira Internacional de Lisboa), no âmbito do Salão Imobiliário de Portugal2014.

Page 19:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

• Como preparar a Estratégia para Exportar; • Quais os requisitos essenciais para Exportar; • Como obter informação sobre mercados e clientes; • Como obter apoios ao investimento na Internacionalização; • Como avaliar as capacidades da empresa para exportar; • Como preparar o Plano de Exportação; • Como fazer a promoção nos mercados externos; • Quais as declarações e os certificados obrigatórios;

Manual Prático de Exportação para a Fileira da Construção, uma ferramenta de trabalho que lhe permite resolver dúvidas sobre a exportação designadamente:

Manual Prático de Exportaçãopara a Fileira da Construção

>

• Quais os meios de pagamento na Exportação; • Para que servem os termos do comércio internacional (Incoterms).

Page 20:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

18 /

Plano Estratégico para a Fileira daConstrução 2014-2020 - Apresentação

A APCMC REALIZOU NO PASSADO DIA 14 DE OUTUBRO, NAFUNDAÇÃO ANTÓNIO CUPERTINO DE MIRANDA, UMA APRESENTAÇÃOPÚBLICA DO “PLANO ESTRATÉGICO PARA A FILEIRA DA CONSTRUÇÃO”.

Eventos

José António Cortez destacou os problemas estruturais da econo-mia portuguesa, que passam pela dimensão dos níveis de organi-zação e de autonomia financeira de grande parte do nosso tecidoempresarial muito baixos. Salientou também que há uma enormedependência do setor empresarial do crédito bancário com elevadoendividamento e rácios de capitais próprios e insuficientes. Há umaconcentração do setor dos chamados “bens transacionáveis” ematividades e produtos sujeitos a uma forte concorrência externa emuito baseado em mão-de-obra intensiva e em fatores de compe-titividade-custo.

Já no final do seu discurso, frisou que Portugal tem de ser uma pla-taforma de economia global, centrada nos seus recursos humanose no seu território, que deve apostar na internacionalização einvestir no aumento do valor acrescentado daquilo que se produze de que se vende. Para José Cortez há que impulsionar uma“nova vaga exportadora”, menos dependente de consumos inter-médios importados, orientando mais por critérios de valor do quede volume (com o objetivo de subir na cadeia de valor).

Seguidamente Eduardo Pereira, da Pamésa Consultores, passouà apresentação dos resultados obtidos do “Plano Estratégico paraa Fileira da Construção”. Eduardo Pereira explicou que este estu-do, partiu do reconhecimento da profunda alteração do contextoeconómico marcado pela recessão interna e que teve reflexos nagestão da maioria das Pequenas e Médias Empresas (PME), prin-cipalmente da fileira da construção, em que a quebra acentuadanas vendas levou à diminuição da atividade, implicando restriçõesno acesso ao crédito e decisões de investimento dificultadas pelaincerteza que domina o mercado, levando à diminuição da rendibi-lidade e aumento das insolvências, dificuldades de internacionali-zação, aumento das exigências fiscais e laborais.

Procedeu-se também a uma análise da situação da Fileira daConstrução, com base em informação obtida por recurso a auscul-tação a empresas, técnicos, universitários, estatísticas oficiais epublicações do setor.

Por fim, Pedro Mêda, da Faculdade de Engenharia daUniversidade do Porto e Alexandra Luís, da Universidade Lusíada,fizeram uma breve apresentação da Plataforma Eletrónica“MaterialOn” e explicaram que esta plataforma tem como objetivodotar o setor de um instrumento ágil e uniforme de pesquisa, dedivulgação e repositório de informação dos materiais de constru-ção, estando disponível a todos os agentes (projetistas, construto-res, fiscalizações, comerciantes, fabricantes, entre outros), sejameles nacionais ou internacionais. Por isso, importa destacar a suadisponibilização em língua portuguesa e inglesa. Mencionaramalguns exemplos de empresas já representadas na PlataformaDigital.

A sessão terminou com a distribuição do livro “Plano EstratégicoPara a Fileira da Construção”.

O Presidente da Direção da APCMC, Afonso Caldeira, deu as boasvindas aos presentes e sublinhou que, o objetivo deste PlanoEstratégico para a Fileira da Construção foi recolher informaçãotão completa quanto possível para perceber os principais constran-gimentos, identificar pontos de convergência e fundamentar objeti-vos e estratégias, em prol do aumento da rendibilidade das vendase da melhoria do posicionamento estratégico. Após o breve discur-so passou a palavra a José António Cortez, diretor executivo daConfederação do Comercio e Serviços de Portugal, que abordou otema “Desafios para a Economia Portuguesa”.

Page 21:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

/ 19

Fórum Sanitop 2014

O CENTRO CULTURAL DE VIANA DO CASTELO, EDIFÍ-CIO MULTIUSOS DESENHADO PELO ARQUITETO SOUTOMOURA, RECEBEU NOS DIAS 10 E 11 DE OUTUBRO A5 ª EDIÇÃO DO FÓRUM SANITOP. UM EVENTO BIENALQUE A EMPRESA ORGANIZA DESDE 2006 E QUE TEMTRAZIDO SEMPRE A VIANA DO CASTELO MILHARES DEPESSOAS DE TODO O PAÍS.

O tema desta edição, “Os desafios da regenera-ção urbana”, incidiu sobre os exemplos da cidadeanfitriã, e incluiu uma visita guiada, com basenuma intervenção sobre o caso estudo de Vianado Castelo do arquiteto Alexandre Alves Costa.

As atividades do primeiro dia foram dedicadasaos profissionais de arquitetura, engenharia, pro-jeto e promotores imobiliários. O segundo dia foidirecionado aos profissionais de instalação desistemas sanitários e de climatização.

Marcaram presença no encontro meia centenade fabricantes de cerca de dez países daEuropa - cerca de um terço portugueses - comuma mostra de produtos e equipamentos. Apartilha de experiências entre os fabricantes eos profissionais tem sido, desde sempre, umadas principais razões do sucesso destesencontros.

A organização do Fórum Sanitop decidiu, esteano, descentralizar o evento. Para esse efeitoorganizou, nas semanas que o precederam,em Lisboa, no Porto e em Viana do Castelo,debates sobre o tema escolhido, em parceriacom a Câmara Municipal de Viana do Castelo,e com apoio da Ordem dos Arquitectos e daOrdem dos Engenheiros.

“A reabilitação”, “a arquitetura e o ambiente,”“o futuro para a construção em Portugal” e “aconstrução sustentável ao encontro da energiazero”, foram os temas dos fóruns anteriores.Este ano, o debate centrado na regeneraçãourbana proporcionou uma parceria com aautarquia vianense, que participou ativamentee acolheu no Centro Cultural de Viana doCastelo o evento.

O Fórum Sanitop 2014 teve além dos momen-tos mais profissionais, outros também de con-vívio e confraternização. Contribuíram paratorná-los especiais, a animação dos gruposSaltarellus e Engenhocas e a colaboração daEscola Pro fis sional de Música de Viana, bemcomo um pequeno, mas extraordinário concer-to do Maestro António Victorino d'Almeida, queencerrou o primeiro dia de atividades.

Page 22:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

Este último, apresentou, inclusive, uma iniciativa de marketingsetorial que tem vindo a ser trabalhada em Espanha, visando pro-vocar uma relação mais próxima entre a distribuição independentee os clientes, assente num compromisso de confiança e no apeloaos aspetos da natureza mais emocional.

António Ballester realçou, igualmente, a necessidade de providen-ciar aos comerciantes e aos seus colaboradores uma formaçãoespecífica adequada, defendendo que este poderia ser um projetoeuropeu para o setor.

Destacaram-se neste Congresso diversas comunicações a cargode especialistas de empresas da construção e da Universidadeque procuraram responder às questões principais que as altera-ções estratégicas colocam aos comerciantes em termos de merca-do: como posso contribuir para a mudança e que oportunidades aessa mudança me pode proporcionar.

No final ficou a ideia que os comerciantes europeus enfrentarãodesafios muito importantes nos próximos anos e que estes tambémdevem merecer uma atuação conjunta, não só ao nível nacional,mas também ao nível europeu e em parceria com os fabricantes.

Este Congresso ficou ainda assinalado pela transferência de pode-res para o novo Presidente da UFEMAT, António Ballester, quesucedeu a Guiseppe Freri a quem os delegados prestaram ahomenagem do grande trabalho desenvolvido. Para o ano, oencontro será em Dubrovnik, a convite da Federação da Croácia.

20 /

Congresso da UFEMAT Valência, 17 de Outubro de 2014

Edifícios de Balanço Energético quasezero em 2020. Estamos preparados?

NO PASSADO DIA 17 DE OUTUBRO REALIZOU-SE, EM ESPANHA, NACIDADE DE VALÊNCIA O 56º CONGRESSO DA UFEMAT - UNIÃODAS FEDERAÇÕES EUROPEIAS DOS DISTRIBUIDORES DE MATERIAISDE CONSTRUÇÃO E FABRICANTES, CUJO OBJETIVO PRINCIPAL FOIREFLETIR SOBRE AS MUDANÇAS DE PARADIGMA, EM PARTICULAR NODOMÍNIO DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA, SOBRE AS CONSEQUÊNCIASPARA OS DISTRIBUIDORES DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO.CONGRESSO EM QUE ESTEVE PRESENTE A APCMC, ATRAVÉS DOSEU SECRETÁRIO GERAL, JOSÉ DE MATOS.

Eventos

Assim, para além de uma análise da evolução e perspetivas daeconomia mundial e europeia e, também, da economia do paísanfitrião, a Espanha, foram apresentadas diversas comunicaçõesa cargo de especialistas convidados e de algumas empresas líde-res nas respostas aos desafios das novas exigências na área daeficiência energética (Xella e Velux), cujas soluções se posicionamjá no campo do balanço energético positivo.

A crescente concorrência dos grandes grupos internacionais dedistribuição em regime de livre serviço e a chegada de novos“players” no comércio através da internet, com dimensão aindasuperior, foi objeto das intervenções, quer do Presidente da UFE-MAT, Guiseppe Freri, quer do Diretor Geral, Marnix Van Hoe, quersobretudo do Presidente da Federação Espanhola, ANDIMAC,António Ballester López.

Page 23:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

O setor da construção na Europa, entrou num novo ciclo decrescimento a partir de 2014 e o ritmo deverá aumentar até2017.

Há, naturalmente, diferenças assinaláveis entre os diferentespaíses, destacando-se pela positiva, na Europa Ocidental, ospaíses nórdicos, o Reino Unido e a Irlanda.

Os países do Sul da Europa apresentam as piores perspetivas,mas Portugal e agora também a Espanha deverão recuperar apartir de 2015. O principal motor do crescimento da atividade daconstrução na Europa serão os países do Leste.

A conferência abordou, também, as principais tendências nosdiversos segmentos de mercado (residencial, não residencial eengenharia civil) para além da influência dos fatores macroeco-nómicos e demográficos ao nível europeu, os quais foram clas-sificados de forma negativa.

Todavia, perante um cenário de estagnação económica, a cons-trução continua a ser atrativa para os investidores, atendendo às“yelds” positivas e interessantes obtidas neste setor, face a umaremuneração do capital financeiro que, nos últimos anos, andapróximo do zero.

As mudanças de paradigmas na sociedade e no setor da cons-trução foram objeto de várias comunicações de especialistasconvidados, no quadro do tema escolhido para este evento: A(R) Evolução da Construção - Políticas, Inovações e Estratégias;Cadeias de Abastecimento Abertas (open supply chains).

Temas como o BIM, a eficiência energética, a impressão 3D, areabilitação & renovação, as novas estratégias industriais depaíses como o Reino Unido e a Finlândia, a cooperação entre aengenharia e a arquitetura, foram abordadas neste painel, com

destaque para uma comunicação do ArquitetoLorenzo Bellicini (CRESME) sobre a caracteriza-ção de três segmentos de mercado para a constru-ção no futuro: o mercado de Tradição, o daEvolução e o da Revolução.

Do ponto de vista da gestão, assinalou-se que osetor da construção, como o setor da atividademaduro, terá que caminhar no sentido da reduçãode custos, do aumento da produtividade e do for-talecimento da capacidade financeira.

No final, a CRESME apresentou um novo serviçode analise e acompanhamento dos mercados daconstrução ao nível mundial, com informação dis-criminada sobre oportunidades nos vários seg-mentos e disponibilizando um “rating” para a maio-ria do países, em todos os continentes.

A APCMC fez-se representar na conferência peloDr. José de Matos.

/ 21

78ª Conferência do EUROCONSTRUCT Milão, 19 de Novembro de 2014

REALIZOU-SE NO PASSADO DIA 19 DE NOVEMBRO, EM MILÃO, A 78ªCONFERÊNCIA DO EUROCONSTRUCT, NA QUAL FOI APRESEN-TADO O OUTLOOK DA CONSTRUÇÃO EUROPEIA PARA O PERÍODO2014-2017, TENDO SIDO IGUALMENTE ABORDADAS AS ALTERA-ÇÕES QUE ESTÃO EM CURSO E SE PERSPETIVAM PARA O SETOR NAEUROPA E NO MUNDO.

A conferência teve como anfitriã aCRESME, que é a correspondenteitaliana do organismo europeu forma-do pelas entidades que produzem es -ta tísticas da construção, o EURO-CONSTRUCT.

No domínio das previsões, salien-tou-se a confirmação da inversãoda tendência recessiva aí assinala-da no 1º semestre de 2014.

Page 24:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

22 /

Conferência Liveplace Therm Etics

TENDO EM CONTA AS EXIGÊNCIAS ENERGÉTICAS ATUAIS, QUEESTÃO INTIMAMENTE ASSOCIADAS ÀS PREOCUPAÇÕES COM OCONSUMO DE ENERGIA E PROTEÇÃO AMBIENTAL, TORNOU-SEIMPERATIVO ISOLAR TERMICAMENTE A ENVOLVENTE DOS EDIFÍ-CIOS. FOI COM ESTA PREMISSA QUE A LIVEPLACE ORGANIZOU,COM ENORME SUCESSO, NOS DIAS 17, 18 E 19 NOVEMBRO, NOPORTO, VISEU E BRAGA, RESPETIVAMENTE, A CONFERÊNCIALIVEPLACE THERM ETICS .

Eventos

A Liveplace apresentou a marca Baumit, marca austríaca espe-cializada em Sistema Etics, fundada em 1988. Uma das maisrelevantes marcas a nível europeu, estando representada atual-mente em 30 países, orientada para a investigação e desenvol-vimento de produtos, nanotecnologia e sistemas fotocataliticosBaumit.

Exemplos de produtos e sistemas abordados nas conferências,na componente teórica e prática, com aplicação e manuseamen-to dos mesmos por parte dos participantes:

OPENSYSTEM

• Mais transpirável• 23% mais de capacidade isolante• Beleza e limpeza sem manutenção• Acabamento auto limpável

Sistema de Isolamento Térmico de qualidade Superior. Proporciona23% mais de isolamento térmico do que os sistemas ETICS tradicio-nais, dando lugar a um melhor clima interior em construção nova ereabilitação.

TUDO SE CONSEGUE COM AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS:

• Maior aderência e difusão de vapor de água da massa de colagem,com cimento branco Baumit openContact.

• Maior isolamento e difusão de vapor de água, do painel isolanteBaumit openreflect.

• Ausência de pontes térmicas produzidos pelas fixações tradicionais,graças à fixação adesiva Baumit StarTrack.

• Acabamento mais duradouro da fachada proporcionado pelo acaba-mento auto limpável desenvolvido com a nanotecnologia BaumitNanoporTop.

• Agora, a inovadora tecnologia photokat da Baumit oferece, ofereceuma maior proteção contra a sujidade.

STARSYSTEM

• Isolamento térmico e desenho de fachadas• Alta qualidade desde há 30 anos• Máximo conforto interior

Sistema de Isolamento térmico com mais de 30 anos de experiênciaque comporta uma maior segurança, válido para qualquer tipo desuperfície base, tanto obra nova como reabilitação, vivendas uni fami-liares e edifícios, assim como para construção industrial. Oferece umaelevada qualidade e segurança, acima dos níveis exigidos no guiaETAG 004. Tudo se consegue através das seguintes características:

• Maior aderência da argamassa de colagem Baumit StarContact.

• Maior isolamento do painel isolante Baumit StarTherm.

• Acabamento mais hidrófugo e resistente à sujidade graças à incor-poração de resina de silicone Baumit SilikonTop.

PROSYSTEM

• Isolamento térmico profissional• Qualidade que cumpre as normas europeias• Económico

Sistema de Isolamento térmico polivalente, que cumpre com o requisitoexigidos no guia ETAG 004, que tem uma relação qualidade preço ópti-ma. Ideal para projetos grandes em obra nova onde seja necessáriocumprir os requisitos de qualidade mínimos incluídos no documentoDITE, que se consegue graças a todos os elementos do sistema.

Page 25:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

/ 23

Cinco’s 2014 - Congresso de Inovação na Construção Sustentável

NOS DIAS 13 E 14 DE NOVEMBRO REALIZOU-SE, NOPORTO (NA FUNDAÇÃO DR. ANTÓNIO CUPERTINO DEMI RANDA), A 4ª EDIÇÃO DO CONGRESSO DE INOVAÇÃONA CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL (CINCOS’14). UMEVENTO INTERNACIONAL QUE PRETENDEU CONGREGAREMPRESAS, AUTARQUIAS, CENTROS DE I&D, ASSOCIA-ÇÕES EMPRESARIAIS E OUTROS AGENTES DE DESENVOL-VIMENTO COM INTERESSE NA SUSTENTABILIDADE DOAMBIENTE CONSTRUÍDO ENQUANTO MOTE PARA A INO -VAÇÃO E REFORÇO DA COMPETITIVIDADE.

Tratou-se de um evento para o Cluster Habitat Sus -tentável, onde se pretendeu promover sinergias e par-cerias geradoras de inovação, realçar o trabalho efe-tuado pelas entidades do Cluster e fomentar a suadiferenciação e internacionalização.

Na edição deste ano do Congresso CINCOS’14 pre-tendeu-se inovar nas temáticas das mesas redondas,que se sintonizaram com os desafios europeus enacionais do programa comunitário Horizonte 2020.

Neste sentido, para além das comunicações apre-sentadas por diferentes entidades, abordou-se umleque alargado de temas em mesas redondas comoas Comunidades Inteligentes e Sustentáveis; Opor -tunidades e Desafios 2014-2020, Reabilitação eSustentabilidade, Uso Eficiente de Energias e Re -cursos, Materiais e Soluções Construtivas Sus ten -táveis e, ainda, a Internacionalização no Cluster Ha -bitat.

Foi disponibilizada a edição das Atas do Congressoem livro, reunindo as comunicações do evento.

Page 26:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

24 /

Conceito Architecture Cost Management Dimscale - Apresentação oficial

A DIMSCALE, GABINETE DE CONSULTORIA EM GESTÃO DECUSTOS DE PROJETOS IMOBILIÁRIOS, APRESENTOU OFICIALMEN-TE NO PASSADO DIA 4 DE DEZEMBRO, O CONCEITO DE ARCHI-TECTURE COST MANAGEMENT (ARCH COST MGMT), NOSALÃO MACAU DA FUNDAÇÃO ORIENTE, EM LISBOA.

Eventos

Este inovador conceito concretiza-se através de um conjunto deserviços especializados na área da gestão de custos de projetosimobiliários, tendo como principais destinatários os promotores,investidores imobiliários e os gabinetes de arquitetura.

Trata-se de um conceito de gestão que tem vindo a ser desen-volvido pela DIMSCALE desde 2012 como forma de potenciar oknow-how da sua equipa nas áreas da consultoria técnica, arqui-tetura e gestão financeira e ainda de colmatar diversas lacunasno mercado, nomeadamente ao nível da falta de equipas espe-cializadas na gestão de custos de projetos.

A adoção deste conceito tem motivado o crescimento da empre-sa DIMSCALE e a sua presença como gestor de custos emdiversos projetos internacionais.

Desta forma, o evento teve como principal objetivo reunir atuaise futuros parceiros da DIMSCALE, estando também aberto aprofissionais das áreas do imobiliário e da arquitetura. A apre-sentação oficial do conceito ficou a cargo de Artur Sousa, CEOda DIMSCALE, que deu a conhecer o Arch Cost Mgmt e as suasmais-valias para promotores imobiliários e gabinetes de arquite-tura, seguindo-se um momento alargado de Cocktail &Networking.

Como referiu Artur Sousa, CEO da Dimscale: “Nesta fase derecuperação económica nacional em que muitos projetos come-çam a reunir as condições necessárias para a sua concretiza-ção, torna-se importante comunicar aos profissionais do imobi-liário e da arquitetura a importância da gestão de custos para asustentabilidade dos seus projetos”.

Por outro lado, a DIMSACLE apresentou ainda a nova imagem,e em paralelo, o novo website da empresa, assim como o vídeoem Motion Graphics do Arch Cost Mgmt.

Page 27:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

/ 25

Foram ainda abordados o despedimento por extinção do postode trabalho e por inadaptação, o cálculo da compensação porextinção do contrato de trabalho e o âmbito pessoal e temporaldas convenções coletivas de trabalho.

Foi oradora a Sra. Dra. Susana Seabra Leitão, Licenciada emDireito e Pós-Graduada em Direito do Trabalho, instrutora noServiço de Contraordenações Laborais da ACT – Autoridadepara as Condições do Trabalho, Centro Local do Grande Porto.

Seminário - As mais Recentes Alterações ao Código do Trabalho

NO PASSADO DIA 19 DE NOVEMBRO, NO HOTEL AC PORTO, AAPCMC, LEVOU A EFEITO UM SEMINÁRIO SOBRE AS MAISRECENTES ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DO TRABALHO. COM ESTAINICIATIVA PRETENDEU DIVULGAR E AJUDAR A ESCLARECER ASPRINCIPAIS E MAIS RECENTES NOVIDADES LEGISLATIVAS EMMATÉRIA LABORAL E AS SUAS IMPLICAÇÕES PRÁTICAS NA VIDADAS EMPRESAS E DOS TRABALHADORES.

O seminário registou uma procura muito expressiva, tendotido os participantes a oportunidade de verem esclarecidasas suas dúvidas sobre os mais diversos temas em desta-que, desde a Lei 63/2013, de 27 de agosto, e a instituiçãode mecanismos de combate à utilização indevida de contra-to de prestação de serviços em relações de trabalho subor-dinado, aos regimes de majoração do período de férias, tra-balho suplementar e descanso compensatório previstos noCCT outorgado pela APCMC e em outros IRCT.

Page 28:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

26 /

2ª Conferência Passivhaus Portugal 2014

DECORREU NO DIA 29 DE NOVEMBRO DE 2014, NO CENTROCULTURAL E DE CONGRESSOS DE AVEIRO, A 2ª CONFERÊNCIAPASSIVHAUS PORTUGAL 2014 COM A ORGANIZAÇÃO CONJUNTADA ASSOCIAÇÃO PASSIVHAUS PORTUGAL E DA HOMEGRID. ESTASEGUNDA EDIÇÃO DO EVENTO CONTOU COM A PARTICIPAÇÃO DE190 PESSOAS. A CONFERÊNCIA TEVE QUATRO BLOCOS DE APRE-SENTAÇÕES E UMA EXPOSIÇÃO QUE DECORREU NO FOYER DOAUDITÓRIO, ONDE PARTICIPARAM CATORZE EMPRESAS QUE EXPU-SERAM OS SEUS PRODUTOS E SOLUÇÕES ADEQUADAS À PASSIVEHOUSE.

Eventos

O bloco 1, conduzido por João Marcelino, prosseguiu com as inter-venções: do Eng.º Ribau Esteves, Presidente da Câmara Mu -nicipal de Aveiro, manifestando a disponibilidade e o interesse emalargar a rede de municípios Passive House ao município deAveiro e aos restantes da Comunidade Intermunicipal da Regiãode Aveiro; da Dr.ª Alexandra Rodrigues, Diretora de Serviços deDesenvolvimento Regional da CCDRC, que enquadrou as medi-das de eficiência energética na estratégia para o desenvolvimentoregional; e do Eng.º João Branco, Vice-presidente da DireçãoNacional da Quercus, que apontou os caminhos alternativos paraas políticas energéticas e ambientais de Portugal.

A finalizar o bloco de abertura foram apresentados alguns exem-plos da aplicação da norma Passive House em Portugal por JoãoGavião, da Homegrid, que deu a conhecer o excelente desempe-nho das Primeiras Passive Houses ao nível do conforto, qualidadedo ar interior e consumos energéticos e dos novos edifíciosPassive House em desenvolvimento na região de Aveiro, e porMiguel Guedes, do atelier Miguel Guedes Arquitectos, que apre-sentou o projeto de uma Passive House no Douro, no concelho deBaião.

O bloco 2 foi moderado pelo Arq.º João Paulo Cardielos, professordo Departamento de Arquitetura da Universidade de Coimbra, eprocurou mostrar caminhos para o desenvolvimento da PassiveHouse em comunidades, municípios e regiões. A primeira apresen-tação foi de João Marcelino, da Associação Passivhaus Portugal,que apresentou o caminho proposto para os municípios PassiveHouse e anunciou a Câmara Municipal de Águeda como o primeiromunicípio Passive House.

Os trabalhos tiveram início com a abertura da conferência, emque foram dadas as boas vindas a todos os presentes no eventoe apresentado o trabalho efetuado até à data pela AssociaçãoPassivhaus Portugal pela voz do presidente da direção, JoãoMarcelino. Foi apresentada a estratégia para a implementaçãoda Passive House em Portugal assente na Rede Passive Housee também alguns dos projetos Passive House em desenvolvi-mento em Portugal.

O auditório

Participantes no Bloco 1

A exposição

Participantes no Bloco 2

Page 29:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

/ 27

De seguida, o Dr. Victor Ferreira apresentou a estratégia doCluster Habitat Sustentável e a sustentabilidade como motepara a inovação e competitividade e o Dr. Manuel DuartePinheiro, professor do Instituto Superior Técnico, revelou aperspetiva do sistema de certificação LiderA em relação àPassive House e às comunidades sustentáveis. Para finalizareste bloco, a Dr.ª Célia Laranjeira, da Divisão de Ambiente eSustentabilidade da Câmara Municipal de Águeda, em repre-sentação do seu presidente Gil Nadais, apresentou o trabalhofeito no caminho para a sustentabilidade, que passa tambémpor ser um município Passive House.

O bloco 3 incidiu sobre exemplos e práticas fora de Portugal,com destaque para a representação do Passivhaus Institut(PHI) e de dois dos parceiros da Associação PassivhausPortugal na iniciativa PHMED - Passive House Mediterranean,a Plataforma de Edificación Passivhaus (PEP) de Espanha e oZEPHIR Passivhaus Itália. A primeira apresentação foi deSusanne Theumer, do Passivhaus Institut que focou as vanta-gens da aplicação da norma Passive House no setor hoteleiroe da reabilitação passo a passo como modo de melhorar odesempenho dos edifícios existentes.

Na apresentação de Anne Vogt, do PEP foram destacadas asatividades da organização espanhola, nomeadamente no âmbi-to do projecto europeu EuroPHit, e os exemplos da aplicaçãoda Passive House em edifícios novos e existentes. De seguida,Franscesco Nesi, do ZEPHIR, apresentou a evolução daPassive House em Itália, em número de profissionais formadose de edifícios construídos, e os recentes protocolos estabeleci-dos com municípios italianos para a implementação da PassiveHouse. A apresentação final deste bloco coube a JürgenKleinwächter, responsável da SunOrbit e colaborador na comu-nidade Tamera, com a divulgação de soluções tendo em vista aindependência energética de uma habitação a partir da energiafornecida pelo sol.

O bloco 4 teve como moderador o Dr. José de Matos,Secretário-Geral da Associação Portuguesa dos Comerciantesde Materiais de Construção e teve como objetivo a apresenta-ção de soluções e produtos adequados à Passive House. A pri-meira apresentação foi do Eng.º Nuno Simões, docente daFCTUC e investigador do ITeCons, que apresentou o Instituto

Participantes no Bloco 3

Participantes no Bloco 4

de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico em Ciênciasda Construção, o seu historial e o seu papel e atividade nasáreas da Construção, Energia e Ambiente. Seguiu-se a apre-sentação conjunta do grupo Saint-Gobain, através das apresen-tações do Eng.º Carlos Reis e do Eng.º Artur Brandão que abor-daram a importância da envolvente opaca e da envolventetransparente numa Passive House e da sua contribuição para aoptimização do desempenho.

O tema da envolvente transparente foi continuado pelo Eng.ºArtur Mexia, da Sapa Building System através da apresentaçãodo sistema e caixilharia Avantis 95 da Sapa que obteve a certi-ficação Passive House garantindo o óptimo desempenho. OEng.º Ávila e Sousa, da Preceram apresentou o produto deexcelência da empresa, o tijolo térmico e acústico, fundamen-tando as vantagens da sua utilização.

E para finalizar o bloco, a apresentação do Eng.º EmanuelLopes, da Tisem, com a solução Cross Laminated Timber naPassive House e o seu contributo para o cumprimento dosrequisitos Passive House.

No encerramento da 2ª Conferência Passivhaus Portugal 2014,João Marcelino divulgou o plano de formação Passive Housepara o ano de 2015.

O Encerramento da Conferência

Page 30:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

Da parte das empresas, o balanço também é positivo: “A quali-dade das conferências, tertúlias e workshops da Semana confir-mam o sucesso deste evento que entendemos constituir-se, porsi só, como promotor da Reabilitação Urbana no nosso país”,afirmou Miguel Franco, Administrador da Schmitt+SohnElevadores, empresa que apoia o evento desde a sua primeiraedição e que esteve também presente com os seus produtos esoluções na área do transporte vertical.

MAIS DE 2.000 PARTICIPANTES NAS CONFERÊNCIAS, TERTÚLIAS E WORK -SHOPS

De acordo com a organização, esta II Semana da ReabilitaçãoUrbana do Porto recebeu mais de 2.000 participantes nas con-ferências, tertúlias e workshops agendados, que entre os dias24 e 30 de novembro animaram o Ateneu Comercial do Porto.

No total, mais de 90 oradores de âmbito político, técnico eempresarial integraram estes eventos, que captaram “um públi-co diversificado que reúne todos os intervenientes da reabilita-ção urbana, desde financiadores, a engenheiros, arquitetos, pro-motores, construtores e prescritores”, nota a organização.

Os mais novos também marcaram presença, com o workshopde arquitetura para os mais pequenos “ArquiBrinca” a recebermais de 160 crianças na manhã de sábado, 29 de novembro.Dinamizado pela pela Arkiplay com base no sistema de constru-ção LUPO, esta sessão contou com o apoio da APRUPP naorganização e com o patrocínio da Schmitt+Sohn Elevadores.

28 /

II Semana da Reabilitação Urbana do Porto

TERMINOU A 30 DE NOVEMBRO A II SEMANA DA REABILITAÇÃOURBANA DO PORTO, COM A ORGANIZAÇÃO A FAZER UM BALANÇO“BASTANTE POSITIVO”. O EVENTO COM INÍCIO A 24 DE NOVEM-BRO, RECEBEU MAIS DE 2.000 PARTICIPANTES NOS EVENTOSAGENDADOS.

Eventos

De acordo com Arturo Malingre, Diretor da Semana daReabilitação Urbana, “um dos objetivos primeiros” do evento é“reunir todos os protagonistas da Reabilitação Urbana numevento inclusivo, o que uma vez mais se confirmou”.

O responsável agradeceu o apoio “desde o primeiro momento” daCâmara Municipal do Porto e da Porto Vivo, frisando ainda que “éentusiasmante ver a colaboração de todas as forças vivas da rea-bilitação, desde as universidades, às associações e ordens profis-sionais de referência, ou os institutos públicos com a tutela dosetor, bem como as empresas que trabalham nesta área”.

“Além disso, é gratificante ver também a Semana cumprir a suafunção de sensibilização da população em geral para o tema dareabilitação urbana”, propósito que foi “uma vez mais cumprido”,realça Arturo Malingre.

Page 31:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

/ 29

Uma iniciativa inovadora no âmbito da Semana da ReabilitaçãoUrbana e que se revelou um verdadeiro sucesso em termos deadesão, foi a “Reunião de Obra Aberta” promovida pela FloretArquitectura e que convidou todas os interessados, profissionaisou apenas curiosos a participar numa visita aos estaleiros de duasobras de reabilitação atualmente em curso no Porto. As Reuniõesde Obra Aberta decorreram em duas frentes de obra, nomeada-mente na “Alexandre Herculano”, situada no nº 223 da ruaAlexandre Herculano; e do “Pinheiro Manso”, no nº 206 da Rua doPinheiro Manso.

Outro destaque da Semana da Reabilitação Urbana foi o concursode fotografia “ReTratar a Invicta”, que foi lançado no âmbito doevento e que superou uma centena de trabalhos a concurso.

UMA MOSTRA DO QUE MELHOR SE FAZ EM REABILITAÇÃO EM PORTUGAL

Além dos eventos em agenda, o espaço do Ateneu Comercial aco-lheu ainda cerca de duas dezenas de empresas que, durante osdias da Semana, apresentaram soluções e produtos direcionadospara a reabilitação, entre as quais a Schmitt+Sohn Elevadores, aSecil, a CGD, a Lucios, a Weber, a Sonae Indústria, a Predibisa, aSonae Indústria, a Umbelino Monteiro, a CARI (Grupo DST) ou aSanitana.

A Semana foi ainda palco para a apresentação da 3ª edição doPrémio Nacional de Reabilitação Urbana, cujo período de candida-turas já está a decorrer, terminando a 16 de fevereiro. Enquantoentidade que apoia a Reabilitação Urbana, a Santa Casa daMisericórdia de Lisboa associa-se, uma vez mais, a esta iniciativa,a qual é organizada pela Vida Imobiliária e pela Promevi, parceriaque organiza também a Semana da Reabilitação Urbana. Nesta 2ªedição no Porto, a Semana contou com os apoios da Porto Vivo,SRU e da Câmara Municipal do Porto, além dos patrocínios insti-tucionais da CCDR-N, INCI, IHRU e AICCOPN e das empresasCaixa Geral de Depósitos, Schmitt+Sohn, Lucios, Secil, SonaeIndústria, Weber, e Luz e Som.

Page 32:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

30 /

Jantar Convívio de Natal na OLI

DECORREU NO PASSADO DIA 11 DE DEZEMBRO, O HABITUALCONVÍVIO DE NATAL DA APCMC, QUE JUNTOU MAIS UMA VEZVÁRIOS ASSOCIADOS, GEOGRAFICAMENTE DISPERSOS. CONVÍVIOGENTILMENTE PATROCINADO PELA OLI - OLIVEIRA & IRMÃO,SA, QUE COMPLETOU ESTE ANO, TAL COMO A APCMC, 60ANOS DE EXISTÊNCIA.

Eventos

Os convidados tiveram oportunidade de visitar as instalaçõesfabris da OLI, tendo uma profunda explicação do processo pro-dutivo.

Seguiu-se o jantar, que decorreu nas instalações da empresa,no final do qual os Presidentes do C.A. da OLI, EngenheiroAntónio Oliveira, e da Direção da APCMC, Engenheiro AfonsoCaldeira, tomaram a palavra para agradecer e desejar aos pre-sentes Boas Festas e um Ano Novo de 2015 muito esperançosoe cheio de novas oportunidades, tendo ainda registado omomento com uma troca de lembranças.

Page 33:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

/ 31

Casa Peixoto abriu portas em Braga

NO PASSADO DIA 29 DE DEZEMBRO, A CASA PEIXOTO ABRIU ASUA MAIS RECENTE LOJA EM SEQUEIRA, BRAGA (EN. 103).COM MAIS DE 5000 METROS QUADRADOS, ESTA CASA OFERECE,TAL COMO JÁ TEM VINDO A HABITUAR OS SEUS CLIENTES, SOLU-ÇÕES INTEGRADAS E UMA VASTA GAMA DE PRODUTOS E SERVI-ÇOS DA ÁREA DE CONSTRUÇÃO, COM SELO DE QUALIDADE.

A loja de Braga está devidamente segmentada em áreas específi-cas, sendo possível encontrar todos os materiais necessários paraconstrução, desde produtos grossos (como areia, cimento e mate-riais de isolamento), até eletrodomésticos e acessórios de decora-ção e climatização.

Este novo espaço conta também com uma zona de bar/cafetaria,onde os clientes e os colaboradores podem usufruir de momentosde pausa e lazer. A loja está sempre aberta, das 8h às 20h, desegunda a sábado.

A Casa Peixoto conta já com 40 anos de história e sucesso nosetor da construção e tem-se afirmado no mercado pela sua ousa-dia, pelo atendimento personalizado e especializado que prestaaos clientes e pela sua oferta diversificada em qualidade e preço.

Com mais este investimento da Casa Peixoto, é o setor que estáde parabéns, revelando que, apesar das dificuldades do País, asempresas de materiais de construção acreditam no futuro e apos-tam na prestação de um serviço de qualidade e excelência.

Page 34:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

32 /

Entrevista Pinto & Filhos adere à BigMat BigMat

QUE REFERÊNCIAS TINHA EM RELAÇÃO AO GRUPO BIGMAT?

Na verdade não tínhamos muita informação e a que tínha-mos era confusa, contraditória e dispersa. Estávamos malinformados. Muitos dados soltos, pouco precisos, que afinalnão coincidiam com o que pude comprovar (que é a melhorforma de ver as coisas).

O QUE PRETENDE DIZER EXATAMENTE?

O que quero dizer é que, quando me explicaram tudo, pontopor ponto e de uma forma clara, a minha perceção do que éa BigMat mudou. Aliás, tenho que reconhecer que inicial-mente tinha algumas reservas quanto à BigMat.

POR EXEMPLO?

Uma das questões que mais nos surpreendeu e que pesouconsideravelmente no momento de tomar a decisão foi a daautonomia na administração do próprio negócio. Para nósera fundamental manter a administração do negócio. Estaempresa é centenária. Já andamos nisto há muito tempopara que alguém venha agora dizer como temos que fazeras coisas.

Para nossa grande surpresa, a BigMat é precisamente ocontrário. Na BigMat sabem que ninguém melhor que nósconhece o nosso negócio, a nossa área de influência, asnecessidades dos nossos clientes, etc.

Para a BigMat é muito mais produtivo aproveitar todo opotencial que somente o sócio pode proporcionar ao conjun-to do grupo. Para eles, também é muito importante que osócio mantenha o vínculo emocional que tem com a suaempresa.

O negócio é nosso e querem que continue a ser, para que anossa participação continue a ser a mesma. A desvincula-ção somente levaria a uma falta de motivação. Quando sen-timos que algo é nosso, mesmo que agora sejamos parte deuma organização maior, defendemo-lo.

QUANDO SE TRATA DE TOMAR DECISÕES, DE EXERCÍCIO DA AUTO-RIDADE, QUAL PREVALECE?

Ninguém nos diz o que temos que fazer. No entanto, acon-selham-nos para que o nosso negócio seja mais produtivo,mais visível, etc. Às vezes, na vida, temos que ser humildese deixar-nos assessorar pelos que mais sabem.

Em determinadas questões, como a imagem, o marketing, omerchandising, a BigMat é especialmente competente. Paranós, estes eram aspetos que devíamos considerar mas aosquais, porventura, não dávamos a importância devida.

Quero aproveitar a ocasião para agradecer à BigMat, porquetodas as indicações que nos foram dadas têm sido muito pro-veitosas. A BigMat é uma das centrais de materiais de constru-ção mais importantes da Europa e com certeza isso se deve aalguma razão. O mercado premeia somente os melhores.

NESTA ENTREVISTA, FERNANDO PINTO, ADMINISTRADOR DAEMPRESA PINTO & FILHOS, SA, REVELA-NOS A RAZÃO DA ADE-SÃO AO GRUPO BIGMAT E COMO ESTÁ A DECORRER A SUAEXPERIÊNCIA. UM EMPRESÁRIO CUJA OPINIÃO É DAS MAIS CON-SIDERADAS NO SETOR DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, ALICER-ÇADA NO SUCESSO DE UMA HISTÓRIA CENTENÁRIA.

Page 35:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

COMO É A RELAÇÃO COM OS FORNECEDORES A PARTIR DOMOMENTO EM QUE UMA EMPRESA SE TORNA SÓCIA DABIGMAT?

É como nós quisermos, é à nossa velocidade; no entan-to, não fará qualquer sentido pertencer a um clube porcausa das suas vantagens e depois não as utilizar.

O mais rentável, confortável e produtivo é fazer uso daplataforma BigLog.

Quando a visitamos, percebemos que na atual conjuntura estaremos perdidosse não tivermos o apoio de um grande grupo, com esta infraestrutura. Porexemplo, o desconto que um fornecedor concede à BigMat pelas suas com-pras, dado o seu volume, não pode ser o mesmo que poderá conceder aalguém de forma independente.

MENCIONOU ALGUNS DOS BENEFÍCIOS DE QUE USUFRUI QUEM É SÓCIO BIGMAT,COMO A ASSESSORIA EM DETERMINADOS ASPETOS DO NEGÓCIO E AS VANTAGENSOBTIDAS NA RELAÇÃO COM OS FORNECEDORES. QUE OUTROS DESTACARIA?

Já disse que nós valorizávamos muito a independência, mas o objetivo finalsão os resultados económicos. Aqui todos nós pretendemos o benefício máxi-mo. Fizemos os cálculos e as contas ajustam-se perfeitamente. Se não fosseassim, com certeza não estaríamos a fazer esta entrevista.

CONCLUINDO, PARECE QUE ESTÁ REALMENTE SATISFEITO, MAS NESTA COISAS NÃO HÁSEMPRE UM SENÃO? QUAL SERIA O SEU EM RELAÇÃO À INCORPORAÇÃO NO GRUPOBIGMAT?

Sim, é verdade. Este o mesmo é da nossa exclusiva responsabilidade.Principalmente por termos demorado mais do que devíamos a executar a deci-são, que estava praticamente tomada desde o início, no sentido positivo.Reconheço que perdemos muito tempo e dinheiro. O meu conselho para aque-les que estiverem com dúvidas é que quando receberem toda a informaçãosigam em frente, sem perder tempo. Eu sabia, quase intuitivamente, que está-vamos a fazer o correto. Agora estamos satisfeitos e motivados.

Page 36:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

34 /

Entrevista José Manuel SantosAdministrador da Diera

QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DA DIERA FACE AOS CONCOR-RENTES?

A Diera pode considerar-se um caso único no panorama das empresas demateriais de construção em Portugal, na medida em que, por força da suavocação inicial na produção de vernizes e tintas, e posterior ampliaçãopara a produção de argamassas cola, encontra-se atualmente dotada dosmeios para desenvolver e produzir uma série de produtos que abarcamtodos os estágios do ciclo de vida da obra desde o levantamento das pare-des aos revestimentos e acabamentos finais.

Como é natural, este binómio de desenvolvimento e produção para estesdois mercados complementares mas distintos permite-nos lançar soluçõesextremamente vantajosas para o consumidor, como é o caso, por exem-plo, do sistema de isolamento térmico compósito DIERATHERM, constituí-do por produtos para colagem, revestimento e acabamento das placas deEPS/XPS, totalmente desenvolvidos internamente.

Paralelamente, a aposta constante na investigação e desenvolvimentopara formatar novas soluções e técnicas de aplicação, que potenciem aeficiência energética e a preservação ambiental, bem como o acesso anichos de mercado, como a reabilitação, cada vez mais competitivos e exi-gentes, são vetores estruturantes da sua atividade.

QUAL A PRINCIPAL ESTRATÉGIA DA EMPRESA PARA O ANO 2015?

Depois de estar no mercado internacional há quase 15 anos, com desta-que para os PALOP, a Diera equaciona a formação de parcerias em mer-cados selecionados, com vista à futura instalação de unidades de produ-ção. Esse plano pode começar a ser posto em prática no decorrer do anopresente, na região do Magreb.

QUAL O PERCURSO QUE A DIERA TEM TIDO DESDE A SUA CRIA-ÇÃO, TANTO A NÍVEL DA PRÓPRIA EMPRESA COMO DA GAMA DEPRODUTOS?

Fundada em 1967, a DIERA é uma empresa de matriz100% portuguesa, que iniciou a atividade com uma unida-de de produção limitada a um produto e duas referências.Hoje, com uma equipa de 60 pessoas e 3 unidades distin-tas de produção, produz e comercializa mais de 200 pro-dutos, quer no domínio das argamassas (argamassa cola,argamassa de juntas, argamassas técnicas e argamassasde construção e reabilitação), quer no segmento dosrevestimentos decorativos (tintas, vernizes e revestimen-tos plásticos espessos).

Presente em todo o território nacional, a Diera exportaainda diretamente para sete mercados internacionais, comespecial incidência nos PALOP.

EM 1967, A DIERA INICIOU A SUA ATIVIDADE COM APRODUÇÃO DE TINTAS E VERNIZES, ASSUMINDO DESDEA SUA FUNDAÇÃO UMA FILOSOFIA DE CRIAÇÃO DE PRO-DUTOS COM ALTAS EXIGÊNCIAS DE QUALIDADE. NOANO 1978, A RECEÇÃO FAVORÁVEL POR PARTE DOMERCADO POSSIBILITOU A EXPANSÃO DA SUA ATIVIDA-DE PARA A PRODUÇÃO DE CIMENTO-COLA.

José Manuel Santos, administrador da Diera

Page 37:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

QUAL O PRODUTO QUE TEVE MAIOR DESTAQUE EM 2014 E PORQUÊ?

A solução DIERATHERM. Este sistema compósito de isolamento tér-mico pelo exterior foi homologado este ano pelo Laboratório Nacionalde Engenharia Civil (DH 923). Este ETIC (External Thermal InsulationComposite System) visa o isolamento térmico das zonas opacas dasfachadas e é o resultado da aposta na investigação e desenvolvi-mento de novas soluções e técnicas de aplicação que potenciem aeficiência energética e a preservação ambiental. Visando o melhordesempenho energético, bem como um conforto térmico e higrotér-mico, o sistema DIERATHERM pode ser aplicado quer em constru-ção nova, quer em obras de reabilitação.

Estender a abordagem comercial a outros mercadostambém é um objetivo sempre presente, como forma dedivulgar e ampliar a visibilidade da marca portuguesaDiera pelo mundo.

DE UM MODO GERAL, QUAIS SÃO OS ASPETOS MAIS IMPORTAN-TES A TER EM CONSIDERAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DO PRO-DUTO? QUAIS AS EXIGÊNCIAS DOS CLIENTES?

Longe vai o tempo em que o cliente se preocupava ape-nas com a eficiência e o custo do produto. Hoje, muitasoutras variáveis concorrem para o sucesso de umaempresa e de uma marca no segmento dos materiais deconstrução.

Avançamos com investigação, desenvolvimento e ino-vação se detetamos a existência de uma falha no mer-cado ou se entendemos ter capacidade para oferecerum produto melhor. Mas para além de bom e ter umpreço competitivo, temos de assegurar o cumprimentode normas internacionais no domínio ambiental e ener-gético, para além de uma série de outras certificaçõesde conformidade.

QUE ANÁLISE FAZ DO MERCADO DA CONSTRUÇÃO E COMOPREVÊ A SUA EVOLUÇÃO PARA OS PRÓXIMOS ANOS?

Estamos a sair de uma crise que afetou seriamente ofinanciamento dos projetos de construção, mas quetambém teve o mérito de acabar com muitas más práti-cas que se haviam instalado, fruto do facilitismo eexpansão não sustentada do mercado da construção.Começa a sentir-se atualmente um clima de retoma,sobretudo no domínio da reabilitação, que as autarquiase o Estado deviam incentivar de uma forma mais séria.Há projetos e novas formas de apoiar a economia e asempresas.

O SETOR DE REABILITAÇÃO TEM SIDO UMA DAS GRANDESAPOSTAS NA ÁREA DA CONSTRUÇÃO, TENDO EXISTIDO UMESFORÇO PARA CONCEBER PRODUTOS ESPECÍFICOS PARAESTE SEGMENTO DE MERCADO. COMERCIALIZAM SOLUÇÕESESPECÍFICAS PARA ESTE TIPO DE MERCADO?

Quer no domínio das argamassas (argamassas cola,argamassa de juntas, argamassas técnicas), quer nosegmento dos revestimentos decorativos (tintas, verni-zes e revestimentos plásticos espessos), a Diera pro-duz e comercializa produtos adequados tanto para omercado da construção nova como da reabilitação.

No domínio dos produtos de base cimentícia, por exem-plo, a aposta em soluções tradicionais e de mais-valiatécnica e ecológica, com apoio técnico em obra, é umadas mais valias da empresa, que teve a preocupaçãode efetuar um forte investimento em meios técnicos ehumanos que permitam não só desenvolver soluçõesadaptadas à realidade do mercado da reabilitação, mastambém proporcionar um acompanhamento técnicoconstante para assegurar a correta aplicação dos pro-dutos, e a resolução eficaz dos desafios que este mer-cado apresenta.

/ 35

Colagem das placas de EPS

Reabilitação da Universidade Católica do Porto

Page 38:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

36 /

Entrevista Joan Bonmatí i Tomàs Henkel Ibérica

QUAL O PERCURSO QUA A HENKEL TEM TIDO DESDE A SUA CRIAÇÃO,TANTO A NÍVEL DA PRÓPRIA EMPRESA COMO DA GAMA DE PRODUTOS?

A Henkel foi criada em 1876 por Fritz Henkel, na Alemanha. Oseu primeiro produto foi um detergente universal em pó, quese destacava por ser vendido em embalagens práticas e nãoavulso, como era costume na altura.

Atualmente, a Henkel opera, a nível mundial, em três grandesáreas de negócios: Beauty Care, Laundry & Home Care eAdhesive Technologies. Esta última grande área divide-senuma parte dedicada à indústria e noutra ligada ao consumo.

A Henkel Ibérica teve o seu início em Espanha em 1960 e emPortugal em 1970. A empresa cresceu por compra e integra-ção de empresas locais, como são exemplos, na área dosadesivos de consumo, a Nural e a Solyplast (produtos atual-mente sob a marca Pattex).

Atualmente, em Portugal, estão presentes as três áreas denegócio, sendo que as marcas trabalhadas ao nível dos ade-sivos de consumo são: Loctite SuperCola3, Pattex, Pritt,Tangit, Metylan, Rubson e Thomsit.

QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DA HENKEL FACEAOS CONCORRENTES?

Ao nível do que são os adesivos de consumo, na Henkel ofe-recemos produtos e gamas adequados a hipers e supermer-cados, a centros de bricolage e também a públicos mais pro-fissionais, na área da construção, saneamento ou impermea-bilização.

O GRUPO ALEMÃO HENKEL INSTALOU-SE EM ESPANHA NOANO DE 1960, DEPOIS DE COMPRAR A EMPRESA ESPANHOLAGOTA DE ÁMBAR, SA. EM 1989 DECIDIU ENFRENTAR UMNOVO DESAFIO E ENTRAR NO MERCADO PORTUGUÊS.ATUALMENTE, A HENKEL IBÉRICA CONTA COM UM QUADRODE CERCA DE 1.100 EMPREGADOS.

O GRUPO TEM UM CENTRO DE PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃONA PENÍNSULA IBÉRICA: MONTORNÈS DEL VALLÈS ALÉMDESTES, TEM AINDA UM CENTRO ADICIONAL DE DISTRIBUIÇÃOEM AZUQUECA DE HENARES. TODOS OS CENTROS ESTÃOOFICIALMENTE CERTIFICADOS COM AS NORMAS ISO DE QUA-LIDADE E MEIO AMBIENTE.

Joan Bonmatí i TomàsDiretor de Marketing e Trade MarketingAdhesive Technologies

Page 39:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

sobre bases menores, mas caímos menos, e isto será um bom pre-núncio. A confiança dos empresários do setor, inclusive, está a evo-luir de forma já positiva. Creio que nos próximos anos o setor recu-perará e, embora não atingindo os picos pré-crise, conseguiremosum equilíbrio entre o que são construções públicas e privadas, entrenova construção e reabilitação, que fará o mercado mexer.

O SETOR DE REABILITAÇÃO TEM SIDO UMA DAS GRANDES APOSTAS NA ÁREA DACONSTRUÇÃO, TENDO EXISTIDO UM ESFORÇO PARA CONCEBER PRODUTOSESPECÍFICOS PARA ESTE SEGMENTO DE MERCADO. COMERCIALIZAM SOLUÇÕESESPECÍFICAS PARA ESTE TIPO DE MERCADO?

Sim, comercializamos. Se abordamos o mercado da reabilitação, assoluções que a Henkel disponibiliza vão desde as colas universaisaos silicones, pregos líquidos, e produtos para limpeza e impermea-bilização de superfícies.

QUAL O PRODUTO QUE TEVE MAIOR DESTAQUE EM 2014 E PORQUÊ?

Destacamos, em 2014, a performance da nossa marca Rubson e emespecial do Silicone Líquido, um produto com uma tecnologia alta-mente inovadora e exclusiva Henkel que hoje em dia é já bem conhe-cido e bem referenciado pelos profissionais do setor.

Sob a marca Rubson, temos apostado na criação de todo um sistemade impermeabilização de superfícies, contra a humidade. 2014, foium ano de inovações na marca Rubson, com a introdução do AditivoP3, que tornou o produto transitável (certificação P4), bem como, poroutro lado, com a introdução de uma nova gama de desumidificado-res.

2015 será mais um ano especial para a marca, com muitas novida-des e inovações na gama.

A garantia de qualidade, aposta em inovação e assis-tência técnica são transversais a todas as gamas e pro-dutos Henkel e diferenciadores dentro de cada catego-ria onde atuamos, desde as colas instantâneas às mas-sas de regularização.

QUAL A PRINCIPAL ESTRATÉGIA DA EMPRESA PARA O ANO2015?

A estratégia da Henkel está muito bem definida, a umnível corporativo e global, para os próximos anos.Tendo por base a nossa visão de sermos líderes globaisem marcas e tecnologias, as prioridades estratégicassão claras: Outperform (optimizando e tirando o máximopartido das nossas marcas); Globalize (foco em regiõescom elevado potencial); Simplify (excelência operacio-nal); Inspire (fortalecimento da equipa).

A Henkel Ibérica partilha, inteiramente, esta estratégia.Durante o ano 2015, é nossa ambição aumentar o foconaquilo que é o nosso negócio core, tirar partido dasnossas vantagens competitivas, apostar na inovação ena competência técnica, simplificar processos e aumen-tar a nossa agilidade, tudo isto alavancado pela perfor-mance de uma equipa altamente motivada.

DE UM MODO GERAL, QUAIS SÃO OS ASPETOS MAIS IMPORTAN-TES A TER EM CONSIDERAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DO PRO-DUTO? QUAIS AS EXIGÊNCIAS DOS CLIENTES?

Na área de adesivos, as exigências do cliente e do con-sumidor e inclusivamente alguns fatores a considerarno desenvolvimento dos produtos dependem bastantese falamos de um consumidor mais doméstico, mais bri-colageiro - que valorizará bastante a imagem, a facilida-de de utilização, o reconhecimento e confiança namarca -, ou se falamos de um consumidor mais profis-sional, que tenderá a valorizar ainda mais as elevadasperformances dos produtos e que terá uma maior sen-sibilidade ao tema preço.

Deste modo, diria que o primeiro passo para um corretodesenvolvimento de produto/categoria é uma definiçãomuito clara do público-alvo onde queremos chegar euma análise do equilíbrio entre aquilo que necessita eaquilo que temos para oferecer.

Transversal a qualquer produto e a qualquer cliente,porém, são temas como a capacidade de inovação, deser melhor e diferente, a performance dos nossos pro-dutos, a capacidade de cumprir as promessas quefazem, e também a nossa competência e assistênciatécnica ao consumidor.

QUE ANÁLISE FAZ DO MERCADO DA CONSTRUÇÃO E COMOPREVÊ A SUA EVOLUÇÃO PARA OS PRÓXIMOS ANOS?

Em Portugal, o mercado da construção passou por umperíodo tremendo de contração nos últimos anos. Demomento, aquilo que nos chega através das últimasestatísticas é que os níveis de decrescimento do setorestão a diminuir, isto é, continuamos a cair, e caímos

/ 37

Page 40:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

38 /

Entrevista Ana Ambrósio Administradora das Tintas 2000

Ao nível da distribuição a empresa, possui delegações nas váriasregiões do país, Trás-os-Montes, Minho, Douro Litoral, Vale do Sousa,Beira Alta, Estremadura, Vale do Tejo, Alentejo e Algarve.

QUAL O PERCURSO QUA AS TINTAS 2000 TEM TIDO DESDE A SUA CRIAÇÃO,TANTO A NÍVEL DA PRÓPRIA EMPRESA COMO DA GAMA DE PRODUTOS?

O nosso percurso tem sido sempre a crescer, nos últimos 10 anos ovolume de negócios cresceu mais de 85%. A Tintas 2000 iniciou a suaatividade numa área coberta de 1.200 m2, com 30 pessoas e umagama de produtos para a construção civil. Neste momento ocupamosmais de 12.000 m2, temos uma equipa de 180 pessoas, produzimosuma gama alargada de produtos para construção civil, para indústriade mobiliário e metalomecânica, e temos uma rede de distribuição de26 lojas próprias.

QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DAS TINTAS 2000 FACE AOSCONCORRENTES?

Uma múltipla diversidade de produtos e soluções de pintura, dinâmicae versatilidade.

QUAL A PRINCIPAL ESTRATÉGIA DA EMPRESA PARA O ANO 2015?

Não posso revelar, não quero tornar pública a nossa estratégia para2015, posso dizer que como em todos os anos anteriores pretendemoscontinuar a crescer, tanto em volume de vendas, como em resultados.

DE UM MODO GERAL, QUAIS SÃO OS ASPETOS MAIS IMPORTANTES A TER EMCONSIDERAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO? QUAIS AS EXIGÊNCIASDOS CLIENTES?

Durante os anos 80, a Tintas 2000 cresceu, mostrandouma maior capacidade de resposta ao mercado de anopara ano, desenvolvendo as diferentes áreas de produção,tintas plásticas, esmaltes e vernizes.

Em 1986 a empresa decidiu investir em vernizes e tapa-poros poliuretanos para a indústria do mobiliário de madei-ra, na qual se veio a tornar um dos fatores de diferencia-ção e posicionamento da empresa. Num curto espaço detempo a Tintas 2000 conseguiu uma liderança de mercadona indústria do mobiliário, que ainda hoje, é um “cartão devisita”.

Neste momento a Fábrica de Tintas 2000, tem uma equipade 130 colaboradores e uma capacidade produtiva de15.000 toneladas/ano.

A empresa situa-se entre as 6 maiores fábricas de tintas evernizes do país, num universo de 169 produtoras doramo.

A FÁBRICA DE TINTAS 2000, SA FOI FUNDADA EMAGOSTO DE 1980, COMEÇANDO APENAS COM 1.200 M2

DE ÁREA, 20 FUNCIONÁRIOS E UMA PRODUÇÃO DE 500TONELADAS/ANO. TINHA COMO PRINCIPAL OBJETIVO SERUMA EMPRESA CAPAZ DE DAR AO MERCADO VÁRIASSOLUÇÕES.

Page 41:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

A utilização deste sistema vai continuar a ser cada vezmais frequente na procura da redução do consumo deenergia, do aumento do conforto, da durabilidade e da sus-tentabilidade.

O custo da energia e o facto de ser um bem escassoimpõem que se construam edifícios energeticamente efi-cientes o que se consegue com o sistema de isolamento tér-mico pelo exterior, usando o THERMINNOV e o THERMIN-NOV CORK.

O SETOR DE REABILITAÇÃO TEM SIDO UMA DAS GRANDES APOSTASNA ÁREA DA CONSTRUÇÃO, TENDO EXISTIDO UM ESFORÇO PARACONCEBER PRODUTOS ESPECÍFICOS PARA ESTE SEGMENTO DE MER-CADO. COMERCIALIZAM SOLUÇÕES ESPECÍFICAS PARA ESTE TIPODE MERCADO?

O setor da reabilitação tem sido um desafio, a atividade daTintas 2000 sempre foi mais dedicada à reabilitação do quea construção nova e nos últimos anos temos desenvolvido ecertificado diversos produtos para a reabilitação de edifícios.Destaco particularmente o THERMINNOV e o THERMIN-NOV CORK, os sistemas de isolamento térmico pelo exte-rior, homologados pelo LNEC segundo a ETAG 004 com on.º DH 923 e DH 924, desde dezembro de 2012.

Fomos a 4ª empresa a nível nacional com sistema de isola-mento térmico homologados pelo LNEC - THERMINOV e a2ª empresa a homologar um sistema térmico com ICB comoisolante térmico, acústico e antivibrático - SISTEMA THER-MINNOV CORK.

Ainda no tema das fachadas, disponibilizamos ao mercadoum sistema de pintura com acabamento 100% acrílico, PRI-MÁRIO PLIOMIL AQUOSO + TINTA ACRÍLICA PURA 9G,também com o selo do LNEC, desta vez na forma deDocumento de Aplicação, com o n.º DA 43.

Temos ainda diversos outros produtos destinados à reabili-tação com particular destaque para o Isolante Betonilha eImpermeabilizante Terraços, respetivamente uma membra-na cimentícia bi-componente e uma pintura acrílica foto-reti-culável para impermeabilização de terraços.

QUAL O PRODUTO QUE TEVE MAIOR DESTAQUE EM 2014 E POR-QUÊ?

O Crepimil, que é um revestimento acrílico para o sistema deisolamento térmico pelo exterior. Este produto foi o que tevemaior destaque em 2014, cresceu 40% no volume de vendase também a Tinta 9G 100% Acrílica que cresceu 57%.

Registamos um aumento na procura do THERMINNOV, queé o nosso sistema de isolamento térmico e acústico peloexterior de fachadas de edifícios, a reabilitação continua acrescer pelo que a procura deste revestimento acrílico temsido muito elevada.

O Crepimil está disponível em 8 grãos, de diferentes grano-metrias e é afinável em sistema de afinação automático. Em2014 lançamos o Crepimil Extra com 5 raiados diferentes,que foi também um sucesso.

As exigências dos clientes prendem-se essencialmente com a qua-lidade do produto.

Eu considero que um dos principais aspetos a ter em consideraçãono desenvolvimento do produto é uma correta e pormenorizadaidentificação das características e funcionalidades pretendidas parao produto, para se fazer uma adequada pesquisa de matérias-pri-mas a utilizar e para o consequente desenvolvimento de formula-ção.

QUE ANÁLISE FAZ DO MERCADO DA CONSTRUÇÃO E COMO PREVÊ A SUAEVOLUÇÃO PARA OS PRÓXIMOS ANOS?

Prevejo a manutenção do crescimento do setor de reabilitação deedifícios e estagnação de construção de obras novas. Nestemomento em Portugal não há necessidade de construir novas habi-tações, prevejo que nos próximos anos continuaremos a ter exces-so de casas no mercado. Sendo que a médio-longo prazo temosainda dificuldade do decréscimo e envelhecimento da população.

Já em termos de reabilitação tudo indica que o mercado continuaráa crescer. As exigências, os requisitos legais, a imposição da emis-são de certificados energéticos para todos os edifícios prevista noregulamento das características de comportamento térmico de edi-fícios (RCCTE) vão continuar a impulsionar a procura dos sistemasde isolamento térmico pelo exterior.

Este sistema constitui uma das soluções mais eficazes para seobter um elevado nível de conforto térmico no interior dos edifícios,com menor consumo energético associadas às necessidades deaquecimento e arrefecimento.

/ 39

Page 42:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

40 /

Entrevista Leonor VasconcelosGerente de Marketing da Telhas Cobert

Em termos de empresa, a Cobert foi recentemente adquirida, na sua tota-lidade, pelo Grupo Braas Monier, o maior fabricante de telhas do mundo.Estamos em crer que é uma mudança muito positiva e da qual retiraremoscertamente vantagens.

QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DA COBERT FACE AOS CON-CORRENTES?

Hoje em dia, com a globalização da tecnologia, a diferenciação nota-semais ao nível do serviço pós-venda, do conhecimento e proximidade como cliente. Neste sentido, temos apostado em ações de marketing e decomunicação com os diferentes públicos-alvo, bem como numa melhoriasignificativa do apoio ao cliente e parte logística. Estamos presentes denorte a sul do país, através de entrepostos logísticos, e portanto mais pró-ximos dos Distribuidores.

QUAL A PRINCIPAL ESTRATÉGIA DA EMPRESA PARA O ANO 2015?

Continuar a dinamizar a área da exportação, sem descurar o mercadonacional. Neste momento, exportamos para mais de 50 países nos cincocontinentes e é nosso objetivo incrementar os volumes transacionados.

DE UM MODO GERAL, QUAIS SÃO OS ASPETOS MAIS IMPORTANTES A TER EMCONSIDERAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO? QUAIS AS EXIGÊNCIASDOS CLIENTES?

QUAL O PERCURSO QUA A COBERT TEM TIDO DESDE A SUA CRIA-ÇÃO, TANTO A NÍVEL DA PRÓPRIA EMPRESA COMO DA GAMA DEPRODUTOS?

Temos tido uma evolução caracterizada pela constantemelhoria dos produtos e serviços, e pelo desenvolvimento denovas soluções, sempre com o objetivo de apresentar aomercado o produto mais adequado e competitivo.

A LUSOCERAM, EMPRESA QUE ESTÁ NA ORIGEM DATELHAS COBERT, FOI FUNDADA EM 1973, TENDO INI-CIADO A SUA ATIVIDADE COM A CONSTRUÇÃO DE UMAFÁBRICA DE TIJOLO NO OUTEIRO DA CABEÇA, CONCE-LHO DE TORRES VEDRAS, A QUAL INICIOU A PRODU-ÇÃO EM MEADOS DE 1975. PASSADOS DOIS ANOS,DEU-SE INÍCIO AO PROJETO DE CONSTRUÇÃO, NOMESMO LOCAL, DE UMA FÁBRICA DE TELHAS CERÂMI-CAS, QUE ENTROU EM PRODUÇÃO EM 1979. EM 1988,A LUSOCERAM FOI ADQUIRIDA PELO GRUPO URALITA,TENDO DADO ORIGEM À TELHAS COBERT, MARCA QUEA EMPRESA MANTÉM NOS DIAS DE HOJE.

Page 43:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

Gostaria de destacar a criação das bibliotecas de ficheiros BIM, umprojeto ambicioso que decidimos iniciar há cerca de um ano e quelançámos em Maio, na Tektónica. Estas bibliotecas agregam repre-sentações digitais do portfólio da empresa - telhas cerâmicas eacessórios para telhados -, preparadas para ArchiCAD e Revit.

Os ficheiros estão disponíveis para download, no website daempresa (www.telhas-cobert.com), permitindo o acesso rápido efácil a toda a informação técnica e comercial dos produtos, e porisso enriquecendo o processo de gestão da construção/reabilita-ção de um edifício. São, por isso, uma ferramenta indispensávelquando se pretende eficiência aliada a produtividade.

Por outro lado, sendo ficheiros digitais, têm uma grande apetênciapara serem difundidos pelos mais diversos meios eletrónicos, faci-litando os processos de trabalho. A informação que contêm, asso-ciada à geometria, fazem com que substituam simultaneamente os“blocos CAD” e os catálogos promocionais.

QUE PRODUTO DESTACARIA COMO SENDO MAIS INOVADOR?

A gama Lógica é a nossa gama premium, produzida em sistemade cassete-H, através do qual a telha é prensada, seca, engobadae cozida (a temperaturas mais elevadas) num suporte individual.

Este sistema confere às telhas características únicas, como esta-bilidade dimensional, elevada resistência mecânica e reduzidaabsorção de água. Para além disso, o uso do gesso nos moldes,aquando da prensagem, faz com que apresentem as nervuras comuma definição perfeita e portanto garantam uma instalação maisrápida e simples.

Depende do tipo de público-alvo. Por exemplo, se estamos a falarpara construtores, é importante oferecer um produto de qualidadee de fácil aplicação no telhado.

Quando falamos com arquitetos, para além da qualidade, a estéti-ca é sem dúvida o ponto mais crítico. Interessa-nos, por isso, ofe-recer um portfólio de produtos variado, que vá ao encontro dasnecessidades e requisitos de cada público, que alie qualidade, fácilmontagem, variedade de cores e acabamentos, bem como umagarantia eficiente.

QUE ANÁLISE FAZ DO MERCADO DA CONSTRUÇÃO E COMO PREVÊ A SUAEVOLUÇÃO PARA OS PRÓXIMOS ANOS?

O mercado da construção em Portugal tem apresentado taxas decrescimento anémicas, derivadas da grave crise que o país atra-vessa. A construção nova estagnou e o que ainda vai apresentan-do sinais de alguma, pouca, recuperação, é o setor da reabilitaçãoque se caracteriza por edifícios com telha cerâmica. Para os próxi-mos anos, não prevemos nenhum crescimento, antes pelo contrá-rio; consideramos que o mercado nacional se manterá, infelizmen-te, com os valores atuais.

TÊM ALGUM PRODUTO OU SERVIÇO RECENTE, QUE GOSTASSE DE DES-TACAR?

/ 41

Page 44:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE A EXPERIÊNCIA “RECENTE” DOCENTRO HISTÓRICO DO PORTO, PELO ARQUITETO RUI LOZA

A iniciativa concentrava-se nos programas sociais promovidos pelomunicípio, através do CRUARB - Comissariado para a RenovaçãoUrbana da Área de Ribeira/Barredo e da FDZHP - Fundação para oDesenvolvimento da Zona Histórica do Porto e por alguns senhoriosparticulares incentivados pelo RECRIA - Regime Especial deComparticipação na Recuperação de Imóveis Arrendados, por teremtido as rendas congeladas durante muitos anos.

Acresce que, apesar da imagem de abandono que os edifícios apre-sentavam, o seu grau de ocupação era ainda impeditivo da sua dispo-nibilização para obras.

Mesmo edifícios muito arruinados, com aspeto de serem impraticá-veis, ainda albergavam, frequentemente, um ou mais fogos habitacio-nais e, por vezes armazéns, lojas ou escritórios de atividade real, resi-dual... ou até... virtual.

Acontece que um edifício, mesmo degradado, se estivesse completa-mente devoluto, comparado com outro ainda parcialmente ocupado,custaria no mercado dez vezes mais!

É fácil de entender.

O custo, o tempo e a conflitualidade de realojar inquilinos, sobretudohabitacionais, eram absolutamente demolidores de qualquer vontadede investir em reabilitação. Paralelamente o valor pedido pelos prédiosdevolutos era tal que, desencorajava, igualmente, qualquer equaçãofinanceira de investimento.

Compreende-se, porque, não raramente, o valor das indemnizaçõesa suportar era superior ao valor da compra do imóvel, e, sobretudoporque era um valor...imprevisível! Havia casos de atividades não resi-denciais, cujo principal negocio, porventura o único negócio, era espe-rar pela indemnização do senhorio, aguardando o dia em que o deses-pero o obrigasse a tomar alguma iniciativa de vender ou recuperar.

42 /

Opinião Oportunidades e Dinâmica do Mercado da Reabilitação Urbana

HÁ DEZ ANOS...

Há dez anos a iniciativa de reabilitação de edifícios degradadosno Centro Histórico do Porto e na Baixa era exclusiva de pro-gramas públicos ou de alguns poucos promotores privados,esses também, muitas vezes apoiados por programas públicos.

Não havia mercado imobiliário para os prédios degradadosnem para as frações recuperadas.

Page 45:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

/ 43

Assim estava criado o “nó cego” que constituía o circulo vicioso dadegradação galopante que, pouco a pouco, ia empurrando os edi-fícios históricos para a ruína, cada vez mais acabada.

Esta situação de paralisia, era, além do mais, persistente e instala-da desde há muitos anos, mesmo desde há muitas décadas.

Diversos fenómenos estruturais podem estar na origem desselongo processo de desvitalização, mas vale a pena referir somenteos mais graves e com mais direta incidência.

Primeiro, a travessia do Douro à cota alta, seja ferroviária, sejarodoviária, veio alterar a centralidade e a funcionalidade da Ribeira,colocando o novo centro da cidade “na Baixa”.

Isto, passa-se na viragem do século XIX para o século XX. Alémdisso, a construção do Porto de Leixões, já no início do século XX,veio desativar, progressivamente, o porto do Douro que acaba porfechar nos anos sessenta.

Nos anos noventa desativa-se a Alfandega “Nova”, quer pela ade-são à Comunidade Europeia, quer pela transferência da sua resi-dual atividade para as proximidades do porto de Leixões, do aero-porto e do terminal TIR.

Associada a estas transformações funcionais temos ainda a enor-me mudança de escala da cidade, agora metrópole, com a atraçãogerada para novas zonas, entre outros fatores, pela autoestrada/Ponte da Arrábida, que veio a transformar completamenteo contínuo urbano de Gaia/Porto/Matosinhos.

Nestes processos o Centro Histórico foi perdendo valor e a Baixafoi-se terciarizando.

A grande diferença é que enquanto a baixa perdeu drasticamentepopulação nas décadas de 60 a 80, com atração de novas áreasde expansão urbana, e a pressão do terciário, o Centro Históricoainda reteve um elevado índice de ocupação em virtude dos seushabitantes serem, na larga generalidade, economicamente incapa-zes de se mudarem para novas casas, sendo, no geral, os progra-mas de realojamento de iniciativa pública dirigidos para a demoli-ção das ilhas, primeiro, e bairros de barracas, depois.

Em 1974, quando se inicia a operação do CRUARB haveria aindano CHP cerca de vinte mil habitantes, o que representa uma sobre-lotação enorme.

As leis do congelamento das rendas serão das principais explica-ções para o imobilismo e para a concentração nas casas antigas,ou seja nas casas com rendas antigas, de um sistema de ocupa-ção enquistado.

A consequência foi a degradação profunda do edificado, colocan-do em causa o valor patrimonial do tecido histórico e o valor urba-nístico de todo o Porto medieval. Neste contexto não podia haverqualquer iniciativa privada que desencadeasse um processo sig-nificativo de recuperação dos imóveis.

Ribeira/Barredo, Sé, Vitória e Miragaia, constituíam um núcleomuito persistente de bairros habitacionais com severos problemasde infra estruturas a que acresciam a obsolescência do edificadoe a decadência social.

A par deste processo endémico de degradação do CentroHistórico assistimos, sobretudo nas três primeiras décadas pós 25de Abril a uma explosiva expansão das novas áreas urbanas àescala metropolitana e a uma enorme e crescente oferta de novahabitação, tanto social como de mercado, que veio a marcar pro-fundamente o nosso território e a nossa economia até à crise de2008. É bem visível, hoje, a nova paisagem urbana criada emMatosinhos, Maia, Gaia, Valongo e Gondomar, para referir apenasa primeira coroa do cerco suburbano à cidade histórica do Porto.

Instalou-se, em todos os níveis da nossa sociedade, em todos osníveis da nossa administração e em todos os níveis da nossa eco-nomia o culto da construção nova, negando qualquer espaço àreabilitação de edifícios antigos.

O governo, os municípios, a banca, os imobiliários, os promotores,os consumidores, os vendedores de automóveis, os construtoresde estradas, o “grande comércio” e os fabricantes de opinião cer-caram de tal modo a reabilitação urbana de mitos e de condena-ções, que levaram os nossos centros históricos até perto da ruína.Nas últimas décadas as alterações dos hábitos culturais, comer-ciais e residenciais, girando em torno do transporte individual e dasua nova infra-estrutura, induziram uma urbanidade radicalmentecontrastante com a das décadas anteriores.

Podemos contrapor aqui o confronto entre o atavismo e a moder-nização da cidade, mas a solução poderia, e deveria, ter sidoequacionada com os prós e os contras do património e da moder-nidade, sem o exclusivismo que, durante décadas, fez pendertodas as decisões para o investimento, público e privado, nas peri-ferias.

Se, de facto, existem nos centros históricos, reais problemas deacessibilidade, de condicionantes patrimoniais ou de elevadoscustos de intervenção, não deixa de ser verdade que em muitosexemplos de outras cidades, esses problemas encontravam solu-ções mais ou menos criativas e viáveis.

No nosso caso, no entanto, os incentivos à reabilitação dos bair-ros antigos e dos centros históricos foram sempre muito limitados.Chegaram a existir programas de interessante formulação que,simplesmente não saíram do papel, pelo menos com dimensãovisível por falta de dotações financeiras, isto em anos ou décadasem que não faltou dinheiro para tudo o resto, incluindo para... odesperdício!

Programas importantes como o RECRIA, tiveram um alcancequantitativo muito limitado pelos apertados critérios de acesso epelos limites da sua dotação financeira.

Page 46:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

44 /

De facto é por esse início de século XXI que começa a dar-se aviragem, sendo de destacar no caso exemplar do Porto que, nasequência das três décadas anteriores de CRUARB, a PortoVivo, SRU consegue abrir a Baixa e o Centro Histórico à inicia-tiva privada.

HOJE...

Alguns “fenómenos” determinantes importa registar como arenovação do espaço público da Baixa levada a cabo no âmbitoda Capital Europeia da Cultura, a construção do metropolitano,a recuperação da marginal do Douro, desde a Ribeira até à Foze depois da frente marítima através de Matosinhos.

A vibração urbana trazida à vida noturna na Cândido dos Reis edepois a uma vasta área da Baixa Ocidental, desde “o Piolho”até Filipa de Lencastre e a animação de Miguel Bombarda, coma vida artística das galerias, foram também impulsionadoras deuma diferente abertura da cidade a populações, visitantes ouresidentes, capazes de absorver uma nova cultura do urbano.

A dotação de uma larga oferta de estacionamento enterrado, empontos centrais foi igualmente determinante para um significati-vo impulso de atração, desde o Infante a D. João I, do Palácioaos Poveiros e todo o conjunto em torno dos Leões/Carmo/Praçade Lisboa.

Podemos agora constatar que, em termos de obra em espaçopúblico, e em termos de infra-estrutura, a década de noventa édeterminante para o sucesso da dinâmica atual e futura.

Hoje temos de integrar o fenómeno urbano do Porto com o turis-mo. A par de um clima internacional favorável, o Porto veio acentralizar um conjunto significativo de argumentos para a atra-ção de visitantes e turistas.

A classificação do Centro Histórico pela UNESCO, em 1996 aCapital Europeia da Cultura em 2001, a chegada e intensifica-ção dos voos “low cost”, num aeroporto renovado em 2004, commetro a ligá-lo ao centro da cidade, a exploração dos percursosfluviais a Classificação do Vale do Douro pela UNESCO em2001 constituem fatores decisivos da mudança ocorrida nestaúltima década.

Neste contexto a ação da Porto Vivo, SRU, encontrou um con-junto de circunstancias propícias para a promoção de uma nova“moda da Baixa”.

A par de uma “movida” noturna que não tinha precedentes e deuma animação viva e cosmopolita, começa a dominar, na comu-nicação social, na imagem pública e, depois, na blogosfera umavisão do Porto como sítio de grande atração.

Surge o produto do “city break”, com curtas férias ou fins desemana aproveitando a ligação aérea direta a mais de sessen-ta cidades, que promove uma primeira vaga de oferta de aloja-mento barato instalado em imóveis da Baixa e do CentroHistórico.

Começa a haver interessados em transações de imóveis, rom-pendo o bloqueio da anterior falta de oferta e de procura.

Neste contexto assistimos, de forma prolongada a uma inexistên-cia de mercado. Os proprietários não reabilitavam os edifícios porestarem descapitalizados pelas rendas antigas congeladas e pelosfogos vagos, que, não rendendo nada, eram uma mais valia doedifício!

Se os quisessem vender os senhorios também não tinham quemos quisesse comprar, porque a equação financeira da aquisição,mais realojamentos, mais projetos, mais obras, mais incógnitassobre custos e “timings” não permitia praticar valores de venda dasfrações resultantes compensadoras face à competição desenfrea-da da construção nova em periferias de solo barato.

Chegou a constatar-se que o dia mais feliz de um proprietário eraquando um município decidia, “por milagre” expropriar-lhe o pré-dio!

A acrescentar a estes fenómenos gerou-se ainda uma cultura dereconstrução ou renovação de edifícios assente na tradição deobras caras, por terem geralmente, como ponto de partida edifíciosestruturalmente arruinados.

Esta tradição de obras caras na recuperação de edifícios antigos,se, em parte, se justifica pelo elevado grau de degradação, tem poroutro lado, também raiz na “máquina” de construção que desde asuniversidades às empresas estava totalmente montada para aconstrução nova.

Tudo isto agudizou a imagem denegrida das zonas antigas, queforam ganhando a sua densa má fama, com conotações sobre asegurança, a limpeza, a escuridão, o desconforto, a marginalida-de.

Neste cenário confrangedor, remando contra a corrente, a reabili-tação urbana só existiu pela tenacidade e persistência de algunsmunicípios que, apesar de tudo, foram “dando uma no cravo outrana ferradura”.

É na continuidade desses esforços que em 2004, pela primeiravez, o nosso edifício jurídico acaba por comportar um diploma quepodia abrir portas a novos processos e novas dinâmicas dirigidasà reabilitação urbana.

Opinião

Page 47:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau
Page 48:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

46 /

Segue-se uma fase em que a hotelaria de mais estrelas come-ça a apostar na Baixa e Centro Histórico, virando-se mais parao turismo do que para os negócios e vemos antigos hotéis amelhorar instalações e serviços e novos hotéis a sair das ruínasde alguns edifícios emblemáticos com décadas de ruína.

Os vinhos, a cidade, o seu património, a sua animação e as suasinstituições começam a constituir uma concentração de valorescom escala que dá sustentabilidade a fluxos regulares e cada vezmenos sazonais ao turismo externo.

Em período de depressão generalizada da economia, da socieda-de e até das pessoas, no auge da crise financeira e soberana dopaís, o Porto soube acolher o ímpeto de crescimento da procuraturística e com isso se foi vivificando a dinâmica da reabilitação degrandes edifícios e conjuntos da Baixa e do Centro Histórico.

Tendo consciência dos limites dessa dinâmica, não podemos, noentanto, desvalorizar o seu caráter indutor de outros investimentose de uma nova imagem do Porto tradicional, agora poliglota, inte-ressante para a juventude, procurado por visitantes e turistas mastambém já por novos residentes.

Com todos estes sinais de procura continuou o investimento públi-co na qualificação de importantes ruas e largos do Centro Históricoque tinham ficado fora do mapa da Porto 2001.

Neste contexto local e meramente urbanístico vieram inserir-seimportantes alterações legislativas, já em 2012, com destaquepara a nova Lei do arrendamento urbano que, apesar das suaslimitações rompe com o imobilismo de um século nesta matéria!

O novo Regime Jurídico da Reabilitação Urbana, na sua versão de2012, sem trazer melhorias ao importante 104/2004, vem reporalguma operacionalidade à disposição dos municípios e permiteprojectar uma nova cultura arquitetónica.

Mais potente do que as alterações legislativas, no sentido dastransformações foi, e tem sido, a crise bancária e do imobiliário que“secou”, para o bem e para o mal, toda a floresta dos “cogumelos”urbanos que preencheram, durante décadas os solos urbanizáveis(e até não urbanizáveis) da nossa periferia metropolitana, comoem muitas outras cidades.

É neste contexto que agora se pode constatar, na Baixa e CentroHistórico do Porto, uma diferente equação de oferta e procura doimobiliário degradado.

Há territórios como a Ribeira, a marginal, ou os Aliados onde estãoesgotados os “stocks” de primeiras vendas dos proprietários tradi-cionais, podendo dizer-se que a procura começa a ultrapassar aoferta, com os seus efeitos directos sobre os valores que começama ser pedidos pelos novos donos.

Há ruas onde, não havendo saturação, começa a predominar arecuperação sobre a degradação, sendo de salientar o exemplo daMouzinho da Silveira.

O mais notável é que deixou de haver um mapa limitado de con-centração da procura e hoje vêm-se obras de recuperação de edi-fícios por toda a cidade histórica, no sentido mais lato do termo.

Sem qualquer escala comparável com a construção civil dos perío-dos anteriores e sem a participação da obra pública, hoje, se nãofosse esta fileira da reabilitação, as empreitadas de construçãoestariam perto do zero.

O FUTURO...

O futuro, próximo ou distante, esse passará necessariamente pelareabilitação do edificado existente, a não ser que mais uma vez um“ataque de loucura coletiva” se abata novamente sobre o país,esquecendo, ou obscurecendo, as lições da crise actual!

Importante será aproveitar bem para a Reabilitação Urbana opotencial de incentivo que poderá constituir o próximo quadrocomunitário 14/20. Tarde já não pode deixar de ser, e, para muitosedifícios pode ser mesmo a última oportunidade antes da perdadefinitiva.

Importa agora que os poderes comunitário, nacional e local,demonstrem através de programas e orçamentos concretos e reaisque o “discurso” da Reabilitação Urbana vai sair do discurso paraos quarteirões degradados, pelo menos para os centros históricosdegradados das nossas cidades.

O país não pode “dar-se ao luxo” de desleixar este património quefaz a diferença das cidades e lhes confere uma competitividadeindispensável à sua afirmação presente e futura. Não queremos,com isto, afirmar que só os centros históricos são importantes parao turismo e o desenvolvimento económico e social do pais.

Mas, seguramente, os centros históricos, podem constituir umimportante ponto de partida para um futuro mais sólido e maisdiversificado do ponto de vista das cidades e da sociedade, enten-dida numa visão de século XXI e numa visão em que o patrimónioem vez de ser olhado como algo cristalizado a impedir a evolução,seja olhado como uma importante mais valia a incorporar na cria-ção do futuro das cidades e do pais.

A dinâmica que hoje existe no Porto é animadora do acreditar queesse será o caminho.

Opinião

Page 49:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

/ 47

NOVOS MATERIAISE TECNOLOGIAS

entrevistaprodutos

Page 50:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

48 /

Entrevista António Emílio Teixeira LopesArquiteto

O QUE É A WISHBOX?

Em síntese a WISHBOX [WB] tem como raiz o meccano de ori-gem anglo-saxónica - “jogo” / construção criativa, tendo comobase simples a harmonização de barras perfuradas, parafusos,porcas, chave de bocas, Conjunto este que permite a criançase adultos as mais diversas Construções, sempre renovadas eanexando a geometria de Euclides séc. IV – III a.c. e tambémo cálculo estrutural, assumidamente aparente, aliado ao custoanalítico, proporcionou um rectângulo multiplicador.

QUE RECTÂNGULO?

Figura geométrica [superfície] que quando os lados se cruzamrecebem [nos vértices] uma geratriz. Lados e geratriz que for-mam [constituem] o volume multiplicador – múltiplo – que sepode expandir no sentido dos pontos cardiais, gerando diver-sos multiplicandos.

MAS QUE MULTIPLICANDOS?

Multiplicandos, que no Projecto WISHBOX dão origem a dife-rentes vertentes [relevantes aspectos] ao serviço do Homem,da Sociedade, a saber: Habitação, Saúde, Educação, Turismo,Comércio, Indústria e Religião, da simples, singela unidade, aocomplexo Conjunto.

NUMA CONVERSA DESCONTRAÍDA O SECRETÁRIO-GERAL DAAPCMC, JOSÉ DE MATOS, ENTREVISTOU O ARQ. ANTÓNIOTEIXEIRA LOPES, PARA A REVISTA MATERIAIS DE CONSTRUÇÃOSOBRE O SEU MAIS RECENTE PROJETO - A WISHBOX.

Page 51:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

/ 49

DIGA-ME ALGUMAS CARACTERÍSTICAS - ATRIBUTOS - QUE SEJAMSIGNIFICATIVOS, QUE AJUDEM A PERCEBER MELHOR O CONCEITOWISHBOX.

O Projecto Global WISHBOX adota o Conceito Europeu A,quanto à defesa intransigente da qualidade de vida, amigodo meio ambiente e universalista.

E, ainda, possuindo as características seguintes maisrelevantes:

- Construção ALTEC - alta tecnologia;

- QIA - quociente arquitectónico inteligente;

- Condição de Permeabilidade - as construções WISH -BOX ficam a uma elevação mínima do solo de 0,60m.

- Biodiversidade;

- Sustentabilidade Energética, aproveitamento dos recursoslocais, através da sustentabilidade eólica, solar e hídrica;

- Ergonomia – conjugação das proporções do meio físico,com as do meio humano;

- Condição Domótica – rentabilização e controlo à distân-cia dos sistemas eléctricos, AVAC, gás, segurança eoutros;

- Longevidade - através das mais radicais normas de boaconstrução, com a aplicação comprovada [certificada] dosdiversos produtos a aplicar nas construções WISH BOX;

Page 52:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

50 /

Entrevista

- Mobilidade - todas as construções WISHBOX garantemaos utentes com mobilidade condicionada acesso porintermédio de rampas a 6%, todas elas equipadas comhigiene compatível à deficiência motora;

- Desconstrução / Reconstrução - problemática de futuro;- decorridos 20 anos;

- atendendo a que será uma iniludível realidade devidoaos incontestáveis avanços tecnológicos, mão de obra decrescente qualidade [novos critérios urbanísticos e arqui-tectónicos, outros] à qual as Construções WISHBOX,pelas suas particularidades inovadoras e inventivas, res-pondem, pois que, sendo o total estruturado desarmável[desconstruído] permitem com um mínimo de mão deobra e de perturbação, sem estragos intrínsecos, serembeneficiadas e reconstruídas, mantendo-se a estrutura desempre [de base].

Isto é, a WISHBOX contempla a introdução das tecnolo-gias consequenciais, RESTAURO, prolongando o seulongo ciclo de vida habitável, com dignidade, exigênciacrescente. WISHBOX como binário exequível da Des -cons trução / Reabilitação.

QUAL SERÁ O MERCADO PARA AS CONSTRUÇÕES WISHBOX?

Pergunta interessante. Desde logo referir que as cons -truções WISHBOX se destinam à exportação, a implantarno Mundo, não desprezando o País, tanto mais que, a suarapidez de execução e montagem [estrutura global metá-lica aparente aparafusada] e a sua característica de obraseca, com ausência de entulhos garante uma reduçãoconsiderável de custos/tempo, de menos 2/3, em relaçãoa uma obra de construção tradicional.

DO QUE ME TEM DITO, PERGUNTO-LHE SE A WISHBOX É UMNOVO TIPO DE CONSTRUÇÃO?

Sem dúvida, a sua observação vai-me permitir acentuarum dos atributos relevantes da WISHBOX que é um con-ceito [já concretizado] inovador e inventivo, como já referi,competitivo, que se reflecte na anuência crítica de quemo tem estudado e que poderá ser constatado no ProtótipoWISHBOX - Habitação T2, que brevemente estará dispo-nível ao Público e às Instituições que o queiram visitar.

UMA ÚLTIMA PERGUNTA: VÊ ALGUMA POSSIBILIDADE DE OS NOS-SOS ASSOCIADOS, DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS COMER -CIANTES DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, PODEREM INTERVIRCOM OS SEUS DIVERSOS PRODUTOS / MATERIAIS DE CONSTRU-ÇÃO?

A sua pergunta antecipou-se a uma última consideração[fecho desta entrevista] que mais não é do que afirmarque os Associados da APCMC poderão vir a ser poten-ciais Fornecedores de qualquer componente construtiva,com excepção da Estrutura Metálica e desde que aprova-dos pelo Corpo Técnico da WISHBOX, que não se afas-tem do conceito que materializa o PROJECTO WISH -BOX.

Page 53:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau
Page 54:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

Novos Materiais e Tecnologias

52 /

Produtos

Sistema modular de jardineiras para plantação vegetal vertical I Horto Mondego

Com o sistema modular de jardinagem, o Horto Mondego criaJardins ou Hortas sem necessidade de Solo, aumentando assim aCobertura Vegetal das nossas cidades e contribuí para a melhoriada Qualidade do Ar do nosso ambiente.

Este sistema pode-se encostar nas paredes das casas dando-lhesum toque de cor e aroma, melhorando o Isolamento Acústico eTérmico. Também se pode instalar como elemento separadorentre parcelas, terraços ou ambientes sem necessidade de muro,erguendo um ecrã acústico natural.

Existe ainda o Jardim ou Horta ecológicos de ambos os lados.

Neste sistema, a rega é realizada por gotejamento para otimizar oconsumo de água e facilitar a sua manutenção.

SISTEMA GUIMUR

O sistema Guimur utiliza guias sobre paredes aprumadas aparafu-sadas diretamente ao muro.

SISTEMA POSTMUR

O sistema Postmur utiliza postes sobre paredes irregularescom má fixação, ou quando estas não fazem parte da proprie-dade. Os Postes aparafusam-se diretamente ao chão. As ba -ses são telescópicas para corrigir possíveis desnivelamentosdo pavimento.

SISTEMA POSTDIV

O sistema Postdiv utiliza postes divisórios para criar separaçõesem zonas comuns ou privadas.

Permite plantar ou semear em ambas as faces, fazendo com quehaja um muro vegetal de ambos os lados.

O sistema pode ser instalado tanto em chão firme, onde se apara-fusa a sua base telescópica, como em terra; neste caso, acrescen-ta-se à montagem o compartimento de sapatas com os respetivosganchos de fixação.

Os postes têm no seu interior uns distribuidores de rega alojados,tanto de derivação como de continuidade da mesma.

Os diversos postes divisórios permitem desenhar sebes direitas,em ângulos e em cruz, escolhendo os postes consoante o dese-nho da separação a criar. Uma vez instalados os postes ou guiasdo sistema podem-se escolher diversos elementos para pendurarno mesmo.

O sistema dispõe de cestos destinados à plantação ou decoração,estruturas para sebes em madeira e suportes para plantas trepa-deiras. O desenho do Jardim Vertical só está limitado pela imagi-nação. Podem-se combinar as diversas opções entre si e conse-guir o Ambiente desejado.

Page 55:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

/ 53

REGA

Sistema de rega incorporado, especialmente desenhado paraestas estruturas.

A tubagem exclusiva de 16 mm fabricada pela NETAFIN e o seusistema de gotejamento patenteado DRIPNET.PC de 15 em 15cm, consegue-se um gotejamento autocompensante de baixocaudal de 1 litro/hora. Assim consegue-se uma rega homogé-nea em todo o sistema.

KIT MONTAGEM

Para a instalação de todas estas estruturas, foi desenvolvidoum sistema de forma que a montagem seja feita com facilidadee sem possibilidades de erro, o Kitmont. Os modelos de arma-ções garantem a boa instalação do sistema escolhido.

O Kit Sapata é utilizado em chão não firme e agiliza a monta-gem.O Nivelador-base corrige os defeitos do chão e preparaum bom assentamento. Endurece em minutos para se poderaparafusar as bases dos postes ao chão.

ILUMINAÇÃO LED

Quando a luz do dia desaparece também se pode usufruir dabeleza do Jardim Vertical. O sistema de Iluminação LED prolon-gará os bons momentos ao pé do seu Jardim ou Horta.

O Sistema de iluminação inclui Lâmpadas Led, iluminação debaixo custo energético, sem poluição luminosa, concebidaspara não danificar a cobertura vegetal.

Page 56:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

54 /

Novos Materiais e Tecnologias

Avantis 95 I Sapa Building System

A Sapa Building System acaba de lançar a Avantis 95, omais avançado sistema de batente para portas e janelasexistente no mercado e o primeiro em Portugal a receber aCertificação do “Instituto Casa Passiva”, entidade responsá-vel pela promoção e manutenção do programa de constru-ção “Passivhaus”, o mais elevado padrão de eficiência ener-gética a nível mundial.

Com a Avantis 95, os benefícios do alumínio são combina-dos com um isolamento térmico máximo de construção,mesmo em ambientes atmosféricos adversos, possibilitan-do assim uma poupança energética melhorada que contri-bui para um ambiente e arquitetura sustentáveis.

Com um design atraente, a Avantis 95 apresenta o equilíbrioideal entre estabilidade e diferentes vistas de perfis, quepodem ser personalizadas consoante as necessidadesestéticas do edifício, oferecendo uma gama variada decores que incluem lacados brilhantes ou mate, texturadosou metalizados, anodizados ou polidos.

Vedantes especiais e enchimento da vasta câmara com ele-mentos isolantes do interior dos perfis garantem um desem-penho acústico melhorado e maior resistência aos fatoresexternos. Também a combinação de vidro de segurança ehardware especial, como fechos multiponto, garante umaalta resistência contra arrombamento.

Este inovador sistema, disponível para portas e janelasAvantis 95 é tão fácil de fabricar como qualquer sistemastandard de alumínio, sem necessidade de acessórios, fer-ramentas ou técnicas especiais.

A Sapa Building System é, desde junho de 2014, membroassociado da Associação Passivhaus Portugal - PHPT.

Page 57:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

Novos Materiais e Tecnologias I Extruplás

A Extruplás iniciou a sua atividade em 2000 e é uma empresa quesurge impulsionada pela necessidade de responder aos problemascausados pela recolha de embalagens plásticas, no âmbito da ges-tão de resíduos de embalagens e da crescente eficiência dos sis-temas de recolha seletiva de resíduos em geral.

O projeto Extruplás é, antes do mais, uma solução inovadora quecoloca Portugal na linha da frente na área da reciclagem dos plás-ticos mistos.

A Extruplás, conta com o apoio da Sociedade Ponto Verde, paraproduzir materiais reciclados a partir de plásticos mistos, para con-tribuir para um aumento efetivo da reciclagem do plástico nacional.

A Extruplás recicla plásticos mistos, transformando-os em perfis deplástico 100% reciclado, de alta resistência e durabilidade, passívelde utilizar como pavimento ou mobiliário de exterior.

O processo de fabrico utiliza um mix de materiais plásticos, tendocomo base os materiais mais vulgares e conhecidos como o LDPEe o HDPE, e no qual é possível a integração de outros materiaisplásticos como o ABS, PS, PVC, PC, o NYLON e outros me nosvulgares.

VANTAGENS COMPETITIVAS DO PRODUTO PLASCER BY EXTRUPLÁS:

• Custo de ciclo de vida inferior à madeira tradicional;• Maior versatilidade e facilidade em ser trabalhada;• Resistência à água, produtos químicos e ao vandalismo;• Elevada durabilidade;• Ausência de manutenção;• Bom isolador térmico e elétrico;• Robustez;• Resistência ao choque, à rotura e à abrasão.

A aplicabilidade destes produtos estende-se a um número muitogrande de aplicações como a decoração urbana, jardins, praia,serra, lazer, etc.

São vários os exemplos destas aplicações em espaços públicos eprivados, nomeadamente pavimentos, revestimentos, estruturaselevadas, mobiliário urbano, entre muitos outros.

Page 58:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

56 /

Novos Materiais e Tecnologias

OmniLED by Omniflow® I Omniflow®

Em todo o mundo, a iluminação de espaçospúblicos evolui para um novo patamar de quali-dade da luz, aumento da durabilidade dos siste-mas e poupança de energia resultante da substi-tuição das lâmpadas incandescentes e de vapo-res a alta-pressão por LED (Light EmittingDiodes). Ainda que custando mais que as tecno-logias precedentes, a maior vida útil dos LEDs econsumos substancialmente mais reduzidos paraa iluminação equivalente, entre outras caracterís-ticas justificam a urgência desta renovação.

Usando a tecnologia inovadora de produção deeletricidade a partir da energia do vento e do sol,a tecnológica portuguesa Omniflow® lançou aOmniLED, um novo e revolucionário equipamen-to de iluminação pública usando LEDs, uma solu-ção flexível e autónoma da rede elétrica e a quepodem ser associadas múltiplas funcionalidades,incluindo comunicação de dados, gestão e vigi-lância dos espaços - smart lighting.

As luminárias OmniLED combinam um geradoreólico omnidirecional (turbina de eixo verticalbaseado em tecnologia Omniflow®), silencioso ede reduzido impacto visual do movimento e dasombra para os transeuntes, com células fotovol-taicas de alto rendimento, fazendo a carga debaterias para assegurar o funcionamento auto-mático da iluminação LED durante váriosdias/noites.

O conjunto é montado num poste apropriado que,em modo de funcionamento autónomo da redeelétrica, pode ser instalado em qualquer local. Oequipamento pode alternativamente funcionarcom ligação à rede elétrica injetando o excessode energia na rede em horas em que a produçãoé excedente.

Neste caso, a título de exemplo, uma instalaçãode 100 OmniLED’s contribuirá em média com 15MWh anuais de energia para a rede de uma cida-de, tornando um equipamento que habitualmenteé responsável por um elevado consumo energé-tico numa pequena matriz de microprodução(energy array).

O modelo OmniLED presentemente em comer-cialização, produz um fluxo luminoso de 3600 e5000 lumen (potência instalada LED de 30W e45W) com uma temperatura de luz de 6000K,com variação de fluxo luminoso por deteção deproximidade de transeuntes. São opções desteequipamento o carregamento de dispositivosmóveis, as câmaras de vigilância com acessoremoto, pontos de acesso público à internet esmall cells entre outras funcionalidades associa-das à comunicação e gestão de redes.

Page 59:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

/ 57

Sistema weber.therm mechanic I Saint-Gobain Weber

ISOLAMENTO TÉRMICO MINERAL PARA FACHADAS NOVAS E ANTIGAS

O isolamento térmico das fachadas é um poderoso meio paraobter um melhor desempenho dos edifícios relativamente à uti-lização com conforto térmico e eficiência energética. Trata-sede soluções do tipo passivo, ou seja, estão instaladas em per-manência e sempre disponíveis para cumprir o seu papel deproteção e regulação dos fluxos térmicos através da envolventevertical dos edifícios, sem necessitar de consumos energéticospara poderem funcionar.

O sistema weber.therm mechanic, da Saint-Gobain Weber, queconsiste no revestimento integral das paredes da fachada comum material isolante térmico de base mineral aplicado por pro-jeção mecânica e revestido por argamassas reforçadas comrede de fibra de vidro, permite obter um excelente nível de iso-lamento térmico contínuo em toda a zona não envidraçada,especialmente em paredes novas de alvenaria ou na reabilita-ção de paredes antigas.

O elevado desempenho térmico de weber.therm mechanic é con-seguido através da incorporação da argamassa mineral termo iso-lante weber.therm aislone, baseado em ligante de cal e agregadosleves de poliestireno expandido, que apresenta propriedades deisolamento térmico muito aproximadas às de uma placa isolanteem poliestireno expandido moldado (EPS): condutibilidade térmicade 0,042 W/(m2.K).

O sistema apresenta-se especialmente pensado para a execuçãode uma solução de isolamento térmico pelo exterior das paredesde fachada, adaptada à aplicação sobre suportes irregulares oucom formas arquitetónicas acentuadas, permitindo obter um resul-tado de quase eliminação de perdas associadas a pontes térmicas(nas vigas, pilares, lajes, etc.) e redução das patologias provoca-das pelas condensações nestas zonas, e de proteção da paredeem relação às variações higrotérmicas ambientais, aumentandoassim fortemente a longevidade dos materiais e reduzindo asnecessidades de intervenções de manutenção.

A aplicação mecanizada da argamassa weber.therm aislone, atra-vés da utilização de máquina de projeção de argamassas, permiteuma execução rápida dos trabalhos, resultando numa solução deisolamento térmico contínuo resistente, sem juntas e com elevadadurabilidade. A variedade de acabamentos previstos oferece umaversatilidade de opções, desde soluções coloridas de base acrílicaaté revestimentos minerais coloridos ou para pintar, permitindosuperfícies texturadas, areadas ou alisadas.

A proposta da Saint-Gobain Weber para obras novas combina a uti-lização de alvenarias leves com desempenho térmico em BlocosLeca® (Bloco Térmico® ou Bloco Conforto®) com o sistemaweber.therm mechanic, permitindo obter excelentes desempenhostérmicos utilizando menores espessuras de material termo isolante.

A reabilitação de paredes antigas pode incorporar a vertente debenefício na proteção térmica através da aplicação do sistemaweber.therm mechanic com revestimentos específicos à base decal. Esta solução, aplicada pelo exterior ou interior em função darelevância arquitetónica das fachadas, apresenta-se especialmen-te adaptada à natureza deste tipo de paredes, já que se ajustamuito bem à elevada irregularidade das superfícies, apresenta pro-priedades técnicas compatíveis com o comportamento do suporte(resistências limitadas, elevada transpirabilidade, leveza, etc.) eoferece acabamentos minerais coloridos como revestimento final.

Page 60:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

58 /

Novos Materiais e Tecnologias

Soluções Técnicas em Porcelanato Extrudido I Aleluia Cerâmicas - Keratec

A Aleluia Cerâmicas, SA, fabrica variadas tipologias de cerâmicos, taisco mo: pavimentos e revestimentos cerâmicos em pasta branca, porce-lanato prensado e extrudido, decorado e dispondo ainda de ateliê depintura manual que lhe permite elaborar projetos de autor. Comercializaquatro marcas (Dreamcer, Ceramic, Keratec e Viúva Lamego) cadauma delas apresenta uma diversificada gama de soluções que respon-dem a diferentes expetativas e necessidades do mercado.

Os produtos da marca Keratec são fabricados numa moder-na e inovadora unidade de pavimentos e revestimentos emporcelanato extrudido, cuja diversidade de formatos, corese acabamentos permitem a concretização de projetos exi-gentes e ambiciosos.

Os produtos Keratec são obtidos a partir de excecionaismatérias-primas, disponíveis no país, que são submetidas aum processo de moagem de reduzida granulometria e con-formadas por extrusão de elevada pressão, por último cozi-das a elevadas temperaturas, concedendo ao produtocaracterísticas físico-químicas de elevada qualidade, desig-nadamente:

- Elevada resistência mecânica;- Total resistência aos agentes químicos;- Total resistência às manchas, nomeadamente Anti-Graffiti(tornando-se um produto de fácil limpeza e manutenção);- Total resistência ao gelo e choque térmico;- Garantia total de aplicação em zonas exteriores;

Com um vasto conjunto de formatos, com espessuras até16 mm, complementados com peças de acabamento (aces-sórios) e com a oferta de superfícies lisas, polidas, anti-der-rapantes e drenantes, os produtos Keratec apresentam-secomo uma solução especializada em projetos técnicos exi-gentes.

A solução Kerabraille é um sistema prático de orientaçãopara cegos e amblíopes, composto por pavimentos de for-mato 20x20x1,2 cm, com diferentes relevos e cientificamen-te estudados. Este sistema fornece sinais de alerta e outrasinformações em espaços públicos, tanto interiores comoexteriores, assinalando assim quer o percurso seguro quera existência de outras situações a destacar.

Reforçando o seu carácter técnico, a Keratec lançou tam-bém produtos com a espessura de 0,45cm nos formatos29,4x88,8cm ret., 29,4x59,1 cm ret., 29,4x29,4cm ret., paraos mercados da renovação e das ETICS (External ThermalInsulation Composite Systems).

APLICAÇÕES:

- Moradias Unifamiliares / Edifícios- Hipermercados- Caves Vinícolas- Centros Comerciais- Colégios- Estações / Zonas Metropolitanas- Estádios- Hospitais- Hotéis- Indústrias- Stands Automóveis- Universidades- Urbanização Turísticas e Residenciais

Page 61:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

Base para Revestimentos Cerâmicos Ditra-Drain I Schlüter®

A Schlüter®-DITRA-DRAIN 8 é uma base especial para revestimen-tos cerâmicos que serve de camada de desacoplamento e drena-gem conjunta segura, que elimina de forma duradoura a humidadecapilar. A colocação no exterior, efetua-se através de cimento colasobre uma impermeabilização conjunta, como Schlüter®-KERDI,aplicada numa betonilha com pendente.

A Schlüter®-DITRA-DRAIN 8 é composta por uma película de polie-tileno indeformável, com uma estrutura especial de cones trunca-dos de um lado. Está equipada com um forro geotêxtil de filtro empolipropileno, de ambos os lados. O geotêxtil de filtro, serve para aaderência ao cimento cola, aplicado em camada fina com umatalocha dentada (recomendação: 3 x 3 mm ou 4 x 4 mm).

Este produto adequada-se para o exterior, em especial paraescadas e para superfícies de varandas e terraços de maiordimensão, em que existam percursos de drenagem mais com-pridos. É necessário especial atenção para que estes percursosde drenagem escoem de forma independente e não através dasescadas. Em escadas maiores é necessário respeitar requisitosespeciais, razão pela qual se deve consultar a empresa.

A zona de ventilação e drenagem inferior, permite uma secagemrápida do cimento cola e uma drenagem que não exerce qual-quer pressão da água acumulada nessa zona, ao mesmo tempoque previne que a água seja transportada novamente para acamada do revestimento.

A Schlüter®-DITRA-DRAIN 8 desacopla o pavimento do suportee, desse modo, neutraliza tensões entre a betonilha e o pavi-mento de tijoleira, resultantes das diferentes deformações dosmateriais. As fendas de tensão do solo também são absorvidase não são transmitidas para o pavimento de tijoleira.

Se a superfície, sobre a qual será efetuada a instalação, nãonecessitar de uma impermeabilização, por exemplo numa beto-nilha drenada ou numa construção em contacto com a terra,Schlüter®-DITRA-DRAIN 8, com as suas funções de dre -nagem/ventilação inferior e desacoplamento, também pode sercolada directamente com argamassa fina na betonilha. A resis-tência à carga de pressão de Schlüter®-DITRA-DRAIN 8 é de até15 t/m2.

Page 62:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

60 /

Novos Materiais e Tecnologias

Sistema de Carregamento Sem Fios I Bosch

UMA NOVA DIMENSÃO NO CARREGAMENTO DE FERRAMENTAS SEM FIO: APARTIR DE AGORA, FERRAMENTAS SEM FIO SEMPRE PRONTAS A FUNCIONAR

• Produtividade e conforto elevados: as ferramentas estão sempreprontas a funcionar

• Tecnologia que permite poupar, já que deixa de ser necessária umasegunda bateria

• Unidades de carregamento sem pontos de contacto protegidascontra água e pó

• Compatibilidade total com todo o sistema de 18 V para profissio-nais da Bosch

A Bosch é o primeiro fornecedor a nível mundial a aplicar as vanta-gens da transferência indutiva de energia na área das ferramentassem fio. Com a introdução do "Sistema de carregamento sem fios",a Bosch inaugura uma nova dimensão na tecnologia de carga debaterias e novos caminhos para um trabalho com ferramentas semfio eficiente e mais económico em termos de custos e tempo.

"Estamos convencidos de que esta inovação poderá ser tão bem-sucedida como a integração pela primeira vez dos elementos de lítionuma aparafusadora sem fio – uma tecnologia que, antes de 2003,só era aplicada em telemóveis mas que entretanto passou a fazerparte do equipamento de 83% da totalidade das ferramentas elétri-cas portáteis sem fio na Europa", esclarece Henk Becker, membrodo Conselho de Administração da divisão de Ferramentas Elétricasda Robert Bosch GmbH, a impulsionadora desta inovação.

O PRINCÍPIO DE AÇÃO DO"SISTEMA DE CARREGAMENTOSEM FIOS" DA BOSCH

A base da tecnologia que éusada em outras áreas,como por exemplo, em carre-gadores para escovas dedentes elétricas e recente-mente também em telemó-veis, é uma transferência deenergia sem conexão: numemissor é gerado um campomagnético de corrente alter-nada com a ajuda de umabobina.

O recetor contém igualmente uma bobina. O campo magnéticode corrente alternada penetra neste recetor. Desta forma, é indu-zida tensão e gerado um fluxo de corrente. No caso do "Sistemade carregamento sem fios" da Bosch, isto significa que o carre-gador emite um campo magnético que é recebido pela bateria econvertido em corrente de carga. A potência transferida é cercade 50 vezes superior à das vulgares escovas de dentes elétricas(1 watt), para alcançar os mesmos tempos de carga que os car-regadores convencionais para ferramentas elétricas.

A Bosch está a revolucionar o carregamento das ferramentassem fio

Os profissionais que usam ferramentas sem fio estão permanen-temente em movimento mas têm de planear sempre o temponecessário e pensar que também têm de carregar a fonte deenergia. Um campo de aplicação importante das ferramentassem fio é a produção semi-industrial, como por exemplo, no setordo mobiliário, na indústria elétrica ou na construção automóvel.

A transferência de energia sem contacto vale particularmente apena nessas aplicações estacionárias: é significativamente maisbarata do que os sistemas de carregamento convencionais, poisnão é necessário nem uma segunda bateria nem dispendiososcarregadores industriais.

Para além disso, o "Sistema de carregamento sem fios" da Boschproporciona aos seus utilizadores as seguintes vantagens:

• Maior facilidade de utilização e produtividade, uma vez que asbaterias permanecem na ferramenta e podem ser pousadas nocarregador e, assim, carregadas durante qualquer pausa no tra-balho. O processo de carregamento é integrado no fluxo de tra-balho muito naturalmente. Resultado: ferramentas sempreprontas a funcionar.

• Flexibilidade total, já que as baterias indutivas de uma classe devoltagem são compatíveis com todas as ferramentas dessaclasse.

• Carregadores bastante robustos, que já não têm pontos deconexão e, por isso, são imunes a água, pó e sujidade.

Page 63:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

/ 61

Page 64:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

62 /

Novos Materiais e Tecnologias

Tinta Inspira Zero COV I CIN

Inspira Zero COV é a tinta com menos impacto no ambiente desempre e uma aposta ganha da CIN. Esta que é a primeira tintaZero COV do mercado nacional, vem comprovar a capacidade deinovação da marca, ao cumprir exemplarmente o propósito deproteção do meio ambiente, graças ao seu muito baixo (menos de1 g/l) conteúdo de COVs - Compostos Orgânicos Voláteis -, semnunca comprometer a facilidade de aplicação e resistência.

Os COVs, são substâncias que afectam a qualidade do ar interiore têm efeitos adversos no ambiente. Nas tintas, encontram-se nor-malmente nos solventes, que ajudam a melhorar a facilidade deaplicação da tinta e o seu tempo de secagem. Inspira Zero COVconsegue assegurar o melhor desempenho com muito menosCOV que as tintas habituais.

Esta tinta mate é ideal para a pintura e decoração de espaços inte-riores, habitados ou em utilização, uma vez que o seu baixo cheironão incomoda, nem quem está a pintar, nem quem pretende utili-zar o local durante o processo de pintura.

Com uma excelente opacidade e fácil de aplicar, está disponívelem centenas de cores, incorporando toda a qualidade que a CINpode oferecer, graças à aposta na investigação dos laboratórios deInvestigação & Desenvolvimento da marca. Resistente ao desen-volvimento de fungos e algas, esta tinta obteve ainda a classifica-ção máxima A+ no que se refere à Qualidade do Ar Interior.

À base de água e com menos solventes do que as tintas habituais,esta tinta contribui para a redução da pegada ecológica, sendo amelhor escolha para o planeta. Assim, este produto resulta dapreocupação da CIN em contribuir para a conservação e proteçãodo ambiente, apostando no desenvolvimento e reformulação dosseus produtos, para que estes sejam cada vez mais eco-friendly.Desta aposta, têm resultado produtos regularmente distinguidospor prestigiadas entidades independentes, nacionais e internacio-nais, que atestam a eficácia destes no que se refere ao bomdesempenho ambiental.

Page 65:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau
Page 66:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

A sua localização estratégica e rápidas ligações ao aeroportoFrancisco Sá Carneiro, Porto de Leixões, Metro do Porto e principaiseixos rodoviários (Lisboa, Braga, Vila Real, Galiza, etc), reforçam asua centralidade e poder de atração.

64 /

Arquitetura

Desenvolvendo-se em dez pisos, quatro abaixo do solo eseis acima do solo, o edifício concentra num único espaçoas atividades de logística, distribuição, formação e de mu -seologia, bem como centros de desenvolvimento e investi-gação de diversas empresas do grupo AssociaçãoNacional de Farmácias, funções que se coadunam com oespírito contemplado no Plano Diretor Municipal, permitin-do a empresas destas áreas, criar e desenvolver a sua ati-vidade.

Nos pisos acima do solo, entre outros, encontramos oMuseu da Farmácia (r/c), um Auditório de 284 lugares comsalas de apoio (1º andar), uma Escola de Pós-graduaçãoem Saúde e várias empresas com forte ligação às tecnolo-gias de ponta. É de notar a complexidade construtiva doauditório, cujo corpo balançado sobre a entrada marca aimagem arquitetónica da fachada principal do edifício, nãointerferindo com o espaço público.

Edifício ANF - Centro Empresarial do PortoAPEL - Arquitetura, Planeamento, Engenharia

Sede do Grupo ANF (Associação Nacional de Farmácias)

DA AUTORIA DA APEL, DE GINESTAL MACHADO, O EDIFÍCIO QUE SEAPRESENTA FOI O PRIMEIRO EMPREENDIMENTO A SER CONCRETIZADO NA“ÁREA EMPRESARIAL DO PORTO”, REQUALIFICANDO PARTE SIGNIFICATI-VA DE UM QUARTEIRÃO DESTE PÓLO DA CIDADE. ANTERIORMENTE CONHE-CIDA POR “ZONA INDUSTRIAL DO PORTO”, ESTA ÁREA FOI DOTADA, ATRA-VÉS DE UM NOVO P.D.M., DOS MECANISMOS QUE PERMITISSEM A SUAREQUALIFICAÇÃO URBANA, PARA TORNÁ-LO NUM ATRATIVO PÓLO EMPRE-SARIAL E TECNOLÓGICO.

Cré

dito

s Fo

togr

áfic

os: J

oão

Mor

gado

- Fo

togr

afia

de

Arq

uite

tura

Page 67:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

/ 65

ANO DE CONCLUSÃO: 2010

LOCAL: Rua Eng.º Ferreira Dias - Porto

PROMOTOR: INTERFUNDOS - Gestor de Fundos de Investimento, SA

Quadro de ÁreasÁREA DO TERRENO: 13.659 m2

ÁREA BRUTA DE CONSTRUÇÃO: 48.600 m2

ÁREA DE CONSTRUÇÃO ABAIXO DO SOLO: 36.200 m2 (4 pisos)

ÁREA DE CONSTRUÇÃO ACIMA DO SOLO: 12.400 m2 (6 pisos)

O edifício distingue-se também pelo elevado grau de eficiênciaenergética, garantindo aos seus utilizadores um excelente nívelde conforto e equipamento. As preocupações com o consumoenergético do edifício refletiram-se não só no estudo da compo-sição das paredes exteriores e coberturas (isolamento térmicosem pontes térmicas, caixilharia com rutura térmica, vidro comfator solar), como na escolha dos equipamentos a instalar.

Dentro destes princípios, foi implementado um complexo siste-ma de gestão técnica centralizada, que permite gerir e monitori-zar os diversos equipamentos de climatização, iluminação natu-ral e artificial, informática e segurança.

As lâminas sombreadoras, que se encontram nas fachadas prin-cipal e laterais, são disso exemplo. O sistema de gestão controlaa abertura das lâminas, conforme o ângulo de incidência solar,em cada dia do ano, permitindo o controlo energético e luminosono interior do edifício.

Page 68:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

A intervenção incluiu tanto a recuperação e remodelação doconjunto de edifícios preexistentes como a construção de raizde um conjunto de novos edifícios, baseada em gestos claros,precisos e sensíveis às características do lugar.

Nos casos de recuperação de estruturas preexistentes, a confi-guração geral de cada edifício foi mantida, procedendo-se ape-nas a alterações ao nível da organização espacial interior, àconstrução de elementos pontuais ou à abertura de novos vãos.Sempre que necessário, procedeu-se ainda à substituição decoberturas, peças estruturais ou revestimentos.

66 /

Arquitetura

Os principais materiais de revestimento no exterior são a cal ea telha de canudo; no interior, a madeira maciça, a tijoleira arte-sanal, o mosaico hidráulico artesanal e industrial, o azulejo arte-sanal, a pedra branca de Estremoz, o estuque e alguns elemen-tos pontuais em betão aparente.

No terreiro central, a casa-mãe é ocupada pelos espaços dereceção, acolhimento e serviços administrativos, no piso térreo,sendo o piso superior reservado à habitação do proprietário.

A Torre, adjacente à casa-mãe, foi pensada para funcionarcomo biblioteca e como observatório astronómico, no terraçodo último piso. Ao lado, o edifício do antigo celeiro acomoda oSPA e uma zona de quartos distribuída por dois pisos.

As antigas cavalariças correspondem atualmente à área sociale de lazer, enquanto os edifícios das antigas oficinas e casas deoperários foram adaptados para receber a zona de quartos eapartamentos.

A capela existente na propriedade manteve as característicasarquitetónicas originais e foi complementada com a construçãode um novo adro no exterior.

Torre de Palma Wine HotelArquiteto João Mendes Ribeiro

INTEGRADA NA PAISAGEM DE GRANDES PLANÍCIES DO ALTO ALEN -TEJO, A HERDADE DE TORRE DE PALMA, EM VAIAMONTE, INCLUIUMA EXTENSÃO DE TERRENO AGRÍCOLA E UM NÚCLEO EDIFICADO DEESCALA CONSIDERÁVEL CIRCUNSCRITO NO LADO SUDESTE DA PRO-PRIEDADE. O PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA INSTALAÇÃO DE UMWINE HOTEL NA HERDADE PROCUROU, RESPEITANDO AS CARATERÍS-TICAS ARQUITETÓNICAS DO CONJUNTO E DA PAISAGEM ENVOLVENTE,DAR RESPOSTA AO NOVO PROGRAMA FUNCIONAL.

Cré

dito

s Fo

togr

áfic

os: ©

do m

al o

men

os

Page 69:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

/ 67

No interior do núcleo edificado, o terreiro foi regularizado- unificando o conjunto - com pavimento em saibro naárea central, delimitado por um perímetro de calçada demármore branco de Estremoz e uma zona de caleira con-tínua, com seixo rolado, em torno dos edifícios.

No exterior do núcleo edificado principal, foram criadascinco áreas distintas: uma zona de vinha ao longo dalevada, uma zona de olival junto à piscina, uma horta bio-lógica cultivada em canteiros e um pomar junto aos arma-zéns agrícolas e ainda uma zona de prado, a oeste,associada à cavalariça e ao picadeiro.

Os edifícios construídos de raiz têm duas naturezas distintas: edifíciosque substituem antigas construções degradadas e sem interesse patri-monial ou arquitetónico - e edifícios que se implantam segundo novasregras, fora do núcleo original.

No primeiro grupo incluem-se os edifícios da adega, do restaurante eda casa do caseiro, construídos na localização exata das construçõesanteriores, com uma lógica material comum a todos eles: estrutura embetão, paredes de alvenaria e cobertura em lajetas de betão, revesti-mentos interiores em microcimento e estuque.

No segundo grupo, fora do núcleo original, o conjunto da piscina esten-de-se para noroeste, no alinhamento da casa-mãe, e inclui uma plata-forma de madeira com piscina, balneários e área técnica semienterra-da sob a plataforma.

A nascente do núcleo original, foram implantadas arrecadações agríco-las, zonas técnicas e uma área de estacionamento coberto e, a poente,o edifício das novas cavalariças associado à zona do picadeiro.

Na generalidade, o terreno manteve a sua morfologia e característicasoriginais, com variações pontuais consoante a especificidade de cadaárea da Herdade.

Page 70:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

68 /

Economia Análise de Conjuntura3º trimestre 2014

APRECIAÇÃO GLOBAL

No 3º trimestre de 2014 o setor da construção regressou a umcomportamento negativo que, todavia, não prejudicou ainda atendência que se tem vindo a desenhar no sentido da estabili-zação e que faz crer numa futura retoma da atividade.

Recordamos que apesar da continuada queda da construçãonova para habitação, o setor tem vindo a ser impulsionado pelamaior dinâmica do mercado imobiliário e pelo crescimento dostrabalhos de manutenção e renovação dos edifícios particula-res.

O índice de produção da construção e obras públicas queaumentara 0,72% no segundo trimestre de 2014, face ao tri-mestre anterior, diminuiu, neste terceiro trimestre, 0,53%. Quera redução registada no segmento de construção de edifícios(0,52%), quer a relativa ao segmento de obras de engenharia(0,55%), foram quase negligenciáveis.

A evolução do licenciamento de obras foi, também, ligeiramen-te negativa neste trimestre, ao contrário do que vinha a obser-var-se nos dois trimestres anteriores, fundamentalmente devi-do à queda do número de licenças para reabilitação, devido arazões para as quais não possuímos ainda qualquer explica-ção convincente, salvo tratar-se do período de férias.

Na verdade, os dados provisórios revelam que a evolução tri-mestral das obras licenciadas foi negativa em 5,7%. Por suavez a variação homóloga trimestral terá registado uma diminui-ção de 7,2% (contra 4,9% no trimestre anterior). Não obstante,a variação média anual no número de edifícios licenciadossituou-se, no terceiro trimestre de 2014, em -8,8%, contra -12,3% no período anterior, confirmando a tendência já obser-vada para a atenuação das quebras deste indicador.

Apesar da evolução global do licenciamento ser negativa, osegmento das construções novas para habitação teve um com-portamento bem mais simpático (-2,1%).

Particularmente, a variação trimestral do número total de fogos licencia-dos em construções novas para habitação familiar foi ainda mais positivaque no trimestre anterior, cifrando-se em 7,7% (contra 3,4% no segundotrimestre).

Todavia a variação homóloga manteve-se negativa, (-13,1%) assimcomo a variação média anual (-19,8%). O número total de fogos licen-ciados em construções novas para habitação no ano terminado em se -tembro de 2014 caiu, assim, para 6 544, contra 6 808 licenciados no anoterminado em junho de 2014.

Já o número de licenças de obras de reabilitação, como acima sublinhá-mos, registou, pelo terceiro trimestre consecutivo, uma descida, nestecaso de 6,9% (4,1% no trimestre anterior). A relativa discrepância entreos números do licenciamento e o movimento que parece observar-se nomercado da reabilitação estará porventura relacionado com o facto demuitas das intervenções não estarem sujeitas à exigência de licencia-mento camarário.

Por seu lado, a evolução trimestral das vendas de cimento para o mer-cado interno confirmou a tendência de estabilização que já tínhamosidentificado na última metade de 2013, tendo, inclusive, recuperado faceà primeira metade do ano. Assim, verificou-se que a diminuição homólo-ga das vendas de cimento das empresas nacionais para o mercadointerno se quedou pelos 8,9% (que compara com os 9,9% do segundotrimestre e os 11% do primeiro).

Apesar dos dados do terceiro trimestre não colocarem em causa a expe-tativa de inversão de tendência que os resultados do trimestre anterior eos dados macroeconómicos permitiam acalentar, a verdade é que osacontecimentos do final de julho no que respeita ao BES e a drásticaredução do stock de crédito contabilizada em agosto, poderão ter já ori-ginado consequências negativas para o setor, que se deverão agravarnos próximos meses, atenta a exposição direta e indireta de muitas eimportantes empresas do setor imobiliário e da construção a este banco.

Resta-nos esperar que outros fatores de carater positivo sejam suficien-tes para minorar ou contrabalançar os efeitos que se adivinham ao nívelda paragem de investimentos e projetos e da falta de liquidez e empo-brecimento de muitas empresas.

Page 71:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

/ 69

Edifícios Licenciados(Valores Trimestrais nº)

Edifícios Licenciados(Variação Média Anual)

OBRAS LICENCIADAS

No 3º trimestre de 2014 o número de edifícios licenciados diminuiu 7,2% face ao 3º trimestre de 2013.Comparativamente com o 2º trimestre, o número de edifícios licenciados no 3º trimestre de 2014 diminuiu 5,7%.

A redução média anual no número de edifícios licenciados situou-se, no terceiro trimestre de 2014, em 8,8%, contra 12,3% no período anterior, con-tinuando a confirmar a tendência para inversão do comportamento deste indicador.

Por sua vez, a variação trimestral do número total de fogos licenciados em construções novas para habitação familiar registou uma variação positivade 7,7%. A variação homóloga trimestral, todavia, manteve-se negativa, cifrando-se em -13,1% e a variação média anual nos -19,8%.

Page 72:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

70 /

Economia

Licenciamento de Obras(Valores Trimestrais nº)

No que diz respeito ao número de licenças de obras de reabilitação, verificou-se, uma diminuição de 6,9% em termos trimestrais.

Licenças para Obras de Reabilitação(Valores Trimestrais nº)

Page 73:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

/ 71

PRODUÇÃO NA CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS

O índice de produção no setor da construção e obras públicas diminuiu 0,53% no terceiro trimestre de 2014 quando comparado com o trimestre anterior.A descida no segmento de construção de edifícios foi de 0,52% e no segmento de obras de engenharia foi de 0,55%. Em termos homólogos, veri-ficou-se uma diminuição de 6,89% no índice total da produção na construção e obras públicas, o que correspondeu a uma diminuição de 5,35% naconstrução de edifícios e uma diminuição de 9,05% nas obras de engenharia.

Índice de Produção na Construção e Obras PúblicasÍndice Corrigido de Sazonalidade

VENDAS DE CIMENTO

No terceiro trimestre de 2014 as vendas de cimento das empresas nacionais para o mercado interno diminuíram, em termos homólogos, 8,9%, o queconfirma a tendência de estabilização observada ao longo do ano. De acordo com os Inquéritos de Opinião da Comissão Europeia, o índice de confiançano setor da construção degradou-se ligeiramente, fixando-se nos -45 pontos.

Vendas de Cimento e Indicador de Confiança na Construção(Indicador no Trimestre em Referência)

Page 74:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

72 /

Economia

EMPREGO

No terceiro trimestre do ano de 2014, o emprego na construção e obras públicas registou uma taxa de variação homóloga trimestral de -4,1% e umataxa de variação trimestral -0,5%. A variação média nos últimos 12 meses terminados em setembro de 2014 foi de -8,2%.

REMUNERAÇÕES

No terceiro trimestre de 2014, o índice de remunerações registou uma taxa de variação homóloga trimestral de -3,4% e uma variação trimestral de1,0%(inclui subsídios de férias). A variação média nos últimos 12 meses terminados em setembro foi de -7,8%.

TAXAS DE JURO

A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação fixou-se em setembro com o valor de 1,471%, tendo reduzido 0,020 pontospercentuais face ao registado no mês de junho. Nos contratos para “Aquisição de Habitação”, a taxa de juro observada em setembro foi de 1,484%,tendo também reduzido em 0,021 p.p. em relação à taxa observada no mês de junho.

Taxa de Juro do Regime Geral

FONTES: BANCO DE PORTUGAL, INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA

Page 75:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

Inquérito de Conjuntura3º Trimestre de 2014

/ 73

- Vendas voltam a aumentar para a maioria das empresas, face ao trimestre anterior e face ao período homólogo- Balanço do nível de atividade foi positivo para armazenistas e retalhistas- As previsões para o 4º trimestre de 2014 apontam para continuação da melhoria dos negócios

3º TRIMESTRE DE 2014(variação dos valores do SRE - saldo das respostas extremas

- face ao trimestre anterior)

Variação do saldo das respostas Indicadores extremas em pontos percentuais

Setor Armazenistas Retalhistas

Vendas + 10,6 - 22,9 + 19,3

Existências + 11,0 + 15,7 +8,6

Preços 0 + 11,6 - 4,0

Atividade + 29,9 + 18,5 + 38,4

Vendas homólogas + 7,1 + 30,0 - 21,7

(sinal “-” indica pioria ou diminuição; sinal “+” indica melhoria ou aumento)

VENDAS E STOCKS - 3º TRIMESTRE 2014(SRE - saldo das respostas extremas)

APRECIAÇÃO GLOBAL

Os dados relativos ao terceiro trimestre confirmam e reforçam aevolução positiva das vendas registada no período anterior (pelaprimeira vez em doze anos!), quer ao nível do indicador relativo àevolução das vendas trimestrais, quer no que respeita ao indica-dor das vendas homólogas.

Em especial, o saldo das respostas extremas (SRE) no indicador“vendas” cifrou-se em +14,8% e a percentagem das empresas queafirmou o respetivo aumento face ao período anterior subiu de23,9% para 32,3%.Também a apreciação relativa ao “nível de ati-vidade” apresentou um SRE positivo (17,4%), melhorando signifi-cativamente face ao segundo trimestre. De fato, a maioria dasempresas (82,6%, contra 75% no trimestre anterior) considerarama atividade como Satisfatória ou Boa, enquanto a percentagemdos inquiridos que a classificaram como Deficiente baixou de25%% para 17,4%.

Uma vez mais, foi o subsetor armazenista que apresentou omelhor desempenho global, mas as empresas do segmento reta-lhista, que já haviam registado no trimestre anterior uma francarecuperação, também atingiram “o verde”. No caso do indicador“nível de atividade” o subsector retalhista recuperou de um SRE de-33,4% para +5,0%, enquanto o subsector armazenista passou de+8,4% para +26,9%.Também no caso das “vendas”, ambos ossetores melhoraram significativamente o respetivo comportamen-to, sobretudo as empresas do subsetor retalhista que passaram deum SER de -4,0% para +15,3%.

A melhoria dos negócios durante este período terá contribuído parauma melhor adequação do nível de stocks à respetiva atividade,prosseguindo o processo de ajustamento efetivo já observado notrimestre anterior, não obstante o SRE ter ficado aquém das previ-sões (-1,3%, contra os -14,4% previstos). O próprio aumento donível de atividade terá justificado uma redução menos intensa dasexistências de forma a garantir capacidade de resposta às solicita-ções do mercado.

3º TRIMESTRE DE 2014

Indicadores Saldo das respostas extremas (%)Setor Armazenistas Retalhistas

Vendas + 14,8 + 13,9 + 15,3

Existências - 1,3 + 2,5 - 3,4

Preços + 2,2 + 6,3 0

Atividade + 17,4 + 26,9 + 5,0

Vendas homólogas + 19,6 + 38,4 -5,0

Como dissemos, apesar de algumas diferenças, o comporta-mento dos dois subsetores, armazenistas e retalhistas, apre-sentou, de uma forma geral, um comportamento semelhante namaioria dos indicadores.

De fato, neste 3º trimestre, principalmente no que respeita àevolução das “vendas” trimestrais e do “nível de atividade”, e decerta forma nos “preços”, houve um claro paralelismo entre osdois subsetores.

Relativamente aos preços de venda, a evolução foi positiva,confirmando-se a tendência para a sua estabilização o que,como já sublinhámos no estudo anterior, é algo digno de notano contexto de deflação em que o país vive. Em todo o casoverificou-se uma maioria mais significativa de respostas no sen-tido da descida relativamente aos grupos de produtos: “tintas,vernizes e colas”, “móveis e equipamentos para cozinha”, “fer-ragens, ferramentas e metais” e “materiais básicos (cimento,cal, gesso, areia e brita”. As indicações de subidas mais signifi-cativas incidiram nos seguintes grupos de produtos: “pavimen-tos de madeira e cortiça”, “portas metálicas, automáticas eautomatismos para portas”, “telas para isolamentos de terraços,vedantes, mástiques, chapas onduladas, etc.)”, “pavimentos(alcatifas, vinílicos, borrachas, etc.)”, “perfis, caixilharias e aces-sórios” e “aquecimento e refrigeração de água ou ambiente”.

Page 76:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

A evolução do indicador “vendas homólogas” foi globalmente muitofavorável, e atingiu, uma vez mais, um nível claramente positivo.No conjunto do setor a maioria das respostas, 74% (contra 66,6%no período anterior), referiu a manutenção (28,3%) ou, principal-mente, o aumento (45,7%) das vendas face ao 3º trimestre de2013, situação que foi comum aos dois subsetores considerados.Todavia, entre as empresas retalhistas a percentagem de respos-tas que referiu o aumento foi inferior à dos que reportaram a dimi-nuição (35% contra 40%), enquanto entre as empresas armaze-nistas 53,8% dos inquiridos, mais que no trimestre anterior (41,7%)afirmaram ter aumentado as vendas face ao trimestre homólogo.

O dado mais significativo deste período foi, na verdade, a melhoriamuito substancial do indicador de variação das “vendas”, quer tri-mestrais, quer homólogas, que embora no trimestre anterior játivessem atingido, níveis positivos para o conjunto do setor pela pri-meira vez desde 2012, tornaram-se agora positivos tanto para osubsetor armazenista como para o retalhista!

Não obstante, as empresas cuja atividade foi “deficiente” assinala-ram os fatores que consideraram mais prejudiciais. Neste trimes-tre, destacaram-se a “falta de encomendas” com 87,5% das res-postas (contra 83,3% no trimestre anterior), seguidas pelas “difi-culdades de tesouraria” (37,5%) e pela “falta de pessoal” e “encar-gos de distribuição”, ambos referidos por 12,5% dos inquiridos.

O recurso ao crédito bancário para financiamento da atividade cor-rente diminuiu face ao trimestre anterior (19,6%, contra 29,2% dasrespostas), verificando-se, ao contrário do observado no trimestreanterior, a prevalência das empresas retalhistas (30% das respos-tas), enquanto no segmento armazenista a utilização do créditobancário foi referida por apenas 11,5%. A percentagem das empre-sas que utilizou o crédito bancário para investimento foi de 4,3%.

Todas empresas que recorreram ao crédito (19,6%) consideraram“fácil” a sua obtenção.

A evolução da apreciação pelas empresas do respetivo “nível deatividade” melhorou ainda mais significativamente em relação aotrimestre anterior, ultrapassando em intensidade o comportamentodas “vendas”. Depois dos últimos acréscimos registados nas ven-das, parece que, finalmente, foi ultrapassado o limiar aceitável devolume de negócios que permite classificar positivamente o nívelde atividade.

EVOLUÇÃO DO NÍVEL DE ATIVIDADE(SRE - saldo das respostas extremas)

VARIAÇÃO DOS VALORES DOS SALDOS DAS RESPOSTASEXTREMAS FACE AO TRIMESTRE ANTERIOR

VOLUME DE VENDAS COMPARADOCOM O MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR(SRE - saldo das respostas extremas)

4º TRIMESTRE DE 2014 Perspetivas

Indicadores Saldo das respostas extremas (%)Setor Armazenistas Retalhistas

Cart. Encomendas + 6,5 + 24,0 - 2,6

Vendas + 4,9 + 20,2 - 3,4

Enc. Fornecedores + 9,2 + 26,6 0

Existências - 11,8 - 3,8 - 16,0

74 /

Economia

As previsões para o 4º Trimestre de 2014 apontam, para um cená-rio que, combinando um maior entusiasmo das empresas armaze-nistas e alguma prudência das retalhistas, se pode considerar favo-rável.

Como já referimos de início, a evolução trimestral do setor apre-sentou, genericamente, um comportamento mais favorável emquase todos os indicadores. A variação positiva (desfavorável)do SRE relativo às “existências” não prejudica, atendendo aoaumento significativo do SRE relativo às “vendas”, a reduçãorelativa do esforço financeiro das empresas com o investimen-to em mercadorias.

Page 77:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

Conforme se pode inferir do quadro acima, as expetativas das empre-sas do subsetor armazenista são claramente mais otimistas e sugeremque a maioria continua a acreditar no aumento das vendas, enquantoas previsões das empresas do subsetor retalhista são bastante maismitigadas, mas ainda assim longe do pessimismo que transpareciahabitualmente nos estudos realizados até ao início deste ano.

Na verdade, todos os sinais apontam para uma evolução mais favorá-vel do setor da, assente, para além do incremento sentido nos trabalhosde renovação, na recuperação da atividade no segmento dos edifíciosnão residenciais e na engenharia civil.

Também, a melhoria do quadro macroeconómico e as perspetivas decrescimento do consumo e dos setores do turismo e das exportações,estão a ter repercussões sobretudo no segmento dos edifícios indus-triais e agrícolas.

Mais recentemente, a contratualização de diversas obras públicas,rodoviárias e ferroviárias, destinadas a acelerar a execução do QRENanterior para não desperdiçar os apoios europeus) deverá traduzir-senum acréscimo do investimento público em obras de engenharia civil nopróximo ano e meio.

De fato, o montante de obras públicas contratadas até ao final desetembro de 2014 registou uma evolução homóloga positiva (+34,1%).

Mesmo assim, a variação trimestral do número total defogos licenciados em construções novas para habita-ção familiar subiu quase 8%.

É principalmente no plano financeiro que subsistem asmaiores dificuldades, em particular no domínio do cré-dito às empresas de construção.

Recordamos que no final de março de 2014, a quebra,em termos homólogos, no stock de crédito bancárioconcedido às empresas de construção era de 13,3%,correspondendo a 2,6 mil milhões de euros (16,9 milmilhões de euros contra19,5 mil milhões de euros umano antes).

Mas, entretanto, as sequelas da resolução do BES,tiveram um forte impacto na disponibilidade de créditoà economia (quebra de mais de 1,5 mil milhões deeuros em agosto), afetando, em particular, o setor imo-biliário e da construção.

Desta forma, em final de setembro, o stock de créditobancário concedido às empresas de construção era jáinferior a 16 mil milhões de euros, tendo caído quasemil milhões de euros face a março.

É difícil prever as consequências deste “caso”, as quaisse devem arrastar até depois do final do 1º trimestre de2015.

Em todo o caso, espera-se que a melhoria do climaeconómico e o aumento do rendimento das famíliasque se prevê, sobretudo para o próximo ano, em con-junto com o financiamento externo mais facilitado e arecuperação dos níveis de confiança, se venham a tra-duzir num crescimento sustentado da atividade dosetor.

VENDAS PREVISTAS E VENDAS REALIZADAS(saldo das respostas extremas)

Os indicadores relativos ao licenciamento de obras também têm tidouma evolução recente animadora, não obstante os dados deste trimes-tre indiciarem uma ligeira retração, exatamente no segmento quemenos se esperaria, o da reabilitação de edifícios.

Page 78:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

76 /

ÍNDICE DE RENDAS CI RECUPERA 1,2% NOGRANDE PORTO

De acordo com o novo Índice de RendasResidenciais da Ci, apurado com base no SIR- Sistema de Informação Residencial, as ren-das contratadas estabilizaram no 2º trimestrede 2014 em Portugal Continental, registando--se uma variação homóloga de 0,5%. NoGrande Porto, este índice registou uma varia-ção homóloga de 1,2% no 2º trimestre de2014, recuperação que resultou do desagrava-mento das quebras trimestrais verificadas naregião a partir do 2º trimestre de 2013.

A amostra de empresas de promoção e media-ção imobiliária pertencentes ao SIR-Arren -damento indicou a realização de 2.267 contra-tos de arrendamento na Área Me tropolitana doPorto (AM Porto) no período acumulado anualentre o 2º trimestre de 2013 e o 1º trimestre de2014.

Os concelhos do Porto, Vila Nova de Gaia eMatosinhos continuaram a figurar como osprincipais mercados em termos de absorçãoneste período.

Estatísticas Confidencial Imobiliário

Os concelhos de Portimão, Loulé e Albufeira, com quotas entre 20% e23% do total das transações reportadas pela pool SIR-Algarve entre o 3ºtrimestre de 2013 e o 2º trimestre de 2014, apresentaram-se como osprincipais mercados da região no período.

No que respeita ao preço médio de venda, para os fogos novos verificou--se uma tendência crescente em Loulé e Portimão. No primeiro concelhoo indicador passou de 1.457 €/m2, no 3º trimestre de 2013, para 1.615 €/m2

no 2º trimestre de 2014. No segundo concelho, aumentou de 1.143 €/m2

para 1.231 €/m2 entre os dois trimestres referidos. Já em Albufeira, ospreços dos fogos novos começaram a decrescer a partir do 4º trimestrede 2013, fixando-se em 1.478 €/m2 no 2º trimestre de 2014. No caso dosfogos usados, entre o 3º trimestre de 2013 e o 2º trimestre de 2014, opreço médio de venda cresceu nos concelhos de Albufeira e Loulé,alcançando, neste último período, 1.124 €/m2 e 1.393 €/m2, respetiva-mente. Por seu lado, Portimão apresentou uma redução nos preços dashabitações usadas, tendo este passado de 1.177 €/m2, no 3º trimestre de2013, para 1.155 €/m2 no 2º trimestre de 2014.

No 2º trimestre de 2014, analisando os três concelhos em destaque,observou-se que os descontos aplicados se apresentaram mais acentua-dos para as habitações usadas do que para as novas. Assim, no seg-mento de usados a taxa de desconto alcançou, no 2º trimestre de 2014,-11% em Loulé, -8% em Portimão e -7% em Albufeira. Já para as casasnovas esta taxa atingiu, no trimestre referido, -4% em Loulé e Portimão,e -3% em Albufeira.

Economia

PREÇOS DOS FOGOS NOVOS CRESCEM EMLOU LÉ E PORTIMÃO

No período acumulado entre o 3º trimestre de2013 e o 2º trimestre de 2014, as empresas depromoção e mediação imobiliária pertencen-tes ao SIR - Sistema de Informação Resi den -cial, reportaram a transação de 1.175 fogosresidenciais no Algarve.

No Porto e em Matosinhos, a maioria dos contratos celebrados pelapool SIR no período de tempo considerado era relativo a habitaçõesde tipologia T1 ou inferior. Já em Vila Nova de Gaia a procura dire-cionou-se mais para os fogos de tipo T2.

No que respeita à renda média contratada, alcançou valores maiselevados nos concelhos do Porto e Matosinhos. No Porto, a rendamédia contratada para as habitações T1 ou inferior cifrou-se, noperíodo em estudo, em 345 €, alcançando 364 € em Matosinhos.No caso dos alojamentos T2, a renda média contratada situou-seem 445 € no Porto e em 420 € em Matosinhos.

Já em Vila Nova de Gaia, o valor das rendas médias contratadaspara os fogos T1 ou inferior e T2 fixou-se em valores mais reduzi-dos, 307 € e 374 €, respetivamente.

Page 79:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau
Page 80:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

78 /

PORTO: INVESTIMENTO EM CONSTRUÇÃO NOVA CENTROU-SE EMALDOAR E NEVOGILDE

Segundo os dados relativos a licenças de construção fornecidospela Câmara Municipal do Porto, o licenciamento de obra novana cidade abrangeu, no 1º semestre de 2014, 23 fogos. Isto é, oequivalente a 24% do total dos novos fogos certificados no con-celho no período.

No que respeita à obra em edificado, a emissão de licençasapresentou-se bem mais expressiva, tendo sido licenciadas noPorto 78 unidades residenciais no 1º semestre de 2014.Comparando com o 2º semestre de 2013, no 1º semestre de2014 o volume de novos fogos alvo de licença camaráriadecresceu 38%.

Pelo contrário, a emissão de licenças para reabilitação cresceuno 1º semestre de 2014 face ao semestre anterior, sendo queneste último período haviam sido licenciados apenas 31 fogosdeste tipo. Tal decorreu do facto de no 1º semestre de 2014 tersido emitida licença para um grande empreendimento no Porto,mais concretamente na freguesia do Bonfim, que albergava 29fogos. Tanto no caso da construção nova como da reabilitação,a maioria das obras licenciadas no Porto na primeira metade de2014 era relativa a moradias.

Mais informação sobre a Ci disponível em www.confidencialimobiliario.com.

A Confidencial Imobiliária (Ci) é uma revistaespecializada na produção de estatísticas ebases de dados sobre imobiliário. Entre outrosconteúdos, monitoriza o investimento imobiliá-rio, tratando os dados do licenciamento munici-pal de obras emitido mensalmente pelas princi-pais autarquias metropolitanas.

Quanto aos edifícios de apartamentos, os de menordimensão (possuindo entre 3 a 10 fogos) foram os maisabrangidos pelo licenciamento no semestre em estudo.Tal verificou-se quer para a obra nova quer para a obraem edificado.

As obras de construção nova para as quais foram emiti-das licenças no 1º semestre de 2014 no Porto, concen-traram-se nas freguesias de Aldoar e Nevogilde. Já noque se refere à reabilitação foram as freguesias doBonfim, Vitória, Massarelos e Santo Ildefonso que prota-gonizaram o licenciamento de obras na cidade.

NÍVEIS DE CONFIANÇA COMPLETAM 12 MESES EM TERRENO POSITIVO

Os resultados do PHMS - Portuguese Housing Market Survay deNovembro de 2014 apontam para uma recuperação contínua daatividade no mercado de compra e venda ao nível nacional,embora se observem diferentes performances nas várias regiõesabrangidas pelo inquérito.

No mercado de arrendamento, o ligeiro acréscimo da procura porparte dos arrendatários, acompanhado de uma queda da ofertapor parte dos proprietários, tem ajudado a estabilizar as expetati-vas relativas a rendas.

No mercado de compra e venda, as novas instruções de compraaumentaram pelo décimo sexto mês consecutivo, embora a taxade crescimento tenha abrandado desde o pico de série observa-do em Setembro.

Entretanto, as transações continuaram a aumentar, marcando odécimo mês consecutivo no qual foi reportado algum grau demelhoria. Além do mais, a melhoria das expetativas referentes avendas ao longo de Novembro, sugere que um crescimento maissustentado pode estar para vir.

Apesar do aumento da atividade, observou-se uma ligeira quebrados preços ao nível nacional, embora tal não reflita a tendênciaobservada em todas as regiões. De facto, os preços das casasmantiveram-se inalterados em Lisboa, mas continuaram a cair noPorto e, em menor medida, no Algarve. Não obstante, espera-seque os preços estabilizem nos próximos três meses.

Economia

Page 81:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

AGÊNCIAS

Young NetWork GroupRua Fernando Vaz, 12 A1750-108 LisboaTel.: 217 506 050; Fax: 217 506 051E-mail:[email protected]: www.youngnetworkgroup.com

ARQUITETURA

APEL - Arquitetura, Planeamento,EngenhariaAv. Bessa, 344,1º 4100-012 Ramalde Tel.: 225 106 391Fax: 225 106 390E-mail:[email protected]: www.apel-arquitectura.pt

João Mendes Ribeiro Arquitecto, LdaRua de Tomar, 1 Esq.3000-401 CoimbraTel.: 239 833 763E-mail: [email protected]

DIVULGAÇÃO

Montael - Materiais Construção eRepresentações, SACasa Meada3040 - 584 AntanholTel: 239 802 520E-mail: [email protected]: www.montael.com

TJF Ecoenergy SolutionsRua Alfredo Allen, nº 455/461 sala 2.084200-135 PortoTel.: 914 580 905E-mail: [email protected]: www.tjfecoenergy.com

Tese - Associação para oDesenvolvimentoRua S. Filipe Nery, 25 B1250-225 LisboaTel.: 918 786 450; Fax: 213 868 405E-mail: [email protected]: www.trtcode.com

Tisem - Centro de Actvidades Rua Arnaldo Sobral, 49 - Sala 2073080-048 Figueira da Foz Tel.: 233 426 929Fax: 233 426 929E-mail: [email protected]: www.tisem.pt

DOSSIER NOVOSMATERIAIS ETECNOLOGIAS

Aleluia Cerâmicas, SAQuinta do Simão, EsgueiraApartado 30243801-101 AveiroTel.: 234 305 600; Fax: 234 305 699E-mail: [email protected]: www.aleluia.pt

CIN - Corporação Industrial Norte, SAAv. Dom Mendo, 831Apartado 1008, 4471-909 Maia Tel.: 229 405 000Fax: 229 485 661E-mail: [email protected]: www.cin.pt

Extruplás - Reciclagem, Recuperaçãoe Fabrico de Produtos Plásticos, LdaRua dos SerralheirosEstrada do Marco do Grilo. 6Aldeia de Paio Pires2840 SeixalTel.: 212 104 348Fax: 212 101 632E-mail: [email protected]: www.extruplas.com

Horto Mondego Planeamento eExecução de Espaços Verdes, LdaAv. Dr. Elísio de Moura 3030-183 CoimbraTel.: 239 701 283E-mail: [email protected]: www.hortomondego.pt

OmniflowRua de Salazares, 8424149-002 PortoTel.: 225 322 000Fax: 226 177 662E-mail: [email protected]: www.omniflow.pt

Saint-Gobain Weber PortugalZona Industrial da Taboeira3800-055 AveiroTel.: 234 101 010Fax: 234 301 148E-mail: [email protected]: www.weber.com.pt

SAPA Extrusion Avintes, SATv. Nova das Alheiras, 2164415-272 PedrosoTel.: 227 865 904Fax: 227 865 947E-mail: [email protected]: www.sapagroup.com.pt

Schluter - SystemsRua do Passadouro, 313750-458 FermentelosTel.: 234 720 020Fax: 234 240 937 E-mail: [email protected]: www.schluter.pt

ECONOMIABanco de Portugal Rua do Comércio, 148 1100-150 LisboaE-mail: [email protected]: www.bportugal.com

Instituto Nacional de EstatísticaAv. António José de Almeida 100-043 LisboaTel:. 218 426 100; Fax: 218 454 083 E-mail: [email protected]: www.ine.pt

Confidencial Imobiliário Rua Gonçalo Cristóvão, 185 - 6º4049-012 PortoTel: 222 085 009; Fax: 222 085 010 E-mail: [email protected]: www.confidencialimobiliario.com

ENTREVISTA

BigMat Iberia, SAAv. de los Pirineos, 71ª Planta28703 San Sebastian de Los ReyesEspanhaTel.: 0034 916 237 160 E-mail: [email protected]: www.bigmat.es

BigMat Pinto & Filhos, SAZona Industrial Horta das Figueiras7005-212, Évora Tel.: 266 702 211; Fax: 266 701 605E-mail:[email protected]: www.pintoefilhos.pt

CT - Cobert Telhas, SAEN 361 - 1, Outeiro da Cabeça2565-594 Torres VedrasTel.: 261 920 000; Fax: 261 920 001E-mail: www.telhas-cobert.comSite: www.telhas-cobert.com

Diera - Fabrica de Revestimentos,Colas e Tintas, LdaRua D. Marcos da Cruz1223, Ap 30374450-730 Leça da PalmeiraTel: 229 983 350Fax: 229 983 368E-mail: [email protected]: www.diera.pt

/ 79

Moradas

Page 82:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau

Tintas 2000, SAZona Industrial Maia ISector VIII - Ap. 1053Tel.: 229 436 800; Fax: 229 436 819E-mail: [email protected]: www.tintas2000.pt

WishboxRua Nova do Seixo, 297/F4460-383 Senhora da HoraTel.: 229 519 025E-mail: [email protected]

EVENTOSAssociação Passivhaus Portugal - PHPTAv. 25 de Abril, 27 3º, AC/X3830-044 ÍlhavoTel.: 234 096 309E-mail: [email protected]: www.passivhaus.pt

Casa Peixoto Zona Industrial de Neiva, 1ª Fase4935-231 Viana do CasteloTel.: 258 359 800; Fax: 258 359 805E-mail: [email protected]: www.casapeixoto.pt/

Cinco’s-CentroHabitat Curia Tecnoparque3780-544 TamengosTel.: 234 401 576; Fax: 234 370 094E-mail: [email protected]: www.centrohabitat.net.pt

DIMSCALERua Abel Salazar, 22600-023 Vila Franca de XiraTel.: 263 274 202 E-mail: [email protected]: www.dimscale.com

Imoedições - Publicações Periódicas eMultimédias, LdaRua Gonçalo Cristovão, 185, 6º4049-012 PortoTel: 222 085 009; Fax: 222 085 010E-mail: [email protected]: www.vidaimobiliaria.com

Live Place by PalegessosZona Industrial 6320 SabugalTel.: 271 750 060; Fax: 271 753 533E-mail: [email protected]: www.live-place.com

Sanitop - Material Sanitário, LdaZona Industrial 2ª Fase,Ap. 5384935-232 Neiva - Viana do CasteloTel.: 258 105 400, Fax: 258 350 011E-mail: [email protected]: www.sanitop.pt

80 /

Moradas

PRÓXIMA EDIÇÃO

ECOINOVAÇÃO

RESERVE JÁ!

Page 83:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau
Page 84:  · barbotmix. a tjf ecoenergy solutions É uma empresa especiali-zada em soluÇÕes de eficiÊncia energÉtica e ambiente para edifÍcios e indÚstria. carateriza-se por um grau