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CONCEITO DE PARCELA DE VINHA NA RDD Proposta de alteração do Artigo 10º do DL 173/2009 de 3 de Agosto Grupo de Trabalho: Cª Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro Duorum Vinhos, S.A. Quinta do Vallado - Sociedade Agrícola, Lda. Sociedade Vinícola Terras de Valdigem, S.A. Sogevinus Fine Wines, S.A. Sogrape Vinhos, S.A. Symington Vinhos, S.A. Equipa Técnica da ADVID Peso da Régua, 30 de Julho de 2013

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• CONCEITO DE PARCELA DE VINHA NA RDD

Proposta de alteração do Artigo 10º do DL 173/2009 de 3 de Agosto

Grupo de Trabalho:

Cª Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro

Duorum Vinhos, S.A.

Quinta do Vallado - Sociedade Agrícola, Lda.

Sociedade Vinícola Terras de Valdigem, S.A.

Sogevinus Fine Wines, S.A.

Sogrape Vinhos, S.A.

Symington Vinhos, S.A.

Equipa Técnica da ADVID

Peso da Régua, 30 de Julho de 2013

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ÍNDICE

1. FUNDAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO

1.1. Legislação Comunitária ......................................................................................................... 3

1.2 Legislação Nacional ............................................................................................................... 4

1.3 Evolução da Legislação Nacional para Efeitos de Ajudas ao Investimento e

Atribuição da Denominação de Origem ............................................................................... 5

1.4 A implantação da Vinha na Encosta – O caso da RDD ......................................................... 6

2. PROPOSTA DE ALTERAÇÃO

2.1 Legislação Nacional .............................................................................................................. 9

2.1.1 Redacção do Artigo 10º do DL 173/2009 de 3 de Agosto ....................................... 13

ANEXO I ............................................................................................................................................... 14

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1. FUNDAMENTO DA PROPOSTA DE ALTERAÇÃO

1.1. Legislação Comunitária

O Regulamento CE nº 555/2008 estabelece as regras de execução do Regulamento CE nº

479/2008, no que respeita aos programas de apoio, ao comércio com países terceiros, ao

potencial de produção e aos controlos no sector vitivinícola.

Para efeitos das medidas de reestruturação e reconversão de vinhas, de colheita em verde e

de arranque, o Artigo 75º do Regulamento CE nº 555/2008, define superfície plantada com

vinha.

Artigo 75º

Superfície Plantada com Vinha

“Para efeitos das medidas de reestruturação e reconversão das vinhas, de colheita em verde e

de arranque, referidas no artigo 11º, 12º e 98º do Regulamento CE nº 479/2008, entende-se por

«superfície plantada com vinha» a superfície delimitada pelo perímetro exterior das cepas,

ampliada com uma faixa tampão de largura igual a metade da distância entre as linhas. A

superfície plantada é determinada em conformidade com o nº 1, primeiro parágrafo, do artigo

30º do Regulamento CE nº 796/2004 da Comissão.”

O artigo 30º do Regulamento CE nº 796/2004:

Artigo 30º

Determinação das superfícies

A determinação das superfícies das parcelas agrícolas será efectuada por qualquer meio

apropriado, definido pela autoridade competente, que garanta um rigor de medição pelo

menos equivalente ao exigido pela regulamentação nacional no que respeita às medições

oficiais. “A autoridade competente pode definir uma tolerância de medição que não pode ser

superior a 5 % da superfície da parcela agrícola ou a uma margem de 1,5 metros em relação ao

perímetro da parcela agrícola. Contudo, a tolerância máxima aplicada a cada parcela agrícola

não pode, em termos absolutos, ser superior a 1,0 hectare”.***

**** Esta tolerância é relativa ao método de medição, não tem relação com o conceito de parcela.

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1.2. Legislação Nacional

A legislação nacional, para a Região Demarcada do Douro, transcreve o conceito comunitário

de parcela de vinha através do Decreto - Lei 173/2009 de 3 de Agosto, mas restringe-o através

da alínea d) do número 3, Artigo 10º:

«d) Que são excluídas as superfícies sem cepas existentes no interior daquele contorno, quando a menor

das suas dimensões, incluindo a faixa periférica definida nos moldes referidos na alínea anterior, for, em

média, superior a 4 m, utilizando -se, para efeitos da sua delimitação, o critério ali utilizado.»

Aquele artigo (artigo 10º do Decreto-Lei 173/2009 de 3 de Agosto) define as práticas culturais

para a RDD, onde está incluído além do conceito de parcela de vinha, a medição, que deve ser

efectuada na projecção horizontal, e a densidade de plantação, que no caso de vinhas em

patamares e terraços pode atingir o valor mínimo de 2400 plantas/ha.

ARTIGO 10º

Práticas Culturais 1 — As vinhas destinadas à produção de vinhos e produtos vínicos a que se refere o presente estatuto devem ser contínuas, em forma baixa e aramadas, preferencialmente conduzidas em vara, vara e talão ou em cordão e com uma só zona de frutificação, cultivadas utilizando os meios adequados ao local como forma de maximizar a aptidão das uvas a uma produção de qualidade. 2— A densidade de plantação não deve ser inferior a 4000 videiras por hectare com uma tolerância de 10 %, com excepção das vinhas sistematizadas em patamares e terraços em que o limite mínimo pode ser de 3000 videiras por hectare com uma tolerância de 20 %, bem como das vinhas plantadas antes de 11 de Agosto de 1998 e ainda em exploração, para as quais são admissíveis, enquanto subsistirem, densidades inferiores a estes limites. 3 — Por parcela de vinha entende -se uma porção contínua de terreno ocupada com a cultura da vinha, submetida a uma gestão única e que constitui uma entidade distinta tendo em conta: a) A homogeneidade quanto ao modo de exploração, ao modo de condução, à categoria de utilização, à idade de plantação, ao modo de armação do terreno e à irrigação, não podendo os seus limites transpor limites administrativos, acidentes topográficos, rios, estradas ou caminhos públicos; b) A homogeneidade quanto ao tipo de cultura, salvaguardando -se a existência de árvores em bordadura e nas bordaduras dos caminhos no interior da parcela, considerando -se parcela de vinha consociada a que contiver mais de 40 árvores dispersas por hectare no interior da parcela; c) Que o contorno exterior da parcela é fixado de modo a incluir, sem prejuízo do disposto na alínea anterior, a partir da extremidade das linhas de videiras, uma faixa periférica com largura equivalente a metade da largura da entrelinha até ao limite físico do terreno; d) Que são excluídas as superfícies sem cepas existentes no interior daquele contorno, quando a menor das suas dimensões, incluindo a faixa periférica definida nos moldes referidos na alínea anterior, for, em média, superior a 4 m, utilizando -se, para efeitos da sua delimitação, o critério ali utilizado. 4 — A área da parcela é a que resulta da sua medição efectuada na projecção horizontal. 5 — Experimentalmente, e sem perda do direito à DO, o IVDP I. P. pode autorizar práticas culturais que constituam um avanço dentro da técnica vitivinícola e, comprovadamente, não prejudiquem a qualidade das uvas e dos vinhos produzidos. 6 — A rega da vinha só pode ser efectuada em condições excepcionais e apenas para obstar a situações extremas de défice hídrico, reconhecidas pelo IVDP, I. P., que possam pôr em causa o normal desenvolvimento fisiológico da videira.

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1.3. Evolução da Legislação Nacional para Efeitos de Ajudas ao Investimento e

Atribuição da Denominação de Origem

Se analisarmos a evolução do conceito de parcela de vinha, antes e após 1 de Agosto de 2008,

verificamos que a Legislação adoptada pelo IVDP no DL 173/2009 é igual à que tinha sido

utilizada pelo IFAP e IVV nos VITIS anteriores a 2008.

VITIS ANTES DE 1 DE AG. DE 2008 VITIS APÓS 1 DE AG DE 2008 DECRETO - LEI DA D.O.

Portaria 470/2007 de 18 de Abril

«Parcela de vinha», porção contínua de

terreno ocupado com vinha, submetido a uma

gestão única, que constitui uma entidade

distinta, tendo em conta:

Portaria 1144/2008, 10 de Outubro

«Área de vinha» a área do terreno

ocupado com vinha, expressa em

hectares, arredondada a duas casas

decimais, obtida por medição, em

projecção horizontal, do contorno da

parcela delimitada pelo perímetro exterior

das videiras, ampliada com uma faixa

tampão de largura igual a metade da

distância entre as linhas, até ao limite do

terreno, sendo que, caso existam árvores

em bordadura e sempre que as mesmas

se situem na faixa tampão, não é

descontada, à área da vinha, a área

ocupada pelas árvores, ficando, no

entanto, essa área impedida de ser

objecto de candidatura a outros regimes

de apoio;

DL 173/2009 de 3 de Agosto

Por parcela de vinha entende -se uma porção

contínua de terreno ocupada com a cultura da

vinha, submetida a uma gestão única e que

constitui uma entidade distinta tendo em

conta:

i) A homogeneidade quanto ao modo de

exploração, ao modo de condução, à categoria

de utilização, à idade de plantação, ao tipo de

cultura e à irrigação, não podendo os seus

limites transpor limites administrativos,

estradas ou caminhos públicos;

a) A homogeneidade quanto ao modo de

exploração, ao modo de condução, à

categoria de utilização, à idade de plantação,

ao modo de armação do terreno e à irrigação,

não podendo os seus limites transpor limites

administrativos, acidentes topográficos, rios,

estradas ou caminhos públicos;

ii) Que o contorno exterior da parcela é fixado

de modo a incluir, a partir da extremidade das

linhas de videiras, uma faixa periférica com

largura equivalente a metade da largura da

entrelinha, até ao limite físico do terreno;

c) Que o contorno exterior da parcela é fixado

de modo a incluir, sem prejuízo do disposto

na alínea anterior, a partir da extremidade das

linhas de videiras, uma faixa periférica com

largura equivalente a metade da largura da

entrelinha até ao limite físico do terreno;

iii) Que são excluídas as superfícies sem cepas

existentes no interior daquele contorno,

quando a menor das suas dimensões,

incluindo a faixa periférica definida nos

moldes referidos na subalínea anterior, for,

em média, superior a 4 m, utilizando-se, para

efeitos da sua delimitação, o critério ali

utilizado;

d) Que são excluídas as superfícies sem cepas

existentes no interior daquele contorno,

quando a menor das suas dimensões,

incluindo a faixa periférica definida nos

moldes referidos na alínea anterior, for, em

média, superior a 4 m, utilizando -se, para

efeitos da sua delimitação, o critério ali

utilizado.

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• Conceito de parcela de vinha na RDD

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Com a entrada em vigor do Regulamento CE 555/2008, as ajudas ao Investimento, em cada

País, tiveram que ser aplicadas de acordo com os conceitos estabelecidos neste Regulamento.

A Portaria 1144/2008 (entrou em vigor para plantações feitas após 1 de Agosto de 2008)

transpôs para Portugal, o conceito de medição de área do REG CE 555/2008. No entanto o

IVDP, o IVV e o IFAP, estabeleceram entre si, que a legislação aplicável na Região Demarcada

do Douro era a transcrita no Decreto-Lei 173/2009.

1.4. A implantação da Vinha na Encosta: O caso da RDD

Toda a área da RDD é particularmente sensível a intervenções no solo, as quais se fazem

muitas vezes recorrendo a volumosas movimentações de terras, cortes nas encostas, e

alteração do seu perfil que podem comprometer o equilíbrio, por vezes já precário, da situação

de partida. Os riscos decorrentes destas operações derivam sobretudo do relevo acidentado,

do regime da precipitação e da natureza dos solos e da rocha mãe.

O relevo muito acidentado confere uma enorme energia específica aos escoamentos que se

verificam nas pequenas linhas de água, por vezes temporárias, com elevado declive

longitudinal, que vêem o seu caudal muito aumentado por ocasião de precipitações intensas.

A natureza dos solos, em boa parte derivados de xisto que se tornam muito plásticos quando

húmidos, associada à estrutura estratificada do xisto, e por isso, muito susceptível de

deslizamentos, contribui também muito, para os riscos associados à intervenção nas encostas.

A RDD é uma paisagem de declives acentuados e vales encaixados. Na bibliografia sobre a

viticultura dita de encosta, não existe um critério estabelecido para a caracterização dos

declives embora, seja usual, considerar encosta a partir dos 5-8%.

Estabelece-se contudo de forma consensual dois critérios para a sua abordagem:

• a dificuldade de deslocação de pessoas e máquinas na execução das práticas culturais;

• o risco de erosão e a necessidade de introdução de armação do terreno para a

combate à erosão.

Na realidade a criação de condições de mecanização da cultura e a prevenção dos fenómenos

de erosão, deverá constituir a principal preocupação na definição e execução de qualquer

técnica de sistematização do terreno. A sistematização em terraços agrícolas, além de criar

condições de mecanização, constitui ainda, um importante aliado do processo de conservação

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dos solos, dado que potencia o processo de infiltração comparativamente ao de escoamento

superficial.

No entanto este tipo de sistematização, tem criado grandes dificuldades no critério a adoptar

para a medição de área, não raras vezes levando a que haja discrepâncias significativas entre a

área de vinha plantada e a área dos direitos de plantação utilizados, ou a área de vinha

candidata a ajudas.

Relativamente à vinha ao alto, também o conceito da medição de área não está de acordo com

os investimentos económicos reais. O número de plantas e os trabalhos culturais não são

implementados na área medida em projecção horizontal, são na realidade, executados na área

do plano inclinado, que é substancialmente superior.

Acresce ainda que, para a atribuição da DO ou IG, Douro, Porto e Duriense e

consequentemente, para as ajudas ao investimento, as quais só são elegíveis se forem para

este tipo de vinhos, a densidade mínima para as vinhas sistematizadas em patamares é de

2400 plantas/ha.

Para analisar a questão da densidade, fizeram-se várias determinações em vinhas plantadas

com patamares de 1 bardo, com as plantas à distância, na linha, de 0,80m e 0,90 m. Os valores

obtidos encontram-se nos quadros abaixo. Relembramos que encostas com declive superior

ou igual a 40%, tem que ser sistematizadas com patamares de 1 bardo. Para declives

superiores a 50% só é possível a replantação se a parcela já estiver ocupada com cultura

permanente.

Afastamento entre pés (m)

Afastamento entre os bardos (m)

Declive da Encosta (%)

Declive dos Taludes (%)

Densidade (nº de pés/ha)

0,9 2,80 – 5,50 28 - 63 90 - 130 2793

0,9 2,00 - 6,00 33 - 44 80 - 115 2295

0,8 4,3 – 6,00 40 – 60 75 - 110 2533

0,9 5,50 - 8,00 44 - 57 75 - 105 1643

0,9 3,50 – 9,00 46 - 71 100 - 130 2372

0,9 5,70 – 6,50 50 - 60 90 - 140 2045

0,9 3,60 53 120 - 150 2898

0,9 5,50 – 6,00 54 - 57 95 - 110 2075

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Afastamento entre os pés (m) Declive médio da Encosta (%) Densidade (nº de pés/ha)

0,8 26 3250

0,8 36 3100

0,8 38 3020

0,8 41 2650

0,8 47 2400

0,8 54 2100

Verificamos que, a densidade mínima para parcelas com declive da encosta superior a 50% só

é atingida, se a inclinação dos taludes for na ordem dos 150% e as plantas na linha distarem

entre si de 0,8m.

Para declives entre 40 e 50 %, a densidade mínima é atingida se a distância entre plantas na

linha for de 0,80m.

Para algumas castas e nalguns tipos de solo, poder-se-á atingir a densidade mínima,

diminuindo a distância na linha e adaptando o sistema de condução, dentro do permitido por

lei «forma baixa, aramada, preferencialmente conduzida em vara, vara e talão ou em cordão e

com uma só zona de frutificação», bem como, verticalizando mais o talude.

Mas, acontece que nem todas as castas suportam estas distâncias na linha nem todos os solos

permitem taludes com inclinação superiores a 100-120%. Aliás, as regras de estabilidade

recomendam que o declive do talude diminua à medida que o declive da encosta aumenta.

Patamares de 2 bardos com largura de 3,40m, distância na linha 1,1m e distância entre linhas

do mesmo bardo 2m, permitem para declives na ordem dos 28%, cerca de 3.743 plantas/ha,

isto é, permitem densidades de plantação, para a mesma ordem de grandeza de declive,

bastante superiores às obtidas com patamares de 1 bardo.

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2. PROPOSTA DE ALTERAÇÃO

2.1. Legislação Nacional

De modo a irmos ao encontro das especificidades da viticultura de montanha, propomos que:

1. Se adopte na íntegra o conceito Comunitário de Superfície Plantada com Vinha

«superfície plantada com vinha» a superfície delimitada pelo perímetro exterior das

cepas, ampliada com uma faixa tampão de largura igual a metade da distância entre

as linhas»

E que se defina o conceito de perímetro exterior das cepas, pela «linha obtida pela

projecção horizontal do lado exterior da parede vegetativa».

2. Que se calcule a distância entre as linhas, Compasso e Densidade de Plantação, em

plantações uniformes ou não uniformes da seguinte maneira:

A. Se as cepas estão a distâncias uniformes/constantes quer na linha, quer na

entrelinha, caso dos Patamares de 1 Bardo, o procedimento a adoptar na medição

das distâncias é o seguinte:

a) Distância entrelinha - Medir a distância entre 3 linhas adjacentes (colocando os

extremos da fita nas linhas extremas) e calcular a média, obtendo assim a distância

na entrelinha.

Distância entre plantas (na linha) - Mede a distância entre 3 cepas adjacentes e

calcular a média, obtendo assim a distância na linha.

Exemplo: Patamar de 1 bardo

Linha

1Lί

1

Lί = Distância entre 2 cepas na linha

Dί = Distância entre 2 bardos

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• Conceito de parcela de vinha na RDD

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b) Nº de pontos de amostra

3 amostras – para parcelas com área ≤ 1,00 ha;

5 amostras – para parcelas com área > 1,00 e ≤ 10,00 ha;

10 amostras – para parcelas com área > 10,00 e ≤ 25,00 ha;

15 amostras – para parcelas com área > 25,00 ha

c) Distribuição das amostras - aleatória

d) Instrumento de medida - fita métrica

e) Valor Médio do Compasso (VMC em m2):

( )

NP

ELDL

VMC

NP

i

ii∑=

×

=1

DL (em metros) = Distância na Linha determinada em cada ponto de amostra i; EL (em metros) = Distância na Entrelinha determinada em cada ponto de amostra i; NP = N.º de Pontos de amostra

Com base no valor VMC anteriormente apresentado, podemos estimar a densidade de

plantação através de: VMC

m 10.0002

=Densidade

B. Se as cepas não ficarem dispostas a distâncias uniformes/constantes quer na

linha, quer na entrelinha, (isto é, situações em que os compassos podem variar

significativamente, é o caso dos patamares de dois bardos) as amostras são

alargadas para o dobro do preconizado anteriormente, de modo a garantir maior

fiabilidade sendo o procedimento a adoptar na medição das distâncias entre

linhas, o seguinte:

a) Distância entrelinha - Medir a distância entre 5 linhas adjacentes (colocando os

extremos da fita nas linhas extremas) e calcular a média, obtendo assim a distância

na entrelinha.

Distância entre plantas (na linha) - Mede a distância entre 5 cepas adjacentes e

calcula a média, obtendo assim a distância na linha.

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Exemplo: Patamares de dois bardos

b) Nº de pontos de amostra

6 amostras – para parcelas com área ≤ 1,00 ha;

10 amostras – para parcelas com área > 1,00 e ≤ 10,00 ha;

20 amostras – para parcelas com área > 10,00 e ≤ 25,00 ha; 30 amostras – para parcelas com área > 25,00 ha.

c) Distribuição das amostras - aleatória

d) Instrumento de medida - fita métrica

e) Valor Médio do Compasso (VMC em m2):

( )

NP

ELDL

VMC

NP

i

ii∑=

×

= 1

DL (em metros) = Distância na Linha determinada em cada ponto de amostra i; EL (em metros) = Distância na Entrelinha determinada em cada ponto de amostra i; NP = N.º de Pontos de amostra

Com base no valor VMC anteriormente apresentado, podemos estimar a densidade de

plantação através de:VMC

m 10.0002

=Densidade

1Lί

1

Lί = Distância entre 2 cepas na linha

Dί = Distância entre 2 linhas

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3. Para a sistematização do terreno em “vinha ao alto”, a área da parcela é a que

resulta da sua medição efectuada na projecção horizontal corrigida de um factor em

função do declive, conforme tabela do ANEXO I.

4. A Densidade de Plantação deve ser calculada tendo em conta uma tolerância variável

em função da inclinação natural da encosta, da orografia e natureza dos terreno, em

função de tabela a criar especificamente; esta tabela deverá estar concluída até final

de 2014.

5. Enquanto a tabela não estiver concluída, o IVDP ao abrigo do nº5 do artigo 10º do DL

173/2009 de 3 de Agosto, considerando que as técnicas culturais utilizadas constituem

um avanço vitivinícola e não prejudicam a qualidade das uvas e dos vinhos produzidos,

autorizará a plantação com densidades inferiores a 2400 videiras/ha, sempre que se

tratem de vinhas de encosta com declive médio superior a 50%, onde a vinha tem de

ser, por força de obrigação legal, implementada em patamares de um só bardo. Esta

disposição deverá ser aplicada às vinhas plantadas após 1998.

6. A ADVID poderá fornecer pareceres técnicos relativos a esta temática sempre que para

tal seja solicitada.

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2.1.1. Redacção do Artigo 10º do DL 173/2009 de 3 de Agosto

Assim, propomos que no Artigo 10º do DL 173/2009 a redacção dos números 2) e 4) seja

alterada e a alínea d) do número 3 seja eliminada.

Artigo 10.º Práticas Culturais

1 — As vinhas destinadas à produção de vinhos e produtos vínicos a que se refere o presente estatuto devem ser contínuas, em forma baixa e aramadas, preferencialmente conduzidas em vara, vara e talão ou em cordão e com uma só zona de frutificação, cultivadas utilizando os meios adequados ao local como forma de maximizar a aptidão das uvas a uma produção de qualidade.

2—A densidade de plantação deve ser função das características da parcela, inclinação natural da encosta, orografia e natureza do terreno, conforme tabela criada para este efeito, com excepção das vinhas plantadas antes de 11 de Agosto de 1998 e ainda em exploração, as quais, enquanto subsistirem, mantêm o direito à Denominação de Origem tal como nas condições actuais.

3 — Por parcela de vinha entende -se uma porção contínua de terreno ocupada com a cultura da vinha, submetida a uma gestão única e que constitui uma entidade distinta tendo em conta:

a) A homogeneidade quanto ao modo de exploração, ao modo de condução, à categoria de utilização, à idade de plantação, ao modo de armação do terreno e à irrigação, não podendo os seus limites transpor limites administrativos, acidentes topográficos, rios, estradas ou caminhos públicos;

b) A homogeneidade quanto ao tipo de cultura, salvaguardando -se a existência de árvores em bordadura e nas bordaduras dos caminhos no interior da parcela, considerando -se parcela de vinha consociada a que contiver mais de 40 árvores dispersas por hectare no interior da parcela;

c) Que o contorno exterior da parcela é fixado de modo a incluir, sem prejuízo do disposto na alínea anterior, a partir da extremidade das linhas de videiras, uma faixa periférica com largura equivalente a metade da largura da entrelinha até ao limite físico do terreno;

d) Que são excluídas as superfícies sem cepas existentes no interior daquele contorno, quando a menor das suas dimensões, incluindo a faixa periférica definida nos moldes referidos na alínea anterior, for, em média, superior a 4 m, utilizando -se, para efeitos da sua delimitação, o critério ali utilizado.

4 — A área da parcela é a que resulta da sua medição efectuada na projecção horizontal, sendo esta afectada por um coeficiente em função do declive no caso da vinha instalada perpendicularmente às curvas de nível, a denominada vinha ao alto, conforme ANEXO I.

5 — Experimentalmente, e sem perda do direito à DO, o IVDP, I. P., pode autorizar práticas culturais que constituam um avanço dentro da técnica vitivinícola e, comprovadamente, não prejudiquem a qualidade das uvas e dos vinhos produzidos.

6 — A rega da vinha só pode ser efectuada em condições excepcionais e apenas para obstar a situações extremas de défice hídrico, reconhecidas pelo IVDP, I. P., que possam pôr em causa o normal desenvolvimento fisiológico da videira.

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ANEXO I

Coeficiente de conversão de área projectada em área útil em função do declive