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Sistema Solar – Os planetas Rochosos O Sistema Solar consiste do Sol e de todos os objetos que o orbitam, incluindo asteróides, cometas, luas e planetas. A Terra é o terceiro planeta do Sistema Solar. A grande variedade de objetos que existe no Sistema Solar está dividida em várias categorias. Nos últimos anos descobriu-se que muitas destas categorias não estão tão bem delineadas como antes se pensava. Os planetas do Sistema Solar são os oito corpos regularmente conhecidos com os nomes de: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. O "status" de Plutão foi recentemente alterado para planeta-anão pela União Astronômica Internacional. Os planetas rochosos ou Telúricos recebem esse nome por possuírem uma crosta solida, sendo esta crosta apenas uma fina camada comparada com o manto e núcleo. Apesar de algumas semelhanças entre a crosta da Terra e a dos outros planetas rochosos, a crosta da Terra é a única que é dividida em placas tectônicas, embora acredita-se que os demais planetas rochosos tem ou tiveram um vulcanismo ativo em tempo recente. Júpiter constitui a maioria da massa do Sistema Solar, sem contar com o Sol: 0,1% da massa do Sistema Solar. Por sua vez, Saturno constitui a massa restante, depois Urano e Netuno, e depois a Terra e Vênus.

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Sistema Solar – Os planetas Rochosos

O Sistema Solar consiste do Sol e de todos os objetos que o orbitam, incluindo asteróides, cometas, luas e planetas. A Terra é o terceiro planeta do Sistema Solar.

A grande variedade de objetos que existe no Sistema Solar está dividida em várias categorias. Nos últimos anos descobriu-se que muitas destas categorias não estão tão bem delineadas como antes se pensava.

Os planetas do Sistema Solar são os oito corpos regularmente conhecidos com os nomes de: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. O "status" de Plutão foi recentemente alterado para planeta-anão pela União Astronômica Internacional.

Os planetas rochosos ou Telúricos recebem esse nome por possuírem uma crosta solida, sendo esta crosta apenas uma fina camada comparada com o manto e núcleo. Apesar de algumas semelhanças entre a crosta da Terra e a dos outros planetas rochosos, a crosta da Terra é a única que é dividida em placas tectônicas, embora acredita-se que os demais planetas rochosos tem ou tiveram um vulcanismo ativo em tempo recente.

Júpiter constitui a maioria da massa do Sistema Solar, sem contar com o Sol: 0,1% da massa do Sistema Solar. Por sua vez, Saturno constitui a massa restante, depois Urano e Netuno, e depois a Terra e Vênus.

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MERCÚRIOMercúrio é o planeta mais próximo do Sol a cerca de 57 milhões de quilômetros e o oitavo em tamanho. É menor que Ganimedes e Titã, mas tem mais do dobro da massa.

Na mitologia Romana, Mercúrio é o deus do comércio, das viagens e da ladroagem. O planeta provavelmente recebeu este nome devido ao seu movimento extremamente rápido no céu. Mercúrio é conhecido pelo menos desde o tempo dos Sumérios (terceiro milênio AC). Foi-lhe dado dois nomes pelos Gregos: Apolo pela sua aparição como estrela da manhã e Hermes como estrela da noite. Os astrônomos Gregos sabiam, no entanto, que os dois nomes se referiam ao mesmo corpo. Heráclito até acreditava que Mercúrio e Vênus orbitavam o Sol, não a Terra.

Até 1962 pensava-se que o "dia" de Mercúrio tinha a mesma duração que o seu "ano", equivalendo a cerca de 88 dias terrestres, dado que mostrava sempre a sua face, tal como a

Lua faz com a Terra. Mas mostrou-se que era falso em 1965 por observações de radar. Sabe-se agora que Mercúrio gira três vezes em cada dois dos seus anos. As variações da temperatura em Mercúrio são das mais extremas do Sistema Solar, estando entre os -170°C e os 420°C. A temperatura de Vênus é ligeiramente mais quente, mas muito estável.

Mercúrio é em muitas maneiras similar à Lua: a sua superfície é pontilhada de crateras e muito antiga; não tem placas tectônicas. Por outro lado, Mercúrio é muito mais denso que a Lua. Mercúrio é o segundo corpo mais denso do Sistema Solar, depois da Terra. Na realidade, a densidade da Terra é devida em parte à sua compressão gravitacional; se não fosse por isso, Mercúrio seria mais denso que a Terra. Isto indica

que o denso núcleo de ferro de Mercúrio é relativamente maior que o da Terra, provavelmente constituindo a maioria do planeta. Sendo assim, Mercúrio tem apenas um manto e uma crosta muito finas. O interior de Mercúrio é dominado por um grande núcleo de ferro cujo raio varia entre os 1800 e os 1900 km. A camada exterior de sílica (análoga ao manto e crosta da Terra) tem apenas entre 500 e 600 km de espessura. Pelo menos uma parte do núcleo está derretido.

A superfície de Mercúrio exibe enormes escarpas, algumas com centenas de quilômetros de comprimento e quase três de altura. Algumas cortam através dos anéis das crateras e outras características geográficas são de tal forma que indicam que foram formadas por compressão. Estima-se que a superfície de Mercúrio foi encolhida em 0,1% (ou uma diminuição de 1 km no raio do planeta). Uma das maiores características da superfície de Mercúrio é a "Bacia Caloris", com cerca de 1550 km de diâmetro. Pensa-se que seja semelhante às grandes bacias (mares) da Lua. Tal como as bacias lunares, foram provavelmente criadas por um grande impacto no princípio da formação do Sistema Solar. Este impacto foi provavelmente responsável pelo terreno estranho exatamente no lado oposto do planeta. Em adição ao terreno cheio de crateras, Mercúrio tem também planícies relativamente planas. Algumas podem ser o resultado de antigas atividades vulcânicas, mas outras da deposição de material ejetado das crateras de impacto. Os dados enviados pela Mariner foram reavaliados e fornecem dados preliminares de vulcanismo recente em Mercúrio. Mas mais estudos

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precisam de ser efetuados para se ter confirmação. Surpreendentemente, observações efetuadas por radar mostram que o pólo Norte de Mercúrio (uma região não mapeada pela Mariner 10) mostra provas de gelo nas regiões protegidas pela sombra de algumas crateras.

Mercúrio tem um pequeno campo magnético cuja força é de cerca de 1% do da Terra.

Mercúrio não tem satélites conhecidos.

Dado que a Terra tem uma órbita exterior à de Mercúrio, a sua observação é muito difícil, pois surge sempre próximo do Sol no céu. Por vezes levanta-se antes do nascer do sol, por vezes põe-se depois do pôr do Sol, mas de tal forma próximo destes eventos que nunca é visível quando está realmente escuro. Por esta razão, os astrônomos nunca tinham tido uma boa visão de Mercúrio da Terra, mesmo com os grandes telescópios. Muitos astrônomos nunca viram Mercúrio (Copérnico no seu leito de morte lamentava-se que nunca havia visto Mercúrio).

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DATAS IMPORTANTES

1610 O astrônomo Galileu Galilei faz as primeiras observações telescópicas de Mercúrio. 1631 O astrônomo francês Pierre Gassendi faz as primeiras observações do trânsito de Mercúrio pela

face do Sol. 1639 O astrônomo italiano Giovanni Zupus descobre que Mercúrio tem fases, uma prova de que o

planeta orbita o Sol. 1641 O astrônomo alemão Johann Franz Encke faz a primeira determinação da massa de Mercúrio

usando o efeito da gravidade do cometa Encke. 1889 O astrônomo italiano Giovanni Schiaparelli produz o primeiro mapa das características da

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superfície de Mercúrio.

1965 Os rádio astrônomos americanos Gordon Pettengil e Rolf Dyce medem o período de rotação de Mercúrio, que se situa à volta de 59 dias.

1968 A Surveyor 7 tira as primeiras fotos de Mercúrio a partir da superfície lunar. 1974 A sonda Mariner 10 faz o seu primeiro vôo rasante a 705 km de Mercúrio.

1975 A sonda Mariner 10 faz o seu terceiro e último vôo rasante a 327 km de Mercúrio. 2008 A sonda MESSENGER completa o seu primeiro vôo rasante por Mercúrio.

2011-2013 A sonda MESSENGER entra em órbita de Mercúrio e leva cabo diversos estudos e mapeamentos do planeta.

VÊNUSVênus é o segundo planeta a contar do Sol e o sexto maior.

Vênus (Grécia: Afrodite; Babilônia: Ishtar) é a deusa do amor e da beleza. O planeta tem este nome provavelmente porque é o mais brilhante dos planetas conhecidos na Antiguidade (com algumas exceções, as características geográficas de Vênus têm nomes femininos).

Vênus é conhecido desde tempos pré-históricos. É o objeto natural mais brilhante do céu, além do Sol e da Lua. Tal como Mercúrio, pensava-se que eram dois corpos: Eosphorus como estrela da manhã e Hesperus como estrela da tarde, mas os astrônomos Gregos conheciam este fato (a aparição de Vênus como estrela da manhã é por vezes chamada de Lúcifer).

Dado que Vênus é um planeta interior, mostra fases quando observado com um telescópio a partir da perspectiva da Terra. A observação deste fenômeno por Galileu foi uma importante prova a favor da teoria heliocêntrica do Sistema Solar desenvolvida por Copérnico.

A primeira sonda a visitar Vênus foi a Mariner 2 em 1962. Foi subseqüentemente visitada por muitas outras (mais de 20 até agora), incluindo as famosas Pioneer Venus, a soviética Venera 7, a primeira sonda a aterrar em outro planeta e a Venera 9, que enviou as primeiras fotografias da superfície de Vênus. Mais recentemente, a sonda americana Magalhães produziu mapas detalhados da superfície de Vênus utilizando radar e atualmente a sonda Venus Express encontra-se a orbitar o planeta.

A rotação de Vênus é um pouco invulgar, pois é extremamente lenta (243 dias terrestres por cada dia em Vênus, um pouco maior que um ano venusiano) e retrógrada. Em adição, os períodos da rotação de Vênus e da sua órbita são sincronizadas, dado que apresenta sempre a mesma face em direção à Terra quando os dois planetas estão na sua maior aproximação.

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Vênus é por vezes tido como irmão da Terra. Em alguns aspectos são muito semelhantes:

Vênus é apenas um pouco menor que a Terra (95% do diâmetro da Terra, 80% da massa da Terra). Ambos têm poucas crateras, o que indica superfícies relativamente jovens. As suas densidades e composições químicas são similares.

Devido a estas semelhanças, pensou-se que por baixo das suas densas nuvens Vênus seria tal como a Terra e que até pudesse ter vida. Mas, infelizmente, estudos mais detalhados revelaram que em aspectos muito importantes é radicalmente diferente da Terra. Pode até ser o local menos hospitaleiro do Sistema Solar.

A pressão da atmosfera de Vênus à superfície é de 90 atmosferas (mais ou menos a mesma pressão que a uma profundidade de 1 km nos oceanos da Terra). É composta majoritariamente por dióxido de carbono. Existem camadas de nuvens com muitos quilômetros de espessura compostas por ácido sulfúrico. Estas nuvens tapam completamente a superfície do planeta. Esta densa atmosfera produz um grande efeito estufa que faz subir a temperatura à superfície acima dos 460°C (quente o suficiente para derreter chumbo). A superfície de Vênus é na realidade mais quente que a de Mercúrio, embora esteja quase ao dobro da sua distância do Sol.

Existem fortes ventos (350 km/h) nas nuvens superiores de Vênus, no entanto, próximo à superfície são muito lentos, não mais que uns poucos quilômetros por hora.

Vênus provavelmente teve grandes quantidades de água tal como a Terra, mas evaporou-se toda. É agora muito seco. A Terra sofreria também este destino se estivesse um pouco mais perto do Sol. Conseguiremos aprender muito mais sobre a Terra ao estudar o porquê de Vênus se ter tornado tão diferente.

A maioria da superfície de Vênus consiste de planícies suaves com pouco relevo. Existem também algumas extensas depressões: "Atalante Planitia", "Guinevere Planitia", "Lavinia Planitia". Existem duas grandes áreas de terras altas: "Ishtar Terra" no hemisfério Norte (com cerca do tamanho da Austrália) e "Aphrodite Terra" ao longo do equador (com mais ou menos o tamanho da América do Sul). O interior de Ishtar consiste sobre tudo de um elevado planalto, "Lakshmi Planum", que está rodeada pelas maiores montanhas de Vênus incluindo o enorme "Maxwell Montes".

Dados enviados pela sonda Magalhães mostram que muita da superfície de Vênus está coberta por correntes de lava. Existem alguns enormes vulcões (similares aos do Hawaii ou ao "Olympus Mons"), tal como "Sif Mons". Descobertas recentes indicam que Vênus está ainda vulcanicamente ativo, mas apenas em alguns pontos quentes; na sua maior parte do tempo tem estado relativamente calmo geologicamente nas últimas centenas de milhões de anos.

Não existem pequenas crateras em Vênus. Parece que os pequenos meteoros queimam-se na densa atmosfera de Vênus antes de atingir a superfície. As crateras em Vênus parecem surgir em grupos indicando que os grandes meteoros que atingem a superfície usualmente se partem na atmosfera.

Os terrenos mais antigos de Vênus parecem ter mais ou menos 800 milhões de anos. O extenso vulcanismo nessa altura limpou a superfície anterior incluindo grandes crateras que poderiam ter existido antigamente.

O interior de Vênus é provavelmente muito semelhante ao da Terra: um núcleo de ferro com um raio de cerca de 3000 km, um manto de rocha derretida, que parece ocupar a maioria do planeta. Dados recentes da Magalhães indicam que a crosta de

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Vênus é mais forte e densa do que se pensava. Como na Terra, a convecção no manto produz stress na superfície, que é aliviada em muitas regiões relativamente pequenas em vez de se concentrar nos limites das placas, como é o caso da Terra.

A ESA enviou uma sonda, de nome Venus Express, até Vênus, lançada em Outubro de 2005 e que está atualmente estudando o planeta.

Vênus não tem um campo magnético, talvez devido à sua lenta rotação e não tem satélites.

Vênus é freqüentemente visível a olho nu. Por vezes (erradamente) referido como sendo a "estrela da manhã" ou a "estrela da tarde", é de longe a "estrela" mais brilhante do céu.

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DATAS IMPORTANTES

1962 A sonda americana Mariner 2 passa por Vênus; verifica altas temperaturas.

1970 A soviética Venera 7 aterra suavemente em Vênus. 1972 A Venera 8 aterra em Vênus; transmite dados por volta de uma hora.

1974 A Mariner 10, a caminho de Mercúrio, passa por Vênus; pesquisa a circulação atmosférica global dentro do espectro visível e do ultravioleta.

1975 A Venera 9 envia as primeiras imagens da superfície de Vênus. 1978 A sonda americana Pioneer Venus Orbiter faz um mapa de radar de Vênus; a Pioneer Venus

Multiprobe envia 4 sondas através das nuvens venusianas. 1983 As Venera 15 e 16 enviam mapas de radar a alta-resolução e análises atmosféricas.

1984 As sondas soviéticas Vega 1 e 2 enviam landers e sondas-balões para Vênus a caminho do Cometa Halley.

1989 A sonda americana Magalhães foi lançada para Vênus. 1990-94 A Magalhães mapeia cerca de 98% da superfície de Vênus utilizando radar.

2004 Primeiro trânsito de Vênus pelo Sol observado desde 1882. 2006 A Venus Express alcança o seu alvo e começa a estudar Vênus.

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TERRAA Terra é o terceiro planeta a contar do Sol e o quinto maior.

É o único planeta cujo nome não deriva da mitologia Grega/Romana. O seu nome tem origem Inglesa e Germânica. Existem, claro, centenas de outros nomes em outras línguas. Na mitologia Romana, a deusa da Terra era Tellus - o solo fértil (Grécia: Gaia, terra mater - Mãe Terra). Foi só na altura de Copérnico (século XVI) que se compreendeu que a Terra é apenas mais um planeta.

A Terra, claro, pode ser estudada sem a ajuda de satélites. No entanto, foi só no século XX que tivemos mapas do planeta inteiro. Foram tiradas fotografias do espaço, com uma importância considerável; por exemplo, são uma enorme ajuda para a meteorologia. E são também extremamente bonitas.

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DATAS IMPORTANTES

1957 A sonda soviética Sputnik torna-se o primeiro satélite artificial da Terra.

1960 A NASA lança Tiros, o primeiro satélite meteorológico. 1968 A série de satélites GOES começa.

1972 A série de satélites Landsat começa a estudar as características dos terrenos do planeta. 1991 O UARS providencia provas que os químicos produzidos pelo Homem são responsáveis pelo buraco

do ozônio na Antártica. 1992 O satélite americano/francês TOPEX/Poseidon especifica as ligações entre os oceanos da Terra e o

clima. 1999 O satélite de observação Terra começa a estudar a mudança climática global.

2000 O Shuttle Radar Topography (SRTM) mapeia 80% da superfície da Terra com uma resolução de 30 metros.

MARTEMarte é o quarto planeta a contar do Sol e o sétimo em tamanho.

Marte (Grécia: Ares) é o deus da Guerra. O planeta provavelmente recebeu este nome devido à sua cor; é por vezes conhecido como o Planeta Vermelho (uma nota interessante: o deus Romano Marte era um deus da agricultura antes de se associar com o deus Grego Ares; aqueles que suportam a colonização e a terra-formação de Marte gostam deste simbolismo). O nome do mês Março deriva de Marte.

É conhecido desde tempos pré-históricos. Claro, tem sido extensamente estudado com telescópios terrestres. Mas até os maiores vêm em Marte um alvo difícil, é demasiado pequeno. É ainda o favorito dos escritores de ficção científica como o lugar mais favorável onde os humanos poderiam viver no Sistema Solar (além da Terra!).

A primeira sonda a visitar Marte foi a Mariner 4 em 1965. Outras se seguiram, tal como Marte 2 e as duas Vikings em 1976. Terminando um longo jejum de 20 anos, a Mars Pathinder conseguiu pousar com sucesso em Marte em 4 de Julho de 1997. Em 2004 os rovers "Spirit" e "Opportunity" pousaram em Marte, enviando dados geológicos e muitas imagens; a Opportunity ainda está em operação ao fim de mais de oito anos em Marte. Outras três sondas (Mars Odyssey, Mars Express e Mars Reconnaissance Orbiter) estão também atualmente em operação.

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Enquanto que a temperatura média de Marte é de cerca de -55 °C, as temperaturas à superfície variam entre os -133°C nos pólos no Inverno aos 27 °C de dia durante o Verão.

Embora Marte seja menor que a Terra, a sua área de superfície solida é aproximadamente igual à área da Terra. Tem dos mais variados e interessantes tipos de terrenos de qualquer dos planetas terrestres, alguns dos quais simplesmente espetaculares:

Olympus Mons: a maior montanha do Sistema Solar, subindo 24 km à volta da área circundante. A sua base mede mais de 500 km de diâmetro e está rodeada por um penhasco de 6 km de altura.

Tharsis: uma grande proeminência na superfície marciana com 4000 km de comprimento e 10 de largura.

Valles Marineris: um sistema de desfiladeiros com 4000 km de comprimento e 2 a 7 de profundidade.

Hellas Planitia: uma cratera de impacto no hemisfério sul com mais de 6 km de profundidade e 2000 em diâmetro.

Muita da superfície marciana é velha e pontilhada de crateras, mas existem também vales, montes e planícies mais jovens (nenhuma destas é visível em detalhe com telescópios, até mesmo o Hubble; toda a informação vem das sondas que enviamos a Marte). O hemisfério sul de Marte contém predominantemente antigas terras-altas com varias crateras, um pouco similares às da Lua. Em contraste, a maioria do hemisfério norte consiste de planícies muito mais jovens, baixas em elevação e que têm uma história muito mais complexa. Uma mudança de elevação abrupta com alguns quilômetros parece ocorrer na fronteira. A sonda espacial Mars Global Surveyor produziu um bom mapa 3D de Marte que mostra claramente estas características geográficas.

O interior de Marte é conhecido apenas por dedução a partir de dados acerca da superfície e pelas estatísticas do planeta. O cenário mais provável é ter um núcleo denso com cerca de 1700 km de raio, um manto rochoso derretido um pouco mais denso que o da Terra e uma crosta fina.

Dados da Mars Global Surveyor indicam que a crosta de Marte tem cerca de 80 km de espessura no hemisfério sul, mas apenas 35 km no norte. A baixa densidade de Marte quando comparada com os outros planetas terrestres indica que o seu núcleo provavelmente contém uma relativamente grande fração de enxofre, além de ferro (ferro e sulfureto de ferro).

Tal como Mercúrio e a Lua, Marte parece não ter placas tectônicas ativas no presente; não existem provas de movimento horizontal recente na superfície, tal como as montanhas dobradas tão comuns na Terra. Com nenhum movimento horizontal de placas, os "pontos quentes" debaixo da crosta ficam numa posição fixa relativamente à superfície. Isto, em conjunto com a baixa gravidade à superfície, pode explicar a existência da proeminência de Tharsis e os seus enormes vulcões. No entanto, não existem evidências de atividade vulcânica presente. Mas existem novos dados da Mars Global Surveyor que indicam que Marte possa ter tido atividade tectônica no seu passado recente, o que faz com que as comparações com a Terra sejam mais interessantes!

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Existe um claro indício de erosão em muitos lugares de Marte, incluindo grandes inundações e pequenos sistemas de rios. A uma dada altura no passado, houve claramente uma espécie de fluido na superfície. A água líquida parece ser a escolha mais óbvia, porem existem outras possibilidades. Poderiam até existir grandes lagos ou até oceanos; as provas que fortaleceram esta teoria foram providenciadas por imagens de terrenos com camadas tiradas pela Mars Global Surveyor e dos resultados mineralógicos do rover Opportunity. Mas parece que isto aconteceu apenas brevemente e há muito tempo atrás; a idade dos canais de erosão é estimada em cerca de 4 bilhões de anos (Valles Marineris NÃO foi criada a partir de água corrente. Foi formado a partir de esticões e falhas da crosta associadas com a criação da proeminência de Tharsis).

No princípio da sua existência, Marte era muito parecido com a Terra. E tal como a Terra, muito do seu dióxido de carbono foi usado para formar as rochas carbonácias. Mas ao contrário das placas tectônicas na Terra, Marte não consegue reciclar nenhum do seu CO2 para a atmosfera e por isso é incapaz de sustentar um efeito de estufa significativo. A superfície de Marte seria por isso, muito mais fria que a da Terra, se estivesse à mesma distância do Sol.

Marte tem uma atmosfera muito fina, composta principalmente por uma pequena quantidade de dióxido de carbono restante, nitrogênio, argônio e traços de oxigênio e água. No entanto, a sua atmosfera é espessa o suficiente para suportar ventos muito fortes e tempestades de areia vastas, que por vezes "tapam" o planeta inteiro e podem durar meses.

Marte tem calotas polares permanentes em ambos os pólos, compostas de gelo e dióxido de carbono sólido ("gelo seco") que são visíveis até com um pequeno telescópio. Estas exibem uma estrutura em camadas, em que alternam gelo e várias concentrações de pó negro. Quando é Verão no hemisfério Norte, o dióxido de carbono é completamente sublimado, deixando uma camada residual de gelo.

Recentes observações com o Telescópio Espacial Hubble revelaram que as condições durante as missões Viking poderiam não ter sido as normais. A atmosfera de Marte parece agora ser mais fria e seca do que as anteriormente medidas pelas Vikings.

As sondas Viking fizeram experiências para determinar a existência de vida em Marte. Os resultados foram algo abstrato, mas a maioria dos cientistas acredita agora que mostram nenhuma prova de vida em Marte (no entanto, ainda existe alguma controvérsia). Os otimista apontam que apenas duas pequenas amostras foram medidas e não dos locais mais favoráveis. Mais experiências irão ser feitas nas futuras missões a Marte.

Acredita-se que um pequeno número de meteoritos (os meteoritos SNC) são originários de Marte.

Em 6 de Agosto de 1996, David McKay e seus colegas anunciaram a primeira identificação de um composto orgânico num meteorito marciano (ALH84001). Os autores sugeriam ainda que estes compostos, em conjunção com um número de outras características mineralógicas observadas na rocha, poderiam ser evidência de antigos microrganismos marcianos.

Por mais excitante que isto pareça, é importante notar que enquanto estas provas são fortes, de modo algum estabelecem de fato a existência de vida extraterrestre. Têm existido também alguns estudos contraditórios publicados depois da tese de McKay. "Pretensões extraordinárias requerem provas extraordinárias". Muito trabalho permanece ainda por fazer antes que estejamos confiantes deste achado extraordinário.

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Existem alguns extensos, mas não globais, e fracos campos magnéticos em várias regiões de Marte. Esta descoberta inesperada foi feita a partir da Mars Global Surveyor apenas alguns dias depois de ter entrado na órbita de Marte. Existem provavelmente restos de um campo global mais antigo, que já desapareceu. Isto pode ter implicações importantes para a estrutura interior de Marte e para a história da sua atmosfera, bem como para a possibilidade de vida.

Quando se encontra no céu noturno, Marte é facilmente visível a olho nu. É um alvo difícil, mas reconfortante para os astrônomos amadores, embora que seja por apenas três ou quatro meses durante cada ano marciano, quando se encontra mais próximo da Terra. O seu tamanho aparente e brilho varia muito de acordo com a sua posição relativa em relação à Terra.

Marte tem dois pequenos satélites que orbitam muito perto da superfície marciana, Phobos e Deimos.

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1965 A sonda Mariner 4 tira as primeiras fotografias em aproximação durante o seu "flyby" de Marte.

1969 Os vôos rasantes da Mariner 6 e 7 resultam em imagens de alta-resolução da região equatorial e do hemisfério Sul.

1971 A Mariner 9 torna-se no primeiro satélite a orbitar outro planeta. 1973 A sonda soviética Mars 3 e Mars 5 tentam pela primeira vez aterrar em Marte.

1976 As sondas americanas Viking 1 e 2 orbitam Marte. AViking Lander 1 providencia as primeiras provas da ciência da sua superfície.

1996 O famoso micro fóssil é encontrado no meteorito marciano ALH84001. 1997 A Mars Pathfinder aterra em Marte. O Sojourner Roverexplora a área Ares Vallis durante três

meses. 1997- ? A Mars Global Surveyor mapeia a superfície de Marte a partir de órbita.

2004- ? As sondas Spirit e Opportunity investigam a superfície de Marte, em busca de antigos vestígios de água e vida.

2006- ? A Mars Reconnaissance Orbiter alcança a órbita de Marte. 2008 O lander Phoenix investiga a superfície de Marte e confirma a existência de água gelada.

2012 O rover Curiosity pousa em Marte e começa o estudo do planeta.