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06 - DIFERENÇA ENTRE ESPIRITISMO, UMBANDA E RELIGIÕES AFRO-INDÍGENAS Página 1 de 74 ÍNDICE Objetivo Da Aula...............................2 Reflexão.................................................................................................2 Assunto Abordado Pelo Dirigente.......................................................2 Bibliografia Principal...........................................................................2 Bibliografia Complementar.................................................................3 Entendendo O Espiritismo...................................................................4 Umbanda Não É Espiritismo...............................................................5 diferenças............................................................................... 5 Ritos, talismãs, pontos, vestimentas especiais e hierarquia sacerdotal...........................................................6 Trabalhos materiais, fluidos materializados.....................6 Hierarquia Espiritual.............................................................7 Mediunidade..........................................................................8 Semelhanças.......................................................................... 9 O que são caboclos, pretos-velhos, oferendas, etc, sob a ótica espírita?.......................................................................11 A Umbanda.........................................................................................17 Jesus e Oxalá na terra de Yurupari.................................... 17 O Alabê De Jerusalém - A Ópera......................................................18 O Alabê De Jerusalém - A Historia...................................................21 Religião De Umbanda........................................................................26 Al Thuraya – (Pregue o Evangelho em Todo Tempo. Se Precisar Use Palavras.)

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ÍNDICE

Objetivo Da Aula............................................................................2Reflexão.........................................................................................2Assunto Abordado Pelo Dirigente.................................................2Bibliografia Principal......................................................................2Bibliografia Complementar............................................................3Entendendo O Espiritismo.............................................................4Umbanda Não É Espiritismo..........................................................5

diferenças.........................................................................5Ritos, talismãs, pontos, vestimentas especiais e

hierarquia sacerdotal.......................................................6

Trabalhos materiais, fluidos materializados.....................6

Hierarquia Espiritual.........................................................7

Mediunidade....................................................................8

Semelhanças...................................................................9O que são caboclos, pretos-velhos, oferendas, etc, sob a

ótica espírita?.................................................................11

A Umbanda..................................................................................17Jesus e Oxalá na terra de Yurupari................................17

O Alabê De Jerusalém - A Ópera...............................................18O Alabê De Jerusalém - A Historia.............................................21Religião De Umbanda..................................................................26Diferenças Entre A Religião De Umbanda E A Religião De Candomblé..................................................................................31Religiões Afro-Indigenas Ou Afro-Brasileiras..............................48As religiões Afro-brasileiras.........................................................49

Candomblé.....................................................................50Umbanda ou Macumba, a “religião brasileira”...............52

Plano de Ideias nº 01...................................................................55

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OBJETIVO DA AULA

Estabelecer o conceito de Mediunismo

As Manifestações Espirituais ostensivas são o ponto em

comum entre Espiritismo e religiões afro-indígenas.

Reforças a noção de respeito pelas outras religiões que

propiciam a prática do bem e o conforto às pessoas.

REFLEXÃO

ASSUNTO ABORDADO PELO DIRIGENTE

Recepção E Recados

BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL

O Evangelho Segundo o Espiritismo –

(Allan Kardec)Capitulo

O Livro dos Espíritos – (Allan Kardec) Questões

Emmanuel(Emmanuel / F C Xavier) 25

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Iniciação Espírita (Diversos) – 5ª Edição

Editora Aliança5

Vivência do Espiritismo Religioso –

(Diversos) .

Guia do Discípulo – (Edgard Armond)

Guia do Aprendiz (Edgard Armond) 1 – 4 – 8 – 9 –

112

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

Mensagens e Instruções(Edgard

Armond)

Pagina 21 e

27

Falando ao Coração(Edgard Armond) 1 – 611

Na Semeadura II(Edgard Armond)

27 – 40 – 46 –

58 – 62 – 86 –

120 – 171 –

184 – 202 –

255257

Respondendo e Esclarecendo(Edgard

Armond)

43 – 56 – 201

– 261 –

264268

Verdades e Conceitos II – (Edgard

Armond)45

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ENTENDENDO O ESPIRITISMO

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UMBANDA NÃO É ESPIRITISMO

DIFERENÇAS.

Quais as principais diferenças entre a Umbanda e a Doutrina

Espírita, no que diz respeito a palestras, utilização de

instrumentos musicais, trajes, rituais, amuletos, imagens,

sacrifício de animais, comunicação com espíritos,

desenvolvimento da mediunidade, promessas de cura, passes,

serviço pago e gratuito, etc?

A doutrina de Umbanda foi originalmente criada pelos índios e

depois, com a imigração negra e, posteriormente, a imposição

religiosa católica, assumiu carácter sincrético, isto é, agregou em

seus princípios crenças africanas, vindas de várias seitasdas

quais várias variações do Candomblée, por impositivo da Igreja

Católica, cultuavam seus orixás com correspondência aos santos

católicos, para não serem reprimidos. Toda a doutrina de

Umbanda passou por várias adaptações locais e pessoais, por

não ser uma doutrina codificada.

A doutrina Espírita foi codificada na França do século XIX pelo

Prof. Denizard Rivail, também conhecido por Allan Kardec, mais

especificamente em 1857 com a primeira edição de O Livro dos

Espíritos. A Doutrina Espírita é uma filosofia científica de

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conseqüências religiosas, não sincrética e codificada, isto é,

contém nos livros das Obras Básicas toda a base doutrinária que

lhe é própria, sendo as demais obras complementares. Obras

básicas da codificação espírita: O Livro dos Espíritos, O

Evangelho Segundo o Espiritismo, O Livro dos Médiuns, A

Gênese, O Céu e o Inferno.

Só pela origem histórica e pelas características já é possível ver

uma diferença significativa entre as duas filosofias, mas

entraremos um pouco mais nos seus postulados para verificar

quais são as diferenças doutrinárias mais marcantes (embora

existam muitas).

Ritos, talismãs, pontos, vestimentas especiais e hierarquia sacerdotal

O Espiritismo não adota qualquer tipo de ritual, não adota

talismãs, não possui qualquer tipo de chamativo aos Espíritos

sob a forma de pontos e também, para nenhuma de suas

atividades, sejam elas quais forem, adota vestimentas especiais.

A Umbanda adota em seus princípios rituais próprios (giras,

festas, etc), talismãs (guias, pembas, etc), pontos riscados e

cantados, hierarquia sacerdotal (babalorixá, yalorixá, filho de

santo, ogã, etc) e vestimentas especiais (branco ou uniforme da

casa em questão).

Trabalhos materiais, fluidos materializados

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O Espiritismo não adota em suas práticas qualquer tipo de

oferenda ou trabalho material. Todas as manipulações fluídicas

são feitas pelos Espíritos, com o auxílio de médiuns passistas

quando se faz necessário, utilizando deles também os fluidos

animalizados, sem necessidade de trabalhos materiais.

A Umbanda adota em suas práticas o uso de oferendas e

trabalhos de ordem material. Além disso, propõe-se à

manipulação de fluidos pesados, materiais, nas práticas da

"magia branca". Tal é, no mais das vezes, a finalidade das

oferendas na Umbandaa manipulação desses fluidos.

Hierarquia Espiritual

O Espiritismo não adota qualquer tipo de divisão desse tipo.

Apenas mostra que os Espíritos são distintos por seu nível

intelectual e moral, ou seja, pelo maior ou menor conhecimento

das coisas e pela maior ou menor disposição em fazer o bem.

Não adota distinção entre "Falange X" ou "Falange Y",

simplesmente entre elevação espiritual que demonstra pertencer

por seu linguajar, sua postura e o conteúdo de sua mensagem.

Além disso, os Espíritos designam-se pelos nomes de suas

últimas encarnações ou os nomes que queiram, sem assumirem

"cargo" algum. O máximo que há é a assinatura das mensagens

como "Um amigo" ou "Um Espírito amigo da casa", etc.

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A Umbanda adota em suas crenças uma hierarquia dos Espíritos

dividida em 7 vibrações, regidas cada uma por um Orixá, e

subdividida cada uma delas em mais 7. Há uma caracterização

espiritual por "vibração" a que o Espírito diz pertencer. Além

disso, os Espíritos designam-se, normalmente, por nomes-chave,

que são, na realidade "cargos espirituais", como Pai Joaquim,

Vovó Maria Conga, Exu Pinga-Fogo, Ogum Beira-Mar, entre

outros tantos.

Mediunidade

O Espiritismo utiliza a mediunidade segundo uma óptica de

educação mediúnica, baseada principalmente no estudo

aprofundado e prévio de O Livro dos Médiuns. O processo de

treinamento mediúnico, na Casa Espírita, não é empírico, segue

as orientações de Allan Kardec e verifica-se por aulas mediúnicas

onde há uma acomodação gradativa do médium e este

acompanha com estudos relativos à mediunidade, para se tornar

mais consciente do trabalho que realiza. O Espiritismo trabalha

todas as formas de mediunidade, muito visivelmente a psicografia

e a psicofonia. Muito raramente é utilizada a psicopraxia.

Normalmente o Espírito só fala pelo médium, não há necessidade

que movimente seu corpo físico além da fala. Além de tudo isso,

a prática mediúnica espírita é sempre fechada a um grupo de

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pessoas que já tenham acumulado um mínimo estudo sobre os

fenômenos e, por isso, sejam mais capazes de compreendê-los.

A Umbanda utiliza a mediunidade de maneira empírica, por

assim dizer, na medida em que o "desenvolvimento mediúnico"

fica a cargo dos Espíritos comunicantes e do próprio médium,

seguindo uma "tradição" da casa. Além disso, utiliza-se quase

que em 100% do tempo da incorporação ou, no dito espírita, da

psicopraxia. Outras formas de mediunidade, como a psicografia,

a mediunidade de transporte, a mediunidade de efeitos físicos,

são bastante pouco utilizadas na Umbanda. Além de tudo isso, a

prática mediúnica é, em alguns casos, aberta ao público.

SEMELHANÇAS

Apesar de inúmeras diferenças, há entre o Espiritismo e a

Umbanda pequenas semelhanças, que, se não de forma

profunda, pelo menos de forma geral, existem:

Acreditam na sobrevivência do Espírito

São reencarnacionistas

Utilizam em suas práticas a mediunidade (embora de

formas distintas)

Reconhecem Jesus como o maior dos Espíritos que já

esteve na Terra (Oxalá é Jesus na Umbanda, e Orixalá ou Oxalá

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Maior é Deus, seu Pai) embora não haja na Umbanda um estudo

sobre o Evangelho.

Visam o trabalho para o bem

Difundem a prática da caridade como meio de elevação

espiritual

Além de tudo isso, cabe ainda ressaltar que, embora guardem

diferenças profundas, por seu objetivo comum da difusão do bem

e da paz e pelo uso da mediunidade, algumas vezes Espíritos

ligados à Umbanda auxiliam-nos nas práticas espirituais na Casa

Espírita, sendo recebidos como irmãos queridos, como todos

aqueles que se dedicam ao bem e ao amor.

Os Espíritos que se apresentam na Umbanda, seja qual for o

nome que carreguem, são Espíritos individuais como nós tiveram

um nome em sua última encarnação embora não se apresentem

com ele, têm dores, sofrimentos e angústias como todos nós.

São Espíritos, portanto, do nosso mesmo nível médio de

evolução. Cabe, no entanto, que façamos sempre a diferenciação

do seu nível evolutivo.

O que queremos dizer com isso?

O que o Espiritismo nos ensina é que os Espíritos são atraídos

pela Lei de Afinidade.

Em um grupo em que se preze pelo bem, pela caridade, pela

gentileza, pelo estudo, pela preocupação com as pessoas, que

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ensine aos médiuns a boa conduta da prece e da correção de

atitudes, logicamente Espíritos bem mais elevados se

aproximarão para o trabalho (mesmo que com os mesmos nomes

dos outros) veja o livro "Loucura e Obsessão" recomendado

abaixo.

Mas, de outro modo, em locais onde isso não haja, os Espíritos

que se apresentarão, sob os mesmos nomes, serão Espíritos

inferiores, brincalhões e por vezes perversos, quando não

somente ignorantes.

Falam com autoridade, mas sua postura moral não lhes dá essa

autoridade.

Não são capazes de seguir um raciocínio lógico, porque seu nível

intelectual não o alcança.

São, portanto, Espíritos inferiores.

Não importa o nome com que um Espírito se apresente, é

importante saber se aquela individualidade espiritual apresenta

elevação o suficiente pelas suas palavras, suas intenções, suas

orientações, sua sabedoria, mesmo que revestida de

simplicidade, como era Jesus.

O que são caboclos, pretos-velhos, oferendas, etc, sob a ótica espírita?

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- Todas essas denominações são parte de algumas filosofias

espiritualistas tais como Umbanda, Candomblé, Quimbanda, etc,

não da filosofia espírita.

O Espiritismo nos diz que os Espíritos só são divididos segundo o

seu nível evolutivo - intelectual e moral - e por isso se distinguem.

A cor, a raça, a profissão, o sexo, a cor do cabelo, o nome, a

brancura dos dentes, a lisura da pele, nada disso faz com que um

Espírito seja diferente do outro na ótica espírita.

Por isso o Espiritismo, embora reconheça, cientificamente, as

diferenças e particularidades raciais em termos de cultura, de

lutas coletivas históricas, etc, mostra-nos que cada Espírito é

uma individualidade, assexuada, sem cor, sem raça, que só se

distingue dos outros por sua elevação espiritual, por nada mais.

O Espiritismo respeita profundamente aqueles que, por qualquer

motivo, pensem diferentemente, mas não assume para si, pelas

questões acima, essa diferenciação.

Podemos recomendar um livro excepcional sobre o assunto.

Chama-se "Loucura e Obsessão", do Espírito Manoel Philomeno

de Miranda, psicografia do médium Divaldo Pereira Franco,

editora FEB. Nesse livro achará explicações preciosíssimas

sobre a visão de um Espírito do quilate de Manoel Philomeno e

Dr. Bezerra de Menezes sobre os trabalhos executados numa

casa de caridade afro-brasileira. É belíssimo.

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Vemos que nenhum carácter físico indica qualquer diferenciação

no plano espiritual em termos de evolução.

O que quer dizer isso? Há Espíritos de grande evolução que se

mostram como homens, mulheres; loiros, morenos, amarelos,

negros, mulatos, mamelucos, etc.

Há grupamentos espiritualistas que, por governar neles o

alcoolismo, a falta de estudos, a falta de trabalho no bem, etc,

logicamente os Espíritos que se apresentam serão simpáticos a

eles, ou seja, Espíritos inferiores.

Se apresentarão de acordo com suas crenças - Ogum, Iemanjá,

Pai Preto, Vovó, Criança, etc - mas serão Espíritos tão ignorantes

quanto o grupo chamou pela sua falta de disciplina.

Por outro lado - e sobre esses o livro que indicamos fala - há

grupamentos espiritualistas em que as entidades espirituais,

apresentando-se sob os mesmos nomes - para não lhes chocar a

crença ou mesmo por compartilharem dela - apresentam

comunicações úteis, boas e de rara beleza e sabedoria. Por

vezes falam de forma simples, com o linguajar típico, mas seu

conteúdo é puro, voltado ao bem.

Analisemos agora o fator das oferendas materiais. Da mesma

forma temos, em suma, dois grupos de Espíritos que pedem tais

oferendas - porque há grupamentos afro-brasileiros que não mais

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trabalham com oferendas materiais. Vamos analisá-los

separadamente, novamente, só que agora de ordem inversa.

Para ilustrar nossas colocações vamos contar a história de um

espírita que, quando moço, no romper de sua mediunidade, foi

levado a um terreiro de Umbanda e foi se consultar com um

preto-velho:

"Quando cheguei à casa, estava o médium incorporado sentado

e uma fila de pessoas para conversar com a entidade. Essa

entidade falava de uma forma bem típica dos escravos, dava

estalos como passes, recomendava que se acendesse uma vela

para fazer uma oração. Quando chegou a minha vez a voz dela

transmutou e me disse: 'Meu amigo, não preciso falar do jeito que

eu falo, fui um homem muito culto, muito instruído, mas durante o

período da escravidão estive aprendendo o amor, que para mim

foi a lição mais preciosa. Seu lugar, meu amigo, não é aqui. Você

precisa procurar uma Casa Espírita, tem um trabalho a fazer. E

quanto à sua pergunta, não, não é necessário que aquela

senhora acenda uma vela. Poderia ser um pedaço de papel ou

nada, mas se eu dissesse a ela: Ora, ela não vai orar. Se eu

disser: Acende uma vela e ora, ela vai orar, e a vela será

somente um dinheiro gasto por uma boa causa. Agora, meu filho,

vai em paz'. Saí do local sem dizer uma palavra e graças a essa

entidade, que até hoje me visita, pude estar com vocês hoje."

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Essa é uma pequena história verídica que ilustra o porquê alguns

Espíritos Superiores, trabalhadores de alguns grupamentos

sérios, indicam certos acompanhamentos materiais para as

pessoas - que não estariam preparadas ainda para desvincular-

se mentalmente dos objetos. O que temos visto é que - e isso é

dito no livro indicado - após algum tempo é dito à pessoa que o

que ela faz é desnecessário, recomendada a leitura da obra de

Kardec para desvincular o pensamento já preparado de tais

idéias materiais.

Vamos ao outro lado, que se subdivide em dois.

No caso de um Espírito que realmente acredita na oferenda

material. Não podemos deixar de citar que toda matéria tem

emanações fluídicas grosseiras que podem ser utilizados pelos

Espíritos. Tais fluidos são completamente captáveis na natureza

de maneira natural automática pelo pensamento dos Espíritos

Superiores que coadunam esse fluidos para se juntarem a outros

em processos de intervenção física, não necessitando para isso

que seja feita qualquer tipo de oferenda. Mas Espíritos ainda

imperfeitos utilizam-se de tais fluidos, porque não sabem

manipular outros, para uma intervenção física na matéria.

Logicamente essa intervenção acontece seguindo a Lei de Deus,

que contém a Lei de Afinidade Fluídica.

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Mais uma vez aqui vemos Espíritos bem e mal intencionados. Os

bem intencionados utilizam-se de tais fluidos - e recomendam tais

atitudes - porque realmente sua compreensão não lhes permite

alçar o âmbito do pensamento, mantendo-se vinculados à esfera

física. Utilizam-nos para o bem segundo o seu entendimento.

Os mal intencionados utilizam os fluidos para o mal. De tudo isso,

o que podemos concluir?

1) Nenhuma evidência física pode caracterizar a elevação

espiritual de um Espírito

2) Um pedido de oferenda material pode esconder por trás

uma série de intenções e uma série de circunstâncias

3) O Espiritismo mostra-nos que tais manipulações, na ótica

do Espírito, são completamente desnecessárias, mas respeita

aqueles que pensem diferentemente.

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A UMBANDA

Irmão!...

Medita demoradamente sobre a tua condição de ente humano, e

procura conhecer a razão de ser dos teus inúmeros sofrimentos.

Acompanha a evolução da mais perfeita ideologia religiosa, que é

a Umbanda, e verás que os teus temores se dissiparão. Quando

tomares conhecimento do mundo espiritual, os bondosos Orixás

te mostrarão a sublimidade das Leis Divinas, dando-te forças

para suportares, com a resignação dos fortes , os mais atrozes

padecimentos morais, materiais e espirituais.

Vem... A Umbanda redentora e amiga te espera!... -

(FONTENELLE, 1953, p. 9).

JESUS E OXALÁ NA TERRA DE YURUPARI

No fundo são misturas. Misturam-se as almas nas coisas;

misturam-se as coisas nas almas. Misturam-se as vidas, e é

assim que as pessoas e as coisas misturadas saem cada qual de

sua esfera e se misturam: o que é precisamente - o contrato e a

troca (MAUSS, 1974, p. 71).

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O ALABÊ DE JERUSALÉM - A ÓPERA

Sim, leitor. Uma ópera.

Uma ópera completa, linda e que conta uma história envolvente,

passada a dois mil anos atrás.

Alabê de Jerusalém foi encenada poucas vezes no Brasil. Mesmo

reunindo nomes de peso da MPB, como Elba Ramalho, Fafá de

Belém, Alcione, Lenine, Bibi Ferreira, Jorge Aragão e Ivan Lins,

entre outros, Altay não consegue patrocínio para levá-la

novamente a público.

Fafá de Belém disse que se Altay tivesse nascido norte-

americano, sua ópera seria um dos maiores sucessos da

Broadway. E ele estaria rico, muito rico. Como não é o caso,

Altay luta diariamente para conseguir o seu sustento e continua

na batalha para levar de volta aos palcos a sua grande obra.

Mas, deve estar se perguntando o nobre leitor: o que uma ópera

está fazendo num blog ambiental?

Respondo com um trechinho da ópera de Altay:

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Ah, meu Deus! Assisto com muita tristeza a pena da aspereza

dilacerando a beleza de uma linda sinfonia. A aguarrás de juizes,

ciumentos inflexíveis, descolorindo as matizes de uma linda

pintura, só porque não gostam da assinatura”

E vai com uma bailarina, com a inocência de menina, dançando

em volta do sol, a Grande Mãe Terra. Enquanto muitas nações,

governos, religiões ensaiam a dança da guerra.

Na verdade a bola azul quase nunca foi amada; é sempre

penalizada. Tem um trabalho enorme, dedicação e talento para

preparar a mistura, juntar os seus elementos para dar forma às

criaturas, e elas, depois de paridas, desconhecem a matriarca e

dizem, mal agradecidas: que a carne é fraca.

Olha, eu vou dizer na minha simples observação: dia após dia,

me perdoem a liberdade, mas religião de verdade, mais parecida

com a que Jesus queria, talvez seja sentimento de ecologia. Para

esse sentimento não tem fronteiras e só reza um mandamento:

preservação das espécies com urgência, sem adiamento.

Hoje, ela pensa nas plantas, nos rios, no mar, nos bichos.

Amanhã, com certeza, com a mesma dedicação e capricho,

pensará com muito cuidado nos meninos abandonados.

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Ah, se ela tivesse mais força para sustentar sua zanga, evitaria,

com certeza a fome cruel de Ruanda. Ainda era uma menina,

quando a impertinência sangrou, com a bola de fogo, a pobre

Hiroshima. Mas ela cresce, se instala como uma prece no

coração das crianças. Tenho muitas esperanças…

Eu tenho toda a certeza que nosso planeta um dia, mesmo

cansado, exausto, terá toda a garantia e guardado por uma

geração vigia, nunca mais verá a espada fria no Holocausto.

Alabê é uma exaltação a conservação da natureza e uma

tremenda lição de respeito a vida. Só por sua riqueza cultural já

merecia estar entre os materiais didáticos distribuídos pelo MEC

às escolas. A sua mensagem ambiental, importantíssima, só

reforça o seu valor.

Mas como quase tudo que presta nesse país, é relegada ao

esquecimento.

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O ALABÊ DE JERUSALÉM - A HISTORIA

Ogundana é um andarilho africano que viveu há dois mil anos,

contemporâneo de Jesus Cristo.

Ele sai da própria aldeia, em Ifé, Nigéria, aos doze anos e

atravessa todo o Norte da África, a pé, poucas vezes em

caravanas, até romper as fronteiras do continente e chegar a

Roma. Busca conhecer o mundo e encontrar a si mesmo.

A passagem pela África ocupa o primeiro quarto do livro e foi o

que mais me emocionou e interessou.

O tônus poético das cenas e cenários é de difícil tradução, resta

destacá-los para que os sentidos de quem lê este texto possam

se aproximar da magia de Ogundana, ao demonstrar, por

exemplo, a necessidade de desenvolver fina sintonia com o Orixá

de cada dia, como requisito para se tornar um Alabê, aquele que

cuida da música nos cultos Iorubás.

“Foi então, que na manhã seguinte, com realeza e requinte, na

casa dos instrumentos, recebi dos sacerdotes a empunhadura do

archote que ilumina os fundamentos, a orientação secreta pra

ficar em sintonia com o Orixá de cada dia, pra receber a energia

que cura, que alivia e neutraliza a magia fria dos maus

momentos.

Assim, ao som dos tambores, Xangô desceu de Aruanda

trazendo seus dois machados e os cruzou no meu peito, realizou

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os preceitos; e, então, já quase eleito um Alabê iniciado fui

levado em cortejo até a beira do rio.

E ao som dos cânticos sagrados, recebi a grande honraria: ser

portador de um colar, uma guia, que foi por Oxum batizada,

pertencer à hierarquia dos que vivem em sintonia com o raio que

Xangô envia rumo ao palácio das águas” (p.18).

Madiba, primo e melhor amigo de Ogundana vai ao encontro

dele, pois não o deixaria viajar sozinho rumo ao desconhecido

que ele, Madiba, também queria alcançar. Ogundana o define

como aquele que “trazia consigo, além da força dos destemidos,

a luz do sexto sentido que brilha nos olhos dos iniciados.”

Embora fosse um menino, assim como ele, inocente, Madiba “era

um sábio, tinha a intuição dos magos, a lucidez dos videntes”

(p.29).

Mas Madiba adoece parte, e o momento de sua passagem é

requintada reflexão de fé na existência do mundo espiritual e nas

razões que a razão desconhece. A dor de Ogundana é

dilacerante e a poesia gerada dessa dor nos ajuda a

compreender e superar nossas dores causadas por perdas:

“Conduzido pela dor, fui levado ao traiçoeiro reino da apatia.

Lá, sujeito às bruxarias silenciosas e à música furiosa daquele

mundo sombrio, caí no mais denso e frio estado de melancolia.

Não mais levantei os olhos para contemplar o firmamento; e, sem

o sábio aconselhamento das estrelas, distante da luminosidade

solar e do carinhoso olhar da lua cheia, cheguei a perder de vista

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o elo resplandecente da poderosa corrente que une os deuses da

minha aldeia.

Era como um açoite, a escuridão da noite, toda vez que ela

chegava. E eu sofria pesadelos, acordava assustado.

Ainda na inocência, confundia a luz da vidência com as trevas

dos maus presságios”(p.35).

Antes disso, a lucidez de Madiba diante da morte iminente,

impressiona.

“Ogundana, sinto muito, mas acho que chegou a hora. Minha

razão, já está em silêncio, não encontrou nenhuma resposta, e já

não faz nenhuma pergunta. Mas a tua, vai estar mais forte que

nunca, depois da minha partida, pode deixá-lo de costas pra luz

do seu espírito, e, te mergulhar em suas próprias sombras,

arruinar sua vida. A razão quase sempre zomba da percepção da

alma. Não aceite a hostilidade, segue em busca da verdade,

confia nas divindades, que com o tempo, ela se acalma” (p. 32 e

33).

Ainda em estado aflitivo, Ogundana prossegue a caminhada.

Sonha com um rei altivo e carinhoso, senhor de belo reinado que

lhe dá conselhos plenos de sabedoria: (...)

“Todos nós estamos sujeitos a cair nas armadilhas da tristeza.

Não percas a delicadeza, só ela traz a clareza quando a estrada

é sombria, mantém-te em vigília. Às vezes parece que tarda a

chegar o tempo das flores. Mas é que a natureza o guarda

porque sabe que os pintores, os que fabricam as cores, moram

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em outras estações. E por isso ela espera até que outros artistas

procurem-na e felizes lhe digam: “Querida mãe natureza, já

temos todos os matizes pra pintar sua primavera”” (p.37).

Uma das mais belas partes do livro vem logo a seguir, um diálogo

entre o rio Nilo e o deserto, feito por meio dos viajantes que

trazem a um, notícias do outro. Há também reflexões profundas

sobre a vida e a paixão, “uma nos joga na estrada e a outra em

algum lugar nos espera”, e, finalmente, sobre a difícil decisão de

persistir no caminho, de atender ao chamado da vida: “Hesitei,

não por me faltar coragem, mas o ritual de passagem de um

mundo conhecido pra outro tão longe de nossas raízes é um ato

violento.

Correu por dentro de mim como um raio, quase me levou ao

desmaio, uma assustadora sensação de saudade (...) Chorei.

Não como uma criança, mas como um homem que tem

esperança, um homem que acredita que a estrada ama os

caminheiros, que crê ser do mundo um passageiro e que não

deve descansar enquanto o corpo a alma puder levar ao

encontro de novos companheiros’ (p.53).

A partir daí, a poesia reinante se torna episódica.

Há mudanças no tom do texto, adota-se um coloquialismo

excessivo que destoa da elaborada linguagem anterior. O maior

mérito dos restantes três quartos do livro, a meu ver, é destacar a

simultaneidade da presença de Ogundana, um africano, ao

período de vida de Jesus Cristo na Galiléia. Ou seja, o autor

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mostra o intercruzamento de mundos que não eram estanques,

cujas fronteiras eram transpostas e ocorria o diálogo, mesmo que

entre estrangeiros, entenda-se, pessoas e culturas em

permanente estranhamento.

Ao final, uma grande surpresa, Ogundana não seria uma

personagem de ficção? Teria existido? Seria hoje uma entidade

espiritual, o “Alabê de Jerusalém”, que se comunica com os

humanos ancorado em uma plêiade de pretos velhos

resplandescentes?

Se assim for, pode ser “desculpada” uma ou outra incongruência

temporal da obra, por exemplo, o fato de uma personagem que

viveu há dois mil anos afrimar que não poderia deixar de adotar

um determinado comportamento “por conta de ideologia”. A

palavra ideologia sequer existia naquela época, é construção

política do século XVIII.

Mas é também um bom impasse literário, ou foi problema de

revisão, de falta de leitura crítica, ou solução de espírito

atemporal que vive em múltiplas eras e incorpora distintas

linguagens.

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RELIGIÃO DE UMBANDA

Estamos em pleno período de afirmação doutrinária da

Umbanda. Uma fase como esta não pode se restringir a negar

conceitos. Sabemos que na fase de expansão as grandes

discussões da Umbanda se prendiam à sua origem (Vedas,

Atlantis, Sumérios?) ou da origem do próprio vocábulo (védico,

sânscrito, celta?); essas buscas tinham o sentido de afirmar a

Umbanda não como uma religião brasileira, mas, sim, como

uma religião antiga, que voltava até nós, e por esse fato mais

confiável. Até no próprio Candomblé buscava-se fundamentos

para "fazer a Umbanda mais forte". No entanto, o período de

afirmação doutrinária iniciou-se, como vimos, com o abandono

de todas essas especulações e firmou-se naquilo cuja evidência

era irrefutável e estava bem à mão: a origem brasileira da

Umbanda. Hoje, portanto, para que sejamos consistentes com

esse início, não devemos ficar em afirmações áridas ou em

buscas desnecessárias.

A base filosófico - religiosa da Umbanda é, sem nenhuma

dúvida aquela pregada por Cristo. Antes de Jesus Cristo, os

Manuscritos do Mar Morto trouxeram isso à tona apesar da

oposição dos Judeus e da Igreja Católica Apostólica Romana,

comprovam que antes de Jesus Cristo, num período entre 500 e

200 anos a.C., vários líderes religiosos já apresentavam as bases

daquilo que posteriormente veio a configurar a religião cristã.

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Dentre eles, figura o então chamado Mestre da Retidão, líder

essênio, cujas orientações religiosas já adiantavam quase tudo o

que Jesus viria a dizer. Se isso é verdade, porque razão Cristo foi

quem marcou nosso mundo? Exatamente por sua missão

Crística. E esta missão foi tão forte, tão inconteste, que a filosofia

pregada por Cristo, do amor entre todos e de nossa filiação direta

a Deus, além de marcar uma Era, marcou o calendário e se

espalhou por todos os cantos do mundo. Do extremo oriente ao

ocidente, Cristo é hoje reconhecido como aquele que veio trazer

a mensagem do Pai. Assim, a Umbanda não deve temer o

assumir Jesus Cristo como seu maior orientador. Se buscarmos

em alguns pensadores cristãos suas bases filosófico-religiosas

veremos o quanto elas são compatíveis com a Umbanda,

inclusive no que concerne à definição dada pelo Caboclo das

Sete Encruzilhadas, ou seja, "A manifestação do Espírito para a

prática da caridade". Ao analisarmos com cuidado esses

escritores, religiosos ou laicos, veremos ainda o quanto foi

deturpada a mensagem que nos foi trazida por Jesus Cristo pelas

Igrejas que hoje se apresentam como exclusivas representantes

de Cristo. A esse argumento, somam-se outros de caráter

filosófico e histórico. O Caboclo das Sete Encruzilhadas sempre

afirmou a presença na Umbanda da filosofia cristã; sempre

utilizou-se do Evangelho como apoio de suas pregações;

enquanto o seu médium esteve vivo manteve a Umbanda dentro

de seus princípios incruentos. Já vimos em item anterior,

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algumas das razões pelas quais a Umbanda foi tão desfigurada.

Por isso, o período de afirmação doutrinária, deverá preocupar-se

pelo menos com três linhas de pensamento e atuação:

Primeira, é a afirmação dos princípios cristãos da Umbanda;

a segunda, é um processo de afirmação do seu rito, depurado de

todos atos que por essa mistura indesejada vieram a

descaracterizar a Umbanda, cabendo ressaltar que o que a obra

de Omolubá já nos trouxe em relação a essa parte da tarefa

significa, sem nenhuma dúvida o maior passo já dado pela nossa

Religião neste sentido; 

a terceira, é a manutenção do seu ritual de formação sacerdotal,

visando ordenar sacerdotes que se comprometam com as duas

primeiras vertentes.

No tocante à primeira, cabe executar um trabalho de avaliação

dos inúmeros livros com base na filosofia cristã para, após uma

acurada avaliação, termos assentadas as bases cristãs da

Umbanda. Aproveito para deixar aqui, alguns princípios que

acreditamos devam ser revistos.

Não se pode aceitar as interpretações que foram feitas de Cristo

e que conduzem a:

um Deus vingativo e punitivo;

inexistência da comunicação com as almas;

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o carma como punição divina;

a inexistência da reencarnação.

Alguns outros princípios devem ser discutidos e ampliados:

a autodeterminação (existência de "dois momentos" onde o ser

humano faz opções fundamentais a respeito de sua nova

existência na Terra) ; nossa ação como nossos próprios juizes,

após nossa morte física;

qual o caminho de evolução que a Umbanda aceita (centelha

divina, aperfeiçoamento até o nível de Devas?);

o que significa para a Umbanda o "Amai a Deus sobre todas as

coisas e ao próximo como a ti mesmo"?

dentro daquilo que pregava Cristo, e por conseqüência da

Umbanda, qual e onde está a visão holística do Homem.

Estas e outras questões devem ser buscadas tanto nos livros já

existentes como, se nos for consentido, através de comunicações

do Astral. Sabemos o quanto foi deturpada a pregação do Cristo;

sabemos também o quanto o poder temporal superou a pregação

da doutrina que nos foi trazida por Cristo, quando da formação da

Igreja Católica: sabemos ainda quantas "reformas" foram feitas

nos Evangelhos em nome do fortalecimento desta mesma Igreja;

sabemos ainda o quanto o Evangelho segundo o Espiritismo traz

no seu bojo a influência da comunicação de Almas que tiveram

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sua formação dentro do catolicismo; sabemos enfim que será

muito difícil esse processo de separação daquilo que foi

verdadeiramente trazido por Cristo, do joio do trigo. Mas temos

certeza que a Umbanda, sem nenhuma dúvida a religião que

menos se amarra a dogmas, terá a ajuda de seus guias e a sua

doutrinas aparecerá, limpa, transparente, libertadora e, por fim,

se afirmará doutrinariamente

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DIFERENÇAS ENTRE A RELIGIÃO DE UMBANDA E A RELIGIÃO DE

CANDOMBLÉ

O objetivo deste texto é, de maneira simples e direta, demonstrar

as diferenças existentes entre a Religião de Umbanda e a

Religião de Candomblé.

Umbanda e Candomblé são religiões extremamente distintas.

Claro, possuem alguns elementos em comum, como por exemplo

a devoção aos Orixás, o uso de miçangas e atabaques.

Entretanto, as diferenças são muito maiores do que as

semelhanças.

Ressalta-se, porém, que essas diferenças não impedem o

respeito que devemos ter com nossos irmãos Candomblecistas,

assim como devemos respeitar as demais religiões. E

começamos a respeita-los quando não usamos de seus

elementos sem fundamento, sem conhecimento e sem preparo.

Infelizmente vemos por aí pessoas que, por ignorância, acabam

colocando as duas religiões em um mesmo “panelão”,

desvirtuando, ao mesmo tempo, as duas crenças.

Umbanda e Cancomblé comparam-se ao Cristianismo e o

Islamismo. Possuem fundamentos, ritos, visões, interpretações

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completamente diferentes. É impossível imaginar um Imam

(sacerdote mulçumano) realizando um batismo em nome de

Jesus Cristo. Ou, ao revés, um padre católico reverenciando

Maomé. O mesmo se dá entre essas duas religiões afro-

brasileiras.

Não se imagina um Pai de Santo da Umbanda fazendo raspagem

e bori, dando iniciação no Candomblé a uma pessoa ou dando-

lhe o título de Babalorixá. Assim como é inimaginável (apesar de

existir casos, infelizmente), a realização de rituais de Candomblé

com “entidades” de Umbanda no comando, para uma suposta

iniciação na Umbanda.

Tais práticas são ultrajantes às duas religiões. As duas possuem

seus próprios fundamentos e ritos, não havendo qualquer

necessidade de serem mescladas.

As diferenças entre essas duas Religiões começam em sua base.

A Umbanda é uma religião brasileira, nascida em 1908, por meio

do Médium Zélio Fernandino de Moraes e de seu guia, o Caboclo

das 7 Encruzilhadas. É uma religião que, rompeu com o

Espiritismo, apesar de trazer ainda consigo alguns de seus

elementos, e absorveu também elementos das crenças

indígenas, católicas e africanas.

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O Candomblé, (apesar da forma com que conhecemos exista

apenas no Brasil), é oriundo da junção das nações trazidas da

África pelos escravos. Ou seja, tratam-se de cultos Africanos,

dedicados aos Orixás, Nkises e Voduns (Ketu, Angola e Jeje).

Dessa maneira, as cantigas, os rituais, as rezas e oferendas, são

as mesmas utilizadas pelos ancestrais africanos outrora.

A Umbanda trabalha com espíritos, os quais são chamados de

guias. São entidades que trabalham na energia do Orixá. São

falanges de Caboclos, Pretos-Velhos, Crianças, Baianos,

Boiadeiros, Ciganos, Marinheiros, Exus e Pombogiras. São essas

as entidades que comandam a gira, que realizam os amacis,

batismo, cruzamentos, etc. Além disso, tais entidades, dão

passes, realizam curas, descarregos, falam e se utilizam de

elementos como o fumo e o álcool.

No Candomblé não existe a manifestação de espíritos. Nessa

Religião, os espíritos são chamados de Eguns, e são excluídos

das chamadas rodas. (existem algumas casas que possuem o

fundamento de Baba Egungun, ritual onde se manifesta os

ancestrais). Todavia, o que se manifestas nas sessões de

Candomblé são as energias dos Orixás. Tais energias fazem com

que o iniciado, chamado de Iyaô entre em “transe”. Todavia, esse

“transe” é bem diferente da chamada incorporação existente na

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Umbanda. Além disso, o iniciado quando manifestado pelo Orixá

apenas dança seu ritmo. Não fala, não fuma, não bebe, não dá

consultas, etc. Apenas chega, reverencia seus Babas e dança

suas cantigas, nada mais.

Na Umbanda, os toques de atabaque são realizados com as

mãos e são acompanhados por cantos em português. Ora, se

nossas entidades falam o português, porque iremos chamá-las

em outras línguas? Seria no mínimo, uma falta de respeito! O

ponto cantado, nada mais é que uma oração cantada, devendo

ser cantado com todo o respeito, sabendo o por que de cada

palavra. São cantos de chamada, de reverência, de trabalho e de

subida.

No Candomblé, os toques variam de acordo com a nação. Se for

Ketu, os toques serão entoados com toques de varetas

(Aguidavi), acompanhados por cantigas no dialeto Yorubá, língua

daquelas divindades. Na nação Angola, o toque é realizado com

as mãos, acompanhada por cantigas no dialeto Bantu. Na nação

Jeje, os toques também são realizados com as mãos, e as

cantigas são feitas em um de seus dialetos (Axantis, Gans,

Agonis, Popós, Crus, etc.). São cantigas que fazem referencias

aos itans, ou seja, lendas sobre os Orixás, Nkises e Voduns.

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A Umbanda trabalha com 9 Orixás, os quais estão distribuídos na

chamada 7 Linhas de Umbanda. São eles: Oxalá, Ogum, Oxossi,

Xangô, Iemanjá, Oxum, Iansã, Nana Burukê e Obaluaê/Omulú.

Vale lembrar que na Umbanda não existe incorporação de

Orixás, mas sim, de espíritos e falangeiros que trabalham na sua

energia.

O Candomblé Ketu, reverencia no mínimo 16 Orixás, chegando

alguns há 21 e até 72 Orixás. Na nação Jeje e na Angola, os

Voduns e Nkises também passam de 20.

O Candomblé Ketu trabalha com as chamadas “qualidades” de

Orixás, como por exemplo, Oxalá que possui as qualidades de

Oxalufã (velho) e Oxaguiã (moço).

A Umbanda não possui qualidades de Orixás.

O Candomblé possui suas cores e interpretações para os Orixás.

A Umbanda possui outras cores e interpretações.

O sacerdote de Umbanda é chamado de Pai de Santo, Pai de

Terreiro, Cacique, ou simplesmente Dirigente.

O sacerdote de Candomblé é chamado de Babalorixá, alguns

possuem o título de Babalaô. As mulheres são chamadas de

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Yalorixá. Só posem utilizar esses títulos que de fato teve

iniciação no Candomblé e passou pelas raspagens, boris, etc.

Esses são apenas algumas das diferenças. Como se pode

perceber, as duas possuem uma estrutura, organização e rituais

completamente distintos. Por isso nós, Umbandistas, devemos

zelar pela pureza de nossa fé, evitando a introdução de

elementos que não condizem com nossa religião. Assim também,

os Candomblecistas, devem pregar a pureza de seu culto,

evitando a mesclagem indevida e o desvirtuamento do culto

milenar.

Para reforçar ainda mais as diferenças existentes entre essas

duas religiões, o Blog realizou uma entrevista com Babalorixá

Rafael d’Oxalufã.

Segue a entrevista:

1) Pai Rafael, antes de ingressar no Candomblé quais religiões

você freqüentou?

R: Catolicismo - Kardecismo - Umbanda - Candomblé.

2) Algumas dessas religiões possuem semelhanças com o

Candomblé? Em caso positivo, quais?

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R: Sim, principalmente o kardecismo e Umbanda, pois tem

filosofias parecidas.

3)Onde você realizou sua feitura?

R: Na cidade de Rio de Janeiro/RJ na casa da Iyalorixa Kita de

Oya

4) Com relação a Umbanda, na sua opinião, quais são as

principais diferenças existentes entre ela e o Candomblé?

R: Umbanda é um culto direcionado aos espíritos, ou seja, seres

que já viveram no mundo material e hoje retornam para cumprir

uma missão. Já o Candomblé é um culto às Divindades, aos

encantados que chamamos Orixás. São na verdade, forças da

natureza.

5) O que são e quais são as nações do Candomblé? Quais as

diferenças e semelhanças existentes entre elas?

R Nações significam de onde aquela raiz africana é provinda, de

que região da Àfrica veio, pois a Africa é um continente divido por

muitos dialetos e várias

culturas diferentes. As Nações mais comuns aqui no Brasil são

KETU, ANGOLA,

JEJE, AFON. A partir destas nações surgiram outras, mas estas

são as principais.

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6) Qual a sua nação?

R: KETU

7) Para o Candomblé, o que é um Orixá/Nkise/Vodun?

R: Orixa tem significado na própria palavra: ORI = CABEÇA

AXÉ = FORÇA

ORIXA = CABEÇA DE FORÇA. Na verdade Orixa, Vodum, Nkise

representam a mesma coisa, somente em línguas diferentes.

Orixá é um centro de força extraída da natureza e encaminhada

para nosso caminho. É um Deus, uma luz.

8) Quantos e quais Orixás são cultuados em sua nação?

R: Dentro da nossa nação são cultuados muitos Orixas, mas

podemos

aqui citar os 16 principais: ESHU, OGUN, ODÉ, OSSAIN,

LOGUNEDÉ,

OMULU, OSUMARE, SANGO, OXUM, OYA, EWÁ, OBÁ, NANÃ,

IROKO,

IYEMONJA, OSALA.

9) Todos esses Orixás que integram a panteão de sua nação,

podem ser tidos como Orixás da Umbanda?

R: Não. Não podem.

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10) A manifestação e o desenvolvimento mediúnico são as bases

da Umbanda. Pois é através da mediunidade de incorporação

que os espíritos deixam suas mensagens, dão seus avisos,

conselhos, realizam seus trabalhos, etc. No Candomblé, há

manifestação mediúnica? Em caso positivo, essa manifestação é

idêntica a que ocorre na Umbanda?

R: No Candomblé ocorre um transe, no qual somos de certa

forma

possuídos pela energia de nosso Orixá, mas esta manifestação é

bastante sutil, pois é apenas uma energia encantada.

Diferente da Umbanda, em que ocorre uma incorporação de um

espírito.

11) O Orixá que se manifesta no Iyaô durante a roda de

Candomblé é um espírito?

R: Não, trata-se apenas de uma vibração de seu Orixá.

12) Quando o Iyaô está manifestado pelo Orixá, ele age como as

entidades da Umbanda? (Fala, dá passe, risca ponto, bebe,

fuma, etc).

R: Não, apenas dança a seu ritmo batido no tambor. Beber e

fumar, por exemplo, são situação que nós humanos utilizamos,

os guias de umbanda por terem vividos neste mundo conhecem

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destas praticas, por isso quando estão incorporados fazem uso

desses elementos. Já os Orixás não, pois eles não tem esse

conhecimento. Se algum dia ver um Iyaô de Nação " em transe"

fumando ou bebendo, pode se ter a clara certeza que Orixa de

nação não esta ali e sim, o próprio Iyaô satisfazendo seu desejo.

13) Como são chamados os Espíritos no Candomblé? Eles

participam das rodas?

R: No Candomblé os espíritos são chamados Eguns. Os Eguns

tem um culto especifico chamado “Egungun”, que é realizado em

determinadas casas, onde eles são cultuados. Egun não participa

dentro da roda de Candomblé, ele apenas é tido como um

antepassado, ancestral, e por isso é respeitado.

14) O que é a iniciação no Candomblé?

R: Iniciação é um ritual em que a pessoa passa para poder

receber a energia de um Orisa.

15) Quando que o iniciado ganha o título de Babalorixá ou

Yalorixá? Quanto tempo leva suas obrigações até que esteja

“pronto”?

R: O iniciado se torna Babalorixa ou Iyalorixa quanto ele

completa 7 anos após ter sido iniciado dentro da religião, ou em

casos específicos, onde a pessoa tem uma missão especial e a

mando do próprio Orixá esse tempo é antecipado, mas mesmo

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assim, tem que ter passado pelo ritual da iniciação e ter pelo

menos 01 ano dentro da religião.

16) O que é Bori? A Umbanda também pode dar bori em uma

pessoa?

R: O bori, significa EBO = OFERENDA ORI = ORISA

RESPONSÁVEL PELA CABEÇA

Então, bori significa dar comida a orisa da cabeça.

A Umbanda não dá bori, pois não dá culto a ORI.

17) Qual a finalidade do jogo de búzios? Podem existir

fundamento de Ifá na Umbanda?

R: O jogo de búzios é meio que utilizamos para se comunicar

com os

Orixás. A Umbanda não possui fundamentos com Ifá, pois a

comunicação

se dá diretamente com os guias, quando estão incorporados.

18) Como são tocados os tambores na sua nação?

R: São tocados de acordo com cada orisa, pois cada um possui

seu

ritmo.

19) Qual o dialeto que é usado nas cantigas?

R: É utilizado o Yorubá

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20) Na sua opinião, pode existir Candomblé que tenha cantigas

em português, igual as da Umbanda?

R: Na Nação Angola, onde se cultua os Nkises, existe uma

“qualidade” de culto em que as cantigas e rezas são realizadas,

em grande parte, em português. Isso devido a colonização

portuguesa naquele país.

21) Seguindo a mesma linha de raciocínio, para você, há

fundamento para que terreiros de “Umbanda” cantem em dialeto?

R: Não. Não há nenhum fundamento, pois a Umbanda deve

louvar os guias

espirituais que trabalham naquele terreiro. Afinal os guias são

entidades

que se comunicam através da língua portuguesa, qual seria o

motivo de se cantar em outra língua?

22) Na sua opinião, é possível um terreiro “misturar” as duas

religiões, ora batendo para um, ora para outro? Ou pior, batendo

os dois ao mesmo tempo, com sessões com mesclam pontos em

dialetos e pontos em Yorubá?

R: Não, pois Umbanda e Candomblé são religiões muito

diferentes. Quem conhece

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destas religiões, jamais irá fazer qualquer tipo de mistura. Pois

Orixá, ser divino e encantado, jamais se manifesta onde tenha

Eguns (espíritos). Tratam-se de forças praticamente opostas.

23) Qual sua opinião acerca de terreiros em que o Pai/Mãe de

Santo é formado na Umbanda, mas, mesmo assim, realizam

raspagem, dá bori, canta em dialeto, introduz outros orixás, etc.?

Quais as conseqüências desses atos, espiritualmente falando?

(Tanto para o sacerdote, quanto para os filhos).

R: As conseqüências são muito grandes. Pois, a Umbanda tem

um segmento

muito diferente do Candomblé, afinal se o pai ou a mãe de santo

segue

Umbanda, deverá se ater aos rituais de Umbanda. Raspagem,

bori, etc

são rituais específicos do Candomblé, só podem utilizar-se deste

recurso

quem passou por ele e tem autonomia para executa-lo, afinal

para estes

rituais existem rezas e atos sagrados, que somente quem já

passou sabe.

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24) É possível alguém que nunca freqüentou efetivamente uma

roda de santo, formar uma pessoa no candomblé, dando-lhe,

inclusive, o título de Babalorixá ou Babalaô?

R: Jamais.

25) Qual a finalidade do Adjá? Quem pode utilizá-lo?

R: O Adjá é um instrumento sagrado, usado para chamar o Orixá.

Quem utiliza é o Baba

ou a Iya e os cargos femininos da casa.

26) Existe fundamento para se usar Adjá na Umbanda? Uma

entidade (caboclo, preto velho, baiano, etc.,) pode “bater” Adjá

para um Orixá?

R: Não, pois o adja é utilizado para chamar os encantados. A

Umbanda

possui seus próprios meios para invocar seus guias, tais como

sineta, palmas, etc.

27) Em sua nação é utilizado Pemba? Para quê?

R: Não

28) No Candomblé há pontos riscados?

R: Não

29) O que é um Erê?

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R: É uma manifestação de um ser infantil, que representa uma

alma

pura. É uma espécie de porta voz, mensageiro do Orixá. É por

meio do Erê que o Orixá manda seus recados ao Iyaô. Ele é

representado por uma criança, para demonstrar a inocência.

30) Há semelhanças entre o Erê e os chamados “Cosminhos” da

Umbanda?

R: Existe sim, uma pequena semelhança entre Erê e cosminho.

Ambas são entidades crianças. Todavia o Erê é incumbido de

representar o Orixá, pois como o Orixá é uma energia, então o

Erê que traz as mensagens, recados, etc., diferentemente dos

chamados “Cosminhos” ou crianças da Umbanda, que são

entidades como as demais.

31) O Exu do Candomblé é o mesmo Exu que se manifesta na

Umbanda?

R: Não, no Candomblé temos o Orixá Exu, que tem as mesmas

qualidades

de outro Orixá dentro do panteão, diferente da Umbanda , em

que o Exu é tido

como entidade da esquerda. O Exu é o mensageiro dos Orixás,

mas ele não

incorpora. Somente recebe as energias do Orixá Exu aquele que

é feito para

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ele.

32) Qual a serventia da Menga ou Ejé para o Candomblé? Quem

realiza a imolação?

R: O ejé dentro do nosso culto alimenta o Orixá, tornando a sua

energia mais

palpável e assim tornando ele pertencente ao nosso mundo. Pois

o Orixá é

uma energia que está na natureza. Após a pessoa passar pelo

ritual da iniciação

este Orixá se torna parte de nosso mundo físico, ele possui um

corpo, e precisa ter

energia física para poder se manter ao nosso lado e assim seguir

ao lado do seu

protegido na caminhada terrena. Quem faz a imolação é o Ogã

com um cargo

especifico chamado AXOGUN.

33) Na sua opinião, há fundamentos para imolação de animais,

inclusive de quatro patas, para Orixás dentro da Umbanda?

R: Na Umbanda não vejo necessidade, pois ao contrário do

Candomblé, os espíritos da Umbanda já passaram por este

mundo e estão se desvinculando dele e o ejé os aproxima mais

do mundo físico.

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34) Deixe sua mensagem final acerca da importância dos

fundamentos de cada religião e os perigos que existem em

misturá-las.

R: Toda religião possui seus encantos e belezas, mas para

podermos caminhar dentro

desta beleza e encanto é preciso saber, conhecer e caminhar

dentro daquilo que ela prega, sem mistificar ou denegrir. E o

fundamental de tudo, todas tem o mesmo objetivo, que é chegar

a DEUS e ajudar ao próximo.

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RELIGIÕES AFRO-INDIGENAS OU AFRO-BRASILEIRAS

Babaçuê Maranhão, Pará

Batuque Rio Grande do Sul

Cabula Espírito Santo, Minas Gerais e Rio

de Janeiro

Candomblé Em todos estados do Brasil

Culto aos Egungun Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo

Culto de Ifá Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo

Encantaria Maranhão, Piauí, Pará, Amazonas

Omoloko Rio de Janeiro, Minas Gerais, São

Paulo

Pajelança Piauí, Maranhão, Pará, Amazonas

Quimbanda Em todos estados do Brasil

Tambor-de-Mina Maranhão

Terecô Maranhão

Umbanda Em todos estados do Brasil

Xambá Alagoas, Pernambuco

Xangô do Nordeste Pernambuco

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AS RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS

As religiões afro-brasileiras são muito limitadas em número de

seguidores e popularidade se comparadas com as protestantes

ou a católica, porém são relevantes pelo seu significado, elas são

parte da nossa cultura.

Essas religiões surgiram por aqui no período final da escravidão,

quando os africanos daqui tiveram mais contato uns com os

outros, assim foi possível a sobrevivência de alguns costumes

africanos, inclusive grupos de culto.

Esse período foi o fim século XIX, quando a única religião

tolerada no Brasil era a católica. Mas como assim? É que os

escravos negros fingiam-se de católicos para uma melhor

aceitação na sociedade, inclusive participando de missas

católicas. Mesmo depois que o país foi proclamado República e

ainda hoje eles continuaram dizendo-se como tais pois até hoje

as religiões afro-brasileiras sofrem preconceito do mesmo jeito

que o negro sofre, além de perseguições de suas rivais: as

igrejas pentecostais. Por isso em estimativas e censos, essas

religiões aparecem com um reduzido número de seguidores se

comparado com o real.

Embora agora o país esteja num clima de liberdade religiosa, os

maiores disfarces de seguidores destas religiões são o

catolicismo e o espiritismo. O catolicismo denominava-as

inclusive “baixo-espiritismo” pois era importante que ela não

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estivesse vinculada a outras religiões que pudessem “denegri-la”

perante os possíveis novos seguidores. No entanto, lideranças

afro-brasileiras vêm empenhando-se na dessincretização das

religiões afro-brasileiras com outras, contribuindo para que elas

tenham uma maior identidade.

As religiões afro-brasileiras adotam nomes diferentes porque sua

formação deu-se em diferentes momentos históricos e

localização geográfica. Além do nome, suas diferenças incluem

rituais e versões mitológicas distintas que derivam de tradições

diversificadas.

Atualmente essas religiões são consideradas expressões

culturais da negritude e parte do Movimento Negro, embora o

número de brancos seja crescente incluindo até mesmo

descendentes de japoneses e coreanos que aderem ao

candomblé e a umbanda.

Referências Bibliográficas: Ref 1:

http://www.fflch.usp.br/sociologia/prandi/seguidor.doc

Ref 2: GAARDER, Jostein. O livro das Religiões com apêndice de

Antônio Flávio Pierucci. São Paulo: Companhia das Letras, 2001

CANDOMBLÉ

O Candomblé incorporou muitos elementos do Catolicismo pois

este já era apresentado na África para uma posterior conversão.

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Orixás são parecidos com Santos Católicos e o crucifixo também

foi incorporado. Nas senzalas, negros colocavam por baixo de

estátuas de santos os artefatos do candomblé. Porém, a Igreja

Católica o considera uma religião pagã e o condenou bruxaria.

O Candomblé já vigora desde o fim da escravatura em 1888 e

conta com seguidores de todas as classes sociais. Censos

recentes mostram que aproximadamente 3 milhões de brasileiros

declararam ser adeptos do candomblé, apesar de até 70 milhões

participarem de seus rituais, pois essa religião é entrelaçada com

outras (sincretismo religioso), ou seja, muitas pessoas de outras

religiosidades participam de seus cultos. Suas características

como festas, orixás e rituais são parte do folclore brasileiro.

Ele se caracteriza por sua mágica e seus rituais, fugindo a ética

catolicista. Ele não prioriza a salvação em outro mundo, mas sim,

a interferência de suas divindades (orixás) de um mundo

sobrenatural neste mundo. Sua base são práticas e rituais, regras

de comportamento, com um pluralismo de deuses não moralistas,

por isso é considerado uma religião aética (desprovida de

princípios éticos gerais ou um código de conduta geral).

As divindades do Candomblé são os orixás, personalidades

diferentes que se comportam de maneiras diversas, com

qualidades e defeitos (não são perfeitos como as divindades de

outras religiões monoteístas). Por meio do jogo de búzios, e dos

pais ou mães de santo, cada adepto se identifica com um orixá,

procurando imitá-lo à melhor maneira possível. Assim, o bem e o

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mal são definidos de modo diferente de orixá para orixá, não

sendo o mesmo para todos da religião. Os poderes e habilidades

de cada um e o modo e a área em que interferem nesse mundo

na vida de seus respectivos fiéis também muda entre eles. A

meta dos fiéis é se sentirem identificados com suas divindades,

adequando seu comportamento ao do orixá.

Na África, há em média 400 orixás, porém, no Brasil, pouco mais

de vinte foram registrados. Mesmo assim, tem rica série de

narrações míticas e elementos marcantes na cultura brasileira.

Sua prática ocorre em casas de candomblé registradas.

Referências Bibliográficas:

http://www.fflch.usp.br/sociologia/prandi/seguidor.doc

GAARDER, Jostein. O livro das Religiões com apêndice de

Antônio Flávio Pierucci. São Paulo: Companhia das Letras, 2001

UMBANDA OU MACUMBA, A “RELIGIÃO BRASILEIRA”

A umbanda é tida como uma religião afro pela maioria das

pessoas, mas apesar de suas raízes terem em parte vindo da

África, ela nasceu no Brasil, Rio de Janeiro (1920) e consiste em

uma mistura de características do catolicismo com religiões afro e

indígenas, cardecismo e pajelança. Mesmo advindo da fusão de

religiões de diferentes locais, a umbanda não possui nenhum tipo

de similar em lugar além do Brasil, pois foi só nele que se deu o

encontro de portugueses com espanhóis e africanos.

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Do catolicismo, veio a crença num Deus, do cardecismo, a

crença em entidades espirituais, das religiões afro a crença em

orixás e do indígena um chefe chamado caboclo que encarna o

espírito indígena. Mas a mensagem única é a caridade, a

humildade, a paz e o amor fraternal.

A umbanda ficou conhecida como “baixo espiritismo” porque seu

método de culto é a comunicação com os mortos, os espíritos

que se manifestam nos corpos dos vivos prestando caridade:

intercedem em sua saúde e evolução espiritual, a meta dos seus

praticantes.

Mas assim como crêem nos espíritos bons, admitem a crença

nos maus, daí surge a quimbanda, o lado oculto umbanda,

chamado bruxaria pois os espíritos invocados estão no último

degrau da evolução espiritual.

A meta da umbanda tem sido tornar-se universal, uma religião

para todos que não busca o reconhecimento de suas raízes

como africanas, ao contrário do candomblé, mostrando-se

multiétnica e declarando sua origem como brasileira. Inclusive

abandonou o uso da língua afro e práticas com morte de animais

e sangue. Pode-se verificar a sua prática da classe baixa a

classe alta da população, existindo casas de umbanda até

mesmo nos Estados Unidos. E ela tem se esforçado para

penetrar cada vez mais no povo abrindo seus braços e

oferecendo magia para todos.

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Referências Bibliográficas:

http://www.umbandabrasil.com.br/umbanda.asp

http://www.brasilfolclore.hpg.ig.com.br/umbanda.htm

GAARDER, Jostein. O livro das Religiões com apêndice de

Antônio Flávio Pierucci. São Paulo: Companhia das Letras, 2001

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PLANO DE IDEIAS Nº 01

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