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Directora: Raquel Louçã Silva | Segunda-feira, 7 de Dezembro de 2009 | N.º 153 | Quinzenal | Distribuição gratuita | www.mundouniversitario.pt » EXCLUSIVO MU INFORMAÇÕES SOBRE O REGRESSO DE DEAD TO RIGHTS, QUE PROMETE SER UM DOS GRANDES VIDEOJOGOS DE ACÇÃO DE 2010. PREPARADO PARA UM FRENÉTICO DRAMA POLICIAL? P.20 » TESTEMUNHOS DE PESO BOAVENTURA DE SOUSA SANTOS E ANTÓNIO CÂMARA, DUAS PERSONALIDADES ÍMPARES DO MEIO ACADÉMICO NACIONAL FALARAM AO MU. ELES SABEM COMO AS COISAS PODIAM ANDAR MELHOR. P.4 E P.6 ErasmuS Fazem Fila Para As RabanadaS A VIDA NÃO ESTÁ FÁCIL PARA NINGUÉM E PARA OS BOLSOS DOS ESTUDANTES NEM SE FALA. A KATELIJN (HOLANDESA), O CHRISTIAN (ITALIANO) E A ANDREA (CHECA) FORAM APANHADOS PELA ONDA DIFÍCIL DE QUE TANTO SE FALA E VÃO PASSAR UM NATAL INESQUECÍVEL: FICAM POR LISBOA ONDE ESTÃO A FAZER ERASMUS. A EXPERIÊNCIA VAI FICAR-LHES PARA A VIDA. P.12 PUBLICIDADE FOTO: MÓNICA MOITAS

» EXCLUSIVO MU - mundouniversitario.pt153.pdf · a katelijn (holandesa), o christian (italiano) e a andrea (CHECA) FORAM APANHADOS PELA ONDA DIFÍCIL DE QUE TANTO SE FALA E VÃO

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» TESTEMUNHOS DE PESO BOAVENTURA DE SOUSA SANTOS E ANTÓNIO CÂMARA, DUAS PERSONALIDADES ÍMPARES DO MEIO ACADÉMICO NACIONAL FALARAM AO MU. ELES SABEM COMO AS COISAS PODIAM ANDAR MELHOR. P.4 E P.6

ErasmuS Fazem Fila Para As RabanadaS

A VIDA NÃO ESTÁ FÁCIL PARA NINGUÉM E PARA OS BOLSOS DOS ESTUDANTES NEM SE FALA. A KATELIJN (HOLANDESA), O CHRISTIAN (ITALIANO) E A ANDREA (CHECA) FORAM APANHADOS PELA ONDA DIFÍCIL DE QUE TANTO SE FALA E VÃO PASSAR UM NATAL INESQUECÍVEL: FICAM POR LISBOA ONDE ESTÃO A FAZER ERASMUS. A EXPERIÊNCIA VAI FICAR-LHES PARA A VIDA. P.12

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Sumário

Edição 7 de Dezembro – 10 de Janeiro 2010

eDitoRiaL

Raquel Louçã Silva • [email protected]

ficHa TécNicA: Título registado no I.C.S. sob o n.º 124469 | Propriedade: Moving Media Publicações Lda | Empresa n.º 223575 | Matrícula n.º 10138 da C.R.C. de Lisboa | NIPC 507159861 | Conselho de Gerência: António Stilwell Zilhão; Francisco Pinto Barbosa; Gonçalo Sousa Uva | Directora: Raquel Louçã Silva | Redacção: Andreia Arenga | Colaboradores: Eliana Silva, Graziela Costa, João Tomé, Luís Magalhães, Magda Valente, Mónica Moitas, Ricardo Queirós, Shampo Decapante | Cronistas: Luís Franco-Bastos, Vasco Duarte | Projecto Gráfi ico: Joana Túlio | Paginação: Pedro Castro | Revisão: Catarina Poderoso | Marketing: Vanda Filipe | Publicidade: Margarida Rego (Directora Comercial); Francisco Sousa Coutinho (Senior Brand Activator) | Distribuição: Henrique Sanchez | Sede Redacção: Estrada da Outurela n.º 118 Parque Holanda Edifício Holanda 2790-114 Carnaxide | Tel: 21 420 13 50 | Tiragem: 35 000 | Periodicidade:Quinzenal |Distribuição: Gratuita | Impressão: Grafedisport; Morada: Casal Sta. Leopoldina – Queluz de Baixo 2745 Barcarena; ISSN 1646-1649.

Não me apetece fazer compras de Natal. Mas sei que na noite de 24 para 25 vai saber-me bem ver a carinha das ilustres pessoas que compõem o meu núcleo familiar a sorrirem à medida que rasgam os embrulhos. O Natal na minha família é divertido porque @s graúd@s deixam envolver-se e ficam de novo menin@s malandr@s – é comum pregarem-se partidas, contarem-se anedotas e histórias engraçadas, isto quando não nos dá para a cantoria. O que, dado o facto de ninguém primar pela afinação, se torna num quadro de riso.Às vezes tento imaginar um Natal longe deste luxo que é estar naquele núcleo e simplesmente não consigo. É por isso com muito interesse que convido à leitura das centrais desta edição. Nada mais nada menos do que as histórias de um trio de Erasmus que, por um motivo ou por outro, vão passar o Natal em Lisboa, uma cidade cujas ruas só conhecem há meia dúzia de meses. À excepção da rapariga holandesa, que conseguiu arrastar a família até cá, a checa e o italiano vão mesmo passar a época dos afectos por excelência longe da família mais chegada. Uma coisa é certa, nunca mais vão esquecer-se do bacalhau, das rabanadas e dos sonhos. Nesta última edição antes das férias, o mu orgu-lha-se ainda de te presentear com as declarações de Boaventura de Sousa Santos e António Câmara. Professores académicos e reputados investiga-dores cujas carreiras já cruzaram estradas além fronteiras e mereceram importantes distinções. Boaventura ainda não acredita que estejamos a formar investigador@s para competir em pé de igualdade com muitos países europeus. Câmara tem uma visão mais optimista do estado da inves-tigação nacional e acredita que quando se apren-der a fazer a ponte para as empresas, estamos na fila da frente. Bons motes para quem decide poder repensar as coisas para 2010. (Sr. Minis-tro Mariano Gago, recomenda-se a leitura deste jornal!) Muito importante: estudar, deitar sempre cedinho nestas férias e, já agora, fazer uma lista de desejos para 2010. Vai ser um ano em grande!

ESTUDAR E DEITAR CEDINHO

» PRÓXIMA EDIÇÃO: 11 DE JANEIRO DE 2010Está na hora de dizer ‘Adeus, voltamos em 2010!’ Passem um Feliz Natal, divirtam-se na passagem de ano e não se esqueçam de

aproveitar esta pausa para organizarem apontamentos e irem a correr fotocopiar o que vos falta. Na primeira edição de 2010 prome-temos ajudar-vos a estudar para que o fi nal do 1.º semestre corra sobre rodas.

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Imagem da Quinzena

A tuna Estudantina Universitária de Lisboa marcou presença na inauguração da venda de Natal da Liga Portuguesa Contra a Sida , que se realizou a 1 de Dezembro, Dia Mundial de Luta Contra o HIV. A loja Portuguesa Contra a Sida, assim se chama o espaço (Rua Nova do Almada, 55/57, Baixa de Lisboa), tem como objectivo divulgar a instituição e o trabalho que desenvolve, alertar para esta pandemia e angariar fundos. Boas compras!

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4 [7 DEZ 2009]

A Abrir

» UNIVERSIDADES QUEREM QUALIFICAR DESEMPREGADOSResponsáveis universitários nortenhos admitiram que o Ensino Superior da região tem pela frente, além da sua função clássica, o desafi o adicional de cooperar na formação de desempregados de baixa qualifi cação. Em causa estão sobretudo pessoas que a decadência do tecido industrial atirou para o desemprego na casa dos 40.

EXCELÊNCIA. SOCIÓLOGO BOAVENTURA DE SOUSA SANTOS RECONHECIDO NO ESTRANGEIRO

«As Universidades estão viciadas na gestão dos custos do papel higiénico»AO LONGO DESTE ANO, BOAVENTURA DE SOUSA SANTOS FOI DISTINGUIDO PELA ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE SOCIOLOGIA COM O PRÉMIO ADAM PODGÓRECKI E PELO GOVERNO BRASILEIRO. FALÁMOS COM O SOCIÓLOGO - QUE NESTE MOMENTO DESEMPENHA FUNÇÕES NA UNIVERSIDADE DE WISCONSIN - SOBRE ESTE RECONHECIMENTO E SOBRE O ESTADO DA INVESTIGAÇÃO E DO ENSINO SUPERIOR EM PORTUGAL.

Andreia [email protected]

Só este ano recebeu duas distinções. O que significam para si?

Nunca fazemos o nosso trabalho nem tomamos as nossas posições a pensar em prémios, mas quando eles vêm, somos fortalecidos na convicção de que valeu a pena. Sobretudo quando o reconhecimento vem do es-trangeiro porque, entre nós, a mediocridade, as rivalida-des provincianas, as invejas tornam, parodoxalmente, tudo mais difícil.

Em Outubro deste ano, a propósito dos dez anos da Implementação de Bo-lonha, disse que Portugal está a assistir a um «bran-queamento do Processo de Bolonha» e que Portugal é um dos piores exemplos na aplicação do modelo. O que está a falhar?

Está a falhar o investi-mento nas Universidades que torne possível o ensino mais inovador e personaliza-do, que dê aos estudantes e professores boas condições de trabalho e, aos últimos, mais tempo livre para in-vestigação e oportunidades de promoção na carreira; a falta de formação cosmopo-lita das elites que governam as nossas universidades, muitas vezes desactualiza-das, burocratizadas, pouco internacionalizadas, zelosas dos seus pequenos quintais (também chamados faculda-des e departamentos) e de-masiado viciadas na gestão dos custos do papel higiéni-co; um movimento estudan-til e universitário forte que reivindique mais democracia

e co-gestão nas nossas insti-tuições.

Continua a ser difícil fazer investigação em Portugal?

É hoje muito mais fácil do que era há anos em termos de recursos. É mais difícil em termos do tempo dispo-nível para a investigação.

Temos de aprofundar ainda muito mais a internaciona-lização dos investigadores e ganharmos dimensão insti-tucional e peso político que nos permita concorrer em boas condições aos projec-tos europeus.

Muitos estudantes, e até

alguns reitores, consideram que se tem investido mais na Ciência do que no Ensino Superior propriamente dito. Concorda?

Concordo.

De acordo com dados pu-blicados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino

Superior, cerca de 62% dos desempregados são licen-ciados...

É errado centrar todo o ensino universitário na sua necessidade de responder às supostas necessidades do mercado. Devemos investir na educação e na aplicação de conhecimento em todas as esferas da vida social e todos os níveis de governa-ção. Se investirmos numa so-ciedade verdadeiramente de conhecimento e não numa economia de conhecimento, as oportunidades para os jovens investigadores surgi-rão.

Como vê a continuação de Mariano Gago no Ministé-rio da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior?

Vejo muito bem, desde que ele neste mandato dedi-que tanta atenção à Univer-sidade como tem dedicado à investigação, um esforço notável de que os resultados são já visíveis.

Tem trabalhado de perto com algumas universidades brasileiras, nomeadamente com a Universidade Federal de Minas Gerais. Como é o ensino da Ciência e da In-vestigação no Brasil?

O Brasil dedica muito mais dinheiro à investigação. Tem uma elite gestora do sistema de investigação altamente eficiente. Não permite que nenhum grupo ou escola se aproprie da gestão dos cri-térios de excelência. Tem uma visão estratégica da in-ternacionalização. Tem feito um investimento notável na universidade pública que se repercute em maior exigên-cia de investigação por parte dos professores.

+ -» FALTA AUTONOMIA ÀS UNIVERSIDADES EUROPEIAS A conclusão é de um estudo divulgado em Bruxelas, pela Associação Euro-peia de Universidades que recolheu contributos de 34 conferências de rei-tores, incluindo de Portugal. O estudo abrange os sistemas dos 27 Estados--membros da União Europeia e foi dividido em quatro áreas de autonomia: organizacional, fi nanceira, de recursos humanos e académica.

PERFILBoaventura de Sousa Santos é Professor Catedrático da Facul-dade de Economia da Universidade de Coim-bra, Distinguished Legal Scholar da Faculdade de Direito da Universidade de Wisconsin-Madison e Global Legal Scholar da Universidade de Warwick. É Director do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, Director do Centro de Documen-tação 25 de Abril da mesma Universidade e Coordenador Cien-tífi co do Observatório Permanente da Justiça Portuguesa. Tem publi-cado diversos trabalhos sobre globalização, sociologia do direito, epistemologia, democra-cia e direitos humanos, traduzidos em espanhol, inglês, italiano, francês e alemão.

DISTINÇÕES

PRÉMIO ADAM PODGÓRECKITrata-se da mais eleva-da distinção atribuída na área da sociologia jurídi-ca. O prémio, criado em 2004, distingue alterna-damente investigadores de elevado mérito cien-tífi co e jovens investiga-dores, sendo a primeira vez que é atribuído a um investigador português.

GRAN-CRUZ DA ORDEM DO MÉRITO CULTURALCriada em 1995, a Or-dem do Mérito Cultural é a mais alta comenda do governo brasileiro atribuída a personali-dades e instituições que se destacam pelas suas contribuições à Cultura brasileira e mundial. Ao longo de 14 anos, a Ordem do Mérito Cultural foi atribuída a várias personalidades de renome brasileiras e estrangeiras.

Boaventura de Sousa Santos foi distinguido em 2009 com dois importantes prémios internacionais

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Campus

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» SOFTWARE PORTUGUÊS AJUDA DESEMPREGADOS ESPANHÓIS Primavera Express, o software de gestão comercial gratuito da multinacional por-tuguesa Primavera, está a ser utilizado em Espanha para a formação profi ssional de desempregados. O projecto de formação Géstion Operativa Financiera, apoia-do pela Cáritas Espanha, surgiu da iniciativa individual com o objectivo de alargar o leque de novas oportunidades para os desempregados da região de Madrid.

+ +» REDE SOCIAL PARA ESTUDANTES DE INTERCÂMBIO São já mais de 5500 os utilizadores da Erasmusu.com, uma rede social a nível internacional para estudantes de intercâmbio de todo o tipo (Erasmus, ISEP, Leonardo da Vinci, Faro, Argo, entre outros). A rede foi criada este ano por quatro jovens espanhóis. Explora em http://www.erasmusu.com

PRESIDENTE MIT RECEBE HONORIS CAUSA A presidente do Massachusetts Institute of Technology (MIT), Susan Hockfi eld, foi distin-guida, quarta-feira, dia 25 de Novembro, na Academia das Ciências de Lisboa, com um doutoramento ‘honoris causa’ conferido, de forma inédita em Portugal, por três universida-des portuguesas. A distinção de Susan Hockfi eld pelas Uni-versidades do Porto, Técnica de Lisboa, e Nova de Lisboa, sublinha o papel fundamental que o Programa MIT-Portugal está a desempenhar na dinami-zação da cooperação em rede entre universidades e centros de investigação. A ideia central é a criação de massa crítica em torno de grandes objectivos estratégicos, incluindo o da internacionalização das univer-sidades portuguesas.

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6 [7 DEZ 2009]

Campus

CRIATIVIDADE. ANTÓNIO CÂMARA LANÇA LIVRO EM QUE FALA DE UMA NOVA UNIVERSIDADE E DA IMPORTÂNCIA DO EMPREENDEDORISMO

«Se eu fosse ministro criava bolsas de empreendedorismo»FOI NO TÉNIS, E NÃO NA UNIVERSIDADE, QUE ADQUIRIU OS VALORES MAIS IMPORTANTES ENQUANTO PESSOA E PROFISSIONAL. NO LANÇAMENTO DO LIVRO ‘O FUTURO INVENTA-SE’ DEU MESMO UMA AULA RELÂMPAGO DE TÉNIS EM QUE FAZIA A LIGAÇÃO ENTRE OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DA MODALIDADE E A UNIVERSIDADE. É QUE ANTÓNIO CÂMARA, PROFESSOR DA UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA E CEO DA YDREAMS, ACREDITA QUE SER PROFESSOR É MUITO SEMELHANTE A SER UM TREINADOR. FALÁMOS COM ELE NAS INSTALAÇÕES DA INOVADORA YDREAMS NO CAMPUS DA FCT.

Andreia [email protected]

Foi com o Ténis que adquiriu grande parte dos valores que o acompanharam para a vida. A Universidade não deveria ser um espaço onde se trans-mitem esses valores e onde há uma ligação entre a vida e o conhecimento?

Sem dúvida. Eu acho que aprendi muito mais a jogar té-nis ao mais alto nível do que na Universidade. Percebi qual era a diferença entre tentar ser o melhor do Mundo e ser sim-plesmente medíocre como eu era (risos). E a diferença tinha muito a ver com a disciplina, o esforço, a paixão, o orgulho imenso. Aquilo que se passa no Ténis, passa-se na carreira. Nós temos que ter todas as compo-nentes que nos defi nem como jogadores ou como pessoas e como profi ssionais, ao mais alto nível (a componente física, psicológica, técnica).

Grande parte dos estudantes hoje em dia sai das unive-sidades e depara-se com o desemprego. Enquanto pro-fessor, como é que encoraja os seus alunos a ultrapassar este problema?

Na Universidade Nova ti-vémos sempre uma atitude muito proactiva em relação ao desemprego dos estudantes e sempre os ajudámos a seguir uma de três vias: enviá-los para as melhores universidades do Mundo para continuarem a sua educação e começarem a sua carreira ao mais alto nível; ten-tar arranjar-lhes um emprego e encorajando aqueles que querem ser empreendedores a criarem empresas. Acho que esse tem sido um factor distin-

tivo do nosso departamento e do centro de investigação jus-tamente porque nos preocupá-mos sempre com o futuro dos estudantes. Os estudantes têm que ter uma atitude proactiva e os mais bem sucedidos são aqueles que quase desde o pri-meiro ano começam a pensar que um dia têm que arranjar um emprego ou têm que ter um percurso e começam-se a preparar para isso. Fazer está-gios no Verão, contactar com as empresas.

O António vem de uma famí-lia de homens e mulheres que sempre tiveram uma visão mais à frente do seu tempo. De certa forma, essa heran-ça permitiu-lhe um contacto privilegiado com outras rea-lidades.

Sim, eu fui sempre um privi-legiado, e os meus familiares também eram todos eles pri-vilegiados. Mas o que mais ad-miro nos meus familiares, foi a

coragem de sempre dizerem o que pensam e eu tento manter essa tradição. Na minha Univer-sidade sempre fui o mais crítico possível e durante muitos anos lembro-me de falar e de as pes-soas acharem que eu vinha de Marte (risos).

No livro fala da emergência de uma nova Universidade. Como a define?

A nova Universidade tem que começar com pessoas no-vas e um ponto fundamental é contratar professores jovens. A maior parte dos departamen-tos universitários em Portugal tem uma média de idades su-perior a 40 anos. Isso é dra-mático! É preciso sangue novo. Depois é preciso haver meios fi nanceiros para fazer algumas transformações e tem que ha-ver uma mudança de gestão. Há uma necessidade de criar novas formas de angariar di-nheiro. Toda a gestão e marke-ting da Universidade tem que

se profi ssionalizar, tem que mudar e com objectivos muito mais ambiciosos do que tem.

A implementação do Processo de Bolonha nas Universidades actualmente, marca o início dessa nova Universidade?

Eu acho que a adopção das universidades portuguesas ao Processo de Bolonha se resu-miu a tentar respeitar os requi-sitos e as obrigações tentando manter tudo igual. O espírito de Bolonha que existe tradi-cionalmente na Universidade portuguesa é aquele em que há um estudante e 300 alunos, em que há as aulas práticas, os exa-mes, as frequências e toda essa treta! E o verdadeiro espírito de Bolonha é muito mais próximo ao das melhores universidades mundiais em que as pessoas trabalham todos os dias, têm muito menos aulas, têm que desenvolver trabalhos, criam autonomia. O professor é um treinador quase, é um tutor em

pequena escala. E nisso esta-mos muito longe, esse espírito não foi conseguido.

Como vê o trabalho que Ma-riano Gago tem desenvolvido enquanto ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior?

Ele em 86 teve um trabalho determinante porque elevou o orçamento que existia para in-vestigação. Hoje, em termos de produção científi ca, estamos muito próximos da média eu-ropeia e provavelmente vamos ultrapassá-la. E eu acho que a principal pessoa e o principal artífi ce desta mudança foi o Mariano Gago. Ele normalizou a ciência portuguesa, deu-lhe padrões de avaliação inter-nacional, criou centros de in-vestigação, uma estrutura. No último mandato, criou as ba-ses para haver uma reforma profunda na Universidade que está em curso. Em geral, acho que o trabalho dele foi incri-velmente positivo e que o País lhe deve imenso. Mas ainda há um longo caminho a fazer e não depende só dele. Depende muito mais das Universidades e dos investigadores muda-rem e abrirem-se ao mundo e às empresas. Neste momento, isso não acontece e eu não acho que seja por culpa do Governo. É algo cultural. É uma aventura, se uma pessoa é bem sucedida é óptimo, mas eu percebo que poucas pessoas criem empre-sas. É difi cílimo. Qualquer em-presa vive no perigo de fechar. Eu só criei a empresa aos 45 anos porque sentia que na Universi-dade nunca ia a lado nenhum com o que estávamos a fazer. Mas se eu fosse ministro ar-ranjava uma medida que era criar bolsas de empreendedo-rismo.

O QUE É A YDREAMS?É uma empresa de raiz universitária que se de-dica à criação de aplica-ções de interactividade e actua globalmente nas áreas de entretenimen-to, educação, ambiente e cultura. Desenvolveu até ao momento cerca de 600 projectos em 25 países do Mundo. Os seus empregados têm todos idades abaixo dos 31 anos e a empresa fi ca situada no Cam-pus da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e tem sedes em Nova Iorque, Montreal e Barcelona.

PERFIL DE ANTÓNIO CÂMARA:

Licenciou-se em Enge-nharia Civil no Instituto Superior Técnico em 1977. Doutorou-se em Engenharia de Sistemas Ambientais em Virginia Tech, nos EUA. Foi Post--Doctoral Associate no Massachussets Institute of Technology (MIT) em 1983, e professor convidado em Virginia Tech, Cornell University e MIT. Tem mais de 150 publicações internacio-nais. Fundou a YDreams em Junho de 2000, onde ocupa o cargo de Chief Executive Offi cer (CEO). Foi distinguido como um dos principais empre-endedores de PMEs na União Europeia em Maio de 2009. A nível nacio-nal, foram-lhe atribuí-dos diversos prémios, entre os quais o Prémio Pessoa em 2006. Foi condecorado como Grande Ofi cial pelo Presidente da República no mesmo ano.

» PORTUGAL É O PAÍS IBÉRICO QUE MAIS INVESTE EM CIÊNCIAPortugal é o país da Comunidade Ibero-Americana que investe maior percentagem do PIB em Ciência e Tecnologia, tendo melhores indicadores nesta área do que os Estados-membros da América Latina e estando ao nível da Espanha, em termos gerais.

» UNIVERSIDADES DESCONTENTES COM CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃOOs ministros europeus da Educação estão «escaldados» com as classifi cações internacionais das Universidades muito mediatizadas, mas muitas vezes rudimentares, noticiou a Lusa. A classifi cação académica das Universidades mundiais baseia-se numa lista restrita de critérios: o número de publicações nas revistas científi cas e o número de prémios Nobel atribuídos aos alunos.

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António Câmara, entre autógrafos, durante o lançamento do livro 'O Futuro Inventa-se'

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8 [7 DEZ 2009]

Emprego & Formação

FORMAÇÃO. ESCOLA SUPERIOR DE BIOTECNOLOGIA DO PORTO CRIA CURSOS DE SUSTENTABILIDADE

Eles Querem Mudar o MundoA ACADEMIA METROPOLITANA DA SUSTENTABILIDADE É UMA INICIATIVA DO CENTRO REGIONAL DE EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (CRE-PORTO) DA ÁREA METROPOLITANA DO PORTO (AMP) E DA ESCOLA SUPERIOR DE BIOTECNOLOGIA DO PORTO. DESTINA-SE A TODOS OS CIDADÃOS QUE QUEREM MUDAR O MUNDO.

Andreia [email protected]

De onde vem a água da

torneira? O que acontece aos resíduos do meu saco? Como posso reduzir a factura de electricidade? São algumas das perguntas a que estes cursos de curta duração, em regime pós-laboral, vão pro-curar responder. Começam a 11 deste mês.

APRENDER A SER SUSTENTÁVEL

Com uma forte componente prática, as acções vão decor-rer em equipamentos de edu-cação para a sustentabilidade da AMP. «Nós temos consciên-cia que as pessoas estão sen-sibilizadas para as questões ambientais, mas muitas vezes não sabem na prática o que fazer. Por isso a ideia é lançar este tipo de cursos muito prá-ticos para que, no dia-a-dia, se adoptem comportamentos mais recomendáveis e no fun-do se crie um movimento de cidadania sustentável para que os cidadãos possam ser portadores desta mensa-gem», explica Pedro Macedo, responsável pelo projecto.

EMBAIXADOR DA SUSTENTABILIDADE

Ao participar nestes cursos,

os cidadãos de todas as idades acumulam conhecimentos e podem tornar-se em Embai-xadores da Sustentabilidade. Mas o que é isso de ser um Embaixador da Sustentabili-dade? «A este movimento que queremos criar, chamámos Embaixadores da Susten-tabilidade e vamos colocar um embaixador por área na região. A primeira acção a realizar neste âmbito são os Embaixadores do Clima e para isso as pessoas devem partici-par numa série de actividades propostas. Neste caso, será uma mesa redonda num de-bate com especialistas sobre o tema e depois temos várias ofi cinas práticas.»

Algumas das actividades previstas no roteiro de forma-ção em Energia e Alterações Climáticas incluem uma visita à Casa Solar (arquitectura bio-climática e painéis solares), a produção de biodiesel, a cons-trução de fornos solares, um test drive de veículos eléctri-

cos e a plantação de árvores, para compensação de emis-sões de carbono.

MAIS UMA SPIN-OFF DA UMINHO PREMIADAUma tecnologia inovadora desenvolvida pela iSurgical 3D, spin-off da Universida-de do Minho, venceu, no passado dia 24 de Novem-bro, o Prémio de Empre-endedorismo Start 2009. É a terceira vez consecu-tiva que ideias de negócio originadas na UMinho são galardoadas com o Prémio de Empreendedorismo Start: a Stemmatters foi a premiada em 2007, e a WeAdapt venceu a edição de 2008.A iSurgical 3D é uma empresa dedicada ao de-senvolvimento e comercia-lização de produtos para a área da saúde. A nova tecnologia da iSurgical 3D permite fazer próteses cirúrgicas modeladas para correcção do ‘pectus excavatum’, uma anomalia congénita. O prémio atri-buído, de 50 mil euros, vai ser incorporado no capital social da nova empresa, que vai receber formação executiva, assim como software da OutSystems e prémios em publicidade no jornal ‘Público’.

A Secretaria de Turismo da República Dominicana está a promover um Concurso In-ternacional de Design para a criação de um novo logó-tipo turístico. O desafio é criar uma imagem moderna e uma mudança de estilo do que já existe. As inscrições estão abertas até 30 de De-zembro.

Podem participar todos os designers interessados em apresentar propostas que es-tejam dentro dos parâmetros apresentados, sendo que a República Dominicana convi-da vivamente e com especial interesse os jovens e novos designers a participar nesta acção internacional. Cada de-signer pode apresentar a con-

curso duas propostas e deve apresentá-las sem que inclu-am uma aplicação a um su-porte gráfi co, ou seja, apenas Logótipo, sem limitação de cores e elementos gráfi cos. O vencedor ganha uma estadia de sete dias para duas pesso-as num Hotel de cinco Estrelas na Costa Este ou Costa Norte da República Dominicana e

um Prémio de 15.000 USA dólares, e ainda vê o seu tra-balho aplicado directamente em todos os materiais de Comunicação do Turismo da República Dominicana a nível mundial, a partir de Fevereiro de 2010. As bases do concur-so, Júri e Prémios podem ser consultados em www.godomi-nicanrepublic.com.

Cria um logótipo e vai até à República Dominicana

ACTIVIDADES »11 de Dezembro de 2009, 21h30 - Mesa redonda Tema: Alterações climáticas – Pensar global, Planear regionalLocal: Sede da Junta Metropolitana do Porto (Avenida dos Aliados, 236-1.º) »12 de Dezembro de 2009, 10h00-13h00 14h00-16h00 – Actividades práticas Tema: Alterações climáticas – Agir localLocal: Núcleo Rural do Parque da Cidade do Porto

Centro Regional de Excelência em Educação para o Desenvolvimento Sustentável

Começa dia 11, no Porto, a primeira sessão destes cursos

Uma das actividades do curso leva os participantes a visitar a “Casa Térmica”

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Desporto

ALTA COMPETIÇÃO. UNIVERSIDADE DE LISBOA APOIA ESTUDANTES QUE TAMBÉM SÃO ATLETAS

Com uma mão nos livros e um pé na competiçãoHÁ ESTUDANTES QUE, PARA ALÉM DE SE DEDICAREM AOS ESTUDOS, SÃO ATLETAS DE ALTA COMPETIÇÃO E PARTICIPAM MESMO EM PROVAS INTERNACIONAIS. COMO É QUE ESTES ALUNOS CONSEGUEM CONCILIAR OS ESTUDOS COM A COMPETIÇÃO?

Andreia [email protected]

A Sónia Tavares é estudante

de Medicina Dentária e desde os 12 anos que pratica atle-tismo. Já participou em pro-vas internacionais. Primeiro, nos campeonatos europeus de juniores e em 2009, com apenas 22 anos, competiu nas Universíadas em Belgrado e conseguiu trazer para casa a sua primeira medalha, a de bronze. «Não estava sequer à espera de ganhar uma me-dalha e de chegar à fi nal por-que já tinha competido antes e sabia que a competição era muito exigente. Foi gratifi can-te conseguir a minha primeira medalha», conta.

PRATICAR ENTRE EXAMESMas nem sempre é fácil ir

aos treinos todos os dias, pra-ticar e ainda ter tempo para

as aulas, os exames e os tra-balhos. A Sónia diz que, por isso, ser atleta de alta com-petição lhe traz alguns bene-fícios. Graças ao programa de apoio que a Universidade de Lisboa disponibiliza aos alunos como ela, esta jovem pode adiar as datas dos exa-mes e dos trabalhos enquan-to se prepara afi ncadamente para a próxima competição. «Estar numa competição e pensar que no dia a seguir temos um exame ou um trabalho para entregar, prejudica bastante. Mas se temos professores que são fl exíveis, facilita bastante. Podemos sempre, uma vez ou outra, pedir o adiamento da entrega de um trabalho ou de um exame e isso tam-bém facilita», explica.

DISCIPLINA É O SEGREDOMas a Sónia não é a única

estudante nesta situação. O João Gigante, apesar de ser um ano mais novo que a Só-nia, também já é batido nestas coisas da competição. Estuda Medicina e pratica natação desde os três anos. Ainda este ano participou em provas de natação internacionais na Su-íça, no Open de Espanha, na França e no Mónaco. Tal como a Sónia, representou Portugal nas Universíadas. Não trouxe

nenhuma medalha, mas diz que aquela prova foi a me-lhor em que já competiu. «As Universíadas foi, de longe, a melhor prova em que eu tive a oportunidade de represen-tar Portugal. Para além de serem uns mini Jogos Olímpi-cos Universitários, o nível da competição de natação era muito elevado. Surpreendeu-me muito», diz.

Também para ele não é fácil

praticar e estudar, sobretudo agora que está na faculdade mas, por outro lado, a disci-plina que foi ganhando ao lon-go dos anos com a prática da natação ajudou-o a conseguir. O Programa de Competição da Universidade de Lisboa também tem sido indispen-sável. «Quando tenho treinos de manhã e aulas a seguir, não vou muito concentrado, mas posso dizer que a nata-

ção e o despor-to em geral cria uma disciplina a nível de estudo completamente diferente de uma pessoa que não pratica nenhu-ma modalidade. E essa discipli-na serve para a vida toda e é muito importan-te.»

CALENdáRIO

CAMPEONATOS NACIONAIS UNIVERSITÁRIOS

7 DE DEZRugby 7 masculino @ Associação Académica de Coimbra

9 DE DEZVoleibol feminino @ Associação Académica Universidade de AveiroVoleibol masculino @ Aveiro

11 DE DEZFutsal masculino – 3.ª Jornada (consultar www.fadu.pt)

O Que É O Programa De Alta Competicão Da UL? O Programa de Alta Competição da Universidade de Lisboa é um conjunto de medidas de apoio que a Universidade de Lisboa, em parceria com a Reitoria e os Serviços de Acção Social, disponibilizam a todos os estudantes que são, ao mesmo tempo, atletas. Como? Através de:»Estatuto de Estudante Atleta - os estudantes podem adiar datas de exames e traba-lhos de acordo com o calendário de provas desportivas e duplicar o número de anos para concluir o curso.»Bolsas de Mérito Desportivo - as bolsas podem chegar aos 400 euros »Acesso gratuito às instalações desportivas da Universidade: Relvado, Estádio Universitário, Ginásio»Apoio Psicológico e Saúde Escolar - a UL dá apoio psicológico em alturas de maior stress e consultas de emergência nas várias especialidades médicas

O QUE São AS Universíadas? É um campeonato mundial especialmente dedi-cado a estudantes universitários. Uma espécie de jogos olímpicos em que competem os melhores atletas de 15 modalidades desportivas (Atletismo, Natação, Basquetebol, Esgrima, Futebol, Judo, Taekwondo, Ténis de Mesa, entre outras) dos qua-tro cantos do mundo. Esta competição é organiza-da pela FISU (Federação Internacional De Despor-to Universitário) e acontece de dois em dois anos. A próxima realiza-se em 2011, na China.

O Programa De Alta

Competicão Em Números:»40 mil euros é o custo deste programa »No ano Lectivo passado foram 7 as Bolsas de Mérito Desportivo concedidas»A UL conquista 1 medalha por cada 5 atletas»Tem 1 campeão em cada 14 atletas »Investe 415 euros por cada medalha»Nos campeonatos nacionais de 2008/2009 participa-ram 64 atletas e a UL conquistou 32 medalhas, 11 delas de Ouro

João Gigante, estudante de Medicina, representou Portugal nas Universíadas 2009

Sónia Tavares, estudante de Medicina Dentária, ganhou bronze na Universíadas 2009

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20 Valores

MULTICULTURALIDADE. ESTUDANTES ESTRANGEIROS JUNTAM-SE À MESA PARA SABOREAR AS NOSSAS TRADIÇÕES

VIVEM EM LISBOA E GOSTAM DE CÁ ESTAR. A CRISE NÃO AJUDA AOS FESTEJOS E NÃO HÁ MANEIRA DE VOLTNO MESMO PRATO PORQUE TUDO O QUE ELES QUEREM NESTE NATAL É SER PORTUGUESES. PRETTIGE KERSQUEM DIZ EM PORTUGUÊS, FELIZ NATAL!

NAtAL à POrTuGUeSA

Nome: Katelijn LindeijerIdade: 23 anosPaís de origem: Holanda

[EM PORTUGAL A ESTUDAR DANÇA AO ABRIGO DO PROGRAMA ERASMPOLITÉCNICO DE LISBOA]

ERaSmUS

CElebRaM

Porquê Lisboa: «Nunca cá tinha estado.» Gosta muito de viajar e já esteve em vários lugares do Mundo. «Antes de vir para cá estava an-siosa porque não sabia o que me esperava, mas queria muito conhecer a cidade e a cultura.»

Natal em Portugal: Os pais vêm passar o Natal com ela, não sabe o que esperar dessa noite, mas quer transmitir-

-lhes o sentimento positivo que tem sobre o País. «Quero comemorar o Natal numa

casa de fados ou num jantar típico na residência. Na Holanda, os presentes trocam-se no dia 5 de Dezembro, mas como aqui é um dia normal, acho que vou abrir os presentes na noite de

24.» A Katelijn e o Christian vivem na mesma residência e as decorações de Natal já estão pensadas. «Queremos

decorar a casa com os outros resi-dentes. Vamo-nos juntar todos

para comprar uma árvore e acessórios para a decorar.»

Natal Holandês: «Por sermos uma família ve-getariana a nossa ceia de natal é todos os anos diferente, não há um prato típico mas

numa famado com và igreja, dgressamoquente oupor ser a dao pé do m

A trocaNicolau. É recem prefi ngir tudocenouras espera de chaminé fque abre tacompanhporque de

Até qualau, Pai Naber a viagmente à mtive vontaeles fi carefi cou muitpresentesconsegui r

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Desejosmeus paisjá tenho esvai ser tê-

FOTOS: MÓNICA MOITAS

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20 Valores

TAR A CASA. O BACALHAU E O FADO JUNTAM-SE TFEEST, BUON NATALE, VESELÉ VÁNOCE OU COMO

A

Nome: Andrea VatulíkováIdade: 25 anosPaís de origem: República Checa

[EM PORTUGAL A ESTUDAR AUDIOVISUAL E MULTIMÉDIA AO ABRIGO DO PROGRAMA ERASMUS, NA ESCOLA SUPERIOR DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DE LISBOA]

MUS, NA ESCOLA SUPERIOR DE DANÇA DO INSTITUTO

Magda [email protected]

Nome: Christian FrenoIdade: 29 anosPaís de origem: Itália

[EM PORTUGAL A ESTUDAR MEDICINA AO ABRIGO DO PROGRAMA ERASMUS, NA ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DA SAÚDE DE LISBOA. ESTA É A SUA SEGUNDA LICENCIATURA, A PRIMEIRA FOI MÚSICA E CHEGOU MESMO A TRABALHAR COMO MUSICOTERAPEUTA]

mília holandesa comum come-se peru assado no forno reche-vegetais. Esse é o único dia do ano em que vou em família depois de jantar, e fi co por lá até à meia-noite. Quando re-s a casa bebemos um preparado que é uma espécie de vinho

u então vamos passear pela cidade. No dia 25 de Dezembro, e data de aniversário do meu tio, vamos até casa dele que fi ca mar.a de presentes faz-se no dia 5 de Dezembro, é o dia de São

um dia normal de trabalho e escola mas ao fi nal da noite apa-endas na chaminé e são os próprios pais que se esforçam por o para as crianças acreditarem. Todos os holandeses deixam para o cavalo do São Nicolau, põem as botas na chaminé à encontrar um pequeno presente e quando as casas não têm azem-nos acreditar que o São Nicolau tem uma chave mágica todas as portas.» O Sinterklaas, como se diz em holandês, é hado por ajudantes acrobáticos, mulatos, que fi caram assim esceram pela chaminé com o saco dos presentes.ando acreditou no São Nicolau: Descobriu que o São Nico-atal, não existia aos nove anos. «Porque não conseguia perce-em que ele fazia até chegar à minha casa. Perguntei directa-

minha mãe se ele existia ou não e quando descobri a verdade, ade de contar a todos os meus amigos porque achava ridículo em à espera de uma pessoa que não existia. A minha mãe to triste e irritada por eu ter destruído a fantasia à volta dos s e pediu-me que não contasse a nenhum amigo mas eu não resistir e confesso que contei a uma amiga.»

de Natal perfeita: «É estar junto da minha família seja em que Mundo for. Já não vivo em casa há alguns anos e tenho um ir-está na fase da adolescência e tenho muitas saudades dele.»s de Natal: «Até há duas semanas não tinha a certeza que os

s pudessem vir passar o Natal comigo aqui em Portugal e hoje ssa certeza. A maior prenda que podia ter recebido, já recebi, los aqui comigo.»

Porquê Lisboa: «Portugal é um País que recebe muito bem as pessoas que vêm de fora e também porque sabia que era uma cidade de poetas.» Andrea escreve poesia e é fã de Fernando Pessoa.

Natal em Portugal: «Também é a primeira vez que vou passar o Natal afastada da minha família mas acho que até vou gostar. Vou cá ficar porque os voos são muito caros e não é possível voltar ao meu país. O meu namorado também era para vir cá e não conseguiu por causa dos preços das viagens. Ainda não tenho ideia do que vou fazer nessa noite porque não conheço muitas pessoas que vão cá ficar. Pro-vavelmente vou comprar uma garrafa de vinho e escrever a minha poesia ou ficar em frente ao computador no Skype a tocar guitarra e a falar com a minha família e namorado.»

Decorações de Natal: «Eu pensei nisso mas estou num quarto sozinha, ainda não sei, talvez compre qualquer coisa para sentir o ambiente do Natal. O meu namorado disse-me que devia comprar umas velas mas eu não liguei nenhuma. Tudo é possível.»

Natal Checo: Na República Checa, assim como em muitos outros lugares do Mundo, tenta-se que o prato principal seja algo que temos menos oportunidade de comer ao longo do ano. Por ser um país que não tem mar por perto, come-se pei-xe de água doce. «A ceia típica do meu país é carpa. Come-se sempre este peixe no Natal, normalmente acompanhado por salada de batata. Antes de começarmos a comer rezamos e ao serão cantamos músicas religiosas, eu toco guitarra. No resto da noite abrimos os presentes, vemos televisão e desfrutamos das prendas que recebemos. O almoço de dia 25 de Dezembro é sopa de carpa. É um peixe que se come a qualquer hora do dia. O meu pai até come carpa ao pequeno-almoço! Nestes dias também há sempre muitos doces: bolos

de mel com açúcar, um pão doce de Natal (vánocka), rolos de baunilha e um bolo feito de massa de nozes e rum.»

Até quando acreditou no Menino Jesus: Segundo a tradi-ção do Natal checo, as prendas são entregues pelo Menino Je-sus. «A figura do Menino Jesus existe na cabeça de cada um e portanto nunca acreditei em nenhuma figura, limitava-me a imaginá-la.»

Noite de Natal perfeita: «É a clás-sica noite de Natal. Ainda vivo em casa dos meus pais e todos os anos acaba por se tor-nar numa noite comum, mas estou a pensar mu-dar de casa e tenho a cer-teza que aí irei dar muito mais valor e significado a esta noite de família.»

Desejos de Natal: «O melhor presente que poderia receber era conseguir lançar o meu livro de poe-sia.»

Porquê Lisboa: «Muitos dos meus amigos já cá tinham estado, apaixonaram-se pela cidade e acabaram por ficar cá a trabalhar, isso despertou a minha curiosidade.»

Natal em Portugal: É a primeira vez que vai passar o Natal longe da família e apesar de ser «um pouco difícil» alguns amigos vêm fazer-lhe companhia. [Katelijn sugere que passem a noite de Natal em conjunto. A família dela e os amigos do Christian]. «Não me sinto particularmente ligado ao Natal. É um dia normal, gosto do momento. O que me fascina são as luzes, a decoração e a magia que existe à volta da data. Provavelmente vamos a um restaurante, mas de certeza que vamos ter uma ceia portuguesa. Eu gosto muito de bacalhau e dos vossos doces, já engordei muito desde que estou aqui.»

Natal Italiano: «Na região onde eu vivo, Calábria, Sul de Itália, o jantar de Natal é polvo ou bacalhau. Também se come pasta de calamares ou peixe espada. Depois do jantar a minha mãe e as minhas tias vão à igreja e os mais jovens jogam às cartas, bebem digestivos e comem pan-doro (um bolo de Natal típico em Itália). Na manhã de dia 25 de Dezembro abrimos os presentes.»

Até quando acreditou no Pai Natal: Descobriu que o Pai Natal não existia quando estava na escola primária aos

seis anos. «O meu pai vestia-se de Pai Natal e ia à minha esco-la entregar os presentes e na-quele ano olhei nos olhos dele e pensei: ‘mas este aqui é o meu pai!’ Para ter a certeza, puxei-lhe as barbas postiças e deixei os meus colegas boquia-bertos.»

Noite de Natal perfei-ta: «A noite perfeita é estar bem de saúde.»

Desejos de Natal: «Para este Natal quero paz e que o Pai Natal traga dentro do saco o meu diploma de segunda licen-ciatura, pelo menos assim o espero.»

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14 [7 DEZ 2009]

Artes

FOTOGRAFIA. NÚCLEO DE ARTE FOTOGRÁFICA DO INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO ORGANIZA EXPOSIÇÃO EM TODAS AS UNIVERSIDADES PORTUGUESAS

Corpos itinerantesSÃO 30 AS FOTOGRAFIAS QUE VÃO ANDAR POR TODAS AS FACULDADES PORTUGUESAS A PARTIR DO INÍCIO DO PRÓXIMO ANO. O PROJECTO CHAMA-SE ‘DIAGRAMAS’ E PRETENDE MOSTRAR, ATRAVÉS DE CORPOS FOTOGRAFADOS EM PÉ E DE COSTAS PARA A CÂMARA, A SINGULARIDADE DE CADA UM DE NÓS EM ALGO QUE NOS É COMUM: O FACTO DE TERMOS UM CORPO.

Andreia [email protected]

A exposição é o resultado de um trabalho de investigação concebido por um grupo de alu-nos do Núcleo de Arte Fotográ-fi ca do IST, a partir de algumas experiências do fi nal do século XIX quando a máquina fotográ-fi ca ainda era uma descoberta e o corpo humano também.

O CORPO COMO UM MAPAA exposição mostra cerca

de 30 imagens na vertical, de corpos de pessoas de diversas idades e tipologias. Fotogra-fados em pé e de costas para a câmara contra um fundo quadriculado, estes corpos nus registam o movimento, as diferenças volumétricas,

simetrias e assimetrias, dese-quilíbrios e reacções do corpo à força da gravidade. «Ao es-tabelecermos um registo cien-tífi co, para além das já muitas interpretações e imagens do corpo oferecidas na socie-dade, procuramos mostrar o corpo tal como ele é. Um re-gisto que permita a clareza e

precisão, mas que também dê espaço à singularidade. Algo que nos é tão próximo e co-mum, porém tão estranho e surpreendente», explicam os autores do projecto.

ABRIR A UNIVERSIDADE À SOCIEDADE

Os alunos não queriam que

este trabalho académico fi -casse dentro da sala de aula e, por isso, decidiram expô-lo. Mais do que mostrar as evi-dências do corpo e refl ectir sobre o espaço que ele ocu-pa, dentro e fora de nós, este grupo de alunos quer que esta exposição ponha em diálogo a Universidade e a sociedade. «Actualmente, as universida-des procuram que o universo académico se abra à socieda-de, lutando constantemente para que não se torne num espaço de investigação iso-lado. Conciliando interesses pretendemos expor nestes es-paços e permitir que o projec-to seja um veículo de abertura à sociedade», explica Maria João Soares, uma das alunas envolvidas no projecto.

AGENDA

CULtURAL

EXPOSIÇÕESDE 30 DE NOV A 31 DE JAN 2010She is a Femme Fatale @ Museu Berardo – CCB (Lisboa)DE 2 DE DEZ A 31 DE JAN 2010Korda: Conhecido/Desconhecido @ Galeria da Cordoaria Nacional (Lisboa)ATÉ 7 DE DEZLuiz Pacheco -1925-2008 - Um Homem Dividido Vale Por Dois e Contraponto Bibliografi a @ Galeria da Biblioteca Nacional (Lisboa)ATÉ 3 DE JAN 2010Farway... So Close @ Museu Nacional Soares dos Reis (Porto)

TEATRODE 10 A 15 DE DEZO Banqueiro Anarquis-ta @ Teatro Municipal Maria Matos (Lisboa)DE 11 A 17 DE DEZO artista português é tão bom como os melho-res @ Teatro Municipal São Luiz (Lisboa)ATÉ 20 DE DEZO Avarento pelo Teatro Praga @ Teatro Carlos Alberto (Porto)Breve Sumário da His-tória de Deus @ Teatro São João (Porto)

DANÇADE 8 A 12 DE DEZA visita do Rinoceronte @ Auditório Balleteatro (Porto)DIAS 11 E 12 DE DEZSo Solo de Clara An-dermatt @ Culturgest (Lisboa)DE 18 A 20 DE DEZGood Morning Mr. Gershwin @ Cultur-gest (Lisboa)

Trabalhos de alunos de Teatro em cena

Ler Com Fartura

Título: A morte de Bunny MunroAutor: Nick CaveEditora: Objectiva

Vinte anos depois, o músico Nick Cave regressa à escrita. Num tom ora divertido, ora melancólico, acompanhamos Bunny Munro, vendedor de cos-méticos para senhoras, na sua viagem de descoberta de si próprio, depois do suicídio da mulher. Pelas suas fantasias sexuais vivi-das e imaginadas com uma série de mulheres – desde Kylie Minogue, até Avril Lavigne, passando pela sua vizinha. Mas sobretudo, fi camos a conhecer um homem que se vê sozinho com o fi lho de nove anos.

Título: CaimAutor: José SaramagoEditora: Caminho

É o mais recente livro do Prémio Nobel da Literatura de 2008, José Saramago. Mais do que uma crítica a Deus ou a todas as religi-ões do Mundo, ‘Caim’ é um romance sobre a crueldade que se esconde dentro de cada um de nós e que mais tarde ou mais cedo acaba por se revelar.

Título: Eu amo vocêAutor: NiltonEditora: Livros D’Hoje

Ele faz questão de avisar logo na contracapa do livro: «Não é aqui que vais encontrar as respostas às tuas dúvidas existenciais.» O humorista, conhecido pela sua stand-up comedy, aventura-se mais uma vez numa espécie de ‘sit-down comedy’ e é provável que até fi ques a saber algumas curiosidades sobre o que é isso de ser português entre gargalhadas.

Descobre se o "Diagramas"

vai estar na tua faculdade:- Instituto Superior Técnico, Lisboa (Março)- Universidade de Coimbra (Abril)- Universidade de Aveiro (Maio)- Universidade do Porto (Junho)- Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real (Julho)- Universidade da Beira Interior, Covilhã (Setembro)- Politécnico de Tomar (Outubro)- Politécnico de Portalegre (Novembro)- Universidade de Évora (data a defi nir)

O conceituado encenador japonês Kuniaki Ida regressa à ACE/Teatro do Bolhão para dirigir um dos tex-tos mais emblemáticos da drama-turgia universal: Otelo, de William Shakespeare. Sob espaço cénico de António Capelo (Otelo), João Paulo Costa (Iago) e Rita Lello (Desdémo-

na) protagonizam a mais imortal das histórias do ciúme, «esse mons-tro de olhos verdes que se diverte com a carne que o nutre». Kuniaki Ida explora o inesgotável potencial teatral deste texto evidenciando a sua surpreendente pertinência e actualidade.

O Teatro da Garagem recebe no seu espaço, o Teatro Taborda, cin-co espectáculos de jovens criadores, alunos do Mestrado em Teatro/especialização em encenação e artes performativas/interpretação, leccionados pela Escola Superior de Teatro e Cinema, durante o mês de Dezembro. ‘As três irmãs do Sertão’ de Anton Tchekov, ‘A Nova

Ordem Mundial’, ‘Um Para o Caminho’ e ‘Conferência de Imprensa’ de Harold Pinter, ‘Vórtice’ de Nelson Boggio, ‘Um, Nenhum e Cem Mil’ e ‘A Cátia vai ao Psiquiatra’ são algumas das peças interpretadas pelos alunos de Mestrado em Teatro pela Escola Superior de Teatro e Cinema e disponíveis a público no Teatro Taborda.

‘Otelo’ em versão japonesa no Porto

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16 [7 DEZ 2009]

Jukebox

MUNDO SECRETO – SOA A ALARME

«Este disco está muito melhor que o primeiro»DEPOIS DE TEREM POSTO O PAÍS A CANTAR ‘PÕE A MÃO NO AR’ E ‘CHEGÁMOS À PARTY’, OS RAPAZES DE LEÇA DA PAL-MEIRA VOLTAM A FAZER ESTRAGOS. NEW MAX CONTA TUDINHO.

Shampo Decapante [email protected]

http://shampodecapante.blogspot.com

Tiveram a estreia do single ‘Soa o Alarme’ exclusiva-mente para a MTV Portugal, como foi isso em termos de projecção deste trabalho?

Foi óptimo! A MTV deu--nos um grande apoio na promoção do novo single. É bom estar associado à MTV, pois é o canal de música por excelência e todos nós somos consumidores da sua programação.

Esperam que este novo trabalho siga as pisadas do sucesso do primeiro LP?

Sim, claro! No primeiro fomos um pouco apanhados de surpresa, pois não achá-vamos que iríamos ter tanto sucesso. A fasquia elevou--se muito e para este segun-do trabalho havia alguma pressão. Achamos que está muito melhor que o primei-ro, que manteve a onda e a energia, mas está mais ma-duro, com mais arranjos e uma sonoridade renovada.

Como está a ser a reacção dos fãs?

Já tivemos a oportunida-de de ir tocando alguns dos novos temas nos concer-

tos deste ano e a reacção tem sido bastante positiva. Como é óbvio, não provo-cam a mesma empatia que a ‘Põe A Mão No Ar’ ou a ‘Chegámos à Party’, mas as pessoas participam bastan-te e mal apanham o refrão vão cantando.

Estamos habituados a ver nascer as bandas de hip hop nos bairros suburbanos da zona de Lisboa, mas vocês são de Leça da Palmeira. Sentem que há um movi-mento hip hop a crescer no Norte do País?

O hip hop nortenho já existe há muito tempo. É um hip hop diferente do de Lis-boa e do Sul, que tem o seu próprio estilo e mensagem. Apesar de o acompanhar-mos enquanto ouvintes há bastante tempo, não é algo que tenha a ver connosco enquanto músicos e pes-soas. Como somos de Leça, vivemos num meio pacato, junto à praia, num ambien-te descontraído e onde se respira música. O Norte tem muito a dizer não só no hip hop, não só na música, mas na sociedade em geral.

Em relação ao vosso traba-lho de estreia, nota-se nes-

te um amadurecimento quer sonoro, quer na maneira como transformam a vos-sas influências, nota-se um trabalho mais funky, soul e até rock, como se deu essa evolução?

Do primeiro para o segun-do álbum amadurecemos enquanto pessoas e também enquanto músicos. Ganhá-mos muita experiência na estrada e também criámos o nosso próprio estúdio, o que nos permitiu explorar no-vas sonoridades bem como crescer enquanto músicos, produtores e até como en-genheiros de som. Com toda esta experiência ficámos mais aptos a transformar as nossas influências indi-viduais numa sonoridade “à Mundo Secreto”. Foi um trabalho árduo, com muitos ensaios, muitas gravações e muitas conversas entre nós para darmos um rumo às músicas, enfim, para trans-formar um conjunto de mú-sicas num álbum. Tudo isto seria mais difícil de atingir sem a ajuda do nosso queri-do amigo e produtor Quico Serrano, cujo input foi fun-damental para o resultado final.

Já abriram concertos para a Rihanna e para as Pussycat

Dolls, e agora têm uma mú-sica no ‘Soa o Alarme’ onde cantam ‘O limite é o céu’. Qual é, na verdade, o vosso limite?

O nosso limite é o céu! E estamos sempre prepa-rados para novos desafios, para novas sonoridades, concertos maiores, etc. Sentimos que, enquanto nos mantivermos unidos e a remar para o mesmo lado, o nosso limite é o céu… Pois chegar à Lua era impossível mas também lá chegaram!

O que preparam para o fu-turo, tocar bastante ao vivo ou também pensam já num próximo trabalho?

Neste momento ainda estamos a finalizar a tour 2009. Mas nunca parámos de trabalhar e já temos cer-ca de 20 temas, ideias soltas para trabalhar para o ter-ceiro álbum. Já começámos a pensar num conceito para o terceiro, mas vamos com calma, pois agora é tempo de tocar o segundo álbum e preparar um novo concerto. É nisso que vamos traba-lhar a seguir, montar um novo espectáculo, prepa-rar as novas músicas, fazer versões “live” dos temas e inovar visualmente o nosso concerto.

AGENDA

LISBOAO7 DEZ |» The Prodigy + Enter Shikari @ Pavilhão Atlântico08 DEZ |»La La La Ressonance + Noiserv @ Teatro Aberto10 DEZ |» Editors + Maccabees @ Campo Pequeno11 DEZ | » Mr. Cheeks + Mr. Mute + Sam the Kid + Kacetado + Kronic + SP & Wilson (12 Makakos - Jam Vol. 2) @ Santiago Alquimista» Candidato Vieira & Orgasmo Carlos & Lello Minsk & Elvis Ramalho & Irmãos Catita & Ena Pá 2000 @ Teatro Munici-pal São Luiz15 DEZ» Nate Wooley & Paul Lytton @ Culturgest» Blackberry Smoke @ MusicBox» The Dodos @ Santiago Alquimista

PORTO07 DEZ | » Harlem Gospel Choir @ Casa da Música10 DEZ |» OliveTreeDance + Kar-rossel (Festival Etnias) @ Teatro Sá da Bandeira11 DEZ |» Nação Vira Lata + Escola Sementinha + Se-mente (Festival Etnias) @ Teatro Sá da Bandeira12 DEZ |» Paco Hunter @ CDGO» Terrakota + Winga Kan + Kilandukilu (Festival Etnias) @ Teatro Sá da Bandeira

BRAGA18 DEZ |» Monstro Mau @ Thea-tro Circo

COIMBRA09 DEZ |» Edson Cordeiro @ Teatro Académico Gil Vicente10 DEZ |» Orquestra dos Antigos Tunos da Universidade de Coimbra @ Teatro Académico Gil Vicente11 DEZ |» Noiserv @ Salão Brazil

SETÚBAL07 DEZ | » WildDucks @ ADN-BAR

AVEIRO11 DEZ |» Aló Django (OuTonalidades)@ Mercado Negro

ARNALDO ANTUNESIÊ IÊ IÊ

O Brasil sempre teve um fraquinho pela expressão musical do iê iê iê, quer na sua fase primordial pela mão do galã Roberto Carlos, quer em tempos mais recentes por Car-linhos Brown. A música que muito infl uenciou o rock’n’roll sempre esteve presente na cultura brasi-leira. Agora chegou a vez de Arnaldo Antunes com o seu ‘iê iê iê’, um disco divertido com algumas infl uências que vão dos Beatles ao músico francês Serge Gainsbourg e que também carrega algum do tropicalismo típico dos músicos brasileiros.

LADY GAGATHE FAME MONSTER

O tempo natalício chega sempre recheado de edi-ções da dita pop-cor-de-rosa, e Lady Gaga apro-veita a época para lançar no mercado mais um LP, ‘The Fame Monster’. Um trabalho a seguir as pisa-das de Madonna, mas sem que lhe cheire de perto o génio. E, apesar de pessoas como Kanye West acharem o contrário, Lady Gaga fi ca-se apenas pela atitude de popstar. RIHANNA RATED R

Também ela vivendo mais da imagem do que da mú-sica propriamente dita, a norte-americana Rihanna surge no mercado com um LP novo, ‘Rated R’, numa toada mais monóto-na que a da sua cicerone Lady Gaga e com lirismos de amores perdidos e nunca encontrados.

3 DISCOS

Do MomentoShampo [email protected]://shampodecapante.blogspot.com

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Jukebox

LA LA LA RESSONANCE. O SEU SEGUNDO LP, ‘OUTDOOR’, UMA FUSÃO ENTRE O JAZZ, O ROCK E A MÚSICA EXPERIMENTAL

Um murro no estômagoPODE-SE FACILMENTE CHEGAR À CONCLUSÃO QUE OS LA LA LA RESSONANCE SÃO O ENVELHECIMENTO E ENRIQUECIMENTO DA CASTA THE ASTONISHING URBANA FALL E QUE, AO SEGUNDO REGISTO, ‘OUTDOOR’, O RESULTADO É UMA MÚSICA ADOCICADA ENTRE O JAZZ, A POP, O ROCK E A MÚSICA EXPERIMENTAL. AMANHÃ DÃO ESPECTÁCULO NO TEATRO ABERTO COM NOISERV.

Shampo [email protected]

http://shampodecapante.blogspot.com

Embora o mercado dis-cográfi co já conheça estes aromas musicais em bandas como os Dif Juz, Durruti Co-lumn ou os norte americanos Tuxedo Moon, por terras por-tuguesas há muito que não se apostava em vertentes musi-cais que explorassem o som de uma forma tão intensa e tão erudita.

É talvez menos experimen-talista do que o primeiro regis-to, ‘Palisade’. Este ‘Outdoor’ é um trabalho onde a banda se autodisciplinou, para introdu-zir novos elementos sonoros, e para que o resultado fosse um disco mais solto, mais agressi-vo e onde as sonoridades conti-nuassem a fazer sentido, como explica Simão (baixo eléctrico, acústico e fretless, guitarra eléctrica e acústica, teclas, bateria, percussão, sampling e programações).

«Acho que o primeiro ál-bum sempre seguiu um pouco essa matéria experimental, neste disco diria que fomos obrigados a disciplinar um pouco isso, havia um espaço mais destinado à improvisa-ção que nesse disco. Teve que ser um bocadinho dominado porque havia essa intenção de incluirmos um saxofone para o qual tivemos que es-crever música num sentido mais clássico da escrita da música, talvez até seja me-nos experimentalista que o primeiro álbum.»

UM DISCO REGUILA

O resultado foi uma co-lheita premium à qual a banda pode vir a dar outro formato no futuro, pois des-te engenho sonoro a banda pode não encontrar um lar fixo, outras correntes po-dem vir a ser exploradas. E tal como a banda evoluiu de uma banda de estúdio para uma banda de palco, os

registos em estúdio também conhecem uma mutação, embora carreguem sempre os genes dos registos ante-riores. Simão explica: «O que mais nos agrada talvez seja mesmo isso, esse discurso directo, esse murro no es-tômago que este disco tem e que o primeiro não tinha, era mais abstracto, muito iróni-co, mais misterioso. Este dis-co é um bocadinho o irmão gémeo reguila do primeiro, é um disco mais maroto, mais sugestivo até mais transgres-sor em alguns aspectos, esse é o ponto forte para nós.»

A MENSAGEM POSSÍVEL

A mensagem musical nem sempre tem que ter algum sentido em concreto, e num álbum que contempla apenas temas experimentais, a men-sagem pode ser meramente artística. «Uma mensagem di-recta diria que não, mas claro que existe uma mensagem, essencialmente abstracta e

artística, não há propriamente nada que queiramos dizer em discurso directo. Mas a men-sagem também pode estar na amálgama de destroços que a banda monta como peças de lego e na qual busca um sen-tido musical onde se possam identifi car.»

QUE SOM É ESTE?Os elementos da banda

falam linguagens diversas. «Há gente de um universo de música erudita, do jazz ou do rock, há grande estouro e de-pois o que tu vês é um incên-dio e respectivos estilhaços e tentar perceber onde é que está o Opel, o Volkswagen ou o BMW. Está tudo misturado e é difícil nesse sentido defi -nir a banda.» A gestão desta fusão musical passa por uma expansão para a qual os La La La Ressonance mostram ter o radar afi nado, e um lugar de destaque e sem grande con-corrência no actual panorama nacional.

3 PISTAS VOL. 2

Mais do que um disco, um interessante projecto

SURGIU COMO UMA ESPÉCIE DE RUBRICA DENTRO DO PROGRAMA ‘PORTUGÁLIA’ NA ANTENA 3. CHEGA AGORA O VOLUME DOIS DO PROJECTO ‘3 PISTAS’ DE HENRIQUE AMARO. O MUNDO UNIVERSIVERSTÁRIO FALOU COM ELE DURANTE A GALA DOS 15 ANOS DA ANTENA 3.

Graziela [email protected]

Conta com vinte participações de artistas portugueses, que foram desafi ados «a gravar com poucos recursos», pois «actualmente quando to-mamos contacto com as canções, estas já estão arranjadas, ou seja, estão protegidas e às vezes es-quecemo-nos, aliás, até os próprios músicos às vezes se esquecem da semente dessas canções. Assim, quando restringimos os meios técnicos, isso vem de novo ao de cima.»

No disco, as bandas con-vidadas apresentam um original e uma cover. «Não houve nenhum critério especial na sua escolha, apenas o gosto pessoal dos convidados e a necessida-de de fazer alguma coisa diferente.» Obedece este projecto a um estilo em

particular? Não. «É até uma montanha russa. Começa com os Clã, passa por Tiago Guillul, pelos Mundo Cão, o Noiserv, vai aos Pontos Ne-gros e aos d3ö...». Acima de tudo, o que se pretendia com este disco era «perce-ber como uma canção pode ter quase mil caras.»

Questionado sobre as suas músicas favoritas no álbum, Henrique Amaro escolhe as versões de At Freddy’s House. «Por ser um músico desconhecido e que eu não conheço pesso-almente» e porque «a ver-são que ele fez de piano e voz para o ‘Dancing in The Dark’, do Bruce Springs-teen, é uma descarga de electricidade e perceber como aquela canção resul-ta apenas em piano e voz é surpreendente.» O Senhor da Rádio destaca ainda a versão que Noiserv faz de ‘Where is My Mind?’ dos Pixies.

GRAZIELA COSTA

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18 [7 DEZ 2009]

7.ª Arte

ESTREIA DA SEMANA | ÁGORA, O NOVO FILME DO REALIZADOR DE “MAR ADENTRO”

Hypatia e a sabedoria Antiga dos egípciosRACHEL WEISZ É UMA BRILHANTE ASTRÓNOMA QUE LUTA POR SALVAR O CONHECIMENTO DE UMA BIBLIOTECA NO EGIPTO COMANDADO PELO IMPÉRIO ROMANO.

João Tomé[email protected]

Todos sabemos o que significa a pala-vra “agora”. Nem to-dos sabem com tanta facilidade o que é “Ágora”, o nome que dá título a este filme. “Ágora” era a praça principal na consti-tuição da polis (pa-lavra para ‘cidade’ na Grécia Antiga). Os romanos copiaram essas denominações, bem como alguns deuses.

A acção deste filme épico, do talentoso realizador espanhol Alejandro Amenábar, conhecido por filmes como ‘Mar Adentro’ (pelo qual venceu um Óscar em 2005) e o thriller de terror ‘Os Ou-tros’, passa-se no Egipto ocupado pelo Império Ro-mano, em pleno século IV e numa altura em que vio-

lentos confrontos sociais e religiosos invadem as ruas de Alexandria.

TENSÃO CONSTANTERachel Weisz é a brilhan-

te astrónoma Hypatia, que está presa sem poder sair da lendária livraria da cidade, mas que irá fazer tudo para salvar os docu-

mentos da sabedoria do Antigo Mundo com a ajuda dos seus discípulos. O clima

tenso é uma constan-te, uma especialidade de Amenábar, e não falta desencontros amorosos.

Entre os discípu-los, dois homens disputam o coração da personagem de Rachel: o inteligente e privilegiado Ores-tes e o jovem Davus, escravo de Hypatia, dividido entre o amor secreto que nutre por ela e a liberdade que poderá ter ao juntar--se à imparável vaga de Cristãos.

Ágora, que curiosa-mente não só é reali-

zado por um es-panhol como é um filme euro-peu, tem todo o aspecto de uma produção de Hollywood e mostra que

os épicos ainda podem ser cativantes e ter uma missão histórica importante.

MOSTRA DE CINEMA JAPONÊS (NA CULTURGEST)A Culturgest, em Lisboa, acolhe desde hoje, segunda-feira e até 12 de Dezembro o Nippon Koma – Mostra de Cinema Japonês. Com sessões às 18h30 e 21h30, os fi lmes são legendados em inglês. Na mostra deste ano, o cinema documental vai estar em destaque em algumas sessões. A organização da ACT destaca o documentá-rio ‘Fence’. Este fi lme aborda a base militar americana nas monta-nhas de Ikego, perto de Tóquio, cuja presença torna a zona de acesso limitado ao mais comum dos cidadãos. Outra sugestão da organização é ‘Mental’, de Kazuhiro Soda. Dá a conhecer o Dr. Yama-moto Masatomo, médico psiquiatra na clínica Chorale Okayama, no Japão. O documentário acompanha os métodos de trabalho do médico junto dos pacientes para, de uma forma humanista, imergir no mundo da doença men-tal e levantar questões fundamentais do nosso tempo. Os bilhetes custam 3,5 euros.

17 DEZJames Cameron traz ‘Avatar’

O realizador nor-te-americano volta a dirigir uma gran-de produção depois do sucesso estron-doso da década de 1990, ‘Titanic’ – foi o maior êxito de bilheteira de todos os tempos. Desta vez, James Cameron aposta no género acção e aventura com o fi l-me ‘Avatar’. E o que é que signifi ca Avatar? A palavra vem do hinduísmo e remete para encarnação, ou seja, alguém ou algo que desce de um plano espiritual para um mundo mais baixo da existência, o nosso. O fi lme, fi lmado com câmaras especiais a pensar na tecnologia 3D, transporta-nos para um mundo espectacular e úni-co, onde um herói rebelde embarca numa viagem de redenção, descoberta e amor inesperado assim como para a liderança de uma batalha heróica para salvar a civilização que o irá fazer interagir com outras civiliza-ções e seres de origem mitológica.

24 DEZDowney Jr. é Sherlock Holmes

Num ambiente de thriller e acção, está de volta a mí-tica personagem da literatura e do cinema, Sherlock Holmes. A com-plicada missão de trazer de volta o detective genial dos palpites certeiros e a quem nada escapa, esteve a cargo do ex-marido de Madonna,o realizador de ‘Sna-tch’ e ‘RocknRolla’, Guy Ritchie. Já quem “encarna” Sherlock Holmes é o “camaleão” Robert Downey Jr.

Ambos trazem uma nova abordagem ao mais fa-moso personagem de Arthur Conan Doyle. O detec-tive e o seu leal parceiro Watson (Jude Law), encon-tram o seu último desafi o. Revelando habilidades de luta tão letais quanto o seu lendário intelecto, Holmes vai lutar como nunca para derrubar um novo inimigo e desvendar uma conspiração mortal que pode destruir o país.

31 DEZAs amas Robin Williams e John Travolta

À semelhança de fi lmes como ‘Três Homens e um Bebé’, mas sem o bebé e com miúdos mais crescidos, John Tra-volta e o muito divertido Robin Williams são dois melhores amigos que cresceram juntos toda a vida, têm hábitos de solteirões e partilham uma empre-sa. Um é divorciado sem sorte no amor (Williams) e o outro solteiro e divertido pinga-amor (Travol-ta). Eles vão ver as suas vidas viradas do avesso quando, inesperadamente, se tornam responsá-veis por dois gémeos de seis anos no momento em que estão perante o maior negócio das suas vidas. Os inexperientes solteiros esforçam-se para cuidar dos gémeos mas o resultado é um desastre atrás do outro. E talvez a descoberta do que realmente é importante na vida.

[Também Estreiam]

FICHARealizador: Alejandro Amenábar Com: Rachel Weisz, Max Minghella, Ashraf Barhom, Oscar Isaac Género: Aventura/Histórico/RomanceEspanha/Malta; 126 min.

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5.ª Dimensão

Luís Magalhãesluí[email protected]

Em 2002, Dead To Rights trouxe o drama policial negro às consolas. Construído sobre a base de Max Pay-ne, o original da Namco colocava o jogador na pele de um polícia incri-minado, forçado a lutar contra a massa corrupta da fictícia cidade norte--americana de Grant City.

Agora, Jack Slate e o seu cão-polícia voltam às ruas no que promete ser um dos grandes jogos de acção de 2010. Dead to Rights: Retribution é uma re-imaginação da série com a tecnologia actual que permite uma experiência muito mais cinemato-gráfica, e que simultaneamente dá ao jogador a oportunidade de jogar um jogo muito mais aberto e varia-do do que os originais.

Jogo de acção por excelência, o objectivo dos produtores foi o de integrar perfeitamente o combate corpo a corpo com as mecânicas de tiros características dos jogos de acção actuais, criando situações de combate dignas do melhor filme

de acção. Jack Slate num segundo envia um malfeitor a voar com um murro em cheio nos queixos, e no outro rebola para trás de um carro e desata a disparar sobre os restan-tes inimigos. O combate parece fluir entre ambos os tipos de ataque sem soluços, dando ampla liberdade ao

jogador para desenvolver a sua pró-pria técnica.

O ás que Jack tem na sua manga é Shadow, o parceiro canino. O feroz e fiel huskie é um aliado versátil, ca-paz de se mover por passagens onde

Jack não cabe, de atacar letalmente inimigos que tentem apanhar Jack desprevenido, e até roubar-lhes ar-mas e munição para trazer ao seu dono.

Tudo isto é representado visual-mente por um motor gráfico que aparenta ser um dos melhores até

hoje. Grant City é carac-terizada como uma cida-de escura e opressiva, as centenas de luzes e ne-ons a realçar o ambiente noir em vez de o disper-sarem, e as personagens representadas com uma fidelidade digna dos me-lhores actores virtuais,

e animadas com técnicas que as fazem mover (e morrer e cair) com um realismo impressionante.

Dead to Rights: Retribution tem tudo para ser um dos grandes blo-ckbusters de acção de 2010.

Dead to Rights: Retribution traz o policial noir às consolas

Sabias que: » O Dead to Rights original foi desenvolvido no Japão, com a intenção de aplicar a acção estilo Matrix a uma história po-licial?» Dead to Rights: Retribution vai ser publicado em Portugal pela Namco Bandai em Fevereiro de 2010?

Tecnologias

MUNDO SEM FIOS

Electricidade por Wireless JÁ IMAGINASTE UM MUNDO ONDE OS CABOS SÃO COLO-CADOS DE PARTE?

A Samsung já apre-sentou o seu primeiro telemóvel com ecrã táctil que funciona apenas com energia solar. O «Blue Earth», nome que lhe foi atri-buído, pode ser carre-gado em apenas uma hora através do painel solar colocado na traseira do aparelho, a duração da ba-teria será igual à de qualquer outro telemóvel, a capa do telefone é feita de plástico reciclado de garrafas de água, reduzindo assim o consumo de combustível e as emissões de dióxido de carbono do processo de produ-ção do mesmo. O novo telemóvel da Samsung terá ainda uma opção «Eco mode» que permitirá um consumo de energia muito reduzido. Outra das novidades é a fun-ção «Eco walk», um “medidor” de passos que o dono vai dando enquanto caminha calculando as emissões de CO2 que está a poupar ao fazê-lo. Este telemóvel é o re-sultado de uma política ecológica praticada pela empre-sa, sendo que até a própria embalagem que o contém é feita de papel reciclado. Resumindo, é um telemóvel amigo do meio ambiente.

*Ricardo Queirós é estudante de Engenharia

Redes Comunicação e Multimédia no ISEL

e assina esta coluna quinzenalmente.

Samsung Blue Earth«Em 2002, Dead To Rights trouxe o drama policial negro às consolas (...) Agora, Jack Slate e o seu cão-polícia voltam às ruas no que promete ser um dos grandes jogos de acção de 2010»

Ricardo Queirós*[email protected]

Uma das tec-nologias mais i n o v a d o r a s deste ano, de-monstrada em público, foi o Wireless Power (que basicamen-te é energia sem fi os, electricida-de sem a necessidade de qualquer tipo de cabo). Cien-tistas do MIT (Massachusetts Institute of Technology) conseguiram iluminar uma lâmpada de 60 watts, a partir de uma fonte de energia acerca de dois metros de distância, sem qualquer ligação física. Este feito foi conseguido recorrendo à tecnologia wireless, ao contrá-rio da fonte de energia direccionada e constante que utilizamos actualmente.

Imaginem a vossa casa sem cabos de electricidade nem localização fi xa para certas coisas, sem tomadas nem nada. A descoberta permite pensar num futuro próximo em que os aparelhos funcionem sem necessita-rem de pilhas, evitando os problemas associados à sua reciclagem e aos efeitos nocivos dos químicos tóxicos de que são feitas.

[EXCLUSIVO NACIONAL]

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Lifestyle

La Madrina FiorelliMELHOR DO QUE SER SURFISTA E VIVER EM SAGRES, SÓ SER ASPIRANTE A ARQUITECTO E VIVER EM ROMA. FRANCISCO E PAULO, DOIS ESTUDANTES DE ARQUITECTURA, TENTARAM A SUA SORTE E GANHARAM UM POUCO MAIS: UM FANTASMA PROTECTOR.

Eliana Silva*[email protected]

A receita é a mesma de sempre: uma cidade latina, três meses promissores e dois estudantes an-siosos por vida. Foi um prato do género que foi servido a Paulo e Francisco, dois estudantes da Fa-culdade de Arquitectura do Porto. Partiram à busca de uma experi-ência diferente, de novas linhas de trabalho, de novos interesses e, deixemo-nos de mistérios, de divertimento. Depois de escolhe-rem Roma com o destino ideal

para tomarem a melhor “refeição Erasmus”, o Francisco e o Paulo rumaram até à capital italiana e fi zeram uma espécie de tour de reconhecimento para encontrar casa e perceber quais os pontos mais atractivos da cidade. «[Es-távamos] saturados de hostels e hotéis a abarrotar os nossos pen-samentos, mas a vontade de fazer Erasmus foi superior.» Fizeram vários telefonemas e levaram al-gumas respostas negativas até que encontraram um apartamen-to bastante bem localizado no centro de Roma.

SUSPEITAS DE FANTASMANa realidade, a casa encontrada

por estes dois erasmus é um pou-co mais do que um apartamento de estudantes: é um verdadeiro livro de histórias. Histórias de ves-tidos, de damas romanas, de teci-dos ricos e elaborados, de esboços desenhados a pincel. Pertencente a uma velha designer de moda, a dona Fiorelli, a casa da dupla portuguesa é um local realmente inspirador. Os tons são rosados, as formas redondas e o mobiliário é fl oral. Os armários têm vesti-dos velhos e caixas com material

usado. Agora que o cenário está criado, imagina. Imagina que pro-vavelmente não é só a pouca luz das ruas romanas à noite que dá um ar sinistro à coisa. Francisco conta que não é só dentro de casa que o fantasma da Dona Fiorelli Saito tem aparecido: «Não será o computador que se liga estranha-mente a meio da noite?» Real ou não, a verdade é que quem entra naqueles metros quadrados sente uma força inspiradora.

INSPIRADOS PELO FANTASMA«É inspirador trabalhar nas

mesmas mesas gigantes em que um dia a costureira trabalhou», afi rma Francisco. O apartamento do Fran-cisco e do Paulo acaba por ser um foco estudantil bastante apelativo, não só pela grandeza, mas pelo ambiente também. É ali o ponto de encontro para os longos e tra-balhosos projectos de arquitectura mas é também o ponto de partida para longas e demoradas noites de Erasmus.

* A repórter do MU esteve em Roma e testemu-

nhou como dois portugueses vivem numa casa as-

sombrada. Podia ser um conto de Natal, mas não é.

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Salada Russa

Falar do Natal é como falar do casamento homos-sexual. Uns são a favor, outros são contra, a alguns é indiferente. “Façam o que quiserem, desde que não me chateiem.” Pessoalmente, sempre gostei do Natal.

E continuo a gostar. “Ah, o Colombo está que não se pode!” E depois? O

Colombo está sempre que não se pode. O espírito natalício agra-da-me, e todos os anos fico con-tente quando começo a senti-lo.

Mas nem tudo são rosas no Natal. Há, e sempre hou-

ve, aqueles a quem este espírito custa a entrar. Parece que têm aquela aura dos ‘L Casei Imuni-

tass’ a impedir que o sentimento nata-lício penetre. Estou a falar, obviamen-te, dos imbecis que oferecem roupa

às crianças no Natal. É claro que um bebé

de seis me-ses, não per-cebe o que lhe oferecem

ou deixam de oferecer, até porque dez adultos à volta dele a falar como se tivessem paralisia cerebral na ân-sia de que o puto se ria, desvia a atenção de qualquer um. Agora, ter um sobrinho de 7 anos e oferecer-lhe um cachecol? Tenham santa paciência. São semanas atrás de semanas a passar catálogos do Toys ‘R’ Us a pente fino, a acordar às 07h00 de domingo só para ver ainda mais anúncios. Para chegar à árvore e receber roupa? A roupa é útil, claro que é, agora, eu nunca vi um puto andar nu na rua e o pessoal a perguntar “Por que é que andas despido?”, “Ah, ninguém me deu roupa no Na-tal...”, compra-se durante o ano, como é óbvio! O Natal é para oferecer coisas que os deixem felizes, é uma altura de generosidade e não de utilidade. Caso contrário, é destruir a magia do Natal, é privar as crianças de um momento pelo qual esperaram todo o ano. É, diria mes-mo, convidar as crianças ao ateísmo. Jesus, para cativar as pessoas, fazia milagres, não oferecia meias.

Isto tem de acabar. Se os adultos querem tanto ofe-recer roupa a alguém no Natal, ofereçam a si próprios, vocês é que têm 50 anos, não são as crianças. A elas, oferecem-se brinquedos. Carros, jogos, super-heróis, ou peluches, bonecas e casinhas. Coisas que os façam felizes. Nunca os meus filhos hão-de receber roupa no Natal. Nem de mim, nem de ninguém. Vou ensiná-los a rejeitar.

LUÍS [email protected]

luisfrancobastos.blogs.sapo.pt

Sobretudo Sobre Nada

CRÓNICA 5 - O NATAL

Webmail

1 - Black Eyed Peas I Gotta Feelin’ 0 21

2 - Nneka Heartbeat 1 8

3 - Guetta, David feat. Rowland, Kelly When Love Takes Over 1 21

4 - Pussycat Dolls Hush Hush, Hush Hush 2 8

5 - Moony I Don’t Know Why -3 13

6 - Black Eyed Peas Meet me Halfway -1 10

7 - Caillat, Colbie Fallin’ for You 9 5

8 - Miranda, Diego feat Liliana Ibiza for dreams 3 13

9 - Beyonce Broken Hearted Girl 3 12

10 - Paul, Sean feat. Hilson, Kery Hold My Hand 7 10

11 - Pussycat Dolls Jay-Ho -2 13

12 - Timbaland feat. SoShy & Furtado, Nelly Morning After Dark 8 5

13 - Beyonce Sweet Dreams -3 22

14 - Maya, Edward feat. Jigulina, Vika Stereo Love 13 5

15 - Flo Rida feat. Ne-Yo Be On You -7 15

16 - Kentphonik feat. Khensy Hiya Kaia -9 11

17 - Cyrus, Miley Party In the U.S.A. 9 6

18 - Paul, Sean Pepperpot 3 7

19 - Hilson, Keri feat Kanye West & Ne-Yo Knock You Down -6 14

20 - Usher Papers 2 6

21 - Sean, Jay feat Lil Wayne Down -6 15

22 - Guetta, David feat. Akon Sexy Chick 2 12

23 - Akon Until U Come Back -5 9

24 - R.I.O. After the love -10 18

25 - Kingston, Sean Face Drop -6 10

26 - TT Tento Chegar A Ti -3 7

27 - Brown, Chris Crawl 2 4

28 - Ne-Yo Never Knew I Needed 6 3

29 - 50 Cent feat. Ne-Yo Baby By Me 1 4

30 - Delgado, Jose feat Kelly Pink Essa Batucada -5 12

31 - Sean, Jay feat. Paul, Sean & Lil’ Jon Do You Remember 1 4

32 - Rihanna Russian Roulette 3 3

33 - Carey, Mariah Obsessed -5 15

34 - Ne-Yo Part of the List 2

35 - DZRT Feeling 2 2

36 - Lady Gaga Paparazi 1

37 - Jason DeRulo Watcha Say -6 12

38 - Magan, Juan Mariah -5 13

39 - Beyonce Ego 1

40 - Paul, Sean So Fine -4 11

Tabela votada por ti em cidadefm.clix.pt

e apresentada aos sábados entre as 15h00 e as 19h00

Grande Lisboa – 91,6 FMGrande Porto – 107,2 FM

Alentejo – 97,2 FMRibatejo – 99,3 FMAlgarve – 99,7 FMBraga – 104,4 FM

Coimbra – 99,7 FM

Pos Artista Álbum Moves W.O.c

MELHOR PORTUGUÊS

SUBIDA DA SEMANA

DESCIDA DA SEMANA

Em tempo de paz vamos semear a discórdia!

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