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Administração 2012-2016

Grão-Chanceler

Cardeal Odilo Pedro Scherer

Arcebispo Metropolitano de São Paulo

Presidente da Fundação São Paulo

Pró-Reitor de Pós-Graduação

Profa. Dra. Maria Amalia Pie Abib Andery

Pró-Reitora de Educação Continuada

Profa. Dra. Alexandra Fogli Serpa Geraldinii

Pró-Reitor de Cultura e Relações

Comunitárias

Profa. Dra. Rosana Nunes dos Santos

Secretários Executivos da Fundação São Paulo

João Julio Farias Junior

José Rodolpho Perazzolo

Reitora

Profa. Dra. Anna Maria Marques Cintra

Vice-Reitor

Prof. Dr. José Eduardo Martinez

Pró-Reitor de Planejamento, Desenvolvimento

e Gestão

Prof. Dr. Lawrence Chung Koo

Pró-Reitora de Graduação

Profa. Dra. Maria Margarida Cavalcanti Limena

Chefe de Gabinete

Prof. Dr. Lafayette Pozzoli

Palavra do Grão-Chanceler Cardeal Odilo Pedro Scherer

Cardeal Odilo Pedro Scherer Arcebispo de São Paulo

Presidente da Fundação São PauloGrão-Chanceler da Universidade

Gló

ria F

lüge

l

ARES NOVOS NA PUC-SP!

É com muita alegria e esperança que apresento à comunidade

acadêmica da PUC-SP e a toda a coletividade os novos Estatutos e o

Regimento Geral da Fundação São Paulo e também da nossa Universidade.

São fruto de intensa reflexão, discussão e trabalhos, sempre

empreendidos em favor da Universidade, objetivo maior de todas as

atividades que desenvolvemos. Fiel à sua tradição cristã católica e, por

isso mesmo, comprometida com a transformação social, a PUC-SP e sua

Mantenedora poderão, com esses novos marcos regulatórios, atuar mais

agilmente, buscando a excelência nas atividades acadêmicas: na pesquisa,

no ensino e na extensão.

Racionalizar recursos, criar estruturas mais leves, adequar-se às

novas diretrizes da educação superior e garantir a face que lhe é própria

foram os motivadores deste esforço concentrado de dois anos, que nos fez

chegar aos novos documentos, que ora tenho a satisfação de apresentar.

Como ensina o jurista e filósofo brasileiro, Prof. Miguel Reale,

as leis nascem das situações de fato, valorados pela razão humana. Assim,

nossa coletânea legal reflete este momento novo que a PUC está vivendo.

Novos ares, novos tempos, mas sempre iluminados pela máxima contida

no seu brasão – Sabedoria -, como ponto a ser alcançado, também, pela

ciência.

Acrescentamos a esta publicação o Documento pontifício “Ex

corde Ecclesiae”, do saudoso Papa João Paulo II, que nos lembra que as

Universidades nasceram “do coração da Igreja”, como instrumentos para

levar homens e mulheres a fazerem a experiência de Deus, também, pela

razão, distinção máxima dos seres humanos no mundo das criaturas.

Convido todos a fazerem uma leitura atenta do Documento, para

que possam constatar a riqueza e o dinamismo do binômio fé e razão,

necessariamente presente numa Universidade Católica.

Desejo a todos boa leitura; que a Fundação São Paulo e a PUC-SP tenham fôlego e determinação para a

plena realização dos objetivos propostos. Novos ares de primavera prometem vida e bons frutos à nossa Instituição!

Cardeal Odilo Pedro Scherer

Arcebispo de São Paulo,

Presidente da Fundação São Paulo

Grão Chanceler da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Sumário

Estatuto da Fundação São Paulo .............................................................................

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo ............................

Regimento da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo ......................

Constituição Apostólica Ex Corde Ecclesiae ........................................................

15

33

77

171

EstatutoFundação São Paulo

Estatuto da Fundação São Paulo

(Ato constitutivo foi inscrito sob o nº 428, em 13 de outubro de 1945,

no livro A, nº 1 de Pessoas Jurídicas, do 4º Oficial de Registro Civil de

Títulos e Documentos da Comarca de São Paulo, Estado de São Paulo.

O presente Estatuto foi atualizado e registrado sob o nº 526.748, em

29 de novembro de 2006, em cumprimento ao “Termo de Ajustamento

de Conduta” (TAC), datado de 26.06.2006, procedimento PPIC nº

119/2006 do Ministério Público do Estado de São Paulo)

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo16

Estatuto da Fundação São Paulo

CAPÍTULO I

DA DENOMINAÇÃO, NATUREZA, DURAÇÃO, SEDE E FORO

Art. 1º- A FUNDAÇÃO SÃO PAULO – FUNDASP é uma pessoa jurídica de direito privado, sem fins

lucrativos, formada e informada pelos princípios da fé católica, instituída em 10 de outubro de 1945 por escritura

pública lavrada no 11° Cartório de Notas desta Capital, com seu ato constitutivo inscrito sob n° 428 e Estatuto

inscrito sob o n° 69.571 no 4° Oficial de Registro Civil de Pessoa Jurídica da Capital, designada abreviadamente

de FUNDASP.

Art. 2º- A FUNDASP tem prazo de duração indeterminado.

Art. 3º- A FUNDASP tem sede e domicílio jurídico na Capital do Estado de São Paulo, na Rua

Monte Alegre, 984, bairro de Perdizes.

Art. 4º- A FUNDASP é dotada de autonomia didático científica, administrativa, patrimonial,

financeira e operacional, e é regida por este Estatuto e pelas leis que lhe sejam aplicáveis.

Art. 5º- A FUNDASP é detentora dos títulos de utilidade pública pelo Decreto Estadual n° 36360,

de 8 de março de 1960; e pelo Decreto Federal n° 661, de 8 de março de 1962.

Art. 6º- Visando o estrito atendimento de seus objetivos estatutários, a FUNDASP poderá manter

unidades autônomas no território nacional e no exterior, comunicando-se à Promotoria de Justiça Cível de

Fundações do Ministério Público da Capital, quando da implementação dessas medidas.

CAPÍTULO II

DOS OBJETIVOS

Art. 7º- A FUNDASP tem por principal objetivo:

I - manter e dirigir a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, com as unidades a ela

incorporadas a critério do seu Conselho Superior;

II - manter e dirigir outras organizações de caráter cultural, social e filantrópico, educacional

e de pesquisa científica, a critério do seu Conselho Superior;

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 17

Estatuto da Fundação São Paulo

III - promover o ensino superior, e em outros níveis, em todas as suas modalidades, inclusive

nas áreas profissional e tecnológica, estimulando a investigação, a pesquisa científica e a

extensão de serviços à Comunidade;

IV - contribuir para a formação de uma cultura superior adaptada à realidade brasileira e

informada pelos princípios da fé católica;

V - contribuir para o desenvolvimento da solidariedade entre as democracias, especialmente

no campo cultural e social, em defesa da civilização cristã.

§ 1º - Para cumprimento de seus objetivos, a FUNDASP poderá, através de suas mantidas:

I - desenvolver atividades de caráter cultural, social e filantrópico, educacional e de pesquisa

científica, a critério do seu Conselho Superior;

II - realizar eventos ou ações educacionais, para adultos, jovens ou crianças;

III - promover a educação, a capacitação e o treinamento profissional do cidadão;

IV - desenvolver pesquisas, em todos os campos do saber, com a devida atenção à

identidade brasileira;

V - buscar o desenvolvimento de uma consciência profissional brasileira;

VI - formar técnicos e profissionais que atuem como suportes complementares fundamentais

para o desenvolvimento de atividade social;

VII - promover cursos e palestras relacionados às suas atividades estatutárias;

VIII - defender e conservar o patrimônio histórico e artístico e estimular e promover a

produção e a difusão de manifestações e bens culturais e artísticos de valor regional ou

universal, formadores e informadores de conhecimento, cultura e memória, bem como que

estimulem a liberdade de expressão;

IX - fomentar a criação de espaços de expressão e criação artística e intelectual que

contribuam para a promoção da cidadania;

X - desenvolver ações assistenciais que visem a integração ao mercado de trabalho e a

inclusão social por meio da difusão do ensino;

XI - oferecer bolsas e criar prêmios ou concursos e outras ações de estímulo relacionadas

com seus campos de atuação, de acordo com a disponibilidade de seus recursos;

XII - disponibilizar ou explorar apresentações para exibição por rádio e televisão, edição

de livros, revistas, gravação de CD’s, DVD’s e outras mídias, como incentivo à colaboração

voluntária de atividades de caráter educativo e cultural;

XIII - instituir prêmios de estímulo e reconhecimento a pesquisadores que tenham

contribuído para o desenvolvimento científico, técnico e cultural da comunidade;

XIV - aplicar recursos na formação de Fundo de Capital próprio a ser composto por doações,

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo18

Estatuto da Fundação São Paulo

contribuições e eventuais excedentes financeiros e outros, cujo resultado, obrigatoriamente,

será revertido na realização de seus objetivos estatutários;

XV - apoiar ações de pesquisas, de ensino e o desenvolvimento institucional;

XVI - difundir e explorar marcas que possua ou detenha os direitos de exploração;

XVII - promover atividades de editoria, livraria, papelaria, bazar, restaurante, lanchonete,

estacionamento e outras que possam gerar a captação de recursos financeiros;

XVIII - promover outras atividades que, a juízo do Conselho Superior, sejam de interesse na

realização de seus objetivos estatutários.

§ 2º - Para a realização dos seus objetivos, a FUNDASP poderá celebrar contratos, convênios,

contratos de gestão, acordos, termo de parcerias e outros instrumentos congêneres, com pessoas físicas ou

jurídicas, públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras e internacionais.

§ 3º - A FUNDASP atuará de forma permanente e observará os princípios de legalidade,

impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e eficiência.

CAPÍTULO III

DO PATRIMÔNIO E DOS RECURSOS

Seção I

Do Patrimônio

Art. 8º- Constituem o patrimônio da FUNDASP:

I - a dotação inicial atribuída por seus instituidores;

II - os bens e direitos que, a qualquer título, adquiriu ou que venha a adquirir;

III - a parte dos resultados líquidos provenientes de suas atividades, destinada a esse fim

pelo Conselho Superior;

IV - as doações, legados, auxílios e contribuições, que lhe venham a ser destinados por

pessoas de direito público e privado.

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 19

Estatuto da Fundação São Paulo

§ 1º - Os saldos das receitas, inclusive seus frutos, de qualquer natureza, a juízo do Conselho

Superior, poderão ser incorporados ao patrimônio da FUNDASP.

§ 2º - O patrimônio da FUNDASP não poderá ter aplicação diversa da estabelecida neste Estatuto.

Seção II

Dos Recursos

Art. 9º- Constituem recursos da FUNDASP:

I - os resultados derivados de operações de crédito ou aplicações financeiras de qualquer

natureza;

II - os oriundos de seus bens e os de outra natureza eventual;

III - os usufrutos, doações, rendas, legados, heranças, auxílios e subvenções de qualquer

natureza que receba, não destinados especificamente à incorporação ao seu patrimônio;

IV - a receita oriunda da venda de produtos, de recebimento de royalties e de licenciamento

de marcas ou direitos;

V - os rendimentos de atividades relacionadas, direta ou indiretamente, com os seus

objetivos estatutários.

Art. 10- A aplicação de recursos disponíveis da FUNDASP, obedecida prévia autorização do seu

Conselho Superior, só poderá ser feita:

I - na consecução de seus objetivos estatutários;

II - na aquisição de bens móveis e imóveis;

III - na aquisição de títulos públicos do Município, do Estado ou da União;

IV - em outras operações efetuadas com instituições legalmente constituídas.

§ 1º - Os depósitos e movimentação do numerário serão feitos exclusivamente em conta da

FUNDASP, junto a estabelecimentos bancários reconhecidos como de primeira linha.

§ 2º - A FUNDASP aplicará seu patrimônio e seus recursos integralmente no Brasil, atendendo a

critérios de segurança dos investimentos e manutenção do valor real do capital investido e sempre visando

realizar os seus objetivos estatutários.

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo20

Estatuto da Fundação São Paulo

§ 3º - Não serão distribuídos, sob qualquer forma ou pretexto, eventuais excedentes operacionais,

brutos ou líquidos, dividendos, bonificações, participações ou parcela do patrimônio da FUNDASP, auferidos

mediante o exercício de suas atividades.

§ 4° - As alienações e onerações de bens imóveis da FUNDASP somente serão realizadas mediante

prévia e expressa autorização do Conselho Superior e da Promotoria de Justiça Cível de Fundações do Ministério

Público da Capital.

CAPÍTULO IV

DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

Seção I

Dos Órgãos de Administração

Art. 11- São órgãos da administração da FUNDASP:

I - Conselho Superior;

II - Conselho de Assessoria em Administração e Finanças.

§ 1º - No desempenho de suas funções, os órgãos da administração serão apoiados por um Conselho

Consultivo, por um Conselho Fiscal e por uma Secretaria Executiva.

§ 2º - É vedada acumulação de funções entre os órgãos integrantes da estrutura administrativa.

Art. 12- Os membros do Conselho Superior, do Conselho de Assessoria em Administração e Finanças,

do Conselho Consultivo e do Conselho Fiscal não serão remunerados pelo exercício de suas funções e aos instituidores,

benfeitores ou equivalentes, não serão concedidos vantagens ou benefícios, direta ou indiretamente, por qualquer

forma ou título, ressalvado o disposto no parágrafo único deste artigo.

Parágrafo único - A proibição de que trata este artigo não implica incompatibilidade de prestação

de serviços profissionais à FUNDASP pelos seus conselheiros ou diretores, desde que obedecidos os seguintes critérios:

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 21

Estatuto da Fundação São Paulo

I - que haja prévia aprovação do Conselho Superior;

II - que os serviços sejam distintos das funções estatutárias a eles inerentes;

III - que a contratação seja tecnicamente recomendável;

IV - que o preço cobrado seja compatível com aquele praticado no mercado para as atividades da

espécie.

Art. 13- Os membros do Conselho Superior, do Conselho de Assessoria em Administração e

Finanças, do Conselho Consultivo e do Conselho Fiscal, não responderão, nem mesmo subsidiariamente, pelas

obrigações contraídas pela FUNDASP.

Parágrafo único - Os Conselheiros que agirem com comprovado dolo ou culpa, no

desempenho de suas funções ou, ainda, se excederem na prática dos atos de sua respectiva gestão, responderão

solidariamente perante a FUNDASP e a terceiros prejudicados.

Art. 14- O Conselho Superior, órgão máximo de deliberação, orientação e da administração da

FUNDASP, é constituído pelos seguintes membros:

I - Arcebispo Metropolitano de São Paulo, que será o seu Presidente nato;

II - os Bispos Auxiliares da Arquidiocese de São Paulo;

III - o Reitor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

§ 1° - O Presidente será substituído, em caso de falta ou impedimento, pelo Prelado a quem couber

precedência entre os Bispos Auxiliares da Arquidiocese de São Paulo.

§ 2° - No caso de vacância de Sede Metropolitana de São Paulo, o Presidente será o substituto

canônico do Arcebispo de São Paulo.

§ 3º - O prazo do exercício das funções dos membros do Conselho Superior será igual ao prazo de

duração das respectivas investiduras.

Art. 15- Ao Conselho Superior, compete:

I - promover e estabelecer a política e as diretrizes gerais de orientação e controle da administração

da FUNDASP, para a consecução de seus fins estatutários;

II - cumprir e fazer cumprir este Estatuto e demais regulamentos aplicáveis à FUNDASP;

III - escolher e destituir, por maioria absoluta de votos, os membros do Conselho de Assessoria em

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo22

Estatuto da Fundação São Paulo

Administração e Finanças, do Conselho Consultivo e do Conselho Fiscal;

IV - decidir sobre os casos omissos neste Estatuto e as dúvidas advindas de sua interpretação;

V - decidir sobre a aquisição, oneração e alienação de bens móveis, imóveis e direitos em

geral da FUNDASP, desde que previamente autorizada pela Promotoria de Justiça Cível de

Fundações do Ministério Público da Capital, excluídos aqueles de valor inferior estipulado

por este conselho;

VI - aprovar:

a - a proposta de orçamento e o plano de trabalho;

b - o balanço, as demonstrações contábeis e o relatório de atividades;

c - o Regulamento de Contratação de Obras, Serviços, Compras, Alienações e Locações;

d - o Regulamento de Admissão de Pessoal;

VII - deliberar sobre:

a - a parte dos resultados líquidos que será incorporada ao patrimônio da

FUNDASP;

b - o relatório, orçamento e balanço anuais da FUNDASP e das entidades por ela

mantidas;

c - a criação de outras entidades de caráter cultural, social, filantrópico, de

pesquisa científica, bem como departamentos e serviços de imprensa, televisão e

radiodifusão que, sem finalidade lucrativa, poderão ter administração, atuação e

vida autônomas;

d - a contratação dos quadros das entidades mantidas pela FUNDASP, respeitados

os critérios e processos dessas mantidas;

e - proposta de alteração deste Estatuto, obedecido o disposto no seu art. 40;

f - proposta de alteração do Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São

Paulo, a ser encaminhada aos órgãos competentes desta;

g - proposta de alteração dos atos constitutivos da Pontifícia Universidade Católica

de São Paulo e de outras entidades mantidas pela FUNDASP, quando por elas

encaminhadas;

h - a criação, a incorporação, extinção ou alteração de unidades e órgãos da

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e de outras entidades mantidas pela

FUNDASP, à vista de proposta encaminhada pelo Reitor, ou por quem de direito;

VIII - homologar convênios, contratos e outros instrumentos congêneres firmados pela

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e por outras entidades mantidas pela FUNDASP

com instituições públicas ou privadas, nacionais, estrangeiras e internacionais;

IX - velar pelo fiel cumprimento dos fins para os quais foram instituídas a Pontifícia

Universidade Católica de São Paulo e outras entidades mantidas pela FUNDASP;

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 23

Estatuto da Fundação São Paulo

X - supervisionar os planos e relatórios de atividades econômico-financeiras, os balanços,

balancetes e outros documentos da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e de outras

entidades mantidas pela FUNDASP, sendo-lhe facultado solicitar os esclarecimentos que

julgar necessários para a análise dos documentos mencionados;

XI - aprovar as normas gerais sobre orçamento, planejamento, plano de trabalho, cargos

e salários da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e de outras entidades mantidas

pela FUNDASP;

XII - destituir de suas funções qualquer professor da Pontifícia Universidade Católica de São

Paulo e de outras entidades mantidas pela FUNDASP, desde que comprovada sua conduta

prejudicial às finalidades docentes e respeitando-se o direito de ampla defesa do investigado;

XIII - em caso de risco à sustentabilidade de suas mantidas a FUNDASP poderá realizar

dispensas nos quadros das primeiras.

Art. 16- O Conselho Superior reunir-se-á:

I - ordinariamente, uma vez no primeiro semestre de cada ano;

II - extraordinariamente, sempre que necessário, por convocação do Presidente, por

1/5 (um quinto) de seus membros, ou pela Promotoria de Justiça Cível de Fundações do

Ministério Público da Capital.

Parágrafo único - Salvo em caso de urgência, as convocações do Conselho Superior far-se-

ão por escrito com, no mínimo, 8 (oito) dias de antecedência.

Art. 17- As sessões do Conselho Superior realizar-se-ão com a presença da maioria absoluta de

seus membros e as suas deliberações serão tomadas pela maioria simples de votos, ressalvados os casos de

quorum especial previstos neste Estatuto.

Art. 18- Quinze (15) minutos após a hora marcada para o início da sessão, se verificada falta de

quorum estatutário, a sessão será realizada, em segunda convocação, uma hora depois com, pelo menos, cinco

dos membros do Conselho Superior, não podendo, porém, deliberar sobre matérias que exigem quorum especial.

Parágrafo único - O Presidente do Conselho Superior escolherá um Secretário ad hoc, para

as reuniões, ao qual competirá lavrar as respectivas atas.

Art. 19- Cada membro do Conselho Superior tem direito a um voto.

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo24

Estatuto da Fundação São Paulo

Parágrafo único - Não será admitido voto por procuração.

Art. 20- Ao Presidente do Conselho Superior compete:

I - dirigir, administrar e representar a FUNDASP, em juízo e fora dele;

II - fazer arrecadar a receita, efetuar a despesa e fiscalizar a aplicação das verbas;

III - aprovar o relatório anual das atividades da FUNDASP, apresentado pelo Conselho de

Assessoria em Administração e Finanças;

IV - convocar e presidir as reuniões do Conselho Superior e designar o respectivo Secretário;

V - convocar e presidir o Conselho de Assessoria em Administração e Finanças, e o Conselho

Consultivo e convocar o Conselho Fiscal;

VI - exercer as atribuições que lhe forem conferidas, por delegação do Conselho Superior, na

esfera de sua competência;

VII - cumprir e fazer cumprir as deliberações do Conselho Superior;

VIII - nomear, dentre os professores, o Reitor e os Vice-Reitores da Pontifícia Universidade

Católica de São Paulo, na forma da lei e do Estatuto da mesma Universidade;

IX - nomear os dirigentes de outras entidades mantidas pela FUNDASP;

X - prestar contas, anualmente, à Promotoria de Justiça Cível de Fundações do Ministério

Público da Capital, das atividades desenvolvidas pela FUNDASP;

XI - adquirir, alienar ou onerar bens móveis, imóveis e direitos em geral, obedecendo-se ao

disposto no art. 15, V, deste Estatuto;

XII - assinar contratos, convênios, acordos ou termos de parceria, dando-se posterior

conhecimento ao Conselho Superior;

XIII - propor ao Conselho Superior alterações do Estatuto da Pontifícia Universidade

Católica, da FUNDASP e de outras entidades mantidas por esta Fundação.

§ 1º - O Presidente votará por último e o seu voto terá o caráter de desempate.

§ 2º - O Presidente do Conselho Superior poderá nomear até 3 (três) Secretários Executivos, de sua

livre escolha, delegando-lhes os poderes que julgar convenientes.

§ 3º - Em havendo coincidência de poderes deverão agir sempre em conjunto de dois.

§ 4º - Os Secretários Executivos serão contratados de acordo com a legislação trabalhista e não farão

parte do quadro dirigente da FUNDASP.

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 25

Estatuto da Fundação São Paulo

Seção II

Do Conselho de Assessoria em Administração e Finanças

Art. 21- O Conselho de Assessoria em Administração e Finanças é órgão de assessoria da

FUNDASP e do Conselho Superior.

Art. 22- O Conselho de Assessoria em Administração e Finanças será composto pelos seguintes

membros:

I - pelo Presidente do Conselho Superior, que será seu Presidente nato;

II - por 6 (seis) membros escolhidos pelo Presidente do Conselho Superior da FUNDASP,

dentre profissionais de reconhecida competência nas áreas administrativa, jurídica e

financeira, submetendo-se tais escolhas à aprovação dos demais membros do Conselho

Superior.

Parágrafo único - Os membros do Conselho de Assessoria em Administração e Finanças a

que se refere o inciso II deste artigo, exercerão suas funções por um período de 2 (dois) anos, permitindo-se

reconduções sucessivas.

Art. 23- O Conselho de Assessoria em Administração e Finanças reunir-se-á, por convocação do

Presidente do Conselho Superior da FUNDASP com, no mínimo, 5 (cinco) dias de antecedência de cada reunião.

§ 1º - As atas das reuniões do Conselho de Assessoria em Administração e Finanças serão lavradas

por um Secretário designado pelo Presidente do Conselho Superior da FUNDASP e assinada pelos presentes.

§ 2º - As deliberações do Conselho de Assessoria em Administração e Finanças serão tomadas por

maioria simples de seus membros.

§ 3º - O Presidente votará por último e o seu voto terá o caráter de desempate.

Art. 24- Ao Conselho de Assessoria em Administração e Finanças, na qualidade de órgão assessor

da FUNDASP, compete:

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo26

Estatuto da Fundação São Paulo

I - colaborar:

a - na elaboração do planejamento da organização administrativa e financeira da

FUNDASP;

b - na elaboração de normas para a feitura do relatório administrativo e financeiro

da FUNDASP, a ser apreciado pelo Conselho Superior;

c - na fixação de critérios e diretrizes para a elaboração da proposta orçamentária,

com base nas sugestões apresentadas pela Universidade, por intermédio da sua

Reitoria, e demais entidades mantidas pela FUNDASP;

d - em tudo o mais que diga respeito ao campo da administração financeira.

II - emitir parecer sobre o balanço anual e a situação econômico-financeiro da FUNDASP.

Art. 25- O Conselho de Assessoria em Administração e Finanças reunir-se-á:

I - ordinariamente:

a - sempre que necessário, por convocação de seu Presidente;

b - obrigatoriamente, no primeiro semestre de cada ano, em data anterior à

primeira reunião ordinária do Conselho Superior;

II - extraordinariamente todas as vezes que o seu Presidente convocar por iniciativa própria.

Parágrafo único - As decisões do Conselho de Assessoria em Administração e Finanças

serão tomadas pelo voto da maioria simples de seus membros.

Art. 26- As convocações para as reuniões do Conselho de Assessoria em Administração e

Finanças serão feitas, por escrito, com antecedência de, no mínimo, 5 (cinco) dias, salvo em casos de urgência,

cuja convocação poderá ser feita com antecedência de tempo inferior.

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 27

Estatuto da Fundação São Paulo

CAPÍTULO V

DO CONSELHO CONSULTIVO

Art. 27- O Conselho Consultivo é órgão de consulta e aconselhamento, cabendo-lhe auxiliar

o Conselho de Assessoria em Administração e Finanças e o Conselho Superior na consecução das finalidades

estatutárias, principalmente opinando sobre assuntos relevantes nas áreas de atuação da FUNDASP.

Art. 28- O Conselho Consultivo será composto por até 12 (doze) membros, a saber:

I - o Presidente do Conselho Superior que será seu presidente nato;

II - o Reitor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo;

III - 05 (cinco) ou mais membros escolhidos pelo Presidente do Conselho Superior

preferencialmente dentre os oriundos dos meios universitários, comerciais, industriais ou

outros segmentos da sociedade civil, submetendo-se tais escolhas à aprovação dos demais

membros desse Conselho.

Parágrafo único - Os membros do Conselho Consultivo referidos no inciso III, deste artigo,

exercerão suas funções por um período de 2 (dois) anos, permitindo-se reconduções sucessivas.

Art. 29- O Conselho Consultivo reunir-se-á, por convocação de seu Presidente, com, no mínimo,

5 (cinco) dias de antecedência.

§ 1º - As atas das reuniões do Conselho Consultivo serão lavradas por um Secretário designado pelo

Presidente e assinada pelos presentes.

§ 2º - As deliberações do Conselho Consultivo serão tomadas por maioria simples de seus membros.

§ 3º - O Presidente do Conselho Consultivo votará por último e o seu voto terá o caráter de

desempate.

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo28

Estatuto da Fundação São Paulo

CAPÍTULO VI

DO CONSELHO FISCAL

Art. 30- O Conselho Fiscal, órgão de fiscalização financeira e contábil da FUNDASP, compõe-se de

3 (três) membros, que serão escolhidos pelo Presidente do Conselho Superior.

§ 1º - O prazo do exercício das funções dos membros do Conselho Fiscal será de 2 (dois) anos,

permitindo-se uma recondução sucessiva.

§ 2º - O Presidente do Conselho Fiscal será escolhido por seus pares, dentre seus membros, quando

da primeira reunião.

§ 3º - O Presidente do Conselho Fiscal escolherá seu substituto para suas faltas ou impedimentos,

dentre seus pares.

Art. 31- Compete ao Conselho Fiscal:

I - opinar sobre os relatórios de desempenho financeiro e contábil da FUNDASP;

II - opinar sobre as operações patrimoniais realizadas pela FUNDASP;

III - emitir pareceres para o Conselho Superior sobre o relatório de atividades, balanço,

demonstração contábil e orçamentos preparados pela Pontifícia Universidade Católica de São

Paulo e suas demais mantidas;

IV - representar ao Conselho Superior sobre qualquer irregularidade verificada nas contas

da FUNDASP.

Art. 32- Ao Presidente do Conselho Fiscal compete:

I - cumprir e fazer cumprir, com o auxílio dos outros 2 (dois) membros, todas as atribuições

do Conselho Fiscal;

II - convocar e presidir as reuniões ordinárias e extraordinárias do Conselho Fiscal;

III - votar por último e o seu voto tem o caráter de desempate;

IV - exercer as atividades que lhe forem conferidas pelo Conselho Superior.

Art. 33- O Conselho Fiscal reunir-se-á, ordinariamente:

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 29

Estatuto da Fundação São Paulo

I - até o final do mês de março de cada ano, para examinar e emitir parecer sobre o

relatório anual das atividades da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e suas demais

mantidas e a prestação de contas do exercício anterior;

II - em data prefixada de comum acordo por seus membros, para atendimento das

atribuições que lhe confere o art. 31, deste Estatuto.

Art. 34- O Conselho Fiscal reunir-se-á extraordinariamente, sempre que necessário, por

convocação de seu Presidente.

CAPÍTULO VII

DO EXERCÍCIO SOCIAL

Art. 35- O exercício social da FUNDASP coincidirá com o ano civil.

Art. 36- A FUNDASP prestará contas nos termos da legislação que lhe for aplicável e:

I - observará os princípios fundamentais e as Normas Brasileiras de Contabilidade;

II - publicará, anualmente, o seu balanço;

III - afixará, em lugar acessível de sua sede, cópia de relatório de atividades, de

demonstrações financeiras e de certidões negativas de débito junto ao INSS e ao FGTS.

§ 1º - Até o dia 31 de março de cada ano, o Conselho de Assessoria em Administração e Finanças

remeterá ao Conselho Superior os documentos referidos neste Estatuto, com seu parecer e o do Conselho Fiscal,

peças que, aprovadas pelo Conselho Superior, serão remetidas à Promotoria de Justiça Cível de Fundações do

Ministério Público da Capital.

§ 2º - A prestação de contas da FUNDASP será preparada e encaminhada de acordo com o programa

SICAP - Sistema de Cadastro e Prestação de Contas do Ministério Público do Estado de São Paulo ou outro

sistema que, por eventual, o substitua.

§ 3º - Até o dia 31 de janeiro de cada ano, o Conselho Superior aprovará o plano de trabalho e o

orçamento do ano em curso, remetendo-os à Promotoria de Justiça Cível de Fundações do Ministério Público

da Capital.

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo30

Estatuto da Fundação São Paulo

§ 4º - No caso de recursos e bens de origem pública recebidos pela FUNDASP, a respectiva prestação

de contas será feita conforme determina o parágrafo único do art. 70 da Constituição Federal.

Art. 37- A FUNDASP providenciará a realização de auditoria, inclusive por auditores externos

independentes, quando for o caso, para exame de suas contas e, também, para verificação da aplicação dos

eventuais recursos, objeto de termo de parceria.

§ 1º - As despesas decorrentes da contratação de auditoria independente, poderão ser incluídas no

orçamento do projeto do termo de parceria, quando for contratada para verificação da aplicação dos recursos

do mesmo. Em outras hipóteses, as despesas serão custeadas pela FUNDASP.

§ 2º - A auditoria independente deverá ser realizada por pessoa física ou jurídica habilitada pelos

Conselhos Regionais de Contabilidade.

CAPÍTULO VIII

DA REFORMA DO ESTATUTO E DA EXTINÇÃO DA FUNDASP

Seção I

Da Reforma do Estatuto

Art. 38- O presente Estatuto poderá ser alterado, observando-se os seguintes critérios:

I - quando não contrariar ou desvirtuar o fim da FUNDASP;

II - pelo voto favorável de 2/3 (dois terços) dos membros do Conselho Superior, seguindo-

se, no mais, o disposto na legislação vigente;

III - com aprovação da Promotoria de Justiça Cível de Fundações do Ministério Público da

Capital e, caso este a denegue, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado.

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 31

Estatuto da Fundação São Paulo

Seção II

Da Extinção da FUNDASP

Art. 39- A FUNDASP poderá ser extinta:

I - pelo voto favorável de 2/3 (dois terços) dos membros do Conselho Superior;

II - se a sua finalidade tornar-se ilícita, impossível ou inútil.

§ 1º- Ocorrendo uma ou outra das hipóteses referidas nos incisos I e II, deste artigo, será ouvida a

Promotoria de Justiça Cível de Fundações do Ministério Público da Capital.

§ 2º - Uma vez extinta a FUNDASP, o seu eventual patrimônio remanescente será destinado a outra

entidade que se proponha a fim igual ou semelhante ao desta Fundação e, no caso de recusa, tal destinação

será feita a entidade registrada no Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS, ou ainda, a entidade

qualificada como organização da sociedade civil de interesse público, sempre de acordo com decisão tomada

pelo voto da maioria simples dos membros do Conselho Superior.

CAPÍTULO IX

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 40- Os Presidentes dos órgãos colegiados da FUNDASP poderão decidir, excepcionalmente,

ad referendum, as matérias que, dado seu caráter de urgência ou de ameaça aos interesses desta Fundação,

não possam aguardar uma próxima reunião.

Art. 41- Os empregados da FUNDASP sujeitar-se-ão ao regime da Consolidação das Leis do

Trabalho – CLT, permitindo-se a contratação de locação de serviços.

Parágrafo único - Os empregados da FUNDASP serão contratados após serem aprovados de

acordo com o estabelecido em normas próprias contidas em Regulamento de Processo Seletivo para Admissão

de Pessoal da FUNDASP.

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo32

Estatuto da Fundação São Paulo

Art. 42- A contratação de compras, obras, serviços e alienações da FUNDASP, será feita em

conformidade com Regulamento de Contratações de Compras, Obras, Serviços, Alienações e Locações, aprovado

pelo Conselho Superior e publicado, por extrato, no Diário Oficial do Estado de São Paulo.

Art. 43- A Promotoria de Justiça Cível de Fundações do Ministério Público da Capital poderá

determinar auditoria externa nas contas da FUNDASP, correndo as despesas por conta desta.

Art. 44- Caberá ao Conselho de Assessoria em Administração e Finanças, no prazo de 120 (cento

e vinte) dias, contados da posse de seus membros, preparar e submeter à aprovação do Conselho Superior os

regulamentos referidos no art. 41, parágrafo único e art. 42, ambos deste estatuto.

Art. 45- Até que se dê a composição do Conselho Superior na forma prevista no art. 14, incisos I

a III, deste Estatuto, ficarão mantidos nos seus respectivos cargos e funções os atuais membros deste Conselho.

§ 1º - Fica estabelecido o prazo de até 120 (cento e vinte) dias contados da data do registro deste

Estatuto, para a composição do Conselho Superior, de acordo com o art. 14, incisos I a III, cabendo a estes,

a escolha dos membros do Conselho de Assessoria em Administração e Finanças, do Conselho Consultivo e do

Conselho Fiscal, de acordo com o disposto neste Estatuto.

§ 2º - Os atuais Secretários Executivos da FUNDASP serão mantidos no exercício de suas funções

junto à Pontifícia Universidade Católica de São Paulo até o término do mandato da atual Reitoria.

Art. 46- Este Estatuto entra em vigor na data de seu registro junto ao 4º Oficial de Registro Civil

de Pessoa Jurídica da Capital.

Art. 47- Ficam revogadas as disposições em contrário.

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 33

Estatuto da Fundação São Paulo

Estatuto Pontifícia Universidade Católica de

São Paulo

Elaborado na reunião do Conselho Universitário

em 11/07/2008

Aprovado pelo Conselho Superior da Fundação São Paulo

em 22/08/2008

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 35

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

TÍTULO I Da constituição da Universidade ...........................................................................

•Capítulo I Da Universidade e seus fins ................................................................

•Capítulo II Da estrutura e organização acadêmicas ...............................................

◊ Seção I Das Faculdades .................................................................

◊ Seção II Das Coordenadorias ..........................................................

TÍTULO II Da organização administrativa .............................................................................

•Capítulo I Dos Órgãos Colegiados Deliberativos Superiores ..................................

◊ Seção I Do Conselho Universitário ..................................................

◊ Seção II Do Conselho de Administração ...........................................

•Capítulo II Dos Órgãos Colegiados de Deliberação e Consulta ...............................

◊ Seção I Do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão ......................

◊ Seção II Das Câmaras ....................................................................

◊ Seção III Do Conselho de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão ...

◊ Seção IV Do Conselho de Cultura e Relações Comunitárias ................

◊ Seção V Dos Conselhos de Faculdade ..............................................

◊ Seção VI Do Colegiado do Departamento .........................................

•Capítulo III Dos Órgãos de Direção e Supervisão ...................................................

◊ Seção I Da Grã-Chancelaria ...........................................................

◊ Seção II Da Reitoria .......................................................................

• Subseção I Do Reitor ........................................................

• Subseção II Do Vice-Reitor .................................................

• Subseção III Do Gabinete do Reitor ......................................

• Subseção IV Da Secretaria Geral ..........................................

• Subseção V Dos órgãos de assessoria da Reitoria .................

◊ Seção III Dos Pró-Reitores ...............................................................

• Subseção I Do Pró-Reitor de Graduação .............................

• Subseção II Do Pró-Reitor de Pós-Graduação .......................

• Subseção III Do Pró-Reitor de Educação Continuada .............

• Subseção IV Do Pró-Reitor de Planejamento,

Desenvolvimento e Gestão ...............................

• Subseção V Do Pró-Reitor de Cultura e

Relações Comunitárias .....................................

◊ Seção IV Da Direção de campus .......................................................

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Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

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◊ Seção V Do Diretor e do Diretor Adjunto de Faculdade .....................

◊ Seção VI Do Chefe de Departamento ...............................................

•Capítulo IV Dos serviços administrativos ...............................................................

TÍTULO III Do regime didático ..............................................................................................

•Capítulo I Dos cursos ........................................................................................

TÍTULO IV Do regime escolar ...............................................................................................

•Capítulo I Do calendário escolar .........................................................................

•Capítulo II Do ingresso na Universidade ...............................................................

•Capítulo III Das matrículas ...................................................................................

TÍTULO V Dos graus, diplomas, certificados e títulos ............................................................

•Capítulo I Dos diplomas e certificados ................................................................

•Capítulo II Da obtenção dos títulos ......................................................................

◊ Seção I Do título de mestre ...........................................................

◊ Seção II Do título de doutor ...........................................................

◊ Seção III Do título de livre docente ..................................................

TÍTULO VI Da comunidade universitária ...............................................................................

•Capítulo I Do corpo docente ..............................................................................

◊ Seção I Do regime funcional do magistério .....................................

•Capítulo II Do corpo discente ..............................................................................

•Capítulo III Do corpo administrativo .....................................................................

•Capítulo IV Do regime disciplinar .........................................................................

TÍTULO VII Do regime econômico-financeiro ..........................................................................

TÍTULO VIII Das disposições gerais ........................................................................................

TÍTULO IX Das disposições transitórias .................................................................................

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TÍTULO IDA CONSTITUIÇÃO DA UNIVERSIDADE

CAPÍTULO IDA UNIVERSIDADE E SEUS FINS

Art. 1º- A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP, com sede no Município de São

Paulo, é uma Universidade privada, comunitária, sem personalidade jurídica própria, mantida pela Fundação São

Paulo – entidade sem fins lucrativos, declarada filantrópica e de assistência social - fundada em 13 de agosto de

1946, pelo Eminentíssimo Cardeal D. Carlos Carmello de Vasconcelos Motta, reconhecida pelo Governo Federal nos

termos do Decreto-Lei nº 9.632, de 22 de agosto de 1946, instituição de caráter confessional cristão católico, de

pesquisa, de ensino superior e de prestação de serviços à comunidade, passa a reger-se por este Estatuto e pelo

seu Regimento Geral, obedecido o Estatuto da Fundação São Paulo e demais disposições civis e canônicas que lhe

são aplicáveis.

Parágrafo único - A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, doravante designada PUC-SP,

tem sede na cidade de São Paulo, no campus Monte Alegre, situado à rua Monte Alegre no 984, e mantém um

campus integrante da sede na cidade de Sorocaba, e um campus fora da sede na cidade de Barueri.

Art. 2º- A PUC-SP goza de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e

patrimonial, exercida na forma da Constituição Federal de 1988, da legislação que lhe é aplicável e deste Estatuto.

Art. 3º- No cumprimento de sua missão a PUC-SP orienta-se, fundamentalmente, pelos princípios

da doutrina católica. Dentro desse espírito, assegura a liberdade de investigação, de ensino e de manifestação de

pensamento, objetivando sempre a realização de sua função social, considerada a natureza e o interesse público de

suas atividades.

Art. 4º- A PUC-SP tem por finalidade:

I - ministrar o ensino superior em todas as suas modalidades, propiciando ao aluno formação

acadêmica humanista coerente com os princípios da ética cristã e da doutrina católica, habilitando-o

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo38

à inserção profissional e social, com abertura ao diálogo e empenho na promoção do bem comum;

II - realizar investigação e pesquisa científicas;

III - organizar atividades de extensão de modo a responder aos múltiplos desafios da realidade

presente;

IV - contribuir para a formação de uma cultura superior inserida criticamente na realidade nacional e

internacional, fundamentada na autonomia intelectual, informada pelos princípios cristãos;

V - promover o desenvolvimento da solidariedade entre os povos, visando a sustentabilidade e

integralidade da vida;

VI - atuar como comunidade universitária animada pelo espírito de liberdade, caridade e

responsabilidade, conforme princípios da Igreja Católica;

VII - desenvolver, em interação com múltiplos ambientes, diálogo permanente, articulado nos seus

respectivos campos, entre as ciências, as técnicas, as artes, a filosofia e a teologia;

VIII - estimular e promover a participação da comunidade universitária, visando a difusão dos

trabalhos acadêmicos e a elevação do nível socioeconômico e cultural da comunidade local;

IX - constituir-se em centro de produção e divulgação de cultura, de modo a responder

às condições e necessidades ecológicas, econômicas, sociais, políticas e religiosas do Brasil e do

mundo;

X - elaborar programas de pesquisa, estudo e documentação que forneçam subsídios para a solução

de problemas nacionais e globais;

XI - interagir de forma constante e consistente no espaço interuniversitário nacional e global, de

modo a propiciar empreendimentos comuns e cooperação em benefício das ciências, das artes, das

letras e das tecnologias;

XII - prestar assessoria, consultoria e outros serviços a instituições de interesse público ou privado,

em assuntos relativos aos diversos campos do saber;

XIII - promover a internacionalização de programas e projetos de ensino e pesquisa, bem como de

pesquisadores e estudantes, por meio de convênios e acordos firmados com instituições universitárias

e de pesquisa nacionais e estrangeiras;

XIV - desenvolver atividades na área da inovação tecnológica.

CAPÍTULO II

DA ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO ACADÊMICAS

Art. 5º- A PUC-SP é composta por unidades acadêmicas denominadas Faculdades e Coordenadorias.

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 39

§ 1º - A criação ou modificação de unidades acadêmicas deve atender à plena utilização de recursos

materiais e humanos, evitada a duplicidade de meios para fins idênticos ou equivalentes, e obedecido o disposto

nos parágrafos segundo e terceiro deste artigo.

§ 2º - O Conselho Universitário poderá, mediante deliberação aprovada por 2/3 (dois terços) dos seus

membros, ouvido o Conselho de Administração, propor ao Conselho Superior da Fundação São Paulo, a criação,

bem como extinção, modificação ou fusão das Faculdades, e suas eventuais alterações.

§ 3º - O Conselho Universitário poderá, mediante deliberação aprovada por maioria simples de seus

membros, ouvido o Conselho de Administração, propor ao Conselho Superior da Fundação São Paulo, a criação,

bem como extinção, modificação ou fusão de coordenadorias.

Seção I

DAS FACULDADES

Art. 6º- As Faculdades, unidades responsáveis por ensino, pesquisa e extensão, são órgãos de

deliberação, supervisão e coordenação das atividades universitárias correspondentes as suas respectivas áreas de

conhecimento.

Art. 7º - As Faculdades são compostas por: Departamentos, Cursos de Graduação, Programas de

Pós-Graduação stricto sensu, cursos e atividades de Educação Continuada, Unidades Suplementares e Núcleos

Extensionistas.

Art. 8º - As Unidades Suplementares são órgãos complexos, com ordenação administrativa própria,

subordinada a Fundação São Paulo, que realizam atividades em múltiplos campos e que complementam as ações

relativas ao ensino, à pesquisa, à extensão e aos serviços.

Parágrafo único - As Unidades Suplementares são vinculadas academicamente às Faculdades

correspondentes as suas áreas de conhecimento e atuação.

Art. 9º- São Unidades Suplementares da PUC-SP:

I - Hospital Santa Lucinda - HSL;

II - Divisão de Educação e Reabilitação dos Distúrbios da Comunicação - DERDIC;

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo40

Parágrafo único - O Conselho Universitário, mediante proposta do Conselho de Administração

e das Faculdades, poderá sugerir ao Conselho Superior da Fundação São Paulo, a criação, bem como extinção,

modificação ou fusão das Unidades Suplementares.

Art. 10- Os Núcleos Extensionistas são organismos com atividade focalizada que se constituem

em campos de realização de estágios e de outras atividades de extensão e prestação de serviços. Estes Núcleos

Extensionistas serão constituídos e regidos pelo Regimento Geral da PUC-SP.

Art. 11- A PUC-SP possui as seguintes Faculdades:

I - Faculdade de Economia, Administração, Contábeis e Atuariais;

II - Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde;

III - Faculdade de Educação;

IV - Faculdade de Direito;

V - Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia;

VI - Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde;

VII - Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes;

VIII - Faculdade de Ciências Sociais;

IX - Faculdade de Teologia.

Art. 12- Cada faculdade terá seu regimento próprio elaborado com observância do Estatuto e

Regimento Geral da PUC-SP e aprovado pelo Conselho da Faculdade e pelo Conselho Universitário, ouvido o

Conselho de Administração.

Parágrafo único - O Regimento da Faculdade de Teologia observará, também, as normas

canônicas aplicáveis e será aprovado pelo Grão-Chanceler.

Seção II

DAS COORDENADORIAS

Art. 13- As Coordenadorias são organismos que fazem a gestão de projetos e de atividades

acadêmicas, científicas, teológicas e pastorais servindo ao conjunto da PUC-SP em assuntos específicos com

finalidades internas e externas.

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 41

Art. 14- Cada Coordenadoria terá um coordenador indicado pelo Conselho de Ensino e Pesquisa e

aprovado pelo Conselho Universitário.

Parágrafo único - A Coordenadoria da Pastoral Universitária terá seu coordenador nomeado

pelo Grão-Chanceler.

Art. 15- A PUC-SP possui as seguintes Coordenadorias:

I - Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão;

II - Coordenadoria Geral de Estágios;

III - Coordenadoria de Vestibular e Concursos;

IV - Coordenadoria de Educação à Distância;

V - Coordenadoria de Estudos e Desenvolvimento de Projetos Especiais;

VI - Coordenadoria de Pesquisa;

VII - Coordenadoria de Pastoral Universitária.

TÍTULO IIDA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

Art. 16- Ao Conselho Superior da Fundação São Paulo, entidade mantenedora, empregadora e detentora

do patrimônio da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, nos termos de seu Estatuto, incumbe manter e dirigir a

PUC-SP, quanto aos seus aspectos econômico, financeiro, trabalhista, da fé e da moral.

Art. 17- Compete aos órgãos colegiados deliberativos da PUC-SP, dentro de suas respectivas competências,

conduzi-la no cumprimento de sua missão, orientada pelos princípios e compromissos consagrados no artigo 3º deste

Estatuto.

Art. 18- São órgãos colegiados deliberativos superiores da PUC-SP:

I - Conselho Universitário - CONSUN;

II - Conselho de Administração - CONSAD.

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo42

CAPÍTULO I

DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS DELIBERATIVOS SUPERIORES

Seção IDO CONSELHO UNIVERSITÁRIO

Art. 19- O Conselho Universitário – CONSUN é órgão deliberativo da PUC-SP, competindo-lhe definir as

diretrizes acadêmicas da política universitária, acompanhando sua execução e avaliando seus resultados, zelando pelas

finalidades, princípios e missão educativa da Instituição.

Art. 20- O CONSUN é constituído:

I- pelo Reitor, seu Presidente;

II - pelo Vice-Reitor, sem direito a voto;

III - pelo Pró-Reitor de Graduação, pelo Pró-Reitor de Pós-Graduação, pelo Pró-Reitor de Cultura e

Relações Comunitárias, pelo Pró-Reitor de Educação Continuada e pelo Pró-Reitor de Planejamento,

Desenvolvimento e Gestão;

IV - pelos Diretores de Faculdade;

V - por 01 (um) Representante docente de cada Faculdade integrantes da carreira do magistério,

indicado por seus pares;

VI - por Funcionários administrativos da PUC-SP, indicados por seus pares, em número equivalente

aos representantes docentes;

VII - por Representantes discentes, sendo um de cada Faculdade, e um da Pós-Graduação, indicados

por seus pares;

VIII - por 01 (um) Representante da Fundação São Paulo, indicado pelo Presidente do Conselho

Superior;

IX - por 01 (um) Representante da sociedade civil organizada, indicado pelo Conselho Superior da

Fundação São Paulo.

§1º - Os Conselheiros mencionados nos incisos I, II, III e IV permanecerão no exercício desta função

enquanto durar o pressuposto de sua investidura.

§2º - Os Conselheiros mencionados no inciso V permanecerão no exercício desta função por 4 (quatro) anos;

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 43

§3º - Os Conselheiros mencionados nos incisos VI, VIII e IX permanecerão no exercício desta função por 2

(dois) anos;

§4º - Os Conselheiros mencionados no inciso VII permanecerão no exercício desta função por 01 (um) ano;

§5º - Os Conselheiros mencionados em todos os incisos deste artigo poderão ser reconduzidos sucessivamente

no exercício de suas funções uma única vez.

Art. 21- Compete ao CONSUN:

I - definir e rever a política educacional, de desenvolvimento e permanente qualificação do Ensino,

da Pesquisa e da Extensão da PUC-SP, tomando-se por base propostas elaboradas e encaminhadas

pelo Reitor;

II - apreciar e aprovar o planejamento e desenvolvimento institucionais da PUC-SP encaminhados

pelo Reitor;

III - apreciar e aprovar os Planos Acadêmicos Trienais da PUC-SP encaminhados pelo Reitor, com a

respectiva previsão orçamentária;

IV - apreciar e aprovar as propostas de ações para suprir as deficiências apontadas pelas avaliações

institucionais e de cursos, encaminhadas pelo Reitor;

V - homologar os Projetos Pedagógicos dos cursos encaminhados pelo Conselho de Ensino, Pesquisa

e Extensão;

VI - aprovar as normas e orientações gerais para tramitação de programas e projetos de ensino,

pesquisa e extensão;

VII - elaborar ou reformular o Estatuto da PUC-SP, submetendo-o à aprovação do Conselho Superior

da Fundação São Paulo;

VIII - examinar e manifestar-se sobre as alterações deste Estatuto, propostas pelo Conselho Superior

da Fundação São Paulo;

IX - elaborar e reformular o Regimento Geral da PUC-SP submetendo-o à aprovação do Conselho

Superior da Fundação São Paulo;

X - aprovar, no âmbito de sua competência, os Regimentos das unidades universitárias e dos demais

órgãos da PUC-SP;

XI - regulamentar os critérios acadêmicos de admissão inicial docente na PUC-SP;

XII - regulamentar os critérios acadêmicos de avaliação do professor candidato ao ingresso e

promoção na Carreira do Magistério;

XIII - fixar critérios acadêmicos para o processo de avaliação contínua dos docentes;

XIV - homologar o relatório de avaliação contínua de professor para promoção nas categorias de

Assistentes Mestres e Assistentes Doutores;

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo44

XV - homologar os resultados dos concursos de professores Associados e Titulares;

XVI - aprovar as normas gerais da Graduação, Pós-Graduação e Educação Continuada da PUC-SP;

XVII - fixar normas, sobre o reconhecimento de diplomas de mestrado e de doutorado expedidos

por Universidades estrangeiras;

XVIII - conhecer e deliberar dos recursos interpostos relativamente a assuntos previstos no

Regimento Geral da PUC-SP;

XIX - aprovar os regulamentos dos concursos para obtenção de títulos de Livre Docência elaborados

pelas Faculdades;

XX - aprovar a indicação do Ouvidor, realizada pelo Reitor, e seus respectivos Planos de Trabalho e

Relatórios Anuais;

XXI - deliberar sobre a concessão de títulos honoríficos, a serem encaminhados à aprovação do

Grão-Chanceler;

XXII - organizar, através de consulta direta à comunidade, por meio de processo eletivo, lista tríplice

de nomes de professores para escolha e nomeação do Reitor e respectivo Vice-Reitor nos termos

deste Estatuto, encaminhando-a ao Grão-Chanceler;

XXIII - apreciar e aprovar o orçamento anual da PUC-SP elaborado pelo Reitor, a ser encaminhado

à aprovação do Conselho Superior da Fundação São Paulo;

XXIV - examinar assuntos de interesse acadêmico da PUC-SP não previstos neste Estatuto, ouvido o

Grão-Chanceler como última instância de decisão;

XXV - elaborar e alterar o seu próprio regulamento;

XXVI - aprovar a criação, expansão e extinção de cursos, bem como a ampliação ou redução de

vagas;

XXVII - aprovar a política e o quadro de vagas para a carreira do magistério, a partir dos planos

acadêmicos dos Departamentos;

XXVIII - aprovar a criação, extinção ou alteração de unidades e órgãos universitários, submetendo

a decisão ao Conselho Superior da Fundação São Paulo;

XXIX - aprovar as normas para os processos eleitorais da PUC-SP, bem como homologar seus

resultados;

XXX - zelar pela liberdade de ensino e pesquisa, visando à produção de conhecimento.

Parágrafo único – Toda e qualquer decisão do CONSUN que implique geração de despesas

deverá ser tomada após aprovação pelo CONSAD.

Art. 22- O CONSUN no exercício de suas competências poderá constituir comissões permanentes ou

transitórias.

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 45

Seção IIDO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Art. 23- O Conselho de Administração - CONSAD é órgão deliberativo da PUC-SP em assuntos

econômicos, financeiros, trabalhistas e patrimoniais.

Art. 24- O CONSAD é constituído:

I - pelo Reitor, como presidente;

II - por 01 (um) Pró-Reitor da área acadêmica, escolhido entre os Pró-Reitores de Graduação,

Pós-Graduação e Educação Continuada;

III- pelo Pró-Reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão;

IV- pelo Pró-Reitor de Cultura e Relações Comunitárias;

V - pelos Secretários Executivos da Fundação São Paulo.

Parágrafo único - São membros com direito a voto o Reitor e os Secretários Executivos da

Fundação São Paulo.

Art. 25- Compete ao CONSAD:

I - decidir sobre as questões econômico-financeiras da PUC-SP;

II - fixar os valores dos encargos educacionais e das taxas escolares;

III - decidir sobre a viabilidade financeira dos cursos, também no tocante a fixação, ampliação

e diminuição de vagas;

IV - fixar, anualmente, o montante de bolsas de estudo, a serem concedidas pela PUC-SP;

V - decidir sobre a celebração de convênios e contratos;

VI - estabelecer a política salarial da PUC-SP;

VII - elaborar e aprovar critérios de gratificações pelo exercício de cargos ou funções de

confiança;

VIII - aprovar a estrutura e as vagas do quadro funcional docente e administrativo da PUC-SP;

IX - realizar admissão e demissão no quadro funcional docente e no quadro funcional

administrativo, observados os critérios e processos da PUC-SP;

X - em risco de sustentabilidade financeira ou por justa causa, definida na CLT, realizar demissões

no quadro docente e administrativo da PUC-SP, comunicando aos demais órgãos da PUC-SP;

XI - emitir parecer prévio do orçamento da PUC-SP;

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo46

XII - emitir parecer sobre questões patrimoniais;

XIII - aprovar, no âmbito de sua competência, mudanças regimentais previstas neste estatuto;

XIV - aprovar seu regimento;

XV - conhecer e deliberar dos recursos interpostos relativamente a assuntos previstos no

Regimento Geral da PUC-SP;

XVI - deliberar sobre todas as questões administrativo-financeiras não previstas neste estatuto,

ouvido o Grão-Chanceler como última instância de decisão.

§1º - As decisões do CONSAD serão tomadas por maioria simples dos membros com direito a voto,

sendo que cada membro tem direito a apenas um voto, não cumulativo, assim como não será permitido voto por

procuração;

§2º - Os membros do CONSAD permanecerão no exercício desta função enquanto durar o pressuposto

de sua investidura;

§3º - O CONSAD se reunirá ordinariamente a cada 15 (quinze) dias, podendo ser convocado

extraordinariamente por qualquer um de seus membros. As sessões ordinárias e extraordinárias somente se

instalarão com no mínimo metade de seus membros com direito a voto;

§ 4º - As deliberações previstas nos incisos XI e XII deverão ser submetidas à aprovação da Fundação

São Paulo.

CAPÍTULO IIDOS ÓRGÃOS COLEGIADOS DE DELIBERAÇÃO E CONSULTA

Seção IDO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

Art. 26- O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão é órgão de deliberação e consulta no campo

acadêmico-científico. Será presidido por um dentre os Pró-Reitores de Graduação ou de Pós-Graduação, mediante

escolha do Reitor. Sua composição será prevista no Regimento Geral da PUC-SP.

Art. 27- Compete ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão:

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 47

I - zelar pelos padrões de qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão em toda a PUC-SP;

II - assegurar e orientar a avaliação, interna e externa dos programas e projetos institucionais

das Faculdades;

III - assegurar e orientar a auto-avaliação dos cursos;

IV - orientar e acompanhar as Faculdades na implementação da política educacional e de

desenvolvimento do ensino, da pesquisa e da extensão fixada pelo CONSUN;

V - apreciar o parecer de mérito dos Projetos Pedagógicos dos cursos e as propostas de

alteração, encaminhando-os à homologação do CONSUN ;

VI - apreciar relatórios e pareceres encaminhados pelas Câmaras;

VII - homologar o relatório de avaliação contínua de professor para ingresso e promoção nas

categorias de Assistente Mestre e Assistente Doutor;

VIII - promover com base nos Planos Acadêmicos a avaliação da produção didática e científica

dos Departamentos, encaminhando relatórios às Faculdades;

IX - definir o quadro de vagas do vestibular encaminhando-o à aprovação do CONSUN, após a

aprovação do CONSAD;

X - Definir o quadro de vagas para a carreira do magistério encaminhando-o à aprovação do

CONSUN, após a aprovação do CONSAD;

XI - elaborar e alterar o seu próprio Regulamento, submetendo-o à aprovação do CONSUN,

ouvido o CONSAD.

Art. 28- O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão será assessorado por Câmaras.

Seção II

DAS CÂMARAS

Art. 29- As Câmaras são órgãos de caráter consultivo, cuja finalidade é assessorar o Conselho de

Ensino, Pesquisa e Extensão nas questões de sua competência.

§ 1º - O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão contará com as Câmaras de Graduação, Pós-

Graduação e Pesquisa, e Educação Continuada;

§ 2º - As normas de funcionamento das Câmaras serão objeto de regulamentação específica

estabelecida pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão.

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo48

Art. 30- A composição e atribuições das Câmaras serão regulamentadas pelo Regimento Geral da

PUC-SP.

Seção IIIDO CONSELHO DE PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO E GESTÃO

Art. 31- O Conselho de Desenvolvimento, Planejamento e Gestão é um órgão de deliberação e

consulta no campo do planejamento, desenvolvimento e gestão econômico-financeira. Será presidido pelo Pró-

Reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Sua composição será prevista no Regimento Geral da PUC-SP.

Art. 32- Compete ao Conselho de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão:

I - propor diretrizes e acompanhar a execução das políticas de planejamento e desenvolvimento

institucional;

II - promover estudos técnicos que subsidiem o CONSAD na definição das diretrizes econômico-

financeiras para sustentação do Plano de Desenvolvimento do Ensino, da Pesquisa e da Extensão

da PUC-SP;

III - desenvolver estudos técnicos que subsidiem o Reitor na elaboração de normas e

orientações para o planejamento, previsão e gestão orçamentária, articulando-se com os Planos

Acadêmicos, a serem submetidos à apreciação e aprovação dos Conselhos Universitário e

Administrativo;

IV - elaborar anualmente a análise e a avaliação econômico-financeira da PUC-SP, tendo como

referência o plano de desenvolvimento do ensino, da pesquisa e da extensão e o orçamento

aprovado pelo Conselho Superior da Fundação São Paulo;

V - propor as medidas necessárias, a curto, médio e longo prazo, para o desenvolvimento

institucional;

VI - acompanhar a execução orçamentária das Unidades e da PUC-SP, mediante análise técnica

dos relatórios financeiros, balanços e balancetes;

VII - desenvolver estudos para a diversificação das fontes de financiamento da PUC-SP,

submetendo-os a apreciação do CONSAD;

VIII - anualmente, exarar parecer técnico sobre o Orçamento do Plano Acadêmico e sobre o

Balanço da PUC-SP;

IX - propor ao CONSAD os parâmetros e referências para a previsão de viabilidade dos projetos

pedagógicos dos cursos, programas de pós-graduação e demais projetos, bem como parcerias,

contratos e convênios;

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 49

X - manifestar-se sobre a viabilidade administrativa e financeira da criação ou alteração de

projetos pedagógicos da graduação e da pós-graduação stricto sensu;

XI - elaborar e alterar o seu próprio Regulamento, submetendo-o à aprovação do CONSAD;

XII - exercer outras atribuições inerentes à natureza do órgão ou previsto na legislação interna

da PUC-SP.

Seção IV

DO CONSELHO DE CULTURA E RELAÇÕES COMUNITÁRIAS

Art. 33- O Conselho de Cultura e Relações Comunitárias é um órgão de deliberação e consulta no

campo da cultura e relações comunitárias. Será presidido pelo Pró-Reitor de Cultura e Relações Comunitárias. Sua

composição será prevista no Regimento Geral da PUC-SP.

Art. 34- Compete ao Conselho de Cultura e Relações Comunitárias:

I - propor aos Conselhos Universitário e de Administração as políticas de desenvolvimento e de

atuação cultural e comunitária da PUC-SP, a partir de sua política geral;

II - propor aos Conselhos Universitário e de Administração a política de gestão e de organização

dos setores, serviços, programas e projetos culturais e comunitários desenvolvidos pelas

unidades acadêmicas e outros setores;

III - propor aos Conselhos Universitário e de Administração a política de interação da PUC-SP

com a sociedade, por meio dos serviços, programas e projetos culturais e comunitários;

IV - zelar pelos padrões de qualidade dos programas, projetos e atividades relacionadas aos

serviços comunitários e culturais destinados ao público interno e externo à PUC-SP;

V - assegurar e promover avaliação das políticas e dos programas, projetos, atividades e

serviços comunitários e culturais;

VI - apreciar e aprovar normas e orientações técnicas gerais para elaboração e tramitação de

propostas, programas e projetos nos campos comunitário e cultural;

VII - apreciar e aprovar, com parecer de mérito, as propostas, programas e projetos de natureza

comunitária e cultural;

VIII - estimular as ações da Pastoral da PUC-SP como meio de promover a presença eclesial e

o diálogo inter-religioso no interior da comunidade universitária;

IX - contribuir para a elaboração de políticas que garantam na comunidade universitária a

vivência de sua identidade e missão comunitária e confessional;

X - propor e desenvolver programas e projetos que promovam a inclusão social;

XI - organizar e disponibilizar informações necessárias à definição das políticas, para a avaliação,

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo50

projeção e gestão das atividades culturais e comunitárias;

XII - propor e aprovar políticas de convivência comunitária nos diversos campi;

XIII - propor os regimentos eleitorais dos órgãos executivos, deliberativos e consultivos da PUC-

SP submetendo-os à aprovação dos Conselhos Universitário e de Administração, e acompanhar

os processos eleitorais;

XIV - elaborar e alterar seu próprio Regulamento, submetendo-o à aprovação dos Conselhos

Universitário e de Administração;

XV - elaborar os parâmetros para uma política de bolsas de estudo na PUC-SP;

XVI - elaborar a política de segurança para os campi da PUC-SP, submetendo-a ao CONSAD

para aprovação;

XVII - exercer outras atribuições inerentes à natureza do órgão.

Seção V

DOS CONSELHOS DE FACULDADE

Art. 35- Os Conselhos das Faculdades são órgãos consultivos e deliberativos tão somente nas

matérias de sua competência, respeitadas as deliberações dos colegiados superiores da PUC-SP. Sua composição

será prevista no Regimento Geral da PUC-SP.

Art. 36- Compete ao Conselho de Faculdade:

I - implementar, de acordo com as orientações do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão,

a política educacional e de desenvolvimento do ensino, da pesquisa e da extensão fixada pelo

CONSUN;

II - definir as prioridades dos programas e projetos de ensino, de pesquisa e de extensão;

III - aplicar na elaboração e tramitação de programas e projetos de ensino, pesquisa e extensão

as normas e orientações técnicas gerais e os processos e procedimentos definidos pelo CONSUN;

IV - definir as políticas acadêmicas e científicas da área de conhecimento ou de pesquisa

correspondente à Faculdade;

V - promover o planejamento do ensino, da pesquisa e da extensão por meio dos Planos

Acadêmicos dos Departamentos, vinculando-os a definição dos respectivos quadros docentes, à

carreira do magistério e à avaliação contínua;

VI - apreciar e aprovar os Planos Acadêmicos dos Departamentos, com seus respectivos

orçamentos, integrando-os nos das Faculdades;

VII - zelar pelos padrões do ensino, da pesquisa e da extensão da Faculdade, assegurando a

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 51

avaliação externa e promovendo a auto-avaliação dos cursos;

VIII - garantir a observância dos projetos institucionais da PUC-SP na elaboração e na

implementação dos projetos pedagógicos dos cursos e dos programas e projetos de pesquisa

e extensão;

IX - supervisionar o desenvolvimento dos projetos pedagógicos dos cursos e de programas de

pós-graduação;

X - avaliar os trabalhos das coordenações de cursos de graduação e de programas de pós-

graduação, bem como das coordenações didáticas;

XI - promover a avaliação e desenvolvimento da produção científica dos departamentos;

XII - promover e aprovar a avaliação contínua do desempenho didático e científico dos

professores, encaminhando ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão;

XIII - exarar parecer de mérito sobre programas e projetos de ensino, pesquisa e de extensão

de sua unidade;

XIV - decidir a contratação e dispensa de professores, encaminhadas pelos departamentos;

XV - elaborar e alterar seu próprio Regulamento, ouvidos os Conselhos Universitário e de

Administração;

XVI - encaminhar ao Reitor lista tríplice, com nomes de docentes para Diretor de Faculdade e

sua suplência;

XVI - exercer outras competências inerentes à natureza do órgão ou previstas em normas

estatutárias e regimentais.

Seção VI

DO COLEGIADO DO DEPARTAMENTO

Art. 37- Os Departamentos, unidades básicas das faculdades, se estruturam por áreas de

conhecimento para o desenvolvimento do ensino, da pesquisa e da extensão na PUC-SP.

Art. 38- O Departamento tem por finalidade a organização administrativa, didático-científica e de

distribuição de pessoal docente em função do processo de produção de conhecimento por meio do ensino, da

pesquisa e da extensão, obedecido o princípio da indissociabilidade.

Art. 39- Integram o Departamento os professores do quadro de carreira, do quadro provisório e do

quadro em extinção.

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo52

Art. 40- O Colegiado do Departamento é presidido por seu chefe e tem caráter deliberativo para

assuntos de sua competência. Sua composição será determinada no Regimento Geral da PUC-SP.

Art. 41- Compete ao Departamento:

I - definir a política acadêmica orientadora do desenvolvimento e planejamento dos programas

de ensino correspondentes à sua área de conhecimento;

II - estabelecer as políticas de capacitação e seleção dos seus docentes;

III - elaborar os Planos Acadêmicos trienais e anuais com os respectivos orçamentos, vinculando

o planejamento didático-científico à definição do quadro docente da carreira do magistério;

IV - definir e desenvolver linhas de pesquisa, fundadoras de disciplinas e orientadoras de

programas de ensino e extensão;

V - encaminhar à apreciação e aprovação do Conselho da Faculdade programas e projetos de

ensino, pesquisa e extensão com a respectiva manifestação sobre mérito, aprovada por seus

membros;

VI - propor ao Conselho da Faculdade a criação ou alteração de cursos e programas de pós-

graduação;

VII - fazer a auto-avaliação da produção didática e científica do Departamento encaminhando

relatório à apreciação do Conselho da Faculdade;

VIII - atribuir, semestral ou anualmente, a cada professor da carreira e do quadro provisório, as

atividades de ensino, pesquisa e extensão;

IX - incluir na programação do Departamento as demandas de outras Faculdades;

X - propor e aprovar bancas examinadoras para concurso de seleção, promoção na carreira e

livre docência de professores, a serem homologadas pelo Conselho da Faculdade;

XI - propor plano de ingresso e promoção na Carreira do Magistério, em consonância com o

Plano Acadêmico e o Regimento Geral, submetendo-o ao Conselho da Faculdade;

XII - propor contratações e demissões de docentes, encaminhando-as ao Conselho da

Faculdade;

XIII - encaminhar ao Diretor da Faculdade lista tríplice, com nomes de docentes para chefia do

departamento e sua suplência;

XIV - exercer outras atribuições previstas neste Estatuto, no Regimento Geral da PUC-SP ou

legislação interna.

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 53

CAPÍTULO IIIDOS ÓRGÃOS DE DIREÇÃO E SUPERVISÃO

Seção IDA GRÃ-CHANCELARIA

Art. 42- Exerce a jurisdição e direção superiores da PUC-SP, sobretudo em matéria de fé e moral,

como Grão-Chanceler, o Arcebispo Metropolitano de São Paulo, Presidente Nato do Conselho Superior da Fundação

São Paulo.

Parágrafo único - O Grão-Chanceler, nas suas faltas ou impedimentos, será substituído pela

autoridade indicada no Estatuto da Fundação São Paulo.

Art. 43- Compete ao Grão-Chanceler:

I - zelar para que a PUC-SP se mantenha fiel às suas finalidades, pelo respeito à integridade dos

princípios da fé e moral cristãs e pela observância das prescrições canônicas aplicáveis à PUC-SP;

II - escolher e nomear o Reitor e o Vice-Reitor, dentre os professores de uma lista tríplice

organizada e encaminhada pelo CONSUN, nos termos do Artigo 21, inciso XXII deste Estatuto;

III - receber a profissão de fé do Reitor e do Vice-Reitor, consoante aos preceitos canônicos;

IV - aprovar, nomear e destituir os Pró-Reitores indicados pelo Reitor;

V - escolher e nomear o Coordenador da Coordenadoria da Pastoral Universitária;

VI - escolher e nomear o Pároco da Paróquia Universitária;

VII - apreciar o pedido de reexame do Reitor às decisões do CONSUN;

VIII - presidir as reuniões de quaisquer órgãos Colegiados a que compareça;

IX - assinar os diplomas conferidos pela PUC-SP;

X - decidir em última instância sobre a concessão de títulos honoríficos;

XI - aprovar o Regimento da Faculdade de Teologia, bem como nomear seu Diretor, em

conformidade com as normas eclesiais;

XII - decidir em grau de última instância sobre interesses acadêmicos e administrativo-

financeiros não previstos neste Estatuto, encaminhados pelos Conselhos Universitário e de

Administração.

Parágrafo único - A assistência espiritual à comunidade universitária, respeitada a liberdade

de consciência de cada um, é proporcionada por sacerdotes designados pelo Grão-Chanceler.

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo54

Seção IIDA REITORIA

Art. 44- A Reitoria é exercida pelo Reitor e, em sua ausência ou impedimento, pelo Vice-Reitor,

escolhidos e nomeados pelo Grão-Chanceler na qualidade de Presidente do Conselho Superior da Fundação

São Paulo, dentre os professores de uma lista tríplice organizada pelo CONSUN por meio de consulta direta à

Comunidade.

§1º - A escolha do Reitor e do Vice-Reitor só pode recair sobre Professores Doutores, com no mínimo

5 (cinco) anos no quadro de Carreira do Magistério, que tenham, pelo menos, 35 (trinta e cinco) anos de idade.

§2º - O mandato do Reitor e do Vice-Reitor será de 04 (quatro) anos, permitida uma recondução.

Art. 45- A Reitoria é órgão executivo que administra e coordena as atividades da PUC-SP, obedecendo

a indissociabilidade entre o ensino a pesquisa e a extensão.

Art. 46- São órgãos de apoio técnico-administrativo da Reitoria:

I - o Gabinete do Reitor;

II - a Secretaria Geral;

III - a Assessoria Jurídica;

IV - a Assessoria de Assuntos Internacionais e Institucionais;

V - e a Assessoria de Comunicação.

Parágrafo único – A vinculação de outros órgãos a Reitoria será definida pelo Regimento Geral

da PUC-SP.

Subseção I

DO REITOR

Art. 47- O Reitor, no desempenho de suas atribuições, é auxiliado diretamente pelo Vice-Reitor e

pelos seguintes Pró-Reitores:

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 55

I - de Graduação;

II - de Pós-Graduação;

III - de Educação Continuada;

IV - de Cultura e Relações Comunitárias;

V - de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.

Art. 48- O Reitor, nas suas faltas ou impedimentos, será substituído pelo Vice-Reitor.

Parágrafo único - Nas faltas ou no impedimento de ambos, Reitor e Vice-Reitor, assumirá o

cargo o Pró-Reitor de maior categoria no quadro de carreira docente e, em caso de empate, o de maior tempo de

magistério na PUC-SP.

Art. 49- Compete ao Reitor:

I - administrar, superintender, coordenar e fiscalizar as atividades da Instituição e representar

a PUC-SP em juízo ou fora dele;

II - convocar o CONSUN e presidir-lhe as reuniões, com o direito a voto;

III - presidir o CONSAD, com direito a voto;

IV - participar e representar a PUC-SP nos fóruns e eventos acadêmicos e científicos nacionais,

estrangeiros e internacionais;

V - integrar o Conselho Superior da Fundação São Paulo;

VI - elaborar e encaminhar à apreciação e aprovação do CONSUN as políticas acadêmicas,

comunitárias, culturais e de desenvolvimento da PUC-SP;

VII - elaborar, implementando a política educacional e de desenvolvimento do ensino, da

pesquisa e da extensão, os projetos institucionais, destacando-se o Plano de Desenvolvimento

Institucional, da PUC-SP, submetendo-os à avaliação e aprovação do CONSUN;

VIII - garantir e promover a avaliação institucional interna e externa da PUC-SP e da sua

produção didática e científica para os efeitos de lei e tendo em vista subsidiar a elaboração,

atualização e revisão da política de desenvolvimento, dos Projetos Institucionais e dos Planos

Acadêmicos;

IX - propor ao Conselho Superior da Fundação São Paulo, após aprovação dos Conselhos

Universitário e de Administração, a criação, extinção ou alteração de unidades e órgãos

universitários; X - firmar convênios entre a PUC-SP e entidades públicas ou privadas, nacionais ou internacionais,

homologando-os junto ao Conselho Superior da Fundação São Paulo;

XI - manter a ordem e a disciplina na PUC-SP;

XII - vetar resoluções do CONSUN, até o décimo dia depois da reunião em que tenham sido

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo56

adotadas, remetendo-as para decisão final do Grão- Chanceler;

XIII - escolher os Pró-Reitores, submetendo suas nomeações ao Grão-Chanceler;

XIV - propor a contratação de professores selecionados de acordo com as normas previstas no

Regimento, encaminhando-as ao CONSAD;

XV - emitir parecer sobre dispensa de professores e funcionários, encaminhadas pelas

Faculdades e pelas unidades administrativas, remetendo-as ao CONSAD;

XVI - presidir as reuniões de quaisquer órgãos colegiados a que compareça, salvo quando

estiver presente o Grão-Chanceler;

XVII - assegurar o cumprimento das atribuições dos Conselhos Universitário e de Administração,

e de suas decisões;

XVIII - instruir os processos que devam ser submetidos à deliberação dos Conselhos

Universitário e de Administração;

XIX- aprovar o Calendário Geral da PUC-SP;

XX - conferir grau aos diplomados pela PUC-SP, por si ou por delegado seu;

XXI - assinar com o Grão-Chanceler, os diplomas expedidos pela PUC-SP;

XXII - elaborar em conjunto com as Pró-Reitorias os Planos Acadêmicos Trienais da PUC-SP e a

previsão do seu respectivo orçamento, submetendo-os à aprovação do CONSUN e do CONSAD;

XXIII - elaborar, em conjunto com os Pró-Reitores, dentro dos recursos disponíveis, o

orçamento anual com o respectivo planejamento e plano de trabalho da PUC-SP, encaminhando

à aprovação dos Conselhos Universitário e de Administração e, em seguida, à deliberação do

Conselho Superior da Fundação São Paulo;

XXIV - encaminhar ao CONSAD os planos e relatórios de atividades econômico-financeiras, os

balanços e balancetes da PUC-SP, dando conhecimento ao CONSUN;

XXV - responder pela exatidão e pelo perfeito uso das informações institucionais da PUC-SP,

tanto acadêmico-escolares, quanto administrativo-financeiras e comunitárias;

XXVI - nomear os chefes de departamento e diretores de Faculdade, mediante lista tríplice,

após processo eletivo;

XXVII - elaborar, para aprovação dos Conselhos Universitário e de Administração, proposta de

aperfeiçoamento do modelo de gestão em conformidade com as mudanças e /ou evolução das

diretrizes institucionais da PUC-SP.

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 57

Subseção II

DO VICE-REITOR

Art. 50- Compete ao Vice-Reitor substituir o Reitor em sua ausência ou impedimento. Quando no

exercício da Reitoria ser-lhe-ão assegurados os direitos e obrigações da função.

Parágrafo único - Não estando ausente o Reitor, o mesmo atribuirá obrigatoriamente funções

ao Vice-Reitor.

Subseção IIIDO GABINETE DO REITOR

Art. 51- O Gabinete é dirigido por um Chefe, de confiança e livre nomeação do Reitor, recrutado dos

quadros docente ou administrativo da PUC-SP.

Subseção IV

DA SECRETARIA GERAL

Art. 52- A Secretaria Geral da Reitoria, dirigida por um secretário geral, de livre escolha do Reitor

dentre os quadros docente ou administrativo da PUC-SP, tem por incumbência manter o registro centralizado de

toda a documentação da Reitoria, além de dar suporte de informação, comunicação e atendimento aos trabalhos

do Reitor e dos Pró-Reitores.

Subseção VDOS ÓRGÃOS DE ASSESSORIA DA REITORIA

Art. 53- O Regimento Geral da PUC-SP fixará a estrutura básica dos órgãos de Assessoria da Reitoria.

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo58

Seção III

DOS PRÓ-REITORES

Art. 54- Os Pró-Reitores de Graduação, de Pós-Graduação, de Cultura e Relações Comunitárias, de

Educação Continuada, e de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão serão escolhidos pelo Reitor e nomeados pelo

Grão-Chanceler.

Art. 55- Os Pró-Reitores podem indicar ao Reitor, para a aprovação e nomeação, 01 (um) assistente

especializado que os auxiliem no exercício de suas atribuições.

Subseção I

DO PRÓ-REITOR DE GRADUAÇÃO

Art. 56- Compete ao Pró-Reitor de Graduação:

I - convocar e presidir o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, quando indicado pelo Reitor e,

neste caso, com direito de voz e voto;

II - participar do CONSUN;

III - supervisionar a execução do plano geral de Graduação da PUC-SP;

IV - supervisionar a execução dos planos de ensino, pesquisa e extensão no âmbito da Graduação;

V - assistir os Diretores das Faculdades e Coordenadores de cursos na elaboração dos planos

anuais de atividades de ensino, pesquisa e extensão no âmbito da Graduação;

VI - elaborar e remeter ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão e ao CONSUN a política

de graduação;

VII - elaborar e apresentar ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, planos de

desenvolvimento da PUC-SP no campo da pesquisa, do ensino e da extensão, na graduação;

VIII - responder pelos assuntos de expediente relativos à vida acadêmica;

IX - garantir a realização das avaliações institucionais internas e externas em seu âmbito de

competência;

X - representar a PUC-SP nos fóruns e eventos de seu âmbito de competência;

XI - enviar ao Reitor relatórios das atividades didático-científicas da graduação;

XII - aprovar os resultados dos concursos de seleção de docentes da graduação,

encaminhando-os ao Reitor;

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 59

XIII - presidir reuniões da Câmara de Graduação;

XIV - participar do CONSAD, quando indicado;

XV - avaliar no âmbito acadêmico as propostas de contratos e convênios;

XVI - exercer outras atribuições determinadas pelo Reitor.

Subseção II

DO PRÓ-REITOR DE PÓS-GRADUAÇÃO

Art. 57- Compete ao Pró-Reitor de Pós-Graduação:

I - convocar e presidir o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, quando indicado pelo Reitor

e, neste caso, com direito de voz e voto;

II - participar do CONSUN;

III - supervisionar a execução do plano geral de Pós-Graduação da PUC-SP;

IV - supervisionar a execução dos planos de ensino, pesquisa e extensão no âmbito da Pós-

Graduação;

V - assistir os Diretores e Coordenadores de Programas de Pós-Graduação na elaboração dos

planos anuais de atividades de ensino, pesquisa e extensão;

VI - elaborar e remeter ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão e ao CONSUN a política

geral de Pós-Graduação;

VII - elaborar e apresentar ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, planos de

desenvolvimento da PUC-SP no campo da pesquisa, do ensino e da extensão, na Pós-Graduação;

VIII - responder pelos assuntos de expediente relativos às questões acadêmicas da Pós-

Graduação;

IX - enviar ao Reitor relatórios das atividades didático-científicas da Pós-Graduação;

X - aprovar os resultados dos concursos de seleção de docentes da Pós-Graduação,

encaminhando-os ao Reitor;

XI - garantir a realização das avaliações institucionais internas e externas em seu âmbito de

competência;

XII - representar a PUC-SP nos fóruns e eventos de seu âmbito de competência;

XIII - presidir reuniões da Câmara de Pós-Graduação;

XIV - participar do CONSAD, quando indicado;

XV - exercer outras atribuições determinadas pelo Reitor.

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo60

Subseção IIIDO PRÓ-REITOR DE EDUCAÇÃO CONTINUADA

Art. 58- Compete ao Pró-Reitor de Educação Continuada:

I - convocar e presidir o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, quando indicado pelo Reitor,

e neste caso, com direito a voz e voto;

II - participar do CONSUN;

III - supervisionar a execução do plano geral da PUC-SP, no âmbito da Educação Continuada;

IV - supervisionar a execução dos planos de ensino, pesquisa e extensão, no âmbito da Educação

Continuada, por meio da Coordenadoria Geral dos Cursos de Especialização, Aperfeiçoamento

e Extensão;

V - assistir os Diretores e Coordenadores de Cursos de Educação Continuada na elaboração dos

seus planos de atividades de ensino, pesquisa e extensão;

VI - elaborar e remeter ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão e ao CONSUN a política

de Educação Continuada;

VII - responder pelos assuntos de expediente relativos às questões acadêmicas da Educação

Continuada;

VIII - enviar ao Reitor relatórios das atividades didático-científicas da Educação Continuada;

IX - garantir a realização das avaliações institucionais internas e externas em seu âmbito de

competência;

X - representar a PUC-SP nos fóruns e eventos no seu âmbito de competência;

XI - presidir reuniões da Câmara de Educação Continuada;

XII - participar do CONSAD, quando indicado;

XIII - exercer outras atividades determinadas pelo Reitor.

Subseção IVDO PRÓ-REITOR DE PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO E GESTÃO

Art. 59- Compete ao Pró-Reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão:

I - convocar e presidir o Conselho de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, com direito de

voz e voto;

II - participar do CONSUN;

III - supervisionar e coordenar todas as funções e serviços gerenciais fundamentais para a

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 61

execução do plano geral da PUC-SP;

IV - assistir os Diretores das Faculdades na elaboração dos seus Planos Anuais de Harmonização

dos Recursos Físicos, Financeiros, Humanos e Administrativos, em função dos planos de ensino,

pesquisa e extensão;

V - elaborar com os Pró-Reitores de Graduação e de Pós-Graduação o Plano de Harmonização

dos Recursos Físicos, Financeiros, Humanos e Administrativos, em função dos planos de ensino,

pesquisa e extensão aprovados pelos Colegiados das Faculdades, remetendo-os ao Reitor;

VI - manter a organização das atividades-meio de forma adequada à execução do plano geral

da PUC-SP;

VII - elaborar e desenvolver, devidamente autorizado pelo Reitor, planos para o levantamento

de recursos necessários ao desenvolvimento da PUC-SP;

VIII - subsidiar com critérios técnicos e metodológicos a elaboração e execução do orçamento

da PUC-SP;

IX - acompanhar a elaboração e execução do plano de desenvolvimento, captação de recursos

e expansão da PUC-SP;

X - participar do CONSAD;

XI - exercer outras atribuições determinadas pelo Reitor.

Subseção VDO PRÓ-REITOR DE CULTURA E RELAÇÕES COMUNITÁRIAS

Art. 60 - Ao Pró-Reitor de Cultura e Relações Comunitárias compete:

I - convocar e presidir o Conselho de Cultura e Relações Comunitária, com direito de voz e voto;

II - participar do CONSUN;

III - coordenar e avaliar os serviços comunitários e culturais executados nos setores

responsáveis ou por meio de projetos específicos;

IV - fomentar, acompanhar e avaliar, por meio do Conselho de Cultura e Relações Comunitárias,

políticas de serviços comunitários e culturais exercidos pelas unidades suplementares, pelos

núcleos extensionistas ou por projetos específicos;

V - coordenar as atividades de registro dos trabalhos comunitários e culturais internos e

externos à PUC-SP, e elaborar e publicar relatórios sociais periódicos;

VI - fomentar, coordenar e avaliar as políticas e atividades culturais na PUC-SP, por meio do

Conselho de Cultura e Relações Comunitárias;

VII - coordenar os processos eleitorais da PUC-SP;

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo62

VIII - executar a política geral de convivência da PUC-SP;

IX - responder pelos assuntos de expediente culturais e comunitários;

X - participar do CONSAD;

XI - coordenar a política de segurança da PUC-SP;

XII - coordenar a execução da política de bolsas de estudo da PUC-SP;

XIII - exercer outras atividades determinadas pelo Reitor.

Seção IV DA DIREÇÃO DE CAMPUS

Art. 61- Os Diretores de Campus serão escolhidos dentre os membros dos corpos docente ou

administrativo da PUC-SP, nomeados pelo Reitor, ouvidos os Diretores de Faculdade do respectivo Campus.

Art. 62- Compete ao Diretor de Campus:

I - Fazer a gestão do Campus nos aspectos administrativo, financeiro e comunitário, e prover

condições para o desenvolvimento das atividades acadêmicas do Campus;

II - assegurar condições de logística e manutenção do Campus;

III - coordenar a execução da política de convivência em sintonia com o Pró-Reitor de Cultura

e Relações Comunitárias;

IV - fazer a interface entre a comunidade local e a PUC-SP;

V - exercer outras funções determinadas pelo Reitor.

Seção VDO DIRETOR E DO DIRETOR ADJUNTO DE FACULDADE

Art. 63- O Diretor e o Diretor Adjunto de Faculdade serão nomeados pelo Reitor mediante lista

tríplice elaborada pelo Conselho de Faculdade, após processo eletivo. Serão elegíveis os Doutores, com no mínimo

03 (três) anos em exercício no Quadro de Carreira do Magistério.

Parágrafo único - O mandato do Diretor e do Diretor Adjunto de Faculdade é de 04 (quatro) anos,

permitida uma recondução sucessiva.

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 63

Art. 64- Compete ao Diretor da Faculdade:

I - dirigir a Faculdade;

II - integrar o CONSUN;

III - convocar e presidir as reuniões do Conselho da Faculdade com direito também ao voto;

IV - coordenar e supervisionar as atividades de ensino, pesquisa e extensão nos níveis de

graduação, pós-graduação e educação continuada;

V - determinar em conformidade com os Pró-Reitores, estudos para a elaboração do Plano

Acadêmico Anual de sua Faculdade, remetendo-o ao Conselho de sua Faculdade;

VI - submeter à aprovação do Conselho da Faculdade proposta de definição das políticas

acadêmicas das áreas de conhecimento correspondentes à Faculdade;

VII - nomear a coordenação dos cursos de graduação e dos de programas de pós-graduação,

a partir da lista tríplice encaminhada após processo eletivo;

VIII - garantir a aplicação na Faculdade dos Projetos Institucionais da PUC-SP;

IX - coordenar os processos de avaliação no âmbito de competência de sua unidade;

X - encaminhar solicitações de contratação e de dispensa de professores, remetendo-as ao

Reitor;

XI - organizar o Calendário Escolar de sua unidade, respeitado o Calendário Geral da PUC-SP;

XII - desempenhar outras atribuições previstas no Regimento da PUC-SP e da respectiva

Faculdade.

Art. 65- O Diretor de Faculdade, no exercício de suas atribuições, é auxiliado pelo Diretor Adjunto.

§1º - As funções do Diretor Adjunto deverão ser fixadas pela Faculdade, de acordo com o Regimento

Interno e em conformidade com as atividades previstas no Regimento Geral da PUC-SP.

§2º - O Diretor Adjunto terá assento no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão.

Seção VIDO CHEFE DE DEPARTAMENTO

Art. 66- O Chefe de Departamento e seu Suplente serão nomeados pelo Reitor, mediante lista

tríplice, após processo eletivo. Serão elegíveis os professores integrantes do departamento pertencentes ao quadro

de carreira docente, no exercício do magistério.

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Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo64

§1º - São eleitores os professores do Departamento pertencentes ao quadro de pessoal docente.

§2º - O mandato do Chefe de Departamento é de 02 (dois) anos, sendo permitida uma recondução

sucessiva.

Art. 67- Compete ao Chefe de Departamento:

I - dirigir o Departamento;

II - integrar o Conselho da Faculdade;

III - convocar e presidir o Colegiado do Departamento com direito também a voto;

IV - cumprir e fazer cumprir as decisões do Colegiado do Departamento;

V - manter, em consonância com o Diretor, a ordem e a disciplina no Departamento;

VI - coordenar a elaboração e implementação dos Planos Acadêmicos anuais e trienais, com os

respectivos orçamentos;

VII - assegurar e promover a avaliação externa e interna e a auto-avaliação dos programas de

ensino, pesquisa e extensão;

VIII - coordenar e responder pela organização do plano de trabalho de cada professor

integrante do Departamento ou nele alocado;

IX - encaminhar ao Diretor da Faculdade solicitação de abertura de concurso para provimento

de cargos da carreira do magistério e de contratação de professores após aprovação do

Colegiado do Departamento;

X - encaminhar ao Diretor da Faculdade solicitação de dispensa de professores aprovada pelo

Colegiado do Departamento, com as devidas justificativas;

XI - cumprir outras atribuições inerentes à função.

CAPÍTULO IVDOS SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS Art. 68- O Regimento Geral disporá sobre os serviços administrativos da PUC-SP.

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Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 65

TÍTULO IIIDO REGIME DIDÁTICO

CAPÍTULO IDOS CURSOS

Art. 69- A PUC-SP mantém cursos:

I - de graduação, abertos à matrícula de candidatos que tenham concluído o ensino médio ou

equivalente e obtido classificação em processo seletivo;

II - de pós-graduação, compreendendo programas de mestrado e doutorado, cursos de

especialização, aperfeiçoamento e outros, abertos à matrícula de candidatos diplomados em

curso de graduação e que atendam as normas fixadas para cada programa ou curso;

III - sequenciais, organizados por campo de saber, com diferentes níveis de abrangência,

abertos a matrícula de candidatos que tenham concluído o curso médio ou equivalente e

selecionados de acordo com as normas fixadas para cada caso;

IV - de extensão, abertos à matrícula de candidatos que satisfaçam aos requisitos exigidos em

cada caso.

Parágrafo único - Em todos os cursos de graduação deverão ser incluídos créditos obrigatórios

em Teologia.

Art. 70- O Regimento Geral definirá o Regime Didático dos cursos mantidos pela PUC-SP.

TÍTULO IVDO REGIME ESCOLAR

CAPÍTULO IDO CALENDÁRIO ESCOLAR

Art. 71- O calendário escolar geral da PUC-SP e o calendário escolar das faculdades serão organizados

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Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo66

pelo Reitor e pelos Diretores de Faculdade, conforme dispõe este Estatuto.

Art. 72- O ano letivo tem, no mínimo 200 (duzentos) dias de trabalho acadêmico efetivo, devendo o

calendário fixar o primeiro e último dias letivos.

CAPÍTULO IIDO INGRESSO NA UNIVERSIDADE

Art. 73- A admissão inicial no curso de graduação, se faz por meio de processo seletivo dos

candidatos, que tenham concluído o ensino médio ou equivalente e sido classificados no limite das vagas fixadas

para cada curso.

Art. 74- Os critérios e normas de seleção e admissão de candidatos são aprovados pelo Conselho de

Ensino, Pesquisa e Extensão que deve levar em conta seus efeitos sobre a orientação do ensino médio.

Art. 75- Após o encerramento das matrículas dos alunos aprovados no processo seletivo, restando

vagas, podem ser admitidas matrículas por suficiência.

Art. 76- Na ocorrência de vagas, serão abertas matrículas em disciplinas dos cursos a alunos não

regulares, que demonstrem capacidade de cursá-las com aproveitamento, mediante seleção.

Art. 77- O ingresso na Pós-Graduação stricto sensu será feito mediante processo seletivo previsto

nos Regulamentos dos Programas.

CAPÍTULO IIIDAS MATRÍCULAS

Art. 78- As normas para matrícula serão previstas no Regimento Geral da PUC-SP, bem como as

normas de verificação e rendimento escolar.

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Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 67

TÍTULO VDOS GRAUS, DIPLOMAS, CERTIFICADOS E TÍTULOS

CAPÍTULO IDOS DIPLOMAS E CERTIFICADOS

Art. 79- A PUC-SP expede diplomas correspondentes à conclusão de cursos de graduação e pós-

graduação e certificados em outros casos.

Art. 80- Os diplomas expedidos pela PUC-SP serão por ela própria registrados.

Art. 81- São conferidos os seguintes diplomas:

I - de Bacharel, Tecnólogo ou título profissional equivalente, ao aluno que concluir a respectiva graduação;

II - de Licenciado, ao aluno que concluir curso de licenciatura;

III - de Mestre e Doutor ao aluno que conclui, respectivamente, programa de mestrado ou de

doutorado;

IV - de Livre Docência ao Doutor aprovado em Concurso de livre docência.

Art. 82- São conferidos certificados relativos à qualificação obtida no curso de especialização,

aperfeiçoamento, sequenciais, extensão e outros.

Art. 83- Nas áreas em que disponha de programas de pós-graduação credenciados e avaliados, a

PUC-SP pode reconhecer diplomas de Mestre e Doutor, expedidos por Instituições de ensino superior estrangeiras,

na mesma área de conhecimento em nível equivalente ou superior.

Parágrafo único - As normas que disciplinam o processo de reconhecimento serão previstas

pelo Regimento Geral da PUC-SP.

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Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo68

CAPÍTULO II DA OBTENÇÃO DOS TÍTULOS

Art. 84- A obtenção de título acadêmico não confere qualquer direito ao ingresso automático na

carreira universitária, a qual somente se processa obedecidas todas as exigências e requisitos previstos neste

Estatuto e no Regimento Geral da PUC-SP.

Seção IDO TÍTULO DE MESTRE

Art. 85- Será concedido o título de Mestre ao candidato que haja realizado o curso de Mestrado

devidamente credenciado na forma da lei.

Parágrafo único - Para obtenção do título, o candidato deverá ser aprovado na arguição de sua

dissertação em sessão pública, por banca examinadora composta do professor orientador, seu presidente, mais dois

docentes com pelo menos o Título de Doutor, um dos quais deverá ser alheio aos quadros da PUC-SP.

Art. 86- Os Regulamentos de cada um dos Programas de Pós-Graduação estabelecerão normas

complementares para obtenção do título, bem como o Regime Didático Científico do curso.

Seção IIDO TÍTULO DE DOUTOR

Art. 87- Será concedido o título de Doutor ao candidato aprovado em curso de Doutorado,

devidamente credenciado na forma da lei.

Parágrafo único - Para obtenção do título, o candidato deverá ser aprovado na arguição de

sua tese em sessão pública, por banca examinadora composta do professor orientador, seu presidente, mais quatro

docentes com pelo menos o Título de Doutor, dois dos quais deverão ser alheios aos quadros da PUC-SP.

Art. 88- O Título de Mestre poderá ser dispensado para o Doutorado, desde que o candidato

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Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 69

apresente produção científica equivalente no mínimo ao Mestrado. Neste caso, o colegiado do programa deverá

emitir parecer especificando os créditos necessários para a complementação submetendo-o à aprovação do

Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão.

Art. 89- Os Regulamentos de cada um dos Programas de Pós-Graduação estabelecerão normas

complementares para obtenção do título, bem como o Regime Didático Científico para o curso.

Seção IIIDO TÍTULO DE LIVRE DOCENTE

Art. 90- Podem prestar concurso para obtenção do Título de Livre-Docente os doutores que, à

época da inscrição, hajam obtido este título há pelo menos 02 (dois) anos e contem 05 (cinco) anos de exercício de

magistério superior ou de pesquisa.

Parágrafo único - A obtenção do título de livre docência é pré-requisito para ascensão na

carreira docente nas categorias de professor associado e de professor titular.

Art. 91- As normas gerais do concurso para livre-docência serão previstas no Regimento Geral da

PUC-SP.

TÍTULO VIDA COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA

Art. 92- A comunidade universitária é formada pelos corpos docente, discente e administrativo,

que se diversificam em razão das suas atribuições, mas se unificam no plano comum das finalidades da PUC-SP.

Parágrafo único - O Regimento Geral da PUC-SP garantirá a participação de membros dos

corpos docente, discente e administrativo em Conselhos da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

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Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo70

CAPÍTULO IDO CORPO DOCENTE

Art. 93- O corpo docente é constituído de professores que, além de reunirem qualidades de educador

e pesquisador, assumem o compromisso de respeitar os princípios e valores explicitados nos artigos 3º e 4º deste

Estatuto.

Art. 94- O corpo docente da PUC-SP é composto por professores que integram o quadro de pessoal

docente, por professores substitutos e professores convidados.

Art. 95- O quadro de pessoal docente é composto por professores que integram a carreira do

magistério, o quadro provisório e o quadro em extinção.

Art. 96- Os cargos da carreira do magistério estão compreendidos nas seguintes categorias:

I - Professor Assistente-Mestre;

II - Professor Assistente-Doutor;

III - Professor Associado;

IV - Professor Titular.

Art. 97- As funções e os cargos do magistério serão definidos no Regimento Geral da PUC-SP.

Art. 98- Os professores substitutos não poderão ingressar na carreira, enquanto perdurar a substituição.

Art. 99- Os quadros docentes das faculdades com as respectivas vagas para a carreira serão fixados

pelo CONSUN, ouvido o CONSAD, a partir dos Planos Acadêmicos dos departamentos. Os Planos Acadêmicos deverão

incluir um plano de qualificação docente para as categorias Assistente Mestre e Assistente Doutor e um plano de

concurso para as categorias de Associado e Titular.

§1º - Para as categorias de Assistente Mestre e Assistente Doutor o ingresso na carreira na respectiva

classe e a promoção se darão por mérito, respeitados o período probatório e o processo de avaliação contínua

definidos no Regimento Geral da PUC-SP.

§2º - Para as categorias de Associado e Titular serão realizados concursos de promoção, de acordo com

previsão de vagas contempladas nos Planos Acadêmicos dos departamentos, que constarão do Regimento Geral da

PUC-SP.

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 71

Art. 100- Os membros do corpo docente são contratados, nos limites do orçamento anual, pela

Fundação São Paulo à vista de indicação formulada pelo Reitor, aprovada pelos órgãos competentes.

Art. 101- Para atender às necessidades acadêmicas, poderão ser contratados professores para

atribuições de ensino e pesquisa, de caráter periódico ou temporário, mediante indicação do Departamento

interessado, aprovada pelo Conselho da Faculdade e pelos órgãos competentes.

Parágrafo único - Os professores contratados na forma do caput deste artigo não pertencem

à carreira do magistério.

Art. 102- A forma de ingresso e de promoção na carreira do magistério dos professores serão

reguladas no Regimento Geral da PUC-SP.

Seção I

DO REGIME FUNCIONAL DO MAGISTÉRIO

Art. 103- O quadro de pessoal docente da PUC-SP é fixado, à vista de proposta do Reitor, pelo

CONSAD.

Art. 104- Os contratos do pessoal docente da PUC-SP se regem pela legislação trabalhista, pelo

Estatuto da Fundação São Paulo, por este Estatuto e pelo Regimento Geral da PUC-SP.

Art. 105- O regime de trabalho dos membros do magistério pode ser de:

I - dedicação exclusiva;

II - tempo integral;

III - tempo parcial.

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo72

CAPÍTULO IIDO CORPO DISCENTE

Art. 106- O corpo discente é constituído de estudantes regularmente matriculados em uma ou mais

disciplinas do curso escolhido.

Art. 107- A PUC-SP presta assistência ao corpo discente mediante:

I - bolsas de estudo, nos termos do Regimento Geral da PUC-SP;

II - serviços mantidos e administrados pela PUC-SP;

III - serviços mantidos pela PUC-SP e administrados pelos alunos;

IV - criação da função de Monitor, cujo exercício é considerado título para o ingresso na

carreira do magistério superior, destinando-se aos estudantes dos cursos de graduação que se

submetam a provas específicas e nelas sejam aprovadas.

Art. 108- A representação estudantil, nos colegiados, tem por objetivo a cooperação entre

administradores, professores e alunos, no trabalho universitário.

Parágrafo único - A escolha da representação estudantil se faz por meio de eleições do corpo

discente, segundo critérios que serão definidos no Regimento Geral da PUC-SP.

CAPÍTULO IIIDO CORPO ADMINISTRATIVO

Art. 109- O corpo administrativo é constituído de servidores que exercem atividades inerentes aos

serviços administrativos e que assumem o compromisso de respeitar os princípios e valores explicitados nos Artigos

3º e 4º deste Estatuto.

Art. 110- Os membros do corpo administrativo são admitidos, nos limites do orçamento anual,

mediante solicitação justificada dos Diretores das unidades setoriais ou universitárias e dos dirigentes dos órgãos

da administração e aprovados pelo CONSAD.

Art. 111- Os contratos do pessoal administrativo se regem pela legislação trabalhista, pelo Estatuto

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 73

da Fundação São Paulo, por este Estatuto e pelo Regimento Geral da PUC-SP.

CAPÍTULO IVDO REGIME DISCIPLINAR

Art. 112- A disciplina na PUC-SP é de responsabilidade de todos os membros da comunidade

universitária e deve atender aos seguintes preceitos gerais:

I - respeito a toda pessoa envolvida no convívio universitário;

II - acatamento às disposições legais, estatutárias, regimentais e regulamentares, bem como

às autoridades ou colegiados da PUC-SP e da Fundação São Paulo, e às suas determinações;

III - preservação do patrimônio moral, cultural e material da PUC-SP.

Parágrafo único - O Regimento Geral da PUC-SP disporá sobre o Regime Disciplinar dos corpos

Docente, Discente e Administrativo, assegurando os princípios Constitucionais de petição, ampla defesa e respeito

à dignidade humana.

TÍTULO VIIDO REGIME ECONÔMICO-FINANCEIRO

Art. 113- Os bens e direitos da PUC-SP constituem patrimônio da Fundação São Paulo e são

administrados em conformidade com o seu Estatuto.

Art. 114- A previsão da receita e da despesa da PUC-SP, incluída no seu plano geral e com ele

aprovada pelos Conselhos Universitário e de Administração, deve ser enviada à Fundação São Paulo até 02 (dois)

meses antes de encerrar-se o prazo de apresentação do orçamento e planejamento, para o ano seguinte, das

atividades daquela Fundação, como previsto no Art. 36, §1º do seu Estatuto.

Art. 115- Os contratos de trabalho dos corpos docente e administrativo são celebrados com a

Fundação São Paulo em conformidade com o Art. 15, inciso VII, letra “d”, do seu Estatuto, cabendo a ela,

exclusivamente, exercer o múnus de empregadora, nos termos da legislação vigente.

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo74

TÍTULO VIIIDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 116- A PUC-SP atua sob responsabilidade de sua Mantenedora – Fundação São Paulo - perante

as autoridades públicas e a comunidade em geral, incumbindo a esta Mantenedora as medidas necessárias ao bom

funcionamento da PUC-SP, respeitando os limites da lei e deste Estatuto.

Parágrafo único - Os membros da PUC-SP que agirem com comprovado dolo ou culpa, no

desempenho de suas funções ou, ainda, se excederem na prática dos atos de sua respectiva atividade, responderão

solidariamente perante a Fundação São Paulo e a terceiros prejudicados.

Art. 117- No caso de extinção da PUC-SP, a qual só poderá ser determinada pelo Conselho Superior

da Fundação São Paulo, os bens e direitos eventualmente registrados em seu nome terão a destinação que lhe for

dada pelo mesmo Conselho.

Art. 118- Os ocupantes de todos os cargos eletivos previstos neste Estatuto poderão ser

reconduzidos ao mesmo cargo uma única vez sucessivamente.

TÍTULO IXDAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 119- As alterações estruturais oriundas deste estatuto serão introduzidas em duas etapas:

I - a primeira, ao término do mandato do Reitor em exercício, aplicando-se os artigos

pertinentes à Reitoria e suas atividades, com a instalação do CONSAD e as decorrentes

adequações na constituição e nas atribuições do CONSUN;

II - e a segunda, ao término dos mandatos de Diretores de Centros Universitários, de Direções

de Faculdades, de Chefias de Departamento e de Coordenadorias de Programas e de Cursos

em exercício, aplicando-se os artigos que são pertinentes às unidades acadêmicas,

departamentos e demais órgãos, assim como às suas atividades.

Art. 120- Os Conselhos Universitário e de Administração, as Faculdades e as Coordenadorias

terão prazo até o final do mês de abril de 2009 para elaborar ou atualizar os seus respectivos Regimentos Internos

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 75

adequados às disposições deste Estatuto.

Art. 121- Todos os mandatos atualmente em vigor de cargos eletivos e de representações nos

órgãos colegiados serão respeitados até o seu término.

Art. 122- O CONSUN deverá remeter, até o final do mês de novembro de 2008, ao Conselho

Superior da Fundação São Paulo, de acordo com o Art. 15, inciso VII, letra “g” do seu Estatuto, a proposta de

reforma do Regimento Geral da PUC-SP, adequando às disposições deste Estatuto.

Art. 123- Este Estatuto, uma vez aprovado, deverá reger a próxima escolha e nomeação do Reitor.

Art. 124 - Este Estatuto entrará em vigor depois de aprovado pelo Conselho Superior da Fundação

São Paulo, nos termos do Art. 15, inciso VII, letra “g” do seu Estatuto, dando-se ciência à digníssima Curadoria

de Fundações do Estado de São Paulo, respeitado o disposto no artigo 121 deste Estatuto, encaminhando-se ao

Ministério da Educação.

Art. 125- Ficam revogadas todas as disposições do Estatuto anterior, bem como aquelas constantes

na normatização interna da PUC-SP, previstas em disposições, portarias, atos, normas ou regulamentos, que se

contraponham às disposições deste Estatuto.

Estatuto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo76

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 77

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Regimento Geral

Pontifícia Universidade Católica de

São Paulo

Aprovado na reunião do Conselho Superior da

Fundação São Paulo

em 14/05/2009

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo78

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 79

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

TÍTULO I Da Estrutura e Organização Acadêmicas ............................................................

TÍTULO II Da Organização Administrativa ..........................................................................

•Capítulo I Das Normas Reguladoras das Atividades da PUC-SP ........................

•Capítulo II Da Estrutura Orgânica ...................................................................

TÍTULO III Dos Órgãos Colegiados Deliberativos .................................................................

•Capítulo I Das Disposições Gerais ..................................................................

•Capítulo II Do Conselho Universitário - CONSUN ..............................................

•Capítulo III Do Conselho de Administração - CONSAD .......................................

•Capítulo IV Do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão - CEPE .......................

◊ Seção I Das Câmaras ...............................................................

• Subseção I Da Câmara de Graduação ............................

• Subseção II Da Câmara de Pós-Graduação e Pesquisa .....

• Subseção III Da Câmara de Educação Continuada ............

•Capítulo V Do Conselho de Planejamento, Desenvolvimento

e Gestão - CONPLAD .....................................................................

•Capítulo VI Do Conselho de Cultura e Relações Comunitárias - CECCOM ............

•Capítulo VII Dos Conselhos de Faculdade ..........................................................

•Capítulo VIII Do Colegiado do Departamento ......................................................

TÍTULO IV Dos Órgãos de Direção e Supervisão .................................................................

•Capítulo I Da Grã-Chancelaria .......................................................................

•Capítulo II Da Reitoria ...................................................................................

◊ Seção I Do Reitor .....................................................................

◊ Seção II Do Vice-Reitor .............................................................

◊ Seção III Dos Órgãos de Apoio Técnico-Administrativo

da Reitoria ...................................................................

• Subseção I Do Gabinete do Reitor .................................

• Subseção II Da Secretaria Geral .....................................

• Subseção III Dos Órgãos de Assessoria da Reitoria ...........

A - Da Assessoria Jurídica - AJ .............................................................

B - Da Assessoria de Relações Institucionais e Internacionais - ARII ......

C - Da Divisão de Comunicação Institucional - DCI ...............................

D - Da Assessoria de Políticas Tecnológicas - APT .................................

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Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

◊ Seção IV Dos Pró-Reitores ..........................................................

• Subseção I Do Pró-Reitor de Graduação ........................

• Subseção II Do Pró-Reitor de Pós-Graduação ..................

• Subseção III Do Pró-Reitor de Planejamento,

Desenvolvimento e Gestão ..........................

• Subseção IV Do Pró-Reitor de Cultura e Relações

Comunitárias ..............................................

• Subseção V Do Pró-Reitor de Educação Continuada ........

•Capítulo III Das Diretorias de Campi ................................................................

•Capítulo IV Das Diretorias de Faculdade ..........................................................

•Capítulo V Das Chefias de Departamento ........................................................

•Capítulo VI Da Coordenação de Curso de Graduação ........................................

•Capítulo VII Da Coordenação de Programa de Pós-Graduação ............................

TÍTULO V Das Atividades Fim Da PUC-SP .....................................................................

•Capítulo I Do Ensino e do Regime Didático dos Cursos ....................................

◊ Seção I Dos Cursos de Graduação .............................................

◊ Seção II Dos Cursos Sequenciais ................................................

◊ Seção III Dos Cursos de Pós-Graduação ......................................

• Subseção I Dos Cursos de Pós-Graduação Stricto Sensu ..

• Subseção II Dos Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu .....

◊ Seção IV Dos Cursos de Extensão Universitária ............................

◊ Seção V Dos Cursos de Educação a Distância .............................

•Capítulo II Da Pesquisa na PUC-SP .................................................................

•Capítulo III Da Extensão na PUC-SP .................................................................

TÍTULO VI Do Regime Escolar ......................................................................................

•Capítulo I Do Calendário Escolar ...................................................................

•Capítulo II Do Ingresso na PUC-SP .................................................................

•Capítulo III Das Matrículas .............................................................................

◊ Seção I Da Matrícula em Cursos de Graduação ..........................

• Subseção I Da Matrícula por Processo Seletivo através

do Vestibular ..............................................

• Subseção II Da Matrícula por Processo Seletivo via

Transferência ..............................................

• Subseção II-A Do Edital ...................................

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Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

• Subseção II-B Das Inscrições ...........................

• Subseção II-C Do Processo Seletivo ..................

• Subseção II-D Do Plano de Adaptação

Curricular ..................................

• Subseção II-E Do Plano Complementar

de Formação .............................

• Subseção III Da Matrícula por Processo Seletivo dos

Portadores de Diploma de Curso Superior .....

• Subseção IV Da Transferência “Ex Officio” .......................

• Subseção V Da Matrícula Especial ..................................

• Subseção VI Do Trancamento de Matrícula ......................

◊ Seção II Da matrícula em Cursos de Pós-Graduação

Stricto Sensu ................................................................

• Subseção I Da Matrícula por Transferência ....................

• Subseção II Da Matrícula Especial ..................................

• Subseção III Do Trancamento de Matrícula ......................

• Subseção IV Do Desligamento do Programa ....................

◊ Seção III Da Educação Continuada ..............................................

•Capítulo IV Da Verificação do Rendimento Escolar ............................................

◊ Seção I Dos Cursos de Graduação .............................................

◊ Seção II Dos Cursos de Pós-Graduação Stricto Sensu ...................

◊ Seção III Da Educação Continuada ..............................................

TÍTULO VII Dos Diplomas, Graus, Certificados e Títulos .......................................................

•Capítulo I Dos Diplomas e Certificados ..........................................................

•Capítulo II Dos Graus ....................................................................................

•Capítulo III Dos Títulos ...................................................................................

◊ Seção I Dos Títulos de Mestre e Doutor .....................................

◊ Seção II Do Título de Livre Docente ...........................................

◊ Seção III Do Notório Saber .........................................................

◊ Seção IV Dos Títulos Honoríficos .................................................

TÍTULO VIII Da Comunidade Universitária ...........................................................................

•Capítulo I Do Corpo Docente ........................................................................

◊ Seção I Do Quadro de Pessoal Docente .....................................

• Subseção I Da Composição do Quadro de Pessoal

Docente e de sua Vinculação ao Plano Acadêmico do Departamento ..............

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Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

◊ Seção II Da Admissão Inicial e do Processo Seletivo ....................

• Subseção I Da Admissão Inicial .....................................

• Subseção II Do Processo Seletivo ...................................

• Subseção III Do Edital para o Processo Seletivo ................

• Subseção IV Das Inscrições para o Processo Seletivo ........

◊ Seção III Da Seleção de Professores Temporários .........................

◊ Seção IV Do Desempenho da Função Docente e

do Processo de Avaliação Contínua ................................

◊ Seção V Do Ingresso e da Promoção na Carreira do Magistério ........................

• Subseção I Do Ingresso na Carreira .............................................................

• Subseção II Da Promoção na Carreira ..........................................................

• Subseção III Da Promoção para Professor Associado e Professor Titular .........

I - Do Concurso .......................................................................................

II - Das Bancas Examinadoras .................................................................

III - Do Regime de Aprovação .................................................................

IV - Das Inscrições ..................................................................................

V - Das Condições para Inscrição ..............................................................

• Subseção IV Do Professor Associado ...............................

• Subseção V Do Professor Titular ....................................

◊ Seção VI Do Regime Funcional do Magistério ...............................

•Capítulo II Do Corpo Discente ........................................................................

◊ Seção I Da Representação Estudantil nos Órgãos Colegiados ......

◊ Seção II Das Entidades Representativas dos Estudantes ..............

•Capítulo III Do Corpo Administrativo ................................................................

◊ Seção I Da Representação do Corpo Administrativo nos

Órgãos Colegiados .......................................................

TÍTULO IX Do Direito de Petição .....................................................................................

TÍTULO X Do Regime Disciplinar .....................................................................................

•Capítulo I Do Corpo Docente ........................................................................

•Capítulo II Do Corpo Discente ........................................................................

•Capítulo III Do Corpo Administrativo ................................................................

•Capítulo IV Da Sindicância e do Processo Administrativo ...................................

•Capítulo V Da Suspensão Preventiva ..............................................................

TÍTULO XI Das Disposições Gerais e Transitórias ..............................................................................

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Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

TÍTULO IDA ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO ACADÊMICAS

Art. 1º- A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP é composta por Faculdades e

por Coordenadorias.

Art. 2º- As Faculdades, unidades responsáveis por ensino, pesquisa e extensão, são órgãos de

deliberação, supervisão e coordenação das atividades universitárias correspondentes as suas respectivas áreas

de conhecimento.

Art. 3º- As Faculdades são compostas por: Departamentos, Cursos de Graduação, Programas de

Pós-Graduação stricto sensu e lato sensu, Cursos e Atividades de Educação Continuada, Unidades Suplementares

e Núcleos Extensionistas.

Art. 4º- As Unidades Suplementares são órgãos complexos, com ordenação administrativa

própria, subordinada à Fundação São Paulo - FUNDASP, que realizam atividades em múltiplos campos e que

complementam as ações relativas ao ensino, a pesquisa, a extensão e aos serviços.

Art. 5º- São Unidades Suplementares:

I - Hospital Santa Lucinda - HSL;

II - Divisão de Educação e Reabilitação dos Distúrbios da Comunicação – DERDIC.

Art. 6º- Os Núcleos Extensionistas são organismos com atividade focalizada que se constituem

em campos de realização de estágios e de outras atividades de extensão e prestação de serviços comunitários.

Parágrafo único - A estrutura e a organização acadêmicas dos Núcleos Extensionistas serão

previstas nos Regimentos das Faculdades.

Art. 7º- A PUC-SP possui as seguintes Faculdades:

I - Faculdade de Economia, Administração, Contábeis e Atuariais;

II - Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde;

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III - Faculdade de Educação;

IV - Faculdade de Direito;

V - Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia;

VI - Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde;

VII - Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes;

VIII - Faculdade de Ciências Sociais;

IX - Faculdade de Teologia.

Art. 8º- As Coordenadorias são organismos que fazem a gestão de projetos e de atividades

acadêmicas, científicas, teológicas e pastorais servindo ao conjunto da PUC-SP em assuntos específicos com

finalidades internas e externas.

Art. 9º- A PUC-SP possui as seguintes Coordenadorias:

I - Coordenadoria Geral dos Cursos de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão –

COGEAE;

II - Coordenadoria Geral de Estágios - CGE;

III - Coordenadoria de Vestibulares e Concursos;

IV - Coordenadoria de Educação a Distância;

V - Coordenadoria de Estudos e Desenvolvimento de Projetos Especiais;

VI - Coordenadoria de Pesquisa;

VII - Coordenadoria de Pastoral Universitária.

Art. 10- A organização e o funcionamento, a vinculação e a subordinação das Coordenadorias

serão previstos em seus próprios Regulamentos Internos.

Art. 11- Cada Coordenadoria terá um Coordenador nomeado pelo Reitor, mediante seleção de

projeto apresentado junto ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – CEPE, submetido ao CONSAD e

aprovado pelo Conselho Universitário -CONSUN. O mandato do Coordenador será de 04 (quatro) anos.

Parágrafo único - A Coordenadoria da Pastoral Universitária terá seu Coordenador nomeado

pelo Grão-Chanceler, sem necessidade de aprovação do Conselho Universitário – CONSUN, cujo mandato será

de 04 (quatro) anos.

Art. 12- Às Coordenadorias, de forma geral, caberá, observadas suas respectivas vinculações às

instâncias superiores da PUC-SP:

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I - administrar o desenvolvimento e a execução de suas respectivas atividades;

II - subsidiar as análises de viabilidade técnico-acadêmico, financeiras e estrutural das suas

respectivas atividades;

III - prestar assistência técnica no âmbito de suas competências.

TÍTULO IIDA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

Art. 13 - Ao Conselho Superior da Fundação São Paulo, entidade mantenedora, empregadora e

detentora do patrimônio da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, nos termos de seu Estatuto, incumbe

manter e dirigir a PUC-SP, quanto aos seus aspectos econômico, financeiro, trabalhista, da fé e da moral.

Capítulo IDAS NORMAS REGULADORAS DAS ATIVIDADES DA PUC-SP

Art. 14- A PUC-SP rege-se:

I - Pelas disposições canônicas e pela legislação federal aplicáveis;

II - Pelo Estatuto da Fundação São Paulo, entidade mantenedora;

III - Pelo seu Estatuto;

IV - Pelo presente Regimento Geral;

V - Por Deliberações dos Colegiados Superiores, no âmbito de suas competências;

VI - Por Decisões da Grã-Chancelaria;

VII - Por Resoluções da Reitoria.

Capítulo IIDA ESTRUTURA ORGÂNICA

Art. 15- A estrutura orgânica da PUC-SP é constituída de órgãos colegiados deliberativos superiores,

de órgãos colegiados deliberativos e consultivos em razão da matéria, e de órgãos de direção e supervisão.

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§1º - São órgãos colegiados deliberativos superiores:

I - Conselho Universitário - CONSUN;

II - Conselho de Administração - CONSAD.

§2º - São órgãos colegiados deliberativos e consultivos em razão da matéria:

I - Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão - CEPE;

II - Conselho de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão - CONPLAD;

III - Conselho de Cultura e Relações Comunitárias - CECCOM;

IV - Conselho das Faculdades;

V - Colegiado dos Departamentos.

§3º - São órgãos da direção e supervisão:

I - Grã-Chancelaria;

II - Reitoria;

III - Pró-Reitorias;

IV - Diretorias de Campus;

V - Diretorias de Faculdades;

VI - Chefias de Departamentos;

TÍTULO IIIDOS ÓRGÃOS COLEGIADOS DELIBERATIVOS

Capítulo IDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 16- A convocação ordinária ou extraordinária de qualquer órgão de deliberação cabe ao seu

Presidente, por iniciativa própria, ou a pedido da maioria de seus membros.

§ 1º - Extraordinariamente as reuniões do Conselho de Administração - CONSAD poderão ser

convocadas por qualquer um de seus membros, nos termos do § 3º Art 25 do Estatuto da PUC-SP.

§ 2º - A não ser em caso de urgência, as convocações de que trata o presente artigo deverão ser

feitas com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas, por escrito, dela constando a respectiva pauta.

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Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Art. 17- Salvo disposição expressa em contrário, os órgãos de deliberação funcionam, em

primeira convocação, com a presença de pelo menos a maioria de seus membros, com direito a voto e deliberam

pela maioria dos votantes.

Parágrafo único - Não se permitirá voto por procuração nos órgãos colegiados deliberativos.

Art. 18- O comparecimento às reuniões dos órgãos colegiados deliberativos prefere a qualquer

outra atividade acadêmica.

Parágrafo único - Salvo disposição expressa estatutária ou regimental, os Presidentes dos

órgãos colegiados deliberativos, em seus impedimentos, serão substituídos por um dentre os seus pares, com

direito a voto.

Art. 19- Os órgãos colegiados deliberativos, ao apreciar assuntos específicos, poderão convidar, para

participar dos debates, sem direito a voto, as pessoas que julgarem necessárias para elucidação da matéria.

Art. 20- Das reuniões dos órgãos colegiados deliberativos, lavrar-se-á ata em registro próprio.

Art. 21- Os órgãos colegiados deliberativos deverão elaborar e aprovar seus próprios

Regulamentos.

Capítulo IIDO CONSELHO UNIVERSITÁRIO – CONSUN

Art. 22- O CONSUN é órgão colegiado deliberativo superior da PUC-SP, competindo-lhe definir as

diretrizes acadêmicas da política universitária, acompanhando sua execução e avaliando seus resultados, zelando

pelas finalidades, princípios e missão educativa da Instituição.

Art. 23- O CONSUN é constituído:

I - Pelo Reitor, seu Presidente;

II - Pelo Vice-Reitor, sem direito a voto;

III - Pelo Pró-Reitor de Graduação, pelo Pró-Reitor de Pós-Graduação, pelo Pró-Reitor de

Cultura e Relações Comunitárias, pelo Pró-Reitor de Educação Continuada e pelo Pró-Reitor

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de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão;

IV - Pelos Diretores de Faculdade;

V - Por 01 (um) Representante docente de cada Faculdade, integrante da carreira do

magistério,

indicado por seus pares;

VI - Por Funcionários administrativos da PUC-SP, indicados por seus pares, em número

equivalente aos representantes docentes;

VII - Por Representantes discentes, sendo 01 (um) de cada Faculdade e 01 (um) da Pós-

Graduação, indicados por seus pares;

VIII - Por 01 (um) Representante da Fundação São Paulo, indicado pelo Presidente do

Conselho Superior;

IX - Por 01 (um) Representante da sociedade civil organizada, indicado pelo Conselho

Superior da Fundação São Paulo.

§ 1º - Os Conselheiros mencionados nos incisos I, II, III e IV permanecerão no exercício desta

função, enquanto durar o pressuposto de sua investidura.

§ 2º - Os Conselheiros mencionados no inciso V permanecerão no exercício desta função por 04

(quatro) anos.

§ 3º - Os Conselheiros mencionados nos incisos VI, VIII e IX permanecerão no exercício desta

função por 02 (dois) anos.

§ 4º - Os Conselheiros mencionados no inciso VII permanecerão no exercício desta função por 01

(um) ano.

§ 5º - Os Conselheiros mencionados em todos os incisos deste artigo poderão ser reconduzidos

sucessivamente no exercício de suas funções uma única vez.

Art. 24- O Presidente do CONSUN, na suas faltas ou impedimentos, será substituído pelo Vice-

Reitor e na falta deste pelo Pró-Reitor de categoria mais alta no quadro de carreira docente. Em caso de empate

assumirá a Presidência o Pró-Reitor de maior tempo de magistério na PUC-SP.

Art. 25- O Secretário nato do CONSUN é o Secretário Geral da Reitoria e, na sua falta, quem

o Reitor designar.

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Art. 26- O CONSUN, para o desempenho de suas atribuições, pode se organizar em Comissões

Permanentes, assim definidas em seu Regulamento, ou constituir comissões transitórias para cuidar de assuntos

determinados.

Art. 27 - As atribuições do CONSUN estão previstas no Art. 21 do Estatuto da PUC-SP.

Parágrafo único - É atribuição ainda do CONSUN aprovar os Coordenadores das

Coordenadorias indicados pelo CEPE, conforme Art. 14 do Estatuto da PUC-SP.

Art. 28- O CONSUN reúne-se, ordinariamente durante o ano letivo, pelo menos uma vez a cada mês e,

extraordinariamente, sempre que for convocado por iniciativa do Reitor, ou da maioria de seus membros.

Parágrafo único - As sessões se instalarão com a presença de pelo menos a maioria de seus

membros.

Capítulo IIIDO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO – CONSAD

Art. 29- O CONSAD, órgão colegiado deliberativo superior da PUC-SP em assuntos econômicos,

financeiros, trabalhistas e patrimoniais é formado pelos seguintes membros:

I - Pelo Reitor, seu Presidente;

II - Por 01 (um) Pró-Reitor da área acadêmica, escolhido entre os Pró-Reitores de Graduação,

Pós-Graduação e Educação Continuada;

III - Pelo Pró-Reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão;

IV - Pelo Pró-Reitor de Cultura e Relações Comunitárias;

V - Pelos Secretários Executivos da Fundação São Paulo.

Parágrafo único - São membros com direito a voto o Reitor e os Secretários Executivos da

Fundação São Paulo.

Art. 30- As competências do CONSAD estão previstas no Art. 25 do Estatuto da PUC-SP.

§ 1º - As decisões do CONSAD serão tomadas por maioria simples dos membros com direito a voto, sendo

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que cada membro tem direito a apenas um voto, não cumulativo, assim como não será permitido voto por procuração.

§ 2º - Os membros do CONSAD permanecerão no exercício do cargo, enquanto durar o pressuposto

de suas investiduras.

§ 3º - O CONSAD se reunirá ordinariamente a cada 15 (quinze) dias, podendo ser convocado

extraordinariamente por qualquer um de seus membros.

§ 4º - As sessões ordinárias e extraordinárias somente se instalarão com, no mínimo, metade de

seus membros com direito a voto.

Capítulo IVDO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – CEPE

Art. 31- O CEPE é órgão colegiado deliberativo e consultivo no campo acadêmico-científico.

Será presidido por um dentre os Pró-Reitores de Graduação, de Pós-Graduação ou de Educação Continuada,

mediante escolha do Reitor.

Art. 32- O CEPE é constituído por:

I - Pró-Reitor de Graduação, Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pró-Reitor de Educação

Continuada;

II - Diretores Adjuntos das Faculdades;

III - Representantes docentes, 01 (um) por Faculdade;

IV - Representantes dos estudantes, 01 (um) por Faculdade;

V - 01 (um) Representante dos estudantes de Pós-Graduação;

VI - 01 (um) Representante docente da Câmara de Graduação;

VII - 01 (um) Representante docente da Câmara de Pós-Graduação;

VIII - 01 (um) Representante docente da Câmara de Educação Continuada;

IX - Coordenadores das Coordenadorias Acadêmicas.

Art. 33- As atribuições do CEPE estão previstas no Art. 27 do Estatuto da PUC-SP.

Art. 34- O CEPE será assessorado por Câmaras.

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Seção IDas Câmaras

Art. 35- As Câmaras são órgãos de caráter consultivo e natureza transversal, cuja finalidade é

assessorar o CEPE nas questões de sua competência, fomentando a indissociabilidade entre ensino, pesquisa

e extensão.

§ 1º - O CEPE contará com as Câmaras de Graduação, de Pós-Graduação e Pesquisa e de Educação

Continuada.

§ 2º - As normas de funcionamento das Câmaras serão objeto de regulamentação específica

estabelecida pelo CEPE.

Subseção IDa Câmara de Graduação

Art. 36- A Câmara de Graduação é presidida pelo Pró-Reitor de Graduação e tem a seguinte

composição:

I - Coordenadores de Cursos de Graduação;

II - 01 (um) representante discente dos Cursos de Bacharelado;

III - 01 (um) representante discente dos Cursos de Licenciatura;

IV - 01 (um) representante discente dos Cursos Tecnológicos.

Art. 37- Compete à Câmara de Graduação:

I - desenvolver estudos que subsidiem o CEPE na elaboração ou alteração da política

educacional da PUC-SP, a ser submetidos à apreciação e aprovação do CONSUN e CONSAD;

II - desenvolver estudos, no âmbito do ensino, de forma articulada com a Câmara de Pós-

Graduação e Pesquisa, que subsidiem a elaboração dos Projetos Institucionais da PUC-SP, a

ser submetidos à apreciação e aprovação do CEPE;

III - propor ao CEPE plano de implementação da política educacional e do desenvolvimento

do ensino nas Faculdades, definindo as prioridades;

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo92

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

IV - propor ao CEPE as normas e as orientações técnicas para elaboração e tramitação de

programas e projetos de ensino das Faculdades;

V - dar parecer sobre Projetos Pedagógicos de Cursos e propostas de alterações a serem

submetidos à aprovação do CEPE;

VI - apreciar os relatórios das avaliações institucionais e de cursos;

VII - promover a auto-avaliação dos Cursos de Graduação das Faculdades, encaminhando

ao CEPE relatórios;

VIII - promover estudos das demandas socio-ocupacionais e das transformações na esfera

do conhecimento, orientando as Faculdades para a proposição de mudanças curriculares, ou

de novas modalidades de Graduação;

IX - subsidiar e supervisionar o desenvolvimento dos Projetos Pedagógicos dos Cursos,

zelando pela observância dos mesmos;

X - acompanhar a implementação de novos Projetos Pedagógicos de Cursos;

XI - subsidiar o CEPE nas políticas de extensão referentes à Graduação;

XII - emitir pareceres de mérito sobre projetos de extensão ligados à Graduação;

XIII - exercer outras atribuições previstas em normas ou decididas pelos Colegiados

competentes e inerentes à natureza do órgão.

Subseção IIDa Câmara de Pós-Graduação e Pesquisa

Art. 38- A Câmara de Pós-Graduação e Pesquisa, dotada de Regulamento próprio, será presidida

pelo Pró-Reitor de Pós-Graduação e tem a seguinte composição:

I - Pró-Reitor de Graduação ou seu representante;

II - Pró-Reitor de Educação Continuada ou seu representante;

III - Coordenadores de Programas de Pós-Graduação;

IV - Coordenador de Pesquisa;

V - Líderes de Pesquisa, membros de cada um dos Conselhos das Faculdades;

VI - 04 (quatro) Pesquisadores com liderança interna e externa, nacional e internacional, nas

suas áreas;

VII - 01 (um) Representante discente dos Cursos de Graduação;

VIII - 01 (um) Representante discente dos Cursos de Mestrado;

IX - 01 (um) Representante discente dos Cursos de Mestrado Profissional.;

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Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

X - 01 (um) Representante discente dos Cursos de Doutorado;

XI - Presidentes dos Comitês de Ética em Pesquisa da PUC-SP;

XII - Presidente do Comitê Local do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação

Científica – PIBIC, escolhido pela própria Câmara;

XIII - 01 (um) Representante dos funcionários administrativos.

Art. 39- Compete à Câmara de Pós-Graduação e Pesquisa:

I - desenvolver estudos que subsidiem o CEPE na elaboração ou alteração da política de Pós-

Graduação Stricto Sensu da PUC-SP, a ser submetidos à apreciação e aprovação do CONSUN;

II - propor ao CEPE diretrizes que orientem as ações da Pós-Graduação, respeitadas as

normas superiores;

III - avaliar a criação, modificação e extinção de Programas propostos pelas Faculdades,

instruindo o CEPE para decisões neste âmbito;

IV - propor as normas comuns de funcionamento dos Programas da Pós-Graduação;

V - avaliar e instruir o CEPE a respeito das propostas de Regulamentos de Programas novos

e alterações dos Regulamentos existentes, encaminhados pelas Faculdades;

VI - fomentar a integração dos currículos, planos de estudos e atividades;

VII - indicar comissões internas, dentro de sua competência, estabelecendo normas gerais

para seu funcionamento;

VIII - acompanhar a avaliação nacional dos Programas de Pós-Graduação, nas suas áreas

de competência;

IX - indicar ao CEPE a aprovação de projetos de cursos regulares de Doutorado, Mestrado

Acadêmico e Mestrado Profissional, propostos pelas Faculdades, bem como propostas de

Mestrado e Doutorado interinstitucionais;

X - zelar pelo cumprimento da política de vagas dos Programas de Doutorado e de Mestrado,

tendo em vista a sua compatibilização com a disponibilidade de infra-estrutura, recursos

humanos e espaço físico;

XI - instruir o CEPE na definição de critérios para a constituição de bancas examinadoras de

Doutorado e Mestrado;

XII - estimular a publicação de teses e dissertações defendidas e de pesquisa realizadas nos

vários Programas, como contribuição científica e cultural da PUC-SP à sociedade;

XIII - indicar ao CEPE a apreciação de pedidos de reconhecimento de diplomas de Mestrado

e Doutorado obtidos no exterior, ouvidos os Programas;

XIV - indicar ao CEPE a aprovação da concessão de títulos de notório saber;

XV - propor ao CEPE diretrizes para acolher e desenvolver projetos de Pós-Doutorado;

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Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

XVI - subsidiar o CEPE nas políticas de extensão referentes à Pós-Graduação;

XVII - emitir pareceres de mérito sobre projetos de extensão ligados à Pós-Graduação;

XVIII - propor e estimular atividades de pesquisa avançada e de formação na docência do

ensino superior;

XIX - exercer outras atribuições previstas em normas ou decididas pelos Colegiados

competentes e inerentes à natureza do órgão;

XX - subsidiar o CEPE na elaboração ou alteração da proposta da política de desenvolvimento

da pesquisa na PUC-SP e de seus reflexos nos Projetos Institucionais, a serem submetidos à

apreciação e aprovação do CONSUN;

XXI - subsidiar o CEPE com propostas de implementação da política de desenvolvimento

da pesquisa traçada pelo CONSUN, articulada ao ensino, a extensão e aplicada aos campos

científico e empresário-industrial;

XXII - propor ao CEPE normas e orientações técnicas para elaboração de programas e

projetos de pesquisa pelas Unidades;

XXIII - definir parâmetros para as Faculdades avaliar programas e projetos de pesquisa dos

seus Departamentos, encaminhando-os à apreciação e aprovação do CEPE;

XXIV - propor à apreciação e aprovação do CEPE formas de gestão, avaliação e de apoio a

programas especiais de pesquisa ou programas de incentivo à pesquisa;

XXV - apreciar os relatórios, das avaliações interna e externa das Faculdades, no que diz

respeito à pesquisa encaminhando-os ao CEPE;

XXVI - dar parecer no que diz respeito à pesquisa, sobre os Planos Acadêmicos Trienais e

Anuais dos Departamentos, a serem submetidos à aprovação do CEPE;

XXVII - dar parecer sobre programas e projetos de pesquisa encaminhados pelas Unidades;

XXVIII - exercer outras atribuições previstas em normas ou decididas pelos Colegiados

competentes e inerentes à natureza do órgão.

Subseção IIIDa Câmara de Educação Continuada

Art. 40- A Câmara de Educação Continuada é presidida pelo Pró-Reitor de Educação Continuada

e tem a seguinte composição:

I - Coordenador da COGEAE;

II - Coordenadores de Coordenadorias afins;

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Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

III - Representantes dos Coordenadores de Cursos de Educação Continuada, 01 (um) por

Faculdade;

IV - 01 (um) Representante discente dos Cursos de Especialização;

V - 01 (um) Funcionário da COGEAE.

Art. 41- Compete à Câmara de Educação Continuada;

I - desenvolver estudos no âmbito da Educação Continuada que subsidiem o CEPE na

elaboração dos Projetos Institucionais da PUC-SP a serem submetidos à apreciação e

aprovação do CONSUN e do CONSAD;

II - subsidiar o CEPE com estudos, dados, informações e sugestões na elaboração ou

alteração da política de desenvolvimento da Educação Continuada na PUC-SP;

III - propor ao CEPE plano de implementação da política de Educação Continuada,

acompanhando e avaliando sua execução;

IV - propor ao CEPE as normas e as orientações técnicas para a elaboração e tramitação dos

Projetos Pedagógicos dos Cursos de Educação Continuada;

V - dar parecer sobre criação ou alteração dos Projetos Pedagógicos dos Cursos de Pós-

Graduação Lato Sensu e de Aperfeiçoamento a serem submetidos ao CEPE;

VI - propor ao CEPE instrumentos de avaliação do desempenho docente e discente nos

Cursos de Educação Continuada;

VII - propor ao CEPE instrumentos de avaliação das atividades de Educação Continuada;

VIII - acompanhar a implementação dos processos de avaliação descritos nos incisos

VI e VII produzindo relatórios que subsidiem as análises de desempenho da Educação

Continuada;

IX - subsidiar as Faculdades na proposição e avaliação das atividades de Educação

Continuada, na Graduação, na Pós-Graduação e na Pesquisa;

X - exercer outras atribuições previstas em normas ou decididas pelos Colegiados

competentes e inerentes à natureza do órgão.

Capítulo VDO CONSELHO DE PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO E GESTÃO – CONPLAD

Art. 42- O CONPLAD é um órgão deliberativo e consultivo no campo do planejamento, desen-

volvimento e gestão econômico-financeira, subsidiando atuação do CONSAD. Será presidido pelo Pró-Reitor de

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Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.

Art. 43- O CONPLAD é constituído por:

I – Pró-Reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, seu Presidente;

II - Representantes docentes, 01 (um) por Faculdade;

III - Diretores e Gerentes das Unidades Administrativas;

IV - Funcionários administrativos em número equivalente aos representantes docentes;

V - Representantes discentes, 01 (um) por Faculdade, e 01 (um) de Pós-Graduação, eleitos

por seus pares;

VI - Representante docente da Câmara de Graduação;

VII - Representante docente da Câmara de Pós-Graduação e Pesquisa;

VIII - Representante docente da Câmara de Educação Continuada;

Art. 44- As atribuições do CONPLAD estão previstas no Art. 32 do Estatuto da PUC-SP.

Capítulo VIDO CONSELHO DE CULTURA E RELAÇÕES COMUNITÁRIAS – CECCOM

Art. 45- O CECCOM é um órgão deliberativo e consultivo nas matérias relativas a cultura e

relações comunitárias. Será presidido pelo Pró-Reitor de Cultura e Relações Comunitárias.

Art. 46- O CECCOM é constituído por:

I - Pró-Reitor de Cultura e Relações Comunitárias, seu Presidente;

II - Diretor de cada Campus;

III - Representantes docentes, 01 (um) por Faculdade;

IV - Representantes discentes, 01 (um) por Faculdade, e 01 (um) de Pós-Graduação, eleitos

por seus pares;

V - Funcionários administrativos em número equivalente aos representantes docentes,

distribuídos proporcionalmente por Campus;

VI - Diretores de Unidades prestadoras de serviços culturais;

VII - Diretores das Unidades Suplementares e dos Núcleos Extensionistas que prestam

serviços comunitários;

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Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

VIII - Diretores/Chefes dos Setores Comunitários Internos;

IX - Coordenador da Coordenadoria da Pastoral Universitária.

Art. 47- As atribuições do CECCOM estão previstas no Art. 34 do Estatuto da PUC-SP.

Capítulo VIIDOS CONSELHOS DE FACULDADE

Art. 48- Os Conselhos das Faculdades são órgãos consultivos e deliberativos tão somente nas

matérias de sua competência, respeitadas as deliberações dos Colegiados superiores da PUC-SP.

Art. 49- Cada Faculdade tem um Conselho assim constituído:

I - O Diretor, seu Presidente;

II - O Diretor Adjunto;

III - Os Chefes de Departamento;

IV - Os Coordenadores dos Cursos de Graduação;

V - Os Coordenadores dos Programas de Pós-Graduação;

VI - 01 (um) Coordenador dos Cursos de Educação Continuada indicado por seus pares;

VII - 01 (um) Docente pesquisador dos Grupos de Pesquisa, indicado pelos Grupos da

Faculdade;

VIII - Representação discente de 1/5 (um quinto) do total de membros do Conselho, de

estudantes de Graduação e de Pós-Graduação indicados pelos pares, respeitando-se o

mínimo de 02 (dois) estudantes;

IX - Representantes administrativos de 1/5 (um quinto) do total de membros do Conselho,

indicados pelos pares, respeitando-se o mínimo de 02 (dois) funcionários;

X - Diretores das Unidades Suplementares e demais órgãos componentes da Faculdade,

quando cabível.

Art. 50- As atribuições dos Conselhos de Faculdade estão previstas no Art. 36 do Estatuto da PUC-SP.

Parágrafo único - Incluem-se entre as atribuições dos Conselhos de Faculdade:

I - a homologação de bancas examinadoras de Mestrado, Doutorado e Livre Docência;

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Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

II - a homologação dos concursos de Livre Docência, encaminhando ao CONSUN para aprovação;

III - a homologação de credenciamento e descredenciamento de professores de

Departamentos alheios à Faculdade indicados para desenvolver atividades pedagógicas na

Graduação em sua Unidade;

IV - a homologação de credenciamento e descredenciamento de professores, encaminhados

pelos respectivos Programas;

V - a promoção de processo eletivo para escolha de Coordenadores de Curso de Graduação

e de Pós-Graduação.

Capítulo VIIIDO COLEGIADO DO DEPARTAMENTO

Art. 51- Os Departamentos, unidades básicas das Faculdades, se estruturam por áreas de

conhecimento para o desenvolvimento do ensino, da pesquisa e da extensão na PUC-SP.

Art. 52- O Departamento tem por finalidade a organização administrativa, didático-científica e de

distribuição de pessoal docente em função do processo de produção de conhecimento por meio do ensino, da

pesquisa e da extensão, obedecido o princípio da indissociabilidade.

Art. 53 - Integram o Departamento os professores do Quadro de Carreira, do Quadro Provisório

e do Quadro em Extinção.

Art. 54- O Colegiado do Departamento é presidido por seu Chefe e tem caráter deliberativo para

assuntos de sua competência.

Art. 55- Compõem o Colegiado do Departamento:

I – O Chefe de Departamento, seu Presidente;

II – Os Professores do Quadro de Carreira;

III – 02 (dois) Representantes dos docentes do Quadro Provisório;

IV – 01 (um) Representante dos professores substitutos;

V – Representação discente de 1/5 (um quinto) do total.

Art. 56 - As atribuições dos Departamentos estão previstas no Art. 41 do Estatuto da PUC-SP.

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 99

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TÍTULO IVDOS ÓRGÃOS DE DIREÇÃO E SUPERVISÃO

Capítulo IDA GRÃ-CHANCELARIA

Art. 57- Exerce a jurisdição e direção superiores da PUC-SP, sobretudo em matéria de fé e

moral, como Grão-Chanceler, o Arcebispo Metropolitano de São Paulo, Presidente nato do Conselho Superior

da Fundação São Paulo.

Parágrafo único - O Grão-Chanceler, nas suas faltas ou impedimentos, será substituído pela

autoridade indicada no Estatuto da Fundação São Paulo.

Art. 58- As atribuições e competências do Grão-Chanceler estão previstas no Art. 43 do Estatuto

da PUC-SP.

Capítulo IIDA REITORIA

Art. 59- A Reitoria é exercida pelo Reitor e, em sua ausência ou impedimento, pelo Vice-Reitor,

escolhidos e nomeados pelo Grão-Chanceler na qualidade de Presidente do Conselho Superior da Fundação São Paulo,

dentre os professores de uma lista tríplice organizada pelo CONSUN, por meio de consulta direta à Comunidade.

§ 1º - A escolha do Reitor e do Vice-Reitor só pode recair sobre Professores Doutores com, no

mínimo, 05 (cinco) anos no Quadro de Carreira do Magistério, que tenham, pelo menos, 35 (trinta e cinco) anos

de idade.

§ 2º - O mandato do Reitor e do Vice-Reitor será de 04 (quatro) anos, permitida uma recondução.

Art. 60- A Reitoria é órgão executivo que administra e coordena as atividades da PUC-SP,

obedecendo a indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão.

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo100

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Art. 61- São órgãos de apoio técnico-administrativo da Reitoria:

I - o Gabinete do Reitor;

II - a Secretaria Geral;

III - a Assessoria Jurídica - AJ;

IV - a Assessoria de Relações Institucionais e Internacionais – ARII;

V - a Divisão de Comunicação Institucional - DCI;

VI - a Assessoria de Políticas Tecnológicas - APT

Art. 62- São órgãos de cultura e serviços da Reitoria, sem prejuízo de outros que possam ser criados:

I - Bibliotecas e Videotecas;

II - Teatro da Universidade Católica - TUCA;

III - Televisão da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – TVPUC;

IV - Editora da Universidade Católica de São Paulo – EDUC;

V - Setor de Ouvidoria da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Art. 63- São órgãos administrativo-acadêmicos da Reitoria :

I - Secretaria de Administração Escolar - SAE;

II - Consultoria Técnica de Apoio à Gestão Acadêmica – CONSULTEG.

Parágrafo único - A organização e o funcionamento dos órgãos de administração acadêmica

estão definidos em normatização própria. Sua extinção deve ser submetida ao CONSUN e ao CONSAD.

Art. 64- Podem ser instituídos ainda outros órgãos de assessoria da Reitoria destinados ao

cumprimento de funções específicas e com vigência por prazo determinado ou indeterminado, desde que

aprovados pelo CONSUN e pelo CONSAD.

Seção IDo Reitor

Art. 65- O Reitor, no desempenho de suas atribuições, é auxiliado diretamente pelo Vice-Reitor

e pelos seguintes Pró-Reitores:

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 101

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

I – de Graduação;

II – de Pós-Graduação;

III – de Educação Continuada;

IV – de Cultura e Relações Comunitárias;

V – de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.

Art. 66- O Reitor, nas suas faltas ou impedimentos, será substituído pelo Vice-Reitor.

Parágrafo único - Nas faltas ou no impedimento de ambos, Reitor e Vice-Reitor, assumirá

o cargo o Pró-Reitor de categoria mais alta no quadro de carreira docente e, em caso de empate, o de maior

tempo de magistério na PUC-SP.

Art. 67- As atribuições e competências do Reitor estão previstas no Art. 49 do Estatuto da PUC-SP.

Seção IIDo Vice-Reitor

Art. 68- Compete ao Vice-Reitor substituir o Reitor em sua ausência ou impedimento. Quando no

exercício da Reitoria ser-lhe-ão assegurados os direitos e obrigações da função.

Parágrafo único - Não estando ausente o Reitor, o mesmo atribuirá obrigatoriamente

funções ao Vice-Reitor.

Seção IIIDos Órgãos de Apoio Técnico-Administrativo da Reitoria

Art. 69- Os órgãos de apoio técnico-administrativo da Reitoria subordinam-se diretamente ao Reitor.

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo102

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Subseção IDo Gabinete do Reitor

Art. 70- O Gabinete é dirigido por um Chefe, de livre escolha e nomeação do Reitor, dentre os

quadros docente ou administrativo da PUC-SP.

Subseção IIDa Secretaria Geral

Art. 71- A Secretaria Geral da Reitoria é dirigida por um secretário geral, de livre escolha

e nomeação do Reitor, dentre os quadros docente ou administrativo da PUC-SP, incumbindo-lhe manter o

registro centralizado de toda a documentação da Reitoria, além de dar suporte de informação, comunicação e

atendimento aos trabalhos do Reitor e dos Pró-Reitores, secretariando as sessões do CONSUN e do CONSAD.

Subseção IIIDos Órgãos de Assessoria da Reitoria

ADa Assessoria Jurídica - AJ

Art. 72- A Assessoria Jurídica é dirigida por um assessor jurídico de livre escolha e nomeação do

Reitor, incumbindo-lhe o assessoramento direto ao Reitor, em matéria jurídico- acadêmica, no âmbito interno

da PUC-SP.

BDa Assessoria de Relações Institucionais e Internacionais - ARII

Art. 73- A ARII é dirigida por um assessor, de livre escolha e nomeação do Reitor, dentre o quadro

docente da PUC-SP, incumbindo-lhe o assessoramento nas matérias relativas à cooperação acadêmica nacional e

internacional, bem como na instrução acadêmica de projetos e parcerias interinstitucionais.

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 103

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Parágrafo único - Os projetos e instrumentos de cooperação acadêmica gerados por meio

da ARII deverão obedecer o trâmite acadêmico necessário à sua aprovação perante os órgãos colegiados e/ou

Pró Reitorias respectivos, nos termos do Art 27, incisos I e II, Art 56, inciso XV, Art. 57, inciso VIII e Art. 58, inciso

VII do Estatuto da PUC-SP. Eventuais desdobramentos e implicações financeiras que deles decorram devem

incluir uma avaliação financeira elaborada pela Assessoria de Desenvolvimento de Projetos Interinstitucionais

-ADPI da Fundação São Paulo e submetida ao CONSAD, antes de sua implementação.

CDa Divisão de Comunicação Institucional - DCI

Art. 74- A DCI é dirigida por um assessor, de livre escolha e nomeação do Reitor, incumbindo-lhe

desenvolver políticas para os sistemas de comunicação e divulgação da PUC-SP.

DDa Divisão de Tecnologia da Informação - DTI

Art. 75- A APT é dirigida por um assessor, de livre escolha e nomeação do Reitor, incumbindo-lhe

subsidiar a política de tecnologia da informação da PUC-SP.

Seção IVDos Pró-Reitores

Art. 76- Os Pró-Reitores de Graduação, de Pós-Graduação, de Cultura e Relações Comunitárias,

de Educação Continuada e de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão serão escolhidos pelo Reitor e nomeados

pelo Grão-Chanceler.

Art. 77- Os Pró-Reitores podem indicar ao Reitor, para a aprovação e nomeação, um assistente

especializado que os auxiliem no exercício de suas atribuições.

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo104

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Subseção IDo Pró-Reitor de Graduação

Art. 78- As atribuições e competências do Pró-Reitor de Graduação estão previstas no Art. 56

do Estatuto da PUC-SP.

Subseção IIDo Pró-Reitor de Pós-Graduação

Art. 79- As atribuições e competências do Pró-Reitor de Pós-Graduação estão previstas no Art.

57 do Estatuto da PUC-SP.

Subseção IIIDo Pró-Reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão

Art. 80- As atribuições e competências do Pró-Reitor de Planejamento, Desenvolvimento e

Gestão estão previstas no Art. 59 do Estatuto da PUC-SP.

Subseção IVDo Pró-Reitor de Cultura e Relações Comunitárias

Art. 81- As atribuições e competências do Pró-Reitor de Cultura e Relações Comunitárias estão

previstas no Art. 60 do Estatuto da PUC-SP.

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 105

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Subseção VDo Pró-Reitor de Educação Continuada

Art. 82- As atribuições e competências do Pró-Reitor de Educação Continuada estão previstas

no Art. 58 do Estatuto da PUC-SP.

Capítulo IIIDAS DIRETORIAS DE CAMPI

Art. 83- Os Diretores de Campi serão escolhidos dentre os membros dos corpos docente ou

administrativo da PUC-SP, nomeados pelo Reitor, ouvidos os Diretores de Faculdade do respectivo Campus.

Art. 84- São atribuições do Diretor de Campus:

I - fazer a gestão do Campus e prover condições para o desenvolvimento das atividades

acadêmicas deste;

II - assegurar condições de logística e manutenção do Campus;

III - coordenar a execução da política de convivência em sintonia com o Pró-Reitor de

Cultura e Relações Comunitárias;

IV - fazer a interface entre o Campus, a comunidade local e a PUC-SP;

V - exercer outras funções determinadas pelo Reitor.

Capítulo IVDAS DIRETORIAS DE FACULDADE

Art. 85- As diretorias de Faculdade são compostas pelo Diretor e Diretor Adjunto.

Art. 86- O Diretor e o Diretor Adjunto de Faculdade serão nomeados pelo Reitor mediante lista

tríplice elaborada pelo Conselho de Faculdade, após processo eletivo. Serão elegíveis os Doutores com, no

mínimo, 03 (três) anos, em exercício, no Quadro de Carreira do Magistério.

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo106

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

§ 1º - O mandato do Diretor e do Diretor Adjunto de Faculdade é de 04 (quatro) anos, permitida

uma recondução sucessiva.

§ 2º - São eleitores os docentes, discentes e funcionários administrativos da Faculdade.

Art. 87- As atribuições e competências do Diretor da Faculdade estão previstas no Art. 64 do

Estatuto da PUC-SP.

Art. 88- O Diretor de Faculdade, no exercício de suas atribuições, é auxiliado pelo Diretor Adjunto.

§ 1º - As funções do Diretor Adjunto serão definidas no Regimento Interno da Faculdade.

§ 2º - O Diretor Adjunto terá assento no CEPE.

Capítulo VDAS CHEFIAS DE DEPARTAMENTO

Art. 89- O Chefe de Departamento e seu Suplente serão nomeados pelo Reitor mediante lista

tríplice, após processo eletivo. Serão elegíveis os professores integrantes do Departamento pertencentes ao

quadro de careira docente, no exercício do magistério.

§ 1º - São eleitores os professores do Departamento pertencentes ao quadro de pessoal docente

da Faculdade.

§ 2º - O mandato do Chefe de Departamento é de 02 (dois) anos, sendo permitida uma recondução

sucessiva.

Art. 90- As atribuições e competências do Chefe de Departamento estão previstas no Art. 67 do

Estatuto da PUC-SP.

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 107

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Capítulo VIDA COORDENAÇÃO DE CURSO DE GRADUAÇÃO

Art. 91- O Coordenador de Curso e seu Vice serão nomeados pelo Diretor de Faculdade, após

processo eletivo. Serão elegíveis os Professores pertencentes ao quadro de careira docente, no exercício do

magistério.

§ 1º - São eleitores os professores do Curso, no efetivo exercício do magistério e os estudantes

matriculados no Curso.

§ 2º - O mandato do Coordenador do Curso é de 02 (dois) anos, sendo permitida uma recondução

sucessiva.

Art. 92- As atribuições e competências do Coordenador de Curso estão previstas no Art. 112

deste Regimento Geral.

Capítulo VIIDA COORDENAÇÃO DE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO

Art. 93- O Coordenador do Programa e seu Vice serão nomeados pelo Diretor de Faculdade, após

processo eletivo. Serão elegíveis os Professores Doutores credenciados do Programa com, no mínimo, 02 (dois)

anos em exercício no Quadro de Carreira do Magistério.

§ 1º - São eleitores os professores do Programa, no efetivo exercício do magistério e os estudantes

regularmente matriculados no Programa.

§ 2º - O mandato do Coordenador do Programa é de 02 (dois) anos, sendo permitida uma

recondução sucessiva.

Art. 94- As atribuições e competências do Coordenador do Programa serão previstas no

respectivo Regimento.

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo108

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

TÍTULO VDAS ATIVIDADES FIM DA PUC-SP

Art. 95- A PUC-SP oferece atividade de ensino, pesquisa e extensão, dimensões indissociáveis

da educação superior.

Capítulo IDO ENSINO E DO REGIME DIDÁTICO DOS CURSOS

Art. 96- As atividades de ensino compreendem os seguintes cursos:

I - Graduação: bacharelado, licenciatura, e superior de tecnologia, abertos à matrícula de

candidatos que tenham concluído o ensino médio, ou equivalente, e obtido classificação em

processo seletivo;

II - Sequenciais, organizados por campo de saber, com diferentes níveis de abrangência, abertos

à matrícula de candidatos que tenham concluído o curso médio, ou equivalente, e selecionados de

acordo com as normas fixadas para cada caso;

III - Pós-Graduação:

a) Stricto Sensu, compreendendo Cursos de Mestrado e Doutorado, abertos à

matrícula de candidatos diplomados em Curso de Graduação, que atendam às

normas fixadas para cada Programa ou Curso;

b) Lato Sensu, compreendendo Cursos de Especialização, Aperfeiçoamento, Residência

Médica e equivalentes, abertos à matrícula de candidatos diplomados em Curso de

Graduação e que atendam às normas fixadas para cada Programa ou Curso.

IV – Extensão, abertos à matrícula de candidatos que satisfaçam aos requisitos exigidos

em cada caso.

§ 1º - Em todos os Cursos de Graduação é obrigatória a inclusão de atividade pedagógica da área

de Teologia, cujos conteúdos serão definidos pela Faculdade de Teologia, considerando-se o Projeto Pedagógico

de cada Curso.

§ 2º - Os Cursos previstos nos incisos acima podem ser oferecidos nas modalidades presencial, semi-

presencial e a distância.

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 109

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

§ 3º - A organização e o funcionamento dos Cursos na modalidade de Educação a Distância serão

previstos em Regulamento próprio, submetido à apreciação do CEPE e à aprovação final do CONSUN e do CONSAD.

Art. 97- Os Cursos de Graduação, Sequenciais, Pós-Graduação stricto sensu, lato sensu e de Extensão,

observado o Projeto Pedagógico Institucional da PUC-SP, devem ser planejados de modo articulado, assegurando a

organização do sistema de ensino da PUC-SP, indissociado da pesquisa e da extensão.

Art. 98- Em coerência com o princípio geral firmado no Art. 3º do Estatuto da PUC-SP, e no seu

Projeto Pedagógico Institucional – PPI, a formação universitária e profissional na PUC-SP deve ser planejada com a

observância dos seguintes princípios:

I - qualificação, que leve o estudante a desenvolver sua capacidade de lidar com problemas

e buscar soluções, assegurada pelo rigor teórico, metodológico e técnico na apreensão dos

conhecimentos, na sistematização e na produção de conhecimentos específicos de cada área

e na sua articulação com áreas complementares, sobretudo com a Teologia, enquanto busca a

Verdade em Deus;

II - elevado padrão de competência profissional pelo domínio de instrumental técnico operativo e

das habilidades de cada área de formação, capacitando para a atuação nas diversas realidades e

âmbitos de pesquisa e exercício profissional;

III - articulação das dimensões investigativas e interventivas próprias das áreas de formação

profissional, por meio da constituição, no processo pedagógico do curso, de espaços para o

pensamento crítico e autônomo;

IV - flexibilidade no planejamento curricular, possibilitando a definição e organização das diversas

atividades que compõem a organização curricular dos Projetos Pedagógicos, de modo a garantir

ao estudante uma formação que lhe proporcione acompanhar, criticamente, as transformações

sociais, culturais, científicas e tecnológicas;

V - valorização do trabalho interdisciplinar;

VI - interação entre teoria e prática, articulada aos Projetos Pedagógicos dos Cursos;

VII - compromisso ético-social como princípio formativo, perpassando o conjunto da formação

curricular;

VIII - respeito às competências e atribuições previstas na legislação de cada área específica de

formação.

Art. 99- A criação de cursos e a alteração da organização curricular definida no Projeto Pedagógico dos

Cursos serão submetidas à Unidade Universitária correspondente à sua área de formação e aprovadas, em cada caso,

pelos Colegiados previstos neste Regimento.

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo110

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

§ 1º - As propostas de Cursos de Graduação deverão ser aprovadas pelos Departamentos envolvidos

e, em sequência, pelo respectivo Conselho de Faculdade e encaminhadas, ao CEPE, ao CONPLAD, ao CONSUN e ao

CONSAD.

§ 2º - As propostas de Cursos de Pós-Graduação Stricto Sensu deverão ser aprovadas, observado o

disposto no Art. 118 deste Regimento, pelos Programas e Departamentos envolvidos e aprovadas, em sequência, pelo

Conselho da Faculdade, pelo CEPE, pelo CONPLAD, pelo CONSUN e pelo CONSAD.

§ 3º - As propostas de Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu, observado o disposto no Art. 120 e no Art.

121 deste Regimento, deverão ser aprovadas pelo Conselho da Faculdade e pelo CEPE. Os estudos de viabilidade dos

Cursos de Especialização serão de responsabilidade da COGEAE, devendo ser encaminhada para aprovação final do

CONSAD.

§ 4º - As propostas de Cursos de Extensão deverão ser aprovadas pelo Conselho da Faculdade.

§ 5º - As propostas de cursos relacionados a diferentes áreas, deverão ser submetidas aos Departamentos

e aos Conselhos das Faculdades envolvidos.

§ 6º - As propostas de cursos na modalidade a distância seguem as mesmas normas regimentais a que

estão sujeitos os cursos presenciais e deverão ser submetidas também à Coordenadoria de Educação a Distância.

Seção IDos Cursos de Graduação

Art. 100- Os Cursos de Graduação serão planejados pelas Faculdades e Departamentos, observando-

se as diretrizes curriculares definidas pelo Sistema Federal de Educação Superior e demais normas estatutárias e

regimentais aplicáveis.

Art. 101- A PUC-SP oferece Cursos de Graduação nas modalidades:

I - Bacharelado;

II - Licenciatura;

III - Superior de Tecnologia.

Art. 102- Os Projetos Pedagógicos dos Cursos de Graduação serão elaborados pelas Faculdades

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 111

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

e Departamentos e deverão prever atividades curriculares de diversas naturezas, distribuídas ao longo do curso,

que atendam ao pressuposto de dinamismo e flexibilização, possibilitando a distribuição dos conteúdos de modo

diversificado. As atividades complementares não poderão exceder 20% da carga horária dos cursos.

Art. 103- O plano de curso é o conjunto de atividades sistemáticas que operacionalizam o Projeto

Pedagógico do Curso e que é aprovado pelo Conselho da Faculdade, como forma de garantir a articulação das

dimensões de ensino, pesquisa e extensão.

Art. 104- Para cada atividade pedagógica prevista no Projeto Pedagógico do Curso e no plano

de curso, incluindo-se os estudos e/ou atividades complementares e/ou atividades a distância, serão definidas

as cargas horárias semanais, semestrais ou anuais, compondo a carga horária total.

Art. 105- As Faculdades manterão atualizados os Projetos Pedagógicos dos seus Cursos, de acordo

com as normas internas e externas aplicáveis.

Art. 106- As Faculdades devem fixar o prazo para integralização do curso, observado o mínimo previsto

na legislação pertinente, submetendo-o à aprovação dos Colegiados Superiores competentes.

Art. 107- Deverá ser assegurado ao estudante, quando couber, o aproveitamento de conhecimentos

e competências por ele adquiridos.

Art. 108- As atividades didáticas, científicas e culturais ou complementares serão incorporadas no

histórico escolar do estudante, desde que programadas ou previstas nos Projetos Pedagógicos dos Cursos, após

avaliação e validação da Coordenação.

Art. 109- Os estágios deverão constituir fator de conhecimento e integração do estudante com a

realidade social, econômica e do trabalho de sua área de formação, de iniciação à pesquisa, ao ensino e profissional,

cabendo às instâncias acadêmicas definir os campos de realização para cada um deles.

Art. 110- A Coordenação Didática dos Cursos de Graduação é de competência do Conselho da

Faculdade, nos termos do inciso X do Art. 36 do Estatuto da PUC-SP.

§ 1º - O Conselho da Faculdade designará Comissão, para o desempenho das funções de Coordenação

Didática, que será formada por membros representativos das várias áreas que compõem o curso e por outros critérios

a serem definidos por este Conselho, garantindo a participação discente.

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo112

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

§ 2º - A Comissão de Coordenação Didática será coordenada pelo Coordenador de Curso, seu Presidente.

Art. 111- São funções da Comissão de Coordenação Didática:

I - elaborar e/ou manter sempre atualizado o Projeto Pedagógico do Curso;

II - elaborar o plano de curso, a partir do seu Projeto Pedagógico, bem como coordenar sua

implementação;

III - observar, no desempenho das atribuições previstas nos incisos anteriores, os

pressupostos do Art. 3º do Estatuto da PUC-SP;

IV - assegurar o cumprimento do disposto no Art. 100 deste Regimento, bem como o

cumprimento do trabalho acadêmico programado para o período letivo no âmbito do ensino;

V - analisar e indicar aos respectivos professores eventuais alterações de conteúdos

programáticos, buscando a integração e a articulação entre esses mesmos conteúdos;

VI - decidir questões de ordem didática e pedagógica;

VII - cumprir outras atribuições inerentes à natureza das suas funções.

§ 1º - No exercício de suas funções a Comissão de Coordenação Didática, deverá ouvir, sempre

que possível e, necessário, todos os professores do curso.

§ 2º - O Projeto Pedagógico, o plano de curso e a avaliação de que tratam, respectivamente, os

incisos I, II e V, deverão ser aprovados pelo Conselho da Faculdade.

Art. 112- Compete ao Coordenador de Curso:

I - convocar e presidir as reuniões da Comissão de Coordenação Didática do curso;

II - assegurar o cumprimento das atribuições da Comissão de Coordenação Didática, bem

como de suas decisões;

III - solicitar dos Departamentos os professores necessários ao curso, encaminhando as

ementas das disciplinas e as informações fundamentais referentes ao Projeto Pedagógico;

IV - coordenar a organização e a viabilização dos horários das atividades acadêmicas dos

professores, observando-se o Calendário Geral da PUC-SP;

V - definir os planos de adaptação curricular dos estudantes transferidos;

VI - organizar a pauta das reuniões da Comissão de Coordenação Didática, providenciando

as informações, dados ou estudos necessários à decisão de cada assunto;

VII - atender estudantes e professores sobre assuntos de natureza didática e pedagógica

relacionados ao curso;

VIII - exercer outras atribuições inerentes à natureza das suas funções.

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 113

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Seção II Dos Cursos Sequenciais

Art. 113- A PUC-SP poderá oferecer Cursos Sequenciais de complementação de estudos, com

destinação coletiva ou individual, conduzindo a certificado.

Art. 114- Os Cursos Sequenciais de complementação de estudos, conjunto de atividades

sistemáticas de formação:

I - terão por finalidade a obtenção ou atualização de informações ou aprofundamento da

formação intelectual em campos das ciências, das humanidades e das artes;

II - serão planejados por campo de saber e oferecidos pelas Faculdades a candidatos que

atendam aos requisitos por elas estabelecidos e que tenham concluído o curso médio;

III - poderão abranger parte de uma ou mais das áreas fundamentais de conhecimento,

ou de uma ou mais áreas das aplicações técnicas ou profissionais, assegurada a necessária

coerência lógica interna.

Parágrafo único - As normas para elaboração dos Cursos Sequenciais de complementação

de estudos deverão estar previstas nos Regimentos das Faculdades, observadas as normas fixadas neste

Regimento e as previstas pelo Sistema Federal de Educação Superior.

Seção IIIDos Cursos de Pós-Graduação

Subseção IDos Cursos de Pós-Graduação Stricto Sensu

Art. 115- Os Cursos de Pós-Graduação Stricto Sensu têm por finalidade a formação de pessoal

qualificado para a educação superior e/ou para a pesquisa, compreendendo dois níveis de formação, o Mestrado

e o Doutorado, que conduzem, respectivamente, aos graus de Mestre Acadêmico, Mestre Profissional e Doutor.

Art. 116- O Mestrado e o Doutorado serão desenvolvidos por meio dos Programas de Estudos

Pós-Graduados, que compreendem cursos avançados com áreas de concentração definidas, articulados em

linhas de pesquisa e organizados de acordo com suas especificidades em Regulamento próprio, submetido à

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo114

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

apreciação do CEPE e à aprovação final do CONSUN e do CONSAD.

Art. 117- Os Programas de Estudos Pós-Graduados se vinculam às Faculdades por área

epistemológica do conhecimento.

Art. 118- Os Programas de Estudos Pós-Graduados deverão aprimorar continuamente seu

desempenho, garantindo conceito indicador de qualidade da instituição avaliadora do Sistema Nacional de Pós-

Graduação, a fim de que seus diplomas de Mestre e Doutor sejam registrados, conferindo-lhes validade nacional.

Art. 119- Programas e cursos novos, aprovados pelos Colegiados competentes, somente serão

implementados após parecer favorável da instituição avaliadora do Sistema Nacional de Pós-Graduação.

Subseção IIDos Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu

Art. 120- Os Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu:

I- têm por finalidade oferecer a candidatos graduados em ensino superior, estudos de

aprofundamento ou aprimoramento em determinado campo do conhecimento científico ou

artístico, técnico ou tecnológico;

II - serão da competência das Faculdades a que corresponderem os seus respectivos

núcleos centrais de formação;

III - terão suas propostas aprovadas pelos Colegiados competentes, ouvidos os

Departamentos envolvidos.

Art. 121- O Regime Didático Escolar dos Cursos de Especialização e de Aperfeiçoamento

obedecerá às normas previstas no Regulamento de cada curso, respeitando no mínimo:

I - a carga horária de 360 (trezentas e sessenta) horas para os Cursos de Especialização e 250

(duzentas e cinquenta horas) para os de Aperfeiçoamento, excluídas as destinadas à avaliação,

bem como à orientação e elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso;

II - nota 7,0 (sete), aferida em processo formal de avaliação e 75% (setenta e cinco por cento) de

frequência da carga horária, por modalidade pedagógica, para aprovação do estudante.

Art. 122- Quando o Curso de Especialização for destinado à qualificação de docente para o

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 115

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

magistério superior será necessário, além do conteúdo específico do Curso, o conteúdo pedagógico.

Parágrafo único - As demais categorias de Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu são regidas

por legislação específica.

Art. 123- Aos estudantes que concluírem o Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em todas as suas

categorias será expedido Certificado de Conclusão atendendo à legislação pertinente.

Art. 124- Os professores dos Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu deverão ter, no mínimo, o

título de Mestre, obtido em Programa de Mestrado reconhecido pelo Sistema Nacional de Avaliação.

Parágrafo único - Nos cursos que assim o exigirem poderão ser admitidos profissionais,

que não atendam o requisito do caput, de alta competência e experiência em áreas específicas, devendo, neste

caso, ser aprovados pelo CEPE.

Art. 125- Cada Curso de Pós-Graduação Lato Sensu deverá ser coordenado por professor do

quadro de carreira da PUC-SP com, pelo menos, o título de Mestre obtido em Programa de Mestrado reconhecido

pelo Sistema Nacional de Avaliação, vedada a coordenação de mais de 02 (dois) cursos por um mesmo professor.

Parágrafo único - Situações de excepcionalidade deverão ser apreciadas e aprovadas pelo

CEPE, pelo CONSUN e pelo CONSAD.

Art. 126- Compete ao Coordenador de Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu a sua coordenação

didática e científica, bem como a articulação da equipe de professores, devendo o mesmo zelar pela qualidade

acadêmica do Curso, de acordo com a respectiva aprovação do CEPE.

Art. 127- A COGEAE dará suporte técnico e administrativo para realização dos Cursos de

Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão e será subordinada ao Pró-Reitor de Educação Continuada.

Art. 128- As normas técnico-acadêmicas e financeiras para elaboração dos projetos desses

cursos serão fixadas, respectivamente, pelo CEPE e pelo CONSAD.

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo116

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Seção IVDos Cursos de Extensão Universitária

Art. 129- Os Cursos de Extensão Universitária destinam-se a difundir aos setores interessados da

sociedade e a colocar à sua disposição as conquistas e os benefícios resultantes da criação cultural, do ensino e

da pesquisa, nas diversas áreas do saber, gerados na PUC-SP.

Art. 130- O Regime Didático Escolar dos Cursos de Extensão Universitária obedecerá às normas

previstas nos seus respectivos planos, observadas, no mínimo, as seguintes:

I - duração de 30 (trinta) horas, excluídas as destinadas à avaliação;

II - nota 7,0 (sete) para aprovação, quando prevista a avaliação;

III - frequência de 75% (setenta e cinco por cento) das atividades previstas e

efetivamente ministradas.

Seção VDos Cursos de Educação a Distância

Art. 131- Os Cursos de Educação a Distância, observadas a legislação e normas aplicáveis, serão

regulamentados por Deliberação do CONSUN, mediante proposta do CEPE.

Parágrafo único - A gestão dos Cursos de Educação a Distância ficará a cargo da

Coordenadoria de Educação a Distância.

Capítulo IIDA PESQUISA NA PUC-SP

Art. 132- A pesquisa, essencial à natureza da PUC-SP, constitui, com o ensino e a extensão, o

conjunto de atividades que interagem e se alimentam reciprocamente.

Art. 133- O desenvolvimento da pesquisa na PUC-SP terá por finalidade:

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 117

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

I - a produção de conhecimento e sua crítica aberta e permanente;

II - a formação de quadros capazes de produzir conhecimento, com consequente

aperfeiçoamento do ensino;

III - a requalificação constante de pesquisadores e, consequentemente da docência;

IV - a formação de profissionais capazes de intervir criticamente e que tenham a renovação

do conhecimento como princípio ético;

V - a intervenção na sociedade a partir das competências específicas geradas pela pesquisa;

VI - a atuação em grandes projetos nacionais e internacionais.

Art. 134- As atividades de pesquisa serão desenvolvidas, entre outras, por meio das seguintes

modalidades:

I - pesquisa institucional, cujos temas e objetivos, além de vinculados à política científica,

sejam de interesse da instituição;

II - pesquisa de capacitação docente, que objetiva a obtenção da titulação acadêmica;

III - pesquisa de iniciativa individual do professor;

IV - pesquisa de iniciação científica, realizada por discente da Graduação, sob orientação e

supervisão docente;

V - pesquisa integrada, realizada em grupos de pesquisa ou núcleos temáticos com equipes

formadas por docentes e discentes em projetos conjuntos;

VI - atuação em projetos nacionais e internacionais.

Art. 135- As pesquisas na PUC-SP deverão obedecer à política de pesquisa estabelecida pelo CEPE.

Art. 136- A Coordenadoria de Pesquisa dará suporte técnico e administrativo para realização da

pesquisa na PUC-SP e será subordinada a uma das Pró-Reitorias, dentre a de Graduação, Pós-Graduação e de

Educação Continuada escolhida pelo Reitor.

Art. 137- A PUC-SP terá Comitê de Ética em Pesquisa, constituído nos termos da legislação

pertinente e que zelará pela aplicação dos valores e princípios do Art. 3º do seu Estatuto. Caberá ao Grão-

Chaceler a indicação de até um quarto dos membros do Comitê, escolhidos livremente entre os membros da

PUC-SP ou da sociedade civil.

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo118

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Capítulo IIIDA EXTENSÃO NA PUC-SP

Art. 138- A atividade de extensão, aberta à participação da comunidade externa à PUC-SP, tem

por função estender-lhe as conquistas e benefícios resultantes da criação cultural, do ensino e da pesquisa

científica, tecnológica e artística produzida na PUC-SP.

Art. 139- A extensão, indissociada do ensino e da pesquisa, constitui atividade essencial na

formação universitária, compreendendo atividades curriculares e extracurriculares, parcerias, convênios e

prestação de serviços à sociedade.

Art. 140- A extensão na PUC-SP deverá obedecer à política de extensão estabelecida pelo CEPE.

TÍTULO VIDO REGIME ESCOLAR

Capítulo IDO CALENDÁRIO ESCOLAR

Art. 141- O Calendário Escolar Geral da PUC-SP será aprovado pelo Reitor e publicado sob

a forma de Ato.

§ 1º - O Reitor delegará à Secretaria de Administração Escolar - SAE a organização da minuta do

Calendário Escolar Geral da PUC-SP, que deverá ouvir a Fundação São Paulo para sua elaboração.

§ 2º - O Calendário Escolar das Faculdades será organizado pelos seus respectivos Diretores, tendo

como referência o Calendário Escolar Geral da PUC-SP.

Art. 142- O ano letivo tem, no mínimo, 200 (duzentos) dias de trabalho acadêmico efetivo,

devendo o Calendário fixar o primeiro e último dias letivos.

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 119

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Parágrafo único - O semestre letivo terá a duração mínima de 100 (cem) dias de trabalho

acadêmico efetivo.

Art. 143- Os 200 (duzentos) dias letivos anuais e os 100 (cem) semestrais serão determinados por

meio da contagem dos dias úteis do calendário civil.

Art. 144- Entende-se por trabalho acadêmico toda atividade de ensino, sistematicamente programada

e prevista no plano de formação do curso, que tem por fim a implementação do seu Projeto Pedagógico.

Capítulo IIDO INGRESSO NA PUC-SP

Art. 145- A política de ingresso na PUC-SP será definida pelo CONSUN, mediante proposta do CEPE.

Art. 146- Cabe ao CEPE estabelecer as orientações gerais para ingresso por processo seletivo,

quando couber.

Art. 147- Compete ao CEPE propor o número de vagas dos Cursos de Graduação, bem como

definir os critérios de seleção e classificação dos candidatos nos processos seletivos, submetendo-os à apreciação

do CONPLAD e à aprovação do CONSUN e do CONSAD.

Art. 148- A seleção e o ingresso nos Cursos de Pós-Graduação Stricto e Lato Sensu serão

definidos pelo CEPE, ouvidas as respectivas Câmaras e obedecidos os regulamentos dos programas.

Art. 149- É facultado ao estudante da PUC-SP solicitar reopção de curso, observados os

Regulamentos das Unidades Acadêmicas e normas gerais da PUC-SP.

Capítulo IIIDAS MATRÍCULAS

Art. 150- A matrícula tem a finalidade de vincular o estudante à PUC-SP, por meio de uma das

modalidades dos cursos por ela oferecidos.

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo120

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Art. 151- A matrícula nos Cursos de Graduação far-se-á de acordo com sua estrutura curricular e

observadas as normas dos seus Regimes Didático e Escolar.

Art. 152- A matrícula nos Cursos de Pós-Graduação far-se-á de acordo com as normas previstas neste

Regimento Geral; no Regulamento da Pós-Graduação, e as específicas previstas no Regulamento de cada Programa.

Art. 153- A matrícula nos Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu, Sequenciais e outros, far-se-á de

acordo com as normas que regulamentam os cursos.

Seção IDa matrícula em Cursos de Graduação

Art. 154- A matrícula inicial destina-se aos estudantes que ingressam na PUC-SP por processo

seletivo, considerando-se as seguintes vias de acesso:

I - Vestibular;

II - Transferência;

III - Portadores de diploma.

Parágrafo único - A matrícula inicial será realizada a partir do resultado dos processos

seletivos, de acordo com as normas previstas em edital.

Art. 155- A matrícula sequencial destina-se aos estudantes que têm vínculo com a Instituição

para prosseguimento dos seus estudos.

Subseção IDa matrícula por processo seletivo através de vestibular

Art. 156- A admissão inicial no Curso de Graduação se faz por meio de processo seletivo dos

candidatos que tenham concluído o curso médio ou equivalente e sido classificados no limite das vagas fixadas

para cada curso.

Parágrafo único - No caso de estudante com curso médio concluído no estrangeiro, deverá

ser juntado o comprovante de equivalência fornecido pelo Conselho Estadual de Educação.

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 121

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Art. 157- Cabe à Coordenadoria de Vestibulares e Concursos, vinculada à Pró-Reitoria

de Graduação, a elaboração das normas do processo seletivo para os Cursos de Graduação, bem como a

responsabilidade técnica pelo seu planejamento e execução, respeitadas as políticas e orientações gerais

definidas pelos Conselhos Superiores.

Parágrafo único - As normas dos processos seletivos devem ser aprovadas pelo CEPE.

Art. 158- Ao final de cada processo seletivo, a Coordenadoria apresentará relatório com dados

que permitam ao CEPE avaliar seus resultados, tendo em vista, principalmente, a política de ingresso e as

orientações técnicas definidas.

Art. 159- O edital do processo seletivo será expedido pelo Reitor obedecendo à legislação

pertinente.

Subseção IIDa matrícula por processo seletivo via transferência

Art. 160- As Faculdades aceitarão matrículas por transferência de estudantes regulares de outros

cursos de ensino superior reconhecidos, nacionais ou estrangeiros, condicionadas à existência de vagas.

Art. 161- A existência de vagas para matrícula por transferência será verificada por cálculo entre o

número total de estudantes matriculados no curso e o total de vagas oferecidas para matrículas iniciais via vestibular,

multiplicado pelo tempo regular, em anos de duração do curso, previsto no seu respectivo Projeto Pedagógico. Da

diferença entre esses totais resultará o número de vagas do curso, a ser oferecidas para transferência.

§ 1º - Para efeito do cálculo dos estudantes matriculados no curso não se incluem as matrículas por

transferência “ex officio” e os trancamentos de matrículas.

§ 2º - No caso de cursos que oferecem vagas em mais de um turno, o cálculo da diferença considerará

o número de vagas de cada turno, respeitando o planejamento acadêmico das Unidades.

§ 3º - Entende-se por estudante regular aquele que possui vínculo de matrícula no estabelecimento

de origem, mesmo que ela esteja trancada, ou que não tenha sido cursada qualquer disciplina.

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo122

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Art. 162- Verificada a existência de vagas, o Diretor da Faculdade, ouvido o Coordenador do

Curso, definirá os períodos ou séries para os quais serão indicados os estudantes a serem transferidos, tendo em

vista preservar a melhor formação profissional do interessado, de acordo com o Projeto Pedagógico do Curso.

Subseção II-ADo edital

Art. 163- Os editais das vagas e dos processos seletivos serão expedidos pela Pró-Reitoria de

Graduação e deverão conter, necessariamente, os seguintes dados:

I - número de vagas, quando couber, distribuídas por período ou série;

II - curso, turno, campus e Faculdade;

III - indicação ou remissão às normas do processo seletivo;

IV - documentação exigida no ato da inscrição;

V - períodos de realização do processo seletivo e suas etapas;

VI - data de publicação do resultado do processo seletivo;

VII - data e documentação para a matrícula inicial.

Subseção II-BDas inscrições

Art. 164- As inscrições para os processos seletivos serão realizadas em datas fixadas pelo

Calendário Escolar Geral da PUC-SP.

Art. 165- As inscrições para o processo seletivo para transferência serão abertas a candidatos

a um mesmo curso ou a cursos afins. Entende-se por cursos afins aqueles das mesmas grandes áreas de

conhecimento.

Art. 166- As inscrições serão recebidas pela Secretaria de Administração Escolar - SAE que fará

a conferência da documentação como condição para acolher a inscrição do candidato, encaminhando-a ao

Coordenador de Curso para análise e processo seletivo.

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 123

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Subseção II-CDo processo seletivo

Art. 167- Processo seletivo é a forma de avaliação do candidato para efeito de sua classificação

às vagas para a matrícula. Será obrigatório mesmo na hipótese de disponibilidade de vagas.

Art. 168- Compete ao Conselho da Faculdade definir a forma e os critérios do processo seletivo,

com a devida regulação, obedecidas as normas deste Regimento.

Subseção II-DDo plano de adaptação curricular

Art. 169- Encerrado o processo seletivo, cabe ao Coordenador do Curso proceder a avaliação da

formação recebida no estabelecimento de origem, a fim de definir o aproveitamento dos estudos realizados, bem

como sua equivalência aos estudos do Curso pretendido e o plano de adaptação curricular.

§ 1º - Esta avaliação será feita com base nos conteúdos programáticos das disciplinas e/ou atividades

pedagógicas do estabelecimento de origem, comparados com os do Curso da PUC-SP. O limite de equivalência

não poderá ultrapassar 30 (trinta) por cento do conteúdo programático do curso pretendido.

§ 2º - No caso de aproveitamento, os conteúdos programáticos das disciplinas ou atividades

pedagógicas incorporam-se total ou parcialmente à organização curricular do Curso da PUC-SP, com as

respectivas cargas horárias totais ou parciais.

§ 3º - No caso de necessidade de complementação de estudos, esta será feita de acordo com o plano

de adaptação elaborado pelo Coordenador do Curso, tendo como referência o plano ou a organização curricular.

Subseção II-EDo plano complementar de formação

Art. 170- Quando o plano de adaptação curricular previsto no §3º do Art. 169, indicar uma

programação complementar correspondente a no máximo um semestre letivo de duração, será incluído um

plano complementar que assegure a identidade da formação profissional prevista nos Projetos Pedagógicos

Institucionais da PUC-SP.

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo124

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Parágrafo único - Nesse plano de formação complementar será incluída obrigatoriamente

a disciplina relativa à Teologia.

Subseção IIIDa matrícula por processo seletivo dos portadores de diploma de curso superior

Art. 171- As Faculdades aceitarão matrículas de portadores de diploma de curso superior obtido

em Instituições reconhecidas, condicionadas à existência de vagas remanescentes do processo seletivo via

vestibular.

Art. 172- No ato da matrícula inicial, o candidato classificado, além da documentação apresentada

na inscrição para seleção, deverá apresentar outros documentos que completem os dados para o registro

escolar, conforme publicado no edital.

Art. 173- Os documentos de referência para o registro escolar do estudante serão a Carteira

de Identidade, o CPF próprio ou o Registro Nacional de Estrangeiro - RNE. No caso de dúvida, será exigida a

certidão de nascimento, e no caso de alteração de nome por casamento, a certidão correspondente.

Parágrafo único - No caso de estudante portador de diploma de curso superior, concluído

no estrangeiro, aplica-se a legislação pertinente.

Art. 174- Verificada a existência de vagas, o Diretor da Faculdade, ouvido o Coordenador do

Curso, definirá os períodos ou séries para os quais serão indicados os estudantes portadores de diploma de

curso superior, tendo em vista preservar a melhor formação profissional do interessado, de acordo com o Projeto

Pedagógico do Curso.

Art. 175- Os artigos referentes às Subseções II-A, II-B, II-C, II-D e II-E do Título VI, Capítulo

III, Seção I deste Regimento aplicam-se, no que couber, aos portadores de diploma de curso superior.

Subseção IVDa transferência “ex officio”

Art. 176- As transferências “ex officio” serão aceitas em qualquer época do ano,

independentemente de vagas, aplicando-se nos termos da lei federal vigente, estritamente a servidor público

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 125

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federal, civil ou militar estudante, ou a seu dependente estudante, removido ou transferido de ofício.

Parágrafo único - O caput deste artigo não se aplica quando o interessado se deslocar para

assumir cargo em razão de concurso público, cargo comissionado ou função de confiança.

Subseção VDa matrícula especial

Art. 177- A matrícula especial é destinada aos interessados por disciplinas ou atividades

pedagógicas dos vários Cursos de Graduação oferecidos pela PUC-SP, e se classifica em duas categorias:

I - a destinada aos interessados que, independentemente de sua escolaridade básica,

demonstrem capacidade para cursar as disciplinas ou atividades pedagógicas de sua escolha

em processo seletivo específico definido pelas Faculdades;

II - a destinada aos interessados que comprovem vinculação com outra Instituição na qual

pretendam aproveitar as disciplinas ou atividades pedagógicas cursadas.

Parágrafo único - A inscrição para matrícula especial será feita de acordo com normas

fixadas pelo Conselho de cada Faculdade, condicionada à existência de vagas.

Art. 178- Ao estudante ingressante por matrícula especial será concedido certificado, quando

regularmente aprovado. O posterior aproveitamento das disciplinas ou atividades pedagógicas em curso regular

de Graduação na PUC-SP ficará condicionado ao ingresso por processo seletivo e de acordo com normas fixadas

pelas Faculdades.

Subseção VIDo trancamento de matrícula

Art. 179- Ao estudante de Graduação é facultado interromper os estudos mediante trancamento

de sua matrícula, formalizado junto à Secretaria de Administração Escolar - SAE, e observadas as normas

acadêmicas, administrativas e financeiras aplicáveis.

Art. 180- O trancamento de matrícula poderá ser concedido pelo período máximo de 02 (dois)

anos letivos, contínuos ou intercalados, devendo ser requerido a cada interrupção.

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo126

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

§ 1º - No primeiro período letivo do curso fica vedado o trancamento de matrícula.

§ 2º - A reabertura de matrícula será feita no período previsto no Calendário Escolar Geral da PUC-SP.

§ 3º - A contagem do período de trancamento será feita a partir da matrícula inicial na PUC-SP.

§ 4º - O período de trancamento de matrícula não será considerado para efeito de tempo máximo

previsto para integralização do currículo.

Art. 181- Esgotado o prazo de 02 (dois) anos de trancamento de matrícula sem reabertura,

cessará qualquer vínculo do estudante com o curso e com a PUC-SP, sem prejuízo da aplicação das normas

administrativo-financeiras.

Art. 182- A não efetivação de matrícula pelo período de 02 (dois) anos consecutivos caracterizará

abandono de curso, cessando qualquer vínculo do estudante com a PUC-SP. No caso de regularização de

sua situação, mediante trancamento de matrícula, antes de esgotar os 02 (dois) anos, observadas as normas

administrativo-financeiras, o estudante terá o período em que esteve afastado computado no prazo estipulado

no Art. 180 deste Regimento.

Art. 183- Nos Cursos Tecnológicos, o trancamento de matrícula será por prazo máximo de 01

(um) ano e aplicam-se-lhes, no que couber, as mesmas regras previstas neste Regimento.

Seção IIDa matrícula em Cursos de Pós-Graduação Stricto Sensu

Art. 184- A matrícula inicial na Pós-Graduação é destinada aos candidatos aprovados no processo

seletivo de cada Programa.

Art. 185- A matrícula sequencial é feita a cada semestre, observadas as condições estipuladas

pelos Programas.

Parágrafo único - O estudante que não realizou matrícula ou trancamento por 02 (dois)

semestres consecutivos estará desligado podendo ser reintegrado, desde que autorizado pelo Colegiado do

Programa, observadas as normas acadêmicas, administrativas e financeiras da PUC-SP.

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 127

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Subseção IDa matrícula por transferência

Art. 186- Os Programas poderão aceitar transferências de estudantes de outros Programas da

PUC-SP ou de outras instituições de ensino superior, desde que:

I - haja vagas;

II - sejam oriundos de Programas aprovados no Sistema Nacional de Avaliação

da Pós-Graduação;

III - satisfaçam os critérios fixados no Regulamento do Programa.

Parágrafo único - Os estudantes transferidos poderão requerer transferência de créditos

obtidos na Instituição de origem, até no máximo 30% (trinta por cento) dos créditos exigidos pelo Programa.

Subseção IIDa matrícula especial

Art. 187- A critério de cada Programa, poderão ser aceitos estudantes especiais desde que:

I - tenham título de bacharel, licenciado ou tecnólogo;

II - preencham os requisitos estabelecidos pelo Programa;

III - haja vagas nas disciplinas ou atividades pedagógicas pretendidas;

IV - cursem, no máximo, 02 (duas) disciplinas ou atividades pedagógicas nessa condição;

V - tenham autorização expressa do Coordenador do Programa.

Parágrafo único - Os estudantes de que trata este artigo poderão passar a estudantes

regulares, desde que aprovados em processo seletivo.

Subseção IIIDo trancamento de matrícula

Art. 188- Ao estudante de Pós-Graduação é facultado interromper os estudos mediante

trancamento de sua matrícula, formalizado junto à Secretaria de Administração Escolar - SAE e observadas as

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo128

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

normas acadêmicas, administrativas e financeiras aplicáveis.

Subseção IVDo desligamento do Programa

Art. 189- Será desligado do Programa, observadas as normas financeiras da PUC-SP, o estudante que:

I - não se matricular em 02 (dois) semestres consecutivos, sem o trancamento regulamentar;

II - não obtiver seu título no prazo especificado no Regulamento do Programa;

III - não cumprir outras exigências previstas no Regulamento do Programa.

Seção III Da Educação Continuada

Art. 190- As matrículas nos Cursos de Educação Continuada observarão os Regulamentos dos

respectivos cursos, a legislação pertinente e normas aplicáveis.

Capítulo IVDA VERIFICAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR

Seção IDos Cursos de Graduação

Art. 191- Os Conselhos das Faculdades elaborarão normas específicas para o processo contínuo

de avaliação do ensino e aprendizagem, para cada curso, observados os critérios gerais estabelecidos no

Estatuto e no Regimento da PUC-SP.

Art. 192- As formas particulares de avaliação a serem adotadas em cada disciplina deverão

constar do Projeto Pedagógico do Curso e do planejamento de ensino a ser encaminhado pelos professores à

Coordenação do Curso, antes do início do período letivo.

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 129

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Art. 193- O professor, em tempo hábil, dará conhecimento aos estudantes dos resultados de

cada instrumento de avaliação aplicado, assegurando-lhes esclarecimentos, revisões, bem como orientações,

observados os prazos previstos nas normas da Faculdade.

Parágrafo único - Ao final do processo de avaliação compete ao professor a decisão sobre

a aprovação ou não do estudante, cabendo recurso à Coordenação do Curso e, se necessário, ao Conselho da

Faculdade.

Art. 194- Os Conselhos de Faculdade, observada a legislação em vigor, regulamentarão a

avaliação específica daqueles estudantes que demonstrem extraordinário aproveitamento nos estudos.

Parágrafo único - O aproveitamento nos estudos referido no caput será aferido por banca

examinadora especial, constituída de conformidade com as normas fixadas pelo Conselho da Faculdade.

Art. 195- O aproveitamento de estudos feitos por estudantes da PUC-SP em outras instituições,

nacionais ou estrangeiras, fica condicionado à existência de vínculo institucional desse mesmo estudante com a

instituição, não podendo exceder, no entanto, a 1/3 (um terço) da carga horária total do curso.

Seção IIDos Cursos de Pós-Graduação Stricto Sensu

Art. 196- A avaliação nos Cursos de Pós-Graduação observará as normas previstas nos

respectivos Regulamentos dos Programas e nos Regimentos Internos das respectivas Faculdades.

Seção IIIDa Educação Continuada

Art.197- A avaliação na Educação Continuada observará as normas previstas nos Regulamentos

dos Cursos e nos Regimentos Internos das respectivas Faculdades.

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo130

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

TÍTULO VIIDOS DIPLOMAS, GRAUS, CERTIFICADOS E TÍTULOS

Capítulo IDOS DIPLOMAS E CERTIFICADOS

Art. 198- Os diplomas e certificados expedidos pela PUC-SP são aqueles previstos nos Artigos 81 e 82

do Estatuto da PUC-SP.

Art. 199- A PUC-SP registrará, para efeito de validade nacional, e como prova de formação recebida por

seus titulares, os próprios diplomas e certificados.

Art. 200- A PUC-SP registrará, para efeito de validade nacional, os diplomas de Mestre e Doutor,

expedidos por universidades estrangeiras na forma da lei.

Art. 201- O registro dos diplomas e certificados será feito pela Secretaria de Administração Escolar -

SAE, nos termos da legislação e normas federais, estatutárias e regimentais aplicáveis.

Art. 202- A organização e o funcionamento da expedição e registro de certificados e diplomas serão

previstos pela Secretaria de Administração Escolar - SAE, em Resolução aprovada pelos setores competentes da PUC-SP.

Capítulo IIDOS GRAUS

Art. 203- Os graus acadêmicos de graduação são conferidos pelo Reitor ou, por delegação, pelo Diretor

da Faculdade, na colação de grau.

Art. 204- A colação de grau constitui o último ato acadêmico de uma Graduação, praticado pelo

estudante, pelo qual assume o compromisso de exercer, eticamente, sua profissão.

Art. 205- A colação de grau consiste no juramento solene e na imposição do grau acadêmico ao

formando.

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 131

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Parágrafo único - Da colação de grau lavrar-se-à o correspondente termo, em livro próprio, que

deverá ser assinado pelo Secretário ad hoc e pelo Diretor da Faculdade, e dele constar os nomes dos diplomados.

Art. 206- A colação de grau será marcada pelo Diretor da Faculdade, imediatamente após o

encerramento do período letivo, a todos os estudantes que tenham concluído o currículo de determinado curso.

Parágrafo único - Os graduandos que não comparecerem à colação de grau convocada pelo

Diretor da Faculdade poderão requerê-la em outra oportunidade.

Capítulo IIIDOS TÍTULOS

Seção IDos títulos de Mestre e Doutor

Art. 207- Serão concedidos os títulos de Mestre e Doutor aos candidatos que concluírem,

respectivamente, o Mestrado e o Doutorado, devidamente credenciados na forma da lei.

Parágrafo único - A obtenção de título acadêmico não confere qualquer direito ao ingresso

automático na carreira universitária, o qual somente se processa obedecidas todas as exigências previstas no

Estatuto da PUC-SP e neste Regimento.

Seção IIDo título de Livre Docente

Art. 208- Será concedido o título de Livre Docente ao candidato aprovado em concurso para Livre

Docência, em conformidade com as normas previstas neste Regimento.

Art. 209- Podem prestar concurso de Livre Docência os portadores do título de Doutor que à data

da apresentação do pedido da respectiva inscrição tenham obtido esse título há pelo menos 02 (dois) anos e

contem 05 (cinco) anos de exercício de magistério em estabelecimento de ensino superior reconhecido.

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo132

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Parágrafo único - Os títulos de Doutor obtidos em Instituições de Ensino Superior Estrangeiras

deverão ser reconhecidos por universidade brasileira que tenha Doutorado na área, aprovado pela Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES.

Art. 210- Compete ao Conselho da Faculdade aprovar a abertura de concurso de Livre Docência,

mediante solicitação dos candidatos interessados, dirigida ao Diretor da Faculdade.

§1º - Uma vez aprovada a solicitação será encaminhada ao Departamento da respectiva área de

conhecimento que indicará a banca examinadora; a relação de temas para a prova didática e escrita e a data do

concurso.

§2º - Após as indicações do Departamento, o Chefe as encaminhará ao Conselho da Faculdade para

aprovação.

Art. 211- O Conselho da Faculdade abrirá inscrições por meio de edital a ser publicado 15 (quinze) dias

antes do início das inscrições as quais deverão permanecer abertas pelo prazo de 07 (sete) dias. O concurso deverá ser

realizado, no mínimo, 45 (quarenta e cinco) dias e, no máximo, 90 (noventa) dias após o encerramento das inscrições.

Art. 212- Os concursos deverão ser realizados durante o período letivo fixado pelo Calendário Escolar

Geral da PUC-SP.

Art. 213- Para a inscrição ao concurso, serão exigidos os seguintes documentos:

I - cópia do diploma de Doutor, devidamente registrado;

II - documentação comprovando o exercício docente;

III - indicação da área de pesquisa/docência do candidato;

IV - 10 (dez) exemplares de tese original redigida em português;

V - 07 (sete) exemplares de memorial circunstanciado dos títulos, trabalhos e atividades realizadas,

bem como outras informações que permitam avaliação de seus méritos;

VI - Curriculum Vitae na Plataforma Lattes ou equivalente, acompanhado de documentação.

Art. 214- O concurso para obtenção do título de Livre Docente constará das seguintes provas:

I - Arguição pública da tese que constará:

a) da apresentação pelo candidato, por 30 (trinta) minutos, de súmula da tese

inédita;

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 133

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

b) arguição pela banca examinadora, cabendo a cada examinador, no máximo, 30

(trinta) minutos e igual tempo ao candidato para resposta.

II - Prova de Títulos que consistirá na avaliação dos seguintes quesitos:

a) trabalhos publicados;

b) memorial documentado;

c) títulos universitários, diplomas e outras distinções universitárias e acadêmicas.

III - Prova Escrita que deverá observar as seguintes orientações:

a) deverá versar sobre tema pertinente a área de conhecimento ou de pesquisa na

qual o candidato se inscrever, sorteado dentre 10 (dez), organizados pelo

Departamento a que corresponder a área de inscrição do candidato;

b) a relação dos temas organizada pelo Departamento deverá ser divulgada com,

pelo menos, 30 (trinta) dias de antecedência da data da realização do concurso;

c) a duração da prova será de 04 (quatro) horas, cuja contagem terá início 01

(uma) hora após o sorteio do tema, a fim de que o candidato possa preparar o

conteúdo da prova, valendo-se do material que julgar necessário.

IV - Prova didática consistente em uma aula sobre um dos 10 (dez) temas organizados pelo

Departamento, sorteado com 24 (vinte e quatro) horas de antecedência, não coincidente com o

tema sorteado para a prova escrita. A prova didática terá a duração máxima de 60 (sessenta)

minutos, ministrada em sessão pública.

Art. 215- A banca examinadora do concurso será composta por 05 (cinco) Professores Livre Docentes

ou Titulares, 02 (dois) dos quais alheios aos quadros da PUC-SP.

§ 1º - Poderão integrar a banca, especialistas de notório saber, até o máximo de 02 (dois), desde que o

título tenha sido reconhecido por Universidade que mantenha curso de Doutorado na área afim, devidamente avaliado

pela CAPES.

§ 2º - Além dos 05 (cinco) membros Titulares, serão indicados 02 (dois) Suplentes, 01 (um) dos quais

alheios aos quadros da PUC-SP, que substituirão os Titulares em seus eventuais impedimentos.

Art. 216- Após aprovação do Departamento, o processo de abertura do concurso será submetido à

aprovação do Conselho da Faculdade e homologação pelo CONSUN.

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Art. 217- Para cada uma das provas prevista no Art. 214, cada examinador dará nota de 0 (zero) a

10 (dez). Para aprovação, o candidato deverá obter a média aritmética mínima 8,0 (oito).

Parágrafo único - Não será aprovado o candidato que for avaliado com nota inferior a 7,0 (sete)

em qualquer das provas.

Art. 218- A banca examinadora proclamará os resultados finais em sessão pública, imediatamente

após realização da última prova.

Art. 219- Para cada concurso deverá ser lavrada Ata, em livro próprio, que lida e aprovada, será

assinada pelos membros da banca examinadora e pelo Secretário designado ad hoc e pelo Diretor da Faculdade.

Art. 220- O resultado do concurso será submetido à aprovação do Conselho da Faculdade e

encaminhado para homologação do CONSUN.

Art. 221- Homologado o concurso, o habilitado adquire o direito ao diploma de Livre Docente, após

os trâmites administrativos necessários.

Art. 222- A aprovação em concurso para obtenção do título de Livre Docente não assegurará ao

candidato ingresso na carreira docente da PUC-SP.

Seção III

Do Notório Saber

Art. 223- Em caráter excepcional, a PUC-SP poderá reconhecer o Notório Saber de interessados, a fim

de suprir a exigência de título acadêmico.

§1º - É da competência dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu, em nível de Doutorado, apreciar e

emitir parecer circunstanciado e conclusivo sobre o mérito do reconhecimento de Notório Saber.

§2º - O reconhecimento de Notório Saber deverá ser concedido na área afim em que a PUC-SP

possui Programa de Pós-Graduação em nível de Doutorado, devidamente reconhecido pelo Sistema Nacional de Pós-

Graduação.

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§3º - Por interesse da PUC-SP, em caráter excepcional, quando o Programa de Pós-Graduação possuir

apenas o nível de Mestrado na área afim, reconhecido pelo Sistema Nacional de Pós-Graduação, o reconhecimento de

Notório Saber poderá ser concedido neste nível.

Art. 224- Para o reconhecimento de Notório Saber é necessário parecer favorável do Programa de

Pós-Graduação, aprovação de 2/3 (dois terços) do Conselho da Faculdade correspondente, e aprovação do CEPE e do

CONSUN.

Art. 225- O Notório Saber terá reconhecimento em nível correspondente às respectivas titulações

acadêmicas.

Art. 226- A PUC-SP apreciará pedido de reconhecimento de Notório Saber, encaminhado por suas

Faculdades, ou ainda por Instituições de Ensino e Pesquisa, vedado o recebimento de solicitação individual do

interessado, sem vínculo institucional.

Art. 227- Será emitido Certificado de Reconhecimento de Notório Saber de acordo com o nível da

correspondente titulação.

Seção IVDos títulos honoríficos

Art. 228- A PUC-SP poderá conceder os seguintes títulos honoríficos, obedecido o disposto no inciso X,

do Art. 43 do Estatuto da PUC-SP.

I - Professor Emérito;

II - Doutor “Honoris Causa”;

III - Funcionário Emérito.

§ 1º - O título de Professor Emérito poderá ser conferido ao Professor que tenha prestado relevantes

serviços acadêmicos à PUC-SP.

§ 2º - O título Doutor “Honoris Causa” poderá ser conferido a quem tenha prestado relevantes serviços à

PUC-SP, à ciência, à nação brasileira ou à humanidade.

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo136

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§ 3º - O título de Funcionário Emérito poderá ser outorgado ao funcionário que tenha prestado relevantes

serviços à PUC-SP.

Art. 229- A proposta para concessão do título caberá:

I - ao Grão-Chanceler;

II - à Reitoria

III - ao CONSUN, desde que aprovada por 1/4 (um quarto) dos seus membros;

IV - ao CEPE, ao CECOM ou ao CONPLAD, quando aprovada por 2/3 (dois terços) de seus

membros.

Art. 230- As Unidades Universitárias poderão propor a concessão de títulos honoríficos à

Reitoria desde que aprovada por 2/3 (dois terços) de seu respectivo Colegiado.

Art. 231- As propostas de concessão de títulos honoríficos serão encaminhadas ao Reitor ou

ao Grão Chanceler, conforme o caso, que, após verificar o cumprimento das normas que disciplinam a matéria,

encaminhará à apreciação do CONSUN.

Art. 232- A proposta de outorga de título honorífico deverá ter aprovação do CONSUN por, no

mínimo 2/3 (dois terços) dos seus membros, consoante previsto no inciso XXI do Art. 21 do Estatuto da PUC-SP

e do Grão-Chanceler, de acordo com o que dispõe o inciso X do Art. 43 do mesmo Estatuto.

Art. 233- Aprovada a proposta de conformidade com o que consta no Art. 228 ao Art. 232, o

título honorífico será entregue ao diplomado ou seu representante, em sessão solene do CONSUN.

TÍTULO VIIIDA COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA

Art. 234- A Comunidade Universitária é formada pelos corpos docente, discente e administrativo,

que se diversificam em razão das suas atribuições, mas se unificam no plano comum das finalidades da PUC-SP.

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Capítulo IDO CORPO DOCENTE

Seção IDo quadro de pessoal docente

Art. 235- O corpo docente da PUC-SP é composto por professores que integram o quadro

de pessoal docente e por professores substitutos e convidados. Além de reunirem qualidades de educador

e pesquisador, os professores da PUC-SP devem assumir o compromisso de respeitar os princípios e valores

explicitados nos Art. 3º e 4º do seu Estatuto.

Art. 236- O Quadro de Pessoal Docente é composto pelos professores que integram o Quadro

de Carreira do Magistério, o Quadro Provisório e o Quadro em Extinção.

Art 237- O Quadro de Carreira do Magistério da PUC-SP é composto pelos docentes que nela

ingressarem na forma prevista no Estatuto.

Art. 238- O Quadro Provisório é composto pelos docentes admitidos mediante processo seletivo,

nos Departamentos da PUC-SP, para o período probatório de 02 (dois) anos, nas funções compatíveis com as de

Auxiliar de Ensino, Assistente Mestre e Assistente Doutor.

Art. 239- O Quadro em Extinção é composto pelos professores não enquadrados ou que

optaram por não ingressar na carreira do magistério.

Art. 240- São professores substitutos aqueles contratados por processo seletivo para substituir

professores do quadro de pessoal docente em licença, de acordo com as normas vigentes.

Art. 241- São professores convidados os contratados para atribuições de ensino e/ou pesquisa,

de caráter periódico, de acordo com o que prevê o Art. 101 do Estatuto da PUC-SP.

Art. 242- Os professores do Quadro de Pessoal Docente serão submetidos a Processo de

Avaliação Contínua na forma prevista no Art. 264 ao Art. 273 deste Regimento.

Art. 243- Os quadros docentes das Faculdades com respectivas vagas para carreira, serão fixados

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pelo CONSUN, ouvido o CONSAD, a partir dos planos acadêmicos dos Departamentos. Os planos acadêmicos

deverão incluir um plano de qualificação docente para as categorias Assistente Mestre e Assistente Doutor e um

plano de concursos para as categorias de Associado e Titular.

§ 1º - Para as categorias de Assistente Mestre e Assistente Doutor o ingresso na carreira e a

promoção se darão por mérito, respeitados o período probatório e o Processo de Avaliação Contínua.

§ 2º - Para as categorias de Associado e Titular serão realizados concursos de promoção de

acordo com previsão de vagas contempladas nos planos acadêmicos dos Departamentos, e segundo diretrizes

estabelecidas pelo CONSUN. Esta previsão de vagas inclui:

I - vagas decorrentes de desligamento definitivo ou promoção no quadro de carreira;

II - revisão anual das vagas para estas categorias que, após aprovação dos Conselhos das

Faculdades, será encaminhada à Presidência do CEPE, que submeterá à aprovação deste

Conselho, e em seguida ao CONSUN e ao CONSAD, consoante dispõe o Art. 99 do Estatuto

da PUC-SP.

Art. 244- Os Departamentos deverão fundamentar as necessidades dos cargos da carreira do

magistério e as funções do Quadro Provisório nas projeções das suas respectivas políticas-acadêmica e científica,

expressas por intermédio:

I - das propostas e prioridades do seu próprio desenvolvimento;

II - das necessidades do atendimento da demanda do ensino e da extensão;

III - dos programas de pesquisa;

IV - dos seus programas e projetos de capacitação e aperfeiçoamento docente.

Art. 245- As categorias da carreira do magistério deverão estar vinculadas às áreas epistemológicas

constitutivas às linhas de pesquisa do Departamento e distribuídas de acordo com as suas propostas ou necessidades.

Subseção I Da composição do quadro de pessoal docente e de sua vinculação ao Plano Acadêmico do Departamento

Art. 246- Para composição do quadro de carreira do magistério das Faculdades serão criadas

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 139

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vagas para os cargos de Professor Associado e Titular e definidos os números de Professores Assistente Mestre

e Assistente Doutor, necessários ao desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão de cada

Departamento.

Parágrafo único - Para o Quadro Provisório, será previsto o número de docentes necessário

ao exercício das funções de magistério compatíveis com as de Professor Assistente Mestre e Assistente Doutor,

bem como o número necessário de docentes ao exercício das funções de Auxiliar de Ensino.

Art. 247- Os Quadros de Pessoal Docente das Faculdades serão fixados anualmente a partir dos

planos acadêmicos dos Departamentos.

Art. 248- Para a fixação dos Quadros de Pessoal Docente deverão constar dos planos acadêmicos

dos Departamentos:

I - A política acadêmica e científica do Departamento, traçada em consonância com o Plano

de Desenvolvimento Institucional – PDI, o Projeto Pedagógico Institucional – Diretrizes para

a Graduação – PPI, o Projeto Pedagógico Institucional – Diretrizes para a Pós-Graduação

– PPI/PG/PUCSP, definidos e aprovados pelo CONSUN, e as demais normas e orientações

técnicas fixadas pelos órgãos competentes;

II - As projeções da política acadêmica e científica do Departamento, expressas por meio:

a) das propostas e das prioridades de desenvolvimento do Departamento;

b) das necessidades do atendimento das demandas do ensino e da extensão,

de acordo com os Projetos Pedagógicos dos seus Cursos de Graduação, dos

Programas de Pós-Graduação e de outras Unidades;

c) dos programas de pesquisa;

d) dos programas e dos projetos de capacitação e de aperfeiçoamento docente,

bem como de um plano de promoção, mediante concursos às vagas de Professor

Associado e Titular.

III - As áreas epistemológicas constitutivas do Departamento, com a vinculação das vagas e

cargos da carreira do magistério;

IV - As linhas de pesquisa das áreas epistemológicas constitutivas do Departamento, tendo em

vista o seu desenvolvimento científico; a formação de grupos ou programas de pesquisa e a

programação individual do professor interessado, respeitadas as linhas de pesquisa dos Programas

de Estudos Pós-Graduados;

V - As atividades de extensão, articuladas às linhas de pesquisa e às modalidades pedagógicas;

VI - As propostas de criação de vagas, do número de Professores Assistente Mestre e

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo140

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Assistente Doutor e as necessidades de docentes em período probatório, em coerência com

a política acadêmica e científica do Departamento;

Parágrafo único - Caberá ao CEPE a definição de normas e orientações técnicas para a

elaboração dos Planos Acadêmicos que serão trienais e deverão contemplar projeções anuais.

Art. 249- Na fixação anual das vagas para Associado e Titular e do número de docentes para os

cargos de Assistente Mestre e Assistente Doutor, serão observados os seguintes limites percentuais, tendo como

referência o número total de docentes do Departamento:

I - vagas para Professor Associado: até 10% (dez por cento);

II - vagas para Professor Titular: até 10% (dez por cento).

§ 1º - Para o exercício das funções de Auxiliar de Ensino fica estabelecido o percentual de 30%

(trinta por cento), do total de docentes do Departamento.

§ 2º - A distribuição de percentuais garantirá maior concentração de docentes nas categorias de

Professor Assistente Mestre, 25% (vinte e cinco por cento) e Assistente Doutor, 25% (vinte e cinco por cento)

respeitando-se os percentuais definidos pelos Departamentos para as categorias de Professor Associado e

Titular dentro dos limites previstos nos incisos I e II.

§ 3º - Os percentuais estabelecidos neste artigo constituirão limites máximos a serem observados

pelos Departamentos, tendo como referência complementar os Planos Acadêmicos Trienais e a Avaliação

Contínua, mediante atualizações anuais.

Seção IIDa admissão inicial e do processo seletivo

Subseção IDa admissão inicial

Art. 250- A admissão inicial do professor à PUC-SP será feita por processo seletivo, solicitado

pelo Departamento interessado e aberto por meio de edital publicado pelo Diretor da respectiva Faculdade, com

ampla divulgação interna e externa à PUC-SP.

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 141

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Subseção IIDo processo seletivo

Art. 251- A finalidade do processo é selecionar, aprovar e classificar os candidatos inscritos às

vagas do Departamento, previstas no edital para admissão inicial à PUC-SP.

Parágrafo único - A aprovação e classificação dos candidatos terão validade somente para

as vagas colocadas em processo seletivo em cada edital, observando-se o Art. 254 deste Regimento.

Art. 252- Para o processo seletivo será constituída uma Comissão de Seleção composta por, pelo

menos, 03 (três) professores do Departamento e/ou de Departamento afim, devendo esta ser aprovada pelo

Conselho da Faculdade.

Parágrafo único - No caso de seleção para o Quadro Provisório de professores para os

Programas de Pós-Graduação, a Comissão deverá ser composta também por professores do Programa de Pós-

Graduação.

Art. 253- Ao final do processo seletivo a Comissão de Seleção proclamará os aprovados na

ordem de classificação.

Art. 254- Os aprovados e classificados às vagas deverão assumir sua função no prazo definido

pelo edital, sob pena de perder sua classificação para os candidatos classificados seguintes.

Parágrafo único - Caso não haja preenchimento das vagas, abrir-se-á novo processo

seletivo.

Art. 255- O relatório do resultado final do processo seletivo, depois de aprovado pelo Conselho

da Faculdade, será encaminhado ao Reitor que emitirá parecer conclusivo, encaminhando-o ao CONSAD para a

efetivação da contratação ou não.

Art. 256- Os professores admitidos por processo seletivo integrarão o Quadro Provisório de

docentes da PUC-SP durante o período probatório.

Art. 257- O processo seletivo para Auxiliar de Ensino levará em conta a natureza dessa função

destinada à iniciação das atividades docentes.

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo142

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Parágrafo único - O processo seletivo para Auxiliar de Ensino será aberto de acordo com a

necessidade e a política acadêmica do Departamento, a candidatos portadores de Graduação plena ou Notório

Saber, na área de conhecimento na qual será exercida a função.

Art. 258- Observado o Estatuto da PUC-SP e o disposto neste Regimento, as normas

complementares do processo seletivo serão previstas em Regulamento específico, elaborado e aprovado pelo

Conselho de cada Faculdade, e submetido à aprovação final do CEPE.

Subseção IIIDo edital para o processo seletivo

Art. 259- Do edital de abertura de inscrições para o processo seletivo deverá constar:

I - a área concernente ao processo seletivo;

II - os critérios do processo seletivo;

III - o número de vagas;

IV - a documentação necessária;

V - as datas de início e encerramento dos períodos das inscrições e da realização do processo

seletivo;

VI - o prazo de validade da referida seleção sendo que este não poderá exceder a 02 (dois) anos.

§ 1º - Podem constar do edital, orientações complementares julgadas necessárias.

§ 2º - O edital deverá ser divulgado com antecedência mínima de 10 (dez) dias da data prevista

para o período das inscrições.

Subseção IVDas inscrições para o processo seletivo

Art. 260- As inscrições deverão ser feitas por requerimento fornecido pelo Expediente da

Faculdade, dirigido ao respectivo Diretor, juntando-se:

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I - Curriculum Vitae, na Plataforma Lattes ou equivalente, devidamente comprovado;

II - cópia do diploma de Graduação plena devidamente registrado, relacionado à área de

conhecimento na qual será exercida a função no cargo de Auxiliar de Ensino;

III - cópia do diploma de Mestre ou Doutor devidamente registrados, nos casos em que couber;

IV - declaração de inexistência de condenação criminal.

Parágrafo único - As Faculdades poderão aceitar o título de Notório Saber, desde que

registrado, para suprir as exigências dos incisos II e III. Nesta hipótese deverá constar, expressamente, no edital

de seleção, a possibilidade de inscrição de candidatos portadores desses títulos.

Art. 261- Na hipótese do candidato não possuir o diploma registrado, o Diretor poderá autorizar

a inscrição, desde que este comprove:

I - no caso de Graduação, mediante certificado de conclusão, acompanhado do histórico

escolar, expedido pela instituição responsável;

II - no caso da Pós-Graduação Stricto Sensu, mediante certificado de conclusão, com

indicação inequívoca do credenciamento do curso por órgão competente, bem como,

mediante certidão de garantia do seu registro, fornecida pela instituição responsável.

§ 1º - A autorização de que trata o caput deste artigo estará condicionada a compromisso de

regularização pelo candidato, de sua situação, no prazo máximo de 06 (seis) meses, sob pena de desligamento.

§ 2º - No caso de candidato portador de diploma de Graduação ou Pós-Graduação Stricto Sensu,

expedido por instituição estrangeira, somente poderá inscrever-se depois de revalidado o diploma.

Art. 262- Após verificar o atendimento de todas as exigências regulamentares e do edital, o

Diretor deferirá as inscrições e as encaminhará aos Departamentos competentes para a realização do processo

seletivo.

Seção IIIDa seleção de professores temporários

Art. 263- A seleção de professores para o exercício temporário do ensino e/ou pesquisa, como

nos casos do Art. 101 do Estatuto da PUC-SP, para disciplina opcional ou para substituição, será feita de acordo

com critérios estabelecidos pelos Departamentos, devidamente aprovados pelos Conselhos das respectivas

Faculdades.

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo144

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§ 1º - Do edital de abertura de inscrição para seleção de professores previstos neste artigo, deverá

constar a modalidade do exercício temporário, sua duração, carga horária e outras informações a critério do

Departamento.

§ 2º - Em situação de emergência, tendo em vista evitar prejuízos aos estudantes em programações

previstas, o Diretor de Faculdade poderá aprovar a contratação provisória de professores por um prazo máximo

de 01 (um) semestre letivo, ouvido o Reitor e o CONSAD.

§3º - Antes da contratação deverão ser consultados formalmente os professores da Faculdade

da respectiva área de conhecimento, para verificar a possibilidade de atendimento da demanda, devendo a

manifestação ser feita no prazo de 48 (quarenta e oito) horas.

Seção IVDo desempenho da função docente e do processo de avaliação contínua

Art. 264- Os professores da PUC-SP serão submetidos a Processo de Avaliação Contínua com o

objetivo de acompanhar, em caráter permanente, o seu desempenho acadêmico.

Parágrafo único - Serão submetidos à Avaliação Contínua todos os professores do Quadro

de Carreira do Magistério, do Quadro Provisório e do Quadro em Extinção.

Art. 265- A Avaliação Contínua tem por objetivos:

I - possibilitar o desenvolvimento de ações que visem à melhoria da qualidade acadêmica;

II - subsidiar a articulação entre Graduação e Pós-Graduação nas atividades de ensino,

pesquisa e extensão;

III - estimular a produção didática, científica, técnica, tecnológica, artística e cultural;

IV - subsidiar os processos de seleção, de ingresso e de promoção no Quadro de Carreira

Docente e de concursos para as categorias de Associado e Titular;

V - subsidiar planos de capacitação docente;

VI - articular a produção acadêmica com os projetos de ensino, pesquisa e extensão;

VII - subsidiar o professor no processo de auto-avaliação, tendo em vista o seu

desenvolvimento pessoal.

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 145

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Art. 266- O desempenho do professor do Quadro de Carreira do Magistério e do Quadro em

Extinção será analisado e apreciado bienalmente, e o do professor do Quadro Provisório, anualmente.

Art. 267- A avaliação de desempenho acadêmico abrangerá as seguintes dimensões:

I - formação que compreenda atividades relativas ao desenvolvimento acadêmico do

professor, tais como titulação e formação continuada;

II - produção didática e científica que compreenda publicações, organizações de eventos

científicos, artísticos e culturais, elaboração de relatórios de pesquisa e de projetos de

extensão realizados;

III - experiência que compreenda atividades de docência e outras atividades profissionais

que alimentem o ensino, a pesquisa e a extensão, tais como:

a) orientações de Mestrado, Doutorado, Pós-Doutorado, Monografia, Trabalho de

Conclusão de Curso, Iniciação Científica e Monitoria;

b) participação em eventos científicos, com destaque para apresentação

de trabalhos;

c) participação em pesquisa e/ou grupos de pesquisa e projetos de extensão;

d) realização de atividades profissionais, relacionadas à prática docente.

IV - participação institucional que compreenda atividades que identificam a participação e o

envolvimento do docente na vida acadêmica da PUC-SP, tais como:

a) ocupação de cargos e encargos de gestão acadêmico/administrativa e de

representação;

b) participação em comissões, grupos de trabalho e outros com relevância acadêmica,

interna ou externa de interesse da PUC-SP;

c) participação em reuniões dos Órgãos Colegiados e de outras instâncias da PUC-SP;

d) atuação junto a convênios nacionais e internacionais celebrados pela PUC-SP;

e) participação em atividades culturais e pedagógicas;

f) elaboração de trabalhos técnicos, como análise e emissão de pareceres em processos

e projetos de ensino, pesquisa e extensão da PUC-SP;

g) realização de novas proposições no âmbito da gestão, do ensino, da pesquisa e da

extensão;

h) execução de atribuições designadas pelo Departamento.

V - Desempenho Didático-Pedagógico:

a) elaboração e desenvolvimento de plano de curso, de acordo com os projetos

pedagógicos dos cursos solicitantes;

b) atualização dos programas desenvolvidos nos cursos;

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo146

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c) adequação e diversificação de estratégias de ensino;

d) utilização de processos de avaliação do ensino-aprendizagem contínuos e

diversificados;

e) elaboração de propostas pedagógicas que envolvam o estudante em atividades

complementares;

f) outras atividades, a critério do Departamento.

Parágrafo único - Um dos instrumentos de avaliação do desempenho didático-pedagógico

deverá ser a avaliação realizada pelos estudantes, acompanhada pela Comissão Didática e supervisionada pelo

Coordenador de Curso.

Art. 268- O Processo de Avaliação Contínua terá como referência os seguintes documentos:

I - Plano de Trabalho Anual;

II - Curriculum Vitae do professor;

III - Relatório das avaliações de sua trajetória na carreira docente;

IV - Relatório da avaliação de seu desempenho pedagógico.

§ 1º - O Plano de Trabalho de cada professor deverá ser elaborado anualmente, em consonância

com o Plano Acadêmico de seu respectivo Departamento, com o seu regime de trabalho e com sua função de

magistério. Deverá abranger as atividades, descritas e justificadas, de modo a tornarem visíveis as dimensões

previstas no Art. 267 deste Regimento.

§ 2º - O Curriculum Vitae deve ser atualizado semestralmente, na Plataforma Lattes/CNPq ou, na

falta desta, por instrumento equivalente.

§ 3º - O Relatório das avaliações deverá incorporar todas as avaliações às quais o professor foi

submetido, tais como: as avaliações do processo seletivo, do período probatório, do ingresso na carreira, de

promoção para Professor Assistente Doutor e dos concursos para Professor Associado e Titular.

§ 4º - O Relatório do desempenho pedagógico deverá contemplar todas as dimensões previstas no

Art. 269 deste Regimento.

§ 5º - No caso de professor de Programa de Pós-Graduação que tenha participado da avaliação

anual do Programa pela CAPES, ter-se-á como referência também os documentos constantes daquela avaliação.

Art. 269- O Processo de Avaliação Contínua será coordenado em cada Faculdade por uma

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 147

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Comissão de Avaliação, constituída de 05 (cinco) membros designados pelo respectivo Conselho da Faculdade

dentre os docentes integrantes da carreira do magistério, pelo menos da categoria Assistente Doutor e, de

preferência, com experiência em avaliação.

§ 1º - A Comissão de Avaliação tem por função o planejamento, a coordenação e o acompanhamento

do Processo de Avaliação Contínua do Professor, bem como a elaboração do Relatório de Avaliação do seu

Desempenho.

§ 2º - Deverão integrar a Comissão de Avaliação, pelo menos, 02 (dois) docentes dos Programas de

Pós-Graduação, nos casos em que a Unidade possua Curso de Pós-Graduação na área.

§ 3º - O mandato dos membros da Comissão será de 03 (três) anos.

Art. 270- O Relatório de Avaliação do Desempenho do Professor será submetido à aprovação do

Conselho da respectiva Faculdade, à homologação do CEPE e à aprovação final do CONSUN.

§ 1º - No caso de se verificar no Relatório eventual avaliação/anotação negativa será garantido ao

professor o direito de se manifestar, antes da deliberação dos órgãos competentes.

§ 2º - Caso o Relatório de Avaliação não seja homologado pelo CEPE, deverá retornar à Comissão de

Avaliação para revisão, com as ponderações daquele Órgão Colegiado.

Art. 271- O CEPE designará um Comitê Assessor, para auxiliá-lo no Processo de Avaliação

Contínua, visando a:

I - subsidiá-lo na definição de políticas e de ações em relação aos objetivos da Avaliação

Contínua;

II - subsidiá-lo, e aos Conselhos das Faculdades, no aperfeiçoamento do Processo de

Avaliação Contínua.

Parágrafo único - O Comitê Assessor será composto por 10 (dez) professores, das áreas

de conhecimento abrangidas pela PUC-SP, devendo a escolha recair sobre docentes das categorias Associado e

Titular, com mandato de 03 (três) anos, sendo o Coordenador escolhido por seus pares.

Art. 272- O Comitê Assessor terá como referências básicas para suas atividades:

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo148

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I - Os Planos Acadêmicos dos Departamentos elaborados nos termos do caput do Art. 243

e do Art. 244 deste Regimento.

II - Os Relatórios das Comissões dos Processos de Avaliação Contínua dos Professores dos

Departamentos.

Parágrafo único - A cada 03 (três) anos, o Comitê Assessor apresentará ao CEPE Relatório

dos estudos desenvolvidos e das avaliações produzidas.

Art. 273- A Reitoria assegurará a criação de banco de dados para o Processo de Avaliação

Contínua de modo a disponibilizá-lo aos Departamentos, às Comissões das Faculdades, ao Comitê Assessor e ao

CEPE, bem como aos gestores acadêmicos.

Seção VDo ingresso e da promoção na carreira do magistério

Subseção IDo ingresso na carreira

Art. 274- O ingresso na carreira do magistério dar-se-á ao final do período probatório, para

aqueles professores que obtiverem avaliação favorável, na categoria correspondente à titulação que possuírem

nesse momento, conforme previsto nos §§1º e 2º do Art. 243 deste Regimento.

Parágrafo único - Para efeito de ingresso, caberá ao professor interessado requerer à Chefia

do Departamento o Relatório do Processo de Avaliação, juntando seu Curriculum Lattes ou equivalente, e o Plano

de Trabalho.

Art. 275- Não poderão ingressar na carreira do magistério os professores selecionados para

o exercício temporário do ensino e/ou da pesquisa, para ministrar disciplina opcional, para substituição e os

contratados em caráter emergencial, nos termos do Art. 240 e do Art. 241 deste Regimento, e do Art.101 do

Estatuto da PUC-SP.

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 149

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Subseção II

Da promoção na carreira

Art. 276- A promoção para Professor Assistente Doutor, uma vez na carreira, obtida a titulação

correspondente, será por mérito e para Professor Associado e Professor Titular será mediante concurso,

conforme Art. 243, § 2º deste Regimento.

Parágrafo único - Para efeito de promoção na carreira, caberá ao professor interessado

requerer à Chefia do Departamento o Relatório do Processo de Avaliação, juntando seu Curriculum Lattes ou

equivalente e o Plano de Trabalho.

Subseção III

Da promoção para Professor Associado e Professor Titular

I – DO CONCURSO

Art. 277- O concurso terá por finalidade a promoção dos candidatos, por meio da avaliação do

mérito dos trabalhos por eles apresentados, relativos aos critérios previstos para inscrição em cada categoria,

bem como, as atividades docentes, científicas, profissionais, técnicas e/ou artísticas e outras, apresentadas no

seu memorial.

Art. 278- Na avaliação do mérito dos trabalhos e do memorial apresentados pelos candidatos ter-

se-á como referência a área concernente ao concurso, a categoria na carreira e o processo de desenvolvimento

científico e didático dos candidatos.

Art. 279- A avaliação a que se refere o Art. 278 estará a cargo de bancas examinadoras,

designadas na forma prevista neste Regimento.

Art. 280- Competirá aos Conselhos de Faculdades, por proposta dos Departamentos, a abertura

e a responsabilidade pelos concursos de promoção, cabendo aos Diretores de Faculdades a supervisão de sua

realização.

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II – DAS BANCAS EXAMINADORAS

Art. 281- A banca examinadora avaliará e arguirá o candidato em sessão pública, com base nos

trabalhos apresentados, conforme os critérios previstos no Art. 277.

Art. 282- Para concurso e promoção a Professor Titular o candidato deverá apresentar produção

científica e acadêmica posterior ao concurso para Professor Associado.

Art. 283- As bancas examinadoras para concurso de promoção serão assim constituídas:

I - Professor Associado – 05 (cinco) professores com título universitário ou posição na

carreira superiores a do candidato.

II - Professor Titular – 05 (cinco) professores, com título universitário ou posição na carreira

superiores a do candidato.

§ 1º - Poderão integrar as bancas examinadoras até 02 (dois) especialistas de notório saber.

§ 2º - Na composição das bancas examinadoras, pelo menos 02 (dois) membros deverão ser alheios

ao quadro docente da PUC-SP.

§ 3º - Não havendo na PUC-SP professores titulados em número suficiente para composição de

bancas examinadoras recorrer-se-á a professores de outras instituições de ensino superior ou de pesquisa

reconhecidas.

Art. 284- As bancas examinadoras, além das exigências de titulação, serão compostas por

professores das áreas afins aos concursos dos candidatos.

§ 1º - Os membros das bancas serão indicados e aprovados pelos Departamentos e encaminhados

à homologação do Conselho da Faculdade competente e ao referendo do CONSUN, dispensado este quando o

docente estiver devidamente cadastrado no Cadastro de Integrantes de Banca – CIB.

§ 2º - Haverá uma única banca examinadora para todos os candidatos à mesma categoria e à

mesma área afim a do concurso.

§ 3º - Os examinadores escolherão a presidência da banca, por ocasião da realização do concurso.

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Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Art. 285- As propostas de composição de banca deverão contemplar 02 (dois) nomes para

suplência, sendo um deles alheio aos quadros da PUC-SP.

III – DO REGIME DE APROVAÇÃO

Art. 286- A aprovação dos candidatos dar-se-á no limite das vagas previstas no edital do

concurso pelo Departamento, para cada categoria.

Parágrafo único - Os efeitos do concurso se esgotam com o preenchimento das vagas

previstas no edital, não sendo considerados os candidatos remanescentes, para fins de promoção.

Art. 287- Ao candidato caberá recurso da decisão da banca examinadora ao Conselho da

Faculdade, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, contados da publicação dos resultados.

Art. 288- Para cada concurso deverá ser lavrada Ata, em livro próprio, que lida e aprovada

deverá ser assinada pela banca examinadora e pelo Secretário.

Art. 289- O resultado do concurso deverá ser encaminhado para aprovação no Conselho da

Faculdade e à homologação do CONSUN.

IV – DAS INSCRIÇÕES

Art. 290- As inscrições para promoção a Professor Associado e Professor Titular deverão ser

abertas em cada Faculdade, mediante solicitação do Departamento, por decisão do Conselho da Faculdade e por

edital interno do Diretor, com ampla divulgação.

§ 1º - O edital deverá ser divulgado com antecedência mínima de 15 (quinze) dias da data prevista

para o início das inscrições.

§ 2º - As inscrições permanecerão abertas por um período mínimo de 07 (sete) dias letivos.

§ 3º - O concurso será realizado no mínimo 30 (trinta) e no máximo 60 (sessenta) dias após as inscrições.

§ 4º - Não deverão ser computados nos prazos acima os meses de janeiro e julho de cada ano.

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Art. 291- Deverão constar do edital:

I - número de vagas por categoria, área concernente ao concurso e Departamento;

II - documentação necessária;

III - as datas e horários de início e término do período de inscrições e do período de

realização do concurso;

IV - critérios de aprovação, classificação e desempate;

V - orientações complementares, quando julgadas necessárias.

Art. 292- As inscrições serão para as vagas da categoria, aprovadas pelo CONSUN e pelo

CONSAD e colocadas em concurso pelo Departamento.

Parágrafo único - As inscrições serão realizadas na Secretaria da Faculdade.

Art. 293- O requerimento de inscrição dirigido ao Diretor da Faculdade será feito em impresso

próprio, juntando-se:

I - Curriculum Vitae na Plataforma Lattes ou equivalente, devidamente comprovado;

II - os trabalhos e/ou comprovantes dos requisitos previstos no Art. 296 e no Art. 297 deste

Regimento;

III - memorial apresentando as atividades científicas, profissionais, técnicas e/ou

artísticas do candidato e cópia do memorial do concurso anterior, tratando-se de concurso

de promoção a Professor Titular;

IV - outros documentos julgados necessários pelo Conselho da Faculdade.

Art. 294- Encerradas as inscrições, o Diretor da Faculdade analisará o processo à luz das

exigências regulamentares e do edital, devendo indeferir de imediato as inscrições que não atenderem aos

requisitos necessários.

V – DAS CONDIÇÕES PARA INSCRIÇÃO

Art. 295- Poderão inscrever-se para os concursos de promoção, os professores em efetivo exercício

na PUC-SP que possuam o título de Livre Docente, observadas as condições previstas para cada categoria.

§ 1º - Para efeito do disposto neste artigo consideram-se também em efetivo exercício os professores

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 153

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que estiverem com seus contratos de trabalho interrompidos na forma da lei, e os regularmente licenciados para

fins de qualificação acadêmica desde que em conformidade com plano ou programa de capacitação docente do

Departamento.

§ 2º - A contagem do tempo de magistério previsto para o concurso de promoção de cada categoria

será feita a partir da data da última contratação do docente na PUC-SP.

§ 3º - Na contagem do tempo de magistério não se incluem os períodos de suspensão do contrato de

trabalho, mas apenas os de interrupção previstos no §1º deste artigo.

Subseção IVDo Professor Associado

Art. 296- Poderão concorrer ao concurso de promoção para Professor Associado os candidatos

que, além de serem Professores Assistentes Doutores na PUC-SP há pelo menos 03 (três) anos, satisfaçam aos

seguintes requisitos:

I - título de Livre Docente;

II - produção científica, técnica e/ ou artística, nos parâmetros da área de conhecimento e

da comunidade científica;

III - participação comprovada em uma área de pesquisa;

IV - orientação de trabalhos acadêmicos.

Subseção VDo Professor Titular

Art. 297- Poderão concorrer ao concurso de promoção a Professor Titular os candidatos que,

além de serem Professores Associados na PUC-SP, há pelo menos 04 (quatro) anos, satisfaçam os seguintes

requisitos:

I - título de Livre Docente;

II - produção científica, técnica e/ou artística, nos parâmetros da área de conhecimento e da

comunidade científica, incluindo pelo menos um trabalho inédito;

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo154

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III - liderança comprovada em uma área de pesquisa;

IV - orientação de trabalhos acadêmicos.

Art. 298- A juízo do Conselho de cada Faculdade, poderão ser incluídos, além dos requisitos

previstos para inscrição para os concursos de promoção a Professor Associado e Professor Titular, a contribuição

em outras atividades acadêmicas.

Seção VIDo regime funcional do magistério

Art. 299- O quadro de pessoal docente é aprovado pelo CONSUN e pelo CONSAD à vista de

proposta do Reitor.

Art. 300- Os contratos do pessoal docente se regem pela legislação trabalhista, pelo Estatuto da

Fundação São Paulo, pelo Estatuto da PUC-SP e por este Regimento Geral.

Art. 301- O regime de trabalho dos membros do magistério pode ser de:

I - dedicação exclusiva;

II - tempo integral, correspondente ao regime de dedicação de 40 (quarenta) horas semanais à

PUC-SP;

III - tempo parcial, correspondente a frações do regime de tempo integral definido no inciso

anterior.

§1º - O regime de dedicação exclusiva será regulamentado por Deliberação do CONSUN, ouvido o CEPE,

e aprovado pelo CONSAD.

§2º - Os regimes de tempo integral e parcial estarão vinculados a plano de trabalho em que se incluirão,

além da docência, horas dedicadas a estudos, pesquisa, trabalhos de extensão, planejamento, avaliação, atividades

acadêmico-administrativas, supervisão de estágio, atendimento psicológico, médico ou de enfermaria nos hospitais ou

clínicas e outras modalidades de atendimento, segundo normas da PUC-SP.

§ 3º - A qualquer tempo o docente poderá ser demandado a comprovar junto ao CONSAD sua dedicação

à PUC-SP. Em se verificando o não cumprimento de seu contrato de trabalho, inclusive quanto as horas estipuladas, o

professor poderá ser demitido por justa causa.

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 155

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Art. 302- O plano de trabalho dos professores será elaborado sob a coordenação dos seus respectivos

Departamentos, de acordo com seus planos acadêmicos, articulados com as atividades básicas de cada categoria da

carreira e dentro dos recursos orçamentários previstos.

Art. 303- A carreira docente compreende as seguintes categorias:

I - Professor Assistente Mestre;

II - Professor Assistente Doutor;

III - Professor Associado;

IV - Professor Titular.

Parágrafo único - As atividades básicas de cada categoria, compulsórias e eletivas, sem

prejuízo de outras, devem respeitar as especificidades estruturais e curriculares das unidades universitárias e

estão regulamentadas pelas Deliberações 12/2005, 06/2006 e 07/2006.

Capítulo IIDO CORPO DISCENTE

Art. 304- O corpo discente é constituído de estudantes regularmente matriculados em uma ou

mais disciplinas ou atividades didático-pedagógicas do curso ou programa escolhido.

Art. 305- A PUC-SP presta assistência ao corpo discente, mediante:

I - concessão de bolsas de estudo;

II - prestação de serviços mantidos e administrados pela PUC-SP;

III - prestação de serviços mantidos pela PUC-SP e administrados pelos estudantes;

IV - exercício da função de Monitor, cuja prática é considerada título para o ingresso na

carreira do magistério superior, destinando-se aos estudantes dos Cursos de Graduação que

se submetam às provas específicas e nelas sejam aprovados.

§1º - A política de concessão de bolsas de estudo será regulamentada segundo parâmetros definidos

pelo CECCOM nos termos do Art. 34, XV do Estatuto e, em montante fixado pelo CONSAD, de acordo com o Art.

25, IV do Estatuto da PUC-SP.

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§2º - A função de Monitor será regulamentada nos Regimentos das Faculdades, tendo por referência

Resolução da Reitoria.

Seção IDa representação estudantil nos órgãos colegiados

Art. 306- Os estudantes terão representação nos órgãos colegiados da PUC-SP de conformidade

com o disposto neste regimento e no estatuto da PUC-SP.

Art. 307- A indicação dos representantes estudantis se fará por meio de eleições organizadas e

promovidas pelas entidades representativas dos discentes, de Graduação e de Pós-Graduação.

§1º - No caso de falta ou recusa das Associações em participar do processo eleitoral a indicação se

fará por Assembléia Geral dos estudantes da respectiva Faculdade.

§2º - Na pluralidade de Associações representativas, a recusa de qualquer uma não resulta em

obstáculo para as demais.

Art. 308- Serão elegíveis os estudantes regularmente matriculados na Graduação e na Pós-

Graduação Stricto Sensu que:

I - tenham comprovado aproveitamento escolar;

II - não tenham sofrido sanção disciplinar;

III - estejam em dia com as obrigações financeiras junto a PUC-SP.

Art. 309- Serão eleitores os estudantes regularmente matriculados nos cursos e/ou programas

a que se referem às respectivas representações.

Art. 310- Os mandatos dos representantes do corpo discente em todos os órgãos colegiados

terão duração de 01 (um) ano a partir da data da posse.

Art. 311- O processo eleitoral de representação discente apenas será válido quando

sucessivamente documentado mediante protocolo de ofício:

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I - do relatório de abertura, compreendendo cópia do edital publicado e descrição da forma e

locais de sua publicação;

II - das atas de reuniões da comissão eleitoral;

III - do relatório final, compreendendo o resultado da apuração dos votos e nomeação dos

vencedores.

§1º - Cada ofício deverá ser protocolado no prazo máximo de 48 horas contadas da realização do

ato que visa documentar e endereçado à autoridade competente.

§2º - Todos os documentos protocolados devem conter as assinaturas dos representantes legais das

Associações às quais se refere o Art. 307, ou, quando competência de Assembléia Geral, por representantes

investidos de poderes por esta e apontados no relatório de abertura.

§3º - Considera-se autoridade competente para os fins deste artigo o Pró-Reitor de Cultura e

Relações Comunitárias.

Art. 312- O edital ao qual se refere o Art. 311, I, deve fixar período de, no mínimo, uma semana

entre sua publicação e o encerramento das inscrições para o pleito.

Art. 313- O instrumento cabível para denúncia de possível irregularidade no processo eleitoral é

considerado recurso, com efeito suspensivo, que deverá ser dirigido ao CONSUN, com prévia manifestação do

Pró-Reitor de Cultura e Relações Comunitárias.

Seção IIDas entidades representativas dos estudantes

Art. 314- Fica assegurado aos estudantes, nos termos da legislação específica o direito de

organizar-se em Centros Acadêmicos, Diretórios ou Associações de Pós-Graduandos como suas entidades

representativas.

Art. 315- A organização, o funcionamento e as atividades das entidades a que se refere o

artigo anterior serão estabelecidos em seus próprios Estatutos, aprovados em Assembléia Geral dos respectivos

estudantes e homologados pelo Reitor.

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Capítulo IIIDO CORPO ADMINISTRATIVO

Art. 316- O corpo administrativo é constituído de servidores que exercem atividades inerentes

aos serviços administrativos e que assumem o compromisso de respeitar os princípios e valores explicitados nos

Arts. 3º e 4º do Estatuto da PUC-SP.

Art. 317- Os membros do corpo administrativo são admitidos, nos limites do orçamento anual,

mediante solicitação justificada dos dirigentes das unidades acadêmicas ou administrativas, aprovada pelo

CONSAD.

Art. 318- Os contratos do pessoal administrativo se regem pela legislação trabalhista, pelo

Estatuto da Fundação São Paulo, pelo Estatuto da PUC-SP e por este Regimento Geral.

Seção IDa representação do corpo administrativo nos órgãos colegiados

Art. 319- O corpo administrativo terá representação nos órgãos colegiados da PUC-SP de acordo

com Art. 23, VI, Art. 38, V, Art. 40, V, Art. 43, IV, Art. 46, V e Art. 49, IX deste Regimento Geral.

Art. 320- A indicação dos representantes do corpo administrativo se fará por

meio de eleições organizadas e promovidas por sua entidade representativa, em

conformidade com o disposto no Artigo 60, VII, do Estatuto da PUC-SP.

TÍTULO IXDO DIREITO DE PETIÇÃO

Art. 321- É permitido aos membros dos corpos docente, discente e administrativo solicitar

reconsideração ou recorrer de atos e decisões, contanto que nos devidos termos, observadas as seguintes regras:

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I - toda solicitação, qualquer que seja sua forma, deve ser dirigida à autoridade competente

para decisão a respeito;

II - o pedido de reconsideração só é cabível quando contêm novos argumentos e é sempre

dirigido à autoridade que expediu o ato ou proferiu a decisão;

III - nenhum pedido de reconsideração pode ser reiterado;

IV - o recurso deve ser dirigido à autoridade imediatamente superior à que expediu o ato ou

proferiu a decisão e, sucessivamente, na escala ascendente, às demais autoridades;

V - nenhum recurso pode ser encaminhado mais de uma vez à mesma autoridade.

§ 1º - Os pedidos de reconsideração devem ser interpostos no prazo de até 03 (três) dias úteis

contados do conhecimento do ato ou da decisão, e não interromperão a contagem do prazo previsto no §3º

deste artigo.

§ 2º - O pedido de reconsideração deve ser decidido no prazo de 08 (oito) dias.

§ 3º - Os recursos devem ser interpostos no prazo de até 15 (quinze) dias, contados do conhecimento

da decisão ou do ato de que se quer recorrer.

§ 4º - A decisão final dos recursos, a que se refere este artigo, deve ser dada dentro do prazo de 30

(trinta) dias, contados da data do recebimento na unidade universitária ou no órgão administrativo, prorrogáveis,

justificadamente, por mais 15 (quinze) dias, salvo quando depender de decisão de órgão colegiado, hipótese em

que a prorrogação de 15 (quinze) dias será automática.

§ 5º - Os pedidos de reconsideração e os recursos não têm efeito suspensivo, salvo manifestação

em contrário expressa no ato decisório. Aqueles que tenham sido providos dão lugar às retificações necessárias,

retroagindo os seus efeitos à data do ato impugnado.

TÍTULO XDO REGIME DISCIPLINAR

Art. 322- A disciplina na PUC-SP é de responsabilidade de todos os membros da comunidade

universitária e deve atender aos seguintes preceitos gerais:

I - respeito a toda pessoa envolvida no convívio universitário;

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II - acatamento às disposições legais, estatutárias, regimentais e regulamentares, bem como

às autoridades ou colegiados da PUC-SP e da Fundação São Paulo e às suas determinações;

III - preservação do patrimônio moral, cultural e material da PUC-SP.

Art. 323- A responsabilidade pela manutenção da disciplina, além do que prescrevem este

Regimento e os das Unidades Universitárias, compete:

I - ao Reitor, em toda PUC-SP;

II - aos Dirigentes das Unidades Acadêmicas ou Administrativas, em seus respectivos

âmbitos;

III - aos Professores, nas suas aulas.

Art. 324- São as seguintes as sanções disciplinares aplicáveis:

I - aos corpos docente e administrativo:

a) advertência;

b) repreensão;

c) suspensão;

d) rescisão do contrato de trabalho.

II - ao corpo discente:

a) advertência;

b) repreensão;

c) suspensão;

d) expulsão.

Capítulo IDO CORPO DOCENTE

Art. 325- O regime disciplinar a que está sujeito o corpo docente se subordina às disposições da

legislação em vigor, às determinações da Fundação São Paulo, ao Estatuto da PUC-SP, a este Regimento Geral,

e aos Regimentos das Unidades Universitárias.

§ 1º - As penas de advertência e repreensão aplicam-se nos casos de omissão ou negligência no

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 161

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

cumprimento de deveres inerentes à sua função, conforme sua gravidade.

§ 2º - A pena de suspensão aplica-se nos seguintes casos:

I - na falta de cumprimento dos deveres funcionais, quando esta se revestir de dolo ou má fé

e na reincidência de falta punida com repreensão;

II - quando contribuir ou influir para atos de indisciplina dos estudantes;

III - quando, na forma da lei e sem motivo aceito como justo pela autoridade competente,

deixar de cumprir atividades a seu cargo e/ou horário de trabalho a que esteja obrigado, e/

ou deixar de entregar as avaliações nas datas pré-fixadas pela unidade.

§ 3º - Os membros do corpo docente, durante a vigência da suspensão, perdem os direitos

decorrentes do respectivo exercício.

§ 4º - Aplica-se a pena de rescisão do contrato de trabalho por justa causa nos seguintes casos:

I - previstos na legislação trabalhista;

II - na reincidência de falta punida com suspensão.

Art. 326- Nenhuma pena disciplinar imposta a membro do corpo docente será publicada.

Parágrafo único - Todas as penas aplicadas aos membros do corpo docente serão registradas

nos respectivos prontuários na Divisão de Recursos Humanos - DRH.

Capítulo IIDO CORPO DISCENTE

Art. 327- O regime disciplinar a que está sujeito o corpo discente se subordina às disposições

da legislação em vigor, à determinações da Fundação São Paulo, ao Estatuto da PUC-SP, a este Regimento Geral,

e aos Regimentos das Unidades Universitárias.

§ 1º - A pena de advertência aplica-se nos casos de desrespeito às disposições legais, estatutárias,

regimentais e regulamentares, desde que reconhecida a falta como de mínima gravidade.

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo162

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

§ 2º - A pena de repreensão aplica-se nos seguintes casos:

I - falta disciplinar reconhecida como de pouca gravidade;

II - reincidência de falta punida com advertência.

§ 3º - A pena de suspensão aplica-se nos seguintes casos:

I - de falta grave;

II - reincidência de falta punida com repreensão.

§ 4º - A pena de suspensão implica o impedimento de frequência às atividades didáticas -

pedagógicas e de participação em qualquer trabalho escolar, bem como no registro no prontuário do aluno da

ausência durante o período em que perdurar a punição.

§ 5º - A pena de expulsão aplica-se nos casos de falta reconhecida como de suma gravidade e

implica no impedimento de nova inscrição ou matrícula em cursos da PUC-SP.

§ 6º - Todas as penalidades aplicadas aos membros do corpo discente serão registradas na Secretaria

da Administração Escolar - SAE.

Art. 328- Constituem infrações disciplinares do corpo discente, passíveis de sanções segundo as

circunstâncias relativas à sua prática:

I - danificar bem patrimonial da PUC-SP e consequentemente de sua mantenedora;

II - arrancar, inutilizar, alterar ou fazer qualquer inscrição em editais, avisos e demais

documentos afixados pela Administração;

III - retirar, sem permissão da autoridade competente, objeto ou documento existente em

dependência da PUC-SP;

IV - realizar ato atentatório à moral e aos bons costumes;

V - praticar jogo proibido, em recinto da PUC-SP;

VI - perturbar as atividades didático-pedagógicas e o funcionamento da Administração da

PUC-SP e de sua mantenedora;

VII - agir com improbidade na execução de atos ou trabalhos escolares, incluindo plágio

ou contrafação;

VIII - usar de meio fraudulento para inscrição e matrícula;

IX - desrespeitar membros dos corpos docente, discente ou administrativo próprio ou

prestadores de serviços à PUC-SP;

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 163

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

X - agredir, física ou moralmente, qualquer membro dos corpos docente, discente ou

administrativo ou prestadores de serviços à PUC-SP;

XI - desobedecer aos preceitos legais e aos atos normativos da administração da PUC-SP;

XII - ingerir drogas consideradas ilícitas em recinto da PUC-SP;

XIII - realizar ou participar de festas estudantis em recinto da PUC-SP ou por ela ocupados,

ressalvadas as realizações de exposições, de feiras e dos demais eventos promovidos pelos

estudantes, mediante prévia autorização dos órgãos competentes da Instituição.

§1º - A infração descrita no inciso I deste artigo exigirá ressarcimento, sendo este cumulativo com a

aplicação de quaisquer penalidades previstas neste Regimento.

§2º - Os trabalhos escolares resultantes de prática de plágio ou contrafação, bem como as

consequências acadêmicas deles decorrentes serão declarados nulos após comprovação de autoridade

acadêmica competente na matéria.

Capítulo IIIDO CORPO ADMINISTRATIVO

Art. 329- O regime disciplinar a que está sujeito o corpo administrativo se subordina às

disposições da legislação em vigor, às determinações da Fundação São Paulo, ao Estatuto da PUC-SP, deste

Regimento Geral, dos Regimentos das Unidades Universitárias.

§1º - As penas de advertência e repreensão aplicam-se nos casos de omissão ou negligência no

cumprimento de deveres inerentes à sua função, conforme sua gravidade.

§2º - A pena de suspensão aplica-se nos seguintes casos:

I - na falta de cumprimento dos deveres funcionais, quando esta se revestir de dolo ou má

fé e na reincidência de falta punida com repreensão;

II - quando contribuir ou influir para atos de indisciplina dos estudantes;

III - quando, na forma da lei e sem motivo aceito como justo pela autoridade competente,

deixar de cumprir atividades a seu cargo e/ou horário de trabalho a que esteja obrigado.

§ 3º - Os membros do corpo administrativo, durante a vigência da suspensão, perdem os direitos

decorrentes do respectivo exercício.

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo164

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

§ 4º - Aplica-se a pena de rescisão do contrato de trabalho por justa causa nos seguintes casos:

I - previstos na legislação trabalhista;

II - na reincidência de falta punida com suspensão.

Art. 330- Nenhuma pena disciplinar imposta a membro do corpo administrativo será publicada.

Parágrafo único - Todas as penas aplicadas aos membros do corpo administrativo serão

registradas nos respectivos prontuários na Divisão de Recursos Humanos – DRH.

Capítulo IVDA SINDICÂNCIA E DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

Art. 331- A apuração das infrações praticadas por membros dos corpos docente, discente ou

administrativo será feita mediante Sindicância ou Processo Administrativo.

§1º - Prescreve em 05 (cinco) anos a ação da PUC-SP visando a apuração das infrações

administrativas, contado tal prazo do conhecimento da autoridade competente.

§2º - Quando não for conhecida a autoria e/ou a materialidade da infração, proceder-se-á a uma

Investigação Preliminar, a qual não comporta o contraditório e a ampla defesa.

Art. 332- São competentes para instaurar Sindicância, os superiores hierárquicos do sindicado e,

para instaurar Processo Administrativo, o Grão-Chanceler e o Reitor.

Art. 333- O ato que determinar a instauração de Sindicância ou de Processo Administrativo

deverá conter, além do nome e qualificação do sindicado ou do acusado, a exposição resumida dos fatos a ele

imputados e o envio dos autos a Comissão Sindicante/Processante Permanente.

Art. 334- Haverá uma Comissão Sindicante/Processante Permanente composta por 12 (doze)

membros, com mandato de 2 (dois) anos, cujos nomes serão escolhidos pelo Reitor, e submetidos à homologação

do Grão-Chanceler.

§ 1º - Dentre os 12 (doze) membros acima nomeados será escolhido pelo Reitor um Presidente que

conduzirá os trabalhos da Comissão Permanente.

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 165

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

§ 2º- Caberá ao Presidente da Comissão Permanente nomear as subcomissões que atuarão nas

Sindicâncias/Processos Administrativos específicos;

§ 3º- Cada subcomissão será composta de 03 (três) membros, escolhidos pelo Presidente da

Comissão Permanente, dentre os 12 (doze) que a compõem.

§ 4º - Instaurada a subcomissão, seus membros escolherão entre si o Presidente e o Secretário da mesma.

Art. 335- Nas Sindicâncias e nos Processos Administrativos serão sempre garantidos os princípios

do contraditório e da ampla defesa, previstos no Art. 5º, LV da Constituição Federal.

Art. 336- Instaurar-se-á Sindicância quando, conhecida a autoria e a materialidade, verificar-se

que a infração é de mínima ou média gravidade, comportando, em tese, a aplicação das penas de advertência,

repreensão ou suspensão.

Art. 337- A Sindicância deverá ser instaurada no prazo de 05 (cinco) dias contados da publicação

do ato e ser concluída no prazo de 30 (trinta) dias prorrogáveis por mais 15 (quinze), a juízo da autoridade, que

a instaurou, a vista de proposta fundamentada do Presidente da Comissão.

§ 1º - O prazo de conclusão e o de prorrogação previstos no caput será contado em dobro se houver

mais de um acusado.

§ 2º - Nos períodos de férias e de recesso escolares os prazos deste artigo poderão ser suspensos,

a juízo da autoridade que instaurou a sindicância.

Art. 338- A instrução probatória da Sindicância seguirá o mesmo rito previsto para o Processo

Administrativo.

Art. 339- Será cabível a abertura de Processo Administrativo quando, conhecida a autoria e a

materialidade, verificar-se que a infração é de suma gravidade, comportando, em tese, a aplicação das penas

de expulsão para os membros do corpo discente e de rescisão contratual para os membros dos corpos docente

e administrativo.

§ 1º - Nos casos de rescisão de contrato de trabalho, por justa causa, dos corpos docente e

administrativo, previstos na legislação trabalhista, o CONSAD decidirá sobre ela, em conformidade com o artigo

25, inciso X, do Estatuto da PUC-SP, sem a necessidade de abertura de Processo Administrativo.

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo166

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§ 2º - As penas de expulsão para o corpo discente e a de rescisão contratual por reincidência

de falta punida com suspensão para os corpos docente e administrativo, aplicam-se por meio de Processo

Administrativo, respeitado o princípio da ampla defesa e do contraditório, assim como o direito de acompanhar

o processo, por meio de advogado constituído, e intervir em todas as provas e diligências.

Art. 340- O Processo Administrativo deverá ser iniciado no prazo de 05 (cinco) dias contados da

publicação do ato e deverá ser concluído no prazo de até 45 (quarenta e cinco) dias, prorrogáveis por mais 30

(trinta), a juízo da autoridade que o instaurou, à vista de proposta fundamentada do Presidente da subcomissão.

Parágrafo único - Aplicam-se no Processo Administrativo as previsões dos §§ 1º, e 2º do

artigo 337 deste Regimento.

Art. 341- Recebido o ato de instauração de Sindicância ou de Processo Administrativo juntamente

com os documentos e as informações, o Presidente da Comissão Permanente convocará os demais membros

para designação da subcomissão que atuará no caso concreto.

§ 1º - A subcomissão determinará a realização das provas documentais, testemunhais ou periciais,

bem como das diligências que julgar necessárias à comprovação dos fatos e sua autoria designando data para

a audiência do acusado e das testemunhas.

§ 2º - Concluídas as diligências consideradas necessárias, o acusado e/ou seu defensor deverão ser

intimados para, no prazo improrrogável de 03 (três) dias úteis, requererem suas provas, as quais serão produzidas

dentro de 10 (dez) dias.

§ 3º - Findo o prazo de que trata o parágrafo anterior, deverá ser notificado o acusado para que, em

querendo, apresente sua defesa escrita pessoalmente, ou por meio de defensor constituído, no prazo de 05 (cinco)

dias, facultada a vista dos autos, bem como a extração de cópias, suportada pelo requerente, mediante requerimento

ao Secretário.

§ 4º - É vedada a retirada do processo da Secretaria.

Art. 342- Apresentada a defesa, a subcomissão deverá elaborar o relatório final, no qual concluirá pela

inocência ou culpabilidade do acusado, remetendo em seguida o processo ao Presidente da Comissão Permanente que

o enviará à autoridade competente com suas indicações sobre a penalidade, se cabível.

Parágrafo único - A indicação de imposição de penalidade feita pela subcomissão não vincula a

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 167

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

decisão final da autoridade competente que poderá, justificadamente, decidir de forma diversa.

Art. 343- A autoridade competente receberá o processo e à vista do relatório feito pela subcomissão

Sindicante ou Processante determinará a aplicação da pena, se cabível, e a intimação do acusado e de seu defensor,

do inteiro teor da decisão.

Art. 344- Da decisão condenatória caberá recurso ao superior hierárquico da autoridade que instaurou

a Sindicância ou o Processo Administrativo, no prazo de 05 (cinco) dias, a partir da data do recebimento da intimação

de que trata o Art. 343 deste Regimento.

Parágrafo único - Recebido o recurso pela autoridade competente, o mesmo deverá ser

encaminhado ao Presidente da Comissão Permanente, que analisará os aspectos formais em termos de prosseguimento,

em até 5 (cinco) dias, remetendo posteriormente para julgamento, de acordo com o Art. 346 deste Regimento.

Art. 345- Da decisão condenatória nos Processos Administrativos instaurados pelo Reitor caberá

recurso ao CONSUN ou ao CONSAD, conforme a matéria discutida, no prazo de 05 (cinco) dias, a partir da data

do recebimento da intimação de que trata o Art. 344 deste Regimento.

Parágrafo único – Da decisão condenatória nos processos administrativos instaurados pelo

Grão Chanceler caberá recurso ao Conselho Superior da Fundação São Paulo, no prazo de 5 (cinco) dias, a partir

da data do recebimento da intimação de que trata o Art. 344 deste Regimento.

Art. 346- Os recursos previstos no Art. 344 e no Art. 345 deverão ser recebidos no efeito

suspensivo e a autoridade ou órgão competente proferirá seu julgamento no prazo de até 30 (trinta) dias,

improrrogáveis, independente do termo final se encerrar em período de férias.

Parágrafo único - Quando o recurso for dirigido a órgão colegiado, este deverá ser julgado

no prazo de até 45 (quarenta e cinco) dias, observada a ressalva do final do caput deste artigo.

Art. 347- Poderá ser requerida a qualquer tempo, a Revisão da Sindicância ou do Processo

Administrativo, que tenha resultado em aplicação de pena, desde que sejam aduzidos fatos ou circunstâncias

novos que possam comprovar a inocência do requerente.

§ 1º - Não constitui fundamento da revisão a simples alegação de injustiça da penalidade imposta.

§ 2º -A revisão deverá ser processada em apenso aos autos da Sindicância ou do Processo

Administrativo.

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo168

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

§ 3º -O requerimento da revisão deverá ser dirigido à autoridade competente, que proferiu a

decisão, que o encaminhará à Comissão Permanente.

§ 4º - A Comissão Permanente Sindicante/Processante designará que a subcomissão verifique a

necessidade de novas diligências, verificação das novas alegações, determinando data para oitiva de testemunhas

e prazo para produção de novas provas, se necessário.

§ 5º - Concluídas as diligências, deverá a subcomissão relatar o processo no prazo máximo de 30

(trinta) dias, prorrogáveis por mais 15 (quinze), quando houver necessidade de novas diligências, devendo

encaminhá-lo à Comissão Permanente, que remeterá à autoridade ou órgão competente para julgamento.

§ 6º - Julgada procedente a revisão, tornar-se-á sem efeito a penalidade imposta, restabelecendo-se

todos os direitos por ela atingidos.

Capítulo VDA SUSPENSÃO PREVENTIVA

Art. 348- A autoridade competente para determinar a instauração de Sindicância e de Processo

Administrativo poderá determinar a suspensão preventiva do sindicado ou do acusado, pelo tempo que durar o

processo, justificando que o seu afastamento será necessário para averiguação dos fatos que lhe são imputados,

ou que sua permanência em atividade possa embaraçar a ação da Comissão.

Parágrafo único - A suspensão preventiva não tem caráter de pena.

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 169

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

TÍTULO XI DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 349- Nos Departamentos onde não haja professores doutores, a escolha dos representantes

para o cargo de Coordenador de Curso de Graduação poderá recair sobre os professores do quadro de carreira

da categoria Assistente Mestre.

Parágrafo único - Persistindo a falta de representantes nesta categoria será o caso decidido

pelo CONSUN, ouvida a Unidade interessada.

Art. 350- As Faculdades e suas respectivas Unidades Suplementares, as Coordenadorias e os

Órgãos Colegiados Superiores terão prazo até o final do mês de julho de 2009 para elaborar ou atualizar os seus

respectivos Regimentos Internos, adequando-os às disposições do Estatuto e deste Regimento Geral.

Art. 351- O Professor Auxiliar de Ensino de que trata o Art. 257 deste Regimento, que não for

portador do título de Mestre ou de Doutor, ficará vinculado a programa de ensino e pesquisa integrado ao Plano

Acadêmico do Departamento, sob a responsabilidade de docente da carreira do magistério.

§1º - Os professores contratados após a data de entrada em vigor deste Regimento terão prazo de

até 5 (cinco) anos para obter o título de Mestre ou Doutor.

§2º - Findos o prazo de que trata o parágrafo anterior, não tendo o professor satisfeito o requisito

nele previsto, haverá rescisão do contrato de trabalho, respeitado o período letivo em vigor.

Art. 352- Os professores do quadro provisório com título de Mestre ou Doutor regularmente

contratados e submetidos a processo de avaliação contínua que forem reprovados na referida avaliação terão

prazo de um ano para se adequarem às exigências da Instituição, permanecendo durante este prazo em

processo de avaliação contínua.

Parágrafo único - Findo o prazo e persistindo a reprovação haverá rescisão do contrato de

trabalho do professor.

Art. 353- Os professores não departamentalizados após a entrada em vigor da Deliberação

17/2005, de 05 de dezembro de 2005, terão prazo até o final do mês de junho de 2009 para ingressarem em

um dos Departamentos da PUC-SP, nos termos previstos na mencionada norma.

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo170

Regimento Geral da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Parágrafo único - Findo esse prazo, se não aceita a proposta de enquadramento em

nenhum dos Departamentos da PUC-SP, será o caso encaminhado ao CONSUN para enquadramento imediato

do professor.

Art. 354- Todos os mandatos de cargos eletivos e de representação nos órgãos colegiados regidos

pelo antigo Estatuto e pelo antigo Regimento Geral da PUC-SP terão seu término em 31 de julho de 2009.

Art. 355- Os mandatos de cargos eletivos e de representação nos órgãos colegiados segundo o

Novo Estatuto terão início a partir de 01 de agosto de 2009.

Art. 356- Este Regimento entrará em vigor depois de aprovado pelo Conselho Superior da

Fundação São Paulo, nos termos do que prevê o Artigo 21 Inciso IX do Estatuto da PUC-SP, revogando as

disposições em contrário.

Parágrafo único - A eficácia dos artigos previstos neste Regimento Geral deverá coincidir

com as alterações estruturais introduzidas pelo novo Estatuto, de acordo com seu Art. 119, Inciso II, de suas

Disposições Transitórias.

Constituição ApostólicaEx Corde Ecclesiae

Do Sumo Pontífice

João Paulo II

Sobre as Universidades Católicas

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 173

Constituição Apostólica “Ex Corde Ecclesiae”

INTRODUÇÃO

1 - NASCIDA DO CORAÇÃO DA IGREJA, a Universidade Católica insere-se no sulco da tradição que

remonta à própria origem da Universidade como instituição, e revelou-se sempre um centro incomparável de

criatividade e de irradiação do saber para o bem da humanidade. Pela sua vocação a Universitas magistrorum

et scholarium consagra-se à investigação, ao ensino e à formação dos estudantes, livremente reunidos com os

seus mestres no mesmo amor do saber.(1) Ela compartilha com todas as outras Universidades aquele gaudium

de veritate, tão caro a Sto. Agostinho, isto é, a alegria de procurar a verdade, de descobri-la e de comunicá-

la(2) em todos os campos do conhecimento. A sua tarefa privilegiada é «unificar existencialmente no trabalho

intelectual duas ordens de realidade que muito frequentemente se tende a opor como se fossem antitéticas: a

investigação da verdade e a certeza de conhecer já a fonte da verdade».(3)

2 - Durante longos anos eu mesmo fiz uma experiência benéfica, que me enriqueceu interiormente,

do que é próprio da vida universitária: a ardente procura da verdade e a sua transmissão abnegada aos jovens

e a todos aqueles que aprendem a raciocinar com rigor, para agir com retidão e para servir melhor a sociedade

humana.

Desejo, por isso, compartilhar com todos a minha profunda estima pela Universidade Católica,

e exprimir o vivo apreço pelo esforço que nela se faz nos vários âmbitos do conhecimento. De um modo

particular, desejo manifestar a minha alegria pelos múltiplos encontros que o Senhor me concedeu ter, durante

as viagens apostólicas, com as Comunidades universitárias católicas dos diversos continentes. Elas são para

mim o sinal vivo e prometedor da fecundidade da inteligência cristã no coração de cada cultura. Elas dão-me

a fundamentada esperança de um novo florescimento da cultura cristã no contexto múltiplo e rico do nosso

tempo de mudança, o qual se encontra certamente perante graves desafios, mas é também portador de tantas

promessas sob a ação do Espírito de verdade e de amor.

Desejo exprimir, depois, agrado, apreço e gratidão aos numerosíssimos professores católicos

empenhados em Universidades não Católicas. A sua missão de acadêmicos e de cientistas, vivida à luz da fé

cristã, deve considerar-se preciosa para o bem das Universidades onde ensinam. Com efeito, a sua presença é

um contínuo estímulo à procura abnegada da verdade e da sabedoria que vem do Alto.

3 - Desde o início do pontificado, empenhei-me em comunicar esta ideia e sentimentos aos meus

mais estreitos colaboradores, que são os Cardeais, com a Congregação para a Educação Católica, bem como

as mulheres e os homens de cultura de todo o mundo. Com efeito, o diálogo da Igreja com as culturas do

nosso tempo é o setor vital, no qual «se joga o destino da Igreja e do mundo neste final do século XX».(4)

Constituição Apostólica Ex Corde Ecclesiae

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo174

Constituição Apostólica “Ex Corde Ecclesiae”

Não existe senão uma cultura: a do homem, que provém do homem e é para o homem.(5) E a Igreja, perita

em humanidade, segundo a expressão do meu predecessor Paulo VI na ONU,(6) investiga, graças às suas

Universidades Católicas e ao seu patrimônio humanístico e científico, os mistérios do homem e do mundo,

esclarecendo-os à luz que a Revelação lhe dá.

4 - É uma honra e uma responsabilidade da Universidade Católica consagrar-se sem reservas à causa da verdade. Esta é a sua maneira de servir ao mesmo tempo a dignidade do homem e a causa da Igreja,

a qual tem «a íntima convicção de que a verdade é a sua verdadeira aliada ... e de que o conhecimento e

a razão são ministros fiéis da fé».(7) Sem de modo nenhum desprezar a aquisição de conhecimentos úteis,

a Universidade Católica distingue-se pela sua livre investigação de toda a verdade acerca da natureza, do

homem e de Deus. Com efeito, a nossa época tem necessidade urgente desta forma de serviço abnegado que é

proclamar o sentido da verdade, valor fundamental sem o qual se extinguem a liberdade, a justiça e a dignidade

do homem. Em prol de uma espécie de humanismo universal, a Universidade Católica dedica-se completamente

à investigação de todos os aspectos da verdade no seu nexo essencial com a Verdade suprema, que é Deus.

Portanto, ela, sem medo algum, empenha-se com entusiasmo em todos os caminhos do saber, consciente de

ser precedida por Aquele que é «Caminho, Verdade e Vida»,(8) o Logos, cujo Espírito de inteligência e de amor

concede à pessoa humana encontrar, com a sua inteligência, a realidade última que é a sua fonte e termo, e o

único capaz de dar em plenitude aquela Sabedoria, sem a qual o futuro do mundo estaria em perigo.

5 - É no contexto da procura abnegada da verdade que recebe luz e significado a relação entre

fé e razão. «Intellige ut credas; crede ut intellegas»: este convite de Sto. Agostinho(9) vale também para as

Universidades Católicas, chamadas a explorar corajosamente as riquezas da Revelação e as da natureza, para

que o esforço conjunto da inteligência e da fé consinta aos homens alcançar a medida plena da sua humanidade,

criada à imagem e semelhança de Deus, renovada de maneira mais admirável, depois do pecado, em Cristo, e

chamada a resplandecer na luz do Espírito.

6 - A Universidade Católica, mediante o encontro que estabelece entre a riqueza insondável da

mensagem salvífica do Evangelho e a pluralidade e imensidade dos campos do saber em que aquela encarna,

permite à Igreja instituir um diálogo de fecundidade incomparável com todos os homens de qualquer cultura.

Com efeito, o homem vive uma vida digna graças à cultura e, se encontra a sua plenitude em Cristo, não há

dúvida que o Evangelho, atingindo-o e renovando-o em todas as suas dimensões, é também fecundo para a

cultura, da qual o mesmo homem vive.

7 - No mundo de hoje, caracterizado por um desenvolvimento tão rápido da ciência e da tecnologia,

as tarefas da Universidade Católica assumem uma importância e uma urgência cada vez maiores. Com efeito,

as descobertas científicas e tecnológicas, se por um lado comportam um enorme crescimento econômico e

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 175

Constituição Apostólica “Ex Corde Ecclesiae”

industrial, por outro exigem evidentemente a necessária e correspondente procura do significado, a fim de

garantir que as novas descobertas sejam usadas para o bem autêntico dos indivíduos e da sociedade humana

no seu conjunto. Se é da responsabilidade de cada Universidade procurar um tal significado, a Universidade

Católica é chamada de um modo especial a responder a esta exigência: a sua inspiração cristã consente-lhe

incluir a dimensão moral, espiritual e religiosa na sua investigação e avaliar as conquistas da ciência e da técnica

na perspectiva da totalidade da pessoa humana.

Neste contexto as Universidades Católicas são chamadas a uma contínua renovação, enquanto

universidades e enquanto católicas. Com efeito, «está em causa o significado da investigação científica e

da tecnologia, da convivência social, da cultura, mas, mais profundamente ainda, está em causa o próprio

significado do homem».(10) Tal renovação exige a clara consciência de que, em virtude do seu caráter católico,

a Universidade é mais capaz de fazer a investigação desinteresseira da verdade - investigação, portanto, que

não está subordinada nem condicionada por interesses de qualquer gênero.

8 - Depois de ter dedicado às Universidades e Faculdades Eclesiásticas a Constituição Apostólica Sapientia Christiana,(11) pareceu-me justo propor às Universidades Católicas um texto análogo de referência

que seja para elas como a «magna charta», enriquecida pela experiência tão antiga e fecunda da Igreja no

setor universitário, e aberta às realizações promissoras do futuro, que requer uma corajosa imaginação e uma

rigorosa fidelidade.

9 - O presente Documento é dirigido especialmente aos Responsáveis das Universidades Católicas,

às respectivas Comunidades acadêmicas, a todos aqueles que por elas se interessam, particularmente aos

Bispos, às Congregações Religiosas e às Instituições eclesiais, aos numerosos leigos empenhados na grande

missão da instrução superior. A finalidade é fazer com que se realize «uma presença, por assim dizer, pública,

constante e universal do pensamento cristão em todo o esforço dedicado a promover a cultura superior, e além

disso a formar todos os estudantes, de modo a que se tornem homens e mulheres verdadeiramente insignes

pelo saber, prontos a realizar tarefas responsáveis na sociedade e a testemunhar a sua fé perante o mundo».(12)

10 - Além das Universidades Católicas, dirijo-me também às numerosas Instituições católicas de

estudos superiores. Segundo a sua natureza e as próprias finalidades, elas têm em comum algumas ou todas

as características de uma Universidade e oferecem um contributo próprio à Igreja e à sociedade, quer mediante

a investigação, quer através da educação ou preparação profissional. Mesmo se este Documento diz respeito

especificamente à Universidade Católica, ele entende abraçar todas as Instituições Católicas de ensino superior,

empenhadas a imprimir a mensagem do Evangelho de Cristo nos espíritos e nas culturas.

É, portanto, com grande confiança e esperança que convido todas as Universidades Católicas a

continuar a sua missão insubstituível, que aparece cada vez mais necessária para o encontro da Igreja com o

progresso das ciências e com as culturas do nosso tempo.

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo176

Constituição Apostólica “Ex Corde Ecclesiae”

Juntamente com todos os irmãos Bispos que partilham comigo o encargo pastoral, desejo comunicar-

vos a profunda convicção de que a Universidade católica é sem dúvida alguma um dos melhores instrumentos

que a Igreja oferece à nossa época, que procura certeza e sabedoria. Tendo a missão de levar a Boa Nova a

todos os homens, a Igreja nunca deve deixar de interessar-se por esta instituição. Com efeito, as Universidades

Católicas, mediante a investigação e o ensino, ajudam-na a encontrar de maneira adequada aos tempos

modernos os tesouros antigos e novos da cultura, «nova et vetera» segundo a palavra de Jesus. (13)

11 - Dirijo-me, enfim, a toda a Igreja, convencido de que as Universidades Católicas são necessárias

ao seu crescimento e ao desenvolvimento da cultura cristã e do progresso humano.

Por isso, toda a Comunidade eclesial é convidada a dar o seu apoio às Instituições Católicas de ensino

superior, e a assisti-las no seu processo de desenvolvimento e de renovação. Ela é convidada de um modo

especial a tutelar os direitos e a liberdade destas Instituições na sociedade civil, a oferecer-lhes um sustento

econômico, sobretudo nos países que mais urgente necessidade tem dele e a fornecer assistência na criação de

novas Universidades Católicas, onde for necessário.

Faço votos por que estas disposições, fundamentadas no ensinamento do Concílio Vaticano II, nas

diretrizes do Código de Direito Canônico, ajudem as Universidades Católicas e os outros Institutos de Estudos

Superiores a realizar a sua indispensável missão no novo Advento de graça que se abre para o novo Milênio.

PARTE I

Identidade e MissãoA. A Identidade da Universidade Católica

1. Natureza e objetivos

12 - Toda a Universidade Católica, enquanto Universidade, é uma comunidade acadêmica que, de

um modo rigoroso e crítico, contribui para a defesa e desenvolvimento da dignidade humana e para a herança

cultural mediante a investigação, o ensino e os diversos serviços prestados às comunidades locais, nacionais

e internacionais.(14) Ela goza daquela autonomia institucional que é necessária para cumprir as suas funções

com eficácia, e garante aos seus membros a liberdade acadêmica na salvaguarda dos direitos do indivíduo e da

comunidade no âmbito das exigências da verdade e do bem comum.(15)

13 - Uma vez que o objetivo de uma Universidade católica é garantir em forma institucional uma

presença cristã no mundo universitário perante os grandes problemas da sociedade e da cultura,(16) ela deve

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 177

Constituição Apostólica “Ex Corde Ecclesiae”

possuir, enquanto católica, as seguintes características essenciais:

1. uma inspiração cristã não só dos indivíduos, mas também da Comunidade universitária

enquanto tal;

2. uma reflexão incessante, à luz da fé católica, sobre o tesouro crescente do conhecimento

humano, ao qual procura dar um contributo mediante as próprias investigações;

3. a fidelidade à mensagem cristã tal como é apresentada pela Igreja;

4. o empenho institucional ao serviço do povo de Deus e da família humana no seu itinerário

rumo àquele objetivo transcendente que dá significado à vida.(17)

14 - «À luz destas quatro características, é evidente que para além do ensino, da investigação e

dos serviços comuns a todas as Universidades, uma Universidade Católica, em virtude do empenho institucional,

traz à sua missão a inspiração e a luz da mensagem cristã. Numa Universidade Católica, portanto, os ideais, as

atitudes e os princípios católicos impregnam e modelam as atividades universitárias de acordo com a natureza

e a autonomia próprias de tais atividades. Numa palavra, sendo ao mesmo tempo Universidade e Católica,

ela deve ser juntamente uma comunidade de estudiosos, que representam diversos campos do conhecimento

humano, e uma instituição acadêmica, na qual o cristianismo está presente de um modo vital ».(18)

15 - A Universidade Católica, portanto, é o lugar onde os estudiosos examinam a fundo a realidade com os métodos próprios de cada disciplina acadêmica, e deste modo contribuem para o enriquecimento do

tesouro dos conhecimentos humanos.

Cada disciplina vem estudada de um modo sistemático, as várias disciplinas são levadas depois ao

diálogo entre elas com a finalidade de um enriquecimento recíproco.

Tal investigação, para além de ajudar homens e mulheres na perseguição constante da verdade,

proporciona um testemunho eficaz, hoje tão necessário, da confiança que a Igreja tem no valor intrínseco

da ciência e da investigação. Numa Universidade Católica, a investigação compreende necessariamente: a)

perseguir uma integração do conhecimento; b) o diálogo entre a fé e a razão; c) uma preocupação ética; e d)

uma perspectiva teológica.

16 - A integração do conhecimento é um processo suscetível de ser sempre aperfeiçoado. Além

disso, o incremento do saber no nosso tempo, ao qual se junta o fracionamento crescente do conhecimento

no seio de cada uma das disciplinas acadêmicas, torna tal tarefa cada vez mais difícil. Mas uma Universidade,

e especialmente uma Universidade Católica, «deve ser uma ‘unidade viva’ de organismos voltados para a

investigação da verdade... É necessário, portanto, promover tal síntese superior do saber, a única que poderá

apagar aquela sede de verdade profundamente inscrita no coração do homem».(19) Guiados pelas contribuições

específicas da filosofia e da teologia, os estudiosos universitários deverão empenhar-se num esforço constante

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo178

Constituição Apostólica “Ex Corde Ecclesiae”

no sentido de determinar a relativa colocação e o significado de cada uma das diversas disciplinas no quadro

de uma visão da pessoa humana e do mundo iluminada pelo Evangelho e, portanto, pela fé em Cristo, Logos, como centro da criação e da história humana.

17 - Ao promover esta integração, a Universidade Católica deve empenhar-se, mais especificamente,

no diálogo entre fé e razão, de modo a poder ver-se mais profundamente como fé e razão se encontram na

única verdade. Conservando embora cada disciplina acadêmica a sua integridade e os próprios métodos, este

diálogo põe em evidência que a «investigação metódica em todo o campo do saber, se conduzida de modo

verdadeiramente científico e segundo as leis morais, nunca pode encontrar-se em contraste objetivo com a fé.

As coisas terrenas e as realidades da fé têm, com efeito, origem no mesmo Deus».(20) A interação vital dos dois

níveis distintos de conhecimento da única verdade conduz a um amor maior pela mesma verdade e contribui

para uma compreensão mais ampla do significado da vida humana e do fim da criação.

18 - Dado que o saber deve servir a pessoa humana, numa Universidade Católica a investigação

vem sempre efetuada com a preocupação das implicações éticas e morais, ínsitas tanto nos seus métodos como

nas suas descobertas. Embora inerente a toda a investigação, esta preocupação é particularmente urgente no

campo da investigação científica e tecnológica. «É essencial convencermo-nos da prioridade da ética sobre a

técnica, do primado da pessoa sobre as coisas, da superioridade do espírito sobre a matéria. A causa do homem

só será servida se o conhecimento estiver unido à consciência. Os homens da ciência só ajudarão realmente

a humanidade se conservarem o sentido da transcendência do homem sobre o mundo e de Deus sobre o

homem».(21)

19 - A teologia desempenha um papel particularmente importante na investigação de uma síntese

do saber, bem como no diálogo entre fé e razão. Além disso, ela dá um contributo a todas as outras disciplinas

na sua investigação de significado, ajudando-as não só a examinar o modo como as suas descobertas influirão

sobre as pessoas e sobre a sociedade, mas também fornecendo uma perspectiva e uma orientação que não

estão contidas nas suas metodologias. Por seu lado, a interação com as outras disciplinas e as suas descobertas

enriquece a teologia, oferecendo-lhe uma melhor compreensão do mundo de hoje e tornando a investigação

teológica mais adaptada às exigências de hoje. Dada a importância específica da teologia entre as disciplinas

acadêmicas, cada Universidade deverá ter uma Faculdade ou, ao menos, uma cátedra de teologia.(22)

20 - Dada a relação íntima entre investigação e ensino, convém que as exigências da investigação,

acima indicadas, influam sobre todo o ensino.

Enquanto cada disciplina é ensinada de modo sistemático e de acordo com métodos próprios,

a interdisciplinaridade, sustentada pelo contributo da filosofia e da teologia, ajuda os estudantes a adquirir

uma visão orgânica da realidade e a desenvolver um desejo incessante de progresso intelectual. Depois, na

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 179

Constituição Apostólica “Ex Corde Ecclesiae”

comunicação do saber coloca-se em ressalto o fato de a razão humana na sua reflexão se abrir a interrogações

cada vez mais vastas e de a resposta completa a elas provir do Alto através da fé. Além disso, as implicações

morais, inerentes a cada disciplina, são examinadas como parte integrante do ensino da mesma disciplina; isto

para que todo o processo educativo seja dirigido definitivamente para o progresso integral da pessoa. Enfim, a teologia católica, ensinada em plena fidelidade à Escritura, à Tradição e ao Magistério da Igreja, proporcionará

um claro conhecimento dos princípios do Evangelho, o qual enriquecerá o significado da vida humana e lhe

conferirá uma dignidade nova.

Mediante a investigação e o ensino os estudantes sejam formados nas várias disciplinas de maneira

a tornarem-se verdadeiramente competentes no setor específico, a que se dedicarão ao serviço da sociedade

e da Igreja, mas ao mesmo tempo sejam também preparados para testemunhar a sua fé perante o mundo.

2. A Comunidade universitária

21 - A Universidade Católica persegue os seus objetivos também mediante o empenho em formar

uma comunidade humana autêntica, animada pelo espírito de Cristo. A fonte da sua unidade brota da sua

comum consagração à verdade, da mesma visão da dignidade humana e, em última análise, da pessoa e da

mensagem de Cristo que dá à instituição o seu caráter distintivo. Como resultado desta ótica, a Comunidade

universitária é animada por um espírito de liberdade e de caridade; é caracterizada pelo respeito recíproco, pelo

diálogo sincero, pela defesa dos direitos de cada um. Assiste todos os seus membros a conseguir a plenitude

como pessoas humanas. Cada membro da Comunidade, por sua vez, ajuda a promover a unidade e contribui,

segundo a sua função e as suas capacidades, para as decisões que dizem respeito à mesma Comunidade, bem

como para manter e reforçar o caráter católico da instituição.

22 - Os professores universitários devem esforçar-se sempre por melhorar a própria competência

e por enquadrar o conteúdo, os objetivos, os métodos e os resultados da investigação de cada disciplina

no contexto de uma coerente visão do mundo. Os professores cristãos são chamados a ser testemunhas e

educadores de uma autêntica vida cristã, a qual manifeste a integração conseguida entre fé e cultura, entre

competência profissional e sabedoria cristã. Todos os professores devem ser inspirados pelos ideais acadêmicos

e pelos princípios de uma vida autenticamente humana.

23 - Os estudantes são solicitados a perseguir uma educação que harmonize a excelência do

desenvolvimento humanístico e cultural com a formação profissional especializada. O referido desenvolvimento

deve ser tal que eles se sintam encorajados a continuar a investigação da verdade e do seu significado durante

toda a vida, dado que «é necessário que o espírito seja cultivado de modo que se desenvolvam as faculdades

da admiração, da intuição, da contemplação, e de se tornarem capazes de formar um juízo pessoal e de

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo180

Constituição Apostólica “Ex Corde Ecclesiae”

cultivar o sentido religioso, moral e social».(23) Isto os tornará idôneos para adquirirem ou, se o têm já,

para aprofundarem um estilo de vida autenticamente cristão. Eles devem ser conscientes da seriedade da sua

profissão e sentir a alegria de serem amanhã «leaders» qualificados, testemunhas de Cristo nos lugares onde

deverão desempenhar a sua missão.

24 - Os dirigentes e o pessoal administrativo numa Universidade Católica devem promover o

crescimento constante da Universidade e da sua Comunidade mediante uma gestão de serviço. A dedicação e

o testemunho do pessoal não acadêmico são indispensáveis para a identidade e para a vida da Universidade.

25 - Muitas Universidades Católicas foram fundadas por Congregações Religiosas e continuam a

depender do seu apoio. As Congregações Religiosas, que se dedicam ao apostolado da instrução superior,

são instadas a ajudar estas instituições na renovação do seu empenho, e a continuar a preparar religiosos e

religiosas capazes de dar um contributo positivo à missão da Universidade Católica.

Além disso, as atividades universitárias foram por tradição um meio graças ao qual os leigos podem

realizar um importante papel na Igreja. Hoje, na maior parte das Universidades Católicas, a Comunidade

acadêmica é composta na maioria por leigos, que assumem em número crescente altas funções e responsabilidade

de direção. Estes leigos católicos respondem à chamada da Igreja «a estar presentes, guiados pela coragem

e pela criatividade intelectual, nos lugares privilegiados da cultura, como são o mundo da educação - Escola e

Universidade».(24) O futuro das Universidades Católicas depende, em grande parte, do empenho competente e

generoso dos leigos católicos. A Igreja vê a sua presença crescente nestas instituições como um sinal de grande

esperança e uma confirmação da vocação insubstituível do laicato na Igreja e no mundo, com a confiança

em que ele, no exercício da própria função, «ilumine e ordene todas as realidades temporais, de maneira que

sempre se realizem e se desenvolvam segundo Cristo, e sejam louvor ao Criador e ao Redentor».(25)

26 - A Comunidade universitária de muitas instituições católicas inclui colegas pertencentes a outras

Igrejas a outras Comunidades eclesiais e religiões, e bem assim colegas que não professam nenhum credo

religioso. Estes homens e estas mulheres contribuem, com a sua formação e experiência, para o progresso das

diversas disciplinas acadêmicas ou para a realização de outras tarefas universitárias.

3. A Universidade Católica na Igreja

27 - Afirmando-se como Universidade, cada Universidade Católica mantém com a Igreja uma

relação que é essencial à sua identidade institucional. Como tal, ela participa mais diretamente na vida da Igreja

particular na qual tem sede, mas, ao mesmo tempo e sendo inserida como instituição acadêmica, pertence

à comunidade internacional do saber e da investigação, participa e contribui para a vida da Igreja universal,

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 181

Constituição Apostólica “Ex Corde Ecclesiae”

assumindo, portanto, uma ligação particular com a Santa Sé em virtude do serviço de unidade, que é chamada

a realizar em favor de toda a Igreja. Desta sua relação essencial com a Igreja derivam consequentemente a

fidelidade da Universidade, como Instituição, à mensagem cristã, o reconhecimento e a adesão à autoridade

magisterial da Igreja em matéria de fé e moral. Os membros católicos da Comunidade universitária, por sua

vez, são também chamados a uma fidelidade pessoal à Igreja, com tudo quanto isto comporta. Dos membros

não católicos, enfim, espera-se o respeito do caráter católico da instituição na qual prestam serviço, enquanto a

Universidade, por seu lado, respeitará a sua liberdade religiosa».(26)

28 - Os Bispos têm a responsabilidade particular de promover as Universidades Católicas e,

especialmente, de segui-las e assisti-las na sustentação e na consolidação da sua identidade católica também

no confronto com as autoridades civis. Isto será obtido mais adequadamente, criando e mantendo relações

estreitas, pessoais e pastorais, entre a Universidade e as Autoridades eclesiásticas, relações caracterizadas por

confiança recíproca, colaboração leal e diálogo contínuo. Embora não entrem diretamente no governo interno

da Universidade, os Bispos «não devem ser considerados agentes externos, mas sim participantes da vida da

Universidade Católica».(27)

29 - A Igreja, aceitando «a legítima autonomia da cultura humana e especialmente das ciências»,

reconhece também a liberdade acadêmica de cada um dos estudiosos na disciplina da sua competência, de

acordo com os princípios e os métodos da ciência, a que ela se refere,(28) segundo as exigências da verdade

e do bem comum.

Também a teologia, como ciência, tem um lugar legítimo na Universidade ao lado das outras

disciplinas. Ela, como lhe compete, tem princípios e métodos que a definem precisamente como ciência. Desde

que adiram a tais princípios e apliquem o seu método respectivo, os teólogos gozam também da mesma

liberdade acadêmica.

Os Bispos devem encorajar o trabalho criador dos teólogos. Eles servem a Igreja, mediante a

investigação conduzida de maneira respeitadora do método próprio da teologia. Eles procuram compreender

melhor, desenvolver ulteriormente e comunicar mais eficazmente o sentido da Revelação cristã como é

transmitida pela Sagrada Escritura, pela Tradição e pelo Magistério da Igreja. Eles estudam também as vias,

pelas quais a teologia pode levar luz às questões específicas, postas pela cultura de hoje. Ao mesmo tempo,

uma vez que a teologia procura a compreensão da verdade revelada, cuja interpretação autêntica está confiada

aos Bispos da Igreja,(29) é elemento intrínseco aos princípios e ao método, próprios da investigação e do ensino

da sua disciplina acadêmica, os teólogos deverem respeitar a autoridade dos Bispos e aderirem à doutrina

católica segundo o grau de autoridade com que ela é ensinada.(30) O diálogo entre os Bispos e os teólogos é

essencial, em razão das respectivas funções relacionadas entre si, particularmente hoje, quando os resultados

da investigação são tão rápidos e tão amplamente difundidos através dos meios de comunicação social.(31)

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo182

Constituição Apostólica “Ex Corde Ecclesiae”

B. A Missão de Serviço da Universidade Católica

30 - A missão fundamental de uma Universidade é a procura contínua da verdade, a conservação

e a comunicação do saber para o bem da sociedade. A Universidade Católica participa nesta missão com o

contributo das características e finalidades específicas.

1. Serviço à Igreja e à Sociedade

31 - Mediante o ensino e a investigação a Universidade Católica oferece um contributo indispensável

à Igreja. Ela, com efeito, prepara homens e mulheres, que, inspirados pelos princípios cristãos e ajudados a

viver de maneira amadurecida e responsável a sua vocação cristã, serão também capazes de assumir lugares de

responsabilidade na Igreja. Alem disso, graças aos resultados das investigações científicas por ela colocados a

disposição, a Universidade Católica poderá ajudar a Igreja a responder aos problemas e às exigências do tempo.

32 - A Universidade Católica, a par de qualquer outra Universidade, está inserida na sociedade

humana. Para a realização do seu serviço à Igreja, ela é solicitada – sempre no âmbito da competência que

lhe é própria - a ser instrumento cada vez mais eficaz de progresso cultural quer para os indivíduos quer

para a sociedade. As suas atividades de investigação, portanto, incluirão o estudo dos graves problemas contemporâneos, como a dignidade da vida humana, a promoção da justiça para todos, a qualidade da vida

pessoal e familiar, a proteção a natureza, a procura da paz e da estabilidade política, a repartição mais equânime

das riquezas do mundo e uma nova ordem econômica e política, que sirva melhor a comunidade humana, a

nível nacional e internacional. A investigação universitária será dirigida a estudar em profundidade as raízes

e as causas dos graves problemas do nosso tempo, reservando atenção especial às suas dimensões éticas e

religiosas.

Quando for necessário, a Universidade Católica deverá ter a coragem de proclamar verdades

incômodas, verdades que não lisonjeiam a opinião pública, mas que no entanto são necessárias para

salvaguardar o autêntico bem da sociedade.

33 - Uma prioridade específica será dada ao exame e à avaliação, do ponto de vista cristão, dos

valores e das normas dominantes na sociedade e na cultura moderna, e à responsabilidade de comunicar à

sociedade de hoje aqueles princípios éticos e religiosos que dão pleno significado à vida humana. É este um

contributo ulterior que a Universidade pode dar ao desenvolvimento daquela autêntica antropologia cristã, que

tem origem na pessoa de Cristo e que permite ao dinamismo da criação e da redenção influir sobre a realidade

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 183

Constituição Apostólica “Ex Corde Ecclesiae”

e sobre a reta solução dos problemas da vida.

34 - O espírito cristão de serviço aos outros para a promoção da justiça social reveste particular

importância para cada Universidade Católica, e deve ser compartilhado pelos professores e desenvolvido entre

os estudantes. A Igreja empenha-se firmemente no crescimento integral de cada homem e de cada mulher.(32)

O Evangelho, interpretado pela doutrina social da Igreja, convida urgentemente a promover «o desenvolvimento

dos povos que lutam para libertar-se do jugo da fome, da miséria, das doenças endêmicas, da ignorância;

daqueles que procuram uma participação mais larga nos frutos da civilização e uma valorização mais ativa das

suas qualidades humanas; que se movam com decisão em direção à meta da sua plena realização».(33) Cada

Universidade católica deve sentir a responsabilidade de contribuir concretamente para o progresso da sociedade,

na qual trabalha: poderá procurar, por exemplo, a maneira de tomar a educação universitária acessível a todos

aqueles que dela possam tirar proveito, especialmente os pobres ou os membros dos grupos minoritários, que

dela foram tradicionalmente privados. Além disso, ela tem a responsabilidade - segundo os limites das suas

possibilidades - de ajudar a promoção das Nações em vias de desenvolvimento.

35 - Esforçando-se por dar uma resposta a estes complexos problemas, que tocam tantos aspectos

da vida humana e da sociedade, a Universidade Católica insistirá na cooperação entre as várias disciplinas

acadêmicas, as quais apresentam já seu contributo específico para a procura de soluções. Além disso, uma vez

que os recursos econômicos e pessoais de cada uma das instituições são limitados, é essencial a cooperação

em projetos comuns de investigação programados entre as Universidades Católicas, bem como com outras

instituições quer privadas quer do governo. A este respeito e também no que concerne a outros campos

específicos de atividade de uma Universidade Católica, deve-se reconhecer o papel que têm as várias associações

nacionais e internacionais das Universidades Católicas. Entre estas deve-se recordar em particular a missão da

Federação Internacional das Universidades Católicas, constituída pela Santa Sé,(34) a qual dela espera uma

colaboração frutuosa.

36 - Mediante os programas de educação permanente dos adultos, tomando os professores

disponíveis para serviços de consulta, recorrendo aos meios modernos de comunicação e aos outros diferentes

modos, a Universidade Católica pode fazer com que o conjunto crescente do conhecimento humano e uma

compreensão da fé cada vez melhor sejam colocados à disposição de um público mais vasto, estendendo deste

modo os serviços da Universidade para além do âmbito propriamente acadêmico.

37 - No serviço à sociedade o interlocutor privilegiado será naturalmente o mundo acadêmico, cultural

e científico da região em que atua a Universidade católica. São de encorajar formas originais de diálogo e de

colaboração entre as Universidades Católicas e as outras Universidades da Nação em favor do desenvolvimento,

da compreensão entre as culturas, da defesa da natureza com uma consciência ecológica internacional.

Em união com as outras Instituições privadas e públicas, as Universidades Católicas servem,

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo184

Constituição Apostólica “Ex Corde Ecclesiae”

mediante a educação superior e a investigação, o interesse comum; representam um entre os vários tipos de

instituições necessárias para a livre expressão da diversidade cultural, e empenham-se em promover o sentido

da solidariedade na sociedade e no mundo. Portanto, elas têm todo o direito a esperar, da parte da sociedade

civil e das Autoridades públicas, o reconhecimento e a defesa da sua autonomia institucional e da sua liberdade

acadêmica. Além disso, têm o mesmo direito no que diz respeito ao sustentamento econômico, necessário para

que sejam assegurados a existência e o desenvolvimento das mesmas.

2. Pastoral universitária

38 - A pastoral universitária é aquela atividade da Universidade que oferece aos membros da

própria Comunidade a ocasião de coordenar o estudo acadêmico e as atividades para-acadêmicas com os

princípios religiosos e morais, integrando assim a vida com a fé. Ela concretiza a missão da Igreja na Universidade

e faz parte integrante da sua atividade e da sua estrutura. Uma Comunidade Universitária, preocupada em

promover o caráter católico da instituição, deverá estar consciente desta dimensão pastoral e ser sensível aos

modos com os quais pode influir em todas as suas atividades.

39 - Como expressão natural da sua identidade católica, a Comunidade universitária deve saber encarnar a fé nas suas atividades quotidianas, com importantes momentos de reflexão e de oração. Serão assim

oferecidas aos membros católicos desta Comunidade as oportunidades de assimilar na sua vida a doutrina e a

prática católica. Serão encorajados a participar na celebração dos sacramentos, especialmente no sacramento

da Eucaristia, enquanto ato mais perfeito do culto comunitário.

Aquelas Comunidades acadêmicas que têm no seu seio uma presença consistente de pessoas

pertencentes a Igrejas, a Comunidades eclesiais ou a religiões diversas respeitarão as suas iniciativas de reflexão

e oração salvaguardando o seu credo.

40 - Todos os que se ocupam da pastoral universitária exortarão professores e alunos a ser mais

conscientes da sua responsabilidade em relação aos que sofrem física e espiritualmente. Seguindo o exemplo

de Cristo, devem estar particularmente atentos aos mais pobres e a quem sofre injustiça no campo econômico,

social, cultural e religioso. Esta responsabilidade exerce-se, antes de mais, no interior da Comunidade acadêmica,

mas encontra também aplicação fora dela.

41 - A pastoral universitária é uma atividade indispensável, graças à qual os estudantes católicos,

no cumprimento dos seus compromissos batismais, podem ser preparados a participar ativamente na vida da

Igreja. Ela pode contribuir para desenvolver e alimentar uma autêntica estima do matrimônio e da vida familiar,

promover vocações para o sacerdócio e para a vida religiosa, estimular o empenho cristã dos leigos e penetrar

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 185

Constituição Apostólica “Ex Corde Ecclesiae”

todo o tipo de atividade com o espírito do Evangelho. O entendimento entre a pastoral universitária e as

Instituições que atuam no âmbito da Igreja particular, sob a orientação ou com aprovação do Bispo, não poderá

deixar de ser de vantagem comum.(35)

42 - Diversas Associações ou Movimentos de vida espiritual e apostólica, sobretudo aqueles que

foram criados especificamente para os estudantes, podem dar um grande contributo no desenvolvimento dos

aspectos pastorais da vida universitária.

3. Diálogo Cultural

43 - Por sua mesma natureza, a Universidade promove a cultura mediante a sua atividade de

investigação, ajuda a transmitir a cultura local às gerações sucessivas, através do seu ensino, favorece as iniciativas

culturais com os próprios serviços educativos. Ela está aberta a toda a experiência humana, disposta ao diálogo e à

aprendizagem de qualquer cultura. A Universidade Católica participa neste processo oferecendo a rica experiência

cultural da Igreja. Além disso, consciente de que a cultura humana está aberta à Revelação e à transcendência, a

Universidade Católica é lugar primário e privilegiado para um frutuoso diálogo entre Evangelho e cultura.

44 - Ela assiste a Igreja, precisamente mediante tal diálogo, ajudando-a a obter um melhor

conhecimento das diversas culturas, a discernir os seus aspectos positivos e negativos, a acolher os seus contributos

autenticamente humanos e a desenvolver os meios, com os quais possa tornar a fé mais compreensível aos

homens de uma determinada cultura.(36) Se é verdade que o Evangelho não pode ser identificado com a cultura,

mas ao contrário ele transcende todas as culturas, é também verdade que «o Reino, anunciado pelo Evangelho, é

vivido por homens que estão profundamente ligados a uma cultura, e a construção do Reino não pode deixar de

recorrer aos elementos da cultura ou das culturas humanas».(37) «Uma fé que se colocasse à margem daquilo

que é humano, portanto do que é cultura, seria uma fé que não reflete a plenitude daquilo que a Palavra de Deus

manifesta e revela, uma fé decapitada, pior ainda, uma fé em processo de auto-anulamento».(38)

45 - A Universidade Católica deve tornar-se cada vez mais atenta às culturas do mundo de hoje, bem

como também às várias tradições culturais existentes dentro da Igreja, de maneira a promover um contínuo e

proveitoso diálogo entre o Evangelho e a sociedade de hoje. Entre os critérios, que distinguem o valor de uma

cultura, vêm em primeiro lugar o sentido de pessoa humana, a sua liberdade, a sua dignidade, o seu sentido de

responsabilidade e a sua abertura ao transcendente. Com o respeito da pessoa está ligado o valor eminente da

família, célula primária de toda a cultura humana.

As Universidades Católicas devem esforçar-se por discernir e avaliar bem as aspirações como as

tradições da cultura moderna, para torná-la mais apta ao desenvolvimento integral das pessoas e dos povos.

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo186

Constituição Apostólica “Ex Corde Ecclesiae”

De um modo particular, recomenda-se aprofundar, com estudos apropriados, o impacto da tecnologia moderna e

especialmente dos meios de comunicação social sobre as pessoas, as famílias, as instituições e sobre o conjunto

da cultura moderna. As culturas tradicionais devem ser defendidas na sua identidade, ajudando-as a acolher os

valores modernos sem sacrificar o próprio patrimônio, que é riqueza para toda a família humana. As Universidades,

situadas em ambientes culturais tradicionais, devem procurar harmonizar atentamente as culturas locais com o

contributo positivo das culturas modernas.

46 - Um campo que interessa de um modo especial a Universidade Católica é o diálogo entre

pensamento cristão e ciências modernas. Esta tarefa exige pessoas particularmente preparadas em cada uma

das disciplinas, que sejam dotadas também de uma adequada formação teológica e capazes de enfrentar as

questões epistemológicas ao nível das relações entre fé e razão. Tal diálogo refere-se tanto às ciências naturais

como às ciências humanas, as quais põem novos e complexos problemas filosóficos e éticos. O investigador

cristão deve mostrar como a inteligência humana se enriquece da verdade superior, que deriva do Evangelho:

«A inteligência não vem nunca diminuída, mas, pelo contrário, é estimulada e robustecida pela fonte interior de

profunda compreensão que é a Palavra de Deus, e pela hierarquia de valores que dela provém... De um modo

único, a Universidade Católica contribui para manifestar a superioridade do espírito, que nunca pode, sem o risco

de perder-se, consentir em colocar-se ao serviço de qualquer outra coisa que não seja a procura da verdade». (39)

47 - Para além do diálogo cultural, a Universidade Católica, no respeito das suas finalidades específicas,

tendo em conta os vários contextos religioso-culturais e seguindo as diretrizes propostas pela competente

Autoridade eclesiástica, pode oferecer um contributo ao diálogo ecumênico, com o fim de promover a procura

da unidade de todos os cristãos, e ao diálogo inter-religioso, ajudando a discernir os valores espirituais que estão

presentes nas várias religiões.

4. Evangelização

48 - A missão primária da Igreja é pregar o Evangelho de modo a garantir a relação entre a fé e a

vida quer no indivíduo quer no contexto sociocultural, em que as pessoas vivem, agem e comunicam entre si. A

evangelização significa «levar a Boa Nova a todos os estratos da humanidade e, com o seu influxo, transformar a

partir de dentro, tornar nova a própria humanidade... Não se trata só de pregar o Evangelho em faixas geográficas

cada vez mais vastas ou a populações cada vez mais numerosas, mas também de atingir e como que transformar

mediante a força do Evangelho os critérios de juízo, os valores determinantes, os centros de interesse, as linhas de

pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida da humanidade, que estão em contraste com a Palavra

de Deus e com o desígnio da salvação».(40)

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 187

Constituição Apostólica “Ex Corde Ecclesiae”

49 - De acordo com a própria natureza, cada Universidade Católica oferece um importante contributo à

Igreja na sua obra de evangelização. Trata-se de um testemunho vital de ordem institucional em favor de Cristo e da sua

mensagem, tão importante e necessário nas culturas marcadas pelo secularismo ou onde Cristo e a sua mensagem não

são ainda de fato conhecidos. Além disso, todas as atividades fundamentais de uma Universidade Católica estão ligadas

e harmonizadas com a missão evangelizadora da Igreja: a investigação conduzida à luz da mensagem cristã, que coloca

as novas descobertas humanas ao serviço dos indivíduos e da sociedade; a formação atuada num contexto de fé, que

prepare pessoas capazes de um juízo racional e crítico e conscientes da dignidade transcendente da pessoa humana;

a formação profissional, que compreende os valores éticos e o sentido de serviço às pessoas e à sociedade; o diálogo

com a cultura, que favorece uma compreensão melhor da fé; a investigação teológica que ajuda a fé a exprimir-se

numa linguagem moderna. «A Igreja, precisamente porque está cada vez mais consciente da sua missão salvífica neste

mundo, quer sentir-se próxima destes centros, quer tê-los presentes e operantes na difusão da mensagem autêntica

de Cristo».(41)

PARTE II

NORMAS GERAIS

Artigo 1 - A natureza destas Normas Gerais

§1 - As presentes Normas Gerais baseiam-se no Código de Direito Canônico,(42) do qual são um

desenvolvimento ulterior, e na legislação complementar da Igreja, permanecendo válido o direito de a Santa Sé intervir,

onde for necessário. Estas Normas valem para todas as Universidades Católicas e para os Institutos Católicos de Estudos

Superiores em todo o mundo.

§2 - As Normas Gerais devem ser aplicadas concretamente a nível local e a nível regional pelas Conferências

Episcopais e pelas outras assembléias da Hierarquia Católica,(43) em conformidade com o Código de Direito Canônico

e com a legislação eclesiástica complementar, tendo em conta os Estatutos de cada Universidade ou Instituto e —

tanto quanto possível e oportuno — também do direito civil. Depois da revisão por parte da Santa Sé,(44) os referidos

«Ordinamenti» locais ou regionais serão válidos para todas as Universidades Católicas e Institutos Católicos de Estudos

Superiores da região, com exceção das Universidades e Faculdades Eclesiásticas. Estas últimas Instituições, bem

como as Faculdades Eclesiásticas pertencentes a uma Universidade Católica, regem-se pelas normas da Constituição

«Sapientia Christiana».(45)

§3 - Uma Universidade, constituída ou aprovada pela Santa Sé, por uma Conferência Episcopal ou por uma

outra Assembléia da Hierarquia católica, ou por um Bispo diocesano, deve incorporar as presentes «Normas Gerais» e

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo188

Constituição Apostólica “Ex Corde Ecclesiae”

as suas aplicações, locais e regionais, nos documentos relativos ao seu governo, e conformar os seus Estatutos vigentes

quer às Normas Gerais quer às suas aplicações e submetê-los à aprovação da Autoridade eclesiástica competente.

Fica subentendido que também as outras Universidades Católicas, isto é, as não instituídas segundo uma das formas

supramencionadas, farão próprias estas Normas Gerais e as suas aplicações locais ou regionais, integrando-as nos

documentos relativos ao seu governo e — tanto quanto possível — conformarão os seus Estatutos vigentes quer a estas

Normas Gerais quer às suas aplicações.

Artigo 2 - A natureza de uma Universidade Católica

§1 - Uma Universidade Católica, como qualquer Universidade, é uma comunidade de estudiosos,

representada por vários campos do saber humano. Ela dedica-se à investigação, ao ensino e às várias formas de serviço,

compatíveis com a sua missão cultural.

§2 - Uma Universidade Católica, enquanto católica, inspira e realiza a sua investigação, o ensino e todas

as outras atividades segundo os ideais, os princípios e os comportamentos católicos. Ela está ligada à Igreja ou através

de um vínculo formal segundo a constituição e os estatutos, ou em virtude de um compromisso institucional assumido

pelos seus responsáveis.

§3 - Toda a Universidade Católica deve manifestar a sua identidade católica mediante uma declaração

acerca da sua missão ou com outro documento público apropriado a não ser que de outra maneira seja autorizada

pela Autoridade eclesiástica competente. Ela deve possuir, particularmente no que se refere à sua estrutura e aos seus

regulamentos, meios para garantir a expressão e a conservação de tal identidade de acordo com o § 2.

§4 - O ensino católico e a disciplina católica devem influir em todas as atividades da Universidade,

respeitando plenamente a liberdade da consciência de cada pessoa.(46) Cada ato oficial da Universidade deve estar de

acordo com a sua identidade católica.

§5 - Uma Universidade Católica possui a autonomia necessária para realizar a sua identidade específica e

cumprir a sua missão. A liberdade de investigação e de ensino é reconhecida e respeitada segundo os princípios e os

métodos próprios de cada disciplina, sempre que sejam salvaguardados os direitos dos indivíduos e da comunidade, e

dentro das exigências da verdade e do bem comum.(47)

Artigo 3 - Instituição de uma Universidade Católica

§1 - Uma Universidade católica pode ser instituída ou aprovada pela Santa Sé, por uma Conferência

Episcopal ou outra Assembléia da Hierarquia Católica, por um Bispo diocesano.

Fundação São Paulo Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 189

Constituição Apostólica “Ex Corde Ecclesiae”

§2 - Com o consentimento do Bispo diocesano uma Universidade Católica pode também ser criada por um

Instituto Religioso ou por outra pessoa jurídica pública.

§3 - Uma Universidade Católica pode ser fundada por outras pessoas eclesiásticas ou leigas. Tal Universidade

só poderá considerar-se Universidade Católica com o consentimento da Autoridade eclesiástica competente, segundo as

condições que forem concordadas pelas partes.(48)

§4 - Nos casos mencionados nos §§ 1 e 2 os Estatutos deverão ser aprovados pela Autoridade eclesiástica

competente.

Artigo 4 - Comunidade universitária

§1 - A responsabilidade de manter e de reforçar a identidade católica da Universidade compete

em primeiro lugar à própria Universidade. Tal responsabilidade, enquanto está confiada principalmente

às Autoridades da Universidade (compreendidos, onde existam, o Grão-Chanceler e/ou o Conselho de

Administração, ou um Organismo equivalente) é partilhada também em diversa medida por todos os membros

da Comunidade, e exige, portanto, o recrutamento do pessoal universitário adequado — especialmente dos

professores e do pessoal administrativo — que esteja disposto e seja capaz de promover tal identidade. A

identidade da Universidade Católica está ligada essencialmente à qualidade dos professores e ao respeito

da doutrina católica. É da responsabilidade da Autoridade competente vigiar sobre estas duas exigências

fundamentais, segundo as indicações do Direito Canônico.(49)

§2 - No momento da nomeação, todos os professores e todo o pessoal administrativo devem ser

informados da identidade católica da Instituição e das suas implicações, bem como da sua responsabilidade em

promover ou, ao menos, respeitar tal identidade.

§3 - Nos modos conformes às diversas disciplinas acadêmicas, todos os professores católicos devem

receber fielmente, e todos os outros professores devem respeitar, a doutrina e a moral católica na investigação

e no ensino. De um modo particular, os teólogos católicos, conscientes de cumprir um mandato recebido da

Igreja, sejam fiéis ao Magistério da Igreja, que é o intérprete autêntico da Sagrada Escritura e da Sagrada

Tradição.(50)

§4 - Os professores e o pessoal administrativo que pertencem a outras Igrejas, Comunidades

eclesiais ou religiosas, bem como aqueles que não professam nenhum credo religioso e todos os estudantes,

têm a obrigação de reconhecer e respeitar o caráter católico da Universidade. Para não pôr em perigo tal

identidade católica da Universidade ou do Instituto Superior, evite-se que os professores não católicos venham

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo190

Constituição Apostólica “Ex Corde Ecclesiae”

a constituir a maioria no interior da Instituição, a qual é e deve permanecer católica.

§5 - A educação dos estudantes deve integrar o amadurecimento acadêmico e profissional com a

formação nos princípios morais e religiosos e com a aprendizagem da doutrina social da Igreja. O programa de

estudos para cada uma das diversas profissões deve incluir uma formação ética apropriada na profissão, para a

qual ele prepara. Além disso, a todos os estudantes deve ser oferecida a possibilidade de seguir cursos de doutrina

católica.(51)

Artigo 5 - A Universidade Católica na Igreja

§ 1 - Cada Universidade Católica deve manter a comunhão com a Igreja universal e com a Santa Sé;

deve estar em estreita comunhão com a Igreja particular e, especialmente, com os Bispos diocesanos da região ou

das nações em que está situada. De acordo com a sua natureza de Universidade, a Universidade católica contribuirá

para a evangelização da Igreja.

§ 2 - Cada Bispo tem a responsabilidade de promover o bom andamento das Universidades Católicas na

sua diocese e tem o direito e o dever de vigiar sobre a preservação e o incremento do seu caráter católico. No caso de

surgirem problemas a respeito de tal requisito essencial, o Bispo local tomará as iniciativas necessárias para resolvê-

los, de acordo com as Autoridades acadêmicas competentes e de harmonia com os processos estabelecidos(52) e

— se necessário — com a ajuda da Santa Sé.

§ 3 - Todas as Universidades católicas, de que se trata no Art. 3 §§ 1 e 2, devem enviar periodicamente

à Autoridade eclesiástica competente um relatório específico sobre a Universidade e as suas atividades. As outras

Universidades católicas devem comunicar tais informações ao Bispo da Diocese, na qual está situada a sede central

da Instituição.

Artigo 6 - Pastoral universitária

§ 1 - A Universidade Católica deve promover a cura pastoral dos membros da Comunidade universitária

e, em particular, o desenvolvimento espiritual daqueles que professam a fé católica. Deve ser dada a preferência

aos meios que facilitam a integração da formação humana e profissional com os valores religiosos à luz da doutrina

católica, com o fim de unir aprendizagem intelectual com a dimensão religiosa da vida.

§ 2 - Deverá ser nomeado um número suficiente de pessoas qualificadas — sacerdotes, religiosos,

religiosas e leigos — para prover à pastoral específica em favor da Comunidade universitária, a realizar em harmonia

e em colaboração com a pastoral da Igreja particular e sob a guia do Bispo diocesano. Todos os membros da

Comunidade universitária devem ser convidados a trabalhar nesta obra da pastoral e a colaborar nas suas iniciativas.

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Constituição Apostólica “Ex Corde Ecclesiae”

Artigo 7 - Colaboração

§ 1 - Com o fim de enfrentar melhor os complexos problemas da sociedade moderna e de reforçar a

identidade católica das Instituições, deve ser promovida a colaboração a nível regional, nacional e internacional

na investigação, no ensino e nas outras atividades universitárias entre todas as Universidades Católicas, incluídas

as Universidades e as Faculdades Eclesiásticas.(53) Tal colaboração deve ser obviamente promovida também

entre as Universidades Católicas e as outras Universidades e Instituições de investigação e de instrução, quer

privadas quer estatais.

§ 2 - As Universidades Católicas, tanto quanto for possível e de acordo com os princípios e a doutrina

católica, devem colaborar com os programas governamentais e com os projetos das Organizações nacionais e

internacionais em favor da justiça, do desenvolvimento e do progresso.

NORMAS TRANSITÓRIAS

Artigo 8 - A presente Constituição entrará em vigor no primeiro dia do ano acadêmico de 1991.

Artigo 9 - A aplicação da Constituição é remetida à Congregação para a Educação Católica, à

qual competirá tomar providências a fim de que sejam estabelecidas as diretrizes necessárias para tal objetivo.

Artigo 10 - Constituirá dever da Congregação para a Educação Católica, quando com o passar

do tempo as circunstâncias o exigirem, propor as mudanças a introduzir nesta presente Constituição, para que

esta permaneça continuamente adequada às novas exigências das Universidades Católicas.

Artigo 11 - São ab-rogadas as leis particulares ou os costumes, presentemente em vigor, que

sejam contrários a esta Constituição. Igualmente são ab-rogados os privilégios concedidos até hoje pela Santa

Sé a pessoas físicas ou morais e que estejam em contraste com esta mesma Constituição.

CONCLUSÃO

A missão que com grande esperança a Igreja confia às Universidades Católicas reveste um significado

cultural e religioso de importância vital, porque diz respeito ao futuro mesmo da humanidade. A renovação,

Fundação São PauloPontifícia Universidade Católica de São Paulo192

Constituição Apostólica “Ex Corde Ecclesiae”

pedida às Universidades Católicas, torná-las-á mais capazes de corresponder ao dever de levar a mensagem de

Cristo ao homem, à sociedade, às culturas:

«Toda a realidade humana, individual e social, foi libertada por Cristo: as pessoas, bem como as

atividades dos homens, cuja expressão mais alta e encarnada é a cultura. A ação salvífica da Igreja sobre

as culturas realiza-se, antes de tudo, mediante as pessoas, as famílias e os educadores... Jesus Cristo, nosso

Salvador, oferece a sua luz, a sua esperança a todos os que cultivam as ciências, as artes, as letras e os

numerosos campos desenvolvidos pela cultura moderna. Todos os filhos e todas as filhas da Igreja, portanto,

devem tomar consciência da sua missão e descobrir como a força do Evangelho pode penetrar e regenerar as

mentalidades e os valores dominantes, que inspiram cada uma das culturas, bem como também as opiniões e

os comportamentos mentais que delas derivam».(54)

É com uma esperança muito viva que dirijo este Documento a todos os homens e a todas as mulheres

que, de diferentes modos, se empenham na alta missão do ensino superior católico.

Caríssimos Irmãos, o meu encorajamento e a minha confiança acompanham-vos no vosso difícil

trabalho quotidiano, cada vez mais importante, urgente e necessário para a causa da evangelização, para o

futuro da cultura e das culturas. A Igreja e o mundo têm grande necessidade do vosso testemunho e do vosso

contributo, competente, livre e responsável.

Dado em Roma, junto de S. Pedro, no dia 15 do mês de Agosto - Solenidade da Assunção de Maria

Santíssima ao Céu - do ano de 1990, décimo segundo de pontificado.

JOÃO PAULO II,

PAPA

NOTAS

(1) Cf. Carta do Papa Alexandre IV à Universidade de Paris, 14 de Abril de 1255,

Introdução: Bullarium Diplomatum..., t. III, Turim 1858, p. 602.

(2) STO. AGOSTINHO, Confiss. X, XXXIII, 33: «Com efeito, a vida feliz é a alegria derivante da verdade, uma

vez que esta alegria deriva de Ti que és a verdade, Deus minha luz, salvação da minha face, Deus meu»: PL

32, 793-794. Cf. S. TOMÁS DE

AQUINO, De Malo, IX, 1; «É, com efeito, natural ao homem aspirar ao conhecimento da verdade».

(3) JOÃO PAULO II, Discurso ao «Instieut Catholique de Paris», 1· de Junho de 1980:

Insegnamenti di Giovanni Paolo II, vol. III/1 (1980), p. 1581.

(4) JOÃO PAULO II, Discurso aos Cardeais, 10 de Novembro de 1979: Insegnamenti di Giovanni Paolo II, vol. I/2

(1979), p. 1096; cf. Discurso à UNESCO, Paris, 2 de Junho de 1980: AAS 72 (1980), pp. 735-752.

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Constituição Apostólica “Ex Corde Ecclesiae”

(5) Cf. JOÃO PAULO II, Discurso à Universidade de Coimbra, 15 de Maio de 1982:Insegnamenti di Giovanni Paolo II, vol. V/2 (1982), p. 1692.

(6) PAULO VI, Alocução aos Representantes dos Estados, 4 de Outubro de 1965:

Insegnamenti di Paolo VI, vol. III (1965), p. 508.

(7) JOHN HENRY CARDINAL NEWMAN, The Idea of a University, P. XI, London,

Longmans, Green and Company, 1931.

(8) Jo. 14, 6.

(9) Cf. STO. AGOSTINHO, Serm. 43, 9: PL 38; Cf. também STO. ANSELMO, Proslogion, cap. I: PL 158, 227.

(10) Cf. JOÃO PAULO II, Alocução ao Congresso Internacional sobre as Universidades Católicas, 25 de Abril de

1989, n. 3: AAS 18 (1989), p. 1218.

(11) JOÃO PAULO II, Constituição Apostólica Sapientia christiana acerca das Universidades e Faculdades

Eclesiásticas, 15 de Abril de 1979: AAS 71 (1979), pp.

469-521.

(12) CONCÍLIO VATICANO II, Declaração sobre a Educação Católica Gravissimum educationis, n. 10: AAS 58

(1966), p. 737.

(13) Mat. 13, 52.

(14) Cf. La Magna Charta delle Università Europee, Bolonha, Itália, 18 de Setembro de

1988, «Princípios fundamentais».

(15) Cf. CONCÍLIO VATICANO II, Constituição Pastoral sobre a Igreja no mundo contemporâneo Gaudium et

spes, n. 59: AAS 58 (1966), p. 1080. Gravissimum educationis, n. 10: AAS 58 (1966), p. 737. «Autonomia

institucional» significa que o governo de uma instituição acadêmica é e permanece interno à instituição.

«Liberdade acadêmica» é a garantia, dada a quantos se dedicam ao ensino e à investigação, de, no âmbito

do seu campo específico de conhecimento e de acordo com os métodos próprios de tal área, poder procurar a

verdade em toda a parte onde a análise e a evidência as conduzam, e de poder ensinar e publicar os resultados

de tal investigação, tendo presente os critérios citados, isto é, de salvaguarda dos direitos do indivíduo e da

comunidade, das exigências da verdade e do bem comum.

(16) A noção de cultura, usada neste documento, compreende uma dupla dimensão: a humanista e a sócio-

histórica. «Com o termo genérico de ‘cultura’ indicam-se todos aqueles meios, mediante os quais o homem

apura e desenvolve as suas múltiplas capacidades espirituais e físicas; procura sujeitar ao seu domínio o próprio

cosmos através do conhecimento e do trabalho; torna mais humana a vida social quer na família quer em toda

a sociedade civil, mediante o progresso dos costumes e das instituições; e, finalmente, no decorrer do tempo,

exprime, comunica aos outros e conserva nas suas obras, para que sejam de proveito a muitos e até à inteira

humanidade, as suas grandes experiências espirituais e as suas aspirações. Daqui se segue que a cultura

humana implica necessariamente um aspecto histórico e social e que o termo ‘cultura’ assume frequentemente

um sentido sociológico e etnológico (Gaudium et spes, n. 53: AAS 58 [1966], p. 1075).(17) L’Université Catholique dans le monde moderne. Document final du 2 Congrès des Délegués des Universités

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Constituição Apostólica “Ex Corde Ecclesiae”

Catholiques, Roma, 20-29 de Novembro de 1972, § 1.

(18) Ibid.

(19) JOÃO PAULO II, Alocução: Congresso Internacional sobre as Universidades Católicas, 25 de Abril de 1989,

n. 4: AAS 81 (1989), p. 1219. Cf. também Gaudium et spes, n. 61: AAS 58 (1966), pp. 1081-1082. O Cardeal

Newman observa que uma Universidade «declara assinalar a cada estudo, que ela acolhe, o seu lugar próprio e

as suas justas fronteiras; definir os direitos, estabelecer as relações recíprocas e realizar a

intercomunhão de cada um e de todos» (Op. cit., p. 457).

(20) Gadium et spes, n. 36: AAS 58 (1966), p. 1054. A um grupo de cientistas observava que «embora razão

e fé representem sem dúvida duas ordens distintas de conhecimento, cada uma autônoma relativamente aos

seus métodos, ambas devem convergir finalmente para a descoberta de uma só realidade total que tem a sua

origem em Deus». (JOÃO PAULO II, Mensagem ao encontro sobre Galileu, 9 de Maio de 1983, n. 3: AAS 75

[1983], p. 690).

(21) JOÃO PAULO II, Discurso à UNESCO de 2 de Junho de 1980, n. 22: AAS 72 (1980), p. 750. A última parte

da citação retoma as minhas palavras, dirigidas à Pontifícia Academia das Ciências, de 10 de Novembro de 1979:

Insegnamenti di Giovanni Paolo II, vol. II/2 (1979), p. 1109.

(22) Cf. Gravissimum educationis, n. 10: AAS 58 (1966), p. 737.

(23) Gaudium et spes, n. 59: AAS 58 (1966), p. 1080. O Cardeal Newman descreve assim o ideal perseguido:

«Vem formada uma mentalidade que dura toda a vida, e cujos atributos são a liberdade, a equidade, a

tranquilidade, a moderação e a sabedoria. (Op. cit. pp. 101-102).(24) JOÃO PAULO II, Exortação Apostólica pós-sinodal Christifideles laici, 30 de Dezembro de 1988, n. 44: AAS 81 (1989), p. 479.

(25) CONCÍLIO VATICANO II: Constituição Dogmática sobre a Igreja Lúmen gentium, n. 31: AAS 57 (1965), pp.

37-38. Cf. Decreto sobre o Apostolado dos Leigos Apostolicam actuositatem, passim: AAS 58 (1966), pp. 837 ss.

Cf. também Gaudium et spes, n. 43: AAS 58 (1966), pp. 1061-1064.

(26) Cf. CONCÍLIO VATICANO I I, Declaração sobre a liberdade religiosa Dignitatis humanae, n. 2: AAS 58

(1966), pp. 930-931.

(27) JOÃO PAULO II, Saudação aos leaders da Educação Superior Católica, Xavier University of Louisiana, E.U.A.,

12 de Setembro de 1987, n. 4: AAS 80 (1988), p. 764.

(28) Gaudium et spes, n. 59: AAS 58 (1966), p. 1080.

(29) CONCÍLIO VATICANO II, Constituição Dogmática sobre a Revelação Divina Dei Verbum, nn. 8-10: AAS 58

(1966), pp. 820-822.

(30) Cf. Lumen Gentium, n. 25: AAS 57 (1965), pp. 29-31.(31) Cf. a «Instrução sobre a vocação eclesial do teólogo» da Congregação para a Doutrina da Fé de 24 de

Maio de 1990.

(32) Cf. JOÃO PAULO II, Carta Encíclica Sollicitudo rei socialis, nn. 27-34: AAS 80 (1988), pp. 547-560.

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Constituição Apostólica “Ex Corde Ecclesiae”

(33) PAULO VI, Carta Encíclica Populorum progressio, n. 1: AAS 59 (1967), p. 257.

(34) «Tendo-se, por isso, propagado tanto tais sedes de estudos superiores, pareceu sumamente útil que os seus

professores e alunos se reunissem numa associação comum, a qual, apoiada na autoridade do Sumo Pontífice,

como pai e doutor universal, trabalhando em recíproco entendimento e em estreita colaboração pudesse mais

eficazmente difundir e irradiar a luz de Cristo» (PIO XII, Carta Apostólica Catholicas studiorum universitates, que

constituiu a Federação Internacional das Universidades Católicas: AAS 42 [1950], p. 386).

(35) O Código de Direito Canônico indica a responsabilidade geral do Bispo em relação aos estudantes

universitários: «O Bispo diocesano tenha uma intensa cura pastoral dos estudantes, erigindo também uma

paróquia, ou pelo menos através de sacerdotes para isso designados de modo estável, e providencie no sentido

de que nas Universidades, mesmo nas não católicas, existam centros universitários católicos, que ajudem a

juventude sobretudo espiritualmente.» (CIC, cân. 813).

(36) «A Igreja, vivendo no decurso dos tempos, em diversos condicionalismos, empregou os recursos das

diversas culturas para fazer chegar a todas as gentes a mensagem de Cristo, para a explicar, investigar e

peneirar mais profundamente e para lhe dar melhor expressão na celebração da liturgia e na vida da multiforme

comunidade dos fiéis» (Gaudium et spes, n. 58: AAS 58 [1966], p. 1079).

(37) PAULO VI, Exortação Apostólica «Evangelii nuntiandi», n. 20: AAS 68 (1976),

p. 18. Cf. Gaudium et spes, n. 58: AAS 58 (1966), p. 1079.

(38) JOÃO PAULO II, Saudação aos intelectuais, aos estudantes e ao pessoal universitário em Medellín,

Colômbia, 5 de Julho de 1986, n. 3; AAS 79 (1987), p. 99.

Cf. também Gaudium et spes, n. 58 (1966), p. 1079.

(39) PAULO VI, aos Delegados de Federação Internacional das Universidades Católicas, 27 de Novembro de

1972: AAS 64 (1972), p. 770.

(40) Evangelii nuntiandi, nn. 18 ss.: AAS 68 (1976), pp. 17-18.

(41) PAULO VI, Saudação aos Presidentes e aos Reitores das Universidades da Companhia de Jesus, 6 de

Agosto de 1975, n. 2: AAS 67 (1975), p. 533. Falando aos participantes no Congresso Internacional sobre

as Universidades católicas, no dia 25 de Abril de 1989, acrescentava (n. 5): «Numa Universidade Católica a

missão evangelizadora da Igreja e a missão de investigação e de ensino acabam por encontrar-se ligadas e

coordenadas». Cf. AAS 81 (1989), p. 1220.

(42) Cf. em particular o capítulo do Código: «As Universidades Católicas e os outros

Institutos de Estudos Superiores (CIC, cân. 807-814).(43) As Conferências Episcopais foram instituidas no Rito Latino. Outros Ritos têm outras Assembléias da

Hierarquia Católica.

(44) Cf. CIC, cân. 455, § 2.

(45) Cf. Sapientia christiana: AAS 71 (1979), pp. 469-521. Universidades e Faculdades

Eclesiásticas são aquelas que têm o direito de conferir graus acadêmicos por autoridade da Santa Sé.

(46) Cf. Dignitatis humanae, n. 2: AAS 58 (1966), pp. 930-931.

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Constituição Apostólica “Ex Corde Ecclesiae”

(47) Cf. Gadium et spes, nn. 57 e 59: AAS 58 (1966), pp. 1077-1080; Gravissimum

educationis, n. 10: AAS 58 (1966), p. 737.

(48) Quer a constituição de uma tal Universidade, quer as condições mediante as quais pode ser considerada

Universidade Católica, deverão ser conformes às indicações precisas fornecidas pela Santa Sé, pela Conferência

Episcopal ou por outra Assembléia da Hierarquia Católica.

(49) O Cânone 810 do CIC especifica a responsabilidade da Autoridade competente nesta matéria: «§ 1. A

Autoridade competente deve segundo os estatutos providenciar para que nas Universidades Católicas sejam

nomeados professores, os quais, para além da idoneidade científica e pedagógica, devem primar pela integridade

da doutrina e pela probidade de vida, e para que, faltando tais requisitos, observado o modo de proceder

definido pelos estatutos, sejam removidos do cargo.»

«§ 2. As Conferências Episcopais e os Bispos diocesanos interessados têm o dever e o direito de vigiar, para que

nas mesmas Universidades sejam observados fielmente os princípios da doutrina católica». Cf. também abaixo

o Artigo 5, 2.

(50) Lumen gentium, n. 25: AAS 57 (1965), p. 29: CONCÍLIO VATICANO II, Constituição Dogmática sobre a

Revelação Divina Dei verbum, nn. 8-10: AAS 58

(1966), pp. 820-822; Cf. CIC, cân. 812: «Aqueles que em qualquer Instituto de estudos superiores ensinam

disciplinas teológicas, devem ter o mandato da Autoridade eclesiástica competente».

(51) Cf. CIC, cân. 811, § 2.

(52) Para as Universidades de que trata o artigo 3, §§ 1 e 2, estes modos de proceder devem estar estabelecidos

pelos Estatutos aprovados pela Autoridade eclesiástica. Para as outras Universidades católicas, esses serão

determinados pelas Conferências Episcopais ou por outras Assembléias da Hierarquia Católica.

(53) Cf. CIC, cân. 820. Cf. também Sapientia christiana, Ordinationes, art. 49: AAS 71 (1979), p. 512.

(54) JOÃO PAULO II, ao Pontifício Conselho para a Cultura, 13 de Janeiro de 1989, n.

2: AAS 81 (1989), pp. 857-858.

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