919
REVISTA ELETRÔNICA DE JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO REVISTA OFICIAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO VOLUME 6 – ANO 1 NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2014 As íntegras aqui publicadas correspondem aos seus originais, obtidos junto aos órgãos responsáveis do Tribunal.

portal.tj.sp.gov.brportal.tj.sp.gov.br/Download/Biblioteca/Revistas/Revista06/pdf/e... · ISSN 0000-0000 REVISTA ELETRÔNICA DE JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

Embed Size (px)

Citation preview

  • ISSN 0000-0000

    REVISTA ELETRNICA DE JURISPRUDNCIA DO

    TRIBUNAL DE JUSTIA DE SO PAULO

    REVISTA OFICIAL DO TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DE SO PAULO

    VOLUME 6 ANO 1

    NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2014

    Repositrio autorizado pelo Supremo Tribunal de Federal,conforme Registro n. 000-00, de 00.00.0000

    Repositrio autorizado pelo Superior Tribunal de Justia,conforme Registro n. 00, de 00.00.0000

    As ntegras aqui publicadas correspondem aos seus originais, obtidos junto aos rgos responsveis do Tribunal.

  • COMISSO DE JURISPRUDNCIA

    PresidenteDesembargador SRGIO JACINTHO GUERRIERI REZENDE

    Desembargador ALBERTO GENTIL DE ALMEIDA PEDROSO NETODesembargador ARTUR CSAR BERETTA DA SILVEIRADesembargador ERICSON MARANHODesembargador ITAMAR GAINODesembargador RICARDO HENRY MARQUES DIPDesembargador RONALDO SRGIO MOREIRA DA SILVA

  • SUMRIO

    Clique nas chamadas para ser remetido diretamente ao texto

    1- Doutrina 25

    2- Jurisprudncia Cvel:

    Seo de Direito Privado: a) Aes Rescisrias 29b) Agravos de Instrumento 40c) Agravos Regimentais 120d) Apelaes 122e) Conflitos de Competncia 356f) Embargos de Declarao 362

    Seo de Direito Pblicoa) Agravos de Instrumento 365b) Apelaes 397c) Apelaes/Reexames Necessrios 512d) Conflitos de Competncia 535e) Embargos Infringentes 540f) Habeas Corpus 544

    3- Jurisprudncia Criminal:a) Agravos em Execuo Penal 548b) Apelaes 558c) Habeas Corpus 635d) Mandados de Segurana 661e) Recursos em Sentido Estrito 676f) Revises Criminais 683

    4- Jurisprudncia do rgo Especial: a) Aes Rescisrias 696 b) Aes Diretas de Inconstitucionalidade (ADIns) 699 c) Agravos Regimentais 780 d) Arguies de Inconstitucionalidade 792 e) Conflitos de Competncia 801

    5- Jurisprudncia da Cmara Especial: a) Agravos de Instrumento 822 b) Agravos Regimentais 841 c) Apelaes 851 d) Apelaes/Reexames Necessrios 864 e) Conflitos de Competncia 875

    6- Conselho Superior da Magistratura 887

    7- Noticirio 896

  • TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DE SO PAULO

    www.tjsp.jus.br

    Composta/Editada pela Equipe da DGJUD 1.2 - Servio de Publica-es e Divulgao - Presidncia do Tribunal de Justia

    Praa Dr. Joo Mendes, s/n, Frum Joo Mendes Jr., 19 andarsala 1905, So Paulo-SP, 01501-900Telefone (11) 2171-6629, Fax (11) 2171-6602endereo eletrnico: [email protected]

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia do Tribunal de Justia de So Paulo - Ano I, n. 6, nov./dez. 2014 - So Paulo: Tribunal de Justia do Estado, 2014.

    Bimestral.

    Repositrio Oficial da Jurisprudncia do Tribunal de Justia de So Paulo

    1. Direito - jurisprudncia 2. Tribunal de Justia - peridico. I. So Paulo (Esta-do). Tribunal de Justia.

    CDU 34(05)

  • TRIBUNAL DE JUSTIA

    CARGOS DE DIREO E DE CPULA

    PresidenteDesembargador Jos RENATO NALINI

    Vice-PresidenteDesembargador EROS PICELI

    Corregedor-Geral da JustiaDesembargador Hamilton ELLIOT AKEL

    Presidente da Seo de Direito PrivadoDesembargador ARTUR MARQUES da Silva Filho

    Presidente da Seo de Direito PblicoDesembargador RICARDO Mair ANAFE

    Presidente da Seo de Direito CriminalDesembargador Geraldo Francisco PINHEIRO FRANCO

    DecanoDesembargador Srgio Jacintho GUERRIERI REZENDE

    RGO ESPECIALSrgio Jacintho GUERRIERI REZENDE

    WALTER de Almeida GUILHERMEJos Carlos Gonalves XAVIER DE AQUINO

    Hamilton ELLIOT AKELANTONIO CARLOS MALHEIROS

    Fernando Antonio FERREIRA RODRIGUESPRICLES de Toledo PIZA Jnior

    Getlio EVARISTO DOS SANTOS NetoMRCIO Orlando BARTOLIJOO CARLOS SALETTI

    ROBERTO Mrio MORTARILUIZ Antonio AMBRA

    FRANCISCO Antonio CASCONI

    Jos RENATO NALINIPAULO Dimas de Bellis MASCARETTI

    VANDERCI LVARESJos Henrique ARANTES THEODORO

    Antonio Carlos TRISTO RIBEIROEROS PICELI

    ANTONIO CARLOS VILLENADEMIR de Carvalho BENEDITO

    LUIZ ANTONIO DE GODOYJos Roberto NEVES AMORIM

    Dimas BORELLI THOMAZ JniorJOO NEGRINI Filho

  • CONSELHO SUPERIOR DA MAGISTRATURAPresidente

    Desembargador Jos RENATO NALINI

    Vice-PresidenteDesembargador EROS PICELI

    Corregedor-Geral da JustiaDesembargador Hamilton ELLIOT AKEL

    Presidente da Seo de Direito PrivadoDesembargador ARTUR MARQUES da Silva Filho

    Presidente da Seo de Direito PblicoDesembargador RICARDO Mair ANAFE

    Presidente da Seo de Direito CriminalDesembargador Geraldo Francisco PINHEIRO FRANCO

    DecanoDesembargador Srgio Jacintho GUERRIERI REZENDE

    CMARA ESPECIAL

    (sala 511 2 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador EROS PICELI***

    Desembargador Srgio Jacintho GUERRIERI REZENDE

    Desembargador ARTUR MAQUES da Si lva Fi lho

    Desembargador Geraldo Francisco PINHEIRO FRANCO

    Desembargador RICARDO Mair ANAFE

    Desembargador ADALBERTO JOS QUEIROZ TELLES DE CAMARGO ARANHA FILHO**

    Desembargador WALTER ROCHA BARONE**

    Desembargadora CLAUDIA LUCIA FONSECA FANUCCHI**

    Desembargador MARCELO COUTINHO GORDO**

    Desembargador CARLOS DIAS MOTTA**

    Desembargador IASIN ISSA AHMED**

    Desembargador LUS GERALDO SANT ANA LANFREDI*

    Desembargador AIRTON PINHEIRO DE CASTRO*

  • COMPOSIO DE GRUPOS E CMARAS DE DIREITO PRIVADO

    1 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO TERA-FEIRA PJ 5 ANDAR (SALA 510)

    1 Cmara de Direito Privado (sala 510 3 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Hamilton ELLIOT AKELDesembargador LUIZ ANTONIO DE GODOYDesembargador PAULO Eduardo RAZUKDesembargador RUI CASCALDIDesembargadora CHRISTINE SANTINI***Desembargador CLAUDIO LUIZ BUENO DE GODOY**Desembargador ALCIDES LEOPOLDO E SILVA JNIOR**

    2 Cmara de Direito Privado (sala 511 3 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador JOS CARLOS FERREIRA ALVESDesembargador Jos Roberto NEVES AMORIMDesembargador JOS JOAQUIM DOS SANTOSDesembargador LVARO Augusto dos PASSOS***Desembargador Luiz Beethoven GIFFONI FERREIRADesembargadora ROSANGELA MARIA TELLES**Desembargadora MARCIA TESSITORE*Desembargador GUILHERME SANTINI TEODORO*

    2 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUINTA-FEIRA PJ 5 ANDAR (SALA 509)

    3 Cmara de Direito Privado (sala 509 3 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Carlos Eduardo DONEG MORANDINI***Desembargador Artur Cesar BERETTA DA SILVEIRADesembargador EGIDIO Jorge GIACOIADesembargador Dcio Tadeu VIVIANI NICOLAUDesembargador CARLOS ALBERTO DE SALLESDesembargadora MRCIA REGINA DALLA DA BARONE**Desembargador ALEXANDRE AUGUSTO PINTO MOREIRA MARCONDES**

    4 Cmara de Direito Privado (sala 509 5 feira 10:00 horas PJ)

    Desembargador ENIO Santarelli ZULIANI***Desembargador Fernando Antonio MAIA DA CUNHADesembargador Carlos TEIXEIRA LEITE FilhoDesembargador FBIO de Oliveira QUADROSDesembargador NATAN ZELINSCHI DE ARRUDADesembargador MILTON PAULO DE CARVALHO FILHO**

    3 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA EQUINTA-FEIRA PJ 5 ANDAR (SALAS 510 E 511)

    5 Cmara de Direito Privado (sala 511 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Antonio Carlos MATHIAS COLTRODesembargador ERICKSON GAVAZZA MARQUES***Desembargador JOS LUIZ MNACO DA SILVADesembargador JAMES Alberto SIANODesembargador JOO FRANCISCO MOREIRA VIEGASDesembargador EDSON LUIZ DE QUEIROZ**Desembargador FABIO HENRIQUE PODEST**Desembargador GUILHERME FERREIRA DA CRUZ*

    6 Cmara de Direito Privado (sala 510 5 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador VITO Jos GUGLIELMI***Desembargador Jos Percival ALBANO NOGUEIRA JniorDesembargador PAULO ALCIDES Amaral SallesDesembargador FRANCISCO Eduardo LOUREIRODesembargador EDUARDO S PINTO SANDEVILLEDesembargador MARCELO FORTES BARBOSA FILHO**Desembargadora ANA LUCIA ROMANHOLE MARTUCCI**

  • 4 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ 5 ANDAR (SALA 510)

    7 Cmara de Direito Privado (sala 509 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador LUIZ ANTONIO SILVA COSTADesembargador MIGUEL ANGELO BRANDI JNIOR***Desembargador LUIS MARIO GALBETTIDesembargadora MARY GRNDesembargador RMOLO RUSSO JNIORDesembargador CARLOS ALBERTO DE CAMPOS MENDES PEREIRA**

    8 Cmara de Direito Privado (sala 510 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador LUIZ Antonio AMBRADesembargador Paulo Roberto GRAVA BRASILDesembargador Luiz Fernando SALLES ROSSI***Desembargador PEDRO DE ALCNTARA DA SILVA LEME FILHODesembargador Joo Batista SILVRIO DA SILVADesembargador CSAR LUIZ DE ALMEIDA**

    5 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO TERA-FEIRA PJ 6 ANDAR (SALA 612)

    9 Cmara de Direito Privado (sala 404 3 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Walter PIVA RODRIGUESDesembargador GALDINO TOLEDO JNIORDesembargador MAURO CONTI MACHADO***Desembargador ALEXANDRE Alves LAZZARINIDesembargador THEODURETO de Almeida CAMARGO NetoDesembargadora LUCILA TOLEDO PEDROSO DE BARROS**Desembargador JOS APARICIO COELHO PRADO NETO**Desembargador JAYME MARTINS DE OLIVEIRA NETO*Desembargadora MARIA SILVIA GOMES STERMAN*Desembargador ALEXANDRE BUCCI*

    10 Cmara de Direito Privado (sala 211/213 3 feira 9:00 horas PJ)

    Desembargador JOO CARLOS SALETTI***Desembargador Jos ARALDO da Costa TELLESDesembargador ELCIO TRUJILLODesembargador CSAR CIAMPOLINI NETODesembargador CARLOS ALBERTO GARBIDesembargador ROBERTO MAIA FILHO**Desembargador JOO BATISTA DE MELLO PAULA LIMA**

    6 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA OUQUINTA-FEIRA PJ 6 ANDAR (SALAS 604 OU 622)

    11 Cmara de Direito Privado (sala 217/219 5 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador GILBERTO PINTO DOS SANTOS***Desembargador WALTER Pinto da FONSECA FilhoDesembargador GIL Ernesto Gomes COELHODesembargador RENATO RANGEL DESINANODesembargador ALBERTO MARINO NETO

    12 Cmara de Direito Privado (sala 404 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador JOS REYNALDO Peixoto de SouzaDesembargador Luiz Antonio CERQUEIRA LEITEDesembargador JOS JACOB VALENTE***Desembargador TASSO DUARTE DE MELLODesembargadora SANDRA MARIA GALHARDO ESTEVESDesembargadora LIDIA MARIA ANDRADE CONCEIO**Desembargadora MRCIA CARDOSO*

  • 7 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ (SALAS 621/623)

    13 Cmara de Direito Privado (sala 621/623 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargadora ZLIA MARIA ANTUNES ALVESDesembargador Carlos Eduardo CAUDURO PADINDesembargadora ANA DE LOURDES Coutinho Silva da FonsecaDesembargador HERALDO DE OLIVEIRA SilvaDesembargador FRANCISCO GIAQUINTO***Desembargadora MRCIA REGINA DALLA DA BARONE**

    14 Cmara de Direito Privado (sala 211/213 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Everaldo de MELO COLOMBIDesembargador Sebastio THIAGO DE SIQUEIRADesembargadora LIGIA Cristina de ARAJO BISOGNI***Desembargador CARLOS Henrique ABRODesembargador MAURICIO PESSOADesembargadora MRCIA REGINA DALLA DA BARONE**

    8 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO TERA-FEIRA PJ (SALA 504 OU 509)

    15 Cmara de Direito Privado (sala 509 3 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Manoel MATTOS FARIADesembargador EDISON VICENTINI BARROSODesembargador Antonio Mario de CASTRO FIGLIOLIA***IDesembargador Luiz Antonio COELHO MENDESDesembargador ACHILE Mario ALESINA JniorDesembargador LUIZ FERNANDO PINTO ARCURI

    16 Cmara de Direito Privado (sala 504 3 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Jos Roberto COUTINHO DE ARRUDADesembargador JOVINO DE SYLOS NetoDesembargador Jos Maria SIMES DE VERGUEIRODesembargador MIGUEL PETRONI NETODesembargador LUS FERNANDO Balieiro LODI***

    9 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ (SALA 622)

    17 Cmara de Direito Privado (sala 509 4 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador HENRIQUE NELSON CALANDRADesembargador Teodozio de SOUZA LOPESDesembargador IRINEU JORGE FAVA***Desembargador AFONSO Celso Nogueira BRAZDesembargador PAULO PASTORE FILHODesembargadora CLAUDIA SARMENTO MONTELEONE*

    18 Cmara de Direito Privado (sala 404 4 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador CARLOS ALBERTO LOPESDesembargador ROQUE Antonio MESQUITA de Oliveira***Desembargador WILLIAM MARINHO de FariaDesembargador HENRIQUE RODRIGUERO CLAVISIODesembargador HELIO Marques de FARIADesembargadora CLARICE SALLES DE CARVALHO ROSA**

  • 10 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO SEGUNDA-FEIRA PJ (SALA 509)

    19 Cmara de Direito Privado (sala 510 2 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador SEBASTIO Alves JUNQUEIRADesembargador RICARDO Jos NEGRO NogueiraDesembargador JOO CAMILLO DE ALMEIDA PRADO COSTADesembargador MRIO CARLOS DE OLIVEIRADesembargador RICARDO PESSOA DE MELLO BELLI***

    20 Cmara de Direito Privado (sala 509 2 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador LVARO TORRES JNIOR***Desembargador Luiz CORREIA LIMADesembargador LUIS CARLOS DE BARROSDesembargador Manoel Ricardo REBELLO PINHODesembargador ALBERTO GOSSON Jorge Jnior

    11 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO SEGUNDA-FEIRA OU QUINTA-FEIRA PJ (SALAS 622/510)

    21 Cmara de Direito Privado (sala 404 2 feira 14:00 horas PJ)

    Desembargador ADEMIR de Carvalho BENEDITO***Desembargador Antonio Jos SILVEIRA PAULILODesembargador ITAMAR GAINODesembargador VIRGLIO DE OLIVEIRA JNIORDesembargador Wellington MAIA DA ROCHA

    22 Cmara de Direito Privado (sala 510 5 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Gasto Toledo de CAMPOS MELLO FilhoDesembargador Manuel MATHEUS FONTESDesembargador THIERS FERNANDES LOBODesembargador ROBERTO Nussinkis MAC CRACKEN***Desembargador SRGIO RUI DA FONSECADesembargador HLIO NOGUEIRA**

    12 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA OU QUINTA-FEIRA PJ (SALAS 510/504)

    23 Cmara de Direito Privado (sala 510 4 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Jos Benedito FRANCO DE GODOIDesembargador JOS MARCOS MARRONE***Desembargador SEBASTIO FLVIO da Silva FilhoDesembargador PAULO ROBERTO DE SANTANADesembargador SRGIO SEIJI SHIMURA

    24 Cmara de Direito Privado (sala 504 5 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Luiz Augusto de SALLES VIEIRADesembargador PLINIO NOVAES DE ANDRADE JNIORDesembargador ERSON Teodoro de OLIVEIRA***Desembargadora CLAUDIA GRIECO TABOSA PESSOADesembargador NELSON JORGE JNIOR**Desembargador JOO BATISTA AMORIM DE VILHENA NUNES**

  • 13 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ (SALAS 621/623)

    25 Cmara de Direito Privado (salas 621/623 5 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador VANDERCI LVARESDesembargador Vicente Antonio MARCONDES DANGELODesembargador HUGO CREPALDI NETODesembargador CLUDIO HAMILTON BarbosaDesembargador EDGARD Silva ROSADesembargadora DENISE ANDRA MARTINS RETAMERO**

    26 Cmara de Direito Privado (salas 217/219 4 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador RENATO Sandreschi SARTORELLIDesembargador Tarcsio Ferreira VIANNA COTRIMDesembargador Reinaldo FELIPE FERREIRA***Desembargador ANTONIO BENEDITO DO NASCIMENTODesembargador Mrcio Martins BONILHA FILHODesembargador JOS PAULO CAMARGO MAGANO*Desembargador MARIO CHIUVITE JNIOR*

    14 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO TERA-FEIRA PJ (SALAS 621/623)

    27 Cmara de Direito Privado (sala 403 3 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador JOS RENATO NALINIDesembargador Paulo Miguel de CAMPOS PETRONI***Desembargadora ANA CATARINA STRAUCHDesembargadora DAISE FAJARDO NOGUEIRA JACOTDesembargador SAMUEL FRANCISCO MOURO NETO**Desembargador SRGIO LEITE ALFIERI FILHO**

    28 Cmara de Direito Privado (salas 621/623 3 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador CELSO Jos PIMENTELDesembargadora BERENICE MARCONDES CESARDesembargador CESAR LACERDADesembargador MANOEL JUSTINO BEZERRA FILHODesembargador DIMAS RUBENS FONSECA***Desembargador GILSON DELGADO MIRANDA**

    15 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO QUARTA-FEIRA PJ (SALAS 232/236)

    29 Cmara de Direito Privado (salas 232/236 4 feira 10:00 horas PJ)

    Desembargador Manoel de Queiroz PEREIRA CALASDesembargador FRANCISCO THOMAZ de Carvalho JniorDesembargadora SILVIA ROCHA***Desembargador FBIO Guidi TABOSA PessoaDesembargador CARLOS HENRIQUE MIGUEL TREVISANDesembargador HAMID CHARAF BDINE JNIOR**Desembargador THEMSTOCLES BARBOSA FERREIRA NETO**

    30 Cmara de Direito Privado (salas 218/220 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Jos Roberto LINO MACHADODesembargador CARLOS Alberto RUSSODesembargador MARCOS Antonio de Oliveira RAMOSDesembargador Alberto de Oliveira ANDRADE NETO***Desembargadora MARIA LCIA Ribeiro de Castro PIZZOTTI MendesDesembargadora MONICA SALLES PENNA MACHADO**

  • 16 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO TERA-FEIRA OU QUINTA-FEIRA PJ (SALAS 510 OU 612)

    31 Cmara de Direito Privado (sala 510 3 feira 10:00 horas PJ)

    Desembargador FRANCISCO Antonio CASCONI***Desembargador PAULO Celso AYROSA Monteiro de AndradeDesembargador ANTONIO RIGOLINDesembargador Armando Srgio PRADO DE TOLEDODesembargador ADILSON DE ARAUJO

    32 Cmara de Direito Privado (salas 211/213 5 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador RUY COPPOLA***Desembargador KIOITSI CHICUTADesembargador FRANCISCO OCCHIUTO JNIORDesembargador Luis FERNANDO NISHIDesembargador CAIO MARCELO MENDES DE OLIVEIRA

    17 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO SEGUNDA-FEIRA PJ 5 ANDAR (SALA 510)

    33 Cmara de Direito Privado (sala 511 2 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador EROS PICELIDesembargador Carlos Alberto de S DUARTE***Desembargador LUIZ EURICO Costa FerrariDesembargador CARLOS NUNES NetoDesembargador MARIO ANTONIO SILVEIRADesembargadora MARIA CLAUDIA BEDOTTI*

    34 Cmara de Direito Privado (sala 510 2 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Luiz Augusto GOMES VARJO***Desembargador NESTOR DUARTEDesembargadora ROSA MARIA Barreto Borriello DE ANDRADE NERYDesembargadora Maria CRISTINA ZUCCHIDesembargador Cludio Antonio SOARES LEVADA

    18 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO SEGUNDA-FEIRA PJ (SALA 509)

    35 Cmara de Direito Privado (sala 509 2 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador ARTUR MARQUES da Silva FilhoDesembargador Fernando MELO BUENO Filho***Desembargador GILBERTO GOMES DE MACEDO LEMEDesembargador ANTONIO CARLOS MORAIS PUCCIDesembargador FLVIO ABRAMOVICIDesembargador GILSON DELGADO MIRANDA**

    36 Cmara de Direito Privado (salas 201/203 5 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador JAYME QUEIROZ Lopes FilhoDesembargador Jos Henrique ARANTES THEODORODesembargador PEDRO Luiz BACCARAT da SilvaDesembargador WALTER CESAR Incontri EXNERDesembargador Joo Carlos S MOREIRA DE OLIVEIRA***Desembargadora MARIA DE LOURDES LOPEZ GIL CIMINO**Desembargador ALEXANDRE BUCCI*

  • 19 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PRIVADO TERA-FEIRA OUQUARTA-FEIRA PJ (SALAS 504/511)

    37 Cmara de Direito Privado (sala 504 3 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador SRGIO GOMESDesembargador JOS TARCISO BERALDO***Desembargador ISRAEL GES DOS ANJOSDesembargador PEDRO YUKIO KODAMADesembargador JOO PAZINE NETO

    38 Cmara de Direito Privado (sala 511 4 feira 14:00 horas PJ)

    Desembargador EDUARDO Almeida Prado Rocha de SIQUEIRADesembargador SPENCER ALMEIDA FERREIRA***Desembargador FERNANDO LUIZ SASTRE REDONDODesembargador FLVIO Cunha da SILVADesembargador MAURY Angelo BOTTESINIDesembargador CSAR SANTOS PEIXOTO**

    GRUPO DE CMARAS RESERVADAS DE DIREITO EMPRESARIAL

    1 Cmara Reservada de Direito Empresarial (salas 621/623 4 feira quinzenal 13:30 horas PJ)

    Desembargador Manoel de Queiroz PEREIRA CALASDesembargador ENIO Santarelli ZULIANI***Desembargador Fernando Antonio MAIA DA CUNHADesembargador Carlos TEIXEIRA LEITE FilhoDesembargador FRANCISCO Eduardo LOUREIRODesembargador CLUDIO LUIZ BUENO DE GODOY**Desembargador MARCELO FORTES BARBOSA FILHO**

    2 Cmara Reservada de Direito Empresarial (sala 510 2 feira quinzenal 13:30 horas PJ)

    Desembargador JOS REYNALDO Peixoto de Souza***Desembargador RICARDO Jos NEGRO NogueiraDesembargador RAMON MATEO JNIOR**

    CMARAS EXTRAORDINRIAS DE DIREITO PRIVADO(Resoluo n 643/2014)

    4 Cmara Extraordinria de Direito Privado

    Desembargador LUIZ Antonio AMBRADesembargador Paulo Roberto GRAVA BRAZILDesembargador Luiz Fernando SALLES ROSSIDesembargador Mauro CONTI MACHADODesembargador Joo Batista SILVRIO DA SILVA

    5 Cmara Extraordinria de Direito Privado

    Desembargador ENIO Sanatarelli ZULIANIDesembargador NATAN ZELINSCHI de ArrudaDesembargador PAULO ALCIDES Amaral SallesDesembargador JAMES Alberto SIANODesembargador CARLOS HENRIQUE MIGUEL TREVISAN

  • 6 Cmara Extraordinria de Direito Privado

    Desembargador Everaldo de MELO COLOMBIDesembargador Sebastio THIAGO DE SIQUEIRADesembargadora LIGIA Cristina de ARAJO BISOGNIDesembargador CARLOS Henrique ABRODesembargadora MRCIA REGINA DALLA DA BARONE**

    7 Cmara Extraordinria de Direito Privado

    Desembargador Jos Roberto COUTINHO DE ARRUDADesembargador JOVINO DE SYLOS NetoDesembargador Jos Maria SIMES DE VERGUEIRODesembargador MIGUEL PETRONI NETODesembargador MARCELO FORTES BARBOSA FILHO**

    8 Cmara Extraordinria de Direito Privado

    Desembargador Jos Benedito FRANCO DE GODOIDesembargador JOS JACOB VALENTEDesembargador RAMON MATEO JNIOR**Desembargador FBIO HENRIQUE PODEST**Desembragador JOS APARICIO COELHO PRADO NETO**

    9 Cmara Extraordinria de Direito Privado

    Desembargador PAULO Celso AYROSA Monteiro de AndradeDesembargador ANTONIO RIGOLINDesembargador Armando Srgio PRADO DE TOLEDODesembargador ADILSON DE ARAUJODesembargador Lus FERNANDO NISHI

    10 Cmara Extraordinria de Direito Privado

    Desembargador LUIZ EURICO Costa Ferrari***Desembargador CESAR LACERDADesembargador Jos Henrique ARANTES THEODORODesembargador MARIO ANTONIO SILVEIRADesembargador Joo Carlos S MOREIRA DE OLIVEIRA

    11 Cmara Extraordinria de Direito Privado

    Desembargador Reinaldo FELIPE FERREIRA***Desembargadora ROSA MARIA Barreto Borriello DE ANDRADE NERYDesembargador LEONEL CARLOS DA COSTADesembargador EDGARD Silva ROSADesembargador Mrcio Martins BONILHA FILHO

    12 Cmara Extraordinria de Direito Privado

    Desembargador ARTUR MARQUES da Silva Filho*Desembargador EROS PICELIDesembargadora DENISE ANDRA MARTINS RETAMERO**Desembargador TERCIO PIRES**Desembargador ALFREDO ATTI JNIOR**Desembargador JAIRO OLIVEIRA JNIOR**Desembargador DIMITRIOS ZARVOS VARELLIS*

  • COMPOSIO DE GRUPOS E CMARAS DE DIREITO PBLICO

    1 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO TERA-FEIRA PJ (SALA 609)

    1 Cmara de Direito Pblico (sala 227 3 feira 10:00 horas PJ)

    Desembargador Jos Carlos Gonalves XAVIER DE AQUINODesembargador DANILO PANIZZA FilhoDesembargador LUS FRANCISCO AGUILAR CORTEZ***Desembargador Lus Paulo ALIENDE RIBEIRODesembargador VICENTE DE ABREU AMADEI**

    2 Cmara de Direito Pblico (salas 217/219 3 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargadora VERA Lcia ANGRISANIDesembargador RENATO DELBIANCODesembargador JOS LUIZ GERMANO***Desembargadora LUCIANA Almeida Prado BRESCIANI***Desembargador CARLOS Alberto Mousinho dos Santos Monteiro VIOLANTEDesembargador CLAUDIO AUGUSTO PEDRASSI**Desembargador LUS GERALDO SANT ANA LANFREDI*

    3 Cmara de Direito Pblico (sala 623 3 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador ANTONIO Carlos MALHEIROS***Desembargador JOS LUIZ GAVIO DE ALMEIDADesembargador Raymundo AMORIM CANTURIADesembargador Luiz Edmundo MARREY UINTDesembargador ARMANDO CAMARGO PEREIRADesembargador RONALDO ALVES DE ANDRADE**Desembargador MAURCIO FIORITO**

    2 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO SEGUNDA-FEIRA PJ (SALA 612)

    4 Cmara de Direito Pblico (salas 211/213 2 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Fernando Antonio FERREIRA RODRIGUESDesembargador RICARDO Santos FEITOSADesembargador OSVALDO MAGALHES JniorDesembargador PAULO BARCELLOS GATTI***Desembargadora ANA Luiza LIARTEDesembargador LUIS FERNANDO CAMARGO DE BARROS VIDAL**

    5 Cmara de Direito Pblico (sala 623 2 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador FERMINO MAGNANI FILHODesembargador FRANCISCO ANTONIO BIANCO NETODesembargador Jos Helton NOGUEIRA DIEFENTHLER Jnior***Desembargador MARCELO Martins BERTHEDesembargadora MARIA LAURA de Assis Moura TAVARESDesembargadora HELOSA MARTINS MIMESSI**

  • 3 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO SEGUNDA-FEIRA PJ (SALA 604)

    6 Cmara de Direito Pblico (salas 217/219 2 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Getlio EVARISTO DOS SANTOS NetoDesembargador Decio LEME DE CAMPOS JniorDesembargador SIDNEY ROMANO dos ReisDesembargador REINALDO MILUZZI***Desembargadora MARIA OLVIA PINTO ESTEVES ALVESDesembargadora SILVIA Maria MEIRELLES Novaes de Andrade**

    7 Cmara de Direito Pblico (sala 504 2 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador MOACIR Andrade PERESDesembargador Srgio COIMBRA SCHMIDTDesembargador PAULO MAGALHES DA COSTA COELHO***Desembargador EDUARDO CORTEZ DE FREITAS GOUVADesembargador LUIZ SRGIO FERNANDES DE SOUZA

    4 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO QUARTA-FEIRA PJ (SALA 604)

    8 Cmara de Direito Pblico (sala 227 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador PAULO Dimas de Bellis MASCARETTDesembargador Jos JARBAS de Aguiar GOMESDesembargador RUBENS RIHL Pires CorraDesembargador LEONEL Carlos da COSTADesembargadora Maria CRISTINA COTROFE BiasiDesembargador JOS DA PONTE NETO**Desembargador MANOEL LUIZ RIBEIRO*

    9 Cmara de Direito Pblico (salas 217/219 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador DCIO de Moura NOTARANGELIDesembargador OSWALDO LUIZ PALUDesembargador JEFERSON MOREIRA DE CARVALHO***Desembargador CARLOS EDUARDO PACHIDesembargador Joo Batista Morato REBOUAS DE CARVALHODesembargador JOS MARIA CMARA JNIOR**

    5 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO TERA-FEIRA PJ (SALA 511)

    10 Cmara de Direito Pblico (salas 201/203 2 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador ANTONIO Carlos VILLENDesembargador ANTONIO CELSO AGUILAR CORTEZDesembargador Ricardo Cintra TORRES DE CARVALHO***Desembargadora TERESA Cristina Motta RAMOS MARQUESDesembargador PAULO Srgio Brant de Carvalho GALIZIADesembargador MARCELO SEMER**

    11 Cmara de Direito Pblico (sala 511 3 feira 10:00 horas PJ)

    Desembargador AROLDO Mendes VIOTTIDesembargador RICARDO Henry Marques DIPDesembargador Pedro Cauby PIRES DE ARAJODesembargador LUIS Antonio GANZERLA***Desembargador OSCILD DE LIMA JNIORDesembargador MARCELO LOPES THEODOSIO**

  • 6 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO QUARTA-FEIRA PJ (SALA 601)

    12 Cmara de Direito Pblico (salas 211/213 4 feira 13:00 horas PJ)

    Desembargador OSVALDO Jos de OLIVEIRADesembargador Luiz BURZA NETODesembargador VENICIO Antnio de Paula SALLESDesembargador Jos Manoel RIBEIRO DE PAULADesembargador EDSON FERREIRA da Silva***Desembargadora MARIA ISABEL CAPONERO COGAN**

    13 Cmara de Direito Pblico (salas 201/203 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Augusto Francisco Mota FERRAZ DE ARRUDADesembargador Jos Roberto PEIRETTI DE GODOYDesembargador RICARDO Mair ANAFEDesembargador Dimas BORELLI THOMAZ JniorDesembargador Jos Roberto de SOUZA MEIRELLESDesembargador DJALMA RUBENS LOFRANO FILHO**Desembargador JULIO CESAR SPOLADORE DOMINGUEZ**

    7 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO QUINTA-FEIRA PJ (SALA 622)

    14 Cmara de Direito Pblico (sala 623 5 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador GERALDO Euclides Araujo XAVIERDesembargador JOO ALBERTO PEZARINIDesembargador OCTAVIO Augusto MACHADO DE BARROS Filho***Desembargador HENRIQUE HARRIS JNIORDesembargadora MNICA de Almeida Magalhes SERRANODesembargador CLUDIO ANTONIO MARQUES DA SILVA**Desembargadora SILVANA MALANDRINO MOLLO*Desembargador RODOLFO CSAR MILANO*

    15 Cmara de Direito Pblico (sala 404 5 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Oswaldo ERBETTA FILHODesembargador Antonio Teixeira da SILVA RUSSO***Desembargador Srgio Godoy RODRIGUES DE AGUIARDesembargador EUTLIO Jos PORTO OliveiraDesembargador RAUL JOS DE FELICEDesembargador ALOSIO SRGIO REZENDE SILVEIRA**Desembargador JOS HENRIQUE FORTES MUNIZ JNIOR**Desembargador EURPEDES GOMES FAIM FILHO**

    18 Cmara de Direito Pblico (salas 211/213 5 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador WANDERLEY JOS FEDERICHI***Desembargador OSVALDO CAPRARODesembargador FRANCISCO OLAVO Guimares Peret FilhoDesembargador ROBERTO MARTINS DE SOUZADesembargadora Maria BEATRIZ Dantas BRAGADesembargador RICARDO CUNHA CHIMENTI**Desembargador JOS LUIZ DE CARVALHO*

  • 8 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO PBLICO TERA-FEIRA PJ (SALA 601)

    16 Cmara de Direito Pblico (salas 201/203 3 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador LUIZ Alberto DE LORENZI***Desembargador CYRO Ricardo Saltini BONILHADesembargador JOO NEGRINI FilhoDesembargador VALDECIR JOS DO NASCIMENTODesembargador LUIZ FELIPE NOGUEIRA JniorDesembargador ANTONIO TADEU OTTONI**Desembargadora FLORA MARIA NESI TOSSI SILVA**Desembargador NAZIR DAVID MILANO FILHO**Desembargador MARCOS DE LIMA PORTA*Desembargador LUS GUSTAVO DA SILVA PIRES*

    17 Cmara de Direito Pblico (salas 201/203 3 feira 10:00 horas PJ)

    Desembargador ANTONIO Jos Martins MOLITERNODesembargador RICARDO GRACCHODesembargador ALBERTO GENTIL de Almeida Pedroso Neto***Desembargador ALDEMAR Jos Ferreira da SILVADesembargador NELSON Paschoal BIAZZI JniorDesembargador JOS ROBERTO FURQUIM CABELLA**Desembargador NUNCIO THEOPHILO NETO**Desembargador AFONSO CELSO DA SILVA**

    GRUPO ESPECIAL DE CMARAS DE DIREITO AMBIENTAL QUINTA-FEIRA PJ (SALA 604)

    1 Cmara Reservada ao Meio Ambiente (sala 501 5 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargadora ZLIA MARIA ANTUNES ALVESDesembargador Ricardo Cintra TORRES DE CARVALHODesembargador RUY ALBERTO LEME CAVALHEIRO***Desembargador Joo Francisco MOREIRA VIEGASDesembargador DIMAS RUBENS FONSECA

    2 Cmara Reservada ao Meio Ambiente (salas 232/236 5 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador PAULO Celso AYROSA Monteiro de AndradeDesembargador EUTLIO Jos PORTO Oliveira***Desembargadora VERA Lucia ANGRISANIDesembargador PAULO ALCIDES Amaral SallesDesembargador LVARO Augusto dos PASSOS

    CMARAS EXTRAORDINRIAS DE DIREITO PBLICO(Resolues ns 652/2014 e 654/2014)

    1 Cmara Extraordinria de Direito Pblico (salas 217/219 3 feira 13:00 horas PJ)

    Desembargador RICARDO Henry Marques DIPDesembargador Pedro Cauby PIRES DE ARAJODesembargadora VERA Lucia ANGRISANIDesembargador JOS LUIZ GERMANODesembargadora LUCIANA Almeida Prado BRESCIANI

    2 Cmara Extraordinria de Direito Pblico (sala 504 5 feira 10:00 horas PJ)

    Desembargador Srgio Godoy RODRIGUES DE AGUIARDesembargador Luiz Edmundo MARREY UINTDesembargador PAULO Dimas de Bellis MASCARETTIDesembargador MAURCIO FIORITO**Desembargador MARCELO LOPES THEODOSIO**

    3 Cmara Extraordinria de Direito Pblico (sala 202 3 feira 10:00 horas PJ)

    Desembargador EUTLIO Jos PORTO OliveiraDesembargador ARCELO Martins BERTHEDesembargadora MARIA LAURA de Assis Moura TAVARESDesembargador CLUDIO ANTONIO MARQUES DA SILVA**Desembargador RICARDO CUNHA CHIMENTI**

    4 Cmara Extraordinria de Direito Pblico (sala 218 2 feira 13:15 horas PJ)

    Desembargador ANTONIO CARLOS VILLENDesembargador Srgio COIMBRA SCHMIDTDesembargador JOO NEGRINI FILHODesembargador Paulo MAGALHES da Costa COELHODesembargador PAULO Srgio Brant de Carvalho GALIZIA

  • COMPOSIO DE GRUPOS E CMARAS DE DIREITO CRIMINAL

    1 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO CRIMINAL SEGUNDA-FEIRA PJ (SALA 604)

    1 Cmara de Direito Criminal (salas 201/203 2 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador PRICLES de Toledo PIZA Jnior***Desembargador MRCIO Orlando BARTOLIDesembargador Luiz Antonio FIGUEIREDO GONALVESDesembargador Mrio DEVIENNE FERRAZDesembargador IVO DE ALMEIDA

    2 Cmara de Direito Criminal (salas 217/219 2 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Srgio Jacintho GUERRIERI REZENDEDesembargador IVAN MARQUES da Si lvaDesembargador Antonio de ALMEIDA SAMPAIODesembargador FRANCISCO ORLANDO de SouzaDesembargador ALEX Tadeu Monteiro ZILENOVSKI***Desembargador DINIZ FERNANDO FERREIRA DA CRUZ**Desembargador SRGIO MAZINA MARTINS**

    2 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO CRIMINAL TERA-FEIRA PJ (SALAS 407/425)

    3 Cmara de Direito Criminal (salas 407/425 3 feira 10:00 horas PJ)

    Desembargador GERALDO Lus WOHLERS Si lveira***Desembargador LUIZ ANTONIO CARDOSODesembargador LUIZ TOLOZA NETODesembargador RUY ALBERTO LEME CAVALHEIRODesembargador CESAR MECCHI MORALES

    4 Cmara de Direito Criminal (salas 232/236 3 feira 10:00 horas PJ)

    Desembargador LUS SOARES DE MELLO NetoDesembargador EUVALDO CHAIB Fi lho***Desembargador IVAN Ricardo Garisio SARTORIDesembargador CAMILO LLLIS dos Santos AlmeidaDesembargador EDISON Aparecido BRANDO

    3 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO CRIMINAL QUINTA-FEIRA PJ (SALAS 601/602)

    5 Cmara de Direito Criminal (salas 232/236 5 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Jos DAMIO Pinheiro Machado COGANDesembargador Geraldo Francisco PINHEIRO FRANCODesembargador Antonio Carlos TRISTO RIBEIRODesembargador SRGIO Antonio RIBAS***Desembargador JUVENAL Jos DUARTEDesembargador AGUINALDO DE FREITAS FILHO**

    6 Cmara de Direito Criminal (salas 201/203 5 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador RICARDO Cardozo de Mello TUCUNDUVA***Desembargador ERICSON MARANHODesembargador Antonio Carlos MACHADO DE ANDRADEDesembargador JOS RAUL GAVIO DE ALMEIDADesembargador MARCO ANTONIO Marques da Si lvaDesembargador MARCOS ANTONIO CORREA DA SILVA**

  • 4 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO CRIMINAL QUINTA-FEIRA PJ (SALAS 218/220)

    7 Cmara de Direito Criminal (salas 218/220 5 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador WALTER DE ALMEIDA GUILHERMEDesembargador ROBERTO Mrio MORTARI***Desembargador JAIR MARTINSDesembargador AMARO Jos THOM Fi lhoDesembargador FERNANDO Geraldo SIMODesembargadora KENARIK BOUJIKIAN**Desembargadora IVANA DAVID**

    8 Cmara de Direito Criminal (salas 202/204 5 feira 13:00 horas PJ)

    Desembargador MARCO ANTONIO Pinheiro Machado COGANDesembargador Ronaldo Srgio MOREIRA DA SILVADesembargador LOURI Geraldo BARBIERO***Desembargador ROBERTO GRASSI NETODesembargador ALCIDES MALOSSI JNIORDesembargador LAURO MENS DE MELLO**

    5 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO CRIMINAL QUINTA-FEIRA PJ (SALA 511)

    9 Cmara de Direito Criminal (sala 511 5 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Jos Orestes de SOUZA NERYDesembargador Antonio ROBERTO MIDOLLADesembargador OTVIO HENRIQUE de Sousa LimaDesembargador Antonio SRGIO COELHO de Oliveira***Desembargador ROBERTO Caruso Costabi le e SOLIMENEDesembargador LAERTE MARRONE DE CASTRO SAMPAIO**

    10 Cmara de Direito Criminal (sala 404 5 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador CARLOS Augusto Lorenzett i BUENODesembargador FBIO Monteiro GOUVADesembargador Francisco Jos GALVO BRUNODesembargador Waldir Sebastio de NUEVO CAMPOS JniorDesembargadora Maria de Lourdes RACHID VAZ DE ALMEIDA***

    6 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO CRIMINAL QUARTA-FEIRA PJ (SALAS 202/204)

    11 Cmara de Direito Criminal (salas 504/506 4 feira 10:00 horas PJ)

    Desembargador GUILHERME Gonalves STRENGERDesembargadora MARIA TEREZA DO AMARALDesembargador Ni lson XAVIER DE SOUZADesembargador Renato de SALLES ABREU Fi lho***Desembargador ABEN-ATHAR de Paiva Coutinho

    12 Cmara de Direito Criminal (salas 202/204 4 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador Carlos VICO MAASDesembargador JOO Luiz MORENGHIDesembargadora ANGLICA de Maria Mello DE ALMEIDADesembargador PAULO Antonio ROSSI***Desembargador AMABLE LOPEZ SOTO**

  • 7 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO CRIMINAL QUINTA-FEIRA PJ (SALA 511)

    13 Cmara de Direito Criminal (sala 403 5 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador Roberto Galvo de FRANA CARVALHO Desembargador REN RICUPERO Desembargador Ni lo CARDOSO PERPTUODesembargador Luiz AUGUSTO DE SIQUEIRA***Desembagador Jos Antonio DE PAULA SANTOS Neto

    14 Cmara de Direito Criminal (sala 511 5 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador FERNANDO Antonio TORRES GARCIADesembargador HERMANN HERSCHANDER***Desembargador WALTER DA SILVADesembargador MARCO ANTONIO DE LORENZIDesembargador MIGUEL MARQUES E SILVA

    8 GRUPO DE CMARAS DE DIREITO CRIMINAL TERA-FEIRA PJ (SALAS 218/220) OU QUINTA-FEIRA (SALA 609)

    15 Cmara de Direito Criminal (sala 227 5 feira 13:00 horas PJ)

    Desembargador Fbio POAS LEITO***Desembargador WILLIAN Roberto de CAMPOSDesembargador Jos Antonio ENCINAS MANFRDesembargador RICARDO SALE JNIORDesembargador SRGIO MAZINA MARTINS**

    16 Cmara de Direito Criminal (sala 218/220 3 feira 13:00 horas PJ)

    Desembargador Jos Ruy BORGES PEREIRADesembargador NEWTON de Oliveira NEVESDesembargador Otvio Augusto de ALMEIDA TOLEDO***Desembargador GUILHERME DE SOUZA NUCCIDesembargador OSNI ASSIS PEREIRA**

    CMARAS DE DIREITO CRIMINAL EXTRAORDINRIAS(Resoluo n 590/2013)

    1 Cmara de Direito Criminal Extraordinria (sala 609 2 feira 13:30 horas PJ)

    Desembargador HERMANN HERSCHANDERDesembargador Waldir Sebastio de NUEVO CAMPOS Jnior***Desembargador LUIS AUGUSTO DE SAMPAIO ARRUDA**Desembargador NELSON FONSECA JNIOR**Desembargador AIRTON VIEIRA**

    2 Cmara de Direito Criminal Extraordinria (salas 232/236 6 feira 9:30 horas PJ)

    Desembargador CARLOS Augusto Lorenzett i BUENO***Desembargador REN RICUPERODesembargador AGUINALDO DE FREITAS FILHO**Desembargador EDUARDO CRESCENTI ABDALLA**Desembargador LAERTE MARRONE DE CASTRO SAMPAIO**

  • 3 Cmara de Direito Criminal Extraordinria (salas 232/236 5 feira 14:00 horas PJ)

    Desembargador Jos Orestes de SOUZA NERY***Desembargador OTVIO HENRIQUE de Sousa LimaDesembargador SILMAR FERNANDES**Desembargador CASSIANO RICARDO ZORZI ROCHA**Desembargador JULIO CAIO FARTO SALLES**Desembargadora IVANA DAVID**

    4 Cmara de Direito Criminal Extraordinria (sala 218/220 5 feira 10:00 horas PJ)

    Desembargador EUVALDO CHAIB Fi lhoDesembargador Renato de SALLES ABREU Fi lho***Desembargador MAURCIO VALALA**Desembargador ALEXANDRE CARVALHO E SILVA DE ALMEIDA**Desembargador Csar Augusto ANDRADE DE CASTRO**

    ** * Pres iden te

    * * Ju iz de D i re i to Subs t i tu to em 2 Grau

    * Ju iz Aux i l i a r

    PJ Palcio da Justia (Praa da S s/n)

  • JUZES DE DIREITO SUBSTITUTOS DE SEGUNDO GRAU

    (em ordem de antiguidade)

    Silmar FernandesAdalberto Jos Queiroz Telles de Camargo Aranha FilhoAntonio Tadeu OttoniFlora Maria Nesi Tossi SilvaCludio Luiz Bueno de GodoyJos Roberto Furquim CabellaMilton Paulo de Carvalho FilhoCarlos Alberto de Campos Mendes PereiraSamuel Francisco Mouro NetoDenise Andra Martins RetameroCludio Augusto PedrassiEdson Luiz de QueirozRoberto Maia FilhoCassiano Ricardo Zorzi RochaRonaldo Alves de AndradeWalter Rocha BaroneAguinaldo de Freitas FilhoMarcelo Fortes Barbosa FilhoLucila Toledo Pedroso de BarrosKenarik Boujikian FelippeJoo Batista Amorim de Vilhena NunesAlcides Leopoldo e Silva JniorJos Maria Cmara JniorAmable Lopez SotoRamon Mateo JniorCarlos Vieira Von AdamekCludio Antonio Marques da SilvaMrcia Regina Dalla Da BaroneMaurcio ValalaHamid Charaf Bdine JniorJlio Caio Farto SallesMaurcio FioritoCludia Lcia Fonseca FanucchiCesar Santos PeixotoMaria Isabel Caponero CoganAlexandre Carvalho e Silva de AlmeidaMarcelo Coutinho GordoGilson Delgado MirandaFbio Henrique PodestLus Augusto de Sampaio ArrudaEduardo Crescenti Abdalla

  • Csar Augusto Andrade de CastroAlexandre Augusto Pinto Moreira MarcondesAloisio Srgio Rezende SilveiraNuncio Theophilo NetoLuis Fernando Camargo de Barros VidalMonica Salles Penna MachadoLauro Mens de MelloAna Lucia Romanhole MartucciRicardo Cunha ChimentiJos Henrique Fortes Muniz JniorIvana DavidSilvia Maria Meirelles Novaes de AndradeLidia Maria Andrade ConceioMaria de Lourdes Lopez Gil CiminoHlio NogueiraTercio PiresJos Aparcio Coelho Prado NetoClarice Salles de Carvalho RosaCarlos Dias MottaMarcelo SemerDjalma Rubens Lofrano FilhoAfonso Celso da SilvaNelson Fonseca JniorAirton VieiraCsar Luiz de AlmeidaJos da Ponte NetoMarcelo Lopes TheodosioRosangela Maria TellesIasin Issa AhmedLaerte Marrone de Castro SampaioThemstocles Barbosa Ferreira NetoOsni Assis PereiraHeloisa Martins MimessiNazir David Milano FilhoDiniz Fernando Ferreira da CruzSrgio Mazina MartinsJoo Batista de Mello Paula LimaSgio Leite Alf ieri FilhoAlfredo Atti JniorEuripedes Gomes Faim FilhoJulio Cesar Spoladore DominguezJairo Oliveira JniorMarcos Antonio Correa da Silva

  • e-JTJ - 06 25

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2014

    Doutrina

    Acesso ao S

    umrio

    DOUTRINA

    EMENDA CONSTITUCIONAL 62/2009Regime Especial de depsitos mensais

    (Artigo 97, pargrafo 1, inciso I, e pargrafo 2, do ADCT)Limite temporal de 15 (quinze) anos

    PEDRO CAUBY PIRES DE ARAJO Desembargador Coordenador da Diretoria de Execuo de Precatrios e

    Clculos

    A Emenda Constitucional n 62, de 09 de dezembro de 2009, alterou o art. 100 da Constituio Federal acrescentando o art. 97 ao Ato das Disposies Constitucionais Transitrias, instituindo o regime especial de pagamento de precatrios pelos Estados, Distrito Federal e Municpios.

    Com a promulgao da referida Emenda Constitucional foi criado o regime especial de pagamento de precatrios pelos Estados, Distrito Federal e Municpios, que estavam em mora na quitao de precatrios vencidos, relativamente s suas administraes direta e indireta (art. 97 do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias).

    Desta forma, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios enquadrados no regime especial optaro por ato do Poder Executivo ( 1), efetuando depsito em conta especial do valor referido no 2 deste artigo (inciso I); ou

    - pelo prazo de at 15 anos realizando depsitos anualmente, considerado o saldo total dos precatrios devidos, divididos pelo nmero de anos restantes no regime especial de pagamento (inciso II).

    Dispe o 2 que os Entes devedores, no regime especial, depositaro mensalmente 1/12 (um doze avos) do valor calculado percentualmente sobre as respectivas receitas correntes lquidas, apuradas no segundo ms anterior ao ms de pagamento, sendo que

  • e-JTJ - 0626

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2014

    Dou

    trina

    Ace

    sso

    ao S

    umr

    io

    esse percentual, calculado no momento da opo pelo regime e mantido fixo at o final do prazo a que se refere o 14 deste artigo, que dispe:

    14. O regime especial de pagamento de precatrio previsto no inciso I do 1 vigorar enquanto o valor dos precatrios devidos for superior ao valor dos recursos vinculados, nos termos do 2, ambos deste artigo, ou pelo prazo fixo de at 15 (quinze) anos, no caso da opo prevista no inciso II do 1.

    Assim, numa interpretao gramatical (literal) do referido preceito, na qual o intrprete analisa as expresses normativas, buscando a origem etimolgica dos vocbulos, poder-se-ia, a princpio, concluir que ao devedor que tenha optado pelo regime indicado no inciso I do 1 do artigo 97, no se aplica o limite temporal de 15 (quinze) anos fixado no inciso II.

    Todavia, atualmente, a interpretao conferida Constituio Federal no se satisfaz simplesmente pela literalidade do texto, de forma que a norma deve ser analisada de acordo com a hermenutica constitucional, que vem desenvolvendo vrias tcnicas de interpretao, por exemplo a teleolgica, assim definida: o intrprete dever primar pelo fim da lei, assentando que este e a razo da lei so indicados pelas exigncias sociais, conduzindo compreenso de que o fim prtico da norma coincide com o fim apontado pelas exigncias sociais (fim social), tendo-se em vista o bem comum.1

    J a tcnica lgico-sistemtica, correlaciona a norma ao sistema do inteiro ordenamento jurdico e at de outros sistemas paralelos (direito comparado); o que significa dizer que as normas constitucionais no so interpretadas de forma isolada.

    Utilizando-se, ainda, da tcnica histrica, o intrprete busca a pesquisa dos antecedentes histricos que culminou com a promulgao da CF/88, enquanto na interpretao sociolgica, objetiva-se a aplicabilidade da norma jurdica s relaes sociais atuais, com vistas sua efetividade o que, diga-se, segue estreitamente ligada ao processo teleolgico, o qual pretende alcanar a finalidade do modelo normativo.

    Com isso, a leitura do dispositivo constitucional deve se dar a partir do conjunto dos vrios instrumentos de interpretao, conforme ressaltado, o que, via de consequncia, autoriza relevar a finalidade 1 DINIZ, Maria Helena. Lei de introduo ao Cdigo Civil Brasileiro interpretada. So Paulo: Saraiva, 1994, p. 155.

  • e-JTJ - 06 27

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2014

    Doutrina

    Acesso ao S

    umrio

    do legislador que, na hiptese da EC 62/2009, foi a de evitar que os dbitos oriundos de precatrios se eternizassem; motivo pelo qual, h de se aplicar o limite temporal de 15 anos para os dois regimes institudos para pagamento dos precatrios, nos termos do artigo 97 do ADCT, porquanto interpretao diversa tornaria intil o regime especial como estabelecido no 2, estendendo os depsitos para muito alm do prazo legal.

    Verifica-se, outrossim, que a norma constitucional alm de estabelecer um percentual mnimo para os depsitos, que poder ser alterado para mais, conforme o estoque da dvida de precatrios, tambm determinou um prazo mximo de 15 anos para a quitao dos precatrios vencidos e a vencer.

    Ademais, observa-se que no julgamento sobre a modulao dos efeitos da declarao de inconstitucionalidade parcial da Emenda Constitucional (EC) 62/2009, suspenso pelo Plenrio do Supremo Tribunal Federal (STF) por pedido de vista do ministro Dias Toffoli, o ministro Luiz Fux, redator do acrdo das ADIs, votou pela prorrogao do regime institudo pela EC 62/2009 at 2018, ressalvados determinados pontos, como o ndice de correo monetria, o sistema de leiles e acordos e de compensaes, sendo que o Ministro Barroso em seu voto-vista, endossou, em linhas gerais, o voto do ministro Luiz Fux, mantendo a prorrogao da validade da EC 62 por cinco anos, a corroborar com o entendimento acima exposto.

    No mesmo sentido, destaca-se julgado do C. rgo Especial deste Tribunal:

    MANDADO DE SEGURANA. IMPETRAO POR MUNICPIO QUE RESISTE A COMPLEMENTAR O VALOR DO DEPSITO MENSAL E A REAJUSTAR A ALQUOTA, ANTE SUA MANIFESTA INSUFICINCIA APURADA PELO DEPRE. OBRIGAO DE ADIMPLEMENTO DO MONTANTE DA DVIDA ORIUNDA DE PRECATRIOS EM 15 ANOS. EQUIVOCADA INTERPRETAO DA DEVEDORA. ORDEM DENEGADA. A nova sistemtica de liquidao da dvida pblica dos precatrios permite municipalidade devedora

  • e-JTJ - 0628

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2014

    Dou

    trina

    Ace

    sso

    ao S

    umr

    io

    optar pelo depsito mensal, regime especial transitrio, ou recorrer a leiles, acordos e outras alternativas de satisfao do dbito, sempre assistido pelo Ministrio Pblico. Em qualquer caso, o prazo mximo para adimplir suas obrigaes o de 15 (quinze) anos. Legtima a determinao do Tribunal de Justia de ajuste da alquota do valor dos depsitos mensais se o DEPRE apurou a sua insuficincia para o saldo da dvida no prazo de 15 (quinze) anos. O Estado-Juiz o encarregado de fazer cumprir a vontade do constituinte, a nica vontade soberana no Estado de Direito e a devedora no pode interpretar a norma a seu favor, de maneira a desnatur-la e a lesar o universo de seus credores (TJSP, rgo Especial, MS n 0587445-53.2010.8.26.0000, Rel. Des. Renato Nalini, j. em 25.05.2011).

    Como concluso final do presente trabalho, tem-se que a moratria instituda pela EC 62/2009 no pode ultrapassar o prazo mximo de 15 (quinze) anos, INCLUSIVE NO CASO DOS ENTES DEVEDORES QUE OPTARAM PELO REGIME ESPECIAL DE DEPSITOS MENSAIS.

  • e-JTJ - 06 29

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2014

    Jurisprudncia - Direito P

    rivadoA

    cesso ao Sum

    rio

    SEO DE DIREITO PRIVADO

    Aes Rescisrias

    ACRDO

    Vistos, relatados e discutidos estes autos de Ao Rescisria n 0273935-75.2012.8.26.0000, da Comarca de Rio Claro, em que autor ALDA TCIA PINHEIRO DA SILVA AMRICO, ru LUCIANO RICARDO RABELO.

    ACORDAM, em 16 Grupo de Cmaras de Direito Privado do Tribunal de Justia de So Paulo, proferir a seguinte deciso: Votaram pela improcedncia da pretenso rescisria, nos termos que constaro do acrdo. V.U., de conformidade com o voto do Relator, que integra este acrdo. (Voto n 16.634)

    O julgamento teve a participao dos Exmo. Desembargadores FRANCISCO CASCONI (Presidente), CAIO MARCELO MENDES DE OLIVEIRA, FRANCISCO OCCHIUTO JNIOR, LUIS FERNANDO NISHI, RUY COPPOLA e PAULO AYROSA.

    So Paulo, 14 de agosto de 2014.ADILSON DE ARAUJO, Relator

    Ementa: AO RESCISRIA DE ACRDO. ALEGAO DE DOLO DA PARTE VENCEDORA, VIOLAO LITERAL DE DISPOSITIVOS LEGAIS, DOCUMENTO NOVO E ERRO DE FATO. HIPTESES NO DEMONSTRADAS. INTELIGNCIA DO ART. 485, III, V, VII E IX, DO CPC. PRETENSO DE REEXAME DA JUSTIA DA DECISO NO CABVEL. AO IMPROCEDENTE.1. - Alegao de dolo da parte vencedora suscetvel de resciso do julgado refere-se quebra dos deveres de lealdade e boa-f no curso do processo, capaz de dificultar a atuao da parte perdedora, viciando, em consequncia, a prestao jurisdicional. Formado litisconsrcio facultativo na ao originria, a desistncia em relao a corru (apontado como causador do acidente), antes da citao, no tipifica

  • e-JTJ - 0630

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2014

    Juris

    prud

    nci

    a - D

    ireito

    Priv

    ado

    Ace

    sso

    ao S

    umr

    io

    dolo do autor ensejador de resciso da sentena ou acrdo.2. - Para ser julgado procedente o pedido rescindendo sob o fundamento do inciso V, do art. 485, do CPC, depende necessariamente de violao a literal disposio de lei pelo acrdo rescindendo. Mas, na hiptese, a alegada violao do art. 5 LV da Constituio Federal, no ocorreu, porque deixou a autora de atender seu nus probatrio na ao originria, como tambm, conjecturas sobre depoimentos ou verses de terceiros no infringem literalmente o dispositivo constitucional invocado.3. - No qualifica motivo rescisrio do julgamento de mrito a apresentao de documentos sem eficcia de, por si s, alterar a verdade para modificao do julgamento. E, no caso, os cheques alegados existiam antes do evento, como tambm a exibio de seus microfilmes, caso previamente negada pelos bancos, poderia ter sido pedido ao Juzo.4. - O erro de fato eficaz no juzo rescisrio exige o reconhecimento de fato inexistente ou, ao contrrio, inexiste fato ocorrido, mas, em qualquer caso, que no tenha havido controvrsia e pronunciamento judicial a respeito. No caso, a autora parte de premissas equivocadas, porque sua responsabilidade civil reconhecida independe da participao do real causador do acidente na demanda e os cheques a que se referiu integravam seu nus probatrio na ao originria para, com outros elementos de prova, buscar a demonstrao da prvia alienao do veculo a terceiro.5. - Em verdade, sob qualquer ngulo, a questo posta sobre os fundamentos jurdicos da ausncia da responsabilidade da autora pelo acidente cometido por terceiro (sic), constitui pretenso de reexame da justia da sentena e acrdo proferidos nos autos, o que vedado pelo ordenamento jurdico vigente.

    VOTOI. - ALDA TCIA PINHEIRO DA SILVA AMRICO ajuizou em face

  • e-JTJ - 06 31

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2014

    Jurisprudncia - Direito P

    rivadoA

    cesso ao Sum

    rio

    de LUCIANO RICARDO RABELO ao rescisria do V. Acrdo lavrado no julgamento da apelao n 0012069-82.2006.8.26.0510, pela Egrgia 32 Cmara de Direito Privado deste Tribunal, com fundamento no art. 485, III (dolo da parte vencedora), V (violao literal de disposio de lei), VII (depois da sentena, o autor obtiver documento novo, cuja existncia ignorava, ou de que no pde fazer uso, capaz, por si s, de lhe assegurar pronunciamento favorvel) e IX (fundado em erro de fato, resultante de atos ou de documentos da causa).

    Sustenta, em resumo, ter deixado em consignao e venda seu veculo VW Passat, placas CWD-03333, na empresa Nazar Veculos em agosto de 2005, tendo recebido cheques emitidos por Emlio Carlos Pereira, revendido, depois, para Joel Wilson dos Santos. Em 26/12/2005, o novo proprietrio envolveu-se em acidente de trnsito com Luciano Ricardo Rabelo. Como ainda no fora transferido o registro no DETRAN para o nome deste, foram ambos demandados por Luciano, o qual desistiu da ao em relao a Joel antes da citao. Acabou condenada definitivamente pelo acrdo rescindendo, ao pagamento das importncias de R$ 135,00 (danos materiais) e R$ 12.000,00 (dano moral), alm das verbas de sucumbncia, com trnsito em julgado em 23/3/2012. Ajuizou a ao originria em 17/12/2012.

    O primeiro fundamento invocado reside no dolo do autor da demanda originria pela desistncia em face de Joel Wilson dos Santos, causador do acidente, que lhe disse ter pago despesas da vtima. Como segundo, ocorreu violao literal, pelo no cumprimento dos princpios do contraditrio e ampla defesa, merecedores de incidncia da interpretao da palavra lei, porque o juiz no se props ouvir o causador do acidente e nem providenciou a microfilmagem dos cheques comprobatrios da venda do automvel antes do evento. Terceiro fundamento a impossibilidade de uso dos cheques microfilmados que comprovariam a venda do veculo antes do acidente, fato que lhe traria benefcio da improcedncia da demanda quanto a si. E, ainda, a sentena fundou-se em erro de fato, porque o automvel no mais lhe pertencia quando do evento, e, entretanto, houve reconhecimento de fato oposto. Tambm alegou que, no sendo proprietria do veculo, no responde por fato de terceiro no regime do vigente Cdigo Civil, especialmente pela leitura de seu art. 932, conforme jurisprudncia colacionada.

    Requereu a resciso do V. Acrdo para ser realizada a reabertura da instruo processual, com a recomposio do polo passivo originrio pela incluso de JOEL WILSON DOS SANTOS, cuja citao dever ser providenciada; a requisio dos cheques microfilmados que comprovam a venda anterior do automvel a Emlio Carlos Pereira, alm de condenao do ora ru por litigncia de m-f na lide originria (fls. 2/26).

    A petio inicial veio instruda com os documentos de fls. 27/226, comprovado o depsito a que alude o art. 488, II, do CPC (fls. 34).

  • e-JTJ - 0632

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2014

    Juris

    prud

    nci

    a - D

    ireito

    Priv

    ado

    Ace

    sso

    ao S

    umr

    io

    Foi concedida parcialmente a tutela antecipada requerida para o fim de impedir eventual adjudicao do bem penhorado ou levantamento do produto da venda em hasta pblica (fls. 228/230). Considerando apenas o conflito de interesses privados, foi dispensada a interveno do Ministrio Pblico (fls. 552).

    Citado, o ru ofereceu contestao, acompanhada de cpia integral do processo originrio, aduzindo, em resumo, no tipificado dolo de sua parte ou coluso com terceiro para prejudicar a autora, porque agiu nos estritos termos do regime jurdico do Cdigo de Processo Civil (anotou que a denunciao da lide apresentada pela ento r, apesar de sua concordncia, foi indeferida pelo juiz). Houve respeito aos princpios do contraditrio e ampla defesa, tendo a autora oportunidade de provar suas alegaes, e, se no o fez, decorreu de sua omisso. Poderia ter obtido em Juzo os cheques no autos da ao originria, alis, de seu alegado conhecimento e, ento, existentes; no demonstrou ter tentado consegui-los para exibio na ao originria. Inexistiu erro de fato a ser reconhecido; na realidade, a autora quer produzir provas que no providenciou anteriormente, o que vedado em sede de ao rescisria. Na realidade, a responsabilidade da autora foi corretamente reconhecida na ao, falta de produo de contraprova por ela, como lhe competia, cuja oportunidade teve. A deciso final decorreu do juzo permitido pelo art. 131 do CPC. Pediu, ento, a revogao da tutela antecipada e improcedncia da ao rescisria (fls. 318/335).

    o relatrio.II. - 1.- A presente ao encontra-se apta para julgamento, sem dilao

    probatria (art. 330, I, c.c. art. 491, ambos do CPC), porque as questes postas so exclusivamente de direito e os fatos se encontram demonstrados nos autos da ao originria, cujas cpias integrais foram juntadas nestes autos.

    Quer a autora a resciso do julgamento para renovao do processo de conhecimento, ordenada a citao do motorista do automvel e requisio dos cheques que reportou, para prolao de nova sentena.

    2.- 2.1.- O primeiro fundamento trazido refere-se ao dolo da parte vencedora, ante a desistncia da ao do motorista do automvel, que, segundo a autora, teria lhe confessado informalmente reparao dos danos tambm cobrados na ao, assim como assumira sua responsabilidade pelo ressarcimento da ao. Nesse contexto - afirma - a parte contrria quer locupletar-se indevidamente e no fazer justia.

    Na hiptese, a alegao da autora nessa demanda de m-f do autor da ao originria no tem fundamento jurdico para ser reconhecido como causa de resciso do julgamento para sua incluso no polo passivo da demanda.

    preciso lembrar, inicialmente, ter o autor da ao originria optado pelo litisconsrcio passivo facultativo (motorista do automvel e proprietria que

  • e-JTJ - 06 33

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2014

    Jurisprudncia - Direito P

    rivadoA

    cesso ao Sum

    rio

    constava no registro do DETRAN), por se cuidar de imputao de obrigao solidria dos rus.

    Havendo solidariedade passiva, assiste ao credor a faculdade de cobrar a prestao junto a um, alguns ou todos os devedores, acionando-os em litisconsrcio ou isoladamente, sem perder a prerrogativa de demandar contra os outros caso no consiga receber o valor daquele contra quem interps a ao. A opo por litigar contra um ou alguns dos integrantes do polo passivo, no retira do credor o direito de propor posteriormente outras demandas contra aqueles que inicialmente no foram acionados em juzo. No se trata de litisconsrcio necessrio, embora possa ser formado, o credor pode escolher contra quem ajuizar a ao, sem que isso interfira na qualidade da obrigao ou do crdito.

    Da, a desistncia da ao em relao ao motorista antes de sua citao possvel, por representar a vontade momentnea do autor que o Estado lhe entregue a prestao jurisdicional, com a consequente extino do processo sem resoluo de mrito, nos termos do art. 267, VIII, c.c. o seu 4, do CPC. Essa desistncia no impedir o ajuizamento de nova ao, a teor do disposto no art. 268, caput, do CPC, como adverte CASSIO SCARPINELLA BUENO1.

    Lembrando a doutrina de SRGIO RIZZI, FLVIO LUIZ YARSHELL acentua que, para a resciso, ... mister a existncia de nexo causal entre o dolo e a deciso rescindenda. Disso se extrai, com relativa facilidade, que nem todo comportamento doloso no curso do processo h de autorizar a propositura da ao rescisria.2

    Para o reconhecimento dessa causa rescisria, seria necessrio que o dolo da parte vencedora em detrimento da vencida possa resultar inexoravelmente em impedimento ou dificuldade efetiva de atuao do adversrio, ou, ainda, influenciado o magistrado a juzo de afastamento da verdade.

    No caso, o risco da desistncia foi suportado pelo autor. A ento corr no ficou impedida ou dificultada de deduzir sua defesa (como de fato o fez), inclusive com direito a produo de provas a respeito dos cheques descontados, do negcio de compra e venda e de eventuais pagamentos realizados pelo motorista vtima. Imagine-se a hiptese deste, citado pessoalmente, deixar de deduzir defesa e tornar-se revel: no ser colhida sua verso e, mesmo assim, no impedir a produo de provas pela corr que ofereceu resposta, porque, nesse caso, no incide a presuno de veracidade do fato aludida no art. 319 do

    1 A referncia a que a desistncia significativa de que o autor no pretende momentaneamente que o Estado-juiz tutela seu direito em face do ru deve ser entendida no contexto do Cdigo de Processo Civil. A extino do processo sem resoluo de mrito no obsta que o autor intente de novo a ao (para fazer uso da expresso do art. 268 caput) ou, mais precisamente, no impede que o autor formule o mesmo pedido em face do mesmo ru pela mesma causa de pedir em outra oportunidade, dando ensejo a um processo que s novo no sentido cronolgico. (Curso Sistematizado de Direito Processual Civil, vol. 2, Tomo I, Ed. Saraiva,4 ed., 2011, pgs. 379/380).

    2 Ao Rescisria - Juzos Rescindente e Rescisrio, Malheiros Editores, 2005, pgs. 312/313.

  • e-JTJ - 0634

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2014

    Juris

    prud

    nci

    a - D

    ireito

    Priv

    ado

    Ace

    sso

    ao S

    umr

    io

    CPC (art. 320, I, do CPC).Note-se, tambm, que a denunciao da lide formulada pela ora autora

    na demanda originria foi dirigida ao alegado comprador, pessoa diversa do motorista e corru originrio (fls. 392/398).

    2.2.- A segunda pretenso rescindente da autora estriba-se na alegao de violao literal de disposio de lei, apresentando o art. 5, LV, da Constituio da Repblica como violado (consagra os princpios do contraditrio e da ampla defesa).

    Respalda-se na ideia de que deveria ter sido providenciada a requisio das microfilmagens de todos os cheques que referiu, por representarem - segundo ela - a comprovao do negcio de compra e venda do automvel antes do evento. Afirmou, por via de consequncia, que, sem ela, o Juiz reconheceu, na sentena, falta de prova do recebimento alegado.

    BERNARDO PIMENTEL SOUZA, ilustre professor mineiro radicalizado em Braslia-DF, a respeito do vocbulo literal inserido no dispositivo em exame, ensina que ...revela a exigncia de que a afronta deve ser tamanha que contrarie a lei em sua literalidade. J quando o texto legal d ensejo a mais de uma exegese, no possvel desconstituir o julgado proferido luz de qualquer das interpretaes plausveis... (Introduo aos Recursos Cveis e Ao Rescisria, Ed. Saraiva, 3 ed. 2004, pg. 741).

    Por isso, a petio inicial da ao rescisria deve apresentar causa de pedir denotativa de afronta direta (contra a literalidade da norma jurdica) e no apenas dedutvel a partir de interpretaes possveis (restritivas, extensivas, ou mesmo integrao analgica).

    O STJ j decidiu que, para ser julgado procedente o pedido rescindendo sob o fundamento do inciso V, do art. 485, do CPC, depende necessariamente de violao a literal disposio de lei pelo acrdo rescindendo. A afronta deve ser direta - contra a literalidade da norma jurdica - e no dedutvel a partir de interpretaes possveis, restritivas ou extensivas, ou mesmo integrao analgica (AR 720-PR, rel. Min. NANCY ANDRIGHI, j. em 9/10/02, v.u., em DJU de 17/2/03, pg. 214).

    Verifica-se, no caso, que a ora autora apresentou sua defesa basicamente fundada na alegada venda anterior do veculo, mediante consignao em loja de automveis ou similar. No apresentou qualquer contrato ou recibo, justificando, apenas, o recebimento do pagamento em cheques que descontou.

    Tal defesa imps-lhe o nus da prova no prprio processo originrio (art. 333, II, do CPC). Se sua alegao de impossibilidade de obteno dos cheques que depositou em sua conta-corrente tivesse sido manejada adequadamente, poderia, nos autos da ao originria, instar o Juzo a requisit-los. No o fez, permitindo juzo de inexistncia de provas do alegado negcio. Conjecturas

  • e-JTJ - 06 35

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2014

    Jurisprudncia - Direito P

    rivadoA

    cesso ao Sum

    rio

    sobre depoimentos ou verses de terceiros no infringem literalmente o dispositivo constitucional agora invocado.

    Se os fundamentos apresentados no V. Acrdo rescindendo so sustentveis ou no, segundo o direito aplicado, cuida-se de tema alheio ao mbito da ao rescisria, que no instrumento apto correo de eventual injustia de sua deciso. Nesse sentido a jurisprudncia deste Tribunal, em guarida a farta jurisprudncia de outras Cortes:

    Ao rescisria de acrdo. Motivo de rescindibilidade fundado no artigo 485, inciso V e IX, do Cdigo de Processo Civil. Violao de Lei no caracterizada. Pretenso de reviso do julgado. O erro de fato que enseja a rescisria h de ser a causa determinante e essencial do acrdo e sobre esse erro no pode ter havido controvrsia, ou pronunciamento judicial. No cabimento da rescisria. Petio inicial indeferida, extinto o processo sem julgamento do mrito. (16 Grupo de Direito Privado, Ao Rescisria n 0177022-31.2012.8.26.0000, Rel. Des. RUY COPPOLA, j. em 28/2/2013, em site tjsp.jus.br).RESCISRIA DE ACRDO - AO DE OBRIGAO DE FAZER CUMULADA COM INDENIZAO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS - ALEGAO, NA RESCISRIA, DE VIOLAO A LITERAL DISPOSIO DE LEI (ART. 485, V, DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL) - AJUIZAMENTO QUE, EM VERDADE, OBJETIVA REEXAME DA CAUSA, COMO SE NOVO RECURSO FOSSE - VIOLAO AO DISPOSITIVO LEGAL (ARTIGO 6 DO CPC) INOCORRENTE - INADMISSIBILIDADE - AUSNCIA DE PREVISO LEGAL - INADEQUAO DA VIA ELEITA - FALTA DE INTERESSE PROCESSUAL - INDEFERIMENTO DA PETIO INICIAL - PROCESSO EXTINTO, SEM RESOLUO DE MRITO. (16 Grupo de Direito Privado, Ao Rescisria n 0229147-73.2012.8.26.0000, Rel. Des. FRANCISCO CASCONI, j. em 28/2/2013, em site tjsp.jus.br).ACIDENTE DO TRABALHO - AO RESCISRIA PROPOSTA COM FUNDAMENTO DO ART. 485, V, DO CPC - DESCABIMENTO - PRETENSO VOLTADA AO REEXAME DA MATRIA. INDEFERIMENTO DA PETIO INICIAL. A ao rescisria, por sua excepcionalidade no sistema processual, s tem cabimento nos estritos casos apontados no art. 485 do CPC, de modo que se a pretenso voltada ao reexame da prova ou da interpretao da lei conferida pelo v. arresto impugnado. Extino do processo sem resoluo do mrito. (8 Grupo de Direito Pblico, Ao Rescisria n 0159493-96.2012.8.26.0000, Rel. Des. FLORA MARIA NESI TOSSI SILVA, j. em 28/05/2013, em site tjsp.jus.br).Ao rescisria fundada no art. 485, V, do CPC. A reviso do julgamento, mediante o reexame das alegaes e provas, no se admite no mbito da rescisria, na qual descabe cogitar da boa ou m interpretao da prova ou do direito aplicvel, ou, ainda, da justia ou injustia da deciso. Extino da ao por carncia, falta de interesse processual (inadequao

  • e-JTJ - 0636

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2014

    Juris

    prud

    nci

    a - D

    ireito

    Priv

    ado

    Ace

    sso

    ao S

    umr

    io

    da via eleita). (4 Grupo de Direito Privado, Ao Rescisria n 0341515-30.2009.8.26.0000 Ao Rescisria, Rel. Des. PEDRO DE ALCNTARA DA SILVA LEME FILHO, j. em 19/06/2013, em site tjsp.jus.br).AO RESCISRIA E AGRAVO REGIMENTAL - Autor que no logrou provar a violao de quaisquer dos incisos do artigo 485 do Cdigo de Processo Civil. descabida, na ao rescisria, a pretenso de rediscusso de matria j apreciada. O ajuizamento exige que o decisrio combatido tenha sido afrontador da norma legal, no podendo ser utilizada a ao rescisria como meio de rever posicionamento de Cmara Julgadora, procurando revesti-la de natureza infringente. Carncia de interesse processual. Hiptese de indeferimento da inicial, nos termos do artigo 490, I c.c. artigo 295, III, ambos do Cdigo de Processo Civil. (17 Grupo de Direito Privado, Ao Rescisria n 0239112-75.2012.8.26.0000, Rel. Des. MRIO A. SILVEIRA, j. em 24/6/2013, em site tjsp.jus.br).Portanto, a resciso do Acrdo por esse fundamento tambm no

    procede.2.3.- Alegao de que no pde fazer uso dos cheques microfilmados na

    ao originria, devendo, com a resciso do julgamento, receber ajuda judicial para sanar essa falha (sic, fls. 11).

    Para ensejar a resciso do julgamento de mrito proferido, o documento novo mencionado no inciso VII do art. 485 do CPC, na lio MRCIA CONCEIO ALVES DINAMARCO3, aquele que veio a ser conhecido pelo interessado apenas depois da prolao da deciso rescindenda, mas j formado anteriormente, e que, por algum motivo, no pde ser utilizado na instruo processual; porm, mister seja hbil, por si s, para ensejar pronunciamento diverso.

    Os cheques que alega servirem de provado pagamento foram depositados em sua conta-corrente antes do evento, conforme assevera. Existiam antes da demanda originria e poderiam ser requisitados pelo Juzo, caso no dispusesse de meios a autora. Era seu nus de prova da pretenso defensiva apresentada. A omisso no a socorre agora.

    Deve ser mencionado, tambm, na esteira da doutrina apresentada, que os cheques, por si s, no constituiriam prova da alegada venda. Com efeito, no acidente, o automvel encontrava-se na posse de Joel Wilson dos Santos; a autora alega ter entregado o veculo meses antes na loja de Emlio Carlos Pereira. E a transferncia administrativa foi feita depois do acidente para Silmara Cristina Araujo.

    Em sua contestao na ao originria, a ora autora afirmou ter recebido cinco cheques de bancos diferentes (BRADESCO e BANESPA). A numerao dos cheques do BRADESCO (quatro) no representa a emisso em um nico ato,

    3 Ao Rescisria, Ed. Atlas, 2004, pgs. 153/155.

  • e-JTJ - 06 37

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2014

    Jurisprudncia - Direito P

    rivadoA

    cesso ao Sum

    rio

    porque os dois ltimos correspondem a dez folhas seguintes aos dois primeiros, denotando intervalo de tempo no explicado na ocasio.

    E a pessoa indicada pela ora autora como receptora dos cinco cheques na contestao, em seu depoimento nos autos da demanda originria, negou ter emitido cinco cheques, afirmando ser apenas um com o valor vista (fls. 111/112).

    Tais evidncias so relevantes para a recusa da resciso pelo motivo em exame.

    2.4.- Alega a autora erro de fato no reconhecimento feito de ser parte legtima e corresponsvel para receber sentena condenatria. Exsurge o equvoco porque o real causador do acidente sequer foi acionado (pela desistncia da ao formulada pelo autor) e os cheques comprobatrios da venda anterior (sobretudo porque acabou considerada como proprietria na sentena e acrdo rescindendo) demonstram o contrrio.

    Nessa pretenso parte de premissas equivocadas, porque sua responsabilidade civil reconhecida independe da participao do real causador do acidente na demanda e os cheques a que se referiu integravam seu nus probatrio na ao originria para, com outros elementos de prova, buscar a demonstrao da prvia alienao do veculo a terceiro.

    Tanto na sentena como no V. Acrdo rescindendo, tais temas foram abordados, constituindo-se questes dirimidas. Confira-se o que constou no Acrdo:

    Embora a apelante alegue que a alienao do bem ocorreu cerca de quatro meses antes do acidente, quando disponibilizou seu veculo venda no estacionamento da testemunha Emlio, as declaraes desta restaram isoladas nos autos, visto que a r no amealhou nenhum indcio de prova escrita capaz de demonstrar em que momento o bem teria sido transferido de sua esfera de poder (fls. 111/112).Nesse sentido a lio de RUI STOCO: O proprietrio do veculo envolvido em acidente de trnsito responde de modo solidrio com o condutor, pelo fato da coisa, quer dizer, pela condio de titular do domnio do veculo causador da leso. (Tratado de Responsabilidade Civil, 5 ed., RT, pg. 1265/1267).ARNALDO RIZZARDO doutrina sobre essa hiptese rescisria:Numa dimenso mais extenso, o erro de fato resulta da falsa ou ausente viso de elementos objetivos e documentos incontroversos contidos no processo, cuja correta apreciao era essencial para a deciso, que seria diferente se no houvesse a falsa ou ausente viso. Para tanto, os fatos e documentos devem revelar-se reais, incontroversos, no ensejando interpretao divergente, e to relevantes a ponto de importarem na modificao do resultado da ao. Ainda mais, insta que se encontrem comprovados nos autos, no bastando que sejam somente alegveis, de

  • e-JTJ - 0638

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2014

    Juris

    prud

    nci

    a - D

    ireito

    Priv

    ado

    Ace

    sso

    ao S

    umr

    io

    sorte a no necessitar de novas provas a seu respeito. A comprovao importa que no mais exista controvrsia sobre a sua existncia, a qual se d tambm por meio da confisso, que a alegao pela parte e a sua admisso pela outra contendente. Todavia se o erro de fato est em conformidade com os documentos inseridos nos autos, decorre a inadmissibilidade da rescisria.Necessrio, tambm, que a matria no tenha sido enfrenta e discutida, ou que se verifica a falta de sua desconsiderao no exame dos autos. Anotou, sobre o assunto, Modestino Martins Netto: Tanto equivale dizer no houve afirmao nem negao da ocorrncia do fato, o qual, em verdade, no foi considerado, passando o juiz sobre ele in albis. Mas se o juiz, embora errando na apreciao da prova, motiva a deciso dando o fato como existente (apesar de provado o contrrio nos autos), ou mesmo como inexistente (apesar de provado o contrrio), no ser o caso do inciso IX do art. 485 do CPC, como pressuposto para a rescisria cvel, ainda que injusta a sentena.4

    THEOTONIO NEGRO apresenta julgados a respeito5:Na rescisria fundada no inciso IX, no h confundir erro do juiz, admitindo a inexistncia do ajuste entre as partes, com a errnea interpretao do fato, que diz com a justia ou injustia da deciso, que no podem ser averiguados nesta ao (RSTJ 128/263)............................................o erro de fato suscetvel de fundamentar a rescisria, precisamente o averiguvel mediante o exame das provas j existentes no processo, no aquela cuja correo requeira a produo de provas no juzo rescisrio (RTJ 132/1.119; a citao do voto do Min. Gallotti, p. 1.121)..........................................o erro de fato deve ser afervel, na ao rescisria, de exame dos elementos constantes dos autos do processo cuja causa foi decidida pelo aresto rescindendo (RTJ 147/89, um voto vencido).......................................Erro de fato. Tal pretexto no serve ao reexame da valorao da prova, vedado ao rescisria (RTFR 139/21).Ora, alegao de erro de fato, sem comprovao de seus pressupostos

    legais para reconhecimento, no enseja a resciso da sentena ou acrdo, no servindo ela para reexame de valorao da prova.

    Rejeita-se, portanto, o pleito de erro de fato ensejador de resciso do V. Acrdo.

    3.- A questo posta sobre os fundamentos jurdicos da ausncia da

    4 Limitaes do trnsito em julgado e desconstituio da sentena, Ed. Forense, 1 ed. 2009, pg. 325.

    5 CPC e Legislao Processual em Vigor, 37 ed., Saraiva, 2005, pg. 540.

  • e-JTJ - 06 39

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2014

    Jurisprudncia - Direito P

    rivadoA

    cesso ao Sum

    rio

    responsabilidade da autora pelo acidente cometido por terceiro (sic), em verdade, constitui pretenso de reexame da justia da sentena e acrdo proferidos nos autos, luz de alguns precedentes jurisdicionais colacionados.

    Porm, a ttulo de esclarecimento, o Colendo Superior Tribunal de Justia possui firme jurisprudncia no sentido da responsabilizao civil do proprietrio do automvel em caso de responsabilidade civil decorrente de acidente provocado por terceiro que o conduzia:

    PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. FUNDAMENTO AUTNOMO DO ACRDO A QUO NO IMPUGNADO. SMULA 283/STF. ACIDENTE DE TRNSITO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA E SOLIDRIA DO PROPRIETRIO DO VECULO. PRECEDENTES DO STJ. AGRAVO REGIMENTAL NO PROVIDO.1. A ausncia de impugnao de fundamento autnomo apto, por si s, para manter o acrdo recorrido, acerca da legitimidade do Estado de Mato Grosso do Sul, atrai o disposto na Smula 283/STF.2. A orientao jurisprudencial do Superior Tribunal de Justia no sentido de que o motorista e o proprietrio do veculo automotor respondem, de forma solidria, pelos danos causados em acidente de trnsito. Precedentes: AgRg no AREsp 234.868/SE, Rel. Ministro ARI PARGENDLER, PRIMEIRA TURMA, julgado em 02/05/2013, DJe 08/05/2013; AgRg no REsp 1224693/MA, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em 21/02/2013, DJe 26/02/2013.3. Agravo regimental no provido. (AgRg no AREsp 416833 / MS AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL 2013/0354440-0, 2 Turma, Rel. Min. MAURO CAMPBELL MARQUES, v.u., j. em 5/12/2013, DJe 11/12/2013, grifo em negrito meu).Em verdade, quer a autora reviso da deciso de mrito rescindenda, cuja

    justia poderia ter questionado na instncia extraordinria, caso ultrapassado o juzo de admissibilidade.

    Impe-se, assim, a improcedncia da pretenso rescisria ajuizada, com reverso em favor do ru do depsito feito pela autora (art. 490), sem prejuzo do disposto no art. 20 do CPC. Sucumbente, a autora arcar as despesas do processo e honorrios advocatcios, arbitrados em 15% (quinze por cento) sobre o valor atualizado da causa (art. 20, 4 e 3, do CPC).

    III. - Por tudo o quanto foi exposto, voto pela improcedncia da pretenso rescisria manejada pela autora do V. Acrdo proferido nos autos da Apelao n 0012069-82.2006.8.26.0510, pela Egr. 32 Cmara de Direito Privado, declarando a extino do processo com resoluo de mrito, nos termos do art. 269, I, segunda figura, do CPC.

    Por via de consequncia, revogo a tutela antecipada parcialmente

  • e-JTJ - 0640

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2014

    Juris

    prud

    nci

    a - D

    ireito

    Priv

    ado

    Ace

    sso

    ao S

    umr

    io

    concedida autora (fls. 228/229).Determino a reverso ao ru do depsito efetuado pela autora (art. 488, II,

    do CPC), se unnime o julgamento.Condeno a autora, ainda, ao pagamento das despesas processuais e de

    honorrios advocatcios sucumbenciais, arbitrados em 15% (quinze por cento) sobre o valor atualizado da causa (art. 20, 4 e 3, do CPC).

    Agravos de Instrumento

    ACRDO

    Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento n 2097804-46.2014.8.26.0000, da Comarca de Piracaia, em que so agravantes OLIVIO PRODOCIMO (ESPLIO) e RACHELLE DALECIA PRODOCIMO (INVENTARIANTE), so agravados LEONICE TURELLA e REGINALDO EMILIANO PRODOCIMO.

    ACORDAM, em sesso permanente e virtual da 7 Cmara de Direito Privado do Tribunal de Justia de So Paulo, proferir a seguinte deciso: Deram provimento ao recurso. V.U., de conformidade com o voto do relator, que integra este acrdo. (Voto n 14/22518)

    O julgamento teve a participao dos Desembargadores MIGUEL BRANDI (Presidente) e LUIS MARIO GALBETTI.

    So Paulo, 1 de setembro de 2014.LUIZ ANTONIO COSTA, Relator

    Ementa: Ao de Inventrio - Insurgncia contra deciso que deferiu o direito real de habitao Agravada relativamente a imvel rural - Existncia de outro imvel, inclusive declarado como residncia da Agravada na Ao de Reconhecimento de Sociedade Civil - Direito real de habitao deve ter interpretao restrita de modo a no cercear o direito de propriedade dos herdeiros - Anuncia da Agravada com a venda do imvel - Deciso reformada - Recurso provido.

  • e-JTJ - 06 41

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2014

    Jurisprudncia - Direito P

    rivadoA

    cesso ao Sum

    rio

    VOTORecurso de Agravo, na modalidade de Instrumento, interposto contra

    deciso que, em Ao de Arrolamento Sumrio, deferiu convivente suprstite o direito real de habitao.

    Diz a Agravante, em sntese, que foi concedido Agravada direito real de habitao de uma casa situada em imvel rural que compe o monte mor, mas ela no residia ali com o falecido, comprovado nos autos que indicava como sua residncia endereo diverso, no centro daquela Comarca. Aduz, ainda, que a Agravada proprietria de outro imvel naquela cidade, de forma que no faz jus concesso do direito real de habitao. Sustenta, por fim, que a permanncia da convivente no imvel impede a alienao da propriedade rural em prejuzo dos demais herdeiros. Pede a reforma da deciso.

    Em sede de cognio inicial, concedi o efeito suspensivo e dispensei as informaes.

    Contraminuta (fls. 74/90). o Relatrio.Em razo do reconhecimento da condio de companheira (Ao de

    Reconhecimento de Sociedade Civil), pretende a Agravada a declarao de seu direito real de habitao com relao ao imvel rural que alega ser a sua residncia.

    Como j consignado na deciso inaugural, na demanda em que foi reconhecida a qualidade de companheira da Agravada foi indicado por ela endereo de residncia diverso do imvel cedido pelo juzo para sua habitao (fls. 48), admitido expressamente por ela que efetivamente possui outro imvel naquela Comarca.

    Ademais, quando do pedido de Alvar para a venda do respectivo bem, houve concordncia da Agravada, assim, independentemente da venda do imvel, no h que se falar em direito real de habitao.

    O fato de existir outro imvel, onde inclusive afirmou a Agravada ser local onde fixou para receber correspondncias, por si s afasta a possibilidade da companheira beneficiar-se do direito real de habitao.

    Nos termos do artigo 1.831 do Cdigo Civil, confere-se ao cnjuge suprstite o direito real de habitao em relao ao imvel que serviu de residncia ao casal. Neste sentido, em que pese no tenha o legislador especificado que o direito real de habitao no alcana a viva que possua outro imvel, apto a lhe servir de residncia, esta condio evidencia-se ao tecermos uma interpretao teleolgica do dispositivo legal.

    O direito real de habitao representa verdadeiro cerceamento ao direito de

  • e-JTJ - 0642

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2014

    Juris

    prud

    nci

    a - D

    ireito

    Priv

    ado

    Ace

    sso

    ao S

    umr

    io

    propriedade dos herdeiros, razo pela qual deve ser interpretado restritivamente.Isto posto, pelo meu voto, dou provimento ao recurso.

    ACRDO

    Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento n 2120458-27.2014.8.26.0000, da Comarca de Barueri, em que so agravantes DBORA SANTANA DE SOUZA COSTA E SILVA e MARCO ANTONIO DA SILVA, agravada MARTA FERREIRA.

    ACORDAM, em sesso permanente e virtual da 7 Cmara de Direito Privado do Tribunal de Justia de So Paulo, proferir a seguinte deciso: Deram provimento ao recurso. V.U., de conformidade com o voto do relator, que integra este acrdo. (Voto n 5887)

    O julgamento teve a participao dos Desembargadores MIGUEL BRANDI (Presidente sem voto), MARY GRN e WALTER BARONE.

    So Paulo, 4 de setembro de 2014.LUIS MARIO GALBETTI, Relator

    Ementa: Agravo de Instrumento - Resciso contratual c/c reintegrao de posse - Tutela concedida para reintegrar a autora-agravada provisoriamente na posse do imvel - Ausncia de requisitos para a antecipao dos efeitos da tutela - Ausncia de dano irreparvel ou de difcil reparao - Ambas as partes alegam inadimplncia contratual - Necessidade de regular instruo do feito sob o crivo do contraditrio - Deciso reformada - Recurso a que se d provimento para reintegrar os agravantes, at julgamento da demanda, na posse do imvel.

    VOTOVistos.1. Trata-se de agravo de instrumento interposto em ao de resciso

    contratual c/c reintegrao de posse e perdas e danos com pedido de antecipao dos efeitos da tutela ajuizada por MARTA FERREIRA em face de MARCO ANTONIO DA SILVA e DBORA SANTANA DE SOUZA COSTA.

    Pretende a agravante a reforma da r. deciso agravada (fls. 88/89 destes autos) que antecipou os efeitos da tutela para reintegrar a autora na posse do

  • e-JTJ - 06 43

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2014

    Jurisprudncia - Direito P

    rivadoA

    cesso ao Sum

    rio

    imvel localizado na (...), municpio de (...), nos seguintes termos:Vistos.Trata-se de ao de resoluo contratual de compromisso de

    compra e venda de imvel cumulada com reintegrao de posse com pedido de tutela antecipada.

    H prova inequvoca da verossimilhana das alegaes iniciais, pois a inicial veio instruda com documentos que demonstraram a realizao do compromisso de compra e venda entre as partes, e os requeridos foram notificados extrajudicialmente a respeito do atraso no adimplemento de suas obrigaes.

    Existe, outrossim, o grave risco de dano irreparvel ou de difcil reparao aos autores, consistente na hiptese destes suportarem prejuzos econmicos em relao ao imvel objeto da lide durante toda a tramitao deste feito, at que o pedido seja definitivamente apreciado.

    Ante o exposto, DEFIRO a antecipao de parte dos efeitos da pretendida, para reintegrar provisoriamente os requerentes na posse do imvel descrito na inicial. Expea-se mandado de reintegrao de posse, aps o recolhimento das devidas custas.

    Citem-se os rus para os atos e termos da presente ao, bem como para, querendo, contest-la em 15 dias, ficando cientes de que no sendo contestada a ao, presumir-se-o aceitos como verdadeiros os fatos alegados na pea inicial.

    Nos termos do comunicado 165/2014 da Egrgia Corregedoria Geral de Justia do Estado de So Paulo, dever a parte autora efetuar recolhimento (caso ainda no tenha feito), do custo de reproduo de peas processuais (Lei 11.608/2003 artigo 2, pargrafo nico, V), para impresso da contraf, consoante o valor estipulado para cpia reprogrfica (Comunicado SPI 306/2013), no prazo de dez (10) dias, sob pena de extino e arquivamento (guia FEDTJ cdigo 201-0, valor atual R$ 0,50 por cpia).

    Servir o presente, por cpia digitada como mandado. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.

    Int.Alegam os agravantes DBORA e MARCO, em resumo a) haver pago

    88% (oitenta e oito por cento) do valor da compra; b) haver clusula contratual que lhe autorizava a reteno de valores at o cumprimento das obrigaes contratuais da vendedora; c) deter a posse do imvel por mais de 3 anos; d) ser inadequada a via eleita por tratar-se de posse velha; e) no observao do princpio da ampla defesa e do contraditrio; e f) haver cumprido integralmente os termos do contrato porque parte do pagamento foi depositado em conta poupana, por reteno, como previsto contratualmente, em decorrncia da inadimplncia da agravada, consistente no pagamento de laudmio e despesas, alm da concluso da documentao necessria regularizao do imvel.

  • e-JTJ - 0644

    Revista Eletrnica de Jurisprudncia doTribunal de Justia de So PauloNovembro e Dezembro de 2014

    Juris

    prud

    nci

    a - D

    ireito

    Priv

    ado

    Ace

    sso

    ao S

    umr

    io

    Requer a revogao da deciso recorrida e determinao para ser reintegrado na posse do imvel e, liminarmente, o bloqueio da matrcula do imvel e a condenao da agravada por litigncia de m-f.

    O recurso se processou com efeito suspensivo (fl. 203).A Agravada requer a revogao do efeito suspensivo concedido porque

    a ordem de reintegrao de posse j havia sido cumprida no momento da interposio do recurso. (fls. 217/218)

    Em contrarrazes alega, em resumo: a) ausncia de informao do cumprimento da liminar nas razes do recurso; b) ser falsa a alegao de pagamento de quase totalidade do preo do bem; c) interpretao extravagante disposio contratual para justificar o inadimplemento; e d) ausncia de irregularidade na documentao do imvel.

    o relatrio.2. A pretenso dos Agravantes merece provimento.Os agravantes se insurgem contra deciso que antecipou os efeitos da

    tutela para reintegrar a agravada na posse do imvel em ao ordinria de resciso contratual c/c reintegrao de posse e perdas e danos e pedido de antecipao de tutela.

    Alegam os agravantes deterem a posse do imvel desde maro de 2011 e entendem ser descabida a pretenso de reintegrao de posse liminar, por se tratar de posse velha. Diante desta circunstncia entendem ser o caso de extino do feito com fundamento no inciso IV do artigo 267 do Cdigo de Processo Civil. Afirmam se detentores de boa-f e pleiteiam a revogao do mandado de reintegrao de posse.

    No feito principal a agravada afirma a inadimplncia desde 14/02/2012, e tambm haver constitudo os rus em mora. Assevera a inexistncia de irregularidade com a documentao do imvel que justifique a inadimplncia. Afirma que houve a recusa dos rus em comparecer ao ato notarial, e para demonstrar a regularidade da documentao, a escritura foi-lhe outorgada.

    Consta nos autos que as partes firmaram em 14 de janeiro de 2011 Instrumento Particular de Compromisso de Cesso de Direitos de Domnio til por Aforamento da Unio de Imvel Urbano. Os agravantes alegam o descumprimento do 2 da clusula primeira que fixava o prazo de 180 dias, prorrogveis por mais 90 dias, para regularizao definitiva da documentao do imvel.

    A agravada encaminhou notificao em julho de 2012 (conferir fl. 55) alegando ausncia de pagamento, e o agravante contranotificou afirmando que o ato notarial de assinatura da escritura no ocorreu na data pactuada (11/07/2012) por falta de pagamento de laudmios anteriores ao contrato (conferir fl. 62).

    O pargrafo segundo da clusula terce