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º STF 102.168 Suμrerno Tribunal Federdl lnq 0004327 - 07/10/2016 16:59 0002192-55.2016.1.00.000Ô . l lllllll llllll lllll li lllll lllll_llllll lllll lllll lllll lllll lllll lllll llll llll APENS020 Impresso por: 40506963802 - LUIZ FERNANDO VASSALLO CHRYSOSTOMO Em: 19/09/2017 - 21:13:08

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º STF 102.168

Suµrerno Tribunal Federdl

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CONFIDENCIAL POLICIA FEDERAL

SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL NO ESTADO DO PARANÁ DRCOR - Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado

DELEFIN - Delegacia de Repressão a Crimes contra o Sistema Financeiro e Desvio de Verbas Públicas

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 01

TERMO DE DECLARAÇÕES que presta ALBERTO YOUSSEF

Aots) 02 dia(s) do mês de outubro de 2014, nesta Superintendência Regional do Departamento de Policia Federal, em Curitiba/PR, perante EDUARDO MAUAT DA SILVA, Delegada de Policia Federal, Classe Especial, matrícula nº 8190, atendendo a requisição do Procurador Geral da República constante do Ofício nº 1152/Gab para se proceder à oitiva de ALBERTO YOUSSEF, brasileiro, casado, RG 3506470-2/PR, CPF 532.050.659-72, filho de Kalim Youssef e de Antonieta Youssef, o qual firmou acordo de colaboração que será levado à ratificação do Procurador Geral da República, e na presença do Procurador da República ROBERSON HENRIQUE POZZOBON e do Procurador Regional da Republica ANTONII) CARLOS WEL TER, com delegação daquele para atuar no caso, e do advogado do declarante, TRACY JOSEPH REINALDET DOS SANTOS, OAB/PR 56300, sob todas as cautelas de sigilo determinadas, atendendo aos ditames da Lei 12.850/2013, notadamente quanto ao disposto nos artigos 4° a 7°, inquirido, ALBERTO YOUSSEF RESPONDEU: QUE o declarante afirma que o advogado TRACY JOSEPH REINALDET,DOS SANTOS, OAB/PR 56300, ora presente, é seu defensor legalmente nomeado para lhe assistir no presente ato, conforme determina o § 15 do art. 4° da Lei nº 12.850/2013; QUE o declarante afirma que pretende colaborar de forma efetiva e voluntária com investigações policiais e processos criminais, nos termos firmados com o Ministério Público Federal; QUE o declarante renuncia, na presença de sua defensora, ao direito ao silêncio, firmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14 do art. 4° da Lei nº 12.850/2013; QUE o declarante e sua defensora autorizam expressamente e estão cientes do registro audiovisual do presente ato de colaboração em mídia digital (HD Samsung 1Tera, Serial Number E2FWJJHD222JB7), além do registro escrito (duas vias do termo assinadas em papel), nos termos do § 13 do art. 4° da Lei nº 12.850/2013, os quais serão, ao final do ato, devidamente lacrados e entregues ao representante do Ministério Público Federal ora presente, o qual ficará responsável pela guarda, custódia e .· preservação do sigilo das informações; QUE o declarante afirma estar ciente de que o h presente ato de colaboração dependerá da homologação do Poder Judiciário, o qual / verificará a sua regularidade, legalidade e voluntariedade, podendo o juiz recusar a / homologação caso não atenda aos requisitos legais ou adequá-la ao caso concreto, ( estando ciente, ainda que, os efeitos da colaboração premiada dependem de um ou mais dos seguintes resultados, dentre outros, conforme o art. 4° da Lei nº 12.850/2013: 1 - a identificação dos demais coautores e participes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; li - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa; Ili - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa; IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa; bem como a concessão do benefício levará em conta a personalidade do colaborador, a natureza, as circunstâncias, a gravidade e a repercussão social do fato criminoso e a eficácia da colaboração; QUE o declarante também declara estar ciente dos direitos do colaborador previstos no art. 5° da

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Lei nº 12.850/2013: 1- usufruir das medidas de proteção previstas na legislação específica; li - ter nome, qualificação, imagem e demais informações preservados; Ili - ser conduzido, em juízo, separadamente dos demais coautores e participes; IV - participar das audiências sem contato visual com os outros acusados; V - não ter sua identidade revelada pelos meios de comunicação, nem ser fotografado ou filmado, sem sua prévia autorização por escrito; VI - cumprir pena em estabelecimento penal diverso dos demais corréus ou condenados; QUE, a fim de esclarecer os fatos declara que no ano de 1997 conheceu a pessoa do Deputado JOSE JANENE, com quem desenvolveu um vinculo de amizade; QUE no ano de 2001 o mesmo apresentou dificuldades financeiras e solicitou auxilio financeiro para uma campanha , tendo o declarante repassado ao mesmo cerca de US$ 12 milhoes oriundos da atividade de cambio do declarante, tanto no Brasil (Londrina e São Paulo) como no Paraguai; QUE, seguiu fazendo algumas operações financeiras para o mesmo ate ser preso no ano de 2003 na Operacao BANESTADO; QUE, antes de ser preso, apresentou a JOSE JANENE os dirigentes da empresa BONUS BANVAL, com a qual ele passou a operar; QUE, ao sair da prisão o "Mensalao" já havia eclodido e JOSE JANENE já mantinha contato com a pessoa de PAULO ROBERTO COSTA o qual teria sido empossado como dirigente da empresa TBG (gasoduto); QUE, recorda-se de ter feito no

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ano de 2003 um pagamento a PAULO ROBERTO COSTA em um shopping no valor • aproximado de trezentos mil dolares por conta de um contrato entre a TBG e a MITSUI/CAMARGO CORREA, a mando de JOSE JANENE; QUE, entre 2003 e 2005 ficou afastado dos negócios por conta da sua prisão; QUE, ao sair JOSE JANENE estava atuando junto a empresa CSA de CLAUDIO MENTE e RUBENS ANDRADE a qual de fato possuía atividade operacional e atuava no ramo de projetos e prospecção de negócios, sendo feitas todavia algumas emissões de notas a mando de JOSE JANENE; QUE, no ano de 2005, PAULO ROBERTO já atuava junto a Diretoria da PETROBRAS, cabendo ao declarante realizar coleta de valores e pagamentos a mando de JANENE em troca de comissões, inclusive a fim de reaver os recursos que havia emprestado a JANENE; QUE, PAULO ROBERTO foi nomeado como diretor no ano de 2004, acreditando o declarante que no período em que esteve preso algum outro operador financeiro realizou o trabalho que posteriormente foi atribuído ao declarante; QUE, esses valores com os quais o declarante lidava se tratavam de pagamentos feitos por empreiteiras contratadas pela PETROBRAS; QUE, questionado como se deu o ingresso de PAULO ROBERTO COSTA l. na Diretoria de Abastecimento da PETROBRAS, afirma que soube por JANENE que esta -, seria uma manobra política engendrada por JOSE JANENE em parceria com os deputados / PEDRO CORREA e PEDRO HENRY do PP, sendo que a fim de pressionar o governo o PP inclusive promoveu o trancamento da pauta juntamente com outros partidos aliados; QUE, pelo que sabe a nomeação de PAULO ROBERTO COSTA teve ligação com a competência • técnica co mesmo, juntamente com a disposição deste em promover o esquema de contratação de empreiteiras dispostas a contribuir para o partido; QUE, em por volta de · 2007, JOSE JANENE começou a ficar doente e o declarante passou a ter uma participação mais ativa no esquema financeiro, inclusive tomando algumas decisões quanto a pagamentos e transferência de valores, passando a lidar diretamente com algumas empreiteiras, mormente por conta do temperamento difícil de JOSE JANENE; QUE, diz ter se reunido por diversas vezes com empreiteiras, PAULO ROBERTO e JANENE em hotéis no Rio de Janeiro e São Paulo, bem assim na residência de JANENE no bairro ltaim, em

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São Paulo; QUE, nessas reuniões recorda-se de ter presenciado alguns diretores de empreiteiras fazendo comentários acerca de listas de empresas que deveriam ser contratadas havendo algumas reclamações dirigidas a PAULO ROBERTO de que por vezes a ordem de contratação não estava sendo respeitada; QUE, essas reunioes eram periódicas de duas a três vezes ao mês; QUE, segundo teve conhecimento, as grandes empreiteiras reuniam-se para definir os ganhadores das licitações junto a PETROBRAS, deliberando também o que seria reservado as empresas menores; QUE, questionado acerca do envolvimento de dos dirigentes das empresas nesse esquema, diz acreditar que não apenas os diretores mas os donos tinham ciência do esquema, o mesmo se aplicando aos acionistas majoritários; QUE, dentre as grandes empreiteiras que participavam do , esquema anteriormente mencionado, cita: OAS, GALVAO ENGENHARIA, ENGEVIX, IESA, CAMARGO CORREA, UTC, ODEBRECHT, MENDES JUNIOR, SETAL, MITSUJ TOYO, SKANKAS, QUEIROZ GALVAO, ANDRADE GUTIERREZ, TOME ENGENHARIA; QUE, dentre as empresas de médio porte, destaca: JARAGUA EQUIPAMENTOS, CONSTRUCAP, ENGESA, DELTA, TOSHIBA. dentre outras que não recorda no momento; QUE, a pauta das reunioes das quais participou era relativa a contratos e comissões a serem pagas; QUE, deseja esclarecer que as comissoes eram obrigatórias, ou seja, as empresas que não pagassem sofriam retaliações, podendo citar o caso da empresa DELTA; QUE. perguntado se havia algum repasse prévio por parte das empresas, afirma que de regra não, mas soube de empresas em relação as quais teria sido exigido o pagamento de comissão já na emissão dos convites; QUE, assevera que isso não ocorria no âmbito da Diretoria de Abastecimento. mas na Diretoria de Serviços; QUE, segundo soube a relação de empresas a serem convidadas era definida pela Diretoria de Serviços, competindo a Diretoria de Abastecimento excluir e incluir algum licitante de maneira fundamentada e a fim de atender os interesses das empreiteiras e do partido; QUE JOAO VACARI. mesmo antes de assumir como tesoureiro do PT atuava perante a Diretoria de Services dando ordens ao diretor RENATO DUQUE, sendo que alguns pagamentos de comissoes devidas pelas empreiteiras. pelo que sabe, teriam sido feitos por meio de doações oficiais ao Partido dos Trabalhadores; QUE, acerca de quem exercia o papel desempenhado pelo declarante junto a Diretoria de Serviços. diz não saber; QUE, questionado como se dava a dinâmica do favorecimento no âmbito das comissões de licitação, afirma que, segundo soube, as empreiteiras não tinham conhecimento prévio do orçamento base da PETROBRAS, fazendo um escalonamento de preços entre si conforme pactuação em relação a quem deveria ser o vencedor; QUE, segundo sabe, as empresas /

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que não ganhariam a licitação sequer elaboravam o orçamento detalhado a fim de não ter custos inúteis; QUE, afirma que a margem aceitável de variação acerca do orçamento-base seria entre -15 e +20%, sendo que no caso de valores muito exorbitantes do orçamento ou fora da margem anteriormente referida as empresas eram chamadas para fazer um ajuste; QUE, recorda-se que em determinada oportunidade a empresa QUEIROZ GALVAO teve de ajustar uma proposta em cerca de um bilhão de reais a fim de viabilizar a sua contratação; QUE, questionado se em relação aos contratos celebrados pelas grandes empreiteiras havia sempre um ajuste prévio para a contratação. afirma que sim. podendo isso ser aferido pela media dos valores recebidos pelas grandes empreiteiras junto a PETROBRAS em um determinado período, ou seja, soma dos contratos das grandes empreiteiras em determinado período tende a ser muito parecida dado ao ajuste mantido

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entre elas; QUE,, questionado do porque os valores dos contratos serem sempre muito proximos do limite de 20% positivo, afirma que as empresas tendiam a oferecer propostas sempre altas, sendo chamadas posteriormente para renegociação, sendo que a partir do escalonamento de propostas sempre a empresa previamente definida era aquela chamada ara renegociar e, ainda, per vezes chamava-se a primei, a e a segunda, QUE, segundo sabe era raro uma empresa oferecer propostas abaixo do limite de +20%; QUE, competia também ao declarante fazer o assessoramento junto as empreiteiras para a realização de aditivos, sendo que no caso das refinarias, os mesmos foram uma regra eis que antes da contratação das empresas para a execução das obras o projeto executivo não estava concluído; QUE, a PETROBRAS contratou empresas para a realização do projeto executivo; QUE, não sabe porque não foi esperada a conclusão da projeto executivo a fim de evitar ou minimizar a necessidade de aditivos contratuais junto as obras das refinarias; QUE, com relação ao suporte político de PAULO ROBERTO COSTA, aponta que por volta do ano de 2005/2006 PAULO ROBERTO ficou doente e houve um movimento político.bem como por parte de alguns funcionários da própria PETROBRAS a fim de destitui-lo do cargo; QUE, para que isso não ocorresse, entrou em cena a bancada do senado do PMDB, podendo citar os senadores VALDIR RAUPP, RENAN CALHEIROS, ROMERO JUCA, bem como o Ministro EDSON LOBAO, sendo que a partir de então o PMDB passou a receber uma parcela das comissões relativas aos contratos da PETROBRAS, cabendo a FERNANDO SOARES fazer as transferências financeiras implementadas pelo declarante no que tange aos valores devidos ao PMDB, limitando-se o declarante aos recursos do PP; QUE, acerca da distribuição dos valores a serem recebidos pelos partidos, afirma que de regra era de 1 % sobre o valor dos contratos, sendo que em algumas hipóteses as empreiteiras buscavam negociar esse percentual de acordo com a margem de lucro ou o valor do contrato; QUE,, as empreiteiras negociavam essa redução de valores junto a JANENE e o próprio declarante, sendo que a palavra final era dada por PAULO ROBERTO COSTA; QUE, o mesmo se aplicava no caso dos aditivos todavia, via de regra a comissão dos aditivos era maior do que 1 %, podendo chegar ate 5%, sendo tais percentuais negociados nas reuniões anteriormente mencionadas das quais o declarante participava, juntamente com JANENE e PAULO ROBERTO COSTA; QUE, tais valores eram pagos pelas próprias empreiteiras sendo que inicialmente JANENE indicava ao declarante quem o mesmo deveria procurar junto as empresas; QUE, esclarece que eventualmente o valor da comissão sofria uma dedução de impostos, todavia a regra era de que o comissionamento fosse feito com base no valodr bruto; QUE, esses valores ertam fpat

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como por meio de emissão e notas com base em contra os 1c cros e pres açao e serviços, existindo empresas que preferiam realizar os depósitos no exterior, como no caso da ODEBRECHT, por exemplo; QUE, acerca dos controles desses pagamentos, afirma que era feito inicialmente por JANENE ate o ano de 2010, sendo que dali por diante isso passou a ser feito pelo declarante, por JOAO CLAUDIO GENU e PAULO ROBERTO; QUE, acrescenta que em cada empresa o declarante mantinha contato com determinados funcionários, tendo condições de detalhar tais informações posteriormente; QUE, afirma que o controle mantido por parte do declarante funcionava através de lançamentos que eram de responsabilidade de RAFAEL ANGULO LOPES; QUE, de posse dessas informações o declarante diz ter condições de ligar cada lançamento financeiro a sua finalidade e ao seu destinatário; QUE, assevera que muitos pagamentos eram feitos por

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meio de transferências no exterior em favor das off shores de LEONARDO MEIRELLE, NELMA PENASSO e de clientes de CARLOS ROCHA, vulgo CEARA; QUE. diz já ter utilizado os serviços de HABBIB CHATER para a realização de pagamentos em Brasília, sendo que o declarante mandava um emissário ate o mesmo recolher a quantia e fazer a entrega a quem de direito; QUE, nesses casos as pessoas que acionava eram ADARICO NEGROMONTE e RAFAEL ANGULO; QUE, assevera que tal modalidade era uma exceção, vez que na maior parte das vezes o valor era sacado em espécie e entregue em mãos pelo declarante ou pelos emissários anteriormente nominados; QUE, os valores em espécie eram obtidos junto as contas da MO CONSULTORIA ou outras empresas de WALDOMIRO, junto a LABOGEM ou PIROQUIMICA; QUE, questionado acerca de como se dava o seu deslocamento afirma que ocorria tanto em aviões comerciais como aviões fretados, os quais eram pagos em espécie. sem emissão de nota fiscal; QUE, diz nunca ter tido problemas em aeroportos. tendo o próprio declarante viajando com dinheiro preso ao corpo; QUE. questionado acerca da distribuição dos valores pagos pelas empreiteiras. ou seja de 1 % sobre os contratos. afirma que inicialmente eram deduzidos os custos de emissão de nota fiscal e transporte (fretamento de aviões ou voos comerciais). em torno de 25%; QUE .. após a dedução dos custos, a comissão era rateada da seguinte forma: 30% para PAULO ROBERTO COSTA, 5% para o declarante, 5% para JOAO CLAUDIO GENU e 60% para JOSE JANENE; QUE, o declarante informa que era responsável pelo controle de caixa dos valores, sendo que nos casos de recebimento de parcelas de contratos o declarante retinha os valores em espécie ou os recursos eram buscados junto as empreiteiras conforme a necessidade; QUE, a divisão dos valores entre os membros do Partido Progressista (dentro da margem de 60%) era definida por JANENE, sendo que após a morte deste o próprio declarante se encarregou dessa divisão; QUE, em determinada oportunidade PAULO ROERTO determinou a entrega de valores, recordando-se no caso da campanha para o Senado de GLEISI HOFFMAN no ano de 201 O, quando o declarante pessoalmente entregou a quantia de R$ 1000.000,00 {um milhão de reais) para um senhor em um shopping de Curitiba; QUE, diz que PAULO ROBERTO em determinada oportunidade também disse para o declarante "arrumar" dinheiro para a campanha de VALDIR RAUPP, tendo o declarante procurado a empresa QUEIROZ GALVAO, a qual fez uma doação oficial para a campanha do citado parlamentar, tendo descontado esse valor do que era devido ao PP; QUE, acerca desse esquema de financiamento político a partir de comissões sobre contratos da PETROBRAS, consigna espontaneamente que o governo federal (PT) tinha certamente conhecimento desse esquema; QUE, questionado acerca de / quais empresas utilizava para emissão de notas, diz que utilizava as empresas de J-

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WALDOMIRO (MO CONSULTORIA, RCI e RIGIDEZ), empresas de LEONARDO MEIRELLES {não recordando o nome no momento) sendo que eventualmente a GFD emitiu notas também ficando o declarante, nesse caso, com a verba destinada a cobertura de custos de emissão de nota fiscal; QUE, as empresas MO CONSULTORIA, RCI e RIGIDEZ não possuíam funcionários ou qualquer estrutura operacional capaz de prestar qualquer serviço de assessoria, podendo afirmar com segurança que quaisquer contratos firmados pelas mesmas junto as empreiteiras eram fictícios e apenas manejados a fim de justificar a transferência de valores; QUE, com relação a empresa LABOGEN, afirma que a mesma foi reativada e passou a fazer um trabalho serio por iniciativa do declarante a fim de que pudesse reaver os valores devidos por LEONARDO MEIRELLES, sendo tal

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empreitada do ponto de vista jurídico foi acompanhada por MATHEUS OLIVEIRA; QUE, questionado acerca dos valores a serem pagos a PAULO ROBERTO COSTA, afirma que inicialmente os valores eram entregues a CLAUDIO <;,ENU e posteriormente a pessoa de MARCIO, genro de PAULO ROBERTO COSTA; UE, MARCIO possuía um comercio "serio" na visão do declarante. Nada mais havend a ser consignado, determinou-se que fosse encerrado o presente temi,0}1ue, lido e ac~ do conforme vai por todos assinado e lacrado em envelopes com;~;!!s úmero,-105/é 0596 padrão Polícia Federal.

/ {,1 AUTORIDADE POLICIAL"/: '--++---=+---:---,-,-4,,l--;--::-:c---------

PROCURADOR REGIONAL DA REPÚBLICA: -cc-'--,-...:d.-----''-'.::..--------~ Carlos Welter __

~ A/'·::i _....--.. '(.----; -

ADVOGADO:------=~..i===:;I=.:::::... ________ _ Tracy-Jos ph Re_r, ldet dos Santos

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A difusão não autorizada dcs conhê'cimemo caracteriza vlolaç.ão de sigilo fu tonal capitulado no

art. 325 do Código Penal Brasileiro. Pena: reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos e multa.

Constitui crime realizar a interceptação de comunicações telef'6nica9, de lnformãtica ou telemàt.ica, ou quebrar sc-gredo de

Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados om lol, nos tonnos do art. 10 da Lei 9.29619&.

Pena: Rec1 usão de dois a quatm anos, e mutta.

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TERMO DE DECLARAÇÕES COMPLEMENTAR Nº OI ALBERTO YOUSSEF

Aos onze dias do mês de fevereiro de 2015, na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, presentes os Procuradores da República Andrey Borges de Mendonça e Bruno Calabrich e o Promotor de Justiça Wilton Queiroz de Lima, integrantes do Grupo de Trabalho instituído pela Procurador-Geral da República através da Portaria PGR/MPU nº 3, de 19/01/2015, e a Delegada de Polícia Federal Erika Mialik Marena, foi realizada, conforme autorizado pelo Supremo Tribunal Federal em decisão do Ministro Teori Zavascki, observando-se todas as cautelas de sigilo e prescrições da Lei 12.850/2013, na presença do advogado Luiz Gustavo Rodrigues Flores, OAB 27865, a oitiva de ALBERTO YOUSSEF, brasileiro, casado, RG 3506470-2/PR, CPF 532.050.659-72, filho de Kalim Youssef e de Antonieta Youssef o qual declarou: QUE renuncia, na presença de seu defensor ao direito ao silêncio, firmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14 do art. 4° da Lei nº 12.850/2013; QUE o declarante e seu defensor autorizam expressamente e estão cientes do registro audiovisual do presente ato de colaboração em mídia digital (HD Samsung 1 Tera, Serial Nurnber E2FWJJHDB31EOD), além do registro escrito (duas vias do termo assinadas enÍ papel), nos termos do §13 do art. 4° da Lei nº 12.850/2013, os quais serão, ao final do ato, devidamente lacrados e custodiados pelos representantes do Ministério Público ora presentes, os quais ficarão responsáveis pela guarda, custódia e preservação do sigilo das informações e, ulteriormente, serão apresentados ao Supremo Tribunal Federal; QUE em re.lação ao .Senador - FERNANDO COLLOR, tinha um cliente. chamado PEDRO PAULO LEONI RAMOS e a pedido deste cliente fez os depósitos ao FERNANDO COLLOR; QUE fez vários depósitos para o senador FERNANDO COLLOR, já há algum tempo, não sabendo precisar as datas; QUE PEDRO :AULO LEONI e~ _

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conhecido como "PP"; QUE PEDRO PAULO tinha uma "conta corrente" com o declarante e, certa vez, pediu para o declarante fazer um depósito para FERNANDO COLLOR e que entregasse dinheiro cm espécie na casa deste parlamentar; QUE nf10 questionou o motivo do repasse; QUE quando afirma que PEDRO PAULO tinha uma "conta corrente" com o declarante, isto significa que tinha um controle de entradas t: saídas em relação a PEDRO PAULO, na forma de uma instituição financeira não oficial; QUE PEDRO PAULO passou a ser cliente do declarante a partir de 2008 e foi até 2014, quando o declarante foi preso; QUE PEDRO PAULO tinha uma empresa chamada GPI, que gerencia alguns Fundos, que fazem investimentos na área de Saneamento e Energia; QUE estes Fundos captam dinheiro no mercado e investem em empresas destas áreas; QUE não sabe se estas empresas possuem parcerias com o Poder Público; QUE questionado sobre a relação entre FERNANDO COLLOR e PEDRO PAULO, disse que sabe que este ú.Itimo foi Ministro de COLLOR quando presidente da República e por isto "acredita que • a relação de amizade seja boa"; QUE questionado se a empresa GPI tinha relação com COLLOR, acredita que não; QUE questionado por que não, disse que foi diversas vezes na GPI e não o viu lá e que PEDRO PAULO e seus sócios nunca mencionaram tal relação; QUE os sócios do PEDRO PAULO são MAURO BOSCHlERO e RICARDO, cujo sobrenome não se recorda; QUE questionado por que PEDRO PAULO necessitava dos serviços do declarante, declara que ele necessitava de dinheiro em espécie e para isto necessitava que o declarante emitisse notas em face das empresas dele, entregando, em sequência, valores em espécie, seja ao PEDRO PAULO ou a pessoas por ele indicadas; QUE algumas notas foram emitidas pela empresa ARBOR, de MEIRE POZZAe, em seguida, eram feitos os saques e entregues os valores em espécie ao declarante; QUE no caso da entrega envolvendo FERNANDO COLLOR acredita que foi a própria MEIRE quem sacou o dinheiro e entregou ao declarante em espécie na GFD; ·• QUE questionado por que PEDRO PAULO precisava do dinheiro em espécie, disse que o declarante não perguntava e PEDRO PAULO apenas ped.ia para entregar as vezes no escritório do PEDRO PAULO, situado na Rua Padre João Manoel, no Bairro dos Jardins, em São Paulo; QUE questionado quantas vezes fez operações para PEDRO PAULO envolvendo FERNANDO COLLOR, disse que foi várias vezes e que i~to esteja constando\

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Brasilia-DF, ./,s J .J., / 1 s · da contabilidade do senhor RAFAEL ANGULO LOPES, que cuidava da contabilidade do declarante; QUE PEDRO PAULO era identificado na contabilidade pela expressão "PP"; QUE não perguntava ao PEDRO PAULO o motivo da entrega em dinheiro, mas sabe que ele traba]hava com captação de Fundos e com a BR DISTRIBUIDORA; Que PEDRO PAULO fazia alguns trabalhos perante a BR DISTRIBUIDORA; QUE questionado sobre isto, diz que teve uma operação em que PEDRO PAULO pediu que o declarante executasse; QUE esta foi uma operação para uma rede de postos de combustíveis, sem bandeira, que inclusive o Banco BTG FACTUAL fazia parte desta sociedade; QUE nesta operação esta rede de postos passou a ter bandeira BR em todos os seus postos; QUE PEDRO PAULO pediu que o declarante que recebesse tais valores; QUE parte dos valores por conta desta operação com a BR foram recebidos no exterior; QUE tais recursos foram depositados na conta RFY do HSBC HONG KONG, controlada pelo LEONARDO MEIRELLES e, em seguida, disponibilizado em dinheiro ao declarante, que repassou a PEDRO PAULO ou a pessoas indicadas por ele; QUE a outra parte do dinheiro PEDRO PAULO pediu ao declarante que recolhesse valores em espécie em postos de combustíveis indicados por ele; QUE questionado que rede de postos era esta, disse que era bandeira branca e virou BR e acredita que o proprietário seria um senhor conhecido como "CARLINHOS", que tem um escritório na Avenida Faria Lima, em São Paulo, em frente ao Shopping Iguatemi; QUE quem fez a retirada dos valores nos postos foi o senhor RAFAEL ANGULO e o valor em espécie no Brasil foi por volta de três milhões de reais; QUE estes valores foram retirados em três ou quatro etapas; QUE, portanto, RAJ:<"'AEL foi por três ou quatro vezes em postos retirar tais valores; QUE acredita que não foram sempre os mesmos postos; QUE acredita que tenha sido por volta de 2011; QUE o dinheiro dos postos, da mesma forma, foi repassado a PEDRO PAULO; QUE o Banco BTG FACTUAL, por meio de um de seus Fundos, era acionista desta rede de Postos; QUE no exterior foram recebidos cerca de 2 milhões de dólares; QUE a conta RFY era controlada pelo LEONARDO MEIRELLES e .o declarante, quando .. pre.cisava.de_ dinheiro vivo no Brasil, se valia desta operacionalização com MEIRELLES; QUE o senhor LEONARDO MEIRELLES, então, entregou os valores cm espécie na GFD para o declarante; QUE questionado sobre a relação de PEDRO ~AULO com a operação\ r

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o declarante afirma que, se entendeu direito, PEDRO PAULO fez este trabalho corno operador da rede de postos com a BR e por conta disso cobrou um comissionamento; QUE, questionado sobre o que é ser operador, respondeu que ele, PEDRO PAULO, foi o elo entre a rede de postos e a BR DISTRIBUIDORA e deve ter feito este trabalho junto à Diretoria para que este negócio acontecesse; QUE questionado sobre quem PEDRO PAULO conhecia na BR DISTRIBUIDORA, o declarante diz que não sabe, pois o declarante não conhecia ninguém na BR e não sabe quem seria o contato de PEDRO PAULO com a BR; QUE questionado se FERNANDO COLLOR tinha algum relacionamento com a BR, o declarante afirma que se dizia no meio político que FERNANDO COLLOR "tinha uma Diretoria na BR DISTRJBUDIDORA", mas não sabe dizer qual Diretoria e qual seria o diretor; QUE ouviu isto em comentários entre políticos que o declarante tinha relacionamentos; QUE questionado sobre as entregas e depósitos feitos ao senhor FERNANDO COLLOR, o declarante esclarece que foram feítos vários depósitos e entregas • para COLLOR, tanto antes quanto depois da referida operação envolvendo a rede de Postos; QUE questionado sobre as entregas de valores em espécie feitas a FERNANDO COLLOR, o declarante disse que houve algumas entregas; Que em uma delas um emissário de FERNANDO COLLOR foi retirar dinheiro na GFD e que houve outras operações em que o funcionário do declarante RAFAEL ANGULO foi levar dinheiro em espécie em ALAGOAS e que tais valores foram entregues para um funcionário de FERNANDO COLLOR, que não se recorda o nome; QUE questionado sobre quem seria o emissário, não se recorda o nome, mas com certeza tem estes registros na entrada da GFD; QUE em um dos telefones apreendidos pela Polícia Federal tem o telefone deste emissário e o nome dele, com o código de Alagoas; QUE questionado sobre os valores em espécie, não sabe especificar quais seriam tais valores; Que teve vezes que foi 200 e poucos mil reais, outra que foi 300 e poucos mil reais, mais ou • menos cerca destes valores; Que acredita que isto esteja debitado na conta do "PP" ou da empresa dele, a GPI, que constava na contabilidade do declarante, feita por RAFAEL; QUE RAFAEL deve ter ido a ALAGOAS por volta de quatro ou cinco vezes para entregar dinheiro no geral; QUE O emissário de COLLOR deve \

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COLLOR ou com qualquer representante dele; QUE questionado se RAFAEL ia para Alagoas para tratar com outros políticos, disse que ele foi uma ou duas vezes fazer entregas para outras empresas; QUE a própria OAS CONSTRUTORA deu o endereço de uma pessoa em um Hotel em Alagoas para ser feita uma entrega; QUE no mesmo dia se dirigiram para Alagoas tanto RAFAEL ANGULO quanto CARLOS ROCHA, vulgo CEARÁ, cada um saindo de um local diverso; QUE CARLOS ROCHA se encontrou com RAFAEL e entregou o valor que se encontrava em seu poder; QUE RAFAEL juntou os valores, completando cerca R$ 500.000,00, e fez a entrega a uma pessoa; QUE o declarante acredita que existam diálogos interceptados em que o declarante organiza esta entrega com CARLOS ROCHA; QUE não sabe dizer se a pessoa que recebeu esse dinheiro da OAS era relacionada a COLLOR; QUE FERNANDO COLLOR tinha um apartamento em São Paulo, não sabe se dele ou alugado, e lembra que uma vez RAFAEL ANGULO foi uma vez entregar valores neste local, mas não se recorda o valor; QUE não se lembra bem onde era esse apartamento, ou na Avenida Brigadeiro Luís Antônio ou próximo deste local; QUE também nesta oportunidade a entrega tambtm foi feita a pedido de PEDRO PAULO; QUE questionado sobre o valor desta entrega, recorda-se que seria por volta de R$ 50 a R$ 60 mil reais; Que na verdade o relacionamento do declarante com COLLOR sempre foi por intermédio do PEDRO PAULO e que nenhuma outra pessoa pediu ao declarante que entregasse valores ao COLLOR; QUE PEDRO PAULO foi cliente do declarante entre 2008 a 2014 e não se recorda com precisão quando isto aconteceu; QUE questionado sobre os depósitos para a GAZETA DE ALAGOAS, que foram encontrados em cima de sua mesa na GFD, quando da prisão do declarante, confirma que estes depósitos eram destinados a FERNANDO COLLOR, também a pedido de PEDRO PAULO; Que dizem que FERNANDO COLLOR é o proprietário ou um dos sócios da GAZETA DE ALAGOAS; QUE não esteve pessoalmente com FERNANDO COLLOR e não falou com ele pelo telefone; QUE questionado se tinha um telefone exclusivo

_ com PEDRO ... PAULO, diz que tinha- um telefone que não era exclusivo com ele, mas que era mais restrito; QUE os aparelhos de telefone que o declarante possuía eram comprados na 25 de março e já vinham habilitados; QUE já chegava habilitado para o

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RAFAEL ANGULO quem comprava estes números e aparelhos e os entregava ao declarante; QUE trocava estes aparelhos com frequência; QUE tinha um BBM para falar com PEDRO PAULO e o nick dele era "PP"; QUE PEDRO PAULO também usava outros nicks, um ou dois, que não se recorda neste momento quais seriam; QUE PEDRO PAULO, através da GPI, era um dos investidores que iriam investir na LABOGEN, mas que isto não tinha nada de irregular e nada relacionado com o senhor FERNANDO COLLOR; QUE PEDRO PAULO esteve algumas vezes na GFD, para reuniões, tanto acerca da LABOGEN ou acerca da contabilidade dele, para "bater conta", ou seja, verificar as contas; QUE havia mês que PEDRO PAULO movimentava cerca de quinhentos ou seiscentos mil, em outro que entrava mais, como ocorreu com os postos de combustíveis, e teve mês que não tinha nada; QUE questionado sobre o diretor da BR chamado JOSÉ ZONIS, o declarante disse que não o conhece e diz que nunca tive contato com diretores da BR DISTRIBUIDORA; QUE conheceu o PEDRO PAULO através do JOSÉ JANENE, há muitos anos; QUE o funcionário de FERNANDO COLLOR teve vários contatos com o declarante; QUE o declarante afirma que o número deste funcionário estava em um aparelho celular azul, em nome da GFD, que foi apreendido na data da deflagração da operação, na GFD; QUE este telefone da GFD não estava sendo monitorado; QUE se vir a foto deste funcionário poderá reconhecê-lo; QUE salvo melhor juízo, este funcionário era um dos diretores ou funcionário graduado da empresa de televisão que o FERNANDO COLLOR possuía; QUE, se não se engana, em uma das entregas que RAFAEL fez em Alagoas foi no endereço desta empresa de televisão;; QUE questionado sobre a empresa !NVESTMINAS e a LIGHT, envolvendo a GUANHÕES ENERGIA, em que a empresa MO teria prestado suposta consultoria, o declarante afirma que acredita que, provavelmente, a GUANHÕES ou alguma destas empresas pertença a PEDRO PAULO, que é seu cliente, ou a algum Fundo que ele seja responsável; QUE provavelmente o declarante indicou a MO para receber os valores e entregar dinheiro em espécie; QUE a nota fiscal 30 da MO certamente-11ão corresponde.a um.serviço efetivamente prestado e o declarante entregou o valor referente a esta nota para PEDRO PAULO ou para pessoa por indicada por ele ou pagou contas em interesse dele, pois, conforme dito, era o responsável por fazer o "caixa 2" de PEDRO PAULO; Nada m · ) haven~o a ~

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consignado, determinou-se que fosse encerrado o presente termo que, lido e achado conforme vai por todos ·assinado e lacrado em envelopes com lacres número 10851 e 10852 padrão Polícia Federal.

MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO

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Wilton Queiroz de Li6fa

DELEGADA DE POLÍCIA FEDERAL:

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DECLARANTE:

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TERMO DE DECLARAÇÕES COMPLEMENTAR Nº 15 ALBERTO YOUSSEF

Aos onze dias do mês de fevereiro de 2015, na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, presentes os Procuradores da República Andrey Borges de Mendonça e Bruno Calabrich e o Promotor de Justiça Wilton Queiroz de Lima, integrantes do Grupo de Trabalho instituído pela Procurador-Geral da República através da Portaria PGR/MPU nº 3, de 19/01/2015, e a Delegada de Polícia Federal Erika Mialik Marena, foi realizada, conforme autorizado pelo Supremo Tribunal Federal em decisão do Ministro Teori Zavascki, observando-se todas as cautelas de sigilo e prescrições da Lei 12.850/2013, na presença do advogado Luiz Gustavo Rodrigues Flores, OAB 27865, a oitiva de ALBERTO YOUSSEF, brasileiro, casado, RG 3506470-2/PR, CPF 532.050.659-72, filho de Kalim Youssef e de Antonieta Youssef, o qual declarou: QUE renuncia, na presença de seu defensor ao direito ao silêncio, firmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do§ 14 do art. 4° da Lei nº 12.850/2013; QUE o declarante e seu defensor autorizam expressamente e estão cientes do registro audiovisual do presente ato de colaboração em mídia digital (HD Samsung lTera, Serial Number E2FWJJHDB31EOD), além do registro escrito (duas vias do termo assinadas em papel), nos termos do §13 do art. 4° da Lei nº 12.850/2013, os quais serão, ao final do ato, devidamente lacrados e custodiados pelos representantes do Ministério Público ora presentes, que ficarão responsáveis pela guarda, custódia e preservação do sigilo das informações e, ulteriormente, serão apresentados ao Supremo Tribunal Federal; QUE em relação ao pagamento de valores para EDUARDO CUNHA e CERVERÓ pela empresa SAMSUNG, o declarante se recorda que, em determinado dia, o JULIO CAMARGO ligou ao declarante para que fosse ao escritório de JULIO para conversar com ele; QUE o declarante foi e ao chegarªº_ escritório até estranhou pois at~

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o declarante de maneira bastante rápida, o que era incomum; QUE, então, JULIO CAMARGO disse ao declarante que tinha intermediado um contrato de aluguel de sondas, no qual PAULO ROBERTO COSTA, GENU e FERNANDO SOARES participaram, entre SAMSUG MITSUE e a área internacional da PETROBRAS; QUE JULIO CAMARGO relatou ao declarante que, em determinado momento, deixou de repassar os valores para FERNANDO SOARES e este último, para pressionar, fez um pedido para que EDUARDO CUNHA pedisse a uma Comissão do Congresso para questionar Ludo sobre a empresa TOYO, MITSUE e sobre JULIO CAMARGO, SAMSUNG e suas relações com a PETROBRAS, cobrando contratos e outras questões; QUE por isto JULlO CAMARGO ficou bastante assustado; QUE este pedido à PETROBRAS foi feito por intermédio de dois Deputados do PMDB; Que esta Comissão fez questionamentos à PETROBRAS sobre a SAMSUNG, o que pode ser comprovado perante a PETROBRAS; QUE houve um pagamento para FERNANDO SOARES, no valor de US$ 2,0 milhões, na RFY ou DGX, em Hong Kong, e o declarante fez o pagamento deste valor diretamente para FERNANDO SOARES, no escritório deste último; QUE o nome do EDUARDO CUNHA surgiu através do JULIO CAMARGO; QUE, salvo engano, PAULO ROBERTO COSTA mencionou o nome de EDUARDO CUNHA durante esse episódio; QUE PAULO ROBERTO COSTA dizia ao declarante que FERNANDO BAlANO representava o PMDB, mas o declarante nunca presenciou encontros de FERNANDO BAIANO com algum político do PMDB; QUE esteve com FERNANDO BAIANO em três ocasiões: uma vez em um restaurante no Rio de Janeiro, na Marina da Glória, oportunidade em que chamou a atenção dele por estar indo cobrar valores de empresas em nome de PAULO ROBERTO COSTA; QUE nesta oportunidade FERNANDO BAIANO disse que o declarante deveria falar com PAULO ROBERTO COSTA; QUE a outra vez foi no hotel SKY, na Brigadeiro Luís Antônio e a última no escritório da São Gabriel, em ambas para tomar um café e tratar da questão do JULIO CAMARGO e da SAMSUNG; QUE, por fim, na campanha de 2010, o declarante conversou com FERNANDO BAIANO a pedido de PAULO ROBERTO COSTA e queria receber valores da ANDRADE GUTIERREZ referente à Diretoria de /\.bastecimento, pois havia pressão de cobrança de valores para a campanha; QUE

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ele tinha contato com OTÁVIO ZEVEDO, presidente da ANDRADE GUTIERREZ; QUE o declarante recebeu valores na ANDRADE GUTIERREZ em três segundas-feiras seguidas, e retirou lá R$ 500.000,00 cm cada oportunidade; QUE outras empresas comentavam que FERNANDO BAIANO era operador da PETROBRAS; QUE PAULO ROBERTO COSTA pediu ao declarante que cobrasse os valores de JULIO CAMARGO, no valor de USD 1,5 milhão; QUE embora a Diretoria Internacional tenha sido a responsável pelo contrato com a SAMSUNG, o declarante afirma que PAULO ROBERTO COSTA teria valores a serem recebidos porque PAULO ajudou na operação toda, de alguma maneira; QUE não sabe como ocorreu, mas somente soube disso por conta do problema que houve entre JULIO CAMARGO e FERNANDO BAIANO; QUE também JOÃO CLÁUDIO GENU também tinha USD 500.000,00 para receber; QUE, questionado sobre se houve alguma entrega de valores por parte do declarante para EDUARDO CUNHA, o declarante diz que fazia caixa dois tanto da OAS quanto da UTC; QUE não fazia na totalidade, mas de alguns valores; QUE muitas vezes ou a OAS ou a UTC pedia para entregar valores no Rio de Janeiro e o declarante pedia para seus funcionários entregarem tais valores; QUE nestes endereços nunca foi especificado que os valores seriam entregues a EDUARDO CUNHA ou a pessoas ligadas a ele; QUE JAYME CARECA, quando esteve preso, perguntou ao declarante se houve algum valor para EDUARDO CUNHA, o declarante disse a JAYME que não sabia e quem deveria saber seria JAYME; QUE JAYME perguntou ao declarante, quando esteve preso na carceragem da Superintendência, aqui em Curitiba, sobre uma casa amarela em um condomínio na Barra; QUE o declarante não tem conhecimento de este imóvel ter ligação com EDUARDO CUNHA; QUE o declarante nega que tenha dito a JAYME, em alguma oportunidade, que havia determinado a entrega de valores para EDUARDO CUNHA; QUE questionado se o declarante conhece FRANCISCO JOSÉ REIS, proprietário da casa amarela, o declarante diz que não; QUE questionado quem era o proprietário da residência amarela; QUE não conhece JORGE PICClANI; QUE esta entrega efetivamente ocorreu, a pedido da construtora OAS, mas que o declarante não sabe quem era o destinatário; QUE acredita que foram duas parcelas de R$ 500.000,00 cada entregues neste endereço, ambas por CARECA; QUE o d,d,rnote, analisando o doo"m,nto vlha

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OAS", que estava junto com o documento TRANSCARECA, identifica dois valores entregues no Rio de Janeiro: um de R$ 900.000,00, ocorrido em janeiro de 2014, provavelmente, e outro de 08 de agosto de 2013, mas cujo valor não está identificado; QUE acredita que no original o valor se encontre identificado; QUE recebeu da OAS apenas o endereço e o nome da pessoa com quem o entregador teria que contatar, mas que não era EDUARDO CUNHA; QUE não sabe se era JORGE PlCCIANI ou FRANCISCO JOSÉ REIS, pois entregou o nome do destinatário do valor para JAYME; QUE era comum a empresa dizer para entregar um valor para determinada pessoa em determinado horário; QUE o declarante apenas determinava ao emissário para fazer a entrega; QUE em nenhum momento foi mencionado o nome de EDUARDO CUNHA; Nada maü; havendo a ser consignado, determinou-se que fosse encerrado o presente termo que, lido e achado conforme vai por todos assinado e lacrado em envelopes com lacres número 10879 e 10880 padrão Polícia Federal.

MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO

a · Jrich ,

/pt' -~-­Wilton <;iú'eiroz de Lima

DELEGADA DE POLÍCIA FEDERAL:

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Erika Mialik Marena

DECLARANTE:

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Alberto Youssef

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Grasília-!.lF. oi. ').í 'f' 0 t(,' s n· n F t · ,aoc1eerones Jui~ lnsttutor

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ADVOGADO

Luiz Gustavo

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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA RuúBLJCA

TERMO DE COLABORAÇl\0 Nº 05

que presta

ALEXANDRE JOSÉ LOPES BARRADAS

Aot,> 14 de dezembro de 2016, na sede da Procuradoria da República no Rio Grande do Sul, presentes os Procuradores da República ADRIANO DOS SANTOS RALDI e RODOLFO MARTINS KRIEGER, compareceu o(a) senhor(a) ALEXANDRE JOSÉ LOPES BARRADAS, sexo masculino, brasileiro, casado, filho de Geraldo Uns Barradas e Roselita Lopes Barradas, nascido aos 1110811957, natural de Salvador (BA), superior completo. portador do RG nº 983.603-96 (SSPIBA) e inscrito no CPF sob o nº 121 042.725-72, com endereço na Avenida Juracy Magalhães Junior, 1889, apto. 2302, Salvador (BA), telefone (71) 98102-0042 e e-mail: [email protected], devidamente acompanhado por seus advogados CARLOS ALONSO DESA GUTIÉRREZ, OABIRJ 106911, e MARCELLA QUERINO MANGULLO, OAB/SP 304560, a fim de prestar depoimento em razão da celebraçãc, d," J\.cordo de Colaboração com o MINISTÉRIO PÜBLICO FEDERAL. No inicio do presen'e ato. todos os presentes foram cientificados da proibição do uso de quaisquer instrumentos de gravação ou registro de áudio ou vídeo próprios e declararam não estar fazendo uso o:ulto ou dissimulado de qualquer equipamento, sob as penas legais. Inquirido sobre os fato,; em apuração, na presença de seu advogado, sob todas as cautelas de sigilo determinadas, atendendo aos ditames da Lei nº 12.85012013, notadamente quanto ao disposto nos artigos 4º a 7º, RESPONDEU: QUE o advogado ora presente é seu defensor legalmente nomeado para lhe assistir no presente ato, conforme determina o art. 7° da Lei nº 12. 85012013; QUE rer.uncia, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio, reafinnando o comprom1'.5so legal de dizer a verdade, nos termos do §14º do art. 4° da Lei nº 12.850/2013; QUE pretende colaborar de forma efetiva e voluntária com investigações e processos criminais, nos termos firmados com o Ministério Público Federal; QUE, junto de seu defensor, autoriza expressamente e está cienf<' do registro audiovisual do presente ato de colaboração, nos termos do §13º do art. 4º da L&i nº 12.850/2013, QUE está ciente de que/9í os efeitos da colaboração premiada dependem de um ou mais dos seguintes resultados, dentre;.,,' outros, conforme o art. 4° da Lei nº 12.850/2013: I - a id;mtii'icação dos demais coautores e participes da organização criminosa e das infrações pE·nais oor eles praticadas; li - a revelaçã~ da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da orç;w1izéçãc criminosa; Ili - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organiza,-;ão c:riminosa; IV - a recuperação total .! ou parcial do produto ou do proveito das infrações penait praticadas pe1 organização criminosa'./

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Ministério Público Federal Procuradoria-Geral da República

QUE está ciente dos direitos do colaborador previstos 110 a1t. 5° da Lei nº 12.850/2013; QUE, 110

tocante ao ANEXO 5 - PAGAMENTO DE CAIXA 2 À CAMPANHA DE HENRIQUE ALVES, responderá ás questões formuladas pelos membros o'o Parquet, conforme registro audiovisual ora realizado''. Respondidas as questões formuladas, e nada mais havendo a ser consignado, foram encerrados a gravação audiovisual e o presente lermo que, lido e achado conforme, vai por todos assinado, em duas vias.

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IP~ b ~, ALE~NDRE JOSÉ LOPES BARRADAS

Colaborador

"lY\0,~Qrn~~ MARCELLA QUERINO MA ULLO

Advogada - OAB/SP 304 60

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Prc,:;urador da Rep

CARL~~TIÉRREZ Advogado - OAB/RJ 106911 •

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• MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 09 que presta

Alexandrino de Salles Ramos de Alencar

Ao1,> 12 do mês de dezembro de 2016, na sede da Procuradoria da República no Município de Campinas, presentes os Procuradores da República Ricardo Perin Nardi e Leandro Zedes Lares Fernandes, compareceu o(a) senhor(a) Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, masculino, brasileiro, divorciado, advogado e químico, filho de Fernando Ramos de Alencar e Juita de Salles Ramos de Alencar, nascido em 0810511948, natural do Rio de Janeiro/RJ, com ensino superior completo, com RG n. 7298135, inscrito no CPF sob o n. 067.609.880-00, residente e domiciliado na Rua Coronel Bento Noronha, n. 165, Jardim Paulistano, São Paulo SP, 55 11 94470-5665, e [email protected], devidamente acompanhado por sua advogada Renata Machado Saraiva, OAB/RS 76.822, a fim de prestar depoimento em razão da celebração de Acordo de Colaboração com o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. No início do presente ato, todos os presentes foram cientificados da proibição do uso de quaisquer instrumentos de gravação ou registro de áudio ou vídeo próprios e declararam não estar fazendo uso oculto ou dissimulado de qualquer equipamento, sob as penas legais. Inquirido sobre os fatos em apuração, na presença de seu advogado, sob todas as cautelas de sigilo determinadas, atendendo aos ditames da Lei nº 12.85012013, notadamente quanto ao disposto nos artigos 4º a 7°, RESPONDEU: QUE o advogado ora presente é seu defensor legalmente nomeado para lhe assistir no presente ato, conforme determina o art. 7° da Lei nº 12. 85012013; QUE renuncia, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14º do art. 4º da Lei nº 12.850/2013; QUE pretende colaborar de forma efetiva e voluntária com investigações e processos criminais, nos termos firmados com o Ministério Público Federal; QUE, junto de seu defensor, autoriza expressamente e está ciente do registro audiovisual do presente ato de colaboração, nos termos do §13° do art. 4° da Lei nº 12.85012013; QUE está ciente de que os efeitos da colaboração premiada dependem de um ou mais dos seguintes resultados, dentre outros, conforme o art. 4° da Lei nº 12. 85012013: I - a identificação dos demais coautores e partícipes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; li - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa; Ili - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa; IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa; QUE está ciente dos direitos do colaborador previstos no art. 5° da Lei nº 12. 85012013; QUE, no tocante ao ANEXO 09 - Formação da Braskem e consolidação do setor petroquímico, compromissos pré­eleitorais assumidos por Lula e por Antônio Palocci, responderá às questões formuladas pelos membros do Parque/, conforme registro audiovisual ora realizado". Respo dítias as questões formuladas. e nada mais h do a ser consignado, foram encerrados a gr açãd audiovisual e o presente termoilido e cha o conforme, vai por todos assinado, em d -vi

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Alexansl~ Ramos de Alencar ~nata Machado Saraiva i/ Colaborador Adtgada - OABIRS 76.822

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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 21.2 que presta

Alexandrino de Salles Ramos de Alencar

Ao,,, 14 do mês de dezembro de 2016, na sede da Procuradoria da República no Município de Campinas, presentes os Procuradores da República Ricardo Perin Nardi e Leandro Zedes Lares Fernandes, compareceu o(a) senhor(a) Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, masculino.brasileiro, divorciado, advogado e químico, filho de Fernando Ramos de Alencar e Juita de Salles Ramos de Alencar, nascido em 0810511948, natural do Rio de JaneirolRJ, com ensino superior completo, com RG n. 7298135, inscrito no CPF sob o n. 067.609.880-00, residente e domiciliado na Rua Coronel Bento Noronha, n. 165, Jardim Paulistano, São Paulo SP, 55 11 94470-5665, e [email protected], devidamente acompanhado por sua advogada Camile Eltz de Lima, OABIRS 58.443, a fim de prestar depoimento em razão da celebração de Acordo de Colaboração com o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL No inicio do presente ato, todos os presentes foram cientificados da proibição do uso de quaisquer instrumentos de gravação ou registro de áudio ou vídeo próprios e declararam não estar fazendo uso oculto ou dissimulado de qualquer equipamento, sob as penas legais. Inquirido sobre os fatos em apuração, na presença de seu advogado, sob todas as cautelas de sigilo determinadas, atendendo aos ditames da Lei nº 12.85012013, notadamente quanto ao disposto nos artigos 4º a 7º, RESPONDEU: QUE o advogado ora presente é seu defensor legalmente nomeado para lhe assistir no presente ato, confonne detennina o art. 7° da Lei nº 12.850/2013; QUE renuncia, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14º do art. 4º da Lei nº 12.850/2013; QUE pretende colaborar de fonna efetiva e voluntária com investigações e processos criminais, nos termos firmados com o Ministério Público Federal; QUE, junto de seu defensor, autoriza expressamente e está ciente do registro audiovisual do presente ato de colaboração, nos tennos do §13° do art. 4° da Lei nº 12. 85012013; QUE está ciente de que os efeitos da colaboração premiada dependem de um ou mais dos seguintes resultados, dentre outros, confonne o art. 4° da Lei nº 12.850/2013: 1- a identificação dos demais coautores e participes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; li - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa; Ili - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa; IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa; QUE está ciente dos direitos do colaborador previstos no art. 5º da Lei nº 12.850/2013; QUE, no tocante ao ANEXO 21.2 - COM RELAÇÃO À MEDIDA PROVISÓRIA 460 E À APROVAÇÃO DO REFIS DA CRISE • MP 470, responderá ás questões formuladas pelos membros do Parque/, conforme re · tro àudiovísuat ora realizado". Respondidas as questões formuladas, e nada mais havendo a er con ignado, foram encerrados ª1 gwição audiovisual e o presente termo que, lido e achado _Q!l_for , vai por todos assinado, em d v,as

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RicJi~ardi Procurad r da República

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CL~~~ Alexandr~~ Salles Ramos de Alencar

Colaborador

'l,u[J__ Camile Elgi de Lima

Advogada - OABIRS 58.443

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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCIJRADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 03 que presta

ANDRÉ LUIS REIS DE SANTANA

Ao(,, 09 dias do mês de março de 2017, na sede da Força-Tarefa Lava Jato no Estado do Paraná. presente a Procuradora da República Laura Gonçalves Tessler compareceu o senhor ANDRÉ LUIS REIS SANTANA, sexo masculino, brasileiro, solteiro, filho de Antonio Carvalho de Santana e Maria Reis de Santana, ensino superior completo, administrador, nascido em 04/02/1971, inscrito no RG SSP/BA 0384205208 e CPF nº 560.517.355-34, residente e domiciliado na Rua Praia Cachaprego, nº. 50, Lauro de Freitas/BA, devidamente assistido por seus advogados constituídos, a fim de prestar depoimento em razão da celebração de Acordo de Colaboração com o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. No inicio do presente ato, todos os presentes foram cientificados da proibição do uso de quaisquer instrumentos de gravação ou registro de áudio ou vídeo próprios e declararam não estar fazendo uso oculto ou

•dissimulado de qualquer equipamento, sob as penas legais. Inquirido sobre os fatos em apuração, na presença de seu advogado, sob todas as cautelas de sigilo determinadas, atendendo aos ditames da Lei nº 12.850/2013, notadamente quanto ao disposto nos artigos 4° a 7°, RESPONDEU: QUE o advogado ora presente é seu defensor legalmente nomeado para lhe assistir no presente ato, conforme determina o arl. l° da Lei nº 12. 85012013; QUE renuncia, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14º do arl. 4° da Lei nº 12. 85012013; QUE pretende colaborar de forma efetiva e voluntária com investigações e processos criminais, nos termos firmados com o Ministério Público Federal; QUE, junto de seu defensor, autoriza expressamente e está ciente do registro audiovisual do presente ato de colaboração, nos termos do §13° do art. 4° da Lei nº 12.85012013; QUE está ciente de que os efeitos da colaboração premiada dependem de um ou mais dos seguintes resultados, dentre outros, conforme o art. 4° da Lei nº 12.850/2013: I - a identificação dos demais coautores e participes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; li - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa; Ili - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa; IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa; QUE está ciente dos direitos do colaborador previstos no arl. 5° da Lei nº 12. 850/2013; QUE, no tocante ao ANEXO 03(CAMPANHA 2014 DILMA}, responderá às questões formuladas pelos membros do Parque/, conforme registro audiovisual ora realizado". Respondidas as questões formuladas, e nada mais havendo a ser consignado, foram encerrados a gravação audiovisual e o presente termo que, lido e achado conforme, vai por todos assinado, em duas

• vias.

LAURA~ TESSLER Procuradora da Re ública ~~~---------ndN~=.

~-·~ (OAB/PR 32494)

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a MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

PROCURAUORIA-GERAL DA REPÚBLICA

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 02 que presta

ANTONIO PESSOA DE SOUZA COUTO

Ao,,, 14 do mês de dezembro de 2016, na sede da Procuradoria da República no Município de Foz do Iguaçu/PR, presentes os Procuradores da República ALEXANDRE COLLARES BARBOSA e JULIANO BAGGIO GASPERIN, compareceu o senhor ANTONIO PESSOA DE SOUZA COUTO, sexo masculino, brasileiro, casado, filho de José Luiz Justo Couto e Ana Raquel Pessoa de Souza Couto, nascido em 06/08/1976, natural de São Paulo/SP, com grau de instrução de nível superior completo, engenheiro civil, portador da Carteira de Identidade RG nº 05.159.296-70 SSP/BA, CPF nº 897.043.395-34, domiciliado e residente na Estrada da Gávea, nº 681, apt. 1701, São Conrado, Rio de Janeiro/RJ, CEP 22.610-001, telefone (21) 3268-4633 e e-mail [email protected], devidamente acompanhado por seus advogados CARLOS EDUARDO MACHADO, OAB/RJ 46.403, RAFAEL DUQUE ESTRADA, « AB/RJ 145.385 e ALEXANDRE BATISTA FREGONESI, OAB/SP 1,72.276,, a fim de prestar depoimento m razão da celebração de Acordo de Colaboração com o MINISTERIO PUBLICO FEDERAL. No início

do presente ato, todos os presentes foram cientificados da proibição do uso de quaisquer instrumentos de gravação ou registro de áudio ou vídeo próprios e declararam não estar fazendo uso oculto ou dissimulado de qualquer equipamento, sob as penas legais. Inquirido sobre os fatos em apuração, na presença de seus advogados. sob todas as cautelas de sigilo determinadas. atendendo aos ditames da Lei nº 12.850/2013, notadamente quanto ao disposto nos artigos 4° a 7°, RESPONDEU: QUE os advogados ora presentes são seus defensores legalmente nomeados para lhe assistir no presente ato, conforme detennina o arf. 7° da Lei nº 12.85012013; QUE renuncia, na presença de seus defensores, ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade. nos termos do § 14º do arf. 4° da Lei nº 12. 850/2013; QUE pretende colaborar de forma efetiva e voluntária com investigações e processos criminais. nos termos firmados com o Ministério Público Federal; QUE, junto de seus defensores, autoriza expressamente e está ciente do registro audiovisual do presente ato de colaboração. nos termos do §13º do arf. 4° da Lei nº 12. 85012013, QUE está ciente de que os efeitos da colaboração premiada dependem de um ou mais dos seguintes resultados, dentre outros, conforme o art. 4° da Lei nº 12.85012013: I - a identificação dos demais coautores e participes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; li - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa; Ili - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa; IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa; QUE está ciente dos direitos do colaborador

•previstos no arf. 5° da Lei nº 12.850/2013; QUE, no tocan_te ao ANE~O. 2 - Pl}GAMENTO DE

_ VANTAGEM INDEVIDA A ANDRE DE SOUZA PARA ATUAÇAO JUNTO A AREA TECNICA DA CEF LIGADA AO F/1-PM. responderá ás questões formuladas pelos membros do Parquet, conforme registro audiovisual ora realizado". Respondidas as questões formuladas, e nada mais havendo a ser consignado, foram encerrado,,;, a gravação aud1ov1sual e o presente termo que, lido e achado conforme, vai por todos assinado, en:'jªs v1a~d

/ / ;· / !

ALEXA~~?/~o{ ARj~ .BARBOSA / _radb da ~ubl1ca

v(_ ANTONIO

e--/~ tA.;\ f--" A/) ~ CARLOS EDUARDO MACHADO

Advogado - OAB/RJ 46.403 Impr

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• MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 03 que presta

ARIEL PARENTE COSTA

Ao,,) 12 do mês de dezembro de 2016, na sede da Procuradoria da República no Rio Grande do Norte, município de Natal, presentes os Procuradores da República Anna Carolina Resende Maia Garcia e Rodrigo Telles de Souza, compareceu o senhor ARIEL PARENTE COSTA, masculino, brasileiro, casado, filho de Francisco Manoel Ferreira Costa e Benvinda Parente Costa, 28/09/1944, Cruzeiro do Sul/Acre, superior completo, engenheiro civil, documento de identidade nº 561043 SDS/PE, inscrito no CPFIMF 043.430.264-34, Avenida Boa Viagem, nº 4610, ap. 1200, Recife/PE, CEP 51.020.000, 081 3464-1200, e [email protected] devidamente acompanhado por seus advogados DIOGO UEHBE LIMA, OAB/RJ184.564, MARCOS VIDIGAL DE FREITAS CRISSIUMA, OAB/RJ 130.730, e PAULO GOMES RANGEL

------.... N11eE,-,T_.,Or.,-,Oc1,,...l\..,.BIRJ--481.9§7, a fíFA ae prestar aepoill'leflto em razão~a celebração de Aco1do de Colaboração com o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. No inicio do presente alo, todos os presentes foram cientificados da proibição do uso de quaisquer instrumentos de gravação ou registro de áudio ou vídeo próprios e declararam não estar fazendo uso oculto ou dissimulado •

de qualquer equipamento, sob as penas legais. Inquirido sobre os fatos em apuração, na presença de seu advogado, sob todas as cautelas de sigilo determinadas, atendendo aos ditames da Lei nº 12.85012013, notadamenle quanto ao disposto nos artigos 4° a 7º, RESPONDEU: QUE o advogado ora presente é seu defensor legalmente nomeado para lhe assistir no presente ato, conforme determina o arl. 7° da Lei nº 12. 85012013; QUE renuncia, na presença de seu defensor. ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14° do arl. 4° da Lei nº 12.850/2013; QUE pretende colaborar de forma efetiva e voluntária com investigações e processos criminais, nos termos firmados com o Ministério Público Federal; QUE, junto de seu defensor. autoriza expressamente e está ciente do registro audiovisual do presente ato de colaboração, nos termos do §13" do arl. 4° da Lei nº 12.850/2013; QUE está ciente de que os efeitos da colaboração premiada dependem de um ou mais dos seguintes resultados, dentre outros, conforme o arl. 4º da Lei nº 12.850/2013: 1- a identificação dos demais coautores e participes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; li - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa; Ili - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa; IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveí/o das infrações penais praticadas pela organização criminosa; QUE está ciente dos direitos do colaborador previstos no arl. 5° da Lei nº 12.850/2013; QUE, no tocante ao ANEXO 3 -Tabuleiros Litorâneos da Parnaiba - Propina a Interlocutor do eK-deputado Henrique Alves (PMDB), responderá ás questões formuladas pelos membros do Parque/, conforme registro audiovisual ora realizado". Respondidas as questões formuladas, e nada mais havendo a ser consignado, foram encerrados a gravação audiovisual e o presente termo que, lido e achado conforme, vai por todos assinado, em duas vias ú.AJL jl ~

ANNA CAROLINA RESENDE M. GARCIA ~O TELLES DE~ Procuradora da República Procurador da República

ARWZCiocJ@(h DIOGO E LIMA

Colaborador Advoga - OABIRJ 184.564 Impr

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MARC:CJS--vmt!GA,~ Advogado - OA IRJ

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~' PAULO GOMES RANGEL NETO

Advogado - OAB/RJ 181.957 (

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• . MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 04 que presta

ARIEL PARENTE COSTA

Ao<•> 12 do mês de dezembro de 2016, na sede da Procuradoria da República no Rio Grande do Norte, município de Natal, presentes as Procuradoras da República Anna Carolina Resende Maia Garcia e Cibele Benevides Guedes da Fonseca, compareceu o senhor ARIEL PARENTE COSTA, masculino, brasileiro, casado, filho de Francisco Manoel Ferreira Costa e Benvinda Parente Costa, 28/0911944, Cruzeiro do Sul/Acre, superior completo, engenheiro civil, documento de identidade nº 561043 SDSIPE, inscrito no CPF/MF 043.430.264-34, Avenida Boa Viagem, nº 4610, ap. 1200, Recife!PE, CEP 51.020.000, 081 3464-1200, e [email protected] devidamente acompanhado por seus advogados DIOGO UEHBE LIMA, OABIRJ184.564, MARCOS VIDIGAL DE FREITAS CRISSIUMA, OAB/RJ 130.730 e PAULO GOMES RANGEL NETO, OABIRJ 181.957, a fim de prestar depoimento em razão da celebração de Acordo de Colaboração com o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. No início do presente ato, todos os presentes foram cientificados da proibição do uso de quaisquer instrumentos de gravação ou registro de áudio ou vídeo próprios e declararam não estar fazendo uso oculto ou dissimulado de qualquer equipamento, sob as penas legais. Inquirido sobre os fatos em apuração, na presença de seu advogado, sob todas as cautelas de sigilo determinadas, atendendo aos ditames da Lei nº 12.850/2013, notadamente quanto ao disposto nos artigos 4° a 7°, RESPONDEU: QUE o advogado ora presente é seu defensor legalmente nomeado para lhe assistir no presente ato, conforme determina o art. 7° da Lei nº 12.850/2013; QUE renuncia, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14° do art. 4° da Lei nº 12.850/2013; QUE pretende colaborar de forma efetiva e voluntária com investigações e processos criminais, nos termos firmados com o Ministério Público Federal; QUE, junto de seu defensor, autoriza expressamente e está ciente do registro audiovisual do presente ato de colaboração, nos termos do §13° do art. 4° da Lei nº 12.850/2013; QUE está ciente de que os efeitos da colaboração premiada dependem de um ou mais dos seguintes resultados, dentre outros, conforme o art. 4° da Lei nº 12. 85012013: I - a identificação dos demais coautores e participes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; li - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa, Ili - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa; IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa; QUE está ciente dos direitos do colaborador previstos no art. 5º da Lei nº 12.85012013; QUE, no tocante ao ANEXO 4 - Tabuleiros Litorâneos da Parnaíba -Operacionalização de pagamento a pretexto de contribuição de campanha ao então Ministro da Integração Nacional, Geddef Vieira Lima. bem como de pagamentos de vantagens indevidas a José Francisco dos Santos Rufino (Ex-Diretor do Dnocs) e à empresa ENGESOFT, responderá às questões formuladas pelos membros do Parquer, conforme registro audiovisual ora realizado". Respondidas as questões formuladas, , e nada mais havendo a ser consignado, foram encerrados a gravação audiovisual e o presente termo que, lido e achado conforme, vai por todos assinado, em duas vias. /

ANNA CAROLINA RESENDE M. GARCIA Procuradora da República Procuradora da República}

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Ministério Público Federal Procuradoria-Geral da República

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MARCOS V Advogado-

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DIOG E LIMA Ad,og o-~J 18'.56<

PAULO GOMES RANGEL NETO Advogado - OAB/RJ 181. 957

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•• MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 00 que presta

BENEDICTO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR

Ao,,, 13 do mês de dezembro de 2016, na sede da Procuradoria da República no Rio de Janeiro, presentes os Procuradores da República Sêrgio Luiz Pinel Dias e Rafael Antônio Barretto dos Santos, compareceu o(a) senhor(a) BENEDICTO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR, do sexo masculino, brasileiro, casado, filho de Benedicto Barbosa da Silva e Alice Diniz da Silva, nascido em 30/08/1960, natural de LinslSP, terceiro grau completo, engenheiro civil, CI n. 7.730.356-8, CPF n. 015.225.538-94, com endereço residencial no Condomínio Jardim Pernambuco, na Rua Codajas n. 372, Leblon/Rio de Janeiro, telefone (21) 99987 4781, e e-mail profissional ê bjuní[email protected], devidamente acompanhado por seus advogados Adriano Chaves Jucá Rolim, OAB/SP 280.660, Daniela Pereira da Silva, OAB/RJ 102.041, e Alexandre Wunderlich, OAB/RS 36.846, a fim de prestar depoimento em razão da celebração de Acordo de Colaboração com o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. No início do

presente ato, todos os presentes foram cientificados da proibição do uso de quaisquer instrumentos de gravação ou registro de áudio ou video próprios e declararam não estar fazendo uso oculto ou dissimulado de qualquer equipamento, sob as penas legais. Inquirido sobre os fatos em apuração, na presença de seu advogado, sob todas as cautelas de sigilo determinadas, atendendo aos ditames da Lei nº 12.850/2013, notadamente quanto ao disposto nos artigos 4° a 7°, RESPONDEU: QUE o advogado ora presente é seu defensor legalmente nomeado para lhe assistir no presente ato, conforme determina o art. 7° da Lei nº 12. 85012013; QUE renuncia, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14° do art. 4° da Lei nº 12.85012013; QUE pretende colaborar de forma efetiva e voluntária com investigações e processos criminais, nos termos firmados com o Ministério Público Federal; QUE, junto de seu defensor, autoriza expressamente e está ciente do registro audiovisual do presente ato de colaboração, nos termos do §13° do art. 4° da Lei nº 12.850/2013; QUE está ciente de que os efeitos da colaboração premiada dependem de um ou mais dos seguintes resultados, dentre outros, conforme o art. 4° da Lei nº 12. 85012013: I - a identificação dos demais coautores e participes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; li - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa: Ili - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa; IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa; QUE está ciente dos direitos do colaborador previstos no art. 5° da Lei nº 12. 85012013; QUE, no tocante ao seu histórico p fissiona/, ~ onderá às questões formuladas pelos membros do Parque/, conforme registro audio is ai ora reali do". Respondidas as

.Â. questões formuladas, e nada mais havendo a ser consignado, f o gravação audiovisual ~ o presente t~rm ·~ q~e lido ~;ho/l~nforme, vai por todos

=1'(1.>1 L ilÍNÊtb1As ~ RAFAEL República

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EXANDRE WUNDERLICH Advogado - OAB/RS 36.846

REIRA.DA SILVA - OAB/RJ 102.041

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.

. •,,.

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

TERMO DE COLABORAÇÃO NO 22 que presta

BENEDICTO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR

Ao1,i 14 do mês de dezembro de 2016, na sede da Procuradoria da República no Rio de Janeiro, presentes os Procuradores da República Sêrgio Luiz Pinel Dias e Rafael Antônio Barretto dos Santos, compareceu o(a) senhor(a) BENEDICTO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR. do sexo masculino. brasileiro, casado, filho de Benedicto Barbosa da Silva e Alice Diniz da Silva, nascido em 30/08/1960, naturalde Lins/SP. terceiro grau completo, engenheiro civil, CI n. 7. 730.356-8, CPF n. 015.225.538-94, com endereço residencial no Condomínio Jardim Pernambuco, na Rua Codajas n. 372, Leblon/Rio 'de Janeiro, telefone (21) 99987 4781, e e-mail profissional é [email protected], devidamente acompanhado por seus advogados Adriano Chaves Jucá Rolim, OAB/SP 280.660 e Alexandre Wunderlich, OAB/RS 36.846, a fim de prestar depoimento em razão da celebração de Acordo de Colaboração com o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL No inicio do presente ato, todos os presentes

•oram cientificados da proibição do uso de quaisquer instrumentos de gravação ou registro de áudio ou ideo próprios e declararam não estar fazendo uso oculto ou dissimulado de qualquer equipamento, sob

as penas legais. Inquirido sobre os fatos em apuração. na presença de seu advogado, sob todas as cautelas de sigilo determinadas, atendendo aos ditames da Lei nº 12.850/2013, notadamente quanto ao disposto nos artigos 4° a 7°, RESPONDEU: QUE o advogado ora presente é seu defensor legalmente nomeado para lhe assistir no presente ato, conforme determina o art. 7° da Lei nº 12. 850/2013; QUE renuncia, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14° do art. 4° da Lei nº 12.85012013; QUE pretende colaborar de forma efetiva e voluntária com investigações e processos criminais, nos termos firmados com o Ministério Público Federal; QUE, junto de seu defensor, autoriza expressamente e está ciente do registro audiovisual do presente ato de colaboração, nos termos do §13º do art. 4º da Lei nº 12.850/2013; QUE está ciente de que os efeitos da colaboração premiada dependem de um ou mais dos seguintes resultados, dentre outros, conforme o art. 4° da Lei nº 12. 850/2013: I - a identificação dos demais coautores e participes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; li - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa; Ili - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa; IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa; QUE está ciente dos direitos do colaborador previstos no art. 5° da Lei nº 12.850/2013; QUE. no tocante ao ANEXO Parte li, Fato 5.1, Moreira Franco, responderá às questõe formulada p los membros do Parque/, conforme registro audiovisual ora realizado". Respondi s s questõe fo uladas, e nada

•mais havendo a ser consignado. foram encerrados a gravação d.1ov· ua se te termo que, lido

_ e achado cont7,·e, vai por t~os ~ina_do, em duas vias

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1BENEDICTO BAR SA DA SILVA JUNIOR UNDERLICH / Colaborador Advogado - 'e:~':'.:=:3:6~.8~4~6'..___

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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 25 (Porto Maravilha)

que presta

BENEDICTO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR,

Ao1,) 15 dias do mês de dezembro de 2016, na sede da Procuradoria da República no Rio de

Janeiro, presentes os Procuradores da República Renato Silva de Oliveira e Leonardo

Cardoso de Freitas, compareceu o(a) senhor(a) BENEDICTO BARBOSA DA SILVA

JÚNIOR, do sexo masculino, brasileiro, casado, filho de Benedicto Barbosa da Silva e Alice

Diniz da Silva, nascido em 30/08/1960, natural de Lins/SP, terceiro grau completo,

• engenheiro civil, CI n. 7.730.356-8, CPF n. 015.225.538-94, com endereço residencial no

Condomínio Jardim Pernambuco, na Rua Codajas n. 372, Leblon/Rio de Janeiro, telefone

(21) 99987 4781. e e-mail profissional é [email protected], devidamente

acompanhado por seus advogados abaixo identificados, a fim de prestar depoimento em

razão da celebração de Acordo de Colaboração com o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL.

No inicio do presente ato, todos os presentes foram cientificados da proibição do uso de

quaisquer instrumentos de gravação ou registro de áudio ou vídeo próprios e declararam

não estar fazendo uso oculto ou dissimulado de qualquer equipamento, sob as penas legais.

Inquirido sobre os fatos em apuração, na presença de seu advogado, sob todas as cautelas

de sigilo determinadas, atendendo aos ditames da Lei nº 12.850/2013, notadamente quanto

ao disposto nos artigos 4° a 7°, RESPONDEU: QUE o advogado ora presente é seu

defensor legalmente nomeado para lhe assistir no presente ato. conforme determina o art.

• 7" da Lei nº 12. 85012013; QUE renuncia, na presença de seu defensor, ao direito ao

silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14° do arl. 4°

da Lei nº 12. 85012013; QUE pretende colaborar de forma efetiva e voluntária com

investigações e processos criminais, nos termos firmados com o Ministério Público Federal;

QUE, junto de seu defensor, autoriza expressamente e está ciente do registro audiovisual

do presente alo de colaboração, nos termos do §13º do art. 4° da Lei nº 12.850/2013; QU

está ciente de que os efeitos da colaboração premiada dependem de um ou mais dos

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Ministério Público Federal Procuradoria-Geral da República

penais por eles praticadas; li - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da

organização criminosa; Ili - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da

organização criminosa; IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações

penais praticadas pela organização criminosa; QUE está ciente dos direitos do colaborador previstos no

art. 5º da Lei nº 12. 850/2013; QUE, no tocante ao ANEXO 25 (Porto Maravilha), responderá ás

questões formuladas pelos membros do Parque/, conforme registro audiovisual ora realizado". Cabe

registrar que na gravação de vídeo falou-se incorretamente que a data seria 14 de dezembro (e

não a data correta, 15 de dezembro). Respondidas as questões formuladas, e nada mais havendo a

ser consignado, foram encerrados a gravação audiovisual e o presente termo que, lido e achado

conforme, vai por todos assinado, em duas vias.

11 \A_;\A.UÃv RE'1,.1VS1LVA DE OLIVEIRA

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ANTOS JÚNIOR República

LE ANDRE LIMA WUNDERLICH dvogado - OAB/RS 36.846

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• MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 26 (Porto Maravilha Desenvolvimento Urbano)

que presta

BENEDICTO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR,

Ao,,115 dias do mês de dezembro de 2016, na sede da Procuradoria da República no Rio de

Janeiro, presentes os Procuradores da República Renato Silva de Oliveira e Leonardo

Cardoso de Freitas, compareceu o(a) senhor(a) BENEDICTO BARBOSA DA SILVA

JÚNIOR, do sexo masculino, brasileiro, casado, filho de Benedicto Barbosa da Silva e Alice

Diniz da Silva, nascido em 3010811960, natural de LinslSP, terceiro grau completo,

• engenheiro civil, CI n. 7.730.356-8, CPF n. 015.225.538-94, com endereço residencial no

Condomínio Jardim Pernambuco, na Rua Codajas n. 372, LeblonlRio de Janeiro, telefone•

(21) 99987 4781, e e-mail profissional é [email protected], devidamente

acompanhado por seus advogados abaixo identificados, a fim de prestar depoimento em

razão da celebração de Acordo de Colaboração com o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL.

No inicio do presente ato, todos os presentes foram cientificados da proibição do uso de

quaisquer instrumentos de gravação ou registro de áudio ou vídeo próprios e declararam

não estar fazendo uso oculto ou dissimulado de qualquer equipamento, sob as penas legais.

Inquirido sobre os fatos em apuração, na presença de seu advogado, sob todas as cautelas

de sigilo determinadas, atendendo aos ditames da Lei nº 12.85012013, notadamente quanto

ao disposto nos artigos 4° a 7°, RESPONDEU: QUE o advogado ora presente é seu

defensor legalmente nomeado para lhe assistir no presente ato, conforme determina o art.

• 7° da Lei nº 12.850/2013, QUE renuncia, na presença de seu defensor, ao direito ao

silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14º do art. 4°

da Lei nº 12.850/2013; QUE pretende colaborar de forma efetiva e voluntária com

investigações e processos criminais, nos termos firmados com o Ministério Público Federal;

QUE, junto de seu defensor, autoriza expressamente e está ciente do registro audiovisual

do presente ato de colaboração, nos termos do § 13° do art. 4° da Lei nº 12. 850/2013; QUE

está ciente de que os efeitos da colaboração premiada dependem de um ou mais dos

seguintes resultados, dentre outros, conforme o art. 4° da Lei nº 12. 850/2013: I - a

osae~

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Ministério Público Federal Procuradoria-Geral da República

penais por eles praticadas; li - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da

organização criminosa; Ili - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da

organização criminosa; IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações

penais praticadas pela organização criminosa; QUE está ciente dos direitos do colaborador previstos no

arl. 5° da Lei nº 12.850/2013; QUE, no tocante ao ANEXO 26 (Porto Maravilha Desenvolvimento

Urbano), responderá ás questões formuladas pelos membros do Parcruet, conforme registro audiovisual

ora realizado". Respondidas as questões formuladas, e nada mais havendo a ser consignado, foram

encerrados a gravação audiovisual e o presente termo que, lido e achado conforme, vai por todos

assinado, em duas vias.

/111 j /ú( 41,)-<-,fr­RENAfo SILVA DE OLIVEIRA

Procurador da Repúb ca • < ~~ ~ AD I CHAVES JUCÁ ROL

OAB/SP - 280.66

A DA SILVA JÚNIOR

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-~ 7\NDl~E LIMA WUNDERLICH

dvoga,:Jo - OAB/RS 36.846

IELA IRA DA SILVA OAB/RJ 102.041

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• MJN1STÉR10 PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 27 (FI-FGTS - NEWCO INVESTIMENTO E TRANSPORTE)

que presta

BENEDICTO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR,

Ao,,, 15 dias do mês de dezembro de 2016, na sede da Procuradoria da República no Rio de

Janeiro, presentes os Procuradores da República Renato Silva de Oliveira e Leonardo

Cardoso de Freitas, compareceu o(a) senhor(a) BENEDICTO BARBOSA DA SILVA

JÚNIOR, do sexo masculino, brasileiro, casado, filho de Benedicto Barbosa da Silva e Alice

Diniz da Silva, nascido em 30/08/1960, natural de Lins/SP, terceiro grau completo,

• engenheiro civil, CI n. 7. 730.356-8, CPF n. 015.225.538-94, com endereço residencial no

Condomínio Jardim Pernambuco, na Rua Codajas n. 372, Leblon/Rio de Janeiro, telefone

(21) 99987 4781, e e-mail profissional é [email protected], devidamente

acompanhado por seus advogados abaixo identificados, a fim de prestar depoimento em

razão da celebração de Acordo de Colaboração com o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL.

No início do presente ato, todos os presentes foram cientificados da proibição do uso de

quaisquer instrumentos de gravação ou registro de áudio ou vídeo próprios e declararam

não estar fazendo uso oculto ou dissimulado de qualquer equipamento, sob as penas legais.

Inquirido sobre os fatos em apuração, na presença de seu advogado, sob todas as cautelas

de sigilo determinadas, atendendo aos ditames da Lei nº 12.850/2013, notadamente quanto

ao disposto nos artigos 4° a 7°, RESPONDEU: QUE o advogado ora presente é seu

defensor legalmente nomeado para lhe assistir no presente ato, conforme determina o art.

• 7° da Lei nº 12.850/2013; QUE renuncia, na presença de seu defensor, ao direito ao

silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14° do art. 4°

da Lei nº 12. 850/2013; QUE pretende colaborar de forma efetiva e voluntária com

investigações e processos criminais, nos termos firmados com o Ministério Público Federal;

QUE, junto de seu defensor, autoriza expressamente e está ciente do registro audiovisual do

presente ato de colaboração. nos termos do §13º do art. 4° da Lei nº 12.850/2013; QUE está

ciente de que os efeitos da colaboração premiada dependem de um ou mais dos seguintes

resultados, dentre outros, conforme o art. 4° da Lei 11º 12. 85012013: I - a identificação dos

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Ministério Público Federal Procuradoria-Geral da República

praticadas; li - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa; Ili

- a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades ela organização criminosa; IV - a

recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização

criminosa, QUE está ciente dos direitos do colaborador previstos no arl. 5° da Lei nº 12.850/2013; QUE,

no locante ao ANEXO 27 (FI-FGTS - NEWCO INVESTIMENTO 1: TRANSPORTE), responderá às

questões formuladas pelos membros do Parque/, conforme repistro audiovisual ora realizado".

Respondidas as questões formuladas, e nada mais havendo a ser consignado, foram encerrados a

gravação audiovisual e o presente termo que, lido e achado conforme,, vai por todos assinado, em duas

vias.

!J~A»' -· REjATà{S~VA D~~EIRA S SANTOS JÚNIOR

Procurador da Re bl' a • A DA SILVA JÚNIOR

Colaborador

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ANDHE LIMA WUNDERLICH Advogado - OAB/RS 36.846

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• MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 29 (TRENSURB - Eliseu Padilha)

que presta

BENEDICTO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR,

Ao,,, 14 dias do mês de dezembro de 2016, na sede da Procuradoria da República no Rio de

Janeiro, presentes os Procuradores da República Renato Silva de Oliveira, Leonardo ·

Cardoso de Freitas e Jessé Ambrósio dos Santos Júnior, compareceu o(a) senhor(a)

BENEDICTO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR, do sexo masculino, brasileiro, casado, filho de

Benedicto Barbosa da Silva e Alice Diniz da Silva, nascido em 3010811960, natural de

• LinslSP, terceiro grau completo, engenheiro civil, CI n. 7.730.356-8, CPF n. 015.225.538-94,

com endereço residencial no Condomínio Jardim Pernambuco, na Rua Codajas n. 372,

LeblonlRio de Janeiro, telefone (21) 99987 4781, e e-mail profissional é

[email protected], devidamente acompanhado por seus advogados abaixo

identificados, a fim de prestar depoimento em razão da celebração de Acordo de

Colaboração com o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. No inicio do presente ato, todos os

presentes foram cientificados da proibição do uso de quaisquer instrumentos de gravação

ou registro de áudio ou video próprios e declararam não estar fazendo uso oculto ou

dissimulado de qualquer equipamento, sob as penas legais. Inquirido sobre os fatos em

apuração, na presença de seu advogado, sob todas as cautelas de sigilo determinadas,

atendendo aos ditames da Lei nº 12.85012013, notadamente quanto ao disposto nos artigos

4° a 7°, RESPONDEU: QUE o advogado ora presente é seu defensor legalmente nomeado

• para lhe assistir no presente ato, conforme determina o art. 7° da Lei nº 12. 850/2013; QUE

renuncia, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso

legal de dizer a verdade, nos termos do §14° do art. 4° da Lei nº 12.85012013; QUE

pretende colaborar de forma efetiva e voluntária com investigações e processos criminais,

nos termos firmados com o Ministério Público Federal; QUE, junto de seu defensor, autoriza

expressamente e está ciente do registro audiovisual do presente ato de colaboração, nos

termos do §13° do art. 4° da Lei nº 12. 85012 3; QUE está ciente de que os efeitos da

colaboração prem · mais dos seguintes resultados, dentre outros,

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Ministério Público Federal Procuradoria-Geral da República

partícipes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; li - a revelação da

estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa; Ili - a prevenção de infrações

penais decorrentes das atividades da organização criminosa; IV - a recuperação total ou parcial do

produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organiza,,ão criminosa; QUE está ciente

dos direitos do colaborador previstos 110 art. 5° da Lei nº 12.850/2013, QUE, no tocante ao ANEXO 29

(TRENSURB - Eliseu Padilha), responderá às questões formuladas pelos membros do Parque/,

conforme registro audiovisual ora realizado". Respondidas as ques1ões formuladas, e nada mais

havendo a ser consignado, foram encerrados a gravação audiovisual e o presente termo que, lido e

achado conforme, vai por todos assinado, em duas vias.

Rk.~A Procurador da República

~ JESSÉ AMB~Vi6o~ SANTOS JÚNIOR

Pfricurador~a República I'

~~ ~R~HAVES-JtJek;;~~~----- '

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ALEX ORE LIMA WUNDERLICH vogado - OAB/RS 36.846

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• MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 30 (TRENSURB - Marco Maia}

que presta

BENEDICTO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR,

Ao,,> 14 dias do mês de dezembro de 2016, na sede da Procuradoria da República no Rio de

Janeiro, presentes os Procuradores da República Renato Silva de Oliveira, Leonardo

Cardoso de Freitas e Jessé Ambrósio dos Santos Júnior, compareceu o(a) senhor(a)

BENEDICTO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR, do sexo masculino, brasileiro, casado, filho de

Benedicto Barbosa da Silva e Alice Diniz da Silva, nascido em 30/08/1960, natural de

• Lins/SP, terceiro grau completo, engenheiro civil, CI n. 7.730.356-8, CPF n. 015.225.538-94,

com endereço residencial no Condomínio Jardim Pernambuco, na Rua Codajas n. 372,

Leblon/Rio de Janeiro, telefone (21) 99987 4781, e e-mail profissional é

[email protected], devidamente acompanhado por seus advogados abaixo

identificados, a fim de prestar depoimento em razão da celebração de Acordo de

Colaboração com o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. No inicio do presente ato, todos os

presentes foram cientificados da proibição do uso de quaisquer instrumentos de gravação

ou registro de áudio ou vídeo próprios e declararam não estar fazendo uso oculto ou

dissimulado de qualquer equipamento, sob as penas legais. Inquirido sobre os fatos em

apuração, na presença de seu advogado, sob todas as cautelas de sigilo determinadas,

atendendo aos ditames da Lei nº 12.850/2013, notadamente quanto ao disposto nos artigos

4° a 7°, RESPONDEU: QUE o advogado ora presente é seu defensor legalmente nomeado

para lhe assistir no presente ato, conforme determina o att. 7° da Lei nº 12.850/2013; QUE

• renuncia, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso

legal de dizer a verdade, nos termos do §14º do art. 4° da Lei nº 12.85012013; QUE

pretende colaborar de forma efetiva e voluntária com investigações e processos criminais,

nos termos firmados com o Ministério Público Federal; QUE, junto de seu defensor, autoriza

expressamente e está ciente do registro audiovisual do presente ato de colaboração, nos

termos d §13° do art. 4° da Lei nº 12.85012013; QUE está ciente de que os efeitos da

- remiada dep~ndem de 'um ou mais dos segwnt~s resultados,. dent:71.outros,

art. 4° da Let nº · . 85 2 13: 1 - a 1dent1flcaçao dos demais coáu ore e

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Ministério Público Federal Procuradoria-Geral da República

participes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; li - a revelação da

estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa; Ili - a prevenção de infrações

penais decorrentes das atividades da organização criminosa; IV - a recuperação total ou parcial do

produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa; QUE está ciente

dos direitos do colaborador previstos no art. 5° da Lei nº 12.850/2013; QUE, no tocante ao ANEXO 30

(TRENSURB - Marco Maia), responderá às questões formulada.s pelos membros do Parquet,

conforme registro audiovisual ora realizado". Respondidas as questões formuladas, e nada mais

havendo a ser consignado, foram encerrados a gravação audiovisual e o presente termo que, lido e

achado confo~<u;:::inado, em duas vias.

~N~O SILVA DE OLIVEIRA Procurador da ReR · lica

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JESSÉ AMBR -~ · ·b~s ;7T0S JÚNIOR Proc raáor da ~~~lica

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- 'CHA\1ES"JlfC-Á ROLIM OAB/SP - 280.660

---

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NDRE LIMA WUNDERLICH Ai:lvogado - OAB/RS 36.846

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• MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 31 (TRENSURB - Paulo Bernardo)

que presta

BENEDICTO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR,

Ao(,, 14 dias do mês de dezembro de 2016, na sede da Procuradoria da República no Rio de

Janeiro, presentes os Procuradores da República Renato Silva de Oliveira, Leonardo

Cardoso de Freitas e Jessé Ambrósio dos Santos Júnior, compareceu o(a) senhor(a)

BENEDICTO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR, do sexo masculino, brasileiro, casado, filho de

Benedicto Barbosa da Silva e Alice Diniz da Silva, nascido em 30/08/1960, natural de

• Lins/SP, terceiro grau completo, engenheiro civil, CI n. 7.730.356-8, CPF n. 015.225.538-94,

com endereço residencial no Condomínio Jardim Pernambuco, na Rua Codajas n. 372,

Leblon/Rio de Janeiro, telefone (21) 99987 4781, e e-mail profissional é

[email protected], devidamente acompanhado por seus advogados abaixo

identificados, a fim de prestar depoimento em razão da celebração de Acordo de

Colaboração com o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. No início do presente ato, todos os

presentes foram cientificados da proibição do uso de quaisquer instrumentos de gravação

ou registro de áudio ou video próprios e declararam não estar fazendo uso oculto ou

dissimulado de qualquer equipamento, sob as penas legais. Inquirido sobre os fatos em

apuração, na presença de seu advogado, sob todas as cautelas de sigilo determinadas,

atendendo aos ditames da Lei nº 12.850/2013, notadamente quanto ao disposto nos artigos

4° a 7°, RESPONDEU: QUE o advogado ora presente é seu defensor legalmente nomeado

• para lhe assistir no presente ato, conforme determina o art. 7° da Lei nº 12.850/2013; QUE

renuncia, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso

legal de dizer a verdade, nos termos do §14º do art. 4º da Lei nº 12.850/2013, QUE

pretende colaborar de forma efetiva e voluntária com investigações e processos criminais,

nos termos firmados com o Ministério Público Federal; QUE, junto de seu defensor, autoriza

expressamente e está ciente do registro audiovisual do presente ato de colaboração, nos

termos do §13° do art. 4° da Lei nº 12. 85012013; QUE está ciente âe que os efeitos da

colaboração premiada dependem de um ou mais dos seguintes result os, dentre outros,

conforme ,cs_.-""'ntificação dos de

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Ministério Público Federal Procuradoria-Geral da República

partícipes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; li - a revelação da

estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa; Ili - a prevenção de infrações

penais decorrentes das atividades da organização criminosa; IV - a recuperação total ou parcial do

produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organizéição criminosa, QUE está ciente

dos direítos do colaborador previstos no art. 5° da Lei nº 12. 85012013; QUE, 110 tocante ao ANEXO 31

(TRENSURB - Paulo Bernardo). responderá às questões formuladas pelos membros do Parque/,

conforme registro audiovisual ora realizado". Respondidas as queE,tões formuladas, e nada mais

havendo a ser consignado, foram encerrados a gravação audiovisual e o presente termo que, lido e

achado conforme, vai por todos assinado, em duas vias.

~~V:A Procurador da Re ública

~ • JESSÉ AMBRÓ IS,-00 SANTOS JÚNIOR

~~S, OAB/SP - 280.660

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~~ AL ANDRE LIMA WUNDERLICH

Advogado - OAB/RS 36.846

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•• MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 57 que presta

BENEDICTO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR

Ao(,, 16 do mês de dezembro de 2016, na sede da Procuradoria da República no Rio de Janeiro, presentes os Procuradores da República Sêrgio Luiz Pinel Dias e Renato Silva de Oliveira, compareceu o(a) senhor(a) BENEDICTO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR, do sexo masculino, brasileiro, casado, filho de Benedicto Barbosa da Silva e Alice Diniz da Silva, nascido em 30/08/1960, natural de Lins/SP, terceiro grau completo, engenheiro civil, CI n. 7. 730.356-8, CPF n. 015.225.538-94, com endereço residencial no Condomínio Jardim Pernambuco, na Rua Codajas n. 372, Leblon/Rio de Janeiro, telefone (21) 99987 4781, e e-mail profissional ê [email protected], devidamente acompanhado por seus advogados Daniela Pereira da Silva, OAB/RJ 102.041 e Alexandre Wunderlich, OAB/RS 36.846, á fim de prestar depoimento em razão da celebração de Acordo de Colaboração com o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. No inicio do presente ato, todos os presentes foram cientificados da proibição do uso de quaisquer instrumentos de gravação ou registro de áudio ou video próprios e declararam 'não

•star fazendo uso oculto ou dissimulado de qualquer equipamento, sob as penas legais. Inquirido s?bre s fatos em apuração, na presença de seu advogado, sob todas as cautelas de sigilo determinadas,

atendendo aos ditames da Lei nº 12.850/2013, notadamente quanto ao disposto nos artigos 4' a 7', RESPONDEU: QUE o advogado ora presente é seu defensor legalmente nomeado para lhe assistir no presente ato, conforme determina o arl. 7° da Lei nº 12. 85012013; QUE renuncia, na presença de. seu defensor. ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14º do art. 4° da Lei nº 12.850/2013; QUE pretende colaborar de fonna efetiva e voluntária com investigações e processos criminais, nos termos firmados com o Ministério Público Federal; QUE, junto de seu defensor. autoriza expressamente e está ciente do registro audiovisual do presente ato de colaboração, nos termos do §13º do art. 4° da Lei nº 12. 850/2013; QUE está ciente de que os efeitos da colaboração premiada dependem de um ou mais dos seguintes resultados, dentre outros, conforme o art. 4° da Lei nº 12.850/2013: I - a identificação dos demais coautores e parlícipes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; li - a revelação da estrutura hierárquica ·e da divisão de tarefas da organização criminosa; Ili - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa; IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa; QUE está ciente dos direitos do colaborador previstos no art. 5° da Lei nº 12.850/2013; QUE, no tocante ao ANEXO PARTE Ili, Doações de campanhas realizadas por parceiro comercial (GRUPO PETRÓPOLIS), responderá às questões formuladas pelos membros do Parquet, conforme registro audiovisual ora realizado". Respondidas as questões formulad~s. e nada m~1s h vendo a ser consignado, foram encerrados a gravação audim1isual

• o present~ter , que lido ~cha p,,icon'.orme, vai por todos assin o, duas vias.

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• . MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 58 que presta

BENEDICTO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR

Ao,,, 13 do mês de dezembro de 2016, na sede da Procuradoria da República no Rio de Janeiro, presentes os Procuradores da República Sérgio Luiz Pinel Dias e Rafael Antônio Barretto dos Santos, compareceu o(a) senhor(a) BENEDICTO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR, do sexo masculino, brasileiro, casado, filho de Benedicto Barbosa da Silva e Alice Diniz da Silva, nascido em 30/08/1960, natural de Lins/SP, terceiro grau completo, engenheiro civil, CI n. 7.730.356-8, CPF n. 015.225.538-94, com endereço residencial no Condomínio Jardim Pernambuco, na Rua Codajas n. 372, LeblonlRio de Janeiro, telefone (21) 99987 4781, e e-mail profissional é [email protected], devidamente acompanhado por seus advogados Adriano Chaves Jucá Rolim, OABISP 280.660, Daniela Pereira da Silva, OABIRJ 102.041, e Alexandre Wunderlich, OABIRS 36.846, a fim de prestar depoimento em razão da celebração de Acordo de Colaboração com o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL No início do

t sente ato, todos os presentes foram cientificados da proibição do uso de quaisquer instrumentos de vação ou registro de áudio ou vídeo próprios e declararam não estar fazendo uso oculto ou

ssimulado de qualquer equipamento, sob as penas legais. Inquirido sobre os fatos em apuração, 'na presença de seu advogado, sob todas as cautelas de sigilo determinadas, atendendo aos ditames da Lei nº 12 85012013, notadamente quanto ao disposto nos artigos 4° a 7°, RESPONDEU: QUE o advogado ora presente é seu defensor legalmente nomeado para lhe assistir no presente ato, conforme determina o art. 7° da Lei nº 12. 850/2013; QUE renuncia, na presença de seu defensor, ao direito ao siléncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14º do art. 4° da Lei nº 12.850/2013; QUE pretende colaborar de forma efetiva e voluntária com investigações e processos criminais, nos termos firmados com o Ministério Público Federal; QUE, junto de seu defensor, autoriza expressamente e está ciente do registro audiovisual do presente ato de colaboração, nos termos do § 13º do art. 4° da Lei nº 12. 850/2013; QUE está ciente de que os efeitos da colaboração premiada dependem de um ou mais dos seguintes resultados, dentre outros, conforme o art. 4° da Lei nº 12.850/2013: 1 - a identificação dos demais coautores e participes da organização criminosa e ,das infrações penais por eles praticadas: li - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa; Ili - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades 'da organização criminosa; IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa; QUE está ciente dos direitos do colaborador previstos no art. 5° da Lei nº 12. 850/2013; QUE, no tocante ao ANEXO Parte IV- Planejamento Fiscal e Geração de Caixa 2 no Brasil, responderá às questões formuladas pel membros do arquei, conforme

-

gistro audiovisual ora realizado". Respondidas as questões fo ui das, e nad m is havendo a ser nsígnado, foram encerrados a gravação audiovisual e o pres te rmo que, li o achado conforme, 1 por todos ass·. ado, em duas5Jli

fa, / (/,~ // .r RGI LUI il'INEL AS'L-j

~EXANDRE WU DERLICH Advogado - OABIRS 36.846

ç;RIA).io 4JAVES IÍ ICÁ..ROJ,I Advogado - OABISP 280 66

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• MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 6

que presta

CARLOS JOSÉ FADIGAS DE SOUZA FILHO

~O(s) quinze dias do mês de dezembro, compareceu o(a) senhor(a) Carlos José Fadigas de

~ouza Filho, sexo masculino, nacionalidade brasileira, casado, filho de Carlos José Fadigas de

Souza e de Cibele Franco Fadigas de Souza, nascido aos 3/1/1970, natural de Salvador/BA,

instrução pós graduação completo, administrador de empresas, documento de identidade nº

3.538.534-02 e do CPF nº 566.401. 705-82, com endereço à Rua Lemos Monteiro, 120, São

Paulo/SP, telefone 3096-8198, a fim de prestar depoimento em razão da celebração de Acordo

de Colaboração com o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. Todos os presentes · são

cientificados neste momento da proibição do uso de quaisquer instrumentos de gravação ou

registro de áudio ou vídeo próprios e declaram não estar fazendo uso oculto ou dissimulado de

qualquer equipamento, sob as penas legais. Inquirido sobre os fatos em apuração, na presença

de seus advogados Pierpaolo Cruz Bottini, OAB/SP 163.657, e Valter Pedrosa Barretto Junior,

OAB/BA 20.344, sob todas as cautelas de sigilo determinadas, atendendo aos ditames da Lei

. nº 12.850/2013, notadamente quanto ao disposto nos artigos 4° a 7°, inquirido, RESPONDEU:

&uE o advogado ora presente é seu defensor legalmente nomeado para lhe assistir no

presente ato, conforme determina o art. 7" da Lei nº 12.85012013; QUE renuncia, na presença

de seu defensor, ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade,

nos termos do §14° do art. 4° da Lei nº 12. 85012013; QUE pretende colaborar de forma efetiva

e voluntária com investigações e processos criminais, nos termos firmados com o Ministério

Público Federal; QUE renuncia, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio, firmando o

compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do art. 4° da Lei nº 12.850/2013; QUE, junto

de seu defensor, autoriza expressamente e está ciente do registro audiovi

de colaboração, a~ do registro escrito (duas vias do termo assinad nos te

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Ministério Público Federal Procuradoria-Geral da República

do §7" do art. 4° da Lei nº 12.850/2013; QUE está ciente de que os efeitos da colaboração

premiada dependem de um ou mais dos seguintes resultados, dentre outros, conforme o art. 4°

da Lei nº 12. 850/2013: J - a identificação dos demais coautores e participes da organização

criminosa e das infrações penais por eles praticadas; li - a revelação da estrutura hierárquica e

da divisão de tarefas da organização criminosa; /li - a prevenção de infrações penfiiS

decorrentes das atividades da organização criminosa; IV - a recuperação total ou parcia/;do

produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa; bem como '

a concessão do benefício levará em conta a personalidade do colaborador, a natureza,· as 1

circunstâncias, a gravidade e a repercussão social do fato criminoso e a eficácia da 1

colaboração; QUE está ciente dos direitos do colaborador previstos no art. 5° da Lei nº ' 12.850/2013; QUE, no tocante ao ANEXO 6, "Regime Especial da Indústria Química f

(REIQ) / MP 613", declara que, antes de detalhar os pagamentos e as operações específicas, ' importa contextualizar os problemas pelos quais passava a indústria química e a necessidade

da implementação de certas medidas; QUE com isso pretende situar os atos praticados no

.mpo e explicitar os objetivos almejados; QUE, no início desta década, o setor industrial 1

brasileiro atravessou anos muito diflceis; QUE isso ficou evidenciado pelo déficit na balança '

comercial de manufaturados, acentuada queda do PIB industrial e queda na produção e no '

emprego industrial; QUE, nesse contexto, diversas iniciativas de apoio à indústria nacional

foram discutidas no âmbito do Governo Federal e também no Congresso Nacional; QUE a

Braskem, como uma das maiores empresas industrias brasileiras, participou dessas discussões

diretamente e através das diversas associações industriais brasileiras, notadamente: FIEB -

Federação das Indústrias do Estado da Bahia, FIERGS - Federação das Indústrias do Estado

do Rio Grande do Sul, FIESP - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, CNI -

Confederação Nacional da Indústria e Abiquim - Associação Brasileira da Indústria Química;

QUE, tanto as dificuldades da indústria, como as propostas de politica de defesa e incentivo à

indústria nacional foram objeto de ampla discussão na sociedade, com grande e0bertura da

.prensa; QUE a indústria química e o jornal Valor Econômico chegaram a promover em maio

· de 2013 um seminário sobre a indústria qulmica dentro do Congresso Nacional; QUE, em meio

a essas discussões, estavam dois temas detalhados em anexos deste declarante, quais sejam:

a eliminação de incentivos fiscais aos produtos importados (Guerra dos Portos) e a redução '

dos impostos sobre as matérias primas da indústria química (REIQ); QUE o tema relac_ionado

ao Regime Especial da Indústria Química (REIQ) surgiu no contexto do Plano Brasil Maior,

lançado pelo Governo Federal em 2011, que visava a criação de medidas para sustentar o

crescimento econômico no Brasil através de propostas de melhoria na

tecnológica e de comércio exterior; QUE, dentro do plano Brasil Maio , criados

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conselhos de competitividade setoriais, entre eles, o do setor químico; QUE o Conselho de

Competitividade da Química foi constituído por agentes do governo (BNDES, MDIC, MCTI,

MPOG, MME, ABDI, INPI, FINEP, MF), das associações da indústria (ABIQUIM, ABRAFAS,

ABIPLAST, ABIMAQ, ANDA, CNI), dos sindicatos dos trabalhadores (CUT, Força Sindical,

UGT) e das empresas químicas (Petrobras, Braskem, Ultra, Carbocloro, Vale, Unigel,

Elekeiroz); QUE a coordenação do conselho ficou a cargo da equipe técnica do BNDES; QUE

a situação da indústria qulmica era difícil devido à concorrência com a indústria química norte

americana que tinha acesso a matéria prima muito mais competitiva, por conta do gás de xisto

(shale gas); QUE essa situação difícil da indústria levou o Conselho de Competitividade da

Qulmica a ser o primeiro a submeter propostas ao Governo, em maio de 2012; QUE uma delas

visava à redução da carga fiscal sobre as matérias primas do setor, permitindo assim a

viabilidade das operações da indústria química brasileira e consequentemente da sua

expressiva contribuição em impostos, empregos e na balança comercial; QUE tal redução se

daria através da Medida Provisória (MP) 613, que tramitava no Congresso Nacional; ,QUE

.uve eventos com parlamentares de estados que possuem indústria química, para que estes

apoiassem a aprovação da MP; QUE a Odebrecht levou o assunto ao então ministro Guido

Mantega; QUE sabe que Marcelo Odebrecht prestou apoio financeiro ao partido que então

estava no poder (PT), mas não pode estabelecer com segurança a correlação específica dos

pagamentos com o beneficio fiscal; QUE a Odebrecht dava esse apoio financeiro e rateava

esse valor entre as empresas, conforme critérios próprios; QUE o acompanhamento da

tramitação da Medida no Congresso e os esforços para sua aprovação foram efetuados por

Marcelo Odebrecht, pelo declarante e por Claudio Filho, além de outros executivos, uma vez

que a MP 613 também tratava de incentivos para produção de etanol combustível; QUE, a

partir do alinhamento entre Marcelo Odebrecht e o declarante, já ocorrido em dezembro de

2010 e reforçado em janeiro de 2011, este concentrou-se na mobilização através da Abiquim e

das Federações Estaduais da Indústria (anexo 6.1); QUE o declarante não tinha como auxiliar

.esta seara, eis que recém havia retomado dos EUA, e não possuía relações políticas; QUE,

para este relato, foi fundamental o levantamento de e-mails da época e, como não há e-mails

desse período disponíveis no servidor da Odebrecht, o relato foi feito a partir dos e-mails que

foram preservados no servidor da Braskem, onde constam apenas os e-mails nos quais o

declarante e outras pessoas da Braskem estavam copiados; QUE a aprovação da medida

provisória na Câmara dos Deputados foi dificultada com a inclusão pelo Governo de uma

emenda tratando dos Porto Secos, que não estava alinhada com a base de apoio do governo

na Câmara (anexo 6.2); QUE, de forma a contornar esse problema que obstruía a aprovação,

Marcelo Odebrecht buscou apoio do Ministro Guido Mantega, através de se

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Bath e este, por sua vez, lhe sugeriu buscar o apoio de Dyogo Oliveira, à época Secretário

Executivo interino do Ministério da Fazenda (anexo 6.3); QUE, a partir desse contato, o

Governo tomou a decisão de retirar o tema de Porto Seco da MP 613, o que permitiu sua

aprovação e seguimento para o Senado; QUE, no Senado Federal, a tramitação da MP

também foi difícil e, nessa Casa, o processo legislativo foi interrompido por um período de

destaque do Senador Eunício Oliveira, propondo a retirada da emenda 22 que interessava ao

setor de etanol; QUE ficou claro que a real intenção do Senador não era retirar a emenda por

ser contrário ao seu conteúdo (anexo 6.4), ou seja, criou-se a dificuldade para viabilizar o

recebimento de vantagem; QUE, no contexto de toda a atuação para a aprovação do REIO no

Congresso Nacional, em setembro de 2013, Claudio Filho procurou ao declarante e a Marcelo

Odebrecht e reportou a necessidade do pagamento de 6 milhões de reais para parlamentares

que exerciam o papel de liderança no Congresso Nacional; QUE, diante disso, coube ao

declarante acionar Hilberto Silva e solicitar que disponibilizasse tais valores para destinação

por Claudio Filho; QUE, pelas conversas mantidas com Claudio Filho posteriormente, o

eeclarante soube que os principais beneficiários de tais valores eram o Senador Romero Jucá,

uma vez que ele era seu principal interlocutor no Senado, além do Senador Eunício Oliveira,

uma vez que esse senador obstruiu a aprovação da medida e mudou de ideia posteriormente;

QUE os pagamentos referentes à aprovação da MP 613 do REIO, realizados em outubro de

2013, estão registrados no sistema Drousys (anexo 6.5 - no qual o Senador Romero Jucá

pode ser identificado pelos codinomes "Aracati" e "Cerrado", e o Senador Eunicio Oliveira pelo

codinome "(ndio"); QUE, em consulta recente feita nesse sistema, dentro do processo de

colaboração, foi possível identificar que os deputados Rodrigo Maia e Lúcio Vieira Lima

constam como beneficiários desses pagamentos (anexo 6.5 - no qual o Deputado Lúcio Vieira

Lima pode ser identificado pelo codinome "Bitela" e o Deputado Rodrigo Maia pelo codinome

"Botafogo"); QUE acrescenta que todas as informações sobre os destinatários dos valores lhe

foram repassadas por Cláudio Filho, uma vez que, por falta de contatos ou relações regulares

.om parlamentares ou outros políticos e servidores públicos, o Declarante era incap~ de

conhecer se foram realizados pagamentos indevidos a outras pessoas. QUE pode identificar,

pelo Drousys, que tais pagamentos foram feitos no Brasil, em dinheiro, através de doleiros.

QUE se recorda do nome de Rodrigo Maia associado a cem mil reais, não podendo precisar o

percentual destinado aos demais. QUE o REIQ foi construido de forma transparente, com

ampla participação de diversos setores da sociedade, este amplo envolvimento a demonstrar

legitimidade da medida, QUE já perdura vários anos, tendo passado pela gestão de mais de

um presidente da república, e vários ministros da Fazenda QUE não é um i

Braskem, alcançado aproximadamente cinquenta empresas.

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Nada mais havendo a ser consignado, determinou-se que fosse encerrado o presente termo

que, lido e achado conforme vai por todos assinado, em duas vias.

~L PERISS0i1G0ES E?SA Procurador da República

DECLARANTE:

DE SOUZA FILHO

.D VOGADO: ---- --

ADVOGADO:

~E};-.,ga--VALTER PEDROSA BAftáPl'TO JUNIOR- OAB/BA 20.344

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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 02 - ANEXO 2 - PAC-SMS que presta

CESARRAMOS ROCH.A

Ao1,1 14 do mês de dezembro de 2016, na seçle· da Procuradoria da República no Maranhão, presentes os Procuradores da República JOSÉ RAIMUNDO LEITÉ FILHO e THAYNÀ FREIRE DE OLIVEIRA, compareceu o(a) senhor(a) CESAR RAMOS: ROCHA, sexo masculino, brasileiro, casado, filho de Valdemar Barbosa Rocha e Estelina Ramos Rocha, nascidp em 30/05/66, natural de ltumbiara/GO, superior completo, administrador de emprE;!sas, portador da cédula de identidade RG nº 28929.09 SSP/GO, inscrito no CPF/MF sob o número 363.752.091-53, residente e domiciliado na Rua Carlos Weber, nº 663, apto. 24-A, Vila Leopoldina - São Paulo/SP, telefone (11) 92756.2730 e e-niail [email protected], devidamente acompanhado por seu advogado DR. PHILIPPE A. DO NASCIMENTO, OAB/SP 309.369, a fim de prestar depoimento em razão da celebração de Acordo.de Colaboração com o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL No inicio do presente ato, todos os presentes

•ram cientificados da proibição do uso de quaisquer instrúmentos de gravação ou registro de áudio. ou deo próprios e declararam não estar fazendo uso oculto ou dissimulado de qualquer equipamento, sob

as penas legais. Inquirido sobre os fatos em apuração, na. presença de seu advogado, sob todas as cautelas de sigilo determinadas, atendendo aos ditames da lei nº 12.850/2013, notadamente quanto ao disposto nos artigos 4° a 7°, RESPONDEU: QUE ·o advogado ora presente é seu defensor legalmente nomeado para lhe assistir no presente ato, conforme determina o art. 7° da Lei nº 12.850/2013; QUE renuncia, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio, r.!afirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14° do art. 4° da Lei nº 12. 85012013; QUE. pretende colaborar de forma efetiva e voluntária com investigações e processos criminais, nos termqs firmados com o Ministério Público Federal; QUE, junto de seu defensor, autoriza expressamente e está ciente do registro audiovisual do presente ato de colaboração, nos termos do §13° do a,t 4° da Lei nº 12.850/2013; QUE está ciente de que os efeitos da colaboração premiada dependem de um ou mais dos seguintes resultados, dentre outros, conforme o art. 4º da Lei nº 12.85012013: I ::. a identificação dos demais coautores e participes da organização criminosa e' das infrações penais por eles praticadas; li ._ a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de· tarefas da organização criminosa; Ili - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa; IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa; QUE está ciente dos direitos do colaborador previstos no art. 5° da Lei nº 12.850/2013; QUE, no tocante ao ANEXO 2 - PAC-SMS, responderá às questões formuladas pelos' membros do Parque/, conforme registro audiovisual ora realizado". spondidas as questões iormul~das. e nada mais havendo a ser

.i.onsignado, foram encerrados v ção audiovisual e o presente termo que, lido e achado conforme,

.ai por todos assinado. em dua

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Procuradora da República

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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAJL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 02 que presta

CLÁUDIO MELO FILHO

Ao,,, 12 do mês de dezembro de 2016, na sede da Procuradoria-Geral da República, presentes os Procuradores ~a República Melina Castro Montoya Flores e Vitor Souza Cunha, compareceu o(a) senhor(a) CLAUDIO MELO FILHO, doravante denominado COLABORADOR, sexo masculino, nacionalidade brasileira, casado, filho de Cláudio Melo e Maria Laura Navarro e Melo, nascido aos 1810811967, natural de SalvadorlBA, instrução terceiro grau completo, administrador de empresas, documento de identidade n. 1.867.619ISSPIBA, CPF 358.882.885-00, residente na SHIS QI 07, Conjunto 14, Casa 20, bairro Lago Sul, BrasílialDF, CEP 71615-340, BràsílialDF, fone (61) 3248-2958 e e-mail [email protected], devidamente acompanhado por seu advogado RODRIGO DE _ B. MUDROVITSCH, OABIDF N. 26.966, GUILHERME NAVARRO E MELO, OAB/DF n. 15.640, OAB/DF n .

• 2.990, a fim de prestar depoimento em razão da celebração de Acordo de Colaboração corri o INISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. No início do presente ato, todos os presentes foram cientificados da

proibição do uso de quaisquer instrumentos de gravação ou registro de áudio ou vídeo próprios e declararam não estar fazendo uso oculto ou dissimulado de qualquer equipamento, sob as penas legais. Inquirido sobre os fatos em apuração, na presença de seu advogado, sob todas as cautelas de sigilo determinadas, atendendo aos ditames da Lei nº 12.85012013, notadamente quanto ao disposto nos artigos 4° a 7°, RESPONDEU: QUE o advogado ora presente é seu defensor legalmente nomeado para lhe assistir no presente ato, conforme determina o arl 7° da Lei nº 12. 850/2013; QUE renuncia, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14° do arl. 4° da Lei nº 12.850/2013; .QUE pretende colaborar de forma efetiva e voluntária com investigações e processos criminais, nos termos firmados com o Ministério Público Federal; QUE, junto de seu defensor, autoriza expressamente e está ciente do registro audiovisual do presente ato de colaboração, nos termos do §13° do arl. 4° da Lei nº 12.85012013; QUE está ciente de que os efeitos da colaboração premiada dependem de um ou mais dos seguintes resultados, dentre outros, conforme o arl. 4° da Lei nº 12.850/2013: 1- a identificação dos demais coautores e participes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; li - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão· de tarefas da organização criminosa; Ili - a prevenção de infrações penais deco"entes das atividades da organização criminosa; IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa; QUE está ciente dos direitos do colaborador previstos no art. 5° da Lei nº 12.850/2013; QUE, no tocante ao ANEXO 2.1

á.STRUTURA DE PODER E ARRECADAÇÃO FINANCEIRA DO PMDB responderá ás questões .rmuladas pelos membros do Parque/, conforme registro audiovisual ora realizado". Respondidas as

- questões formuladas, e nada mais havendo a ser consignado, foram encerrados a gravação au · · is uai e o presente termo que, lido e achado conforme, vai por todos assinado, em duas vias.

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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 05 -que presta

CLÁUDIO MELO FILHO

Ao,,, 12 do mês de dezembro de 2016, na sede da Procuradoria-Geral da República, presentes, os Procuradores da República Melina Castro Montoya Flores e Vitor Souza Cunha, compareceu o(a) senhor(a) CLÁUDIO MELO FILHO, doravante denominado COLABORADOR, sexo masculino, nacionalidade brasileira, casado, filho de Cláudio Melo e Maria Laura Navarro e Melo, nascido aos 1810811967, natural de SalvadorlBA, instrução terceiro grau completo, administrador de empresas, documento de identidade n. 1.867.619ISSP1BA, CPF 358.882.885-00, residente na SHIS QI 107, Conjunto 14, Casa 20, bairro Lago Sul, Brasllià/DF, CE.P 71615-340, Brasilia/DF, fone (61) 3248-2958 e e-mail [email protected], devidamerite acompanhado por seu advogado RODRIGO DE' B. MUDROVITSCH, OAB/DF N. 26.966, GUILHERME NAVARRO E MELO, OABIDF n. 15.640, OABIDF n. 42.990, a fim de prestar depoimento em razão da celebração de Acordo de Colaboração com o

•INISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. No inicio do presente ato, todos os presentes foram cientificados da oibição do uso de quaisquer instrumentos de gravação ou registro de áudio ou video próprios e

declararam não estar fazendo uso oculto ou dissimulado de qualquer equipamento, sob as penas legais. Inquirido sobre os fatos em apuração, na presença de seu advogado, sob todas as cautelas de sigilo determinadas, atendendo aos ditames da Lei nº 12.85012013, notadamente quanto ao disposto nos artigos 4° a 7°, RESPONDEU: QUE o advogado ora presente é seu defensor legalmente nomeado para lhe assistir no presente ato, conforme determina o art. 7" da Lei nº 12. 850/2013; QUE renuncia, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14° do àrt. 4° da Lei nº 12.85012013; QUE pretende colaborar de forma efetiva e voluntária com investigações e processos criminais, nos termos firmados com o Ministério Público Federal; QUE, junto de seu defensor, autoriza expressamente e está ciente do registro audiovisual do presente ato de colaboração, nos termos do §13º do art. 4° da Lei nº 12.850/2013; QUE está ciente de que os efeitos da colaboração premiada dependem de um ou_ mais dos seguintes resultados, dentre outros, conforme o art. 4° da Lei nº 12.85012013. 1- a ide•ntificação dos demais coautores e participes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; li - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão d,~ tarefas da organização criminosa; Ili - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa;. IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa; QUE está ciente dos direitos do colaborador previstos no art. 5° da Lei nº 12.850/2013; QUE, no tocante ao ANEXO 2.2 e 3.6 [PAGAMENTO A JUCA, RENAN, EUNÍCIO,, RODRIGO MAIA E LÚCIO VIEIRA LIMA -

•PROVAÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA 61312013], responderá ás questões formuladas pelos

. . embros do Parque!, conforme registro audiovisual ora realizado". Respondidas as questões formuladas, e nada mais havendo a ser consignado, foram encerrados a gravação audiovisúa o

presente termo que, ~conforme, vai por todos assinad.o.~,~e;mRd~u~a~sbv~i~ais.Pu~:2':::;__~---

MELINA CAST MONTOYA'FLORES \1 . UNHA <lJrà-{:la República Procura República

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GUILHERME NAVARRO E MELO Advogado

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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 06 que presta

CLÁUDIO MELO FILHO

Ao1,1 12 do mês de dezembro de 2016, na sede da Procuradoria-Geral da República, presentes 'os Procuradores da República Melina Castro Montoya Flores e Vitor Souza Cunha, compareceu o(a) senhor(a) CLÁUDIO MELO FILHO, doravante denominado COLABORADOR, sexo masculino, nacionalidade brasileira, casado, filho de Cláudio Melo e Maria Laura Navarro e Melo, nascido aos 1810811967, natural de Salvador/BA, instrução terceiro grau completo, administrador de empresas, documento de identidade n. 1.867.619/SSP/BA, CPF 358.882.885-00, residente na SHIS QI 07, Conjunto 14, Casa 20, bairro Lago Sul, Brasília/DF, CEP 71615-340, Brasília/DF, fone (61) 3248-2958 e e-mail [email protected], devidamente acompanhado· por seu advogado RODRIGO DE, B. MUDROVITSCH, OAB/DF N. 26.966, GUILHERME NAVARRO E MELO, OAB/DF n. 15.640, OABIDF n. 42.990, a fim de prestar· depoimento em razão da celebração de Acordo de Colaboração com o

•INISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. No início do presente ato, todos os presentes foram cientiÍ!cados da oibição do uso de quaisquer instrumentos de gravação ou registro de áudio ou vídeo próprios e

declararam não estar fazendo uso oculto ou dissimulado de qualquer equipamento, sob as penas legais. Inquirido sobre os fatos em apuração, na presença de seu advogado, sob todas as cautelas de sigilo determinadas, atendendo aos ditames da Lei nº 12.850/2013, notadamente quanto ao disposto nos artigos 4° a 7º. RESPONDEU: QUE o advogado ora presente é seu defensor legalmente nomeado para lhe assistir no presente ato, conforme determina o art. 7° da Lei nº 12. 850/2013; QUE renuncia, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio, reafinnando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14° do art. 4° da Lei nº 12.850/2013; QUE pretende colaborar de forma efetiva e voluntária com investigações e processos criminais, nos termos finnados com o Ministério Público Federal; QUE, junto de seu defensor, autoriza expressamente e está ciente do registro audiovisual do presente ato de colaboração, nos termos do § 13º do art. 4° da Lei n• 12. 85012013; QUE está ciente de que os efeitos da colaboração premiada dependem de um ou mais dos seguintes resultados, dentre outros, confonne o ar/. 4° da Lei nº 12.85.0/2013: 1- a identificação dos demais coautores e participes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; li - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa; Ili - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa; IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa; QUE está ciente dos direitos do colaborador previstos no art. 5° da Lei nº 12.850/2013; QUE, no tocante ao (ANEXOS 2.2 e 3.7 [PAGAMENTO A ROMERO JUCÁ.E RENAN CALHEIROS -APROVAÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA

•2712013) responderá ás questões fonnuladas pelos membros do Parquet, conforme registro

· udiovisual ora realizado". Respondidas as questões formuladas. e nada mais havendo a ser consignado, foram encerrados a gravação audiovisual e o presente termo que, lido e achado conforme, vai por todos assinado, em duas vias. '

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GUILHERME NAVARRO E MELO Advogado

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• MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GF:RAL DA REPÚBLICA

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 1 O que presta

CLÁUDIO MELO FILHO

Ao<,J 12 do mês de dezembro· de 2016, na sede da Procuradoria-Geral da República, presentes· os Procuradores da República Melina Castro Montoya Flores e Vitor Souza Cunha, compareceu o(a) senhor(a) CLÁUDIO MELO FILHO, doravante denominado COLABORADOR, sexo masculino, nacionalidade brasileira, casado, filho de Cláudio Melo e Maria Laura Navarro e Melo, nascido 'aos 18/08/1967, natural de Salvador/BA, instrução terceiro grau completo, administrador de empresas, documento de identidade n. 1.867.619/SSP/BA, CPF 358.882.885-00, residente na SHIS QI 1 07, Conjunto 14, Casa 20, bairro Lago Sul, BrasilialDF, CEP 71615-340, Brasilia/DF, fone (61) 3248-2958 e e-mail [email protected], devidamente acompanhado por seu advogado RODRIGO DE B. MUDROVITSCH, OAB/DF N. 26.966, GUILHERME NAVARRO E MELO, OAB/DF n. 15.640, a fim de prestar depoimento em razão da celebração de Acordo de Colaboração com o MINISTÉRIO PÚBLICO

ãl=DERAL. No inicio do presente ato, todos os presentes foram cientificados da proibição do uso de •aisquer instrumentos de gravação. ou registro de áudio ou vídeo próprios e declararam não estar

fazendo uso oculto ou dissim_ulado de qualquer equipamento, sob as penas legais. Inquirido sobre os fatos em apuração, na presença de seu advogado, sob todas as cautelas de sigilo determinadas, atendendo aos ditames da Lei nº 12.850/2013, notadamente quanto ao disposto nos artigos 4º a 7°, RESPONDEU: QUE o advogado ora presente é seu defensor legalmente nomeado para lhe assistir no presente ato, conforme determina o art. 7° da Lei nº 12. 85012013; QUE renuncia, na presença de seu defensor. ao direito ao silêncio, reafirmando o compromi,;so legal de dizer a verdade, nos termos do §14° do art. 4° da Lei nº 12.850/2013; QUE pretende colaborar de forma efetiva e voluntária com investigações e processos criminais, nos termos firmados com o Ministério Público Federal; QUE, .junto de seu defensor, autoriza expressamente e está ciente do registro audiovisual do presente ato de colaboração, nos termos do §13° do art. 4° da Lei nº 12. 850/2013; QUE está ciente de que os efeitos da colaboração premiada dependem de um ou mais dos seguintes resultados, dentre outros, conforme o ar/. 4° da Lei nº 12.850/2013: 1- a identificação dos demais coautores e participes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; li - a revelação da estrutura hierárquicâ e da divisão de tarefas da organização criminosa; Ili - a prevenção de infrações penais deco"entes das atividades da organização criminosa; IV-. a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa; QUE está ciente dos direitos do colaborador previstos no art. 5° da Lei nº 12.850/2013; QUE, no tocante ao ANEXOS 2.4 [PAGAMENTOS REALIZADOS A GEDDEL VIEIRA LIMA NO ANO DE 2006, 2010 e 2014 e RELÓGIO DADO

•. OMO PRESENTE] responderá ás questões formuladas pelos membros do Parque/, conforme

gistro audiovisual ora realizado". Respondidas as questões formuladas, e nada mais havendo a ser · consignado, foram encerrados a gravação ·audiovisual e o presente termo que, lido e achado conforme,

vai por todos assinado, em duas vias. ·

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GUILHERME NAVARRO E MELO Advogado

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• -MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURAl>ORIA-Gli:RAL DA REPÚBLICA

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 11 que presta

CLÁUDIO MELO FILHO

'

Ao(•> 12 do mês de dezembro de 2016, na sede da Procuradoria-Geral da República, presentes os Procuradores da República Melina Castro Montoya Flores e Vitor Souza Cunha, compareceu o(a) senhor(a) CLÁUDIO MELO FILHO, doravante denominado COLABORADOR, sexo masculino, nacionalidade brasileira, casado, filho de Cláudio Melo e Maria Laura Navarro e Melo, nascido aos 1810811967, natural de SalvadorlBA, instrução terceiro grau completo, administrador de empresas, documento de identidade n. 1.867.619ISSP/BA, CPF 358.882.885-00, residente na SHIS Qt 07, Conjunto 14, Casa 20, bairro Lago Sul, BrasilialDF, CEP 71615-340, Brasília/DF, fone (61) 3248-2958 e e-mail [email protected], devidamente acompanhado por seu advogado RODRIGO DE B. MUDROVITSCH, OABIDF N. 26.966, GUILHERME NAVARRO E MELO, OABIDF n. 15.640, a fim de prestar depoimento em razão da celebração de Acordo de Colaboração com o MINISTÉRIO PÚBLICO

•DERAL. No início do presente ato, todos os presentes foram cientificados da proibição do uso de aisquer instrumentos de gravação ou registro de áudio ou vídeo próprios e declararam não estar

fazendo uso oculto ou dissimulado de qualquer equipamento, sob as penas legais. Inquirido sobre os fatos em apuração, na presença de seu advogado, sob todas as cautelas de sigilo determinadas, atendendo aos ditames da Lei nº 12.850/2013, notadamente quanto ao disposto nos artigos 4º a 7º. RESPONDEU: QUE o advogado ora presente é seu defensor legalmente nomeado para lhe assistir no presente ato, conforme determina o art. 7° da Lei nº 12.85012013; QUE renuncia, na presença de seu defensor. ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos temias do §14° do art. 4° da Lei nº 12. 85012013; QUE pretende colaborar de forma efetiva e voluntária com investigações e processos criminais, nos termos firmados com o Ministério Público Federal; QUE, junto de seu defensor, autoriza expressamente e está ciente do registro audiovisual do presente ato de colaboração, nos termos do §13° do art. 4° da Lei nº 12.85012013; QUE está ciente de que os efeitos da colaboração premiada dependem de um ou mais dos seguintes resultados, dentre outros, conforme o art. 4° da Lei nº 12.850/2013: 1 - a identificação dos demais coautores e participes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; li - a revelação da estrutura hierárquic'a e da divisão de tarefas da organização criminosa; Ili - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa; IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas peta organização criminosa; QUE está ciente dos direitos do colaborador previstos no art. 5° da Lei nº 12.850/2013; QUE, no tocante ao ANEXOS 2.4 [PAGAMENTOS REALIZADOS A GEDDEL VIEIRA LIMA NO ANO DE 2008 • OBRA TABULEIROS

•TORÂNEOS responderá às questões formuladas pelos membros do Parque/, conforme registro

udiovisuat ora realizado''. Respondidas as questões formuladas, e nada mais havendo a ser consignado, foram encerrados a gravação audiovisual e o presente termo que, lido e achado conforme, vai por todos assinado, em duas vias.

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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 12 ·que presta

CLÁUDIO MELO FILHO

Aoc,1 12 do mês de dezembro de 2016, na sede da Procuradoria-Geral da República, presentes os Procuradores da República Melina Castro Montoya Flores e Vilar Souza Cunha, compareceu o(a) senhor(a) CLÁUDIO MELO FILHO, doravante denominado COLABORADOR, sexo masculino, nacionalidade brasileira, casado, filho de Cláudio Melo e Maria Laura Navarro e Melo, nascido aos 18/08/1967, natural de Salvador/BA, instrução terceiro· grau completo, administrador de empresas, documento de identidade n. 1 867.619/SSP/BA, CPF 358.882.885-00, residente na SHIS QI 07, Conjunto 14, Casa 20, bairro Lago Sul, Brasília/DF, CEP 71615-340, Brasilia/DF, fone (61) 3248-2958 e e-mail [email protected], devidamente acompanhado por seu advogado RODRIGO DE B. MUDROVITSCH, OAB/DF N. 26.966, GUILHERME NAVARRO E MELO, OAB/DF n. 15.640, a fim de prestar depoimento em razão da celebração de Acordo de Colaboração com o MINISTÉRIO PÚBLICO

•DERAL. No inicio do presente alo, lodos os presentes foram cientificados da proibição do uso de aisquer instrumentos de gravação ou registro de áudio ou vídeo próprios e declararam não estar

fazendo uso oculto ou dissimulado de qualquer equipamento, sob as penas legais. Inquirido sobre os fatos em apuração, na presença de seu advogado, sob todas as cautelas de sigilo determinadas, atendendo aos ditames da Lei nº 12.850/2013, notadamente quanto ao disposto nos artigos 4° a 7°, RESPONDEU: QUE o advogado ora presente é seu defensor legalmente nomeado para lhe assistir no presente ato, conforme determina o art. 7° da Lei nº 12. 850/2013; QUE renuncia, na presença 'de seu defensor, ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14° do art. 4° da Lei nº 12.850/2013; QUE pretende colaborar de forma efetiva e voluntária com investigações e processos criminais, nos termos firmados com o Ministério Público Federal; QUE, junto de seu defensor, autoriza expressamente e está ciente do registro audiovisual do presente' ato de colaboração, nos termos do §13° do art. 4° da Lei nº 12.85012013; QUE está ciente de que os efeitos da colaboração premiada dependem de um ou mais ôos seguintes resultados, dentre outros, conforme o art. 4° da Lei nº 12.850/2013: I - a identificação dos demais coautores e participes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; li - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa; Ili - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa; IV - a recuperação total 011 parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa; QUE está ciente dos direitos do colaborador previstos no art. 5° da Lei nº 12.850/2013; QUE, no tocante ao ANEXO 2.5 [RELACIONAMENTO COM ELISEU PADILHA] responderá às questões formuladas pelos membros do Parquet, conforme

•gistro audiovisual ora realizado". Respondidas as questões formuladas, e nada mais havendo a ser nsignado, foram encerrados a gravação audiovisual e o presente termo que, lido e achado conforme,

vai por todos assinado, em duas vias.

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MINISTÉRlO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 13 que presta

CLÁUDIO MELO FILHO

Aa1,) 12 do mês de dezembro de 2016, na sede da Procuradoria-Geral da República, presentes os Procuradores da República Melina Castro Mantaya Fiares e Vilar Souza Cunha, compareceu o(a) senhar(a) CLÁUDIO MELO FILHO, doravante denominado COLABORADOR, sexo masculino, i nacionalidade brasileira, casado, filho de Cláudio Melo e Maria Laura Navarro e Melo, nascido aos 18/08/1967, natural de Salvador/BA, instrução terceiro grau completo, administrador de empresas, documento de identidade n. 1.867.619/SSPIBA, CPF 358.882.885-00, residente na SHIS QI 07, · Conjunta 14, Casa 20, bairro Lago Sul, Brasilia/DF, CEP 71615-340, Brasília/DF, fane (61) 3248-2958 e 1

e-mail [email protected], devidamente acompanhado por seu advogada RODRIGO DE B. MUDROVITSCH, OAB/DF N. 26.966, GUILHERME NAVARRO E MELO, OABIDF n. 15.640, a fim de prestar depoimento em razão da celebração de Acordo de Colaboração com o MINISTÉRIO PÚBLICO .

• DERAL. No início do presente ato, todas os pr,esentes foram cientificados da proibição do uso de 1

aisquer instrumentas de gravação ou registra de áudio ou vídeo próprias e declararam não estar fazendo uso oculto ou dissimulado de qualquer equipamento, sob as penas legais. Inquirida sobre os fatos em apuração, na presença de seu advogado, sob todas as cautelas de sigilo determinadas,· atendendo aos ditames da Lei nº 12.85012013, nc,tadamente quanta ao disposto nos artigos 4° a 7°, I RESPONDEU: QUE o advogado ora presente é seu defensor legalmente nomeado para lhe assistir no presente ato, conforme determina o art. 7" da Lei nº 12. 850/2013; QUE renuncia, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio, reafirmando ·o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do. §14° do art. 4° da Lei nº 12.85012013; QUE pretende colaborar de forma efetiva e voluntária comi investigações e processos criminais, nos termos fim1ados com o Ministério Público Federal; QUE, junto de seu defensor, autoriza expressamente e está ciente do registro audiovisual do presente ato de colaboração, nos termos do §13° do art. 4° da Lei n> 12.850/2013; QUE está ciente de que os efeitos da colaboração premiada dependem de um ou mais (los seguintes resultados, dentre outros, conforme o art. 4° da Lei nº 12.85012013: I - a identificação dos demais coautores e participes da organização' criminosa e das infrações penais por eles praticadas; li - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa; Ili - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa; IV - a recup&ração total 011 parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa; QUE está ciente dos direitos do colaborador previstos no arl. 5° da Lei nº 12.85012013; QUE, no tocante ao ANEXOS 2.6 e 4.1(2ª parte) [RELACIONAMENTO COM MOREIRA FRANCO - ATUAÇÃO NA SECRETARIA DE

.AVIAÇÃO CIVIL - PEDIDO DE PAGAMENTO EM 2014], responderá ás questões formuladas ~elos membros do Parque/, conforme registro audiovisual ora realizado". Respondidas as questões

formuladas, e nada mais havendo a ser consignado, foram encerrados a gravação au iovisual e o presente termo que, lido e achado conforme, vai por todos assinado, em duas vias.

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GUILHERME NAVARRO E MELO Advogado

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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL · PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 14 que presta

CLÁUDIO MELO FILHO

Ao<•> 12 do mês de dezembro de 2016, na sede da Procuradoria-Geral da República, presentes os, Procuradores da República Melina Castro Montoya Flores e Vitor Souza Cunha, compareceu o(a) senhor(a) CLÁUDIO MELO FILHO, doravante denominado COLABORADOR, sexo masculino, nacionalidade brasileira, casado, filho de Cláudio Melo e Maria Laura Navarro e Melo, nascido aos 18/0811967, natural de SalvadorlBA, instrução terceiro grau completo, administrador de empresas,' documento de identidade n .. 1.867.619/SSP/BA, CPF 358.882.885-00, residente na SHIS QI 07,' Conjunto 14, Casa 20, bairro Lago Sul, Brasília/DF, CEP 71615-340, Brasllia/DF, fone (61) 3248-2958 e e-mail [email protected], devidamente acompanhado por seu advogado RODRIGO DE B .. MUDROVITSCH, OAB/DF N. 26.966, GUILHERME NAVARRO E MELO, OABIDF n. 15.640, a fim de· prestar depoimento em razão da celebração de Acordo de Colaboração com o MINISTÉRIO PÚBLICO

af:DERAL. No início do presente ato, todos os presentes foram cientificados da proibição do uso de ~aisquer instrumentos de gravação ou registro de áudio ou video próprios e declararam não estar

fazendo uso oculto ou dissimulado de .qualquer equipamento, sob as penas legais. Inquirido sobre os fatos em apuração, na presença de seu advogado, sob todas as cautelas de sigilo delerminadas, atendendo aos ditames da Lei nº 12.850/2013, notadamente quanto ao disposto nos artigos 4° a 7°, RESPONDEU: QUE o advogado ora presente é seu defensor legalmente nomeado para lhe assistir no presente ato, conforme determina o art. 7° da Lei nº 12. 85012013; QUE renuncia, na presença de seti defensor, ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14° do art. 4° da Lei nº 12.850/2013; QUE pretende colaborar de forma efetiva e voluntária com investigações e processos criminais, nos termos firmados com o Ministério Público Federal; QUE, junto de seu defensor, autoriza expressamente e está ciente do registro audiovisual do presente ato de colaboração, nos termos do § 13° do art. 4° da Lei nº 12. 85012013; QUE está ciente de que os efeitos da colaboração premiada dependem de um ou mais dos seguintes resultados, dentre outros, conforme o art. 4° da Lei nº 12.850/2013: I - a identificação dos demais coautores e participes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; li - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organizàção criminosa; Ili - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa; IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa; QUE está ciente dos direitos do colaborador previstos no art. 5° da Lei nº 12.850/2013; QUE, no tocante ao ANEXOS 2.7 e 4.1 [RELACIONAMENTO COM MICHEL TEMER - JANTAR NO JABURU - PAGAMENTO A

•LISEU PAD/LHA EM 2014], responderá ás questões formuladas pelos membros do Parque/, onforme registro audiovisual ora realizado". Respondidas as questões formuladas, e nada mais

havendo a ser consignado. foram encerrados a gravação audiovisual e o resente ter , lido e achado conforme, vai por todos assinado, em duas vias.

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MELINA CA O MONTOYA FLORES da República

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Ministério Público Federal Procuradoria-Geral da República

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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 15 que presta

CLÁUDIO MELO FILHO

Ao1, 1 13 do mês de dezembro de .2016, na sede da Procuradoria-Geral da República, presentes os Procuradores da República Melina Castro Montoya Flores e Vitor Souza Cunha, compareceu o(a) senhor(a) CLÁUDIO MELO FILHO, dora·vante denominado COLABORADOR, sexo masculino, nacionalidade brasileira, casado, filho de Cláudio Melo e Maria Laura Navarro e Melo, nascido aos 18/08/1967, natural de SalvadorlBA, instrução terceiro grau completo, administrador de empresas, documento de identidade n. 1.867.619ISSPIBA, CPF 358.882.885-00, residente na SHIS QI 07, Conjunto 14, Casa 20, bairro Lago Sul, BrasílialDF, CEP 71615-340, Brasília/DF, fone (61) 3248-2958 e e-mail [email protected], devidamente acompanhado por seu advogado RODRIGO DE B. MUDROVITSCH, OABIDF N. 26.966, MAURICIO DANTAS BEZERRA, OABIBA n. 17.868, a fim de

•star depoimento em razão da celebração de Acordo de Colaboração com o MINISTÉRIO PÚBLICO DERAL. No início do presente ato, todos os presentes foram cientificados da proibição do uso de

quaisquer instrumentos de gravação ou registro de áudio ou vídeo próprios e declararam não estar fazendo uso oculto ou dissimulado de qualquer equipamento, sob as penas legais. Inquirido sobre os fatos em apuração, na presença de seu advogado, sob todas as cautelas de sigilo determinadas, atendendo aos ditames da Lei nº 12.85012013, notadamente quanto ao disposto nos artigos 4° a 7°, RESPONDEU: QUE o advogado ora presente é seu defensor legalmente nomeado para lhe assistir no presente ato, conforme determina o arl. 7° da Lei nº 12.850/2013; QUE renuncia, na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do § 14° do arl. 4° da Lei nº 12.85012013; QUE pretende colaborar de forma efetiva e voluntária com investigações e processos criminais, nos termos firmados com o Ministério Público Federal; QUE, junto de seu defensor, autoriza expressamente e está ciente do registro audiovisual do presente ato de colaboração, nos termos do § 13° do alt. 4° da Lei nº 12. 85012013; QUE está ciente de que os efeitos da colaboração premiada dependem de um ou mais <los seguintes resultados, dentre outros, conforme o arl. 4° da Lei nº 12 850/2013: 1 - à identificação dos demais coautores e parlícipes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; li ,- a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa; Ili - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa; IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa; QUE está ciente dos direitos do colaborador previstos no arl. 5° da Lei nº 12.85012013; QUE, no tocante ao ANEXO 2.8 [PAGAMENTOS

a,EALIZADOS A EDUARDO CUNHA], responderá às questões formuladas pelos membros do Warquet, conforme registro audiovisual ora realizado". Respondidas as questões formuladas, e nada

mais havendo a ser consignado, foram encerrados a gravação audiovisual e o presente termo ue, lido e achado conforme, ~ssinado, em duas vias.

MELINA CA T MONTOYA FLORES .

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• MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 38 que presta

CLÁUDIO MELO FILHO

Aor,) 13 do mês de dezembro de 2016, na sede da Procuradoria-Geral da República, presentes os Procuradores da República Melina Castro Montoya Flores e Vitor Souza Cunha; compareceu o(a) senhor(a) CLÁUDIO MELO FILHO, doravante denominado COLABORADOR, sexo masculino, nacionalidade brasileira, .casado, filho de Cláudio Melo e Maria Laura Navarro e Melo, nascido aos 18/08/1967, natural de SalvadorlBA, instrução terceiro grau completo, administrador de empresas, documento de identidade n. 1.867.619ISSP/BA, CPF 358.882.885-00, residente na SHIS QI 07, Conjunto 14, Casa 20, bairro Lago Sul, BrasílialDF, CEP 71615-340, Brasília/DF, fone (61) 3248-2958 e e-mail [email protected], · devidamente acompanhado por seu advogado RODRIGO DE B .

• UDROVITSCH, OAB/DF N. 26.966, MAUR!CIO DANTAS BEZERRA, OABIBA n. 17.868, a fim de estar depoimento em razão da celebração de Acordo de Colaboração com o MINISTÉRIO PÚBLICO

FEDERAL No início do presente ato, todos os presentes foram cientificados da proibição ·do uso de quaisquer instrumentos de gravação ou registro de áudio ou vídeo próprios e declararam não estar fazendo uso oculto ou dissimulado de qualquer equipamento, sob as penas legais. Inquirido sobre os fatos em apuração, na presença de seu advogado, sob todas as cautelas de sigilo determinadas, atendendo aos ditames da Lei nº 12.850/2013, notadamente quanto ao disposto nos artigos 4º a 7º, RESPONDEU: QUE o advogado ora presente é seu defensor legalmente nomeado para lhe assistir no presente alo, conforme determina o art. 7° da Lei nº 12. 850/2013; QUE renuncia, na presença de seu defensor. ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14° do art. 4° da Lei nº 12. 85012013; QUE pretende colaborar de forma efetiva e voluntária com investigações e processos criminais, nos termos firmados com o Ministério Público Federal; QUE, junto de seu defensor. autoriza expressamente e está ciente do registro audiovisual do presente ato de colaboração, nos termos do § 13° do art. 4° da Lei nº 12. 85012013; QUE está ciente de que os efeitos da colaboração premiada dependem de um ou mais dos seguintes resultados, dentre outros, conforme o art. 4° da Lei nº 12.85012013: I - a identificação dos demais coautores e participes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; li - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa; Ili - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa; IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa; QUE está ciente dos direitos do colaborador

•evistos no art. 5° da Lei nº 12. 85012013; QUE, no tocante ao ANEXOS 4.21 ESCLARECIMENTOS OBRE A OPERAÇÃO OMERTÁ E ATUAÇÃO DE ROMERO JUCÁ NA APROVAÇÃO DAS

MEDIDAS PROVISÓRIAS N. 460 E 462, responderá às questões formuladas pelos membros do Parque/, conforme registro audiovisual ora realizado". Respondidas as questões formuladas, e nada mais havendo a ser consignado, foram encerrados a gravação audiovisual e o prese que, lido e achado conforme, v p todo assinado, em duas vias.

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MINISTÉRJO PúBLICO FEDERAL Procuradoria-Geral da República

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 02 DELCÍDIO DO AMARAL GOMEZ

Às l9h12min do 11 de fevereiro de 2016, na sede do Ministério Público Militar - Procuradoria-Geral de Justiça Militar - Setor de Embaixadas Norte, lote 43, Brasília (DF), CEP 70800-400, presentes o Procurador da República Andrey Borges de Mendonça e o Promotor de Justiça Sérgio Bruno Cabral Fernandes, integrantes do Grupo de Trabalho instituído pela Procurador-Geral da República através da Portaria PGR/MPU nº 3, de 19/01/2015, bem como o Delegado da Polícia Federal Thiago Machado Delabary, foi realizada, observando-se todas as cautelas de sigilo e prescrições da Lei 12.850/2013, na presença dos advogados Luís Gustavo Rodrigues Flores, OAB PR 27865 e Maria Francisca Sofia Nedeff Santos, OAB PR 77507, a oitiva do colaborador DELCÍDIO DO AMARAL GOMEZ, brasileiro, casado, natural de Corumbá/MS, filho de Miguel Gomez e Rosely do Amaral Gomez, nascido em 08/02/1955, profissão Senador da República, RG nº 4690013, CPF nº 01127982842, o qual declarou: QUE renuncia, na presença de seus defensores, ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14º do art. 4° da Lei nº 12.850/2013; QUE o declarante e seu defensor autorizam expressamente e estão cientes do registro audi.ovisual do presente ato de colaboração em mídia digital, além do registro escrito ( duas vias do termo assinadas em papel), nos termos do §13º do art. 4° da Lei nº 12.850/2013, os quais serão, ao final do ato, custodiados pelos representantes do Ministério Público ora presentes, que ficarão responsáveis pela guarda, custódia e preservação do sigilo das informações, a serem ulteriormente apresentados ao Supremo Tribunal Federal. Indagado em relação aos fatos tratados no Anexos 22 e 3 "NOMEAÇÃO DE NESTOR CERVERÓ PARA A DIRETORIA INTERNACIONAL DA PETROBRAS" e "INGERÊNCIA DA PRESIDENTA DILMA ROUSSEF PARA A NOMEAÇÃO DE NESTOR

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CERVERÓ PARA A DIRETORIA FINANCEIRA DA BR DISTRIBUIDORA", afirmou o seguinte: QUE NESTOR CERVERÓ trabalhou com o depoente na PETROBRAS em 1999; QUE quando foi criada a Diretoria de Gás e Energia - que era ligada à Presidência da PETROBRAS na época - buscava-se "monetizar" o consumo do gás natural na Bolívia; QUE isto significa garantir que o gás seria consumido de qualquer maneira, dando-se destino ao gás e o transformando em dinheiro; QUE em razão do Gaseoduto Brasil-Bolívia e em função do racionamento de energia do país, na época, se criou esta Diretoria; QUE o depoente foi convidado para ser Diretor de Gás e Energia pelo então Ministro de Energia RODOLPHO TOURINHO, contando com o apoio do PMDB da Câmara e do Senado; QUE JADER BARBALHO, RENAN CALHEIRO~:, ELISEU PADILHA (então Ministro dos Transportes), GEDELL VIEIRA LIMA, MOREIRA FRANCO, EDUARDO JORGE (então Secretário Geral da Presidência da República), dentre outros, apoiaram o depoente; QUE esta Diretoria tinha uma gerência de Gás e outra de Energia; QUE NESTOR CERVERÓ já era o gerente da área de energia, sendo servidor de carreira, enquanto RODOLFO LANDIM era o gerente da área de Gás; QUE em 2001 o depoente saiu da Diretoria de Gás e Energia e foi para a Secretaria de Infraesnutura do Estado do Mato Grosso do Sul, ZECA DO PT; QUE o compromisso era o colaborador sair para candidato ao Senado em 2002; QUE isto realmente ocorreu e o depoente saiu pelo PT; QUE antes foi filiado ao PSDB, não se recordando ao certo quando se filiou ao PT; QUE em 2003 começaram a definir os Diretores da PETROBRAS, que seriam os Diretores no primeiro Governo Lula; QUE o depoente atuou, junto com ZECA DO PT e a bancada do PT no Mato Grosso do Sul, na nomeação de NESTOR CERVERÓ para a Diretoria Internacional da PETROBRAS; QUE Dil.MA ROUSSEFF tinha relação com NESTOR CERVERÓ, com RODOLFO LANDIM e com GRAÇA POSTER, em razão da atuação de DILMA como Secretária de Energia no Rio Grande do Sul no Governo OLÍVIO OUTRA; QUE ZECA DO PT conhecia NESTOR por conta do Gaseoduto Brasil-Bolívia, que passa pelo Mato Grosso do Sul, e tinha proximidade com LULA; QUE ZECA DO PT reuniu a

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bancada e avalizou o nome de CERVERÓ; QUE houve uma reunião com Presidente LULA para cravar o nome de CERVERÓ para o cargo da Diretoria Internacional; QUE FERNANDO MOURA e SILVIO PEREIRA, conhecido como SILVINHO, também atuaram na nomeação de Diretores da PETROBRAS e suas subsidiárias; QUE, · no entanto, eles não atuaram na nomeação da Diretoria Internacional; QUE acredita que FERNANDO MOURA tivesse relação com JOSÉ DIRCEU, então Ministro da Casa Civil; QUE LULA já tinha o nome de CERVERÓ e inclusive DILMA, como então Ministra das Minas e Energias, também já estava de acordo; QUE, então, CERVERÓ assumiu a Diretoria Internacional; QUE em 2005 e 2006, o depoente "caiu em desgraça" e a bancada do PT do Mato Grosso do Sul também, em especial pela maneira como o depoente conduziu a CPI dos Correios; QUE o problema foi que o depoente foi escolhido como Presidente da CPI, com apenas dois anos de mandato e, portanto, sem experiência, e acreditavam que o depoente iria levar a CPI a nada; QUE, porém, o efeito foi o inverso, pois foi da CPI dos CORREIOS que apareceu o escândalo do Mensalão, que atingiu diretamente o PT e os partidos aliados; QUE por isto o depoente caiu em desgraça politicamente e ficou sem apoio, inclusive no seu Estado; QUE o PMDB percebeu a fragilidade do depoente e, também, que o governo do Presidente LULA precisaria de base parlamentar para se manter no Congresso; QUE o PMDB se aproveitou da situação e "assumiu" NESTOR CERVERÓ, adotando-o; QUE a força do PMDB na PETROBRAS surgiu, portanto, após o escândalo do Mensalão, pois o governo LULA precisava de apoio do referido partido para governar; QUE na época, SILAS RONDEAU, então Ministro das Minas e Energia e ligado a SARNEY, assim como o PMDB, passaram a ser os responsáveis pela permanência do NESTOR CERVERÓ na Diretoria Internacional; QUE PAULO ROBERTO COSTA havia sido indicado pelo JANENE, do PP, mas JANENE havia caído em desgraça pelo seu envolvimento no escândalo do Mensalão; QUE assim o PMDB passou a ter participação na Diretoria Internacional e na Diretoria de Abastecimento da PETROBRAS e assumiu tais diretorias, junto com o PT e o PP respectivamente;

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QUE, no entanto, a maior força nestas diretorias passou a ser do PMDB; QUE questionado ao depoente o que significa "assumir" uma diretoria, o depoente respondeu que, além do peso político, os Diretores indicados por partidos "atendem as demandas" do Partido; QUE se trata não apenas de influência política, mas também de "doações" e "outros objetivos não republicanos"; QUE NESTOR CERVERÓ, então, passou a ser "anfíbio", pois foi abraçado pelo PMDB e também pelo PT, embora muito mais ligado ao PMDB; QUE o mesmo ocorreu com PAULO ROBERTO COSTA, que ficou ligado ao PP e ao PMDB, mas também ao PT; QUE isto ocorreu também porque PAULO ROBERTO COSTA ficou gravemente enfermo, em uma viagem para a Ásia; QUE a chance de ele sobreviver na época era baixa; QUE ALAN KARDEC, o gerente executivo da Diretoria de Abastecimento, tentou ganhar o cargo; QUE quando PAULO ROBERTO COSTA se recuperou, bw;cou o PMDB para se • manter no cargo; QUE quem conduziu este processo de o PMDB "assumir" a Diretoria Internacional e a Diretoria de Abastecimento foi o então Ministro de !11inas e Energias SILAS RONDEAU, que era ligado ao PMDB do Senado, em especial a ROMERO JUCÁ, EDISON LOBÃO, RENAN CALHEIROS e JADER BARBALHO; QUE o depoente não sabe ao certo o que NESTOR CERVERÓ e PAULO ROBERTO COSTA faziam, mas havia uma ascendência do PMDB sobre ambos; QUE isto representava, dentre outros, a escolha de empresas de interesse do partido, em especial pela forma como é flexibilizado o processo seletivo na PETROBRAS, que permite tais direcionamentos em razão dos convitei:; QUE tais diretores "ajudavam" as empresas e os partidos recebiam "doações" das . ' empresas em troca; QUE por volta de 2007, era necessário votar no Congresso a CPMF; QUE a CPMF havia sido aprovada na Câmara e rejeitada no Senado; QUE o PMDB da Câmara condicionou a aprovação da CMPF a eles indicarem o Diretor da Diretoria Internacional; QUE o PMDB do Senado aceitou passar a Diretoria Internacional para o PMDB da Câmara; QUE o nome do PMDB era JOÃO AUGUSTO REZENDE HENRIQUES, que era muito ligado a MICHEL TEMER; QUE o nome de HENRIQUES foi avalizado pelo MICHEL TEMER; QUE, no

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entanto, o nome de JOÃO AUGUSTO REZENDE HENRIQUES foi vetado por DILMA ROUSSEFF (então Ministra Chefe da Casa Civil), em razão de ele ter problemas no Tribunal de Contas; QUE JOÃO AUGUSTO REZENDE HENRIQUES indicou JORGE ZELADA; QUE JORGE ZELADA foi chancelado por MICHEL TEMER e a bancada do PMDB na Câmara; QUE o falecido deputado FERNANDO DINIZ teve participação ativa na nomeação de JORGE ZELADA; QUE, então, foi indicado JORGE ZELADA para a Diretoria Internacional; QUE JOÃO AUGUSTO sempre atuou nas "sombras" de JORGE ZELADA; QUE especificamente sobre a indicação de NESTOR CERVERÓ para a BR DISTRIBUIDORA (Anexo 3), o depoente estava em Salvador, quando recebeu uma ligação de DILMA ROUSSEF (então Ministra Chefe da Casa Civil), questionando o depoente se NESTOR CERVERÓ estaria sendo indicado ou não para a Diretoria Financeira da BR DISTRIBUIDORA; QUE o depoente respondeu não saber; QUE DILMA disse que aquilo poderia ser uma iniciativa de JOSÉ GABRIELLI, para indicar alguém dele no lugar; QUE algumas horas depois DILMA ROUSSEFF retornou ao depoente para dizer que NESTOR CERVERÓ seria realmente indicado para a Diretoria Financeira da BR DISTRIBUIDORA; QUE, assim, DILMA ROUSSEFF teve conhecimento e participação na nomeação de NESTOR CERVERÓ para a BR DISTRIBUIDORA, ao contrário do que ela declarou; QUE questionado por qual motivo CERVERÓ foi indicado para a BR DISTRIBUIDORA, respondeu que acredita que tenha sido um "prêmio de consolação", em especial pela atuação dele na Sonda VITÓRIA 10000, que será objeto de termo próprio; Questionado se poderia ter sido também um "cala boca", respondeu que sim; QUE NESTOR CERVERÓ ajudou muito o PT, em especial o caso que envolve a Sonda VITORIA 10000; QUE na operação da Sonda VITORIA 10000 foi feita com a finalidade de arrecadar fundos e valores para pagamento de dívida de campanha do PT, do caso de Santo André (Prefeito Celso Daniel) e a campanha eleitoral de Prefeito de Campinas, do Dr. HÉLIO, temas que serão detalhados em anexo próprio; QUE CERVERÓ também ajudou o PMDB; QUE questionado como um Diretor de estatal

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pode ajudar um partido, o depoente respondeu que de várias maneiras; QUE pode ser atuação simples, como um pedido de "doação" a um fornecedor da empresa, até o pagamento de valores a um político que indicou um negócio ou um contrato; QUE questionado ao depoente se soube de valores repassados para os políticos que apoiavam os Diretores, respondeu que sim; QUE soube de esquemas ilícitos envolvendo NESTOR CERVERÓ, relatando como exemplo a sonda VITORIA 10000, que será objeto de anexo próprio; QUE CERVERÓ atuou na captação de doações ilícitas para políticos, assim como recebeu valores em transações envolvendo a empresa; QUE o depoente não tem dúvida nenhuma de que NESTOR CERVERÓ arrecadou valores para o PT e para o PMDB; QUE, neste sentido, há a operação do Navio-Sonda VICTORIA 10.000, que será objeto de depoimento próprio; QUE o Diretor Financeiro da BR DISTRIBUIDORA não traz muitos recursos, ao contrário de outras diretorias desta empresa, que definem os principais negócios; QUE a diretoria financeira da BR DISTRIBUIDORA atua mais como um pagador de contas; QUE as diretorias da BR DISTRIBUIDORA que mais têm "poder" são as diretorias de mercado e consumidor, de postos e de engenharia; QUE são estas três diretorias que dão o "tom" na BR DISTRIBUIDORA; QUE o depoente já esteve em uma reunião com diretores da BR DISTRIBUIDORA e parlamentares no Rfo de Janeiro, em um Hotel; QUE nesta reunião, além do declarante, estava VANDER LOUBET e um terceiro parlamentar que não se recorda; QUE nesta reumao estavam quatro diretores da BR DISTRIBUIDORA; QUE foi uma reunião por ocasião da posse destes diretores; QUE também esteve pr,~sente a esta reunião PEDRO PAULO LEONI RAMOS; QUE sabe que PEDRO PAULO era próximo de FERNANDO COLLOR, mas não sabe ao certo o motivo da presença dele na reunião; QUE na reunião não foi tratado do pagamento de "comissões"; QUE questionado sobre a pessoa de JORGE LUZ, respondeu que ele é do Pará e atua na PETROBRA.S há muito tempo, desde os tempos de JOEL RENNÓ; QUE na verdade ele não era um empresário, mas sim era um grande "operador", pois viabilizava negócios e tinha grande relação política; QUE ele sempre t,eve próxima relação

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com RENAN CALHEIROS, SILAS RONDEAU, JADER BARBALHO, entre outros; QUE sabe que tais políticos recebiam vantagens ilícitas, em especial da Diretoria Internacional da PETROBRAS; QUE JORGE LUZ tinha atuação muito forte na Diretoria Internacional, na Área de Abastecimento, além de outras áreas, e para isto tinha apoio político; QUE JORGE LUZ tinha "capilaridade" na PETROBRAS e não tinha urna área específica de atuação em um determinado tema; QUE o depoente conheceu JORGE LUZ através de JORGE SERPA, braço direito de ROBERTO MARINHO; QUE JORGE LUZ era apadrinhado de JORGE SERPA; QUE teve uma época em que JORGE LUZ tinha tamanha intimidade na PETROBRAS que ele estacionava no local reservado para os Diretores; QUE JORGE LUZ "garimpava" negócios, com um suporte político inegável; QUE JORGE LUZ tinha muita relação com RENAN CALHEIROS e JADER BARBALHO, mas quem fazia esta relação era SILAS RONDEAU; QUE isto ocorria pela posição estratégica deste último, como Ministro das Minas e Energia, e nesta qualidade RONDEAU poderia saber de todos os projetos que poderiam ser de interesse do PMDB; QUE SILAS RONDEAU "pautava" muitas coisas para o JORGE LUZ, ou seja, os projetos, onde JORGE LUZ tinha que "correr atrás" para prospectar negócios; Nada mais havendo a ser consignado, determinou-se que fosse encerrado o presente termo às 21h31rnin, que, lido e achado conforme, vai por todos assinado.

COLABORAD

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Maria Francisca Sofia Nedeff Santos, OAB PR 77507

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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL Procuradoria-Geral da República

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 04 DELCÍDIO DO AMARAL GOMEZ

Às llh55min do 12 de fevereiro de 2016, na sede do Ministério Público Militar - Procuradoria-Geral de Justiça Militar - Setor de Embaixadas Norte, lote 43, Brasília (DF), CEP 70800-400, presentes o Procurador da República Andrey Borges de Mendonça, a Procuradora da República Anna Carolina Resende Maia, o Promotor de Justiça Sérgio Bruno Cabral Fernandes e o Procurador Regional da República Silvio Roberto Oliveira de Amorim Junior, integrantes do Grupo de Trabalho instituído pela Procurador-Geral da República através da Portaria PGR/MPU nº 3, de 19/01/2015, bem como o Delegado da Polícia Federal Thiago Machado Delabary, foi realizada, observando-se todas as cautelas de sigilo e prescrições da Lei 12.850/2013, na presença dos advogados Luís Gustavo Rodrigues Flores, OAB PR 27865. Adriano Sérgio Nunes Eretas, OAB PR 38524 e Maria Francisca Sofia Nedeff Santos, OAB PR 77507, a oitiva do colaborador DELCÍDIO DO AMARAL GOMEZ, brasileiro, casado, natural de Corumbá/MS, filho de Miguel Gomez e Rosely do Amaral Gomez, nascido em 08/02/1955, profissão Senador da República, RG nº 4690013, CPF nº 01127982842, o qual declarou: QUE renuncia, na presença de seus defensores, ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14º do art. 4º da Lei nº 12.850/2013; QUE o declarante e seu defensor autorizam expressamente e estão cientes do registro audiovisual do presente ato de colaboração em mídia digital, além do registro escrito (duas vias do termo assinadas em papel), nos termos do §13° do art. 4° da Lei nº 12.850/2013, os quais serão, ao final do ato, custodiados pelos representantes do Ministério Público ora presentes, que ficarão responsáveis pela guarda, custódia e preservação do sigilo das informações, a serem ulteriormente apresentados ao Supremo Tribunal Federal. Indagado em relação aos fatos tratados no Anexo 5 - ESQUEMA EM FURNAS OPERADO POR DIMAS TOLEDO - afirmou

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o seguinte: QUE DIMAS TOLEDO era diretor de engenharia de FURNAS e foi por muito tempo, por vários governos; QUE quando o governo LULA assumiu a Presidência, ele já era diretor; QUE questionado quem o indicou, afirmou que DIMAS tinha apoio muito forte do Partido Progressista - PP e do PSDB, por meio de AÉCEO NEVES; QUE DIMAS possui um filho, que hoje é Deputado Federal e ligado ao PSDB; QUE seu nome é FABIANO TOLEDO; QUE quando o governo LULA assume, há uma movimentação de se mudar a diretoria de FURNAS, mais especificamente a diretoria de engenhétria; QUE o depoente se lembra bem que fez uma viagem com Presidente LULA para Campinas, no avião presidencial; QUE já fez levantamentos e tal viagem ocorreu em 06 de maio de 2005: QUE o depoente viajou na área reservada para a presidência da República no avião e acredita que somente estavam ambos; QUE na viagem LULA perguntou ao depoente: "quem é este DI.MAS TOLEDO?"; QUE o depoente respondeu: "é um companheiro do setor elétrico, muito competente"; QUE LULA respondeu: "Eu assumi e o JANENE veio pedir pelo DIMAS. Depois veio o AÉCIO e pediu por ele. Agora o PT, que era contra, está a favor. Pelo jeito ele está roubando muito!"; QUE foi JOSÉ DIRCEU quem pediu a LULA para DIMAS continuar; QUE LULA afirmou isto ("Pelo jeito ele está roubando muito!") porque seria necessário muito dinheiro para manter três grandes frentes de pagamentos e três partidos importantes; QUE se recorda que JOSÉ DIRCEU sempre dizia que, se DIMAS fosse nomeado ascensorista de FURNAS, mandaria no Presidente de FURNAS; QUE questionado ao depoente o que significava esta frase, respondeu que DIMAS tinha uma capilaridade e um protagonismo tamanho em FURNAS que ele era um "super Diretor"; QUE os demais Diretores eram coadjuvantes, até mesmo porque a Diretoria de Engenharia é a mais forte, pelo orçamento e pelas obras, sendo a mais poderosa; QUE a Diretoria de Engenharia de FURNAS é a "joia da coroa" da ELETROBRAS, sendo a mais cobiçada pelos partidos; QUE questionado por que ela é mais cobiçada, respondeu que não ha dúvidas que FURNAS foi usada sistematicamente para repassar valores para Partidos; QUE o que se vê hoje na PETROBRAS ocorreu sem clúvida em FURNAS,

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em vanos governos, e talvez a figura mais emblemática neste sentido seja o próprio DIMAS, que passou muitos anos na Diretoria, tendo grande longevidade; QUE DIMAS ainda está "no mercado", ou seja, tem uma empresa e ainda é muito influente, tanto assim que elegeu o filho Deputado Federal; QUE DIMAS possui vínculo muito forte com AÉCIO NEVES; QUE na CPI DOS CORREIOS surgiu a chamada LISTA DE FURNAS; QUE o tema foi muito polêmico, pois se alegou que a lista teria sido falsificada; QUE, embora o documento pudesse ser falso materialmente (até mesmo porque constava como se fosse assinado por DIMAS, o que ele jamais faria), o conteúdo do documento não era falso, ou seja, realmente existia repasse de valores para políticos; QUE se tratava de uma lista de doações destinadas a vários políticos; QUE acredita que ao menos parte daqueles políticos recebeu valores, embora a lista possa ter sido superdimensionada (ou seja, nem todos políticos mencionados realmente receberam); QUE questionado ao depoente quem teria recebido valores de FURNAS, o depoente disse que não sabe precisar, mas sabe que DIMAS operacionalizava pagamentos e um dos beneficiários dos valores ilícitos sem dúvida foi AÉCIO NEVES, assim como também o PP, através de JOSÉ JANENE; QUE também o próprio PT recebeu valores, mas não sabe ao certo quem os recebia e de que forma; QUE não sabe quem são os operadores do esquema e como os repasses são feitos; QUE pode afirmar categoricamente que o esquema funcionava de maneira bastante "azeitada" e de maneira bastante competente; QUE não há dúvida nenhuma que o esquema existia; QUE DIMAS era muito competente e era muito difícil perceber o esquema ilícito, mesmo para os demais diretores; QUE o depoente conhecia DIMAS por serem ambos do setor elétrico; QUE questionado sobre AIRTON DARÉ, respondeu que é um empresário da empresa BAURUENSE, que era prestadora de serviços em FURNAS; QUE o depoente sabe que AIRTON DARÉ e DIMAS eram muito próximos, tanto assim que a BAURUENSE cresceu muito na gestão do DIMAS; QUE este caso da BAURUENSE tem muita "confusão"; QUE o assunto da BAURUENSE, porém, é algo muito pequeno dentro do esquema de FURNAS, que era grande; QUE as empresas envolvidas em

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FURNAS são as mesmas que esti'io sendo investigadas na PETROBRAS: ANDRADE GUTIERREZ, OAS, CAMARGO CORREA, ODEBRECHT, entre outras; QUE nesta área, além da expertise, somente grandes empresas conseguem atuar; QUE questionado sobre a irmã de AÉCEO NEVES, o depoente respondeu que a mentora intelectual de AÉCEO é a sua irmã, ANDRÉA NEVES; QUE no governo de Minas de AÉCEO, era ANDRÉA uma das grandes mentoras intelectuais dele e estava por trás do governo; QUE não sabe se da tinha um cargo oficial, mas ficava e atendia dentro do gabinete de AÉCEO; QUE embora ANDRÉA NEVES seja muito influente em relação a AÉCIO NEVES, não tem conhecimento da atuação dela em relação ao esquema de FURNAS; QUE a Diretoria de FURNAS anterior à atual (a penúltima) era muito ligada a EDUARDO CUNHA; QUE questionado quem era ligado a EDUARDO CUNHA, afirmou que LUIS PAULO CONDE, ex-Prefeito do Rio de Janeiro; QUE também CARLOS NADALUTTI FILHO também era ligado a EDUARDO CUNHA; QUE embora não tenha visto, como EDUARDO CUNHA tinha comando absoluto da empresa, acredita que ele tenha recebido vantagens .ilícitas; QUE EDUARDO CUNHA tinha outras pessoas indicadas em FURNAS; QUE FURNAS chegou a ser "sócia" de uma PCH (Pequena Central Hidrelétrica) ligada a LÚCIO BOLONHA FUNARO; QUE referida PCH seria em Apertadinho, em Rondônia, e a barragem acabou se rompendo; QUE quem era responsável pela construção era a SCHAHIN; QUE passou a haver um jogo de empurrar a responsabilidade para o outro e se iniciou uma grande desavença entre FUNARO e o grupo SCHAHIN; QUE EDUARDO CUNHA "comprou esta briga" na Câmara dos Deputados, até mesmo porque era muito próximo de LÚCIO BOLONHA FUNARO; QUE questionado sobre a proximidade entre ambos, respondeu ser corrente isto e o próprio LÚCIO BOLONHA FUNARO já mencionou a diversas pessoas esta proximidade com EDUARDO CUNHA, pessoas que comentaram isto com o depoente; QUE em razão desta desavença, usaram requerimentos para a convocação dos sócios da SCHAHIN, de tal maneira a pressioná-los; QUE havia a participação de EDUARDO CUNHA nestes requerimentos;

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QUE, inclusive, este procedimento de fazer requerimentos e usar expedientes parlamentares é um expediente muito comum do EDUARDO CUNHA, de usar tais expedientes para pressionar; QUE a briga entre FUNARO e SCHAHIN era uma luta fratricida, embora não tenha maiores detalhes; QUE em relação a FURNAS, DILMA teve praticamente que fazer uma intervenção na empresa para cessar as práticas ilícitas, pois existiam muitas notícias de negócios suspeitos e ilegalidade na gestão da empresa; QUE, ao que parece, "a coisa passou da conta"; QUE atualmente em FURNAS praticamente toda a diretoria é de confiança de DILMA ROUSSEFF; QUE a atual diretoria é absolutamente técnica e vários nem são de FURNAS; QUE questionado até quando durou o esquema de ilegalidades de FURNAS, respondeu que até uns quatro anos atrás, quando DILMA mudou a Diretoria, ou seja, até a penúltima Diretoria; QUE esta mudança na Diretoria de FURNAS foi o início do enfrentamento de DILMA ROUSSEFF e EDUARDO CUNHA, pois este ficou contrariado com a retirada de seus aliados de dentro da companhia; QUE FURNAS sempre teve uma ligação muito grande com Minas Gerais, até pela origem, ligada a Juscelino Kubitschek; QUE inclusive tradicionalmente os presidentes da empresa eram mineiros; Nada mais havendo a ser consignado, determinou-se que fosse encerrado o presente termo às 12h51min, que, lido e achado conforme, vai por todos assinado .

ADVOGADOS

Luís Gustav /Rodrigue.>-t""m

ô Maria Francisca Sofia Nedeff Santos, OAB PR 77507

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• Silvio Roberto Oliveira de Amorim Junior

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MINISTÉRJO PúBLICO FEDERAL

Procuradoria-Geral da República

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 10 DELCÍDIO DO AMARAL GOMEZ

Às 20h15min do 13 de fevereiro de 2016, na sede do Ministério Público Militar - Procuradoria-Geral de Justiça Militar - Setor de Embaixadas Norte, lote 43, Brasília (DF), CEP 70800-400, presentes o Procurador da República Marcello Paranhos de Oliveira Miller, o Procurador da República Daniel de Resende Salgado, o Promotor de Justiça Sérgio Bruno Cabral Fernandes e o Procurador Regional da República Sílvio Roberto Oliveira de Amorim Junior, integrantes do Grupo de Trabalho instituído pela Procurador-Geral da República através da Portaria PGR/MPU nº 3, de 19/01/2015, bem como o Delegado da Polícia Federal Thiago Machado Delabary, foi realizada, observando-se todas as cautelas de sigilo e prescrições da Lei 12.850/2013, na presença dos advogados Luís Gustavo Rodrigues Flores, OAB PR 27865, e Adriano Sérgio Nunes Bretas, OAB PR 38524, a oitiva do colaborador DELCÍDIO DO AMARAL GOMEZ, brasileiro, casado, natural de Corumbá/MS, filho de Miguel Gomez e Rosely do Amaral Gomez, nascido em 08/02/1955, profissão Senador da República, RG nº 4690013, CPF nº 01127982842, o qual declarou: QUE renuncia, na presença de seus defensores, ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14º do art. 4° da Lei nº 12.850/2013; QUE o declarante e seu defensor autorizam expressamente e estão cientes do registro audiovisual do presente ato de colaboração em mídia digital, além do registro escrito ( duas vias do termo assinadas em papel), nos termos do § 13º do art. 4° da Lei nº 12.850/2013, os quais serão, ao final do ato, custodiados pelos representantes do Ministério Público ora presentes, que ficarão responsáveis pela guarda, custódia e preservação do sigilo das informações, a serem ulteriormente apresentados ao Supremo Tribunal Federal. Indagado em relação aos fatos tratados~ Anexo 9 - PAGAMENTOS DE PROPINAS POR MEIO D LABORATÓRIOS FARMACÊUTICOS E PLANOS

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SAÚDE - afirmou o seguinte: QUE o depoente esclarece que o objetivo de suas declarações, em relação a esse tema, não diz respeito propriamente a problemas com empresas, mas para alertar a respeito de possível novo filão de pagamentos de propinas; QUE, ao final da campanha eleitoral de 2014, para o Governo do Estado de Mato Grosso Sul, ficou com dívidas com a FSB, no valor R$ 500 mil, e com a empresa BLACK NINJA, de ZILMAR FERNANDES, ex-sócia do marqueteiro DUDA MENDONÇA, também no valor de R$ 500 mil; QUE, assim, o depoente pediu, provavelmente em novembro de 2014, ao tesoureiro de campanha de DILMA ROUSSEFF, EDINHO SILVA, para repassar tais recursos, ou seja, o valor total de R$ 1 milhão; QUE o depoente fez esse pedido a EDINHO SILVA porque, quando havia dificuldades de repasse pelo PT nacional, era EDINHO SILVA quem resolvia; QUE, alguns dias depois, EDINHO SILVA ligou ao depoente e disse para as empresas credoras apresentarem notas fiscais relacionadas às respectivas dívidas, figurando como tomadora de serviço a empresa EMS; que tanto a FSB quanto a BLACK NINJA apresentaram suas notas fiscais e, inclusive, tiveram que pagar os impostos correspondentes; QUE, ao mesmo tempo, começaram a surgir denúncias que a EMS estava envolvida em escândalos, de modo que tanto a FSB quanto a BLACK NINJA não quiseram mais receber qualquer valor da EMS e, assim, cancelaram as notas e ficaram no prejuízo; QUE o depoente, então, falou com EDINHO SILVA a respeito desse problema e reclamou pela ausência de solução; QUE, na mesma ocasião, EDINHO SILVA sugeriu ao depoente que ALOÍSIO MERCADANTE resolveria o assunto; QUE o depoente, efetivamente, procurou ALOÍSIO MERCADANTE, o qual se esquivou de qualquer responsabilidade e sugeriu ao depoente que agendasse encontro com o presidente da EMS; QUE o depoente não conhecia o presidente da EMS e não acolheu a sugestão de ALOÍSIO MERCADANTE; QUE as duas dívidas, enfim, ficaram "penduradas"; QUE o depoente acredita que a solução apresentada por EDINHO SILVA pode ter ocorrido para \ pagament~ de outras dívidas; QUE a E. MS possui boas relaçõe com ALOISIO MERCADANTE, c !IJ:! EDINHO SILVA e com

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próprio Governo Federal; QUE chamou a atenção do depoente que laboratórios farmacêuticos e planos de saúde estejam sendo prestigiados, atualmente, pelo Governo Federal; QUE há verdadeira "queda de braços" para indicação de nomes para as agências reguladoras relacionadas à área da saúde, até pela visibilidade negativa que o Caso Lava Jato impôs aos setores de energia, engenharia e petróleo; QUE, atualmente, está a cargo do PMDB do Senado indicar nomes para agências reguladoras ligadas à área da saúde; QUE os Senadores EUNÍCIO DE OLIVEIRA, ROMERO JUCÁ e RENAN CALHEIROS possuem papel e força incontestável quanto a essas indicações; QUE o depoente recorda que as indicações mais recentes para as agências reguladoras voltadas ao setor da saúde aconteceram em maio de 2015; QUE o depoente rememora que houve queda de braço "tremenda" para a indicação de JOSÉ CARLOS DE SOUSA ABRAÃO, apadrinhado do PMDB do Senado, para o cargo de Diretor-Presidente da Agência Nacional de Saúde; QUE o depoente quer registrar o respeito que possui em relação às empresas FSB e BLACK NINJA, as quais desempenham serviço sério e regular; QUE as dívidas que o depoente contraiu junto a tais empresas eram decorrentes de serviços efetivamente prestados por ambas. Nada mais havendo a ser consignadt determinou-se que fosse encerrado o presente termo 20h42min, que, lido e achado conforme, vai por todos assinado.~

ADVOGADOS

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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL Procuradoria-Gera) da República

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 13 DELCÍDIO DO AMARAL GOMEZ

Às 22h57min do 13 de fevereiro de 2016, na sede do Ministério Público Militar - Procuradoria-Geral de Justiça Militar - Setor de Embaixadas Norte, lote 43, Brasília (DF), CEP 70800-400, presentes o Procurador da República Marcello Paranhos de Oliveira Miller, o Procurador da República Daniel de Resende Salgado, o Promotor de Justiça Sérgio Bruno Cabral Fernandes e o Procurador Regional da República Sílvio Roberto Oliveira de Amorim Junior, integrantes do Grupo de Trabalho instituído pela Procurador-Geral da República através da Portaria PGR/MPU nº 3, de 19/01/2015, bem como o Delegado da Polícia Federal Thiago Machado Delabary, foi realizada, obseivando-se todas as cautelas de sigilo e prescrições da Lei 12.850/2013, na presença dos advogados Luís Gustavo Rodrigues Flores, OAB PR 27865, e Adriano Sérgio Nunes Bretas, OAB PR 38524, a oitiva do colaborador DELCÍDIO DO AMARAL GOMEZ, brasileiro, casado, natural de Corumbá/MS, filho de Miguel Gomez e Rosely do Amaral Gomez, nascido em 08/02/1955, profissão Senador da República, RG nº 4690013, CPF nº 01127982842, o qual declarou: QUE renuncia, na presença de seus defensores, ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14º do art. 4° da Lei nº 12.850/2013; QUE o declarante e seu defensor autorizam expressamente e estão cientes do registro audiovisual do presente ato de colaboração em mídia digital, além do registro escrito ( duas vias do termo assinadas em papel), nos termos do §13° do art. 4º da Lei nº 12.850/2013, os quais serão, ao final do ato, custodiados pelos representantes do Ministério Público ora presentes, que ficarão responsáveis pela guarda, custódia e preseivação do sigilo das informações, a serem ulteriormente apresentados ao Suprem Tribunal Federal. Indagado em relação aos fatos tratados n Anexo 16 - AQUISIÇÃO DE ETANOL NA BR DISTRIBUIDORA - afirmou o seguinte: QUE JOÃ

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AUGUSTO HENRIQUES foi diretor na BR DISTRIBUIDORA, entre 1998 e 2000; QUE a diretoria de JOÃO AUGUSTO HENRIQUES tinha, entre outras atribuições, a compra de etanol e, por conta disso, mantinha relação estreita com usineiros; QUE a gestão de JOÃO AUGUSTO HENRIQUES foi polêmica e, por isso, acabou sendo demitido da BR DISTRIBUIDORA; QUE JOÃO AUGUSTO HENRIQUES foi cotado para ser Diretor da Diretoria Internacional da PETROBRAS, em 2007 ou 2008, com o apadrinhamento de MICHEL TEMER e da bancada do PMDB na Câmara, mas teve seu nome vetado pela Presidente DILMA ROUSSEFF, diante dos desmandos havidos quando foi diretor na BR DISTRIBUIDORA; QUE as diretorias que estão envolvidas com compra e venda de etanol são muito cobiçadas na BR DISTRIBUIDORA; QUE JOÃO AUGUSTO HENRIQUES fazia operações, enquanto diretor na BR DISTRIBUIDORA, para obter recursos a partir da variação do preço de compra do etanol junto às usinas; QUE a forma de obtenção de recursos ilícitos nas operações de compra de etanol consistia na manipulação das margens de preço do produto, estabelecidas pela assim chamada "Escola de Piracicaba", ligada à área de agronomia e que possui o nome "Luís de Queirós"; QUE estes fatos deram-se entre os anos de 1999 e 2000; QUE o depoente sabe dizer que JOÃO AUGUSTO HENRIQUES era apadrinhado por MICHEL TEMER, ao menos até a tentativa de ser Diretor na Diretoria Internacional da PETROBRAS. Nada mais havendo a ser consignado, determinou-se que fosse encerrado o presente te{ às 23h08min, que, lido e achado conforme, vai por t assinado.

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MINISTÉRIO P(muco FEDERAL

Procuradoria-Geral da República

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 16 DELCÍDIO DO AMARAL GOMEZ

Às 17h50 min de 14 de fevereiro de 2016, na sede do Ministério Público Militar - Procuradoria-Geral de Justiça Militar - Setor de Embaixadas Norte, lote 43, Brasília (DF), CEP 70800-400, presentes a Procuradora da República Anna Carolina Resende Maia Garcia, o Procurador da República Marcello Paranhos de Oliveira Miller, o Procurador da República Daniel de Resende Salgado e o Promotor de Justiça Sérgio Wilton Queiroz de Lima, integrantes do Grupo de Trabalho instituído pela Procurador-Geral da República através da Portaria PGR/MPU nº 3, de 19/01/2015, bem como o Delegado da Polícia Federal Thiago Machado Delabary, foi realizada, observando-se todas as cautelas de sigilo e prescrições da Lei 12.850/2013, na presença dos advogados Luís Gustavo Rodrigues Flores, OAB PR 27865, e Adriano Sérgio Nunes Bretas, OAB PR 38524, a oitiva do colaborador DELCÍDIO DO AMARAL GOMEZ, brasileiro, casado, natural de Corumbá/MS, filho de Miguel Gomez e Rosely do Amaral Gomez, nascido em 08/02/1955, profissão Senador da República, RG nº 4690013, CPF nº 01127982842, o A qual declarou: QUE renuncia, na presença de seus defensores, ao 1 direito ao silêncio, reafinnando o compromisso legal de dizer a j verdade, nos termos do §14° do art. 4° da Lei nº 12.850/2013; a QUE o declarante e seu defensor autorizam expressamente e estão cientes do registro audiovisual do presente ato de colaboração em mídia digital, além do registro escrito ( duas vias do termo assinadas em papel), nos termos do §13° do art. 4° da Lei nº 12.850/2013, os quais serão, ao final do ato, custodiados pelos representantes do Ministério Público ora presentes, que ficarão responsáveis pela guarda, custódia e preservação do sigilo das informações, a serem ulteriormente apresentados ao Supremo Tribunal Federal. Indagado em relação aos fatos tratados no

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Anexo 26 - ATUAÇÃO DE ANDRÉ ESTEVES - afirmou o seguinte: que ANDRE ESTEVES tinha preocupação com o tema do embandeiramento de postos, operação pela qual uma rede de postos de propriedade do empresário paulista Carlos Santiago passou a funcionar com bandeira BR; que essa operação foi conduzida por ANDRE ESTEVES com um empresário de São Paulo, de nome Carlos Santiago; que essa operação foi objeto do complexo investigatório Lava Jato, havendo nela ocorrido pagamento de propina a políticos e a diretores de BR Distribuidora; que ANDRE ESTEVES alegava ao depoente que quem pagara propina fora Carlos Santiago e não ele próprio (ANDRE ESTEVES); que, ao que se recorda o depoente, ANDRE ESTEVES já era sócio de Carlos Santiago na rede de postos mencionada quando se deu a operação de embandeiramento; que ANDRE ESTEVES disse ao depoente que não queria ver seu nome envolvido na apuração de pagamento de propina, pois, nas palavras de ANDRE ESTEVES, "meu banco é meu nome"; que sabe que o Banco BTG tem área de compliance; que a rede de postos, quando pertencia apenas a Carlos Santiago, enfrentava dificuldades regulatória1; e financeiras; que, ao que se recorda o depoente, ANDRE ESTEVES se associou a essa rede de postos em 2012 ou 2013; que, para o depoente, é surpreendente que ANDRE ESTEVES, apesar de o Banco BTG contar com área de compliance, haver se associado a Carlos Santiago nessa rede de postos, ainda que a operação apresentasse bom prognóstico financeiro; que ANDRE ESTEVES disse ao depoente, no contexto de alegar que não fora ele que pagara propina, que "ninguém meu foi à BR"; que foi com a finalidade de evitar que esses fatos viessem à tona que ANDRE ESTEVES aceitou participar do pagamento de valores à família de NESTOR CERVERÓ; que os fatos relativos a essa participação estão descritos em termo de depoimento referente ao Anexo 2; QUE André Esteves tinha interlocução frequente com ROMERO JUCÁ e EDUARDO CUNHA; que uma das filhas de EDUARDO CUNHA, salvo engano, trabalha no Banco BTG; que o processo legislativo de emendas parlamentares a medidas provisórias se transformou em campo fértil para oportunidades de defesa de interesses setoriais e para negócios escusos; que

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PGR Termo de Colaboração n. 16 de DELCÍrnO DO AMARAL

uma das emendas à MP 668, apresentada por EDUARDO CUNHA ou congressista a ele ligado, dizia respeito ao FCVS e foi "de lavra de BTG"; que o conteúdo da emenda consistia em permitir o pagamento de dívidas com o governo mediante papéis de baixa liquidez; que essa emenda foi vetada pela Presidente da República; que, depois do veto, o depoente, atuando em favor de ANDRE ESTEVES, marcou reunião deste com o então Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a fim de que o banqueiro tentasse convencer o ministro do mérito da emenda vetada, para que ela fosse reapresentada em outra medida provisória; que auxiliou ANDRE ESTEVES a marcar reunião com o ex-ministro Levy porque tinha bom relacionamento com o banqueiro e porque havia integrantes do governo favoráveis ao conteúdo da emenda vetada; que, com relação a documento apreendido na residência do assessor do depoente, de nome Diogo, o qual continha referência à medida provisória 608 e ao pagamento de propina de 45 milhões de reais por ANDRÉ ESTEVES a EDUARDO CUNHA, tem a dizer que essa informação lhe foi trazida por Diogo, não sabendo precisar a origem, mas tende a ser a repetição do modus operandi acima descrito; que ANDRÉ ESTEVES incorria com frequência na prática de exercer influência para a alteração, por via de emendas parlamentares, de medidas provisórias; que ANDRE ESTEVES não era o único a fazê-lo; que é cediço haver negócios escusos, com pagamento de propinas, subjacentes à apresentação de emendas a medidas provisórias; que ANDRE ESTEVES nunca pediu ao depoente a apresentação de emenda dessa estirpe, porque tinha outros canais no Congresso Nacional; que esses canais passavam por EDUARDO CUNHA, com quem ANDRE ESTEVES tinha relação densa; que a frequência com que passaram a ser apresentadas emendas a medidas provisórias constitui elemento a que corrobora a percepção do depoente de que havia negócios escusos subjacentes a essa prática, embora nem todas as emendas estivessem inseridas no contexto desse tipo de negócio; que / ANDRE ESTEVES é um dos principais mantenedores do Instituto Lula; que isso se deve a Lula ter sido um grande sponsor dos negócios do BTG; que Lula era um alavancador eficaz de negócios para agentes econômicos junto a instâncias

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PG.-'-'R __ ____ Termo de Colaboração n. 16 de DELCÍDIO_DO_AMARAL

governamentais nacionais e estrangeiras; que o ex-presidente Lula conquistou negócios e mercados para empresas brasileiras no exterior utilizando-se de relações pessoais com chefes de Estado e altos dignitários, em especial na África, mas não tem conhecimento de que isso tenha ocorrido em favor do Banco BTG; que, com relação à PETROÁFRICA, em complemento a termo relativo ao Anexo 6, esclarece que os campos mais fecundos não se localizavam apenas na costa angolana, mas também na nigeriana; que ANDRÉ ESTEVES tem relacionamento negocial com fundos de pensão, o que se exemplifica pelo projeto WTorre, que hoje é uma das sedes da PETROBRAS no Rio de Janeiro; que o Banco BTG participou da engenharia financeira, associado a fundo de pensão, para a construção desse prédio e seu arrendamento para a estatal de petróleo. Nada mais havendo a ser consignado, determinou-se que fosse encerrado o presente termo às J8h46min, que, lido e • achado conforme, vai por todos assinado.

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ADVOGADOS

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• MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO

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.e MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

TERMO DE COLABORAÇAO Nº 04 que presta

EMÍLIO ALVES ODEBRECHT

1

Aor,i 13 do mês de dezembro de 2016, na anexo Ili da Procuradoria-Geral da República. presentes os membros do Ministério Público Alisson Nelicio Cirilo Campos, Fernando Antônio de Alencar Alves de Oliveira Júnior e Sérgio Bruno Cabral Fernandes, compareceu o senhor EMILIO ALVES ODEBRECHT, sexo masculino, brasileiro, casado, filho de Yolanda Alves Odebrecht e Norberto Odebrecht, nascido em 25101/1945, natural de Salvador/BA, superior completo, engenheiro civil, portador da cédula de identidade RG 00.333.453-84, inscrito no CPF/MF sob o número 004.403.965-49, residente e domiciliado na Alameda das Catabas, 156, apartamento 302, Salvador/BA, telefone (71) 3341-2686, e e-mail [email protected], acompanhado de seus advogados Theodomiro Dias Neto, OAB/SP 96.583, Adriano Sá de Seixas Maia, OAB/BA 14.561, e Môrilca Bahia Odebrecht, OAB/BA 11.436, a fim de prestar depoimento em razão da celebração de Acordo de Colaboração com o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. No início do presente ato, todos os presentes foram cientificados da proibição do uso de quaisquer instrumentos de gravação ou registro de áudio ou video próprios e declararam não estar fazendo uso oculto ou dissimulado de qualquer equipamento, sob as penas legais. Inquirido sobre os fatos em apuração, na presença de seu advogado, sob todas as cautelas de sigilo detenminadas, atendendo aos ditames da Lei nº 12.850/2013, notadamente quanto ao disposto nos artigos 4° a 7°, RESPONDEU: QUE o advogado ora presente é seu defensor

•galmente nomeado para lhe assistir no presente ato, conforme determina o art. 7° da Lei nº 12.85012013; QUE nuncia, na presença de seu defensor. ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a

verdade, nos termos do §14° do art. 4° da Lei nº 12.85012013; QUE pretende colaborar de forma efetiva e voluntária com investigações e processos criminais, nos termos firmados com o Ministério Público Federal; QUE. junto de seu defensor. autoriza expressamente e está ciente do registro audiovisual do presente ato de colaboração, nos termos do §13° do art. 4° da Lei nº 12.85012013; QUE está ciente de que os efeitos da colaboração premiada dependem de um ou mais dos seguintes resultados, dentre outros. conforme o art. 4º da Lei nº 12.85012013: 1- a identificação dos demais coautores e participes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; li - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa; Ili - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa; IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa; QUE está ciente dos direitos do colaborador previstos no art. 5° da Lei nº 12. 850/2013; QUE, no tocante ao ANEXO 04 - Lula Contextual/zaçilo Geral, responderá às questões formuladas pelos membros do Parque/, conforme registro aud,ov,sua/,ora realizado" Respondrdas as questões formuladas, e nada mars havendo a ser consignado, foram e ~1qps-â avação audiovrsual e o presente tenmo que, hdo e achado confonme. vai portodos~ssinado -áuas ias. V ~ ~ _,_,,-/ /- '----- '----- ;

ALISS ·N~IRILO MPOS /.-;? FERNANDO A. DE , . DE O~ Procurador da Reeública, // d,a-R°épública

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~DIASNETO Advogado

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ADRIANO SÁ DE SEIXAS MAIA Advogada

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PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

TERMO DE COLABORAÇÃO Nº 05 que presta

EMÍLIO ALVES ODEBRECHT

Ao1, 113 do mês de dezembro de 2016, na anexo Ili da Procuradoria-Geral da República, presentes os membros do Ministério Público Alisson Nelicio Cirilo Campos, Fernando Antônio de Alencar Alves de Oliveira Júnior e Sérgio Bruno Cabral Fernandes, compareceu o senhor EMILIO ALVES ODEBRECHT, sexo masculino, brasileiro, casado, filho de Yolanda Alves Odebrecht e Norberto Odebrecht, nascido em 25/01/1945, natural de Salvador/BA, superior completo, engenheiro civil, portador da cêdula de identidade RG 00.333.453-84, inscrito no CPF/MF sob o número 004.403.965-49, residente e domiciliado na Alameda das Catabas, 156, apartamento 302, Salvador/BA, telefone (71) 3341-2686, e e-mail [email protected], acompanhado de seus advogados Theodomlro Dias Neto, OAB/SP 96.583, Adriano Sá de Seixas Mala, OAB/BA 14.561, e Mõnica Bahia Odebrecht, OAB/BA 11.436, a fim de prestar depoimento em razão da celebração de Acordo de Colaboração com o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. No inicio do presente ato, todos os presentes foram cientificados da proibição do uso de quaisquer instrumentos de gravação ou registro de áudio ou video próprios e declararam não estar fazendo uso oculto ou dissimulado de qualquer equipamento, sob as penas legais. Inquirido sobre os fatos em apuração, na presença de seu advogado, sob todas as cautelas de sigilo determinadas, atendendo aos ditames da Lei nº 12.85012013, notadamente quanto ao disposto nos artigos 4° a 7°, RESPONDEU: QUE o advogado ora presente é seu defensor

•galmente nomeado para lhe assistir no presente ato, conforme determina o art. 7º da Lei nº 12.85012013; QUE

enuncia, na presença de seu defensor. ao direi/o ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dízer a verdade, nos termos do §14° do art. 4° da Lei nº 12.85012013; QUE pretende colaborar de forma efetiva e voluntária com investigações e processos criminais, nos termos firmados com o Ministério Público Federal; QUE. junto de seu defensor. autoriza expressamente e está ciente do registro audiovisual do presente ato de colaboração, nos termos do §13° do art. 4° da Lei nº 12.85012013; QUE está ciente de que os efeitos da colaboraçào premiada dependem de um ou mais dos seguintes resultados. dentre outros, conforme o art. 4º da Lei nº 12.85012013: 1- a identificação dos demais coautores e participes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; li - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa; Ili - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa; IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa.: QUE está ciente dos direitos do colaborador previstos no art. 5° da Lei nº 12.850/2013; QUE, no tocante ao ANEXO 05 - Lula Consolldi!fãO Setor Petroqulmico responderá às questões formuladas pelos membros do Parquet, conforme,,; gistro'áu,Yiovisual ora realizado". Respondidas as questões formuladas, e nada mais havendo a ser e nsi c:iádo, orâm e9c'errados ravação audiovisual e o presente termo que, lido e achado conforme, vai po ,-e ssina ~- em duas vias.

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PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

TERMO DE COLABORAÇAO Nº 10 que presta

EMÍLIO ALVES ODEBRECHT

Ao,,113 do mês de dezembro de 2016, na anexo Ili da Procuradoria-Geral da República. presentes os membros do Ministério Público Alisson Nelicio Cirilo Campos, Fernando Antônio de Alencar Alves de Oliveira Júnior e Sérgio Bruno Cabral Fernandes. compareceu o senhor EMILIO ALVES ODEBRECHT. sexo masculino, brasileiro, casado, filho de Yolanda Alves Odebrecht e Norberto Odebrecht, nascido em 25101/1945, natural de Salvador/BA, superior completo, engenheiro civil, portador da cédula de identidade RG 00.333.453-84, inscrito no CPFIMF sob o número 004.403.965-49, residente e domiciliado na Alameda das Catabas, 156, apartamento 302, Salvador/BA, telefone (71) 3341-2686, e e-mail [email protected], acompanhado de seus advogados Theodomiro Dias Neto. OAB/SP 96.583, Adriano Sá de Seixas Maia, OAB/BA 14.561, e Mônica Bahia Odebrecht, OABIBA 11.436, a fim de prestar depoimento em razão da celebração de Acordo de Colaboraçao com o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. No inicio do presente ato, todos os presentes foram cientificados da proibição do uso de quaísquer instrumentos de gravação ou registro de áudio ou vídeo próprios e declararam não estar fazendo uso oculto ou dissimulado de qualquer equipamento, sob as penas legais. Inquirido sobre os fatos em apuração. na presença de seu advogado, sob todas as cautelas de sigilo determinadas, atendendo aos ditames da Lei nº 12.850/2013, notadamente quanto ao disposto nos artigos 4° a 7°, RESPONDEU: QUE o advogado ora presente é seu defensor

•galmente nomeado para lhe assistir no presente ato, conforme determina o art. 7° da Lei nº 12.850/2013:°'QUE nuncia. na presença de seu defensor, ao direito ao silêncio_. reafirmando o compromisso legal de dizer a

verdade. nos termos do § 14° do art. 4° da Lei nº 12. 85012013: QUE pretende colaborar de forma efetiva e voluntária com investigações e processos criminais. nos termos firmados com o Ministério Público Federal; QUE, junto de seu defensor, autoriza expressamente e está ciente do registro audiovisual do presente ato de colaboraç/lo, nos termos do §13° do art. 4° da Lei nº 12. 85012013: QUE está ciente de que os efeitos da colaboração premiada dependem de um ou mais dos seguintes resultados, dentre outros. conforme o art. 4º da Lei nº 12.850/2013: 1- a identificação dos demais coautores e participes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas: li - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa: Ili - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa: IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa; QUE está ciente dos direitos do colaborador previstos no art. 5° da Lei nº 12.850/2013; QUE. no tocante ao ANEXO 10 - Lula P 47~ 472109 responderá ás questões formuladas pelos membros do Parque/, conforme registro a díÔv· uarora e alizado". Respondidas as questões formuladas. e nada mais havendo a ser consignado, f ncerr 's a gr açao audi visual e o presente termo que. lido e achado conforme, vai por todos assin _ dua~/ /

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MINISTÉRIO l'Cmuco FEDERAL Procurndoria-Geral da República

TERMO DE COLABORAÇÃO N. 1 FÁBIO FERREfilA CLETO

Aos 12 de abril de 2016, às 9h35min, na sede da Procuradoria da República em São Paulo, situada na Rua Frei Caneca, J 360, presente o Procurador da República Andrey Borges de Mendonça, integrante do Grupo de Trabalho instituído pela Procurador-Geral da República através da Portaria PGR/MPU nº 3, de 19/01/2015, por autorização da Portaria PGR/MPU nº 5, de 26 de janeiro de 2015, na presença dos advogados Adriano Salles Vanni, OAB/SP 104.973, Cecília de Souza Santos, OAB/SP 151.359, e Julia Mariz, OAB/SP 320.851, procedeu-se a oitiva do colaborador FÁBIO FERREIRA CLETO, brasileiro, filho de José Waldemar Junqueira Cleto e Cylka Ferreira Cleto, nascido em Campinas/SP em 12/05/1971, CPF 15306436862, o qual declarou: QUE renuncia, na presença de seus defensores ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14º do art. 4º da Lei nº 12.850/2013; QUE o declarante e seus defensores autorizam expressamente e estão cientes do registro audiovisual do presente ato de colaboração em mídia digital, além do registro escrito ( duas vias do termo assinadas em papel), nos termos do §13 do art. 4° da Lei nº 12.850/2013, os quais serão, ao final do ato, devidamente custodiados pelos representantes do Ministério Público ora presentes, os quais ficarão responsáveis pela guarda, custódia e preservação do sigilo das informações e, ulteriormente, apresentados ao Supremo Tribunal Federal; QUE indagado acerca do relacionamento do colaborador com LÚCIO BOLONHA FUNARO e com EDUARDO CUNHA, respondeu QLJE conheceu LÚCIO BOLONHA FUNARO em meados de 201 O; QUE quem apresentou o declarante a FUNARO foi o então sócio do colaborador, ALEXANDRE MARGOTTO; QUE o declarante foi apresentado a FUNARO acredita que no apartamento deste último, que era situado no ltaim/SP; QUE

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PGR ------------------- Tenno de Colaboração n. O 1 _Fábio Ferre_ira Cl_ern

ALEXANDRÉ MARGOTTO e LÚCIO BOLONHA FUNARO estudaram e se fo1maram juntos na Faculdade FAAP, sendo que ambos ficaram amigos desde então; QUE o declarante tinha uma sociedade com ALEXANDRE MARGOTTO na empresa ETROS ADMINISTRADORA DE RECURSOS E VALORES IMOBILIÁRJOS; QUE apresenta cópia do contrato social da ETROS, assinado em 15 de dezembro de 2009; QUE ficou nesta empresa até entrar na CEF (ou seja, em abril de 2011), oportunidade em que ALEXANDRE MARGOTTO resolveu continuar com a empresa juntamente com a sua ex-esposa GIOVANA MARTIN! CARLETTI; QUE no período em que ficou na sociedade não recebeu nenhum valor de LÚCIO BOLONHA FUNARO e nem das empresas dele; QUE junta também a ficha cadastral da ETROS, na JUCESP, que demonstra outros nomes que a empresa teve (ETROS AGÊNCIA DE PUBLICIDADE LTDA e ETROS SERVIÇOS DE ESCRITÓRIO LTDA); QUE o declarante conheceu ALEXANDRE MARGOTTO em 2002, quando o declarante entrou no Banco Itaú, e ele trabalhava em uma Corretora de Valores chamada LOPEZ LEON, empresa esta que prestava serviços para o JTAÚ; QUE MARGOTTO era Diretor da corretora; QUE o declarante, no Banco Itaú, era operador de renda fixa na .Mesa Proprietária; QUE na prática fazia basicamente operação de tesouraria, realizando operações especulativas para o Banco, dentro de um limite pré-estabelecido, visando lucrar nas variações de mercado; QUE o declarante acabou ficando amigo de MARGOTTO, pois atuava, por intermédio do Banco, na Corretora dele no mercado de BOVESPA e BMF; QUE o declarante saiu do Banco Itaú em r ,

2009 e, logo na sequência, teve, junto com MARGOTTO, a ideia de abrir uma empresa gestora de recursos, para fazer a gestão de fundos de investimentos; QUE, então, criaram a ETROS; QUE ao mesmo tempo foi montado um Fundo de Capital Estrangeiro denominado AQUITAINE, o qual passou a ser gerido pela

1 ETROS; QUE questionado sobre o que é um Fundo de Capital Estrangeiro, respondeu que basicamente se trata de um Fundo de Valores de estrangeiros que entram no Brasil para fazer investimentos no mercado de capitais; QUE basicamente a composição deste Fundo AQUITAINE era com valores que

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PGR------------------- TerlllO deColahora1·ãon. 01 __ Fúbio Ferreira Clero

declarante possuía no exterior e não declarados às autoridades; QUE este Fundo foi basicamente composto pelo depoente com operações feitas em geral no mercado financeiro e que não poderia fazer, enquanto operador do Banco Itau; QUE em outras palavras, havia conflito de interesses pelo fato de o depoente trabalhar no Banco ITAU e ao mesmo operar em conta própria; QUE por isto opera em nome de terceiros, na Corretora de MARGOTTO, e mantinha os resultados no exterior, em sua conta não declarada; QUE o declarante antes do Fundo abriu uma conta no exterior, de nome ROCKFRONT, com o intuito de receber os recursos destas operações que realizava no Brasi.l; QUE esta conta ROCKFRONT foi abe1ta no Banco PICTET, na Suíça, em 2006 com o auxílio do próprio dono da Corretora LOPEZ LEON; QUE questionado o nome dele, disse se chamar HERNAN, que, salvo engano, seria HERNAN LOPEZ LEON; QUE se tratava de um argentino que depois vendeu a corretora e voltou para a Argentina; QUE se tratava de uma pessoa de aproximadamente 55 anos na época e calvo; QUE a conta foi aberta em nome de uma offshore constituída no Panamá e que tinha conta neste Banco na Suíça; QUE o declarante não chegou a ir à Suíça abrir esta conta e os papeis foram assinados em São Paulo; QUE quem fez todo o processo de abertura da conta estrangeira foi o escritório chamado WJNTERBOTHAM; QUE acredita que seja um escritório uruguaio ou argentino que auxiliou na abertura da empresa e desta conta; QUE a WINTERBOTHAM tinha um escritório em São Paulo e o declarante teve contato com várias pessoas deste escritório; QUE junta em anexo cópia de e-mail em que LUIS MARMISSOLLI atesta, para o BANIF (o custodiante do AQUITAINE), que o declarante estava renunciando ao cargo no Fundo; QUE fez tal renúncia para poder entrar na CEF; QUE LUIS MARMISSOLLI era uma das pessoas com quem o depoente tinha contato no WINTERBOTHAM; QUE não tinha conhecimento que o WINTERBOTHAM se tratava de um Banco; QUE foi HERNAN quem indicou referido escritório para o declarante; QUE a empresa ROCKFRONT não tinha existência fisica, sendo uma empresa de papel; QUE esta conta, confonne dito, era o resultado de várias operações feitas pelo depoente no Brasil e, depois, tais valores foram utilizados

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para capitalizar o Fundo AQUITAINE; QUE chegou a ter um milhão de dólares nesta conta do ROCKFRONT; QUE quem enviou os valores para o Banco PICTET foi o próprio Banco WINTERBOTHAM a pedido de HERNAN; QUE o declarante operava no Brasil inicialmente em nome de terceiros, na corretora LOPEZ LEON; QUE MARGOTTO já auxiliava o declarante neste momento; QUE o declarante remeteu acredita que de uma vez só tais valores para a conta no Banco PICTET; QUE os valores provenientes do AQUITAJNE eram compostos por estes valores do declarante; QUE acredita que MARGOTTO não aportou valores em tal fundo; QUE além da ROCKFRONT, o depoente também constituiu, através do WINTERBOTHAM, mais duas empresas LLC (Limity Liability Company), na Flórida, uma de nome NASH e outra de nome GAUSS; QUE tais empresas foram constituídas, mas não foram operacionais, ou seja, nunca operaram e nunca tiveram contas; QUE o objetivo da constituição destas empresas era, na época, montar novos fundos de investimentos, mas o que não ocorreu; QUE o declarante e MARGOTTO eram sócios apenas no resultado do Fundo AQUITAINE, ou seja, no lucro que decorresse das operações; QUE conforme dito, montou este Fundo em 2009 e ficou gerindo-o até 20 I 1, quando entrou na CAIXA ECONOMJCA FEDERAL (CEF); QUE conforme dito foi apresentado para FUNARO em 2009; QUE em 201 O, este último demonstrou interesse em entrar de sócio no fundo AQUITAINE; QUE FUNARO dizia que poderia captar recursos para o Fundo e agregar valores desta forma; QUE como FUNARO sempre trabalhou com mercado financeiro, afirmou que poderia trazer investidores para o Fundo; QUE na época o interesse de FUNARO, além de trazer recursos para o Fundo, era virar sócio da ETROS; QUE FUNARO iria oferecer uma participação em projetos de PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) que ele estava constituindo; QUE se recorda de FUNARO falar que já

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tinha licença ambiental destas PCHs e que estava tirando as últimas licenças, as Licenças de Implementação (Lis ); QUE FUNARO poderia oferecer alguma participação nestes projetos como pagamento para a entrada dele na sociedade da ETROS; QUE se recorda que FUNARO possuía seis PCHs; QUE todo

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este processo de entrada do depoente e de MARGOTTO nas PCHs não chegou a ser formalizado; QUE nesta mesma época, FUNARO convidou o declarante e ALEXANDRE MARGOTIO para mudar a mesa de operações da ETROS para dentro do escritório de FUNARO, que ficava na Rua Jerônimo da Veiga, 8º andar, no Office Tower Jtaim; QUE na época, como o declarante e ALEXANDRE pagavam aluguel no escritório da Faria Lima, aceitaram a oferta de mudar a mesa para o escritório de FUNARO; QUE FUNARO já tinha este escritório anteriormente; QUE nesta época era sabido que FUNARO já tinha tido envolvimento com escândalos no passado, mas na época não estava tão vinculado, ao mesmo tempo em que tinha vários contatos no mercado financeiro que seriam produtivos; QUE nesta época o declarante passou a conviver bastante com FUNARO, visitando a residência dele, saindo à noite, etc.; QUE passaram, portanto, a ter um vínculo pessoal; QUE FUNARO se dizia, na época, operador do mercado financeiro e alegava que operava de maneira autônoma; QUE na época, trabalhava no escritório de FUNARO a pessoa de REGINA, que era secretária e pessoa de confiança de FUNARO, que real.izava os pagamentos para ele; QUE não sabe se o nome completo de REGINA era ANA REGINA CHIOZZO CARVALHO; QUE no escritório de FUNARO trabalhava outra pessoa de nome JOSÉ CARLOS, vulgo ZEQUINHA, que já esteve envolvido em outros escândalos com FUNARO no passado; QUE o declarante e ALEXANDRE .MARGOTTO passaram a trabalhar na mesa de operações no escritório de FUNARO, ao lado de JOSÉ CARLOS, que também ficava na mesa de operações; QUE FUNARO ficava em uma sala ao lado; QUE ficaram de meados de 201 O até março de 20 li, quando foi confirmada a entrada do declarante na CAIXA ECONOMICA FEDERAL; QUE questionado como ocorreu esta entrada na CEF, respondeu que LÚCIO BOLONHA FUNARO na época disse ao declarante que o PMDB tinha direito a alguns cargos no governo federal, no recém iniciado governo da Presidente DILMA, e que entre estes cargos estaria a Vice Presidência da CEF; QUE na época FUNARO também mencionou a presidência do BASA - Banco \ da Amazônia, um Banco Estatal, como sendo um cargo a se_'.jy '

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indicado pelo PMDB; QUE o declarante já sabia e já tinha ouvido falar, nesta época, do relacionamento de LÚCIO BOLONHA FUNARO com EDUARDO CUNHA; QUE na época isto já era sabido, por matéria de jornal, inclusive da notícia do pagamento de alugueis por FUNARO de um apartamento em Brasília que CUNHA usava; QUE FUNARO também confirmou esta proximidade com EDUARDO CUNHA pessoalmente para o declarante; QUE FUNARO dizia que tinha um relacionamento com EDUARDO CUNHA e que tinham proximidade; QUE FUNARO confirmou que ainda falava com EDUARDO CUNHA e que continuava bastante próximo dele; QUE nesta época, FUNARO disse ao declarante que EDUARDO CUNHA havia solicitado a FUNARO a apresentação de um currículo para este cargo da CEF; QUE FUNARO disse ao declarante que o PMDB já tinha apresentado três currículos que haviam sido rejeitados, porque havia uma solicitação de que o currículo deveria ter um perfil técnico; QUE FUNARO pensou no declarante dado o história pessoal, acadêmico e profissional do declarante; QUE o declarante estudou Administração na Faculdade Getúlio Vargas (GV) e fez mestrado na USP; QUE, além disso, havia trabalhado por oito anos no Banco Jtaú; QUE questionado se FUNARO comentou de outros relaciomentos políticos, respondeu que FUNARO comentou na época com o declarante que tinha um "bom relacionamento com toda a cúpula do Pl11DB"; QUE provavelmente FUNARO mencionou HE:l\TJUQUE EDUARDO ALVES, que era o líder do Partido na Câmara; QUE FUNARO chegou a citar também GEDDEL VIERA LIMA; QUE FUNARO falava, no entanto, que o relaciomento dele não era restrito ao PMDB, mas também a parlamentares de outros partidos; QUE, no entanto, não se recorda dos nomes destes parlamentares de outros partidos, não se recordando se FUNARO mencionou tais nomes; QUE questionado por qual motivo FUNARO teria relacionamentos com políticos se era alguém do mercado financeiro, respondeu /' /\~ que acredita que era um relacionamento que FUNARO cultivava U 1 \ para trazer resultados de alguma forma para ele; QUE acredita que havia uma troca de beneficias recíprocos entre os políticos e LÚCIO BOLONHA FUNARO; QUE acredita que MARGOTI

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tivesse o mesmo nível de conhecimento que o do declarante em relação ao tema; QUE nunca viu tais políticos no escritório de FUNARO; QUE tampouco viu FUNARO conversando com tais pessoas no escritório pelo telefone, até mesmo porque a sala de FUNARO era separada e ficava com a porta fechada; QUE FUNARO sempre demonstrava preocupação em seus telefones estarem sendo monitorados; QUE FUNARO disse que tentaria passar o currículo do depoente para o cargo de Vice Presidente da CEF; QUE o declarante, então, apresentou seu currículo para o próprio FUNARO, que repassou este currículo para EDUARDO CUNHA, o qual, por sua vez, repassou para HENR1QUE EDUARDO ALVES, então líder do PMDB na Câmara; QUE HENRIQUE EDUARDO ALVES encaminhou o currículo do declarante para o então Chefe da Casa Civil ANTONIO PALOCCI; QUE logo na sequência, em questão de alguns dias, o declarante foi chamado para uma entrevista com o Ministro da Fazenda GUIDO MANTEGA, em Brasília, no próprio gabinete do Ministro; QUE a entrevista foi muito positiva e a impressão passada também; QUE a conversa foi mais técnica e não se abordou a questão da indicação política; QUE alguns dias depois foi dito ao declarante que o currículo havia sido aprovado; QUE quem lhe disse isto foi o próprio FUNARO; QUE FUNARO tinha informações de que PALOCCI tinha entrado em contato com HENR1QUE EDUARDO ALVES, confirmando que o cuITíuculo havia sido aceito e que era necessário uma resposta rápida, pois já era praticamente abril e este era um dos últimos cargos que faltava para ser indicado na CEF; QUE FUNARO já deu a entender que haveria "benefícios" neste cargo e que em algumas operações aprovadas teria o pagamento de propina e que isto seria dividido; QUE nesta época acredita que FUNARO não tenha entrado em detalhes sobre a forma de pagamento da propina e que o tema seria detalhado posteriormente; QUE a partir do momento em que o declarante soube que seria efetivado, iniciou um processo de desligamento das atividades que estava desenvolvendo, em razão da incompatibilidade com o posterior cargo; QUE, então, foi fechado o Fundo AQUJTAINE, os recursos foram remetidos para o exterior e a conta da ROCKFRONT também foi fechada; QUE os recursos desta conta

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ROCKFRONT foram, então, enviados para LÚCIO BOLONHA FUNARO, na Suíça, não sabendo maiores detalhes da conta dele; QUE a conta de FUNARO na Suíça estava em nome de uma offshore; QUE foi uma transferência direta, da conta ROCKFRONT para a conta da offshore em nome de LÚCIO BOLONHA FUNARO; QUE questionado por qual motivo transferiu os valores para FUNARO, respondeu que ficou receoso de que sua conta fosse descoberta, pois se tratava de uma conta não declarada; QUE houve um comum acordo com FUNARO; QUE como a família do depoente continuaria vivendo em São Paulo, a ideia era que os valores fossem transferidos para LÚCIO BOLONHA FUNARO e este fosse realizando os pagamentos das despesas do declarante, à medida que fosse necessário, até quitar os valores transferidos para FUNARO; QUE o depoente transferiu em tomo de USD 820 mil, em março ou abríl de 2011 para FUNARO; QUE o declarante pegava todas as contas e despesas que possuía, passava para FUNARO ou para REGINA e era então efetuado o pagamento, entregando os recibos para o declarante; QUE o declarante junta diversos comprovantes de tais pagamentos em um CD em anexo; QUE por vezes era a esposa do declarante quem entregava estas contas para FUNARO ou REGINA no escritório da JERONJMO DA VEIGA; QUE FUNARO tinha uma contabilidade de tais valores, conforme documento que ora apresenta; QUE questionado sobre o documento que se inicia com o valor R$ 157.500,00, escrito "entrada 90", datado de 19 de março, isto se refere a várias contas, despesas e boletos pagos por LÚCIO BOLONHA FUNARO durante o período de março de 2011 a fevereiro de 2012; QUE a letra escrita à mão é de FUNARO, acreditando que " esteja escrito "planilha reais" na primeira página; QUE "noose" é o apelido de ALEXANDRE MARGOTIO; QUE há pagamentos para OMINT (que é o plano de saúde do declarante), contas de gás, pagamento de boletos da escola, contas, entre outros; QUE as menções a "dri" são referências à esposa do declarante, ADRIANA, sendo certo que "dh dri" e "cash dri" se referem a valores em espécie que o declarante pedia para FUNARO entregar para a esposa do declarante; QUE a esposa do declarante I pegava tais valores no escritório de FUNARO; QUE em outro (

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documento, a anotação à mão R$ 6I 9.238,00 foi feita por FUNARO; QUE em relação ao documento que se inicia com o valor R$ 157.5000 "entrada 90", com a anotação "Saldo reais" de R$ 42.410,59, também se trata de planilha fornecida por FUNARO, sendo uma cópia menos completa que a outra; QUE a menção a "pgto alho" refere-se a um parente de MARGOTTO que fazia operações de dólar cabo, em que o declarante depositava na conta dele no exterior e ele entregava valores no Brasil; QUE não sabe o nome dele, sabendo que o sobrenome não é MARGOTO, provavelmente sendo casado com algum parente deste último; QUE este parente trabalha com a importação de alho, razão pela qual houve a menção a "alho"; QUE o negócio dele era alho mesmo, havendo importação efetiva deste produto em regra; QUE referida pessoa ajudava MARGOTTO, por ser parente; QUE o declarante se comunicava com LÚCIO BOLONHA FUNARO atráves do BBM; QUE FUNARO trocou o nick dele várias vezes e o último era "Lucky9ff' e era referente ao "PIN 2837D503"; QUE FUNARO também trocava de e-mails com frequência e não se recorda de nenhum e-mail dele; QUE falava com ele basicamente por BBM; QUE utilizavam BBM pois se acredita que era inviável a interceptação; QUE no dia em que saiu, via Diário Oficial, a indicação do depoente, FUNARO o chamou no escritório através do ALEXANDRE MARG01TO; QUE lá chegando, ALEXANDRE MARGOITO encontrou o declarante no carro estacionado em frente ao edifício do escritório; QUE nesta oportunidade, MARGOTTO trouxe três vias de uma carta de renúncia ao cargo de Vice Presidente da CEF, como se tivesse sido escrita pelo declarante, endereçadas a HENRIQUE EDUARDO ALVES, solicitando o desligamento do declarante do cargo; QUE MARGOTTO disse que o declarante tinha que assinar referidas cartas, pois caso não assinasse não seria nomeado; QUE o declarante assinou ali mesmo as cartas e as devolveu para ALEXANDRE MARGOTTO, não ficando com nenhuma delas; QUE referidas cartas eram urna espécie de "garantia" de que, caso qualquer solicitação não fosse acatada pelo depoente, FUNARO apresentaria a carta, levando à renúncia do cargo e à indicação de outra pessoa; QUE acredita que

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FUNARO tenha pedido para MARGOTTO levar a carta para FUNARO não se expor; QUE assim que assumiu a CEF, conforme já esclarecido, deixou de fazer parte da ETROS e do Fundo AQUITAINE e, inclusive, pediu declarações tanto do WINTERBOTHAN quanto do BANIF, conforme documentos que ora apresenta; QUE junta também um e-mail que enviou para pessoa identificada como "Sérgio Fazenda", que era o assessor do Ministro MANTEGA, comprovando o desligamento do declarante do FUNDO; QUE assim que tomou posse na CEF, mudou-se para Brasília, embora sua família tenha ficado em São Paulo; QUE assumiu o cargo de Vice Presidente de Fundos de Governo e Loterias (VIFUG); QUE a CEF tem doze Vice Presidências e esta era uma delas; QUE, a grosso modo, a VIFUG é responsável por três Superintendências: Superintendência do FGTS (SUFUG), Superintendência de Loterias (SUALO) e Superintendência de Fundos de Governo (SUPUS); QUE logo que assumiu, FUNARO passou ao depoente o endereço de EDUARDO CUNHA em Brasília, tratando-se de um apartamento funcional na Asa Sul, no qual o declarante deveria se encontrar com CUNHA; QUE foi, assim, marcada por FUNARO uma primeira reunião do depoente com EDUARDO CUNHA, pois o depoente ainda não o conhecia; QUE esta reunião foi uma semana após a posse do depoente; QUE, salvo melhor juízo, o endereço é SQS 311, bloco I; QUE se tratava do apartamento funcional de EDUARDO CUNHA; QUE o declarante, então, se reuniu com EDUARDO CUNHA pela primeira vez; QUE nesta primeira reunião, EDUARDO CUNHA disse que o grande interesse dele era no Fundo de Investimento FI-FGTS, onde empresas privadas tomam recursos para obras de infraestrutura; QUE nesta reunião EDUARDO CUNHA disse que apresentaria demandas para o depoente e cabia ao depoente analisar e encaminhar de acordo com os interesses de CUNRA; QUE EDUARDO CUNHA estava sozinho e foi uma reunião apenas entre o depoente e ele; QUE ficou estabelecido que o declarante e EDUARDO CUNHA se reuniriam semanalmente, 1 J\ toda terça-feira às 7h30min, no apartamento funcional de V 1 · CUNHA; QUE estas reuniões realmente ocorreram \ ' semanalmente ao longo dos quatro anos em que o declarante Y

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ficou na CEF; QUE o declarante não teve relacionamento de amizade com EDUARDO CUNHA, tratando-se de um relacionamento profissional; QUE quem levava o depoente a estas reuniões sempre foi, ao longo dos quatro anos, o motorista próprio do depoente na CEF, de nome MARCELO LEITE, que poderá confirmar estes encontros; QUE solicitado ao depoente o contato de MARCELO LEITE, informou ser o celular 061 99724007; QUE embora o declarante não tenha comentado com MARCELO LEITE, ele sabia que o declarante iria se encontrar com EDUARDO CUNHA; QUE MARCELO sabia disto porque em algumas ocasiões o depoente e EDUARDO CUNHA desceram juntos do apartamento e MARCELO LEITE os via; QUE, ademais, depois que EDUARDO CUNHA assumiu a Presidência da Câmara, os encontros passaram a ser na Residência Oficial do Presidente da Câmara, na Península dos Ministros, no Lago Sul; QUE MARCELO LEITE também era o motorista nestas ocasiões; QUE estas reuniões demoravam entre 30 e 60 minutos; QUE nestas reuniões o declarante passava a EDUARDO CUNHA todos os projetos que estavam em tramitação dentro da área e o estágio em que estavam; QUE em geral o depoente recebia a pauta do que seria levado a votação com duas semanas de antecedência à reunião; QUE com base nisto, passava as informações e os estágios em que se encontravam cada empreendimento; QUE EDUARDO CUNHA tinha grande interesse em saber o nome das empresas e seus sócios; QUE EDUARDO CUNHA, com base nestas informações, solicitava ao depoente uma posição: favorável, contrária ou neutra no processo de aprovação; QUE depois de aprovadas as operações, EDUARDO CUNHA confirmava ao declarante se havia sido cobrada propina c qual valor; QUE não eram todas operações aprovadas em que houve pagamento de propina, ao menos para o declarante; QUE não saberia dizer se, nestes casos, EDUARDO CUNHA recebeu ou solicitou propina; QUE o depoente recebeu propina envolvendo onze empresas/projetos, conforme esclarecerá em termos próprios; QUE, no entanto, houve situações em que atendeu demandas de EDUARDO CUNHA, mas nas quais não houve a menção, ao menos para o depoente, do pagamento de propina; QUE a

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questão do pagamento de propina foi inicialmente dita ao depoente por intermédio de LÚCIO BOLONHA FUNARO, que disse que, do valor total cobrado da propina, 80% ficaria com EDUARDO CUNHA, 20% com LÚCIO BOLONHA FUNARO; QUE dos 20% de LÚCIO BOLONHA FUNARO, o declarante teria direito a 40%, sendo que, destes 40%, por vontade do declarante, metade do valor seria repassado para ALEXANDRE MARGOTIO; QUE questionado por qual motivo repassava valores para MARGOTTO, respondeu que este era seu sócio e amigo, além da possibilidade de MARGOTTO prospectar outros negócios, nos quais o depoente entraria como sócio; QUE, no entanto, MARGOTTO nunca trouxe efetivamente negócios para o depoente; QUE na prática, então, do valor total da propina informada, a divisão era a seguinte: 80% para EDUARDO CUNHA, 12% para LÚCIO BOLONHA FUNARO, 4% para o depoente e 4% para ALEXANDRE MARGOTTO; QUE era FlJNARO o responsável por repassar a MARGOTTO os valores que lhe eram devidos; QUE, no entanto, como o depoente é amigo de MARGOTTO, este último lhe disse que FUNARO não repassou corretamente os valores; QUE, segundo J\1ARGOTTO, FUNARO não repassou quase a totalidade do combinado; QUE MARGOTTO recebia aproximadamente de R$ ] 5 a 20 mil reais por mês, como uma forma de mantê-lo próximo; QUE sabe que FUNARO se uti.lizava das contas e empresas de MARGOTTO para movimentar valores; QUE sabe disso porque MARGOTTO mencionou que, após a saída do depoente da ETROS, a própria empresa foi utilizada para movimentação financeira de interesse de FUNARO; QUE, assim, embora MARGOlTO devesse receber 4% do valor de cada negócio, na prática os valores não foram repassados integralmente para ele e ficaram em poder de FUNARO; QUE MARGOTIO trabalhou para LÚCIO BOLONHA FUNARO, no escritório deste, até cerca de seis meses atrás (ou seja, entre novembro e dezembro de 2015); QUE MARGOTTO saiu porque viu que não iria receber nunca o dinheiro e por ter tido discussões com FUNARO; QUE FUNARO informou sobre o pagamento de propina logo após a posse do depoente na CEF, bem no início; QUE EDUARDO CUNHA também confirmou o pagamento de propma para o

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depoente; QUE as pessoas responsáveis por negociar a propina com as empresas era LÚCIO BOLONHA FUNARO e EDUARDO CUNHA, não tendo o depoente qualquer participação nestas negociações; QUE variava quem solicitava a propina a depender da proximidade com a empresa; QUE quem tivesse mais proximidade com a empresa ficaria encarregado de solicitar a propina; QUE, de qualquer forma, em todos os casos, FUNARO e CUNHA estavam acertados e alinhados em relação à solicitação de propina; QUE o declarante era comunicado se havia o pagamento de propina e, em caso positivo, o valor em geral após a operação ter sido aprovado pelo FGTS; QUE não sabe se houve o pagamento de propina em outras situações que não foram informadas ao depoente e, tampouco, se o valor cobrado era o que FUNARO e CUNHA informavam ao depoente; QUE não tinha como saber quais eram os valores solicitadas das empresas, até mesmo porque os contatos que o depoente possuía com as empresas eram estritamente técnicos e não havia abertura para falar de propina; QUE além dos encontros semanais, o depoente conversava com EDUARDO CU1\1HA via BBM, de forma bastante rápida e sucinta; QUE EDUARDO CUNHA trocava bastante de celular, mas o depoente possui o último PIN que ele utilizava, que era 2ADB29BD; QUE o nick dele era "Eduardo Cunha novo"; QUE através deste BBM eram feitos contatos, mais para confirmar as reuniões semanais, que já eram pré-agendadas, ou para passar informações mais rapidamente; QUE o relacionamento do declarante com FUNARO continuou estreito ao longo do ano de 201 !, até mesmo pessoal; QUE o declarante e FUNARO chegaram a viajar juntos, com as respectivas esposas, para o Caribe, em 2011; QUE na época FUNARO, em verdade, foi acompanhado de sua então namorada, que trabalhava no Banco BVA; QUE o nome desta namorada era THAÍS BRESCIA; QUE estava junto, nesta viagem, JOESLEY BATISTA, proprietário da empresa JBS, com quem FUNARO tinha relação; QUE FUNARO tinha relação com o Banco BVA, conhecendo os donos do Banco; QUE FUNARO conhecia os dois sócios do Banco BVA, sendo ele mais próximo de um deles; QUE mostrada a foto em anexo de IVO LODO, ex­Presidente do Banco BVA, o reconhece como sendo um amigo de {

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FUNARO que o depoente chegou a encontrar na residência de LÚCIO BOLONHA FUNARO'; QUE questionado sobre o patrimônio de FUNARO, respondeu que sabe que ele possuía um apartamento no Itaim, em uma rua sem saída, com um portão para um conjunto de prédios; QUE sabe que FUNARO possui uma casa no interior de São Paulo, em Vargem Grande Paulista, a qual o depoente chegou a frequentar em um final de semana; QUE final de semana o depoente foi com a sua família e FUNARO estava sozinho; QUE se trata de uma casa bem grande, em um terreno de aproximadamente l O mil metros quadrados, com construção de aproximadamente mil metros quadrados; QUE FUNARO é quem frequenta a residência; QUE chegou a voar em um avião, um jato pequeno (de quatro a seis lugares), que sabe que era de FUNARO, que ficava no aeroporto de Jundiaí; QUE não sabe se FUNARO possuía helicóptero; QUE FUNARO possuia uma Porshe Panamera, nova, que era o veículo no qual ele geralmente se deslocava; QUE FlJNARO tinha três seguranças, que trabalhavam para ele; QUE ouviu menção a um deles ser policial ou ex-policial, mas não tem maiores detalhes; QUE se recorda apenas do prenome de um deles, que era FLÁVIO; QUE sabe que FUNARO se mudou para uma casa no Jardim Europa, informação repassada ao depoente por MARGOTTO, mas que não sabe onde é; QUE questionado sobre as empresas de FUNARO, recorda-se de uma empresa chamada ROYSTER, pois inclusive haviam papeis timbrados desta empresa no escritório; QUE se recorda da empresa TERELAND DO BRASIL EMPREENDIMENTOS E PARTICPAÇÕES, que era uma empresa dele; QUE a GALLWAY era uma empresa de FUNARO; QUE não se recorda da empresa ARAGUAIA; QUE a empresa NOVINVEST era urna corretora e sabe que FUNARO operava nesta corretora, mas não sabe de nenhuma irregularidade; QUE a empresa DISCOVERY TREND EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES LTDA era uma empresa de ALEXANDRE MARGOTI'O; QUE CARLOS

lnicinlmente foi mostrada a foto de IVO LODO, mas equivocadamcnte sendo atribuída a JOSÉ AUGUSTO FERREIRA DOS SANTOS (outro Presidente do BVA). Porém. foi alertado pelas defensoras que a foto se tiatava, em verdade, de IVO LODO, que é a pessoa mencionada pelo depoente.

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MARGOTTO era o pai de ALEXANDRE MARGOTTO; QUE a empresa AUTOMIAMI era uma empresa do amigo de LÚCIO BOLONHA FUNARO, de nome JOÃO JORGE, que tinha uma empresa de veículos impo1tados; QUE o depoente chegou a conviver com JOÃO JORGE, neste período de amizade com LÚCIO BOLONHA FUNARO, e inclusive a comprar e vender veículos com JOÃO JORGE; QUE o relacionamento com FUNARO continuou até início de 2012, quando houve urna discussão muito grande entre o depoente e ele; QUE esta discussão foi basicamente porque as cobranças de FUNARO eram muito incisivas e agressivas, inclusive desrespeitosas; QUE as cobranças de FUNARO diziam respeito à CEF e à função do depoente, tal como aprovar operações em curto prazo e incompatível, modificar condições de operações já estruturadas, encaminhar operações que não tinham possibilidade ou capacidade para serem encaminhadas, por terem risco de crédito, etc.; QUE nesta época, portanto, o declarante recebia orientações de como proceder e agir dentro da CEF tanto de EDUARDO CUNHA quanto de LÚCIO BOLONHA FUNARO; QUE, no entanto, a contabilidade das propinas inicialmente era de responsabilidade de LÚCIO BOLONHA FUNARO; QUE nesta época o declarante tinha crédito com LÚCIO BOLONHA FUNARO em razão da transferência dos valores repassados a ele existentes na conta da offshore ROCKFRONT, conforme esclarecido, e, também, os créditos das propinas recebidas das empresas relacionadas à CEF; QUE FUNARO tinha uma contabilidade englobando os dois montantes ( conta ROCKFRONT e valores de propina); QUE apresenta, neste ato, uma planilha com tais valores, iniciando-se com a anotação "$ 820.238"; QUE se trata de uma planilha contendo inicialmente o valor transferido a FUNARO pela sua conta ROCKFRONT ($ 820.238"); QUE a planilha foi elaborada por FUNARO e, inclusive, as anotações à mão são todas de FUNARO; QUE nesta contabilidade constam vários gastos do depoente; QUE, após deduações, chega-se ao valor de USD 434.388,95, com a anotação, feita por FUNARO à mão, "saldo que eu te devo" e abaixo escrito "à sua disposição"; QUE dentre os abatimentos, consta viagem para "St Barth e Grécia" , que se trata da viagem

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que fez para JOESLEY e FUNARO para o Caribe; QUE a menção à Grécia era porque o depoente, antes da viagem para o Caribe, estava na Grécia e se encontrou em Atenas com LÚCIO BOLONHA FUNARO e JOESLEY, oportunidade em que se deslocaram para a llha de St. Barth, no Caribe; QUE na outra página constam, além de outras despesas, alguns recebimentos; QUE neste primeiro ano (2011 ), era FUNARO o responsável por contabilizar os valores de propina que o declarante tinha a receber das empresas; QUE o declarante não recebia os valores diretamente das empresas, mas, nesta época, via FUNARO; QUE nesta planilha há menção a pagamentos de propina de três projetos/empresas: HAZTEC (embora esteja escrito HASTECH), PORTO MARAVILHA e AQUAPOLO; QUE nestes três projetos houve efetivamente a aprovação da CEF, com a participação do depoente, mediante pagamento de propina, conforme será detalhado em termos próprios; QUE em relação à HAZTEC houve pagamento para o depoente de R$ 300.000,00; QUE da AQUAPOLO foram R$ 400.000,00 e, por fim, do PORTO MARA VILJ-LA. constam 6 parcelas de R$ 280.000,00 cada; QUE o depoente, posteriormente, recebeu propinas de outras empresas, mas não mais por intermédio de FUNARO, mas sim de EDUARDO CUNHA; QUE isto porque, no início de 2012, em razão destas cobranças agressivas, o declarante e LÚCIO BOLONHA FUNARO acabaram brigando; QUE o fator culminante para a separação foi quando FUNARO ameaçou colocar fogo na casa do depoente, com os filhos dentro; QUE além disso, LÚCIO BOLONHA FUNARO não estava mais pagando as contas em São Paulo, conforme combinado, ou estava atrasando o pagamento; QUE após a situação de conflito, o declarante informou a EDUARDO CUNHA que gostaria de sair da CEF, em razão dos problemas, discussões e ameças de LÚCIO BOLONHA FUNARO; QUE EDUARDO CUNHA pediu ao depoente, então, que continuasse na CEF, pois ele se responsabilizaria pelo contato com o depoente, assim corno todas as tratativas e liquidações_ seriam diretamente com ele ( -S\ (EDUARDO CUNHA), não sendo mais necessário nenhum V \ \ contato com LÚCIO BOLONHA FUNARO; QUE EDUARDO)(

CUNHA, ,i"da, $'"mi" o débito q,e FUNARO ti"h'; o 1 ~

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depoente, inclusive em relação aos valores referentes à transferência da conta ROCKFRONT; QUE o depoente, em razão desta proposta de EDUARDO CUNHA, aceitou continuar na CEF e participando da mesma forma que ocorria até então; QUE questionado se o depoente já teve alguma reunião pessoal com LÚCIO BOLONHA FUNARO e EDUARDO CUNHA ao mesmo tempo, respondeu que, logo após esta briga, foi marcada uma reunião entre o depoente, FUNARO e CUNHA, no apartamento funcional deste último em Brasília, reunião na qual foi selado este entendimento; QUE esta foi a única vez em que o depoente se recorda de ter se reunido com os dois (FUNARO e CUNHA) ao mesmo tempo; QUE, no entanto, tem certeza que, neste período, FUNARO e CUNHA mantiveram contatos frequentes entre si; QUE a partir deste momento, janeiro ou fevereiro de 2012, cessa o contato direto do depoente com LÚCIO BOLONHA FUNARO; QUE a partir de então é EDUARDO CUNHA quem fica responsável pela contabilidade do depoente e pelo saldo a receber, tanto da transferência da ROCKFRONT, quanto das propinas relacionadas à CEF; QUE, na verdade, era o próprio depoente quem realizava a contabilidade, sendo certo que apresentava as planilhas para EDUARDO CUNHA para "batimento", e ele as aprovava; QUE depois de aprovada uma operação, em que fora solicitado apoio ao depoente, EDUARDO CUNHA avisava se havia o pagamento de propina e, em caso positivo, quanto havia sido cobrado da empresa e, com base nesta informação, o depoente preenchia a planilha, aumentando o saldo que o depoente tinha a receber de CUNHA; QUE o depoente apresenta, nesta oportunidade, a planilha em que fazia a contabilidade com EDUARDO CUNHA; QUE se trata, portanto, de uma planilha em que contabilizava e "batia", ou seja, conferia com EDUARDO CUNHA, os valores a que o depoente tinha de crédito, seja provenientes elo saldo a receber de LÚCIO BOLONHA FUNARO e, ainda, elas propinas pagas nas operações posteriores ao rompimento com FUNARO; QUE se esta planilha se inicia com a expressão "dividas com

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maluco", fazendo referência ao apelido de FUNARO; QUE esta I rt\ planilha começa com o saldo a receber ele FUNARO, que era de U ~\ USD 434.388,95; QUE na segunda linha há um aluguel que

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FUNARO deveria pagar em Brasília e não pagou; QUE, em verdade, era um valor que FUNARO tinha dito que havia pago, mas não pagou; QUE consta ainda a listagem das empresas em que houve pagamento de propina no âmbito do FGTS, assim como outras operações em que houve alguma solicitação de apoio por EDUARDO CUNHA, mesmo sem o pagamento de propina; QUE o declarante apontava a operação em que havia sido solicitado apoio por EDUARDO CUNHA e, posterioremnte, com o valor informado por CUNHA a título de propina cobrado da empresa, incluía na tabela; QUE a maioria das operações a propina informada ao depoente girava em torno de 1 % do valor da operação, mas acredita que provavelmente o valor cobrado das empresas era maior, para que a divisão fosse mais favorável a CUNHA e FUNARO; QUE em determinado momento, o depoente abriu uma conta na Suíça, por meio da offshore LASTAL; QUE o objetivo era receber os valores da propina; QUE nas contas da LASTAL o depoente recebeu aproximadamente USD 2, 1 milhões de dólares, conforme verificou na colaboração da construtora CARJOCA; QUE somente recebeu valores da empresa CARJOCA nestas contas na Suíça; QUE o depoente repassou a conta para EDUARDO CUNHA e este indicou a conta para a CARIOCA fazer os pagamentos; QUE questionado por qual motivo EDUARDO CUNHA indicou apenas a Construtora CARJOCA para pagar o depoente, acredita que EDUARDO CUNHA, por ter mais valores a receber da CARIOCA, acabou fazendo toda a liquidação dos valores devidos ao depoente através de transferências apenas desta empresa; QUE o objetivo de EDUARDO CUNHA era não fazer a vinculação das demais empresas e operações com o depoente, além de simplificar o trabalho dele; QUE era mais fácil, pois EDUARDO CUNHA passava um tempo sem liquidar os valores com o depoente e, ao final, se fazia a liquidação a partir de um só depositante (no caso, a CARIOCA); QUE na verdade os depósitos da CARJOCA diziam respeito ao pagamento de propina de diversas operações, de diversas empresas; QUE conforme consta em sua planilha, recebeu valores do PORTO MARAVILHA, HAZTEC, AQUAPOLO, OAS, BR VIAS, LINHAS AMARELAS DO

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METRO, SANEANTJNS, LLX, ELDORADO e BRADO LOGÍSTICAS; QUE o valor total recebido destas empresas foi de USD 2,l milhões de dólares, mas sempre, conforme dito, mediante depósitos apenas da empresa CARIOCA; QUE, conforme explicado, era mais fácil e seguro para EDUARDO CUNHA realizar transferências de apenas uma empresa para as contas na Suíça do depoente do que realizar transferências das dez empresas; QUE em todos os casos envolvendo tais empresas, o depoente trabalhou para a aprovação dentro da CEF, por indicação de EDUARDO CUNHA ou LÚCIO BOLONHA FUNARO, e após a aprovação e o desembolso da operação, foi informado ao depoente o percentual pago a título de propina, com o posterior pagamento de valores no exterior pela CARIOCA; QUE o modus operandi e a atuação do depoente dentro da CEF, inclusive em relação às empresas mencionadas, serão descritos com maiores detalhes em outros termos; QUE recebeu, ainda, valores em espécie, no total R$ 520.000,00, a título de propina; QUE R$ 40.000,00 e R$ 80.000,00 foram entregues em Brasília e R$ 400.000,00 entregues em São Paulo; QUE todos estes valores em espécie foram entregues por EDUARDO CUNHA ou por pessoas por ele indicadas; QUE tem certeza que EDUARDO CUNHA entregou diretamente ao depoente R$ 40.000,00 em espécie em 10/08/2012, no apartamento funcional dele; QUE os R$ 400.000,00 em São Paulo foram entregues na portaria do apartamento do depoente em 28/04/2014, por um portador indicado por EDUARDO CUNHA, cuja identidade desconhece; QUE o valor foi deixado em uma sacola; QUE não se recorda onde foi entregue os R$ 80.000,00 pagos em 30/07/2013; QUE questionado sobre a participação de outros políticos, respondeu que EDUARDO CUNHA era muito discreto e não comentava com o depoente sobre outros destinatàrios dos valores de propina; QUE além das empresas mencionadas acima, em que houve o pagamento de propina, houve outras empresas em que EDUARDO CUNHA e FUNARO pediram ao depoente para votar em um ou outro sentido, mas em que não houve menção ao pagamento de l\ propina, ao menos para o depoente; QUE isto ocorreu, por (t ~ exemplo, na ODEBRECHT AMBIENTAL e na ODEBRECHT

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TRANSPORT; QUE questionado sobre a empresa LASTAL, respondeu que foi uma empresa offshore criada em meados de 2012, provavelmente julho, para receber as propinas a serem depositadas por EDUARDO CUNHA; QUE como o declarante não tinha nenhuma conta fora e como os valores eram altos, a ideia foi criar esta conta no exterior; QUE isto foi acordado com EDUARDO CUNHA, para receber os valores de propina em uma conta offshore; QUE foi indicado um escritório no Rio de Janeiro, que poderia fazer a abertura desta conta na Suíça, para receber os valores; QUE não se recorda quem indicou tal escritório; QUE foi passado um telefone no Rio de Janeiro, de uma pessoa chamada SILVANO BERi'JASCONI; QUE o declarante foi pessoalmente até um escritório dele, que ficava em Ipanema, no Rio de Janeiro, levou os documentos e SILVANO abriu a offüore LASTAL e a conta da empresa na Suíça, no Banco Julius Biier; QUE chegou a assinar documentos de abertura da conta na Suíça; QUE o depoente era o Beneficial Owner da referida conta; QUE acredita que tenha sido informado ao Banco o cargo do depoente, inclusive o fato de ser PPP (Pessoa Politicamente Exposta); QUE, embora não tenha tido dificuldade para abrir a conta, SILVANO comentava que, pelo fato de o depoente ser PPP, era mais diflcil movimentar a conta;

· QUE o depoente nunca foi até a Suíça para abrir tal conta; QUE salvo engano, a offshore LASTAL foi aberta em Belize; QUE teve contato várias vezes com SILVANO e o contato era feito por e-mail; QUE o declarante usava um e-mail falso, xipito2012(a)hotmail.com; QUE o declarante apresenta cópia de um destes e-mails que trocou com SJLVANO, que utilizava o e-mail [email protected]; QUE SILVANO era italiano, d aproximadamente 55 anos, e que tinha escritório entre a Itália Brasil, passando parte do tempo dele aqui e parte no exterior QUE no escritório não havia nenhuma identificação e nenhum sinalização na porta; QUE no celular do depoente apreendid (Blackberry) há o endereço completo dele; QUE o escritório er próximo do Obelisco de Ipanema, na Rua Visconde Pirajá, e, um grande centro comercial, de 14 ou 15 andares; QU SILVANO parecia ser um escritório que abria contas no exterior e empresas offshore; QUE era SJLVANO quem gerenciava a

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conta do depoente na Suíça, mediante cobrança de um percentual; QUE acredita que SILVANO gerenciava a conta via internet; QUE o depoente usava um canão de crédito vinculado a esta conta, que utilizava para pagar despesas e também para sacar valores em espécie; QUE não tinha contato com nenhum gerente da Suíça e nem com qualquer pessoa da instituição financeira Suíça; QUE nesta conta da LASTAL, do Julius Bãer, recebeu valores de propina da empresa CARIOCA no primeiro semestre de 2012; QUE posteriormente, no final de 2013, foi comentado com o depoente, por ALEXANDRE MARGOTfO, que LÚCIO BOLONHA FUNARO sabia que o depoente tinha aberto uma conta no Banco Julius Bãer, e que FUNARO também tinha uma conta na referida instituição financeira; QUE a preocupação era que FUNARO descobrisse a conta do depoente e pudesse se vingar de alguma forma ou usar isto contra o depoente em alguma oportunidade; QUE nesta oponunidade, então, fechou a conta da LASTAL no Julius Bãer; QUE, em seguida, abriu duas novas contas da LASTAL, a primeira no Banco HERJTAGE, na Suíça, e uma outra conta no Uruguai, na Corretora VICTOR PAULIER; QUE os recursos da conta do Julius Bãer foram transferidos para o Uruguai e os novos depósitos feitos pela CARIOCA foram na conta da LASTAL, no Banco HERJTAGE, na Suíça, a partir de junho de 2014; QUE o depoente abriu esta conta no Uruguai em março de 2013 e a cancelou em novembro de 2015; QUE neste período, o depoente movimentava esta conta no Uruguai através de uma pessoa de nome NJCK, cujo e-mail consta no celular apreendido do depoente; QUE, após, o depoente fechou a conta no Uruguai; QUE, para trazer o dinheiro ao Brasil, o depoente foi até o Uruguai, pegou um chegue com o 1

valor equivalente ao saldo da conta e foi indicado, pela Corretora' 1·

VICTOR PAULIER, um doleiro no Uruguai que poderia disponibilizar os valores no Brasil; QUE, então, procurou este 1

doleiro, entregou o cheque e o doleiro realmente entregou, dois ou três dias depois, os valores em espécie no apartamento do depoente em São Paulo; QUE era um escritório de câmbio de confiança da Corretora VICTOR PAULIER, em Montevideu; QUE não sabe quem é este doleiro e nem tem maiores detalhes, não sabendo o nome do escritório de câmbio; QUE, no entanto, ,

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era um escritório de câmbio que ficava prox1mo à Corretora VICTOR PAULIER, na mesma rua, em Montevideu; QUE mostrada a foto em anexo, extraída do sítio da Corretora, afirma que teve contato com a pessoa sentada no lado esquerda, provavelmente VICTOR PAULLIER PEREIRA; QUE, inclusive, se recorda do nome de VICTOR; QUE também reconhece a foto da Corretora, em anexo, extraída do sítio da internet (https://www.paullier.com/pt/index.html); QUE no Banco HERITAGE ainda possui saldo de aproximadamente USD 200.000,00 e um cartão vinculado à conta com aproximadamente USD 50.000,00; QUE este cartão de crédito se trata de um cartão pré-pago, vinculado à conta, em que se transferem valores da conta para o referido carião; QUE o depoente saiu da CEF em 08 de dezembro de 2015; QUE após a saída do depoente da CEF e a busca ocorrida em sua residência, no dia 14 de dezembro de 2015, LÚCIO BOLONHA FUNARO, por intermédio de ALEXANDRE MARG01TO, enviou uma indicação de um advogado para o depoente; QUE não mandou nenhum recado explícito; QUE o depoente compreendeu tal ato como sendo urna de orientação de FUNARO para o depoente constituir um advogado mais alin11ado com a linha de defesa dele; QUE, porém, o depoente nunca procurou referido advogado. Nada mais havendo a ser consignado, às 15h l 8min, determinou-se que fosse encerrado o presente termo que, lido e achado conforme, vai por todos assinado.

/ ADVOGADO

s Vanni, OAB/SP 104.973

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(tWJJJ,cllj<A~(Ult ({) Cecília de Souza Santos, OAB/SP 151.359

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MINISTÉRIO P(muco FEDERAL

Procun1<lori.1-GcraJ da Rl"pllhlic::i

TE'™O DE COLABORAÇÃO N. 2 FÁBIO FERREIRA CLETO

Aos 12 de abril de 2016, as 15h31 min, na sede da Procuradoria da República em São Paulo, situada na Rua Frei Caneca, 1360, presente o Procurador da República Andrey Borges de Mendonça e o Promotor de Justiça Sérgio Bruno Cabral Fernandes, ambos integrantes do Grupo de Trabalho instituído pela Procurador­Geral da República através da Portaria PGR/MPU nº 3, de 19/01/2015, por autorização da Portaria PGR/MPU nº 5, de 26 de janeiro de 2015, na presença dos advogados Adriano Salles Vanni, OAB/SP 104.973, Cecília de Souza Santos, OAB/SP 151.359, e Jula Mariz, OAB/SP 320.851, procedeu-se a oitiva do colaborador FÁBIO FERREIRA CLETO, brasileiro, filho de José Waldemar Junqueira Cleto e Cylka Ferreira Cleto, nascido em Campinas/SP em 12/05/1971, CPF 15306436862, o qual declarou: QUE renuncia, na presença de seus defensores ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do § 14º do art. 4° da Lei nº 12.850/20 l 3; QUE o declarante e seus defensores autorizam expressamente e estão cientes do registro audiovisual do presente ato de colaboração em mídia digital, além do registro escrito ( duas vias do termo assinadas em papel), nos termos do § 13 do art. 4º da Lei nº 12.850/2013, os quais serão, ao final do ato, devidamente custodiados pelos representantes do Ministério Público ora presentes, os quais ficarão responsáveis pela guarda, custódia e preservação do sigilo das informações e, ulteriormente, serão apresentados ao Supremo Tribunal Federal; QUE indagado acerca da participação do depoente na CEF e sobre o funcionamento do FI-FGTS e das Carteiras Administrndas, respondeu: QUE até 2008, os valores do FGTS dos trabalhadores eram investidos apenas por meio de "operações tradicionais", ou seja, l1avia linhas para agentes financeiros (Bancos, financeiras, etc.) que repassavam os valores para os

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mutuários; QUE eram, assim, empréstimos de valores do FGTS para Bancos, que, por sua vez, repassam valores para mutuários e tomadores finais; QUE inicialmente os valores somente poderiam ser repassados para a habitação; QUE depois foi ampliado também para transporte e saneamento; QUE depois de 2008, além das "operações tradicionais", o FGTS passou a se valer de "operações de mercado", ou seja, passou a se utilizar de ativos mobiliários para lastrear o repasse dos recursos do FGTS; QUE, então, passou a haver duas formas de investir os valores do FGTS: a primeira por meio do FI-FGTS e a segunda por meio das Carteiras Administradas; QUE ambas são veículos de investimentos dos valores do FGTS, mas com particularidades e procedimentos próprios; QUE o FI-FGTS é um Fundo que investe em infraestrutura, mais especificamente em sete setores: rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, hidrovias, saneamento e energia; QUE o Fl-FGTS foi criado em 2008, com dois objetivos primordiais: fomentar o mercado de trabalho (por meio do invesiimento em projetos de infraestrutura, que criam vários empregos) e servir como funding de longo prazo de projetos de infraestrutura, fomentando tais obras, em especial pela concessão de prazos mais dilatados; QUE o FI-FGTS possui duas formas de investimentos: ou por meio de investimento direto na empresa (equity) - no qual o FI-FGTS passa a ser sócio da empresa, até um percentual de 49 ,9% - ou atrn vés de dívida da empresa ( debt), que basicamente significa a compra de debêntures ou outros instrumentos de dívida emitidos pela empresa - situação na qual o FI-FGTS passa a ser credor da empresa; QUE os valores do Fl­FGTS são provenientes do patrimônio líquido do FGTS; QUE as decisões de investimentos são feitas através de um Comitê de Investimento, composto por doze membros, sendo seis da iniciativa privada (três representantes dos empregadores e três representantes dos trabalhadores) e seis do governo (que são um representante do Ministério da Fazenda, um do Ministério das Cidades, um do Ministério do Trabalho, um do Ministério do Planejamento, um do Ministério da lndústria e Comércio e um representante da CEF); QUE o depoente era o representante da CEF no Comitê de Investimentos; QUE questionado qual seria o procedimento que uma empresa interessada em obter valores do

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FI-FGTS teria que passar, respondeu, inicialmente, que, quando o Fundo foi criado, foi estabelecido que a Vice Presidência de Gestão de Ativos de Terceiros da CEF (VITER) seria a Administradora do Fundo; QUE a Administradora do Fundo responde por todas as questões do Fundo perante a CVM e o BACEN, além de estrnturar os projetos a serem alocados no FJ­FGTS; QUE "estruturar projetos" significa receber uma empresa interessada em tomar recursos do Fundo, fazer análise da viabilidade do projeto e do tomador e, em caso de interesse mútuo ( da empresa e do Fundo), estruturar a operação, ou seja, discutir com a empresa todas as condições da operação, corno, por exemplo, garantias, prazo, taxa de juros, condições de amortização, etc; QUE o aporte de recursos do FI-FGTS sempre tem que estar vinculado a um projeto de investimento, feito pela empresa; QUE no caso do FI-FGTS a empresa é recebida inicialmente pela VlTER; QUE a VITER está situada em São Paulo; QUE a VITER, depois de entender viável o projeto, faz a apresentação do projeto para o Comitê de Investimentos, dando as condições mais gerais da operação e da empresa, através de um relatório chamado ROPI - Relatório de Oportunidade de Investimento; QUE o procedimento da estruturação da operação somente é possível com a aprovação do ROPI pelo Comitê de Investimentos por no mínimo 3

/. dos presentes; QUE acontecendo a aprovação do ROPJ pelo Comitê de Investimentos, a VITER prossegue na estruturação da operação, tendo que apresentar um novo relatório ao Comitê de Investimentos, agora de nome REFI - Relatório Final de Investimentos, contendo este todos os detalhes da operação; QUE novamente o REFI deve ser aprovado pelo Comitê de Investimentos, por 3/. dos presentes; QUE, se isto ocorrer, a operação é aprovada; QUE isto é como funciona o Fl­FGTS; QUE o FI-FGTS tem em torno de 35 bilhões de reais autorizados para investimentos; QUE a Carteira Administrada tem outro procedimento ele investimento cios valores cio FGTS; QUE a Carieira Administrada pode alocar os valores em quatro tipos de ativos: debêntures, Fundos Imobiliários, FID!C (Fundos de Direitos Creditórios) e CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários); QUE, assim, não pode investir em equity, ou seja, não pode virar sócia de empresas; QUE, além

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disso, as finalidades são apenas três, ou seja, são três carteiras distintas: carteira administrada transporte ( que investe em projetos de mobilidade urbana), carteira administrada habitação (que investe em projetos de habitação com ênfase em habitação popular) e carteira administrada saneamento ( com foco em saneamento urbano); QUE a Carteira Administrada, somadas as três, tem em torno de 18 bilhões de reais para investir; QUE o procedimento das carteiras passa inicialmente por um "enquadramento" da operação feito pela VJFUG (Vice Presidência de Fundos de Governo e Loterias), área do depoente; QUE "enquadramento" significa receber a empresa e verificar que o projeto se enquadra e respeita todas as regras estabelecidas para as Carteiras; QUE há uma normativa estabelecida pelo Ministério das Cidades para tanto; QUE o Ministério das Cidades é o gestor do orçamento do FGTS, ou seja, é o que estabelece as instruções normativas para aplicação dos recursos do FGTS; QUE feito o enquadramento, este documento é enviado para a VJTER, a qual inicia as tratativas com a empresa, para estruturar a operação; QUE após estruturada a operação, a aprovação é feita internamente na CEF em dois conselhos: Conselho da VJFUG e Conselho da VJTER; QUE os dois conselhos têm a mesma composição: Presidente da CEF, Vice Presidente da REDE, Vice Presidente de Risco, Diretor Jurídico e o Vice-Presidente da VJFUG ou VITER, cada um em seu conselho; QUE, portanto, em cada conselho somente muda o Vice-Presidente; QUE todos os membros, portanto, são da CEF; QUE, portanto, aqui não há a aprovação pelo Comi tê de Investimentos, sendo uma decisão interna da CEF; QUE na época em que atuou, o Presidente da CEF era JORGE HEREDA e depois MIRIAM BELCHIOR, o Vice Pres.idente da REDE era HENRIQUE MARQUES DA ~ CRUZ, o Vice Presidente de Risco era RAFAEL RESENDE inicialmente e depois ALEXSANDRA BRAGA, e o Diretor . Jurídico era JAILTON ZANON; QUE o depoente era o Vice­Presidente da VIFUG e e o Vice Presidente da VITER era MARCOS VASCONCELOS; QUE MARCOS VASCONCELOS era muito alinhado com projetos e pautas do governo; QUE \ ~ MARCOS VASCONCELOS trabalhou na CEF nos governos do \J \\ PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT); QUE nunca o viu

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com políticos do PT e não sabe a relação com este partido; QUE como a maioria dos membros dos Conselhos da VJFUG e da VITER eram os mesmos, salvo o Vice-Presidente da área, passou a haver aprovações em reuniões conjuntas dos Conselhos; QUE após a aprovação nos dois conselhos, estava aprovada a operação; QUE questionado sobre qual poderia ser a atuação do depoente, respondeu que, no Comitê de Investimentos, o depoente poderia postergar a operação com um pedido de vistas, poderia votar contra o projeto e colocar os argumentos de forma a sensibilizar os outros conselheiros sobre riscos da operação, até mesmo porque vários conselheiros não eram do mercado financeiro, ao contrário do depoente, assim como também argumentar favoravelmente ás propostas, destacando os aspectos positivos das mesmas; QUE o voto do depoente, embora fosse um entre doze pessoas, era importante pois havia espaço nas reuniões para debates, argumentações e convecimento dos demais conselheiros, seja em um sentido seja em outro, especialmente porque era um técnico na área; QUE da mesma forma, na Carteira Administrada; QUE em geral, as características do próprio projeto apresentado já indicava se seria via FI-FGTS ou Carteira Administrada; QUE nas situações cinzentas, especialmente envolvendo saneamento, era em geral a VITER que encaminhava a estruturação em um ou outro sentido; QUE a VITER era quem tinha mais contato com as empresas e com os empresários, pois lá que era estruturada a operação; QUE no caso de participações acionárias - ou seja, quando o FI-FGTS ~ virava sócio da empresa - era bastante comum negociar no contrato de apo1te de equity uma participação de funcionários da CEF no Conselho Fiscal ou no Conselho de Administração da empresa; QUE a finalidade seria de acompanhar as decisões da empresa, melhorando a governança do Fundo sobre seus investimentos; QUE questionado se poderia haver conflito de interesses com investimentos futuros, respondeu que isto já foi questionado; QUE, por exemplo, houve uma época em que a ODEBRECHT estava questionando investimento do FI-FGTS em outra empresa de saneamento, sob o argumento de que e J\ . membros da CEF que faziam parte do seu conselho teriam V\\ informações privilegiadas, que poderiam repassadas a esta outra

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empresa de saneamento; QUE estes Conselheiros recebem remuneração de, em geral, l 0% de um salário de nível de diretor (que seria de aproximadamente R$ 40 ou 50 mil reais), o que seria equivalente a aproximadamente R$ 4 ou 5 mil reais; QUE, assim, se a pessoa estivesse em quatro conselhos, receberia 40% do salário de um diretor, ou seja, entre R$ 15 e 20 mil reais; QUE em relação ao deputado EDUARDO CUNHA, conforme já esclarecido em outro termo, o depoente, após sua indicação para a CEF, se reunia com ele semanalmente; QUE nestas reuniões o depoente passava as informações das empresas que estavam em análise, tanto na Carteira Administrada quanto no FI-FGTS; QUE estas informações, neste momento, ainda eram sigilosas e, portanto, eram informações privilegiadas; QUE mesmo quando a operação começava na VTTER, o depoente tinha este conhecimento; QUE havia uma instância interna chamada de Comitê de Recepção de Projetos, aonde eram apresentados pela VJTER todos os projetos que eram recebidos das empresas; QUE nesta reunião do Comitê de Recepção havia a participação de membros da VIFUG que, posteriormente, informavam ao depoente sobre tais projetos; QUE em geral quem participava era o Superintendente da SUFUG (Superintendência do Fundo de Garantia), que na época era SÉRGIO G0i\1ES; QUE este cargo era subordinado ao depoente e era natural que SÉRGIO GOMES prestasse contas ao depoente; QUE, portanto, não havia nada de ilícito nesta prestação de contas; QUE por tal motivo o depoente acabava sabendo não apenas dos projetos que estavam na VIFUG, mas também de projetos que estavam na VJTER; QUE todas estas informações eram repassadas semanalmente para EDUARDO CUNHA; QUE o depoente, então, detalhava as características da operação para o parlamentar ( empresa envolvida, finalidade, valores, prazo, juros, forma de estruturação, etc.); QUE EDUARDO CUNHA, então, passava ao depoente qual postura que deveria ter; QUE por vezes CUNHA respondia imediatamente, mas em outras situações pesquisava a empresa e posteriormente dava a indicação; QUE o depoente v\\ sempre informou a EDUARDO CUNHA sobre todas as operações no setor do FGTS, assim como sempre adotou as orientações que foram repassadas por ele; QUE conforme

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esclarecido em outro termo, após a aprovação da operação, EDUARDO CUNHA dizia ao depoente se havia propina a ser paga e, em caso positiva, qual era o valor; QUE era EDUARDO CUNHA e LÚCIO BOLONHA FUNARO quem tratava diretamente com as empresas sobre o pagamento de propina; QUE o depoente tratava com as empresas apenas questões técnicas; QUE EDUARDO CUNHA e LÚCIO BOLONHA FUNARO por vezes solicitava ao depoente que recebesse empresas na CEF para discutir operações ou linhas de financiamento da CEF; QUE o depoente nunca tratou de propinas com tais empresas; QUE CUNHA e FUNARO passavam para o depoente a orientação a ser seguida em seus votos - pela aprovação ou rejeição do projeto - ou, ainda, para "segurar" o projeto, ganhando tempo; QUE isto poderia ser feito via pedido de vista ou por meio de um pedido maior de tempo para análise interna da CEF, pedido este que poderia ser feito pelo depoente; QUE o depoente chegou a fazer tais pedidos - tanto de vista quando de maior prazo para análise - por orientação de EDUARDO CUNHA e LÚCIO BOLONHA FUNARO; QUE muitas vezes, a dilatação do prazo poderia até mesmo inviabilizar

um projeto; QUE este modus operandi aconteceu em todos os ~·i·, · casos em que houve pagamento de propina, assim como em outros nos quais houve orientações por parte de CUNHA e FUNARO, mas não houve pagamento de propina, ao menos para o declarante; Nada mais havendo a ser consignado, às 1 7h26111in, determinou-se que fosse encerrado o presente termo que, lido e achado conforme, vai por todos assinado.

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Adrian Salles Vanni, OAB/SP l 04.973,,

~iwl1/) Cecília de Souza Sa1nlS: OAB/SP 151.359

Ju\à\Mariz, OAWSP 320.851

ISTÉRIO PÚBLICO:

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MIN!HÉR!O PL'llllCO FEDERAL

Procurndori<1-Geral da Repl1blic:<1

TERMO DE COLABORAÇÃO N. 3 FÁBIO FERREIRA CLETO

Aos 12 de abril de 2016, às l 7h38min, na sede da Procuradoria da República em São Paulo, situada na Rua Frei Caneca, 1360, presente o Procurador da República Andrey Borges de Mendonça e o Promotor de Justiça Sé1·gio Bruno Cabral Fernandes, ambos integrantes do Grupo de Trabalho instituído pela Procurador­Geral da República através da Portaria PGR/MPU nº 3, de 19/01/2015, por autorização da Portaria PGR/MPU nº 5, de 26 de janeiro de 2015, na presença dos advogados Adriano Salles Vanni, OAB/SP 104.973, Cecília de Souza Santos, OAB/SP 151.359, e .fulia Mariz, OAB/SP 320.851, procedeu-se a oitiva do colaborador FÁBIO FERREIRA CLETO, brasileiro, filho de José Waldemar Junqueira Cleto e Cylka Ferreira Cleto, nascido em Campinas/SP em 12/05/1971, CPF 15306436862, o qual declarou: QUE renuncia, na presença de seus defensores ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do § 14° do art. 4° da Lei nº 12.850/2013; QUE o declarante e seus defensores autorizam expressamente e -estão cientes do registro audiovisual do presente ato de colaboração em mídia digital, além do registro escrito (duas vias ~ do termo assinadas em papel), nos termos do § 13 do art. 4º da Lei nº 12.850/2013, os quais serão, ao final do ato, devidamente custodiados pelos representantes do Ministério Público ora presentes, os quais ficarão responsáveis pela guarda, custódia e preservação do sigilo das informações e, ulteriormente, serão apresentados ao Supremo Tribunal Federal; QUE indagado acerca dos fatos relacionados à empresa HAZTEC, respondeu que se recorda que, quando entrou na CEF, em março de 2011, referida operação já estava estruturada pela VITER; QUE se tratava da emissão de uma debênture, no valor de R$ 245 milhões de reais, e que iria ser adquirida pela Carteira Administrada Saneamento do FGTS; QUE se tratava de um

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projeto de saneamento, sendo ou uma estação de tratamento de efluentes ou algo relacionado à coleta ou processamento de resíduos sólidos; QUE quando entrou na CEF, a operação já tinha sido estruturada e somente precisava ser aprovada pelos dois Conselhos, da VIFUG e da VJTER; QUE o depoente comunicou na época EDUARDO CUNHA e/ou LÚCIO BOLONHA FUNARO, não se recordando ao certo quem, que a operação estava pendente de aprovação nos Conselhos e o depoente queria saber qual deveria ser o seu posicionamento em relação ao tema; QUE o depoente não teve qualquer discussão técnica com a empresa, para tratar da operação, pois a operação já estava pronta; QUE foi passado ao depoente, ou por LÚCIO BOLONHA FUNARO ou por EDUARDO CUNHA, que a operação deveria ser aprovada; QUE embora esteja em dúvida quem lhe passou as orientações, tem certeza que EDUARDO CUNHA e LÚCIO BOLONHA FUNARO estavam a par do projeto da HAZTEC; QUE inclusive acredita que ambos conversavam sobre a operação, até mesmo para saber quem tinha mais proximidade com os sócios da empresa, para abordar e tratar do pagamento de propina; QUE neste caso não sabe se era FUNARO ou CUNHA quem tinha mais contato com a empresa; QUE, conforme dito, foi solicitado ao depoente a aprovação da operação, o que foi feito; QUE o depoente apresentou um voto favorável à operação, que foi apresentado no Conselho da VJFUG; QUE a operação foi aprovada logo no mês de julho ou no início de agosto de 2011; QUE após a aprovação da operação, foi comunicado ao depoente que a sua pa1iicipaçào, a título de propina, seria de R$ 300.000,00, a ser paga por LÚCIO BOLONHA FUNARO; QUE consultando seus apontamentos, verifica que o valor foi contabilizado em OI de agosto de 2011; QUE este valor foi contabilizado na planilha na qual LÚCIO BOLONHA FUNARO indicava os valores devidos ao depoente, cuja cópia ora apresenta; QUE posteriormente, conforme explicado, em razão da briga do depoente com LÚCIO BOLONHA FUNARO, EDUARDO CUNHA assumiu as dívidas que FUNARO tinha com o depoente; QUE então os valores foram pagos por meio de transferências feita pela empresa CARIOCA na conta LASTAL, de propriedade do depoente na

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Suíça, conforme já esclareceu em outro termo; QUE conforme já esclarecido, em geral, do valor da propina recebida por determinada empresa, a divisão era a seguinte: 80% para EDUARDO CUNHA, 12% para LÚCIO BOLONHA FUNARO, 4% para o depoente e 4% para ALEXANDRE MARGOTTO; QUE, no entanto, em algumas situações, como ocorreu neste caso, era informado ao depoente não o percentual da operação cobrado, mas o valor final devido; QUE acredita que o valor, de qualquer forma, devesse ser próximo daquela divisão fixada; QUE questionado sobre a empresa HAZTEC, respondeu que esta empresa é ou era de propriedade de PAULO TUPINAMB.Á..; QUE o depoente esteve com tal pessoa por uma única vez, quando da assinatura do contrato; QUE houve um jantar em uma casa de eventos no Rio de Janeiro, para a assinatura do contrato, em uma forma de comemoração; QUE não era comum este tipo de evento, pois em geral o contrato era assinada na própria CEF; QUE acredita que o motivo do jantar tenha sido uma tentativa da empresa de se aproximar com a CEF; QUE estavam presente neste jantar alguns funcionários da VITER, recordando o depoente da presença de MARCOS VASCONCELOS (Vice Presidente da VITER), e de outras pessoas da empresa 1-:IAZTEC; QUE nesta reurnao pode perceber que MARCOS VASCONCELOS e PAULO TUPINAMB.Á..já se conheciam, pois sentaram próximos no jantar e conversaram como se já se conhecessem; QUE acredita que o depoente, MARCOS VASCONCELOS e PAULO TUPINAMB.Á.. se sentaram na mesma mesa; QUE não sabe dizer se MARCOS VASCONCELOS e PAULO TUPINAMB.Á.. se conheceram ao longo da estruturação da operação ou se já se conheciam antes; QUE o depoente e PAULO TUPINAMBÁ foram apresentados neste jantar, mas não se recorda do teor da conversa, tratando-se provavelmente de conversa social; QUE havia outras pessoas da VITER no jantar, mas não se recorda quem; QUE tinha cerca de vinte a trinta pessoas neste jantar; QUE não se recorda de outras pessoas da VIFUG, acreditando que tenha ido sozinho; QUE mostrada a foto em anexo, de PAULO MANCUSO TUPINAMB.Á.., o reconhece como sendo o sócio da empresa HAZTEC; QUE sabe que esta empresa HAZTEC se fundiu com

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outra empresa de Saneamento, chamada FOXX; QUE esta FOXX tinha outro projeto tramitando na CEF, buscando recursos do FGTS, mas o projeto não foi adiante; QUE se recorda que LÚCIO BOLONHA FUNARO chegou a pedir ao depoente ajuda em relação a esta empresa FOXX, para aprovação do projeto de investimento; QUE o depoente não tinha muito o que fazer, pois a operação já estava na VITER, área em que o depoente não tinha maior influência; QUE ao final a VlTER não deu sequência ao projeto; QUE não sabe se a empresa HAZTEC foi fundida com a empresa ESTRE; QUE não sabe se PAULO TUPlNAMBÁ possui outras empresas; QUE mostrado o documento em anexo, em que constam as empresas de PAULO TUPINAMBÁ, afirmou não reconhecer o nome destas empresas ou de seus sócios, além das mencionadas; QUE nem LÚCIO FUNARO e nem EDUARDO CUNHA comentaram com o depoente mais nada sobre esta empresa ou sobre a forma como foi cobrada ou paga a propina; QUE acredita que os valores tenham sido pagos por intermédio de LÚCIO BOLONHA FUNARO; QUE este valor pode ler sido pago no exterior ou mesmo no Brasil, através de contrato simulado entre empresas do Grupo ou até mesmo em r dinheiro vivo; QUE, porém, não tem maiores detalhes; QUE sabe

1 que FUNARO e CUNHA tinham muitos negócios a receber entre ambos, em razão do fluxo de operações do FGTS e das empresas que pagaram propina, mas não sabe como era feito este acerto entre eles; Nada mais havendo a ser consignado, às l 8h23min, determinou-se que fosse encerrado o presente termo que, lido e achado conforme, vai por todos assinado.

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TERMO DE COLABORAÇÃO N. 4 FÁBIO FERREIRA CLETO

Aos 12 de abril de 2016, às I8h39min, na sede da Procuradoria da República em São Paulo, situada na Rua Frei Caneca, 1360, presente o Procurador da República Andrey Borges de Mendonça e o Promotor de Justiça Sérgio Bruno Cabral Fernandes, ambos integrantes do Grupo de Trabalho instituído pela Procurador­Geral da República através da Portaria PGR/MPU nº 3, de 19/01/2015, por autorização da Portaria PGR/MPU nº 5, de 26 de janeiro de 2015, na presença dos advogados Adriano Salles Vanni, OAB/SP l 04.973, Cecília de Souza Santos, OAB/SP 151.359, e Julia Mariz, OAB/SP 320.851, procedeu-se a oitiva do colaborador FÁBIO FERREIRA CLETO, brasileiro, filho de José \Valdemar Junqueira Cleto e Cylka Ferreira Cleto, nascido em Campinas/SP em 12/05/1971, CPF 15306436862, o qual declarou: QUE renuncia, na presença de seus defensores ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do § 14° do art. 4° da Lei nº 12.850/2013; QUE o declarante e seus defensores autorizam expressamente e estão cientes do registro audiovisual do presente ato de colaboração em mídia digital, além do registro escrito ( duas vias do termo assinadas em papel), nos termos do § 13 do art. 4° da Lei nº 12.850/2013, os quais serão, ao final do ato, devidamente custodiados pelos representantes do Ministério Público ora presentes, os quais ficarão responsáveis pela guarda, custódia e preservação do sigilo das informações e, ulteriormente, serão apresentados ao Supremo Tribunal Federal; QUE indagado acerca dos fatos relativos à empresa AQUAPOLO, respondeu: QUE a AQUAPOLO é uma Parceria Público Privada (PPP) entre a SABESP (controlada pelo Governo de São Paulo) e a ODEBRECHT AI'v!BIENTAL; QUE a finalidade do projeto desta PPP era construir uma planta de tratamento de resíduos industriais, acreditando que na própria cidade de São Paulo; QUE

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a AQUAPOLO fez a em1ssao de R$ 326.732.000,00 em debêntures e o objetivo era que a Carteira Administrada Saneamento do FGTS fizesse a aquisição destas debêntures; QUE por volta de julho ou agosto de 2011 , o depoente comunicou EDUARDO CUNHA que a operação estava tramitando na VITER; QUE EDUARDO CUNHA solicitou ao depoente que a operação fosse aprovada; QUE em geral, quando a empresa já tinha relacionamento com EDUARDO CUNHA, a resposta era muito rápida; QUE neste caso a resposta de EDUARDO CUNHA foi bastante rápida; QUE EDUARDO CUNHA demonstrava bastante proximidade com a empresa ODEBRECHT; QUE o depoente chegou à conclusão sobre a proximidade entre EDUARDO CUNHA e a ODEBRECHT ao longo do tempo; QUE na época, para o depoente, esta proximidade poderia não ser tão clara, pois era a primeira operação envolvendo a empresa na qual o depoente paiiicipou; QUE, no entanto, ao longo do tempo pode perceber a proximidade entre a ODEBRECHT e EDUARDO CUNHA especialmente em razão da velocidade das respostas referentes à empresa e, ainda, da solicitação de apoio, feita por EDUARDO CUNHA, a praticamente todas as operações que envolviam a ODEBRECHT no FGTS; QUE no caso do PORTO MARAVILHA também houve, conforme será esclarecido, uma reunião entre o depoente, EDUARDO CUNHA e um representante da ODEBRECHT no Hotel Mofarrej em São Paulo, na Alameda Santos; QUE, em razão da orientação de EDUARDO CUNHA, o depoente elaborou um voto favorável à compra das debêntures no âmbito do Conselho da VIFUG; QUE a operação realmente foi aprovada em setembro de 2011; QUE após a aprovação da operação, EDUARDO CUNHA comunicou que a patie do depoente da propina referente à operação seria de R$ 400.000,00, valor este que foi contabilizado na planilha de LÚCIO BOLONHA FUNARO, cuja cópia ora apresenta; QUE na planilha consta a data de l O de setembro de 2011; QUE esta planilha de LÚCIO BOLONHA FUNARO indicava os valores devidos ao depoente; QUE posteriormente, conforme explicado em razão da briga do depoente com LÚCIO BOLONHA' FUNARO, EDUARDO CUNHA assumiu as dividas que A

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FUNARO tinha com o depoente; QUE então os valores foram pagos por meio de transferências feitas pela empresa CARIOCA na conta LASTAL, de propriedade do depoente na Suíça, conforme já esclareceu em outro termo; QUE conforme já esclarecido, em geral, do valor da propina recebida por determinada empresa, a divisão era a seguinte: 80% para EDUARDO CUNHA, 12% para LÚCIO BOLONHA FUNARO, 4% para o depoente e 4% para ALEXANDRE MARGOTTO; QUE, no entanto, em algumas situações, como ocorreu neste caso, era informado ao depoente não o percentual da operação cobrado, mas o valor final devido; QUE acredita que o valor, de qualquer forma, devesse ser próximo daquela divisão fixada; QUE acredita que todo o pagamento de propina tenha sido feito pela própria ODEBRECHT e não pela SABESP, que se trata de empresa estatal; QUE não sabe maiores detalhes de como os pagamentos da ODEBRECHT foram feitos para EDUARDO v· CUNHA ou para LÚCIO BOLONHA FUNARO; QUE sem dúvida LÚCIO BOLONHA FUNARO tinha consciência da operação, até mesmo porque foi ele quem incluiu o valor da propina da empresa na planilha apresentada; QUE não tem conhecimento de eventual relacionamento entre a ODEBRECHT e LÚCIO BOLONHA FUNARO. Nada mais havendo a ser consignado, às l 8h54min, determinou-se que fosse encerrado o presente termo que, lido e achado conforme, vai por todos assinado.

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MINISTÉRIO l'(!llLICO FEDERAL Procuradoria-Gcr;-il da Rcp(1blif:a

TERMO DE COLABORAÇÃO N. 5 FÁBIO FERREIRA CLETO

Aos 13 de abril de 2016, às 9h19min, na sede da Procuradoria da República em São Paulo, situada na Rua Frei Caneca, 1360, presente o Procurador da República Andrey Borges de Mendonça e o Promotor de Justiça Sérgio Bruno Cabral Fernandes, ambos integrantes do Grupo de Trabalho instituído pela Procurador­Geral da República através da Portaria PGR/MPU nº 3, de 19/01/2015, por autorização da Portaria PGR/MPU nº 5, de 26 de janeiro de 2015, e a Procuradora da República Jerusa Burmann Viecili, na presença dos advogados Adriano Salles Vanni, OAB/SP 104.973, Cecília de Souza Santos, OAB/SP 151.359, e Julia Mariz, OAB/SP 320.851, procedeu-se a oitiva do colaborador FÁBIO FERREIRA CLETO, brasileiro, filho de José \Valdemar Junqueira Cleto e Cy!ka Ferreira Cleto, nascido em Campinas/SP em l 2/05/1971, CPF l 5306436862, o qual declarou: QUE renuncia, na presença de seus defensores ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14° do aI1. 4º da Lei nº 12.850/2013; QUE o declarante e seus defensores autorizam expressamente e estão cientes do registro audiovisual do presente ato de colaboração em mídia digital, além do registro escrito ( duas vias do termo assinadas em papel), nos termos do § 13 do ait. 4° da Lei nº 12.850/2013, os quais serão, ao final do ato, devidamente custodiados pelos representantes do Ministério Público ora presentes, os quais ficarão responsáveis pela guarda, custódia e preservação do sigilo das informações e, ulteriormente, serão ~ apresentados ao Supremo Tribunal Federal; QUE indagado acerca dos fatos referentes ao PORTO MARAVILHA, relatou que, quando entrou na CEF, em abril. de 2011, a operação do \ PORTO MARAVILHA já havia sido aprovada pela gestão anterior; QUE o PORTO MARAVILHA é um investimento chamado d, "operação o,·b~, como,ciada", qoe sigoifi~ ~ j ~\

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intervenção feita em mobilidade urbana, saneamento, e reurbanização para fim de revitalizar uma área degradada, como era a região portuária do Rio de Janeiro; QUE a Carteira Administrada Habitação na época podia fazer investimentos em operações urbanas consorciadas e foi nesta Carteira que ocorreu a Operação; QUE como se trata de uma Carteira Administrada, conforme já explicou, o procedimento de aprovação é o seguinte: a VITER analisa a viabilidade, estrutura a operação, emite um voto, que é submetido ao Conselho da VITER; QUE em seguida a VIFUG elabora um voto, que é submetido ao Conselho da VIFUG; QUE é o Vice-Presidente da VIFUG o responsável por elaborar o voto; QUE, portanto, se trata de uma aprovação interna da CEF, não sendo uma operação que passa pelo Comitê de Investimentos do FI-FGTS, conforme distinção que o depoente fez em outro termo; QUE não se recorda com precisão se, quando tomou posse, apenas os votos da VIFUG e VITER já estavam prontos ou se já havia sido deliberado nos conselhos respectivos; QUE de qualquer forma a operação já estava em estágio bastante avançado; QUE, porém, o voto teve que ser refeito - e ai sim já na gestão do depoente - em razão de modificações nos termos do acordo; QUE questionado ao depoente se era comum a modificação nos termos do acordo, respondeu que, depois de um voto pronto, não; QUE neste caso, no entanto, acabou acontecendo; QUE questionado ao depoente o motivo da necessidade de alteração das condições e do voto, respondeu que a condição prevista inicialmente era de um aporte fracionado e que havia necessidade de um aporte total, logo no início da constituição do Fundo; QUE questionado por qual motivo foi necessário tal aporte logo no início, respondeu que os custos com a PPP (Parceria Público Privada) seriam mais intensos nos meses iniciais; QUE, em outras palavras, os custos maiores das obras de infraestrutura aconteceriam nos primeiros meses e seria inviável levar o projeto adiante se houvesse aportes fracionados; QUE no voto inicial houve, na prática, um planejamento equivocado na estruturação da operação, o que levou à necessidade de elaboração de um novo voto que contemplasse estas novas condições; QUE não houve mudança do valor do aporte feito pelo FGTS, modificando-se apenas o

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cronograma e a forma de aporte; QUE foi necessário, então, que o depoente elaborasse um novo voto para contemplar as modificações e as novas condições; QUE quando há alteração das condições do acordo, é necessária a aprovação, novamente, pelos Conselhos da VIFUG e VITER; QUE, como o depoente era o Vice-Presidente da VIFUG, foi o responsável por elaborar tal voto; QlJE o depoente comunicou EDUARDO CUNHA, antes de elaborar o voto, em um das reuniões semanais que tinha com tal parlamentar no apartamento funcional dele; QUE EDUARDO CUNHA solicitou ao depoente que esperasse para proferir o referido voto; QUE questionado o motivo, infere que a finalidade de EDUARDO CUNHA era obter um tempo para poder solicitar propina das empresas neste ínterim; QUE neste intervalo houve uma reunião, em que o depoente foi chamado no Hotel Mofa1Tej, na Alameda Santos, em São Paulo, na qual havia pariicipantes das três construto1'as envolvidas no PORTO MARAVILHA (ODEBRECHT, CARIOCA e OAS) e na qual se recorda de estar presente LEO PINHEIRO; QUE mostrada a foto de BENEDICTO BARBOSA DA SILVA JÚNIOR, em anexo afirmou não se recordar de ele estar presente na referida reunião; QUE o depoente foi chamado para tal reunião por EDUARDO CUNHA; QUE EDUARDO CUNHA disse ao depoente, provavelmente por mensagem, para se encontrar com ele, em determinada data, em um quarto do Hotel referido; QUE questionado sobre a data, respondeu que isto foi entre abril e maio de 2011; QUE EDUARDO CUNHA não deu maiores detalhes sobre o objetivo da reunião; QUE EDUARDO CUNHA deu o número do quarto ao depoente previamente e, quando o depoente lá chegou, acredita que sequer se apresentou na recepção, subindo diretamente para o quarto indicado; QUE melhor refletindo, não se recorda se se apresentou na recepção ou não; QUE se tratava de um quarto com antessala, com uma mesa com seis lugares; QUE se tratava de um quarto grande; QUE na reunião, além de EDUARDO CUNHA e LEO PINHEIRO, estavam mais três pessoas, sendo dito ao depoente que se tratavam de representantes das construtoras; QUE não se recorda de detalhes destas três pessoas; QUE o depoente ficou pouco tempo na reunião, cerca de apenas dez minutos; QUE quando o

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depoente chegou a reunião estava instalada e quem abriu a porta foi LEO PINHEIRO, razão pela qual se recorda mais dele; QUE na época não conhecia LÉO PINHEIRO, mas foi apresentado a ele no dia; QUE o depoente, ao chegar ao local, ainda não sabia do que se tratava; QUE, no local, EDUARDO CUNHA apresentou o depoente aos demais, informando que se tratavam de representantes das três empresas mencionadas, responsáveis pelo PORTO MARAVfLHA, e EDUARDO CUNHA pediu ao depoente para que apresentasse aos referidos representantes os detalhes da operação e a situação em que se encontrava no âmbito da CEF, mais especificamente no FGTS; QUE o depoente explicou e expôs a situação e já saiu em seguida, não tendo ocorrido propriamente um debate, mas mais uma exposição por parte do depoente; QUE foi uma reunião em que apresentou praticamente apenas as questões técnicas sobre o estágio em que se encontrava as aprovações internas; QUE acredita que esta reunião tenha sido uma opo1iunidade para EDUARDO CUNHA demonstrar sua influência e poder no FGTS, especialmente para demonstrar que o depoente estava trabalhando junto com ele; QUE esta reunião no hotel ocorreu exatamente no período em que EDUARDO CUNHA pediu ao depoente que "segurasse" o voto; QUE após fazer a apresentação solicitada, o depoente saiu do quarto e a reunião aparentemente ·continuou; QUE após aproximadamente três semanas desta reunião no Hotel, EDUARDO CUNHA solicitou ao depoente que aprovasse a operação; QUE, portanto, o depoente "segurou" o voto por três semanas, conforme solicitado por EDUARDO CUNHA; QUE o depoente então elaborou u1n voto; QUE o voto anterior estava muito "pobre" em termos de análise de risco; QUE o voto anterior havia sido feito pela gestão anterior, ou seja, pela pessoa que antecedeu o depoente no cargo; QUE ao mesmo tempo em que ganhou tempo para EDUARDO CUNHA, a pedido deste, o depoente melhorou o voto, em termos de análise de risco; QUE o depoente tinha a prerrogativa de segurar o voto, pois não havia um prazo fixo para a apressentaçào do voto; QUE havia uma urgência da própria Prefeitura do Rio de Janeiro e das empresas, pois o leilão dos CEPACs (Certificado de Potencial Adicional Construtivo) já estava marcado; QUE se passasse a data do leilão

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sem o voto pronto, o FGTS não poderia disputar o leilão dos CEPACs; QUE em outras palavras, sem o voto do depoente aprovado antes da data do leilão, não seria possível que o FGTS participasse no leilão do projeto PORTO MARAVILHA; QUE, dada esta condição de urgência, as cobranças para celeridade do voto foram muito intensas por parte de MARCOS VASCONCELOS; QUE MARCOS VASCONCELOS pediu ao depoente, inclusive, para apresentar o voto rapidamente e esclareceu a urgência; QUE, assim, sem o FGTS, o Projeto do PORTO MARAVILHA não iria adiante, pois o único concorrente no Leilão foi o FGTS; QUE, de antemão, não se sabia se haveriam outros pretendentes, mas ao final somente o FGTS apresentou proposta; QUE após a aprovação do voto, foi informado ao depoente por EDUARDO CUNHA que teria sido cobrada uma propina de 1,5% do valor total da operação, valor total este de R$ 3,5 bilhões de reais; QUE o percentual de 1,5% correspondia a aproximadamente R$ 52,5 milhões de reais de propina; QUE referido valor seria pago em 36 parcelas mensais; QUE se recorda que EDUARDO CUNHA afirmou ao depoente que tinha sido uma "negociação dificil" com as empreiteiras, por estas alegarem que já tinham feito pagamento de propina anteriormente neste mesmo projeto, dado que a operação já tinha sido aprovada; QUE EDUARDO CUNHA fez tal menção para justificar o parcelamento mais dilatado neste caso; QUE este foi o maior percentual que o depoente soube de solicitação de propina; QUE em cima deste valor total da propina, o depoente teria direito ao 4%, conforme já era previamente estabelecido; QUE, conforme já esclareceu em outro termo, na prática, do valor da propina informada, a divisão era a seguinte: 80% para EDUARDO CUNHA, 12% para LÚCIO BOLONHA FUNARO, 4% para o depoente e 4% para ALEXANDRE MARGOTTO; QUE, à luz deste percentual, o depoente recebeu a quantia de R$ 2, 1 milhões de reais, referentes à propina deste empreendimento do PORTO MARAVILHA; QUE a propina correspondente a EDUARDO CUNHA, à luz deste percentual, era de R$ 42 milhões de reais; QUE, no entanto, conforme já explicou, não tem detalhes sobre como, quando' e se estes pagamentos foram realizados integralmente ao deputado EDUARDO CUNHA; . !

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QUE o depoente, porém, recebeu integralmente a parti! que lhe era cabível de propina neste empreendimento; QUE é provável, por isto, que EDUARDO CUNHA e LÚCIO BOLONHA FUNARO tenham recebido seus respectivos percentuais; QUE ALEXANDRE MARGOTTO deveria receber a parte dele de FUNARO, mas MARGOTTO, que é amigo do depoente, afirmou que FUNARO não lhe repassou a parte devida; QUE nesta época, quem fazia a contabilidade dos valores a receber de propina do depoente era LÚCIO BOLONHA FUNARO; QUE conforme cópia do documento que ora apresenta, LÚCIO BOLONHA FUNARO foi inserindo na contabilidade tais valores à medida que foram sendo pagos; QUE na planilha, a expressão "porto" faz referência à propina da operação do PORTO MARAVILHA; QUE a anotação à mão é de LÚCIO BOLONHA FUNARO; QUE nesta planilha constam sete parcelas de R$ 280.000,00 cada, referentes aos meses de agosto de 20 li, setembro de 2011, outubro de 2011, novembro de 2011, dezembro de 2011, janeiro de 2012 e fevereiro de 2012; QUE em janeiro de 2012, houve uma discussão com FUNARO e toda a contabilidade passou a ser feita não mais com este, mas sim diretamente com EDUARDO CUNHA; QUE EDUARDO CUNHA passou a se responsabilizar pelo pagamento da parte devida do depoente de propina; QUE, inclusive, conforme já esclareceu em outro termo, EDUARDO CUNHA assumiu também as dívidas que FUNARO possuía com o depoente; QUE a partir de então, o depoente "planilhava", ou seja, lançava em uma planilha todas as operações onde houve o pagamento de propina para manter controle e cobrar EDUARDO CUNHA do valor que o depoente tinha a receber; QUE apresenta cópia desta planilha no presente ato, planilha esta de excel, colorida, que se inicia com a frase "dívidas com maluco", fazendo referência a LÚCIO BOLONHA FUNARO, que possuía referido apelido; QUE nesta planilha constam blocos com os seguintes temas: no primeiro, "dívidas com maluco", no segundo "Fl-FGTS", no terceiro "Carteiras Administradas" e no quarto "depósitos já realizados"; QUE no caso, como o PORTO MARAVILHA está no âmbito das Carteiras Administradas do FGTS, a referência à propina se encontra na primeira linha do terceiro bloco, datado de 24/05/2011; QUE consta nesta linha o

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valor total da operação (3,5 bilhões de reais) e o valor devido ao depoente de propina (que é de R$ 2,1 milhões); QUE os pagamentos do depoente foram feitos diretamente pela construtora CARIOCA, nas contas da offshore LASTAL, inicialmente no Banco JULIUS BAER e depois no Banco HERITAGE, ambas na Suíça; QUE a conta no Banco HERITAGE foi aberta provavelmente no primeiro semestre de 2014; QUE o depoente na verdade recebeu da CARIOCA mais do que R$ 2,1 milhões nestas contas do depoente na Suíça; QUE EDUARDO CUNHA não pagava operação por operação, mas sim pagava após um tempo, de acordo com a contabilidade apresentada pelo depoente; QUE em verdade, o depoente recebeu todos os valores de propina devidos no âmbito do FGTS apenas da empresa CARIOCA na Suíça; QUE ao invés de o depoente receber os 4% de propina de cada uma das empresas que operaram no FGTS em que houve pagamento de propina, EDUARDO CUNHA determinou que a CARIOCA pagasse todo o valor devido de propina ao depoente (não apenas do PORTO MARAVILHA); QUE não sabe se a CARIOCA sabia que as contas eram do depoente; QUE o depoente anotava as contas em um papel e passava a EDUARDO CUNHA, acreditando que este tenha repassado para a CARIOCA; QUE questionado o motivo, acredita que tenha sido para facilitar a transferência dos valores por parte de EDUARDO CUNHA (pois ele tinha créditos e débitos diversos e era mais fácil somar o total devido ao depoente e passar apenas para uma empresa e não para as dez empresas que pagaram propina) e, ainda, para evitar que houvesse urna vinculação direta entre as diversas empresas pagadoras e o depoente; QUE o depoente leu a colaboração da empresa CARIOCA, em razão dos documentos constantes na busca e apreensão que o depoente sofreu,· e verificou que a CARIOCA indicou as duas contas da LASTAL, que são realmente do depoente, e óutras contas que não sabe quem são os responsáveis; QUE não sabe se são contas de LÚCIO BOLONHA FUNARO ou mesmo de EDUARDO CtJNHA; QUE, conforme dito, EDUARDO CUNHA era muito comedido em comentar com o depoente detalhes, não tendo afirmado ao depoente quem mais recebeu valores; QUE nas reuniões semanais que teve com

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CUNHA, ao longo do tempo, não viu nenhum políticp se reunir com ele neste mesmo horário, talvez pelo fato de ser muito cedo; QUE estas reuniões semanais eram apenas entre o depoente e EDUARDO CUNHA; QUE, em relação ao PORTO MARAVILHA, trata-se de um Fundo Imobiliário (nominado Fundo Imobiliário PORTO MARAVILHA) onde a Prefeitura aportou CEPAC's e terrenos na região portuária, sendo que a Caiteira Administrada do FGTS ( especificamente Carteira Administrada Habitação) aportou R$ 3,5 bilhões (valor correspondente ao número de CEPACs multiplicado pelo preço mínimo dos CEPAC's no leilão); QUE a Prefeitura aportou diversos terrenos de sua propr,iedade na região, dentre eles o imóvel do Gasômetro, o maior imóvel dentre eles; QUE além disso, a prefeitura do Rio emitiu os CEPACs e os aportou no Fundo PORTO MARAVILHA; QUE, em outras palavras, a parte da Prefeitura no empreendimento foi integralizada com os imóveis da região mais os CEPAC's emitidos e integralizados ao Fundo; QUE questionado o que seria um CEPAC, respondeu que se trata de um título mobiliário; QUE, por exemplo, se o zoneamento da cidade diz que em uma área não se pode construir além de determinado potencial construtivo, para se construir acima deste, ou se modifica a lei de zoneamento, ou se emite CEPAC, para permitir que se construa além do potencial construtivo, em determinado imóvel; QUE no caso da região do PORTO MARAVILHA não se modificou a lei de zoneamento, razão pela qual se optou por emitir os CEPACs; QUE a PPP tem um custo de R$ 8 bilhões ao longo dos 15 anos; QUE este valor deveria ser pago pelo FUNDO PORTO MARAVILHA, que, além dos R$ 3,5 bilhões aportados em dinheiro pelo FGTS, poderia negociar os imóveis e os CEPAC's com o mercado; QUE o Fundo é o responsável pelo pagamento das obras da PPP (Parceria Público Privada), ou seja, o Fundo pagava o Consórcio das três contrutoras; QUE sabe que a CEDURP, empresa municipal, gerenciava o projeto do PORTO MARAVILHA; QUE os CEPACs têm um preço de mercado, estabelecido com base no preço médio dos imóveis da região e também à luz da rentabilidade; QUE no leilão dos CEPACs havia um preço mínimo, algo em tomo de R$ 400 reais por cada CEPAC, que

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PGR Tt:rtlh' de Colabor~wão n. 05 F:lbio Ferreira Ckto - -----"" __ " _____ r..: ______ • --· -- --------·-

resultou no valor de R$ 3,5 bilhões a ser investido pelo FGTS; QUE após a aprovação da operação, a VITER passou a ser a responsável pela negociação dos CEPAC's e dos terrenos com o mercado em geral; QUE entre 2011 e 2012, a VJTER adotou uma estratégia de permuta destes ativos (CEPACs e terrenos) por participações nos empreendimentos imobiliários, seguindo uma lógica de se aproveitar eventual valorização imobiliária da região; QUE, no entanto, este lucro nos empree1idimentos somente iria se materializar quando da venda dos imóveis e, ainda, contando com a valorização dos imóveis; QUE, no entanto, esta valorização não ocoJTeu e, pelei contrário, o mercado imobiliário no Rio de Janeiro e em todo o Brasil começou a se desvalorizar com a crise econômica; QUE isto causou ao Fundo um problema de liquidez, pois não se logrou vender as participações permutadas; QUE esta decisão de permutar os ativos, que se mostrou equivocada, foi da VITER, cujo responsável era MARCOS VASCONCELOS; QUE por isto foi necessário um novo aporte no Fundo PORTO MARAVILHA, para continuar custeando as obras de infraestrutura; QUE, assim, em 2014 foi necessário um novo aporte no valor de R$ 1,5 bilhão; QUE, porém, por conta do regramento da Carteira Administrada Habitação, que foi alterado pelo Conselho Curador do FGTS, não seria mais possível novo aporté desta carteira, sendo necessário um aporte de uma linha específica de operação urbana consorciada, que havia sido criada no Orçamento do FGTS; QUE esta linha específica ainda não tinha sido regulamentada pelo Ministério das Cidades, como seria necessário; QUE o Conselho Curador do FGTS pode criar uma nova linha, mas quem regulamenta seria o Ministério das Cidades, por ser o gestor do orçamento do FGTS; QUE na época destes fatos, o Ministro das Cidades era GILBERTO OCCHI e depois foi GILBERTO KASSAB; QUE se comentava ql1e, antes de KASSAB, CIRO NOGUEIRA e o PP tinham poder dentro do Ministério das Cidades; QUE acredita o PP tenha perdido poder com a entrada de KASSAB; QUE EDUARDO PAES, Prefeito do Rio de Janeiro, e EDUARDO CUNHA cobraram do depoente para agilizar este novo aporte no Fundo PORTO MARAVILHA;

1 QUE a cobrança de EDUARDO CUNHA foi nas reuniõ@J/

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semanais que sempre tinham; QUE EDUARDO PAES ligou ou mandou mensagem de texto para o depoente, solicitando apoio na resolução dos problemas relativos a este aporte; QUE provavelmente foi EDUARDO CUNHA quem repassou a EDUARDO PAES o telefone do depoente; QUE o depoente tinha encontrado EDUARDO PAES anteriormente, no leilão das CEPACs e esta foi a única vez em que falaram pelo telefone; QUE na época houve um parecer da área técnica da VIFUG, área em que o depoente chefiava, afirmando que este novo aporte no Fundo PORTO MARAVILHA não era possível, em razão da falta de normatização do Ministério das Cidades, o que poderia levar, posteriormente, a questionamentos pe.la CGU e TCU; QUE o depoente deu o "de acordo" a este parecer; QUE mostrado ao depoente trocas de mensagens apreendidas no ,celular de LEO PINHEIRO, datada de 06/11/2014, em que se afirma "Vou estar com o SC hoje. Está havendo algum problema na Área do FC contra o novo aporte no Porto?Vc checa? Tenho um café com EC as 8hs amanhã. Abs", respondeu que o problema na "área do FC contra o novo aporte" se referia a este posicionamento da área da VIFUG, contrário ao apoite sem regulamentação do Ministério das Cidades; QUE questionado sobre as mensagens entre EDUARDO CUNHA e LEO PINHEIRO no dia 06/11/2014, entre 13:56:46 e 19:45:44 ("Problema é área de cidades. Porque? Ele usou din do programa e transferiu para outra area Estão encontrando solucao. Podem aprovar condicionando a liberação ao Recurso do próximo orçamento. Soube que a Area tecnica do FC deu pau nessa sugestão da Área do MV Nosso EP esta apavorado,pois não tem mais $. Ao contrário. Vou pegar os detalhes com ele e tte passo. Ok. "), respondeu que a menção à "sugestão da Área do MV", respondeu que MV é MARCOS VASCONCELOS e a sugestão da área dele, ou seja, a VITER, era da possibilidade de alocação dos recursos mesmo sem regulamentação do Ministério das Cidades, apenas contando com o parecer jurídico do Banco; QUE, conforme dito, o parecer da área do depoente foi contrário, pela ausência da normativa necessária'; QUE, além do problema da falta de instrução normativa do Ministério das Cidades, este Ministério, dentro de sua prerrogativa natural, no final do ano de

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2014, realocou, em razão da não utilização, a linha de orçamento de operação urbana consorciada para outro programa do FGTS; QUE isto significava que o dinheiro que estava disponível para operação urbana consorciada e que seria passível de aporte no Fundo PORTO MARAVILHA acabou sendo realocado para outro destino; QUE esta realocação acabou sendo em razão da falta de regulamentação e, por consequência, de utilização da verba; QUE, portanto, surgiu um segundo problema, pois, aléin da falta de regulamentação, em razão desta realocação, havia também falta de verbas para alocar no PORTO MARAVILHA; QUE sobre a frase "Nosso EP esta apavorado,pois não tem mais $ ", acredita que se trate de EDUARDO PAES, que, como Prefeito, tinha todo interesse que as obras para as Olimpíadas ficassem prontas; QUE questionado sobre a mensagem "Se ele- pudesse ligar para o Marcos V seria bom", o depoente respondeu que tratou deste tema várias vezes com MARCOS VASCONCELOS, pois a solução deste problema envolvia as duas áreas (VIFUG e VITER); QUE inclusive houve várias conversas do depoente com MARCOS VASCONCELOS para tentar uma solução para este problema; QUE o responsável pela área imobiliária da

. VITER e que trabalhava com MARCOS VASCONCELOS era VfTOR HUGO; QUE mostrada a foto de VITOR HUGO DOS SANTOS PINTO, gerente nacional GMOB-VITER, cópia em anexo, respondeu ser o referido V!TOR HUGO; QUE o depoente tratava deste assunto do PORTO MARAVILHA direto com MARCOS VASCONCELOS, pois VITOR era subordinado deste último; QUE sobre a mensagem de LEO PINHEIRO para EDUARDO CUNHA, no dia 07/11/2014, às 22:26:14 (" Consultei o orçamento do FGTS pra 2015 e na' rubrica operações urbanas constam apenas 800 milhões") respondeu que se tratava de informação verídica; Q\JE sobre a resposta de EDUARDO CUNHA ("Isso não é problema porque tem a reapicacao dos retornos"), trata-se realmente de uma hipótese que foi aventada, de reaplicar os retornos; QUE os retornos são os pagamentos do principal e dos juros de determinada aplicação ,(('Í

que vão retornando para o Fundo e que podem eventualmente ser 'v reaplicadas; QUE acredita que não tenha sido esta a solução ao

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final, mas não se recorda com precisão qual foi a solução dada; ·

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QUE questionado sobre o diálogo no dia 10111/2014, 23:37:13, em que LEO PINHEIRO questiona se "EDUARDO CUNHA falou com o depoente ("Conseguiu falar con FC?"), cuja resposta (23:37:41) de EDUARDO CUNHA foi que teriam um café da manhã no dia seguinte ("Amanhã cedo café com ele as 730"), responde que, conforme dito, toda terça-feira, às 7h30, tinha um café da manhã com EDUARDO CUNHA e realmente o dia l O de novembro de 2014 se tratava de uma segunda feira, sendo certo que no dia seguinte haveria a reunião semanal com CUNHA; QUE em relação à frase "O documento da Área dele é muito ruim", refere-se ao parecer da área técnica da VIFUG; QUE em relação às mensagens entre LEO PINHEIRO e EDUARDO CUNHA trocadas no dia seguinte (11/11/2014 9:42:26), logo depois do café da manhã deste último com o depoente ("A cagada e é continua sendo Cidades ou eles param de sacanagem ou isso não saira. O parecer que Cc fala e porque cidades alterou instrução normativa da carteira Habitação proibindo utilização em operação urbana"), trata-se da explicação que o depoente deu para EDUARDO CUNHA sobre os questionamentos, explicação esta· que CUNHA estava repassando para LEO PINHEIRO; QUE "Cc" faz referência ao Conselho Curador do . FGTS; QUE questionado sobre as mensagens entre LEO PINHEIRO e a pessoa identificada como AR.RAES, acredita que se refira a pessoa da CDURP; QUE o depoente já tinha se encontrado anteriormente com ARRAES para tratar do PORTO MARAVILHA; QUE mostrada a foto de JORGE LUIZ DE SOUZA ARRAES, presidente da CDURP, reconheceu como sendo a pessoa de ARRAES mencionada; QUE sobre a mensagem do dia 11/11/2014, 10:01 :48, "FC já pediu 4 vezes reunião COf!}unta com cidades MV e não consegue", o depoente respondeu que realmente tentou diversas vezes marcar reuniões conjuntas entre a VIFUG, VITER (área de MARCOS VASCONCELOS mencionado na mensagem) e o Ministério das Cidades; QUE, no entanto, não estava tendo sucesso; QUE inclusive chegou a tratar com GILBERTO OCCHI, então Ministro das Cidades, com qi1em o depoente já tinha tido contato pois fora Vice-Presidente da CEF; QUE em relação à conversa do dia l J/11/2014 10:04:48 ( "Acabou agora a reunião com EC e

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FC. O resumo é esse. Vamos atras do Ciro. Seria bom o EP falar com EC. Abs"), respondeu que não se reuniu com ARRAES e nem com LEO PINHEIRO nesta ocasião; QUE estão se referindo à reunião semanal entre EDUARDO CUNHA e o depoente, na .qual o depoente informou que se deveria procurar solução no Ministério das Cidades; QUE o depoente sabia que CIRO NOGUEIRA era vinculado ao Ministério das Cidades,. mas não mencionou o nome dele para EDUARDO CUNHA; QUE talvez tenha sido um diagnóstico do próprio EDUARDO CUNHA, para enfrentar o problema; QUE GILBERTO OCCHI era indicação de CIRO NOGUEIRA e ligado a este último; QUE sobre diálogos entre LEO PINHEIRO e EDUARDO CUNHA entre l l/l l/20I4 11 :20:24 e 14: 16:44 ( Obvio que a operação passada tem risco superior ao aporte_. Tem mauis 5 bi de risco. Isso eu supero e resolvo. Me passa o parecer hj pedi a ele para me trazer tudo amanhã cedo para eu analisar. Negativo. O fdp A1V está empurrando para a gente problema qyue não é nosso. Lá a gente resolve mas cidades tem 6 meses e Nrolaam Enrolam Lá ,eu mudo isso tudo fácil mas cidades não. Ok), acredita que o risco da operação mencionada na mensagem (Obvio que a operação passada tem risco superior ao aporte) queria dizer que o não aporte dos 1,5 bilhão adicional poderia comprometer todo o projeto, inclusive todo o aporte inicial, pois haveria paralisão das obras, por falta de recursos para pagar o consórcio; QUE sobre a frase "O fdp MV está empurrando para a gente problema qyue não é nosso", acredita que estejam se referindo a que o problema foi causado pela estratégia adotada pela área de MARCOS VASCONCELOS (VITER), de permutar os ativos com participação futura nos empreendimentos, o que levou à situação de iliquidez mencionada, e que a solução proposta por MARCOS VASCONCELOS (de novo aporte mesmo sem regulamentação, baseando-se apenas em parecer jurídico da CEF) era frágil e apenas visava "jogar a responsabilidade" para a área do depoente; QUE tem certeza de que a questão foi solucionada e houve um novo aporte de R$ l ,5 bilhão para o Fundo PORTO MARAVILHA pelo FGTS; QUE tal valor saiu, de uma parte do orçamento predefinido (R$ 800 milhões), somado de uma suplementação de R$ 700 milhões, não se recordando a9 certó os

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detalhes; QUE a regulamentação do Ministério das Cidades foi feita; QUE a equipe técnica do depoente chegou a conversar com a equipe do Ministério das Cidades para acordar o texto da regulamentação; QUE faz um parêntesis para dizer que não se encontrava pessoalmente com EDUARDO·CUNHA aos finais de semana, mas trocava mensagens com ele, mesmos aos 'finais de semana, além de se reunir com ele semanalmente em Brasília; QUE neste segundo aporte não houve menção a novo pagamento de propina, ao menos não para o depoente; QUE não sabe se houve solicitação por parte de EDUARDO CUNHA, sem conhecimento do depoente; QUE acredita que nesta época, em 2015, os pagamentos inicialmente acordados de propina já tinham sido pagos, pois o prazo de 36 meses já tinha se esgotado; QUE o depoente não teve mais qualquer atuação neste tema do Fundo PORTO MARAVILHA. Nada mais havendo a ser consignado, às I2h42min, determinou-se que fosse encerrado o presente termo que, lido e achado conforme, vai por todos assinado.

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/i ADVOG .~s J\j . Adriano alies Vanni, OAB/~P l 04.?73,,

ú · lco--cttfo~a{i Jv') Cecília de Souza Santos, OAB/SP 151.359

Jtllva Mariz, O J3/SP 320.851

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MINISTÉRIO l'LillLICO fEIJEllAL

Procuracioria-Gcr.il dn R.cpllbliCa

TERMO DE COLABORAÇÃO N. 6 FÁBIO FERREIRA CLETO

Aos 13 de abril de 2016, às 14h15min, na sede da Procuradoria da República em São Paulo, situada na Rua Frei Caneca, 1360, presente o Procurador da República Andrey Borges de Mendonça e o Promotor de Justiça Sérgio Bruno Cabral Fernandes, ambos integrantes do Grupo de Trabalho instituído pela Procurador­Geral da República através da Portaria PGR/MPU nº 3, de 19/01/2015, por autorização da Portaria PGR/MPU nº 5, de 26 de janeiro de 2015, e a Procuradora da República Jerusa Burmann Viecili, na presença dos advogados Adriano Salles Vanni, OAB/SP 104.973, Cecília de Souza Santos, OAB/SP 151.359, e Jula Mariz, OAB/SP 320.851, procedeu-se a oitiva· do colaborador FÁBIO FERREIRA CLETO, brasileiro, filho de José Waldemar Junqueira Cleto e Cylka Ferreira Cleto, .. nascido em Campinas/SP em 12/05/1971, CPF l 5306436862, o qual declarou: QUE renuncia, na presença de seus defensores ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal ele d'izer a verdade, nos termos do §14° do art. 4º da Lei nº 12.850/2013; QUE o declarante e seus defensores autorizam expressamente e estão cientes do registro audiovisual do presente ato de colaboração em mídia digital, além do registro escrito ( duas vias do termo assinadas em papel), nos termos do ~ 13 do art. 4° da Lei nº 12.850/2013, os quais serão, ao final do ato, devidamente custodiados pelos representantes do Ministério Públ.ico ora presentes, os quais ficarão responsáveis pela guarda, custódia e preservação do sigilo das informações e, ulteriormente, serão apresentados ao Supremo Tribunal Federal; QUE indagado acerca de ANDRÉ LUIZ DE SOUZA, respondeu: QUE o depoente foi apresentado a ANDRÉ DE SOUZA logo que chegou em Brasília para assumir a CEF, em abril de 2011; QUE o depoente já tinha contato, nesta época, com EDUARDO CUNHA; QUE EDUARDO CUNHA enviou uma mensagem ao

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depoente, por celular, por volta de abril ou maio de 2011, convidando o depoente para um jantar no apartamento de HENRJQUE EDUARDO ALVES, que, à época, era o líder do PMDB na Câmara; QUE o apartamento funcional de HENRJQUE ALVES era no mesmo prédio onde estava situado o apartamento funcional de EDUARDO CUNHA, ou seja, na Asa Sul, 311 (SQS 3 ll) em Brasília; QUE o depoente reconhece o prédio, cuja cópia é mostrada neste momento; QUE EDUARDO CUNHA não adiantou o assuntou deste jantar para o depoente; QUE inicialmente, acredita que tenha ido ao apartamento de EDUARDO CUNHA, oportunidade em que este esdareceu que se tratava de um jantar com o objetivo de apresentar o depoente a ANDRÉ DE SOUZA; QUE EDUARDO CUNHA disse que não iria paiiicipar do jantar, não sabendo o depoente o motivo; QUE o objetivo da apresentação do depoente a ANDRÉ DE SOUZA era porque este último era já participante do Conselho Ct1rador e do Comitê de Investimento do FGTS, na qualicrade de representante dos trabalhadores; QUE salvo engano ANDRÉ DE SOUZA era representante da CUT; QUE foi dito ao depoente que ANDRÉ DE SOUZA poderia ajudar o depoente em seu início, pois ele tinha bastante experiência; QUE ANDRÉ DE SOUZA e o depoente poderiam atuar de maneira "alinhada", ajudando um ao outro nos temas de interesse; QUE, ademais, ANDRÉ DE SOUZA havia acompanhado desde o início, ,em 2008, a criação e o desenvolvimento do FI-FGTS; QUE acredita que foi EDUARDO CUNHA quem disse ao depoente que o motivo da apresentação era este; QUE acredita que ANDRÉ DE SOUZA fazia um papel parecido ao do depoente; QUE da mesma forma como o depoente levava demandas de EDUARDO CUNHA, ANDRÉ DE SOUZA levava demandas do PT para o Comitê de Investimentos; QUE o depoente foi ao jantar sozinho, sem EDUARDO CUNHA, e no apartamento de HENIUQUE ALVES estavam o Deputado CANDIDO VACCAREZA, o deputado HENRJQUE EDUARDO ALVES e ANDRÉ DE SOUZA; QUE o depoente não conhecia o Deputado CANDIDO VACCAREZA e acredita que estava na reunião representando o PARTIDO DO TRABALHADORES (PT); QUE CANDIDO VACCAREZA, na época, era o líder do governo; QUE ANDRÉ DE, SOUZA e

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CANDIDO VACCAREZA já se conheciam e pareciam ter uma relação similar à que o depoente possuía com EDUARDO CUNHA; QUE questionado se conhecia HENRJQUE EDUARDO ALVES, acredita que, nesta época, já tinha sido apresentado a ele, mas esta foi uma das primeiras vezes que o viu; QUE o depoente se encontrou com HENRIQUE EDUARDO ALVES, ao longo do tempo, por cerca de dez vezes, erÍl especial quando o depoente ia até a Câmara para comissões do Congresso ou para tratar de assuntos da CEF, o que era frequente; QUE nunca tratou com HENRIQUE ALVES sobre o tema relativo ao FGTS, pois este tema o depoente somente tratava com EDUARDO CUNHA; QUE neste jantar no apartamento de HENRIQUE ALVES houve uma conversa de apresentação, discussão de cenário econômico e de empresas; QUE não houve a discussão de nada muito específico e nada de ilícito; QUE o objetivo maior era de apresentação do depoente· a ANDRÉ DE SOUZA; QUE o depoente trocou contatos e telefones com Al,TJ)RÉ DE SOUZA e ficaram de se encontrar para discutir FGTS e outras questões telacionadas ao C0mitê de Investimentos; QUE após tal reunião, o depoente se encontrou com ANDRÉ DE SOUZA pessoalmente por cerca de cinco oportunidades; QUE uma destas oportunidades foi no próprio

, . apartamento de ANDRE DE SOUZA, na Av. Angélica, em São Paulo, em um apartamento de alto padrão; QUE era um prédio de estilo mais clássico, mais próximo do Centro, nas proximidades da Praça Buenos Aires; QUE se podia perceber que se tratava da casa onde ele vivia; QUE esta reunião, em que se encontraram apenas o depoente e ele, ocorreu uma ou duas semanas depois d ) Í Á,\ jantar no apartamento de HENRIQUE ALVES; QUE nest v\\ reunião foram discutidos os projetos que tramitavam no Fl / FGTS, as empresas que estavam com problemas dentro do FI FGTS e temas correlatos; QUE; por exemplo, na época o grup ' r· BERTIN estava tendo problemas com uma das empresas d grupo, empresa esta de energia chamada NOVA CIBE, . discutiram os encaminhamentos que poderiam ser dados; QUE s · tratavam de discussões técnicas; QUE se recorda de ter se encontrado com ANDRÉ DE SOUZA em outra oportunidade, na Doceria Ofner, no Itaim, ao lado escritório de FUNARO, na Rua

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Jerônimo da Veiga; QUE se recorda de ter se encontrado com ANDRÉ em outra oportunidade, na apa1iamenlo de LÚCIO BOLONHA FUNARO, no Itaim; QUE questionado por qual motivo se encontrou com ANDRÉ na casa de FUNARO, respondeu que o depoente se encontrava na região e comentou com FUNARO que iria se encontrar com ANDRÉ DE SOUZA; QUE, então, FUNARO ofereceu ao depoente a residência dele para o depoente se reunir com ANDRÉ; QUE FUNARO não conhecia ANDRÉ DE SOUZA; QUE FUNARO ficou sabendo de ANDRÉ DE SOUZA através do depoente; QUE foram estes os encontros que se recorda, não sabendo, com precisão, se houve algum outro; QUE nestes encontros as discussões foram sempre as mesmas: quais operações qne interessavam que progredissem, quais os problemas do FLmdo, etc; QUE questionado sobre o que quer dizer sobre "operações que interessavam que progredissem", respondeu que o depoente repassava a ANDRÉ DE SOUZA aquelas operações que eram de interesse de EDUARDO CUNHA que fossem aprovadas, afim de ter apoio de ANDRÉ DE SOUZA na questão; QUE questionado se ANDRÉ DE SOUZA alguma vez mostrou interesse em algum projeto de alguma empresa, acredita que não houve tempo; QUE, conforme dito, um dos temas que foi discutido era envolvendo o grupo BERTIN e como resolve.r a problemática relacionada à empresa NOVA CIBE e como atender os covenanls, ou seja, as condições que deveriam ser atendidas previamente por uma empresa, sob pena de finalizar o empréstimo ou antec.ipar a dívida; QUE o FGTS já tinha equity (ou seja, participaç.ão societária) na empresa do grupo BERTIN; QUE buscavam, ~

assim, alternativas para o assunto; QUE se recorda e pode \_[\\ afirmar que ANDRÉ DE SOUZA também tinha interesse em promover determinadas empresas de interesse do grupo político que ele integrava; QUE ANDRÉ DE SOUZA não chegou a votar em nenhum caso depois da entrada do depoente na· CEF, pois / logo saiu; QUE cerca de um mês depois do jantar em que foram apresentados, o depoente foi chamado por EDUARDO CUNHA para um encontro fora dos encontros normais e semanais; QUE v se tratava de um final de tarde; QUE ao chegar no apartamento de EDUARDO CUNHA se reuniram este último, o depoente e

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HENIUQUE EDUARDO ALVES; QUE HENRIQUE ALVES disse que ANDRÉ DE SOUZA e CANDIDO VACCAREZA iriam passar no apartamento para discutir algum tema; QUE quando apareceram, ANDRÉ DE SOUZA agradeceu a apresentação, dizendo que o contato fora profícuo, mas disse que queria comunicar aos três (HENRIQUE EDUARDO ALVES, EDUARDO CUNHA e o depoente) que, por motivos pessoais, estava se desligando do Conselho Curador e do Comitê de Investimentos do FGTS; QUE não deu maiores explicações, mas apenas esclareceu que o afastamento se dava em caráter irretratável; QUE VACCAREZA não falou nada e se recorda que HENIUQUE ALVES chamou VACCAREZA para uma sala ao lado, oportunidade em que ficaram conversando alguns minutos; QUE neste ín_terim ficaram conversando o depoente, ANDRÉ DE SOUZA e EDUARDO CUNI'/A na sala; QUE em seguida, ANDRÉ DE SOUZA e VACCAREZA foram embora; QUE assim que eles foram embora, HEJ\TRIQÜE ALVES comentou com o depoente e EDUARDO CUNHA que ANDRÉ DE SOUZA estaria se desligando porque havia sido avisado que havia uma investigação da CGU apontando irregularidades na atuação de ANDRÉ DE SOUZA como conselheiro em razão de conflito de interesses que ele possuía; QUE salvo engano, quem comentou isto com ANDRÉ DE SOUZA fora o Presidente da CEF, JORGE HEREDA; QUE não sabe como este último soube da informação; QUE HENRIQUE ALVES não soube dar maiores detalhes; QUE na semana seguinte, o depoente, que já fazia parte

do Conselho Curador do FI-FGTS, recebeu em casa um _,( "~ documento da CGU apontando justamente este conflito de V~\ interesses de ANDRÉ DE SOUZA; QUE, na verdade, tal ' documento falava não apenas de ANDRÉ DE SOUZA, mas / (' também de CELSO PETRUCCJ, que também era conselheiro do Conselho Curador, representando os trabalhadores; QUE segundo f o documento, que foi enviado para todos os conselheiros do Conselho Curador, ANDRÉ DE SOUZA e CELSO PETRUCCI eram sócios de uma empresa de consultoria que prestava serviços para empi-esas que tinham tomado recursos do FJ-FGTS e das Carteiras Administradas; Qu'E até então o depoente não sabia disso; QUE ANDRÉ DE SOUZA, nos encontros que teve com o .

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depoente, nunca mencionou ter outras empresas ou .qualquer outra atividade empresarial ou comercial; QUE o depoente não conhecia CELSO PETRUCCI; QUE foi composta uma Comissão de Apuração, com seis ou oito membros, dentro do Conselho Curador do FGTS, para apurar este conflito dç i'nteresses; QUE o depoente fazia parte deste grupo; Ql.JE este grupo acabou concluindo que o Conselho Curador não tinha um código de ética próprio, que estabelecesse sanções e que não havia normatização que regulasse este conflito de interesses; QUE, ademais, não seria possível punir ANDRÉ DE SOUZA e CELSO PETRUCCI, pois ambos já tinham saído do Conselho Curador; QUE a partir disso foi elaborado um código de ética; QUE o depoente comentou da apuração com EDUARDO CUNHA, mas este não deu nenhuma recomendação específica sobre o tema; QUE este Grupo de Apuração constatou que, efetivamente, ANDRÉ DE SOUZA e CELSO PETRUCCl realmente beneficiavam, com seus votos, as empresa para as quais eles prestavam consultoria; QUE salvo engano a empresa beneficiada por eles foi a OAS; QUE não se recorda de outras empresas; QUE ANDRÉ DE SOUZA era muito próximo, no Conselho Curador, de PAULO FURTADO, que era, na época, também presidente do Comitê de Investimento do Fl-FGTS, como representante na época do Ministério do Trabalho; QUE, inclusive, ANDRÉ DE SOUZA pediu ao depoente para que contratasse PAULO FURTADO para um Cargo de Dirçtor na CEF que estaria sendo criado; QUE ANDRÉ DE SOUZA comentou com o depoente que PAULO FURTADO tinha interesse em voltar para CEF, pois naquela época estava no Ministério do Trabalho; QUE, em razão deste pedido e do bom relacionamento que o depoente tinha com PAULO FURTADO, que tinha experiência no Comitê de Investimentos e pa1iicipou desde o início do FI-FGTS, o depoente conversou com ele; QUE PAULO FURTADO realmente demonstrou intesse no cargo; QUE o depoente pediu o currículo de PAULO FURTADO e pediu a opinião de EDUARDO CUNHA; QUE EDUARDO CUNHA não se opôs, embora tenha ficado receoso por ser uma indicação do PT (pois vinda de ANDRÉ DE SOUZA), e que aquilo poderia ser uma tentativa de ingerência do p·r em uma área que "era do PMDB";

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QUE, no entanto., EDUARDO CUNHA deixou para o depoente decidir; QUE o depoente, então, levou o currículo ao Presidente da CEF, JORGE HEREDA, que levou adiante; QUE, no entanto, o currículo foi vetado pelo Ministro da Fazenda GUIDO MANTEGA; QUE a razão do veto foi porque PAULO FURTADO, na criação do Fl:FGTS, teve grnndes discussões, como integrante do Ministério do Trabalho ( que encampou a ideia de criação do FI-FGTS), com o BNDES (que era contra a criação do FI-FGTS, pois seria um concorrente na área de fomento); QUE GU!DO MANTEGA, como foi Presidente do BNDES, acompanhou as discussões; QUE ao final, o BNDES acabou aceitando a criação do FI-FGTS, com a condição de que a primeira aquisição do Fl-FGTS fosse a compra, de 7 bilhões de debêntures do BNDES, o que efetivamente oeorreu; QUE tal aquisição, que foi a primeira do FI-FGTS, afrontava o regulamento do FJ-FGTS, que proíbe investimentos ~m projetos através de instituições financeiras; QUE questionado ~obre a atuação do Conselho Curador do FGTS, respondeu que se trata da instância máxima de decisão do FGTS, estabelecendo toda a regulamentação do Fundo e o orçamento anual de alocà.ção ele recursos; QUE referido Conselho decide todas as questões do FGTS, mas de maneira mais macro, decidindo à alocação dos recursos, assim como a sua regulamentação normativa; QUE era o Conselho Curador que estabeleceu as.normas gerais·do FGTS, como, por exemplo, o regulamento do FI-FGTS; QUE o ~

Ministério das Cidades regulamenta as normativas do Conselho \J"{\ Curador; QUE o Conselho Curador estabelece as linhas gerais; QUE o Conselho Curador é Presidido pelo lvlinistro do Trabalho e o Vice-Presidente é o .Ministro das Cidades; QUE álém destes ' dois, há mais dez representantes do Governo; QUE o depoente foi por dois anos representante da CEF no Conselho Curador e no Comitê de Investimentos; QUE, logo depois, se entendeu que havia incompatibilidade e o depoente teve que escolher um dos cargos, ficando apenas no Comitê de Investimentos; QUE depois de ANDRÉ DE SOUZA ter saído da CEF, não teve mais contato com ele, sabendo apenas que ele foi ·trabalhar com JAQUES 11 \VAGN~R no Governo da Bahia; QUE o depoente sabia que I ANDRE DE SOUZA possuía um bom relacionamento com a f

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ODEBRECTH; QUE isto fica claro até mesmo porque nos primeiros anos do Fl-FGTS, especialmente em 2008 e 2009, o Fundo apresentou uma concentração alta de projetos dentro do Grupo ODEBRECHT; QUE acredita que neste· época os investimentos do FI-FGTS direcionados para Ó. GRUPO ODEBRECHT chegaram a ser próximos de 20% do. valor total dos investimentos; QUE esta concentração de investimentos na ODEBRECHT chegou, em determinado período, próximo ao límite de concentração autorizado pelo regulamento; QUE esta proximidade de ANDRÉ DE SOUZA com a ODEBRECHT ficou clara também nas discussões do depoente com ele, pois se percebia, pelas conversas, que ANDRÉ DE SOUZA tinha bastante conhecimento· sobre a empresa; QUE não tem conhecimento de alterações do Regulamento e nem de alterações da normativa no âmbito do Conselho Curador para beneficiar empresas; QUE não sabe se ANDRÉ DE SOUZA tinha alguma relação com a empresa CARIOCA; QUE ANDRÉ DE SOUZA nunca abordou com o depoente qualquer discussão sobre pagamento de propina e tampouco sobre as consultorias dele; QUE ANDRÉ DE SOUZA nunca comentou com o depoente se tinha contas no exterior; QUE ANDRÉ DE SOUZA tinha bom relacionamento com os Conselheiros representantes da bancada dos trabalhadores; QUE depois que ANDRÉ DE SOUZA saiu, o depoente nunca mais o viu na CEF e nem teve contato com ele; QUE ANDRÉ DE SOUZA aparentava ter um alto padrão de vida, em especial pelo apartamento onde residia. Nada mais havendo a ser consignado, às J 6h05min, determinou-se que fosse encerrado o presente termo que, lido e achado conforme, vai por todos assinado .

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Adriano S les Vanni, OAB/SP 104.973,,

ÚJUwJ,tt/Ju-rfÍo,uúlJ Cecília de Souza Santos, OAB/SP 151.359

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MINJSTÊIUO PúllLICO FEDERAL Procora<lori:-1-Gcr:tl da Rcpúblíca

TERMO DE COLABORAÇÃÓ N. 7 FÁBIO FERREIRA CLETO

Aos 13 de abril de 2016, às 16h19min, na sede da Procuradoria da República em São Paulo, situada na Rua Frei Caneca, 1360, presente o Procurador da República Andrey Borges de Mendonça e o Promotor de Justiça Sérgio Bruno Cabral Fernandes, ambos integrantes do Grupo de Trabalho instituído pela Procurador­Geral da República através da Portaria PGR/MPU nº 3, de l 9/01/2015, por autorização da Portaria PGR/MPU nº 5, de 26 de janeiro de 2015, e a Procuradora da República Jerusa Burmann Viecili, na presença dos advogados Adriano Salles Vanni, OAB/SP 104.973, na presença dos advogados Adriano Salles Vanni, OAB/SP 104.973, Cecília de Souza Santos, OAB/SP 151.359, e Julia Mariz, OAB/SP 320.851, procedeu-se a oitiva do colaborador :FÁBIO FERREIRA CLETO, brasileiro, filho de José Waldemar Junqueira Clelo e Cylka Ferreira Cleto, nascido em Campinas/SP em 12/05/1971, CPF 15306436862, o qual declarou: QUE renuncia, na presença de seus defensores ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14° do art. 4° da Lei nº 12.850/2013; QUE o declarante e seus defensores autorizam expressamente e estão cientes do registro audiovisual do presente ato de colaboração em mídia digital, além do registro escrito ( duas vias do termo assinadas em papel), nos termos do §13 do a,t. 4º da Lei nº 12.850/2013, os quais serão, ao final do ato, devidamente custqdiados pelos representantes do Ministério Público ora presentes, os quais ficarão responsáveis pela guarda, custódia e preservação do sigilo das informações e, ulteriormente, serão apresentados ao Supremo Tribunal Federal; QUE indagado acerca dos fatos relacionados à OAS CART, respondeu: QUE a OAS CART é uma concessão da Rodovia Raposo Tavares, em

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que a OAS é a detentora da concessão; QUE havia um projeto de investimento na concessão e que parte deste funding veio através da emissão R$ 250 milhões de reais de debêntures; QUE a aprovação da compra destas debêntures pelo FI-FGTS foi em dezembro de 20 l O; QUE quando o depoente entrou na CEF, em abril de 2011 , a operação, embora já aprovada, não havia sido desembolsada, o que somente ocorreu em janeiro de 2012; QUE esta demora não é normal; QUE há Um prazo entre a aprovação e o desembolso ( em geral para preparação da documentação), mas normalmente é bem menor do que isto; QUE não sabe por qual motivo demorou mais neste caso; QUE provavelmente foi uma demora mais relacionada à elaboração de documentação e não uma demora intencional, mas não sabe afirmar ao certo o motivo; QUE o depoente comunicou o deputado EDUARDO CUJ\Jt!A sobre esta operação, nas reuniões semanais, e ele entrou em contato com a empresa OAS, · provavelmente com LEO PINHEIRO; QUE diz isto porque o depoente sabia que EDUARDO CUNHA tinha relacionamento com LEO PINHEIRO; QUE o depoente já tinha sido apresentado a LEO PINHEIRO por EDUARDO CUNHA por ocasião da reunião já mencionada em outro termo, no Hotel Mofarrej, envolvendo o PORTO MARAVILHA; QUE acredita que LEO PINHEIRO tinha contato direto com EDUARDO CUNHA; QUE EDUARDO CUNHA entrou em contato com LEO PINHEIRO para cobrar propina da empresa, mesmo já tendo sido aprovada a operação; QUE foi pE!Ssado ao depoente, posteriomente ao desembolso da operação pela CEF, que o valor da propina estabelecido era o percentual de 1 % sobre o valor da operação; QUE a participação do depoente na propina era de R$ 100.000,00, seguindo à divisão pré-estabelecida de o depoente receber 4% do que eia cobrado; QUE isto foi em janeiro de 2012; ", QUE conforme já esclareceu, da propina cobrada, EDUARDO CUNHA ficava com 80%, LÚCIO" BOLONHA FUNARO com 12%, o depoente e ALEXANDRE MARGOTIO com 4% cada um; QUE nesta época o depoente não se relacionava mais com 11

LÚCIO BOLONHA FUNARO, em vi1tude da discussão que t·' tivera no início do ano com ele; QUE por isto a contabilidade era 1 feita pelo depoente, que passava para EDUARDO CUNHA; .

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QUE apresenta cópia neste ato desta planilha com os valores da propina; QUE nesta planilha este projeto está identificado como 'OAS CART', datado de 24 de janeiro de 2012, com o valor da operação de R$ 250 milhões e o valor do depoente de R$ 100.000,00; QUE no presente caso, a atuação do depoente foi de levar a informação para EDUARDO CUNHA, informação esta que era restrita à CEF e. não era uma informação pública; QUE não sabe dizer qual a relação de tempo entre a informação passada a EDUARDO CUNHA, a cobrança da propina e a liberação do dinheiro; QUE, no entanto, neste caso· específico, não haveria esta relação, pois a operação, conforme dito, já estava aprovada; QUE o depoente acredita que EDUARDO CUNHA, mesmo a operação já estando aprovada, conseguiu obter a propina da OAS em razão da proximidade que CUNHA possuía com a empresa; QUE o depoente não era responsável pela liberação dos valores, pois isto era de responsa0ilidade da VITER; QUE, conforme já esclarecido ein outro termo, o depoente efetivamente recebeu tais valores de· propina, mas por meio de pagamentos na conta da empresa LASTAL .na Suíça, feita pela empresa CARIOCA, por orientação de EDUARDO CUNHA; QUE tendo em vista a recuperação judicial da OAS e os convenants normalmente impostos neste tipo de operação, seria natural· que o pagamento da dívida da OAS tenha sido antecipado; QUE, porém, não sabe dizer se isto ocorreu neste caso; QUE a Vice-Presidênc.ia da área de risco é a responsável por monitorar os contratos, garantias e covenanfs e alertar para as situações de risco. Nada mais havendo a ser consignado, às l 6h39min, determinou-se que fosse encerrado o preseí1te krmo que, lido e achado conforme, vai por todos assinado .

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~NI -Adria Salles Vanni, OAB/SP I 04.973

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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Procuradori~-Gernl da Rcpl1blica

TERMO DE COLABORAÇÃO N. 8 FÁBIO FERREIRA CLETO

Aos 13 de abril de 2016, às 16h19min, na sede da Procuradoria da República em São Paulo, situada na Rua Frei Caneca, 1360, presente o Procurador da República Andrey Borges de Mendonça e o Promotor de Justiça Sérgio Bruno Cabral Fernandes, ambos integrantes do Grupo de Trabalho instituído pela Procurador­Geral da República através da Portaria PGR/MPU nº 3, de 19/01/2015, por autorização da Portaria PGR/MPU nº 5, de 26 de janeiro de 2015, e a Procuradora da República Jerusa Burmann Viecili, na presença dos advogados Adriano Salles Vanni, OAB/SP 104.973, na presença dos advogados Adriano Salles Vanni, OAB/SP 104.973, Cecília de Souza Santos, OAB/SP 151.359, e Julia Mariz, OAB/SP 320.851, procedeu-se a oitiva do colaborador .FÁBIO FERREIRA CLETO, brasileiro, filho de José Waldemar Junqueira Cleto e Cylka Ferreira Cleto, nascido em Campinas/SP em 12/05/1971, CPF 15306436862, o qual declarou: QUE renuncia, na presença de seus defensores ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do § 14° do arl. 4° da Lei nº 12.850/2013; QUE o declarante e seus defensores autorizam expressamente e ,.~~ estão cientes do registro audiovisual do presente ato de ~ \ \ colaboração em mídia digital, além do registro escrito ( duas vias •

J do termo assinadas em papel), nos termos do § 13 do art. 4º da Lei nº 12.850/2013, os quais serão, ao final do ato, devidamente custodiados pelos representantes do Ministério Público ora presentes, os quais ficarão responsáveis pela guarda, custódia e preservação do sigilo das informações e, ulteriormente, serão apresentados ao Supremo Tribunal Federal; QUE indagado acerca dos fatos relacionados à BR VIAS, respondeu: QUE a BR VIAS foi uma operação do Fl-FGTS, que teve a data de aprovação em 14 de março de 2012; QUE se tratou de uma aquisição de debêntures, pelo FI-FGTS, no valor de R$ 300 J ·

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milhões de reais; QUE o depoente se recorda de ter feito algumas reuniões técnicas com o diretor financeiro da empi-esa, que se chamava MARCOS MÁXIMO; QUE foi EDUARDO CUNHA quem pediu para o depoente atender MARCOS MÁXIM·o, pois na época o depoente já estava brigado com LÚCIO BOLONHA FUNARO; QUE o depoente se reuniu com MARCOS MÁXIMO mais de uma vez, acreditando que tanto na CEF em Brasília quanto em São Paulo; QUE se recorda que a BR VIAS também era uma concessão de rodovias, cujo sócio era urna empresa chamada SPLICE, junto com o grupo COMPORTE, da família CONSTANTINO, dona da GOL; QUE se recorda que era LÚCIO BOLONHA FUNARO quem tinha relacionamento com HENRIQUE CONSTANTINO e que, então, a solicitação para aprovação da operação foi feita por LÚCIO BOLONHA FUNARO, por intermédio de EDUARDO CUNHA; QUE a operação foi aprovada no âmbito no Comitê de Investimento, no âmbito do qual o depoente votou favoravelmente; QUE em anexo consta a ata da reunião extraordinária do Comitê de Investimentos, em que se aprovou o aporte; QUE após a aprovação da operação foi comunicado ao depoente, por EDUARDO CUNHA, que havia sido cobrada uma propina de 1 % sobre o valor total da operação da empresa; QUE não sabe se realmente foi este o percentual cobrado, mas sim que este foi o percentual que foi informado ao depoente por EDUARDO CUNHA; QUE, portanto, a participação do depoente seria de R$ 120.000,00, co1Tespondentes a 4% do valor total da propina; QUE conforme já esclareceu, da propina cobrada, EDUARDO CUNHA ficava com 80%, LÚCIO BOLONHA FUNARO com 12%, o depoente e ALEXANDRE MARGOTTO com 4% cada um; QUE questionado de quem foi cobrada a propina, o depoente afirmou não saber, mas, em vista da proximidade de FUNARO com HENRIQUE CONSTANTINO, acredita que tenha sido deste último; QUE questionado sobre a relação entre FUNARO e HENRIQUE CONSTANTINO, sabe que se conheciam, até

1 mesmo porque EDUARDO CUNHA disse ao depoente que se tratava de uma demanda de FUNARO; QUE, ademais, é possível que já soubesse deste relacionamento da época em que o depoente trabalhou no escritório de FUNARO ou da época que)(

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mantinha relacionamento com ele; QUE o valor da propina recebida pelo depoente foi lançada na planilha de controle que possuía com EDUARDO CUNHA, com o valor referente a R$ 120 mil; QUE na planilha consta a data de 14/03/201'.t; QUE, conforme já esclarecido em outro termo, o depoente efetivamente recebeu tais valores de propina, mas por meio de pagamentos na conta da empresa LASTAL na Suíça, feita pela empresa CARJOCA, por orientação de EDUARDO CUNHA; QUE a operação realmente foi liquidada pelo FI-FGTS; QUE não sabe como CUNHA e FUNARO recebiam suas paties de propina; QUE após esta operação, alguns meses depois, houve outras reuniões do depoente com HENRIQUE CONSTANTINO, dentro da CEF, para tratar de uma nova operação no âmbito da Carteira Administrada Transporte, mas que não foi adiante; QUE mais uma vez foi LÚCIO BOLONHA FUNARO, por intermédio de EDUARDO CUNHA, quem pediu para o depoente atender HENRJQUE CONSTANTINO; QUE se tratava de um projeto de investimento para a própria COMPORTE; QUE o projeto não foi adiante porque a empresa não aceitou as condições de taxa e prazo oferecidas pela CEF; QUE EDUARDO CUNHA pediu para o depoente tentar ajudar, mas não tinha condições de ser aprovada; QUE mesmo com a força política, havia determinadas condições que não poderiam ser superadas; QUE em alguns casos estas condições poderiam ser superadas, mas não foi o caso; QUE neste caso o próprio depoente afirmou a EDUARDO CUNHA que não poderia atender a solicitação; QUE a operação era para a troca da frota de ônibus e a solicitação feita por HENRIQUE CONSTANTINO era que o prazo da carência e amortização fossem acima do que era permitido para a Carteira; QUE, como esta solicitação afrontava a normativa, mesmo com o 1\

pedido de apoio de EDUARDO CUNHA e LÚCIO BOLONHA \ FUNARO, o depoente nada pode fazer. Nada mais havendo a ser consignado, às J 7h25rnin, determinou-se que fosse encerrado o presente termo que, cio e achado conforme, vai por todos

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MINISTÉIUO P(JilLICO FEDERAL

Procurncloria-G!'ral cl:i Rcpl1blica

TERMO DE COLABORAÇÃO N. 9 FÁBIO FERREIRA CLETO

Aos 13 de abril de 2016, às J 7h34min, na sede da Procuradoria da República em São Paulo, situada na Rua Frei Caneca, 1360, presente o Procurador da República Andrey Borges de :Mendonça e o Promotor de Justiça Sérgio Bruno Cabral Fernandes, ambos integrantes do Grupo de Trabalho instituído pela Procurador­Geral da República através da Portaria PGR/MPU nº 3, de 19/01/2015, por autorização da Portaria PGR/MPU nº 5, de 26 de janeiro de 2015, e a Procuradora da República Jerusa Burmann Viecili, na presença dos advogados Adriano Salles Vanni, OAB/SP 104.973, na presença dos advogados Adriano Salles Vanni, OAB/SP 104.973, Cecília de Souza Santos, OAB/SP 151.359, e Julia Mariz, OAB/SP 320.851, procedeu-se a oitiva do colaborador FÁBIO FERREIRA CLETO, brasileiro, filho de José Waldemar Junqueira Cleto e Cylka Ferreira Cleto, nascido em Campinas/SP em 12/05/1971, CPF l 5306436862, o qual declarou: QUE renuncia, na presença de seus defensores ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14° do art. 4° da Lei nº 12.850/2013; ~· QUE o declarante e seus defensores autorizam expressamente e estão cientes do registro audiovisual do presente ato de colaboração em mídia digital, além do registro escrito ( duas vias do termo assinadas em papel), nos termos do § 13 do art. 4º da Lei nº 12.850/2013, os quais serão, ao final do ato, devidamente ( Â\ custodiados pelos representantes do Ministério Público ora \} \ \ presentes, os quais ficarão responsáveis pela guarda, custódia e preservação do sigilo das informações e, ulteriormente, serão

apresentdado; ao Supr:mo Tri?unalMFede1L·a!; QUE indag8ad)o ~ r

acerca os ,atos relacwnados a LA SA ( mha Amarela A , respondeu: QUE era uma operação da Carteira Administrada Transporte, mais voltada para mobilidade urbana; QUE a LAMSA é a Linha Amarela SA, no Rio de Janeiro, responsável ,

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por uma concessão de rodovias no Rio de Janeiro, embora não tendo maiores detalhes; QUE se trata de uma emissão de debêntures pela própria LAMSA, no valor de R$ 386.722.000,00, que foi comprada pela Carteira Administrada Transporte do FGTS em 25 de abril de 2012; QUE sabe que a INVEPAR tem uma pa1iicipação de, salgo engano, 1/3 na LAMSA; QUE a INVEPAR é uma empresa do grupo OAS; QUE o depoente comunicou a EDUARDO CUNHA que a operação estava sendo estruturada pela VITER; QUE EDUARDO CUNHA imediatamente solicitou apoio do depoente à operação, o que significava elaborar um voto favorável para ser apresentado ao Conselho da VlFUG; QUE a operação realmente foi aprovada e após a aprovação, EDUARDO CUNHA informoui ao depoente que foi cobrada uma propina de 0,3% do valor da operação; QUE se recorda que o valor da comissão havia sido menor n<::ste caso, segundo EDUARDO CUNHA, porque a participação da OAS era menor no consórcio e esta empresa somente pagaria a propina proporcionalmente à sua participação na obra; QUE não sabe se as outras empresa do consórcio LAMSA pagaram propina; QUE a participação do depoente era de 4% do valor da propina total, o que representava R$ 46.406,64, tendo em vista o valor total de operação (R$ 386.722.000,00); QUE este valor foi contabilizado na planilha de controle que o depoente possuía com EDUARDO CUNHA; QUE conforme já esclareceu, da propina cobrada, EDUARDO CUNHA ficava com 80%, LÚCIO BOLONHA FUNARO com 12%, o depoente e ALEXANDRE MARGOTTO com 4% cada um; QUE é muito provável que EDUARDO CUNHA tenha pedido a propina diretamente para LEO PINHEIRO, dada a proximidade entre eles e os casos pregressos envolvendo a OAS; QUE a aprovação neste caso foi bastante rápida, pois a VITER também tinha um voto favorável; QUE, conforme já esclarecido.em outro termo, o depoente efetivamente recebeu tais valores de propina, mas por meio de pagamentos na , conta do depoente em nome da offshore LASTAL na Suíça, feita pela empresa CARIOCA, por orientação de EDUARDO CUNHA; QUE a INVEPAR é uma empresa lucrativa da OAS e que estaria sendo negociada com interessados·no mef·cado; QUE, portanto, a Recuperação Judicial da OAS provavelmente não

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interfere no risco da operação; QUE não se recm:da se foi exatamente neste caso, mas em um caso o FI-FGTS teve como garantia da própria operação ações da lNVEPAR; QUE, por isto, para a venda da INVEPAR deve haver anuência do FI-FGTS; QUE mostradas as fotos de GUSTAVO NUNES ROCHA, Diretor-Presidente de Investimentos e Paiiicipações em Infra­Estrutura da INVEPAR, cujas cópia estão em anexo; afirmou não se recordar de ter se encontrado com ele e não · se recorda de conhecê-lo; QUE não se recorda de ter se encontrado com qualquer pessoa da INVEPAR ou do eonsóre.io LAMSA para discutir operações referentes à presente operação. Nada mais havendo a ser consignado, às l 7h58min, determinou-se que fosse encerrado o presente ten o que, lido e achado çonforrne, vai por todos assinado. / \ COLABO DOR:

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Cecília de Souza Santos, OAB/SP I 51.3 59

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MINISTÉRIO I'úBLICO FEl>ERAL

Procur;idoriTI-Ger~l da R('públic:a

TERMO DE COLABORAÇÃO N. 10 FÁBIO FERREIRA CLETO .

Aos 13 de abril de 2016, às 18h 1 Omin, na sede da Procuradoria da República em São Paulo, situada na Rua Frei Caneca, 1360, presente o Procurador da República Andrey Borges de M.endonça e o Promotor de Justiça Sérgio Bt'uno Cabral Fernandes, ambos integrantes do Grupo de Trabalho instituído pela Procurador­Geral da República através da Portaria PGR/MPU nº 3, de 19/01/2015, por autorização da Portaria PGR/MPU nº 5, de 26 de janeiro de 2015, na presença dos advogados Adriano Salles Vanni, OAB/SP 104.973, na presença dos advogados Adriano Salles Vanni, OAB/SP 104.973, Cecília de Souza Santos, OAB/SP 151.359, e Julia Mariz, OAB/SP 320.851, procedeu-se a oitiva do colaborador FÁBIO FERREIRA CLETO, brasileiro, filho de José Waldemar Junqueira Cleto e Cyl~a Ferreira Cleto, nascido em Campinas/SP em 12/05/1971, CPF 15306436862, o qual declarou: QUE renuncia, na presença de seus defensores ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14° do art. 4º da Lei nº 12.850/2013; QUE o declarante e seus defensores autorizam expressamente e estão cientes do registro audiovisual do . presente ato de colaboração em mídia digital, além do registro escrito (duas vias do termo assinadas em papel), nos termos do § l 3 do art. 4° da Lei nº 12.850/2013, os quais serão, ao final do ato, devidamente custodiados pelos •representantes do Ministério Público ora presentes, os quais ficarão responsáveis pela guarda, custódia e preservação do sigilo das informações e, ulteriormente, serão apresentados ao Supremo Tribunal Federal; QUE indagado acerca dos fatos relacionados à SANEATINS respondeu: QUE a SANEATINS foi um investimento do FJ-FGTS, através de um Fundo de Investimento em Participações (FJP) constituído dentro do FI-FGTS; QUE, em outras palavras, o FIP SANEAMENTO é um Fundo constituído dentro do FI-FGTS; QUE um FIP é um

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Fundo que investe e compra participações acionárias de empresas; QUE neste caso a finalidade do FIP SANEAl\1ENTO é comprar participações nas empresas de saneamento estaduais (CESBs); QUE neste caso foi uma participação co!;:P.r~q:1 da CIA DE SAN'"EAMENTO DO ESTADO DO TOCANTINS -SANEATINS; QUE este FJP, quando investe e1i1 tirirn companhia estadual de saneamento, tem como requisito a entrada de um "sócio técnico", ou seja, um sócio que tenha capacidade técnica na área e que, neste caso, era a ODEBRECHT AMBJENTAL; QUE o antigo nome da ODEBRECHT AMBIENTAL era FOZ DO BRASIL; QUE este sócio técnico entra na gestão da empresa estatal buscando melhorar a qualidade da gestão da empresa de saneamento, além de investir; QUE o FIP SANEAMENTO investe o valor e, ao mesmo tempo, o sócio técnico (no caso a ODEBRECHT AMBIENTAL) também entra com um aporte e participa na gestão da empresa; QUE o valor do aporte do FIP SANEAMENTO foi de R$ 90,5 milhões de r1:ais; QUE quando a operação estava em tramitação, por volta de'julho de 2012, o depoente comunicou a EDUARDO CUNHA sobre a operação; QUE melhor analisando, verifica que o REFJ (Relatório Final de Investimentos), conforme documento que ora apresenta (Ata de Aprovação do REFJ SANEATINS no Comitê de Investimentos), é datado de 28 de setembro de 2011; QUE, portanto, provavelmente avisou EDUARDO CUNHA antes de tal data, provavelmente em julho de 2011 ( e não julho de 2012, confom1e dito antes); QUE EDUARDO CUNHA logo depois solicitou ao depoente apoio à operação; QUE no caso do FIP SANEAMENTO, trata-se do mesmo procedimento de aprovação do FI-FGTS, com a aprovação pelo Comitê de Investimento; QUE, então, o depoente, em razão do pedido de EDUARDO CUNHA, votou favoravelmente ao aporte; QLJE após a conclusão da operação, foi informado ao dépoente por EDUARDO _ CUNHA que havia sido col::irada . propina da ODEBRECHT AMBIENTAL de 1% sobre o valor da operação; QUE isto representava, dada a participação do depoente de 4% do valor total da propina, o valor de R$ 36.200,00 de propina para o depoente; QUE conforme já esclareceu, da propma cobrada, EDUARDO CUNHA ficava com 80%, LÚCIO

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BOLONHA FUNARO com 12%, o depoente e ALEXANDRE MARGOTTO com 4% cada um; QUE este valor foi contabilizado na planilha de controle que o depoenle tinha e que fazia o batimento com EDUARDO CUNHA e foi :efetivamente pago através do mesmo procedimento já._.descrito. em outros termos, ou seja, através de depósitos nas contas da Suíça, por meio da empresa CARIOCA, a pedido de EDUARDO CUNHA; QUE na planilha do depoente, cuja cópia b.ra apresenta, consta o valor da propina recebida pelo depo~nte com a data de O J /08/2012; QUE provavelmente o depo(lnte se equivocou na data, pois verifica que a operação da LI..;X também consta a mesma data, a indicar que o depoente poss_a i:er se equivocado no lançamento da data; QUE provavelmente a data de O 1/08/2012 refere-se ao pagamento do valor da LLX; QUE toda a operação foi totalmente estruturada no âmbito da VITER e não foi necessária qualquer reunião com a empresa no âmbito da VIFUG; QUE EDUARDO CUNHA tinha proximidade com a ODEBRECHT; QUE de inicio percebeu isto mais pelá rapidez com que era dada resposta de apoio às operações desta empresa; QUE, ademais, nunca teve nenhuma operação da ODEBRECHT que EDUARDO CUNHA pedisse para o depoente votar .contra; QUE, no entanto, nunca viu EDUARDO CUNHA com qualquer sócio da ODEBRECHT e não sabe quem era o contato dele na empresa; QUE tem bastante convicção que foi CUNHA e não FUNARO quem pediu a propina para a empresa; QUE já falou com funcionários da ODEBRECHT para tratar de operações, tanto pessoalmente quanto por telefone, mas não neste caso; QUE se recorda de ter conversado com PAULO CESENA, presidente da ODEBRECHT TRANSPORT, mas referente a outro investimento; QUE o depoente foi inclusive membro do Conselho de Administração da EMBRAPORTE, que é um porto privado na região de Santos, cujos sócios são FJ-FGTS, ODEBRECHT e DUBAIPORT; QUE teve, então, várias reuniões enquanto era conselheiro desta empresa; QUE o fato de o depoente ser conselheiro da empresa ODEBRECHT levou o jurídico da VITER ou da CEF a apontar que poderia haver algum conflito de interesses, razão pela qual acabou sendo sub. stituído; '# QUE o conflito apontado foi justamente de o depoente ser

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representante da CEF no Comitê de Investimento - portanto com poder de voto - e ao mesmo tempo ser do · Conselho de Administração de uma empresa potencialmente interessada em investimentos do FGTS; QUE nesta mesma épÓca FLÁVIO ARAKAKI, Diretor subordinado a MARCOS VASCONCELOS na VITER, também era membro do Conselho de Àdministração da EMBRAPORTE; QUE o cargo de Con'selheiro de Administração é remunerado; QUE a parceFia entre a ODEBRECHT AMBIENTAL e a SANEATINS permanece até hoje; QUE este foi o umco investimento do FIP SANEAMENTO, pois a maioria dos governos reluta ern ter um sócio privado participando da gestão da empresa; QUE para que o investimento ocorresse, teve que haver autorização do Governo do Estado, controlador da empresa, pois, de certa forma, há uma parcial privatização da empresa; QUE não tem conhecimento se houve pagamento de qualquer vantagem indevida para que este investimento fosse aceito pelo Estado de Tocantins, controlador da empresa. Nada mais havendo a ser consignado, às 18h51 min, determinou-se que fosse encerrado o presente termo que, lido e achado conforme, vai por todos assinado.

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MINISTÉRIO Púuuco FEDERAL

Procuradoria-Geral d.1 Rcpllblicn

TERMO DE COLABORAÇÃO N. 11 FÁBIO FERREIRA CLETO

Aos 13 de abril de 2016, às 19h, na sede da Procuradoria da República em São Paulo, situada na Rua Frei Caneca, 1360, presente o Procurador da República Andrey Borges de Mendonça e o Promotor de Justiça Sérgio Bruno Cabral Fernandes, ambos integrantes do Grupo de Trabalho instituído pela Procurador­Geral da República através da Portaria PGR/MPU nº 3, de 19/01/2015, por autorização da Portaria PGR/MPU nº 5, de 26 de janeiro de 2015, na presença dos advogados Adriano Salles Vanni, OAB/SP 104.973, na presença dos advogados Adriano Salles Vanni, OAB/SP 104.973, Cecília de Souza Santos, OAB/SP 151.359, e Julia Mariz, OAB/SP 320.851, procedeu-se a oitiva do colaborador FÁBIO FERREIRA CLETO, brasileiro, filho de José Waldemar Junqueira Cleto e Cylka Ferreira Cleto, nascido em Campinas/SP em 12/05/1971, CPF 15306436862, o qual declarou: QUE renuncia, na presença de seus defensores ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14° do art. 4° da Lei nº 12.850/2013; QUE o declarante e seus defensores autoi-izam expressamente e

. estão cientes do registro audiovisual do presente ato de colaboração em mídia digital, além do registro escrito ( duas vias do termo assinadas em papel), nos termos do § 13 do art. 4° da Lei nº 12.850/2013, os quais serão, ao final do ato, devidamente custodiados pelos representantes do Ministério Público ora presentes, os quais ficarão responsáveis pela guarda, custódia e preservação do sigilo das informações e, ulteriormente, serão apresentados ao Supremo Tribunal Federal; QUE indagado acerca dos fatos relacionados à BRADO LOGÍSTICA respondeu: QUE a BRADO LOGÍSTICA foi um aporte de R$ 400 milhões de reais do FI-FGTS, em paiticipação acionária da empresa, ou seja, em equity; QUE a BRADO iria construir galpões de armazenagem e estrutura de entrega ao longo dos

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trilhos da América Latina Logística (ALL); QUE a BRADO era uma empresa de logística, na qual a sócia era ALL; QUE o depoente comunicou a EDUARDO CUNHA, em final de 2012 ou início de 2013, sobre esta tramitação do projeto de investimento; QUE após algum tempo EDUARDO CUNHA comunicou ao deponte para votar favoravelmente ao aporte; QUE a questão foi levada ao Comitê de Investimentos do FI­FGTS; QUE o depoente se recorda que foi uma votação bastante "dividida", em razão da oposição da bancada dos trabalhadores, que tinha algumas demandas de readmissão de trabalhadores que tinham sido demitidos da empresa BRADO; QUE alguns destes trabalhadores demitidos tinham vinculação sindical; QUE houve algumas discussões mais intensas do que normalmente havia e se recorda que houve alguns votos contrários e alguns incidentes no procedimento; QUE ·se recorda, da bancada dos trabalhadores, de JACY AFONSO, que era representante de CUT - que foi o que mais incisivamente pleiteou a reintegração dos funcionários - e PAULO ROSSJ, que era representante da UGT (União Geral dos Trabalhadores); QUE a reclamação era porque, como se trata de um fundo com valores dos trabalhadores (FGTS), deveria haveria respeito às leis trabalhistas e bom relacionamento com sindicatos; QUE, ao final, a operação acabou sendo aprovada e o depoente votou favoravelmente, atendendo a orientação de EDUARDO CUNHA; QUE junta, em anexo, ata da reunião; QUE não havia voto escrito e o depoente apoiou a operação oralmente, na reunião do Comitê de Investimentos; QUE em relação à estrutura da operação não houve alterações e as discussões foram mais referentes ao contexto trabalhista; QUE após a aprovação da operação foi comunicado ao depoente por EDUARDO CUNHA que a propina cobrada foi de 0,5% da operação; QUE considerando que o depoente tinha direito a 4% do valor total da propina, o depoente recebeu R$ 80.000,00; QUE conforme já esclareceu, da propina cobrada, EDUARDO CUNHA ficava com 80%, LÚCIO BOLONHA FUNARO com 12%, o depo'ente e ALEXANDRE MARGOTTO com 4% cada um; QUE este valor foi contabilizado na planilha de controle que o depoente tinha e com a qual fazia o "batimento" com EDUARDO CUNHA e"foi efetivamente pago através do mesmo 1

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, procedimento já.·descrito em outros termos, ou seja, através de depósitos nas contas da Suíça do depoente, em nome da offshore LASTAL, por meio da empresa CARIOCA, a pedido de EDUARDO CUNHA; QUE na planilha do depoente consta a anotação BRADO LOGÍSTICA, datada de 13/03/2013, constando o valor da operação ( R$ 400 milhões de reais ) e da propina devida ao depoente (R$ 80.000,00); QUE o depoente não teve qualquer contato com a empresa BRADO LOGÍSTICA e nem com a empresa .ALL; QUE acredita que. tenha sido EDUARDO CUNHA ó reponsável pela solicitação da propina junto à empresa; QUE FUNARO também estava a par, conforme ocorria com as outrâs1 empresas. Nada mais hàvendo a ser consignado, às 17h58min, determinou-se que fosse ·enceJTado o presente termo · que, lido e achado conforme, vai por todos assinado .

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M!NISTÉIUO Púnuco FEDERAL

Proci1rc1cloria-Geral da Rcpúblicn

TERMO DE COLABORAÇÃO N. 12 FÁBIO FERREIRA CLETO

Aos 14 de abril de 2016, às 9hl4min, na sede da Procuradoria da República em São Paulo, situada na Rua' Frei Caneca, 1360, presente o Procurador da República Andrey Borges de Mendonça e o Promotor de Justiça Sérgio Bruno Cabral Fernandes, ambos integrantes do Grupo de Trabalho instituído pela Procurador­Geral da República através da Portaria PGR/MPU nº 3, de 19/01/2015, por autorização da Portaria PGR/MPU nº 5, de 26 de janeiro de 2015, e a Procuradora da República Jerusa Burmann Viecili, nà presença dos advogados Adriano Salles Vanni, OAB/SP 104.973, na presença dos advogados Adriano Salles Vanni, OAB/SP 104.973, Cecília de Souza Santos, OAB/SP 151.359, e Julia Mariz, OAB/SP 320.851, procedeu-se a oitiva do colaborador FÁBIO FERREIRA CLETO, brasileiro, filho çie Jpsé Waldemar Junqueira Cleto e Cylka Ferreira Cleto, nascido em Campinas/SP em 12/05/1971, CPF 15306436862, o qual declarou: QUE renuncia, na presença de seus defensores ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14° do art. 4° da Lei nº 12.850/2013; QUE o declarante e seus defensores autorizam expressamente e estão cientes do registro audiovisual do presente ato de colaboração em mídia digital, além do registro escrito (duas vias do termo assinadas em papel), nos termos do § 13 do art. 4° da Lei nº I 2.850/2013, os quais serão, ao final do ato, devidamente custodiados pelos representantes do Ministério Público ora presentes, os quais ficarão responsáveis pela guarda, custódia e preservação do sigilo das informações e, ulteriormente, serão apresentados ao Supremo Tribunal Federal; QUE indagado acerca dos fatos relacionados· à LLX respondeu: QUE a empresa LLX é a empresa de logís/ica do grupo EBX, de ElKE BATISTA; QUE a LLX fez uma captação no FJ-FGTS, via emissão de debêntures, no valor de R$ 750 milhões, em maio de

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2012; QUE a emissão era para financiar a construção do PORTO DE AÇU, no Rio de Janeiro, e se tratava de um complexo industrial atrelado ao Po1to; QUE neste caso fez algumas reuniões com o pessoal da LLX, durante o processo de estruturação da operação; QUE se recorda de ter se reunido com o próprio presidente da LLX, OTÁVIO LAZCANO; QUE reconhece a fotografia apresentada de OTÁVIO LAZCANO, em anexo; QUE esta reunião foi na própria CEF, em Brasília; QUE o depoente também se reuniu com AMAURY PIRES, que era Diretor Institucional do grupo EBX; QUE o próprio EIKE BATISTA foi à CEF se encontrar com o depoente e outros Vice Presidentes da CEF, para apresentar o Grupo, com o objetivo de captar valores, não apenas do FI-FGTS, mas também de outras operações; QUE o depoente comunicou EDUARDO CUNHA que iria ocorrer esta operação; QUE esta comunicação a EDUARDO CUNHA ocorreu concomitantemente às reuniões mencionadas com as pessoas da empresa; QUE EDUARDO CUNHA, após algüm .tempo, pediu ao depoente "apoio" para a operação; QUE isto significava que EDUARDO CUNHA já tinha conversado com a empresa e negociado alguma propina; QUE EDUARDO CUNHA, quando pedia "apoio" ao depoente, significava que era para o depoente votar favoravelmente no Comitê de Investimento do FI-FGTS ao projeto; QUE o depoente se recorda que havia uma dificuldade muito grande na negociação desta operação no âmbito da CEF, em razão das garantias; QUE na época o PORTO DE AÇU estava sendo construído e o que a empresa estava disposta a ceder como garantia eram. os recebíveis do PORTO quando este ficasse pronto; QUE isto significava que as garantias eram de risco, pois estava condicionado a que o PORTO ficasse pronto e operacional e tivesse, então, recebíveis; QUE se a obra não fosse completada ou se houvesse algum· embargo, tais garantias não existiriam; QUE se trata de uma obra grande, que demoraria cerca de três anos para ficar pronta; QUE se recorda que o próprio MARCOS VASCONCELOS, Vice-Presidente da VITER, comunicou ao depoente esta preocupação que ele possuía com as garantias; QUE é importante destacar que, na época, não havia questionamentos sobre o grupo em si, ou seja, não havia

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nenhuma preocupação com a solvência e saúde financeira do Grupo EBX; QUE neste sentido, o depoente, pessoalmente, atuou para i·esolver o problema das garantias, marcando uma reunião com OTÁVIO LAZCANO, MARCOS VASCONCELOS e também com AMAURY PIRES, além do depoente; QUE salvo engano PAULO FURTADO, que era o Presidente do Comitê de Investimentos, estava presente nesta reunião; QlJ1:l, de qualquer sorte, tem ce1teza que conversou com PAULO FURTADO sobre o tema; QUE foi o próprio depoente quem marcou a reunião na CEF; QUE esta reunião foi na CEF, um pouco antes da apresentação da votação do REFI (Relatório Final), ou seja, no início de 2012; QUE esta reunião tinha finalidade discutir as garantias da operação e buscar uma solução; QUE o objetivo do depoente era viabilizar a operação e encontrar uma solução para a questão das garantias; QUE esta reunião foi posterior à comunicação feita pelo depoente para EDUARDO CUNHA e já com o pedido de apoio deste último para a operação; QUE nesta reunião houve uma discussão muito intensa, pois a empresa estava reticente em apresentar maiores garantias, mas o problema foi resolvido quando OTÁVIO LAZCANO saiu da reunião para ligar para EIKE BATISTA informando o impasse, e voltando com a solução de que o EIKE daria um aval, na pessoa fisica, para a operação; QUE isto solucionava todo o problema, pois na época EIKE era uma das dez pessoas mais ricas do mundo e, caso a empresa não pagasse, ele mesmo teria que pagar; QUE com isto se solucionou a questão das garantias e a operação foi encaminhada para o Comitê de Investimentos e foi aprovada; QUE a discussão de garantias e estruturação da operação não era uma atribuição do depoente, mas sim da VITER; QUE o depoente participou da questão justamente em razão do pedido de EDUARDO CUNHA e porque havia este impasse das garantias que poderia levar à não realização da operação; QUE por tal motivo, o depoente pessoalmente se envolveu na operação, visando solucionar a questão; QUE MARCOS VASCONCELOS não questionou, pois, embora não fosse o papel do depoente, não era impertinente a paiticipação do depoente, pois iria votar no Comitê de Investimentos; QUE, após a solução da questão das garantias, a operação foi encaminhada ao Comitê de

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Investimentos e aprovada em maio de 2012; QUE junta, em anexo, cópia do REFI (Relatório Final de Investimentos) referente ao projeto; QUE após a aprovação da operação, foi comunicado ao depoente, por EDUARDO CUNHA, que havia sido cobrado, a título de propina, 0,80% do valor total da operação (valor total da operação de R$ 750 milhões); QUE o valoi· total da propina seria, portanto, de R$ 6 milhões; QUE conforme já esclareceu, da propina cobrada, EDUARDO CUNHA ficava com 80%, LÚCIO BOLONHA FUNARO com 12%, o depoente e ALEXANDRE MARGOTTO com 4% cada um; QUE, assim, a propina devida ao depoente era de R$ 240 mil; QUE este valor foi contabilizado na planilha de controle que o depoente tinha e com a qual fazia o "batimento" com EDUARDO CUNHA; QUE apresenta uma cópia desta planilha; QUE nesta planilha consta a data de 01/08/2012, com a referência a LLX, percentual de 0,80%, valor total de R$ 750 milhões e o valor da propina do depoente de R$ 240 mil; QUE este valor foi efetivamente pago através do mesmo.procedimento já descrito em outros termos, ou seja, através de depósitos nas contas da Suíça do depoente, em nome da offshore LASTAL, por meio da construtora CARIOCA, a pedido de EDUARDO CUNHA; QUE não sabe do relacionamento de EDUARDO CUNHA e EJKE BATISTA; QUE, no entanto, EDUARDO CUNHA havia comentado com o depoente que tinha visitado a sede da EBX no Rio de Janeiro; QUE esta visita foi na época da operação e no contexto mencionado e, portanto, pode ter sido nesta reunião que EDUARDO CUNHA cobrou a propina; QUE EDUARDO CU!\THA comentou com o depoente que fez tal visita também na época da operação; QUE, no entanto, não tem ' maiores detalhes do relacionamento dele com ElKE BATISTA; ' QUE LÚCIO BOLONHA FUNARO tinha conhecimento da operação, mas não tinha contato com a empresa e, por isto, acredita que o relacionamento tenha vindo a partir de EDUARDO CUNHA; QUE isto significa que acredita que foi EDUARDO CUNHA quem pediu a propina para a empresa, conforme já dito; QUE nunca mais teve qualquer contato com as pessoas do grupo EBX; QUE antes desta operação, tampouco conhecia qualquer das pessoas do grupo; QUE o depoente soube

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que a empresa LLX foi vendida para um Fundo americano e até mudou o nome para PRUMO LOGÍSTICA; QUE esta venda ocorreu cerca de um ano e meio atrás, após o pagamento da propina; QUE em razão da venda da empresa LLX, mesmo com a derrocada do Grupo EBX, não houve o vencimento antecipado da dívida; Nada mais havendo a ser consignado, às 9h56min, determinou-se que fosse encerrado o presente termo que, lido e achado conforme, vai por todos assinado.

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MJNISTÉil!O ['(muco FEDEJlAL

Procura<loria-Ger:-il <la República

TERMO DE COLABORAÇÃO N. 13 FÁBIO FERREIRA CLETO

Aos 14 de abri I de 2016, às 1 Oh, na sede da Procuradoria da República em São Paulo, situada na Rua Frei Caneca, 1360, presente o Procurador da República Andrey Borges de Mendonça e o Promotor de Justiça Sérgio Bruno Cabral Fernandes, ambos integrantes do Grupo de Trabalho instituído pela Procurador­Geral da República através da Portaria PGR/MPU nº 3, de 19/01/2015, por autorização da Portaria PGR/MPU nº 5, de 26 de janeiro de 2015, na presença dos advogados Adriano Salles Vanni, OAB/SP 104.973, na presença dos advogados Adriano Salles Vanni, OAB/SP 104.973, Cecília de Souza Santos, OAB/SP 151.359, e Julia Mariz, OAB/SP 320.851, procedeu-se a oitiva do colaborador FÁBIO FERREIRA CLETO, brasileiro, filho de José Waldemar Junqueira Cleto e Cylka Ferreira Cleto, nascido em Campinas/SP em 12/05/1971, CPF 15306436862, o qual declarou: QUE renuncia, na presença de seus defensores ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14° do art. 4° da Lei nº 12.850/2013; QUE o declarante e seus defensores autorizam expressamente e estão cientes do registro audiovisual do presente ato de ~ colaboração em mídia digital, além do registro escrito (duas vias do termo assinadas em papel), nos termos do § 13 do art. 4° da · Lei nº 12.850/2013, os quais serão, ao final do ato, devidamente custodiados pelos representantes · do Ministério Público ora presentes, os quais ficarão responsáveis pela guarda, custódia e preservação do sigilo das informações e, ulteriormente, serão apresentados ao Supremo Tribunal Federal; QUE indagado acerca dos fatos relacionados à empresa ELDORADO, f',.f',\ respondeu: QUE a ELDORADO é uma empresa do Grupo J&F; (/ \ QUE a J&F é a holding que também controla o Frigorifigo JBS (marca FRIBOI), cujo sócio é JOESLEY BATISTA; QUE _ C) JOESLEY BATISTA ·foi apresentado ao depoente por LÚCIO ·-~, .<\

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BOLONHA FUNARO em um jantar no apartamento deste último; QUE este jantar foi depois de o depoente entrar na CEF, provavelmente em meados de 2011, época que o depoente ainda mantinha relacionamento com LÚCIO BOLONHA FUNARO; QUE FUNARO havia conhecido JOESLEY pouco tempo antes deste jantar, por intermédio dos irmãos BERTIN; QUE LÚCIO BOLONHA FUNARO tinha relacionamento com os irmãos BERTIN, não sabendo com qual deles; QUE se recorda de FUNARO citar o nome de dois ou três dos irmãos, dizendo ser próximo a eles e conhecê-los; QUE lembra, inclusive, que FUNARO comentou que estava fazendo algum negócio com os BERTJN, não se recordando qual; QUE se recorda de um dos filhos dos irmãos BERTIN ter ido ao escritório de LÚCIO BOLONHA FUNARO, na Jerônimo da V~iga; QUE os irmãos BERTIN anteriormente já tinham ido à CEF, para tratar de um investimento no FI-FGTS, chamado NOVA CJBE, que será objeto de termo próprio; QUE o jantar mencionado foi um jantar de apresentação, em que estavam apenas o depoente, FUNARO e JOESLEY; QUE questionado o moti\'O deste jantar de apresentação, respondeu que FUNARO queria mostrar a influência que possuía na CEF, por intermédio do depoente; QUE após este jantar, o depoente chegou a conviver mais vezes com JOESLEY, junto com FUNARO, inclusive fazendo uma viagem juntos para o Caribe, para a Ilha de St. Barth; QUE o depoente estava na Grécia trabalhando pela CEF, oportunidade em que se encontrou com ambos em Atenas, e os três viajaram de lá para o Caribe, passando alguns dias em St. Barth; QUE FUNARO ligou para o depoente dizendo que JOESLEY estava próximo de Atenas e combinaram de se encontrar em Atenas e depois passarem alguns dias, com as esposas, no Caribe, na Ilha de St. Barth; QUE LÚCIO BOLONHA FUNARO foi acompanhado de sua então namorada THAIS; QUE mostrada a foto de Tl-IAIS BRESClA, reconhece como sendo a ex-namorada de FUNARO; QUE THAIS trabalhava no Banco BVA; QUE JOESLEY foi acompanhado da esposa dele, TICIANA VJLLAS BOAS, ex-­apresentadora da Band; QUE o depoente foi com sua esposa; QUE a viagem para o Caribc foi marcada em Atenas, sem maior planejamento, e então combinaram de as esposas e namoradas

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saírem de São Paulo e voarem para St. Barth, para se encontrar com o depoente, FUNARO e JOESLEY; QUE as três mulheres foram de São Paulo para St. Barth em um avião de JOESLEY, da EMBRAER, encontrando-os no Caribe; QUE foram de Atenas para St. Barth em um jato alugado por JOESLEY, da marca Gulfstream; QUE era um avião grande, tendo, inclusive, que pousar na Ilha perto de St. Barth, pois o aerporto desta última ilha era pequeno; QUE foram, então, para a Ilha em uma Lancha; QUE ao chegar na Ilha fizeram os procedimentos de imigração e consta no passaporte do depoente, cuja cópia se compromete a apresentar; QUE ficaram em St. Barth na casa de um amigo de JOESLEY, cujo nome era JUNIOR, ex-dono da ARISCO; QUE a ARISCO foi vendida para a HYPERMARCAS e acredita que JUNIOR tenha continuado nesta empresa; QUE JUNIOR também estava na casa, acompanhado; QUE JUNIOR era próximo de JOESLEY e não de FUNARO; QUE mostrada a foto em anexo, de JOÃO ALVES DE QUEIROZ FILHO, reconhece como sendo a pessoa mencionada como sendo JUNIOR; QUE além das pessoas já mencionadas, havia um outro casal, próximo de JUNIOR, cujo nome não se recorda, que já estava na casa quando o depoente chegou; QUE a casa de JUNIOR ficava em um morro bastante alto, com vista com o mar, sendo uma casa bastante luxuosa e grande; QUE esta viagem foi no segundo semestre de 2011, provavelmente mais para o final do ano; QUE passaram entre 4 ou 5 dias no local; QUE provavelmente se tratava de uma quarta feira e provavelmente emendou com o final de semana; QUE questionado se o depoente possui alguma foto desta viagem, respondeu que não; QUE questionado a razão disto, respondeu que esta era uma preocupação de LÚCIO BOLONHA FUNARO, para não ter provas de que estavam juntos e não se comprometer provavelmente; QUE era uma preocupação tácita de todos, inclusive do depoente, pois não ficaria "bem" um funcionário da CEF viajando com FUNARO e com um empresário; QUE se pode afirmar que, nesta época, JOESLEY e FUNARO eram próximos; QUE sabe que ambos se encontravam, não sabendo maiores detalhes; QUE o depoente encontrou JOESLEY em outras oportunidades, sempre na presença de FUNARO; QUE especificamente em relação à

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operação no FGTS, JOESLEY entrou com um pleito de captação de recursos no FJ-FGTS para a construç:fo de uma fábrica de celulose no Mato Grosso do Sul, de nome ELDORADO; QlJE o pleito inicial era de captar R$ 1,8 bilhão para as obras de logística, saneamento e energia da fábrica; QUE, no entanto, como o FI-FGTS estava sobrealocado no setor de energia, pois J1á um limite de 40% para cada setor, o FI-FGTS não poderia investir em energia; QUE, então, acabou se estruturando uma operação para financiar apenas os setores de logística e saneamento, o que totalizava um valor de R$ 940 milhões de reais; QUE se tratava da emissão de debêntures da própria ELDORADO; QUE o depoente comunicou a EDUARDO CUNHA que a operação estava sendo estruturada; QUE, nesta época, em 2012, o depoente já não tinha mais relacionamento com LÚCIO BOLONHA FUNARO; QUE LÚCIO BOLONHA FUNARO pediu apoio para a operação por meio de EDUARDO CUNHA e este último pediu ao depoente apoio para a operação; QUE, então, a operação foi estruturada pela VlTER, levada ao Comitê de Investimentos e aprovada; QUE em razão do pedido de EDUARDO CUNHA, o depoente votou favoravelmente no Comitê de Investimentos; QUE a votação no Comitê de Investimentos não foi unânime, com votos contrários do Ministério da Fazenda e do Ministério das Cidades, conforme Ata em anexo, pois referidos representantei: acreditavam que não se deveria financiar obras de saneamento de uma empresa, mas sim de uma cidade; QUE se alegava que o financiamento traria beneficios exclusivamente para a empresa e não beneficios sociais; QUE a hidrovia financiada seria uma hidrovia privada, pois penmtma o escoamento da produção apenas da ELDORADO, não beneficiando outras empresas; QUE também a obra de saneamento era exclusiva para a empresa; QUE o depoente, além de votar favoravelmente, defendeu o projeto, alegando o potencial de geração de empregos, desenvolvimento regional e o impacto negativo que a não existência da obra de saneamento privado acarretaria na utilização do sistema público de tratamento; QUE questionado se havia sistema público de tratamento disponível na região, respondeu que não tem esta informação; QUE o FI-FGTS não tinha nenhum outro projeto de

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hidrovia; QUE a obra ficava em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, e a hidrovia escoaria para o interior de São Paulo, via Rio Paraná, salvo engano; QUE apesar dos votos contrários, a operação foi aprovada, pois, para aprovação, seriam necessários 3/,i de votos favoráveis; QUE não chegou a conversar previamente com outros membros do Comitê, mas apenas argumentou no dia da votação; QUE após a aprovação da operação, foi comunicado por EDUARDO CUNHA que o depoente receberia um valor de R$680.000,00 a título de propina, o que foi contabilizado na planilha de controle que o depoente tinha com EDUARDO CUNHA; QUE neste caso não foi informado um percentual, mas um valor; QUE em geral, conforme já esclareceu, da propina cobrada, EDUARDO CUNHA ficava com 80%, LÚCIO BOLONHA FUNARO com 12%, o depoente e ALEXANDRE MARGOTTO com 4% cada um; QUE neste caso, conforme dito, não se passou ao depoente um percentual, mas sim um valor fixo; QUE, de qualquer sorte, acredita que o valor devido ao depoente neste caso devesse ser próximo a 4% do valor total da propina; QUE este valor foi contabilizado na planilha de controle que o depoente tinha e com a qual fazia o "batimento" com EDUARDO CUNHA; QUE na planilha consta o nome "ELDORADO", com a data de 01/11/2012, existindo o termo "valor", ao .invés de percentual, com o valor total da operação de R$ 940 milhões, e o valor da propina do depoente de R$ 680 mil reais; QUE este valor foi efetivamente pago através do mesmo procedimento já descrito em outros termos, ou seja, através de depósitos nas contas da Suíça do depoente, em nome da offshore LASTAL, por meio da construtora CARIOCA, a pedido de EDUARDO CUNHA; QUE houve, ainda, uma outra atuação em favor da empresa ELDORADO; QUE cerca de um ano depois da operação de captação, a empresa ELDORADO precisava temporariamente descumprir um dos covenants pré-acordados, convenant este relacionado ao endividamento máximo permitido pela empresa; QUE este covenant era para que a empresa não tivesse um percentual superior de dívidas ao indicado no contrato; QUE foi solicitado pela empresa que, temporariamente, fosse superado este percentual, pois a empresa precisaria se endividar mais do que o previamente acordado; QUE isto era

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aceitável, pois era um endividamento apenas temporário, pois a empresa pagaria os valores em cwio prazo de tempo; QUE embora o pleito fosse defensável, era necessário toda uma argumentação para flexibitizar o covenant por um determinado período; QUE esta flexibilização dos covenants ocorre no âmbito da VITER e a decisão é de MARCOS VASCONCELOS, em conjunto com a Vice-Presidência de riscos: QUE ALEXANDRE MARGOTTO solicitou ao depoente que trabalhasse para dar apoio a este pleito da empresa; QUE ALEXANDRE lVIARGOTTO estava trabalhando com FlJNARO e este pediu para aquele levar a demanda ao depoente; QUE se recorda de MARGOTTO ter pedido isto ao depoente, inclusive tendo trocado mensagens com ele sobre o tema; QUE é possível que EDUARDO CUNHA também tenha reforçado o pedido de apoio ao depoente; QUE, ao final, se conseguiu flexibilizar estas condições; QUE normalmente não se alteram as covenants da operação e se respeita as condições pré-acordados, pois alterações posteriores de covenants podem alterar todo o equilíbrio de risco de uma operação; QUE, no entanto, neste

• caso, a alteração ocorreu; QUE o depoente atuou para que esta alteração ocorresse, diretamente com MARCOS VASCONCELOS; QUE o depoente argumentou favoravelmente com MARCOS VASCONCELOS; QUE argumentou que a empresa o havia procurado e fez., para MARCOS VASCONCELOS, uma argumentação mais técnica, de que a alteração seria viável; QUE foi aprovada a alteração dos covenants; QUE após esta alteração, LÚCIO BOLONHA ' FUNARO pediu uma reuniao com o depoente, via ALEXANDRE MARGOTTO; QUE o depoente acabou se reunindo com FUNARO, em um encontro rápido na Offner no ltaim, perto do escritório deste último; QUE nesta reunião, FUNARO prometeu ao depoente que, tendo em vista todo o trabalho feito pelo depoente, não apenas de aprovação, mas também de flexibilização dos covenunts, FUNARO se comprometeu a pagar mais R$ 1.000.000,00 para o depoente, além do valor da propina já mencionado acima; QUE isto demonstra que FUNARO havia recebido valores muito altos de propina por esta operação; QUE, no entanto, FUNARO nunca ?

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pagou este valor de R$ 1.000.000,00 para o depoente; QUE FUNARO nunca comentou como pagaria estes valores ao depoente; QUE o depoente não comentou isto com EDUARDO CUNHA; QUE na época, embora o depoente estivesse com as relações rompidas com FUNARO, reuniu-se com ele a pedido de ALEXANDRE MARGOTIO; QUE o depoente acabou aceitando se encontrar com FUNARO para manter uma "política de boa vizinhança", pois não queria ter brigas com ninguém; QUE FUNARO, talvez, tenha pedido este encontro e inclusive oferecido este valor extra de propina para tentar uma reaproximação com o depoente; QUE ALEXANDRE MARGOTTO comentou com o depoente que LÚCIO BOLONHA FUNARO havia recibido, como parte do pagamento de propina de JOESLEY por esta operação, uma residência no Jardim Europa, em São Paulo; QUE acredita que seja a casa onde FUNARO reside atualmente, mas não tem certeza; QUE não tem ideia do valor, mas tem conhecimento que uma casa no Jardim Europa não vale menos de R$ 15 milhões de reais; QUE o depoente nunca foi nesta casa; QUE o depoente nunca chegou a cobrar de FUNARO o valor da propina extra oferecida de R.$ 1.000.000,00, pois tinha certeza que seria uma cobrança infrutífera; QUE com relação ao grupo J&F, ainda houve o início de negociação de um outro investimento, desta vez de uma empresa de energia que estava sendo criada no grupo, de nome AMPLA; QUE se tratava de uma empresa de geração de energia, com foco em energia alternativa e transmissão, que buscava recursos do FI-FGTS; QUE a operação chegou a evoluir até o ROPl (Relatório de Oportunidade de Investimento), que foi aprovado por unanimidade (conforme Ata em anexo), mas não se chegou a apresentar o REFI (Relatório Final de Investimentos); QUE MARCOS VASCONCELOS chegou a comentar com o depoente que a AMPLA não tinha mais interesse no investimento / e retirou o pleito; QUE isto pode ter decorrido das condições do i mercado de energia ou, ainda, das próprias condições da 1

estruturação na VITER ou por uma série de outros motivos; QUEi a discussão da AMPLA foi em 2014; QUE o depoente chegou a informar EDUARDO CUNHA sobre este projeto e CUNHA solicitou apoio do depoente; QUE FlJNARO, como estava tendo

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algum contato com o depoente, também pediu ao depoente apoio para o projeto; QUE o depoente não foi comunicado sobre eventual pedido de propina em relação à AMPLA; QUE no caso da empresa ELDORADO, tem certeza que foi LÚCIO BOLONHA FUNARO quem negociou a propina com a empresa; QUE EDUARDO CUNHA também est2.va a par, sem dúvidas; QUE o depoente sabe que o grupo J&F tem outros relacionamentos com a CEF fora do FGTS, mas não sabendo de maiores detalhes; QUE o BNDES é sócio da JBS (nome fantasia FRIBOI), empresa do grupo J&F, tendo colocado aproximadamente R$ 20 bilhões de reais em equity, ou seja, em ações da empresa; QUE estes aportes do BNDES na JBS começaram de maneira mais intensa no Governo LULA, com o objetivo de formar grandes grupos nacionais para competir no mercado global; QUE os investimento:; na J&F estão neste contexto; QUE não se recorda de a ARISCO ou o grupo • HYPERiV!ARCAS ter feito pedidos na CEF, mas com ce1ieza no FGTS não fizeram. Nada mais havendo a ser consignado, às 11 h53min, determinou-se que fosse ence::rado o presente termo que, lido e achado conforme, vai por todos assinado.

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1/3 1 A RECRER MALUCO usd 434..388,9S cot. 3.50 1/3 11 ALUGUEL , PAGO MALUCO ultima arceta ue foi deduzida

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1111/2012 eldorado H-FGTS - DEB 19/12/2012 OTP - Rota d~ Band. A-FGTS - OEB 19/12/2012 SAESA FI-FGTS - OEB 19/12/2012 OAS Oleo e Gas FI-FGlS - A.coes

13/3/2013 B'mdDLo-.., FH<i1S • ,,..,..

13/3/2013 FIP-Amaz ,~ Anton.J f!.FG1S • DEB 11/9/2013 DTP F~lS - Acoes 11 la/2013 OdebAmb-1 FI-FGlS - Aroes ..... FSFGlS - DES 4/12/2013 Queiroz: G.tvao FI-FGlS - Acaes

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Cartr!iras Adtnnfstrados

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MINISTÉRIO PUBLICO FEDERAL Proc,1réldori:1-Gcrill da Repllblic.t

TERMO DE COLABORAÇÃO N. 14 FÁBIO FERREIRA CLETO

Aos 14 de abril de 2016, às 13h l 5min, na sede da Procuradoria da República em São Paulo, situada na Rua Frei Caneca, 1360, presente o Procurador da República Andrey Borges de Mendonça e o Promotor de Justiça Sérgio Bruno Cabral Fernandes, ambos integrantes do Grupo de Trabalho instituído pela Procurador­Geral da República através da Portaria PGRIMPU nº 3, de 19/01/2015, por autorização da Porta.ria PGR/MPU nº 5, de 26 de janeiro de 2015, na presença dos advogados Adriano Salles Vanni, OAB/SP 104.973, na presença dos advogados Adriano Salles Vanni, OAB/SP 104.973, Cecília de Souza Santos, OAB/SP 151.359, e Julia Mariz, OAB/SP 320.851, procedeu-se a oitiva do colaborador FÁBIO FERREIRA CLETO,. brasileiro, filho de José Waldemar Junqueira Cleto e Cylka FeITeira Cleto, nascido em Campinas/SP em 12/05/1971, CPF 15306436862, o qual declarou: QUE renuncia, na presença de seus defensores ao direito ao silêncio, reafirmando o compromisso legal de dizer a verdade, nos termos do §14° do art. 4° da Lei nº 12.850/2013; QUE o declarante e seus defensores autorizam expressamente e estão cientes do registro audiovisual do presente ato de colaboração em mídia digital, além do registro escrito ( duas vias do termo assinadas em papel), nos termos do §13 do art. 4° da Lei nº 12.850/2013, os quais serão, ao final do ato, devidamente custodiados pelos representantes do Ministério Público ora presentes, os quais ficarão responsáveis pela guarda, custódia e preservação do sigilo das info/mações e, ulteriormente, serão apresentados ao Supremo Tribunal Federal; QUE indagado acerca dos fatos relacionados à eiupresa MOURA DUBEUX: QUE o grupo MOURA DUBEUX já tinha feito uma operação no FI-FGTS previamente à chegada do depoente na CEF; QUE se tratava de uma sociedade (uma aplicação em equity, ou seja, em aquisição de ações da empresa) do FT-FGTS no projeto "CONE-

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PGR Termo de (\,lahtwacão n. 14 J-'óhi0 Ferreira Clcto ---- - -------·-'----- --- ·--· --- ·-·-·-

SUAPE"; QUE neste projeto o depoente não participou e não se recorda de maiores detalhes; QUE este projeto já estava concluído quando o depoente entrou na CEF; QUE não soube de pagamento de propina neste caso; QUE se trata de um projeto no Porto de Suape, em Pernambuco; QUE depois que o depoente chegou à CEF, houve o pleito de um outro investimento, da Carteira Administrada Habitação, para um Projeto Habitacional também na região do Po1to de Suape, no valor de R$ 500 milhões de reais; QUE este outro projeto imobiliário se chama CONVIDA; QUE este projeto foi apresentado enquanto o depoente já estava na CEF; QUE se tratava da emissão de debêntures pela empresa; QUE ·o depoente chegou a ser apresentado aos donos do grupo MOURA DUBEUX, pai e filho; QUE o nome do filho era MARCOS DUBEUX; QUE reconhece a foto do filho MARCOS ROBERTO DUBEUX e do pai MARCOS MOURA DUBEUX, em anexo; QUE o depoente foi apresentado aos dois na CEF no ano de 2012, por MARCOS VASCONCELOS; QUE o depoente foi apresentado ao pai e ao filho porque estavam fazendo uma visita à CEF com o MARCOS VASCONCELOS, sendo que este último apresentou o depoente aos dois; QUE conforme dito, a empresa já era sócia do Fl-FGTS no projeto CONE-SUAPE; QUE o projeto CONVJDA começou a ser estruturado em 2014; QUE soube que MARCOS DUBEUX se aproximou de LÚCJO BOLONHA FUNARO; QUE FUNARO, então, passou a solicitar ao depoente, através de ALEXANDRE MARGOTTO, "apoio" a este novo projeto que estava sendo desenvolvido no âmbito da Cmteira Administrada Habitação; QUE MARGOTTO disse ao depoente que FUNARO queria uma reunião para pedir apoio do depoente a uma empresa com a qual FUNARO tinha se aproximado; QUE por isto concluiu que FUNARO e a empresa MOURA DUBEUX tinham se aproximado; QUE o depoente também chegou a comentar com EDUARDO CUNHA sobre o projeto, mas ainda na fase de estruturação; QUE o depoente comentou com CUNHA que se tratava de uma demanda de LÚCIO BOLONHA FUNARO e CUNHA disse que o depoente poderia dar continuidade; QUE na houve uma reunião marcada entre o depoente e LÚCJO FUNARO, a pedido de MARGOTTO, para tratar deste projeto;

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QUE nesta reunião, LÚCIO BOLONHA FUNARO disse que negociaria uma "comissão" de 2,8% do valor total da operação e que esta "comissão" seria dividida entre FUNARO, o depoente e ALEXANDRE MARGOTTO, na proporção de 1/3 para cada; QUE o valor total de propina neste caso seria, portanto, de R$ 14 milhões; QUE FUNARO disse ao depoente que, caso o projeto fosse aprovado, não seria necessário avisar EDUARDO CUNHA, para não ter que dividir a propina com este último; QUE FUNARO, assim, visava deixar EDUARDO CUNHA fora da divisão da propina; QUE foram feitas algumas reuniões do depoente, ALEXANDRE MARGOTTO e LÚCIO BOLONHA FUNARO, na Doceria Offoer próxima ao escritório de FUNARO, para selar este acordo; QUE a operação foi aprovada em 2014, no final do ano; QUE ao longo do procedimento de estruturação deste projeto, o depoente teve várias reuniões com MARCOS ROBERTO DUBEUX (filho) na CEF, solicitadas por LÚCIO BOLONHA FUNARO; QUE, por isto, acredita que a relação mais próxima fosse de LÚCIO BOLONHA FUNARO com o filho (MARCOS ROBERTO DUBEUX) e não com o pai (MARCOS MOURA DUBEUX); QUE acredita que em uma das reuniões pedidas por FUNARO o pai também estava presente; QUE todas as reuniões foram na CEF em Brasília; QUE o depoente tinha contato telefônico com MARCOS ROBERTO DUBEUX, fazendo ligações para tratar de aspectos técnicos da operação; QUE nestas reuniões o depoente recebia demandas de MARCOS ROBERTO DUBEUX para agilizar a estruturação da operação junto à VITER; QUE embora não fosse a área do depoente, o depoente auxiliava conversando com MARCOS VASCONCELOS e pedindo agilidade; QUE nunca tratou de propina com o pai ou com o filho, mas apenas aspectos técnicos da operação; QUE não tratou com mais ninguém da empresa MOURA DUBEUX; QUE o depoente apresentou voto favorável no Conselho da VIFUG e o projeto foi aprovado, após voto também favorável no Conselho da VITER; QUE o depoente não

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comentou com EDUARDO CUNHA sobre a aprovação deste Projeto, pois isto era o combinado com LÚCIO BOLONHA r FUNARO e ALEXANDRE MARGOTTO; QUE o desembolso para a empresa seria feito em parcelas, assim como o pagamento

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da propina; QUE a primeira parcela de R$ J 80 milhões de reais foi desembolsada logo após a operação; QUE em razão destas liberação, FUNARO pagou R$ 150 mil reais para ALEXANDRE MARGOTTO, sendo que R$ 75 mil reais era para o depoente e o restante para MARGOTTO, como um primeiro pagamento da propina, referente à primeira parcela; QUE a quantia de R$ 75 mil reais devida ao depoente não foi retirada com LÚCfO BOLONHA FUNARO, pois o depoente pediu para MARGOTTO receber o valor e quitar uma dívida que o depoente tinha; QUE esta dívida era com um parente de MARGOTI'O, que havia emprestado dinheiro ao depoente alguns meses antes; QUE este parente de MARGOTTO aparece nas planilhas com a identificação de "alho", pois, conforme já explicou, ele trabalha com a importação do referido produto; QUE o parente de MARGOTTO tinha emprestado este valor em espécie no Brasil para o depoente; QUE o valor de R$ 75 m.il reais correspondia a metade da dívida que o depoente possuía; QUE não se recorda se recebeu o empréstimo deste parente de J\1ARGOTTO em dinheiro vivo ou se ele pagou contas do depoente; QUE MARGOTTO efetivamente recebeu esta primeira parcela de FUNARO e quitou o empréstimo do depoente; QUE, no entanto, nenhum pagamento posterior foi feito por FUNARO em relação a esta primeira parcela; QUE o valor restante devido ao depoente referente à primeira parcela liberada - R$ 1.680.000,00 - não foi pago; QUE a única parcela paga por FUNARO foi a de R$ 150.000,00, dividida entre o depoente e MARGOTTO, conforme dito acima; QUE LÚCIO BOLONHA FUNARO muito provavelmente recebeu todo o valor da propina referente a esta primeira parcela; QUE descontado o valor pago para o depoente e para MARGOTTO, FUNARO provavelmente ficou com R$ 4.890.000,00 de propina apenas em relação à primeira desembolsada do projeto; QUE referido valor não está contabilizado nas planilhas que o depoente possuía com EDUARDO CUNHA até mesmo porque LÚCIO BOLONHA FUNARO solicitou que fosse ocultado de EDUARDO CUNHA o pagamento de propina neste caso; QUE até o momento em que o depoente saiu da CEF, não haviam sido liberadas as parcelas restantes do financiamento; QUE o grupo MOURA DUBEUX é

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um grupo de Pernambuco que abrange diversas empresas; QUE aji)ÓS a operação, nunca mais teve contato com a empresa ou com seus sócios; QUE o depoente não cobrou de FUNARO o valor restante da propina devida pois sabia que seria infrutífera a cobrança; QUE o depoente tampouco comentou com EDUARDO CUNHA sobre o pagamento de propina neste caso; QUE este foi o último projeto em que o depoente reçebeu propina 'na CEF; QUE não tem cetteza se a liberação ocorryu no final de 2014 ou no início de 2015. Nada mais havendo a ser consignado, às 14h07min, determinou-se que fosse encerrado o presente termo que, lido e achado c<mforme, vai por todos assinado.

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