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A luta por melhores honorários Pág. 8 SBN Boletim Sociedade Brasileira de Neurocirurgia Julho 2009 e mais: Esclarecimentos sobre a morte encefálica Pág. 16 Telemedicina: SBN transmite aula inaugural Pág. 6 Melhoria contínua na NEUROCIRURGIÃO FORMAÇÃO do central

SBNBoletim · paciente (vide bula). ... Tiragem: 2.500 exemplares Jair Leopoldo Raso Editor-chefe N osso Presidente se surpreendeu durante o recente Congresso da Acade-

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A luta pormelhoreshonorários

Pág. 8

SBNBoletimSociedade Brasileira de Neurocirurgia Julho 2009

e mais:

Esclarecimentos sobre a morteencefálica

Pág. 16

Telemedicina:SBN transmiteaula inaugural Pág. 6

Melhoria contínua na

NEUROCIRURGIÃO

FORMAÇÃO do

central

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EXPEDIENTE EDITORIAL

PresidenteLuiz Carlos de Alencastro

Vice-PresidenteJorge Luiz Kraemer

Secretário-GeralArlindo Alfredo Silveira D’Ávila

TesoureiroMarcelo Paglioli Ferreira

1º SecretárioAlexandre Mac Donald Reis

Secretário AuxiliarSamuel Tau Zymberg

Presidente AnteriorJosé Carlos Saleme

Presidente Eleito da SBN 2010José Marcus Rotta

Presidente do Congresso 2010Silvio Porto de Oliveira

Presidente do Congresso 2012Marco Aurélio Marzullo de Almeida

Diretoria de Formação NeurocirúrgicaJorge Luiz Kraemer

Diretoria de Educação ContínuaAlbert Vincent Berthier Brasil

Diretoria de HonoráriosModesto Cerioni Junior

Diretoria de PolíticasJosé Marcus Rotta

Diretoria de Divulgação e ProjetosRonald Moura Fiuza

Diretoria de DepartamentosHelio Ferreira Lopes

Diretoria de Recursos FinanceirosReynaldo André Brandt

Ouvidoria e Diretoria de RegionaisSebastião Nataniel Silva Gusmão

Conselho Deliberativo

Presidente: Cid Célio Jayme CarvalhaesSecretário: Kunio Suzuki

Membros: Albert Vincent Berthier Brasil, Atos Alves de Sousa, Carlos Roberto Telles Ribeiro, Djacir Gurgel de Figueiredo, Evandro Pinto da Luz de Oliveira, José Alberto Landeiro, José Antonio Damian Guasti, José Carlos Saleme, Léo Fernando da Silva Ditzel, Luis Alencar Biurrum Borba, Mário Gilberto Siqueira, Nelson Pires Ferreira, Paulo Andrade de Mello, Sebastião Nataniel Silva Gusmão.

BOLETIM SBNEditor-Chefe: Jair Leopoldo Raso

Editoração/Produção:arte&composição design gráfico

Redação:Com Mais Comunicação

Jornalista Responsável:Rita de Cássia R.L. Rech (Reg. Prof. 8446)

Tiragem: 2.500 exemplares

Jair Leopoldo RasoEditor-chefe

Nosso Presidente se surpreendeu durante o recente Congresso da Acade-mia Brasileira de Neurocirurgia com o comentário de um associado de que a SBN estava fazendo pouco pelo neurocirurgião brasileiro.

Se por um lado reconhecemos que a amplidão do que precisa ser feito não se compara às realizações, não há como negar que a SBN, nesta diretoria, cumpre à risca seu papel de representante do neurocirurgião.

A reconstrução do site e a biblioteca virtual, disponibilizando acesso gra-tuito a periódicos de impacto da especialidade, é o lado mais visível. Mas há muitas outras atividades em pleno vapor, como a mudança do gerenciamento da SBN, que a tornam cada vez mais profissional.

A videoconferência, que permitiu a realização de uma reunião a distância da diretoria, no último mês de abril, foi implantada e deverá ser cada vez mais utilizada, com impacto nos custos e na eficiência da nossa Sociedade. Em ju-nho, foi a vez da aula inaugural, proferida pelo Prof. Dr. Manoel Jacobsen Tei-xeira e assistida gratuitamente por 178 colegas, por meio da teleconferência.

Nas relações com outras sociedades, Dr. Alencastro reuniu-se com a direto-ria do CNS com intuito de incrementar a cooperação entre as duas sociedades, buscando implementar programas educacionais comuns.

Na luta por honorários, a comissão da SBN, liderada pelo Dr. Modesto Ce-rioni Junior, luta por reajuste de 27,1% na tabela de honorários, bem como sua modificação e atualização, visando incluir novos procedimentos.

Em julho, a Comissão de Credenciamento já visitou quatro serviços e já tem programadas visitas nos próximos meses a todos os serviços de residência cre-denciados pela SBN, e também àqueles que solicitaram credenciamento. Um novo Protocolo de Credenciamento está sendo avaliado pelo nosso Conselho.

Neste boletim, você também encontra informações sobre as atividades dos departamentos de Vascular, Coluna, Funcional, Nervos Periféricos e da Comis-são Jovem Neurocirurgião.

A ouvidoria, criada nesta diretoria, está em franca atividade. Recentemen-te, foi a Natal ouvir colegas neurocirurgiões que entraram em conflito com a UNIMED local. Esses colegas foram surpreendidos pela reação da UNIMED com a contratação de três profissionais oriundos de São Paulo para substituí-los, atitude que gerou questionamentos éticos. Dr. Sebastião Gusmão, ouvidor da SBN, foi a Natal para se inteirar do conflito. Os colegas neurocirurgiões de Natal entraram com representação junto ao CRM local. Por ser instância superior, a SBN aguarda a conclusão do processo no CRM.

Também neste Boletim, Dr. Luiz Alcides Manreza explica a diferença entre morte encefálica e morte cerebral, tema importante no cotidiano de todos os neurocirurgiões.

Como podem ver, a SBN faz. Entretanto, críticas e sugestões serão sempre bem-vindas, para que ela continue exercendo o papel de representar o neuro-cirurgião brasileiro.

A SBN faz

O Boletim SBN é uma publicação trimestral da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, dis-tribuída gratuitamente aos membros da Sociedade. Os artigos publicados não representam, necessariamente, a opinião da diretoria. É autorizada a reprodução, desde que citada a fonte.

www.sbn.com.br

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Mensagem do Presidente

RESULTADOS dependem da

PERSISTÊNCIA e CONTINUIDADE

Luiz Carlos de Alencastro Presidente da SBN

Progressivamente cresce o en-gajamento no objetivo de servir. O foco dos esforços e investimen-tos da SBN são os neurocirurgiões brasileiros em suas necessidades de representação, formação e atu-alização. O volumoso acesso aos periódicos disponibilizados na pá-gina web da SBN pela comunidade neurocirúrgica expressou o inte-resse pela qualificação, o que nos valoriza como profissionais sérios e envaidece nossa Sociedade.

O reconhecimento da magni-tude da neurocirurgia brasileira permite hoje oferecer aos sócios da SBN os benefícios das parce-rias que vimos estabelecendo com as grandes sociedades mundiais. Estágios, visitas a reconhecidos centros neurocirúrgicos, discus-sões via telemedicina e programas educativos estarão disponíveis em curto prazo.

Nosso sistema de telemedicina está plenamente operacional. As-sistiram à aula inaugural centenas de associados, e, com a participa-ção dos Departamentos da SBN, somada a conferências nacionais e internacionais, produziremos po-deroso sistema educacional.

Esse crescimento profissional demanda a correção correspon-dente da remuneração, sob pena do comprometimento desta mes-

ma qualificação. São inaceitáveis os valores praticados pelas várias fontes pagadoras, que implicam em comprometimento progressivo da qualidade de vida e da capaci-dade de atualização.

A melhoria destes padrões pas-sa necessariamente pelo estabele-cimento de estratégias adequadas

e do comprometimento de todos. Entendemos que o exercício da medicina sempre esteve vinculado a parcerias. As divindades se cons-tituíram na primeira delas. Segui-ram-se as realezas e posteriormen-te a burguesia, como parceiras dos médicos. O modelo dos doentes privados por séculos garantiu a remuneração e a possibilidade do atendimento aos carentes.

O surgimento dos institutos de previdência das várias categorias profissionais funcionou de forma saudável, da mesma forma que, no início, o formato estatal iden-tificado no INPS. O subsequen-te aviltamento da remuneração compromete o exercício profis-sional e origina associações e ati-tudes capazes de comprometer o exercício ético e humano da prá-tica médica.

Neste contexto, cabe a nós mé-dicos identificar novas parcerias que preservem os princípios éticos e que promovam o relacionamen-to sadio, resultando em boa medi-cina e adequada remuneração.

Entendemos que a SBN, em consonância com os neurocirur-giões brasileiros, tem o papel de buscar as estratégias que valorizem o trabalho. As metas delineadas passam por entendimento com as fontes pagadoras, em que a me-

Julho 2009

do TRABALHO

... cabe a nós médicos identificar novas parce-rias que preservem os princípios éticos e que promovam o relaciona-mento sadio, resultando em boa medicina e ade-quada remuneração.

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5www.sbn.com.br

Mensagem do Presidente

O Projeto Pense Bem, da Sociedade Brasileira de Neuroci-rurgia, já em curso no Rio de Ja-neiro e Minas Gerais, chegará em Porto Alegre. Vanise Martinez, Coordenadora Nacional de Pro-jetos Especiais da emissora, disse que a próxima etapa será na capi-tal gaúcha, como solicitado pela entidade médica. Ela informou que antes haverá uma reunião com diretores da escola selecio-nada para explicar sobre a parce-ria e sobre o projeto Pense Bem. Neste encontro, será apresentada a matéria veiculada pela TV Glo-bo-MG, quando os voluntários mineiros organizaram atividades e palestras em Belo Horizonte.

A parceria da SBN teve uma ex-celente receptividade na TV Globo. O último Boletim traz um artigo assinado pelo Dr. Luiz Alencastro e uma matéria que conta a partici-pação dos neurocirurgiões em Mi-nas Gerais. A publicação é dirigida às escolas e demais parceiros (Uni-cef, Consed – Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educa-ção, UNDIME – União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação e Grupo Faça Parte).

No Rio, a SBN e SNC-RJ tam-bém levarão o Pense Bem aos alunos das escolas particulares, já que a incidência de neurotrauma é muito grande também nesta par-cela da população. Para o Dr. José

SBN prepara dia nacional demobilização pela campanha Pense Bem

Parceria da SBN com a TV Globo: próxima etapa é Porto AlegreMassoud Salame, Presidente da Seccional do Rio de Janeiro, “o im-portante é que o Pense Bem está chegando aos tradicionais forma-dores de opinião: professores, alu-nos e responsáveis”. Nove escolas públicas na capital carioca e na Baixada Fluminense se cadastra-ram para receber os voluntários, que já participaram de reunão na sede da SNC-RJ.

Segundo o Presidente da SBN, Dr. Luiz Carlos de Alencastro, “a campanha do Projeto Pense Bem tem que tomar todo o País e, para isso, pensaremos numa data na-cional no segundo semestre para mobilizarmos todos os 400 vo-luntários cadastrados”.

PENSE BEM

lhor remuneração se acompanhe de custos assistenciais compatíveis com o orçamento governamental e dos demais pagadores.

Precisamos compatibilizar no Rol de Procedimentos da ANS, no SUS, nas fontes pagadoras não go-vernamentais, na CBHPM e nas ou-tras formas de prestação de serviço ações que identifiquem nossos es-forços em uma estratégia comum, com meta única. A mesma filosofia deve ser exercida em todas as fren-tes para não dispersar empenhos.

O trabalho da Diretoria da SBN, materializado nas ações da Diretoria de Remuneração, tem foco nas parcerias que estão sen-do delineadas com as fontes pa-gadoras. Há receptividade para os argumentos e propostas da SBN que fundamentam nossos propósitos e nos cabe construir as estratégias corretas. Sabemos que estamos frente a um proces-so em que o resultado depende da persistência e da continuidade do trabalho. A SBN vem presente

no Ministério da Saúde, na AMB, junto à ANS, em contato com as fontes pagadoras não governa-mentais para garantir a dignidade do exercício da neurocirurgia.

O momento exige que este-jamos solidários, que façamos corpo e que expressemos nossa união. A garantia do nosso futuro implica na aderência aos princí-pios éticos do exercício da medi-cina. Neles estão a prática voltada para o paciente e a adequada re-muneração.

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6 Julho 2009

TELEMEDICINA

A telemedicina já é uma realidade na SBN em 2009. Após um período de testes em 2008, a Sociedade firmou contrato com uma empresa prestadora desses serviços – a Webdimensions – e já está utilizando os recursos da videoconferência para várias reuniões. A primeira foi uma reunião de diretoria da SBN, em abril passado, depois vieram outras e, em breve, a SBN, numa parceria com o CNS, promoverá encontros científicos entre neurocirurgiões brasileiros e americanos. Esses encontros a distância ocorrerão a cada dois meses, e os associados serão informados das datas e dos tópicos a serem discutidos.

A expectativa da Diretoria de Educação Contínua da SBN é que o ambiente virtual amplie a interação entre os diversos serviços do Brasil e exterior, nas mais diversas áre-as de interesse neurocirúrgico. “Esperamos que este recurso tecnológico seja bastante utilizado pelos departamentos da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, possibilitando o desenvolvimento de novas atividades cientí-ficas”, afirma o Dr. Albert Brasil.

AULA INAUGURAL. A primeira aula realizada com os recursos do Sistema de Telemedicina da SBN aconteceu no dia 25 de junho, às 19 horas, e contou com 312 inscritos.

Com acesso gratuito aos associados, a aula inaugural apresentou o tema Diagnós-tico Diferencial das Dores Ciáticas, proferida pelo Dr. Manoel Jacobsen Teixeira, professor titular da disciplina de Neurocirurgia da Facul-dade de Medicina de São Paulo. O mediador foi o Dr. Luiz Roberto Aguiar, Presidente da Academia Brasileira de Neurocirurgia, gestão 2007/2009.

Também estiveram presentes na abertura da transmissão o Presidente da SBN, Dr. Luiz Carlos de Alencastro, o Diretor Superinten-dente do Sistema de Saúde Mãe de Deus, Dr. Cláudio Seferin, e o Diretor de Educação Contínua da Sociedade, Dr. Albert Vincent Berthier Brasil.

O Presidente da SBN salientou que o novo sistema credencia a SBN a otimizar instrumen-tos para educação médica. “A partir de agora, cada departamento terá uma sessão mensal para discutir temas do seu interesse e nós es-

Drs. Manoel Jacobsen Teixeira (ministrante da aula inaugural), Luiz Carlos de Alencastro (Presidente da SBN) e Cláudio Seferin (Diretor Superintendente do Sistema de Saúde Mãe de Deus)

TELEMEDICINAuma realidade na SBN

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TELEMEDICINA

primeira reunião de diretoria da Sociedade Brasileira de Neuro-cirurgia em sua nova sede – Rua Costa, 30/805, no Centro Clínico Mãe

de Deus, em Porto Alegre – foi marcada pela utilização de um sistema de video-conferência entre os participantes de Por-to Alegre e São Paulo.

A experiência da videoconferência foi totalmente aprovada. Segundo o Presi-dente da SBN, Dr. Luiz Carlos de Alen-castro, a utilização desta tecnologia irá assegurar uma maior integração entre as equipes de trabalho da Sociedade e, espe-cialmente, dará maior agilidade às decisões tomadas nos en-contros.

tamos felizes por poder oferecer este sistema aos sócios da Sociedade”.

Entusiasmado com a utilização deste recurso tecnológico, o Dr. Cláudio Seferin reiterou a im-portância da aula inaugural à comunidade cien-tífica e ao Sistema de Saúde Mãe de Deus – local onde a SBN possui sua sede em Porto Alegre.

O retorno dos participantes, emitidos de di-ferentes lugares do Brasil e também do exterior – como Argentina, México, Peru, Venezuela, Fran-ça, Bolívia, Chile, Colômbia, México, Japão, entre outros –, foram fundamentais para confirmar as convicções da SBN e, ao mesmo tempo, corrigir eventuais falhas técnicas. “Obrigado pela oportu-nidade de estar participando desta aula. Me sinto privilegiado. A transmissão está excelente”, infor-mou um neurocirurgião do Rio de Janeiro.

MANUAL FACILITA O USO. Está disponível no site da SBN, para facilitar o uso dos recursos tec-nológicos oferecidos pelo Sistema de Telemedi-cina, um link contendo um completo manual de procedimentos do sistema. Os interessados pode-rão acessar esse link e começar a entender o fun-cionamento desta ferramenta, que certamente será fundamental nos processos de qualificação e acreditação profissional dos neurocirurgiões.

SBN inaugura sua nova sede utilizandoa videoconferência em reunião de diretoria

Dr. Albert Brasil, Diretor deEducaçãoContínua

da SBN

“Diagnóstico Diferencial das Dores Ciáticas” foi o tema da aula inaugural do Dr. Manoel Jacobsen Teixeira

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8 Julho 2009

CBHPM

O estudo para melhorar os honorários dos médicos brasileiros iniciou no ano de 2000, através da Associação Médica Brasileira (AMB), composta pelas 52 sociedades de especialidades, entre elas a SBN, e pelo trabalho de assessoria da FIPE – Fundação Instituto de Pes-quisas Econômicas –, que come-çou a estudar a valoração dos di-ferentes procedimentos em cada especialidade.

Já em maio daquele ano, este estudo mostrava seus primeiros resultados, conforme texto pu-blicado no jornal da AMB, a se-guir: “Todos os detalhes sobre o processo de elaboração da nova Lista de Procedimentos Médicos foram apresentados ao Con-selho Federal de Medicina. Em reunião na sede da Associação Médica Brasileira, em São Pau-lo, diretores e conselheiros do CFM assistiram a explanação do professor Hélio Zylberstajn, da FIPE, sobre a metodologia proposta para a LPM. A Lista de Procedimentos Médicos da Associação Médica Brasileira e do Conselho Federal de Medicina deve-rá estar concluída até o final do ano. Pela primeira vez, os médicos terão uma tabela editada pelas duas en-tidades médicas nacionais, fruto de um amplo debate com as sociedades de especialidade e assessorada pela FIPE, com vistas a sua viabilização econômica. O Ministério da Saúde também participa do processo.”

Desde as primeiras reuniões, a SBN se fez representar por uma co-missão formada pelos Drs. Mario Taricco, Miguel Giudicissi Filho, Mo-desto Cerioni Junior e Pedro Garcia Lopes, que estudava cada proce-dimento listado e atribuía valores, num questionário pré-definido, ana-lisando tempo gasto – antes, duran-te e depois do procedimento –, in-

tensidade cognitiva, técnica, risco e responsabilidade, entre outros itens, baseando-se na punção lombar como o valor mínimo e basal para calculo dos demais.

“A quantidade de UTM´s (Unida-de de Trabalho Médico) indica o ho-norário relativo de cada procedimen-to, em comparação com os demais, na intensidade de trabalho médico. Assim, seria elaborada uma valora-ção vertical hierarquizada dos pro-cedimentos da Neurocirurgia e que, posteriormente, seriam distribuídos por comparação com os procedi-mentos de todas as especialidades, em uma valoração horizontal. Nesta fase, o critério de valor básico foi definido como o valor da CONSUL-TA – procedimento padrão a todas as especialidades, deixando menor a valoração vertical da Neurocirurgia”, explica o Dr. Modesto Cerioni Júnior, atual Diretor de Honorários da SBN.

Após várias reuniões, a FIPE propôs à AMB a metodologia para a elaboração da CBHPM – Classifica-ção Brasileira Hierarquizada de Pro-cedimentos Médicos. Utilizando par-cialmente a metodologia proposta, a AMB elaborou a classificação. “Sur-

giu a versão preliminar da CBHPM, em fevereiro de 2002”, enfatiza o Dr. Modesto.

Hoje, a CBHPM encontra-se em sua 5ª edição. Para isso, foi instituída

uma câmara técnica com a par-ticipação de representantes das entidades médicas e das fontes pagadoras – foi indicado o Dr. Amilcar Giron como Coordena-dor permanente –, ocorrendo sucessivas reuniões para revisões e acertos.

Segundo o Diretor da SBN, aconteceram muitos movimen-tos e campanhas para a implan-tação desta classificação como pagamento mínimo de honorá-rios, mas, ainda hoje, ela não é universalmente aceita. “Existem fontes pagadoras que coloca-ram índices deflatores sobre seus valores e outras que conti-

nuam utilizando versões ultrajantes de 1990 e 1992.

Entidade busca novaatualização da CBHPM

A persistência de honorários mui-to defasados para os procedimentos neurocirúrgicos, a introdução de no-vos procedimentos para acompanhar os avanços da tecnologia, e também a substituição de códigos já obsole-tos motivou a atual diretoria da SBN a criar nova comissão para atualizar, propor análise da FIPE e negociar as modificações na Câmara Técnica da CBHPM.

Assim, no dia 11 de maio passa-do, reuniram-se na sede da Secreta-ria Permanente da SBN os membros previamente convocados – Pedro Garcia Lopes, Julio Cesar Meyer, Helio Lopes, Nelci Zanon, Modesto Cerioni Junior – e participantes a distancia: Ronald Lucena (por telefone) e, via internet, o Presidente Luiz Carlos de Alencastro.

melhorar honorários médicosSBN luta para

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CBHPM

www.sbn.com.br

Obs: o termo segmento significa o conjunto de duas vértebras e um espaço discal.

Na ocasião, foram discutidas algumas alterações na lista de pro-cedimentos da AMB – 5ª edição da CBHPM –, já que ela permite o uso de vários códigos diferentes na cirur-gia. O Diretor de Honorários da SBN explica que, utilizando um critério sequencial de códigos, é possível me-lhorar a valoração dos procedimen-tos, sem alterar os valores vigentes. “Sugerimos a exclusão de alguns có-digos, a fusão de outros semelhan-tes, a substituição de menores por maiores valores e a criação de novos procedimentos, a serem incluídos”. (Veja os quadros abaixo).

Segundo o Dr. Modesto, a SBN deve incentivar a AMB a aplicar o re-ajuste por ela proposto de 27.1%, a partir de 18 de outubro de 2008.

A nova comissão da SBN achou pertinente uma reunião com a FIPE e a contratação de seus serviços para proceder às atualizações (anualmen-te), à medida que novos conheci-mentos e métodos terapêuticos se-jam desenvolvidos. Para marcação de reunião com a FIPE, em setembro de 2009, a SBN enviou oficio aceitando as condições por ela impostas e for-malizará o contrato e o pagamento de seus serviços

Na próxima edição do Boletim, a SBN estará divulgando o trabalho de melhorias dos honorários no SUS. A comissão percebeu que o SUS não permite a combinação dos códigos – aceita apenas um código por pro-cedimento e, assim, alguns procedi-mentos são quase restritos a patolo-gia. “Mas, mesmo assim, poderemos

reduzir o número de procedimento se agruparmos esses códigos por se-melhança. Contudo, serão prejudica-dos os dados estatísticos. Se alguém precisar trabalhar com dados do DA-TASUS e buscar procedimentos es-pecíficos, não mais os encontrará”, informa.

A SBN ressalta a importância da participação dos membros da So-ciedade Brasileira de Neurocirurgia neste processo de atualização da CBHPM e, por isso, solicita o envio de sugestões à comissão que vem atuando junto à Câmara Técnica “Contamos com as ideias e suges-tões dos membros da SBN, a fim de nos auxiliar neste incansável trabalho de buscar a correção da insuficiente remuneração atual do neurocirur-gião brasileiro”, afirma o Diretor.

EXCLUSÕES:

01. 3.14.01.34-1 – será substituído pelo novo código fictício 3.14.01.xxx102. 3.14.01.03-1 – será substituído pelo 3.14.01.xxx503. 3.14.01.07-4 – será contemplado pelo 3.14.01.xxx404. 3.14.01.28-7 – está contemplado no 3.14.01.15-505. 3.14.01.16-3 – será contemplado pelo 3.14.01.xxx406. 3.14.01.01-5 – será substituido pelo 3.14.01.xxx107. 3.14.01.34-1 – será contemplado pelo acesso endoscópico ao sistema nervoso08. 3.14.01.05-8 – já esta contemplado no 3.14.01.08-209. 3.14.01.09-0 – está contemplado no 3.14.01.10-410. 3.14.01.14-7 – será contemplado pelo 3.14.01.xxx311. 3.14.01.13-9 – será contemplado pelo 3.14.01.xxx312. 3.14.01.25-2 – será contemplado no 3.14.15xxx613. 3.02.15.07-2 – tratamento cirúrgico da craniosinostose já contemplado no código 3.02.15.04-814. 3.07.15.04-0 – está contemplado no 3.07.15.03-2

INCLUSÕES:

3.14.01.xxx1 – biopsia de encéfalo e lesões intracerebrais guiada por método extereotaxico ou neuronavegação – 13a (compreende colocação de halo + tomografia + programa estereotaxia + procedimento) 3.14.01.xxx2 – acesso endoscópico ao sistema nervoso – 13a (compreende intracraniano, intra-raquidianos, periférico)3.14.01.xxx3 – localização por estereotaxia ou neuronavegação de lesões intracranianas – 10a3.14.01.xxx4 – micro cirurgia para tumores de base de crânio, intraventriculares e de fossa posterior. – 13 b (para justificar via de acesso especifica)3.14.01.xxx6 – micro cirurgia da epilepsia refratária – 13b3.14.01.xxx5 – micro cirurgia cerebral endoscópica – 13b3.14.01.xxx7 – craniotomia para acesso supratentorial unilateral – 9a3.14.01.xxx8 – craniotomia para acesso supratentorial bilateral – 9b3.14.01.xxx9 – craniotomia para acesso de fossa posterior e base do crânio – 9c3.14.01.xxx10 – duroplastia – 9c (inclui crânio e raque)3.14.01.xxx11 – artroplastia lombar (por segmento) – 12a (sugestão dep. coluna)3.14.01.xxx12 – artroplastia cervical (por segmento) – 11a (sugestão dep. coluna)3.14.01.xxx13 – laminotomia por segmento – 9c3.14.01.xxx14 – laminoplastia por segmento – 9c3.14.01.xxx15 – foraminotomia por segmento – 9a

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DEPARTAMENTOS

10 Julho 2009

O Departamento de Nervos Periféricos da SBN realizou, de 19 a 21 de junho, o curso Vias de Acesso e Tratamento Cirúrgico das Lesões de Nervos dos Membros Inferiores, promovido pelo Dr. Mario Siqueira, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Em julho, de 23 a 26, aconteceu o I Encontro Brasileiro de Cirurgia do Sistema Nervoso Periféri-

co (SNP 2009), em Pirenópolis/GO. O Dr. Leandro Pretto Flores – do Hospital de Base do Distrito Fe-deral e Coordenador do Departamento de Nervos Periféricos da SBN – promoveu o encontro.

Em novembro, de 13 a 15, acontece mais um curso do Dr. Mário Siqueira: Vias de Aces-so e Tratamento Cirúrgico das Lesões do Plexo Braquial.

“O Departamento de Neu-rocirurgia Vascular – DNCV-SBN – vem trabalhando com o obje-tivo de organizar, desenvolver e transformar o departamento na referência principal da subespe-cialidade, tanto no âmbito aca-dêmico, como no sócio-político, dentro e fora da Sociedade”. A afirmação é do Dr. Jean G. de Oli-veira, Coordenador deste depar-tamento da SBN.

Ele informa algumas das principais atividades em anda-mento, visando o alcance desses objetivos:- Organização de eventos cien-

tíficos relacionados à subespe-cialidade. “O primeiro evento organizado pelo Departamen-to, em conjunto com o Insti-tuto de Ciências Neurológicas (ICNE) e o Laboratório de Microcirurgia do Hospital Be-neficência Portuguesa de São Paulo, foi o “Curso Prático: Abordagens em Neurocirur-gia e Cirurgia dos Aneurismas Cerebrais”, realizado no perí-odo de 27 a 31 de julho. A organização foi do professor Dr. Evandro de Oliveira, com a participação dos convida-

dos internacionais Drs. Ali Krisht (Little Rock-AR, USA) e Antonio Bernardo (New York-NY, USA).

- Programação da primeira con-ferência por telemedicina, orga-nizada pelo Departamento em associação com o Congress of Neurological Surgeons (CNS).

- Criação de diretrizes sobre as principais doenças vasculares cerebrais que possam requerer tratamento neurocirúrgico. “Re-centemente, participamos da oficina de trabalho do Programa Diretrizes da AMB para a capa-citação no desenvolvimento das diretrizes”, informa.

- Auxílio na organização dos prin-cipais congressos da SBN na es-colha dos temas de neurocirur-gia vascular de maior interesse, assim como dos nomes de maior impacto em cada tema.

- Em breve será iniciado o processo de cadastramento de membros da SBN que tenham interesse especial na Neurocirurgia Vascu-lar, com o intuito de conhecer o perfil destes membros, promover lideranças regionais, para que se tenha uma participação ativa de membros de todo o Brasil junto ao DNCV-SBN. Todos os interes-

sados devem entrar em con-tato pelo e-mail: [email protected]

- Início de um trabalho inte-grado com todos os departa-mentos da SBN, especialmen-te com o de Endovascular e Imagem, por se tratar de um departamento com área de atuação similar e, portanto, devendo funcionar como um só dentro da SBN, fortalecen-do a especialidade Neuroci-rurgia e a subespecialidade Neurocirurgia Vascular, inde-pendentemente do tipo de técnica empregada no trata-mento das doenças.

- O DNCV-SBN tem representa-do a SBN perante os poderes governamentais, sociedades médicas, sociedade civil e órgãos públicos, sempre que solicitado ou autorizado pela diretoria da SBN.

- Está em desenvolvimento um portal ou página do DNCV-SBN, originado de um link a partir do site da SBN, o qual servirá como veículo informa-tivo e de comunicação entre todos aqueles interessados em neurocirurgia vascular.

Neurocirurgia Vascular

Departamento de NERVOS PERIFÉRICOS promove cursos e encontro em São Paulo

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Neurocirurgia Funcional

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DEPARTAMENTOS

www.sbn.com.br

O Departamento de Coluna da SBN, através do seu Coordenador, Dr. Marcos Vinhal, e em parceria com a Sociedade Brasileira de Co-luna, vem trabalhando em projetos de inclusão do neurocirurgião com atuação em coluna nas tabelas de honorários médicos e em convê-nios. A SBC, que pela primeira vez em sua gestão tem um neurocirur-gião como associado – Dr. Mário Augusto Taricco –, está à disposição

Departamento de COLUNAtrabalha em projetos de inclusão

de todos os membros da SBN, sem restrição (www. coluna.com.br).

“Antigamente, exigia-se um ano de pós-residência em coluna, porém ficou acertado que a coluna é uma área de atuação tanto da ortopedia quanto da neurocirurgia. Os projetos e diretrizes da AMB es-tão sendo encaminhados, seguin-do orientações de não restringir os trabalhos dos colegas”, salienta o Coordenador. Ele informa que uma

nova proposta de estatuto do De-partamento da Coluna está sendo desenvolvida e, juntamente com o novo site, dará desenvoltura aos problemas focados na coluna.

O Departamento de Neu-rocirurgia Funcional da SBN reúne hoje os neurocirurgiões especializados no tratamento dos pacientes com dor crônica, espasticidade, doenças do mo-vimento e epilepsias. Segundo o seu Coordenador, Dr. Paulo Thadeu Brainer Lima, por defini-ção, a Neurocirurgia Funcional é a especialidade da neurocirur-gia que alcança todas as condi-ções em que o funcionamento do sistema nervoso central é anormal, embora a estrutura ou anatomia pareça normal.

“Atualmente, a neuromodu-lação resume um conjunto de técnicas que torna possível ao neurocirurgião oferecer ao pa-ciente qualidade de vida, inclu-sive naqueles com transtornos psiquiátricos”, explica.

Para conhecer esta e outras técnicas, indicações e a semio-

logia, a formação dos especialistas em Neurocirurgia Funcional obede-ce a regras comuns para uma es-pecialização. “O treinamento deve ser realizado em serviço habilita-do, com profissionais de notório saber, pelo tempo mínimo de um ano e com volume de experiência prática suficiente. A especialização em Neurocirurgia Funcional exige, principalmente, que o médico seja membro titular da Sociedade Brasi-leira de Neurocirurgia”, esclarece.

O progressivo interesse na ci-rurgia funcional desencadeou a formação de sociedades acadêmi-cas em todo o mundo, inclusive no Brasil. A Sociedade Brasileira de Estereotaxia e Neurocirurgia Funcional nasceu para congregar os especialistas, sempre sincro-nizada com o Departamento de Funcional da SBN.

O Congresso Latino-Ameri-cano e o Congresso Brasileiro

de Estereotaxia e Neurocirur-gia Funcional são realizados a cada dois anos. Em 2009, eles acontecem juntos com o sim-pósio da Sociedade Brasileira de Neuromodulação, no resort Sumerville, em Porto de Gali-nhas, Pernambuco, no período de 18 a 21 de Novembro. In-formações no site da SBN.

Também para o segundo semestre, o Departamento de Cirurgia Funcional da SBN es-tará apresentando a criação de um portal, associado ao da SBN, com o objetivo de in-formar, trocar experiências e manter atualizado o cadastro dos membros titulares. Segun-do o Dr. Hélio Lopes, Coorde-nador de Departamentos da SBN, ainda faz parte das me-tas a elaboração de um livro brasileiro sobre Neurocirurgia Funcional.

O progressivo interesse na cirurgia funcional desencadeou a formação de sociedades acadêmicas em todo o mundo, inclusive no Brasil.

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DEPARTAMENTOS

12 Julho 2009

A Comissão Jovem Neurocirur-gião foi fundada em 10 de maio de 1997, quando foi aprovada pelo Conselho Deliberativo da Socie-dade Brasileira de Neurocirurgia, consolidando, até o momento, vá-rias conquistas e realizações.

Atualmente, os principais obje-tivos da comissão, segundo o seu Vice-Coordenador, Dr. Tiago Frei-tas, são os de garantir e manter as

Comissão Jovem Neurocirurgiãorealizações das gestões anteriores e a implementação de novas metas, tais como: criação de atividades científicas voltadas ao neurocirur-gião jovem nos congressos oficiais da SBN, regulamentação de está-gios e treinamento em áreas espe-cificas da especialidade – disponí-veis para os jovens neurocirurgiões e regulamentadas pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.

novo site da SBN vem atingindo números re-cordes: dez mil acessos em abril e doze mil acessos em maio, ou seja, 27% de aumento em relação ao primeiro mês. Considerando que nos últimos doze meses o acesso tinha sido de três mil e quinhentos, em média, a SBN orgulha-se de poder oferecer aos neurocirurgiões e ao público em geral uma ferramen-ta de comunicação que desperta o interesse e que, certamente, está proporcionando maior conhecimen-to e interação.

O número de acessos está aumentando de tal forma que a SBN adquiriu um novo domínio (.net.br.), com o objetivo de proporcionar maior rapidez e aumentar a eficiência dos serviços. Portanto, agora também é possível navegar pelo portal SBN através do endereço www.sbn.net.br. Não esqueça: este domínio é mais rápido e está sempre disponível!

www.sbn.net.br

O

DE ACESSOS

SITE SBN

RECORDE

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ENSINO

13www.sbn.com.br

A prova de 2009 para Titulo de Especialista em Neurocirurgia pela SBN foi realizada em março passado, conforme regulamen-tação pré-estabelecida. O exame constou de prova escrita, de ca-ráter eliminatório (100 questões), prova oral e análise de currículo.

O número total de candidatos foi de 83, sendo 69 treinados em residências credenciadas pela So-ciedade Brasileira de Neurocirur-gia, 11 pelo MEC e três outros por critérios pré-determinados.

Os aprovados somaram um total de 63, atingindo um índice de 75.9%. Considerando apenas os candidatos da SBN, o índice de aprovação subiu para 79,7%, sendo que dos onze candidatos do MEC, apenas seis foram apro-vados. O índice global de repro-vação foi considerado comparável com estatísticas internacionais. Na elaboração das questões da prova escrita foi enfatizada a apresenta-ção de casos clínicos, retratando a prática neurocirúrgica diária, de maior e menor complexidade.

Os casos apresentados envol-veram interpretação de imagem, conhecimento anatômico aplica-do à técnica cirúrgica, reconhe-cimento de patologia envolvida, bem como conduta terapêutica e prognóstico.

O Coordenador da Comissão de Aperfeiçoamento da SBN, Dr. João Cândido Araújo, enfatiza que es-forços continuados no sentido do aprimoramento técnico do exame vêm sendo realizados. “Contatos com o American Board of Neuro-surgery obtiveram grande recepti-

Realizada prova para o Título deEspecialista em Neurocirurgia

vidade. Esta Instituição se pronti-ficou a nos prestar assessoria nos diversos aspectos organizacionais envolvidos, recepcionando-nos como visitantes aos exames lá re-alizados, bem como abrindo infor-

mações sobre seu funcionamento estrutural global. O apoio da dire-ção da SBN, conselho e membros da Comissão tem sido inestimável para o aperfeiçoamento contínuo de nossas atividades”.

Resultados da ProvaProva eliminatória realizada em Março/2009

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ENSINO

Julho 2009

SBN estimula a melhoria contínua na

FORMAÇÃO DONEUROCIRURGIÃO

Atualmente com 46 serviços credenciados, a SBN busca ofe-recer aos residentes as melhores oportunidades de desenvolvimen-to na área neurocirúrgica. Para isso, uma Comissão de Credencia-mento de serviços avalia e acom-panha os centros de treinamento em todo o País.

E para continuar garantindo o controle de qualidade nos pro-cessos de aprendizado dos futu-ros especialistas, a SBN está im-plantando um novo Protocolo de Credenciamento desses serviços. Segundo o Dr. Jorge Luiz Krae-

mer, Vice-Presidente e Diretor de Formação Neurocirúrgica da SBN, “a mudança visa estimular a me-lhoria contínua dos serviços de residência, através da eliminação de aspectos subjetivos de avalia-ção, sendo que o objetivo final é a excelência do atendimento em neurocirurgia à população brasi-leira”.

A formação de um especialista reconhecido pela Sociedade Brasi-leira de Neurocirurgia requer cinco anos de residência em um serviço credenciado pela SBN – perío-do em que o treinamento segue

Através de um novo PROTOCOLO DE CREDENCIAMENTO DOS SERVIÇOS DE RESIDÊNCIA EM NEUROCIRURGIA,

a SBN quer estimular a busca de melhorias contínuas, garantindo o controle de qualidade

nos processos de aprendizado do residente.

um programa pré-estabelecido, incluindo avaliações periódicas, além das provas anuais e prova final – e tem como objetivo capa-citar o profissional a desenvolver e executar programas de assistên-cia, ensino e pesquisa nas áreas de abrangência da neurocirurgia. Através da SBN, esta mudança de estudante de medicina em mé-dico especialista é reconhecida também pela Associação Médica Brasileira, pelo Conselho Federal de Medicina e pela World Federa-tion of Neurosurgical Societies.

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ENSINO

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O novo documento, em fase final de aprovação – deverá ser sub-metido à apreciação do Conselho Deliberativo da SBN antes de ser implantado –, contém critérios, regras, responsabilidades e um elenco de requisi-tos, além de diversos instrumentos de monitora-mento, se diferenciando do anterior pela objetivi-dade e detalhamento.

A qualidade do treinamento oferecido aos re-sidentes em neurocirurgia no país passa por vários aspectos, mas dois são imprescindíveis para garan-tir a execução de programas didáticos competen-tes e foram detalhadamente revistos no novo Pro-tocolo de Credenciamento: o preparo do preceptor – neurocirurgião participante do programa de trei-namento – e a disponibilidade das instalações para treinamento.

“O aprendizado mestre-aluno é o cerne do treinamento do neurocirurgião, indispensável para introduzir o fundamento do raciocínio diag-nóstico e decisório, bem como o desenvolvimento das habilidades próprias desta atividade cirúrgi-ca”, ressalta o Coordenador da Comissão de Cre-denciamento, Dr. Benedicto Oscar Colli. Por isso, além do título de Especialista em Neurocirurgia, os preceptores e o chefe do serviço devem ter experiência administrativa, de ensino e habilida-des clínico-cirúrgicas, necessárias para conduzir o programa de treinamento.

Em relação à disponibilidade das instalações, e também a outros aspectos,

tais como recursos humanos, equipamentos e fa-cilidades educacionais, o documento exige uma série de requisitos essenciais, sem os quais o ser-viço não poderá candidatar-se a ser um Centro de Treinamento. O Coordenador salienta que tudo que é exigido no documento precisa ser demonstrado durante a visita dos membros da Comissão de Cre-denciamento da SBN.

Para o monitoramento do programa, foram criados instrumentos que facilitam o trabalho de auditoria, como relatórios de atividades e plani-lhas de acompanhamento. Também um sistema de pontuação, no qual o próprio serviço faz a sua auto-avaliação, irá auxiliar no processo de melhoria contínua dos Centros de Treinamentos em Neuro-cirurgia.

“A estruturação de um novo Protocolo de Cre-denciamento dos Serviços de Residência em Neu-rocirurgia significa a concretização de uma impor-tante meta proposta no início de nossa gestão: o investimento na formação do neurocirurgião. Este documento, fruto do esforço de muitos membros da SBN, em especial da diretoria de Formação e da Comissão de Credenciamento, muito nos orgulha e, ao mesmo tempo, nos motiva a buscar novos desafios para o crescimento da Entidade”, enfatiza o Presidente da SBN, Dr. Luiz Carlos de Alencastro.

O que muda com o novo Protocolo de Credenciamento

O Certificado de Atua-lização Profissional, instituí-do pela Resolução no 1772, do Conselho Federal de Medicina, em 2005, embora até o mo-mento não tenha sido bem re-cebido por muitos especialistas, é necessário e precisa ser obti-do, sob pena de comprometer a sua atividade profissional.

“O especialista que obtiver o CAP será mais valorizado por seus pacientes, sem falar da dificuldade de se manter no mercado de traba-lho caso o título não seja renovado”, ressalta o Dr. Albert Brasil, Diretor de Educação Contínua da SBN.

Para a obtenção do Certificado, o médico especialista precisa acu-mular 100 pontos ao longo de cin-

co anos, podendo participar de diferentes atividades, as quais devem estar credenciadas pela Comissão Nacional de Acredita-ção – CNA. Outras informações podem ser obtidas junto à CNA pelos fones (11) 3178.6824 e 3178.6828, pelo e-mail [email protected] ou ainda direta-mente com a SBN.

Certificado de Atualização Profissional: uma obrigação necessária

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TEMA CIENTÍFICO

SBN faz esclarecimentos sobre

Julho 2009

Os avanços tecnológicos da medicina propiciaram prolongar a vida, seja por intermédio da circulação extracorpórea e respi-radores artificiais, ou através da ressuscitação cardíaca, o que veio revolucionar o tradicional concei-to de morte clínica – a tradicional parada cardíaca e respiratória –, surgindo, então, o conceito de morte encefálica (ME).

morte encefálica

No Brasil, o conceito de mor-te encefálica foi feito por ocasião do primeiro transplante a partir de cadáver, em 1968, através de cri-térios eletroencefalográficos. “Em 1983, tal critério passou a basear-se na constatação clínica: coma aperceptivo, com ausência de qualquer reação motora supra-es-pinal, devendo ser respaldado por exame subsidiário que demonstre

a ausência de atividade elétrica cerebral ou metabólica ou circu-latória”, explica o Dr. Luiz Alcides Manreza, neurocirurgião e mem-bro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN). Ele esclarece: “a morte encefálica é um estado de coma irreversível. Já a morte ce-rebral, que é uma lesão dos hemis-férios cerebrais, significa o estado vegetativo persistente”.

Este e outros esclarecimentos se fazem necessários diante da grande utilização desses termos nos diferentes meios de comunicação do País, especialmente nas informações divul-gadas sobre doação e transplante de órgãos. Para a SBN, é preciso informar à população sobre a diferença entre esses dois conceitos, bem como sobre os critérios para o diagnóstico – critérios internacionais, normatizados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Por isso, no mês de junho, a Sociedade divulgou à imprensa nacional uma matéria fazendo alguns es-clarecimentos sobre o assunto, conforme texto a seguir.

Morte encefálica ou morte cerebral?

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TEMA CIENTÍFICO

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Do ponto de vista científico, o diagnóstico da morte encefáli-ca é eminentemente clínico. Na maior parte do mundo não são exigidos exames complementa-res. No Brasil, entretanto, jul-gou-se necessária a realização desses exames. Para a Sociedade

O especialista informa que a morte encefálica está relaciona-da à hipertensão intracraniana, que tem como causas o trauma-tismo crânio-encefálico – provo-cado por acidente ou por projétil

de arma de fogo –, os tumores cerebrais e os derrames hemor-rágicos. O neurocirurgião deixa claro que, apesar do conceito de ME ter surgido a partir do primei-ro transplante, o diagnóstico de

morte encefálica não está restri-to ao programa de transplantes, ele é necessário nas inúmeras UTI’s do País, tendo em vista o déficit de leitos existentes nessas unidades.

Diagnóstico da Morte Encefálica

Para que o médico faça esse diagnóstico – e todo o médico poderá fazê-lo, independente de ser especialista – é essencial que sejam observadas as seguintes condições:

pré-requisitos: diagnosticar a presença e a causa da lesão encefálica respon-sável pelo quadro atual e a sua irreversibilidade, excluindo possíveis causas reversíveis que simulem o mesmo quadro.

Exame clínico: determinar a ausência de função do tronco cerebral em to-dos os seus níveis.

Teste da apneia: confirmar a ausência de movimentos respiratórios após estimulação máxima dos centros respiratórios.

Exames complementares: determinar a ausência de função de encéfalo, através da realização de exames complementares que demonstrem inequi-vocamente ausência de atividade elétrica cerebral, de atividade circulatória intracraniana ou de atividade metabólica encefálica.

Repetição do exame clínico: confirmar o exame da ausência das funções do tronco encefálico após um período mínimo de 6 horas.

Brasileira de Neurocirurgia, os mais confiáveis e aceitos atual-mente são os que demonstram a total ausência de perfusão san-guínea encefálica: angiografia cerebral completa, angiografia cerebral radioisotópica, doppler transcraniano, tomografia com-

putadorizada, SPETC, entre ou-tros.

A SBN se coloca à disposição da sociedade, através dos veículos de comunicação, para o esclare-cimento de dúvidas relacionadas a este tema, bem como a outros temas da área de Neurocirurgia.

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Divulgação de outros temas à imprensa. Ainda neste primeiro semestre, além do esclarecimento sobre Morte Encefálica, a SBN divulgou matérias à imprensa nacional refletindo temas fundamentais à população brasileira: combate à hipertensão arterial, reforçando a importância do tema no Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial – 26 de abril –; sobre o Dia Nacional das Vítimas de Acidentes, em 28 de abril; e também informa-ções sobre o Projeto Ácido Fólico (ver matéria neste Boletim, páginas 18 e 19).

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NOTÍCIAS

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de alimentos ricos em ferro e, especialmente, a recomenda-ção de que todas as mulheres férteis e capazes de procriar (dos 12 aos 40 anos de ida-de) ingiram, pelo menos, 400 microgramas de ácido fólico diariamente, sob forma de suplementação dietética.

O empenho já vem acon-tecendo em forma de dis-cussões fechadas, visando a elaboração de uma nova proposta. Mas, a partir deste ano, o assunto começará a ser debatido em congressos médicos, para que o Brasil apresente uma proposta na Reunião Latino-americana de Consenso sobre Mielo-meningocele, a ser realiza-da no primeiro semestre de 2010. O objetivo é envolver a América Latina como um

todo. “Hoje, apenas no Brasil, Argentina, Chile e Costa Rica há um programa consistente de for-talecimento de farinhas”, explica o Dr. José Francisco M. Salomão, membro do Departamento de Pediatria da SBN. Neste departa-mento, além do Dr. Salomão, ou-tros especialistas dedicaram gran-de empenho a este projeto, entre eles os Drs. Hamilton Matushita, Benício Oton de Lima e Hélio Ru-bens Machado.

Esforço paraaumentar dosagem

Para os especialistas dos diver-sos órgãos de saúde e sociedades médicas envolvidos com o Projeto Ácido Fólico, entre elas a Socie-dade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), além do aumento da dosa-gem, é necessário a implementa-ção dos demais pontos do projeto, no sentido de estimular a ingestão

Desde o dia 17 de junho de 2004, encontra-se em vigor no Brasil a resolução que obriga a adição de fer-ro e ácido fólico – vitamina B9 – nas farinhas de trigo e milho, após um esforço con-junto de diversos órgãos de saúde, entre eles o ECLAMC (Estudo Colaborativo Latino-americano de Malformações Congênitas), sociedades mé-dicas – e algumas ONGs. A resolução baseia-se em es-tudos que mostram os be-nefícios dessas substâncias na prevenção de defeitos do fechamento do tubo neural (mielomeningocele e anen-cefalia), considerados como uma das formas mais co-muns de malformação con-gênita.

Hoje, porém, a posição do ECLAMC, através do seu Co-ordenador, Dr. Eduardo Castilla, e também de outras instituições, é de que a dosagem atual é insufi-ciente, devendo ser aumentada. A Resolução no 344 prevê que cada 100g de farinha de trigo e de fa-rinha de milho forneça, no míni-mo, 4,2 miligramas de ferro e 150 microgramas de ácido fólico – em 1992, a saúde pública dos EUA já recomendava uma dosagem de 400 microgramas.

Adição de ácido fólicoàs farinhas de trigo e milho

é insuficientepara prevenir malformação

Julho 2009

Hoje a dosagem exigida é de 4,2 miligramas de ferroe 150 microgramas de ácido fólico

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NOTÍCIAS

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Da esquerda para a direita: Drs. Benicio Oton de Lima, José Francisco Salomão,

Hélio Rubens Machado e Hamilton Matushita (grupo envolvido com o Projeto)

Segundo o Dr. Salomão, o ob-jetivo final deste esforço, que tam-bém prevê uma maior conscienti-zação da população sobre o papel protetor do ácido fólico, é a altera-ção da Resolução no 344 pelo Mi-nistério da Saúde, garantindo uma prevenção mais efetiva quanto a essas malformações.

Novo projeto propõe adição de ácido fólico

ao açúcarA adição de ácido fólico tam-

bém no açúcar é a proposta dos pesquisadores Hélio Rubens Ma-chado e João Monteiro de Pina Neto, professores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/SP.

O Dr. Hélio Rubens Machado, que também foi Coordenador do Departamento de Neurocirurgia Pediatria da SBN (2007/2009), justifica: “Trata-se do veículo mais frequentemente consumido por mulheres com crianças abaixo de 5 anos, que, portanto, representam exatamente a população que que-remos atingir, ou seja, de mulheres em idade fértil (de 12 a 40 anos de idade). Praticamente 100% das mulheres ingerem açúcar, contra, por exemplo, 90% de pães e do-

ces, e 75% de massas (segundo informações do Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição). Além disso, o Brasil é o maior produtor mundial de açúcar e também o maior consumidor per capita de açúcar”. Ele ainda explica que o açúcar é uma importante fonte de energia e seu enriquecimento com micronutrientes é fácil e desejável.

O projeto de adição do ácido fólico ao açúcar foi apresentado como Projeto de Lei pelo Deputa-do Federal e neurocirurgião Marco Aurélio Ubiali, em 2007, e após tramitação, está neste momento em fase de votação. Entretanto, previamente a esta votação, uma comissão especial da Câmara dos Deputados convocou o professor Helio Rubens Machado para apre-sentar o assunto aos parlamenta-res. “Este é o momento, portanto, de mobilização da SBN e de seu Departamento de Neurocirurgia Pediátrica, juntamente com outras sociedades médicas e a popula-ção, de manifestarem seu apoio. Facilitar o acesso do ácido fólico às mulheres jovens trará importantes consequências sociais e financeiras ao País, com impacto muito gran-de”, ressalta.

Pela segunda vez, o governo fe-deral tenta facilitar a revalidação de diplomas de médicos brasileiros for-mados na Escola Latino-Americana de Medicina, em Cuba. A primeira tentativa foi através do Projeto de Decreto Legislativo 346/2007, bani-do no Legislativo após rejeição nas Comissões de Educação e Cultura, e de Seguridade Social e família, da Câmara Federal.

Agora, a ação se deu pela Por-taria Interministerial no 383, do Ministério da Saúde e da Educa-ção, em 19 de fevereiro, onde foi instituída a Subcomissão de Reva-lidação de Diplomas Expedidos por Instituições Estrangeiras – apenas para a medicina, a Subcomissão desenvolverá um “projeto piloto” com os alunos formados em Cuba.

Para sustar essa portaria inter-ministerial, foi protocolado na mesa da Câmara Federal no último dia 10 de março, pelos deputados Rafael Guerra (PSDB-MG) e Lelo Coimbra (PMDB-ES), o Projeto de Decreto Legislativo no 1380/2009. A inicia-tiva contou com o apoio irrestrito da Associação Médica Brasileira – ABM – e sociedades médicas em geral, entre elas a Sociedade Brasi-leira de Neurocirurgia.

Além da questão do reconhe-cimento de títulos de medicina ex-pedidos em Cuba, a SBN também está atenta a novas tentativas que podem colocar em risco os cuida-dos com a saúde da população brasileira, como o “Ajuste Comple-mentar ao Acordo para a Permissão de Residência, Estudo e Trabalho a Nacionais Fronteiriços Brasileiros e Uruguaios”, para a prestação de serviços de saúde, firmado no Rio de Janeiro, em 28 de novembro de 2008. O texto deste ajuste, nego-ciado entre Brasil e Uruguai, já foi remetido ao Congresso Nacional pelo Executivo.

Mais uma tentativa de revalidar diplomas de

médicos formados em Cuba

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20 Julho 2009

NOTÍCIAS

Encontro da SBN com o CNS visa implementar programas educacionais

O Presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, Dr. Luiz Carlos de Alencastro, partici-pou de um importante encontro com a diretoria do CNS – Con-gress of Neurological Surgeans –, no mês de maio passado, com a finalidade de aumentar o relacio-namento e colaboração entre a entidade americana e a SBN. “O objetivo principal é implementar programas educacionais”, explica o Dr. Alencastro.

Neste encontro, ocorrido em San Diego/EUA, importantes ques-tões foram apresentadas e discu-tidas. Entre elas está a promoção de conferências mensais, através do sistema de telemedicina da SBN. Também foram analisadas outras possibilidades de parce-ria entre CNS e SBN: a tradução para o português de documentos publicados pelos neurocirurgiões brasileiros, a fim de publicá-los na versão web; o acesso para os membros da SBN ao CNS Univer-sity of Neurosurgery; a possibili-dade de inserir os links das duas

sociedades em ambos os sites; e a preparação do SBN/CNS Operative Neurosurgery 2011 Simposium, que irá acontecer no dia anterior ao Interim Meeting da WFNS, cujo tema será “Abordagem Cirúrgica em anatomia em 3D”.

Na área de formação do neu-rocirurgião esta parceria também trará importantes resultados. “Te-remos a colaboração do CNS na redefinição do exame de Especia-lista em Neurocirurgia – o Dr. João Cândido Araújo, Coordenador da Comissão de Aperfeiçoamento, acompanhará o próximo exame do board examination em neuro-cirurgia americano. Também está programada a troca de banco de questões de provas SBN/CNS, além da promoção de visitas e bolsas internacionais a neurocirurgiões brasileiros em departamentos de neurocirurgia dos EUA”, informa o Presidente da SBN.

Ações começam a serplanejadas em reunião online

Todas as questões discutidas

em San Diego serão detalhadas e planejadas através de reuniões online entre integrantes das duas entidades. Na primeira telerreu-nião entre a diretoria da SBN e representantes do CNS, realizada por teleconferência no dia 07 de julho, já foi definido que as con-ferências serão bimestrais e que o departamento internacional do CNS estabelecerá, junto com a SBN, os tópicos a serem discu-tidos, sendo que já foi solicitado aos departamentos da Sociedade sugestões para a elaboração deste calendário.

Os demais itens da agenda de colaboração entre SBN e CNS serão abordados no Congresso Mundial de Boston, no período de 30 de agosto a 04 de setem-bro. Para o Presidente da SBN, a primeira reunião com os represen-tantes do CNS serviu para ratificar o que havia sido tratado em San Diego. “Agora é preciso manter a idéia de cooperação cada vez mais forte e iniciar a viabilização do que foi acordado”, ressalta.

Os médicos da União que exerçam atividade insalubre e que tra-balham no Distrito Federal terão direito à aposentadoria especial.

A decisão, assinada em 29 de maio pela ministra Ellen Grace, do Supremo Tribunal Federal, julgou procedente o mandado de injunção nº 837, impetrado pelo Sindicato dos Médicos do DF, em conjunto com outras entidades sindicais dos servidores públicos. A obtenção do benefício deveu-se em razão da inexistência de regu-lamentação de um direito garantido pela Constituição Federal e, por isso, segundo a SBN, outros estados também podem buscar esse direito conquistado pelos médicos do Distrito Federal.

Aposentadoria especialpara médicos servidores

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21www.sbn.com.br

Foi aprovada, no dia 27 de maio, a proposta de alteração do salário mínimo dos médicos para o setor privado. O Projeto de Lei nº3734/2008, que fixa o salário mínimo profissional em R$ 7.000,00, teve parecer favorável por unanimidade durante sessão da Comissão de Trabalho, de Ad-ministração e de Serviço Público (CTASP) da Câmara dos Deputa-dos, em Brasília.

Segundo o Diretor de Defesa Profissional da APM, Tomás Pa-trício Smith-Howard, que acom-panhou a sessão, foi mantido como índice anual de correção o INPC (Índice Nacional de Preços ao

Comissão da Câmara aprova

Consumidor) – ou qualquer outro que venha a substituí-lo. O projeto segue agora para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidada-nia (CCJC) da Câmara e, se apro-vado, será analisado pelo Senado Federal.

O ex-Presidente da APM, depu-tado federal Eleuses Paiva (DEM-SP), acredita que o texto também deve passar pelo crivo da CCJC. “Está se confirmando, por parte dos parlamentares, a precarização que hoje existe sob o ponto de vis-ta de valorização do trabalho pro-fissional do médico”.

“A nossa expectativa agora é que a sensibilidade que os depu-

tados demonstraram na CTASP se repita nas demais instâncias. Isso é muito importante para se rever-ter o quadro que se coloca diante do médico hoje, com múltiplos empregos, muita pressão social e uma série de outras situações des-favoráveis”, completa o Presidente da APM, Jorge Carlos Machado Curi.

A entidade também este-ve representada, na ocasião, pelo assessor Luiz Antonio Nu-nes. Outras lideranças médi-cas acompanharam a sessão, como o Presidente da Associa-ção Médica Brasileira (AMB), José Luiz Gomes do Amaral.

NOTÍCIAS

Dear Luiz,

Thank you for the video conference today. This was a very productive meeting and I was pleased to meet your colleagues. Clearly, we have multiple common goals and we look forward to working together on these initiatives.

I would like to outline some of the initiatives that we dis-cussed:

1. WFNS Interim Meeting in Recife, Brazil 2011. We discus-sed the plan to put together a one-day pre-meeting program titled “Operative Techniques with the Masters: 3-D Demonstra-tion of Surgical Approaches”. This initiative would need to be developed by the CNS and the SBN over the next few months.

2. SANS (Self-Assessment in Neurological Surgery) Pilot Pro-gram for the SBN. As we discussed, we have developed a pilot of 25-30 questions that will be web-based and we will provi-de this to you to assess your membership by using a pre- and post-test questionnaire to see how this fits into their training and practice.

3. Future collaboration with the annual CNS Chief Resident Course. This would entail inviting a number of Brazilian senior residents to this annual event. We would also want to review with you the possibility of launching a similar event in Brazil in which we would then also invite some American chief residents to enhance relationships between the American and Brazilian colleagues. This, from a financial standpoint, has to be based on industry support, both in the US and Brazil.

4. Development of a visiting scholar program for Brazilian neurosurgeons and senior residents who would like to spend

a specific amount of time at a US program for a specific subspecialty/mentorship under a specific neurosurgeon. We would need to discuss this further when we meet in Boston.

5. The Journal (NEUROSURGERY) arrangements with the SBN. We decided to table this issue until we meet in Bos-ton so that we can have the input of Dr. Oyesiku (Editor in Chief).

6. The development of a combined webinar program. The topics and speakers will be decided collaboratively. We will review this with our webinar team and communicate with you the logistics of this process and clearly, we will dis-cuss this in more detail in Boston.

7. We are inviting you and your colleagues from the le-adership of the SBN to join us at a meeting at the WFNS Congress meeting in Boston to further discuss and review these issues. We are going to send you some potential dates and times to see how this fits your schedule.

Again, it was our pleasure to speak to you and your col-leagues, and look forward to continued communications until we meet in Boston.

Best personal regards,

Saleem I. Abdulrauf, MD, FACS Neurosurgeon-in-ChiefSaint Louis University HospitalProfessor, Neurological Surgery Director, St. Louis University Center for Cerebrovascular and Skull Base SurgerySaint Louis University School of Medicine St. Louis, Missouri, USAExecutive Director, International Division of the Congress of Neurological Surgeons Secretary General, World Federation of Skull Base Societies

novo salário mínimo dos médicos

O e-mail abaixo foi enviado pelo Dr. Saleem I. Abdulrauf,Diretor Executivo da Divisão Internacional do CNS, logo após a reunião online

que tratou da agenda de colaboração entre a SBN e o CNS:

SBN e CNS

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22 Julho 2009

NOTÍCIAS

Em consulta enviada ao Presidente do Conselho Federal de Medicina, Dr. Edson de Oliveira Andrade, em 18 de maio, a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia soli-citou esclarecimentos sobre a atuação do auditor médico dos convênios quando da necessidade de liberação de cirurgias, ten-do como base a resolução 1.614/01, emi-tida pelo CFM.

O primeiro item questionado é quan-to à atuação do auditor, que na resolução prevê que ele visite hospitais e verifique in loco a propriedade ou impropriedade de condutas médicas e também determi-na que os auditores não podem autorizar nem proibir procedimentos médicos. Para o Dr. Albert Vincent Berthier Brasil, Diretor de Educação Contínua da SBN, em um ce-nário diverso daquele focado na Resolução, a atuação dos auditores se concentra em analisar pedidos de autorização para rea-lização de procedimentos e em liberar, ou não, o pagamento de honorários médicos e despesas hospitalares pela fonte pagado-ra. Numa primeira vista, trata-se de uma atividade de cunho meramente comercial, pois o médico e o paciente não são impe-didos de levar a cabo a realização do ato médico.

Na prática, contudo, a SBN entende que a autorização de pagamento de despesas e a autorização de realização de ato médico se confundem. A rigor, o auditor vem se interpondo entre o médico e seu paciente, autorizando ou não, de forma pura e sim-ples, a realização de procedimentos. Essa discrepância entre o disposto na referida Resolução e o que se observa na prática diária motiva a pergunta: os auditores que trabalham junto aos convênios autorizan-

do o pagamento de procedimentos médi-cos (doravante, aqui denominados Audito-res-liberadores) também têm sua atividade regida pela Resolução 1.614/01?

O pedido de esclarecimento da SBN também questionou o tempo disponibi-lizado para o sistema de auditoria emitir o parecer. Segundo o Diretor da SBN, essa situação é particularmente importante para os neurocirurgiões, que enfrentam situações em que não há emergência na real acepção da palavra, mas a espera pro-longada é danosa à boa prática médica. “O cirurgião tem o direito de marcar a data apropriada para a realização da cirurgia segundo, principalmente, a conveniência para o paciente, mas também em função da disponibilidade do cirurgião, da sala ci-rúrgica, do material a ser utilizado”. Neste item, a SBN indaga o CFM sobre o prazo destinado ao auditor para que seja garan-tida a boa prática médica e resolvida as eventuais dúvidas.

O terceiro item da carta-consulta envia-da ao CFM pergunta se a atividade audito-ria-liberação é considerada um ato médico. A diretoria da SBN argumenta: “as fontes pagadoras, sendo instituições econômicas administradas por profissionais não médi-cos, necessitam de médicos para decidir sobre pagamento de procedimentos, ten-do em vista a complexidade e responsabili-dade advindas deste ato”.

Por fim, a carta indaga sobre os direi-tos do paciente: “a quem ele deve recorrer caso sinta-se lesado pela atuação do audi-tor-liberador ou da empresa que o contra-ta. São os Conselhos Regionais de Medi-cina o fórum apropriado para a resolução dos conflitos?”.

SBN envia pedido de esclarecimento ao CFMsobre o papel do Auditor Médico

na liberação de cirurgias

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19www.sbn.com.br

NOTÍCIAS

Parecer da SBN esclarecedúvidas sobre a atribuição dos códigos

3.14.01.17-1 e 3.14.01.30-9Em parecer emitido no dia

06 de abril, o Dr. Luiz Carlos Alencastro, Presidente da So-ciedade Brasileira de Neuroci-rurgia, esclareceu dúvidas em relação à atribuição dos códigos 3.14.01.17-1 e 3.14.01.30-9 no tratamento microcirúrgico de aneurismas cerebrais múltiplos e no tratamento microcirúrgico do aneurisma cerebral com hema-toma intracerebral secundário.

Para o Presidente da SBN, cabe a atribuição do código 3.14.01.17-1 a cada aneurisma tratado durante o mesmo ato ci-rúrgico, uma vez que exigem ma-nejo individualizado. “Da mesma forma, o tratamento do hema-toma que eventualmente acom-panha a ruptura do aneurisma se constitui em ato individuali-zado da dissecção e clipagem do aneurisma, comportando a apli-

cação dos códigos 3.14.01.17-1 e 3.14.01.30-9 – Microcirurgia vascular intracraniana e Trata-mento cirúrgico do hematoma intracraniano, respectivamente”.

Segundo o Dr. Alencastro, em ambas as situações não há super-posição de procedimentos. Esta é uma orientação a ser seguida nas situações semelhantes em termos de codificação.

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Dr. Armando Bassorecebeu o Prêmio

Humanitário 2009da AANS, em

San Diego, EUA

24 Julho 2009

NOTÍCIAS

Membro da SBNassume Chefia do Serviço

de Neurocirurgia do HC da UFPR

Nomeado para a Chefia do Serviço de Neu-rocirurgia do Hospital de Clínicas da Universi-dade Federal do Paraná, o Dr. João Cândido Araújo tomou posse no mês de maio.

À frente da Diretoria de Aperfeiçoamento da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, onde tem como função coordenar a avaliação dos neurocirurgiões para a obtenção de título de especialista, o Dr. João Cândido vem traba-lhando para melhorar esse processo de certi-ficação. “Acredito que a introdução de novas metodologias se faz necessário e, para isso, já estamos em contato com a Câmara America-na de Neurocirurgia (ABNS), através do admi-nistrador Ms.ML Sanderson. Além disso, uma revisão dos estatutos, regras e regulamentos pertinentes, bem como outras ações, já estão sendo tomadas”, informa o neurocirurgião.

O Dr. Paulo Andrade de Mello, Conselheiro da SBN e Coordenador da Comissão de Ensino da Entidade, será ho-menageado duran-te o XIV Congresso Mundial de Cirurgia Neurológica (WFNS), que será realizado em Boston, EUA, no período de 30 de agosto a 04 de setembro de 2009.

A justa homenagem, concedida pelo Comitê de Medalhas da WFNS, deve-se ao trabalho incessante do Dr. Paulo de Mello direcionado ao ensino e ao neurocirurgião no Brasil, trabalho este com repercussão em toda a América Latina. Maiores informações através do site www.wfns.org.

Prêmio Humanitário 2009é concedido

ao Dr. Armando Basso

No mês de maio, durante o Congresso da Ame-rican Association of Neurological Surgeons (AANS), foi concedido o Prêmio Humanitário 2009, em San Diego, Califórnia, ao Dr. Armando J. Basso, Dire-tor do Instituto de Neurociências Aplicada e pro-fessor de Neurocirurgia da Universidade de Buenos Aires. O Dr. Basso foi um visionário em neuroci-rurgia organizada, tanto em nível regional como internacional. Ele é ex-Presidente da World Federa-tion Neurosurgical Societies (WFNS), da Associação Argentina de Neurocirurgia, da Federação Latino-Americana de Sociedades de Neurocirurgia e da World Federation of Skull Base Societies.

O Prêmio é concedido a neurocirurgiões cuja dedicação à humanidade se estende muito além da sua prática cirúrgica, trazendo grande bene-fício para os outros e para o reconhecimento da comunidade neurocirúrgica.

A SBN parabeniza o Dr. Basso por este reconhe-cido Prêmio Humanitário concedido pela AANS.Neurocirurgião

brasileiro receberáhomenagem no WFNS,em Boston

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26 Julho 2009

EVENTOS

O Conselho Deliberativo da So-ciedade Brasileira de Neurocirurgia esteve reunido no dia 16 de maio passado, em Porto Alegre. A reu-nião, presidida pelo conselheiro Dr. Cid Célio Jayme Carvalhaes, contou com a participação dos Doutores: Atos Alves de Souza, José Antonio Damian Guasti, Kunio Suzuki, Léo Fernando da Silva Ditzel, Luís Alen-car Biurrum Borba, Mário Gilberto Siqueira, Nelson Pires Ferreira, Paulo Andrade de Mello e Sebastião Nata-niel Silva Gusmão, além dos Douto-res Luiz Carlos de Alencastro – Presi-dente da SBN –, Jorge Luiz Kraemer, Albert Vincent Berthier Brasil, Ar-lindo Alfredo D’Ávila, Samuel Tau Zymberg e Marcelo Paglioli Ferreira, Diretores da SBN. Participaram ain-da o Dr. Marco Aurélio Marzullo de Almeida, Presidente eleito do Con-gresso 2012, e o Dr. Miguel Giudi-cissi Filho, convidado especial.

Após a aprovação da ata da reunião anterior e uma revisão da

Reunião do Conselho Deliberativo

execução de deliberações desta reu-nião, vários assuntos de interesse da Sociedade e da neurocirurgia foram encaminhados, entre eles o Curso de Ciências Básicas 2009 – coorde-nado pelo Dr. Miguel Giudicissi –, a programação para o XIV Congresso Brasileiro de Atualização em Neu-rocirurgia, o programa CNB Bahia, relatório da Diretoria, relatório da prova dos residentes 2008, repasse

do lucro da CBN Foz do Iguaçu, Hos-pital São Francisco (Belo Horizonte), residência médica do Hospital Res-tauração (Recife), Comissão Nacio-nal de Residência Médica e relatório da prova de especialista.

No relatório da Diretoria da SBN foram apresentadas questões re-ferentes à Tesouraria – como a co-brança dos sócios inadimplentes –, os progressos da telemedicina e do site da SBN, as ações da nova Dire-toria de Remuneração, o contrato estabelecido com uma rede bancá-ria para o desenvolvimento de um sistema que viabilize o pagamento de semestralidades e créditos de congressos, o Congresso Neuro-trauma de Natal, a inclusão de só-cios internacionais e o estreitamen-to das relações com as sociedades americanas. Já ficaram pré-agenda-dos dois assuntos para a pauta da próxima reunião: Arquivo Brasileiro de Neurocirurgia e a divulgação de eventos no site SBN.

Dr. Cid Celio Jayme Carvalhaes, Presidente do Conselho Deliberativo

O II Simpósio de Neurotraumatologia da SBN foi realizado em Natal/RN, de 26 a 29 de mar-ço passado, totalizando 230 participantes. No texto abaixo, o Dr. Luciano Araújo, Presidente do Simpósio e Coordenador do Departamento de Trauma da SBN, manifestou sua satisfação com mais esta realização da Sociedade:

“Foi um evento de grande valor científico, que contou com a participação de grandes nomes da neu-rotraumatologia, tanto internacional como nacional – professores Raj Narayan e Ross Bullock (EEUU), Luiz Oscar Alves (Portugal), Luiz Castillo e Alejandro Bruhn

(Chile), Almir Andrade, Paulo Andrade Melo, Alcides Manreza, Jorge Paranhos, Miguel Giudicissi, Ricardo Botelho, Kunio Su-zuki, entre outros.

Agradecemos a presença dos vários membros da Dire-toria e do Conselho Deliberativo da SBN, entre eles: Drs. Jorge Kraemer, Clemente Pereira, Djacir Fi-gueiredo, Cid Célio Carvalhaes, Alberto Vincent B. Brasil e Sebastião Gusmão, que prestigiaram o evento como participantes e conferencistas. Também agradecemos à Diretoria da SBN pelo apoio necessário na realiza-ção do Simpósio e pela confiança frente aos grandes desafios e dificuldades econômicas”.

Dr. Luciano Araújo (ao centro), com os professores convidados Raj Na-rayan (esq.) e Ross Bullock (direita)

Simpósio de Neurotraumatologia é realizado em Natal

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