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SAEMI SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL MUNICIPAL DO IPOJUCA REVISTA DA AVALIAÇÃO TRANSVERSAL 5º, 6º e 7º anos do Ensino Fundamental LÍNGUA PORTUGUESA Ditado / Produção de Texto 2013

SAEMI · Portuguesa – Leitura e Escrita –, Matemática e Ciências da Natureza, em ... 5º ano 78,8 57,9 58,4 39,9 60,8 42,5 6º ano 86,4 66,4 65,1 39,6 70,1 50,4

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SAEMISISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL MUNICIPAL DO IPOJUCA

REVISTA DAAVALIAÇÃO TRANSVERSAL

5º, 6º e 7º anos do Ensino FundamentalLÍNGUA PORTUGUESADitado / Produção de Texto

2013

ISSN 2318-7263

PREFEITO DO IPOJUCACARLOS JOSÉ DE SANTANA

VICE-PREFEITO DO IPOJUCAPEDRO JOSÉ MENDES FILHO

SECRETÁRIOS

GABINETE DO PREFEITOANTÔNIO ALBERTO CARDOSO GIAQUINTO

SECRETARIA DE DEFESA SOCIALADELMO ALVES DOS SANTOS

SECRETARIA ESPECIAL DA MULHERAUXILIADORA MARIA PIRES SIQUEIRA DA CUNHA

SECRETARIA ESPECIAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICOBERENICE VILANOVA DE ANDRADE LIMA (EM EXERCÍCIO)

SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE E CONTROLE URBANO BERENICE VILANOVA DE ANDRADE LIMA

SECRETARIA ESPECIAL DE AGRICULTURACARLOS ANTONIO GUEDES MONTEIRO

SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃODANIELLE LIMA BARBOSA

PROCURADORIA GERAL DO MUNICÍPIODELMIRO DANTAS CAMPOS NETO (EM EXERCÍCIO)

SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃODEOCLECIO JOSE DE LIRA SOBRINHO

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS MUNICIPAISERYKA MARIA DE VASCONCELOS LUNA

SECRETARIA DE FINANÇASMARCELO ANDRADE BEZERRA BARROS

SECRETARIA DE EDUCAÇÃOMARGARETH COSTA ZAPONI

SECRETARIA DE SAÚDEMARIA CRISTINA SOARES PAULINO

SECRETARIA ESPECIAL DE IMPRENSA E COMUNICAÇÃOMARIA DA CONCEIÇÃO BRITTO

SECRETARIA ESPECIAL DE BEM ESTAR SOCIALMARILENE DE HOLLANDA PONTES

SECRETARIA ESPECIAL DA JUVENTUDE E ESPORTESMIQUEIAS JOSE DA SILVA

SECRETARIA DE GOVERNOPEDRO HENRIQUE SANTANA DE SOUSA LEÃO

CONTROLADORIA GERAL DO MUNICÍPIORICARDO MENDES LINS

SECRETARIA DE TURISMO E CULTURARUI XAVIER CARNEIRO PESSOA

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃOMARGARETH ZAPONI

SECRETÁRIA EXECUTIVA DE ALFABETIZAÇÃO E APRENDIZAGEMANA CRISTINA DUBEUX DOURADO

SECRETÁRIA EXECUTIVA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO EDUCACIONALJULIANA AGOSTINI

DIRETORIA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃOROBERTA MARY

DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇASPHIERRE SALES

DIRETORIA DE INFRAESTRUTURATHIAGO PAIXÃO

DIRETORIA DE TECNOLOGIAEUCLIDES CATUNDA

ANALISTA EDUCACIONAL – TÉCNICA DE ENSINO EM LÍNGUA PORTUGUESAADRIELLE SOARES

ANALISTA EDUCACIONAL – TÉCNICO DE ENSINO EM MATEMÁTICAGIRLANDIO LIMA

COORDENADORA DOS ANOS INICIAISMARIA DA PAZ CAMILO

PEDAGOGAANA CÉLIA FEITOZA

ANALISTA EDUCACIONAL EM ESTATÍSTICAGABRIELA ALVES

ANALISTA EDUCACIONAL EM ESTATÍSTICAEVERALDO DANTAS

PREFEITO DO IPOJUCACARLOS JOSÉ DE SANTANA

VICE-PREFEITO DO IPOJUCAPEDRO JOSÉ MENDES FILHO

SECRETÁRIOS

GABINETE DO PREFEITOANTÔNIO ALBERTO CARDOSO GIAQUINTO

SECRETARIA DE DEFESA SOCIALADELMO ALVES DOS SANTOS

SECRETARIA ESPECIAL DA MULHERAUXILIADORA MARIA PIRES SIQUEIRA DA CUNHA

SECRETARIA ESPECIAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICOBERENICE VILANOVA DE ANDRADE LIMA (EM EXERCÍCIO)

SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE E CONTROLE URBANO BERENICE VILANOVA DE ANDRADE LIMA

SECRETARIA ESPECIAL DE AGRICULTURACARLOS ANTONIO GUEDES MONTEIRO

SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃODANIELLE LIMA BARBOSA

PROCURADORIA GERAL DO MUNICÍPIODELMIRO DANTAS CAMPOS NETO (EM EXERCÍCIO)

SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃODEOCLECIO JOSE DE LIRA SOBRINHO

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS MUNICIPAISERYKA MARIA DE VASCONCELOS LUNA

SECRETARIA DE FINANÇASMARCELO ANDRADE BEZERRA BARROS

SECRETARIA DE EDUCAÇÃOMARGARETH COSTA ZAPONI

SECRETARIA DE SAÚDEMARIA CRISTINA SOARES PAULINO

SECRETARIA ESPECIAL DE IMPRENSA E COMUNICAÇÃOMARIA DA CONCEIÇÃO BRITTO

SECRETARIA ESPECIAL DE BEM ESTAR SOCIALMARILENE DE HOLLANDA PONTES

SECRETARIA ESPECIAL DA JUVENTUDE E ESPORTESMIQUEIAS JOSE DA SILVA

SECRETARIA DE GOVERNOPEDRO HENRIQUE SANTANA DE SOUSA LEÃO

CONTROLADORIA GERAL DO MUNICÍPIORICARDO MENDES LINS

SECRETARIA DE TURISMO E CULTURARUI XAVIER CARNEIRO PESSOA

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃOMARGARETH ZAPONI

SECRETÁRIA EXECUTIVA DE ALFABETIZAÇÃO E APRENDIZAGEMANA CRISTINA DUBEUX DOURADO

SECRETÁRIA EXECUTIVA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO EDUCACIONALJULIANA AGOSTINI

DIRETORIA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃOROBERTA MARY

DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇASPHIERRE SALES

DIRETORIA DE INFRAESTRUTURATHIAGO PAIXÃO

DIRETORIA DE TECNOLOGIAEUCLIDES CATUNDA

ANALISTA EDUCACIONAL – TÉCNICA DE ENSINO EM LÍNGUA PORTUGUESAADRIELLE SOARES

ANALISTA EDUCACIONAL – TÉCNICO DE ENSINO EM MATEMÁTICAGIRLANDIO LIMA

COORDENADORA DOS ANOS INICIAISMARIA DA PAZ CAMILO

PEDAGOGAANA CÉLIA FEITOZA

ANALISTA EDUCACIONAL EM ESTATÍSTICAGABRIELA ALVES

ANALISTA EDUCACIONAL EM ESTATÍSTICAEVERALDO DANTAS

Apresentação

E D U C A D O R , Avaliar a educação é uma tarefa fundamental. A melhoria do ensino e da aprendizagem de nossos estudantes é exigência de uma sociedade democrática e justa.

Porque nos preocupamos com a qualidade da educação dos nossos estudantes, a Secretaria de Educação de Ipojuca, em parceria com o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (CAEd/UFJF), criou o Saemi, o Sistema de Avaliação Educacional Municipal do Ipojuca. Ele permitirá a realização de diagnósticos precisos sobre o desempenho dos estudantes, indicando as intervenções e políticas mais adequadas para a melhoria do ensino ofertado em nosso município.

Nas duas avaliações realizadas em 2013, mais de dezoito mil estudantes foram avaliados em todas as etapas do Ensino Fundamental, em Língua Portuguesa – Leitura e Escrita –, Matemática e Ciências da Natureza, em todas as escolas do município.

Em 2014, iniciamos a Avaliação Diagnóstica (bimestral), a fim de acompanhar, sistematicamente, o avanço dos estudantes e possibilitar intervenções pedagógicas em curto prazo.

Os resultados dessas avaliações nos mostraram que nosso município ainda precisa avançar muito para atingir as metas previstas para garantir que os estudantes concluam de forma apropriada esse importante momento da vida escolar, sobretudo no que se refere aos três primeiros anos do Ensino Fundamental.

CaroMARGARETH COSTA ZAPONI

SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO

Apresentação

Sabemos que uma criança alfabetizada na idade certa tem muito mais e melhores chances de seguir sua trajetória escolar com sucesso. Ela terá desenvolvidas as habilidades necessárias para avançar nas etapas escolares, atendendo às exigências de cada período.

Para contribuir com o desenvolvimento e a consolidação dessas habilidades, é fundamental que nos apropriemos dos resultados diagnosticados pelas avaliações do Saemi. Os resultados dessas avaliações, com todos os dados que são disponibilizados, trazem elementos importantes à melhoria da qualidade da educação ofertada. Esses aspectos não podem ser desconsiderados, tanto nas discussões dentro das escolas quanto nas discussões gerenciais e na elaboração da política municipal de educação.

O Saemi pretende apontar caminhos para contribuir com a prática de nossos professores, de nossos gestores e aperfeiçoar o desempenho dos estudantes. Mas a garantia da qualidade da educação não ocorre somente por meio de avaliações. É fundamental, também, que todos os agentes do processo educativo: professores, diretores, secretaria e família, estejam envolvidos com essa tarefa.

A criação do Saemi é um marco importante para a história da educação no município de Ipojuca. Levantamos os primeiros diagnósticos da nossa rede e identificamos algumas fragilidades: gostaria, portanto, de conclamar a todos os educadores, sobretudo os gestores escolares e professores, para, juntos, cumprirmos essa nobre tarefa de melhorar a qualidade do ensino que oferecemos e elevar o número de estudantes nos níveis desejáveis de desempenho, em todas as disciplinas e etapas de escolaridade.

Contamos com vocês.

MARGARETH COSTA ZAPONI

SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO

1Sumário

A PRODUÇÃO DE TEXTOS NO SAEMI

2013 página 15

O DITADO NO 5º, 6º E 7º ANOS

DO ENSINO FUNDAMENTAL

página 10

A AVALIAÇÃO EM LARGA ESCALA DA

ESCRITA página 08

23

A AVALIAÇÃO DAS

PRODUÇÕES TEXTUAIS DOS

ESTUDANTES página 19

COMPREENDENDO OS RESULTADOS

página 26

OS RESULTADOS DESTA ESCOLA

página 49

645

A AVALIAÇÃO EM LARGA ESCALA DA ESCRITA

A incorporação da avaliação da escrita nas avaliações educacionais em larga escala revela um avanço nas políticas de avaliação, uma vez que, ao se avaliar a escrita, obtém-se um diagnóstico mais completo da qualidade da educação ofertada pela rede pública de ensino.

E, ao se tratar de uma avaliação da escrita para as séries finais do Ensino Fundamental, o SAEMI avaliou, nos 5º, 6º e 7º anos, por meio de um ditado, a consolidação do sistema alfabético da Língua Portuguesa, elencando algumas ortográficas consideradas dificultadoras no processo de transposição do fonema para o grafema. Além disso, de modo a se avaliar o domínio das estratégias e recursos linguísticos para a produção de textos escritos, solicitou-se aos estudantes a produção de um texto expositivo-argumentativo.

09Língua Portuguesa - Ditado/Produção de Texto - 5º, 6° e 7º anos do Ensino Fundamental | SAEMI 2013 

Para a realização do ditado, buscou-se partir de uma situação, provavelmente, familiar aos estudantes da etapa avaliada: a elaboração de uma lista de compras. Além disso, antes de iniciar o ditado, os aplicadores foram orientados a ler a contextualização da situação. Após esperar, aproximadamente 1 minuto, os aplicadores passavam ao ditado das palavras que apresentavam diferentes tipos de estruturas silábicas, obedecendo, portanto, a diferentes regras de transposição dos fonemas para os grafemas.

Assim, a escolha dos aspectos avaliados deveu-se à complexidade que apresentam no processo de aprendizagem das regras que organizam o sistema alfabético da Língua Portuguesa, tanto no que diz respeito à relação entre fonema e grafema, quanto no padrão de estruturação da sílaba (CV / CVV / CVC / CCV).

O DITADO NO 5º, 6º E 7º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

O ditado no 5º e no 6º anos do Ensino Fundamental

Para cada uma das palavras, foram considerados diferentes aspectos ortográficos, identificados como categorias.

11Língua Portuguesa - Ditado/Produção de Texto - 5º, 6° e 7º anos do Ensino Fundamental | SAEMI 2013 

Assim, no 5º e 6º anos do Ensino Fundamental, foram ditadas 20 (vinte) palavras, mas considerados 34 (trinta e quatro) aspectos ortográficos, distribuídos nas seguintes categorias:

FREQUÊNCIA DAS CATEGORIAS AVALIADAS

CATEGORIA 1 CATEGORIA 2 CATEGORIA 3 CATEGORIA 4 CATEGORIA 5 CATEGORIA 6

Sílaba canônica Uso do “r” intervocálico

Letras concorrentes Dígrafos Encontros

vocálicosMarcas de nasalização

3 1 18 3 2 7

Como exemplo das ocorrências nas categorias avaliadas temos1 , por exemplo:

Categoria 1 – Silaba canônica: BANANACategoria 2 – “R intervocálico: SERIGUELACategoria 3 – Letras concorrentes: JABUTICABACategoria 4 – Dígrafos: PÊSSEGOCategoria 5 – Encontros vocálicos (ditongo): AMEIXACategoria 6 – Marcas de nasalização: MELANCIA

Desempenho dos estudantes por categoria avaliada

Ao se propor o ditado, buscou-se avaliar não apenas o número de acertos no tocante às palavras utilizadas, mas, principalmente, os aspectos em que os estudantes ainda apresentam dificuldade na codificação da Língua Portuguesa.

Com relação ao domínio dessas dos princípios que regem o sistema alfabético e sua adequada aprendizagem, entendemos que, ao conhecer as dificuldades nessa aprendizagem, podem ser desenvolvidas atividades que permitam a assimilação dos princípios que regem a escrita ortográfica da Língua Portuguesa.

O quadro a seguir traz o percentual de acertos em cada uma das categorias avaliadas.

PERCENTUAL DE ACERTOS POR CATERGORIA AVALIADA (%)

ETAPACATEGORIA 1 CATEGORIA 2 CATEGORIA 3 CATEGORIA 4 CATEGORIA 5 CATEGORIA 6

Sílaba canônica Uso do “r” intervocálico

Letras concorrentes Dígrafos Encontros

vocálicosMarcas de nasalização

5º ano 78,8 57,9 58,4 39,9 60,8 42,5

6º ano 86,4 66,4 65,1 39,6 70,1 50,4

Ao analisarmos esse quadro, constatamos que, tanto para o 5º quanto para o 6º ano, a categoria em que eles mais apresentaram dificuldades foi a dos DÍGRAFOS com 39,9 % de acertos para o 5º ano e 39,6%, para o 6º ano. Nesse caso, avaliou-se, especificamente, o uso de QU (caqui), SS (pêssego).

O segundo aspecto com menor percentual de acertos, para ambas as etapas, foi MARCAS DE NASALIZAÇÃO. Para essa categoria, avaliou-se o emprego de N e M, encerrando sílaba inicial (tangerina) ou medial pré-tônica, (carambola) ou medial tônica (laranja, tamarindo) ou o uso do til (mamão).

Importante ressaltar que, ao compararmos os resultados alcançados em cada uma das categorias, em cada uma das etapas, observamos que os estudantes do 6º ano apresentam melhor desempenho que os estudantes do 5º ano, confirmando o que seria esperado: o avanço na escolaridade revela melhor consolidação da aprendizagem dos aspectos associados à ortografia da Língua Portuguesa.

1 Destacamos em negrito as sílabas consideradas em cada categoria.

12 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Transversal

O ditado no 7º ano do Ensino Fundamental

Para cada uma das palavras, foram considerados diferentes aspectos ortográficos, identificados como categorias.

Assim, no 7º ano do Ensino Fundamental, foram ditadas 20 (vinte) palavras, mas considerados 42 (quarenta e dois) aspectos ortográficos, distribuídos nas seguintes categorias:

FREQUÊNCIA DAS CATEGORIAS AVALIADAS

CATEGORIA 1

CATEGORIA 2

CATEGORIA 3

CATEGORIA 4

CATEGORIA 5

CATEGORIA 6

CATEGORIA 7

CATEGORIA 8

CATEGORIA 9

Sílaba canônica

Uso do “r” intervocálico

Letras concorrentes Dígrafos Encontros

vocálicosMarcas de nasalização

Silaba não canônica

Usando “u” em final de sílaba

Encontro consonantal

3 3 17 7 1 6 1 1 3

13Língua Portuguesa - Ditado/Produção de Texto - 5º, 6° e 7º anos do Ensino Fundamental | SAEMI 2013 

Como exemplo das ocorrências nas categorias avaliadas temos2 :

Categoria 1 – Silaba canônica: TAPIOCA

Categoria 2 – “R intervocálico: SERIGUELA

Categoria 3 – Letras concorrentes: MARACUJÁ

Categoria 4 – Dígrafos: BAUNILHA, PESSEGO

Categoria 5 – Encontros vocálicos (ditongo): BRIGADEIRO

Categoria 6 – Marcas de nasalização: AMENDOIM

Categoria 7 – Sílaba não canônica: TAPIOCA

Categoria 8 – Uso do “U” em final de sílaba: BAUNILHA

Categoria 9 – Encontro consonantal: FLOCOS

Desempenho dos estudantes por categoria avaliada

Ao se propor o ditado, buscou-se avaliar não apenas o número de acertos no tocante às palavras utilizadas, mas, principalmente, os aspectos em que os estudantes ainda apresentam dificuldade na codificação da Língua Portuguesa.

Com relação ao domínio dessas dos princípios que regem o sistema alfabético e sua adequada aprendizagem, entendemos que, ao conhecer as dificuldades nessa aprendizagem, podem ser desenvolvidas atividades que permitam a assimilação dos princípios que regem a escrita ortográfica da Língua Portuguesa.

O quadro a seguir traz o percentual de acertos em cada uma das categorias avaliadas no 7º ano do Ensino Fundamental.

FREQUÊNCIA DAS CATEGORIAS AVALIADAS

ETAPA

CATEGORIA 1

CATEGORIA 2

CATEGORIA 3

CATEGORIA 4

CATEGORIA 5

CATEGORIA 6

CATEGORIA 7

CATEGORIA 8

CATEGORIA 9

Sílaba canônica

Uso do “r” intervocálico

Letras concorrentes Dígrafos Encontros

vocálicosMarcas de nasalização

Silaba não canônica

Usando “u” em final de sílaba

Encontro consonantal

7º ano 96,2 92,7 77,1 72,2 91,1 53,6 96,5 52,4 86,9

Ao analisarmos esse quadro, constatamos que, para o 7º, as categorias em que eles mais apresentaram dificuldades foram as categorias 6 e 8, alcançando, em ambas, um total de aproximadamente, 53% de acerto.

Na categoria 6, avaliou-se o emprego de MARCAS DE NASALIZAÇÃO (53,6%), como o uso de N e M encerrando sílaba medial pré-tônica (carambola) ou sílaba final tônica (amendoim).

Para a categoria 8, USO DO “U” EM FINAL DE SÍLABA (52,4%), avaliou-se se os estudantes não confundiam o emprego da letra L e da letra U nessa posição dentro de uma sílaba, para isso, foi ditada a palavra baunilha.

Importante ressaltar que, ao compararmos os resultados alcançados em cada uma das categorias, em cada uma das etapas, observamos que os estudantes do 7º ano apresentam melhor desempenho que os estudantes dos 5º e 6º anos, confirmando o que seria esperado: o avanço na escolaridade revela melhor consolidação da aprendizagem dos aspectos associados à ortografia da Língua Portuguesa.

2 Destacamos em negrito as sílabas consideradas em cada categoria.

14 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Transversal

A PRODUÇÃO DE TEXTOS NO SAEMI 2013

Acompanhando a tendência nacional de a avaliação em larga escala contemplar, além da competência leitora, também a produção de textos, o SAEMI avaliou a comunicação escrita formal, aferindo o desempenho em produção de textos dos estudantes do 5º, 6º e 7º anos do Ensino Fundamental.

Solicitou-se aos estudantes a elaboração de um texto narrativo em prosa ficcional ou relato. A escolha por uma produção textual por tipologia conferiu aos estudantes liberdade para definirem as propriedades sociocomunicativas necessárias para a transmissão da mensagem pretendida por cada um.

Narrar é contar uma história, que pode ser real ou fictícia, envolvendo personagens que interagem entre si gerando acontecimentos, que ocorrem em um determinado lugar e em uma determinada época. Assim, a narração se caracteriza por ser uma modalidade dinâmica de redação, na qual predominam os verbos de ação, ao contrário da descrição, por exemplo, onde predominam verbos de estado (ser, estar...).

O texto narrativo tem como elementos principais narrador, enredo, personagens, espaço e tempo, que definem sua estrutura básica, composta pela apresentação dos fatos, complicação ou desenvolvimento (conflito gerador), o clímax e o desfecho.

O SAEMI, assim como as avaliações em nível nacional e em nível estadual, quer ir além da observação das estruturas de funcionamento da língua escrita. Ele pretende avaliar se os estudantes conseguem estabelecer comunicação por meio do código escrito.

Os aspectos avaliados relacionam-se às competências que eles precisam desenvolver durante a etapa de escolaridade, as quais foram apresentadas na Matriz de Correção por Competências de Produção de Texto.

16 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Transversal

AS PROPOSTAS DE PRODUÇÃO TEXTUAL DE 2013

O teste de Produção de Texto do SAEMI teve como mote uma proposta de produção textual específica, constituída por uma situação de produção que delimita o tema e o objetivo que se espera do texto elaborado pelo estudante.

Proposta de produção de texto para os 5º e 6º anos do Ensino Fundamental

17Língua Portuguesa - Ditado/Produção de Texto - 5º, 6° e 7º anos do Ensino Fundamental | SAEMI 2013 

Proposta de produção de texto para o 7º ano do Ensino Fundamental

18 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Transversal

A AVALIAÇÃO DAS PRODUÇÕES TEXTUAIS DOS ESTUDANTES

A avaliação dos textos tem início antes mesmo da análise a partir das competências e respectivos níveis indicados na Matriz de Correção por Competências de Produção de Texto. Essa avaliação ocorre pela classificação dos textos a partir de critérios indicados como SITUAÇÂO DE CORREÇÃO.

A análise da SITUAÇÃO DE CORREÇÃO constitui-se como uma primeira leitura da redação produzida pelo estudante. Excetuando-se a situação NORMAL, na qual o texto está apto para ser avaliado no que tange às competências, a sinalização de todas as demais situações fez com que os textos assim sinalizados recebessem a nota 0 (zero). Essas situações são:

» FUGA AO TEMA.

» FUGA À TIPOLOGIA: texto em verso ou exclusivamente narrativo, sem

marca de argumentação.

» INSUFICIENTE: texto com menos de cinco linhas.

» CÓPIA: texto apresenta apenas trechos transcritos dos textos utilizados

como motivadores ou do próprio comando da proposta textual.

Observações:

a. para efeito de correção e de contagem do mínimo de linhas, a cópia

parcial dos textos motivadores acarretou a desconsideração do

número de linhas copiadas.

b. o título é um elemento opcional na produção de texto. No entanto,

quando estiver presente,ele deve ser considerado como uma linha.

» ANULADO: texto que apresenta termos de baixo calão, rasuras, desenhos

ou outras formas propositais de anulação.

» BRANCO: cartão de Produção de Texto em branco.

» ILEGÍVEL: texto com escrita ilegível ou em outra língua que não seja o

Português.

» NÃO-ALFABÉTICO: texto em que o estudante apresenta uma escrita pré-

silábica, silábica ou silábica alfabética.

Uma vez indicada a SITUAÇÃO DE CORREÇÃO, a produção textual foi corrigida com base em 5 (cinco) competências específicas, sendo traduzidas pelo Corretor para a situação específica de produção de cada estudante. Essas competências encontram-se elencadas na matriz utilizada para avaliação dos textos.

20 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Transversal

A Matriz de Correção por Competências de Proução de Texto

Assim como ocorre para a implementação da avaliação das habilidades de leitura, também para avaliação da competência escritora é fundamental a elaboração de uma Matriz.

No caso específico da avaliação de Produção de Texto do SAEMI, a Matriz de Competências apresenta o objeto da avaliação e é constituída de quatro competências básicas (Registro, Tema/Tipologia Textual, Coerência; Coesão).

» Na competência 1, Registro, avalia-se o domínio de um conjunto de regras de

utilização da língua, do ponto de vista morfológico, sintático e semântico.

» Na competência 2, Tema/Tipologia Textual, avalia-se a adequada compreensão

da proposta de produção de texto, seu desenvolvimento associado a

conhecimentos de diversas áreas e a conformidade com a tipologia prevista, no

caso, a expositivo-argumentativa.

» Na competência 3, Coerência, avalia-se a articulação de frases e parágrafos por

meio de recursos linguísticos de tal forma que haja uma sequência lógica entre

as ideias. Além disso, é observada a argumentação consistente através de fatos,

exemplos e opiniões que possam sustentá-la.

» Na competência 4, Coesão, avalia-se a utilização de elementos conectores e

referentes de forma a construir um texto com ideias entrelaçadas e conectadas.

A seguir, apresentamos a Matriz de Correção por Competências de Produção de Texto, que segue os parâmetros nacionais de avaliação da escrita, conjugados com as Diretrizes Estaduais de Língua Portuguesa, tendo como base a Matriz do ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio.

21Língua Portuguesa - Ditado/Produção de Texto - 5º, 6° e 7º anos do Ensino Fundamental | SAEMI 2013 

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om e

rros

gra

ves

de

pont

uaçã

o e/

ou n

ão s

e ut

iliza

dos

sin

ais

de p

ontu

ação

(pon

to fi

nal /

trav

essã

o /

dois

pon

tos

/ exc

lam

ação

/ in

terr

ogaç

ão).

Ortog

rafia

:Ap

rese

nta

erro

s gr

aves

de

orto

grafi

a, ta

is c

omo:

Tro

ca d

e le

tras

/ us

o de

M/N

; S/Z

; N

H/L

H; R

R; S

S; O

/U; E

/I; U

/L (n

o m

eio

das

pala

vras

e e

m p

osiç

ão fi

nal);

M a

ntes

de

P e

B; G

UE/

QU

E;) /

Uso

de

letr

as m

aiús

cula

s em

sub

stan

tivos

pró

prio

s e

iníc

io d

e pa

rágr

afos

/ en

cont

ro c

onso

nant

al c

om R

/ se

gmen

taçã

o de

pal

avra

s e

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es /

uso

do H

inic

ial.

Conc

ordâ

ncia

ver

bal e

nom

inal

: N

ão u

tiliz

a as

regr

as b

ásic

as d

e co

ncor

dânc

ia n

omin

al d

e gê

nero

e n

úmer

o em

es

trut

uras

sin

tátic

as s

impl

es e

con

cord

ânci

a ve

rbal

em

est

rutu

ra s

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es (s

ujei

to

próx

imo

do v

erbo

).Fo

rmas

ver

bais

:D

esco

nhec

e os

tem

pos

do m

odo

indi

cativ

o –

pres

ente

, pre

térit

o pe

rfei

to /

impe

rfei

to e

futu

ro d

o pr

esen

te. Mar

cas

de o

ralid

ade:

né /

tá /

daí."

Des

envo

lve

de fo

rma

razo

ável

o te

ma

a pa

rtir

de m

eras

apr

esen

taçõ

es

de fa

tos/

even

tos

/ ac

onte

cim

ento

s / c

enas

.

O a

luno

om

ite fa

tos

impo

rtan

tes

de s

ua

narr

ativ

a / r

elat

o,

deix

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a h

istó

ria c

om

lacu

nas.

Artic

ula

as p

arte

s do

te

xto,

por

ém c

om

mui

tas

inad

equa

ções

na

utili

zaçã

o do

s re

curs

os

coes

ivos

.

22 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Transversal

SAEM

I 201

3M

ATRI

Z D

E CO

RREÇ

ÃO P

OR

COM

PETÊ

NCI

A D

E PR

OD

UÇÃ

O D

E TE

XTO

DO

5º E

6º A

NO

S D

O E

NSI

NO

FU

ND

AMEN

TAL

Nív

eis

Com

petê

ncia

s

I - R

egis

tro

II - T

ema/

Tipo

logi

a Te

xtua

lIII

- Co

erên

cia

IV -

Coes

ão

Nív

el II

IIn

term

ediá

rio6,

0 po

ntos

(4,1

a 6

,0 p

ts.)

Dem

onst

ra d

omín

io d

a no

rma

padr

ão p

róxi

mo

do a

dequ

ado,

apr

esen

tand

o ev

entu

ais

desv

ios

no u

so d

os a

spec

tos

apre

sent

ados

no

Nív

el l,

ou

seja

, asp

ecto

s gr

amat

icai

s e

de c

onve

nçõe

s da

esc

rita

que

aind

a in

fluen

ciam

sig

nific

ativ

amen

te a

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telig

ibili

dade

de

part

es d

o te

xto.

Des

envo

lve

bem

o te

ma

apre

sent

ando

os

fato

s de

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a co

ntín

ua,

aten

dend

o à

prop

osta

de

pro

duçã

o te

xtua

l de

mod

o ad

equa

do.

Apre

sent

a fa

tos

pouc

o or

gani

zado

s e

rela

cion

ados

de

form

a po

uco

cons

iste

nte

em

rela

ção

ao te

ma.

Artic

ula

as p

arte

s do

te

xto,

por

ém c

om

algu

mas

inad

equa

ções

na

util

izaç

ão d

os

recu

rsos

coe

sivo

s, q

ue

afet

am a

con

tinui

dade

de

par

tes

do te

xto,

tais

co

mo:

“mai

s” n

o lu

gar d

e “m

as”,

porq

ue/p

orqu

ê/Po

r que

/Por

quê

etc

.

Nív

el IV

Adeq

uado

8,0

pont

os(6

,1 a

8,0

pts

.)

Dem

onst

ra d

omín

io a

dequ

ado

das

norm

as g

ram

atic

ais,

apr

esen

tand

o al

guns

de

svio

s.

Des

envo

lve

mui

to b

em

o te

ma

a pa

rtir

de u

ma

expo

siçã

o/na

rraç

ão

cons

iste

nte.

Prod

uz te

xto

com

ev

entu

ais

supr

essõ

es d

e el

emen

tos

da ti

polo

gia

text

ual a

valia

da.

Artic

ula

as p

arte

s do

te

xto

com

pou

cas

inad

equa

ções

na

utili

zaçã

o do

s re

curs

os

coes

ivos

, afe

tand

o a

cont

inui

dade

de

pouc

as

part

es d

o te

xto.

Nív

el V

Avan

çado

10,0

pon

tos

(8,1

a 1

0,0

pts.

)

Dem

onst

ra e

xcel

ente

dom

ínio

da

norm

a pa

drão

, não

apr

esen

tand

o ou

ap

rese

ntan

do e

scas

sos

desv

ios

gram

atic

ais

e/ou

de

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ençõ

es d

a es

crita

, que

o af

etam

a in

telig

ibili

dade

text

ual.

Des

envo

lve

o te

ma

a pa

rtir

de u

ma

expo

siçã

o/na

rraç

ão c

onsi

sten

te,

apre

sent

ando

os

fato

s de

form

a co

ntín

ua,

aten

dend

o à

prop

osta

de

pro

duçã

o te

xtua

l de

mod

o pl

eno.

Apre

sent

a um

exc

elen

te

dom

ínio

da

tipol

ogia

te

xtua

l ava

liada

.

Artic

ula

as p

arte

s do

te

xto

sem

inad

equa

ções

na

util

izaç

ão d

os

recu

rsos

coe

sivo

s ou

co

m d

esvi

os e

scas

sos

que

não

afet

am a

pr

ogre

ssão

text

ual.

23Língua Portuguesa - Ditado/Produção de Texto - 5º, 6° e 7º anos do Ensino Fundamental | SAEMI 2013 

SAEM

I 201

3M

ATRI

Z D

E CO

RREÇ

ÃO P

OR

COM

PETÊ

NCI

A D

E PR

OD

UÇÃ

O D

E TE

XTO

DO

7º A

NO

DO

EN

SIN

O F

UN

DAM

ENTA

L

NÍV

EIS

COM

PETÊ

NCI

AS

I - R

EGIS

TRO

II - T

EMA/

TIPO

LOG

IA T

EXTU

ALIII

- CO

ERÊN

CIA

IV -

COES

ÃO

Nív

el 0

Inad

equa

do0

(zer

o) p

ts.

NÍV

EL P

RIM

ÁRIO

DE

DES

EMPE

NH

O L

ING

UÍS

TICO

: de

mon

stra

des

conh

ecim

ento

da

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a pa

drão

, de

esco

lha

de re

gist

ro e

/ou

de c

onve

nçõe

s da

esc

rita,

que

to

rnam

o te

xto

inin

telig

ível

, mas

ain

da a

ssim

sua

esc

rita

é m

ais

de 3

0% a

lfabé

tica

e/ou

ort

ográ

fica

e é

poss

ível

co

mpr

eend

er a

lgum

as p

alav

ras

acer

ca d

o te

ma.

G

eral

men

te o

alu

no u

tiliz

a fr

ases

nom

inai

s.

Apre

sent

a fa

tos

desc

onex

os

(sol

tos,

sem

pro

gres

são)

ace

rca

do

tem

a. E

m g

eral

list

a aç

ões.

Apre

sent

a fa

tos,

açõ

es e

/ou

idei

as s

olta

s, s

em p

rogr

essã

o,

inco

eren

tes.

Não

art

icul

a as

par

tes

do te

xto:

fr

ases

sol

tas,

list

as d

e pa

lavr

as e

/ou

de

fras

es.

Nív

el I

Abai

xo d

o Bá

sico

2,0

pont

os(0

,1 a

2,0

pts

.)

"Dem

onst

ra d

omín

io in

sufic

ient

e da

nor

ma

padr

ão,

apre

sent

ando

gra

ves

e fr

eque

ntes

des

vios

gra

mat

icai

s,

de e

scol

ha d

e re

gist

ro e

/ou

de c

onve

nçõe

s da

esc

rita,

pr

ejud

ican

do a

inin

telig

ibili

dade

de

gran

de p

arte

do

text

o, d

esen

volv

ido

mui

to s

uper

ficia

lmen

te. O

s pr

inci

pais

des

vios

são

: Po

ntua

ção:

es

trut

ura

o te

xto

apre

sent

ando

mui

tas

fras

es tr

unca

das

ou c

om e

rros

gra

ves

de p

ontu

ação

e/o

u nã

o se

util

iza

dos

sina

is d

e po

ntua

ção.

O

rtog

rafia

: ap

rese

nta

desv

ios

grav

es d

e or

togr

afia,

con

side

rado

s in

acei

táve

is p

ara

este

ano

de

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larid

ade.

Co

ncor

dânc

ia v

erba

l e n

omin

al:

apre

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a de

svio

s gr

aves

na

aplic

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das

regr

as

bási

cas

de c

onco

rdân

cia

nom

inal

e v

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l. Re

gênc

ia v

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l e n

omin

al:

apre

sent

a de

svio

s gr

aves

na

aplic

ação

das

regr

as

bási

cas

de re

gênc

ia v

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l e n

omin

al.

Form

as v

erba

is:

apre

sent

a de

svio

s gr

aves

no

empr

ego

dos

tem

pos

e m

odos

ver

bais

. M

arca

s de

ora

lidad

e:

né /

tá /

daí."

Apre

sent

a in

adeq

uaçã

o ao

tipo

te

xtua

l ou

dom

ínio

pre

cário

, ou

seja

, tan

genc

ia a

tipo

logi

a om

itind

o di

vers

os e

lem

ento

s ca

ract

erís

ticos

do

text

o na

rrat

ivo

ou d

e re

lato

.

O a

luno

apr

esen

ta fa

tos

inco

eren

tes

com

a p

ropo

sta.

G

eral

men

te e

num

era

apen

as

algu

mas

açõ

es.

Artic

ula

de fo

rma

prec

ária

as

part

es d

o te

xto.

24 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Transversal

SAEM

I 201

3M

ATRI

Z D

E CO

RREÇ

ÃO P

OR

COM

PETÊ

NCI

A D

E PR

OD

UÇÃ

O D

E TE

XTO

DO

7º A

NO

DO

EN

SIN

O F

UN

DAM

ENTA

L

NÍV

EIS

COM

PETÊ

NCI

AS

I - R

EGIS

TRO

II - T

EMA/

TIPO

LOG

IA T

EXTU

ALIII

- CO

ERÊN

CIA

IV -

COES

ÃO

Nív

el II

Bási

co4,

0 po

ntos

(2,1

a 4

,0 p

ts.)

Dem

onst

ra d

omín

io m

edia

no d

a no

rma

padr

ão,

alte

rnan

do o

uso

dos

asp

ecto

s ap

rese

ntad

os n

o N

ível

l,

ou s

eja,

apr

esen

tam

mui

tos

desv

ios

gram

atic

ais,

de

esco

lha

de re

gist

ro e

/ou

de c

onve

nçõe

s da

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rita,

de

ixan

do o

text

o si

gnifi

cativ

amen

te in

inte

ligív

el.

Prod

uz te

xto

com

sup

ress

ão d

e m

uito

s el

emen

tos

esse

ncia

is à

tip

olog

ia e

/ou

ao te

ma.

Os

fato

s na

rrad

os e

/ou

rela

tado

s nã

o se

art

icul

am d

e fo

rma

coer

ente

.

Artic

ula

as p

arte

s do

text

o, p

orém

co

m m

uita

s in

adeq

uaçõ

es n

a ut

iliza

ção

dos

recu

rsos

coe

sivo

s.

Nív

el II

I

In

term

ediá

rio

6,0

pont

os(4

,1 a

6,0

pts

.)

Dem

onst

ra d

omín

io a

dequ

ado

da n

orm

a pa

drão

, ap

rese

ntan

do e

vent

uais

des

vios

no

uso

dos

aspe

ctos

ap

rese

ntad

os n

o N

ível

l, o

u se

ja, a

spec

tos

gram

atic

ais

e de

con

venç

ões

da e

scrit

a qu

e ai

nda

influ

enci

am

sign

ifica

tivam

ente

a in

telig

ibili

dade

de

part

es d

o te

xto.

Prod

uz te

xto

com

alg

umas

su

pres

sões

de

elem

ento

s es

senc

iais

à ti

polo

gia

e/ou

ao

tem

a.

O a

luno

om

ite fa

tos

impo

rtan

tes

de s

ua n

arra

tiva/

rela

to, d

eixa

ndo

a hi

stór

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om la

cuna

s.

Artic

ula

as p

arte

s do

text

o, p

orém

co

m a

lgum

as in

adeq

uaçõ

es n

a ut

iliza

ção

dos

recu

rsos

coe

sivo

s,

que

afet

am a

con

tinui

dade

de

part

es d

o te

xto,

tais

com

o: “m

ais”

no

luga

r de

“mas

”, po

rque

/por

quê/

Por q

ue/P

or q

uê e

tc.

Nív

el IV

Ad

equa

do8,

0 po

ntos

(6,1

a 8

,0 p

ts.)

Dem

onst

ra d

omín

io a

dequ

ado

das

norm

as g

ram

atic

ais,

ap

rese

ntan

do a

lgun

s de

svio

s.

Prod

uz te

xto

com

eve

ntua

is

supr

essõ

es d

e el

emen

tos

da

tipol

ogia

text

ual a

valia

da.

Aind

a ap

rese

nta

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s às

vez

es

pouc

o or

gani

zado

s e

rela

cion

ados

de

form

a po

uco

cons

iste

nte

em

rela

ção

ao te

ma.

Artic

ula

as p

arte

s do

text

o co

m

pouc

as in

adeq

uaçõ

es n

a ut

iliza

ção

dos

recu

rsos

coe

sivo

s, a

feta

ndo

a co

ntin

uida

de d

e po

ucas

par

tes

do te

xto.

Nív

el V

Avan

çado

10,0

pon

tos

(8,1

a 1

0,0

pts.

)

Dem

onst

ra e

xcel

ente

dom

ínio

da

norm

a pa

drão

, não

ap

rese

ntan

do o

u ap

rese

ntan

do e

scas

sos

desv

ios

gram

atic

ais

e/ou

de

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ençõ

es d

a es

crita

, que

não

af

etam

a in

telig

ibili

dade

text

ual.

Apre

sent

a um

exc

elen

te d

omín

io

da ti

polo

gia

text

ual a

valia

da, m

as

aind

a po

de a

pres

enta

r alg

um

desv

io le

ve e

m re

laçã

o ao

tem

a ou

à

tipol

ogia

.

Apre

sent

a ex

cele

nte

artic

ulaç

ão

entr

e os

fato

s da

nar

rativ

a/re

lato

.

Artic

ula

as p

arte

s do

text

o se

m

inad

equa

ções

na

utili

zaçã

o do

s re

curs

os c

oesi

vos

ou c

om d

esvi

os

esca

ssos

que

não

afe

tam

a

prog

ress

ão te

xtua

l.

25Língua Portuguesa - Ditado/Produção de Texto - 5º, 6° e 7º anos do Ensino Fundamental | SAEMI 2013 

COMPREENDENDO OS RESULTADOS

Os níveis de escrita e o perfil de escritor compreendido por eles

A partir da nota final obtida pelo estudante, define-se o perfil de escritor dele de acordo com a descrição do nível no qual sua nota está alocada.

Os níveis de desempenho e suas denominações qualificam o perfil de escritor enquadrado em cada um. Esses níveis compreendem intervalos específicos de pontuação, sendo que, no ato da correção, a nota atribuída à competência é o valor máximo do nível que, após o cálculo da média final, pode apresentar variações dentro do nível ou transferir a pontuação do estudante na competência para outra classificação.

O perfil de escritor dos 5º e 6º anos do Ensino Fundamental

A partir da nota final obtida pelo estudante, pode-se definir o perfil de escritor de acordo com a descrição do nível no qual sua nota está alocada, conforme a escala a seguir.

ABAIXO DO BÁSICO BÁSICO INTERMEDIÁRIO ADEQUADO AVANÇADO

0,1 2,0 2,1 4,0 4,1 6,0 6,1 8,0 8,1 10,0

Compreendendo cada Nível de Desempenho individualmente

ABAIXO DO BÁSICO

0,1 2,0

O estudante cuja escrita se encontra nesse nível de desempenho demonstra já ter conseguido compreender como funciona o sistema de escrita da Língua Portuguesa, percebendo que, para grafar uma sílaba, são necessárias duas ou mais letras, compreendendo a escrita como transcrição fonética da sua fala. No entanto, ele ainda não possui domínio adequado da escrita, apresentando muitos erros ortográficos e de segmentação das palavras, além da ausência ou escassez de sinais de pontuação. O texto apresenta ideias desconexas (soltas, sem progressão) acerca do tema ou o desenvolve de forma tangencial (superficial), com certa progressão lógica, pois os fatos narrados e/ou relatados não se articulam de forma coerente, apresentando frases soltas, listas de palavras e/ou de frases.

27Língua Portuguesa - Ditado/Produção de Texto - 5º, 6° e 7º anos do Ensino Fundamental | SAEMI 2013 

5º ano do Ensino Fundamental

Texto 1

C1 - REGISTRO 2.0

C2 - TEMA/TIPOLOGIA TEXTUAL 2.0

C3 - COERÊNCIA 2.0

C4 - COESÃO 2.0

Total: 2.0

A análise desse texto evidencia que o estudante apresenta desempenho que o aloca no Nível I – ABAIXO DO BÁSICO, para essa etapa de escolaridade. De forma global, constata-se que o emissor demonstra dificuldade de estruturação textual, além de oferecer obstáculos ao leitor no tocante à coerência, tanto pela seleção das ideias quanto pela escolha vocabular e legibilidade da letra.

Em relação à Competência I, REGISTRO, verifica-se que há desconhecimento total da norma padrão, de escolha de registro e de convenções da escrita, tornando o texto ininteligível. O estudante revela desconhecimento de regras básicas de escrita, sendo possível identificar as palavras por causa da presença de letras ou sílabas da ortografia oficial.

Há prejuízo da logicidade, tendo em vista o fato de que desde a escolha vocabular até a estruturação textual é difícil reconhecer a linha de raciocínio do emissor, uma vez que o estudante apresenta informações desconexas. Há ausência de pontuação adequada ao longo da produção escrita e não se identificam elementos conectores capazes de estabelecer o encadeamento textual.

28 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Transversal

6º ano do Ensino Fundamental

Texto 2

C1 - REGISTRO 2.0

C2 - TEMA/TIPOLOGIA TEXTUAL 2.0

C3 - COERÊNCIA 2.0

C4 - COESÃO 2.0

Total: 2.0

A análise desse texto evidencia que o estudante apresenta desempenho que o aloca no Nível I – ABAIXO DO BÁSICO, para essa etapa de escolaridade. Avaliando-se o texto como um todo, observa-se dificuldade de estruturação textual, além de fragmentação e desorganização das ideias expostas.

Em relação à Competência I, REGISTRO, verifica-se que o estudante demonstra domínio insuficiente da norma padrão, apresentando graves e frequentes desvios gramaticais e de convenção da escrita. A sequência de ideias é desordenada e inadequada, até mesmo porque a produção apresenta um texto exíguo.

BÁSICO

2,1 4,0

O estudante que se encontra no nível BÁSICO elabora textos com graves e frequentes desvios de escolha de registro e/ou de convenções da escrita os quais prejudicam a inteligibilidade de seu texto, limitando-o a meras apresentações de fatos, eventos, acontecimentos e/ou cenas, omitindo fatos importantes de sua narrativa, geralmente, com muitas inadequações na utilização dos recursos coesivos.

29Língua Portuguesa - Ditado/Produção de Texto - 5º, 6° e 7º anos do Ensino Fundamental | SAEMI 2013 

5º ano do Ensino Fundamental

Texto 3

C1 - REGISTRO 4.0

C2 - TEMA/TIPOLOGIA TEXTUAL 4.0

C3 - COERÊNCIA 4.0

C4 - COESÃO 4.0

Total: 4.0

O autor desse texto tenta criar uma narrativa com base na figura que ilustra a proposta de produção textual, no entanto ele se perde dentro dessa ideia e constrói uma situação fantasiosa, na qual uma máquina do tempo possuía asas que eram irmãs, brincavam e juntas viviam aventuras diversas (linhas 4 a 8). A partir desse mote, ele segue sua narrativa apresentando fatos que não se encadeiam de forma lógica. A ideia das asas irmãs é pertinente tratando-se de uma narrativa ficcional, mas o estudante se perde na condução de sua história.

No que compete à Competência I – Registro, o estudante repete termos, principalmente o verbo “era” (linhas 4, 5 e 8) e demonstra que ainda não consolidou as formas de emprego da vírgula, pois esse sinal de pontuação aparece em poucos partes do texto, sendo necessárias em outras na qual não foi empregada, como antes da conjunção “mas”, logo após “desmaio” (desmaiou) na linha 14.

A presença da oralidade é percebida na omissão de letras em determinadas palavras, principalmente nos verbos, configurando em alguns casos desvios de regência e/ou concordância, como:

30 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Transversal

» Linha 6 – “brincava” no lugar de “brincavam”;

» Linha 11 – “quere” ao invés de “querer / “discolo” no lugar de “descolou”;

» Linha 24 – “acordo” no lugar de “acordou”.

Esse estudante já demonstra conhecer o valor semântico de conjunções e advérbios, mesmo grafando esses vocábulos com alguns desvios ortográficos: “mais” com valor de “mas” (l. 9); “mas” (l. 15); “porque” (l. 22); “derepente” no valor de “de repente”, desvio muito comum na grafia dessa palavra.

Em suma, esse estudante apresenta uma escrita que se encontra em nível BÁSICO, levando-se em consideração que ele, ao ser avaliado, encontrava-se cursando o 5º ano do Ensino Fundamental.

6º ano do Ensino Fundamental

Texto 4

C1 - REGISTRO 4.0

C2 - TEMA/TIPOLOGIA TEXTUAL 4.0

C3 - COERÊNCIA 4.0

C4 - COESÃO 4.0

Total: 4.0

31Língua Portuguesa - Ditado/Produção de Texto - 5º, 6° e 7º anos do Ensino Fundamental | SAEMI 2013 

A narrativa apresentada pelo narrador desse texto configurou-se de forma incoerente. O estudante inicia falando de um relógio que gosta muito de viajar e voar com os pássaros, depois afirma que isso não passa de uma lenda, porque não existe um relógio que voa. Depois ele segue o texto relatando que o relógio viveu muitas aventuras, contradizendo sua afirmação anterior de se tratar apenas uma lenda, ou seja, ele se confunde ao explicar que sua história era apenas uma ficção.

» Outra questão que prejudica o encadeamento das ideias do texto é a ausência de pontuação. O ponto final ao

término do texto é o único sinal de pontuação utilizado pelo narrador.

» Quanto ao Registro, o estudante apresenta os seguintes desvios que merecem destaque:

» Ausência do acento agudo em “relógio” (em todas as ocorrências do termo no texto), em “passaros” (l. 5), “varias” (l.

10) e “maquina” (l. 11);

» Uso desnecessário do artigo “o” em “pelo o tempo” (l. 4);

» Uso de conjunção aditiva com valor adversativo por influência da oralidade – “mais” (l. 6);

» Concordância verbal – “realizar” no lugar de “realizarem” (l. 13) e “acontecer” quando deveria ser “aconteceram” (l. 25);

» Separação sílaba errônea em fim de linha – “intelig-ente” (l. 23-24).

Pela escrita apresentada pelo estudante nesse texto é possível dizer que ele se encontra em nível BÁSICO no que concerne à competência de escrita.

INTERMEDIÁRIO

4,1 6,0

O estudante com escrita nesse nível encontra-se ainda mistura as hipóteses alfabética e ortográfica, mesmo com predomínio desta, apresentando eventuais desvios de Registro, ou seja, aspectos gramaticais e de convenções da escrita que ainda influenciam significativamente a inteligibilidade de seu texto. Sua narrativa é desenvolvida de forma contínua, mas com fatos pouco organizados e relacionados de forma pouco consistente em relação ao tema da proposta de produção textual, com algumas inadequações na utilização dos recursos coesivos, que afetam a continuidade de sua produção textual.

32 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Transversal

5º ano do Ensino Fundamental

Texto 5

C1 - REGISTRO 6.0

C2 - TEMA/TIPOLOGIA TEXTUAL 6.0

C3 - COERÊNCIA 6.0

C4 - COESÃO 6.0

Total: 6.0

Esse texto demonstra que seu autor possui conhecimento acerca dos mecanismos de escrita empregados para a construção de um texto, mas não conseguiu compreender a proposta de forma adequada, pois o tema apresenta lacunas, uma vez que o estudante se detém apenas no caráter de transporte da máquina do tempo.

Curiosamente, esse estudante já é capaz de realizar um processo de hipercorreção de sua própria escrita, pois indica com parênteses palavras grafadas erroneamente, segundo sua concepção, ou empregadas de forma indevida. O melhor exemplo disso é a inclusão do “n” na palavra “invenção” no título do texto.

Os desvios ortográficos são recorrentes e interferem no entendimento do texto, pois são acompanhados da ausência de sinais de pontuação como a vírgula. As principais ocorrências são:

» Linha 3 – “invenção” no lugar de “invenções”;

» Linha 4 – “agum” ao invés de “algum”;

» Linha 5 (em todas as outras vezes em que aparece no texto) – ausência do acento agudo na palavra “maquina” que o exige por ser uma proparoxítona;

» Linha 6 – uso do “mais” com valor adversativo de “mas”;

» Linha 9 – separação do vocábulo “Naquela” (“Na quela);

33Língua Portuguesa - Ditado/Produção de Texto - 5º, 6° e 7º anos do Ensino Fundamental | SAEMI 2013 

» Linha 10 – incorreção na relação grafema/fonema no vocábulo “precisa” (“presiza), mostrando desconhecer que a consoante S entre vogais assume o valor sonoro de /z/ e não de /s/.

Pela escrita apresentada pelo estudante e as notas atribuídas ao seu texto, sua escrita encontra-se em nível INTERMEDIÁRIO, pois, ao mesmo tempo, que revela adequação no uso da língua, ele também demonstra não ter superado questões básicas.

6º ano do Ensino Fundamental

Texto 6

C1 - REGISTRO 6.0

C2 - TEMA/TIPOLOGIA TEXTUAL 6.0

C3 - COERÊNCIA 6.0

C4 - COESÃO 6.0

Total: 6.0

34 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Transversal

O narrador desse texto conta em sua narrativa algumas de suas viagens no tempo como quando foi para uma época na qual ainda não havia nascido e para Paris, no ano de 1999. Ao voltar para o presente, ele e outros amigos voltaram até a época em que nasceram e se viram como crianças. No entanto, a coerência do texto foi rompida quando, a partir da linha 21, o narrador insere acontecimentos relacionados a elementos da natureza (água, terra, vento e fogo), inspirados, provavelmente, por desenhos animados que têm esse mote.

Mesmo com a coerência comprometida, o tema é desenvolvido de forma mediana dentro dos limites estruturais do texto narrativo, prejudicado, no entanto, pela ausência de um desfecho mais relacionado aos demais fatos narrados.

Esse estudante consegue articular as partes do texto, utilizando advérbios e conjunções, dentre outros elementos, mas constrói períodos muito longos com ausência ou emprego indevido de vírgulas, que rompem com a sequência textual.

Alguns desvios também impedem que o estudante receba uma pontuação maior na Competência I – Registro:

» Ausência de letra maiúscula na primeira palavra do título e na primeira palavra do corpo do texto, assim como na

palavra “paris” (l. 9);

» Mascas de oralidade – “num” (no lugar de “um) na linha 3 / “pro” (ao invés de “para o”) nas linhas 10 e 13;

» Concorrência grafema/fonema na transposição do som /s/ - “nacido” no lugar de “nascido” (l. 6) / “naceram” ao invés

de “nasceram” (l. 14).

Pela escrita apresentada, esse estudante encontra-se em nível INTERMEDIÁRIO de apropriação da competência escritora esperada para essa etapa de escolaridade.

ADEQUADO

6,1 8,0

Após cinco anos de escolarização, espera-se que o estudante já tenha domínio sobre o código alfabético da escrita, identificando as relações entre grafemas e fonemas. Os desvios eventuais de registro que esse estudante apresenta referem-se, em sua maioria, a questões relacionadas à ortografia oficial da Língua Portuguesa e algumas interferências de oralidade. O texto desse estudante atende ao tema a partir de uma narração consistente, apresentando os fatos de forma contínua, com eventuais supressões de elementos da tipologia textual avaliada e poucas inadequações na utilização dos recursos coesivos, que ainda afetam a continuidade do texto.

35Língua Portuguesa - Ditado/Produção de Texto - 5º, 6° e 7º anos do Ensino Fundamental | SAEMI 2013 

5º ano do Ensino Fundamental

Texto 7

C1 - REGISTRO 6.0

C2 - TEMA/TIPOLOGIA TEXTUAL 10.0

C3 - COERÊNCIA 8.0

C4 - COESÃO 8.0

Total: 8.0

O estudante que se encontra no 5º ano do Ensino Fundamental já teve acesso à estrutura básica da Língua Portuguesa em seus aspectos morfológicos, sintáticos e fonéticos. Contudo, ele ainda não é capaz de estruturar, por exemplo, períodos compostos com exatidão, porque esse conteúdo ainda lhe será apresentado ao longo das últimas etapas do Ensino Fundamental. É por isso que as frases dos estudantes dessa fase são, geralmente, curtas e fragmentadas, o que nessa fase de escolarização é aceitável.

36 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Transversal

Nesse texto, o que prejudica sua inteligibilidade são os desvios ortográficos recorrentes e a repetição de termos da oralidade (como o “lá” – linhas 4 e 5) no lugar de vírgulas ou conectivos. Quanto à Competência I – Registro, esse estudante ainda se encontra em nível INTERMEDIÁRIO por apresentar recorrência de graves desvios. No entanto, sua maior pontuação foi dada na Competência II – Tema/Tipologia Textual porque sua narrativa é rica em detalhes. Através de sua máquina do tempo, o narrador viajou até o passado na época das cavernas e também foi ao futuro acompanhar a Copa do Mundo de Futebol e ver que a chuva chegou ao sertão. A coerência foi um pouco prejudicada, pois o autor se perde ao tentar unir sua viagem ao passado com sua ida ao futuro (2º parágrafo), mas ele consegue dar um desfecho para seu enredo.

Como a Competência I ainda está em nível INTERMEDIÁRIO, seria pouco provável esse estudante receber pontuação máxima na Competência IV – Coesão, pois a ausência de conectivos e a grande extensão de suas frases comprometem o encadeamento do texto.

Analisando esse texto como um todo, nota-se que o nível de escrita desse estudante já se encontra em nível ADEQUADO para essa etapa de ensino, como atesta sua nota final 8 (oito) pontos.

6º ano do Ensino Fundamental

O estudante que se encontra nesse período de escolarização já cursou o ciclo de alfabetização e está em transição entre o segundo e terceiro ciclos do Ensino Fundamental. Nessa fase, o estudante já exposto à estrutura básica da sintaxe da Língua Portuguesa e possui um repertório vocabular mais amplo, por isso espera-se que ele já tenha domínio sobre o código alfabético da escrita, identificando as relações entre grafemas e fonemas, o uso dos sinais básicos de pontuação (ponto final, interrogação, exclamação etc.), as classes de palavras, tempos verbais principais, entre outras estruturas de Registro. Os desvios eventuais que esse estudante ainda apresente referem-se, em sua maioria, a questões relacionadas à ortografia oficial da Língua Portuguesa e algumas interferências de oralidade que ainda serão abordadas nas próximas etapas de escolaridade, pois esse estudante já faz bom uso da língua escrita e se propõe a construir novas hipóteses. Seu texto estudante atende ao tema a partir de uma narração consistente, apresentando os fatos de forma contínua, mas com eventuais supressões de elementos da tipologia textual avaliada e poucas inadequações na utilização dos recursos coesivos, que ainda afetam a continuidade do texto, mas não prejudicam sua inteligibilidade.

37Língua Portuguesa - Ditado/Produção de Texto - 5º, 6° e 7º anos do Ensino Fundamental | SAEMI 2013 

Texto 8

C1 - REGISTRO 8.0

C2 - TEMA/TIPOLOGIA TEXTUAL 8.0

C3 - COERÊNCIA 8.0

C4 - COESÃO 8.0

Total: 8.0

De forma direta e clara, o narrador desse texto conta sua viagem para a época dos dinossauros e seu fascínio pelos animais e a flora do período jurássico. Ele conta ainda que pretende realizar outra viagem, dessa vez para o ano de 1981 quando, segundo ele, as imagens dos aparelhos de televisão não possuíam cores. No entanto, a conexão entre a viagem realizada e a pretendida rompeu com a coerência do texto, pois logo em seguida o narrador retoma o mote dos dinossauros.

Os desvios de registro encontrados nesse texto como hipersegmentação de palavras (“na quela” na linha 1 e “agente” na linha 3) não são aceitáveis nessa fase de escolarização, mesmo não comprometendo a inteligibilidade textual.

O nível de escrita apresentado por esse estudante permite alocá-lo no nível ADEQUADO.

AVANÇADO

8,1 10,0

O estudante que apresenta uma escrita em nível AVANÇADO está alocado em um intervalo de pontuação que varia entre 8,1 e 10. Seu texto não apresenta desvios relacionados às competências Registro e Coesão ou, mesmo que ocorram, não afetam a inteligibilidade do texto como um todo ou partes dele. Seu texto apresenta todos os elementos necessários para o desenvolvimento de uma narrativa coerente.

38 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Transversal

5º ano do Ensino Fundamental

Texto 9

C1 - REGISTRO 10.0

C2 - TEMA/TIPOLOGIA TEXTUAL 10.0

C3 - COERÊNCIA 10.0

C4 - COESÃO 10.0

Total: 10.0

A extensão de um texto não garante sua qualidade. Esse é o caso da narrativa em análise. O estudante fez um texto simples, centrado em apenas uma situação (sua viagem ao futuro) e se ateve a contar detalhes dessa aventura como sua visita à fábrica de robôs e à loja de roupas.

Os desvios de registro detectados nesse texto, em sua maioria de concordância (“ela” no lugar de “elas” e “muitos” ao invés de “muito” na linha 11), não comprometem o entendimento do texto no que concerne à

39Língua Portuguesa - Ditado/Produção de Texto - 5º, 6° e 7º anos do Ensino Fundamental | SAEMI 2013 

sua coerência e coesão. Nota-se, por exemplo, que esse estudante já consegue fazer emprego da vírgula e até mesmo do sinal de ponto e vírgula (linha 4).

O tema poderia ter sido expandido, pois havia espaço para mais informações, contudo o autor optou por uma narrativa mais direta, porém bem desenvolvida.

Esse estudante já se encontra em nível AVANÇADO de escrita, porque já possui o nível de escrita máximo esperado para um estudante do 5º ano.

6º ano do Ensino Fundamental

Texto 10

C1 - REGISTRO 10.0

C2 - TEMA/TIPOLOGIA TEXTUAL 10.0

C3 - COERÊNCIA 10.0

C4 - COESÃO 10.0

Total: 10.0

A pontuação obtida pelo texto desse estudante o aloca no nível AVANÇADO, pois os desvios apresentados não interferem no entendimento do texto. Além disso, elabora uma narrativa com traços de relato que permitem ao narrador manter a história até o fim.

40 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Transversal

Nessa etapa de escolaridade, o estudante o estudante já possui conhece a estrutura básica da escrita formal da Língua Portuguesa e começa a traçar novas hipóteses que só serão sistematizadas nas etapas posteriores, por isso ocorrem alguns desvios ortográficos e de coesão até mesmo em textos nesse nível. No entanto, ao se observar o texto como um todo, nota-se que ele atende ao tema e à tipologia de forma coerente.

Quantos às demais competências, os desvios não são recorrentes e permitem que o leitor compreenda a mensagem do texto sem esforço.

O perfil de escritor do 7º ano Ensino Fundamental

A partir da nota final obtida pelo estudante, pode-se definir o perfil de escritor de acordo com a descrição do nível no qual sua nota está alocada, conforme a escala a seguir.

INADEQUADO ABAIXO DO BÁSICO BÁSICO INTERMEDIÁRIO ADEQUADO AVANÇADO

0 0,1 2,0 2,1 4,0 4,1 6,0 6,1 8,0 8,1 10,0

INADEQUADO

0

Após sete anos de escolarização, o estudante que se encontra alocado nesse nível ainda apresenta um desempenho linguístico primário, demonstrando desconhecimento da norma padrão, de escolha de registro e/ou de convenções da escrita, por isso sua escrita é ininteligível, mas ainda assim é possível compreender algumas palavras acerca do tema. Quando elabora tópicos frasais, as fazem de forma nominal ou com verbos empregados de forma inapropriada. Consequentemente, seu texto não apresenta articulação entre as partes e desenvolve uma narrativa ou relato incoerente, limitando-se geralmente a listar informações e/ou ações.

41Língua Portuguesa - Ditado/Produção de Texto - 5º, 6° e 7º anos do Ensino Fundamental | SAEMI 2013 

Texto 1

C1 - REGISTRO 0.0

C2 - TEMA/TIPOLOGIA TEXTUAL 0.0

C3 - COERÊNCIA 0.0

C4 - COESÃO 0.0

Total: 0.0

A princípio, o autor desse texto começa a escrever uma rosa com espinhos, mas desiste do texto e o anulo, iniciando outro sobre o tema da proposta a partir da linha 7.

Esse texto apresenta uma sequência de palavras sem ligação umas com as outras. É possível identificar o tema por causa da presença do termo “amigo” (l. 10), mas a maioria das palavras listadas em tentativas de frases são incoerentes.

Dessa forma, essa produção não constitui uma sequência textual formal e a escrita apresentada aloca-se no nível INADEQUADO.

ABAIXO DO BÁSICO

0,1 2,0

O estudante com uma escrita ABAIXO DO BÁSICO para essa etapa de escolaridade apresenta graves desvios de registro como frases truncadas ou graves problemas de pontuação ou não utilização dos sinais de pontuação, dificuldade para relacionar grafemas e fonemas, regras básicas de concordância e regência nominal e verbal e emprego recorrente de marcas de oralidade. A coerência e a coesão de seu texto são dadas de forma precária e o tema é tangenciado por meio de um texto que omite diversos elementos da tipologia textual avaliada.

42 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Transversal

Texto 2

C1 - REGISTRO 2.0

C2 - TEMA/TIPOLOGIA TEXTUAL 2.0

C3 - COERÊNCIA 2.0

C4 - COESÃO 2.0

Total: 2.0

A análise desse texto evidencia que o autor apresenta desempenho que o aloca no Nível I – ABAIXO DO BÁSICO, para essa etapa de escolaridade. Avaliando-se o texto como um todo, observa-se uma tentativa de ordenação textual, embora seja forte a marca da oralidade bem como a sequência ininterrupta das ideias apresentadas.

Verifica-se que o estudante demonstra domínio insuficiente da norma padrão, apresentando graves e frequentes desvios gramaticais e de convenção da escrita. Há, também, desestruturação sintática na maior parte do texto, sendo a ausência de pontuação uma característica a ser destacada.

O desenvolvimento do tema se apresenta de forma tangencial, sendo difícil detectar o foco narrativo, uma vez que o narrador não detalha os fatos.

43Língua Portuguesa - Ditado/Produção de Texto - 5º, 6° e 7º anos do Ensino Fundamental | SAEMI 2013 

Quanto à Competência IV – COESÃO, a conexão entre as partes do texto revela-se inconsistente. As vírgulas não são empregadas, desrespeitando as normas e acarretando na fragmentação das frases, dificultando a compreensão. O uso dos recursos coesivos é inconsistente, com pouca variedade de conectores ou ausência deles na maior parte do texto. Não há pausas que propiciem uma leitura fluente.

BÁSICO

2,1 4,0

O estudante que se encontra no nível BÁSICO ainda elabora um texto com muitos desvios gramaticais, de escolha de registro e/ou de convenções da escrita, deixando o texto em parte ininteligível. Além disso, Os fatos narrados e/ou relatados não se articulam de forma coesa e coerente, porque seu texto apresenta a supressão de elementos essenciais à tipologia e/ou ao tema.

Texto 3

C1 - REGISTRO 6.0

C2 - TEMA/TIPOLOGIA TEXTUAL 2.0

C3 - COERÊNCIA 4.0

C4 - COESÃO 4.0

Total: 4.0

De forma global, o texto apresenta, a respeito do tema, poucas informações, detendo-se mais na descrição do relacionamento do narrador com sua amiga.

Esse estudante revela domínio entre mediano e adequado da norma padrão, mas ainda há estruturas sintáticas comprometidas, como na linha 2, no tocante ao uso das formas verbais.

A articulação entre as partes do texto acontece de forma inadequada. Há fragmentação das ideias pela ausência de sinais de pontuação. O texto é apresentado em um único período muito longo, prejudicando a compreensão.

44 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Transversal

INTERMEDIÁRIO

4,1 6,0

O estudante com escrita em nível INTERMEDIÁRIO no 7º ano do Ensino Fundamental compõe uma narrativa ou relato com algumas inadequações na utilização dos recursos coesivos, que afetam a continuidade de partes do texto, omitindo elementos essenciais para a construção de um texto coerente que atenda ao tema e à tipologia. Quanto ao Registro, sua escrita ainda transita entre a adequação e a inadequação, o que prejudica o entendimento de partes de seu texto. Os principais desvios são regência, concordância e pontuação.

Texto 4

C1 - REGISTRO 6.0

C2 - TEMA/TIPOLOGIA TEXTUAL 6.0

C3 - COERÊNCIA 6.0

C4 - COESÃO 6.0

Total: 6.0

A análise desse texto evidencia que o estudante apresenta desempenho que o aloca no Nível III – INTERMEDIÁRIO, para essa etapa de escolaridade. Manifesta-se grande repetitividade da conjunção “e”, principal mecanismo de coesão utilizado pelo narrador.

Verifica-se que o estudante ainda apresenta alguns desvios gramaticais e de convenção de escrita. Alguns aspectos da norma padrão ainda não foram incorporados aos hábitos linguísticos, como o uso dos sinais de pontuação de forma adequada.

45Língua Portuguesa - Ditado/Produção de Texto - 5º, 6° e 7º anos do Ensino Fundamental | SAEMI 2013 

A abordagem do tema é superficial. O narrador limita-se a exaltar a importância da amizade e dos amigos, mas esquece de contar uma aventura vivida por esse grupo de amigos ou imaginada por ele.

Nota-se, ainda, que a articulação entre as partes do texto apresenta inadequações. Há comprometimento da estrutura lógico-gramatical por falta de conexão adequada entre as ideias apresentadas.

ADEQUADO

6,1 8,0

Nessa fase, o estudante já foi exposto a estruturas mais complexas da sintaxe da Língua Portuguesa e possui um repertório vocabular mais amplo, devido ao contato com novas tipologias textuais, por isso seu texto apresenta poucos desvios no que tange à competência Registro. Seu texto é em grande parte coeso e coerente, mas o tema ainda não é desenvolvido por completo dentro dos limites estruturais da tipologia textual, pois alguns elementos da narrativa ou do relato ainda são omitidos ou não foram apropriados pelo estudante.

Texto 5

C1 - REGISTRO 8.0

C2 - TEMA/TIPOLOGIA TEXTUAL 8.0

C3 - COERÊNCIA 8.0

C4 - COESÃO 8.0

Total: 8.0

46 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Transversal

De modo geral, o texto é bem articulado no tocante às ideias, revelando que o estudante compreendeu a proposta. O estudante demonstra bom domínio da norma padrão, apresentando leves desvios gramaticais e de convenções da escrita. Há desvios em relação a concordância verbal e normal, mas não afetam o desenvolvimento da narrativa.

O narrador já começa sua história contando a aventura vivida e só depois elenca os nomes das amigas. Após concluir o texto, ele se lembra de informar onde o círculo de amizade se desenvolveu.

A seleção, organização e relação de informações é satisfatória e pertinente ao tema proposto. No entanto, os fatos narrados poderiam ter sido melhor detalhados.

Quanto à Competência IV – COESÃO, a articulação entre as partes do texto apresenta poucas inadequações. Há uma paragrafação apropriada e os períodos não são de grande extensão, embora ainda haja desvios leves.

AVANÇADO

8,1 10,0

O estudante que apresenta uma escrita em nível AVANÇADO não apresenta desvios relacionados às competências Registro e Coesão ou, mesmo que ocorram, não afetam a inteligibilidade do texto como um todo ou partes dele. Seu texto apresenta todos os elementos necessários para o desenvolvimento de uma narração ou relato coerente.

47Língua Portuguesa - Ditado/Produção de Texto - 5º, 6° e 7º anos do Ensino Fundamental | SAEMI 2013 

Texto 6

C1 - REGISTRO 10.0

C2 - TEMA/TIPOLOGIA TEXTUAL 10.0

C3 - COERÊNCIA 8.0

C4 - COESÃO 8.0

Total: 9.0

O estudante demonstra ter compreendido a proposta de produção de texto e desenvolvido o tema dentro dos limites estruturais do texto narrativo. O texto se organiza em quatro parágrafos claros e objetivos que apresentam todos os elementos necessários para a construção de uma narrativa (situação inicial, conflito gerador, clímax e desfecho).

Em relação ao REGISTRO, observa-se que os desvios presentes não interferem na qualidade textual. Há, em geral, bom domínio da norma padrão da língua escrita.

Relativamente à COERÊNCIA, a seleção, relação, organização e interpretação de informações e fatos dão-se de forma satisfatória e os mecanismos linguísticos necessários à construção do encadeamento textual apresentam-se adequados.

48 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Transversal

OS RESULTADOS DESTA ESCOLA

OS RESULTADOS DESTA ESCOLA

Os resultados desta escola na avaliação de Produção de Texto e Ditado do Saemi 2013 são apresentados sob os seguintes aspectos:

Produção de Texto:

1 Resultados de Participação

Informa o número estimado de estudantes para a realização do teste e quantos, efetivamente, participaram da avaliação no município, no distrito ou nas escolas rurais e na sua escola.

2 Nota Média na Produção de Textos Válidos

Apresenta a nota média desta escola. Você pode comparar essa nota com aquelas obtidas pelo distrito ou pelas escolas rurais e pelo município. O objetivo é proporcionar uma visão das notas médias e posicionar sua escola em relação a elas.

3 Percentual de estudantes por Nível de Desempenho em cada competência

Apresenta a distribuição dos estudantes, ao longo dos Níveis de Desempenho, no município, no distrito ou nas escolas rurais e na sua escola. A tabela permite que você identifique o percentual de estudantes para cada Nível de Desempenho em cada uma das competências. Isso será fundamental para planejar intervenções pedagógicas voltadas à melhoria do processo de ensino e à promoção da equidade escolar.

Ditado:

1. Resultados de Participação

Informa o número estimado de estudantes para a realização do teste e quantos, efetivamente, participaram da avaliação no município, no distrito ou nas escolas rurais e na sua escola.

2. Nota Média

Apresenta a nota média desta escola. Você pode comparar essa nota com aquelas obtidas pelo distrito ou pelas escolas rurais e pelo município. O objetivo é proporcionar uma visão das notas médias e posicionar sua escola em relação a elas.

3. Percentual de acerto por categoria avaliada

Apresenta a distribuição dos estudantes, ao longo das categorias avaliadas, no município, no distrito ou nas escolas rurais e na sua escola. A tabela permite que você identifique o percentual de estudantes para cada categoria avaliada pelo Ditado. Isso será fundamental para planejar intervenções pedagógicas voltadas à melhoria do processo de ensino e à promoção da equidade escolar.

50 SAEMI 2013 | Revista da Avaliação Transversal

REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORAJÚLIO MARIA FONSECA CHEBLI

COORDENAÇÃO GERAL DO CAEdLINA KÁTIA MESQUITA DE OLIVEIRA

COORDENAÇÃO TÉCNICA DO PROJETOMANUEL FERNANDO PALÁCIOS DA CUNHA E MELO

COORDENAÇÃO DA UNIDADE DE PESQUISATUFI MACHADO SOARES

COORDENAÇÃO DE ANÁLISES E PUBLICAÇÕESWAGNER SILVEIRA REZENDE

COORDENAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃORENATO CARNAÚBA MACEDO

COORDENAÇÃO DE MEDIDAS EDUCACIONAISWELLINGTON SILVA

COORDENAÇÃO DE OPERAÇÕES DE AVALIAÇÃORAFAEL DE OLIVEIRA

COORDENAÇÃO DE PROCESSAMENTO DE DOCUMENTOSBENITO DELAGE

COORDENAÇÃO DE CONTRATOS E PROJETOSCRISTINA BRANDÃO

COORDENAÇÃO DE DESIGN DA COMUNICAÇÃORÔMULO OLIVEIRA DE FARIAS

COORDENADORA DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM DESIGNEDNA REZENDE S. DE ALCÂNTARA

REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORAJÚLIO MARIA FONSECA CHEBLI

COORDENAÇÃO GERAL DO CAEdLINA KÁTIA MESQUITA DE OLIVEIRA

COORDENAÇÃO TÉCNICA DO PROJETOMANUEL FERNANDO PALÁCIOS DA CUNHA E MELO

COORDENAÇÃO DA UNIDADE DE PESQUISATUFI MACHADO SOARES

COORDENAÇÃO DE ANÁLISES E PUBLICAÇÕESWAGNER SILVEIRA REZENDE

COORDENAÇÃO DE INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃORENATO CARNAÚBA MACEDO

COORDENAÇÃO DE MEDIDAS EDUCACIONAISWELLINGTON SILVA

COORDENAÇÃO DE OPERAÇÕES DE AVALIAÇÃORAFAEL DE OLIVEIRA

COORDENAÇÃO DE PROCESSAMENTO DE DOCUMENTOSBENITO DELAGE

COORDENAÇÃO DE CONTRATOS E PROJETOSCRISTINA BRANDÃO

COORDENAÇÃO DE DESIGN DA COMUNICAÇÃORÔMULO OLIVEIRA DE FARIAS

COORDENADORA DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM DESIGNEDNA REZENDE S. DE ALCÂNTARA

Ficha catalográfica

IPOJUCA. Secretaria Municipal de Educação do Ipojuca.

SAEMI – 2013 / Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd.

Jan./Dez. 2013, Juiz de Fora, 2013 – Anual.

Conteúdo: Avaliação Transversal – Língua Portuguesa – Ditado e Produção de Texto

5º, 6º e 7º anos do Ensino Fundamental

ISSN 2318-7263 CDU 373.3+373.5:371.26(05)

SAEMISISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL MUNICIPAL DO IPOJUCA

REVISTA DAAVALIAÇÃO TRANSVERSAL

5º, 6º e 7º anos do Ensino FundamentalLÍNGUA PORTUGUESADitado / Produção de Texto

2013