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Entre as mudanças na legislação trabalhista que constam no texto-base da re- forma trabalhista aprovada pelo plenário da Câmara ontem (26), a prevalência do acorda- do sobre o legislado é considerada a "espi- nha dorsal". Esse ponto permite que as ne- gociações entre patrão e empregado, os a- cordos coletivos tenham mais valor do que o previsto na legislação. O texto mantém o pra- zo de validade de dois anos para os acordos coletivos e as convenções coletivas de traba- lho, vedando expressamente a ultratividade (aplicação após o término de sua vigência). Foi alterada a concessão das férias dos trabalhadores, com a possibilidade da divi- são do descanso em até três períodos, sendo que um dos períodos não pode ser inferior a 14 dias corridos e que os períodos restantes não sejam inferiores a cinco dias corridos ca- da um. A reforma também proíbe que o início das férias ocorra no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado. A contribuição sindical obrigatória é extin Veja o que mudou na reforma trabalhista aprovada na Câmara Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 412 – 27/04/2017 - Fim da Página 01/10 Norminha DESDE 18/AGOSTO/2009 Diretores do SINDALCO tomam posse na Comissão Municipal de Emprego de Araçatuba Antônio Brito lança livro “Coach: O estrategista” no Espírito Santo Em um dos 201 tópicos do livro, Brito escreve sobre “Os 20 poderes e competências que um profissional precisa desenvolver para ter mais sucesso em sua vida”. Principais Atribuições das Comissões/Conselhos: Promover a adequação das Políticas de Emprego e Renda ao mercado de trabalho lo- cal, orientar sua execução e exercer o contro- le social sobre as mesmas; Aprovar o Projeto Básico do Convênio Plurianual do Sistema Nacional de Emprego (CP-SINE) e do Convênio Plurianual da Qua- lificação Social e Profissional (CP-QSP) vi- sando à execução das ações do Sistema Pú- blico de Emprego, Trabalho e Renda; Aprovar ajustes no Plano de Trabalho du- rante a execução do Convênio Plurianual; Proceder ao acompanhamento da utiliza- ção dos recursos destinados à execução das ações do Programa Seguro-Desemprego e dos Programas de Geração de Emprego e Renda (PROGER), no que se refere ao cum- primento dos critérios, de natureza técnica, definidos pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (CODE- FAT). Vinculada à Comissão Estadual de Empre go, tem por finalidade consubstanciar a parti- cipação da sociedade organizada na admi- nistração de um sistema público de emprego no Município de Araçatuba, cujos membros nomeados deverão articular-se para esse fim. Os membros da Comissão, titulares e su- plentes, são investidos na função pelo prazo de 3 (três) anos e não receberão, pela ativi- dade exercida na Comissão, qualquer tipo de pagamento, remuneração, vantagens ou be- nefícios, sendo os seus trabalhos conside- rados serviços públicos relevantes prestados ao Município. Após a efetiva posse ocorreu entre os in- tegrantes a escolha da presidência e secreta- ria da comissão, sendo eleito: Célio Donizetti Kiil do Sindalco para a presidência e Pierri Louis de Camargo Silva Teodoro para secre- taria. Erick Carneiro (Secretário Desenvolvimento e Indústria); Edna Flor (Vice-Prefeita); Célio Kiill; Dilador Borges (Prefeito) Célio Kiill, durante sua fala já empossado como presidente, solicitou “a presença de to- dos os membros nas reuniões para que pos- sam interagir em programas de geração e renda dos munícipes, um dos principais ob- jetivos da comissão” . Foi realizada no último dia 24 de abril de 2017, no auditório da Prefeitura Mu- nicipal de Araçatuba (SP), a posse dos mem- bros da Comissão Municipal de Emprego (triênio 2017/2020). As Comissões de Emprego são órgãos ou instâncias colegiadas, de caráter permanente e constituídas de forma tripartite e paritária, compostas de no mínimo 6 (seis) e no máxi- mo 18 (dezoito) membros, devendo contar com representação da área urbana e rural, em igual número, de trabalhadores, de emprega- dores e do governo. A Presidência da Comissão é exercida em sistema de rodízio, entre as bancadas do go- verno, dos trabalhadores e dos empregado- res, tendo o mandato do Presidente a dura- ção de 12 (doze) meses e vedada a recondu- ção para período consecutivo. A Secretaria Executiva da Comissão é e- xercida pela Coordenação Estadual do SINE e, no caso das Comissões Municipais, pelo órgão da prefeitura responsável pela opera- cionalização das atividades inerentes ao Sis- tema Nacional de Emprego, na localidade, cabendo a ela a realização das tarefas técni- cas e administrativas. de depósito em juízo para recorrer de deci- sões em causas trabalhistas para as entidades filantrópicas e sem fins lucrativos, para as empresas em recuperação judicial e para os que tiverem acesso à justiça gratuita. Na atribuição de indenização em ações por danos morais relacionados ao trabalho, Mari- nho criou uma nova faixa de penalidade pecu- niária para a ofensa considerada gravíssima que será de 50 vezes o salário contratual do ofendido. A ofensa de natureza grave será pe- nalizada com indenização de até 20 vezes o salário. Quanto ao mandato do representante de trabalhadores em comissão representativa junto à empresa, Marinho retirou a possibili- dade de recondução ao cargo, cuja duração é de um ano. Compartilhamos com Agência Brasil ta. Atualmente o tributo é recolhido anual- mente e corresponde a um dia de trabalho, para os empregados, e a um percentual do capital social da empresa, no caso dos em- pregadores. Trabalho intermitente A proposta prevê a prestação de serviços de forma descontínua, podendo o funciona- rio trabalhar em dias e horários alternados. O empregador paga somente pelas horas efeti- vamente trabalhadas. O contrato de trabalho nessa modalidade deve ser firmado por es- crito e conter o valor da hora de serviço. O texto retira as alterações de regras rela- tivas ao trabalho temporário. A Lei da Tercei- rização (13.429/17), sancionada em março, já havia mudado as regras do tempo máximo de contratação, de três meses para 180 dias, consecutivos ou não. Além desse prazo ini- cial, pode haver uma prorrogação por mais 90 dias, consecutivos ou não, quando per- manecerem as mesmas condições. A medida estabelece uma quarentena de 18 meses entre a demissão de um trabalha- dor e sua recontratação, pela mesma empre- sa, como terceirizado. Para evitar futuros questionamentos, o substitutivo define que a terceirização alcan- ça todas as atividades da empresa, inclusive a atividade-fim (aquela para a qual a empresa foi criada). A Lei de Terceirização não deixava clara essa possibilidade. A legislação prevê que a contratação terceirizada ocorra sem restrições, inclusive na administração públi- ca. O projeto também regulamenta o teletraba- lho. O contrato deverá especificar quais ativi- dades o empregado poderá fazer dentro da mo- dalidade de teletrabalho. Patrão e funcionário poderão acertar a mudança de trabalho presen- cial na empresa para casa. 28 de abril Vídeo destaca a importância do dia 28 de abril como o Dia Mundial em Memória às Vítimas dos Acidentes de Trabalho. CLIQUE AQUI e baixe o vídeo. Ou acesse o site da Fundacentro. Ativismo judicial Entre as medidas aprovadas no projeto, está a que impede o empregado que assinar a rescisão contratual questioná-la posterior- mente na Justiça trabalhista. Outro ponto é a limitação de prazo para o andamento das a- ções. "Decorridos oito anos de tramitação processual sem que a ação tenha sido levada a termo [julgada], o processo será extinto, com julgamento de mérito, decorrente desse decurso de prazo". O projeto incluiu a previsão de demissão em comum acordo. A alteração permite que empregador e empregado, em decisão con- sensual, possam encerrar o contrato de tra- balho. Neste caso, o empregador será obri- gado a pagar metade do aviso prévio, e, no caso de indenização, o valor será calculado sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tem- po de Serviço (FGTS). O trabalhador poderá movimentar 80% do FGTS depositado e não terá direito ao seguro-desemprego. Causas trabalhistas Entre as mudanças feitas está a dispensa Engenheiro Francisco de Almeida Gusmão (de óculos) recebe livro das mãos de Brito durante lançamento do livro em Vitória (ES) O evento terá a parceria de Norminha e em breve daremos mais detalhes sobre a progra- mação. Aguardem! COMPRE O LIVRO. Revista Digital Semanal - Diretor responsável: WC Maioli Mte 51/09860-8 - Ano 09 - 27 de Abril de 2017 - Nº 412 COMPARTILHAMOS: Segurança e Saúde Ocupacional Meio Ambiente Gestões Integradas Bem estar aos trabalhadores [email protected] [email protected] [email protected] Foi lançado na noite de ontem, quarta-feira, em Vitória (ES) o livro de Anto- nio Brito Filho “Coach: O Estratesgista” . O evento foi realizado na sede da Ebra- coaching em Jardim Camburi. Publicado pela Editora Nova Literarte, a obra tem a premissa de levar aos Coaches e, também a gestores e líderes, lições, pressu- posições, dicas, reflexões, estratégias e fer- ramentas para o crescimento pessoal e pro- fissional. Brito cita que “em um dos 201 tópicos do livro escrevo sobre “Os 20 Poderes e Com- petências que um profissional precisa de- senvolver para ter mais sucesso em sua vi- da”. Essa é a essência do Coaching, levar a pessoa a agir na direção que ela já quer ir, preparando a sua jornada e criando o seu destino. Antonio Brito estará em Araçatuba (SP), no dia 12 de agosto de 2017 para apresen- tação de um Workshop sobre Gestão de comportamentos em Segurança do Trabalho. Empossados escolheram Célio Donizetti Kiil do Sindalco para a presidência e Pierri Louis de Camargo Silva Teodoro para secretaria.

Norminha · posições, dicas, reflexões, estratégias e fer como presidente, solicitou “a presença de to ... pregadores. em trabalhadores, com a possibilidade da divi gado a

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Page 1: Norminha · posições, dicas, reflexões, estratégias e fer como presidente, solicitou “a presença de to ... pregadores. em trabalhadores, com a possibilidade da divi gado a

Entre as mudanças na legislação

trabalhista que constam no texto-base da re-

forma trabalhista aprovada pelo plenário da

Câmara ontem (26), a prevalência do acorda-

do sobre o legislado é considerada a "espi-

nha dorsal". Esse ponto permite que as ne-

gociações entre patrão e empregado, os a-

cordos coletivos tenham mais valor do que o

previsto na legislação. O texto mantém o pra-

zo de validade de dois anos para os acordos

coletivos e as convenções coletivas de traba-

lho, vedando expressamente a ultratividade

(aplicação após o término de sua vigência).

Foi alterada a concessão das férias dos

trabalhadores, com a possibilidade da divi-

são do descanso em até três períodos, sendo

que um dos períodos não pode ser inferior a

14 dias corridos e que os períodos restantes

não sejam inferiores a cinco dias corridos ca-

da um. A reforma também proíbe que o início

das férias ocorra no período de dois dias que

antecede feriado ou dia de repouso semanal

remunerado.

A contribuição sindical obrigatória é extin

Veja o que mudou na reforma trabalhista aprovada na Câmara

Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 412 – 27/04/2017 - Fim da Página 01/10

Norminha

DESDE 18/AGOSTO/2009

Diretores do SINDALCO tomam posse na

Comissão Municipal de Emprego de Araçatuba

Antônio Brito lança livro “Coach:

O estrategista” no Espírito Santo

Em um dos 201 tópicos do livro, Brito escreve sobre “Os 20 poderes e competências que um

profissional precisa desenvolver para ter mais sucesso em sua vida”.

Principais Atribuições das

Comissões/Conselhos:

Promover a adequação das Políticas de

Emprego e Renda ao mercado de trabalho lo-

cal, orientar sua execução e exercer o contro-

le social sobre as mesmas;

Aprovar o Projeto Básico do Convênio

Plurianual do Sistema Nacional de Emprego

(CP-SINE) e do Convênio Plurianual da Qua-

lificação Social e Profissional (CP-QSP) vi-

sando à execução das ações do Sistema Pú-

blico de Emprego, Trabalho e Renda;

Aprovar ajustes no Plano de Trabalho du-

rante a execução do Convênio Plurianual;

Proceder ao acompanhamento da utiliza-

ção dos recursos destinados à execução das

ações do Programa Seguro-Desemprego e

dos Programas de Geração de Emprego e

Renda (PROGER), no que se refere ao cum-

primento dos critérios, de natureza técnica,

definidos pelo Conselho Deliberativo do

Fundo de Amparo ao Trabalhador (CODE-

FAT).

Vinculada à Comissão Estadual de Empre

go, tem por finalidade consubstanciar a parti-

cipação da sociedade organizada na admi-

nistração de um sistema público de emprego

no Município de Araçatuba, cujos membros

nomeados deverão articular-se para esse fim.

Os membros da Comissão, titulares e su-

plentes, são investidos na função pelo prazo

de 3 (três) anos e não receberão, pela ativi-

dade exercida na Comissão, qualquer tipo de

pagamento, remuneração, vantagens ou be-

nefícios, sendo os seus trabalhos conside-

rados serviços públicos relevantes prestados

ao Município.

Após a efetiva posse ocorreu entre os in-

tegrantes a escolha da presidência e secreta-

ria da comissão, sendo eleito: Célio Donizetti

Kiil do Sindalco para a presidência e Pierri

Louis de Camargo Silva Teodoro para secre-

taria.

Erick Carneiro (Secretário Desenvolvimento e

Indústria); Edna Flor (Vice-Prefeita); Célio Kiill;

Dilador Borges (Prefeito)

Célio Kiill, durante sua fala já empossado

como presidente, solicitou “a presença de to-

dos os membros nas reuniões para que pos-

sam interagir em programas de geração e

renda dos munícipes, um dos principais ob-

jetivos da comissão”.

Foi realizada no último dia 24 de

abril de 2017, no auditório da Prefeitura Mu-

nicipal de Araçatuba (SP), a posse dos mem-

bros da Comissão Municipal de Emprego

(triênio 2017/2020).

As Comissões de Emprego são órgãos ou

instâncias colegiadas, de caráter permanente

e constituídas de forma tripartite e paritária,

compostas de no mínimo 6 (seis) e no máxi-

mo 18 (dezoito) membros, devendo contar

com representação da área urbana e rural, em

igual número, de trabalhadores, de emprega-

dores e do governo.

A Presidência da Comissão é exercida em

sistema de rodízio, entre as bancadas do go-

verno, dos trabalhadores e dos empregado-

res, tendo o mandato do Presidente a dura-

ção de 12 (doze) meses e vedada a recondu-

ção para período consecutivo.

A Secretaria Executiva da Comissão é e-

xercida pela Coordenação Estadual do SINE

e, no caso das Comissões Municipais, pelo

órgão da prefeitura responsável pela opera-

cionalização das atividades inerentes ao Sis-

tema Nacional de Emprego, na localidade,

cabendo a ela a realização das tarefas técni-

cas e administrativas.

de depósito em juízo para recorrer de deci-

sões em causas trabalhistas para as entidades

filantrópicas e sem fins lucrativos, para as

empresas em recuperação judicial e para os

que tiverem acesso à justiça gratuita.

Na atribuição de indenização em ações por

danos morais relacionados ao trabalho, Mari-

nho criou uma nova faixa de penalidade pecu-

niária para a ofensa considerada gravíssima

que será de 50 vezes o salário contratual do

ofendido. A ofensa de natureza grave será pe-

nalizada com indenização de até 20 vezes o

salário.

Quanto ao mandato do representante de

trabalhadores em comissão representativa

junto à empresa, Marinho retirou a possibili-

dade de recondução ao cargo, cuja duração é

de um ano.

Compartilhamos com Agência Brasil

ta. Atualmente o tributo é recolhido anual-

mente e corresponde a um dia de trabalho,

para os empregados, e a um percentual do

capital social da empresa, no caso dos em-

pregadores.

Trabalho intermitente

A proposta prevê a prestação de serviços

de forma descontínua, podendo o funciona-

rio trabalhar em dias e horários alternados. O

empregador paga somente pelas horas efeti-

vamente trabalhadas. O contrato de trabalho

nessa modalidade deve ser firmado por es-

crito e conter o valor da hora de serviço.

O texto retira as alterações de regras rela-

tivas ao trabalho temporário. A Lei da Tercei-

rização (13.429/17), sancionada em março,

já havia mudado as regras do tempo máximo

de contratação, de três meses para 180 dias,

consecutivos ou não. Além desse prazo ini-

cial, pode haver uma prorrogação por mais

90 dias, consecutivos ou não, quando per-

manecerem as mesmas condições.

A medida estabelece uma quarentena de

18 meses entre a demissão de um trabalha-

dor e sua recontratação, pela mesma empre-

sa, como terceirizado.

Para evitar futuros questionamentos, o

substitutivo define que a terceirização alcan-

ça todas as atividades da empresa, inclusive

a atividade-fim (aquela para a qual a empresa

foi criada). A Lei de Terceirização não deixava

clara essa possibilidade. A legislação prevê

que a contratação terceirizada ocorra sem

restrições, inclusive na administração públi-

ca.

O projeto também regulamenta o teletraba-

lho. O contrato deverá especificar quais ativi-

dades o empregado poderá fazer dentro da mo-

dalidade de teletrabalho. Patrão e funcionário

poderão acertar a mudança de trabalho presen-

cial na empresa para casa.

28 de abril Vídeo destaca a importância do dia 28 de

abril como o Dia Mundial em Memória às

Vítimas dos Acidentes de Trabalho.

CLIQUE AQUI e baixe o vídeo. Ou acesse

o site da Fundacentro.

Ativismo judicial

Entre as medidas aprovadas no projeto,

está a que impede o empregado que assinar

a rescisão contratual questioná-la posterior-

mente na Justiça trabalhista. Outro ponto é a

limitação de prazo para o andamento das a-

ções. "Decorridos oito anos de tramitação

processual sem que a ação tenha sido levada

a termo [julgada], o processo será extinto,

com julgamento de mérito, decorrente desse

decurso de prazo".

O projeto incluiu a previsão de demissão

em comum acordo. A alteração permite que

empregador e empregado, em decisão con-

sensual, possam encerrar o contrato de tra-

balho. Neste caso, o empregador será obri-

gado a pagar metade do aviso prévio, e, no

caso de indenização, o valor será calculado

sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tem-

po de Serviço (FGTS). O trabalhador poderá

movimentar 80% do FGTS depositado e não

terá direito ao seguro-desemprego.

Causas trabalhistas

Entre as mudanças feitas está a dispensa

Engenheiro Francisco de Almeida Gusmão

(de óculos) recebe livro das mãos de Brito

durante lançamento do livro em Vitória (ES)

O evento terá a parceria de Norminha e em

breve daremos mais detalhes sobre a progra-

mação. Aguardem! COMPRE O LIVRO.

Revista Digital Semanal - Diretor responsável: WC Maioli Mte 51/09860-8 - Ano 09 - 27 de Abril de 2017 - Nº 412

COMPARTILHAMOS:

Segurança e Saúde Ocupacional

Meio Ambiente

Gestões Integradas

Bem estar aos trabalhadores

[email protected]

[email protected]

[email protected]

Foi lançado na noite de ontem,

quarta-feira, em Vitória (ES) o livro de Anto-

nio Brito Filho “Coach: O Estratesgista”.

O evento foi realizado na sede da Ebra-

coaching em Jardim Camburi.

Publicado pela Editora Nova Literarte, a

obra tem a premissa de levar aos Coaches e,

também a gestores e líderes, lições, pressu-

posições, dicas, reflexões, estratégias e fer-

ramentas para o crescimento pessoal e pro-

fissional.

Brito cita que “em um dos 201 tópicos do

livro escrevo sobre “Os 20 Poderes e Com-

petências que um profissional precisa de-

senvolver para ter mais sucesso em sua vi-

da”.

Essa é a essência do Coaching, levar a

pessoa a agir na direção que ela já quer ir,

preparando a sua jornada e criando o seu

destino.

Antonio Brito estará em Araçatuba (SP),

no dia 12 de agosto de 2017 para apresen-

tação de um Workshop sobre Gestão de

comportamentos em Segurança do Trabalho.

Empossados escolheram Célio Donizetti Kiil do Sindalco para a presidência e Pierri Louis de

Camargo Silva Teodoro para secretaria.

Page 2: Norminha · posições, dicas, reflexões, estratégias e fer como presidente, solicitou “a presença de to ... pregadores. em trabalhadores, com a possibilidade da divi gado a

Página 02/10 - Norminha - DESDE 18/08/2009 - ANO 09 - Nº 412 - 27/04/2017

Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 412 - 27/04/2017 - Fim da Página 02/10

Eucatur de Ji-Paraná realiza com

sucesso sua XXI Sipat

Ana Gurgacz, diretora regional da Eucatur/Solimões, destacou a necessidade do evento

Evento foi realizado no período de

17 a 20 de abril de 2017, na Empresa União

Cascavel de Transportes e Turismo (Eucatur)

de Ji-Paraná, a XXI Semana Interna de Pre-

venção de Acidentes do Trabalho (Sipatur).

Ao longo dos quatro dias, os colaboradores

da empresa foram orientados através de pa-

lestras, a respeito de diversos assuntos rela-

cionados à segurança no trabalho.

Para Ana Gurgacz, diretora regional da

Eucatur/Solimões, o que o ser humano tem

de mais importante é a vida. “Por isso, é váli-

do cuidar da saúde fazendo exames rotinei-

ros, mas, sobretudo, é importante aprender

para poder evitar que acidentes aconteçam.

Nós, da Eucatur, temos tido essa preocupa-

ção de ter um ambiente seguro para nossos

colaboradores, daí a importância da Sipatur,

que já é realizada há tantos anos”, declarou

Ana.

“Essa semana interna de segurança é

muito importante, pois sempre trazemos pa-

lestrantes diversas que deixam uma carga de

conhecimento importante para que eles pos-

sam utilizar na prevenção de acidentes no dia

a dia do trabalho”, disse Jean Paulo, técnico

de segurança do trabalho da Eucatur.

Aprendizado

“Aprendemos sobre vários assuntos que

nos ajudam muito, como por exemplo a co-

A regional do SINTESP de Presi-

dente Prudente (SP), em parceria com a FAL

ETEC, vai realizar o Curso de Instrutor de Se-

gurança em Trabalho em Altura (NR35) nos

próximos dias 20, 21, 27 e 28 de maio de

2017, das 8 às 17 horas.

O evento será realizado na Rua José Bon-

giovani, 340, Vila Liberdade, na FAL ETEC.

O docente será Carlos Alberto Franco –

Coordenador de Treinamentos e Serviços da

empresa BSCRUZ – Manutenção especiali-

zada em segurança; Coordenador e Técnico

em resgate Nível III; Professor e Consultor

Técnico na área de Saúde e segurança do

Trabalho; Instrutor de treinamentos do SIN-

TESP (Sindicato dos Técnicos de segurança

do Trabalho no Estado de São Paulo).

INSCRIÇÕES: (18) 3918-9200

(18) 98115-9285 (WhatSapp)

mo nos cuidarmos para não sofrermos aci-

dentes até mesmo quando estamos nos des-

locando de nossas casas para vir trabalhar. É

uma semana bastante válida por tudo de bom

que agrega para nós”, falou Salete Cordeiro,

que trabalha no departamento de zeladoria da

empresa.

Temas abordados

As palestras nesta edição da Sipatur tra-

taram de assuntos como acidente de traba-

lho: direito e deveres do empregado e do em-

pregador, ministrada pelo técnico do INSS,

Edísio Barroso; “Riscos no trânsito, como

evitá-lo?” (com apresentação teatral sobre a

falta do uso de capacete no trânsito), que foi

ministrada pelo Detran; “Violência contra a

mulher”, que foi ministrada pela equipe do

Creas; “A Importância de Doar Sangue”, a

cargo do Hemocentro; “Consumo Sustentá-

vel de Água e Energia”, ministrada pelo en-

genheiro Nilton Bonelle da empresa Aquaso-

lo; “Infecções Sexualmente Transmissíveis”,

ministrada pelo Dr. Hugo Ricardo); “Câncer

de Útero e Mama, com a equipe do Hospital

doe Câncer de Barretos; “A Importância da

Ginástica Laboral, ministrada pela professora

Camila; e “Vacinação contra Hepatite B, Trí-

plice viral e DT – Antitetânica.

Compartilhamos com Diário do Amazonas

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FAÇA SUA INSCRIÇÃO

5. Monitoramento e avaliação do PGRSS – to-

dos os estabelecimentos devem realizar, mas o

registro das informações no PGRSS é obrigatório

para serviços com sistema próprio de tratamento

de RSS, de acordo com a periodicidade definida

no licenciamento ambiental (os resultados devem

ser registrados e mantidos durante cinco anos).

Devem-se constar os seguintes indicadores míni-

mos, com frequência anual:

- Taxa de acidentes com resíduo perfuro-

cortante;

- Variação da geração de resíduos;

- Variação da proporção de resíduos dos Gru-

pos A, B, D e E;

- Variação do percentual de reciclagem (se a-

plicável).

6. Desenvolvimento e implantação de progra-

mas de capacitação – deve abranger todos os se-

tores envolvidos (geradores de RSS, higienização

e limpeza, CIPA, etc).

7. Periodicidade de sua revisão – apesar da

RDC ANVISA n° 306/04 não estipular, o prazo de

revisão pode ser imposto pelo órgão ambiental.

(Foto: www.needlebins.com/)

ESTRUTURAÇÃO

Não há uma estrutura obrigatória para o PGRS.

A seguir segue a estrutura em tópicos. Lembre-se

de que é apenas um exemplo, ficando a critério do

leitor segui-lo ou não.

1. ASSUNTO – Plano de Gerenciamento de

Re-síduos de Serviços de Saúde.

2. FINALIDADE – “Este plano tem por objetivo

definir a metodologia e os critérios utilizados para

o controle sistematizado dos resíduos de serviços

de saúde gerados, definindo as ações relativas à

sua identificação, coleta, acondicionamento, ar-

mazenamento temporário, segregação e destina-

ção final.”

3. APLICAÇÃO – descrever o âmbito de apli-

cação do Plano (unidades da empresa, empresas

contratadas, etc.).

4. SIGLAS – Descrever as siglas utilizadas no

documento.

5. RESPONSABILIDADES – descrever as res-

ponsabilidades por cargo.

6. PROCEDIMENTO – descrever os procedi-

mentos básicos. Para esta etapa é muito impor-

Resíduos Sólidos – Serviços de

Saúde e o PGRSS (Continuação da edição 411)

tante consultar o Capítulo VI da RDC ANVISA n°

306/04.

6.1. CLASSIFICAÇÃO – ao contrário do PGRS,

a RDC ANVISA n° 306/04 exige que a clas-

sificação dos RSS seja realizada de acordo com

seu Apêndice I.

6.2. DIAGNÓSTICO – normalmente apresenta-

do em uma tabela ou anexo.

6.3. MANUSEIO – procedimentos específicos

de manuseio (uso de EPI, coleta seletiva, etc.).

6.4. ARMAZENAMENTO – procedimentos es-

pecíficos de armazenamento (tipos de coletores,

localização, especificações da área de armaze-

namento temporário, etc.)

6.5. TRANSPORTE – procedimentos específi-

cos de transporte (transporte interno e externo,

documentação exigida para o transporte, condi-

ções dos equipamentos, etc.).

6.6. DESTINAÇÃO FINAL – medidas de desti-

nação e disposição final.

6.7. ROTINAS DE HIGIENIZAÇÃO E LIMPEZA –

por possuírem uma metodologia diferente de

gerenciamento, por conveniência, descreve-se

separadamente.

6.8. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO – des-

crever as formas de monitoramento (documen-

tações, dados estatísticos, etc). Pode-se incluir

medidas saneadoras de passivos.

7. CAPACITAÇÃO – Descrever os treinamen-

tos básicos para cada função, suas cargas horá-

rias e conteúdos, assim como vencimento. Temas

mínimos exigidos por lei:

- Noções gerais sobre o ciclo da vida dos ma-

teriais;

- Conhecimento da legislação ambiental, de

limpeza pública e de vigilância sanitária relativas

aos RSS;

- Definições, tipo e classificação dos resíduos

e potencial de risco do resíduo;

- Sistema de gerenciamento adotado interna-

mente no estabelecimento (incluindo as formas de

segregação, acondicionamento e transporte dos

resíduos);

- Formas de reduzir a geração de resíduos e

reutilização de materiais;

- Conhecimento das responsabilidades e de

tarefas;

- Reconhecimento dos símbolos de identifi-

cação das classes de resíduos;

- Conhecimento sobre a utilização dos veículos

de coleta;

- Orientações quanto ao uso de Equipamentos

de Proteção Individual e Coletiva;

- Orientações sobre biossegurança (biológica,

química e radiológica);

- Orientações quanto à higiene pessoal e dos

ambientes;

- Orientações especiais e treinamento em pro-

teção radiológica (quando houver rejeitos radioa-

tivos);

- Providências a serem tomadas em caso de

acidentes e de situações emergenciais;

- Visão básica do gerenciamento dos resíduos

sólidos no município;

- Noções básicas de controle de infecção e de

contaminação química.

OBS: não há exigência de carga horária míni-

ma. Nossa sugestão é realizar um treinamento de-

nominado “Gerenciamento de Resíduos de Saú-

de”, que contemple todos os temas, com carga

horária mínima de 4 horas (quanto maior a com-

plexidade do gerenciamento de RSS, maior a car-

ga horária).

8. ANEXO – documentos e planilhas referentes

ao Plano.

9. REFERÊNCIAS – referências bibliográficas,

incluindo legislação. Se você possuir um PAE que

cite medidas de emergência referentes aos resí-

duos, citar aqui; caso contrário, criar um item para

descrevê-las.

10. DISPOSIÇÕES GERAIS – informações adi-

cionais, incluindo periodicidade de revisão.

INFORMAÇÕES IMPORTANTES

- De acordo com o Art. 5° da Resolução

CONAMA 358/05, o PGRSS deverá ser elaborado

por profissional de nível superior, habilitado pelo

seu conselho de classe, com apresentação de ART

ou documento similar.

- Muitas das informações obrigatórias do

PGRSS podem ser encontradas no PPRA e no

PCMSO da empresa. Para evitar copiar todo o

conteúdo, os mesmos podem ser referenciados.

- A destinação final de um resíduo não isenta a

empresa em caso de impactos negativos, sendo a

responsabilidade, compartilhada. Por isso, é

importante realizar o monitoramento, contratando

empresas responsáveis e evidenciando o geren-

ciamento correto em documentos (inclusive docu-

mentos da contratada, cobrando suas licenças de

operação, alvarás, certificados de regularidade,

adequação dos veículos de transporte, etc).

- A Nr-32, item 32.5, trata especificamente da

segurança no manuseio e armazenamento de resí-

duos de saúde.

- São proibidas as seguintes formas de desti-

nação ou disposição final de resíduos sólidos ou

rejeitos: lançamento em praias, no mar ou em

quaisquer corpos hídricos; lançamento in natura a

céu aberto; e queima a céu aberto ou em reci-

pientes, instalações e equipamentos não licencia-

dos.

- As empresas que operam com resíduos peri-

gosos, em qualquer fase do seu gerenciamento,

são obrigadas a se cadastrar no Cadastro Nacional

de Operadores de Resíduos Perigosos, realizado

pelo site do IBAMA.

Medicamentos vencidos possuem descarte

específico. (Foto: Flickr user ep_jhu)

- O responsável pela elaboração do PGRSS de-

ve constituir a comissão gestora multidisciplinar

que elaborará o Plano de Prevenção de Riscos de

Acidentes com Materiais Perfurocortantes (segun-

do o anexo III da NR-32). Este Plano deve estar

referenciado no PGRSS.

- De acordo com o artigo 14° da Resolução

CONAMA 316/02, os estabelecimentos geradores

de resíduos de serviço de saúde que optarem pelo

tratamento térmico dos resíduos devem fazer

constar esta opção no PGRSS.

- Medicamentos vencidos, alterados, interdita-

dos, parcialmente utilizados ou impróprios para

consumo devem ser devolvidos ao fabricante ou

importador, por meio do distribuidor.

Adaptado de: http://ambientesst.com.br/

(Juliano Montaño)

Uma ótima semana a todos e até a próxima!

Patrícia Milla Gouvêa Dantas

Presidente Prudente terá Curso de

Instrutor de segurança trabalho em altura

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Ritmo intenso coloca setor de frigoríficos na 2ª

posição em acidentes de trabalho em SC

Texto Jacson Almeida e Larissa Linder – Diário

catarinense

“Jurgis observava os homens no matadouro,

maravilhado com a velocidade e o poder deles

como se fossem máquinas incríveis. (...)

O ritmo que eles estabeleceram aqui era aquele

que exigia cada faculdade de um homem - do

instante em que o primeiro boi caía até o soar do

apito do meio-dia, e novamente a partir das doze

e meia até sabe-se lá que horas no final da tarde

ou à noite, nunca havia um momento de repouso

para um homem, para sua mão, seu olho ou seu

cérebro. (… ) e se qualquer homem não pudesse

acompanhar o ritmo, havia centenas lá fora

implorando para tentar.”

Trecho adaptado do livro The Jungle,

Romance do jornalista Norte-americano

Upton Sinclair e publicado em 1906.

O acidente que fez Marcos perder

parte do dedo seguiu o ritmo da indústria da

carne. Em menos de cinco segundos, o indi-

cador passou pela lâmina que separa a cabe-

ça do corpo do frango. Quando a máquina

parou, já tinha atravessado nervo e osso.

Há quatro anos, o operário trocou a es-

cassez de emprego no interior da Bahia pela

produção frenética dos frigoríficos catarinen-

ses. Passou pela maioria dos setores: pen-

durou em média 18 aves por minuto, desos-

sou uma coxa de frango a cada 15 segundos

e separou centenas de partes miúdas em um

dia. Tudo isso em um turno de trabalho de

pelo menos nove horas e 48 minutos por um

salário de cerca de R$ 1 mil.

A diferença de tempo entre Jurgis, perso-

nagem criado pelo jornalista e escritor norte-

americano Upton Sinclair com base nos imi-

grantes que ganhavam a vida em matadouros

de Chicago, e Marcos é de um século. Nos

Estados Unidos de 1906 e no Brasil de hoje,

o ritmo imposto aos trabalhadores que aba-

tem e processam bois, porcos e galinhas é

intenso. Apesar das melhorias nos últimos

anos, a velocidade das esteiras, o excesso de

horas extras, os percursos de três horas para

chegar à empresa e até mesmo casos de tra-

balho infantil ainda fazem parte desse univer-

so e contribuem para inflar estatísticas de

adoecimento e acidentes de trabalho.

Comparado aos trabalhadores em geral,

um funcionário de frigorífico tem sete vezes

mais chances de desenvolver transtornos

dos nervos, o que inclui um vasto conjunto

de doenças, como a paralisia facial. O núme-

ro faz parte de uma tabela do INSS que cruza

dados de doenças e atividades econômicas.

Pela quantidade de movimentos por minuto,

há uma tendência a lesões em ossos, mús-

culos e ligamentos. A temperatura dos ambi-

entes, em torno de 10ºC, é um agravante.

Esses trabalhadores também são quatro

vezes mais propensos a sofrer de depressão.

As mulheres têm 4,4 chances a mais de so-

frer aborto. Nesses dois casos, entretanto, a-

pesar dos números, a Previdência não reco-

nhece a atividade laboral como causadora.

Entre os médicos, há opiniões a favor e con-

trárias a essa posição do instituto.

Em 2015, a indústria da carne foi a ter-

ceira maior causadora de acidentes de traba-

lho no país, com 16,6 mil ocorrências, con-

forme o último anuário do INSS. Em Santa

Catarina, o setor é vice-líder com 2.093 ca-

sos, perdendo somente para a fundição de

ferro e aço (2.217), de acordo com números

de 2014, os mais recentes disponíveis.

Segundo o procurador do Ministério Pú-

blico do Trabalho em Santa Catarina (MPT)

Sandro Sardá, coordenador nacional do Pro-

jeto de Adequação das Condições do Traba-

lho em Frigoríficos, o ritmo ainda é o princi-

pal problema. O médico do trabalho Roberto

Ruiz explica que um trabalhador dessa in-

dústria chega a fazer de 60 a 70 movimentos

por minuto, dependendo do setor, enquanto

o nível considerado adequado para os pa-

drões de segurança seria de 33.

Ruiz integrou a comissão nacional que

criou, no final de 2012, a norma regulamen-

tadora no 36 (NR 36), considerada um marco

no segmento.

A regra trouxe diversas obrigações às em-

presas, entre elas a de dar pausas aos funcio-

nários ao longo do expediente. Ainda assim,

os problemas persistem, como atesta a pre-

sidente da Associação Catarinense de Medi-

cina do Trabalho, Denise F. Brzozowski, que

atuou de 1994 a 2008 dentro de companhias

frigoríficas.

– A NR 36 foi um avanço, mas sempre há

dificuldade para cumprir a regulamentação. A

definição de uma norma não quer dizer que

haverá redução de adoecimento ou da expo-

sição aos riscos. Há necessidade de muita

vontade empresarial para aplicar a NR 36 em

seu contexto total – afirma Brzozowski.

O cenário do setor, com alto número de a-

doecimentos e acidentes, levou a uma série

de ações judiciais (muitas movidas pelo

MPT) e a indenizações milionárias. No ano

passado, as três empresas com mais proces-

sos na Justiça do Trabalho no Estado eram

frigoríficos: BRF (1.072 processos), Aurora

(1.058) e Seara-JBS (1.013). Ganham de ou-

tros grandes empregadores como estatais,

bancos e a indústria metalmecânica.

Mais recentemente, porém, as compa-

nhias e o MPT começaram a resolver as

questões por meio de acordos, todos envol-

vendo redução de ritmo. Dos cinco convê-

nios assinados entre empresas e procurado-

res no país, quatro são no Estado.

O último foi aprovado pela Justiça na últi-

ma semana. No documento, o MPT pede a

redução do ritmo na unidade da Macedo em

São José, comprada em 2014 pela JBS e

considerada por Sardá uma das piores fá-

bricas do país em condições de trabalho. De

2011 a 2015, 393 dos cerca de 1,2 mil fun-

cionários obtiveram auxílio-doença. Isso le-

va em conta apenas quem ficou afastado por

mais de 15 dias e entrou para as estatísticas

do INSS. Há ainda um número significativo

de pessoas que se reveza em atestados mé-

dicos de menos tempo.

Agora, essa unidade da JBS cumprirá um

cronograma para reduzir a velocidade das

Dos cinco acordos de ajuste firmados entre a justiça e as empresas, quatro estão em

Santa Catarina

máquinas. Os funcionários da pendura, que

chegavam a colocar em média 18,8 frangos

por minuto em ganchos, passaram a fixar 14.

Até setembro do ano que vem, esse número

precisa ficar em 11,3. Isso fará com que o tra-

balhador deixe de fazer 56 movimentos por

minuto e passe a 34. O descumprimento das

cláusulas implica em multa de R$ 50 mil por

mês, limitada a R$ 1 milhão por ano. A gi-

gante do setor também terá que pagar inde-

nização de R$ 9 milhões, em parte destinada

à criação de programas de reabilitação de

empregados e ex-funcionários.

Procurada, a JBS disse por meio de nota

que “reitera o seu compromisso com a segu-

rança de seus colaboradores e informa que

realiza, constantemente, investimentos e me-

lhorias nos processos administrativos, estru-

turais e de produção, visando assegurar

sempre as melhores condições de trabalho.

Adicionalmente, a companhia esclarece que

não comenta processos judiciais em anda-

mento”.

Para chegar aos acordos e à NR 36, per-

correu-se um longo caminho. Ao longo do

trajeto veio à tona um dos casos mais em-

blemáticos do Estado, o de Valdirene da Sil-

va, funcionária por 11 anos da Cargill, em

Forquilhinha, no Sul catarinense, posterior-

mente comprada pela JBS. Depois de convi-

ver com dores por causa de uma lesão por

esforço repetitivo (LER), ela viu a doença e-

voluir até precisar de uma amputação no bra-

ço direito em 2014. Como fez um acordo com

a empresa, não fala sobre o assunto.

– No instante que você está mutilando

esses trabalhadores, é o Estado que vai pa-

gar. O cara que adoece vai para a Previdên-

cia. Essa mulher amputou o braço com 38

anos, na plenitude de sua vida laboral – diz

o presidente do Sindicato dos Trabalhadores

nas Indústrias da Alimentação de Criciúma e

Região (Sintiacr), Célio Elias.

Leia mais sobre o assunto

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(OU MAIS) INSCRIÇÕES

[email protected]

Os empregados contratados por in-

termediários no Brasil somam 9,8 milhões

de pessoas, o que representa 18,9% do total

de 51,7 milhões de empregados no País. Na

atividade agrícola são 187 mil pessoas, o

que corresponde a 5,1% do total. Já na área

não agrícola, são 9,6 milhões, ou 20% dos

empregados. A contratação intermediária é

utilizada para trabalho temporário.

Os dados estão no suplemento Aspectos

das Relações de Trabalho e Sindicalização,

que utilizou dados da Pesquisa Nacional por

Amostra de Domicílios (Pnad) 2015, divul-

gado no dia 26/04 pelo Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE). O levantamen-

to foi feito em parceria com o Ministério do

Trabalho e Previdência Social e com a Orga-

nização Internacional do Trabalho (OIT) e

considera empregados no setor privado e

trabalhadores domésticos.

A grande maioria se diz satisfeito com as

condições de trabalho, indicador que chega a

70,7% do total de empregados

No Brasil, os transtornos mentais e

comportamentais foram a terceira causa de

incapacidade para o trabalho, considerando

a concessão de auxílio-doença e aposenta-

doria por invalidez, no período de 2012 a

2016.

Estão relacionados a riscos emergentes –

os fatores psicossociais –, crescentes em

nossa época de mudanças velozes nos mo-

dos de viver e trabalhar. Com aproximada-

mente 17,5 mil casos novos, reconhecida-

mente relacionados ao trabalho, geram cerca

de 2,4 milhões de dias de trabalho perdidos

por ano.

Segundo a Organização Internacional do

Trabalho (OIT), “apesar de não consistir em

doença, o estresse é o primeiro sinal de um

problema; se o corpo experimenta uma ten-

são continua, o estresse pode causar alte-

rações agudas e crônicas, o que pode provo-

car danos de longo prazo a sistemas e ór-

gãos, particularmente se o corpo não conse-

gue descansar e se recuperar”.

Para a OIT, evidências demonstram que

os riscos psicossociais (como insegurança

no emprego, baixo controle sobre a atividade

As regiões Norte, com 22,7%, e Nordeste,

com 22,4%, apresentam os maiores índices

de contrato via intermediário. A Região Sul

tem o menor índice, de 16,6%. A contratação

indireta é maior entre os trabalhadores que

recebem de meio a um salário mínimo, grupo

em que 20% têm esse tipo de relação de

trabalho. A atividade com maior percentual de

terceirização é a construção, com 28,3%, se-

guida pelos serviços, com 20,6%. Enquanto

entre as pessoas brancas a contratação indi-

reta é de 18,1%, entre pretas e pardas chega

a 19,6%.

Nas atividades não agrícolas, 30,4% das

pessoas contratadas com intermediários são

via empresa locadora de mão de obra e 64,

7% por pessoa intermediária. No setor agrí-

cola, as empresas foram citadas por 41,1%

das pessoas, gato ou empreiteiro por 46,3%

e cooperativas, por 6,9%.

Satisfação

A grande maioria se diz satisfeito com as

condições de trabalho, indicador que chega a

70,7% do total de empregados. Do total, 6,

2% se disse muito satisfeito e 5,5% insatis-

feito, o que corresponde a 2,84 milhões de

pessoas. Nesse quesito da pesquisa, o perfil

do empregado satisfeito com o trabalho é o de

homem, branco, com 50 anos ou mais, curso

superior completo que recebe cinco ou mais

salários mínimos.

Considerando a faixa de rendimento, o ín-

dice de satisfação vai de 60,5% entre quem

ganha até um quarto de um salário mínimo a

90% para quem ganha mais de cinco. Do

total, 6,2% disseram trabalhar mais horas do

que o acertado previamente e 4,3% disseram

receber menos do que o combinado.

Compartilhamos com TERRA

altas demandas e desequilíbrio entre esforço

e recompensa), assim como o estresse rela-

cionado ao trabalho, estão associados a ris-

cos comportamentais afetos à saúde, incluin-

do consumo exagerado de bebida alcoólica,

fumo e abuso de drogas. Ainda segundo a

OIT, na Europa, o estresse ocupa a segunda

posição entre os problemas de saúde rela-

cionados ao trabalho, afetando cerca de 40

milhões de pessoas e que entre 50 e 60% de

todos os dias de trabalho perdidos no conti-

nente estariam ligados a esta condição.

CLIQUE AQUI e leia mais sobre o assunto.

N

Quase 20% dos empregados são

contratados por intermediários

Transtorno mental está entre as três

maiores causas de incapacitação

para o trabalho

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Santa Catarina

Anunciado o

Projeto de Lei de

Proteção à Saúde

do Trabalhador

que institui o Abril

verde

Representantes do Ministério Pú-

blico do Trabalho em Santa Catarina (MPT-

SC) e do Fórum Saúde e Segurança do Tra-

balhador no Estado de Santa Catarina (FSST-

SC) utilizaram a tribuna da Assembleia Le-

gislativa na manhã desta quinta-feira (20) pa-

ra divulgar a realização da campanha Abril

Verde, voltada à conscientização da socieda-

de para a prevenção os acidentes de trabalho

e doenças ocupacionais.

http://www.prt12.mpt.mp.br/

Discursaram o Procurador-Chefe do Mi-

nistério Público do Trabalho em Santa Cata-

rina, Marcelo Goss Neves, a procuradora do

Trabalho Márcia Cristina Kamei López Alia-

ga, Coordenadora Executiva do FSST-SC,

que citou vários dados disponíveis na página

do MPT, tais como:

.... no período de 2005 a 2014 Santa Cata-

rina liderou a média de taxas de mortalidade

por acidentes de trabalho do Sul do Brasil,

segundo levantamento (com gráficos deta-

lhados e outros dados relevantes), realizado

pelo Centro de Referência em Saúde do Tra-

balhador (CEREST Estadual).(dados do DA-

TASUS)

Após a procuradora do Trabalho Márcia

Cristina Kamei López Aliaga, também teve a

palavra no plenário o coordenador do CE-

REST de Chapecó.

Participaram, pela FUNDACENTRO, os

servidores lotados no CESC, Daniel Artur,

Leo, Diogo, Renato e Valéria.

A matéria na página do MPT, com os da-

dos de acidentes mencionados no pronun-

ciamento da procuradora estão detalhados na

página:

http://www.prt12.mpt.mp.br/procuradorias/57-prt-

flrianopolis/550-saude-registra-2-631-mortes-por-

acidentes-de-trabalho-em-santa-catarina

Especial:

O perfil comportamental no trabalho em altura

foi apresentada, comemore, exponha isso aos

trabalhadores, homenageio-os como uma

conquista da equipe e incentive-os a con-

quistas ainda maiores;

7) Observe sua equipe, vejam como se

portam ao trabalhar sob pressão, lembre-se

que cada colaborador tem seu perfil único, e

nem todos possuem flexibilidade e condi-

ções psicológicas para lidar com certas si-

tuações.

8) Saiba tirar o máximo de capital hu-

mano do seu colaborador, avalie o perfil de

liderança de cada um, e, os instrui para que

sejam ‘seus olhos’ na frente de serviço; a-

credite isso funciona.

9) Conheça os fatores que motivam e os

que desmotivam sua equipe ao trabalho se-

guro, lembrem que o fator psicológico embo-

ra não levado muito a sério, contribuem em

uma grande parte dos acidentes.

10) Realize DDS, aqueles 10 a 15 minuti-

nhos de um bom papo sobre segurança antes

de começar as tarefas.

Deixe o colaborador se sentir à vontade

para expor suas opiniões e sugestões.

11) Utilize ferramentas de gestão de SST

com os colaboradores como por exemplo, os

registros de prevenção, análise de risco e ob-

servação de riscos no trabalho, essas ferra-

mentas quando realizadas pelos próprios co-

laboradores poderá te ajudar a conhecer a

percepção de cada colaborador diante de sua

atividade e ira auxiliar no levantamento de

qual área precisam de reforço quanto a treina-

mentos de segurança.

12) Aprenda a aprender, tenha uma boa

comunicação, e saiba colaborar; saiba ser

criativo e resolver os problemas, desenvolva

a capacidade de transferir seus conheci-

mentos. E por último, não mais importante,

elogie, esqueça a frase ‘Ele faz mais que sua

obrigação’ pois não há nada mais motivador

do que ser reconhecido pelo que se faz.

“Não tenham a segurança como priorida-

de, e sim, como valor; pois prioridades mu-

dam, e valor quando se agrega levamos para

a vida inteira’’.

Roseli F. Vargas

Técnica de Segurança do trabalho

Instrutora NR-35

FALE CONOSCO

VALOR COM DESCONTO PARA

03 (OU MAIS) INSCRIÇÕES

[email protected]

Por: Roseli F. Vargas

Técnica de Segurança do trabalho

Instrutora NR-35 *

Segundo Chiavenato... O parceiro

mais íntimo da organização é o empregado,

ou seja, aquele que está dentro dela, e parte

integrante e fixa da organização, que da sua

vida, seu melhor, sua essência e fazem as

coisas acontecerem.

E sabemos muito bem para que as coisas

aconteçam, é preciso ter duas ou mais pes-

soas trabalhando juntas no mesmo objetivo,

ou seja, o trabalho em equipe, a uniformi-

dade de ações, pensamentos e objetivos,

além de contarmos com o apoio e participa-

ção da gestão e administração de uma em-

presa, cooperando tanto com o desenvolvi-

mento e capacitação da equipe, quanto ao a-

perfeiçoamento das técnicas e melhorias das

condições de trabalho, uma vez que sem essa

mobilização, todo esforço para redução de a-

cidentes pode ser não muito eficaz.

Hoje quando falamos sobre trabalho em

altura, apesar de estarmos falando de uma

atividade que exige uma série de cuidados

muito complexos e abrange variáveis áreas

de atuação, logo vem em nossa mente a ima-

gem da indústria da construção civil, porém,

essa atividade é bem mais ampla do que pos-

samos imaginar, pois envolve os mais sim-

ples exercícios básicos dentro de nossos

próprios lares como também as atividades

mais perigosas em nossos locais de trabalho

que cada vez mais expõe nossos trabalha-

dores a riscos que muitas vezes são desco-

nhecidos pelos seus executantes, talvez por

falta de observação, ou talvez por falta de co-

nhecimento que é mais comum, contudo, irei

abordar aqui segundo meu ponto de vista

técnico e prevencionista, o quanto investir e

trabalhar sobre o perfil comportamental, a

cultura do comportamento é útil e agradável,

podendo trazer grandes resultados tanto aos

empregadores quanto aos empregados e de

uma forma geral a economia de um país,

gostaria então de mencionar aqui alguns

exemplos do perfil comportamental do em-

pregador e do empregado perante ao trabalho

em altura e onde o técnico de segurança po-

derá contribuir na união dessas duas forças

como uma ponte de ligação para o bom fluxo

da segurança e da prevenção entre os dois

lados.

Infelizmente esse é um cenário onde cada

vez mais crescem os números de acidentes

devido à falta de segurança nessas práticas;

Em muitas das vezes esses acidentes ocor-

rem por negligência de alguns gestores que

insistem no famoso conceito brasileiro “dar

um jeitinho” e até mesmo imperícia do em-

pregado que por hora desconhece de seus

direitos trabalhistas como o “direito de recu-

sa” ou talvez por exatamente não dar muito

valor a vida.

Tendo em vista essas situações deixo os

seguintes questionamentos:

1) Se o empregador cumpre, por exem-

plo, o anexo II da NR 35 e instala todos os

SPCQ`s e fornece todos os SPIQ`s, capacita

os funcionários com um bom curso de NR

35, disponibiliza um bom profissional de se-

gurança experiente e dotado de proficiência

para liberar e acompanhar as atividades pas-

so a passo, mas ainda assim os funcionários

não fazem uso dos dispositivos que têm em

mãos, a culpa seria do empregador caso haja

um acidente?

2) E se o empregado for dotado de uma

boa cultura prevencionista e um excelente

comportamento em relação ao trabalho se-

guro, porém o empregador não cumpre as

normas e não dispõe dos equipamentos ne-

cessários para a segurança do mesmo, con-

tudo, o trabalhador sofre um acidente, e ai de

quem é a culpa?

Primeiramente devemos nos lembrar de

que não podemos ficar parados procurando

culpados para justificarmos nossos erros, e

também uma boa cultura prevencionista se-

guida de um bom exemplo de perfil compor-

tamental sem os equipamentos de segurança

e atendimento as exigências das normas a-

plicáveis não evita ou previne um acidente,

cada um deve ser responsável pela sua pró-

pria segurança; ter consciência do trabalho

que irá realizar é fundamental, é na verdade

uma boa prática de comportamento seguro,

recusando as atividades quando na falta de

equipamentos e dispositivos que garantam a

segurança do trabalhador, para isso existem

as análises de risco que deve ser feita em

coletivo, envolvendo toda equipe, encarrega-

dos, administração, trabalhadores e os pro-

fissionais de segurança do trabalho, e lem-

brando que ninguém é obrigado a executar

uma atividade onde sua vida estará em risco.

Mas e ai o que fazer?

No primeiro caso, vale lembrar que, não

basta apenas à empresa dispor de SPCQ E

SPIQ eficientes se, os colaboradores não fo-

rem treinados e orientados sobre as funções

de cada dispositivo, ou seja, como utiliza-los

corretamente dentro das especificações de

cada fabricante.

A grande parte das empresas são muito

deficientes na área de cursos de capacitação

e treinamentos, podemos citar como exem-

plo, a empresa que entrega um cinto de se-

gurança para seu colaborador e diz que o

mesmo terá que utilizar sempre que acessar

altura superior a 2m com risco de queda, po-

rém o empregado por sua vez não sabe ao

menos como utilizá-lo de forma correta, não

conhece os elementos de ligação, dispositi-

vos de ancoragens, entre outros, com isso

surge a pergunta: “Para que um bom auto-

móvel sem saber ligar a chave”?

Você já vivenciou uma situação pareci-

da???

Eu já e muitas vezes.

Vamos ao segundo caso, o funcionário

tem proficiência e capacitação no assunto,

tem boa conduta comportamental com rela-

ção a segurança, porem o empregador não se

preocupa com a mesma, ele quer produti-

vidade e lucro imediato, não quer ter gastos,

e acha desnecessário seguir as normas de

segurança ao “pé da letra” desvalorizando a

vida do trabalhador, preferem arcar altamente

com as consequências de um acidente que

investir pouco a pouco na segurança e na

prevenção. Primeiro, devemos nos lembrar

do direito de recusa que todos os colabora-

dores tem caso o mesmo se ver em situação

de risco grave e iminente, porem poucos co-

nhecem esse direito e muitos outros poucos

utilizam por medo de perderem seu emprego,

mas esquecem que assim podem perder seu

bem maior, a vida.

Precisamos sempre focar na vida, lem-

brando que emprego mesmo em tempos de

crise, se recupera, a vida não, cada uma de

nós a recebemos uma única vez, e corremos

o risco de não termos segunda chance na vi-

da, desta forma, não vale a pena arriscar.

Nesses casos muitas vezes entra uma fi-

gura muito importante dentro das organiza-

ções, o técnico de segurança que por sua vez

tem o poder de mudar esse cenário, mas en-

contra-se em dificuldade devido a ausência

de um forte sindicato, apoio dos órgãos

competentes, falta de fiscalização e diante da

situação surge talvez o medo de se expor e

acabar dispensado pela empresa.

Este por sua vez, deverá ter habilidade pa-

ra reverter essa situação, levando propostas

para o seu gestor de forma clara, simples, a-

cessível e com resultados, abrindo a mente

de sua equipe sobre a importância da adoção

de uma cultura de mudança comportamental

focada na prevenção de acidentes e na busca

do ambiente de trabalho seguro e saudável.

Me lembro que a poucos dias estive em

uma obra, onde o colaborador me relatou al-

go que me deixou muito triste; ao observar a

falta de segurança, perguntei se ali junto a

eles havia a presença de um técnico de segu-

rança, ele respondeu que sim, porém, o téc-

nico fazia papel de figurante dentro da em-

presa; ou seja, aparece em algumas horas,

ver o problema e não fala nada, parece que

tapa os olhos e finge que não está vendo,

apenas marca presença sem nenhuma ação

como deveria e poderia agir.

Tendo em vista essa situação, resolvi le-

vantar algumas questões para ajudar aos

nossos técnicos a saírem do papel de figu-

rante e passar a ser o protagonista dentro da

empresa; alinhando assim empregador +

empregado e gerando trabalho seguro e am-

biente saudável.

Vamos a algumas dicas de como fazer

uma boa gestão de segurança comportamen-

tal em sua empresa sem gerar custos.

1) Faça uma planilha com o levantamento

das necessidades da empresa quanto à segu-

rança, avalie o melhor meio de resolver, ali-

nhando tempo, custo, qualidade e apresente

ao seu gestor;

2) Elabore um plano de avaliação de com-

petência e desenvolvimento de cada traba-

lhador, diante dos resultados invista nos

pontos negativos para melhorar a capacidade

de raciocínio e ações voltadas para o com-

portamento seguro de cada trabalhador ava-

liado;

3) Realize reuniões periódicas com os co-

laboradores, ouça o que eles têm a dizer, na

maioria das vezes a solução de um grave e

grande problema está em ouvir a opinião das

pessoas, invista em mais treinamentos, ca-

pacitação, e avalie o desempenho dos mês-

mos a cada capacitação realizada;

4) Converse com o colaborador, faça um

levantamento de onde e quando cada um de-

les segundo seu perfil precisara de um trei-

namento especifico ou um apoio extra, talvez

até mesmo algum recurso ou mudança em

algumas situações e processos produtivos

da empresa;

5) Comunique as decisões, não adianta

ouvir os funcionários e não dar o feedback;

repassando as decisões você ganhará credi-

bilidade e reconhecimento junto a equipe,

mas não somente repasse, elabore uma pla-

nilha de ações, incluindo os responsáveis

pelas ações e exija prazo, acompanhe cada

ação e não deixe que os prazos vençam sem

nenhuma resposta;

6) Diante de uma ação resolvida, um pro-

blema que foi eliminado, uma melhoria que

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(Da dir. à esq.) Procurador-chefe Erich Schramm, com Paulo Arsego, presidente da Fundacen-

tro, e Robson Spinelli Gomes, Diretor Técnico da Fundacentro

João Pessoa a engenheira Maria Aparecida

Rodrigues Estrela, que juntamente com o

técnico em Segurança do Trabalho, José Ni-

valdo Barbosa de Sousa, idealizou a campa-

nha.

Maria Aparecida e José Nivaldo sugeri-

ram ao então vereador Bira, a elaboração de

Dispensa discriminatória do empregado doente

A consequência é o reconhecimento de

nulidade do ato de demissão. Por isso, quan-

do há indícios de despedida discriminatória

incumbe ao empregador provar que a dis-

pensa ocorreu por razão séria e justa.

Acrescente-se ainda que quando a alega-

ção de dispensa discriminatória tem origem

em doença, um parâmetro objetivo e seguro

a ser seguido é a Súmula 443, do c. TST, cu-

jos termos sinalizam, claramente, que não

basta que o empregado esteja doente, mas a

doença deve ser "grave" e mais que isso, es-

sa grave doença pressupõe repercussão so-

cial na vida do empregado, na forma de "es-

tigma ou preconceito".

Uma vez reconhecida a dispensa discri-

minatória em Juízo, o empregado haverá de

ser reintegrado ao trabalho com o pagamento

dos salários e vantagens do período de afas-

tamento, ou, indenização material equivalen-

te, além de indenização por danos morais. A

reintegração ao emprego, nessas hipóteses,

impõe-se como forma de devolver o trabalho,

que foi abusivamente suprimido do empre-

gado, e principalmente para ampará-lo diante

da notória dificuldade de recolocação no

mercado de trabalho.

Compartilhamos com Gustavo Nardelli Borges -

Advogado do Consumidor, de Família e Trabalhista

uma lei que instituísse uma campanha de

conscientização a prevenção de acidentes da

trabalho e doenças ocupacionais. Surgiu, as-

sim, a Lei Municipal N° 12.814/2014 que

tornou a cidade de João Pessoa pioneira na

temática.

O deputado estadual Anísio Maia (PT)

falou que o Brasil inteiro padece com o tema

dos acidentes de trabalho. “Ambiente sadio

de trabalho tem segurança, conforto e remu-

neração digna. O trabalho será redobrado

porque a legislação trabalhista poderá retro-

ceder devido a liberação da exploração dos

trabalhadores com as reformas que virão.

Contem conosco na Assembleia para conti-

nuar esta luta”.

Os oradores debateram e apontaram ca-

minhos para reduzir os índices de acidentes

de trabalho e doenças ocupacionais em João

O governo federal cancelou quase

85 mil auxílios-doença e aposentadorias por

invalidez depois de fazer um pente-fino em

benefícios concedidos há mais de dois anos

por determinação judicial sem que uma data

limite para encerrar o pagamento tivesse sido

estabelecida.

Das 87.517 pessoas que se submeteram

a perícia, 73.352 (84%) tiveram os benefí-

cios cassados. Outras 11.502 não compare-

ceram para reavaliação e, por isso, deixaram

de receber os auxílios.

"Oitenta e quatro por cento das pessoas

que estão no auxílio-doença há mais de dois

anos são saudáveis e por isso que foi can-

celado o benefício. Isso é um percentual al-

tíssimo", disse o secretário-executivo do Mi-

nistério do Desenvolvimento Social (MDS),

Alberto Beltrame.

Atualmente, 31% do 1,7 milhão de auxí-

lios-doença e 34% das 3,4 milhões de apo-

sentadorias por invalidez pagos pelo INSS

(Instituto Nacional de Seguro Social) são

concedidos por ordem de um juiz.

Com os cancelamentos, o MDS calcula

que poupará aos cofres públicos anualmente

cerca de R$ 1,6 bilhão. O governo estima

que, quando concluir o pente-fino, pode che-

gar à economia de R$ 8 bilhões por ano.

O levantamento identificou casos como o

de uma gestante que, por causa de uma gra-

videz de risco, recebeu auxílio-doença du-

rante 12 anos, o de uma técnica de enfer-

magem que deixou de comparecer à perícia

porque o atendimento coincidia com o horá-

rio de trabalho dela e o de um porteiro de

clube reconhecido pelo perito. Os três per-

deram o benefício.

Em João Pessoa (PB) Câmara Municipal debate a campanha Abril Verde e homenageia idealizadora da iniciativa

Pessoa. Foram abordados os problemas psi-

cológicos que afligem os trabalhadores e foi

sugerido que se evite a exaustão e o cansaço

mental, sempre priorizando a criatividade e

as boas situações nos locais de atividades.

A diretora geral do Cerest-PB Celeida

Barros sugeriu a criação do Comitê de Inves-

tigação das Mortes no Trabalho para trazer a

conhecimento os motivos que levaram a óbi-

to os trabalhadores.

A homenagem

O vereador Marcos Henriques falou da

satisfação em homenagear uma lutadora pe-

las causas dos trabalhadores. Já o parla-

mentar Humberto Pontes (PTdoB) estava fe-

liz em homenagear uma das idealizadoras do

Abril Verde, que traz no olhar o prazer de de-

fender a prevenção à acidente de trabalho e

doenças ocupacionais.

Pente-fino cancela 84% dos auxílios-

doença e aposentadorias por invalidez

"Isso caracteriza um descontrole impor-

tante com o dinheiro público", afirmou o mi-

nistro Osmar Terra à Folha. "Não havia regra

nenhuma, ficou tudo solto. O governo ante-

rior tratou isso como uma coisa natural. Não

entendemos que isso seja uma coisa natural.

Isso é dinheiro público. É injusto uma pessoa

sadia estar ganhando auxílio-doença enquan-

to a outra está precisando se matar traba-

lhando para ganhar muito menos", disse Ter-

ra.

No início do ano, o presidente Michel Te-

mer editou uma medida provisória que, entre

outros pontos, estabelece a necessidade de

fixar o prazo estimado para a duração do au-

xílio-doença no momento da concessão pelo

INSS ou pela Justiça. Se isso não ocorrer, o

benefício será encerrado após 120 dias.

A MP estabelece que o aposentado por in-

validez e os segurados que recebem auxílio-

doença podem ser convocados a qualquer

momento para uma nova avaliação. Estão

isentos da revisão os aposentados por inva-

lidez que tenham mais de 60 anos.

A medida ainda tramita no Congresso e

precisa ser aprovada até 1º de junho.

Compartilhamos com Ian Ganciar Varella

Advogado Previdenciário

“Não me cabe tanta alegria por receber es-

ta honraria. Nossa luta é todo dia. Para quem

veio de Sousa para estudar e vencer, queren-

do ser engenheira hoje estou aqui recebendo

esta homenagem. Só temos vitórias quando

batalhamos. Dedico esta honraria ao movi-

mento Abril Verde atuante em 20 estados de

nosso país e precisa crescer e ganhar o mun-

do. Obrigada a todos os colaboradores, ami-

gos e familiares”, discursou a homenageada.

O artigo 7º da Constituição da Re-

pública estabelece que a relação de emprego

deve ser protegida contra despedida arbitrá-

ria ou sem justa causa. Por decorrência, é

proibida a adoção de qualquer prática discri-

minatória e limitativa para efeito de acesso à

relação de trabalho, ou de sua manutenção,

por motivo de sexo, origem, raça, cor, estado

civil, situação familiar, deficiência, reabilita-

ção profissional, idade, complicações de

saúde, etc.

Apesar do comando constitucional, a le-

gislação trabalhista permite ao empregador

romper injustificada e unilateralmente o con-

trato. No entanto, o ordenamento jurídico não

ampara o exercício abusivo desse direito. Is-

so significa que o direito potestativo de rom-

per o contrato não é absoluto (a nenhuma das

partes) e deve ser exercido dentro de parâ-

metros mínimos de legalidade. Ainda que lhe

seja lícito dispensar o empregado sem justa

causa, ao empregador não é permitido fazê-

lo por motivos antijurídicos.

Noutras palavras, a dispensa sem justa

causa é um direito do empregador, o que não

significa autorizar, contudo, que possa da- quela valer-se para a prática de atos discri-

minatórios, vexatórios ou inibitórios, ainda

que eventualmente não tenha a intenção de

fazê-lo, pois a honra, a intimidade e a ima-

gem dos empregados são direitos persona-

líssimos indisponíveis e infensos à subjeti-

vidade do empregador.

Dito isso, pode-se considerar discrimina-

tória a despedida de empregado enfermo,

pois sabidamente se situa entre aqueles gru-

pos vulneráveis que podem ser facilmente

"descartados" do sistema produtivo, bastan-

do que o empregador invoque o direito po-

testativo de despedir. O empregador que, ci-

ente da doença, da restrição de capacidade e

da necessidade de afastamento do empre-

gado o dispensa imotivadamente viola o de-

ver de solidariedade que decorre do art. 3º, I,

da Constituição da República, aplicável às

relações privadas e, em especial, aos contra-

tos de trabalho e comete ato ilícito por exer-

cer direito que excede os limites da boa-fé

objetiva.

Fonte: PRT2

O Ministério Público do Trabalho

em São Paulo inaugurou no último dia 18 de

abril de 2017 a exposição “Trabalhadores”

em referência ao Abril Verde e ao dia 28 de

abril, Dia Mundial em Memória das Vítimas

de Acidentes do Trabalho. A exposição reúne

25 imagens que mostram as condições em

segmentos com grande incidência de irregu-

laridades relativas à saúde e à segurança do

trabalhador.

São fotografias sobre a colheita de cana-

de-açúcar, o setor frigorífico, a construção

civil, o uso de amianto, a realidade dos va-

queiros nordestinos e o trabalho na indústria

do gesso. As obras, de autoria de Geyson

Magno, André Esquivel e Walter Firmo, fo-

ram extraídas dos livros “Trabalho” e “O Ver-

so dos Trabalhadores”, publicados pelo MPT

em 2015.

Trabalhos ficam expostos no MPT-SP até

amanhã, 28 de abril de 2017 como parte do

Abril Verde, mês dedicado a promover saúde

e segurança no trabalho.

Exposição fotográfica “Trabalhadores” do MPT-SP

vai até amanhã, 28 de abril

Engenheira Maria Aparecida Rodrigues Estrela recebeu a Medalha Cidade de João Pessoa

Curso Básico de Higiene Ocupacional

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Saúde do Trabalho, desde 21/01/1995 - Usina Açucareira Guaíra. – Membro Técnico da ABHO

– Dire-tor/Presidente GSO - Grupo de Saúde Ocupacional – Agroindústria Sucroenergético no

Brasil. - Membro Titular do Conselho Diretor da OBESST – Organização Brasileira de Entidades

de Saúde Segurança do Trabalho e do Meio Ambiente. – Comendador Emérito Definitivo pela

Braslider - Destaque entre os melhores do Brasil (Selo Ouro) - 22/09/2016 e 03/02/2017 (Pela

2ª vez consecutiva), Eleito por Reconhecimento Profissional - Destaque na Segurança do Tra-

balho pelo Jornal Tribuna de Barretos-SP - 16/12/2016), Eleito anos 2009, 2011 e 2013 entre

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A Câmara Municipal de João Pes-

soa (PB) realizou ontem 26/04, uma sessão

especial para debater a campanha Abril Verde

de conscientização para prevenção de aci-

dentes e doenças de trabalho. Na ocasião, o

propositor do evento, vereador Marcos Hen-

riques (PT), entregou a Medalha Cidade de

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Secretária se reúne com trabalhadores e empresários para tratar de implementação e mudanças

na norma que trata da segurança em máquinas e equipamentos

Para discutir e acompanhar a im-

plementação das exigências estabelecidas na

Norma Regulamentadora nº 12 e mudanças

na norma que trata da Segurança e Saúde no

Trabalho em Máquinas e Equipamentos, a

secretária de Inspeção do Trabalho, Maria

Teresa Jensen, participou na semana passa-

da, no Paraná, de reunião da Comissão Naci-

onal Tripartite Temática da NR-12.

Nas reuniões da Comissão Tripartite es-

tão sendo discutidas as atualizações ocorri-

das na norma, além de propostas de aperfei-

çoamento para sua efetividade, com a parti-

cipação de representações de trabalhadores

e empregadores.

Nesse sentido, na terça-feira (18/04) foi

realizada visita técnica do grupo às instala-

Comissão tripartite discute NR-12 com

empresários e trabalhadores no Paraná

ções do Grupo Votorantin, maior fabricante

de cimento da América Latina em Rio Branco

do Sul, região metropolitana de Curitiba.

A NR-12 define as referências técnicas,

princípios fundamentais e medidas de prote-

ção para garantir a saúde e a integridade fí-

sica dos trabalhadores que lidam com má-

quinas e equipamentos. A norma determina

métodos de controle a serem adotados e de-

finição de protocolos e fluxos de trabalho em

todas as fases de operação e manutenção de

máquinas. Ministério do Trabalho/Ass. de Imprensa

Alunos do Senac de

Ribeirão Preto

promovem ação

sobre segurança do

trabalho

Para alertar e conscientizar a população

sobre práticas saudáveis no ambiente profis-

sional, alunos do curso Técnico em Seguran-

ça do Trabalho, do Senac Ribeirão Preto

(SP), estão realizando um Pit Stop nos semá-

foros próximos à unidade, ontem 26 e hoje,

dia 27 de abril.

Por meio de faixas e panfletos, os estu-

dantes apresentam estatísticas de acidente de

trabalho e mensagens e dicas de segurança

laboral. “Além de aproximar os alunos do sa-

ber profissional, a ação comemora o Dia

Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho,

celebrado em 28 de abril”, diz Milena Serr-

ano, docente do Senac Ribeirão Preto.

A ação mobiliza mais de 250 alunos, que

estão acompanhados pelos docentes da uni-

dade. O Pit Stop acontece nos cruzamento

das ruas Goiás e Tamandaré e também na in-

tersecção das ruas Capitão Salomão e João

Ramalho, ambas no bairro Campos Elíseos.

N

A Comissão de Constituição e Jus-

tiça e de Cidadania (CCJ) aprovou no último

dia 20 de abril de 2017 proposta que modifi-

ca a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT

- Decreto-lei 5.452/43) para incluir o princí-

pio da boa-fé como norteador das relações

individuais e coletivas de trabalho.

Como foi aprovado em caráter conclusi-

vo, o Projeto de Lei 8295/14, da deputada

Flávia Morais (PDT-GO), segue para análise

do Senado.

Segundo a deputada, apesar de a boa-fé

ser um princípio geral do direito e fonte su-

bsidiária do direito do trabalho, é necessário

incluí-lo expressamente no texto da legisla-

ção trabalhista a fim de facilitar a harmoni-

Seria melhor dizer os modos ope-

ratórios, pois como foi explicado acima nun-

ca se adota apenas um modo operatório. Eles

variam de acordo com as modificações da

matéria-prima, do estado dos equipamentos

e das próprias condições psicofisiológicas

dos trabalhadores.

O modo operatório designa as atividades

ou operações que devem ser executadas para

se atingir o resultado final desejado, o obje-

tivo da tarefa.

Ele pode ser prescrito (ditado pela empre-

sa) ou real (o modo particular adotado pelo

trabalhador para fazer face à variabilidade a-

cima mencionada).

Uma análise ergonômica coloca em evi-

dência os vários modos operatórios possí-

veis (prescritos e reais). Uma organização do

trabalho mais flexível é aquela que permite

que os trabalhadores desenvolvam os modos

operatórios mais adequados seja ao seu es-

tado interno ou às peculiaridades da matéria-

prima ou das ferramentas. Só assim é pos-

sível que os trabalhadores integrem a varia-

bilidade e atinjam os objetivos da tarefa.

Aumentar os graus de liberdade significa

permitir que haja vários modos operatórios

possíveis e que possam ser adotados em si-

tuações diferentes (inclusive aquelas resul-

tantes de variações do estado corporal). Por

exemplo, ter a possibilidade de executar a ta-

refa em pé quando já se cansou de ficar sen-

tado. Para isso é preciso também que o mo-

biliário seja concebido levando em conta os

vários modos operatórios.

Câmara aprova princípio da boa-fé como

norteador das relações de trabalho

zação e pacificação das relações trabalhistas.

A proposta inclui na CLT que é “dever das

partes proceder com probidade e boa-fé, vi-

sando ao progresso social do empregado e à

consecução dos fins da empresa, em um am-

biente de cooperação e harmonia”.

O relator na CCJ, deputado Marcos Rogé-

rio (DEM-RO), afirmou que não há afronta aos

direitos mínimos concedidos aos trabalhado-

res pela Constituição Federal. “Deve-se, as-

sim, concluir pela constitucionalidade da

proposição”, disse Rogério, que apresentou

parecer pela aprovação.

Íntegra da proposta:

Compartilhamos com 'Agência Câmara Notícias'

Manual de Aplicação da NR 17

sobre o modo operatório

Atualmente, há uma grande demanda pela

padronização dos procedimentos e a premis-

sa básica é que só assim se atingirá a quali-

dade prevista: os certificados ISO. Não dis-

cordamos que deve haver certo grau de pa-

dronização para se atingir a qualidade. Dis-

cordamos apenas que esses padrões sejam

estabelecidos sem levar em conta toda a va-

riabilidade que se enfrenta no dia a dia. Seria

um “engessamento” da produção em que difi-

cilmente se conseguiria atingir as metas, seja

de quantidade seja de qualidade. A produção

é garantida graças às habilidades dos traba-

lhadores de contornar os diversos incidentes

que insistem em aparecer a toda hora. Na prá-

tica, temos visto os trabalhadores guardarem

zelosamente na gaveta os procedimentos

prescritos e continuarem a improvisar para

desempenhar bem a tarefa. Eles comentam

que gostariam de obedecer ao procedimento

prescrito, mas que, “na prática, as coisas não

acontecem como previsto”. Um exemplo do

que pode acontecer caso todos resolvam obe-

decer cegamente a todas as regras é a “ope-

ração-padrão”. É a maneira de se emperrar o

funcionamento sem entrar em greve. Basta

seguir todas as normas que tudo se torna mo-

roso demais. É bem conhecida a operação-

padrão dos controladores de vôo. Quando

eles obedecem a todas as normas de segu-

rança, há um congestionamento gigantesco.

Ou seja, na prática, os vôos são controlados

sem se levarem em conta “todas” as normas.

A habilidade do controlador é, então, saber

quais regras podem ser infringidas sem, con-

tudo, provocar um acidente grave.

O problema é que, quando ocorre o aci-

dente, é fácil descobrir os “atos inseguros” do

controlador, pois ele os pratica rotineiramen-

te para conseguir dar vazão ao fluxo aéreo.

Concluindo, nem sempre se pode tudo

prever. Mesmo as normas de qualidade po-

dem não ser claras, assim como os meios de

atingi-las, fato que leva o trabalhador a um

estado constante de incerteza. Este estado po-

de ser agravado quando as exigências de

qualidade se superpõem àquelas de quanti-

dade.

Colaborou Enrique Diez Parapar; Fisioterapeuta

do Trabalho – Professor de Educação Física

Trabalhador aciona empresa

errada na justiça e é

condenado a indenizá-la

Ao preencher os dados para iniciar um processo na Justiça do Tra-

balho, o advogado de um motorista cometeu um erro na hora de cadastrar

as informações no Processo Judicial Eletrônico (PJe) e acionou uma em-

presa de construção civil, que não possuía nenhum vínculo com o trabalha-

dor.

As consequências desse descuido foi a citação da empresa errada, que

precisou constituir advogado entre outros gastos para se defender de uma

ação na qual não tinha nenhuma culpa.

Essa empresa, então, utilizou uma reconvenção, nome dado a uma ação

judicial que possibilita ao réu processar quem o acionou na justiça.

O juiz da 1ª Vara do Trabalho de Sinop, William Guilherme Ribeiro, aten-

deu ao pedido e condenou o trabalhador e seu advogado a pagarem 3,5 mil

reais de indenização por perdas e danos. Segundo a empresa, a indenização

é necessária para pagar os honorários do advogado contratado quando foi

apresentada como ré.

O magistrado explicou que o ordenamento jurídico elegeu requisitos es-

senciais para responsabilizar o ofensor, sem os quais não há que se falar

em responsabilidade. São a existência do dano, o nexo causal e a conduta

culposa.

De acordo com o juiz, os requisitos foram preenchidos. O dano foi ob-

servado nos gastos com o advogado contratado para a defesa. A conduta

culposa consistiu no cadastramento de pessoa no processo que não par-

ticipava daquela relação jurídica e, por fim, o nexo causal, manifesto na me-

dida em que o réu foi incluído naquela relação processual erroneamente pelo

trabalhador e seu advogado. “Por essas razões acolho a pretensão do réu

condenado o autor ao pagamento de indenização a fim de ressarcir o réu do

valor despendido com a contratação de advogado”, decidiu.

Já a ação principal, iniciada com o nome da empresa errada, foi extinta

sem o julgamento mérito, após o juiz constatar na petição inicial que a em-

presa com a qual o trabalhador mantinha contrato não era a mesma cadas-

trada no polo passivo no PJe. “Os elementos registrados por ocasião da au-

tuação do processo junto ao sistema PJe divergem integral e irremedia-

velmente dos elementos consignados na peça pórtica do feito, circunstância

que ensejou a inclusão e efetiva atuação no processo de pessoa jurídica não

participante da relação de direito material deduzida ao longo da causa de

pedir”, concluiu. Compartilhamos com Carlos Alexandre

Entre em contato:

[email protected]

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TERAPIANDO

Olá caro leitor! Seguindo a suges-

tão de alguns que acompanham a coluna, ho-

je abordo sobre a terapia psicológica, uma

das minhas práticas profissionais.

A psicoterapia consiste na aplicação de

técnicas para o processo de autoconheci-

mento, do tratamento da saúde mental, emo-

cional e algumas doenças psiquiátricas. A

psicoterapia ajuda o paciente na compreen-

são de si, do que o deixa feliz, ansioso, bem

como o auxilia com os seus pontos fortes e

fracos. Como você lida com o “seu eu”?

Na terapia psicológica as pessoas podem

identificar seus sentimentos e modos de pen-

sar para que consigam lidar melhor com eles

em situações difíceis. Simplesmente, a psi-

coterapia visa aliviar o sofrimento psicoló-

gico através da fala do paciente com seu psi-

coterapeuta. O processo pode perdurar de

meses e a anos, dependendo da demanda, do

objetivo e A psicoterapia pode ser praticada

somente com um paciente, em pares, e até

mesmo em grupos. Geralmente, as sessões

ocorrem uma vez por semana, de acordo com

a necessidade da pessoa, e dura cerca de 50

a 60 minutos. Um psicoterapeuta pode ser

um terapeuta de casal, e da família, ou so-

mente atender um indivíduo, pode atender

crianças, jovens ou adultos, conforme sua

especialização. Os psicólogos geralmente

tentam reduzir angústia do indivíduo como

resultado de problemas de relacionamento

humano, e não como resultado de um distúr-

bio particular. Um psicólogo especializado

em psicoterapia, geralmente considera o

contexto mais amplo das relações dentro de

uma família ou no trabalho.

A psicoterapia pode ser utilizada para o

tratamento de diversas demandas. Há de-

mandas que são satisfeitas com o psicólogo

e outras que necessitam de uma combinação

com o atendimento psiquiátrico e a prescri-

Abastecer o veículo até a boca do

tanque, após o travamento da bomba, além

do dano ambiental, causa sérios riscos à

saúde do frentista e do motorista por causa

dos vapores exalados pelo benzeno. Para a-

lertar a população sobre os riscos da expo-

sição à substância, a Delegacia Sindical na

Bahia – DS/BA e o Sindicato dos Trabalha-

dores em Postos de Combustível na Bahia –

Sinposba promovem a campanha “Não passe

dos limites. Complete o tanque só até o au-

tomático”, cujo lançamento ocorreu na terça-

feira, 25 de abril.

A abertura da campanha foi marcada por

uma ação educativa com panfletagem no

posto Sumaré, na Avenida Tancredo Neves,

em Salvador. Auditores-Fiscais do Trabalho

orientaram frentistas, funcionários de postos

e consumidores sobre as regras do Minis-

tério do Trabalho para o setor e a importância

da prevenção de acidentes no ambiente de

trabalho.

A presidente da DS/BA, Larissa Moreira,

explicou que a ação integra as atividades da

Campanha Nacional de Prevenção de Aci-

dentes do Trabalho – Canpat do Ministério

ção medicamentosa. Os mais comuns são:

depressão; ansiedade; distúrbio pós-traumá-

tico; baixa autoestima; transtorno de ansie-

dade, incluindo fobias; crises emocionais;

problemas conjugais; conflitos familiares;

transtorno obsessivo-compulsivo; transtor-

nos de personalidade; alcoolismo; vício em

drogas; problemas decorrentes do abuso de

crianças; problemas comportamentais;

transtorno bipolar; esquizofrenia entre ou-

tros.

A maioria dos pacientes vai dizer que os

benefícios da psicoterapia incluem:

Ser capaz de compreender melhor a si

mesmo, seus objetivos pessoais e os seus

valores;

Desenvolver habilidades cujo objetivo é

melhorar os relacionamentos interpessoais;

Auxílio para superar alguns problemas,

como um transtorno alimentar, depressão ou

ansiedade;

Portanto, a terapia pode dar ao indivíduo

uma nova perspectiva sobre um problema di-

fícil e direcioná-lo para uma solução cons-

ciente. Experimente, faça psicoterapia e liber-

te-se!

Carla Santos de Lima

Psicóloga Especialista Junguiana, TST,

Analista de TD & E no meio corporativo,

Docente em cursos de formação técnica,

Consultora organizacional,

Palestrante de Educação em Saúde,

Sexualidade e Segurança do trabalho.

(11) 957870878

Atendimentos online:

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Acesse e me conheça mais:

http://www.carlapalestras.com.br

do Trabalho - MTb, inserida no Abril Verde,

que tem como objetivo sensibilizar a socie-

dade para a importância do desenvolvimento

de uma cultura de prevenção de acidentes e

doenças ocupacionais. “É preciso chamar a-

tenção sobre a importância da prevenção e

das regras de segurança no trabalho para que

os acidentes e doenças do trabalho não a-

conteçam”, disse.

A campanha nos postos de combustíveis

tem como foco propagar esclarecimentos so-

bre a importância do cumprimento da Porta-

ria nº 1109/2016, do MTb, que regulamenta

o Anexo II da Norma Regulamentadora - NR

9, aprovada pela Comissão Nacional Perma-

nente do Benzeno – CNPBz. O dispositivo

visa, especificamente, à segurança nos pos-

tos de combustíveis e à redução do risco de

contaminação pelo benzeno presente na ga-

solina. SINAIT

Especialista em medicina do trabalho alerta

para a importância de conhecer e cumprir as

normas regulamentadoras

No dia 28 de abril comemora-se o

Dia Mundial da Saúde e da Segurança do

Trabalho. A data foi criada pela OIT – Orga-

nização Internacional do Trabalho, em 2003,

em memória de 78 mineiros que faleceram

após a explosão de uma mina no estado nor-

te-americano da Virginia. No Brasil, o dia é

celebrado desde 2005.

A data é uma oportunidade de reflexão so-

bre os acidentes de trabalho e para reforçar a

importância do cumprimento das normas re-

gulamentadoras de medicina e segurança do

trabalho.

A legislação brasileira é uma das mais

completas e rigorosas no que se refere à saú-

de ocupacional e prevenção de acidente de

trabalho. O Ministério do Trabalho estrutura

36 normas regulamentadoras (NRs) obriga-

tórias para empresas públicas e privadas, de

todos os portes e segmentos, que tenham

funcionários registrados de acordo com a

Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). As

NRs tratam de todas as atividades laborais,

inclusive as mais específicas.

Brasil registra 2 mil acidentes

de trabalho por dia

Mesmo assim, de acordo com o último

levantamento da OIT, o Brasil é o quarto país

em números de acidentes de trabalho, fican-

do atrás apenas da China, Índia e Indonésia.

Desde 2010, a Previdência Social registra

700 mil acidentes por ano, cerca de 2 mil por

dia e despesas em torno de R$ 11 bilhões.

Sem contar os casos não notificados, os tra-

balhos informais, autônomos, servidores pú-

blicos e empregados domésticos.

De acordo com a Dra. Marianne Sobral,

diretora e médica do trabalho da Aclimed,

“não faltam normas, o que há é um desco-

nhecimento ou até mesmo um descumpri-

mento delas”.

“A ausência de fiscalização para verificar

se elas estão sendo cumpridas conforme a lei

estabelece, aumenta o risco de ocorrer aci-

dentes de trabalho que acarretam em muitos

encargos para as organizações, a Previdên-

cia e os próprios empregados”, complemen-

ta a Dra. Marianne.

Sobre a Aclimed

Fundada em 1999, a Aclimed conta com

uma equipe de profissionais altamente quali-

ficados e experientes, garantindo sua atua-

ção em Medicina Ocupacional e Segurança

do Trabalho de forma ágil e segura.

Realiza exames ocupacionais, comple-

mentares e perícias; emite laudos; ministra

capacitações e promove ações preventivas.

Atende todas as normas regulamentadoras e

eSocial.

Os serviços são personalizados de acordo

com o porte e segmento dos clientes. Realiza

atendimento em todo o Brasil, por meio de

sua rede credenciada.

Jornal Dia a Dia

Cinco estados

apresentam saldo

positivo de

empregos em

março

Os quatro estados juntos abriram 12.035

novos postos de trabalho

Os estados do Rio Grande do Sul,

Goiás e Mato Grosso do Sul, Paraná e To-

cantins apresentaram saldo positivo de em-

prego em março, conforme dados do Cadas-

tro Geral de Empregados e Desempregados

(Caged), do Ministério do Trabalho, divulga-

dos no dia 20 de abril de 2017.

O Rio Grande do Sul foi o estado com o

maior número de empregos formais criados

em março, com 5.236 novos postos de tra-

balho. Em fevereiro, o estado ocupava a ter-

ceira posição no ranking.

Veja a matéria aqui.

Goiás ficou em segundo lugar na geração

de empregos entre todos os estados, com 4.

304 vagas, sendo 1.328 vagas na Indústria de

Transformação e 2.449 na Agropecuária. Os

dois setores tiveram bom desempenho em to-

dos os estados da região.

O Paraná ocupa o quarto lugar, com a ge-

ração de 1.126 novos postos de trabalho, se-

guido de Tocantins, que gerou 124 vagas de

emprego.

No Mato Grosso do Sul, o saldo também

foi positivo, com 1.245 vagas, resultado pu-

xado pelos setores da Indústria de Transfor-

mação, com 770 vagas e da Construção Civil,

com 465 vagas.

“O governo segue trabalhando firmemente

com o propósito de colocar o país nos trilhos

para que cresça e dê oportunidades de em-

prego e renda para os seus trabalhadores e

trabalhadoras. Tenho a convicção de que o

objetivo será alcançado com o esforço de to-

dos: governo, empresários e trabalhadores”,

afirmou o ministro do Trabalho, Ronaldo No-

gueira.

Veja a matéria aqui.

Ministério do Trabalho

Assessoria de Imprensa

Na Bahia Delegacia Sindical e sindicato de

trabalhadores em postos promovem

campanha de alerta sobre riscos do

benzeno

No Espírito Santo SESI promove Prêmio

para indústrias que investem em

segurança e saúde no trabalho

Premiação

Os trabalhos selecionados receberão o

reconhecimento pelo mérito, em cerimônia

de premiação, de acordo com a análise e jul-

gamento técnico instituído pelo Prêmio SESI

de Boas Práticas e os vencedores poderão

ser convidados a apresentá-los em eventos

especializados. As indústrias participantes

terão divulgação nas mídias da indústria ca-

pixaba (informativos da Indústria, sites da

Indústria, entre outras).

As indústrias vencedoras receberão pre-

miação de reconhecimento, a ser realizada

em junho deste ano, em data e local a serem

definidos e divulgados. A premiação será

destinada ao 1º, 2º e 3º lugares de cada cate-

goria: 1º lugar – Troféu Prêmio SESI de Boas

Práticas; 2º e 3º lugares – Troféu ou Placa de

Menção Honrosa. Os demais participantes

do Prêmio receberão Certificado de Partici-

pação.

Fique de olho:

Prêmio SESI de Boas Práticas – Semana

Prevenir ES

Inscrições:

http://prevenires.com.br/premio-sesi-de-

boas-praticas/

Prazo para inscrever trabalhos:

27/03/2017 a 26/05/2017

O SESI, em parceria com o comitê

técnico Organizador da “Semana Prevenir”,

lança o Prêmio SESI de Boas Práticas. As

empresas interessadas podem inscrever seus

projetos gratuitamente até o dia 26 de maio.

O edital e a ficha de inscrição estão disponí-

veis no site no link:

http://prevenires.com.br/premio-sesi-de-

boas-praticas/.

A premiação é destinada à todas as in-

dústrias capixabas e visa estimular a cultura

da segurança e saúde do trabalho, no am-

biente das organizações, por meio do reco-

nhecimento e apresentação de práticas, pro-

cessos e produtos, novos ou aprimorados,

desenvolvidos pelas empresas.

O objetivo é estimular a incorporação da

responsabilidade em Segurança e Saúde no

Trabalho na gestão dos negócios da empre-

sa, além de representar uma importante fer-

ramenta na disseminação das boas práticas

identificadas, contribuindo para a construção

de melhor ambiente laboral para os traba-

lhadores e, consequentemente, maior com-

petitividade para as empresas.

A Semana Prevenir é uma iniciativa do

Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de

Material Elétrico do Estado do Espírito Santo

(Sindifer) e está na sua 3ª edição.

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Página 08/10 - Norminha - DESDE 18/08/2009 - ANO 09 - Nº 412 - 27/04/2017

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Em 2014, transporte rodoviário lidera em acidentes com mortes e causa 15,6 mil

afastamentos por ano

Dados do Anuário Estatístico da

Previdência Social, média (2010-2014), de-

monstram que o setor de transporte foi líder

em acidentes com mortes entre 2010 e 2014

(376 ao ano), o segundo em incapacidades

permanentes (1.050 ao ano) e o quarto em

afastamentos com mais de 15 dias (15.600).

Por conta disso, a Secretaria de Inspeção do

Trabalho do Ministério do Trabalho priorizou

A 1ª Turma do Tribunal Regional do Tra-

balho da 21ª Região (TRT-RN) manteve a de-

cisão da 8ª Vara do Trabalho de Natal que

condenou clínica médica ao pagamento de

valores correspondentes a diferenças sala-

riais a uma secretária que exercia funções de

auxiliar médico.

A reclamada também deverá pagar adicio-

nal de insalubridade em grau médio à secre-

tária, em virtude de comprovação de que ela

realizava exames de eletroencefalograma,

eletrocardiograma e de acuidade visual, além

de coletar sangue, motivo pelo qual a em-

pregada pleiteou o pagamento das diferenças

salariais.

Em seu recurso ao TRT-RN, a empresa a-

legou que a trabalhadora exerceu, por um

período, a função de técnico de enfermagem,

que não corresponderia a de auxiliar médico.

O desembargador Ricardo Espíndola Bor-

ges, relator do recurso na 1ª Turma, no en-

tanto, considerou as provas documentais e

testemunhais apresentadas no processo.

Para ele, ficou comprovada a atuação da

empregada auxiliando o médico na realiza-

ção de exames e coletando amostra de san-

as atividades do setor na Campanha Nacional

de Prevenção de Acidentes do Trabalho

(Canpat) deste ano.

A Canpat é uma ação desenvolvida pelo

Ministério do Trabalho em parceria com di-

versos órgãos com a finalidade de alertar e

sensibilizar a sociedade sobre a importância

de uma cultura de prevenção de acidentes no

trabalho. O ministro do Trabalho, Ronaldo

Nogueira, disse que a campanha é importan-

te porque ajuda na conscientização contra os

acidentes. “É uma batalha permanente do mi-

nistério melhorar a segurança dos trabalha-

dores. E essa é uma iniciativa que deve ser

incorporada pelo poder público, pelos em-

pregadores e pelos trabalhadores”, disse.

Segundo a secretária de Inspeção do Tra-

balho, Maria Teresa Pacheco Jensen, os aci-

dentes no setor de transporte representam

grave problema no Brasil. No entanto, ela

destaca que a relação desses acidentes com

o trabalho vinha sendo pouco reconhecida.

“Considerando o tema geral da Canpat –

conhecer para prevenir – o setor dos trans-

portes terrestres foi escolhido principalmente

para dar maior visibilidade a essa relação

gue, o que foge às atribuições de secretária

ou mesmo de técnico de enfermagem.

A respeito do adicional de insalubridade

cobrado pela secretária, o desembargador

manteve a decisão da 8ª Vara de Natal que

reconheceu a atividade da trabalhadora como

insalubre em grau médio durante o período

do contrato.

De acordo com o artigo 189 da Consoli-

dação das Leis do Trabalho (CLT), são consi-

deradas atividades insalubres aquelas que

exponham os empregados a agentes nocivos

à saúde, acima de limites de toleráveis.

Assim sendo, a 1ª Turma do TRT-RN de-

cidiu, por unanimidade, negar o recurso da

clínica e confirmar a sentença com relação ao

pagamento de diferenças salariais e do adici-

onal de insalubridade em grau médio, com

seus respectivos reflexos sobre aviso prévio,

13º salários, férias mais 1/3 e FGTS mais

40%.

Fonte: Tribunal Regional do Trabalho da 21ª

Região Rio Grande do Norte

Colaborou: Enrique Diez Parapar

com o trabalho, para que a população parti-

cipe ativamente na prevenção desses aciden-

tes e doenças”, avaliou.

O setor, no conjunto de dados analisados,

se sobressai nos acidentes gravíssimos e fa-

tais. “É preciso destacar, ainda, que muitos

acidentes do trabalho no transporte terrestre

vitimam também ocupantes de outros veí-

culos, gerando mortes e mutilações que não

são registrados como do trabalho”, ressalta a

secretária.

Transporte de cargas

O setor rodoviário de cargas é o maior

destaque dentro dos transportes, sendo que,

em média, 15% dos óbitos em acidentes do

trabalho típicos (excluídos os acidentes de

trajeto) ocorrem com motoristas de cami-

nhão – considerando aqueles que trabalham

em empresas de transporte propriamente di-

tas e os que trabalham no transporte de mer-

cadorias para empresas de outras atividades

econômicas.

No transporte rodoviário de passageiros,

sobressai o transporte coletivo urbano. Nes-

se setor, os principais motivos de afasta-

mento do trabalho estão relacionados a dores

lombares, tromboses nos membros inferio-

res, agravos à coluna e dores nas articula-

ções. As causas desses agravos podem se

relacionar a vários aspectos da organização

do trabalho e dos postos de trabalho obser-

vados, com problemas relacionados a ergo-

nomia, vibrações, jornadas e escalas de tra-

balho inadequadas, problemas frequente-

mente identificados na fiscalização.

Fiscalização – Para reduzir essas estatís-

ticas, foi deflagrada pelo ministério em 12 de

abril, no início da campanha, uma operação

nacional nas rodovias do país para que seja

fiscalizado pelos auditores irregularidades

no setor, com foco nas longas jornadas, que

contribuem para a fadiga e expõem os moto-

ristas a acidentes graves.

Somente nos últimos cinco anos morre-

ram aproximadamente 2.780 trabalhadores

do transporte terrestre e 5.400 sofreram aci-

dentes com sequelas permanentes.

Ministério do Trabalho A. de Imprensa Edvaldo Santos

Andrea Caroline Martins *

Trabalhadores da Indústria Meta-

lúrgica exercem suas atividades expostos a

riscos nocivos à saúde e integridade física,

os quais são inerentes ao seu ramo de ativi-

dade. Essa é uma das características que per-

mite dizer que trabalhadores da indústria me-

talúrgica podem ter direito à Aposentadoria

Especial. Este benefício previdenciário é con-

cedido às pessoas que trabalham expostas a

agente nocivo à saúde e integridade física

durante 15, 20 ou 25 anos, conforme o risco

do agente agressivo a que ficou exposto. O

intuito da aposentadoria especial é permitir

que estes trabalhadores possam deixar de e-

xercer a atividade nociva após um período

menor de trabalho, para que sejam preserva-

das sua saúde e integridade física.

O enquadramento de atividade exposta a

riscos nocivos para os funcionários da in-

dústria metalúrgica, até 5 de março de 1997,

se dava por função ou ramo de atividade,

pois era presumível a exposição no desen-

volvimento das atividades dentro desse tipo

de indústria ou mecânica à cavacos, fumo

metálico, calor, ruído, névoas, óleo, graxa,

fluido de corte, benzeno. Até então não havia

aplicação de conhecimentos técnicos que

promovessem a segurança do trabalhador,

nem mesmo consciência de gestos simples

como não deixar agentes químicos no meio

do setor de produção, nem mesmo a utili-

zação de equipamentos de proteção. O reco-

nhecimento do direito ao enquadramento era

efetuado por presunção, com enquadramen-

to, dessa forma até 1997, sem a verificação

da quantidade e determinação de limites de

tolerância.

Após a data citada, o funcionário deveria

estar munido de formulário e laudo técnico,

apresentando os agentes químicos e a sua

quantificação, com enquadramentos. Para o

agente agressivo ruído, sempre houve quan-

tificação e limites de tolerância vigentes ao

longo do tempo, como 80 decibéis (período

até 5/3/97), 90 decibéis (período de 6/3/97 a

18/11/2003) e de 85 decibéis (19/11/2003

em diante), sendo sempre necessário apre-

sentação de formulário e Laudo para este

agente agressivo ou PPP-Perfil Profissiográ-

fico Previdenciário.

A Indústria Metalúrgica e a

Aposentadoria Especial

A aposentadoria especial somente é con-

cedida nos casos e que está comprovada a

exposição a agentes agressivos. Um exemplo

de sucesso é de um trabalhador que exerceu

suas funções em uma grande montadora de

veículos no Brasil como prático, montador de

produção, testador de motor. Ele teve sua a-

posentadoria deferida em processo adminis-

trativo no Conselho de Recursos da Previ-

dência Social, sem precisar ir à justiça. Com

isso, manteve a sua renda de 100% da sua

média limitada ao teto.

Para tanto, os funcionários necessitam

comprovar a exposição a estes agentes, atra-

vés do formulário PPP, que deve ser soli-

citado às empresas onde trabalhou, após re-

querer seu benefício previdenciário. Em caso

de negativa da autarquia, poderão ingressar

com Recurso no Conselho de Recursos da

Previdência Social ou com ação judicial.

*Andrea Caroline Martins é advogada

previdenciária na ACM Advocacia

Previdenciária.

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Setor de transporte é prioridade em campanha de

prevenção a acidentes de trabalho

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Secretária que exercia função de auxiliar

médico tem direito a insalubridade

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por exemplo, porém também são graves. “No

comércio, a dorsalgia é comum nas pessoas

que trabalham como estoquistas, porque

elas levantam caixas, fazem movimentos de

agachar e levantar e acabam não prestando

atenção na postura. Esse mesmo descuido

ocorre com quem trabalha em escritório por

muito tempo sentado na mesma posição”,

explica.

Assim como ocorre com doenças como

estresse e depressão, é difícil diagnosticar se

as dores nas costas são causadas pela ati-

vidade profissional ou por algum outro pro-

blema externo. Mas Viviane entende que, in-

dependentemente da causa original, a postu-

ra no trabalho influencia no adoecimento.

“As pessoas passam muito tempo do seu dia

no trabalho. Se não tiverem o devido cuidado

na maneira de se sentarem e realizarem suas

atividades, ou se não respeitarem as pausas

necessárias ao longo da jornada de trabalho,

vão adoecer, independentemente de como e

onde tenha surgido a dor”, alerta.

Ministério do Trabalho

Graziela Andreatta

SINTEST-MG

participa da

Conferência do

médico e

ergonomista francês

René Amalberti

Organizado pelo Centro de Estudos

e Práticas em Saúde e Segurança do Tra-

balhador (CEPRASST) da UFMG, na manhã

de ontem, 25 de abril, no auditório do Senai,

o presidente do SINTEST-MG, Cláudio Fer-

reira dos Santos, fez-se presente na Confe-

rência “Avaliações de riscos e soluções de

compromisso necessárias à gestão de segu-

rança”, com René Amalberti, quando, na oca-

sião, René descortinou sobre seu livro "Ges-

tão da Segurança: teorias e práticas sobre as

decisões e soluções de compromisso neces-

sárias", recentemente traduzido para o portu-

guês.

N

Compartilhamos com Tânia Angelina dos Santos

(diretora de Formação Profissional)

Colaboração de Adonai Ribeiro - SINTESP

Os cursos técnicos profissionali-

zantes aceleram a entrada no mercado de tra-

balho e surgiram para atender a carência de

mão de obra técnica. Dessa forma, supririam

a demanda de mercado cada vez mais cres-

cente para profissionais qualificados e espe-

cializados, frutos da boa formação e com

competência para aplicar a aprendizagem

proporcionada pelo curso técnico.

Com base nesse fato, um dos principais

motivos em buscar esse tipo de formação, é

a necessidade do aluno em entrar rápida-

mente para o mercado de trabalho, levando

em conta que a formação a nível médio téc-

nico, tem o objetivo de especializar e capa-

citar profissionalmente os alunos em áreas

específicas, com conhecimentos práticos e

teóricos nos diversos segmentos de trabalho.

Por esse motivo, os cursos técnicos surgi-

ram focados em aprendizagens práticas, com

o objetivo de formar trabalhadores especia-

lizados, haja vista que para o mercado de tra-

balho não é só o diploma que conta, a com-

Memorial Descritivo

para NR-12

Marcos Lima vai ministrar curso completo

sobre a NR-12 em Araçatuba (SP)

Um memorial descritivo é um do-

cumento que detalha todas as fases pelas

quais um projeto deverá passar, servindo co-

mo base para a execução do mesmo. Contém

as orientações e especificações técnicas para

elaboração de proposta de prestação de ser-

viços de engenharia especializada, e, em se

tratando de segurança de máquinas e equipa-

mentos ele geralmente é utilizado para orçar

no mercado serviços de levantamentos, aná-

lises e projetos, para subsidiar a elaboração

de um plano de implantação da NR12 com

priorização de máquinas em situação mais

crítica.

O grande problema é que muitos memo-

riais descritivos estão sendo mal elaborados

com solicitações de serviços referentes à NR-

12. Entendo que os responsáveis em elaborar

o mesmo não precisam entender detalhes

técnicos, mas deveriam no mínimo buscar o

entendimento básico do que estão cotando.

“Aberrações” de todos os tipos são solicita-

das, coisas que nem sequer são solicitadas

pela NR-12 estão presentes no descritivo de

muitos memoriais. Por vezes me desloquei

até ao cliente para dirimir dúvidas e escla-

recer acerca do que realmente deveria ser so-

licitado. A essa altura é importante esclarecer

algumas nomenclaturas que são utilizadas

quando estamos falando de documentação

técnica aplicada à Norma.

1) Inventário de Máquinas e Equipa-

mentos – Solicitado pela NR-12.153

2) Apreciação ou análise de riscos –

Solicitado pela NR-12.5.a, 12.37, 12.39.a,

12.40, 12.91.1, 12.130

3) Procedimentos de trabalho e segurança

– Solicitados pela NR-12.130

4) Manual de instruções – Solicitado pela

NR-12.125

5) Documentação comprobatória de trei-

namentos de capacitação – Solicitado pela

NR-12.139

6) ART – Anotação de responsabilidade

técnica – Solicitado pela NR-12.55.1 e em

outras situações específicas como no ANEXO

VIII ITEM 16.1.

7) Plano ação com cronograma – Ins-

trução Normativa n 129 de 11 de janeiro de

2017

Outros documentos não solicitados

por Norma:

1) Laudo técnico de validação – Este do-

cumento gera muita confusão em se tratando

de NR-12. Muitos clientes solicitam um

“Laudo” entendendo que isso basta. Este

Laudo não está no corpo da Norma, porém

na pratica ele é utilizado para comprovação

de que uma determinada máquina está segu-

ra e em conformidade com a NR-12. Um Lau-

do técnico de validação de máquinas e equi-

pamentos é emitido em duas situações:

a. Fabricantes e/ou importadores de má-

quinas e equipamentos.

b. Após a adequação de uma máquina que

já estava em uso

Para finalizar é extremamente importante

alinhar todas essas informações com os pos-

síveis fornecedores. N

res com dores nas costas e sim o serviço pú-

blico, onde há um grande número de pessoas

realizando funções repetitivas. Em segundo

lugar estão as atividades relacionadas ao co-

mércio varejista, em especial supermerca-

dos, seguidos dos ramos hospitalar, de

construção de edifícios e transporte rodoviá-

rio de cargas.

A coordenadora-geral de Fiscalização e

Projetos do Ministério do Trabalho, Viviane

Forte, diz que que nessas atividades consi-

deradas mais leves, as dores nas costas são

menos evidentes do que na construção civil,

petência, conhecimento e habilidades adqui-

ridas na formação técnica, podem ser o dife-

rencial na hora de concorrer à vaga de em-

prego se levado em conta a qualificação da

prática que a formação técnica a nível médio

deveria proporcionar, e assim atender as ne-

cessidades das empresas que necessitam de

domínio e capacidade imediata para a fun-

ção.

O que o SINTESP tem observado junto

aos técnicos em segurança do trabalho re-

cém-formados é o inverso disso, pois os cur-

sos de formação não suprem a necessidade

de ensino prático que a profissão exige e é

inerente a atuação do TST, os quais, em

grande número, concluem o curso com defi-

ciências nas disciplinas que exigem ensino

prático e aferição da aprendizagem, uma vez

que lhes foi proporcionado formação somen-

te teórica - a exemplo: avaliações quantita-

tivas de agentes ambientais, técnicas de su-

porte básico à vida, aplicação de técnicas de

segurança em trabalhos que envolvam riscos

com normas especificas, e elaboração efetiva

de programas de prevenção.

Sempre acompanhando e avaliando a ne-

Dor nas costas é a principal causa de afastamento do trabalho

cessidade de melhor qualidade na formação

do profissional TST, pois existem em São

Paulo 400 escolas autorizadas a ministrarem

o curso técnico em segurança do trabalho, o

SINTESP aponta alguns motivos dessa defi-

ciência, a exemplo da controversa experiên-

cia dos docentes. Grande parte desses pro-

fissionais - que formam outros profissionais

- não tem vivência prática, e nunca atuaram

em campo após sua formação. Tornaram-se

professores e, consequentemente, sem ter

experiência e habilidade prática ensinam so-

mente a teoria. Podemos destacar, a exemplo

dessa questão, a formação tecnológica - ní-

vel superior - de algumas profissões, que

nem sequer encontram atuação no mercado

de trabalho, e, sem experiência alguma na

profissão, esses formandos não encontram

alternativa senão a de trabalharem como

docentes nos cursos técnicos.

O mais impactante é o descalabro das

justificativas oferecidas por parte de algumas

escolas, que alegam não possuírem recursos

financeiros suficientes para viabilizar a con-

tratação de docentes com proficiência com-

provada. O resultado dessa falta de experiên-

cia prática dos formadores são uma das prin-

cipais deficiências verificadas na formação.

Não podemos esquecer também – que é

igualmente grave – o descaso para com a

qualidade e o pensamento frenético de algu-

mas instituições escolares para com o lucro

a qualquer custo, instalando seus cursos,

sem um laboratório adequado ou mesmo

sem qualquer equipamento necessário, dis-

QUAL O OBJETIVO MAIOR DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL?

As escolas técnicas estão formando profissionais técnicos em

segurança do trabalho competentes?

ponibilizam materiais de apoio desatualiza-

dos, de baixa qualidade, não cumprem os

planos de aula ou não aplicam os conteúdos

inseridos em suas ementas.

Neste sentido, acabam por descumprir to-

talmente o Catálogo Nacional de Cursos Téc-

nicos do MEC, que recomenda para aulas

práticas, a seguinte estrutura: Laboratório de

combate a incêndio - Laboratório de higiene

e segurança do trabalho - Laboratório de su-

porte básico à vida; estrutura mínima para ca-

pacitar o profissional Técnico em Segurança

do Trabalho, com o devido suporte, além de

uma didática pedagógica competente.

Esse absurdo, assim como outros, é em-

basado na desculpa de sempre: “investimento

muito alto”, e, desta forma, além de propor-

cionarem uma formação de qualidade ques-

tionada, se incluem na ilegalidade, pois dei-

xam de cumprir uma determinação legal, es-

quecendo-se que o requisito básico não é so-

mente lucrar com a venda de cursos, mas o-

brigatoriamente, cumprir o que determina o

Catálogo Nacional de Cursos Técnicos e con-

tribuir com a sociedade oferecendo capacita-

ção capaz de inserir no mercado de trabalho

profissionais que venham a atuar com a de-

vida competência, necessária frente às futuras

adequações dos diversos tipos de ambientes

de trabalho, aos riscos dos mais variados, à

luta pela diminuição dos acidentes e doenças

do trabalho, à busca pelo trabalho decente, e

tantos outros desafios que a demanda da pro-

fissão exige, todos do interesse da própria

sociedade brasileira.

Problema causou afastamento por mais de 15 dias de 116 mil trabalhadores no ano passado

Dor nas costas é a doença que mais

afasta trabalhadores no Brasil por mais de 15

dias. No ranking de auxílios-doença conce-

didos pelo INSS, ela aparece em primeiro lu-

gar. Em 2016, 116.371 pessoas tiveram que

se ausentar do emprego por no mínimo duas

semanas por essa razão. Isso representa 4,

71% de todos os afastamentos. O segundo

motivo que mais afastou trabalhadores no

ano passado foram fraturas de perna e tor-

nozelo, seguidas das de punho e mão.

Os dados apontam que não são as ativi-

dades pesadas que mais afastam trabalhado-

Page 10: Norminha · posições, dicas, reflexões, estratégias e fer como presidente, solicitou “a presença de to ... pregadores. em trabalhadores, com a possibilidade da divi gado a

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No último dia 19 de abril de 2017, a Fun-

dacentro do Espírito Santo realizou palestra

abordando a Norma Regulamentadora NR nº

35 – Segurança nas Atividades em Altura.

A abertura do evento foi feita pelo chefe

Técnico substituto da regional, Alexandre

Custódio Pinto.

O tema foi explanado pelo instrutor técni-

co, Ivan Bongiovani Júnior, da Preveseg do

Espírito Santo, para 67 participantes compôs

tos por estudantes e profissionais de segu-

rança do trabalho e trabalhadores que exer-

cem suas atividades em alturas.

De acordo com a Fundacentro/Espírito

Santo, o intuito da palestra foi de compre-

ender o anexo II da NR-35, nesse sentido fo-

ram destacados os sistemas de proteção

contra quedas, sistemas de ancoragens, pro-

teção coletiva (SPCQ), proteção e individual

(SPIQ) e equipamentos contra quedas.

ando vínculo empregatício é mais comum do

que se imagina. É preciso ter confiança e aci-

ma de tudo ter documentado todos os paga-

mentos, demonstrando que todos os paga-

mentos estão sendo feitos conforme direito,

solicitando que a mesma assine um compro-

vante após o final do dia garantindo que re-

cebeu em dia seus direitos pelo trabalho exe-

cutado.

Agora se sua dúvida são os valores pagos

entre diarista e empregado doméstico, para

aqueles que estão tentando economizar vale

lembrar que, em 2015, o custo mensal do em

pregado doméstico na região de São Paulo

teve aumento de 12% em relação ao ano

anterior.

O Salário mínimo passou de R$ 810,

00 para R$ 905,00 sem inclusão dos bene-

fícios, enquanto o salário para uma diarista

está na média de R$ 150,00 ao dia, de-

pendendo do região do Brasil da qual se trata

o serviço em questão. Por isso, é importante

realizar o cálculo dos custos totais relacio-

nando as atividades, tanto para realizar os

cálculos de qual serviço é mais benéfico para

o contratante, quanto aquele que é mais be-

néfico para o trabalhador.

Fundacentro do Espírito Santo promoveu palestra

sobre segurança em trabalho em altura

Compartilhamos com Adriano Alves de Araujo -

Sócio do escritório

Alves Araujo Advogados Associados

Para realizar de forma eficaz uma

explicação sobre os direitos das diaristas, é

importante explicar a diferença entre diarista

e empregada doméstica, afinal, muitos con-

fundem uma profissional com a outra, e ne-

nhum dos direitos assegurados às emprega-

das domésticas são assegurados para a dia-

rista.

A diarista é uma pessoa que presta ser-

viço eventualmente, ou seja, sem vínculo

empregatício, pois trabalha por conta própria

fazendo seus próprios horários e pode traba-

lhar de uma a duas vezes na semana para a

mesma pessoa sem estabelecer relação de

trabalho. Ao contrário da empregada domés-

tica que trabalha de maneira contínua como

prestadora de serviços para uma mesma pes-

soa, tendo sua carteira registrada e, portanto,

seus direitos assegurados por lei.

A diarista pode trabalhar por até oito ho-

ras diárias, tendo total liberdade de prestar

serviços em demais residências, tendo como

descanso os finais de semana (sábado e do-

mingo).

No entanto, a diarista não possui direito a

férias, vale transporte, FGTS e décimo ter-

ceiro.

Evento fez parte da programação em apoio ao Movimento Abril Verde

Direitos das diaristas ao INSS

Esse ponto é importante ser levantando

pois é algo relevante nos direitos das dia-

ristas.

Por não possuir carteira assinada, é obri-

gada a se inscrever junto ao INSS como con-

tribuinte individual, ou seja, contribuir com o

dinheiro do próprio salário para ter direito a

sua aposentadoria conforme consta no artigo

9º, parágrafo 12, do Decreto nº. 9.048/99 (Re

gulamento da Previdência Social), que dis-

põe: “o exercício da atividade remunerada

está sujeita a filiação obrigatória ao Regime

Geral de Previdência Social (RGPS)”.

Exemplos de tipos de trabalho que não

criam vínculo empregatício

Prestadores de serviços que atuam na re-

sidência entre um ou dois dias na semana,

seja lavadeira, passadeira, faxineira, limpa-

dor de piscina, jardineiro, entre outros com

trabalhos em comum atuados dentro do mes-

mo local.

Mas vale ressaltar um cuidado importante

ao qual devemos observar que se uma dia-

rista mesmo trabalhando até duas vezes por

semana, mas trabalhando há anos para o

mesmo empregador poderá obter os mesmo

direitos de uma empregada doméstica, pois

sobressai, assim, a presença do contrato de

emprego doméstico quando presentes a ne-

cessidade periódica da prestação de serviço,

ainda que intermitente.

Por isso, fique atento, pois, o ingresso na

Justiça do Trabalho por uma diarista pleite-

A palestra fez parte da programação em

apoio ao Movimento “Abril Verde” que neste

ano ganhou apoio do Ministério do Trabalho,

o qual relançou a CANPAT – Campanha Na-

cional de Prevenção de Acidentes do Traba-

lho.

Técnicos, Engenheiros, Bombeiros Mili-

tares e Civis, entre outros participaram da pa-

lestra que foi produtiva e recheada de boas

informações técnicas.

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TENHA MAIS INFORMAÇÕES

FAÇA SUA INSCRIÇÃO

Parceria entre

Fundacentro e

Secretaria do

Trabalho de

Guarulhos será

firmada neste dia

27 de abril Por ACS/ Alexandra Rinaldi

Uma parceria entre a Fundacentro e a

Secretaria do Trabalho da Prefeitura Municipal

de Guarulhos será firmada no dia 27 de abril,

por meio de assinatura de Acordo de Coope-

ração Técnica entre ambas as instituições.

O Acordo terá como principal objetivo im-

plementar uma política pública inovadora em

SST por meio de ações educativas e de preven-

ção de acidentes de trabalho junto à população

de Guarulhos.

Nas ações específicas, a Fundacentro ficará

responsável pela capacitação, por meio de ofi-

cinas e palestras, aos profissionais da área de

educação indicados pela Prefeitura Municipal

de Guarulhos.

A entidade também terá como ação, o forne-

cimento de material de apoio necessário às ca-

pacitações, elaborar conteúdos programáticos

para inserção nos projetos pedagógicos das

escolas participantes, também indicadas pela

Prefeitura Municipal de Guarulhos.

Além disso, a instituição irá colaborar com

a implantação de capacitação em Políticas Pú-

blicas em SST e Meio Ambiente de Trabalho,

colaborar na somatória de esforços entre a Pre-

feitura e os sindicatos de classe laboral e eco-

nômica na implementação de objetivos para a

prevenção de doenças e acidentes do trabalho.

A Fundacentro também será responsável em

colaborar na criação da Semana Municipal de

Prevenção dos Acidentes e Doenças do Traba-

lho (SEMPAT).

Ações da Prefeitura

Do acordo assinado, a Prefeitura deverá in-

cluir, transversalmente, os conteúdos de segu-

rança, saúde e meio ambiente do trabalho no

planejamento dos projetos pedagógicos das

escolas, Entidades de Classe e órgãos públicos

participantes indicados pela Prefeitura Munici-

pal de Guarulhos.

Outras ações por parte da Prefeitura estão

voltadas a selecionar e assegurar a participação

de supervisores de ensino nas ações educa-

tivas organizadas pela Fundacentro, repassar

os conteúdos aos agentes multiplicadores da

rede Municipal de Guarulhos, a fim de implan-

tar um sistema de Políticas Públicas integrado

com a rede Municipal.

Além disso, caberá à Prefeitura repassar os

conteúdos aos agentes multiplicadores, a fim

de implementar Políticas Públicas de Preven-

ção de Acidentes e Doenças Ocupacionais, na

relação de Trabalho, no Município.

O Acordo não implicará em repasse de re-

cursos financeiros a quaisquer das partes en-

volvidas.

Condução das ações

As ações serão desenvolvidas e implantadas

por meio de projetos ou planos de trabalho que

contemplem a identificação do projeto; metas a

serem atingidas; etapas ou fases de execução;

responsáveis pela consecução do projeto ou

plano de trabalho e pelas etapas ou fases de e-

xecução e formas de divulgação dos resultados

obtidos no âmbito do Acordo.

O início

Em janeiro de 2017, a Secretária do Traba-

lho do Município de Guarulhos, Telma Cardia

junto com seus assessores receberam o presi-

dente da Fundacentro, Paulo Arsego, o asses-

sor Técnico, Maradona e o diretor Técnico, Ro-

bson Spinelli para juntos discutirem as formas

de implementar um projeto piloto em SST no

Município.

Solenidade

A solenidade de assinatura será no dia 27 de

abril, às 9h, no Paço Municipal de Guarulhos

com sede na avenida Bom Clima nº 91, Bom

Clima, Guarulhos/SP.

A entrada é franca e não é necessário fazer

inscrição.

Auditores abordam

caminhoneiros

para falar sobre a

prevenção de

acidentes

Os principais problemas encontrados pelos

fiscais estão ligados à jornada de trabalho

(Foto: Nirley Sena)

A Tribuna.com.br noticiou operação

de prevenção de acidentes dos Auditores-Fis-

cais do Trabalho, com foco nos motoristas

profissionais, em que 30 caminhoneiros fo-

ram abordados, nesta segunda-feira, 24 de

abril, na área do Porto de Santos (SP). A ação

fiscal foi realizada em parceria com a Guarda

Portuária.

A ação fez parte do Abril Verde, campanha

realizada para sensibilizar a sociedade para a

importância do desenvolvimento de uma cul-

tura de prevenção de acidentes e doenças do

trabalho. Durante a abordagem, os Auditores-

Fiscais do Trabalho verificaram as condições

de trabalho e orientaram os profissionais so-

bre os problemas verificados.

De acordo com a coordenadora da ação

fiscal, dentro da área portuária, a Auditora-

Fiscal do Trabalho Débora Beneduzi, “o Brasil

tem um alto índice de acidentes de trabalho.

Encontramos as faltas laborais que costumam

sempre se repetir entre estes profissionais”.

Segundo ela, os principais problemas ve-

rificados estão ligados à jornada de trabalho

dos caminhoneiros. “Alguns caminhoneiros

trabalham horas a mais do que é permitido

pela legislação”.

Seminário discutiu situação na

Baixada Santista

A Fundacentro da Baixada Santista e a Ge-

rência Regional do Trabalho de Santos, em

conjunto com outras entidades, promoveram,

ontem quarta-feira, o III Seminário Unificado

de Saúde e Segurança dos Trabalhadores e

Trabalhadoras da Baixada Santista.

Quais os direitos das diaristas?