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: Recursos financeiros para projetos de empresas na cionais - … 02.pdf · 2008-05-13 · 105 Promoção da Inovação Tecnológica nas Empresas Programa 4.3 Iniciativa Nacional

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(b) Apoio financeiro não-reembolsávelO apoio financeiro não-reembolsável a empresas é realizado mediante a concessão desubvenção econômica e de bolsas.i) A subvenção econômica, implementada com base na Lei da Inovação, éoperacionalizada pela FINEP nas seguintes modalidades:SUBVENÇÃO À INOVAÇÃO: Recursos financeiros para projetos de empresas nacionaisde qualquer porte, para o desenvolvimento de processos e produtos, com prioridade para aquelesinseridos em temas contemplados pela PITCE.PAPPE Subvenção: Recursos financeiros para micro e pequenas empresas, comimplementação descentralizada, por meio da operação com parceiros locais, estaduais ou regionais,que serão responsáveis por garantir a capilaridade, a abrangência do instrumento e o acesso dasmicro e pequenas empresas brasileiras a recursos para o desenvolvimento de atividades de inovação.PESQUISADOR NA EMPRESA: Recursos financeiros para a incorporação depesquisadores, titulados como mestres ou doutores, em atividades de inovação nas empresas,visando compartilhar os custos relacionados a sua remuneração (60% para empresas localizadasnas áreas da ADA e ADENE e 40% para as demais).ii) BOLSAS RHAE e PROSET– Programas do CNPq que concedem bolsas a empresasque executam atividades de desenvolvimento científico e/ou tecnológico para empregarespecialistas.Metas

l Proinovação: apoiar 640 projetos de empresas, até 2010 (2007: 50; 2008: 110; 2009:190; 2010: 290);l Juro Zero: apoiar 790 projetos de empresas, até 2010 (2007: 20; 2008: 120; 2009: 250;2010: 400);l Subvenção à Inovação: apoiar 1.790 projetos de empresas na modalidade Subvençãoà Inovação, até 2010 (2007: 150; 2008: 330; 2009: 530; 2010: 780);

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l PAPPE Subvenção: apoiar 2.800 projetos de interesse de MPEs, em articulação com asinstituições parceiras da rede descentralizada, até 2010 (2007: 0; 2008: 400; 2009:900; 2010: 1.500); el Subvenção RH e bolsas do CNPq: promover a inserção de 1.270 novos pesquisadoresqualificados em atividades de P,D&I em empresas, até 2010 (2007: 20; 2008: 200;2009: 400; 2010: 650).

Parceirosl BNDES l BID/FUMINl SEBRAE l Sistema CNIl Associações empresariais l CONSECTIl CONFAP l Instituições da Rede descentralizada do PAPPE-l Empresas estatais Subvençãol Fundos de investimento

Agência(s) executora(s)( X ) FINEP ( X ) CNPq ( X ) MCT ( X ) Outros

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Recursos (R$ milhões)Origem 2007 2008 2009 2010 TotalMCT/FNDCT* 630,20 692,20 782,60 903,10 3.008,10FINEP - recursos reembolsáveis 420,00 420,00 490,00 610,00 1.940,00BNDES 910,00 1.800,00 2.010,00 2.150,00 6.870,00Parceiros 80,00 100,00 120,00 145,00 445,00Contrapartida empresas 250,00 260,00 270,00 280,00 1.060,00Total 2.290,20 3.272,20 3.762,60 4.658,10 13.323,10* recursos de bolsas contabilizados no programa 2.1 (Formação e capacitação de recursos humanos para C,T&I).

Programa4.2 Apoio à Cooperação entre Empresas e ICTsObjetivoApoiar projetos de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação de empresas emcooperação com Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs), com vistas a aumentar a suacompetitividade, o adensamento tecnológico, a dinamização de cadeias produtivas e o incrementodos gastos das empresa com P&D tecnológico, bem como atender às opções estratégicas noâmbito da PITCE.Descrição do ProgramaEsta ação executar-se-á pela FINEP, em articulação com a SETEC/MCT, para o apoio aprojetos cooperativos de P,D&I em produtos e processos, com custos reduzidos para as empresas.São baseados em apoio financeiro não-reembolsável (FNDCT) destinado às ICTs para odesenvolvimento dos projetos, com exigência de contrapartidas financeiras, materiais e de recursoshumanos, proporcionais ao seu porte. Entre os programas disponíveis, destacam-se:l Programa de Cooperação (COOPERA) para médias e grandes empresas que tem porfinalidade apoiar projetos de P,D&I executados em parceria com ICTs;l Rede Brasil de Tecnologia (RBT) que visa ao apoio a projetos conjuntos entre empresasfornecedoras e ICTs, para a substituição competitiva de importações em setoresselecionados, tais como o de petróleo e gás natural e de energia;l Programa de Cooperação para micro e pequenas empresas, realizado em parceriacom o Sebrae, que tem como foco o apoio a projetos de cooperação entre ICTs eempresas inseridas em APLs ou atuantes nas prioridades da PITCE.A alta demanda por este Programa de Cooperação indica a necessidade de suacontinuidade e intensificação, ampliando os recursos e sistematizando o calendário para ofinanciamento de projetos de P,D&I executados por meio dele.

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Metasl Apoiar em parceria com o SEBRAE, 3.000 MPEs, até 2010 (2007: 200; 2008: 500;2009: 900; 2010: 1.400); el apoiar 1.000 projetos cooperativos de P,D&I entre ICTs e empresas de médio e grandeporte, até 2010 (2007: 50; 2008: 150; 2009: 300; 2010: 500).

Parceirosl SEBRAE l Petrobrásl Eletrobrás l Órgãos e entidades do governo federall CONFAP l Embrapal Funtell

Agência(s) executora(s)( X ) FINEP ( X ) CNPq ( X ) MCT ( X ) Outros

Recursos (R$ milhões)Origem 2007 2008 2009 2010 TotalMCT/FNDCT 81,60 98,00 117,50 141,10 438,20MCT/outras ações PPA 2,80 2,08 2,54 2,62 10,04Parceiros 10,0 20,0 30,0 40,0 100,00Contrapartida 10,0 20,0 30,0 40,0 100,00Total 104,4 140,08 180,04 223,72 648,24

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Programa4.3 Iniciativa Nacional para a InovaçãoObjetivoApoiar o Programa Nacinal de Sensibilização e Mobilização para a Inovação - Pró-Ino-va, que visa articular as iniciativas de entidades parceiras, com vistas à sensibilização,conscientização e mobilização dos empresários e da sociedade para a importância da inovaçãocomo instrumento de crescimento sustentável e competitividade, e à necessidade do aperfeiçoa-mento do ambiente institucional, bem como a disseminação de informações relevantes sobre pro-gramas e instrumentos de incentivo à inovação.Descrição do ProgramaAs pesquisas (PINTEC, 2005; ANPEI, 2006) indicam que a inovação é um desafio para acompetitividade das empresas e que a maioria delas desconhece totalmente a existência da legis-lação e dos programas de apoio à inovação das agências de fomento e bancos de desenvolvimen-to. A pesquisa realizada pelo IPEA (2005), baseada na PINTEC e em outras fontes oficiais, apontaque as empresas que inovam no Brasil pagam melhores salários, geram emprego com maior esta-bilidade e escolaridade média do trabalhador, comparadas com as demais empresas.Com vistas a conscientizar e estimular as empresas a se estruturarem e a se prepararempara crescer, desenvolver e competir por meio da inovação, o Pró-Inova tem como missão contri-buir para o esforço brasileiro de inovação estimulando o desenvolvimento de um ambiente favorá-vel à inovação e visa:· Disseminar informações a respeito das vantagens de investir em atividades inovativasbuscando, com isso, maior agregação de valor aos produtos oferecidos, melhorposicionamento nos mercados, aumento da rentabilidade e da competitividade;· Estimular e apoiar as empresas na identificação e utilização dos instrumentos e pro-gramas mais adequados às suas necessidades;· Sensibilizar e mobilizar empresas, sociedade civil e entidades técnicas e de classe,assim como as universidades e institutos de pesquisa tecnológica;

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· Realizar atividades que promovam programas e projetos inovadores;· Identificar oportunidades de melhoria dos mecanismos, dos instrumentos e dos marcoslegais de suporte à atividade de desenvolvimento tecnológico e inovação;· Promover a articulação do Pró-Inova com outras ações e programas que contribuampara a melhoria de um ambiente favorável à inovação.O Programa será amplo e de caráter permanente, integrando os diversos atores envolvi-dos na temática, e tem como foco as empresas e seus dirigentes. Será estruturado em rede, deforma a envolver as principais entidades públicas e privadas comprometidas com o tema, e articu-lado por regiões, com vistas a somar esforços e garantir a capilaridade necessária e a capacidadede aglutinação das empresas e dos demais atores do público-alvo que se quer atingir. Suaimplementação se dará em etapas, prevendo-se o devido acompanhamento e avaliação de seusresultados.Prevê como principais ações:· Articulação dos atores e constituição de rede de instituições para implementação doprograma e de um comitê gestor do programa;· Elaboração de plano de comunicação, com identificação dos conteúdos a serem di-vulgados, mecanismos e canais de divulgação;· Criação de instrumentos de apoio ao desenvolvimento das competências e habilida-des necessárias à inovação;· Implantação de ações de acompanhamento e avaliação.Metasl Implementar o Programa Pró-Inova com vistas a aumentar o percentual de empresasque declaram conhecer os instrumentos de apoio ao desenvolvimento tecnológico de25% em 2006 para 35% em 2008, 50% em 2009 e 65% em 2010, conforme pesquisaAMPEI; el divulgar os marcos legais e instrumentos de apoio à inovação para 5.000 empresários/executivos por ano, a partir de 2008.

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Parceiros· BNDES · CGEE · CONFAP · CONSECTIl ABDI · SEBRAE · CNI · IEL· SENAI · ANPEI · MBC · PROTEC· Associações · Federações · Instituições da Rede empresariais estaduais da descentralizada indústria do PAPPE-Subvenção

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Recursos (R$ milhões)Origem 2007 2008 2009 2010 TotalMCT/FNDCT 4,20 5,10 6,10 7,30 22,70Parceiros 5,00 10,00 15,00 20,00 50,00Total 9,20 15,10 21,10 27,30 72,70

Programa4.4 Capacitação de Recursos Humanos para a InovaçãoObjetivoContribuir para a redução dos atuais gargalos no processo de inovação existentes nasempresas de pequeno porte por meio de (a) Capacitação Empresarial para Micro e PequenasEmpresas localizadas em incubadoras ou vinculadas a Arranjos Produtivos Locais; (b)Capacitação Empresarial para Empresas de Base Tecnológica; e (c) formação, aperfeiçoamentoe capacitação de recursos humanos para áreas estratégicas da PITCE, em especial para ossetores de semicondutores, software, bens de capital, biotecnologia, nanotecnologia ebiocombustíveis.Descrição do Programa(a) Capacitação Empresarial para Empresas de Pequeno PorteImplementar o “Programa de Capacitação Empresarial para Micro e Pequenas Empresas”,em parceria com o IEL, direcionado para as empresas inovadoras localizadas em ou associadas aincubadoras ou vinculadas a Arranjos Produtivos Locais.O programa tem como base experiência IEL-SEBRAE de sucesso e oferece cursos demédia duração (90 horas), dirigido à gestão da inovação com enfoque nas áreas de marketing,finanças, logística, planejamento e estratégia de mercado, incluindo a internacionalização deempresas, recursos humanos e desenvolvimento e gestão de projetos, direcionados a empresários,dirigentes e gestores de micro e pequenas empresas de todo o país.Os cursos, adaptados às necessidades empresariais locais, contam ainda com um sistemade acompanhamento e avaliação que atesta o cumprimento dos objetivos e a satisfação dosempresários. Os recursos serão dedicados a despesas de custeio e bolsas tecnológicas,marcadamente as de Especialista Visitante, fortemente utilizadas por consultores, tanto do ambienteempresarial quanto privado.

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(b) Capacitação empresarial para empresas de base tecnológicaSerá aplicada a metodologia utilizada pelo programa INOVAR de forma direcionada paraas empresas graduadas ou associadas a incubadoras, capacitando-as, nos padrões do programa,para participar dos Venture Fórums. Os recursos serão utilizados para realização de cursos.(c) Formação e capacitação de recursos humanos para áreas estratégicas da PITCESerão contratados projetos, por meio de chamadas públicas, para a formação,aperfeiçoamento e capacitação de recursos humanos para áreas estratégicas da PITCE, em especialpara os setores de semicondutores, software, bens de capital, biotecnologia, nanotecnologia ebiocombustíveis, cuja competitividade está comprometida pela carência de pessoal técnico,graduado e pós-graduado especializado. O apoio será dado para a realização de cursos específicosou para a concessão de bolsas de formação e capacitação.Metasl Capacitar, até 2010, 9.000 empresários e gerentes (300 cursos) no ProgramaCapacitação Empresarial para Empresas de Pequeno Porte;l capacitar, a partir de 2007, 210 empresas de base tecnológica (70 por ano) no ProgramaCapacitação Empresarial para Empresas Inovadoras;l capacitar, até 2010, 13.500 técnicos, graduados e pós-graduados nas áreas estratégicasda PITCE.

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Recursos (R$ milhões)Origem 2007 2008 2009 2010 TotalMCT/FNDCT 2,40 4,00 3,50 4,10 14,00Parceiros 5,00 10,00 12,50 15,00 42,50Contrapartida 5,00 10,00 12,50 15,00 42,50Total 12,40 24,00 28,50 34,10 99,00* Recursos de bolsas contabilizados no programa 2.1 (Formação e capacitação de recursos humanos para C,T&I).

Parceirosl IEL l SEBRAE l MDICl MME l MS l MAPAl Associações empresariaisdos setores da PITCE

Agência(s) executora(s)( X ) FINEP ( X ) CNPq ( ) MCT ( X ) Outros

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Programa4.5. Implementação de Centros de P,D&I EmpresariaisObjetivoApoiar a criação de novos centros de P,D&I nas empresas localizadas ou emimplementação no Território Nacional, visando fortalecer e dar mais velocidade ao processo deinovação tecnológica, estimular a cooperação com centros de pesquisa e com universidades eaumentar a competitividade das empresas.Descrição do ProgramaA PITCE foi o avanço mais recente que deu sustentação política ao esforço de mais de 3décadas empreendido principalmente pelo MCT e suas agências, pelo MEC e por algumasfundações estaduais de apoio à pesquisa, para incentivar a inovação tecnológica no Brasil. APITCE e a lei da Inovação criaram instrumentos de política e de incentivos que já são praticadoscom sucesso, porém, o esforço de P&D e inovação nas empresas ainda é incipiente. Ao contráriodo que ocorre nos países industrializados, os pesquisadores, no Brasil, estão em sua grande maioriaconcentrados nas universidades e pouco contribuem para ampliar a capacidade brasileira degerar inovações competitivas. Persiste, dessa forma, uma grave distorção no sistema que absorvee gera conhecimento em nossas empresas.Este programa visa acelerar o processo de internalização de atividades de P,D&I nasempresas brasileiras, bem como atrair centros de pesquisa de empresas estrangeiras. Estimular-se-ão as empresas brasileiras que não têm atividades de P&D e inovação a criar centros ouestruturas com pesquisadores e, eventualmente, com laboratórios, para adaptar ou adquirirconhecimento novo e para identificar oportunidades em P,D&I, fazendo a interface e promovendoa interação com grupos de pesquisa em universidades e institutos de P,D&I para projetoscooperativos.Viabilizar-se-á o programa pelos atuais instrumentos do Governo Federal e por novosinstrumentos que venham a ser criados, principalmente pelo MCT, por intermédio suas agências,FINEP e CNPq, e pelo MDIC, por meio do BNDES e ABDI, a saber:(i) bolsas de fixação de pesquisadores (engenheiros e/ou cientistas) do CNPq;(ii) subvenção econômica para contratação de pesquisadores pela FINEP;(iii) financiamento não-reembolsável (subvenção econômica) da FINEP;

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(iv) financiamento reembolsável com equalização de juros da FINEP para projetos;(v) financiamento reembolsável com baixa taxa de juros pelo BNDES para investimentos(obras físicas e equipamentos);(vi) Sistema Brasileiro de Tecnologia (SIBRATEC)Metasl Rever, até maio de 2008, o marco legal-regulatório, visando criar mecanismosespecíficos, se for o caso, de estímulo à criação de centros de P,D&I empresariais;l aumentar a proporção de pesquisadores nas empresas inovadoras em relação ao totalde pesquisadores em atividade no país de 26,3% (em 2004) para 33,5% em 2010; el implementar pelo menos 300 novos centros empresariais de P,D&I por ano.

Parceiros· ABDI · Ministérios· Bancos de Desenvolvimento · Agências de Fomento· Secretarias e Fundações Estaduais · Empresasde Apoio à Pesquisa em CT&I · Associações de Classe

Fontes/recursos (R$ milhões)Fonte 2007 2008 2009 2010 TotalMCT/FNDCT 60,00 120,00 180,00 360,00BNDES 100,00 120,00 180,00 400,00FINEP 50,00 60,00 90,00 200,00Contrapartida 40,00 80,00 120,00 240,00Total 250,00 380,00 570,00 1.200,00

Agência(s) executora(s)( X ) FINEP ( X ) CNPq ( X ) BNDES ( X ) Outros

Programa5.1. Sistema Brasileiro de Tecnologia – SIBRATECObjetivoEstruturar o Sistema Brasileiro de Tecnologia – SIBRATEC, formado por um conjunto deinstitutos de pesquisa tecnológica e centros universitários de competência industrial, federais,estaduais e privados, organizados na forma de redes temáticas, em todo o território nacional, visandoapoiar o desenvolvimento de empresas industriais e de serviços, mediante a realização de atividadesde P,D&I, prestação de serviços tecnológicos, extensionismo tecnológico, assistência e transferênciade tecnologia, visando ao aumento da competitividade das empresas brasileiras, priorizando ossetores da Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior e os Arranjos Produtivos Locais.Descrição do ProgramaOs países industrializados contam com sistemas de institutos tecnológicos cujo papelprimordial é realizar atividades de inovação tecnológica em áreas estratégicas e também apoiaro setor empresarial por meio de contratos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I) eserviços tecnológicos especializados. Na Alemanha, a Organização Fraunhofer, que congregacerca de 60 institutos tecnológicos em todo o país, tem participação decisiva no desenvolvimentode projetos de inovação em todos os setores da economia. Em países emergentes, como a Coréiado Sul, o governo incentiva a geração de conhecimento e sua aplicação na produção por meio deiniciativas como o “Industrial Research Cluster Support Program”; criado em 2002 pelo MOST(Ministry of Science and Technology), o programa apóia institutos de pesquisa de pequenas emédias empresas em 23 clusters, com o objetivo de identificar e desenvolver, em conjunto,tecnologias-chave comuns a todas as empresas. Existem hoje na Coréia mais de 70 centros depesquisa tecnológica industrial promovendo projetos cooperativos de P,D&I com empresas, quejá contam com mais de 10.000 centros de P,D&I próprios.Institutos de pesquisa tecnológica existem no Brasil desde o século XIX, em geral criadospelo setor público para resolver problemas em áreas específicas. Nas últimas décadas o governofederal criou centros de pesquisa que têm sido muito bem sucedidos em suas missões de promovero desenvolvimento tecnológico em suas áreas de atuação, alguns vinculados a empresas estatais,como CENPES/Petrobrás, CEPEL/Eletrobrás, CPqD/Telebrás, e os centros que formam o sistema daEMBRAPA. Há também muitos outros institutos federais e estaduais e é crescente o número de

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institutos privados e prestadores de serviços técnicos especializados. A importância desse tipo deinstituição, tanto como agentes de transformação da base produtiva como elemento estratégiconuma agenda de desenvolvimento autônomo, é cada vez mais reconhecida nos diversos países.Entretanto, das 230 entidades filiadas à Associação Brasileira das Instituições de PesquisaTecnológica (ABIPTI), a grande maioria delas tem tempo de experiência e competências específicas,atuam de forma isolada e segundo estratégias nem sempre bem definidas. Isso resulta do fato deque os cenários que lhes deram origem modificaram-se, ou porque acumularam problemas diversosao longo da existência, ou ainda, porque lhes faltam recursos financeiros, o quê impõe sua buscavia editais, procedimento que, quase sempre, leva à dispersão de competências. Nesse cenárioessas entidades não têm contribuído como poderiam para transformar conhecimento em riqueza,isto é, ampliar o valor agregado aos produtos e serviços produzidos no País.De qualquer modo, essas entidades constituem uma importante plataforma de laboratóriose recursos humanos que poderá ser orientada, com maior ênfase, para o processo de inovação epara atividades de apoio ao setor empresarial. A necessidade de um programa nacional voltadopara ampliar o potencial inovativo dos institutos tecnológicos, inclusive aqueles vinculados aoMCT, é apontada em vários estudos sobre os desafios da inovação no Brasil. É preciso propiciar ascondições necessárias para que essas instituições possam assumir um novo compromisso socialque os qualifique como organizações imprescindíveis, não apenas ao desenvolvimento científicoe tecnológico, como também à promoção do desenvolvimento sustentável e à participação ativana execução de uma agenda estratégica nacional baseada em conhecimento e inovação.O próprio documento básico da PITCE estabelece o importante papel dos institutostecnológicos ao afirmar “é importante a criação e o fortalecimento de instituições públicas e privadasde pesquisa e serviços tecnológicos, inclusive visando à difusão de tecnologias e à extensãotecnológica. Para isso, é preciso organizar sistemas setoriais de inovação e difusão tecnológica, istoé, redes de instituições especializadas em temas, setores, cadeias produtivas”. Ainda segundo odocumento “há que se reestruturar os institutos de pesquisa tecnológica nacionais e estaduais,reorientando suas prioridades e recuperando seus equipamentos, pessoal e estratégias”. Apesar deessas informações constarem da PITCE lançada no início de 2004, com exceção do ProgramaMODERNIT da FINEP, pouco foi feito para apoiar e reestruturar os institutos de pesquisa tecnológica.Para que possam responder aos desafios acima, os institutos de pesquisa devem contarcom recursos humanos qualificados, ter infra-estrutura adequada e estarem articulados para superaras dificuldades e restrições associadas a:

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1. interação com os produtores de conhecimento e empresas;2. atuação como produtores em rede, a partir da base existente;3. inovação em cadeias produtivas relevantes e em áreas estratégicas para o País;4. vinculação à estratégia competitiva das empresas nacionais e aos programas nacionaise estaduais;5. reconfiguração de sua gestão com base em novos arranjos institucionais e governançaenvolvendo: governo, empresas e sociedade civil; e6. visão de futuro e alianças estratégicas: trabalho cooperativo e atuação em rede.Este programa visa criar o Sistema Brasileiro de Tecnologia – SIBRATEC, formado por umconjunto de entidades atuantes na promoção da inovação e na realização de serviços tecnológicospara empresas. O SIBRATEC terá como missão o desenvolvimento, a adaptação, a difusão e atransferência de tecnologias para unidades de produção, bem como a realização de atividadesde extensionismo e de serviços tecnológicos com vistas à geração de novos produtos ou processos,novos negócios, bem como à melhoria da competitividade da indústria brasileira. Será formadopor um conjunto de institutos de pesquisa tecnológica e centros universitários federais, estaduaise privados, distribuídos por todo o território nacional, para apoiar o desenvolvimento de empresasindustriais e de serviços, por meio da realização de atividades de P,D&I, prestação de serviçostecnológicos, extensionismo tecnológico, assistência e transferência de tecnologia, visando aoaumento da competitividade das empresas brasileiras, priorizando os setores da PITCE e os SistemasProdutivos Locais. As competências das instituições serão potencializadas pelo trabalho em redes,articuladas por uma entidade coordenadora do sistema.O SIBRATEC será estruturado na forma de redes, organizadas de acordo com asprincipais atividades e áreas de atuação das entidades. Para tanto, deverão ser promovidas,no curto prazo, a identificação e a mobilização das instituições existentes e com potencialpara a realização das atividades previstas, destacando-se as competências de cada uma, visa vis as vocações produtivas da região em que cada uma delas se encontra inserida. Para issoserão realizadas reuniões de trabalho com entidades como a ABIPTI, com os institutos paradiscussão e definição do programa e harmonização de critérios e metodologias.O SIBRATEC contará com três tipos de redes:1) Centros de Inovação – que poderão ser institutos de pesquisa tecnológica, centrosde P,D&I ou núcleos universitários, com experiência em desenvolvimento de produtos ouprocessos e com tradição em interação com empresas. O objetivo desses centros será transformar

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conhecimentos em protótipos com viabilidade comercial, tanto para apoiar o surgimento denovas empresas de base tecnológica, quanto para possibilitar o desenvolvimento de novosprodutos ou inovações incrementais para empresas existentes. Tais centros deverão situar-seentre as entidades produtoras de conhecimento e aquelas destinadas a apoiar o surgimento denovos negócios, como as incubadoras de base tecnológica ou, diretamente, as empresasinovadoras. Do ponto de vista de sua atuação como instrumento do processo de inovação,pode-se dizer que trabalharão como complemento importante e intermediário de programas jáexistentes, como o Programa Nacional de Apoio a Incubadoras de Empresas e ParquesTecnológicos e os relacionados aos fundos de capital de risco para empresas inovadoras. Asatividades de capacitação do pessoal dos institutos para profissionalização desta função, aimplementação dos Núcleos de Inovação Tecnológica, a articulação com diversos centros depesquisa para captação de novas idéias e talentos empreendedores e, eventualmente, aadaptação de laboratórios serão essenciais ao êxito dos “Centros de Inovação” aqui propostos.Para esta ação o programa de implementação do SIBRATEC financiará despesas de capacitaçãode recursos humanos, bolsas de capacitação tecnológica, custeio e investimentos paraadequação dos espaços, ampliação e modernização de laboratórios, entre outros.2) Institutos de serviços tecnológicos – implementação e consolidação das redes deserviços de calibração e ensaios, das atividades de normalização, bem como das redes de serviçosde ensaios e análises relacionadas à regulamentação técnica, a cargo de diferentes órgãos degoverno. Existem algumas redes organizadas de serviços tecnológicos especializados, nas quaisalgumas instituições seguem lógicas internacionais para sua acreditação pelo INMETRO. Dentreessas redes destacam-se, a Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade – RBMLQ, a RedeBrasileira de Calibração- RBC, a Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaios – RBLE, a RedeBrasileira de Laboratórios Analíticos em Saúde – REBLAS, e os Laboratórios Nacionais deAgropecuária – LANAGRO, assim como o Sistema SENAI, que dispõe de 129 laboratóriosacreditados em diversas áreas. O objetivo é articular as principais entidades, federais, estaduais eprivadas, integrando esforços para que as redes passem a integrar o SIBRATEC, visando as suasmelhoria, modernização e expansão para atender às necessidades tecnológicas das empresas.Para esta ação, o programa de implementação do SIBRATEC financiará despesas de custeio einvestimentos para adequação, ampliação e modernização de laboratórios, bem como para odesenvolvimento de P,D&I.3) Extensão Tecnológica – essa rede, a ser organizada, diferentemente das anterioresque visam à oferta de serviços e tecnologias, atuará na estimulação da demanda por assistênciaespecializada ao processo de inovação. No essencial, pode-se dizer que consistirá na atuação de

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consultores especializados que realizarão o trabalho de diagnóstico em cada pequena ou médiaempresa atendida, propondo soluções para os problemas encontrados, orientando a elaboraçãode projetos a serem apresentados aos institutos de P&D e informando sobre os diversos instrumentosexistentes de apoio ao desenvolvimento tecnológico e à inovação. Seu foco de atuação serão asmais evidentes especializações regionais, buscando reforçar a competitividade dos Sistemas Locaisde Produção. Esta ação se concretizará mediante a organização de arranjos institucionais deentidades locais de apoio e co-financiamento, ao lado de redes formadas para a prestação deserviços e assistência tecnológica, lideradas por uma entidade técnica localizada no espaçogeográfico definido como alvo para o trabalho de cada rede local de extensionismo. Esta rededeverá incorporar em seu trabalho, tornando ação única, os atuais programas de assistência aadequação de produtos de pequenas empresas para exportação (PROGEX), o programa deassistência via unidades móveis (PRUMO) e os projetos pilotos de extensionismo já realizados emdez estados. Para esta ação, o programa do SIBRATEC financiará despesas de capacitação derecursos humanos, bolsas de capacitação tecnológica e honorários dos extensionistas.Cada Rede será inicialmente formada por instituições selecionadas entre as já existentes,que serão estimuladas a integrar o sistema, por meio de um conjunto de instrumentos e modalidadesde apoio. As competências das instituições serão potencializadas pelo trabalho em rede, articuladopela entidade coordenadora, dentro dos objetivos da PITCE e visando a impactos sobre a cadeiaprodutiva industrial.O sistema de Redes será articulado e coordenado por entidade a ser definida pelosministérios responsáveis, MCT, MDIC, MC, MEC e MS. Cada Rede será estruturada por programas,projetos ou iniciativas novas ou já existentes, e terá como foco as demandas das empresas e asprioridades estratégicas nacionais.O financiamento de cada iniciativa será realizado por uma combinação inteligente deinstrumentos e mecanismos disponíveis no sistema, envolvendo entre outros:l Bolsas de Desenvolvimento Tecnológico Industrial–DTI do CNPq, acopladas a bolsasde Mestrado, Doutorado e de Iniciação Científica e Tecnológica, quando for o caso,que permitam a composição de equipes de trabalho gravitando em torno de um temaespecífico. Bolsas de recém-doutor poderão ser também utilizadas para associar jovenstalentos com formação científica a problemas tecnológicos relevantes, com vista auma futura absorção pelas empresas, de modo a permitir “estratégias de passagem”que facilitem a transição do ambiente acadêmico para o industrial.

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l FINEP-MODERNIT: Programa Nacional de Qualificação e Modernização dos Institutosde Pesquisa Tecnológica (IPTs), para apoiar a adequação e a modernização da infra-estrutura de equipamentos dos IPTs, visando à melhoria de serviços tecnológicos eatividades de P,D&I para atender à demanda do setor empresarial.l COOPERA e Subvenção Econômica: apoio à realização de projetos cooperativosenvolvendo empresas e institutos em temas definidos a partir de demandas empresariais.No programa COOPERA os recursos serão destinados aos institutos, enquanto naSubvenção, eles serão destinados às empresas.Serão também mobilizados recursos a serem negociados com instituições como o BNDESe demais Bancos de Desenvolvimento, CAPES e Fundações de Amparo à Pesquisa (em articulaçãocom governos estaduais, por meio do CONSECTI e CONFAP). O financiamento será destinado a:1. apoio à modernização da estrutura organizacional e de gestão dos institutos públicosenvolvidos nas redes;2. fortalecimento da Infra-estrutura de P,D&I e de serviços tecnológicos;3. projetos Cooperativos com empresas para o desenvolvimento de novos produtos e processos;4. realização de trabalhos de pesquisa, caracterização e análise, testes, credenciamento, etc.,necessários para os programas nacionais estruturantes (como Energias Renováveis,Biotecnologia, Tecnologias da Informação e Comunicação, Nanotecnologia); e5. extensão tecnológica voltada prioritariamente para as MPEs e os Sistemas Produtivos Locais.Metasl Definir, até dezembro de 2007, o modelo institucional para os três tipos de redes (centrode inovação, institutos de prestação de serviços tecnológicos e extensão tecnológica),bem como a constituição do Conselho Diretor do SIBRATEC e dos três Comitês Gestoresdas redes;l implementar as redes “centro de inovação” de, pelo menos, 5 cadeias industriais, em2008 e incluir, pelo menos, mais 3 a cada ano até 2010;

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Promoção da InovaçãoTecnológica nas Empresas

Parceirosl MDIC/INMETRO l MDIC/BNDESl MAPA/EMBRAPA l MS/ANVISAl MEC/CAPES l Sistema CNIl SEBRAE l ABIPTIl ANPEI l CONSECTIl CONFAPAgência(s) executora(s)( X ) FINEP ( X ) CNPq ( X ) ABDI ( X ) BNDES

l apoiar, pelo menos, 10 casos de surgimento de novas empresas inovadoras no período2008/2010 (2007: 0; 2008: 2; 2009: 5; 2010: 10)l implementar a rede de serviços tecnológicos em, pelo menos, 15 estados, até dezembrode 2008, com a inclusão de, pelo menos, 5 por ano até 2010 (2007: 0; 2008: 15; 2009:20; 2010: 25);l prestar atendimento de serviço ou consultoria tecnológica a, pelo menos, 10.000 MPEs,até dezembro de 2010 (2007: 300; 2008: 1.000; 2009: 5.000; 2010: 10.000); el implementar a rede de extensão tecnológica em, pelo menos, 15 estados, até dezembrode 2008, com a inclusão de, pelo menos, outros 5 por ano até 2010 (2007: 0; 2008: 15;2009: 205; 2010: 25).

Tecnologia para a Inovação nas Empresas

Recursos (R$ milhões)Origem 2007 2008 2009 2010 TotalMCT/FNDCT 53,20 113,90 146,90 191,90 505,90MCT/outras ações PPA 3,56 5,12 7,70 10,79 27,17Parceiros 4,00 15,00 28,00 25,00 72,00Contrapartida estados 5,00 16,00 28,00 23,00 72,00Total 65,76 150,02 210,60 250,69 677,07

Programa6.1. Programa Nacional de Apoio às Incubadoras eaos Parques Tecnológicos (PNI)ObjetivoNo Brasil, o movimento de incubação de empresas, de mais de duas décadas, se apresentaconsolidado e em expansão. Entretanto, desafios ainda persistem, cabendo mencionar anecessidade de fortalecer e manter as equipes gestoras das incubadoras e de apoio às empresasincubadas, por meio de consultorias, no que diz respeito a estratégias de inovação, estratégiasmercadológicas, aspectos legais, de logística e financeiros.Por outro lado, os parques tecnológicos apresentam-se como mecanismos pró-ativos aoprocesso de inovação, propiciando interações e sinergias para a realização e o compartilhamentode atividades de P,D&I entre empresas inovadoras e delas com instituições científicas e tecnológicas(ICTs) e outras organizações relevantes. Dada a dinâmica e a dimensão que assumem, espera-sedos parques a geração de impactos de ordem econômica, social e científico-tecnológica nascidades e regiões onde se situam.O Programa Nacional de Apoio às Incubadoras de Empresas e aos Parques Tecnológicos– PNI, em sua fase atual de aperfeiçoamento, apoiará, por meio de bolsas e fomento a seremdistribuídos por editais:· as incubadoras de empresas, em particular as de base tecnológica, que operem emredes;· o fortalecimento de consultorias às incubadoras de empresas e empresas incubadas(mediante parcerias e em consonância com as ações de promoção da inovação e decapacitação de recursos humanos para a inovação);· as equipes gestoras das incubadoras de empresas, por parcerias; e· as atividades de P,D&I de empresas localizadas em incubadoras de empresas e emparques tecnológicos.Um novo programa de apoio ao processo de criação e desenvolvimento de empresasinovadoras foi recentemente concebido pela FINEP, no qual recursos não-reembolsáveis, na formade subvenção econômica, serão contratados diretamente por incubadoras credenciadas pelaFINEP. O Programa Primeira Empresa Inovadora (PRIME) será implementado em 2008.

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Promoção da InovaçãoTecnológica nas EmpresasIncentivo à Criação e à Consolidação de Empresas de Intensivas em Tecnologia

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No que diz respeito a parques tecnológicos, o PNI apoiará projetos que apresentem asseguintes características:(1) forte inserção no sistema local de inovação;(2) parcerias, incluindo as financeiras, bem estruturadas;(3) estratégias bem desenhadas (incluindo as relacionadas ao fortalecimento da interaçãoentre as empresas e as ICTs, à captação de recursos e à atração de empresas, inclusive as chamadasempresas-âncora); e(4) projetos/empresas alinhados à PITCE.Nesse contexto, a FINEP criou o Programa Pró-Parques, de crédito com juro zero, 100meses para pagar, 2 anos de carência e sem garantias reais, destinado a entidades gestoras deparques tecnológicos credenciados pela FINEP e que será implementado a partir de 2008.O PNI buscará apoiar projetos e parques tecnológicos em regiões que apresentem fatorespotenciais de sucesso, tais como (1) densidade sócio-econômica; (2) elevadas taxas deinvestimento, inclusive a utilização de recursos externos; e (3) capacidade de difusão dedesenvolvimento regional.Metas· Apoiar de três a cinco parques tecnológicos por ano, em articulação com estados emunicípios (2007: 2; 2008: 3; 2009: 4; 2010: 5);· aumentar em 25% o número de empresas localizadas em incubadoras de empresas eparques tecnológicos (2007: 150 [5%]; 2008: 300 [10%]; 2009: 510 [17%]; 2010: 750[25%]);· aumentar em até 30% o número de empregos nesses ambientes – incubadoras e parquestecnológicos (2007: 750 [5%]; 2008: 1.500 [10%]; 2009: 2.550 [17%]; 2010: 4.500[25%]); e· implementar os Programas PRIME e Pró-Parques, em 2008.

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Promoção da InovaçãoTecnológica nas Empresas

Parceirosl MDIC l MEC l BNDES· Banco do Nordeste l Banco do Brasil l Caixa Econômical SEBRAE l CONSECTI l CONFAPl Sistema CNI l ANPROTEC l SOFTEXl Fórum de Secretários Municipais de C&TAgência(s) executora(s)( X ) FINEP ( X ) CNPq ( X ) MCT ( X ) Outros

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Recursos (R$ milhões)Origem 2007 2008 2009 2010 TotalMCT/FNDCT 6,80 8,10 9,80 11,70 36,40MCT/outras ações PPA 0,00 0,50 0,50 0,50 1,50Parceiros 20,00 40,00 60,00 90,00 210,00Total 26,80 48,60 70,30 102,20 247,90

Programa6.2. INOVAR – Fomento à Criação e à Ampliação daIndústria de Capital Empreendedor (Venture Capital) no BrasilObjetivoEstimular a criação e a expansão de capitais empreendedores no país, mediante oincentivo ao surgimento de fundos de participação acionária em empresas inovadoras de diferentesestágios de crescimento (nascentes, emergentes e em desenvolvimento).Descrição do ProgramaO Programa visa ampliar o número e o escopo dos fundos de investimento já criados no paíspor meio da ação da FINEP. O capital empreendedor é amplamente utilizado nas economias maismodernas, devido à sua característica de aliar dinheiro (capital investido na empresa) e capital humano(experiência de gestão e acesso a mercados) dos gestores dos fundos ao talento empreendedor e àinovação existentes nas empresas no mercado. Essa característica única do capital empreendedorclassifica-o como “capital inteligente”. A taxa de sucesso das empresas investidas de capitalempreendedor é consideravelmente maior do que as demais empresas no mercado. A ação da FINEPserá distribuída no estímulo à criação de novos fundos de diversos portes: empresas nascentes – fundossemente; empresas emergentes – fundos VC (venture capital); empresas maduras ou em desenvolvimentopara mercado – fundos PE (private equity). A ação envolve ainda a capacitação das empresas existentespara receber esse tipo de capital mais sofisticado.a. Incubadora de fundos INOVAROrganização de bancas de seleção de novos fundos de investimento de diversos portes,em conjunto com outros investidores (notadamente os fundos de pensão) para investimento daFINEP. A alavancagem dos recursos investidos pela FINEP tem sido de R$4 (quatro reais) de outrosinvestidores para cada R$1 (um real) investido pela FINEP.b. INOVAR - SementeOrganização de fundos de capital semente (seed-funds) regionais para investimento emempresas nascentes inovadoras. Neste programa, a FINEP, além de investidora, concede

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Incentivo à Criação e à Consolidação de Empresas de Intensivas em Tecnologia

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mecanismos especiais de proteção a uma parcela dos investidores privados, no sentido de atrairos chamados “investidores-anjo” para o setor. Esta ação terá uma forte componente regional,levando o mecanismo do capital empreendedor para cidades promissoras do ponto de vistatecnológico, mas pouco sofisticadas do ponto de vista de acesso a mecanismos financeiros.c. Fundo de fundos INOVAROrganização de um fundo-de-fundos (o fundo investe em fundos menores) para atrairoutros investidores para o setor, que podem ser tanto investidores estrangeiros como outros fundosde pensão que ainda não atuam em VC. Além disso, o fundo-de-fundos pode ser um irrigador derecursos mais significativos para os fundos de VC e de PE.d. INOVAR fórumCapacitação de empresas para receber capital empreendedor, por meio da promoção decursos de treinamento, produção de conteúdo e organização de rodadas de negócio entre empresase investidores.e. Redes de AnjosApoio a Redes de Anjos de modo a atrair investidores do tipo pessoa física parainvestimentos em capital empreendedor no país.É importante salientar, também, a implementação pelo BNDES, em 2007, do Programade Capital Semente (CRIATEC), voltado para a participação em fundo de investimento com oobjetivo de garantir suporte financeiro e gerencial adequado às micro e pequenas empresasinovadoras em estágio nascente. As perspectivas são de que o Programa permita a capitalizaçãode até 60 micro e pequenas empresas inovadoras, com investimento médio entre R$ 500 mil e R$1 milhão. A iniciativa representará a geração de cerca de 3 mil postos de trabalho especializados.O Fundo terá duração de 10 anos, sendo que os quatro primeiros referem-se ao período deinvestimento, e conta com patrimônio de R$ 80 milhões.

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Parceirosl BNDES l MF l BID/FUMINl SEBRAE l Fundos de Pensão l Investidores estrangeirosl Investidores anjo l Fundos de investimento l ABVCAPAgência(s) executora(s)( X ) FINEP ( ) CNPq ( X ) MCT ( X ) Outros

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Metas· Incubadora de fundos: quatro novos fundos VC e dois novos fundos PE por ano, até2010 (2007: 1 VC e 1 PE; 2008: 1 VC e 1 PE; 2009: 2 VC e 1 PE; 2010: 2 VC e 2 PE);· INOVAR – Semente: criar seis novos fundos por ano, até 2010 (2007: 1; 2008: 2;2009: 3; 2010: 6);· Fundo de fundos: organizar um fundo até 2008, de no mínimo R$1 bilhão, com 1/3dos recursos de investidores estrangeiros (2007: ZERO; 2008: 1; 2009: 1; 2010: 1); e· INOVAR fórum: capacitar 200 empresas, e investir em 400 empresas até 2010(capacitação – 2007: 10; 2008: 50; 2009: 100; 2010: 200 e investimento – 2007: 20;2008: 100; 2009: 200; 2010: 400);· Redes de Anjos: formar duas novas redes por ano; e· CRIATEC: capitalizar 60 micro e pequenas empresas inovadoras até 2010.

Recursos (R$ milhões)Origem 2007 2008 2009 2010 TotalMCT/FNDCT 30,30 46,30 55,60 61,80 194,00BNDES 15,00 15,00 15,00 15,00 60,00Parceiros 120,00 400,00 800,00 1.200,00 2.520,00Invest . empresas 120,00 400,00 800,00 1.200,00 2.520,00Total 285,30 861,30 1.670,60 2.476,80 5.294,00

Programa6.3. Uso do Poder de Compra para Estimular o DesenvolvimentoTecnológico nas Empresas Nacionais de TecnologiaObjetivoUtilizar o poder de compra do Estado, por meio de diversos ministérios e empresas públicas,para assegurar mercado para as empresas brasileiras, em especial aquelas que desenvolvem tecnologiaem setores industriais e de serviços para estimular seu crescimento e consolidação.Descrição do ProgramaO poder de compra do Estado é utilizado em muitos países desenvolvidos, principalmentenas atividades voltadas para segurança nacional, para estimular a capacitação cientifica etecnológica das empresas de tecnologia. Por meio deste instrumento, o Estado não consideraapenas o critério preço internacional em suas aquisições, mas opta pelo desenvolvimento doproduto numa empresa do país. O instrumento foi utilizado em algumas oportunidades no Brasil,especialmente para o desenvolvimento do setor aeroespacial e, de alguma forma, nos setoreselétrico e de telecomunicações, mas não se estabeleceu como tradição não país.Os principais objetivos que se buscam alcançar com o uso desse instrumento são o defortalecer os setores industriais e de serviços nacionais e o de alavancar o desenvolvimentotecnológico por meio de empresas que seriam estimuladas e apoiadas para tanto. Esse instrumentoapresenta a vantagem de não se contrapor às normas da Organização Mundial do Comércio.Este instrumento será da maior importância para viabilizar o surgimento e o fortalecimentode empresas inovadoras brasileiras nos setores da PITCE, com destaque para o complexo eletrônicoe as TICs, para o setor de fármacos e medicamentos e bens de capital, como em instrumentaçãomédica e equipamentos para biocombustíveis, além dos demais temas de interesse estratégicoconstantes neste Plano de Ação. Esses setores, como também as áreas de defesa nacional e deeducação, são considerados estratégicos para o desenvolvimento soberano do País.Para operacionalização deste Programa, por tratar-se de instrumento pouco utilizado,sua implementação requer a formação de um grupo de trabalho para analisar o marco legalexistente, especialmente considerando as oportunidades abertas pela Lei da Inovação, a Lei do

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Bem, e a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, de forma a produzir um documento contendouma agenda de trabalho a ser concretizado pelas principais instituições envolvidas no tema. Arealização das atividades deve considerar a articulação realizada no âmbito do Ambiente JurídicoBrasil, cuja formulação vem sendo coordenada pela ABDI, por se propor a congregar importantesinstituições para a implementação desta estratégia.Alguns parâmetros deverão ser considerados na implementação de ações deste Programa:a) Estabelecimento de compromissos explícitos para a empresa contratada, compenalidades previstas em hipótese de não cumprimento, nos casos de contratos dedesenvolvimento com utilização da subvenção econômica. Em alguns casos, o contratodeve incluir aquisição de lotes piloto. O governo deve reter pelo menos em parte apropriedade intelectual e certos direitos de veto;

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Promoção da InovaçãoTecnológica nas EmpresasIncentivo à Criação e à Consolidação de Empresas de Intensivas em Tecnologia

b) Utilização dos mecanismos previstos na Lei da Inovação, de forma a permitir que oprodutor preencha os requisitos técnicos necessários para o desenvolvimento, semque sejam necessários os procedimentos de licitação. Isso deve-se ao fato de que nãose trata da aquisição de uma “commodity”, pois neste caso estaria sendo retirado ovalor tecnológico agregado.c) Observância às normas infralegais no setor de fármacos e medicamentos. A produçãode medicamentos genéricos tem regulamentação e fiscalização pela ANVISA, nostermos da Lei 6.360/76. A norma estabelece que, para produção e comercializaçãodo medicamento genérico seja limitado a três o número dos fornecedores de matéria-prima. Não obedecida essa restrição, será vedado comercializar o produto comomedicamento genérico, o que inclusive impede a sua exportação.Ao analisar o marco legal, deve-se procurar garantir nas compras governamentais apreferência a empresas brasileiras, bem como a empresas de pequeno porte. Caso observe-seque estas preferências não estão especificadas adequadamente na legislação atual, deve-seidentificar as medidas necessárias para o aprimoramento do marco legal nesse sentido.Nos Estados Unidos é dada preferência absoluta a empresas controladas por residentesno país. Além disso, todas as agências que contratam desenvolvimento têm que reservar umaporcentagem de seu orçamento para contratar em pequenas empresas. Como exemplo, pode-semencionar o caso da Nasa que, ao contratar o desenvolvimento de um ônibus espacial tem queidentificar projetos de pequenas empresas que consumam esta porcentagem de recursos. Comisso, praticamente todas as pequenas empresas de alta tecnologia têm seu P,D&I custeado pelogoverno;Os seguintes projetos poderiam ser objeto do Uso do Poder de Compra do Estado: projetosrelacionados à TV Digital, ao cartão de cidadão inteligente, aos computadores e softwares parainclusão digital etc. Além de projetos de interesse direto do governo, deve-se prever projetosvisando criar padronizações que possam gerar escala para justificar tecnologia e produçãonacional. Como exemplo, podem ser citados os componentes eletrônicos para rastreamento degado e para identificação de veículos. A geração de escala é importante, pois a produção sob

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demanda do mercado faz com que diferentes tecnologias sejam implantadas, cada uma compequena escala de usos, o que torna o país dependente de importações. A legislação que venha asurgir como decorrência deste programa seria conhecida como a “Regulamentação Brasileirapara Compras de Bens e Serviços de Conteúdo Tecnológico” à semelhança da regulamentaçãocorrespondente do Governo dos EUA.As principais atividades planejadas são:· Identificação e articulação dos atores relevantes para a remoção dos eventuais entravesao Uso do Poder de Compra do Estado;· identificação dos projetos piloto para o Uso do Poder de Compra nas encomendaspúblicas (articulação público-privado);· divulgação de casos de sucesso na utilização de encomendas públicas para bens eserviços de conteúdo tecnológico; e· articulação com Estados para a realização de projetos compreendendo o Uso do Poderde Compra estadual para encomenda de bens e serviços de conteúdo tecnológico.Metasl Favorecer o incremento do Uso do Poder de Compra do Estado com respeito a bens eserviços de conteúdo tecnológico;l desenvolver, até abril de 2008, estudo com a apresentação das minutas de PortariaInterministerial de Convênio da rede pública de laboratórios com empresasfarmoquímicas nacionais e do Órgão Gestor dos recursos da subvenção econômicaàs empresas farmoquímicas conveniadas com os laboratórios oficiais;

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Promoção da InovaçãoTecnológica nas EmpresasIncentivo à Criação e à Consolidação de Empresas de Intensivas em Tecnologia

l implementar, até agosto de 2008, Portaria Interministerial de Convênio da rede públicade laboratórios com empresas farmoquímicas nacionais e do Órgão Gestor dos recursosda subvenção econômica às empresas farmoquímicas conveniadas com os laboratóriosoficiais; el implementar, até dezembro de 2008, o Convênio da rede pública de laboratórios comas empresas nacionais e do Órgão Gestor dos recursos da subvenção econômica àsempresas com os objetivos definidos neste projeto.

Prioridade Estratégica III

Pesquisa, Desenvolvimento eInovação em Áreas Estratégicas

Fortalecer as atividades de pesquisa, desenvolvimentoe inovação em áreas estratégicas para o País

Programa7.1. Competitividade em BiotecnologiaObjetivoIncentivar o desenvolvimento tecnológico e a inovação em setores estratégicos deaplicação da biotecnologia, como a agropecuária, saúde humana e animal, meio ambiente eindustrial, em sintonia com a Política de Desenvolvimento da Biotecnologia.Descrição do ProgramaA biotecnologia foi considerada uma das áreas mais promissoras entre os diversosdesenvolvimentos tecnológicos emergentes, razão pela qual o Governo elaborou uma políticaindustrial setorial específica (Decreto nº 6.041/2007), em consonância com a PITCE (Política Industrial,Tecnológica e de Comércio Exterior), para apoiar a incorporação dessa tecnologia nos processosindustriais brasileiros como forma de alavancar o desenvolvimento social e econômico do país.Avançadas tecnologias, como genômica, proteômica e bioinformática, em seus diversossegmentos de mercado, contribuem, cada vez mais, para o crescimento econômico e social de todoo planeta. Plantas utilizadas como vacinas, vegetais enriquecidos com vitaminas, novos medicamentosproduzidos por engenharia genética, órgãos e tecidos para transplante sem rejeição, microorganismosgeneticamente modificados para biorremediação e biomateriais de aplicação em saúde humana(nanomedicina) e de uso industrial (tecidos, plásticos vegetais e biodegradáveis, polímeros, produtosquímicos e de eletrônica molecular), são alguns dos diversos exemplos dos avanços recentes.Investimentos intensivos e consistentes de recursos públicos foram realizados para aformação de uma sólida base de recursos humanos no país. Em 30 anos triplicamos nossacontribuição científica mundialmente, a qual cresce na mesma velocidade dos países consideradosmais bem sucedidos em nível internacional. Apesar da grande competitividade e crescentesexportações do segmento da agroindústria, o sucesso científico pouco foi convertido, até o presentemomento, em desenvolvimento tecnológico em produtos e processos inovadores.De acordo com dados constantes do Portal da Inovação, é possível identificar mais de1.700 grupos de pesquisa que desenvolvem alguma atividade de pesquisa vinculada à biotecnologiacom interação ou potencial para interagir com empresas. Além disso, o destaque que o país vem

Pesquisa, Desenvolvimento eInovação em Áreas Es t ra tégicas

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Áreas portadoras de Futuro: Biotecnologia e Nanotecnologia

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obtendo com os resultados de suas pesquisas em biotecnologia tem influenciado sobremaneira ademanda por cooperações bilaterais e/ou multilaterais em biotecnologia com outros países, o quepoderá dinamizar suas relações internacionais, atraindo o fluxo internacional de capitais e o interesseem realizar novos arranjos comerciais que potencializem a competitividade das indústrias nacionais.Portanto, as empresas atualmente existentes que utilizam a biotecnologia para odesenvolvimento da cadeia tecnológica de geração de seus produtos, processos e serviços contamcom suporte técnico-científico oferecido pelas diversas instituições de ensino superior, porinstituições estatais e por institutos de pesquisa, atuantes na geração de tecnologias, bens e serviçosbiotecnológicos, com aplicações notadamente nas áreas de saúde, agropecuária, industrial emeio ambiente, sendo agora necessário o apoio ao elo da cadeia de desenvolvimento tecnológico,possibilitando que o conhecimento científico seja convertido em novos produtos e processos aserem introduzidos no mercado nacional e internacional.O momento econômico é propício para transformar esta capacidade instalada de pesquisa,desenvolvimento e inovação em aplicações biotecnológicas, já que os menores custos de produçãoe o incremento dos investimentos, especialmente de capital de risco, constituem um cenáriopromissor para as empresas do setor. No caso do segmento da biotecnologia, as especificidadespróprias de geração dos produtos e processos envolvem alto risco, longo tempo de maturação egrande volume de investimentos, requerendo ações governamentais apropriadas para atrair osinvestimentos necessários, públicos e privados.Atividades Planejadas1. Incentivar o desenvolvimento de produtos e processos nas áreas estratégicas indicadasna Política de Desenvolvimento da Biotecnologia;- criar programas para ampliação da capacidade produtiva física e técnica do parqueindustrial brasileiro de biotecnologia; e- definir marcos regulatórios compatíveis com a incorporação e o desenvolvimento deprocessos biotecnológicos;2. criar incentivos fiscais e tributários adequados à realidade da indústria de biotecnologia;3. estabelecer programas de apoio ao sistema de inovação em setores estratégicos deaplicação da biotecnologia;4. fortalecer a infra-estrutura necessária para o desenvolvimento das plataformastecnológicas e das cadeias de serviços relacionadas ao desenvolvimento de produtose processos biotecnológicos;

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Pesquisa, Desenvolvimento eInovação em Áreas Es t ra tégicas

5. incentivar a formação de recursos humanos capacitados a realizar o gerenciamentoempresarial de P,D&I, estimulando a formação de empreendedores embiotecnologia;6. avaliar a continuidade do apoio às Redes Nacionais de P,D&I (Genômica, Proteômica,Redes de Nanobiotecnologia, Redes de Pós-Graduação, Renorbio, etc), com vistasa estimular a interação com a indústria;7. estabelecer parcerias para apoio aos institutos tecnológicos estaduais e municipais,visando aumentar os programas de extensão gerencial e produtivo para empresasde biotecnologia; e8. aprimorar os marcos regulatórios de biossegurança, de biodiversidade, propriedadeintelectual e outros para adequação aos processos inovativos na área debiotecnologia.Metasl Induzir até 20 projetos cooperativos (ICTs-empresas) a partir dos resultados dosprogramas de financiamento público já realizados (dezembro de 2008: 5 projetos;julho de 2009: 5 projetos; dezembro de 2009: 5 projetos; julho de 2010: 5 projetos;dezembro de 2010: 5 projetos);l desenvolver 20 produtos priorizados nas quatro áreas da Política de Desenvolvimentoda Biotecnologia (dezembro de 2008: 2 produtos; dezembro de 2009: 6 produtos;dezembro de 2010: 12 produtos);l concluir a instalação do CBA - Centro de Biotecnologia da Amazônia, até 2008;l financiar 4 Centros/Empresas de Desenvolvimento Tecnológico para scale-up (P,D&I– indústria), incluindo a estrutura de BPF (boas práticas de fabricação) e BPL (boaspráticas de laboratório);l fortalecer a infra-estrutura para TIB (Tecnologia Industrial Básica), para incorporaçãoda biotecnologia nos processos industriais;l financiar 10 plataformas tecnológicas nas áreas setoriais da política para odesenvolvimento de produtos e processos biotecnológicos inovadores (dezembro de2008: 2 plataformas; dezembro de 2009: 3 plataformas; dezembro de 2010: 5 plataformas);l criar um programa de avaliação de conformidade dos biotérios, harmonizado com ospadrões internacionais exigidos para a área;

Áreas portadoras de Futuro: Biotecnologia e Nanotecnologia

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Parceirosl CGEE l MS l MDICl MAPA l MMA l Associações empresariaisl CIEGB l SECyT, Argentina l FIOCRUZAgência(s) executora(s)( X ) FINEP ( X ) CNPq ( X ) MCT ( X ) Outros

l induzir e fortalecer centros de excelência em testes pré-clínicos e bioensaios nasdiversas regiões do território nacional, em conformidade com as normas internacionaisde certificação de qualidade, com vistas a estimular o desenvolvimento regional nasáreas de apoio à indústria de biotecnologia (dezembro de 2008: 02 centros; dezembrode 2009: 4 centros; dezembro de 2010: 4 centros); el apoiar o desenvolvimento de, no mínimo, 30 projetos por ano nas 4 áreas da Política deDesenvolvimento da Biotecnologia, englobando a rede RenorBio, visando à obtenção,em 2010, de no mínimo 20 produtos biotecnológicos, com ênfase em: soros e vacinas deuso em saúde animal; desenvolvimento de hormônios, fatores de coagulação e outrasproteínas; reagentes laboratoriais para diagnóstico; reagentes para certificação deprodutos do setor de agronegócios; metodologias de avaliação de segurança na produçãoe uso de animais e vegetais obtidos por técnicas de transgenia.

Recursos (R$ milhões)Origem 2007 2008 2009 2010 TotalMCT/FNDCT* 31,00 37,20 44,60 53,60 166,40MCT/outras ações PPA 5,48 6,00 5,81 6,10 23,39Contrapart ida** 4,00 4,00 4,00 4,00 16,00Total 40,48 47,20 54,41 63,70 205,79* Recursos dos Fundos de Biotecnologia, Saúde e Agronegócios, excluindo–se os investimentos necessários para biocombustíveis;recursos de bolsas contabilizados no programa 2.1 (Formação de Recursos Humanos para C,T&I); e recursos paracooperação internacional contabilizados no programa 1.2 (Cooperação Internacional).** Contrapartida das Fundações de Amparo à Pesquisa dos Estados envolvidos no GENOPROT.

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Pesquisa, Desenvolvimento eInovação em Áreas Es t ra tégicas

Programa7.2. Programa de C,T&I para NanotecnologiaObjetivoIncentivar atividades de pesquisa, desenvolvimento de novos produtos e processos e atransferência de tecnologia entre a academia e as empresas, visando a inovação tecnológica, deforma a promover a competitividade da indústria nacional.Descrição do ProgramaA perspectiva da nanotecnologia de gerar processos e produtos industriais inovadores,de alto valor agregado, representa tanto o diferencial de competitividade entre os países quanto aameaça de obsolescência de diversos produtos ou o desaparecimento de mercados para produtosprimários ou de baixa densidade tecnológica. Para que o Brasil se torne competitivo emnanotecnologia, é fundamental estabelecer um programa ousado e consistente, estruturado emvigorosa atividade de pesquisa, desenvolvimento e inovação na área.A definição de políticas para uma área multidisciplinar e interdisciplinar como ananotecnologia deve estar embasada em informações técnicas precisas, e na avaliação detendências tecnológicas setoriais, à luz da realidade brasileira e as estratégicas de governo paraa área.O Programa estruturar-se-á ao longo de quatro eixos principais: a) fortalecer a gestão e aarticulação dos diferentes atores governamentais envolvidos com o tema, de modo a maximizaras oportunidades e vantagens competitivas identificadas para o País na área; b) aumentar ascompetências no País em nanociência e nanotecnologia, por meio do apoio à formação e à fixaçãode recursos humanos, e da consolidação da infra-estrutura básica de caracterização e manipulaçãode materiais nanoestruturados; c) promover ações para estimular à inovação em nanotecnologia,mediante o apoio à interação entre ICTs e empresas; e d) estímulo à cooperação internacional.Até o momento, as iniciativas do MCT na área de nanociência e nanotecnologia jápermitiram o mapeamento das competências nacionais. Entre as ações implementadas pelo MCTdestaca-se o apoio a: implementação de Institutos do Milênio; criação de redes de pesquisa;projetos e infra-estrutura de pesquisa básica e de pesquisa aplicada, apoio a inovação tecnológicas

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nas empresas; e cooperação internacional. Atualmente o Programa apoia mais de uma centenade projetos em C,T&I.Apesar de se descortinar uma etapa mais avançada de progresso da área no Brasil,principalmente, caracterizada pelo investimento no desenvolvimento de processos e produtoscom base em nanotecnologias por empresas inovadoras, é necessário fortalecer os mecanismosde gestão das atividades no setor, de modo a identificar no cenário internacional os desafios eoportunidades para o País, bem como as eventuais vantagens competitivas nacionais. Ananotecnologia, identificada pela Política Industrial como área portadora de futuro, deveráimpulsionar vários setores da economia. Os setores econômicos de relevância para o País afetosà nanotecnologia como por exemplo: produção de alimentos, biotecnologia, eletro-eletrônico,aeroespacial, têxteis, metal-mecânico e de energia (incluindo petróleo e gás) devem serconsiderados como prioritários para o desenvolvimento do programa nacional de nanotecnologia.As ações prioritárias do Programa são:a) elaborar um plano estratégico de médio e longo prazos para a nanotecnologia no Brasil,que seja orientador da reorganização da gestão e da articulação dos diferentes atores governamentaisenvolvidos com o tema, objetivando maximizar as oportunidades e vantagens competitivasidentificadas para o País na área. As seguintes questões merecerão abordagens próprias:· avaliar as ações implementadas na área ao longo dos últimos cinco anos;· examinar a posição atual do País em Nanociências e Nanotecnologia face aos seuscompetidores mais próximos;· estabelecer políticas sobre as questões éticas e de impacto social do uso de produtosbaseados na nanotecnologia;· definir procedimentos para internalização do conhecimento pelas empresas brasileiras,na agilização do tratamento das questões relativas à propriedade intelectual e na reduçãodas barreiras para a comercialização dos novos produtos e processos desenvolvidos;· estabelecer estratégias para diminuir as assimetrias regionais e intra-regionais naaquisição e difusão dos conhecimentos e/ou técnicas provenientes do avanço dananotecnologia;

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Pesquisa, Desenvolvimento eInovação em Áreas Es t ra tégicasÁreas portadoras de Futuro: Biotecnologia e Nanotecnologia

b) aumentar as competências existentes no País em nanociência e nanotecnologia, medianteo apoio à formação, à fixação de recursos humanos e à consolidação da infra-estrutura básica decaracterização e manipulação de materiais nanoestruturados, por meio das seguintes linhas de ação:· criar novas redes em áreas estratégicas, como, por exemplo, agronegócio,biotecnologia, indústrias química, têxtil e farmacêutica, dentre outras;· apoiar à consolidação de laboratórios de pesquisa em nanociência e nanotecnologianas áreas consideradas prioritárias, promovendo a modernização e adequação dainfra-estrutura existente em nanotecnologia;· Incentivar a inclusão de profissionais nas empresas geradoras de processos/produtosde base nanotecnologica;· Apoiar o desenvolvimento da capacidade instrumental de grande porte em institutosde pesquisa ou laboratórios especificamente credenciados, assegurando o acessoamplo à comunidade científica e tecnológica e, conseqüentemente, aumentando acompetitividade internacional de grupos de pesquisa e de empresas;· apoiar projetos temáticos de P,D&I em áreas prioritárias da nanociência enanotecnologia;· estimular à formação de recursos humanos em nanotecnologia por meio daimplementação de bolsas de iniciação científica, mestrado, doutorado e pós-doutoradoe de apoio à infra-estrutura de cursos de graduação e de pós-graduação;c) implementar ações para o estímulo à inovação em áreas na nanotecnologiaconsideradas estratégicas para o País, estimulando a interação entre ICTs e empresas, por meiode:· apoio a criação de centros cooperativos ICTs-empresas orientados para a identificaçãoe superação de gargalos tecnológicos setoriais (como nas indústrias têxtil, química,farmacêutica e de cosméticos, e na área de energia, petróleo e gás) ou deoportunidades e vantagens competitivas nacionais (recursos minerais, agriculturatropical, alimentos e derivados), que visem à geração de novos produtos e ànacionalização de tecnologias consolidadas na área;

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· fomento à interação entre ICTs e empresas pelo apoio a projetos que tenham por objetivoexplícito levar ao mercado produtos ou processos resultantes da pesquisa emNanotecnologia;· criação de um grupo de trabalho com a participação de universidades, institutos depesquisa, organismos certificadores e empresas do setor público e privado para definirpadronizações e normas em processos de nanotecnologia, em consonância com alegislação e a tendência internacional;· fomento, a projetos de inovação na forma de “venture capital” e “seed capital”,subvenção econômica e outros instrumentos para transferência e aplicação detecnologias geradas no âmbito dos projetos anteriormente financiados;· estímulo a Núcleos de Inovação Tecnológica e incubadoras que ofereçam condiçõesessenciais para abrigar empresas com novos desenvolvimento de produtos ou processobaseados em nanotecnologia e oriundas de ICTs; e· fortalecimento da divulgação e educação científica em Nanotecnologia, por meio deatividades em museus de ciência, escolas e centros de treinamento de trabalhadores.

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Pesquisa, Desenvolvimento eInovação em Áreas Es t ra tégicasÁreas portadoras de Futuro: Biotecnologia e Nanotecnologia

Metas· Consolidar a infra-estrutura de pesquisa de 10 laboratórios regionais de referênciapara caracterização e manipulação de sistemas nanoestruturados a uma taxa de 25%de laboratórios atendidos/ano (2007: 3; 2008: 3; 2009: 3; 2010: 3);· apoiar, no mínimo, 20 projetos/ano cooperativos entre laboratórios e empresas;· apoiar, no mínimo, 15 projetos/ano de pesquisa básica;· avaliar o desempenho e a definição de prioridades estratégicas das redes denanotecnologia (Redes BrasilNano) em 2008 e em 2010;· capacitar 100 profissionais/ano em nanotecnologia (técnicos, mestres, doutores e pós-doutores);· estimular interação da empresa com as redes de pesquisa, promovendo duas reuniõesanuais com setores industriais identificados com o tema; e· estabelecer cooperação internacional com mais dois países em 2008 e 2009.

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Parceirosl MEC l MDIC l MSl MAPA l CGEE l LNLSl INMETRO l ABDI l CNIl ANPEI

Recursos (R$ milhões)Origem 2007 2008 2009 2010 TotalMCT/FNDCT* 4,80 6,50 9,50 12,70 33,50MCT/outras ações PPA 10,29 8,74 8,59 8,87 36,49Total 15,09 15,24 18,09 21,57 69,99* recursos de bolsas contabilizados no programa 2.1 (Formação de Recursos Humanos para C,T&I) e recursos decooperação internacional contabilizados no programa 1.2 (Cooperação Internacional)

Agência(s) executora(s)( X ) FINEP ( X ) CNPq ( ) MCT ( ) Outros

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Pesquisa, Desenvolvimento eInovação em Áreas Es t ra tégicas

Ilha cristalina autoformada de Ge:Si (001) crescida epitaxialmente no LNLS,tamanho lateral 30 nm, altura, 3 nm. Imagem de STM de 35 nm x 35 nm com resolução atômica

Agência(s) executora(s)( X ) FINEP ( X ) CNPq ( ) MCT ( ) Outros

Áreas portadoras de Futuro: Biotecnologia e Nanotecnologia

Programa8.1. Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico dasIndústrias de Eletrônica e de SemicondutoresObjetivoPromover atividades de P,D&I e de formação de recursos humanos associadas à demandade inovações, especialmente tecnologias portadoras de futuro e aperfeiçoar a gestão dos incentivosfiscais para o setor, objetivando: (i) fomentar a instalação e o desenvolvimento no País de empresasque exerçam atividades de concepção, projeto, prototipagem, desenvolvimento e fabricação decomponentes e dispositivos eletrônicos, em especial circuitos integrados, mostradores deinformações (displays), sensores, dispositivos opto-eletrônicos, fotônicos, orgânicos e micro-eletro-mecânicos (MEMS), partes e componentes passivos e ativos, em especial, os utilizados namanufatura de equipamentos e sistemas eletrônicos e suas aplicações; (ii) recompor e fortalecerredes produtivas de equipamentos e sistemas de informação e comunicações competitivas nosmercados nacionais e internacionais; (iii) a nucleação e o desenvolvimento dos setores deengenharia de produto e processos nas empresas.Descrição do ProgramaOs dispositivos semicondutores e de outros materiais avançados são fundamentais para acompetitividade da indústria de bens de capital de uma vasta gama de setores industriais. Acrescente demanda por esses dispositivos tem feito a produção mundial de semicondutoresaumentar a uma taxa média anual de 15% nos últimos 30 anos, estimando-se para 2007 faturamentoglobal de US$ 245 bilhões. O Brasil possui um grande complexo industrial de eletro-eletrônica,porém tem insignificante produção de circuitos integrados e outros componentes eletrônicos, comoresultado da ausência de políticas para a atração de investimentos e para o desenvolvimento denegócios locais nesse setor. As importações de semicondutores em 2006 alcançaram US$ 3,3bilhões, e a previsão de aumento para 2007 é superior a 20%, contribuindo para o déficit docomplexo eletrônico brasileiro, que poderá superar US$ 10 bilhões no ano. Este programa objetivacapacitar o segmento de C,T&I para torná-lo indutor de um processo de expansão da indústria dacadeia de eletrônica no país, fortalecendo as empresas existentes e atraindo novos investimentosprodutivos, de modo a criar um parque fabril de componentes com capacidade de competir nomercado interno de equipamentos que está em forte expansão e de conquistar mercados externos.Para tanto, merece destaque a tecnologia CMOS, utilizada na fabricação de circuitos integrados

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e também as tecnologias de empacotamento, tanto as tradicionais como as que possibilitam oencapsulamento de sistemas – System in Package (SiP), que continuarão a ser empregadas tantona produção de dispositivos semicondutores como de outros dispositivos.Como parte deste programa, será dado apoio continuado ao Programa Nacional deMicroeletrônica – PNM, um programa de interesse nacional considerado prioritário no âmbito daLei de Informática, estabelecido em 2002. Dentro do PNM se estabeleceu um programa deimplementação de centros de projetos (Design Houses) de dispositivos semicondutores, o CI-Brasil, composto hoje de sete centros: CEITEC, CenPRA, LSI-TEC, CETENE, Centro de PesquisasWerhner von Braun, CT-PIM e CESAR.Entre as ações previstas para 2007-2010, destacam-se:1) No âmbito do Programa Nacional de Microeletrônica - PNM:l Programa CI-Brasil – consolidação, expansão e melhoria da gestão da rede de centrosde projeto de circuitos integrados (design houses), fortalecendo os sete já existentes,instalando mais oito até 2010 e ampliando o número de projetistas de circuitosintegrados;l CEITEC – implementação e operacionalização do Centro de Excelência emTecnologia Eletrônica Avançada, em Porto Alegre, para formar recursos humanos,realizar atividades de P,D&I e de projetos, prototipar e fabricar circuitos integrados;l Cooperação ICT-Empresa em microeletrônica – apoio financeiro para projetos de centrosde P,D&I, para o desenvolvimento de circuitos integrados dedicados de interesse deindústrias locais, a partir de editais competitivos da FINEP e outros instrumentos de fomento;l Projetos mobilizadores – identificação de nichos de oportunidade para a capacitaçãonacional em microeletrônica, tais como o “chip do boi” e o sistema de identificaçãoveicular, e promoção da atividade de P,D&I por meio de projetos mobilizadores dosgrupos nacionais, como feito com a TV Digital;l Formação e capacitação de recursos humanos – capacitação de recursos humanosespecializados em projeto e processo de fabricação de semicondutores e ampliaçãoda formação de pós-graduados em microeletrônica e tecnologias associadas; el Cooperação tecnológica internacional – estabelecimento de programas decooperação tecnológica com instituições internacionais de excelência nas áreas demicroeletrônica, nanoeletrônica, optoeletrônica, fotônica, dispositivos micro-eletromecânicos (MEMS), dispositivos eletrônicos orgânicos e células fotovoltaicas.

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As ações do PNM serão financiadas com recursos do FNDCT/Fundos Setoriais, medianteprojetos e bolsas operacionalizados pela FINEP e pelo CNPq, com investimentos de P,D&I daLei de Informática, e com recursos do BNDES. Os recursos serão concedidos para: formação ecapacitação de recursos humanos, incluindo estágios de treinamento em empresas, bolsas paraprojetistas e especialistas em processo de produção de circuitos integrados, assim como parainiciação científica, pós-graduação e pós-doutorado; infra-estrutura das design houses; açõesde cooperação internacional; editais que estimulem a realização de P,D&I e projetos de circuitosintegrados e outros dispositivos semicondutores. Outras iniciativas importantes a seremimplementadas são a atração de especialistas brasileiros em microeletrônica residentes noexterior e a oferta de bolsas diferenciadas para alunos de graduação e pós-graduação queatuem nessa área.2) Apoio a projetos de desenvolvimento de tecnologias de material avançado paraaplicação em dispositivos eletrônicos, incluindo materiais optoeletrônicos, polímeros condutorese fotoluminescentes e outros, e materiais nano-estruturados;3) Concessão de subvenção econômica para empresas, por meio da FINEP, para projetosde P,D&I em partes e componentes eletrônicos, assegurando oportunidades de competição paraempresas em incubadoras e parques tecnológicos;4) Ampliação e aperfeiçoamento do marco legal de incentivos e benefícios fiscais parao setor, incluindo:l regulamentação e implementação da Lei nº 11.484 de 31.05.2007, que cria o Programade Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores – PADIS,contendo amplas medidas de incentivos e benefícios fiscais para o setor, incluindo adesoneração de investimentos em unidades de projeto e de fabricação de circuitosintegrados, visando atrair empresas que contribuam para o processo de inovação eagregação de valor em produtos fabricados no País; o MCT fará o acompanhamento ea avaliação do cumprimento das obrigações de investimentos em P,D&I pelas empresasprevistas na Lei;l aperfeiçoamento da gestão dos instrumentos da Lei de Informática e contínua melhoriadas exigências dos Processos Produtivos Básicos (PPBs) dos fabricantes de equipamentosincentivados, promovendo o adensamento da cadeia produtiva do setor de TICs demodo a ampliar a utilização de insumos produzidos no mercado interno, inclusivepartes, componentes e software; e

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l ampliação do leque de instrumentos legais para a desoneração de investimentos emunidades de projeto e de fabricação de componentes eletrônicos.Metas para o período 2007-2010:l Programa CI-Brasil: ampliar de 7 para 15 o número de Centros de Projetos (2008:2,2009: 3, 2010: 3);l CEITEC: concluir as obras e colocar em operação;l Projeto de desenvolvimento de circuitos integrados: desenvolver 200 projetos de CIs(2007: 20, 2008: 50, 2009: 70, 2010: 90);l Formação e Capacitação de RH: apoiar a capacitação de 2000 especialistas em projetosde circuitos integrados e formação de 400 mestres e doutores na área;l Apoio e modernização da infra-estrutura de P,D&I modernizar e ampliar a infra-estruturade 10 centros de pesquisa (2008: 2, 2009: 4, 2010: 4); el Apoio a projetos de novos materiais eletrônicos: criar 1 laboratório-fábrica na área desemi-condutores orgânicos e apoiar projetos de P,D&I (2008:3, 2009: 3, 2010: 4).

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Parceirosl Empresas do setor de TICs l ICTs, públicas e privadas l BNDESl CNPq l FINEP l MCl MDIC l ABDI l MECl SENAIl Sociedade Brasileira de Microeletrônical Sociedade Brasileira de Computaçãol ABINEE, ABIMAQ, ABIMO e outras Associações

Agência(s) executora(s)( X ) FINEP ( X ) CNPq ( X ) MCT ( X ) Outros

Tecnologias da Informação e Comunicação

Recursos (R$ milhões)Origem 2007 2008 2009 2010 TotalMCT/FNDCT 5,30 6,80 4,90 5,80 22,80MCT/outras ações PPA 62,45 19,30 18,98 17,68 118,41FUNTTEL 10,00 12,00 20,00 20,00 62,00Lei de Informát ica 30,00 32,00 20,00 20,00 102,00Programa Prioritário do Setor de TI 6,00 20,00 20,00 20,00 66,00Total 113,75 90,10 83,88 83,48 371,21

Programa8.2. Programa de Estímulo ao Setor de Software e ServiçosObjetivoElevar a competitividade e a capacidade produtiva do setor de software e serviçoscorrelatos, para ampliar a participação das empresas nacionais nos mercados interno e externo,tornando o Brasil uma das referências no cenário internacional do setor.Descrição do ProgramaA indústria brasileira de software e serviços correlatos tem como principal desafio ampliarsua participação no mercado global. O País dispõe, reconhecidamente, de uma indústria de softwaree serviços correlatos diversificada e sofisticada, entretanto, voltada para atender à demanda local.Adicionalmente, a crescente abertura e a internacionalização dos mercados, impulsionados pelainternet, têm aumentado significativamente a competição no mercado interno.O Programa de Estímulo ao Setor de Software irá implementar ações de políticas deformação e capacitação de recursos humanos, de promoção de melhores práticas de engenhariade software, de consolidação de um sistema de informação da indústria brasileira de software, depromoção de segmentos emergentes e de apoio à pesquisa em ciência da computação em áreasconsideradas de alta complexidade e de grande desafio, tais como tratamento de bancos de dadoscomplexos.As ações a serem desenvolvidas pelo Programa visam a:l Formar e capacitar recursos humanos – implementar o programa de formação ecapacitação de recursos humanos aprovado pelo Comitê da Área de Tecnologia daInformação – CATI, atendendo às necessidades da indústria.l Incrementar a competitividade do setor – aperfeiçoar o marco legal, particularmente adesoneração tributária, com a finalidade de fortalecer empresas de software e serviçosque exerçam atividades no País para atender as demandas local e internacional emcondições competitivas de preço e qualidade.

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l Fortalecer o mercado nacional – desenvolver ações que induzam a expansão do usode tecnologias de informação e comunicação nas cadeias produtivas, particularmentenas micro, pequenas e médias empresas, bem como a criação e o aperfeiçoamentodos instrumentos de financiamento tanto para as empresas do setor, quanto para osusuários de seus produtos e serviços.l Promover melhores práticas – estimular a adoção das melhores práticas de engenhariade software pelas empresas do setor em seu processo de desenvolvimento bem comonos processos de aquisição de software e serviços correlatos, em conformidade com oestado da arte e as normas internacionais de qualidade aplicáveis.l Incentivar segmentos emergentes – incentivar o desenvolvimento de software e serviçosmediante parcerias com empresas e centros de pesquisa em segmentos emergentes ede alto potencial de crescimento, tais como, comunicação sem fio, TV digital,visualização, entretenimento, software como serviço e aplicações para clusters e gridsde computadores.l Fomentar pesquisa e desenvolvimento – apoiar o desenvolvimento de projetos de P,D&Iem computação em áreas consideradas de alta complexidade e grande desafio, queestejam sintonizados com as necessidades nacionais.l Consolidar informações sobre software e serviços correlatos – desenvolver ações parao levantamento, a organização e a divulgação de informações sobre o setor de softwaree serviços correlatos do Brasil.Metasl Promoção de melhores práticas: implementar melhores práticas em 400 empresas desoftware e serviços de TI, especialmente nas PMEs - empresas avaliadas no MPS.BRou no CMMI (2007: 100, 2008: 80, 2009: 100, 2010: 120);l Formação e Capacitação de Recursos Humanos:

- implementar Centros de Residência em Software (2008: 8, 2009: 12, 2010: 10);

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- implementar cursos de Reciclagem e Reeducação (cursos - 2008: 60, 2009: 85,2010:115, e profissionais capacitados - 2008: 2.300, 2009: 3.400, 2010: 4.400);- fomentar especialidade em Engenharia de Software em instituições de ensino médioe superior (instituições beneficiadas - 2008: 60, 2009: 20, 2010: 20; profissionaiscapacitados - 2008: 2.700, 2009: 2.700, 2010: 2.700; bolsas de doutorado e mestradoem Engenharia de Software - bolsas de doutorado - 2008: 60, 2009: 20: 2010; 20,bolsas de mestrado - 2008: 60, 2009: 40, 2010: 50);- capacitar profissionais de nível médio em programação (profissionais capacitados- 2008: 2.500, 2009; 5.000, 2010: 8.500);- formar engenheiros de software de alto nível (centros a implementar - 2008: 4,2010; 4; profissionais capacitados: 2008: 40, 2010: 40);

l Segmentos Emergentes de P,D&I: realizar chamadas/editais/encomendas dos FundosSetoriais de C,T&I dedicados ao fomento de projetos conjuntos entre empresas einstituições de P,D&I para a Rede Brasileira de Visualização e para explorar outrossegmentos emergentes de TICs (chamadas/editais/encomendas - 2008: 3, 2009: 3, 2010:3; chamadas/editais/encomendas da RBV - 2007: 1, 2009: 1, 2010: 1);l Sistema de Informação da Indústria Brasileira de Software e Serviços - SIBSS: apoiar acriação e a implementação do SIBSS; implementar o sítio do SIBSS na internet; publicaranualmente dados e análise sobre o setor (2008: 1, 2009: 1, 2010: 1); el Projetos de P&D em Software: desenvolver projetos de P&D em Software por empresasbeneficiárias dos incentivos da Lei de Informática e de instituições de ensino e pesquisacredenciadas pelo CATI.

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Recursos (R$ milhões)Origem 2007 2008 2009 2010 TotalMCT/FNDCT 7,90 10,00 12,40 15,70 46,00MCT/outras ações PPA 1,00 1,00 1,00 1,02 4,02Parceiros 20,00 25,00 25,00 30,00 100,00Contrapartida 34,00 46,00 60,00 70,00 210,00Total 62,90 82,00 98,40 116,72 360,02

Parceirosl Associações de Empresas e Empresas do setor de software e serviços correlatosl Instituições de ensino médio e superior do setor público e privadol Sociedade SOFTEX l IBGE l APEXl SBC l MP l MDICl ABDI l MEC l MTE

Agência(s) executora(s)( X ) FINEP ( X ) CNPq ( X ) MCT ( ) Outros

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Programa8.3. Tecnologias Digitais de Comunicação, Mídias e RedesObjetivosl Dar competitividade e autonomia tecnológica à indústria brasileira de comunicação,mídias digitais e redes, incluindo os setores de telecomunicações, de comunicação semfio e de tecnologias de banda larga, entre outros, possibilitando ampliar sua participaçãonos mercados interno e externo, contribuindo para reduzir o correspondente déficit dabalança comercial e os custos dos programas de inclusão digital;l consolidar a capacitação tecnológica do País para a implementação, odesenvolvimento e as inovações de técnicas digitais para os sistemas de comunicaçãode massa, em particular a TV digital aberta e o rádio digital; el gerar produtos, serviços e aplicações-piloto para suporte ao acesso e ao uso eficazdas facilidades oferecidas pelas redes de computadores, em particular no trabalho emredes cooperativas de pesquisa e desenvolvimento tecnológico.Descrição do ProgramaA inserção do país na Sociedade do Conhecimento, com a plena inclusão digital de suapopulação, requer a produção e o domínio de tecnologias de comunicação e de acesso em altavelocidade e uso efetivo das facilidades oferecidas pelas redes de computadores, em particular ainternet. Para tanto, este programa dará suporte a atividades de fortalecimento dos setores detelecomunicações, de comunicação de massa e de tecnologias de redes de banda larga e deprodutos, serviços e aplicativos para suporte ao acesso e ao uso cooperativo das facilidadesoferecidas por essas redes.TelecomunicaçõesO domínio das tecnologias de telecomunicações que possibilitem inovações adequadasàs características brasileiras é indispensável para o atendimento da demanda por serviços apreços acessíveis à população brasileira. No entanto, a privatização e a abertura do setor àcompetição internacional, da forma como foram realizadas, resultaram em perda significativa

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desse domínio. Além disso, o predomínio de empresas de capital externo, tanto na prestação dosserviços, quanto, principalmente, na indústria, concorre para o aumento do volume de importaçõesde produtos e serviços. As empresas nacionais remanescentes, todas de pequeno ou médio porte,encontram dificuldade em se posicionar competitivamente, seja pela política de compras praticadapelos prestadores de serviço, que privilegiam fornecedores globais, seja pela incapacidade deefetuar os vultosos investimentos necessários em pesquisa e desenvolvimento tecnológico. Nessecontexto, é imprescindível o apoio do Estado a projetos de inovação em nichos tecnológicosespecíficos nos quais o Brasil possa tornar-se competitivo internacionalmente a médio prazo.Identificam-se como áreas tecnológicas de grande potencial a serem priorizadas:l Plataformas de comunicação sem fio, que permitem a ampliação da oferta de serviçosem localidades não alcançadas pelas redes fixas (interiorização), bem como reduzemsignificativamente o custo marginal de acesso ao serviço pela camada excluída nosgrandes centros (popularização), além de oferecem o atributo da mobilidade;l Plataformas de serviços baseadas na conectividade IP (redes NGN), pois apresentammaior eficiência na alocação dos ativos de rede, uma vez que os canais de transmissãosomente são alocados durante sua utilização e permitem o tráfego simultâneo dediversas mensagens;l Plataformas de suporte à produção e à gerência de conteúdos e serviços digitais, comprioridade para os conteúdos educacionais, visando à utilização das TICs como meiode difusão da educação de qualidade para toda a população brasileira. A produçãode conteúdos permite, também, agregar valor à oferta de serviços, especialmentepelo setor público.O apoio estatal deve ser dirigido às ICTs e empresas, privilegiando a realização de projetoscooperativos, mediante múltiplas modalidades como fomento, financiamento e subvençãoeconômica. Esses programas devem estar, ainda, associados a um plano de formação de massacrítica de recursos humanos altamente especializados, capaz de fornecer mão-de-obra qualificadaà indústria de forma continuada.Sistemas digitais de comunicaçãoO projeto de definição do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre (SBTVD-T)mobilizou parcela significativa da comunidade científica e tecnológica brasileira em todo o País.

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Constituíram-se 20 consórcios de grupos de P,D&I, envolvendo 90 instituições e cerca de 800pesquisadores e técnicos em diversas áreas correlatas à TV digital. Os resultados obtidos, tantotecnológicos quanto industriais, foram de grande relevância, com impactos em diversos setoresdas tecnologias de informação e comunicação. Assim, a continuidade desse esforço para odesenvolvimento e a incorporação de inovações futuras se faz necessária. Esse suporte se estendea aplicações em outras mídias de comunicação de massa, notadamente a rádio digital que aindaestá em processo de implementação no Brasil.Por outro lado, o processo de implementação da TV digital tem estimulado a inovaçãoem diversos segmentos empresariais, destacando-se os radiodifusores, as indústrias deequipamentos transmissores e receptores, os produtores de conteúdo e a indústria de software.Constitui também uma grande oportunidade para a reconstrução da indústria nacional de eletrônicae de sua cadeia produtiva.Desenvolver-se-ão as seguintes ações para consolidar o SBTVD-T e promover acapacitação do país em tecnologias digitais, em particular para sistemas de comunicação:1. Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologias Digitais para Informação eComunicação – implementação do Centro na forma de uma unidade de coordenação de umaplataforma de P,D&I descentralizada, com foco no desenvolvimento de tecnologias digitais deinformação e comunicação, criando redes multidisciplinares de instituições de P,D&I comcompetência na área. O Centro promoverá:l a mobilização de grupos de P,D&I em torno de projetos de interesse do SBTVD, da rádiodigital e de outros sistemas digitais de comunicação de massa, atendendo a demandas dasindústrias do setor, em consonância com as prioridades estabelecidas nas políticas públicas;l a formação e a capacitação de recursos humanos em áreas correlatas;l projetos de cooperação tecnológica com centros de P,D&I no exterior, em particularno Japão; el o desenvolvimento de soluções tecnológicas para a inclusão digital.Na consecução deste Projeto, serão utilizados recursos dos fundos setoriais coordenadospelo MCT e MC (FNDCT e FUNTTEL) e do BNDES. O Governo japonês também deverá apoiar asatividades do Centro.

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2. Concessão de subvenção econômica para empresas, por meio da FINEP, para projetosde P,D&I visando ao desenvolvimento tecnológico de soluções, para implementação eaperfeiçoamento do SBTVD-T;3. Centros de Certificação: necessários para a realização de testes e para certificação deconformidade a padrões de sistemas digitais, tais como, testes de conformidade de umaimplementação de middleware da TV digital ao padrão Ginga;4. PATVD: regulamentar e implementar as ações previstas no Programa de Apoio aoDesenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos para a TV Digital – PATVD,estabelecido na Lei 11.484 de 31 de maio de 2007, dentre as quais a aprovação, o acompanhamentoe a avaliação do cumprimento das obrigações de investimentos em P,D&I elas empresas previstasna Lei.RedesVárias tecnologias de redes têm sido desenvolvidas no Brasil, entre as quais salientam-sea tecnologia de redes avançadas como no programa Giga. Também, para uso de computaçãodistribuída, têm sido feitas pesquisas em grades (grids) e em computação de alto desempenho.Tais iniciativas continuarão a ter apoio. Contudo, para aumentar o potencial de inovação emP,D&I em temas de interesse nacional, é importante criar um ambiente eficiente para usocompartilhado de sistemas distribuídos que apóie e promova o trabalho em redes temáticas parainovação. Nesse sentido, dar-se-á suporte a um projeto com o objetivo de estruturar uma rede decolaboração que permitirá o compartilhamento de uma ciber-infra-estrutura de comunicação,computação, armazenamento e informação distribuída, com ênfase no emprego de técnicas demodelagem e simulação em larga escala e nos sistemas de informação e bibliotecas digitais,aplicadas a distintas áreas estratégicas, com ênfase em:1. meio ambiente, clima e tempo;2. coleções biológicas;3. concepção de circuitos integrados;4. energia;5. visualização computacional; e6. biologia computacional.

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A pesquisa e o desenvolvimento em redes de alto desempenho será realizada na redeexperimental do projeto Giga, com resultados em novos protocolos para comutação óptica, emaplicações científicas e em produtos de telecomunicações. Os resultados serão aplicados nacapilarização da infra-estrutura avançada de comunicação nacional e internacional, principalmentepara interconexão dos grupos e laboratórios que participarão das redes de colaboração.O financiamento das comunidades distribuídas, interdisciplinares, baseadas nos recursosdisponíveis na ciber-infra-estrutura, deverá ser orientado para o desenvolvimento de aplicaçõescolaborativas, exigentes de recursos de rede e informação (ex: aparelhos únicos, sensores, bibliotecasdigitais, vídeos, banco de dados de alta complexidade), explorando arquiteturas entre pares quepermitam a consolidação de organizações virtuais (ex: e-ciência). Os resultados do projeto poderãoser utilizados em distintas redes de pesquisa colaborativas existentes ou a serem criadas (nanotecnologia,TV digital, biotecnologia, Rede Brasileira de Visualização, Rede Genoma Brasileira, etc.).Metasl Apoiar a formação e a capacitação de pelo menos 1.000 especialistas de nível superiore técnicos em tecnologias digitais associadas à TV e rádio-difusão (especialistasapoiados - 2008: 200, 2009: 300, 2010: 500);l fomentar aplicações e produtos com tecnologias desenvolvidas no âmbito do SBTVD,inclusive em outras plataformas de comunicação digital (aplicações e produtosfomentados - 2008: 10, 2009: 15, 2010: 20);l Telecomunicações: implementar programas estruturantes para comunicação sem fio,serviços baseados no protocolo IP e produção de conteúdos e serviços digitais(programas em execução - 2008: 3, 2009; 3, 2010; 3); e apoiar a formação e acapacitação, em nível de pós-graduação (profissionais apoiados - 2008: 40, 2009: 40,2010: 40);l Sistemas Digitais de Comunicações: implementar o Centro de Pesquisa eDesenvolvimento em Tecnologias Digitais para Informação e Comunicação; edesenvolver projetos de P,D&I em TICs (projetos de P,D&I em TICs - 2008: 10, 2009:15, 2010: 15);

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Redes:l implementar federação de sistemas de certificação digital, autenticação e autorizaçãoentre agências federais (FINEP, CNPq, CAPES etc.), academia e empresas (número deinstituições onde serão implementados - 2008: 20, 2009; 20, 2010: 20);l constituir 6 Comunidades Temáticas Distribuídas, consolidando a ciber-infra-estruturanacional e integrando facilidades compartilhadas de computação, gerenciamento deinformação, armazenamento, comunicação, ambientes colaborativos e aplicações paracomunidades (e-ciência) (número de comunidades temáticas “meio ambiente, climae tempo; microeletrônica; energia; coleções biológicas; visualização; biologiacomputacional” - 2008: 2, 2009: 2, 2010: 2);l capacitar Gestores de TICs, por meio da implementação de escolas de redes paracapacitação de recursos humanos e aperfeiçoamento de gestores de TI em redes,aplicações, segurança e sistemas (número de escolas de rede - 2008: 5, 2009: 7,2010: 7);l apoiar o desenvolvimento de produtos/aplicações baseados em aplicaçãoes distribuídasem grades computacionais (grids), envolvendo computação, gerenciamento deinformação e armazenamento compartilhados (número de áreas temáticas a seremidentificadas: 6; número de produtos/aplicações: um por área); el atualizar a infra-estrutura avançada da rede experimental do Projeto Giga e apoiar apesquisa e o desenvolvimento consorciados em arquitetura e serviços de rede, e emserviços e aplicações distribuídas (número de projetos de P,D&I apoiados - 2008: 12,2009: 12, 2010; 12).

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Parceirosl Comitê Gestor Internet-BRl Empresas de TICs

Agência(s) executora(s)( X ) FINEP ( X ) CNPq ( X ) MCT ( X ) Outros (MC)

Tecnologias da Informação e Comunicação

Recursos (R$ milhões)Origem 2007 2008 2009 2010 TotalMCT/FNDCT* 14,70 23,60 21,20 25,40 84,90MCT/outras ações PPA 0,00 0,70 0,70 0,70 2,10FUNTTEL 110,00 200,00 230,00 280,00 820,00Parceiros 20,00 70,00 90,00 120,00 300,00Contrapartida 40,00 60,00 80,00 100,00 280,00Total 184,70 354,30 421,90 526,10 1.487,00* Recursos de bolsas contabilizados no programa 2.1 (Formação de Recursos Humanos para C,T&I)

Programa9.1. Fármacos e MedicamentosObjetivoIncentivar atividades de pesquisa, desenvolvimento e transferência de tecnologia visan-do à inovação nas empresas nacionais de farmoquímicos e biotecnologia que atuam em saúde,promovendo a competitividade das empresas nacionais de forma a diminuir riscos tecnológicos deinovação e estimular a ampliação das atividades de inovação. Estimular o controle de qualidadeda produção nacional de fármacos e medicamentos e de insumos estratégicos na área de saúdehumana para posicionar competitivamente a bioindústria brasileira no panorama internacional.Descrição do ProgramaA indústria de fármacos e medicamentos oferece potencial do mesmo porte ou superior aoque existe no setor agropecuário brasileiro, embora, por sua complexidade enfrente desafios maio-res para gerar novos negócios, permitir a redução das importações e aumentar a competitivadeinternacional. Ambos os setores estão na pauta de discussões do Fórum de Competitivade emBiotecnologia, e enfrentam dificuldades no contexto dos marcos legais em biossegurança e proprie-dade intelectual, que limitam os investimentos privados diante da inexistência de legislação adequa-da para regular o acesso à biodiversidade brasileira. Essa restrição é grave quando se analisam osprodutos que estão em fase de testes em todo o mundo, que serão as drogas do futuro, e se verificaque cerca de 50% tem como origem produtos naturais, nenhum deles desenvolvido no Brasil. O Paísestá entre os dez maiores mercados farmacêuticos, movimentando cerca de 8,5 bilhões de dólarespor ano e se constituindo, portanto, em mercado atrativo para os sistemas nacional e internacional.Histórias de sucesso, como a de produção de vacinas e soros pelo Instituto e o programa de anti-retrovirais a cargo da Farmanguinhos (FIOCRUZ), figuram ao lado da importação de cerca de 50%dos produtos. Grande parte dessa importação é de produtos obtidos pela reprogramação de célulasprocarióticas e eucarióticas e células em cultivo de ovário de hamsters – CHO, cuja tecnologia éperfeitamente dominada por cientistas brasileiros. O porte do setor e a existência de um excelenteprojeto de saúde pública – Sistema Único de Saúde (SUS) e de competência científica, têm atraídoo interesse de indústrias nacionais em projetos de inovação na área de Biotecnologia e Farmoquímica,o que tem gradualmente aumentado a oferta de tecnologias necessárias na área da saúde. Outrasvariáveis, além dos fatores já referidos, dificultam uma escalada maior nos investimentos e nas ofer-tas de tecnologia. Uma delas é a fragilidade de infra-estrutura nacional para a realização de ensaios

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toxicológicos (ensaios pré-clínicos) de novos produtos, utilizando-se boas práticas de laboratório. Alémdisso, as moléculas potencialmente caracterizadas nos laboratórios competentes, públicos ou priva-dos, do País, esbarram na inexistência de empresas que possam fazer o seu escalonamento semi indus-trial utilizando protocolos aceitáveis pelos órgãos de fiscalização nacionais, como a ANVISA, e estran-geiros, como o Food and Drug Administration (FDA). A existência de instituições especializadas no usode GLP (good laboratory practices) e cGMP (current good manufacturing practices), é fator essencialpara o registro de novas drogas e também para a oferta de material para ensaios pré-clínicos e clínicos.Os ensaios pré-clínicos, por outro lado, não são realizados pela falta de biotérios competentes para aprodução de animais de laboratório de genética confiável e também livres de patógenos.Essas condições são essenciais para estimular a transferência de tecnologias por parte degrandes empresas internacionais e de maiores investimentos pela crescente indústria nacional,além do setor financeiro privado.Na área de imunológicos, sua produção deve ter como meta a saúde pública.A Nova DTP (vacina tríplice com surfactante desenvolvido pelo Instituto Butantan, para aprevenção da difteria, tétano e coqueluche) está sendo produzida para ser utilizada na Algéria eno Pakistão (Paho/UNICEF). As duas principais instituições responsáveis pela produção de vaci-nas no País, Instituto Butantan e FIOCRUZ, poderiam, em conjunto, produzir linhas de vacinas(VACINA BRASIL) de baixo custo, para serem utilizadas pelo SUS e distribuídas a preços especiaispara países do continente e da África, levando a tecnologia brasileira para o exterior.Diante disso, esta ação se propõe a:l apoiar os produtores oficiais de vacinas e medicamentos nas suas áreas de pesquisa,desenvolvimento e a prestação de serviços tecnológicos à empresas com produçãonacional de farmoquímicos e seus intermediários, de biotecnologia e de estudos apli-cados da biodiversidade brasileira;l utilizar o poder de compra do Estado como instrumento de atração de grandes empre-sas para investir no Brasil, particularmente em setores de menor interesse para o setorfarmacêutico privado;l apoiar a constituição de plataformas tecnológicas para dar suporte às atividades deinovação nas empresas, tais como, genômica, proteômica, cristalização, produção de

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anticorpos monoclonais, testes toxicológicos, métodos analíticos, síntese orgânica,screening de produtos naturais, química e farmacologia de produtos naturais, ebioinformática, entre outros, para funcionar como prestadoras de serviços técnico-científico; el estabelecer, em 2007, legislação adequada para regular o acesso ao patrimônio genético.Metasl Estimular a criação de Laboratórios Institucionais Multidisciplinares em Universidadese Centros/Institutos de Pesquisa; nos próximos quatro anos, apoiar 3 projetos em Rede,formada por biologistas moleculares, bioquímicos, químicos, cristalógrafos,bioinformatas etc. para, a partir de alvos moleculares definidos, desenvolver compostoscontra doenças negligenciadas (tuberculose, malária, doença de Chagas, leishmaniose,etc.), doenças degenerativas (psoríase, artrite reumatóide, diabetes, doença de Chron,leucemia linfoblástica, linfomas de células T, esclerose múltipla e neoplasias) e rejeiçãode transplantes (dezembro 2008: Rede 1; julho 2009: Rede 2; e julho de 2010);l priorizar o financiamento de 4 empresas com competência em boas práticas delaboratório (GLP) e de manufatura (cGMP), para o escalonamento semi industrial demoléculas bioativas (biofármacos recombinantes e farmoquímicos), fortalecendo aintegração da academia com o setor privado (Universidade/Empresa) por meio deprogramas como COOPERA, subvenção econômica e outros (junho de 2008: Empresa1; dezembro de 2008: Empresa 2; junho de 2009: Empresa 3, dezembro de 2009:Empresa 4);l apoiar atividades cooperativas no âmbito dos programas do Centro Internacional deEngenharia Genética e Biotecnologia – CIEGB, visando à transferência de tecnologia;el financiar a implementação de 4 laboratórios certificados em âmbito nacional, paraensaios pré-clínicos, e de até 4 biotérios para a produção de animais de laboratório degenética comprovada e livre de patógeno, até 2010.

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Parceirosl CGEEl MSl MDICl MAPAl MMAl FIOCRUZl Butantan

Agência(s) executora(s)( X ) FINEP ( X ) CNPq ( ) MCT ( ) Outros

Recursos (R$ milhões)Origem 2007 2008 2009 2010 TotalMCT/FNDCT 6,60 8,00 9,60 11,60 35,80Contrapartida 4,00 4,00 4,00 4,00 16,00Total 10,60 12,00 13,60 15,60 51,80O Ministério da Saúde explicitou recursos globais de R$ R$ 800 milhões para as ações 9.1, 9.2, 9.3, 9.4 e 9.5,os quais estão contabilizados na linha de ação 9. Essa linha de ação está sob a coordenação do MS, emplanejamento conjunto com o MCT.

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Programa9.2. Produtos Médicos e BiomateriaisObjetivoIncentivar o desenvolvimento tecnológico e a inovação no setor de Produtos Médicos eBiomateriais para produtos considerados estratégicos pelo Ministério da Saúde, em sintonia coma Política de Desenvolvimento da Biotecnologia (Decreto nº 6.041/2007) e com a Política IndustrialTecnológica e de Comércio Exterior – PITCE.Descrição do ProgramaO setor de fabricação de produtos médicos, hospitalares e odontológicos tem granderelevância, quando analisado sob o ponto de vista da política de saúde no país e das perspectivaseconômicas e de mercado para as empresas fabricantes, como, também, das possibilidades dedesenvolvimento tecnológico nacional.Os números do setor mostram que, atualmente, existem cerca de 8 mil tipos de dispositivosmédicos (Global Medical Devices Nomenclatura - GMDN) e, em 2000, havia no mercado cercade 1,5 milhão de produtos diferentes (Fonte: OMS). Nos EUA, maior mercado consumidor, 8.000novos produtos médicos são lançados a cada ano. No Brasil, que representa apenas 1,2% domercado mundial, são lançados 2.000 novos produtos por ano (fonte: ANVISA).O tamanho do mercado mundial para produtos médicos e biomateriais foi estimado emUS$ 260 bilhões para o ano de 2006 (Fonte: OMS). No Brasil, o setor estima, para 2007, ummercado da ordem de R$ 8 bilhões, gerando mais de 35.000 empregos diretos, e onde se destacao Ministério da Saúde como principal comprador. Dentre as empresas presentes no país, 58.2%são consideradas de médio porte, possuindo uma média de R$1,2 a 15 milhões de faturamentoanual. Trata-se de setor caracterizado pela alta participação de empresas de capital nacional eno qual a competição é fortemente pautada pela capacidade de inovação e diferenciação deprodutos. Principais características do setor:l grande diversidade de produtos, de complexidade e de risco;l algumas tecnologias médicas são, em essência, spin offs ou refinamentos de tecnologiasexistentes em outros setores industriais (ex.: automação industrial);

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l produtos com ciclo de vida curto;l devido ao curto ciclo de vida da tecnologia, é muito provável que uma tecnologiamédica fique obsoleta mesmo antes de se conhecer todos os seus potenciais benefíciosou malefícios;l mercados fragmentados e altamente especializados. Estudo das empresas produtorasde dispositivos médicos nos EUA mostra que a indústria médica é um setor altamentefragmentado e especializado, com numerosos nichos de produção. Isso requerdiferentes estratégias de marketing, venda e suporte pós-venda. É um mercado onde oretorno financeiro de uma tecnologia raramente excede US$100 mi.O cenário atual é marcado por mudanças tecnológicas intensas; ativo incremento nacomplexidade dos produtos (segurança, confiabilidade, baixos custos); maior participação dasociedade nas decisões sobre a atenção à saúde e “regulação global” (GHTF – GlobalHarmonization Task Force) do mercado, em virtude da globalização e da inserção internacionalativa das empresas. Além disso, a multidisciplinariedade e a intensa interação do setor comoutras áreas do conhecimento apontam tendências tecnológicas de miniaturização, criação dedispositivos inteligentes, produtos minimamente invasivos, biotecnologia, produtos combinados(produtos médicos + fármacos), órgãos artificiais, tecnologia da informação e produtos para usodoméstico.Esse setor industrial tem apresentado evoluções constantes nos volumes produzidos ecomercializados, tanto no País como no plano internacional. Trata-se de setor em crescimentoe para o qual o Brasil tem se posicionado como um exportador de produtos para diferentesmercados, com crescimento anual percentual de 13% nos últimos três anos. A exportação dosetor, quando comparada aos demais compradores, sejam privados ou Governo, representauma pequena parcela de 8%, onde sua participação mais significativa em 2004 foram dos produtosdestinados aos Estados Unidos (27,16%), correspondendo a US$ 86.374.646,00.Nesse contexto, identifica-se a possibilidade concreta de conjugar o desenvolvimentoda produção local, em bases competitivas, voltada tanto para o mercado interno quanto externo,com uma dinâmica positiva de incremento do patamar tecnológico e adensamento da capacidadeinovadora; inclusive, aproveitando o poder de compra do Estado Brasileiro, ponto chaveidentificado por diferentes estudos setoriais. É fundamental a importância do setor no auxílio àsuperação das mazelas sociais que marcam a Nação.

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Metasl criar centros de desenvolvimento tecnológico em produtos médicos e biomateriais.(junho de 2008: 1 edital; junho de 2009: 1 edital; junho de 2010: 1 edital);l fomentar e incentivar a modernização e a adequação de processos produtivos deprodutos médicos com prioridades para implantes ortopédicos, equipamentos dehemodiálise, equipamentos de diagnóstico, stents coronários, equipamentos de suporteà vida, por meio de encomendas e editais (lançamentos dos editais e encomendasjunho de 2008; junho de 2009; junho de 2010);l criar e ampliar a capacidade laboratorial para certificação de produtos, análise daqualidade e apoio ao desenvolvimento de tecnologias médicas, por meio deencomendas e editais (lançamentos dos editais e encomendas junho de 2008; junhode 2009; junho de 2010);l estimular a difusão de inovações tecnológicas e organizacionais nas empresas dosetor, promovendo o desenvolvimento e a articulação da infra-estrutura tecnológicadisponível; por meio de encomendas e editais (lançamentos dos editais e encomendasjunho de 2008; junho de 2009; junho de 2010);l capacitar as empresas de acordo com as dinâmicas dos mercados interno e externopor meio de editais e workshops (junho de 2008.; junho de 2009);l fomentar o desenvolvimento da produção local, por meio do poder de compra doEstado;l fomentar 3 projetos de Redes Nacionais de P,D&I, até 2010;l fomentar 10 projetos/ano, por meio de edital de subvenção financeira, paramodernização e adequação de processos produtivos de equipamentos e Materiais deUso em Saúde;l apoiar 10 projetos/ano, por meio de edital de recurso não-reembolsável, para aampliação da capacidade laboratorial de análise da qualidade e para apoio aodesenvolvimento de equipamentos e materiais de uso em saúde;

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l apoiar 2 projetos de laboratório/ano, por meio de edital de recurso não-reembolsável,para a criação de laboratórios para análise da qualidade e apoio ao desenvolvimentode equipamentos e materiais de uso em saúde;l apoiar 3 projetos/ano para aquisição de padrões metrológicos utilizados em processosde certificação de produtos médicos no âmbito do Sistema Brasileiro da Avaliação daConformidade – SBAC.l fomentar 8 projetos/ano por meio de edital de parceria Universidade e empresa paraa difusão e transferência de tecnologia na área de equipamentos e materiais de usoem saúde.l incrementar em 40% o número de bolsas de mestrado e doutorado na área deEngenharia Biomédica;l incentivar a criação e a ampliação de cursos técnicos (nível médio), para formação ecapacitação de recursos humanos na área de biomédica, em especial, no setor deequipamentos e materiais de uso em saúde;l promover a criação de 4 cursos de pós-graduação na área de gestão de P,D&I etecnologias de produtos médicos, el criar 2 centros de desenvolvimento tecnológico na área de equipamentos e materiaisde uso em saúde.

Recursos (R$ milhões)Origem 2007 2008 2009 2010 TotalMCT/FNDCT 0,30 0,40 0,40 0,50 1,60Total 0,30 0,40 0,40 0,50 1,60O Ministério da Saúde explicitou recursos globais de R$ R$ 800 milhões para as ações 9.1, 9.2, 9.3, 9.4 e 9.5,os quais estão contabilizados na linha de ação 9. Essa linha de ação está sob a coordenação do MS, emplanejamento conjunto com o MCT.

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Parceiros· CGEE · MS· MDIC · MAPA· MMA · FIOCRUZ· Associações empresariais

Agência(s) executora(s)( X ) FINEP ( X ) CNPq ( ) MCT ( ) Outros

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Programa9.3. Kits DiagnósticosObjetivo geralEstimular o desenvolvimento tecnológico e a produção nacional de insumos e reativosdiagnósticos para ensaios enzimáticos, ensaios moleculares e testes rápidos, com foco em doençasnegligenciadas ou de grande impacto econômico sobre o sistema de saúde do País, em sintoniacom as bases estabelecidas para kits diagnósticos na Política de Desenvolvimento da Biotecnologia,tendo em vista a potencialização da capacidade nacional de pesquisa e desenvolvimentotecnológico e a substituição significativa de importações.Descrição do ProgramaOs reativos diagnósticos constituem-se em insumos estratégicos de grande importânciapara o sistema público de saúde, que vem dependendo de importações para o atendimento deprogramas essenciais, reforçando uma vinculação tecnológica que dificulta a implementação depolíticas públicas prioritárias.Estudo recente sobre testes diagnósticos identificou que, para quatro das doenças maisrepresentativas (hepatite B, toxoplasmose, AIDS e hepatite C), o SUS gastou em torno de 224milhões de reais de julho/03 a junho/04. Esse mesmo estudo apontou que apenas 12 doenças sãopesquisadas por 60 grupos de pesquisa, com o agravante de que 41 atuam em apenas uma doença.No setor produtivo, poucos grupos no país trabalham no desenvolvimento de kits, e apenas noveempresas têm capacidade produtiva, em contraposição às 89 empresas distintas que têm produtosregistrados na Anvisa com o nome das doenças e/ou anticorpos. Sob o foco da inovação, sabe-seque há competências no País, mas as informações de mercado são desorganizadas. Há desinteressepor parte das grandes empresas na produção de reagentes para a identificação das doençastransmissíveis, que são de grande importância para a saúde pública.Esse contexto demonstra claramente a necessidade de atenção imediata para a estruturaçãodo complexo industrial da saúde nessa área, que requer a adoção de uma lógica de apoio aodesenvolvimento em cinco eixos estratégicos, operacionalizados de forma integrada: prioridadessanitárias, tecnologias, etapas de desenvolvimento tecnológico, equipamentos relacionados àstecnologias em desenvolvimento e gestão de negócios.

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Considerando-se a capacidade nacional de desenvolvimento de produtos competitivosna área de kits diagnósticos, é ponto estratégico a delimitação de nichos de mercado mais acessíveisa serem ocupados pela indústria nacional, tendo em vista que a maioria das instituições de pesquisae desenvolvimento brasileiras não tem capacidade de competir com grandes empresas.Apesar da necessidade de priorização de investimentos de forma mais sistematizadanessa área, o que muitas vezes requer o aporte de recursos não só para investimento como tambémpara custeio, deve-se garantir que as empresas fomentadas, inseridas em um mercadoextremamente competitivo como é o da biotecnologia, tenham todos os elementos para a buscade auto-suficiência tecnológica e de sustentatibilidade econômica. A definição dos principaisprodutos e plataformas tecnológicas que serão foco da atuação governamental é o primeiro pontoa ser abordado, e parte da premissa de que as escolhas devem respeitar o plano estratégico dasinstituições públicas voltadas para o desenvolvimento de tecnologias e produção de reativosdiagnósticos, uma vez que os grandes produtores nacionais são públicos, tendo em vista a aplicaçãoconvergente, oportuna, racional e eficaz dos recursos públicos.As doenças negligenciadas (leptospirose, malária, dengue, leishmaniose visceral e tegumentar,tuberculose) representam o nicho mais acessível do mercado a ser ocupado pela indústria nacional, oque remete à necessidade de obtenção da tecnologia por meio do estabelecimento de parcerias compequenas empresas. Outro foco de interesse geral são as doenças de grande impacto econômico sobreo sistema de saúde do país (Aids, citomegalovírus, hepatites B e C, toxoplasmose, rubéola e sífilis).Diante disso, esta ação se propõe a:l promover ampla discussão sobre o cenário atual de pesquisa e desenvolvimento deprodutos diagnósticos no País;l realizar a medição da carga de doença por região do País como subsídio à tomada dedecisão sobre temas relativos a kits diagnósticos;l identificar empresas e ICTs que fazem desenvolvimento de biomoléculas (insumos parakits) e realizar levantamento, junto aos fabricantes nacionais, dos kits diagnósticos demaior interesse mercadológico, considerando o mercado nacional e a possibilidade deescoamento da produção para outros mercados;l identificar prioridades em pesquisa, desenvolvimento e inovação de produtos diagnósticospara a área da saúde, de modo a subsidiar a definição de focos de investimento para odesenvolvimento de kits diagnósticos, tendo em vista aspectos de mercado e acapacidade nacional de pesquisa e desenvolvimento tecnológico nessa área;

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l apoiar o desenvolvimento ou o aperfeiçoamento de plataformas de produção já existentesem áreas de P,D&I em kits diagnósticos de interesse local e que apresentem possibilidadespara exportação para outros mercados emergentes;l criar mecanismos de incentivo para desenvolvimento e produção nacional dos kitsdiagnósticos, principalmente aqueles que já estejam nas etapas finais de desenvolvimentotecnológico que sejam convergentes com as demandas públicas;l em iniciativas dirigidas de apoio a empresas ou associações formalmente constituídas,criar mecanismos de incentivo ao lançamento de novos produtos, como linhas específicasde financiamento e a previsão de isenção fiscal para importação e exportação de produtoscorrelacionados por um período determinado, de modo a garantir a capitalização dogrupo em médio prazo;l usar o poder de compras governamental e os mecanismos da lei de inovação para incentivara produção nacional de kits, assim como identificar especificações básicas para kitsdiagnósticos, tendo em vista controlar as variáveis do processo de compras que interferemna aquisição de produtos com a qualidade adequada;l apoiar projetos de cooperação científica e tecnológica entre ICTs e o setor privado, tendoem vista o desenvolvimento de produtos e processos inovadores em kits diagnósticos;l definir estratégias de integração do apoio ao desenvolvimento de tecnologias paraequipamentos e materiais de uso laboratorial compatíveis com as plataformastecnológicas em desenvolvimento no País;l induzir, por meio de incentivos fiscais, tributários e creditícios, a criação de novas empresasnacionais e consolidar as já existentes para a produção de equipamentos automatizadospara os ensaios e utilização dos diversos kits diagnósticos desenvolvidos no País;l promover a negociação, junto ao mercado, da aquisição ou cessão de tecnologias pormeio de acordos tecnológicos para apoiar iniciativas de atualização dos processos deprodução em empresas nacionais, favorecendo estratégias que possam proporcionarsaltos tecnológicos no processo produtivo;l estimular a formação de pesquisadores em kits diagnósticos, incentivando a formaçãode redes de pesquisa;l implementar estratégia de estímulo ao desenvolvimento de competências voltadas à gestãode negócios no setor público, considerando-se o treinamento de pessoas capazes para negociare utilizar o poder público de compra para construir e fortalecer a capacidade nacional;l fomentar a formação de redes de cooperação tecnológica como estratégia dealimentação de empresas com novos ativos tecnológicos; el realizar monitoramento de patentes de kits diagnósticos no mundo, para identificaçãode oportunidades de inovação.

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Metasl Usar do poder de compras governamental e os mecanismos da lei de inovação paraincentivar a produção nacional de kits até 2010;l identificar empresas e ICTs que fazem desenvolvimento de biomoléculas e realizarlevantamento, junto aos fabricantes nacionais, dos kits diagnósticos de maior interessemercadológico para o País (junho de 2008: encomenda);l apoiar o desenvolvimento ou o aperfeiçoamento de 2 plataformas de produção jáexistentes em áreas de P,D&I em kits diagnósticos, por meio de editais e encomendas(lançamento de editais e encomendas junho de 2008; junho de 2009);l realizar a medição da carga de doença por região do País; (junho de 2008: edital eencomendas); el apoiar projetos de cooperação científica e tecnológica entre ICTs e o setor privado,por meio de editais e encomendas (lançamento de editais e encomendas junho de2008; junho de 2009; junho de 2010).

Parceirosl MS l MDIC l MAPAl MMA l FIOCRUZ l Associações empresariaisAgência(s) executora(s)( X ) FINEP ( X ) CNPq ( ) MCT ( ) Outros

Recursos (R$ milhões)Origem 2007 2008 2009 2010 TotalMCT/FNDCT 2,00 2,40 2,90 3,50 10,80Total 2,00 2,40 2,90 3,50 10,80O Ministério da Saúde explicitou recursos globais de R$ R$ 800 milhões para as ações 9.1, 9.2, 9.3, 9.4 e 9.5,os quais estão contabilizados na linha de ação 9. Essa linha de ação está sob a coordenação do MS, emplanejamento conjunto com o MCT.

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Programa9.4. HemoderivadosObjetivoEstimular a produção nacional dos hemoderivados de forma a atender às demandas desaúde pública, além de promover o desenvolvimento tecnológico e a inovação desses produtos,em sintonia com a Política de Desenvolvimento da Biotecnologia (Decreto nº 6.041/2007) e coma Política Industrial Tecnológica e de Comércio Exterior – PITCE.Descrição do ProgramaO sangue, seus componentes e derivados são produtos essenciais e ainda insubstituíveis notratamento de diversas doenças, sejam de natureza hereditária, infecciosa ou metabólica. Os concentradosde hemácias, plaquetas e leucócitos, e a parte líquida do sangue (plasma) são chamados dehemocomponentes, enquanto as proteínas extraídas do plasma por meio industrial (fatores da coagulação,albumina, imunoglobulinas e outras) são chamadas de hemoderivados. Os hemoderivados, portanto, sãomedicamentos biológicos obtidos pela purificação industrial de proteínas contidas no plasma humano.Os hemoderivados com maior relevância clínica e econômica são os concentrados deFatores VIII e IX da coagulação, do Complexo Protrombínico – CP, das imunoglobulinas polivalentese da albumina.Dos hemoderivados, apenas a albumina chegou a ser produzida no Brasil, mas emquantidade insuficiente para atender o consumo nacional. Para suprir as necessidades internas dehemoderivados, o Ministério da Saúde vem adquirindo os concentrados de fatores da coagulaçãopara distribuição aos Estados, com aumento progressivo na quantidade e na variedade dessesprodutos, atingindo mais de 100 milhões de reais em 2005.A situação existente no país é altamente desvantajosa, justificando-se a produção nacional,que proporcionará inúmeras vantagens, tais como: (a) utilização da matéria-prima nobre e quenão pode ser comercializada – o plasma humano obtido por doação de sangue; (b) diminuição dadependência de importações; e (c) diminuição do risco permanente de desabastecimento, pelofato de haver poucos produtores mundiais, que têm como prioridade o atendimento aos paísescentrais, cuja demanda por alguns tipos de hemoderivados é crescente.

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Além disso, acredita-se que a existência de produção nacional, aliada a um mercado internoforte, será um indutor da formação de pólo biotecnológico de produção de hemoderivados no país,com a internalização de tecnologias mais avançadas, como as existentes para os fatores da coagulaçãoproduzidos por engenharia genética, os recombinantes, que substituem os fatores derivados do sangue.Essas novas tecnologias encontram-se patenteadas por indústrias multinacionais com umalto custo da transferência tecnológica, mas, no Brasil, já existem alguns centros que vêm investindono desenvolvimento de novas tecnologias nessa área.A Lei nº 10.972, de 2 de dezembro de 2004, criou a empresa pública denominada EmpresaBrasileira de Hemoderivados e Biotecnologia – HEMOBRÁS. Essa decisão foi decorrente de estudosde viabilidade técnica e econômica que demonstraram que o Brasil atende aos pré-requisitospara dispor de uma unidade de produção de hemoderivados, que são: disponibilidade de matéria-prima, existência de mercado consumidor e acesso à tecnologia de produção.Diante disso, esta ação se propõe a:l acompanhar e monitorar sistematicamente as ações relacionadas com a produção dehemoderivados no país, principalmente a implementação da Hemobras.l promover ações e atividades que permitam melhorar a captação, o armazenamento eo transporte de plasma para fins de fracionamento e produção dos hemoderivados,cerca de 400 mil litros por ano.l criar e manter estrutura que garanta a qualidade da matéria-prima, dos processos, dosserviços e dos produtos, na área de hemoderivados;l criar programas de intercâmbio com órgãos, empresas ou entidades nacionais eestrangeiras, para capacitação científica e desenvolvimento tecnológico;l celebrar contratos e convênios com órgãos nacionais da administração direta ou indireta,empresas privadas e com órgãos internacionais, para prestação de serviços técnicosespecializados; el investir na formação, no treinamento e no aperfeiçoamento de recursos humanosvoltados para o desenvolvimento das atividades de produção de hemoderivados pelarota tradicional e pela rota biotecnológica.

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Metasl Implementar a fábrica HEMOBRÁS: adquirir e absorver a tecnologia (2007 – 2010);construir a fábrica (2008 a 2009); e iniciar a produção (2010);l elaborar programas específicos para aumentar a disponibilidade de plasma dequalidade industrial no país, bem como dispor de um sistema de coleta de sangueorganizado e de qualidade, que seja capaz de fornecer à indústria o volume de plasmanecessário para obtenção de seus produtos de hemoderivados; el apoiar o desenvolvimento tecnológico e a inovação, por meio da consolidação da rede depesquisa existente, da priorização das linhas de pesquisa no campo dos hemoderivados,do fomento aos investimentos de projetos e redes de P,D&I na área de biofármacosrecombinantes e a indução de projetos cooperativos entre o setor público e privado.

Parceirosl MS l MDIC l MAPAl MMA l FIOCRUZ l Associações empresariais

Agência(s) executora(s)( X ) FINEP ( X ) CNPq ( ) MCT ( ) Outros

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Recursos (R$ milhões)Origem 2007 2008 2009 2010 TotalMCT/FNDCT 0,80 1,00 1,20 1,40 4,40Total 0,80 1,00 1,20 1,40 4,40O Ministério da Saúde explicitou recursos globais de R$ R$ 800 milhões para as ações 9.1, 9.2, 9.3, 9.4 e 9.5,os quais estão contabilizados na linha de ação 9. Essa linha de ação está sob a coordenação do MS, emplanejamento conjunto com o MCT.

Programa9.5. VacinasObjetivo geralEstimular o desenvolvimento tecnológico e a produção nacional de vacinas para usohumano, promovendo a agregação de novas tecnologias e a ampliação da capacidade de produçãonacional para buscar a diminuição da dependência de importação, o incremento da capacidadecientífica nacional e o desenvolvimento de novas tecnologias, em sintonia com as basesestabelecidas para vacinas na Política de Desenvolvimento da Biotecnologia e na Política IndustrialTecnológica e de Comércio Exterior.Descrição do ProgramaO elevado potencial da moderna biotecnologia no desenvolvimento e na produção devacinas para uso humano vem obrigando as indústrias a investir mais nessas tecnologias. Taistecnologias serão diferentes das atuais, de forma geral baseadas em bactérias e vírus inteiros,atenuados ou inativados e em toxóides. A moderna biotecnologia propiciará a seleção de proteínasdos antígenos de interesse, sua clonagem e expressão em vetores e/ou a combinação de vetores/antígenos de interesse. Os produtos serão muito mais puros, diminuindo substancialmente asreações adversas e, ainda assim, conferindo a proteção desejada. Essas vacinas modernas conterãonovos adjuvantes mais potentes e as vias mucosas permitirão a eliminação da agulha, em suaaplicação.Esse cenário mundial traz ao País novos e grandes desafios: diminuir a dependência deimportação, aumentar as atividades de desenvolvimento tecnológico para permitir odesenvolvimento de tecnologias autóctones e investir na capacitação em inovação tecnológicapara aumentar a competitividade nacional e internacional no segmento de vacinas.Com base nessa realidade, a produção de vacinas para uso humano teve apoio contínuodo governo federal, que vem investindo em infra-estrutura e modernização dos laboratóriosprodutores nacionais. Estima-se que nos últimos 20 anos, por intermédio do Programa de Auto-suficiência Nacional de Imunobiológicos, o governo tenha investido cerca de 180 milhões dedólares, tendo como resultado o domínio e a produção de todos os imunobiológicos incluídos nocalendário básico do Programa Nacional de Imunizações.

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Atualmente, o Brasil dispõe de infra-estrutura de pesquisa reconhecidamente importante,que tem gerado milhares de publicações em revistas científicas indexadas. O grande desafiocontinua sendo organizar e estruturar as atividades de desenvolvimento tecnológico e inovação,que incluem inúmeras etapas e exigem parâmetros diferentes da pesquisa básica: equipamentose laboratórios especializados, com equipes multidisciplinares. O processo de desenvolvimentotem longa duração – 10a 15 anos - e investimento de alto risco. É uma atividade que exigeinvestimento governamental substancial e a criação de um ambiente empresarial com atrativosde retorno para investimentos privados.As iniciativas governamentais situam-se, hoje, em torno do Programa Nacional deCompetitividade em Vacinas (INOVACINA), instituído pelas Portarias do Ministério da Saúde nº972 e 973, de 3 de maio de 2006. Esse programa resultou da preocupação de diversos parceirosem aumentar a capacidade tecnológica e a competitividade da área, e traz quatro componentes:definição de políticas e organização da produção; modernização do parque produtivo; avaliaçãoe regulação; e desenvolvimento e inovação.Nesse contexto, agregar esforços que complementem e impulsionem essa iniciativaconstitui-se investimento oportuno para aumentar a capacidade e a autonomia nacional em oferecermaior acesso da população a serviços de saúde essenciais. Em outra linha, o desenvolvimento detecnologias nacionais e o aumento de competitividade na área irão inserir o Brasil de forma cadavez mais presente no cenário internacional.A Nova DTP (vacina tríplice com surfactante desenvolvido pelo Instituto Butantan, para aprevenção da difteria, tétano e coqueluche) está sendo produzida para ser utilizada na Algéria eno Pakistão (Paho/UNICEF). As duas principais instituições responsáveis pela produção de vacinasno País, Instituto Butantan e FIOCRUZ, poderiam, em conjunto, produzir linhas de vacinas (VACINABRASIL) de baixo custo, para serem utilizadas pelo SUS e distribuídas a preços especiais parapaíses do continente e da África, levando a tecnologia brasileira para o exterior.Na área de imunológicos, vale ressaltar que a produção deve ter como meta a saúdepública.Atividades Planejadas· Potencializar as iniciativas de implementação do INOVACINA nos seus principaiscomponentes para promover o desenvolvimento e a produção nacional das vacinasprioritárias definidas pelo Programa e pela Câmara Técnica de Imunobiológicos;

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· criar mecanismos de estímulo à exportação da produção nacional de vacinas, comvistas ao atendimento dessas oportunidades no mercado mundial;· acompanhar e monitorar sistematicamente as ações relacionadas ao INOVACINA como objetivo de viabilizar sua implementação, bem como subsidiar outras decisões quepromovam avanços na produção de vacinas no país;· estimular a parceria público-privada com empresas de biotecnologia, de pequeno emédio porte, para o desenvolvimento de novos produtos imunobiológicos;· identificar, monitorar e promover a viabilização de recursos oriundos de fontes emecanismos internacionais de financiamento e incentivo destinados à produção devacinas para atendimento das demandas dos países em desenvolvimento, bem comoo movimento das multinacionais no desenvolvimento de novos produtos;· investir no aperfeiçoamento da infra-estrutura adequada para apoiar a produção dasvacinas prioritárias para o país; e· investir na criação de uma base de exportação formada pelos laboratórios públicosbrasileiros para atendimento do mercado mundial de vacinas.Metas· Investir efetivamente na produção das vacinas e imunobiológicos priorizados peloINOVACINA e pela Câmara Técnica de Imunobiológicos:

- até 3 anos: Pentavalente (DTP/HB+Hib); Raiva em cultura celular; MeningiteMeningococica, sorogrupo C, conjugada. Leishamaniose canina; Raiva para usocanino em cultura de tecidos; Gripe Pandêmica – aviária; Rotavírus;- até 5 anos: Meningite Meningococica, sg B + C conjugada; Febre Amarela Inativada;Streptococcus pneumoniae; HPV; Poliomielite inativada; DTPa (componente pertussisacelular); MMR/Varicela; Hepatite A; Meningite Meningococica sorogrupo B;- até 10 anos: Meningite A conjugada; DTPa/HB + Hib; MMR/ Varicela; Meningite Cconj + Hib + pneumococos; HBV/HAV;

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- até 15 anos: Leishmaniose;- prazo indefinido: Malária; Dengue; HIV/AIDS; Leptospirose; Hepatite C;Schistossoma, Varíola; Tuberculose; outros: adjuvantes; soros hiperimunes.

· construir ativo tecnológico expressivo que coloque o país em posição estratégica dedetentor de tecnologias, para que, em situações de emergência, possa haver produçãonacional suficiente para atendimento das demandas locais (editais e encomendas junhode 2008; junho de 2009);· implementar apoio sistematizado à comunidade científica em seu esforço para adiminuição do gap do desenvolvimento tecnológico, garantindo os recursos e aaquisição de equipamentos necessários ao desenvolvimento das pesquisas na área devacinas (lançamento de editais e encomendas junho de 2008; junho de 2009; junhode 2010);· implementar linhas de financiamento em P,D&I, produção, modernização efortalecimento das empresas de pequeno e médio portes, para interação e parceriascom os laboratórios produtores de vacinas (lançamento de editais junho de 2008; junhode 2009; junho de 2010); e· consolidar parcerias dos laboratórios produtores de vacinas com as empresas privadasna produção de reagentes e imunobiológicos (lançamento de editais e encomendasjunho de 2008; junho de 2009; junho de 2010).

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Agência(s) executora(s)( X ) FINEP ( X ) CNPq ( ) MCT ( ) Outros

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Recursos (R$ milhões)O Ministério da Saúde explicitou recursos globais de R$ R$ 800 milhões para as ações 9.1, 9.2, 9.3,

9.4 e 9.5, os quais estão contabilizados na linha de ação 9. Essa linha de ação está sob a coordenação doMS, em planejamento conjunto com o MCT.

Parceirosl MS l MDIC l MAPAl MMA l FIOCRUZ l Associações empresariais

Programa10.1. Programa de Desenvolvimento Tecnológico para o BiodieselObjetivoApoiar a pesquisa e o desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação aplicadosao uso e à produção de biodiesel, por meio da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel (RBTB),em seis linhas básicas: (1) testes em motores e veículos; (2) tecnologia para usinas de produção;(3) agricultura; (4) resíduos e co-produtos; (5) infra-estrutura de serviços tecnológicos; e (6)estabilidade e armazenamento.Descrição do ProgramaA atuação do MCT, como coordenador do módulo de Desenvolvimento Tecnológico doPrograma Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), objetiva organizar e fomentar a basetecnológica existente no País e norteá-la para gerar resultados que atendam às demandas doPNPB, tais como aumentar a produtividade e a competitividade na cadeia produtiva do biodiesel,com a garantia da qualidade no produto final e com rotas tecnológicas apropriadas à geração deempregos e ao desenvolvimento regional.Para que os objetivos e o plano de ações da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel(RBTB) e do PNPB possam ser contemplados e as necessidades de garantia da qualidade no produtofinal e de rotas tecnológicas apropriadas de produção e uso do Biodiesel no País sejam alcançadas,é essencial investir em pesquisa, desenvolvimento e inovação de forma articulada com as açõesde outros órgãos do Governo Federal e governos estaduais, notadamente EMBRAPA, PETROBRAS,ANP, e com as empresas privadas. Serão priorizados os seguintes temas e linhas de ações deP,D&I:l Fomentar, na EMBRAPA Agroenergia e em universidades e centros de P,D&I, pesquisasgenômicas e proteômicas destinadas ao melhoramento genético para produção decultivares com melhor desempenho agronômico visando à produção de biodiesel;l apoiar o desenvolvimento de pesquisa científica e tecnológica na área de domesticaçãode plantas nativas e exóticas como também de algas e microorganismos com potencialpara aplicação na produção de biodiesel;

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l apoiar o desenvolvimento de pesquisa sobre cultivo de oleaginosas (palmáceas)perenes em consórcio com oleaginosas de ciclo curto em áreas degradadas;l apoiar o desenvolvimento de tecnologia de produção em pequena escala, adequadaà participação da agricultura familiar na cadeia de produção de biodiesel;l fomentar o desenvolvimento de novos processos de produção de biodiesel:processamento contínuo, catalisadores, rotas de transesterificação etílica ecraqueamento termo-catalítico;l apoiar o desenvolvimento da utilização de outros produtos derivados de oleaginosas,tal como o bioquerosene;l desenvolver tecnologias de uso de resíduos e rejeitos da cadeia produtiva do biodiesel;l capacitar rede de laboratórios para certificação de biodiesel em todo território nacional;l apoiar o programa de certificação, normas brasileiras de especificação e métodos deensaio, participação na normalização internacional, padrões metrológicos;l desenvolver programas de testes de motores e veículos nacionais com biodiesel;l desenvolver novas fontes minerais e rotas tecnológicas para a sua obtenção e utilizaçãocomo fertilizantes ou nutrientes para a agroenergia;l capacitar recursos humanos para a cadeia produtiva do biodiesel; el realizar cooperação técnico-científica com países que tenham acordos de cooperaçãointernacional com o Brasil e domínio das tecnologias de interesse do Brasil, visandotambém, à formação, à capacitação e ao treinamento de recursos humanos para acadeia produtiva do biodiesel.l Metasl Apoiar a implementação e a capacitação de Rede de 37 laboratórios de análise dequalidade de biodiesel, de âmbito nacional (2008: adquirir equipamentos; 2009:qualificar e certificar);l dominar a rota etílica de transesterificação até 2010;l apoiar o desenvolvimento de 8 aplicações para co-produtos (2008: 4 aplicações; 2009:4 aplicações);l apoiar a obtenção de variedades das principais oleaginosas, para aumento daprodutividade e precocidade, resistência à pragas e adaptadas às mais diversascondições edafoclimáticas brasileiras até 2010;

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Parceirosl Casa Civil/Presidência da República l MMEl MDIC l Petrobrasl MD l MAPAl MDS l CNIl Governos Estaduais l Sec. Estaduais de C&Tl Embrapa l INMETROl IPT l TECPAR –PRl CNA l Rede GENOPROTl Instituições de ensino e pesquisa l Empresas privadasl Prefeituras l Associações de produtores

Agência(s) executora(s)( X ) FINEP ( X ) CNPq ( X ) MCT ( ) Outros

l apoiar e coordenar testes em frotas veiculares, utilizando misturas biodiesel produzidasa partir de várias oleaginosas (meados de 2008: concluir testes com B5 e realizartestes de motores em bancada e estacionários com misturas de B5 a B100; final de2008: concluir testes com B20);l apoiar a implementação de dois projetos-piloto de agricultura familiar para produçãocooperativa de óleo vegetal para biodiesel e de mais dois para produção de sementese mudas de oleaginosas, com qualidade, em articulação com a EMBRAPA, até 2009.

Biocombustíveis

Recursos (R$ milhões)Origem 2007 2008 2009 2010 TotalMCT/FNDCT 19,10 22,90 27,40 32,90 102,30MCT/outras ações PPA 0,70 1,77 1,38 1,42 5,27Total 19,80 24,67 28,78 34,32 107,57

Programa10.2. Programa de C,T&I para o EtanolObjetivoPesquisa, desenvolvimento e inovação aplicados ao setor sucroalcooleiro visando tornarmais eficientes a produção, o processamento e o uso de co-produtos da cana-de-açúcar, emespecial o álcool combustível, novas tecnologias e rotas para produção de etanol e outroscombustíveis derivados do álcool, em complementação às ações de P,D&I tradicionais do complexosucroalcoleiro.Descrição do ProgramaAtualmente, o Brasil é o principal protagonista mundial na produção e na utilização decombustíveis renováveis. O sucesso no uso do álcool combustível tem trazido grande reconhecimentointernacional ao País, tornando-o, hoje, o maior exportador desse biocombustível, além de vendertecnologia ao mercado externo. Tais fatos têm motivado o governo, os industriais e os produtores decana-de-açúcar a realizar investimentos no setor, de modo a manter a liderança alcançada. Paradar suporte ao empreendimento, o governo necessita ampliar o esforço em P,D&I que já vem sendorealizado, fomentando as pesquisas básica e aplicada e o desenvolvimento de protótipos industriais,complementando aquele já realizada pelo setor produtivo.As ações prioritárias do Programa são:1. biotecnologia para produção de cana-de-açúcar, desenvolvimento de base genética e varietaladequada às diversas regiões do país, reprodução acelerada de plantas-semente por meio de biofábricas,controle biológico de pragas, transgenia, organismos fixadores de nitrogênio, pesquisas genômicas eproteômicas destinadas ao melhoramento genético, para produção de cultivares com melhor desempenhoagronômico, visando à produção de etanol, e outros temas relevantes, ampliando as ações da EMBRAPAAgroenergia e da Rede Interuniversitária de Apoio ao Setor Sucro-alcooleiro (RIDESA);2. hidrólise enzimática: P,D&I em processos de obtenção de açúcares e álcool, a partirde materiais celulósicos e ligno-celulósicos, e identificação de microorganismos, dentro damicrobiota brasileira, para otimização do processo de conversão lingo/celulose em etanol, comvistas à sua utilização industrial;

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3. tecnologias setoriais: pequenas usinas de álcool, tecnologias para a pequena produçãode etanol, uso da biomassa de cana para produção de bioprodutos e biomateriais, rotas amiláceaspara a produção de álcool, alcoolquímica, aviação a álcool, mecanização de lavouras de cana,utilização da palha, rotas termoquímicas e combustíveis de 2ª geração;4. desenvolvimento de novas fontes minerais e rotas tecnológicas para a sua obtenção esua utilização como fertilizantes ou nutrientes para a agroenergia;5. criação de um Centro de Tecnologias do Etanol, visando desenvolver pesquisas básica eaplicada em bioetanol, complementando as atividades da EMBRAPA e do CENPES, voltado para novasrotas de fermentação (enzimas) e etanol celulósico; novas rotas híbridas de conversão de biomassa;máquinas agrícolas para colheita mecânica (mecatrônica); processos industriais, entre outros;6. capacitação de recursos humanos para a cadeia produtiva do etanol; e7. cooperação técnico-científica com países que tenham acordos de cooperaçãointernacional com o Brasil e domínio das tecnologias de interesse do Brasil, visando também àformação, à capacitação e ao treinamento de recursos humanos para a cadeia produtiva do etanol.Metasl Apoiar a consolidação da Embrapa Agroenergia;l criar o Centro de Tecnologia do Etanol, com laboratórios e pessoal próprios e comounidade coordenadora da rede de pesquisa cientifica e tecnológica aplicada emhidrólise;l apoiar o desenvolvimento de duas plantas-piloto de hidrólise enzimática instaladasem usinas de álcool e açúcar em 2009 e 2010;l apoiar as pesquisas genômicas e proteômicas destinadas ao melhoramento genéticopara produção de cultivares com melhor desempenho agronômico, visando à produçãode etanol, até 2012;l apoiar a Ridesa – Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroalcooleiro,para o desenvolvimento e a identificação de variedades e extensão rural;

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Parceirosl MME l PETROBRAS l MDICl INMETRO l MDA l MAPAl MDS l MRE l Governos Estaduaisl Sec. Estaduais de C&T l IPT l CNAl Embrapa l CTC l Ridesal Rede GENOPROT l Casa Civil/l Rede de Gaseificação Presidência da Repúblical Instituições de Ensino l Associações e Sindicatos e Pesquisa de Produtores da Canal Empresas privadas do e Combustão setor sucroalcooleiroAgência(s) executora(s)( X ) FINEP ( X ) CNPq ( X ) MCT ( ) Outros

l apoiar a implementação de laboratório de ensaio e certificação de motores edesenvolvimento de tecnologia flex-fuel (álcool e gasolina), para aviões de pequenoporte até 2008; (ação em andamento com recursos de 2006);l apoiar projetos de cooperação internacional e parcerias para o desenvolvimento debiocombustíveis de segunda geração; el apoiar o desenvolvimento de pesquisa tecnológica e projeto demonstrativo deprocessamento e uso da palha de cana-de-açúcar em co-geração de energia nas usinas(2010: piloto; 2012: operação).

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Recursos (R$ milhões)Origem 2007 2008 2009 2010 TotalMCT/FNDCT* 21,60 53,90 51,10 63,30 189,90MCT/outras ações PPA 1,50 2,50 3,00 7,00Total 21,60 27,40 53,60 66,30 196,90* Inclui recursos para fortalecer e desenvolver a rede de pesquisa básica e aplicada em bioetanol.