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Ser tão de mim, mas o sertão é o mundo...
“A linha férrea corre no lado oposto. Aquele liame do progresso passa, porém, por ali, inútil, sem atenuar sequer o caráter genuinamente roceiro do arraial. Salta-se do trem; transpõe-se poucas centenas de metros entre casas deprimidas; e topa-se para logo, à fímbria da praça – o sertão... Está-se no ponto de tangência de duas sociedades, de todo alheias uma à outra. O vaqueiro encourado emerge da caatinga, rompe entre a casaria desgraciosa, e estaca o campião junto aos trilhos, em que passam, vertiginosamente, os patrícios do litoral, que o não conhecem.”
Os Sertões. Euclides da Cunha.
Nação, Nordeste, Sertão...
...Em que parte da história se separaram???
Sertão: uma categoria construída durante a colonização
Desde o século XIV, os portugueses empregavam a palavra, grafando-a “sertão” ou “certão”, para referir-se a áreas situadas dentro de Portugal, porém distantes de Lisboa.
A partir do século XV, usaram-na também para nomear os espaços vastos, interiores, situados dentro das possessões recém-conquistadas, sobre as quais pouco ou nada sabiam.
O sertão enquanto categoria...
Espacial: construída a partir do século XVII com a interiorização da colônia;
Social: área de relações históricas, construção de identidade e relações de poder marcada pela dicotomia LITORAL X SERTÃO;
Cultural: tema recorrente da literatura, sobretudo na popular (oral e cordel); tratamento dos regionalismos: linguagens, saberes, modos de vida, etc. Também se evidencia em outras artes como na pintura, no cinema, etc.
A seca e a cerca
A miséria alimenta a indústria da seca...
Século XIX:
Independência e regionalizações;
As elites agrárias e o poder político: construção e fortalecimento das oligarquias;
Grandes secas das décadas de 1870 e 1880: o sertão encontra o seu destino?
SÉCULO XX E XXI: O QUE MUDOU NESSA HISTÓRIA?