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1 Boletim Informativo das Pesquisas de Paleotocas na Região Metropolitana de Porto Alegre Número 8 – Dezembro de 2009 Distribuição Dirigida Responsável: Prof. Heinrich Frank Contato: [email protected] Fone: 51.30320382 EDITORIAL No encerramento das atividades do Projeto Paleotocas neste ano de 2009, a equipe deseja a todos os que contribuíram na busca e pesquisa de paleotocas um Feliz Natal e um Abençoado Ano de 2010. Que este próximo ano seja repleto de realizações pessoais e profissionais. E que surjam muitas outras crotovinas e paleotocas. A GRUTA DO FERRABRAZ Fomos informados da existência de uma caverna ou gruta no Morro Ferrabraz, em Sapiranga. Para investigar a ocorrência, localizamos a propriedade, conversamos com o proprietário Ricardo e marcamos um dia. Foi uma hora e meia de caminhada pelo mata fechada, subindo o Morro por aproximadamente 1,3 km. Abandonada há 10 anos, a trilha estava completamente fechada com vegetação. Finalmente chegamos à gruta. Trata-se de um dos muitos amontoados de blocos de arenito Botucatu (pedra-grês) que se encontra na base do paredão do Morro. Alguns destes blocos são enormes, com mais de 10 metros de diâmetro. Quando os blocos despencam do paredão, ao longo de muitos milênios, caem uns sobre os outros e sobram espaços vazios entre eles. Especificamente neste amontoado de blocos há uma abertura de um metro quadrado que vai dar em um “salão” com 4 metros de altura lá embaixo. Só se desce com cordas. Vimos fotografias da década de sessenta, com 10 adultos posando em grupo no “salão”, que tem várias ramificações. Portanto, não é paleotoca, mas fica o registro desta gruta localizada em torno de 400 metros a Leste da rampa de paraglider. Na base do paredão, escondida e muito difícil de achar. Em primeiro plano, o guia Ricardo. O buraco escuro é a descida vertical para o “salão”. Mata fechada e grandes blocos rolados tornam o acesso à gruta muito trabalhoso.

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Boletim Informativo das Pesquisas de Paleotocas na Região Metropolitana de Porto Alegre Número 8 – Dezembro de 2009 Distribuição Dirigida Responsável: Prof. Heinrich Frank Contato: [email protected] Fone: 51.30320382

EDITORIAL No encerramento das atividades do

Projeto Paleotocas neste ano de 2009, a equipe deseja a todos os que contribuíram na busca e pesquisa de paleotocas um Feliz Natal e um Abençoado Ano de 2010. Que este próximo ano seja repleto de realizações pessoais e profissionais. E que surjam muitas outras crotovinas e paleotocas.

A GRUTA DO FERRABRAZ

Fomos informados da existência de uma caverna ou gruta no Morro Ferrabraz, em Sapiranga. Para investigar a ocorrência, localizamos a propriedade, conversamos com o proprietário Ricardo e marcamos um dia. Foi uma hora e meia de caminhada pelo mata fechada, subindo o Morro por aproximadamente 1,3 km. Abandonada há 10 anos, a trilha estava completamente fechada com vegetação. Finalmente chegamos à gruta.

Trata-se de um dos muitos amontoados de blocos de arenito Botucatu (pedra-grês) que se encontra na base do paredão do Morro. Alguns destes blocos são enormes, com mais de 10 metros de diâmetro. Quando os blocos despencam do paredão, ao longo de muitos milênios, caem uns sobre os outros e sobram espaços vazios entre eles. Especificamente neste amontoado de blocos há uma abertura de um metro quadrado que vai dar em um “salão” com 4 metros de altura lá embaixo. Só se desce com cordas. Vimos fotografias da década de sessenta, com 10

adultos posando em grupo no “salão”, que tem várias ramificações. Portanto, não é paleotoca, mas fica o registro desta gruta localizada em torno de 400 metros a Leste da rampa de paraglider. Na base do paredão, escondida e muito difícil de achar.

Em primeiro plano, o guia Ricardo. O buraco escuro é a descida vertical para o “salão”.

Mata fechada e grandes blocos rolados tornam o acesso à gruta muito trabalhoso.

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PALEOTOCAS EM EVENTO CIENTÍFICO GAÚCHO

Entre os dias 3 e 5 de dezembro transcorreu, em São João do Polêsine (próximo a Santa Maria), a Reunião Anual de Paleontólogos do Rio Grande do Sul, chamada de PALEO RS 2009. O evento foi no Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia (CAPPA). Na ocasião, pesquisadores ligados à Paleontologia apresentaram trabalhos sobre as suas pesquisas em andamento. O Projeto Paleotocas esteve presente no evento, levando um pôster sobre as paleotocas. O pôster descreve a quantidade de paleotocas encontradas na região de Estância Velha - Sapiranga. Sem discutir diâmetros, comprimentos, marcas de garra, etc.., o pôster mostra que foram encontradas, até agora, 12 paleotocas em uma área de 186 quilômetros quadrados. Isso dá uma média de uma paleotoca a cada 15,5 quilômetros quadrados. Como temos plena consciência de que não encontramos mais apenas porque são áreas urbanas construídas, estimamos a quantidade real de paleotocas na região em pelo menos uma paleotoca a cada 5 quilômetros quadrados. Considerando que a área com as mesmas características geológicas daquela de Novo Hamburgo – Sapiranga forma um cinturão com 600 km de comprimento no Rio Grande do Sul, devem existir muitas paleotocas nesta área. Até onde temos conhecimento, é a primeira vez que se apresenta uma estimativa da quantidade de paleotocas para determinada região. O texto (em inglês) e o pôster podem ser visualizados no site www.museumin.ufrgs.br/Paleotocas.htm (o último item da página).

Imagem parcial do prédio do CAPPA (à esquerda) e do ônibus da UFRGS que conduziu um grupo de pesquisadores ao local.

Aspecto da apresentação de trabalho durante o evento, com parte da audiência.

Logotipo do evento.

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PALEOTOCAS EM EVENTO CIENTÍFICO PAULISTA O Projeto Paleotocas também participará da PALEO SP 2009. A iniciativa deste evento é do Núcleo São Paulo da Sociedade Brasileira de Paleontologia e da Universidade Guarulhos (UnG), através de seu Laboratório de Geociências e Mestrado em Análise Geoambiental e será realizado de 17 a 18 de dezembro de 2009, em Guarulhos, SP.

A reunião será in memorian ao Dr. Sérgio Mezzalira, paleontólogo paulista falecido neste ano. Além de pesquisas desenvolvidas por especialistas na área de paleontologia, poderão ser apresentados estudos concluídos ou em desenvolvimento realizados por alunos de graduação e pós-graduação, na forma oral ou painel (preferencialmente).

O Projeto Paleotocas apresentará dois pôsters: um pôster discute a questão da geometria de algumas paleotocas encontradas até o momento, enquanto o segundo discute a questão das marcas de garra. Ambos os trabalhos estarão sendo disponibilizados na homepage do Projeto Paleotocas após o evento.

Do programa preliminar de atividades a serem desenvolvidas consta:

17 de dezembro: das 10 às 12h, haverá a sessão de abertura oficial da reunião e apresentação da uma palestra sobre pesquisa de ponta em Paleontologia. Na ocasião, haverá também homenagem a profissional de destaque na Paleontologia do Estado de São Paulo. Das 14 às 17 horas: haverá apresentação de 07 ou 08 trabalhos orais pelos participantes, seguido de um coquetel de confraternização.

18 de dezembro: das 9 às 12 horas, haverá apresentação de pôsteres sobre os vários temas

pesquisados pelos participantes e, das 14 às 17 horas, apresentação de trabalhos de síntese por pesquisadores experientes nos vários campos e idades da paleontologia paulista.

Logotipo do núcleo paulista da Sociedade Brasileira de Paleontologia e um aspecto do Laboratório de Geociências da Universidade de Guarulhos.

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NOVO FOLHETO DE DIVULGAÇÃO Um instrumento que tem se revelado extremamente útil na divulgação das paleotocas foi o folheto de divulgação. Como diz o dito popular, “uma imagem vale mais que mil palavras”. As fotos colocadas no folheto anterior (TocaNews de agosto/2009) auxiliaram muito durante os vários trabalhos de campo efetuados. Assim, foi feita nova edição do folheto de divulgação, atualizada e com mais uma fotografia.

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NOVAS ESTRUTURAS – 1 Graças à iniciativa do geólogo Lauro, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano da Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo, podemos incluir mais uma ocorrência de paleotoca no Banco de Dados do Projeto Paleotocas. Revisando o processo de licenciamento de uma argileira no Distrito de Lomba Grande, deparou-se com duas fotografias, obtidas em 2005, que mostram ... evidentemente uma paleotoca !!

Visitamos o local. Trata-se da Jazida Martins, em funcionamento há aproximadamente 7 anos. Com o avanço da extração de argila não sobrou mais nada da paleotoca. O Sr. Ézio, proprietário da jazida, nos informou que a toca tinha aproximadamente 12 metros de comprimento e em torno de um metro de diâmetro, uma medida que confere com as outras paleotocas que o Projeto Paleotocas tem encontrado na região.

Técnica da Prefeitura de Novo Hamburgo na entrada da paleotoca da Jazida Martins.

Aspecto do interior da paleotoca. Enquanto a frente de lavra da jazida avançava, a entrada da toca era usada como abrigo em dias de verão de sol inclemente.

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NOVAS ESTRUTURAS – 2 A descoberta da estrutura que apresentamos a seguir foi um verdadeiro trabalho de detetive que durou muitas semanas. Para obter a autorização para inspecionar um corte de estrada localizado em uma propriedade particular em Campo Bom, conversamos com o Sr. Wilson Del Vecchio. Durante a conversa, ele informou que, quando era aluno da Fundação Evangélica, fez uma excursão com o Prof. Schünemann para a Estação Amaral Ribeiro da VFRGS, em Sapiranga, e que havia uma toca a 100 metros da estação, à direita no sentido para Taquara. Como a Estação Amaral Ribeiro não existe mais há décadas, procuramos e encontramos o Dr. Schünemann, irmão do já falecido Prof. Schünemann e pai do Werner Schünemann, mas ele não sabia desta toca. Por sugestão dele, entramos em contato com o Prof. Schmeling (antigo diretor da Fundação Evangélica) e com o Pastor Dreher (de São Leopoldo), mas eles também não sabiam informar sobre a toca. Então usamos um mapa da década de 60 para localizar o traçado da ferrovia da então Viação Férrea do Rio Grande do Sul, refazendo o trajeto de carro na região de Sapiranga. Localizamos o poço da Estação Quatro Colônias, que abastecia com água as “Maria Fumaça” e depois visitamos o Museu Municipal de Sapiranga, instalado na Estação Férrea de Sapiranga. Lá nos indicaram como possível informante o Sr. Arti Hugentobler, mas ele também não conhecia a toca. O Sr. Arti, por sua vez, nos forneceu o nome de Mário Bayer, mas não tinha mais seu contato telefônico. Pesquisando pela internet, encontramos o telefone da nora da prima do Sr. Mário e, assim, conseguimos um contato com ele, que prontamente nos conduziu ao local.

É claro, trata-se de uma magnífica paleotoca. É um resto de paleotoca com 24 metros de comprimento, aparecendo na coxilha tanto sua entrada como sua saída. Todo o teto da paleotoca sofreu algum desabamento e o piso da paleotoca está bastante erodido pela água da chuva, tanto assim que se pode ficar de pé dentro dela. Seu formato circular na porção superior mostra que se trata realmente de uma paleotoca. Nas paredes há inúmeros nomes riscados; marcas de garra não podem mais ser identificadas. Havia muito lixo na paleotoca, mas este nós retiramos. O Sr. Mário Bayer na entrada da paleotoca.

Pesquisadores na paleotoca da Estação Amaral Ribeiro

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NOVAS ESTRUTURAS – 3 Esta nova estrutura foi adicionada ao Banco de Dados do Projeto Paleotocas graças a uma informação do Prof. Eduardo Barboza, do Instituto de Geociências da UFRGS. Trata-se de uma crotovina com quase um metro de diâmetro, localizada no corte existente atrás do Centro Tecnológico de Pedras e Gemas de Soledade, no trevo que liga Soledade a Espumoso e Barros Cassal. (RS-153 e RS-332, coordenadas 28º51´13,02´´S, 52º31´11,32´´W). O corte tem aproximadamente 4 metros de altura e a crotovina está bem definida.

Aspecto da crotovina do Centro Tecnológico de Pedras e Gemas, em Soledade. O diâmetro da crotovina é de aproximadamente 80 cm (Foto: E. Barboza). A crotovina situa-se no limite entre a rocha alterada e o manto de alteração. Em uma inspeção no local, apesar das intensas chuvas de novembro, foi possível ver que a rocha alterada está com suas estruturas preservadas, destacando-se fraturas preenchidas por sílica. Ao lado desta estrutura há outras duas estruturas menores e menos definidas que não é possível classificar com precisão como crotovinas. O trabalho de campo efetuado nesta região no mês de novembro localizou vários outros grandes cortes, mas que não evidenciaram outras estruturas. Os solos na região são muito rasos, cobrindo rochas basálticas e outras, e a preservação destes túneis rasos é muito difícil. Além disso, a região é predominantemente agropastoril e grandes cortes são uma exceção, o que dificulta a descoberta de eventuais estruturas.

À esquerda na imagem, uma das outras estruturas(?) no corte do Centro Tecnológico (Foto: H. Frank).

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NOVAS ESTRUTURAS – 4 Dando continuidade aos trabalhos de campo na região a Leste de Novo Hamburgo, fomos investigando vários cortes de grande porte potencialmente portadores de estruturas. Muitos deles não continham estruturas, mas uma nova crotovina foi localizada no corte situado a Sul da empresa BRESPEL, na entrada de Campo Bom pela RS-122, logo a leste do pedágio. Trata-se de um corte extenso em pedra grês (arenito Botucatu), praticamente vertical. Os solos na região são muito delgados, mas ao lado de um exaustor da empresa foi localizada uma crotovina, da qual apenas a parte inferior está ainda definida, já que ela foi impactada pelo manto de alteração na porção superior. Ao longo do corte há uma outra estrutura que lembra uma crotovina, cheia de buracos de pica-paus, mas não há como afirmar isso com certeza.

Crotovina da empresa Brespel. À esquerda, nota-se uma estrutura circular que se destaca na laminação subhorizontal do arenito encaixante. À direita, após raspagem com enxada, nota-se o contato nítido da crotovina com a rocha encaixante (seta) e a ausência de laminação subhorizontal no sedimento que preenche a crotovina.

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NOVAS ESTRUTURAS – 5 Uma conjugação de esforços de várias pessoas possibilitou a inclusão desta nova paleotoca no nosso Banco de Dados. A doutoranda do Instituto de Geociências da UFRGS, geóloga Paula Dentzien Dias, informou da existência de uma estrutura na cidade de Agudo. O José Itaqui, do Consórcio de Desenvolvimento Sustentável da Quarta Colônia, emprestou seu carro. Os pesquisadores Jorge Ferigolo e Isabela Degani-Schmidt da Fundação Zoobotânica e Marco Aurélio França, da Universidade de São Paulo, acompanharam a vistoria, feita durante a PALEO-RS 2009. Trata-se de um túnel com 16,5 de comprimento e 1,9 metros de altura, localizado em um paredão de arenito (pedra-grês), provavelmente Arenito Botucatu, localizado 500 metros ao Norte da Prefeitura Municipal de Agudo. A proprietária da área, Dona Sirlei, informou que o túnel originalmente estendia-se por pelo menos mais 50 metros até a sanga próxima, mas esta porção foi destruída durante a escavação da área. Além disso, o túnel estava preenchido por areias e argilas em mais de 70% de sua altura, marcado até hoje por linhas pretas horizontais nas paredes do túnel. Quando ela adquiriu a área, 6 anos atrás, aquela mancha de sedimento mais escuro com um buraco no topo lhe chamou a atenção e ela mandou retirar o sedimento solto, inclusive participando pessoalmente da limpeza da paleotoca. Também foram colocadas uma santa na “gruta”, uma grade com cadeado na entrada e luz elétrica no seu interior. Pela semelhança desta estrutura com outras paleotocas e pela inexistência de um processo geológico que produza um túnel de terminação abrupta em um arenito eólico, esta estrutura também pode ser classificada como paleotoca, com o fundo erodido e o teto parcialmente colapsado. Entrada da paleotoca de Agudo, com grade e cadeado. Os pesquisadores Jorge Ferigolo, Isabela Degani-Schmidt e Marco Aurélio França no

interior da paleotoca de Agudo. Vista de dentro para fora

Final da paleotoca de Agudo. Na altura das lâmpadas, as linhas pretas horizontais marcam a altura do sedimento que preenchia a toca antes de sua limpeza. Vista de fora para dentro.

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NOVAS ESTRUTURAS – 6 Por iniciativa do Sr. Mário Bayer, uma matéria sobre paleotocas foi publicada em 4 de dezembro no Jornal “A Opinião”, de Sapiranga (veja abaixo a reprodução da capa do jornal). Através desta matéria, o Sr. Mauro Bottezini entrou em contato com o Projeto Paleotocas e comunicou a existência de uma provável paleotoca em Padre Eterno Baixo, no interior de Santa Maria do Herval. Após o agendamento de uma visita, foi realizada uma primeira vistoria na estrutura. Trata-se sem dúvida de uma paleotoca. A porção acessível da paleotoca, com diâmetro superior a um metro, mas muito desabada, com muita terra e lama no seu interior e água correndo em seu piso, possui em torno de 6 metros e termina com dois túneis muito menores, com menos de 40 cm de diâmetro. Nossa intenção é abrir, no verão, a paleotoca em sua porção mais preservada, 30 metros morro acima, em direção à araucária menor que se vê na imagem.

Capa do jornal com a reportagem. Local da paleotoca de Santa Maria do Herval (seta).

Vista de dentro da paleotoca em direção à entrada.

Aspecto do final da paleotoca, com os dois túneis menores.