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moda I design I sustentabilidade edição três I ano um Lusco Fusco EcoFashion apresenta: semente

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versão piloto

moda I design I sustentabilidade

edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

semente

Sobre o desapego: a ideia é ter no armário somente roupas que funcionam na nossa vida e desapegar é o primeiro passo para construir um guarda-roupa ideal e fortalecer a nossa identidade visual. Tudo que atrapalha deve sair. Devemos deixar no armário somente peças que podemos contar( pegar amanhã e vestir!) Na hora do desapego vale se questionar: se fosse hoje e eu estivesse numa loja, compraria essa roupa? Eu posso vestir essa roupa amanhã de manhã? Mas vale lembrar: às vezes pequenas reformas e customizações fazem a diferença e deixam as peças com a nossa cara.Ah, e desapegar é diferente de descartar. Vender, trocar, compartilhar e doar são verbos que conjugam bem com o consumo consciente! E lembre-se: a ideia é fazeruma revitalização inicial e ir ajustando com o tempo e não desapegar de duas malas de roupas a cada seis meses

.

O guarda-roupa ideal: é muito limitador dizer que o guarda-roupa ideal tem isso ou aquilo. O armário ideal é aquele que se adapta à nossa vida. com peças que acompanhem nosso estilo de viver. O bacana é que cada peça combine com pelo menos outras 3 peças - exemplo: se tenho uma blusa que só combina com um short, essa blusa está sub utilizada e não funciona no meu guarda-roupa. Vale pensar nisso na hora de comprar também: será que essa peça pode ser usada com pelo menos outras três que eu já tenho?

Planejamento para comprar e autoconhecimento: O mais importante na hora de construir umguarda-roupa consciente é o autoconhecimento - se conhecer, se questionar, esclarecer o queé importante, entender meu estilo de vida, meu dia-a-dia, como quero me sentir. Precisamosolhar para nossas roupas e refletir se elas nos representam, se estão adequadas ao nossocotidiano. Só assim, me conhecendo e conhecendo meu armário posso escolher roupas quefuncionam para minha vida.Na hora de escolher as roupas que entram ou saem do guarda-roupa, a Cris falou sobre quatropilares importantes: o que veste bem meu corpo? o que tem a ver com a minha rotina? o quefaz meu olho brilhar? o que faz eu me sentir do jeito que quero me sentir? Depois de conhecer(e experimentar!) as peças do meu armário e tirar o que não faz mais sentido, o que falta? Asvezes descobrimos que não falta nada, que tirar o excesso nos permitiu ver novas possibilidades. Outras vezes percebemos que um sapato faria muita diferença, ou um tênis, ou roupas de frio. As vezes três ou quatro peças farão muita diferença, pois funcionarão como uma ‘cola’ que une as peças que já tenho.

Revitalizar o guarda-roupa é muito mais do que jogar tudo fora e comprar novo (olha o consumismo!). Não precisamos adquirir mil peças. Precisamos sim é de um novo olhar. Énecessário pesquisar preços, custo-benefício, entender os materiais das roupas, saber a procedência, planejar, escolher para, finalmente, colocar no nosso armário somente aquilo quetem significado e combina com nosso estilo de viver.

- Os pequenos negócios são os maiores geradores de empregos do país - cerca de52% dos empregos formais;

- Melhor distribuição de renda e desenvolvimento da comunidade local;

- Menos impacto ambiental com deslocamentos e produção;

- Exclusividade, diversidade e singularidades valorizadas;

- Fortalecimento das relações entre consumidores e produtores - é gente lidando com gente;

- Confiança, atenção, conveniência, serviços personalizados e formas especiais de negociar;

- Valorização do capital humano de quem está perto;

- Apoiar a realização de sonhos - seu dinheiro não vai para um executivo comprar mais umluxo, mas para uma criança fazer aulas de dança, um jovem pagar a faculdade, um pai ajudara família, para que pessoas como você também realizem seus desejos.

MOTIVOS PARA COMPRAR DOS PEQUENOS NEGÓCIOS!

#compredopequeno

Guarda-roupa bem montado e consumo consciente!

Entrevista com Oficina de Estilo

A Oficina de Estilo é feita pela Fê e pela Cris, duas consultoras de estilo que acreditam no autoconhecimento como ferramenta para construir um guarda-roupa mais autêntico e consciente. Em uma entrevista, a Cris falou sobre consumo consciente, boas escolhas, guarda-roupa ideal e autoconhecimento. Confere só as partes mais bacanas:

Sobre o consumo consciente: A Cris conta que elas batem muito nessa tecla e que quando se fala sobreesse assunto logo pensamos em ‘que tipo de produtos são mais conscientes?’, quando, na verdade, essa questão tem muito mais a ver com o impulso da compra do que com o produto em si. Então, a questão do consumo consciente refere-se principalmente ao exagero, à quantidade de coisas que compramos sem necessidade (e sem pensar!) - porque o que destrói o nosso planeta é a ideia de queos recursos nunca vão acabar (mas eles vão se continuarmos desse jeito!). A solução é refletir antesde comprar. Eu já tenho? Preciso? Posso? Esse produto é importante para mim? Por que estoucomprando isso? As vezes a gente compra uma blusa mas queria mesmo era um abraço, ou estar na praia descansando, ou mais horas de sono. Pensar e questionar sobre o porquê da compra nos dá ferramentas para fazer escolhas mais conscientes e adquirir somente o que faz sentido para a nossa vida. Quebrar o ciclo de consumismo doido do capitalismo e ter consciência do peso que a nossa forma de consumir tem é uma das chaves para encontrar um estilo de vida mais sustentável.

.

Sobre o guarda-roupa bem montado e consciente: elas falam que o guarda-roupa consciente éconciso, não tem muitas roupas. Menos é mais. Quanto mais peças uma pessoa tem, menos ela usa, porque a quantidade atrapalha na hora de escolher e, por isso, acabamos vestindo sempre as mesmas coisas. Além disso, é importante o guarda-roupa ser coordenável, com peças que combinem entre si - assim, mesmo com menos peças é um armário bem utilizado e constantemente atualizado - não por tendências, mas pelo uso contínuo das peças, que aos poucos vão sendo substituídas, o que faz muitomais sentido e é mais consciente.

www.oficinadeestilo.com.br

armadura - do dicionário: conjunto de peças protetoras do corpo dos antigos guerreiros. AMARDURA - muito além dos escudos que por vezes vestimos, são roupas que nos protegem commuito mais amor e mais vida, feitas com alma e afeto.

Criada pela Milena Akemi Hassegawa Saito, a AMARDURA é uma marca de roupas experimental eintuitiva, onde a moda é vista como forma de expressão, de liberdade e descoberta. É a ideia do ser, da identidade, das pessoas que estão dentro das roupas costurada em cada peça de forma muitoespecial.

A marca não segue tendências nem cronograma de lançamento de coleções. As roupas vão simplesmenteacontecendo e são criadas no seu tempo - e nenhuma peça sai de linha, todas ficam disponíveis paraserem encomendadas, numa nova forma de criar e comprar, sem amarras, sem as loucuras de novoslançamentos semestrais ou de calendários a serem seguidos.

Com produção artesanal, as roupas podem ser personalizadas e assim o consumidor atua comoco-criador da sua peça, valorizando a singularidade de cada um. Os modelos estão disponíveis emdiversas cores e estampas e os detalhes de decotes e comprimentos podem ser alterados.

A AMARDURA também utiliza muito o crochê ( ele faz parte da essência da marca), como forma de resgatar e valorizar essa técnica artesanal que passa de geração para geração. O feito à mão sempretem a energia especial da pessoa que fez aquele trabalho, com sua história de vida, alegrias e jeitoespecial de fazer as coisas. As máquinas e tecnologias são importantes, mas o fazer é parte essencial da nossa história e da nossa ligação com outros seres humanos. E esse feito à mão também estápresente nas estampas artesanais produzidas com carimbos criados em parceria com amigosilustradores.

Além desse trabalho com a pegada slow fashion, a AMARDURA tem o cuidado de reaproveitar osretalhos que sobram da melhor maneira possível em suas criações e incentivar a customização paraque a peça dure mais.

É mais do que apenas produzir e vender roupas. É buscar uma nova consciência de consumo, com focono ser, no criar, no transformar. É mudar o mundo deixando de lado as armaduras para vestir-se deamor, de amar.

AMARDURACriações Experimentais

Etiquetas de Composição!

como entender os símbolos e cuidar das suas roupas para que elasdurem mais!

LAVAGEM:

não lavar namáquina

lavar àmão

lavagemsuave

lavagemmuito suave

70lavagem normal

máx. 70º

40lavagem normal

máx. 40º

50lavagem suave

máx. 50º

90lavagem normal

máx. 90º

não alvejar /não branquear

somente alvejamentocom oxigênio

(não usar cloro)

qualquer alvejanteoxidante

secar emvaral

secar àsombra

não secarem tambor

(na máquina)

secagemhorizontal

secar em tamborem baixa

temperatura

secar em tambornormal

secagem porgotejamento

máx. 110º(acrílico, nylon,

acetato)

máx. 150º(lã e misturascom poliéster)

máx. 200º(algodão ou

linho)não passar

não limpara seco

Alavável a secocom todos os

solventes

Flavável a seco com

solvente R13 ehidrocarboneto

Plavável a seco empercloroetileno,

solvente R13,hidrocarboneto e

solvente R11

*

* listamos as mais comuns, há outras simbologias mais utilizadas para lavagens profissionais.

ALVEJAMENTO:

SECAGEM:

PASSADORIA:

LIMPEZA A SECO:

Moda, sustentabilidade e os EscandinavosImpressões de uma brasileira na terra dos vikings

Por Fabiana Hargreaves da Costa

Maior IDH do mundo, neve e Aurora Boreal. Essas eram as três únicas informações que tinha sobre aNoruega quando meu marido recebeu uma proposta de trabalho por 2 anos em Olso, capital do país,no final de 2013.

A princípio fiquei animada, apesar das inúmeras diferenças com o Brasil, gostei do desafio: morar em um lugar que nunca me imaginei e conhecer mais uma nova cultura. Afinal, se todos falavam sobre a sua organização e desenvolvimento, deveria ter muito a mostrar sobre sustentabilidade. Mas uma coisa tinha certeza, após os 2 anos, iria querer voltar para minha cidade maravilhosa. Ledo engano.

Meu primeiro ano foi muito difícil. Tinha acabado de começar um negócio próprio no Brasil e minha ideiade administra-lo de tão longe foi impossível. Coloquei o projeto na gaveta e em paralelo comecei a procurar uma oportunidade na minha nova casa. Apesar na Noruega ser um país onde quase todos falam inglês, quando se quer trabalhar em uma área que não há muito mercado, como a Moda, vocêprecisa aprender a língua local. Embarquei na difícil missão de aprendê-la. Ainda estou no processo e há quase 1 ano estou trabalhando na empresa que queria, porém ainda longe de fazer o que vislumbro.

Hoje trabalho no Fretex, braço da Instituição Mundial Exército da Salvação. Na Noruega esta instituiçãoé muito grande, respeitada e influente. O Fretex foi criado para ser uma ramificação que pudessemovimentar e gerar dinheiro, já que a Instituição Exército da Salvação é uma ONG. O Fretex funciona daseguinte maneira: a população deposita roupas e acessórios em milhares de caçambas espalhadas pelopaís (móveis, artigos esportivos e muitos outros também podem ser doados por um outro sistema), asquais são coletadas diariamente pela instituição. Eu trabalho no galpão onde recebemos essas doaçõesda região de Oslo e seu entorno. Tendo uma das Rendas per capitas mais altas do mundo, você podeimaginar a quantidade e a qualidade do que recebemos. Apenas 15% conseguimos selecionar e organizar para serem enviados para 17 lojas próprias espalhadas pela região. Apesar de trabalharmosbastante com uma equipe de cerca de 20 pessoas, não conseguimos passar desse número. O consumoexcessivo em um dos países mais ricos do mundo é assustador. Os demais 85%, e o que sobra da triagem,é vendido a um preço muito baixo por quilo para outros países. Nessa separação muito também éseparado para projetos sociais dos quais participamos. Além disso, muitos funcionários são enviados pela instituição do governo que ajuda cidadãos de outros países , como exilados de guerra, que vêm

morar aqui atrás de uma melhor qualidade de vida, e de prisioneiros em condicional em busca de redução de pena e reinserção no mercado de trabalho. O impacto de uma instituição desta numa sociedade, tanto pelo lado social quanto ambiental, é gigantesco.

Ainda podemos melhorar, crescer e evoluir bastante e esse é meu grande objetivo na empresa, no entanto a cada dia trabalho minha paciência e tento focar admiração e satisfação de trabalhar em umaempresa que admiro. Isso não tem preço.

Acredito que numa visão geral a Noruega poderia melhorar muito como um todo quando o assunto éSustentabilidade, Economia Colaborativa e Criativa. Mas a Noruega ainda é um país novo rico, suaestrutura mudou e se desenvolveu apenas há pouco mais de 50 anos quando o petróleo foi descoberto e começou a gerar muita riqueza, a qual foi muito bem administrada e aplicada voltada ao desenvolvimento da sua população.

Se você viajar para a Dinamarca, por exemplo, um outro mundo também se abre. Copenhague respirasustentabilidade e conscientização. A bicicleta é um meio de transporte super disseminado, as opções deprodutos, tantos alimentícios quanto de moda e design, orgânicos e conscientes é infinita.

Mas acredito que o mais importante, e o que mais me encantou, é algo que é presente em todos os paísesnórdicos. A cultura de respeito, de sociedade e colaboração de todos para a manutenção do bem estarcomum é encantadora. Mas ao mesmo tempo nos deixa feliz por saber que isto existe, nos deixa tristeem perceber o quanto nosso país é sofrido e diferente. Afinal acredito que tal cultura e conscientizaçãovem desde os nativos dessa região, os Vikings, enquanto os nossos foram devastados e a nossasociedade atual se baseia em exploração e sofrimento.

Com isso, em outubro, deveríamos retornar ao Brasil, mas resolvemos ficar. Eu, uma carioca da gema, acostumada a ir a praia toda semana, escolhi morar por mais alguns anos num país que tem apenascerca de 5 horas de sol (na verdade, de luz natural) durante 7 meses por ano. Porque aqui aprendiREALMENTE que, ser queremos ser melhores, devemos ser essa mudança. Não podemos virar a cara quando outro cidadão não levanta do assento no ônibus lotado ao ver um idoso entrar; não podemosfazer a coisa certa e esperar que sejamos recompensados por isso, afinal ser honesto é o básico; nãopodemos reclamar do vizinho e cometer ‘ um crime mais leve’. Temos que nos auto corrigir e saber queninguém é melhor do que ninguém. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso que tem um caminhomuito longo até alcançar a sociedade desenvolvida, organizada e justa que merecemos.

Quero ficar aqui, aprender mais e poder voltar para contribuir ativamente nesse processo. Acreditoque unindo esses ensinamentos dos nórdicos com a nossa criatividade, nosso jogo de cintura e ginga podemos sim ter milhares de razões para acreditar que venceremos com louvor essa batalha em buscado desenvolvimento humano e sustentável em nosso território.

Fabi no centro, com colegas do Fretex =)

« Uma vez que sabemos e somos conscientes, somos responsáveis por nossaação ou nossa passividade. Podemos fazer algo a respeito disso ou ignorá-lo,mas, em qualquer caso, somos responsáveis pela decisão»

Jean-Paul Sartre

A sustentabilidade não é mais uma escolha, mas uma necessidade. O dia 13 deagosto deste ano foi o dia de Sobrecarga da Terra, ou seja, a humanidade

utilizou todos os recursos naturais existentes para o ano inteiro. Nos últimosduzentos anos consumimos um terço dos recursos naturais da Terra - recursosesses que demoraram 4,5 bilhões de anos para se formarem - o que quer dizerque consumimos tudo isso em 0.0000044% do tempo. E muita gente ainda não

tem noção do que isso representa e o quanto é preocupante.

Precisamos de um novo olhar - repensar hábitos, fazer novas escolhas, consumir causando menos impacto, criar consciência do peso das nossas

escolhas individuais - é urgente e real uma revolução na nossa forma de viver. Não dá mais para manter esse estilo de viver consumista e o um sistema

produtivo industrial que só visa lucro - consumir virou um ato político, por isso devemos colocar nosso tempo e dinheiro somente em coisas que

acreditamos. O poder está em nossas mãos.

Espero que essa terceira edição da Fanzine Semente lhe proporcione um novoolhar sobre a sustentabilidade e o consumo consciente e que você também

escolha construir esta nova realidade e ser parte da mudança por um mundomelhor.

Boa Leitura!Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Agradecimentos especiais:Fabiana Hargreaves da Costa

Ana Lúcia Flores Schmidt

Contato: [email protected] informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente

Versão para impressão

moda I design I sustentabilidade

edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

semente

Agradecimentos especiais:Fabiana Hargreaves da Costa

Ana Lúcia Flores Schmidt

Contato: [email protected] informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente

« Uma vez que sabemos e somos conscientes, somos responsáveis por nossaação ou nossa passividade. Podemos fazer algo a respeito disso ou ignorá-lo,mas, em qualquer caso, somos responsáveis pela decisão»

Jean-Paul Sartre

A sustentabilidade não é mais uma escolha, mas uma necessidade. O dia 13 deagosto deste ano foi o dia de Sobrecarga da Terra, ou seja, a humanidade

utilizou todos os recursos naturais existentes para o ano inteiro. Nos últimosduzentos anos consumimos um terço dos recursos naturais da Terra - recursosesses que demoraram 4,5 bilhões de anos para se formarem - o que quer dizerque consumimos tudo isso em 0.0000044% do tempo. E muita gente ainda não

tem noção do que isso representa e o quanto é preocupante.

Precisamos de um novo olhar - repensar hábitos, fazer novas escolhas, consumir causando menos impacto, criar consciência do peso das nossas

escolhas individuais - é urgente e real uma revolução na nossa forma de viver. Não dá mais para manter esse estilo de viver consumista e o sistema

produtivo industrial que só visa lucro - consumir virou um ato político, por isso devemos colocar nosso tempo e dinheiro somente em coisas que

acreditamos. O poder está em nossas mãos.

Espero que essa terceira edição da Fanzine Semente lhe proporcione um novoolhar sobre a sustentabilidade e o consumo consciente e que você também

escolha construir esta nova realidade e ser parte da mudança por um mundomelhor.

Boa Leitura!Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Moda, sustentabilidade e os EscandinavosImpressões de uma brasileira na terra dos vikings

Por Fabiana Hargreaves da Costa

Maior IDH do mundo, neve e Aurora Boreal. Essas eram as três únicas informações que tinha sobre aNoruega quando meu marido recebeu uma proposta de trabalho por 2 anos em Olso, capital do país,no final de 2013.

A princípio fiquei animada, apesar das inúmeras diferenças com o Brasil, gostei do desafio: morar em um lugar que nunca me imaginei e conhecer mais uma nova cultura. Afinal, se todos falavam sobre a sua organização e desenvolvimento, deveria ter muito a mostrar sobre sustentabilidade. Mas uma coisa tinha certeza, após os 2 anos, iria querer voltar para minha cidade maravilhosa. Ledo engano.

Meu primeiro ano foi muito difícil. Tinha acabado de começar um negócio próprio no Brasil e minha ideiade administrá-lo de tão longe foi impossível. Coloquei o projeto na gaveta e em paralelo comecei a procurar uma oportunidade na minha nova casa. Apesar na Noruega ser um país onde quase todos falam inglês, quando se quer trabalhar em uma área que não há muito mercado, como a Moda, vocêprecisa aprender a língua local. Embarquei na difícil missão de aprendê-la. Ainda estou no processo e há quase 1 ano estou trabalhando na empresa que queria, porém ainda longe de fazer o que vislumbro.

Hoje trabalho no Fretex, braço da Instituição Mundial Exército da Salvação. Na Noruega esta instituiçãoé muito grande, respeitada e influente. O Fretex foi criado para ser uma ramificação que pudessemovimentar e gerar dinheiro, já que a Instituição Exército da Salvação é uma ONG. O Fretex funciona daseguinte maneira: a população deposita roupas e acessórios em milhares de caçambas espalhadas pelopaís (móveis, artigos esportivos e muitos outros também podem ser doados por um outro sistema), asquais são coletadas diariamente pela instituição. Eu trabalho no galpão onde recebemos essas doaçõesda região de Oslo e seu entorno. Tendo uma das Rendas per capitas mais altas do mundo, você podeimaginar a quantidade e a qualidade do que recebemos. Apenas 15% conseguimos selecionar e organizar para serem enviados para 17 lojas próprias espalhadas pela região. Apesar de trabalharmosbastante com uma equipe de cerca de 20 pessoas, não conseguimos passar desse número. O consumoexcessivo em um dos países mais ricos do mundo é assustador. Os demais 85%, e o que sobra da triagem,é vendido a um preço muito baixo por quilo para outros países. Nessa separação muito também éseparado para projetos sociais dos quais participamos. Além disso, muitos funcionários são enviados pela instituição do governo que ajuda cidadãos de outros países , como exilados de guerra, que vêm

- Os pequenos negócios são os maiores geradores de empregos do país - cerca de52% dos empregos formais;

- Melhor distribuição de renda e desenvolvimento da comunidade local;

- Menos impacto ambiental com deslocamentos e produção;

- Exclusividade, diversidade e singularidades valorizadas;

- Fortalecimento das relações entre consumidores e produtores - é gente lidando com gente;

- Confiança, atenção, conveniência, serviços personalizados e formas especiais de negociar;

- Valorização do capital humano de quem está perto;

- Apoiar a realização de sonhos - seu dinheiro não vai para um executivo comprar mais umluxo, mas para uma criança fazer aulas de dança, um jovem pagar a faculdade, um pai ajudara família, para que pessoas como você também realizem seus desejos.

MOTIVOS PARA COMPRAR DOS PEQUENOS NEGÓCIOS!

#compredopequeno

morar aqui atrás de uma melhor qualidade de vida, e de prisioneiros em condicional em busca de redução de pena e reinserção no mercado de trabalho. O impacto de uma instituição desta numa sociedade, tanto pelo lado social quanto ambiental, é gigantesco.

Ainda podemos melhorar, crescer e evoluir bastante e esse é meu grande objetivo na empresa, no entanto a cada dia trabalho minha paciência e tento focar na admiração e satisfação de trabalhar em umaempresa que admiro. Isso não tem preço.

Acredito que numa visão geral a Noruega poderia melhorar muito como um todo quando o assunto éSustentabilidade, Economia Colaborativa e Criativa. Mas a Noruega ainda é um país novo rico, suaestrutura mudou e se desenvolveu apenas há pouco mais de 50 anos quando o petróleo foi descoberto e começou a gerar muita riqueza, a qual foi muito bem administrada e aplicada voltada ao desenvolvimento da sua população.

Se você viajar para a Dinamarca, por exemplo, um outro mundo também se abre. Copenhague respirasustentabilidade e conscientização. A bicicleta é um meio de transporte super disseminado, as opções deprodutos, tantos alimentícios quanto de moda e design, orgânicos e conscientes é infinita.

Mas acredito que o mais importante, e o que mais me encantou, é algo que é presente em todos os paísesnórdicos. A cultura de respeito, de sociedade e colaboração de todos para a manutenção do bem estarcomum é encantadora. Mas ao mesmo tempo que nos deixa feliz saber que isto existe, nos deixa triste em perceber o quanto nosso país é sofrido e diferente. Afinal acredito que tal cultura e conscientizaçãovem desde os nativos dessa região, os Vikings, enquanto os nossos foram devastados e a nossasociedade atual se baseia em exploração e sofrimento.

Com isso, em outubro, deveríamos retornar ao Brasil, mas resolvemos ficar. Eu, uma carioca da gema, acostumada a ir a praia toda semana, escolhi morar por mais alguns anos num país que tem apenascerca de 5 horas de sol (na verdade, de luz natural) durante 7 meses por ano. Porque aqui aprendiREALMENTE que, ser queremos ser melhores, devemos ser essa mudança. Não podemos virar a cara quando outro cidadão não levanta do assento no ônibus lotado ao ver um idoso entrar; não podemosfazer a coisa certa e esperar que sejamos recompensados por isso, afinal ser honesto é o básico; nãopodemos reclamar do vizinho e cometer ‘ um crime mais leve’. Temos que nos auto corrigir e saber queninguém é melhor do que ninguém. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso que tem um caminhomuito longo até alcançar a sociedade desenvolvida, organizada e justa que merecemos.

Quero ficar aqui, aprender mais e poder voltar para contribuir ativamente nesse processo. Acreditoque unindo esses ensinamentos dos nórdicos com a nossa criatividade, nosso jogo de cintura e ginga podemos sim ter milhares de razões para acreditar que venceremos com louvor essa batalha em buscado desenvolvimento humano e sustentável em nosso território.

Planejamento para comprar e autoconhecimento: O mais importante na hora de construir umguarda-roupa consciente é o autoconhecimento - se conhecer, se questionar, esclarecer o queé importante, entender meu estilo de vida, meu dia-a-dia, como quero me sentir. Precisamosolhar para nossas roupas e refletir se elas nos representam, se estão adequadas ao nossocotidiano. Só assim, me conhecendo e conhecendo meu armário posso escolher roupas quefuncionam para minha vida.Na hora de escolher as roupas que entram ou saem do guarda-roupa, a Cris falou sobre quatropilares importantes: o que veste bem meu corpo? o que tem a ver com a minha rotina? o quefaz meu olho brilhar? o que faz eu me sentir do jeito que quero me sentir? Depois de conhecer(e experimentar!) as peças do meu armário e tirar o que não faz mais sentido, o que falta? Asvezes descobrimos que não falta nada, que tirar o excesso nos permitiu ver novas possibilidades. Outras vezes percebemos que um sapato faria muita diferença, ou um tênis, ou roupas de frio. As vezes três ou quatro peças farão muita diferença, pois funcionarão como uma ‘cola’ que une as peças que já tenho.

Revitalizar o guarda-roupa é muito mais do que jogar tudo fora e comprar novo (olha o consumismo!). Não precisamos adquirir mil peças. Precisamos sim é de um novo olhar. Énecessário pesquisar preços, custo-benefício, entender os materiais das roupas, saber a procedência, planejar, escolher para, finalmente, colocar no nosso armário somente aquilo quetem significado e combina com nosso estilo de viver.

Para saber mais sobre a oficina de estilo: www.oficinadeestilo.com.br

Fabi no centro, com colegas do Fretex =)

Sobre o desapego: a ideia é ter no armário somente roupas que funcionam na nossa vida e desapegar é o primeiro passo para construir um guarda-roupa ideal e fortalecer a nossa identidade visual. Tudo que atrapalha deve sair. Devemos deixar no armário somente peças que podemos contar( pegar amanhã e vestir!) Na hora do desapego vale se questionar: se fosse hoje e eu estivesse numa loja, compraria essa roupa? Eu posso vestir essa roupa amanhã de manhã? Mas lembre: às vezes pequenas reformas e customizações fazem a diferença e deixam as peças com a nossa cara.Ah, e desapegar é diferente de descartar. Vender, trocar, compartilhar e doar são verbos que conjugam bem com o consumo consciente! E lembre-se: a ideia é fazeruma revitalização inicial e ir ajustando com o tempo e não desapegar de duas malas de roupas a cada seis meses

.

O guarda-roupa ideal: é muito limitador dizer que o guarda-roupa ideal tem isso ou aquilo. O armário ideal é aquele que se adapta à nossa vida. com peças que acompanhem nosso estilo de viver. O bacana é que cada peça combine com pelo menos outras 3 peças - exemplo: se tenho uma blusa que só combina com um short, essa blusa está sub utilizada e não funciona no meu guarda-roupa. Vale pensar nisso na hora de comprar também: será que essa peça pode ser usada com pelo menos outras três que eu já tenho?

AMARDURACriações Experimentais

A Oficina de Estilo é feita pela Fê e pela Cris, duas consultoras de estilo que acreditam no autoconhecimento como ferramenta para construir um guarda-roupa mais autêntico e consciente. Em uma entrevista, a Cris falou sobre consumo consciente, boas escolhas, guarda-roupa ideal e autoconhecimento. Confere só as partes mais bacanas:

Sobre o consumo consciente: A Cris conta que elas batem muito nessa tecla e que quando se fala sobre esse assunto logo pensamos em ‘que tipo de produtos são mais conscientes?’, quando, na verdade, essa questão tem muito mais a ver com o impulso da compra do que com o produto em si. Então, a questão do consumo consciente refere-se principalmente ao exagero, à quantidade de coisas que compramos sem necessidade (e sem pensar!) - porque o que destrói o nosso planeta é a ideia de que os recursos nunca vão acabar (mas eles vão se continuarmos desse jeito!). A solução é refletir antes de comprar. Eu já tenho? Preciso? Posso? Esse produto é importante para mim? Por que estou comprando isso? As vezes a gente compra uma blusa mas queria mesmo era um abraço, ou estar na praia descansando, ou mais horas de sono. Pensar e questionar sobre o porquê da compra nos dá ferramentas para fazer escolhas mais conscientes e adquirir somente o que faz sentido para a nossa vida. Quebrar o ciclo de consumismo doido do capitalismo e ter consciência do peso que a nossa forma de consumir tem é uma das chaves para encontrar um estilo de vida mais sustentável.

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Sobre o guarda-roupa bem montado e consciente: elas falam que o guarda-roupa consciente éconciso, não tem muitas roupas. Menos é mais. Quanto mais peças uma pessoa tem, menos ela usa, porque a quantidade atrapalha na hora de escolher e, por isso, acabamos vestindo sempre as mesmas coisas. Além disso, é importante o guarda-roupa ser coordenável, com peças que combinem entre si - assim, mesmo com menos peças é um armário bem utilizado e constantemente atualizado - não por tendências, mas pelo uso contínuo das peças, que aos poucos vão sendo substituídas, o que faz muito mais sentido e é mais consciente.

Etiquetas de Composição!

como entender os símbolos e cuidar das suas roupas para que elasdurem mais!

LAVAGEM:

não lavar namáquina

lavar àmão

lavagemsuave

lavagemmuito suave

70lavagem normal

máx. 70º

40lavagem normal

máx. 40º

50lavagem suave

máx. 50º

90lavagem normal

máx. 90º

não alvejar /não branquear

somente alvejamentocom oxigênio

(não usar cloro)

qualquer alvejanteoxidante

secar emvaral

secar àsombra

não secarem tambor

(na máquina)

secagemhorizontal

secar em tamborem baixa

temperatura

secar em tambornormal

secagem porgotejamento

máx. 110º(acrílico, nylon,

acetato)

máx. 150º(lã e misturascom poliéster)

máx. 200º(algodão ou

linho)não passar

não limpara seco

Alavável a secocom todos os

solventes

Flavável a seco com

solvente R13 ehidrocarboneto

Plavável a seco empercloroetileno,

solvente R13,hidrocarboneto e

solvente R11

*

* listamos as mais comuns, há outras simbologias mais utilizadas para lavagens profissionais.

ALVEJAMENTO:

SECAGEM:

PASSADORIA:

LIMPEZA A SECO:

armadura - do dicionário: conjunto de peças protetoras do corpo dos antigos guerreiros. AMARDURA - muito além dos escudos que por vezes vestimos, são roupas que nos protegem commuito mais amor e mais vida, feitas com alma e afeto.

Criada pela Milena Akemi Hassegawa Saito, a AMARDURA é uma marca de roupas experimental eintuitiva, onde a moda é vista como forma de expressão, de liberdade e descoberta. É a ideia do ser, da identidade, das pessoas que estão dentro das roupas costurada em cada peça de forma muitoespecial.

A marca não segue tendências nem cronograma de lançamento de coleções. As roupas vão simplesmenteacontecendo e são criadas no seu tempo - e nenhuma peça sai de linha, todas ficam disponíveis paraserem encomendadas, numa nova forma de criar e comprar, sem amarras, sem as loucuras de novoslançamentos semestrais ou de calendários a serem seguidos.

Com produção artesanal, as roupas podem ser personalizadas e assim o consumidor atua comoco-criador da sua peça, valorizando a singularidade de cada um. Os modelos estão disponíveis emdiversas cores e estampas e os detalhes de decotes e comprimentos podem ser alterados.

A AMARDURA também utiliza muito o crochê ( ele faz parte da essência da marca), como forma de resgatar e valorizar essa técnica artesanal que passa de geração para geração. O feito à mão sempretem a energia especial da pessoa que fez aquele trabalho, com sua história de vida, alegrias e jeitoúnico de fazer as coisas. As máquinas e tecnologias são importantes, mas o fazer é parte essencial da nossa história e da nossa ligação com outros seres humanos. E esse feito à mão também estápresente nas estampas artesanais produzidas com carimbos criados em parceria com amigosilustradores.

Além desse trabalho com a pegada slow fashion, a AMARDURA tem o cuidado de reaproveitar osretalhos que sobram da melhor maneira possível em suas criações e incentivar a customização paraque a peça dure mais.

É mais do que apenas produzir e vender roupas. É buscar uma nova consciência de consumo, com focono ser, no criar, no transformar. É mudar o mundo deixando de lado as armaduras para vestir-se deamor, de amar.

Guarda-roupa bem montado e consumo consciente!

Entrevista com Oficina de Estilo

www.oficinadeestilo.com.br

www.amardura.blogspot.com

Versão virtual

moda I design I sustentabilidade

edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

semente

Page 2: lojaluscofusco.com.br · v ersão pilo to moda I design I susten tabilidade edição três I ano um Lusco Fusco EcoFashion apresenta: www .lojaluscofusco.com.br instagram.com/l

versão piloto

moda I design I sustentabilidade

edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

semente

Sobre o desapego: a ideia é ter no armário somente roupas que funcionam na nossa vida e desapegar é o primeiro passo para construir um guarda-roupa ideal e fortalecer a nossa identidade visual. Tudo que atrapalha deve sair. Devemos deixar no armário somente peças que podemos contar( pegar amanhã e vestir!) Na hora do desapego vale se questionar: se fosse hoje e eu estivesse numa loja, compraria essa roupa? Eu posso vestir essa roupa amanhã de manhã? Mas vale lembrar: às vezes pequenas reformas e customizações fazem a diferença e deixam as peças com a nossa cara.Ah, e desapegar é diferente de descartar. Vender, trocar, compartilhar e doar são verbos que conjugam bem com o consumo consciente! E lembre-se: a ideia é fazeruma revitalização inicial e ir ajustando com o tempo e não desapegar de duas malas de roupas a cada seis meses

.

O guarda-roupa ideal: é muito limitador dizer que o guarda-roupa ideal tem isso ou aquilo. O armário ideal é aquele que se adapta à nossa vida. com peças que acompanhem nosso estilo de viver. O bacana é que cada peça combine com pelo menos outras 3 peças - exemplo: se tenho uma blusa que só combina com um short, essa blusa está sub utilizada e não funciona no meu guarda-roupa. Vale pensar nisso na hora de comprar também: será que essa peça pode ser usada com pelo menos outras três que eu já tenho?

Planejamento para comprar e autoconhecimento: O mais importante na hora de construir umguarda-roupa consciente é o autoconhecimento - se conhecer, se questionar, esclarecer o queé importante, entender meu estilo de vida, meu dia-a-dia, como quero me sentir. Precisamosolhar para nossas roupas e refletir se elas nos representam, se estão adequadas ao nossocotidiano. Só assim, me conhecendo e conhecendo meu armário posso escolher roupas quefuncionam para minha vida.Na hora de escolher as roupas que entram ou saem do guarda-roupa, a Cris falou sobre quatropilares importantes: o que veste bem meu corpo? o que tem a ver com a minha rotina? o quefaz meu olho brilhar? o que faz eu me sentir do jeito que quero me sentir? Depois de conhecer(e experimentar!) as peças do meu armário e tirar o que não faz mais sentido, o que falta? Asvezes descobrimos que não falta nada, que tirar o excesso nos permitiu ver novas possibilidades. Outras vezes percebemos que um sapato faria muita diferença, ou um tênis, ou roupas de frio. As vezes três ou quatro peças farão muita diferença, pois funcionarão como uma ‘cola’ que une as peças que já tenho.

Revitalizar o guarda-roupa é muito mais do que jogar tudo fora e comprar novo (olha o consumismo!). Não precisamos adquirir mil peças. Precisamos sim é de um novo olhar. Énecessário pesquisar preços, custo-benefício, entender os materiais das roupas, saber a procedência, planejar, escolher para, finalmente, colocar no nosso armário somente aquilo quetem significado e combina com nosso estilo de viver.

- Os pequenos negócios são os maiores geradores de empregos do país - cerca de52% dos empregos formais;

- Melhor distribuição de renda e desenvolvimento da comunidade local;

- Menos impacto ambiental com deslocamentos e produção;

- Exclusividade, diversidade e singularidades valorizadas;

- Fortalecimento das relações entre consumidores e produtores - é gente lidando com gente;

- Confiança, atenção, conveniência, serviços personalizados e formas especiais de negociar;

- Valorização do capital humano de quem está perto;

- Apoiar a realização de sonhos - seu dinheiro não vai para um executivo comprar mais umluxo, mas para uma criança fazer aulas de dança, um jovem pagar a faculdade, um pai ajudara família, para que pessoas como você também realizem seus desejos.

MOTIVOS PARA COMPRAR DOS PEQUENOS NEGÓCIOS!

#compredopequeno

Guarda-roupa bem montado e consumo consciente!

Entrevista com Oficina de Estilo

A Oficina de Estilo é feita pela Fê e pela Cris, duas consultoras de estilo que acreditam no autoconhecimento como ferramenta para construir um guarda-roupa mais autêntico e consciente. Em uma entrevista, a Cris falou sobre consumo consciente, boas escolhas, guarda-roupa ideal e autoconhecimento. Confere só as partes mais bacanas:

Sobre o consumo consciente: A Cris conta que elas batem muito nessa tecla e que quando se fala sobreesse assunto logo pensamos em ‘que tipo de produtos são mais conscientes?’, quando, na verdade, essa questão tem muito mais a ver com o impulso da compra do que com o produto em si. Então, a questão do consumo consciente refere-se principalmente ao exagero, à quantidade de coisas que compramos sem necessidade (e sem pensar!) - porque o que destrói o nosso planeta é a ideia de queos recursos nunca vão acabar (mas eles vão se continuarmos desse jeito!). A solução é refletir antesde comprar. Eu já tenho? Preciso? Posso? Esse produto é importante para mim? Por que estoucomprando isso? As vezes a gente compra uma blusa mas queria mesmo era um abraço, ou estar na praia descansando, ou mais horas de sono. Pensar e questionar sobre o porquê da compra nos dá ferramentas para fazer escolhas mais conscientes e adquirir somente o que faz sentido para a nossa vida. Quebrar o ciclo de consumismo doido do capitalismo e ter consciência do peso que a nossa forma de consumir tem é uma das chaves para encontrar um estilo de vida mais sustentável.

.

Sobre o guarda-roupa bem montado e consciente: elas falam que o guarda-roupa consciente éconciso, não tem muitas roupas. Menos é mais. Quanto mais peças uma pessoa tem, menos ela usa, porque a quantidade atrapalha na hora de escolher e, por isso, acabamos vestindo sempre as mesmas coisas. Além disso, é importante o guarda-roupa ser coordenável, com peças que combinem entre si - assim, mesmo com menos peças é um armário bem utilizado e constantemente atualizado - não por tendências, mas pelo uso contínuo das peças, que aos poucos vão sendo substituídas, o que faz muitomais sentido e é mais consciente.

www.oficinadeestilo.com.br

armadura - do dicionário: conjunto de peças protetoras do corpo dos antigos guerreiros. AMARDURA - muito além dos escudos que por vezes vestimos, são roupas que nos protegem commuito mais amor e mais vida, feitas com alma e afeto.

Criada pela Milena Akemi Hassegawa Saito, a AMARDURA é uma marca de roupas experimental eintuitiva, onde a moda é vista como forma de expressão, de liberdade e descoberta. É a ideia do ser, da identidade, das pessoas que estão dentro das roupas costurada em cada peça de forma muitoespecial.

A marca não segue tendências nem cronograma de lançamento de coleções. As roupas vão simplesmenteacontecendo e são criadas no seu tempo - e nenhuma peça sai de linha, todas ficam disponíveis paraserem encomendadas, numa nova forma de criar e comprar, sem amarras, sem as loucuras de novoslançamentos semestrais ou de calendários a serem seguidos.

Com produção artesanal, as roupas podem ser personalizadas e assim o consumidor atua comoco-criador da sua peça, valorizando a singularidade de cada um. Os modelos estão disponíveis emdiversas cores e estampas e os detalhes de decotes e comprimentos podem ser alterados.

A AMARDURA também utiliza muito o crochê ( ele faz parte da essência da marca), como forma de resgatar e valorizar essa técnica artesanal que passa de geração para geração. O feito à mão sempretem a energia especial da pessoa que fez aquele trabalho, com sua história de vida, alegrias e jeitoespecial de fazer as coisas. As máquinas e tecnologias são importantes, mas o fazer é parte essencial da nossa história e da nossa ligação com outros seres humanos. E esse feito à mão também estápresente nas estampas artesanais produzidas com carimbos criados em parceria com amigosilustradores.

Além desse trabalho com a pegada slow fashion, a AMARDURA tem o cuidado de reaproveitar osretalhos que sobram da melhor maneira possível em suas criações e incentivar a customização paraque a peça dure mais.

É mais do que apenas produzir e vender roupas. É buscar uma nova consciência de consumo, com focono ser, no criar, no transformar. É mudar o mundo deixando de lado as armaduras para vestir-se deamor, de amar.

AMARDURACriações Experimentais

Etiquetas de Composição!

como entender os símbolos e cuidar das suas roupas para que elasdurem mais!

LAVAGEM:

não lavar namáquina

lavar àmão

lavagemsuave

lavagemmuito suave

70lavagem normal

máx. 70º

40lavagem normal

máx. 40º

50lavagem suave

máx. 50º

90lavagem normal

máx. 90º

não alvejar /não branquear

somente alvejamentocom oxigênio

(não usar cloro)

qualquer alvejanteoxidante

secar emvaral

secar àsombra

não secarem tambor

(na máquina)

secagemhorizontal

secar em tamborem baixa

temperatura

secar em tambornormal

secagem porgotejamento

máx. 110º(acrílico, nylon,

acetato)

máx. 150º(lã e misturascom poliéster)

máx. 200º(algodão ou

linho)não passar

não limpara seco

Alavável a secocom todos os

solventes

Flavável a seco com

solvente R13 ehidrocarboneto

Plavável a seco empercloroetileno,

solvente R13,hidrocarboneto e

solvente R11

*

* listamos as mais comuns, há outras simbologias mais utilizadas para lavagens profissionais.

ALVEJAMENTO:

SECAGEM:

PASSADORIA:

LIMPEZA A SECO:

Moda, sustentabilidade e os EscandinavosImpressões de uma brasileira na terra dos vikings

Por Fabiana Hargreaves da Costa

Maior IDH do mundo, neve e Aurora Boreal. Essas eram as três únicas informações que tinha sobre aNoruega quando meu marido recebeu uma proposta de trabalho por 2 anos em Olso, capital do país,no final de 2013.

A princípio fiquei animada, apesar das inúmeras diferenças com o Brasil, gostei do desafio: morar em um lugar que nunca me imaginei e conhecer mais uma nova cultura. Afinal, se todos falavam sobre a sua organização e desenvolvimento, deveria ter muito a mostrar sobre sustentabilidade. Mas uma coisa tinha certeza, após os 2 anos, iria querer voltar para minha cidade maravilhosa. Ledo engano.

Meu primeiro ano foi muito difícil. Tinha acabado de começar um negócio próprio no Brasil e minha ideiade administra-lo de tão longe foi impossível. Coloquei o projeto na gaveta e em paralelo comecei a procurar uma oportunidade na minha nova casa. Apesar na Noruega ser um país onde quase todos falam inglês, quando se quer trabalhar em uma área que não há muito mercado, como a Moda, vocêprecisa aprender a língua local. Embarquei na difícil missão de aprendê-la. Ainda estou no processo e há quase 1 ano estou trabalhando na empresa que queria, porém ainda longe de fazer o que vislumbro.

Hoje trabalho no Fretex, braço da Instituição Mundial Exército da Salvação. Na Noruega esta instituiçãoé muito grande, respeitada e influente. O Fretex foi criado para ser uma ramificação que pudessemovimentar e gerar dinheiro, já que a Instituição Exército da Salvação é uma ONG. O Fretex funciona daseguinte maneira: a população deposita roupas e acessórios em milhares de caçambas espalhadas pelopaís (móveis, artigos esportivos e muitos outros também podem ser doados por um outro sistema), asquais são coletadas diariamente pela instituição. Eu trabalho no galpão onde recebemos essas doaçõesda região de Oslo e seu entorno. Tendo uma das Rendas per capitas mais altas do mundo, você podeimaginar a quantidade e a qualidade do que recebemos. Apenas 15% conseguimos selecionar e organizar para serem enviados para 17 lojas próprias espalhadas pela região. Apesar de trabalharmosbastante com uma equipe de cerca de 20 pessoas, não conseguimos passar desse número. O consumoexcessivo em um dos países mais ricos do mundo é assustador. Os demais 85%, e o que sobra da triagem,é vendido a um preço muito baixo por quilo para outros países. Nessa separação muito também éseparado para projetos sociais dos quais participamos. Além disso, muitos funcionários são enviados pela instituição do governo que ajuda cidadãos de outros países , como exilados de guerra, que vêm

morar aqui atrás de uma melhor qualidade de vida, e de prisioneiros em condicional em busca de redução de pena e reinserção no mercado de trabalho. O impacto de uma instituição desta numa sociedade, tanto pelo lado social quanto ambiental, é gigantesco.

Ainda podemos melhorar, crescer e evoluir bastante e esse é meu grande objetivo na empresa, no entanto a cada dia trabalho minha paciência e tento focar admiração e satisfação de trabalhar em umaempresa que admiro. Isso não tem preço.

Acredito que numa visão geral a Noruega poderia melhorar muito como um todo quando o assunto éSustentabilidade, Economia Colaborativa e Criativa. Mas a Noruega ainda é um país novo rico, suaestrutura mudou e se desenvolveu apenas há pouco mais de 50 anos quando o petróleo foi descoberto e começou a gerar muita riqueza, a qual foi muito bem administrada e aplicada voltada ao desenvolvimento da sua população.

Se você viajar para a Dinamarca, por exemplo, um outro mundo também se abre. Copenhague respirasustentabilidade e conscientização. A bicicleta é um meio de transporte super disseminado, as opções deprodutos, tantos alimentícios quanto de moda e design, orgânicos e conscientes é infinita.

Mas acredito que o mais importante, e o que mais me encantou, é algo que é presente em todos os paísesnórdicos. A cultura de respeito, de sociedade e colaboração de todos para a manutenção do bem estarcomum é encantadora. Mas ao mesmo tempo nos deixa feliz por saber que isto existe, nos deixa tristeem perceber o quanto nosso país é sofrido e diferente. Afinal acredito que tal cultura e conscientizaçãovem desde os nativos dessa região, os Vikings, enquanto os nossos foram devastados e a nossasociedade atual se baseia em exploração e sofrimento.

Com isso, em outubro, deveríamos retornar ao Brasil, mas resolvemos ficar. Eu, uma carioca da gema, acostumada a ir a praia toda semana, escolhi morar por mais alguns anos num país que tem apenascerca de 5 horas de sol (na verdade, de luz natural) durante 7 meses por ano. Porque aqui aprendiREALMENTE que, ser queremos ser melhores, devemos ser essa mudança. Não podemos virar a cara quando outro cidadão não levanta do assento no ônibus lotado ao ver um idoso entrar; não podemosfazer a coisa certa e esperar que sejamos recompensados por isso, afinal ser honesto é o básico; nãopodemos reclamar do vizinho e cometer ‘ um crime mais leve’. Temos que nos auto corrigir e saber queninguém é melhor do que ninguém. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso que tem um caminhomuito longo até alcançar a sociedade desenvolvida, organizada e justa que merecemos.

Quero ficar aqui, aprender mais e poder voltar para contribuir ativamente nesse processo. Acreditoque unindo esses ensinamentos dos nórdicos com a nossa criatividade, nosso jogo de cintura e ginga podemos sim ter milhares de razões para acreditar que venceremos com louvor essa batalha em buscado desenvolvimento humano e sustentável em nosso território.

Fabi no centro, com colegas do Fretex =)

« Uma vez que sabemos e somos conscientes, somos responsáveis por nossaação ou nossa passividade. Podemos fazer algo a respeito disso ou ignorá-lo,mas, em qualquer caso, somos responsáveis pela decisão»

Jean-Paul Sartre

A sustentabilidade não é mais uma escolha, mas uma necessidade. O dia 13 deagosto deste ano foi o dia de Sobrecarga da Terra, ou seja, a humanidade

utilizou todos os recursos naturais existentes para o ano inteiro. Nos últimosduzentos anos consumimos um terço dos recursos naturais da Terra - recursosesses que demoraram 4,5 bilhões de anos para se formarem - o que quer dizerque consumimos tudo isso em 0.0000044% do tempo. E muita gente ainda não

tem noção do que isso representa e o quanto é preocupante.

Precisamos de um novo olhar - repensar hábitos, fazer novas escolhas, consumir causando menos impacto, criar consciência do peso das nossas

escolhas individuais - é urgente e real uma revolução na nossa forma de viver. Não dá mais para manter esse estilo de viver consumista e o um sistema

produtivo industrial que só visa lucro - consumir virou um ato político, por isso devemos colocar nosso tempo e dinheiro somente em coisas que

acreditamos. O poder está em nossas mãos.

Espero que essa terceira edição da Fanzine Semente lhe proporcione um novoolhar sobre a sustentabilidade e o consumo consciente e que você também

escolha construir esta nova realidade e ser parte da mudança por um mundomelhor.

Boa Leitura!Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Agradecimentos especiais:Fabiana Hargreaves da Costa

Ana Lúcia Flores Schmidt

Contato: [email protected] informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente

Versão para impressão

moda I design I sustentabilidade

edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

semente

Agradecimentos especiais:Fabiana Hargreaves da Costa

Ana Lúcia Flores Schmidt

Contato: [email protected] informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente

« Uma vez que sabemos e somos conscientes, somos responsáveis por nossaação ou nossa passividade. Podemos fazer algo a respeito disso ou ignorá-lo,mas, em qualquer caso, somos responsáveis pela decisão»

Jean-Paul Sartre

A sustentabilidade não é mais uma escolha, mas uma necessidade. O dia 13 deagosto deste ano foi o dia de Sobrecarga da Terra, ou seja, a humanidade

utilizou todos os recursos naturais existentes para o ano inteiro. Nos últimosduzentos anos consumimos um terço dos recursos naturais da Terra - recursosesses que demoraram 4,5 bilhões de anos para se formarem - o que quer dizerque consumimos tudo isso em 0.0000044% do tempo. E muita gente ainda não

tem noção do que isso representa e o quanto é preocupante.

Precisamos de um novo olhar - repensar hábitos, fazer novas escolhas, consumir causando menos impacto, criar consciência do peso das nossas

escolhas individuais - é urgente e real uma revolução na nossa forma de viver. Não dá mais para manter esse estilo de viver consumista e o sistema

produtivo industrial que só visa lucro - consumir virou um ato político, por isso devemos colocar nosso tempo e dinheiro somente em coisas que

acreditamos. O poder está em nossas mãos.

Espero que essa terceira edição da Fanzine Semente lhe proporcione um novoolhar sobre a sustentabilidade e o consumo consciente e que você também

escolha construir esta nova realidade e ser parte da mudança por um mundomelhor.

Boa Leitura!Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Moda, sustentabilidade e os EscandinavosImpressões de uma brasileira na terra dos vikings

Por Fabiana Hargreaves da Costa

Maior IDH do mundo, neve e Aurora Boreal. Essas eram as três únicas informações que tinha sobre aNoruega quando meu marido recebeu uma proposta de trabalho por 2 anos em Olso, capital do país,no final de 2013.

A princípio fiquei animada, apesar das inúmeras diferenças com o Brasil, gostei do desafio: morar em um lugar que nunca me imaginei e conhecer mais uma nova cultura. Afinal, se todos falavam sobre a sua organização e desenvolvimento, deveria ter muito a mostrar sobre sustentabilidade. Mas uma coisa tinha certeza, após os 2 anos, iria querer voltar para minha cidade maravilhosa. Ledo engano.

Meu primeiro ano foi muito difícil. Tinha acabado de começar um negócio próprio no Brasil e minha ideiade administrá-lo de tão longe foi impossível. Coloquei o projeto na gaveta e em paralelo comecei a procurar uma oportunidade na minha nova casa. Apesar na Noruega ser um país onde quase todos falam inglês, quando se quer trabalhar em uma área que não há muito mercado, como a Moda, vocêprecisa aprender a língua local. Embarquei na difícil missão de aprendê-la. Ainda estou no processo e há quase 1 ano estou trabalhando na empresa que queria, porém ainda longe de fazer o que vislumbro.

Hoje trabalho no Fretex, braço da Instituição Mundial Exército da Salvação. Na Noruega esta instituiçãoé muito grande, respeitada e influente. O Fretex foi criado para ser uma ramificação que pudessemovimentar e gerar dinheiro, já que a Instituição Exército da Salvação é uma ONG. O Fretex funciona daseguinte maneira: a população deposita roupas e acessórios em milhares de caçambas espalhadas pelopaís (móveis, artigos esportivos e muitos outros também podem ser doados por um outro sistema), asquais são coletadas diariamente pela instituição. Eu trabalho no galpão onde recebemos essas doaçõesda região de Oslo e seu entorno. Tendo uma das Rendas per capitas mais altas do mundo, você podeimaginar a quantidade e a qualidade do que recebemos. Apenas 15% conseguimos selecionar e organizar para serem enviados para 17 lojas próprias espalhadas pela região. Apesar de trabalharmosbastante com uma equipe de cerca de 20 pessoas, não conseguimos passar desse número. O consumoexcessivo em um dos países mais ricos do mundo é assustador. Os demais 85%, e o que sobra da triagem,é vendido a um preço muito baixo por quilo para outros países. Nessa separação muito também éseparado para projetos sociais dos quais participamos. Além disso, muitos funcionários são enviados pela instituição do governo que ajuda cidadãos de outros países , como exilados de guerra, que vêm

- Os pequenos negócios são os maiores geradores de empregos do país - cerca de52% dos empregos formais;

- Melhor distribuição de renda e desenvolvimento da comunidade local;

- Menos impacto ambiental com deslocamentos e produção;

- Exclusividade, diversidade e singularidades valorizadas;

- Fortalecimento das relações entre consumidores e produtores - é gente lidando com gente;

- Confiança, atenção, conveniência, serviços personalizados e formas especiais de negociar;

- Valorização do capital humano de quem está perto;

- Apoiar a realização de sonhos - seu dinheiro não vai para um executivo comprar mais umluxo, mas para uma criança fazer aulas de dança, um jovem pagar a faculdade, um pai ajudara família, para que pessoas como você também realizem seus desejos.

MOTIVOS PARA COMPRAR DOS PEQUENOS NEGÓCIOS!

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morar aqui atrás de uma melhor qualidade de vida, e de prisioneiros em condicional em busca de redução de pena e reinserção no mercado de trabalho. O impacto de uma instituição desta numa sociedade, tanto pelo lado social quanto ambiental, é gigantesco.

Ainda podemos melhorar, crescer e evoluir bastante e esse é meu grande objetivo na empresa, no entanto a cada dia trabalho minha paciência e tento focar na admiração e satisfação de trabalhar em umaempresa que admiro. Isso não tem preço.

Acredito que numa visão geral a Noruega poderia melhorar muito como um todo quando o assunto éSustentabilidade, Economia Colaborativa e Criativa. Mas a Noruega ainda é um país novo rico, suaestrutura mudou e se desenvolveu apenas há pouco mais de 50 anos quando o petróleo foi descoberto e começou a gerar muita riqueza, a qual foi muito bem administrada e aplicada voltada ao desenvolvimento da sua população.

Se você viajar para a Dinamarca, por exemplo, um outro mundo também se abre. Copenhague respirasustentabilidade e conscientização. A bicicleta é um meio de transporte super disseminado, as opções deprodutos, tantos alimentícios quanto de moda e design, orgânicos e conscientes é infinita.

Mas acredito que o mais importante, e o que mais me encantou, é algo que é presente em todos os paísesnórdicos. A cultura de respeito, de sociedade e colaboração de todos para a manutenção do bem estarcomum é encantadora. Mas ao mesmo tempo que nos deixa feliz saber que isto existe, nos deixa triste em perceber o quanto nosso país é sofrido e diferente. Afinal acredito que tal cultura e conscientizaçãovem desde os nativos dessa região, os Vikings, enquanto os nossos foram devastados e a nossasociedade atual se baseia em exploração e sofrimento.

Com isso, em outubro, deveríamos retornar ao Brasil, mas resolvemos ficar. Eu, uma carioca da gema, acostumada a ir a praia toda semana, escolhi morar por mais alguns anos num país que tem apenascerca de 5 horas de sol (na verdade, de luz natural) durante 7 meses por ano. Porque aqui aprendiREALMENTE que, ser queremos ser melhores, devemos ser essa mudança. Não podemos virar a cara quando outro cidadão não levanta do assento no ônibus lotado ao ver um idoso entrar; não podemosfazer a coisa certa e esperar que sejamos recompensados por isso, afinal ser honesto é o básico; nãopodemos reclamar do vizinho e cometer ‘ um crime mais leve’. Temos que nos auto corrigir e saber queninguém é melhor do que ninguém. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso que tem um caminhomuito longo até alcançar a sociedade desenvolvida, organizada e justa que merecemos.

Quero ficar aqui, aprender mais e poder voltar para contribuir ativamente nesse processo. Acreditoque unindo esses ensinamentos dos nórdicos com a nossa criatividade, nosso jogo de cintura e ginga podemos sim ter milhares de razões para acreditar que venceremos com louvor essa batalha em buscado desenvolvimento humano e sustentável em nosso território.

Planejamento para comprar e autoconhecimento: O mais importante na hora de construir umguarda-roupa consciente é o autoconhecimento - se conhecer, se questionar, esclarecer o queé importante, entender meu estilo de vida, meu dia-a-dia, como quero me sentir. Precisamosolhar para nossas roupas e refletir se elas nos representam, se estão adequadas ao nossocotidiano. Só assim, me conhecendo e conhecendo meu armário posso escolher roupas quefuncionam para minha vida.Na hora de escolher as roupas que entram ou saem do guarda-roupa, a Cris falou sobre quatropilares importantes: o que veste bem meu corpo? o que tem a ver com a minha rotina? o quefaz meu olho brilhar? o que faz eu me sentir do jeito que quero me sentir? Depois de conhecer(e experimentar!) as peças do meu armário e tirar o que não faz mais sentido, o que falta? Asvezes descobrimos que não falta nada, que tirar o excesso nos permitiu ver novas possibilidades. Outras vezes percebemos que um sapato faria muita diferença, ou um tênis, ou roupas de frio. As vezes três ou quatro peças farão muita diferença, pois funcionarão como uma ‘cola’ que une as peças que já tenho.

Revitalizar o guarda-roupa é muito mais do que jogar tudo fora e comprar novo (olha o consumismo!). Não precisamos adquirir mil peças. Precisamos sim é de um novo olhar. Énecessário pesquisar preços, custo-benefício, entender os materiais das roupas, saber a procedência, planejar, escolher para, finalmente, colocar no nosso armário somente aquilo quetem significado e combina com nosso estilo de viver.

Para saber mais sobre a oficina de estilo: www.oficinadeestilo.com.br

Fabi no centro, com colegas do Fretex =)

Sobre o desapego: a ideia é ter no armário somente roupas que funcionam na nossa vida e desapegar é o primeiro passo para construir um guarda-roupa ideal e fortalecer a nossa identidade visual. Tudo que atrapalha deve sair. Devemos deixar no armário somente peças que podemos contar( pegar amanhã e vestir!) Na hora do desapego vale se questionar: se fosse hoje e eu estivesse numa loja, compraria essa roupa? Eu posso vestir essa roupa amanhã de manhã? Mas lembre: às vezes pequenas reformas e customizações fazem a diferença e deixam as peças com a nossa cara.Ah, e desapegar é diferente de descartar. Vender, trocar, compartilhar e doar são verbos que conjugam bem com o consumo consciente! E lembre-se: a ideia é fazeruma revitalização inicial e ir ajustando com o tempo e não desapegar de duas malas de roupas a cada seis meses

.

O guarda-roupa ideal: é muito limitador dizer que o guarda-roupa ideal tem isso ou aquilo. O armário ideal é aquele que se adapta à nossa vida. com peças que acompanhem nosso estilo de viver. O bacana é que cada peça combine com pelo menos outras 3 peças - exemplo: se tenho uma blusa que só combina com um short, essa blusa está sub utilizada e não funciona no meu guarda-roupa. Vale pensar nisso na hora de comprar também: será que essa peça pode ser usada com pelo menos outras três que eu já tenho?

AMARDURACriações Experimentais

A Oficina de Estilo é feita pela Fê e pela Cris, duas consultoras de estilo que acreditam no autoconhecimento como ferramenta para construir um guarda-roupa mais autêntico e consciente. Em uma entrevista, a Cris falou sobre consumo consciente, boas escolhas, guarda-roupa ideal e autoconhecimento. Confere só as partes mais bacanas:

Sobre o consumo consciente: A Cris conta que elas batem muito nessa tecla e que quando se fala sobre esse assunto logo pensamos em ‘que tipo de produtos são mais conscientes?’, quando, na verdade, essa questão tem muito mais a ver com o impulso da compra do que com o produto em si. Então, a questão do consumo consciente refere-se principalmente ao exagero, à quantidade de coisas que compramos sem necessidade (e sem pensar!) - porque o que destrói o nosso planeta é a ideia de que os recursos nunca vão acabar (mas eles vão se continuarmos desse jeito!). A solução é refletir antes de comprar. Eu já tenho? Preciso? Posso? Esse produto é importante para mim? Por que estou comprando isso? As vezes a gente compra uma blusa mas queria mesmo era um abraço, ou estar na praia descansando, ou mais horas de sono. Pensar e questionar sobre o porquê da compra nos dá ferramentas para fazer escolhas mais conscientes e adquirir somente o que faz sentido para a nossa vida. Quebrar o ciclo de consumismo doido do capitalismo e ter consciência do peso que a nossa forma de consumir tem é uma das chaves para encontrar um estilo de vida mais sustentável.

.

Sobre o guarda-roupa bem montado e consciente: elas falam que o guarda-roupa consciente éconciso, não tem muitas roupas. Menos é mais. Quanto mais peças uma pessoa tem, menos ela usa, porque a quantidade atrapalha na hora de escolher e, por isso, acabamos vestindo sempre as mesmas coisas. Além disso, é importante o guarda-roupa ser coordenável, com peças que combinem entre si - assim, mesmo com menos peças é um armário bem utilizado e constantemente atualizado - não por tendências, mas pelo uso contínuo das peças, que aos poucos vão sendo substituídas, o que faz muito mais sentido e é mais consciente.

Etiquetas de Composição!

como entender os símbolos e cuidar das suas roupas para que elasdurem mais!

LAVAGEM:

não lavar namáquina

lavar àmão

lavagemsuave

lavagemmuito suave

70lavagem normal

máx. 70º

40lavagem normal

máx. 40º

50lavagem suave

máx. 50º

90lavagem normal

máx. 90º

não alvejar /não branquear

somente alvejamentocom oxigênio

(não usar cloro)

qualquer alvejanteoxidante

secar emvaral

secar àsombra

não secarem tambor

(na máquina)

secagemhorizontal

secar em tamborem baixa

temperatura

secar em tambornormal

secagem porgotejamento

máx. 110º(acrílico, nylon,

acetato)

máx. 150º(lã e misturascom poliéster)

máx. 200º(algodão ou

linho)não passar

não limpara seco

Alavável a secocom todos os

solventes

Flavável a seco com

solvente R13 ehidrocarboneto

Plavável a seco empercloroetileno,

solvente R13,hidrocarboneto e

solvente R11

*

* listamos as mais comuns, há outras simbologias mais utilizadas para lavagens profissionais.

ALVEJAMENTO:

SECAGEM:

PASSADORIA:

LIMPEZA A SECO:

armadura - do dicionário: conjunto de peças protetoras do corpo dos antigos guerreiros. AMARDURA - muito além dos escudos que por vezes vestimos, são roupas que nos protegem commuito mais amor e mais vida, feitas com alma e afeto.

Criada pela Milena Akemi Hassegawa Saito, a AMARDURA é uma marca de roupas experimental eintuitiva, onde a moda é vista como forma de expressão, de liberdade e descoberta. É a ideia do ser, da identidade, das pessoas que estão dentro das roupas costurada em cada peça de forma muitoespecial.

A marca não segue tendências nem cronograma de lançamento de coleções. As roupas vão simplesmenteacontecendo e são criadas no seu tempo - e nenhuma peça sai de linha, todas ficam disponíveis paraserem encomendadas, numa nova forma de criar e comprar, sem amarras, sem as loucuras de novoslançamentos semestrais ou de calendários a serem seguidos.

Com produção artesanal, as roupas podem ser personalizadas e assim o consumidor atua comoco-criador da sua peça, valorizando a singularidade de cada um. Os modelos estão disponíveis emdiversas cores e estampas e os detalhes de decotes e comprimentos podem ser alterados.

A AMARDURA também utiliza muito o crochê ( ele faz parte da essência da marca), como forma de resgatar e valorizar essa técnica artesanal que passa de geração para geração. O feito à mão sempretem a energia especial da pessoa que fez aquele trabalho, com sua história de vida, alegrias e jeitoúnico de fazer as coisas. As máquinas e tecnologias são importantes, mas o fazer é parte essencial da nossa história e da nossa ligação com outros seres humanos. E esse feito à mão também estápresente nas estampas artesanais produzidas com carimbos criados em parceria com amigosilustradores.

Além desse trabalho com a pegada slow fashion, a AMARDURA tem o cuidado de reaproveitar osretalhos que sobram da melhor maneira possível em suas criações e incentivar a customização paraque a peça dure mais.

É mais do que apenas produzir e vender roupas. É buscar uma nova consciência de consumo, com focono ser, no criar, no transformar. É mudar o mundo deixando de lado as armaduras para vestir-se deamor, de amar.

Guarda-roupa bem montado e consumo consciente!

Entrevista com Oficina de Estilo

www.oficinadeestilo.com.br

www.amardura.blogspot.com

Versão virtual

moda I design I sustentabilidade

edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

semente

« Uma vez que sabemos e somos conscientes, somos responsáveis por nossaação ou nossa passividade. Podemos fazer algo a respeito disso ou ignorá-lo,mas, em qualquer caso, somos responsáveis pela decisão»

Jean-Paul Sartre

Page 3: lojaluscofusco.com.br · v ersão pilo to moda I design I susten tabilidade edição três I ano um Lusco Fusco EcoFashion apresenta: www .lojaluscofusco.com.br instagram.com/l

versão piloto

moda I design I sustentabilidade

edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

semente

Sobre o desapego: a ideia é ter no armário somente roupas que funcionam na nossa vida e desapegar é o primeiro passo para construir um guarda-roupa ideal e fortalecer a nossa identidade visual. Tudo que atrapalha deve sair. Devemos deixar no armário somente peças que podemos contar( pegar amanhã e vestir!) Na hora do desapego vale se questionar: se fosse hoje e eu estivesse numa loja, compraria essa roupa? Eu posso vestir essa roupa amanhã de manhã? Mas vale lembrar: às vezes pequenas reformas e customizações fazem a diferença e deixam as peças com a nossa cara.Ah, e desapegar é diferente de descartar. Vender, trocar, compartilhar e doar são verbos que conjugam bem com o consumo consciente! E lembre-se: a ideia é fazeruma revitalização inicial e ir ajustando com o tempo e não desapegar de duas malas de roupas a cada seis meses

.

O guarda-roupa ideal: é muito limitador dizer que o guarda-roupa ideal tem isso ou aquilo. O armário ideal é aquele que se adapta à nossa vida. com peças que acompanhem nosso estilo de viver. O bacana é que cada peça combine com pelo menos outras 3 peças - exemplo: se tenho uma blusa que só combina com um short, essa blusa está sub utilizada e não funciona no meu guarda-roupa. Vale pensar nisso na hora de comprar também: será que essa peça pode ser usada com pelo menos outras três que eu já tenho?

Planejamento para comprar e autoconhecimento: O mais importante na hora de construir umguarda-roupa consciente é o autoconhecimento - se conhecer, se questionar, esclarecer o queé importante, entender meu estilo de vida, meu dia-a-dia, como quero me sentir. Precisamosolhar para nossas roupas e refletir se elas nos representam, se estão adequadas ao nossocotidiano. Só assim, me conhecendo e conhecendo meu armário posso escolher roupas quefuncionam para minha vida.Na hora de escolher as roupas que entram ou saem do guarda-roupa, a Cris falou sobre quatropilares importantes: o que veste bem meu corpo? o que tem a ver com a minha rotina? o quefaz meu olho brilhar? o que faz eu me sentir do jeito que quero me sentir? Depois de conhecer(e experimentar!) as peças do meu armário e tirar o que não faz mais sentido, o que falta? Asvezes descobrimos que não falta nada, que tirar o excesso nos permitiu ver novas possibilidades. Outras vezes percebemos que um sapato faria muita diferença, ou um tênis, ou roupas de frio. As vezes três ou quatro peças farão muita diferença, pois funcionarão como uma ‘cola’ que une as peças que já tenho.

Revitalizar o guarda-roupa é muito mais do que jogar tudo fora e comprar novo (olha o consumismo!). Não precisamos adquirir mil peças. Precisamos sim é de um novo olhar. Énecessário pesquisar preços, custo-benefício, entender os materiais das roupas, saber a procedência, planejar, escolher para, finalmente, colocar no nosso armário somente aquilo quetem significado e combina com nosso estilo de viver.

- Os pequenos negócios são os maiores geradores de empregos do país - cerca de52% dos empregos formais;

- Melhor distribuição de renda e desenvolvimento da comunidade local;

- Menos impacto ambiental com deslocamentos e produção;

- Exclusividade, diversidade e singularidades valorizadas;

- Fortalecimento das relações entre consumidores e produtores - é gente lidando com gente;

- Confiança, atenção, conveniência, serviços personalizados e formas especiais de negociar;

- Valorização do capital humano de quem está perto;

- Apoiar a realização de sonhos - seu dinheiro não vai para um executivo comprar mais umluxo, mas para uma criança fazer aulas de dança, um jovem pagar a faculdade, um pai ajudara família, para que pessoas como você também realizem seus desejos.

MOTIVOS PARA COMPRAR DOS PEQUENOS NEGÓCIOS!

#compredopequeno

Guarda-roupa bem montado e consumo consciente!

Entrevista com Oficina de Estilo

A Oficina de Estilo é feita pela Fê e pela Cris, duas consultoras de estilo que acreditam no autoconhecimento como ferramenta para construir um guarda-roupa mais autêntico e consciente. Em uma entrevista, a Cris falou sobre consumo consciente, boas escolhas, guarda-roupa ideal e autoconhecimento. Confere só as partes mais bacanas:

Sobre o consumo consciente: A Cris conta que elas batem muito nessa tecla e que quando se fala sobreesse assunto logo pensamos em ‘que tipo de produtos são mais conscientes?’, quando, na verdade, essa questão tem muito mais a ver com o impulso da compra do que com o produto em si. Então, a questão do consumo consciente refere-se principalmente ao exagero, à quantidade de coisas que compramos sem necessidade (e sem pensar!) - porque o que destrói o nosso planeta é a ideia de queos recursos nunca vão acabar (mas eles vão se continuarmos desse jeito!). A solução é refletir antesde comprar. Eu já tenho? Preciso? Posso? Esse produto é importante para mim? Por que estoucomprando isso? As vezes a gente compra uma blusa mas queria mesmo era um abraço, ou estar na praia descansando, ou mais horas de sono. Pensar e questionar sobre o porquê da compra nos dá ferramentas para fazer escolhas mais conscientes e adquirir somente o que faz sentido para a nossa vida. Quebrar o ciclo de consumismo doido do capitalismo e ter consciência do peso que a nossa forma de consumir tem é uma das chaves para encontrar um estilo de vida mais sustentável.

.

Sobre o guarda-roupa bem montado e consciente: elas falam que o guarda-roupa consciente éconciso, não tem muitas roupas. Menos é mais. Quanto mais peças uma pessoa tem, menos ela usa, porque a quantidade atrapalha na hora de escolher e, por isso, acabamos vestindo sempre as mesmas coisas. Além disso, é importante o guarda-roupa ser coordenável, com peças que combinem entre si - assim, mesmo com menos peças é um armário bem utilizado e constantemente atualizado - não por tendências, mas pelo uso contínuo das peças, que aos poucos vão sendo substituídas, o que faz muitomais sentido e é mais consciente.

www.oficinadeestilo.com.br

armadura - do dicionário: conjunto de peças protetoras do corpo dos antigos guerreiros. AMARDURA - muito além dos escudos que por vezes vestimos, são roupas que nos protegem commuito mais amor e mais vida, feitas com alma e afeto.

Criada pela Milena Akemi Hassegawa Saito, a AMARDURA é uma marca de roupas experimental eintuitiva, onde a moda é vista como forma de expressão, de liberdade e descoberta. É a ideia do ser, da identidade, das pessoas que estão dentro das roupas costurada em cada peça de forma muitoespecial.

A marca não segue tendências nem cronograma de lançamento de coleções. As roupas vão simplesmenteacontecendo e são criadas no seu tempo - e nenhuma peça sai de linha, todas ficam disponíveis paraserem encomendadas, numa nova forma de criar e comprar, sem amarras, sem as loucuras de novoslançamentos semestrais ou de calendários a serem seguidos.

Com produção artesanal, as roupas podem ser personalizadas e assim o consumidor atua comoco-criador da sua peça, valorizando a singularidade de cada um. Os modelos estão disponíveis emdiversas cores e estampas e os detalhes de decotes e comprimentos podem ser alterados.

A AMARDURA também utiliza muito o crochê ( ele faz parte da essência da marca), como forma de resgatar e valorizar essa técnica artesanal que passa de geração para geração. O feito à mão sempretem a energia especial da pessoa que fez aquele trabalho, com sua história de vida, alegrias e jeitoespecial de fazer as coisas. As máquinas e tecnologias são importantes, mas o fazer é parte essencial da nossa história e da nossa ligação com outros seres humanos. E esse feito à mão também estápresente nas estampas artesanais produzidas com carimbos criados em parceria com amigosilustradores.

Além desse trabalho com a pegada slow fashion, a AMARDURA tem o cuidado de reaproveitar osretalhos que sobram da melhor maneira possível em suas criações e incentivar a customização paraque a peça dure mais.

É mais do que apenas produzir e vender roupas. É buscar uma nova consciência de consumo, com focono ser, no criar, no transformar. É mudar o mundo deixando de lado as armaduras para vestir-se deamor, de amar.

AMARDURACriações Experimentais

Etiquetas de Composição!

como entender os símbolos e cuidar das suas roupas para que elasdurem mais!

LAVAGEM:

não lavar namáquina

lavar àmão

lavagemsuave

lavagemmuito suave

70lavagem normal

máx. 70º

40lavagem normal

máx. 40º

50lavagem suave

máx. 50º

90lavagem normal

máx. 90º

não alvejar /não branquear

somente alvejamentocom oxigênio

(não usar cloro)

qualquer alvejanteoxidante

secar emvaral

secar àsombra

não secarem tambor

(na máquina)

secagemhorizontal

secar em tamborem baixa

temperatura

secar em tambornormal

secagem porgotejamento

máx. 110º(acrílico, nylon,

acetato)

máx. 150º(lã e misturascom poliéster)

máx. 200º(algodão ou

linho)não passar

não limpara seco

Alavável a secocom todos os

solventes

Flavável a seco com

solvente R13 ehidrocarboneto

Plavável a seco empercloroetileno,

solvente R13,hidrocarboneto e

solvente R11

*

* listamos as mais comuns, há outras simbologias mais utilizadas para lavagens profissionais.

ALVEJAMENTO:

SECAGEM:

PASSADORIA:

LIMPEZA A SECO:

Moda, sustentabilidade e os EscandinavosImpressões de uma brasileira na terra dos vikings

Por Fabiana Hargreaves da Costa

Maior IDH do mundo, neve e Aurora Boreal. Essas eram as três únicas informações que tinha sobre aNoruega quando meu marido recebeu uma proposta de trabalho por 2 anos em Olso, capital do país,no final de 2013.

A princípio fiquei animada, apesar das inúmeras diferenças com o Brasil, gostei do desafio: morar em um lugar que nunca me imaginei e conhecer mais uma nova cultura. Afinal, se todos falavam sobre a sua organização e desenvolvimento, deveria ter muito a mostrar sobre sustentabilidade. Mas uma coisa tinha certeza, após os 2 anos, iria querer voltar para minha cidade maravilhosa. Ledo engano.

Meu primeiro ano foi muito difícil. Tinha acabado de começar um negócio próprio no Brasil e minha ideiade administra-lo de tão longe foi impossível. Coloquei o projeto na gaveta e em paralelo comecei a procurar uma oportunidade na minha nova casa. Apesar da Noruega ser um país onde quase todos falam inglês, quando se quer trabalhar em uma área que não há muito mercado, como a Moda, vocêprecisa aprender a língua local. Embarquei na difícil missão de aprendê-la. Ainda estou no processo e há quase 1 ano estou trabalhando na empresa que queria, porém ainda longe de fazer o que vislumbro.

Hoje trabalho no Fretex, braço da Instituição Mundial Exército da Salvação. Na Noruega esta instituiçãoé muito grande, respeitada e influente. O Fretex foi criado para ser uma ramificação que pudessemovimentar e gerar dinheiro, já que a Instituição Exército da Salvação é uma ONG. O Fretex funciona daseguinte maneira: a população deposita roupas e acessórios em milhares de caçambas espalhadas pelopaís (móveis, artigos esportivos e muitos outros também podem ser doados por um outro sistema), asquais são coletadas diariamente pela instituição. Eu trabalho no galpão onde recebemos essas doaçõesda região de Oslo e seu entorno. Tendo uma das Rendas per capitas mais altas do mundo, você podeimaginar a quantidade e a qualidade do que recebemos. Apenas 15% conseguimos selecionar e organizar para serem enviados para 17 lojas próprias espalhadas pela região. Apesar de trabalharmosbastante com uma equipe de cerca de 20 pessoas, não conseguimos passar desse número. O consumoexcessivo em um dos países mais ricos do mundo é assustador. Os demais 85%, e o que sobra da triagem,é vendido a um preço muito baixo por quilo para outros países. Nessa separação muito também éseparado para projetos sociais dos quais participamos. Além disso, muitos funcionários são enviados pela instituição do governo que ajuda cidadãos de outros países , como exilados de guerra, que vêm

morar aqui atrás de uma melhor qualidade de vida, e de prisioneiros em condicional em busca de redução de pena e reinserção no mercado de trabalho. O impacto de uma instituição desta numa sociedade, tanto pelo lado social quanto ambiental, é gigantesco.

Ainda podemos melhorar, crescer e evoluir bastante e esse é meu grande objetivo na empresa, no entanto a cada dia trabalho minha paciência e tento focar admiração e satisfação de trabalhar em umaempresa que admiro. Isso não tem preço.

Acredito que numa visão geral a Noruega poderia melhorar muito como um todo quando o assunto éSustentabilidade, Economia Colaborativa e Criativa. Mas a Noruega ainda é um país novo rico, suaestrutura mudou e se desenvolveu apenas há pouco mais de 50 anos quando o petróleo foi descoberto e começou a gerar muita riqueza, a qual foi muito bem administrada e aplicada voltada ao desenvolvimento da sua população.

Se você viajar para a Dinamarca, por exemplo, um outro mundo também se abre. Copenhague respirasustentabilidade e conscientização. A bicicleta é um meio de transporte super disseminado, as opções deprodutos, tantos alimentícios quanto de moda e design, orgânicos e conscientes é infinita.

Mas acredito que o mais importante, e o que mais me encantou, é algo que é presente em todos os paísesnórdicos. A cultura de respeito, de sociedade e colaboração de todos para a manutenção do bem estarcomum é encantadora. Mas ao mesmo tempo nos deixa feliz por saber que isto existe, nos deixa tristeem perceber o quanto nosso país é sofrido e diferente. Afinal acredito que tal cultura e conscientizaçãovem desde os nativos dessa região, os Vikings, enquanto os nossos foram devastados e a nossasociedade atual se baseia em exploração e sofrimento.

Com isso, em outubro, deveríamos retornar ao Brasil, mas resolvemos ficar. Eu, uma carioca da gema, acostumada a ir a praia toda semana, escolhi morar por mais alguns anos num país que tem apenascerca de 5 horas de sol (na verdade, de luz natural) durante 7 meses por ano. Porque aqui aprendiREALMENTE que, ser queremos ser melhores, devemos ser essa mudança. Não podemos virar a cara quando outro cidadão não levanta do assento no ônibus lotado ao ver um idoso entrar; não podemosfazer a coisa certa e esperar que sejamos recompensados por isso, afinal ser honesto é o básico; nãopodemos reclamar do vizinho e cometer ‘ um crime mais leve’. Temos que nos auto corrigir e saber queninguém é melhor do que ninguém. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso que tem um caminhomuito longo até alcançar a sociedade desenvolvida, organizada e justa que merecemos.

Quero ficar aqui, aprender mais e poder voltar para contribuir ativamente nesse processo. Acreditoque unindo esses ensinamentos dos nórdicos com a nossa criatividade, nosso jogo de cintura e ginga podemos sim ter milhares de razões para acreditar que venceremos com louvor essa batalha em buscado desenvolvimento humano e sustentável em nosso território.

Fabi no centro, com colegas do Fretex =)

« Uma vez que sabemos e somos conscientes, somos responsáveis por nossaação ou nossa passividade. Podemos fazer algo a respeito disso ou ignorá-lo,mas, em qualquer caso, somos responsáveis pela decisão»

Jean-Paul Sartre

A sustentabilidade não é mais uma escolha, mas uma necessidade. O dia 13 deagosto deste ano foi o dia de Sobrecarga da Terra, ou seja, a humanidade

utilizou todos os recursos naturais existentes para o ano inteiro. Nos últimosduzentos anos consumimos um terço dos recursos naturais da Terra - recursosesses que demoraram 4,5 bilhões de anos para se formarem - o que quer dizerque consumimos tudo isso em 0.0000044% do tempo. E muita gente ainda não

tem noção do que isso representa e o quanto é preocupante.

Precisamos de um novo olhar - repensar hábitos, fazer novas escolhas, consumir causando menos impacto, criar consciência do peso das nossas

escolhas individuais - é urgente e real uma revolução na nossa forma de viver. Não dá mais para manter esse estilo de viver consumista e o um sistema

produtivo industrial que só visa lucro - consumir virou um ato político, por isso devemos colocar nosso tempo e dinheiro somente em coisas que

acreditamos. O poder está em nossas mãos.

Espero que essa terceira edição da Fanzine Semente lhe proporcione um novoolhar sobre a sustentabilidade e o consumo consciente e que você também

escolha construir esta nova realidade e ser parte da mudança por um mundomelhor.

Boa Leitura!Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Agradecimentos especiais:Fabiana Hargreaves da Costa

Ana Lúcia Flores Schmidt

Contato: [email protected] informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente

Versão para impressão

moda I design I sustentabilidade

edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

semente

Agradecimentos especiais:Fabiana Hargreaves da Costa

Ana Lúcia Flores Schmidt

Contato: [email protected] informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente

« Uma vez que sabemos e somos conscientes, somos responsáveis por nossaação ou nossa passividade. Podemos fazer algo a respeito disso ou ignorá-lo,mas, em qualquer caso, somos responsáveis pela decisão»

Jean-Paul Sartre

Moda, sustentabilidade e os EscandinavosImpressões de uma brasileira na terra dos vikings

Por Fabiana Hargreaves da Costa

Maior IDH do mundo, neve e Aurora Boreal. Essas eram as três únicas informações que tinha sobre aNoruega quando meu marido recebeu uma proposta de trabalho por 2 anos em Olso, capital do país,no final de 2013.

A princípio fiquei animada, apesar das inúmeras diferenças com o Brasil, gostei do desafio: morar em um lugar que nunca me imaginei e conhecer mais uma nova cultura. Afinal, se todos falavam sobre a sua organização e desenvolvimento, deveria ter muito a mostrar sobre sustentabilidade. Mas uma coisa tinha certeza, após os 2 anos, iria querer voltar para minha cidade maravilhosa. Ledo engano.

Meu primeiro ano foi muito difícil. Tinha acabado de começar um negócio próprio no Brasil e minha ideiade administrá-lo de tão longe foi impossível. Coloquei o projeto na gaveta e em paralelo comecei a procurar uma oportunidade na minha nova casa. Apesar da Noruega ser um país onde quase todos falam inglês, quando se quer trabalhar em uma área que não há muito mercado, como a Moda, vocêprecisa aprender a língua local. Embarquei na difícil missão de aprendê-la. Ainda estou no processo e há quase 1 ano estou trabalhando na empresa que queria, porém ainda longe de fazer o que vislumbro.

Hoje trabalho no Fretex, braço da Instituição Mundial Exército da Salvação. Na Noruega esta instituiçãoé muito grande, respeitada e influente. O Fretex foi criado para ser uma ramificação que pudessemovimentar e gerar dinheiro, já que a Instituição Exército da Salvação é uma ONG. O Fretex funciona daseguinte maneira: a população deposita roupas e acessórios em milhares de caçambas espalhadas pelopaís (móveis, artigos esportivos e muitos outros também podem ser doados por um outro sistema), asquais são coletadas diariamente pela instituição. Eu trabalho no galpão onde recebemos essas doaçõesda região de Oslo e seu entorno. Tendo uma das Rendas per capitas mais altas do mundo, você podeimaginar a quantidade e a qualidade do que recebemos. Apenas 15% conseguimos selecionar e organizar para serem enviados para 17 lojas próprias espalhadas pela região. Apesar de trabalharmosbastante com uma equipe de cerca de 20 pessoas, não conseguimos passar desse número. O consumoexcessivo em um dos países mais ricos do mundo é assustador. Os demais 85%, e o que sobra da triagem,é vendido a um preço muito baixo por quilo para outros países. Nessa separação muito também éseparado para projetos sociais dos quais participamos. Além disso, muitos funcionários são enviados pela instituição do governo que ajuda cidadãos de outros países , como exilados de guerra, que vêm

- Os pequenos negócios são os maiores geradores de empregos do país - cerca de52% dos empregos formais;

- Melhor distribuição de renda e desenvolvimento da comunidade local;

- Menos impacto ambiental com deslocamentos e produção;

- Exclusividade, diversidade e singularidades valorizadas;

- Fortalecimento das relações entre consumidores e produtores - é gente lidando com gente;

- Confiança, atenção, conveniência, serviços personalizados e formas especiais de negociar;

- Valorização do capital humano de quem está perto;

- Apoiar a realização de sonhos - seu dinheiro não vai para um executivo comprar mais umluxo, mas para uma criança fazer aulas de dança, um jovem pagar a faculdade, um pai ajudara família, para que pessoas como você também realizem seus desejos.

MOTIVOS PARA COMPRAR DOS PEQUENOS NEGÓCIOS!

#compredopequeno

morar aqui atrás de uma melhor qualidade de vida, e de prisioneiros em condicional em busca de redução de pena e reinserção no mercado de trabalho. O impacto de uma instituição desta numa sociedade, tanto pelo lado social quanto ambiental, é gigantesco.

Ainda podemos melhorar, crescer e evoluir bastante e esse é meu grande objetivo na empresa, no entanto a cada dia trabalho minha paciência e tento focar na admiração e satisfação de trabalhar em umaempresa que admiro. Isso não tem preço.

Acredito que numa visão geral a Noruega poderia melhorar muito como um todo quando o assunto éSustentabilidade, Economia Colaborativa e Criativa. Mas a Noruega ainda é um país novo rico, suaestrutura mudou e se desenvolveu apenas há pouco mais de 50 anos quando o petróleo foi descoberto e começou a gerar muita riqueza, a qual foi muito bem administrada e aplicada voltada ao desenvolvimento da sua população.

Se você viajar para a Dinamarca, por exemplo, um outro mundo também se abre. Copenhague respirasustentabilidade e conscientização. A bicicleta é um meio de transporte super disseminado, as opções deprodutos, tantos alimentícios quanto de moda e design, orgânicos e conscientes é infinita.

Mas acredito que o mais importante, e o que mais me encantou, é algo que é presente em todos os paísesnórdicos. A cultura de respeito, de sociedade e colaboração de todos para a manutenção do bem estarcomum é encantadora. Mas ao mesmo tempo que nos deixa feliz saber que isto existe, nos deixa triste em perceber o quanto nosso país é sofrido e diferente. Afinal acredito que tal cultura e conscientizaçãovem desde os nativos dessa região, os Vikings, enquanto os nossos foram devastados e a nossasociedade atual se baseia em exploração e sofrimento.

Com isso, em outubro, deveríamos retornar ao Brasil, mas resolvemos ficar. Eu, uma carioca da gema, acostumada a ir a praia toda semana, escolhi morar por mais alguns anos num país que tem apenascerca de 5 horas de sol (na verdade, de luz natural) durante 7 meses por ano. Porque aqui aprendiREALMENTE que, ser queremos ser melhores, devemos ser essa mudança. Não podemos virar a cara quando outro cidadão não levanta do assento no ônibus lotado ao ver um idoso entrar; não podemosfazer a coisa certa e esperar que sejamos recompensados por isso, afinal ser honesto é o básico; nãopodemos reclamar do vizinho e cometer ‘ um crime mais leve’. Temos que nos auto corrigir e saber queninguém é melhor do que ninguém. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso que tem um caminhomuito longo até alcançar a sociedade desenvolvida, organizada e justa que merecemos.

Quero ficar aqui, aprender mais e poder voltar para contribuir ativamente nesse processo. Acreditoque unindo esses ensinamentos dos nórdicos com a nossa criatividade, nosso jogo de cintura e ginga podemos sim ter milhares de razões para acreditar que venceremos com louvor essa batalha em buscado desenvolvimento humano e sustentável em nosso território.

Planejamento para comprar e autoconhecimento: O mais importante na hora de construir umguarda-roupa consciente é o autoconhecimento - se conhecer, se questionar, esclarecer o queé importante, entender meu estilo de vida, meu dia-a-dia, como quero me sentir. Precisamosolhar para nossas roupas e refletir se elas nos representam, se estão adequadas ao nossocotidiano. Só assim, me conhecendo e conhecendo meu armário posso escolher roupas quefuncionam para minha vida.Na hora de escolher as roupas que entram ou saem do guarda-roupa, a Cris falou sobre quatropilares importantes: o que veste bem meu corpo? o que tem a ver com a minha rotina? o quefaz meu olho brilhar? o que faz eu me sentir do jeito que quero me sentir? Depois de conhecer(e experimentar!) as peças do meu armário e tirar o que não faz mais sentido, o que falta? Asvezes descobrimos que não falta nada, que tirar o excesso nos permitiu ver novas possibilidades. Outras vezes percebemos que um sapato faria muita diferença, ou um tênis, ou roupas de frio. As vezes três ou quatro peças farão muita diferença, pois funcionarão como uma ‘cola’ que une as peças que já tenho.

Revitalizar o guarda-roupa é muito mais do que jogar tudo fora e comprar novo (olha o consumismo!). Não precisamos adquirir mil peças. Precisamos sim é de um novo olhar. Énecessário pesquisar preços, custo-benefício, entender os materiais das roupas, saber a procedência, planejar, escolher para, finalmente, colocar no nosso armário somente aquilo quetem significado e combina com nosso estilo de viver.

Para saber mais sobre a oficina de estilo: www.oficinadeestilo.com.br

Fabi no centro, com colegas do Fretex =)

Sobre o desapego: a ideia é ter no armário somente roupas que funcionam na nossa vida e desapegar é o primeiro passo para construir um guarda-roupa ideal e fortalecer a nossa identidade visual. Tudo que atrapalha deve sair. Devemos deixar no armário somente peças que podemos contar( pegar amanhã e vestir!) Na hora do desapego vale se questionar: se fosse hoje e eu estivesse numa loja, compraria essa roupa? Eu posso vestir essa roupa amanhã de manhã? Mas lembre: às vezes pequenas reformas e customizações fazem a diferença e deixam as peças com a nossa cara.Ah, e desapegar é diferente de descartar. Vender, trocar, compartilhar e doar são verbos que conjugam bem com o consumo consciente! E lembre-se: a ideia é fazeruma revitalização inicial e ir ajustando com o tempo e não desapegar de duas malas de roupas a cada seis meses

.

O guarda-roupa ideal: é muito limitador dizer que o guarda-roupa ideal tem isso ou aquilo. O armário ideal é aquele que se adapta à nossa vida. com peças que acompanhem nosso estilo de viver. O bacana é que cada peça combine com pelo menos outras 3 peças - exemplo: se tenho uma blusa que só combina com um short, essa blusa está sub utilizada e não funciona no meu guarda-roupa. Vale pensar nisso na hora de comprar também: será que essa peça pode ser usada com pelo menos outras três que eu já tenho?

AMARDURACriações Experimentais

A Oficina de Estilo é feita pela Fê e pela Cris, duas consultoras de estilo que acreditam no autoconhecimento como ferramenta para construir um guarda-roupa mais autêntico e consciente. Em uma entrevista, a Cris falou sobre consumo consciente, boas escolhas, guarda-roupa ideal e autoconhecimento. Confere só as partes mais bacanas:

Sobre o consumo consciente: A Cris conta que elas batem muito nessa tecla e que quando se fala sobre esse assunto logo pensamos em ‘que tipo de produtos são mais conscientes?’, quando, na verdade, essa questão tem muito mais a ver com o impulso da compra do que com o produto em si. Então, a questão do consumo consciente refere-se principalmente ao exagero, à quantidade de coisas que compramos sem necessidade (e sem pensar!) - porque o que destrói o nosso planeta é a ideia de que os recursos nunca vão acabar (mas eles vão se continuarmos desse jeito!). A solução é refletir antes de comprar. Eu já tenho? Preciso? Posso? Esse produto é importante para mim? Por que estou comprando isso? As vezes a gente compra uma blusa mas queria mesmo era um abraço, ou estar na praia descansando, ou mais horas de sono. Pensar e questionar sobre o porquê da compra nos dá ferramentas para fazer escolhas mais conscientes e adquirir somente o que faz sentido para a nossa vida. Quebrar o ciclo de consumismo doido do capitalismo e ter consciência do peso que a nossa forma de consumir tem é uma das chaves para encontrar um estilo de vida mais sustentável.

.

Sobre o guarda-roupa bem montado e consciente: elas falam que o guarda-roupa consciente éconciso, não tem muitas roupas. Menos é mais. Quanto mais peças uma pessoa tem, menos ela usa, porque a quantidade atrapalha na hora de escolher e, por isso, acabamos vestindo sempre as mesmas coisas. Além disso, é importante o guarda-roupa ser coordenável, com peças que combinem entre si - assim, mesmo com menos peças é um armário bem utilizado e constantemente atualizado - não por tendências, mas pelo uso contínuo das peças, que aos poucos vão sendo substituídas, o que faz muito mais sentido e é mais consciente.

Etiquetas de Composição!

como entender os símbolos e cuidar das suas roupas para que elasdurem mais!

LAVAGEM:

não lavar namáquina

lavar àmão

lavagemsuave

lavagemmuito suave

70lavagem normal

máx. 70º

40lavagem normal

máx. 40º

50lavagem suave

máx. 50º

90lavagem normal

máx. 90º

não alvejar /não branquear

somente alvejamentocom oxigênio

(não usar cloro)

qualquer alvejanteoxidante

secar emvaral

secar àsombra

não secarem tambor

(na máquina)

secagemhorizontal

secar em tamborem baixa

temperatura

secar em tambornormal

secagem porgotejamento

máx. 110º(acrílico, nylon,

acetato)

máx. 150º(lã e misturascom poliéster)

máx. 200º(algodão ou

linho)não passar

não limpara seco

Alavável a secocom todos os

solventes

Flavável a seco com

solvente R13 ehidrocarboneto

Plavável a seco empercloroetileno,

solvente R13,hidrocarboneto e

solvente R11

*

* listamos as mais comuns, há outras simbologias mais utilizadas para lavagens profissionais.

ALVEJAMENTO:

SECAGEM:

PASSADORIA:

LIMPEZA A SECO:

armadura - do dicionário: conjunto de peças protetoras do corpo dos antigos guerreiros. AMARDURA - muito além dos escudos que por vezes vestimos, são roupas que nos protegem commuito mais amor e mais vida, feitas com alma e afeto.

Criada pela Milena Akemi Hassegawa Saito, a AMARDURA é uma marca de roupas experimental eintuitiva, onde a moda é vista como forma de expressão, de liberdade e descoberta. É a ideia do ser, da identidade, das pessoas que estão dentro das roupas costurada em cada peça de forma muitoespecial.

A marca não segue tendências nem cronograma de lançamento de coleções. As roupas vão simplesmenteacontecendo e são criadas no seu tempo - e nenhuma peça sai de linha, todas ficam disponíveis paraserem encomendadas, numa nova forma de criar e comprar, sem amarras, sem as loucuras de novoslançamentos semestrais ou de calendários a serem seguidos.

Com produção artesanal, as roupas podem ser personalizadas e assim o consumidor atua comoco-criador da sua peça, valorizando a singularidade de cada um. Os modelos estão disponíveis emdiversas cores e estampas e os detalhes de decotes e comprimentos podem ser alterados.

A AMARDURA também utiliza muito o crochê ( ele faz parte da essência da marca), como forma de resgatar e valorizar essa técnica artesanal que passa de geração para geração. O feito à mão sempretem a energia especial da pessoa que fez aquele trabalho, com sua história de vida, alegrias e jeitoúnico de fazer as coisas. As máquinas e tecnologias são importantes, mas o fazer é parte essencial da nossa história e da nossa ligação com outros seres humanos. E esse feito à mão também estápresente nas estampas artesanais produzidas com carimbos criados em parceria com amigosilustradores.

Além desse trabalho com a pegada slow fashion, a AMARDURA tem o cuidado de reaproveitar osretalhos que sobram da melhor maneira possível em suas criações e incentivar a customização paraque a peça dure mais.

É mais do que apenas produzir e vender roupas. É buscar uma nova consciência de consumo, com focono ser, no criar, no transformar. É mudar o mundo deixando de lado as armaduras para vestir-se deamor, de amar.

Guarda-roupa bem montado e consumo consciente!

Entrevista com Oficina de Estilo

www.oficinadeestilo.com.br

www.amardura.blogspot.com

A sustentabilidade não é mais uma escolha, mas uma necessidade. O dia 13 deagosto deste ano foi o dia de Sobrecarga da Terra, ou seja, a humanidade

utilizou todos os recursos naturais existentes para o ano inteiro. Nos últimosduzentos anos consumimos um terço dos recursos naturais da Terra - recursosesses que demoraram 4,5 bilhões de anos para se formarem - o que quer dizerque consumimos tudo isso em 0.0000044% do tempo. E muita gente ainda não

tem noção do que isso representa e o quanto é preocupante.

Precisamos de um novo olhar - repensar hábitos, fazer novas escolhas, consumir causando menos impacto, criar consciência do peso das nossas

escolhas individuais - é urgente e real uma revolução na nossa forma de viver. Não dá mais para manter esse estilo de viver consumista e o sistema

produtivo industrial que só visa lucro - consumir virou um ato político, por isso devemos colocar nosso tempo e dinheiro somente em coisas que

acreditamos. O poder está em nossas mãos.

Espero que essa terceira edição da Fanzine Semente lhe proporcione um novoolhar sobre a sustentabilidade e o consumo consciente e que você também

escolha construir esta nova realidade e ser parte da mudança por um mundomelhor.

Boa Leitura!Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Versão virtual

moda I design I sustentabilidade

edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

semente

« Uma vez que sabemos e somos conscientes, somos responsáveis por nossaação ou nossa passividade. Podemos fazer algo a respeito disso ou ignorá-lo,mas, em qualquer caso, somos responsáveis pela decisão»

Jean-Paul Sartre

A sustentabilidade não é mais uma escolha, mas uma necessidade. O dia 13 de agosto deste ano foi o dia de Sobrecarga da Terra, ou seja, a humanidadeutilizou todos os recursos naturais existentes para o ano inteiro. Nos últimos duzentos anos consumimos um terço dos recursos naturais da Terra -

recursos esses que demoraram 4,5 bilhões de anos para se formarem - o que quer dizer que consumimos tudo isso em 0.0000044% do tempo. E muita gente ainda não tem noção do que isso representa e o quanto é preocupante.

Precisamos de um novo olhar - repensar hábitos, fazer novas escolhas, consumir causando menos impacto, criar consciência do peso das nossasescolhas individuais - é urgente e real uma revolução na nossa forma de viver. Não dá mais para manter esse estilo de viver consumista e o sistema

produtivo industrial que só visa lucro - consumir virou um ato político, por isso devemos colocar nosso tempo e dinheiro somente em coisas queacreditamos. O poder está em nossas mãos.

Espero que essa terceira edição da Fanzine Semente lhe proporcione um novo olhar sobre a sustentabilidade e o consumo consciente e que você tambémescolha construir esta nova realidade e ser parte da mudança por um mundo

melhor.

Boa Leitura!Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Moda, sustentabilidade e os EscandinavosImpressões de uma brasileira na terra dos vikings

Por Fabiana Hargreaves da Costa

Maior IDH do mundo, neve e Aurora Boreal. Essas eram as três únicas informações que tinha sobre aNoruega quando meu marido recebeu uma proposta de trabalho por 2 anos em Olso, capital do país,no final de 2013.

A princípio fiquei animada, apesar das inúmeras diferenças com o Brasil, gostei do desafio: morar em um lugar que nunca me imaginei e conhecer mais uma nova cultura. Afinal, se todos falavam sobre a sua organização e desenvolvimento, deveria ter muito a mostrar sobre sustentabilidade. Mas uma coisa tinha certeza, após os 2 anos, iria querer voltar para minha cidade maravilhosa. Ledo engano.

Meu primeiro ano foi muito difícil. Tinha acabado de começar um negócio próprio no Brasil e minha ideiade administrá-lo de tão longe foi impossível. Coloquei o projeto na gaveta e em paralelo comecei a procurar uma oportunidade na minha nova casa. Apesar da Noruega ser um país onde quase todos falam inglês, quando se quer trabalhar em uma área que não há muito mercado, como a Moda, vocêprecisa aprender a língua local. Embarquei na difícil missão de aprendê-la. Ainda estou no processo e há quase 1 ano estou trabalhando na empresa que queria, porém ainda longe de fazer o que vislumbro.

Hoje trabalho no Fretex, braço da Instituição Mundial Exército da Salvação. Na Noruega esta instituiçãoé muito grande, respeitada e influente. O Fretex foi criado para ser uma ramificação que pudessemovimentar e gerar dinheiro, já que a Instituição Exército da Salvação é uma ONG. O Fretex funciona daseguinte maneira: a população deposita roupas e acessórios em milhares de caçambas espalhadas pelopaís (móveis, artigos esportivos e muitos outros também podem ser doados por um outro sistema), asquais são coletadas diariamente pela instituição. Eu trabalho no galpão onde recebemos essas doaçõesda região de Oslo e seu entorno. Tendo uma das Rendas per capitas mais altas do mundo, você podeimaginar a quantidade e a qualidade do que recebemos. Apenas 15% conseguimos selecionar e organizar para serem enviados para 17 lojas próprias espalhadas pela região. Apesar de trabalharmosbastante com uma equipe de cerca de 20 pessoas, não conseguimos passar desse número. O consumoexcessivo em um dos países mais ricos do mundo é assustador. Os demais 85%, e o que sobra da triagem,é vendido a um preço muito baixo por quilo para outros países. Nessa separação muito também éseparado para projetos sociais dos quais participamos. Além disso, muitos funcionários são enviados pela instituição do governo que ajuda cidadãos de outros países , como exilados de guerra, que vêm

morar aqui atrás de uma melhor qualidade de vida, e de prisioneiros em condicional em busca de redução de pena e reinserção no mercado de trabalho. O impacto de uma instituição desta numa sociedade, tanto pelo lado social quanto ambiental, é gigantesco.

Ainda podemos melhorar, crescer e evoluir bastante e esse é meu grande objetivo na empresa, no entanto a cada dia trabalho minha paciência e tento focar na admiração e satisfação de trabalhar em uma empresa que admiro. Isso não tem preço.

Acredito que numa visão geral a Noruega poderia melhorar muito como um todo quando o assunto éSustentabilidade, Economia Colaborativa e Criativa. Mas a Noruega ainda é um país novo rico, suaestrutura mudou e se desenvolveu apenas há pouco mais de 50 anos quando o petróleo foi descoberto e começou a gerar muita riqueza, a qual foi muito bem administrada e aplicada voltada ao desenvolvimento da sua população.

Se você viajar para a Dinamarca, por exemplo, um outro mundo também se abre. Copenhague respirasustentabilidade e conscientização. A bicicleta é um meio de transporte super disseminado, as opções deprodutos, tantos alimentícios quanto de moda e design, orgânicos e conscientes é infinita.

Mas acredito que o mais importante, e o que mais me encantou, é algo que é presente em todos os paísesnórdicos. A cultura de respeito, de sociedade e colaboração de todos para a manutenção do bem estarcomum é encantadora. Mas ao mesmo tempo que nos deixa feliz por saber que isto existe, nos deixa tristeem perceber o quanto nosso país é sofrido e diferente. Afinal acredito que tal cultura e conscientizaçãovem desde os nativos dessa região, os Vikings, enquanto os nossos foram devastados e a nossasociedade atual se baseia em exploração e sofrimento.

Com isso, em outubro, deveríamos retornar ao Brasil, mas resolvemos ficar. Eu, uma carioca da gema, acostumada a ir a praia toda semana, escolhi morar por mais alguns anos num país que tem apenascerca de 5 horas de sol (na verdade, de luz natural) durante 7 meses por ano. Porque aqui aprendiREALMENTE que, ser queremos ser melhores, devemos ser essa mudança. Não podemos virar a cara quando outro cidadão não levanta do assento no ônibus lotado ao ver um idoso entrar; não podemosfazer a coisa certa e esperar que sejamos recompensados por isso, afinal ser honesto é o básico; nãopodemos reclamar do vizinho e cometer ‘ um crime mais leve’. Temos que nos auto corrigir e saber queninguém é melhor do que ninguém. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso que tem um caminhomuito longo até alcançar a sociedade desenvolvida, organizada e justa que merecemos.

Quero ficar aqui, aprender mais e poder voltar para contribuir ativamente nesse processo. Acreditoque unindo esses ensinamentos dos nórdicos com a nossa criatividade, nosso jogo de cintura e ginga podemos sim ter milhares de razões para acreditar que venceremos com louvor essa batalha em buscado desenvolvimento humano e sustentável em nosso território.

Fabi no centro, com colegas do Fretex =)

armadura - do dicionário: conjunto de peças protetoras do corpo dos antigos guerreiros. AMARDURA - muito além dos escudos que por vezes vestimos, são roupas que nos protegem commuito mais amor e mais vida, feitas com alma e afeto.

Criada pela Milena Akemi Hassegawa Saito, a AMARDURA é uma marca de roupas experimental eintuitiva, onde a moda é vista como forma de expressão, de liberdade e descoberta. É a ideia do ser, da identidade, das pessoas que estão dentro das roupas costurada em cada peça de forma muitoespecial.

A marca não segue tendências nem cronograma de lançamento de coleções. As roupas vão simplesmenteacontecendo e são criadas no seu tempo - e nenhuma peça sai de linha, todas ficam disponíveis paraserem encomendadas, numa nova forma de criar e comprar, sem amarras, sem as loucuras de novoslançamentos semestrais ou de calendários a serem seguidos.

Com produção artesanal, as roupas podem ser personalizadas e assim o consumidor atua comoco-criador da sua peça, valorizando a singularidade de cada um. Os modelos estão disponíveis emdiversas cores e estampas e os detalhes de decotes e comprimentos podem ser alterados.

A AMARDURA também utiliza muito o crochê ( ele faz parte da essência da marca), como forma de resgatar e valorizar essa técnica artesanal que passa de geração para geração. O feito à mão sempretem a energia especial da pessoa que fez aquele trabalho, com sua história de vida, alegrias e jeitoúnico de fazer as coisas. As máquinas e tecnologias são importantes, mas o fazer é parte essencial da nossa história e da nossa ligação com outros seres humanos. E esse feito à mão também estápresente nas estampas artesanais produzidas com carimbos criados em parceria com amigosilustradores.

Além desse trabalho com a pegada slow fashion, a AMARDURA tem o cuidado de reaproveitar osretalhos que sobram da melhor maneira possível em suas criações e incentivar a customização paraque a peça dure mais.

É mais do que apenas produzir e vender roupas. É buscar uma nova consciência de consumo, com focono ser, no criar, no transformar. É mudar o mundo deixando de lado as armaduras para vestir-se deamor, de amar.

AMARDURACriações Experimentais

Etiquetas de Composição!

como entender os símbolos e cuidar das suas roupas para que elasdurem mais!

LAVAGEM:

não lavar namáquina

lavar àmão

lavagemsuave

lavagemmuito suave

70lavagem normal

máx. 70º

40lavagem normal

máx. 40º

50lavagem suave

máx. 50º

90lavagem normal

máx. 90º

não alvejar /não branquear

somente alvejamentocom oxigênio

(não usar cloro)

qualquer alvejanteoxidante

secar emvaral

secar àsombra

não secarem tambor

(na máquina)

secagemhorizontal

secar em tamborem baixa

temperatura

secar em tambornormal

secagem porgotejamento

máx. 110º(acrílico, nylon,

acetato)

máx. 150º(lã e misturascom poliéster)

máx. 200º(algodão ou

linho)não passar

não limpara seco

Alavável a secocom todos os

solventes

Flavável a seco com

solvente R13 ehidrocarboneto

Plavável a seco empercloroetileno,

solvente R13,hidrocarboneto e

solvente R11

*

* listamos as mais comuns, há outras simbologias mais utilizadas para lavagens profissionais.

ALVEJAMENTO:

SECAGEM:

PASSADORIA:

LIMPEZA A SECO:Guarda-roupa bem montado e

consumo consciente!

Entrevista com Oficina de Estilo

A Oficina de Estilo é feita pela Fê e pela Cris, duas consultoras de estilo que acreditam no autoconhecimento como ferramenta para construir um guarda-roupa mais autêntico e consciente. Em uma entrevista, a Cris falou sobre consumo consciente, boas escolhas, guarda-roupa ideal e autoconhecimento. Confere só as partes mais bacanas:

Sobre o consumo consciente: A Cris conta que elas batem muito nessa tecla e que quando se fala sobre esse assunto logo pensamos em ‘que tipo de produtos são mais conscientes?’, quando, na verdade, essa questão tem muito mais a ver com o impulso da compra do que com o produto em si. Então, a questão do consumo consciente refere-se principalmente ao exagero, à quantidade de coisas que compramos sem necessidade (e sem pensar!) - porque o que destrói o nosso planeta é a ideia de que os recursos nunca vão acabar (mas eles vão se continuarmos desse jeito!). A solução é refletir antes de comprar. Eu já tenho? Preciso? Posso? Esse produto é importante para mim? Por que estou comprando isso? As vezes a gente compra uma blusa mas queria mesmo era um abraço, ou estar na praia descansando, ou mais horas de sono. Pensar e questionar sobre o porquê da compra nos dá ferramentas para fazer escolhas mais conscientes e adquirir somente o que faz sentido para a nossa vida. Quebrar o ciclo de consumismo doido do capitalismo e ter consciência do peso que a nossa forma de consumir tem é uma das chaves para encontrar um estilo de vida mais sustentável.

.

Sobre o guarda-roupa bem montado e consciente: elas falam que o guarda-roupa consciente éconciso, não tem muitas roupas. Menos é mais. Quanto mais peças uma pessoa tem, menos ela usa, porque a quantidade atrapalha na hora de escolher e, por isso, acabamos vestindo sempre as mesmas coisas. Além disso, é importante o guarda-roupa ser coordenável, com peças que combinem entre si - assim, mesmo com menos peças é um armário bem utilizado e constantemente atualizado - não por tendências, mas pelo uso contínuo das peças, que aos poucos vão sendo substituídas, o que faz muito mais sentido e é mais consciente.

www.oficinadeestilo.com.br

Sobre o desapego: a ideia é ter no armário somente roupas que funcionam na nossa vida e desapegar é o primeiro passo para construir um guarda-roupa ideal e fortalecer a nossa identidade visual. Tudo que atrapalha deve sair. Devemos deixar no armário somente peças que podemos contar( pegar amanhã e vestir!) Na hora do desapego vale se questionar: se fosse hoje e eu estivesse numa loja, compraria essa roupa? Eu posso vestir essa roupa amanhã de manhã? Mas lembre: às vezes pequenas reformas e customizações fazem a diferença e deixam as peças com a nossa cara.Ah, e desapegar é diferente de descartar. Vender, trocar, compartilhar e doar são verbos que conjugam bem com o consumo consciente! E lembre-se: a ideia é fazeruma revitalização inicial e ir ajustando com o tempo e não desapegar de duas malas de roupas a cada seis meses.

.

O guarda-roupa ideal: é muito limitador dizer que o guarda-roupa ideal tem isso ou aquilo. O armário ideal é aquele que se adapta à nossa vida com peças que acompanhem nosso estilo de viver. O bacana é que cada peça combine com pelo menos outras 3 peças - exemplo: se tenho uma blusa que só combina com um short, essa blusa está sub utilizada e não funciona no meu guarda-roupa. Vale pensar nisso na hora de comprar também: será que essa peça pode ser usada com pelo menos outras três que eu já tenho?

Planejamento para comprar e autoconhecimento: O mais importante na hora de construir umguarda-roupa consciente é o autoconhecimento - se conhecer, se questionar, esclarecer o queé importante, entender meu estilo de vida, meu dia-a-dia, como quero me sentir. Precisamosolhar para nossas roupas e refletir se elas nos representam, se estão adequadas ao nossocotidiano. Só assim, me conhecendo e conhecendo meu armário posso escolher roupas quefuncionam para minha vida.Na hora de escolher as roupas que entram ou saem do guarda-roupa, a Cris falou sobre quatropilares importantes: o que veste bem meu corpo? o que tem a ver com a minha rotina? o quefaz meu olho brilhar? o que faz eu me sentir do jeito que quero me sentir? Depois de conhecer(e experimentar!) as peças do meu armário e tirar o que não faz mais sentido, o que falta? Asvezes descobrimos que não falta nada, que tirar o excesso nos permitiu ver novas possibilidades. Outras vezes percebemos que um sapato faria muita diferença, ou um tênis, ou roupas de frio. As vezes três ou quatro peças farão muita diferença, pois funcionarão como uma ‘cola’ que une as peças que já tenho.

Revitalizar o guarda-roupa é muito mais do que jogar tudo fora e comprar novo (olha o consumismo!). Não precisamos adquirir mil peças. Precisamos sim é de um novo olhar. Énecessário pesquisar preços, custo-benefício, entender os materiais das roupas, saber a procedência, planejar, escolher para, finalmente, colocar no nosso armário somente aquilo quetem significado e combina com nosso estilo de viver.

Para saber mais sobre a Oficina de Estilo é só acessar: www.oficinadeestilo.com.br

- Os pequenos negócios são os maiores geradores de empregos do país - cerca de52% dos empregos formais;

- Melhor distribuição de renda e desenvolvimento da comunidade local;

- Menos impacto ambiental com deslocamentos e produção;

- Exclusividade, diversidade e singularidades valorizadas;

- Fortalecimento das relações entre consumidores e produtores - é gente lidando com gente;

- Confiança, atenção, conveniência, serviços personalizados e formas especiais de negociar;

- Valorização do capital humano de quem está perto;

- Apoiar a realização de sonhos - seu dinheiro não vai para um executivo comprar mais umluxo, mas para uma criança fazer aulas de dança, um jovem pagar a faculdade, um pai ajudara família, para que pessoas como você também realizem seus desejos.

MOTIVOS PARA COMPRAR DOS PEQUENOS NEGÓCIOS!

#compredopequeno

Agradecimentos especiais:Fabiana Hargreaves da Costa

Ana Lúcia Flores Schmidt

Contato: [email protected] informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

Page 4: lojaluscofusco.com.br · v ersão pilo to moda I design I susten tabilidade edição três I ano um Lusco Fusco EcoFashion apresenta: www .lojaluscofusco.com.br instagram.com/l

versão piloto

moda I design I sustentabilidade

edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

semente

Sobre o desapego: a ideia é ter no armário somente roupas que funcionam na nossa vida e desapegar é o primeiro passo para construir um guarda-roupa ideal e fortalecer a nossa identidade visual. Tudo que atrapalha deve sair. Devemos deixar no armário somente peças que podemos contar( pegar amanhã e vestir!) Na hora do desapego vale se questionar: se fosse hoje e eu estivesse numa loja, compraria essa roupa? Eu posso vestir essa roupa amanhã de manhã? Mas vale lembrar: às vezes pequenas reformas e customizações fazem a diferença e deixam as peças com a nossa cara.Ah, e desapegar é diferente de descartar. Vender, trocar, compartilhar e doar são verbos que conjugam bem com o consumo consciente! E lembre-se: a ideia é fazeruma revitalização inicial e ir ajustando com o tempo e não desapegar de duas malas de roupas a cada seis meses

.

O guarda-roupa ideal: é muito limitador dizer que o guarda-roupa ideal tem isso ou aquilo. O armário ideal é aquele que se adapta à nossa vida. com peças que acompanhem nosso estilo de viver. O bacana é que cada peça combine com pelo menos outras 3 peças - exemplo: se tenho uma blusa que só combina com um short, essa blusa está sub utilizada e não funciona no meu guarda-roupa. Vale pensar nisso na hora de comprar também: será que essa peça pode ser usada com pelo menos outras três que eu já tenho?

Planejamento para comprar e autoconhecimento: O mais importante na hora de construir umguarda-roupa consciente é o autoconhecimento - se conhecer, se questionar, esclarecer o queé importante, entender meu estilo de vida, meu dia-a-dia, como quero me sentir. Precisamosolhar para nossas roupas e refletir se elas nos representam, se estão adequadas ao nossocotidiano. Só assim, me conhecendo e conhecendo meu armário posso escolher roupas quefuncionam para minha vida.Na hora de escolher as roupas que entram ou saem do guarda-roupa, a Cris falou sobre quatropilares importantes: o que veste bem meu corpo? o que tem a ver com a minha rotina? o quefaz meu olho brilhar? o que faz eu me sentir do jeito que quero me sentir? Depois de conhecer(e experimentar!) as peças do meu armário e tirar o que não faz mais sentido, o que falta? Asvezes descobrimos que não falta nada, que tirar o excesso nos permitiu ver novas possibilidades. Outras vezes percebemos que um sapato faria muita diferença, ou um tênis, ou roupas de frio. As vezes três ou quatro peças farão muita diferença, pois funcionarão como uma ‘cola’ que une as peças que já tenho.

Revitalizar o guarda-roupa é muito mais do que jogar tudo fora e comprar novo (olha o consumismo!). Não precisamos adquirir mil peças. Precisamos sim é de um novo olhar. Énecessário pesquisar preços, custo-benefício, entender os materiais das roupas, saber a procedência, planejar, escolher para, finalmente, colocar no nosso armário somente aquilo quetem significado e combina com nosso estilo de viver.

- Os pequenos negócios são os maiores geradores de empregos do país - cerca de52% dos empregos formais;

- Melhor distribuição de renda e desenvolvimento da comunidade local;

- Menos impacto ambiental com deslocamentos e produção;

- Exclusividade, diversidade e singularidades valorizadas;

- Fortalecimento das relações entre consumidores e produtores - é gente lidando com gente;

- Confiança, atenção, conveniência, serviços personalizados e formas especiais de negociar;

- Valorização do capital humano de quem está perto;

- Apoiar a realização de sonhos - seu dinheiro não vai para um executivo comprar mais umluxo, mas para uma criança fazer aulas de dança, um jovem pagar a faculdade, um pai ajudara família, para que pessoas como você também realizem seus desejos.

MOTIVOS PARA COMPRAR DOS PEQUENOS NEGÓCIOS!

#compredopequeno

Guarda-roupa bem montado e consumo consciente!

Entrevista com Oficina de Estilo

A Oficina de Estilo é feita pela Fê e pela Cris, duas consultoras de estilo que acreditam no autoconhecimento como ferramenta para construir um guarda-roupa mais autêntico e consciente. Em uma entrevista, a Cris falou sobre consumo consciente, boas escolhas, guarda-roupa ideal e autoconhecimento. Confere só as partes mais bacanas:

Sobre o consumo consciente: A Cris conta que elas batem muito nessa tecla e que quando se fala sobreesse assunto logo pensamos em ‘que tipo de produtos são mais conscientes?’, quando, na verdade, essa questão tem muito mais a ver com o impulso da compra do que com o produto em si. Então, a questão do consumo consciente refere-se principalmente ao exagero, à quantidade de coisas que compramos sem necessidade (e sem pensar!) - porque o que destrói o nosso planeta é a ideia de queos recursos nunca vão acabar (mas eles vão se continuarmos desse jeito!). A solução é refletir antesde comprar. Eu já tenho? Preciso? Posso? Esse produto é importante para mim? Por que estoucomprando isso? As vezes a gente compra uma blusa mas queria mesmo era um abraço, ou estar na praia descansando, ou mais horas de sono. Pensar e questionar sobre o porquê da compra nos dá ferramentas para fazer escolhas mais conscientes e adquirir somente o que faz sentido para a nossa vida. Quebrar o ciclo de consumismo doido do capitalismo e ter consciência do peso que a nossa forma de consumir tem é uma das chaves para encontrar um estilo de vida mais sustentável.

.

Sobre o guarda-roupa bem montado e consciente: elas falam que o guarda-roupa consciente éconciso, não tem muitas roupas. Menos é mais. Quanto mais peças uma pessoa tem, menos ela usa, porque a quantidade atrapalha na hora de escolher e, por isso, acabamos vestindo sempre as mesmas coisas. Além disso, é importante o guarda-roupa ser coordenável, com peças que combinem entre si - assim, mesmo com menos peças é um armário bem utilizado e constantemente atualizado - não por tendências, mas pelo uso contínuo das peças, que aos poucos vão sendo substituídas, o que faz muitomais sentido e é mais consciente.

www.oficinadeestilo.com.br

armadura - do dicionário: conjunto de peças protetoras do corpo dos antigos guerreiros. AMARDURA - muito além dos escudos que por vezes vestimos, são roupas que nos protegem commuito mais amor e mais vida, feitas com alma e afeto.

Criada pela Milena Akemi Hassegawa Saito, a AMARDURA é uma marca de roupas experimental eintuitiva, onde a moda é vista como forma de expressão, de liberdade e descoberta. É a ideia do ser, da identidade, das pessoas que estão dentro das roupas costurada em cada peça de forma muitoespecial.

A marca não segue tendências nem cronograma de lançamento de coleções. As roupas vão simplesmenteacontecendo e são criadas no seu tempo - e nenhuma peça sai de linha, todas ficam disponíveis paraserem encomendadas, numa nova forma de criar e comprar, sem amarras, sem as loucuras de novoslançamentos semestrais ou de calendários a serem seguidos.

Com produção artesanal, as roupas podem ser personalizadas e assim o consumidor atua comoco-criador da sua peça, valorizando a singularidade de cada um. Os modelos estão disponíveis emdiversas cores e estampas e os detalhes de decotes e comprimentos podem ser alterados.

A AMARDURA também utiliza muito o crochê ( ele faz parte da essência da marca), como forma de resgatar e valorizar essa técnica artesanal que passa de geração para geração. O feito à mão sempretem a energia especial da pessoa que fez aquele trabalho, com sua história de vida, alegrias e jeitoespecial de fazer as coisas. As máquinas e tecnologias são importantes, mas o fazer é parte essencial da nossa história e da nossa ligação com outros seres humanos. E esse feito à mão também estápresente nas estampas artesanais produzidas com carimbos criados em parceria com amigosilustradores.

Além desse trabalho com a pegada slow fashion, a AMARDURA tem o cuidado de reaproveitar osretalhos que sobram da melhor maneira possível em suas criações e incentivar a customização paraque a peça dure mais.

É mais do que apenas produzir e vender roupas. É buscar uma nova consciência de consumo, com focono ser, no criar, no transformar. É mudar o mundo deixando de lado as armaduras para vestir-se deamor, de amar.

AMARDURACriações Experimentais

Etiquetas de Composição!

como entender os símbolos e cuidar das suas roupas para que elasdurem mais!

LAVAGEM:

não lavar namáquina

lavar àmão

lavagemsuave

lavagemmuito suave

70lavagem normal

máx. 70º

40lavagem normal

máx. 40º

50lavagem suave

máx. 50º

90lavagem normal

máx. 90º

não alvejar /não branquear

somente alvejamentocom oxigênio

(não usar cloro)

qualquer alvejanteoxidante

secar emvaral

secar àsombra

não secarem tambor

(na máquina)

secagemhorizontal

secar em tamborem baixa

temperatura

secar em tambornormal

secagem porgotejamento

máx. 110º(acrílico, nylon,

acetato)

máx. 150º(lã e misturascom poliéster)

máx. 200º(algodão ou

linho)não passar

não limpara seco

Alavável a secocom todos os

solventes

Flavável a seco com

solvente R13 ehidrocarboneto

Plavável a seco empercloroetileno,

solvente R13,hidrocarboneto e

solvente R11

*

* listamos as mais comuns, há outras simbologias mais utilizadas para lavagens profissionais.

ALVEJAMENTO:

SECAGEM:

PASSADORIA:

LIMPEZA A SECO:

Moda, sustentabilidade e os EscandinavosImpressões de uma brasileira na terra dos vikings

Por Fabiana Hargreaves da Costa

Maior IDH do mundo, neve e Aurora Boreal. Essas eram as três únicas informações que tinha sobre aNoruega quando meu marido recebeu uma proposta de trabalho por 2 anos em Olso, capital do país,no final de 2013.

A princípio fiquei animada, apesar das inúmeras diferenças com o Brasil, gostei do desafio: morar em um lugar que nunca me imaginei e conhecer mais uma nova cultura. Afinal, se todos falavam sobre a sua organização e desenvolvimento, deveria ter muito a mostrar sobre sustentabilidade. Mas uma coisa tinha certeza, após os 2 anos, iria querer voltar para minha cidade maravilhosa. Ledo engano.

Meu primeiro ano foi muito difícil. Tinha acabado de começar um negócio próprio no Brasil e minha ideiade administra-lo de tão longe foi impossível. Coloquei o projeto na gaveta e em paralelo comecei a procurar uma oportunidade na minha nova casa. Apesar na Noruega ser um país onde quase todos falam inglês, quando se quer trabalhar em uma área que não há muito mercado, como a Moda, vocêprecisa aprender a língua local. Embarquei na difícil missão de aprendê-la. Ainda estou no processo e há quase 1 ano estou trabalhando na empresa que queria, porém ainda longe de fazer o que vislumbro.

Hoje trabalho no Fretex, braço da Instituição Mundial Exército da Salvação. Na Noruega esta instituiçãoé muito grande, respeitada e influente. O Fretex foi criado para ser uma ramificação que pudessemovimentar e gerar dinheiro, já que a Instituição Exército da Salvação é uma ONG. O Fretex funciona daseguinte maneira: a população deposita roupas e acessórios em milhares de caçambas espalhadas pelopaís (móveis, artigos esportivos e muitos outros também podem ser doados por um outro sistema), asquais são coletadas diariamente pela instituição. Eu trabalho no galpão onde recebemos essas doaçõesda região de Oslo e seu entorno. Tendo uma das Rendas per capitas mais altas do mundo, você podeimaginar a quantidade e a qualidade do que recebemos. Apenas 15% conseguimos selecionar e organizar para serem enviados para 17 lojas próprias espalhadas pela região. Apesar de trabalharmosbastante com uma equipe de cerca de 20 pessoas, não conseguimos passar desse número. O consumoexcessivo em um dos países mais ricos do mundo é assustador. Os demais 85%, e o que sobra da triagem,é vendido a um preço muito baixo por quilo para outros países. Nessa separação muito também éseparado para projetos sociais dos quais participamos. Além disso, muitos funcionários são enviados pela instituição do governo que ajuda cidadãos de outros países , como exilados de guerra, que vêm

morar aqui atrás de uma melhor qualidade de vida, e de prisioneiros em condicional em busca de redução de pena e reinserção no mercado de trabalho. O impacto de uma instituição desta numa sociedade, tanto pelo lado social quanto ambiental, é gigantesco.

Ainda podemos melhorar, crescer e evoluir bastante e esse é meu grande objetivo na empresa, no entanto a cada dia trabalho minha paciência e tento focar admiração e satisfação de trabalhar em umaempresa que admiro. Isso não tem preço.

Acredito que numa visão geral a Noruega poderia melhorar muito como um todo quando o assunto éSustentabilidade, Economia Colaborativa e Criativa. Mas a Noruega ainda é um país novo rico, suaestrutura mudou e se desenvolveu apenas há pouco mais de 50 anos quando o petróleo foi descoberto e começou a gerar muita riqueza, a qual foi muito bem administrada e aplicada voltada ao desenvolvimento da sua população.

Se você viajar para a Dinamarca, por exemplo, um outro mundo também se abre. Copenhague respirasustentabilidade e conscientização. A bicicleta é um meio de transporte super disseminado, as opções deprodutos, tantos alimentícios quanto de moda e design, orgânicos e conscientes é infinita.

Mas acredito que o mais importante, e o que mais me encantou, é algo que é presente em todos os paísesnórdicos. A cultura de respeito, de sociedade e colaboração de todos para a manutenção do bem estarcomum é encantadora. Mas ao mesmo tempo nos deixa feliz por saber que isto existe, nos deixa tristeem perceber o quanto nosso país é sofrido e diferente. Afinal acredito que tal cultura e conscientizaçãovem desde os nativos dessa região, os Vikings, enquanto os nossos foram devastados e a nossasociedade atual se baseia em exploração e sofrimento.

Com isso, em outubro, deveríamos retornar ao Brasil, mas resolvemos ficar. Eu, uma carioca da gema, acostumada a ir a praia toda semana, escolhi morar por mais alguns anos num país que tem apenascerca de 5 horas de sol (na verdade, de luz natural) durante 7 meses por ano. Porque aqui aprendiREALMENTE que, ser queremos ser melhores, devemos ser essa mudança. Não podemos virar a cara quando outro cidadão não levanta do assento no ônibus lotado ao ver um idoso entrar; não podemosfazer a coisa certa e esperar que sejamos recompensados por isso, afinal ser honesto é o básico; nãopodemos reclamar do vizinho e cometer ‘ um crime mais leve’. Temos que nos auto corrigir e saber queninguém é melhor do que ninguém. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso que tem um caminhomuito longo até alcançar a sociedade desenvolvida, organizada e justa que merecemos.

Quero ficar aqui, aprender mais e poder voltar para contribuir ativamente nesse processo. Acreditoque unindo esses ensinamentos dos nórdicos com a nossa criatividade, nosso jogo de cintura e ginga podemos sim ter milhares de razões para acreditar que venceremos com louvor essa batalha em buscado desenvolvimento humano e sustentável em nosso território.

Fabi no centro, com colegas do Fretex =)

« Uma vez que sabemos e somos conscientes, somos responsáveis por nossaação ou nossa passividade. Podemos fazer algo a respeito disso ou ignorá-lo,mas, em qualquer caso, somos responsáveis pela decisão»

Jean-Paul Sartre

A sustentabilidade não é mais uma escolha, mas uma necessidade. O dia 13 deagosto deste ano foi o dia de Sobrecarga da Terra, ou seja, a humanidade

utilizou todos os recursos naturais existentes para o ano inteiro. Nos últimosduzentos anos consumimos um terço dos recursos naturais da Terra - recursosesses que demoraram 4,5 bilhões de anos para se formarem - o que quer dizerque consumimos tudo isso em 0.0000044% do tempo. E muita gente ainda não

tem noção do que isso representa e o quanto é preocupante.

Precisamos de um novo olhar - repensar hábitos, fazer novas escolhas, consumir causando menos impacto, criar consciência do peso das nossas

escolhas individuais - é urgente e real uma revolução na nossa forma de viver. Não dá mais para manter esse estilo de viver consumista e o um sistema

produtivo industrial que só visa lucro - consumir virou um ato político, por isso devemos colocar nosso tempo e dinheiro somente em coisas que

acreditamos. O poder está em nossas mãos.

Espero que essa terceira edição da Fanzine Semente lhe proporcione um novoolhar sobre a sustentabilidade e o consumo consciente e que você também

escolha construir esta nova realidade e ser parte da mudança por um mundomelhor.

Boa Leitura!Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Agradecimentos especiais:Fabiana Hargreaves da Costa

Ana Lúcia Flores Schmidt

Contato: [email protected] informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente

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moda I design I sustentabilidade

edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

semente

Agradecimentos especiais:Fabiana Hargreaves da Costa

Ana Lúcia Flores Schmidt

Contato: [email protected] informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente

« Uma vez que sabemos e somos conscientes, somos responsáveis por nossaação ou nossa passividade. Podemos fazer algo a respeito disso ou ignorá-lo,mas, em qualquer caso, somos responsáveis pela decisão»

Jean-Paul Sartre

Moda, sustentabilidade e os EscandinavosImpressões de uma brasileira na terra dos vikings

Por Fabiana Hargreaves da Costa

Maior IDH do mundo, neve e Aurora Boreal. Essas eram as três únicas informações que tinha sobre aNoruega quando meu marido recebeu uma proposta de trabalho por 2 anos em Olso, capital do país,no final de 2013.

A princípio fiquei animada, apesar das inúmeras diferenças com o Brasil, gostei do desafio: morar em um lugar que nunca me imaginei e conhecer mais uma nova cultura. Afinal, se todos falavam sobre a sua organização e desenvolvimento, deveria ter muito a mostrar sobre sustentabilidade. Mas uma coisa tinha certeza, após os 2 anos, iria querer voltar para minha cidade maravilhosa. Ledo engano.

Meu primeiro ano foi muito difícil. Tinha acabado de começar um negócio próprio no Brasil e minha ideiade administrá-lo de tão longe foi impossível. Coloquei o projeto na gaveta e em paralelo comecei a procurar uma oportunidade na minha nova casa. Apesar na Noruega ser um país onde quase todos falam inglês, quando se quer trabalhar em uma área que não há muito mercado, como a Moda, vocêprecisa aprender a língua local. Embarquei na difícil missão de aprendê-la. Ainda estou no processo e há quase 1 ano estou trabalhando na empresa que queria, porém ainda longe de fazer o que vislumbro.

Hoje trabalho no Fretex, braço da Instituição Mundial Exército da Salvação. Na Noruega esta instituiçãoé muito grande, respeitada e influente. O Fretex foi criado para ser uma ramificação que pudessemovimentar e gerar dinheiro, já que a Instituição Exército da Salvação é uma ONG. O Fretex funciona daseguinte maneira: a população deposita roupas e acessórios em milhares de caçambas espalhadas pelopaís (móveis, artigos esportivos e muitos outros também podem ser doados por um outro sistema), asquais são coletadas diariamente pela instituição. Eu trabalho no galpão onde recebemos essas doaçõesda região de Oslo e seu entorno. Tendo uma das Rendas per capitas mais altas do mundo, você podeimaginar a quantidade e a qualidade do que recebemos. Apenas 15% conseguimos selecionar e organizar para serem enviados para 17 lojas próprias espalhadas pela região. Apesar de trabalharmosbastante com uma equipe de cerca de 20 pessoas, não conseguimos passar desse número. O consumoexcessivo em um dos países mais ricos do mundo é assustador. Os demais 85%, e o que sobra da triagem,é vendido a um preço muito baixo por quilo para outros países. Nessa separação muito também éseparado para projetos sociais dos quais participamos. Além disso, muitos funcionários são enviados pela instituição do governo que ajuda cidadãos de outros países , como exilados de guerra, que vêm

- Os pequenos negócios são os maiores geradores de empregos do país - cerca de52% dos empregos formais;

- Melhor distribuição de renda e desenvolvimento da comunidade local;

- Menos impacto ambiental com deslocamentos e produção;

- Exclusividade, diversidade e singularidades valorizadas;

- Fortalecimento das relações entre consumidores e produtores - é gente lidando com gente;

- Confiança, atenção, conveniência, serviços personalizados e formas especiais de negociar;

- Valorização do capital humano de quem está perto;

- Apoiar a realização de sonhos - seu dinheiro não vai para um executivo comprar mais umluxo, mas para uma criança fazer aulas de dança, um jovem pagar a faculdade, um pai ajudara família, para que pessoas como você também realizem seus desejos.

MOTIVOS PARA COMPRAR DOS PEQUENOS NEGÓCIOS!

#compredopequeno

morar aqui atrás de uma melhor qualidade de vida, e de prisioneiros em condicional em busca de redução de pena e reinserção no mercado de trabalho. O impacto de uma instituição desta numa sociedade, tanto pelo lado social quanto ambiental, é gigantesco.

Ainda podemos melhorar, crescer e evoluir bastante e esse é meu grande objetivo na empresa, no entanto a cada dia trabalho minha paciência e tento focar na admiração e satisfação de trabalhar em umaempresa que admiro. Isso não tem preço.

Acredito que numa visão geral a Noruega poderia melhorar muito como um todo quando o assunto éSustentabilidade, Economia Colaborativa e Criativa. Mas a Noruega ainda é um país novo rico, suaestrutura mudou e se desenvolveu apenas há pouco mais de 50 anos quando o petróleo foi descoberto e começou a gerar muita riqueza, a qual foi muito bem administrada e aplicada voltada ao desenvolvimento da sua população.

Se você viajar para a Dinamarca, por exemplo, um outro mundo também se abre. Copenhague respirasustentabilidade e conscientização. A bicicleta é um meio de transporte super disseminado, as opções deprodutos, tantos alimentícios quanto de moda e design, orgânicos e conscientes é infinita.

Mas acredito que o mais importante, e o que mais me encantou, é algo que é presente em todos os paísesnórdicos. A cultura de respeito, de sociedade e colaboração de todos para a manutenção do bem estarcomum é encantadora. Mas ao mesmo tempo que nos deixa feliz saber que isto existe, nos deixa triste em perceber o quanto nosso país é sofrido e diferente. Afinal acredito que tal cultura e conscientizaçãovem desde os nativos dessa região, os Vikings, enquanto os nossos foram devastados e a nossasociedade atual se baseia em exploração e sofrimento.

Com isso, em outubro, deveríamos retornar ao Brasil, mas resolvemos ficar. Eu, uma carioca da gema, acostumada a ir a praia toda semana, escolhi morar por mais alguns anos num país que tem apenascerca de 5 horas de sol (na verdade, de luz natural) durante 7 meses por ano. Porque aqui aprendiREALMENTE que, ser queremos ser melhores, devemos ser essa mudança. Não podemos virar a cara quando outro cidadão não levanta do assento no ônibus lotado ao ver um idoso entrar; não podemosfazer a coisa certa e esperar que sejamos recompensados por isso, afinal ser honesto é o básico; nãopodemos reclamar do vizinho e cometer ‘ um crime mais leve’. Temos que nos auto corrigir e saber queninguém é melhor do que ninguém. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso que tem um caminhomuito longo até alcançar a sociedade desenvolvida, organizada e justa que merecemos.

Quero ficar aqui, aprender mais e poder voltar para contribuir ativamente nesse processo. Acreditoque unindo esses ensinamentos dos nórdicos com a nossa criatividade, nosso jogo de cintura e ginga podemos sim ter milhares de razões para acreditar que venceremos com louvor essa batalha em buscado desenvolvimento humano e sustentável em nosso território.

Planejamento para comprar e autoconhecimento: O mais importante na hora de construir umguarda-roupa consciente é o autoconhecimento - se conhecer, se questionar, esclarecer o queé importante, entender meu estilo de vida, meu dia-a-dia, como quero me sentir. Precisamosolhar para nossas roupas e refletir se elas nos representam, se estão adequadas ao nossocotidiano. Só assim, me conhecendo e conhecendo meu armário posso escolher roupas quefuncionam para minha vida.Na hora de escolher as roupas que entram ou saem do guarda-roupa, a Cris falou sobre quatropilares importantes: o que veste bem meu corpo? o que tem a ver com a minha rotina? o quefaz meu olho brilhar? o que faz eu me sentir do jeito que quero me sentir? Depois de conhecer(e experimentar!) as peças do meu armário e tirar o que não faz mais sentido, o que falta? Asvezes descobrimos que não falta nada, que tirar o excesso nos permitiu ver novas possibilidades. Outras vezes percebemos que um sapato faria muita diferença, ou um tênis, ou roupas de frio. As vezes três ou quatro peças farão muita diferença, pois funcionarão como uma ‘cola’ que une as peças que já tenho.

Revitalizar o guarda-roupa é muito mais do que jogar tudo fora e comprar novo (olha o consumismo!). Não precisamos adquirir mil peças. Precisamos sim é de um novo olhar. Énecessário pesquisar preços, custo-benefício, entender os materiais das roupas, saber a procedência, planejar, escolher para, finalmente, colocar no nosso armário somente aquilo quetem significado e combina com nosso estilo de viver.

Para saber mais sobre a oficina de estilo: www.oficinadeestilo.com.br

Fabi no centro, com colegas do Fretex =)

Sobre o desapego: a ideia é ter no armário somente roupas que funcionam na nossa vida e desapegar é o primeiro passo para construir um guarda-roupa ideal e fortalecer a nossa identidade visual. Tudo que atrapalha deve sair. Devemos deixar no armário somente peças que podemos contar( pegar amanhã e vestir!) Na hora do desapego vale se questionar: se fosse hoje e eu estivesse numa loja, compraria essa roupa? Eu posso vestir essa roupa amanhã de manhã? Mas lembre: às vezes pequenas reformas e customizações fazem a diferença e deixam as peças com a nossa cara.Ah, e desapegar é diferente de descartar. Vender, trocar, compartilhar e doar são verbos que conjugam bem com o consumo consciente! E lembre-se: a ideia é fazeruma revitalização inicial e ir ajustando com o tempo e não desapegar de duas malas de roupas a cada seis meses

.

O guarda-roupa ideal: é muito limitador dizer que o guarda-roupa ideal tem isso ou aquilo. O armário ideal é aquele que se adapta à nossa vida. com peças que acompanhem nosso estilo de viver. O bacana é que cada peça combine com pelo menos outras 3 peças - exemplo: se tenho uma blusa que só combina com um short, essa blusa está sub utilizada e não funciona no meu guarda-roupa. Vale pensar nisso na hora de comprar também: será que essa peça pode ser usada com pelo menos outras três que eu já tenho?

AMARDURACriações Experimentais

A Oficina de Estilo é feita pela Fê e pela Cris, duas consultoras de estilo que acreditam no autoconhecimento como ferramenta para construir um guarda-roupa mais autêntico e consciente. Em uma entrevista, a Cris falou sobre consumo consciente, boas escolhas, guarda-roupa ideal e autoconhecimento. Confere só as partes mais bacanas:

Sobre o consumo consciente: A Cris conta que elas batem muito nessa tecla e que quando se fala sobre esse assunto logo pensamos em ‘que tipo de produtos são mais conscientes?’, quando, na verdade, essa questão tem muito mais a ver com o impulso da compra do que com o produto em si. Então, a questão do consumo consciente refere-se principalmente ao exagero, à quantidade de coisas que compramos sem necessidade (e sem pensar!) - porque o que destrói o nosso planeta é a ideia de que os recursos nunca vão acabar (mas eles vão se continuarmos desse jeito!). A solução é refletir antes de comprar. Eu já tenho? Preciso? Posso? Esse produto é importante para mim? Por que estou comprando isso? As vezes a gente compra uma blusa mas queria mesmo era um abraço, ou estar na praia descansando, ou mais horas de sono. Pensar e questionar sobre o porquê da compra nos dá ferramentas para fazer escolhas mais conscientes e adquirir somente o que faz sentido para a nossa vida. Quebrar o ciclo de consumismo doido do capitalismo e ter consciência do peso que a nossa forma de consumir tem é uma das chaves para encontrar um estilo de vida mais sustentável.

.

Sobre o guarda-roupa bem montado e consciente: elas falam que o guarda-roupa consciente éconciso, não tem muitas roupas. Menos é mais. Quanto mais peças uma pessoa tem, menos ela usa, porque a quantidade atrapalha na hora de escolher e, por isso, acabamos vestindo sempre as mesmas coisas. Além disso, é importante o guarda-roupa ser coordenável, com peças que combinem entre si - assim, mesmo com menos peças é um armário bem utilizado e constantemente atualizado - não por tendências, mas pelo uso contínuo das peças, que aos poucos vão sendo substituídas, o que faz muito mais sentido e é mais consciente.

Etiquetas de Composição!

como entender os símbolos e cuidar das suas roupas para que elasdurem mais!

LAVAGEM:

não lavar namáquina

lavar àmão

lavagemsuave

lavagemmuito suave

70lavagem normal

máx. 70º

40lavagem normal

máx. 40º

50lavagem suave

máx. 50º

90lavagem normal

máx. 90º

não alvejar /não branquear

somente alvejamentocom oxigênio

(não usar cloro)

qualquer alvejanteoxidante

secar emvaral

secar àsombra

não secarem tambor

(na máquina)

secagemhorizontal

secar em tamborem baixa

temperatura

secar em tambornormal

secagem porgotejamento

máx. 110º(acrílico, nylon,

acetato)

máx. 150º(lã e misturascom poliéster)

máx. 200º(algodão ou

linho)não passar

não limpara seco

Alavável a secocom todos os

solventes

Flavável a seco com

solvente R13 ehidrocarboneto

Plavável a seco empercloroetileno,

solvente R13,hidrocarboneto e

solvente R11

*

* listamos as mais comuns, há outras simbologias mais utilizadas para lavagens profissionais.

ALVEJAMENTO:

SECAGEM:

PASSADORIA:

LIMPEZA A SECO:

armadura - do dicionário: conjunto de peças protetoras do corpo dos antigos guerreiros. AMARDURA - muito além dos escudos que por vezes vestimos, são roupas que nos protegem commuito mais amor e mais vida, feitas com alma e afeto.

Criada pela Milena Akemi Hassegawa Saito, a AMARDURA é uma marca de roupas experimental eintuitiva, onde a moda é vista como forma de expressão, de liberdade e descoberta. É a ideia do ser, da identidade, das pessoas que estão dentro das roupas costurada em cada peça de forma muitoespecial.

A marca não segue tendências nem cronograma de lançamento de coleções. As roupas vão simplesmenteacontecendo e são criadas no seu tempo - e nenhuma peça sai de linha, todas ficam disponíveis paraserem encomendadas, numa nova forma de criar e comprar, sem amarras, sem as loucuras de novoslançamentos semestrais ou de calendários a serem seguidos.

Com produção artesanal, as roupas podem ser personalizadas e assim o consumidor atua comoco-criador da sua peça, valorizando a singularidade de cada um. Os modelos estão disponíveis emdiversas cores e estampas e os detalhes de decotes e comprimentos podem ser alterados.

A AMARDURA também utiliza muito o crochê ( ele faz parte da essência da marca), como forma de resgatar e valorizar essa técnica artesanal que passa de geração para geração. O feito à mão sempretem a energia especial da pessoa que fez aquele trabalho, com sua história de vida, alegrias e jeitoúnico de fazer as coisas. As máquinas e tecnologias são importantes, mas o fazer é parte essencial da nossa história e da nossa ligação com outros seres humanos. E esse feito à mão também estápresente nas estampas artesanais produzidas com carimbos criados em parceria com amigosilustradores.

Além desse trabalho com a pegada slow fashion, a AMARDURA tem o cuidado de reaproveitar osretalhos que sobram da melhor maneira possível em suas criações e incentivar a customização paraque a peça dure mais.

É mais do que apenas produzir e vender roupas. É buscar uma nova consciência de consumo, com focono ser, no criar, no transformar. É mudar o mundo deixando de lado as armaduras para vestir-se deamor, de amar.

Guarda-roupa bem montado e consumo consciente!

Entrevista com Oficina de Estilo

www.oficinadeestilo.com.br

www.amardura.blogspot.com

A sustentabilidade não é mais uma escolha, mas uma necessidade. O dia 13 deagosto deste ano foi o dia de Sobrecarga da Terra, ou seja, a humanidade

utilizou todos os recursos naturais existentes para o ano inteiro. Nos últimosduzentos anos consumimos um terço dos recursos naturais da Terra - recursosesses que demoraram 4,5 bilhões de anos para se formarem - o que quer dizerque consumimos tudo isso em 0.0000044% do tempo. E muita gente ainda não

tem noção do que isso representa e o quanto é preocupante.

Precisamos de um novo olhar - repensar hábitos, fazer novas escolhas, consumir causando menos impacto, criar consciência do peso das nossas

escolhas individuais - é urgente e real uma revolução na nossa forma de viver. Não dá mais para manter esse estilo de viver consumista e o sistema

produtivo industrial que só visa lucro - consumir virou um ato político, por isso devemos colocar nosso tempo e dinheiro somente em coisas que

acreditamos. O poder está em nossas mãos.

Espero que essa terceira edição da Fanzine Semente lhe proporcione um novoolhar sobre a sustentabilidade e o consumo consciente e que você também

escolha construir esta nova realidade e ser parte da mudança por um mundomelhor.

Boa Leitura!Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Versão virtual

moda I design I sustentabilidade

edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

semente

« Uma vez que sabemos e somos conscientes, somos responsáveis por nossaação ou nossa passividade. Podemos fazer algo a respeito disso ou ignorá-lo,mas, em qualquer caso, somos responsáveis pela decisão»

Jean-Paul Sartre

A sustentabilidade não é mais uma escolha, mas uma necessidade. O dia 13 de agosto deste ano foi o dia de Sobrecarga da Terra, ou seja, a humanidadeutilizou todos os recursos naturais existentes para o ano inteiro. Nos últimos duzentos anos consumimos um terço dos recursos naturais da Terra -

recursosesses que demoraram 4,5 bilhões de anos para se formarem - o que quer dizer que consumimos tudo isso em 0.0000044% do tempo. E muita gente ainda nãotem noção do que isso representa e o quanto é preocupante.

Precisamos de um novo olhar - repensar hábitos, fazer novas escolhas, consumir causando menos impacto, criar consciência do peso das nossasescolhas individuais - é urgente e real uma revolução na nossa forma de viver. Não dá mais para manter esse estilo de viver consumista e o sistema

produtivo industrial que só visa lucro - consumir virou um ato político, por isso devemos colocar nosso tempo e dinheiro somente em coisas queacreditamos. O poder está em nossas mãos.

Espero que essa terceira edição da Fanzine Semente lhe proporcione um novo olhar sobre a sustentabilidade e o consumo consciente e que você tambémescolha construir esta nova realidade e ser parte da mudança por um mundo

melhor.

Boa Leitura!Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Moda, sustentabilidade e os EscandinavosImpressões de uma brasileira na terra dos vikings

Por Fabiana Hargreaves da Costa

Maior IDH do mundo, neve e Aurora Boreal. Essas eram as três únicas informações que tinha sobre aNoruega quando meu marido recebeu uma proposta de trabalho por 2 anos em Olso, capital do país,no final de 2013.

A princípio fiquei animada, apesar das inúmeras diferenças com o Brasil, gostei do desafio: morar em um lugar que nunca me imaginei e conhecer mais uma nova cultura. Afinal, se todos falavam sobre a sua organização e desenvolvimento, deveria ter muito a mostrar sobre sustentabilidade. Mas uma coisa tinha certeza, após os 2 anos, iria querer voltar para minha cidade maravilhosa. Ledo engano.

Meu primeiro ano foi muito difícil. Tinha acabado de começar um negócio próprio no Brasil e minha ideiade administrá-lo de tão longe foi impossível. Coloquei o projeto na gaveta e em paralelo comecei a procurar uma oportunidade na minha nova casa. Apesar na Noruega ser um país onde quase todos falam inglês, quando se quer trabalhar em uma área que não há muito mercado, como a Moda, vocêprecisa aprender a língua local. Embarquei na difícil missão de aprendê-la. Ainda estou no processo e há quase 1 ano estou trabalhando na empresa que queria, porém ainda longe de fazer o que vislumbro.

Hoje trabalho no Fretex, braço da Instituição Mundial Exército da Salvação. Na Noruega esta instituiçãoé muito grande, respeitada e influente. O Fretex foi criado para ser uma ramificação que pudessemovimentar e gerar dinheiro, já que a Instituição Exército da Salvação é uma ONG. O Fretex funciona daseguinte maneira: a população deposita roupas e acessórios em milhares de caçambas espalhadas pelopaís (móveis, artigos esportivos e muitos outros também podem ser doados por um outro sistema), asquais são coletadas diariamente pela instituição. Eu trabalho no galpão onde recebemos essas doaçõesda região de Oslo e seu entorno. Tendo uma das Rendas per capitas mais altas do mundo, você podeimaginar a quantidade e a qualidade do que recebemos. Apenas 15% conseguimos selecionar e organizar para serem enviados para 17 lojas próprias espalhadas pela região. Apesar de trabalharmosbastante com uma equipe de cerca de 20 pessoas, não conseguimos passar desse número. O consumoexcessivo em um dos países mais ricos do mundo é assustador. Os demais 85%, e o que sobra da triagem,é vendido a um preço muito baixo por quilo para outros países. Nessa separação muito também éseparado para projetos sociais dos quais participamos. Além disso, muitos funcionários são enviados pela instituição do governo que ajuda cidadãos de outros países , como exilados de guerra, que vêm

morar aqui atrás de uma melhor qualidade de vida, e de prisioneiros em condicional em busca de redução de pena e reinserção no mercado de trabalho. O impacto de uma instituição desta numa sociedade, tanto pelo lado social quanto ambiental, é gigantesco.

Ainda podemos melhorar, crescer e evoluir bastante e esse é meu grande objetivo na empresa, no entanto a cada dia trabalho minha paciência e tento focar na admiração e satisfação de trabalhar em uma empresa que admiro. Isso não tem preço.

Acredito que numa visão geral a Noruega poderia melhorar muito como um todo quando o assunto éSustentabilidade, Economia Colaborativa e Criativa. Mas a Noruega ainda é um país novo rico, suaestrutura mudou e se desenvolveu apenas há pouco mais de 50 anos quando o petróleo foi descoberto e começou a gerar muita riqueza, a qual foi muito bem administrada e aplicada voltada ao desenvolvimento da sua população.

Se você viajar para a Dinamarca, por exemplo, um outro mundo também se abre. Copenhague respirasustentabilidade e conscientização. A bicicleta é um meio de transporte super disseminado, as opções deprodutos, tantos alimentícios quanto de moda e design, orgânicos e conscientes é infinita.

Mas acredito que o mais importante, e o que mais me encantou, é algo que é presente em todos os paísesnórdicos. A cultura de respeito, de sociedade e colaboração de todos para a manutenção do bem estarcomum é encantadora. Mas ao mesmo tempo que nos deixa feliz por saber que isto existe, nos deixa tristeem perceber o quanto nosso país é sofrido e diferente. Afinal acredito que tal cultura e conscientizaçãovem desde os nativos dessa região, os Vikings, enquanto os nossos foram devastados e a nossasociedade atual se baseia em exploração e sofrimento.

Com isso, em outubro, deveríamos retornar ao Brasil, mas resolvemos ficar. Eu, uma carioca da gema, acostumada a ir a praia toda semana, escolhi morar por mais alguns anos num país que tem apenascerca de 5 horas de sol (na verdade, de luz natural) durante 7 meses por ano. Porque aqui aprendiREALMENTE que, ser queremos ser melhores, devemos ser essa mudança. Não podemos virar a cara quando outro cidadão não levanta do assento no ônibus lotado ao ver um idoso entrar; não podemosfazer a coisa certa e esperar que sejamos recompensados por isso, afinal ser honesto é o básico; nãopodemos reclamar do vizinho e cometer ‘ um crime mais leve’. Temos que nos auto corrigir e saber queninguém é melhor do que ninguém. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso que tem um caminhomuito longo até alcançar a sociedade desenvolvida, organizada e justa que merecemos.

Quero ficar aqui, aprender mais e poder voltar para contribuir ativamente nesse processo. Acreditoque unindo esses ensinamentos dos nórdicos com a nossa criatividade, nosso jogo de cintura e ginga podemos sim ter milhares de razões para acreditar que venceremos com louvor essa batalha em buscado desenvolvimento humano e sustentável em nosso território.

Fabi no centro, com colegas do Fretex =)

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edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

semente

Sobre o desapego: a ideia é ter no armário somente roupas que funcionam na nossa vida e desapegar é o primeiro passo para construir um guarda-roupa ideal e fortalecer a nossa identidade visual. Tudo que atrapalha deve sair. Devemos deixar no armário somente peças que podemos contar( pegar amanhã e vestir!) Na hora do desapego vale se questionar: se fosse hoje e eu estivesse numa loja, compraria essa roupa? Eu posso vestir essa roupa amanhã de manhã? Mas vale lembrar: às vezes pequenas reformas e customizações fazem a diferença e deixam as peças com a nossa cara.Ah, e desapegar é diferente de descartar. Vender, trocar, compartilhar e doar são verbos que conjugam bem com o consumo consciente! E lembre-se: a ideia é fazeruma revitalização inicial e ir ajustando com o tempo e não desapegar de duas malas de roupas a cada seis meses

.

O guarda-roupa ideal: é muito limitador dizer que o guarda-roupa ideal tem isso ou aquilo. O armário ideal é aquele que se adapta à nossa vida. com peças que acompanhem nosso estilo de viver. O bacana é que cada peça combine com pelo menos outras 3 peças - exemplo: se tenho uma blusa que só combina com um short, essa blusa está sub utilizada e não funciona no meu guarda-roupa. Vale pensar nisso na hora de comprar também: será que essa peça pode ser usada com pelo menos outras três que eu já tenho?

Planejamento para comprar e autoconhecimento: O mais importante na hora de construir umguarda-roupa consciente é o autoconhecimento - se conhecer, se questionar, esclarecer o queé importante, entender meu estilo de vida, meu dia-a-dia, como quero me sentir. Precisamosolhar para nossas roupas e refletir se elas nos representam, se estão adequadas ao nossocotidiano. Só assim, me conhecendo e conhecendo meu armário posso escolher roupas quefuncionam para minha vida.Na hora de escolher as roupas que entram ou saem do guarda-roupa, a Cris falou sobre quatropilares importantes: o que veste bem meu corpo? o que tem a ver com a minha rotina? o quefaz meu olho brilhar? o que faz eu me sentir do jeito que quero me sentir? Depois de conhecer(e experimentar!) as peças do meu armário e tirar o que não faz mais sentido, o que falta? Asvezes descobrimos que não falta nada, que tirar o excesso nos permitiu ver novas possibilidades. Outras vezes percebemos que um sapato faria muita diferença, ou um tênis, ou roupas de frio. As vezes três ou quatro peças farão muita diferença, pois funcionarão como uma ‘cola’ que une as peças que já tenho.

Revitalizar o guarda-roupa é muito mais do que jogar tudo fora e comprar novo (olha o consumismo!). Não precisamos adquirir mil peças. Precisamos sim é de um novo olhar. Énecessário pesquisar preços, custo-benefício, entender os materiais das roupas, saber a procedência, planejar, escolher para, finalmente, colocar no nosso armário somente aquilo quetem significado e combina com nosso estilo de viver.

- Os pequenos negócios são os maiores geradores de empregos do país - cerca de52% dos empregos formais;

- Melhor distribuição de renda e desenvolvimento da comunidade local;

- Menos impacto ambiental com deslocamentos e produção;

- Exclusividade, diversidade e singularidades valorizadas;

- Fortalecimento das relações entre consumidores e produtores - é gente lidando com gente;

- Confiança, atenção, conveniência, serviços personalizados e formas especiais de negociar;

- Valorização do capital humano de quem está perto;

- Apoiar a realização de sonhos - seu dinheiro não vai para um executivo comprar mais umluxo, mas para uma criança fazer aulas de dança, um jovem pagar a faculdade, um pai ajudara família, para que pessoas como você também realizem seus desejos.

MOTIVOS PARA COMPRAR DOS PEQUENOS NEGÓCIOS!

#compredopequeno

Guarda-roupa bem montado e consumo consciente!

Entrevista com Oficina de Estilo

A Oficina de Estilo é feita pela Fê e pela Cris, duas consultoras de estilo que acreditam no autoconhecimento como ferramenta para construir um guarda-roupa mais autêntico e consciente. Em uma entrevista, a Cris falou sobre consumo consciente, boas escolhas, guarda-roupa ideal e autoconhecimento. Confere só as partes mais bacanas:

Sobre o consumo consciente: A Cris conta que elas batem muito nessa tecla e que quando se fala sobreesse assunto logo pensamos em ‘que tipo de produtos são mais conscientes?’, quando, na verdade, essa questão tem muito mais a ver com o impulso da compra do que com o produto em si. Então, a questão do consumo consciente refere-se principalmente ao exagero, à quantidade de coisas que compramos sem necessidade (e sem pensar!) - porque o que destrói o nosso planeta é a ideia de queos recursos nunca vão acabar (mas eles vão se continuarmos desse jeito!). A solução é refletir antesde comprar. Eu já tenho? Preciso? Posso? Esse produto é importante para mim? Por que estoucomprando isso? As vezes a gente compra uma blusa mas queria mesmo era um abraço, ou estar na praia descansando, ou mais horas de sono. Pensar e questionar sobre o porquê da compra nos dá ferramentas para fazer escolhas mais conscientes e adquirir somente o que faz sentido para a nossa vida. Quebrar o ciclo de consumismo doido do capitalismo e ter consciência do peso que a nossa forma de consumir tem é uma das chaves para encontrar um estilo de vida mais sustentável.

.

Sobre o guarda-roupa bem montado e consciente: elas falam que o guarda-roupa consciente éconciso, não tem muitas roupas. Menos é mais. Quanto mais peças uma pessoa tem, menos ela usa, porque a quantidade atrapalha na hora de escolher e, por isso, acabamos vestindo sempre as mesmas coisas. Além disso, é importante o guarda-roupa ser coordenável, com peças que combinem entre si - assim, mesmo com menos peças é um armário bem utilizado e constantemente atualizado - não por tendências, mas pelo uso contínuo das peças, que aos poucos vão sendo substituídas, o que faz muitomais sentido e é mais consciente.

www.oficinadeestilo.com.br

armadura - do dicionário: conjunto de peças protetoras do corpo dos antigos guerreiros. AMARDURA - muito além dos escudos que por vezes vestimos, são roupas que nos protegem commuito mais amor e mais vida, feitas com alma e afeto.

Criada pela Milena Akemi Hassegawa Saito, a AMARDURA é uma marca de roupas experimental eintuitiva, onde a moda é vista como forma de expressão, de liberdade e descoberta. É a ideia do ser, da identidade, das pessoas que estão dentro das roupas costurada em cada peça de forma muitoespecial.

A marca não segue tendências nem cronograma de lançamento de coleções. As roupas vão simplesmenteacontecendo e são criadas no seu tempo - e nenhuma peça sai de linha, todas ficam disponíveis paraserem encomendadas, numa nova forma de criar e comprar, sem amarras, sem as loucuras de novoslançamentos semestrais ou de calendários a serem seguidos.

Com produção artesanal, as roupas podem ser personalizadas e assim o consumidor atua comoco-criador da sua peça, valorizando a singularidade de cada um. Os modelos estão disponíveis emdiversas cores e estampas e os detalhes de decotes e comprimentos podem ser alterados.

A AMARDURA também utiliza muito o crochê ( ele faz parte da essência da marca), como forma de resgatar e valorizar essa técnica artesanal que passa de geração para geração. O feito à mão sempretem a energia especial da pessoa que fez aquele trabalho, com sua história de vida, alegrias e jeitoespecial de fazer as coisas. As máquinas e tecnologias são importantes, mas o fazer é parte essencial da nossa história e da nossa ligação com outros seres humanos. E esse feito à mão também estápresente nas estampas artesanais produzidas com carimbos criados em parceria com amigosilustradores.

Além desse trabalho com a pegada slow fashion, a AMARDURA tem o cuidado de reaproveitar osretalhos que sobram da melhor maneira possível em suas criações e incentivar a customização paraque a peça dure mais.

É mais do que apenas produzir e vender roupas. É buscar uma nova consciência de consumo, com focono ser, no criar, no transformar. É mudar o mundo deixando de lado as armaduras para vestir-se deamor, de amar.

AMARDURACriações Experimentais

Etiquetas de Composição!

como entender os símbolos e cuidar das suas roupas para que elasdurem mais!

LAVAGEM:

não lavar namáquina

lavar àmão

lavagemsuave

lavagemmuito suave

70lavagem normal

máx. 70º

40lavagem normal

máx. 40º

50lavagem suave

máx. 50º

90lavagem normal

máx. 90º

não alvejar /não branquear

somente alvejamentocom oxigênio

(não usar cloro)

qualquer alvejanteoxidante

secar emvaral

secar àsombra

não secarem tambor

(na máquina)

secagemhorizontal

secar em tamborem baixa

temperatura

secar em tambornormal

secagem porgotejamento

máx. 110º(acrílico, nylon,

acetato)

máx. 150º(lã e misturascom poliéster)

máx. 200º(algodão ou

linho)não passar

não limpara seco

Alavável a secocom todos os

solventes

Flavável a seco com

solvente R13 ehidrocarboneto

Plavável a seco empercloroetileno,

solvente R13,hidrocarboneto e

solvente R11

*

* listamos as mais comuns, há outras simbologias mais utilizadas para lavagens profissionais.

ALVEJAMENTO:

SECAGEM:

PASSADORIA:

LIMPEZA A SECO:

Moda, sustentabilidade e os EscandinavosImpressões de uma brasileira na terra dos vikings

Por Fabiana Hargreaves da Costa

Maior IDH do mundo, neve e Aurora Boreal. Essas eram as três únicas informações que tinha sobre aNoruega quando meu marido recebeu uma proposta de trabalho por 2 anos em Olso, capital do país,no final de 2013.

A princípio fiquei animada, apesar das inúmeras diferenças com o Brasil, gostei do desafio: morar em um lugar que nunca me imaginei e conhecer mais uma nova cultura. Afinal, se todos falavam sobre a sua organização e desenvolvimento, deveria ter muito a mostrar sobre sustentabilidade. Mas uma coisa tinha certeza, após os 2 anos, iria querer voltar para minha cidade maravilhosa. Ledo engano.

Meu primeiro ano foi muito difícil. Tinha acabado de começar um negócio próprio no Brasil e minha ideiade administra-lo de tão longe foi impossível. Coloquei o projeto na gaveta e em paralelo comecei a procurar uma oportunidade na minha nova casa. Apesar da Noruega ser um país onde quase todos falam inglês, quando se quer trabalhar em uma área que não há muito mercado, como a Moda, vocêprecisa aprender a língua local. Embarquei na difícil missão de aprendê-la. Ainda estou no processo e há quase 1 ano estou trabalhando na empresa que queria, porém ainda longe de fazer o que vislumbro.

Hoje trabalho no Fretex, braço da Instituição Mundial Exército da Salvação. Na Noruega esta instituiçãoé muito grande, respeitada e influente. O Fretex foi criado para ser uma ramificação que pudessemovimentar e gerar dinheiro, já que a Instituição Exército da Salvação é uma ONG. O Fretex funciona daseguinte maneira: a população deposita roupas e acessórios em milhares de caçambas espalhadas pelopaís (móveis, artigos esportivos e muitos outros também podem ser doados por um outro sistema), asquais são coletadas diariamente pela instituição. Eu trabalho no galpão onde recebemos essas doaçõesda região de Oslo e seu entorno. Tendo uma das Rendas per capitas mais altas do mundo, você podeimaginar a quantidade e a qualidade do que recebemos. Apenas 15% conseguimos selecionar e organizar para serem enviados para 17 lojas próprias espalhadas pela região. Apesar de trabalharmosbastante com uma equipe de cerca de 20 pessoas, não conseguimos passar desse número. O consumoexcessivo em um dos países mais ricos do mundo é assustador. Os demais 85%, e o que sobra da triagem,é vendido a um preço muito baixo por quilo para outros países. Nessa separação muito também éseparado para projetos sociais dos quais participamos. Além disso, muitos funcionários são enviados pela instituição do governo que ajuda cidadãos de outros países , como exilados de guerra, que vêm

morar aqui atrás de uma melhor qualidade de vida, e de prisioneiros em condicional em busca de redução de pena e reinserção no mercado de trabalho. O impacto de uma instituição desta numa sociedade, tanto pelo lado social quanto ambiental, é gigantesco.

Ainda podemos melhorar, crescer e evoluir bastante e esse é meu grande objetivo na empresa, no entanto a cada dia trabalho minha paciência e tento focar admiração e satisfação de trabalhar em umaempresa que admiro. Isso não tem preço.

Acredito que numa visão geral a Noruega poderia melhorar muito como um todo quando o assunto éSustentabilidade, Economia Colaborativa e Criativa. Mas a Noruega ainda é um país novo rico, suaestrutura mudou e se desenvolveu apenas há pouco mais de 50 anos quando o petróleo foi descoberto e começou a gerar muita riqueza, a qual foi muito bem administrada e aplicada voltada ao desenvolvimento da sua população.

Se você viajar para a Dinamarca, por exemplo, um outro mundo também se abre. Copenhague respirasustentabilidade e conscientização. A bicicleta é um meio de transporte super disseminado, as opções deprodutos, tantos alimentícios quanto de moda e design, orgânicos e conscientes é infinita.

Mas acredito que o mais importante, e o que mais me encantou, é algo que é presente em todos os paísesnórdicos. A cultura de respeito, de sociedade e colaboração de todos para a manutenção do bem estarcomum é encantadora. Mas ao mesmo tempo nos deixa feliz por saber que isto existe, nos deixa tristeem perceber o quanto nosso país é sofrido e diferente. Afinal acredito que tal cultura e conscientizaçãovem desde os nativos dessa região, os Vikings, enquanto os nossos foram devastados e a nossasociedade atual se baseia em exploração e sofrimento.

Com isso, em outubro, deveríamos retornar ao Brasil, mas resolvemos ficar. Eu, uma carioca da gema, acostumada a ir a praia toda semana, escolhi morar por mais alguns anos num país que tem apenascerca de 5 horas de sol (na verdade, de luz natural) durante 7 meses por ano. Porque aqui aprendiREALMENTE que, ser queremos ser melhores, devemos ser essa mudança. Não podemos virar a cara quando outro cidadão não levanta do assento no ônibus lotado ao ver um idoso entrar; não podemosfazer a coisa certa e esperar que sejamos recompensados por isso, afinal ser honesto é o básico; nãopodemos reclamar do vizinho e cometer ‘ um crime mais leve’. Temos que nos auto corrigir e saber queninguém é melhor do que ninguém. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso que tem um caminhomuito longo até alcançar a sociedade desenvolvida, organizada e justa que merecemos.

Quero ficar aqui, aprender mais e poder voltar para contribuir ativamente nesse processo. Acreditoque unindo esses ensinamentos dos nórdicos com a nossa criatividade, nosso jogo de cintura e ginga podemos sim ter milhares de razões para acreditar que venceremos com louvor essa batalha em buscado desenvolvimento humano e sustentável em nosso território.

Fabi no centro, com colegas do Fretex =)

« Uma vez que sabemos e somos conscientes, somos responsáveis por nossaação ou nossa passividade. Podemos fazer algo a respeito disso ou ignorá-lo,mas, em qualquer caso, somos responsáveis pela decisão»

Jean-Paul Sartre

A sustentabilidade não é mais uma escolha, mas uma necessidade. O dia 13 deagosto deste ano foi o dia de Sobrecarga da Terra, ou seja, a humanidade

utilizou todos os recursos naturais existentes para o ano inteiro. Nos últimosduzentos anos consumimos um terço dos recursos naturais da Terra - recursosesses que demoraram 4,5 bilhões de anos para se formarem - o que quer dizerque consumimos tudo isso em 0.0000044% do tempo. E muita gente ainda não

tem noção do que isso representa e o quanto é preocupante.

Precisamos de um novo olhar - repensar hábitos, fazer novas escolhas, consumir causando menos impacto, criar consciência do peso das nossas

escolhas individuais - é urgente e real uma revolução na nossa forma de viver. Não dá mais para manter esse estilo de viver consumista e o um sistema

produtivo industrial que só visa lucro - consumir virou um ato político, por isso devemos colocar nosso tempo e dinheiro somente em coisas que

acreditamos. O poder está em nossas mãos.

Espero que essa terceira edição da Fanzine Semente lhe proporcione um novoolhar sobre a sustentabilidade e o consumo consciente e que você também

escolha construir esta nova realidade e ser parte da mudança por um mundomelhor.

Boa Leitura!Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Agradecimentos especiais:Fabiana Hargreaves da Costa

Ana Lúcia Flores Schmidt

Contato: [email protected] informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente

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moda I design I sustentabilidade

edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

semente

Agradecimentos especiais:Fabiana Hargreaves da Costa

Ana Lúcia Flores Schmidt

Contato: [email protected] informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente

« Uma vez que sabemos e somos conscientes, somos responsáveis por nossaação ou nossa passividade. Podemos fazer algo a respeito disso ou ignorá-lo,mas, em qualquer caso, somos responsáveis pela decisão»

Jean-Paul Sartre

Moda, sustentabilidade e os EscandinavosImpressões de uma brasileira na terra dos vikings

Por Fabiana Hargreaves da Costa

Maior IDH do mundo, neve e Aurora Boreal. Essas eram as três únicas informações que tinha sobre aNoruega quando meu marido recebeu uma proposta de trabalho por 2 anos em Olso, capital do país,no final de 2013.

A princípio fiquei animada, apesar das inúmeras diferenças com o Brasil, gostei do desafio: morar em um lugar que nunca me imaginei e conhecer mais uma nova cultura. Afinal, se todos falavam sobre a sua organização e desenvolvimento, deveria ter muito a mostrar sobre sustentabilidade. Mas uma coisa tinha certeza, após os 2 anos, iria querer voltar para minha cidade maravilhosa. Ledo engano.

Meu primeiro ano foi muito difícil. Tinha acabado de começar um negócio próprio no Brasil e minha ideiade administrá-lo de tão longe foi impossível. Coloquei o projeto na gaveta e em paralelo comecei a procurar uma oportunidade na minha nova casa. Apesar da Noruega ser um país onde quase todos falam inglês, quando se quer trabalhar em uma área que não há muito mercado, como a Moda, vocêprecisa aprender a língua local. Embarquei na difícil missão de aprendê-la. Ainda estou no processo e há quase 1 ano estou trabalhando na empresa que queria, porém ainda longe de fazer o que vislumbro.

Hoje trabalho no Fretex, braço da Instituição Mundial Exército da Salvação. Na Noruega esta instituiçãoé muito grande, respeitada e influente. O Fretex foi criado para ser uma ramificação que pudessemovimentar e gerar dinheiro, já que a Instituição Exército da Salvação é uma ONG. O Fretex funciona daseguinte maneira: a população deposita roupas e acessórios em milhares de caçambas espalhadas pelopaís (móveis, artigos esportivos e muitos outros também podem ser doados por um outro sistema), asquais são coletadas diariamente pela instituição. Eu trabalho no galpão onde recebemos essas doaçõesda região de Oslo e seu entorno. Tendo uma das Rendas per capitas mais altas do mundo, você podeimaginar a quantidade e a qualidade do que recebemos. Apenas 15% conseguimos selecionar e organizar para serem enviados para 17 lojas próprias espalhadas pela região. Apesar de trabalharmosbastante com uma equipe de cerca de 20 pessoas, não conseguimos passar desse número. O consumoexcessivo em um dos países mais ricos do mundo é assustador. Os demais 85%, e o que sobra da triagem,é vendido a um preço muito baixo por quilo para outros países. Nessa separação muito também éseparado para projetos sociais dos quais participamos. Além disso, muitos funcionários são enviados pela instituição do governo que ajuda cidadãos de outros países , como exilados de guerra, que vêm

- Os pequenos negócios são os maiores geradores de empregos do país - cerca de52% dos empregos formais;

- Melhor distribuição de renda e desenvolvimento da comunidade local;

- Menos impacto ambiental com deslocamentos e produção;

- Exclusividade, diversidade e singularidades valorizadas;

- Fortalecimento das relações entre consumidores e produtores - é gente lidando com gente;

- Confiança, atenção, conveniência, serviços personalizados e formas especiais de negociar;

- Valorização do capital humano de quem está perto;

- Apoiar a realização de sonhos - seu dinheiro não vai para um executivo comprar mais umluxo, mas para uma criança fazer aulas de dança, um jovem pagar a faculdade, um pai ajudara família, para que pessoas como você também realizem seus desejos.

MOTIVOS PARA COMPRAR DOS PEQUENOS NEGÓCIOS!

#compredopequeno

morar aqui atrás de uma melhor qualidade de vida, e de prisioneiros em condicional em busca de redução de pena e reinserção no mercado de trabalho. O impacto de uma instituição desta numa sociedade, tanto pelo lado social quanto ambiental, é gigantesco.

Ainda podemos melhorar, crescer e evoluir bastante e esse é meu grande objetivo na empresa, no entanto a cada dia trabalho minha paciência e tento focar na admiração e satisfação de trabalhar em umaempresa que admiro. Isso não tem preço.

Acredito que numa visão geral a Noruega poderia melhorar muito como um todo quando o assunto éSustentabilidade, Economia Colaborativa e Criativa. Mas a Noruega ainda é um país novo rico, suaestrutura mudou e se desenvolveu apenas há pouco mais de 50 anos quando o petróleo foi descoberto e começou a gerar muita riqueza, a qual foi muito bem administrada e aplicada voltada ao desenvolvimento da sua população.

Se você viajar para a Dinamarca, por exemplo, um outro mundo também se abre. Copenhague respirasustentabilidade e conscientização. A bicicleta é um meio de transporte super disseminado, as opções deprodutos, tantos alimentícios quanto de moda e design, orgânicos e conscientes é infinita.

Mas acredito que o mais importante, e o que mais me encantou, é algo que é presente em todos os paísesnórdicos. A cultura de respeito, de sociedade e colaboração de todos para a manutenção do bem estarcomum é encantadora. Mas ao mesmo tempo que nos deixa feliz saber que isto existe, nos deixa triste em perceber o quanto nosso país é sofrido e diferente. Afinal acredito que tal cultura e conscientizaçãovem desde os nativos dessa região, os Vikings, enquanto os nossos foram devastados e a nossasociedade atual se baseia em exploração e sofrimento.

Com isso, em outubro, deveríamos retornar ao Brasil, mas resolvemos ficar. Eu, uma carioca da gema, acostumada a ir a praia toda semana, escolhi morar por mais alguns anos num país que tem apenascerca de 5 horas de sol (na verdade, de luz natural) durante 7 meses por ano. Porque aqui aprendiREALMENTE que, ser queremos ser melhores, devemos ser essa mudança. Não podemos virar a cara quando outro cidadão não levanta do assento no ônibus lotado ao ver um idoso entrar; não podemosfazer a coisa certa e esperar que sejamos recompensados por isso, afinal ser honesto é o básico; nãopodemos reclamar do vizinho e cometer ‘ um crime mais leve’. Temos que nos auto corrigir e saber queninguém é melhor do que ninguém. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso que tem um caminhomuito longo até alcançar a sociedade desenvolvida, organizada e justa que merecemos.

Quero ficar aqui, aprender mais e poder voltar para contribuir ativamente nesse processo. Acreditoque unindo esses ensinamentos dos nórdicos com a nossa criatividade, nosso jogo de cintura e ginga podemos sim ter milhares de razões para acreditar que venceremos com louvor essa batalha em buscado desenvolvimento humano e sustentável em nosso território.

Planejamento para comprar e autoconhecimento: O mais importante na hora de construir umguarda-roupa consciente é o autoconhecimento - se conhecer, se questionar, esclarecer o queé importante, entender meu estilo de vida, meu dia-a-dia, como quero me sentir. Precisamosolhar para nossas roupas e refletir se elas nos representam, se estão adequadas ao nossocotidiano. Só assim, me conhecendo e conhecendo meu armário posso escolher roupas quefuncionam para minha vida.Na hora de escolher as roupas que entram ou saem do guarda-roupa, a Cris falou sobre quatropilares importantes: o que veste bem meu corpo? o que tem a ver com a minha rotina? o quefaz meu olho brilhar? o que faz eu me sentir do jeito que quero me sentir? Depois de conhecer(e experimentar!) as peças do meu armário e tirar o que não faz mais sentido, o que falta? Asvezes descobrimos que não falta nada, que tirar o excesso nos permitiu ver novas possibilidades. Outras vezes percebemos que um sapato faria muita diferença, ou um tênis, ou roupas de frio. As vezes três ou quatro peças farão muita diferença, pois funcionarão como uma ‘cola’ que une as peças que já tenho.

Revitalizar o guarda-roupa é muito mais do que jogar tudo fora e comprar novo (olha o consumismo!). Não precisamos adquirir mil peças. Precisamos sim é de um novo olhar. Énecessário pesquisar preços, custo-benefício, entender os materiais das roupas, saber a procedência, planejar, escolher para, finalmente, colocar no nosso armário somente aquilo quetem significado e combina com nosso estilo de viver.

Para saber mais sobre a oficina de estilo: www.oficinadeestilo.com.br

Fabi no centro, com colegas do Fretex =)

Sobre o desapego: a ideia é ter no armário somente roupas que funcionam na nossa vida e desapegar é o primeiro passo para construir um guarda-roupa ideal e fortalecer a nossa identidade visual. Tudo que atrapalha deve sair. Devemos deixar no armário somente peças que podemos contar( pegar amanhã e vestir!) Na hora do desapego vale se questionar: se fosse hoje e eu estivesse numa loja, compraria essa roupa? Eu posso vestir essa roupa amanhã de manhã? Mas lembre: às vezes pequenas reformas e customizações fazem a diferença e deixam as peças com a nossa cara.Ah, e desapegar é diferente de descartar. Vender, trocar, compartilhar e doar são verbos que conjugam bem com o consumo consciente! E lembre-se: a ideia é fazeruma revitalização inicial e ir ajustando com o tempo e não desapegar de duas malas de roupas a cada seis meses

.

O guarda-roupa ideal: é muito limitador dizer que o guarda-roupa ideal tem isso ou aquilo. O armário ideal é aquele que se adapta à nossa vida. com peças que acompanhem nosso estilo de viver. O bacana é que cada peça combine com pelo menos outras 3 peças - exemplo: se tenho uma blusa que só combina com um short, essa blusa está sub utilizada e não funciona no meu guarda-roupa. Vale pensar nisso na hora de comprar também: será que essa peça pode ser usada com pelo menos outras três que eu já tenho?

AMARDURACriações Experimentais

A Oficina de Estilo é feita pela Fê e pela Cris, duas consultoras de estilo que acreditam no autoconhecimento como ferramenta para construir um guarda-roupa mais autêntico e consciente. Em uma entrevista, a Cris falou sobre consumo consciente, boas escolhas, guarda-roupa ideal e autoconhecimento. Confere só as partes mais bacanas:

Sobre o consumo consciente: A Cris conta que elas batem muito nessa tecla e que quando se fala sobre esse assunto logo pensamos em ‘que tipo de produtos são mais conscientes?’, quando, na verdade, essa questão tem muito mais a ver com o impulso da compra do que com o produto em si. Então, a questão do consumo consciente refere-se principalmente ao exagero, à quantidade de coisas que compramos sem necessidade (e sem pensar!) - porque o que destrói o nosso planeta é a ideia de que os recursos nunca vão acabar (mas eles vão se continuarmos desse jeito!). A solução é refletir antes de comprar. Eu já tenho? Preciso? Posso? Esse produto é importante para mim? Por que estou comprando isso? As vezes a gente compra uma blusa mas queria mesmo era um abraço, ou estar na praia descansando, ou mais horas de sono. Pensar e questionar sobre o porquê da compra nos dá ferramentas para fazer escolhas mais conscientes e adquirir somente o que faz sentido para a nossa vida. Quebrar o ciclo de consumismo doido do capitalismo e ter consciência do peso que a nossa forma de consumir tem é uma das chaves para encontrar um estilo de vida mais sustentável.

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Sobre o guarda-roupa bem montado e consciente: elas falam que o guarda-roupa consciente éconciso, não tem muitas roupas. Menos é mais. Quanto mais peças uma pessoa tem, menos ela usa, porque a quantidade atrapalha na hora de escolher e, por isso, acabamos vestindo sempre as mesmas coisas. Além disso, é importante o guarda-roupa ser coordenável, com peças que combinem entre si - assim, mesmo com menos peças é um armário bem utilizado e constantemente atualizado - não por tendências, mas pelo uso contínuo das peças, que aos poucos vão sendo substituídas, o que faz muito mais sentido e é mais consciente.

Etiquetas de Composição!

como entender os símbolos e cuidar das suas roupas para que elasdurem mais!

LAVAGEM:

não lavar namáquina

lavar àmão

lavagemsuave

lavagemmuito suave

70lavagem normal

máx. 70º

40lavagem normal

máx. 40º

50lavagem suave

máx. 50º

90lavagem normal

máx. 90º

não alvejar /não branquear

somente alvejamentocom oxigênio

(não usar cloro)

qualquer alvejanteoxidante

secar emvaral

secar àsombra

não secarem tambor

(na máquina)

secagemhorizontal

secar em tamborem baixa

temperatura

secar em tambornormal

secagem porgotejamento

máx. 110º(acrílico, nylon,

acetato)

máx. 150º(lã e misturascom poliéster)

máx. 200º(algodão ou

linho)não passar

não limpara seco

Alavável a secocom todos os

solventes

Flavável a seco com

solvente R13 ehidrocarboneto

Plavável a seco empercloroetileno,

solvente R13,hidrocarboneto e

solvente R11

*

* listamos as mais comuns, há outras simbologias mais utilizadas para lavagens profissionais.

ALVEJAMENTO:

SECAGEM:

PASSADORIA:

LIMPEZA A SECO:

armadura - do dicionário: conjunto de peças protetoras do corpo dos antigos guerreiros. AMARDURA - muito além dos escudos que por vezes vestimos, são roupas que nos protegem commuito mais amor e mais vida, feitas com alma e afeto.

Criada pela Milena Akemi Hassegawa Saito, a AMARDURA é uma marca de roupas experimental eintuitiva, onde a moda é vista como forma de expressão, de liberdade e descoberta. É a ideia do ser, da identidade, das pessoas que estão dentro das roupas costurada em cada peça de forma muitoespecial.

A marca não segue tendências nem cronograma de lançamento de coleções. As roupas vão simplesmenteacontecendo e são criadas no seu tempo - e nenhuma peça sai de linha, todas ficam disponíveis paraserem encomendadas, numa nova forma de criar e comprar, sem amarras, sem as loucuras de novoslançamentos semestrais ou de calendários a serem seguidos.

Com produção artesanal, as roupas podem ser personalizadas e assim o consumidor atua comoco-criador da sua peça, valorizando a singularidade de cada um. Os modelos estão disponíveis emdiversas cores e estampas e os detalhes de decotes e comprimentos podem ser alterados.

A AMARDURA também utiliza muito o crochê ( ele faz parte da essência da marca), como forma de resgatar e valorizar essa técnica artesanal que passa de geração para geração. O feito à mão sempretem a energia especial da pessoa que fez aquele trabalho, com sua história de vida, alegrias e jeitoúnico de fazer as coisas. As máquinas e tecnologias são importantes, mas o fazer é parte essencial da nossa história e da nossa ligação com outros seres humanos. E esse feito à mão também estápresente nas estampas artesanais produzidas com carimbos criados em parceria com amigosilustradores.

Além desse trabalho com a pegada slow fashion, a AMARDURA tem o cuidado de reaproveitar osretalhos que sobram da melhor maneira possível em suas criações e incentivar a customização paraque a peça dure mais.

É mais do que apenas produzir e vender roupas. É buscar uma nova consciência de consumo, com focono ser, no criar, no transformar. É mudar o mundo deixando de lado as armaduras para vestir-se deamor, de amar.

Guarda-roupa bem montado e consumo consciente!

Entrevista com Oficina de Estilo

www.oficinadeestilo.com.br

www.amardura.blogspot.com

A sustentabilidade não é mais uma escolha, mas uma necessidade. O dia 13 deagosto deste ano foi o dia de Sobrecarga da Terra, ou seja, a humanidade

utilizou todos os recursos naturais existentes para o ano inteiro. Nos últimosduzentos anos consumimos um terço dos recursos naturais da Terra - recursosesses que demoraram 4,5 bilhões de anos para se formarem - o que quer dizerque consumimos tudo isso em 0.0000044% do tempo. E muita gente ainda não

tem noção do que isso representa e o quanto é preocupante.

Precisamos de um novo olhar - repensar hábitos, fazer novas escolhas, consumir causando menos impacto, criar consciência do peso das nossas

escolhas individuais - é urgente e real uma revolução na nossa forma de viver. Não dá mais para manter esse estilo de viver consumista e o sistema

produtivo industrial que só visa lucro - consumir virou um ato político, por isso devemos colocar nosso tempo e dinheiro somente em coisas que

acreditamos. O poder está em nossas mãos.

Espero que essa terceira edição da Fanzine Semente lhe proporcione um novoolhar sobre a sustentabilidade e o consumo consciente e que você também

escolha construir esta nova realidade e ser parte da mudança por um mundomelhor.

Boa Leitura!Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Versão virtual

moda I design I sustentabilidade

edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

semente

« Uma vez que sabemos e somos conscientes, somos responsáveis por nossaação ou nossa passividade. Podemos fazer algo a respeito disso ou ignorá-lo,mas, em qualquer caso, somos responsáveis pela decisão»

Jean-Paul Sartre

A sustentabilidade não é mais uma escolha, mas uma necessidade. O dia 13 de agosto deste ano foi o dia de Sobrecarga da Terra, ou seja, a humanidadeutilizou todos os recursos naturais existentes para o ano inteiro. Nos últimos duzentos anos consumimos um terço dos recursos naturais da Terra -

recursos esses que demoraram 4,5 bilhões de anos para se formarem - o que quer dizer que consumimos tudo isso em 0.0000044% do tempo. E muita gente ainda não tem noção do que isso representa e o quanto é preocupante.

Precisamos de um novo olhar - repensar hábitos, fazer novas escolhas, consumir causando menos impacto, criar consciência do peso das nossasescolhas individuais - é urgente e real uma revolução na nossa forma de viver. Não dá mais para manter esse estilo de viver consumista e o sistema

produtivo industrial que só visa lucro - consumir virou um ato político, por isso devemos colocar nosso tempo e dinheiro somente em coisas queacreditamos. O poder está em nossas mãos.

Espero que essa terceira edição da Fanzine Semente lhe proporcione um novo olhar sobre a sustentabilidade e o consumo consciente e que você tambémescolha construir esta nova realidade e ser parte da mudança por um mundo

melhor.

Boa Leitura!Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Moda, sustentabilidade e os EscandinavosImpressões de uma brasileira na terra dos vikings

Por Fabiana Hargreaves da Costa

Maior IDH do mundo, neve e Aurora Boreal. Essas eram as três únicas informações que tinha sobre aNoruega quando meu marido recebeu uma proposta de trabalho por 2 anos em Olso, capital do país,no final de 2013.

A princípio fiquei animada, apesar das inúmeras diferenças com o Brasil, gostei do desafio: morar em um lugar que nunca me imaginei e conhecer mais uma nova cultura. Afinal, se todos falavam sobre a sua organização e desenvolvimento, deveria ter muito a mostrar sobre sustentabilidade. Mas uma coisa tinha certeza, após os 2 anos, iria querer voltar para minha cidade maravilhosa. Ledo engano.

Meu primeiro ano foi muito difícil. Tinha acabado de começar um negócio próprio no Brasil e minha ideiade administrá-lo de tão longe foi impossível. Coloquei o projeto na gaveta e em paralelo comecei a procurar uma oportunidade na minha nova casa. Apesar da Noruega ser um país onde quase todos falam inglês, quando se quer trabalhar em uma área que não há muito mercado, como a Moda, vocêprecisa aprender a língua local. Embarquei na difícil missão de aprendê-la. Ainda estou no processo e há quase 1 ano estou trabalhando na empresa que queria, porém ainda longe de fazer o que vislumbro.

Hoje trabalho no Fretex, braço da Instituição Mundial Exército da Salvação. Na Noruega esta instituiçãoé muito grande, respeitada e influente. O Fretex foi criado para ser uma ramificação que pudessemovimentar e gerar dinheiro, já que a Instituição Exército da Salvação é uma ONG. O Fretex funciona daseguinte maneira: a população deposita roupas e acessórios em milhares de caçambas espalhadas pelopaís (móveis, artigos esportivos e muitos outros também podem ser doados por um outro sistema), asquais são coletadas diariamente pela instituição. Eu trabalho no galpão onde recebemos essas doaçõesda região de Oslo e seu entorno. Tendo uma das Rendas per capitas mais altas do mundo, você podeimaginar a quantidade e a qualidade do que recebemos. Apenas 15% conseguimos selecionar e organizar para serem enviados para 17 lojas próprias espalhadas pela região. Apesar de trabalharmosbastante com uma equipe de cerca de 20 pessoas, não conseguimos passar desse número. O consumoexcessivo em um dos países mais ricos do mundo é assustador. Os demais 85%, e o que sobra da triagem,é vendido a um preço muito baixo por quilo para outros países. Nessa separação muito também éseparado para projetos sociais dos quais participamos. Além disso, muitos funcionários são enviados pela instituição do governo que ajuda cidadãos de outros países , como exilados de guerra, que vêm

morar aqui atrás de uma melhor qualidade de vida, e de prisioneiros em condicional em busca de redução de pena e reinserção no mercado de trabalho. O impacto de uma instituição desta numa sociedade, tanto pelo lado social quanto ambiental, é gigantesco.

Ainda podemos melhorar, crescer e evoluir bastante e esse é meu grande objetivo na empresa, no entanto a cada dia trabalho minha paciência e tento focar na admiração e satisfação de trabalhar em uma empresa que admiro. Isso não tem preço.

Acredito que numa visão geral a Noruega poderia melhorar muito como um todo quando o assunto éSustentabilidade, Economia Colaborativa e Criativa. Mas a Noruega ainda é um país novo rico, suaestrutura mudou e se desenvolveu apenas há pouco mais de 50 anos quando o petróleo foi descoberto e começou a gerar muita riqueza, a qual foi muito bem administrada e aplicada voltada ao desenvolvimento da sua população.

Se você viajar para a Dinamarca, por exemplo, um outro mundo também se abre. Copenhague respirasustentabilidade e conscientização. A bicicleta é um meio de transporte super disseminado, as opções deprodutos, tantos alimentícios quanto de moda e design, orgânicos e conscientes é infinita.

Mas acredito que o mais importante, e o que mais me encantou, é algo que é presente em todos os paísesnórdicos. A cultura de respeito, de sociedade e colaboração de todos para a manutenção do bem estarcomum é encantadora. Mas ao mesmo tempo que nos deixa feliz por saber que isto existe, nos deixa tristeem perceber o quanto nosso país é sofrido e diferente. Afinal acredito que tal cultura e conscientizaçãovem desde os nativos dessa região, os Vikings, enquanto os nossos foram devastados e a nossasociedade atual se baseia em exploração e sofrimento.

Com isso, em outubro, deveríamos retornar ao Brasil, mas resolvemos ficar. Eu, uma carioca da gema, acostumada a ir a praia toda semana, escolhi morar por mais alguns anos num país que tem apenascerca de 5 horas de sol (na verdade, de luz natural) durante 7 meses por ano. Porque aqui aprendiREALMENTE que, ser queremos ser melhores, devemos ser essa mudança. Não podemos virar a cara quando outro cidadão não levanta do assento no ônibus lotado ao ver um idoso entrar; não podemosfazer a coisa certa e esperar que sejamos recompensados por isso, afinal ser honesto é o básico; nãopodemos reclamar do vizinho e cometer ‘ um crime mais leve’. Temos que nos auto corrigir e saber queninguém é melhor do que ninguém. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso que tem um caminhomuito longo até alcançar a sociedade desenvolvida, organizada e justa que merecemos.

Quero ficar aqui, aprender mais e poder voltar para contribuir ativamente nesse processo. Acreditoque unindo esses ensinamentos dos nórdicos com a nossa criatividade, nosso jogo de cintura e ginga podemos sim ter milhares de razões para acreditar que venceremos com louvor essa batalha em buscado desenvolvimento humano e sustentável em nosso território.

Fabi no centro, com colegas do Fretex =)

Etiquetas de Composição!

como entender os símbolos e cuidar das suas roupas para que elasdurem mais!

LAVAGEM:

não lavar namáquina

lavar àmão

lavagemsuave

lavagemmuito suave

70lavagem normal

máx. 70º

40lavagem normal

máx. 40º

50lavagem suave

máx. 50º

90lavagem normal

máx. 90º

não alvejar /não branquear

somente alvejamentocom oxigênio

(não usar cloro)

qualquer alvejanteoxidante

secar emvaral

secar àsombra

não secarem tambor

(na máquina)

secagemhorizontal

secar em tamborem baixa

temperatura

secar em tambornormal

secagem porgotejamento

máx. 110º(acrílico, nylon,

acetato)

máx. 150º(lã e misturascom poliéster)

máx. 200º(algodão ou

linho)não passar

não limpara seco

Alavável a secocom todos os

solventes

Flavável a seco com

solvente R13 ehidrocarboneto

Plavável a seco empercloroetileno,

solvente R13,hidrocarboneto e

solvente R11

*

* listamos as mais comuns, há outras simbologias mais utilizadas para lavagens profissionais.

ALVEJAMENTO:

SECAGEM:

PASSADORIA:

LIMPEZA A SECO:Guarda-roupa bem montado e

consumo consciente!

Entrevista com Oficina de Estilo

A Oficina de Estilo é feita pela Fê e pela Cris, duas consultoras de estilo que acreditam no autoconhecimento como ferramenta para construir um guarda-roupa mais autêntico e consciente. Em uma entrevista, a Cris falou sobre consumo consciente, boas escolhas, guarda-roupa ideal e autoconhecimento. Confere só as partes mais bacanas:

Sobre o consumo consciente: A Cris conta que elas batem muito nessa tecla e que quando se fala sobre esse assunto logo pensamos em ‘que tipo de produtos são mais conscientes?’, quando, na verdade, essa questão tem muito mais a ver com o impulso da compra do que com o produto em si. Então, a questão do consumo consciente refere-se principalmente ao exagero, à quantidade de coisas que compramos sem necessidade (e sem pensar!) - porque o que destrói o nosso planeta é a ideia de que os recursos nunca vão acabar (mas eles vão se continuarmos desse jeito!). A solução é refletir antes de comprar. Eu já tenho? Preciso? Posso? Esse produto é importante para mim? Por que estou comprando isso? As vezes a gente compra uma blusa mas queria mesmo era um abraço, ou estar na praia descansando, ou mais horas de sono. Pensar e questionar sobre o porquê da compra nos dá ferramentas para fazer escolhas mais conscientes e adquirir somente o que faz sentido para a nossa vida. Quebrar o ciclo de consumismo doido do capitalismo e ter consciência do peso que a nossa forma de consumir tem é uma das chaves para encontrar um estilo de vida mais sustentável.

.

Sobre o guarda-roupa bem montado e consciente: elas falam que o guarda-roupa consciente éconciso, não tem muitas roupas. Menos é mais. Quanto mais peças uma pessoa tem, menos ela usa, porque a quantidade atrapalha na hora de escolher e, por isso, acabamos vestindo sempre as mesmas coisas. Além disso, é importante o guarda-roupa ser coordenável, com peças que combinem entre si - assim, mesmo com menos peças é um armário bem utilizado e constantemente atualizado - não por tendências, mas pelo uso contínuo das peças, que aos poucos vão sendo substituídas, o que faz muito mais sentido e é mais consciente.

www.oficinadeestilo.com.br

Sobre o desapego: a ideia é ter no armário somente roupas que funcionam na nossa vida e desapegar é o primeiro passo para construir um guarda-roupa ideal e fortalecer a nossa identidade visual. Tudo que atrapalha deve sair. Devemos deixar no armário somente peças que podemos contar( pegar amanhã e vestir!) Na hora do desapego vale se questionar: se fosse hoje e eu estivesse numa loja, compraria essa roupa? Eu posso vestir essa roupa amanhã de manhã? Mas lembre: às vezes pequenas reformas e customizações fazem a diferença e deixam as peças com a nossa cara.Ah, e desapegar é diferente de descartar. Vender, trocar, compartilhar e doar são verbos que conjugam bem com o consumo consciente! E lembre-se: a ideia é fazeruma revitalização inicial e ir ajustando com o tempo e não desapegar de duas malas de roupas a cada seis meses.

.

O guarda-roupa ideal: é muito limitador dizer que o guarda-roupa ideal tem isso ou aquilo. O armário ideal é aquele que se adapta à nossa vida com peças que acompanhem nosso estilo de viver. O bacana é que cada peça combine com pelo menos outras 3 peças - exemplo: se tenho uma blusa que só combina com um short, essa blusa está sub utilizada e não funciona no meu guarda-roupa. Vale pensar nisso na hora de comprar também: será que essa peça pode ser usada com pelo menos outras três que eu já tenho?

Planejamento para comprar e autoconhecimento: O mais importante na hora de construir umguarda-roupa consciente é o autoconhecimento - se conhecer, se questionar, esclarecer o queé importante, entender meu estilo de vida, meu dia-a-dia, como quero me sentir. Precisamosolhar para nossas roupas e refletir se elas nos representam, se estão adequadas ao nossocotidiano. Só assim, me conhecendo e conhecendo meu armário posso escolher roupas quefuncionam para minha vida.Na hora de escolher as roupas que entram ou saem do guarda-roupa, a Cris falou sobre quatropilares importantes: o que veste bem meu corpo? o que tem a ver com a minha rotina? o quefaz meu olho brilhar? o que faz eu me sentir do jeito que quero me sentir? Depois de conhecer(e experimentar!) as peças do meu armário e tirar o que não faz mais sentido, o que falta? Asvezes descobrimos que não falta nada, que tirar o excesso nos permitiu ver novas possibilidades. Outras vezes percebemos que um sapato faria muita diferença, ou um tênis, ou roupas de frio. As vezes três ou quatro peças farão muita diferença, pois funcionarão como uma ‘cola’ que une as peças que já tenho.

Revitalizar o guarda-roupa é muito mais do que jogar tudo fora e comprar novo (olha o consumismo!). Não precisamos adquirir mil peças. Precisamos sim é de um novo olhar. Énecessário pesquisar preços, custo-benefício, entender os materiais das roupas, saber a procedência, planejar, escolher para, finalmente, colocar no nosso armário somente aquilo quetem significado e combina com nosso estilo de viver.

Para saber mais sobre a Oficina de Estilo é só acessar: www.oficinadeestilo.com.br

- Os pequenos negócios são os maiores geradores de empregos do país - cerca de52% dos empregos formais;

- Melhor distribuição de renda e desenvolvimento da comunidade local;

- Menos impacto ambiental com deslocamentos e produção;

- Exclusividade, diversidade e singularidades valorizadas;

- Fortalecimento das relações entre consumidores e produtores - é gente lidando com gente;

- Confiança, atenção, conveniência, serviços personalizados e formas especiais de negociar;

- Valorização do capital humano de quem está perto;

- Apoiar a realização de sonhos - seu dinheiro não vai para um executivo comprar mais umluxo, mas para uma criança fazer aulas de dança, um jovem pagar a faculdade, um pai ajudara família, para que pessoas como você também realizem seus desejos.

MOTIVOS PARA COMPRAR DOS PEQUENOS NEGÓCIOS!

#compredopequeno

Agradecimentos especiais:Fabiana Hargreaves da Costa

Ana Lúcia Flores Schmidt

Contato: [email protected] informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

armadura - do dicionário: conjunto de peças protetoras do corpo dos antigos guerreiros. AMARDURA - muito além dos escudos que por vezes vestimos, são roupas que nos protegem commuito mais amor e mais vida, feitas com alma e afeto.

Criada pela Milena Akemi Hassegawa Saito, a AMARDURA é uma marca de roupas experimental eintuitiva, onde a moda é vista como forma de expressão, de liberdade e descoberta. É a ideia do ser, da identidade, das pessoas que estão dentro das roupas costurada em cada peça de forma muitoespecial.

A marca não segue tendências nem cronograma de lançamento de coleções. As roupas vão simplesmenteacontecendo e são criadas no seu tempo - e nenhuma peça sai de linha, todas ficam disponíveis paraserem encomendadas, numa nova forma de criar e comprar, sem amarras, sem as loucuras de novoslançamentos semestrais ou de calendários a serem seguidos.

Com produção artesanal, as roupas podem ser personalizadas e assim o consumidor atua comoco-criador da sua peça, valorizando a singularidade de cada um. Os modelos estão disponíveis emdiversas cores e estampas e os detalhes de decotes e comprimentos podem ser alterados.

A AMARDURA também utiliza muito o crochê ( ele faz parte da essência da marca), como forma de resgatar e valorizar essa técnica artesanal que passa de geração para geração. O feito à mão sempretem a energia especial da pessoa que fez aquele trabalho, com sua história de vida, alegrias e jeitoúnico de fazer as coisas. As máquinas e tecnologias são importantes, mas o fazer é parte essencial da nossa história e da nossa ligação com outros seres humanos. E esse feito à mão também estápresente nas estampas artesanais produzidas com carimbos criados em parceria com amigosilustradores.

Além desse trabalho com a pegada slow fashion, a AMARDURA tem o cuidado de reaproveitar osretalhos que sobram da melhor maneira possível em suas criações e incentivar a customização paraque a peça dure mais.

É mais do que apenas produzir e vender roupas. É buscar uma nova consciência de consumo, com focono ser, no criar, no transformar. É mudar o mundo deixando de lado as armaduras para vestir-se deamor, de amar.

AMARDURACriações Experimentais

www.amardura.blogspot.com

Page 6: lojaluscofusco.com.br · v ersão pilo to moda I design I susten tabilidade edição três I ano um Lusco Fusco EcoFashion apresenta: www .lojaluscofusco.com.br instagram.com/l

versão piloto

moda I design I sustentabilidade

edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

semente

Sobre o desapego: a ideia é ter no armário somente roupas que funcionam na nossa vida e desapegar é o primeiro passo para construir um guarda-roupa ideal e fortalecer a nossa identidade visual. Tudo que atrapalha deve sair. Devemos deixar no armário somente peças que podemos contar( pegar amanhã e vestir!) Na hora do desapego vale se questionar: se fosse hoje e eu estivesse numa loja, compraria essa roupa? Eu posso vestir essa roupa amanhã de manhã? Mas vale lembrar: às vezes pequenas reformas e customizações fazem a diferença e deixam as peças com a nossa cara.Ah, e desapegar é diferente de descartar. Vender, trocar, compartilhar e doar são verbos que conjugam bem com o consumo consciente! E lembre-se: a ideia é fazeruma revitalização inicial e ir ajustando com o tempo e não desapegar de duas malas de roupas a cada seis meses

.

O guarda-roupa ideal: é muito limitador dizer que o guarda-roupa ideal tem isso ou aquilo. O armário ideal é aquele que se adapta à nossa vida. com peças que acompanhem nosso estilo de viver. O bacana é que cada peça combine com pelo menos outras 3 peças - exemplo: se tenho uma blusa que só combina com um short, essa blusa está sub utilizada e não funciona no meu guarda-roupa. Vale pensar nisso na hora de comprar também: será que essa peça pode ser usada com pelo menos outras três que eu já tenho?

Planejamento para comprar e autoconhecimento: O mais importante na hora de construir umguarda-roupa consciente é o autoconhecimento - se conhecer, se questionar, esclarecer o queé importante, entender meu estilo de vida, meu dia-a-dia, como quero me sentir. Precisamosolhar para nossas roupas e refletir se elas nos representam, se estão adequadas ao nossocotidiano. Só assim, me conhecendo e conhecendo meu armário posso escolher roupas quefuncionam para minha vida.Na hora de escolher as roupas que entram ou saem do guarda-roupa, a Cris falou sobre quatropilares importantes: o que veste bem meu corpo? o que tem a ver com a minha rotina? o quefaz meu olho brilhar? o que faz eu me sentir do jeito que quero me sentir? Depois de conhecer(e experimentar!) as peças do meu armário e tirar o que não faz mais sentido, o que falta? Asvezes descobrimos que não falta nada, que tirar o excesso nos permitiu ver novas possibilidades. Outras vezes percebemos que um sapato faria muita diferença, ou um tênis, ou roupas de frio. As vezes três ou quatro peças farão muita diferença, pois funcionarão como uma ‘cola’ que une as peças que já tenho.

Revitalizar o guarda-roupa é muito mais do que jogar tudo fora e comprar novo (olha o consumismo!). Não precisamos adquirir mil peças. Precisamos sim é de um novo olhar. Énecessário pesquisar preços, custo-benefício, entender os materiais das roupas, saber a procedência, planejar, escolher para, finalmente, colocar no nosso armário somente aquilo quetem significado e combina com nosso estilo de viver.

- Os pequenos negócios são os maiores geradores de empregos do país - cerca de52% dos empregos formais;

- Melhor distribuição de renda e desenvolvimento da comunidade local;

- Menos impacto ambiental com deslocamentos e produção;

- Exclusividade, diversidade e singularidades valorizadas;

- Fortalecimento das relações entre consumidores e produtores - é gente lidando com gente;

- Confiança, atenção, conveniência, serviços personalizados e formas especiais de negociar;

- Valorização do capital humano de quem está perto;

- Apoiar a realização de sonhos - seu dinheiro não vai para um executivo comprar mais umluxo, mas para uma criança fazer aulas de dança, um jovem pagar a faculdade, um pai ajudara família, para que pessoas como você também realizem seus desejos.

MOTIVOS PARA COMPRAR DOS PEQUENOS NEGÓCIOS!

#compredopequeno

Guarda-roupa bem montado e consumo consciente!

Entrevista com Oficina de Estilo

A Oficina de Estilo é feita pela Fê e pela Cris, duas consultoras de estilo que acreditam no autoconhecimento como ferramenta para construir um guarda-roupa mais autêntico e consciente. Em uma entrevista, a Cris falou sobre consumo consciente, boas escolhas, guarda-roupa ideal e autoconhecimento. Confere só as partes mais bacanas:

Sobre o consumo consciente: A Cris conta que elas batem muito nessa tecla e que quando se fala sobreesse assunto logo pensamos em ‘que tipo de produtos são mais conscientes?’, quando, na verdade, essa questão tem muito mais a ver com o impulso da compra do que com o produto em si. Então, a questão do consumo consciente refere-se principalmente ao exagero, à quantidade de coisas que compramos sem necessidade (e sem pensar!) - porque o que destrói o nosso planeta é a ideia de queos recursos nunca vão acabar (mas eles vão se continuarmos desse jeito!). A solução é refletir antesde comprar. Eu já tenho? Preciso? Posso? Esse produto é importante para mim? Por que estoucomprando isso? As vezes a gente compra uma blusa mas queria mesmo era um abraço, ou estar na praia descansando, ou mais horas de sono. Pensar e questionar sobre o porquê da compra nos dá ferramentas para fazer escolhas mais conscientes e adquirir somente o que faz sentido para a nossa vida. Quebrar o ciclo de consumismo doido do capitalismo e ter consciência do peso que a nossa forma de consumir tem é uma das chaves para encontrar um estilo de vida mais sustentável.

.

Sobre o guarda-roupa bem montado e consciente: elas falam que o guarda-roupa consciente éconciso, não tem muitas roupas. Menos é mais. Quanto mais peças uma pessoa tem, menos ela usa, porque a quantidade atrapalha na hora de escolher e, por isso, acabamos vestindo sempre as mesmas coisas. Além disso, é importante o guarda-roupa ser coordenável, com peças que combinem entre si - assim, mesmo com menos peças é um armário bem utilizado e constantemente atualizado - não por tendências, mas pelo uso contínuo das peças, que aos poucos vão sendo substituídas, o que faz muitomais sentido e é mais consciente.

www.oficinadeestilo.com.br

armadura - do dicionário: conjunto de peças protetoras do corpo dos antigos guerreiros. AMARDURA - muito além dos escudos que por vezes vestimos, são roupas que nos protegem commuito mais amor e mais vida, feitas com alma e afeto.

Criada pela Milena Akemi Hassegawa Saito, a AMARDURA é uma marca de roupas experimental eintuitiva, onde a moda é vista como forma de expressão, de liberdade e descoberta. É a ideia do ser, da identidade, das pessoas que estão dentro das roupas costurada em cada peça de forma muitoespecial.

A marca não segue tendências nem cronograma de lançamento de coleções. As roupas vão simplesmenteacontecendo e são criadas no seu tempo - e nenhuma peça sai de linha, todas ficam disponíveis paraserem encomendadas, numa nova forma de criar e comprar, sem amarras, sem as loucuras de novoslançamentos semestrais ou de calendários a serem seguidos.

Com produção artesanal, as roupas podem ser personalizadas e assim o consumidor atua comoco-criador da sua peça, valorizando a singularidade de cada um. Os modelos estão disponíveis emdiversas cores e estampas e os detalhes de decotes e comprimentos podem ser alterados.

A AMARDURA também utiliza muito o crochê ( ele faz parte da essência da marca), como forma de resgatar e valorizar essa técnica artesanal que passa de geração para geração. O feito à mão sempretem a energia especial da pessoa que fez aquele trabalho, com sua história de vida, alegrias e jeitoespecial de fazer as coisas. As máquinas e tecnologias são importantes, mas o fazer é parte essencial da nossa história e da nossa ligação com outros seres humanos. E esse feito à mão também estápresente nas estampas artesanais produzidas com carimbos criados em parceria com amigosilustradores.

Além desse trabalho com a pegada slow fashion, a AMARDURA tem o cuidado de reaproveitar osretalhos que sobram da melhor maneira possível em suas criações e incentivar a customização paraque a peça dure mais.

É mais do que apenas produzir e vender roupas. É buscar uma nova consciência de consumo, com focono ser, no criar, no transformar. É mudar o mundo deixando de lado as armaduras para vestir-se deamor, de amar.

AMARDURACriações Experimentais

Etiquetas de Composição!

como entender os símbolos e cuidar das suas roupas para que elasdurem mais!

LAVAGEM:

não lavar namáquina

lavar àmão

lavagemsuave

lavagemmuito suave

70lavagem normal

máx. 70º

40lavagem normal

máx. 40º

50lavagem suave

máx. 50º

90lavagem normal

máx. 90º

não alvejar /não branquear

somente alvejamentocom oxigênio

(não usar cloro)

qualquer alvejanteoxidante

secar emvaral

secar àsombra

não secarem tambor

(na máquina)

secagemhorizontal

secar em tamborem baixa

temperatura

secar em tambornormal

secagem porgotejamento

máx. 110º(acrílico, nylon,

acetato)

máx. 150º(lã e misturascom poliéster)

máx. 200º(algodão ou

linho)não passar

não limpara seco

Alavável a secocom todos os

solventes

Flavável a seco com

solvente R13 ehidrocarboneto

Plavável a seco empercloroetileno,

solvente R13,hidrocarboneto e

solvente R11

*

* listamos as mais comuns, há outras simbologias mais utilizadas para lavagens profissionais.

ALVEJAMENTO:

SECAGEM:

PASSADORIA:

LIMPEZA A SECO:

Moda, sustentabilidade e os EscandinavosImpressões de uma brasileira na terra dos vikings

Por Fabiana Hargreaves da Costa

Maior IDH do mundo, neve e Aurora Boreal. Essas eram as três únicas informações que tinha sobre aNoruega quando meu marido recebeu uma proposta de trabalho por 2 anos em Olso, capital do país,no final de 2013.

A princípio fiquei animada, apesar das inúmeras diferenças com o Brasil, gostei do desafio: morar em um lugar que nunca me imaginei e conhecer mais uma nova cultura. Afinal, se todos falavam sobre a sua organização e desenvolvimento, deveria ter muito a mostrar sobre sustentabilidade. Mas uma coisa tinha certeza, após os 2 anos, iria querer voltar para minha cidade maravilhosa. Ledo engano.

Meu primeiro ano foi muito difícil. Tinha acabado de começar um negócio próprio no Brasil e minha ideiade administra-lo de tão longe foi impossível. Coloquei o projeto na gaveta e em paralelo comecei a procurar uma oportunidade na minha nova casa. Apesar na Noruega ser um país onde quase todos falam inglês, quando se quer trabalhar em uma área que não há muito mercado, como a Moda, vocêprecisa aprender a língua local. Embarquei na difícil missão de aprendê-la. Ainda estou no processo e há quase 1 ano estou trabalhando na empresa que queria, porém ainda longe de fazer o que vislumbro.

Hoje trabalho no Fretex, braço da Instituição Mundial Exército da Salvação. Na Noruega esta instituiçãoé muito grande, respeitada e influente. O Fretex foi criado para ser uma ramificação que pudessemovimentar e gerar dinheiro, já que a Instituição Exército da Salvação é uma ONG. O Fretex funciona daseguinte maneira: a população deposita roupas e acessórios em milhares de caçambas espalhadas pelopaís (móveis, artigos esportivos e muitos outros também podem ser doados por um outro sistema), asquais são coletadas diariamente pela instituição. Eu trabalho no galpão onde recebemos essas doaçõesda região de Oslo e seu entorno. Tendo uma das Rendas per capitas mais altas do mundo, você podeimaginar a quantidade e a qualidade do que recebemos. Apenas 15% conseguimos selecionar e organizar para serem enviados para 17 lojas próprias espalhadas pela região. Apesar de trabalharmosbastante com uma equipe de cerca de 20 pessoas, não conseguimos passar desse número. O consumoexcessivo em um dos países mais ricos do mundo é assustador. Os demais 85%, e o que sobra da triagem,é vendido a um preço muito baixo por quilo para outros países. Nessa separação muito também éseparado para projetos sociais dos quais participamos. Além disso, muitos funcionários são enviados pela instituição do governo que ajuda cidadãos de outros países , como exilados de guerra, que vêm

morar aqui atrás de uma melhor qualidade de vida, e de prisioneiros em condicional em busca de redução de pena e reinserção no mercado de trabalho. O impacto de uma instituição desta numa sociedade, tanto pelo lado social quanto ambiental, é gigantesco.

Ainda podemos melhorar, crescer e evoluir bastante e esse é meu grande objetivo na empresa, no entanto a cada dia trabalho minha paciência e tento focar admiração e satisfação de trabalhar em umaempresa que admiro. Isso não tem preço.

Acredito que numa visão geral a Noruega poderia melhorar muito como um todo quando o assunto éSustentabilidade, Economia Colaborativa e Criativa. Mas a Noruega ainda é um país novo rico, suaestrutura mudou e se desenvolveu apenas há pouco mais de 50 anos quando o petróleo foi descoberto e começou a gerar muita riqueza, a qual foi muito bem administrada e aplicada voltada ao desenvolvimento da sua população.

Se você viajar para a Dinamarca, por exemplo, um outro mundo também se abre. Copenhague respirasustentabilidade e conscientização. A bicicleta é um meio de transporte super disseminado, as opções deprodutos, tantos alimentícios quanto de moda e design, orgânicos e conscientes é infinita.

Mas acredito que o mais importante, e o que mais me encantou, é algo que é presente em todos os paísesnórdicos. A cultura de respeito, de sociedade e colaboração de todos para a manutenção do bem estarcomum é encantadora. Mas ao mesmo tempo nos deixa feliz por saber que isto existe, nos deixa tristeem perceber o quanto nosso país é sofrido e diferente. Afinal acredito que tal cultura e conscientizaçãovem desde os nativos dessa região, os Vikings, enquanto os nossos foram devastados e a nossasociedade atual se baseia em exploração e sofrimento.

Com isso, em outubro, deveríamos retornar ao Brasil, mas resolvemos ficar. Eu, uma carioca da gema, acostumada a ir a praia toda semana, escolhi morar por mais alguns anos num país que tem apenascerca de 5 horas de sol (na verdade, de luz natural) durante 7 meses por ano. Porque aqui aprendiREALMENTE que, ser queremos ser melhores, devemos ser essa mudança. Não podemos virar a cara quando outro cidadão não levanta do assento no ônibus lotado ao ver um idoso entrar; não podemosfazer a coisa certa e esperar que sejamos recompensados por isso, afinal ser honesto é o básico; nãopodemos reclamar do vizinho e cometer ‘ um crime mais leve’. Temos que nos auto corrigir e saber queninguém é melhor do que ninguém. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso que tem um caminhomuito longo até alcançar a sociedade desenvolvida, organizada e justa que merecemos.

Quero ficar aqui, aprender mais e poder voltar para contribuir ativamente nesse processo. Acreditoque unindo esses ensinamentos dos nórdicos com a nossa criatividade, nosso jogo de cintura e ginga podemos sim ter milhares de razões para acreditar que venceremos com louvor essa batalha em buscado desenvolvimento humano e sustentável em nosso território.

Fabi no centro, com colegas do Fretex =)

« Uma vez que sabemos e somos conscientes, somos responsáveis por nossaação ou nossa passividade. Podemos fazer algo a respeito disso ou ignorá-lo,mas, em qualquer caso, somos responsáveis pela decisão»

Jean-Paul Sartre

A sustentabilidade não é mais uma escolha, mas uma necessidade. O dia 13 deagosto deste ano foi o dia de Sobrecarga da Terra, ou seja, a humanidade

utilizou todos os recursos naturais existentes para o ano inteiro. Nos últimosduzentos anos consumimos um terço dos recursos naturais da Terra - recursosesses que demoraram 4,5 bilhões de anos para se formarem - o que quer dizerque consumimos tudo isso em 0.0000044% do tempo. E muita gente ainda não

tem noção do que isso representa e o quanto é preocupante.

Precisamos de um novo olhar - repensar hábitos, fazer novas escolhas, consumir causando menos impacto, criar consciência do peso das nossas

escolhas individuais - é urgente e real uma revolução na nossa forma de viver. Não dá mais para manter esse estilo de viver consumista e o um sistema

produtivo industrial que só visa lucro - consumir virou um ato político, por isso devemos colocar nosso tempo e dinheiro somente em coisas que

acreditamos. O poder está em nossas mãos.

Espero que essa terceira edição da Fanzine Semente lhe proporcione um novoolhar sobre a sustentabilidade e o consumo consciente e que você também

escolha construir esta nova realidade e ser parte da mudança por um mundomelhor.

Boa Leitura!Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Agradecimentos especiais:Fabiana Hargreaves da Costa

Ana Lúcia Flores Schmidt

Contato: [email protected] informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente

Versão para impressão

moda I design I sustentabilidade

edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

semente

Agradecimentos especiais:Fabiana Hargreaves da Costa

Ana Lúcia Flores Schmidt

Contato: [email protected] informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente

« Uma vez que sabemos e somos conscientes, somos responsáveis por nossaação ou nossa passividade. Podemos fazer algo a respeito disso ou ignorá-lo,mas, em qualquer caso, somos responsáveis pela decisão»

Jean-Paul Sartre

Moda, sustentabilidade e os EscandinavosImpressões de uma brasileira na terra dos vikings

Por Fabiana Hargreaves da Costa

Maior IDH do mundo, neve e Aurora Boreal. Essas eram as três únicas informações que tinha sobre aNoruega quando meu marido recebeu uma proposta de trabalho por 2 anos em Olso, capital do país,no final de 2013.

A princípio fiquei animada, apesar das inúmeras diferenças com o Brasil, gostei do desafio: morar em um lugar que nunca me imaginei e conhecer mais uma nova cultura. Afinal, se todos falavam sobre a sua organização e desenvolvimento, deveria ter muito a mostrar sobre sustentabilidade. Mas uma coisa tinha certeza, após os 2 anos, iria querer voltar para minha cidade maravilhosa. Ledo engano.

Meu primeiro ano foi muito difícil. Tinha acabado de começar um negócio próprio no Brasil e minha ideiade administrá-lo de tão longe foi impossível. Coloquei o projeto na gaveta e em paralelo comecei a procurar uma oportunidade na minha nova casa. Apesar na Noruega ser um país onde quase todos falam inglês, quando se quer trabalhar em uma área que não há muito mercado, como a Moda, vocêprecisa aprender a língua local. Embarquei na difícil missão de aprendê-la. Ainda estou no processo e há quase 1 ano estou trabalhando na empresa que queria, porém ainda longe de fazer o que vislumbro.

Hoje trabalho no Fretex, braço da Instituição Mundial Exército da Salvação. Na Noruega esta instituiçãoé muito grande, respeitada e influente. O Fretex foi criado para ser uma ramificação que pudessemovimentar e gerar dinheiro, já que a Instituição Exército da Salvação é uma ONG. O Fretex funciona daseguinte maneira: a população deposita roupas e acessórios em milhares de caçambas espalhadas pelopaís (móveis, artigos esportivos e muitos outros também podem ser doados por um outro sistema), asquais são coletadas diariamente pela instituição. Eu trabalho no galpão onde recebemos essas doaçõesda região de Oslo e seu entorno. Tendo uma das Rendas per capitas mais altas do mundo, você podeimaginar a quantidade e a qualidade do que recebemos. Apenas 15% conseguimos selecionar e organizar para serem enviados para 17 lojas próprias espalhadas pela região. Apesar de trabalharmosbastante com uma equipe de cerca de 20 pessoas, não conseguimos passar desse número. O consumoexcessivo em um dos países mais ricos do mundo é assustador. Os demais 85%, e o que sobra da triagem,é vendido a um preço muito baixo por quilo para outros países. Nessa separação muito também éseparado para projetos sociais dos quais participamos. Além disso, muitos funcionários são enviados pela instituição do governo que ajuda cidadãos de outros países , como exilados de guerra, que vêm

- Os pequenos negócios são os maiores geradores de empregos do país - cerca de52% dos empregos formais;

- Melhor distribuição de renda e desenvolvimento da comunidade local;

- Menos impacto ambiental com deslocamentos e produção;

- Exclusividade, diversidade e singularidades valorizadas;

- Fortalecimento das relações entre consumidores e produtores - é gente lidando com gente;

- Confiança, atenção, conveniência, serviços personalizados e formas especiais de negociar;

- Valorização do capital humano de quem está perto;

- Apoiar a realização de sonhos - seu dinheiro não vai para um executivo comprar mais umluxo, mas para uma criança fazer aulas de dança, um jovem pagar a faculdade, um pai ajudara família, para que pessoas como você também realizem seus desejos.

MOTIVOS PARA COMPRAR DOS PEQUENOS NEGÓCIOS!

#compredopequeno

morar aqui atrás de uma melhor qualidade de vida, e de prisioneiros em condicional em busca de redução de pena e reinserção no mercado de trabalho. O impacto de uma instituição desta numa sociedade, tanto pelo lado social quanto ambiental, é gigantesco.

Ainda podemos melhorar, crescer e evoluir bastante e esse é meu grande objetivo na empresa, no entanto a cada dia trabalho minha paciência e tento focar na admiração e satisfação de trabalhar em umaempresa que admiro. Isso não tem preço.

Acredito que numa visão geral a Noruega poderia melhorar muito como um todo quando o assunto éSustentabilidade, Economia Colaborativa e Criativa. Mas a Noruega ainda é um país novo rico, suaestrutura mudou e se desenvolveu apenas há pouco mais de 50 anos quando o petróleo foi descoberto e começou a gerar muita riqueza, a qual foi muito bem administrada e aplicada voltada ao desenvolvimento da sua população.

Se você viajar para a Dinamarca, por exemplo, um outro mundo também se abre. Copenhague respirasustentabilidade e conscientização. A bicicleta é um meio de transporte super disseminado, as opções deprodutos, tantos alimentícios quanto de moda e design, orgânicos e conscientes é infinita.

Mas acredito que o mais importante, e o que mais me encantou, é algo que é presente em todos os paísesnórdicos. A cultura de respeito, de sociedade e colaboração de todos para a manutenção do bem estarcomum é encantadora. Mas ao mesmo tempo que nos deixa feliz saber que isto existe, nos deixa triste em perceber o quanto nosso país é sofrido e diferente. Afinal acredito que tal cultura e conscientizaçãovem desde os nativos dessa região, os Vikings, enquanto os nossos foram devastados e a nossasociedade atual se baseia em exploração e sofrimento.

Com isso, em outubro, deveríamos retornar ao Brasil, mas resolvemos ficar. Eu, uma carioca da gema, acostumada a ir a praia toda semana, escolhi morar por mais alguns anos num país que tem apenascerca de 5 horas de sol (na verdade, de luz natural) durante 7 meses por ano. Porque aqui aprendiREALMENTE que, ser queremos ser melhores, devemos ser essa mudança. Não podemos virar a cara quando outro cidadão não levanta do assento no ônibus lotado ao ver um idoso entrar; não podemosfazer a coisa certa e esperar que sejamos recompensados por isso, afinal ser honesto é o básico; nãopodemos reclamar do vizinho e cometer ‘ um crime mais leve’. Temos que nos auto corrigir e saber queninguém é melhor do que ninguém. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso que tem um caminhomuito longo até alcançar a sociedade desenvolvida, organizada e justa que merecemos.

Quero ficar aqui, aprender mais e poder voltar para contribuir ativamente nesse processo. Acreditoque unindo esses ensinamentos dos nórdicos com a nossa criatividade, nosso jogo de cintura e ginga podemos sim ter milhares de razões para acreditar que venceremos com louvor essa batalha em buscado desenvolvimento humano e sustentável em nosso território.

Planejamento para comprar e autoconhecimento: O mais importante na hora de construir umguarda-roupa consciente é o autoconhecimento - se conhecer, se questionar, esclarecer o queé importante, entender meu estilo de vida, meu dia-a-dia, como quero me sentir. Precisamosolhar para nossas roupas e refletir se elas nos representam, se estão adequadas ao nossocotidiano. Só assim, me conhecendo e conhecendo meu armário posso escolher roupas quefuncionam para minha vida.Na hora de escolher as roupas que entram ou saem do guarda-roupa, a Cris falou sobre quatropilares importantes: o que veste bem meu corpo? o que tem a ver com a minha rotina? o quefaz meu olho brilhar? o que faz eu me sentir do jeito que quero me sentir? Depois de conhecer(e experimentar!) as peças do meu armário e tirar o que não faz mais sentido, o que falta? Asvezes descobrimos que não falta nada, que tirar o excesso nos permitiu ver novas possibilidades. Outras vezes percebemos que um sapato faria muita diferença, ou um tênis, ou roupas de frio. As vezes três ou quatro peças farão muita diferença, pois funcionarão como uma ‘cola’ que une as peças que já tenho.

Revitalizar o guarda-roupa é muito mais do que jogar tudo fora e comprar novo (olha o consumismo!). Não precisamos adquirir mil peças. Precisamos sim é de um novo olhar. Énecessário pesquisar preços, custo-benefício, entender os materiais das roupas, saber a procedência, planejar, escolher para, finalmente, colocar no nosso armário somente aquilo quetem significado e combina com nosso estilo de viver.

Para saber mais sobre a oficina de estilo: www.oficinadeestilo.com.br

Fabi no centro, com colegas do Fretex =)

Sobre o desapego: a ideia é ter no armário somente roupas que funcionam na nossa vida e desapegar é o primeiro passo para construir um guarda-roupa ideal e fortalecer a nossa identidade visual. Tudo que atrapalha deve sair. Devemos deixar no armário somente peças que podemos contar( pegar amanhã e vestir!) Na hora do desapego vale se questionar: se fosse hoje e eu estivesse numa loja, compraria essa roupa? Eu posso vestir essa roupa amanhã de manhã? Mas lembre: às vezes pequenas reformas e customizações fazem a diferença e deixam as peças com a nossa cara.Ah, e desapegar é diferente de descartar. Vender, trocar, compartilhar e doar são verbos que conjugam bem com o consumo consciente! E lembre-se: a ideia é fazeruma revitalização inicial e ir ajustando com o tempo e não desapegar de duas malas de roupas a cada seis meses

.

O guarda-roupa ideal: é muito limitador dizer que o guarda-roupa ideal tem isso ou aquilo. O armário ideal é aquele que se adapta à nossa vida. com peças que acompanhem nosso estilo de viver. O bacana é que cada peça combine com pelo menos outras 3 peças - exemplo: se tenho uma blusa que só combina com um short, essa blusa está sub utilizada e não funciona no meu guarda-roupa. Vale pensar nisso na hora de comprar também: será que essa peça pode ser usada com pelo menos outras três que eu já tenho?

AMARDURACriações Experimentais

A Oficina de Estilo é feita pela Fê e pela Cris, duas consultoras de estilo que acreditam no autoconhecimento como ferramenta para construir um guarda-roupa mais autêntico e consciente. Em uma entrevista, a Cris falou sobre consumo consciente, boas escolhas, guarda-roupa ideal e autoconhecimento. Confere só as partes mais bacanas:

Sobre o consumo consciente: A Cris conta que elas batem muito nessa tecla e que quando se fala sobre esse assunto logo pensamos em ‘que tipo de produtos são mais conscientes?’, quando, na verdade, essa questão tem muito mais a ver com o impulso da compra do que com o produto em si. Então, a questão do consumo consciente refere-se principalmente ao exagero, à quantidade de coisas que compramos sem necessidade (e sem pensar!) - porque o que destrói o nosso planeta é a ideia de que os recursos nunca vão acabar (mas eles vão se continuarmos desse jeito!). A solução é refletir antes de comprar. Eu já tenho? Preciso? Posso? Esse produto é importante para mim? Por que estou comprando isso? As vezes a gente compra uma blusa mas queria mesmo era um abraço, ou estar na praia descansando, ou mais horas de sono. Pensar e questionar sobre o porquê da compra nos dá ferramentas para fazer escolhas mais conscientes e adquirir somente o que faz sentido para a nossa vida. Quebrar o ciclo de consumismo doido do capitalismo e ter consciência do peso que a nossa forma de consumir tem é uma das chaves para encontrar um estilo de vida mais sustentável.

.

Sobre o guarda-roupa bem montado e consciente: elas falam que o guarda-roupa consciente éconciso, não tem muitas roupas. Menos é mais. Quanto mais peças uma pessoa tem, menos ela usa, porque a quantidade atrapalha na hora de escolher e, por isso, acabamos vestindo sempre as mesmas coisas. Além disso, é importante o guarda-roupa ser coordenável, com peças que combinem entre si - assim, mesmo com menos peças é um armário bem utilizado e constantemente atualizado - não por tendências, mas pelo uso contínuo das peças, que aos poucos vão sendo substituídas, o que faz muito mais sentido e é mais consciente.

Etiquetas de Composição!

como entender os símbolos e cuidar das suas roupas para que elasdurem mais!

LAVAGEM:

não lavar namáquina

lavar àmão

lavagemsuave

lavagemmuito suave

70lavagem normal

máx. 70º

40lavagem normal

máx. 40º

50lavagem suave

máx. 50º

90lavagem normal

máx. 90º

não alvejar /não branquear

somente alvejamentocom oxigênio

(não usar cloro)

qualquer alvejanteoxidante

secar emvaral

secar àsombra

não secarem tambor

(na máquina)

secagemhorizontal

secar em tamborem baixa

temperatura

secar em tambornormal

secagem porgotejamento

máx. 110º(acrílico, nylon,

acetato)

máx. 150º(lã e misturascom poliéster)

máx. 200º(algodão ou

linho)não passar

não limpara seco

Alavável a secocom todos os

solventes

Flavável a seco com

solvente R13 ehidrocarboneto

Plavável a seco empercloroetileno,

solvente R13,hidrocarboneto e

solvente R11

*

* listamos as mais comuns, há outras simbologias mais utilizadas para lavagens profissionais.

ALVEJAMENTO:

SECAGEM:

PASSADORIA:

LIMPEZA A SECO:

armadura - do dicionário: conjunto de peças protetoras do corpo dos antigos guerreiros. AMARDURA - muito além dos escudos que por vezes vestimos, são roupas que nos protegem commuito mais amor e mais vida, feitas com alma e afeto.

Criada pela Milena Akemi Hassegawa Saito, a AMARDURA é uma marca de roupas experimental eintuitiva, onde a moda é vista como forma de expressão, de liberdade e descoberta. É a ideia do ser, da identidade, das pessoas que estão dentro das roupas costurada em cada peça de forma muitoespecial.

A marca não segue tendências nem cronograma de lançamento de coleções. As roupas vão simplesmenteacontecendo e são criadas no seu tempo - e nenhuma peça sai de linha, todas ficam disponíveis paraserem encomendadas, numa nova forma de criar e comprar, sem amarras, sem as loucuras de novoslançamentos semestrais ou de calendários a serem seguidos.

Com produção artesanal, as roupas podem ser personalizadas e assim o consumidor atua comoco-criador da sua peça, valorizando a singularidade de cada um. Os modelos estão disponíveis emdiversas cores e estampas e os detalhes de decotes e comprimentos podem ser alterados.

A AMARDURA também utiliza muito o crochê ( ele faz parte da essência da marca), como forma de resgatar e valorizar essa técnica artesanal que passa de geração para geração. O feito à mão sempretem a energia especial da pessoa que fez aquele trabalho, com sua história de vida, alegrias e jeitoúnico de fazer as coisas. As máquinas e tecnologias são importantes, mas o fazer é parte essencial da nossa história e da nossa ligação com outros seres humanos. E esse feito à mão também estápresente nas estampas artesanais produzidas com carimbos criados em parceria com amigosilustradores.

Além desse trabalho com a pegada slow fashion, a AMARDURA tem o cuidado de reaproveitar osretalhos que sobram da melhor maneira possível em suas criações e incentivar a customização paraque a peça dure mais.

É mais do que apenas produzir e vender roupas. É buscar uma nova consciência de consumo, com focono ser, no criar, no transformar. É mudar o mundo deixando de lado as armaduras para vestir-se deamor, de amar.

Guarda-roupa bem montado e consumo consciente!

Entrevista com Oficina de Estilo

www.oficinadeestilo.com.br

www.amardura.blogspot.com

A sustentabilidade não é mais uma escolha, mas uma necessidade. O dia 13 deagosto deste ano foi o dia de Sobrecarga da Terra, ou seja, a humanidade

utilizou todos os recursos naturais existentes para o ano inteiro. Nos últimosduzentos anos consumimos um terço dos recursos naturais da Terra - recursosesses que demoraram 4,5 bilhões de anos para se formarem - o que quer dizerque consumimos tudo isso em 0.0000044% do tempo. E muita gente ainda não

tem noção do que isso representa e o quanto é preocupante.

Precisamos de um novo olhar - repensar hábitos, fazer novas escolhas, consumir causando menos impacto, criar consciência do peso das nossas

escolhas individuais - é urgente e real uma revolução na nossa forma de viver. Não dá mais para manter esse estilo de viver consumista e o sistema

produtivo industrial que só visa lucro - consumir virou um ato político, por isso devemos colocar nosso tempo e dinheiro somente em coisas que

acreditamos. O poder está em nossas mãos.

Espero que essa terceira edição da Fanzine Semente lhe proporcione um novoolhar sobre a sustentabilidade e o consumo consciente e que você também

escolha construir esta nova realidade e ser parte da mudança por um mundomelhor.

Boa Leitura!Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Versão virtual

moda I design I sustentabilidade

edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

semente

« Uma vez que sabemos e somos conscientes, somos responsáveis por nossaação ou nossa passividade. Podemos fazer algo a respeito disso ou ignorá-lo,mas, em qualquer caso, somos responsáveis pela decisão»

Jean-Paul Sartre

A sustentabilidade não é mais uma escolha, mas uma necessidade. O dia 13 de agosto deste ano foi o dia de Sobrecarga da Terra, ou seja, a humanidadeutilizou todos os recursos naturais existentes para o ano inteiro. Nos últimos duzentos anos consumimos um terço dos recursos naturais da Terra -

recursosesses que demoraram 4,5 bilhões de anos para se formarem - o que quer dizer que consumimos tudo isso em 0.0000044% do tempo. E muita gente ainda nãotem noção do que isso representa e o quanto é preocupante.

Precisamos de um novo olhar - repensar hábitos, fazer novas escolhas, consumir causando menos impacto, criar consciência do peso das nossasescolhas individuais - é urgente e real uma revolução na nossa forma de viver. Não dá mais para manter esse estilo de viver consumista e o sistema

produtivo industrial que só visa lucro - consumir virou um ato político, por isso devemos colocar nosso tempo e dinheiro somente em coisas queacreditamos. O poder está em nossas mãos.

Espero que essa terceira edição da Fanzine Semente lhe proporcione um novo olhar sobre a sustentabilidade e o consumo consciente e que você tambémescolha construir esta nova realidade e ser parte da mudança por um mundo

melhor.

Boa Leitura!Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Moda, sustentabilidade e os EscandinavosImpressões de uma brasileira na terra dos vikings

Por Fabiana Hargreaves da Costa

Maior IDH do mundo, neve e Aurora Boreal. Essas eram as três únicas informações que tinha sobre aNoruega quando meu marido recebeu uma proposta de trabalho por 2 anos em Olso, capital do país,no final de 2013.

A princípio fiquei animada, apesar das inúmeras diferenças com o Brasil, gostei do desafio: morar em um lugar que nunca me imaginei e conhecer mais uma nova cultura. Afinal, se todos falavam sobre a sua organização e desenvolvimento, deveria ter muito a mostrar sobre sustentabilidade. Mas uma coisa tinha certeza, após os 2 anos, iria querer voltar para minha cidade maravilhosa. Ledo engano.

Meu primeiro ano foi muito difícil. Tinha acabado de começar um negócio próprio no Brasil e minha ideiade administrá-lo de tão longe foi impossível. Coloquei o projeto na gaveta e em paralelo comecei a procurar uma oportunidade na minha nova casa. Apesar na Noruega ser um país onde quase todos falam inglês, quando se quer trabalhar em uma área que não há muito mercado, como a Moda, vocêprecisa aprender a língua local. Embarquei na difícil missão de aprendê-la. Ainda estou no processo e há quase 1 ano estou trabalhando na empresa que queria, porém ainda longe de fazer o que vislumbro.

Hoje trabalho no Fretex, braço da Instituição Mundial Exército da Salvação. Na Noruega esta instituiçãoé muito grande, respeitada e influente. O Fretex foi criado para ser uma ramificação que pudessemovimentar e gerar dinheiro, já que a Instituição Exército da Salvação é uma ONG. O Fretex funciona daseguinte maneira: a população deposita roupas e acessórios em milhares de caçambas espalhadas pelopaís (móveis, artigos esportivos e muitos outros também podem ser doados por um outro sistema), asquais são coletadas diariamente pela instituição. Eu trabalho no galpão onde recebemos essas doaçõesda região de Oslo e seu entorno. Tendo uma das Rendas per capitas mais altas do mundo, você podeimaginar a quantidade e a qualidade do que recebemos. Apenas 15% conseguimos selecionar e organizar para serem enviados para 17 lojas próprias espalhadas pela região. Apesar de trabalharmosbastante com uma equipe de cerca de 20 pessoas, não conseguimos passar desse número. O consumoexcessivo em um dos países mais ricos do mundo é assustador. Os demais 85%, e o que sobra da triagem,é vendido a um preço muito baixo por quilo para outros países. Nessa separação muito também éseparado para projetos sociais dos quais participamos. Além disso, muitos funcionários são enviados pela instituição do governo que ajuda cidadãos de outros países , como exilados de guerra, que vêm

morar aqui atrás de uma melhor qualidade de vida, e de prisioneiros em condicional em busca de redução de pena e reinserção no mercado de trabalho. O impacto de uma instituição desta numa sociedade, tanto pelo lado social quanto ambiental, é gigantesco.

Ainda podemos melhorar, crescer e evoluir bastante e esse é meu grande objetivo na empresa, no entanto a cada dia trabalho minha paciência e tento focar na admiração e satisfação de trabalhar em uma empresa que admiro. Isso não tem preço.

Acredito que numa visão geral a Noruega poderia melhorar muito como um todo quando o assunto éSustentabilidade, Economia Colaborativa e Criativa. Mas a Noruega ainda é um país novo rico, suaestrutura mudou e se desenvolveu apenas há pouco mais de 50 anos quando o petróleo foi descoberto e começou a gerar muita riqueza, a qual foi muito bem administrada e aplicada voltada ao desenvolvimento da sua população.

Se você viajar para a Dinamarca, por exemplo, um outro mundo também se abre. Copenhague respirasustentabilidade e conscientização. A bicicleta é um meio de transporte super disseminado, as opções deprodutos, tantos alimentícios quanto de moda e design, orgânicos e conscientes é infinita.

Mas acredito que o mais importante, e o que mais me encantou, é algo que é presente em todos os paísesnórdicos. A cultura de respeito, de sociedade e colaboração de todos para a manutenção do bem estarcomum é encantadora. Mas ao mesmo tempo que nos deixa feliz por saber que isto existe, nos deixa tristeem perceber o quanto nosso país é sofrido e diferente. Afinal acredito que tal cultura e conscientizaçãovem desde os nativos dessa região, os Vikings, enquanto os nossos foram devastados e a nossasociedade atual se baseia em exploração e sofrimento.

Com isso, em outubro, deveríamos retornar ao Brasil, mas resolvemos ficar. Eu, uma carioca da gema, acostumada a ir a praia toda semana, escolhi morar por mais alguns anos num país que tem apenascerca de 5 horas de sol (na verdade, de luz natural) durante 7 meses por ano. Porque aqui aprendiREALMENTE que, ser queremos ser melhores, devemos ser essa mudança. Não podemos virar a cara quando outro cidadão não levanta do assento no ônibus lotado ao ver um idoso entrar; não podemosfazer a coisa certa e esperar que sejamos recompensados por isso, afinal ser honesto é o básico; nãopodemos reclamar do vizinho e cometer ‘ um crime mais leve’. Temos que nos auto corrigir e saber queninguém é melhor do que ninguém. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso que tem um caminhomuito longo até alcançar a sociedade desenvolvida, organizada e justa que merecemos.

Quero ficar aqui, aprender mais e poder voltar para contribuir ativamente nesse processo. Acreditoque unindo esses ensinamentos dos nórdicos com a nossa criatividade, nosso jogo de cintura e ginga podemos sim ter milhares de razões para acreditar que venceremos com louvor essa batalha em buscado desenvolvimento humano e sustentável em nosso território.

Fabi no centro, com colegas do Fretex =)

armadura - do dicionário: conjunto de peças protetoras do corpo dos antigos guerreiros. AMARDURA - muito além dos escudos que por vezes vestimos, são roupas que nos protegem commuito mais amor e mais vida, feitas com alma e afeto.

Criada pela Milena Akemi Hassegawa Saito, a AMARDURA é uma marca de roupas experimental eintuitiva, onde a moda é vista como forma de expressão, de liberdade e descoberta. É a ideia do ser, da identidade, das pessoas que estão dentro das roupas costurada em cada peça de forma muitoespecial.

A marca não segue tendências nem cronograma de lançamento de coleções. As roupas vão simplesmenteacontecendo e são criadas no seu tempo - e nenhuma peça sai de linha, todas ficam disponíveis paraserem encomendadas, numa nova forma de criar e comprar, sem amarras, sem as loucuras de novoslançamentos semestrais ou de calendários a serem seguidos.

Com produção artesanal, as roupas podem ser personalizadas e assim o consumidor atua comoco-criador da sua peça, valorizando a singularidade de cada um. Os modelos estão disponíveis emdiversas cores e estampas e os detalhes de decotes e comprimentos podem ser alterados.

A AMARDURA também utiliza muito o crochê ( ele faz parte da essência da marca), como forma de resgatar e valorizar essa técnica artesanal que passa de geração para geração. O feito à mão sempretem a energia especial da pessoa que fez aquele trabalho, com sua história de vida, alegrias e jeitoúnico de fazer as coisas. As máquinas e tecnologias são importantes, mas o fazer é parte essencial da nossa história e da nossa ligação com outros seres humanos. E esse feito à mão também estápresente nas estampas artesanais produzidas com carimbos criados em parceria com amigosilustradores.

Além desse trabalho com a pegada slow fashion, a AMARDURA tem o cuidado de reaproveitar osretalhos que sobram da melhor maneira possível em suas criações e incentivar a customização paraque a peça dure mais.

É mais do que apenas produzir e vender roupas. É buscar uma nova consciência de consumo, com focono ser, no criar, no transformar. É mudar o mundo deixando de lado as armaduras para vestir-se deamor, de amar.

AMARDURACriações Experimentais

Etiquetas de Composição!

como entender os símbolos e cuidar das suas roupas para que elasdurem mais!

LAVAGEM:

não lavar namáquina

lavar àmão

lavagemsuave

lavagemmuito suave

70lavagem normal

máx. 70º

40lavagem normal

máx. 40º

50lavagem suave

máx. 50º

90lavagem normal

máx. 90º

não alvejar /não branquear

somente alvejamentocom oxigênio

(não usar cloro)

qualquer alvejanteoxidante

secar emvaral

secar àsombra

não secarem tambor

(na máquina)

secagemhorizontal

secar em tamborem baixa

temperatura

secar em tambornormal

secagem porgotejamento

máx. 110º(acrílico, nylon,

acetato)

máx. 150º(lã e misturascom poliéster)

máx. 200º(algodão ou

linho)não passar

não limpara seco

Alavável a secocom todos os

solventes

Flavável a seco com

solvente R13 ehidrocarboneto

Plavável a seco empercloroetileno,

solvente R13,hidrocarboneto e

solvente R11

*

* listamos as mais comuns, há outras simbologias mais utilizadas para lavagens profissionais.

ALVEJAMENTO:

SECAGEM:

PASSADORIA:

LIMPEZA A SECO:

Page 7: lojaluscofusco.com.br · v ersão pilo to moda I design I susten tabilidade edição três I ano um Lusco Fusco EcoFashion apresenta: www .lojaluscofusco.com.br instagram.com/l

versão piloto

moda I design I sustentabilidade

edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

semente

Sobre o desapego: a ideia é ter no armário somente roupas que funcionam na nossa vida e desapegar é o primeiro passo para construir um guarda-roupa ideal e fortalecer a nossa identidade visual. Tudo que atrapalha deve sair. Devemos deixar no armário somente peças que podemos contar( pegar amanhã e vestir!) Na hora do desapego vale se questionar: se fosse hoje e eu estivesse numa loja, compraria essa roupa? Eu posso vestir essa roupa amanhã de manhã? Mas vale lembrar: às vezes pequenas reformas e customizações fazem a diferença e deixam as peças com a nossa cara.Ah, e desapegar é diferente de descartar. Vender, trocar, compartilhar e doar são verbos que conjugam bem com o consumo consciente! E lembre-se: a ideia é fazeruma revitalização inicial e ir ajustando com o tempo e não desapegar de duas malas de roupas a cada seis meses

.

O guarda-roupa ideal: é muito limitador dizer que o guarda-roupa ideal tem isso ou aquilo. O armário ideal é aquele que se adapta à nossa vida. com peças que acompanhem nosso estilo de viver. O bacana é que cada peça combine com pelo menos outras 3 peças - exemplo: se tenho uma blusa que só combina com um short, essa blusa está sub utilizada e não funciona no meu guarda-roupa. Vale pensar nisso na hora de comprar também: será que essa peça pode ser usada com pelo menos outras três que eu já tenho?

Planejamento para comprar e autoconhecimento: O mais importante na hora de construir umguarda-roupa consciente é o autoconhecimento - se conhecer, se questionar, esclarecer o queé importante, entender meu estilo de vida, meu dia-a-dia, como quero me sentir. Precisamosolhar para nossas roupas e refletir se elas nos representam, se estão adequadas ao nossocotidiano. Só assim, me conhecendo e conhecendo meu armário posso escolher roupas quefuncionam para minha vida.Na hora de escolher as roupas que entram ou saem do guarda-roupa, a Cris falou sobre quatropilares importantes: o que veste bem meu corpo? o que tem a ver com a minha rotina? o quefaz meu olho brilhar? o que faz eu me sentir do jeito que quero me sentir? Depois de conhecer(e experimentar!) as peças do meu armário e tirar o que não faz mais sentido, o que falta? Asvezes descobrimos que não falta nada, que tirar o excesso nos permitiu ver novas possibilidades. Outras vezes percebemos que um sapato faria muita diferença, ou um tênis, ou roupas de frio. As vezes três ou quatro peças farão muita diferença, pois funcionarão como uma ‘cola’ que une as peças que já tenho.

Revitalizar o guarda-roupa é muito mais do que jogar tudo fora e comprar novo (olha o consumismo!). Não precisamos adquirir mil peças. Precisamos sim é de um novo olhar. Énecessário pesquisar preços, custo-benefício, entender os materiais das roupas, saber a procedência, planejar, escolher para, finalmente, colocar no nosso armário somente aquilo quetem significado e combina com nosso estilo de viver.

- Os pequenos negócios são os maiores geradores de empregos do país - cerca de52% dos empregos formais;

- Melhor distribuição de renda e desenvolvimento da comunidade local;

- Menos impacto ambiental com deslocamentos e produção;

- Exclusividade, diversidade e singularidades valorizadas;

- Fortalecimento das relações entre consumidores e produtores - é gente lidando com gente;

- Confiança, atenção, conveniência, serviços personalizados e formas especiais de negociar;

- Valorização do capital humano de quem está perto;

- Apoiar a realização de sonhos - seu dinheiro não vai para um executivo comprar mais umluxo, mas para uma criança fazer aulas de dança, um jovem pagar a faculdade, um pai ajudara família, para que pessoas como você também realizem seus desejos.

MOTIVOS PARA COMPRAR DOS PEQUENOS NEGÓCIOS!

#compredopequeno

Guarda-roupa bem montado e consumo consciente!

Entrevista com Oficina de Estilo

A Oficina de Estilo é feita pela Fê e pela Cris, duas consultoras de estilo que acreditam no autoconhecimento como ferramenta para construir um guarda-roupa mais autêntico e consciente. Em uma entrevista, a Cris falou sobre consumo consciente, boas escolhas, guarda-roupa ideal e autoconhecimento. Confere só as partes mais bacanas:

Sobre o consumo consciente: A Cris conta que elas batem muito nessa tecla e que quando se fala sobreesse assunto logo pensamos em ‘que tipo de produtos são mais conscientes?’, quando, na verdade, essa questão tem muito mais a ver com o impulso da compra do que com o produto em si. Então, a questão do consumo consciente refere-se principalmente ao exagero, à quantidade de coisas que compramos sem necessidade (e sem pensar!) - porque o que destrói o nosso planeta é a ideia de queos recursos nunca vão acabar (mas eles vão se continuarmos desse jeito!). A solução é refletir antesde comprar. Eu já tenho? Preciso? Posso? Esse produto é importante para mim? Por que estoucomprando isso? As vezes a gente compra uma blusa mas queria mesmo era um abraço, ou estar na praia descansando, ou mais horas de sono. Pensar e questionar sobre o porquê da compra nos dá ferramentas para fazer escolhas mais conscientes e adquirir somente o que faz sentido para a nossa vida. Quebrar o ciclo de consumismo doido do capitalismo e ter consciência do peso que a nossa forma de consumir tem é uma das chaves para encontrar um estilo de vida mais sustentável.

.

Sobre o guarda-roupa bem montado e consciente: elas falam que o guarda-roupa consciente éconciso, não tem muitas roupas. Menos é mais. Quanto mais peças uma pessoa tem, menos ela usa, porque a quantidade atrapalha na hora de escolher e, por isso, acabamos vestindo sempre as mesmas coisas. Além disso, é importante o guarda-roupa ser coordenável, com peças que combinem entre si - assim, mesmo com menos peças é um armário bem utilizado e constantemente atualizado - não por tendências, mas pelo uso contínuo das peças, que aos poucos vão sendo substituídas, o que faz muitomais sentido e é mais consciente.

www.oficinadeestilo.com.br

armadura - do dicionário: conjunto de peças protetoras do corpo dos antigos guerreiros. AMARDURA - muito além dos escudos que por vezes vestimos, são roupas que nos protegem commuito mais amor e mais vida, feitas com alma e afeto.

Criada pela Milena Akemi Hassegawa Saito, a AMARDURA é uma marca de roupas experimental eintuitiva, onde a moda é vista como forma de expressão, de liberdade e descoberta. É a ideia do ser, da identidade, das pessoas que estão dentro das roupas costurada em cada peça de forma muitoespecial.

A marca não segue tendências nem cronograma de lançamento de coleções. As roupas vão simplesmenteacontecendo e são criadas no seu tempo - e nenhuma peça sai de linha, todas ficam disponíveis paraserem encomendadas, numa nova forma de criar e comprar, sem amarras, sem as loucuras de novoslançamentos semestrais ou de calendários a serem seguidos.

Com produção artesanal, as roupas podem ser personalizadas e assim o consumidor atua comoco-criador da sua peça, valorizando a singularidade de cada um. Os modelos estão disponíveis emdiversas cores e estampas e os detalhes de decotes e comprimentos podem ser alterados.

A AMARDURA também utiliza muito o crochê ( ele faz parte da essência da marca), como forma de resgatar e valorizar essa técnica artesanal que passa de geração para geração. O feito à mão sempretem a energia especial da pessoa que fez aquele trabalho, com sua história de vida, alegrias e jeitoespecial de fazer as coisas. As máquinas e tecnologias são importantes, mas o fazer é parte essencial da nossa história e da nossa ligação com outros seres humanos. E esse feito à mão também estápresente nas estampas artesanais produzidas com carimbos criados em parceria com amigosilustradores.

Além desse trabalho com a pegada slow fashion, a AMARDURA tem o cuidado de reaproveitar osretalhos que sobram da melhor maneira possível em suas criações e incentivar a customização paraque a peça dure mais.

É mais do que apenas produzir e vender roupas. É buscar uma nova consciência de consumo, com focono ser, no criar, no transformar. É mudar o mundo deixando de lado as armaduras para vestir-se deamor, de amar.

AMARDURACriações Experimentais

Etiquetas de Composição!

como entender os símbolos e cuidar das suas roupas para que elasdurem mais!

LAVAGEM:

não lavar namáquina

lavar àmão

lavagemsuave

lavagemmuito suave

70lavagem normal

máx. 70º

40lavagem normal

máx. 40º

50lavagem suave

máx. 50º

90lavagem normal

máx. 90º

não alvejar /não branquear

somente alvejamentocom oxigênio

(não usar cloro)

qualquer alvejanteoxidante

secar emvaral

secar àsombra

não secarem tambor

(na máquina)

secagemhorizontal

secar em tamborem baixa

temperatura

secar em tambornormal

secagem porgotejamento

máx. 110º(acrílico, nylon,

acetato)

máx. 150º(lã e misturascom poliéster)

máx. 200º(algodão ou

linho)não passar

não limpara seco

Alavável a secocom todos os

solventes

Flavável a seco com

solvente R13 ehidrocarboneto

Plavável a seco empercloroetileno,

solvente R13,hidrocarboneto e

solvente R11

*

* listamos as mais comuns, há outras simbologias mais utilizadas para lavagens profissionais.

ALVEJAMENTO:

SECAGEM:

PASSADORIA:

LIMPEZA A SECO:

Moda, sustentabilidade e os EscandinavosImpressões de uma brasileira na terra dos vikings

Por Fabiana Hargreaves da Costa

Maior IDH do mundo, neve e Aurora Boreal. Essas eram as três únicas informações que tinha sobre aNoruega quando meu marido recebeu uma proposta de trabalho por 2 anos em Olso, capital do país,no final de 2013.

A princípio fiquei animada, apesar das inúmeras diferenças com o Brasil, gostei do desafio: morar em um lugar que nunca me imaginei e conhecer mais uma nova cultura. Afinal, se todos falavam sobre a sua organização e desenvolvimento, deveria ter muito a mostrar sobre sustentabilidade. Mas uma coisa tinha certeza, após os 2 anos, iria querer voltar para minha cidade maravilhosa. Ledo engano.

Meu primeiro ano foi muito difícil. Tinha acabado de começar um negócio próprio no Brasil e minha ideiade administra-lo de tão longe foi impossível. Coloquei o projeto na gaveta e em paralelo comecei a procurar uma oportunidade na minha nova casa. Apesar na Noruega ser um país onde quase todos falam inglês, quando se quer trabalhar em uma área que não há muito mercado, como a Moda, vocêprecisa aprender a língua local. Embarquei na difícil missão de aprendê-la. Ainda estou no processo e há quase 1 ano estou trabalhando na empresa que queria, porém ainda longe de fazer o que vislumbro.

Hoje trabalho no Fretex, braço da Instituição Mundial Exército da Salvação. Na Noruega esta instituiçãoé muito grande, respeitada e influente. O Fretex foi criado para ser uma ramificação que pudessemovimentar e gerar dinheiro, já que a Instituição Exército da Salvação é uma ONG. O Fretex funciona daseguinte maneira: a população deposita roupas e acessórios em milhares de caçambas espalhadas pelopaís (móveis, artigos esportivos e muitos outros também podem ser doados por um outro sistema), asquais são coletadas diariamente pela instituição. Eu trabalho no galpão onde recebemos essas doaçõesda região de Oslo e seu entorno. Tendo uma das Rendas per capitas mais altas do mundo, você podeimaginar a quantidade e a qualidade do que recebemos. Apenas 15% conseguimos selecionar e organizar para serem enviados para 17 lojas próprias espalhadas pela região. Apesar de trabalharmosbastante com uma equipe de cerca de 20 pessoas, não conseguimos passar desse número. O consumoexcessivo em um dos países mais ricos do mundo é assustador. Os demais 85%, e o que sobra da triagem,é vendido a um preço muito baixo por quilo para outros países. Nessa separação muito também éseparado para projetos sociais dos quais participamos. Além disso, muitos funcionários são enviados pela instituição do governo que ajuda cidadãos de outros países , como exilados de guerra, que vêm

morar aqui atrás de uma melhor qualidade de vida, e de prisioneiros em condicional em busca de redução de pena e reinserção no mercado de trabalho. O impacto de uma instituição desta numa sociedade, tanto pelo lado social quanto ambiental, é gigantesco.

Ainda podemos melhorar, crescer e evoluir bastante e esse é meu grande objetivo na empresa, no entanto a cada dia trabalho minha paciência e tento focar admiração e satisfação de trabalhar em umaempresa que admiro. Isso não tem preço.

Acredito que numa visão geral a Noruega poderia melhorar muito como um todo quando o assunto éSustentabilidade, Economia Colaborativa e Criativa. Mas a Noruega ainda é um país novo rico, suaestrutura mudou e se desenvolveu apenas há pouco mais de 50 anos quando o petróleo foi descoberto e começou a gerar muita riqueza, a qual foi muito bem administrada e aplicada voltada ao desenvolvimento da sua população.

Se você viajar para a Dinamarca, por exemplo, um outro mundo também se abre. Copenhague respirasustentabilidade e conscientização. A bicicleta é um meio de transporte super disseminado, as opções deprodutos, tantos alimentícios quanto de moda e design, orgânicos e conscientes é infinita.

Mas acredito que o mais importante, e o que mais me encantou, é algo que é presente em todos os paísesnórdicos. A cultura de respeito, de sociedade e colaboração de todos para a manutenção do bem estarcomum é encantadora. Mas ao mesmo tempo nos deixa feliz por saber que isto existe, nos deixa tristeem perceber o quanto nosso país é sofrido e diferente. Afinal acredito que tal cultura e conscientizaçãovem desde os nativos dessa região, os Vikings, enquanto os nossos foram devastados e a nossasociedade atual se baseia em exploração e sofrimento.

Com isso, em outubro, deveríamos retornar ao Brasil, mas resolvemos ficar. Eu, uma carioca da gema, acostumada a ir a praia toda semana, escolhi morar por mais alguns anos num país que tem apenascerca de 5 horas de sol (na verdade, de luz natural) durante 7 meses por ano. Porque aqui aprendiREALMENTE que, ser queremos ser melhores, devemos ser essa mudança. Não podemos virar a cara quando outro cidadão não levanta do assento no ônibus lotado ao ver um idoso entrar; não podemosfazer a coisa certa e esperar que sejamos recompensados por isso, afinal ser honesto é o básico; nãopodemos reclamar do vizinho e cometer ‘ um crime mais leve’. Temos que nos auto corrigir e saber queninguém é melhor do que ninguém. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso que tem um caminhomuito longo até alcançar a sociedade desenvolvida, organizada e justa que merecemos.

Quero ficar aqui, aprender mais e poder voltar para contribuir ativamente nesse processo. Acreditoque unindo esses ensinamentos dos nórdicos com a nossa criatividade, nosso jogo de cintura e ginga podemos sim ter milhares de razões para acreditar que venceremos com louvor essa batalha em buscado desenvolvimento humano e sustentável em nosso território.

Fabi no centro, com colegas do Fretex =)

« Uma vez que sabemos e somos conscientes, somos responsáveis por nossaação ou nossa passividade. Podemos fazer algo a respeito disso ou ignorá-lo,mas, em qualquer caso, somos responsáveis pela decisão»

Jean-Paul Sartre

A sustentabilidade não é mais uma escolha, mas uma necessidade. O dia 13 deagosto deste ano foi o dia de Sobrecarga da Terra, ou seja, a humanidade

utilizou todos os recursos naturais existentes para o ano inteiro. Nos últimosduzentos anos consumimos um terço dos recursos naturais da Terra - recursosesses que demoraram 4,5 bilhões de anos para se formarem - o que quer dizerque consumimos tudo isso em 0.0000044% do tempo. E muita gente ainda não

tem noção do que isso representa e o quanto é preocupante.

Precisamos de um novo olhar - repensar hábitos, fazer novas escolhas, consumir causando menos impacto, criar consciência do peso das nossas

escolhas individuais - é urgente e real uma revolução na nossa forma de viver. Não dá mais para manter esse estilo de viver consumista e o um sistema

produtivo industrial que só visa lucro - consumir virou um ato político, por isso devemos colocar nosso tempo e dinheiro somente em coisas que

acreditamos. O poder está em nossas mãos.

Espero que essa terceira edição da Fanzine Semente lhe proporcione um novoolhar sobre a sustentabilidade e o consumo consciente e que você também

escolha construir esta nova realidade e ser parte da mudança por um mundomelhor.

Boa Leitura!Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Agradecimentos especiais:Fabiana Hargreaves da Costa

Ana Lúcia Flores Schmidt

Contato: [email protected] informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente

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moda I design I sustentabilidade

edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

semente

Agradecimentos especiais:Fabiana Hargreaves da Costa

Ana Lúcia Flores Schmidt

Contato: [email protected] informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente

« Uma vez que sabemos e somos conscientes, somos responsáveis por nossaação ou nossa passividade. Podemos fazer algo a respeito disso ou ignorá-lo,mas, em qualquer caso, somos responsáveis pela decisão»

Jean-Paul Sartre

Moda, sustentabilidade e os EscandinavosImpressões de uma brasileira na terra dos vikings

Por Fabiana Hargreaves da Costa

Maior IDH do mundo, neve e Aurora Boreal. Essas eram as três únicas informações que tinha sobre aNoruega quando meu marido recebeu uma proposta de trabalho por 2 anos em Olso, capital do país,no final de 2013.

A princípio fiquei animada, apesar das inúmeras diferenças com o Brasil, gostei do desafio: morar em um lugar que nunca me imaginei e conhecer mais uma nova cultura. Afinal, se todos falavam sobre a sua organização e desenvolvimento, deveria ter muito a mostrar sobre sustentabilidade. Mas uma coisa tinha certeza, após os 2 anos, iria querer voltar para minha cidade maravilhosa. Ledo engano.

Meu primeiro ano foi muito difícil. Tinha acabado de começar um negócio próprio no Brasil e minha ideiade administrá-lo de tão longe foi impossível. Coloquei o projeto na gaveta e em paralelo comecei a procurar uma oportunidade na minha nova casa. Apesar na Noruega ser um país onde quase todos falam inglês, quando se quer trabalhar em uma área que não há muito mercado, como a Moda, vocêprecisa aprender a língua local. Embarquei na difícil missão de aprendê-la. Ainda estou no processo e há quase 1 ano estou trabalhando na empresa que queria, porém ainda longe de fazer o que vislumbro.

Hoje trabalho no Fretex, braço da Instituição Mundial Exército da Salvação. Na Noruega esta instituiçãoé muito grande, respeitada e influente. O Fretex foi criado para ser uma ramificação que pudessemovimentar e gerar dinheiro, já que a Instituição Exército da Salvação é uma ONG. O Fretex funciona daseguinte maneira: a população deposita roupas e acessórios em milhares de caçambas espalhadas pelopaís (móveis, artigos esportivos e muitos outros também podem ser doados por um outro sistema), asquais são coletadas diariamente pela instituição. Eu trabalho no galpão onde recebemos essas doaçõesda região de Oslo e seu entorno. Tendo uma das Rendas per capitas mais altas do mundo, você podeimaginar a quantidade e a qualidade do que recebemos. Apenas 15% conseguimos selecionar e organizar para serem enviados para 17 lojas próprias espalhadas pela região. Apesar de trabalharmosbastante com uma equipe de cerca de 20 pessoas, não conseguimos passar desse número. O consumoexcessivo em um dos países mais ricos do mundo é assustador. Os demais 85%, e o que sobra da triagem,é vendido a um preço muito baixo por quilo para outros países. Nessa separação muito também éseparado para projetos sociais dos quais participamos. Além disso, muitos funcionários são enviados pela instituição do governo que ajuda cidadãos de outros países , como exilados de guerra, que vêm

- Os pequenos negócios são os maiores geradores de empregos do país - cerca de52% dos empregos formais;

- Melhor distribuição de renda e desenvolvimento da comunidade local;

- Menos impacto ambiental com deslocamentos e produção;

- Exclusividade, diversidade e singularidades valorizadas;

- Fortalecimento das relações entre consumidores e produtores - é gente lidando com gente;

- Confiança, atenção, conveniência, serviços personalizados e formas especiais de negociar;

- Valorização do capital humano de quem está perto;

- Apoiar a realização de sonhos - seu dinheiro não vai para um executivo comprar mais umluxo, mas para uma criança fazer aulas de dança, um jovem pagar a faculdade, um pai ajudara família, para que pessoas como você também realizem seus desejos.

MOTIVOS PARA COMPRAR DOS PEQUENOS NEGÓCIOS!

#compredopequeno

morar aqui atrás de uma melhor qualidade de vida, e de prisioneiros em condicional em busca de redução de pena e reinserção no mercado de trabalho. O impacto de uma instituição desta numa sociedade, tanto pelo lado social quanto ambiental, é gigantesco.

Ainda podemos melhorar, crescer e evoluir bastante e esse é meu grande objetivo na empresa, no entanto a cada dia trabalho minha paciência e tento focar na admiração e satisfação de trabalhar em umaempresa que admiro. Isso não tem preço.

Acredito que numa visão geral a Noruega poderia melhorar muito como um todo quando o assunto éSustentabilidade, Economia Colaborativa e Criativa. Mas a Noruega ainda é um país novo rico, suaestrutura mudou e se desenvolveu apenas há pouco mais de 50 anos quando o petróleo foi descoberto e começou a gerar muita riqueza, a qual foi muito bem administrada e aplicada voltada ao desenvolvimento da sua população.

Se você viajar para a Dinamarca, por exemplo, um outro mundo também se abre. Copenhague respirasustentabilidade e conscientização. A bicicleta é um meio de transporte super disseminado, as opções deprodutos, tantos alimentícios quanto de moda e design, orgânicos e conscientes é infinita.

Mas acredito que o mais importante, e o que mais me encantou, é algo que é presente em todos os paísesnórdicos. A cultura de respeito, de sociedade e colaboração de todos para a manutenção do bem estarcomum é encantadora. Mas ao mesmo tempo que nos deixa feliz saber que isto existe, nos deixa triste em perceber o quanto nosso país é sofrido e diferente. Afinal acredito que tal cultura e conscientizaçãovem desde os nativos dessa região, os Vikings, enquanto os nossos foram devastados e a nossasociedade atual se baseia em exploração e sofrimento.

Com isso, em outubro, deveríamos retornar ao Brasil, mas resolvemos ficar. Eu, uma carioca da gema, acostumada a ir a praia toda semana, escolhi morar por mais alguns anos num país que tem apenascerca de 5 horas de sol (na verdade, de luz natural) durante 7 meses por ano. Porque aqui aprendiREALMENTE que, ser queremos ser melhores, devemos ser essa mudança. Não podemos virar a cara quando outro cidadão não levanta do assento no ônibus lotado ao ver um idoso entrar; não podemosfazer a coisa certa e esperar que sejamos recompensados por isso, afinal ser honesto é o básico; nãopodemos reclamar do vizinho e cometer ‘ um crime mais leve’. Temos que nos auto corrigir e saber queninguém é melhor do que ninguém. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso que tem um caminhomuito longo até alcançar a sociedade desenvolvida, organizada e justa que merecemos.

Quero ficar aqui, aprender mais e poder voltar para contribuir ativamente nesse processo. Acreditoque unindo esses ensinamentos dos nórdicos com a nossa criatividade, nosso jogo de cintura e ginga podemos sim ter milhares de razões para acreditar que venceremos com louvor essa batalha em buscado desenvolvimento humano e sustentável em nosso território.

Planejamento para comprar e autoconhecimento: O mais importante na hora de construir umguarda-roupa consciente é o autoconhecimento - se conhecer, se questionar, esclarecer o queé importante, entender meu estilo de vida, meu dia-a-dia, como quero me sentir. Precisamosolhar para nossas roupas e refletir se elas nos representam, se estão adequadas ao nossocotidiano. Só assim, me conhecendo e conhecendo meu armário posso escolher roupas quefuncionam para minha vida.Na hora de escolher as roupas que entram ou saem do guarda-roupa, a Cris falou sobre quatropilares importantes: o que veste bem meu corpo? o que tem a ver com a minha rotina? o quefaz meu olho brilhar? o que faz eu me sentir do jeito que quero me sentir? Depois de conhecer(e experimentar!) as peças do meu armário e tirar o que não faz mais sentido, o que falta? Asvezes descobrimos que não falta nada, que tirar o excesso nos permitiu ver novas possibilidades. Outras vezes percebemos que um sapato faria muita diferença, ou um tênis, ou roupas de frio. As vezes três ou quatro peças farão muita diferença, pois funcionarão como uma ‘cola’ que une as peças que já tenho.

Revitalizar o guarda-roupa é muito mais do que jogar tudo fora e comprar novo (olha o consumismo!). Não precisamos adquirir mil peças. Precisamos sim é de um novo olhar. Énecessário pesquisar preços, custo-benefício, entender os materiais das roupas, saber a procedência, planejar, escolher para, finalmente, colocar no nosso armário somente aquilo quetem significado e combina com nosso estilo de viver.

Para saber mais sobre a oficina de estilo: www.oficinadeestilo.com.br

Fabi no centro, com colegas do Fretex =)

Sobre o desapego: a ideia é ter no armário somente roupas que funcionam na nossa vida e desapegar é o primeiro passo para construir um guarda-roupa ideal e fortalecer a nossa identidade visual. Tudo que atrapalha deve sair. Devemos deixar no armário somente peças que podemos contar( pegar amanhã e vestir!) Na hora do desapego vale se questionar: se fosse hoje e eu estivesse numa loja, compraria essa roupa? Eu posso vestir essa roupa amanhã de manhã? Mas lembre: às vezes pequenas reformas e customizações fazem a diferença e deixam as peças com a nossa cara.Ah, e desapegar é diferente de descartar. Vender, trocar, compartilhar e doar são verbos que conjugam bem com o consumo consciente! E lembre-se: a ideia é fazeruma revitalização inicial e ir ajustando com o tempo e não desapegar de duas malas de roupas a cada seis meses

.

O guarda-roupa ideal: é muito limitador dizer que o guarda-roupa ideal tem isso ou aquilo. O armário ideal é aquele que se adapta à nossa vida. com peças que acompanhem nosso estilo de viver. O bacana é que cada peça combine com pelo menos outras 3 peças - exemplo: se tenho uma blusa que só combina com um short, essa blusa está sub utilizada e não funciona no meu guarda-roupa. Vale pensar nisso na hora de comprar também: será que essa peça pode ser usada com pelo menos outras três que eu já tenho?

AMARDURACriações Experimentais

A Oficina de Estilo é feita pela Fê e pela Cris, duas consultoras de estilo que acreditam no autoconhecimento como ferramenta para construir um guarda-roupa mais autêntico e consciente. Em uma entrevista, a Cris falou sobre consumo consciente, boas escolhas, guarda-roupa ideal e autoconhecimento. Confere só as partes mais bacanas:

Sobre o consumo consciente: A Cris conta que elas batem muito nessa tecla e que quando se fala sobre esse assunto logo pensamos em ‘que tipo de produtos são mais conscientes?’, quando, na verdade, essa questão tem muito mais a ver com o impulso da compra do que com o produto em si. Então, a questão do consumo consciente refere-se principalmente ao exagero, à quantidade de coisas que compramos sem necessidade (e sem pensar!) - porque o que destrói o nosso planeta é a ideia de que os recursos nunca vão acabar (mas eles vão se continuarmos desse jeito!). A solução é refletir antes de comprar. Eu já tenho? Preciso? Posso? Esse produto é importante para mim? Por que estou comprando isso? As vezes a gente compra uma blusa mas queria mesmo era um abraço, ou estar na praia descansando, ou mais horas de sono. Pensar e questionar sobre o porquê da compra nos dá ferramentas para fazer escolhas mais conscientes e adquirir somente o que faz sentido para a nossa vida. Quebrar o ciclo de consumismo doido do capitalismo e ter consciência do peso que a nossa forma de consumir tem é uma das chaves para encontrar um estilo de vida mais sustentável.

.

Sobre o guarda-roupa bem montado e consciente: elas falam que o guarda-roupa consciente éconciso, não tem muitas roupas. Menos é mais. Quanto mais peças uma pessoa tem, menos ela usa, porque a quantidade atrapalha na hora de escolher e, por isso, acabamos vestindo sempre as mesmas coisas. Além disso, é importante o guarda-roupa ser coordenável, com peças que combinem entre si - assim, mesmo com menos peças é um armário bem utilizado e constantemente atualizado - não por tendências, mas pelo uso contínuo das peças, que aos poucos vão sendo substituídas, o que faz muito mais sentido e é mais consciente.

Etiquetas de Composição!

como entender os símbolos e cuidar das suas roupas para que elasdurem mais!

LAVAGEM:

não lavar namáquina

lavar àmão

lavagemsuave

lavagemmuito suave

70lavagem normal

máx. 70º

40lavagem normal

máx. 40º

50lavagem suave

máx. 50º

90lavagem normal

máx. 90º

não alvejar /não branquear

somente alvejamentocom oxigênio

(não usar cloro)

qualquer alvejanteoxidante

secar emvaral

secar àsombra

não secarem tambor

(na máquina)

secagemhorizontal

secar em tamborem baixa

temperatura

secar em tambornormal

secagem porgotejamento

máx. 110º(acrílico, nylon,

acetato)

máx. 150º(lã e misturascom poliéster)

máx. 200º(algodão ou

linho)não passar

não limpara seco

Alavável a secocom todos os

solventes

Flavável a seco com

solvente R13 ehidrocarboneto

Plavável a seco empercloroetileno,

solvente R13,hidrocarboneto e

solvente R11

*

* listamos as mais comuns, há outras simbologias mais utilizadas para lavagens profissionais.

ALVEJAMENTO:

SECAGEM:

PASSADORIA:

LIMPEZA A SECO:

armadura - do dicionário: conjunto de peças protetoras do corpo dos antigos guerreiros. AMARDURA - muito além dos escudos que por vezes vestimos, são roupas que nos protegem commuito mais amor e mais vida, feitas com alma e afeto.

Criada pela Milena Akemi Hassegawa Saito, a AMARDURA é uma marca de roupas experimental eintuitiva, onde a moda é vista como forma de expressão, de liberdade e descoberta. É a ideia do ser, da identidade, das pessoas que estão dentro das roupas costurada em cada peça de forma muitoespecial.

A marca não segue tendências nem cronograma de lançamento de coleções. As roupas vão simplesmenteacontecendo e são criadas no seu tempo - e nenhuma peça sai de linha, todas ficam disponíveis paraserem encomendadas, numa nova forma de criar e comprar, sem amarras, sem as loucuras de novoslançamentos semestrais ou de calendários a serem seguidos.

Com produção artesanal, as roupas podem ser personalizadas e assim o consumidor atua comoco-criador da sua peça, valorizando a singularidade de cada um. Os modelos estão disponíveis emdiversas cores e estampas e os detalhes de decotes e comprimentos podem ser alterados.

A AMARDURA também utiliza muito o crochê ( ele faz parte da essência da marca), como forma de resgatar e valorizar essa técnica artesanal que passa de geração para geração. O feito à mão sempretem a energia especial da pessoa que fez aquele trabalho, com sua história de vida, alegrias e jeitoúnico de fazer as coisas. As máquinas e tecnologias são importantes, mas o fazer é parte essencial da nossa história e da nossa ligação com outros seres humanos. E esse feito à mão também estápresente nas estampas artesanais produzidas com carimbos criados em parceria com amigosilustradores.

Além desse trabalho com a pegada slow fashion, a AMARDURA tem o cuidado de reaproveitar osretalhos que sobram da melhor maneira possível em suas criações e incentivar a customização paraque a peça dure mais.

É mais do que apenas produzir e vender roupas. É buscar uma nova consciência de consumo, com focono ser, no criar, no transformar. É mudar o mundo deixando de lado as armaduras para vestir-se deamor, de amar.

Guarda-roupa bem montado e consumo consciente!

Entrevista com Oficina de Estilo

www.oficinadeestilo.com.br

www.amardura.blogspot.com

A sustentabilidade não é mais uma escolha, mas uma necessidade. O dia 13 deagosto deste ano foi o dia de Sobrecarga da Terra, ou seja, a humanidade

utilizou todos os recursos naturais existentes para o ano inteiro. Nos últimosduzentos anos consumimos um terço dos recursos naturais da Terra - recursosesses que demoraram 4,5 bilhões de anos para se formarem - o que quer dizerque consumimos tudo isso em 0.0000044% do tempo. E muita gente ainda não

tem noção do que isso representa e o quanto é preocupante.

Precisamos de um novo olhar - repensar hábitos, fazer novas escolhas, consumir causando menos impacto, criar consciência do peso das nossas

escolhas individuais - é urgente e real uma revolução na nossa forma de viver. Não dá mais para manter esse estilo de viver consumista e o sistema

produtivo industrial que só visa lucro - consumir virou um ato político, por isso devemos colocar nosso tempo e dinheiro somente em coisas que

acreditamos. O poder está em nossas mãos.

Espero que essa terceira edição da Fanzine Semente lhe proporcione um novoolhar sobre a sustentabilidade e o consumo consciente e que você também

escolha construir esta nova realidade e ser parte da mudança por um mundomelhor.

Boa Leitura!Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Versão virtual

moda I design I sustentabilidade

edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

semente

« Uma vez que sabemos e somos conscientes, somos responsáveis por nossaação ou nossa passividade. Podemos fazer algo a respeito disso ou ignorá-lo,mas, em qualquer caso, somos responsáveis pela decisão»

Jean-Paul Sartre

A sustentabilidade não é mais uma escolha, mas uma necessidade. O dia 13 de agosto deste ano foi o dia de Sobrecarga da Terra, ou seja, a humanidadeutilizou todos os recursos naturais existentes para o ano inteiro. Nos últimos duzentos anos consumimos um terço dos recursos naturais da Terra -

recursosesses que demoraram 4,5 bilhões de anos para se formarem - o que quer dizer que consumimos tudo isso em 0.0000044% do tempo. E muita gente ainda nãotem noção do que isso representa e o quanto é preocupante.

Precisamos de um novo olhar - repensar hábitos, fazer novas escolhas, consumir causando menos impacto, criar consciência do peso das nossasescolhas individuais - é urgente e real uma revolução na nossa forma de viver. Não dá mais para manter esse estilo de viver consumista e o sistema

produtivo industrial que só visa lucro - consumir virou um ato político, por isso devemos colocar nosso tempo e dinheiro somente em coisas queacreditamos. O poder está em nossas mãos.

Espero que essa terceira edição da Fanzine Semente lhe proporcione um novo olhar sobre a sustentabilidade e o consumo consciente e que você tambémescolha construir esta nova realidade e ser parte da mudança por um mundo

melhor.

Boa Leitura!Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Moda, sustentabilidade e os EscandinavosImpressões de uma brasileira na terra dos vikings

Por Fabiana Hargreaves da Costa

Maior IDH do mundo, neve e Aurora Boreal. Essas eram as três únicas informações que tinha sobre aNoruega quando meu marido recebeu uma proposta de trabalho por 2 anos em Olso, capital do país,no final de 2013.

A princípio fiquei animada, apesar das inúmeras diferenças com o Brasil, gostei do desafio: morar em um lugar que nunca me imaginei e conhecer mais uma nova cultura. Afinal, se todos falavam sobre a sua organização e desenvolvimento, deveria ter muito a mostrar sobre sustentabilidade. Mas uma coisa tinha certeza, após os 2 anos, iria querer voltar para minha cidade maravilhosa. Ledo engano.

Meu primeiro ano foi muito difícil. Tinha acabado de começar um negócio próprio no Brasil e minha ideiade administrá-lo de tão longe foi impossível. Coloquei o projeto na gaveta e em paralelo comecei a procurar uma oportunidade na minha nova casa. Apesar na Noruega ser um país onde quase todos falam inglês, quando se quer trabalhar em uma área que não há muito mercado, como a Moda, vocêprecisa aprender a língua local. Embarquei na difícil missão de aprendê-la. Ainda estou no processo e há quase 1 ano estou trabalhando na empresa que queria, porém ainda longe de fazer o que vislumbro.

Hoje trabalho no Fretex, braço da Instituição Mundial Exército da Salvação. Na Noruega esta instituiçãoé muito grande, respeitada e influente. O Fretex foi criado para ser uma ramificação que pudessemovimentar e gerar dinheiro, já que a Instituição Exército da Salvação é uma ONG. O Fretex funciona daseguinte maneira: a população deposita roupas e acessórios em milhares de caçambas espalhadas pelopaís (móveis, artigos esportivos e muitos outros também podem ser doados por um outro sistema), asquais são coletadas diariamente pela instituição. Eu trabalho no galpão onde recebemos essas doaçõesda região de Oslo e seu entorno. Tendo uma das Rendas per capitas mais altas do mundo, você podeimaginar a quantidade e a qualidade do que recebemos. Apenas 15% conseguimos selecionar e organizar para serem enviados para 17 lojas próprias espalhadas pela região. Apesar de trabalharmosbastante com uma equipe de cerca de 20 pessoas, não conseguimos passar desse número. O consumoexcessivo em um dos países mais ricos do mundo é assustador. Os demais 85%, e o que sobra da triagem,é vendido a um preço muito baixo por quilo para outros países. Nessa separação muito também éseparado para projetos sociais dos quais participamos. Além disso, muitos funcionários são enviados pela instituição do governo que ajuda cidadãos de outros países , como exilados de guerra, que vêm

morar aqui atrás de uma melhor qualidade de vida, e de prisioneiros em condicional em busca de redução de pena e reinserção no mercado de trabalho. O impacto de uma instituição desta numa sociedade, tanto pelo lado social quanto ambiental, é gigantesco.

Ainda podemos melhorar, crescer e evoluir bastante e esse é meu grande objetivo na empresa, no entanto a cada dia trabalho minha paciência e tento focar na admiração e satisfação de trabalhar em uma empresa que admiro. Isso não tem preço.

Acredito que numa visão geral a Noruega poderia melhorar muito como um todo quando o assunto éSustentabilidade, Economia Colaborativa e Criativa. Mas a Noruega ainda é um país novo rico, suaestrutura mudou e se desenvolveu apenas há pouco mais de 50 anos quando o petróleo foi descoberto e começou a gerar muita riqueza, a qual foi muito bem administrada e aplicada voltada ao desenvolvimento da sua população.

Se você viajar para a Dinamarca, por exemplo, um outro mundo também se abre. Copenhague respirasustentabilidade e conscientização. A bicicleta é um meio de transporte super disseminado, as opções deprodutos, tantos alimentícios quanto de moda e design, orgânicos e conscientes é infinita.

Mas acredito que o mais importante, e o que mais me encantou, é algo que é presente em todos os paísesnórdicos. A cultura de respeito, de sociedade e colaboração de todos para a manutenção do bem estarcomum é encantadora. Mas ao mesmo tempo que nos deixa feliz por saber que isto existe, nos deixa tristeem perceber o quanto nosso país é sofrido e diferente. Afinal acredito que tal cultura e conscientizaçãovem desde os nativos dessa região, os Vikings, enquanto os nossos foram devastados e a nossasociedade atual se baseia em exploração e sofrimento.

Com isso, em outubro, deveríamos retornar ao Brasil, mas resolvemos ficar. Eu, uma carioca da gema, acostumada a ir a praia toda semana, escolhi morar por mais alguns anos num país que tem apenascerca de 5 horas de sol (na verdade, de luz natural) durante 7 meses por ano. Porque aqui aprendiREALMENTE que, ser queremos ser melhores, devemos ser essa mudança. Não podemos virar a cara quando outro cidadão não levanta do assento no ônibus lotado ao ver um idoso entrar; não podemosfazer a coisa certa e esperar que sejamos recompensados por isso, afinal ser honesto é o básico; nãopodemos reclamar do vizinho e cometer ‘ um crime mais leve’. Temos que nos auto corrigir e saber queninguém é melhor do que ninguém. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso que tem um caminhomuito longo até alcançar a sociedade desenvolvida, organizada e justa que merecemos.

Quero ficar aqui, aprender mais e poder voltar para contribuir ativamente nesse processo. Acreditoque unindo esses ensinamentos dos nórdicos com a nossa criatividade, nosso jogo de cintura e ginga podemos sim ter milhares de razões para acreditar que venceremos com louvor essa batalha em buscado desenvolvimento humano e sustentável em nosso território.

Fabi no centro, com colegas do Fretex =)

armadura - do dicionário: conjunto de peças protetoras do corpo dos antigos guerreiros. AMARDURA - muito além dos escudos que por vezes vestimos, são roupas que nos protegem commuito mais amor e mais vida, feitas com alma e afeto.

Criada pela Milena Akemi Hassegawa Saito, a AMARDURA é uma marca de roupas experimental eintuitiva, onde a moda é vista como forma de expressão, de liberdade e descoberta. É a ideia do ser, da identidade, das pessoas que estão dentro das roupas costurada em cada peça de forma muitoespecial.

A marca não segue tendências nem cronograma de lançamento de coleções. As roupas vão simplesmenteacontecendo e são criadas no seu tempo - e nenhuma peça sai de linha, todas ficam disponíveis paraserem encomendadas, numa nova forma de criar e comprar, sem amarras, sem as loucuras de novoslançamentos semestrais ou de calendários a serem seguidos.

Com produção artesanal, as roupas podem ser personalizadas e assim o consumidor atua comoco-criador da sua peça, valorizando a singularidade de cada um. Os modelos estão disponíveis emdiversas cores e estampas e os detalhes de decotes e comprimentos podem ser alterados.

A AMARDURA também utiliza muito o crochê ( ele faz parte da essência da marca), como forma de resgatar e valorizar essa técnica artesanal que passa de geração para geração. O feito à mão sempretem a energia especial da pessoa que fez aquele trabalho, com sua história de vida, alegrias e jeitoúnico de fazer as coisas. As máquinas e tecnologias são importantes, mas o fazer é parte essencial da nossa história e da nossa ligação com outros seres humanos. E esse feito à mão também estápresente nas estampas artesanais produzidas com carimbos criados em parceria com amigosilustradores.

Além desse trabalho com a pegada slow fashion, a AMARDURA tem o cuidado de reaproveitar osretalhos que sobram da melhor maneira possível em suas criações e incentivar a customização paraque a peça dure mais.

É mais do que apenas produzir e vender roupas. É buscar uma nova consciência de consumo, com focono ser, no criar, no transformar. É mudar o mundo deixando de lado as armaduras para vestir-se deamor, de amar.

AMARDURACriações Experimentais

Etiquetas de Composição!

como entender os símbolos e cuidar das suas roupas para que elasdurem mais!

LAVAGEM:

não lavar namáquina

lavar àmão

lavagemsuave

lavagemmuito suave

70lavagem normal

máx. 70º

40lavagem normal

máx. 40º

50lavagem suave

máx. 50º

90lavagem normal

máx. 90º

não alvejar /não branquear

somente alvejamentocom oxigênio

(não usar cloro)

qualquer alvejanteoxidante

secar emvaral

secar àsombra

não secarem tambor

(na máquina)

secagemhorizontal

secar em tamborem baixa

temperatura

secar em tambornormal

secagem porgotejamento

máx. 110º(acrílico, nylon,

acetato)

máx. 150º(lã e misturascom poliéster)

máx. 200º(algodão ou

linho)não passar

não limpara seco

Alavável a secocom todos os

solventes

Flavável a seco com

solvente R13 ehidrocarboneto

Plavável a seco empercloroetileno,

solvente R13,hidrocarboneto e

solvente R11

*

* listamos as mais comuns, há outras simbologias mais utilizadas para lavagens profissionais.

ALVEJAMENTO:

SECAGEM:

PASSADORIA:

LIMPEZA A SECO:

Guarda-roupa bem montado e consumo consciente!

Entrevista com Oficina de Estilo

A Oficina de Estilo é feita pela Fê e pela Cris, duas consultoras de estilo que acreditam no autoconhecimento como ferramenta para construir um guarda-roupa mais autêntico e consciente. Em uma entrevista, a Cris falou sobre consumo consciente, boas escolhas, guarda-roupa ideal e autoconhecimento. Confere só as partes mais bacanas:

Sobre o consumo consciente: A Cris conta que elas batem muito nessa tecla e que quando se fala sobre esse assunto logo pensamos em ‘que tipo de produtos são mais conscientes?’, quando, na verdade, essa questão tem muito mais a ver com o impulso da compra do que com o produto em si. Então, a questão do consumo consciente refere-se principalmente ao exagero, à quantidade de coisas que compramos sem necessidade (e sem pensar!) - porque o que destrói o nosso planeta é a ideia de que os recursos nunca vão acabar (mas eles vão se continuarmos desse jeito!). A solução é refletir antes de comprar. Eu já tenho? Preciso? Posso? Esse produto é importante para mim? Por que estou comprando isso? As vezes a gente compra uma blusa mas queria mesmo era um abraço, ou estar na praia descansando, ou mais horas de sono. Pensar e questionar sobre o porquê da compra nos dá ferramentas para fazer escolhas mais conscientes e adquirir somente o que faz sentido para a nossa vida. Quebrar o ciclo de consumismo doido do capitalismo e ter consciência do peso que a nossa forma de consumir tem é uma das chaves para encontrar um estilo de vida mais sustentável.

.

Sobre o guarda-roupa bem montado e consciente: elas falam que o guarda-roupa consciente éconciso, não tem muitas roupas. Menos é mais. Quanto mais peças uma pessoa tem, menos ela usa, porque a quantidade atrapalha na hora de escolher e, por isso, acabamos vestindo sempre as mesmas coisas. Além disso, é importante o guarda-roupa ser coordenável, com peças que combinem entre si - assim, mesmo com menos peças é um armário bem utilizado e constantemente atualizado - não por tendências, mas pelo uso contínuo das peças, que aos poucos vão sendo substituídas, o que faz muito mais sentido e é mais consciente.

www.oficinadeestilo.com.br

Page 8: lojaluscofusco.com.br · v ersão pilo to moda I design I susten tabilidade edição três I ano um Lusco Fusco EcoFashion apresenta: www .lojaluscofusco.com.br instagram.com/l

versão piloto

moda I design I sustentabilidade

edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

semente

Sobre o desapego: a ideia é ter no armário somente roupas que funcionam na nossa vida e desapegar é o primeiro passo para construir um guarda-roupa ideal e fortalecer a nossa identidade visual. Tudo que atrapalha deve sair. Devemos deixar no armário somente peças que podemos contar( pegar amanhã e vestir!) Na hora do desapego vale se questionar: se fosse hoje e eu estivesse numa loja, compraria essa roupa? Eu posso vestir essa roupa amanhã de manhã? Mas vale lembrar: às vezes pequenas reformas e customizações fazem a diferença e deixam as peças com a nossa cara.Ah, e desapegar é diferente de descartar. Vender, trocar, compartilhar e doar são verbos que conjugam bem com o consumo consciente! E lembre-se: a ideia é fazeruma revitalização inicial e ir ajustando com o tempo e não desapegar de duas malas de roupas a cada seis meses

.

O guarda-roupa ideal: é muito limitador dizer que o guarda-roupa ideal tem isso ou aquilo. O armário ideal é aquele que se adapta à nossa vida. com peças que acompanhem nosso estilo de viver. O bacana é que cada peça combine com pelo menos outras 3 peças - exemplo: se tenho uma blusa que só combina com um short, essa blusa está sub utilizada e não funciona no meu guarda-roupa. Vale pensar nisso na hora de comprar também: será que essa peça pode ser usada com pelo menos outras três que eu já tenho?

Planejamento para comprar e autoconhecimento: O mais importante na hora de construir umguarda-roupa consciente é o autoconhecimento - se conhecer, se questionar, esclarecer o queé importante, entender meu estilo de vida, meu dia-a-dia, como quero me sentir. Precisamosolhar para nossas roupas e refletir se elas nos representam, se estão adequadas ao nossocotidiano. Só assim, me conhecendo e conhecendo meu armário posso escolher roupas quefuncionam para minha vida.Na hora de escolher as roupas que entram ou saem do guarda-roupa, a Cris falou sobre quatropilares importantes: o que veste bem meu corpo? o que tem a ver com a minha rotina? o quefaz meu olho brilhar? o que faz eu me sentir do jeito que quero me sentir? Depois de conhecer(e experimentar!) as peças do meu armário e tirar o que não faz mais sentido, o que falta? Asvezes descobrimos que não falta nada, que tirar o excesso nos permitiu ver novas possibilidades. Outras vezes percebemos que um sapato faria muita diferença, ou um tênis, ou roupas de frio. As vezes três ou quatro peças farão muita diferença, pois funcionarão como uma ‘cola’ que une as peças que já tenho.

Revitalizar o guarda-roupa é muito mais do que jogar tudo fora e comprar novo (olha o consumismo!). Não precisamos adquirir mil peças. Precisamos sim é de um novo olhar. Énecessário pesquisar preços, custo-benefício, entender os materiais das roupas, saber a procedência, planejar, escolher para, finalmente, colocar no nosso armário somente aquilo quetem significado e combina com nosso estilo de viver.

- Os pequenos negócios são os maiores geradores de empregos do país - cerca de52% dos empregos formais;

- Melhor distribuição de renda e desenvolvimento da comunidade local;

- Menos impacto ambiental com deslocamentos e produção;

- Exclusividade, diversidade e singularidades valorizadas;

- Fortalecimento das relações entre consumidores e produtores - é gente lidando com gente;

- Confiança, atenção, conveniência, serviços personalizados e formas especiais de negociar;

- Valorização do capital humano de quem está perto;

- Apoiar a realização de sonhos - seu dinheiro não vai para um executivo comprar mais umluxo, mas para uma criança fazer aulas de dança, um jovem pagar a faculdade, um pai ajudara família, para que pessoas como você também realizem seus desejos.

MOTIVOS PARA COMPRAR DOS PEQUENOS NEGÓCIOS!

#compredopequeno

Guarda-roupa bem montado e consumo consciente!

Entrevista com Oficina de Estilo

A Oficina de Estilo é feita pela Fê e pela Cris, duas consultoras de estilo que acreditam no autoconhecimento como ferramenta para construir um guarda-roupa mais autêntico e consciente. Em uma entrevista, a Cris falou sobre consumo consciente, boas escolhas, guarda-roupa ideal e autoconhecimento. Confere só as partes mais bacanas:

Sobre o consumo consciente: A Cris conta que elas batem muito nessa tecla e que quando se fala sobreesse assunto logo pensamos em ‘que tipo de produtos são mais conscientes?’, quando, na verdade, essa questão tem muito mais a ver com o impulso da compra do que com o produto em si. Então, a questão do consumo consciente refere-se principalmente ao exagero, à quantidade de coisas que compramos sem necessidade (e sem pensar!) - porque o que destrói o nosso planeta é a ideia de queos recursos nunca vão acabar (mas eles vão se continuarmos desse jeito!). A solução é refletir antesde comprar. Eu já tenho? Preciso? Posso? Esse produto é importante para mim? Por que estoucomprando isso? As vezes a gente compra uma blusa mas queria mesmo era um abraço, ou estar na praia descansando, ou mais horas de sono. Pensar e questionar sobre o porquê da compra nos dá ferramentas para fazer escolhas mais conscientes e adquirir somente o que faz sentido para a nossa vida. Quebrar o ciclo de consumismo doido do capitalismo e ter consciência do peso que a nossa forma de consumir tem é uma das chaves para encontrar um estilo de vida mais sustentável.

.

Sobre o guarda-roupa bem montado e consciente: elas falam que o guarda-roupa consciente éconciso, não tem muitas roupas. Menos é mais. Quanto mais peças uma pessoa tem, menos ela usa, porque a quantidade atrapalha na hora de escolher e, por isso, acabamos vestindo sempre as mesmas coisas. Além disso, é importante o guarda-roupa ser coordenável, com peças que combinem entre si - assim, mesmo com menos peças é um armário bem utilizado e constantemente atualizado - não por tendências, mas pelo uso contínuo das peças, que aos poucos vão sendo substituídas, o que faz muitomais sentido e é mais consciente.

www.oficinadeestilo.com.br

armadura - do dicionário: conjunto de peças protetoras do corpo dos antigos guerreiros. AMARDURA - muito além dos escudos que por vezes vestimos, são roupas que nos protegem commuito mais amor e mais vida, feitas com alma e afeto.

Criada pela Milena Akemi Hassegawa Saito, a AMARDURA é uma marca de roupas experimental eintuitiva, onde a moda é vista como forma de expressão, de liberdade e descoberta. É a ideia do ser, da identidade, das pessoas que estão dentro das roupas costurada em cada peça de forma muitoespecial.

A marca não segue tendências nem cronograma de lançamento de coleções. As roupas vão simplesmenteacontecendo e são criadas no seu tempo - e nenhuma peça sai de linha, todas ficam disponíveis paraserem encomendadas, numa nova forma de criar e comprar, sem amarras, sem as loucuras de novoslançamentos semestrais ou de calendários a serem seguidos.

Com produção artesanal, as roupas podem ser personalizadas e assim o consumidor atua comoco-criador da sua peça, valorizando a singularidade de cada um. Os modelos estão disponíveis emdiversas cores e estampas e os detalhes de decotes e comprimentos podem ser alterados.

A AMARDURA também utiliza muito o crochê ( ele faz parte da essência da marca), como forma de resgatar e valorizar essa técnica artesanal que passa de geração para geração. O feito à mão sempretem a energia especial da pessoa que fez aquele trabalho, com sua história de vida, alegrias e jeitoespecial de fazer as coisas. As máquinas e tecnologias são importantes, mas o fazer é parte essencial da nossa história e da nossa ligação com outros seres humanos. E esse feito à mão também estápresente nas estampas artesanais produzidas com carimbos criados em parceria com amigosilustradores.

Além desse trabalho com a pegada slow fashion, a AMARDURA tem o cuidado de reaproveitar osretalhos que sobram da melhor maneira possível em suas criações e incentivar a customização paraque a peça dure mais.

É mais do que apenas produzir e vender roupas. É buscar uma nova consciência de consumo, com focono ser, no criar, no transformar. É mudar o mundo deixando de lado as armaduras para vestir-se deamor, de amar.

AMARDURACriações Experimentais

Etiquetas de Composição!

como entender os símbolos e cuidar das suas roupas para que elasdurem mais!

LAVAGEM:

não lavar namáquina

lavar àmão

lavagemsuave

lavagemmuito suave

70lavagem normal

máx. 70º

40lavagem normal

máx. 40º

50lavagem suave

máx. 50º

90lavagem normal

máx. 90º

não alvejar /não branquear

somente alvejamentocom oxigênio

(não usar cloro)

qualquer alvejanteoxidante

secar emvaral

secar àsombra

não secarem tambor

(na máquina)

secagemhorizontal

secar em tamborem baixa

temperatura

secar em tambornormal

secagem porgotejamento

máx. 110º(acrílico, nylon,

acetato)

máx. 150º(lã e misturascom poliéster)

máx. 200º(algodão ou

linho)não passar

não limpara seco

Alavável a secocom todos os

solventes

Flavável a seco com

solvente R13 ehidrocarboneto

Plavável a seco empercloroetileno,

solvente R13,hidrocarboneto e

solvente R11

*

* listamos as mais comuns, há outras simbologias mais utilizadas para lavagens profissionais.

ALVEJAMENTO:

SECAGEM:

PASSADORIA:

LIMPEZA A SECO:

Moda, sustentabilidade e os EscandinavosImpressões de uma brasileira na terra dos vikings

Por Fabiana Hargreaves da Costa

Maior IDH do mundo, neve e Aurora Boreal. Essas eram as três únicas informações que tinha sobre aNoruega quando meu marido recebeu uma proposta de trabalho por 2 anos em Olso, capital do país,no final de 2013.

A princípio fiquei animada, apesar das inúmeras diferenças com o Brasil, gostei do desafio: morar em um lugar que nunca me imaginei e conhecer mais uma nova cultura. Afinal, se todos falavam sobre a sua organização e desenvolvimento, deveria ter muito a mostrar sobre sustentabilidade. Mas uma coisa tinha certeza, após os 2 anos, iria querer voltar para minha cidade maravilhosa. Ledo engano.

Meu primeiro ano foi muito difícil. Tinha acabado de começar um negócio próprio no Brasil e minha ideiade administra-lo de tão longe foi impossível. Coloquei o projeto na gaveta e em paralelo comecei a procurar uma oportunidade na minha nova casa. Apesar na Noruega ser um país onde quase todos falam inglês, quando se quer trabalhar em uma área que não há muito mercado, como a Moda, vocêprecisa aprender a língua local. Embarquei na difícil missão de aprendê-la. Ainda estou no processo e há quase 1 ano estou trabalhando na empresa que queria, porém ainda longe de fazer o que vislumbro.

Hoje trabalho no Fretex, braço da Instituição Mundial Exército da Salvação. Na Noruega esta instituiçãoé muito grande, respeitada e influente. O Fretex foi criado para ser uma ramificação que pudessemovimentar e gerar dinheiro, já que a Instituição Exército da Salvação é uma ONG. O Fretex funciona daseguinte maneira: a população deposita roupas e acessórios em milhares de caçambas espalhadas pelopaís (móveis, artigos esportivos e muitos outros também podem ser doados por um outro sistema), asquais são coletadas diariamente pela instituição. Eu trabalho no galpão onde recebemos essas doaçõesda região de Oslo e seu entorno. Tendo uma das Rendas per capitas mais altas do mundo, você podeimaginar a quantidade e a qualidade do que recebemos. Apenas 15% conseguimos selecionar e organizar para serem enviados para 17 lojas próprias espalhadas pela região. Apesar de trabalharmosbastante com uma equipe de cerca de 20 pessoas, não conseguimos passar desse número. O consumoexcessivo em um dos países mais ricos do mundo é assustador. Os demais 85%, e o que sobra da triagem,é vendido a um preço muito baixo por quilo para outros países. Nessa separação muito também éseparado para projetos sociais dos quais participamos. Além disso, muitos funcionários são enviados pela instituição do governo que ajuda cidadãos de outros países , como exilados de guerra, que vêm

morar aqui atrás de uma melhor qualidade de vida, e de prisioneiros em condicional em busca de redução de pena e reinserção no mercado de trabalho. O impacto de uma instituição desta numa sociedade, tanto pelo lado social quanto ambiental, é gigantesco.

Ainda podemos melhorar, crescer e evoluir bastante e esse é meu grande objetivo na empresa, no entanto a cada dia trabalho minha paciência e tento focar admiração e satisfação de trabalhar em umaempresa que admiro. Isso não tem preço.

Acredito que numa visão geral a Noruega poderia melhorar muito como um todo quando o assunto éSustentabilidade, Economia Colaborativa e Criativa. Mas a Noruega ainda é um país novo rico, suaestrutura mudou e se desenvolveu apenas há pouco mais de 50 anos quando o petróleo foi descoberto e começou a gerar muita riqueza, a qual foi muito bem administrada e aplicada voltada ao desenvolvimento da sua população.

Se você viajar para a Dinamarca, por exemplo, um outro mundo também se abre. Copenhague respirasustentabilidade e conscientização. A bicicleta é um meio de transporte super disseminado, as opções deprodutos, tantos alimentícios quanto de moda e design, orgânicos e conscientes é infinita.

Mas acredito que o mais importante, e o que mais me encantou, é algo que é presente em todos os paísesnórdicos. A cultura de respeito, de sociedade e colaboração de todos para a manutenção do bem estarcomum é encantadora. Mas ao mesmo tempo nos deixa feliz por saber que isto existe, nos deixa tristeem perceber o quanto nosso país é sofrido e diferente. Afinal acredito que tal cultura e conscientizaçãovem desde os nativos dessa região, os Vikings, enquanto os nossos foram devastados e a nossasociedade atual se baseia em exploração e sofrimento.

Com isso, em outubro, deveríamos retornar ao Brasil, mas resolvemos ficar. Eu, uma carioca da gema, acostumada a ir a praia toda semana, escolhi morar por mais alguns anos num país que tem apenascerca de 5 horas de sol (na verdade, de luz natural) durante 7 meses por ano. Porque aqui aprendiREALMENTE que, ser queremos ser melhores, devemos ser essa mudança. Não podemos virar a cara quando outro cidadão não levanta do assento no ônibus lotado ao ver um idoso entrar; não podemosfazer a coisa certa e esperar que sejamos recompensados por isso, afinal ser honesto é o básico; nãopodemos reclamar do vizinho e cometer ‘ um crime mais leve’. Temos que nos auto corrigir e saber queninguém é melhor do que ninguém. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso que tem um caminhomuito longo até alcançar a sociedade desenvolvida, organizada e justa que merecemos.

Quero ficar aqui, aprender mais e poder voltar para contribuir ativamente nesse processo. Acreditoque unindo esses ensinamentos dos nórdicos com a nossa criatividade, nosso jogo de cintura e ginga podemos sim ter milhares de razões para acreditar que venceremos com louvor essa batalha em buscado desenvolvimento humano e sustentável em nosso território.

Fabi no centro, com colegas do Fretex =)

« Uma vez que sabemos e somos conscientes, somos responsáveis por nossaação ou nossa passividade. Podemos fazer algo a respeito disso ou ignorá-lo,mas, em qualquer caso, somos responsáveis pela decisão»

Jean-Paul Sartre

A sustentabilidade não é mais uma escolha, mas uma necessidade. O dia 13 deagosto deste ano foi o dia de Sobrecarga da Terra, ou seja, a humanidade

utilizou todos os recursos naturais existentes para o ano inteiro. Nos últimosduzentos anos consumimos um terço dos recursos naturais da Terra - recursosesses que demoraram 4,5 bilhões de anos para se formarem - o que quer dizerque consumimos tudo isso em 0.0000044% do tempo. E muita gente ainda não

tem noção do que isso representa e o quanto é preocupante.

Precisamos de um novo olhar - repensar hábitos, fazer novas escolhas, consumir causando menos impacto, criar consciência do peso das nossas

escolhas individuais - é urgente e real uma revolução na nossa forma de viver. Não dá mais para manter esse estilo de viver consumista e o um sistema

produtivo industrial que só visa lucro - consumir virou um ato político, por isso devemos colocar nosso tempo e dinheiro somente em coisas que

acreditamos. O poder está em nossas mãos.

Espero que essa terceira edição da Fanzine Semente lhe proporcione um novoolhar sobre a sustentabilidade e o consumo consciente e que você também

escolha construir esta nova realidade e ser parte da mudança por um mundomelhor.

Boa Leitura!Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Agradecimentos especiais:Fabiana Hargreaves da Costa

Ana Lúcia Flores Schmidt

Contato: [email protected] informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente

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moda I design I sustentabilidade

edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

semente

Agradecimentos especiais:Fabiana Hargreaves da Costa

Ana Lúcia Flores Schmidt

Contato: [email protected] informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente

« Uma vez que sabemos e somos conscientes, somos responsáveis por nossaação ou nossa passividade. Podemos fazer algo a respeito disso ou ignorá-lo,mas, em qualquer caso, somos responsáveis pela decisão»

Jean-Paul Sartre

Moda, sustentabilidade e os EscandinavosImpressões de uma brasileira na terra dos vikings

Por Fabiana Hargreaves da Costa

Maior IDH do mundo, neve e Aurora Boreal. Essas eram as três únicas informações que tinha sobre aNoruega quando meu marido recebeu uma proposta de trabalho por 2 anos em Olso, capital do país,no final de 2013.

A princípio fiquei animada, apesar das inúmeras diferenças com o Brasil, gostei do desafio: morar em um lugar que nunca me imaginei e conhecer mais uma nova cultura. Afinal, se todos falavam sobre a sua organização e desenvolvimento, deveria ter muito a mostrar sobre sustentabilidade. Mas uma coisa tinha certeza, após os 2 anos, iria querer voltar para minha cidade maravilhosa. Ledo engano.

Meu primeiro ano foi muito difícil. Tinha acabado de começar um negócio próprio no Brasil e minha ideiade administrá-lo de tão longe foi impossível. Coloquei o projeto na gaveta e em paralelo comecei a procurar uma oportunidade na minha nova casa. Apesar na Noruega ser um país onde quase todos falam inglês, quando se quer trabalhar em uma área que não há muito mercado, como a Moda, vocêprecisa aprender a língua local. Embarquei na difícil missão de aprendê-la. Ainda estou no processo e há quase 1 ano estou trabalhando na empresa que queria, porém ainda longe de fazer o que vislumbro.

Hoje trabalho no Fretex, braço da Instituição Mundial Exército da Salvação. Na Noruega esta instituiçãoé muito grande, respeitada e influente. O Fretex foi criado para ser uma ramificação que pudessemovimentar e gerar dinheiro, já que a Instituição Exército da Salvação é uma ONG. O Fretex funciona daseguinte maneira: a população deposita roupas e acessórios em milhares de caçambas espalhadas pelopaís (móveis, artigos esportivos e muitos outros também podem ser doados por um outro sistema), asquais são coletadas diariamente pela instituição. Eu trabalho no galpão onde recebemos essas doaçõesda região de Oslo e seu entorno. Tendo uma das Rendas per capitas mais altas do mundo, você podeimaginar a quantidade e a qualidade do que recebemos. Apenas 15% conseguimos selecionar e organizar para serem enviados para 17 lojas próprias espalhadas pela região. Apesar de trabalharmosbastante com uma equipe de cerca de 20 pessoas, não conseguimos passar desse número. O consumoexcessivo em um dos países mais ricos do mundo é assustador. Os demais 85%, e o que sobra da triagem,é vendido a um preço muito baixo por quilo para outros países. Nessa separação muito também éseparado para projetos sociais dos quais participamos. Além disso, muitos funcionários são enviados pela instituição do governo que ajuda cidadãos de outros países , como exilados de guerra, que vêm

- Os pequenos negócios são os maiores geradores de empregos do país - cerca de52% dos empregos formais;

- Melhor distribuição de renda e desenvolvimento da comunidade local;

- Menos impacto ambiental com deslocamentos e produção;

- Exclusividade, diversidade e singularidades valorizadas;

- Fortalecimento das relações entre consumidores e produtores - é gente lidando com gente;

- Confiança, atenção, conveniência, serviços personalizados e formas especiais de negociar;

- Valorização do capital humano de quem está perto;

- Apoiar a realização de sonhos - seu dinheiro não vai para um executivo comprar mais umluxo, mas para uma criança fazer aulas de dança, um jovem pagar a faculdade, um pai ajudara família, para que pessoas como você também realizem seus desejos.

MOTIVOS PARA COMPRAR DOS PEQUENOS NEGÓCIOS!

#compredopequeno

morar aqui atrás de uma melhor qualidade de vida, e de prisioneiros em condicional em busca de redução de pena e reinserção no mercado de trabalho. O impacto de uma instituição desta numa sociedade, tanto pelo lado social quanto ambiental, é gigantesco.

Ainda podemos melhorar, crescer e evoluir bastante e esse é meu grande objetivo na empresa, no entanto a cada dia trabalho minha paciência e tento focar na admiração e satisfação de trabalhar em umaempresa que admiro. Isso não tem preço.

Acredito que numa visão geral a Noruega poderia melhorar muito como um todo quando o assunto éSustentabilidade, Economia Colaborativa e Criativa. Mas a Noruega ainda é um país novo rico, suaestrutura mudou e se desenvolveu apenas há pouco mais de 50 anos quando o petróleo foi descoberto e começou a gerar muita riqueza, a qual foi muito bem administrada e aplicada voltada ao desenvolvimento da sua população.

Se você viajar para a Dinamarca, por exemplo, um outro mundo também se abre. Copenhague respirasustentabilidade e conscientização. A bicicleta é um meio de transporte super disseminado, as opções deprodutos, tantos alimentícios quanto de moda e design, orgânicos e conscientes é infinita.

Mas acredito que o mais importante, e o que mais me encantou, é algo que é presente em todos os paísesnórdicos. A cultura de respeito, de sociedade e colaboração de todos para a manutenção do bem estarcomum é encantadora. Mas ao mesmo tempo que nos deixa feliz saber que isto existe, nos deixa triste em perceber o quanto nosso país é sofrido e diferente. Afinal acredito que tal cultura e conscientizaçãovem desde os nativos dessa região, os Vikings, enquanto os nossos foram devastados e a nossasociedade atual se baseia em exploração e sofrimento.

Com isso, em outubro, deveríamos retornar ao Brasil, mas resolvemos ficar. Eu, uma carioca da gema, acostumada a ir a praia toda semana, escolhi morar por mais alguns anos num país que tem apenascerca de 5 horas de sol (na verdade, de luz natural) durante 7 meses por ano. Porque aqui aprendiREALMENTE que, ser queremos ser melhores, devemos ser essa mudança. Não podemos virar a cara quando outro cidadão não levanta do assento no ônibus lotado ao ver um idoso entrar; não podemosfazer a coisa certa e esperar que sejamos recompensados por isso, afinal ser honesto é o básico; nãopodemos reclamar do vizinho e cometer ‘ um crime mais leve’. Temos que nos auto corrigir e saber queninguém é melhor do que ninguém. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso que tem um caminhomuito longo até alcançar a sociedade desenvolvida, organizada e justa que merecemos.

Quero ficar aqui, aprender mais e poder voltar para contribuir ativamente nesse processo. Acreditoque unindo esses ensinamentos dos nórdicos com a nossa criatividade, nosso jogo de cintura e ginga podemos sim ter milhares de razões para acreditar que venceremos com louvor essa batalha em buscado desenvolvimento humano e sustentável em nosso território.

Planejamento para comprar e autoconhecimento: O mais importante na hora de construir umguarda-roupa consciente é o autoconhecimento - se conhecer, se questionar, esclarecer o queé importante, entender meu estilo de vida, meu dia-a-dia, como quero me sentir. Precisamosolhar para nossas roupas e refletir se elas nos representam, se estão adequadas ao nossocotidiano. Só assim, me conhecendo e conhecendo meu armário posso escolher roupas quefuncionam para minha vida.Na hora de escolher as roupas que entram ou saem do guarda-roupa, a Cris falou sobre quatropilares importantes: o que veste bem meu corpo? o que tem a ver com a minha rotina? o quefaz meu olho brilhar? o que faz eu me sentir do jeito que quero me sentir? Depois de conhecer(e experimentar!) as peças do meu armário e tirar o que não faz mais sentido, o que falta? Asvezes descobrimos que não falta nada, que tirar o excesso nos permitiu ver novas possibilidades. Outras vezes percebemos que um sapato faria muita diferença, ou um tênis, ou roupas de frio. As vezes três ou quatro peças farão muita diferença, pois funcionarão como uma ‘cola’ que une as peças que já tenho.

Revitalizar o guarda-roupa é muito mais do que jogar tudo fora e comprar novo (olha o consumismo!). Não precisamos adquirir mil peças. Precisamos sim é de um novo olhar. Énecessário pesquisar preços, custo-benefício, entender os materiais das roupas, saber a procedência, planejar, escolher para, finalmente, colocar no nosso armário somente aquilo quetem significado e combina com nosso estilo de viver.

Para saber mais sobre a oficina de estilo: www.oficinadeestilo.com.br

Fabi no centro, com colegas do Fretex =)

Sobre o desapego: a ideia é ter no armário somente roupas que funcionam na nossa vida e desapegar é o primeiro passo para construir um guarda-roupa ideal e fortalecer a nossa identidade visual. Tudo que atrapalha deve sair. Devemos deixar no armário somente peças que podemos contar( pegar amanhã e vestir!) Na hora do desapego vale se questionar: se fosse hoje e eu estivesse numa loja, compraria essa roupa? Eu posso vestir essa roupa amanhã de manhã? Mas lembre: às vezes pequenas reformas e customizações fazem a diferença e deixam as peças com a nossa cara.Ah, e desapegar é diferente de descartar. Vender, trocar, compartilhar e doar são verbos que conjugam bem com o consumo consciente! E lembre-se: a ideia é fazeruma revitalização inicial e ir ajustando com o tempo e não desapegar de duas malas de roupas a cada seis meses

.

O guarda-roupa ideal: é muito limitador dizer que o guarda-roupa ideal tem isso ou aquilo. O armário ideal é aquele que se adapta à nossa vida. com peças que acompanhem nosso estilo de viver. O bacana é que cada peça combine com pelo menos outras 3 peças - exemplo: se tenho uma blusa que só combina com um short, essa blusa está sub utilizada e não funciona no meu guarda-roupa. Vale pensar nisso na hora de comprar também: será que essa peça pode ser usada com pelo menos outras três que eu já tenho?

AMARDURACriações Experimentais

A Oficina de Estilo é feita pela Fê e pela Cris, duas consultoras de estilo que acreditam no autoconhecimento como ferramenta para construir um guarda-roupa mais autêntico e consciente. Em uma entrevista, a Cris falou sobre consumo consciente, boas escolhas, guarda-roupa ideal e autoconhecimento. Confere só as partes mais bacanas:

Sobre o consumo consciente: A Cris conta que elas batem muito nessa tecla e que quando se fala sobre esse assunto logo pensamos em ‘que tipo de produtos são mais conscientes?’, quando, na verdade, essa questão tem muito mais a ver com o impulso da compra do que com o produto em si. Então, a questão do consumo consciente refere-se principalmente ao exagero, à quantidade de coisas que compramos sem necessidade (e sem pensar!) - porque o que destrói o nosso planeta é a ideia de que os recursos nunca vão acabar (mas eles vão se continuarmos desse jeito!). A solução é refletir antes de comprar. Eu já tenho? Preciso? Posso? Esse produto é importante para mim? Por que estou comprando isso? As vezes a gente compra uma blusa mas queria mesmo era um abraço, ou estar na praia descansando, ou mais horas de sono. Pensar e questionar sobre o porquê da compra nos dá ferramentas para fazer escolhas mais conscientes e adquirir somente o que faz sentido para a nossa vida. Quebrar o ciclo de consumismo doido do capitalismo e ter consciência do peso que a nossa forma de consumir tem é uma das chaves para encontrar um estilo de vida mais sustentável.

.

Sobre o guarda-roupa bem montado e consciente: elas falam que o guarda-roupa consciente éconciso, não tem muitas roupas. Menos é mais. Quanto mais peças uma pessoa tem, menos ela usa, porque a quantidade atrapalha na hora de escolher e, por isso, acabamos vestindo sempre as mesmas coisas. Além disso, é importante o guarda-roupa ser coordenável, com peças que combinem entre si - assim, mesmo com menos peças é um armário bem utilizado e constantemente atualizado - não por tendências, mas pelo uso contínuo das peças, que aos poucos vão sendo substituídas, o que faz muito mais sentido e é mais consciente.

Etiquetas de Composição!

como entender os símbolos e cuidar das suas roupas para que elasdurem mais!

LAVAGEM:

não lavar namáquina

lavar àmão

lavagemsuave

lavagemmuito suave

70lavagem normal

máx. 70º

40lavagem normal

máx. 40º

50lavagem suave

máx. 50º

90lavagem normal

máx. 90º

não alvejar /não branquear

somente alvejamentocom oxigênio

(não usar cloro)

qualquer alvejanteoxidante

secar emvaral

secar àsombra

não secarem tambor

(na máquina)

secagemhorizontal

secar em tamborem baixa

temperatura

secar em tambornormal

secagem porgotejamento

máx. 110º(acrílico, nylon,

acetato)

máx. 150º(lã e misturascom poliéster)

máx. 200º(algodão ou

linho)não passar

não limpara seco

Alavável a secocom todos os

solventes

Flavável a seco com

solvente R13 ehidrocarboneto

Plavável a seco empercloroetileno,

solvente R13,hidrocarboneto e

solvente R11

*

* listamos as mais comuns, há outras simbologias mais utilizadas para lavagens profissionais.

ALVEJAMENTO:

SECAGEM:

PASSADORIA:

LIMPEZA A SECO:

armadura - do dicionário: conjunto de peças protetoras do corpo dos antigos guerreiros. AMARDURA - muito além dos escudos que por vezes vestimos, são roupas que nos protegem commuito mais amor e mais vida, feitas com alma e afeto.

Criada pela Milena Akemi Hassegawa Saito, a AMARDURA é uma marca de roupas experimental eintuitiva, onde a moda é vista como forma de expressão, de liberdade e descoberta. É a ideia do ser, da identidade, das pessoas que estão dentro das roupas costurada em cada peça de forma muitoespecial.

A marca não segue tendências nem cronograma de lançamento de coleções. As roupas vão simplesmenteacontecendo e são criadas no seu tempo - e nenhuma peça sai de linha, todas ficam disponíveis paraserem encomendadas, numa nova forma de criar e comprar, sem amarras, sem as loucuras de novoslançamentos semestrais ou de calendários a serem seguidos.

Com produção artesanal, as roupas podem ser personalizadas e assim o consumidor atua comoco-criador da sua peça, valorizando a singularidade de cada um. Os modelos estão disponíveis emdiversas cores e estampas e os detalhes de decotes e comprimentos podem ser alterados.

A AMARDURA também utiliza muito o crochê ( ele faz parte da essência da marca), como forma de resgatar e valorizar essa técnica artesanal que passa de geração para geração. O feito à mão sempretem a energia especial da pessoa que fez aquele trabalho, com sua história de vida, alegrias e jeitoúnico de fazer as coisas. As máquinas e tecnologias são importantes, mas o fazer é parte essencial da nossa história e da nossa ligação com outros seres humanos. E esse feito à mão também estápresente nas estampas artesanais produzidas com carimbos criados em parceria com amigosilustradores.

Além desse trabalho com a pegada slow fashion, a AMARDURA tem o cuidado de reaproveitar osretalhos que sobram da melhor maneira possível em suas criações e incentivar a customização paraque a peça dure mais.

É mais do que apenas produzir e vender roupas. É buscar uma nova consciência de consumo, com focono ser, no criar, no transformar. É mudar o mundo deixando de lado as armaduras para vestir-se deamor, de amar.

Guarda-roupa bem montado e consumo consciente!

Entrevista com Oficina de Estilo

www.oficinadeestilo.com.br

www.amardura.blogspot.com

A sustentabilidade não é mais uma escolha, mas uma necessidade. O dia 13 deagosto deste ano foi o dia de Sobrecarga da Terra, ou seja, a humanidade

utilizou todos os recursos naturais existentes para o ano inteiro. Nos últimosduzentos anos consumimos um terço dos recursos naturais da Terra - recursosesses que demoraram 4,5 bilhões de anos para se formarem - o que quer dizerque consumimos tudo isso em 0.0000044% do tempo. E muita gente ainda não

tem noção do que isso representa e o quanto é preocupante.

Precisamos de um novo olhar - repensar hábitos, fazer novas escolhas, consumir causando menos impacto, criar consciência do peso das nossas

escolhas individuais - é urgente e real uma revolução na nossa forma de viver. Não dá mais para manter esse estilo de viver consumista e o sistema

produtivo industrial que só visa lucro - consumir virou um ato político, por isso devemos colocar nosso tempo e dinheiro somente em coisas que

acreditamos. O poder está em nossas mãos.

Espero que essa terceira edição da Fanzine Semente lhe proporcione um novoolhar sobre a sustentabilidade e o consumo consciente e que você também

escolha construir esta nova realidade e ser parte da mudança por um mundomelhor.

Boa Leitura!Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Versão virtual

moda I design I sustentabilidade

edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

semente

« Uma vez que sabemos e somos conscientes, somos responsáveis por nossaação ou nossa passividade. Podemos fazer algo a respeito disso ou ignorá-lo,mas, em qualquer caso, somos responsáveis pela decisão»

Jean-Paul Sartre

A sustentabilidade não é mais uma escolha, mas uma necessidade. O dia 13 de agosto deste ano foi o dia de Sobrecarga da Terra, ou seja, a humanidadeutilizou todos os recursos naturais existentes para o ano inteiro. Nos últimos duzentos anos consumimos um terço dos recursos naturais da Terra -

recursosesses que demoraram 4,5 bilhões de anos para se formarem - o que quer dizer que consumimos tudo isso em 0.0000044% do tempo. E muita gente ainda nãotem noção do que isso representa e o quanto é preocupante.

Precisamos de um novo olhar - repensar hábitos, fazer novas escolhas, consumir causando menos impacto, criar consciência do peso das nossasescolhas individuais - é urgente e real uma revolução na nossa forma de viver. Não dá mais para manter esse estilo de viver consumista e o sistema

produtivo industrial que só visa lucro - consumir virou um ato político, por isso devemos colocar nosso tempo e dinheiro somente em coisas queacreditamos. O poder está em nossas mãos.

Espero que essa terceira edição da Fanzine Semente lhe proporcione um novo olhar sobre a sustentabilidade e o consumo consciente e que você tambémescolha construir esta nova realidade e ser parte da mudança por um mundo

melhor.

Boa Leitura!Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Moda, sustentabilidade e os EscandinavosImpressões de uma brasileira na terra dos vikings

Por Fabiana Hargreaves da Costa

Maior IDH do mundo, neve e Aurora Boreal. Essas eram as três únicas informações que tinha sobre aNoruega quando meu marido recebeu uma proposta de trabalho por 2 anos em Olso, capital do país,no final de 2013.

A princípio fiquei animada, apesar das inúmeras diferenças com o Brasil, gostei do desafio: morar em um lugar que nunca me imaginei e conhecer mais uma nova cultura. Afinal, se todos falavam sobre a sua organização e desenvolvimento, deveria ter muito a mostrar sobre sustentabilidade. Mas uma coisa tinha certeza, após os 2 anos, iria querer voltar para minha cidade maravilhosa. Ledo engano.

Meu primeiro ano foi muito difícil. Tinha acabado de começar um negócio próprio no Brasil e minha ideiade administrá-lo de tão longe foi impossível. Coloquei o projeto na gaveta e em paralelo comecei a procurar uma oportunidade na minha nova casa. Apesar na Noruega ser um país onde quase todos falam inglês, quando se quer trabalhar em uma área que não há muito mercado, como a Moda, vocêprecisa aprender a língua local. Embarquei na difícil missão de aprendê-la. Ainda estou no processo e há quase 1 ano estou trabalhando na empresa que queria, porém ainda longe de fazer o que vislumbro.

Hoje trabalho no Fretex, braço da Instituição Mundial Exército da Salvação. Na Noruega esta instituiçãoé muito grande, respeitada e influente. O Fretex foi criado para ser uma ramificação que pudessemovimentar e gerar dinheiro, já que a Instituição Exército da Salvação é uma ONG. O Fretex funciona daseguinte maneira: a população deposita roupas e acessórios em milhares de caçambas espalhadas pelopaís (móveis, artigos esportivos e muitos outros também podem ser doados por um outro sistema), asquais são coletadas diariamente pela instituição. Eu trabalho no galpão onde recebemos essas doaçõesda região de Oslo e seu entorno. Tendo uma das Rendas per capitas mais altas do mundo, você podeimaginar a quantidade e a qualidade do que recebemos. Apenas 15% conseguimos selecionar e organizar para serem enviados para 17 lojas próprias espalhadas pela região. Apesar de trabalharmosbastante com uma equipe de cerca de 20 pessoas, não conseguimos passar desse número. O consumoexcessivo em um dos países mais ricos do mundo é assustador. Os demais 85%, e o que sobra da triagem,é vendido a um preço muito baixo por quilo para outros países. Nessa separação muito também éseparado para projetos sociais dos quais participamos. Além disso, muitos funcionários são enviados pela instituição do governo que ajuda cidadãos de outros países , como exilados de guerra, que vêm

morar aqui atrás de uma melhor qualidade de vida, e de prisioneiros em condicional em busca de redução de pena e reinserção no mercado de trabalho. O impacto de uma instituição desta numa sociedade, tanto pelo lado social quanto ambiental, é gigantesco.

Ainda podemos melhorar, crescer e evoluir bastante e esse é meu grande objetivo na empresa, no entanto a cada dia trabalho minha paciência e tento focar na admiração e satisfação de trabalhar em uma empresa que admiro. Isso não tem preço.

Acredito que numa visão geral a Noruega poderia melhorar muito como um todo quando o assunto éSustentabilidade, Economia Colaborativa e Criativa. Mas a Noruega ainda é um país novo rico, suaestrutura mudou e se desenvolveu apenas há pouco mais de 50 anos quando o petróleo foi descoberto e começou a gerar muita riqueza, a qual foi muito bem administrada e aplicada voltada ao desenvolvimento da sua população.

Se você viajar para a Dinamarca, por exemplo, um outro mundo também se abre. Copenhague respirasustentabilidade e conscientização. A bicicleta é um meio de transporte super disseminado, as opções deprodutos, tantos alimentícios quanto de moda e design, orgânicos e conscientes é infinita.

Mas acredito que o mais importante, e o que mais me encantou, é algo que é presente em todos os paísesnórdicos. A cultura de respeito, de sociedade e colaboração de todos para a manutenção do bem estarcomum é encantadora. Mas ao mesmo tempo que nos deixa feliz por saber que isto existe, nos deixa tristeem perceber o quanto nosso país é sofrido e diferente. Afinal acredito que tal cultura e conscientizaçãovem desde os nativos dessa região, os Vikings, enquanto os nossos foram devastados e a nossasociedade atual se baseia em exploração e sofrimento.

Com isso, em outubro, deveríamos retornar ao Brasil, mas resolvemos ficar. Eu, uma carioca da gema, acostumada a ir a praia toda semana, escolhi morar por mais alguns anos num país que tem apenascerca de 5 horas de sol (na verdade, de luz natural) durante 7 meses por ano. Porque aqui aprendiREALMENTE que, ser queremos ser melhores, devemos ser essa mudança. Não podemos virar a cara quando outro cidadão não levanta do assento no ônibus lotado ao ver um idoso entrar; não podemosfazer a coisa certa e esperar que sejamos recompensados por isso, afinal ser honesto é o básico; nãopodemos reclamar do vizinho e cometer ‘ um crime mais leve’. Temos que nos auto corrigir e saber queninguém é melhor do que ninguém. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso que tem um caminhomuito longo até alcançar a sociedade desenvolvida, organizada e justa que merecemos.

Quero ficar aqui, aprender mais e poder voltar para contribuir ativamente nesse processo. Acreditoque unindo esses ensinamentos dos nórdicos com a nossa criatividade, nosso jogo de cintura e ginga podemos sim ter milhares de razões para acreditar que venceremos com louvor essa batalha em buscado desenvolvimento humano e sustentável em nosso território.

Fabi no centro, com colegas do Fretex =)

armadura - do dicionário: conjunto de peças protetoras do corpo dos antigos guerreiros. AMARDURA - muito além dos escudos que por vezes vestimos, são roupas que nos protegem commuito mais amor e mais vida, feitas com alma e afeto.

Criada pela Milena Akemi Hassegawa Saito, a AMARDURA é uma marca de roupas experimental eintuitiva, onde a moda é vista como forma de expressão, de liberdade e descoberta. É a ideia do ser, da identidade, das pessoas que estão dentro das roupas costurada em cada peça de forma muitoespecial.

A marca não segue tendências nem cronograma de lançamento de coleções. As roupas vão simplesmenteacontecendo e são criadas no seu tempo - e nenhuma peça sai de linha, todas ficam disponíveis paraserem encomendadas, numa nova forma de criar e comprar, sem amarras, sem as loucuras de novoslançamentos semestrais ou de calendários a serem seguidos.

Com produção artesanal, as roupas podem ser personalizadas e assim o consumidor atua comoco-criador da sua peça, valorizando a singularidade de cada um. Os modelos estão disponíveis emdiversas cores e estampas e os detalhes de decotes e comprimentos podem ser alterados.

A AMARDURA também utiliza muito o crochê ( ele faz parte da essência da marca), como forma de resgatar e valorizar essa técnica artesanal que passa de geração para geração. O feito à mão sempretem a energia especial da pessoa que fez aquele trabalho, com sua história de vida, alegrias e jeitoúnico de fazer as coisas. As máquinas e tecnologias são importantes, mas o fazer é parte essencial da nossa história e da nossa ligação com outros seres humanos. E esse feito à mão também estápresente nas estampas artesanais produzidas com carimbos criados em parceria com amigosilustradores.

Além desse trabalho com a pegada slow fashion, a AMARDURA tem o cuidado de reaproveitar osretalhos que sobram da melhor maneira possível em suas criações e incentivar a customização paraque a peça dure mais.

É mais do que apenas produzir e vender roupas. É buscar uma nova consciência de consumo, com focono ser, no criar, no transformar. É mudar o mundo deixando de lado as armaduras para vestir-se deamor, de amar.

AMARDURACriações Experimentais

Etiquetas de Composição!

como entender os símbolos e cuidar das suas roupas para que elasdurem mais!

LAVAGEM:

não lavar namáquina

lavar àmão

lavagemsuave

lavagemmuito suave

70lavagem normal

máx. 70º

40lavagem normal

máx. 40º

50lavagem suave

máx. 50º

90lavagem normal

máx. 90º

não alvejar /não branquear

somente alvejamentocom oxigênio

(não usar cloro)

qualquer alvejanteoxidante

secar emvaral

secar àsombra

não secarem tambor

(na máquina)

secagemhorizontal

secar em tamborem baixa

temperatura

secar em tambornormal

secagem porgotejamento

máx. 110º(acrílico, nylon,

acetato)

máx. 150º(lã e misturascom poliéster)

máx. 200º(algodão ou

linho)não passar

não limpara seco

Alavável a secocom todos os

solventes

Flavável a seco com

solvente R13 ehidrocarboneto

Plavável a seco empercloroetileno,

solvente R13,hidrocarboneto e

solvente R11

*

* listamos as mais comuns, há outras simbologias mais utilizadas para lavagens profissionais.

ALVEJAMENTO:

SECAGEM:

PASSADORIA:

LIMPEZA A SECO:Guarda-roupa bem montado e

consumo consciente!

Entrevista com Oficina de Estilo

A Oficina de Estilo é feita pela Fê e pela Cris, duas consultoras de estilo que acreditam no autoconhecimento como ferramenta para construir um guarda-roupa mais autêntico e consciente. Em uma entrevista, a Cris falou sobre consumo consciente, boas escolhas, guarda-roupa ideal e autoconhecimento. Confere só as partes mais bacanas:

Sobre o consumo consciente: A Cris conta que elas batem muito nessa tecla e que quando se fala sobre esse assunto logo pensamos em ‘que tipo de produtos são mais conscientes?’, quando, na verdade, essa questão tem muito mais a ver com o impulso da compra do que com o produto em si. Então, a questão do consumo consciente refere-se principalmente ao exagero, à quantidade de coisas que compramos sem necessidade (e sem pensar!) - porque o que destrói o nosso planeta é a ideia de que os recursos nunca vão acabar (mas eles vão se continuarmos desse jeito!). A solução é refletir antes de comprar. Eu já tenho? Preciso? Posso? Esse produto é importante para mim? Por que estou comprando isso? As vezes a gente compra uma blusa mas queria mesmo era um abraço, ou estar na praia descansando, ou mais horas de sono. Pensar e questionar sobre o porquê da compra nos dá ferramentas para fazer escolhas mais conscientes e adquirir somente o que faz sentido para a nossa vida. Quebrar o ciclo de consumismo doido do capitalismo e ter consciência do peso que a nossa forma de consumir tem é uma das chaves para encontrar um estilo de vida mais sustentável.

.

Sobre o guarda-roupa bem montado e consciente: elas falam que o guarda-roupa consciente éconciso, não tem muitas roupas. Menos é mais. Quanto mais peças uma pessoa tem, menos ela usa, porque a quantidade atrapalha na hora de escolher e, por isso, acabamos vestindo sempre as mesmas coisas. Além disso, é importante o guarda-roupa ser coordenável, com peças que combinem entre si - assim, mesmo com menos peças é um armário bem utilizado e constantemente atualizado - não por tendências, mas pelo uso contínuo das peças, que aos poucos vão sendo substituídas, o que faz muito mais sentido e é mais consciente.

www.oficinadeestilo.com.br

Sobre o desapego: a ideia é ter no armário somente roupas que funcionam na nossa vida e desapegar é o primeiro passo para construir um guarda-roupa ideal e fortalecer a nossa identidade visual. Tudo que atrapalha deve sair. Devemos deixar no armário somente peças que podemos contar( pegar amanhã e vestir!) Na hora do desapego vale se questionar: se fosse hoje e eu estivesse numa loja, compraria essa roupa? Eu posso vestir essa roupa amanhã de manhã? Mas lembre: às vezes pequenas reformas e customizações fazem a diferença e deixam as peças com a nossa cara.Ah, e desapegar é diferente de descartar. Vender, trocar, compartilhar e doar são verbos que conjugam bem com o consumo consciente! E lembre-se: a ideia é fazeruma revitalização inicial e ir ajustando com o tempo e não desapegar de duas malas de roupas a cada seis meses.

.

O guarda-roupa ideal: é muito limitador dizer que o guarda-roupa ideal tem isso ou aquilo. O armário ideal é aquele que se adapta à nossa vida com peças que acompanhem nosso estilo de viver. O bacana é que cada peça combine com pelo menos outras 3 peças - exemplo: se tenho uma blusa que só combina com um short, essa blusa está sub utilizada e não funciona no meu guarda-roupa. Vale pensar nisso na hora de comprar também: será que essa peça pode ser usada com pelo menos outras três que eu já tenho?

Planejamento para comprar e autoconhecimento: O mais importante na hora de construir umguarda-roupa consciente é o autoconhecimento - se conhecer, se questionar, esclarecer o queé importante, entender meu estilo de vida, meu dia-a-dia, como quero me sentir. Precisamosolhar para nossas roupas e refletir se elas nos representam, se estão adequadas ao nossocotidiano. Só assim, me conhecendo e conhecendo meu armário posso escolher roupas quefuncionam para minha vida.Na hora de escolher as roupas que entram ou saem do guarda-roupa, a Cris falou sobre quatropilares importantes: o que veste bem meu corpo? o que tem a ver com a minha rotina? o quefaz meu olho brilhar? o que faz eu me sentir do jeito que quero me sentir? Depois de conhecer(e experimentar!) as peças do meu armário e tirar o que não faz mais sentido, o que falta? Asvezes descobrimos que não falta nada, que tirar o excesso nos permitiu ver novas possibilidades. Outras vezes percebemos que um sapato faria muita diferença, ou um tênis, ou roupas de frio. As vezes três ou quatro peças farão muita diferença, pois funcionarão como uma ‘cola’ que une as peças que já tenho.

Revitalizar o guarda-roupa é muito mais do que jogar tudo fora e comprar novo (olha o consumismo!). Não precisamos adquirir mil peças. Precisamos sim é de um novo olhar. Énecessário pesquisar preços, custo-benefício, entender os materiais das roupas, saber a procedência, planejar, escolher para, finalmente, colocar no nosso armário somente aquilo quetem significado e combina com nosso estilo de viver.

Para saber mais sobre a Oficina de Estilo é só acessar: www.oficinadeestilo.com.br

Page 9: lojaluscofusco.com.br · v ersão pilo to moda I design I susten tabilidade edição três I ano um Lusco Fusco EcoFashion apresenta: www .lojaluscofusco.com.br instagram.com/l

versão piloto

moda I design I sustentabilidade

edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

semente

Sobre o desapego: a ideia é ter no armário somente roupas que funcionam na nossa vida e desapegar é o primeiro passo para construir um guarda-roupa ideal e fortalecer a nossa identidade visual. Tudo que atrapalha deve sair. Devemos deixar no armário somente peças que podemos contar( pegar amanhã e vestir!) Na hora do desapego vale se questionar: se fosse hoje e eu estivesse numa loja, compraria essa roupa? Eu posso vestir essa roupa amanhã de manhã? Mas vale lembrar: às vezes pequenas reformas e customizações fazem a diferença e deixam as peças com a nossa cara.Ah, e desapegar é diferente de descartar. Vender, trocar, compartilhar e doar são verbos que conjugam bem com o consumo consciente! E lembre-se: a ideia é fazeruma revitalização inicial e ir ajustando com o tempo e não desapegar de duas malas de roupas a cada seis meses

.

O guarda-roupa ideal: é muito limitador dizer que o guarda-roupa ideal tem isso ou aquilo. O armário ideal é aquele que se adapta à nossa vida. com peças que acompanhem nosso estilo de viver. O bacana é que cada peça combine com pelo menos outras 3 peças - exemplo: se tenho uma blusa que só combina com um short, essa blusa está sub utilizada e não funciona no meu guarda-roupa. Vale pensar nisso na hora de comprar também: será que essa peça pode ser usada com pelo menos outras três que eu já tenho?

Planejamento para comprar e autoconhecimento: O mais importante na hora de construir umguarda-roupa consciente é o autoconhecimento - se conhecer, se questionar, esclarecer o queé importante, entender meu estilo de vida, meu dia-a-dia, como quero me sentir. Precisamosolhar para nossas roupas e refletir se elas nos representam, se estão adequadas ao nossocotidiano. Só assim, me conhecendo e conhecendo meu armário posso escolher roupas quefuncionam para minha vida.Na hora de escolher as roupas que entram ou saem do guarda-roupa, a Cris falou sobre quatropilares importantes: o que veste bem meu corpo? o que tem a ver com a minha rotina? o quefaz meu olho brilhar? o que faz eu me sentir do jeito que quero me sentir? Depois de conhecer(e experimentar!) as peças do meu armário e tirar o que não faz mais sentido, o que falta? Asvezes descobrimos que não falta nada, que tirar o excesso nos permitiu ver novas possibilidades. Outras vezes percebemos que um sapato faria muita diferença, ou um tênis, ou roupas de frio. As vezes três ou quatro peças farão muita diferença, pois funcionarão como uma ‘cola’ que une as peças que já tenho.

Revitalizar o guarda-roupa é muito mais do que jogar tudo fora e comprar novo (olha o consumismo!). Não precisamos adquirir mil peças. Precisamos sim é de um novo olhar. Énecessário pesquisar preços, custo-benefício, entender os materiais das roupas, saber a procedência, planejar, escolher para, finalmente, colocar no nosso armário somente aquilo quetem significado e combina com nosso estilo de viver.

- Os pequenos negócios são os maiores geradores de empregos do país - cerca de52% dos empregos formais;

- Melhor distribuição de renda e desenvolvimento da comunidade local;

- Menos impacto ambiental com deslocamentos e produção;

- Exclusividade, diversidade e singularidades valorizadas;

- Fortalecimento das relações entre consumidores e produtores - é gente lidando com gente;

- Confiança, atenção, conveniência, serviços personalizados e formas especiais de negociar;

- Valorização do capital humano de quem está perto;

- Apoiar a realização de sonhos - seu dinheiro não vai para um executivo comprar mais umluxo, mas para uma criança fazer aulas de dança, um jovem pagar a faculdade, um pai ajudara família, para que pessoas como você também realizem seus desejos.

MOTIVOS PARA COMPRAR DOS PEQUENOS NEGÓCIOS!

#compredopequeno

Guarda-roupa bem montado e consumo consciente!

Entrevista com Oficina de Estilo

A Oficina de Estilo é feita pela Fê e pela Cris, duas consultoras de estilo que acreditam no autoconhecimento como ferramenta para construir um guarda-roupa mais autêntico e consciente. Em uma entrevista, a Cris falou sobre consumo consciente, boas escolhas, guarda-roupa ideal e autoconhecimento. Confere só as partes mais bacanas:

Sobre o consumo consciente: A Cris conta que elas batem muito nessa tecla e que quando se fala sobreesse assunto logo pensamos em ‘que tipo de produtos são mais conscientes?’, quando, na verdade, essa questão tem muito mais a ver com o impulso da compra do que com o produto em si. Então, a questão do consumo consciente refere-se principalmente ao exagero, à quantidade de coisas que compramos sem necessidade (e sem pensar!) - porque o que destrói o nosso planeta é a ideia de queos recursos nunca vão acabar (mas eles vão se continuarmos desse jeito!). A solução é refletir antesde comprar. Eu já tenho? Preciso? Posso? Esse produto é importante para mim? Por que estoucomprando isso? As vezes a gente compra uma blusa mas queria mesmo era um abraço, ou estar na praia descansando, ou mais horas de sono. Pensar e questionar sobre o porquê da compra nos dá ferramentas para fazer escolhas mais conscientes e adquirir somente o que faz sentido para a nossa vida. Quebrar o ciclo de consumismo doido do capitalismo e ter consciência do peso que a nossa forma de consumir tem é uma das chaves para encontrar um estilo de vida mais sustentável.

.

Sobre o guarda-roupa bem montado e consciente: elas falam que o guarda-roupa consciente éconciso, não tem muitas roupas. Menos é mais. Quanto mais peças uma pessoa tem, menos ela usa, porque a quantidade atrapalha na hora de escolher e, por isso, acabamos vestindo sempre as mesmas coisas. Além disso, é importante o guarda-roupa ser coordenável, com peças que combinem entre si - assim, mesmo com menos peças é um armário bem utilizado e constantemente atualizado - não por tendências, mas pelo uso contínuo das peças, que aos poucos vão sendo substituídas, o que faz muitomais sentido e é mais consciente.

www.oficinadeestilo.com.br

armadura - do dicionário: conjunto de peças protetoras do corpo dos antigos guerreiros. AMARDURA - muito além dos escudos que por vezes vestimos, são roupas que nos protegem commuito mais amor e mais vida, feitas com alma e afeto.

Criada pela Milena Akemi Hassegawa Saito, a AMARDURA é uma marca de roupas experimental eintuitiva, onde a moda é vista como forma de expressão, de liberdade e descoberta. É a ideia do ser, da identidade, das pessoas que estão dentro das roupas costurada em cada peça de forma muitoespecial.

A marca não segue tendências nem cronograma de lançamento de coleções. As roupas vão simplesmenteacontecendo e são criadas no seu tempo - e nenhuma peça sai de linha, todas ficam disponíveis paraserem encomendadas, numa nova forma de criar e comprar, sem amarras, sem as loucuras de novoslançamentos semestrais ou de calendários a serem seguidos.

Com produção artesanal, as roupas podem ser personalizadas e assim o consumidor atua comoco-criador da sua peça, valorizando a singularidade de cada um. Os modelos estão disponíveis emdiversas cores e estampas e os detalhes de decotes e comprimentos podem ser alterados.

A AMARDURA também utiliza muito o crochê ( ele faz parte da essência da marca), como forma de resgatar e valorizar essa técnica artesanal que passa de geração para geração. O feito à mão sempretem a energia especial da pessoa que fez aquele trabalho, com sua história de vida, alegrias e jeitoespecial de fazer as coisas. As máquinas e tecnologias são importantes, mas o fazer é parte essencial da nossa história e da nossa ligação com outros seres humanos. E esse feito à mão também estápresente nas estampas artesanais produzidas com carimbos criados em parceria com amigosilustradores.

Além desse trabalho com a pegada slow fashion, a AMARDURA tem o cuidado de reaproveitar osretalhos que sobram da melhor maneira possível em suas criações e incentivar a customização paraque a peça dure mais.

É mais do que apenas produzir e vender roupas. É buscar uma nova consciência de consumo, com focono ser, no criar, no transformar. É mudar o mundo deixando de lado as armaduras para vestir-se deamor, de amar.

AMARDURACriações Experimentais

Etiquetas de Composição!

como entender os símbolos e cuidar das suas roupas para que elasdurem mais!

LAVAGEM:

não lavar namáquina

lavar àmão

lavagemsuave

lavagemmuito suave

70lavagem normal

máx. 70º

40lavagem normal

máx. 40º

50lavagem suave

máx. 50º

90lavagem normal

máx. 90º

não alvejar /não branquear

somente alvejamentocom oxigênio

(não usar cloro)

qualquer alvejanteoxidante

secar emvaral

secar àsombra

não secarem tambor

(na máquina)

secagemhorizontal

secar em tamborem baixa

temperatura

secar em tambornormal

secagem porgotejamento

máx. 110º(acrílico, nylon,

acetato)

máx. 150º(lã e misturascom poliéster)

máx. 200º(algodão ou

linho)não passar

não limpara seco

Alavável a secocom todos os

solventes

Flavável a seco com

solvente R13 ehidrocarboneto

Plavável a seco empercloroetileno,

solvente R13,hidrocarboneto e

solvente R11

*

* listamos as mais comuns, há outras simbologias mais utilizadas para lavagens profissionais.

ALVEJAMENTO:

SECAGEM:

PASSADORIA:

LIMPEZA A SECO:

Moda, sustentabilidade e os EscandinavosImpressões de uma brasileira na terra dos vikings

Por Fabiana Hargreaves da Costa

Maior IDH do mundo, neve e Aurora Boreal. Essas eram as três únicas informações que tinha sobre aNoruega quando meu marido recebeu uma proposta de trabalho por 2 anos em Olso, capital do país,no final de 2013.

A princípio fiquei animada, apesar das inúmeras diferenças com o Brasil, gostei do desafio: morar em um lugar que nunca me imaginei e conhecer mais uma nova cultura. Afinal, se todos falavam sobre a sua organização e desenvolvimento, deveria ter muito a mostrar sobre sustentabilidade. Mas uma coisa tinha certeza, após os 2 anos, iria querer voltar para minha cidade maravilhosa. Ledo engano.

Meu primeiro ano foi muito difícil. Tinha acabado de começar um negócio próprio no Brasil e minha ideiade administra-lo de tão longe foi impossível. Coloquei o projeto na gaveta e em paralelo comecei a procurar uma oportunidade na minha nova casa. Apesar na Noruega ser um país onde quase todos falam inglês, quando se quer trabalhar em uma área que não há muito mercado, como a Moda, vocêprecisa aprender a língua local. Embarquei na difícil missão de aprendê-la. Ainda estou no processo e há quase 1 ano estou trabalhando na empresa que queria, porém ainda longe de fazer o que vislumbro.

Hoje trabalho no Fretex, braço da Instituição Mundial Exército da Salvação. Na Noruega esta instituiçãoé muito grande, respeitada e influente. O Fretex foi criado para ser uma ramificação que pudessemovimentar e gerar dinheiro, já que a Instituição Exército da Salvação é uma ONG. O Fretex funciona daseguinte maneira: a população deposita roupas e acessórios em milhares de caçambas espalhadas pelopaís (móveis, artigos esportivos e muitos outros também podem ser doados por um outro sistema), asquais são coletadas diariamente pela instituição. Eu trabalho no galpão onde recebemos essas doaçõesda região de Oslo e seu entorno. Tendo uma das Rendas per capitas mais altas do mundo, você podeimaginar a quantidade e a qualidade do que recebemos. Apenas 15% conseguimos selecionar e organizar para serem enviados para 17 lojas próprias espalhadas pela região. Apesar de trabalharmosbastante com uma equipe de cerca de 20 pessoas, não conseguimos passar desse número. O consumoexcessivo em um dos países mais ricos do mundo é assustador. Os demais 85%, e o que sobra da triagem,é vendido a um preço muito baixo por quilo para outros países. Nessa separação muito também éseparado para projetos sociais dos quais participamos. Além disso, muitos funcionários são enviados pela instituição do governo que ajuda cidadãos de outros países , como exilados de guerra, que vêm

morar aqui atrás de uma melhor qualidade de vida, e de prisioneiros em condicional em busca de redução de pena e reinserção no mercado de trabalho. O impacto de uma instituição desta numa sociedade, tanto pelo lado social quanto ambiental, é gigantesco.

Ainda podemos melhorar, crescer e evoluir bastante e esse é meu grande objetivo na empresa, no entanto a cada dia trabalho minha paciência e tento focar admiração e satisfação de trabalhar em umaempresa que admiro. Isso não tem preço.

Acredito que numa visão geral a Noruega poderia melhorar muito como um todo quando o assunto éSustentabilidade, Economia Colaborativa e Criativa. Mas a Noruega ainda é um país novo rico, suaestrutura mudou e se desenvolveu apenas há pouco mais de 50 anos quando o petróleo foi descoberto e começou a gerar muita riqueza, a qual foi muito bem administrada e aplicada voltada ao desenvolvimento da sua população.

Se você viajar para a Dinamarca, por exemplo, um outro mundo também se abre. Copenhague respirasustentabilidade e conscientização. A bicicleta é um meio de transporte super disseminado, as opções deprodutos, tantos alimentícios quanto de moda e design, orgânicos e conscientes é infinita.

Mas acredito que o mais importante, e o que mais me encantou, é algo que é presente em todos os paísesnórdicos. A cultura de respeito, de sociedade e colaboração de todos para a manutenção do bem estarcomum é encantadora. Mas ao mesmo tempo nos deixa feliz por saber que isto existe, nos deixa tristeem perceber o quanto nosso país é sofrido e diferente. Afinal acredito que tal cultura e conscientizaçãovem desde os nativos dessa região, os Vikings, enquanto os nossos foram devastados e a nossasociedade atual se baseia em exploração e sofrimento.

Com isso, em outubro, deveríamos retornar ao Brasil, mas resolvemos ficar. Eu, uma carioca da gema, acostumada a ir a praia toda semana, escolhi morar por mais alguns anos num país que tem apenascerca de 5 horas de sol (na verdade, de luz natural) durante 7 meses por ano. Porque aqui aprendiREALMENTE que, ser queremos ser melhores, devemos ser essa mudança. Não podemos virar a cara quando outro cidadão não levanta do assento no ônibus lotado ao ver um idoso entrar; não podemosfazer a coisa certa e esperar que sejamos recompensados por isso, afinal ser honesto é o básico; nãopodemos reclamar do vizinho e cometer ‘ um crime mais leve’. Temos que nos auto corrigir e saber queninguém é melhor do que ninguém. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso que tem um caminhomuito longo até alcançar a sociedade desenvolvida, organizada e justa que merecemos.

Quero ficar aqui, aprender mais e poder voltar para contribuir ativamente nesse processo. Acreditoque unindo esses ensinamentos dos nórdicos com a nossa criatividade, nosso jogo de cintura e ginga podemos sim ter milhares de razões para acreditar que venceremos com louvor essa batalha em buscado desenvolvimento humano e sustentável em nosso território.

Fabi no centro, com colegas do Fretex =)

« Uma vez que sabemos e somos conscientes, somos responsáveis por nossaação ou nossa passividade. Podemos fazer algo a respeito disso ou ignorá-lo,mas, em qualquer caso, somos responsáveis pela decisão»

Jean-Paul Sartre

A sustentabilidade não é mais uma escolha, mas uma necessidade. O dia 13 deagosto deste ano foi o dia de Sobrecarga da Terra, ou seja, a humanidade

utilizou todos os recursos naturais existentes para o ano inteiro. Nos últimosduzentos anos consumimos um terço dos recursos naturais da Terra - recursosesses que demoraram 4,5 bilhões de anos para se formarem - o que quer dizerque consumimos tudo isso em 0.0000044% do tempo. E muita gente ainda não

tem noção do que isso representa e o quanto é preocupante.

Precisamos de um novo olhar - repensar hábitos, fazer novas escolhas, consumir causando menos impacto, criar consciência do peso das nossas

escolhas individuais - é urgente e real uma revolução na nossa forma de viver. Não dá mais para manter esse estilo de viver consumista e o um sistema

produtivo industrial que só visa lucro - consumir virou um ato político, por isso devemos colocar nosso tempo e dinheiro somente em coisas que

acreditamos. O poder está em nossas mãos.

Espero que essa terceira edição da Fanzine Semente lhe proporcione um novoolhar sobre a sustentabilidade e o consumo consciente e que você também

escolha construir esta nova realidade e ser parte da mudança por um mundomelhor.

Boa Leitura!Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Agradecimentos especiais:Fabiana Hargreaves da Costa

Ana Lúcia Flores Schmidt

Contato: [email protected] informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente

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moda I design I sustentabilidade

edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

semente

Agradecimentos especiais:Fabiana Hargreaves da Costa

Ana Lúcia Flores Schmidt

Contato: [email protected] informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente

« Uma vez que sabemos e somos conscientes, somos responsáveis por nossaação ou nossa passividade. Podemos fazer algo a respeito disso ou ignorá-lo,mas, em qualquer caso, somos responsáveis pela decisão»

Jean-Paul Sartre

Moda, sustentabilidade e os EscandinavosImpressões de uma brasileira na terra dos vikings

Por Fabiana Hargreaves da Costa

Maior IDH do mundo, neve e Aurora Boreal. Essas eram as três únicas informações que tinha sobre aNoruega quando meu marido recebeu uma proposta de trabalho por 2 anos em Olso, capital do país,no final de 2013.

A princípio fiquei animada, apesar das inúmeras diferenças com o Brasil, gostei do desafio: morar em um lugar que nunca me imaginei e conhecer mais uma nova cultura. Afinal, se todos falavam sobre a sua organização e desenvolvimento, deveria ter muito a mostrar sobre sustentabilidade. Mas uma coisa tinha certeza, após os 2 anos, iria querer voltar para minha cidade maravilhosa. Ledo engano.

Meu primeiro ano foi muito difícil. Tinha acabado de começar um negócio próprio no Brasil e minha ideiade administrá-lo de tão longe foi impossível. Coloquei o projeto na gaveta e em paralelo comecei a procurar uma oportunidade na minha nova casa. Apesar na Noruega ser um país onde quase todos falam inglês, quando se quer trabalhar em uma área que não há muito mercado, como a Moda, vocêprecisa aprender a língua local. Embarquei na difícil missão de aprendê-la. Ainda estou no processo e há quase 1 ano estou trabalhando na empresa que queria, porém ainda longe de fazer o que vislumbro.

Hoje trabalho no Fretex, braço da Instituição Mundial Exército da Salvação. Na Noruega esta instituiçãoé muito grande, respeitada e influente. O Fretex foi criado para ser uma ramificação que pudessemovimentar e gerar dinheiro, já que a Instituição Exército da Salvação é uma ONG. O Fretex funciona daseguinte maneira: a população deposita roupas e acessórios em milhares de caçambas espalhadas pelopaís (móveis, artigos esportivos e muitos outros também podem ser doados por um outro sistema), asquais são coletadas diariamente pela instituição. Eu trabalho no galpão onde recebemos essas doaçõesda região de Oslo e seu entorno. Tendo uma das Rendas per capitas mais altas do mundo, você podeimaginar a quantidade e a qualidade do que recebemos. Apenas 15% conseguimos selecionar e organizar para serem enviados para 17 lojas próprias espalhadas pela região. Apesar de trabalharmosbastante com uma equipe de cerca de 20 pessoas, não conseguimos passar desse número. O consumoexcessivo em um dos países mais ricos do mundo é assustador. Os demais 85%, e o que sobra da triagem,é vendido a um preço muito baixo por quilo para outros países. Nessa separação muito também éseparado para projetos sociais dos quais participamos. Além disso, muitos funcionários são enviados pela instituição do governo que ajuda cidadãos de outros países , como exilados de guerra, que vêm

- Os pequenos negócios são os maiores geradores de empregos do país - cerca de52% dos empregos formais;

- Melhor distribuição de renda e desenvolvimento da comunidade local;

- Menos impacto ambiental com deslocamentos e produção;

- Exclusividade, diversidade e singularidades valorizadas;

- Fortalecimento das relações entre consumidores e produtores - é gente lidando com gente;

- Confiança, atenção, conveniência, serviços personalizados e formas especiais de negociar;

- Valorização do capital humano de quem está perto;

- Apoiar a realização de sonhos - seu dinheiro não vai para um executivo comprar mais umluxo, mas para uma criança fazer aulas de dança, um jovem pagar a faculdade, um pai ajudara família, para que pessoas como você também realizem seus desejos.

MOTIVOS PARA COMPRAR DOS PEQUENOS NEGÓCIOS!

#compredopequeno

morar aqui atrás de uma melhor qualidade de vida, e de prisioneiros em condicional em busca de redução de pena e reinserção no mercado de trabalho. O impacto de uma instituição desta numa sociedade, tanto pelo lado social quanto ambiental, é gigantesco.

Ainda podemos melhorar, crescer e evoluir bastante e esse é meu grande objetivo na empresa, no entanto a cada dia trabalho minha paciência e tento focar na admiração e satisfação de trabalhar em umaempresa que admiro. Isso não tem preço.

Acredito que numa visão geral a Noruega poderia melhorar muito como um todo quando o assunto éSustentabilidade, Economia Colaborativa e Criativa. Mas a Noruega ainda é um país novo rico, suaestrutura mudou e se desenvolveu apenas há pouco mais de 50 anos quando o petróleo foi descoberto e começou a gerar muita riqueza, a qual foi muito bem administrada e aplicada voltada ao desenvolvimento da sua população.

Se você viajar para a Dinamarca, por exemplo, um outro mundo também se abre. Copenhague respirasustentabilidade e conscientização. A bicicleta é um meio de transporte super disseminado, as opções deprodutos, tantos alimentícios quanto de moda e design, orgânicos e conscientes é infinita.

Mas acredito que o mais importante, e o que mais me encantou, é algo que é presente em todos os paísesnórdicos. A cultura de respeito, de sociedade e colaboração de todos para a manutenção do bem estarcomum é encantadora. Mas ao mesmo tempo que nos deixa feliz saber que isto existe, nos deixa triste em perceber o quanto nosso país é sofrido e diferente. Afinal acredito que tal cultura e conscientizaçãovem desde os nativos dessa região, os Vikings, enquanto os nossos foram devastados e a nossasociedade atual se baseia em exploração e sofrimento.

Com isso, em outubro, deveríamos retornar ao Brasil, mas resolvemos ficar. Eu, uma carioca da gema, acostumada a ir a praia toda semana, escolhi morar por mais alguns anos num país que tem apenascerca de 5 horas de sol (na verdade, de luz natural) durante 7 meses por ano. Porque aqui aprendiREALMENTE que, ser queremos ser melhores, devemos ser essa mudança. Não podemos virar a cara quando outro cidadão não levanta do assento no ônibus lotado ao ver um idoso entrar; não podemosfazer a coisa certa e esperar que sejamos recompensados por isso, afinal ser honesto é o básico; nãopodemos reclamar do vizinho e cometer ‘ um crime mais leve’. Temos que nos auto corrigir e saber queninguém é melhor do que ninguém. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso que tem um caminhomuito longo até alcançar a sociedade desenvolvida, organizada e justa que merecemos.

Quero ficar aqui, aprender mais e poder voltar para contribuir ativamente nesse processo. Acreditoque unindo esses ensinamentos dos nórdicos com a nossa criatividade, nosso jogo de cintura e ginga podemos sim ter milhares de razões para acreditar que venceremos com louvor essa batalha em buscado desenvolvimento humano e sustentável em nosso território.

Planejamento para comprar e autoconhecimento: O mais importante na hora de construir umguarda-roupa consciente é o autoconhecimento - se conhecer, se questionar, esclarecer o queé importante, entender meu estilo de vida, meu dia-a-dia, como quero me sentir. Precisamosolhar para nossas roupas e refletir se elas nos representam, se estão adequadas ao nossocotidiano. Só assim, me conhecendo e conhecendo meu armário posso escolher roupas quefuncionam para minha vida.Na hora de escolher as roupas que entram ou saem do guarda-roupa, a Cris falou sobre quatropilares importantes: o que veste bem meu corpo? o que tem a ver com a minha rotina? o quefaz meu olho brilhar? o que faz eu me sentir do jeito que quero me sentir? Depois de conhecer(e experimentar!) as peças do meu armário e tirar o que não faz mais sentido, o que falta? Asvezes descobrimos que não falta nada, que tirar o excesso nos permitiu ver novas possibilidades. Outras vezes percebemos que um sapato faria muita diferença, ou um tênis, ou roupas de frio. As vezes três ou quatro peças farão muita diferença, pois funcionarão como uma ‘cola’ que une as peças que já tenho.

Revitalizar o guarda-roupa é muito mais do que jogar tudo fora e comprar novo (olha o consumismo!). Não precisamos adquirir mil peças. Precisamos sim é de um novo olhar. Énecessário pesquisar preços, custo-benefício, entender os materiais das roupas, saber a procedência, planejar, escolher para, finalmente, colocar no nosso armário somente aquilo quetem significado e combina com nosso estilo de viver.

Para saber mais sobre a oficina de estilo: www.oficinadeestilo.com.br

Fabi no centro, com colegas do Fretex =)

Sobre o desapego: a ideia é ter no armário somente roupas que funcionam na nossa vida e desapegar é o primeiro passo para construir um guarda-roupa ideal e fortalecer a nossa identidade visual. Tudo que atrapalha deve sair. Devemos deixar no armário somente peças que podemos contar( pegar amanhã e vestir!) Na hora do desapego vale se questionar: se fosse hoje e eu estivesse numa loja, compraria essa roupa? Eu posso vestir essa roupa amanhã de manhã? Mas lembre: às vezes pequenas reformas e customizações fazem a diferença e deixam as peças com a nossa cara.Ah, e desapegar é diferente de descartar. Vender, trocar, compartilhar e doar são verbos que conjugam bem com o consumo consciente! E lembre-se: a ideia é fazeruma revitalização inicial e ir ajustando com o tempo e não desapegar de duas malas de roupas a cada seis meses

.

O guarda-roupa ideal: é muito limitador dizer que o guarda-roupa ideal tem isso ou aquilo. O armário ideal é aquele que se adapta à nossa vida. com peças que acompanhem nosso estilo de viver. O bacana é que cada peça combine com pelo menos outras 3 peças - exemplo: se tenho uma blusa que só combina com um short, essa blusa está sub utilizada e não funciona no meu guarda-roupa. Vale pensar nisso na hora de comprar também: será que essa peça pode ser usada com pelo menos outras três que eu já tenho?

AMARDURACriações Experimentais

A Oficina de Estilo é feita pela Fê e pela Cris, duas consultoras de estilo que acreditam no autoconhecimento como ferramenta para construir um guarda-roupa mais autêntico e consciente. Em uma entrevista, a Cris falou sobre consumo consciente, boas escolhas, guarda-roupa ideal e autoconhecimento. Confere só as partes mais bacanas:

Sobre o consumo consciente: A Cris conta que elas batem muito nessa tecla e que quando se fala sobre esse assunto logo pensamos em ‘que tipo de produtos são mais conscientes?’, quando, na verdade, essa questão tem muito mais a ver com o impulso da compra do que com o produto em si. Então, a questão do consumo consciente refere-se principalmente ao exagero, à quantidade de coisas que compramos sem necessidade (e sem pensar!) - porque o que destrói o nosso planeta é a ideia de que os recursos nunca vão acabar (mas eles vão se continuarmos desse jeito!). A solução é refletir antes de comprar. Eu já tenho? Preciso? Posso? Esse produto é importante para mim? Por que estou comprando isso? As vezes a gente compra uma blusa mas queria mesmo era um abraço, ou estar na praia descansando, ou mais horas de sono. Pensar e questionar sobre o porquê da compra nos dá ferramentas para fazer escolhas mais conscientes e adquirir somente o que faz sentido para a nossa vida. Quebrar o ciclo de consumismo doido do capitalismo e ter consciência do peso que a nossa forma de consumir tem é uma das chaves para encontrar um estilo de vida mais sustentável.

.

Sobre o guarda-roupa bem montado e consciente: elas falam que o guarda-roupa consciente éconciso, não tem muitas roupas. Menos é mais. Quanto mais peças uma pessoa tem, menos ela usa, porque a quantidade atrapalha na hora de escolher e, por isso, acabamos vestindo sempre as mesmas coisas. Além disso, é importante o guarda-roupa ser coordenável, com peças que combinem entre si - assim, mesmo com menos peças é um armário bem utilizado e constantemente atualizado - não por tendências, mas pelo uso contínuo das peças, que aos poucos vão sendo substituídas, o que faz muito mais sentido e é mais consciente.

Etiquetas de Composição!

como entender os símbolos e cuidar das suas roupas para que elasdurem mais!

LAVAGEM:

não lavar namáquina

lavar àmão

lavagemsuave

lavagemmuito suave

70lavagem normal

máx. 70º

40lavagem normal

máx. 40º

50lavagem suave

máx. 50º

90lavagem normal

máx. 90º

não alvejar /não branquear

somente alvejamentocom oxigênio

(não usar cloro)

qualquer alvejanteoxidante

secar emvaral

secar àsombra

não secarem tambor

(na máquina)

secagemhorizontal

secar em tamborem baixa

temperatura

secar em tambornormal

secagem porgotejamento

máx. 110º(acrílico, nylon,

acetato)

máx. 150º(lã e misturascom poliéster)

máx. 200º(algodão ou

linho)não passar

não limpara seco

Alavável a secocom todos os

solventes

Flavável a seco com

solvente R13 ehidrocarboneto

Plavável a seco empercloroetileno,

solvente R13,hidrocarboneto e

solvente R11

*

* listamos as mais comuns, há outras simbologias mais utilizadas para lavagens profissionais.

ALVEJAMENTO:

SECAGEM:

PASSADORIA:

LIMPEZA A SECO:

armadura - do dicionário: conjunto de peças protetoras do corpo dos antigos guerreiros. AMARDURA - muito além dos escudos que por vezes vestimos, são roupas que nos protegem commuito mais amor e mais vida, feitas com alma e afeto.

Criada pela Milena Akemi Hassegawa Saito, a AMARDURA é uma marca de roupas experimental eintuitiva, onde a moda é vista como forma de expressão, de liberdade e descoberta. É a ideia do ser, da identidade, das pessoas que estão dentro das roupas costurada em cada peça de forma muitoespecial.

A marca não segue tendências nem cronograma de lançamento de coleções. As roupas vão simplesmenteacontecendo e são criadas no seu tempo - e nenhuma peça sai de linha, todas ficam disponíveis paraserem encomendadas, numa nova forma de criar e comprar, sem amarras, sem as loucuras de novoslançamentos semestrais ou de calendários a serem seguidos.

Com produção artesanal, as roupas podem ser personalizadas e assim o consumidor atua comoco-criador da sua peça, valorizando a singularidade de cada um. Os modelos estão disponíveis emdiversas cores e estampas e os detalhes de decotes e comprimentos podem ser alterados.

A AMARDURA também utiliza muito o crochê ( ele faz parte da essência da marca), como forma de resgatar e valorizar essa técnica artesanal que passa de geração para geração. O feito à mão sempretem a energia especial da pessoa que fez aquele trabalho, com sua história de vida, alegrias e jeitoúnico de fazer as coisas. As máquinas e tecnologias são importantes, mas o fazer é parte essencial da nossa história e da nossa ligação com outros seres humanos. E esse feito à mão também estápresente nas estampas artesanais produzidas com carimbos criados em parceria com amigosilustradores.

Além desse trabalho com a pegada slow fashion, a AMARDURA tem o cuidado de reaproveitar osretalhos que sobram da melhor maneira possível em suas criações e incentivar a customização paraque a peça dure mais.

É mais do que apenas produzir e vender roupas. É buscar uma nova consciência de consumo, com focono ser, no criar, no transformar. É mudar o mundo deixando de lado as armaduras para vestir-se deamor, de amar.

Guarda-roupa bem montado e consumo consciente!

Entrevista com Oficina de Estilo

www.oficinadeestilo.com.br

www.amardura.blogspot.com

A sustentabilidade não é mais uma escolha, mas uma necessidade. O dia 13 deagosto deste ano foi o dia de Sobrecarga da Terra, ou seja, a humanidade

utilizou todos os recursos naturais existentes para o ano inteiro. Nos últimosduzentos anos consumimos um terço dos recursos naturais da Terra - recursosesses que demoraram 4,5 bilhões de anos para se formarem - o que quer dizerque consumimos tudo isso em 0.0000044% do tempo. E muita gente ainda não

tem noção do que isso representa e o quanto é preocupante.

Precisamos de um novo olhar - repensar hábitos, fazer novas escolhas, consumir causando menos impacto, criar consciência do peso das nossas

escolhas individuais - é urgente e real uma revolução na nossa forma de viver. Não dá mais para manter esse estilo de viver consumista e o sistema

produtivo industrial que só visa lucro - consumir virou um ato político, por isso devemos colocar nosso tempo e dinheiro somente em coisas que

acreditamos. O poder está em nossas mãos.

Espero que essa terceira edição da Fanzine Semente lhe proporcione um novoolhar sobre a sustentabilidade e o consumo consciente e que você também

escolha construir esta nova realidade e ser parte da mudança por um mundomelhor.

Boa Leitura!Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Versão virtual

moda I design I sustentabilidade

edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

semente

« Uma vez que sabemos e somos conscientes, somos responsáveis por nossaação ou nossa passividade. Podemos fazer algo a respeito disso ou ignorá-lo,mas, em qualquer caso, somos responsáveis pela decisão»

Jean-Paul Sartre

A sustentabilidade não é mais uma escolha, mas uma necessidade. O dia 13 de agosto deste ano foi o dia de Sobrecarga da Terra, ou seja, a humanidadeutilizou todos os recursos naturais existentes para o ano inteiro. Nos últimos duzentos anos consumimos um terço dos recursos naturais da Terra -

recursosesses que demoraram 4,5 bilhões de anos para se formarem - o que quer dizer que consumimos tudo isso em 0.0000044% do tempo. E muita gente ainda nãotem noção do que isso representa e o quanto é preocupante.

Precisamos de um novo olhar - repensar hábitos, fazer novas escolhas, consumir causando menos impacto, criar consciência do peso das nossasescolhas individuais - é urgente e real uma revolução na nossa forma de viver. Não dá mais para manter esse estilo de viver consumista e o sistema

produtivo industrial que só visa lucro - consumir virou um ato político, por isso devemos colocar nosso tempo e dinheiro somente em coisas queacreditamos. O poder está em nossas mãos.

Espero que essa terceira edição da Fanzine Semente lhe proporcione um novo olhar sobre a sustentabilidade e o consumo consciente e que você tambémescolha construir esta nova realidade e ser parte da mudança por um mundo

melhor.

Boa Leitura!Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Moda, sustentabilidade e os EscandinavosImpressões de uma brasileira na terra dos vikings

Por Fabiana Hargreaves da Costa

Maior IDH do mundo, neve e Aurora Boreal. Essas eram as três únicas informações que tinha sobre aNoruega quando meu marido recebeu uma proposta de trabalho por 2 anos em Olso, capital do país,no final de 2013.

A princípio fiquei animada, apesar das inúmeras diferenças com o Brasil, gostei do desafio: morar em um lugar que nunca me imaginei e conhecer mais uma nova cultura. Afinal, se todos falavam sobre a sua organização e desenvolvimento, deveria ter muito a mostrar sobre sustentabilidade. Mas uma coisa tinha certeza, após os 2 anos, iria querer voltar para minha cidade maravilhosa. Ledo engano.

Meu primeiro ano foi muito difícil. Tinha acabado de começar um negócio próprio no Brasil e minha ideiade administrá-lo de tão longe foi impossível. Coloquei o projeto na gaveta e em paralelo comecei a procurar uma oportunidade na minha nova casa. Apesar na Noruega ser um país onde quase todos falam inglês, quando se quer trabalhar em uma área que não há muito mercado, como a Moda, vocêprecisa aprender a língua local. Embarquei na difícil missão de aprendê-la. Ainda estou no processo e há quase 1 ano estou trabalhando na empresa que queria, porém ainda longe de fazer o que vislumbro.

Hoje trabalho no Fretex, braço da Instituição Mundial Exército da Salvação. Na Noruega esta instituiçãoé muito grande, respeitada e influente. O Fretex foi criado para ser uma ramificação que pudessemovimentar e gerar dinheiro, já que a Instituição Exército da Salvação é uma ONG. O Fretex funciona daseguinte maneira: a população deposita roupas e acessórios em milhares de caçambas espalhadas pelopaís (móveis, artigos esportivos e muitos outros também podem ser doados por um outro sistema), asquais são coletadas diariamente pela instituição. Eu trabalho no galpão onde recebemos essas doaçõesda região de Oslo e seu entorno. Tendo uma das Rendas per capitas mais altas do mundo, você podeimaginar a quantidade e a qualidade do que recebemos. Apenas 15% conseguimos selecionar e organizar para serem enviados para 17 lojas próprias espalhadas pela região. Apesar de trabalharmosbastante com uma equipe de cerca de 20 pessoas, não conseguimos passar desse número. O consumoexcessivo em um dos países mais ricos do mundo é assustador. Os demais 85%, e o que sobra da triagem,é vendido a um preço muito baixo por quilo para outros países. Nessa separação muito também éseparado para projetos sociais dos quais participamos. Além disso, muitos funcionários são enviados pela instituição do governo que ajuda cidadãos de outros países , como exilados de guerra, que vêm

morar aqui atrás de uma melhor qualidade de vida, e de prisioneiros em condicional em busca de redução de pena e reinserção no mercado de trabalho. O impacto de uma instituição desta numa sociedade, tanto pelo lado social quanto ambiental, é gigantesco.

Ainda podemos melhorar, crescer e evoluir bastante e esse é meu grande objetivo na empresa, no entanto a cada dia trabalho minha paciência e tento focar na admiração e satisfação de trabalhar em uma empresa que admiro. Isso não tem preço.

Acredito que numa visão geral a Noruega poderia melhorar muito como um todo quando o assunto éSustentabilidade, Economia Colaborativa e Criativa. Mas a Noruega ainda é um país novo rico, suaestrutura mudou e se desenvolveu apenas há pouco mais de 50 anos quando o petróleo foi descoberto e começou a gerar muita riqueza, a qual foi muito bem administrada e aplicada voltada ao desenvolvimento da sua população.

Se você viajar para a Dinamarca, por exemplo, um outro mundo também se abre. Copenhague respirasustentabilidade e conscientização. A bicicleta é um meio de transporte super disseminado, as opções deprodutos, tantos alimentícios quanto de moda e design, orgânicos e conscientes é infinita.

Mas acredito que o mais importante, e o que mais me encantou, é algo que é presente em todos os paísesnórdicos. A cultura de respeito, de sociedade e colaboração de todos para a manutenção do bem estarcomum é encantadora. Mas ao mesmo tempo que nos deixa feliz por saber que isto existe, nos deixa tristeem perceber o quanto nosso país é sofrido e diferente. Afinal acredito que tal cultura e conscientizaçãovem desde os nativos dessa região, os Vikings, enquanto os nossos foram devastados e a nossasociedade atual se baseia em exploração e sofrimento.

Com isso, em outubro, deveríamos retornar ao Brasil, mas resolvemos ficar. Eu, uma carioca da gema, acostumada a ir a praia toda semana, escolhi morar por mais alguns anos num país que tem apenascerca de 5 horas de sol (na verdade, de luz natural) durante 7 meses por ano. Porque aqui aprendiREALMENTE que, ser queremos ser melhores, devemos ser essa mudança. Não podemos virar a cara quando outro cidadão não levanta do assento no ônibus lotado ao ver um idoso entrar; não podemosfazer a coisa certa e esperar que sejamos recompensados por isso, afinal ser honesto é o básico; nãopodemos reclamar do vizinho e cometer ‘ um crime mais leve’. Temos que nos auto corrigir e saber queninguém é melhor do que ninguém. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso que tem um caminhomuito longo até alcançar a sociedade desenvolvida, organizada e justa que merecemos.

Quero ficar aqui, aprender mais e poder voltar para contribuir ativamente nesse processo. Acreditoque unindo esses ensinamentos dos nórdicos com a nossa criatividade, nosso jogo de cintura e ginga podemos sim ter milhares de razões para acreditar que venceremos com louvor essa batalha em buscado desenvolvimento humano e sustentável em nosso território.

Fabi no centro, com colegas do Fretex =)

armadura - do dicionário: conjunto de peças protetoras do corpo dos antigos guerreiros. AMARDURA - muito além dos escudos que por vezes vestimos, são roupas que nos protegem commuito mais amor e mais vida, feitas com alma e afeto.

Criada pela Milena Akemi Hassegawa Saito, a AMARDURA é uma marca de roupas experimental eintuitiva, onde a moda é vista como forma de expressão, de liberdade e descoberta. É a ideia do ser, da identidade, das pessoas que estão dentro das roupas costurada em cada peça de forma muitoespecial.

A marca não segue tendências nem cronograma de lançamento de coleções. As roupas vão simplesmenteacontecendo e são criadas no seu tempo - e nenhuma peça sai de linha, todas ficam disponíveis paraserem encomendadas, numa nova forma de criar e comprar, sem amarras, sem as loucuras de novoslançamentos semestrais ou de calendários a serem seguidos.

Com produção artesanal, as roupas podem ser personalizadas e assim o consumidor atua comoco-criador da sua peça, valorizando a singularidade de cada um. Os modelos estão disponíveis emdiversas cores e estampas e os detalhes de decotes e comprimentos podem ser alterados.

A AMARDURA também utiliza muito o crochê ( ele faz parte da essência da marca), como forma de resgatar e valorizar essa técnica artesanal que passa de geração para geração. O feito à mão sempretem a energia especial da pessoa que fez aquele trabalho, com sua história de vida, alegrias e jeitoúnico de fazer as coisas. As máquinas e tecnologias são importantes, mas o fazer é parte essencial da nossa história e da nossa ligação com outros seres humanos. E esse feito à mão também estápresente nas estampas artesanais produzidas com carimbos criados em parceria com amigosilustradores.

Além desse trabalho com a pegada slow fashion, a AMARDURA tem o cuidado de reaproveitar osretalhos que sobram da melhor maneira possível em suas criações e incentivar a customização paraque a peça dure mais.

É mais do que apenas produzir e vender roupas. É buscar uma nova consciência de consumo, com focono ser, no criar, no transformar. É mudar o mundo deixando de lado as armaduras para vestir-se deamor, de amar.

AMARDURACriações Experimentais

Etiquetas de Composição!

como entender os símbolos e cuidar das suas roupas para que elasdurem mais!

LAVAGEM:

não lavar namáquina

lavar àmão

lavagemsuave

lavagemmuito suave

70lavagem normal

máx. 70º

40lavagem normal

máx. 40º

50lavagem suave

máx. 50º

90lavagem normal

máx. 90º

não alvejar /não branquear

somente alvejamentocom oxigênio

(não usar cloro)

qualquer alvejanteoxidante

secar emvaral

secar àsombra

não secarem tambor

(na máquina)

secagemhorizontal

secar em tamborem baixa

temperatura

secar em tambornormal

secagem porgotejamento

máx. 110º(acrílico, nylon,

acetato)

máx. 150º(lã e misturascom poliéster)

máx. 200º(algodão ou

linho)não passar

não limpara seco

Alavável a secocom todos os

solventes

Flavável a seco com

solvente R13 ehidrocarboneto

Plavável a seco empercloroetileno,

solvente R13,hidrocarboneto e

solvente R11

*

* listamos as mais comuns, há outras simbologias mais utilizadas para lavagens profissionais.

ALVEJAMENTO:

SECAGEM:

PASSADORIA:

LIMPEZA A SECO:Guarda-roupa bem montado e

consumo consciente!

Entrevista com Oficina de Estilo

A Oficina de Estilo é feita pela Fê e pela Cris, duas consultoras de estilo que acreditam no autoconhecimento como ferramenta para construir um guarda-roupa mais autêntico e consciente. Em uma entrevista, a Cris falou sobre consumo consciente, boas escolhas, guarda-roupa ideal e autoconhecimento. Confere só as partes mais bacanas:

Sobre o consumo consciente: A Cris conta que elas batem muito nessa tecla e que quando se fala sobre esse assunto logo pensamos em ‘que tipo de produtos são mais conscientes?’, quando, na verdade, essa questão tem muito mais a ver com o impulso da compra do que com o produto em si. Então, a questão do consumo consciente refere-se principalmente ao exagero, à quantidade de coisas que compramos sem necessidade (e sem pensar!) - porque o que destrói o nosso planeta é a ideia de que os recursos nunca vão acabar (mas eles vão se continuarmos desse jeito!). A solução é refletir antes de comprar. Eu já tenho? Preciso? Posso? Esse produto é importante para mim? Por que estou comprando isso? As vezes a gente compra uma blusa mas queria mesmo era um abraço, ou estar na praia descansando, ou mais horas de sono. Pensar e questionar sobre o porquê da compra nos dá ferramentas para fazer escolhas mais conscientes e adquirir somente o que faz sentido para a nossa vida. Quebrar o ciclo de consumismo doido do capitalismo e ter consciência do peso que a nossa forma de consumir tem é uma das chaves para encontrar um estilo de vida mais sustentável.

.

Sobre o guarda-roupa bem montado e consciente: elas falam que o guarda-roupa consciente éconciso, não tem muitas roupas. Menos é mais. Quanto mais peças uma pessoa tem, menos ela usa, porque a quantidade atrapalha na hora de escolher e, por isso, acabamos vestindo sempre as mesmas coisas. Além disso, é importante o guarda-roupa ser coordenável, com peças que combinem entre si - assim, mesmo com menos peças é um armário bem utilizado e constantemente atualizado - não por tendências, mas pelo uso contínuo das peças, que aos poucos vão sendo substituídas, o que faz muito mais sentido e é mais consciente.

www.oficinadeestilo.com.br

Sobre o desapego: a ideia é ter no armário somente roupas que funcionam na nossa vida e desapegar é o primeiro passo para construir um guarda-roupa ideal e fortalecer a nossa identidade visual. Tudo que atrapalha deve sair. Devemos deixar no armário somente peças que podemos contar( pegar amanhã e vestir!) Na hora do desapego vale se questionar: se fosse hoje e eu estivesse numa loja, compraria essa roupa? Eu posso vestir essa roupa amanhã de manhã? Mas lembre: às vezes pequenas reformas e customizações fazem a diferença e deixam as peças com a nossa cara.Ah, e desapegar é diferente de descartar. Vender, trocar, compartilhar e doar são verbos que conjugam bem com o consumo consciente! E lembre-se: a ideia é fazeruma revitalização inicial e ir ajustando com o tempo e não desapegar de duas malas de roupas a cada seis meses.

.

O guarda-roupa ideal: é muito limitador dizer que o guarda-roupa ideal tem isso ou aquilo. O armário ideal é aquele que se adapta à nossa vida com peças que acompanhem nosso estilo de viver. O bacana é que cada peça combine com pelo menos outras 3 peças - exemplo: se tenho uma blusa que só combina com um short, essa blusa está sub utilizada e não funciona no meu guarda-roupa. Vale pensar nisso na hora de comprar também: será que essa peça pode ser usada com pelo menos outras três que eu já tenho?

Planejamento para comprar e autoconhecimento: O mais importante na hora de construir umguarda-roupa consciente é o autoconhecimento - se conhecer, se questionar, esclarecer o queé importante, entender meu estilo de vida, meu dia-a-dia, como quero me sentir. Precisamosolhar para nossas roupas e refletir se elas nos representam, se estão adequadas ao nossocotidiano. Só assim, me conhecendo e conhecendo meu armário posso escolher roupas quefuncionam para minha vida.Na hora de escolher as roupas que entram ou saem do guarda-roupa, a Cris falou sobre quatropilares importantes: o que veste bem meu corpo? o que tem a ver com a minha rotina? o quefaz meu olho brilhar? o que faz eu me sentir do jeito que quero me sentir? Depois de conhecer(e experimentar!) as peças do meu armário e tirar o que não faz mais sentido, o que falta? Asvezes descobrimos que não falta nada, que tirar o excesso nos permitiu ver novas possibilidades. Outras vezes percebemos que um sapato faria muita diferença, ou um tênis, ou roupas de frio. As vezes três ou quatro peças farão muita diferença, pois funcionarão como uma ‘cola’ que une as peças que já tenho.

Revitalizar o guarda-roupa é muito mais do que jogar tudo fora e comprar novo (olha o consumismo!). Não precisamos adquirir mil peças. Precisamos sim é de um novo olhar. Énecessário pesquisar preços, custo-benefício, entender os materiais das roupas, saber a procedência, planejar, escolher para, finalmente, colocar no nosso armário somente aquilo quetem significado e combina com nosso estilo de viver.

Para saber mais sobre a Oficina de Estilo é só acessar: www.oficinadeestilo.com.br

- Os pequenos negócios são os maiores geradores de empregos do país - cerca de52% dos empregos formais;

- Melhor distribuição de renda e desenvolvimento da comunidade local;

- Menos impacto ambiental com deslocamentos e produção;

- Exclusividade, diversidade e singularidades valorizadas;

- Fortalecimento das relações entre consumidores e produtores - é gente lidando com gente;

- Confiança, atenção, conveniência, serviços personalizados e formas especiais de negociar;

- Valorização do capital humano de quem está perto;

- Apoiar a realização de sonhos - seu dinheiro não vai para um executivo comprar mais umluxo, mas para uma criança fazer aulas de dança, um jovem pagar a faculdade, um pai ajudara família, para que pessoas como você também realizem seus desejos.

MOTIVOS PARA COMPRAR DOS PEQUENOS NEGÓCIOS!

#compredopequeno

Page 10: lojaluscofusco.com.br · v ersão pilo to moda I design I susten tabilidade edição três I ano um Lusco Fusco EcoFashion apresenta: www .lojaluscofusco.com.br instagram.com/l

versão piloto

moda I design I sustentabilidade

edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

semente

Sobre o desapego: a ideia é ter no armário somente roupas que funcionam na nossa vida e desapegar é o primeiro passo para construir um guarda-roupa ideal e fortalecer a nossa identidade visual. Tudo que atrapalha deve sair. Devemos deixar no armário somente peças que podemos contar( pegar amanhã e vestir!) Na hora do desapego vale se questionar: se fosse hoje e eu estivesse numa loja, compraria essa roupa? Eu posso vestir essa roupa amanhã de manhã? Mas vale lembrar: às vezes pequenas reformas e customizações fazem a diferença e deixam as peças com a nossa cara.Ah, e desapegar é diferente de descartar. Vender, trocar, compartilhar e doar são verbos que conjugam bem com o consumo consciente! E lembre-se: a ideia é fazeruma revitalização inicial e ir ajustando com o tempo e não desapegar de duas malas de roupas a cada seis meses

.

O guarda-roupa ideal: é muito limitador dizer que o guarda-roupa ideal tem isso ou aquilo. O armário ideal é aquele que se adapta à nossa vida. com peças que acompanhem nosso estilo de viver. O bacana é que cada peça combine com pelo menos outras 3 peças - exemplo: se tenho uma blusa que só combina com um short, essa blusa está sub utilizada e não funciona no meu guarda-roupa. Vale pensar nisso na hora de comprar também: será que essa peça pode ser usada com pelo menos outras três que eu já tenho?

Planejamento para comprar e autoconhecimento: O mais importante na hora de construir umguarda-roupa consciente é o autoconhecimento - se conhecer, se questionar, esclarecer o queé importante, entender meu estilo de vida, meu dia-a-dia, como quero me sentir. Precisamosolhar para nossas roupas e refletir se elas nos representam, se estão adequadas ao nossocotidiano. Só assim, me conhecendo e conhecendo meu armário posso escolher roupas quefuncionam para minha vida.Na hora de escolher as roupas que entram ou saem do guarda-roupa, a Cris falou sobre quatropilares importantes: o que veste bem meu corpo? o que tem a ver com a minha rotina? o quefaz meu olho brilhar? o que faz eu me sentir do jeito que quero me sentir? Depois de conhecer(e experimentar!) as peças do meu armário e tirar o que não faz mais sentido, o que falta? Asvezes descobrimos que não falta nada, que tirar o excesso nos permitiu ver novas possibilidades. Outras vezes percebemos que um sapato faria muita diferença, ou um tênis, ou roupas de frio. As vezes três ou quatro peças farão muita diferença, pois funcionarão como uma ‘cola’ que une as peças que já tenho.

Revitalizar o guarda-roupa é muito mais do que jogar tudo fora e comprar novo (olha o consumismo!). Não precisamos adquirir mil peças. Precisamos sim é de um novo olhar. Énecessário pesquisar preços, custo-benefício, entender os materiais das roupas, saber a procedência, planejar, escolher para, finalmente, colocar no nosso armário somente aquilo quetem significado e combina com nosso estilo de viver.

- Os pequenos negócios são os maiores geradores de empregos do país - cerca de52% dos empregos formais;

- Melhor distribuição de renda e desenvolvimento da comunidade local;

- Menos impacto ambiental com deslocamentos e produção;

- Exclusividade, diversidade e singularidades valorizadas;

- Fortalecimento das relações entre consumidores e produtores - é gente lidando com gente;

- Confiança, atenção, conveniência, serviços personalizados e formas especiais de negociar;

- Valorização do capital humano de quem está perto;

- Apoiar a realização de sonhos - seu dinheiro não vai para um executivo comprar mais umluxo, mas para uma criança fazer aulas de dança, um jovem pagar a faculdade, um pai ajudara família, para que pessoas como você também realizem seus desejos.

MOTIVOS PARA COMPRAR DOS PEQUENOS NEGÓCIOS!

#compredopequeno

Guarda-roupa bem montado e consumo consciente!

Entrevista com Oficina de Estilo

A Oficina de Estilo é feita pela Fê e pela Cris, duas consultoras de estilo que acreditam no autoconhecimento como ferramenta para construir um guarda-roupa mais autêntico e consciente. Em uma entrevista, a Cris falou sobre consumo consciente, boas escolhas, guarda-roupa ideal e autoconhecimento. Confere só as partes mais bacanas:

Sobre o consumo consciente: A Cris conta que elas batem muito nessa tecla e que quando se fala sobreesse assunto logo pensamos em ‘que tipo de produtos são mais conscientes?’, quando, na verdade, essa questão tem muito mais a ver com o impulso da compra do que com o produto em si. Então, a questão do consumo consciente refere-se principalmente ao exagero, à quantidade de coisas que compramos sem necessidade (e sem pensar!) - porque o que destrói o nosso planeta é a ideia de queos recursos nunca vão acabar (mas eles vão se continuarmos desse jeito!). A solução é refletir antesde comprar. Eu já tenho? Preciso? Posso? Esse produto é importante para mim? Por que estoucomprando isso? As vezes a gente compra uma blusa mas queria mesmo era um abraço, ou estar na praia descansando, ou mais horas de sono. Pensar e questionar sobre o porquê da compra nos dá ferramentas para fazer escolhas mais conscientes e adquirir somente o que faz sentido para a nossa vida. Quebrar o ciclo de consumismo doido do capitalismo e ter consciência do peso que a nossa forma de consumir tem é uma das chaves para encontrar um estilo de vida mais sustentável.

.

Sobre o guarda-roupa bem montado e consciente: elas falam que o guarda-roupa consciente éconciso, não tem muitas roupas. Menos é mais. Quanto mais peças uma pessoa tem, menos ela usa, porque a quantidade atrapalha na hora de escolher e, por isso, acabamos vestindo sempre as mesmas coisas. Além disso, é importante o guarda-roupa ser coordenável, com peças que combinem entre si - assim, mesmo com menos peças é um armário bem utilizado e constantemente atualizado - não por tendências, mas pelo uso contínuo das peças, que aos poucos vão sendo substituídas, o que faz muitomais sentido e é mais consciente.

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armadura - do dicionário: conjunto de peças protetoras do corpo dos antigos guerreiros. AMARDURA - muito além dos escudos que por vezes vestimos, são roupas que nos protegem commuito mais amor e mais vida, feitas com alma e afeto.

Criada pela Milena Akemi Hassegawa Saito, a AMARDURA é uma marca de roupas experimental eintuitiva, onde a moda é vista como forma de expressão, de liberdade e descoberta. É a ideia do ser, da identidade, das pessoas que estão dentro das roupas costurada em cada peça de forma muitoespecial.

A marca não segue tendências nem cronograma de lançamento de coleções. As roupas vão simplesmenteacontecendo e são criadas no seu tempo - e nenhuma peça sai de linha, todas ficam disponíveis paraserem encomendadas, numa nova forma de criar e comprar, sem amarras, sem as loucuras de novoslançamentos semestrais ou de calendários a serem seguidos.

Com produção artesanal, as roupas podem ser personalizadas e assim o consumidor atua comoco-criador da sua peça, valorizando a singularidade de cada um. Os modelos estão disponíveis emdiversas cores e estampas e os detalhes de decotes e comprimentos podem ser alterados.

A AMARDURA também utiliza muito o crochê ( ele faz parte da essência da marca), como forma de resgatar e valorizar essa técnica artesanal que passa de geração para geração. O feito à mão sempretem a energia especial da pessoa que fez aquele trabalho, com sua história de vida, alegrias e jeitoespecial de fazer as coisas. As máquinas e tecnologias são importantes, mas o fazer é parte essencial da nossa história e da nossa ligação com outros seres humanos. E esse feito à mão também estápresente nas estampas artesanais produzidas com carimbos criados em parceria com amigosilustradores.

Além desse trabalho com a pegada slow fashion, a AMARDURA tem o cuidado de reaproveitar osretalhos que sobram da melhor maneira possível em suas criações e incentivar a customização paraque a peça dure mais.

É mais do que apenas produzir e vender roupas. É buscar uma nova consciência de consumo, com focono ser, no criar, no transformar. É mudar o mundo deixando de lado as armaduras para vestir-se deamor, de amar.

AMARDURACriações Experimentais

Etiquetas de Composição!

como entender os símbolos e cuidar das suas roupas para que elasdurem mais!

LAVAGEM:

não lavar namáquina

lavar àmão

lavagemsuave

lavagemmuito suave

70lavagem normal

máx. 70º

40lavagem normal

máx. 40º

50lavagem suave

máx. 50º

90lavagem normal

máx. 90º

não alvejar /não branquear

somente alvejamentocom oxigênio

(não usar cloro)

qualquer alvejanteoxidante

secar emvaral

secar àsombra

não secarem tambor

(na máquina)

secagemhorizontal

secar em tamborem baixa

temperatura

secar em tambornormal

secagem porgotejamento

máx. 110º(acrílico, nylon,

acetato)

máx. 150º(lã e misturascom poliéster)

máx. 200º(algodão ou

linho)não passar

não limpara seco

Alavável a secocom todos os

solventes

Flavável a seco com

solvente R13 ehidrocarboneto

Plavável a seco empercloroetileno,

solvente R13,hidrocarboneto e

solvente R11

*

* listamos as mais comuns, há outras simbologias mais utilizadas para lavagens profissionais.

ALVEJAMENTO:

SECAGEM:

PASSADORIA:

LIMPEZA A SECO:

Moda, sustentabilidade e os EscandinavosImpressões de uma brasileira na terra dos vikings

Por Fabiana Hargreaves da Costa

Maior IDH do mundo, neve e Aurora Boreal. Essas eram as três únicas informações que tinha sobre aNoruega quando meu marido recebeu uma proposta de trabalho por 2 anos em Olso, capital do país,no final de 2013.

A princípio fiquei animada, apesar das inúmeras diferenças com o Brasil, gostei do desafio: morar em um lugar que nunca me imaginei e conhecer mais uma nova cultura. Afinal, se todos falavam sobre a sua organização e desenvolvimento, deveria ter muito a mostrar sobre sustentabilidade. Mas uma coisa tinha certeza, após os 2 anos, iria querer voltar para minha cidade maravilhosa. Ledo engano.

Meu primeiro ano foi muito difícil. Tinha acabado de começar um negócio próprio no Brasil e minha ideiade administra-lo de tão longe foi impossível. Coloquei o projeto na gaveta e em paralelo comecei a procurar uma oportunidade na minha nova casa. Apesar na Noruega ser um país onde quase todos falam inglês, quando se quer trabalhar em uma área que não há muito mercado, como a Moda, vocêprecisa aprender a língua local. Embarquei na difícil missão de aprendê-la. Ainda estou no processo e há quase 1 ano estou trabalhando na empresa que queria, porém ainda longe de fazer o que vislumbro.

Hoje trabalho no Fretex, braço da Instituição Mundial Exército da Salvação. Na Noruega esta instituiçãoé muito grande, respeitada e influente. O Fretex foi criado para ser uma ramificação que pudessemovimentar e gerar dinheiro, já que a Instituição Exército da Salvação é uma ONG. O Fretex funciona daseguinte maneira: a população deposita roupas e acessórios em milhares de caçambas espalhadas pelopaís (móveis, artigos esportivos e muitos outros também podem ser doados por um outro sistema), asquais são coletadas diariamente pela instituição. Eu trabalho no galpão onde recebemos essas doaçõesda região de Oslo e seu entorno. Tendo uma das Rendas per capitas mais altas do mundo, você podeimaginar a quantidade e a qualidade do que recebemos. Apenas 15% conseguimos selecionar e organizar para serem enviados para 17 lojas próprias espalhadas pela região. Apesar de trabalharmosbastante com uma equipe de cerca de 20 pessoas, não conseguimos passar desse número. O consumoexcessivo em um dos países mais ricos do mundo é assustador. Os demais 85%, e o que sobra da triagem,é vendido a um preço muito baixo por quilo para outros países. Nessa separação muito também éseparado para projetos sociais dos quais participamos. Além disso, muitos funcionários são enviados pela instituição do governo que ajuda cidadãos de outros países , como exilados de guerra, que vêm

morar aqui atrás de uma melhor qualidade de vida, e de prisioneiros em condicional em busca de redução de pena e reinserção no mercado de trabalho. O impacto de uma instituição desta numa sociedade, tanto pelo lado social quanto ambiental, é gigantesco.

Ainda podemos melhorar, crescer e evoluir bastante e esse é meu grande objetivo na empresa, no entanto a cada dia trabalho minha paciência e tento focar admiração e satisfação de trabalhar em umaempresa que admiro. Isso não tem preço.

Acredito que numa visão geral a Noruega poderia melhorar muito como um todo quando o assunto éSustentabilidade, Economia Colaborativa e Criativa. Mas a Noruega ainda é um país novo rico, suaestrutura mudou e se desenvolveu apenas há pouco mais de 50 anos quando o petróleo foi descoberto e começou a gerar muita riqueza, a qual foi muito bem administrada e aplicada voltada ao desenvolvimento da sua população.

Se você viajar para a Dinamarca, por exemplo, um outro mundo também se abre. Copenhague respirasustentabilidade e conscientização. A bicicleta é um meio de transporte super disseminado, as opções deprodutos, tantos alimentícios quanto de moda e design, orgânicos e conscientes é infinita.

Mas acredito que o mais importante, e o que mais me encantou, é algo que é presente em todos os paísesnórdicos. A cultura de respeito, de sociedade e colaboração de todos para a manutenção do bem estarcomum é encantadora. Mas ao mesmo tempo nos deixa feliz por saber que isto existe, nos deixa tristeem perceber o quanto nosso país é sofrido e diferente. Afinal acredito que tal cultura e conscientizaçãovem desde os nativos dessa região, os Vikings, enquanto os nossos foram devastados e a nossasociedade atual se baseia em exploração e sofrimento.

Com isso, em outubro, deveríamos retornar ao Brasil, mas resolvemos ficar. Eu, uma carioca da gema, acostumada a ir a praia toda semana, escolhi morar por mais alguns anos num país que tem apenascerca de 5 horas de sol (na verdade, de luz natural) durante 7 meses por ano. Porque aqui aprendiREALMENTE que, ser queremos ser melhores, devemos ser essa mudança. Não podemos virar a cara quando outro cidadão não levanta do assento no ônibus lotado ao ver um idoso entrar; não podemosfazer a coisa certa e esperar que sejamos recompensados por isso, afinal ser honesto é o básico; nãopodemos reclamar do vizinho e cometer ‘ um crime mais leve’. Temos que nos auto corrigir e saber queninguém é melhor do que ninguém. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso que tem um caminhomuito longo até alcançar a sociedade desenvolvida, organizada e justa que merecemos.

Quero ficar aqui, aprender mais e poder voltar para contribuir ativamente nesse processo. Acreditoque unindo esses ensinamentos dos nórdicos com a nossa criatividade, nosso jogo de cintura e ginga podemos sim ter milhares de razões para acreditar que venceremos com louvor essa batalha em buscado desenvolvimento humano e sustentável em nosso território.

Fabi no centro, com colegas do Fretex =)

« Uma vez que sabemos e somos conscientes, somos responsáveis por nossaação ou nossa passividade. Podemos fazer algo a respeito disso ou ignorá-lo,mas, em qualquer caso, somos responsáveis pela decisão»

Jean-Paul Sartre

A sustentabilidade não é mais uma escolha, mas uma necessidade. O dia 13 deagosto deste ano foi o dia de Sobrecarga da Terra, ou seja, a humanidade

utilizou todos os recursos naturais existentes para o ano inteiro. Nos últimosduzentos anos consumimos um terço dos recursos naturais da Terra - recursosesses que demoraram 4,5 bilhões de anos para se formarem - o que quer dizerque consumimos tudo isso em 0.0000044% do tempo. E muita gente ainda não

tem noção do que isso representa e o quanto é preocupante.

Precisamos de um novo olhar - repensar hábitos, fazer novas escolhas, consumir causando menos impacto, criar consciência do peso das nossas

escolhas individuais - é urgente e real uma revolução na nossa forma de viver. Não dá mais para manter esse estilo de viver consumista e o um sistema

produtivo industrial que só visa lucro - consumir virou um ato político, por isso devemos colocar nosso tempo e dinheiro somente em coisas que

acreditamos. O poder está em nossas mãos.

Espero que essa terceira edição da Fanzine Semente lhe proporcione um novoolhar sobre a sustentabilidade e o consumo consciente e que você também

escolha construir esta nova realidade e ser parte da mudança por um mundomelhor.

Boa Leitura!Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Agradecimentos especiais:Fabiana Hargreaves da Costa

Ana Lúcia Flores Schmidt

Contato: [email protected] informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente

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moda I design I sustentabilidade

edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

semente

Agradecimentos especiais:Fabiana Hargreaves da Costa

Ana Lúcia Flores Schmidt

Contato: [email protected] informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente

« Uma vez que sabemos e somos conscientes, somos responsáveis por nossaação ou nossa passividade. Podemos fazer algo a respeito disso ou ignorá-lo,mas, em qualquer caso, somos responsáveis pela decisão»

Jean-Paul Sartre

Moda, sustentabilidade e os EscandinavosImpressões de uma brasileira na terra dos vikings

Por Fabiana Hargreaves da Costa

Maior IDH do mundo, neve e Aurora Boreal. Essas eram as três únicas informações que tinha sobre aNoruega quando meu marido recebeu uma proposta de trabalho por 2 anos em Olso, capital do país,no final de 2013.

A princípio fiquei animada, apesar das inúmeras diferenças com o Brasil, gostei do desafio: morar em um lugar que nunca me imaginei e conhecer mais uma nova cultura. Afinal, se todos falavam sobre a sua organização e desenvolvimento, deveria ter muito a mostrar sobre sustentabilidade. Mas uma coisa tinha certeza, após os 2 anos, iria querer voltar para minha cidade maravilhosa. Ledo engano.

Meu primeiro ano foi muito difícil. Tinha acabado de começar um negócio próprio no Brasil e minha ideiade administrá-lo de tão longe foi impossível. Coloquei o projeto na gaveta e em paralelo comecei a procurar uma oportunidade na minha nova casa. Apesar na Noruega ser um país onde quase todos falam inglês, quando se quer trabalhar em uma área que não há muito mercado, como a Moda, vocêprecisa aprender a língua local. Embarquei na difícil missão de aprendê-la. Ainda estou no processo e há quase 1 ano estou trabalhando na empresa que queria, porém ainda longe de fazer o que vislumbro.

Hoje trabalho no Fretex, braço da Instituição Mundial Exército da Salvação. Na Noruega esta instituiçãoé muito grande, respeitada e influente. O Fretex foi criado para ser uma ramificação que pudessemovimentar e gerar dinheiro, já que a Instituição Exército da Salvação é uma ONG. O Fretex funciona daseguinte maneira: a população deposita roupas e acessórios em milhares de caçambas espalhadas pelopaís (móveis, artigos esportivos e muitos outros também podem ser doados por um outro sistema), asquais são coletadas diariamente pela instituição. Eu trabalho no galpão onde recebemos essas doaçõesda região de Oslo e seu entorno. Tendo uma das Rendas per capitas mais altas do mundo, você podeimaginar a quantidade e a qualidade do que recebemos. Apenas 15% conseguimos selecionar e organizar para serem enviados para 17 lojas próprias espalhadas pela região. Apesar de trabalharmosbastante com uma equipe de cerca de 20 pessoas, não conseguimos passar desse número. O consumoexcessivo em um dos países mais ricos do mundo é assustador. Os demais 85%, e o que sobra da triagem,é vendido a um preço muito baixo por quilo para outros países. Nessa separação muito também éseparado para projetos sociais dos quais participamos. Além disso, muitos funcionários são enviados pela instituição do governo que ajuda cidadãos de outros países , como exilados de guerra, que vêm

- Os pequenos negócios são os maiores geradores de empregos do país - cerca de52% dos empregos formais;

- Melhor distribuição de renda e desenvolvimento da comunidade local;

- Menos impacto ambiental com deslocamentos e produção;

- Exclusividade, diversidade e singularidades valorizadas;

- Fortalecimento das relações entre consumidores e produtores - é gente lidando com gente;

- Confiança, atenção, conveniência, serviços personalizados e formas especiais de negociar;

- Valorização do capital humano de quem está perto;

- Apoiar a realização de sonhos - seu dinheiro não vai para um executivo comprar mais umluxo, mas para uma criança fazer aulas de dança, um jovem pagar a faculdade, um pai ajudara família, para que pessoas como você também realizem seus desejos.

MOTIVOS PARA COMPRAR DOS PEQUENOS NEGÓCIOS!

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morar aqui atrás de uma melhor qualidade de vida, e de prisioneiros em condicional em busca de redução de pena e reinserção no mercado de trabalho. O impacto de uma instituição desta numa sociedade, tanto pelo lado social quanto ambiental, é gigantesco.

Ainda podemos melhorar, crescer e evoluir bastante e esse é meu grande objetivo na empresa, no entanto a cada dia trabalho minha paciência e tento focar na admiração e satisfação de trabalhar em umaempresa que admiro. Isso não tem preço.

Acredito que numa visão geral a Noruega poderia melhorar muito como um todo quando o assunto éSustentabilidade, Economia Colaborativa e Criativa. Mas a Noruega ainda é um país novo rico, suaestrutura mudou e se desenvolveu apenas há pouco mais de 50 anos quando o petróleo foi descoberto e começou a gerar muita riqueza, a qual foi muito bem administrada e aplicada voltada ao desenvolvimento da sua população.

Se você viajar para a Dinamarca, por exemplo, um outro mundo também se abre. Copenhague respirasustentabilidade e conscientização. A bicicleta é um meio de transporte super disseminado, as opções deprodutos, tantos alimentícios quanto de moda e design, orgânicos e conscientes é infinita.

Mas acredito que o mais importante, e o que mais me encantou, é algo que é presente em todos os paísesnórdicos. A cultura de respeito, de sociedade e colaboração de todos para a manutenção do bem estarcomum é encantadora. Mas ao mesmo tempo que nos deixa feliz saber que isto existe, nos deixa triste em perceber o quanto nosso país é sofrido e diferente. Afinal acredito que tal cultura e conscientizaçãovem desde os nativos dessa região, os Vikings, enquanto os nossos foram devastados e a nossasociedade atual se baseia em exploração e sofrimento.

Com isso, em outubro, deveríamos retornar ao Brasil, mas resolvemos ficar. Eu, uma carioca da gema, acostumada a ir a praia toda semana, escolhi morar por mais alguns anos num país que tem apenascerca de 5 horas de sol (na verdade, de luz natural) durante 7 meses por ano. Porque aqui aprendiREALMENTE que, ser queremos ser melhores, devemos ser essa mudança. Não podemos virar a cara quando outro cidadão não levanta do assento no ônibus lotado ao ver um idoso entrar; não podemosfazer a coisa certa e esperar que sejamos recompensados por isso, afinal ser honesto é o básico; nãopodemos reclamar do vizinho e cometer ‘ um crime mais leve’. Temos que nos auto corrigir e saber queninguém é melhor do que ninguém. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso que tem um caminhomuito longo até alcançar a sociedade desenvolvida, organizada e justa que merecemos.

Quero ficar aqui, aprender mais e poder voltar para contribuir ativamente nesse processo. Acreditoque unindo esses ensinamentos dos nórdicos com a nossa criatividade, nosso jogo de cintura e ginga podemos sim ter milhares de razões para acreditar que venceremos com louvor essa batalha em buscado desenvolvimento humano e sustentável em nosso território.

Planejamento para comprar e autoconhecimento: O mais importante na hora de construir umguarda-roupa consciente é o autoconhecimento - se conhecer, se questionar, esclarecer o queé importante, entender meu estilo de vida, meu dia-a-dia, como quero me sentir. Precisamosolhar para nossas roupas e refletir se elas nos representam, se estão adequadas ao nossocotidiano. Só assim, me conhecendo e conhecendo meu armário posso escolher roupas quefuncionam para minha vida.Na hora de escolher as roupas que entram ou saem do guarda-roupa, a Cris falou sobre quatropilares importantes: o que veste bem meu corpo? o que tem a ver com a minha rotina? o quefaz meu olho brilhar? o que faz eu me sentir do jeito que quero me sentir? Depois de conhecer(e experimentar!) as peças do meu armário e tirar o que não faz mais sentido, o que falta? Asvezes descobrimos que não falta nada, que tirar o excesso nos permitiu ver novas possibilidades. Outras vezes percebemos que um sapato faria muita diferença, ou um tênis, ou roupas de frio. As vezes três ou quatro peças farão muita diferença, pois funcionarão como uma ‘cola’ que une as peças que já tenho.

Revitalizar o guarda-roupa é muito mais do que jogar tudo fora e comprar novo (olha o consumismo!). Não precisamos adquirir mil peças. Precisamos sim é de um novo olhar. Énecessário pesquisar preços, custo-benefício, entender os materiais das roupas, saber a procedência, planejar, escolher para, finalmente, colocar no nosso armário somente aquilo quetem significado e combina com nosso estilo de viver.

Para saber mais sobre a oficina de estilo: www.oficinadeestilo.com.br

Fabi no centro, com colegas do Fretex =)

Sobre o desapego: a ideia é ter no armário somente roupas que funcionam na nossa vida e desapegar é o primeiro passo para construir um guarda-roupa ideal e fortalecer a nossa identidade visual. Tudo que atrapalha deve sair. Devemos deixar no armário somente peças que podemos contar( pegar amanhã e vestir!) Na hora do desapego vale se questionar: se fosse hoje e eu estivesse numa loja, compraria essa roupa? Eu posso vestir essa roupa amanhã de manhã? Mas lembre: às vezes pequenas reformas e customizações fazem a diferença e deixam as peças com a nossa cara.Ah, e desapegar é diferente de descartar. Vender, trocar, compartilhar e doar são verbos que conjugam bem com o consumo consciente! E lembre-se: a ideia é fazeruma revitalização inicial e ir ajustando com o tempo e não desapegar de duas malas de roupas a cada seis meses

.

O guarda-roupa ideal: é muito limitador dizer que o guarda-roupa ideal tem isso ou aquilo. O armário ideal é aquele que se adapta à nossa vida. com peças que acompanhem nosso estilo de viver. O bacana é que cada peça combine com pelo menos outras 3 peças - exemplo: se tenho uma blusa que só combina com um short, essa blusa está sub utilizada e não funciona no meu guarda-roupa. Vale pensar nisso na hora de comprar também: será que essa peça pode ser usada com pelo menos outras três que eu já tenho?

AMARDURACriações Experimentais

A Oficina de Estilo é feita pela Fê e pela Cris, duas consultoras de estilo que acreditam no autoconhecimento como ferramenta para construir um guarda-roupa mais autêntico e consciente. Em uma entrevista, a Cris falou sobre consumo consciente, boas escolhas, guarda-roupa ideal e autoconhecimento. Confere só as partes mais bacanas:

Sobre o consumo consciente: A Cris conta que elas batem muito nessa tecla e que quando se fala sobre esse assunto logo pensamos em ‘que tipo de produtos são mais conscientes?’, quando, na verdade, essa questão tem muito mais a ver com o impulso da compra do que com o produto em si. Então, a questão do consumo consciente refere-se principalmente ao exagero, à quantidade de coisas que compramos sem necessidade (e sem pensar!) - porque o que destrói o nosso planeta é a ideia de que os recursos nunca vão acabar (mas eles vão se continuarmos desse jeito!). A solução é refletir antes de comprar. Eu já tenho? Preciso? Posso? Esse produto é importante para mim? Por que estou comprando isso? As vezes a gente compra uma blusa mas queria mesmo era um abraço, ou estar na praia descansando, ou mais horas de sono. Pensar e questionar sobre o porquê da compra nos dá ferramentas para fazer escolhas mais conscientes e adquirir somente o que faz sentido para a nossa vida. Quebrar o ciclo de consumismo doido do capitalismo e ter consciência do peso que a nossa forma de consumir tem é uma das chaves para encontrar um estilo de vida mais sustentável.

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Sobre o guarda-roupa bem montado e consciente: elas falam que o guarda-roupa consciente éconciso, não tem muitas roupas. Menos é mais. Quanto mais peças uma pessoa tem, menos ela usa, porque a quantidade atrapalha na hora de escolher e, por isso, acabamos vestindo sempre as mesmas coisas. Além disso, é importante o guarda-roupa ser coordenável, com peças que combinem entre si - assim, mesmo com menos peças é um armário bem utilizado e constantemente atualizado - não por tendências, mas pelo uso contínuo das peças, que aos poucos vão sendo substituídas, o que faz muito mais sentido e é mais consciente.

Etiquetas de Composição!

como entender os símbolos e cuidar das suas roupas para que elasdurem mais!

LAVAGEM:

não lavar namáquina

lavar àmão

lavagemsuave

lavagemmuito suave

70lavagem normal

máx. 70º

40lavagem normal

máx. 40º

50lavagem suave

máx. 50º

90lavagem normal

máx. 90º

não alvejar /não branquear

somente alvejamentocom oxigênio

(não usar cloro)

qualquer alvejanteoxidante

secar emvaral

secar àsombra

não secarem tambor

(na máquina)

secagemhorizontal

secar em tamborem baixa

temperatura

secar em tambornormal

secagem porgotejamento

máx. 110º(acrílico, nylon,

acetato)

máx. 150º(lã e misturascom poliéster)

máx. 200º(algodão ou

linho)não passar

não limpara seco

Alavável a secocom todos os

solventes

Flavável a seco com

solvente R13 ehidrocarboneto

Plavável a seco empercloroetileno,

solvente R13,hidrocarboneto e

solvente R11

*

* listamos as mais comuns, há outras simbologias mais utilizadas para lavagens profissionais.

ALVEJAMENTO:

SECAGEM:

PASSADORIA:

LIMPEZA A SECO:

armadura - do dicionário: conjunto de peças protetoras do corpo dos antigos guerreiros. AMARDURA - muito além dos escudos que por vezes vestimos, são roupas que nos protegem commuito mais amor e mais vida, feitas com alma e afeto.

Criada pela Milena Akemi Hassegawa Saito, a AMARDURA é uma marca de roupas experimental eintuitiva, onde a moda é vista como forma de expressão, de liberdade e descoberta. É a ideia do ser, da identidade, das pessoas que estão dentro das roupas costurada em cada peça de forma muitoespecial.

A marca não segue tendências nem cronograma de lançamento de coleções. As roupas vão simplesmenteacontecendo e são criadas no seu tempo - e nenhuma peça sai de linha, todas ficam disponíveis paraserem encomendadas, numa nova forma de criar e comprar, sem amarras, sem as loucuras de novoslançamentos semestrais ou de calendários a serem seguidos.

Com produção artesanal, as roupas podem ser personalizadas e assim o consumidor atua comoco-criador da sua peça, valorizando a singularidade de cada um. Os modelos estão disponíveis emdiversas cores e estampas e os detalhes de decotes e comprimentos podem ser alterados.

A AMARDURA também utiliza muito o crochê ( ele faz parte da essência da marca), como forma de resgatar e valorizar essa técnica artesanal que passa de geração para geração. O feito à mão sempretem a energia especial da pessoa que fez aquele trabalho, com sua história de vida, alegrias e jeitoúnico de fazer as coisas. As máquinas e tecnologias são importantes, mas o fazer é parte essencial da nossa história e da nossa ligação com outros seres humanos. E esse feito à mão também estápresente nas estampas artesanais produzidas com carimbos criados em parceria com amigosilustradores.

Além desse trabalho com a pegada slow fashion, a AMARDURA tem o cuidado de reaproveitar osretalhos que sobram da melhor maneira possível em suas criações e incentivar a customização paraque a peça dure mais.

É mais do que apenas produzir e vender roupas. É buscar uma nova consciência de consumo, com focono ser, no criar, no transformar. É mudar o mundo deixando de lado as armaduras para vestir-se deamor, de amar.

Guarda-roupa bem montado e consumo consciente!

Entrevista com Oficina de Estilo

www.oficinadeestilo.com.br

www.amardura.blogspot.com

A sustentabilidade não é mais uma escolha, mas uma necessidade. O dia 13 deagosto deste ano foi o dia de Sobrecarga da Terra, ou seja, a humanidade

utilizou todos os recursos naturais existentes para o ano inteiro. Nos últimosduzentos anos consumimos um terço dos recursos naturais da Terra - recursosesses que demoraram 4,5 bilhões de anos para se formarem - o que quer dizerque consumimos tudo isso em 0.0000044% do tempo. E muita gente ainda não

tem noção do que isso representa e o quanto é preocupante.

Precisamos de um novo olhar - repensar hábitos, fazer novas escolhas, consumir causando menos impacto, criar consciência do peso das nossas

escolhas individuais - é urgente e real uma revolução na nossa forma de viver. Não dá mais para manter esse estilo de viver consumista e o sistema

produtivo industrial que só visa lucro - consumir virou um ato político, por isso devemos colocar nosso tempo e dinheiro somente em coisas que

acreditamos. O poder está em nossas mãos.

Espero que essa terceira edição da Fanzine Semente lhe proporcione um novoolhar sobre a sustentabilidade e o consumo consciente e que você também

escolha construir esta nova realidade e ser parte da mudança por um mundomelhor.

Boa Leitura!Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Versão virtual

moda I design I sustentabilidade

edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

semente

« Uma vez que sabemos e somos conscientes, somos responsáveis por nossaação ou nossa passividade. Podemos fazer algo a respeito disso ou ignorá-lo,mas, em qualquer caso, somos responsáveis pela decisão»

Jean-Paul Sartre

A sustentabilidade não é mais uma escolha, mas uma necessidade. O dia 13 de agosto deste ano foi o dia de Sobrecarga da Terra, ou seja, a humanidadeutilizou todos os recursos naturais existentes para o ano inteiro. Nos últimos duzentos anos consumimos um terço dos recursos naturais da Terra -

recursosesses que demoraram 4,5 bilhões de anos para se formarem - o que quer dizer que consumimos tudo isso em 0.0000044% do tempo. E muita gente ainda nãotem noção do que isso representa e o quanto é preocupante.

Precisamos de um novo olhar - repensar hábitos, fazer novas escolhas, consumir causando menos impacto, criar consciência do peso das nossasescolhas individuais - é urgente e real uma revolução na nossa forma de viver. Não dá mais para manter esse estilo de viver consumista e o sistema

produtivo industrial que só visa lucro - consumir virou um ato político, por isso devemos colocar nosso tempo e dinheiro somente em coisas queacreditamos. O poder está em nossas mãos.

Espero que essa terceira edição da Fanzine Semente lhe proporcione um novo olhar sobre a sustentabilidade e o consumo consciente e que você tambémescolha construir esta nova realidade e ser parte da mudança por um mundo

melhor.

Boa Leitura!Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Moda, sustentabilidade e os EscandinavosImpressões de uma brasileira na terra dos vikings

Por Fabiana Hargreaves da Costa

Maior IDH do mundo, neve e Aurora Boreal. Essas eram as três únicas informações que tinha sobre aNoruega quando meu marido recebeu uma proposta de trabalho por 2 anos em Olso, capital do país,no final de 2013.

A princípio fiquei animada, apesar das inúmeras diferenças com o Brasil, gostei do desafio: morar em um lugar que nunca me imaginei e conhecer mais uma nova cultura. Afinal, se todos falavam sobre a sua organização e desenvolvimento, deveria ter muito a mostrar sobre sustentabilidade. Mas uma coisa tinha certeza, após os 2 anos, iria querer voltar para minha cidade maravilhosa. Ledo engano.

Meu primeiro ano foi muito difícil. Tinha acabado de começar um negócio próprio no Brasil e minha ideiade administrá-lo de tão longe foi impossível. Coloquei o projeto na gaveta e em paralelo comecei a procurar uma oportunidade na minha nova casa. Apesar na Noruega ser um país onde quase todos falam inglês, quando se quer trabalhar em uma área que não há muito mercado, como a Moda, vocêprecisa aprender a língua local. Embarquei na difícil missão de aprendê-la. Ainda estou no processo e há quase 1 ano estou trabalhando na empresa que queria, porém ainda longe de fazer o que vislumbro.

Hoje trabalho no Fretex, braço da Instituição Mundial Exército da Salvação. Na Noruega esta instituiçãoé muito grande, respeitada e influente. O Fretex foi criado para ser uma ramificação que pudessemovimentar e gerar dinheiro, já que a Instituição Exército da Salvação é uma ONG. O Fretex funciona daseguinte maneira: a população deposita roupas e acessórios em milhares de caçambas espalhadas pelopaís (móveis, artigos esportivos e muitos outros também podem ser doados por um outro sistema), asquais são coletadas diariamente pela instituição. Eu trabalho no galpão onde recebemos essas doaçõesda região de Oslo e seu entorno. Tendo uma das Rendas per capitas mais altas do mundo, você podeimaginar a quantidade e a qualidade do que recebemos. Apenas 15% conseguimos selecionar e organizar para serem enviados para 17 lojas próprias espalhadas pela região. Apesar de trabalharmosbastante com uma equipe de cerca de 20 pessoas, não conseguimos passar desse número. O consumoexcessivo em um dos países mais ricos do mundo é assustador. Os demais 85%, e o que sobra da triagem,é vendido a um preço muito baixo por quilo para outros países. Nessa separação muito também éseparado para projetos sociais dos quais participamos. Além disso, muitos funcionários são enviados pela instituição do governo que ajuda cidadãos de outros países , como exilados de guerra, que vêm

morar aqui atrás de uma melhor qualidade de vida, e de prisioneiros em condicional em busca de redução de pena e reinserção no mercado de trabalho. O impacto de uma instituição desta numa sociedade, tanto pelo lado social quanto ambiental, é gigantesco.

Ainda podemos melhorar, crescer e evoluir bastante e esse é meu grande objetivo na empresa, no entanto a cada dia trabalho minha paciência e tento focar na admiração e satisfação de trabalhar em uma empresa que admiro. Isso não tem preço.

Acredito que numa visão geral a Noruega poderia melhorar muito como um todo quando o assunto éSustentabilidade, Economia Colaborativa e Criativa. Mas a Noruega ainda é um país novo rico, suaestrutura mudou e se desenvolveu apenas há pouco mais de 50 anos quando o petróleo foi descoberto e começou a gerar muita riqueza, a qual foi muito bem administrada e aplicada voltada ao desenvolvimento da sua população.

Se você viajar para a Dinamarca, por exemplo, um outro mundo também se abre. Copenhague respirasustentabilidade e conscientização. A bicicleta é um meio de transporte super disseminado, as opções deprodutos, tantos alimentícios quanto de moda e design, orgânicos e conscientes é infinita.

Mas acredito que o mais importante, e o que mais me encantou, é algo que é presente em todos os paísesnórdicos. A cultura de respeito, de sociedade e colaboração de todos para a manutenção do bem estarcomum é encantadora. Mas ao mesmo tempo que nos deixa feliz por saber que isto existe, nos deixa tristeem perceber o quanto nosso país é sofrido e diferente. Afinal acredito que tal cultura e conscientizaçãovem desde os nativos dessa região, os Vikings, enquanto os nossos foram devastados e a nossasociedade atual se baseia em exploração e sofrimento.

Com isso, em outubro, deveríamos retornar ao Brasil, mas resolvemos ficar. Eu, uma carioca da gema, acostumada a ir a praia toda semana, escolhi morar por mais alguns anos num país que tem apenascerca de 5 horas de sol (na verdade, de luz natural) durante 7 meses por ano. Porque aqui aprendiREALMENTE que, ser queremos ser melhores, devemos ser essa mudança. Não podemos virar a cara quando outro cidadão não levanta do assento no ônibus lotado ao ver um idoso entrar; não podemosfazer a coisa certa e esperar que sejamos recompensados por isso, afinal ser honesto é o básico; nãopodemos reclamar do vizinho e cometer ‘ um crime mais leve’. Temos que nos auto corrigir e saber queninguém é melhor do que ninguém. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso que tem um caminhomuito longo até alcançar a sociedade desenvolvida, organizada e justa que merecemos.

Quero ficar aqui, aprender mais e poder voltar para contribuir ativamente nesse processo. Acreditoque unindo esses ensinamentos dos nórdicos com a nossa criatividade, nosso jogo de cintura e ginga podemos sim ter milhares de razões para acreditar que venceremos com louvor essa batalha em buscado desenvolvimento humano e sustentável em nosso território.

Fabi no centro, com colegas do Fretex =)

armadura - do dicionário: conjunto de peças protetoras do corpo dos antigos guerreiros. AMARDURA - muito além dos escudos que por vezes vestimos, são roupas que nos protegem commuito mais amor e mais vida, feitas com alma e afeto.

Criada pela Milena Akemi Hassegawa Saito, a AMARDURA é uma marca de roupas experimental eintuitiva, onde a moda é vista como forma de expressão, de liberdade e descoberta. É a ideia do ser, da identidade, das pessoas que estão dentro das roupas costurada em cada peça de forma muitoespecial.

A marca não segue tendências nem cronograma de lançamento de coleções. As roupas vão simplesmenteacontecendo e são criadas no seu tempo - e nenhuma peça sai de linha, todas ficam disponíveis paraserem encomendadas, numa nova forma de criar e comprar, sem amarras, sem as loucuras de novoslançamentos semestrais ou de calendários a serem seguidos.

Com produção artesanal, as roupas podem ser personalizadas e assim o consumidor atua comoco-criador da sua peça, valorizando a singularidade de cada um. Os modelos estão disponíveis emdiversas cores e estampas e os detalhes de decotes e comprimentos podem ser alterados.

A AMARDURA também utiliza muito o crochê ( ele faz parte da essência da marca), como forma de resgatar e valorizar essa técnica artesanal que passa de geração para geração. O feito à mão sempretem a energia especial da pessoa que fez aquele trabalho, com sua história de vida, alegrias e jeitoúnico de fazer as coisas. As máquinas e tecnologias são importantes, mas o fazer é parte essencial da nossa história e da nossa ligação com outros seres humanos. E esse feito à mão também estápresente nas estampas artesanais produzidas com carimbos criados em parceria com amigosilustradores.

Além desse trabalho com a pegada slow fashion, a AMARDURA tem o cuidado de reaproveitar osretalhos que sobram da melhor maneira possível em suas criações e incentivar a customização paraque a peça dure mais.

É mais do que apenas produzir e vender roupas. É buscar uma nova consciência de consumo, com focono ser, no criar, no transformar. É mudar o mundo deixando de lado as armaduras para vestir-se deamor, de amar.

AMARDURACriações Experimentais

Etiquetas de Composição!

como entender os símbolos e cuidar das suas roupas para que elasdurem mais!

LAVAGEM:

não lavar namáquina

lavar àmão

lavagemsuave

lavagemmuito suave

70lavagem normal

máx. 70º

40lavagem normal

máx. 40º

50lavagem suave

máx. 50º

90lavagem normal

máx. 90º

não alvejar /não branquear

somente alvejamentocom oxigênio

(não usar cloro)

qualquer alvejanteoxidante

secar emvaral

secar àsombra

não secarem tambor

(na máquina)

secagemhorizontal

secar em tamborem baixa

temperatura

secar em tambornormal

secagem porgotejamento

máx. 110º(acrílico, nylon,

acetato)

máx. 150º(lã e misturascom poliéster)

máx. 200º(algodão ou

linho)não passar

não limpara seco

Alavável a secocom todos os

solventes

Flavável a seco com

solvente R13 ehidrocarboneto

Plavável a seco empercloroetileno,

solvente R13,hidrocarboneto e

solvente R11

*

* listamos as mais comuns, há outras simbologias mais utilizadas para lavagens profissionais.

ALVEJAMENTO:

SECAGEM:

PASSADORIA:

LIMPEZA A SECO:Guarda-roupa bem montado e

consumo consciente!

Entrevista com Oficina de Estilo

A Oficina de Estilo é feita pela Fê e pela Cris, duas consultoras de estilo que acreditam no autoconhecimento como ferramenta para construir um guarda-roupa mais autêntico e consciente. Em uma entrevista, a Cris falou sobre consumo consciente, boas escolhas, guarda-roupa ideal e autoconhecimento. Confere só as partes mais bacanas:

Sobre o consumo consciente: A Cris conta que elas batem muito nessa tecla e que quando se fala sobre esse assunto logo pensamos em ‘que tipo de produtos são mais conscientes?’, quando, na verdade, essa questão tem muito mais a ver com o impulso da compra do que com o produto em si. Então, a questão do consumo consciente refere-se principalmente ao exagero, à quantidade de coisas que compramos sem necessidade (e sem pensar!) - porque o que destrói o nosso planeta é a ideia de que os recursos nunca vão acabar (mas eles vão se continuarmos desse jeito!). A solução é refletir antes de comprar. Eu já tenho? Preciso? Posso? Esse produto é importante para mim? Por que estou comprando isso? As vezes a gente compra uma blusa mas queria mesmo era um abraço, ou estar na praia descansando, ou mais horas de sono. Pensar e questionar sobre o porquê da compra nos dá ferramentas para fazer escolhas mais conscientes e adquirir somente o que faz sentido para a nossa vida. Quebrar o ciclo de consumismo doido do capitalismo e ter consciência do peso que a nossa forma de consumir tem é uma das chaves para encontrar um estilo de vida mais sustentável.

.

Sobre o guarda-roupa bem montado e consciente: elas falam que o guarda-roupa consciente éconciso, não tem muitas roupas. Menos é mais. Quanto mais peças uma pessoa tem, menos ela usa, porque a quantidade atrapalha na hora de escolher e, por isso, acabamos vestindo sempre as mesmas coisas. Além disso, é importante o guarda-roupa ser coordenável, com peças que combinem entre si - assim, mesmo com menos peças é um armário bem utilizado e constantemente atualizado - não por tendências, mas pelo uso contínuo das peças, que aos poucos vão sendo substituídas, o que faz muito mais sentido e é mais consciente.

www.oficinadeestilo.com.br

Sobre o desapego: a ideia é ter no armário somente roupas que funcionam na nossa vida e desapegar é o primeiro passo para construir um guarda-roupa ideal e fortalecer a nossa identidade visual. Tudo que atrapalha deve sair. Devemos deixar no armário somente peças que podemos contar( pegar amanhã e vestir!) Na hora do desapego vale se questionar: se fosse hoje e eu estivesse numa loja, compraria essa roupa? Eu posso vestir essa roupa amanhã de manhã? Mas lembre: às vezes pequenas reformas e customizações fazem a diferença e deixam as peças com a nossa cara.Ah, e desapegar é diferente de descartar. Vender, trocar, compartilhar e doar são verbos que conjugam bem com o consumo consciente! E lembre-se: a ideia é fazeruma revitalização inicial e ir ajustando com o tempo e não desapegar de duas malas de roupas a cada seis meses.

.

O guarda-roupa ideal: é muito limitador dizer que o guarda-roupa ideal tem isso ou aquilo. O armário ideal é aquele que se adapta à nossa vida com peças que acompanhem nosso estilo de viver. O bacana é que cada peça combine com pelo menos outras 3 peças - exemplo: se tenho uma blusa que só combina com um short, essa blusa está sub utilizada e não funciona no meu guarda-roupa. Vale pensar nisso na hora de comprar também: será que essa peça pode ser usada com pelo menos outras três que eu já tenho?

Planejamento para comprar e autoconhecimento: O mais importante na hora de construir umguarda-roupa consciente é o autoconhecimento - se conhecer, se questionar, esclarecer o queé importante, entender meu estilo de vida, meu dia-a-dia, como quero me sentir. Precisamosolhar para nossas roupas e refletir se elas nos representam, se estão adequadas ao nossocotidiano. Só assim, me conhecendo e conhecendo meu armário posso escolher roupas quefuncionam para minha vida.Na hora de escolher as roupas que entram ou saem do guarda-roupa, a Cris falou sobre quatropilares importantes: o que veste bem meu corpo? o que tem a ver com a minha rotina? o quefaz meu olho brilhar? o que faz eu me sentir do jeito que quero me sentir? Depois de conhecer(e experimentar!) as peças do meu armário e tirar o que não faz mais sentido, o que falta? Asvezes descobrimos que não falta nada, que tirar o excesso nos permitiu ver novas possibilidades. Outras vezes percebemos que um sapato faria muita diferença, ou um tênis, ou roupas de frio. As vezes três ou quatro peças farão muita diferença, pois funcionarão como uma ‘cola’ que une as peças que já tenho.

Revitalizar o guarda-roupa é muito mais do que jogar tudo fora e comprar novo (olha o consumismo!). Não precisamos adquirir mil peças. Precisamos sim é de um novo olhar. Énecessário pesquisar preços, custo-benefício, entender os materiais das roupas, saber a procedência, planejar, escolher para, finalmente, colocar no nosso armário somente aquilo quetem significado e combina com nosso estilo de viver.

Para saber mais sobre a Oficina de Estilo é só acessar: www.oficinadeestilo.com.br

- Os pequenos negócios são os maiores geradores de empregos do país - cerca de52% dos empregos formais;

- Melhor distribuição de renda e desenvolvimento da comunidade local;

- Menos impacto ambiental com deslocamentos e produção;

- Exclusividade, diversidade e singularidades valorizadas;

- Fortalecimento das relações entre consumidores e produtores - é gente lidando com gente;

- Confiança, atenção, conveniência, serviços personalizados e formas especiais de negociar;

- Valorização do capital humano de quem está perto;

- Apoiar a realização de sonhos - seu dinheiro não vai para um executivo comprar mais umluxo, mas para uma criança fazer aulas de dança, um jovem pagar a faculdade, um pai ajudara família, para que pessoas como você também realizem seus desejos.

MOTIVOS PARA COMPRAR DOS PEQUENOS NEGÓCIOS!

#compredopequeno

Agradecimentos especiais:Fabiana Hargreaves da Costa

Ana Lúcia Flores Schmidt

Contato: [email protected] informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente

Page 11: lojaluscofusco.com.br · v ersão pilo to moda I design I susten tabilidade edição três I ano um Lusco Fusco EcoFashion apresenta: www .lojaluscofusco.com.br instagram.com/l

versão piloto

moda I design I sustentabilidade

edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

semente

Sobre o desapego: a ideia é ter no armário somente roupas que funcionam na nossa vida e desapegar é o primeiro passo para construir um guarda-roupa ideal e fortalecer a nossa identidade visual. Tudo que atrapalha deve sair. Devemos deixar no armário somente peças que podemos contar( pegar amanhã e vestir!) Na hora do desapego vale se questionar: se fosse hoje e eu estivesse numa loja, compraria essa roupa? Eu posso vestir essa roupa amanhã de manhã? Mas vale lembrar: às vezes pequenas reformas e customizações fazem a diferença e deixam as peças com a nossa cara.Ah, e desapegar é diferente de descartar. Vender, trocar, compartilhar e doar são verbos que conjugam bem com o consumo consciente! E lembre-se: a ideia é fazeruma revitalização inicial e ir ajustando com o tempo e não desapegar de duas malas de roupas a cada seis meses

.

O guarda-roupa ideal: é muito limitador dizer que o guarda-roupa ideal tem isso ou aquilo. O armário ideal é aquele que se adapta à nossa vida. com peças que acompanhem nosso estilo de viver. O bacana é que cada peça combine com pelo menos outras 3 peças - exemplo: se tenho uma blusa que só combina com um short, essa blusa está sub utilizada e não funciona no meu guarda-roupa. Vale pensar nisso na hora de comprar também: será que essa peça pode ser usada com pelo menos outras três que eu já tenho?

Planejamento para comprar e autoconhecimento: O mais importante na hora de construir umguarda-roupa consciente é o autoconhecimento - se conhecer, se questionar, esclarecer o queé importante, entender meu estilo de vida, meu dia-a-dia, como quero me sentir. Precisamosolhar para nossas roupas e refletir se elas nos representam, se estão adequadas ao nossocotidiano. Só assim, me conhecendo e conhecendo meu armário posso escolher roupas quefuncionam para minha vida.Na hora de escolher as roupas que entram ou saem do guarda-roupa, a Cris falou sobre quatropilares importantes: o que veste bem meu corpo? o que tem a ver com a minha rotina? o quefaz meu olho brilhar? o que faz eu me sentir do jeito que quero me sentir? Depois de conhecer(e experimentar!) as peças do meu armário e tirar o que não faz mais sentido, o que falta? Asvezes descobrimos que não falta nada, que tirar o excesso nos permitiu ver novas possibilidades. Outras vezes percebemos que um sapato faria muita diferença, ou um tênis, ou roupas de frio. As vezes três ou quatro peças farão muita diferença, pois funcionarão como uma ‘cola’ que une as peças que já tenho.

Revitalizar o guarda-roupa é muito mais do que jogar tudo fora e comprar novo (olha o consumismo!). Não precisamos adquirir mil peças. Precisamos sim é de um novo olhar. Énecessário pesquisar preços, custo-benefício, entender os materiais das roupas, saber a procedência, planejar, escolher para, finalmente, colocar no nosso armário somente aquilo quetem significado e combina com nosso estilo de viver.

- Os pequenos negócios são os maiores geradores de empregos do país - cerca de52% dos empregos formais;

- Melhor distribuição de renda e desenvolvimento da comunidade local;

- Menos impacto ambiental com deslocamentos e produção;

- Exclusividade, diversidade e singularidades valorizadas;

- Fortalecimento das relações entre consumidores e produtores - é gente lidando com gente;

- Confiança, atenção, conveniência, serviços personalizados e formas especiais de negociar;

- Valorização do capital humano de quem está perto;

- Apoiar a realização de sonhos - seu dinheiro não vai para um executivo comprar mais umluxo, mas para uma criança fazer aulas de dança, um jovem pagar a faculdade, um pai ajudara família, para que pessoas como você também realizem seus desejos.

MOTIVOS PARA COMPRAR DOS PEQUENOS NEGÓCIOS!

#compredopequeno

Guarda-roupa bem montado e consumo consciente!

Entrevista com Oficina de Estilo

A Oficina de Estilo é feita pela Fê e pela Cris, duas consultoras de estilo que acreditam no autoconhecimento como ferramenta para construir um guarda-roupa mais autêntico e consciente. Em uma entrevista, a Cris falou sobre consumo consciente, boas escolhas, guarda-roupa ideal e autoconhecimento. Confere só as partes mais bacanas:

Sobre o consumo consciente: A Cris conta que elas batem muito nessa tecla e que quando se fala sobreesse assunto logo pensamos em ‘que tipo de produtos são mais conscientes?’, quando, na verdade, essa questão tem muito mais a ver com o impulso da compra do que com o produto em si. Então, a questão do consumo consciente refere-se principalmente ao exagero, à quantidade de coisas que compramos sem necessidade (e sem pensar!) - porque o que destrói o nosso planeta é a ideia de queos recursos nunca vão acabar (mas eles vão se continuarmos desse jeito!). A solução é refletir antesde comprar. Eu já tenho? Preciso? Posso? Esse produto é importante para mim? Por que estoucomprando isso? As vezes a gente compra uma blusa mas queria mesmo era um abraço, ou estar na praia descansando, ou mais horas de sono. Pensar e questionar sobre o porquê da compra nos dá ferramentas para fazer escolhas mais conscientes e adquirir somente o que faz sentido para a nossa vida. Quebrar o ciclo de consumismo doido do capitalismo e ter consciência do peso que a nossa forma de consumir tem é uma das chaves para encontrar um estilo de vida mais sustentável.

.

Sobre o guarda-roupa bem montado e consciente: elas falam que o guarda-roupa consciente éconciso, não tem muitas roupas. Menos é mais. Quanto mais peças uma pessoa tem, menos ela usa, porque a quantidade atrapalha na hora de escolher e, por isso, acabamos vestindo sempre as mesmas coisas. Além disso, é importante o guarda-roupa ser coordenável, com peças que combinem entre si - assim, mesmo com menos peças é um armário bem utilizado e constantemente atualizado - não por tendências, mas pelo uso contínuo das peças, que aos poucos vão sendo substituídas, o que faz muitomais sentido e é mais consciente.

www.oficinadeestilo.com.br

armadura - do dicionário: conjunto de peças protetoras do corpo dos antigos guerreiros. AMARDURA - muito além dos escudos que por vezes vestimos, são roupas que nos protegem commuito mais amor e mais vida, feitas com alma e afeto.

Criada pela Milena Akemi Hassegawa Saito, a AMARDURA é uma marca de roupas experimental eintuitiva, onde a moda é vista como forma de expressão, de liberdade e descoberta. É a ideia do ser, da identidade, das pessoas que estão dentro das roupas costurada em cada peça de forma muitoespecial.

A marca não segue tendências nem cronograma de lançamento de coleções. As roupas vão simplesmenteacontecendo e são criadas no seu tempo - e nenhuma peça sai de linha, todas ficam disponíveis paraserem encomendadas, numa nova forma de criar e comprar, sem amarras, sem as loucuras de novoslançamentos semestrais ou de calendários a serem seguidos.

Com produção artesanal, as roupas podem ser personalizadas e assim o consumidor atua comoco-criador da sua peça, valorizando a singularidade de cada um. Os modelos estão disponíveis emdiversas cores e estampas e os detalhes de decotes e comprimentos podem ser alterados.

A AMARDURA também utiliza muito o crochê ( ele faz parte da essência da marca), como forma de resgatar e valorizar essa técnica artesanal que passa de geração para geração. O feito à mão sempretem a energia especial da pessoa que fez aquele trabalho, com sua história de vida, alegrias e jeitoespecial de fazer as coisas. As máquinas e tecnologias são importantes, mas o fazer é parte essencial da nossa história e da nossa ligação com outros seres humanos. E esse feito à mão também estápresente nas estampas artesanais produzidas com carimbos criados em parceria com amigosilustradores.

Além desse trabalho com a pegada slow fashion, a AMARDURA tem o cuidado de reaproveitar osretalhos que sobram da melhor maneira possível em suas criações e incentivar a customização paraque a peça dure mais.

É mais do que apenas produzir e vender roupas. É buscar uma nova consciência de consumo, com focono ser, no criar, no transformar. É mudar o mundo deixando de lado as armaduras para vestir-se deamor, de amar.

AMARDURACriações Experimentais

Etiquetas de Composição!

como entender os símbolos e cuidar das suas roupas para que elasdurem mais!

LAVAGEM:

não lavar namáquina

lavar àmão

lavagemsuave

lavagemmuito suave

70lavagem normal

máx. 70º

40lavagem normal

máx. 40º

50lavagem suave

máx. 50º

90lavagem normal

máx. 90º

não alvejar /não branquear

somente alvejamentocom oxigênio

(não usar cloro)

qualquer alvejanteoxidante

secar emvaral

secar àsombra

não secarem tambor

(na máquina)

secagemhorizontal

secar em tamborem baixa

temperatura

secar em tambornormal

secagem porgotejamento

máx. 110º(acrílico, nylon,

acetato)

máx. 150º(lã e misturascom poliéster)

máx. 200º(algodão ou

linho)não passar

não limpara seco

Alavável a secocom todos os

solventes

Flavável a seco com

solvente R13 ehidrocarboneto

Plavável a seco empercloroetileno,

solvente R13,hidrocarboneto e

solvente R11

*

* listamos as mais comuns, há outras simbologias mais utilizadas para lavagens profissionais.

ALVEJAMENTO:

SECAGEM:

PASSADORIA:

LIMPEZA A SECO:

Moda, sustentabilidade e os EscandinavosImpressões de uma brasileira na terra dos vikings

Por Fabiana Hargreaves da Costa

Maior IDH do mundo, neve e Aurora Boreal. Essas eram as três únicas informações que tinha sobre aNoruega quando meu marido recebeu uma proposta de trabalho por 2 anos em Olso, capital do país,no final de 2013.

A princípio fiquei animada, apesar das inúmeras diferenças com o Brasil, gostei do desafio: morar em um lugar que nunca me imaginei e conhecer mais uma nova cultura. Afinal, se todos falavam sobre a sua organização e desenvolvimento, deveria ter muito a mostrar sobre sustentabilidade. Mas uma coisa tinha certeza, após os 2 anos, iria querer voltar para minha cidade maravilhosa. Ledo engano.

Meu primeiro ano foi muito difícil. Tinha acabado de começar um negócio próprio no Brasil e minha ideiade administra-lo de tão longe foi impossível. Coloquei o projeto na gaveta e em paralelo comecei a procurar uma oportunidade na minha nova casa. Apesar da Noruega ser um país onde quase todos falam inglês, quando se quer trabalhar em uma área que não há muito mercado, como a Moda, vocêprecisa aprender a língua local. Embarquei na difícil missão de aprendê-la. Ainda estou no processo e há quase 1 ano estou trabalhando na empresa que queria, porém ainda longe de fazer o que vislumbro.

Hoje trabalho no Fretex, braço da Instituição Mundial Exército da Salvação. Na Noruega esta instituiçãoé muito grande, respeitada e influente. O Fretex foi criado para ser uma ramificação que pudessemovimentar e gerar dinheiro, já que a Instituição Exército da Salvação é uma ONG. O Fretex funciona daseguinte maneira: a população deposita roupas e acessórios em milhares de caçambas espalhadas pelopaís (móveis, artigos esportivos e muitos outros também podem ser doados por um outro sistema), asquais são coletadas diariamente pela instituição. Eu trabalho no galpão onde recebemos essas doaçõesda região de Oslo e seu entorno. Tendo uma das Rendas per capitas mais altas do mundo, você podeimaginar a quantidade e a qualidade do que recebemos. Apenas 15% conseguimos selecionar e organizar para serem enviados para 17 lojas próprias espalhadas pela região. Apesar de trabalharmosbastante com uma equipe de cerca de 20 pessoas, não conseguimos passar desse número. O consumoexcessivo em um dos países mais ricos do mundo é assustador. Os demais 85%, e o que sobra da triagem,é vendido a um preço muito baixo por quilo para outros países. Nessa separação muito também éseparado para projetos sociais dos quais participamos. Além disso, muitos funcionários são enviados pela instituição do governo que ajuda cidadãos de outros países , como exilados de guerra, que vêm

morar aqui atrás de uma melhor qualidade de vida, e de prisioneiros em condicional em busca de redução de pena e reinserção no mercado de trabalho. O impacto de uma instituição desta numa sociedade, tanto pelo lado social quanto ambiental, é gigantesco.

Ainda podemos melhorar, crescer e evoluir bastante e esse é meu grande objetivo na empresa, no entanto a cada dia trabalho minha paciência e tento focar admiração e satisfação de trabalhar em umaempresa que admiro. Isso não tem preço.

Acredito que numa visão geral a Noruega poderia melhorar muito como um todo quando o assunto éSustentabilidade, Economia Colaborativa e Criativa. Mas a Noruega ainda é um país novo rico, suaestrutura mudou e se desenvolveu apenas há pouco mais de 50 anos quando o petróleo foi descoberto e começou a gerar muita riqueza, a qual foi muito bem administrada e aplicada voltada ao desenvolvimento da sua população.

Se você viajar para a Dinamarca, por exemplo, um outro mundo também se abre. Copenhague respirasustentabilidade e conscientização. A bicicleta é um meio de transporte super disseminado, as opções deprodutos, tantos alimentícios quanto de moda e design, orgânicos e conscientes é infinita.

Mas acredito que o mais importante, e o que mais me encantou, é algo que é presente em todos os paísesnórdicos. A cultura de respeito, de sociedade e colaboração de todos para a manutenção do bem estarcomum é encantadora. Mas ao mesmo tempo nos deixa feliz por saber que isto existe, nos deixa tristeem perceber o quanto nosso país é sofrido e diferente. Afinal acredito que tal cultura e conscientizaçãovem desde os nativos dessa região, os Vikings, enquanto os nossos foram devastados e a nossasociedade atual se baseia em exploração e sofrimento.

Com isso, em outubro, deveríamos retornar ao Brasil, mas resolvemos ficar. Eu, uma carioca da gema, acostumada a ir a praia toda semana, escolhi morar por mais alguns anos num país que tem apenascerca de 5 horas de sol (na verdade, de luz natural) durante 7 meses por ano. Porque aqui aprendiREALMENTE que, ser queremos ser melhores, devemos ser essa mudança. Não podemos virar a cara quando outro cidadão não levanta do assento no ônibus lotado ao ver um idoso entrar; não podemosfazer a coisa certa e esperar que sejamos recompensados por isso, afinal ser honesto é o básico; nãopodemos reclamar do vizinho e cometer ‘ um crime mais leve’. Temos que nos auto corrigir e saber queninguém é melhor do que ninguém. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso que tem um caminhomuito longo até alcançar a sociedade desenvolvida, organizada e justa que merecemos.

Quero ficar aqui, aprender mais e poder voltar para contribuir ativamente nesse processo. Acreditoque unindo esses ensinamentos dos nórdicos com a nossa criatividade, nosso jogo de cintura e ginga podemos sim ter milhares de razões para acreditar que venceremos com louvor essa batalha em buscado desenvolvimento humano e sustentável em nosso território.

Fabi no centro, com colegas do Fretex =)

« Uma vez que sabemos e somos conscientes, somos responsáveis por nossaação ou nossa passividade. Podemos fazer algo a respeito disso ou ignorá-lo,mas, em qualquer caso, somos responsáveis pela decisão»

Jean-Paul Sartre

A sustentabilidade não é mais uma escolha, mas uma necessidade. O dia 13 deagosto deste ano foi o dia de Sobrecarga da Terra, ou seja, a humanidade

utilizou todos os recursos naturais existentes para o ano inteiro. Nos últimosduzentos anos consumimos um terço dos recursos naturais da Terra - recursosesses que demoraram 4,5 bilhões de anos para se formarem - o que quer dizerque consumimos tudo isso em 0.0000044% do tempo. E muita gente ainda não

tem noção do que isso representa e o quanto é preocupante.

Precisamos de um novo olhar - repensar hábitos, fazer novas escolhas, consumir causando menos impacto, criar consciência do peso das nossas

escolhas individuais - é urgente e real uma revolução na nossa forma de viver. Não dá mais para manter esse estilo de viver consumista e o um sistema

produtivo industrial que só visa lucro - consumir virou um ato político, por isso devemos colocar nosso tempo e dinheiro somente em coisas que

acreditamos. O poder está em nossas mãos.

Espero que essa terceira edição da Fanzine Semente lhe proporcione um novoolhar sobre a sustentabilidade e o consumo consciente e que você também

escolha construir esta nova realidade e ser parte da mudança por um mundomelhor.

Boa Leitura!Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Agradecimentos especiais:Fabiana Hargreaves da Costa

Ana Lúcia Flores Schmidt

Contato: [email protected] informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente

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moda I design I sustentabilidade

edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

www.lojaluscofusco.com.brinstagram.com/luscofuscocosturas

semente

Agradecimentos especiais:Fabiana Hargreaves da Costa

Ana Lúcia Flores Schmidt

Contato: [email protected] informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente

« Uma vez que sabemos e somos conscientes, somos responsáveis por nossaação ou nossa passividade. Podemos fazer algo a respeito disso ou ignorá-lo,mas, em qualquer caso, somos responsáveis pela decisão»

Jean-Paul Sartre

Moda, sustentabilidade e os EscandinavosImpressões de uma brasileira na terra dos vikings

Por Fabiana Hargreaves da Costa

Maior IDH do mundo, neve e Aurora Boreal. Essas eram as três únicas informações que tinha sobre aNoruega quando meu marido recebeu uma proposta de trabalho por 2 anos em Olso, capital do país,no final de 2013.

A princípio fiquei animada, apesar das inúmeras diferenças com o Brasil, gostei do desafio: morar em um lugar que nunca me imaginei e conhecer mais uma nova cultura. Afinal, se todos falavam sobre a sua organização e desenvolvimento, deveria ter muito a mostrar sobre sustentabilidade. Mas uma coisa tinha certeza, após os 2 anos, iria querer voltar para minha cidade maravilhosa. Ledo engano.

Meu primeiro ano foi muito difícil. Tinha acabado de começar um negócio próprio no Brasil e minha ideiade administrá-lo de tão longe foi impossível. Coloquei o projeto na gaveta e em paralelo comecei a procurar uma oportunidade na minha nova casa. Apesar da Noruega ser um país onde quase todos falam inglês, quando se quer trabalhar em uma área que não há muito mercado, como a Moda, vocêprecisa aprender a língua local. Embarquei na difícil missão de aprendê-la. Ainda estou no processo e há quase 1 ano estou trabalhando na empresa que queria, porém ainda longe de fazer o que vislumbro.

Hoje trabalho no Fretex, braço da Instituição Mundial Exército da Salvação. Na Noruega esta instituiçãoé muito grande, respeitada e influente. O Fretex foi criado para ser uma ramificação que pudessemovimentar e gerar dinheiro, já que a Instituição Exército da Salvação é uma ONG. O Fretex funciona daseguinte maneira: a população deposita roupas e acessórios em milhares de caçambas espalhadas pelopaís (móveis, artigos esportivos e muitos outros também podem ser doados por um outro sistema), asquais são coletadas diariamente pela instituição. Eu trabalho no galpão onde recebemos essas doaçõesda região de Oslo e seu entorno. Tendo uma das Rendas per capitas mais altas do mundo, você podeimaginar a quantidade e a qualidade do que recebemos. Apenas 15% conseguimos selecionar e organizar para serem enviados para 17 lojas próprias espalhadas pela região. Apesar de trabalharmosbastante com uma equipe de cerca de 20 pessoas, não conseguimos passar desse número. O consumoexcessivo em um dos países mais ricos do mundo é assustador. Os demais 85%, e o que sobra da triagem,é vendido a um preço muito baixo por quilo para outros países. Nessa separação muito também éseparado para projetos sociais dos quais participamos. Além disso, muitos funcionários são enviados pela instituição do governo que ajuda cidadãos de outros países , como exilados de guerra, que vêm

- Os pequenos negócios são os maiores geradores de empregos do país - cerca de52% dos empregos formais;

- Melhor distribuição de renda e desenvolvimento da comunidade local;

- Menos impacto ambiental com deslocamentos e produção;

- Exclusividade, diversidade e singularidades valorizadas;

- Fortalecimento das relações entre consumidores e produtores - é gente lidando com gente;

- Confiança, atenção, conveniência, serviços personalizados e formas especiais de negociar;

- Valorização do capital humano de quem está perto;

- Apoiar a realização de sonhos - seu dinheiro não vai para um executivo comprar mais umluxo, mas para uma criança fazer aulas de dança, um jovem pagar a faculdade, um pai ajudara família, para que pessoas como você também realizem seus desejos.

MOTIVOS PARA COMPRAR DOS PEQUENOS NEGÓCIOS!

#compredopequeno

Mas acredito que o mais importante, e o que mais me encantou, é algo que é presente em todos os paísesnórdicos. A cultura de respeito, de sociedade e colaboração de todos para a manutenção do bem estarcomum é encantadora. Mas ao mesmo tempo que nos deixa feliz saber que isto existe, nos deixa triste em perceber o quanto nosso país é sofrido e diferente. Afinal acredito que tal cultura e conscientizaçãovem desde os nativos dessa região, os Vikings, enquanto os nossos foram devastados e a nossasociedade atual se baseia em exploração e sofrimento.

Com isso, em outubro, deveríamos retornar ao Brasil, mas resolvemos ficar. Eu, uma carioca da gema, acostumada a ir a praia toda semana, escolhi morar por mais alguns anos num país que tem apenascerca de 5 horas de sol (na verdade, de luz natural) durante 7 meses por ano. Porque aqui aprendiREALMENTE que, ser queremos ser melhores, devemos ser essa mudança. Não podemos virar a cara quando outro cidadão não levanta do assento no ônibus lotado ao ver um idoso entrar; não podemosfazer a coisa certa e esperar que sejamos recompensados por isso, afinal ser honesto é o básico; nãopodemos reclamar do vizinho e cometer ‘ um crime mais leve’. Temos que nos auto corrigir e saber queninguém é melhor do que ninguém. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso que tem um caminhomuito longo até alcançar a sociedade desenvolvida, organizada e justa que merecemos.

Quero ficar aqui, aprender mais e poder voltar para contribuir ativamente nesse processo. Acreditoque unindo esses ensinamentos dos nórdicos com a nossa criatividade, nosso jogo de cintura e ginga podemos sim ter milhares de razões para acreditar que venceremos com louvor essa batalha em buscado desenvolvimento humano e sustentável em nosso território.

Planejamento para comprar e autoconhecimento: O mais importante na hora de construir umguarda-roupa consciente é o autoconhecimento - se conhecer, se questionar, esclarecer o queé importante, entender meu estilo de vida, meu dia-a-dia, como quero me sentir. Precisamosolhar para nossas roupas e refletir se elas nos representam, se estão adequadas ao nossocotidiano. Só assim, me conhecendo e conhecendo meu armário posso escolher roupas quefuncionam para minha vida.Na hora de escolher as roupas que entram ou saem do guarda-roupa, a Cris falou sobre quatropilares importantes: o que veste bem meu corpo? o que tem a ver com a minha rotina? o quefaz meu olho brilhar? o que faz eu me sentir do jeito que quero me sentir? Depois de conhecer(e experimentar!) as peças do meu armário e tirar o que não faz mais sentido, o que falta? Asvezes descobrimos que não falta nada, que tirar o excesso nos permitiu ver novas possibilidades. Outras vezes percebemos que um sapato faria muita diferença, ou um tênis, ou roupas de frio. As vezes três ou quatro peças farão muita diferença, pois funcionarão como uma ‘cola’ que une as peças que já tenho.

Revitalizar o guarda-roupa é muito mais do que jogar tudo fora e comprar novo (olha o consumismo!). Não precisamos adquirir mil peças. Precisamos sim é de um novo olhar. Énecessário pesquisar preços, custo-benefício, entender os materiais das roupas, saber a procedência, planejar, escolher para, finalmente, colocar no nosso armário somente aquilo quetem significado e combina com nosso estilo de viver.

Para saber mais sobre a oficina de estilo: www.oficinadeestilo.com.br

Fabi no centro, com colegas do Fretex =)

Sobre o desapego: a ideia é ter no armário somente roupas que funcionam na nossa vida e desapegar é o primeiro passo para construir um guarda-roupa ideal e fortalecer a nossa identidade visual. Tudo que atrapalha deve sair. Devemos deixar no armário somente peças que podemos contar( pegar amanhã e vestir!) Na hora do desapego vale se questionar: se fosse hoje e eu estivesse numa loja, compraria essa roupa? Eu posso vestir essa roupa amanhã de manhã? Mas lembre: às vezes pequenas reformas e customizações fazem a diferença e deixam as peças com a nossa cara.Ah, e desapegar é diferente de descartar. Vender, trocar, compartilhar e doar são verbos que conjugam bem com o consumo consciente! E lembre-se: a ideia é fazeruma revitalização inicial e ir ajustando com o tempo e não desapegar de duas malas de roupas a cada seis meses

.

O guarda-roupa ideal: é muito limitador dizer que o guarda-roupa ideal tem isso ou aquilo. O armário ideal é aquele que se adapta à nossa vida. com peças que acompanhem nosso estilo de viver. O bacana é que cada peça combine com pelo menos outras 3 peças - exemplo: se tenho uma blusa que só combina com um short, essa blusa está sub utilizada e não funciona no meu guarda-roupa. Vale pensar nisso na hora de comprar também: será que essa peça pode ser usada com pelo menos outras três que eu já tenho?

Etiquetas de Composição!

como entender os símbolos e cuidar das suas roupas para que elasdurem mais!

LAVAGEM:

não lavar namáquina

lavar àmão

lavagemsuave

lavagemmuito suave

70lavagem normal

máx. 70º

40lavagem normal

máx. 40º

50lavagem suave

máx. 50º

90lavagem normal

máx. 90º

não alvejar /não branquear

somente alvejamentocom oxigênio

(não usar cloro)

qualquer alvejanteoxidante

secar emvaral

secar àsombra

não secarem tambor

(na máquina)

secagemhorizontal

secar em tamborem baixa

temperatura

secar em tambornormal

secagem porgotejamento

máx. 110º(acrílico, nylon,

acetato)

máx. 150º(lã e misturascom poliéster)

máx. 200º(algodão ou

linho)não passar

não limpara seco

Alavável a secocom todos os

solventes

Flavável a seco com

solvente R13 ehidrocarboneto

Plavável a seco empercloroetileno,

solvente R13,hidrocarboneto e

solvente R11

*

* listamos as mais comuns, há outras simbologias mais utilizadas para lavagens profissionais.

ALVEJAMENTO:

SECAGEM:

PASSADORIA:

LIMPEZA A SECO:

armadura - do dicionário: conjunto de peças protetoras do corpo dos antigos guerreiros. AMARDURA - muito além dos escudos que por vezes vestimos, são roupas que nos protegem commuito mais amor e mais vida, feitas com alma e afeto.

Criada pela Milena Akemi Hassegawa Saito, a AMARDURA é uma marca de roupas experimental eintuitiva, onde a moda é vista como forma de expressão, de liberdade e descoberta. É a ideia do ser, da identidade, das pessoas que estão dentro das roupas costurada em cada peça de forma muitoespecial.

A marca não segue tendências nem cronograma de lançamento de coleções. As roupas vão simplesmenteacontecendo e são criadas no seu tempo - e nenhuma peça sai de linha, todas ficam disponíveis paraserem encomendadas, numa nova forma de criar e comprar, sem amarras, sem as loucuras de novoslançamentos semestrais ou de calendários a serem seguidos.

Com produção artesanal, as roupas podem ser personalizadas e assim o consumidor atua comoco-criador da sua peça, valorizando a singularidade de cada um. Os modelos estão disponíveis emdiversas cores e estampas e os detalhes de decotes e comprimentos podem ser alterados.

A AMARDURA também utiliza muito o crochê ( ele faz parte da essência da marca), como forma de resgatar e valorizar essa técnica artesanal que passa de geração para geração. O feito à mão sempretem a energia especial da pessoa que fez aquele trabalho, com sua história de vida, alegrias e jeitoúnico de fazer as coisas. As máquinas e tecnologias são importantes, mas o fazer é parte essencial da nossa história e da nossa ligação com outros seres humanos. E esse feito à mão também estápresente nas estampas artesanais produzidas com carimbos criados em parceria com amigosilustradores.

Além desse trabalho com a pegada slow fashion, a AMARDURA tem o cuidado de reaproveitar osretalhos que sobram da melhor maneira possível em suas criações e incentivar a customização paraque a peça dure mais.

É mais do que apenas produzir e vender roupas. É buscar uma nova consciência de consumo, com focono ser, no criar, no transformar. É mudar o mundo deixando de lado as armaduras para vestir-se deamor, de amar.

Guarda-roupa bem montado e consumo consciente!

Entrevista com Oficina de Estilo

www.oficinadeestilo.com.br

AMARDURACriações Experimentais

A Oficina de Estilo é feita pela Fê e pela Cris, duas consultoras de estilo que acreditam no autoconhecimento como ferramenta para construir um guarda-roupa mais autêntico e consciente. Em uma entrevista, a Cris falou sobre consumo consciente, boas escolhas, guarda-roupa ideal e autoconhecimento. Confere só as partes mais bacanas:

Sobre o consumo consciente: A Cris conta que elas batem muito nessa tecla e que quando se fala sobre esse assunto logo pensamos em ‘que tipo de produtos são mais conscientes?’, quando, na verdade, essa questão tem muito mais a ver com o impulso da compra do que com o produto em si. Então, a questão do consumo consciente refere-se principalmente ao exagero, à quantidade de coisas que compramos sem necessidade (e sem pensar!) - porque o que destrói o nosso planeta é a ideia de que os recursos nunca vão acabar (mas eles vão se continuarmos desse jeito!). A solução é refletir antes de comprar. Eu já tenho? Preciso? Posso? Esse produto é importante para mim? Por que estou comprando isso? As vezes a gente compra uma blusa mas queria mesmo era um abraço, ou estar na praia descansando, ou mais horas de sono. Pensar e questionar sobre o porquê da compra nos dá ferramentas para fazer escolhas mais conscientes e adquirir somente o que faz sentido para a nossa vida. Quebrar o ciclo de consumismo doido do capitalismo e ter consciência do peso que a nossa forma de consumir tem é uma das chaves para encontrar um estilo de vida mais sustentável.

.

Sobre o guarda-roupa bem montado e consciente: elas falam que o guarda-roupa consciente éconciso, não tem muitas roupas. Menos é mais. Quanto mais peças uma pessoa tem, menos ela usa, porque a quantidade atrapalha na hora de escolher e, por isso, acabamos vestindo sempre as mesmas coisas. Além disso, é importante o guarda-roupa ser coordenável, com peças que combinem entre si - assim, mesmo com menos peças é um armário bem utilizado e constantemente atualizado - não por tendências, mas pelo uso contínuo das peças, que aos poucos vão sendo substituídas, o que faz muito mais sentido e é mais consciente.

www.amardura.blogspot.com

morar aqui atrás de uma melhor qualidade de vida, e de prisioneiros em condicional em busca de redução de pena e reinserção no mercado de trabalho. O impacto de uma instituição desta numa sociedade, tanto pelo lado social quanto ambiental, é gigantesco.

Ainda podemos melhorar, crescer e evoluir bastante e esse é meu grande objetivo na empresa, no entanto a cada dia trabalho minha paciência e tento focar na admiração e satisfação de trabalhar em umaempresa que admiro. Isso não tem preço.

Acredito que numa visão geral a Noruega poderia melhorar muito como um todo quando o assunto éSustentabilidade, Economia Colaborativa e Criativa. Mas a Noruega ainda é um país novo rico, suaestrutura mudou e se desenvolveu apenas há pouco mais de 50 anos quando o petróleo foi descoberto e começou a gerar muita riqueza, a qual foi muito bem administrada e aplicada voltada ao desenvolvimento da sua população.

Se você viajar para a Dinamarca, por exemplo, um outro mundo também se abre. Copenhague respirasustentabilidade e conscientização. A bicicleta é um meio de transporte super disseminado, as opções deprodutos, tantos alimentícios quanto de moda e design, orgânicos e conscientes é infinita.

A sustentabilidade não é mais uma escolha, mas uma necessidade. O dia 13 deagosto deste ano foi o dia de Sobrecarga da Terra, ou seja, a humanidade

utilizou todos os recursos naturais existentes para o ano inteiro. Nos últimosduzentos anos consumimos um terço dos recursos naturais da Terra - recursosesses que demoraram 4,5 bilhões de anos para se formarem - o que quer dizerque consumimos tudo isso em 0.0000044% do tempo. E muita gente ainda não

tem noção do que isso representa e o quanto é preocupante.

Precisamos de um novo olhar - repensar hábitos, fazer novas escolhas, consumir causando menos impacto, criar consciência do peso das nossas

escolhas individuais - é urgente e real uma revolução na nossa forma de viver. Não dá mais para manter esse estilo de viver consumista e o sistema

produtivo industrial que só visa lucro - consumir virou um ato político, por isso devemos colocar nosso tempo e dinheiro somente em coisas que

acreditamos. O poder está em nossas mãos.

Espero que essa terceira edição da Fanzine Semente lhe proporcione um novoolhar sobre a sustentabilidade e o consumo consciente e que você também

escolha construir esta nova realidade e ser parte da mudança por um mundomelhor.

Boa Leitura!Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Versão virtual

moda I design I sustentabilidade

edição três I ano um

Lusco Fusco EcoFashion apresenta:

semente

« Uma vez que sabemos e somos conscientes, somos responsáveis por nossaação ou nossa passividade. Podemos fazer algo a respeito disso ou ignorá-lo,mas, em qualquer caso, somos responsáveis pela decisão»

Jean-Paul Sartre

A sustentabilidade não é mais uma escolha, mas uma necessidade. O dia 13 de agosto deste ano foi o dia de Sobrecarga da Terra, ou seja, a humanidadeutilizou todos os recursos naturais existentes para o ano inteiro. Nos últimos duzentos anos consumimos um terço dos recursos naturais da Terra -

recursos esses que demoraram 4,5 bilhões de anos para se formarem - o que quer dizer que consumimos tudo isso em 0.0000044% do tempo. E muita gente ainda não tem noção do que isso representa e o quanto é preocupante.

Precisamos de um novo olhar - repensar hábitos, fazer novas escolhas, consumir causando menos impacto, criar consciência do peso das nossasescolhas individuais - é urgente e real uma revolução na nossa forma de viver. Não dá mais para manter esse estilo de viver consumista e o sistema

produtivo industrial que só visa lucro - consumir virou um ato político, por isso devemos colocar nosso tempo e dinheiro somente em coisas queacreditamos. O poder está em nossas mãos.

Espero que essa terceira edição da Fanzine Semente lhe proporcione um novo olhar sobre a sustentabilidade e o consumo consciente e que você tambémescolha construir esta nova realidade e ser parte da mudança por um mundo

melhor.

Boa Leitura!Débora + Lusco Fusco

SOBRE

Moda, sustentabilidade e os EscandinavosImpressões de uma brasileira na terra dos vikings

Por Fabiana Hargreaves da Costa

Maior IDH do mundo, neve e Aurora Boreal. Essas eram as três únicas informações que tinha sobre aNoruega quando meu marido recebeu uma proposta de trabalho por 2 anos em Olso, capital do país,no final de 2013.

A princípio fiquei animada, apesar das inúmeras diferenças com o Brasil, gostei do desafio: morar em um lugar que nunca me imaginei e conhecer mais uma nova cultura. Afinal, se todos falavam sobre a sua organização e desenvolvimento, deveria ter muito a mostrar sobre sustentabilidade. Mas uma coisa tinha certeza, após os 2 anos, iria querer voltar para minha cidade maravilhosa. Ledo engano.

Meu primeiro ano foi muito difícil. Tinha acabado de começar um negócio próprio no Brasil e minha ideiade administrá-lo de tão longe foi impossível. Coloquei o projeto na gaveta e em paralelo comecei a procurar uma oportunidade na minha nova casa. Apesar da Noruega ser um país onde quase todos falam inglês, quando se quer trabalhar em uma área que não há muito mercado, como a Moda, vocêprecisa aprender a língua local. Embarquei na difícil missão de aprendê-la. Ainda estou no processo e há quase 1 ano estou trabalhando na empresa que queria, porém ainda longe de fazer o que vislumbro.

Hoje trabalho no Fretex, braço da Instituição Mundial Exército da Salvação. Na Noruega esta instituiçãoé muito grande, respeitada e influente. O Fretex foi criado para ser uma ramificação que pudessemovimentar e gerar dinheiro, já que a Instituição Exército da Salvação é uma ONG. O Fretex funciona daseguinte maneira: a população deposita roupas e acessórios em milhares de caçambas espalhadas pelopaís (móveis, artigos esportivos e muitos outros também podem ser doados por um outro sistema), asquais são coletadas diariamente pela instituição. Eu trabalho no galpão onde recebemos essas doaçõesda região de Oslo e seu entorno. Tendo uma das Rendas per capitas mais altas do mundo, você podeimaginar a quantidade e a qualidade do que recebemos. Apenas 15% conseguimos selecionar e organizar para serem enviados para 17 lojas próprias espalhadas pela região. Apesar de trabalharmosbastante com uma equipe de cerca de 20 pessoas, não conseguimos passar desse número. O consumoexcessivo em um dos países mais ricos do mundo é assustador. Os demais 85%, e o que sobra da triagem,é vendido a um preço muito baixo por quilo para outros países. Nessa separação muito também éseparado para projetos sociais dos quais participamos. Além disso, muitos funcionários são enviados pela instituição do governo que ajuda cidadãos de outros países , como exilados de guerra, que vêm

morar aqui atrás de uma melhor qualidade de vida, e de prisioneiros em condicional em busca de redução de pena e reinserção no mercado de trabalho. O impacto de uma instituição desta numa sociedade, tanto pelo lado social quanto ambiental, é gigantesco.

Ainda podemos melhorar, crescer e evoluir bastante e esse é meu grande objetivo na empresa, no entanto a cada dia trabalho minha paciência e tento focar na admiração e satisfação de trabalhar em uma empresa que admiro. Isso não tem preço.

Acredito que numa visão geral a Noruega poderia melhorar muito como um todo quando o assunto éSustentabilidade, Economia Colaborativa e Criativa. Mas a Noruega ainda é um país novo rico, suaestrutura mudou e se desenvolveu apenas há pouco mais de 50 anos quando o petróleo foi descoberto e começou a gerar muita riqueza, a qual foi muito bem administrada e aplicada voltada ao desenvolvimento da sua população.

Se você viajar para a Dinamarca, por exemplo, um outro mundo também se abre. Copenhague respirasustentabilidade e conscientização. A bicicleta é um meio de transporte super disseminado, as opções deprodutos, tantos alimentícios quanto de moda e design, orgânicos e conscientes é infinita.

Mas acredito que o mais importante, e o que mais me encantou, é algo que é presente em todos os paísesnórdicos. A cultura de respeito, de sociedade e colaboração de todos para a manutenção do bem estarcomum é encantadora. Mas ao mesmo tempo que nos deixa feliz por saber que isto existe, nos deixa tristeem perceber o quanto nosso país é sofrido e diferente. Afinal acredito que tal cultura e conscientizaçãovem desde os nativos dessa região, os Vikings, enquanto os nossos foram devastados e a nossasociedade atual se baseia em exploração e sofrimento.

Com isso, em outubro, deveríamos retornar ao Brasil, mas resolvemos ficar. Eu, uma carioca da gema, acostumada a ir a praia toda semana, escolhi morar por mais alguns anos num país que tem apenascerca de 5 horas de sol (na verdade, de luz natural) durante 7 meses por ano. Porque aqui aprendiREALMENTE que, ser queremos ser melhores, devemos ser essa mudança. Não podemos virar a cara quando outro cidadão não levanta do assento no ônibus lotado ao ver um idoso entrar; não podemosfazer a coisa certa e esperar que sejamos recompensados por isso, afinal ser honesto é o básico; nãopodemos reclamar do vizinho e cometer ‘ um crime mais leve’. Temos que nos auto corrigir e saber queninguém é melhor do que ninguém. Somos todos cidadãos de um país maravilhoso que tem um caminhomuito longo até alcançar a sociedade desenvolvida, organizada e justa que merecemos.

Quero ficar aqui, aprender mais e poder voltar para contribuir ativamente nesse processo. Acreditoque unindo esses ensinamentos dos nórdicos com a nossa criatividade, nosso jogo de cintura e ginga podemos sim ter milhares de razões para acreditar que venceremos com louvor essa batalha em buscado desenvolvimento humano e sustentável em nosso território.

Fabi no centro, com colegas do Fretex =)

Etiquetas de Composição!

como entender os símbolos e cuidar das suas roupas para que elasdurem mais!

LAVAGEM:

não lavar namáquina

lavar àmão

lavagemsuave

lavagemmuito suave

70lavagem normal

máx. 70º

40lavagem normal

máx. 40º

50lavagem suave

máx. 50º

90lavagem normal

máx. 90º

não alvejar /não branquear

somente alvejamentocom oxigênio

(não usar cloro)

qualquer alvejanteoxidante

secar emvaral

secar àsombra

não secarem tambor

(na máquina)

secagemhorizontal

secar em tamborem baixa

temperatura

secar em tambornormal

secagem porgotejamento

máx. 110º(acrílico, nylon,

acetato)

máx. 150º(lã e misturascom poliéster)

máx. 200º(algodão ou

linho)não passar

não limpara seco

Alavável a secocom todos os

solventes

Flavável a seco com

solvente R13 ehidrocarboneto

Plavável a seco empercloroetileno,

solvente R13,hidrocarboneto e

solvente R11

*

* listamos as mais comuns, há outras simbologias mais utilizadas para lavagens profissionais.

ALVEJAMENTO:

SECAGEM:

PASSADORIA:

LIMPEZA A SECO:Guarda-roupa bem montado e

consumo consciente!

Entrevista com Oficina de Estilo

A Oficina de Estilo é feita pela Fê e pela Cris, duas consultoras de estilo que acreditam no autoconhecimento como ferramenta para construir um guarda-roupa mais autêntico e consciente. Em uma entrevista, a Cris falou sobre consumo consciente, boas escolhas, guarda-roupa ideal e autoconhecimento. Confere só as partes mais bacanas:

Sobre o consumo consciente: A Cris conta que elas batem muito nessa tecla e que quando se fala sobre esse assunto logo pensamos em ‘que tipo de produtos são mais conscientes?’, quando, na verdade, essa questão tem muito mais a ver com o impulso da compra do que com o produto em si. Então, a questão do consumo consciente refere-se principalmente ao exagero, à quantidade de coisas que compramos sem necessidade (e sem pensar!) - porque o que destrói o nosso planeta é a ideia de que os recursos nunca vão acabar (mas eles vão se continuarmos desse jeito!). A solução é refletir antes de comprar. Eu já tenho? Preciso? Posso? Esse produto é importante para mim? Por que estou comprando isso? As vezes a gente compra uma blusa mas queria mesmo era um abraço, ou estar na praia descansando, ou mais horas de sono. Pensar e questionar sobre o porquê da compra nos dá ferramentas para fazer escolhas mais conscientes e adquirir somente o que faz sentido para a nossa vida. Quebrar o ciclo de consumismo doido do capitalismo e ter consciência do peso que a nossa forma de consumir tem é uma das chaves para encontrar um estilo de vida mais sustentável.

.

Sobre o guarda-roupa bem montado e consciente: elas falam que o guarda-roupa consciente éconciso, não tem muitas roupas. Menos é mais. Quanto mais peças uma pessoa tem, menos ela usa, porque a quantidade atrapalha na hora de escolher e, por isso, acabamos vestindo sempre as mesmas coisas. Além disso, é importante o guarda-roupa ser coordenável, com peças que combinem entre si - assim, mesmo com menos peças é um armário bem utilizado e constantemente atualizado - não por tendências, mas pelo uso contínuo das peças, que aos poucos vão sendo substituídas, o que faz muito mais sentido e é mais consciente.

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Sobre o desapego: a ideia é ter no armário somente roupas que funcionam na nossa vida e desapegar é o primeiro passo para construir um guarda-roupa ideal e fortalecer a nossa identidade visual. Tudo que atrapalha deve sair. Devemos deixar no armário somente peças que podemos contar( pegar amanhã e vestir!) Na hora do desapego vale se questionar: se fosse hoje e eu estivesse numa loja, compraria essa roupa? Eu posso vestir essa roupa amanhã de manhã? Mas lembre: às vezes pequenas reformas e customizações fazem a diferença e deixam as peças com a nossa cara.Ah, e desapegar é diferente de descartar. Vender, trocar, compartilhar e doar são verbos que conjugam bem com o consumo consciente! E lembre-se: a ideia é fazeruma revitalização inicial e ir ajustando com o tempo e não desapegar de duas malas de roupas a cada seis meses.

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O guarda-roupa ideal: é muito limitador dizer que o guarda-roupa ideal tem isso ou aquilo. O armário ideal é aquele que se adapta à nossa vida com peças que acompanhem nosso estilo de viver. O bacana é que cada peça combine com pelo menos outras 3 peças - exemplo: se tenho uma blusa que só combina com um short, essa blusa está sub utilizada e não funciona no meu guarda-roupa. Vale pensar nisso na hora de comprar também: será que essa peça pode ser usada com pelo menos outras três que eu já tenho?

Planejamento para comprar e autoconhecimento: O mais importante na hora de construir umguarda-roupa consciente é o autoconhecimento - se conhecer, se questionar, esclarecer o queé importante, entender meu estilo de vida, meu dia-a-dia, como quero me sentir. Precisamosolhar para nossas roupas e refletir se elas nos representam, se estão adequadas ao nossocotidiano. Só assim, me conhecendo e conhecendo meu armário posso escolher roupas quefuncionam para minha vida.Na hora de escolher as roupas que entram ou saem do guarda-roupa, a Cris falou sobre quatropilares importantes: o que veste bem meu corpo? o que tem a ver com a minha rotina? o quefaz meu olho brilhar? o que faz eu me sentir do jeito que quero me sentir? Depois de conhecer(e experimentar!) as peças do meu armário e tirar o que não faz mais sentido, o que falta? Asvezes descobrimos que não falta nada, que tirar o excesso nos permitiu ver novas possibilidades. Outras vezes percebemos que um sapato faria muita diferença, ou um tênis, ou roupas de frio. As vezes três ou quatro peças farão muita diferença, pois funcionarão como uma ‘cola’ que une as peças que já tenho.

Revitalizar o guarda-roupa é muito mais do que jogar tudo fora e comprar novo (olha o consumismo!). Não precisamos adquirir mil peças. Precisamos sim é de um novo olhar. Énecessário pesquisar preços, custo-benefício, entender os materiais das roupas, saber a procedência, planejar, escolher para, finalmente, colocar no nosso armário somente aquilo quetem significado e combina com nosso estilo de viver.

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- Os pequenos negócios são os maiores geradores de empregos do país - cerca de52% dos empregos formais;

- Melhor distribuição de renda e desenvolvimento da comunidade local;

- Menos impacto ambiental com deslocamentos e produção;

- Exclusividade, diversidade e singularidades valorizadas;

- Fortalecimento das relações entre consumidores e produtores - é gente lidando com gente;

- Confiança, atenção, conveniência, serviços personalizados e formas especiais de negociar;

- Valorização do capital humano de quem está perto;

- Apoiar a realização de sonhos - seu dinheiro não vai para um executivo comprar mais umluxo, mas para uma criança fazer aulas de dança, um jovem pagar a faculdade, um pai ajudara família, para que pessoas como você também realizem seus desejos.

MOTIVOS PARA COMPRAR DOS PEQUENOS NEGÓCIOS!

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Agradecimentos especiais:Fabiana Hargreaves da Costa

Ana Lúcia Flores Schmidt

Contato: [email protected] informações: www.lojaluscofusco.com.br/semente

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armadura - do dicionário: conjunto de peças protetoras do corpo dos antigos guerreiros. AMARDURA - muito além dos escudos que por vezes vestimos, são roupas que nos protegem commuito mais amor e mais vida, feitas com alma e afeto.

Criada pela Milena Akemi Hassegawa Saito, a AMARDURA é uma marca de roupas experimental eintuitiva, onde a moda é vista como forma de expressão, de liberdade e descoberta. É a ideia do ser, da identidade, das pessoas que estão dentro das roupas costurada em cada peça de forma muitoespecial.

A marca não segue tendências nem cronograma de lançamento de coleções. As roupas vão simplesmenteacontecendo e são criadas no seu tempo - e nenhuma peça sai de linha, todas ficam disponíveis paraserem encomendadas, numa nova forma de criar e comprar, sem amarras, sem as loucuras de novoslançamentos semestrais ou de calendários a serem seguidos.

Com produção artesanal, as roupas podem ser personalizadas e assim o consumidor atua comoco-criador da sua peça, valorizando a singularidade de cada um. Os modelos estão disponíveis emdiversas cores e estampas e os detalhes de decotes e comprimentos podem ser alterados.

A AMARDURA também utiliza muito o crochê ( ele faz parte da essência da marca), como forma de resgatar e valorizar essa técnica artesanal que passa de geração para geração. O feito à mão sempretem a energia especial da pessoa que fez aquele trabalho, com sua história de vida, alegrias e jeitoúnico de fazer as coisas. As máquinas e tecnologias são importantes, mas o fazer é parte essencial da nossa história e da nossa ligação com outros seres humanos. E esse feito à mão também estápresente nas estampas artesanais produzidas com carimbos criados em parceria com amigosilustradores.

Além desse trabalho com a pegada slow fashion, a AMARDURA tem o cuidado de reaproveitar osretalhos que sobram da melhor maneira possível em suas criações e incentivar a customização paraque a peça dure mais.

É mais do que apenas produzir e vender roupas. É buscar uma nova consciência de consumo, com focono ser, no criar, no transformar. É mudar o mundo deixando de lado as armaduras para vestir-se deamor, de amar.

AMARDURACriações Experimentais

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