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"É preciso maior fiscalização por parte das empresas do setor de extração de rochas no Espírito Santo" A afirmação é do tecnologista da Fundacentro- ES, Antonio Carlos Garcia Junior Desde o último domingo o jornal A Gazeta acompanha, na série especial do jornalista Patrik Camporez, a realidade no se- tor de extração de rochas no Espírito Santo. Em uma discussão sobre o assunto na Rádio CBN Vitória, o tecnologista da Fundacentro- ES, Antonio Carlos Garcia Junior, defendeu que é necessário uma maior fiscalização por parte das empresas do setor sobre o trabalho dos funcionários da área. "Eliminar o risco de morte é algo mais do que fundamental para garantir a segurança dos trabalhadores", explicou. Ainda segundo o especialista em segurança do trabalho tam- bém é importante que as empresas invistam na capacitação recorrente desses profissio- nais, a fim de se evitar o risco de acidentes. Confira, na íntegra, ao debate do assunto! Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 400 – 02/02/2017 - Fim da Página 01/10 Norminha DESDE 18/AGOSTO/2009 NR sobre atividades de limpeza urbana está aberta para discussão pública Está aberto para consulta pública texto técnico básico para criação de uma Norma Regulamentadora referente às ativi- dades de limpeza urbana. Assinada pela Se- cretária de Inspeção do Trabalho, Maria Tere- sa Pacheco Jensen, a Portaria nº 588 publi- cada na Seção 1 do Diário Oficial da União desta terça-feira (31/01) fixa o prazo de 60 dias para o recebimento de sugestões ao tex- to, que deverão ser encaminhadas via Siste- ma de Consultas Públicas do Ministério do Trabalho, disponível em: http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude- no-trabalho/consultas-publicas. Dúvidas podem ser encaminhadas para o email normatizaçã[email protected] . A proposta tem como justificativa propor- cionar melhores condições de saúde e segu- rança aos mais de 364 mil trabalhadores que executam funções no setor, além dos colabo- radores que laboram de forma indireta ou em atividades correlatas, considerando que nes- sas atividades há particularidades não pre- vistas nas demais NRs disponíveis. Compartilhamos com Redação Revista proteção Horário Nobre para o Programa Bate-Papo em Saúde, Segurança do Trabalho e Meio Ambiente 3ª Feira da Cadeia Produtiva da Indústria Brasileira de Árvores Evento será em Três lagoas (MS) Em sua terceira edição , o Três Lagoas Florestal se consolidou com uma das mais importantes feiras regionais do setor florestal do mundo, atraindo visitantes de todo o Brasil e até de outros países. Confirme sua presença e participe de ro- dada de negócios, palestras de alto nível e en- contros 100% voltados a networking e troca de experiências. Aproveite para conhecer a região com os maiores investimentos florestais da atualida- de! CLIQUE AQUI e faça sua inscrição gratui- tamente. Três Lagoas Florestal 2017 28 a 30 de Março de 2017 das 09h às 20h ARENA MIX - Três Lagoas - MS Curso de Atualização em gestão das Condições de Trabalho e Saúde dos Trabalhadores da Saúde em Minas Gerais Inscrições encerram nesta quinta-feira O Departamento de Medicina Pre- ventiva e Social da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais faz saber que neste dia 02 de fevereiro de 2017, encerram as inscrições para admissão ao XI Curso de Atualização Gestão das Condições de Trabalho e Saúde dos Trabalhadores da Saúde modalidade semipresencial; 136 ho- ras-aula, incluindo a elaboração de projeto de intervenção (trabalho final). Serão oferecidas 100 (cem) vagas desti- nadas aos gestores, gerentes e dirigentes do SUS responsáveis pela formulação e exe- cução de programas, planos e políticas em sistemas e serviços de saúde, e funcionários atuando em áreas afins; representantes de trabalhadores e gestores membros das Me- sas de Negociação Permanente do SUS em funcionamento; trabalhadores do SUS que sejam membros das Comissões Interseto- riais de Saúde do Trabalhador (CIST), ou in- tegrantes do CGASS (fórum governamental instituído para a elaboração de diretrizes na área da saúde e segurança no trabalho) ou que trabalhem no SIASS (Subsistema Inte- grado de Atenção à Saúde do Servidor); pro- fissionais atuantes na área de Saúde do Tra- balhador nos estabelecimentos de saúde do SUS (CEREST, CCIH, SESMT, Comissões de Saúde, CIPA, etc.) ou gestores e trabalha- dores da gestão do trabalho e/ou gestão de pessoas; membros do DEGERTS/SGTES/ MS; preferencialmente. CLIQUE AQUI e obtenha mais informa- ções. Programa será exibido nas sextas-feiras e assun- tos relacionados também serão apresentados de segunda a sexta dentro do “Jornal das Cidades”. O BATE PAPO sobre Saúde e Segu- rança do Trabalho apresentado pelo Técnico de Segurança do Trabalho Nivaldo Barbosa muda de horário, a partir de 06 de fevereiro, será nas sextas-feiras dentro do NOVO Pro- grama da 100.5 A FM LÍDER o Jornal Das Cidades” que será transmitido de segunda a sexta das 8h às 9h, o objetivo deste novo programa é tratar sobre diversos assuntos que chamam atenção da sociedade em geral: Educação, Saúde, Geração de Renda, Políti- ca, Infraestrutura, Cultura, Esporte, Lazer, Se gurança do Trabalho e muito mais. (OBS: Nos estados que estão em horário de verão, o programa será das 9 às 10 horas até o dia 17/02) Mesmo antes da estreia o Jornal das Ci- dades já está nas redes sociais, conheça um pouco mais acessando, pelo Instagram: https://www.instagram.com/jornaldascidades/ e no Facebook: https://www.facebook.com/jornaldascidadespb/ Você poderá ouvir e assistir através do site: www.afmlider.com.br O Bate-Papo conta com a apoio e brilhan- tismo de correspondentes nacionais como o Wilson Maioli e o Professor Jomar Azevedo. Nivaldo Barbosa, a nosso pedido expli- cou os motivos da mudança: Devido à crescente audiência do progra- ma, e inúmeros pedidos para que a sua transmissão ocorresse em um dia útil, uma vez que o sábado é um dia de descanso para muitos, e ainda mais, sendo às sete da ma- nhã, muitos ouvintes, amantes do prevencio- nismo, revelavam a dificuldade de acordar cedo e sempre estávamos recebendo solici- tações das gravações. Uma estratégia utiliza- da foram às transmissões ao vivo através do Facebook, onde podíamos levar a informa- ção aos ouvintes e ao mesmo tempo registrar Ergonomista avalia estudos sobre fatores de adoecimento no trabalho dos comissários de bordo Com o objetivo de contribuir para a me- lhoria das condições de trabalho dos comis- sários de bordo, Heloísa Machado, douto- randa em ergonomia na Universidade Federal de São Carlos, fez uma ampla pesquisa sobre os estudos já realizados que tratam dos prin- cipais fatores de adoecimento no ambiente e na organização do trabalho da categoria. Se- gundo ela, os aspectos que podem ocasionar danos à saúde desses profissionais foram estudados de forma isolada, deixando lacu- nas que devem ser investigadas para que se tenha um panorama mais completo dos ris- cos na atividade. Alguns estudos apontam as influências do ambiente da cabine na saúde física dos comissários de bordo. Um dos aspectos des- tacados é o ruído das turbinas, principalmen- te no pouso e na decolagem. “Quando há ex- cesso de ruído durante a jornada de trabalho, surgem sintomas como dor de cabeça, irrita- ção e ansiedade”, explica Heloísa. A vibra- ção transmitida aos comissários durante o voo está relacionada a lesões e desconforto no pescoço, ombro e coluna lombar. A baixa umidade do ar, devido ao ar condicionado, pode causar problemas respiratórios. Heloísa destaca ainda a sobrecarga das tarefas realizadas no interior da aeronave, principalmente em voos mais curtos, quando o trabalho é intensificado. “Os comissários estão expostos a fatores biomecânicos, co- mo levantamento de bagagens dos passagei- ros, inclusive acima da altura da cabeça; mo- vimentação dos carrinhos de serviços de bordo, além de procedimentos de segurança, o que acarreta desgaste físico e psicológico”, ressalta a especialista. A ergonomista chama a atenção também para a intensificação dos procedimentos de segurança de voo e dos passageiros, depois do 11 de setembro de 2001. A consequência é o aumento das responsabilidades já atri- buídas aos profissionais. Na edição desta semana do Podprevenir, Heloísa fala ainda sobre os impactos da ativi- dade na saúde mental desses profissionais, dá mais detalhes sobre os fatores analisados e aponta algumas mudanças na organização do trabalho que podem minimizar os riscos à saúde dos comissários de bordo. A entre- vista está disponível no endereço: www.podprevenir.com.br Universidade promoverá Encontro de Educadores O renomado filósofo e escritor Má- rio Sérgio Cortella estará na UNG Universi- dade no dia 16 de fevereiro para palestrar no evento Encontro de Educadores. Cortella é mestre e doutor em educação e tem mais de 15 obras publicadas, além de ser comen- tarista da Rádio CBN e Jornal da Cultura. O encontro trará como tema “A educação e a emergência de múltiplos paradigmas: no- vos tempos, novas atitudes”. Cortella ressal- tará características desejáveis no educador: coragem, humildade e paciência. Segundo ele, ferramentas necessárias para lidar com um novo tempo na escola, que recebe pes- soas com deficiência, jovens inseridos em novas configurações de família e de pais com dificuldade em estabelecer regras e disciplina em casa. O evento será destinado aos dirigentes e coordenadores pedagógicos de escolas de ensino médio às 20h, no anfiteatro do Cam- pus Brigadeiro, Av. Brigadeiro Luís Antônio, 917 – Bela Vista – SP. Saiba mais Revista Digital Semanal - Diretor responsável: WC Maioli Mte 51/09860-8 - Ano 09 - 02 de Fevereiro de 2017 - Nº 400 COMPARTILHAMOS: Segurança e Saúde Ocupacional Meio Ambiente Gestões Integradas Bem estar aos trabalhadores [email protected] [email protected] [email protected] para que todos pudessem acessar posterior- mente, contudo, percebemos que o encanta- mento da radiofonia se dá principalmente pe- lo fato do ouvinte poder acompanhar, partici- par, interagir, opinar, debater o assunto no mesmo instante, junto ao apresentador e os convidados. Assim, nessa crescente o programa inici- ado em 09 de abril de 2016 que tinha apenas uma hora de duração passou a ter um maior espaço nos sábados, ganhando mais uma hora, e agora teremos a felicidade de tratar dos temas relacionados a prevenção de aci- dentes e doenças, da promoção da saúde, qualidade de vida e cuidados com o meio ambiente, em horário nobre, todas as sextas- feiras, onde há grande alcance populacional, daqueles que estão acompanhando direto dos seus locais de trabalho, o no desloca- mento para este. Contamos com a companhia de todos vo- cês que já estavam conosco, e convidamos os que se interessam pelo prevencionismo, pela promoção de uma vida saudável e um trabalho justo, igualitário e humanístico, a se integrarem a nós nessa nossa missão de falar em prevenção.

Norminha · vez que o sábado é um dia de descanso para ... os que se interessam pelo prevencionismo, trabalho justo, igualitário e humanístico, a se

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Page 1: Norminha · vez que o sábado é um dia de descanso para ... os que se interessam pelo prevencionismo, trabalho justo, igualitário e humanístico, a se

"É preciso maior

fiscalização por parte

das empresas do setor

de extração de rochas

no Espírito Santo"

A afirmação é do tecnologista da Fundacentro-

ES, Antonio Carlos Garcia Junior

Desde o último domingo o jornal

A Gazeta acompanha, na série especial do

jornalista Patrik Camporez, a realidade no se-

tor de extração de rochas no Espírito Santo.

Em uma discussão sobre o assunto na Rádio

CBN Vitória, o tecnologista da Fundacentro-

ES, Antonio Carlos Garcia Junior, defendeu

que é necessário uma maior fiscalização por

parte das empresas do setor sobre o trabalho

dos funcionários da área.

"Eliminar o risco de morte é algo mais do

que fundamental para garantir a segurança

dos trabalhadores", explicou. Ainda segundo

o especialista em segurança do trabalho tam-

bém é importante que as empresas invistam

na capacitação recorrente desses profissio-

nais, a fim de se evitar o risco de acidentes.

Confira, na íntegra, ao debate do assunto!

Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 400 – 02/02/2017 - Fim da Página 01/10

Norminha

DESDE 18/AGOSTO/2009

NR sobre atividades

de limpeza urbana

está aberta para

discussão pública

Está aberto para consulta pública

texto técnico básico para criação de uma

Norma Regulamentadora referente às ativi-

dades de limpeza urbana. Assinada pela Se-

cretária de Inspeção do Trabalho, Maria Tere-

sa Pacheco Jensen, a Portaria nº 588 publi-

cada na Seção 1 do Diário Oficial da União

desta terça-feira (31/01) fixa o prazo de 60

dias para o recebimento de sugestões ao tex-

to, que deverão ser encaminhadas via Siste-

ma de Consultas Públicas do Ministério do

Trabalho, disponível em:

http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-

no-trabalho/consultas-publicas.

Dúvidas podem ser encaminhadas para o

email normatizaçã[email protected].

A proposta tem como justificativa propor-

cionar melhores condições de saúde e segu-

rança aos mais de 364 mil trabalhadores que

executam funções no setor, além dos colabo-

radores que laboram de forma indireta ou em

atividades correlatas, considerando que nes-

sas atividades há particularidades não pre-

vistas nas demais NRs disponíveis.

Compartilhamos com Redação Revista proteção

Horário Nobre para o Programa Bate-Papo em Saúde,

Segurança do Trabalho e Meio Ambiente

3ª Feira da Cadeia

Produtiva da Indústria

Brasileira de Árvores

Evento será em Três lagoas (MS)

Em sua terceira edição, o Três Lagoas

Florestal se consolidou com uma das mais

importantes feiras regionais do setor florestal

do mundo, atraindo visitantes de todo o Brasil

e até de outros países.

Confirme sua presença e participe de ro-

dada de negócios, palestras de alto nível e en-

contros 100% voltados a networking e troca

de experiências.

Aproveite para conhecer a região com os

maiores investimentos florestais da atualida-

de!

CLIQUE AQUI e faça sua inscrição gratui-

tamente.

Três Lagoas Florestal 2017

28 a 30 de Março de 2017 das 09h às 20h

ARENA MIX - Três Lagoas - MS

Curso de Atualização

em gestão das

Condições de

Trabalho e Saúde

dos Trabalhadores

da Saúde em Minas

Gerais

Inscrições encerram nesta quinta-feira

O Departamento de Medicina Pre-

ventiva e Social da Faculdade de Medicina da

Universidade Federal de Minas Gerais faz

saber que neste dia 02 de fevereiro de 2017,

encerram as inscrições para admissão ao XI

Curso de Atualização Gestão das Condições

de Trabalho e Saúde dos Trabalhadores da

Saúde modalidade semipresencial; 136 ho-

ras-aula, incluindo a elaboração de projeto

de intervenção (trabalho final).

Serão oferecidas 100 (cem) vagas desti-

nadas aos gestores, gerentes e dirigentes do

SUS responsáveis pela formulação e exe-

cução de programas, planos e políticas em

sistemas e serviços de saúde, e funcionários

atuando em áreas afins; representantes de

trabalhadores e gestores membros das Me-

sas de Negociação Permanente do SUS em

funcionamento; trabalhadores do SUS que

sejam membros das Comissões Interseto-

riais de Saúde do Trabalhador (CIST), ou in-

tegrantes do CGASS (fórum governamental

instituído para a elaboração de diretrizes na

área da saúde e segurança no trabalho) ou

que trabalhem no SIASS (Subsistema Inte-

grado de Atenção à Saúde do Servidor); pro-

fissionais atuantes na área de Saúde do Tra-

balhador nos estabelecimentos de saúde do

SUS (CEREST, CCIH, SESMT, Comissões de

Saúde, CIPA, etc.) ou gestores e trabalha-

dores da gestão do trabalho e/ou gestão de

pessoas; membros do DEGERTS/SGTES/

MS; preferencialmente.

CLIQUE AQUI e obtenha mais informa-

ções.

Programa será exibido nas sextas-feiras e assun-

tos relacionados também serão apresentados de

segunda a sexta dentro do “Jornal das Cidades”.

O BATE PAPO sobre Saúde e Segu-

rança do Trabalho apresentado pelo Técnico

de Segurança do Trabalho Nivaldo Barbosa

muda de horário, a partir de 06 de fevereiro,

será nas sextas-feiras dentro do NOVO Pro-

grama da 100.5 A FM LÍDER o “Jornal Das

Cidades” que será transmitido de segunda a

sexta das 8h às 9h, o objetivo deste novo

programa é tratar sobre diversos assuntos

que chamam atenção da sociedade em geral:

Educação, Saúde, Geração de Renda, Políti-

ca, Infraestrutura, Cultura, Esporte, Lazer, Se

gurança do Trabalho e muito mais.

(OBS: Nos estados que estão em horário de verão, o

programa será das 9 às 10 horas até o dia 17/02)

Mesmo antes da estreia o Jornal das Ci-

dades já está nas redes sociais, conheça um

pouco mais acessando, pelo Instagram:

https://www.instagram.com/jornaldascidades/

e no Facebook:

https://www.facebook.com/jornaldascidadespb/

Você poderá ouvir e assistir através do site:

www.afmlider.com.br

O Bate-Papo conta com a apoio e brilhan-

tismo de correspondentes nacionais como o

Wilson Maioli e o Professor Jomar Azevedo.

Nivaldo Barbosa, a nosso pedido expli-

cou os motivos da mudança:

Devido à crescente audiência do progra-

ma, e inúmeros pedidos para que a sua

transmissão ocorresse em um dia útil, uma

vez que o sábado é um dia de descanso para

muitos, e ainda mais, sendo às sete da ma-

nhã, muitos ouvintes, amantes do prevencio-

nismo, revelavam a dificuldade de acordar

cedo e sempre estávamos recebendo solici-

tações das gravações. Uma estratégia utiliza-

da foram às transmissões ao vivo através do

Facebook, onde podíamos levar a informa-

ção aos ouvintes e ao mesmo tempo registrar

Ergonomista avalia estudos sobre fatores

de adoecimento no trabalho dos

comissários de bordo

Com o objetivo de contribuir para a me-

lhoria das condições de trabalho dos comis-

sários de bordo, Heloísa Machado, douto-

randa em ergonomia na Universidade Federal

de São Carlos, fez uma ampla pesquisa sobre

os estudos já realizados que tratam dos prin-

cipais fatores de adoecimento no ambiente e

na organização do trabalho da categoria. Se-

gundo ela, os aspectos que podem ocasionar

danos à saúde desses profissionais foram

estudados de forma isolada, deixando lacu-

nas que devem ser investigadas para que se

tenha um panorama mais completo dos ris-

cos na atividade.

Alguns estudos apontam as influências

do ambiente da cabine na saúde física dos

comissários de bordo. Um dos aspectos des-

tacados é o ruído das turbinas, principalmen-

te no pouso e na decolagem. “Quando há ex-

cesso de ruído durante a jornada de trabalho,

surgem sintomas como dor de cabeça, irrita-

ção e ansiedade”, explica Heloísa. A vibra-

ção transmitida aos comissários durante o

voo está relacionada a lesões e desconforto

no pescoço, ombro e coluna lombar. A baixa

umidade do ar, devido ao ar condicionado,

pode causar problemas respiratórios.

Heloísa destaca ainda a sobrecarga das

tarefas realizadas no interior da aeronave,

principalmente em voos mais curtos, quando

o trabalho é intensificado. “Os comissários

estão expostos a fatores biomecânicos, co-

mo levantamento de bagagens dos passagei-

ros, inclusive acima da altura da cabeça; mo-

vimentação dos carrinhos de serviços de

bordo, além de procedimentos de segurança,

o que acarreta desgaste físico e psicológico”,

ressalta a especialista.

A ergonomista chama a atenção também

para a intensificação dos procedimentos de

segurança de voo e dos passageiros, depois

do 11 de setembro de 2001. A consequência

é o aumento das responsabilidades já atri-

buídas aos profissionais.

Na edição desta semana do Podprevenir,

Heloísa fala ainda sobre os impactos da ativi-

dade na saúde mental desses profissionais,

dá mais detalhes sobre os fatores analisados

e aponta algumas mudanças na organização

do trabalho que podem minimizar os riscos

à saúde dos comissários de bordo. A entre-

vista está disponível no endereço:

www.podprevenir.com.br

Universidade

promoverá Encontro de

Educadores

O renomado filósofo e escritor Má-

rio Sérgio Cortella estará na UNG Universi-

dade no dia 16 de fevereiro para palestrar no

evento Encontro de Educadores. Cortella é

mestre e doutor em educação e tem mais de

15 obras publicadas, além de ser comen-

tarista da Rádio CBN e Jornal da Cultura.

O encontro trará como tema “A educação

e a emergência de múltiplos paradigmas: no-

vos tempos, novas atitudes”. Cortella ressal-

tará características desejáveis no educador:

coragem, humildade e paciência. Segundo

ele, ferramentas necessárias para lidar com

um novo tempo na escola, que recebe pes-

soas com deficiência, jovens inseridos em

novas configurações de família e de pais com

dificuldade em estabelecer regras e disciplina

em casa.

O evento será destinado aos dirigentes e

coordenadores pedagógicos de escolas de

ensino médio às 20h, no anfiteatro do Cam-

pus Brigadeiro, Av. Brigadeiro Luís Antônio,

917 – Bela Vista – SP. Saiba mais

Revista Digital Semanal - Diretor responsável: WC Maioli Mte 51/09860-8 - Ano 09 - 02 de Fevereiro de 2017 - Nº 400

COMPARTILHAMOS:

Segurança e Saúde Ocupacional

Meio Ambiente

Gestões Integradas

Bem estar aos trabalhadores

[email protected]

[email protected]

[email protected]

para que todos pudessem acessar posterior-

mente, contudo, percebemos que o encanta-

mento da radiofonia se dá principalmente pe-

lo fato do ouvinte poder acompanhar, partici-

par, interagir, opinar, debater o assunto no

mesmo instante, junto ao apresentador e os

convidados.

Assim, nessa crescente o programa inici-

ado em 09 de abril de 2016 que tinha apenas

uma hora de duração passou a ter um maior

espaço nos sábados, ganhando mais uma

hora, e agora teremos a felicidade de tratar

dos temas relacionados a prevenção de aci-

dentes e doenças, da promoção da saúde,

qualidade de vida e cuidados com o meio

ambiente, em horário nobre, todas as sextas-

feiras, onde há grande alcance populacional,

daqueles que estão acompanhando direto

dos seus locais de trabalho, o no desloca-

mento para este.

Contamos com a companhia de todos vo-

cês que já estavam conosco, e convidamos

os que se interessam pelo prevencionismo,

pela promoção de uma vida saudável e um

trabalho justo, igualitário e humanístico, a se

integrarem a nós nessa nossa missão de falar

em prevenção.

Page 2: Norminha · vez que o sábado é um dia de descanso para ... os que se interessam pelo prevencionismo, trabalho justo, igualitário e humanístico, a se

Página 02/10 - Norminha - DESDE 18/08/2009 - ANO 09 - Nº 400 - 02/02/2017

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Guarani oferece 1,5 mil vagas

de emprego

As vagas são para as unidades de Colina, Guaíra, Guaraci, Olímpia, Pitangueiras,

Severínia e Tanabi.

A empresa Guarani Tereos Açúcar

& Energia Brasil vai recrutar profissionais

para ocupar 1,5 mil oportunidades de empre-

go em suas sete unidades industriais. Para

buscar os trabalhadores para estas vagas

promoverá, em 11 de fevereiro, o Feirão de

Empregos, em parceria com a Universidade

Paulista (UNIP) e com apoio da Prefeitura de

São José do Rio Preto (SP), por meio da Se-

cretaria Municipal de Trabalho e Emprego.

O Feirão será realizado das 8h30 às 17

h30 horas na UNIP, localizada na rua Av. Pre-

sidente Juscelino K. de Oliveira - Jardim Tar-

raf II.

Durante o evento, os interessados pode-

rão entregar currículo, passar pelas entrevis-

tas e, para aqueles que não possuem este

histórico profissional impresso, haverá uma

equipe disponível para elaboração e impres-

são. Rui Carvalho, gerente de Desenvolvi-

mento Humano e Organizacional da Guarani

Tereos Açúcar & Energia Brasil, explica que

as vagas são para safristas (1,3 mil) e efeti-

Alguns profissionais têm a sorte

de começar sua via laboral em uma empresa

organizada, com procedimentos e sistema de

gestão implantados, facilitando o aprendiza-

do de técnicas de gestão. Outros porém, co-

meçam em empresas totalmente desorgani-

zadas, muitas vezes apenas um técnico de

segurança é responsável por toda a área de

SST.

Imagine agora que esse profissional está

em um novo emprego, o que fazer? como fa-

zer? por que fazer? por onde começar? Ser

bom tecnicamente, conhecer a fundo a legis-

lação, dominar a teoria não torna a pessoa

um excelente profissional. É preciso saber

colocar o conhecimento em prática, apresen-

tando projetos, convencendo o empregador

da necessidade de investimentos, gerando

indicadores proativos e reativos que ajudam

a “vender” o setor de SST como um setor es-

tratégico que também gera lucro para o em-

pregador.

Essas e outras questões que parecem ser

simples, e que foram respondidas no primei-

ro livro, continuam no segundo volume, des-

ta vez com foco na elaboração de projetos,

como “vender” este projeto ao empregador,

quantificação de custos gerados por aciden-

tes e pela falta de investimento em SST, além

de outras informações para a área ocupa-

cional.

Como minha missão continua sendo a de

ajudá-lo nas diversas trilhas da Segurança

do Trabalho e quando possível, apontar al-

guns atalhos. Para obter este resultado, divi-

di o livro em quatro capítulos, abaixo detalho

Novo livro do prof. Mário Sobral do

jornal Segurito

vos (200), com início a partir de 1° de abril.

Entre os cargos disponíveis estão Moto-

rista, Balanceiro, Auxiliar e Analista de Labo-

ratório, Operador de extração, Frentista, Ana-

lista de Treinamento, Líder Motorista, Solda-

dor e Consultor Funcional TI. Segundo Rui,

o público-alvo do Feirão são profissionais de

diversos níveis hierárquicos e de formação.

“Temos vagas para pessoas com Ensino Mé-

dio, Técnico em diversas áreas, superior e al-

gumas para Ensino Fundamental”, esclarece.

As vagas para safristas são para atuação

até novembro de 2017, no entanto, aqueles

colaboradores que se destacarem terão chan-

ces de efetivação.

Os candidatos devem levar os documen-

tos pessoais, a carteira de trabalho, e se tive-

rem impresso, um currículo. Caso tenham a-

cesso à internet, é possível também se ca-

dastrar a todas as vagas abertas pelo site

www.vagas.com.br/guarani.

Compartilhamos com Diário da Região

o conteúdo.

O capítulo I traça os conceitos básicos pa-

ra aprender como elaborar um projeto, além

de apresentar um modo prático de quantificar

os custos e conseguir os investimentos ne-

cessários para o nosso setor.

No capítulo II, complementamos o pri-

meiro livro descrevendo mais atividades do

setor de Segurança do Trabalho, como a ges-

tão do sistema de combate a incêndio, a se-

gurança com eletricidade, o espaço confina-

do, dicas para iniciar um serviço de consul-

toria e muito mais.

No capítulo III, apresentamos resumida-

mente como funciona o nosso sistema legis-

lativo e os conhecimentos básicos sobre a

responsabilidade civil do empregador.

Por fim, no último capítulo, temos nova

seleção de textos do Jornal Segurito que teve

sua primeira edição em fevereiro de 2006.

O livro pode ser adquiridos no site:

www.jornalsegurito.com

Ambiente de

trabalho é lugar

onde dor de cabeça

mais atrapalha

brasileiros

Pesquisa inédita revela o local no qual as

pessoas dizem que o incômodo impacta

mais. Para muita gente, um barulhinho

qualquer vira um estrondo.

O Fantástico teve acesso a uma

pesquisa inédita que mostra como a dor de

cabeça impacta na vida dos brasileiros. Um

grupo de mil pessoas foi avaliado, e o re-

sultado é assustador: 97% dos voluntários

sentiram dor de cabeça no último mês. O

problema atrapalhou a produtividade no tra-

balho de 70% deles e metade diz que a dor

atrapalha a prática de atividades físicas, o

lazer com os amigos e o namoro. As mulhe-

res são as mais atingidas pelo mal estar e são

também as que convivem com os sintomas

por mais tempo. A repórter Carla Vilhena

mostra por que isso acontece e como lidar

com o incômodo.

Confira a matéria acessando o link

Nos últimos meses, ganharam es-

paço na imprensa casos de órgãos públicos

e empresas brasileiras que foram vítimas de

um novo tipo de golpe, no qual os cibercri-

minosos bloqueiam o acesso a todas as in-

formações, sistemas e dados contidos nos

computadores e servidores das organiza-

ções, como forma de pressionar o paga-

mento de resgate em dinheiro. O que chama

a atenção nesses casos é que a maior parte

das empresas atacadas não tinha uma cópia

de segurança dos dados, revelando assim

uma importante brecha das organizações: a

falta de backup adequado.

Ou seja, apesar de as organizações esta-

rem cientes da importância de adotar tecno-

logias e políticas para garantir a segurança

da informação – principalmente voltadas a e-

vitar a invasão de malware e outros ataques

virtuais – poucas têm processos específicos

para realizar o backup recorrente dos dados.

Uma questão que pode custar muito caro pa-

ra os cofres e para a reputação das empresas,

de qualquer porte e perfil.

Na prática, apesar do risco crescente dos

golpes virtuais para sequestro de dados, co-

nhecidos como ransomware, existem outras

situações nas quais o backup de dados tor-

na-se fundamental nas organizações. Vale

lembrar, por exemplo, que, cada vez mais, as

pessoas armazenam informações relevantes

das empresas em dispositivos móveis

(smartphones e tablets) e estão sujeitas a

roubo e perda desses dispositivos. Além dis-

so, esses equipamentos, assim como os

computadores, são passíveis de falhas de

hardware e de sistema, o que também pode

representar a perda de dados.

A melhor forma de as empresas evitarem

A prestação de serviços pelo empre-

gado doente, por ordem do empregador, traduz

evidente afronta aos princípios constitucionais

da dignidade da pessoa humana e da proteção

da saúde, o que impõe a obrigação de indeni-

zar. A decisão é da juíza convocada Sabrina de

Farias Fróes Leão, em sua atuação na 7ª Turma

do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região

(MG), ao condenar uma empresa de transporte

a indenizar uma trabalhadora que fora obrigada

a trabalhar quando estava de licença médica.

De acordo com os autos, embora afastada

por motivos de saúde, a empregada trabalhou

quatro dias. Em sua defesa, a empresa alegou

que a trabalhadora não teria entregue os ates-

tados médicos. Por outro lado, a mulher afir-

mou que a empresa teria recusado o recebi-

mento dos mesmos.

Ao analisar o caso, a juíza Sabrina Leão deu

razão à trabalhadora. "Não é crível imaginar-se

que o empregado, de posse de um atestado mé-

dico recomendando o afastamento de suas ati- vidades laborais, deixasse de entregá-lo ao em-

pregador", registrou a relatora em seu voto. Di-

A falta de backup e o risco

para as empresas

os riscos associados à perda de informações

é instaurar processos de backup de rotina

como parte da Política de Segurança da In-

formação. E essa regra aplica-se a organiza-

ções públicas, privadas, em qualquer setor.

A cópia segura de dados pode ser feita de

forma manual ou automatizada. No caso do

backup manual, o mesmo envolve a cópia de

arquivos para um HD Externo, USB ou disco

rígido, por exemplo. Já no caso do backup

automatizado, mais adequado para as em-

presas, são contratados softwares de gestão

que reduzem o impacto nos administradores

e sistemas, porém exigem um maior inves-

timento. O backup pode ser ainda interno, a

partir da cópia dos dados no servidor da com-

panhia, ou externo, realizado na nuvem. Am-

bas as soluções são complementares.

Apesar de não existir uma regra para a re-

alização do backup, alguns passos são reco-

mendados, como fazer a cópia dos arquivos

na nuvem ou, até mesmo, cópias em locais

diferentes. Além disso, é indispensável insta-

lar uma solução de segurança em todos os

dispositivos que acessam a rede, seja com-

putadores, smartphones, entre outros. E por

fim, o conselho para quem quer manter os da-

dos seguros é evitar conexões a serviços de

cloud por meio de redes não confiáveis, bem

como conectar o HD de backup em outros

computadores.

Enfim, fazer o backup periódico e adequa-

do reduz os riscos às empresas, evitando a

perda de informações e dados relevantes que

podem prejudicar drasticamente todo o ne-

gócio. Por esse motivo, é importante que as

organizações estejam cientes dessa situação

e adquiram o hábito de manter uma cópia de

segurança de arquivos importantes, como

parte dos procedimentos para garantir a se-

guridade de suas informações.

Fonte: Adaptado de:

http://www.guiaempreendedor.com/a-falta-de-backup-

e-o-risco-para-as-empresas/

Uma ótima semana a todos e até a próxima!

Patrícia Milla Gouvêa Dantas

ante desse contexto, entendeu mais aceitável a

alegação da empregada no sentido de que a em-

pregadora recusou-se a aceitar os atestados

médicos.

Ao condenar a empresa a indenizar a traba-

lhadora, a juíza explicou que, ao ignorar o fato

de que a trabalhadora estava impossibilitada de

exercer suas atividades, a empresa violou a le-

gislação trabalhista. "A vedação do labor nos

dias de afastamento por motivo de doença de-

corre do direito do empregado à recuperação da

sua saúde e, por consequência, da capacidade

laborativa", explicou a relatora.

Assim, a juíza concluiu que, em razão da

conduta patronal, a trabalhadora experimentou

sentimentos que afetam a higidez psicológica,

tais como angústia, tristeza, insegurança e

constrangimentos, entre outros, afrontando di-

reitos de personalidade do trabalhador, o que

impõe a obrigação de indenizar. Acompanhando

o voto da relatora, a turma condenou a empresa

a pagar R$ 3 mil de indenização por danos mo-

rais. Fonte: Nação Jurídica.

Compartilhamos com Leonardo Castro de Bone

Trabalhar durante período de licença

médica gera danos morais

Page 3: Norminha · vez que o sábado é um dia de descanso para ... os que se interessam pelo prevencionismo, trabalho justo, igualitário e humanístico, a se

Página 03/10 - Norminha - DESDE 18/08/2009 - ANO 09 - Nº 400 – 02/02/2017

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Estudante estrangeiro pode pedir pela

web mudança de status no país Sistema permite alterar condição de estudante para a de trabalho temporário

Já está em funcionamento o siste-

ma eletrônico do Ministério do Trabalho que

permite a alunos estrangeiros de graduação

e pós-graduação mudarem a condição de

estudante para a de trabalhador temporário e,

com isso, terem uma ocupação remunerada

legal no Brasil. O anúncio foi feito pelo mi-

nistro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, nesta

semana.

Para fazer a requisição, não é necessário

ir a um órgão público, basta preencher os da-

dos pela internet, no programa Migrante Web

(veja aqui os vídeos tutoriais). A Resolução

Normativa 124 que autoriza a mudança foi

publicada no dia 22 de dezembro, pelo

Conselho Nacional de Imigração (CNIg).

Pelas regras antigas, o estudante estran-

geiro não podia trabalhar no Brasil, o que di-

ficultava a permanência deles no país. Mes-

mo sendo ilegal, muitos acabavam recor-

rendo ao mercado informal de trabalho para

conseguirem se manter durante os estudos.

Antes da publicação da resolução, era pre-

ciso sair do país e fazer o pedido em seu país

de origem após o término do curso. Agora,

ele pode fazer a solicitação no Brasil e en-

quanto estiver estudando.

Segundo o coordenador do CNIg, Luiz Al-

berto Matos dos Santos, além de facilitar a

vida do estudante estrangeiro, a resolução

permitirá a manutenção desse capital inte-

lectual no país.

Santos disse que após preencherem os

dados no sistema, os estudantes são notifi-

cados pelo e-mail que cadastrarem no for-

mulário eletrônico de movimentações de

processo, e poderão acompanhar pelo siste-

ma Migrante Web o andamento do pedido.

Sete trabalhadores são resgatados de fazenda no

Mato Grosso do Sul Eles trabalhavam com pasto em uma propriedade de criação bovina na cidade de Bataguassu, divisa com São Paulo

Sete trabalhadores em condições

análogas à escravidão foram resgatados no

Mato Grosso do Sul no último sábado (28).

Eles trabalhavam com pasto em uma fazenda

de criação bovina em Bataguassu, na divisa

com o estado de São Paulo, onde eram sub-

metidos a situações desumanas. Os empre-

gados tinham jornadas exaustivas e aloja-

mento precário, o salário era pago por diá-

rias, e não havia registro em carteira de tra-

balho.

Um dos trabalhadores já estava na fazen-

da há dois anos. Os outros seis haviam che-

gado há aproximadamente seis meses. Eles

foram localizados a partir de uma denúncia

pelo telefone 191 da Polícia Rodoviária Fede-

ral. A operação ocorreu no mesmo dia, em

um trabalho conjunto com o Ministério do

Trabalho e do Ministério Público do Traba-

lho.

De acordo com o chefe de Inspeção do

Trabalho da Superintendência do Ministério

do Trabalho no Mato Grosso do Sul, Kléber

Pereira de Araújo e Silva, os trabalhadores

O prazo máximo para análise é de 30 dias,

conforme determina a lei. Mas o ministério

tem feito a avaliação em menos de 15, em

média, afirmou Santos.

Documentos e requisitos – Para acessar

o sistema Migrante Web, o estudante deve

comprar um token de certificação digital nos

Correios, Serviço Federal de Processamento

de Dados (Serpro) ou em qualquer outra en-

tidade autorizada. O acesso ao sistema é feito

pelo equipamento. O token custa pouco mais

de R$ 100.

Com a certificação digital, o estudante

tem acesso à página de preenchimento de

formulário e todo o processo é realizado on-

line, sem precisar ir a qualquer órgão para

tratar do assunto. Ao preencher os dados e

fazer a solicitação da mudança da condição

de estudante para a de trabalho temporário,

ele ganha um número de processo. Depois,

basta acompanhar o trâmite do pedido.

Santos explica que o estudante terá de fa-

zer o pedido de renovação anualmente. Ele

ainda deve comprovar o vínculo com a ins-

tituição de ensino. O pedido de transforma-

ção da condição de estudante para a tempo-

rária de trabalho pode ser feita durante o cur-

so ou até um ano após a conclusão da gra-

duação ou pós-graduação.

Vida ‘mais fácil’ - O estudante angolano

Francis de Sousa, que estuda administração

e logística em uma universidade de Curitiba

há três anos, disse que a mudança pode aju-

dá-lo a reduzir seus custos de manutenção

no Brasil. Sousa divide o imóvel onde mora

com outros três estudantes angolanos. Ele

afirmou que hoje paga as contas com a ajuda

da família, que ficou em Luanda, capital do

país africano.

O estudante diz que nunca trabalhou no

Brasil por causa do impedimento legal, mas

que agora, depois que mudar sua condição,

pretende buscar um trabalho na área em que

estuda.

Ministério do Trabalho

Assessoria de Imprensa

Fausto Carneiro

dormiam em um barraco de madeira adapta-

do para alojamento. Não havia energia elé-

trica, e o banheiro era um espaço reservado

com uma latrina e dois chuveiros. Além dis-

so, a água consumida tinha indícios de con-

taminação por esgoto, fezes de animais e

agrotóxicos.

Os operários eram recrutados sob a pro-

messa de trabalho digno e direitos traba-

lhistas garantidos. No entanto, ao chegarem

na fazenda, se deparavam com uma realidade

diferente. Eles recebiam apenas diárias e ali-

mentação básica. Materiais como papel hi-

giênico, sabão e itens alimentícios diferentes

dos incluídos nas refeições eram comercia-

lizados por um funcionário da fazenda a va-

lores acima dos de mercado. “Não tinha co-

mo eles irem até a cidade fazer compras, por

exemplo, por causa da distância. A rodovia

mais próxima ficava a 12 quilômetros da fa-

zenda. E de lá até a cidade eram mais 60 qui-

lômetros”, explica o chefe de Inspeção do

Ministério do Trabalho.

O que mais chamou a atenção de Kléber

na fazenda foi o contraste entre esses traba-

lhadores e os demais que prestavam serviço

na propriedade. “A fazenda tinha oito mil ca-

beças de gado, era bonita e muito organiza-

da. Os trabalhadores registrados ficavam em

alojamentos adequados e com tratamento di-

gno, enquanto esses estavam em situação

precária”, relata.

Ministério intervém

em homologações de

trabalhadores

demitidos de

supermercado no Rio

Cerca de mil funcionários estão sendo

atendidos por auditores-fiscais do Trabalho

e encaminhados ao Seguro-Desemprego

Superintendência Regional do Trabalho e

Emprego do Rio de Janeiro (SRTE/RJ) está

mediando as homologações de aproximada-

mente mil trabalhadores demitidos, sem jus-

ta causa, da rede de supermercados Guana-

bara, na capital fluminense.

Os ex-funcionários estão sendo atendidos

pelos homologadores do Sindicato dos Co-

merciários junto com auditores-fiscais do

Trabalho, na sede da Superintendência. “Eles

já saem de lá com toda a documentação

conferida e o Seguro-Desemprego encami-

nhado”, explica o superintendente do Rio,

Helton Yomura.

As demissões ocorreram em 2 de janeiro

e geraram um embate entre o empregador e

o sindicato dos trabalhadores, que pediu na

Justiça, ainda sem sucesso, a revogação das

demissões. Yomura explica que o Ministério

do Trabalho também tentou evitar a dispensa

dos empregados sugerindo que o supermer-

cado entrasse com pedido de lay off, que per-

mite a empresas a suspensão dos contratos

de trabalho e requalificação de mão de obra,

porém a proposta ainda encontra-se em a-

nálise na medição proposta pela SRTE/RJ.

“Precisamos agora garantir que todos os

direitos desses trabalhadores sejam respeita-

dos. Por isso estamos participando das ho-

mologações e seguiremos acompanhando o

caso”, garante Yomura.

Ministério do Trabalho

Assessoria de Imprensa

Os trabalhadores resgatados foram remo-

vidos para um hotel da cidade, enquanto os

proprietários da fazenda ajustam as condi-

ções do alojamento. Eles estão tendo as car-

teiras de trabalho assinadas retroativamente

e receberão todos os direitos trabalhistas

também retroativamente. O acordo com o fa-

zendeiro é que, assim que tudo estiver regu-

larizado, os operários retornarão ao trabalho.

Conscientização – como 28 de janeiro era

o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Es-

cravo, as equipes de fiscalização da Polícia

Rodoviária Federal, do Ministério do Traba-

lho e do Ministério Público do Trabalho rea-

lizaram atividades de conscientização no es-

tado. Foram distribuídas cartilhas para a po-

pulação explicando o que caracteriza o tra-

balho escravo e porque ele é ilegal no Brasil.

1- Jornada de trabalho

Quantas horas por dia um trabalhador co-

mum deve trabalhar? Segundo o Art. 58 da

CLT, a jornada normal será de 8 horas diá-

rias, podendo ser estendida em até 2 horas

desde que exista prévio acordo entre as par-

tes ou que essa possibilidade esteja prevista

na convenção coletiva de trabalho.

Neste ponto, vale destacar que a jornada

apresentada serve como regra geral para a

maioria dos empregados, no entanto, algu-

mas categorias podem estabelecer outros

horários devendo sempre observar a conven-

ção coletiva respectiva e obedecendo a jor-

nada de 44 horas semanais.

Com relação as horas extras estas devem

ser remuneradas com um acréscimo de no

mínimo 50% do valor da hora normal de tra-

balho, ou seja, se um funcionário recebe R$

5,00 pela sua hora de trabalho, quando este

estiver em período de horas extras, o valor da

sua hora de trabalho deverá ser remunerada

no valor de R$ 7,50 (R$ 5,00 hora comum +

R$ 2,50 horas extras).

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Mais uma vez é importante lembrar que a

convenção coletiva de trabalho poderá esta-

belecer valor superior a 50% para a remune-

ração de horas extras, contudo nunca poderá

ser inferior a este percentual. Outra questão

comum é se o empregado tem a obrigação de

prestar horas extras a pedido do chefe. Como

regra geral não.

Segundo a CLT em seu Art. 61 para que o

empregador possa obrigar seu funcionário a

realizar horas extras é necessário que ocorra

algum motivo de força maior ou que o servi-

ço seja inadiável para evitar prejuízos mani-

festos. Inexistindo essa exceção a prestação

de horas extras deverá ser acordada entre

empregador e empregado.

2-Intervalo para Descanso

Aqui vamos dividir o intervalo em duas

partes, o intrajornada, sendo aquele existente

dentro de uma mesma jornada de trabalho e

o interjornada como aquele descanso que há

entre duas jornadas de trabalho diferentes.

Com relação ao intervalo intrajornada este

dependerá da quantidade de horas trabalha-

das pelo empregado.

Quando a quantidade de horas diárias tra-

balhadas forem superior a 6, o intervalo de-

verá ser de no mínimo 1 hora para descanso,

quando for entre 4 horas e 6 horas de traba-

lho diárias, o intervalo para descanso será de

no mínimo 15 minutos. Se o horário para

descanso não for respeitado pelo emprega-

dor, não sendo este concedido ou concedido

em parte, ficará portanto obrigado a remu-

nerar esse período com um acréscimo de pe-

lo menos 50% do seu valor normal, como

forma de punição encontrada pela CLT pelo

desrespeito as normas de proteção a saúde

do trabalhador.

Já para o intervalo interjornada, é neces-

sário que entre uma jornada e outra de traba-

lho exista um período mínimo de descanso

de 11 horas consecutivas, segundo o Art. 66

da CLT, para que assim o empregado possa

restabelecer as suas energias. Dessa forma

cabe ao empregado ficar atento ao cumpri-

mento das normas, pois servem para a ma-

nutenção de sua saúde.

Quando o empregador descumprir as re-

feridas leis é importante que o funcionário

busque conversar de forma amigável com o

seu superior hierárquico. Se o empregador

optar por continuar descumprindo-as, será

necessário que o obreiro faça uma denúncia

ao seu sindicato, ou ao Ministério Público do

Trabalho ou consultar um advogado para que

este possa melhor orienta-lo como agir da

maneira correta para a solução do problema.

3- Salário

O salário mínimo estabelecido para o ano

de 2017 foi no valor de R$ 937,00. No entanto

diversas categorias de trabalho estipulam va-

lor superior ao mínimo legal, sendo extre-

mamente válido que o funcionário conheça a

convenção coletiva da sua categoria para que

possa informar-se sobre os valores a serem

pagos.

Sendo assim, caso o obreiro esteja rece-

bendo salário com valor abaixo do estipulado

pela convenção coletiva deverá buscar solu-

cionar o problema juntamente com seus em-

pregadores, para que a diferença entre os

montantes possam ser quitados. Outra dica

trabalhista é referente aos descontos efetua-

dos no salário do empregado pelo danos cau-

sados ao empregador.

É comum que ocorra o desconto em qual-

quer tipo de lesão sofrida, porém segundo o

Art. 462 da CLT em seu § 1º, o desconto so-

mente será lícito quando for previamente a-

cordado entre as partes ou quando ocorrer

por dolo do empregado.

4- Demissão por justa causa

No atual cenário econômico brasileiro é

nítida a dificuldade em encontrar trabalho,

desta forma é importante que o empregado

saiba manter o seu cargo, evitando praticar

atos que possam por em risco a sua perma-

nência no emprego. Neste caso, o Art. 482 da

CLT elenca alguns atos que se executados

pelo empregado poderá leva-lo a uma demis-

são por justa causa.

É o caso por exemplo do que a CLT clas-

sifica como “ato de improbidade“, sendo a-

quelas situações na qual o obreiro realiza atos

considerados desonestos, que podem inclu-

sive ferir a própria lei, e assim acabam por a-

balar a relação de confiança existente entre

empregado-empregador. É o que ocorre, por

exemplo, ao apresentar atestado médico falso

na empresa para justificar sua falta ou aquele

funcionário que frauda seu cartão de ponto

para apresentar horas extras que na realidade

não laborou.

Todas estas são causas que geram a res-

cisão do contrato por justa causa. Outro moti-

vo é a embriaguez do funcionário no ambiente

de trabalho, bem como a violação de segredo

de empresa, situação muito comum naqueles

funcionários que trabalham com propriedade

industrial desenvolvendo projetos de forma

intelectual para seus empregadores.

5-Assédio moral

Com a tensão da crise financeira as em-

presas acabam pressionando os seus funcio-

nários a conseguirem melhores metas para

cumprir seus objetivos monetários. Desta for-

ma, a cobrança do empregador sempre deve

ser interpretada de forma a estimular o em-

pregado a melhor desenvolver suas ativida-

des laborais.

Compartilhamos com Bianca Wroblevski da Rocha

Advogada - Proprietária do Escritório Wroblevski

Advocacia - [email protected]

Direito do Trabalho:

5 dicas para os empregados

Ministério do Trabalho/Assessoria de Imprensa

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Você sabia que queima de lixo, ainda que em

propriedade particular, é crime?

O artigo 54, da Lei 9.605 de 1998,

conhecida como a Lei de Crimes Ambientais,

preceitua que causar poluição de qualquer

natureza em níveis tais que resultem ou pos-

sam resultar em danos à saúde humana, ou

que provoquem a mortandade de animais ou

a destruição significativa da flora é crime. [1]

Um exemplo de conduta delituosa que se

enquadra neste artigo é a queima doméstica

de lixo, praticada cotidianamente por diver-

sos cidadãos.

O ato de queimar lixo no quintal de uma

residência, considerado inofensivo por mui-

tas pessoas, consiste em um grande perigo

para sociedade, haja vista que vários incên-

dios começaram com uma simples queima

num terreno baldio, no quintal de casa, e a-

cabam consumindo casas e até vidas, sendo

a principal consequência deste crime.[2]

Além da queima mencionada ser extrema-

mente perigoso, tendo em vista que pode dar

início a enormes incêndios, sabe-se que a

umidade baixa por si só já prejudica a saúde,

principalmente das pessoas que possuem

problemas respiratórios. Assim, a situação

se agrava ainda mais com a fumaça que se

concentra no ar causada pelas queimadas, já

que as mesmas acarretam a emissão de di-

versos gazes tóxicos, ferindo o direito funda-

mental à saúde, presente na Constituição Fe-

deral no art. 225. [3]

A pena deste crime, segundo a legislação

federal, quando praticado na modalidade do-

losa, é de reclusão de um a quatro anos e

multa, sendo que quando o crime é culposo

Pelo menos 12 órgãos abriram ins-

crições de concursos públicos, na segunda

(30) e quarta-feira (1º) para um total de 2.095

vagas e formação de cadastro de reserva em

cargos de níveis fundamental, médio e supe-

rior. Os salários chegam a R$ 11.700 na Pre-

feitura de Gurjão (PB). Somente na Marinha

são 1.240 vagas.

Nos concursos para formação de cadastro

de reserva, os candidatos aprovados são

chamados conforme a abertura de vagas

durante a validade do concurso.

Veja os concursos abaixo:

Dia 30Corpo de Bombeiros de Pernambu-

co

O Corpo de Bombeiros Militar de Per-

nambuco abriu concurso público para 300

vagas de soldado. Os candidatos devem ter

nível médio. O salário chega a R$ 2.319,88.

As inscrições devem ser feitas de 30 de já-

neiro a 26 de março pelo site

www.upenet.com.br. A prova objetiva está

prevista para o dia 28 de maio (veja a matéria

completa).

esta pena é de detenção de seis meses a um

ano e multa.

O § 2º do artigo da letra da lei aduz que a

pena é de reclusão de um a cinco anos nas

seguintes hipóteses:

§ 2º Se o crime:

I - tornar uma área, urbana ou rural, im-

própria para a ocupação humana;

II - causar poluição atmosférica que pro-

voque a retirada, ainda que momentânea, dos

habitantes das áreas afetadas, ou que cause

danos diretos à saúde da população;

III - causar poluição hídrica que torne ne-

cessária a interrupção do abastecimento pú-

blico de água de uma comunidade;

IV - dificultar ou impedir o uso público

das praias;

V - ocorrer por lançamento de resíduos

sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, ó-

leos ou substâncias oleosas, em desacordo

com as exigências estabelecidas em leis ou

Concursos: 12 órgãos abrem inscrições para 2 mil

vagas no início da semana

Fundação Municipal de Cultura, em Belo

Horizonte

A Fundação Municipal de Cultura, inte-

grante da administração indireta de Belo Ho-

rizonte, divulgou edital de concurso público

para 16 vagas em cargos de níveis médio e

superior. Os salários vão de R$ 1.767,06 a

R$ 4.126,80. As inscrições podem ser feitas

de 30 de janeiro a 6 de março pelo site

www.gestaoconcurso.com.br. As provas ob-

jetivas serão aplicadas em 23 de abril (veja o

edital no site da organizadora).

Prefeitura de Cachoeiras de Macacu (RJ)

A Prefeitura de Cachoeiras de Macacu

(RJ) vai abrir concurso público para 150 va-

gas de guarda civil municipal. Os candidatos

devem ter nível médio. O salário é de R$

1.161. As inscrições estarão abertas de 30 de

janeiro a 5 de março pelo site

www.faepol.com.br. A prova está prevista pa-

ra o dia 2 de abril (veja o edital no site da

organizadora).

Prefeitura de Gurjão (PB)

A Prefeitura de Gurjão (PB) fará concurso

público para 53 vagas em cargos de níveis

fundamental, médio e superior. As remunera-

ções vão de R$ 937 a R$ 11.700. Os can-

didatos podem se inscrever pelo site

www.conpass.com.br entre os dias 30 de

janeiro a 5 de março. A prova será aplicada

na data provável de 9 de abril (veja o edital

no site da organizadora).

Prefeitura de Veranópolis (RS)

A Prefeitura de Veranópolis (RS) vai abrir

processo seletivo para 33 vagas temporárias

para professores. Os salários vão de R$ 1.

166 a R$ 3.300. As inscrições devem ser fei-

tas no período de 30 de janeiro a 3 de feve-

reiro no setor administrativo na sede da pre-

feitura, localizada na Rua Alfredo Chaves,

366, das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h.

A seleção terá validade para o ano letivo de

2017 (veja o edital no site da prefeitura).

Universidade Estadual de Ponta Grossa

(UEPG)

A Universidade Estadual de Ponta Grossa

regulamentos:

Pena - reclusão, de um a cinco anos.

Inobstante, o § 3º assevera que incorre

nas mesmas penas previstas no parágrafo

anterior quem deixar de adotar, quando as-

sim o exigir a autoridade competente, medi-

das de precaução em caso de risco de dano

ambiental grave ou irreversível.

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Diante desta breve exposição, a mensa-

gem que fica é que todos os indivíduos de-

vem respeitar a legislação e não praticar este

crime, o qual pode trazer consequências não

só para quem o pratica, mas para a popu-

lação como um todo.

Autores: Henrique Gabriel Barroso e Sérgio

Luiz Barroso

(UEPG) vai abrir um processo seletivo para

a contratação de 105 professores. Os salários

vão de R$ 1.622,92 a R$ 8.208,60. As ins-

crições devem ser feitas pelo site

www.uepg.br entre os dias 30 de janeiro a 6

de fevereiro. As provas estão marcadas entre

os dias 21 e 23 de fevereiro (veja a matéria

completa).

Dia 1ºCelg Geração e Transmissão – Celg

GT, em Goiás

A Celg Geração e Transmissão – Celg GT,

de Goiás, divulgou edital de concurso públi-

co para 19 vagas em cargos de níveis médio

e superior. As remunerações vão de R$ 2.

079,48 a R$ 7.890,24. As inscrições podem

ser feitas pelo site www.cs.ufg.br no período

de 1º de fevereiro a 23 de março. A prova ob-

jetiva será aplicada em 7 de maio (veja o edi-

tal no site da organizadora).

Marinha

A Marinha divulgou edital de processo

seletivo para 1.240 vagas de aprendizes-ma-

rinheiros. Do total das oportunidades, 248

são reservadas para negros. Os candidatos

podem se inscrever pelos sites

www.ensino.mar.mil.br ou

www.ingressonamarinha.mar.mil.br de 1º de

fevereiro a 6 de março. A data da prova

escrita objetiva não foi divulgada. O início do

curso será em 22 de fevereiro de 2018 (veja

a matéria completa).

Tribunal de Justiça do Paraná

O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR)

vai abrir concurso público para oportuni-

dades de juiz substituto. O salário não foi in-

formado. As inscrições devem ser feitas pelo

site www.cespe.unb.br no período de 1º de

fevereiro a 3 de março. A prova objetiva está

prevista para o dia 2 de abril (veja o edital no

site da organizadora). N

O empregado que sofre acidente no

ambiente de trabalho e precisa ser afastado

temporária ou definitivamente possui direi-

tos como estabilidade e benefícios previden-

ciários para se manter até sua recuperação

para as atividades diárias. O Brasil é um dos

lugares onde se registram mais ocorrências

por ano em todo o mundo. De acordo com

dados recentes, o País registra mais de 700

mil incidentes anuais, e ocupa o quarto lugar

no mundo nesse aspecto, segundo a OIT

(Organização Internacional do Trabalho). Fi-

ca atrás apenas de China, Índia e Indonésia.

De acordo com os especialistas em Direi-

to do Trabalho, esse tipo de acidente é carac-

terizado por fato que provoca dano ao empre-

gado, seja ele físico ou mental, causando

redução ou perda de sua capacidade labora-

tiva. Essa incapacidade para o trabalho pode

ser temporária ou definitiva. Em alguns ca-

sos, o acidente pode resultar na morte do tra-

balhador.

O advogado João Badari, sócio do Aith,

Badari e Luchin Advogados, ressalta que mi-

lhares de trabalhadores desconhecem seus

direitos em razão de doença ou acidente que

ocorre em seu local de trabalho ou devido a

atividade exercida. Esses incidentes ocasio-

nam diversos tipos de ferimentos, como lu-

xações, fraturas e tantos outros tipos de le-

sões que acabam por afastar muitos traba-

lhadores de suas funções por determinado

tempo.

“O ajuizamento de ações na busca de di-

reitos acidentários dá aos trabalhadores o di-

reito de estabilidade provisória, ou seja, pe-

ríodo em que o empregado tem seu emprego

garantido, não podendo ser dispensado por

vontade do empregador, salvo por justa cau-

sa ou força maior. O empregado não irá per-

der sua ocupação, pois devido ao acidente de

trabalho será declarada sua estabilidade”,

explica.

De acordo com o artigo 118 da lei número

8.213/1991, o segurado que sofreu acidente

do trabalho tem garantida, pelo prazo de 12

meses, a manutenção de seu contrato na em-

presa, após a cessação do auxílio-doença a-

cidentário, independentemente de percepção

de auxílio-acidente. “Significa dizer que tem

garantido o emprego aquele trabalhador que

recebeu alta médica após o retorno do be-

nefício previdenciário”, completa Badari.

DOENÇAS - Elvisson Pereira Jacobina

Junior, advogado de Direito do Trabalho, do

escritório Roberto Caldas, Mauro Menezes &

Advogados, esclarece que as doenças ocu-

pacionais ou profissionais também configu-

ram como acidente de trabalho. “Essas enfer-

midades são, usualmente, desencadeadas

pela natureza da própria atividade desempe-

nhada ou pela forma como esse trabalho é

realizado, o que pode gerar o adoecimento

do trabalhador”.

O especialista também cita alguns exem-

plos: surdez provocada pelo trabalho realiza-

do em local extremamente barulhento; Dorts

(Doenças Osteomusculares Resultantes do

Trabalho) ou LER. (Lesão por Esforço Repe-

titivo), contraídas por exposição a atividades

de esforços físicos, posturas inadequadas e

movimentos repetitivos;intoxicação produzi-

Após acidente, empregado tem

estabilidade e benefício

da pelo contato com o mercúrio, como acon-

tece na indústria que fabrica lâmpadas incan-

descentes.

“Na prática, tanto o acidente de trabalho tí-

pico como as doenças ocupacionais podem

gerar a responsabilização da empresa pelo a-

cidente ou doença causado ao trabalhador”,

revela Jacobina.

De acordo com o advogado trabalhista Já-

mes Augusto Siqueira, sócio do Augusto Si-

queira Advogados, a legislação exige do tra-

balhador a comprovação do dano, “isto é, a

lesão e o nexo causal, que vem a ter a relação

da lesão com as atividades laborais”.

Empresa deve comunicar o INSS

Especialistas destacam que quando ocorre

acidente de trabalho a empresa deve emitir

uma CAT (Comunicação de Acidente de Tra-

balho). “Esse comunicado deve ser elaborado

para que o trabalhador, nos primeiros 15 dias

de afastamento, receba do empregador o sa-

lário pago pela empresa, bem como ultra-

passado esses 15 dias, tenha seus custos co-

bertos pelo INSS (Instituto Nacional do Se-

guro Social), por meio de auxílios. O comu-

nicado também garante a estabilidade de 12

meses no contrato de trabalho, a contar da

alta médica”, assinala Ruslan Stuchi, advo-

gado trabalhista e sócio do Stuchi Advo-

gados.

Não há período mínimo ou máximo de a-

fastamento. “Acima de 15 dias de afastamen-

to, o empregador não será mais responsável

por custeá-lo, passando a responsabilidade

ao INSS.

Para acessar auxílio é preciso passar por

perícia

O trabalhador que sofre acidente do traba-

lho tem direito aos benefícios previdenciários

típicos, como auxílio-doença, aposentadoria

por invalidez ou mesmo pensão por morte,

para seus dependentes. “Esses benefícios

passam a ser considerados benefícios aci-

dentários”, diz Ruslan Stuchi.

Segundo Elvisson Jacobina, é importante

frisar que para ter direitos aos benefícios pre-

videnciários recorrentes do acidente de tra-

balho é obrigatória a realização de perícia mé-

dica junto ao INSS. “O perito analisará se a

incapacidade é total, parcial, temporária ou

permanente. De acordo com essa avaliação, o

segurado pode ter direito a receber um bene-

fício de auxílio-doença – para incapacidade

laboral parcial e temporária – ou aposen-

tadoria por invalidez – para incapacidade la-

boral total e permanente”.

O perito do INSS, completa o advogado,

também verificará se a incapacidade do segu-

rado é ou não decorrente do trabalho que ele

desempenha. “Se sim, ele passa a ter direito

a um benefício de auxílio-doença ou apo-

sentadoria por invalidez, na modalidade aci-

dentária. Se não (por exemplo, uma gripe que

não tenha relação com a atividade), o segu-

rado tem acesso aos referidos benefícios na

modalidade previdenciária”.

Compartilhamos com Diário do Grande ABC

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Página 05/10 - Norminha - DESDE 18/08/2009 - ANO 09 - Nº 400 - 02/02/2017

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Aposentadoria

por invalidez,

quem tem

direito?

Todos os segurados do Regime Ge-

ral de Previdência Social, quer obrigatórios

ou facultativos, se forem considerados invá-

lidos permanentemente para qualquer tipo de

trabalho, terão direito à aposentadoria por in-

validez.

Para que o segurado tenha direito ao be-

nefício, o mesmo deve cumprir carência de

12 meses:

"A concessão das prestações pecuniárias

do Regime Geral de Previdência Social de-

pende dos seguintes períodos de carência,

ressalvado o disposto no art. 26:

I - auxílio-doença e aposentadoria por in-

validez: 12 (doze) contribuições mensais;

"Art. 25, Lei 8213/91

A própria lei também trás uma exceção ao

caso, isto é, casos em que não será neces-

sário a observância do referido prazo:

"Independe de carência a concessão das

seguintes prestações auxílio-doença e apo-

sentadoria por invalidez nos casos de aci-

dente de qualquer natureza ou causa e de do-

ença profissional ou do trabalho, bem como

nos casos de segurado que, após filiar-se ao

RGPS, for acometido de alguma das doenças

e afecções especificadas em lista elaborada

pelos Ministérios da Saúde e da Previdência

Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de a-

cordo com os critérios de estigma, defor-

mação, mutilação, deficiência ou outro fator

que lhe confira especificidade e gravidade

que mereçam tratamento particularizado;"

A aposentadoria por invalidez é um bene-

fício restrito, ou seja, é necessário que o se-

gurado esteja total e permanentemente inca-

pacitado para o trabalho e, além disso, é ne-

cessário que, analisando as condições so-

ciais, de idade e escolaridade, não caiba o a-

prendizado de uma nova profissão, pois caso

contrário o segurado não fará jus a aposen-

tadoria por invalidez e sim ao auxílio-doença.

A cada 2 anos o aposentado por invalidez

deve passar por perícia no INSS para reava-

liação, os maiores de 60 anos são isentos

dessa perícia.

Outra informação relevante é que, se o se-

gurado se filiar ao RGPS já incapacitado o

benefício será negado, porém se ele se filiar

portando uma incapacidade laborativa e esta

causar-lhe a invalidez por progressão, o be-

nefício será concedido, ou seja, se ele já pos-

suía a doença antes de se tornar segurado,

mas esta não o incapacitava para o trabalho

e só após houve a incapacitação o benefício

será concedido.

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7 principais leis

trabalhistas que

todo trabalhador

deve realmente

conhecer

Se você está à procura do seu pri-

meiro emprego ou já está no mercado de tra-

balho é muito importante saber as leis traba-

lhistas básicas da CLT, que é o que rege o

mercado de trabalho no Brasil.

Confira abaixo as 7 principais leis traba-

lhistas:

Vale Transporte: O Vale transporte é o be-

nefício que o empregador fornece ao traba-

lhador, para que o mesmo se desloque de

sua residência para o trabalho e do trabalho

para a residência.

O vale-transporte foi instituído pela lei 7.

418 de Dezembro de 1985. Esse benefício

não se incorpora à remuneração e nem tem

natureza salarial, permitindo a lei que o em-

pregador efetue desconto salarial de até 6%

(seis por cento) do salário básico do empre-

gado.

Vale Alimentação: O vale alimentação é

um auxílio fornecido pelas empresas aos

seus funcionários, que serve para fazer com-

pras em supermercados e em algumas pada-

rias.

Ao contrário do vale transporte, o vale ali-

mentação não é obrigatório para as empre-

sas, sendo facultativo para elas o pagamento

deste benefício. Segundo a CLT, o pagamen-

to do vale alimentação não pode exceder

20% do salário do empregado.

Licença Maternidade: A licença materni-

dade é um direito de todas as mulheres que

trabalham no Brasil e que contribuem para a

Previdência Social (INSS).

Trabalhadoras que trabalham como ter-

ceirizadas, autônomas, empregadas domés-

ticas ou trabalhadoras temporárias têm direi-

to ao benefício, podendo se afastar por 120

dias, com direito à remuneração mensal o

pagamento é feito pelo INSS. A trabalhadora

pode sair de licença a partir do último mês de

gestação.

Férias remuneradas: Após um ano de tra-

balho, vem o descanso merecido, os empre-

gados têm direito a 30 dias de férias remu-

neradas. O valor a ser recebido equivale à re-

muneração mensal do trabalhador na data da

concessão, aditada do adicional de 1/3.

O pagamento da remuneração de férias

deverá ser efetuado até dois dias antes do

início das mesmas, e o trabalhador receberá

adiantado o período correspondente ao perí-

odo de férias.

Demissão por Justa Causa: A demissão

por justa causa ocorre quando o empregado

comete erros que tornam insustentáveis a re-

lação trabalhista com a empresa.

Ações ou omissões graves no local de tra-

balho, condutas desonestas, atos de impro-

bidade, fraude, furto, repetição de faltas (de-

sídia), embriaguez no serviço, violação de

segredo da empresa, são alguns dos motivos

que levam o trabalhador a ser demitido por

justa causa.

Hora extra: A hora extra, também conhe-

cida como hora suplementar ou hora extra-

ordinária, é o período de trabalho excedente

à jornada habitual acordada no contrato de

trabalho. Pode ocorrer antes do início, no in-

tervalo do repouso e alimentação, após o pe-

ríodo, dias que não estão no contrato (sába-

do, domingo ou feriado).

Não é necessário o exercício do trabalho

propriamente dito, mas só o fato de o empre-

gado estar à disposição do empregador, já

configura-se como hora extra.

Aviso Prévio: O aviso prévio é a comu-

nicação da rescisão do contrato de trabalho

previamente comunicada. Quando o traba-

lhador ou o empregador deseja rescindir o

contrato de trabalho sem justa causa, deverá,

antecipadamente, notificar à outra parte, atra-

vés do aviso prévio. Aline Lazzarini Campos

O Portador da Hepatite C tem direi-

to a benefícios por incapacidade?

O portador terá direito ao benefício desde

que a enfermidade seja a causadora da inca-

pacidade laborativa, e desde que o cidadão

seja segurado do INSS.

Vale mencionar que dependendo do grau

da incapacidade do cidadão poderá receber o

benefício de auxílio-doença, se a incapacida-

de for temporária, ou aposentadoria por inva-

lidez, se o grau da incapacidade for total e

permanente.

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O que significa qualidade de segurado?

Qualidade de segurado é quando o cida-

dão contribui para com o INSS, ou seja,

quando recolhe mês a mês, ou quando traba-

lha registrado, onde ocorre o recolhimento

por parte do empregador, e do empregado.

Os benefícios por incapacidade serão de-

vidos ao cidadão que se filie ao INSS pos-

suindo a enfermidade?

O art. 71 do Decreto 3.048/99 estabelece

que

"Não será devido auxílio-doença ao segu-

rado que se filiar ao Regime Geral de Pre-

vidência Social já portador de doença ou le-

são invocada como causa para a concessão

do benefício, salvo quando a incapacidade

sobrevier por motivo de progressão ou agra-

vamento dessa doença ou lesão".

Assim, é importante que os portadores de

hepatite C filiem-se à Previdência Social para

que, no futuro, se necessário, tenham acesso

ao auxílio-doença e a outros benefícios pre-

videnciários.

Quanto tempo o trabalhador precisa con-

tribuir para com o INSS para ter acesso aos

benefícios previdenciários?

Segundo o art. 71 do Decreto n. 3.048/99,

será devido auxílio-doença, independente- mente de carência (tempo de contribuição

necessário) aos segurados quando sofrerem

acidente de qualquer natureza. Também inde

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Direitos Previdenciários do

Portador de Hepatite C

pende de tempo de contribuição, a concessão

de auxílio-doença e aposentadoria por invali-

dez ao segurado que, após filiar-se ao Regime

Geral de Previdência Social, for acometido de

tuberculose ativa, hanseníase, alienação

mental, neoplasia maligna, cegueira, paralisia

irreversível e incapacitante, cardiopatia grave,

doença de Parkinson, espondiloartrose an-

quilosante, nefropatia grave, estado avançado

de doença de Paget (osteíte deformante), sín-

drome da deficiência imunológica adquirida,

hepatopatia grave ou contaminação por radia-

ção (PORTARIA INTERMINISTERIAL nº 2.998

de 23 de agosto de 2001).

As pessoas com graves problemas no fí-

gado (hepatopatia grave), sem condições pa-

ra o trabalho mas que nunca contribuíram pa-

ra a Previdência Social, tem direito a algum

benefício previdenciário?

A lei previdenciária coaduna o benefício da

prestação continuada (LOAS). Esse benefício

é a garantia de 1 (um) salário mínimo mensal

à pessoa portadora de deficiência e ao idoso

com 65 anos de idade ou mais e que com-

prove não possuir meios de se manter ou de

ser mantido pela família. Para recebimento

deste benefício considera-se a pessoa porta-

dora de deficiência como aquela incapacitada

para a vida independente e para o trabalho.

A deficiência será comprovada através de

perícia do INSS, ou pelo perito judicial, se for

o caso.

De maneira geral, o INSS tem restringido

esse benefício aos casos em que esteja ca-

racterizada a incapacidade para as atividades

da vida diária, isto é, somente em nos casos

onde a saúde das pessoas encontra-se em

estado realmente grave.

Caso a perícia do INSS não caracterize a

incapacidade, o cidadão poderá recorrer ao

Poder Judiciário.

Compartilhamos com Ana Luiza Tangerino

Francisconi - Advogada Especialista em

Direito Previdenciário

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Page 6: Norminha · vez que o sábado é um dia de descanso para ... os que se interessam pelo prevencionismo, trabalho justo, igualitário e humanístico, a se

Página 06/10 - Norminha - DESDE 18/08/2009 - ANO 09 - Nº 400 - 02/02/2017

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O trabalho de carpintaria na cons-

trução de um resort próximo a lagoa do

Manso (129km de Cuiabá) mantinha um pro-

fissional exposto ao sol durante toda a sua

jornada.

Como a exposição ao calor ultrapassou

os limites de tolerância estabelecidos em

norma de segurança no trabalho, o Tribunal

Regional do Trabalho de Mato Grosso (TRT/

MT) determinou o pagamento de adicional

de insalubridade.

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Como ‘carpinteiro telhador’, ele fazia a co-

bertura dos bangalôs do empreendimento. O

trabalho a céu aberto o deixava exposto dia-

riamente a agentes nocivos à saúde, como

poeira, cimento e radiação solar, tudo sem a

utilização de Equipamentos de Proteção Indi-

vidual (EPIs) adequados.

O perito designado para o caso concluiu

que a atividade desenvolvida possuía agen-

tes insalubres em grau médio, por exposição

ao calor do sol acima do limite permitido pela

Norma Regulamentadora 15, que trata de ati-

vidades e operações insalubres.

Com base no laudo do perito, a juíza su-

bstituta da 6ª Vara do Trabalho de Cuiabá,

Márcia Pereira, condenou a empresa a pagar

o adicional de insalubridade e reflexos e

compensação por danos morais. A empresa

recorreu da decisão, mas a 2ª Turma do TRT/

MT manteve a condenação no percentual de

20%.

Justiça reconhece direito a adicional de

insalubridade em exposição ao sol

Conforme o relator do processo no Tribu-

nal, desembargador Osmair Couto, o enten-

dimento do Tribunal Superior do Trabalho

(TST) é no sentido de que o trabalho a céu

aberto, com exposição a calor excessivo,

confere ao trabalhador o direito ao adicional

de insalubridade no caso de exposição acima

dos limites de tolerância. “Constatado por

meio de perícia técnica que o trabalhador es-

tava exposto ao agente físico calor superior

aos limites de tolerância para a atividade de-

sempenhada, o adicional de insalubridade é

devido”.

A orientação jurisprudencial 173 do TST

estabelece que tem direito ao adicional de in-

salubridade o trabalhador que exerce ativida-

de exposto ao calor acima dos limites de to-

lerância, inclusive em ambiente externo com

carga solar.

TRT- 23ª Região - PJe 0001334-

17.2015.5.23.0022

Compartilhamos com Ian Ganciar Varella -

Advogado Previdenciário

Professor Azevedo

grava vídeo

indicando Norminha

para profissionais de

todo o Brasil

O professor Azevedo que mantém

cursos online, EAD e presenciais acaba de

gravar um vídeo indicando a todos os profis-

sionais do Brasil a seguirem a Norminha.

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Azevedo prestigia nosso trabalho e pede

aos profissionais, estudantes e pessoas que

estão ingressando na vida do trabalho, a ler

mais para se inteirar das normas e regras que

mantem suas profissões no mercado de tra-

balho.

Ele diz que a informação é importantís-

sima e cita a Norminha como um veículo de

grandeza para a vida profissional.

Desfrute você também de nosso trabalho

e receba as edições de Norminha toda quin-

ta-feira gratuitamente no seu e-mail. Envie

seu nome completo, cidade/estado para:

[email protected]

https://www.youtube.com/watch?v=a1LBhF

mZ2Ao&t=370s

As atividades insalubres merece-

ram atenção do legislador constituinte que

no art. 7º, inciso XXIII da Lex Mater, fez pre-

visão de adicional de remuneração para tra-

balhadores que exerçam suas funções nestas

condições. Ademais, a própria CLT regula-

menta o trabalho insalubre estipulando, por

exemplo, os percentuais do adicional (art.

192, CLT).

De acordo com CORRÊA e SALIBA

(2015), "A palavra"insalubre"vem do latim e

significa tudo aquilo que origina doença;

insalubridade, por sua vez, é a qualidade de

insalubre". Em consonância ao conceito a-

presentado e tendo como parâmetro os prin-

cípios de Higiene Ocupacional, o art. 189 da

CLT define as atividades insalubres como

[...] aquelas que, por sua natureza, con-

dições ou métodos de trabalho, exponham

os empregados a agentes nocivos à saúde,

acima dos limites de tolerância fixados em

razão da natureza e da intensidade do agente

e do tempo de exposição aos seus efeitos.

Dentre os agentes agressivos que tornam

uma determinada atividade insalubre, isto é,

capaz de gerarem uma doença profissional,

citam-se:

a) Agentes físicos: ruído, calor, radiações,

frio, vibrações e umidade;

b) Agentes químicos: poeira, gases e va-

pores, névoas e fumos;

c) Agentes biológicos: micro-organis-

mos, vírus e bactérias.

É relevante aduzir que a gravidade da ex-

posição do trabalhador à estes agentes de-

penderá de diversos fatores, tais como o

tempo de exposição, a natureza do agente,

bem como a intensidade da exposição. Ten-

do por base esta ideia, foram estipulados li-

mites de tolerância para cada um dos agentes

citados, para fins de parâmetro de avaliação,

tendo o legislador infraconstitucional dele-

gado ao MTE (Ministério do Trabalho e Em-

prego) a função de regulamentar esta matéria

(art. 190, CLT).

Assim, a regulamentação ocorreu por

meio da NR-15 da Portaria 3.214 de 1978,

momento em que foram classificadas as ati-

vidades consideradas insalubres para fins de

reconhecimento do direito ao adicional de

insalubridade. Isto é, o agente constatado no

laudo pericial precisará ser um daqueles

descritos na norma regulamentadora do

MTE.

Nesse sentido, é a súmula 460 do Su-

premo Tribunal Federal que assevera "Para

efeito do adicional de insalubridade, a perícia

judicial, em reclamação trabalhista, não dis-

pensa o enquadramento da atividades entre

as insalubres, que é ato da competência do

Ministério do Trabalho".

Ademais, conforme o subitem 15.1 da

NR-15, consideram-se como atividades e o-

perações insalubres as que se desenvolvem:

a) acima dos limites de tolerância pre-

vistos nos anexos 1, 2, 3, 5, 11 e 12;

b) nas atividades mencionadas nos ane-

xos 6, 13 e 14;

c) comprovadas por meio de laudo de

inspeção do local de trabalho, constantes

dos anexos 7, 8, 9 e 10.

Analisando esta norma do Ministério do

Trabalho, é possível discriminar três critérios

utilizados para caracterização da insalubrida-

de, quais sejam: avaliação quantitativa, quali

Os critérios para caracterização

da insalubridade

tativa e avaliação qualitativa de riscos ineren-

tes à atividades.

Tendo-se por base os anexos 1, 2, 3, 5, 8,

11 e 12 que definem os limites de tolerância

para agentes nocivos, e sabendo que o art.

189 da CLT considera como "atividades ou o-

perações insalubres aquelas que, por sua na-

tureza, condições e métodos de trabalho, ex-

ponham os empregados a agentes nocivos à

saúde, acima dos limites fixados em razão da

natureza e da intensidade do agente e do tem-

po de exposição aos seus efeitos", por meio

de uma avaliação quantitativa,

[...] o perito terá de medir a intensidade ou

a concentração do agente e compará-lo com

os respectivos limites de tolerância; a insa-

lubridade será caracterizada somente quando

o limite for ultrapassado. Para tanto, o perito

deve utilizar todas as técnicas e os métodos

estabelecidos pelas normas de Higiene Ocu-

pacional juntamente com aquelas definidas

nos mencionados anexos". (CORRÊA; SALI-

BA; 2015)

Por sua vez, nos anexos 7, 9, 10 e 13, da

supramencionada norma regulamentadora,

não há fixação de limites de tolerância para os

agentes que causam prejuízos à saúde dos

empregados. Nestes casos, o perito se valerá

de uma avaliação qualitativa, ou seja,

[...] a insalubridade será comprovada pela

inspeção realizada por perito no local de tra-

balho; (...) na caracterização da insalubridade

pela avaliação qualitativa, o perito deverá

analisar detalhadamente o posto de trabalho,

a função e a atividade do trabalhador, uti-

lizando os critérios da Higiene Ocupacional.

(CORRÊA; SALIBA; 2015)

Por fim, existem atividades que não existem

meios de eliminar ou neutralizar a insalubri-

dade, logo, as condições insalubre são ine-

rentes. Dessa forma, a caracterização da insa-

lubridade, com base em uma avaliação quali-

tativa de riscos inerentes à atividade, deve-se

fazer inspeção do local de trabalho.

Compartilhamos com Nicolas de Oliveira

Pereira - Advogado

Trinta doenças garantem

descontos na compra do

carro novo; Saiba quais

Você que pretende comprar um carro novo pode ter direito a des-

contos com a isenção de impostos e talvez nem esteja sabendo. A questão

é que, ao contrário do que muita gente pensa, o benefício da isenção fiscal

não abrange apenas pessoas com deficiência física, mas também, portado-

res de doenças que provocam algum tipo de limitação.

De acordo com Itamar Tavares Garcia, diretor comercial da Associação

Brasileira da Indústria, Comércio e Serviços de Tecnologia Assistiva

(Abridef), portadores dessas limitações podem requerer a isenção de im-

postos como IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), ICMS (Imposto

sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e o IPVA (Imposto sobre

Propriedade de Veículos Automotores).

Segundo Itamar, doenças como câncer, hepatite C, Parkinson, problemas

graves de coluna, Diabetes, HIV Positivo e hemofílicos, Artodese, Escoliose,

Artrite Reumatoide, Hérnia de Disco, Artrose, derrame, Bursite, Tendinite e

LER (Lesão por Esforço Repetitivo), estão na lista das enfermidades con-

templadas com o benefício.

“No total, mais de 100 milhões de brasileiros podem ter direito a comprar

carro 0km com isenção de impostos”, complementa Itamar.

Para solicitar o benefício é necessário, inicialmente, dirigir-se ao Depar-

tamento Estadual de Trânsito (Detran) e solicitar, junto a perícia médica, lau-

do atestando a condição de deficiente ou portador de patologia.

Com o laudo em mãos, o condutor deverá procurar, em seguida, a Recei-

ta Federal para requerer a isenção do IPI. No caso do ICMS e do IPVA, o

motorista deve se dirigir a Secretaria Estadual de Tributação e pedir a isen-

ção. O processo dura, em média 30 dias. Fonte: portalnoar

Veja as doenças: Amputações; Artrite Reumatóide; Artrodese; Artrose;

AVC; AVE (Acidente Vascular Encefálico); Autismo; Alguns tipos de câncer;

Doenças Degenerativas; Deficiência Visual; Deficiência Mental; Doenças

Neurológicas; Encurtamento de membros e más formações; Esclerose Múl-

tipla; Escoliose Acentuada; LER (Lesão por esforço repetitivo); Linfomas; Le-

sões com sequelas físicas; Manguito rotador; Mastectomia (retirada de ma-

ma); Nanismo (baixa estatura); Neuropatias diabéticas; Paralisia Cerebral;

Paraplegia; Parkinson; Poliomielite; Próteses internas e externas, exemplo:

joelho, quadril, coluna, etc.; Problemas na coluna; Quadrantomia (Relacio-

nada a câncer de mama); Renal Crônico com uso de (fístula); Síndrome do

Túnel do Carpo; Talidomida; Tendinite Crônica; Tetraparesia; Tetraplegia.

Entre em contato:

[email protected]

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ESTRESSE. É POSSÍVEL CONTROLAR?

Caro leitor,

O estresse ativa um impressionante

mecanismo do corpo, que age como uma e-

quipe de emergência. Hormônios são libera-

dos para acelerar a respiração e o batimento

cardíaco e para aumentar a pressão sanguí-

nea. Além disso, reservas de glóbulos ver-

melhos e glicose entram na corrente sanguí-

nea. Essa série de reações prepara você para

lidar com a causa do estresse. Depois que a

situação estressante passa, seu corpo costu-

ma voltar ao normal. Mas, se essa situação

continua, o estresse pode levá-lo à ansiedade

ou tensão crônica, como um motor que é

mantido acelerado. Por isso, saber lidar com

o estresse é essencial para a saúde física e

mental. E como lidar com o estresse?

O estresse não é necessariamente ruim. A

Associação Americana de Psicologia expli-

cou: “O estresse é para o ser humano o que

a tensão é para a corda de um violino: se você

deixar a corda frouxa, o som sairá abafado e

áspero; se a apertar demais, o som sairá es-

tridente e a corda poderá até se romper. Mui-

to estresse pode matar, mas um pouco pode

tornar a vida mais interessante. O segredo é

saber controlá-lo.”

Além disso, a saúde e a personalidade va-

riam de pessoa para pessoa. O que estressa

alguém pode não estressar outro. Mas, se em

seu dia a dia você fica tão tenso que não con-

segue relaxar nem lidar com uma emergên-

cia, isso indica que seu nível de estresse não

é saudável.

Na tentativa de lidar com o estresse crô-

nico, algumas pessoas recorrem a álcool,

drogas ou cigarro. Outras comem compulsi-

vamente ou se tornam sedentárias, passando

horas na frente da televisão ou do compu-

tador. Esses hábitos não eliminam a causa do

estresse e podem até aumentá-lo. Então, co-

mo podemos controlar o estresse? Muitas

pessoas conseguem fazer isso por aplicar

Um estudo liderado por Pedro Nor-

ton, investigador da Unidade de Investigação

em Epidemiologia (EPIUnit) do Instituto de

Saúde Pública da Universidade do Porto (IS-

PUP), abordou a prevalência e os determi-

nantes de bullying em profissionais de saúde

e concluiu que um em cada 12 trabalhadores

(8%) sofre deste tipo de agressão.

As conclusões referem também que os

atos de bullying – termo que designa a expo-

sição sistemática à humilhação e a compor-

tamentos hostis e violentos contra um ou

mais indivíduos – incidem sobretudo em

pessoas do sexo feminino, que trabalham co-

mo enfermeiras, administrativas e assisten-

tes operacionais.

“Os profissionais de saúde são um grupo

ocupacional particularmente exposto ao

bullying. Em Portugal, apenas existem dados

representativos deste fenómeno em enfer-

meiros, pelo que este é o primeiro estudo de

grande dimensão que avalia o bullying nos

restantes grupos profissionais ligados à saú-

de”, refere Pedro Norton.

A nível dos agentes que praticam bul-

lying, verificou-se que este tipo de agressões

era perpetrado, predominantemente, por su-

periores hierárquicos das vítimas.

A falta de estabilidade no trabalho e as po-

líticas de flexibilidade laboral estão, de acor-

do com os autores do estudo, intimamente

conselhos práticos como contar os proble-

mas a um terapeuta, um parente ou amigo de

confiança. Inúmeras pesquisas mostram que,

quando temos apoio profissional e/ou de

quem amamos, as chances de desenvolver

distúrbios relacionados ao estresse são me-

nores.

Nada de ficar pensando no que pode dar

errado na sua vida. Isso vai deixar você esgo-

tado emocionalmente. E pode ser que o que

você teme nunca aconteça! Então seja positi-

vo.

Para algumas pessoas a oração e/ou me-

ditação tem um efeito sensacional. Conec-

tar-se consigo mesmo e com a fé que pro-

cessa ter (cada um tem a sua) pode contribuir

para paz interior.

Não abra mão de um tempo para relaxar e

descansar. Estabeleça o que é mais impor-

tante para você e simplifique a vida. Talvez

note que para isso precisará de uma porção

de disciplina. Mas não pense que isso vai

“tirar” sua liberdade. Na verdade, irá tornar a

vida mais organizada, prática e menos es-

tressante.

E para concluir, resolva as diferenças com

as pessoas. Evite inflamar discussões, resol-

va as questões e viva com menos estresse!

Desejo-lhe uma vida mais tranquila! Até

logo!

Carla Santos Lima

Psicóloga Espec. Junguiana, TST,

Analista de TD & E no meio corporativo,

Consultora organizacional,

Palestrante de Educação em Saúde,

Sexualidade e Segurança do trabalho.

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associadas ao bullying no local de trabalho.

Os trabalhadores temporários são um grupo

particularmente vulnerável, devido ao receio

de serem despedidos ou de não verem o seu

contrato renovado, no caso de denunciarem

a agressão. Também os trabalhadores com

contratos a termo sofrem um maior risco de

agressão comparativamente aos que pos-

suem contrato por tempo indeterminado.

Os resultados apresentados foram obti-

dos através da análise das respostas a um in-

quérito aplicado a 707 profissionais de saúde

hospitalares. A maioria dos participantes são

mulheres (72,7%), com menos de 35 anos

(46,2%) e que exercem a profissão de enfer-

magem (38,7%).

De realçar no entanto, que a prevalência

de bullying observada neste estudo é inferior

A Justiça do Trabalho condenou uma

empresa de construção a pagar indenização

por danos morais no valor de R$ 10 mil a um

empregado que foi diagnosticado com hérnia

disco, doença adquirida, entre outros moti-

vos, pela extensa jornada de trabalho a que

era obrigado a cumprir. A decisão foi da juíza

Mônica Ramos Emery, em exercício na 10ª

Vara do Trabalho de Brasília.

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De acordo com os autos, o empregado

relatou que durante o período de trabalho na

empresa adquiriu uma hérnia discal em razão

das condições de trabalho, a sobrejornada e

a natureza das tarefas que exercia. O traba-

lhador afirmou que a empresa não zelou pela

manutenção das condições de segurança do

trabalho.

Em sua defesa, a empresa de construção

alegou que a doença sofrida pelo empregado

não tinha qualquer relação com o trabalho e

que estariam associadas a outros fatores. Re-

Texto produzido pelo: TST - Tribunal Superior do

Trabalho

A Terceira Turma do Tribunal Supe-

rior do Trabalho aumentou de R$ 10 mil para

R$70 mil o valor da condenação por danos

morais que a Cristel Sistemas de Comunica-

ção Ltda. e Companhia Estadual de Geração

e Transmissão de Energia Elétrica terão de

latou também que tomou todas as providên-

cias ao seu alcance para o afastamento de

riscos ocupacionais, cumprindo todos os re-

quisitos legais. Sustentou a inexistência de

culpa.

O laudo pericial e demais documentos

médicos juntados aos autos comprovam que

o empregado foi diagnosticado com hérnia

discal lombar com irradiação para os mem-

bros inferiores. “É um quadro comum em ati-

vidades de esforço dos trabalhadores que

realizam movimentos sem cuidado de postu-

ra e sem conhecimento da forma correta de

realizá-los”, afirmou o perito.

Segundo a magistrada responsável pela

sentença, nesse caso, cabe à empresa adotar

rigorosa atenção na prevenção de acidentes

e às doenças de trabalho, observando nor-

mas de segurança com auxílio de profis-

sionais habilitados. “Entendo que não restou

provado que a empresa tenha tomado as me-

didas mínimas necessárias para evitar o aco-

metimento de doenças relacionadas ao tra-

balho”, observou a juíza.

Empregado vítima de choque elétrico consegue

aumentar indenização por danos morais

Empresa de construção é condenada a indenizar

trabalhador que adquiriu hérnia de disco

Estabilidade provisória

A magistrada lembrou ainda, em sua deci-

são, do direito do empregado à estabilidade

provisória pelo acidente de trabalho ou do-

ença. Com isso, o segurado que sofreu aci-

dente de trabalho tem garantida, pelo prazo

mínimo de 12 meses, a manutenção de seu

contrato de trabalho na empresa, indepen-

dentemente de percepção de auxílio-acidente.

No caso analisado, no entanto, o traba-

lhador acabou sendo prejudicado pela falta da

emissão da CAT (Comunicação de Acidente

de Trabalho) pelo empregador. Para a juíza

Mônica Ramos Emery, o trabalhador poderia

ter sido beneficiado pelo auxílio-doença aci-

dentário, que automaticamente daria direito

ao reconhecimento da estabilidade provisó-

ria. Segundo ela, houve omissão da empresa.

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“Declaro, pois, de forma incidental, que o

afastamento do reclamante deu-se em virtude

de doença do trabalho, com afastamento su-

perior a 15 dias e, como tal, é detentor de es-

tabilidade provisória no emprego, por um ano

contado da alta médica”, determinou a magis-

trada. Com isso, o trabalhador receberá os

salários do período de estabilidade provisó-

ria, diferenças de décimo terceiro, férias e

FGTS, acrescido de 40%.

(Maria Alice)

Processo nº 0000293-14.2015.5.10.0010

Fonte: Âmbito Jurídico

Portugal:

Um em cada 12 profissionais de saúde diz ser vítima de bullying

à registada em outros países: Austrália

(50%), Estados Unidos da América (38%) e

outros países Europeus (11,3%).

No entanto, “apesar da prevalência en-

contrada ser inferior à estimada em outros

países, continua a afetar um número elevado

de profissionais de saúde. Assim, o esta-

belecimento de medidas preventivas que pos

sam minimizar as suas consequências quer a

nível individual (físicas e psíquicas) quer a

nível institucional (absentismo) torna-se im-

perativo. Neste contexto, os Serviços de Me-

dicina do Trabalho devem ter um papel ativo

no desenho de intervenções que tenham por

objetivo a identificação e acompanhamento

clínico dos casos, a referenciação para estru-

turas de apoio e a delineação de estratégias

preventivas que eliminem ou minimizem este

problema”, acrescenta.

O artigo “Prevalence and Determinants of

Bullying Among Health Care Workers in Por-

tugal” foi publicado na revista “Workplace

Health & Safety”. (Fonte: Publico.pt)

pagar pelos danos sofridos por um emprega-

do que recebeu uma descarga elétrica quan-

do fazia a manutenção de um poste.

O recurso ao TST foi interposto pelo tra-

balhador, que pediu o aumento do valor in-

denizatório. Prestador de serviços, ele disse

que antes de iniciar o trabalho se certificou no

centro de operação e distribuição da em-

presa que a energia estava mesmo desligada.

No entanto, no meio do procedimento, sem

nenhum aviso, a rede foi energizada.

A 30ª Vara do Trabalho de Porto Alegre lhe

deferiu indenização de R$ 30 mil por danos

morais, valor que foi reduzido para R$ 10 mil

pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª

Região (RS), o que motivou o eletricitário a

recorrer ao TST, pedindo a majoração do va-

lor indenizatório.

Ao examinar o recurso, o relator, ministro

Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, des-

tacou que o acidente ocorrido por culpa da

empresa, em decorrência da energização da

rede, revela que o empregado estava ex-

posto à condição de risco passível, inclusive,

de levá-lo a óbito. Em seu voto, Pereira disse

que "a indenização por dano moral traz con-

teúdo de interesse público, pois deita suas

raízes no princípio da dignidade da pessoa

humana".

Ao determinar o aumento do valor para R$

70 mil, o relator esclareceu que o dano moral

deve ser fixado observando a extensão do

dano sofrido, o grau de comprometimento

dos envolvidos, os perfis financeiros das

partes, além de aspectos secundários perti-

nentes a cada caso. A decisão foi unânime.

Fonte: DireitoNet

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Leis trabalhistas 'flexíveis' aumentam mortes por

excesso de trabalho no Japão

Por André Campos - Repórter Brasil

O suicídio de uma funcionária da

maior agência de publicidade do Japão gerou

nova onda de debates sobre as mortes rela-

cionadas ao excesso de trabalho naquele

país. Há meses Matsuri Takahashi, uma fun-

cionária da Dentsu, vinha fazendo mais de

100 horas extras mensais, e relatava nas re-

des sociais uma rotina exaustiva de pressão

no trabalho e poucas horas de sono. Em de-

zembro de 2015, Matsuri pulou do alto do

dormitório da Dentsu onde morava. O caso

veio à tona apenas oito meses depois, quan-

do uma investigação do governo federal en-

quadrou seu suicídio como mais um episó-

dio de "karoshi" – termo cunhado pelos ja-

poneses para designar as mortes causadas

por jornadas extenuantes.

Para o presidente da Sociedade Japonesa

de Pesquisa em Karoshi, Koji Morioka, uma

das principais causas dessa realidade são as

leis trabalhistas japonesas. Elas permitem

que empresas e sindicatos negociem horá-

rios de trabalho para além do limite legal de

oito horas por dia – justamente uma das mu-

danças que o governo Temer quer imple-

mentar no Brasil. Em entrevista à Repórter

Brasil, Morioka alerta: "se o governo e o par-

lamento brasileiros fizerem reformas que

permitam jornadas prolongadas, as horas ex-

traordinárias serão em breve mais longas, e

as mortes por excesso de trabalho aumen-

tarão".

O governo federal enviou à Câmara dos

Deputados em dezembro sua proposta de

reforma trabalhista através do projeto de lei

6787/2016. Ele estabelece diversos pontos

onde acordos coletivos entre sindicatos e

empregadores passariam a ter força legal. A

jornada de trabalho é um deles, ficando ape-

nas limitada a um patamar máximo de 220

horas mensais. Não há, por exemplo, a pre-

visão de um limite diário para as horas traba-

lhadas. Tampouco está claro como seriam

contabilizadas as horas extras.

No Japão, foram registrados 1.456 pedi-

dos formais de indenização por karoshi nos

doze meses anteriores a março de 2015. Tra-

balhadores nas áreas da saúde, assistência

social e construção civil estão entre os maio-

res atingidos.

Como mudar essa realidade? Para o pes-

quisador, ao invés do Brasil seguir o exem-

plo japonês, o Japão é que deveria adotar pa-

Desenvolver e dominar práticas a-

tuais de trabalho são essenciais para o su-

cesso do funcionário e também para o cres-

cimento da empresa. Por isso, buscar espe-

cializações é mais do que um investimento, é

uma opção certeira para o futuro.

Segundo o Ministério da Educação, os

cursos de especialização técnica são o apro-

fundamento de estudos ou a complemen-

tação de uma habilitação técnica de nível mé-

dio que propicia o domínio de novas com-

petências àqueles que já são habilitados e

desejam especializar-se em um determinado

segmento profissional.

Oportunidades para aprimoramento não

faltam. O Senac Jaboticabal (SP), por exem-

râmetros similares aos previstos na lei brasi-

leira: jornada regular de oito horas e acres-

cidas de, no máximo, duas horas extras por

dia.

Qual é o tamanho do problema quando fa-

lamos das mortes relacionadas ao excesso

de trabalho no Japão?

As mortes incluem não só "karoshi" no

sentido estreito, que são as mortes por do-

enças cerebrais e cardíacas. Há também os

casos de "karojisatu" – suicídios ligados a

doenças mentais provocadas pelo excesso

de trabalho e pelo estresse no trabalho. Não

há estatísticas oficiais exatas do número de

óbitos. Geralmente, utilizamos dados do Mi-

nistério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar so-

bre os pedidos de indenização relacionados

aos falecimentos por trabalho excessivo. Es-

ses números, no entanto, são só a ponta do

iceberg. Muitos familiares desistem de soli-

citar compensação quando se deparam com

karoshi e karojisatsu.

O problema tem aumentado em anos re-

centes?

De acordo com o Ministério, os pedidos

de indenização por doenças cerebrais e do

coração duplicaram entre 1999 e 2007. Já os

casos relacionados a doenças mentais se

multiplicaram por dez de 1999 a 2015. Os e-

pisódios de karojisatsu afetam principalmen-

te trabalhadores jovens, entre 20 e 30 anos.

O aumento dos casos reflete a frequente o-

corrência de assédio moral nos ambientes de

trabalho japoneses, além do estresse e do ex-

cesso de trabalho.

Quantos trabalhadores japoneses estão

em risco?

Quase uma em quatro empresas admiti-

ram, em uma pesquisa recente englobando

1.743 companhias, que parte de seus fun-

cionários fazem mais de 80 horas de horas

extras mensais (limiar adotado pelo governo

japonês onde a perspectiva de morte torna-

se passível de qualificada como karoshi).

Mas o que a lei diz sobre isso? Quais são

os limites de horas trabalhadas no Japão?

De acordo com as leis japonesas, se os

empregadores assinam um acordo com um

sindicato organizado pela maioria dos traba-

lhadores, ou mesmo com uma pessoa que

represente essa maioria, as jornadas laborais

podem ser estendidas ilimitadamente. O Mi- nistério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar es-

tabelece limites para as horas extras – 15 ho-

ras por semana, 45 horas por mês e 360 ho-

ras por ano [assim como no Brasil, a jornada

normal japonesa é de oito horas diárias].

Mas essas diretrizes não são obrigatórias. Os

acordos sobre horas extraordinárias têm

isenções especiais que permitem aos empre-

Especialização técnica, quando optar? Principal caminho para atualização do currículo, modalidade ainda é mistério para diversos profissionais

Senac de Jaboticabal (SP)

plo abriu mais de 75 vagas em especiali-

zações técnicas nas áreas de saúde e bem-

estar, meio ambiente e segurança do traba-

lho. Interessados poderão optar entre Especi-

alização Técnica em Enfermagem do Traba-

lho, Especialização Técnica em Segurança do

Trabalho na Construção e Especialização

Técnica em Meio Ambiente para Técnico em

Segurança do Trabalho. As inscrições já es-

tão abertas.

As qualificações têm duração até 35% da

carga horária mínima do curso de nível téc-

nico ao qual se vincula. “Elas possibilitam ao

Pesquisador japonês culpa lei similar à que Temer

quer aprovar no Brasil pelos casos de "karoshi",

as ditas mortes por excesso de trabalho.

gadores exigir horas extras ilimitadas.

Os acordos são comuns?

A maioria das grandes corporações pos-

sui acordos permitindo mais de 80, 100 ou

até 150 horas extras mensais. Ou, ainda,

mais de 800 ou 1.000 horas extras por ano.

Algumas empresas têm acordos sancionan-

do 15 horas extras por dia. Isto significa 24

horas de trabalho seguidas – as oito horas

normais acrescidas de 15 horas extraordi-

nárias e de uma hora de intervalo.

Essa é uma das principais causas da crise

de karoshi no Japão?

As horas extras – incluindo casos em que

elas não são remuneradas como tal – são o

motivo mais óbvio para as longas jornadas

de trabalho no Japão. Desregulamentações

no controle de jornada foram frequentes nos

últimos 30 anos. A globalização, a informa-

tização e a "financeirização" da economia

também tiveram um grande impacto na am-

pliação das horas trabalhadas.

Você acha que as leis trabalhistas japone-

sas devem ser alteradas para prevenir adoe-

cimentos e mortes?

Em um primeiro momento, deveríamos

demandar o cumprimento obrigatório dos li-

mites de horas extras máximos estabelecidos

pelo Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-

Estar. E então, num futuro próximo, devería-

mos alterar a lei para restringir horas extras a

duas por dia, oito por semana e 150 horas

por ano.

No Brasil, a jornada legal é de oito horas

por dia e 44 semanais, acrescidas de, no má-

ximo, duas horas extras eventuais. Como no

Japão, a ideia é que sindicatos e emprega-

dores negociem a jornada sem limites. Qual

é o seu conselho para os políticos brasileiros

que irão votar essas mudanças?

Nas relações dentro de uma empresa, o

capital é sempre mais forte do que o trabalho.

Se o governo e o parlamento brasileiros fize-

rem reformas que permitam jornadas prolon-

gadas, as horas extraordinárias serão em

breve mais longas, como ocorreu no Japão,

e as mortes por excesso de trabalho, inclu-

indo os suicídios, aumentarão.

aluno ter em seu perfil competências que am-

pliam o seu escopo de atuação”, destaca Da-

nilo Leal, coordenador de cursos do Senac

do Jaboticabal. As especializações, princi-

palmente aquelas voltadas para as áreas de

formação do candidato, são as principais a-

postas dos funcionários antenados às ten-

dências de mercado. “Certos do retorno que

terão no futuro, os empresários também já

reconhecem os benefícios da modalidade”,

completa Danilo.

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ções técnicas do Senac Jaboticabal pelo por-

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mente na unidade. Dúvidas podem ser escla-

recidas pelo telefone (16) 3209-2800

Há algumas semanas eu escrevi o

artigo “Acréscimo de 25% na aposentadoria

NÃO se limita à por invalidez [com modelo]”

e recebi muitas perguntas dos leitores sobre

este assunto. Como eu não consigo respon-

der individualmente a todos os e-mails e co-

mentários, resolvi escrever este artigo para

sanar as dúvidas mais comuns sobre o as-

sunto.

1) O que é o acréscimo de 25% na apo-

sentadoria?

A lei previdenciária prevê um acréscimo

de 25% no valor da aposentadoria para a-

quelas pessoas que possuem a chamada

“grande invalidez”, ou seja, que precisem de

cuidados de outra pessoa 24 horas por dia,

até mesmo para as atividades mais básicas

da vida humana, como alimentar-se e tomar

banho.

Este benefício está previsto no art. 45 da

Lei 8.213/91. Vejamos:

Lei 8.213/91, Art. 45. O valor da aposen-

tadoria por invalidez do segurado que neces-

sitar da assistência permanente de outra pes-

soa será acrescido de 25% (vinte e cinco por

cento).

Parágrafo único. O acréscimo de que trata

este artigo:

a) será devido ainda que o valor da apo-

sentadoria atinja o limite máximo legal;

b) será recalculado quando o benefício

que lhe deu origem for reajustado;

c) cessará com a morte do aposentado,

não sendo incorporável ao valor da pensão.

2) Quem tem direito ao acréscimo de 25%

na aposentadoria?

A lei determina que este acréscimo é so-

mente para os aposentados por invalidez que

sejam portadores da “grande invalidez”. No

entanto, os advogados previdenciaristas vêm

lutando há muito tempo para que este direito

seja estendido às demais aposentadorias (a-

posentadoria por idade, por tempo de contri-

buição, especial, etc.). Nós temos obtido su-

cesso em muitos casos.

Eu escrevi sobre isso em detalhes neste

artigo: Acréscimo de 25% na aposentadoria

NÃO se limita à por invalidez [com modelo]

3) Acréscimo de 25% na pensão por mor-

te é possível?

Como dito no item acima, a lei prevê este

benefício somente para quem é aposentado

por invalidez (e que também sejam porta-

dores de grande invalidez). Aos poucos, es-

tamos conseguindo estender este benefício

também para outros tipos de aposentadoria.

Eu penso que a fundamentação para es-

tender o acréscimo para a pensão por morte

seria a mesma para estendê-lo para outros

tipos de aposentadoria e acredito que valha a

pena lutar.

No entanto, eu nunca vi nenhuma decisão

5 dúvidas sobre o acréscimo de

25% na aposentadoria

favorável para o acréscimo de 25% na pen-

são por morte.

Para entender melhor, leia o artigo Acrés-

cimo de 25% na aposentadoria NÃO se limita

à por invalidez [com modelo]

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4) Acréscimo de 25% no auxílio-doença é

possível?

Não. E por um motivo muito simples: se a

pessoa está tão incapaz que chega a precisar

de ajuda permanente de outras pessoas, sig-

nifica que ela, na verdade, deveria receber a-

posentadoria por invalidez, e não auxílio-do-

ença.

Então, minha recomendação é requerer a

conversão do auxílio-doença em aposenta-

doria por invalidez e, ao mesmo tempo, pedir

o adicional de 25% do art. 45 da Lei 8.

213/91.

5) Acréscimo de 25% no “LOAS” / BPC é

possível?

Não. Primeiro porque o Benefício Assis-

tencial de Prestação Continuada (mais co-

nhecido como “LOAS”, apesar de não ser o

nome tecnicamente correto) não é aposenta-

doria e nem benefício previdenciário. É um

benefício assistencial.

A Previdência e a Assistência, apesar de

estarem juntas dentro da Seguridade Social,

são sistemas diferentes. Basicamente, a Pre-

vidência exige contribuição e a Assistência,

não.

Ademais, a Lei Orgânica da Assistência

Social (esta sim, chamada corretamente de

LOAS) determina que o benefício assistencial

não pode ser cumulado com outro benefício.

Vejamos:

Lei 8.742/93, Art. 20. O benefício de pres-

tação continuada é a garantia de um salário-

mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao

idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou

mais que comprovem não possuir meios de

prover a própria manutenção nem de tê-la

provida por sua família.

§ 4º O benefício de que trata este artigo

não pode ser acumulado pelo beneficiário

com qualquer outro no âmbito da seguridade

social ou de outro regime, salvo os da as-

sistência médica e da pensão especial de na-

tureza indenizatória.

Compartilhamos com Alessandra Strazzi

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Para empregados:

Algumas dicas para se dar bem em 2017 e ficar por dentro dos seus direitos.

Já para o intervalo interjornada, é neces-

sário que entre uma jornada e outra de tra-

balho exista um período mínimo de descanso

de 11 horas consecutivas, segundo o Art. 66

da CLT, para que assim o empregado possa

restabelecer as suas energias.

Dessa forma cabe ao empregado ficar

atento ao cumprimento das normas, pois ser-

vem para a manutenção de sua saúde.

Quando o empregador descumprir as re-

feridas leis é importante que o funcionário

busque conversar de forma amigável com o

seu superior hierárquico. Se o empregador

optar por continuar descumprindo-as, será

necessário que o obreiro faça uma denúncia

ao seu sindicato, ou ao Ministério do Traba-

lho ou consultar um advogado para que este

possa melhor orienta-lo como agir da ma-

neira correta para a solução do problema.

Salário

O salário mínimo estabelecido para o ano

de 2017 foi no valor de R$ 937,00. No en-

tanto diversas categorias de trabalho esti-

pulam valor superior ao mínimo legal, sendo

extremamente válido que o funcionário co-

nheça a convenção coletiva da sua categoria

para que possa informar-se sobre os valores

a serem pagos.

Sendo assim, caso o obreiro esteja rece-

bendo salário com valor abaixo do estipulado

pela convenção coletiva deverá buscar solu-

cionar o problema juntamente com seus em-

pregadores, para que a diferença entre os

montantes possam ser quitados.

Outra dica trabalhista é referente aos des-

contos efetuados no salário do empregado

pelo danos causados ao empregador. É co-

mum que ocorra o desconto em qualquer tipo

de lesão sofrida, porém segundo o Art. 462

da CLT em seu § 1º, o desconto somente será

lícito quando for previamente acordado entre

as partes ou quando ocorrer por dolo do em-

pregado.

Demissão por justa causa

No atual cenário econômico brasileiro é

nítida a dificuldade em encontrar trabalho,

desta forma é importante que o empregado

saiba manter o seu cargo, evitando praticar

atos que possam por em risco a sua per-

manência no emprego.

Neste caso, o Art. 482 da CLT elenca al-

guns atos que se executados pelo empregado

poderá leva-lo a uma demissão por justa

causa.

É o caso por exemplo do que a CLT clas-

sifica como "ato de improbidade", sendo a-

quelas situações na qual o obreiro realiza

atos considerados desonestos, que podem

inclusive ferir a própria lei, e assim acabam

por abalar a relação de confiança existente

entre empregado-empregador.

É o que ocorre, por exemplo, ao apre-

sentar atestado médico falso na empresa para

justificar sua falta ou aquele funcionário que

frauda seu cartão de ponto para apresentar

horas extras que na realidade não laborou.

Todas estas são causas que geram a rescisão

do contrato por justa causa.

Outro motivo é a embriaguez do funcio-

nário no ambiente de trabalho, bem como a

violação de segredo de empresa, situação

muito comum naqueles funcionários que tra-

balham com propriedade industrial desen-

volvendo projetos de forma intelectual para

seus empregadores.

Da mesma forma ocorre com aqueles co-

laboradores que exercem suas funções de for

ma desleixada e com descaso, trazendo

prejuízos para a empresa em que laboram

Portanto é oportuno lembrar, que, aqueles

que buscam manter seus cargos dentro das

empresas não devem praticar os atos acima

mencionados, pois a demissão por justa

causa traz inúmeros prejuízos para o funcio-

nário.

Assédio moral

Nossas dicas trabalhistas agora vão para

outro tema muito importante para este ano de

2017, já que com a tensão da crise financeira

as empresas acabam pressionando os seus

funcionários a conseguirem melhores metas

para cumprir seus objetivos monetários.

Desta forma, a cobrança do empregador

sempre deve ser interpretada de forma a esti-

mular o empregado a melhor desenvolver

suas atividades laborais.

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Portanto, sempre que a cobrança tenha o

objetivo de descriminar, pressionar, cons-

tranger ou qualquer outro ato que cause uma

lesão moral no funcionário, este deve buscar

medidas para coibir tais atitudes e assim res-

taurar a harmonia no ambiente de trabalho.

A cobrança de metas por parte do empre-

gador não é considerada uma prática ilegal,

no entanto, esta deve ser aplicada com cau-

tela, pois no caso de configurada uma das hi-

póteses acima, o assédio moral poderá ser

caracterizado trazendo danos para o empre-

endimento.

Para um estudo mais aprofundado sobre

o tema recomendamos a leitura do nosso ar-

tigo atitudes que configuram o assédio moral

no ambiente de trabalho.

Conclusão sobre as dicas trabalhistas

O ano de 2017 será desafiador diante da

crise econômica enfrentada pelo Brasil, pois

as empresas vão buscar extrair o máximo de

eficiência de seus funcionários, contudo é

preciso ressaltar que a balança financeira do

empreendimento jamais poderá ser mais

importante do que a saúde de seus funcio-

nários.

É importante que o colaborador tenha co-

nhecimento de tais informações, para que, e-

xistindo qualquer infração por parte empresa

este possua a capacidade de identificar a le-

são e procurar a ajuda necessária, seja no

sindicato, no Ministério do Trabalho ou com

um advogado de confiança.

Essas foram algumas dicas trabalhistas

iniciais para o ano de 2017, contudo muitas

outras serão abordadas no decorrer do ano,

portanto fique atento as próximas publica-

ções do nosso site. Não esqueça de deixar as

suas dúvidas no campo dos comentários.

Até a próxima!

Compartilhamos com Alexandre Bastos

Advogado Trabalhista

Artigo originalmente publicado em:

Alexandrebastosadvocacia. Com. Br

Uma boa forma de iniciar o ano é

analisar aquele que passou, extrair todo a-

prendizado que foi útil, aprender com erros

para não cometê-los novamente, criar novas

ambições, metas e sonhos. Com o trabalho

não poderia ser diferente, desta forma vamos

apresentar neste artigo algumas dicas traba-

lhistas para começar bem em 2017 e assim,

conhecer um pouco mais sobre os seus di-

reitos.

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Jornada de trabalho

Quantas horas por dia um trabalhador co-

mum deve trabalhar? Segundo o Art. 58 da

CLT, a jornada normal de será de 8 horas diá-

rias, podendo ser estendida em até 2 horas

desde que exista prévio acordo entre as par-

tes ou que essa possibilidade esteja prevista

na convenção coletiva de trabalho.

Neste ponto, vale destacar que a jornada

apresentada serve como regra geral para a

maioria dos empregados, no entanto, algu-

mas categorias podem estabelecer outros

horários devendo sempre observar a conven-

ção coletiva respectiva e obedecendo a jor-

nada de 44 horas semanais.

Com relação as horas extras estas devem

ser remuneradas com um acréscimo de no

mínimo 50% do valor da hora normal de tra-

balho, ou seja, se um funcionário recebe R$

5,00 pela sua hora de trabalho, quando este

estiver em período de horas extras, o valor da

sua hora de trabalho deverá ser remunerada

no valor de R$ 7,50 (R$ 5,00 hora co-

mum+R$ 2,50 horas extras).

Mais uma vez é importante lembrar que a

convenção coletiva de trabalho poderá esta-

belecer valor superior a 50% para a remune-

ração de horas extras, contudo nunca poderá

ser inferior a este percentual.

Outra questão comum é se o empregado

tem a obrigação de prestar horas extras a pe-

dido do chefe. Como regra geral não. Segun-

do a CLT em seu Art. 61 para que o empre-

gador possa obrigar seu funcionário a reali-

zar horas extras é necessário que ocorra al-

gum motivo de força maior ou que o serviço

seja inadiável para evitar prejuízos manifes-

tos. Inexistindo essa exceção a prestação de

horas extras deverá ser acordada entre em-

pregador e empregado.

Intervalo para Descanso

Aqui vamos dividir o intervalo em duas

partes, o intrajornada, sendo aquele existente

dentro de uma mesma jornada de trabalho e

o interjornada como aquele descanso que há

entre duas jornadas de trabalho distintas.

Com relação ao intervalo intrajornada este

dependerá da quantidade de horas trabalha-

das pelo empregado. Quando a quantidade

de horas diárias trabalhadas forem superior a

6, o intervalo deverá ser de no mínimo 1 hora

para descanso, quando for entre 4 horas e 6

horas de trabalho diárias, o intervalo para

descanso será de no mínimo 15 minutos.

Se o horário para descanso não for res-

peitado pelo empregador, não sendo este

concedido ou concedido em parte, ficará por-

tanto obrigado a remunerar esse período com

um acréscimo de pelo menos 50% do seu

valor normal, como forma de punição encon-

trada pela CLT pelo desrespeito às normas de

proteção à saúde do trabalhador.

Dicas trabalhistas para começar bem em 2017

Por Adriana Aguiar | De São Paulo

Trabalhadores do Espírito Santo só

poderão ser demitidos, pelo menos em tese,

apenas com justificativa comprovada. Enten-

dimento nesse sentido foi recentemente nor-

matizado por uma sumula do Tribunal Regio-

nal do Trabalho do Espírito Santo (TRT-ES).

Com a medida, o enunciado passa a orientar

a primeira instância trabalhista do Estado. O

tema aguarda há quase 20 anos decisão do

Supremo Tribunal Federal (STF).

Advogados de empresas receberam a sú-

mula com receio, pois temem que o enten-

dimento possa gerar um efeito cascata sobre

outros TRTs do país.

A Súmula nº 42, editada pelo Pleno do

TRT-ES em 14 de dezembro, não é clara

quanto aos requisitos para demissão dos

empregados, apesar desse ser o assunto a-

bordado. O texto considerou inconstitucional

o Decreto nº 2.100, de 1996, pelo qual o en-

tão presidente da República, Fernando Hen-

rique Cardoso, denunciou a validade da

Convenção nº 158 da Organização Interna-

cional do Trabalho (OIT).

O tratado foi assinado em 1982 por diver-

sos países e aprovado pelo Congresso Naci-

onal dez anos mais tarde. Em 1996, Fernan-

do Henrique o ratificou pelo Decreto nº

1.855. Oito meses depois, porém, o revogou.

A Confederação Nacional dos Trabalha-

dores na Agricultura (Contag) e a Central Ú-

nica dos Trabalhadores (CUT) entraram em

1997 com uma ação direta de inconstitu-

cionalidade (Adin 1.625) no Supremo para

questionar a validade do decreto. Segundo

as entidades, o presidente não poderia de-

nunciar tratado internacional sem a manifes-

tação do Congresso, que detém competência

constitucional exclusiva.

O relator da sumula do TRT do Espírito

Santo, desembargador Carlos Henrique Be-

zerra Leite, afirma que mesmo tendo a con-

venção sido formalmente denunciada é pos-

sível decretar inconstitucional o decreto que

revogou a participação do Brasil na Conven-

ção 158. Segundo ele, houve afronta ao in-

ciso I do artigo 49 da Constituição. De acor-

do com esse dispositivo "é da competência

exclusiva do Congresso Nacional resolver

definitivamente sobre tratados, acordos ou

atos internacionais que acarretem encargos

ou compromissos gravosos ao patrimônio

nacional".

O desembargador ainda ressalta que no

julgamento em trâmite no Supremo já se

contabilizam quatro votos dos ministros pela

inconstitucionalidade da medida. Com a de-

cisão do Pleno e a edição da súmula, o pro-

cesso voltará para a 3ª Turma do tribunal

para ser julgado o caso concreto.

No Supremo, o julgamento foi iniciado

em 2003, com o voto do relator, ministro

Maurício Corrêa, já falecido. O ministro vo-

tou na época pela procedência parcial da a-

ção. Ele avaliou que o Decreto nº 2.100 só

produziria efeitos a partir da ratificação do

ato pelo Congresso Nacional. Ele foi seguido

pelo ministro Ayres Brito, já aposentado. Em

2006, o ministro Nelson Jobim, também já

aposentado, votou pela improcedência do

pedido. Em 2009, o ministro Joaquim Bar-

bosa (aposentado) e a ministra Rosa Weber

votaram pela procedência total da ação.

Em 2016, o entendimento foi seguido pe-

lo ministro Teori Zavaski, que votou pela im-

procedência da ação com a condição de que

os futuros tratados denunciados sejam sub-

metidos ao Congresso. Então, o ministro

Dias Toffoli pediu vista.

O advogado Luiz Alberto Macedo Meirel-

les de Azevedo, do De Vivo,Whitaker e Castro

Súmula do TRT-ES proíbe demissão sem

justificativa comprovada por empresa

Advogados, afirma que essas súmulas, nor-

malmente, geram impacto não só no TRT que

passará a aplicá-las mas em outros tribunais

regionais que podem editar orientações se-

melhantes. "Isso gera uma insegurança jurí-

dica enorme, pois cada Estado vai definir o

tema de acordo com o seu TRT. Se uma em-

presa quer abrir uma filial, por exemplo, vai

escolher Estados em que ela possa demitir

sem justificativa", diz. Para ele, um assunto

tão importante tem que ser definido pelo Su-

premo.

O gerente-executivo jurídico da Confede-

ração Nacional da Indústria (CNI), Cassio

Borges, afirma que a sumula do TRT do Es-

pírito Santo "é um balde de água gelada no

empresariado, principalmente neste momen-

to de crise". Segundo ele, o Brasil convive há

20 anos sem aplicar a Convenção nº 158, que

durou apenas oito meses em 1996. "Esse

ponto deveria ter sido ponderado, porque é

uma grande mudança, até porque o processo

encontra-se em julgamento no Supremo e

não foi finalizado", diz.

De acordo com Borges, que tem acom-

panhado as sessões de julgamento do tema,

o ministro Teori Zavascki foi enfático ao re-

conhecer que há uma tradição constitucional

no Brasil de que essas mudanças só podem

ocorrer pelo Congresso, mas propôs que isso

seja colocado em prática em atos a partir do

julgamento. Nesse sentido, não haveria a a-

plicação da Convenção nº 158. "Com a Sú-

mula do TRT o tribunal dá efetividade ime-

diata e na contramão do que pode ser o resul-

tado no Supremo", diz.

Ainda ressalta o gerente da CNI que o Su-

premo, ao julgar a Adin 1.480, reconheceu a

impossibilidade de a Convenção nº 158 en-

trar em vigor no Brasil.

De acordo com o secretário nacional de

assuntos jurídicos da Central Única dos Tra-

balhadores (CUT), Valeir Ertle, a súmula do

tribunal capixaba está exatamente no mesmo

sentido que a entidade defende no Supremo.

"É muito importante que os demais TRTs se

posicionem, já que o Supremo tem demorado

tanto para julgar". Segundo ele, o Brasil tem

uma rotatividade fora do comum.

"Na área do comércio, por exemplo, é de

70% a 80%. O brasileiro vive em uma situa-

ção muito ruim. Como pode demitir sem jus-

tificativa, o patrão chega um dia de mau hu-

mor e demite um", diz. O secretário da CUT a-

firma que deve pedir uma audiência, junto

com outras entidades dos trabalhadores, com

a presidente do Supremo, ministra Cármen

Lúcia, para solicitar que o tema seja incluído

na pauta de julgamentos novamente.”

Fonte: Valor Econômico

Compartilhamos com Rafael Costa

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Como o desemprego está criando 'funcionários-polvo' e aumentando pressão sobre quem trabalha

Muitos em um

Relatos de acúmulos de tarefas se espa-

lham por indústria, comércio e serviços.

Vendedor em uma loja de roupas na re-

gião metropolitana de Porto Alegre (RS), Jor-

ge* virou caixa, estoquista e responsável pe-

lo crediário depois que outra funcionária foi

demitida.

Hoje exerce dez funções em um expedi-

ente que ficou mais longo.

"Quando minha colega saiu, tudo o que

ela fazia foi para mim", diz.

O advogado Leonardo* também está tra-

balhando mais. Além das petições, ficou en-

carregado de tarefas que caberiam a um esta-

giário, como tirar cópias e cuidar da corres-

pondência. Para fazer tudo, diminuiu o inter-

valo de almoço.

suas vagas.

Mas mesmo que os brasileiros se tornem

mais produtivos na crise, isso não deve durar

muito, diz a professora Regina Madalozzo,

coordenadora do Mestrado Profissional em

Economia do Insper.

A razão é simples: as pessoas se cansam.

"Estudos mostram que você pode até au-

mentar a produtividade no curto prazo, mas

isso não é sustentável. As pessoas não con-

seguem dar 100% o tempo inteiro, elas não

são máquinas."

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Segundo a professora, aprender novas

atividades têm um lado positivo, que é tornar

o trabalhador mais completo. No entanto, se

isso significa ultrapassar limites físicos, a

pressão tem o efeito contrário, prejudicando

o serviço.

O vendedor-caixa-estoquista Jorge já

percebe que suas vendas pioraram. Enquanto

faz o cadastro de um cliente, deixa outros fa-

lando sozinhos.

"O patrão não acha certo cair o rendimen-

to, mas não tem como, o atendimento não é

mais o mesmo. Me sinto constrangido por

não cumprir tudo."

Medo do desemprego

Concentrar tarefas não é a única pressão

que os brasileiros sofrem com tantos demiti-

dos no mercado. Com o desemprego acima

de 11%, segundo o IBGE, o medo de ser

mandado embora é outra preocupação cons-

tante.

De acordo com índice da CNI (Confede-

ração Nacional da Indústria), o medo do de-

semprego ficou em 64,8 pontos em dezem-

bro - o indicador vai de zero a cem pontos e,

quanto mais alto, maior é o temor. O resul-

tado do mês passado foi o maior desde 1996.

O receio de ser o próximo demitido nem

sempre coincide com o acúmulo de funções.

O motivo pode ser justamente o contrário: a

demanda cai tanto que o trabalhador fica o-

cioso. Ele teme que não seja mais necessá-

rio.

"Me sinto inútil. Saio de casa, enfrento o

transporte, para chegar aqui e não fazer na-

da", diz Ana sobre a agência de marketing

onde trabalha. Antes da crise, ela desenvol-

via campanhas publicitárias. Com as demis-

sões, foi remanejada para o treinamento, se-

tor que está parado.

"Você tem que fingir que está traba-

lhando, porque não quer ser demitido."

Para ela, a relação com os patrões piorou.

Ana diz que o discurso "se você não quer,

tem quem queira" é comum.

Administração da FGV-SP Beatriz Lacombe.

Empresários de várias áreas consultados

pela BBC Brasil afirmaram que os cortes fo-

ram necessários para a sobrevivência de seus

negócios e que também estão sendo afetados

pessoalmente pelas incertezas da economia.

Alguns disseram que redistribuíram tarefas

para não prejudicar suas equipes.

De acordo com os especialistas, o ideal

seria que patrões e empregados formassem

uma "coalizão" para que, com sacrifícios mú-

tuos, pudessem passar juntos pela recessão.

Essas mudanças, no entanto, exigem tempo e

são recomendáveis durante períodos de cres-

cimento, quando não há tanta tensão.

Enxaqueca e tendinite

Enquanto essas relações não mudam, a

pressão dentro dos escritórios começa a afe-

tar a saúde dos trabalhadores.

A Associação Nacional dos Médicos Peri-

tos estima que o número de pedidos de au-

xílio-doença subiu até 30% no último ano. Os

dados de 2016 ainda não foram divulgados

pela Previdência Social.

O presidente da entidade, Francisco Car-

doso, cita o caso de um homem que sofreu

um burnout, problema conhecido como do-

ença do esgotamento profissional, depois

que todas as 40 pessoas do seu setor foram

demitidas. Só ele ficou.

A síndrome de Burnout inclui sintomas

como agressividade e falhas de memória.

"É um caso isolado, mas tipifica aqueles

que, pelo acúmulo de funções ou pela neces-

sidade de afastar o desemprego, acabam tra-

balhando além do recomendável. Tem acon-

tecido muito."

Giovana*, que gerencia a área de seguran-

ça de produto de uma indústria, diz que o ex-

cesso de trabalho trouxe de volta sua enxa-

queca. Ela também foi parar no hospital por

problemas nas costas e tendinite.

Segundo Giovana, na filial brasileira da

empresa, apenas duas pessoas atendem as

demandas que, na matriz, são realizadas por

30. O quadro de pessoal no Brasil foi cortado

em 30% nos últimos anos.

"Me pressiono cada dia mais, trabalhando

além do expediente para manter tudo funcio-

nando normalmente, mas a sensação de ser o

'gargalo' de um processo do qual não temos

controle chega a ser desesperadora."

O cansaço dos trabalhadores não é algo

que se resolverá imediatamente com a recu-

peração econômica, alerta a professora Regi-

na Madalozzo, do Insper. O esgotamento dos

brasileiros trará consequências a longo pra-

zo, sobretudo para as empresas que conti-

nuarem pressionando seus funcionários aci-

ma de seus limites.

"Quando sair da crise, será aquilo que ve-

mos nos filmes: todo mundo doente, se de-

mitindo ao mesmo tempo. Você tem que ter

um mínimo de incentivo para ir ao trabalho

todos os dias."

Esta reportagem terminaria aqui. Mas Ias-

min*, uma editora de livros didáticos, queria

incluir sua história: "é bom poder falar".

Ela descreveu crises de dor de cabeça que

duram uma semana, além de confusão mental

e perda da visão periférica. Em semanas tran-

quilas, costuma acumular dez horas extras.

Suas respostas demoraram a chegar e, por

pouco, não ficaram de fora. A justificativa, no

entanto, não poderia ser um final mais propí-

cio: "o trabalho come até o tempo que a gente

deveria usar para denunciar quanto tempo o

trabalho come".

*Todos os trabalhadores entrevistados ti-

veram os nomes alterados para preservar

suas identidades.

DIVULGUE SUA EMPRESA AQUI NA

NORMINHA [email protected]

Compartilhamos com TERRA

Em uma grande agência de empre-

go no centro de São Paulo, uma cena se re-

pete: com currículos em mãos, dezenas de

pessoas formam fila para falar com a recep-

cionista.

Foto: Thinkstock

Com mais funções, funcionários têm trabalhado

até mais tarde - e diminuído almoço

"Você se cadastrou no nosso site?", ela

pergunta. A frustração dos candidatos é visí-

vel, assim com o cansaço da mulher que, do

outro lado do balcão, atende centenas deles

em uma manhã.

O drama das 12 milhões de pessoas que

hoje estão sem trabalho no Brasil é bem co-

nhecido. Mas pouco se fala dos efeitos do

desemprego para quem fica nas empresas.

Com tantos demitidos, quem continua con-

tratado pode virar um "funcionário-polvo", a-

cumulando funções de ex-colegas, além de

precisar lidar com o medo do desemprego.

Apesar de não ser medido em números,

esse fenômeno é velho conhecido dos espe-

cialistas em mercado de trabalho. Segundo

os professores entrevistados pela BBC Bra-

sil, o aumento de pressão sobre os empre-

gados é uma tendência natural em momentos

de crise.

"Toda vez que uma empresa entra em difi-

culdade, ela precisa fazer o melhor possível

com o pessoal que permanece. Fazer muito

com pouco torna-se a chave do sucesso", ex-

plica o professor da FEA-USP José Pastore,

que também é consultor em relações do tra-

balho.

Foto: Thinkstock

Demissões têm levado vários profissionais ainda

empregados a acumular funções

Para manter o ritmo, diz Pastore, empre-

sários ficam com os subordinados conside-

rados mais versáteis, que podem aprender

novas tarefas rapidamente. São eles os mais

propícios a tornarem-se "funcionários-pol-

vo".

Foto: Thinkstock

Para especialista, funcionários-polvo 'não

conseguem dar 100% o tempo inteiro, as

pessoas não são máquinas'

"Antes comia em uma hora, e agora almo-

ço em trinta minutos. Uso o resto para agi-

lizar."

Aparentemente, Jorge e Leonardo torna-

ram-se mais produtivos: eles executam mais

tarefas quase no mesmo tempo de antes. A

ligação entre produtividade e recessão foi

discutida em estudos americanos feitos após

a crise econômica de 2008. A BBC Brasil não

encontrou uma pesquisa semelhante por

aqui.

Segundo o trabalho de economistas da

Universidade de Stanford e da Universidade

de Utah, do último trimestre de 2007, quando

a recessão dos EUA começou, até o terceiro

trimestre de 2009, quando ela terminou, a

produtividade no país cresceu 3,16% em se-

tores não-agrícolas. A marca atingida em

2009 (3,2%) foi a maior desde 2003.

Foto: Ingrid Fagundez/BBC Brasil

Medo do desemprego piora relação entre

funcionários e patrões, dizem entrevistados

Para os pesquisadores, dois motivos jus-

tificaram esse crescimento: a demissão dos

trabalhadores menos produtivos e, principal-

mente, o esforço dos que ficaram para manter

suas vagas.

Foto: Thinkstock

Excesso de pressão se reflete na saúde dos

trabalhadores

"Ele existe abertamente. Quando a gente

questiona os gestores, diz 'olha não está le-

gal assim', ele respondem de forma ofen-

siva."

Trabalhadores de outras áreas relataram a

mesma situação à BBC Brasil. De forma mais

ou menos exposta, dizem, a carta do desem-

prego tem sido usada com frequência.

Contratada de uma empresa da indústria

alimentícia, Giovana diz que esse "alerta" não

vem diretamente da chefia, mas chega de ou-

tras formas.

"Recentemente tivemos uma reunião so-

bre benefícios e o responsável pelo RH disse

'antes de reclamar da alteração no plano de

saúde, devíamos olhar as taxas de desem-

prego'. A ameaça velada ficou evidente."

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Relação patrão-empregado

A relação patrão-empregado no Brasil

não é só difícil em tempos de recessão, diz a

professora Carmen Migueles, que fez douto-

rado em sociologia das organizações.

Foto: Thinkstock

Processo atual terá consequências no futuro, diz

especialista

Migueles afirma que esse contato é árido

por natureza. Segundo ela, os subordinados

muitas vezes não percebem que os chefes

também estão numa posição difícil. Por ou-

tro lado, os empresários não costumam

compartilhar o que está acontecendo com

seu negócio e subestimam a ajuda que seus

empregados podem lhe oferecer.

"O Brasil é um dos países que mais tem

uma visão negativa dos pares, do chefe e das

instituições. Quando falta recursos, é a guer-

ra de todos contra todos."

Sobre as pressões exercidas pelos pa-

trões, a professora diz que perfis autoritários

ou paternalistas são muito comuns no país.

Há também o que chama de "psicopatas",

que se aproveitam da situação para ameaçar

e cobrar seus funcionários.

No entanto, para Migueles, os subordi-

nados também têm parcela de culpa num re-

lacionamento tão desgastado. O brasileiro,

afirma, possui uma propensão a sentir pena

de si mesmo, o que mostraria sua falta de

maturidade profissional.

"É muito comum no Brasil o perfil da ví-

tima: ninguém cuida de mim, meu emprego

está por um fio. Muitos querem que a em-

presa trate-os como filhos", diz.

"O brasileiro acho que o empresário é um

super-homem: ele deve assumir os riscos,

resolver os problemas e motivar as pessoas.

Essa posição de desigualdade no Brasil dei-

xa as duas pontas sozinhas: empregado e e-

xecutivo."

A falta de maturidade, dizem os entrevis-

tados, já teria se mostrado nos anos de pros-

peridade econômica, quando as vagas eram

abundantes - naquele momento os trabalha-

dores faziam o jogo hoje dominado pelos pa-

trões.

"Em 2014, você conversava com um em-

presário e ele não conseguia segurar nin-

guém, as pessoas pulavam de lugar para ou- tro. Agora a mesa virou", diz a professora de