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LEI COMPLEMENTAR Nº 282, DE 10 DE JUNHO DE 2015. “APROVA O PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS”. ROLF NICOLODELLI, PREFEITO MUNICIPAL DE POMERODE, no uso das atribuições que me confere o a Lei Orgânica do Município, faz saber a todos os habitantes deste Município que, a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: Art. 1º Fica aprovado o Plano Municipal de Educação, constante do documento anexo, com duração de dez anos. Art. 2º Caberá ao chefe do poder executivo municipal, através de decreto, nomear Comissão Permanente de Acompanhamento do Plano Municipal de Educação, sendo esta comissão composta por representantes dos conselhos vinculados à educação, da Secretaria Municipal de Educação e Formação Empreendedora e das comissões de trabalho que organizaram as propostas, para o acompanhamento da execução do Plano Municipal de Educação, devendo proceder às avaliações periódicas, no que se refere à implementação deste. Parágrafo Único. A primeira avaliação do Plano realizar-se- á decorridos três (3) anos da sua aprovação, com vistas à redefinição de Metas e Diretrizes do Plano Municipal de Educação.

 · Web view3.2.14Criar, através de parcerias, o curso de pré-vestibular e preparatórios para o ENEM, gratuito no município de Pomerode. 3.2.15Fomentar a expansão das matrículas

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LEI COMPLEMENTAR N 282, DE 10 DE JUNHO DE 2015.

APROVA O PLANO MUNICIPAL DE EDUCAO E D OUTRAS PROVIDNCIAS.

ROLF NICOLODELLI, PREFEITO MUNICIPAL DE POMERODE, no uso das atribuies que me confere o a Lei Orgnica do Municpio, faz saber a todos os habitantes deste Municpio que, a Cmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

Art. 1 Fica aprovado o Plano Municipal de Educao, constante do documento anexo, com durao de dez anos.

Art. 2 Caber ao chefe do poder executivo municipal, atravs de decreto, nomear Comisso Permanente de Acompanhamento do Plano Municipal de Educao, sendo esta comisso composta por representantes dos conselhos vinculados educao, da Secretaria Municipal de Educao e Formao Empreendedora e das comisses de trabalho que organizaram as propostas, para o acompanhamento da execuo do Plano Municipal de Educao, devendo proceder s avaliaes peridicas, no que se refere implementao deste.

Pargrafo nico. A primeira avaliao do Plano realizar-se- decorridos trs (3) anos da sua aprovao, com vistas redefinio de Metas e Diretrizes do Plano Municipal de Educao.

Art. 3 A Secretaria Municipal de Educao e as demais instituies educacionais do Municpio participantes da elaborao deste Plano empenhar-se-o na divulgao deste e da progressiva realizao das suas diretrizes e metas, para que a sociedade o conhea amplamente e acompanhe sua implementao.

Art. 4 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao, revogada a Lei n 1749, de 1 de julho de 2004.

Municpio de Pomerode, 10 de junho de 2015.

ROLF NICOLODELLI

Prefeito Municipal

PLANO MUNICIPAL DE EDUCAO / 2014 - 2024

HISTRICO

A Lei no. 13.005 de 26 de junho de 2014, que institui o Plano Nacional de Educao PNE para o decnio 2014-2024, determina que os Estados, o Distrito Federal e os Municpios elaborem, com base na referida lei, Planos Decenais correspondentes. At a presente data encontra-se em vigor a Lei Municipal no. 1.749/04 instituda em 01 de julho de 2004, constituindo o Plano Municipal de Educao - PME do ltimo decnio. Segundo o documento orientador da construo dos PMEs:

O Plano Municipal de Educao de todos que moram no municpio; portanto, todas as necessidades educacionais do cidado devem estar presentes no Plano, o que vai muito alm das possibilidades de oferta educacional direta da Prefeitura.

Com base nesta premissa, o municpio de Pomerode, por meio da Secretaria Municipal de Educao e Formao Empreendedora, articulou-se para a elaborao do Plano Municipal de Educao, decnio 2014-2024, luz das diretrizes, objetivos e metas do Plano Nacional de Educao PNE.

No municpio de Pomerode, os trabalhos iniciaram em 04 de fevereiro de 2015, em Assemblia realizada nas dependncias do Teatro Municipal. Seguindo a premissa de que o plano construdo pela sociedade pomerodense e para a sociedade pomerodense, foram convidados membros representantes de entidades governamentais e no governamentais, a saber: Prefeito, Vice Prefeito, Secretrios de Governo, Unidades Escolares e Centros de Educao Infantil da Rede Municipal de Ensino, Conselho Municipal de Educao COMED, Conselho de Alimentao Escolar CAE, Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de Manuteno de Desenvolvimento da Educao Bsica e de Valorizao do Magistrio FUNDEB, Conselho Municipal de Direitos da Criana e do Adolescente - CMDCA, Comisso Municipal de Ensino Religioso, Associao dos Servidores Pblicos Municipais de Pomerode - ASPMP, Sindicato dos SPMP, demais Sindicatos, Vereadores, Delegado de Polcia Civil, Tenente da Polcia Militar, Ministrio Pblico, Associaes da sociedade civil organizada, Rede Estadual de Ensino, Rede Particular de Ensino, Associao dos Estudantes Universitrios de Pomerode - ASSEUP, Centro de Atendimento Educacional Especializado Egon Khn - APAE, SENAI, Associao Visite Pomerode AVIP, Associao Comercial e Industrial de Pomerode ACIP, Cmara de Dirigentes Lojistas CDL e populao em geral.

Inicialmente, foi composta a mesa com as seguintes autoridades:

Sr. Rolf Nicolodelli Prefeito Municipal;

Sr. Ricardo Campestrini Vice Prefeito;

Sr. Amarildo da Silva Presidente da Cmara de Vereadores;

Sr. Mrcio Porath Diretor da Escola de Ensino Mdio Presidente Prudente de Morais e Representante da Rede Estadual de Ensino;

Profa. Rosinete Bloemer Pickler Buss Presidente do COMED, e

Profa. Joana Wachholz, Secretria Municipal de Educao e Formao Empreendedora.

Aps o trmino da solenidade de abertura da Assembleia, a Sra. Joana Wachholz, apresentou alguns dados importantes para situar o grupo em torno do que viria a ser tratado. Abordou a ltima Lei do Plano Municipal de Educao, Lei no. 1.749/04, que h uma dcada resultou da Lei no. 10.172 de 2001, que criava o ento Plano Nacional de Educao. A Secretria ponderou que desde ento a Educao passou por um perodo de muitas mudanas, discusses polmicas, realizaes e avanos, mas que ntida a necessidade de avanar muito ainda para a construo de uma educao de qualidade, que assegure um futuro digno a todos e a cada um.

Informou sobre o cronograma de trabalho e em seguida procedeu-se a formao das comisses: Educao Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Mdio, Ensino Superior, Educao de Jovens e Adultos, Educao Especial, Educao Distncia e Tecnologias Educacionais, Educao Tecnolgica e Formao Profissional, Valorizao do Magistrio e Formao de Professores, Financiamento e Gesto.

Aps a divulgao das questes tcnicas para a elaborao do novo PME, a Secretria deu continuidade sua fala esboando dados estatsticos, planejamento com outros setores, contexto atual e considerou que o sucesso do Plano depende em muito da formao de um bom diagnstico sobre o nvel ou modalidade de ensino para a qual se pretende fazer projees para o prximo decnio.

O Plano Nacional de Educao Lei no. 13.005/14, documento norteador para este Plano Municipal, com suas 20 metas, traz as seguintes diretrizes:

Erradicao do analfabetismo;

Universalizao do atendimento escolar;

Superao das desigualdades educacionais, promoo da cidadania e erradicao de todas as formas de discriminao;

Melhoria da qualidade na Educao;

Formao para o trabalho e para a cidadania e a tica;

Promoo do princpio da gesto democrtica;

Promoo humanstica, cientfica, cultural e tecnolgica do pas;

Estabelecimento de meta de aplicao de recursos pblicos em Educao como proporo do PIB, que assegure atendimento s necessidades de expanso, com padro de qualidade e equidade;

Valorizao dos profissionais da Educao;

Promoo dos princpios dos Direitos Humanos diversidade.

Ficaram assim constitudas as comisses de trabalho:

COMISSO DE EDUCACAO INFANTIL

Coordenador Carmo Koepp

Equipe tcnica:

Angela Aparecida Cemin da Silva

Brgida Ramos Pedro

Elizabete Koepp

Ana Claudia Padilha de Oliveira

Mrcia Andra Grossklags

Sheila Sell Jandre

Janete Carminatti

Iraci Oliari

Lilian Mara da Costa Silva

Isolte Donato

Talita Bahr

COMISSO DE ENSINO SUPERIOR

Coordenadora: Karin Raduenz Hoeft

Equipe tcnica:

Malaica Hille

Jos Avancini

Ricardo Campestrini

Michel Honrio da Silva

Andra Gustmann Gomes

Camila Gabriela Pollnow

Moara de Oliveira Gustmann

Marina Neufeldt

COMISSO DE EDUCAO ESPECIAL

Coordenadora: Rosiara de Ftima das Neves de Andrade

Equipe tcnica:

Camem Schuldt Vlz

Jaqueline Rahn

Iris Borchardt

Iara Brehmer

Deyse Hardt Trettin

Deisileia Resner

Carla Eloisa Kratz Baehr

rsula Duwe

Edinia Argento

Vanessa Nardelli

COMISSO DE EDUCAO TECNOLGICA E FORMAO PROFISSIONAL

Coordenador: Fernando Conzatti

Equipe tcnica:

Ftima de Andrade

Juliane Jensen

Claudia K. Baptista

Alilian Maikeline V. dos Santos

Sheila Andrea Kluge

Fernando Davi Pit

COMISSO DE VALORIZAO DO MAGISTRIO E FORMAO DE PROFESSORES

Coordenadora: Sirley Loureiro

Equipe tcnica:

Jane Perini

Iran Frello de Oliveira

Alcides Franke

Maricarla Moro

Juvelina Jos Medeiros

Alessandra Lentulo Aliende

Izabel Borges

Elisangela da Silva

Roseana Viebrantz

COMISSO DE ENSINO FUNDAMENTAL

Coordenadora: Ranice Dulce Trapp

Equipe tcnica:

Marila Dallmann de Almeida

Simoni Cristina de Oliveira

Soraia Dallmann

Monica Regina Cipriani

Sandra D. B. Borchardt

Michele de Moura

Daiana Reinke

Gisela Elisabeth Ewald

Aneli Rothbarth

Joo Altair Soares dos Santos

Irani Frello de Oliveira

COMISSO DE EDUCAO DISTNCIA E TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS

Coordenador: Fabiano Pradi

Equipe tcnica:

Adilson Haidemann

Katlen F. Teichmann

Jeci James Amorim

Neli Ledur

Douglas F. Ott

Endrigo Knetzsch

Marcos Alberto Reiter

COMISSO DE FINANCIAMENTO E GESTO

Coordenadora: Kelly Giusti

Equipe tcnica:

Rosinete B. P. Buss

Germano Schroeder

Mnica Zimmer

Geani Kraeft

Joana Wachholz

COMISSO DE ENSINO MDIO

Coordenadora: Vera Lcia Selke Gutz

Equipe tcnica:

Scheila Maas

Patrcia da Costa Buss

Mrcio Porath

Giovana Z. Borges

Cristina Tavares de Oliveira

Agnes Orzechowski

COMISSO DE EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS

Coordenadora: Daisy Fuiza Andrade

Equipe tcnica:

Maristela Branco Pinheiro

Regiane Eischtaedt

Edna Pereira Furtado

Josiane Pedro

Leila Carla Flohr

Clarissa Domingues

Suelen Vanessa Roeder

Hannalora Dalke

Soraia Lgia de Souza

Dbora Pereira

A Portaria n 18.959, de 12 de fevereiro de 2015 nomeou todos os coordenadores de comisses acima mencionados.

Conforme cronograma de trabalho, entre 04 de fevereiro e 15 de maio de 2015 as referidas Comisses reuniram-se periodicamente a fim de elaborarem suas sugestes, que resultaram no documento base a ser apresentado e votado na Assembleia plenria em 22 e 23 de maio de 2015.

No incio da tarde de sexta-feira (22/05), a Secretria Joana agradeceu novamente a presena de todos, elogiou o trabalho das comisses e ponderou sobre a necessidade de serenidade nos debates e discusses, visando o bem do municpio.

Props a seguinte metodologia: a) apresentao das referidas comisses, por eixo de discusso; b) leitura individual e debate de cada proposta (argumentaes); c) supresso, incluso ou alterao de itens; d) votao, aberta, por maioria simples. O modelo foi aceito por todos os presentes.

E assim se deu incio s discusses, que transcorreram de forma ordenada, respeitosa e tranqila. Ocorreu um debate amadurecido, que atingiu plenamente os objetivos elencados na elaborao deste Plano. As listas de presena comprovam boa participao e esto arquivadas na Secretaria Municipal de Educao.

1. EDUCAO INFANTIL

1.1 Diretrizes e Metas

1.1.1Universalizar a Educao Infantil para crianas de 04 a 05 anos de idade atendendo 100% da demanda, e ampliar at 2.025 a oferta de Educao Infantil de forma a atender no mnimo 70% das crianas de zero a 03 anos de idade.

1.1.1.1Dar preferncia para que o atendimento da Educao Infantil de zero a 5 anos de idade seja realizado nos Centros de Educao Infantil.

1.1.1.2 Realizar levantamento anual da demanda de crianas de zero a 03 anos de idade, como forma de planejar a oferta de vagas, com vistas a aumentar gradativamente o percentual de atendimento.

1.1.2Qualificar e respeitar o atendimento das crianas realizado nas instituies de Educao Infantil, acompanhando seu desenvolvimento e garantindo uma aprendizagem significativa, consciente e efetiva, relacionada incluso, diversidade, tica, cultura e interao social.

1.1.2.1. Garantir o acesso e a permanncia das crianas com deficincia, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotao na Educao Infantil, adequando todos os espaos fsicos, tendo equipe de apoio pedaggico especfica para atender s mesmas, como psiclogo, psicopedagogo, fonoaudilogo, neurologista e fisioterapeuta.

1.1.2.2Manter e ampliar em regime de colaborao e respeitadas as normas de acessibilidade, o programa nacional de construo e reestruturao dos Centros de Educao Infantil, bem como, a aquisio de equipamentos, visando a expanso e a melhoria da rede fsica dos mesmos.

1.1.2.3 Adequar e construir os espaos para Educao Infantil conforme os Parmetros Bsicos de Infra-estrutura para Educao Infantil/ 2006, do MEC e Resoluo COMED 004/02.

1.1.2.4 Dar preferncia para as matrculas se efetuarem pelo critrio do zoneamento nos Centros de Educao Infantil, efetuando a matrcula da criana na instituio do bairro em que reside.

1.1.2.5. Atender na Rede Municipal de Ensino apenas crianas residentes no municpio de Pomerode, exceto filhos de pais que trabalham na entidade mantenedora. Excetua-se neste artigo a Rede Particular de Ensino.

1.1.2.6O calendrio da Educao infantil se dar em 235 dias de atendimento.

1.1.2.7Estabelecer a organizao dos grupos de crianas nas instituies de Educao Infantil, buscando a qualidade do atendimento de acordo com a proposta constante abaixo:

NMERO DE CRIANAS E EDUCADORAS POR FAIXA ETRIA.

A) Creche I (crianas de trs meses a 01 ano de idade no ano corrente) turmas de 06 crianas para 01 professor (12 para 01 professor e 01 auxiliar de Educao Infantil).

B) Creche II (crianas que completam 02 anos no ano corrente) turmas de 08 crianas para 01 professor (16 para 01 professor e 01 auxiliar de Educao Infantil).

C) Creche III (crianas que completam 03 anos no ano corrente) turmas de 10 crianas para 01 professor (20 para 01 professor e 01 auxiliar de Educao Infantil).

D) Pr I (crianas que completam 04 anos no ano corrente) turmas de 20 crianas para 01 professor.

E) Pr II (crianas que completam 05 anos no ano corrente) turmas de 25 crianas para 01 professor.

Obs: Reduzir gradativamente e eliminar assim que possvel as turmas mistas.

1.1.2.8 Organizar o atendimento para que nos perodos de frias escolares e emendas de feriados (plantes) as crianas de Educao Infantil sejam atendidas em 03 plos: sendo um central, um na regio norte e outro na regio sul da cidade, fazendo rodzio entre as entidades de atendimento em cada plo, quando possvel.

Obs.: O rodzio se refere tambm aos profissionais de cada entidade.

1.1.2.9Garantir que durante o ano letivo os Centros de Educao Infantil estejam fechados durante 04 dias, para que os funcionrios possam se reunir para aperfeioamento e formao, iniciando com 01 dia a partir da aprovao deste plano, garantindo os 04 dias at o final da vigncia do plano.

1.1.3Assegurar que todo profissional da Educao Infantil tenha formao especfica em Educao Infantil, intensificando a participao democrtica nas formaes continuadas, disponibilizando experincias e atividades adequadas nas diferentes reas do conhecimento, priorizando as linguagens, brincadeiras e interaes.

1.1.3.1Garantir que os diretores das instituies de Educao Infantil tenham graduao ou especializao em gesto pblica ou escolar ou em Educao Infantil.

1.1.3.2Admitir profissional de educao somente mediante concurso de ingresso e processo seletivo (ACT).

1.1.3.3Estabelecer um programa de formao continuada em servio, articulado com instituies de ensino superior, ou empresas especializadas em formaes de educadores, para atualizao permanente e aprofundamento dos conhecimentos dos profissionais que atuam na Educao Infantil.

1.1.3.4Possibilitar que as instituies de Educao Infantil sejam o espao de conhecimento, por meio de metodologias participativas e construtivas, para que a criana seja desafiada a ser e fazer-se sujeito no processo de aprendizagem.

1.1.3.5 Assegurar a partir da vigncia deste plano, que o municpio tenha definido sua poltica para Educao Infantil, com base nas diretrizes nacionais, nas normas complementares estaduais e nas sugestes referenciais curriculares nacionais.

1.1.3.6 Garantir que todos os professores da Educao Infantil apliquem em sua prtica diria a Proposta Pedaggica da Educao Infantil.

1.1.4Propor melhorias para o processo de ensino e aprendizagem nas instituies de Educao Infantil, atravs da elaborao do Projeto Poltico Pedaggico e oferta de diferentes materiais.

1.1.4.1Garantir que a partir da vigncia deste plano, todas as instituies de Educao Infantil reestruturem seus Projetos Polticos Pedaggicos, com a participao dos profissionais de educao neles envolvidos e da comunidade local.

1.1.4.2 Elaborar com a participao de todas as entidades de Educao Infantil do municpio um regimento interno nico, com orientao jurdica, transformando-o em lei municipal.

1.1.4.3Disponibilizar materiais didticos apropriados para a Educao Infantil (brinquedos, jogos, computadores, parque infantil, fantoches, literaturas especficas para professores), elaborando um acervo bibliogrfico especfico para Educao Infantil.

1.1.5Articular e manter parcerias com outros setores desta entidade mantenedora para atendimento de qualidade na Educao Infantil quanto sade e proteo, garantindo seu cumprimento.

1.1.5.1 Encaminhar para a Assistncia Social, Conselho Tutelar ou Secretaria de Sade, casos de vulnerabilidade social, pobreza, violncia domstica e desagregao familiar extrema.

1.1.5.2Garantir a alimentao escolar saudvel para as crianas atendidas na Educao Infantil, nos estabelecimentos pblicos e creches domiciliares conveniadas, atravs da colaborao financeira da Unio e do Estado.

2. ENSINO FUNDAMENTAL

2.1 Diagnstico

De acordo com a Constituio Brasileira, o Ensino Fundamental obrigatrio e gratuito.

Conforme Art. 208:

O dever do Estado com a educao ser efetivado mediante a garantia de:

I - ensino fundamental, obrigatrio e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele no tiveram acesso na idade prpria; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 14, de 1996).

Ele bsico na formao do cidado, pois de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional, em seu Art. 32, o pleno domnio da leitura, da escrita e do clculo constituem meios para o desenvolvimento da capacidade de aprender e de se relacionar no meio social e poltico. prioridade oferec-lo a toda populao brasileira.

E ainda:

O acesso ao ensino obrigatrio direito pblico subjetivo, e seu no oferecimento pelo Poder Pblico ou sua oferta irregular implica responsabilidade da autoridade competente.

Em Pomerode o Ensino Fundamental oferecido em diferentes localidades do municpio, revelando que a permanncia escolar se efetivou nesta faixa etria, bem como, o nvel de empregabilidade do municpio.

Alguns dados diagnosticados no Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino:

*O processo de distribuio do livro didtico (PNLD), no atende a demanda do nmero de alunos referente ao ano em curso. Como conseqncia ocorre o atraso na entrega dos livros a algumas turmas e alunos. Nem sempre a reserva tcnica tem como disponibilizar a quantidade necessria por escola e turma. A distribuio do livro didtico organizada pelo MEC, que por sua vez, utiliza os dados do Censo Escolar do ano anterior distribuio. O municpio, em diversos momentos solicitou que a distribuio fosse realizada de forma a atender matrcula do ano em questo, mas o MEC no atendeu solicitao.

*Atendimento e acompanhamento dos alunos com problemas diagnosticados, tendo uma ao conjunta entre todos os rgos envolvidos nesta parceria (Conselho Tutelar, Secretaria da Sade e Assistncia Social, entre outros).

* ndices de reprovao em Pomerode nos ltimos anos:

2011 6,9%

2012 4,7%

2013 6,7%

2014 7,4%

A mdia de reprovao no Estado de 9,6% e no Pas de 10,15%.

*Espao fsico inadequado para a prtica desportiva, em algumas unidades escolares.

*Alta rotatividade de professores contratados em carter temporrio e falta de professor para algumas reas especficas.

*Pouca participao da famlia no processo educativo.

*As escolas no esto totalmente adequadas na parte fsica e na qualificao profissional para receber alunos com de deficincia (acessibilidade).

*H oferta de cursos gratuitos de complementao do Ensino Fundamental.

*H oferta de transporte escolar (passe para alunos que moram a mais de trs quilmetros da escola.)

*Oferta de equipe multidisciplinar (psicloga, nutricionista, AEE (Atendimento Educacional Especializado), PADRA (Projeto de Atendimento de Diferentes Ritmos de Aprendizagem).

*Alimentao balanceada na merenda escolar, inclusive o almoo para as crianas que frequentam o Empreendedorismo, o Ensino Bilngue, a Educao Integral, o AEE e o PADRA, com cardpio elaborado pela Nutricionista da Secretaria de Educao e Formao Empreendedora.

*Implementao da Educao Integral, gradativamente, em algumas escolas, com o mnimo de permanncia de 7 horas.

*Ensino Bilngue em duas escolas da Rede Municipal, sendo que a grade curricular consta de 5 aulas em Lngua Alem na Educao Infantil e 11 aulas no 1 Ano. A partir do 2 Ano, os alunos podem frequentar 10 aulas em Lngua Alem duas vezes por semana, no contra turno escolar, recebendo refeies balanceadas.

*Empreendedorismo ocorre uma vez por semana nos 9os anos com duas aulas de Empreendedorismo, uma de Educao Fsica, uma de Portugus/Empreendedorismo e uma de Ensino Religioso totalizando 5 aulas. Neste dia o aluno fica no perodo integral na escola. As aulas so ministradas baseadas em material elaborado pela Secretaria da Educao, o qual norteia o trabalho dos professores. Tem proposta, currculo e ementa prpria.

*Oferta de formao continuada no horrio do expediente.

*2/3 de interao com aluno.

*A maioria dos professores da Rede Municipal possui especializao na rea.

2.2 Diretrizes

As diretrizes norteadoras do Ensino Fundamental esto contidas na Constituio Federal, na Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional e nas Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental.

O direito ao Ensino Fundamental no se refere apenas matrcula, mas ao ensino de qualidade, at a sua concluso.

O atraso no percurso escolar resultante da repetncia sinaliza para a necessidade de polticas educacionais destinadas correo das distores idade-srie. A expressiva presena de jovens com mais de 14 anos no Ensino Fundamental demanda a criao de condies prprias para a aprendizagem dessa faixa etria, adequadas sua maneira de usar o espao, o tempo, os recursos didticos e s formas peculiares que a juventude tem de conviver.

Alm do atendimento pedaggico, a escola tem responsabilidades sociais que extrapolam o simples ensinar, especialmente para crianas carentes. Para garantir um melhor equilbrio e desempenho dos seus alunos, faz-se necessrio ampliar o atendimento social, sobretudo nas famlias de menor renda, com o Programa Bolsa Famlia associado Educao, alimentao escolar, livro didtico e transporte escolar.

Reforando o projeto poltico-pedaggico da escola, como a prpria expresso da organizao educativa da Unidade Escolar, surgem os Conselhos Escolares, associaes que devero orientar-se pelo princpio democrtico da participao. A gesto da educao e a cobrana de resultados, tanto das metas como o dos objetivos propostos neste plano, envolvero comunidade, alunos, pais, professores e demais trabalhadores da Educao.

Deve-se assegurar a melhoria da infra-estrutura fsica das Unidades Escolares, generalizando inclusive as condies para a utilizao das tecnologias educacionais em multimdia, contemplando-se desde a construo fsica, com adaptaes adequadas a pessoas com deficincia, at os espaos especializados de atividades artstico-culturais, esportivas, recreativas e a adequao de equipamentos.

A consolidao e o aperfeioamento do Censo Escolar, assim como a Prova Brasil, a Prova Ana (PNAIC) e a criao de sistemas complementares (sondagem de avaliao diagnstica na alfabetizao) permitiro um permanente acompanhamento da situao escolar do Municpio. Nos anos finais este acompanhamento realizado com a aplicao de uma avaliao diagnstica em Matemtica e em Lngua Portuguesa.

O Ensino Fundamental deve efetivar uma proposta que respeite os tempos de aprender; de desenvolvimento dos sujeitos; que ultrapasse a ideia de que o aluno deva limitar-se ao contedo, nota, norma; que incorpore a ideia de que o aluno um dos sujeitos do espao escolar, que possui conhecimento e que capaz de construir novos conhecimentos, sendo papel dos professores mediar, promover o dilogo entre o conhecimento do aluno e o conhecimento cientfico historicamente sistematizado pela humanidade.

A organizao, a estrutura e o funcionamento das instituies de ensino e da Educao Bsica devem avanar na perspectiva de um conceito de educao bsica na sua totalidade, articulando, de forma permanente e contnua de 0 a 17 anos, para crianas, adolescentes e jovens, incluindo a Educao Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Mdio, considerando os ciclos da vida humana a incluso das pessoas com deficincia, e uma concepo de Educao de Jovens e Adultos para aqueles que no concluram e/ou no tiveram acesso em tempo prprio.

necessrio compreender o ser humano como ser social que se constitui enquanto tal, mediado pela linguagem, pelo processo de trabalho e pela capacidade intelectual. O crebro humano compreendido como rgo de extrema plasticidade, capaz de reorganizar-se mediante procedimentos especficos (estimulao) e de melhorar as condies de humanizao de todos os sujeitos.

Uma escola libertadora forma cidados sujeitos de sua prpria histria que possam interagir no processo ensino-aprendizagem e principalmente intervir e agir diante das desigualdades sociais, buscando a transformao econmica, social e poltica desta sociedade.

Compreender que a aprendizagem, a construo do conhecimento, seja um processo de socializao de diferentes experincias vividas pelos envolvidos, mediada tanto pela troca entre os educandos como pela mediao do professor, onde a tarefa principal de educador a interveno no processo do conhecimento de modo deliberado e politicamente definido, comprometido com um projeto a servio da emancipao e da construo da cidadania ativa.

A escola deve atender a todos os nveis de ensino possibilitando maior troca de experincias e socializao entre os alunos. Deve contribuir para que os sujeitos saiam da condio de subordinao e de comodismo para buscar de forma coletiva a melhoria da qualidade de vida e ter as seguintes caractersticas:

*Educao voltada para a formao humana comprometida com os desejos da comunidade, que prepare para a vida e para a transformao da realidade.

*Garantir o acesso e a permanncia de todas as crianas oferecendo ensino pblico, gratuito, de qualidade em todos os nveis de ensino.

*Desenvolver uma poltica educativa inclusiva destinada correo das distores idade/srie, sem distino de raa, credo, cor, condio social ou qualquer outro tipo de diferena.

*Garantir habilitao correspondente ao nvel de ensino, dos profissionais do Ensino Fundamental.

2.3 Objetivos e Metas

2.3.1 Garantir infra-estrutura fsica e pedaggica, a todas as escolas, para um atendimento adequado a todos os alunos.

2.3.2Garantir o acesso e a permanncia, at a concluso do Ensino Fundamental, a todo cidado que reside no municpio enquanto direito pblico e subjetivo, respeitando o zoneamento.

2.3.3Garantir na grade curricular de 1 ao 9 ano, duas lnguas estrangeiras (Lngua Inglesa e Lngua Alem), Artes, Educao Fsica e Ensino Religioso para todas as unidades escolares com professores habilitados.

2.3.4 Proporcionar uma educao reflexiva, oportunizando o pensar, o expressar-se, o resgate de valores e da cidadania, investindo-se em projetos, sequncias didticas, palestras, programas, parcerias, entre outros.

2.3.5 Implantar em regime de parceria, a aplicao de testes de acuidade visual e auditiva para detectar problemas e oferecer acompanhamento a todos os alunos que ingressam no 1 ano do Ensino Fundamental, e aos demais conforme necessidade, sendo que na implantao do mesmo todos os alunos sero avaliados.

2.3.6Viabilizar parcerias com as Secretarias de Sade e/ou outras Secretarias, que assegurem a preveno e o atendimento necessrio a todos os alunos, incluindo servios especializados.

2.3.7Garantir, a partir da vigncia deste plano, a quantidade de alunos proporcionais ao metro quadrado da sala de aula, limitando em 25 alunos do 1 at 3 ano, 30 alunos do 4 ao 5 ano e 35 alunos no 6 ao 9 ano.

2.3.8Adquirir, manter e atualizar o acervo bibliogrfico, incluindo material didtico-pedaggico, equipamentos e recursos tecnolgicos digitais da histria de Santa Catarina e de Pomerode.

2.3.9Manter nas escolas o atendimento aos alunos com diferentes ritmos de aprendizagem (PADRA).

2.3.10Diminuir, a defasagem ano idade e evaso escolar atravs de projetos e o envolvimento familiar nas questes educacionais, garantindo a permanncia de toda criana na escola num processo inclusivo.

2.3.11Continuar a integrar a famlia no processo educativo, atravs de programas, atividades especficas e projetos participativos.

2.3.12Assegurar a reestruturao e a reorganizao das instituies de ensino, criando gradativamente condies de instrumentalizao e adequao dos laboratrios/sala ambiente das diversas reas.

2.3.13Integrar a escola com a comunidade provendo campanhas de conscientizao e participao relacionadas aos problemas ambientais, sociais e familiares.

2.3.14 Revisar a proposta curricular, atendendo as peculiaridades regionais, visando formao do ser humano na sua totalidade.

2.3.15Oportunizar classes de acelerao para os alunos a partir do 6 ano do Ensino Fundamental, com a finalidade de equalizar a defasagem idade-ano escolar com nmero mximo de 12 alunos em classe. As aulas de acelerao iro acontecer no contra turno escolar 4 vezes por semana. A Secretaria da Educao dever garantir uma capacitao com as devidas atribuies do professor atuante. Este precisa ter especializao em psicopedagogia.

2.3.16Oferecer salas de recursos diferenciados para alunos com altas habilidades ou superdotados na faixa etria de 6 a 14 anos podendo o professor atender os alunos por plos, determinados pela Secretaria da Educao.

2.3.17Para ingressar no primeiro ano do Ensino Fundamental, a criana dever ter 6 (seis) anos de idade completos.

2.3.18Os professores alfabetizadores do 1 ao 3 ano devero participar da formao oferecida pelo MEC PNAIC ou formao equivalente oferecida pela SED.

3.ENSINO MDIO

3.1 Diagnstico

dever prioritrio dos Estados a oferta do Ensino Mdio; ltima etapa obrigatria da Educao Bsica, para todos que demandarem, inclusive queles que no puderam conclu-lo na idade certa, conforme Art. 10, Inciso VI, da LDB (redao dada pela Lei n 12.061/2009).

Sua finalidade :

I - a consolidao e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

II - a preparao bsica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condies de ocupao ou aperfeioamento posteriores;

III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formao tica e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crtico;

IV - a compreenso dos fundamentos cientfico-tecnolgicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prtica, no ensino de cada disciplina. (Artigo 35 da LDB).

Em 2014, na cidade de Pomerode, foram registradas 1.018 matrculas, distribudas em trs estabelecimentos da Rede Pblica Estadual e um da Rede Particular de Ensino. Devido s suas responsabilidades legais, a Rede Pblica Estadual detm a maior parcela das matrculas.

Embora o Estado tenha implantado, no ano de 2012, na Escola de Educao Bsica Jos Bonifcio, localizada no centro da cidade, o Ensino Mdio Integral (aquele no qual o aluno permanece em perodo integral na escola) e no ano de 2014 tenha transformado o Ensino Mdio em Inovador (aquele no qual o aluno tem aula no perodo escolhido e permanece no perodo oposto trs dias por semana), a procura pelo curso de Educao Geral continua maior. Prova disso o nmero de alunos que procuram pelo curso, no s no mesmo educandrio, como tambm nos demais educandrios pblicos do municpio. O fato se deve procura, por parte dos alunos, pelos cursos de aprendizagem promovidos pelo SENAI e pelo Programa Aprendiz Legal (Lei da Aprendizagem n 10.097/2000), promovido por determinadas empresas da cidade.

Dentro do contexto municipal, portanto, verifica-se a grande procura, por parte de alunos na faixa etria dos 16 anos, pelo primeiro emprego, ou por programas que levem o aluno a ingressar futuramente no mercado de trabalho. Desta maneira, explica-se a procura pelo Ensino Mdio em um nico turno.

A procura pelo mercado de trabalho tambm responsvel pelo aumento no ndice de evaso escolar do ensino mdio, que no ano de 2014 ficou em torno de 15%. A jornada de trabalho de 8 horas dirias, juntamente com a jornada diria dos alunos na escola, para muitos uma sobrecarga, fato que os leva muitas vezes a desistir dos estudos.

Ainda como forma de uma preparao maior para a vida, unindo estudos e profisso, sem esquecer da gratuidade, existe uma parcela de alunos que buscam os cursos tcnicos em escolas pblicas em outras cidades.

3.2 Diretrizes e Metas

3.2.1Universalizar, at 2016, o atendimento escolar para toda a populao de quinze a dezessete anos, e elevar, at 2024, a taxa lquida de matrculas no ensino mdio para 85%, nesta faixa etria.

3.2.2Institucionalizar programa de renovao do Ensino Mdio, a fim de incentivar prticas pedaggicas com abordagens interdisciplinares, estruturadas pela teoria e prtica, por meio de currculos escolares que organizem, de maneira flexvel e diversificada, contedos obrigatrios e eletivos, articulados em dimenses como cincia, trabalho, tecnologia, cultura e esporte, garantindo-se a aquisio de equipamentos e laboratrios, a produo de material especfico, a formao continuada de professores e a articulao com instituies acadmicas, esportivas e culturais.

3.2.3Cumprir as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Mdio segundo a Resoluo n 02/CNE, de 30 de janeiro de 2012.

3.2.4Garantir que as escolas de educao bsica propiciem a participao de todos os segmentos da comunidade escolar na elaborao do Projeto Poltico Pedaggico, lembrando tambm da perspectiva da educao inclusiva.

3.2.5Garantir aos alunos com deficincia a permanncia no ensino regular com atendimento educacional especializado.

3.2.6Garantir a oferta de Educao Bilngue, em Lngua Brasileira de Sinais (Libras) como primeira lngua e na modalidade escrita da Lngua Portuguesa como segunda lngua, aos estudantes surdos e com deficincia auditiva de 0 (zero) a 17 (dezessete) anos, em escolas inclusivas, garantindo a oferta de professores do atendimento educacional especializado, segundo professor de turma, cuidadores, professores de reas especficas, tradutores e intrpretes de Libras, guias-intrpretes para surdo-cegos, professores de Libras e professores bilngues.

3.2.7Garantir no prazo de 5 anos, infraestrutura bsica para o bom desenvolvimento das atividades pedaggicas, tais como: biblioteca, laboratrio de cincia, laboratrio de informtica, sala de multimdia, auditrio.

3.2.8 Implantar, implementar e manter ao longo deste Plano, salas de recursos multifuncionais e fomentar a formao continuada de professores para o ensino regular e para o atendimento educacional especializado nas escolas regulares.

3.2.9Manter e ampliar programas suplementares que promovam a acessibilidade nas instituies pblicas, para garantir o acesso e a permanncia dos estudantes com deficincia, por meio da adequao arquitetnica, da oferta de transporte acessvel, da disponibilizao de material didtico prprio e de recursos de tecnologia.

3.2.10Implantar o Projeto de Preveno de Sinistros e Plano de Emergncia em todas as escolas de Ensino Mdio.

3.2.11Garantir o aproveitamento de bens e espaos culturais, de forma regular, bem como a ampliao da prtica desportiva, integrada ao currculo escolar.

3.2.12Incentivar a participao dos alunos no Exame Nacional do Ensino Mdio (ENEM).

3.2.13 Firmar convnios com instituies que promovam a educao vocacional para os alunos do Ensino Mdio.

3.2.14Criar, atravs de parcerias, o curso de pr-vestibular e preparatrios para o ENEM, gratuito no municpio de Pomerode.

3.2.15Fomentar a expanso das matrculas gratuitas de Ensino Mdio educao profissional (Programa Aprendiz Legal e SENAI), observando as peculiaridades das populaes do campo e pessoas com necessidades especiais.

3.2.16Garantir que as empresas exijam a comprovao da matrcula, atestados de frequncia e rendimento escolar peridicos (bimestralmente), pelas empresas do Programa Aprendiz Legal e SENAI.

3.2.17Implementar polticas de preveno evaso motivada pelo excesso de carga horria de emprego somada da escola, por preconceito ou quaisquer formas de discriminao, criando rede de proteo contra formas associadas de excluso.

3.2.18 Promover e acompanhar a celebrao de convnios entre empresas e Escolas de Educao Bsica, profissional e tecnolgica, para oportunizar estgio remunerado ou no, possibilitando o acesso ao mundo do trabalho.

3.2.19 Estruturar e fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanncia dos jovens beneficirios de programas de transferncia de renda, no Ensino Mdio, quanto freqncia e ao aproveitamento escolar.

3.2.20 Promover a busca ativa da populao de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos, que esto fora da escola, em articulao com os servios de assistncia social, sade e proteo adolescncia e juventude.

3.2.21 Fomentar programas de educao e de cultura para a populao urbana e do campo de jovens, na faixa etria de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos, e de adultos, com qualificao social e profissional que estejam fora da escola e com defasagem no fluxo escolar.

3.2.22 Redimensionar a oferta de Ensino Mdio nos turnos diurno e noturno, bem como, a distribuio territorial das escolas de Ensino Mdio, de forma a atender a toda a demanda, de acordo com as necessidades especficas dos alunos.

3.2.23Desenvolver formas alternativas de oferta do Ensino Mdio, garantida a qualidade, para atender aos filhos e filhas de profissionais que se dedicam a atividades de carter itinerante.

4. ENSINO SUPERIOR

4.1 Diagnstico

A educao , ou pode vir a ser, espao de transformao da vida social e, por conseguinte, das prprias relaes de produo, oferecendo ao sujeito condies de observar o meio onde est: social, econmico, poltico e cultural, compreendendo-o para ento ousar transform-lo.

Os anseios da comunidade de Pomerode refletem-se na busca de melhor qualidade de vida e da cidadania, que se refora a cada momento, e ao processo de construo social e humana, centrada na formao e no desenvolvimento da capacidade criadora do homem.

Segundo a revista de mbito nacional, Exame (abril/2015), A cidade de Pomerode, em Santa Catarina, a mais igualitria de todo o territrio brasileiro. Isso quer dizer que ela concentra os melhores ndices em quesitos como emprego, escolaridade e violncia, de acordo com o Atlas da Excluso Social no Brasil. (http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/as-35-cidades-mais-igualitarias-do-brasil).

Apesar desses dados animadores, praticamente nenhuma das propostas do Plano Municipal de Ensino Superior anterior, elaborado h dez anos, foram realizadas. Nossos estudantes continuam deslocando-se a municpios vizinhos, alm de cidades mais distantes ou at outros estados, em busca das instituies que oferecem os cursos no Ensino Superior.

imprescindvel que a Secretaria da Educao se articule com as Instituies de Ensino Superior, no sentido de qualificar a formao de profissionais em nvel superior.

Com relao ao levantamento de indicadores educacionais do Ensino Superior no municpio, observa-se uma escassez de dados oficiais disponveis ao domnio pblico, o que dificulta um mapeamento e diagnstico real da nossa atual situao. Faz-se ento necessrio um levantamento de quantos acadmicos temos no municpio de Pomerode, onde estudam e quais cursos frequentam. A Educao o grande processo de incluso que pode conceder mudanas no quadro social e econmico, conduzindo a populao a uma sociedade real, na qual todos os indivduos consigam assumir seus papis como cidados atuantes.

Baseados nos dados da ASSEUP (2015/1), temos, aproximadamente, 6,3% dos alunos que frequentam o Ensino Superior matriculados em cursos relacionados Educao, o que corresponde a 28 alunos de um total de 440.

Aproximadamente 45% dos estudantes recm-sados do Ensino Mdio ingressam na universidade. Proposta: aproveitar-se da falta de professores no municpio para criar cursos voltados ao magistrio com a finalidade de formar professores em Pomerode.

4.2. Diretrizes

O mundo est aberto aos conhecimentos que, atualmente, sobrepujam os recursos materiais. o que se chama de valorizao do ser em detrimento do ter. Partindo desse pressuposto, nenhum municpio, estado ou pas pode aspirar ao desenvolvimento interno e sua independncia sem o amparo de um forte sistema de Ensino Superior.

O Estado afirma que uma Instituio de Ensino Superior deve ser pluralista, aberta, interessada em acompanhar as mudanas, em analisar tendncias para contribuir, efetivamente, na transformao humana e desenvolvimento social.

A finalidade do Ensino Superior deve articular-se com o mundo do trabalho, com o desenvolvimento sustentvel, com a melhoria do sistema educacional como um todo e, finalmente, com a qualidade da vida humana. Deve ser um espao para concretizar projetos de apoio comunidade, incluindo sua elaborao, execuo e avaliao, representantes dos diferentes grupos sociais e culturais.

Por sua vez, os municpios em quase todo o territrio brasileiro, esto caminhando para o desenvolvimento social, integrando-se ao pensamento de que a Educao ocupa uma posio central na melhoria das oportunidades da populao e na distribuio de renda. Pomerode no foge regra. O municpio caminha em busca da formao humana e do desenvolvimento social. Sendo assim, necessrio analisar as tendncias que se processam em mbito geral e a partir da trazer a sua prpria contribuio para os cidados muncipes.

Para que Pomerode se integre mais amide no prprio desenvolvimento intelectual e social preciso que ocorra um movimento no mundo do trabalho como tambm um processo de parceria com as demais instncias da sociedade. A Educao um elo entre a sociedade e o ser humano e um grande processo de incluso, objetivando uma sociedade mais justa e com melhor qualidade de vida.

Sendo assim, o municpio, como membro ativo, do interesse de participar da formao do cidado, deve dar especial ateno e incentivo formao em nvel superior, uma vez que esta est diretamente ligada ao desenvolvimento econmico do mesmo.

4.3 Objetivos e Metas

4.3.1Incentivar e favorecer a implantao de cursos em nvel de Ensino Superior em Pomerode.

4.3.2Proporcionar parceria entre as Instituies de Ensino Superior, Prefeitura Municipal e Setor Privado, numa relao de troca, propiciando um Ensino Superior de qualidade e aporte de recursos, atendendo aos anseios e necessidades do municpio.

4.3.3Gestionar, junto ao municpio e atravs de parcerias, a fim de favorecer a ampliao da oferta do Ensino Superior a, no mnimo, 60% dos egressos do Ensino Mdio.

4.3.4Incentivar a gratuidade, ou parcialidade dos valores, atravs de bolsas de estudo disponibilizadas pelas IES, ou outros benefcios estabelecidos por meio de convnios, na rea da educao e em cursos nos quais h carncia de profissionais habilitados.

4.3.5Promover formao permanente aos professores, a partir do diagnstico de desempenho docente e discente, em parceria com as Instituies de Ensino Superior.

5. EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS

5.1 Diagnstico

A Educao de Jovens e Adultos procura resgatar principalmente o compromisso com aqualidade da escola pblica, construindo valores de solidariedade e respeito aos diversos saberes e ao conhecimento historicamente construdo, considerando o homem como um ser integral (social, poltico, afetivo, cultural...) ou seja, cidado. Conforme Lei Orgnica do Municpio:

Art. 96 dever do Municpio ministrar o ensino, preferencialmente pr-escolar e fundamental, observados os princpios:

1. Ensino Fundamental obrigatrio e gratuito em nvel supletivo para aqueles que no tiverem acesso ao mesmo, na idade apropriada.

O aluno Jovem e Adulto busca no ambiente escolar sua promoo individual e social,fazendo a ponte entre o seu conhecimento e o conhecimento sistematizado da escola. um indivduo j integrado ao ambiente do trabalho ou que no se sente mais vontade por estar fora da idade, ou at mesmo os excludos do perodo diurno.

... um adulto e no uma criana; est no mercado de trabalho e no se preparando para nele ingressar; no experimenta a vida, est experimentado por ela. (citado em Falando de Ns CEJA Prefeitura Municipal de Porto Alegre).

A construo de novos tempos e espaos na Educao de Jovens e Adultos, respeitando os seus ritmos e tempos, numa lgica diferenciada da escola seriada e conteudista, dando vez aos diversos saberes da vida em contemplao aos saberes historicamente construdos pelo ser humano, eis o nosso objetivo.

A Educao de Jovens e Adultos em Santa Catarina uma realidade diferente de outras regies do Brasil. J temos maior estrutura dentro do Estado, e a busca de novas modalidades de ensino e aprendizagem uma constante.A elaborao do Plano Municipal de Educao dever ser construda sobre trs eixos que fundamentaram o Plano Nacional e o Plano Estadual de Educao. So eles:a) a Educao como direito da pessoa;b) a Educao como fator de desenvolvimento econmico e social;c) a Educao como fator de combate pobreza.

5.2 Diretrizes

De acordo com o PNE: A necessidade de contnuo desenvolvimento das capacidades ecompetncias para enfrentar essas transformaes, alterou a concepo tradicional de educao de jovens e adultos, no mais restrita a um perodo particular da vida ou a uma finalidade circunscrita. Desenvolvendo-se o conceito de educao ao longo de toda a vida, que h de se iniciar com a alfabetizao. Para inserir a populao no exerccio pleno da cidadania, melhorar sua qualidade de vida e de fruio do tempo livre, e ampliar suas oportunidades no mercado de trabalho, a Educao de Jovens e Adultos deve compreender que no mnimo, a oferta de uma formao equivalente aos nove anos do Ensino Fundamental.

Para atender a essa clientela, numerosa e heterognea, no que se refere a interesses ecompetncias adquiridas na prtica social, faz-se necessria a produo de materiais didticos e tcnicas pedaggicas apropriadas, alm da especializao do corpo docente.Uma tarefa dessa envergadura necessita da garantia e programao de recursos. Esta questo dever ser olhada com cuidado pela Comisso de Financiamento e Gesto.Embora o financiamento das aes pelos poderes pblicos seja decisivo na formulaoe conduo de estratgias necessrias para enfrentar o problema dos dficits educacionais, importante ressaltar que, sem uma efetiva contribuio da sociedade civil, dificilmente o analfabetismo ser erradicado e, muito menos, lograr-se- universalizar uma formao equivalente aos nove anos do Ensino Fundamental.

Dada a importncia de criar oportunidades de convivncia com um ambiente cultural enriquecedor, h que se buscar parcerias com os equipamentos culturais pblicos, tais como museus, bibliotecas e outros privados, como cinemas e teatros. Assim, as metas que se seguem, imprescindveis construo da cidadania no pas, requerem um esforo nacional, com responsabilidade partilhada entre a Unio, os Estados e o Distrito Federal, os Municpios e a sociedade organizada.

So atribuies do Poder Pblico:

a) Mobilizar toda a sociedade no desenvolvimento do Plano Municipal de Educao, a fim de garantir a erradicao do analfabetismo;

b) Garantir o acesso e permanncia escolaridade bsica aos jovens e adultos, na modalidade supletiva para prosseguimento de estudos;

c) Mapear a populao (utilizando os agentes comunitrios ou alunos do 2 grau) que ainda no concluiu o Ensino Fundamental, localizando a demanda e programando as aes em parceria com o Estado;

d) Oferecer capacitao para os profissionais da Educao de Jovens e Adultos;

e) Garantir a integrao com o Ensino Regular, atravs de encontros peridicos de estudos, visando a troca de conhecimentos, reviso de legislao e polticas educacionais, nas diferentes modalidades de ensino;

f) Levantar o nmero de cursos existentes no Municpio, visando diminuir a oferta no sentido de garantir a qualidade;

g) Acompanhar e supervisionar os cursos existentes, avaliando o processo ensino/aprendizagem bem como a aplicao da legislao vigente.

h) Assegurar o Ensino Fundamental na modalidade supletivo em Pomerode, desde que haja demanda.

i) Integrar rgos pblicos e privados, inclusive os de sade, fomentar o acesso oferta do atendimento educacional especializado complementar aos jovens e adultos com deficincia, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotao, assegurando a transversalidade da educao especial na educao de maneira universal.

5.3 Objetivos e Metas

5.3.1Realizar diagnsticos peridicos dos jovens e adultos com Ensino Fundamental e Mdio incompletos, para identificar a demanda ativa por vagas na Educao de Jovens e Adultos, mobilizando e integrando projetos, programas, movimentos e polticas de elevao de escolaridade e erradicao do analfabetismo, juntamente com outras entidades e setores da sociedade (CDL, ACIP, FIESC, etc).

5.3.2 Divulgar e informar aos jovens e adultos que ainda no concluram o Ensino Fundamental, da oferta da EJA.

5.3.3Proceder a busca ativa peridica desta demanda.

5.3.4Priorizar a erradicao do analfabetismo e dificuldades de leitura, interpretao de instrues no trabalho e gerais, sinais de trnsito e avisos pblicos.

5.3.5Garantir o nmero de livros didticos especficos da Educao de Jovens e Adultos a todos os alunos da EJA, no incio do ano letivo e que os livros de alfabetizao sejam consumveis.

5.3.6Institucionalizar programa de assistncia ao estudante, compreendendo aes de assistncia social, financeira e de apoio psicopedaggico, que contribuam para garantir o acesso, a permanncia, a aprendizagem e a concluso com xito da EJA.

5.3.7Executar aes de atendimento aos estudantes da EJA por meio de programas de transporte, alimentao e sade, inclusive com avaliao psicolgica e oftalmolgica peridicas, em articulao com a rea da sade.

5.3.8Estimular a diversificao curricular da EJA, articulando a formao bsica e a preparao para o mundo do trabalho e estabelecendo inter-relaes entre teoria e prtica, nos eixos da cincia, do trabalho, da tecnologia, da cultura e cidadania, de forma a organizar o tempo e o espao pedaggico, adequados s caractersticas desses alunos.

5.3.9 Incentivar a articulao da EJA com e Educao Profissional.

5.3.10Propor s universidades, SENAI, SENAC e instituies profissionalizantes regionais, o dia da integrao de jovens e adultos ou criar a semana de vocaes e carreiras - evento que lhes oferea informaes de cursos e carreiras nas diversas fases da vida, por meio de dinmicas, visitas ou outras metodologias.

5.3.11Solicitar disciplina especfica ou carga horria ampliada desta modalidade nas ementas dos cursos de licenciatura, a fim de garantir que a formao inicial contemple o conhecimento para este tipo de atuao.

5.3.12Proporcionar formao continuada especfica aos profissionais que atuam nesta modalidade de ensino.

6. EDUCAO ESPECIAL

6.1 Glossrio

A educao inclusiva uma ao poltica, cultural, social e pedaggica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminao. A educao inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepo de direitos humanos que conjuga igualdade e diferena como valores indissociveis, e que avana em relao ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstncias histricas da produo da excluso dentro e fora da escola.

Considera-se pessoa com deficincia aquela que tem impedimentos de longo prazo, de natureza fsica, mental ou sensorial que, em interao com diversas barreiras, podem ter restringida sua participao plena e efetiva na escola e na sociedade.

Os alunos com transtornos globais do desenvolvimento so aqueles que apresentam alteraes qualitativas das interaes sociais recprocas e na comunicao, um repertrio de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos com autismo e psicose infantil.

Alunos com altas habilidades/superdotao demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes reas isoladas ou combinadas: intelectual, acadmica, liderana, psicomotricidade e artes, alm de apresentar grande criatividade, envolvimento na aprendizagem e realizao de tarefas em reas de seu interesse. (Marcos poltico-legais da Educao Especial na perspectiva da Educao Inclusiva, pgina 21, Braslia, 2010).

[...] a Educao Especial parte integrante da Educao e visa proporcionar, atravs de atendimento educacional especializado, o desenvolvimento pleno das potencialidades do educando com necessidades especiais, como fator de auto realizao, qualificao para o trabalho e integrao social. (BRASIL, 1986, Art. 1).

De acordo com a Educao Especial do municpio, sabe-se que temos pessoas com deficincias em diferentes reas, que sero elencadas nas pginas seguintes. Estes diagnsticos so obtidos atravs da equipe multiprofissional e quando necessrio deve-se recorrer a outros profissionais tais como: geneticistas, neurologista, psiquiatra, entre outros.

6.2 Diagnstico

O Censo Escolar/MEC/INEP, realizado anualmente em todas as escolas de Educao Bsica, possibilita o acompanhamento dos indicadores da Educao Especial: acesso Educao Bsica, matrcula na rede pblica, ingresso nas classes comuns, oferta do atendimento educacional especializado, acessibilidade nos prdios escolares, municpios com matrcula de alunos com necessidades educacionais especiais, escolas com acesso ao ensino regular e formao docente para o atendimento s necessidades educacionais especiais dos alunos. (MEC/SEESP Poltica Nacional de Educao Especial na Perspectiva da Educao Inclusiva. Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado pela Portaria Ministerial n 555, de 5 de junho de 2007, prorrogada pela Portaria n 948, de 09 de outubro de 2007).

O Municpio possui o Centro de Atendimento Educacional Especializado Egon Khn, CAESP/APAE sendo que o mesmo estruturado nas seguintes modalidades e programas de atendimento:

-Estimulao essencial - de 0 a 3a e 11m;

-SAEDE (Servio de Atendimento Educacional Especializado) - de 04 a 17 anos;

-SPE (Servio Pedaggico Especfico) de 14 a 17 anos;

- IPT - Iniciao para o Trabalho - maior de 14 anos;

- Oficina Protegida Teraputica - maior de 17 anos;

- Oficina Ocupacional - maior de 17 anos;

- Informtica Educativa - 20 horas/semanais;

- Aula de Artes - 30 horas/semanais;

- Aula de Educao Fsica - 30 horas/semanais;

- Modalidades paraolimpadas;

- Ensaio de Dana: todas s teras-feiras.

- Atendimento Clnico: neurolgico, psiquitrico, psicolgico, fonoaudiolgico, Terapia Ocupacional, fisioterpico e de Assistncia Social.

As aes do CAESP Egon Kuhn esto fundamentadas no princpio da incluso e na garantia de escola para todos, direcionada para o alcance dos seguintes objetivos prioritrios:

Trabalhar na habilitao e reabilitao da pessoa com deficincia e suas famlias, atravs da defesa e garantia de direitos e da prestao de servios de proteo social, visando a proteo das situaes de vulnerabilidade, risco social e pessoal, promovendo a autonomia, a garantia de direitos, a incluso social e melhoria da qualidade de vida dos usurios, em consonncia com a legislao que rege a poltica de assistncia social e a poltica de atendimento pessoa com deficincia.

Promover a integrao ao mundo do trabalho, favorecendo a autonomia e independncia da pessoa com deficincia intelectual, mltipla e transtorno do espectro autista.

Oferecer atendimento educacional especializado s pessoas com deficincia intelectual e mltipla, que no puderem se beneficiar com a incluso em classes comuns do ensino regular, norteado pelos Parmetros Curriculares Nacionais PCNs, Lei de Diretrizes e Base da Educao e demais legislaes correlatas.

Oferecer atendimento de sade especializado, por equipe multiprofissional pessoa com deficincia, visando sua habilitao e reabilitao clnica funcional, melhoria da qualidade de vida, ampliao de potencialidades laborais, independncia nas atividades de vida diria e preveno aos agravos que contribuem para a ocorrncia de deficincias.

A escola especial mantida pelo CAESP ofereceu em 2014 atendimento para 125 alunos.

NA REDE REGULAR DE ENSINO

No ano de 2002, iniciou-se o PADRA (Projeto de Atendimento aos Diferentes Ritmos de Aprendizagem) na Escola de Educao Bsica Municipal Professor Curt Brandes, sendo esta a escola plo. Em 2009, na Escola Bsica Municipal Almirante Barroso iniciou-se o Atendimento Educacional Especializado (AEE).

Atualmente, o municpio de Pomerode possui oito (8) Escolas Bsicas, e duas Escolas Multisseriadas, destas, apenas uma multisseriada no possui sala de AEE (Atendimento Educacional Especializado) e sala do PADRA (Projeto de Atendimento aos Diferentes Ritmos de Aprendizagem). Os atendimentos do AEE acontecem de duas at quatro vezes por semana, preferencialmente, no contra turno escolar, sendo estes atendimentos realizados individualmente ou em grupos de no mximo de 3 (trs) crianas, dependendo do grau de comprometimento de cada situao. No PADRA o atendimento ocorre duas vezes por semana. Dependendo da demanda, os agrupamentos podem ser realizados com no mximo 5 crianas por atendimento.

No ano de 2014 foram atendidas: 281 crianas no PADRA e 108 crianas no AEE. As crianas dos Centros de Educao Infantil, que necessitam de Atendimento Educacional Especializado frequentam a escola plo mais prxima do CEI.

O municpio conta com a parceria de duas psiclogas que atenderam 122 crianas, uma nutricionista que faz o acompanhamento da alimentao escolar do municpio e uma fonoaudiloga que faz atendimento na Unidade de Sade. Contamos tambm com a parceria do CAESP Egon Khn, nos atendimentos clnicos e da Secretria da Sade.

Iniciamos o ano de 2014 com uma proposta de atendimento com as auxiliares de classe, conforme a Resoluo COMED N005/2013, que so profissionais de apoio para os alunos com deficincia e transtornos globais do desenvolvimento, no intuito de atender o aluno em caso de comprovada necessidade, nos aspectos fisiolgicos, fsicos e de transporte. Houve tambm a implantao de uma avaliao descritiva para os alunos com alto grau de comprometimento em diferentes reas, de acordo com a Resoluo N 004/2013, tambm aprovada pelo COMED.

O Decreto N 6.571, de 17 de setembro de 2008, que dispe sobre o Atendimento Educacional Especializado, regulamenta o pargrafo nico do Art. 60 da Lei no. 9.394, de 20 de dezembro de 1996:

Art.1oA Unio prestar apoio tcnico e financeiro aos sistemas pblicos de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, na forma deste Decreto, com a finalidade de ampliar a oferta do atendimento educacional especializado aos alunos com deficincia, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotao, matriculados na rede pblica de ensino regular.

1Considera-se Atendimento Educacional Especializado o conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedaggicos organizados institucionalmente, prestado de forma complementar ou suplementar formao dos alunos no ensino regular.

2oO Atendimento Educacional Especializado deve integrar a proposta pedaggica da escola, envolver a participao da famlia e ser realizado em articulao com as demais polticas pblicas.

Por suas caractersticas tcnico-pedaggicas, o trabalho com as pessoas com deficincia, demanda que os profissionais tenham, alm de conhecimentos educacionais gerais, conhecimentos especficos sobre as diferentes deficincias, bem como de alguns recursos pedaggicos e tecnolgicos que contribuam no sentido de uma melhor relao entre quem ensina e quem aprende. O investimento em capacitao sempre necessrio, o dficit ainda muito grande e constitui um desafio imenso para os sistemas de ensino, pois diversas aes devem estar articuladas entre os rgos governamentais e no-governamentais para atender crescente demanda dessa categoria da populao pomerodense. Outrossim, a existncia de barreiras arquitetnicas nas escolas da rede regular (estadual, municipal e particular) ainda um entrave enfrentado pelas pessoas para efetivamente usufrurem o direito da incluso.

necessrio que se cuide com alguns aspectos que so relevantes:

alta rotatividade de profissionais, ocasionando um elevado investimento tcnico e financeiro das redes de ensino em programas de capacitao;

resistncia, em alguns casos, dos profissionais da educao sobre a poltica de educao inclusiva;

falta de sensibilizao da comunidade para a incluso dessas pessoas.

PESQUISA

Seguem abaixo grficos que apresentam uma pequena amostra da realidade do municpio.

ATENDIMENTOS EM 2014

NMEROS

%

Salas AEE nas escolas (Atendimento Educacional Especializado)

108

0,36

Salas PADRA nas escolas (Projeto aos Diferentes Ritmos de Aprendizagem)

281

0,94

APAE

125

0,42

Benefcio de Prestao Continuada da Assistncia Social

24

0,08

Centros de Educao infantil

03

0,01

Pessoa com deficincia maiores de 18 anos

185

0,62

Psiclogas

122

0,41

OBS: A porcentagem est baseada na populao de 30.000 habitantes.

6.3 Diretrizes

O municpio de Pomerode vem consolidando a Educao Especial na perspectiva da educao inclusiva, compreendendo a Educao como um direito humano fundamental. Toda criana tem direito educao, isto est proclamado na Declarao Universal de Direitos Humanos e reconfirmado pela Declarao Mundial sobre Educao para todos. Todos tm o direito de expressar seus anseios, desejos em relao Educao. Pais de crianas, com deficincia ou no, de Necessidades Educativas Especiais tm o direito de serem consultados sobre a maneira mais adequada de atender s necessidades e aspiraes de seus filhos.

A Educao Especial uma modalidade de ensino que perpassa todos os nveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza os recursos e servios e orienta quanto sua utilizao no processo de ensino aprendizagem nas turmas comuns do ensino regular.

O atendimento educacional especializado tem como funo identificar, elaborar e organizar recursos pedaggicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participao dos alunos, considerando suas necessidades especficas. As atividades desenvolvidas neste atendimento diferenciam-se daqueles realizadas na sala de aula comum, no sendo substitutivas escolarizao. Este atendimento complementa e/ou suplementa a formao dos alunos com vista autonomia e independncia na escola e fora dela.

Essas salas funcionam de modo complementar ao da sala de aula comum, sendo o atendimento efetuado no contraturno ao de sua escolaridade. Tm um fluxograma prprio, de 1 a 3 alunos dependendo da deficincia. O que se pretende prestar o servio com qualidade no favorecimento de sua interao em sala comum do ensino regular.

A Educao Especial, organizada institucionalmente integra o Sistema Municipal de Ensino, devendo ser entendida como um processo voltado preveno, ao ensino, incluso, reabilitao e a profissionalizao de pessoas com deficincia em todas as etapas e modalidades da educao.

O acesso educao tem incio na Educao Infantil, na qual se desenvolvem as bases necessrias para a construo do conhecimento e desenvolvimento global do aluno. Nessa etapa, o ldico, o acesso as formas diferenciadas de comunicao, a riqueza de estmulos nos aspectos fsicos, emocionais, cognitivos, psicomotores e sociais e a convivncia com as diferenas favorecem as relaes interpessoais, o respeito e a valorizao da criana. Em todas as etapas e modalidades da Educao Bsica, o atendimento educacional especializado organizado para apoiar o desenvolvimento dos alunos, constituindo oferta obrigatria dos sistemas de ensino.

Na modalidade de Educao de Jovens e Adultos e Educao Profissional, as aes da Educao Especial possibilitam a ampliao e oportunidades de escolarizao, formao para ingresso no mundo do trabalho e efetiva participao social.

Para o ingresso dos alunos surdos nas escolas comuns, a Educao Bilnge Lngua Portuguesa/Libras desenvolve o ensino escolar na Lngua Portuguesa e na lngua de sinais, o ensino da Lngua Portuguesa como segunda lngua na modalidade escrita para alunos surdos, os servios de tradutor/intrprete de Libras e Lngua Portuguesa e o ensino de Libras para os demais alunos da escola. O atendimento educacional especializado para esses alunos ofertado tanto na modalidade oral e escrita quanto na lngua de sinais. Devido diferena lingustica, orienta-se que o aluno surdo esteja com outros surdos em turmas comuns na escola regular.

O atendimento educacional especializado realizado mediante a atuao de profissionais com conhecimentos especficos no ensino da Lngua Brasileira de Sinais, da Lngua Portuguesa na modalidade escrita como segunda lngua, do sistema Braille, do Soroban, da orientao e mobilidade, das atividades de vida autnoma, da comunicao alternativa, do desenvolvimento dos processos mentais superiores, dos programas de enriquecimento curricular, da produo de materiais didticos e pedaggicos, da utilizao de recursos pticos, da tecnologia assistiva e outros.

A avaliao pedaggica como processo dinmico considera tanto o conhecimento prvio e o nvel atual de desenvolvimento do aluno quanto s possibilidades de aprendizagem futura, configurando uma ao pedaggica processual e formativa que analisa o desempenho do aluno em relao ao seu processo individual, prevalecendo na avaliao os aspectos qualitativos que indiquem as intervenes pedaggicas do professor. No processo de avaliao, o professor deve criar estratgias considerando que alguns alunos podem demandar ampliao do tempo para realizao dos trabalhos e o uso da lngua de sinais, de textos em Braille, de informtica ou de tecnologia assistiva, como uma prtica cotidiana.

Cabe aos sistemas de ensino, ao organizar a Educao Especial na perspectiva da educao inclusiva, disponibilizar as funes do instrutor, tradutor/intrprete de Libras e guia-intrprete, bem como a do auxiliar dos alunos com necessidade, em apoio nas atividades de higiene, alimentao, locomoo, entre outras, que exijam auxlio constante no cotidiano escolar.

Conforme Resoluo CNE/CEB n.04/2009,

Art. 12, para atuar no atendimento educacional especializado, o professor deve ter formao inicial que o habilite para exerccio da docncia e formao especfica na educao especial. O professor do AEE tem como funo realizar esse atendimento de forma complementar ou suplementar escolarizao, considerando as habilidades e as necessidades especficas dos alunos pblico alvo da educao especial.

So consideradas pessoas com deficincia aquelas que apresentam, normalmente, impedimentos de longo prazo, de natureza fsica, mental, intelectual ou sensorial, que, em interao com diversas barreiras, podem restringir sua participao efetiva na escola e na sociedade. Alunos com deficincia fsica sensorial (cegos, surdos e surdo-cegos), deficincia fsica no-sensorial (paralisia cerebral, por exemplo), deficincia mental, deficincias mltiplas. Somam-se a este grupo os alunos com altas habilidades (superdotao) que necessitam de currculo diferenciado por sua superior capacidade de aprendizagem.

A Educao Especial, como modalidade de educao escolar, organiza-se de modo a considerar uma aproximao sucessiva dos pressupostos e da prtica pedaggica social da educao inclusiva, a fim de cumprir os seguintes dispositivos legais e poltico-filosficos: Constituio Federal, Ttulo VIII, da Ordem Social. Artigo 208, inciso III, 1, inciso V, Artigo 227, inciso II, 1, 2, Lei n 10.172/01.

O municpio de Pomerode vem consolidando a Educao Especial na perspectiva da educao inclusiva, compreendendo a educao como um direito humano fundamental. A ressignificao dessa modalidade de ensino implica na necessidade de se entender a educao especial como um ensino complementar e no mais como um ensino substitutivo. A viabilizao desse novo entendimento possibilitar ao aluno com deficincia, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotao, o acesso ao currculo comum do ensino regular; essa a razo das salas multifuncionais existirem, e cabe a elas prestar o atendimento educacional especializado como forma de ensino complementar ao aluno com deficincia.

6.4 Objetivos e Metas

6.4.1Favorecer a formao continuada dos professores especializados no atendimento educacional especializado.

6.4.2Garantir espao fsico adequado aos servios de apoio especializado, em consonncia com as diretrizes das salas de recursos e salas de apoio pedaggico, desenvolvendo em toda rede regular de ensino do municpio o Projeto de Atendimento aos Diferentes Ritmos de Aprendizagem ou equivalentes.

6.4.3Garantir a definio e execuo das metas propostas nos Projetos Poltico Pedaggicos de cada unidade escolar do municpio.

6.4.4Articular com as Secretarias Municipais a incluso das pessoas com deficincia na Poltica Municipal, bem como garantir a participao destas pessoas nas atividades culturais, desportivas e de lazer, programadas nos calendrios.

6.4.5Garantir os servios de estimulao essencial/reabilitao durante a vigncia deste plano, atravs de parceria com a rea da sade, o atendimento especializado das pessoas com deficincia, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotao e familiares, nas seguintes reas: Pedagogia, Servio Social, Psicologia, Neurologia, Pediatria, Enfermagem, Fonoaudiologia, Fisioterapia, entre outras.

6.4.6Garantir atendimento educacional especializado em salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou servios especializados, pblicos ou conveniados, na forma complementar e suplementar, a todos (as) alunos (as) com deficincia, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotao, matriculados na rede pblica de Educao Bsica, conforme necessidade identificada por meio de avaliao, onde foram ouvidas as famlias e os alunos.

6.4.7Manter e ampliar programas suplementares que promovam a acessibilidade nas instituies pblicas, para garantir o acesso e a permanncia dos alunos com deficincia por meio da adequao arquitetnica, da oferta de transporte acessvel e da disponibilizao de material didtico prprio e de recursos de tecnologia assistiva, assegurando, ainda, no contexto escolar, em todas as etapas, nveis e modalidades de ensino, a identificao dos alunos com altas habilidades ou superdotao.

6.4.8Garantir a oferta de educao bilngue, em Lngua Brasileira de Sinais - LIBRAS como primeira lngua e na modalidade escrita da Lngua Portuguesa como segunda lngua, aos alunos surdos e com deficincia auditiva de 0 (zero) a 17 (dezessete) anos, em escolas e classes bilngues e em escolas inclusivas, nos termos doArt. 22 do Decreto no5.626, de 22 de dezembro de 2005, e dos Art. 24 e 30 da Conveno sobre os Direitos das Pessoas com Deficincia, bem como a adoo do Sistema Braille de leitura para cegos e surdo-cegos.

6.4.9Garantir a oferta de educao inclusiva, vedada a excluso do ensino regular sob alegao de deficincia e promovida a articulao pedaggica entre o ensino regular e o Atendimento Educacional Especializado.

6.4.10Fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso escola e ao atendimento educacional especializado, bem como da permanncia e do desenvolvimento escolar dos alunos com deficincia, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotao, beneficirios de programas de transferncia de renda, juntamente com o combate s situaes de discriminao, preconceito e violncia, com vistas ao estabelecimento de condies adequadas para o sucesso educacional, em colaborao com as famlias e com os rgos pblicos de assistncia social, sade e proteo infncia, adolescncia e juventude.

6.4.11Promover a articulao inter-setorial entre rgos e polticas pblicas de sade, assistncia social e direitos humanos, em parceria com as famlias, com o fim de desenvolver modelos de atendimento voltados continuidade do atendimento escolar, na educao de jovens e adultos, das pessoas com deficincia e transtornos globais do desenvolvimento com idade superior faixa etria de escolarizao obrigatria, de forma a assegurar a ateno integral ao longo da vida.

6.4.12Apoiar a ampliao das equipes de profissionais da educao para atender demanda do processo de escolarizao dos estudantes com deficincia, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotao, garantindo a oferta de professores do atendimento educacional especializado, profissionais de apoio ou auxiliares, tradutores e intrpretes de Libras, guias-intrpretes para surdo-cegos, professores de Libras, prioritariamente surdos, e professores bilnges.

6.4.13Promover a participao e aprendizagem do aluno com deficincia, transtorno global do desenvolvimento e altas habilidades/superdotao nas classes comuns do ensino regular.

6.4.14Garantir atendimento de no mnimo 2(duas) a 3 (trs) vezes por semana no contra turno, no atendimento educacional especializado (AEE) como complementao/ suplementao de ensino.

6.4.15Garantir a presena de professores especializados nas salas multifuncionais, que devem ter formao inicial que o habilite para o exerccio da docncia e formao especfica na Educao Especial, formao continuada em atendimento educacional especializado, conhecimentos gerais para o exerccio da docncia e conhecimentos especficos da rea, inclusive instrutores para os alunos com surdez.

6.4.16Elaborao de propostas de estimulao precoce nos Centros de Educao Infantil. Prioridade para a incluso de crianas com deficincia, transtorno global do desenvolvimento e altas habilidades na Educao Infantil.

6.4.17Garantir a generalizao, em trs anos, da ampliao de testes de acuidade visual e auditiva em todas as instituies de Educao Bsica de forma a detectar problemas e oferecer apoio adequado a todos os educandos em parceria com a rea da sade, capacitando os professores e especialistas quanto aplicao dos testes e disponibilizando os materiais necessrios para a ampliao dos mesmos.

6.4.18Estabelecer cooperao com as reas da sade, previdncia e assistncia social para, tornar disponvel rteses e prteses, equipamentos adaptados e recursos pticos para pessoas com deficincia.

6.4.19Garantir, a partir da vigncia deste plano, a construo de prdios escolares pblicos e privados, em conformidade com os requisitos de infra-estrutura para atendimento dos alunos com deficincia, estabelecidos na Lei Federal n 10.098/00 e na Resoluo 107/03 do Conselho Estadual de Educao; ficando o municpio em alerta para que, seja cumprida a Lei Federal citada acima.

7. EDUCAO DISTNCIA E TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS

7.1.Diagnstico

Para realizao deste diagnstico foi feito levantamento dos equipamentos disponveis e das necessidades relacionadas ao uso das tecnologias no dia a dia nas unidades escolares do municpio e no Telecentro, chegando s seguintes concluses:

a) Detectou-se dificuldade dos alunos de usarem ferramentas bsicas (editor de texto, planilha eletrnica, apresentao multimdia, e-mail, entre outros) para a realizao de trabalhos escolares, existindo a necessidade de ofertar cursos de incluso digital;

b) Para suprir as demandas de curso de informtica geradas pelo Projeto Mais Educao, necessrio um profissional responsvel pelo planejamento e realizao das aulas;

c) Os equipamentos de informtica das escolas esto ficando obsoletos e como no h nenhum plano que garanta a substituio dos mesmos, gradativamente esto deixando de atender s necessidades cotidianas dos usurios;

d) Alguns CEIs no possuem equipamentos como projetor multimdia, aparelho de som, impressora multifuncional, caixa de som amplificada, mquina digital, microfone sem fio, TV e DVD, entre outros;

e) No h plano de manuteno para os equipamentos que estragam;

f) Para muitos contedos mnimos no existem softwares gratuitos que supram as necessidades;

g) Alguns profissionais da educao tm dificuldade em usar as tecnologias;

h) Existem poucos horrios disponveis para pesquisa individual de alunos na Sala Informatizada;

i) Nem todas as unidades escolares do municpio possuem acesso internet banda larga.

7.2. Diretrizes e Metas

7.2.1Criar cursos de incluso digital extracurricular nas unidades de ensino (no contraturno), quando possvel.

7.2.1.1Incluir o profissional responsvel no quadro do magistrio, comprovada a legalidade.

7.2.1.2 Criar o currculo para as aulas de incluso digital e aulas de ferramentas de programao visual voltadas para enriquecer a aprendizagem.

7.2.1.3 Estimular a participao dos adolescentes nos cursos.

7.2.2Incluir na grade curricular das turmas de perodo integral, no ensino fundamental, aulas de incluso digital.

7.2.2.1 Incluir o profissional responsvel no quadro do magistrio, comprovada a legalidade.

7.2.2.2Criar o currculo para as aulas de incluso digital e aulas de ferramentas de programao visual voltadas para enriquecer a aprendizagem.

7.2.3O poder pblico dever garantir a substituio dos equipamentos da sala de informtica, de uso dos funcionrios e de tecnologia assistiva, quando no forem recebidos equipamentos para substituio atravs dos programas do Governo Federal.

7.2.3.1 Substituir os computadores quando estes alcanarem o tempo de uso de 10 (dez) anos ou realizar upgrade com troca da placa me, memrias e processador, lanados nos ltimos 2 anos.

7.2.3.2 Adquirir equipamentos para o laboratrio de informtica quando houver demanda, de acordo com o nmero de alunos por turma, no mnimo um computador para cada dois alunos.

7.2.3.3 Adquirir tecnologia assistiva quando houver a demanda.

7.2.3.4 Garantir que todas as unidades escolares e CEIs possuam aparelhos e equipamentos de tecnologia educacional (projetor multimdia, aparelho de som, impressora multifuncional, caixa de som amplificada, mquina fotogrfica digital, microfone sem fio, entre outros).

7.2.3.5 Garantir que toda sala de Educao Infantil tenha, no mnimo, uma TV e um DVD, no prazo de 5 (cinco) anos.

7.2.4Garantir a correta manuteno dos equipamentos tecnolgicos.

7.2.4.1 Contratar servio licitado para realizar a manuteno dos equipamentos tecnolgicos quando for constatado defeito fsico (hardware), quando o responsvel pela rea de informtica no tiver condies de faz-lo.

7.2.4.2 Garantir recursos de tecnologia assistiva para o uso em sala de aula e na sala de informtica, para os alunos com necessidades educativas especiais.

7.2.4.3Manter, ampliar e adquirir, se necessrio, equipamentos e recursos de tecnologia assistiva nas salas onde houver a demanda.

7.2.5Incentivar o uso e produo de recursos educacionais abertos. (Quaisquer materiais educacionais que possam ser utilizados, alterados, remixados e compartilhados livremente por todas as pessoas. So livros, planos de aula, softwares, jogos, resenhas, trabalhos escolares, vdeos, udios, imagens e outros recursos compreendidos como bens educacionais essenciais ao usufruto do direito de acesso educao e cultura).

7.2.5.1Criar parcerias com instituies de Ensino Superior para a elaborao de recursos educacionais abertos.

7.2.6Oferecer formaes em tecnologias educacionais.

7.2.6.1 Oferecer gratuitamente cursos de aperfeioamento, bem como a atualizao constante na rea de Tecnologias Educacionais e assistiva;

7.2.6.2 Oferecer formao para o profissional da rea de informtica nas escolas de acordo com as especificidades inerentes ao cargo;

7.2.6.3 Incentivar a formao de professores para prticas pedaggicas inovadoras atravs das tecnologias educacionais.

7.2.7Garantir o acesso s tecnologias educacionais para a Educao Infantil e o Ensino Fundamental.

7.2.7.1 Assegurar o acesso s tecnologias educacionais, dando preferncia a softwares livres e recursos educacionais abertos.

7.2.7.3 Prover o acesso internet de banda larga de alta velocidade at o final da vigncia deste plano para todas as unidades escolares do municpio.

7.2.7.4 Incentivar o uso de tecnologias educacionais em sala de aula.

7.2.8Garantir programas de capacitao tecnolgica e profissionalizante para a populao jovem e adulta.

7.2.8.1 Oferecer cursos de tecnologias nos telecentros para a populao jovem e adulta conforme a necessidade do pblico.

7.2.8.2 Fomentar parcerias com entidades ligadas s empresas do municpio. Ex.: SENAI.

7.2.9Proporcionar o acesso s tecnologias para atividades educacionais comunidade.

7.2.9.1 Garantir acesso s Tecnologias Educacionais em telecentros.

7.2.10Garantir que todas as escolas possuam uma biblioteca com acervo atualizado.

7.2.10.1Criar bibliotecas em escolas pblicas que no possuem.

7.2.10.2 Atualizar constantemente o acervo das bibliotecas pblicas e escolares em todas as reas do conhecimento.

7.2.10.3 Ampliar o espao fsico das bibliotecas onde for necessrio.

8. EDUCAO TECNOLGICA E FORMAO PROFISSIONAL

8.1 Diagnstico

Em Pomerode a oferta PRONATEC (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Tcnico e Emprego) acontece pela instituio privada SENAI Servio Nacional de Aprendizagem Industrial.

8.2 Diretrizes e Metas

8.2.1Elevar a escolaridade mdia da populao de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcanar, no mnimo, 12 (doze) anos de estudo no ltimo ano de vigncia deste Plano, para as populaes do campo, da regio de menor escolaridade no Pas e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade mdia entre negros e no negros declarados Fundao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE.

8.2.1.1Institucionalizar programas e desenvolver tecnologias para correo de fluxo, para acompanhamento pedaggico individualizado e para recuperao e progresso parcial, bem como priorizar estudantes com rendimento escolar defasado, considerando as especificidades dos segmentos populacionais considerados.

8.2.1.2Implementar programas de Educao de Jovens e Adultos para os segmentos populacionais considerados, que estejam fora da escola e com defasagem idade-srie, associados a outras estratgias que garantam a continuidade da escolarizao, aps a alfabetizao inicial.

8.2.1.3Expandir a oferta gratuita de educao profissional tcnica por parte das entidades privadas de servio social e de formao profissional vinculadas ao sistema sindical, de forma concomitante ao ensino ofertado na rede escolar pblica, para os segmentos populacionais considerados.

8.2.1.4Promover, em parceria com as reas de sade e assistncia social, o acompanhamento e o monitoramento do acesso escola especficos para os segmentos populacionais considerados, identificar motivos de absentesmo e colaborar com os Estados, o Distrito Federal e os Municpios para a garantia de frequncia e apoio aprendizagem, de maneira a estimular a ampliao do atendimento desses estudantes na rede pblica regular de ensino.

8.2.1.5Promover busca ativa de jovens fora da escola pertencentes aos segmentos populacionais considerados, em parceria com as reas de assistncia social, sade, proteo juventude e entidades privadas.

8.2.2 Triplicar as matrculas da educao profissional tcnica de nvel mdio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expanso no segmento pblico.

8.2.2.1Expandir as matrculas de educao profissional tcnica de nvel mdio na Rede Federal de Educao Profissional, Cientfica e Tecnolgica, levando em considerao a responsabilidade dos Institutos na ordenao territorial, sua vinculao com arranjos produtivos, sociais e culturais locais e regionais, bem como a interiorizao da educao profissional;

8.2.2.2Fomentar a expanso da oferta de educao profissional tcnica de nvel mdio nas redes pblicas estaduais de ensino.

8.2.2.3Fomentar a expanso da oferta de educao profissional tcnica de nvel mdio na modalidade de educao distncia, com a finalidade de ampliar a oferta e democratizar o acesso educao profissional pblica, privada e gratuita, assegurado padro de qualidade.

8.2.2.4Estimular a expanso do estgio na educao profissional tcnica de nvel mdio e do ensino mdio regular, preservando-se seu carter pedaggico integrado ao itinerrio formativo do aluno, visando formao de qualificaes prprias da atividade profissional, contextualizao curricular e ao desenvolvimento da juventude.

8.2.2.5Ampliar a oferta de programas de reconhecimento de saberes para fins de certificao profissional em nvel tcnico.

8.2.2.6Possibilitar a oferta de matrculas gratuitas de educao profissional tcnica de nvel mdio pelas entidades privadas de formao profissional vinculadas ao sistema sindical e entidades sem fins lucrativos de atendimento pessoa com deficincia, com atuao exclusiva na modalidade;

8.2.2.7Participar do sistema de avaliao da qualidade da educao profissional tcnica de nvel mdio das redes escolares pblicas e privadas.

8.2.2.8Expandir a oferta de educao profissional tcnica de nvel mdio para as pessoas com deficincia, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotao.

8.2.2.9Elevar gradualmente a taxa de concluso mdia dos cursos tcnicos de nvel mdio na Rede Federal de Educao Profissional, Cientfica e Tecnolgica para 90% (noventa por cento) e elevar, nos cursos presenciais, a relao de alunos (as) por professor para 20 (vinte);

8.2.2.10Elevar gradualmente o investimento em programas de assistncia estudantil e mecanismos de mobilidade acadmica, visando a garantir as condies necessrias permanncia dos (as) estudantes e concluso dos cursos tcnicos de nvel mdio.

8.2.2.11Reduzir as desigualdades tnico-raciais e regionais no acesso e permanncia na educao profissional tcnica de nvel mdio, inclusive mediante a adoo de polticas afirmativas, na forma da lei.

8.2.2.12Estruturar sistema nacional de informao profissional, articulando a oferta de formao das instituies especializadas em educao profissional aos dados do mercado de trabalho e a consultas promovidas em entidades empresariais e de trabalhadores.

8.2.2.13Expandir a oferta gratuita de educao profissional tcnica por parte das entidades privadas de servio social e de formao profissional vinculadas ao sistema sindical, de forma concomitante ao ensino ofertado na rede escolar pblica.

9. FORMAO DOS PROFESSORES E VALORIZAO DO MAGISTRIO

9.1 Diretrizes e Metas

9.1.1Garantir, em regime de colaborao entre a Unio, o Estado de SC, no prazo de cinco anos de vigncia deste PME, poltica municipal de formao dos profissionais da educao de que tratam os incisos I, II e III do Caput do Artigo 61 da Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e as professoras da Educao Bsica possuam formao especfica de nvel superior, obtida em curso de licenciatura na rea de conhecimento em que atuam.

9.1.1.1Elaborar diagnstico sobre a formao dos professores que atuaram nos ltimos 3 anos na Educao Infantil, nos anos iniciais e nas reas especficas dos Anos Finais do Ensino Fundamental.

9.1.1.2Estabelecer poltica de formao dos professores da Educao Infantil, dos anos iniciais e das reas especficas dos anos finais do Ensino Fundamental onde o diagnstico apontar que no h profissional habilitado.

9.1.1.3Atuar conjuntamente com o Estado de SC e com a Unio na promoo de financiamento estudantil a estudantes matriculados em cursos de licenciaturas.

9.1.1.4Participar de fruns ou organizaes afins que tenham o objetivo de discutir com as Instituies de Ensino Superior a reforma curricular dos cursos de licenciatura e estimular a renovao pedaggica de forma a assegurar o foco no aprendizado do aluno.

9.1.1.5Garantir, junto aos fruns, que os estgios dos acadmicos sejam supervisionados diretamente pela entidade formadora, que sejam feitos em todos os anos da Educao Bsica e que o prazo do estgio supervisionado seja de dois semestres.

9.1.2 Incentivar em regime de colaborao entre a Unio, o Estado de SC e Instituies de Ensino Superior da regio que, 100% dos professores da Educao Bsica tenham concludo a ps graduao em nvel de especializao, no prazo de cinco anos de vigncia deste PME.

9.1.2.1Re