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1 Boletim CONT-TRIB-JUR em 24.fev.2014 "Não vemos as coisas como elas são, mas como nós somos." (Anaïs Nin) ICMS-MG: Divulgado o prazo de entrega da Damef para o exercício de 2014 17 fev 2014 - ICMS, IPI, ISS e Outros Por meio da Portaria SRE nº 126/2014 - DOE MG de 15.02.2014, o Fisco mineiro divulgou o prazo de entrega da Declaração Anual do Movimento Econômico e Fiscal (Damef) para o exercício de 2014, ano-base 2013, que será no período de 1º.03 a 31.05.2014. Folião pode pagar até 76% de impostos nos produtos típicos do carnaval Publicado em 20 de fevereiro de 2014 por Caroline Renner A alta carga tributária incidente sobre os produtos pode pesar no bolso do brasileiro que pretende pular o Carnaval neste ano. Itens muito consumidos nesta época como a caipirinha, a cerveja e a água mineral carregam uma elevada tributação de 76,66%, 55,60% e 44,55% respectivamente, conforme apurou o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação – IBPT. Quem pretende sair às ruas fantasiado também arcará com altos tributos embutidos no preço da fantasia de arame (33,91%) ou de tecido (36,41%), além da máscara de plástico (43,93%) ou confeccionada com lantejoulas (42,71%). Outros acessórios indispensáveis à festa também estão no IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Boletim CONT-TRIB-JUR em 24.fev.2014

"Não vemos as coisas como elas são, mas como nós somos." (Anaïs Nin)

ICMS-MG: Divulgado o prazo de entrega da Damef para o exercício de 201417 fev 2014 - ICMS, IPI, ISS e Outros

Por meio da Portaria SRE nº 126/2014 - DOE MG de 15.02.2014, o Fisco mineiro divulgou o prazo de entrega da Declaração Anual do Movimento Econômico e Fiscal (Damef) para o exercício de 2014, ano-base 2013, que será no período de 1º.03 a 31.05.2014.

Folião pode pagar até 76% de impostos nos produtos típicos do carnavalPublicado em 20 de fevereiro de 2014 por Caroline Renner

A alta carga tributária incidente sobre os produtos pode pesar no bolso do brasileiro que pretende pular o Carnaval neste ano. Itens muito consumidos nesta época como a caipirinha, a cerveja e a água mineral carregam uma elevada tributação de 76,66%, 55,60% e 44,55% respectivamente, conforme apurou o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação – IBPT.

Quem pretende sair às ruas fantasiado também arcará com altos tributos embutidos no preço da fantasia de arame (33,91%) ou de tecido (36,41%), além da máscara de plástico (43,93%) ou confeccionada com lantejoulas (42,71%). Outros acessórios indispensáveis à festa também estão no levantamento feito pelo IBPT: o colar havaiano tem carga tributária de 45,96%; o spray de espuma, 45,94%, o apito, 34,48% e o confete, 43,83%

Para acompanhar de perto os desfiles das escolas de samba, o brasileiro desembolsará até 36,28% em tributos embutidos no valor do pacote que inclui a hospedagem, o ingresso e o transporte até o sambódromo.

Para o presidente-executivo do IBPT, João Eloi Olenike, “no Brasil, tributa-se mais o consumo do que a renda, o que acaba impedindo que as famílias brasileiras consumam mais e melhor, ainda mais em uma data tão propicia quanto o Carnaval”, explica.

Confira a carga tributária de outros itens consumidos no Carnaval:IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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 Fonte: Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação -IBPT

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Entrega anual de Declaração de Capitais Brasileiros no Exterior (CBE) tem início em 17 de fevereiro 13/02/2014 15:30

O Banco Central (BC) começa a receber, a partir de 17 de fevereiro, a Declaração de Capitais Brasileiros no Exterior (CBE) relativa ao ano de 2013.

Estão obrigadas a prestar as informações todas as pessoas físicas e jurídicas residentes no País que detinham, no exterior, ativos de valor igual ou superior a US$ 100 mil em 31/12/2013. A declaração deve ser entregue até as 18h de 7 de abril.

O preenchimento da declaração é  realizado via formulário eletrônico disponível na página do BC na internet. O CBE contribui para que se conheça, de forma ampla e detalhada, os ativos externos possuídos por residentes no Brasil, informação importante para análises e pesquisas econômicas. Além da entrega anual, declarações trimestrais são obrigatórias apenas para pessoas físicas e jurídicas que detenham, no exterior, ativos de valor igual ou superior a US$ 100 milhões. O calendário fixo para as entregas de declarações do CBE foi definido no ano passado pela Circular 3624/13. Brasília, 13 de fevereiro de 2014Banco Central do BrasilAssessoria de [email protected](61) 3414-3462

Prazo para apresentar tributos no cupom fiscal é até 10 de junho21 fev 2014 - ICMS, IPI, ISS e Outros

Um levantamento recente realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) mostrou que apenas 8,8% das 16,5 milhões de empresas existentes no Brasil já se adaptaram à Lei Federal 12.741/12.

Um levantamento recente realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) mostrou que apenas 8,8% das 16,5 milhões de empresas existentes no Brasil já se adaptaram à Lei Federal 12.741/12, que obriga estabelecimentos comerciais a declararem os tributos dos produtos nos cupons fiscais. “As grandes redes já apresentam, mas os pequenos comércios ainda acham que é um processo complicado”, diz o diretor de tecnologia do IBPT, Othon de Andrade Filho.

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No ranking do instituto, São Paulo ocupa o primeiro lugar, com 464.457 empresas que já apresentam os impostos ao consumidor. As que ainda não fizeram as adaptações têm até o dia 10 de junho deste ano para se regularizarem. De acordo com Othon, a decisão já é obrigatória, no entanto, as punições iniciarão somente a partir da data estipulada.

Como se adaptar?

O IBPT disponibiliza gratuitamente na página De Olho no Imposto um manual para adaptação, assim como um arquivo com as alíquotas de impostos atribuídos a cada produto. No entanto, Andrade sinaliza que na maioria dos casos é necessária apenas uma atualização de sistema. “Já identificamos que mais de 90% das empresas de software do Brasil fizeram o download do conteúdo e inseriram em seus sistemas. Basta o dono do comércio entrar em contato com o fabricante do software que utiliza e solicitar uma atualização.”

Além do portal De Olho no Imposto, o instituto mantém o Empresômetro, site com dados sobre o perfil empresarial brasileiro, e o site do IBPT, com notícias e atualizações sobre o setor.

Fonte: Legisweb / IBPT

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Contribuinte pode abater doações do IR 2014fevereiro 20, 2014 em Geral por Tamires Silva

Dedução é de até 6% do imposto a pagar. Para ter o benefício, instituições precisam se enquadrar nos critérios do Fisco

Rio – Fazer uma doação é uma boa maneira de reverter o Imposto de Renda devido à uma instituição. Mas para fazer todo o processo de maneira correta e evitar dor de cabeça com o Leão, é preciso ficar atento a uma série de regras. Quem deseja fazer este tipo de contribuição conta com a possibilidade de abater até 6% do imposto a pagar, no caso de contribuições feitas às instituições beneficentes ou projetos culturais que se enquadram nas regras de doações com incentivos fiscais.

No entanto, para conseguir deduzir os valores da doação, é preciso verificar se a instituição que receberá o valor se enquadra nas regras estabelecidas pela Receita Federal. O ideal, segundo especialistas, é anotar para qual fundo assistencial ou filantrópico foi feita a doação para, no momento da declaração, conferir se o mesmo se enquadra nas regras estabelecidas pelo Fisco.

As doações incentivadas só podem ser feitas aos fundos municipais, estaduais, distrital e nacional da criança e do adolescente que se enquadrem no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O contribuinte também pode deduzir do IR a pagar doações a fundos municipais, estaduais, distrital e nacional do idoso. Nestes dois casos, as deduções são limitadas a 3% do imposto devido.

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Podem ser feitas ainda doações a projetos apoiados por incentivo fiscal nas áreas da cultura, esporte e saúde enquadrados na Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), na Lei de Incentivo à Atividade Audiovisual, na Lei de Incentivo ao Esporte, no Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas) ou no Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon).

O presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis do Rio de Janeiro (Sescon-RJ), Lúcio Fernandes, ressalta que outros projetos enquadrados fora dessa lista não oferecem o benefício do abatimento no IR. “As doações feitas pelo imposto de renda não podem ser feitas diretamente para uma instituição definida pelo doador. Quando se doa, esta quantia é destinada para um fundo governamental que administra o recurso e encaminha para as instituições”, disse.

Malha fina

De acordo com a Receita Federal, o erro no preenchimento do formulário com doações a instituições é muito comum e é o principal fator para a entrada do contribuinte na malha fina. Por isso, Silvinei Toffanin, diretor da Direto Contabilidade, Consultoria e Gestão, alerta para os devidos cuidados. “É preciso verificar se a entidade está aprovada nos órgãos competentes do governo. Caso contrário, o contribuinte não estará ajudando quem precisa e também não irá ter a dedução de seu imposto de renda”, disse.

Em 2013, 711 mil contribuintes ficaram retidos na malha fina da Receita Federal por divergências de informações. Para acompanhar a declaração e saber se há erros no formulário, o site da Receita tem uma sessão para que o contribuinte acompanhe o processamento dos dados. Para isso, basta que o contribuinte acesse a página da Receita (www.receita.fazenda.gov.br) e gere um código para ter acesso ao extrato do Imposto de Renda ao longo do ano.

Sem dúvidas

Quem já fez a doação no último ano, basta informar na hora de preencher o formulário da declaração os pagamentos efetuados no campo “Doações Efetuadas” e indicar o nome do beneficiário, o número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) ou no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), o código e o valor da doação. Neste caso, o programa da Receita Federal informará automaticamente os limites de dedução de acordo com o imposto devido do contribuinte.

Fonte: Legisweb / Brasil Econômico

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EFD CONTRIBUIÇÕES - NOVO GUIA PRATICO Publicado por Jorge Campos em 21 fevereiro 2014 às 20:36 em EFD CONTRIBUIÇÕES -

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

Pessoal,

Está no ar o novo PVA da EFD CONTRIBUIÇÕES:

Atualizações referentes à EFD-Contribuições – 21/02/20141. Publicação do Guia Prático da Escrituração, versão 1.14, contemplando orientações para a escrituração:

1.1 Das contribuições sociais devidas pelas SCP (Registro “0035”);1.2 Do Bloco I, pelas entidades financeiras e demais PJ sujeitas à tributação específica, nos termos do Art. 3º da Lei nº 9.718/98, utilizando a versão 2.05 ou 2.06 do PVA, a partir de janeiro/2014;1.3 Do detalhamento das contribuições a recolher, por código de Receitas (Registros M205 e M605)1.4 Do detalhamento dos ajustes de créditos (Registros M115 e M515) e de contribuições (Registros M205 e M605).

2. Publicação das tabelas sintéticas (7.1.1 e 7.1.2) e analíticas (7.1.3 e 7.1.4) para a escrituração do Bloco I (PJ listadas no art. 3º da Lei nº 9.718/98), na versão 2.06 do PVA.

3. Disponibilização para download da versão 2.06 do PVA da EFD-Contribuições, a partir do dia 24/02/2014, para a escrituração das operações referidas no item 1, acima. 

http://www1.receita.fazenda.gov.br/sistemas/efd-contribuicoes/downl...

DSPJ Inativas 2014As pessoas jurídicas inativas não precisam entregar a Declaração de Rendimentos da Pessoa Jurídica – DIPJ, pois estão obrigadas a apresentação da Declaração Simplificada (DSPJ – Inativa).

- A Declaração Simplificada da Pessoa Jurídica (DSPJ) – Inativa 2014 deve ser apresentada pelas pessoas jurídicas que permaneceram inativas durante todo o ano-calendário de 2013.

- A DSPJ – Inativa 2014 deve ser apresentada também pelas pessoas jurídicas que forem extintas, cindidas parcialmente, cindidas totalmente, fusionadas ou incorporadas durante o ano-calendário de 2014, e que permanecerem inativas durante o período de 1º de janeiro de 2014 até a data do evento.

- Considera-se pessoa jurídica inativa aquela que não tenha efetuado qualquer atividade operacional, não operacional, patrimonial ou financeira, inclusive aplicação no mercado financeiro ou de capitais, durante todo o ano-calendário.

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- O pagamento, no ano-calendário a que se referir a declaração, de tributo relativo a anos-calendário anteriores e de multa pelo descumprimento de obrigação acessória não descaracteriza a pessoa jurídica como inativa no ano-calendário.

- A DSPJ – Inativa 2014 deve ser entregue no período de 2 de janeiro a 31 de março de 2014, através do sítio eletrônico da Receita Federal na internet.

Base: Instrução Normativa RFB 1.419/2013.

Aprovado o programa multiplataforma "Recolhimento Mensal Obrigatório (Carnê-Leão)" para o ano-calendário de 201421 fev 2014 - IR / Contribuições

Por meio da Instrução Normativa RFB nº 1.447/2014 - DOU 1 de 21.02.2014, foi aprovado, para o ano-calendário de 2014, o programa multiplataforma “Recolhimento Mensal Obrigatório (Carnê-Leão)”, relativo ao Imposto de Renda Pessoa Física, para uso em computador que possua máquina virtual Java (JVM) instalada, versão 1.7 ou superior.

O programa está disponível para download no site da RFB (www.receita.fazenda.gov.br), e os dados apurados poderão ser armazenados e transferidos para a Declaração de Ajuste Anual de 2015.

 

Aplicativo “Ganhos de Capital” referente ano-calendário 2014 é aprovado21 fev 2014 - IR / Contribuições

Por meio da Instrução Normativa RFB nº 1.448/2014 - DOU 1 de 21.02.2014, foi aprovado, para o ano-calendário de 2014, o programa multiplataforma “Ganhos de Capital”, relativo ao Imposto de Renda Pessoa Física, para uso em computador que possua máquina virtual Java (JVM) instalada, versão 1.7 ou superior.

O programa está disponível para download no site da RFB na Internet (www.receita.fazenda.gov.br), e os dados apurados por este poderão ser armazenados e transferidos para a Declaração de Ajuste Anual de 2015.

 

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RFB aprova para o ano-calendário 2014 o programa “Livro Caixa da Atividade Rural”21 fev 2014 - IR / Contribuições

Por meio da Instrução Normativa RFB nº 1.449/2014 - DOU 1 de 21.02.2014, foi aprovado, para o ano-calendário de 2014, o programa multiplataforma “Livro Caixa da Atividade Rural”, relativo ao Imposto de Renda Pessoa Física, para uso em computador que possua máquina virtual Java (JVM) instalada, versão 1.7 ou superior.

O programa está disponível para download no site da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) na Internet, www.receita.fazenda.gov.br.

IRPJ e CSLL – BrindesSão indedutíveis, para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da CSLL, as despesas com brindes.

São indedutíveis, para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da CSLL, as despesas com brindes.

O termo “brindes” do art. 13, inciso VII, da Lei nº 9.249, de 1995, refere-se às mercadorias que não constituam objeto normal da atividade da empresa, adquiridas com a finalidade específica de distribuição gratuita ao consumidor ou ao usuário final, objetivando promover a organização ou a empresa, em que a forma de contemplação é instantânea.

Embora possam ser de diminuto ou nenhum valor comercial, como as amostras, conceituadas no art. 54, inciso III, do Decreto nº 7.212, de 15 de junho de 2010, destas se diferenciam pois não se tratam de produto, fragmento ou parte de mercadoria em quantidade estritamente necessária a dar a conhecer a sua natureza, espécie e qualidade.

(Solução de Consulta Cosit 58/2013)

Link: http://guiatributario.net/2014/02/18/irpj-e-csll-brindes/

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MDF-e (Manifesto de Documentos Fiscais Eletrônicos) - Passo a Passo

Postado por José Adriano em 19 fevereiro 2014 às 10:00 Exibir blog

Disponibilizado pela SEFAZ-MS no menu Downloads do portal MDF-e o preenchimento do Manifesto de Documentos Fiscais Eletrônicos - MDF-e - Passo a Passo Fonte: SEFAZ-MSEquipe NF-e / MDF-ehttp://tadeucardoso.blogspot.com.br/2014/02/sefaz-ms-preenchimento-...Download em http://pt.slideshare.net/joseadrianopinto/manual-de-operacaomdfepar...

Procedimentos - Regras para Apresentação do IRPF 2014Com a edição da Instrução Normativa RFB nº 1.445/14, a Receita Federal do Brasil dispõe sobre a apresentação da Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física referente ao exercício de 2014, ano-calendário de 2013, pela pessoa física residente no Brasil.

A declaração de Ajuste Anual deve ser apresentada no período de 06/03 a 30/04/2013 e poderá ser entregue pela internet, mediante utilização do programa e transmissão pelo Receitanet, disponível no sítio da RFB na internet, no endereço http://www.receita.fazenda.gov.br>, ou utilizando o m-IRPF, na hipótese de apresentação de declaração original ou em mídia removível, nas unidades da RFB, durante o seu horário de expediente

Está obrigada a apresentar a Declaração de Ajuste Anual referente ao exercício de 2014 a pessoa física residente no Brasil que, no ano-calendário de 2013:

I - recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma foi superior a R$ 25.661,70;

II - recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40.000,00;

III - obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas;

IV - relativamente à atividade rural:

a) obteve receita bruta em valor superior a R$ 128.308,50;

b) pretenda compensar, no ano-calendário de 2013 ou posteriores, prejuízos de anos-calendário anteriores ou do próprio ano calendário de 2013;

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V - teve, em 31 de dezembro, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300.000,00;

VI - passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nesta condição encontrava-se em 31 de dezembro; ou

VII - optou pela isenção do Imposto sobre a Renda incidente sobre o ganho de capital auferido na venda de imóveis residenciais, cujo produto da venda seja aplicado na aquisição de imóveis residenciais localizados no País, no prazo de 180 dias contado da celebração do contrato de venda, nos termos do art. 39 da Lei nº 11.196, de 21/11/2005.

Fica dispensada de apresentar a Declaração de Ajuste Anual, a pessoa física que se enquadrar:

a) apenas na hipótese prevista no inciso V e que, na constância da sociedade conjugal ou da união estável, tenha os bens comuns declarados pelo outro cônjuge ou companheiro, desde que o valor total dos seus bens privativos não exceda R$ 300.000,00; e

b) em pelo menos uma das hipóteses previstas nos incisos I a VII, caso conste como dependente em Declaração de Ajuste Anual apresentada por outra pessoa física, na qual tenham sido informados seus rendimentos, bens e direitos, caso os possua.

A entrega da Declaração de Ajuste Anual após o prazo ou sua não apresentação, se obrigatória, sujeita o contribuinte à multa de 1% ao mês-calendário ou fração de atraso, calculada sobre o total do imposto devido nela apurado, ainda que integralmente pago.

A multa é objeto de lançamento de ofício e tem:

a) como valor mínimo R$ 165,74 e como valor máximo 20% do Imposto sobre a Renda devido;

b) por termo inicial, o primeiro dia subsequente ao término do período fixado para a entrega da Declaração de Ajuste Anual e, por termo final, o mês da entrega ou, no caso de não apresentação, do lançamento de ofício.

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INFORMAÇÕES A SEREM PRESTADAS PELOS PROFISSIONAIS E ORGANIZAÇÕES CONTÁBEIS Resolução CFC nº 1.445/2013Publicado em 20 de fevereiro de 2014 por Marina Freitas

1. INTRODUÇÃO

A Resolução CFC Nº 1.445, de 26 de julho de 2013 dispõe sobre os procedimentos a serem observados pelos profissionais e organizações contábeis, quando no exercício de suas funções, para cumprimento das obrigações previstas na Lei nº 9.613, de 03 de março de 1998 e alterações posteriores.

Apesar do profissional da Contabilidade não participar da gestão e das operações praticadas por seus clientes (pessoas jurídicas e físicas), seus serviços contábeis devem estar previstos e amparados em

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contratos de acordo com o que dispõe a Resolução CFC n° 987/2003, assim como devem observar os princípios e as normas profissionais e técnicas específicas.

A referida Resolução aplica-se inclusive aos profissionais e organizações contábeis que se enquadram no limite de faturamento do Simples Nacional. A exceção refere-se à não necessidade de formalização de política de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo e aos procedimentos adicionais previstos no § 1º do artigo 2º, devendo cumprir os demais dispositivos estabelecidos na Resolução.

O disposto na Resolução apresentada neste boletim tem efeitos a partir de 1° de janeiro de 2014.

2. ALCANCE E POLÍTICA DE PREVENÇÃO

A Resolução CFC nº 1.445/2013 estabelece normas que visam a aplicação da Lei nº 9.613/1998 para os profissionais e organizações contábeis, permitindo a eles que se protejam da utilização indevida de seus serviços para práticas não lícitas que venham gerar sanções penais previstas em lei, além dos riscos de imagem pela associação do seu nome a organizações criminosas.

A prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, que muitas vezes estão sujeitos os profissionais e organizações contábeis que prestam serviços mesmo que de forma eventual, de assessoria, consultoria, auditoria, aconselhamento ou assistência, de qualquer natureza, nas operações abaixo e devem atentar-se ao disposto na referida resolução inclusive quando o serviço envolver a realização de operações em nome ou por conta do cliente.

a) Nas operações de compra e venda de imóveis, estabelecimentos comerciais ou industriais, ou participações societárias de qualquer natureza;

b) Nas operações de gestão de fundos, valores mobiliários ou outros ativos;

c) Nos processos de abertura ou gestão de contas bancárias, de poupança, investimento ou de valores mobiliários;

d) De criação, exploração ou gestão de sociedades de qualquer natureza, fundações, fundos fiduciários ou estruturas análogas;

e) De operações financeiras, societárias ou imobiliárias; e

f) De alienação ou aquisição de direitos sobre contratos relacionados a atividades desportivas ou artísticas profissionais.

3. CADASTRO DE CLIENTES

Os profissionais e organizações contábeis devem manter cadastro de seus clientes e dos demais envolvidos nas operações que realizarem, inclusive representantes e procuradores, assim como deverão assegurar-se de que as informações cadastrais do cliente estejam atualizadas no momento da contratação do serviço. Tais informações devem possuir:

a) Quando pessoa física: nome completo, CPF, número do documento de identificação, órgão expedidor ou, se estrangeiro, dados do passaporte ou carteira civil; e enquadramento em qualquer das condições previstas no artigo 1° da Resolução Coaf n° 15/2007; enquadramento na condição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Resolução Coaf n° 16/2007.

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b) Quando pessoa jurídica: razão social, CNPJ, nome completo, (CPF) e número do documento de identificação e órgão expedidor ou, se estrangeiro, dados do passaporte ou carteira civil, dos demais envolvidos; e identificação dos beneficiários finais ou o registro das medidas adotadas com o objetivo de identificá-los, nos termos do artigo 7°, bem como seu enquadramento na condição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Resolução Coaf n° 16/2007, registro do propósito e da natureza da relação de negócio, data do cadastro e, quando for o caso, de suas atualizações; e as correspondências impressas e eletrônicas que suportem a formalização e a prestação do serviço.

4. REGISTRO DAS OPERAÇÕES

Os profissionais e organizações contábeis deverão manter o registro de todos os serviços que prestarem de acordo com o previsto no artigo 10 da Lei nº 9. 613/1998 e artigo 8º da Resolução CFC nº 1.445/2013. Tais registros deverão conter:

a) identificação do cliente;

b) descrição pormenorizada dos serviços prestados ou das operações realizadas;

c) valor da operação;

d) data da operação;

e) forma de pagamento;

f) meio de pagamento;

g) o registro fundamentado da decisão de proceder, ou não, às comunicações de que dispõe o artigo 9°, bem como das análises de que trata o artigo 3º da mesma resolução.

5. COMUNICAÇÕES AO COAF

Criado pela Lei nº 9.613/1998, COAF é o Conselho de Controle de Atividades Financeiras sendo um órgão de deliberação coletiva com jurisdição em todo o território nacional, integra a estrutura do Ministério da Fazenda, que tem por finalidade disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas relacionadas à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo, promovendo a cooperação e o intercâmbio de informações entre os Setores Público e Privado.

Deverão ser comunicadas ao COAF todas as operações consideradas suspeitas de acordo com os artigos 9º e 11 da Lei nº 9.613/1998, regulados pelo artigo 1º, 9º e 10 da Resolução CFC nº 1.445/2013. Cabe salientar que as operações relacionadas no artigo 10 da mesma Resolução CFC, devem ser comunicadas ao COAF, independentemente de análise ou de qualquer outra consideração. São elas:

Art. 10.

(…)

I – prestação de serviço realizada pelo profissional ou Organização Contábil, envolvendo o recebimento, em espécie, de valor igual ou superior a R$30.000,00 (trinta mil reais) ou equivalente em outra moeda;

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II – prestação de serviço realizada pelo profissional ou Organização Contábil, envolvendo o recebimento, de valor igual ou superior a R$ 30.000,00 (trinta mil reais), por meio de cheque emitido ao portador, inclusive a compra ou venda de bens móveis ou imóveis que integrem o ativo das pessoas jurídicas de que trata o Art.1°;

III – constituição de empresa e/ou aumento de capital social com integralização em moeda corrente, em espécie, acima de R$ 100.000,00 (cem mil reais); e

IV – aquisição de ativos e pagamentos a terceiros, em espécie, acima de R$ 100.000,00 (cem mil reais);

A posição do profissional contábil quando da informação prestada ao COAF não é de investigador ou até mesmo denunciante dos atos praticados por seus clientes. Tais comunicações (quando efetuadas) são informações protegidas por sigilo e não possuem caráter de denúncias.

Não será necessária a comunicação ao COAF quando ocorrer a prestação de serviços a não clientes (pessoa física ou jurídica) de assessoria para análise de riscos de outra empresa.

Por ocasião da ocorrência dos eventos disposto nos artigos 9° e 10º da referida Resolução, deverão os profissionais e organizações contábeis comunicar o COAF por meio do sítio eletrônico no prazo de 24 horas a contar do momento em que o responsável pelas comunicações ao COAF concluir que a operação ou a proposta de operação deva ser comunicada, abstendo-se de dar ciência aos clientes de tal ato. Ademais, inexistindo a ocorrência, durante o ano civil, de operações ou propostas a que se referem os artigos 9° e 10º, considerando o artigo 11º, a comunicação deverá ocorrer por meio de declaração nesses termos ao CFC por meio do sítio do Coaf até o dia 31 de janeiro do ano seguinte.

O COAF procederá à análise da informação, podendo se utilizar de informações recebidas de outros agentes. Se concluir pela existência de crimes previstos na lei, de fundados indícios de sua prática ou de qualquer outro ilícito, comunicará às autoridades competentes para instauração dos procedimentos cabíveis, mantendo a confidencialidade do informante.

6. GUARDA E CONSERVAÇÃO DE REGISTROS E DOCUMENTOS

Os cadastros e documentos, bem como as correspondências dos referidos clientes devem ser conservados por, no mínimo, 5 anos, contados da data de entrega do serviço contratado.

7. SANÇÕES PREVISTAS

Estão sujeitos a penalidades, os profissionais e organizações contábeis, bem com os seus administradores que descumprirem as obrigações previstas na Resolução CFC nº 1.445/2013. Sujeitar-se-ão às sanções administrativas ético-disciplinares no âmbito dos Conselhos de Contabilidade constantes do artigo 27 do Decreto-Lei nº 9.295/1946 e do Código de Ética Profissional do Contador (Resolução CFC nº 803/1996), assim como o previsto na Lei n° 9.613/1998, conforme segue abaixo:

Art. 12. Às pessoas referidas no art. 9º, bem como aos administradores das pessoas jurídicas, que deixem de cumprir as obrigações previstas nos arts. 10 e 11 serão aplicadas, cumulativamente ou não, pelas autoridades competentes, as seguintes sanções:

I – advertência;

II – multa pecuniária variável, de um por cento até o dobro do valor da operação, ou até duzentos por cento do lucro obtido ou que presumivelmente seria obtido pela realização da operação, ou, ainda, multa de até R$ 200.000,00 (duzentos mil reais);

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III – inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, para o exercício do cargo de administrador das pessoas jurídicas referidas no art. 9º;

IV – cassação da autorização para operação ou funcionamento.

§ 1º A pena de advertência será aplicada por irregularidade no cumprimento das instruções referidas nos incisos I e II do art. 10.

§ 2º A multa será aplicada sempre que as pessoas referidas no art. 9º, por negligência ou dolo:

I – deixarem de sanar as irregularidades objeto de advertência, no prazo assinalado pela autoridade competente;

II – não realizarem a identificação ou o registro previstos nos incisos I e II do art. 10;

III – deixarem de atender, no prazo, a requisição formulada nos termos do inciso III do art. 10;

IV – descumprirem a vedação ou deixarem de fazer a comunicação a que se refere o art. 11.

§ 3º A inabilitação temporária será aplicada quando forem verificadas infrações graves quanto ao cumprimento das obrigações constantes desta Lei ou quando ocorrer reincidência específica, devidamente caracterizada em transgressões anteriormente punidas com multa.

§ 4º A cassação da autorização será aplicada nos casos de reincidência específica de infrações anteriormente punidas com a pena prevista no inciso III do caput deste artigo.

Fundamentação Legal: Os citados no texto.

ECONET EDITORA EMPRESARIAL LTDAAutor: Kelly Costa

DARF: Instituído código de receita para multa por atraso na entrega do PGDAS-D19 fev 2014 - Simples Nacional

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Por meio do Ato Declaratório Executivo Codac nº 3/2014 - DOU 1 de 19.02.2014, desde 27.01.2014, é utilizado, no preenchimento de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), o código de receita 4406, para efeito do recolhimento da multa por atraso na entrega do Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional - Declaratório (PGDAS-D).

Fonte: IR-LegisWeb

Em quais operações de comercialização de mercadorias com a utilização da NF-e deverá ser identificado o código da NCM?

Segundo alteração trazida pelo Ajuste SINIEF n.º 22/2013, junto ao Ajuste SINIEF n.º 7/05, a mercadoria comercializada deverá conter o seu correspondente código estabelecido na Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM:

1. Nas operações:

a) realizadas por estabelecimento industrial ou a ele equiparado, nos termos da legislação federal e;

b) de comércio exterior.

2. Nos demais casos

a) para NF-e modelo 55, a partir de 01/07/2014.

b) para NF-e modelo 65, a partir de 01/01/2015.

CFC publica Resolução sobre Exame de Suficiência

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fevereiro 18, 2014 em Geral por Paloma Dias

O Exame de Suficiência não será mais exigido dos contadores e dos técnicos em contabilidade que desejam restabelecer o registro profissional. Além disso, os formandos que concluíram o curso de Bacharelado em Ciências Contábeis ou o de Técnico em Contabilidade até 14 de junho de 2010, data da publicação da Lei nº 12.249/2010, não estão mais obrigados a fazer o Exame de Suficiência para obter o registro profissional.

Essas informações constam da Resolução CFC nº 1.461/2014, publicada neste dia 17 de fevereiro, no Diário Oficial da União (seção 1, página 99).

A nova Resolução altera os artigos 2º e 5º e revoga o artigo 16 da Resolução CFC nº 1.373/2011, a qual regulamenta o Exame de Suficiência como requisito para obtenção de registro profissional em Conselho Regional de Contabilidade (CRC).

Dessa forma, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) informa que os inscritos na 7ª edição do Exame que são abrangidos pelos efeitos da Resolução CFC nº 1.461/2014 – concluíram o curso antes de 14 de junho de 2010 e aqueles que iriam realizar a prova para restabelecer o registro profissional – estão desobrigados de realizar o Exame de Suficiência e devem entrar em contato com a Fundação Brasileira de Contabilidade (FBC), por meio do e-mailsuficiê[email protected], para solicitar a devolução do valor da inscrição.

A 7ª edição do Exame de Suficiência – a primeira de 2014 – irá aplicar as provas no dia 6 de abril, em todo o Brasil, das 9h30 às 13h30 (horário de Brasília).

A Resolução CFC nº 1.461/2014 já está disponível para consulta no site do CFC (http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2014/001461).

 

As vantagens da Eireli Publicado por Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina e mais 1 usuário - 1 semana atrás

Por Janaina Pita é advogada, sócia do Dias Munhoz Advogados e especialista em Direito societário e contratual

A Empresa Individual de Responsabilidade Limitada - Eireli - foi criada há mais de dois anos, mas ainda é pouco utilizada. Sua principal característica é possibilitar o exercício da atividade empresarial de forma individual, mas permitindo que haja separação entre o patrimônio da empresa e o de seu titular.

Na Eireli a responsabilidade do empreendedor é limitada ao patrimônio da empresa, ao contrário do que ocorre no caso do empresário individual, que pode responder com seus bens particulares, que pode vir a responder por obrigações empresariais.

A Eireli foi instituída pela Lei 12.441 de 2011, que inseriu um novo inciso ao artigo 44 do Código Civil, incluindo entre as pessoas jurídicas de direito privado a empresa individual de responsabilidade limitada. As disposições legais a serem observadas por essas empresas estão previstas no artigo 980-A, e são aplicadas à Eireli, no que couber, as regras previstas para as S/As.

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A principal vantagem da Eireli é ser uma sociedade formada por uma só pessoa, eliminando a necessidade dos sócios de uma única quota apenas para cumprimento de uma formalidade legal. Para o sócio de uma única quota, tal situação é ruim porque ele passa a ter responsabilidades de dono de um negócio sobre o qual, na grande maioria das vezes, não tem qualquer ingerência ou lucro. Para o sócio majoritário é no mínimo desconfortável ter de pedir a um familiar ou amigo sem relação alguma com seu negócio o favor de deter uma quota para viabilizar a criação da empresa.

Porém, o grande impedimento para seu uso é o valor do capital social, que deve ser de, ao menos, cem vezes o salário mínimo, ou seja, R$ 72,4 mil. Para proteger também eventuais credores que não poderão mais avançar nos bens da pessoa física, foi fixado esse valor. Está em andamento na Câmara projeto de lei (2.468/2011) que propõe a redução da exigência do capital mínimo para 50 salários mínimos.

Ponto controverso é o fato de a Eireli somente poder ser detida por pessoa física. A Lei 12.441/2011 não proíbe em momento algum que pessoa jurídica seja titular. Tal restrição veio posteriormente por meio de Instrução Normativa do Departamento Nacional do Registro do Comércio, ou seja, por norma inferior. O entendimento de que só as pessoas físicas podem ser titulares de Eireli também tem respaldo em enunciado do Conselho de Justiça Federal. Já houve liminar proferida em favor de pessoa jurídica, porém, o fato é que somente as Eirelis detidas por pessoa física têm obtido registro.

Por tudo o que vimos, a Eireli foi grande avanço na legislação brasileira, mas ainda precisa de ajustes.

Fonte: DCI SP

EFD-Contribuições - Escrituração com SCPs (Sociedades em Contas de Participação)

Postado por José Adriano em 18 fevereiro 2014 às 10:00 Exibir blog

por Mauro Negruni

Uma grande novidade estará disponível, a partir de janeiro/2014, na EFD Contribuições: a escrituração em separado das operações e contribuições apuradas pelas Sociedades em Contas de Participação. Muitas são as características que exigirão maior atenção das empresas que possuem esta situação nos seus controles.

Um requisito fundamental é que a própria contabilidade também deverá estar preparada para esta situação. Ressalte-se que esta modalidade societária é uma opção totalmente voluntária dos sócios. Todavia, os requisitos fiscais deverão ser cumpridos integralmente. Isso para atender adequadamente aescrituração contábil fiscal (ECF), apuração dos resultados para efeitos de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, bem como a escrituração e apuração das contribuições sociais (PIS/Pasep, COFINS eContribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta).

Atentando exclusivamente para a EFD Contribuições, precisamos deixar absolutamente claro que as SCPs (Sociedades em Contas de Participação) não terão escrituração em seu CNPJ – se a sociedade possuir CNPJ. Como a responsabilidade fiscal (e outras) são exclusivas da sócia ostensiva, será ela que fará todas

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as escriturações (no seu CNPJ). As SCPs terão lugar apenas no registro novo 0035. Este registro terá uma função dupla:

na escrituração da sócia ostensiva informará as SCPs (participantes);na escrituração das SCPs conterá todo o conjunto de informações daquela SCP.Neste sentido é muito importante entender o conceito do registro. Ora ele declara quais serão as SPCs que terão escriturações segregadas (uma para cada chave CNPJ e Código de SCP), ora declara que a informação é do CPNJ da ostensiva (registro 0000 e demais) mas naquela escrituração estarão apenas operações daquela SCP (declarada em 0035 – registro único).

Para que o Sistema Público de Escrituração Digital permitisse mais de uma escrituração de um mesmo CPNJ (EFD Contribuições e na Escrituração Contábil-Fiscal) o próprio programa ReceitaNET foi alterado para não validar esta situação como duplicidade. Ou seja, para que o ReceitaNET informe que já há uma declaração na base do SPED a chave CNPJ em conjunto com o código da SCP deverá estar na base.

Caso a SCP – Sociedades em Contas de Participação tenham CNPJ próprio, este deverá ser seu identificador tanto na ECF como na EFD Contribuições exatamente para explicitar a relação social, este não é um requisito legal. É apenas uma sugestão, porém, repare na instrução de preenchimento do registro 0035 e as características do código de identificação da SCP.

Abaixo transcrevo um modelo discutido e montado na última reunião de homologação de PVA em Belo Horizonte, no dia 04 de fevereiro, realizado por nós – equipe de profissionais das empresas, com a participação da Supervisão do Projeto EFD Contribuições.

Observações:1 – em todas as identificações de CNPJ/Estabelecimentos deverá ser declarado o CNPJ da Ostensiva – abertura de bloco como A010, C010, D010, F010;2 – como é a Ostensiva que emite notas e centraliza o faturamento (inclusive se houver F100), o faturamento total será declarado pela Ostensiva (em conformidade com a base de documentos em Nota Fiscal Eletrônica – NFe), ainda que segregado em várias EFDs;2. Apesar da pessoa jurídica que participa como sócia ostensiva emitir os documentos fiscais das operações das SCP em seu próprio nome/CNPJ, deve excluir de sua escrituração os documentos fiscais referentes a receitas, e operações geradoras de crédito (no caso da SCP apurar as contribuições no regime não cumulativo) referentes às operações das SCP. Neste caso, as notas fiscais e operações serão relacionadas nos blocos A, C, D e F da EFD da SCP.3 – as pessoas jurídicas que apenas participantes das SCPs (sem ser sócias Ostensivas) não terão declarações em separado de EFD Contribuições para a SCP. Esse encargo (de escrituração em separado das SCPs) é específico para as PJ que participam como sócias ostensivas. Seus dados de faturamentos serão declarados pela Ostensiva (em declaração própria para cada conjunto de CNPJ Ostensiva + identificação da SCP – registro 0035 único);

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4 – as informações de cada SCP deverá ser totalmente segregadas, inclusive identificadas nos documentos fiscais (Dados Adicionais de interesse do Fisco que trata-se de operação em SCP) e também na Contabilidade – Societária (ECD) e Fiscal (ECF);5 – é muito importante perceber que sempre será responsável pelas entregas das EFDs de cada SCP, a Pessoa jurídica que participa como Ostensiva e escriturará no seu CNPJ.

Contribuição de Maxuel Santana (MXM Sistemas).

Fonte: http://www.mauronegruni.com.br/

http://www.robertodiasduarte.com.br/index.php/escrituracao-efd-cont...

Qual é a diferença entre a Decadência e a Prescrição no Direito Tributário? Publicado por Julio Mengue - 1 semana atrás

Começaremos pelo conceito da Prescrição, a qual resume-se na perda do direito à ação pelo decurso do tempo. Isto ocorre por decorrência do princípio da segurança jurídica, ou seja, deste modo não persiste indefinidamente na sociedade ou no âmbito social a prerrogativa que possui o detentor de determinada pretensão de modo infinito de utiliza-lo limitando assim o tempo de ação para a realização da demanda, desta forma, gera-se mais alivio a sociedade, em face da estabilização das relações entre os indivíduos. Vejamos o que Sílvio Rodrigues, preleciona:

"Mister que as relações jurídicas se consolidem no tempo. Há um interesse social em que situações de fato que o tempo consagrou adquiram juridicidade, para que sobre a comunidade não paire, indefinidamente, a ameaça de desequilíbrio representada pela demanda".

No código civil a prescrição esta prevista nos artigos 205 e 206, entretanto para o assunto que nos compete no âmbito tributário menciono a definição do artigo Art. 174 do CTN (código tributário nacional) ao qual diz:

A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva.

Ou seja, a partir do lançamento do tributo é que começará a contagem dos 5 anos da ação que a fazenda pública tem para ingressar com a ação (demanda judicial) para exigir o recebimento do crédito em face ao contribuinte. Imaginemos no caso prático que você, leitor, possui um IPTU inadimplido do ano de 2000. O lançamento ou inscrição na Divida Ativa do município ao qual o senhor reside ocorreu em 2004. Apenas em 2011, após 6 anos o senhor recebe a citação da ação que o município ingressou naquele ano (2011) o executando. Neste caso pergunto, a exigibilidade deste crédito persiste? É legitima?

Conforme já explicado resta claro que o município não mais poderá executa-lo, por vista a PRESCRIÇÃO que repousou a demandante, neste caso à exequente (Prefeitura), de ingressar contra você por decorrência do decurso do tempo.

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DA DECADÊNCIA

Este instituto por sua vez, consiste na perda do Direito propriamente dito por decorrência da inércia temporal, diferente da prescrição que é relacionada ao direito de ação, vejamos o que preleciona Leal:

Decadência é a extinção do direito pela inércia de seu titular, quando sua eficácia foi, de origem, subordinada à condição de seu exercício dentro de um prazo prefixado, e este se esgotou sem que esse exercício tivesse verificado".

Nesta linha Marco Aurélio S. Viana diz:

A decadência encontra seu fundamento no fato de o titular do direito não se ter utilizado do poder de ação dentro do prazo fixado por lei... Isso não ocorre na prescrição. Nela o prazo para exercício da ação não vem prefixado. O que ocorre é que o titular de um direito atual, suscetível de ser pleiteado em juízo, tem o direito violado, e se mantém inerte"

Ora, caro leitor, resta clara as diferenças entre os institutos, se não, pra maior clareza observa-se os efeitos destes sendo por exemplo:

A decadência não admite oponibilidade de suspensão ou interrupção ao ponto que, na prescrição, admite-se tais recursos e mais a decadência tem por efeito extinguir o direito, e a prescrição extinguir a ação, A decadência corre contra todos, não prevalecendo contra ela as isenções criadas pela lei a favor de certas pessoas; A prescrição não corre contra todos, havendo pessoas que por consideração de ordem especial da lei, ficam isentas de seus efeitos conforme ensina - (Curso de Direito Civil, Vol. 1, pág.277).

Apenas para exemplificar a decadência no âmbito tributário, esta será também de 5 anos para o lançamento. Ou seja, no exemplo utilizado do IPTU na prescrição, imagine agora que o exercício inadimplido foi de 2000 e o município apenas efetuou o lançamento, neste caso a inscrição na divida ativa, em 2006 ou seja 6 anos após a data de efetivo descumprimento, poderia a prefeitura fazê-lo?

Resta claro ante ao que foi exposto que não, pois recaiu a DECADÊNCIA do direito propriamente dito da prefeitura de exigir o crédito.

Obrigado.

Veja o glossário do Imposto de Renda 2014Conheça descrições dos termos mais comuns usados na declaração do IR

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No glossário do G1 estão as descrições dos termos mais comuns usados na Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física.

 - Abono pecuniário: É a possibilidade que o trabalhador tem de converter dez dias do período de férias a que tiver direito em pagamento.

 - Acréscimo patrimonial: É o aumento de riqueza justificado pela renda de determinado indivíduo/contribuinte.

 - Alienação de bens e direitos: É caracterizada como compra e venda, permuta, desapropriação, doação em pagamento, doação, promessa de compra e venda, cessão de direitos ou promessa de cessão de direitos e contratos afins.

 - Alienação de moeda estrangeira: São operações de alienação feitas em moeda de outro país. Os ganhos em reais obtidos na alienação mantida em espécie estão sujeitos à tributação definitiva com alíquota de 15%, quando o total das alienações forem superiores a US$ 5 mil.

 - Alimentandos: São filhos de pais divorciados, separados judicialmente ou por escritura pública que recebem pensão alimentícia.

 - Alíquota: Em direito tributário, alíquota é o percentual ou valor fixo que será aplicado sobre a base de cálculo para apurar o valor de um tributo

 - Ano-calendário: É o ano anterior ao ano corrente. Se estamos em 2014, o ano-calendário será o de 2013

 - Aplicação financeira: É o valor em espécie depositado em instituição financeira com a finalidade de obter rendimento.

 - Base de cálculo: No direito tributário, base de cálculo é a grandeza econômica sobre a qual se aplica a alíquota para calcular a quantia de imposto a pagar.

 - Carnê Leão: É o imposto mensal obrigatório para a pessoa física residente no país que recebe rendimentos de pessoa física ou do exterior, quando não tributados na fonte no Brasil.

 - CNPJ: O Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) é um número único que identifica uma pessoa jurídica junto à Receita Federal.

 - Comprovante de rendimento: É o documento com o qual se comprova a existência e a realização de rendimentos.

 - Contribuição patronal: É o pagamento efetuado pelo empregador para a Previdência Social, incidente sobre o valor da remuneração do empregado.

 - Contribuinte: É o sujeito passivo de uma obrigação tributária. Em termos comuns, é aquele que deve, por previsão legal, pagar tributos ao Fisco.

 - Contribuinte incapaz: São as pessoas que não podem praticar pessoalmente os atos ou negócios jurídicos.

 - Contribuinte menor emancipado: É aquele contribuinte que, mesmo sem ter atingido os dezoito anos de idade, tem direitos e deveres de um cidadão maior de idade.

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 - Crédito tributário: No direito tributário, é o vínculo jurídico que obriga o contribuinte ou responsável (sujeito passivo) ao Estado (sujeito ativo) ao pagamento do tributo ou da penalidade pecuniária.

 - Darf: Documento de Arrecadação de Receitas Federais é o documento utilizado pelas pessoas físicas e jurídicas para pagamentos de impostos, contribuições e taxas para a receita federal.

 - Declaração de Ajuste Anual do IRPF: É o nome completo da declaração do Imposto de Renda. Trata-se do instrumento entregue, pela pessoa física, à Receita Federal do Brasil.

 - Declaração usando os descontos legais: É o tipo de declaração do IRPF que permite abater determinadas despesas do Imposto de Renda. É ideal para quem tem deduções que superam 20% dos rendimentos anuais.

 - Declaração conjunta: É a declaração apresentada em nome de um dos cônjuges, abrangendo todos os rendimentos do casal e outro cônjuge dependente.

 - Declaração de bens e direitos: É a parte da declaração de ajuste anual, onde são relacionados detalhadamente os bens imóveis, móveis e direitos que faziam parte do patrimônio em 31 de dezembro do ano-calendário.

 - Declaração retificadora: A declaração retificadora é o instrumento que a pessoa física envia a Receita Federal do Brasil para substituir a declaração de ajuste anual entregue com incorreções.

 - Declaração com o desconto simplificado: É a declaração que implica a substituição das deduções previstas na legislação tributária pelo desconto de 20% do valor dos rendimentos tributáveis na declaração.

 - Dedução: Ação de deduzir; subtração,diminuição; abatimento. No caso do IR, pode-se deduzir despesas que diminuem a base de cálculo do imposto devido.

 - Dedução de incentivo: É o desconto efetuado do imposto devido, limitado a 6%, referente ao Estatuto da Criança e do Adolescente, incentivo à cultura, à atividade Audiovisual e ao desporto. E mais 2%, sendo 1% ao Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (Pronas/PCD) e 1% ao Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon).

 - Dedutibilidade: A ação de poder deduzir a despesa que reduz a base de cálculo do Imposto de Renda.

 - Dependente: Pessoa que não dispõe de recursos para promover a sua subsistência e que vive às custas de outra. Na declaração do IR é informada como dependente de quem a mantenha.

 - Doação: É o contrato, gratuito e formal, em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra.

 - Emolumento: Emolumento é o rendimento de um cargo, além do ordenado fixo.

 - Espólio; Bens que alguém, morrendo, deixou. É o total dos bens e direitos que pertencia ao falecido.

 - Evolução patrimonial: São todas as alterações sofridas pelo patrimônio na sua composição qualitativa e/ou quantitativa.

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 - FGTS: É o fundo criado em 1967 pelo governo federal para proteger o trabalhador demitido sem justa causa, mediante a abertura de uma conta vinculada ao contrato de trabalho.

 - Fonte pagadora: Fonte pagadora é a pessoa física ou jurídica que efetuou o pagamento de rendimentos ao contribuinte.

 - Ganho de capital: É a diferença positiva entre o valor da venda de um bem ou direito e o valor pelo qual ele foi adquirido.

- Honorário: É a remuneração de quem exerce uma profissão liberal: advogado, médico etc.

- Imposto a pagar: É a diferença positiva entre o imposto apurado e o imposto pago

- Imposto a restituir: É a diferença negativa entre o imposto apurado e o imposto pago

- Imposto complementar: É o recolhimento de Imposto de Renda facultativo que o contribuinte pode antecipar até o mês de dezembro do ano-calendário, quando tenha recebidos rendimentos de mais de uma fonte pagadora.

 - Imposto devido: É o valor do imposto apurado antes da compensação do imposto retido na fonte e pago pelo carnê-leão.

 - Imposto de renda retido na fonte: É o imposto que é descontado dos rendimentos do contribuinte pela fonte pagadora.

 - INSS: É uma autarquia do governo federal que recebe as contribuições para a manutenção do regime geral da Previdência Social, sendo responsável pelo pagamento da aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença etc.

 - Isenção de Imposto de Renda: É a dispensa do pagamento do imposto em casos que são garantidos por lei.

 - Isento do Imposto de Renda: É aquele desobrigado, dispensado ou eximido do pagamento do imposto.

 - Limite de dedução: É o teto aquele fixado por lei para limitar as deduções que reduzem a base de cálculo do imposto.

 - Livro caixa: É o livro no qual o contribuinte pode deduzir da receita decorrente do exercício da atividade as despesas permitidas, ou seja, as despesas necessárias para exercer a atividade

 - Natureza da ocupação: É a espécie de atividade que determinado indivíduo exerce: serviço ou trabalho, seja manual ou intelectual.

 - Numerário: Moeda, dinheiro efetivo. A quantia ou soma em dinheiro que uma pessoa tem no caixa.

 - Ocupação principal: É a atividade principal exercida por determinado indivíduo, seja trabalho manual ou intelectual.

 -Ônus real: É uma obrigação que limita a fruição e a disposição da propriedade e que recai sobre coisas móveis ou imóveis, por força de direitos reais sobre coisas alheias.

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 - Pensão alimentícia: É a quantia fixada pelo juiz ou escritura pública que deve ser atendida pelo responsável, para manutenção dos filhos e ou do outro cônjuge.

 - Permuta: É o ato no qual os contratantes trocam ou cambiam entre si coisas de sua propriedade.

 - Pessoa física: Homem ou mulher ao qual se atribuem direitos e obrigações.

 - Pessoa jurídica: Conjunto de normas de proteção e defesa do trabalhador ou do funcionário, mediante aposentadoria, amparo nas doenças, montepios, etc.

 - Previdência privada: Previdência privada, também chamada de previdência complementar, é uma forma de seguro contratado para garantir uma renda futura ao comprador ou seu beneficiário.

 - Pró-labore: Expressão latina que significa pelo trabalho; remuneração do trabalho realizado por sócio, gerente ou administradores de uma empresa.

 - Recibo da declaração: É o documento que comprova a efetiva entrega da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física.

 - Rendimento: É o total recebido, durante certo período, como remuneração de trabalho ou de prestação de serviços, ou como lucro de transações comerciais ou financeiras de investimentos de capital etc.

 - Rendimento bruto: Todo o produto do capital do trabalho, alimentos e pensões percebidos em dinheiro; proventos de qualquer natureza.

 - Rendimento próprio: É a remuneração recebida no próprio nome de determinado indivíduo/contribuinte.

 - Rendimento isento: É aquele que não sofrem a cobrança do imposto de renda, pois têm isenção garantida por lei.

 - Rendimento não-tributável: É o mesmo que rendimento isento.

 - Rendimento tributável: É o proveniente do trabalho assalariado; remunerações por trabalho prestado no exercício de emprego, cargos e funções, e quaisquer proventos ou vantagens percebidos, aluguéis, juros etc.

 - Tributação exclusiva/definitiva: É quando o imposto sobre a renda retido na fonte não pode ser compensado na declaração anual.

 - União estável: É aquela entre um homem e uma mulher desimpedidos dos laços do casamento ou separadas de fato.

Link: http://g1.globo.com/economia/imposto-de-renda/2014/noticia/2014/02/veja-o-glossario-do-imposto-de-renda-2014.html Fonte: G1 - Globo

A Legalização da Bitributação do ISSQN, por meio das Regras de Prevenção à "Guerra" Fiscal entre Municípios

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1. Introdução

Foi encaminhado para deliberação na Câmara dos Deputados, em 5 de dezembro de 2013, o Projeto de Lei Complementar nº 386/2012, do Senador Romero Jucá, já discutido e aprovado no Senado Federal, com vista a alterar a Lei Complementar Federal nº 116, de 31 de julho de 2003 (LC nº 116/03), que dispõe sobre o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN, a Lei Federal nº 8.429, de 2 junho de 1992 (Lei nº 8.429/92), que dispõe sobre os crimes de improbidade administrativa e a Lei Complementar nº 63, de 11 de janeiro de 1990 (LC nº 63/90), que dispõe sobre critérios acerca da transferência, aos Municípios, do produto da arrecadação de impostos da competência dos Estados e das transferências constitucionais, por estes recebidas, em face da Constituição Federal de 1988.

Em relação àLC nº 116/03, em resumo, estão sendo propostas as seguintes alterações:

a) inclusão de novos serviços no campo de incidência do imposto, tais como armazenamento e hospedagem de dados, confecção de lentes oftalmológicas, sob encomenda, aplicação de tatuagens, vigilância de semoventes, produção de filmes, costura, acabamento, polimento de objetos quaisquer, serviços de transporte coletivo municipal rodoviário, entre diversos outros, no total de aproximadamente 59 (cinquenta e nove) novos serviços que estarão no campo de incidência do ISSQN, algo que não se chega a estranhar, pelo fato de que a Lista de Serviços já tem mais de 10 (dez) anos, sem alterações, desde sua edição.

b) maior clareza na tributação de serviços já existentes, procurando garantir que não ocorra a bitributação, em relação ao imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre a prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação - ICMS, como no caso dos serviços de composição gráfica, quando os bens, objetos referida composição gráfica, sejam destinados a futuras operações de industrialização ou comercialização;

c) a adequação doart. 3º, que trata da definição do local da incidência do imposto, tendo em vista a inclusão dos novos serviços à Lista de Serviços;

d) a responsabilização do tomador ou intermediário dos serviços, ainda que imune ou isento do imposto, nos casos de desrespeito às normas contidas no art. 8º-A, inserido por meio da nova lei complementar, comentado a seguir;

e) inclusão de norma relativa à alíquota mínima do ISSQN, no percentual de 2% (dois por cento) sobre o preço dos serviços, veiculada por meio da inclusão do art. 8º-A, a vigorar em até 1 (um) ano, após a publicação da nova lei complementar, em obediência ao disposto noart.156, § 3º, I da Constituição Federal de 1988(CF/88), bem como o impeditivo de que um Município possa, por quaisquer meios, conceder vantagens que façam com que a carga tributária seja inferior à alíquota mínima, declarando de forma expressa que toda e qualquer medida neste sentido será considerada nula de pleno direito, determinando, ainda, que o aspecto espacial da regra matriz de incidência, ou seja, o local de incidência do fato gerador, para o Município onde está localizado o tomador ou intermediário dos serviços, nos casos em que prestador e tomador dos serviços estejam estabelecidos em municípios diversos, além de sujeitar a devolução do imposto pago pelo prestador do serviço, pelo município infrator.

Em relação àLei nº 8.429/92, no prazo de 1 (um) ano, após a publicação da nova lei complementar, fica constituído expressamente, como crime de improbidade, qualquer ação ou omissão que importe em definir quaisquer benefícios que determinem carga tributária, para o ISSQN, em percentual inferior à alíquota mínima prevista no art. 8º-A da LC nº 116/03, incluído por meio da presente lei complementar em análise, inclusive a definição de quais punições estarão sujeitos os agentes públicos infratores;

Por fim, em relação àLC nº 63/90, ficam definidos novos critérios para fins de apuração dos valores adicionados, para fins de distribuição da quota do ICMS pertencente aos Municípios, quando da realização de transações comerciais sujeitas a esse imposto, nas saídas de mercadorias efetuadas por estabelecimento diverso daquele no qual as respectivas transações são realizadas, excluídas as transações comerciais não presenciais, observado que os estabelecimentos estejam localizados no mesmo Estado e de que, no documento fiscal relativo à negociação, deverá, obrigatoriamente, estar indicado qual o estabelecimento da ocorrência do negócio.

Entretanto, este trabalho tem como foco, as alterações propostas, cujo sentido, conforme desejo explícito do

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Senador Romero Jucá, acompanhado por seus colegas do Senado, é o de terminar com a chamada guerra fiscal entre municípios brasileiros, impedindo-os que pratiquem quaisquer tipos de incentivos considerados nocivos ao Erário, isto é, que façam com que a carga tributária, em relação ao ISSQN, vá a patamares inferiores ao percentual de 2% (dois por cento) sobre o valor dos serviços prestados.

Em verdade, analisando as normas que tratam desse assunto, verifico que, sendo aprovadas nos termos que constam do projeto, entendo estar configurada uma armadilha para os gestores da área tributária, que pode determinar algo bem pior que as guerras fiscais atuais.

2. As novas regras contra a guerra fiscal

De acordo com o projeto do Senado, as alterações que têm a função de evitar a guerra entre Municípios são as seguintes:

a) inclusão do parágrafo quarto, aoart. 3º da LC nº 116/03, com o seguinte teor:

"Art. 3º. (...)(...)§ 4º Na hipótese do descumprimento do caput ou do § 1º, ambos do art. 8º-A desta Lei Complementar, o imposto será devido no local do estabelecimento do tomador ou intermediário do serviço, ou, na falta de estabelecimento, onde ele estiver domiciliado."

Como se pode ver, o texto normativo acima tem o condão de deslocar o local da ocorrência do fato gerador, para o local onde está situado o estabelecimento do tomador ou intermediário dos serviços, sendo, portanto, uma clara e expressiva exceção às regras determinadas no caput do art. 3º, que define, como regra geral, o Município onde está localizado o estabelecimento prestador, ou do seu domicílio, quando aquele não existir, e o local do efetivo resultado do serviço, nos casos dos serviços descritos nos incisos I a XXII do caput doart. 3º da LC nº 116/03, sendo que, esta nova exceção somente terá relevância nos casos em que prestador e tomador/intermediário tiverem seus estabelecimentos em municípios diversos, como determinará expressamente o texto normativo do parágrafo segundo do art. 8º-A, conforme veremos a seguir, e caso seja aprovado.

b) inclusão do Art. 8º-A àLC nº 116/03, com o seguinte texto:

"Art. 8º-A. A alíquota mínima do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza é de 2% (dois por cento).§ 1º O imposto não será objeto de concessões , incentivos e benefícios tributários ou financeiros, inclusive de redução de base de cálculo ou de crédito presumido ou outorgado, ou qualquer outra forma que resulte, direta ou indiretamente, em uma carga tributária menor que a decorrente da aplicação da alíquota mínima estabelecida no caput, exceto para os serviços a que se referem os subitens 7.02, 7.05 e 16.01 da lista anexa.§ 2º É nula a lei ou ato do Município ou do Distrito Federal que não respeite as disposições deste artigo, aplicando-se a regra do § 4º do art. 3º desta Lei Complementar, com a alíquota mínima prevista no caput deste artigo no caso do serviço prestado a tomador ou intermediário localizado em Município diverso daquele onde está localizado o prestador do serviço.§ 3º A anulação a que se refere o § 2º deste artigo gera, para o prestador do serviço, perante o Município ou Distrito Federal que não respeitar as disposições deste artigo, o direito à restituição do valor efetivamente pago de Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza, calculado sob a égide da lei nula."

Em termos da norma do caput do art. 8º-A, estamos diante da concretização de um mandamento constitucional, previsto noart. 156, § 3º, I, que determina que lei complementar irá definir as alíquotas máximas e mínimas. A máxima, já havia a definição na própriaLC nº 116/03, faltando, portanto, a alíquota mínima, a qual vinha sendo utilizada o percentual definido noart. 88, I do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias(ADCT), com redação daEmenda Constitucional nº 37, que era, também, de 2% (dois por cento).

O texto normativo do parágrafo primeiro impede que o Município, por quaisquer meios, ainda que previstos em lei, determine uma carga tributária, em relação ao ISSQN, inferior ao valor que seria obtido com a aplicação da alíquota de 2% (dois por cento), sobre o valor dos serviços, trazendo apenas como exceção os serviços previstos dos subitens 7.02, 7.05 e 16.01 da Lista de Serviços daLC nº 116/03:

"7.02 - Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil, hidráulica ou

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elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS).7.05 - Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos serviços, fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS).16.01 - Serviços de transporte coletivo municipal rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário de passageiros."

Com relação aos serviços previstos nos subitens 7.02 e 7.02, explica-se a exceção, tendo em vista o que determina oart. 7º, § 2º, I da LC nº 116/03, que determina os valores dos materiais utilizados nos serviços:

"Art. 7º A base de cálculo do imposto é o preço do serviço.(...)§ 2º Não se incluem na base de cálculo do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza:I - o valor dos materiais fornecidos pelo prestador dos serviços previstos nos itens 7.02 e 7.05 da lista de serviços anexa a esta Lei Complementar;(...)"

Ora, no momento em que se define esse benefício aos prestadores, a base imponível, em determinados meses, pode ficar até mesmo negativa, o que iria contrariar frontalmente o que determina o caput do art. 8º-A e, neste sentido, torna-se imperiosa a previsão da referida exceção.

Com relação aos serviços de transporte municipal de passageiros, relativamente ao subitem 16.01, corresponderia a uma nova redação ao atual, proposta pela nova lei complementar, diferenciando o transporte eminentemente de passageiros, rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário, dos demais serviços de transporte de natureza municipal, que ficariam previstos em novo subitem criado, de nº 16.02 (Outros serviços de transporte de natureza municipal),

Muito bem, no caso dos serviços de transporte coletivo municipal de passageiros, lembrou o Relator do Projeto, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Senador Humberto Costa, que, em razão dos protestos ocorridos no país, desde junho de 2013, há um grande clamor da população para que os valores das tarifas de serviços de transporte coletivo sejam reduzidos e, neste sentido, foi editada aLei Federal nº 12.860, de 11 de setembro de 2013, que reduziu a 0% (zero por cento), as alíquotas relativas às contribuições ao PIS e COFINS incidentes sobre as receitas decorrentes das atividades de transporte coletivo municipal rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário de passageiros e, portanto, os Municípios não poderiam ficar impedidos de conceder benefícios do ISSQN, para esses tipos de serviços, sob pena de estarem gravemente expostos a novos protestos, principalmente em razão dos benefícios já concedidos pela União.

Bem, em relação à norma do parágrafo segundo do art. 8º-A, temos o início, de forma bastante clara, das regras antiguerra fiscal, segundo o Projeto, pois torna nulas quaisquer medidas tomadas pelo Município ou pelo Distrito Federal, ainda as ações ou omissões estejam previstas em lei, e que resultem, salvo as exceções previstas no parágrafo primeiro, em carga tributária do ISSQN inferior à prevista no caput do art. 8º-A e, neste momento, fica evidente uma espécie de punição ao Município infrator, quando prestador e tomador/intermediários dos serviços estiverem sediados em municípios diversos, já que o dispositivo proposto desloca, para o Município onde está localizado o tomador ou intermediário dos serviços, a competência tributária, em relação ao ISSQN, transferindo para este último, o aspecto espacial da regra matriz de incidência tributária, prevendo, ainda, que o valor do imposto será equivalente à alíquota mínima, prevista no caput.

Além do deslocamento do aspecto espacial, consta no parágrafo terceiro do art. 8º-A a previsão de que, caso o Município infrator cobre o imposto indevidamente reduzido, ao prestador do serviço, este estará no direito à sua restituição, haja vista que o tributo teria sido apurado por meio de leis consideradas nulas, de pleno direito.

c) inclusão naLei nº 8.429/92, dos seguintes dispositivos:

c.1) no Capítulo II - Dos Atos de improbidade Administrativa, a Seção II-A, contida do Art. 10-A, com o seguinte teor:

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"Seção II-ADos Atos de Improbidade Administrativa Decorrentes de Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou TributárioArt. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão no sentido de conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003."

Previsão legal, como crime de improbidade, para o responsável pelos prejuízos ao Erário, tendo em vista a concessão de benefícios considerados nulos pela lei de regência do ISSQN, o que, fatalmente, irá desencorajar os prefeitos a efetivarem reduções indevidas do imposto, sob o argumento de que o Município precisa atrair novos investimentos, sendo que, neste caso, à custa de reduções tributárias consideradas ilegais.

c.2) do inciso IV, aoart. 12, com o seguinte texto:

"Art. 12. (...)(...)IV - na hipótese do art. 10-A, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 5 (cinco) a 8 (oito) anos e multa civil de até 3 (três) vezes o valor do benefício financeiro ou tributário concedido.

Não se pode ter a previsão de crime, sem a respectiva punição e, neste caso, parece ser uma pena bastante interessante, principalmente no que tange à junção de até 3 (três) providências, isto é, perda da função pública, perda dos direitos políticos e a aplicação de multa.

c.3) por fim, do § 13 aoart. 17, com o seguinte teor:

"Art. 17. (...)(...)§ 13. Para efeitos deste artigo, também se considera pessoa jurídica interessada o ente tributante que figurar no polo ativo da obrigação tributária de que tratam o § 4º do art. 3º e o art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003"

Nada mais justo que o legislador complementar privilegie o Município onde está localizado o tomador ou intermediário do serviço, fazendo-o parte interessada, dando a ele o poder de entrar com a ação de improbidade, já que o mesmo foi trazido legalmente ao caso, nos termos dos dispositivos acima citados.

3. A perversidade dos efeitos das normas antiguerra fiscal, ao tomador ou intermediário dos serviços

De início, analisando as normas antiguerra fiscal, acima descritas, entendo que a ideia geral me parece bastante razoável, pois não demonstra ter havido maiores brechas para que os responsáveis pela concessão de benefícios indevidos estejam impunes.

Entretanto, analisemos o caso de uma forma mais prática. Tomemos como exemplo a seguinte hipótese:

· um município hipotético "Cidade - A", é detentor de uma legislação que prevê a concessão de incentivos financeiros a seus administrados, relativamente ao ISSQN, concedendo benefício fiscal de redução do valor a pagar do tributo, desde que atenda a determinadas condições, previstas na lei que concede os benefícios;

· neste município, há um determinado prestador de serviços "Prestador - Alfa", cujo estabelecimento prestador está localizado neste município "Cidade - A";

· o referido "Prestador - Alfa" presta um tipo de serviço, cuja regra para definição do aspecto espacial é a geral, ou seja, o do local do estabelecimento prestador, o qual está localizado na "Cidade - A"

· o "Prestador-Alfa" foi contratado para realizar um serviço, ao "Tomador - Beta", localizado em outro município, que chamaremos de "Cidade - B".

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Muito bem, alguns meses depois, o Auditor Tributário da "Cidade - B", fiscalizando o "Tomador - Beta", encontra a nota fiscal de prestação de serviços que documenta a tomada do serviço realizado pelo "Prestador - Alfa" e, já sabendo que a "Cidade - A" possui uma legislação que concede benefícios que poderiam ser considerados ilegais, precisa tomar a decisão se, responsabilizando o "Tomador - Beta", irá cobrar o imposto, utilizando a alíquota mínima prevista no art. 8º-A daLC nº 116/03.

Mas, temos que lembrar que estamos tratando de tributação, ou seja, de um ato da Administração Tributária que depende de uma ação concreta de investigação, bem como de comprovação dos fatos, por parte da autoridade administrativa, isto é, para que possa lançar o tributo, deverá demonstrar que o fato jurídico tributário efetivamente ocorreu, bem como que a "Cidade - A" cometeu a ilegalidade de conceder benefícios considerados nulos e, portanto, entendo que, para que o auditor possa lançar o ISSQN, contra o "Tomador - Beta", deverá demonstrar que a "Cidade - A" efetivamente cometeu a irregularidade de cobrar o ISSQN de forma reduzida.

Ora, como o auditor poderá saber dessa condição? Ele é um servidor público da "Cidade - B", não possuindo, desta forma, jurisdição sobre o "Prestador - Alfa", localizado em outro município. Então, como poderá ter acesso aos documentos do "Prestador - Alfa"? Com toda a certeza, a "Cidade - A" não oferecerá qualquer ajuda à "Cidade - B" para que o auditor possa ter essas informações.

Mas, o leitor poderá me lembrar da inclusão do § 13 aoart. 17 da Lei nº 8.429/92, que prevê a "Cidade - B" como parte no processo. Mas, neste momento eu lembro que, para que se possa ter uma ação judicial, os fatos deverão ser postos para o juízo e como os fatos que determinariam a ocorrência de improbidade poderiam ser colocados, se a "Cidade - B" não os pode localizar, já que não tem como fiscalizar o "Prestador - Alfa" e, portanto, qual a saída?

4. Conclusão

Acima eu pergunto:qual a saída?Parece-me, caro leitor, que o "Tomador - Beta", neste caso, representando o contribuinte em geral, como sempre, estará no meio de um "tiroteio", entre os municípios e, com toda a certeza será autuado, realizando-se a cobrança do ISSQN, em valor correspondente à alíquota mínima do imposto, prevista no caput do art. 8º-A, isto é, a bitributação estará institucionalizada, estará legalizada, tendo como fundamento, a Lei de Regência do ISSQN, instrumento normativo que, nos termos daCF/88, deveria realizar exatamente o contrário.

Geovane Basilio da Silva

Auditor Tributário do Município de Jaboatão dos Guararapes/PE, atualmente na função de Julgador Tributário da Primeira Instância Administrativa. Pós-Graduado em Direito Tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributários - IBET. Pós-Graduado em Contabilidade e Controladoria de Entidades da Administração Pública -UFPE. Graduado em Ciências Contábeis - UFPE.

Fonte: FISCOSOFT

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PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE VIGILÂNCIA, LIMPEZA, CONSERVAÇÃO E LOCAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA –

PROCEDIMENTO

SUMÁRIO:1. Serviços Prestados por Pessoas Jurídicas 1.1. Incidência 1.2. Serviços de Limpeza e Conservação – Alcance da Incidência 1.3. Locação de Mão-de-Obra 2. Não Exclusão do ISSQN da Base de Cálculo 3. Compensação do Imposto de Renda na Fonte 4. Preenchimento do DARF 5. Instrução Normativa RFB 1.416, de 4 de dezembro de 2013 (Comprovante de Rendimentos)

1. Serviços Prestados por Pessoas JurídicasAs importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas, civis ou mercantis, estão sujeitas a retenção do imposto de renda na fonte, à alíquota de 1%, pela prestação dos seguintes serviços (DL 2.462/88 art. 3º, Lei 7.713/88 art. 55, IN SRF 34/89 e art. 649 do RIR/99):

Item Discriminação Observação01 Serviços de limpeza e conservação de

bens imóveis, exceto reformas e obras assemelhadas

Vide 1.1 abaixo.

02 Serviços de segurança e vigilância Vide 1.3 abaixo.03 Serviços de locação de mão-de-obra de

empregados da locadora colocados a serviço da locatária, em local por esta determinado

Vide 1.2 abaixo.

1.1. IncidênciaEstão sujeitos à incidência do Imposto na Fonte à alíquota de 1% os rendimentos pagos ou creditados por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas civis ou mercantis, a título de remuneração pela (art. 649, RIR/99):a) prestação de serviços de limpeza e conservação de bens imóveis, exceto reformas e obras assemelhadas;b) prestação de serviços de segurança e vigilância;Transporte de valores De acordo com o Ato Declaratório Normativo COSIT 06/2000, estão sujeitos a incidência de imposto de renda na fonte a alíquota de 1% os rendimentos pagos ou creditados por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas pela prestação de serviço de transporte de valores, pois, segundo o legislador, considera-se tal serviço como de segurança e não de transporte; ObservaçõesConsidera-se pagamento do rendimento a entrega dos recursos, inclusive mediante crédito em instituição financeira a favor do beneficiário (§ único, do art. 38, do RIR/99);Entende-se por crédito o registro contábil efetuado pela fonte pagadora pelo qual o rendimento é colocado incondicionalmente à disposição do beneficiário (PN CST 121/73).

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MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 19 de 28 de Janeiro de 2002ASSUNTO: Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF EMENTA: TRANSPORTE DE CARGAS. Incide o imposto de renda na fonte sobre quarenta por cento do valor bruto pago por pessoa jurídica a pessoa física pela prestação de serviços de transporte de cargas. Não incide imposto de renda na fonte quando esse serviço for prestado por pessoa jurídica, ainda que por equiparação. TRANSPORTE DE VALORES Estão sujeitos à incidência do imposto na fonte, à alíquota de um por cento, os rendimentos pagos ou creditados por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas pela prestação de serviços de transporte de valores, uma vez que o principal objetivo da empresa transportadora de valores é a segurança dos bens transportados. c) locação de mão-de-obra de empregados da locadora colocados a serviço da locatária, pessoa jurídica em local por esta determinado. 1.2. Serviços de Limpeza e Conservação – Alcance da IncidênciaPara delimitar o alcance da incidência do Imposto de Renda Retido na fonte sobre a remuneração paga ou creditada pela prestação de serviços de limpeza e conservação de bens imóveis, a Secretaria da Receita Federal esclareceu que, deve ser considerada a definição de bens imóveis previstas no art. 79, do Novo Código Civil Brasil, Lei 10.406, de 10.01.2002. O referido artigo define como bens imóveis:Art. 79 - São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 80 de 03 de Abril de 2013ASSUNTO: Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF EMENTA: Os pagamentos efetuados por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas civis ou mercantis, pela prestação de serviços de coleta e remoção de lixo, por serem considerados serviços de limpeza, estão sujeitos a retenção na fonte do imposto sobre a renda.

MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 230 de 22 de Dezembro de 2009ASSUNTO: Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF EMENTA: SERVIÇOS DE LIMPEZA E CONSERVAÇÃO DE RUAS E ESTRADAS. As importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas pela prestação de serviços de limpeza e conservação de ruas e estradas estão sujeitas à incidência do imposto de renda na fonte à alíquota de um por cento, na forma do art. 649 do RIR/1999.

MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 198 de 07 de Julho de 2006ASSUNTO: Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF EMENTA: DEDETIZAÇÃO. SERVIÇOS DE LIMPEZA. RETENÇÃO NA FONTE. Os serviços de dedetização e similares, destinados a manter a higiene e o asseio de edificações, instalações, vias públicas ou áreas de uso comum caracterizam-se como serviços de limpeza, sujeitos à retenção na fonte do IRRF à alíquota de 1% (um por cento).

MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 95 de 29 de Agosto de 2008ASSUNTO: Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF EMENTA: RETENÇÃO. CONDOMÍNIO EDILÍCIO. Por não se caracterizarem como pessoa jurídica na forma das legislações civil e fiscal, os condomínios edilícios estão desobrigados de efetuar a retenção do imposto de renda na fonte quando o cumprimento desta obrigação exigir da fonte pagadora a condição de pessoa jurídica. Assunto: Obrigações Acessórias RETENÇÃO.

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CONDOMÍNIO EDILÍCIO. A partir de 1º de fevereiro de 2004, os pagamentos efetuados pelos condomínios edilícios à pessoa jurídica de direito privado pela prestação de serviços de limpeza, segurança, locação de mão-de-obra e demais serviços citados no artigo 30 da Lei nº 10.833/2003, estão sujeitos a retenção na fonte da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, da Cofins e da contribuição para o PIS/PASEP, no percentual de 4,65% (quatro inteiros e sessenta e cinco centésimos por cento), correspondente à soma das alíquotas de 1% (um por cento), 3% (três por cento) e 0,65% (sessenta e cinco centésimos por cento), respectivamente. 1.3. Locação de Mão-de-ObraNa locação de mão-de-obra, a locadora coloca empregado seu à disposição da locatária para executar trabalhos temporários em local por esta designado.O pessoal fornecido mantém a condição de empregado da locadora e é por ela remunerado. A locadora cobra da locatária uma importância que cobre os seus custos (salários e encargos sociais relativos aos empregados, etc), as despesas operacionais e a sua margem de lucro e sobre esse valor incide o Imposto de Renda na fonte, à alíquota de 1,0% (um por cento). No caso de intermediação para a contratação de empregados, a atividade da intermediária limita-se a recrutar profissionais e encaminhá-los à empresa que deseja contratá-los. Nesse caso, a remuneração paga a agência de empregos sujeita-se à incidência do Imposto de Renda Retido na Fonte, à alíquota de 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento), prevista para comissões e corretagens.

MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 9 de 07 de Fevereiro de 2011ASSUNTO: Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF EMENTA: LOCAÇÃO DE VEÍCULO COM MOTORISTA. IRRF. A locação de veículo com motorista não está caracterizada como locação de mão-de-obra, não estando sujeitos à incidência do imposto de renda na fonte os pagamentos efetuados por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas pela prestação desse serviço.

MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 8 de 08 de Marco de 2010ASSUNTO: Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF EMENTA: RETENÇÃO NA FONTE. LOCAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA E DE MÁQUINA E/OU EQUIPAMENTO. Haverá retenção do IR na fonte incidente apenas sobre o valor da locação de mão-de-obra quando esta não for utilizada na operação da máquina e/ou equipamento locados; Não ocorrerá retenção na fonte quando a mão-de-obra envolvida for necessária a utilização ou manuseio da máquina e/ou equipamento locados; Ocorrerá retenção, com base no valor total da nota fiscal, no caso de a locação de mão-de-obra e de máquina e/ou equipamento se referir à prestação de serviços de limpeza ou manutenção ou conservação de edificações, independentemente de a mão-de-obra ser ou não destinada à utilização da máquina e/ou equipamento; Em qualquer hipótese, haverá retenção na fonte, com base no valor total da nota fiscal, se os serviços prestados se referirem a serviços caracterizadamente de natureza profissional; Os pagamentos efetuados por órgãos, autarquias e fundações da Administração Pública Federal a pessoas jurídicas , pelo fornecimento de bens ou prestação de serviços, estão sujeitos à incidência na fonte; A base de cálculo utilizada para as retenções na fonte do IRRF é determinada pela natureza do contrato da prestação de serviços, independentemente de os valores terem sido ou não discriminados na nota fiscal. A nota fiscal deverá refletir adequadamente o objeto da prestação de serviços, de forma a permitir o correto cálculo das retenções.

MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 93 de 04 de Outubro de 2010

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ASSUNTO: Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF EMENTA: FONTE. CALL CENTER. Os pagamentos ou créditos referentes à contratação de central de relacionamento (também chamada de call center ou contact center) não estão submetidos à retenção na fonte do IRPJ, por falta de previsão legal. A locação de mão-de-obra, ou os pagamentos de comissão ou corretagem nas vendas, ou a prestação de serviços profissionais de assessoria, ou de pesquisas em geral, não se confundem com a prestação de serviço de call center, submetendo-se às retenções previstas na legislação, ainda que os valores sejam pagos a empresas de call center. 2. Não Exclusão do ISSQN da Base de CálculoQuando o serviço prestado for tributado pelo ISSQN, o Imposto de Renda Retido na fonte, incidirá sobre o preço total dos serviços, sem exclusão da parcela relativa ao ISSQN, ainda, que o mesmo seja destacado na Nota Fiscal. 3. Compensação do Imposto de Renda na FonteO Imposto de Renda Retido na Fonte, na modalidade tratada, poderá ser compensado pela pessoa jurídica beneficiária dos rendimentos, com o Imposto de Renda Pessoa Jurídica devido no período, seja este calculado com base no Lucro Real, Lucro Presumido ou Lucro Arbitrado (arts. 34 e 53, § 1º, da Lei 8.981/95 e arts. 1º e 2º, da Lei 9.430/96; e art. 650, RIR/99).4. Preenchimento do DARFO imposto será recolhido através do documento de Arrecadação de Receitas federais (DARF), e será preenchido em 02 vias, utilizando-se, no campo 04, o código 1708, que deverá ser recolhido até o último dia útil do segundo decêndio do mês seguinte ao fato gerador (art. 83 da Lei 8.981/95).

MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 41 de 22 de Janeiro de 2010ASSUNTO: Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF EMENTA: RETENÇÃO NA FONTE. SERVIÇOS DE MONITORAMENTO, VIA SATÉLITE. Os pagamentos efetuados pelas pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas de direito privado, quando referentes à prestação de serviços de monitoramento, via satélite, sujeitam-se à incidência na fonte do imposto de renda, por se traduzirem em serviços de segurança.

MINISTÉRIO DA FAZENDASECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 95 de 29 de Agosto de 2008ASSUNTO: Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF EMENTA: RETENÇÃO. CONDOMÍNIO EDILÍCIO. Por não se caracterizarem como pessoa jurídica na forma das legislações civil e fiscal, os condomínios edilícios estão desobrigados de efetuar a retenção do imposto de renda na fonte quando o cumprimento desta obrigação exigir da fonte pagadora a condição de pessoa jurídica. Assunto: Obrigações Acessórias RETENÇÃO. CONDOMÍNIO EDILÍCIO. A partir de 1º de fevereiro de 2004, os pagamentos efetuados pelos condomínios edilícios à pessoa jurídica de direito privado pela prestação de serviços de limpeza, segurança, locação de mão-de-obra e demais serviços citados no artigo 30 da Lei nº 10.833/2003, estão sujeitos a retenção na fonte da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, da Cofins e da contribuição para o PIS/PASEP, no percentual de 4,65% (quatro inteiros e sessenta e cinco centésimos por cento), correspondente à soma das alíquotas de 1% (um por cento), 3% (três por cento) e 0,65% (sessenta e cinco centésimos por cento), respectivamente.

MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 68 de 15 de Marco de 2005ASSUNTO: Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF EMENTA: RETENÇÃO NA FONTE. SERVIÇO DE SEGURANÇA. Serviços de “monitoração eletrônica a distância” prestados a outras pessoas jurídicas de direito privado, por se traduzir em serviços de segurança, estão sujeitos à incidência na fonte do imposto de renda à alíquota

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de um por cento até 28 de fevereiro de 2005 e à alíquota de um e meio por cento a partir de 1º de março de 2005. 5. Instrução Normativa RFB 1.416, de 4 de dezembro de 2013 (Comprovante de Rendimentos)Aprova os modelos de Comprovante Eletrônico de Rendimentos Pagos e de Imposto sobre a Renda Retido na Fonte e de Comprovante Eletrônico de Pagamentos de Serviços Médicos e de Saúde.O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos III, XVI e XXVI do art. 280 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e tendo em vista o disposto no § 1º do art. 19 da Lei nº 8.383, de 30 de dezembro de 1991, no art. 86 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, no art. 16 da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, e no § 3º dos arts. 27 e 28 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, resolve:

Art. 1º Esta Instrução Normativa dispõe sobre o Comprovante Eletrônico de Rendimentos Pagos e de Imposto sobre a Renda Retido na Fonte e o Comprovante Eletrônico de Pagamentos de Serviços Médicos e de Saúde.

CAPÍTULO IDO Comprovante Eletrônico de Rendimentos Pagos e de Imposto sobre a Renda Retido

na FonteArt. 2º A fonte pagadora, pessoa física ou jurídica, que houver pago a pessoa física rendimentos com retenção do imposto sobre a renda na fonte durante o ano-calendário, ainda que em um único mês, poderá lhe fornecer o Comprovante Eletrônico de Rendimentos Pagos e de Imposto sobre a Renda Retido na Fonte, conforme leiaute constante do Anexo I a esta Instrução Normativa.§ 1º A fonte pagadora deverá emitir, por meio de processamento eletrônico de dados, o comprovante cujo leiaute deverá conter todas as informações nele previstas, dispensada assinatura eletrônica.§ 2º A instituição financeira que houver pago a pessoa física rendimentos em cumprimento de decisões da Justiça Federal ou do Trabalho, também, poderá lhe fornecer o comprovante previsto no caput.

CAPÍTULO IIDO Comprovante Eletrônico de Pagamentos de Serviços Médicos e de Saúde

Art. 3º A pessoa jurídica ou equiparada nos termos da legislação do imposto sobre a renda que houver recebido de pessoa física pagamentos decorrentes de serviços de saúde e planos privados de assistência à saúde durante o ano-calendário, ainda que em um único mês, poderá lhe fornecer o Comprovante Eletrônico de Pagamentos de Serviços Médicos e de Saúde, conforme leiaute constante do Anexo II a esta Instrução Normativa.§ 1º A pessoa jurídica ou equiparada deverá emitir, por meio de processamento eletrônico de dados, o comprovante cujo leiaute deverá conter todas as informações nele previstas, dispensada a assinatura eletrônica.§ 2º São considerados serviços de saúde, para fins do disposto nesta Instrução Normativa:I - os prestados por psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, dentistas, hospitais, laboratórios e clínicas médicas de qualquer especialidade;II - os serviços radiológicos, de próteses ortopédicas e dentárias;III - os prestados por estabelecimento geriátrico, desde que classificado como hospital pelo Ministério da Saúde; eIV - os prestados por entidades de ensino destinadas à instrução de deficiente físico ou mental.§ 3º São planos privados de assistência à saúde os operados por pessoas jurídicas de direito privado, constituídas sob a modalidade de sociedade civil ou comercial, cooperativa, administradora de benefícios ou entidade de autogestão, desde que autorizadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar a operar esses planos.

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CAPÍTULO IIIDO PRAZO PARA ENTREGA DOS COMPROVANTES AO BENEFICIÁRIO

Art. 4º Os comprovantes deverão ser encaminhados ao endereço eletrônico do beneficiário, por meio da Internet, até o último dia útil do mês de fevereiro do ano subsequente ao do:I - pagamento dos rendimentos, na hipótese do art. 2º; ouII - recebimento do pagamento pelos serviços de saúde e planos privados de assistência à saúde, na hipótese do art. 3º.Parágrafo único. É facultada, mediante acesso restrito, a disponibilização do comprovante ao beneficiário no endereço eletrônico da fonte pagadora dos rendimentos e da pessoa jurídica ou equiparada recebedora dos pagamentos.

CAPÍTULO IVDO PREENCHIMENTO DOS COMPROVANTES

Art. 5º Os leiautes mencionados nos arts. 2º e 3º obedecerão às definições de tipos de dados estabelecidas no Anexo III a esta Instrução Normativa.Art. 6º O comprovante previsto no art. 2º será fornecido com a discriminação da natureza e dos valores totais, expressos em reais, dos rendimentos, das deduções e do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte, relativamente ao respectivo ano-calendário, bem como de informações complementares, observadas as instruções constantes do Anexo IV a esta Instrução Normativa.Art. 7º O comprovante previsto no art. 3º será fornecido com a discriminação da natureza e dos valores totais, expressos em reais, dos pagamentos de serviços de saúde e planos privados de assistência à saúde, relativamente ao respectivo ano-calendário, bem como de informações complementares, observadas as instruções constantes do Anexo V a esta Instrução Normativa.

CAPÍTULO VDA FALSIDADE DE INFORMAÇÕES

Art. 8º À fonte pagadora dos rendimentos que prestar informação falsa sobre rendimentos pagos, deduções ou valor do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte, bem como à pessoa jurídica ou equiparada recebedora dos pagamentos que prestar informação falsa sobre pagamentos recebidos, será aplicada a multa de 300% (trezentos por cento) sobre o montante que for indevidamente utilizado para reduzir o imposto a pagar ou aumentar o imposto a restituir ou a compensar, independentemente de outras penalidades administrativas ou criminais.Parágrafo único. Na mesma penalidade prevista no caput incorrerá aquele que se beneficiar da informação, sabendo ou devendo saber ser falsa.

CAPÍTULO VIDAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 9º O cumprimento do disposto nesta Instrução Normativa não desobriga a entrega dos comprovantes previstos na Instrução Normativa SRF nº 698, de 20 de dezembro de 2006, e na Instrução Normativa RFB nº 1.215, de 15 de dezembro de 2011.Art. 10. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO Anexos

FONTE: LEFISC

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EIRELI: empresário individual ou sociedade de um homem só? Qual foi a intenção do legislador ao instituir a EIRELI: criar uma espécie de empresário individual ou uma sociedade unipessoal? Ou seria criar uma terceira figura distinta destas duas? Publicado por Hebert V. Durães - 2 dias atrás

Atendendo a antigos reclames da doutrina e do dia a dia da prática empresarial, a Lei nº 12.441 de 2011 criou a nova figura da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada, a chamada EIRELI, e inseriu o art. 980-A no Código Civil.

Antes disso, o Código Civil previa duas espécies de empresários: a) a pessoa natural que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços (art. 966); e b) uma pessoa jurídica que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 982).

A primeira hipótese tem natureza jurídica de Empresário Individual, quem explora atividade econômica, se responsabilizando pelo risco do empreendimento com o seu patrimônio pessoal. A Segunda de uma Sociedade Empresária, a qual exerce atividade de empresário através de uma pessoa jurídica distinta dos empreendedores e, por isso, em regra, os patrimônios são separados das obrigações contraídas, o que gera responsabilidade subsidiária e, a depender do caso, limitada.

Já com a criação da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada – EIRELI, cria-se uma pessoa jurídica (art. 44, VI do Código Civil), distinta do empreendedor, com patrimônio próprio e responsabilidade limitada ao capital investido. Com a atualização legal, têm-se agora três formas de empreender atividade de empresário: a) Empresário Individual; b) Sociedade Empresária; e c) EIRELI.

Mas, no que toca a EIRELI, qual seria a sua natureza jurídica? O que quis o legislador? Criar uma nova espécie de Empresário Individual ou Sociedade Unipessoal? Essa indagação surge por causa da “confusão” causada pelo próprio dispositivo legal. O art. 980-A (inserido pela citada lei), menciona “empresa individual” e “capital social” no mesmo caput.

A primeira expressão induz pensar que se trata de um Empresário Individual e a segunda se relaciona à Sociedade Empresária, haja vista a necessidade de composição do capital social. Ocorre que a expressão “empresa individual” é tecnicamente imprópria, posto que “empresa” se trata de uma atividade e não de uma pessoa natural ou jurídica (CRUZ, 2013). De igual modo, a sociedade pressupõe a união de esforços de várias pessoas e, por isso, seria inadequado dizer que a EIRELI é uma sociedade unipessoal ou sociedade de uma pessoa só (com a licença do pleonasmo). Contudo, essa assertiva é contrária ao entendimento de Fábio Ulhoa Coelho (2013).

A divergência doutrinária está insculpida nas páginas dos livros de Direito Empresarial e Comercial. Para dirimir a questão, a I Jornada de Direito Comercial do Conselho de Justiça Federal, leciona no enunciado nº 3 que “a Empresa Individual de Responsabilidade Limitada – EIRELI não é sociedade unipessoal, mas um novo ente, distinto da pessoa do empresário e da sociedade empresária”.

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Ou seja, a EIRELI nem é empresário individual e nem sociedade empresária, mas um gênero próprio. Será o fim da discussão? Talvez... Sabe-se, enquanto isso, é que a EIRELI é uma "empresa" que não tem empresário e nem sócio, mas um empreendedor sui generis que a doutrina ainda não sabe quem é.

Em breve, mais sobre a matéria.

Disponível também em: http://hebertvieira.blogspot.com.br/2014/02/eireli-empresario-individual-ou.html

Da exclusão, suspensão e extinção dos créditos tributários Este artigo destacará as principais diferenças entre as ações abordando de forma genérica suas peculiaridades. Publicado por Julio Mengue - 3 dias atrás

Iniciarei este artigo mencionando o artigo 141 do Código Tributário Nacional, ao qual menciona que o crédito tributário regularmente constituído somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta Lei, fora dos quais não podem ser dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivação ou as respectivas garantias.

Dito isto começarei abordando sobre a SUSPENSÃO do crédito tributário.

A suspensão da exigibilidade do crédito tributário consiste na paralisação do curso do processo enquanto persistir a causa da suspensão. O prazo já percorrido permanece computado e após a solução da causa suspensiva continua do ponto onde parou. As causas que geram a suspensão está descrita no roll do referido artigo 151. Basta dizer que o fato gerador ocorreu, a exigibilidade do crédito é legitima e de fato existe ao contribuinte a obrigação de arcar com o referido tributo, entretanto, por força da suspensão, esta exigibilidade fica paralisada, não surtindo mais seus efeitos enquanto a causa que a gerou não for integralmente resolvida. Para melhor esclarecer veja o exemplo a seguir:

Imagine que você possui um crédito com a fazenda pública municipal de IPTU no valor de R$ 3.000,00 do ano de 2000, e a fazenda o executa visando a quitação do débito por esta arcada. Entretanto ao ter sido notificado do crédito você comparece até o órgão administrativo competente e negocia esta divida. Pronto! A exigibilidade do crédito se torna suspensa, pois o acordo é uma das previsões previstas no roll da lei, e a ação de execução não prosseguirá até o acordo ser quebrado, gerando então o fim da causa suspensiva.

Da EXTINÇÃO do crédito tributário

A extinção por sua vez consiste no desaparecimento da exigibilidade do crédito tributário motivado por qualquer ato jurídico ou fato jurídico que faça desaparecer a obrigação respectiva, desde que prevista em lei, conforme explicita o artigo 156 CTN ao qual mencionará as modalidades de extinção do crédito tributário. A extinção poderá ser total ou parcial e, será assim definida, após a verificação de irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos 144 e 149 (tratam do lançamento).

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Para melhor entender vejamos o exemplo: Imagine que aquele IPTU suspenso, por decorrência de um acordo celebrado entre as partes, chegue ao final e o contribuinte quite a divida de (R$ 3000,00 reais), neste caso há o pagamento integral daquele tributo, incidindo em uma das hipóteses previstas na vigente lei, ensejando deste modo a extinção total da exigibilidade do crédito tributário.

Outro exemplo, agora para melhor compreender a extinção parcial, Imagine que um contribuinte adquiriu um imóvel e a Fazenda Municipal para lhe expedir o habite-se concedeu um crédito e solicitou posteriormente a este que apresentasse os recolhimentos realizados. Ao demonstra-los com as respectivas notas, constata-se que já houve o pagamento de parte do valor que está sendo exigido pela Fazenda, Logo, ao se constatar tal irregularidade no lançamento, extingue-se parcialmente a dívida, permanecendo então o contribuinte com a obrigação de arcar com o que ainda lhe resta.

Da EXCLUSÃO do crédito tributário

A exclusão consiste em apenas 2 (duas) hipóteses a qual o CTN menciona tal "beneficio" ao contribuinte, sejam elas pela anistia ou pela isenção observando que a exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela conseqüente.

A Isenção vem disciplinada no CTN dos artigos176 ao 179 e consiste basicamente em um ato ainda que determinado por contrato que é, via de regra, sempre decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração, não é extensiva, salvo lei em contrario. Ou seja, para melhor compreender, uma das funções da isenção é fomentar determinada área em suas relações mercantis de modo a possibilitar maiores recursos para que o desenvolvimento ocorra. Imagine que a cidade X precise de mais empresas em seu território, entretanto os impostos recolhidos sobre qualquer natureza (ISSQN) são altos, então para solucionar este problema a Fazenda Municipal estipula a isenção destes impostos especificando tudo que é pertinente para que, a principio, as empresas possam encontrar naquela cidade condições de se instalarem e desenvolverem suas atividades visando o lucro.

Já a Anistia vem regulamentada dos artigos 180 ao 182 do CTN, por sua vez, abranger exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede e não se confunde com a remissão - (remissão abrange todo o credito tributário já constituído, ou seja, abrange o tributo e as penalidades é modalidade de extinção (art 156)) - pois somente se aplica às penalidades e, poderá ser concedida em caráter geral ou limitadamente e, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com a qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua concessão sendo que o despacho supracitado não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155. Veja o que preleciona Hugo de Brito sobre o tema:

"anistia é perdão da falta, da infração, que impede o surgimento do credito tributário correspondente à multa respectiva" [Hugo de Brito, 2006: 248].

Ora, deste modo resta claro a diferença entre as formas de extinção, suspensão e exclusão do crédito tributário.

Obrigado.

Não deixe de ler

# Qual é a diferença entre a Decadência e a Prescrição no Direito Tributário?

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A contabilidade pública e seus avanços17 fev 2014 - Contabilidade / Societário

Sem grandes alardes ou repercussões, uma revolução está sendo iniciada, mesmo que a passos lentos e bastante silenciosos, no setor público. A Portaria 184/2008, do Ministério da Fazenda, estabeleceu as diretrizes a serem observadas pelos entes públicos quanto aos procedimentos, elaboração e divulgação das demonstrações contábeis, mas, na prática, não houve muita repercussão ou mesmo movimentação por parte do setor público. Posteriormente, foi expedida a Portaria 753/2012 pela STN estipulando a adoção por todos os entes da Federação até o término do exercício deste ano. Como estas demonstrações contábeis devem ser comparativas, este trabalho deveria ser implantado ao longo deste ano.

A determinação do Ministério da Fazenda para que os entes públicos passassem, desde 2008, a desenvolver ações com vistas à promoção da convergência da contabilidade pública brasileira às normas internacionais de contabilidade pública (IPSAS), publicadas pela International Federation of Accountants (IFAC), bem como à adoção das Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público, editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), significou verdadeiro avanço e, definitivamente, hão de alçar o setor a um alto patamar de qualidade e transparência.

Vale lembrar que, mundialmente, a convergência já é uma realidade em países do G-20, como França, como em outros menores, como Costa Rica, ambos com implementação muito mais avançada que no Brasil. Por aqui, em terras nacionais, alguns estados estão com o projeto mais avançado como Minas Gerais, Rio de Janeiro e Pernambuco, mas de forma geral ainda são movimentos isolados.

A convergência da contabilidade pública brasileira às normas internacionais de também oferecerá avanços resultantes desse processo tanto para a União, Estados e Municípios que terão uma real dimensão do seu tamanho em valores atuais quanto por parte do administrador que poderá fazer uma comparação na medida em que seus ativos estejam registrados por valores reais. Já para o cidadão, uma maior transparência dos gastos efetuados pelos seus governantes.

Nesse contexto, como medida preliminar, é recomendável, se não indispensável, a realização de diagnóstico que identifique nos entes públicos as condições atuais, em contraposição às necessárias para convergência, traduzidas, por exemplo, em ações como o reconhecimento, mensuração e evidenciação dos créditos, tributários ou não.

Esta revolução silenciosa pode mudar significativamente a percepção que temos hoje do estado e seus administradores. É difícil, neste momento, afirmar se a mesma será melhor ou pior, mas certamente estará embasada em informações sólidas, auditáveis e comparáveis com outros países.

* João Alberto da Silva Neto é sócio responsável pelos escritórios da Região Norte e Nordeste da KPMG no Brasil

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Fisco não precisa dizer quem acessou dados de contribuinte

Postado por José Adriano em 17 fevereiro 2014 às 13:00 Exibir blog

Por Jomar MartinsO direito à informação, previsto na Constituição, não diz respeito a qualquer dado ou movimentação feita pela autoridade fiscal. Existem outras formas de conciliar os direitos do cidadão à informação pertinente à atuação dos agentes públicos, sem que isso impeça o exercício do poder de polícia e de fiscalização inerente ao Poder Público.Com a prevalência deste entendimento, a maioria dos integrantes da 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região negou pedido de um empresário paranaense que queria saber quem e por que seus dados foram acessados na Receita Federal. O autor entrou com recurso na corte porque a ação foi julgada extinta no primeiro grau, por impossibilidade jurídica.O desembargador Cândido Alfredo Silva Leal Junior, que capitaneou o voto vencedor, detalhou os motivos pelos quais não se alinhou com o entendimento do relator do caso na corte, que concedeu a ordem para que o fisco fornecesse as informações ao contribuinte.Para ele, o direito à informação não é absoluto ou incondicionado, nem abrange qualquer dado ou movimentação. Do contrário, corre-se o risco de, em breve, se pretender que a autoridade fiscal decline de instaurar procedimento contra o contribuinte só porque pensou ou cogitou tal possibilidade.Em segundo lugar, discorreu, é preciso considerar que existe uma esfera de atuação interna do órgão público que está fora do alcance da curiosidade alheia.‘‘Terceiro, porque transformar as repartições públicas em algo escancarado à curiosidade externa acabaria por impedir qualquer atuação fiscal ou exercício de poder de polícia. O cidadão estaria constantemente se dirigindo aos órgãos públicos, para saber se estava sendo alvo de alguma investigação, e orientaria sua conduta para dificultar ou impedir essas fiscalizações’’, escreveu no acórdão.Segundo o magistrado, atender o pleito do contribuinte, nestes termos, seria o mesmo que obrigar um desembargador a franquear acesso irrestrito dos advogados às minutas de decisões ou aos projetos-de-voto que estão em elaboração no seu gabinete.‘‘Seria como dizer que o advogado tem direito, antes da sessão de julgamento, de saber o que está pensando o desembargador ou os demais integrantes da turma julgadora, na elaboração e composição do voto que está examinando. Quais os livros consultou o desembargador? Qual pesquisa de jurisprudência fez seu assessor? Quais dúvidas tem o julgador? (...) Ainda que se trate de serviço público e ainda que o cidadão tenha direito de acesso à informação, isso não se confunde com desnudar absolutamente o agente público de quaisquer possibilidades de realizar seu trabalho e previamente preparar o que lhe cabe’’, encerrou. O acórdão foi lavrado na sessão do dia 17 de dezembro.O casoO autor, ligado ao ramo cartorário, foi à Justiça para obrigar a unidade da Receita Federal em Maringá (PR) a revelar quem e por que motivo acessou suas informações fiscais no período compreendido entre 1º de agosto de 2008 e 7 de junho de 2011. Exigiu saber nome, qualificação, endereço e local de trabalho. E mais: quer saber a pedido de quem cada acesso foi feito.O delegado local informou que o Habeas Data — ação para tomar conhecimento de informações — não era cabível, já que os dados dos sistemas informatizados da Receita são de interesse apenas do órgão e de seu controle interno de atuação. Por consequência, pediu a extinção do processo sem resolução de mérito.Ao analisar o mérito da ação, o juízo local, com apoio do parecer do Ministério Público Federal, entendeu que os dados geridos pela Receita Federal não são destinados ao conhecimento de terceiros, ressalvadas as hipóteses legais e restritas de relativização do sigilo fiscal.

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‘‘Ademais, o remédio constitucional [Habeas Data] deverá ser concedido se comprovado o uso abusivo de registros de dados pessoais, se coletados por meios fraudulentos ou se conservados com fins diversos dos autorizados por lei’’, registrou a sentença.Assim, por considerar ausente o interesse de agir e incabível o emprego de Habeas, o juízo julgou extinto o processo, sem resolução do mérito, com base no artigo 267, inciso VI, do Código de Processo Civil. Diz o dispositivo: ‘‘quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual’’. Desta decisão, o autor apelaou ao TRF-4.Clique aqui para ler o acórdão.Fonte: Revista Consultor Jurídico, 4 de fevereiro de 2014 via Tributo e Direitohttp://blogdosped.blogspot.com.br/

TJ-SP altera cobrança de ICMS sobre vendas pela internet17 fev 2014 - ICMS, IPI, ISS e Outros

A Amazon Brasil, que conta com um centro de distribuição em São Paulo, obteve no Tribunal de Justiça do Estado (TJ-SP) uma decisão inusitada sobre o pagamento do ICMS nas vendas pela internet. A liminar determina o recolhimento da alíquota interestadual em São Paulo (no caso, 12%) e do adicional do imposto no Estado de destino da mercadoria, previsto no Protocolo ICMS nº 21, de 2011, questionado no Supremo Tribunal Federal (STF). Até então, as decisões determinavam apenas o pagamento da alíquota interna no local de origem, que em São Paulo é de 18%. A própria companhia, porém, pediu reconsideração da decisão, por entender que não seria benéfica.

No processo, a empresa alega que, após a edição do Protocolo nº 21 pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), estava, na prática, submetida a recolher a alíquota interna de ICMS em São Paulo e o adicional. A norma autoriza 18 Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste a cobrar o imposto no destino de mercadorias compradas pela internet, telemarketing ou showroom. Sem a liminar, a Amazon estaria sujeita a ter mercadorias apreendidas se não cumprisse as determinações desses Estados.

Outras empresas nessa mesma situação obtiveram liminares nos Estados de destino de mercadorias que declaram o Protocolo n º 21 inconstitucional e as desobrigam de pagar o adicional de ICMS (leia mais abaixo). As decisões levam em consideração o artigo 155 da Constituição. O dispositivo prevê que, nas operações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, deve-se aplicar a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte do ICMS.

O pedido da Amazon para não recolher a diferença ou adicional de ICMS, porém, foi solicitado na Justiça paulista. Subsidiariamente, a companhia solicitou ainda que, no caso de o protocolo ser considerado constitucional, a Fazenda paulista deixe de cobrar a alíquota interna nas vendas destinadas a consumidores dos Estados listados no protocolo.

O pedido de liminar foi indeferido pela 13ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo. O juiz entendeu ser incompetente para julgar a cobrança do ICMS por outros Estados e, em relação à Fazenda paulista, entendeu haver falta de interesse de agir, já que a segunda tributação ou mesmo a possibilidade de

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apreensão de mercadorias decorreriam da atuação das fiscalizações de outros Estados. A empresa recorreu por meio de medida cautelar ao TJ-SP.

Na decisão, o relator na 3ª Câmara de Direito Público do TJ-SP, desembargador Ronaldo Andrade, afirma que, quando a atual Constituição foi concebida, não existia internet e comércio eletrônico. Assim, o artigo 155 da Constituição não poderia ser aplicado, uma vez que o comércio eletrônico é uma nova atividade que se desenvolve de maneira totalmente diferente, totalmente "desterritorializado".

Com esse entendimento, determinou o pagamento da alíquota interestadual em São Paulo e do adicional. Porém, após a decisão, a própria empresa entrou com pedido de reconsideração com a alegação de que a decisão liminar contraria " a maciça doutrina e jurisprudência acerca do tema, já que os precedentes dos tribunais superiores mostram sólida tendência no reconhecimento da inconstitucionalidade do Protocolo 21 e da legislação dos demais Estados, que o regulamenta".

De acordo com o pedido, como há elevada probabilidade dessa liminar ser suspensa, essa forma de recolhimento se tornaria "excessivamente onerosa" para a companhia. Isso porque a Amazon terá pago ICMS para terceiros que não são parte e, ao final, continuaria devendo uma parcela do ICMS para São Paulo. Procurada pelo Valor, a empresa preferiu não se manifestar.

O caso da Amazon está sendo acompanhado de perto pela Fazenda paulista, de acordo com o subprocurador geral do Estado de São Paulo da Área do Contencioso Tributário Fiscal, Eduardo José Fagundes. Para ele, a liminar "é prejudicial aos interesses da própria empresa", uma vez que o pleno do STF já confirmou as liminares que suspenderam a eficácia de leis da Paraíba e do Piauí, que determinam o pagamento do adicional de ICMS. Apenas no Supremo, há sete ações diretas de inconstitucionalidade (Adins) sobre o assunto contra leis estaduais e o Protocolo n º 21.

Para a advogada tributarista Jaciane Souza Mascarenhas, do ZRDF Advogados, porém, a liminar obtida pela Amazon significa uma "mudança de paradigma", já que há uma arrecadação desproporcional de ICMS nas regiões sul e sudeste, que concentram a maioria das redes varejistas. Segundo a advogada, essa mesma discussão poderá ser analisada no STF em recurso extraordinário interposto pelo Estado de Sergipe contra um grupo varejista em São Paulo.

Já o advogado Rafael Augusto Pinto, do Negreiro, Medeiros & Kiralyhegy Advogados, entende que a liminar não beneficia a empresa, uma vez que o STF já tem sinalizado que deve declarar inconstitucional o Protocolo nº 21. Nesse caso, a Amazon teria que pagar o ICMS devido para São Paulo e tentar reaver os valores pagos em outros Estados.

Fonte: Valor Econômico

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Empresa de e-commerce ajuiza ação contra o Protocolo 21 e obtém liminar do TJSP alterando a sistemática do ICMSfevereiro 20, 2014 em Geral, Tributário por Joyce Torres

O ICMS é um imposto estadual que incide sobre a circulação (venda) de mercadorias. Ocorre que a cadeia comercial de uma mercadoria muitas vezes começa em um Estado e termina em outro. São as chamadas operações interestaduais.

Via de regra o ciclo da mercadoria inicia no Estado onde está instalada a indústria, que posteriormente é remetida para um comerciante em outro Estado, que acaba vendendo ao consumidor final. Nesta hipótese, os dois Estados ficam com uma parte do ICMS que recai sobre aquela mercadoria, pois a venda é realizada em ambos.

Com a venda remota de mercadorias via internet, telemarketing e showroom, acontece o seguinte: os produtos que saem de um estado produtor (fabricante) acabam sendo vendidos diretamente ao consumidor final pelo próprio Estado produtor. Por exemplo, alguém que mora em Alagoas, em vez de comprar uma mercadoria de uma loja física naquele estado, compra diretamente do comerciante de São Paulo, via internet. Nesta hipótese, pelo sistema tributário brasileiro considera-se a operação equiparada a uma operação interna (operação em o ciclo da mercadoria começa e termina no mesmo estado) e o ICMS é devido apenas ao estado produtor (conforme art. 155, § 2º, VII, “b” da Constituição Federal).

Isto acarreta uma perda de arrecadação dos Estados “não produtores”.

Inconformados, alguns estados que perderam a arrecadação, no caso, o Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima, Rondônia,  Sergipe e o Distrito Federal, sentindo-se prejudicados reuniram-se e baixaram o Protocolo ICMS nº 21, decidindo cobrar o ICMS como se a mercadoria tivesse sido também comercializada nos seus Estados, gerando um aumento da carga tributária neste tipo de operação em mais de 50%.

 

Este Protocolo retrata mais um episódio das chamadas guerras fiscais que os entes políticos travam entre si. Qualquer operação, ou mudança de comportamento do mercado que acarrete perda de arrecadação de algum estado, comumente gera uma reação imediata com criação de normas que geralmente violam o sistema legal tributário da forma como concebido e, via de regra, o resultado dessas guerras acaba estourando no bolso do contribuinte.

Pois bem, em vista do Protocolo 21, foram ajuizadas  diversas Ações Diretas de Inconstitucionalidade, afirmando que esse diploma viola a CF. Contudo, nenhuma das Adins há medida liminar suspendendo a eficácia da norma e das respectivas legislações estaduais

 

Em vista disso uma grande empresa multinacional que realiza a comercialização de produtos remotamente por meio da internet que está na iminência de começar as suas operações no Brasil ajuizou ação declaratória contra os estados que firmaram o convênio 21 e o Estado de São Paulo, requerendo:

(i)                A declaração de inconstitucionalidade do Protocolo 21;

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ou em caso de se reputar o  Protocolo 21 válido:

(ii)             seja reconhecido o direito dos demais Estados com exceção da Fazenda do Estado de São Paulo à cobrança da diferença entre a alíquota interna e a alíquota interestadual do ICMS, caso em que a Fazenda do Estado de São Paulo deve ser condenada a tratar estas vendas  como operações sujeitas ao ICMS interestadual.

Em 04/02/2014 foi publicada interessante decisão do TJSP que concedeu liminar,  para ficar determinado que para as operações de e-commerce realizadas pela empresa para outros Estados, não haja a incidência da alíquota interna (cheia) do imposto, devendo o Estado de São  Paulo aplicar a interestadual (Processo nº 2009501-56.2014.8.26.0000)

Fonte: Tributário nos Bastidores

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O SPED é para todos? Postado por José Adriano em 17 fevereiro 2014 às 12:00 Exibir blog

Por Edgar Madruga

Meus comentários: O SPED é para todos?  Uma pergunta com resposta difícil para muitos. Tenho a honra e gratidão de ser testemunha  que Goiás foi um dos pioneiros nacionais em deixar de exigir o Sintegra e o equivalente a GIA ou DIME que cita no artigo (que aqui chamava-se DPI). Meu reconhecimento a todos e hoje especialmente aos servidores da Sefaz de Goiás que, muitas vezes a duras penas, estão fazendo sua parte no processo de pensarmos SPED !!! Grande artigo do Mauro Negruni.

Por Mauro Negruni

Façam o que digo e não façam o que eu faço! Frase pronta, quase insossa, e tão utilizada quando corrimão de ônibus. Eu sei, frases velhas e conceitos surrados não combinam com o ambiente do Sistema Público de Escrituração Digital – SPED.Porém, quando vejo o Governo do Estado de Pernambuco nada fazer para seu ingresso no ambiente nacional da EFD Fiscal (ICMS/IPI) e levar seus contribuintes a um duplo cumprimento de obrigação acessória não consigo pensar em outras coisas que não nas “velhas chagas do Estado Brasileiro”, da morosidade, da ineficiência, da papelada e dos carimbos gerando um custo Brasil ainda maior. Os contribuintes devem entregar a EFD Fiscal com os dados de IPI e também a “aberração” chamada de SEF II.Lembro-me muito bem quando comemorávamos, no verão de 2009 em Fortaleza, um final de ano com membros do GT48 – naquela época liderado pelo Auditor da Receita Federal do Brasil, Luis Tutomo,

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quando pedíamos ao representante do Distrito Federal que adotasse a EFD Fiscal e abandonasse o leiaute do COTEPE 35/05. E a promessa foi de que seria para logo a migração.Quando vejo uma reforma impressionante na DIME/SC (Declaração do ICMS e do Movimento Econômico), que iniciou no ano de 2012, e esperamos que tenha sido concluída em 2013, imagino que seja algo duradouro e que estas informações não existam na EFD FISCAL.As secretarias de fazendas destes estados devem ter pouquíssimas tarefas a serem realizadas, afinal, geram imensas alterações em seus sistemas e por consequência para seus contribuintes. Trabalho que poderia ter sido planejado para justamente eliminar algumas obrigações acessórias absurdas como as citadas. Alguém nestas SEFAZ’es irá dizer “como poderemos auditar sem informações?!”. Bradaria daqui sem o menor constrangimento: “audite, cheque e verifique, mas faça isso com base nas informações detalhadas que já estão na EFD Fiscal, nas Notas Fiscais Eletrônicas e o que não estiver por lá exija que seja declarado no registro E115!!”. Alguém teve a feliz percepção, quando elaborou o leiaute, que para eliminação das GIAs, DIMEs, DAPIs, SEFs, e outras tantas definições de informações complementares que seria necessário um registro que tabelasse as informações por código. Simples assim. Inteligente assim. Melhor mesmo só se os estados adotarem e iniciarem a dispensa destas exigências arcaicas e sem fundamento para os tempos de SPED.Em uma reunião no Conselho Federal de Contabilidade um representante de estado (Secretaria de Fazenda – SEFAZ) quase pediu perdão por continuar a exigir a GIA já que o estado não colocava a sua eliminação como prioridade. Esta pessoa, muito constrangida, colocava que o estado não dispunha de recursos para investir na mudança do sistema. Eu não me aguentei e perguntei a ela e porque o estado aderiu ao SPED, já que é um dos signatários? Certamente sua arrecadação trocou de patamar (como em todo o Brasil), mas nenhum centavo poderá ser investido na simplificação do cumprimento das obrigações acessórias.Muitos profissionais dos estados federados devem estar com algum ciúme da Receita Federal do Brasil, já que vem anunciando e executando eliminação de obrigações acessórias de forma sistemática. Não está na velocidade desejada, porém, pior que tardiamente é a manutenção do cumprimento de uma obrigação inútil.Fonte: Mauro Negruni.http://blogdosped.blogspot.com.br/

OS EFEITOS DA LEI ANTICORRUPÇÃOReinaldo Luiz Lunelli*

Fruto das manifestações populares que tomaram conta de todo o país em 2013, a Lei Anticorrupção (Lei 12.846/2013), entra em vigor com o claro objetivo de alcançar os corruptores. Fundamentalmente seu objetivo é atingir as empresas e seus dirigentes.

A premissa desta lei é de que só existe corrupção porque as empresas corrompem os funcionários públicos e não, ao contrário. Não se considera que a corrupção só existe, em muitos casos, porque a administração pública assim o exige, seja para enriquecer os próprios corruptos, seja para financiar campanhas políticas ou para enriquecer políticos (por vezes, tudo isso junto). É incrível que políticos e gestores públicos enriqueçam com salários incapazes de tornar alguém milionário, mas é o que ocorre, de fato, no nosso país.

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A lei entrou em vigor em 29 de janeiro de 2014 e tem como requisitos para aplicação, em síntese, a conduta ilícita por parte das pessoas jurídicas e o prejuízo causado ao poder público, nacional ou estrangeiro.

Importante salientar que seu alcance não se limita às empresas que participam de procedimentos licitatórios, mas à todas que mantenham qualquer tipo de relação com o setor público.

Os efeitos desta nova legislação podem trazer reflexos às relações trabalhistas, tributárias, societárias, licitatórias, concorrencial, penal, dentre outras. Desta forma, cresce fortemente o incentivo à área de compliance responsável por fazer cumprir as normas legais e regulamentares, as políticas e as diretrizes estabelecidas para o negócio e para as atividades da empresa, bem como evitar, detectar e tratar qualquer desvio ou inconformidade que possa ocorrer.

A lei prevê mecanismos de delação premiada para a empresa que denunciar a prática de atos ilegais, cuja pena, em razão do compliance efetivamente atuante pode ser reduzida em 2/3. Doravante processos de due diligences terão que incorporar também itens anticorrupção.

Considero sim, que andamos um bom caminho em busca de um ambiente muito melhor para o convívio das empresas e o combate a corrupção, mas ainda falta pensar no outro lado; falta criar mecanismos suficientes e capazes de fiscalizar e efetivamente punir os praticantes de atos ilícitos que acabam criando este ambiente tão hostil onde os desonestos levam imensas vantagens competitivas.

* Reinaldo Luiz Lunelli é contabilista, especialista em planejamento e gestão de negócios, auditor, consultor de empresas; professor universitário, autor de diversos livros e artigos de matéria contábil e tributária; membro da redação dos sites www.portaltributario.com.br e www.portaldecontabildiade.com.br.

IPI – colocação de embalagem em produtos tributados adquiridos de terceirosPublicado em 18 de fevereiro de 2014 por Marina Freitas

A colocação de embalagem em produtos tributados adquiridos de terceiros, mesmo em substituição da original, salvo quando se destine ao simples transporte do produto, caracteriza industrialização por acondicionamento ou reacondicionamento.

MINISTÉRIO DA FAZENDA

SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL

SUBSECRETARIA DE TRIBUTAÇÃO E CONTENCIOSO

COORDENAÇÃO-GERAL DE TRIBUTAÇÃO

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 15, DE 13 DE JANEIRO DE 2014

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DOU de 14/02/2014 (nº 32, Seção 1, pág. 20)

Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI.

Ementa: Acondicionamento e Reacondicionamento.

Produto Importado. Colocação de Nova Embalagem com Logomarca.

A colocação de embalagem em produtos tributados adquiridos de terceiros, mesmo em substituição da original, salvo quando se destine ao simples transporte do produto, caracteriza industrialização por acondicionamento ou reacondicionamento.

Dispositivos Legais: Decreto nº 7.212, de 2010 – Ripi/2010, arts. 4º, inciso IV, e 6º? Pareceres Normativos CST nºs 460, de 1970? 520, de 1971? e 66, de 1975.

CLÁUDIA LÚCIA PIMENTEL MARTINS DA SILVA – Coordenadora-Geral – Substituta

Sociedade Simples e Sociedade Limitada: A sociedade simples.Publicado em 18 de fevereiro de 2014 por Marina Freitas

1- SOCIEDADE SIMPLESInspirada nos modelos suíço e italiano, a sociedade simples foi recentemente introduzida no nosso ordenamento pelo Código Civil de 2002. As normas que a regem, art. 997 até o 1.038, cumprem duas importantes funções: (a) a de servir de aplicação subsidiária para os demais tipos societários e (b) a de estar voltada para as atividades não empresariais.É uma sociedade personificada, de pessoas, contratual e de responsabilidade limitada ou ilimitada.

2- Constituição

A sociedade simples constitui-se mediante contrato por instrumento público ou particular (caput do art. 997), o qual será inscrito no Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua sede, art. 998.

O contrato deverá conter as cláusulas essenciais elencadas nos incisos I até o VIII. Estes incisos informam as principais características da sociedade simples e só poderão ser alterados com o consentimento unânime dos sócios, art. 999:

(a) a sociedade simples poderá ter sócios pessoas naturais ou jurídicas (inciso I);(b) adota denominação social (inciso II);(c) o capital deverá ser expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espécie de bens, desde que suscetíveis de avaliação pecuniária (inciso III);(d) o capital deverá estar dividido em quotas (inciso IV);(e) deverá haver indicação específica da prestação a que está obrigado o sócio que contribuir com serviços (inciso V);(f) deverá ser indicada a pessoa natural incumbida da administração da sociedade (inciso VI), podemos

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concluir que a sociedade pode ter sócio pessoa jurídica, porém pelo menos um deles deverá ser pessoa natural, e neste caso será este obrigatoriamente o administrador da sociedade. Para Tavares Borba[i] a sociedade simples pode ser composta de sócios empresários de grande porte, seja pessoa natural ou jurídica, visto que o legislador não fixou parâmetro ou delimitação para a condição de sócio;(g) a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas (inciso VII);(h) se os sócios respondem ou não subsidiariamente pelas obrigações sociais (inciso VIII), verifica-se que o contrato estipulará se os sócios respondem ou não subsidiariamente pelas obrigações sociais. Para Tavares Borba[ii], adotando a responsabilidade subsidiária a sociedade terá a característica de responsabilidade ilimitada.

José Campinho[iii] ensina que respondendo o sócio ilimitadamente pelas obrigações sociais, seus bens pessoais só poderão ser executados, por dívidas da pessoa jurídica, após a exaustão do patrimônio social, art. 1.024.

Nos casos em que os bens sociais não cobrirem as dívidas, responderão os sócios, subsidiariamente, pelo saldo, observada, em princípio, a proporção em que participem das perdas sociais, salvo se houver no contrato estipulação diversa, sendo que será considerada nula a cláusula que excluir algum sócio das perdas, art. 1.008.

Pode haver também previsão contratual estipulando a responsabilidade solidária, art. 1.023, neste caso o credor pode cobrar a dívida de apenas um dos sócios, alguns dos sócios ou de todos os sócios.

3- Obrigações dos sócios

Preceitua o art. 1.001, que o contrato é o marco inicial das obrigações dos sócios se este não fixar outra data. Isto quer dizer que nas relações intra-societárias, as obrigações começam a fluir imediatamente após o contrato, independentemente do registro do mesmo no órgão competente.

Dentre os deveres dos sócios, os doutrinadores destacam dois: a integralização do capital social e a lealdade.

3.1- Integralização do capital social

A primeira obrigação dos sócios é contribuir para a formação do capital social. Esta contribuição se realiza pela transferência de bens ou créditos do patrimônio do sócio para o patrimônio da sociedade e pode ser realizada à vista ou à prazo.

Quando o sócio transfere o bem, responde pela evicção, e, no caso de transferência do crédito, responde pela solvência do devedor, art. 1.005. Explica-se: evicção é a garantia do alienante em favor do adquirente, caso haja perda da coisa, total ou parcial, cuja causa seja anterior ao ato de transferência. A evicção tem previsão no art. 447 do Código Civil.

A responsabilidade pela solvência do devedor ocorre no caso do crédito não ser realizado. A sociedade poderá então cobrar do sócio.

Além da contribuição em bens ou créditos, poderá também o sócio contribuir em serviços. Neste caso, ficará proibido de empregar-se em atividade estranha à sociedade, salvo convenção em contrário, art. 1.006.

Se os sócios deixarem de cumprir o prometido para a formação do capital social, a sociedade fará uma notificação para constituí-los em mora. Somente após esta notificação serão estes considerados remissos.[iv]

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Nesta condição, deverão responder perante a sociedade pelos prejuízos que deram causa, além dos juros e atualização monetária.

A maioria dos demais sócios pode preferir no lugar da indenização a expulsão dos sócios remissos ou a redução das suas quotas ao montante realizado, parágrafo único do art. 1.004.

3.2- Dever de lealdade

A lei não trata diretamente da questão, mas a doutrina desenvolve o tema em razão de sua relevância para a análise de vários aspectos societários, dentre os quais a expulsão de sócio por justa causa. O descumprimento do dever de lealdade é fundamento para a expulsão do sócio.

Fábio Ulhoa Coelho[v], explica o dever de lealdade como dever de colaboração com o desenvolvimento da sociedade, exemplifica como atos de deslealdade: o tumulto ao ambiente de trabalho, desautorizar atos da gerência, concorrer com a sociedade e utilizar recursos para propósitos pessoais.

Para José Campinho[vi], o dever de lealdade significa que o sócio não pode orientar a sociedade no seu interesse privado ou de terceiros.

3.3- Direitos dos sóciosOs principais direitos dos sócios são: participar dos resultados sociais; contribuir nas deliberações sociais; fiscalizar a gestão dos negócios e retirar-se da sociedade.

3.3.1- Participação nos resultados sociaisSegundo Fábio Ulhoa Coelho[vii], dos direitos dos sócios, o lucro e o pró-labore representam as maiores motivações para que um empreendedor ou investidor contrate uma sociedade. Os lucros remuneram o capital investido na sociedade, enquanto o pró-labore remunera o trabalho de direção da empresa.

Em regra, a partilha dos lucros é realizada na proporção da quota que cada sócio possui no capital social. No entanto, pode-se convencionar de outra forma, art. 1.007.Se o sócio contribuiu com serviços, este mesmo artigo estipula que a participação deste no lucro será na proporção da média do valor das cotas, salvo se for convencionado de forma diferente.

3.3.2- Participação nas deliberações sociaisDeliberar é decidir, resolver. Todos os sócios podem participar das decisões sociais, porém, a extensão deste direito se mede em relação à participação de cada sócio no capital social.Na sociedade não prevalece a vontade do maior número de sócios e sim do sócio que detém maior participação no capital social.

Segundo Fábio Ulhoa Coelho[viii], para as organizações econômicas os padrões democráticos de convivência política não são adequados. Quem tem mais capital corre maior risco e, portanto, deve ter assegurada maior participação nas deliberações sociais.Este é o mecanismo adotado pela sociedade simples consagrado no caput do art. 1.010. Caso haja empate, prevalecerá a decisão sufragada pelo maior número de sócios e, persistindo o empate, decidirá o juiz, art. 1.010, §2º.Por exemplo: numa sociedade de 3 (três) sócios: A com 50%, B e C com 25% cada um, se divergirem A contra B e C, prevalecerá a deliberação destes últimos. Agora outro exemplo: na sociedade de 4 (quatro) sócios, cada um com 25%, A e B divergindo com C e D, o juiz deverá desempatar.Sobre a possibilidade do desempate dar-se pelo magistrado opinou com propriedade Carlos Henrique Abrão[ix]:Ao nosso ver a solução do impasse do empate pela atribuição de sujeição do caso concreto ao juiz não descortina segurança e atrela com o ponto de vista dinâmico, causando hiato e mesmo solução de

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continuidade negocial, haja vista a expectativa que se cria em função da celeridade e economia processual divorciadas da realidade. Bem melhor seria fosse a causa confiada ao árbitro que teria em pouco tempo a habilidade e a capacidade de juntar os lados discordantes e semear o equilíbrio na solução pontual da deliberação que sofreu o empate.Nesta mesma linha está Campinho[x], que defende inclusive que a escolha da arbitragem não viola o dispositivo legal que prevê o desempate pela via do judiciário, sob o argumento que tal dispositivo não é de ordem pública.Caso a deliberação for a respeito de matéria indicada no art. 997, há que se ter unanimidade para a aprovação, conforme dispõe o art. 999.Campinho[xi] ensina que o sócio tem o dever de lealdade, caso haja conflito de interesse pessoal do sócio com o interesse da sociedade, deve este abster-se de participar da deliberação quanto ao ponto específico do conflito. A inobservância, poderá dar ensejo à reparação por perdas e danos, art. 1.010, §3º.3.3.3- Fiscalização da gestão dos negóciosO direito de fiscalização da gestão dos negócios está previsto no art. 1.021. Este direito é muito relevante para os sócios que não participam da administração da sociedade, o exame de documentos é necessário para a aferição do desempenho dos administradores.A norma citada faz referência à um rol de documentos que podem não dar a exata noção da situação da atividade, é necessário que os sócios negociem no contrato ou instrumento apartado, outros documentos que acharem convenientes.3.3.4- Retirada da sociedadePara Fábio Ulhoa Coelho[xii] direito de retirada é:O direito do sócio se desligar dos vínculos que unem aos demais sócios e à sociedade, por ato unilateral de vontade. Nessa hipótese não há negociação. O sócio impõe a pessoa jurídica, por sua exclusiva vontade, a obrigação de lhe reembolsar o valor da participação societária.Este direito, também é chamado de recesso ou dissidência, está previsto no art. 1.029. As condições para seu exercício variam de acordo com o prazo do contrato de sociedade, se de prazo determinado ou indeterminado. No primeiro caso basta notificação com antecedência mínima de 60 (sessenta) dias, no segundo somente provando judicialmente a justa causa.No entanto, há uma outra possibilidade de desfazimento do vínculo societário que é por meio de negociação das cotas com terceiros ou com os próprios sócios, esta negociação é denominada de cessão de cotas e está regulada no art. 1.003. Neste caso, a modificação no quadro societário dependerá da aprovação de todos os demais sócios.Para que a cessão produza efeitos perante terceiros, é necessário que se promova a averbação da modificação do contrato social no órgão competente, parágrafo único do art. 999.O sócio cedente ficará solidariamente responsável com o cessionário pelas obrigações a que tinha como sócio pelo prazo de dois anos a contar da data da averbação, parágrafo único do art. 1.003.3.4- Administração da sociedadeA administração é um órgão de representação legal, através do qual a sociedade manifesta a sua vontade[xiii]. A vontade da sociedade é, na maioria das vezes, a vontade dos sócios detentores da maioria do capital social.Os administradores devem tornar presente no mundo exterior a vontade da sociedade. Atuam em nome dela e não em nome próprio.3.4.1- Nomeação do administradorNa sociedade simples, não se permitiu a administração por pessoa estranha ao quadro de sócios, diferentemente do que ocorre na sociedade limitada, art. 1.061.Somente pessoa natural poderá administrar a sociedade, conforme prevê o art. 997, VI. Logo, analisando a sistemática do código, não poderá existir sociedade simples formada somente por sócios pessoas jurídicas.O administrador deve agir com diligência e cuidado, a norma do art. 1.011 toma como paradigma o homem ativo e probo. Para Carlos Henrique Abrão[xiv], deflui da norma, além da capacidade, um tirocínio que permita atingir com tranquilidade a diretriz societária.Para habilitar-se ao cargo de administrador, a pessoa natural não poderá estar impedida por qualquer lei especial, não estar condenada a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos, ou

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a pena dos crimes definidos no §1º do art. 1.011.Qualquer sócio que atenda aos requisitos pode ser nomeado administrador, independentemente do número de cotas que possui no capital da sociedade.A nomeação do administrador pode dar-se através da cláusula no próprio contrato ou por instrumento separado, neste segundo caso o instrumento deverá ser levado ao órgão de registro para a averbação à margem da inscrição da sociedade, art. 1.012.3.4.2- Competência do administradorA administração da sociedade poderá ser exercida por um ou mais sócios. No silêncio do contrato, a cada um deles competirá a administração, art. 1.013, caput.A administração pode ser exercida em conjunto, desta maneira, para a prática do ato será necessário o concurso de todos os administradores, ou do número mínimo previsto no contrato. Por exemplo, tendo 3 (três) administradores, exige-se dois deles para a assinatura de cheques.Prudentemente, a lei excepciona esta regra para os casos de urgência em que a omissão ou retardo das providências possa ocasionar dano irreparável ou grave, ocasião em que a manifestação de um só basta para viabilizar o ato, art. 1.014.O contrato pode definir competências para cada um dos administradores, por exemplo, imagine-se uma sociedade com 4 (quatro) administradores, a repartição da competência poderá ser feita da seguinte forma: O sócio “A” seria o competente para área financeira, “B” para marketing, “C” para a área técnica e “D” para distribuição.Os administradores poderão praticar todos os atos de gestão se não houver limitação no contrato, porém quando se tratar de oneração ou venda de imóvel depende de decisão da maioria dos sócios, salvo se a oneração ou venda for objeto da sociedade, art. 1.015 caput.3.4.3- Responsabilidade do administradorVimos que na sociedade simples o administrador tem que necessariamente ser pessoa natural e sócio, destarte, além das obrigações decorrentes do status de sócio outras lhe serão impostas, conforme veremos caso a caso.Partindo do princípio que o administrador possui os requisitos para o cargo, caso sua nomeação se faça por ato separado, a primeira providência que deverá tomar é a averbação do instrumento de nomeação no órgão competente. Antes desta providência o administrador responde pessoal e solidariamente com a sociedade, art. 1012.Também já vimos que o administrador é o representante da sociedade, ele faz presente no mundo exterior a vontade da sociedade, e não a dele.Conforme escreveu Sérgio Campinho: “mesmo que no seu íntimo, com o tino do bom administrador, vislumbre negócio interessante para a sociedade, deverá ele abster-se da sua realização, caso a maioria reprove.”[xv]Se realizar operações, sabendo ou devendo saber que estava agindo em desacordo com a maioria, estará sujeito a responder por perdas e danos perante a sociedade, art. 1.013, §2º.Para que ocorra esta obrigação de reparação, deverá estar configurado o prejuízo proveniente da conduta do administrador. A ausência do prejuízo enseja a caracterização de desobediência, seria então caso de destituição.Quando houver limitação nos poderes de gestão, o administrador deverá observá-la. Caso exceda, ficará responsável pela reparação.Na lição de Sérgio Campinho:A regra legal, em suma, preconiza que os administradores respondam solidariamente perante a sociedade e os terceiros prejudicados, por culpa nos desempenhos de suas funções (art.1.016). Sempre que agirem com violação da lei ou do contrato social, ficarão os administradores responsáveis perante a sociedade e terceiros prejudicados. Se o terceiro demandar a sociedade e esta vier a indenizá-lo, poderá ela, pela via da ação regressiva proposta em face do mau administrador, reembolsar-se dos prejuízos experimentados.A norma do parágrafo único do art. 1.015, excepciona três casos em que o excesso do administrador poderá ser oposto a terceiros, pela sociedade, para que esta se exima da responsabilidade: (a) se a limitação de poderes estiver inscrita ou averbada no registro próprio da sociedade; (b) provando-se que era conhecida de terceiro e (c) tratando-se de operação evidentemente estranha aos negócios da sociedade.

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Ocorrendo qualquer uma destas hipóteses a sociedade não ficará vinculada ao ato praticado pelo mau administrador.A função de administrador é indelegável, mas este poderá constituir mandatários para atuar nos limites dos seus poderes, art. 1.018.São irrevogáveis os poderes dos administradores investidos na função por cláusula expressa do contrato social, salvo justa causa, reconhecida judicialmente, a pedido de qualquer dos sócios. Já os poderes do administrador nomeado em ato separado são revogáveis a qualquer tempo, art. 1.019.Carlos Abrão critica a norma nos seguintes termos:Contempla a norma a impossibilidade de revogação dos poderes se houver previsão expressa contratual, exceto se advier justa causa a ser comprovada judicialmente, a pedido de qualquer sócio, a nosso ver um tremendo retrocesso, na medida em que transfere uma questão interna societária para o âmbito da justiça, sem falar no tempo e na eventual paralisação do negócio, se terceiros souberem e pararem de negociar com aquela sociedade.[xvi]

3.5- Da resolução da sociedade em relação a um sócioEste tópico se refere à retirada, exclusão e morte de sócio, que a doutrina denomina de dissolução parcial.3.5.1- Morte de sócioHavendo morte de sócio a regra geral é o procedimento de liquidação das cotas do sócio falecido e posterior pagamento aos herdeiros, art. 1.028, caput, porém este mesmo artigo contempla alternativas que são: (a) a não liquidação das cotas quando o contrato dispuser diferentemente; (b) a dissolução da sociedade por deliberação dos sócios remanescentes; (c) a substituição do sócio falecido por acordo ente os herdeiros.3.5.2- Retirada do sócioOutra forma de resolução da sociedade em relação a um sócio é a retirada. Neste caso, o sócio retirante fará uso do seu direito conforme o prazo de contratação da sociedade. Se for de prazo indeterminado, fará a notificação com a antecedência de 60 (sessenta) dias, se de prazo determinado só poderá retirar-se se provar a justa causa.3.5.3- Exclusão de sócioA expulsão de sócio pode dar-se nos seguintes casos: (a) sócio remisso, por iniciativa dos demais sócios, de forma extrajudicial, art. 1.004; (b) os sócios declarados falidos, insolventes, ou aqueles cujas cotas foram liquidadas a pedido de credor, na forma do art. 1.026, em todos os casos a exclusão é extrajudicial; (c) o sócio que cometer falta grave, incorrer em incapacidade, a exclusão será judicial, art. 1.030.3.5.4- Valor das cotasEm todos os casos de resolução da sociedade em relação a um sócio, se não houver estipulação especial no contrato, será levantado um balanço especial da data da resolução, onde será apurado o valor das cotas efetivamente realizadas do sócio com base na situação patrimonial da sociedade, art. 1.031.Estas cotas serão pagas em dinheiro, no prazo de 90 dias, a partir da liquidação, salvo estipulação contratual em contrário, §2º do art. 1.031.Verificada a liquidação das cotas, o capital da sociedade sofrerá a redução correspondente, mas os sócios poderão fazer as entradas de capital para manterem o valor anterior, §1º do art. 1.031.Por último, é necessário dizer que o sócio que se retirou, ou foi expulso e mesmo o herdeiro do sócio falecido, fica responsável pelas obrigações anteriores ao evento de exclusão, morte ou expulsão, até dois anos após a averbação da resolução, art. 1.032.3.6- Dissolução, liquidação e extinçãoFábio Ulhoa Coelho[xvii], ensina que há dois conceitos para o termo dissolução. Em sentido amplo significa o procedimento de terminação da personalidade jurídica, isto é, o conjunto de atos necessários à eliminação da sociedade como sujeito de direito, em sentido estrito a dissolução se refere ao ato que desencadeia o procedimento de extinção da pessoa jurídica.3.6.1- Causas de dissoluçãoA dissolução pode ser extrajudicial ou judicial, na extrajudicial não há intervenção do estado-juiz, art. 1.033. Na dissolução judicial há uma decisão do estado-juiz pela extinção da sociedade, art. 1.034.São causas de dissolução extrajudical: (a) o decurso do prazo determinado de duração; (b) a vontade dos

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sócios; (c) unipessoalidade; (d) extinção da autorização de funcionamento e (e) irrealizabilidade do objeto social.A sociedade pode dissolver-se pelo decurso do prazo determinado de duração. É a previsão do art. 1.033, I. No entanto decorrido o prazo, se não houver oposição de qualquer dos sócios, a sociedade de prazo será considerada prorrogada por prazo indeterminado.A sociedade simples pode dissolver-se pela vontade dos sócios, esta é a previsão do art. 1.033 II, quando a decisão é unânime, ou quando a maioria decide pela dissolução, na sociedade de prazo indeterminado, art. 1.033, III.No entanto, assevera Fábio Ulhoa Coelho[xviii], a jurisprudência é assente no sentido de que, havendo oposição de um único sócio à dissolução da sociedade, esta não deve ser decretada em razão do princípio da preservação da empresa.A unipessoalidade da sociedade simples poderá perdurar até 180 dias, é o prazo para que o sócio remanescente promova a pluralidade dos sócios, findo este prazo, sem a regularidade da sociedade esta se dissolve, mas caso o sócio continue operando, configura-se a situação da sociedade irregular, art. 1.033 IV.Há atividades que dependem de autorização para funcionar, cessada a autorização da atividade a sociedade que a opera será dissolvida, art. 1.033, V.A última causa de dissolução extrajudicial é o exaurimento ou inexeqüibilidade do fim social. São casos como falta de mercado para o produto que a sociedade oferece, falta de capital para investir na atividade, grave desentendimento entre os sócios, art. 1.033, VI.Em princípio o art. 1.034 estabelece duas formas de dissolução judicial, a primeira é o caso da anulação da constituição por vício do ato respectivo, inciso I, e a segunda é pela irrealizabilidade do objeto social. No entanto, todas as hipóteses de dissolução de pleno direito elencadas no art. 1.033 podem ser levadas ao judiciário, bastando para isto que haja oposição de sócio.Esta é uma classificação clássica na doutrina, Fábio Ulhoa Coelho assevera:A dissolução será judicial ou extrajudicial não em função da causa que a animar. Quando os sócios estão de acordo que o negócio mostra inviável, dissolvem extrajudicialmente a sociedade; mas, se apenas a minoria está convencida da inviabilidade da empresa, a dissolução só poderá ser judicial. O que distingue, assim, as espécies de dissolução –ato é o instrumento pelo qual se viabilizam: a extrajudicial é instrumentalizada por ato dos sócios (deliberação assemblear formalizada em ata e distrato ou só distrato), e a judicial, por decisão do Judiciário. Nesse sentido, a identificação da natureza pleno jure da dissolução, quando motivada esta por determinada causas, não importa necessariamente a dispensa da declaração judicial.3.6.2- LiquidaçãoA liquidação é a fase do procedimento dissolutório que visa a realização do ativo e a satisfação do passivo.Ocorrendo algumas das causas de dissolução, a sociedade não perde de imediato sua personalidade jurídica, mas passa a operar somente com vistas a liquidar a sociedade.Qualquer operação estranha ao ato de liquidação não será de responsabilidade da sociedade e sim do sócio que a praticou, art. 1.036, caput, segunda parte.O primeiro ato da fase de liquidação é a nomeação do liquidante, ao liquidante cabe praticar os atos descritos nos artigos 1.102 e seguintes.No procedimento extrajudicial, o liquidante quando não nomeado pelo contrato social deverá sê-lo por deliberação dos sócios, podendo a escolha recair em pessoa estranha à sociedade, art. 1.038, caput.Caso o liquidante no curso da fase de liquidação não cumpra com suas obrigações, os sócios poderão destituí-lo, art. 1.038.Não iniciada a fase de liquidação pelo liquidante, qualquer sócio poderá que a mesma seja realizada judicialmente, neste caso proceder-se-á conforme os artigos 655 a 674 do CPC.3.6.3- PartilhaApós a realização do ativo e a satisfação do passivo, o patrimônio líquido remanescente será devolvido aos sócios, o mesmo será repartido na proporção do capital social ou conforme outra estipulação contratada.

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[i] BORBA, Direito societário…, op. cit., p. 74.[ii] Ibidem, p. 76.

[iii] CAMPINHO, op.cit., p. 120.

[iv] VENOSA. Silvio de Salvo. Direito Civil: teoria geral das obrigações e teoria geral dos contratos. 3ª ed., São Paulo: Atlas, 2003, vol. 2, p. 563.[v] COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2002, v. 2., p. 413.

[vi] CAMPINHO, op. cit., p. 100.

[vii] COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2002, v. 2., p. 424.

[viii] COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2002, v. 2., p. 362.

[ix] ABRÃO, Carlos Henrique. Sociedades Simples.1ª ed. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2004., p. 47.[x] CAMPINHO, ob. cit., pág. 111.[xi] Idem.[xii] COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2002, v. 2, p. 436.

[xiii] CAMPINHO, op. cit., pág. 112.

[xiv] ABRÃO, op. cit., pág. 49.

[xv] CAMPINHO., op. cit., pág. 116.

[xvi] ABRÃO., op. cit., p. 62.

[xvii] COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2002, v. 2, p. 452.

[xviii] Ibidem p. 455.

Fonte: Portal Contábeis

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Primeira Turma rejeita recurso da BB Previdência contra base de cálculo de PIS e CofinsPublicado em 18 de fevereiro de 2014 por Júlia Pereira

Por maioria de votos, a Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negouprovimento a recurso especial interposto pela BB Previdência, fundo de pensão do Banco do Brasil, que buscava rever a base de cálculo das contribuições do PIS (Programa de Integração Social) e da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social).

A BB Previdência entrou na Justiça alegando que a cobrança do PIS e da Cofins não poderia ser estabelecida nos moldes do artigo 3º, parágrafo 1º, da Lei 9.718/98, ou seja, tendo como base de cálculo a totalidade das suas receitas, diante da inconstitucionalidade desse dispositivo declarada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Requereu, ainda, caso não acolhido esse pedido, que fosse reconhecida a não incidência das contribuições sobre a movimentação financeira denominada transferência interprograma (pagamentos realizados a outra entidade pela administração de investimentos), sob o fundamento de que, por ser uma movimentação de rubrica contábil, não enseja aumento de ativo ou ingresso de recursos em conta e não caracteriza receita-faturamento nem despesa administrativa.

Tratamento diverso

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) negou o pedido. Segundo o acórdão, a declaração da inconstitucionalidade feita pelo STF não beneficiou as entidades de previdência complementar, sujeitas a tratamento diverso.

A decisão acrescentou que “o recolhimento do PIS e da Cofins dessas entidades segue regramento próprio, conforme as Leis 9.701/98 e 9.718/98, que não alberga a transferência interprograma como parcela suscetível de exclusão ou dedução da base de cálculo”, por ser considerada despesa administrativa.

No recurso ao STJ, apenas a inclusão da transferência interprograma na base cálculo foi contestada. O relator, ministro Arnaldo Esteves Lima, entretanto, seguiu o mesmo entendimento do TRF1, de que a transferência interprograma não consta expressamente como parcela que pode ser excluída ou deduzida da base de cálculo do PIS e da Cofins.

Natureza administrativa

Segundo Esteves Lima, por ser uma despesa administrativa, a transferência interprograma integra a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e é deduzida da receita, a fim de se apurar o lucro ou prejuízo do exercício da pessoa jurídica, conforme previsto no artigo 187, III, da Lei 6.404/76.

“Considerando que às entidades de previdência complementar é vedada a dedução de qualquer despesa administrativa da base de cálculo do PIS e da Cofins, segundo o artigo 1º, parágrafo 1º, da Lei 9.701, não se verifica maltrato aos dispositivos infraconstitucionais ventilados nas razões recursais, impondo-se, em consequência, a manutenção do bem fundamentado acórdão proferido pelo tribunal de origem”, concluiu o relator.

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Fonte: STF

SEFAZ VIRTUAL DE CONTINGÊNCIA: Uma Nova Opção ou Obrigação da NF-e?Publicado em 18 de fevereiro de 2014 por Eduardo Battistella

Battistella é o responsável pela NF-e em foco, área do Blog do Mauro Negruni cujo objetivo é o compartilhamento de soluções para problemas que sejam comuns no dia a dia de quem trabalha com documentos fiscais eletrônicos.

Por Eduardo Battistella – Arquiteto de Soluções Decision IT

“… o contribuinte poderá operar em contingência, gerando arquivos indicando este tipo de emissão, conforme definições constantes no ‘Manual de Integração – Contribuinte’, mediante a adoção de uma das seguintes alternativas:

I – transmitir a NF-e … para o Sistema de Sefaz Virtual de Contingência (SVC), …”[Ajuste SINIEF 07/05, Cláusula décima primeira]

Finalmente, depois de anos de atraso, os contribuintes emissores de NF-e têm acesso a uma forma prática de contingência para emissão de suas notas fiscais eletrônicas.  Oficialmente, o atraso é de quase dois anos (desde a publicação do Convênio ICMS 32/2012 de 30/03/2012). De fato, desde que o contribuinte aderiu à NF-e. Afinal, quem julga o SCAN uma forma de contingência prática para o seu ERP? Este artigo, na forma de um FAQ, tem a intenção de apresentar esta nova forma de contingência. Não conseguiremos exaurir o assunto. Para quem se interessar, em breve continuaremos a explorar este assunto. Se você hoje utiliza o SCAN, não deixe de ler.

O que é a SVC?

A SCV (SEFAZ Virtual de Contingência) é uma nova forma de contingência para dar suporte à emissão de NF-e. Conforme muito bem resumido na NT 2013.007, “esta alternativa de emissão da NF-e em contingência … permite a impressão do DANFE em papel comum e não existe a necessidade de transmissão da NF-e para SEFAZ de origem quando cessarem os problemas técnicos que impediam o uso do ambiente de autorização normal da circunscrição do contribuinte.”

Trata-se de uma nova obrigatoriedade para a Emissão de NF-e?

Isso depende. Se você utiliza o SCAN, e quer continuar emitindo em contingência, então terá que escolher uma nova forma. Neste caso, a SVC é a opção mais aderente. Para os demais, é uma nova forma de emissão de NF-e em contingência que poderá ser utilizada quando a SEFAZ origem declarar-se indisponível.

Como funciona a SVC?

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Ocorrendo a indisponibilidade, a SEFAZ origem acionará a SVC pertinente para que ative o serviço de recepção e autorização de NF-e em seu lugar. Finda a indisponibilidade, a SEFAZ origem acionará novamente a SVC, agora para desativar o serviço.

“Existirão dois locais alternativos de autorização em contingência, operados pelas estruturas das SEFAZ VIRTUAIS atuais:•    SVAN – SEFAZ Virtual do Ambiente Nacional;•    SVRS – SEFAZ Virtual do Rio Grande do Sul.

Portanto, de forma natural, mesmo as estruturas de autorização das SEFAZ VIRTUAIS passarão a ter a contingência da SVC, utilizando a infraestrutura de autorização uma da outra.”

O que é a SVAN (ou SVC-AN)?

A SEFAZ Virtual do Ambiente Nacional, disponibilizada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, é a estrutura de contingência que poderá ser utilizada quando da indisponibilidade dos Estados do Acre, Alagoas, Amapá, Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins e para o Distrito Federal.

O que é a SVRS (ou SVC-RS)?

A SEFAZ Virtual do Rio Grande do Sul, disponibilizada pelo Estado do Rio Grande do Sul, é a estrutura de contingência que poderá ser utilizada quando da indisponibilidade dos Estados do Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Piauí, Paraná e Rio Grande do Norte.

Existe ambiente de Homologação para a SVC?

“A SVC deverá manter um ambiente de produção e um ambiente de teste (homologação) disponíveis para as empresas. O ambiente de testes (homologação) deverá estar sempre ativo para todas as UF e o ambiente de produção será disponibilizado conforme ativação da SEFAZ  de origem da circunscrição do contribuinte.”

Qual a data para a SVC ser disponibilizada?

Os prazos previstos são:

•    Ambiente de Homologação: 01/12/2013•    Ambiente de Produção: 03/01/2014

Quais os endereços dos Web Services?

Atente que a relação a seguir apresenta uma lista diferente da existente na NT 2013.007 v1.02 e no Portal Nacional da NF-e.

A lista correta, conforme segue, não deve incluir os endereços para Inutilização (discutiremos este item em um próximo artigo).

Ambiente de Homologação (Testes) da SVC-AN•    https://hom.svc.fazenda.gov.br/NfeRecepcao2/NfeRecepcao2.asmx•    https://hom.svc.fazenda.gov.br/NfeRetRecepcao2/NfeRetRecepcao2.asmx

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•    https://hom.svc.fazenda.gov.br/NfeConsulta2/NfeConsulta2.asmx•    https://hom.svc.fazenda.gov.br/NfeStatusServico2/NfeStatusServico2.asmx•    https://hom.svc.fazenda.gov.br/RecepcaoEvento/RecepcaoEvento.asmx

Ambiente de Homologação (Testes) da SVC-RS (mesmos endereços da SVRS)•    https://homologacao.nfe.sefazvirtual.rs.gov.br/ws/Nferecepcao/NFeRecepcao2.asmx•    https://homologacao.nfe.sefazvirtual.rs.gov.br/ws/NfeRetRecepcao/NfeRetRecepcao2.asmx•    https://homologacao.nfe.sefaz.rs.gov.br/ws/recepcaoevento/recepcaoevento.asmx•    https://homologacao.nfe.sefazvirtual.rs.gov.br/ws/NfeConsulta/NfeConsulta2.asmx•    https://homologacao.nfe.sefazvirtual.rs.gov.br/ws/NfeStatusServico/NfeStatusServico2.asmx

Ambiente de Produção da SVC-AN•    https://www.svc.fazenda.gov.br/NfeRecepcao2/NfeRecepcao2.asmx•    https://www.svc.fazenda.gov.br/NfeRetRecepcao2/NfeRetRecepcao2.asmx•     https://www.svc.fazenda.gov.br/NfeConsulta2/NfeConsulta2.asmx •    https://www.svc.fazenda.gov.br/NfeStatusServico2/NfeStatusServico2.asmx•    https://www.svc.fazenda.gov.br/RecepcaoEvento/RecepcaoEvento.asmx

Ambiente de Produção da SVC-RS (mesmos endereços da SVRS)•    https://nfe.sefazvirtual.rs.gov.br/ws/Nferecepcao/NFeRecepcao2.asmx•    https://nfe.sefazvirtual.rs.gov.br/ws/NfeRetRecepcao/NfeRetRecepcao2.asmx•    https://nfe.sefaz.rs.gov.br/ws/recepcaoevento/recepcaoevento.asmx•       https://nfe.sefazvirtual.rs.gov.br/ws/NfeConsulta/NfeConsulta2.asmx •    https://nfe.sefazvirtual.rs.gov.br/ws/NfeStatusServico/NfeStatusServico2.asmx

Fonte: http://www.decisionit.com.br/?sped-na-pratica=sefaz-virtual-de-contingencia-uma-nova-opcao-ou-obrigacao-da-nf-e

STF suspende norma do Confaz sobre tributação de compras na internetfevereiro 19, 2014 em Geral por Milene Petri

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta terça-feira suspender o Protocolo 21, do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que trata do pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas operações de venda de produtos comprados pela internet ou telefone. O ministro entendeu que a norma é inconstitucional. A liminar deverá ser referendada pelo plenário do STF.

Fux julgou um pedido liminar da Confederação Nacional do Comércio (CNC) para que a norma do Confaz seja considerada ilegal por autorizar a cobrança do ICMS nos Estados de destino das compras feitas pela internet. Segundo a entidade, imposto só pode ser cobrado nos Estados de origem dos produtos.

A regra do Confaz foi aprovada em 2011 por 18 secretários estaduais de Fazenda e definiu que parte do imposto, que já era cobrado na origem do produto, passe a ser cobrado também no destino. Na decisão,

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Fux entendeu que a cobrança em dois momentos da operação se caracteriza como bitributação e, por isso, é inconstitucional.

— O Protocolo ICMS nº 21/2011 ofende flagrantemente a Constituição, tanto do ponto de vista formal quanto material. É dizer, o texto constitucional é claro o suficiente ao estabelecer as regras referentes à cobrança de ICMS, de modo que a tentativa de burlar esta sistemática constitucional pelos Estados subscritores deve ser repudiada — declarou o ministro.

Fonte: Zero Hora – RS

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IPI – Industrialização. Corte de Produto. Redução de TamanhoPublicado em 19 de fevereiro de 2014 por Marina Freitas

O estabelecimento que importar tubo de aço para submetê-lo, no próprio estabelecimento importador, à operação de corte de produto para reduzi-lo de tamanho, sem modificar a espessura e mantida a forma original, com o objetivo de fornecer a metragem solicitada pelo adquirente, quando da sua comercialização, não constitui operação de industrialização (beneficiamento), uma vez que não aperfeiçoa ou altera a utilização ou funcionamento do produto.

MINISTÉRIO DA FAZENDA

SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL

SUBSECRETARIA DE TRIBUTAÇÃO E CONTENCIOSO

COORDENAÇÃO-GERAL DE TRIBUTAÇÃO

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 17, DE 16 DE JANEIRO DE 2014

DOU de 10/02/2014 (nº 28, Seção 1, pág. 18)

Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI.

Ementa: Industrialização. Corte de Produto. Redução de Tamanho. O estabelecimento que importar tubo de aço para submetê-lo, no próprio estabelecimento importador, à operação de corte de produto para reduzi-lo de tamanho, sem modificar a espessura e mantida a forma original, com o objetivo de fornecer a metragem solicitada pelo adquirente, quando da sua comercialização, não constitui operação de industrialização (beneficiamento), uma vez que não aperfeiçoa ou altera a utilização ou funcionamento do

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produto. O executante da operação não se caracteriza como industrial e o produto resultante da operação não é considerado, para os efeitos da legislação do IPI, industrializado no País. Todavia, o estabelecimento ao dar saída a esse produto de procedência estrangeira que importou é considerado, obrigatoriamente, estabelecimento equiparado a industrial, contribuinte do IPI, incidindo o IPI na saída do produto.

Dispositivos Legais: Decreto nº 7.212, de 2010 (Ripi/2010), art. 3º, art. 4º, inciso II, art. 9º, inciso I, art. 35e art. 39; PN CST nº 154, de 1971; PN CST nº 369, de 1971; e PN CST nº 398, de 1971.

Ementa: Consulta. Ineficácia Parcial. Classificação Fiscal. Tubos de Aço. É ineficaz a consulta formulada na parte em que não se refira à interpretação da legislação tributária, não atendendo ao art. 3º, inciso III e IV, “ex vi” do art. 1º, da IN RFB nº 1.396, de 2013. Os processos de consulta sobre interpretação da legislação tributária e sobre classificação fiscal de mercadorias, são espécies distintas, que atendem a propósitos específicos e não se confundem. Questões envolvendo a determinação do correto enquadramento fiscal de um produto na Tipi, não podem ser abordadas teoricamente, em processo de interpretação da legislação tributária. Ao contrário, havendo dúvidas sobre o enquadramento, só cabe dirimi-las apreciando-se o bem concreto, sobre o qual residem as dúvidas, de forma a determinar-se sua correta classificação fiscal. Essa análise só pode ser realizada por meio da consulta específica de classificação fiscal de mercadorias, corretamente instruída para tanto, observando-se, em particular, o disposto nos arts. 4º e 5º da Instrução Normativa RFB nº 740, de 2007.

Dispositivos Legais: Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 2013, art. 18, inciso I, c/c art. 1º.

FERNANDO MOMBELLI – Coordenador-Geral

Pesquisa define o perfil do profissional da contabilidade

Postado por José Adriano em 19 fevereiro 2014 às 15:00 Exibir blog

Por meio de uma pesquisa realizada nos anos de 2012 e 2013, pelos professores Ricardo Lopes Cardoso (Fundação Getúlio Vargas, FGV-RJ) e André Carlos Busanelli de Aquino (Universidade de São Paulo, USP-Ribeirão Preto), foi constituído um perfil dos profissionais que compõem a profissão contábil no Brasil. O trabalho contou com o apoio do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

A pesquisa faz comparativo com os dados gerados por levantamento anterior, realizado nos anos de 2008 e 2009.

No trabalho recente, a amostra de respondentes representa 2,5% do total de profissionais da área registrados no Sistema CFC/CRCs – sendo 3,1% dos contadores e 1,7% dos técnicos. De acordo com os autores da pesquisa, essa amostra é representativa para um estudo exploratório.

Conforme os resultados obtidos, os profissionais têm, em média, 40 anos de idade. Em comparação com a pesquisa de 2008/2009, observou-se um rejuvenescimento da classe. “Naquela edição do Perfil, 48,5% dos respondentes tinha menos de 40 anos de idade; na presente edição, 78,1% dos respondentes declararam ter

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menos de 40 anos”, afirmam os autores. Em relação ao tempo de exercício da contabilidade, os profissionais que responderam têm, em média, mais de 15 anos de experiência.

Quanto às dificuldades enfrentadas pelos profissionais em seu trabalho, parcela significativa (75%) concordou que as principais são: falta de valorização pela sociedade, constantes mudanças na legislação e burocracia dos órgãos públicos.

A pesquisa traz ainda uma série de dados sobre a caracterização dos profissionais; sobre o conhecimento, uso e avaliação do Sistema CFC/CRCs; e, entre outros aspectos, sobre a característica política dos contadores e técnicos em contabilidade.

 

http://www.portalcfc.org.br/noticia.php?new=12399

Direito a crédito do ICMS nas operações incentivadaPublicado em 20 de fevereiro de 2014 por Júlia Pereira

A Constituição Federal ao outorgar a competência tributária aos Estados para instituir oImposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre a Prestação de Serviço de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação prescreveu a modalidade de imposto não cumulativo, assegurando o direito de crédito, compensando-se o montante cobrado nas operações anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal (art, 155, II e § 2º, I da CF). Quanto à expressão “montante cobrado” doutrina e jurisprudência pacificaram o entendimento no sentido de imposto incidente em cada operação sendo irrelevante saber se houve ou não efetivo pagamento do tributo em cada caso.

Contudo, a Carta Magna estatuiu duas exceções no inciso II desse mesmo § 2º: hipótese de isenção e de não incidência que, a critério da legislação ordinária, não gerará direito a crédito para compensar com montante devido nas operações ou prestações seguintes, e acarretará a anulação de crédito relativo às operações anteriores.

Essa regra excepcional, exatamente, por configurar uma exceção, não pode ser interpretada de forma ampla, como vem fazendo os legisladores e parte da jurisprudência de nossos tribunais que vêm aplicando literalmente as disposições da Lei Complementar nº 24/75. É princípio assente que regras restritivas não podem ser interpretadas de forma ampliativa, sob pena de afronta à regra de ordem geral.

Oart. 8º dessa Lei Complementar manda anular o crédito e exigir o imposto sempre que esse crédito decorrer de operações equiparadas à isenção, nos termos do parágrafo único do art. 2º da referida lei:

“O disposto nesse artigo também se aplica:I – à redução da base de cálculo;II – à devolução total ou parcial, direta ou indireta, condicionada ou não, do tributo, ao contribuinte, a responsável ou a terceiro;III – à concessão de crédito presumidos;IV – à quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou financeiro-fiscais, concedidos com base no Imposto de Circulação de Mercadorias, dos quais resulte redução ou eliminação, direta ou indireta, do

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respectivo ônus;V – às prorrogações e às extensões das isenções vigentes nessa data.”

Compreende-se que esse parágrafo único, ao equiparar as hipóteses aí catalogadas à concessão da isenção, teve por escopo evitar a concessão da isenção unilateral por determinado Estado, sem se submeter ao regime de Convênios celebrados e ratificados pelos Estados participantes. É certo, também, que esse regime de Convênios foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988, como se depreende da legra g, do inciso XII, do § 2º, doart. 155.

Só que essa interpretação teleológica não é jurídica. Ao equiparar categorias jurídicas diversas pela identidade ou semelhança dos resultados que elas provocam violenta-se o texto constitucional que se refere tão somente à isenção ou à não incidência. Não há na norma constitucional qualquer referência às outras categorias assemelhadas. A não incidência mencionada na Constituição refere-se àquela legalmente qualificada, isto é, àquela que resulta da exclusão expressa do campo de incidência tributária, gerando o mesmo efeito que a isenção em termos de encargo tributário. Logo, se o legislador constituinte quisesse excepcionar da regra da não cumulatividade as categorias que surtem o mesmo efeito que a isenção, não precisaria ter feito menção à não incidência.

Positivamente, a Constituição Federal não deu margem de liberdade ao legislador complementar para alargar as hipóteses proibitivas do aproveitamento de crédito do imposto cobrado nas operações anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal.

O instrumento jurídico adequado para combater a transgressão do preceito constitucional concernente à inobservância pelo Estado do regime de Convênio com a intermediação do Confaz, para a concessão de isenção do ICMS, é a propositura de ADI pelo Estado que se julgar prejudicado. O contribuinte nenhuma infração comete ao apropriar-se do crédito resultante de operação incentivada pelo Estado, de conformidade com a legislação estadual que vincula o ente político que a editou.

Por isso, a jurisprudência do STF não admite a anulação do crédito do ICMS na hipótese de redução da base de cálculo, só não se admitindo “o lançamento do crédito nas hipóteses de isenção ou não-incidência” (Emb. Decl. no AgRg no RE nº 240395/RS, Rel. Min. Maurício Corrêa, DJ de 14-12-2002).

No mesmo sentido a jurisprudência do STJ que entende que o parágrafo único, doart. 2º da Lei Complementar n. 24/75 não foi recepcionado pela Lei Complementar n. 87/96 que em seuart. 20 não faz restrição a crédito que não seja a hipótese de isenção ou de não incidência (§ 1º).

Na verdade, a lei de regência nacional do ICMS não regulamentou o disposto na letra g, do inciso XII, do § 2º, doart. 155 da CF no pressuposto de que a Lei Complementar n. 24/75 foi recepcionada pela Carta Constitucional de 1988. Só que no nosso entender ela foi apenas parcialmente recepcionada.

Fonte: FISCOSOFT

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Manutenção de créditos de PIS e COFINS nos produtos sujeitos a tratamento tributário diferenciado (regime monofásico)Publicado em 20 de fevereiro de 2014 por Caroline Renner

Sabe-se que as contribuições sociais denominadas de PIS (Programa de Integração Social) e COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) – instituídas, respectivamente, pelas Leis Complementares n.º 7, de 1970 e n.º 70, de 1991 – incidem sobre o faturamento das pessoas jurídicas de direito privado.

Existem duas modalidades de incidência dessas contribuições, sendo uma de efeitos cumulativos e outra de efeitos não-cumulativos.

A incidência cumulativa era o único regime vigente para o PIS e a COFINS antes das Leis n.º 10.637, de 2002 e n.º 10.833, de 2003, sendo que após a edição das referidas normas, a regra – para as empresas optantes pela apuração do Imposto de Renda segundo o regime do lucro real – passou a ser a aplicação do princípio da não-cumulatividade na cobrança das referidas contribuições sociais[1].

Então, para as pessoas jurídicas de direito privado enquadradas no regime real do imposto de renda, vigora atualmente o regime da não cumulatividade do PIS e da COFINS. Isso significa que, pela sistemática atual, é possível a apropriação de créditos decorrentes da aplicação das alíquotas vigentes de PIS e COFINS (respectivamente, de 1,65% e 7,6%) sobre o valor de todas operações que lhe causem custo, despesa ou encargo, sendo que esse montante pode ser compensado com o valor a pagar pela aplicação das mesmas alíquotas vigentes de referidas contribuições sociais sobre o faturamento da empresa.Ocorre que o artigo 195, §9.º, da Constituição Federal, autorizou a adoção de alíquotas e/ou bases de cálculo diferenciadas para as contribuições sociais incidentes para as empresas, isso “em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho”.

Como conseqüência, o Governo Federal – em relação a alguns setores da economia considerados estratégicos para a arrecadação tributária – instituiu uma sistemática diferenciada de pagamento do PIS e da COFINS.

Por muitos denominada de incidência monofásica, essa técnica especial de arrecadação consiste em cobrar de apenas um contribuinte as contribuições

sociais que incidiriam em toda a cadeia de produção, distribuição e comercialização, isso pela aplicação de uma alíquota majorada ao PIS e COFINS devidos pelo fabricante ou importador.

A Secretaria da Receita Federal tem preferido o termo Tratamento Tributário Diferenciado, o que também julgamos mais correto, pois incidência monofásica significaria que nas demais etapas da cadeia de produção não haveria incidência das referidas contribuições sociais, o que não é verdade. De fato, há incidência das referidas contribuições sociais, mas se aplica alíquota zero à base de cálculo, de maneira que em termos práticos não ocorre o pagamento de ditas contribuições sociais.

Pelas normas consolidadas em nosso sistema jurídico, sujeitam-se a tratamento tributário diferenciado vários produtos farmacêuticos, de perfumaria, toucador e higiene pessoal, máquinas e veículos, pneus

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novos de borracha e câmaras-de-ar de borracha, bem como alguns tipos de autopeças classificadas na TIPI.

Ocorre que até a edição da Lei n.º 11.033, de 21 de dezembro de 2004, não era possível a tomada de crédito quanto a esses produtos sujeitos a tratamento tributário diferenciado, conforme ordem emanada tanto do artigo 3.º, inciso I, alínea “b”, da Lei n.º 10.637/02, quanto do artigo 3.º, inciso I, alínea “b”, da Lei n.º 10.833/03.

Ainda que naquela época algumas vozes da doutrina proclamassem a inconstitucionalidade de tais normas, especialmente por ofensa ao princípio da não-cumulatividade do PIS e da COFINS (artigo 195, §12, CF), até a edição da Lei n.º 11.033, de 2.004, não era recomendável que se tomasse crédito decorrente da aquisição para revenda de produtos sujeitos a tratamento tributário diferenciado, porque a pretensão do contribuinte esbarrava em expressas previsões normativas.

Acontece que essa situação foi modificada com a entrada em vigor do artigo 17 da Lei n.º 11.033, de 2004, que estipula:

Art. 17. As vendas efetuadas com suspensão, isenção, alíquota 0 (zero) ou não incidência da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS não impedem a manutenção, pelo vendedor, dos créditos vinculados a essas operações. (grifou-se)

Ora, essa norma retrata a situação dos produtos sujeitos a tratamento tributário diferenciado. Como o PIS e a COFINS já incidiram com alíquota majorada para o industrial ou importador, as subseqüentes operações de venda praticadas com referidos produtos pelas demais pessoas jurídicas da cadeia de circulação estão sujeitas à alíquota zero, sendo que até a edição do art. 17 da Lei n.º 11.033, de 2.004, não era possível a tomada de créditos do valor desses custos. A partir da entrada em vigor da referida norma essa situação se modificou, positivando-se em nosso ordenamento jurídico a possibilidade de manutenção de crédito referente aos produtos sujeitos a tratamento tributário diferenciado.

É oportuno observar que o artigo 17 da Lei n.º 11.033, de 2004, não fez menção nem restringiu a possibilidade de manutenção dos créditos apenas em relação a determinados produtos ou atividades, sendo geral para o sistema, possibilitando a utilização dos créditos em quaisquer situações, desde que os mesmos estejam vinculados à venda efetuada com base em alíquota zero de PIS e COFINS.

Entretanto, a Secretaria da Receita Federal tem se posicionado contrariamente à manutenção de crédito pelos revendedores de produtos sujeitos a tratamento tributário diferenciado, sendo ainda que considera que o artigo 17 da Lei n.º 11.033, de 2004, não revogou o disposto no artigo 3º, inciso I, alínea “b” da Lei n.º 10.637, de 2.002 e também no artigo 3º, inciso I, alínea “b”, da Lei n.º 10.833, 2003. Basta ver algumas respostas a processos administrativos de consulta realizados por contribuintes, cujos teores transcrevem-se abaixo:

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 68 de 19 de maio de 2006

ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins

EMENTA: INCIDÊNCIA NÃO-CUMULATIVA. VENDAS EFETUADAS COM ALÍQUOTA ZERO. MANUTENÇÃO DO CRÉDITO. COMERCIANTE ATACADISTA OU VAREJISTA DE PRODUTOS SUJEITOS A TRIBUTAÇÃO CONCENTRADA NO FABRICANTE OU IMPORTADOR. INEXISTÊNCIA DE CRÉDITO VINCULADO ÀS VENDAS. A pessoa jurídica não poderá descontar créditos relativos a mercadorias e produtos adquiridos para revenda, sujeitos à tributação concentrada no fabricante ou importador, uma vez que o art. 17 da Lei nº 11.033, de 2004, que prevê a manutenção de créditos decorrentes de custos, despesas e encargos incorridos na atividade da pessoa jurídica, onerados

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pela Cofins, vinculados às vendas efetuadas com suspensão, isenção, alíquota zero ou não-incidência dessa contribuição, não revoga, sequer tacitamente, o art. 3º, inciso I, alínea “b”, da Lei nº 10.637, de 2002, com redação da Lei nº 10.865, de 2004, dispositivo esse que veda o desconto de créditos relativamente a aquisições de bens para revenda sujeitos a alíquotas concentradas da referida exação.”

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 57 de 07 de abril de 2006

ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins

EMENTA: INCIDÊNCIA NÃO-CUMULATIVA. VENDAS EFETUADAS COM ALÍQUOTA ZERO. MANUTENÇÃO DO CRÉDITO. COMERCIANTE ATACADISTA OU VAREJISTA DE PRODUTOS SUJEITOS A TRIBUTAÇÃO CONCENTRADA NO FABRICANTE OU IMPORTADOR. INEXISTÊNCIA DE CRÉD ITO VINCULADO ÀS VENDAS. O art. 17 da Lei nº 11.033, de 2004, que prevê, a partir de 9 de agosto de 2004, a manutenção de

créditos decorrentes de custos, despesas e encargos incorridos na atividade da pessoa jurídica, onerados pela Cofins, vinculado s às vendas efetuadas com suspensão, isenção, alíquota zero ou não-incidência dessa contribuição, não revoga, sequer tacitamente, o art. 3º, inciso I, alínea “b”, da Lei nº 10.833, de 2003, com redação da Lei nº 10.865, de 2004, dispositivo esse que veda o desconto de créditos relativamente a aquisições de bens para revenda sujeitos a alíquotas concentradas da referida exação. Reforma da Solução de Consulta SRRF10/Disit nº 40, de 2006.”

Com a devida vênia, essa posição adotada pela Secretaria da Receita Federal é absurda e não pode prevalecer, pois – ao contrário do que considera o Fisco Federal – o artigo 17 da Lei n.º 11.033 revogou tacitamente as normas que impediam a tomada de crédito decorrente da aquisição para revenda de produtos sujeitos a tratamento tributário diferenciado, já que nesse ponto a norma nova é incompatível com as leis anteriores.

Sendo assim, diante da indevida oposição da Secretaria da Receita Federal em aplicar aos produtos sujeitos a tratamento tributário diferenciado o disposto no artigo 17 da Lei n.º 11.033, de 2.004, resta aos contribuintes o socorro ao Poder Judiciário, com o ajuizamento de ações competentes para assegurar esse direito.

A partir de uma decisão judicial que garanta a manutenção dos créditos de PIS e COFINS na forma do art. 17 da Lei n.º 11.033, de 2004, as empresas que realizarem compra para revenda de produtos sujeitos a tratamento tributário diferenciado terão à sua disposição importante crédito para compensação PIS, COFINS e demais tributos sob a administração da Secretaria da Receita Federal. Inclusive, é possível que se garanta em juízo a manutenção de créditos de referidas contribuições sociais desde a entrada em vigor do artigo 17 da Lei n.º 11.033, o que se deu em 22 de dezembro de 2004 (artigo 23, inciso III, da referida norma).

[1]. Convém ressalvar, contudo, que o regime cumulativo das contribuições discutidas continou a existir nas hipóteses excepcionais e taxativas do artigo 8.º da Lei n.º 10.637, de 2002 (em relação ao PIS) , bem como do artigo 10 da Lei n.º 10.833, de 2003 (quanto à COFINS) . Dentre as várias exceções, verifica-se que continuam excluídas da não-cumulatividade as atividades econômicas quando praticadas por pessoas jurídicas enquadradas no SIMPLES e as tributadas com base no lucro presumido ou arbitrado e também as pessoas jurídicas imunes a impostos. Além disso, algumas pessoas jurídicas ficam sujeitas à legislação especial, sendo que em relação a elas persiste a sistemática da cumulatividade quanto à receita proveniente de alguns produtos ou serviços.

Fonte: Portal Contábeis

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Não Incidência de ISS sobre Serviços de Beneficiamento de ProdutosPublicado em 20 de fevereiro de 2014 por Gabriel Peixoto

Por Juliano Ryzewski – [email protected]

Primeiramente, cabe explicar que no processo de industrialização o produto passa pelas etapas de beneficiamento, embalagem e distribuição. O beneficiamento é todo o trabalho de tratamento e preparo da matéria-prima para a produção do produto final. Portanto, esse tipo de serviço visa a transformar e preparar um material para uma etapa seguinte de industrialização, o qual finalizará o produto pronto para ser comercializado.

Pois bem, as empresa que praticam esse tipo de serviço não estão sujeitas a cobrança de ISS, em virtude do princípio constitucional da discriminação de impostos (artigos 153, 155 e 156 da CF) que impede a bitributação jurídica, ou seja, ou as operações se sujeitam ao ICMS/IPI ou ao ISS, não podendo haver imposição concomitante do ICMS/IPI e do ISS.

Logo, os serviços tributados pelo ISS previstos na legislação são apenas aqueles prestados diretamente ao usuário final, nunca para compor uma etapa da cadeia de circulação de mercadorias. Assim, os serviços prestados pelas empresas de beneficiamento de matérias/mercadorias enquadram-se no conceito de industrialização previsto no parágrafo único, do art. 46 do CTN:

“Para os efeitos deste imposto, considera-se industrializado o produto que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo.”

Deste modo, o que as empresas de beneficiamento fazem nada mais é do que preencher uma etapa no ciclo de comercialização da mercadoria. A transformação que essas empresas promovem no bem fornecido pelo encomendante é para posterior industrialização e comercialização, circunstância que descaracteriza do ponto de vista substancial a prestação de serviços para fins de tributação pelo ISS.

E nem poderia ser diferente, afinal, o produto industrializado e beneficiado irá compor um produto final, que será objeto de comércio e, portanto, sujeito à incidência do ICMS, em cuja base de cálculo deverá constar o valor do serviço prestado pelas empresas de beneficiamento – por estar contido na cadeia de circulação do produto final.

Desta forma, é ilegal a cobrança de ISS sobre os serviços prestados pelas empresas de beneficiamento de produtos de meio já que, na realidade, o produto final se transforma em mercadoria e é comercializado, devendo incidir sobre esse apenas o imposto de ICMS, pois, caso contrário, haverá a existência de bitributação jurídica (ISS e de ICMS), tendo duas entidades políticas (Estado-membro e Município) tributando o mesmo fato gerador, violando o princípio constitucional da discriminação de rendas tributárias.

Fonte: Guia Tributário

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Convênios que afetavam a isenção de ICMS da Zona Franca são declarados inconstitucionaisPublicado em 20 de fevereiro de 2014 por Gabriel Peixoto

Por votação unânime, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) declarou, nesta quarta-feira (19), a inconstitucionalidade dos Convênios 01, 02 e 06, firmados em 30 de maio de 1990 pela então ministra da Economia, Fazenda e Planejamento e pelos secretários de Fazenda ou Planejamento dos estados e do Distrito Federal, na 59º reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). A decisão foi proferida no julgamento de mérito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 310, de relatoria da ministra Cármen Lúcia.

Tais convênios excluíram, respectivamente, o açúcar, os produtos industrializados semielaborados e operações de remessa de mercadorias nacionais para a Zona Franca de Manaus (ZFM) da isenção do Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação (ICMS), assegurada pelo artigo 4º do Decreto-Lei (DL) 288/1967 e pelo artigo 5º da Lei Complementar 4/1969.

Decisão

O Plenário acompanhou voto da relatora, que acolheu alegação do governo do Amazonas, autor da ação, no sentido de que esses dispositivos legais infraconstitucionais foram recepcionados, na Constituição Federal (CF) de 1988, por meio do artigo 40 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT). Ela lembrou, também, as normas que foram reforçadas pela Emenda Constitucional (EC) 42/2003, que estendeu por dez anos, até 2023, os benefícios tributários concedidos pelo artigo 40 à Zona Franca de Manaus. Em 25 de outubro de 1990, o Plenário do Supremo concedeu liminar, suspendendo a eficácia desses convênios até julgamento de mérito da ADI. Com a decisão de hoje, fica confirmada essa liminar.

Em seu voto, a ministra Cármen Lúcia superou preliminar apresentada pela Advocacia Geral da União (AGU), no sentido de que a ADI seria incabível, porque nela se discutiria apenas legislação infraconstitucional. Segundo a ministra, não é possível analisar a legislação infraconstitucional atinente à Zona Franca de Manaus desvinculada do artigo 40 do ADCT.

Em seu voto no mérito, ela citou o tributarista Marco Aurélio Greco, segundo o qual todos os produtos destinados à Zona Franca de Manaus, sejam eles semielaborados ou não, estão abrangidos pela não incidência do ICMS garantida pelo artigo 40 do ADCT. Portanto, qualquer decisão em contrário viola aquele dispositivo.

FK/RD

Processos relacionados: ADI 310

Fonte: STF

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Liminar desobriga lojistas de pagar o Imposto de Fronteira em Porto AlegrePublicado em 21 de fevereiro de 2014 por Júlia Pereira

A entidade é a primeira a conseguir decisão da Justiça que aplica o projeto de lei aprovado na Assembleia Legislativa

Uma liminar concedida pela 6ª Vara da Fazenda Pública ao Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre (Sindilojas) desobriga os associados de pagarem a alíquota adicional de 5% do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em produtos vindos de fora do Estado. A entidade é a primeira a conseguir decisão da Justiça que aplica o projeto de lei aprovado na Assembleia Legislativa.

A decisão se refere ao imposto cobrado de itens que entraram no Rio Grande do Sul a partir de 14 de janeiro. Ela também determina que a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) não poderá colocar os lojistas em dívida ativa ou fazer cobranças de qualquer natureza.

Imposto polêmico

Em dezembro do ano passado, a Assembleia aprovou, por 37 votos favoráveis e nenhum contrário, o projeto de lei do deputado Frederico Antunes que inclui na Lei do ICMS o fim da cobrança do Diferencial de Alíquota (Difa) de 5% sobre a compra de produtos de outros Estados.

Na ocasião, o secretário estadual da Fazenda, Odir Tonollier, afirmou que o governo não iria sancionar a lei, por a considerar irregular — ele argumentou que o Legislativo estaria tomando uma decisão que interfere no orçamento sem que o Executivo tenha participado.

Fonte: Zero Hora

Vejam o que nos espera:

Sefaz notificará empresas que não emitem nota fiscal com CPFPublicado em 21 de fevereiro de 2014 por Gabriel Peixoto

A Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul (Sefaz) vai notificar as empresas que estão emitindo nota fiscal sem informar o CPF do comprador, conforme reclamações de participantes do programa Nota Fiscal Gaúcha. Se comprovadas as irregularidades, as empresas receberão multa mínima de 5 UPFs (R$ 72,72) por documento fiscal, conforme previsto na Lei 6537/73. Saiba mais no Portal da Legislação.

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As empresas podem saber mais sobre as reclamações pelo site do Portal de Serviços da Receita Estadual (e-CAC). Após o acesso, os documentos fiscais reclamados estarão disponíveis para consulta na área da Caixa Postal Eletrônica do contribuinte.

Os cidadãos que não tiveram os CPFs inseridos nas suas notas fiscais podem registrar suas reclamações no site da Nota Fiscal Gaúcha.

Visite também a fanpage da Nota Fiscal Gaúcha.

Texto: Tamara Hauck | Edição: Redação Secon (51) 3210.4305

Fonte: SEFAZ – RS

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