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AULA 6 – ARQUITETURA MODERNA TARDIA Maio 23, 2013 · by Apdf · in Modulo I , Notas de Aula . · Representantes: Louis Kahn, James Stirling, A.Van Eyck O Tardo-Moderno, ou Modernismo Tardio, não vai contra o Movimento Moderno , ele é considerado um prolongamento do pensamento moderno que, a partir da década de 1960, respeita a linguagem e as teorias dos seus predecessores, produzindo uma arquitetura modernista amaneirada. Mantendo assim o compromisso com a estética unificada e exclusiva – a Estética da Máquina –, assim como também fala em funcionalidade e tecnologia industrial. Porém o Modernismo nesse momento é considerado “doente”, pois perdeu a identidade. Assim a Arquitetura Moderna Tardia procura propor diferentes soluções, e para isso faz o uso de geometrias mais trabalhadas e diferentes materiais. Acredita-se na evolução da arquitetura moderna, em um caminho que trata o efeito plástico, fugindo da ortodoxia do movimento. Utilizam recursos como a individualização dos espaços, o “corte” de volumes, o acumulo de elementos individuais, para criar efeitos plásticos, e percursos interiores com uma “claridade labiríntica”.

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AULA 6 – ARQUITETURA MODERNA TARDIAMaio 23, 2013 · by Apdf · in Modulo I, Notas de Aula. ·

Representantes: Louis Kahn, James Stirling, A.Van Eyck

O Tardo-Moderno, ou Modernismo Tardio, não vai contra o Movimento Moderno, ele é considerado um prolongamento do pensamento moderno que, a partir da década de 1960, respeita a linguagem e as teorias dos seus predecessores, produzindo uma arquitetura modernista amaneirada.Mantendo assim o compromisso com a estética unificada e exclusiva – a Estética da Máquina –, assim como também fala em funcionalidade e tecnologia industrial. Porém o Modernismo nesse momento é considerado “doente”, pois perdeu a identidade.

Assim a Arquitetura Moderna Tardia procura propor diferentes soluções, e para isso faz o uso de geometrias mais trabalhadas e diferentes materiais.Acredita-se na evolução da arquitetura moderna, em um caminho que trata o efeito plástico, fugindo da ortodoxia do movimento.

Utilizam recursos como a individualização dos espaços, o “corte” de volumes, o acumulo de elementos individuais, para criar efeitos plásticos, e percursos interiores com uma “claridade labiríntica”.

 

1 ) LOUIS KAHN. (Kuressaare, Estónia)

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Influenciado por ruínas antigas, Kahn criou um estilo que foi monumental e monolítico: seus edifícios pesados não omitem o que são.

Os edifícios não escondem seus materiais, ou a maneira como eles são montados. Obras de Louis Kahn são considerados monumentais e vão além do modernismo. Famoso por suas obras meticulosamente construídas, suas propostas não construídas provocantes, e seu ensino, Kahn foi um dos arquitetos mais influentes do século 20. Sob o conceito de espaços “servidos” e espaços “serventes” e numa procura por individualizar espaços nas suas funções primárias, Kahn trabalha em um forte imagem altamente invocativa.

A)  Laboratórios Richards (Pensilvania, USA,1957)

Laboratórios Richards (Pensilvânia, E.U.A. 1957). É possível perceber o contraste das torres onde está alojada a função principal, e as caixas encaixadas com as funções segundárias.

O edifício rompe com o espaço contínuo do bloco laminar numa sequência de torres que alojam a função principal, e dentro de pequenas caixas  adjacentes surgem os “espaços serventes”. 

 

Planta do Laboratório Richards.

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Maquete estrutural.

B) Museu Kimbell – (Texas, USA 1966)

Museu Kimbell (Texas, E.U.A. 1966) – Vista frontal, mostrando suas seis abóbodas.

Estrutura conformada por abóbodas corridas, que dá identidade a cada galeria. A luz entra indiretamente por uma  claraboia, refletida num elemento curvo. 

Detalhe da abóboda

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Detalhe da abóboda na fachada frontal. 

Abóboda no interior do Museu. A luz penetra através da clarabóia (a fenda no teto), afim de suavizar o contraste entre o refletor e o concreto e permitir a entrada de luz natural no museu.

C)  Instituto Salk. (Los Angeles, USA 1959)  

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Instituto Salk (Los Angeles, E.U.A. 1959). Vista frontal do Instituto e sua praça principal. 

Dois conjuntos laterais organizados ao longo de uma praça axial, alojando diferencialmente, laboratórios e estudos, estes virados para a vista do mar ao fundo.

 

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Planta do instituto. 

Corte transversal do instituto. 

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Vista frontal do Instituto e sua praça principal. 

Vista dos alojamentos e laboratórios. 

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Vista dos alojamentos e laboraótios; o mar ao fundo.

D) Assembléia Nacional em Daca. (Daca, Bangladesh 1962-74)Uso da técnica e da lógica construtiva para criar uma imagem e dar identidade.

 

Assembléia Nacional em Daca. (Daca, Bangladesh 1962-74) – Vista frontal.

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Vista lateral com ênfase nas aberturas, estratégia utilizada para criação da identidade do edifício.

Planta. 

Vista dos detalhes no interior do edifício.

2) JAMES STIRLING. (Glasgow, Reino Unido) 

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Outro arquiteto reconhecido como um dos mais importantes e influentes da segunda metade do século 20. Sua carreira começou como um de uma série de jovens arquitetos que, a partir dos anos 1950, questionou e subverteu os preceitos de composição e teoria do primeiro Movimento Moderno.

Stirling fez uma reinterpretação  desses preceitos, introduziu um espírito eclético que lhe permitiu usar vários conceitos  da história da arquitetura como uma fonte de inspiração composicional , desde a Roma antiga e barroca, como as muitas manifestações do período moderno, de Frank Lloyd Wright à Alvar Aalto. Seu sucesso reside na sua capacidade de incorporar essas referências sutilmente, dentro de uma arquitetura decisiva, com gestos fortes e confiantes que visavam uma reformulação urbana.Por estas razões, pode-se dizer que, em seu tempo, a arquitetura de Stirling foi uma rebelião contra o conformismo.

Utiliza o “corte” e a individualização dos espaços segundo funções para formação de formas singulares.

 

A) Escola Engenharia de Leicester (Leicester, Inglaterra 1959)O arquiteto escolhe utilizar planos verticais e oblíquos para lograr/criar formas plásticas. Nesse projeto, o foco é no exterior, na plástica e no volume do edifício. Ele utiliza tijolos e com algumas estruturas (instalações aparentes).

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Escola de Engenharia de Leicester (Leicester, Inglaterra 1959). Vista frontal do edifício.

Visada frontal.

Detalhe dos planos oblíquos do edifício.

B) Faculdade de História Cambridge. (Cambridge, Inglaterra   1964-67) Utiliza novamente, planos verticais e oblíquos para criar a edificação, focando na estrutura externa.

Faculdade de História de Cambridge (Cambridge, Inglaterra 1964-67) – Fachada frontal.

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C) Queens College. (Oxford, Reino Unido 1966)A edificação é construída com um formato de U na planta.

Queens College (Oxford, Reino Unido 1966) – Vista posterior. 

Vista do pátio do edifício. 

D) Ampliação residencial para universidade Sr. Andrews (St Andrews, Fife KY16 9AJ, Reino Unido 1964)

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Universidade Sr. Andrews (St. Andrews, Fife KY16 9AJ, Reino Unido 1964) – Vista frontal. 

Detalhe de acabamento. 

Detalhe de acabamento.3)  ALDO VAN EYCK. (Driebergen, Países Baixos) 

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Arquiteto holandês, Aldo Van Eyck nasceu em 1918, em Driebergen, e morreu em   1999.

Ele foi um dos fundadores do  “Team 10” dentro dos CIAM, que foi um local de discussão onde se delineava a teoria do Movimento Moderno, reivindicando uma nova postura desta arquitetura,  rejeitando seu funcionalismo estrito e procurando uma maior relação com a história, com as arquiteturas regionais e os elementos simbólicos.Estruturas pulverizadas à unidades funcionais, agrupadas estrategicamente para lograr uma imagem plástica externa utilizando também a “claridade labiríntica” no interior.

 

A) Orfanato em Amsterdam (1961)

Orfanato em Amsterdam (1961). Perspectiva de vista superior.

Planta do orfanato.

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ORFANATO EM AMSTER

 

BIBLIOGRAFIA:  MONTANER, Despues del Movimento Moderno.                            – MONEO, Inquietacion teorica.

                            – DOORDAN, Twentieth – century.