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Programa de Recuperação Paralela

PRP - 01

Nome: ______________________________________

APOSTILA - 1ª Etapa – 2018

Disciplina: Língua Portuguesa2ª Série – Ensino Médio

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APOSTILA - PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO PARALELA – PRP 01 – LÍNGUA PORTUGUESA

Texto 1IDEIAS ÍNTIMAS (fragmento)

Oh! Ter vinte anos sem gozar de leveA ventura de uma alma de donzela!E sem na vida ter sentido nuncaNa suave atração de um róseo corpoMeus olhos turvos se fechar de gozo!Oh! Nos meus sonhos, pelas noites minhasPassam tantas visões sobre o meu peito!Palor de febre meu semblante cobre,Bate meu coração com tanto fogo!Um doce nome os lábios meus suspiram,Um nome de mulher... e vejo lânguidaNo véu suave de amorosas sombrasSeminua, abatida, a mão no seio,

Perfumada visão romper a nuvem,Sentar-se junto a mim, nas minhas pálpebrasO alento fresco e leve como a vidaPassar delicioso... Que delírios!Acordo palpitante... inda a procuro;Embalde a chamo, embalde as minhas lágrimasBanham meus olhos, e suspiro e gemo...Imploro uma ilusão... tudo é silêncio!Só o leito deserto, a sala muda!Amorosa visão, mulher dos sonhos,Eu sou tão infeliz, eu sofro tanto!Nunca virás iluminar meu peitoCom um raio de luz desses teus olhos?

(Álvares de Azevedo)

Texto 2IRACEMA (fragmento)

O sono da manhã pousava nos olhos do Pajé, como névoas de bonança pairam ao romper do dia sobre as profundas cavernas da montanha.

Martim parou indeciso; mas o rumor de seu passo penetrou no ouvido do ancião e abalou seu corpo decrépito.— Araquém dorme! Murmurou o guerreiro devolvendo o passo.O velho ficou imóvel. (...) (José de Alencar)

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01- Paulo não é um narrador como os outros. O que isto significa?

R.: _____________________________________________________________________________________________

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02- Traduza a informação implícita na declaração de Sá sobre Lúcia:

"— Não é uma senhora, Paulo! É uma mulher bonita."

R.: ____________________________________________________________________________________________

Fragmento 1

Quando o primeiro raio da manhã tremulando entre as folhas rendadas veio esclarecer-nos, Lúcia, reclinada a face na mão, me olhava com o ressumbro de doce melancolia, que era a flor de seu semblante em repouso. Embebendo o olhar no meu, procurou o pensamento no fundo de minha alma. Sorri; ela corou; mas desta vez entravam também no rubor os toques vivaces do júbilo que iluminou-lhe a fronte.

Incompreensível mulher!A noite a vira bacante infrene, calcando aos pés lascivos o pudor e a dignidade, ostentar o vício na maior torpeza do

cinismo, com toda a hediondez de sua beleza A manhã a encontrava tímida menina, amante casta e ingênua, bebendo num olhar a felicidade que dera, e suplicando o perdão da felicidade que recebera.

Se naquela ocasião me viesse a ideia de estudar, como hoje faço à luz das minhas recordações, o caráter de Lúcia, desanimaria por certo à primeira tentativa. Felizmente era ator neste drama e guardei, como a urna de cristal guarda por muito tempo, o perfume de essência já evaporada, as impressões que então sentia. É com ela que recomponho este fragmento de minha vida.

03- As heroínas de Alencar geralmente representam uma característica importante, clara neste fragmento. Qual?

R.: ____________________________________________________________________________________________

Fragmento 2

Eis a minha vida. O que se passava em mim é difícil de compreender, e mais difícil de confessar. Eu tinha-me vendido a todos os caprichos e extravagâncias; deixara-me arrastar ao mais profundo abismo da depravação; contudo, quando entrava em mim, na solidão de minha vida íntima, sentia que eu não era uma cortesã como aquelas que me cercavam. Os homens que se chamavam meus amantes valiam menos para mim do que um animal; às vezes tinha -lhes asco e nojo. Ficaram gravados no meu coração certos germes de virtude. Essa palavra é uma profanação nos meus lábios, mas não sei outra. Havia no meu coração germes de virtude, que eu não podia arrancar, e que ainda nos excessos do vício não me deixavam cometer uma ação vil. Vendia-me, mas francamente e de boa-fé; aceitava a prodigalidade do rico; nunca a ruína e a miséria de uma família.

04- Do fragmento 2, transcreva 3 palavras que representem certo arrependimento de Lúcia por ser o que foi.

R.: ____________________________________________________________________________________________

05- De acordo com as propostas românticas de literatura, determine um motivo para que o final de Lúcia fosse a morte.

R.: _____________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

06- Responda brevemente aos flashes narrativos abaixo:

a) Paulo resolve se "demitir" do título de amante da cortesã mais rica e bonita do Rio de Janeiro? Como ele fez isso?

R.: ____________________________________________________________________________________________

b) Lúcia morre ao final. Por quê?

R.: _____________________________________________________________________________________________

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c) Quem era Jacinto e qual era a sua relação com Lúcia?

R.: _____________________________________________________________________________________________

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d) Que juramento Lúcia pede que Paulo faça antes de morrer?

R.: _____________________________________________________________________________________________

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e) Lúcia torna tudo de valor dinheiro. Com qual fim?

R.: _____________________________________________________________________________________________

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f) Quem, sobre todos, levou Lúcia a ser uma cortesã? Por que ela se tornou assim?

R.: _____________________________________________________________________________________________

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g) De quem Lúcia tomou este nome? Por quê?

R.: _____________________________________________________________________________________________

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07- Quais são os dois elementos-chave para o movimento romântico de literatura?

R.: ____________________________________________________________________________________________

Fragmento 3

Entremos, já que as portas se abrem de par em par, cerrando-se logo depois de nossa passagem. A sala não é grande, mas espaçosa; cobre as paredes um papel aveludado de sombrio escarlate, sobre o qual destacam entre espelhos duas ordens de quadros apresentando os mistérios de Lesbos. Deve fazer ideia da energia e aparente vitalidade com que as linhas e colorido dos contornos se debuxavam no fundo rubro, ao trêmulo da claridade deslumbrante do gás.

08- Baseado no fragmento 3, determine a importância dos apelos aos órgãos sensoriais para o movimento romântico de literatura.

R.: _____________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

09- Alencar era consciente de sua construção literária. Na introdução de Lucíola, aparecem as seguintes personagens: senhora, neta. Relacione-os como o movimento romântico de literatura.

R.: _____________________________________________________________________________________________

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10- Lucíola, de José de Alencar, apresenta um perfil de mulher duplicado: um anjo que se contrapõe a uma prostituta; uma imagem de delicada sedução simultânea a outra de lascívia deliberada. O desdobramento da personagem feminina em duas, na obra alencariana, é um típico recurso de:

(a) maniqueísmo, que cinge a realidade entre o bem e o mal, o moral e o imoral. (b) comparação, que aproxima por semelhança dois seres aparentemente tão opostos. (c) duplicação, que possibilita à Lenita superar as barreiras sociais e realizar o seu projeto romântico. (d) paralelismo, que permite ao leitor conhecer os lados opostos da sociedade para melhor julgá-la.

Fragmento 4

"A senhora estranhou, na última vez que estivemos juntos, a minha excessiva indulgência pelas criaturas infelizes, que escandalizam a sociedade com a ostentação do seu luxo e extravagâncias.

Quis responder-lhe imediatamente, tanto é o apreço em que tenho o tato sutil e esquisito da mulher superior para julgar de uma questão de sentimento. Não o fiz, porque vi sentada no sofá, do outro lado do salão, sua neta, gentil menina

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de 16 anos, flor cândida e suave, que mal desabrocha à sombra materna. Embora não pudesse ouvir-nos, a minha história seria uma profanação na atmosfera que ela purificava com os perfumes da sua inocência; (...)

Receei também que a palavra viva, rápida e impressionável não pudesse, como a pena calma e refletida, perscrutar os mistérios que desejava desvendar-lhe, sem romper alguns fios da tênue gaza com que a fina educação envolve certas ideias, como envolve a moda em rendas e tecidos diáfanos os mais sedutores encantos da mulher. Vê-se tudo; mas furta-se aos olhos a indecente nudez."

11- Alencar, consciente de sua construção literária, inventou um narrador, Paulo, que dialoga, através de cartas, com uma senhora, que possui uma neta. Relacione as seguintes ideias com o movimento romântico de literatura: cartas, senhora, neta.

R.: _____________________________________________________________________________________________

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12- Determine o objetivo de Paulo em escrever a história, e não simplesmente narrar oralmente.

R.: _____________________________________________________________________________________________

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Fragmento 5

Quando apaguei a minha vela ao deitar-me, na dúbia visão que oscila entre o sono e a vigília, foi que desenhou-se no meu espírito em viva cor a reminiscência que despertara em mim o encontro de Lúcia. Lembrei-me então perfeitamente quando e como a vira a primeira vez.

(...)No momento em que passava o carro diante de nós, vendo o perfil suave e delicado que iluminava a aurora de um

sorriso raiando apenas no lábio mimoso, e a fronte límpida que à sombra dos cabelos negros brilhava de viço e juventude, não me pude conter de admiração.

(...)Recebi, pois, essa primeira impressão com verdadeiro entusiasmo, e a minha voz habituada às fortes vibrações

nas conversas à tolda do vapor, quando zunia pelas enxárcias a fresca viração, minha voz excedeu-se:— Que linda menina! exclamei para meu companheiro, que também admirava. Como deve ser pura a alma que

mora naquele rosto mimoso!

13- Baseado no fragmento 5, defina como foi possível que Lúcia soubesse o que Paulo pensava dela.

R.: _____________________________________________________________________________________________

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Fragmento 6

Lúcia saiu um instante e voltou. Ou porque a minha memória se avivasse, ou porque a ausência desse gentil chapéu, que parecia fugir-lhe da cabeça, tão de leve a cingia, mutilasse a graciosa imagem que eu vira na tarde de minha chegada; o fato é que a aparição já desvanecida surgira de repente aos meus olhos.

— Agora lembro-me! Estou vendo-a como a vi da primeira vez!— Como daquela vez não me verá mais nunca!— O que lhe falta?— Falta o que o senhor pensava e não tornará a pensar! disse ela com a voz pungida por dor íntima!Não compreendi então aquelas palavras, nem o tom com que foram proferidas; procurei-lhe o sentido,

acompanhando com os olhos a Lúcia que tirava lentamente o chapéu, e fitava na sua imagem refletida pelo espelho um triste olhar.

14- Baseado no fragmento 6 e na leitura integral do livro, explique por que Lúcia fica pungida por imaginar que Paulo não a verá mais como a via.

R.: _____________________________________________________________________________________________

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15- Relacione o final da personagem Lúcia com a filosofia de uma sociedade romântica de literatura.

R.: _____________________________________________________________________________________________

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Texto 3O POETA MORIBUNDO

Álvares de Azevedo

Poetas! amanhã ao meu cadáverMinha tripa cortai mais sonorosa!...Façam dela uma corda e cantem nelaOs amores da vida esperançosa!

Cantem esse verão que me alentava...O aroma dos currais, o bezerrinhoAs aves que na sombra suspiravamE os sapos que cantavam no caminho!

Coração, por que tremes? Se esta liraNas minhas mãos sem força desafina,Enquanto ao cemitério não te levam,Casa no marimbau a alma divina!

Eu morro qual nas mãos da cozinheiraO marreco piando na agonia...Como o cisne de outrora... que gemendoEntre os hinos de amor se enternecia.

Coração, por que tremes? Vejo a morte,Ali vem lazarenta e desdentada...Que noiva!... E devo então dormir com ela?Se ela ao menos dormisse mascarada!(...)

16- A poesia romântica de 2a geração é denominada pela crítica literária como ultrarromântica.

a) Qual é a diferença entre esta denominação e o nome "Mal-do-século"?

R.:

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b) O texto 8 pode ser considerado como "Mal-do-século". Por quê?

R.:

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c) Qual é a visão de morte que o poeta traz para os leitores?

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R.:

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Texto 4MACÁRIO – FRAGMENTO

Álvares de Azevedo

O DESCONHECIDO: — E amaste muito?MACÁRIO: — Sim e não. Sempre e nunca.O DESCONHECIDO: — Fala claro.MACÁRIO: — Mais claro que o dia. Se chamas o amor a

troca de duas temperaturas, o aperto de dois sexos, a convulsão de dois peitos que arquejam, o beijo de duas bocas que tremem, de duas vidas que se fundem tenho amado muito e sempre! Se chamas o amor o sentimento casto e poro que faz cismar o pensativo, que faz chorar o amante na relva onde passou a beleza, que adivinha o perfume dela na brisa, que pergunta às aves, à manhã, à noite, às harmonias da música, que melodia é mais doce que sua voz, e ao seu coração, que formosura há mais divina que a dela – eu nunca amei. Ainda não achei uma mulher assim. Entre um charuto e uma chávena de café lembro-me às vezes de alguma forma divina, morena, branca, loira, de cabelos castanhos ou negros. Tenho-as visto que fazem empalidecer – e meu peito parece sufocar meus lábios se gelam, minha mão se esfria... Parece-me então que se aquela mulher que me faz estremecer assim soltasse sua roupa de veludo e me deixasse por os lábios sobre seu seio um momento, eu morreria num desmaio de prazer! Mas depois desta vem outra – mais outra – e o amor se desfaz numa saudade que se desfaz no esquecimento. Como eu te disse, nunca amei.

17- Com relação ao texto 4 e à visão romântica da 2a geração, responda às questões que se seguem:

a) Que palavras resumem claramente a oposição entre os dois amores, respectivamente?

(A) o carnal e o material. (B) a fusão e a solidão.

(C) o material e o sensorial. (D) o concreto e o abstrato.

b) Determine exatamente o significado da frase "Ainda não achei uma mulher assim" para um romântico de 2a geração.

R.:

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c) É possível dizer que o ponto de vista romântico sobre o amor é mantido, apesar de Macário revelar, pelo menos, dois tipos dele? Justifique.

R.:

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d) Dentro do contexto romântico, o que significa "Ainda não achei uma mulher assim"?

R.:

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18- Num texto romântico de 2a geração, qual é o provável objetivo das referências à natureza?

(A) Conjugar-se ao sentimento do poeta. (B) Exagerar o sentimento do poeta.

(C) Exaltar a relação do poeta com a sua interioridade. (D) Caracterizar a mulher.

(E) Construir o desespero do poeta.

Leia o fragmento de "O Navio Negreiro" e responda às questões 19 e 20.

Senhor Deus dos desgr

açados!  Dizei-me vós, Senhor Deus!  Se é loucura... se é verdade  Tanto horror perante os céus?!  Ó mar, por que não apagas  Co'a esponja de tuas vagas  De teu manto este borrão?...  Astros! noites! tempestades!  Rolai das imensidades!  Varrei os mares, tufão!  Quem são estes desgraçados  Que não encontram em vós  Mais que o rir calmo da turba  Que excita a fúria do algoz? 

19- O que um romântico de 3a geração está exatamente pedindo à natureza? Explique.

R.: _____________________________________________________________________________________________

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20- Marque a alternativa CORRETA:

(A) Trata-se de um trecho típico da 3a fase do Romantismo uma vez que o eu lírico dirige-se a Deus.(B) As pontuações expressivas denotam a necessidade romântica de questionar as verdades científicas.(C) Dirigir-se à natureza relaciona-se com as outras fases românticas e demonstra a possibilidade de purificação.(C) A plasticidade é um recurso romântico bastante utilizado neste trecho.

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Texto 5CANÇÃO DO EXÍLIO

Gonçalves Dias

Minha terra tem palmeiras,Onde canta o sabiá;As aves que aqui gorjeiam,Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,Nossas várzeas têm mais flores,Nossos bosques têm mais vida,Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,Mais prazer encontro eu lá;Minha terra tem palmeiras,Onde canta o sabiá;

Minha terra tem primores,Que tais não encontro eu cá; Em cismar – sozinho –, à noite –Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras,Onde canta o sabiá.

Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu'inda aviste as palmeirasOnde canta o sabiá.

21- Quando escreveu a Canção do exílio, em 1841, Gonçalves Dias estava em Portugal. Assinale a alternativa inaceitável em relação ao texto:

(a) O pronome mais é empregado sempre para valorizar as coisas do Brasil, em relação às de Portugal.(b) Os advérbios presentes no poema funcionam como localizadores comparativos. (c) O advérbio cá refere-se ao Brasil. (d) Os advérbios lá e aqui referem-se, respectivamente, ao Brasil e a Portugal.(e) O poema é estruturado através de comparações entre o Brasil e Portugal.

22- Cite e explique duas referências de época que classificam o texto como romântico de 1a geração.

R.: _____________________________________________________________________________________________

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_______________________________________________________________________________________________

23- Leia a passagem transcrita abaixo e responda os itens:

"Súbito deu-me a consciência um repelão..."

Substitua súbito por outra palavra ou expressão que conserve o mesmo sentido.

R.: _____________________________________________________________________________________________

Texto 6TODOS POR UMA

(Mário Cesariny de Vasconcelos)1 A manhã está tão triste

que os poetas românticos de Lisboa morreram todos com certeza:

Santos, 5 Mártires

e Heróis.

Que mau tempo estará a fazer no Porto? Manhã triste, pela certa.

Oxalá que os poetas românticos do Porto 10 sejam compreensivos, a pontos de deixarem

uma nesgazinha de cemitério florido que é para os poetas românticos de Lisboa não terem de

recorrer à vala comum.

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24- Do texto 6, transcreva duas palavras que indiquem elementos caríssimos aos românticos da 2 a fase e sua significação para este grupo.

R.: _____________________________________________________________________________________________

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25- Diferencie, segundo os critérios românticos, um cemitério florido e uma vala comum.

R.: _____________________________________________________________________________________________

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Texto 7

CANÇÃO DO EXÍLIO FACILITADA(José Paulo Paes)

lá?ah!sabiá...papá...maná...sofá...sinhá...cá?ba...

26- Compare os textos 5 e 7 e identifique qual é a relação que os marcadores espaciais no texto de José Paulo Paes estabelecem com o de Gonçalves Dias.

R.: _____________________________________________________________________________________________

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Texto 8

Era um domingo.O novo ano tinha começado. A bonança que sucedera às grandes chuvas trouxera um dos sorrisos de primavera,

como costumam desabrochar no Rio de Janeiro dentre as fortes trovoadas do estio. As árvores cobriam-se da nova folhagem de um verde tenro; o campo aveludava a macia pelúcia da relva, e as frutas dos cajueiros se douravam aos raios do sol.

Uma brisa ligeira, ainda impregnada das evaporações das águas, refrescava a atmosfera. Os lábios aspiravam com delícias o sabor desses puros bafejos, que lavavam os pulmões fatigados de uma respiração árida e miasmática. Os olhos se recreavam na festa campestre e matutina da natureza fluminense, da qual as belezas de todos os climas são convivas.

Subia a passo curto e repousado a ladeira de Santa Teresa, calculando a hora de minha chegada pelo despertar de Lúcia; o meu pensamento porém abria as asas, e precedendo-me, ia saudar a minha doce e terna amiga.

Havia oito dias que Lúcia não andava boa. A fresca e vivace expansão de saúde desaparecera sob uma langue morbidez que a desfalecia; o seu sorriso, sempre angélico, tinha uns laivos melancólicos, que me penavam. Às vezes a surpreendia fitando em mim um olhar ardente e longo; então ela voltava o rosto de confusa, enrubescendo. Tudo isto me inquietava; atribuindo a sua mudança a algum pesar oculto, a tinha interrogado, suplicando-lhe que me confiasse as mágoas que a afligiam.

– Não digas isto, Paulo! respondia com um tom de queixa. Posso ter pesares junto de ti? É uma ligeira indisposição; há de passar.

De bem longe avistei Lúcia que me esperava e me fez um aceno de impaciência; apressei o passo para alcançar o portão do jardim. Ela estendeu-me as mãos ambas risonha e atraindo-me, reclinou-se sobre o meu peito com um gracioso abandono. Sentamo-nos nos degraus da pequena escada de pedra, e informei-me de sua saúde.

– Já estou boa. Não vês?– Realmente as rosas de suas faces viçavam; era cintilante o brilho que desferia a sua pupila negra.Pelos lábios úmidos lentejava a onda perene de um sorriso, que orvalhava-lhe o semblante de luz e graça.– Ainda bem! Já me habituaste a só achar bonito aquilo que vejo através do teu mimoso sorriso. Agora é que eu

começo a gozar desta linda manhã.Trocamos ainda algumas palavras.De repente Lúcia atirou-se a mim. Com uma arrebatada veemência esmagou na minha boca os lábios túrgidos,

como se os prurisse fome de beijos que a devorava. Mas desprendeu-se logo dos meus braços, e fugiu veloz, ardendo em rubor, sorvendo num soluço o seu último beijo.

Fugiu, e ao passar fechou a porta que comunicava com o interior.

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Contrariado por este obstáculo, consolei a minha impaciência com o sabor da esperança que se insinuara no meu coração. A fúria amorosa dos primeiros tempos, recalcada por uma força misteriosa, despertava. Outra vez a febre voluptuosa nos arrebataria para abrir-nos a mansão do prazer e dos mágicos deleites.

(ALENCAR, José. Romances ilustrados de José de Alencar. Rio de Janeiro: J. Olympio, Brasília: INL, 1977.)

27- O movimento romântico de literatura inicialmente estava muito ligado ao nacionalismo. Relacione esta afirmação com o texto 8.

R.: _____________________________________________________________________________________________

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28- Determine uma característica de Lúcia que está presente no texto 8 e confunde Paulo.

R.: _____________________________________________________________________________________________

29- Transcreva um trecho do texto 8 que comprove a relação positiva entre amor e natureza, importante para o Romantismo.

R.: _____________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

30- No último parágrafo do texto 8, Paulo anuncia uma esperança: a que ele está se referindo?

R.: _____________________________________________________________________________________________

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Texto 9SENHORA (Fragmento)

José de Alencar

[...] A riqueza, que lhe sobreveio inesperada, erguendo-a subitamente da indigência ao fastígio, operou em Aurélia rápida transformação; não foi, porém no caráter, nem nos sentimentos que se deu a revolução; estes eram inalteráveis, tinham a fina têmpera de seu coração. A mudança consumou-se apenas na atitude, se assim nos podemos exprimir, dessa alma perante a sociedade.

Com uma existência calma e um amor feliz, Aurélia teria sido meiga esposa e mãe extremosa. Atravessaria o mundo como tantas outras mulheres envolta nesse cândido enlevo das ilusões, que são a alva pura do anjo, peregrino na terra.

Mas a flor de sua juventude, ela a viu desabrochar na atmosfera impura das torpes seduções que a perseguiam. Sem o nativo orgulho que protegia sua castidade, talvez que o torpe hálito do vício lhe maculasse o seio. Mas teve força para cerrar-se, como o cacto à calma abrasadora, e viveu de seus próprios sonhos.

Cotejando o seu formoso ideal com o aspecto sórdido que lhe apresentava a sociedade, era natural entrasse a desprezá-la, e a olhar o mundo como um desses charcos pútridos, mas cobertos por folhagem estrelada de flores brilhantes, que não se podem colher sem atravessar o lodo.

Daí o terror que sentia ao ver-se próxima desse abismo de abjeções, e o afastamento a que se desejava condenar. Bem vezes revoltavam-lhe a alma as indignidades de que era vítima, e até mesmo as vilanias cujo eco chegava a seu obscuro retiro. Mas que podia ela, frágil menina, em véspera de orfandade e abandono, contra a formidável besta de mil cabeças?

Quando a riqueza veio surpreendê-la, a ela que não tinha mais com quem a partilhar, seu primeiro pensamento foi que era uma arma. Deus lhe enviava para dar combate a essa sociedade corrompida, e vingar os sentimentos nobres escarnecidos pela turba dos agiotas. [...]

(ALENCAR, José. Romances ilustrados de José de Alencar. Rio de Janeiro: J. Olympio, Brasília: INL, 1977.)

Texto 10

Lúcia saiu um instante e voltou. Ou porque a minha memória se avivasse, ou porque a ausência desse gentil chapéu, que parecia fugir-lhe da cabeça, tão de leve a cingia, mutilasse a graciosa imagem que eu vira na tarde de minha chegada; o fato é que a aparição já desvanecida surgira de repente aos meus olhos.

— Agora lembro-me! Estou vendo-a como a vi da primeira vez!— Como daquela vez não me verá mais nunca!— O que lhe falta?— Falta o que o senhor pensava e não tornará a pensar! disse ela com a voz pungida por dor íntima!Não compreendi então aquelas palavras, nem o tom com que foram proferidas; procurei-lhe o sentido,

acompanhando com os olhos a Lúcia que tirava lentamente o chapéu, e fitava na sua imagem refletida pelo espelho um triste olhar.

— Ah! já sei! O que eu pensava?... Mas ainda penso: acho-a hoje tão bonita ou mais do que naquela tarde.— Não é isto!— O que é então? Venha dizer-me.

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Passei-lhe o braço pela cintura e apertei-a ao peito; eu estava sentado, ela em pé; meus lábios encontraram naturalmente o seu colo e se embeberam sequiosos na covinha que formavam nascendo os dois seios modestamente ocultos pela cambraia. Com o meu primeiro movimento, Lúcia cobriu-se de ardente rubor; e deixou-se ir sem a menor resistência, com um modo de tímida resignação.

Quando porém os meus lábios se colaram na tez de cetim e meu peito estreitou as formas encantadoras que debuxavam a seda, pareceu-me que o sangue lhe refluía ao coração. As palpitações eram bruscas e precipites. Estava lívida e mais branca do que o alvo colarinho do seu roupão. Duas lágrimas em fio, duas lágrimas longas e sentidas, como dizem que chora a corça expirando, pareciam cristalizadas sobre a face, de tão lentas que rolavam.

É o coração, quando fortemente confrangido por violenta emoção, que espreme esse soro do sangue que gela e coalha.

(ALENCAR, José. Romances ilustrados de José de Alencar. Rio de Janeiro: J. Olympio, Brasília: INL, 1977.)

31- Lucíola faz parte da tríade PERFIS DE MULHER que se percebe na obra de José de Alencar. Trata-se do 1 o romance do grupo, mas, que tanto quanto os outros, oferece ao leitor um contorno romântica às protagonistas.

a) Relacione Aurélia (texto 9) e Lúcia (texto 8 e 10), baseado nos critérios românticos.

R.: _____________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

b) Determine o tema que é levantado no texto 8 e também é levantado na obra Lucíola.

R.: _____________________________________________________________________________________________

32- Que recurso romântico é diretamente ironizado na tirinha acima? Justifique.

R.: _____________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

33- Há dois elementos exagerados no texto, que colaboram no seu antirromantismo. Quais são eles?

R.: _____________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

34- Determine 3 características do romance romântico comuns ao urbano e ao indianista.

R.: _____________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

35- A historinha transcrita abaixo foi publicada na seção "Humor" de uma revista:

A professora passou a lição de casa: fazer uma redação com o tema "Mãe só tem uma". No dia seguinte, cada aluno leu a sua redação. Todas mais ou menos dizendo as mesmas coisas: a mãe

amamenta, é carinhosa conosco, é a rosa mais linda de nosso jardim etc. etc. etc. Portanto, mãe só tem uma.Aí chegou a vez de Juquinha ler a sua redação:

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Domingo foi visita lá em casa. As visitas ficaram na sala. Elas ficaram com sede e minha mãe pediu para mim (sic) ir buscar Coca-Cola na cozinha. Eu abri a geladeira e só tinha uma Coca-Cola. Aí, gritei para minha mãe: "mãe, só tem uma!"

(Viaje bem – Revista de bordo da VASP, nº. 4, 1989)

Essa piada se baseia nas interpretações diferentes de: (I) "Mãe só tem uma." e (II) "Mãe, só tem uma!". Compare os dois enunciados e, com base na análise das relações sintáticas que se estabelecem entre as palavras, em cada um dos casos, identifique e explique a diferença de sentido entre (I) e (II).

R.: _____________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

Texto 11SENHORA (fragmento)

Seixas aproximou-se do toucador, levado por indefinível impulso; e entrou a contemplar minuciosamente os objetos colocados em cima da mesa de mármore; lavores de marfim, vasos e grupos de porcelana fosca, taças de cristal lapidado, joias do mais apurado gosto.

À proporção que se absorvia nesse exame, ia como ressurgindo à sua existência anterior, a que vivera até o momento do cataclismo que o submergira. Sentia-se renascer para esse fino e delicado materialismo, que tinha para seu espírito aristocrático tão poderosa sedução e tão meiga voluptuosidade.

Todos esses mimos da arte pareciam-lhe estranhos e despertavam nele ignotas emoções; tal era o abismo que o separava do recente passado. Era com uma sofreguidão pueril que os examinava um por um, não sabendo em qual se fixar. Fazia cintilar os brilhantes aos raios de luz; e aspirava a fragrância que se exalava dos frascos de perfume com um inefável prazer.

Nessa fútil ocupação demorou-se tempo esquecido. Porventura sua memória atraída pelas reminiscências que suscitavam objetos idênticos a esses, remontava o curso de sua existência, e descendo-o, depois o trazia àquela noite fatal em que se achava e à pungente realidade desse momento.

Recuou com um gesto de repulsão.

Texto 12O GUARANI (fragmento)

Os grandes olhos azuis, meio cerrados, às vezes se abriam como para se embeberem de luz [...]Os lábios vermelhos e úmidos pareciam uma flor de gardênia dos nossos campos, orvalhada pelo sereno da noite

[...] Sua tez alva e pura como um floco de algodão, tingia-se nas faces de uns longes cor-de-rosa, que iam, desmaiando, morrer no colo de linhas suaves e delicadas.

[...]Os longos cabelos louros, enrolados negligentemente em ricas tranças, descobriam a fronte alva, e caíam em volta

do pescoço, presos por uma rendinha finíssima de fios de palha cor de ouro, feita com uma arte e perfeição admirável.

36- O fragmento acima, extraído do romance indianista O Guarani, de José de Alencar, corresponde à descrição da personagem Ceci. Considere a presença do pronome "se" em duas orações distintas do primeiro período do texto. Que função sintática o mesmo desempenha? A que termo antecedente ele se refere em ambos os casos?

R.: _____________________________________________________________________________________________

37- Considere os fragmentos seguintes, extraídos do Texto 12:

"os grandes olhos azuis""os lábios vermelhos e úmidos""os longos cabelos louros"

Determine um motivo para que o fragmento acima seja considerado romântico.

R.: _____________________________________________________________________________________________

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Texto 13LUCÍOLA (Fragmento)

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Lúcia saiu um instante e voltou. Ou porque a minha memória se avivasse, ou porque a ausência desse gentil chapéu, que parecia fugir-lhe da cabeça, tão de leve a cingia, mutilasse a graciosa imagem que eu vira na tarde de minha chegada; o fato é que a aparição já desvanecida surgira de repente aos meus olhos.

— Agora lembro-me! Estou vendo-a como a vi da primeira vez!— Como daquela vez não me verá mais nunca!— O que lhe falta?— Falta o que o senhor pensava e não tornará a pensar! disse ela com a voz pungida por dor íntima!Não compreendi então aquelas palavras, nem o tom com que foram proferidas; procurei-lhe o sentido,

acompanhando com os olhos a Lúcia que tirava lentamente o chapéu, e fitava na sua imagem refletida pelo espelho um triste olhar.

— Ah! já sei! O que eu pensava?... Mas ainda penso: acho-a hoje tão bonita ou mais do que naquela tarde.— Não é isto!— O que é então? Venha dizer-me.Passei-lhe o braço pela cintura e apertei-a ao peito; eu estava sentado, ela em pé; meus lábios encontraram

naturalmente o seu colo e se embeberam sequiosos na covinha que formavam nascendo os dois seios modestamente ocultos pela cambraia. Com o meu primeiro movimento, Lúcia cobriu-se de ardente rubor; e deixou-se ir sem a menor resistência, com um modo de tímida resignação.

Quando porém os meus lábios se colaram na tez de cetim e meu peito estreitou as formas encantadoras que debuxavam a seda, pareceu-me que o sangue lhe refluía ao coração. As palpitações eram bruscas e precipites. Estava lívida e mais branca do que o alvo colarinho do seu roupão. Duas lágrimas em fio, duas lágrimas longas e sentidas, como dizem que chora a corça expirando, pareciam cristalizadas sobre a face, de tão lentas que rolavam.

É o coração, quando fortemente confrangido por violenta emoção, que espreme esse soro do sangue que gela e coalha.

38- Destaque e classifique a(s) conjunção(ões) que aparece(m) no último período do texto.

R.: _____________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

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Texto 14São demais os perigos desta vidaPra quem tem paixão principalmenteQuando uma lua chega de repenteE se deixa no céu, como esquecidaE se o luar que atua desvairadoVem se unir uma música qualquerAí então é preciso ter cuidadoPorque deve andar perto uma mulher...

(Vinicius de Moraes)

39- Sabe-se que o Romantismo é um movimento que praticamente definiu o modo de ver da sociedade brasileira. Por isso, ainda é possível perceber seus traços em obras literárias posteriores.

a) Cite dois elementos que são tratados no texto 14 como românticos. Explique essa classificação.

R.: ____________________________________________________________________________________________

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b) Transcreva duas palavras e/ou expressões do texto 14 que indicam que o sentimento do romântico é irrazoável.

R.: ____________________________________________________________________________________________

c) Que geração romântica mais trabalhou este tipo de irrazoabilidade? Justifique.

R.: ____________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

40- Identifique e classifique o sujeito e o predicado que ocorrem no primeiro verso do texto 14.

R.: ____________________________________________________________________________________________

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41- Identifique e classifique os predicados que aparecem nos versos 3 e 5 do poema de Vinicius de Moraes (texto 14).

R.: ____________________________________________________________________________________________

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Texto 15O GUARANI

(Fragmento — José de Alencar)

Peri, que durante um ano não fora para ela senão um amigo dedicado, aparecia-lhe de repente como um herói; no seio de sua família estimava-o, no meio da solidão admirava-o. Como os quadros dos grandes pintores que precisam de luz, de um fundo brilhante, e de uma moldura simples, para mostrarem a perfeição de seu colorido e a pureza de suas linhas, o selvagem precisava do deserto para revelar-se em todo o esplendor de sua beleza primitiva. No meio de homens civilizados, era um índio ignorante, nascido de uma raça bárbara, a quem a civilização repelia, e marcava o lugar de cativo. Embora para Cecília e D. Antônio fosse um amigo, era apenas um amigo escravo. Aqui, porém todas as distinções desapareciam; o filho das matas, voltando ao seio de sua mãe recobrava a liberdade; era o rei do deserto, o senhor das florestas, dominado pelo direito da força e da coragem.

42- Peri é caracterizado como um amigo e um herói. Segundo os critérios românticos, defina estes dois termos.

R.: ____________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

43- Transcreva do texto 15 duas palavras que caracterizem comumente um herói romântico.

R.: ____________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________________

44- A mulher romântica, em geral, é sublimada. Com relação ao texto 15, responda:

a) Como ela era sublimada em relação a Peri?

R.: ____________________________________________________________________________________________

b) Que deve fazer o herói romântico para manter-se também em posição altiva?

R.: ____________________________________________________________________________________________

c) O que significa, no texto, "recobrar a liberdade"?

R.: ____________________________________________________________________________________________

45- Em relação ao trecho:

"Pregada em larga tábua de pita, via-se formosa e grande borboleta, com asas meio abertas, como que disposta a tomar voo."

Determine e classifique o sujeito da oração principal.

R.: ____________________________________________________________________________________________

Observe com atenção a figura abaixo.

BOTERO, Fernando. "As meninas"

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46- Caracterize o romance gótico, tendo como base a personagem Drácula.

R.: ____________________________________________________________________________________________

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Texto 16MÃOS DADAS

Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus companheiros. Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças. Entre eles, considero a enorme realidade. O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas. Não serei o cantor de uma mulher, de uma história, não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela, não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida, não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins. O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente.

(DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. "Mãos dadas". In: "Sentimento do Mundo". Record.)

47- No poema "Mãos dadas", os termos destacados apresentam, respectivamente, as circunstâncias adverbiais de:

(A) afirmação, negação e modo. (B) afirmação, intensidade e lugar. (C) intensidade, tempo e modo. (D) intensidade, negação e lugar. (E) intensidade, negação e modo.

48- Retire do texto 16 um trecho que faça referência ao poeta romântico.

R.: ____________________________________________________________________________________________

Texto 17Folheada, a folha de um livro retoma o lânguido vegetal de folha folha, e um livro se folheia ou se desfolha como sob o vento a árvore que o doa; folheada, a folha de um livro repete fricativas e labiais de ventos antigos, e nada finge vento em folha de árvore melhor do que o vento em folha de livro. Todavia, a folha, na árvore do livro, mais do que imita o vento, profere-o: a palavra nela urge a voz, que é vento, ou ventania, varrendo o podre a zero.

(João Cabral de Melo Neto)

49- As expressões destacadas são introduzidas por preposições, que são usadas, nesses versos, respectivamente, com a ideia de:

(A) especificação, causa, lugar (B) origem, lugar, especificação (C) instrumento, especificação, lugar (D) lugar, origem, instrumento(E) origem, causa, origem

50- Escolha nos versos de João Cabral, transcritos acima, uma preposição que não esteja identificada na questão anterior, especificando sua função na significação do contexto em que ela aparece.

R.: ____________________________________________________________________________________________

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Texto 18SENHORA (Fragmento - José de Alencar)

[...] A riqueza, que lhe sobreveio inesperada, erguendo-a subitamente da indigência ao fastígio, operou em Aurélia rápida transformação; não foi, porém no caráter, nem nos sentimentos que se deu a revolução; estes eram inalteráveis, tinham a fina têmpera de seu coração. A mudança consumou-se apenas na atitude, se assim nos podemos exprimir, dessa alma perante a sociedade.

Com uma existência calma e um amor feliz, Aurélia teria sido meiga esposa e mãe extremosa. Atravessaria o mundo como tantas outras mulheres envolta nesse cândido enlevo das ilusões, que são a alva pura do anjo, peregrino na terra.

Mas a flor de sua juventude, ela a viu desabrochar na atmosfera impura das torpes seduções que a perseguiam. Sem o nativo orgulho que protegia sua castidade, talvez que o torpe hálito do vício lhe maculasse o seio. Mas teve força para cerrar-se, como o cacto à calma abrasadora, e viveu de seus próprios sonhos.

Cotejando o seu formoso ideal com o aspecto sórdido que lhe apresentava a sociedade, era natural entrasse a desprezá-la, e a olhar o mundo como um desses charcos pútridos, mas cobertos por folhagem estrelada de flores brilhantes, que não se podem colher sem atravessar o lodo.

Daí o terror que sentia ao ver-se próxima desse abismo de abjeções, e o afastamento a que se desejava condenar. Bem vezes revoltavam-lhe a alma as indignidades de que era vítima, e até mesmo as vilanias cujo eco chegava a seu obscuro retiro. Mas que podia ela, frágil menina, em véspera de orfandade e abandono, contra a formidável besta de mil cabeças?

Quando a riqueza veio surpreendê-la, a ela que não tinha mais com quem a partilhar, seu primeiro pensamento foi que era uma arma. Deus lhe enviava para dar combate a essa sociedade corrompida, e vingar os sentimentos nobres escarnecidos pela turba dos agiotas. [...]

(ALENCAR, José. Romances ilustrados de José de Alencar. Rio de Janeiro: J. Olympio, Brasília: INL, 1977.)

51- Lucíola faz parte da tríade PERFIS DE MULHER que se percebe na obra de José de Alencar. Trata-se do 1 o romance do grupo, mas, que tanto quanto os outros, oferece ao leitor um contorno romântica às protagonistas.

a) Faça uma relação entre o comportamento de Aurélia e Lúcia, baseado nos critérios românticos.

R.: ____________________________________________________________________________________________

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b) Determine o tema tratado no texto 18 que também aparece na obra Lucíola.

R.: ____________________________________________________________________________________________

52- Cite, em tópicos, 3 características do romance romântico comuns ao urbano e ao indianista.

R.: ____________________________________________________________________________________________

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FM/1806/DOCUMENTOS/PRP - PROGRAMA DE RECUPERACAO PARALELA – APOSTILAS/PRP 01 – 2018/PORTUGUES/APOSTILA - PORTUGUES– PRP 01 – 2ª SERIE – ENSINO MEDIO - 2018.DOC

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