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1 Boletim CONT-TRIB-JUR em 23.fev.2015 “Tirar a amizade da vida é tirar o sol do universo.” (Cícero) Confusão na tabela do IRPF 2015 (fonte) Há algumas semanas publiquei no boletim as novas tabelas de imposto de renda, INSS e salário mínimo. Houve um erro de nossa parte em publicar uma tabela vinculada a Media Provisória 644, infelizmente o Congresso não fez a sua parte de votar a MP e ela perdeu a validade. Desta forma continua em vigor a tabela anterior do imposto de renda até que o governo se pronuncie e anuncie uma nova tabela devidamente corrigida. Pedimos desculpas pela nossa omissão. Quem fez os cálculos em 2015 com com base na tabela da MP 644 pode fazer um ajuste na folha de Fevereiro de 2015. Tabela Progressiva para o cálculo mensal do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física a partir do exercício de 2015, ano-calendário de 2014. Base de cálculo mensal em R$ Alíquota % Parcela a deduzir do imposto em R$ Até 1.787,77 - - De 1.787,78 até 2.679,29 7,5 134,08 De 2.679,30 até 3.572,43 15,0 335,03 De 3.572,44 até 4.463,81 22,5 602,96 Acima de 4.463,81 27,5 826,15 Fonte: http://www.receita.fazenda.gov.br/aliquotas/ContribFont2012a2015.htm IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Boletim CONT-TRIB-JUR em 23.fev.2015

“Tirar a amizade da vida é tirar o sol do universo.” (Cícero)

Confusão na tabela do IRPF 2015 (fonte)Há algumas semanas publiquei no boletim as novas tabelas de imposto de renda, INSS e salário mínimo.

Houve um erro de nossa parte em publicar uma tabela vinculada a Media Provisória 644, infelizmente o Congresso não fez a sua parte de votar a MP e ela perdeu a validade. Desta forma continua em vigor a tabela anterior do imposto de renda até que o governo se pronuncie e anuncie uma nova tabela devidamente corrigida. Pedimos desculpas pela nossa omissão. Quem fez os cálculos em 2015 com com base na tabela da MP 644 pode fazer um ajuste na folha de Fevereiro de 2015.

Tabela Progressiva para o cálculo mensal do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física a partir do exercício de 2015, ano-calendário de 2014.

Base de cálculo mensal em R$ Alíquota % Parcela a deduzir do imposto em R$

Até 1.787,77 - - De 1.787,78 até 2.679,29 7,5 134,08 De 2.679,30 até 3.572,43 15,0 335,03 De 3.572,44 até 4.463,81 22,5 602,96 Acima de 4.463,81 27,5 826,15

Fonte: http://www.receita.fazenda.gov.br/aliquotas/ContribFont2012a2015.htm

Rendimentos de Capital:

Fundos de longo prazo e aplicações de renda fixa, em geral:

- 22,5% para aplicações com prazo de até 180 dias; - 20,0% para aplicações com prazo de 181 até 360 dias; - 17,5% para aplicações com prazo de 361 até 720 dias; - 15,0% para aplicações com prazo acima de 720 dias;

Fundos de curto prazo:

- 22,5% para aplicações com prazo de até 180 dias; - 20,0% para aplicações com prazo acima de 180 dias;

Fundos de ações:

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- 15%;

Aplicações em renda variável:

- 0,005%;

Remessas ao Exterior: 25% (rendimentos do trabalho, com ou sem vínculo empregatício, aposentadoria, pensão por morte ou invalidez e os da prestação de serviços, pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos a não-residentes) e 15% (demais rendimentos de fontes situadas no Brasil); e

Outros Rendimentos: 30% (prêmios e sorteios em dinheiro), 20% (prêmios e sorteios sob a forma de bens e serviços), 1,5% (serviços de propaganda) e 1,5% (remuneração de serviços profissionais).

Reajuste de 4,5% na tabela do IR vai pesar mais no bolso de quem tem renda mensal de até R$ 3 milCom o veto da presidente Dilma Rousseff à correção de 6,5%, a discussão voltará ao Congressopor Lino Rodrigues 20/02/2015 20:14 / Atualizado 21/02/2015 18:21

SÃO PAULO - O reajuste de 4,5% na tabela do Imposto de Renda das pessoas físicas, como quer o governo, vai pesar mais no bolso dos assalariados com renda mensal entre R$ 2 mil e R$ 3 mil, que terão que recolher mensalmente 37,36% e 7,19%, a mais, respectivamente, se a correção fosse de 6,5%, como foi aprovado pelo Congresso Nacional.

Com o veto da presidente Dilma Rousseff, a discussão volta ao Congresso.

A pedido do GLOBO, o economista e gerente de Estudos Técnicos do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco), Álvaro Luchiezi, fez uma simulação do cálculo do imposto a ser pago em diversas faixas de renda, com as correções de 4,5% e 6,5%. Segundo o economista, independente do reajuste que será adotado a defasagem continuará alta, acima dos 64%, se considerado o período entre 1996 e 2014.

— Mesmo que haja uma correção de 6,5% na tabela do IR, como quer o Congresso, a defasagem continuará enorme — diz Luchiezi, que defende reajustes anuais, de acordo com o aumento da renda dos trabalhadores.

Veja abaixo as simulações com os reajustes de 4,5% e 6,5% na tabela do IR, lembrando que o cálculo do Sindifisco não leva em conta as deduções usualmente presentes nas declarações de rendimentos dos

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contribuintes (previdência oficial e privada, pensão alimentícia e outros descontos permitidos pela Receita Federal):

/ - Arte O Globo

Desde 2007, o governo tem se utilizado de medida provisória para reajustar a tabela do IR pelo percentual de 4,5%, taxa estabelecida como o centro da meta de inflação do governo. No entanto, esse índice tem sido superado, ficando nos últimos sete anos mais próximo da média de 6%. No ano passado, por exemplo, a inflação oficial ficou em 6,41%.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/ir-2015/reajuste-de-45-na-tabela-do-ir-vai-pesar-mais-no-bolso-de-quem-tem-renda-mensal-de-ate-3-mil-15398421#ixzz3SU0J7NUa © 1996 - 2015. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

A correção da tabela do IRAcostumado a ser mordido e esfolado pelo leão, o contribuinte brasileiro está, mais uma vez, no centro de uma queda de braço que pode acabar mal para ele. De um lado, o governo tenta tirar de quem paga o Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) mais um naco em favor do ajuste fiscal e, com isso, transferir para o contribuinte mais uma dose do remédio destinado a curar o excesso de gastos de 2014.

De outro, a Câmara dos Deputados se prepara para, a partir da semana que vem, apreciar os vetos da presidente Dilma Rousseff a uma série de projetos. Vários desses vetos têm a ver com despesas e receitas e a decisão de mantê-los ou derrubá-los precede a votação do Orçamento

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de 2015.

Nessa fila está uma questão que bate diretamente no bolso do contribuinte: a correção da tabela do Imposto de Renda 2015. É com base nessa tabela que o contracheque de todo trabalhador registrado, que ganha mais de R$ 1.787,77 (pouco mais de dois salários mínimos), leva a mordida mensal do leão. O tamanho dessa mordida varia conforme a faixa salarial do trabalhador. Cada faixa sofre a imposição de um percentual (alíquota), que vai crescendo de 7,5% até alcançar 27,5%.

Essa tabela precisa ser corrigida anualmente e o ideal seria que pelo menos a inflação do ano anterior fosse compensada. Se o governo não fizer essa correção, os reajustes de salário que os trabalhadores tiverem conseguido podem ser engolidos total ou parcialmente pelo leão do Imposto de Renda. É o caso de quem ganhava em 2014 valor inferior a R$ 1.787 e teve reajuste de 6% (média dos aumentos salariais concedidos no país), passando a receber R$ 1.793. Ou, pior ainda, se foi promovido, passando a ganhar, por exemplo, R$ 2,5 mil. Ambos deixaram de ser isentos e passaram a ter o IR descontado na fonte.

Assim, o governo pratica um aumento oculto de imposto, com a simples manutenção em vigor da tabela do ano anterior. Mais pessoas terão de pagar e quem já pagava vai pagar mais. Há um golpe mais brando e que vem sendo aplicado com frequência nos últimos anos: a correção da tabela em percentual abaixo da inflação, ou seja, o governo alardeia o aumento de salários com ganhos reais (acima da inflação) no país, pagos pela iniciativa privada, mas fica com um bom pedaço da festa.

Esse golpe já acumula, segundo cálculo do Sindicado Nacional dos Auditores da Receita Federal (Sindifisco), uma diferença a favor do leão de 64%, desde 1996. E ela pode aumentar, dependendo do final do embate entre o governo e a maioria na Câmara dos Deputados.

Anunciada como benesse na campanha antecipada à reeleição, a presidente Dilma Rousseff editou medida provisória definindo a correção da tabela do IR 2015 em 4,5%, embora todo mundo e até mesmo o governo já soubesse que a inflação ficaria muito perto do teto de 6,5%. A MP caducou sem ter sido apreciada. Em seu lugar, os parlamentares votaram um reajuste de 6,5%, vetado pela presidente, que prometeu, mas não enviou até agora nova MP.

Derrubar o veto para vigorar a correção de 6,5% não tem, segundo deputados, a intenção de contrariar o ajuste fiscal e, sim, de evitar que o contribuinte, que já paga mais caro pela eletricidade e pela gasolina, tenha mais essa conta por erros da política econômica. Mas o brasileiro sabe que no embate entre as ondas e o rochedo, ele é apenas o caranguejo. Fonte: Correio Braziliense - DF

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ECF - Publicada versão de fevereiro do Manual da ECF e a nova versão Beta do PVA

Publicado por Jorge Campos em 18 fevereiro 2015 às 8:24 em e-ECF ( Escrituração Contabil Fiscal

Pessoal,

O Novo PVA e novo Manual da ECF, trazem as seguintes novidades:

Foi disponibilizada a Minuta do Manual de Orientação do Leiaute da ECF atualizada em fevereiro de 2015

Programa Validador e Assinador da Escrituração Contábil Fiscal Manual de Orientação do Leiaute da ECF - Versão em Word

Manual de Orientação do Leiaute da ECF - Versão em PDF

As alterações do Manual foram:

1. Seção 2.1: Inclusão da frase: “A recuperação de dados da ECD é obrigatória para empresas que são obrigadas a entregar a ECD.”

2. Registro J053: Atualização do registro.

3. Atualização do plano de contas das PJ em geral – L100A e L300A.

4. Atualização do plano de contas das financeiras (Cosif) – L100B e L300B.

5. Registro L200: Atualização da tabela do campo 02.

6. Registro M310: Exclusão do campo 6.

7. Registro M360: Exclusão do campo 6.

8. Atualização do plano de contas do lucro presumido – P100 e P150.

9. Registro X351: Atualização dos textos dos campos e inclusão de campos.

10. Registro X352: Atualização do título.

12. Registro Y620: Atualização do registro.

13. Registro Y671: Exclusão do campo 10 e renumeração dos campos.

A versão final do Manual de Orientação do Leiaute da ECF será publicada, por meio de Ato Declaratório Executivo Cofis, em março.

A versão de produção do programa da ECF, para transmissão, será publicada até o final de março.

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Sugestões referentes à Minuta do Manual de Orientação do Leiaute da ECF podem ser enviadas para [email protected].

ECD - NOVA VERSÃO 3.1.7 - Publicado por Jorge Campos em 18 fevereiro 2015 às 7:36 em ECD

Pessoal,

Apesar da notícia ter sido retirada do site do Sped, a versão permanece é a 3.1.7. 

Vale lembrar que a maioria das novidades previstas nesta versão, foram anunciadas em agosto de 2014, com a publicação da IN 1486, só não foi disponibilizada antes, para passar a vigir a partir de 2015.

Segue o post da IN 1486: 

http://www.spedbrasil.net/forum/topics/ecf-escrituracao-contabil-fi...

Destaco ainda que a atualização do plano de contas, contendo o mesmo plano da ECF, foi uma solicitação das empresas piloto, para facilitar o processo de importação dos saldos das contas. Entanto, a regra não mudou, o plano de contas continua Não obrigatório na ECD.

Segue o link para download da versão 3.1.7: http://goo.gl/6088ff

Segue alguns slides da RFB de agosto de 2014, com as alterações do atual PVA.

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Imposto de Renda - Declarar mesmo sem ser obrigado pode garantir renda extra

Com o fim do carnaval, a preocupação de boa parte da população se volta à entrega da Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (DIRPF).Com o fim do carnaval, a preocupação de boa parte da população se volta à entrega da Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (DIRPF). Contudo, o que poucos sabem, é que pode ser interessante declarar mesmo não estando enquadrado nos casos de obrigatoriedade, isso quando ocorrem retenções que podem ser restituídas.

Assim, apesar da grande maioria dos contribuintes detestarem a ideia de ter que elaborar a DIRPF 2015 (ano base 2014), a entrega poderá garantir uma renda extra. "Muitas vezes os contribuintes tiveram valores tributados, com isso se torna interessante a apresentação da declaração, pois pegarão esses valores de volta como restituição, reajustados pela Taxa de Juros Selic", explica Richard Domingos, diretor executivo da Confirp Consultoria Contábil.Entenda melhorO contribuinte que recebeu rendimentos tributáveis cuja soma ficou abaixo de a R$ 26.816,55 deve levar em conta se teve Imposto de Renda Retido na Fonte por algum motivo, um exemplo de como isto pode ocorrer é quando a pessoa recebe um valor mais alto em função de férias, outro caso pode ser o recebimento de valores relativos à rescisão trabalhista, ele pode observar isto em seu informe de rendimento.

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Outro caso é o contribuinte que trabalhou por três meses em uma empresa com retenção na fonte, esse não atingiu o valor mínimo para declarar, entretanto, terá valores à restituir."Caso o contribuinte não declare, estará perdendo um valor que é dele por direito, sendo que o governo não lhe repassará mais este dinheiro. O caso mais comum são pessoas que perderam emprego ou iniciaram em um novo no meio do período e que tiveram retenção na fonte no período", explica o diretor da Confirp.Também é interessante o contribuinte apresentar a contribuição, mesmo não sendo obrigado, quando guardou dinheiro para realizar uma compra relevante, como a de um imóvel. Isso faz com que ele tenha uma grande variação patrimonial, o que pode fazer com que o Governo coloque em suspeita o fato de não haver declaração, colocando o contribuinte na malha fina.Como declarar?Sobre com declarar, segundo os especialistas da Confirp, o contribuinte deverá baixar e preencher o programa do DIRPF 2015 no site da Receita Federal (http://idg.receita.fazenda.gov.br/). Poderá ser feito o envio da declaração completa ou simplificada. A melhor opção dependerá da comparação entre o desconto simplificado que substitui as deduções legais e corresponde a 20% do total dos rendimentos tributáveis. Após o preenchimento da declaração com as informações, verifique no Menu “Opção pela Tributação” qual a melhor forma para apresentação.Dentre as despesas que podem ser restituídas estão:• Contribuições para a Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;• Despesas médicas ou de hospitalizações os pagamentos efetuados a médicos de qualquer especialidade, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, hospitais, e as despesas provenientes de exames laboratoriais, serviços radiológicos, aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias; • Previdência privada [PGBL] cujo limite será de 12% do total dos rendimentos tributáveis no ano; • Importâncias pagas em dinheiro a título de pensão alimentícia em face das normas do Direito de Família, quando em cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente ou por Escritura Pública, inclusive a prestação de alimentos provisionais; • Despesas escrituradas em Livro Caixa, quando permitidas; • Valor anual por dependente: R$ 2.156,52; • Despesas com instrução (educação) do contribuinte, de alimentandos em virtude de decisão judicial e de seus dependentes, até o limite anual individual de R$ 3.375,83 (Nota: Em 2014 ano base 2013 era de R$ 3.230,46 [correção de 4,5%]);• Seguro Saúde e planos de assistências médicas, odontológicas.

PATRIMÔNIO IMATERIAL

Não incide imposto de renda sobre indenização por dano moral

21 de fevereiro de 2015, 8h00Não incide imposto de renda sobre indenização por danos morais. Foi o que decidiu a 4ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região ao analisar um recurso que questionava o desconto feito pela União sobre o valor da reparação a uma trabalhadora. Por unanimidade, o colegiado determinou o estorno de R$ 14,8 mil.

No recurso ao TRF-2, a União argumentou que “os valores recebidos a título de dano moral não recompõem a ordem econômica, de modo que representariam acréscimo patrimonial a ensejar a incidência do imposto de renda”.

Mas o juiz federal convocado Luiz Norton Baptista de Mattos, relator do caso, não acolheu o argumento. De acordo com ele, a jurisprudência do STJ é pacífica no sentido de ratificar que “a

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indenização por dano estritamente moral não é fato gerador do imposto de renda, pois limita-se a recompor o patrimônio imaterial da vítima, injustamente atingido ou lesado pelo ato ilícito praticado”.

Segundo o relator, uma decisão no sentido contrário atentaria contra o princípio da reparação integral e plena do dano moral, previsto no artigo 5º, inciso 5º, da Constituição Federal, "pois a tributação da indenização pelo dano moral reduziria a eficácia do princípio em questão”. Com informações da assessoria de imprensa do TRF-2.Processo 0005728-58.2007.4.02.5117Revista Consultor Jurídico, 21 de fevereiro de 2015, 8h00

Créditos do PIS e COFINS – Aquisição de Veículo19/02/2015 Deixe um comentário

A opção de descontar imediatamente os créditos do PIS e da COFINS, nos termos do inciso XII do art. 1º da Lei 11.774/2008, refere-se tão somente às máquinas e aos equipamentos incorporados ao ativo imobilizado e utilizados nas atividades da empresa, não alcançando os veículos automotores, por falta de previsão legal.

Entretanto, observe-se a possibilidade de crédito sobre a depreciação de veículos utilizados na produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços.

Porém, através da Solução de Divergência Cosit 2/2015, equivocadamente, a Receita Federal concluiu que o direito ao crédito não alcança a depreciação dos veículos automotores, por falta de previsão legal. Nosso entendimento é que há, sim, previsão legal ao crédito, pois a expressão “outros bens incorporados ao ativo imobilizado” existente no inciso VI do art. 3º na Lei 10.637/2002, combinado com o permissivo dado no mesmo artigo, § 1, III, não restringe a depreciação a qualquer bem. Esta mesma redação se repete na Lei 10.833/2003.

Base: Solução de Consulta Disit/SRRF 6.001/2015 e inciso III, § 1º e VI do artigo 3 da Lei 10.833/2003 e Lei 10.637/2002.

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Como Devem Ser Declarados os Bens e Direitos?18/02/2015 Deixe um comentário

A pessoa física sujeita à apresentação da Declaração de Ajuste Anual deve relacionar nesta os bens e direitos que, no Brasil ou no exterior, constituam, em 31 de dezembro do ano anterior e do próprio ano base da declaração, seu patrimônio e o de seus dependentes relacionados na declaração.

Devem também ser informados os bens e direitos adquiridos e alienados no decorrer do ano-calendário do ano base da declaração.

Devem também ser informados as dívidas e os ônus reais existentes em 31 de dezembro, do declarante e de seus dependentes relacionados na Declaração de Ajuste Anual, bem como os constituídos e os extintos no decorrer do ano-calendário.

Fica dispensada, em relação a valores existentes em 31 de dezembro de 2014, a inclusão de:

I – saldos de contas correntes bancárias e demais aplicações financeiras, cujo valor unitário não exceda R$ 140,00 (cento e quarenta reais);

II – bens móveis, exceto veículos automotores, embarcações e aeronaves, bem como os direitos, cujo valor unitário de aquisição seja inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais);

III – conjunto de ações e quotas de uma mesma empresa, negociadas ou não em bolsa de valores, bem como ouro, ativo financeiro, cujo valor de constituição ou de aquisição seja inferior a R$ 1.000,00 (um mil reais); e

IV – dívidas e ônus reais, cujo valor seja igual ou inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais).

Bens e Direitos Comuns

São considerados bens e direitos comuns os resultantes de casamento em regime de comunhão total, os adquiridos na constância de casamento em regime de comunhão parcial, independentemente do nome sob o qual estejam registrados e os adquiridos na constância da união estável, salvo contrato escrito entre companheiros.

Bens e Direitos Financiados

Tratando-se de aquisições de bens ou direitos em prestações ou financiados, nas quais o bem é dado como garantia do pagamento, tais como os sujeitos às regras do Sistema Financeiro de Habitação ou consórcio, informe o valor das parcelas pagas no ano base da declaração, somada às parcelas anteriores (como sinal de negócio, valor de impostos e taxas cartorárias e outros custos pagos).

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DIRF e DIMOB: Prazo de Entrega Encerra-se em 27/Fevereiro20/02/2015 Deixe um comentário

No próximo dia 27.2.2015 vencerá o prazo para entrega, sem multas, da Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte – DIRF – e da Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias – DIMOB, ambas relativas ao ano-base de 2014.

Além destas 2 obrigações, vencerá dia 27 próximo o prazo de entrega das seguintes declarações:

27 – DOI – Declaração sobre Operações Imobiliárias – Jan/2015

27 – DIMOF – 2º Semestre/2014

27 – DECRED – 2º Semestre/2014

27 – DIRF – Ano de 2014

27 – DIF Papel Imune – Declaração Especial de Informações Relativas ao Controle de Papel Imune – 2º Semestre/2014

Divulgadas Normas para o CPF19/02/2015 Deixe um comentário

Através da Instrução Normativa RFB 1.548/2015 foram estipuladas normas relativas ao Cadastro de Pessoas Físicas (CPF).

Dentre outras situações, estão obrigadas a inscrever-se no CPF as pessoas físicas:

I – residentes no Brasil que integrem o polo passivo de relação tributária principal ou acessória, seja na condição de contribuinte ou responsável, bem como os respectivos representantes legais, nos termos da legislação tributária da União, estados, Distrito Federal ou municípios;

II – residentes no Brasil ou no exterior que:

a) praticarem operações imobiliárias de quaisquer espécies no Brasil;

b) possuírem, no Brasil, contas bancárias, de poupança ou de investimentos;

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c) operarem no mercado financeiro ou de capitais no Brasil, inclusive em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhados; ou

d) possuírem, no Brasil, bens e direitos sujeitos a registro público ou cadastro específico, incluídos imóveis, veículos, embarcações, aeronaves, instrumentos financeiros e participações societárias ou no mercado de capitais.

III – com 16 (dezesseis) anos ou mais que constem como dependentes em Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (DIRPF).

O número de inscrição no CPF é atribuído à pessoa física uma única vez, vedada a concessão de mais de um número de CPF.

 O “Comprovante de Inscrição no CPF” somente produzirá efeitos mediante confirmação de autenticidade no sítio da RFB na Internet.

União não pode recolher imposto de renda sobre indenização por danos moraisUnião terá que restituir R$14,8 mil a cidadã

Não incide imposto de renda sobre indenização por danos morais. Com este entendimento, a Quarta Turma Especializada do TRF2, por unanimidade, determinou à União que restitua R$ 14,8 mil indevidamente descontados de uma cidadã, que havia recebido valores a título de indenização por danos morais em ação judicial que tramitou na Terceira Vara do Trabalho de São Gonçalo/RJ.

A decisão do Tribunal se deu em resposta à apelação apresentada pela Fazenda Nacional contra sentença da Segunda Vara de São Gonçalo, que já havia determinado a referida devolução. O relator do caso é o juiz federal convocado Luiz Norton Baptista de Mattos.A União argumentou, nos autos, que "os valores recebidos a título de dano moral não recompõem a ordem econômica, de modo que representariam acréscimo patrimonial a ensejar a incidência do imposto de renda".

No entanto, para o juiz federal convocado Luiz Norton, a jurisprudência do STJ é pacífica no sentido de ratificar que "a indenização por dano estritamente moral não é fato gerador do imposto de renda, pois limita-se a recompor o patrimônio imaterial da vítima, injustamente atingido ou lesado pelo ato ilícito praticado", explicou.

Solução contrária, inclusive, - continuou - "atentaria contra o princípio da reparação integral e plena do dano moral, previsto no artigo 5º, inciso V, da Constituição Federal, pois a tributação da indenização pelo dano moral reduziria a eficácia do princípio em questão", concluiu. (Informações da Ascom do TRF2) Proc. 0005728-58.2007.4.02.5117

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Antecipação de tributosDevemos pensar na substituição "para frente" como na estimativa do IR

Gabriela PetkovicLima Arenzon

A substituição tributária "para frente" é a que o tributo é antecipado. Um refrigerante, ao ser vendido, já sai do fabricante com o imposto, que seria devido quando da futura venda pelo atacadista/varejista, recolhido. O fisco presume um valor e, se o preço praticado na venda é menor que o montante convencionado, não há restituição.

Devemos pensar na substituição "para frente" como se pensa na estimativa mensal do Imposto de Renda (Lucro Real), ou seja, o recolhimento é uma antecipação. Caso a base de cálculo não seja a presumida, isso deve ser considerado.

Se uma empresa precisa renovar o estoque e faz uma promoção: o produto que costuma vender por "8", sairá pelo preço de "5". Digamos também que o valor de presunção do fisco seja "10". Fácil perceber que a base de cálculo atribuída pelo fisco é o dobro da praticada. Sendo assim, seria justo creditar a diferença entre o imposto pago e o devido. A base de cálculo foi "10" sobre uma venda que ocorreu por "5". E em todos os ramos do direito é o fato concreto que deve ser levado em conta. Nesta hipótese específica, o caso concreto de nada vale?

Embora tal raciocínio seja lógico, apenas dois estados se manifestaram nesse sentido (São Paulo e Pernambuco) e a questão permanece sobrestada nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 2777 e 2675. Para o fisco, as legislações que permitem o crédito são inconstitucionais face ao artigo 150, parágrafo 7º, prever a restituição apenas nas hipóteses de não ocorrência do fato gerador. Mas a Constituição apenas deixou clara esta possibilidade, pois, do contrário, até nesses casos o fisco exigiria o tributo. Não faria sentido a Constituição prever hipóteses tão específicas como esta. Em suma, a substituição "para frente" é uma antecipação, sendo imperioso que o contribuinte fique atento aos julgamentos referentes ao tema para contestar recolhimentos.

[email protected]

Advogada no escritório Ferrari & Santos AdvogadosFonte: DCI - SP

O FIM DO SIGILO, INCLUSIVE FISCAL Nos dias atuais, dentre tantas mudanças, talvez a mais impressionante seja a noção do que é sigiloso ou não. Talvez nós mesmos, nas redes sociais, tenhamos trazido um novo conceito, muito menos elástico, daquilo que queremos manter longe dos olhos de todos. E é certo que Governos e Fiscos ao redor do mundo também reagiram ao fenômeno e querem transparência total no fluxo de rendas e receitas ao redor do mundo.

As revelações trazidas por Edward Snowden e o Wikileaks chacoalharam o mundo de uma forma selvagem. Todos estão espionando tudo e todos. No universo tributário, o escândalo do Luxleaks, revelado

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no final de 2014, também trouxe grandes e importantes mudanças no comportamento de Governos e contribuintes.

Foram reveladas inúmeras estruturas de planejamento tributário de grandes corporações em que bilhões e bilhões de dólares deixaram de ser reconhecidos como receitas em diversos países foram direcionadas para Luxemburgo, onde a tributação é flagrantemente menor do que em outros países europeus e americanos. De nada adianta culpar as empresas de consultoria que vendem tais planejamentos, já que tais ideias estão protegidas por Lei. As Big4 não têm obrigação de moralizar o mundo.

Poderíamos nos perder aqui em discussões sobre a legalidade desses planejamentos tributários. Afinal de contas, não há proibição. Mesmo para pessoas físicas, hoje há uma verdadeira indústria de venda de certificados de naturalização ou nacionalização meramente baseadas em investimentos. Para a grande maioria das pessoas que nasceram nesse nosso mundo, nacionalidade não é opção, mas sim atribuição divina. Para milionários em geral, é uma questão de escolha. Quem quiser ser americano, inglês, húngaro, canadense, basta querer e poder.

O que os países querem de fato?  Fim do sigilo. Os Fiscos querem saber onde está sua renda e tributá-la. De que adianta um país ter tantos milionários, se os tributos que decorrem dessa fortuna beneficiam outros países? Como no caso da França, que ameaçou tributar seus milionários de forma bastante forte e acabou tendo de suportar uma ameaça da Rússia de conceder cidadania a seus contribuintes pródigos, como artistas e atletas. Procure por Gérard Depardieu na internet e ele aparecerá como russo! Deve ser o primeiro Gérard eslavo que se tem notícia.

Alguns sinais de reação já são perceptíveis e a OCDE está trabalhando ativamente para mudar essa realidade. 2015 será um ano muito produtivo nesse aspecto. Em um futuro próximo, alguns paraísos fiscais certamente serão meros paraísos e suas informações estarão disponíveis a todos. Muitos serão tributados sobre sua riqueza em dois ou mais países. E, como consequência, as fronteiras geográficas entre os países serão cada vez mais importantes e delimitadas. Será a prova final de que a globalização pode ser algo bacana, desde que não afete o bolso de ninguém.

Fonte: Pensamentos Tributários.

ICMS/MG: TRIBUTAÇÃO DOS PEIXES, CRUSTÁCEOS E MOLUSCOS.Por Solution Consultoria- 20/09/2014 

PEIXES X CRUSTÁCEOS X MOLUSCOOs peixes são animais vertebrados e tem uma forma típica (corpo em forma de fuso). Em regra, são incapazes de respirar fora de água, mas há exceções. Note que medusas, crustáceos, golfinhos e baleias (para além de outros), não são peixes. Já os crustáceos são animais invertebrados, tem exoesqueleto e tipicamente apresentam dois pares de antenas. Outra diferença muito evidente prende-se com as patas (os pereópodes), que embora não sejam comuns a todos os crustáceos, pois

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existem milhares de espécies, são uma marca distintiva de alguns deles, nomeadamente camarão, craca, lagosta e caranguejo. O molusco é um animal que se caracteriza por possuir corpo mole, sendo que muitos são protegidos por uma concha. Atualmente são conhecidas mais de 150 mil espécies de moluscos e podemos encontrá-las no mar, na água doce ou em terra firme. Os moluscos mais conhecidos são as ostras, caramujos, lesmas, mexilhões, caracóis, lulas e polvos. TRIBUTAÇÃO PEIXESDevido as alterações trazidas pelo Decreto  46.131 de Janeiro de 2013 veio a mudança da alíquota do ICMS dos peixes de 12% para 18% conforme abaixo: Art. 42.  As alíquotas do imposto são:b.1) arroz, feijão, fubá de milho, farinha de milho, farinha de mandioca, leite in natura, aves, peixes, gado bovino, bufalino, suíno, caprino e ovino e produtos comestíveis resultantes de seu abate, em estado natural, resfriados ou congelados, quando de produção nacional, observado o disposto no item 19 da Parte 1 do Anexo IV;Efeitos a partir de 15/03/2013 - Redação dada pelo art. 1º e vigência estabelecida pelo art. 6º, I, ambos do Dec. nº 46.131, de 09/01/2013: b.1) arroz, feijão, fubá de milho, farinha de milho e farinha de mandioca, quando de produção nacional;Conforme legislação acima pode definir que a alíquota de Peixe é de 18%, porem os peixes assim como as carnes bovinas e suínas possuem o beneficio da Redução da Base de Calculo, vejamos: Anexo IV RICMS/0219 - Saída, em operação interna, dos produtos alimentícios:a) relacionados nos itens 6, 7, 10 a 13, 25, 29, exceto na hipótese da alínea “c”, 30 a 34, 55 a 58 e 62, desde que produzidos no Estado, e nos itens 1 a 5, 8, 9, 14 a 24, 26 a 28, 35 a 37, 44 a 48, 59 a 61, da Parte 6 deste Anexo::a.1) nas operações tributadas à alíquota de 18% (dezoito por cento):REDUÇÃO DE:61,11MULTIP. OPCIONAL P/ CÁLC: 0,07 60 -  Produtos comestíveis resultantes do abate de aves, exceto os relacionados no item 62 desta Parte, de peixes ou de gado bufalino, caprino ou ovino, em estado natural, resfriados ou congeladosAtentamos que para que o peixe se enquadre no beneficio da redução da base de calculo o legislador condicionou a 3 situações: o produto encontrar em estado natural, resfriado ou congelado, portanto os peixes que estiver em outro estado, como por exemplo desfiado, seco ou salgado (bacalhau) será tributado normalmente a alíquota de 18%. BACALHAUCom a vigência do Decreto 46.154 de Fevereiro de 2013,  foi concedido o  diferimento do ICMS (ICMS diferido, significa postergado, pois o tributo será recolhido em uma outra etapa) na importação de bacalhau e a redução da alíquota para 4% na saída interna do referido produto.

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 Art.1º A Parte 1 do AnexoII do Regulamento do ICMS (RICMS), aprovado pelo Decreto nº 43.080, de13 de dezembro de 2002, fica acrescida dos itens 85, 86 e 87, com as redações que se seguem:86   Entrada, em decorrência de importação direta do exterior, de salmão, bacalhau e peixe tipo bacalhau (saithe, ling e zarbo) classificados nos códigos 0302.13.00, 0302.14.00, 0302.51.00, 0302.53.00, 0303.11.00, 0303.12.00, 0303.13.00, 0303.63.00, 0303.65.00, 0304.41.00, 0304.44.00, 0304.52.00, 0304.53.00, 0304.71.00, 0304.73.00, 0304.81.00, 0304.95.00, 0304.99.00, 0305.32.10, 0305.32.20, 0305.39.10, 0305.41.00, 0305.49.10, 0305.49.20, 0305.51.00, 0305.59.10, 0305.62.00 ou 0305.69.10 da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias (NBM/SH) promovida por contribuinte inscrito no Cadastro de Contribuintes do ICMS..87  Saída, em operação interna, dos produtos importados de que trata o item 86, no percentual de 77,77% (setenta e sete inteiros e setenta e sete centésimos por cento) do valor do imposto devido, facultado ao contribuinte calcular o imposto aplicando o multiplicador de 4% (quatro por cento) sobre a base de cálculo. Infelizmente, mais uma vez a legislação mineira não é clara, desta forma indaga-se:A redução a 4% da alíquota do ICMS para o bacalhau é para todo os contribuintes (varejista,distribuidora, importador etc...)? ou a alíquota de 4% nas operações internas será apenas para a saída do importador mencionado no item 86?Diante disto enviamos nossa duvida, via email, a Receita Estadual tentando a um posicionamento mais claro Senhor Daniel,Boa tarde!Esclarecemos que a redação do item 87 do Anexo II do RICMS/02, linkhttp://www.fazenda.mg.gov.br/empresas/legislacao_tributaria/ricms_2002_seco/anexoii2002_1.htm#parte1it87, não restringe a uma única saída em operação interna dos produtos importados de que trata o item 86.Assim, entendemos que tratando-se de mercadoria que não seja submetida a processo de industrialização em território nacional, ela sempre será considerada importada, e sendo assim,o dispositivo se aplicará em outras operações internas da cadeia de circulação.*As dúvidas esclarecidas por esta mensagem têm caráter de orientação não gerando o efeito decorrente da consulta formal.Atenciosamente,Central de Atendimento daSEF/MG Apesar da redução de 4% não estar elencada nas reduções constantes no Anexo IV (Anexo que regulamenta as reduções de base em MG), verificamos na resposta supracitada que o entendimento da orientação fiscal é que o Bacalhau classificadas nas NCMs citadas, desde que importadas do exterior, tem como alíquota de 4% para todos os contribuintes (importador, distribuidor, supermercados etc.), de outra forma lembramos que as resposta realizada pelo plantão fiscal da Receita não tem caráter definitivo podendo mudar a qualquer momento  seu entendimento.Para aqueles que optarem por um entendimento contrário a tributação a 4%, orientamos que o Bacalhau quando passado por um processo de salga e/ou secagem não configura peixe em estado natural assim deverá ser tributado à alíquota de 18%. CRÉDITOS DE ICMS DE AQUISIÇÕES INTERESTADUAIS

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Nas aquisições interestaduais de Peixes, mesmo constando o destaque de 12% na NF de aquisição o crédito fica limitado a 7% por força do item 19.4 do Anexo IV e do Inciso I Art. 70 Parte I ambos do RICMS/MG.Sabendo também que muitos Estados concedem benefícios fiscais em desacordo com a regulamentação do CONFAZ, de forma que nem sempre o imposto destacado no documento fiscal é o efetivamente pago pelo Fornecedor, assim nestes caso o fisco mineiro proíbe o aproveitamento do credito não pago pelo fornecedor, conforme abaixo: 1) BAHIA:PRODUTO:Peixes e crustáceos, processados ou conservados e conservas de peixes e crustáceos.CREDITO ADMITIDO: 1,2% s/ BC NF emitida pela indústria a partir de 31/12/99 2) RIO GRANDE DO SUL:PRODUTO: Peixes, (exceto adoque, bacalhau, congrio, merluza, pirarucu e salmão), crustáceos e moluscos, industrializados, de produção própria.CREDITO ADMITIDO: 1,8% s/BC NF emitida a partir de 15/03/2006  TRIBUTAÇÃO DOS CRUSTÁCEOS E MOLUSCOComo verificamos no capitulo inicial da matéria os Crustáceos e Moluscos não podem de nenhuma maneira serem confundidos com a família dos peixes,  desta forma como a legislação tributaria apenas menciona a família dos peixes  para o beneficio da Redução da Aliquota do ICMS, fica atribuído a alíquota de 18% (sem redução de base) para as Saídas internas de Crustáceos e Moluscos. Base Legal: Citados no texto

Disponível em: http://www.solutioncontabilidade.com/artigos_info.php?id=30

A chuva de autuações sobre o SPED, o cenário econômico e os novos projetos ! 2015 chegou…fevereiro 19, 2015 em Geral por Ulisses Brondi1.095 visualizações

INTRODUÇÃO

 Ao longo desses 7 anos de SPED, o cenário mais comum entre os profissionais da área fiscal e contábil era o da desconfiança e preocupação com as fiscalizações dos arquivos enviados ao Fisco, já que toda particularidade trazida pelo Decreto 6.022, de 22 de janeiro de 2007, tinha um nível de detalhamento muito mais amplo do que o normalmente exigido.

Este momento já passou, porém, a incerteza virou realidade e o que mais temos nos dias de hoje são empresas despendendo de grande energia em suas áreas fiscais, para atender o que podemos chamar de “momento 1” da Fiscalização SPED, validando e consistindo dados.

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Na maioria dos casos, o conteúdo fiscal/tributário não tem sido avaliado, por conta da péssima qualidade dos arquivos entregues pelos contribuintes, ficando isso então para um segundo momento.

Na nossa visão, isso ocorre por uma série de fatores, os quais detalharei abaixo:

- Soluções Fiscais que não atendem à legislação brasileira;

- Erros de parametrização (CFOP, CST, Conta Contábil, XML e etc.);

- Falta de mapeamento e certificação, no momento Projeto SPED;

- Falta de manutenção de Cadastros (mercadoria e fornecedores);

- Profissionais com falta de visão estratégica e técnica;

- Pouco incentivo e capacitação;

- Falta de processos para solucionar erros apontados por ferramentas de Auditoria Eletrônica.

 Governo Federal apostará na fiscalização de Empresas para aumentar a arrecadação

 Não é novidade que os problemas e escândalos envolvendo empreiteiras e petrolíferas no País estão assustando os investidores e as próprias empresas multinacionais, desaquecendo o nível de confiança para maiores investimentos em 2015.

Pois bem, o que isso influencia no SPED, e-Social e outros? Tudo! Essa é uma das grandes motivações da chuva de autuações do Fisco, nos últimos 6 meses.

O que tem se avaliado? Vejamos alguns exemplos:

- EFD Contribuições:

a) Arquivos que foram em branco por problemas de integração com a solução fiscal e agora estão sendo exigidas as devidas correções e inserções em prazos extremamente apertados;

b) Ausência de escrituração do Bloco A (Serviço Tomado e Prestado);

c) Alíquotas de produtos em regime monofásico;

d) Erros de escrituração no Bloco F.

  SPED FISCAL:

a) Conferências de XML não escriturados no SPED, apontadas como um forte indício de sonegação;

b) Glosa de crédito de ICMS e IPI, por NCM inválida ou incorreta;

c) Erros no preenchimento do CIAP;

d) Falta de conversão das unidades de medida;

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e) Conferência entre SPED x GIA, DAPI, GIM, DCTF e outras.

 Corroborando com este artigo, o Ministro Manoel Dias, em entrevista aos meios de comunicação na semana passada, falou sobre a crise e afirmou que o Governo Federal irá ampliar de 200 mil para 800 mil as empresas sob fiscalização. Tudo sem o Auditor ter de sair do escritório, ele afirma (http://hojenoticias.com/blog/politica/mais-impostos-governo-federal-apostara-na-fiscalizacao-de-empresas-para-aumentar-a-arrecadacao).

 

Se Planejar é preciso

Pensando neste momento, porque não utilizarmos os meios mais apropriados para não passarmos por esse verdadeiro caos de fiscalização daqui a 3 ou 4 anos? Listamos então algumas boas práticas para o e-Social, ECF e Bloco K:

- Revisar as obrigações acessórias que darão subsídios ao envio das informações para o e-Social, Bloco K e ECF;

- Cadastro de materiais, cargos/ocupação (e-Social) e participantes terão uma forte influência nos novos Projetos;

- Investir em fornecedores de meio, ou seja, que não estejam ligados a T.I e a própria empresa, com expertise em Gerência de Projeto e capacidade de auditar antes de entregar;

- Revisão/ auditoria dos processos;

- Capacitação das equipes;

- Se antecipar ao Fisco, pois esperar a publicação do layout oficial pode ser um erro fatal.

Veja o depoimentos de nossos líderes de projeto em entrevistas recentes:

Segundo a Coordenadora dos Projetos de e-Social na ASIS Projetos, Juliana Gonzaga, “as empresas, com o advento do e-Social têm um desafio interno de adequação de processos e de sua cultura organizacional, principalmente no que tange às atividades voltadas para as áreas de Recursos Humanos e Segurança e Medicina do Trabalho. Nossa função é auxiliar o Cliente nesse momento para que, quando em vigor, a publicidade que será dada às suas informações chegue aos Órgãos Governamentais em conformidade com os procedimentos legais exigidos.”

De acordo com o Gerente de Projetos SPED Gustavo Prado, “As empresas que não trabalham de acordo com a legislação ficarão muito expostas com a escrituração do Livro Registro de Controle da Produção e do Estoque (P3), na EFD ICMS/IPI. Apesar da grande diminuição de procedimentos irregulares com a informatização das obrigações acessórias, ainda existem empresas que utilizam-se de subterfúgios para sonegação de tributos. Podemos citar como exemplos a aquisição de mercadorias sem documento fiscal, utilização de documentos fiscais subfaturados (meia nota) ou até mesmo a utilização do mesmo documento fiscal para realização de diversas operações.

Fica a dica, o momento é de se antecipar!

Ulisses Brondi de Almeida Prado

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Sócio / Diretor de ProdutosASIS Projetos

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Da nova hipótese de incidência do ISS para as sociedades de profissionais com características empresariais

Da nova hipótese de incidência do ISS para as sociedades de profissionais com características empresariais, à luz da Lei nº 5.739/2014, e a ilegalidade da cobrança retroativa do

impostoA edição daLei nº 5.739/2014, que alterou o Código Tributário do Município do Rio de Janeiro (Lei nº 691/84), trouxe consideráveis modificações à tributação do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) para as sociedades constituídas de profissionais para o exercício de medicina, enfermagem, fonoaudiologia, medicina veterinária, contabilidade, agenciamento da propriedade industrial, advocacia, engenharia, arquitetura, agronomia, odontologia, economia e psicologia, que prestem serviços em nome da sociedade.

Importa esclarecer que as sociedades compostas por tais profissionais (também denominadas de uniprofissionais) são beneficiadas por uma tributação diferenciada/reduzida, que consiste na apuração do imposto com base em alíquotas fixas ou variáveis aplicáveis em relação a cada profissional habilitado, sócio, empregado ou não, que preste serviços em nome da sociedade e assuma responsabilidade pessoal pelos serviços prestados, conforme previsto noart. 9º, §1º c/c §3º, do Decreto-Lei nº 406/68:

"Art. 9. A base de cálculo do imposto é o preço do serviço.§ 1º Quando se tratar de prestação de serviços sob a forma de trabalho pessoal do próprio contribuinte, o imposto será calculado, por meio de alíquotas fixas ou variáveis, em função da natureza do serviço ou de outros fatores pertinentes, nestes não compreendida a importância paga a título de remuneração do próprio trabalho.§ 3º Quando os serviços a que se referem os itens 1, 4, 8, 25, 52, 88, 89, 90, 91 e 92 da lista anexa forem prestados por sociedades, estas ficarão sujeitas ao imposto na forma do § 1º, calculado em relação a cada profissional habilitado, sócio, empregado ou não, que preste serviços em nome da sociedade, embora assumindo responsabilidade pessoal, nos termos da lei aplicável."

Objetivando esmiuçar a aplicabilidade da aludida tributação especial já regulamentada pelaLei nº 3.720/2004, foi recentemente promulgada a referidaLei nº 5.739/2014, que teve por enfoque restringir ainda mais a tributação privilegiada do ISS apenas às sociedades civis que, em suma, não se caracterizem como sociedades empresariais.

Para tanto, aLei nº 5.739/2014e suas respectivas regulamentações, especificaram ainda mais as hipóteses previstas naLei nº 3.720/2004, em que as sociedades constituídas pelos referidos profissionais serão consideradas empresariais para fins fiscais, desenquadrando-as, assim, do conceito de sociedade uniprofissional e, em paralelo, buscando impedi-las de gozar do correspondente aproveitamento da tributação privilegiada do ISS.

De acordo com a referida legislação, e para fins de incidência do aludido desabono fiscal às sociedades dessa natureza, serão consideradas empresárias as sociedades que: (i) todos os sócios não possuam a mesma habilitação; (ii) os serviços não se caracterizem como trabalho pessoal dos sócios; (iii) tenham como sócio pessoa jurídica e/ou sócio que apenas aporte recursos ou administre a sociedade; (iv) exerçam o comércio; (vi) terceirizem ou repassem a terceiros quaisquer serviços relacionados a sua atividade-fim; (vii) o contrato social seja registrado

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no Registro Público de Empresas Mercantis (JUCERJA) e não sejam constituídas sob forma de sociedade simples pura, (viii) dentre outros tantos.

Com base nessas premissas é que a Municipalidade do Rio de Janeiro poderá buscar a cobrança do imposto das respectivas sociedades civis que a Fiscalização Carioca eventualmente entender que se enquadrem na condição de sociedade empresária, na forma como delimitado pelaLei nº 5.739/2014.

E é justamente a caracterização da sociedade como empresária (ou não), que definirá se a mesma poderá valer-se (ou não) da tributação especial instituída pelo noart. 9º, §1º c/c §3º, do Decreto-Lei nº 406/68, às sociedades uniprofissionais.

Logo, é possível, e até mesmo provável, que com a edição da referidaLei nº 5.739/2014, sobrevenham autuações fiscais pelo Município do Rio de Janeiro objetivando a cobrança do ISS das sociedades uniprofissionais que venham a ser desenquadradas de tal conceituação, por serem consideradas de natureza empresarial.

Na hipótese de ocorrer o referido desenquadramento da sociedade uniprofissional pela Fiscalização - o que também é passível de discussão em razão de peculiaridades que podem revestir a natureza jurídica da sociedade -, há que se esclarecer que a eventual cobrança retroativa do imposto pelo Município do Rio de Janeiro com base nos novos critérios trazidos pelaLei nº 5.739/2014, que introduziu nova hipótese de incidência tributária, violará oartigo 150, inciso III, alíneas "a" e "b", da Constituição Federal de 1988, bem como aosartigos 105,144e146, do Código Tributário Nacional, que vedam a cobrança de tributos sobre fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído (princípio da irretroatividade da lei tributária). Por essa razão, qualquer ato administrativo do Município do Rio de Janeiro que objetive a cobrança de tais créditos tributários será inconstitucional e ilegal.

Para esta mesma finalidade de ver recolhido o imposto de forma retroativa, mas sem a necessidade de que sejam lavradas autuações fiscais pela fiscalização carioca, aLei nº 5.739/2014concede aos contribuintes a opção de confissão da suposta dívida para pagamento de créditos tributários de ISS e multas eventualmente decorrentes, relativos a fatos geradores vencidos - com atrativos benefícios (anistia de até 85%).

Aí, muito provavelmente, está o objetivo capital daLei nº 5.739/2014, ou seja: oferecer supostos benefícios para que o contribuinte acabe por arcar com o pagamento de imposto pela falsa percepção de estar fazendo um ótimo 'negócio' junto ao Município do Rio de Janeiro, diante dos atrativos benefícios que lhe são apresentados (elevadas remissões e anistias).

Ocorre, contudo, que esse cenário de confissão de dívida também implica na cobrança retroativa de créditos tributários de ISS, o que viola àConstituição Federal de 1988e oCódigo Tributário Nacional, razão pela qual a dita confissão de dívida importa, em última análise, no pagamento de créditos tributários manifestamente indevidos, o que, portanto, é desaconselhado.

Com relação à cobrança do ISS pela Municipalidade Carioca relativamente aos fatos geradores futuros, por outro lado, faz-se necessário que as sociedades uniprofissionais não tenham características de sociedade empresária para que possam se valer da tributação beneficiada do imposto na forma doDecreto-Lei nº 406/68. Do contrário, i.e., caso tenham características empresárias, as ditas sociedades de profissionais estarão sujeitas ao pagamento do imposto tendo como base de cálculo o total das receitas auferidas no mês de referência pela alíquota de 5% (cinco por cento), o que representará um significativo aumento em sua carga tributária.

Assim, verifica-se, em suma, que essa nova hipótese de incidência fiscal do ISS para as sociedades constituídas pelos profissionais em voga está intrinsecamente atrelada à efetiva caracterização da sociedade como empresária ou não.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ), por seu turno, já se manifestou e definiu que as sociedades de profissionais constituídas por cotas e com responsabilidade limitada são empresariais, não podendo se valer, assim, do benefício fiscal previsto noDecreto-Lei nº 406/68, conforme se extrai dos julgamentos abaixo:

"A jurisprudência das duas Turmas que compõem a Primeira Seção é uniforme no sentido de que o benefício da alíquota fixa do ISS somente é devido às sociedades unipessoais integradas por profissionais que atuam com responsabilidade pessoal, não alcançando as sociedades empresariais, como as sociedades por quotas cuja

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responsabilidade é limitada ao capital social." (STJ - EDcl no AREsp 425635/PE - DJe 16/12/2013)"A orientação da Primeira Seção/STJ pacificou-se no sentido de que o tratamento privilegiado previsto no art. 9º, §§ 1º e 3º, do Decreto-Lei 406/68 somente é aplicável às sociedades uniprofissionais que tenham por objeto a prestação de serviço especializado, com responsabilidade pessoal dos sócios e sem caráter empresarial. Por tais razões, o benefício não se estende à sociedade limitada, sobretudo porque nessa espécie societária a responsabilidade do sócio é limitada ao capital social (AgRg nos EREsp 1182817/RJ, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, DJe 29.8.2012)." (STJ - AgRg no AREsp 420198/PR - DJe 10/12/2013)"A sociedade civil, ainda que composta por médicos, faz jus ao benefício previsto no art. 9º, § 3º, do DL 406/68, apenas se prestar serviço especializado, com responsabilidade pessoal e sem caráter empresarial." (STJ - AgRg no REsp 1132677/MG - DJe 15/02/2013)

De acordo com o aludido entendimento do STJ sobre a questão, tem-se que o referido benefício fiscal concedido peloDecreto-Lei nº 406/68não se estende às sociedades compostas por tais profissionais cuja responsabilidade seja limitada, na medida em que tal constituição societária vai de encontro ao que prevê o §3º doart. 9º, do referido Diploma legal, que expressamente condiciona o aproveitamento do referida tributação privilegiada à assunção de responsabilidade pessoal (e não limitada) pelos profissionais/sócios da sociedade.

Portanto, necessário se faz avaliar a documentação pertinente das sociedades dessa natureza para avaliar se as mesmas possuem características empresariais ou não para fins de aproveitamento da alíquota fixa e reduzida do ISS.

Diante disso, a fim de analisar eventuais riscos fiscais para a respectiva sociedade de profissionais, entendemos imprescindível a avaliação de cada caso isoladamente com o propósito de apurar se a respectiva sociedade de profissionais se enquadra no conceito legal de sociedade uniprofissional ou de sociedade empresarial, definindo-se, com isso, a que tipo de tributação a mesma estará sujeita e, ainda, a melhor estratégia jurídica a ser adotada para proteger os interesses da sociedade.

 Leonardo Tavares Dias

Advogado, sócio fundador do escritório Tavares Dias Advogados; Graduado pela Pontifícia Universidade Católica (PUC/RJ); Especializado em Direito Financeiro e Tributário pela Universidade Federal Fluminense (UFF); Especializado em Direito Desportivo pela Universidade Cândido Mendes (UCAM).

 Fonte: FISCOSOFT

Receita não pode quebrar sigilo bancário sem autorização judicial, diz TRF-3

21 de fevereiro de 2015, 8h30Por   Felipe Luchete Embora existam regras permitindo que autoridades fiscais tributárias acessem dados de contribuintes em instituições financeiras, quebrar o sigilo bancário sem autorização judicial viola o direito à intimidade e à vida privada garantidos pela Constituição Federal. Com esse entendimento, a 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região anulou atos de uma autuação da Receita Federal contra uma empresa de transpores de São Paulo.

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A companhia foi multada em cerca de R$ 3,2 milhões por presunção de omissão de receitas e foi intimada, em 2012, a comprovar a origem de valores movimentados em conta-correntes. Os advogados Rubens Contador Neto e Gustavo Cambauva, do escritório Cambauva & Contador, apresentaram então Mandado de Segurança alegando que o Fisco conseguiu extratos bancários diretamente com instituições financeiras.A Receita disse que o acesso a movimentações é correto, autorizado pelo Decreto 3.724/2001, que regulamentou o artigo 6º da Lei Complementar 105/2001, e pela Portaria 180, do mesmo ano. Todas as normas autorizam que o delegado das Delegacias da Receita Federal solicite lançamentos aos bancos quando o exame dos documentos é essencial ao trabalho de auditoria.

O juiz federal Ciro Brandani, convocado para atuar na turma, reconheceu a existência das normas. Apesar disso, julgou que o sigilo bancário só pode ser violado em casos excepcionais e quando autorizado pela Justiça. “Não se veda, em absoluto, à Administração Pública a investigação e apuração de eventuais ilícitos cometidos, desde que sob o crivo do Poder Judiciário, que avaliará a necessidade da medida”, afirmou, sendo acompanhado por unanimidade.

Seguindo o SupremoO entendimento ainda é controverso pelo país, inclusive no próprio TRF-3. A 1ª Turma da corte, por exemplo, já adotou tese contrária, com base na Lei Complementar 105/2001. No caso analisado, porém, o relator apontou decisão do Supremo Tribunal Federal, que ao analisar Recurso Extraordinário considerou inconstitucional a quebra do sigilo bancário por requisição exclusiva da autoridade administrativa (RE 389.808).Ainda estão pendentes no STF análises definitivas em Ações Diretas de Inconstitucionalidade sobre o tema, como aponta o juiz federal. Ele escreveu ainda que o ato do Fisco não anula toda a ação fiscal, pois prevalecem atos que tiveram outras origens, além dos dados bancários.

Clique aqui para ler o acórdão.Processo: 0015152-82.2012.4.03.6100Felipe Luchete é repórter da revista Consultor Jurídico.

Revista Consultor Jurídico, 21 de fevereiro de 2015, 8h30

Empresa pode recuperar créditos de bens recebidos em devolução

18 de fevereiro de 2015

Entende-se que bens recebidos em devolução caracterizam-se por aqueles que foram recebidos a titulo de devolução de venda, cuja receita tenha integrado o faturamento do mês vigente ou anterior sujeito a

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tributação de PIS e Cofins. Como previsto na legislação brasileira, os valores referentes à devolução de vendas podem ser abatidos da base de calculo do PIS e da Cofins tanto pelas empresas sujeitas ao regime cumulativo, quanto ao regime não-cumulativo.

De acordo com a solução de consulta 526 de 13 de Novembro de 2007 da Secretaria da Receita Federal, o conceito de “vendas canceladas” para fins de identificação de receitas a excluir da base de cálculo da COFINS, corresponde à anulação de valores registrados como receita bruta de vendas e serviços, implicando ocorrência de devolução das mercadorias anteriormente vendidas. Portanto, esses cancelamentos de vendas não devem ser confundidos com clientes inadimplentes, pois os bens retornam ao estoque da empresa como devoluções.

Segundo a previsão dos artigos 3º, incisos VIII, das Leis 10.637/2002 e 10.833/2003, do valor a pagar, a pessoa jurídica poderá descontar créditos referentes a esses bens recebidos em devolução quando ainda não tenham sido considerados para a redução da base de cálculo em outras oportunidades. Será o crédito determinado mediante a aplicação das alíquotas incidentes na venda sobre o valor ou unidade de medida, conforme o caso, dos produtos vendidos e depois devolvidos no mês.

Para a apuração, será necessário identificar se os bens de fato foram recebidos a título de devolução e se a receita desses realmente integrou o faturamento do mês vigente ou passado. Logo depois da confirmação haverá a checagem para saber se os valores foram incluídos na base de cálculo de PIS e COFINS para aproveitamento de crédito e quando esse valor for calculado é necessário que seja feita a retificação DACON ou na EFD contribuições, com o fim de solicitar os créditos de tributos pagos a maior.

Sendo de desconhecimento de muitas empresas, os bens recebidos em devolução não são totalmente uma perda para essas, pois desses bens devolvidos podem ser recuperados uma quantia significativa do que foi pago a título de contribuição de PIS/COFINS.

Fonte: ConJur

OS 10 MAIORES ERROS COMETIDOS NOS REGISTROS DE FRETE NO SISCOSERV

1 – Importador registrar aquisição de frete em importação PREPAID, que não deva ser registrada;2 – Importador não registrar aquisição de frete em importação COLLECT que deva ser registrada;3 – “Trading” registrar aquisição de frete em operação de importação por conta e ordem;4 – Adquirente em operação por conta e ordem não registrar a aquisição de frete;5 – Atrelar o momento do registro à data de fechamento do câmbio;6 – O exportador registrar como venda de frete o frete adquirido em operação de exportação (exportador jamais vende frete);7 – Agente de cargas registrar aquisição e venda de frete, quando na verdade é mero agenciador, dizendo ao importador/exportador que ele não precisa registrar esta operação (este é um dos erros mais graves, deixando o pior passivo aos importadores/exportadores, que é a multa cumulativa de R$ 500,00 a R$ 1.500,00 por mês de atraso por registro não feito);8 – Importador/Exportador registrar a NBS 1.0607.10.00 como se fosse a NBS correta para frete mais despesas de origem (isto não existe). A NBS 1.0607.10.00 só pode ser registrada por quem vende um serviço típico de apoio aos transportes, ou seja, exemplificadamente, os agentes de cargas.

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9 – Importador/Exportador registrar “reembolso de despesas”. Primeiramente vale lembrar que não existe NBS para reembolso de despesas. As despesas de origem compõem o valor do frete. Segundo que a natureza de câmbio de reembolso de despesas não existe também.10 – Registrar cada um dos itens do campo “other charges”, quando estes valores não devem ser registrados separadamente, mas sim dentro do valor do frete, fazendo com que os importadores/exportadores gastem muito mais pelos registros feitos desnecessariamente, além do risco evidente de multas.

Os itens daquele campo, tais como gastos com combustível, raio x, manuseio, etc., compõem o valor do frete e jamais devem ser segregados e registrados separadamente. Alias qual a NBS para aquisição de combustível, que é um bem tangível e não intangível ?!

Por outro lado se estivermos diante de uma importação EXW, a análise do campo “other charges” é importante para indicar a contratação de um frete multimodal e não marítimo ou aéreo como sugere o contrato de transporte.

Canal Aduaneiro

Simples Nacional: Alterado os procedimentos para o contencioso administrativo do Auto de Infração e Notificação Fiscal18 fev 2015 - Simples Nacional

A Portaria CGSN/SE nº 39/2015 - DOU 1 de 18.02.2015, alterou a Portaria CGSN/SE nº 22/2013, que define os procedimentos para registro das fases e resultados do contencioso do Auto de Infração e Notificação Fiscal (AINF) emitido por meio do Sistema Único de Fiscalização, Lançamento e Contencioso (Sefisc), de que tratam os arts. 78 e 79 da Resolução CGSN nº 94/2011.

Entre as alterações destacamos:

a) na hipótese de AINF lavrado por Estado, Distrito Federal ou Município, com a utilização de um dos formulários-padrão constantes do Anexo Único à Portaria CGSN/SE nº 22/2013, para o ente federado informar ao Escritório Regional do Simples Nacional em São Paulo, a quem caberá efetuar o registro no Sefisc: a apresentação de questionamento parcial de 1ª instância; a apresentação de questionamento nas demais instâncias; os resultados (decisões) de quaisquer instâncias; e a ocorrência de outras informações processuais que possam alterar a exigibilidade do crédito tributário exigido pelo AINF, relacionadas no Formulário 3 do Anexo Único da mesma norma. Nessa hipótese, os formulários mencionados devem ser:

a.1) preenchidos com as informações necessárias, mantendo-se o formato de planilha eletrônica do BrOffice (extensão.ods);

a.2) assinados digitalmente por usuário do ente federado habilitado no perfil "Preparador" do Sefisc;

a.3) identificados por um nome de arquivo padronizado composto sequencialmente do:

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a.3.1) Identificador do Ente: sigla da UF para Estados/DF e nome do município (sem espaço) para Municípios;

a.3.2) Identificador do AINF: número do AINF sem formatação (somente dígitos);

a.3.3) Identificador do Evento:

 

Q1 Questionamento de 1ª InstânciaQ2 Questionamento de 2ª InstânciaQ3 Questionamento de 3ª InstânciaRA1 Resultado de Apreciação de 1ª InstânciaRA2 Resultado de Apreciação de 2ª InstânciaRA3 Resultado de Apreciação de 3ª InstânciaOIi Outras Informações "i" (onde "i" representa um número sequencial)

a.3.4) encaminhados ao endereço eletrônico [email protected];b) para a assinatura digital referida na letra “a.2” deve ser utilizada a funcionalidade disponibilizada pela própria planilha eletrônica.

Fonte: IR-Consultoria

STF julga incidência de ITBI sobre imóveis integralizados a empresa O Supremo Tribunal Federal analisa se o processo que discute o alcance da imunidade prevista na Constituição Federal para o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) para as propriedades integralizadas ao capital de pessoas jurídicas terá ou não repercussão geral. A dúvida é se o imposto deve incidir sobre os valores que excederem o capital social. A isenção do imposto está prevista no artigo 156, parágrafo 2º, inciso 1º, da Constituição.

O caso chegou ao Supremo por meio de um recurso proposto pela Usframa Participações Societárias contra o município de São João Batista, em Santa Catarina. É que a Secretaria de Fazenda daquela cidade se negou a emitir o guia de recolhimento do ITBI referentes aos imóveis integralizados ao capital da empresa com a imunidade total. Justificou a medida no fato de o valor das propriedades excederem em muito o capital social.

A empresa buscou a Justiça. A primeira instância acolheu o pedido da empresa. O município recorreu, e a 4ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do catarinense, à unanimidade, reformou a sentença. Para o colegiado, a imunidade prevista na Constituição se restringe ao valor do imóvel suficiente à integralização do capital social. Em outras palavras: o tributo incide sobre o valor do imóvel incorporado que exceder o limite do capital social a ser integralizado ou da própria cota do sócio respectivo.

A companhia apresentou embargos declaratórios, mas não foram providos. Ela, então, foi ao Supremo. No recurso extraordinário, alegou “não haver, na Carta Magna, qualquer limitação no tocante à observância

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da imunidade do ITBI na realização de capital, não podendo o Fisco nem o Poder Judiciário restringir a incidência sob pena de ofensa ao princípio da legalidade”.

A empresa disse que a decisão da secretaria de São João Batista gera insegurança jurídica já que outro município catarinense tem reconhecido a imunidade sem qualquer ressalva. E concluiu pedindo que a matéria seja julgada sob o rito da repercussão geral, tendo em vista a importância da discussão. O caso foi distribuído ao ministro Marco Aurélio (foto), que acolheu o pedido.

“Eis tema a reclamar o crivo do Supremo, definindo-se o alcance da norma, ou seja, cabe ao guarda maior da Lei das Leis elucidar se o dispositivo contempla limitação à imunidade considerado o Imposto de Transmissão Inter Vivos. Pronuncio-me no sentido de ter como configurada a repercussão geral”, votou o ministro.

A decisão de Marco Aurélio foi proferida no último dia 11 de fevereiro. Os demais integrantes do STF têm 20 dias, contados a partir da disponibilização do voto do relator, para se manifestar. A votação é feita por um sistema eletrônico. São necessários pelo menos oito votos para se declarar a repercussão geral de uma ação.

A repercussão geral foi criada pela Emenda Constitucional 45/2004, que promoveu a reforma do Poder Judiciário. Esse filtro permite ao Supremo apreciar o mérito de uma questão considerada relevante. A decisão proveniente dessa análise é aplicada posteriormente pelas instâncias inferiores nos casos idênticos.

Clique aqui para acompanhar a tramitação do recurso.

RE 796.376

Por Giselle Souza

Fonte: Consultor Jurídico.

Capital social

STF julga incidência de ITBI sobre imóveis integralizados a empresa18 de fevereiro de 2015, 19h34

Por   Giselle Souza

O Supremo Tribunal Federal analisa se o processo que discute o alcance da imunidade prevista na Constituição Federal para o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) para as propriedades integralizadas ao capital de pessoas jurídicas terá ou não repercussão geral. A dúvida é se o imposto deve incidir sobre os valores que excederem o capital social. A isenção do imposto está prevista no artigo 156, parágrafo 2º, inciso 1º, da Constituição.

O caso chegou ao Supremo por meio de um recurso proposto pela Usframa Participações Societárias contra o município de São João Batista, em Santa Catarina. É que a Secretaria de Fazenda daquela cidade

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se negou a emitir o guia de recolhimento do ITBI referentes aos imóveis integralizados ao capital da empresa com a imunidade total. Justificou a medida no fato de o valor das propriedades excederem em muito o capital social.

A empresa buscou a Justiça. A primeira instância acolheu o pedido da empresa. O município recorreu, e a 4ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do catarinense, à unanimidade, reformou a sentença. Para o colegiado, a imunidade prevista na Constituição se restringe ao valor do imóvel suficiente à integralização do capital social. Em outras palavras: o tributo incide sobre o valor do imóvel incorporado que exceder o limite do capital social a ser integralizado ou da própria cota do sócio respectivo.

A companhia apresentou embargos declaratórios, mas não foram providos. Ela, então, foi ao Supremo. No recurso extraordinário, alegou “não haver, na Carta Magna, qualquer limitação no tocante à observância da imunidade do ITBI na realização de capital, não podendo o Fisco nem o Poder Judiciário restringir a incidência sob pena de ofensa ao princípio da legalidade”.

A empresa disse que a decisão da secretaria de São João Batista gera insegurança jurídica já que outro município catarinense tem reconhecido a imunidade sem qualquer ressalva. E concluiu pedindo que a matéria seja julgada sob o rito da repercussão geral, tendo em vista a importância da discussão. O caso foi distribuído ao ministro Marco Aurélio (foto), que acolheu o pedido.

“Eis tema a reclamar o crivo do Supremo, definindo-se o alcance da norma, ou seja, cabe ao guarda maior da Lei das Leis elucidar se o dispositivo contempla limitação à imunidade considerado o Imposto de Transmissão Inter Vivos. Pronuncio-me no sentido de ter como configurada a repercussão geral”, votou o ministro.

A decisão de Marco Aurélio foi proferida no último dia 11 de fevereiro. Os demais integrantes do STF têm 20 dias, contados a partir da disponibilização do voto do relator, para se manifestar. A votação é feita por um sistema eletrônico. São necessários pelo menos oito votos para se declarar a repercussão geral de uma ação.

A repercussão geral foi criada pela Emenda Constitucional 45/2004, que promoveu a reforma do Poder Judiciário. Esse filtro permite ao Supremo apreciar o mérito de uma questão considerada relevante. A decisão proveniente dessa análise é aplicada posteriormente pelas instâncias inferiores nos casos idênticos.

Clique aqui para acompanhar a tramitação do recurso.

RE 796.376

Giselle Souza é correspondente da ConJur no Rio de Janeiro.

Revista Consultor Jurídico, 18 de fevereiro de 2015, 19h34

Como o contador pode se preparar para a declaração sobre operação financeira

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Uma das principais obrigações do contador é se preparar para a declaração anual negativa sobre operação financeira

Uma das principais obrigações do contador é se preparar para a declaração anual negativa sobre operação financeira. O documento, referente à ausência de operação financeira que tenha indicativo de lavagem de dinheiro, faz parte da legislação de combate a essa prática que é ilegal, mas, infelizmente, ainda se faz muito presente em nosso país — vide os casos de corrupção que surgiram nos últimos anos, como o Mensalão e, mais recentemente, o escândalo da Petrobras.

Como apenas recentemente tornou-se obrigatória a entrega anual da declaração negativa ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) — apesar de a Lei nº 9.613, que instituiu o combate à lavagem de dinheiro ser de 1998, a aplicação da legislação e seus efeitos práticos são novidade —, algumas dúvidas acerca dos procedimentos que o contador deve realizar, assim como a respeito das implicações de não fazer a declaração, podem surgir. Pensando nisso, no artigo de hoje esclarecemos todos os questionamentos relacionados ao assunto. Confira:

Como se preparar para a declaração

Eis o que o contador precisa saber para se preparar para a declaração anual negativa sobre operação financeira: primeiramente, toda vez que ele se deparar com algum indicativo de irregularidade, deve obrigatoriamente comunicá-la ao Coaf no período de 24 horas. Tais cenários estão previstos na regulamentação de cada setor — no caso dos contadores, pela Resolução Normativa 1.445/2013 do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), seu órgão regulador.

Em caso de operação não resultante de atividades ou negócios usuais do cliente que for considerada suspeita, a mesma deverá ser informada pelo contador, segundo a Resolução do CFC. Nesse tipo de situação, há a obrigatoriedade de o contador comunicar ao Coaf apenas caso ele julgue o evento suspeito. Contudo, em cenários como o de pagamentos em dinheiro vivo, a comunicação é obrigatória.

Se durante todo o ano o contador não identificar as situações descritas acima, entre 1º e 31 de janeiro ele precisa fazer a declaração anual negativa sobre operação financeira para o Coaf.

Implicações caso a declaração sobre operação financeira não seja feita

As punições para o contador que desobedecer as determinações do Coaf e não fizer a declaração sobre operação financeira são pesadas e variam. Ele pode ficar sujeito a multa de até duas vezes o valor da operação ou R$ 20 milhões. Além disso, na legislação há a previsão de cassação ou suspensão da autorização para o exercício de sua atividade. No pior cenário de todos, o corretor pode sofrer pena de reclusão de três a dez anos.

Para não sofrer qualquer tipo de punição, fique atento a todas as determinações do Coaf. Aviso importante: existe a chance de um particular ser criminalmente responsabilizado por omissão de informação de operação que ele considere não ser suspeita mas, segundo análise do poder público, essa operação deve ser entendida como atividade de lavagem de capitais. Por isso, certifique-se de que o documento atende a todas as exigências do órgão regulador antes de fazer a declaração.

Link: Como o contador pode se preparar para a declaração sobre operação financeira Fonte: Sage

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Receita Federal divulga balanço das atividades aduaneiras de 2014

18 de fevereiro de 2015

Melhores índices no grau de fluidez e nos tempos de despacho foram ressaltados pelo Subsecretário Ernani Checcucci

O subsecretário da Subsecretária de Aduana e Relações Internacionais (Suari), Ernani Checcucci, em coletiva à imprensa na manhã desta sexta, 13 de janeiro, apresentou o Balanço Aduaneiro de 2014.

Checcucci começou a coletiva fazendo avaliação de desempenho pelo grau de fluidez nos despachos aduaneiros de importação e exportação. “Sempre abordamos inicialmente a questão, que é de interesse muito grande dos operadores do comércio exterior, no que diz respeito à agilidade com que prestamos os serviços”, contextualizou o subsecretário. Segundo o Subsecretário, em 2014, 83,13% do total dos despachos de importação foram liberados em menos de um dia, o que representa uma melhora da fluidez na importação de 0,43% em relação a 2013 e de 2,43% em relação a 2012. “É um resultado do aperfeiçoamento do nosso modelo de gestão de risco”, afirma Ernani Checcucci. Na exportação o percentual de declarações desembaraçadas em menos de quatro horas melhorou 1,95%, com 95,58% do total dos despachos de exportação liberados em menos de quatro horas.

A Aduana conseguiu reduzir o tempo médio bruto na importação, que é o espaço de tempo do registro da declaração ao seu desembaraço, em 2,38% quando comparada ao tempo em 2014, quando a média foi de 1,64 dia. Já na exportação a redução no tempo foi de 15,20%. O tempo médio bruto nas declarações de exportação é de apenas 0,10 dia.

Quantitativo de declarações

Em 2014, a Receita Federal desembaraçou 3,89 milhões de declarações de operações de comércio exterior, sendo 2,51 milhões de despachos de importação e 1,38 milhão de despachos de exportação. O subsecretário citou que a diminuição percentual, de -2,35% na importações e -1,90% na exportação, reflete a queda no comércio exterior em si, fato que se prenuncia para 2015. “Na Receita Federal os ganhos serão incrementais, em decorrência do processo de gestão de riscos”, garantiu o subsecretário da Suari.

Parametrização e gestão de riscos

A capacidade de conferência no despacho e a gestão de riscos é estratégica para a Receita Federal e para o País. Ernani Checcucci disse que a atuação da Receita Federal é gradativamente mais precisa no que ela seleciona para fiscalização e despachos aduaneiros. O Brasil hoje tem um nível de seletividade, na importação, da ordem de 11,02%, e 9,28% na exportação. “A expectativa é que no médio-longo prazo cheguemos a algo em torno de 5%”, prevê o subsecretário da Suari.

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Ao longo do ano de 2014 foram realizadas 3.110 operações de vigilância e repressão ao contrabando e descaminho. “Houve um acréscimo significativo nos valores das mercadorias apreendidas, na ordem de 50%. Houve um acréscimo também de multas, no valor de 20%”, mencionou o subsecretário Ernani Checcucci.

A apreensão total de mercadorias, nas áreas de fiscalização, repressão, vigilância e controle sobre o comércio exterior (inclusive bagagem), resultou no ano de 2014, no montante de R$ 1,80 bilhão. As fiscalizações da Aduana não se restringem à zona primária, tanto que das 4.039 ações fiscais, 1.454 foram auditorias posteriores ao despacho e 1.783 foram diligências fiscais. Destaque para o grau de eficácia para a seleção de autorias. O índice superou a meta projetada em 91%.

Controle e Fiscalização Aduaneira

As fiscalizações da Aduana não se restringem à zona primária, tanto que das 4.039 ações fiscais, 1.454 foram auditorias posteriores ao despacho e 1.783 foram diligências fiscais. Destaque para o grau de eficácia para a seleção de auditorias. O índice superou a meta projetada em 91%.

O total de créditos tributários, no entanto, foi menor. “O número de autuações aumentou, mas o valor total de lançamentos é decorrente da infrações detectadas. Esse número foi menor em 2014 porque os tipos das infrações foram reduzidas em relação a 2013″, avaliou o subsecretário.

Remessas Expressas (“courriers “) e Remessas Postais (Correios)

São as vias dos produtos de comércio eletrônico cada vez mais utilizadas. Remessas expressas são documentos ou encomendas internacionais transportadas, por via aérea, por empresa de transporte expresso internacional, porta a porta. “Temos um sistema informatizado, que faz o acompanhamento”, destacou o subsecretário. Ingressaram 1.896.264 unidades neste serviço, 48% do total na modalidade “documento”. No tocante às Remessas Postais Internacionais (RPI), a Receita Federal realizou o pro-cessamento de 21,58 milhões de remessas na importação, o que representa um crescimento de 3,7% em relação ao ano de 2013.

Controle de bens e viajantes

Checcucci explicou que 2014 foi um ano atípico devido ao grande evento que foi a Copa do Mundo. Os aeroportos internacionais tiveram a movimentação de 20,23 milhões de passageiros sujeitos à fiscalização aduaneira. Mais de 55 mil passageiros por dia se deslocaram pelas unidades da Receita Federal em aeroportos internacionais.

Entre as principais iniciativas da Receita Federal na conjuntura de grandes eventos, merecerem destaque os projetos de aperfeiçoamento do controle aduaneiro de viajantes.

Foram realizadas, por meio da declaração eletrônica e-DBV, nos modais terrestre, marítimo e aéreo, aproximadamente 32 mil declarações, com o valor dos bens declarados em R$ 2,4 bilhões. Em 2014, a Receita Federal também disponibilizou para download a nova versão do App Viajantes da Receita Federal, na qual os viajantes têm acesso ao módulo da forma “embarcada” da e-DBV, ou seja, na qual a declaração de bens poderá ser preenchida, em smartphones ou tablets, sem a necessidade de conexão com a internet. Desta forma, os passageiros podem preencher os dados da declaração e calcular o imposto devido durante o voo. A conexão com a internet será necessária apenas na hora de transmitir a declaração à Receita Federal. “Tem tido uma procura maior, mais automática pelo próprio viajante, na regularização espontânea, porque houve uma facilidade no processo. Oferecemos sistema, oferecemos o aplicativo, oferecemos a possibilidade de pagar no cartão de débito, então isso facilita a vida do viajante”, explica os números expressivos o subsecretário da Suari.

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Clique aqui para ler o Balanço Aduaneiro de 2014.

Fonte: Receita Federal do Brasil

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