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ÍNDICE
PAIS 8
SOCIEDADE 8
3. DADOS HISTÓRICOS 9
8.1.Princípios Norteadores da Educação 27
27
11.2. Educação Inclusiva 52
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 69
PERFIL DO EDUCANDO 70
CARACTERIZAÇÃO DO CURSO 70
Direção 72
Professor Pedagogo 72
CONCEPÇÃO, CONTEÚDOS E SEUS RESPECTIVOS ENCAMINHAMENTOS
METODOLÓGICOS 73
CONTEÚDOS 89
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 126
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 140
CONTEÚDOS BÁSICOS 140
Esporte 140
Coletivo 140
Ginástica 140
Rítmica 140
Jogos e brincadeiras 140
Cantigas de roda e tabuleiro 140
Dança 140
Criativa 140
Luta 140
Capoeira 140
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 140
CONTEÚDOS BÁSICOS 140
1
Esporte 140
Coletivo 140
Ginástica 140
Geral 140
Jogos e brincadeiras 140
Populares e tabuleiro 140
Dança 140
Circulares 140
Luta 140
Capoeira 140
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 140
CONTEÚDOS BÁSICOS 140
Esporte 140
Coletivo e radicais 140
Ginástica 140
Circense 140
Jogos e brincadeiras 140
Tabuleiro e cooperativos 140
Dança 140
Criativa 140
Luta 140
Capoeira 140
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 140
CONTEÚDOS BÁSICOS 140
Esporte 140
Coletivo 140
Ginástica 140
Ginástica de academia 140
Jogos e brincadeiras 140
Tabuleiro e dramáticos 140
Luta 140
Capoeira 140
2
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO 140
AVALIAÇÃO: Critérios, Instrumentos e Recuperação de Estudos 141
Educação Física - Fase II e Ensino Médio 142
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 143
CONTEÚDOS BÁSICOS 143
Esporte 143
Coletivo 143
Ginástica 143
Ginástica Geral 143
Jogos e brincadeiras 143
Jogos de tabuleiro 143
Jogos cooperativos 143
Dança 143
Danças Criativas 143
Luta 143
Capoeira 143
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO 143
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO 155
INTRODUÇÃO À FÍSICA 173
MECÂNICA 173
FÍSICA TÉRMICA 173
ONDULATÓRIA 173
Natureza ondulatória e quântica da luz. 174
ÓPTICA 174
ELETRICIDADE E MAGNETISMO 174
A Lei de Coulomb. 174
O campo elétrico. Potencial elétrico. 174
ENERGIA 174
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO 178
3
1. APRESENTAÇÃO
Conforme a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96 a
educação brasileira deve ser laica, gratuita e de qualidade conforme abaixo:
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o
saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas
de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extra-escolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
Além disso, a mesma lei observou outros dois princípios a serem considerados
na gestão democrática:
...a participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola
e a participação das comunidades escolares e local, em conselhos escolares e equivalentes
(Conferencia Nacional da Educação Básica, 2008).
Este documento, elaborado a partir dessas orientações, não se resume no
cumprimento de uma norma burocrática, mas é o resultado de uma ação coletiva na busca
pela maior qualidade no ensino deste colégio.
O que se pretende na escola pública é uma educação crítica que proporcione
redução da desigualdade social, com ênfase no trabalho coletivo de toda a comunidade
educativa, por meio de uma postura reflexiva e de respeito à diversidade.
É importante ressaltar que o fundamental nesta proposta é que ela realmente
se efetive na prática cotidiana de todos os envolvidos com a escola e que não se torne apenas
um documento para atender a orientação de ordem burocrática e por essa razão o projeto
5
político pedagógico vem sendo continuamente reformulado para propor novos caminhos para
efetivação de uma escola pública de qualidade.
Ao conceber uma prática de construção coletiva o que se pretende com este
Projeto Político Pedagógico é defender uma escola pública de qualidade. Portanto, nossa
reflexão será contínua na busca por uma prática pedagógica que leve à formação humanista e
que se configure em um planejamento coletivo.
6
2.IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
Colégio Estadual Vital Brasil – Ensino Fundamental e Médio
Código: 00174
Endereço : Rua Marechal Deodoro, 865 – zona 07
Telefone/ fax: 44-3227-3314
Município: Maringá - Código: 1530
Dependência Administrativa: _______________________
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Ato de autorização do Colégio:
Resolução nº 1379/75 de30/12/1975
Ato de reconhecimento do Colégio:
Resolução nº 2846/81 de 30/12/1981
Ato da renovação do reconhecimento do Colégio:
Resolução nº 1778/03 de 29/07/2008
Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar: nº471/2003 de 20/11/2003.
Localização do Colégio:
( X ) Urbana
( ) Rural – Ilhéus ( )
Indígena ( )
Itinerante ( )
Quilombolas ( )
Do Campo ( )
Site do Colégio: mgavitalbrasil.seed.pr.gov.br
e-mail: [email protected]
7
ORGANOGRAMA
8
CONSELHO ESCOLAR
DIREÇÃO
Conselho
de classeA.P.M.F.
Secretaria
Agente
Educacional II
PROFESSORES
Agente
Educacional I
PAIS
SOCIEDADE
Professor
Pedagogo
Grêmio
N.R.E.
S.E.E.D.
3. DADOS HISTÓRICOS
O Colégio Estadual Vital Brasil localiza-se na rua Marechal Deodoro, 865 –
zona 07. Teve início em fevereiro de 1960, com a nomenclatura de Escola Normal Regional
Noturna para atender a alunos maiores de 18 anos, no período noturno. Essa escola
funcionava como extensão da Escola Normal Regional “Eduardo Claparèd”, mas sem um
local determinado para seu funcionamento teve início no Grupo Escolar “Dr. Osvaldo Cruz”,
cedida pela direção 03 salas de aula à noite.
Em 15 de junho de 1960 foi indicada para Direção da Escola Normal Regional
Noturna a professora France Luz, pela Portaria 8297/90 e como Secretária a professora Orieta
Luz.
Em 1961 houve mudança na nomenclatura, passando a denominar-se Escola
Normal Regional Noturna Vital Brasil. A escolha do nome Vital Brasil foi determinado por
Curitiba, passando a funcionar no Grupo Escolar Visconde de Nácar, atual Colégio Estadual
Dr. José Gerardo Braga.
No ano de 1962, a Escola Normal Regional Vital Brasil passou a funcionar nas
salas recém construídas pelo Instituto Filadélfia mudando assim sua denominação para Escola
Normal Ginasial Vital Brasil.
No ano de 1963 a escola perdeu o espaço físico tendo que procurar outro
estabelecimento oficial para seu funcionamento. Após muita insistência e empenho, a diretora
France Luz conseguiu o espaço físico definitivamente a Rua Marechal Deodoro, zona 07, no
prédio do Grupo Escolar Néo Alves Martins, onde funcionava a Escola Normal Secundária
Amaral Fontoura no período diurno.
A partir de 1967, com a saída da Escola Normal Secundária Amaral Fontoura,
a escola passou a funcionar nos 03 períodos: manhã, tarde e noite. No final deste ano
formava-se a quinta e última turma de Regentes de Ensino, num total de 70 professores
regionalistas. Com a extinção da Escola Normal Secundária Amaral Fontoura, a Escola
Normal Ginasial passou a denominar-se Ginásio Estadual Vital Brasil.
Com a implantação da LDB 5692/71, em 1975, a escola passou a denominar-se
Escola Estadual Vital Brasil – Ensino de 1º grau, pois atendia a alunos de 5ª à 8ª série.
No final do ano de 1984 por meio da Resolução 8495, foi autorizado o
funcionamento do Ensino Supletivo Fase II. Assim a escola passou a denominar-se Escola
Estadual Vital Brasil Ensino de 1º grau Regular e Supletivo. O reconhecimento do Curso
Supletivo ocorreu em 1986, pela Resolução 4969.
9
Em 1999 por meio da Resolução 765/99 foi autorizado o funcionamento do
Ensino Médio Supletivo, no período noturno, mudando novamente de nomenclatura,
passando a denominar-se Colégio Estadual Vital Brasil – Ensino Fundamental e Médio. O
Reconhecimento do Curso aconteceu em 2000- Resolução 3434 – e, em 2001 a terminologia
Ensino Supletivo é substituída por Educação de Jovens e Adultos, atual denominação.
No ano de 2012 com a chegada de alunos oriundos do ensino de nove anos em
várias escolas paranaense este colégio passou a trabalhar, no ensino fundamental com a
nomenclatura alterada de 5ª a 8ª série para 6º ao 9º ano.
1
4.ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
Atualmente esta instituição de ensino oferta:
Ensino Fundamental – 5ª à 8ª séries - no período manhã e tarde
Educação Jovens e Adultos (EJA), no período noturno – Sede e APED:
- Fundamental – Fase II
- Ensino médio
Segue quadro de turmas e turnos
Manhã
5ª série – 03 turmas
6ª série – 02 turmas
7ª série – 02 turmas
8ª série – 03 turmas
Tarde
5ª série – 02 turmas
6ª série – 03 turmas
7ª série - 02 turmas
8ª série – 02 turmas
Noite – Educação de Jovens e Adultos –
SEDE e APED
Matrícula por disciplinas, abrangendo todas
que compõem a matriz curricular.
Total de turmas: 19 no Ensino Fundamental
Total de alunos: 664
Turmas nas APEDs: 13
Total de alunos nas APEDs Ensino Fundamental : 119
Total de alunos nas APEDs Ensino Médio:101
Total de alunos na SEDE Ensino Fundamental 144
Total de alunos na SEDE Ensino Médio: 191
Diretora: 01
Direção Auxiliar: 01
Secretária: 01
Total de funcionários: 13
Total de Pedagogos: 08
Total de Professores: 47
1
NÚMEROS DE PROFESSORES POR DISCIPLINA QUE ATUAM NO
COLÉGIO VITAL BRASIL
DISCIPLINAS NÚMERO
DE PROFESSORES
ARTE 04
CIÊNCIAS 03
EDUCAÇÃO FÍSICA 04
ENSINO RELIGIOSO 04
GEOGRAFIA 06
HISTÓRIA 05
LÍNGUA PORTUGUESA 06
MATEMÁTICA 06
INGLÊS 03
BIOLOGIA 02
FILOSOFIA 01
FÍSICA 01
QUÍMICA 01
SOCIOLOGIA 01
AMBIENTE ESCOLAR
Salas de aula: 11
Sala de multiuso: 01
Laboratório de Informática: 01
Biblioteca: 01
Sala Direção : 01
Secretaria: 01
Sala dos professores: 01
Sala para equipe pedagógica: 02
Refeitório: 01
1
Cantina: 01
Depósito para merenda: 01
Almoxarifado: 01
Míni quadra esportiva descoberta: 02
Quadra esportiva coberta: 01
Sanitários:
masculino - 02 e feminino - 02
Recursos tecnológicos para atendimento administrativo/pedagógico:
20 computadores no laboratório de informática
10 computadores
05 impressoras
02 retro–projetores
02 mimeógrafos a álcool
07 televisores
11 TVs Pen -drive
07 vídeos cassetes
03 micro systems
02 microfones
02 aparelhos de som
02 scanners
01 aparelho de fax
01 DVD
5.DESCRIÇÃO DA REALIDADE BRASILEIRA, DO ESTADO, DO MUNICÍPIO E DA ESCOLA.
O Brasil, no século XXI, ainda apresenta muitos problemas de raízes
históricas. Convivemos com muitos conflitos dentre eles: a questão da terra, a péssima
distribuição de renda, a fome e a questão da educação, pois temos ainda com milhões de
analfabetos no país.
1
Apesar das dificuldades, a educação no Brasil começa a avançar por meio
das políticas e do esforço da comunidade em geral. Tal avanço tem refletivo num significativo
aumento do número de matrículas no ensino fundamental que repercute também no ensino
médio. O problema que se mantém em nosso país é a qualidade do ensino, ou seja, não houve
a conquista da aprendizagem para todos.
O nosso Estado é referência em políticas públicas para a educação nacional
e Maringá se destaca no setor educacional paranaense. Sabe-se que a educação é dever do
Estado, mas isso não faz com que a sociedade civil maringaense caia no imobilismo. Há uma
grande conscientização de que ela é dever também, de todos os envolvidos na comunidade
escolar.
O município de Maringá conta com muitas Instituições de Ensino Superior,
além de uma Universidade Estadual, outras particulares e inúmeros cursos preparatórios para
Magistratura e Vestibulares, bem como inúmeras escolas de educação básica dentre elas o
nosso colégio.
O Colégio Estadual Vital Brasil situa-se na zona sete de Maringá, em um
dos bairros mais populosos da cidade em cujo entorno encontram-se estabelecimentos
comerciais, Universidades, centros educacionais, Vila Olímpica, entre outros.
Nossa escola oferta as séries finais do Ensino Fundamental, Regular, no
período do diurno e no noturno o Ensino Fundamental – Fase II, na modalidade Educação de
Jovens e Adultos (EJA), no sistema de ensino por disciplina, individual e coletivo. O Ensino
Fundamental das séries iniciais está sob responsabilidade do município.
Ao analisarmos o índice da escola no IDEB de 2007 nota 5,4 e 2009 nota 5,6,
percebemos que, quando comparado às outras escolas, é relativamente alta, no entanto, ela
não representa o ideal pedagógico desta comunidade, que trabalha no sentido de elevar esse
índice e buscar sempre a melhor qualidade no ensino como tem sido feito anualmente.
A análise dos gráficos de reprovação, aprovação e alunos aprovados por
Conselho por turmas e disciplinas no ano de 2010, nos levaram a algumas constatações:
A taxa de abandono e desistência na escola, que foram 3 alunos, é baixa
0,45%, mas o coletivo considera que deveria ser zero.
A reprovação na escola é uma dura realidade. Ficou em torno de 4,5% e
aconteceu com maior incidência na disciplina de Matemática. No entanto, há casos de
reprovação em várias matérias. Quanto ao índice de aprovações por Conselho de Classe, é de
cerca de 17%. Essa taxa é considerada bastante elevada, e aconteceu em várias disciplinas
sobressaindo a disciplina de História.
1
A partir da análise desses índices o coletivo escolar elencou algumas medidas e
procedimentos muitos deles já desenvolvidos nesta escola pela maioria dos responsáveis por
cada setor.
Dados sobre a EJA – Análise de gráficos
Mediante a análise dos dados estatísticos da modalidade EJA, podemos
concluir que no Ensino Fundamental – Fase II há um número menor de concluintes em
relação ao Ensino Médio. Esse número se justifica pelo aumento considerável da carga
horária de todas as disciplinas no Ensino Fundamental Fase II. Se observa porém, que alunos
concluintes dessa fase, na sua maioria, um bom aproveitamento, incentivando a conclusão do
curso. Em relação ao Ensino Médio percebemos que o maior incentivo que leva o aluno a
concluir o curso é devido a exigência da conclusão do mesmo pelo mercado de trabalho.
6. PAPEL ESPECÍFICO DE CADA SEGMENTO DO COLÉGIO
Para cumprir com a função da escola, ou seja, atender às necessidades
históricas dos que estão inseridos na educação pública, é preciso, além do conhecimento
teórico que fundamenta e orienta a prática dos profissionais da educação, que as ações
específicas de cada segmento estejam devidamente descritas e organizadas neste Projeto
Político Pedagógico, possibilitando que as mesmas sejam efetivadas de forma harmoniosa.
Assim sendo, compete à equipe diretiva da escola ter uma visão macro e micro das funções de
todos os segmentos, uma vez que é a gestora do processo educativo e organizacional do
estabelecimento de ensino em consonância com a legislação em vigor cabendo assegurar o
cumprimento desta.
A direção do Colégio Vital Brasil conta com o apoio da Equipe Pedagógica
que, no cumprimento de sua função, coordena a efetivação e a implementação das Diretrizes
Curriculares estabelecidas no PPP a fim de contribuir de maneira significativa para a
qualidade do ensino e aprendizagem. A equipe pedagógica subsidia e acompanha o
trabalhando junto aos docentes e demais profissionais da educação estabelecendo e
assegurando constante diálogo sobre a educação que temos e a educação que queremos.
Veiga, afirma “a prática pedagógica é teórico-prática e, nesse sentido, ela deve ser reflexiva,
crítico, criativa e transformadora”. (VEIGA, 1993, p. 81). Sendo assim, não basta cumprirmos
nossas funções, é necessário constantemente perguntarmos a quem elas estão servindo. Ainda
1
sobre essa questão, Saviani (2000) afirma que a educação transforma de modo indireto e
mediato, agindo sobre os sujeitos da prática. Desta forma, é mister que os profissionais da
educação estejam sempre atentos às suas práticas, tornando-as uma constante práxis, ou seja,
uma constante ação-reflexão-ação.
É importante destacarmos que embora todos os funcionários da escola
estejam engajados no processo educativo, os professores são sujeitos que diretamente atuam
com os educandos. Sendo assim, os professores devem ser os mediadores nos processos de
ensino e aprendizagem.
Para discorrer a respeito da função do professor, é necessário, ainda que
brevemente, fazer uma retrospectiva da mesma ao longo dos anos, até para compreender o
porquê de alguns conflitos com os quais o professor se depara hoje em sua ação pedagógica.
No Brasil, a Escola Tradicional recebeu algumas críticas. Segundo Saviani,
(2005), evidenciou-se em demasia a classe dominante visto que apenas esta tinha acesso à
escola. A classe proletária não conseguia ingressar nos bancos escolares e os que o faziam não
se ajustavam ao padrão imposto.
Surgiu então, na década de 1930, outra pedagogia da educação, a Escola
Nova, que tentou superar os erros cometidos pela Escola Tradicional. Seu principal objetivo
era a equalização social, segundo a qual todos deveriam ter acesso à escola.
O papel do professor, na Escola Nova, era o de facilitador da aprendizagem,
pois inversamente à Escola Tradicional, tinha a função de proporcionar ao aluno motivação
para o processo educacional, estabelecendo o foco principal no próprio aluno. Este processo
teve como representante teórico, Piaget, mentor da psicologia construtivista. Cabia assim ao
professor estabelecer situações que favorecessem a descoberta do conhecimento pelo aluno,
com ênfase na individualização, na liberdade e a espontaneidade.
Porém, Saviani (op.cit.) nos coloca que a Escola Nova recebeu críticas por
ser uma “pedagogia pseudo-científica”, já que a ênfase do processo não se voltava para o
conteúdo científico. O professor, por estar envolvido no método, proporcionou um
afrouxamento da disciplina. Para o autor, o marginalizado aqui era o excluído. Sua
aplicabilidade foi muito difícil, pois apesar de incluir todos à educação, separou ainda mais a
elite do proletariado.
No início de 1970, o Tecnicismo chegou ao Brasil com intuito de
proporcionar ao aluno condições para ingressar no mercado de trabalho e atender às
necessidades econômicas da época. O professor era apenas um elo entre o conhecimento
científico e o aluno. Não prevalecia o diálogo; o foco era proporcionar conteúdos para um
1
bom desempenho posterior no mercado de trabalho, tendo este com produtividade e
eficiência, para o capital.
A preocupação era com o sistema fabril e a educação guiava-se pelo método
do condicionamento pregado por Skinner. O aluno era condicionado, cabendo ao professor a
exposição de métodos prontos.
Em meados da década de 1970, surgiu no Brasil as Teorias Crítico-
Reprodutivistas que não possuíam pedagogia, pois o aspecto reprodutivista da escola impedia
que ela fosse diferente.
Ao retratarmos de forma tão breve as tendências teóricas de cada época da
História da Educação Brasileira acabamos por reduzi-la linearmente, o que de fato não ocorre
na história dos homens, mas o que podemos observar é que as mudanças no modelo de
educação a ser “dado” ao povo sempre de acordo com as necessidades do capital, do mercado
de trabalho. As teorias: Histórico - Crítica e a Teoria Histórico-Cultural são contemporâneas
e têm respaldo teórico que vai ao encontro da aspiração da nossa comunidade escolar. Ambas
têm como objetivo os conhecimentos históricos e socialmente acumulados por todos os
participantes do processo de ensino, além de proporcionar conhecimentos científicos
universais.
Diante do exposto, fica evidenciado o papel do professor, de acordo com o
coletivo deste estabelecimento de ensino que é: contribuir na formação de um cidadão crítico,
pensante, conhecedor dos saberes universais acumulados historicamente pela humanidade.
O trabalho educativo no Colégio Vital Brasil conta também com o
assessoramento dos Agentes Educacionais I e II. Estes são responsáveis pela escrituração
escolar, conservação e manutenção do acervo escolar entre outros. Esse trabalho
necessariamente se pauta numa ação coletiva, num esforço intencional para melhoria da
qualidade educacional. Aqueles desempenham também a função educativa informal,
orientando os educandos quanto a atitudes positivas de higiene e alimentação,
conscientizando-os sobre a conservação e manutenção do patrimônio público, ao meio
ambiente do respeito ao próximo, além do cumprimento das funções específicas estabelecidas
no Regimento Escolar.
Caracterização dos alunos e responsáveis
1
Devido à diversidade sócio-econômica dos alunos, foi realizada uma
pesquisa que detectou com maior segurança o perfil dos educandos que estudam neste
estabelecimento de ensino, conforme dados abaixo:
Os alunos que ingressaram no 6º ano neste colégio na grande maioria vem de
escolas públicas estaduais da cidade. Em torno da metade deles vêm de escolas bem próximas
a este colégio e outros de escolas de outros bairros. Temos poucos alunos que vêm de outros
municípios próprios à Maringá.
Dos alunos matriculados no colégio:
76% aproximadamente moram com pais; 16% moram com a mãe e irmãos e 4%
moram com avós;
5% são atendidos pelo Programa Bolsa família
9% são acompanhados por profissionais especializados em áreas diversas como
psicólogos, fonoaudiólogos e outros.
Quanto ao meio de transporte utilizado pelos alunos para vir à escola,
47% vêm de ônibus e utilizam o passe de estudante;
26% vêm de carro ou moto com os pais;
16% aproximadamente vêm de transporte escolar particular;
11% vêm a pé.
Sobre os hábitos de estudo e atividades recreativas concluiu-se que do total dos
alunos do colégio,
68% aproximadamente dedicam uma hora diária de estudo em casa;
24% dedicam mais de uma hora;
7% aproximadamente não estudam em casa;
44% fazem outra atividade cultural ou esportiva fora do horário de aula;
75% dedicam mais de duas horas ao lazer;
25% aproximadamente dedicam uma ou duas horas de lazer por semana;
Em relação à qualidade de sono e total de horas que dormem:
64% vão dormir após á 22 horas e 34% entre 21 e 22 horas;
43% dormem mais de 8 horas por noite;
42% dormem de 7 a 8 horas e 10% dormem menos de 7 horas;
Em relação à expectativa quanto ao estudo e formação profissional
concluiu-se que:
79% pretendem cursar uma universidade os demais não responderam a essa questão.
1
Analisando os dados descritos acima percebemos que os alunos do Ensino
Fundamental, em sua grande maioria, convivem com suas famílias (pai, mãe, irmãos); não
necessitam dos programas sociais ofertados pelo Governo (Bolsa Família) devido à renda
familiar ser compatível com suas necessidades; moram distante do colégio, tendo como
meios de transportes ônibus, carros, transportes escolares e motos. Alguns alunos moram
próximos e não necessitam de transportes.
Notamos também que a maioria das famílias atendidas pelo Colégio
preocupa-se com o bem-estar de seus filhos, tendo hábito de estudo em casa. Embora durma
muito tarde, a maioria dos alunos têm oito horas de sono diárias, o suficiente para que estejam
bem para aprender e possa participar também de atividades de lazer, culturais e esportivas em
outros ambientes.
Quando apresentam dificuldade de aprendizagem alguns alunos são
encaminhados aos profissionais especializados (fonoaudiólogo, psicopedagogo, psicólogo) de
entidades ou particulares, ou para avaliação educacional no CEAOP- Centro Estadual de
Avaliação e Orientação Pedagógica. Porém nem todos têm o acompanhamento necessário
fora da escola. A grande maioria dos alunos apresenta preocupação em dar continuidade a
seus estudos para sua formação profissional.
Os educandos que frequentam a Educação de Jovens e Adultos são
trabalhadores autônomos, empregadas domésticas e do comércio, pessoas que veem na escola
a possibilidade de conseguir trabalho que requer escolaridade, além de idosos que retornam à
escola em busca do conhecimento que vai lhes proporcionar autoafirmação no ambiente
letrado, quer seja nas suas relações sociais ou familiares.
Quanto ao perfil sócio-econômico dos pais/responsáveis legais podemos
destacar que esta comunidade escolar é bastante diversificada. Os responsàveis, na sua grande
maioria, têm idade entre 35 e 45 anos A maioria das famílias têm um número reduzido de
filhos e nível de escolaridade até o Ensino Médio completo, têm moradia própria e a maioria
está empregadas na indústria e no comércio da região.São pais conscientes da importância dos
estudos e acreditam que no Colégio Vital Brasil seus filhos possam ter uma boa
aprendizagem para um futuro melhor.
O envolvimento da família aumenta de forma significativa a efetivação do
processo de aprendizagem dos alunos, assim, o Colégio Estadual Vital Brasil, tem a
preocupação de envolver os familiares em suas atividades didático-pedagógicas.
É essencial a busca constante de parceria da família-escola com
responsabilidade compartilhada entre todos os envolvidos: pais, professores, alunos, equipe
1
pedagógica e direção para que os estudantes se sintam parte de uma “família escolar”, na qual
recebam atenção propiciando a melhoria na aprendizagem e estimulando a vontade de
aprender e a valorização da escola.
Ensino Fundamental de 9 anos
Com a alteração do artigo 6º da L.D.B. o ensino fundamental obrigatório foi
ampliado para 9 anos, sendo cinco anos correspondentes aos anos iniciais e quatro para os
anos finais.
Essa mudança tem por objetivo assegurar o direito à educação infantil para
todas as crianças, em especial aquelas que não tiveram acesso à educação infantil.
A partir do ano de 2012 as escolas do Paraná começarão a receber nas séries
finais os alunos oriundos do ensino fundamental de nove anos o que significa a possibilidade
de entrada de alunos mais novos nestas séries. Tal fato requer que a escola reorganize sua
proposta pedagógica, os espaços e tempo escolar e tenha recursos financeiros para efetivar o
trabalho pedagógico o que deve ser proporcionado pela mantenedora.
No ano de 2012 ainda não receberemos alunos que frequentaram o ensino fundamental de 9
anos , porém nesse ano, a nomenclatura será alterada de séries para anose por essa razão será
fundamental a conscientização dos alunos, pais e demais integrantes da comunidade escolar, a
respeito dessa mudança, evitando assim, mal entendidos no decorrer do ano letivo.Essa
conscientização acontecerá por meio de reuniões no final do ano de 2011 e início de 2012,
bem como por informativos escritos.
Percebeu-se, em grupo de estudo com toda a comunidade escolar, que outras
ações precisam ser efetivadas para que o trabalho com os alunos do ensino fundamental de
nove anos seja mais profícuo a partir de 2013.
Acreditamos que sejam necessárias as seguintes ações:
Viabilização de reuniões com as coordenadoras das escolas iniciais do ensino
fundamental com os profissionais das séries finais. Nesse momento, o maior objetivo
será conhecer o perfil social, educacional e pedagógico dos alunos.
Visita às escolas das quais recebemos o maior número de alunos para conhecer a
realidade educacional dos alunos do 1º ao 6º ano.
2
Reuniões de estudo e conversas com especialistas sobre variações linguísticas,
alfabetização e letramento para que saibamos trabalhar adequadamente com as
crianças e adolescentes do 6º ao 9º ano em relação à Língua Portuguesa.
Providenciar um espaço para nos inteirarmos sobre os Conteúdos Básicos e
Expectativa de Aprendizagem das séries iniciais do Ensino Fundamental.
Precisaremos, ainda, viabilizar recursos junto à mantenedora para a aquisição de
materiais, a fim de iniciarmos o 6º ano com um trabalho mais lúdico e concreto com
os alunos.
Dar continuidade ao trabalho realizado nesta escola em relação a:
Avaliação Diagnóstica para os alunos que ingressarem no 6ºano.
Atentar para que os horários e os professores que trabalham nos 6ºs anos sejam
pensados de forma a favorecer o trabalho pedagógico.
Reunião pedagógica com os pais no início do ano para informá-los do
desenvolvimento do trabalho no 6º ano, desta escola.
Diante desta realidade, o objetivo dos profissionais do Colégio Vital Brasil,
é que todos os alunos se apropriem dos conhecimentos historicamente produzidos pela
humanidade, para entender as contradições da sociedade atual e procurar transformar sua
prática.
7.FORMAÇÃO CONTINUADA
Os profissionais da educação buscam, em consonância com as diretrizes
emanadas da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, o aperfeiçoamento profissional
constante, em cursos, grupos de estudos, capacitações oferecidas pela SEED, PDE, GTR,
Profuncionários e outros, que os direcionam a uma melhoria nas suas funções, atreladas
sempre às novas exigências impostas pela realidade e principalmente, para fazer frente às
necessidades que o processo educacional exige, sempre de forma crítica e transformadora.
A formação continuada é direito dos profissionais da educação cabendo à
mantenedora criar condições para que ela ocorra. A partir de 2005, os profissionais das
escolas públicas paranaenses tiveram a oportunidade de participar de semana de capacitação
prevista no calendário, mesmo assim o tempo para o estudo foi reduzido e nem todas as
leituras e discussões foram realizadas a contento. Por essa razão torna-se fundamental que a
Secretaria de Estado da Educação do Paraná continue ofertando à Rede esse tipo de formação.
2
Existe, ainda, a busca individual dos profissionais de fundamentação teórica
consistente por meio de leituras e estudos específicos de sua área de atuação, a maioria
considera que o Portal Dia a dia Educação colabora nesse sentido.
O Colégio Vital Brasil oportuniza aos profissionais de educação condições
para participarem de cursos, semana pedagógica, grupos de estudos, eventos de formação
promovidos pela SEED/NRE, Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, cursos de
extensão congressos, encontros, seminários, sendo presenciais ou a distância, oferecidos por
outras instituições ou no próprio Colégio.
Também, a equipe pedagógica realiza estudos com os professores nas
reuniões pedagógicas previstas no calendário e sempre que possível, durante a hora a
atividade de cada área, tendo encontros mensais com as áreas.
8. PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS
A questão fundamental que compete à filosofia ao pensar sobre a educação é
a de questionar qual seu sentido e qual sua finalidade. É possível afirmar que a tarefa da
filosofia, no que tange à educação dos homens, foi dedicar-se a refletir sobre sua formação
integral, sua humanização.
Entretanto em sociedades como a nossa, de cunho capitalista, a formação
pautada na humanização tem sido impossibilitada pelas articulações elitizadas que têm no
acúmulo do capital o bem maior. Marx, na Teoria da Alienação (2005) reafirma a necessidade
de transcender as relações sociais de produção capitalista e conclui que a superação positiva
da alienação é tarefa educacional que exige uma “revolução industrial radical” para ser
colocada em prática.
Nessa perspectiva, o objetivo central dos que lutam contra a sociedade
mercantil, a alienação e a intolerância impedem a emancipação humana. Mészáros (2005)
considera que a educação, que poderia ser uma alavanca essencial para a mudança, tornou-se
instrumento daqueles estigmas da sociedade capitalista, ou seja, é ela que dita os
conhecimentos e o pessoal necessário ao mercado de trabalho, como também legitima os
interesses dominantes.
Desta forma, podemos considerar que a educação tem sido uma peça no
estabelecimento de um consenso que torna possível a reprodução de classes, e a tão
2
proclamada educação para cidadania tem se efetivado em instrumento de perpetuação desse
sistema.
Para Vitor Paro, a finalidade da educação escolar é a formação humana,
neste sentido o autor assegura: Em primeiro lugar é preciso ter presente que não basta formar para o trabalho ou para a sobrevivência, como parece entender os que veem na escola apenas instrumento para preparar para o mercado de trabalho ou para entrar na universidade (que também tem como horizonte o mercado de trabalho). Se a escola deve preparar para alguma coisa, deve ser para a própria vida, mas esta entendida como o viver bem, no desfrute de todos os bens criados socialmente pela humanidade (PARO, 1998, p.305).
Essa concepção de educação progressista, vinculada à pedagogia socialista,
tem por finalidade e compromisso transformar as relações sociais e não reproduzir a
sociedade de classes, de desigualdades.
Cabe à escola pública, portanto, o caráter democrático, promover a
aprendizagem, ou seja, a apropriação dos conhecimentos produzidos pela humanidade a
todos, possibilitando uma postura contrária à alienação e que privilegie a emancipação
humana.
Os princípios filosóficos elencados neste Projeto Político Pedagógico foram
definidos pela necessidade de Gestão Democrática na escola, objetivando, por meio do
trabalho coletivo, garantir o acesso, a permanência e a aprendizagem dos alunos.
Para construir e consolidar a gestão democrática no colégio, nosso Projeto
Político Pedagógico parte da realidade e singularidade dessa escola, procurando assegurar a
participação de todos que tenham o compromisso com a qualidade do ensino
Na educação brasileira, ainda hoje persiste a ideia de que crianças oriundas
da classe trabalhadora não conseguem aprender. Alunos pobres são marginalizados pela
escola do mesmo jeito que seus pais são explorados no plano das relações de trabalho e assim,
impedidos de participar, de fato, da vida política. A democracia na escola é parcial, visto que
a sociedade ainda não é verdadeiramente democrática.
Apesar de tudo e principalmente em razão disto, cabe àqueles que têm essa
consciência contribuir com a escola que aí está. É dever de todos os sujeitos que participam
das decisões da escola pública interferir no processo de reprodução das desigualdades sociais
fazendo com que as camadas populares que frequentam essa escola recebam uma educação de
qualidade que lhes possibilite alterar o rótulo que a sociedade, ao longo dos anos, lhes
2
impingiu, quer seja: filho de pobre, pobre será, negando-lhes todas as chances de ser um
cidadão livre e herdeiro da história humana e dos bens por ela produzidos.
Ao longo da história, a educação passou por mudanças face aos avanços das
ciências e às pressões político-sociais. Nesse processo, inúmeros teóricos debruçaram-se
sobre a questão do ensino e da aprendizagem. Desse modo, a educação escolar brasileira
perpassou pelas teorias que deram suporte às escolas: Tradicional, Nova, Tecnicista
(comportamentalista), Aparelho Ideológico do Estado, Crítico – Reprodutivista, Crítico Social
dos Conteúdos; Histórico - Crítica, Construtivismo. Essa última corrente teórica baseada no
neoliberalismo provocou na escola, até o ano de 2003, a perda de sua identidade pelo fato de,
naquele momento, não ser mais reconhecida como instituição responsável pela transmissão do
conhecimento.
Na escola pública paranaense, do final da década de 1990 até o ano de 2003,
não havia Diretriz Curricular a seguir e o trabalho pedagógico era norteado pelos PCNs do
Governo Federal.
Concordamos com Arco-Verde (2006) quando avalia que os PCNs
contribuíram para o esvaziamento dos conteúdos escolares ao apontar como mais relevante a
forma de os alunos aprenderem do que a apropriação pelos mesmos dos conteúdos científicos
e historicamente acumulados, limitando a possibilidade das camadas populares de acesso à
cultura formal e aos conhecimentos historicamente construídos, pois, para a maioria da
população, o espaço escolar é o único local de acesso ao saber.
Newton Duarte (2001) analisa a ideologia em favor das classes dominantes
presentes no Construtivismo e na pedagogia do Aprender a Aprender que compõe os PCNs,
insistindo que nosso trabalho nunca é neutro, apartado de uma luta ideológica, e ainda na
necessidade que professores e profissionais do magistério têm em buscar a socialização do
saber, tendo como meta a transformação do aluno num sujeito, atuante no mundo, situando o
conhecimento contextualizado na luta de classes, na construção da História da Humanidade.
A partir do ano de 2004, houve no Estado do Paraná a participação dos
professores na definição de um currículo único para todas as escolas da rede pública. Foram
realizados encontros com representantes dos professores para discutir as propostas de
educação e elaborar as diretrizes para a educação do Estado, fazendo como opção de trabalho
a apropriação do conhecimento pelos filhos das classes trabalhadoras.
A concepção de educação adotada no Paraná é aquela em favor da
apropriação dos conteúdos históricos e científicos como teoriza Saviani (1992): a educação
tem como objeto os conhecimentos culturais essenciais que precisam ser incorporados pelos
2
seres humanos bem como a organização das formas mais adequadas para alcançar esse
objetivo.
Em relação à escolha do que é mais importante que seja ensinado na escola,
Saviani define que “trata-se de distinguir entre o essencial e o acidental, o principal e o
secundário, o fundamental e o acessório” (SAVIANI, 1992, p. 21) e, portanto, a opção deve
ser o trabalho com os clássicos na educação. Para o autor, clássico não é o mesmo que
tradicional e não se opõe ao moderno ou atual, mas representa “aquilo que se firmou como
fundamental, como essencial” (idem, p. 18) ao trabalho pedagógico nas disciplinas clássicas
da matriz curricular.
É importante destacar que o currículo para a escola do Paraná tem base
disciplinar, com ênfase nos conteúdos científicos, nos saberes escolares das disciplinas que
compõem a matriz curricular, porém é preciso ressaltar que é dever da escola e, portanto deve
ser o objetivo coletivo, que as disciplinas “tenham conceitos relacionados dentro da própria
disciplina bem como com as demais buscando a interdisciplinaridade a favor da apreensão dos
conhecimentos científico-tecnológicos, históricos, filosóficos e sociais pelos alunos, sempre
pensada na dimensão da formação humana”. (ARCO-VERDE, 2006, p. 21).
O Colégio Vital Brasil se propõe seguir as orientações contidas nas Políticas
Públicas do Estado e nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica, numa educação pautada
na justiça, na solidariedade, no respeito à diversidade, nos valores morais, éticos, e
fundamentalmente na socialização dos conhecimentos científicos, artísticos e filosóficos.
Há um consenso entre os profissionais de educação deste estabelecimento de
ensino em desenvolver ações didático-pedagógicas voltadas a garantir aos alunos em idade
escolar e àqueles que não tiveram acesso na idade própria à educação formal, a permanência
na escola e a aprendizagem, valorizando os conhecimentos assistemáticos.
A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o
reconhecimento do jovem adulto como sujeito. Coloca-se o desafio de pautar o processo
educativo pela compreensão e pelo respeito do diferente e da diversidade. Ao pensar no
desafio de construirmos princípios que regem a educação de adultos, há de buscar-se uma
educação qualitativamente diferente, que tem como perspectiva uma sociedade tolerante e
igualitária, que a reconhece ao longo da vida como direito inalienável de todos. (SANTOS,
2004)
Para a concretização de uma prática administrativa e pedagógica
verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o processo ensino-
2
aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja coerente como seu papel na socialização
dos sujeitos, agregando elementos e valores que os levem à emancipação e à afirmação de sua
identidade cultural; o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo
cognitivo, crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo, solidariedade e
justiça; os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e idosos –
cultura, trabalho e tempo.
Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre
cultura, conhecimento e currículo oportunizam uma proposta pedagógica pensada e
estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a mais próxima da
realidade e garantindo sua função socializadora – promotora do acesso ao conhecimento
capaz de ampliar o universo cultural do educando – e, sua função antropológica - que
considera e valoriza a produção humana ao longo da história.
A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do
trabalho e que por meio deste procura melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso aos bens
produzidos pelo homem, significa contemplar, na organização curricular, as reflexões sobre a
função do trabalho na vida humana.
É inerente na organização pedagógico-curricular da EJA a valorização dos
diferentes tempos necessários à aprendizagem dos educandos de EJA, considerando os
saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do mundo do trabalho, face à
diversidade de suas características.
E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de
Jovens e Adultos no Estado do Paraná:
A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo diferenciado de
aprendizagem e não um tempo único para todos os educandos, bem como os mesmos
possuem diferentes possibilidades e condições de reinserção nos processos educativos
formais;
O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no processo educativo
tem valor próprio e significativo, assim sendo à escola cabe superar um ensino de
caráter enciclopédico, centrado mais na quantidade de informações do que na relação
qualitativa com o conhecimento;
Os conteúdos específicos de cada disciplina, deverão estar articulados à realidade,
considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculada ao mundo do trabalho, à ciência,
às novas tecnologias, dentre outros e;
2
A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a capacidade de pensar,
ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da atividade reflexiva. A ação da
escola será de mediação entre o educando e os saberes, de forma a que o mesmo
assimile estes conhecimentos como instrumentos de transformação de sua realidade
social.
A presente proposta e o currículo dela constante incluirá o desenvolvimento
de conteúdos e formas de tratamento metodológico que busquem chegar às finalidades da
educação de jovens e adultos, a saber:
Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em seu processo de
formação, mas são sujeitos sócio-histórico-culturais, com conhecimentos e
experiências acumuladas, com tempo próprio de formação e aprendizagem;
Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos próprios educandos;
O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre a objetividade das
relações sociais e a subjetividade, de modo que as diferentes linguagens desenvolvam
o raciocínio lógico e a capacidade de utilizar conhecimentos científicos, tecnológicos e
sócio-históricos;
Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na referência, nos
interesses do educando e nos conteúdos necessários ao exercício da cidadania e do
trabalho;
Fornecer subsídios para que os educandos tornem-se ativos, criativos, críticos e
democráticos.
8.1.Princípios Norteadores da Educação
O processo educativo se dá em diferentes espaços sociais. No entanto, é a
escola que tem a função de sistematizar esse processo possibilitando às novas gerações o
acesso aos conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade, “o trabalho educativo
é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que
é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens” (SAVIANI, 2005 p.13). A
escola tem como objetivo dotar os sujeitos dos recursos teóricos e práticos necessários para
atuarem socialmente, ou seja, é a instituição cuja função também é humanizar.
Nesse contexto, a escola pública de qualidade é um direito de todos. Para se
referir à educação de qualidade é preciso definir o que se entende por educação e instituições
educativas.
2
É na escola que se organizam processos de ensino e aprendizagem e esses se
dão por meio de: ações concretas, com o objetivo de democratizar os processos de
organização e gestão, exigindo a (re) discussão das práticas curriculares, dos processos
formativos, do planejamento pedagógico, dos processos de participação e da dinâmica da
avaliação (CONAE, 2010 – Documento Final, p.32).
Por essa razão a escola deve ter o caráter humanizador e ser igualitária para
todos, caso contrário as desigualdades sociais tornam-se mais acentuadas. Compreendemos
que diferenças individuais existem e devem ser levadas em consideração no processo
educacional, no entanto, essa questão não se justifica quando pensamos em um trabalho
diferenciado a partir das diferentes classes sociais.
... há diferenças que são irrelevantes e podem/devem ser ignoradas, assim como há diferenças que devem ser combatidas e superadas. Há diferenças que requerem cuidados pedagógicos especiais. Há cuidados pedagógicos especiais que têm buscado superar diferenças limitadoras do pleno desenvolvimento dos indivíduos e também há “cuidados pedagógicos especiais” que têm sido usados para legitimar essas diferenças limitadoras, acomodando-se a elas. Além do modelo dito tradicional de educação, francamente organizado de forma classista, também encontramos, entre as próprias correntes progressistas em educação, algumas vertentes de propostas de organização curricular por ciclos, educação do campo, entre outras, que recolocam, sob nova forma, aquela velha lógica da acomodação aos limites classistas. Este fenômeno nos deve servir de alerta para a complexidade do problema e a necessidade de uma análise mais consistente da questão das diferenças.( Klein, s/d).
A questão da diferença deve servir para se argumentar e propor
encaminhamentos pedagógicos que não corram o risco de desenvolver práticas nas quais o
conteúdo curricular seja reduzido ou esvaziado com a argumentação de que essas sejam
escolhas feitas para considerar a “realidade do aluno”.
Ressaltamos que é fundamental conhecer a forma de viver da comunidade
na qual a escola está inserida, contudo, não se pode, por essa razão, desconsiderar ou
secundarizar o conteúdo científico.
A partir dos estudos de Vygotsky, defende-se como de extrema importância
a apropriação dos conceitos científicos organizados, por meio da mediação para que, de fato,
os sujeitos sejam conscientizados e tenham subsídios para conhecerem a realidade sócio-
cultural na qual estão inseridos, bem como da aquisição das habilidades para abstrair,
generalizar, refletir e assimilar novos conhecimentos.
Portanto, pelo desenvolvimento das capacidades cognitivas pode-se almejar
contribuições que promovam significativamente o contexto social e cultural. A apropriação de
2
conceitos se constitui numa necessidade absoluta para que todos os seres humanos possam
humanizar-se, o que não ocorre de modo espontâneo, mas sim por meio de um processo
educativo.
Percebe-se que há uma relação estreita entre a Teoria Histórico - Crítica
desenvolvida por Saviani e a Psicologia Histórico-Cultural de Vygotsky. Ambas descrevem o
trabalho educativo enquanto processo de desenvolvimento humano.
...o fato de que a formação do indivíduo seja elevada ao plano de um processo intencionalmente dirigido, Vygotsky desenvolveu um grande trabalho teórico e prático, guiado justamente pelo princípio de que cabe ao processo educativo dirigir o desenvolvimento psíquico do indivíduo e não caminhar a reboque de um desenvolvimento espontâneo e natural (DUARTE, p.62, 1998).
Saviani (2005) entende que, além de cumprir com sua função de ensino, a
escola existe para socializar o conhecimento sistematizado. Tanto os professores como a
instituição escolar devem ter o compromisso de superar os equívocos próprios do senso
comum e do individualismo, propiciando condições para que todos se apropriem do saber
sistematizado e científico no sentido de sua socialização.
Com o objetivo de formar cidadãos capazes de atuar na sociedade, se faz
necessário eleger como objeto de ensino conteúdos que estejam em consonância com questões
sociais que marcam cada momento histórico, que sejam clássicos e necessários para que todas
as pessoas atuem socialmente.
O papel da escola não é adaptar o sujeito às novas demandas da sociedade
atual e sim, por meio do conhecimento “histórico, científico, artístico e filosófico, possibilitar
que o aluno tenha condições de analisar a sociedade atual em suas contradições,
instrumentalizando-o para transformar sua prática social e não adaptar-se a este mundo tão
excludente, preconceituoso e meritocrático” (SEED, 2010).
Portanto, nas discussões e práticas pedagógicas desenvolvidas pelos
profissionais de educação neste estabelecimento de ensino, fica evidenciada que a concepção
de educação é a da valorização da apropriação crítica e seletiva de conceitos científicos
básicos, que estimule a formação de uma consciência com vistas à transformação das
condições de dominação e opressão pela possibilidade de emancipação por meio do
conhecimento.
8.2 Concepção de Ensino e Aprendizagem
2
A partir do ano de 2012 as escolas públicas paranaenses começarão a
receber alunos vindos do ensino fundamental de nove anos o que necessitará que os
profissionais desta escola tenham um outro olhar para o aluno que ingressa no colégio e esta
se dará pela compreensão da forma de aprender da criança.
Concepção de infância
No passado, a criança foi considerada ora como adulto em miniatura ora como
pessoa desprovida de razão. A partir da década de 80 se reconhece os direitos da criança e se
torna necessário compreender suas especificidades, a fim de desenvolver o trabalho
pedagógico nas instituições de ensino.
A partir da lei, dos textos teóricos atuais e da definição de concepção de
infância as escolas se orientam de maneira que levem em consideração essa etapa de ensino
reconhecendo suas especificidades quanto a:
… aprendizagem e desenvolvimento, a seleção dos conteúdos, a metodologia, a avaliação, a organização de espaços e tempos com atividades desafiadoras, enfim, o planejamento do trabalho organizado não apenas pelo professor, mas por todos os profissionais da instituição. (SEED-PR, 2010, p.10)
Por essa concepção se compreende que a criança omite opiniões, demonstra
preferências e desejos que refletem o contexto social no qual vive.
Portanto, para realizarmos um ensino de qualidade é preciso conhecer as
condições objetivas da criança que receberemos no 6º ano para planejarmos o trabalho
pedagógico de qualidade e para tanto se faz necessário a compreensão de alfabetização e
letramento que a partir deste ano de 2012 passa a ser também nosso objeto de estudo.
A escola tem um papel relevante no que se refere à orientação, sistematização,
metodização e planejamento para que a criança tenha acesso ao mundo da escrita.
Ao aprender a ler e a escrever, a criança deve aprender simultaneamente e
indissociavelmente, o sistema alfabético e ortográfico da escrita. Deve ainda apropriar-se dos usos e
funções desse sistema nas práticas sociais, que envolvem a escrita e a leitura.
O desenvolvimento de competência para a leitura e a escrita, ou seja, o letramento:
... deve ser orientado por objetivos específicos: familiarização da criança, na leitura e na escrita, com diferentes gêneros de texto e suas características específicas, manipulação adequada de diferentes portadores de textos,
3
particularmente livros, utilização de livros de referência (dicionários, enciclopédias), conhecimento e uso de biblioteca, entre muitos outros objetivos orientados pelo e para o letramento. Mas essas atividades podem e deve aproveitar-se de todas as oportunidades que levam à criança a identificar e compreender a tecnologia que possibilita a produção do material com que convive. (SOARES, M, p. 26).
Os objetivos específicos, no que se refere ao aprendizado da leitura e da escrita, na
Educação Básica, se constituem como:
aprender a conhecer, ler e compreender diferentes gêneros de textos, com diferentes objetivos,
para diferentes interlocutores, em diferentes situações;
aprender a escrever diferentes gêneros de textos, com diferentes objetivos, para diferentes
interlocutores, em diferentes situações com diferentes objetivos;
conhecer e saber utilizar fontes escritas de informação;
desenvolver atitudes e comportamentos positivos em relação à leitura...
É importante lançar mão de MÉTODOS. Faz-se então relevante articular
procedimentos, que levam a criança à alfabetização e ao letramento. Desta forma, torna-se possível a
apreensão da mesma ao mundo da escrita.
O coletivo dos professores do Colégio Vital Brasil conclui que a conscientização e a
busca de conhecimentos sobre a alfabetização e o letramento devem ser uma constante. Essa busca
deve constituir-se na prática efetiva em sala de aula, em todas as disciplinas e em todos os anos.
O que o grupo dos profissionais da educação deste Colégio aponta como
possibilidade de trabalho com os alunos tendo o compromisso com uma maior qualidade é a
de fazer com que o aluno se aproprie dos conhecimentos.
Para que a aprendizagem significativa realmente aconteça o professor deve
ter propostas claras sobre o que e por que, quando e como ensinar e avaliar, inscritas no Plano
de Trabalho Docente para que ocorra a aprendizagem de maneira adequada e coerente com os
objetivos propostos. É a partir dessas determinações que o professor elabora a programação
diária da sala de aula e organiza sua intervenção de maneira a propor situações de
aprendizagem ajustadas às capacidades cognitivas dos alunos. Em síntese, não é a
aprendizagem que deve se ajustar ao ensino, mas sim o ensino que deve potencializar a
aprendizagem.
A educação escolar se legitima pelos processos de ensino e aprendizagem
que ocorrem entre dois sujeitos – o professor e o aluno.
Ambos são sujeitos do mesmo processo, entretanto, com participações diferenciadas. Ao professor, enquanto detentor dos fundamentos do conhecimento científico, cabe o papel do mediador, ou seja, de desenvolver
3
procedimentos adequados para viabilizar a apropriação desse conhecimento pelos alunos. A estes cabe o esforço teórico-prático dessa apropriação (KLEIN, s/d).
É preciso que o professor viabilize estratégias que levem os alunos a se
apropriarem dos conceitos científicos e para isso propõe-se que esses sejam desenvolvidos na
perspectiva da totalidade. Como esclarece KLEIN (s/d.)
Abordar um conteúdo em uma perspectiva de totalidade significa desenvolvê-lo a partir de seus fundamentos, explicitando as relações e mecanismos que articulam seus elementos particulares. Não se trata, pois, de “ir da parte ao todo”, nem tampouco de “ir do todo à parte”, mas de explicitar, no todo, como é que as partes se articulam de modo a constituir aquela totalidade e não outra.Por outro lado, a aprendizagem dessa totalidade e dos conteúdos que a compõem vai se dando progressivamente, em sucessivos graus de apropriação que vão desde a simples constatação e tentativa aleatória da aplicação, até o domínio dos fundamentos dessa totalidade e de aplicação adequada pelo aluno (KLEIN, s/d).
A opção pelo currículo disciplinar demonstrado nas Diretrizes Curriculares
Estaduais SEED (2010) indicam a compreensão de que “ao se contrapor à fragmentação dos
conteúdos tradicionalmente posta pela visão mecanicista de conhecimento, não significa
jamais romper com as disciplinas”.
De fato, esta proposta encontra ressonância na abordagem Histórico-
Cultural pela sua “opção conceitual, no papel do professor, do ensino e aprendizagem e na
função social da escola” (SEED 2010).
A realidade torna-se conhecida quando nós interagimos com ela,
modificando-a física ou mentalmente. É nessa interação que o sujeito interpreta-a e constrói
significados. Vygotsky afirma que desenvolvimento e aprendizagem são processos que se
influenciam reciprocamente. Quanto mais aprendizagem, mais desenvolvimento. Conceber o
processo de aprendizagem como propriedade do sujeito implica valorizar o papel
determinante da interação com o meio social, e, particularmente, com a escola e o professor.
Vygotsky ressalta o relevante papel desempenhado pela aprendizagem no
desenvolvimento dos processos psíquicos superiores e chama a atenção para que o ensino seja
adequadamente organizado. garante a internalização de conhecimentos que se transformam em elementos mediadores, com as quais o sujeito pode estabelecer com os objetos, fatos e fenômenos uma relação que dispensa o contato com o mundo perceptível. Portanto, diante de uma mesma situação, diferentes pessoas podem agir de forma completamente distintas de acordo com os instrumentos simbólicos de que dispõe para organizar mentalmente a sua atividade (SFORNI E GALUCH, p.94, 2009).
3
Compreende-se que quanto maiores forem os conceitos dos quais os sujeito
se apropriem, maiores também serão suas capacidades de atuação em sociedade.
Consideramos que a apropriação do conhecimento sistematizado pelo aluno
é a condição para humanizá-lo e que na sociedade a cultura clássica e letrada é de extrema
importância, “a primeira exigência para o acesso a esse tipo de saber é aprender a ler e
escrever” (SAVIANI, 2000, p.23). Esta é a função da escola, a qual nem sempre se consegue
cumprir, pois é comum alunos que, mesmo depois de frequentarem a escola por quatro ou
cinco anos não se apropriam desse saber, saber ler e escrever, que é primordial à
aprendizagem do conteúdo de todas as outras disciplinas. Assim, o desafio a ser enfrentado por qualquer concepção crítica de educação, que pretenda constituir-se numa pedagogia, consiste em manter-se crítica ao mesmo tempo que apresente uma proposta afirmativa sobre a formação dos seres humanos (DUARTE,p. 97, 1998).
Como proposta de ensino desta escola, por convicção dos profissionais que
aqui atuam e, também por orientação da SEED recorreu-se à Teoria Histórico-Cultural.
Na teoria desenvolvida por Vygotsky o desenvolvimento do psiquismo
humano é explicado a partir da apropriação dos conceitos, ou seja, pela aprendizagem. Para
que o sujeito se aproprie do conhecimento é necessário que haja a mediação, feita pelo
professor e que leve em consideração a zona de desenvolvimento próxima.
O autor esclarece que para analisar o desenvolvimento de uma criança não é
importante observar o que a criança já sabe e sim captar aquilo que ainda está em formação.
Assim, propõe a existência de dois níveis de desenvolvimento: o nível de desenvolvimento
atual (também traduzido por nível de desenvolvimento real ou nível de desenvolvimento
efetivo) e a zona de desenvolvimento próximo. (DUARTE, 1998).
Vygotsky apresenta dois níveis de desenvolvimento: o real (efetivo)
chamado Nível de Desenvolvimento Real (NDR), nível em que se encontra a criança ao
realizar sozinha uma atividade em vista do conhecimento que ela já domina. O segundo nível
de desenvolvimento é chamado Nível de Desenvolvimento Próximo (NDP), que é o nível em
que a criança pode atingir mediante auxílio ou mediação de outra pessoa. O bom ensino é
aquele que incide na Zona de Desenvolvimento Próximo, porque estará instigando a criança
ao processo de aprendizagem.
A zona de desenvolvimento próximo refere- ao ponto de possibilidades de
apropriado conhecimento pelo que ainda não tem consciência daquele saber/atividade, mas
3
consegue fazer auxiliada pelo adulto. Muitas vezes crianças que têm a mesma idade podem
apresentar desenvolvimento em diferentes níveis.
Essa divergência entre a idade mental ou o nível de desenvolvimento atual, que se determina com a ajuda das tarefas resolvidas de forma independente, e o nível que alcança a criança ao resolver as tarefas, não por sua conta, mas sim em colaboração, é o que determina a zona de desenvolvimento próximo (DUARTE, 1998, p.103).
A divergência descrita acima é muito comum em uma sala de aula, sendo
possível fazer a atividade pedagógica de mediação, optando pela formação de grupos nos
quais o critério de formação seja o nível de desenvolvimento dos alunos. Mesmo
reconhecendo que o nível de conhecimento é individual, agrupar por semelhanças quando se
trabalha num grande número torna a atividade docente de mediação viável e possível.
É preciso, também, escolher atividades as quais a criança consiga fazer com
a ajuda de um adulto, no caso o professor, embora nem tudo a criança consegue fazer, mesmo
com ajuda. Todo aprendizado deve ser organizado por aproximações sucessivas e graduais,
“ensinar a uma criança aquilo que é incapaz de aprender é tão inútil como ensinar-lhe o que é
capaz de realizar por si mesma”. (VYGOTSKY in DUARTE, 1998, p.106).
Para melhor entender a relação entre ensino, aprendizagem e
desenvolvimento à luz da Teoria Histórico-Cultural é preciso compreensão de que ensino e
aprendizagem não podem ser vistos como um processo único. Há de se considerar que são
dois processos distintos, porém um implica o outro, destacando a linguagem na interação
desses dois processos. Esse mesmo entendimento pode ser aplicado aos conceitos de
desenvolvimento e aprendizagem, pois também são dois processos distintos, mas
interdependentes, sendo que um torna o outro possível.
Ressaltamos que em nenhum momento a criança desempenhe um papel
passivo nesse processo, ao contrário, a aprendizagem se dá quando a atividade é desenvolvida
por meio de propostas nas quais ela tenha um papel ativo passando da dependência do outro à
autonomia.
Em nosso colégio a maioria dos professores procura respaldar-se na Teoria
Histórico-Cultural, porém outros apresentam dificuldades teórico-metodológicas em relação
ao planejamento e ao desenvolvimento de atividades que atinjam a maioria dos alunos.
A EJA compreende a escola como espaço sócio-cultural que propicia a
valorização dos diversos grupos sociais que a compõem, isto é, considera os educandos como
sujeitos do conhecimento da aprendizagem. O currículo entendido como processo de
construção coletiva do conhecimento escolar, articulado à cultura, em seu sentido
3
antropológico, constitui elemento principal de mediação entre educadores e educandos e deve
ser organizado de tal forma que possibilite aos educandos transitarem pela estrutura curricular
de forma dialógica entre educando e educadores, de modo a tornar as práticas diárias
significativas, em vista dos conhecimentos científicos apropriados. Nessa ótica, o
conhecimento constitui o núcleo estruturador do ensino.
8.3. Concepção de Avaliação
No âmbito das pedagogias progressistas, orientação teórica que respalda as
escolas públicas do Estado do Paraná e de acordo com LDBEN 9394/96 art. 24, inciso V
alínea A, “A avaliação é contínua e cumulativa no desempenho do aluno, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de
eventuais provas finais” (BRASIL, 1996, p.37).
A prática de uma avaliação inclusiva não apenas respeita as diferenças,
como também cria mecanismos de apoio à aprendizagem e se compromete com a reflexão
crítica e permanente sobre o cotidiano escolar. A avaliação, portanto, consiste em
responsabilidade coletiva e orienta-se no sentido da transformação das condições que
naturalizam o fracasso escolar. Um posicionamento fundamental sobre a avaliação refere-se à
concepção de homem, de sociedade, da função da educação e dos objetivos que o coletivo dos
profissionais da escola definem.
Uma maneira de valorizar os aspectos qualitativos de aprendizagem é
realizá-la em oposição a um processo classificatório que tem como base, segundo Hoffman,
(2001) "transmitir – verificar - registrar".
A avaliação no contexto escolar é um processo que implica a prática da
reflexão crítica do trabalho educativo no sentido de captar seus avanços, suas resistências,
suas dificuldades e possibilitar a tomada de decisões sobre o que fazer para superar os
aspectos negativos, observados para que os alunos se apropriem do conhecimento científico e
consequentemente avancem em sua escolarização. Uma avaliação classificatória promove um
modelo excludente de escolarização e de sociedade, com a qual a escola pública tem o
compromisso de superação.
Nas pedagogias liberais/neoliberais a avaliação é classificatória, a
aprendizagem consiste em mérito individual, e a avaliação destina-se a eleger os melhores e
reprovar os alunos que não atingem as expectativas do professor.
3
Porém, abolir a reprovação está longe de resolver o problema, pois se faz
necessário que os estudantes aprendam os conteúdos, e esse é o nosso desafio.
Para reverter às dificuldades no desempenho dos alunos, os professores,
após o estudo na capacitação de fevereiro 2010, em vista da leitura de BETINI, SALATTI,
GENESINI & SILVA (2007, p.83-104) optaram por modificar a sequência clássica da
didática de planejar, executar, avaliar.
Neste Colégio, a partir do estudo dos textos das autoras acima citadas o que
se propõe é inverter a lógica didática para avaliar, planejar, executar. Ao escolher essa
sequência didática, o professor ao tomar ciência do conhecimento prévio de seus alunos irá
planejar formas de mediação escolhendo atividades adequadas para que os alunos se
apropriem do conhecimento.Avaliar, planejar e executar são atividades que fazem parte da racionalidade humana, e no trabalho didático, seu direcionamento no sentido de atender a cada uma das crianças proporciona ao professor, que tem seu trabalho voltado para as crianças das classes populares, a possibilidade de satisfação profissional, de realização dos seus objetivos (BETINI, SALATTI, GENESINI &SILVA, 2007, p.95, grifo das autoras).
Por essa razão, nessa prática, não se corre o risco de cometer equívocos a
respeito do conhecimento do qual os alunos já se apropriaram, ou nível de conhecimento real
dos alunos, caso contrário pode acontecer de os alunos que têm um nível de conhecimento
mais baixo que as expectativas do professor terem dificuldade na aprendizagem. Em
contrapartida, os alunos com nível mais elevado, também nada aprenderão. Não saber o nível
de conhecimento dos alunos para planejar atividades de mediação se constituirá numa prática
desconectada da realidade.
Ressaltamos que essa não é uma prática para ser realizada ao início de cada
ano com pequena duração, com o objetivo de “conhecer” o aluno. Reconhecemos que é uma
atividade importante, mas que não dá conta de perceber os conhecimentos do aluno. Iniciar
pela avaliação é uma prática constante, por isso deve permear todo o ano letivo. A avaliação
voltada para a aprendizagem contribui para formação do aluno e para isso é necessário que ela
não seja interpretada como um momento estático, mas como possibilidade de observação de
um processo dinâmico, intencional e planejado o que levará a não exclusão dos alunos.
Para evitar a classificação e a exclusão na prática avaliativa, salientamos a
importância da avaliação diagnóstica defendida por Luckesi:
... para que a avaliação sirva a democratização do ensino, é [preciso] modificar a sua utilização de classificatória para diagnóstica. Ou seja, a
3
avaliação deverá ser assumida como um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que possa avançar no seu processo de aprendizagem (LUCKESI, p. 81, 2005).
É diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas é
também processual por permear todos os momentos do desenvolvimento das aulas e não
acontecer apenas ao final de um período letivo.
Faz-se necessário, ao se realizar a avaliação diagnóstica, implementar as
ações tomadas a partir de um planejamento claro e adequado onde sejam explicitados,
inclusive para os alunos, os critérios e instrumentos que serão utilizados no processo
avaliativo.
Essa comunicação do plano de trabalho do professor ao aluno possibilita
que o educando se envolva mais com os estudos, visto que os processos de ensino e
aprendizagem são distintos, mas interdependentes. O trabalho do professor, mesmo que muito
bem planejado, não alcançará grandes êxitos sem o comprometimento dos alunos como
estudantes.
Neste sentido, percebe-se como fundamental a participação não só do
professor, mas também do aluno nos processos de ensino e aprendizagem. Para que a
avaliação democrática se efetive no espaço escolar é necessário o envolvimento de todos os
sujeitos da comunidade educativa quer seja professores, alunos e pais.
Quando os pais se interessam pelos conteúdos escolares, incentivam e
promovem condições para que os filhos estudem em casa, com certeza a escolarização dos
jovens é mais profícua. Nesta escola é comum faltas dos alunos inclusive em dias de
avaliação, sem nenhuma justificativa plausível, sendo necessário a conscientização dos alunos
e pais sobre a importância de frequência às aulas.
Quanto aos instrumentos, que são os meios utilizados para encaminhar o
processo avaliativo como prova oral e escrita, pesquisas, produções textuais e outros. Os
critérios referem-se aos fins pretendidos e explicitados pelo professor no seu plano de trabalho
docente. Os critérios devem estar articulados aos instrumentos, refletem as formas
previamente estabelecidas para se avaliar o conteúdo, definido o propósito e a dimensão do
que se avalia.
Promover a avaliação de forma democrática na escola é compreender que
sua principal finalidade é garantir a apropriação do conhecimento por todos os alunos. Avaliar
3
a aprendizagem, portanto, implica avaliar o ensino oferecido – se, não houver a aprendizagem
esperada, significa que o ensino não cumpriu sua finalidade.
No ensino regular do 6º ao 9º ano, a organização do ano letivo no colégio é
dividida em trimestres. Essa estratégia possibilita organizar melhor os conteúdos e propiciar a
recuperação de estudos mais adequada.
8.4 Recuperação de Estudos
A recuperação de estudos, prevista na LDBEN 9394/96, no Art. 24 inciso
V,alínea E constitui uma das incumbências dos professores “Estabelecer estratégias de
recuperação de estudos para aos alunos de menor rendimento”. A Deliberação 007/99 CEE
contempla a recuperação de estudos como direito do aluno com aproveitamento abaixo do
esperado e de obrigação do estabelecimento de ensino devendo ser integrado ao processo de
ensino e aprendizagem. No Colégio Vital Brasil é garantido a todos os alunos o direito à
recuperação, independente da nota, conforme as orientações da SEED.
A legislação em vigor também descreve que a recuperação de estudos deve
ser “recuperação paralela” ao ensino. Essa expressão implica que o trabalho docente é
observação do desenvolvimento dos alunos no processo de aprendizagem e deve acontecer
continuamente do começo ao fim do processo educativo e ser permanente quer seja em todos
os momentos do trabalho educativo.
A avaliação e, consequentemente, a recuperação de estudos estão
diretamente vinculadas aos conteúdos e não a instrumentos, devendo ser articulada aos
objetivos educacionais propostos e esses elementos precisam estar claramente explicitados no
plano de trabalho docente.
Mesmo considerando a avaliação contínua, o Conselho de Classe é o
momento coletivo específico para a discussão do processo de ensino e aprendizagem e
proposições dos encaminhamentos que podem ser realizados para proceder à recuperação de
conhecimentos não apropriados pelos alunos. Essas propostas se efetivarão por meio de
estratégias que serão contempladas no Plano de Trabalho Docente.
Como já exposto, a aprendizagem ocorre pela apropriação de conceitos e
essa se dá por sucessivas aproximações que partem do conhecimento prévio do aluno e vão
até o conhecimento científico trabalhado pelo professor. Portanto, saber o nível do
conhecimento do aluno é fundamental para avaliar e proceder à recuperação.
3
Nesse contexto, culpabilizar o aluno pelo fato de não ter aprendido é uma
ideia equivocada, pois o ato de aprender decorre do ato de ensinar e se a aprendizagem não
ocorreu, também, o ensino não se efetivou. Mediante essa constatação é necessário retomar o
ensino e não apenas aplicar um novo instrumento de avaliação para melhorar a nota. “a
recuperação de estudos, portanto, concomitante ao processo letivo, tem por lógica pedagógica
recuperar os conteúdos não apropriados e não os instrumentos de avaliação”
(SEED-NRE/CGE, 2008).
Portanto, podemos definir como recuperação de estudos como o ato de
observar o nível de conhecimento do aluno. Se não foi o esperado, mediar o conhecimento a
partir de conceitos anteriores, relacionados ao assunto e necessários para compreendê-lo e,
assim, promover a aprendizagem. Recuperação de estudos não se refere a um momento ao
final de um período por meio de uma prova para obter uma nota e substituir a anterior, ou
seja, não se constitui um momento e sim uma prática educativa.
Na EJA, a recuperação de estudos acontece simultaneamente às aulas
diárias, visto que o atendimento é imediato à dificuldade apresentada pelo aluno.
8.5. Plano de Trabalho Docente
Atendendo a exigência na legislação da LDBEN 9394/96: ”Art. l3. Os
docentes incumbir-se-ão de : II- elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta
pedagógica do estabelecimento de ensino.”
O planejamento tem início quando se pensa a respeito do que será proposto
aos alunos, que conteúdo será contemplado, em que período, utilizando-se de quais
estratégias, com quais recursos e ainda de que maneira será feita a avaliação. Registrado no
Plano de Trabalho Docente, esse planejamento será desenvolvido, avaliado e reelaborado no
decorrer de cada período, ou seja, sofrerá adequações durante seu desenvolvimento e não
apenas ao seu final.
Para se desenvolver os conteúdos específicos de cada disciplina de forma a
atingir melhores resultados entendemos que a sistemática do planejamento coletivo é
fundamental.
Almejando uma escola pública de qualidade e um trabalho menos alienado,
é possível desenvolver ações para a superação dessas dificuldades. É preciso que os
professores possam transformar dúvidas, certezas e motivos individuais em motivos coletivos
3
“e dessa forma possam engajar-se na construção de planos de ações destinados a garantir que
os alunos apropriem-se do conhecimento universal” (ASBAHR, 2007).
Sacristán (1998) afirma que a elaboração de planos de aulas ou o plano de
trabalho docente deveria fazer parte da prática pedagógica do professor comprometido com a
aprendizagem dos alunos. Segundo ele, os planos devem ter as seguintes dimensões:
[...] reflexão sobre as finalidades, decisão de conteúdos, determinação de atividades às quais se pressupõe o poder de desencadear uma série de processos de aprendizagem, organização dos conteúdos, decidir de que forma estes serão apresentados, como se recolherá a resposta ou o trabalho dos alunos e de que forma e quando se avaliará (SACRISTÁN, p 292, 1998).
Quanto à utilidade da elaboração do plano, esse autor pontua os seguintes
itens:
a) Facilita o enriquecimento profissional, já que, ao elaborá-lo, o professor faz uma reflexão
consciente sobre sua prática e procura meios para melhorá-la.
b) Determina o cenário geral das atividades, que podem ser alteradas ou enriquecidas durante
o desenvolvimento. Orienta a execução das atividades, estipula o tempo destinado a cada
assunto e quais recursos utilizar, evitando grandes improvisos.
c) Os planos são recursos para se aproximar da prática concreta, os professores devem colocar
em prática ideias teóricas, finalidades, testar experiências. É o momento privilegiado de pôr
em prática o que se pensa.
d) Os planos devem ser flexíveis, pois, justamente por serem elaborados anteriormente à
prática, permitem a improvisação e a criatividade do professor no momento de desenvolvê-
los, de forma a torná-los mais adequados.
e) Com base nos planos que elabora, os professores fazem a busca prévia de materiais para si
e para os alunos, tornando as aulas mais atraentes e ricas.
f) Os planos bem organizados podem ser conhecidos e discutidos pelos alunos, os quais,
compreendendo seu sentido, são induzidos a ter um maior comprometimento e envolvimento
com o trabalho a ser desenvolvido.
g) Se puderem ser acrescidos de outros apontamentos no momento de seu desenvolvimento
prático e serem observados por outros (professores e pedagogos), os planos poderiam se
constituir em um bom recurso de comunicação e compartilhamento da experiência
profissional no interior das escolas, favorecendo o trabalho coletivo.
Ao defender a necessidade de elaboração de planos de trabalho docente
como uma maneira de melhorar a qualidade do ensino, Sacristán explicita:
4
Quando o professor/a não necessita planejar é porque depende da experiência rotinizada ou de um material tão excludente de outros, como, por exemplo, o livro texto, que lhe evita ter de pensar o que fará, que conteúdo dará, em que ordem, etc. Se planeja à margem deste, pode aproveitá-lo como mais um recurso . (SACRISTÁN, p. 279, 1998).
Reafirmamos que a aprendizagem só ocorrerá quando o processo de ensino
for eficiente e realmente “atingir” o aluno. Portanto, é necessário que o docente conheça
muito sua disciplina, observe atentamente seus alunos e se utilize de metodologia adequada a
cada momento e a cada grupo, a partir do que os alunos já sabem sobre o assunto. Com base
nesse conhecimento é que ele registrará as ações no Plano de Trabalho Docente articulado
com a Proposta Pedagógica Curricular (PPC) e com as Diretrizes Curriculares.
Elaborado com esses cuidados, o Plano de Trabalho Docente será melhor
contextualizado e poderá contribuir para a redução dos dois tipos de comportamentos
negativos para a aprendizagem observados nas escolas que são o desinteresse e a indisciplina
dos alunos.
9. PRINCÍPIOS DEMOCRÁTICOS
Em meados da década de 1980, com o fim do regime militar e com a
redemocratização do país, os setores organizados da sociedade civil buscaram a
institucionalização da democracia. A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
efetivas esses anseios da sociedade brasileira. No que diz respeito à Educação a nova
Constituição preconiza em seu artigo 205 inciso VI “gestão democrática do ensino público, na
forma da lei”; bem como a LDBEN 9394/96 artigo 3⁰, inciso VIII “Gestão democrática do
ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino”.
Dentro das perspectivas atuais previstas na gestão democrática do ensino
público, os profissionais da educação do Colégio Estadual Vital Brasil buscam conhecer,
construir, reconstruir e acompanhar a efetivação do Projeto Político Pedagógico, visando
assim, como fim maior, a busca de uma educação com mais qualidade e garantindo a função
social da escola pública e os instrumentos da efetivação da gestão democrática
Uma escola democrática não se firma sem a efetivação de colegiados. O
Projeto Político Pedagógico acontece na escola pela participação dos educadores e da
comunidade nessas instâncias, ou seja, no Conselho Escolar, na Associação de Pais, Mestres e
Funcionários - APMF, no Grêmio Estudantil e no Conselho de Classe. São esses os espaços
4
nos quais os membros da comunidade escolar ou seus representantes podem avaliar, opinar e
planejar ações para serem desenvolvidas na escola. Concordamos com Abranches, quando
afirma que: Os órgãos colegiados têm possibilitado a implantação de novas formas de gestão por meio de um modelo de administração coletiva, em que todos participam dos processos decisórios e de acompanhamento, execução e avaliação das ações nas unidades escolares, envolvendo as questões administrativas, financeiras e pedagógicas (ABRANCHES, p. 54, 2003).
Quando esses órgãos de gestão funcionam, de fato, criam condições para o
estabelecimento da democracia escolar, reduzindo as práticas autoritárias relacionadas a
interesses pessoais ou de um pequeno grupo da comunidade educativa. Pela participação na
tomada de decisões é que se definem, por consenso, quais as metas do estabelecimento de
ensino e se cria também um vínculo de co-responsabilidade quanto à execução do que foi
proposto. Para que a escola possa desenvolver seu trabalho, cumprindo a função que lhe cabe,
é imprescindível que as decisões representem os ideais educacionais de todos os envolvidos
com ela.
A democracia na escola significa que a aprendizagem do conteúdo escolar
deve se estender a todos os alunos e que isso deve ser buscado no fazer pedagógico diário, o
que implica, no interior da escola, responsabilidade de todos os profissionais da educação e
não apenas dos membros que participam dos colegiados. Ela deve ser articulada ao Projeto
Político Pedagógico (PPP) que, originando-se no coletivo da comunidade escolar, define a
concepção de homem, de sociedade e de escola que se adota.
Para que a escola desenvolva um trabalho humanizador precisa criar
condições para aqueles que dela fazem parte, alunos, pais e profissionais da educação
participem da gestão cotidianamente e não apenas no momento de eleger a direção da escola.
Para que alcance os objetivos educacionais a instituição precisa da participação dos pais e
alunos não permitindo a ruptura no processo de aprendizagem, razão pela qual a escola deve
planejar coletivamente. Sendo assim a escola:
...deverá assumir a forma democrática para atender tanto ao direito da população ao controle democrático do estado quanto à necessidade que a própria escola tem da participação dos usuários para bem desempenhar suas funções. (PARO, p. 46, 1998).
Compreendemos que para alcançarmos nossos objetivos educacionais
precisamos que os pais nos apoiem, estimulando o estudo dos filhos em casa e valorizando a
4
educação, o que acontecerá se houver a participação de todos no planejamento das ações
desenvolvidas pela escola.
9.1. Conselho Escolar
O Conselho Escolar tem por finalidade efetivar a gestão escolar, fazendo a
articulação entre os segmentos da comunidade os setores da escola, sendo ele de natureza
deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscal, com a finalidade de garantir a organização e
realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em conformidade
com as políticas educacionais da Secretaria de Estado da Educação observando a Constituição
Federal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o Estatuto da Criança e do
Adolescente, o Projeto Pedagógico, Estatuto do Conselho Escolar e o Regimento Escolar,
para a função social específica da escola.
A participação efetiva do Conselho Escolar fortalece a função social por
meio de debates, reflexões, num trabalho coletivo entre os segmentos da escola com a
comunidade.
A Lei nº 10.172/2001 reafirma que as políticas públicas da educação devem
“promover a participação da comunidade na gestão das escolas, universalizando, em dois
anos, a instituição de Conselhos escolares ou órgãos equivalentes”.
O Conselho Escolar é formado por membros de todos os segmentos da
comunidade escolar com função de gerir coletivamente a escola. Este deve ser eleito em
reunião de cada segmento convocado para este fim, sua composição será de um titular e um
suplente de cada segmento que são professores, equipe pedagógica, alunos, pais, comunidade,
APMF e funcionários. Essa representação só terá validade se obedecer ao critério de paridade.
Para que o Conselho Escolar se efetive este deve oferecer a garantia da Constituição Federal
tendo como atribuições: elaborar o regimento interno, aprovar, acompanhar e avaliar o Projeto
Político Pedagógico, aprovar o plano de aplicação financeira da escola e participar de outras
instâncias colegiadas. O Conselho Escolar ainda implica a tomada de decisões e o
engajamento participativo, garantindo a participação de todos os segmentos da comunidade
escolar dos que estão comprometidos com as novas mudanças da escola, colaborando na
estruturação de um processo educativo de qualidade da comunidade e a formação cidadã
dentro da sociedade.
O Conselho Escolar deverá, portanto, favorecer a aproximação de cada
segmento da escola e da comunidade, rompendo com as relações burocráticas e formais e
4
permitindo a comunicação vertical e também horizontal. O Conselho possibilita a delegação
de responsabilidades e o envolvimento de diversos participantes. É um gerador de
descentralização. Como órgão máximo de decisão da escola tem por meta defender a gestão
democrática da escola. Quando há planejamento coletivo há, também a co-responsabilidade e
consequentemente maior êxito no resultado do trabalho educativo.
O Conselho nessa compreensão é espaço de debate e tomada de decisões,
onde professores, funcionários, pais, alunos, diretor e pedagogos tomam ciência de todas as
ações da escola para melhoria e busca da qualidade do ensino.
9.2. APMF
A APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários do Colégio Estadual
Vital Brasil – Ensino Fundamental e Médio é um órgão representado pelos pais, mestres e
funcionários deste Estabelecimento de Ensino. Não tem caráter político-partidário, religioso,
racial ou de fins lucrativos. Em consonância com o Projeto Político Pedagógico deste
Estabelecimento a APMF tem como objetivo participar e discutir sobre ações relacionadas ao
aprimoramento do ensino e à integração família – escola – comunidade, fazendo sugestões.
Para escolha dos representantes da APMF do Colégio Vital Brasil é
realizada reunião com a comunidade escolar para esse fim quando ocorre a escolha dos
representantes para eleição da mesma, dentro de todas as etapas do processo eleitoral. Essa
eleição ocorre a cada 02(dois) anos. Após escolhidos os membros, acontecem reuniões
mensais ou de caráter extraordinário .
Dessa forma, a APMF representa os reais interesses da comunidade Vital
Brasil, discutindo a política educacional e contribuindo para a melhoria da qualidade de
ensino. Administra também os recursos financeiros próprios e colabora de forma efetiva com
a manutenção e conservação do prédio escolar, suas instalações e equipamentos,
conscientizando as demais instâncias colegiadas deste estabelecimento sobre suas
necessidades.
9.3 Grêmio
Uma educação democrática está comprometida com a construção do seu
dia-a-dia mais participativo e saudável, utilizando meios que possam incentivar a atuação dos
4
educando na escola. Para que isso ocorra, o Colégio Estadual Vital Brasil apoia e valoriza o
fortalecimento do Grêmio Estudantil.
O Grêmio Estudantil é um movimento que envolve os educando de forma
organizada para representar os interesses dos estudantes da escola, dando oportunidade a eles
para contribuírem e criarem inúmeras possibilidades de ações de forma participativa no
ambiente escolar. É considerado importante por se tornar um espaço de aprendizagem,
responsabilidade e de luta por direitos, bem como de consciência dos seus deveres no meio
escolar.
A atuação do Grêmio na escola promove duas ações importantíssimas, a
participação e a transformação, em que uma depende da outra para chegar às conquistas. Se
tivermos, por exemplo, alunos insatisfeitos no meio escolar, é por meio da ação do Grêmio
que poderão ser elaboradas propostas e/ou alternativas para a situação ser transformada.
Para o fortalecimento do Grêmio, é importante que a escola favoreça aos
alunos a participação em eventos, cursos, seminários, congressos, fóruns, debates, que
envolvem assuntos da comunidade escolar. Contudo, o próprio Grêmio pode promover seus
eventos.
O Grêmio do Colégio Vital Brasil está em processo de formação sendo
orientado, pela direção, equipe pedagógica, professores e até mesmo pelos pais visto que os
nossos alunos são pré-adolescentes e adolescentes no Ensino Fundamental anos finais e no
período noturno jovens e adultos, tornando difícil a formação de chapas com um número de
participantes exigido. Sendo assim, faremos reuniões com os alunos representantes de turma
do Colégio para conscientizá-los sobre a importância da organização e do funcionamento do
Grêmio em nosso estabelecimento de ensino.
9.4 Conselho de Classe
Toda comunidade escolar deste estabelecimento de ensino tem uma
preocupação muito grande com a melhoria qualitativa do processo de Ensino e
Aprendizagem. Esta preocupação vem sendo traduzida por reflexões constantes e pela adoção
de medidas que visam a aperfeiçoar o trabalho educativo do Colégio.
Dentre estas medidas, está o Conselho de Classe, instrumento de
transformação da cultura escolar sobre a avaliação e, consequentemente, da prática da
avaliação em sala de aula. É o momento e o espaço de uma avaliação diagnóstica e da ação
pedagógica educativa do colégio. Ajuda o grupo a programar ações coletivas. Cada professor
4
tem a oportunidade de avaliar suas ações face aos resultados da aprendizagem dos alunos
buscando novas alternativas pedagógicas, novos meios de superação das dificuldades para que
haja crescimento do grupo.Conforme Veiga
O Conselho de Classe pode ser concebido como uma instância colegiada que, ao buscar a superação da organização prescrita e burocrática, se preocupa com processos avaliativos capazes de re-configurar o conhecimento, de rever as relações pedagógicas alternativas e contribuir para alterar a própria organização do trabalho pedagógico (VEIGA, p. 117, 2001).
Assim, o Conselho de Classe, no ensino regular, é realizado trimestralmente
por turma, de forma participativa e conjunta com a presença dos professores, equipe
pedagógica, diretor, e representantes de alunos, cumprindo a função de “articular os diversos
segmentos da escola e tendo por objetivo de estudo o processo de ensino que é o eixo central
em torno do qual se desenvolve o processo de trabalho escolar”. (Dalben, 1995, p.16) tendo
em vista a aprendizagem do aluno e a formação de sua subjetividade.
No ensino regular, o Conselho de Classe funciona da seguinte maneira:
Pré-conselho
A princípio o professor, líder de turma, coordena em sala a avaliação da
prática escolar. Nesse momento os alunos têm oportunidade de se autoavaliar em vários itens
e também opinar sobre os aspectos positivos e negativos do trimestre, bem como as
dificuldades e facilidades no processo de ensino e aprendizagem.
Conselho
Na reunião do Conselho de Classe, considerando os problemas e
necessidades levantadas junto aos alunos, é realizado um diagnóstico da turma. A análise
começa pelo professor representante da turma e é então seguida pelos demais professores. Os
alunos representante e vice-representante leem as considerações feitas no pré- conselho. Após
a discussão sobre as colocações feitas, o grupo sugere alternativas de ações que possam
produzir modificações desejadas em relação aos problemas apontados. Nesse momento,
estarão presentes os representantes de alunos.
Em seguida, apenas o corpo docente do estabelecimento continua reunido
para analisar o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos individualmente decidindo
encaminhamentos que podem ser coletivos ou individuais.
4
O passo seguinte é analisar os casos mais significativos de cada turma,
pesquisando o porquê das atitudes dos alunos com dificuldades e não simplesmente relatando
situações ocorridas durante o trimestre. É necessário saber distinguir as dificuldades
relacionadas aos conteúdos e propor ações concretas adequadas para os casos mais
complexos, sendo que essa tarefa requer reflexão conjunta dos envolvidos no processo
educativo.
As propostas são registradas em ata. No Conselho seguinte as propostas são
avaliadas, analisados os avanços alcançados, os problemas ainda existentes e as mudanças que
deverão ocorrer para a melhoria do processo educativo.
Pós- conselho
Os alunos representantes da turma, acompanhados pelo professor
representante, expõem aos colegas as discussões gerais das quais participaram avaliando as
ações do Conselho. Aqueles com maiores dificuldades são encaminhados à equipe pedagógica
para orientações individualizadas.
Os pais ficam cientes de todos esses processos, posteriormente, em reunião
de entrega de boletins.
Na educação de Jovens e Adultos, o acompanhamento do desempenho do
aluno dar-se-á semanalmente, na hora- atividade do professor, com intervenções da Equipe
Pedagógica sempre no intuito de propiciar suporte ao professor e orientações ao aluno.
10.ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR
A organização do tempo escolar no ensino fundamental regular é feita por
série e por disciplinas.
Na modalidade de Educação de Jovens e Adultos a organização do tempo
escolar é feita consoante à necessidade do educando. São ofertadas duas formas de
atendimento escolar: organização coletiva e organização individual. Coletiva, por meio de um
cronograma que estipula dia de início e término da disciplina e horário fixo, podendo o aluno
ser considerado reprovado na disciplina caso não atinja os 75% ou mais de frequência e média
6,0. A outra forma de atendimento (individual), destina-se a educandos que não têm
possibilidade de frequentar com regularidade as aulas, devido a condições de horários de
trabalho alternado e/ou outros motivos. Essa forma de atendimento respeita o tempo próprio
do educando na suas condições de vinculação à escolarização e nos saberes já apropriados.
4
11. DIVERSIDADE CULTURAL
Percebe-se atualmente que o processo de globalização, por meio dos meios
de comunicação, busca criar uma imagem de uma sociedade homogênea. Verificamos que, no
entanto, certos elementos locais se fazem presentes acentuadamente.
Nesse sentido, destacamos a cultura como um desses elementos. O Brasil,
por apresentar uma grande dimensão territorial, configura uma vasta diversidade cultural no
seu povo. Os colonizadores europeus, a população indígena e os escravos africanos foram os
principais responsáveis pela disseminação cultural no nosso país. Em seguida, os imigrantes
italianos, japoneses, alemães, árabes, entre outros, contribuíram para essa diversidade.
Diante desse contexto, salientamos que o conceito diversidade cultural
torna-se um tema relevante nos debates que permeiam a Educação do século XXI. Entende-se
que a escola deve voltar-se para um ensino que procura atender à diversidade cultural de sua
comunidade. Torna-se importante acrescentar, mediante a essa afirmativa, que a escola
apresenta ainda certas dificuldades para lidar com a diversidade. Embora, saibamos que as
diferenças não devem se tornar empecilhos e sim possibilidades para apropriação de
conhecimentos em diferentes níveis de aprendizagem.
Um dos grandes desafios da escola, nesses termos, é o de desenvolver um
Projeto Político Pedagógico que estabeleça uma visão real da práxis pedagógica em relação à
diversidade cultural para a mobilização das potencialidades dos alunos.
É válido aqui nos fundamentarmos na significação de cultura apresentada
por Chartier (2002), que, ao propor um conceito de cultura como prática social assegura que
[...] o conceito de cultura [...] denota um padrão, transmitido historicamente, de significados corporizados em símbolos, um sistema de concepções herdadas, expressas em forma simbólicas, por meio dais quais os homens comunicam, perpetuam e desenvolvem o seu conhecimento e as atitudes perante a vida (CHARTIER, p. 67, 2002).
Esse excerto nos leva ao entendimento do compromisso da escola diante da
diversidade cultural. A cultura compartilhada possibilita a sociabilidade nos agrupamentos
humanos e oferece inteligibilidade aos comportamentos sociais. Atribui-se àqueles que fazem
parte da comunidade escolar a responsabilidade da clareza dos objetivos e resultados que
pretendem alcançar, para que os alunos tenham as mesmas oportunidades, mas com
estratégias distintas. A gestão das diferenças culturais apresenta-se como um dos papéis
indispensáveis da sociedade como um todo. Em uma sociedade pluralista, existem diferenças
4
de valores que contêm o potencial que suscita conflitos. Constata-se a relevância da prática da
ética para a gestão justa e eficiente.
Podemos afirmar, então, que a escola constitui-se como uma instituição
organizada por uma população com diversos grupos étnicos, com seus costumes e suas
crenças. Ressaltamos, porém, com base nas reflexões de Duarte (1998) que as demandas
educacionais devem estar inseridas em um projeto de sociedade, de escola e de aluno,
impossibilitando, assim, a fragmentação do ato de ensinar. Deve-se privilegiar a totalidade do
ser humano e a função social da escola, ou seja, apropriação dos conhecimentos científicos.
Essa afirmativa está amparada pelo Art. 210 da Constituição Federal, o qual
fixa conteúdos para a Educação Básica, assegurando a formação e o respeito aos valores
culturais e artísticos, nacionais e regionais. É plausível enfatizarmos aqui a importância da
transmissão do conhecimento que vai além do senso comum, pois segundo Ramos (2003, p.
11) “[...] se o conhecimento não supera o senso comum não é conhecimento; [...]”.
Cumpre ainda ressaltar que quando a escola tem um projeto pedagógico que
não atenda às diferenças culturais gera certo desprazer, indisciplina, ocasionando a
marginalização e o fracasso. Sendo assim, o trabalho pedagógico deve ter uma visão
democrática, admitindo as especificidades como um elemento fundamental no ensino-
aprendizagem. Assim, vislumbra o crescimento de um novo homem.
A Lei de Direitos Humanos declara sobre a seriedade da elaboração de
medidas políticas “[...] efetivas que garantam a todos nos grupos, principalmente àquelas que
se encontram histórica e socialmente excluídos, o acesso e a permanência à uma educação de
qualidade social que se assegure o seu direito à educação” (CONAE, 2008).
Essa prerrogativa nos leva a pensar sobre o imperativo de se definir
posicionamentos efetivos na comunidade escolar. Estes, por sua vez, devem articularam-se às
políticas sociais para possibilitar o acesso e a permanência com sucesso à educação de
qualidade a todos: quilombolas, negros, indígenas, pessoas com necessidades educacionais
especiais, gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros, pessoas privadas de
liberdade, mulheres, jovens, adultos e idosos.
Essa reflexão pode contribuir para a superação do preconceito de que existe
o aluno ideal para uma real compreensão do fenômeno diversidade cultural na escola. Sabe-se
que não há uma classe homogênea. As relações sociais, no universo escolar, caracterizam-se
por uma pluralidade cultural, que deve ser explorada, almejando a formação da totalidade do
homem: cognitivo, ético e efetivo.
4
Destacamos, pois , que um dos desafios do Colégio Vital Brasil é privilegiar
a diversidade cultural, como meio de transformar a escola e a sala de aula em um ambiente de
aprendizagem significativa. Desse modo, poderemos criar mecanismos que oportunizam a
superação do preconceito e da discriminação, visto que, a socialização do conhecimento
científico a todos, transcendendo o senso comum. Não é um processo simples, mas pelo
contrário, exigirá da escola atitudes que promovam mudanças em relação ao planejamento
curricular, a execução de novas estratégias, regulamentação do espaço físico, entre outros,
viabilizados no Projeto Político Pedagógico. E, também serão contempladas na no PTD com
embasamento nas Propostas Pedagógicas Curriculares.
11.1. A História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena
Durante muito tempo a escola afastou o negro e o índio da educação, agora
há uma política direcionada para a pluralidade.
Consideramos que a diversidade cultural é patrimônio comum da
humanidade. A cultura adquirida de formas diversas por meio do tempo e espaço manifesta-se
na multiplicidade que caracterizam os grupos e a sociedade. Assim, enfatizamos que esse
patrimônio deve ser reconhecido e consolidado em benefício das futuras gerações.
Observamos, portanto, que a promulgação da Lei nº. 11.645, de março de
2008, que altera a Lei nº. 9.394, de dezembro de 1996, modificada pela Lei nº 10.639, de
janeiro de 2003, contempla os pressupostos acima. Essa lei estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade do
tema “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.
O Art. 26-A da Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, o qual passou a
vigorar com a seguinte redação: Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.§ 1º O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.§ 2º Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileira. (LDBEN, 9394/96).
5
Percebemos, assim, a importância do espaço escolar possibilitar aos
educandos a reflexão sobre o conhecimento historicamente produzido: a identidade cultural e
social, o conhecimento de aspectos da ciência e da cultura nacional.
Segundo a SEED, na instrução Nº. 017/2006-SUED, caberá ao
estabelecimento de ensino garantir, no Projeto Político Pedagógico, que todas as disciplinas
da matriz curricular contemplem, obrigatoriamente, ao longo do ano letivo, a Educação das
Relações Étnico-Raciais e o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Esse
encaminhamento deverá ser sob a perspectiva de proporcionar aos alunos uma educação
compatível com uma sociedade democrática, multicultural e pluriétnica.
Mediante essa afirmativa, percebemos a necessidade de uma ressalva. Não
basta estudar a lei que determina a obrigatoriedade do tema “História e Cultura Afro-brasileira
e Indígena”, os educadores devem lembrar quais grupos vieram para o Brasil e os que já se
encontravam aqui e fizeram a história. Por exemplo, quando falamos do ciclo da produção do
açúcar damos a entender que a tecnologia era dos europeus, quando na verdade eram dos
povos asiáticos e africanos que detinham esses conhecimentos. Os ciclos do gado, ouro, café,
também foram possíveis devido às técnicas dos povos africanos, enfim, devemos desconstruir
a mitologia do homem branco na colonização do Brasil.
Diante do exposto, os professores das diferentes áreas do conhecimento
deste estabelecimento de ensino, cumprindo a lei federal principalmente nas disciplinas de
História, Literatura e Arte, sistematizaram em seu plano de trabalho docente os temas história
e cultura afro-brasileira, africana e indígena, enquanto as demais disciplinas enfatizam o tema
sempre que é possível fazê-lo ao desenvolver os conteúdos.
Julgamos oportunas na organização dessa proposta e de nosso trabalho
pedagógico as considerações de Arco-Verde:
Trabalhar com as diversidades culturais, explorando as diferenças etno-raciais que estão postas, tanto na sala de aula como na sociedade, possibilita a reflexão crítica, o pensar do aluno a partir de seu lugar, de suas experiências de vida, de suas lutas diárias. Propor ações afirmativas e trazer à tona a diversidade não são , de imediato atitudes de pacifismo pedagógico ou de resoluções da contradição posta na sociedade. Ao contrário, é inserir o conflito no seio da vida real, da escola, e enfrentá-lo, explicitando as diferenças, trabalhando com clareza as contradições.( ARCO-VERDE, p. 113, 2005).
Essa compreensão deve favorecer o respeito à dignidade cultural, em suas
relações éticas e sociais. Dessa forma, será possível fomentar medidas de repúdio a toda e
5
qualquer forma de preconceito e discriminação e o reconhecimento de que todos trazem
singularidades.
Atendendo a Resolução 3399/2010- GS/ SEED, o Colégio Vital Brasil
compôs a Equipe Multidisciplinar a qual deverá desenvolver ações sobre a Educação das
Relação Étnico-Raciais e para o e Ensino de História e Cultura Afrobrasileira , Africana e
Indígena contemplando no Plano de Trabalho Docente e articulado com as PPC e as
Diretrizes Curriculares conteúdos estes que valorizam a cultura afro-descendentes e indígenas.
11.2. Educação Inclusiva
Conforme no art.208 da Constituição da República Federativa do Brasil,
“o dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: inciso III –
atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência preferencialmente na
rede regular de ensino”. O Colégio Estadual Vital Brasil – Ensino fundamental e Médio
assumiu o compromisso de fazer cumprir as leis às quais está subordinado, respeitando,
valorizando e acolhendo os portadores de necessidades especiais que a essa escola
ingressaram.
Retomando os fatos históricos: a Declaração Universal dos Direitos
Humanos (1948) uniu os povos do mundo todo no reconhecimento de que “todos os seres
humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de
consciência, devem agir uns para os outros em espírito de fraternidade”.
Baseando nessa declaração, e levando em conta a necessidade de
almejarmos uma “sociedade igualitária”, torna-se necessário a visão de uma sociedade
inclusiva, na qual a diversidade, antes denominada de diferenças, garantam a todos o direito
de acesso nos diferentes locais, independentemente de suas peculiaridades.
A Constituição Federal de 1988 no seu artigo 5⁰ também se baseia no
princípio da igualdade: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se o acesso aos brasileiros e a estrangeiros, residentes no País, a inviolabilidade do
direito à vida, a liberdade, à igualdade, à segurança e a propriedade” (CF Brasil – 1988).
De acordo com este princípio, a consciência ao direito de construir uma
identidade própria e do reconhecimento da identidade do outro se traduz no direito da
igualdade e no respeito às diferenças, assegurando oportunidades diferenciadas equidade,
tantas quantas forem necessárias com vista à busca da igualdade.
5
Para Barroco (2004, p.23) a proposta de uma sociedade e de uma educação
inclusiva apresenta-se como fenômeno histórico, no qual se devem respeitar as diferenças
suscitadas pelas etnias, nível sócio-econômico, credo religioso, opção sexual, idade e
deficiência ou necessidades educativas especiais.
Desta forma, a escola ao adotar tal proposta se faz necessárias adaptações
para o atendimento aos “indivíduos diferenciados”.
Assim, podemos ressaltar a importância de a escola trabalhar com as
diversidades culturais, raciais e diferenças cognitivas, possibilitando aos educandos, a
eliminação das feridas sociais provocadas pela diversidade e as dificuldades em aceitá-las,
favorecendo a formação do educando, de maneira que ele consiga transformar a hipocrisia do
preconceito na construção de uma sociedade mais justa.
Diante do exposto, o Colégio Estadual Vital Brasil passa a cumprir o
princípio de promoção da cidadania, ao adotar uma educação inclusiva, favorecendo as
pessoas com necessidades educacionais especiais a conquista de “Direitos e cidadania”
ofertando salas regulares a pessoas com necessidades especiais.
Esta escola defende uma sociedade para todos, respeitando a diversidade
atendendo às necessidades de todos que a ela recorrem em busca do saber escolar, quer
educandos da modalidade regular, quer educandos da Educação de Jovens e Adultos.
Para democratizar o acesso e permanência reconhecendo e valorizando as
diferenças individuais é preciso haver adaptação curricular o que ainda não é algo muito claro,
pois alguns alunos realmente têm grande dificuldade de aprendizagem e sem um apoio
especializado de fonoaudiólogo, psicólogo, por exemplo, dificilmente atingem os objetivos
propostos no currículo. Há necessidade de viabilizar o atendimento educacional especializado
em contraturno e os serviços especializados deverão ser solicitados junto à rede de apoio.
Para que o aluno com necessidades especiais possa se desenvolver na escola
e obtenha aprendizagem é fundamental haver a adaptação curricular.
12. DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
O objeto de estudo da escola é o conhecimento científico e transmiti-lo aos
alunos é o maior desafio a ser enfrentado nos estabelecimentos de ensino.
No entanto, muitas vezes sentimos que, além dos conhecimentos científicos,
na atualidade, alguns temas são relevantes e suscitam questões que são desafios a serem
5
resolvidos fora da escola e também no interior dela, são problemas que afligem a toda a
sociedade.
Tais desafios trazem as inquietudes humanas, as relações sociais,
econômicas, políticas e culturais, levando-nos a avaliar os enfrentamentos que devemos fazer.
Implica, imediatamente, a organização de nossas tarefas e o projeto político-
pedagógico que aponta a opção pela direção educacional dada pelo coletivo escolar, nossos
planos, métodos e saberes a serem enfrentados, para hoje, sobre o ontem e com a intensidade
do nosso próximo passo (SEED, 2009).
A SEED enviou às escolas textos em 2008, para que fossem discutidos na
Semana Pedagógica, temas aos quais nomeou de “Desafios Educacionais Contemporâneos”
que são: “Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola,
História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, Prevenção ao uso indevido de drogas
e sexualidade”. Nos documentos enviados pela secretaria percebeu-se que a grande maioria
das escolas, há muito, trabalham tais assuntos, no entanto, o desenvolvimento desses
conteúdos ocorria por meio de projetos que atualmente consideramos como superficiais. Nos
projetos o objetivo maior é o prazer e a socialização dos alunos secundarizando o conteúdo
pelo não aprofundamento.
A orientação da SEED é de que se trabalhem os desafios de forma
aprofundada abordando as questões sociais, políticas, econômicas e artísticas de cada um
deles.
Após as discussões realizadas nesta escola, optou – se por trabalhar esses
conteúdos de forma aprofundada como orienta a mantenedora e não escolher uma série ou
trimestre, mas sim desenvolvê-los sempre que surja a possibilidade no conteúdo da disciplina,
conforme a PPC , que é contemplado nos planos de trabalho docente.
O coletivo dos professores reconhece que o trabalho, nesse momento, não é
o ideal, todavia, acreditamos que ele se efetivará no futuro.
13. TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
Entende-se que o acesso às tecnologias de informação e comunicação é de
grande importância para o processo educacional, pelo fato de desencadear uma série de
mudanças na forma como o aluno se apropria do conhecimento. Neste cenário de
desenvolvimento tecnológico que vem provocando mudanças profundas nas relações sociais,
5
a educação tem procurado estratégias pedagógicas utilizando os novos recursos tecnológicos,
resultando em práticas que promovem o currículo escolar.
O uso desses recursos tecnológicos na educação, além de se constituir em
uma prática libertadora, uma vez que contribui para a inclusão digital, também busca levar os
profissionais da educação a se apropriarem criticamente dessas tecnologias de modo que
descubram as possibilidades que elas oferecem nas práticas educacionais, visto que:
...mais do que ferramentas e aparatos que podem “animar” e ou/ ilustrar a apresentação de conteúdos, o uso das mídias web, televisiva, audiovisual e impressa, mobiliza, aborda e oportuniza novas formas de ver e escrever o mundo(SEED, 2010).
Nesse contexto, na esfera de um currículo público, para além do
conhecimento, a inserção de novos recursos tecnológicos é capaz de criar condições para que
frutifiquem valores tais como: colaboração, e cooperação, além da curiosidade que leva ao
saber.
Segundo o entendimento de Moran (1995), uma mudança significativa que
vem se acentuando nos últimos anos é a necessidade de o homem se comunicar por meio de
sons, imagens e textos, integrando mensagens e tecnologias multimídia. Porém, as tecnologias
de comunicação não substituem o professor, mas modificam algumas das suas funções e isso
pode causar resistências devido à falta de formação. No entanto, percebe-se que é possível
melhorar se o professor optar por algumas práticas que envolvam os alunos.
Muitos jovens têm melhor domínio do computador do que alguns
professores. Se eles sabem usar a máquina, o que os professores devem desenvolver é o como
ela pode ajudá-los a aprender os conteúdos ao planejar diferentes metodologias de ensino.
O papel que cabe ao professor é o de problematizador e mediador para
pesquisas sobre os assuntos estudados, a fim de superar preconceitos e leituras rasas do
conteúdo barateando o conhecimento.
No campo educacional, torna-se cada vez mais necessária a presença do
trabalho do docente para lidar com a grande quantidade de informações introjetadas pela
mídia em todos os jovens. A orientação do professor ou da professora é de extrema relevância
na análise crítica dos conteúdos midiáticos, por meio da apresentação do conhecimento
científico estruturado, para que os alunos sejam capazes de reestruturar seu pensamento com
base no fundamento teórico (TERUYA &MORAES, 2009).
5
Em nenhum momento o computador substitui o professor, pois só esse
profissional pode por meio da mediação, transformar as informações obtidas em
conhecimento apropriado pelos alunos. saber operar programas ou equipamentos – que mudam cada vez mais rapidamente – não deveria ser a principal demanda de gestores e professores.O verdadeiro desafio está em associá-los aos temas de estudo para realizar melhor a tarefa de ensinar (PINHEIRO, p. 43, 2009).
O Colégio Vital Brasil possui o laboratório de informática desde 2003,
porém a sua consolidação ocorreu entre 2006 e 2007, em função do Programa Paraná Digital,
bem como da chegada neste colégio de professores que já estavam instrumentalizados para
utilizar com propriedade as ferramentas tecnológicas disponíveis.
Atualmente existe uma boa utilização e produção no ensino fazendo uso dos
recursos tecnológicos disponíveis no estabelecimento e um deles, que é utilizado por 100%
dos professores, é a TV Pendrive (multimídia). Em relação ao laboratório de informática,
ainda existem algumas resistências, que aos poucos estão sendo vencidas pela qualificação e
formação dos profissionais.
No entanto é primordial a formação em serviço, o acompanhamento ao
professor no desenvolvimento desse trabalho e o tempo despendido para lidar com a
tecnologia para haver a incorporação de recursos tecnológicos e promover revolução digital
na educação. Afinal, não adianta fornecer equipamentos para os alunos se entre o corpo
docente o equipamento causa estranhamento e desconforto. Há desafios culturais e
econômicos a superar:
Por um lado, há desconfiança de que os computadores tirem a atenção dos
alunos. Por outro, o temor de que a defasagem em relação às tecnologias possam ameaçar o
emprego. Num país com os problemas estruturais do Brasil, muitos professores não têm
condições de ter um computador próprio, algo essencial para avançar.
Nesta escola procura-se trabalhar na perspectiva da teoria Histórico-cultural,
na qual, segundo Vygotsky (1995) “a aprendizagem é um processo histórico, fruto de uma
relação mediada e possibilita um processo interno, ativo e interpessoal”. Sendo, o
conhecimento, portanto, fruto de uma relação entre o sujeito que aprende, o sujeito que ensina
e o objeto do conhecimento.
Torna-se relevante destacar ainda que a escola dispõe de Agentes
Educacionais II, formados no curso técnico pró-funcionário multimeios-didáticos. Dessa
5
forma, estes profissionais podem atuar no auxílio técnico pedagógico do professor e dos
discentes.
Portanto, a utilização dos recursos tecnológicos torna-se um apoio ao
trabalho docente no processo ensino aprendizagem, sendo um instrumento a mais no preparo
de suas aulas.
14. SALA DE APOIO
Para enfrentarmos o problema da repetência de alunos do 6º e 9º ano, o
Colégio Estadual Vital Brasil, ofertar a Sala de Apoio para alunos que apresentam dificuldade
de aprendizagem em leitura, escrita e cálculo. A SEED prevê a abertura dessas turmas quando
esse problema existe numa escola conforme a Resolução 208/04.
Em nosso Colégio, uma dificuldade a ser enfrentada é a pouca
disponibilidade de salas, no entanto faremos readequações no espaço para o funcionamento
dessas turmas. As turmas são compostas por até 20 alunos e seu funcionamento se dá em
contraturno, no próprio Colégio, contemplando as disciplinas de Língua Portuguesa e
Matemática, com cronograma de atendimento por disciplina durante 4 horas/aula semanais
cada uma.
Os professores da sala de apoio à aprendizagem assumem o compromisso de
desenvolver um trabalho diferenciado, buscando metodologias que atendam as diferenças
individuais dos alunos, com intuito de contribuir decisivamente para a superação das
dificuldades de aprendizagem, suprindo lacunas conceituais das séries anteriores.
O encaminhamento dos alunos à Sala de Apoio será feito pelos professores
regentes de sala que são assessorados pela equipe pedagógica e o planejamento do trabalho a
ser realizado na sala de apoio será elaborado pelo professor responsável pela mesma, pelo
professor regente de sala e equipe pedagógica.
Nas salas de apoio, a avaliação será diagnóstica, processual e descritiva,
observando o avanço de cada aluno, para que os professores da sala regular e do apoio, em
conjunto, possam decidir sobre a necessidade de o aluno continuar frequentando essa sala ou
ser dispensado dela.
No Colégio Vital Brasil esse trabalho vem contribuindo na redução das
reprovações dos 6ºs e 9ºs anos e principalmente no desenvolvimento dos alunos que
frequentam a turma. Desde a implantação das salas de apoio, observou-se um menor número
5
de alunos retidos, melhorando os índices de aproveitamento e superando as defasagens de
aprendizagem.
15. ESTÁGIO OBRIGATÓRIO E NÃO OBRIGATÓRIO
No ano de 2008 estas atividades foram regulamentadas pela Lei Federal nº
11788/2008, que contempla art 1º: ... ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho,
que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam
frequentando o ensino Regular em instituições de educação superior, de
educação profissional, de ensino médio da educação e especial e dos anos finais
do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e
adultos.
ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO
O estágio visa proporcionar aos jovens estudantes instrumentos que
facilitem sua passagem do ambiente escolar para o mundo do trabalho. Os alunos que
freqüentam o ensino fundamental anos finais tem direito ao estágio não obrigatório desde que
atendam a legislação vigente, que tenham idade mínima de 16 anos.
O estágio não obrigatório não interfere na aprovação ou reprovação
também não será computado como componente curricular. Nas instituições de Ensino da Rede
Pública Estadual, para a formalização do Termo de Convênio, conforme previsto no Decreto
897/07, só será inscrito com a autorização do Governo do Estado do Paraná.
O Colégio Vital Brasil, em consonância com as orientações da SEED,
oportunizará o estágio não-obrigatório, como atividade opcional, desenvolvido no ambiente
de trabalho, mas a procura do estágio não obrigatório no Colégio Vital Brasil é mínima, pois
os alunos do ensino fundamental anos finais em sua grande maioria são menores de 16 anos,
poucos alunos se enquadram.
ESTÁGIO OBRIGATÓRIO
O estágio obrigatório supervisionado é uma atividade que se realiza na
escola há muito, é acordado entre a escola e as instituições de ensino superior que tem
interesse de nela realizar o estágio.
5
Esta escola segue integralmente a lei firmando termo de compromisso que é
assinado pelo representante da instituição superior (professor do estagiário), pelo estagiário e
direção da escola.
O cumprimento dos itens do termo de compromisso será acompanhado pelo
professor do estagiário e também pela direção e equipe pedagógica da escola.
Esta escola está aberta aos estágios supervisionados desde que não ocorram
de forma excessiva numa mesma turma, devendo ser no máximo dois em cada turma
anualmente e respeitando algumas normas estabelecidas nesta escola conforme segue abaixo e
que também estão contempladas na legislação vigente.
Sejam combinados com o professor de prática anteriormente para que,
posteriormente os estagiários iniciem o trabalho, conhecendo melhor as formas de
encaminhamento da escola, bem como as normas legais e acordadas no coletivo nesta escola.
O professor de prática acompanhe os estagiários não apenas na elaboração
de planos que serão utilizados durante o estágio, mas também na execução e avaliação do
acadêmico.
O professor de prática e os estagiários apresentem um Plano de Trabalho
antes do inicio do estágio, com cronograma de atividades a serem desenvolvidas. Sempre que
possível, a escola propõe aos professores de prática do estágio formal (observação,
participação e regência) que os estagiários desenvolvam atividades de monitoria, em contra -
turno, com a orientação do professor de prática e professores da escola.Durante o estágio em
sala o professor regente estará sempre presente.
Se cumpridas às orientações acima; consideramos que os estágios
contribuem com a escola pelo fato de as aulas geralmente serem desenvolvidas com a
utilização de estratégias metodológicas dinâmicas e com recursos mais diversificados que no
trabalho pedagógico diário, mesmo que isso leve a trabalhar conteúdos de forma mais lenta
que o professor regente.
Os alunos estagiários recebem as orientações sobre o estágio dos
professores da instituição superior, contudo, na escola eles são orientados pela equipe
pedagógica, e direção em comum acordo com os professores regentes da turma.
16. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
5
Para elaboração do calendário escolar a mantenedora considera a LDBEN
9394/96 de 20/12/96, a Lei Complementar Estadual 103 de 15/03/2004 art. 32;a Del. 02/02 –
CEE; e a DEL. 04/06-CEE 07.
A política de autonomia escolar adotada pelo Governo do Paraná, garante ao
estabelecimento de ensino a elaboração de calendário próprio para atender as necessidades da
comunidade onde a escola está inserida, desde que cumpridas as exigências da legislação
educacional em vigor.
Compete a escola, adotar procedimentos que possibilitem a permanência
efetiva dos alunos, ativamente envolvidos em atividades educacionais.
O calendário deve ser resultado de ampla discussão realizada pelo Diretor,
equipe pedagógica e professores, precisa ser aprovado pelo Conselho Escolar, que deve levar
em consideração as peculiaridades locais da comunidade escolar, inclusive característica
climática, econômica e histórica, em total consonância com o art. 23, parágrafo 2º da
LDBEN/96, beneficiando assim alunos, professores, pais e comunidade em geral.
A observância do calendário proposto por este colégio e homologado pelo
Núcleo Regional de Educação e é de competência do Diretor, que responde legalmente e
administrativamente pelo colégio em todos os âmbitos, zelando principalmente pelo
cumprimento do mínimo de 800 horas de efetivo trabalho escolar por ano letivo.
17 . AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Os princípios norteadores buscados neste Projeto Político Pedagógico foram
definidos pela necessidade de Gestão Democrática na escola objetivando, por meio do
trabalho coletivo, garantir o acesso, a permanência e a aprendizagem do aluno.
Para construir e consolidar a gestão democrática no colégio, nosso Projeto
Político Pedagógico parte da sua realidade singularidade, procurando assegurar a participação
de todos que tenham o compromisso com a qualidade do ensino. É preciso garantir a
participação efetiva nas decisões da escola por meio dos colegiados.
É necessário que a comunidade escolar não limite sua reflexão aos
problemas do dia-a-dia, mas pense e proponha ações a serem desenvolvidas a curto, médio e
longo prazo, viabilizando, assim, a construção coletiva do Projeto Político Pedagógico.
Tendo em vista as concepções e as inovações propostas neste trabalho, é
importante ressaltar a necessidade de se refletir sobre todos os aspectos no decorrer de 2011,
6
verificando as possíveis alterações para os próximos anos. Essas necessidades deverão ser
levantadas num processo coletivo, assim como foi realizada a elaboração dessa proposta
pedagógica, priorizando, nas discussões de cada segmento, os interesses e necessidades da
comunidade escolar.
É necessário que a comunidade escolar não limite sua reflexão aos
problemas do dia-a-dia, mas pense e proponha ações a serem desenvolvidas a curto, médio e
longo prazo, viabilizando, assim, a construção constante e coletiva do Projeto Político
Pedagógico.
A função dos colegiados da escola é a de elaborar propostas, mas também,
avaliá-las e este projeto é um documento que precisa estar em permanente re-elaboração, visto
que, escola e sociedade são dinâmicas.
Para realizarmos a avaliação das propostas contidas neste Projeto Político
Pedagógico pretendemos:
utilizar instrumentos como caixa de sugestões para que todos os alunos façam sua
contribuição;
no final do segundo trimestre enviaremos um questionário às famílias para que as
mesmas avaliem os itens que foram contemplados nesta proposta;
realizar reuniões, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil e APMF para avaliarmos
coletivamente o trabalho que está sendo desenvolvido e propormos ajustes
necessários.
Para que esta proposta de ensino se concretize com êxito é fundamental que
receba o apoio dos órgãos competentes da educação do estado e da federação, além do total
envolvimento da comunidade.
18. O PLANO DE AÇÃO
O plano de ação do Colégio Vital Brasil constitui-se num instrumento que
viabiliza a efetivação do Projeto Político Pedagógico. Para tanto se faz necessário, a cada
início do ano letivo uma análise das ações para verificar os pontos positivos e negativos e as
devidas alterações.
Ao término do ano letivo faz-se uma reunião com a direção, vice-direção,
equipe pedagógica, professores, funcionários, Conselho Escolar e APMF para avaliar e alterar
as ações para melhor atender a dinâmica escolar. Assim, avaliamos o Plano de Ação do ano
vigente para construção do Plano de Ação do ano seguinte.
6
Os pais, na primeira reunião anual sobre a organização e o funcionamento
escolar tomam conhecimento das ações que são realizadas no Colégio também podem sugerir
outras ações que não estão contempladas no Plano de Ação vigente, para o próximo ano.
Portanto, as ações são construídas coletivamente pela comunidade escolar.
6
PLANO DE AÇÃO 2012 – COLÉGIO ESTADUAL VITAL BRASIL
Temas Ações do colégio em 2012 Período Responsável
Instâncias Colegiadas
Grêmio Estudantil
APMF
Conselho Escolar
Na 1ª reunião do ano explicar aos pais a importância dos
colegiados e da participação nos mesmos.
Sensibilizar/conscientizar os alunos sobre a importância
da participação no Grêmio.
Eleger os membros da APMF a cada dois anos
Estudo do Estatuto do Conselho Escolar e Regimento
Interno.
Palestra com a comunidade escolar sobre temas à
adolescência e outros do interesse dos pais
Início do ano.
Durante todo ano
letivo
Maio
Durante o ano
letivo
Abril a Julho
Direção, Professores,
Equipe Pedagógica e
Funcionários.
Profissionais de
diferentes áreas,
psicólogos , médicos e
outros.
Projeto Político-Pedagógico
- Disponibilizar a cópia do P.P.P. na sala dos professores para
leitura e com compromisso coletivo de estudar na Hora
Atividade ou em momentos oportunos.
Durante o ano
todo.
Professores, equipe
pedagógica,
funcionários, direção e
6
- Avaliar o PPP e o plano de ação, para manutenção ou
alterações das ações.
No início e
término do ano
letivo
comunidade escolar.
Cumprimento do Calendário Escolar em dias
letivos e horas atividade
- Professores procederem a reposição de aulas quando faltar.
- Cumprir a hora-atividade na escola destinando parte da carga
horária que a compõe para estudos.
- Uma reunião trimestral por área.
- Um encontro trimestral entre professor e pedagogo.
- Jogos inter-classe de alunos.
- Semana cultural/Feira de Ciências
- Dia da Consciência Negra
Durante o ano
letivo
Outubro
Direção, Equipe
Pedagógica e
Professores.
Proposta Pedagógica Curricular/
Plano de trabalho docente
Reuniões de área para análise e estudo da proposta pedagógica
curricular e articulação entre as Diretrizes Curriculares, a
Proposta Pedagógica e o Plano de Trabalho Docente.
- Discussão entre professores e equipe pedagógica para
elaboração do P.T.D. trimestral .
Valorizar e conhecer a experiência dos alunos e seus saberes
sobre determinado assunto para propor mediações partindo do
conhecimento prévio do aluno até o saber sistematizado.
Nas reuniões
pedagógicas
previstas
Durante o ano
letivo.
Direção, Equipe
Pedagógica e
professores.
6
Rendimento escolar dos alunos 1) Análise dos resultados do Conselho de Classe e notas dos
alunos.
2) Divulgação dos resultados por gráficos.
3) Retomada dos conteúdos através de recuperação paralela
rotineiramente e paralelamente.
- Reunião por série com todos os pais/ou responsáveis no início
do ano letivo para conscientizá-los sobre o funcionamento e os
encaminhamentos pedagógicos;
- Reunião trimestral de pais/responsáveis com os professores,
direção e equipe pedagógica para acompanhar o rendimento e
frequência escolar de seus filhos;
-Informar aos pais o momento da hora atividade de cada
professor para que possam agendar atendimentos individuais;
-Envolver as famílias dos alunos no desempenho escolar dos
filhos e da escola por meio de campanhas .
Durante o ano
letivo
Comunidade Escolar
Direção, Equipe
Pedagógica e Professores
Avaliação do Colégio (Institucional) - Verificar o funcionamento da qualidade dos diversos setores da
escola, por meio de questionários aos pais visando a melhoria
dos serviços prestados.
Ao final do ano Comunidade escolar.
6
Conselho de Classe - Realizar o pré conselho com metas mais definidas e registros
específicos.
- Durante o Conselho de Classe propor ações individuais e
coletivas que promovam a aprendizagem dos alunos com
dificuldades. Após o Conselho de Classe disponibilizar cópias
das atas para os professores e cada setor colocar em prática as
ações propostas. Avaliar em cada Conselho de Classe os
encaminhamentos do conselho anterior.
- Realizar o pós conselho de classe.
A cada trimestre Professor, equipe
pedagógica e direção.
Recuperação - Manter o número reduzido de alunos por turma, de acordo com
metragem das salas.
- Retomar o processo ensino-aprendizagem rotineiramente
durante todo o processo de ensino, não só ao final do trimestre.
- Repensar os instrumentos de avaliação utilizados na
recuperação definindo melhor os critérios, por meio de estudos.
Durante o ano
letivo.
Direção, equipe
pedagógica e
professores.
Enfrentamento à evasão / Assiduidade dos
alunos
Contato e diálogo com família.
Comunicação entre família e escola sobre a vida escolar do
aluno.
Diálogo de conscientização com pais e alunos.
Recuperação paralela voltada à aprendizagem dos alunos e não
Durante o ano
letivo
Professores, pedagogas e
direção.
6
apenas das notas.
ASSIDUIDADE
Acompanhamento da frequência do aluno por todos os
professores.
Preenchimento das fichas – FICA.
Comunicação aos pais, Conselho Tutelar e promotoria de
infância e juventude quando necessário.
Sala de Apoio - Oferecer sala de apoio em contraturno para 6º ano aos alunos
com maior dificuldade a partir da avaliação feita pelos
professores da turma.
- Reunir professor da sala de apoio e professores regentes para
troca de informações e planejamento.
Início do ano Direção, Equipe
Pedagógica e
professores.
Registro e acompanhamento de alunos
incluídos
- Após a avaliação diagnóstica dos professores entrar em contato
com a família para conhecer melhor a história do aluno.
- Se necessário pedir avaliação do aluno ao CEAOP.
- Se o aluno já for atendido por profissionais especializados fora
da escola entrar em contato com eles para conhecer os avanços
dos alunos.
- Orientação das pedagogas aos professores em como mediar
Durante o ano
letivo
Professores, Pedagogas e
funcionários.
6
conteúdo e adaptar o currículo.
- promover a aceitação do aluno e respeito na sala e na escola.
Reunião Pedagógica/Semanas Pedagógicas
- Grupo de estudo entre as pedagogas anteriores às reuniões.
- Promover trabalho de estudo teórico sistemático para semanas e
reuniões pedagógicas.
- Agendar reuniões pedagógicas no calendário letivo.
Durante o ano
letivo .
Pedagogas, funcionários
e professores.
PDE
- Conhecer o trabalho a ser desenvolvido pelo professor PDE e
sua proposta de implementação.
- Acompanhar o desenvolvimento do trabalho do professor PDE
na escola.
Durante o ano
letivo
Direção e Pedagogas
6
19. PROPOSTA PEDAGÓGICA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Dada à velocidade das descobertas científicas e dos avanços tecnológicos
nas sociedades industrializadas que tornam qualquer artefato ou qualquer descoberta científica
obsoletos desde o ato de sua criação, pensar que o ensino ministrado pela escola tem alguma
chance de acompanhar o ritmo frenético no desenvolvimento das Ciências é ser ingênuo. Na
sociedade hodierna, a efemeridade dos eventos e das descobertas científicas é algo
inquestionável.
A escolarização básica não tem a pretensão de responder às necessidades
funcionais e imediatas do aluno-trabalhador da Educação de Jovens e Adultos. Por outro lado,
ela não pode ficar alheia ao fato de que o modelo de produção industrial requer cada vez mais
mão-de-obra melhor qualificada, requer principalmente cabeças pensantes, criativas,
inventivas e trabalho em equipe.
Também não podemos nos esquecer de que a orientação no tocante ao
aprofundamento na formação de cidadania de adolescentes, adultos e idosos deve ser
contemplada por essa modalidade de ensino, visto que o homem constrói sua humanidade nas
relações solidárias com outros homens e pelo trabalho.
Considerando as afirmações anteriores, concluímos que objetivo e
justificativa, na oferta da Educação de Jovens e Adultos pelo Colégio Estadual Vital Brasil,
imbricam-se. Como objetivos destacamos: fornecer subsídios científico-teóricos para que os
alunos tornem-se críticos, ativos, democráticos e criativos; propiciar condições para agir com
responsabilidade, refletir criticamente, enfrentar problemas empregando soluções originais e
não prejudiciais a outrem e ao meio ambiente e para participar política e produtivamente na
sua comunidade com autonomia intelectual.
Como justificativa, apontamos o compromisso deste Colégio com os alunos
adolescentes, jovens, adultos e idosos que procuram pela primeira vez ou retornam à escola na
ânsia de melhorar sua condição de vida, de serem reconhecidos pela família ou no seu grupo
social como alguém de valor, ou ainda, conseguirem um emprego ou ascenderem no seu
trabalho, enfim, sonham com a tal cidadania ou compreenderem o que ela significa.
69
PERFIL DO EDUCANDO
A Educação de Jovens e Adultos – EJA pressupõe o atendimento a uma
parcela da população, adolescentes, jovens adultos e idosos que apresentam diferentes
experiências de vida e, portanto, requer o conhecimento de suas histórias, culturas e costumes.
Compreender o perfil do educando dessa modalidade de ensino torna-se fator primordial para
o desenvolvimento de ações pedagógicas específicas para atender às necessidades daqueles
que não obtiveram escolarização ou interromperam seus estudos por fatores sociais,
econômicos, políticos e/ou culturais.
A atual legislação prevê o ingresso e a certificação na EJA de adolescentes
que compõem boa parte da demanda atendida, representando mudanças significativas na
dinâmica desenvolvida na escola, considerando que a maioria é oriunda de um processo
educacional fragmentado, marcado por frequente evasão e reprovação no Ensino Fundamental
e Médio regulares.
Outra demanda atendida pela EJA é a de pessoas idosas que além do
desenvolvimento ou ampliação de conhecimentos buscam na escola uma oportunidade de
convivência social e realização pessoal, necessitando de cuidados específicos referentes à
temporalidade específica que apresentam em relação ao processo de aprendizagem.
É significativa ainda a procura da mulher pela escola evidenciando a nova
estrutura econômica, social e cultural que exige da mulher, tanto a contribuição na
complementação da renda familiar, quanto a conquista da sua emancipação. Evidencia
também que embora haja uma emancipação da mulher de um lado, de outro ocorre um
acúmulo nas suas atribuições pois, além do trabalho e dos estudos ela precisa organizar-se dar
conta da casa e da família.
Existe também, contemplado na EJA, o atendimento a educandos com
necessidades educacionais específicas, fundamentais para oportunizar o acesso, a
permanência e o sucesso destes no espaço escolar.
CARACTERIZAÇÃO DO CURSO
Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades a oferta de
escolarização à jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus estudos no
Ensino Fundamental ou Médio, assegurando-lhes oportunidades apropriadas, considerando
70
suas características, interesses, condições de vida e de trabalho, mediante ações didático-
pedagógicas coletivas e/ou individuais.
Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de modo
a viabilizar processos pedagógicos, tais como:pesquisa e problematização na produção do
conhecimento; desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar; registros,
utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias, ilustrações, textos individuais
e coletivos), permitindo a sistematização e socialização dos conhecimentos; vivências
culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos, bem como a reflexão sobre
outras formas de expressão cultural.
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO
Coletiva e Individual (já mencionadas à página 40-41)
NÍVEL DE ENSINO
Ensino Fundamental – Fase II
Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II este
estabelecimento escolar terá como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais,
que consideram os conteúdos ora como meios, ora como fins do processo de formação
humana dos educandos, para que os mesmos possam produzir e ressignificar bens culturais,
sociais, econômicos e deles usufruírem.
Visa, ainda, ao encaminhamento para a conclusão do Ensino Fundamental e
possibilita a continuidade dos estudos para o Ensino Médio.
Ensino Médio
O Ensino Médio terá como referência em sua oferta, os princípios,
fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Médio – Parecer 15/98 e Resolução n.º 02 de 07 de abril de 1998/CNE -, nas Diretrizes
Curriculares Estaduais da Educação de Jovens e Adultos e nas Diretrizes Curriculares
Estaduais da Educação Básica.
Ações Pedagógicas Descentralizadas
71
Este Estabelecimento Escolar desenvolverá ações pedagógicas
descentralizadas, efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a grupos sociais
com perfis e necessidades próprias e onde não haja oferta de escolarização para jovens,
adultos e idosos, respeitada a proposta pedagógica e o regimento escolar, desde que
autorizado pela SEED/PR, segundo critérios estabelecidos pela mesma Secretaria em
instrução própria.
RECURSOS HUMANOS
Atribuições dos Recursos Humanos na modalidade EJA
De todos os profissionais que atuam na gestão, ensino e apoio pedagógico
neste Estabelecimento Escolar na modalidade Educação de Jovens e Adultos, exigir-se-á o
profundo conhecimento e estudo constante da fundamentação teórica e da função social da
EJA, do perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos; das Diretrizes Curriculares
Nacionais e Estaduais de EJA; bem como as legislações e suas regulamentações inerentes à
Educação e, em especial, à Educação de Jovens e Adultos.
Direção
O diretor trabalha com uma equipe constituída por diretor, auxiliar,
coordenadores, professores e equipe de apoio pedagógico e administrativo. Tem como função,
também integrar e articular as diversas atividades da escola interna e externamente,
viabilizando uma proposta pedagógica coerente com o perfil do nosso educando por meio de
definições de projetos para que os objetivos da EJA sejam alcançados.
Cumpre ao diretor articular os diferentes segmentos escolares desta proposta
pedagógica que estará em desenvolvimento, além de incentivar o trabalho coletivo e mobilizar
a comunidade escolar em meio do compromisso com a qualidade do ensino público.
Professor Pedagogo
O pedagogo escolar deve ter clareza sobre a forma como os homens
estabelecem as relações de trabalho, como a sociedade está organizada e a partir daí que
homens pretende-se formar numa escola pública de qualidade para jovens, adultos e idosos.
72
O pedagogo tem funções, no contexto pedagógico, que não são estáticas,
mas que se transformam em função da interação com o todo da escola, devendo buscar a
efetivação do currículo escolar, num processo dinâmico, contínuo, sistemático e integrado aos
demais profissionais envolvidos.
As turmas de Ações Pedagógicas Descentralizadas, conforme legislação
específica poderão contar com um serviço de professor pedagogo geral e/ou professor
itinerante.
Tendo em vista a necessidade de conhecer o educando atendido, buscará as
informações necessárias para a compreensão da realidade social em que o processo
pedagógico está inserido e sobre o qual deverá atuar juntamente com os demais profissionais
da equipe escolar, permitindo a análise das necessidades e a identificação de prioridades que
orientam o trabalho pedagógico.
CONCEPÇÃO, CONTEÚDOS E SEUS RESPECTIVOS ENCAMINHAMENTOS
METODOLÓGICOS
A Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná é uma modalidade
de ensino da Educação Básica cuja concepção de currículo compreende a escola como espaço
sócio-cultural que propicia a valorização dos diversos grupos que a compõem, ou seja,
considera os educandos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem.
O currículo, assim entendido, é um processo de construção coletiva do
conhecimento escolar articulado à cultura, em seu sentido antropológico, constitui-se no
elemento principal de mediação entre educadores e educandos e deve ser organizado de tal
forma que possibilite aos educandos transitarem pela estrutura curricular, de forma dialógica
tornando os conhecimentos significativos às suas práticas diárias. Nesta ótica o conhecimento
se constitui em núcleo estruturador do conteúdo do ensino.
A organização do trabalho pedagógico na Educação de Jovens e Adultos,
prevendo a inclusão de diferentes sujeitos, necessita ser pensada em razão dos critérios de
uma seleção de conteúdos que lhes assegure o acesso aos conhecimentos historicamente
construídos e o respeito às suas especificidades.
Após a definição das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica,
a Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná, como modalidade da Educação Básica,
passa a adotar os mesmos conteúdos curriculares previstos por essas diretrizes.
73
No entanto, cabe ressaltar que a organização metodológica das práticas
pedagógicas dessa modalidade deve considerar os três eixos articuladores propostos nas
Diretrizes da Educação de Jovens e Adultos: Trabalho, Cultura e Tempo, os quais devem se
articular tendo em vista a apropriação do conhecimento que não deve se restringir à
transmissão/assimilação de fatos, conceitos, ideias, princípios, informações etc., mas sim
compreender a aquisição cognoscitiva e estar intrinsecamente ligados à abordagem dos
conteúdos curriculares propostos para a Educação Básica.
20. PROPOSTA PEDAGÓGICO - CURRICULAR
20.1 LÍNGUA PORTUGUESA – Ensino Fundamental
1. APRESENTAÇÃO
A disciplina de Língua Portuguesa tem por finalidade desenvolver a
oralidade, a leitura, a escrita e a gramática, em diferentes situações. Promovendo por meio dos
vários veículos de comunicação (TV, TV Pen Drive, rádio, internet, gibi, revistas, jornais,
panfletos, livros literários e didáticos) a interação verbal necessária para o aluno compreender
o universo gramatical, oral e escrito, tornando-se um cidadão capaz de escolher suas próprias
leituras que o instrumentalize para a inserção na sociedade marcada por conflitos sociais, lutas
de classes, contradições, diferenças e toda complexidade do mundo contemporâneo e desta
forma, possa intervir no meio em que convive.
De acordo com Koch Assim, à concepção de língua como representação do pensamento corresponde a de sujeito psicológico, individual, dono de sua vontade e de suas ações. [...] Á concepção de língua como estrutura, por seu turno, corresponde a de sujeito determinado, assujeitado pelo sistema. [...] Finalmente à concepção de língua como lugar de interação corresponde a noção de sujeito como entidade psicossocial, sublinhando-se o caráter ativo dos sujeitos na produção mesma do social e da interação [...] ( KOCH, p. 233, 2002).
Sendo o letramento a competência para a leitura e a escrita é importante que
a criança familiarize-se com diferentes gêneros textuais. Ler e compreender as variedades de
textos com diferentes objetivos para diferentes interlocutores possibilita ao aluno reconhecer e
utilizar a escrita e assim apresentar-se positivamente quanto à leitura.
74
OBJETIVOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – Discurso como prática socialDOMÍNIO DA LÍNGUA ORAL:
Objetivo: Desenvolver a expressão oral no sentido da adequação da linguagem ao assunto, ao
objetivo e aos interlocutores.
6º 7º 8º 9º
Relatos (experiências pessoais, histórias familiares,
Brincadeiras, acontecimentos, eventos, textos lidos (literários ou
informativos), programas de TV, filmes, entrevistas, etc.
X X X X
Debates (assuntos lidos, acontecimentos, situações polêmicas
contemporâneas, filmes, programas, etc.) X X X X
Criação (histórias, quadrinhas, piadas, charadas, adivinhações X
No que se refere às atividades da fala:
- clareza na exposição de ideias;
- sequência na exposição de ideias;
- objetividade na exposição de ideias;
- consistência argumentativa na exposição de ideias;
- adequação vocabular.
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
No que se refere à fala do outro:
- reconhecer as intenções e objetivos;
- julgar a fala do outro na perspectiva da adequação às
circunstâncias, da clareza e consistência argumentativa.
X
X
X
X
X
X
X
X
No que se refere ao domínio da norma padrão:
- concordância verbal e nominal;
- regência verbal e nominal;
- conjugação verbal;
- emprego de pronomes, advérbios e conjunções.
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
CONTEÚDOS:
DOMÍNIO DA LEITURA:
75
Objetivo: Reconhecer em qualquer atividade da leitura a presença do outro, bem como a sua
intenção.
6º 7º 8º 9º
Prática da leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos:
a) No que se refere à interpretação:
- identificar as ideias básicas apresentadas no texto; X X X X
- reconhecer nos textos as suas especificidades X X X X
- identificar o processo e o contexto de produção; X X X
- confrontar as ideias contidas no texto e argumentar com elas; X X X
- atribuir significados que extrapolem o texto lido; X X X X
- proceder à leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo
tema; o mesmo tema em linguagens diferentes; o mesmo tema
tratado em épocas diferentes; o mesmo tema sob perspectivas).
X X
b) No que se refere à análise de textos lidos:
- avaliar o nível argumentativo; X X X X
- avaliar o texto na perspectiva da unidade temática; X X X X
- avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural
(paragrafação e recursos coesivos).
X X X X
c) No que se refere à mecânica da leitura:
ler com fluência entonação e ritmo, percebendo o valor
expressivo do texto e sua relação com os sinais de pontuação.
X X X X
CONTEÚDOS:
DOMÍNIO DA ESCRITA:
Objetivo: Desenvolver a noção de adequação na produção de textos, reconhecendo a presença
do interlocutor e as circunstâncias da produção.
6º 7º 8º 9º
a) No que se refere à produção de textos:
produção de textos ficcionais (narrativos); X X X X
produção de textos informativos; X X X X
produção de textos dissertativos. X X
b) No que se refere ao conteúdo:
- clareza; X X X X
76
- coerência; X X X X
- argumentação. X X X X
c) No que se refere à estrutura:
- processos de coordenação e subordinação na construção das
orações;
X X
- uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios, pronomes,
etc.);
X X X
- a organização de parágrafos; X X X X
- pontuação. X X X X
d) No que se refere à expressão:
- adequação à norma padrão (concordância verbal e nominal,
regência verbal e nominal, conjugação verbal);
X X X X
e) No que se refere à organização gráfica dos textos:
- ortografia; X X X X
- acentuação; X X X X
- recursos gráficos – visuais (margem, título, etc.); X X X X
CONTEÚDOS:
ANÁLISE LINGUÍSTICA
Objetivo: Capacitar o aluno para o domínio da língua padrão, como veículo de comunicação
no meio acadêmico e social;
6º 7º 8º 9º
a) No que se refere aos aspectos gramaticais:
- reconhecer e refletir sobre a estruturação do texto: os recursos
coesivos, a conectividade sequencial e a estruturação temática;
X X
- refletir e reconhecer as funções sintáticas centrais: sujeito,
objeto direto, objeto indireto e predicativo;
X X X
- reconhecer as categorias sintáticas – os constituintes: sujeito e
predicado, núcleo e especificadores;
X X X X
- a posição na sentença do sujeito, verbo e objeto, e as
possibilidades de inversão;
X X X
- a estrutura da oração com verbos: ser, ter e haver; X X X X
77
- sintagma verbal, nominal e sua flexão; X X
- a complementação verbal: verbos transitivos e intransitivos; X X X
- as sentenças simples e complexas; X X X X
- a coordenação e subordinação. X X
Na modalidade EJA na disciplina de Português, com 336 horas aulas,
priorizar-se-ão os seguintes conteúdos, distribuídos por número de encontros que equivalem a
cada média, num total de 06 médias, respeitando os eixos cultura, trabalho e tempo:
01 – textos verbais e não verbais; interpretação e produção textual; uso do dicionário;
pontuação; sílabas; tonicidade; verbos no infinitivo;
02- Textos verbais;
- Variações linguísticas,
- Interpretação e produção textual;
- Pontuação;
- Advérbio;
- Acentuação gráfica;
- Emprego dos porquês.
3- Textos verbais e não verbais; interpretação e produção textual; Pontuação, Classes de
palavras;
4- Textos informativos, científicos e publicitários, interpretação e produção textual; verbos ter
e vir e derivados; acentuação gráfica; concordância verbal; ortografia.
5- Textos verbais; interpretação e procedimentos textuais; pontuação; regencia verbal;
ortografia; figuras de linguagem.
6- Textos dissertativos; correspondência informal e formal; requerimento; carta comercial;
concordância nominal; ortografia; abreviaturas e siglas.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:
Trabalhar-se-á o ensino da Língua Portuguesa envolvendo os quatro eixos
fundamentais: a oralidade, a leitura, a escrita e a gramática. Todas essas modalidades deverão
ser desenvolvidas em conjunto, nos processos ensino e aprendizagem em cada ano do ensino
fundamental.
78
Quanto à oralidade, incluir-se-á a expressão corporal do aluno, isto é: exposição de
seminários, debates, dramatizações, etc.
Quanto à leitura deverão ser abordados aspectos referentes: à dinâmica da pré-leitura, à leitura
mecânica, à análise da estrutura textual, às técnicas de resumo, à interpretação e à análise
textual desenvolvendo a criticidade e experiência de vida do aluno.
Quanto à escrita serão trabalhados vários gêneros textuais através de produções e
reestruturações textuais envolvendo técnicas de coesão e coerência, bem como, expressão da
norma padrão e da organização gráfica dos textos.
Quanto à gramática, promover-se-ão aulas expositivas, pesquisas em gramáticas, dicionários,
internet e livros didáticos com o auxílio do professor, análises em textos e reestruturações
textuais.
AVALIAÇÃO:
Critérios, Instrumentos e Recuperação de Estudos
A avaliação será contínua e dará prioridade à qualidade e ao processo de
aprendizagem, ao desempenho do aluno ao longo do ano letivo.
A oralidade, a leitura, e a escrita devem ser privilegiadas nas diferentes
situações o que significa valorizar o sujeito histórico-social, o seu desenvolvimento e suas
experiências linguístico-discursivas.
Quanto à leitura: considerar as discussões, debates e outras atividades que
permitam avaliar as estratégias que os alunos empregaram no decorrer da leitura; a
compreensão do texto lido e o seu posicionamento diante do tema discutido, bem como
valorizar a reflexão que o aluno faz a partir do texto e as diferenças de leitura de mundo
partindo de suas experiências vividas.
Sobre a escrita: valorizar os textos dos alunos como uma fase do processo
de produção, nunca como um produto final. Como é no texto que a língua se manifesta em
todos os seus aspectos, os elementos linguísticos utilizados nas produções dos alunos
precisam ser avaliados em uma prática reflexiva e contextualizada que possibilite a eles
compreensão desses elementos no interior do texto.
Na oralidade: considerar a participação do aluno nos diálogos, relatos e
discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência de sua fala, a
argumentação que ele apresenta ao defender seus pontos de vista e, de modo especial, a sua
capacidade de adequar o discurso / texto aos diferentes interlocutores e situações.
79
No ensino fundamental o aluno será avaliado por meio de duas provas com
valores 3,5 cada, totalizando 7,0 e os 3,0 restantes com trabalhos e produção de texto.
Na EJA a cada 13/14 encontros, correspondentes a 55/56 h/a será extraída
uma média, totalizando 6,0 no decorrer de toda a carga horária da disciplina. No cômputo de
cada média, o educando será avaliado em atividades diversificadas na sala de aula, cuja soma
corresponderá a 6,0 e prova a 4,0. Ao educando que não atingir média 6,0 será ofertada
recuperação paralela de estudos.
LÍNGUA PORTUGUESA – ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO
Considerando-se as indicações das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de Jovens e Adultos que propõem o compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral, bem como o respeito à diversidade cultural, à inclusão e ao perfil do educando, o estudo da linguagem na organização da proposta pedagógica do ensino de Língua Portuguesa está pautado na concepção sócio-interacionista, a qual dá ênfase ao uso social dos diferentes gêneros textuais (DCE – EJA).
A linguagem como interação propõe estudar as relações que se constituem
entre os sujeitos no momento em que falam, e não simplesmente estabelecer classificações e
dominar os tipos de sentenças. Portanto, o objeto de estudo da língua deve ser o texto oral e
escrito produzido nas diversas situações de interação social.
OBJETIVOS
Compreender a estudo da Língua Portuguesa como fonte para manifestar as
diferentes formas de pensar, sentir e agir.
Comunicar-se na escrita em forma de textos e na oralidade (em discussões e
debates) usando adequadamente a norma culta da língua;
Oportunizar ao educando reflexão sobre os textos que lê, escreve, fala, intuindo de
forma contextualiza os elementos gramaticais empregados na organização do
discurso por meio de atividades escritas.
80
CONTEÚDOS
Tendo em vista a carga horária da disciplina de Língua Portuguesa na EJA –
208 h/a – referente à totalidade do conteúdo previsto para o ensino Médio, foram priorizados
os seguintes conteúdos, respeitando o contido nas DCE da referida disciplina:
Compreensão e interpretação de textosLinguagem LiteráriaAs formas literáriasGêneros LiteráriosMovimentos LiteráriosLiteratura de informaçãoLiteratura catequéticaVerso e prosaFiguras de Linguagem;
Compreensão e interpretação de textoBarrocoArcadismoElementos da narrativaEstrutura da narrativaSujeito e predicadoPredicado Verbal;
Romantismo: poesia e prosaCompreensão e interpretação de textosTexto descritivoTermos integrantes da oraçãoTermos acessórios da oraçãoTermos independentes da oração;Compreensão e interpretação de textosRealismoNaturalismoParnasianismoTexto publicitário Flexão dos verbos irregulares;Compreensão e interpretação de textosModernismo 3ª faseChargeConcordância VerbalConcordância Nominal
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A concepção assumida em Língua Portuguesa pressupõe ações pedagógicas
pautadas na construção do conhecimento de forma crítica, reflexiva, engajada na realidade, de
modo a privilegiar a relação teoria-prática, na busca da apreensão das diferentes formas de
81
apresentação do saber. Nesse sentido, a organização do planejamento pedagógico pressupõe a
reflexão sobre a linguagem a partir de temáticas que exploram os diferentes gêneros
discursivos e tipos de textos, com o objetivo de analisar as práticas de linguagem, ou seja,
leitura, análise linguística e produção textual.
A prática de leitura pressupõe a análise de diferentes linguagens, seja na forma
verbal ou não verbal: iconográfica (imagens, desenhos, filmes, charges, outdoors, entre
outros), cinética (sonora, olfativa, tátil, visual e gustativa) e alfabética, nos diferentes níveis.
Os diferentes níveis de leitura constituem-se um meio para identificar, nos
diversos gêneros, os elementos de construção do texto, localizar as informações explícitas,
subentender as implícitas, fazer ligação entre o conhecimento do educando e o texto, bem
como estabelecer relações intertextuais.
AVALIAÇÃO: Critérios, Instrumentos e Recuperação de Estudos
É imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa e Literatura seja um
processo de aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno ao
longo do ano letivo.
A Lei n. 9394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN),
destaca a chamada avaliação formativa (capítulo II, artigo 24, inciso V, item a: “avaliação
contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos
sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas
finais”), vista como mais adequada ao dia-a-dia da sala de aula e como grande avanço em
relação à avaliação tradicional, que se restringe tão somente ao somativo ou classificatório.
A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos de
aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando
que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa ao professor e ao aluno acerca
do ponto em que se encontram e contribui com a busca de estratégias para que os alunos
aprendam e participem mais das aulas.
Desse modo, os conteúdos estruturantes que abarcam essa disciplina, em
atividades diárias, serão assim avaliados:
• Oralidade: Será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos
diferentes interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca informal de
ideias, numa entrevista, num relato de história, as exigências de adequação da fala são
diferentes e isso deve ser considerado numa análise da produção oral. Assim, o professor
verificará a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra
82
ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, a argumentação que apresenta ao defender seus
pontos de vista.
• Leitura: Serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a
compreensão do texto lido; o sentido construído, as relações dialógicas entre textos, relações
de causa e consequência entre as partes do texto, o reconhecimento de posicionamentos
ideológicos no texto, a identificação dos efeitos de ironia e humor em textos variados, a
localização das informações tanto explícitas quanto implícitas, o argumento principal, entre
outros. É importante avaliar se, ao ler, o aluno ativa os conhecimentos prévios; se compreende
o significado das palavras desconhecidas a partir do contexto; se faz inferências corretas; se
reconhece o gênero e o suporte textual. Tendo em vista o multiletramento, também é preciso
avaliar a capacidade de se colocar diante do texto, seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos,
imagens, etc. Não é demais lembrar que é importante considerar as diferenças de leituras de
mundo e o repertório de experiências dos alunos, avaliando assim a ampliação do horizonte de
expectativas.
• Escrita: É preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção,
nunca como produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias
de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o texto escrito será avaliado nos
seus aspectos discursivo-textuais, verificando: a adequação à proposta e ao gênero solicitado,
se a linguagem está de acordo com o contexto exigido, a elaboração de argumentos
consistentes, a coesão e coerência textual, a organização dos parágrafos. Tal como na
oralidade, o aluno deve se posicionar como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto
de seu próprio. No momento da refacção textual, é pertinente observar, por exemplo: se a
intenção do texto foi alcançada, se há relação entre partes do texto, se há necessidade de
cortes, devido às repetições, se é necessário substituir parágrafos, ideias ou conectivos.
• Análise Linguística: É no texto – oral e escrito – que a língua se manifesta em
todos os seus aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Por isso, nessa prática pedagógica,
os elementos linguísticos usados nos diferentes gêneros precisam ser avaliados sob uma
prática reflexiva e contextualizada que lhes possibilitem compreender esses elementos no
interior do texto.
Os conteúdos da disciplina de Língua Portuguesa e Literatura serão trabalhados
em 208 horas aulas, num total de 52 encontros de 04 h/a cada um. Para a conclusão da
disciplina, o educando terá de apresentar 06 médias, resultadas de avaliações diárias
relacionadas aos conteúdos específicos cuja soma totalizará 6,0 pontos e eventuais provas no
valor total de 4,0 pontos.
83
20.1 PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIASAPRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O objetivo de estudo de Ciências é o conhecimento científico que resulta da
investigação da Natureza, sendo importante para proporcionar uma mudança no sujeito e
torná-lo crítico e participante da sociedade, ciente de seus direitos a uma vida saudável e de
seus deveres para tornar saudável também a vida dos outros e o ambiente. Por isso, não basta
que o aluno apenas se aproprie dos conhecimentos, ele precisa aprender a usá-los. Por isso,
consideramos que ensinar Ciências é inquietar o aluno, desafiá-lo e refletir sobre suas
representações do mundo e, a partir delas, chegar aos conhecimentos científicos.
O ensino de Ciências não deve apresentar respostas prontas e bem articuladas a
perguntas pré-concebidas, ele deve acontecer por meio da mediação do professor, com
atividades que problematizam e desafiam o aluno, conduzindo-o à apropriação do
conhecimento científico. Deve estar baseado em atividades que sensibilizem, estimulem a
criatividade e instiguem o espírito curioso e inventivo de crianças e jovens, enfocando os
fenômenos mais simples do dia-a-dia.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Identificar relações entre o conhecimento científico, produção de tecnologia e
condições de vida no mundo atual tendo como referência sua evolução histórica.
Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano parte integrante
e agente das transformações do mundo, em relação essencial com os demais seres
vivos e outros componentes do ambiente.
Saber utilizar conceitos científicos básicos associados à energia, matéria,
transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida.
Compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, distinguindo
usos corretos e necessários, daqueles prejudiciais ao equilíbrio da natureza e ao ser
humano.
Analisar os processos e os produtos da ciência em seu contexto histórico e
compreender como os conhecimentos são construídos e acumulados ao longo do
tempo pela humanidade.
84
Desenvolver os conceitos científicos, a partir da realidade do aluno, tanto individual
como regional, envolvendo aspectos financeiros, sociais, culturais, religiosos e
políticos.
Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e coletivos
que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes.
Compreender o corpo humano e sua saúde como um todo integrado por dimensões
biológicas, afetivas e sociais, relacionando a prevenção de doenças e a promoção da
saúde da comunidade.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O objeto de estudo de Ciências é o conhecimento científico que resulta da
investigação da Natureza.
Os conteúdos estruturantes da disciplina são fundamentados na história da
Ciência e divididos em cinco. São eles: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia e
Biodiversidade.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Para que essa proposta do ensino de Ciências se efetive na Escola é preciso que
a comunidade escolar esteja envolvida no processo de ensino e aprendizagem. Nesse sentido,
os conteúdos básicos elencados nesta proposta, devem ser tratados ao longo do ensino
fundamental, respeitando o nível cognitivo do aluno, a realidade local, a diversidade cultural,
a diferentes formas de apropriação dos conteúdos por parte dos alunos e adotando uma
linguagem coerente para a série e nível de ensino. A abordagem nesta proposta é crítica, que
considera a prática social do sujeito histórico e, a partir dela, por meio da mediação docente
levar o aluno à apropriação do conhecimento científico.
Nestas diretrizes pretende-se que os conteúdos de Física, Química e Biologia,
estejam inseridos de modo articulado em todas as séries do Ensino Fundamental traduzidos
nos conteúdos estruturantes: Astronomia, Matéria, Energia, Biodiversidade e Sistemas
Biológicos.
O professor fará a mediação entre o conhecimento científico escolar
representado por conceitos e modelos e as concepções alternativas dos estudantes, utilizando-
se de encaminhamentos metodológicos que utilizem recursos diversos, como jogos
85
educativos, livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, gibis, quadro de giz,
mapa de sistemas biológicos, globo terrestre, modelo didático, microscópio, televisor,
computador, retroprojetor, gráficos, tabelas, debates, laboratórios, atividade em grupo,
pesquisa e experimentos, entre outros. Para assegurar a interatividade no processo ensino-
aprendizagem e a apropriação de conceitos de forma significativa pelos estudantes.
Além disso, deve priorizar em suas aulas os seguintes aspectos: a história das
Ciências, a divulgação científica e as atividades experimentais. Tais aspectos não dissociam
em campos isolados, mas sim, relacionam-se e complementam-se na prática pedagógica.
CONTEÚDOS BÁSICOS
6º ANO / corresponde a 25% da carga horária na EJA
Astronomia:
Origem e evolução do Universo.
A Terra: movimentos e suas consequências.
A Lua: movimentos e consequências.
Instrumentos espaciais construídos pela humanidade.
Matéria:
Constituição da matéria.
Constituição do planeta: atmosfera, hidrosfera e litosfera.
Energia:
Formas de energia.
Conversação e transmissão de energia.
Biodiversidade:
Ecossistemas.
Interação entre matéria e energia nos ecossistemas.
Consequências da atividade humana no ambiente.
Sistemas Biológicos:
Níveis de organização celular: célula.
7º ANO / corresponde a 50% da carga horária na EJA
Astronomia:
Origem e a evolução do Universo.
Movimentos celestes e terrestres.
86
Matéria:
Níveis de organização desde o átomo até a biosfera.
Energia:
Formas de transformações de energia.
Transferência da energia nos ecossistemas.
Consequências das ações do ser humano no ambiente.
Biodiversidade:
Origem e evolução da vida.
Organização dos seres vivos.
Interações ecológicas.
Sistemática.
Sistemas Biológicos:
Célula.
Morfologia e Fisiologia dos seres vivos.
8º ANO / corresponde a 75% da carga horária na EJA
Astronomia:
Origem e evolução do Universo.
Matéria
Constituição da matéria.
Energia:
Formas e transformação da energia.
Conversão de energia.
Biodiversidade:
Teorias evolutivas dos seres vivos.
Biotecnologia.
Consequências das ações do ser humano no ambiente.
Sistemas Biológicos:
Célula.
Morfologia e Fisiologia da espécie humana.
Mecanismos de herança genética.
9º ANO / corresponde a 100% da carga horária na EJA
Astronomia:
87
Origem e evolução do Universo.
Gravitação universal.
Matéria:
Estrutura e classificação.
Propriedades da matéria.
Energia:
Formas de energia.
Conservação de energia.
Conversão e transmissão de energia.
Efeitos das ondas eletromagnéticas sobre o ser humano.
Biodiversidade:
Interações ecológicas.
Consequências das ações do ser humano no ambiente.
Sistemas Biológicos:
Biotecnologia.
Célula.
Mecanismos de herança genética.
Morfologia e Fisiologia do ser humano.
AVALIAÇÃO – critérios e instrumentos
A avaliação realizada pelo professor em sua prática pedagógica será de forma
mediadora e diagnóstica, valorizando os conhecimentos alternativos do estudante, construídos
em seu cotidiano, não com o conhecimento científico escolar para que ao voltar à sua
realidade, permitir ao aluno repensar sua prática e transformá-la.
Assim, avaliar significa intervir no processo ensino-aprendizagem do
educando, para que ele consiga construir os conceitos científicos de forma significativa em
sua vida.
Na EJA, a cada doze encontros correspondentes a 48 h/a será extraída uma
média, totalizando 04 médias no decorrer de toda a carga horária da disciplina. No cômputo
de cada média o educando será avaliado mediante atividades diversificadas na sala de aula.
20.2 PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA -
INGLÊS – ENSINO FUNDAMENTAL
88
APRESENTAÇÃO
O aprendizado de uma Língua Estrangeira concorre para o desenvolvimento
social do educando, que se dá através do contato com a língua e culturas estrangeiras, o que
amplia sua visão de mundo, os valores culturais de seu país e de sua língua. É através da
comparação das culturas envolvidas que o educando percebe e, eventualmente, muda sua
concepção de mundo e com isso torna-se um ser mais crítico e reflexivo.
O estudo da língua estrangeira moderna – Inglês - é tratado neste
Estabelecimento de Ensino de forma dinâmica por meio da oralidade, da leitura e da escrita.
OBJETIVOS
Expressar-se em LEM, ampliando a compreensão do papel como cidadão de seu país e do
mundo;
Reconhecer que a aquisição de uma ou mais línguas permite acessar bens culturais da
humanidade;
Ler e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer;
Experimentar, na aula de Língua Estrangeira Moderna, formas de participação que
possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
Usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;
Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto,
passíveis de transformação na prática social;
Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural, constatando benefícios
para o desenvolvimento cultural do país;
Compreender aspectos sócio-culturais da língua-inglesa e sua influência em nossa cultura.
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTE – Discurso como prática social
BÁSICOS
6º e 7º ANOS / corresponde a 25% e 50% da carga horária na EJA
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados
como conteúdos básicos os gêneros discursivos enfocando as seguintes esferas sociais de
89
circulação: cotidiana, literária/artística, científica, escolar, imprensa, publicitária, produção e
consumo, midiática.
LEITURA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
• Repetição proposital de palavras;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
90
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
8ª e 9ª ANOS / corresponde a 75% e 100% da carga horária na EJA
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados,
como conteúdos básicos, os gêneros discursivos enfocando as seguintes esferas sociais de
circulação: cotidiana, literária/artística, científica, escolar, imprensa, publicitária, produção e
consumo, midiática, política, jurídica.
LEITURA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem.
• Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
-expressões que denotam ironia e humor no texto.
-Léxico.
ESCRITA
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
91
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
• Concordância verbal e nominal;
• Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- significado das palavras;
- figuras de linguagem;
- sentido conotativo e denotativo;
- expressões que denotam ironia e humor no texto
ORALIDADE
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
Observação: Os conteúdos elencados acima serão trabalhados em grau de profundidade de
acordo com o ano que o aluno cursa.
92
Na modalidade da EJA, a disciplina de Inglês no ensino fundamental – Fase II
- corresponde a 256 horas aula em que serão trabalhados os mesmos conteúdos de 5ª à 8ª ou
6° a 9° série/ano, anteriormente elencados, tendo em vista os eixos: cultura, trabalho e tempo
e o perfil do aluno jovem, adulto e idoso que frequenta essa modalidade de ensino.
No trabalho com os gêneros discursivos, será dado destaque às relações de
temporalidade que se manifestam na contextualização de informações, momento em que os
sujeitos históricos dialogam com o objeto do conhecimento; relações com outras culturas,
outros modos de perceber o mundo; e relações sociais, política, econômicas e de trabalho
impostas pela nova ordem mundial o que amplia a visão crítico-reflexiva acerca das relações
de poder.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A preocupação maior do professor é tornar o estudo da língua estrangeira cada
vez mais real e dinâmico. Sabe-se que nenhuma metodologia é completa em si mesma e que a
abordagem metodológica não deve impor limites ao professor.
As atividades comunicativas proporcionam ao aluno oportunidade para trazer o
seu cotidiano para a sala de aula. Mais importante do que o professor tentar transmitir todo o
programa é fazer com que o aluno aprenda a usar o que aprendeu. E para isso, é importante
que o aluno tenha diante de si diferentes textos, material paralelo, recortes de jornais e de
revistas, prospectos na língua ensinada para propor aos alunos. Serão utilizados, também,
imagens, fotos e anúncios publicitários dos países onde se fala o idioma. O professor também
lançará mão de novos textos construídos pelos alunos a partir de modelos apresentados,
podendo ser no início, um slogan publicitário, uma manchete de jornal, para depois tentar um
parágrafo, uma notícia curta, etc. É imprescindível sensibilizar o aluno para o estudo de
Língua Estrangeira, valorizando-a no contexto social atual. É preciso que os conteúdos se
liguem, de forma indissociável a significação humana e social. Enfoque será dado à
compreensão e à produção oral, fundamentais para se vivenciar mais plenamente a Língua
Estrangeira, bem como ênfase em atividades como: leitura, prática oral, produção escrita,
entre outras, de acordo com a turma, com o perfil dos alunos, com o nível de interesse dos
mesmos e grau de profundidade dos conteúdos. Serão utilizados textos autênticos, mesmo que
estejam em linguagem simplificada, visto que o aluno precisa vivenciar o aspecto oral da
Língua Estrangeira compreendendo-o, reconhecendo-o e, sempre que for possível,
produzindo-o. É fundamental que o professor esteja sempre receptivo às mudanças propostas
93
pela turma, para adequar-se a elas e buscar novas estratégias de ação, a fim de melhor atingir
seus objetivos.
AVALIAÇÃO: Critérios, Instrumentos e Recuperação de Estudos
O trabalho com textos deve ser seguido ao longo de todo ano, e o professor
deve verificar se a compreensão e leitura vão se tornando práticas comuns na vida do
estudante. Para isso, professor deve sempre estudar os textos profundamente com os alunos,
desde a leitura global até o estudo de detalhes da estrutura da língua, reforçando com a
proposta de exercícios tanto orais quanto escritos.
Quanto à produção de textos, deve-se verificar se os mesmos têm unidade
significativa e adequação linguística ao gênero textual escolhido. Em relação à compreensão
escrita e oral, espera-se que o aluno seja capaz de demonstrar compreensão geral de textos,
fazendo uso de elementos visuais como: fotografias, gráficos, desenhos e outras imagens e de
palavras conhecidas.
Espera-se também que o aluno compreenda que para entender o texto não é
preciso conhecer todas as palavras. É importante também que o aluno selecione informações
do texto.
Na EJA, a carga horária total da disciplina na Fase II equivale a 256 horas aula.
A cada dezesseis encontros de 04 horas/aula cada um, correspondentes a 64 horas aula, será
retirada uma média, totalizando 04 no decorrer de toda a carga horária da disciplina. No
cômputo de cada média, o educando será avaliado mediante atividades diversificadas na sala
de aula – debates, pesquisa em internet e em bibliotecas, confecção de textos, dramatizações,
montagem de painéis, entre outras atividades avaliativas. A soma das atividades
corresponderá a seis vírgula zero (6,0) e atividade escrita abrangendo todo o conteúdo
trabalhado com o valor de quatro vírgula zero (4,0). A todos os alunos será ofertada a
recuperação de estudos, com obrigatoriedade de o fazer apenas aquele que não atingir a média
seis vírgula zero (6,0).
LEM - INGLÊS - ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO
94
Esta proposta pedagógica para o ensino de Língua Inglesa na modalidade EJA –
Ensino Médio - pauta-se nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná para o
ensino de LEM (Língua Estrangeira Moderna), material este publicado no ano de 2008.
Nas diretrizes, não há a especificidade de uma proposta pedagógica para o ensino de
jovens e adultos, de modo que os fundamentos teóricos e os objetivos apresentados no
material proposto valem tanto para o ensino regular (nos níveis fundamental e médio) quanto
para a educação de jovens e adultos. Dessa forma, para a organização desta proposta
pedagógica para o ensino de língua inglesa na modalidade EJA (Ensino médio), procurar-se-á
partir dos fundamentos teóricos, conteúdos e objetivos apresentados nas diretrizes curriculares
para o nível médio, adequando s metodologia específica para atender essa modalidade à
realidade em que se dá a participação/mediação no contexto social dos alunos matriculados
neste Estabelecimento de Ensino.
Na perspectiva da modalidade EJA, sabemos que a maioria dos alunos está inserida no
mercado de trabalho e que busca na educação pública uma forma de aperfeiçoarem sua
formação para que as oportunidades de melhoria da qualidade de vida não sejam restringidas
pela falta de formação educacional. Constitucionalmente, cabe ao Estado a responsabilidade
de promover as condições necessárias para que os cidadãos interessados em concluírem seus
estudos na educação básica tenham acesso às aulas e ao material didático necessário ao
processo de ensino/aprendizagem. Com esta condição assegurada, pautamos o trabalho
pedagógico a partir das considerações sobre como mais bem desenvolvermos as atividades
educacionais perguntando, conforme nos propõem as diretrizes curriculares, qual a realidade
social dos alunos da educação básica:
Da perspectiva das teorias críticas da educação, as primeiras questões que se apresentam são: Quem são os sujeitos da escola pública? De onde eles vêm? Que referências sociais e culturais trazem para a escola? Um sujeito é fruto de seu tempo histórico, das relações sociais em que está inserido, mas é, também, um ser singular, que atua no mundo a partir do modo como o compreende e como dele lhe é possível participar. (DIRETRIZES CURRICULARES – LEM -, 2009, p. 14).
Evidencia-se, nesses questionamentos, que a proposta curricular deve ser
pautada na relação dialética educação/sociedade para que os conteúdos não sejam
descontextualizados da realidade do aluno e que também não deixem de contemplar os
fundamentos básicos da disciplina proposta. No caso da LEM, especificamente da língua
95
inglesa, entre os desafios inerentes à disciplina, percebe-se que um dos mais importantes é o
de desmistificar junto ao aluno a resistência que se cria acerca da real necessidade da
aprendizagem de uma língua estrangeira, mesmo no universo globalizado, informatizado em
que nos encontramos atualmente. Outro desafio, talvez mais complexo, pois incluído em um
nível que extrapola a base curricular específica para o ensino de LEM, decorre da necessidade
de adequação da proposta curricular aos mecanismos (instrumentos) próprios das técnicas de
assimilação dos quatro eixos (ouvir, falar, ler e escrever) básicos para a aprendizagem de
LEM, considerando-se a faixa etária dos alunos e as reais dificuldades de assimilação que
alguns encontram ao se depararem com a novidade representada pelas diferentes estruturas
gramaticais, as diferentes maneiras vocabulares de expressão/representação de ideias, enfim,
da novidade e da diferença que a cultura de um outro povo representa junto ao aluno que, na
maioria das vezes, teve que se ausentar do ensino regular para, prioritariamente, colaborar na
sustentação familiar. E isso, em muitos casos, culmina em um nível de resistência à
aprendizagem que faz com que o papel do professor seja de extrema importância no sentido
de mostrar ao aluno que tal nível de alienação, muitas vezes, é decorrente de um processo
indireto determinado pelas lacunas das políticas educacionais ao longo da história em nosso
país, e não que a limitação ou resistência junto à cultura do outro seja compreendida como um
“defeito” do aluno.
De tais considerações, o processo de ensino/aprendizagem de Língua Inglesa
na educação básica tem como característica a interdisciplinaridade, instrumento indissociável
da proposta pedagógica da disciplina e ao mesmo tempo fundamental para que o aluno se
sinta parte constitutiva do processo educacional. O antigo conceito de que olhar o mundo
pelos olhos do outro é uma forma de fazer com que vejamos melhor a nós mesmos se faz
valer, necessariamente, pela inserção dos níveis de interdisciplinaridade possíveis à medida
que propomos os conteúdos selecionados para a prática didático-pedagógica. Quando fica
claro para o aluno que o conhecimento científico não é decorrente de um passe de mágica ou
fruto de uma mente isolada, mas decorrente de um processo evolutivo em que a pesquisa e a
experimentação para a constituição desse conhecimento têm suas bases nos mais variados
campos do saber e nos mais variados lugares do nosso planeta, o isolacionismo tende a ser
suplantado pelo agrupamento e pela construção de bases comuns acerca do conhecimento.
Dessa forma, compreende-se que é no processo comunicativo que o aluno encontrará os
instrumentos para dar continuidade à assimilação do conhecimento, mesmo depois da
formação escolar, de modo que tal prática torne-se um processo natural e prazeroso, em
96
contraposição à resistência inicial quanto ao sentido de se estudar uma língua estrangeira na
rede pública de ensino.
OBJETIVOS
Compreender a importância do estudo da Língua Inglesa enquanto processo comunicativo.
Conforme as diretrizes curriculares, o ensino de LEM – Inglês – parte do pressuposto da
concepção de língua enquanto prática discursiva cuja finalidade é a comunicação entre os
atores envolvidos no processo. Há que se ressaltar, no entanto, que os níveis discursivo e
gramatical não constituem aspectos oponentes no que tange ao ensino/aprendizagem de LEM,
são aspectos que se complementam e que não podem se dissociar na prática didática. Dessa
maneira, seguem-se alguns objetivos básicos para o trabalho com as disciplinas de LEM:
Articular os quatro eixos da língua alvo: ouvir, falar, ler e escrever;
Estabelecer uma relação entre a cultura de países de língua inglesa e a cultura do nosso
país;
Vincular esse conhecimento linguístico e cultural às relações de tempo e trabalho na vida
cotidiana.
Usar a língua em situações de comunicação oral e escrita; vivenciar, na aula de Língua
Estrangeira, formas de participação que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações
individuais e coletivas;
Adquirir maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade.
CONTEÚDOS:
ESTRUTURANTE – DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
BÁSICOS:
GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS
A seleção de gêneros contempla as diferentes esferas sociais de circulação de
acordo com a Proposta Pedagógica Curricular e com o Plano de Trabalho Docente, dando
ênfase aos eixos: cultura, trabalho e tempo, adequando-se ao percentual da carga horária em
que o aluno se encontra.
97
LEITURA
• Identificação do tema;
• Intertextualidade;
• Intencionalidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Marcadores do discurso;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Discurso direto e indireto;
• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito);
• Variedade linguística.
• Acentuação gráfica;
• Ortografia.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
• Vozes sociais presentes no texto;
• Vozes verbais;
• Discurso direto e indireto;
• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
98
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito);
• Variedade linguística;
• Ortografia;
• Acentuação gráfica
ORALIDADE
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc ...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
• Adequação da fala ao contexto;
• Pronúncia
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Conforme as diretrizes curriculares, a prática didático-pedagógica de
ensino/aprendizagem de LEM deve pautar-se na concepção de língua enquanto uma prática
discursiva cuja finalidade seja a comunicação entre os atores envolvidos no processo. Não
pressupõem, portanto, o ensino/aprendizagem de LEM restrito à decodificação da língua alvo
como apenas um sistema de regras gramaticais. Há que se ressaltar, no entanto, que os níveis
discursivo e gramatical não constituem aspectos oponentes no que tange ao
ensino/aprendizagem de LEM, são aspectos que se complementam e que não podem se
dissociar na prática didática.
Atualmente, a ênfase que se tem dado ao trabalho com a problematização dos
gêneros discursivos como meio para se chegar à assimilação do funcionamento de uma língua
99
estrangeira parece não dar conta da amplitude inerente aos aspectos constitutivos da estrutura
da língua alvo, de modo que a nossa prática didático-pedagógica pressupõe que devamos
atentar para os momentos necessários a uma atenção “especial” ao plano estrutural da língua
alvo, procurando estabelecer a “dosagem” necessária entre os planos discursivo e gramatical
conforme o contexto em sala de aula e conforme as dificuldades apresentadas pelos alunos em
relação ao funcionamento de uma língua estrangeira.
O encaminhamento metodológico da disciplina segue as orientações definidas
nas diretrizes curriculares, com a especificidade de que na modalidade EJA o ensino ocorre
pelo sistema individual ou coletivo, em que o aluno cumpre a carga horária de 128 h/a
conforme a sua disponibilidade, não podendo exceder o período de dois anos entre a data da
matrícula e o término da disciplina.
AVALIAÇÃO: Critérios, Instrumentos e Recuperação de Estudos
Considerando-se o período de 128h/a correspondente à carga horária da
disciplina, a avaliação será feita em quatro etapas de 32h/a, com o critério avaliativo com
valor de 0,0 a 10,0 pontos para cada etapa. A média para cada etapa não pode ser inferior a
6,0 pontos. A obtenção da média final se dá pela soma das notas das quatro etapas e pela
divisão da mesma por quatro. Os critérios utilizados na avaliação dos conhecimentos serão
adotados conforme atividades propostas em cada conteúdo, como: participação nas
discussões, adequação da linguagem ao padrão acadêmico, utilização do conteúdo filosófico
estudado em situações do cotidiano nas discussões.
A avaliação de cada etapa (com valor total de 0 a 10,0 pontos) consistirá em
duas provas com valor de 3,0 pontos cada, sendo uma prova de interpretação textual e outra
de conteúdos gramaticais (totalizando 6,0 pontos), mais quatro atividades complementares a
serem desenvolvidas em sala de aula com o valor de 1,0 ponto cada (totalizando 4,0 pontos).
Ao aluno que não atingir a média 6,0 a partir dos critérios apresentados, será
condicionado à recuperação de estudos, mediante a aplicação de uma prova escrita
(contemplando os conteúdos gramaticais trabalhados e interpretação textual) com valor de 0,0
a 10,0, recuperação essa extensiva a todos os demais alunos que queiram aprofundar seus
conhecimentos da LEM.
20.3 PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA – ENS. FUNDAMENTAL
100
APRESENTAÇÃO
Os professores de História para a organização do currículo da disciplina devem
se atentar para os fundamentos teóricos que são estabelecidos nas diretrizes curriculares, visto
que no decorrer do tempo a disciplina de História passou a ser um componente curricular
obrigatória, assim como também os interesses que marcaram a opção por determinados
referenciais teóricos.
A História não pode ser concebida como verdade pronta e definitiva, ligada
apenas a uma vertente histórica, sem diálogo com as demais, porque o ensino de História não
pode ser dogmático e ortodoxo. Por outro lado, não serão aceitas as produções historiográficas
que afirmam que não pode existir objetividade possível na História, que todas as afirmativas
são válidas e que os consensos mínimos construídos no debate entre as vertentes teóricas são
fundamentos do conhecimento histórico que serão tidos como referenciais para a construção
das diretrizes curriculares.
A História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às
ações, às relações humanas praticadas no decorrer do tempo e o sentido que os sujeitos
atribuíram às mesmas, com ou sem a consciência dessas ações. As relações humanas
produzidas por essas ações são definidas como estruturas sócio-históricas.
Através do estudo das relações humanas podemos verificar que elas
determinam os limites e as possibilidades das ações dos sujeitos buscando a transformação
das estruturas sócio-históricas, permitindo escolhas e perspectivas de futuro.. Estudar-se-á
também as relações dos homens com os fenômenos naturais: condições geográficas, físicas e
biológicas de um determinado tempo e espaço.
A produção do conhecimento histórico baseia-se na explicação e interpretação
de fatos do passado. Um fenômeno, um processo, um acontecimento, uma relação ou um
sujeito, podem ser analisados a partir do conhecimento histórico construído. Ao comparar ou
confrontar documentos entre si e com o contexto social e teórico de sua produção, isto
possibilita validar, refutar ou complementar a produção historiográfica existente, contribuindo
também para a revisão de teorias, metodologias e técnicas de abordagem do objeto de estudo
historiográfico.
O conhecimento histórico possui diferentes formas de explicar seu objeto de
investigação, construídas a partir das experiências dos sujeitos e na virada dos séculos XX e
XXI, a História enquanto conhecimento passa por um conflito entre as diferentes correntes
historiográficas. Entretanto, este quadro não se caracteriza por uma ruptura de paradigmas
101
inconciliáveis, mas por novas configurações e construções que se expressam por meio de
contrapontos e consensos.
É o caso das correntes historiográficas que fundamentam as atuais diretrizes
curriculares: a Nova História Cultural, incluindo alguns historiadores da Nova História e a
Nova Esquerda Inglesa, a partir de sua matriz materialista histórica inglesa. E a proposta
propõe que se estabeleçam articulações entre abordagens teórico-metodológicas distintas,
resguardando as diferenças e até a oposição entre elas, propiciando aos alunos a formação da
consciência histórica, possibilitando ao professor a utilização de novos métodos de
conhecimento histórico e amplie as possibilidades: de recortes temporais, de conceito de
documento, de sujeitos e de suas experiências, de problematização em relação ao passado.
Além disso, possibilita ao aluno a elaboração de conceitos que o façam pensar historicamente,
superando a ideia de História como algo dado, como verdade absoluta.
A definição dos conteúdos estruturantes do currículo da disciplina de História
não é neutra, é carregada de significados, que se materializam a partir de correntes
historiográficas privilegiadas, na delimitação e seleção dos conteúdos e ainda nas finalidades
do ensino de História.
OBJETIVOS
Formar a consciência histórica do indivíduo, que é sujeito de uma sociedade marcada
por diferenças e desigualdades múltiplas (identidade política, cidadã, cultural);
Promover a edificação da capacidade de pensar historicamente;
Propiciar informações, ideias e conceitos históricos aos alunos, permitindo que estes
atribuam sentido ao tempo e à História de forma mais eficiente e adaptação ao mundo
contemporâneo;
Contribuir para a construção do conhecimento e respeito à diversidade cultural.
Perceber as permanências e rupturas da experiência histórica no tempo e no espaço.
Conhecer a própria realidade local e a construção da identidade, podendo, assim, se
posicionar, pois é só pela ação histórica que os homens poderão tomar consciência de
sua situação no mundo e transformá-la.
Compreender que a história é fundamental na formação do indivíduo, pois, ela nos
mostra que nada é eterno, que todas as coisas, valores e crenças têm uma história e são
produtos da atividade humana no tempo.
102
CONTEÚDOS:
6ª ANO / corresponde a 25% da carga horária na EJA
Primeiro Trimestre
Que história é essa?
Introdução aos estudos históricos
As origens do ser humano
O povoamento da América:
O homem chega à América
Os indígenas no Brasil e no Paraná
A civilização Egípcia
As civilizações da Mesopotânia
Segundo Trimestre
Hebreus, fenícios e persas
As Primeiras civilizações da América
A civilização Grega
Terceiro Trimestre
A civilização Romana
As civilizações da Índia e da China
7º ANO / corresponde a 50% da carga horária na EJA
Primeiro Trimestre
Feudalismo
Europa: as migrações e a formação do feudalismo
A idade média e o Oriente
A baixa Idade Média européia
A expansão ultramarina
África: dos reinos antigos ao tráfico atlântico de escravos
Segundo Trimestre
O renascimento Cultural
A Reforma religiosa
O Estado absolutista europeu
103
O mercantilismo e a colonização da América
Terceiro Trimestre
A ocupação da América Portuguesa
A expansão colonial: as fronteiras da América portuguesa
A colonização do Paraná
8º ANO / corresponde a 75% da carga horária na EJA
Primeiro Trimestre
Introdução ao mundo contemporâneo.
O iluminismo e a independência norteamerica
A revolução francesa
As rebeliões na América ibérica
Napoleão e o congresso de Viena
A Revolução Industrial
Segundo Trimestre
A independência na América Espanhola
A independência na América Portuguesa
Os Estados Unidos no século XIX
A Europa no século XIX
O imperialismo no século XIX
O primeiro reinado
Terceiro Trimestre
O período regencial
O estado imperial consolidado
A política do segundo reinado
O fim do império
Expansão paranaense: Comarca de Paranaguá e Curitiba, província do Paraná;
desenvolvimento econômico
9º ANO
104
Primeiro Trimestre
Introdução ao estudo do século XX e início do XXI
Brasil: a construção da república
República: primeiras revoltas populares
A primeira Guerra Mundial
A revolução Russa e a URSS
Classes e totalitarismo
Segundo Trimestre
Brasil: a crise da República Oligárquica
Vargas no poder
A segunda guerra e a queda de Vargas
Bipolarização: o mundo dividido
Brasil: da democracia à ditadura
América latina: em busca da democracia
Terceiro Trimestre
A descolonização da Ásia e da África
O fim do Bloco Soviético
Uma nova ordem internacional
Brasil e a Globalização
Paraná: tendências atuais
A disciplina de História na modalidade EJA corresponde a 213 horas aula. Os
conteúdos científicos elencados levam em consideração a especificidade desse ensino
enfocando os eixos: cultura, trabalho e tempo.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Nossa abordagem metodológica considera o passado sob uma perspectiva
global, que combina a dimensão do espaço público com os aspectos da vida privada. Isso
significa que estudamos o cotidiano de outras épocas, os elementos da vida material, as
representações da esfera da arte e da religião, sem perder de vista a dimensão política,
econômica e institucional. Se assim não fosse, correríamos o risco de privilegiar uma história
fragmentada e descontextualizada.
105
Salientamos que a escolha dos conteúdos em uma abordagem linear seja
importante para que o aluno tenha conhecimento do tempo histórico e do tempo cronológico.
Nossa opção cronológica se justifica pela necessidade de utilizar um sistema de
datação que permita localizar acontecimentos no tempo, identificar sua duração e relacioná-
los segundo as categorias de anterioridade, simultaneidade e posterioridade, bem como a
busca de perceber as mudanças e as permanências no processo histórico. Acrescentamos
também a relevância, de forma dialética, em articular os conteúdos de História Geral, com a
História do Brasil e local, possibilitando que se perceba as semelhanças e as particularidades
de diferentes processos históricos. Dessa forma, acreditamos que a perspectiva multifocal da
nossa proposta abarca temas que procuram representar a diversidade das experiências
humanas.
O encaminhamento metodológico contemplará as seguintes habilidades:
Discussão coletiva e individual da historicidade dos conteúdos (argumentação);
Postura investigativa de grandes variedades de fontes: escritas, iconográficas, orais, objetos
(análise);
Leitura de fontes historiográficas, jornalísticas, literárias, etc.;
Organização de pesquisas, entrevistas;
Construção de sínteses interpretativa e narrativa;
Análises cartográficas;
Construção de painéis, imagens, história em quadrinhos, cartazes, charges, maquetes.
Atividades em grupo e individual.
AVALIAÇÃO: Critérios, Instrumentos e Recuperação de Estudos
A avaliação deve ser concebida como um processo a serviço de formação, uma
maneira de favorecer a aprendizagem.
A avaliação não deve priorizar o caráter classificatório e excludente. A escola
pública tem como compromisso diminuir as desigualdades sociais visando uma sociedade
mais justa e humana.
A avaliação diagnóstica permite ao professor e ao aluno verificar a
aprendizagem e suas lacunas possibilitando planejamentos e encaminhamentos que visem a
superação das dificuldades constatadas.
No ensino da História, os instrumentos da avaliação seguirão a proposta
contida no Projeto Político Pedagógico, que segue abaixo:
106
Uma avaliação escrita;
Avaliação de pesquisa em grupo ou individual (podendo conter: seminário, produção de
texto, teatro, maquetes e painéis e outros);
Recuperação paralela com retomada de conteúdo;
Trabalhos em grupos e individual;
Recuperação paralela.
Na EJA, a cada dezesseis encontros correspondentes a 64 h/a será extraída uma
média, totalizando 04 no decorrer de toda a carga horária da disciplina ( 256 h/a). No cômputo
de cada média o educando será avaliado mediante atividades diversificadas na sala de aula,
cuja soma será de 6,0 e prova valendo 4,0. Ao educando que não atingir a média 6,0 será
ofertada recuperação paralela.
História - Ensino Médio
APRESENTAÇÃO
A História é um conhecimento construído pelo ser humano em diferentes
tempos e espaços. É a memória que se tornou pública, em geral, expressão das relações de
poder. De acordo com BEZERRA (2003 pg. 42) “o objetivo primeiro do conhecimento
histórico é a compreensão dos processos e dos sujeitos históricos, o desvelamento das
relações que se estabelecem entre os grupos humanos em diferentes tempos e espaços”.
Diferentes historiadores e sujeitos históricos contam a História a partir de sua
visão de mundo. Nesse sentido não há uma verdade única, mas sim aquela que foi tecida por
um grupo social. Trata-se de um conhecimento científico que precisa ser interpretado.
A História busca os diversos aspectos que compõem a realidade histórica e tem
nisso o seu objeto de estudo, deixando de lado uma História que a partir do século XIX
privilegiava o fato político, os grandes feitos e os heróis em direção a um progresso pautado
pela invenção do estado - nação que precisava ser legitimado. Nesse contexto, é criada a
disciplina de História que tinha como função legitimar a identidade nacional.
Na Educação de Jovens e Adultos deve-se levar em consideração o fato de que
os seus educandos possuem maior experiência de vida e que essa modalidade tem como
finalidade e objetivos o compromisso com a formação humana e o acesso à cultura geral. A
diversidade presente na sala de aula, a partir dos diferentes perfis sociais, deve ser utilizada a
107
favor do trabalho pedagógico no ensino de História. Pode-se recorrer às diferenças para
estabelecer comparações, levantar diferentes concepções de mundo e ainda buscar trabalhar
com o respeito e a aceitação das diferenças.
OBJETIVOS
Formar a consciência histórica do individuo, sujeito de uma sociedade marcada por
diferenças e desigualdades múltiplas;
Promover a edificação da capacidade de pensar historicamente;
Propiciar informações, conceitos históricos permitindo que os educandos atribuam sentido
ao tempo como agente de transformação;
Contribuir na construção do conhecimento em respeito ao próximo;
Favorecer o respeito à diversidade e ao caráter multicultural da sociedade brasileira;
Dominar o conhecimento histórico escolar a partir da síntese dos saberes científicos com
os saberes cotidianos, oriundos da experiência familiar, pessoal e religiosa.
CONTEÚDOS
História
A transição do feudalismo
Inglaterra
A economia do mundo
Sociedade Industrial
Século XVIII
A independência dos Estados Unidos
A revolução Francesa;
Independência do Brasil
Império brasileiro
O Café e a escravidão
Imigração
Abolição
República;
O Imperialismo Capitalismo;
A Primeira Guerra Mundial
O socialismo
Segunda Guerra
108
A República Velha
Industrialização do Brasil
Revolução de 30
A República do populismo.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Considerando a concepção do ensino de História pautada pela linha da cultura
optou-se por três eixos articuladores: Cultura, Trabalho e Tempo cuja orientação também
consta no documento das Diretrizes Curriculares para EJA no Estado do Paraná. Esses eixos
estabelecem relações entre si e articulam-se às temáticas que por sua vez articulam-se aos
conteúdos, sendo que o eixo Tempo, presente nessa concepção, refere-se ao tempo histórico.
Os conteúdos selecionados foram organizados em quatro temas plurais no
Ensino Fundamental: Identidade e Cultura; Estado e Relações de Poder; Terra e Propriedade;
Cidadania e Trabalho e três temas para o Ensino Médio: Diversidade Cultural; Relações de
Poder e Movimentos Sociais; Mundo do Trabalho e Cidadania. É importante que na
abordagem desses conteúdos o educador crie situações de aprendizagem, que respeitem o
perfil dos educandos da EJA e possibilitem o diálogo entre os conceitos construídos
cientificamente e a cultura do educando, considerando a sua História de vida, o ambiente
cultural e a identidade do grupo.
A abordagem pode ser realizada partindo do não conhecido ao conhecido ou do
conhecido ao conhecido de outra forma. Os conteúdos não devem ser trabalhados de forma
isolada ou compartimentada, o estudo deve se dar de forma abrangente no tempo e no espaço,
como por exemplo, no que refere as questões sociais, as contradições, a Histórica local,
conteúdos estes que estabeleçam relação entre o local e o global e possibilitem aos educandos,
compreender as semelhanças e diferenças, as permanências e as rupturas do contexto histórico.
AVALIAÇÃO: Critérios, Instrumentos e Recuperação de Estudos
A avaliação é parte dos processos de ensino e aprendizagem, adquire sentido
na medida em que se articula com o Projeto Político Pedagógico e com o Plano de Ação
Docente. A avaliação deve articular o objetivo de estudo, é diagnóstica, continuada e
contempla diferentes práticas pedagógicas.
Nas diversas formas de avaliação será avaliada a capacidade de
argumentação, criticidade, interpretação, organização das ideias, seleção de imagens, de
109
textos, entre outros, bem como a contextualização do saber sistemático com o saber
assistemático.
A cada 08 encontros, no total de 32 para o Ensino Médio, equivalentes a 128
h/a, o valor das atividades corresponderá à seguinte divisão: 06 atividades com valor de 1.0
ponto cada uma e 02 provas escritas com o valor de 2.0 pontos cada uma.
No decorrer das aulas o educando será avaliado por meio de diferentes
instrumentos, sendo que a nota das eventuais provas não poderá ser superior a das avaliações
diárias, prevalecendo mais pontuação as atividades realizadas no decorrer das aulas. Assim,
a cada 08 encontros o valor das atividades corresponderá à seguinte
divisão: 06 atividades com valor de 1.0 ponto cada uma e 02 provas escritas
com o valor de 2.0 pontos cada uma. Durante o processo de aprendizagem,
caso o aluno não atinja a nota estipulada para a atividade proposta, serão
ofertados outros recursos de ensino seguidos de diferentes instrumentos de
avaliação para a recuperação de estudos.
20.4 PROPOSTA CURRICULAR DE ARTE - Ensino Fundamental
APRESENTAÇÃO
Formalmente o ensino da Arte está presente no Brasil desde o século XVI com
os jesuítas que tinham como principal objetivo a catequização dos que aqui habitavam.
Diversas linguagens artísticas já eram exploradas. A partir da Reforma Educacional Brasileira
(1792-1800), conhecida como Reforma Pombalina, o ensino da Arte perdeu seu valor,
tornando-se irrelevante.
No entanto muito antes do descobrimento do Brasil, os índios, já faziam arte,
com uso de diversos materiais.
Com a chegada dos portugueses, o modelo artístico implantado pelos jesuítas,
foi o Barroco, que, vindo de Portugal, se transformou e assumiu características nacionais. O
trabalho de Aleijadinho é um exemplo do nosso Barroco.
No século XIX um grupo de artistas franceses chegam ao Brasil com objetivo
de fundar a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, que após a proclamação da República
(1889), passa a chamar Escola Nacional de Belas Artes.
110
Nesse período a orientação predominante era o estilo neoclássico, assim a arte
feita na Academia contrastava com as características do Barroco Brasileiro.
No final do século XIX e início do século XX, tivemos, no ensino da arte, um
prolongamento das ideias filosóficas, políticas, pedagógicas e estéticas que embasaram o
movimento republicano de 1889.
É através da Semana da Arte Moderna de 1922, que a modernidade estética,
em especial as vanguardas históricas, marca lugar no cenário artístico nacional. Influenciados
por estudos realizados na Europa, artistas brasileiros rompem com o modelo neoclássico, e
buscam uma arte nacional que dialogue com o que está sendo feito no resto do mundo
ocidental. Artistas como Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Cândido Portinari com suas
obras mudaram os rumos da arte e do ensino da arte no Brasil.
A valorização da expressão do aluno, do artesanato, dos índios como produtos
estéticos têm lugar no ensino da arte a partir das ideias modernistas. Surge, então, o desenho
livre, como uma atividade inovadora que busca romper com uma estética mimética, com a
representação de modelos segundo os cânones clássicos da beleza, com o aprimoramento
técnico. O ensino da arte procura uma vinculação com a arte feita naquele momento.
Na segunda metade do século XX, são criadas várias universidades. Assim, um
curso de Arte na Universidade busca não só formar artistas, mas transformar nossa visão de
mundo, nossa maneira de ver. A escola não fabrica artistas. A escola metodiza um sistema
básico onde os alunos aprendem a ver, a sentir e a criar.
O objeto de estudo da disciplina de Artes contempla o conhecimento estético, o
conhecimento artístico e o conhecimento contextualizado.
Cada obra de arte é ao mesmo tempo, produto cultural numa determinada
época e criação singular da imaginação humana, cujo sentido é construído pelos indivíduos a
partir de sua experiência.
Norteado pelo conjunto desses campos conceituais, a apropriação do
conhecimento em Arte se efetiva na inter-relação de saberes que se concretiza na
experimentação estética por meio da percepção, da análise, da criação/produção e da
contextualização histórica.
Arte não é apenas básica, mas fundamental na educação de um país que se
desenvolve. Arte não é enfeite. Arte é cognição, é profissão, é uma forma diferente da palavra
para interpretar o mundo, a realidade, o imaginário e é conteúdo. Como conteúdo, a arte
representa o melhor do trabalho do ser humano." (BARBOSA, 1978).
111
O objeto artístico tem cumprido ao longo da história diversas funções:
ideológica, social, decorativa, no entanto a função essencial da arte é ampliar e enriquecer
com suas criações a realidade já humanizada pelo trabalho. Esse objeto artístico concretiza o
olhar, a expressão enquanto forma específica de conhecimento.
OBJETIVOS
Valorizar a arte como parte da vida do ser humano enquanto ser social, descobrindo
seu próprio potencial de criação artística;
Valorizar as diversidades culturais, em seus vários aspectos, como meio de
preservação das tradições populares e de nossas raízes;
Possibilitar o trabalho criador através do exercício da imaginação e criação;
Aprimorar a sensibilidade para apreciação de expressões artísticas nas diversas
linguagens da arte, nas suas mais variadas formas;
Examinar diversas manifestações artísticas, inferindo o que possuem de comum e
diferenciado como expressões de cultura em diversas épocas;
Construir conhecimento quanto à história da arte, centrando atenção em determinado
período artístico (ver conteúdo conforme a série);
Conhecimento e valorização da história e cultura afro-brasileira em todas as suas
manifestações
Análise crítica da imagem e de sua natureza estática e dinâmica;
Conhecer, reinterpretar diversas formas de produções sonoras de diferentes épocas;
Consciência corporal como forma de comunicação e expressão – Reflexão crítica
acerca de conceitos do corpo e da dança;
Reconhecimento e consciência corporal através da representação – percepção da ação
e do movimento enquanto fator de interação com o mundo;
Proporcionar ao educando a compreensão da importância do Patrimônio Histórico e
cultural e das manifestações da cultura popular;
Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos para adquirir e construir
conhecimento no campo das artes.
Instrumentalizar o aluno com um conjunto de saberes em arte que permitam utilizar o
conhecimento estético na compreensão das diversas manifestações culturais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL
1 - Elementos básicos das linguagens artísticas
112
2 - Produções/manifestações artísticas
3 - Elementos contextualizadores
A disciplina de Artes no Ensino Fundamental contempla as linguagens das
artes visuais, da dança, da música e do teatro e os conteúdos estruturantes selecionados por
essa disciplina vem constituir a base para a prática pedagógica. Articulados entre si, essas
linguagens compreendem todos os aspectos do objeto de estudos e oferecem possibilidades de
organização dos conteúdos específicos.
Tais conteúdos são basilares na organização da disciplina de Artes e
apresentam uma unidade interdependente, além de permitir uma correspondência entre as
linguagens.
Os elementos básicos das linguagens artísticas estarão presentes em todas as
linguagens artísticas desdobrando-se em conteúdos específicos em cada uma delas.
Os conteúdos serão desenvolvidos visando atender todos os alunos levando em consideração
suas limitações e necessidades de encaminhamentos especiais.
6º ANO / EJA 25%
ARTES VISUAIS
1- Elementos básicos da linguagem das artes visuais:
Imagem: representações simbólicas de uma ideia percebida de forma sensorial.
A) forma: configuração visível do conteúdo, delimitação do espaço visual:
Suporte: tamanho, espaço, materiais;
Espacialidade: leitura de imagens bidimensionais e tridimensionais, compreendendo ponto,
figura/fundo, simetria;
Textura: própria e produzida;
Movimento: ritmo e equilíbrio
B) luz: radiação magnética que provoca uma sensação visual.
Sombra: intensidade, Cor: pigmentos (teoria das cores), Composição: figurativa e abstrata.
2- Produções e manifestações artísticas das artes visuais:
Imagens bidimensionais (desenhos, pinturas, propaganda visual, murais, cartazes, gravuras,
mosaicos, texturas, composições, caricatura, design, colagem, ilustrações, poesias, leitura e
releitura de obras artísticas, etc)
Imagens tridimensionais (maquetes, dobraduras, esculturas, etc)
DANÇA
113
1) Elementos básicos da linguagem da dança: movimento: ação corporal articulada no tempo
e no espaço.
A dança como manifestação cultural
Dança folclórica.
2) Produções/manifestações artísticas da dança:
Composições coreográficas (escolha e organização das sequencias e relacionamentos dentro
de um ritmo, acrescido dos cenários, figurinos, iluminação e som.
Improvisações coreográficas ( movimentos organizados sem planejamento prévio, exploração
mais espontânea das possibilidades de movimento dentro do ritmo).
MÚSICA
1) Elementos básicos da linguagem da música:
Som, Ritmo, Melodia, Harmonia
Instrumentos musicais: Sopro, Corda, Percussão.
2) Produções/manifestações artísticas da música:
Audição de diferentes estilos musicais;
Canto: músicas folclóricas e populares
Instrumentos musicais: Análise de diferentes instrumentos musicais: corda, sopro, percussão.
TEATRO
Elementos básicos da linguagem do teatro: personagem
Organização da ação dramática a partir de:
Expressões gestuais: mímica, jogos dramáticos, fantoches, música, poesia.
Temas folclóricos (lendas brasileiras)
APRECIAÇÃO ARTÍSTICA.
Arte rupestre, arte indígena, a arte africana e a arte paranaense.
A arte na consolidação da sociedade brasileira.
A arte moderna.
7º ANO / EJA 50%
ARTES VISUAIS
1 – Elementos visuais:
Imagem: representações simbólicas de uma ideia percebida de forma sensorial.
Espacialidade: leitura de imagens bidimensionais e tridimensionais.
Cor: escala cromática.
Percepção de cor: tons e matizes.
114
Texturas: tátil e gráfica.
Luz e sombra: técnica de sombreamento.
2 – Produções/manifestações artísticas das artes visuais:
Imagens bidimensionais (desenho, pintura, fotografia, propaganda visual, ilustrações, designa,
poesias, murais, colagens, símbolos, logotipos, natureza morta, paisagens, texturas, leitura e
releitura de obras).
Imagens tridimensionais (maquetes, esculturas e dobraduras).
DANÇA
1 – Elementos básicos da linguagem da dança.
Movimento: ação corporal articulada no tempo e no espaço.
A dança como manifestação cultural.
Dança folclórica.
2 – Produção/manifestação artística da dança:
Composições coreográficas;
Improvisações coreográficas.
MÚSICA
1 – ELEMENTOS BÁSICOS DA LINGUAGEM DA MÚSICA
Elementos sonoros: Altura; Duração; Intensidade; Timbre.
Qualidades sonoras: Melodia; Harmonia; Ritmo; Leitura das qualidades sonoras: audição de
obras musicais.
Canto: Músicas folclóricas e populares.
TEATRO
1 – Elementos básicos da linguagem do Teatro:
Personagem: Agente da ação
a) Expressão corporal; b) Expressão gestual; c) Expressão vocal; d) Expressão facial.
2 – Produções/manifestações artísticas do teatro:
Representação teatral direta e indireta;
Jogos dramáticos, mímicas.
As Artes nas sociedades antigas: Arte Egípcia, Arte Grega e Arte Romana.
Linguagens artísticas: apreciação artística e releitura de obras de arte e produtos artísticos
(Gênios da pintura).
Arte Paranaense, Arte Indígena e Africana.
8º ANO / EJA 75%
115
ARTES VISUAIS
1 – Elementos básicos das artes visuais:
Qualidades plásticas da forma e do espaço com relação a:
- 1º plano, 2º plano, 3º plano, figura e fundo
Movimento: - ritmo e equilíbrio.
Espacialidade: - leitura de imagens bidimensionais; - semelhanças, contrastes e simetria.
Luz e sombra
Cor: - tonalidades, nuances, complementares e análogas.
Decomposição da luz branca: espectro solar.
2 – Produções/manifestações artísticas das artes visuais:
Imagens bidimensionais (desenho, pintura, gravura, fotografia, retrato, propaganda visual,
paisagem, charge, cartum, caricatura, ilustrações, poesia, vinhetas, leitura e releitura de obras
artísticas, etc.).
Imagens tridimensionais (esculturas, dobraduras, maquetes, etc).
DANÇA
Elementos básicos da linguagem da dança:
Movimento: ação corporal articulada no tempo e no espaço.
Dança como manifestação cultural.
2 – Produções/manifestações artísticas da dança:
Composições coreográficas (organização das sequências e relacionamentos dentro de um
ritmo, acrescido de cenários, figurinos e iluminação)
Improvisações coreográficas (movimentos organizados sem planejamento prévio, explorando
movimentos espontâneos dentro de um ritmo).
MÚSICA
1 – Elementos básicos da linguagem da música:
Qualidade do som; - altura: grave/agudo. - duração e pulsação/ritmo - intensidade: dinâmica.-
timbre: fonte sonora/instrumentação.
Instrumentos musicais nas diferentes culturas.
2 – Produções/manifestações artísticas da música:
Composições musicais (combinação de diversas melodias, vozes e/ou instrumentos)
Improvisações musicais: execuções de livre criação feitas por meio de vez e/ou instrumentos
musicais em trecho musical.
116
Interpretações musicais: de uma composição musical de acordo com a concepção do
intérprete por meio de voz e/ou instrumento musical.
TEATRO
1 – Elementos básicos da linguagem do teatro:
Personagem, expressão corporal, expressão gestual, vocal.
Organização da ação dramática a partir da História:
- temas folclóricos, - textos literários, - textos dramatúrgicos, - poesias, - músicas, - jogos
dramatúrgicos
História da arte: plástica, visuais, cênica e musical.
Linguagens artísticas: apreciação artística e releitura de obras de artes e produtos artísticos.
- arte bizantina, - gótica, - renascentista, - arte indígena, - arte africana e arte paranaense.
9º ANO / EJA 100%
ARTES VISUAIS
1 – Elementos básicos da linguagem das artes visuais
Imagem: representação simbólica de uma ideia percebida de forma sensorial.
Espacialidade: leitura de imagens bidimensionais e tridimensionais, compreendendo ponto,
linha, figura/fundo, semelhanças, contrastes e simetria.
Simetria e assimetria na arte;
Luz (claro, escuro, sombra);
Cor, harmonia e pintura (escalas, valores);
Pontos de vista:- um ponto de vista, vários pontos de vista, perspectivas.
2 – Produções/manifestações artísticas das artes visuais:
Imagens bidimensionais (desenho, pintura, gravura, fotografia, propaganda, ilustrações,
paisagens, reproduções artísticas, poesias, design, artes gráficas, vitrais, caricatura, leitura e
releitura de obras artísticas, colagem, painéis, murais, etc).
DANÇA
1 – Elementos básicos da linguagem da dança:
Movimento ação corporal articulada no tempo e no espaço;
A dança como manifestação cultural.
2 – Produção/manifestações artísticas da dança:
Composições coreográficas (escolha e organização das sequências e relacionamentos dentro
de um ritmo, acrescido dos cenários, figurinos, iluminação e som).
117
Improvisação coreográfica (movimentos organizados, sem planejamento prévio, explorando
movimentos espontâneos dentro de um ritmo).
MÚSICA
1 – Elementos básicos da linguagem da música:
Elementos sonoros: - altura, - duração, - intensidade, - timbre
Qualidades sonoras: - ritmo, - melodia, - harmonia
Gênero musical: - popular, - erudito, - folclóricos
2 – Produções/manifestações artísticas da música:
Composições musicais (composições de diversas melodias, vozes e/ou instrumentos
musicais).
Improvisações musicais: execução de livre criação feita por meio de voz e/ou instrumento
musical em um trecho musical.
Interpretações musicais: execução de uma composição de acordo com a concepção do
intérprete por meio da voz e/ou instrumentos musicais.
TEATRO
1 – Elementos básicos da linguagem do teatro:
Personagem, expressão corporal, expressão gestual, vocal;
- espaço cênico, - cenografia, - iluminação, - sonoplastia.
Ação dramática:
- improvisação, - jogos dramáticos, - mímicas, - dramatização
Organização da dramática a partir da história:
- textos folclóricos, - textos literários, - textos dramatúrgicos, - poesias, - músicas
História da arte: plástica, visuais, cênica e musical, imitação e análise
Linguagens artísticas: apreciação artística e releitura de obras de artes e produtos artísticos.
Análise da arte na sociedade capitalista.
Movimento modernista:
- arte indígena, - arte africana, - arte paranaense.
OBS.: Os elementos contextualizadores: contextualização histórica, autores e artistas,
gêneros, estilos, técnicas, correntes artísticas e relações identitárias locais, regionais, globais,
permearão todas as séries em todas as linguagens artísticas: artes visuais, dança, música e
teatro, construindo uma possível relação entre elas.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
118
Partindo da constatação que: “Não há povo sem arte, da mesma maneira que
não há arte sem povo”, serão examinados alguns períodos artísticos, desde as remotas origens
pré-históricas até a época contemporânea numa abordagem ampla de várias expressões da
arte, como pintura, escultura, arquitetura, música, teatro, dança, etc. Através de aulas
expositivas dialogadas, com utilização de recursos de ensino: material impresso (livros,
textos, figuras, telas), áudios-visuais, será feito a articulação entre a teoria e a prática e as
realidades sociais, levando em conta os saberes acumulados (experiência construída
historicamente).
Priorização de atividades pedagógicas que valorizem o pensamento reflexivo e
a articulação entre teoria e prática.
Desenvolvimento de projetos educacionais interligados de modo significativo,
articulando conhecimentos culturais apreendidos pelo educando em outras disciplinas.
A concretização e apreciação de produtos artísticos requerem aprender
trabalhar combinações, reelaborações imaginativas de arte e experiência com a realidade
cultural, desvelando o sentido cultural da arte no contexto do educando.
Debates, pesquisas, discussão de textos, leitura de imagens (fotos, obras de
arte, imagens televisivas, propagandas, moda)
Estímulo à criatividade com atividades significativas, tendo como base a
investigação e problematização – prática da Arte:
Estudo do meio, entrevista, álbum temático, trabalho artístico (da prática
imitativa à prática criadora), Exposição valorização da produção artística dos alunos,
apresentações de grupos de dança, música, teatro, artes literárias.
AVALIAÇÃO: Critérios, Instrumentos e Recuperação de Estudos
Pela adoção dos encaminhamentos teórico-metodológicos apresentados, exige-
se a superação da forma tradicional, estanque e às vezes arbitrária de avaliação que se limitam
à classificação dos alunos em talentosos ou incapazes, a partir do resultado de suas produções
ou expressões.
Na Educação de Jovens e Adultos a disciplina de Arte corresponde a 112h/a,
sendo que a cada 56 h/a será retirada uma média. Será avaliado o processo de elaboração e
análise das manifestações artístico-culturais dos alunos, identificando na medida em que
119
expressam a apropriação de noções e conceitos específicos da arte, bem como da produção,
levando em conta que a avaliação é um meio e não um fim em si mesmo.
O processo será contínuo, diagnóstico, dialético, tratado como parte integrante
das relações de ensino-aprendizagem.
A avaliação na disciplina de Artes não será utilizada como mecanismo para
classificar, excluir ou promover o aluno, mas como um parâmetro da práxis pedagógica,
tomando os erros e os acertos como elementos sinalizadores do replanejamento tendo em vista
os objetivos propostos da disciplina.
Estabelecer relações com o trabalho de arte produzido por si, por seu grupo sem
discriminações estéticas, étnicas e de gênero, no entanto pelos conhecimentos da linguagem,
deverá ser levada em conta a relação entre criador e a criação com fundamentação e
apontamento de caminhos para possíveis redimensionamentos das práticas pedagógicas,
levando o educando a sair do lugar comum, do gosto pessoal e do espontaneísmo, sendo,
portanto uma avaliação centrada no conhecimento.
Identificar os elementos da linguagem visual e suas relações em trabalhos artísticos e na
natureza;
Criar formas artísticas por meio de poéticas pessoais (textos, poesias, roteiros);
Conhecer e apreciar trabalhos e objetos de arte por meio das próprias emoções, reflexões e
conhecimento (artes visuais, dança, música, teatro);
Leitura e interpretação das produções/manifestações, a elaboração de trabalhos artísticos e o
estabelecimento de relações entre esses conhecimentos e o dia a dia do educando,
evidenciadas tanto no processo, quanto na produção individual e coletiva.
Pesquisa, participação em sala de aula, leitura de obras, relatórios.
Mostrar conhecimento da História da Arte de forma contextualizada.
Conferência das atividades realizadas em sala de aula.
Arte – Ensino Médio
APRESENTAÇÃO
Encontramos o ensino da Arte presente no Brasil desde o século XVI com a
ação dos jesuítas. A arte era parte dos ensinamentos, cujo objetivo principal era a
120
catequização dos grupos que aqui habitavam e compreendiam o ensino de Retórica, literatura,
escultura, pintura, Música e Artes Manuais. Com a expulsão dos jesuítas pelo marquês de
Pombal e a posterior Reforma Educacional Brasileira (1792-1800) – Reforma Pombalina – o
ensino da Arte tornou-se irrelevante e o Desenho, por exemplo, foi associado à Matemática na
forma de Desenho Geométrico.
A Arte – fruto da percepção e da necessidade da expressão humana – revela a
realidade interior e exterior ao homem e à mulher. Essa expressão artística é concretizada
utilizando-se sons, formas visuais, movimentos do corpo, representação cênica, dentre outras,
que são percebidas pelos sentidos. Contribui para outras possibilidades de leituras da
realidade e mais subsídios para repensar o próprio contexto.
Um dos elementos essenciais que caracteriza o ensino da Arte no ambiente
escolar é o fato de que, na escola, temos a possibilidade de relacionar, questionar,
experimentar, refletir e contextualizar os trabalhos artísticos a fim de que façam sentido em
nossas próprias vidas e na construção da sociedade brasileira.
OBJETIVOS
Ampliar o universo cultural do aluno a partir dos conhecimentos estéticos, artísticos e
contextualizados, aproximando-os das diversas linguagens da arte.
Prover informações sobre as linguagens da Arte: Música, Dança, Artes Visuais e Teatro,
possibilitando que os alunos se expressem e se comuniquem de forma artística,
articulando a percepção, a imaginação, a sensibilidade, a emoção e a reflexão ao realizar e
fruir produções artísticas.
Compreender a arte como fato histórico contextualizado nas diferentes culturas, e
oportunizar ao aluno condições para observar e conhecer as diferenças nos padrões
artísticos e estéticos nas produções do passado como patrimônio histórico e cultural e nas
produções do presente.
CONTEÚDOS: Estruturantes e Específicos
ARTES VISUAIS
Elementos formais: ponto, linha, forma: superfície, volume, plano, textura, cor, luz
Composição: bidimensional, tridimensional, figurativo, abstrato, figura-fundo, semelhanças,
contrastes, ritmo visual, perspectiva, ritmo visual, deformação, estilização, técnica: Pintura,
121
desenho, modelagem, instalação, performance, fotografia, gravura e esculturas, arquitetura,
história em quadrinhos... Gêneros: paisagem, natureza morta, cenas do cotidiano, histórica,
religiosa, da mitologia.
Movimentos e períodos: Arte Ocidental, Arte Oriental, Arte Africana, Arte brasileira, Arte
paranaense, Arte popular, Arte de vanguarda, Indústria Cultural, Arte Engajada, Arte
Contemporânea, Arte Digital, Arte latino Americana.
MÚSICA
Elementos formais: Altura, duração, Timbre, Intensidade, Densidade.
Composição: Ritmo, Melodia, Harmonia, Escalas: Modal, Tonal e fusão de ambos, Gêneros:
erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop, Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica,
informática e mista, improvisação..
Movimentos e períodos: Música Popular Brasileira, Paranaense, Popular, Indústria Cultural,
Engajada, Vanguarda, ocidental, Oriental, Africana, Latino Americana.
DANÇA
Elementos formais: Movimento corporal, tempo e espaço.
Composição: Kinesfera, peso, fluxo, Eixo, dinâmica, Aceleração, Ponto de apoio, Salto, giros
e queda, Rotação, Níveis, Formação, Deslocamento, Improvisação, Coreografia, Gêneros:
Espetáculo, Industrial Cultural, étnica, folclórica, populares, salão, moderna, contemporânea.
Movimentos e Períodos: Dança Moderna, Vanguardas, Dança Contemporânea.
TEATRO
Elementos formais: Personagens, expressões corporais, vocais, gestuais e faciais. Ação;
Espaço.
Composição: Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, Mímica, ensaio, Teatro-Fórum,
Roteiro, Encenação, leitura dramática; Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico.
Dramaturgia, Representação, Caracterização, Cenografia, Sonoplastia, figurino, iluminação,
Direção, Produção.
Movimentos e períodos: Teatro Greco-Romano, Medieval, Brasileiro, Paranaense, Popular,
Engajado, Dialético, Essencial, Do Oprimido, Pobre, De vanguarda, Indústria Cultural, Teatro
Renascentista, latino Americano, realista e simbolista.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
122
Abordagem dos conteúdos dar-se-á de forma orgânica, de modo que as práticas
e a fruição artística estejam presentes em todos os momentos da prática pedagógica.
Pressupõe considerar para quem as aulas serão ministradas, como, por que e o que será
trabalhado, tomando-se a escola um espaço de conhecimento. Dessa forma, devem-se
contemplar, na metodologia do ensino da Arte, três momentos da organização pedagógica:
a) Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e se aproprie da obra
artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos;
b) Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte;
c) Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma
obra de arte.
O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos
três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas, espera-se que o aluno
tenha vivenciado cada um deles.
AVALIAÇÃO: Critérios, Instrumentos e Recuperação de Estudos
De acordo com as Diretrizes Curriculares (2009), a avaliação é diagnóstica por
ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos e é processual por
pertencer a todos os momentos da prática pedagógica, incluindo formas de avaliação da
aprendizagem e auto-avaliação.
A proposta ainda prevê a avaliação de forma contínua e cumulativa, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do
período sobre os de eventuais provas finais. Como critérios básicos de avaliação elencamos:
respeito ao grau de habilidade em cada linguagem, atendimento à proposta de atividade a ser
desenvolvida, organização do material, limpeza e cumprimento de prazo estabelecido.
O aluno terá que, dentro do contexto estudado no período, saber expressar-se
tanto nos aspectos experienciais quanto conceituais. O professor, através de atividades e/ou
avaliações observará o conteúdo absorvido pelo aluno e também observará suas habilidades
artísticas.
Avaliar em Arte é superar os limites dos gostos pessoais e das afinidades para
centrar-se no conhecimento propiciando uma aprendizagem socialmente significativa para o
aluno.
123
Ao ser processual e não estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos
discute dificuldades e progressos de cada um a partir da própria produção, de modo que leva
em conta a sistematização dos conhecimentos para a compreensão mais efetiva da realidade.
Na Educação de Jovens e Adultos a disciplina de Arte no Ensino Médio corresponde
a 64 horas aula. O aluno para ser aprovado na disciplina terá de realizar no mínimo 04
atividades avaliativas para computar duas médias, conforme Matriz Curricular da disciplina
corresponde a 64 horas aula. O aluno para ser aprovado na disciplina terá de realizar no
mínimo 04 atividades avaliativas seguindo os critérios anteriormente mencionados.
Como instrumentos de avaliação serão utilizados: observação e registro do
processo de aprendizagem, dos avanços e dificuldades percebidos na apropriação do
conhecimento, observação de como o aluno soluciona os problemas apresentados e seu
relacionamento com os colegas nas discussões em grupo, trabalhos artísticos individuais e em
grupo; pesquisa bibliográfica e de campo; debates em forma de seminários e simpósios;
provas teóricas e práticas; registros em forma de relatórios, gráficos, portfólios, áudio-visual e
outros.
Por meio desses instrumentos, o professor fará o diagnóstico necessário para o
planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo, visando às
seguintes expectativas de aprendizagem: compreensão dos elementos que estruturam e
organizam a arte e sua relação com a sociedade contemporânea; produção de trabalhos de arte
visando à atuação do sujeito em sua realidade singular e social; apropriação prática e teórica
dos modos de composição da arte nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção,
divulgação e consumo.
O ato de avaliar torna-se um exercício de ação-reflexão-ação. Este exercício
auxilia os alunos a recuperarem, se apropriarem de conteúdos que não conseguiram assimilar.
Significa retornar ao conteúdo que não foi assimilado pelos alunos, tendo por princípio básico
o respeito, a diversidade de características e de ritmos de aprendizagem dos alunos.
A recuperação de estudos tem papel fundamental no processo ensino-
aprendizagem, pois a partir do momento em que o aluno conhece os resultados de sua
aprendizagem, isto é, logo após o término de uma prova ou qualquer outra atividade, cientes
de seus erros e acertos, existe uma tendência a melhorar e corrigir suas falhas. Isso significa
diagnosticar as defasagens dos alunos e a partir daí propor novo trabalho para tentar sanar
essa lacuna. Nesse sentido, a avaliação não deverá ser confundida apenas com medição de
notas, o objetivo principal é a avaliação da aprendizagem.
124
A oportunidade para recuperação de estudos e notas será oportunizada a todos os
alunos que desejarem aprimorar o conhecimento e obrigatoriamente àqueles que não
alcançarem a média seis vírgula zero (6,0), prevista na legislação.
Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas
durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar,
sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de Classe.
20.5 PROPOSTA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO
APRESENTAÇÃO:
No espaço escolar o Ensino Religioso era, tradicionalmente, o ensino da
religião católica apostólica romana, religião oficial do Império conforme determinava a
Constituição de 1824. Após a proclamação da República o ensino passou a ser laico, público,
gratuito e obrigatório. A partir da Constituição de 1934 o Ensino Religioso passou a ser
admitido como disciplina na escola pública, porém, com matrícula facultativa.
Nas Constituições de 1937 e de 1967 o Ensino Religioso foi mantido como
matéria do currículo, de frequência livre para o aluno de acordo com o credo da família.
Durante a vigência do regime militar foi expresso pela Lei nº 5692/71, no art. 7º como
parágrafo único: “O ensino religioso de matrícula facultativa constituirá disciplina dos
horários normais dos estabelecimentos oficiais de 1º e 2º graus”. Em decorrência dessa Lei o
Ensino Religioso foi implantado como disciplina escolar em 1972 no Estado do Paraná, a
partir da criação da Associação Interconfessional de Curitiba (ASSINTEC).
Para viabilidade a proposta de Ensino Religioso a ASSINTEC, preocupou-se
com a elaboração de material pedagógico e cursos de formação continuada. O resultado deste
trabalho foi o Programa Nacional do Ensino Religioso radiofonizado nas unidades escolares
municipais. O referido programa foi aceito pela Secretaria de Educação do Estado e pela
Prefeitura municipal de Curitiba, com parecer favorável do Conselho Estadual de Educação.
O conteúdo veiculado pelo sistema radiofônico teve como foco curricular as aulas de ensino
moral-religioso nas escolas oficiais do 1º grau.
No processo de redemocratização do país nos anos 80, as tradições religiosas,
mais uma vez, asseguraram no documento o direito à liberdade de culto e de expressão
religiosa. Em 1992 foi publicado um caderno para o Ensino Religioso, segundo os moldes do
Currículo Básico sendo elaborado pela ASSINTEC com a colaboração da SEED.
125
Somente a partir das discussões da LDBEN 9394/96 é que o Ensino Religioso
passou a ser compreendido como disciplina escolar. Em decorrência desse processo sua
implementação nas escolas pública do país foi regulamentada.
No período entre 1995 a 2002 houve um esvaziamento do Ensino Religioso na
rede pública estadual do Paraná, acentuado a partir de 1998. O ensino ainda não havia sido
regulamentado pelo Conselho Estadual de Educação e a sua oferta ficou restrita apenas às
escolas onde havia professor efetivo na disciplina.
Em 2002 o Conselho Estadual de Educação do Paraná aprovou a Deliberação
03/02 que regulamentava o Ensino Religioso nas Escolas Públicas do Sistema de Ensino do
Paraná. Com a aprovação dessa deliberação, a SEED elaborou a Instrução Conjunta nº ½ do
DEF/SEED, que estabeleceu as normas para esta disciplina na rede pública estadual. E em
10/02/2006 aprovou a Deliberação nº 01/06, que visa instituir novas normas para o Ensino
Religioso no Sistema Estadual de Ensino do Paraná, cuja preocupação se dá com a formação
do docente, a consideração da diversidade religiosa no Estado, a necessidade do diálogo e o
estudo na escola sobre as diferentes leituras do sagrado na sociedade. Cumpre destacar que
essa disciplina de ensino tem por base a diversidade expressa nas diferentes expressões
religiosas, com conteúdos que tratem dessa especificidade educacional, sem perder de vista as
relações culturais, sociais, políticas e econômicas de que são impregnadas.
OBJETIVO:
A partir da apropriação de saberes sobre as diferentes expressões e
organizações religiosas das diversas culturas, o Ensino Religioso pretende efetivar uma
prática de ensino que possibilite a construção e a consolidação do respeito à diversidade
cultural e religiosa, em suas relações étnicas e sociais diante da sociedade, fomentando
medidas que busque a superação de toda e qualquer forma de preconceito e discriminação.
Para tanto, esta disciplina oportuniza a compreensão, comparação e a análise das diferentes
manifestações do Sagrado, com o objetivo de subsidiar o educando a interpretação de seus
múltiplos significados.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Define-se como objeto de estudo da disciplina de Ensino Religioso, o
Sagrado. Este objeto possibilita a articulação do estudo do fenômeno religioso com aspectos
pedagógicos, bem como a ampliação da abordagem teórico-metodológica no que concerne à
diversidade religiosa. Esse fenômeno religioso será analisado pelas instâncias Paisagem
126
Religioso, Universo Simbólico Religioso e Texto Sagrado nas diversas tradições religiosas
(Africana, Oriental, Ocidental, Afro-brasileiras, Ameríndios, e outras).
CONTEÚDOS BÁSICOS
Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para cada
série da etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, considerados
imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas diversas disciplinas da
Educação Básica. O acesso a esses conhecimentos se constitui como direito do aluno na fase
de escolarização em que se encontra e o trabalho pedagógico com tais conteúdos é
responsabilidade do professor.
Os conhecimentos fundamentais para cada série, não podem ser suprimidos
nem reduzidos, mas podem, no momento da prática serem acrescidos de outros elementos.
No Plano de Trabalho Docente, os conteúdos básicos terão abordagens
diversas a depender dos fundamentos que recebem de cada conteúdo estruturante. Quando
necessário, serão desdobrados em conteúdos específicos, sempre se considerando o
aprofundamento a ser observado para a série e nível de ensino.
CONTEÚDO BÁSICO
6º ANO
Organizações Religiosas
Lugares Sagrados
Textos Sagrados orais ou escritos
Símbolos Religiosos
7º ANO
Temporalidade Sagrada
Festas Religiosas
Ritos
Vida e Morte
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Os Conteúdos Básicos devem ser tratados sob a ótica dos três Conteúdos
Estruturantes;
127
- A linguagem utilizada deve ser a científica e não a religiosa, a fim de superar as
tradicionais aulas de religião;
- É vedada toda e qualquer forma de proselitismo e doutrinação, entendendo que os
conteúdos do Ensino Religioso devem ser trabalhados enquanto conhecimento da
diversidade sócio-político e cultural.
Sabe-se, no contexto atual, da necessidade do enfrentamento do desafio de
propor um ensino que respeite as especificidades da realidade social e cultural da comunidade
escolar. Nesse sentido, a disciplina do Ensino Religioso propõe um encaminhamento
pedagógico que privilegie os valores culturais do educando. Ressaltamos, porém, a relevância
da transmissão do conhecimento que transcenda o senso comum.
Pontuamos, nesses termos, que a abordagem dos conteúdos definidos se
fundamentará na proposta de Saviani (1991). Como estratégia inicial valorizar-se-á os saberes
empíricos dos alunos em relação ao Sagrado. Atribui-se, no entanto, ao professor, em seu
papel de mediador, a responsabilidade da clareza dos objetivos e resultados que pretende
alcançar, para que os alunos tenham acesso aos conhecimentos científicos concernentes ao
objeto de estudo dessa disciplina, o Sagrado. Assim, no segundo momento do processo
ensino-aprendizagem, mediante a abordagem teórica, buscaremos evidenciar as questões que
articulem o conteúdo estudado às relações sociais cotidianas do aprendente, propiciando a
apropriação de conceitos que possibilite a construção do conhecimento.
Dessa forma, com o compromisso de superar toda forma de proselitismo e ou a
discriminação de qualquer expressão do sagrado, o processo educativo da disciplina de Ensino
Religioso fomentará o respeito às diversas manifestações religiosas, ampliando e valorizando
o universo cultural dos alunos. Com esse objetivo, as abordagens de manifestações religiosas
ou expressões do Sagrado, partirá das menos conhecidas e/ou desconhecidas dos alunos. Esse
procedimento possibilitará postumamente a inserção dos conteúdos que tratam de
manifestações religiosas mais comuns que já fazem parte do universo cultural dos mesmos.
Por conseguinte, será possível evitar a redução dos conteúdos da disciplina às manifestações
religiosas hegemônicas.
A abordagem das tradições e manifestações religiosas mais conhecidas e/ou
majoritárias serão objeto de estudo ao final de cada conteúdo tratado, de modo que os
conhecimentos aprendidos de outras manifestações religiosas constituam-se em novas
referências para se analisar. Poderemos, assim, aprofundarmos nos conhecimentos a respeito
das manifestações já conhecidas e/ou praticadas pelos alunos e ou/na comunidade.
128
Diante desses pressupostos, enfatizamos que a práxis desta disciplina, que faz
parte do patrimônio cultural historicamente construído, está inserida em projeto educacional
que visa a formação da totalidade do ser humano - ético, cognitivo, afetivo. Devido a
necessidade da superação da fragmentação do ato de ensinar, o Ensino Religioso, por meio
dos conteúdos estruturantes, oportuniza a articulação do universo das expressões religiosas
com outras áreas do conhecimento das Ciências Sociais, como a Sociologia, a História.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser um instrumento que tem como foco o processo ensino-
aprendizagem, por isso deve permear, intencionalmente, o conjunto das ações pedagógicas.
Dessa forma, o aprendizado e a avaliação se constituem como um fenômeno compartilhado,
contínuo, processual e diversificado. Assim, será oportunizada a identificação de lacunas no
processo pedagógico. Essa ação possibilitará a retomada e a reorganização de
encaminhamentos para a superação das dificuldades constatadas.
De acordo com o DCE na disciplina de Ensino Religioso não há aferição de
notas ou conceitos que impliquem aprovação ou reprovação do aluno, porém, há instrumentos
que serão aplicados que permite à escola, ao aluno, escola e familiares a identificação dos
progressos obtidos na disciplina.
Neste sentido, o professor deverá elaborar estratégias que o auxiliem a registrar
quanto o aluno e as turmas se apropriaram dos conhecimentos trabalhados. Ressaltamos,
porém, a importância de se observar em que medida os alunos têm apresentado mudanças nos
hábitos cotidianos, em especial, no trato com os colegas de diferentes crenças e expressão.
Espera-se, portanto, que o aluno:
Estabeleça discussões sobre o Sagrado numa perspectiva laica.
Desenvolva uma cultura de respeito à diversidade religiosa e cultural.
Reconheça que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de cada
grupo social.
20.6 PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA – Ensino Fundamental e Médio
129
APRESENTAÇÃO
Nos séculos XV e XVI, em consequência das Grandes Navegações, diversos
viajantes alargaram o horizonte geográfico. O mapeamento e a cartografia sofreram grande
avanço, mas mantiveram o caráter apenas descritivo. Até o final do século XVIII, não se pode
falar em Geografia como uma ciência.
A Geografia começou a se estruturar como ciência na Alemanha, com
Humboldt (1769-1859) e Ritter (1779-1859). Esses dois cientistas deram à Geografia um
método de análise, tentando estabelecer as relações entre os fenômenos que ocorrem em
diversas paisagens da superfície do planeta e desses com a ação da humanidade.
Assim, a Geografia abandonou o papel puramente descritivo e passou a
explicar os fenômenos e suas inter-relações, tornando-se uma ciência. A partir daí, a
Geografia passou a ter um caráter científico e acadêmico a ser produzida e pensada nas
universidades.
Em 1844 - 1904, o determinismo geográfico de Ratzel, na Alemanha, vem a
ter uma influência muito grande sobre os geógrafos que acreditavam que a sociedade humana
e suas atividades eram determinadas pelo meio físico. Ratzel estabeleceu bases para a
Geografia Humana. Desenvolveu o conceito de “espaço vital”, no qual havia uma relação
entre a população e os recursos disponíveis em seu território. Posteriormente, Ratzel passou a
considerar as influências das condições culturais e históricas na determinação das sociedades
e suas atividades.
A sociedade é quem determina as metas a serem atingidas, o tipo de espaço
que deseja construir, modificando, transformando este desejo à proporção que mudam as
formas de relações e as disponibilidades de capital e de técnica. É bem verdade que a
sociedade não pode transformar a natureza arbitrariamente, da forma que desejar, mas tem
grande capacidade de modificá-la. (ANDRADE, 1992. p.18)
A segunda metade do século XX foi marcada por revoluções, confrontos,
movimentos de libertações e questionamento do sistema mundial de dominação. Yves
Lacostes faz uma crítica à Geografia Tradicional, afirmando que ela sempre existiu a serviço
da dominação e do poder. Alguns geógrafos, entre eles, Pierre George, passaram a questionar
o papel assumido até então pela Geografia Tradicional. O centro das preocupações passa a ser
as relações entre a sociedade, o trabalho e a natureza, na apropriação dos recursos e na
produção de espaços diferenciados.
130
A Geografia no Brasil desenvolveu-se após a década de 1950, sendo que
nessa época o Brasil passava de um país agroexportador para um país industrial, com uma
influência maior da burguesia e da classe média urbana.
Sabe-se que a partir da década de 80, no Brasil, a Geografia como outras
áreas do conhecimento passaram por acirrados debates e reflexões das diferentes tendências
teórico-metodológicas. Entre estes embates estavam a Geografia Tradicional e as novas
tendências do movimento de renovação da Geografia, bem como, o retorno da Geografia
enquanto disciplina no Ensino Fundamental.
Considerando o conhecimento historicamente produzido como o principal
instrumento para efetivação dos objetivos da Geografia Crítica, o professor e o aluno devem
ser vistos como sujeitos. O professor deve assumir sua função de mediador, oferecendo meios
que possibilitem ao aluno uma leitura de mundo, que aprofunde sua capacidade de observar,
analisar e interpretar a sua própria realidade, tornando-se agente de ações transformadoras.
Nesse sentido, é preciso assumir práticas pedagógicas que ajudem no
desenvolvimento da autonomia dos alunos, garantindo uma participação coletiva,
confrontando conhecimentos que eles já possuem sobre a relação homem/natureza,
homem/homem com os conhecimentos científicos historicamente acumulados.
No trabalho em sala de aula, o professor deve considerar o movimento
contraditório que rege as relações sociais do mundo no tempo presente e passado, de modo
que o aluno as compreenda através de práticas que envolvam problematização, discussão,
representação, análise, pesquisa, promovendo a reflexão e a formulação de hipóteses,
pensando criticamente a realidade e identificando as possibilidades de transformação para
superar as contradições.
Ao tomar a dialética como método, propôs-se analisar o espaço geográfico a
partir de algumas de suas categorias, tais como: totalidade, contradição, aparência/essência e
historicidade. Segundo esse método, nenhum fenômeno pode ser entendido isoladamente, só é
possível conhecer o particular quando situado na totalidade. (SEED, 2008. p.46)
Assim, a Geografia estuda o espaço e as relações que nele ocorrem, sendo,
portanto, um canal de reflexão para uma ação transformadora, objetivando a construção da
cidadania. Ela também se preocupa não mais em descrever o que o espaço contém, mas como
ele chegou a tal configuração, resultado das relações sociais e consequentemente um produto
histórico, influenciado por questões de ordem econômica, política, social e cultural, ou seja, o
espaço geográfico se traduz na alma do estudo geográfico.
131
Objetivos
Compreender as diversas perspectivas presentes no espaço geográfico (região,
território, natureza, sociedade, paisagem, lugar) e suas relações na configuração das
questões sociais, culturais, políticas, econômicas e ambientais, ou seja, a
complexidade que o constitui. Ler, analisar e interpretar os códigos específicos da
Geografia (mapas, gráficos, tabelas etc), considerando-os como elementos de
representação de fatos e fenômenos espaciais e/ou espacializados.
Aplicar o uso das escalas cartográficas e geográficas, como formas de organizar e
conhecer a localização, distribuição e frequência dos fenômenos naturais e humanos.
Relacionar os fenômenos espaciais a partir da seleção, comparação e interpretação,
identificando as singularidades ou generalidades de cada lugar, paisagem ou território.
Selecionar e elaborar esquemas de investigação que desenvolvam a observação dos
processos de formação e transformação dos territórios, tendo em vista as relações de
trabalho, a incorporação de técnicas e tecnologias e o estabelecimento de redes sociais.
Analisar em esquema comparativo, interdisciplinarmente, as relações entre
preservação e degradação da vida no planeta, tendo em vista o conhecimento de sua
dinâmica e a mundialização dos fenômenos culturais, econômicos, tecnológicos e
políticos que incidem sobre a natureza nas diferentes escalas - local, regional, nacional
e global.
Identificar na aparência das formas visíveis e concretas do espaço geográfico atual a
sua essência, ou seja, os processos históricos, construídos em diferentes tempos, e os
processos contemporâneos, conjunto de práticas dos diferentes agentes, que resultam
em profundas mudanças na organização e no conteúdo do espaço.
Desenvolver e aplicar, no cotidiano, os conceitos básicos da Geografia.
Verificar, analisar e elaborar um texto, avaliando o impacto das transformações
naturais, sociais, econômicas, culturais e políticas em seu “lugar no mundo”,
comparando e sintetizando a densidade das relações e transformações que tornam
concreta e vivida a realidade.
Conteúdos Estruturantes do Ensino Fundamental
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos
6º ano/EJA 25% 7º ano/EJA 50% 8º ano/EJA 75% 9º ano/EJA100%
Formação e A formação, As diversas As diversas
132
Dimensão
econômica do
espaço
geográfico
Dimensão
política do
espaço
geográfico
Dimensão
cultural e
demográfica do
espaço
geográfico
Dimensão
socioambiental
do espaço
geográfico
transformação das
paisagens naturais
e culturais.
- Ed.ambiental
Dinâmica da
natureza e sua
alteração pelo
emprego de
tecnologias de
exploração e
produção.
A formação,
localização,
exploração e
utilização dos
recursos naturais.
A distribuição
espacial das
atividades
produtivas e a
(re)organização
do espaço
geográfico.
As relações entre
campo e a cidade
na sociedade
capitalista.
A evolução
demográfica, a
distribuição
espacial da
população e os
indicadores
mobilidade das
fronteiras e a
reconfiguração do
território brasileiro.
A dinâmica da
natureza e sua
alteração pelo
emprego de
tecnologias de
exploração e
produção.
- Ed. Ambiental
As diversas
regionalizações do
espaço brasileiro.
As manifestações
socioespaciais da
diversidade
cultural.A evolução
demográfica da
população, sua
distribuição
espacial e
indicadores
estatísticos.
Movimentos
migratórios e suas
motivações.
- Ed. Ambiental
O espaço rural e a
modernização da
agricultura.
A formação, o
regionalizações
do espaço
geográfico.
- Ed. Ambiental
A formação,
mobilidade das
fronteiras e a
reconfiguração
dos territórios do
continente
americano.
A nova ordem
mundial, os
territórios
supranacionais e o
papel do Estado.
O comércio em
suas implicações
socioespaciais.
A circulação da
mão-de-obra, do
capital, das
mercadorias e das
informações.
A distribuição
espacial das
atividades
produtivas, a
(re)organização
do espaço
geográfico.
As relações entre
o campo
regionalizações do
espaço geográfico.
- Ed. Ambiental
A nova ordem
mundial, os
territórios
supranacionais e o
papel do Estado.
A revolução
técnico-científico e
os novos arranjos
no espaço da
produção.
O comércio
mundial e as
implicações
socioespaciais.
A formação,
mobilidade das
fronteiras e a
reconfiguração dos
territórios.
A evolução
demográfica da
população, sua
distribuição
espacial e os
indicadores
estatísticos.
As manifestações
socioespaciais da
diversidade
cultural.
133
estatísticos.
A mobilidade
populacional e as
manifestações
socioespaciais da
diversidade
cultural.
As diversas
regionalizações
do espaço
geográfico.
Formação e
transformação das
paisagens naturais
e culturais.
Dinâmica da
natureza e sua
alteração pelo
emprego de
tecnologias de
exploração e
produção.
A formação,
localização,
exploração e
utilização dos
recursos naturais.
A distribuição
espacial das
atividades
produtivas e a
(re)organização
do espaço
crescimento das
cidades, a dinâmica
dos espaços
urbanos e a
urbanização.
A distribuição
espacial das
atividades
produtivas, a
(re)organização do
espaço geográfico.
A circulação de
mão-de-obra, das
mercadorias e das
informações.
A formação,
mobilidade das
fronteiras e a
reconfiguração do
território brasileiro.
A dinâmica da
natureza e sua
alteração pelo
emprego de
tecnologias de
exploração e
produção.
As diversas
regionalizações do
espaço brasileiro.
As manifestações
socioespaciais da
diversidade
e a cidade na
sociedade
capitalista.
O espaço rural e a
modernização da
agricultura.
A evolução
demográfica da
população, sua
distribuição
espacial e os
indicadores
estatísticos.
Os movimentos
migratórios e suas
motivações.
As manifestações
sociespaciais da
diversidade
cultural.
Formação,
localização,
exploração e
utilização dos
recursos naturais.
As diversas
regionalizações
do espaço
geográfico.
A formação,
mobilidade das
fronteiras e a
reconfiguração
Os movimentos
migratórios
mundiais e suas
motivações.
A distribuição das
atividades
produtivas, a
transformação da
paisagem e a
(re)organização do
espaço geográfico.
A dinâmica da
natureza e sua
alteração pelo
emprego de
tecnologias de
exploração e
produção.
O espaço em rede:
produção,
transporte e
comunicações na
atual configuração
territorial.
As diversas
regionalizações do
espaço geográfico.
A nova ordem
mundial, os
territórios
supranacionais e o
papel do Estado.
A revolução
134
geográfico.
As relações entre
campo e a cidade
na sociedade
capitalista.
A evolução
demográfica, a
distribuição
espacial da
população e os
indicadores
estatísticos.
A mobilidade
populacional e as
manifestações
socioespaciais da
diversidade
cultural.
As diversas
regionalizações
do espaço
geográfico.
cultural.A evolução
demográfica da
população, sua
distribuição
espacial e
indicadores
estatísticos.
Movimentos
migratórios e suas
motivações.
O espaço rural e a
modernização da
agricultura.
A formação, o
crescimento das
cidades, a dinâmica
dos espaços
urbanos e a
urbanização.
A distribuição
espacial das
atividades
produtivas, a
(re)organização do
espaço geográfico.
A circulação de
mão-de-obra, das
mercadorias e das
informações.
A formação,
mobilidade das
fronteiras e a
reconfiguração do
dos territórios do
continente
americano.
A nova ordem
mundial, os
territórios
supranacionais e o
papel do Estado.
O comércio em
suas implicações
socioespaciais.
A circulação da
mão-de-obra, do
capital, das
mercadorias e das
informações.
A distribuição
espacial das
atividades
produtivas, a
(re)organização
do espaço
geográfico.
As relações entre
o campo
e a cidade na
sociedade
capitalista.
O espaço rural e a
modernização da
agricultura.
A evolução
demográfica da
técnico-científico-
informacional e os
novos arranjos no
espaço da
produção.
O comércio
mundial e as
implicações
socioespaciais.
A formação,
mobilidade das
fronteiras e a
reconfiguração dos
territórios.
A evolução
demográfica da
população, sua
distribuição
espacial e os
indicadores
estatísticos.
As manifestações
socioespaciais da
diversidade
cultural.
Os movimentos
migratórios
mundiais e suas
motivações.
A distribuição das
atividades
produtivas, a
transformação da
135
território brasileiro.
A dinâmica da
natureza e sua
alteração pelo
emprego de
tecnologias de
exploração e
produção.
As diversas
regionalizações do
espaço brasileiro.
As manifestações
socioespaciais da
diversidade
cultural.A evolução
demográfica da
população, sua
distribuição
espacial e
indicadores
estatísticos.
Movimentos
migratórios e suas
motivações.
O espaço rural e a
modernização da
agricultura.
A formação, o
crescimento das
cidades, a dinâmica
dos espaços
urbanos e a
urbanização.
população, sua
distribuição
espacial e os
indicadores
estatísticos.
Os movimentos
migratórios e suas
motivações.
As manifestações
sociespaciais da
diversidade
cultural.
Formação,
localização,
exploração e
utilização dos
recursos naturais.
paisagem e a
(re)organização do
espaço geográfico.
A dinâmica da
natureza e sua
alteração pelo
emprego de
tecnologias de
exploração e
produção.
O espaço em rede:
produção,
transporte e
comunicações na
atual configuração
territorial.
136
A distribuição
espacial das
atividades
produtivas, a
(re)organização do
espaço geográfico.
A circulação de
mão-de-obra, das
mercadorias e das
informações.
Conteúdos Estruturantes do Ensino Médio
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos para 25, 50 e 100% de frequência
Dimensão
econômica do
espaço
geográfico
Dimensão
política do
espaço
geográfico
Dimensão
cultural e
demográfica do
espaço
geográfico
A formação e transformação das paisagens.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço
geográfico.
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da
produção.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração
territorial.
A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente.
A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores
estatísticos.
137
Dimensão
socioambiental
do espaço
geográfico
Os movimentos migratórios e suas motivações.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
O comércio e as implicações socioespaciais.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
As implicações socioespaciais do processo de mundialização.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
Os conteúdos anteriormente mencionados serão trabalhados no Ensino
Médio com grau maior de aprofundamento.
A disciplina de Geografia na EJA Fase II corresponde a 256 horas aula e no
Ensino Médio a 128 h/a e trabalha os conteúdos previstos nas DCNs, tendo em vista os eixos
cultura, trabalho e tempo.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Os conteúdos serão trabalhados de forma crítica e dinâmica, relacionando
teoria, prática e realidade. O entendimento dos conteúdos dar-se-á, a partir de:
Aprofundamento conceitual por meio de textos e explanações;
Contextualização do conteúdo com a realidade;
Realização de estudo individual e em grupos;
Uso do globo terrestre, mapas, livro didático, paradidático, jornais, imagens, fotos e revistas
para análise da realidade;
Leitura, interpretação e elaboração de mapas, gráficos e tabelas;
Leitura de textos, observação de imagens e de mapas para realização de tarefas propostas;
Produção de textos e atividades dirigidas;
Pesquisa em Atlas;
Uso do laboratório de informática e da TV Pendrive;
Estudos do meio, aulas de campo.
AVALIAÇÃO: Critérios, Instrumentos e Recuperação de Estudos
A avaliação é parte dos processos de ensino e aprendizagem, adquire seu
sentido na medida em que se articula com o Projeto Político Pedagógico e com seu
consequente Plano de Ação Docente.
138
A avaliação deve articular o objetivo de estudo. É diagnóstica, continuada e
contempla diferentes práticas pedagógicas.
Em Geografia, os principais critérios a serem observados na avaliação são as
formações dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações socioespaciais.
Para isso, o professor estabelece as devidas articulações entre teoria e prática, na condição de
sujeito que usa o estudo como alicerce para sua ação pedagógica e que, simultaneamente,
parte dessa ação para o necessário aprofundamento teórico.
A proposta avaliativa será apresentada na sua íntegra, aos alunos. As
avaliações serão processuais, diagnósticas e somativas, por meio da participação no decorrer
das aulas, trabalhos, interpretação de textos, reportagens, gráficos, tabelas e mapas, arguições
orais, estudos de textos complementares, estudo através de aula de campo, pesquisas e
diversos trabalhos desenvolvidos em sala de aula.
A recuperação paralela de estudos acontece no cotidiano retomando o
conteúdo trabalhado, caso o aluno apresente dificuldades de aprendizagem.
Na EJA, a cada 25% da carga horária da Fase II do Ensino Fundamental e do
Médio correspondendo, respectivamente, ao total de 256 h/a e 128 h/a, será atribuída uma
média, totalizando quatro médias no decorrer de toda a carga horária da disciplina.
20.7 EDUCAÇÃO FÍSICA –Ensino Fundamental
APRESENTAÇÃO
A Educação Física de acordo com PARANÁ (2008), apóia-se na gênese da
cultura corporal, pois baseia-se na vida em sociedade, que se faz nas relações do homem com
a natureza, para garantir sua subsistência do homem com o homem, pelas relações de troca.
Assim, a humanidade utilizou-se do movimento corporal para sua sobrevivência, tais como
correr, saltar, rastejar, dançar em comemoração as colheitas, nas comemorações religiosas e e
em outras ocasiões como em preparação para as guerras. Esses movimentos criados para
garantir a sobrevivência do homem se constituíram em um acervo de formas e representações
do mundo, que se entende como cultura corporal. Simbolizam realidades vividas pelo homem,
exteriorizadas em jogos, brincadeiras, lutas, danças e esportes ( coletivos de autores, 1993).
Assim, a Educação Física aponta a cultura corporal como objeto de estudo e
ensino, evidenciando-se a relação estreita entre a formação histórica do ser humano por meio
do trabalho e suas práticas corporais decorrentes estimulando a reflexão.
139
OBJETIVO
Formar a atitude crítica do aluno, crianças jovem e adulto, por meio da Cultura
Corporal, possibilitando o acesso à transmissão de conhecimentos produzidos pela
humanidade, ao relacioná-los às práticas corporais, ao contexto histórico, político, econômico
e social no decorrer das aulas de Educação Física.
CONTEÚDOS
6º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte Coletivo
Ginástica Rítmica
Jogos e brincadeiras Cantigas de roda e tabuleiro
Dança Criativa
Luta Capoeira
7º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte Coletivo
Ginástica Geral
Jogos e brincadeiras Populares e tabuleiro
Dança Circulares
Luta Capoeira
8º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte Coletivo e radicais
Ginástica Circense
Jogos e brincadeiras Tabuleiro e cooperativos
Dança Criativa
Luta Capoeira
140
9º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte Coletivo
Radicais
Ginástica Ginástica de academia
Jogos e brincadeiras Tabuleiro e dramáticos
Luta Capoeira
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Os conteúdos serão desenvolvidos por meios de atividades práticas e teóricas,
com utilização de texto, artigos, revistas, jornais, aparelhos multimídias, ligados aos temas
abordados, inclusive os relacionados à cultura africana e indígena.
O trabalho com a cultura afro e indígena é relevante para a formação de nossos
alunos, pois reconhece a diversidade, a cultura, a trajetória histórica e geográfica de nosso
país. No trabalho pedagógico com a Educação Física é possível essa abordagem, quando o
professor explora, por exemplo, danças e jogos presentes nestas culturas e que são
importantes para o desenvolvimento geral dos estudantes.
Assim partindo deste contexto, o professor iniciará os conteúdos por
questionamentos aos alunos acerca do tema a ser trabalhado, explorando o conhecimento
tácito do aluno. A partir daí, apresentará o conhecimento científico e então, por meio da
mediação, proporcionará momentos educativos para que ocorram as relações necessárias à
aquisição do conhecimento real, em busca da práxis.
Os conteúdos serão abordados em todas as séries, aumentando o grau de
complexidade e aprofundamento de acordo com a etapa de ensino.
Nas aulas e vivências práticas, o foco não se restringirá apenas na
aprendizagem ou desempenho técnico, buscar-se-á oferecer experiências que visem explorar
as diferenças e manifestações corporais historicamente produzidas, buscando a interação do
indivíduo com seu próprio corpo e com os outros.
AVALIAÇÃO: Critérios, Instrumentos e Recuperação de Estudos
141
A avaliação será desenvolvida de forma que, aspectos quantitativos e técnicos
não sejam priorizados, desta forma, de acordo com PARANÁ (2008) será considerado o
comprometimento e envolvimento dos alunos no processo pedagógico, isto é, se os alunos
realizam as atividades propostas pelo professor; se o aluno se mostra envolvido nas atividades
tanto práticas quanto teóricas; se respeitam a opinião do outro na resolução se situações
problemas; se propõem soluções para divergências em trabalho coletivo.
O processo da avaliação deve-se caracterizar como contínuo permanente e
cumulativo, conforme a LDBN 9394/96 e ocorrerá em três momentos de uma aula
No primeiro momento da aula a fonte de avaliação resultará da busca das
experiências individuais ou coletivas de diferentes realidades problematizadas pelos alunos.
No segundo momento, ao propor atividades correspondentes a apreensão do
conhecimento, o professor observará a criatividade, a socialização, a capacidade de resolução
de problemas e a apreensão dos objetivos traçados pelo professor, por meio de dinâmicas
corporais, jogos, dramatizações criações de coreografias e outros.
Em fim, no terceiro momento, o professor, deverá utilizar-se da escrita, do
debate, do desenho, e da expressão corporal, com o objetivo de refletir criticamente aquilo
que foi trabalhado no período em questão.
Devem ser usados também instrumentos que permitam a auto avaliação para
que os alunos reconheçam seus limites e possibilidade, podendo também ser sob a forma de
relatórios ou exposições orais.
Educação Física - Fase II e Ensino Médio
APRESENTAÇÃO
Vivenciamos nos últimos quinze anos a afirmação gradativa do ensino da
Educação Física numa perspectiva cultural e é a partir desse referencial que se propõe essa
disciplina como área de estudo da cultura humana, ou seja, que estuda e atua sobre o conjunto
de práticas ligadas ao corpo e ao movimento, criadas pelo homem ao longo de sua história.
Trata-se, portanto, privilegiar nas aulas de Educação Física além da aprendizagem de
movimentos, a aprendizagem para e sobre o movimento.
Neste sentido, como enfatizam Taborda e Oliveira (apud PARANÁ, 2005,
p.10) os objetivos da Educação Física devem estar voltados para a humanização das relações
sociais, considerando a noção de corporalidade, entendida como a expressão criativa e
142
consciente do conjunto das manifestações corporais historicamente produzidas. Esse
entendimento permite ampliar as possibilidades da intervenção educacional dos professores
de Educação Física, superando a dimensão meramente motriz de uma aula, sem, no entanto,
negar o movimento como possibilidade de manifestação humana e, desse modo contemplar o
maior número possível de manifestações corporais explorando os conhecimentos já trazidos
pelos educandos e a sua potencialidade formativa.
OBJETIVO
Compreender a Educação Física não apenas como prática esportiva, mas também como
forma de manutenção da qualidade de vida, saúde.
CONTEÚDOS
Fundamental – Fase II
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Esporte Coletivo
Ginástica Ginástica Geral
Jogos e brincadeiras Jogos de tabuleiro
Jogos cooperativos
Dança Danças Criativas
Luta Capoeira
CONTEÚDOS
Ensino Médio
Definição de Educação Física
Contextualização histórica da Educação Física;
Jogos e Brincadeiras: jogos cooperativos e competitivos
Ginástica: origem e classificação
Dança
Esporte
143
Sequênciação
Cultura
Trabalho
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A Educação de Jovens e Adultos – EJA - atende a um público diverso (jovens,
adultos, idosos, povos das florestas, ribeirinhos, indígenas, populações do campo, entre
outros) que não teve acesso ou não pôde dar continuidade à escolarização mesmo por fatores,
normalmente, alheios a sua vontade. Esses educandos possuem uma gama de conhecimentos
adquiridos em outras instâncias sociais, visto que, a escola não é o único espaço de produção
e socialização de saberes. O atendimento a esses alunos não se refere, exclusivamente, a uma
determinada faixa etária, mas também à diversidade sócio-cultural dos mesmos.
É, portanto, imprescindível que tempo, cultura e trabalho se manifestem na
prática pedagógica do educador, expressando ideias e ações relacionadas a: sequenciação
(organização do conteúdo em função do tempo escolar), comprometimento na condução do
processo ensino-aprendizagem (efetivação da aprendizagem dos conteúdos) e avaliação do
trabalho pedagógico (critérios de acompanhamento das consequências do processo ensino-
aprendizagem), conforme representados na figura 1:
É importante lembrar no princípio da inclusão de todos na cultura corporal de
movimento. Assim, a avaliação deve propiciar um auto-conhecimento e uma análise possível
das etapas já vencidas no sentido de alcançar os objetivos propostos.
AVALIAÇÃO: Critérios, Instrumentos e Recuperação de Estudos
A avaliação será de forma contínua, por meio da observação da participação em atividades
práticas, teóricas, vivências, interesses, elaboração de trabalhos escritos, seminários, entre
outros. Os conteúdos da disciplina de Educação Física serão trabalhados em 112 horas aulas,
num total de 28 encontros de 04 h/a cada um no Fundamental – Fase II e 64h/a, num total de
16 encontro de 04 h/a cada um no Ensino Médio. Para a conclusão da disciplina, o educando
144
ComprometimentoTempo
Figura 1: relação dos eixos tempo, cultura e trabalho com a intervenção pedagógica.
terá de apresentar 02 médias, resultadas de avaliações diárias, teóricas e/ou práticas, cuja
soma totalizará 10,0 pontos.
20.8 MATEMÁTICA - ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO
O ensino da Matemática, dentro da abordagem da Educação Matemática, prevê
a formação de um estudante crítico, capaz de agir com autonomia nas suas relações sociais e,
para isso, é necessário que ele se aproprie de conhecimentos, e conceitos matemáticos.
O ensino de matemática pode contribuir para as transformações sociais não
apenas por meio da socialização do conteúdo matemático, mas também por meio de uma
dimensão política que é intrínseca a essa socialização.
Dessa forma, o ensino de matemática promoverá a apropriação do
conhecimento matemático, por meio de uma visão histórica em que os conceitos são
apresentados e discutidos, auxiliando na formação do pensamento humano e na produção de
sua existência por meio das ideias e das tecnologias.
Esse processo de ensino-aprendizagem de matemática deve contribuir para que
o estudante tenha condições de constatar regularidades matemáticas, generalizações e
apropriação de linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos ligados à
matemática.
Nesta perspectiva, o aluno deve se apropriar dos conteúdos de números, e
álgebra, grandezas e medidas, geometria, tratamento da informação e funções, estabelecendo
relações entre a matemática e outras áreas do conhecimento como parte da sua vida.
Dessa forma, o aluno deve ser capaz de observar e compreender a sociedade e
as relações nela existentes – políticas sociais, de poderes econômicos – participando na
transformação dessa realidade.
OBJETIVO
O objetivo geral do ensino de matemática centra-se na possibilidade do aluno
ser capaz de compreender o mundo à sua volta, os problemas de ordem sociais, políticos e
econômicos, dentro de uma relação positiva com o aprendizado matemático valorizando-o
como parte de sua vida.
145
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
-Número e Álgebra
Grandezas de Medidas
Geometrias
Funções
Tratamento da Informação
CONTEÚDOS BÁSICOS
6º ANO / corresponde a 25% da carga horária na EJA
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Números naturais
- representações
- as quatro operações
Sistema de numeração decimal e não decimal
- representação
- as quatro operações
As quatro operações e suas inversas (adição, subtração, multiplicação e divisão).
Múltiplos e divisores
- mmc e mdc
- regras de divisibilidade
Números fracionários
- Representação
- Quatro operações por meio de equivalência
- Transformações de frações em números decimais.
Juros e porcentagens nos diferentes processos de cálculo: frações e decimais
Noções de proporcionalidade: fração
Expressões numéricas com números naturais e decimais
Elaboração e resolução de situações-problemas com numerais naturais, decimais e
fracionários.
GRANDEZAS E MEDIDAS
Organização do sistema métrico decimal e monetário: leitura e conversões;
146
Transformações de unidades de medidas de massa, capacidade, comprimento e tempo;
Medidas de área;
Medidas de perímetro;
Medidas de ângulos.
GEOMETRIAS
Reconhecer e representar ponto, reta, plano, semi-reta e segmento de reta.
Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas.
Construção e representações no plano e no espaço.
Planificação de sólidos geométricos.
Simetria: ampliação, redução e proporção.
Padrões entre bases, faces e arestas de pirâmides e prismas.
Desenho geométrico com uso de régua e compasso.
Ângulos, polígonos e circunferências.
Estudo de polígonos encontrados a partir de prismas e pirâmides.
Elementos de geometria euclidiana.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Coleta, organização e descrição de dados
Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas, diagramas, quadros
e gráficos.
Resolução de situações problema envolvendo porcentagem com números decimais e
fracionários.
7º ANO / corresponde a 50% da carga horária na EJA
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Números Naturais
- representações
- as quatro operações
Sistema de numeração decimal e não decimal
- representação
- as quatro operações
Conjuntos numéricos
- naturais
147
- racionais
- inteiros
Frações
- as quatro operações por meio de equivalência
- transformações de números fracionários em números decimais.
As noções de variável e incógnita e a possibilidade de ´calculo a partir da substituição de
letras por valores numéricos.
Noções de proporcionalidade:
- razão
- proporção
- regra de três simples
- semelhança e diferença
Grandezas direta e inversamente proporcionais
Equações do primeiro grau simples
Expressões numéricas com números naturais, decimais e inteiros
Elaboração e resolução de situações-problemas com numerais naturais, decimais e
fracionários
Números inteiros:
GRANDEZAS E MEDIDAS
Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na resolução de problemas
algébricos
Classificação de ângulos e construção:
- unidade
- fracionamento
- cálculo
GEOMETRIA
Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas
Construções de figuras geométricas e representações no plano e no espaço
Planificação de sólidos geométricos
Padrões entre bases, faces e arestas de pirâmides e prismas
Desenho geométrico com uso de régua e compasso
Classificação de poliedros e corpos redondos, polígonos e círculos
148
Ângulos, polígonos e circunferências
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Coleta, organização e descrição de dados
Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas, diagramas, quadros
e gráficos
Gráfico de barras, colunas, linhas poligonais, setores e de curvas e histogramas
Noções de probabilidade
Média aritmética
Juros simples e porcentagens
8º ANO / corresponde a 75% da carga horária na EJA
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Conjuntos numéricos:
- naturais
- racionais
- inteiros
- irracionais
Números reais:
- identificação e conceituação
- operações e problemas
Números irracionais:
- identificação e conceituação
- operações e problemas
As seis operações e suas inversas (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e
radiciação)
Potências e raízes
- propriedades e seus usos
- fatoração
As noções de variável e incógni9ta e a possibilidade de cálculo a partir da substituição de
letras por valores numéricos
Cálculos algébricos:
- conceituação
- monômios, trinômios e polinômios
149
- expressões algébricas
Equações
- identificação do grau da equação
Sistemas de equações do primeiro grau:
- resolução de equações através dos métodos de adição e substituição
Polinômios e os casos notáveis
Produtos notáveis
Fatoração
Cálculo do número de diagonais de um polígono
Elaboração e resolução de situações-problema
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medidas de comprimento
Medidas de área
Capacidade e volume e suas relações
Ângulos e arcos:
- Medidas de ângulos
Triângulos quaisquer
Poliedros regulares e suas relações métricas.
Ângulos:
- propriedades
- soma das medidas dos ângulos internos e externos
Ângulos, polígonos e circunferências
GEOMETRIA
Construções e representações de figuras no plano e no espaço
Condições de paralelismo e perpendicularismo
Desenho geométrico com uso de régua e compasso
Classificação de triângulos
Representação cartesiana e confecção de gráficos (geometria analítica)
Estudo de polígonos encontrados a partir de prismas e pirâmides
Representação geométrica dos produtos notáveis
Círculo e cilindro
Elementos de geometria euclidiana e não-euclidiana
150
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Coleta, organização e descrição de dados
Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas, diagramas, quadros
e gráficos
Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores e de curvas e histogramas
População e amostra
Noções de probabilidade
Média aritmética
9º ANO / corresponde a 100% da carga horária na EJA
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Conjuntos numéricos reais
- naturais
- racionais
- reais
- inteiros
- irracionais
Notação científica:
- representação
- cálculo
Radiciação
- propriedades dos radicais
- as quatro operações
Elaboração e resolução de situações-problema
As noções de variável e incógnita e a possibilidade de cálculo a partir da substituição de letras
por valores numéricos
Equações do 2º grau
- identificação do grau da equação
Sistemas de equações do primeiro e segundo grau:
- resolução de equações através dos métodos de adição e substituição
Teorema de Pitágoras
Equações irracionais
Regra de três composta
151
Cálculo do número de diagonais de um polígono
GRANDEZAS E MEDIDAS
Congruência e semelhança de figuras planas: Teorema de Talles
Triângulo retângulo:
- relações métricas
Trigonometria no triângulo retângulo
FUNÇÕES
Função afim
Função quadrática (noção intuitiva)
Representação cartesiana e confecção de gráficos
GEOMETRIA
Elementos de geometria euclidiana e não-euclidiana
Condições de paralelismo e perpendicularismo
Congruência e semelhança de triângulo
Estudo de polígonos encontrados a partir de prismas e pirâmides
Interpretação geométrica de equações e sistemas de equações
Estudo dos poliedros de Platão
Construção de polígonos inscritos em circunferências
Círculo e cilindro
Noções de geometria espacial
TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO
Coleta, organização e descrição de dados
Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas, diagramas, quadros
e gráficos
Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores e de curvas e histogramas
Noções de probabilidade
Média aritmética, moda e mediana
Chance e espaço amostral.
152
Na modalidade EJA Fase II a disciplina de matemática com 336 horas/aula
priorizar-se-ão os seguintes conteúdos, distribuídos por número de encontros que equivalem a
cada média, num total de 06 médias a serem atribuídas aos educandos.
CONTEÚDOS
Revisão das 4 operações com números decimais;
Introdução à geometria: sólidos geométricos; figuras planas e espaciais; ângulos; posições
entre duas retas; triângulos: quadriláteros;
Sistema de medidas: medida de comprimento, superfície, volume e massa.
Números inteiros racionais relativos, decimais e fracionários: operações, representação
geométrica e resolução de problemas;
Múltiplos, divisores, fatoração, mmc e números primos.
Noção de proporcionalidade: razão e proporção, regra de três, porcentagem;
Semelhança: teorema de tales e figuras semelhantes;
Noções de estatística: Análise e construção de tabelas e gráficos, plano cartesiano.
Probabilidade;
Álgebra: Linguagem algébrica, expressões algébricas;
Operações algébricas: operações com monômios e Polinômios;
Equações de primeiro grau com uma incógnita;
Sistemas de equações de primeiro grau com duas incógnitas
Teorema de Pitágoras;
Conjunto numérico: números racionais;
Potenciação e radiciação e suas respectivas propriedades;
Equações do segundo grau
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O trabalho desenvolvido privilegia apropriação dos saberes matemáticos
partindo do conhecimento prévio do aluno e pela mediação docente, construindo conceitos e
dessa forma desenvolvendo a autonomia e a formação do cidadão. O ensino centra-se no
diálogo, na troca de ideias, na diversificação de problemas e exercícios, no trabalho em dupla
ou em grupo, em atividades cooperativas e interativas, no estudo individual, em pesquisas,
experimentações, jogos, leitura de textos e na resolução de problemas, pelos quais o estudante
terá a oportunidade de aplicar conhecimentos previamente adquiridos em novas situações.
Essa prática metodológica contribui para desenvolver no aluno a sua autonomia, buscando
153
dessa forma fazer com que ele consiga relacionar o que apreendeu com outras áreas do
conhecimento, bem como na solução de problemas de seu cotidiano.
AVALIAÇÃO: Critérios, Instrumentos e recuperação de Estudos
A avaliação deve ser concebida como um processo a serviço da formação, uma
maneira de possibilitar a aprendizagem. Avaliar, segundo a concepção de Educação
Matemática, tem um papel de mediação no processo de ensino e aprendizagem, devendo ser
visto como integrante de um processo.
Cabe ao professor considerar no contexto das práticas de avaliação,
encaminhamentos diversos como: observação, intervenção pedagógica e revisão de métodos
avaliativos No ensino regular, a avaliação seguirá as especificidades abaixo:
2 avaliações escritas; trabalhos em grupo e individuais; observação do trabalho em sala de
aula, seguido de reflexão; testes escritos individuais ou em duplas com ou sem consulta;
tarefas orais que envolvam argumentações.
Recuperação de conteúdo a partir das observações realizadas nas avaliações e
atividades dos alunos. Essas recuperações ocorreram durante o desenvolvimento das aulas por
meio de atividades e exercícios diferenciados e avaliações.
Matemática – Ensino Médio
APRESENTAÇÃO
A Educação Matemática é um importante ramo do conhecimento humano. A
sua origem remonta à Antiguidade clássica greco-romana. Os gregos conceberam a
Matemática como um dos conteúdos da filosofia, portanto, como um dos instrumentos da arte
de conhecer o mundo em sua totalidade..
Na atual proposta pedagógica para a EJA, procura-se a interação entre o
conteúdo e as formas. A perspectiva, nesse sentido, é estabelecer uma relação dialética - teoria
e prática - entre o conhecimento matemático aplicado no processo de produção da base
material de existência humana e as manifestações teórico-metodológicas que estruturam o
campo científico da própria Matemática. Dessa forma, o ensino da Matemática deve ser
concebido de modo a favorecer as necessidades sociais, tais como: a formação do pensamento
dialético, a compreensão do mundo social e natural, a ciência como obra decorrente do modo
de cada sociedade - Grega, Feudal, Moderna – produzir a vida.
154
OBJETIVOS
Apropriar-se dos conhecimentos da Matemática e aplicá-los para planejar, executar e
avaliar ações de intervenção no cotidiano;
Entender a relação entre as ciências exatas e o desenvolvimento tecnológico, associando
as diferentes tecnologias aos problemas que de propõe solucionar;
Compreender conceitos e estratégias matemáticos, aplicando-os em situações diversas no
contexto das ciências, da tecnologia e das atividades cotidianas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
-Número e Álgebra
Grandezas de Medidas
Geometrias
Funções
Tratamento da Informação
CONTEÚDOS BÁSICOS
Tendo em vista a carga horária da disciplina de Matemática na EJA,
equivalente a 208 h/a para o Ensino Médio, foram priorizados os seguintes conteúdos
respeitando o contido na DCE da referida disciplina.
Régua de três simples e composta
Porcentagem
Equação de 2º Grau
Função de 1º e 2º Graus;
Função exponencial
Logarítimos
Notação Científica
Trigonometria no triângulo retângulo;
Progressão aritmética
Soma dos termos de PA.
Progressão Geométrica
Soma dos termos da PG;
Estatística: análise e Construção de tabelas e gráficos; média aritmética; mediana e moda;
Análise Combinatória: Arranjo; combinações e probabilidade;
155
Matriz e Determinante
Geometria analítica: Distância entre dois pontos; Equações da Reta; Posições relativas de
duas retas;
Equações da circunferência;
Geometria Espacial
Volume dos sólidos geométricos; prisma; cilindro; pir6amide; cone reto; esfera.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Os conteúdos de matemática no ensino Médio deverão ser abordados
articuladamente, contemplando os conteúdos ministrados no ensino fundamental e também
através da intercomunicação dos conteúdos estruturantes.
As Diretrizes Curriculares de Matemática sugerem encaminhamentos
metodológicos e de aporte teórico para os conteúdos propostos neste nível de ensino, visando
desenvolver conhecimentos matemáticos a partir do processo dialético que possa intervir
como instrumento eficaz na aprendizagem das propriedades e relações matemáticas, bem
como as diferentes representações e conversões através da linguagem e operações simbólicas,
formais e técnicas. É importante a utilização de recursos didático-pedagógicos e tecnológicos
como instrumentos facilitadores de aprendizagem.
Objetivando uma formação científica geral, os procedimentos e estratégias a
serem desenvolvidas pelo professor objetivam garantir ao aluno o avanço em estudos
posteriores, na aplicação dos conhecimentos matemáticos em atividades tecnológicas,
cotidianas, das ciências e da própria ciência matemática.
Em relação às abordagens, destacam-se a análise e interpretação crítica na
resolução de problemas, não somente pertinentes à ciência Matemática, mas também como
nas demais ciências que, em determinados momentos, fazem uso da Matemática. O trabalho
será desenvolvido por meio de:
Leitura e interpretação de problemas;
Organização no desenvolvimento das atividades;
Discussão de ideias e produção de argumentos convincentes;
Raciocínio lógico no desenvolvimento das atividades sem a utilização de calculadora.
AVALIAÇÃO: Critérios, Instrumentos e Recuperação de Estudos
156
Na Educação de Jovens e Adultos, os conteúdos da disciplina de Matemática
serão trabalhados em 208 horas aulas, num total de 52 encontros de 04 h/a cada um. Para a
conclusão da disciplina, o educando terá de apresentar 06 médias, resultadas de avaliações
diárias cuja soma totalizará 6,0 pontos e eventuais provas no valor total de 4,0 pontos. Desse
modo, o educando será avaliado por meio de diferentes instrumentos, sendo que a nota de
eventuais provas não poderá ser superior a de avaliações diárias, prevalecendo maior
pontuação às atividades realizadas no decorrer das aulas.
20.10 FILOSOFIA – Ensino Médio
APRESENTAÇÃO
Constituída como pensamento há mais de 2.600 anos, a Filosofia, que tem a
sua origem na Grécia antiga, traz consigo o problema do seu ensino a partir do embate entre o
pensamento de Platão e as teorias dos Sofistas. Por um lado, Platão admitia que, sem uma
noção básica das técnicas de persuasão, a prática do ensino da Filosofia teria efeito nulo sobre
os jovens. Por outro lado, também pensava que o ensino de Filosofia se limitasse a
transmissão de técnicas de sedução do ouvinte, por meio de discursos, o perigo seria outro: a
Filosofia favorecia posturas polêmicas, como o relativismo moral ou o uso pernicioso do
conhecimento.
A preocupação maior com a delimitação de metodologias para o ensino de
Filosofia é garantir que os métodos de ensino não lhe deturpem o conteúdo. A ideia de que
não existem verdades absolutas em conteúdos como, por exemplo, moral e política, é tese
defendida com frequência por filósofos. Ocorre que essa discussão, ao ser levada para o
ensino, torna inevitável o estranhamento que a ausência de conclusões definitivas provoca nos
estudantes. Essa é uma característica da Filosofia que, como lição preliminar a qualquer
conteúdo filosófico, deve ser bem compreendida. Russell , em Os Problemas da Filosofia,
respondeu a essa polêmica: O valor da filosofia, em grande parte, deve ser buscado na sua mesma incerteza. Quem não tem umas tintas de filosofia é homem que caminha pela vida a fora, sempre agrilhoado a preconceitos que se derivam do senso-comum, das crenças habituais do seu tempo e do seu país, das convicções que cresceram no seu espírito sem a cooperação ou o consentimento de uma razão deliberada (RUSSELL, p. 148, 2005).
157
Diante dessa perspectiva, a história do ensino da Filosofia, no Brasil e no
mundo, tem apresentado inúmeras possibilidades de abordagem, dentre as quais destacam-se,
segundo Ferrater Mora (2001):
• A divisão cronológica linear: Filosofia Antiga, Filosofia Medieval, Filosofia Renascentista,
Filosofia Moderna e Filosofia Contemporânea, etc.;
• A divisão geográfica: Filosofia Ocidental, Africana, Filosofia Oriental, Filosofia Latino-
Americana, dentre outras, etc.;
• A divisão por conteúdos: Teoria do Conhecimento, Ética, Filosofia Política, Estética,
Filosofia da Ciência, Ontologia, Metafísica, Lógica, Filosofia da Linguagem, Filosofia da
História, Epistemologia, Filosofia da Arte, etc.
Ao conceber o ensino de Filosofia por meio de conteúdos estruturantes, as
Diretrizes Curriculares para LEM no Paraná não excluem, outrossim, absorvem as divisões
cronológicas e geográficas. Cabe ressaltar que abordagens por divisão geográfica podem
apresentar dificuldades de naturezas diversas, sobretudo no Ensino Médio.
A amplitude da Filosofia, de sua história e de seus textos desautoriza a falsa
pretensão do esgotamento de sua produção, seus problemas, sua especificidade e
complexidade.
A história da filosofia e as ideias dos filósofos que nos precederam constituem,
assim, uma fonte inesgotável de inspiração e devem alimentar constantemente as discussões
realizadas pelo professor e pelos estudantes em sala de aula. Os problemas, as ideias, os
conceitos e os conteúdos estruturantes devem ser desenvolvidos, portanto, de tal forma que os
diversos períodos da história da filosofia e as diversas maneiras através das quais eles
discutem as questões filosóficas sejam levados em consideração.
Ao examinar a Filosofia Antiga, por exemplo, percebe-se com facilidade que
ela se caracteriza, inicialmente, pela preocupação com as questões de ordem cosmológica, isto
é, com a exploração das perguntas relativas à natureza e ao seu ordenamento. Posteriormente,
ela amplia seus horizontes de discussão e inclui investigações sobre a condição humana.
• O princípio originário (arché);
• As leis que regem o universo;
• Os fenômenos atmosféricos;
• O movimento e a estática;
• O lugar do homem no cosmos;
• A questão da ética e da política.
158
A desestruturação do Império Romano foi concomitante ao crescimento da
Igreja como poder eclesiástico, fundamentado nas teologias políticas que foram elaboradas
pelos teóricos cristãos. A função dessas teologias políticas referia-se à ordenação, à
hierarquização e ao controle da sociedade, sob os auspícios da lei divina. Nesse contexto, a
filosofia, retirada do espaço público, passa a ser prerrogativa da Igreja.
O medievo é, assim, marcado pela inspiração divina da Bíblia, pelo
monoteísmo, pelo criacionismo, pela ideia do pecado original, pelo conceito cristão de amor
(ágape) e por uma nova concepção de Homem, cuja essência encerra a condição de igualdade
como criatura divina. A Filosofia da Idade Média, nos seus dois grandes períodos, Patrística
(séc. II ao VIII) e Escolástica (séc. IX ao XIV), trata basicamente “do aperfeiçoamento dos
instrumentos lógicos para melhor compreensão dos textos bíblicos e dos ensinamentos dos
Padres da Igreja. A razão é posta predominantemente em função da fé, ou seja, a Filosofia
serve à teologia (...) não basta crer: é preciso também compreender a fé”. (REALE,
ANTISERI, 2003, p. 125).
Na modernidade, a busca da autonomia da razão e da constituição da
individualidade se confronta com os discursos abstratos sobre Deus e sobre a alma,
substituindo-os, paulatinamente, pelo pensamento antropocêntrico. A Filosofia declara sua
independência da Teologia e os pensadores passam a tratar principalmente de questões
filosófico-científicas (Racionalismo, Empirismo, Criticismo). O homem descobre sua
importância ao compreender as lógicas da natureza, da sociedade e do universo. Ser moderno
significa valorizar o homem (antropocentrismo); não aceitar passivamente o critério da
autoridade ou da tradição; valorizar a experimentação; separar os campos da fé e da razão;
confiar na razão, que se bem empregada permite o conhecimento objetivo do mundo com
benefícios para o homem.
A filosofia contemporânea é resultado da preocupação com o homem,
principalmente no tocante à sua historicidade, sociabilidade, secularização da consciência, o
que se constata pelas inúmeras correntes de pensamento que vêm constituindo esse período.
A partir do final do século XIX, a Filosofia é marcada pelo pluralismo de
ideias, o que permite pensar de maneira específica cada um dos conteúdos estruturantes
apresentados nestas Diretrizes. Ainda que os problemas pensados hoje também tenham se
apresentado, anteriormente, como problemas, a atividade filosófica deve considerar as
características e perspectivas do pensamento que marcam cada período da história da
Filosofia.
159
OBJETIVO
GERAL: Perceber o que está e o que não está implícito nas ideias, como elas se tornam
conhecimento e, por vezes, discurso ideológico, de modo a desenvolver a possibilidade de
argumentar filosoficamente, por meio de raciocínios lógicos num pensar coerente e crítico.
ESPECÍFICO: A partir de problemas atuais estudados da História da Filosofia, do estudo
dos textos clássicos e de sua abordagem contemporânea, o estudante do Ensino Médio deve
estar apto a:
- formular conceitos e construir seu discurso filosófico;
- elaborar textos nos quais terá condições de discutir, comparar e socializar ideias;
- Estabelecer condições necessárias para o desenvolvimento da linguagem mitológica e da
linguagem racional, considerando a importância da organização do pensamento, bem como
sua realidade, rigorosidade e totalidade;
- Debater em várias vertentes do conhecimento, considerando a Ética, a Política (valores)
como bases, a partir das quais o sujeito humano constrói sua realidade material e imaterial; e
- Identificar os princípios básicos para o desenvolvimento do conhecimento filosófico e
científico, considerando a superação gradativa e permanente do senso comum a consciência
crítica.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS BÁSICOS
Mito e Filosofia
- Saber mítico
- Saber filosófico
- Relação Mito e Filosofia
- Atualidade do mito
- O que é Filosofia
Teoria do Conhecimento
- Possibilidade do conhecimento
- As formas de conhecimento
- O problema da verdade
- A questão do método
- Conhecimento e lógica
160
- Conhecimento e lógica
Ética
- Ética e moral
- Pluralidade ética
- Ética e violência
- Razão, desejo e vontade
- Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas
Filosofia Política
- Relações entre comunidade e poder
- Liberdade e igualdade política
- Política e Ideologia
- Esfera pública e privada
- Cidadania formal e/ou participativa
Filosofia da Ciência
- Concepções de ciência
- A questão do método científico
- Contribuições e limites da ciência
- Ciência e ideologia
- Ciência e ética
Estética
- Natureza da arte;
- Filosofia e arte;
- Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, etc.
- Estética e sociedade.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O trabalho com os conteúdos estruturantes da Filosofia e seus conteúdos
básicos dar-se-á em quatro momentos: mobilização para o conhecimento; problematização;
investigação; criação de conceitos.
161
O ensino de filosofia pode começar, por exemplo, pela exibição de um filme
ou de uma imagem, da leitura de um texto jornalístico ou literário ou da audição de uma
música. São inúmeras as possibilidades de atividades para instigar e motivar possíveis
relações entre o cotidiano do estudante e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido. A isso se
denomina, nestas Diretrizes, mobilização para o conhecimento.
A seguir, inicia-se o trabalho propriamente filosófico: a problematização, a
investigação e a criação de conceitos, o que não significa dizer que a mobilização não possa
ocorrer diretamente a partir do conteúdo filosófico.
A partir do conteúdo em discussão, a problematização ocorre quando professor
e estudantes levantam questões, indicam e investigam o conteúdo. É importante ressaltar que
os recursos escolhidos para tal mobilização – filme, música, texto e outros – podem ser
retomados a qualquer momento do processo de aprendizagem.
Ao problematizar, o professor convida o estudante a analisar o problema, o
qual se faz por meio da investigação, que pode ser o primeiro passo para possibilitar a
experiência filosófica. É imprescindível recorrer à história da Filosofia e aos textos clássicos
dos filósofos, pois neles o estudante se defronta com o pensamento filosófico, com diferentes
maneiras de enfrentar o problema e, com as possíveis soluções já elaboradas, as quais
orientam e dão qualidade à discussão.
O ensino de filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida,
por isso é importante que, na busca da resolução do problema haja preocupação também com
uma análise da atualidade. Com uma abordagem que remeta o estudante e sua própria
realidade.
É imprescindível que o ensino de filosofia seja permeado de atividades
investigativas individuais e coletivas que organizem e orientem o debate filosófico, dando-lhe
um caráter dinâmico e participativo, ao articular vários elementos, o ensino de filosofia
pressupõe um planejamento que inclua leitura, debate, produção de texto, entre outras
estratégias, a fim de que a investigação seja fundamento do processo de criação de conceitos.
Ao trabalhar determinado conteúdo a partir de problemas significativos para
estudantes do Ensino Médio, é importante evitar a superficialidade e o reducionismo e
possibilitar as mediações necessárias para realizar o processo de ensino.
Nessa perspectiva, sabe-se de onde se parte para o ensino de Filosofia e é
possível se surpreender com os resultados obtidos ao final do processo. O planejamento deve
impedir que as aulas caiam no vazio e nos desastres do espontaneísmo.
162
AVALIAÇÃO: Instrumentos Critérios e Recuperação de Estudos
Conforme a LDB n. 9394/96, no seu artigo 24, avaliação deve ser concebida na
sua função diagnóstica e processual, isto é, tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o
curso da ação no processo ensino aprendizagem. Apesar de sua inequívoca importância
individual, no ensino de Filosofia, avaliação não se resumiria a perceber o quanto o estudante
assimilou do conteúdo presente na história da Filosofia, ou nos problemas filosóficos, nem a
examinar sua capacidade de tratar deste ou daquele tema.
Para Koham e Waksman (2002), o ensino de Filosofia tem uma especificidade
que dever ser levada em conta no processo de avaliação. A Filosofia como prática, como
discussão com o outro e como construção de conceitos encontra seu sentido na experiência de
pensamento filosófico.
Ao avaliar, o professor deve ter profundo respeito pelas posições do estudante,
mesmo que não concorde com elas, pois o que está em questão é a capacidade de argumentar
e de identificar os limites dessas posições.
O que deve ser levado em conta é a atividade com conceitos, a capacidade de
construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas e
discursos.
Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio
de trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:
Qual discurso tinha antes;
Qual conceito trabalhou;
Qual discurso tem após;
Qual conceito trabalhou.
A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento, por
meio de análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa após o estudo.
Com isso, torna-se possível entender a avaliação como um processo.
A avaliação como parte do processo ensino aprendizagem, terá os registros de
notas expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero), de acordo com os
seguintes critérios: serão exigidas duas médias finais que não poderão ser inferiores a 6,0. Em
cada média o valor das eventuais provas não poderá ser superior a 4,0 pontos, nas atividades
realizadas em sala deverão ser considerados no mínimo 6,0 pontos para cada média. Os
critérios utilizados na avaliação dos conhecimentos filosóficos serão adotados conforme
atividades propostas em cada conteúdo, como: participação nas discussões, adequação da
163
linguagem ao padrão acadêmico, utilização do conteúdo filosófico estudado em situações do
cotidiano nas discussões e avaliações escritas.
No que concerne à recuperação de estudos, a oferta desta significa encarar o
erro como hipótese de construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da
aprendizagem, possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará simultaneamente ao
processo de ensino aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos,
sendo direito de todos os educandos, independente do nível de apropriação dos mesmos.
A recuperação será também individualizada, organizada com atividades
significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor diagnosticar o nível
de aprendizagem de cada educando. Para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos
básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição dialogada dos
conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de avaliação.
20.11 SOCIOLOGIA - Ensino Médio
APRESENTAÇÃO
De acordo com Cuin e Gresle, na obra “História da Sociologia” (1918), a
ciência sociológica enquanto discurso e enquanto prática surgiu lentamente e de maneira
dispersa ao longo de todo o século XIX. Ela é fruto de um período de grandes transformações
sociais, industrial e política. A Revolução Francesa de 1789, a Revolução Industrial, em
processo desde o século XVII e a Revolução Cientifica consolidada com o Iluminismo
propalaram a fé na razão e no progresso da civilização. Esses acontecimentos conjugados
garantiram as condições para o desenvolvimento de um pensamento sobre a sociedade.
Assim, surgiu a necessidade de criar uma ciência capaz de entender, explicar e responder a
todas as mudanças pelo qual passou o Ocidente entre anos de 1780 e 1860, aproximadamente.
Foi a partir do curso de Filosofia Positiva ocorrido em 1839 que Auguste Comte criou o termo
“Sociologia”.
Para Lorensetti, a ciência sociológica no Brasil apresenta suas primeiras
características através de produções literárias. Não é possível afirmar a “data exata” para o seu
aparecimento, mas o interesse na compreensão da sociedade brasileira quanto a sua formação
e estrutura se deu por volta de 1930. O que não quer dizer que antes da data mencionada
ninguém havia se proposto a entender nossa sociedade, no sentido de formação e estrutura do
povo brasileiro.
164
A partir de 1930, ainda Lorensetti, a realidade social brasileira ganha um
caráter mais investigativo e explicativo. Isso devido a vários movimentos que surgiram e
estimularam um caráter mais crítico sobre o que acontecia na sociedade da época. Dentre os
quais, destaca-se o modernismo, a formação de partidos, em especial, os comunistas e os
movimentos armados de 1935. Dessa forma, transformações de ordem social, econômica,
política e cultural aconteciam no país e despertavam interesses de pensadores. A sociologia,
então, passa a se constituir como uma forma de reflexão sobre a sociedade brasileira.
Durante todo o período de 1990 a 1994, a Secretaria Estadual de Educação
(SEED) no Estado do Paraná, professores das escolas estaduais de 2º grau da rede pública e
privada e também professores universitários da área de Ciências Sociais concentraram
grandes esforços no desenvolvimento de ações em defesa da sociologia no estado do Paraná.
Um exemplo foi a realização de concurso público para professores de Sociologia, cujo
resultado foi um baixo índice de inscritos e aprovados. Outro, foi uma proposta de conteúdos,
como a Diretriz Estadual para a Sociologia, sob a responsabilidade de técnicos pedagógicos
do Departamento de Ensino de 2º grau da SEED (DESG) com a consultoria de professores de
diferentes instituições de Ensino Superior, entre elas: FE-USP; UFSC e UFPR.
Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB 9.394/96), Seção IV – Do Ensino
Médio - reabre as discussões sobre a inclusão da sociologia no Ensino Médio, em âmbito
nacional. Na seção seguinte (Seção V – Da Educação de Jovens e Adultos), nada consta a
respeito desta inclusão. Mesmo porque, o Ensino Médio envolve tanto, o Ensino Regular,
quanto a Educação de Jovens e Adultos.
SEÇÃO IV - DO ENSINO MÉDIOO currículo do ensino médio observará o disposto da Seção I deste Capítulo e as seguintes diretrizes: [...] § 1º Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação serão organizados de tal forma que ao final do ensino médio o educando demonstre: [...] III – domínio dos conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários ao exercício da cidadania (LDBEN 9.394/96, art. 36).
Desde 2009 todas as escolas do Paraná foram orientadas via SEED e NRE’s no
sentido de adequar o ensino da sociologia (e através dela as áreas de Ciência Política,
Antropologia e Sociologia Crítica) em todas as séries do ensino médio, a saber, primeiros,
segundos e terceiros anos, em caráter facultativo. Contudo, a partir de 2011será obrigatória a
disciplina de sociologia no ensino médio.
OBJETIVOS
165
Apesar de muitos abismos serem encontrados no decorrer de sua luta pela
legitimação e importância na sociedade. A ciência sociológica ocupou seu merecido espaço
nos currículos escolares da educação nos últimos anos. Mas não para por ai sua historia. Sua
luta é constante, não apenas na garantia de permanência no ensino médio e numa possível
inserção no ensino fundamental das escolas regulares e nas de EJA, mas também no processo
de formação e transformação da sociedade que atuamos. Assim a importância da sociologia
na construção de uma nova sociedade é essencial para este processo. Ela nos fornece respostas
e nos ajuda a entender a complexidade das variadas formas de relações sociais que os seres
humanos realizam entre si.
* Desnaturalizar pré-conceitos sobre fenômenos sociais da nossa sociedade;
* Compreender que os acontecimentos sociais são resultantes do momento histórico
vivenciado pelo homem em cada época e local;
* Aplicar teorias sociológicas na compreensão dos fenômenos sociais;
* Conhecer as teorias da sociologia postuladas por pensadores modernos e
contemporâneos.
CONTEÚDO
CONTEÙDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS
O surgimento da
sociologia e as Teorias
sociológicas
O processo de
O surgimento da Sociologia e as teorias sociológicas estarão
presentes em todas as séries.
(Sugere-se que o professor articule os momentos históricos mais
relevantes para discussão dos conteúdos do bloco, bem como, quais
os conceitos mais importantes dos teóricos clássicos podem ser
utilizados nas discussões propostas para esse bloco. Aqui também é
o momento do professor apresentar, ainda que rapidamente, com
quais outros teóricos e conceitos, para além dos clássicos, pretende
trabalhar os conteúdos apresentados.)
- Instituições familiares
166
socialização e as
instituições sociais
- Trabalho, produção e
classes sociais
- Instituições escolares
- Instituições religiosas
- Instituições de reinserção
- O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades
- Desigualdades sociais: estamentos, castas e classes sociais
- Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições
- Globalização e Neoliberalismo
- Trabalho no Brasil
- Relações de trabalho
1. O surgimento da
Sociologia e as Teorias
sociológicas
2. Poder, política e
ideologia
Direitos, cidadania e
movimentos sociais
- Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento
do pensamento social.
Formação e Desenvolvimento do Estado moderno
As teorias sociológicas clássicas e os diversos:
Conceitos de poder,
Conceitos de ideologia,
Conceitos de dominação e legitimidade.
- Estado no Brasil
- Desenvolvimento da sociologia no Brasil
- Democracia, autoritarismo, totalitarismo.
- As expressões da violência nas sociedades contemporâneas
- Conceitos de cidadania
- Direitos civis, políticos e sociais
- Direitos humanos
- Movimentos sociais
- Movimentos sociais no Brasil
167
- Questões ambientais e movimentos ambientalistas
- Questão das ONG's
O surgimento da
Sociologia e as Teorias
sociológicas.
3. Cultura e Indústria
Cultural
- Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento
do pensamento social.
- Os conceitos de culturas e as escolas antropológicas
- Antropologia brasileira
- Diversidade e diferença cultural
- Relativismo, etnocentrismo, alteridade
- Culturas indígenas
- Roteiro para pesquisa de campo
- Identidades como projeto e/ou processo, sociabilidades e globalização
- “Minorias”, preconceito, hierarquia e desigualdades
- Questões de gênero e a construção social do gênero
- Cultura afro-brasileira e a construção social da cor. Identidades e
movimentos sociais; dominação, hegemonia e contramovimentos
- Indústria Cultural
- Meios de comunicação de massa
- Sociedade de consumo, Indústria Cultural no Brasil
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Para o desenvolvimento da disciplina de Sociologia no Ensino Médio da EJA os
conteúdos estruturantes e os básicos deverão ser tratados de forma articulada.
Sendo a sociedade, em especial, a capitalista o objeto de estudo da sociologia, o
educador(a) desta área deverá organizar, planejar e expor suas aulas de acordo com a
realidade do educando. São pessoas com faixa etária superior a 18 anos, trabalhadores, muitos
são “chefes” de família, retornaram à escola devido a vários motivos, mas em especial, por
perceberem a necessidade e exigência do mercado de trabalho em qualificar força de trabalho.
Desta forma, o professor (a) ao ensinar sociologia a estes alunos deverá estimular
questionamentos sobre a realidade dele. As respostas, consequência das indagações, serão
168
encontradas no seu dia-a-dia de convivência no bairro, no trabalho, na escola, na família, nos
programas televisivos, nos noticiários, livros, revistas, jornais, entre outros. Despertará no
educando o sentimento de estar integrado à sociedade que o cerca, desenvolvendo uma maior
sensibilidade para com os problemas encontrados no cotidiano de forma analítica e cogitando
possíveis soluções para os problemas diagnosticados.
Propõe-se como efetivo encaminhamento metodológico aulas expositivas, dialogadas
em que o aluno também possa expor suas experiências de vida e ideias sobre a sociedade.
Para um melhor aprendizado e fixação do conteúdo abordado proporcionar a ele exercícios
escritos, leitura em textos complementares (jornalísticos, literários, temáticos, entre outros) e
ao próprio Livro Didático Público. Disponibilizar oportunidades em levá-los a museus,
teatros, outras instituições de ensino, de assistir a filmes, documentários, músicas,
propagandas de TV e revistas/jornais, imagens (fotografias, charges, tiras, publicidade) que
contemplem o conteúdo abordado. Realizar debates que tornem perceptíveis aos alunos como
esses mecanismos usados no aprendizado da sociologia faz parte da vida deles. Que com isso
poderão enxergar e alcançar novos horizontes.
AVALIAÇÃO: Critérios, Instrumentos e Recuperação de estudos
Conforme a LDB n. 9394/96, no seu artigo 24, avaliação deve ser concebida na
sua função diagnóstica e processual, isto é, tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o
curso da ação no processo ensino aprendizagem. Apesar de sua inequívoca importância
individual, no ensino de Filosofia, avaliação não se resumiria a perceber o quanto o estudante
assimilou do conteúdo presente na história da Filosofia, ou nos problemas filosóficos, nem a
examinar sua capacidade de tratar deste ou daquele tema.
Na avaliação da aprendizagem em sociologia serão adotados os seguintes
critérios: argumentação crítica, coerência com o conteúdo estudado, associação do conteúdo
sociológico estudado a fatos do cotidiano, participação e atenção à atividade proposta,
domínio da língua padrão escrita e oral, conhecimento de produção textual.
Como instrumentos de avaliação são utilizados: textos escritos, análise de
charges, avaliação escrita, debates e/ou discussões.
A recuperação de estudos ocorrerá com a retomada do conteúdo e com um
instrumento avaliativo diferente do primeiro até que o aluno atinja a média seis virgula zero
(6,0).
169
No ensino de Educação de Jovens e Adultos disponibilizado por esta
instituição de ensino, o educando deverá concluir a disciplina de sociologia com uma carga
horária mínima de 64h/a, sendo 16 encontros de 4h/a cada, e apresentar duas médias
provenientes de avaliações diárias que totalizam 6,0 pontos e outras duas avaliações (provas)
que somam 4,0 pontos. Assim resultará em duas notas de 10,0 pontos cada.
20.11 BIOLOGIA - Ensino Médio
APRESENTAÇÃO
A Educação de Jovens e Adultos - EJA, no Estado do Paraná, de acordo com
suas Diretrizes Curriculares e em consonância com as discussões realizadas com os
professores da rede pública estadual de ensino, apresenta os fundamentos teóricos,
metodológicos e avaliativos do ensino de Biologia, que norteiam a elaboração da proposta
curricular desta disciplina.
Outro aspecto a ser desenvolvido pelo ensino de Biologia na EJA é a reflexão
sobre a importância da organização dos servidores no Planeta. Isso inclui a percepção das
relações históricas, biológicas, éticas, sociais, políticas e econômicas, assim como, a
responsabilidade humana na conservação e uso dos recursos naturais de maneira sustentável,
uma vez que dependemos do Planeta e a ele pertencemos.
É importante que o educando tenha acesso ao conhecimento científico a fim
de compreender conceitos e relações existentes entre o ambiente, os seres vivos e o universo,
numa concepção flexível e processual, por meio do saber questionador e reflexivo. Da mesma
forma, se faz necessário possibilitar ao educando perceber os aspectos positivos e negativos
da biologia e da tecnologia, para que ele possa atuar de forma consciente em seu meio social e
interferir no ambiente, considerando a ética e os valores sociais, morais e políticos que sustam
a vida, bem como conviver com a sexualidade.
O conjunto de saberes do educando deve ser considerado como ponto de
partida para o processo de ensino e aprendizagem, estabelecendo relações com o mundo do
trabalho e com outras dimensões do meio social, incluindo a existência das drogas tanto
benefícios quanto maléficas.
OBJETIVOS
170
Conhecer a constituição de algumas das inúmeras moléculas encontradas nos seres vivos;
Identificar as inúmeras funções da água e reconhecer os principais íons minerais, bem
como suas respectivas funções;
Conhecer os diversos processos que ocorrem no organismo humano, bem como as
doenças relacionadas com o mesmo;
Conhecer os principais grupos de plantas , identificando suas características básicas;
Entender como são classificados os seres vivos e sua importância ecológica;
Reconhecer a interdependência entre os seres vivos;
Entender que a genética é o estudo da transmissão de caracteres hereditários;
Entender conceitos relacionados a genética.
A abordagem dos conteúdos da Biologia deve permitir a integração dos quatro
conteúdos estruturantes: Organização dos seres vivos, Mecanismos biológicos,
Biodiversidade e Manipulação e genética.
É imprescindível que se perceba a interdependência entre os conteúdos
estruturantes.
CONTEÚDOS
Caracterização dos seres vivos; Níveis de Organização; Noções de química celular-
organização celular- divisão celular;
Vegetais fotossíntese – diferenças entre: briófitas e peridófitas – angiosperma e gimnosperma.
Fisiologia vegetal
Animais vertebrados e invertebrados – classificação e divisão de grupos representantes;
Fisiologia humana – Sistemas: nervoso, digestivo, circulatório e excretor.
Doenças relacionadas aos sistemas
Sexualidade humana: sistema reprodutor masculino e feminino
Doenças sexuais e métodos anticonceptivos;
Fisiologia humana – Sistemas: nervoso, digestivo, circulatório e excretor.
Doenças relacionadas aos sistemas
Sexualidade humana: sistema reprodutor masculino e feminino
Doenças sexuais e métodos anticonceptivos.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
171
Conforme as Diretrizes Curriculares para a disciplina de Biologia- Ensino
Médio – SEED-PR, “na escola, a Biologia deve ir além das funções que já desempenha no
currículo escolar. Ela deve discutir com os jovens instrumentalizando-os para resolver
problemas que atingem direta ou indiretamente sua perspectiva de futuro”.
É importante propiciar aos educandos, a compreensão dos conceitos científicos
de forma significativa, ou seja, que o conhecimento possa estar sendo percebido em seu
contexto mais amplo, não somente nos afazeres diários, mas na forma de perceber a realidade
local e global, o que lhe permitirá posicionar-se e interferir na sociedade de forma crítica e
autônoma. Para tanto, o educador da EJA deve partir dos saberes adquiridos previamente
pelos educandos, respeitando seu tempo próprio de construção da aprendizagem,
considerando
que o educador é mediador e estimulador do processo, respeitando, de forma real, como
ponto de partida o conjunto de saberes trazidos pelos educandos;
as experiências dos educandos no mundo do trabalho;
a necessária acomodação entre o tempo e o espaço do educando, o tempo pedagógico e o
físico, visto que os mesmos interferem na sua “formação” científica;
as relações entre o cotidiano dos educandos e o conhecimento científico.
O ensino de Biologia na EJA deve propiciar o questionamento reflexivo tanto
de educandos como de educadores, a fim de que reflitam sobre o processo de ensino e
aprendizagem. Desta forma, o educador terá condições de dialogar sobre a sua prática a fim
de retomar o conteúdo com enfoque metodológico diferenciado e estratégias diversificadas,
sendo essencial valorizar os acertos, considerando o erro como ponto de partida para que o
educando e o educador compreendam e ajam sobre o processo de construção do
conhecimento, caracterizando-o como um exercício de aprendizagem.
AVALIAÇÃO: Critérios, Instrumentos e Recuperação de Estudos
A carga horária desta disciplina é de 128 h/a distribuídas em 32 encontros de
4h/a cada encontro.
O valor das provas não pode ultrapassar 4,0 (quatro vírgula zero) e o valor das
atividades realizadas em sala de aula não pode ser inferior a 6,0 (seis vírgula zero). Será
ofertada recuperação de estudos ao aluno que não atingir a média 6,0 (seis virgula zero).
20.12 FÍSICA - Ensino Médio
172
APRESENTAÇÃO
Os princípios que norteiam a proposta da elaboração do currículo da disciplina
de Física para a Educação de Jovens e Adultos – EJA - baseiam-se na Fundamentação
Teórico-Metodológica, contida na parte da “Introdução” das “Orientações Curriculares de
Física – Texto Preliminar - Ensino Médio”, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná–
SEED – PR.
O processo ensino-aprendizagem em Física tem sido objeto de pesquisas por
aqueles que se interessam ou se identificam com esse objeto. Parece haver um certo consenso
que "... a preocupação central tem estado na identificação do estudante com o objeto de
estudo. Em outras palavras, a questão emergente na investigação dos pesquisadores está
relacionada à busca por um real significado para o estudo dessa Ciência na educação básica -
ensino médio" (ROSA & ROSA, 2005, p.2).
Entendemos, então, que a Física deve educar para cidadania, contribuindo para
o desenvolvimento de um sujeito crítico, "... capaz de compreender o papel da ciência no
desenvolvimento da tecnologia. (...) capaz de compreender a cultura científica e tecnológica
de seu tempo" (CHAVES & SHELLARD, 2005, p. 233).
OBJETIVOS
Promover o reconhecimento da presença de elementos da Física em ocorrências na vida
do cotidiano do educando e em fenômenos naturais
Reconhecer o sentido histórico da ciência e da tecnologia, percebendo o seu papel na vida
humana em diferentes épocas e na capacidade humana de transformar o meio.
CONTEÚDOS
INTRODUÇÃO À FÍSICA
Campo de estudo e atuação da Física.
História da Física.
A Física contemporânea e suas aplicações tecnológicas.
MECÂNICA
Movimento retilíneo.
Movimentos curvilíneos.
Movimento circular uniforme.
Queda-livre.
173
Os Princípios da Mecânica (Leis de Newton).
Energia. Trabalho. Potência.
Impulso e quantidade de movimento.
A Gravitação Universal.
A Hidrostática.
FÍSICA TÉRMICA
Fenômenos térmicos.
O calor e a temperatura.
O fenômeno da dilatação nos sólidos, líquidos e gases.
As mudanças de estado físico da matéria.
Trocas de calor. Transmissão de calor.
Comportamento térmico dos gases.
As Leis da Termodinâmica.
ONDULATÓRIA
Fenômenos ondulatórios.
Ondas mecânicas e eletromagnéticas.
Natureza ondulatória e quântica da luz.
ÓPTICA
Fenômenos luminosos.
Princípios da Óptica Geométrica.
Aplicações do fenômeno da reflexão e refração da luz.
Lentes e instrumentos ópticos de observação.
Espelhos.
A óptica e o olho humano.
ELETRICIDADE E MAGNETISMO
Fenômenos elétricos e magnéticos.
Aspectos estáticos e dinâmicos da eletricidade.
A Lei de Coulomb.
O campo elétrico. Potencial elétrico.
A corrente elétrica.
Geradores e circuitos elétricos.
O campo magnético.
Indução magnética.
174
ENERGIA
Energia e suas transformações.
Fontes e tipos de energia.
Energia, meio ambiente e os potenciais energéticos do Brasil.
A energia elétrica nas residências.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Na reflexão desenvolvida com professores de Física da Educação de Jovens e
Adultos, foram identificadas algumas estratégias para o desenvolvimento metodológico da
disciplina de Física, considerando que essas estratégias metodológicas podem contribuir para
o ensino e a aprendizagem dos educandos. Dessa forma, deve ser levada em conta a formação
do professor, o espaço físico, os recursos disponíveis, o tempo de permanência do educando
no espaço escolar e as possibilidades de estudo fora deste, para que as estratégias
metodológicas possam ser efetivadas. Os indicativos discutidos com os professores
contemplam:
A abordagem da Física enquanto construção humana
No desenvolvimento dos conteúdos é necessário abordar a importância da
Física no mundo, com relevância aos aspectos históricos, o conhecimento enquanto
construção humana e a constante evolução do pensamento científico, assim como, as relações
das descobertas científicas com as aplicações tecnológicas na contemporaneidade.
O papel da experimentação no ensino de Física
O uso da experimentação é viável e necessário no espaço e tempo da EJA,
mesmo que seja por meio de demonstração feita pelo educador, ou da utilização de materiais
alternativos e de baixo custo, na construção ou demonstração dos experimentos.
O lúdico – Brinquedos e jogos no ensino de Física
Por meio desta estratégia de ensino o educando será instigado a pesquisar e
propor soluções, visto que a ludicidade “... decorre da interação do sujeito com um dado
conhecimento, sendo portanto subjetiva. Seu potencial didático depende muito da
sensibilidade do educador em gerar desafios e descobrir interesses de seus alunos.”
(RAMOS; FERREIRA, 1993, p.376)
O cotidiano dos alunos/contextualização
O educador deve ser o responsável pela mediação entre o saber escolar e as
experiências provenientes do cotidiano dos educandos, as quais devem ser aproveitadas no
processo da aprendizagem.
175
O papel do erro na construção do conhecimento
Os erros e acertos no processo de ensino e aprendizagem devem ser
considerados como elementos sinalizadores para a reconstrução dos conceitos e melhor
compreensão dos conteúdos. Cabe ao educador administrar este processo no qual os
educandos da EJA necessitam de apoio, principalmente pelo processo diferenciado de estudo
e o tempo que permanecem no espaço escolar. É essencial valorizar os acertos e tornar o erro
como algo comum, caracterizando-o como um exercício de aprendizagem.
O incentivo à pesquisa e à problematização.
A problematização consiste em lançar desafios que necessitem de respostas
para determinadas situações. “A essência do problema é a necessidade.(...), um obstáculo que
é necessário transpor, uma dificuldade que precisa ser superada, uma dúvida que não pode
deixar de ser dissipada” (SAVIANI, 1993, p.25-26). As dúvidas são ocorrências muito
comuns na Física, porém, poderão ser aproveitadas para as reflexões sobre o problema a ser
analisado.
Os recursos da informática no ensino da Física
O uso da informática na educação vem se tornando uma ferramenta cada vez
mais importante e indispensável para o enriquecimento das aulas teóricas e à melhor
compreensão dos estudos elaborados. A familiarização do educando com o computador se faz
necessária dentro da escola, visto que a tecnologia se faz presente nos lares, no trabalho e
aonde quer que se vá. É necessário o mínimo de entendimento sobre as tecnologias usuais e
como utilizar-se desta ferramenta para ampliar os conhecimentos.
O uso de textos de divulgação científica em sala de aula
Os textos científicos encontrados em jornais, revistas, sites e em outros meios
de divulgação científica, podem conter conteúdos significativos ao ensino de Física e serem
explorados de diversas formas. Deve-se ter o cuidado de estar selecionando textos validados
por profissionais da área e que tenham cunho científico, observando a existência de erros
conceituais ou informações incorretas.
AVALIAÇÃO: Critérios, Instrumentos e Recuperação de Estudos
Na avaliação de conhecimento específico da disciplina será considerado
relevante o conhecimento prévio do aluno, bem como leitura e compreensão de texto
relacionadas à vida cotidiana e posterior resolução de problemas.
176
A totalidade da carga horária da disciplina para o Ensino Médio, na EJA,
equivale a 128 h/a que serão distribuídas em 32 encontros de 04 h/a cada um. Serão
consideradas 04 médias para o educando ser aprovado na disciplina. Tais médias não poderão
se inferiores a 6.0 cada uma. No decorrer das aulas o educando será avaliado por meio de
diferentes instrumentos, sendo que a nota de eventuais provas não poderá ser superior a de
avaliações diárias, prevalecendo maior pontuação às atividades realizadas no decorrer das
aulas. Será ofertada recuperação de estudos ao aluno que não atingir a média 6,0 (seis vírgula
zero).
20.13 QUÍMICA – Ensino Médio
APRESENTAÇÃO
A Química, como ciência, está inserida num campo maior de ações
relacionadas a diversas atividades diárias das pessoas. Fundamenta-se como uma ciência que
se busca compreender a evolução do ser humano nos aspectos ambientais, econômicos,
sociais, políticos, culturais, éticos, entre outros, bem como o seu reconhecimento como um ser
que se relaciona, interage e modifica, positiva ou negativamente, o meio em que vive. É uma
ciência que contempla as tradições culturais, as crenças populares e desperta a curiosidade,
estimulando o educando à busca para compreender fenômenos químicos presentes em seu
entorno e em constante transformação. É importante que o ensino desenvolvido na disciplina
de Química na EJA possibilite ao educando, a partir de seus conhecimentos prévios, a
construção do conhecimento científico, por meio da análise, reflexão e ação, para que possa
argumentar e se posicionar criticamente frente a fatos que intrigam o saber popular.
OBJETIVOS:
Compreender a Química como um recorte da cultura presente no cotidiano das pessoas;
Promover a aprendizagem da Química a partir de vivências, fazendo uso de diferentes
recursos tecnológicos;
Despertar no educando o olhar crítico sobre os fatos do cotidiano por meio do saber
científico;
Diferenciar substância pura de misturas;
Estabelecer relações entre fatos experimentos e os modelos atômicos;
Utilizar tabela na consulta de nº atômico e massa, símbolos e nomes dos elementos;
177
Caracterizar ligações iônicas e covalentes;
Identificar diferentes tipos de soluções;
Calcular o número de oxidação de um elemento de um elemento que aparece em uma
oxidação.
CONTEÚDOS
Radioatividade
Histórico da Química
Matéria, suas transformações e estrutura atômica
Tabela Periódica
Íons;
Ligações químicas
Funções inorgânicas: ácidos, bases, sais e óxidos
Reações químicas;
Soluções: concentrações, diluição e misturas
Estudo dos gases;
Termoquímica
Eletroquímica
Cinética
Equilíbrio
Química orgânica
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Para o trabalho metodológico com essa disciplina, deve-se partir da
sequência:“fenômeno–problematização–representação-explicação” (MALDANER, 2000,
p.184). Para o autor,
episódios de alta vivência dos alunos passariam a ser importantes no processo de ensino e aprendizagem e não obstáculo a ser superado (...) O importante é identificar situações de alta vivência comuns ao maior número possível de alunos e a partir delas começar o trabalho de ensino. (MALDANER, 2000, p. 184)
Nessa ótica, não cabe ao educador apresentar apenas fórmulas, classificações,
regras práticas, nomenclaturas, mas sim, trabalhar conteúdos com os quais o educando venha
a apropriar-se dos conhecimentos de forma dinâmica, interativa e consistente, respeitando os
178
diferentes tempos de aprendizagem e propiciando condições para que o mesmo perceba a
função da Química na sua vida. É importante ressaltar que, a partir da investigação dos
conhecimentos informais que os educandos têm sobre a Química, o professor sistematiza as
estratégias metodológicas, planejando o que será trabalhado dentro de cada um dos conteúdos
mencionados anteriormente, qual a intensidade de aprofundamento, bem como a articulação
entre os mesmos ou entre os tópicos de cada um.
A problematização é fundamental como encaminhamento metodológico cujo
objetivo consiste em gerar um tema para contextualização. Os temas são baseados em fatos
locais, regionais, nacionais ou mundiais, que possam refletir sobre os acontecimentos que
relacionam a Química com a vida, com o ambiente, com o trabalho e com as demais relações
sociais.
A partir do contexto abordado, devem ser selecionados os conteúdos que
possam ser trabalhados, independentemente da sequência usual presente nos livros didáticos
da disciplina. Nesse sentido, ao organizar os conteúdos, bem como, a forma como serão
desenvolvidas as atividades para aprofundamento e avaliação, o educador terá condições de
desenvolver metodologias que visem evitar a fragmentação ou a desarticulação dos conteúdos
dessa disciplina.
AVALIAÇÃO: Critérios, Instrumentos e Recuperação de Estudos
A avaliação na disciplina de Química vem mediar a práxis pedagógica, sendo
coerente com os objetivos propostos e com os encaminhamentos metodológicos, onde os erros
e os acertos devem servir como meio de reflexão e reavaliação da ação pedagógica como um
todo. É essencial valorizar os acertos, considerando o erro como ponto de partida para que o
educando e o educador compreendam e ajam sobre o processo de construção do
conhecimento, caracterizando-o como um exercício de aprendizagem.
Nessa ótica, a avaliação deve considerar que a cultura científica é repleta de
falhas, de pontos de vista diferenciados e, muitas vezes, sem consenso.
A totalidade da carga horária da disciplina para o Ensino Médio na EJA
equivale a 128 h/a que serão distribuídas em 32 encontros de 04 h/a cada um. Serão
consideradas 04 médias para o educando ser aprovado na disciplina. Tais médias não poderão se
inferiores a 6.0 cada uma.
179
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