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1 Boletim TRAB-PREV-RH em 29.set.2014. “O sonho e a esperança são dois calmantes que a natureza concede ao ser humano.” (Frederico I) Folga em Dobro por Convocação da Justiça Eleitoral 23/09/2014 O serviço eleitoral é obrigatório, tendo preferência sobre qualquer outro, ou seja, quando um empregado trabalha no dia da eleição, cumprindo as exigências da Justiça Eleitoral, a empresa não poderá propor ao empregado a compensação somente ao dia trabalhado. É o entendimento que se extrai do art. 98 da Lei 9.504/97 que assim estabelece: “Art. 98. Os eleitores nomeados para compor as Mesas Receptoras ou Juntas Eleitorais e os requisitados para auxiliar seus trabalhos serão dispensados do serviço, mediante declaração expedida pela Justiça Eleitoral, sem prejuízo do salário, vencimento ou qualquer outra vantagem, pelo dobro dos dias de convocação.” Para fazer jus a este benefício, o empregado deverá apresentar ao empregador a convocação expedida pela Justiça Eleitoral, a fim de que lhe seja concedido, após a eleição, um descanso remunerado equivalente ao dobro dos dias de convocação, bem como documento atestando seu comparecimento e o efetivo trabalho nas eleições, pelo período que perdurar. A lei não faz qualquer menção sobre o pagamento do dia trabalhado, mas sim sobre a dispensa do serviço, o que deve ser concedida em dobro. Se no dia das eleições o empregado acabou prestando serviço à Justiça Eleitoral, o empregador deverá conceder os 2 dias de folga durante a semana seguinte ou, no máximo, durante o mês do dia da eleição, sem que IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Boletim TRAB-PREV-RH em 29.set.2014.

“O sonho e a esperança são dois calmantes que a natureza concede ao ser humano.” (Frederico I)

Folga em Dobro por Convocação da Justiça Eleitoral23/09/2014

O serviço eleitoral é obrigatório, tendo preferência sobre qualquer outro, ou seja, quando um empregado trabalha no dia da eleição, cumprindo as exigências da Justiça Eleitoral, a empresa não poderá propor ao empregado a compensação somente ao dia trabalhado.

É o entendimento que se extrai do art. 98 da Lei 9.504/97 que assim estabelece:

“Art. 98. Os eleitores nomeados para compor as Mesas Receptoras ou Juntas Eleitorais e os requisitados para auxiliar seus trabalhos serão dispensados do serviço, mediante declaração expedida pela Justiça Eleitoral, sem prejuízo do salário, vencimento ou qualquer outra vantagem, pelo dobro dos dias de convocação.”

Para fazer jus a este benefício, o empregado deverá apresentar ao empregador a convocação expedida pela Justiça Eleitoral, a fim de que lhe seja concedido, após a eleição, um descanso remunerado equivalente ao dobro dos dias de convocação, bem como documento atestando seu comparecimento e o efetivo trabalho nas eleições, pelo período que perdurar.

A lei não faz qualquer menção sobre o pagamento do dia trabalhado, mas sim sobre a dispensa do serviço, o que deve ser concedida em dobro.

Se no dia das eleições o empregado acabou prestando serviço à Justiça Eleitoral, o empregador deverá conceder os 2 dias de folga durante a semana seguinte ou, no máximo, durante o mês do dia da eleição, sem que esta folga coincida com um domingo ou sábado, que já tenha sido compensado pelo trabalho durante a semana.

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NIS - Comunicado da Caixa Econômica Federal Postado por José Adriano em 24 setembro 2014 às 15:00 Exibir blog

1. Em continuidade à melhoria dos serviços de Cadastros Sociais na CAIXA, com o objetivo de proporcionar mais agilidade e comodidade aos clientes, além de desoneração operacional e redução de custos, informamos que foi disponibilizada em abril nova forma de cadastramento para mais de um trabalhador (cadastramento em lote) no Cadastro NIS, por meio do Conectividade Social – CNS.

2. Dessa forma, a CAIXA passa a contar com mais uma ferramenta para cadastramento de NIS pelas empresas, além do acesso online ao Cadastro NIS, via internet, disponibilizado desde março de 2013.

3. Com o cadastramento em lote, nos casos em que a empresa necessita realizar a inclusão simultânea de vários trabalhadores, a nova ferramenta permite o envio de arquivo pelo Conectividade Social incluindo os trabalhadores no Cadastro NIS, com retorno dos NIS localizados ou atribuídos diretamente para a empresa em até dois dias.

4. Esta nova forma de cadastramento traz inúmeras vantagens aos envolvidos no processo:

    Para as empresas: maior comodidade e economicidade no processo.    Para as agências da CAIXA: desoneração das agências.    Para o Governo Federal: agilidade no processo de cadastramento tornando mais atrativa a regularização dos trabalhadores.

5. Para acesso à funcionalidade pelo Conectividade Social, a empresa deverá ter acesso à internet e possuir Certificado Digital Padrão ICP.

6. Os procedimentos para acesso ao Conectividade Social - CNS e elaboração do arquivo estão disponíveis na página da CAIXA no endereço http://www.caixa.gov.br/fgts/conectividade_social_ICP.asp

e http://www.caixa.gov.br/pj/pj_comercial/mp/pis/index.asp.

7. A entrada em produção dessa nova forma de cadastramento coincide com a finalização da digitação do formulário DCN – Documento de Cadastramento do NIS (MO 31.445) nas agências ser descontinuado a partir de Novembro/14.

8. Nesse sentido, é importante que as empresas que ainda utilizam o DCN sejam informadas sobre a descontinuidade do serviço e a importância da migração para os demais canais de cadastramento disponíveis.

9. Esclarecemos que o cadastramento de trabalhadores de forma on-line continua inalterado e pode ser realizado no sítio da CAIXA no endereço: http://www.caixa.gov.br/cadatronisempresa

10. Ressaltamos que a implantação do serviço de Cadastramento de NIS no Conectividade Social - CNS é um grande passo para facilitar o atendimento da empresa e com isso diminuir os impactos que podem ser ocasionados em função da implantação do eSocial pelo Governo Federal.

11. Assim, sempre que o eSocial apresentar necessidade de ajuste cadastral dos trabalhadores, a empresa deve ser orientada a realizar a confirmação dos dados do NIS por meio das ferramentas de inclusão online e em lote já disponibilizada pela CAIXA, ação vantajosa para a empresa, para o empregado e para a

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CAIXA.

12. Pelas ferramentas a empresa poderá enviar os dados de todos os empregados para confirmar o NIS, que deve ser utilizado para informação do eSocial, sendo que, na oportunidade, os dados do trabalhador serão atualizados no Cadastro NIS pela apropriação das informações enviadas pela empresa, desonerando ainda mais o atendimento nas agências.

13. É importante ressaltar que as apropriações somente serão realizadas quando a titularidade entre os dados enviados para inclusão/localização e os da inscrição existente em nossa base for validada pelas regras do Cadastro NIS, resguardando a CAIXA nessa apropriação.

14. Agradecemos a importante parceria desta Federação na busca pelo aprimoramento dos serviços prestados à sociedade e colocamo-nos à disposição sempre que necessário.

15. Solicitamos dar conhecimento a todas as entidades e empresas abrangidas por esta Federação.

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

Via Fenacon

Ministério do Trabalho lança aplicativo "Empregador Web"

Postado por José Adriano em 23 setembro 2014 às 10:00 Exibir blog

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) criou a ferramenta Empregador Web, aplicativo que vai facilitar o envio de requerimentos do Seguro-Desemprego pelas empresas.

Agora, os empregadores poderão informar digitalmente os requerimentos do Seguro-Desemprego, de forma individual ou por meio de arquivo gerado a partir dos sistemas de folha de pagamento da empresa.  Com isso, será possível a impressão do Requerimento Seguro-Desemprego pelo próprio Sistema, dispensando a necessidade de aquisição de formulários pré-impressos, atualmente obtidos em papelarias.

Há também a possibilidade de cruzamento prévio das informações dos trabalhadores com outras bases de dados governamentais, assegurando maior segurança em casos de notificações pelo não cumprimento de requisitos legais para recebimento do benefício.

O uso do "Empregador Web", que poderá ser acessado no site http://maisemprego.mte.gov.br, em breve se tornará a única forma de encaminhamento das informações dos Requerimentos de Seguro-Desemprego pelo empregador.

Com o Requerimento Seguro-Desemprego emitido pelo sistema, o trabalhador quando procurar os postos de atendimento terá as suas informações já disponíveis no banco de dados do MTE, com isso, agiliza-se o processo de atendimento ao trabalhador.

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Funcionalidades do Empregador Web:

1 - Cadastro de procuração sem a necessidade de Certificado Digital para atender às empresas que não possuem Certificado, mas que são representadas por escritórios de contabilidade que possuem o Certificado.

2 - A possibilidade da empresa matriz cadastrar suas filiais e encaminhar os requerimentos das mesmas utilizando somente o Certificado Digital da matriz.

3 - A possibilidade da empresa cadastrar matrícula de CEI e encaminhar os requerimentos dos mesmos utilizando o Certificado Digital da empresa.

Fonte: MTE

FAP- Fator Acidentário de Prevenção - Divulgados os Percentuais para 201524 set 2014 - Trabalho / Previdência

Por meio da Portaria Interministerial n° 438/2014, foram divulgados os percentuais de frequência, gravidade e custo, por Subclasse da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE 2.1, para apuração do Fator Acidentário de Prevenção - FAP para o ano de 2015.

O FAP vigente para o ano de 2015 com as ordens de frequência, gravidade, custo e demais elementos que possibilitem a empresa verificar o respectivo desempenho dentro da Subclasse CNAE, será disponibilizado pela Previdência Social no dia 30 de setembro de 2014, podendo ser acessado no sítio da Previdência Social e da Receita Federal do Brasil.

A Portaria Interministerial n° 438/2014, foi publicada no Diário Oficial da União em 24.09.2014

Fonte: Legisweb

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Serviços mediante cessão de mão de obra devem ser informados no eSocial pelo contratante e pelo contratadosetembro 25, 2014 em Geral por Sidney Aleixo

Nos eventos S-1310 e S-1320 do e-Social, devem ser prestadas as informações relativas, respectivamente, aos serviços tomados e prestados mediante cessão de mão de obra.

No primeiro caso (evento S-1310 – serviços tomados mediante cessão de mão de obra), devem ser lançados os dados sobre as retenções efetuadas pela empresa declarante. O preenchimento do evento por pessoa física é efetuado exclusivamente em caso de prestação de serviços em obra de construção civil, cuja inscrição no Cadastro Nacional de Obras (CNO) tenha sido efetuada pela própria pessoa física.

No evento S-1320 (serviços prestados mediante cessão de mão de obra), deve constar a identificação das empresas contratantes e das notas fiscais emitidas. O evento é de preenchimento exclusivo por pessoa jurídica.

Lembramos que, nos termos da legislação previdenciária, a empresa contratante de serviços executados mediante cessão de mão de obra, inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter 11% do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher, em nome da empresa cedente da mão de obra, a importância retida.

Para os citados fins, entende-se como cessão de mão de obra a colocação à disposição do contratante, em suas dependências ou nas de terceiros, de segurados que realizem serviços contínuos, relacionados ou não com a atividade-fim da empresa, quaisquer que sejam a natureza e a forma de contratação.

Fonte: www.portalesocial.com.br – 22/09/14

Empresas pagaram R$ 1 bi em multas trabalhistas em 2014Publicado em 26 de setembro de 2014 por Gabriel Peixoto

O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, apresentou nesta quarta-feira, 24, um balanço parcial de quanto já foi emitido pelo governo em multas trabalhistas às empresas brasileiras em 2014. Segundo ele, ações por falta de pagamento do Fundo Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), entre outras, já renderam R$ 1,042 bilhão em multas de janeiro a agosto deste ano, após a aplicação de 196,4 mil multas.

As punições por falta de pagamento do FGTS, descumprimento de jornada de trabalho e falta de segurança e saúde no ambiente de trabalho estão, pelo segundo ano seguido, acima do bilhão de reais. Em

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2013, foram aplicadas 297 mil multas no valor global de R$ 1,515 bilhão, contra R$ 818,625 milhões atingidos com 179 15 mil multas em 2012.

Questionado sobre se o aumento refletia um maior descumprimento das leis trabalhistas, o ministro afirmou que a alta ocorre em razão da modernização do Ministério do Trabalho (MTE) e ao planejamento para intensificar a atuação dos fiscais do trabalho. “Isso se deve à melhor atuação da fiscalização. Já estamos usando a fiscalização eletrônica, que vai simplificar enormemente a ação fiscal, temos o planejamento estruturado que foi feito em todos os pontos”, disse.

O ministério lançou hoje um novo sistema de consulta de Certidão Eletrônica de Débitos de Infrações Trabalhistas. O documento agora poderá ser acessado pelas empresas diretamente no site do MTE. A certidão demorava até 15 dias para ser emitida antes do sistema. “Cerca de 50% da força de trabalho das nossas superintendências (regionais) estava sendo usada para emitir essa certidão”, relatou Dias. “O processo eletrônico representa uma redução do custo Brasil também para as empresas”, afirmou.

O ministro disse que o ministério está desenvolvendo de 15 a 20 ações para modernizar sua estrutura. Entre elas, um projeto piloto para substituir a carteira de trabalho de papel por um cartão eletrônico semelhante ao que já ocorrer com o CPF ou cartão de banco. “Ano que vem teremos a carteira como um cartão eletrônico”, adiantou. “Como é um documento característico que o cidadão se identifica, estamos trabalhando para manter o símbolo da carteira (de papel)”, disse.

Dias também indicou que o ministério vai reduzir o gasto com passagens aéreas usadas em deslocamentos de técnicos do ministério para as divisões regionais do MTE. No ano passado, esse deslocamento representou 9 mil passagens. “Vamos reduzir drasticamente (o número de viagens) através da implantação de teleconferências que vamos licitar (os equipamentos) agora”, afirmou.

Fonte: Diário do Comércio

Certidão de débitos e infrações trabalhistas pode ser requerida pela web O documento pode ser solicitado pelo site do Ministério do Trabalho e Emprego, sem custos. Empresas e cidadãos podem fazer consulta

Antonio TemóteoO Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), lançou na manhã desta quarta-feira (24/9), a Certidão Eletrônica de Débitos de Infrações Trabalhistas. O novo serviço faz parte do programa de modernização da pasta. O documento, que dependia de um pedido formal aos auditores do trabalho, passa a ser emitido eletronicamente, no endereço www.mte.gov.br.

Também será possível acompanhar os processos de fiscalização e a verificar autos de infração emitidos pelos pelo ministério. O ministro do Trabalho, Manoel Dias, explicou que empresas que participam de licitações ou requerem financiamentos de bancos públicos precisam comprovar que não possuem débitos trabalhistas.

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Terceirização e o direito de contratarAlém de fazer país andar para trás, falta de regulamentação gera danos à economia 23/09/2014 07:03

» Vivien Mello SuruagyAutora: Vivien Mello Suruagy

Os limites para a contratação de mão de obra terceirizada no Brasil se transformaram numa sinistra ficção na Justiça do Trabalho e um duro golpe para as empresas que precisam se adaptar à economia moderna para sobreviver no mercado brasileiro. A falta de regulamentação da atividade, vital para a geração de empregos, abre espaço para as mais ambíguas interpretações, o que só provoca insegurança jurídica no País e acaba por tumultuar as relações do trabalho.

Agora, caberá ao Supremo Tribunal Federal a tarefa de definir os parâmetros da terceirização no País, a partir de um caso surreal, como a maioria: o Ministério Público do Trabalho de Minas denunciou a indústria de celulose Cenibra de terceirizar funcionários de empreiteiras para o florestamento e o reflorestamento. Segundo os procuradores, "o ato caracteriza terceirização ilegal", pois a produção de celulose é sua principal atividade - ou sua atividade-fim.

A empresa foi condenada em todas as instâncias da Justiça trabalhista. Porém, no recurso ao STF, a Cenibra alega que não existe definição jurídica para "atividade-meio" e "atividade-fim", distinção incompatível com o processo de produção moderno. Logo, a proibição violaria o princípio da legalidade contido no inciso II do artigo 5° da Constituição Federal: "... ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei".

A Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho só admite a mão de obra terceirizada em atividade-meio, como se nos meios de produção atuais fosse possível distinguir exatamente o que é meio ou fim. Disto resultam algumas decisões absurdas na Justiça do Trabalho envolvendo a terceirização. Mas é uma súmula, não é lei.

O Brasil usa a força do trabalho terceirizado há décadas, mas lhe nega o reconhecimento, o direito de se abrigar sob proteção legal. Empresas sérias do setor, que cumprem suas obrigações, sabem que precisam de empregados satisfeitos, bem remunerados e com todos os direitos trabalhistas assegurados. Portanto, sob o prisma normativo, os pré-requisitos são obedecidos. São cerca de quinze milhões de trabalhadores que vivem esta situação no Brasil, abrigando mais de 30 milhões de famílias.

Os sindicatos de patrões e de empregados terceirizados seguem à risca todos os princípios legais e ali, nas convenções coletivas firmadas por eles, não se admite qualquer forma de exploração do trabalhador.

Em suma, é importante separar o joio do trigo, pois a falta de legalização abre um amplo espaço para atuação de empresas clandestinas, que efetivamente contribuem para precarização. Grupos ilegais servem de base de argumentação para algumas centrais sindicais organizarem sua tuba de ressonância e manipularem informações, ecoando o canto de que a terceirização baixa salários e reduz conquistas.

Essas entidades - infelizmente apoiadas por setores importantes da administração federal e parlamentares radicais -, sustentam a tese enviesada da precarização com o intuito de garantir dinheiro aos seus cofres, jamais para defender os empregados. Na verdade, querem que todos os trabalhadores terceirizados passem para sua esfera; com isso, arrecadam mais e aumentam seu poder.

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É a feição do neopeleguismo: seu objetivo é desvirtuar o debate, sob o olhar complacente de poucos partidos políticos e de parte da Justiça do Trabalho. Todos fingem não saber os enormes prejuízos que causam à economia.

No nosso caso, de telefonia, banda larga, TV a cabo e outros serviços, os perigos da falta de norma legal são imensos. Os movimentos contra a terceirização provocarão o desemprego de mão de obra especializada, além da destruição de toda a tecnologia e experiência nacional adquirida ao longo de tantos anos. Se a terceirização não é regulamentada, quem fará todo esse serviço de instalação para que o sistema funcione? Com insegurança jurídica e derrotas sucessivas na Justiça do Trabalho, o ambiente de negócios torna-se cada vez mais insustentável.

As operadoras, é mais que sabido, não possuem expertise para executar o serviço prestado pelas terceirizadas. E nem deveriam possuir. Nem aqui nem em qualquer outra parte do mundo. A não regulamentação pode propiciar situações perversas, como contratantes que forçam a precarização do trabalho, impondo preços baixos e inexequíveis às suas contratadas e atrasando medições e pagamentos. Nesse caminho estaremos incentivando a migração de serviços especializados para países de reconhecida competência técnica e custo de mão de obra mais baratos que o Brasil, como a China e a Índia.

O governo federal, ao apoiar essa retrógrada visão, se posiciona contrário ao seu próprio discurso. E se contradiz também quando alega defender o País ao obrigar que boa parte dos componentes industriais seja nacional. Não é o caso, pois a verdade aponta para o beneficiamento de grandes grupos. A nacionalização de equipamentos não existe e as licitações ganhas comprovam que os preços mais altos são sempre os selecionados. O nacionalismo propagado é uma bazófia.

No caso em análise pelo STF, convém lembrar que nos países mais avançados - como os Estados Unidos, os europeus e o Japão - a terceirização já atinge 90% da produção. Lá, o dono da empresa decide quem contratar e para qual tipo de serviço; essa liberdade não é tolhida por nenhuma súmula. Afinal de contas, o risco do negócio é dele.

O empenho contra a atividade, além de fazer o país andar para trás, gera danos à economia, por conta dos inevitáveis aumentos do custo de serviços para os consumidores.

Não por acaso, consolida-se a impressão de que o Brasil, na constelação das Nações, é o exemplo perfeito da imagem do país do eterno retorno, a figura de Nietzsche. Quando imaginamos ter chegado ao fim da estrada, retornamos ao início. Sob o apagão de nossa memória e destruição de nossos esforços.

Cabe ao Supremo Tribunal Federal endireitar os rumos da História.

Vivien Mello Suruagy é engenheira e presidente do Sindicato Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços em Telecomunicações, Sinstal.

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Acidente de trabalho: a responsabilidade é do empregador? "Pago porque a lei me obriga, mas não concordo. A desatenção dele foi o que provocou o acidente. Porque sou eu o responsável?" Publicado por Eduarda Wandeveld - 4 dias atrás

Por Sergio Ferreira Pantaleão

Esta reação por parte dos empresários é bem comum por não se sentirem responsáveis pela causa do acidente e, tampouco, serem condenados ao pagamento de indenização por dano moral ou material ao empregado acidentado.

Assim como o empregador acredita muitas vezes não ser o culpado pelo empregado sofrer um acidente, não seria razoável acreditar que o empregado tivesse a intenção de provocar o acidente, sob pena de ficar inválido ou incapacitado, sem poder prover o sustento à sua família ou pelo risco de estar "descartando" sua vida pessoal ou profissional.

Acidente do trabalho é aquele que ocorre no exercício de atividade a serviço da empresa e provoca lesão corporal ou perturbação funcional, que pode causar a morte, a perda ou a redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho.

Consideram-se, também, como acidente do trabalho:

· A doença profissional ou do trabalho, produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade;

· Acidente típico, que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa;

· Acidente de trajeto, que ocorre no percurso do local de residência para o de trabalho ou desse para aquele, considerando a distância e o tempo de deslocamento compatíveis com o percurso do referido trajeto.

O prejuízo material decorrente do acidente de trabalho se caracteriza pela diminuição das possibilidades em obter os mesmos rendimentos por meio da força de trabalho de que dispunha o empregado antes do fato ocorrido. Essa redução diz respeito à profissão ou ofício então desenvolvidos, em que se comprova a diminuição da capacidade de trabalho por parte do empregado, consoante entendimento extraído do art. 950 do Código Civil de 2002, in verbis:

"Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.

Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização seja arbitrada e paga de uma só vez."

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Dever de indenizar: dolo ou culpa

O dever de indenizar surgiu da teoria do risco gerado, ou seja, se é o empregador quem cria o risco por meio de sua atividade econômica (empresa), a ele caberá responder pelos danos causados, independente de dolo ou culpa. A este contexto atribuímos a teoria da responsabilidade objetiva.

Assim dispõe o art. 927 do Código Civil ao determinar que haja obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano (empregador) implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

Se o empresário se propõe a estabelecer uma empresa que pode oferecer riscos na execução das atividades, se contrata pessoas para executar estas atividades e se os benefícios (lucros) gerados à este (empregador) devem ser atribuídos, logo, o risco do negócio, assim como os resultantes dos acidentes, também deverão ser por ele suportados.

Por outro lado, há entendimento de que se deveria aplicar, nestes casos, a teoria da responsabilidade subjetiva, ou seja, somente após comprovar que houve dolo ou culpa do empregador, é que lhe imputaria a responsabilidade pelo acidente e, consequentemente, o dever de indenizar.

A Constituição Federal dispõe em seu artigo 7º, inciso XXVIII, que é direito dos trabalhadores o seguro contra acidentes do trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.

O dolo é a intenção de agir em desfavor ao que dispõe a lei ou contrariamente às obrigações assumidas, agir de má-fé, é enganar mesmo com pleno conhecimento do caráter ilícito do próprio comportamento.

A culpa é a negligência, a falta de diligência (cuidado) necessária na observância de norma de conduta, isto é, não prever o que poderia ser previsível, porém sem intenção de agir ilicitamente e sem conhecimento do caráter ilícito da própria ação.

Como se pode observar há uma norma constitucional direcionando para a responsabilidade subjetiva e uma norma infraconstitucional direcionando para a responsabilidade objetiva.

Entendimento jurisprudencial - nexo de causalidade

Assim como em diversos outros aspectos trabalhistas, a questão fica para ser solucionada pelo entendimento jurisprudencial, onde os magistrados, diante de cada caso concreto, tomam as decisões mediante as provas apresentadas no processo.

Ora pode-se comprovar que houve culpa do empregado no acidente de trabalho pela falta de cuidado ao manusear o equipamento ou executar a tarefa, mesmo com todas as orientações e treinamentos necessários, ora pode-se comprovar que houve culpa do empregador que, por não observar as normas de segurança ou por obrigar o empregado a laborar frequentemente em horas extras causando-lhe desgaste físico e mental, proporcionou o acidente.

Assim, o acidente do trabalho, por si só, é insuficiente para gerar a obrigação indenizatória por parte do empregador, pois, somente se verificará a obrigação de ressarcir os danos quando na investigação da causa, ficar comprovado que este dano é consequência direta e imediata (nexo de causalidade) de uma atuação dolosa ou culposa do empregador.

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Planejamento tributário com terceirização de serviços. O que é aceitável – CARF 24 de setembro de 2014 08:41

Amal Nasrallah

Existe uma decisão do CARF que sinaliza o que é aceitável como forma de planejamento fiscal na terceirização de serviços.

Atualmente é muito comum a realização de planejamentos que consistem na criação de outras empresas (pela simples abertura, por cisão, etc), com atividade diferente da empresa mãe. As novas empresas, geralmente do mesmo grupo econômico, são contratadas para prestar serviços para a empresa mãe.

É o planejamento com terceirização de determinados serviços, como contabilidade, jurídico, transporte, dentre outros.

O caso é interessante, pois a empresa autuada tinha diversas controladas que lhe “prestavam serviços” gerando assim despesas para a autuada. Pois bem, a fiscalização aceitou as despesas geradas apenas na contratação de uma das controladas, glosando as despesas realizadas com as outras controladas.

Assim, por essa decisão fica claro o que as empresas devem evitar quando realizam este tipo de planejamento, para que a operação seja aceitável.

No caso analisado a empresa autuada, obrigada a adotar o lucro real, criou outras empresas “controladas” que podiam optar pelo lucro presumido. Ato contínuo, terceirizou uma parcela de seus serviços para as empresas controladas. Com isso, transferiu parte da sua receita para empresas controladas que podiam adotar o lucro presumido e criou despesas dedutíveis na empresa mãe.

O fisco ao analisar o planejamento aceitou a terceirização apenas em relação a uma empresa controlada. Essa controlada não obstante estivesse no mesmo prédio da autuada, possuía diversas filiais no Brasil, que efetivamente existiam fisicamente, que tinha funcionários, e efetivamente prestava serviços à autuada. Em vista disso, as despesas geradas com a contratação dessa sociedade controlada não foram glosadas.

Por outro lado, o fisco glosou as despesas realizadas pela mesma empresa autuada, com outras controladas, glosa, aliás, mantida pelo CARF que, com base nas evidências, entendeu que houve artificialidade das operações e a prática de simulação, entendendo também, que a maioria das controladas existiam apenas formalmente (empresas de papel) e, na verdade, eram meros departamentos internos da empresa autuada.

As razões da não aceitação das despesas foram as seguintes:

– As empresas controladas tinham sede no mesmo prédio da autuada, apenas em andares diferentes. Na recepção do edifício onde se situavam as empresas não existia qualquer identificação ao público da existência das controladas. No painel fixado, constava apenas o nome da empresa autuada. Nos andares não havia identificação das sociedades controladas;

– Os carimbos utilizados pelos funcionários das controladas tinham as seguintes indicações: departamento financeiro, departamento de informática, controladoria, ou seja, não constava o nome das controladas prestadoras de serviços;

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– As sociedades controladas não conseguiram comprovar suas despesas com telefone, condomínio, aluguel, água e energia elétrica, alegando que não incorriam em tais despesas, que eram assumidas integralmente pela empresa autuada;

– Algumas das controladas não tinham funcionários e nem ativo permanente;

– Não havia infraestrutura nas controladas, capaz de suportar a realização dos serviços;

– Os contratos realizados entre a autuada e as controladas eram muito genéricos e com valores acima do mercado;

– Não havia prova de que as controladas efetivamente prestavam serviços;

– As controladas não tinham qualquer autonomia administrativa;

– As receitas das controladas era quase exclusivamente decorrente da prestação de serviços para a empresa autuada.

Segue a ementa do julgado:

CONSTITUIÇÃO DE EMPRESA COM ARTIFICIALISMO. DESCONSIDERAÇÃO DOS SERVIÇOS PRETENSAMENTE PRESTADOS. MULTA QUALIFICADA. NECESSIDADE DA RECONSTITUIÇÃO DE EFEITOS VERDADEIROS. Comprovado o artificialismo na terceirização de serviços a empresas controladas, cujo objetivo foi reduzir a carga tributária da recorrente mediante a tributação de relevante parcela de seu resultado pelo lucro presumido nas pretensas prestadoras de serviços, correto o procedimento de desconsiderar as despesas correspondentes. Todavia, se ao engendrar as operações artificiais, a empresa que pretensamente prestou os serviços sofreu tributação, ainda que de tributos diversos, há de se recompor a verdade material, compensando-se todos os tributos já recolhidos (Processo 10680.720698/201277, acórdão nº 1102000.820 – 1ª Câmara / 2ª Turma Ordinária)

Assim, aqueles que pretenderem fazer planejamentos com terceirização devem estar atentos para não incorrer nas hipóteses elencadas como não aceitáveis. Obviamente que cada caso deve ser analisado individualmente, e o mais importante é pensar na coerência da operação.

viasetembro | 2014 | Tributário nos Bastidores.

Novas súmulas do TRT da 2ª Região 24 de setembro de 2014 07:49

O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região editou três novas súmulas. Elas foram publicadas no Diário Oficial Eletrônico do último dia 17 de setembro (e por mais dois dias seguidos), com vigência a partir da primeira publicação.

As Súmulas 20, 21 e 22 foram aprovadas em sessão judicial realizada no dia 18 de agosto deste ano, contemplados os autos dos Processos TRT/SP nº 0005290-63.2013.5.02000, 0005291-48.2013.5.02000 e 0005292-33.2013.5.02000, em que o Tribunal Pleno decidiu, por maioria, aprovar a adoção dos verbetes apresentados e determinar a edição das súmulas respectivas, nos termos das propostas apresentadas pela Comissão de Uniformização de Jurisprudência.

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As novas súmulas versam, respectivamente, sobre prescrição em caso de multa por descumprimento da legislação trabalhista com relação a execução fiscal; mandado de segurança para penhora on-line sobre salários, proventos de aposentadoria, pensão e depósitos em poupança; e impenhorabilidade absoluta sobre imóvel próprio ou da entidade familiar utilizado como moradia permanente.

Confira aqui a íntegra da Resolução TP nº 02/2014, que traz as novas súmulas.

viaNovas súmulas do TRT da 2ª Região.

Cartão substituirá carteira de trabalho a partir de 2015O Ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, acompanhou ontem a emissão da primeira carteira digitalizada

postado 26/09/2014 10:01 - 5230 acessos

A versão eletrônica da carteira de trabalho está em fase de implantação para os trabalhadores. O processo informatizado de emissão do documento reduz o tempo de entrega para até uma hora e deverá chegar a todos os estados brasileiros ainda este ano. O sistema começou a ser implantado a partir do Ceará. No começo de 2015, um cartão digital com código de barras deverá substituir a atual carteira de papel.

O Ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, acompanhou ontem a emissão da primeira carteira digitalizada, mas ainda em papel, na sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Ceará (SRTE/CE). “O trabalhador vai ter um único documento e vai receber na hora”, destacou.

A expectativa é reduzir em 10% a informalidade apenas com a agilização no processo. No País, há cerca de 20 milhões de trabalhadores informais. “Há 12 anos, 60% dos trabalhadores eram informais. Agora 60% são formais”.

O documento digital irá reunir informações sobre o trabalhador, como as contribuições declaradas pelos empregadores e outros dados, como identidade e CPF, de acordo com Manoel Dias.

Outra vantagem do documento, de acordo com o ministro, é informar se o empregador vem recolhendo corretamente o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e as contribuições previdenciárias, além de favorecer a segurança nos processos operacionais, diminuindo o número de fraudes. Os trabalhadores também poderão ter seus pedidos de benefícios, como seguro desemprego agilizados.

De acordo com o ministro, entre os desafios para o desenvolvimento do setor de trabalho no País estão a qualificação e o acesso dos trabalhadores às tecnologias de ponta.

Antonio Rafael Sales, 55, foi o primeiro a ter uma carteira de trabalho digitalizada. “Foi muito rápido. Eu estou tirando a carteira de trabalho pela primeira vez”, conta. Ele é cuidador de idosos.

SistemaA versão digital apresenta um novo sistema de emissão, com a validação nacional de dados feita de forma online, o que resulta na entrega do documento no mesmo dia da solicitação.

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No momento da emissão, o trabalhador terá seus dados cruzados com outros bancos governamentais, o que proporciona a entrega de um documento com todas as informações do cidadão atualizadas, que irão compor posteriormente um banco de dados único.

Fonte: O Povo

Suspenso julgamento sobre incidência de contribuição previdenciária sobre participação nos lucros 26 de setembro de 2014 09:00

Foi suspenso o julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 569441, no Supremo Tribunal Federal (STF), relativo à incidência da contribuição previdenciária sobre participação nos lucros paga ao trabalhador. No recurso, com repercussão geral reconhecida, discute-se a possibilidade de tributação no período anterior à edição da Medida Provisória (MP) 794, de 1994, que regulamentou a participação nos lucros.

Até momento foram proferidos cinco votos: quatro votos favoráveis à tributação e um contra. O relator, Ministro Dias Toffoli, entende que a tributação é indevida e votou pelo desprovimento do recurso interposto pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo o ministro, o pagamento da participação nos lucros, sem o recolhimento da contribuição previdenciária, está assegurado pelo artigo 7º, inciso XI, da Constituição Federal. O dispositivo afirma ser direito dos trabalhadores receber a participação dos lucros, desvinculada da remuneração. Se a participação dos lucros está excluída do conceito de remuneração, a contribuição incidiria apenas sobre os demais rendimentos, afirmou o ministro.

Divergência

O ministro Teori Zavascki abriu divergência levando em consideração que a jurisprudência do STF até agora, em decisões proferidas pelas duas Turmas da Corte, sempre foi favorável à incidência da tributação. Essa posição serviu de orientação para o Judiciário, lembrando o ministro que ele próprio já a adotou quando atuava no Superior Tribunal de Justiça (STJ). “Peço vênia para manter a jurisprudência do STF e dar provimento ao recurso do INSS”, afirmou.

O ministro Marco Aurélio, presente em um dos julgamentos sobre o tema nas Turmas do STF, expôs as motivações adotadas na ocasião, revelando que a natureza da regra veiculada pela legislação foi a da isenção. A MP 794 criou um instituto com regras próprias, a fim de estimular os empregadores, e o tributo não incidiria exclusivamente quando o pagamento da participação fosse feito na forma da MP, posteriormente convertida na Lei 10.101/2000.

“Se a essa altura dissermos que a isenção alcança o período pretérito, estaremos dar um alcance maior ao preceito da isenção, que deve ser interpretado em sentido estrito”, afirmou o ministro. Segundo sua argumentação, o legislador excluiu a incidência da contribuição sobre a participação nos lucros, atuando em conformidade com a legislação, a fim de estimular a adoção dessa forma de remuneração.

Da mesma forma, continuou, há a incidência do Imposto de Renda sobre a participação nos lucros, uma vez que não se trata de uma verba indenizatória. O seu objetivo é obter a colaboração do trabalhador, funcionando como um estímulo para se alcançar os lucros na empresa.

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Votaram no mesmo sentido os ministros Luiz Fux e Rosa Weber, pelo provimento do recurso do INSS, antes da suspensão do julgamento.

viaNotícias STF :: STF – Supremo Tribunal Federal.

Descubra 4 características que o mercado de trabalho espera de vocêUNIVERSIA | 26.09.2014 | 09:00

Quer se destacar dos demais candidatos? Veja características que o mercado de trabalho espera de você e saia na frente!Tenha a capacidade de dar opiniões e sugestões construtivas.

O mercado de trabalho está cada vez mais competitivo, no entanto nem sempre todos os candidatos em busca de uma vaga têm as habilidades necessárias para que eles a conquistem. É nessa hora que você deve aproveitar e mostrar o que tem de melhor! Para não fazer feio, descubra 4 características que o mercado de trabalho espera de você e se destaque dos demais:

1 – Capacidade de opinar

Já foi o tempo em que as empresas gostavam de funcionários calados o tempo todo: se você quer se destacar, é essencial que tenha a capacidade de dar opiniões e sugestões construtivas em situações cotidianas e anormalidades, como quando surge um problema inesperado.

2 – Independência

Funcionários independentes costumam ser os favoritos dos chefes. Eles costumam resolver a maior parte dos problemas por conta própria, aprendem rápido e demonstram segurança, características que são extremamente bem vistas no mercado de trabalho. Portanto, se você quer se destacar, demonstre que se dá bem por conta própria.

3 – Bom relacionamento com os demais

Pessoas que se relacionam bem com as demais costumam melhorar o ambiente de trabalho e colaborar com o desenvolvimento de atividades em equipe.

4 – Entrega

E entrega em todos os sentidos: entrega à função para desempenha-la da melhor forma e entrega de resultados, afinal a empresa depende deles. Funcionários que realmente vestem a camisa da empresa chamam a atenção e se destacam no mercado.

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Cinco rotinas matinais que ajudam a manter a produtividade durante todo o diaO Globo | 24.09.2014 | 09:00

A maioria dos profissionais costuma ter uma jornada de trabalho extensa. São 40, 50 ou até 60 horas por semana. Mas, devido aos momentos gastos na internet ou nas redes sociais, o hábito de fazer pequenos intervalos para lanches e cafezinho ou mesmo pela má gestão do tempo, produz-se um trabalho de qualidade apenas em parte do dia. Co-fundador da thredUp.com, um site de revenda de roupas e acessórios de moda, James Reinhart, afirma que é possível otimizar o tempo no escritório e manter a produtividade durante todo o dia. Em artigo publicado pelo site The Globe and Mail, do Canadá, o executivo, que costuma escrever sobre os desafios do mercado de trabalho, listou cinco rotinas que podem ser adotadas logo pela manhã para ser um profissional mais organizado e produtivo. Confira:

Reserve sete minutos para fazer exercícios. Isso mesmo, sete e não 10 minutos! Por quê? Por ser curto o suficiente para não afetar o resto de sua rotina matinal e longo o suficiente para dar um ‘chega prá lá’ na preguiça residual do dia anterior. Existem rotinas infinitas de fitness a se recorrer, mas a que Reinhart acha ser mais eficaz é a “7 minute Workout“ , que em sete minutos trabalha os principais grupos musculares em uma série de 12 exercícios.

Tenha um início de dia verde. Todos dizem que o café da manhã é a refeição mais importante do dia e nada como um pãozinho, uma tigela de cereais, ovos mexidos e um copo de iogurte para acelerar seu metabolismo. Apesar de todas estas opções, o executivo afirma ser surpreendente o efeito que uma vitamina verde faz no organismo. E é muito mais rápido prepará-la do que se imagina: basta bater uma maçã, uma banana, uma laranja, um punhado de espinafre, metade de um pepino com qualquer suco ou água de coco, alguns cubos de gelo e um pouco de semente de linhaça. É fácil de fazer e energizante.

Escolha três metas para o dia. Decida as três coisas que considera mais importantes e que gostaria de — e pretende — realizar nas próximas 12 horas para sentir que seu dia foi um sucesso. Obviamente, nem todos os dias conseguirá cumprir todas elas, mas montar uma estratégia como esta ajuda a seguir em frente e cumprir seus afazeres.

Marque no calendário. Um dos erros mais comuns não é deixar de fazer uma lista de afazeres, mas não determinar prazos razoáveis para cumpri-las. As pessoas que conseguem montar um cronograma desta forma são mais propensas a entregar seus projetos no prazo. Segundo Reinhart, é muito simples: para cada um dos itens de sua lista, marque no calendário um bloco de dias que você calcula que cada tarefa irá levar. Em seguida, adicione 33% de tempo a mais como garantia. Se um projeto vai durar um tempo maior e depende de outras pessoas, divida-o em blocos. Use um bloco de dias para planejar e um ou dois para realizar o projeto. Este método simples ajuda a manter o foco e a redirecionar as tarefas que deixou de priorizar, muitas vezes por pequenas distrações e outros afazeres que apareceram durante a manhã.

Parada estratégica após o almoço. Pegue 15 minutos logo depois do almoço para fazer uma espécie de meditação profissional: afaste-se do computador, vá para a sala de reuniões ou outro lugar calmo e verifique as pendências de sua agenda. Veja a quantas anda a lista que você elaborou no início da manhã: está adiantado? Atrasou alguma tarefa? Vai ver que esta parada de 15 minutos irá ajudá-lo a identificar o que o distraiu e o fez desviar do cronograma, ajudando-o a reencontrar o ritmo para produzir mais durante o resto do dia.

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Empregos simultâneos: Comunicação da remuneração recebida1) Pergunta:

O segurado empregado, inclusive o doméstico, que possuir mais de 1 (um) vínculo empregatício, deverá comunicar a todos os seus empregadores a remuneração recebida?

2) Resposta:

Sim. O segurado empregado, inclusive o doméstico, que possuir mais de 1 (um) vínculo, deverá comunicar a todos os seus empregadores, mensalmente, a remuneração recebida até o limite máximo do salário-de-contribuição, envolvendo todos os vínculos, a fim de que o empregador possa apurar corretamente o salário-de-contribuição sobre o qual deverá incidir a contribuição social previdenciária do segurado, bem como a alíquota a ser aplicada.

Para tanto, o segurado deverá apresentar os comprovantes de pagamento das remunerações como segurado empregado, inclusive o doméstico, relativos à competência anterior à da prestação de serviços, ou declaração, sob as penas da lei, de que é segurado empregado, inclusive o doméstico, consignando o valor sobre o qual é descontada a contribuição naquela atividade ou que a remuneração recebida atingiu o limite máximo do salário-de-contribuição, identificando o nome empresarial da empresa ou empresas, com o número do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), ou o empregador doméstico que efetuou ou efetuará o desconto sobre o valor por ele declarado.

Quando o segurado empregado receber mensalmente remuneração igual ou superior ao limite máximo do salário-de-contribuição, a declaração poderá abranger várias competências dentro do exercício, devendo ser renovada, após o período indicado na referida declaração ou ao término do exercício em curso, ou ser cancelada, caso haja rescisão do contrato de trabalho, o que ocorrer primeiro.

Notas Tax Contabilidade:

(1) O segurado deverá manter sob sua guarda cópia da citada declaração, juntamente com os comprovantes de pagamento, para fins de apresentação ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ou à fiscalização da Receita Federal do Brasil (RFB), quando solicitado.

(2) Aplica-se, no que couber, as disposições aqui tratadas ao trabalhador avulso que, concomitantemente, exercer atividade de segurado empregado.

Base Legal: Art. 64 da IN RFB nº 971/2009 (UC: 26/09/14). Informações Adicionais:

Este material foi escrito no dia 09/08/2014 e atualizado em 26/09/2014, pela Equipe Técnica da Tax Contabilidade. Sua reprodução é permitida desde que indicada a fonte: Tax Contabilidade. Empregos simultâneos: Comunicação da remuneração recebida (Area: Contribuição Previdênciaria - INSS). Disponível em: http://www.tax-contabilidade.com.br/pergResps/pergRespsIndex.php?idPergResp=913. - Acesso em: 27/09/2014.

Registra-se que as perguntas e respostas aqui publicadas são idealizadas com base na legislação em vigor da data de sua criação. Elas representam a opnião da Equipe Técnica da Tax Contabilidade.

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Qual a vantagem do eSocial para o empresário, trabalhador e governo?

Postado por José Adriano em 26 setembro 2014 às 15:00

Por Renato Matavelli

Muito se tem dito e várias opiniões têm se formado em torno do novo projeto do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), o eSocial.  Assim como é conhecido, o eSocial (Sistema de Escrituração Fiscal Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas) tem sido motivo de atenção das empresas e empregadores pessoas físicas no Brasil, pois o projeto traz uma nova ideologia de prestações de contas ao governo, com envio de informações trabalhistas, fiscais e previdenciárias “online” através de sistemas de informação.

Essa grande mudança fará com que empresas e empregadores alterem completamente seus métodos de capacitação de dados de seus empregados e as formas de prestações de contas quanto a pagamentos realizados, serviços prestados, serviços tomados, segurança do trabalho, entre outros.

Esse novo programa tem como principais objetivos simplificar o cumprimento das obrigações principais e acessórias exigidas pela fiscalização do trabalho, pelas regras do FGTS, pela legislação do seguro social e previdenciário e até do Imposto sobre a Renda visando garantir aos trabalhadores seus direitos trabalhistas assegurados pelas Leis Trabalhistas tutelados pelo governo federal, e ainda aprimorar a qualidade da informação da seguridade social e das relações de trabalho.

Os processos internos das empresas terão muitos desafios para se enquadrarem nos termos exigidos pelo eSocial. Apesar dos setores fiscais já estarem experientes com o Sped, outros setores das empresas irão encarar pela primeira vez processos de escrituração digital.

Especialistas dizem que a maior dificuldade estará no cadastro de funcionários, já que empresas possuem essas informações de forma descentralizada e defasada. Investimento em implantação de software para enviar os dados não deve ser o único plano de ação a ser tomado. Mudanças culturais deverão acontecer, pois os vários setores envolvidos precisarão trabalhar em conjunto para evitarem divergências de informações.

Hoje, empresas de variados portes têm procurado no mercado soluções de softwares que sejam capazes de integrar todas as informações tangíveis do eSocial. Mesmo sem o layout definitivo publicado, em razão da última versão apresentada no dia seis de janeiro de 2014 ainda não ter sido aprovada pelo Comitê Gestor do e-Social, empresas e empregadores de todo o Brasil precisam já se preocupar com a padronização e unificação de seus dados. Isso para que a implantação de um software de comunicação ocorra com sucesso e sem maiores danos.

Companhias atuantes hoje no território nacional precisam checar se já possuem todos os dados necessários para o eSocial e, se possuem, precisam saber onde estão estes dados e se estes são inteiramente confiáveis.

Existem empresas de consultoria hoje no mercado que oferecem tais serviços de mapeamento e validação dos dados e que podem ajudar muito neste processo. Estas empresas contam com consultores que são

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capazes de organizar as informações de determinados setores e criar uma única base de dados central da empresa.

O envio das informações para o banco de dados do governo será de total responsabilidade da empresa ou empregador. Não haverá “perdão” para envio de dados errados causados por má implantação de software ou reorganização equivocada de dados, podendo até mesmo gerar multas previstas em lei. Com o eSocial, será mais simples para o governo identificar erros de procedimentos nas instituições.

Essa base central de dados servirá para armazenamento dos dados dos vários órgãos e obrigações governamentais que hoje são exigidas, como Livros de Registro de Empregado, Folha de Pagamento, SEFIP (Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social), GFIP (Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social), CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), DIRF (Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte), CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário) e MANAD (Manual Normativo de Arquivos Digitais).

O eSocial funcionará também como um grande fiscalizador, que trabalhará 24 horas por dia, 7 dias por semana, verificando constantemente o cumprimento das legislações.

Este grande sistema do Sped resultará, consequentemente, em uma redução considerável da inadimplência fiscal e tributária praticada no Brasil, pelo fato dos dados serem validados no momento em que são recebidos.

Hoje, o governo registra cerca de quatro bilhões de reais de diferença por ano entre a Folha e GFIP. Com a queda da inadimplência, a arrecadação tributária crescerá. Porém, após todo o eSocial implantado nas empresas, os custos para as prestações de contas serão bem menores e mais simples do que são atualmente.

Os trabalhadores terão seus direitos garantidos pelo sistema pelo fato de o governo ter em mãos todas as informações trabalhistas de que necessita para fiscalizar. Creio que podemos dizer que após um desconforto inicial gerado pelas mudanças de processos, culturas e paradigmas, caminharemos, como nação, para uma nova era de relação empresário, trabalhador e governo, no qual todos terão seu percentual de ganho.

Link: http://computerworld.com.br/blog/opiniao/2014/09/25/qual-a-vantagem...

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Ir e vir

Pagamento de vale transporte em dinheiro prejudica empregador20 de setembro de 2014, 07:53

Por   Alex Araujo Terras Gonçalves   e   João Gusmão de Souza Junior

O vale transporte é um auxilio que o empregador antecipa ao trabalhador para utilização efetiva em despesas de deslocamento da residência para o trabalho e vice-versa, regrado pelo prescrito na Lei 7.418/85, com regulamentação do Decreto 95.247/87.

O auxílio transporte é assegurado para os seguintes trabalhadores: (i) empregados, definidos no artigo 3º da CLT; (ii) empregados domésticos, definidos na Lei 5.859/1972; (iii) trabalhadores temporários, definidos na Lei 6.019/1974; (iv) os empregados a domicilio, para os deslocamentos indispensáveis à prestação do trabalho, percepção de salários e os necessários ao desenvolvimento das relações com o empregador; (v) os empregados do subempreiteiro, em relação a este e ao empreiteiro principal, nos termos do artigo 455 da CLT; (vi) os atletas profissionais.

Diferente do vale alimentação que se constitui em uma liberalidade concedida pelo empregador, dentro das hipóteses elencadas, haverá necessidade expressa da concessão do auxilio por tratar-se de norma cogente, com o condão de obrigar a todos aqueles a que se destinam.

O auxilio será concedido, devendo o trabalhador custear a parcela equivalente a 6% de seu salário básico ou vencimento, ficando a cargo do empregador o que exceder tal montante. Tal prescrição se faz necessária, haja vista que o auxilio transporte não corresponde a valor pago em contraprestação aos serviços prestados, sendo defeso ao empregador arcar com todos os custos a ele inerentes.

Não será obrigatória a concessão quando o empregador proporcionar, por meios próprios ou contratados, o deslocamento adequado, da residência para o trabalho e vice-versa, de seus trabalhadores, em consonância com o disposto no artigo 4º do Decreto 95.247/87. Ressalvamos que, caso seja concedido o transporte pela empregadora — seja diretamente ou em contrato entre a empresa e terceiro — está autorizado a proceder o desconto de 6% sob a remuneração do trabalhador, bem como, o empregador gozará de todos os benefícios legais instituídos no aludido decreto, conforme observado no artigo 33 do mesmo dispositivo.

Faz-se mister ressaltar que a Decreto 95.247/87, ainda prevê benefícios fiscais sobre o valor gasto efetivamente com o vale transporte, que serão deduzidos no IR, na forma dos artigos 31 e 32.

É vedado ao empregador substituir o vale transporte por antecipação em dinheiro ou qualquer outra forma de pagamento, salvo quando faltar ou for insuficiente o estoque de vale transporte necessário ao atendimento da demanda e ao funcionamento do sistema.

O trabalhador será ressarcido pelo empregador, na folha de pagamento imediata, da parcela correspondente, quando tiver efetuado, por conta própria, a despesa para seu deslocamento.

O vale transporte no que se refere à contribuição do empregador: (i) não tem natureza salarial, nem se incorpora ao à remuneração do beneficiário; (ii) não constitui base para incidência de contribuição previdenciária ou FGTS; (iii) não é considerado para o efeito de pagamento da gratificação de natal; (iv) não configura rendimento tributável.

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O trabalhador deverá informar no ato da contratação e informar sempre que houver qualquer alteração no seu endereço residencial e o meio de transporte mais adequado ao seu deslocamento da residência para o trabalho e vice-versa, sob pena de suspensão do benefício.

A declaração falsa ou uso indevido do vale transporte constituem falta grave do trabalhador podendo ensejar as penalidades de advertência, suspensão ou até mesmo, caso seja verificada a reiteração, demissão por justa causa, sempre observando a gravidade e a reiteração da conduta, como a venda dos vales transportes.

O fornecimento de vale transporte pelo empregador ao trabalhador, em dinheiro, é expressamente vedado pelo regramento contido no artigo 5º, do Decreto 95.247/1987.

Portanto, caso a antecipação seja realizada, em espécie, pelo empregador ao trabalhador, entendemos que tal montante será integrado ao salário do trabalhador para todos os fins, refletindo em 13º Salário, Férias e FGTS, pois realizado em desacordo com o artigo 5º, do Decreto 95.247/1987, conforme redação abaixo:“Art. 5° É vedado ao empregador substituir o Vale-Transporte por antecipação em dinheiro ou qualquer outra forma de pagamento, ressalvado o disposto no parágrafo único deste artigo”

Diante disso, recomendamos que seja feito o pagamento do vale transporte por intermédio de ticket ou cartão magnético (bilhete único), pois a consequência do pagamento em dinheiro será prejudicial para o empregador.

Alex Araujo Terras Gonçalves é advogado especializado em Direito Empresarial e sócio do escritório Morais, Donnangelo, Toshiyuki e Gonçalves Advogados Associados.

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Revista Consultor Jurídico, 20 de setembro de 2014, 07:53

Contribuinte pode contestar IR sobre adicional de férias Leone FariasDo Diário do Grande ABC

Com a recente decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) de considerar indevida a cobrança da contribuição previdenciária a cargo da empresa sobre o adicional de férias, pelo entendimento de que essa verba tem natureza “compensatória/indenizatória”, e não remuneratória, isso abre a possibilidade de o contribuinte entrar com ação na Justiça para que não se cobre o IR (Imposto de Renda) sobre as mesmas verbas.

Isso porque o artigo 43 do Código Tributário Nacional define que o Imposto de Renda tem como fato gerador o acréscimo patrimonial, mas as indenizações em geral não têm essa natureza, pois são apenas para recomposição de patrimônio, explica a advogada Ane Streck Silveira, do escritório Andrade Maia Advogados.

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Ane observa que hoje o empregador é obrigado a fazer a retenção do IR, já que a Receita Federal continua determinando que haja o recolhimento tanto do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) quando do IR sobre o chamado terço constitucional de férias. O mérito definitivo sobre a questão será dado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), mas já há condições de entrar na Justiça contra a União para discutir essa cobrança. “O TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que abrange a Região Sul do País), já tem entendimento favorável a essa tese”, assinala. “Não se trata de salário, o valor não é contraprestação (remuneração) em troca da força de trabalho, mas recomposição do perda de patrimônio ou indenização”, afirma o advogado trabalhista e previdenciário do escritório Baraldi-Mélega Advogados Danilo Pieri Pereira. “É preciso buscar na Justiça comum a reparação do dano”, diz.

Ainda segundo Ane, com a possibilidade de revisão da jurisprudência também em relação à cobrança do IR sobre as férias, é interessante que já se ingresse com ação para não ter a prescrição de valores. Isso porque, em caso de vitória judicial, a pessoa tem direito de receber retroativos referentes aos cinco anos anteriores ao do ajuizamento do processo.

Para Pereira, o governo não vai querer abrir mão dessa fonte de arrecadação e, por isso, o caminho é buscar os serviços de escritórios de advocacia, que vão analisar os valores retidos e orientar em relação a quanto a União teria a restituir, o que varia de acordo com a faixa de tributação de cada trabalhador.

TABELA - O Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) reforçou neste mês ao STF (Supremo Tribunal Federal) o pedido de julgamento da ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) em que questiona a correção da tabela do IR.

Na ação, a OAB demonstra que a correção em índice inferior à inflação viola preceitos constitucionais de renda e capacidade contributiva. “À medida em que o tempo passa, o tributo vai corroendo progressivamente o patrimônio do contribuinte”, assinala o advogado Maurício Maioli, da Andrade Maia Advogados.

O julgamento da ADI é importante, já que MP (Medida Provisória) que havia corrigido a tabela do IR para o ano-calendário 2015 em diante, utilizando o percentual de 4,5% (que é o centro da meta de inflação), foi extinta em 29 de agosto, por falta de votação no Congresso. Com isso, há o risco de não haver nenhuma correção dos valores de tributação no ano que vem. 

Empresas ignoram STF por insegurançaPublicado em 23 de setembro de 2014 por Marina Antunes

Roberto Dumke

São Paulo – Apesar de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter liberado, em abril, empresas de contribuir com a previdência de cooperativas, por insegurança os pagamentos ainda são feitos. O problema é a falta da publicação do acórdão da decisão.

Segundo especialistas ouvidos pelo DCI, os empresários têm preferido ignorar a decisão do Supremo para não correr o risco de entrar em situação irregular. Isto porque para participar de licitações públicas, entre outros processos, é exigida certidão de regularidade de contribuições previdenciárias.

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A decisão trata de contribuição de 15% que as empresas devem fazer sobre o valor de serviços prestados por cooperativas de trabalho – como as médicas, do sistema Unimed, ou as de táxi. Em abril, o STF reconheceu a repercussão geral do caso e decidiu com unanimidade que o pagamento é inconstitucional.

A rigor, a decisão em repercussão geral protege quem já havia questionado a contribuição na Justiça, diz Branca de Oliveira Adaime, do Andrade Maia Advogados. A abrangência dos efeitos para aqueles que ainda não haviam entrado em juízo depende do acórdão, que pode trazer restrições. Uma possibilidade, afirma ela, seria que o acórdão viesse modulado, no sentido de impedir que as empresas peçam a restituição das cobranças indevidas dos últimos cinco anos.

O sócio do Coelho e Morello Advogados, Luiz Eduardo Moreira Coelho, diz que o STF pode limitar efeitos para não afetar demais a Previdência. “Não seria a primeira vez. O grande dinheiro está nas cobranças dos últimos cinco anos.”

Para as cooperativas, a decisão do STF repercutiu bem. Sem a contribuição, os preços pelos serviços ficam mais competitivos. A Unimed do Brasil, inclusive, fomentava a contestação da cobrança na justiça. “Desde o início, nós orientamos e oferecemos até modelo de minuta de mandado de segurança para as empresas”, diz o superintendente jurídico, José Cláudio Ribeiro Oliveira.

Após a decisão, há relatos inclusive de que algumas Unimeds incluíram um aviso de “não recolher contribuição”, em suas faturas. Mas o próprio Oliveira diz que não se pode apenas deixar de recolher, é preciso entrar com ação na justiça para pedir o direito.

O trâmite judicial é necessário porque a Lei 9.876/1999, que instituiu a cobrança, segue em vigor. “E o recolhimento continua sendo feito, como se não houvesse decisão”, acrescenta o sócio da área tributária do Lobo & de Rizzo Advogados, Eduardo Martinelli Carvalho. Para ele, são raros os casos em que o governo derruba com rapidez uma lei, por causa de decisão do STF. “Na regra, continua cozinhando o contribuinte em banho-maria.”

Fonte: DCI

Diferença entre insalubridade e periculosidade Os termos são parecidos, porém com significados diferentes. Publicado por Yokota Advogados - 6 dias atrás

Para a caracterização de insalubridade o empregado deve estar exposto, em caráter habitual e permanente, a agentes nocivos à saúde, como químicos, ruídos, exposição ao calor, poeiras, etc., que podem causar o seu adoecimento. Apesar do requisito da permanência ser importante, a submissão intermitente do empregado a condições insalubres não afasta, por si só, o direito ao recebimento do adicional (Súmula 47, TST). A insalubridade é regulada pelos artigos 189 a 192 da CLT e pela NR nº 15 do Ministério do Trabalho e Emprego. O adicional pode variar entre 10, 20 ou 40% sobre o salário mínimo.

Já a periculosidade caracteriza-se pelo fator “fatalidade”, ou seja, a submissão do empregado a risco de vida, em função das atividades por ele exercidas. Como exemplo cita-se o uso de explosivos, inflamáveis, substâncias radioativas ou ionizantes, atividades de segurança pessoal e patrimonial que exponham o

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empregado a roubos, etc. A periculosidade é definida nos artigos 193 a 196 da CLT e na NR nº 16 do MTE. O adicional é correspondente a 30% sobre o salário-base.

Note-se bem a diferença: enquanto o adicional de insalubridade (10 a 40%) é pago sobre o salário mínimo, o adicional de periculosidade (30%) é pago sobre o salário-base do empregado.

Além disso, ao contrário da insalubridade, a permanência ou habitualidade não é relevante para a caracterização da periculosidade, já que apenas uma fração de segundo submetido a condições perigosas pode ser o suficiente para tornar o empregado definitivamente inválido ou custar-lhe a vida.

Para que o empregado faça jus aos respectivos adicionais será indispensável a realização de uma perícia no local de trabalho, por autoridade competente, que ateste a presença dos agentes insalubres ou perigosos. No entanto, mesmo constatada a presença desses agentes, caso eles sejam totalmente eliminados pela utilização de equipamentos de proteção (EPI’s) ficará excluído o direito a percepção do adicional (Súmula 80, TST). Caberá ao empregador verificar a efetiva utilização dos equipamentos de proteção pelos seus empregados e promover medidas que diminuam ou eliminem a nocividade no ambiente de trabalho, sob pena de arcar com o pagamento do adicional respectivo (Súmula 289, TST).

Por fim, cabe lembrar que os adicionais de periculosidade e insalubridade não são cumuláveis, a teor do art. 193, § 2º da CLT. Dessa forma, o empregado poderá optar por aquele que for maior.

3 verdades sobre abrir uma empresa que ninguém contou para vocêEmpreendedor americano mostra a realidade de começar um negócioDa Redação - 24/09/2014

Muitos empreendedores entram no mundo dos negócios achando que tudo será maravilhoso e tranquilo. O que poucos sabem é que a experiência pode ser um pouco mais difícil. O empreendedor Logan Chierotti, cofundador da empresa de gestão de reputação na web InternetReputation.com, usou o espaço do site da revista Inc. para listar o que ele acha que são três verdades que poucas pessoas contam sobre o empreendedorismo.

1. Resolver problemas é o seu novo trabalhoSaiba que você irá enfrentar problemas o tempo todo: de todos os tipos e tamanhos, que exigirão energia, tempo e muita sanidade. Se você resolver abrir um negócio negando esse fato, afirma Chierotti, haverá grandes chances de você desistir logo no começo. E, se você não for capaz de superar cada um deles, sua empresa fracassará, não importa quão genial seja sua ideia ou preparada seja sua equipe. O bom dessa verdade é que você aprenderá – ou pelo menos deverá aprender – com o tempo e a cada dificuldade superada, tornando os próximos desafios menos complicados.

2. Você sempre é o último a ser pagoSegundo Chierotti, ele demorou um pouco mais para entender essa verdade. Seus funcionários,

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fornecedores, locatários, empreiteiros e qualquer empresa que forneça algum tipo de serviço serão prioridades na hora de distribuir os lucros. Afinal, sem eles, seu negócio não existiria. Por isso Chierotti recomenda que você guarde algum dinheiro para poder se sustentar e pagar despesas pessoais enquanto seu negócio ganha tração.

3. Nada de folgas ou fériasNo começo, você terá que trabalhar muito mais do que quando tinha um emprego tradicional. Para Chierotti, empreender é ser responsável por uma máquina que não para. Você precisará abrir mão de férias, folgas e vida pessoal, pelo menos até a sua empresa crescer o suficiente para você poder contratar mais pessoas e dividir funções. Chierotti dá como exemplo sua própria carreira: atualmente são necessários sete funcionários para fazer o que ele antes desempenhava sozinho no começo do seu negócio.

Instituído o Comitê Interministerial de Segurança em Máquinas e Equipamentos26 set 2014 - Trabalho / Previdência

Por meio da Portaria Interministerial MTE n° 08/2014, foi instituído o Comitê Interministerial de Segurança em Máquinas e Equipamentos- CI Máquinas, com o objetivo de promover a segurança no trabalho com máquinas e equipamentos e colaborar na implementação da Norma Regulamentadora n°12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos.

A Portaria Interministerial MTE n°8/2014, foi publicada no Diário Oficial da União em 26.09.2014.

Fonte: Legisweb

IR: Receita não pode punir quem errou na declaração por culpa do empregadorPublicado em 22 de setembro de 2014 por Júlia Pereira

A retenção do Imposto de Renda (IR) na fonte e o seu recolhimento cabem ao empregador, mas o contribuinte é responsável por pagar o tributo e lançar o valor recebido em sua declaração de ajuste anual. No entanto, é indevido cobrar multa e juros do contribuinte quando, induzido a erro pela fonte pagadora, inclui em sua declaração os rendimentos como isentos e não tributáveis. O entendimento é da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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Em 1992, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul moveu ação trabalhista em favor dos médicos e dentistas que à época trabalhavam nos hospitais do Grupo Hospitalar Conceição. Antes mesmo do julgamento, as partes entraram em acordo e deram fim ao processo.

Ficou combinado que, a partir de 1996, eles receberiam o valor mensal correspondente a 8% da remuneração para a constituição de um fundo de aposentadoria. Como a obrigação não foi cumprida, os hospitais tiveram de indenizar os profissionais pelas perdas e danos.

Depois disso, a Receita Federal multou alguns dos profissionais porque os valores recebidos foram lançados na declaração do IR como isentos e não tributáveis. Eles impetraram mandado de segurança para que o imposto não incidisse sobre os valores decorrentes do acordo.

O juízo de primeiro grau concedeu a segurança, mas o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) considerou que nessa hipótese o IR deveria incidir, já que “as verbas recebidas por empregados médicos em função da não constituição do fundo de aposentadoria têm natureza jurídica de salário e, portanto, representaram acréscimo patrimonial”.

O tribunal ressaltou que, embora os hospitais não tenham retido o IR na fonte, os contribuintes não poderiam deixar de declarar a renda e pagar o imposto no ajuste anual.

No recurso especial para o STJ, os médicos defenderam que a responsabilidade pela retenção é da fonte pagadora, a qual, segundo eles, deve responder de forma exclusiva pelo pagamento do IR.

O ministro Mauro Campbell Marques, relator do recurso especial, considerou que a falha dos hospitais – não reter o IR e ainda enviar comprovante de rendimentos aos contribuintes informando que se tratava de rendimentos isentos e não tributáveis – não retira deles a qualidade de contribuintes, sujeitos passivos da relação jurídico-tributária.

“Em última instância, foram os contribuintes os beneficiados pelo não pagamento do tributo e não a fonte pagadora. Sendo assim, quando da entrega da declaração de ajuste, os contribuintes deveriam ter oferecido os valores à tributação. Não o fizeram. Daí que devem arcar com o imposto devido”, disse o ministro.

Apesar disso, Campbell enfatizou que a falha dos hospitais ao enviar comprovante informando que se tratava de rendimentos isentos e não tributáveis torna indevida a multa e juros aos contribuintes, já que, induzidos a erro pela fonte pagadora, não incluíram os valores no campo correto.

Nessa hipótese, disse, a responsabilidade pela multa e juros de mora deve ser atribuída à fonte pagadora, conforme o artigo 722, parágrafo único, do Regulamento do IR/99.

Fonte: IG Economia

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Você sabe pedir aumento?São Paulo – Uma pesquisa da revista de negócios Business Insider, realizada em maio com 548 jovens profissionais, apontou que 82% deles não negociam o primeiro salário. As duas principais razões apontadas para isso são a insegurança e o desconhecimento da possibilidade de discutir o valor da remuneração. Mas essa atitude pode custar caro no longo prazo.

Um levantamento do site americano Salary.com apontou que um profissional que não negocia seu salário pode deixar de ganhar 1 milhão de dólares ao longo de 45 anos de carreira. De acordo com o estudo, um aumento de apenas 11% no salário inicial e negociações de 4% a cada três anos seriam suficientes para garantir ao profissional esse acréscimo no contracheque.

Essa pequena vantagem salarial, aparentemente irrelevante, pode representar, no longo prazo, uma enorme diferença na remuneração e até no crescimento de carreira. A razão é um fenômeno observado pela primeira vez em 1968 pelo sociólogo americano Robert K. Merton — batizado de Efeito Mateus, em referência à passagem do Evangelho de São Mateus: “A todo aquele que tem, será dado mais, e terá em abundância. Mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado”.

“É o que pode acontecer, por exemplo, quando dois restaurantes, A e B, muito próximos em preço e qualidade, são abertos. Por fatores aleatórios, A recebe no primeiro mês um pouco mais de clientes do que B, e obtém um faturamento maior.

Aos olhos dos investidores, o restaurante A se torna mais atraente e acaba por crescer mais do que B, que tinha as mesmas propriedades no início”, diz Samy Dana, da Escola de Economia de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas. Para Ana Karolyna Guedes, de 30 anos, gerente sênior de novos negócios da Eurofarma, de São Paulo, a negociação salarial fez toda a diferença em seu crescimento profissional.

“Tenho amigos da mesma idade e da mesma área que acabaram não crescendo no mesmo ritmo. Eu acredito que seja por essa postura tímida na negociação”, diz Ana.

A gerente iniciou a carreira como trainee e, já no primeiro ano de companhia, reivindicou o salário que acreditava merecer. Essa atitude foi mantida em outros empregos, o que lhe rendeu ganhos de até 200% em relação ao salário anterior. “Nunca tive medo de negociar. Sempre procurei me pautar por argumentos e por entregas que estava realizando”, diz Ana.

Questão cultural

A dificuldade de negociar o salário afeta principalmente as mulheres. Segundo uma pesquisa do site de empregos Catho, enquanto 36,1% dos homens rejeitam a primeira proposta salarial, apenas 24,1% das mulheres têm a mesma atitude. Por uma questão cultural, elas costumam ser menos agressivas na hora de negociar, um dos fatores que resultam na diferença salarial entre os gêneros no mercado de trabalho.

“A mulher acredita que será reconhecida pelos resultados e espera que o reajuste no salário venha naturalmente. Mas é preciso um maior protagonismo para não ficar em desvantagem no futuro”, diz Fabiana Nakazone, da Cia de Talentos, de recrutamento de trainees.

Apesar da insegurança inicial, negociar o salário pode ser simples, dizem os especialistas. “O hábito de negociar bem é um aprendizado. Todos podem desenvolver essa habilidade. Só é preciso clareza do cenário e saber quanto você vale”, diz Henrique Bessio, diretor da empresa de recrutamento Michael Page.

Fonte: Luciana Lima – Você S/AIPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Quer aliviar o estresse no trabalho?Confira dicas que diminuirão as tensões do dia a dia e aumentarão a produtividade

Lidar com a rotina de trabalho, enfrentar o trânsito para chegar à empresa, resolver problemas, responder inúmeros e-mails, atender vários telefonemas. Chega um momento em que o profissional beira a exaustão e precisa encontrar formas de aliviar um pouco o estresse diário.

Listamos algumas dicas preciosas que ajudarão quem está nessa situação e precisa ficar mais tranquilo para aumentar a produtividade no trabalho.  

Invista em um esporte No esporte, você aprende a lidar com vitória e derrotas, entende que a preparação é mais importante que a prova e, dependendo da modalidade, o que é trabalho em equipe e como liderar. Além disso, fazer exercício físico é uma boa forma de eliminar o estresse e tirar um tempo para colocar os pensamentos em ordem. 

Planeje-sePara alguns empreendedores, o estresse é resultado de não saber como realizar suas tarefas diárias. Muito do stress pode ser eliminado com planejamento e programação.  

Entre em contato com a naturezaEssa é uma forma de esquecer os problemas adquiridos durante a semana. Esquecer um pouco o laptop e aproveitar áreas abertas, de preferência jardins com muito verde ajudam  a mente a descansar um pouco.  

Durma bem A falta de sono pode atrapalhar a rotina de qualquer um. O sono fortalece o sistema imunológico, libera a secreção de hormônios, como o de crescimento e insulina, consolida a memória, deixa a pele mais bonita e saudável, além de relaxar e descansar a musculatura. Para quem insiste em dormir poucas horas por dia, um alerta: em um estudo realizado pela Universidade de Chicago (EUA), 11 pessoas com idades entre 18 e 27 anos foram impedidas de dormir mais de quatro horas durante seis dias. No final do período, o funcionamento do organismo delas era comparado ao de uma pessoa de 60 anos de idade. E os níveis de insulina eram semelhantes aos dos portadores de diabetes.

FGTS - Da perda de finalidade da contribuição social instituída pela Lei Complementar nº 110/2001Há quase 15 anos, as pessoas jurídicas estão sujeitas à contribuição social instituída pela Lei Complementar nº 110/2001.

Conforme disposto na lei, aludido tributo é devido pelos empregadores em caso de despedida de empregado sem justa causa, à alíquota de 10% (dez por cento) sobre o montante de todos os depósitos devidos, referentes ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, durante a vigência do contrato de trabalho, acrescido das remunerações aplicáveis às contas vinculadas.

Nesse contexto, vale observar que referida contribuição foi instituída com a destinação específica de fazer frente ao déficit do FGTS, originado com o pagamento dos expurgos inflacionários dos Planos Verão e Collor I.

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Trata-se, conforme ressaltado pelo Supremo Tribunal Federal em julgamento às ADIs 2.556 e 2568, de uma contribuição social geral, que encontra fundamento de validade noart. 149 da Constituição Federal de 1988.

Entretanto, a justificativa para a exigência da contribuição já não mais subsiste, na medida em que a última parcela dos complementos de correção monetária das contas vinculadas foi pago ainda em janeiro do ano de 2007. Certo é que, hoje em dia, o FGTS é superavitário.

Mesmo diante desse cenário, a Presidência da República houve por bem vetar, na íntegra, o Projeto de Lei Complementar PLP nº 200/2012, o qual estabelecia como termo final da cobrança da contribuição a data de 1º de junho de 2013, tendo sido o veto confirmado pelo Congresso Nacional.

A explicação para o veto presidencial é o fato de que o Governo Federal não quer abrir mão da receita advinda da arrecadação de aludida contribuição, eis que tais recursos vêm sendo utilizados para outros fins, como para o financiamento do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.

Todavia, uma vez exaurida a finalidade para a qual foi instituída a contribuição social daLei Complementar nº 110/2001, não se justifica a sobrevivência do tributo.

Por fim, vale notar que a discussão acerca da perda da finalidade da contribuição daLei Complementar nº 110/2001já aportou no Supremo Tribunal Federal, sendo objeto das ADIs 5.050 e 5.051, ainda pendentes de julgamento.

Vinícius de Mattos Felício

Advogado. Professor de Direito Comercial da Fundação José Bonifácio de Andrada - FUNJOB - FAI. Mestrando em Direito Empresarial pela Faculdade de Direito Milton Campos

 Guilherme Vinicius Magalhães

Advogado Tributarista integrante de Marques, Gontijo & Felício Advogados Associados de Belo Horizonte/MG.

Fonte: FISCOSOFT

Reajuste salarial

Acordo no TST evita greve nacional dos empregados dos Correios25 de setembro de 2014, 15:27

Vinte sindicatos de empregados dos Correios fecharam nesta quarta-feira (24/9), no Tribunal Superior do Trabalho, acordo coletivo para os anos de 2014 e 2015. De acordo com a empresa, menos de 300 empregados, de um total de 120 mil, continuam em greve nos estados de Minas Gerais e Roraima. "O acordo evitou uma greve nacional da categoria", afirmou o ministro Ives Gandra Martins Filho, vice-presidente do TST, que conduziu a mediação que resultou no acordo. 

O reajuste salarial ficou em 6,5%, a ser pago em forma de gratificação, com reflexos em verbas trabalhistas como férias, 13º e FGTS. O reajuste não será menor do que R$ 200, mesmo quando o percentual corresponder a quantia inferior.

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Dos 36 sindicatos da categoria, 20 fecharam o acordo no TST, o que corresponde a cerca de 60% do total de trabalhadores. A Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e das Trabalhadoras dos Correios (Findect) e seus seis sindicatos filiados aderiram ao acordo.

A Federação Nacional dos Trabalhadores de Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) não assinou o acordo porque, dos 30 sindicatos filiados, 14 aceitaram a proposta. Um dos sindicatos filiados, o da Bahia, não se pronunciou porque se encontra sob intervenção judicial.

O vice-presidente do TST considerou o acordo histórico porque "ocorreu antes do ajuizamento do dissídio coletivo e de uma situação de greve". Ives Gandra Filho conseguiu, além da aceitação pela empresa de várias cláusulas de interesse dos trabalhadores, que não houvesse o corte de ponto dos atuais grevistas, devido, inclusive, à pequena adesão ao movimento.

Antes da audiência da mediação, a vice-presidência fez 11 reuniões com as partes buscando a conciliação. Por causa dessa negociação, a categoria, em sua maioria, não entrou em greve, e a empresa não acionou a Justiça do Trabalho. Os Correios se comprometeram, agora, a ajuizar dissídio coletivo solicitando a extensão do acordo aos filiados dos outros sindicatos que não aderiram a ele. O pedido, assinalou Ives Gandra Filho, será analisado pelos integrantes da Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) do TST, quando do julgamento do dissídio. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.

Revista Consultor Jurídico, 25 de setembro de 2014, 15:27

Transpetro é condenada em R$ 200 mil por terceirização ilícita23 set 2014 - Trabalho / Previdência

A Petrobras Transportes S.A. – Transpetro foi condenada ao pagamento de indenização por dano moral coletivo no valor de R$ 200 mil, por ter contratado ilicitamente ex-empregados, por meio de terceirização, para realizar serviços referentes à sua atividade-fim, em detrimento de aprovados em concurso público. O valor foi fixado pela Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho, após avaliar que o montante de R$ 20 milhões deferido anteriormente excedia os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. 

Foi registrado na ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público na 6ª Vara do Trabalho de Florianópolis (SC) que, apesar da necessidade de pessoal, a empresa havia se negado a chamar os concursados, para valer-se de expedientes fraudulentos para suprir sua necessidade de mão-de-obra: terceirização irregular e dispensas licitatórias indevidas para contratos de prestação de serviços.

O recurso da empresa contra o valor da condenação foi relatado pelo ministro Márcio Eurico Vitral Amaro. Segundo o relator, ao concluir pela ilegalidade da terceirização, o Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC) reconheceu devidamente a existência do dano moral coletivo, mas elevou excessivamente o valor indenizatório, sem observar os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, violando, assim, o artigo 944 do Código Civil. Na sua avaliação, R$ 200 mil se ajustam mais adequadamente à extensão do dano, ao caráter pedagógico da medida e ao poder econômico da empresa.

O montante da indenização será revertido em favor do Fundo de Direitos Difusos, do Ministério da Justiça, cuja finalidade é a "reparação dos danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e

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direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico, paisagístico, por infração à ordem econômica e a outros interesses difusos e coletivos".

A decisão foi por unanimidade.

(Mário Correia/CF)

Processos: RR-535800-85.2008.5.12.0036

Fonte: TST

Motorista impedido de frequentar refeitório será indenizado23 set 2014 - Trabalho / Previdência

Um motorista que foi impedido por sua empregadora de ter acesso ao refeitório da empresa receberá indenização por dano moral. Na decisão, a 4ª Turma do TRT de Minas entendeu que a conduta da ré caracteriza discriminação no ambiente de trabalho, nos termos da Convenção 111 da OIT, e ofensa moral, diante do constrangimento imposto ao trabalhador, que ficou com sentimento de exclusão em relação aos demais empregados.

A indenização havia sido negada pelo juiz de 1º Grau, ao fundamento de que o tratamento distinto era dirigido ao setor da "mecanizada", onde o motorista trabalhava, e não à pessoa do reclamante, já que havia diversidade de sistemas de fornecimento de alimentação. Entretanto, na visão do desembargador Julio Bernardo do Carmo, relator do recurso do empregado, essa diversidade ou mesmo a distância entre o refeitório e as frentes de trabalho não justificam a proibição imposta aos empregados: "A empregadora poderia resolver tal pendenga sem importar em tratamento discriminatório", ressaltou.

O desembargador constatou que a proibição dos trabalhadores da área da "mecanizada" de utilizarem o refeitório sequer foi negada pela empresa. E é claro que esse fato causou constrangimentos ao reclamante. A empresa, inclusive, ameaçava os empregados de punição, caso essa ordem fosse desobedecida, fato demonstrado pela prova documental.

Segundo explicou o relator, a atitude da reclamada foi ilícita, pois ofendeu os princípios da dignidade da pessoa humana e da igualdade, previstos no artigo 1º, III e artigo 5º, da CR/88 e representou tratamento discriminatório, vedado pelo artigo 3º, IV da CF/88. O dano moral se concretizou em razão do sentimento de humilhação e constrangimento presumivelmente experimentado pelo empregado, com ofensa à sua dignidade pessoal.

A indenização por danos morais foi fixada em R$3.000,00, valor que, segundo o relator, é suficiente para a finalidade de compensação e repressão do ato praticado pela ré. A Turma, por unanimidade, acompanhou o voto do relator.

( 0000380-16.2013.5.03.0048 ED )

Fonte: Tribunal Regional do Trabalho da 3° Região

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Diarista acusada de furto sem provas receberá indenização por danos morais25 set 2014 - Trabalho / Previdência

A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou um dentista de Vitória (ES) a pagar indenização de R$ 5 mil a uma diarista dispensada por ele sob acusação de furto de objetos de sua casa, perante a autoridade policial. Para a Turma, houve afronta ao artigo 5º, inciso X, da Constituição Federal, uma vez que a demissão, em razão da acusação de ato de improbidade, lesionou seus direitos de personalidade.

A diarista disse à Justiça que o patrão a acusou de furtar talheres, brincos, relógios e roupas íntimas, tudo registrado em boletim de ocorrência, mas nada fora provado contra ela. Em sua defesa, o dono da casa afirmou que a empregada era a única pessoa que trabalhava na residência, onde ficava sozinha, com total liberdade, e que, por isso, só ela poderia ter levado os objetos, no valor total de R$ 5 mil.

A 12ª Vara do Trabalho de Vitória (ES) indeferiu o pagamento de danos morais por entender que não houve acusação direta contra a diarista. Para o juízo de primeiro grau, o ato do patrão de registrar o desaparecimento de objetos em boletim de ocorrência foi mero exercício regular de seu direito, previsto no artigo 188 do Código Civil. O Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região (ES) também não enxergou ato ilícito, e que só a imputação a alguém da prática de delito, dirigida à autoridade policial, não configura dano moral.

A diarista recorreu ao TST, alegando ter sido vítima de ato discriminatório e humilhante. Segundo ela, o ex-patrão "sequer compareceu à delegacia para prestar depoimento, e nada foi comprovado contra a sua pessoa", o que tornava a acusação manifestamente infundada.

O relator do recurso, ministro Hugo Carlos Scheuermann, observou que o patrão não se limitou a registrar o furto de objetos, mas dispensou a trabalhadora sob a alegação de que ela própria ensejou a sua demissão por justa causa. E entendeu que essa conduta, por si só, foi capaz de ofender a honra subjetiva da empregada.

O ministro destacou que a jurisprudência do TST tem reconhecido o dever de compensação do dano moral quando há reversão da demissão por justa causa pelo fato de não ter sido comprovado ato de improbidade. Embora o caso envolva a contratação de diarista e não tenha havido reconhecimento de vínculo de emprego, o próprio dentista aventou a hipótese de justa causa com base no artigo 482, alínea "a", da CLT.

Valor

No arbitramento da indenização, a Turma considerou fatores como a gravidade da lesão, a prestação de serviços pelo período de três meses, a ausência de notícia quanto à conclusão do inquérito policial e a capacidade econômica do patrão, levando-se em conta a ausência de finalidade lucrativa do empregador doméstico. Por unanimidade, o valor foi fixado em R$ 5 mil.

(Fernanda Loureiro/CF)

Processo: RR-33640-47.2009.5.17.0012

Fonte: TST

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Guararapes Confecções pagará hora extra por ginástica laboral na hora do almoço26 set 2014 - Trabalho / Previdência

A Guararapes Confecções S.A. foi condenada pela Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho a pagar horas extras a uma costureira que, durante o intervalo intrajornada de uma hora, praticava ginástica laboral pelo período de 10 a 15 minutos diariamente. Nesta quarta-feira (24), a Turma proveu recurso de revista da trabalhadora contra decisão que julgara seu pedido improcedente.

No recurso ao TST, a costureira alegou que só usufruía de 50 minutos de intervalo, e que a concessão parcial do tempo destinado a repouso e alimentação gera o direito ao pagamento total do período correspondente. Segundo a ministra Delaíde Miranda Arantes, relatora, o tempo da ginástica laboral não pode ser computado como intervalo intrajornada, "pois empregado e empregador estão cumprindo determinação legal necessária para a realização de suas atividades de forma segura e livre de acidentes ou doenças".

A ministra esclareceu que a Constituição da República prevê, no artigo 7º, inciso XXII, a "redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança". Sobre o que dispõe a CLT, a ministra destacou a obrigatoriedade do empregador de "cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho" e de instruir seus empregados quanto às precauções a tomar para evitar acidentes e doenças ocupacionais (artigo 157).

Da CLT também, ressaltou a obrigação do empregado de "observar as normas de segurança e medicina do trabalho" (artigo 158, inciso I) e a regra de que o período em que o empregado esteja à disposição do empregador é considerado como de serviço efetivo (artigo 4º). Com base nesses dispositivos, a ministra afirmou que "não se pode concluir que a prática de ginástica laboral é do interesse particular do empregado".

(Lourdes Tavares/CF)

Processo: RR-102500-65.2013.5.21.0007

Fonte: TST

É possível concessão de repouso semanal após o sétimo dia trabalhado desde que dentro da semana seguinte26 set 2014 - Trabalho / Previdência

De acordo como os artigos 7º da Constituição Federal (inciso XV), 67 da CLT e 1º da Lei 605/49, o repouso semanal remunerado deve ser concedido, preferencialmente, aos domingos. Assim, é assegurado ao empregado a fruição de uma folga a cada semana, e não o descanso exatamente após o sexto dia de

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trabalho. Adotando esse entendimento, expresso no voto do desembargador Luiz Antônio de Paula Iennaco, a Turma Recursal de Juiz de Fora negou provimento ao recurso da reclamante que pretendia receber em dobro os repousos semanais remunerados, alegando que estes eram concedidos fora do prazo legal.

O Juízo de 1º Grau julgou improcedente o pedido, por ter considerado válido o Termo de Ajustamento de Conduta firmado pela empresa perante o Ministério Público do Trabalho, o qual permite à reclamada conceder folgas após o sexto dia de trabalho. A reclamante interpôs recurso ordinário, reiterando o pedido de pagamento em dobro dos repousos semanais, sob o argumento de que a prática adotada pela empregadora de conceder os dias de descanso após o sétimo trabalhado é prejudicial à saúde, não sendo passível de negociação.

No voto, o relator ressaltou que a reclamada concedia, de forma eventual, o repouso semanal remunerado entre o 7º e o 12º dia trabalhado em razão da escala de revezamento adotada e da necessidade de conceder aos empregados uma folga em, pelo menos, um domingo por mês.

No entender do magistrado, essa prática não viola os preceitos legais que regem a matéria, tendo em vista que tais dispositivos asseguram aos empregados a fruição de uma folga a cada módulo semanal e não o descanso exatamente após o sexto dia de trabalho, principalmente, quando a empresa é autorizada a funcionar aos domingos e feriados.

O desembargador frisou que o procedimento da empresa em conceder folgas somente após o sexto dia de trabalho está respaldado pelo Termo de Ajustamento de Conduta firmado com o Ministério Público do Trabalho, onde se levou em consideração as particularidades das condições de trabalho existentes entre os empregados e a ré, bem como a natureza das atividades empresariais.

Diante dos fatos, a Turma negou provimento ao recurso e manteve a decisão de 1º Grau que julgou improcedente o pedido.

( 0001598-18.2013.5.03.0036 RO )

Fonte: Tribunal Regional do Trabalho da 3° Região

Turma rejeita recurso de trabalhador contra multa por litigância de má-fé de advogado26 set 2014 - Trabalho / Previdência

A Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho não conheceu de recurso de revista interposto por um trabalhador rural contra condenação ao pagamento de multa por litigância de ma-fé aplicada ao seu advogado. O ministro Fernando Eizo Ono, relator do processo, não considerou o autor da ação como parte legítima para recorrer da condenação. Ele ressaltou que o artigo 499 do Código de Processo Civil dispõe que o recurso só pode ser interposto pela "parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público", o que não inclui o trabalhador rural.

O Tribunal Regional do Trabalho da 18ª (GO) condenou o advogado por ter ajuizado duas reclamações trabalhistas com o mesmo pedido, relativo ao mesmo período de trabalho. O primeiro processo, no qual

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foi feito acordo judicial, foi movido contra o proprietário da fazenda onde o autor da ação trabalhava, e o segundo, contra o administrador do serviço.

Tendo como base os dois processos, o administrador solicitou que o ex-empregado e o advogado fossem condenados por litigância de má-fé. No entanto, o Tribunal só condenou o advogado, por considerar que o trabalhador rural estava desempregado e tinha baixa escolaridade, não tendo "meios de compreender que praticava irregularidade". A multa foi fixada em 0,5% do valor da causa, calculada em R$ 600 mil.

No julgamento do recurso do trabalhador contra a decisão regional, a Quarta Turma do TST entendeu ser "inviável o conhecimento do recurso de revista por indicação de violação de dispositivo legal ou por divergência jurisprudencial, na medida em que ausente legitimidade do autor para recorrer de decisão".

Processo: RR-334-80.2013.5.18.0251

(Augusto Fontenele/CF)

Fonte: TST

Turma mantém acumulação de adicionais de insalubridade e periculosidade26 set 2014 - Trabalho / Previdência

Um empregado da Amsted Maxion Fundição e Equipamentos Ferroviários S. A. vai receber acumuladamente os adicionais de insalubridade e periculosidade.  A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho afastou a argumentação de que o artigo 193, parágrafo 2º, da CLT prevê a opção pelo adicional mais favorável ao trabalhador e negou provimento ao recurso da empresa, sob o entendimento de que normas constitucionais e supralegais, hierarquicamente superiores à CLT, autorizam a cumulação dos adicionais.

De acordo com o relator do recurso, ministro Cláudio Brandão, a Constituição da República, no artigo 7º, inciso XXIII, garantiu de forma plena o direito ao recebimento dos adicionais de penosidade, insalubridade e periculosidade, sem qualquer ressalva quanto à cumulação, não recepcionando assim aquele dispositivo da CLT. Em sua avaliação, a acumulação se justifica em virtude de os fatos geradores dos direitos serem diversos e não se confundirem.

Segundo o ministro, a cumulação dos adicionais não implica pagamento em dobro, pois a insalubridade diz respeito à saúde do empregado quanto às condições nocivas do ambiente de trabalho, enquanto a periculosidade "traduz situação de perigo iminente que, uma vez ocorrida, pode ceifar a vida do trabalhador, sendo este o bem a que se visa proteger".

Normas internacionais

O relator explicou que a opção prevista na CLT é inaplicável também devido à introdução no sistema jurídico brasileiro das Convenções 148 e 155 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), "que têm status de norma materialmente constitucional ou, pelo menos, supralegal", como foi decidido pelo Supremo Tribunal Federal. A Convenção 148 "consagra a necessidade de atualização constante da

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legislação sobre as condições nocivas de trabalho", e a 155 determina que sejam levados em conta os "riscos para a saúde decorrentes da exposição simultânea a diversas substâncias ou agentes".

Tais convenções, afirmou o relator, superaram a regra prevista na CLT e na Norma Regulamentadora 16 do Ministério do Trabalho e Emprego, no que se refere à percepção de apenas um adicional quando o trabalhador estiver sujeito a condições insalubres e perigosas no trabalho. "Não há mais espaço para a aplicação do artigo 193, parágrafo 2º, da CLT", assinalou.

A decisão foi unânime.

(Mário Correia/CF)

Processo: RR-1072-72.2011.5.02.0384

Fonte: TST

Motivo discriminatório

Empregado não pode se demitido por testemunhar em favor de colega22 de setembro de 2014, 15:05

Testemunhar em favor de colega em ação trabalhista não configura motivo suficiente para dispensa. Com esse entendimento, a 2ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou uma fábrica de espumas e colchões do Paraná a pagar indenização por danos morais de R$ 30 mil pelo caráter discriminatório e abusivo da dispensa sem justa causa.

Após prestar depoimento em juízo como testemunha convidada de ex-colega em ação trabalhista, a empregada sofreu represálias e foi dispensada. O Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR) deferiu a indenização por entender que o motivo da rescisão contratual era discriminatório.

A empresa recorreu ao TST, negando as afirmações da trabalhadora. Sustentou também que a demissão se deu sem justo motivo, com o pagamento das verbas indenizatórias e que a profissional não provou que o motivo seria seu comparecimento em juízo. A empresa questionou a fidelidade da trabalhadora, a imparcialidade do juízo e apresentou decisões para demonstrar divergência jurisprudencial.

A relatora do recurso, ministra Delaíde Miranda Arantes, explicou que o apelo foi baseado exclusivamente em divergência jurisprudencial, com argumentos de que o ônus da prova do dano moral pertence ao autor da reclamação trabalhista.

Ela afirmou que a decisão do TRT-9 não partiu da distribuição do ônus da prova, mas do livre convencimento extraído do conjunto probatório dos autos. Nesse contexto, segundo a ministra, é irrelevante questionar a quem cabia o ônus da prova. Assim, para que a decisão fosse reformada, nos termos propostos pela empresa, seria preciso analisar novamente as provas, o que é vedado pela Súmula 126 do TST. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.

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RR – 12500-30.2008.5.09.0653

Revista Consultor Jurídico, 22 de setembro de 2014, 15:05

Viação tem que comprovar contratação de 26 aprendizes maiores de 21 anos (Seg, 22 Set 2014 06:50:00)

A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho deu provimento a recurso da União para considerar legal a exigência de que a Auto Viação Triângulo Ltda. comprove a contratação de 26 aprendizes, em atendimento à cota prevista no artigo 429 da CLT. Para a Turma, a profissão de motorista de ônibus deve integrar a base de cálculo da cota da aprendizagem, pois demanda formação profissional.

A empresa ajuizou mandado de segurança contra ato do delegado do Trabalho em Uberlândia (MG), que a notificou para que provasse o atendimento à cota de aprendizes. Segundo a viação, de seus 976 empregados, 410 são motoristas de transporte de passageiros e deveriam ser excluídos da base de cálculo da cota por ser a profissão incompatível com a formação de aprendizes, já que há exigência de o profissional ter mais de 21 anos e habilitação específica.

A 3ª Vara do Trabalho de Uberlândia concedeu a segurança por considerar a exigência ilegal. O entendimento foi o de que, para o exercício da função, é necessária habilitação para guiar veículos de transporte de passageiros, por entender que a atividade está inserida na exceção do paragrafo 1º do artigo 10 do Decreto 5.598/2005, que exclui as funções que demandam formação profissional do cálculo de aprendizes, sendo estes os jovens maiores de 14 anos e menores de 24 anos que celebrarem contrato de aprendizagem.

O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) manteve a exclusão dos motoristas da base de cálculo. Para o Regional, a lei excluiu determinadas funções com o fim de salvaguardar as empresas da exigência de contratar aprendizes para elas, em razão de suas peculiaridades. A União recorreu, afirmando que a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) não apresenta qualquer impedimento à inclusão da categoria dos motoristas de ônibus na base de cálculo da cota de aprendizes.

A Primeira Turma acolheu a alegação da União, destacando que a necessidade da habilitação não impede o cumprimento da exigência legal, uma vez que não se exige do motorista de ônibus de transporte coletivo apenas a condução do veículo, mas também a aquisição de conhecimentos técnicos específicos. Com base no voto do relator, ministro Lelio Bentes Corrêa, a Turma declarou legal a exigência de inclusão dos motoristas na base de cálculo.

Quanto às exigências específicas da categoria dos motoristas de transporte de passageiros, o relator afirmou, na sessão de julgamento, que basta que os aprendizes sejam recrutados entre os que têm habilitação específica e a idade mínima exigida (parágrafo único do artigo 11 do Decreto nº 5.598/05).

(Fernanda Loureiro/CF)

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Processo: RR-27140-41.2007.5.03.0103

O TST possui oito Turmas julgadoras, cada uma composta por três ministros, com a atribuição de analisar recursos de revista, agravos, agravos de instrumento, agravos regimentais e recursos ordinários em ação cautelar. Das decisões das Turmas, a parte ainda pode, em alguns casos, recorrer à Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SBDI-1).

Esta matéria tem caráter informativo, sem cunho oficial.Permitida a reprodução mediante citação da fonte.Secretaria de Comunicação SocialTribunal Superior do TrabalhoTel. (61) [email protected]

Empresa é condenada em diferenças de adicional de periculosidade com base em novo posicionamento da jurisprudência Publicado por Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região e mais 2 usuários - 6 dias atrás

Ao analisar, na 3ª VT de Coronel Fabriciano, a reclamação de um trabalhador que pediu diferenças de adicional de periculosidade, a juíza Renata Lopes Vale constatou que o reclamante sempre recebeu o adicional de periculosidade em percentual inferior ao estabelecido em lei, ao longo de todo o contrato de trabalho. Diante dos documentos que comprovam esse pagamento, ela até dispensou a perícia técnica exigida no artigo 195 da CLT, tendo em vista o entendimento cristalizado na Orientação Jurisprudencial 406 da SDI-I do TST, atualmente, Súmula 453, pelo qual o pagamento em percentual inferior ao máximo legalmente previsto dispensa a realização da prova técnica.

A juíza sentenciante explicou que a atual redação da Súmula 364 do TST, após o cancelamento do item II em maio de 2011, não mais permite que o adicional de periculosidade seja fixado em percentual inferior ao determinado por lei e proporcional ao tempo de exposição ao risco, mesmo que a redução seja pactuada por norma coletiva. Diz a Súmula, em sua nova redação: "Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido".

No entender da magistrada, o adicional de periculosidade não pode ser pago em percentual inferior ao legal porque resulta em flagrante prejuízo ao empregado e, sendo matéria de ordem pública, relativa à saúde do trabalhador, não pode ser negociada.

Foi, portanto, deferido o pedido de pagamento de diferença de adicional de periculoidade, considerando o percentual devido de 30% sobre o salário base mensal do reclamante e os valores efetivamente pagos, por todo o período imprescrito, com os devidos reflexos. A reclamada recorreu, mas a setença foi mantida pelo TRT-MG.

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Após ter que limpar banheiro, funcionária de cinema ganha na Justiça adicional em salário Trabalhadora tinha sido contratada para orientar o público na saída dos filmes

TST considerou Gisele exposta a "agentes patológicos" Jacques Lepine/Estadão Conteúdo

Uma atendente da rede de cinemas Cinemark ganhou direito ao adicional de insalubridade em sua remuneração após a empresa ter recurso recusado pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho).

A trabalhadora foi contratada como PAC (profissional de atendimento ao cliente) e tinha como função orientar o público no trajeto da saída após os filmes, controlar ingressos e fazer as limpezas das salas após as projeções.

Mas ela acabou ficando responsável também por limpar banheiros algumas vezes após as 15h, quando os funcionários da limpeza deixavam o local.

Indenizações da Justiça dadas a trabalhadores chegam a R$ 500 mil

O Cinemark argumentou no processo que isso acontecia de forma eventual e que a funcionária recebia luvas e fazia uma limpeza apenas superficial, ao contrário dos faxineiros.

Já a Justiça concluiu que a funcionária ficava exposta a "agentes patológicos" e por isso possuía uma atividade insalubre. A decisão, informada no site do TST, foi unânime entre os ministros do tribunal e seguiu conclusões semelhantes de processos parecidos.

De acordo com o artigo 192 da CLT (Consolidação das Leis de Trabalho), o exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40%, 20% e 10% do salário mínimo, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo.

O Cinemark foi procurado pelo R7 para comentar o caso, mas não havia dado resposta até a publicação desta reportagem.

Nova América é condenada por oferecer buraco dentro de tenda como banheiro24 set 2014 - Trabalho / Previdência

A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho aumentou a indenização por dano moral a um cortador de cana-de-açúcar e condenou a Nova América S. A. a pagar R$ 30 mil por ausência de instalações sanitárias adequadas na lavoura. O trabalhador rural conseguiu provar que, no local de trabalho, só havia um buraco de 50cm e papel higiênico como banheiro improvisado em forma de barraca.

O empregado afirmou que desenvolvia suas atividades a céu aberto, sem água para lavar as mãos, sem condições sanitárias e local apropriado para refeições e descanso.

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A Vara do Trabalho de Cornélio Procópio (PR) condenou a empresa a pagar, entre outras verbas, R$ 2,5 mil por permitir que os trabalhadores fizessem as necessidades fisiológicas em local impróprio e na presença de outras pessoas. Trabalhador e empresa recorreram.

O Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região elevou a indenização para R$ 5 mil, ao confirmar que a empresa não observou as regras referentes às condições sanitárias estabelecidas pela Norma Regulamentadora 31, do Ministério do Trabalho e Emprego, ferindo assim a dignidade do trabalhador. Ainda para o Regional, é inconcebível que, nos dias de hoje, trabalhadores sejam tratados sem a menor preocupação com as condições mínimas de higiene e saúde.

A Nova América e o empregado recorreram novamente, agora ao TST, que somente examinou o mérito dos pedidos da empresa quanto à base de cálculo do adicional de insalubridade. Quanto ao recurso do trabalhador, a Turma entendeu que o valor arbitrado pelo TRT foi desproporcional ao dano corrido, revelando-se "excessivamente módico", em desacordo com os parâmetros fixados no TST em casos semelhantes.

Considerando a condição econômica da empresa, o grau de reprovação da conduta patronal, a gravidade do dano e o caráter preventivo da medida, a Turma aumentou a indenização, por violação ao artigo 5º, inciso V, da Constituição Federal, para R$ 15 mil, com ressalva de entendimento do relator, ministro José Roberto Freire Pimenta, que entendia que a condenação deveria ser no valor de R$ 30 mil.

Processo: RR-109700-68.2008.5.09.0093

Fonte: TST

Empresa administradora de lojas varejistas é condenada por assédio moral praticado contra vendedora24 set 2014 - Trabalho / Previdência

Imposição e cobrança de metas excessivas, forma de venda constrangedora e humilhante, divulgação da improdutividade de forma discriminatória. Esse foi o cenário que levou o juiz substituto Márcio Roberto Tostes Franco, à frente da 1ª Vara do Trabalho de Pouso Alegre, a condenar uma grande empresa, responsável pela administração de importantes varejistas brasileiras, a pagar indenização por dano moral a uma vendedora. A reparação foi arbitrada em R$ 30 mil.

Na avaliação do julgador, a reclamante conseguiu provar que sofria assédio moral no trabalho. Uma testemunha relatou que havia divulgação dos resultados do vendedor. Segundo ela, os nomes ficavam registrados em uma ficha atrás da mesa do gerente, que fica no salão da loja. Os vendedores que batiam metas eram assinalados em azul e os que não batiam, em vermelho. Todos assinavam a lista. Ainda conforme a testemunha, havia ameaça de dispensa. Quem não batesse cotas durante três meses consecutivos, era dispensado. Além disso, a gerência determinava que o vendedor embutisse a garantia complementar e seguro na venda e também que não marcasse corretamente o horário de trabalho no ponto.

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Para o juiz, é evidente que a reclamada praticou ilícito trabalhista, o que leva ao dever de indenizar a trabalhadora. Ele explicou que o dano moral, no caso, é presumido, derivando do próprio fato ofensivo. "Convenci-me de que a atitude do réu, por seus prepostos, consubstanciou-se em assédio moral (também denominado mobbing ou bullying) no trabalho, que é a prática de atos contra a dignidade humana do trabalhador, o que malfere a garantia constitucional de proteção à dignidade humana, um dos princípios fundantes do Estado Democrático do Direito (art. 1º, III da C.F.)", registrou da sentença.

Portanto, após analisar as provas, o juiz reconheceu os requisitos para a responsabilização civil do patrão e fixou a indenização em R$ 30 mil, levando em consideração a gravidade e a intensidade do sofrimento, a capacidade econômica do réu e o princípio da razoabilidade. A reclamada recorreu, mas o recurso ainda não foi julgado pelo TRT de Minas.

( nº 00161-2014-075-03-00-3 )

Fonte: Tribunal Regional do Trabalho da 3° Região

JT condena sindicato que prejudicou trabalhador em acordo firmado há 17 anos com falida Encol24 set 2014 - Trabalho / Previdência

Quem não se lembra da Encol, construtora que deixou na mão milhares de famílias que haviam comprado seus imóveis e outros milhares de trabalhadores sem emprego? A falência da empresa foi decretada no final da década de 90, sendo o caso considerado um dos maiores golpes contra economia popular no Brasil. O episódio abalou a confiança no mercado imobiliário brasileiro e ainda gera consequências.

Recentemente, a 5ª Turma do TRT da 3ª Região apreciou um recurso com mais um capítulo dessa novela. Desta vez, o sindicato representante da classe trabalhadora em BH foi acusado de prejudicar um ex-empregado. O trabalhador procurou a Justiça do Trabalho, pedindo indenização por danos morais e materiais decorrentes de um acordo celebrado entre a Encol e o sindicato que atuou como assistente na ação trabalhista. O juiz de 1º Grau deu razão a ele, entendimento mantido pelo Tribunal ao julgar recurso do réu, com base no voto da desembargadora Lucilde D¿ajuda Lyra de Almeida.

Para entender o caso: em 1997, foi homologado judicialmente o acordo celebrado entre o sindicato e a Encol, o qual incluía a transferência de alguns imóveis. A transferência não feita para o nome do sindicato, que possuía débitos perante a Fazenda Pública. Os imóveis foram passados para grupos de empregados, o que dificultou a venda. O sindicato alugou os apartamentos em 2004, mas ficou com a renda, deixando, inclusive, de pagar o condomínio e o IPTU. Só em 2010 é que os imóveis foram vendidos, sendo repassados para o reclamante R$1.915,93.

No recurso, o sindicato insistia na declaração da prescrição total do direito de ação, argumentando que o prazo de três anos previsto no novo Código Civil para ajuizamento de ações indenizatórias por danos morais e perdas e danos teria sido extrapolado. Mas a relatora não acatou essa pretensão. É que, conforme ponderou, apesar de as lesões sofridas pelo reclamante terem se iniciado em 1997, houve desdobramentos até 2010, quando os apartamentos foram vendidos. Para a julgadora, a quantia paga ao trabalhador na oportunidade foi ínfima em relação ao valor devido corrigido. A contagem do prazo prescricional teve início a partir desse prejuízo e, portanto, não está ultrapassado, já que a ação foi ajuizada em 2012.

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A desembargadora também deu razão ao reclamante quanto às indenizações. Isto porque, segundo ela, o sindicato assistente não resguardou os interesses dos substituídos, ao deixar de transferir os imóveis para o seu próprio nome. O prejuízo decorrente desse ato foi evidente, já que levou ao pagamento de algum valor somente em 2010. A magistrada repudiou a conduta do réu de não repassar os aluguéis aos trabalhadores e não pagar condomínio e IPTU. "Demonstrados, assim, o ato ilícito e o prejuízo causado ao autor, além da dor moral sofrida, ante a negligência do sindicato em proteger o crédito alimentar do trabalhador, é devida a indenização prevista no artigo 5º da Constituição da República, incisos V e X", concluiu.

Diante desse quadro, a relatora decidiu confirmar a decisão que fixou a indenização por danos morais em R$5 mil e os valores relativos aos aluguéis recebidos pelo sindicato em R$2 mil. Foi também mantida a condenação ao pagamento de indenização por perdas e danos, fixada em R$13 mil, e de honorários sucumbenciais.

( 0000956-48.2012.5.03.0111 RO )

Fonte: Tribunal Regional do Trabalho da 3° Região

JT mantém multas aplicadas a fazendeiro que explorou mão de obra infantil e descumpriu normas de saúde e segurança dos trabalhadores

26 set 2014 - Trabalho / Previdência

Um proprietário rural procurou a Justiça do Trabalho pedindo a anulação de 19 autos de infração decorrentes de fiscalização do trabalho em sua fazenda e a restituição de valores recolhidos a título de multas, no total de R$12.843,90. Ao analisar o caso, a juíza Simey Rodrigues, da Vara do Trabalho de Unaí/MG, não deu razão ao fazendeiro. Ela concluiu que as autuações foram legais e devidamente justificadas pelo auditor fiscal que, na inspeção realizada na fazenda, encontrou vários empregados trabalhando sem registro, incluindo uma criança com sete anos de idade, além de várias outras irregularidades relacionadas à segurança e saúde do trabalhador.

A magistrada observou que, na época da inspeção na fazenda, situada na zona rural de Bonfinópolis de Minas, foram encontrados empregados trabalhando na produção de carvão, com utilização de madeira nativa retirada da limpeza do terreno que, posteriormente, iria servir como pastagens. As autuações decorreram da ausência de registro desses empregados, entre eles, auxiliares de carvoaria e operador de trator agrícola. Também, foi encontrada uma criança de 07 anos de idade trabalhando no local, como barrelador. Apurou-se, ainda, a ausência de água potável para consumo humano, de alojamento e moradia familiar, de cozinha para preparo da alimentação dos trabalhadores, de local adequado para armazenamento de alimentos, de concessão de descanso semanal e de EPI, entre outras irregularidades.

Conforme ressaltou a julgadora, o proprietário não negou a contratação desses empregados e nem as péssimas condições de trabalho encontradas na fazenda, limitando-se a negar a sua condição de empregador. Ele disse que celebrou contrato particular de compra e venda de aproveitamento de cerrado com um casal, que ficou responsável pelo desmatamento do terreno, transformação da lenha em carvão e da venda e transporte da mercadoria. Assim, segundo alegou a ré, foi esse casal quem contratou os trabalhadores, não tendo ela qualquer responsabilidade para com os empregados. Afirmou ainda que, por

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explorar apenas agricultura e pecuária, o acordo para a extração de madeira e produção de carvão caracteriza terceirização de atividade-meio, sendo, portanto, nulos todos os autos de infração e as multas que lhe foram aplicadas.

Mas, na visão da juíza sentenciante, a situação retratada configura terceirização de atividade fim, com fraude à legislação trabalhista. Para ela, o contrato de compra e venda foi realizado apenas para que o fazendeiro se desvinculasse de toda e qualquer obrigação ambiental e trabalhista pelas atividades em sua propriedade rural.

A magistrada observou que o contrato formalizado nada mais é do que um arrendamento rural, definido no art. 3º do Decreto 59.566/66. Mas, como confessado pelo proprietário, ele não recebeu qualquer retribuição, nem pelo desmatamento, nem pela destinação da lenha, o que já denuncia a fraude. Além disso, a julgadora explicou que a área da fazenda só poderia ser transformada em pastagens, como pretendido pelo fazendeiro, depois da preparação da terra, com o prévio desmatamento e a destinação da lenha, no caso, para a produção do carvão. Assim, no seu entender, não há dúvidas sobre o proveito econômico direto do fazendeiro com os serviços executados pelos empregados arregimentados por terceiros. "Os serviços preparatórios, portanto, são essenciais e circunscrevem-se, sim, em típicas atividades extrativas (e de transformação da lenha em carvão) sem as quais se inviabiliza a produção agrícola, finalidade econômica confessadamente perseguida", ressaltou.

Nesse contexto, a julgadora concluiu que a terceirização dessa fase preparatória da implantação de pastagem ou agricultura na fazenda é ilícita, por ser essencial para a atividade econômica da propriedade rural. Assim, a relação de emprego se forma diretamente com o tomador dos serviços, o proprietário rural, nos termos da Súmula 331 do TST.

Ela destacou que, no caso, o fazendeiro sequer se preocupou em contratar arrendatário com capacidade econômica para a atividade. Como demonstrou a prova oral, ele contratou pessoa física apenas com experiência na atividade de carvoaria, proprietário de um simples caminhão e que sempre trabalhou de maneira informal em conjunto com um parceiro. Este fato, como entendeu a magistrada, reforça o entendimento de que o vínculo de emprego se estabeleceu diretamente com o proprietário rural. Segunda ela, existe, na hipótese, a chamada subordinação-integrativa objetiva ao verdadeiro e oculto empregador, não sendo necessária a presença física do fazendeiro no dia a dia de trabalho, tal como foi relatado pelas testemunhas.

"A legislação ambiental tem rígidas regras não apenas para a extração de vegetação nativa como também para a destinação do material lenhoso. A contratação de terceiro pelo fazendeiro para a execução dessas atividades em sua propriedade rural, eximindo-se cautelosamente de qualquer responsabilidade, resolve de maneira bastante simplória mas não necessariamente lícita eventuais danos ao meio ambiente e a terceiros sem o dispêndio de um único centavo", ressaltou a magistrada.

A julgadora explicou que, de acordo com a legislação trabalhista, a transferência a terceiro de atividade indispensável ao empreendimento rural somente pode ocorrer em situações bastante restritas, sempre observando os princípios da justiça social, entre eles, a busca do pleno emprego e a função social da propriedade, conforme artigo 170 da Constituição da República. E, de acordo com o art. 186 da Carta Magna, a função social da propriedade rural é cumprida quando, de forma simultânea, ocorre a utilização adequada dos recursos naturais, a preservação do meio ambiente, o respeito às normas trabalhistas e, ainda, desde que a exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores."Aqui, a função social da propriedade rural foi flagrantemente desvirtuada com a adoção pelo fazendeiro de verdadeira fraude para livrar-se de suas obrigações trabalhistas, submetendo seus empregados a condições degradantes de trabalho (permitiu-se até a prestação de serviços por criança de apenas sete anos!)", acrescentou a julgadora.

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Por todas essas razões, a juíza concluiu que houve fraude na terceirização dos serviços de extração de vegetação nativa e transformação em carvão. E, dessa forma, entendeu que os trabalhadores eram, de fato, empregados do proprietário da fazenda, como corretamente considerado pelo auditor fiscal do trabalho. Assim, rejeitou os pedidos de anulação dos autos de infração e de restituição do valor referente às multas pagas pelo proprietário rural. Foi interposto recurso, ainda não apreciado pelo TRT de Minas.

( 0000241-80.2014.5.03.0096 RO )

Fonte: Tribunal Regional do Trabalho da 3° Região

Turma invalida jornada de trabalho de 24 x 48 horas imposta a bombeiro civil 26 set 2014 - Trabalho / Previdência

A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho considerou ilegal a jornada de 24 horas de trabalho por 48 horas de descanso imposta a um bombeiro civil do Município de José Bonifácio (SP), mesmo com a previsão da carga horária no edital do concurso público. Os ministros acolheram recurso de revista do bombeiro e condenaram o município ao pagamento das horas extras que ultrapassem a oitava hora diária ou a 44ª semanal, com adicional de 50%, e reflexos nas demais verbas trabalhistas.

A decisão, unânime, aplicou os artigos 7º, inciso XIII, da Constituição Federal, que fixa o limite de 44 horas de trabalho semanais, e 59, parágrafo 2º, da CLT, que veda a jornada diária superior a dez horas. O ministro Aloysio Corrêa da Veiga, relator, também lembrou o teor da Lei 11.901/2009, que regulamenta a profissão de bombeiro civil e define a jornada em 12 horas de trabalho por 36 de descanso, num total de 36 horas semanais.

O relator destacou o entendimento firmado pelo TST, com precedente da Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1), de que o regime de 24 x 48 é prejudicial ao trabalhador, pois impõe a prestação de serviços superior ao limite constitucional de 44 horas semanais. "Sendo prejudicial à saúde do trabalhador, não há como se consignar pela sua validade", enfatizou.

Ao analisar a ação proposta pelo bombeiro civil contra a Prefeitura, a Vara do Trabalho de José Bonifácio concluiu pela invalidade da carga horária e condenou o município ao pagamento de horas extras. O município recorreu ao Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP) sustentando que o profissional tinha conhecimento da carga horária quando fez o concurso público, e que eventual trabalho além da carga prevista seria pago regularmente como hora extra.

O TRT reformou a sentença, por entender que a profissão de bombeiro possui características próprias que o obrigam, em sua escala, a ficar à disposição não do empregador, mas da população. "Portanto, é lógica a conclusão de que as refeições e os períodos de descanso devem ser cumpridos dentro da base", afirmou o acórdão.

Após a publicação da decisão do TST que julgou a jornada ilegal, o município interpôs embargos declaratórios, ainda não examinados pela Turma.

(Elaine Rocha/CF)IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Processo: RR-284-10.2012.5.15.0110

Fonte: TST

Atividades múltiplas relacionadas à função do empregado não caracteriza acúmulo de função Publicado por Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região e mais 1 usuário - 1 semana atrás

O simples exercício de atividades múltiplas, inseridas na jornada de trabalho, relacionadas à função do empregado não caracteriza acúmulo ou desvio de função. Com esse argumento, o juiz Alexandre de Azevedo Silva, da 1ª Vara do Trabalho de Taguatinga, negou o pleito de uma vendedora da Zinzane Comércio e Confecção de Vestuário Ltda., que pretendia receber indenização por atuar, eventualmente, como estoquista e vitrinista, entre outras.

Na reclamação trabalhista, a vendedora afirma que era obrigada pela gerente da loja a atuar nas funções de vitrinista, estoquista, operadora de telemarketing. Muitas das atividades eram repetidas duas vezes por semana. Para a Zinzane, o fato de a vendedora fazer pequenas atividades corriqueiras de limpeza no balcão ou na vitrine, não torna a atividade uma função diferenciada.

Em sua sentença, o juiz afirmou ser incontroverso que a autora da reclamação, contratada com vendedora, ajudava eventualmente, no curso da jornada, com serviços de limpeza da loja, arrumação das mercadorias no estoque e montagem e arrumação das vitrines.

Todavia, prosseguiu o magistrado, forçoso é convir que o fato de a vendedora, arrumar a vitrine, ajudar na limpeza da loja e guardar mercadorias no estoque, em sistema de rodízio com outras colegas vendedoras, de forma eventual e planejada dentro de sua jornada de trabalho, não implica em acúmulo extra e indevido de atribuições, a ponto de lhe assegurar um plus remuneratório, pois tais atribuições se inserem no dever de cooperação normal, inerente à sua função principal de vendas.

O juiz lembrou trecho de artigo da juíza Taíse Sanchi Ferrão, do TRT da 11ª Região, em que ela explica que não se deve confundir o instituto do acúmulo de funções com o exercício simultâneo de várias tarefas que são inerentes ou compatíveis com as atividades para as quais o trabalhador foi contratado.

Assim como não mais subsiste no futebol de hoje o jogador que atua exclusivamente em uma posição, da mesma forma o empregado moderno há de ser, necessariamente, um polivalente funcional, desapegado da especialização excessiva para se tornar mais flexível e adaptável no exercício de suas capacidades mentais e profissionais, trabalhando com sentido sinérgico e com disposição de socializar seus conhecimentos adquiridos, interagindo para produzir coletivamente, concluiu o magistrado ao negar o pleito da vendedora.

Abusos patronais

"De acordo com a sentença proferida, não é todo e qualquer exercício de atribuições acumuladas que gera direito em favor do empregado a aumento salarial. O Juiz deve ser sensível para valorizar, naquilo em que merecem ser valorizados, os aspectos realmente importantes contemplados na legislação social, evitando

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os pretensos abusos patronais que impliquem em alteração danosa das atribuições funcionais, a fadiga e a exploração excessiva do trabalho humano, a fragilização das regras de proteção da segurança e medicina do trabalho."

Mauro Burlamaqui

Processo nº 0000836-69.2014.5.10.101

Esta matéria tem caráter informativo, sem cunho oficial. Permitida a reprodução mediante citação da fonte. Núcleo de Comunicação Social - Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região Distrito Federal e Tocantins. Tel. (61) 3348-1321 [email protected]

Tolerância máxima

BB pagará adicional de insalubridade por ruído de máquina de contar dinheiro24 de setembro de 2014, 13:53

O Banco do Brasil foi condenado a pagar adicional de insalubridade por ruído de máquina de contar dinheiro a um bancário exposto diariamente a ruído de 96 decibéis. A 2ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho considerou que o limite de tolerância máxima diária é de 95 decibéis para duas horas de exposição. Com a decisão, o relator ministro José Roberto Freire Pimenta, rejeitou o exame do mérito de recurso do Banco do Brasil contra decisão que já havia determinado o pagamento de indenização ao funcionário.

A condenação foi imposta pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, que autorizou ao bancário o adicional em grau médio. Ele trabalhou por mais de sete anos no Setor Regional de Tesouraria (Seret) do BB em Santa Maria (RS) e não recebeu protetores auditivos adequados para eliminar a insalubridade decorrente das máquinas contadoras de cédulas.

Ao recorrer ao TST, o Banco do Brasil alegou que a atividade desenvolvida pelo empregado não era insalubre ou penosa, nem havia qualquer indicativo de perda auditiva ou prejuízo à saúde dos trabalhadores do setor, porque, segundo o empregador, o nível de ruído dentro da agência seria normal. Sustentou também que não havia prova conclusiva de que o percentual de ruído ou decibéis "agrediu o trabalhador acima dos níveis de tolerância permitido".

O ministro Pimenta destacou informação da perícia de que o nível de ruído no ambiente de trabalho variava de 87 a 96 decibéis e que, conforme depoimento de representante do banco, as máquinas ficavam ligadas entre uma hora e meia e duas horas por dia. O laudo esclareceu ainda que elevados níveis de ruído, sem abafadores do tipo "em concha" ou protetores auriculares, podem causar "sérios danos ao sistema auditivo, de chiados e zumbidos até surdez permanente e irreversível".

"Considerando que o limite de tolerância máxima diária é de 95 decibéis para duas horas de exposição, conforme previsto no Anexo 1 da NR 15 da Portaria 3.214/78, e que esse ruído era extrapolado, deve ser mantido o pagamento do adicional de insalubridade, conforme decidido pelo TRT-RS", afirmou o relator.

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A turma não conheceu do recurso de revista por não constatar, na condenação, contrariedade ao item I da Súmula 448 do TST, nem violação dos artigos 7º, inciso XXIII, da Constituição da República e 189 da CLT — itens alegados pelo banco. Com informações da Assessoria de Imprensa do TST.

RR – 99600-14.2008.5.04.0701

Revista Consultor Jurídico, 24 de setembro de 2014, 13:53

Colégio é absolvido por morte de professor ao cair de cavalo em excursão com alunos25 set 2014 - Trabalho / Previdência

O Colégio Singular SBC Ltda. (SP) foi desresponsabilizado pela morte de um professor ao cair de um cavalo durante uma excursão em companhia dos alunos em um hotel fazenda. Os pais do professor reclamaram indenização por danos morais, culpando o colégio pela morte do filho por não ter contratado serviço idôneo, mas tiveram o pedido negado. A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho negou provimento ao seu agravo de instrumento.

O desembargador convocado Arnaldo Boson Paes, relator, informou que a estadia no hotel foi custeada pela escola, como prêmio aos professores convidados pelos alunos vencedores de uma gincana da escola, mas a participação era facultativa e sem qualquer remuneração. Destacou ainda que, segundo o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP), o passeio a cavalo foi pago à parte pelo próprio professor, pois essa atividade recreativa não estava incluída no pacote oferecido pelo colégio.

Segundo o relator, pelo exposto na decisão regional, o professor não sofreu acidente de trabalho, mas incidente em horário de lazer, que em nada se relacionava à sua atividade no colégio. Assim, concluiu que não cabe responsabilidade ao colégio pelo dano, uma vez que não se identifica no caso nexo de causalidade entre o evento danoso e a realização dos trabalhos de docente.

O relator esclareceu que o fato de o INSS ter comparado o evento a acidente de trabalho para fins de concessão de benefício previdenciário, como justificaram os autores da ação, não é motivo para imputar responsabilidade à empresa, e reiterou o fato de que o professor faleceu ao participar de "atividade recreativa por ele mesmo custeada".  

A decisão foi por unanimidade.

(Mário Correia/CF)

Processos: AIRR-155400-50.2007.5.02.0464

Fonte: TST

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Redução da capacidade laboral por acidente dá direito a readaptação25 set 2014 - Trabalho / Previdência

A 5ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT/RJ) determinou que a Petrobras realize o correto reenquadramento de um empregado reabilitado após sofrer acidente de trabalho, com o consequente pagamento das diferenças salariais entre o novo e o antigo cargo. Apesar de a situação do trabalhador ter permanecido irregular por quase 26 anos, a condenação abrange apenas as parcelas vencidas e vincendas a partir de 31 de agosto de 2006, por ter operado a prescrição em relação ao período anterior.

O colegiado considerou ilegal que o empregado tenha permanecido por tanto tempo no mesmo cargo de lotação original, o que cerceou sua progressão funcional. Esse entendimento se aplica, também, às empresas públicas e sociedades de economia mista, como é o caso da Petrobras.

De acordo com a petição inicial, em dezembro de 1986, o reclamante, que até então exercia embarcado atividades de eletricista, foi vítima de acidente de trabalho. Ele recebeu alta previdenciária em novembro de 1988, quando foi readaptado a funções compatíveis com as limitações físicas por ele sofridas e passou a atuar em terra. Ainda segundo a peça inicial, a empresa o manteve por mais de 21 anos no cargo da contratação de origem, muito embora tenha exercido, desde a sua readaptação, as funções relativas ao cargo de técnico de logística e suprimento. Em setembro de 2009, ao ser finalmente readaptado em termos formais, o trabalhador foi enquadrado em cargo diverso, qual seja o de técnico de administração, de remuneração inferior à do técnico de logística e suprimento.

Em sua contestação, a Petrobras alegou que o empregado foi enquadrado como técnico de administração por não ter a escolaridade mínima exigida - nível médio técnico - para ocupar a função de técnico de logística e suprimento. A empresa argumentou, também, que a manutenção do empregado por 21 anos no seu enquadramento original (de eletricista) se deveu ao temor de que a admissão de marítimo no quadro do pessoal de terra pudesse redundar numa “indústria de acidente de trabalho”.

Na 1ª instância, o pedido do reclamante foi negado. Ao analisar o recurso ordinário interposto pelo trabalhador, o relator do acórdão, desembargador Marcelo Augusto Souto de Oliveira, concluiu que, diante das provas constantes dos autos, inclusive laudo pericial, após a alta médica em 1988, o autor permaneceu formal e ilegalmente enquadrado como eletricista; que, desde sua reabilitação profissional pelo INSS, ele vem exercendo as atribuições de técnico de logística e suprimento; que a exigência de formação dos empregados da Petrobras em cursos técnicos foi normatizada em portaria ministerial de 16 de julho de 2008, ou seja, em data bastante posterior ao término do programa de reabilitação profissional do autor; e que a qualificação acadêmica do empregado, em curso técnico de contabilidade, comprova que ele está regularmente habilitado para o exercício do cargo de técnico de suprimento e logística.

“Constatado que o trabalhador não teve as suas atribuições adaptadas à limitação física por ele sofrida, impõe-se o correto reenquadramento ao cargo em que se deu a reclassificação e, por conseguinte, a condenação do empregador ao pagamento das diferenças salariais e consectários contratuais e legais”, pontuou o magistrado.

Nas decisões proferidas pela Justiça do Trabalho, são admissíveis os recursos enumerados no art. 893 da CLT.

Fonte: Tribunal Regional do Trabalho da 1° Região

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Tratorista exposto a situação degradante em lavoura de cana será indenizado25 set 2014 - Trabalho / Previdência

Um tratorista, que atuava no plantio de cana de açúcar, buscou a Justiça do Trabalho pedindo o pagamento de indenização por danos morais por ter sido exposto a situação degradante. É que, segundo alegou, nas frentes de trabalho no campo, não tinha acesso a instalações sanitárias e a condições mínimas de higiene. O caso foi submetido à apreciação da juíza Solange Barbosa de Castro Coura, na titularidade da Vara do Trabalho de Frutal.

Após a análise das provas, a juíza deu razão ao trabalhador. A própria representante da reclamada esclareceu que, até o final de 2011, os empregados da usina produtora de açúcar e álcool faziam suas necessidades em uma lona colocada num buraco cavado no chão. Só a partir de janeiro de 2012 foi instalado trailer com instalação sanitária. "Deixar que o reclamante e seus colegas de toda a frente de trabalho ficassem expostos à situação vexatória e degradante de fazer suas necessidades em local inadequado, sem direito a asseio é, de fato, uma violação à dignidade da pessoa do trabalhador. É expor os empregados a um constrangimento cotidiano injustificável, já que há muito poderia ter instalados os trailers atuais", destacou a magistrada, repudiando o tratamento dispensado pela reclamada aos seus empregados.

Na decisão, a julgadora rechaçou o entendimento de que essas condições de trabalho são normais no campo e, por isso, não gerariam dano moral. "É chancelar uma lógica perversa em que, difíceis as situações de trabalho, tudo o mais decorreria de tal circunstância e seriam aceitáveis. Seria fomentar a ideia conformista de que o trabalho no campo implica em situações degradantes à pessoa do trabalhador e que nada pode ser feito; trabalho rural significaria, sem possibilidade de discussão, trabalho degradante, o que não se coaduna com os princípios constitucionais que resguardam a pessoa humana e seu trabalho", registrou na sentença.

A situação apurada foi considerada contrária ao texto da Norma Regulamentar 31, que determina que o empregador rural disponibilize aos trabalhadores, entre outros itens, áreas de vivência compostas de instalações sanitárias. Na avaliação da magistrada, os locais oferecidos aos empregados para refeições também não eram adequados até a chegada do trailer.

Com base nesse contexto e na legislação que trata da responsabilidade civil, a juíza condenou a usina ao pagamento de indenização por dano moral no valor de R$14 mil reais. A decisão foi mantida pelo, TRT de Minas, nesse aspecto, sendo o valor da indenização reduzido para R$5 mil.

( 0000588-98.2012.5.03.0156 RO )

Fonte: Tribunal Regional do Trabalho da 3° Região

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