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Roda de conversa – Habitação e Mercado Imobiliario Vera Cruz – 14.12.2015 Secretaria de Habitação Palestrante: Maria de Lourdes Souza Maria de Lourdes iniciou a palestra informando que os municípios têm até o dia 22 de fevereiro de 2015 para adesão à Conferência Estadual das Cidades. Após os informes iniciais, começou à apresentação que discorreu sobre o sistema nacional de Habitação Social e os diversos rebatimentos em cada esfera da federação até chegar à escala local. Foram apresentados dados referentes ao déficit habitacional no Estado da Bahia, bem como da situação de elaboração dos PHLIS (simplificado e não simplificado). Lourdes ressaltou a imprescindibilidade da participação do município por meio da eleição de gestor coordenador e do controle social exercível por meio do Conselho das Cidade ou Conselho de Habitação de Interesse Social. O representante do SINDUSCON, Carlos Henrique pontuou a importância de se incluir na formação dos atores a participarem da discussão pública e acompanhamento do PHLIS o setor empresarial. Maria de Lourdes respondeu informando que o Conselho das Cidades deve ser composto, também, pelo setor empresarial. A Sociedade civil presente no evento, que incluía representantes do Concidades de ambos municípios, cobrou uma capacitação para estruturação dos conselhos municipais das cidades que foi prometido pelo Conselho Estadual das Cidades e até o momento não havia sido realizada. Os representantes do Governo do Estado se comprometeram a repassar e cobrar a solicitação. Ainda com solicitações, a sociedade civil requereu a disponibilização das atas dos eventos. Como encaminhamento, a

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Roda de conversa – Habitação e Mercado Imobiliario

Vera Cruz – 14.12.2015

Secretaria de Habitação

Palestrante: Maria de Lourdes Souza

Maria de Lourdes iniciou a palestra informando que os municípios têm até o dia 22 de fevereiro de 2015 para adesão à Conferência Estadual das Cidades.

Após os informes iniciais, começou à apresentação que discorreu sobre o sistema nacional de Habitação Social e os diversos rebatimentos em cada esfera da federação até chegar à escala local.

Foram apresentados dados referentes ao déficit habitacional no Estado da Bahia, bem como da situação de elaboração dos PHLIS (simplificado e não simplificado). Lourdes ressaltou a imprescindibilidade da participação do município por meio da eleição de gestor coordenador e do controle social exercível por meio do Conselho das Cidade ou Conselho de Habitação de Interesse Social.

O representante do SINDUSCON, Carlos Henrique pontuou a importância de se incluir na formação dos atores a participarem da discussão pública e acompanhamento do PHLIS o setor empresarial. Maria de Lourdes respondeu informando que o Conselho das Cidades deve ser composto, também, pelo setor empresarial.

A Sociedade civil presente no evento, que incluía representantes do Concidades de ambos municípios, cobrou uma capacitação para estruturação dos conselhos municipais das cidades que foi prometido pelo Conselho Estadual das Cidades e até o momento não havia sido realizada. Os representantes do Governo do Estado se comprometeram a repassar e cobrar a solicitação.

Ainda com solicitações, a sociedade civil requereu a disponibilização das atas dos eventos. Como encaminhamento, a técnica do Consórcio informou que a partir da próxima reunião será levado um livro de atas com as atas desde o inicio do processo para consulta, bem como ficará a disposição no espaço dos planos.

A técnica esclareceu que as rodas de conversa são eventos de caráter não deliberativo/propositivo e tem o objetivo de trazer informações aos cidadãos que tem acompanhado o processo de planejamento dos municípios. Colocou como encaminhamento ainda o repasse, pelo governo do estado, de minuta de regimento interno do concidades para preparação dos membros do conselho e subsídio à capacitação.

Judith Povoa realizou intervenção sobre o entendimento do PHLIS, para a ilha de Itaparica, que deve contemplar: remoção de população em áreas de risco e a proteção das áreas de preservação ambiental (também para retirada de população que ocupa margens de rios, mata ciliares) .

A palestrante informou que Itaparica já possui PLHIS enquanto que Vera Cruz não.

A professora Tereza Moura pontuou a importância de utilizar os imóveis considerados (avaliados) como vazios como possibilidade para complementar satisfação de déficit habitacional atualmente existente.

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A consultoria Ethos Humanos questionou a palestrante sobre a existência de mecanismo de acompanhamento dos PLHIS nos municípios (implementação). A técnica da SH informou que ainda não existe um sistema de monitoramento e avaliação e sim estudos sendo realizados especificamente na RMS. Como sugestão de medida para regular a execução dos PLHIS, a técnica colocou a importância da participação da prefeitura no processo de elaboração do PHLIS de forma a assegurar a autonomia da execução.

Judith pontou a necessidade de investimentos do gov do estado no sentido de capacitar os técnicos das prefeituras e fornecer ferramentas de geoprocessamento, em resumo a instrumentalização dos municípios para gestão deste plano e dos demais.

Em tema subseqüente, a discussão iniciada tratou do programa MCVM, momento em que os munícipes esclareceram dúvidas sobre o funcionamento do programa, tais como como proceder para que os emrpeendimentos MCMV não sejam implantados em locais indesejados pela população.

A técnica esclareceu que para implantação de MCMV é necessária o licenciamento do município de dos órgãos ambientais, caso contrario o empreendimento não recebe aprovação da Caixa Economica Federal. Ressaltou a importância da previsão no PDDU das áreas prioritárias para instalação de HIS.

Foi citado um empreendimento nas proximidades de Gameleira que não possuía a infraestrutura necessária.

Tereza Moura indicou a necessidade de inclusão de requisitos essenciais para projetos de HIS no PDDU e PLHIS a fim de que os projetos MCMV se relacionem com a realidade e priorizem a qualidade ambiental.

Em resposta o representante da SINDUSCON indicou que houveram mudanças nas classes atendidas pelo MCMV e que é necessário avaliar a sustentabilidade de financiamento de projetos.

Judith apontou a importância de projetos que incluam medidas de auto abastecimento, como reuso de água e energia solar.

SINDUSCON

Palestrante: Carlos Henrique (representante do SINDUSCON)

O palestrante abriu a fala contextualizando a situação econômica do país e a influência sobre os financiamentos advindos da União para projetos de HIS. Tratou do programa MCMV 3 relatando a extinção da categoria classe 1 e falando em uma categoria “1,5” em que outros requisitos são exigidos bem como não há financiamento integral do imóvel (família passa a participar).

Pontuou que um dos maiores entraves para a instalação de empreendimentos dessa categoria seria infraestrutura de abastecimento e esgoto. Em retorno ao questionamento sobre a sustentabilidade dos empreendimentos, informou que a mobilidade é requisito de aprovação e com isso obras de terraplanagem se fazem necessárias. No entanto, existem iniciativas que já utilizam recursos como reuso de água e energia solar.

Carlos Henrique informou que em termos de empreendimentos de interesse para ilha prevalecem aqueles relacionados à 2 ª residência e venda de lotes. Cogitou-se a instalação de pólo industrial em apoio aos estaleiro.

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O palestrante colocou a importância de que a ilha seja coberta por infraestrutura antes que a demanda por imóveis cresça.

Judith ponderou que o projeto macro para ilha, apresentado no PMI não foi apresentado à população da Ilha.

SH

Paulo Cesar (mediação de conflitos da SH)

Paulo Cesar colocou um panorama geral das reintegrações de posse no Estado (aproximadamente 2.000) e informou que boa parte delas foi realizada sem a utilização de força por meio de construção coletiva entre SH, defensoria pública, Ministério Público e associações.

Em reintegrações no município de Vera Cruz, por vezes o município não possuía força policial para cumprimento.

O palestrante tratou dos trâmites de ações de reintegração de posse e informou que correm, no município de vera cruz, 10 demandas por desocupações, que estão sendo acompanhadas por 2 equipes que estão em campo avaliando as ocorrências. Atualizou os presentes de que existe previsto a instalação de equipamento denominado centro integrado, que possui diversas frentes de trabalho como bombeiro, delegacia, entre outros. Jackson informou que estão em processo de identificação de área para instalação.

Foi questionado sobre a possibilidade de concessionárias instalarem redes de abastecimento em áreas de ocupação irregulares, o que consolidaria a ocupação. Paulo Cesar relatou que as concessionárias já possuem orientações no sentido da não instalação.

Por fim, foi colocado pelos presentes os problemas ocasionados pelas ocupações irregulares no que diz respeito à drenagem e ocupações em margens de rios. Mestre Jaime pontuou a necessidade do poder público agir em parceria com associações locais na fiscalização das ocupações irregulares.