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1 Boletim CONT-TRIB-JUR em 14.set.2015 "Querer vencer significa já ter percorrido metade do caminho da vitória." (Paderewski) ECF - PVA - Publicação da versão 1.0.6.2 do programa da Escrituração Contábil Fiscal Postado por José Adriano em 11 setembro 2015 às 17:41 Exibir blog Foi publicada a versão 1.0.6.2 do programa da Escrituração Contábil Fiscal (ECF) com a correção do problema de duplicidade dos registros do bloco E. http://www1.receita.fazenda.gov.br/noticias/2015/setembro/noticia-1... Registro de Prejuízo Fiscal na ECF Base: Manual da ECF – versão Agosto/2015. Na Escrituração Contábil Fiscal – ECF, quando ocorrer um prejuízo fiscal no período (Registro M300), o procedimento a seguir é: – Criar uma conta de Prejuízos Fiscais de Períodos Anteriores no registro M010. – Registrar o saldo do prejuízo fiscal do período no registro M410 (Colocar o indicador de lançamento como “PF” – Prejuízo do Período). IPECONT – Instituto de pesquisas Contábeis e Tributárias – http://www.ipecont.com.br/contato

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Boletim CONT-TRIB-JUR em 14.set.2015

"Querer vencer significa já ter percorrido metade do caminho da vitória." (Paderewski)

ECF - PVA - Publicação da versão 1.0.6.2 do programa da Escrituração Contábil Fiscal

Postado por José Adriano em 11 setembro 2015 às 17:41 Exibir blog

Foi publicada a versão 1.0.6.2 do programa da Escrituração Contábil Fiscal (ECF) com a correção do problema de duplicidade dos registros do bloco E.

http://www1.receita.fazenda.gov.br/noticias/2015/setembro/noticia-1...

Registro de Prejuízo Fiscal na ECFBase: Manual da ECF – versão Agosto/2015.

Na Escrituração Contábil Fiscal – ECF, quando ocorrer um prejuízo fiscal no período (Registro M300), o procedimento a seguir é:

– Criar uma conta de Prejuízos Fiscais de Períodos Anteriores no registro M010.

– Registrar o saldo do prejuízo fiscal do período no registro M410 (Colocar o indicador de lançamento como “PF” – Prejuízo do Período).

Observação: Se houver compensação de prejuízos fiscais em períodos posteriores, deve ser utilizada essa conta criada na parte B para compensação no registro M300 (Linhas de código 173 e 174 do M300), com tipo de relacionamento “1” (com conta da parte B).

Base: Manual da ECF – versão Agosto/2015.

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ECF - Campo 10 do registro 0010 da Escrituração Contábil Fiscal

Postado por José Adriano em 11 setembro 2015 às 18:00 Exibir blog

Como um forma de melhor esclarecer o preenchimento do campo 10 do registro 0010 da Escrituração Contábil Fiscal (ECD), seguem as orientações abaixo:

Campo 10 do Registro 0010: TIP_ESC_PRE (Escrituração):

1 - Lucro Real: Sempre preencher "C", pois todas as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real estão obrigadas a entregar a ECD.

2 - Lucro Presumido: Preencher "L", quando utilizar livro caixa ou não está obrigada a entregar a ECD e não quer recuperar os dados da ECD (que pode ter sido entregue facultativamente) na ECF.

3 - Lucro Presumido: Preencher "C", quando está obrigada a entregar a ECD ou não está obrigada à ECD, mas quer recuperar os dados da ECD (que pode ter sido entregue facultativamente) na ECF.

4 - Imunes/Isentas: Preencher "L", quando não está obrigada a entregar a ECD e não quer recuperar os dados da ECD (que pode ter sido entregue facultativamente) na ECF.

5 - Imunes/Isentas: Preencher "C", quando está obrigada a entregar a ECD ou não está obrigada à ECD, mas quer recuperar os dados da ECD (que pode ter sido entregue facultativamente) na ECF.

http://www1.receita.fazenda.gov.br/noticias/2015/setembro/noticia-1...

ECF - Prazo de Entrega não será prorrogado Postado por José Adriano em 10 setembro 2015 às 5:14 Exibir blog

A data limite para entrega da ECF referente ao ano-calendário 2014 e a situações especiais ocorridas de janeiro a agosto de 2015 é 30 de setembro de 2015. Essa data não será prorrogada pelos motivos abaixo especificados:

1 - A versão de testes do programa da ECF foi disponibilizada em julho de 2014 (mais de um ano antes da data limite);2 - A versão de produção do programa da ECF foi disponibilizada em março de 2015 (seis meses antes da data limite);3 - Mais de 300.000 empresa já entregaram a ECF;4 - Os registros Y700 e Y710, criados na última versão do Manual da ECF, não devem ser preenchidos para o ano-calendário 2014;

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5 - O registro Y720, criado na última versão do Manual da ECF, deve ser preenchido somente para as empresas que entregarem a ECF em atraso, conforme orientação do próprio Manual.

http://www1.receita.fazenda.gov.br/Sped/

Com ‘reoneração’ da folha, empresas devem buscar regime antigo

11 de setembro de 2015

A permanência no modelo de contribuição calculada sobre o faturamento só passaria a ser interessante para os grandes empregadores

O aumento das alíquotas que desoneravam a contribuição previdenciária deve causar a migração de um grande número de empresas para o regime antigo de contribuição, calculado sobre a folha de salários. Segundo um levantamento feito pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), 35% das empresas devem optar por essa volta ao passado.

Com o aumento das alíquotas, a permanência no sistema atual só faria sentido para empresas que comprometem muito do faturamento com a folha de pagamento. Ou seja, só continuaria a ser viável para os grandes empregadores.

Atualmente a contribuição previdenciária é paga com base em alíquotas que variam de 1% a 2% cobradas sobre o faturamento da empresa. Esse modelo foi criado em 2011, com a intenção de reduzir os gastos com mão-de-obra. Antes disso, a contribuição era de 20% sobre a folha de salários.

Mas na última terça-feira, 1/09, a presidente Dilma Rousseff sancionou projeto que elevou as alíquotas sobre o faturamento. Quem paga hoje 1%, passa a pagar 2,5%. E quem contribui com 2%, passará a contribuir com 4,5%.

O projeto também permitiu que as empresas optassem por voltar ao modelo de antes de 2011. Esse movimento deve acontecer principalmente entre empresa de porte maior, segundo o estudo da Fiesp, que foi feito com 339 empresas de diferentes perfis.

De acordo com o estudo, 56% das empresas entrevistadas que são de grande porte migrarão para o modelo de cálculo sobre a folha de salários. Esse movimento também deve ser feito por 34% das companhias de médio porte e por 31% das pequenas.

O governo contava com esta migração, mas informou que, mesmo com a elevação das alíquotas, o modelo calculado sobre o faturamento ainda seria interessante para 44% das empresas do país.

A indústria, em geral, que é grande empregadora, não gostou do aumento das alíquotas. Segundo o estudo da Fiesp, para 37% das indústrias entrevistadas haverá redução na margem de lucro com a medida.

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Alguns setores, como o de vestuário, tinham esperança de receberem alíquota diferenciada. O projeto de ampliação das alíquotas chegou às mãos da presidente prevendo uma elevação menor para esse setor, de 1,5%. Mas esse ponto acabou vetado por Dilma, restabelecendo a alíquota de 2,5% para o setor.

Mas a alíquota diferenciada foi concedida para alguns outros setores. Empresas de transporte rodoviário, ferroviário e metroferroviário de passageiros e empresas de call center, que antes pagavam alíquota de 2% passarão a pagar 3% sobre o faturamento em vez de 4,5%.

A elevação das alíquotas faz parte do programa de ajuste fiscal do governo. No ano passado, a União informa que abriu mão de R$ 21,5 bilhões em arrecadação por causa de desonerações, uma alta de 75% em relação ao ano anterior. Para este ano, a desoneração geraria uma renúncia estimada em R$ 25 bilhões.

Fonte: Diário do Comércio

Empresas do Simples Nacional Terão que Ter Certificado DigitalAtravés da Resolução CGSN 122/2015 ficou estabelecido a obrigatoriedade da exigência da Certificação Digital para empresas optantes pelo Simples Nacional.

A certificação digital poderá ser exigida para entrega da GFIP ou para entrega eletrônica do eSocial:

– Até 31 de dezembro de 2015, para empresas com mais de 10 (dez) empregados;– A partir de 1º de janeiro de 2016, para empresas com mais de 8 (oito) empregados;– A partir de 1º de julho de 2016, para empresas com mais de 5 (cinco) empregados.

A certificação digital também poderá ser exigida para entrega aos Estados, a partir de 01/01/2016, das informações relativas à substituição tributária, diferencial de alíquota ou recolhimento antecipado do ICMS, desde que a empresa

Aprovada a Resolução CGSN nº 122 - 01/09/2015O Comitê Gestor do Simples Nacional de 27/08/2015 aprovou a Resolução CGSN nº 122, publicada no DOU. Além de assuntos administrativos, a resolução dispõe que:

  A certificação digital poderá ser exigida para entrega da GFIP ou para entrega eletrônica do eSocial:

 -  Até 31 de dezembro de 2015, para empresas com mais de 10 (dez) empregados;-  A partir de 1º de janeiro de 2016, para empresas com mais de 8 (oito) empregados;-  A partir de 1º de julho de 2016, para empresas com mais de 5 (cinco) empregados.

 

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A certificação digital também poderá ser exigida para entrega aos Estados, a partir de 01/01/2016, das informações relativas à substituição tributária, diferencial de alíquota ou recolhimento antecipado do ICMS, desde que a empresa já esteja obrigada à emissão de documento fiscal eletrônico.

 Tendo em vista questões legais apresentadas pela Polícia Federal, foram suprimidas as seguintes ocupações dentre aquelas autorizadas a se inscrever como Microempreendedor Individual (MEI):

 - GUARDA-COSTAS;

- SEGURANÇA INDEPENDENTE;

- VIGILANTE INDEPENDENTE.

 O MEI inscrito em uma dessas ocupações terá que pedir o desenquadramento com validade a partir de 2016.

 A partir de 1º de janeiro de 2016, os Estados e o Distrito Federal deverão observar o prazo mínimo de 60 (sessenta) dias, contado a partir do primeiro dia do mês do fato gerador da obrigação tributária, para estabelecer a data de vencimento do ICMS devido por substituição tributária, tributação concentrada em uma única etapa (monofásica) e por antecipação tributária com ou sem encerramento de tributação, nas hipóteses em que a responsabilidade recair sobre operações ou prestações subsequentes.

 - O prazo acima se aplica quando a ME ou EPP optante estiver obrigada ao recolhimento do imposto diretamente ao Estado ou ao Distrito Federal, na forma da respectiva legislação;

- O prazo acima não se aplica (i) no caso de a ME ou EPP estar impedida de recolher o ICMS no Simples Nacional pela ultrapassagem do sublimite; (ii) quando o contribuinte optante se encontrar em situação irregular, conforme definido na legislação da respectiva unidade federada.

 Compõem a receita bruta tributável no Simples Nacional:

 - O custo do financiamento nas vendas a prazo, contido no valor dos bens ou serviços ou destacado no documento fiscal;

- As gorjetas.

 Não compõem a receita bruta tributável no Simples Nacional:

 - A venda de bens do ativo imobilizado, assim considerados ativos tangíveis que: (i) sejam disponibilizados para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, ou para locação por outros, para investimento, ou para fins administrativos; e; (ii) sua desincorporação ocorra somente a partir do segundo ano de sua respectiva entrada;

- Os juros moratórios, multas e quaisquer outros encargos auferidos em decorrência do atraso no pagamento de vendas a prazo.

 Não compõem a receita bruta do ano-calendário imediatamente anterior ao da opção pelo Simples Nacional, para aferir se a empresa pode ou não aderir ao regime em virtude do total do seu faturamento, os valores cobrados a título de IPI e de ICMS retido por substituição tributária.

 SECRETARIA-EXECUTIVA DO COMITÊ GESTOR DO SIMPLES NACIONAL

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Fim do JCP?

Dedução da TJLP Pode Ser ExtintaA princípio, tal revogação, se aprovada, só seria aplicável para 2016.

O Senado Federal, através da PLS 606/2015 de 10.09.2015, ainda em função das demandas do “ajuste fiscal”, examina a possibilidade de alterar a Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, para revogar o art. 9 que trata dos juros pagos ou creditados individualmente a titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas do patrimônio líquido recebido por pessoas jurídicas.

A princípio, tal revogação, se aprovada, só seria aplicável para 2016. Desta forma, urge aos gestores tributários que analisem a possibilidade de aproveitar-se ainda em 2015 de tal dedução na apuração do lucro real.

COMO DEDUZIR?

A pessoa jurídica poderá deduzir os juros pagos ou creditados individualizadamente a titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas do patrimônio líquido e limitados à variação, pro rata dia, da Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP (Lei 9.249/1995, artigo 9°).

IR FONTE

Os juros ficarão sujeitos à incidência do imposto de renda na fonte pela alíquota de 15% (Lei 9.249/1995, artigo 9°, § 2°).

DIVIDENDOS

O valor dos juros pagos ou creditados pela pessoa jurídica, a título de remuneração do capital próprio, poderá ser imputado ao valor dos dividendos de que trata o artigo 202 da Lei  6.404/1076.

LIMITES DE DEDUTIBILIDADE

O montante dos juros remuneratórios do patrimônio líquido passível de dedução para efeitos de determinação do lucro real e da base de cálculo da contribuição social limita-se ao maior dos seguintes valores:

I – 50% (cinquenta por cento) do lucro líquido do exercício antes da dedução desses juros; ou

II – 50% (cinquenta por cento) do somatório dos  lucros acumulados e reserva de lucros, sem computar o resultado do período em curso.

Para os efeitos do limite referido no item I, o lucro líquido do exercício será aquele após a dedução da contribuição social sobre o lucro líquido e antes da dedução da provisão para o imposto de renda, sem computar, porém, os juros sobre o patrimônio líquido.

TRATAMENTO DO IR FONTE

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Os juros sofrerão retenção de IRF pela alíquota de 15%. No beneficiário pessoa jurídica, se tributada pelo lucro real, a fonte será considerada como antecipação do devido ou compensada com o que houver retido por ocasião do pagamento ou crédito de juros, a título de remuneração do capital próprio, a seu titular, sócios ou acionistas.

No caso de tributação pelo Lucro Presumido ou Arbitrado, a fonte será considerada como antecipação do devido.

Nos demais casos, os rendimentos pagos a pessoa jurídica, mesmo que isenta, ou a pessoa física, serão considerados tributados exclusivamente na fonte.

No caso de juros pagos a pessoa física, a tributação é definitiva, não se compensando nem se adicionando aos demais rendimentos tributáveis.

Base: parágrafo 3 do artigo 9° da Lei 9.249/1995.

CONTABILIZAÇÃO DOS JUROS

Os juros pagos ou recebidos, serão contabilizados, segundo a legislação tributária, respectivamente, como despesa financeira ou receita financeira.

Link: http://guiatributario.net/2015/09/11/deducao-da-tjlp-pode-ser-extinta/ Fonte: Blog Guia Tributário

Começa prazo para consolidar parcelas de pagamento de dívidas pelo Refissetembro 10, 2015 em Geral por Karin Rosário

Começou nessa terça-feira (08) o prazo para os contribuintes que aderiram à terceira e à quarta reabertura do Programa Especial de Parcelamento de Dívidas Com a União definir os valores finais das parcelas que irão pagar. O chamado Refis da Crise renegocia dívidas com desconto nas multas e nos juros.

A consolidação das dívidas será dividida em dois períodos, segundo o tipo de contribuinte.

As médias e grandes empresas poderão fazer a consolidação de 08 a 25 de setembro. Já as pessoas físicas e as micro e pequenas empresas que fazem parte do Simples Nacional devem definir os valores do parcelamento no período de 05 a 23 de outubro.

Na consolidação, o contribuinte declara os débitos que quer renegociar e define o prazo e o valor das parcelas. A consolidação é feita na Receita Federal, no caso de dívidas tributárias, ou na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), no caso de contribuintes inscritos na dívida ativa.

O Refis da Crise foi iniciado em 2009. O programa renegocia dívidas com a Receita e a PGFN com prazo de até 15 anos, além de desconto nas multas e juros. A terceira etapa do Refis teve prazo de adesão até 31 de maio do ano passado e ficou conhecida como Refis da Copa. A quarta etapa teve prazo de opção até 30 de novembro de 2014.

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Agência Brasil

Opinião

ICMS x PIS/Cofins: a chance de o STJ alinhar sua jurisprudência9 de setembro de 2015, 9h00

Por   Fábio Martins de Andrade

Está prevista para esta quarta-feira (9/9) a retomada do julgamento do RESp. 1.500.473 no âmbito da 1ª Seção do Superior Tribunal de Justiça. O caso foi afetado com o objetivo de uniformizar a jurisprudência da corte sobre relevante matéria tributária, consistente na (i)legitimidade da inclusão da parcela do ICMS na base de cálculo da Cofins e do PIS.

Como se sabe, no passado remoto, o STJ editou as Súmulas 68 e 94, que dispõem, respectivamente, que: “A parcela relativa ao ICM inclui-se na base de cálculo do PIS” (j. em 15.12.1992); “A parcela relativa ao ICMS inclui-se na base de cálculo do Finsocial” (j. em 22.02.1994). Tais súmulas, à época, consolidaram o entendimento tanto do (então) recém-criado STJ como também do (extinto) Tribunal Federal de Recursos. Com efeito, antes da criação do STJ, o extinto TFR já havia consolidado a sua orientação no sentido de que “inclui-se na base de cálculo do PIS e parcela relativa ao ICM” (conforme a Súmula TFR 258), bem como, por analogia, inclui-se na base de cálculo do Finsocial a parcela relativa ao ICM.

Desse modo, verifica-se que a cristalização da jurisprudência do STJ, no início da década de 1990 (com as Súmulas 68 e 94), nada mais foi do que a reiteração da consolidação da jurisprudência então pacificada no âmbito do próprio Tribunal Federal de Recursos por meio da Súmula 258 (para o PIS) e de sua analogia (para o Finsocial).

Além disso, verifica-se, também, que a discussão da questão jurídica, tanto no âmbito do STJ como na esfera do extinto TFR, jamais se deu sob o enfoque constitucional, isto é, com o cotejo de violações da sistemática de interpretação a contrario senso engendrada pelo Fisco e dispositivos constitucionais. Ao contrário, limitou-se sempre a focar os aspectos infraconstitucionais da discussão (de mera legalidade).

Se o pronunciamento definitivo do STJ, ainda que adotado a reboque da consolidação do antigo TFR (isto é, sem nunca ter realmente adentrado ao mérito da questão jurídica sob o enfoque infraconstitucional), tivesse bastado à comunidade jurídica, então o julgamento do REsp. 1.500.473, previsto para esta quarta-feira, não teria qualquer relevância do ponto de vista jurisprudencial.

Mas não foi isso que ocorreu. A discussão foi submetida à apreciação do Supremo Tribunal Federal. Em 24 de julho de 1999, o RE 240.785, que versou a questão jurídica sob o prisma constitucional no âmbito do STF, foi submetido ao Pleno. Iniciou o seu julgamento ainda naquele ano. Todavia, em razão de sequenciais pedidos de vista, com destaque para o ministro Gilmar Mendes, pelo longo tempo decorrido entre o pedido e a retomada, tal julgamento somente foi concluído em 8 de outubro de 2014. Na ocasião, o tribunal, por maioria e nos termos do voto do relator, ministro Marco Aurélio, deu provimento ao recurso extraordinário. Foram vencidos os ministros Eros Grau e Gilmar Mendes.

Eis a ementa do acórdão:

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“TRIBUTO – BASE DE INCIDÊNCIA – CUMULAÇÃO – IMPROPRIEDADE. Não bastasse a ordem natural das coisas, o arcabouço jurídico constitucional inviabiliza a tomada de valor alusivo a certo tributo como base de incidência de outro.

COFINS – BASE DE INCIDÊNCIA – FATURAMENTO – ICMS. O que relativo a tributo de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e a Prestação de Serviços não compõe a base de incidência da COFINS, porque estranho ao conceito de faturamento” (STF – Pleno – RE 240.785, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 08.10.2014, DJe 16.12.2014. Em razão do recesso, o trânsito em julgado ocorreu em 23.02.2015).

 Constata-se, por conseguinte, que o foco central que foi objeto de exame pelo STF girou em torno dos aspectos constitucionais da questão jurídica, como por exemplo, o conceito de faturamento. Além de analisar a questão da interpretação a contrario senso que pretende o Fisco fazer prevalecer em confronto com o conceito constitucional de faturamento, previsto no atual artigo 195, inciso I, alínea “b”, da Constituição Federal, é possível acrescentar a violação de outros preceitos ali contidos. A título meramente exemplificativo, ofende a(o): princípio da imunidade recíproca, previsto no artigo 150, inciso VI, alínea “a”; princípio da capacidade contributiva, consagrado no artigo 145, parágrafo 1º; princípio federativo, estabelecido no artigo 60, parágrafo 4º, inciso I; princípios da equidade, da proporcionalidade e da razoabilidade, decorrentes explícita e implicitamente do artigo 194, inciso V; princípio da não cumulatividade, previsto nos artigos 155, inciso II e parágrafo 2º, I, bem como 158, inciso IV; e princípio da seletividade, consagrado no artigo 155, parágrafo 2º, inciso III. Em razão do reconhecimento da violação à luz do conceito constitucional de faturamento, previsto no atual artigo 195, inciso I, alínea “b”, pouco importa a análise das demais máculas.  

Uma vez que o RE 240.785 foi interposto anteriormente à necessidade de apresentar a repercussão geral da questão constitucional controvertida, o julgamento de tal recurso evidentemente não se deu sob o regime da repercussão geral. E nem seria necessário. Isso porque, quando foi julgado, já tinha sido reconhecida a repercussão geral da matéria/do tema nos autos do RE 574.706, conforme decisão assim ementada: “Reconhecida a repercussão geral da questão constitucional relativa à inclusão do ICMS na base de cálculo da Cofins e da contribuição ao PIS. Pendência de julgamento no Plenário do Supremo Tribunal Federal do Recurso Extraordinário 240.785” (STF – Pleno Virtual – RE 574.706-RG, rel. min. Cármen Lúcia, j. 24.08.2008, DJe 16.05.2008).

Desse modo, uma vez finalizado o julgamento do RE 240.785, que demorou 15 anos para ser concluído, restou firmado o entendimento do Plenário do Supremo Tribunal Federal sobre o tema. Tal entendimento certamente será replicado nos autos do RE 574.706 pelo STF, sob pena de absoluta incoerência e irracionalidade de seus trabalhos, inclusive da prestação jurisdicional entregue ao jurisdicionado, gerando inadmissível insegurança jurídica, sobretudo aos contribuintes.

E o que isso tem a ver com o STJ? É muito simples. Depois do trânsito em julgado do acórdão do STF nos autos do RE 240.785, é a primeira vez que a 1ª Seção do STJ está sendo chamada a decidir sobre o tema. Nesse ponto, duas são as possibilidades. Uma traz a oportunidade de alinhamento da jurisprudência dos tribunais superiores; outra volta a promover alguma confusão sobre o tema. Vejamos: a primeira se refere a oportunidade que o STJ tem de promover o alinhamento de sua jurisprudência ao precedente oriundo do STF (RE 240.785). A segunda promoveria confusão, na medida em que o STJ pretenderia manter a sua jurisprudência antiga, ignorando o precedente emanado recentemente pelo STF (RE 240.785), seja pelo frágil fundamento de que tal decisão não foi julgada sob o regime da repercussão geral, seja porque não tem caráter vinculante. Nessa última situação, o STJ perderia uma oportunidade ímpar de alinhar a sua jurisprudência ao precedente do STF sobre a relevante questão jurídica (no RE 240.785), com a rara promoção harmônica da jurisprudência dos tribunais superiores no mesmo sentido (STF e STJ). De um ponto de vista prático, de racionalidade do trabalho e da eficiência da prestação jurisdicional, a primeira situação promove o alinhamento e a harmonização, ao passo que a segunda leva ao estado de insegurança.

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Aqui, um ponto deve ser destacado. A partir do momento em que o STF sinalizou que julgaria a questão jurídica sob o prisma constitucional, em princípio, a orientação antiga do STJ acerca do tema perde um pouco sua importância, na medida em que voltada ao enfoque infraconstitucional. Ora, situação diversa ocorreria se o STF decidisse, em caráter preliminar ou, ainda, em questão de ordem, que a matéria versada se limita ao enfoque infraconstitucional, ocasião em que a última palavra, aí sim, incumbiria constitucionalmente ao STJ. De igual modo, se o STJ, durante todo esse tempo, que transcorreu de 2006 (quando se formou a maioria de 6x1 nos autos do RE 240.785) até 2014 (quando foi concluído aquele julgamento), tivesse se adiantado à conclusão do julgamento pelo STF e já tivesse revisto a sua antiga jurisprudência, então o efeito que agora pode advir de um julgamento alinhado e harmônico já teria ocorrido, precisamente quando da conclusão do RE 240.785, ocasião em que a pacificação do tema seria alcançada tanto no âmbito do STF como também do STJ.

Todavia, não foi o que ocorreu. Em realidade, por diversas razões, o STJ optou por se manter inerte enquanto o julgamento do RE 240.785 não fosse definitivamente concluído. E, na esteira de sua orientação antiga, diversas turmas dos cinco tribunais regionais federais se mantiveram julgando a questão jurídica com a simplista aplicação das Súmulas 68 e 94 do STJ, em parte premidos pela necessária observância das metas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça, em parte premidos pelo enorme volume de trabalho.

E, hoje, o que pode ocorrer? É muito simples. O STJ, pela sua 1ª Seção, tem diante de si uma oportunidade única no sentido de alinhar a sua antiga orientação sobre a questão jurídica em foco ao que restou decidido em última instância definitivamente pelo STF no RE 240.785.

A boa notícia é que o STJ caminha nesse sentido. De fato, em 22.04.2015, a 1ª Seção iniciou o julgamento do tema, ocasião em que o relator, ministro Napoleão Nunes Maia Filho, negou provimento ao recurso especial interposto pela Fazenda Nacional. Logo depois, foi seguido pelo ministro Mauro Campbell Marques. Por sua vez, o ministro Og Fernandes divergiu e decidiu pelo não conhecimento do recurso especial. Em seguida, pediu vista o ministro Benedito Gonçalves, que trará o seu voto-vista nesta quarta-feira. Ainda aguardam para votar os ministros Assusete Magalhães, Sérgio Kukina, Regina Helena Costa, Herman Benjamin e Marga Tessler (convocada do TRF-4).

Com efeito, não seria a primeira vez que o STJ reformaria a sua orientação jurisprudencial para se adequar ao julgamento posterior que emanou do Plenário do STF. Exemplo disso ocorreu em 2008, quando o STJ decidiu cancelar a Súmula 276, que previa a isenção da Cofins sobre as sociedades civis de prestação de serviços profissionais. Tal cancelamento decorreu do julgamento da Ação Rescisória 3.761, quando o STJ se alinhou ao precedente que tinha então emanado do STF sobre o tema (STJ – 1ª Seção – AR 3.761, rel. min. Eliana Calmon, j. 12.11.2008, Dje 01.12.2008).

Vamos acompanhar para ver se o STJ se limitará a reiterar a sua antiga jurisprudência que fora herdada do extinto Tribunal Federal de Recursos ou, se ao contrário, aproveitará essa oportunidade para promover o alinhamento e a harmonia ao relevante precedente do STF sobre o tema emanado pelo pronunciamento definitivo nos autos do RE 240.785. Pela linha dos votos proferidos até agora, tudo indica que seguirá no sentido do alinhamento e da harmonização, a exemplo de outras ocasiões em que assim procedeu no passado. 

Fábio Martins de Andrade é advogado, doutor em Direito Público pela UERJ e autor da obra “Modulação em Matéria Tributária: O argumento pragmático ou consequencialista de cunho econômico e as decisões do STF”.

Revista Consultor Jurídico, 9 de setembro de 2015, 9h00

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Custos (Despesas) de Responsabilidade de Terceiros – Contabilizar como Receita ou Redutora de Custos (Despesas)?Tendo em vista as normas brasileiras de contabilidade e também a boa técnica contábil, entendemos que a classificação da recuperação de despesas de responsabilidade de terceiros deva ser efetivada em conta redutora de custos e despesas, e não em conta de receitas.

Orientamos no sentido que as receitas incluem somente o faturamento e o ingresso de recursos novos (como rendimentos de aplicações financeiras e receitas de venda de bens do imobilizado).

Através da Resolução CFC 1.412/2012 (que estipulou normas para receitas – NBC TG 30), ficou definido que as receitas são provenientes de:

(a)      venda de bens;

(b)     prestação de serviços; e

(c)      utilização, por parte de terceiros, de outros ativos da entidade que geram juros, royalties e dividendos.

A receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da venda de bens nas operações de conta própria e o preço dos serviços prestados.

Integra a receita bruta o resultado auferido nas operações de conta alheia (comissões pela intermediação de negócios).

Em outras palavras, podemos afirmar que a Receita Bruta é a receita total decorrente das atividades-fim da organização, isto é, das atividades para as quais a empresa foi constituída, segundo seus estatutos ou contrato social.

Não integram a receita os valores transitórios que se originam no pagamento de despesas de terceiros reembolsáveis. Estes valores, por não se constituírem em recursos novos (mas simples repasses de despesas ou custos) devem ser contabilizados em conta REDUTORA de custos ou despesas.

Nossa sugestão é que as mesmas sejam contabilizadas em grupo próprio, como redutora de despesas ou custos (conta credora), conforme a origem da despesa que é de responsabilidade exclusiva de terceiros (despesa ou custo).

Exemplo:

Despesas Administrativas (-) Rateio de Despesas Administrativas

Esta situação ocorre nas despesas compartilhadas intra-grupos, quando há contrato de rateio de despesas comuns entre empresas integrantes e interessadas em reduzir seus custos e despesas, utilizando os mesmos recursos.

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Exemplo de contabilização:

Por ocasião do registro da despesa:

D – Despesas de Escritório (Resultado)

C – Contas a Pagar (Passivo Circulante)

R$ 2.000,00

Pelo registro simultâneo do rateio da despesa, considerando que 50% da mesma é rateada à empresa XYZ, conforme contrato de rateio de despesas comuns:

D – Créditos Empresa XYZ (Ativo Circulante)

C – Recuperação de Custos ou Despesas (Resultado)

R$ 1.000,00

Outras situações em que poderão ocorrer tais recuperações:

Contratos de pagamento de despesas adiantadas (como despesas de viagens, hospedagem, etc.) de responsabilidade total ou parcial de terceiros.

Contratos de administração de tesouraria (neste caso, somente a comissão ou valor fixo cobrado como remuneração é que será receita).

O CAOS GERADO COM AS RETENÇÕES MENSAIS DE ENCARGOS TRABALHISTAS DAS EMPRESAS PRESTADORAS DE SERVIÇOS

 Clóvis Alberto Leal Soika

Publicada no Diário Oficial do dia 08 de Setembro de 2.015, a Resolução do INSS nº 495, estabelece que todos os valores relativos aos encargos trabalhistas, tais como décimo terceiro salário, férias e 1/3, multa sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, e contribuição social para as rescisões sem justa causa e encargos sobre férias e 1/3 e décimo terceiro salário, devidos mensalmente às empresas contratadas para prestação de serviços, continuados ou não, com dedicação exclusiva de mão de obra, no âmbito do INSS, deverão ser depositadas exclusivamente em conta-depósito vinculada mantida em instituição bancária.

Certamente em breve todos os Órgãos Públicos deverão estabelecer as mesmas regras para as prestadoras de serviços.

Reflexo das inúmeras condenações trabalhistas onde esses Órgãos figuram como subsidiários, sendo responsabilizados pela quitação dos valores devidos a vários reclamantes de empresas prestadoras de serviços que se “evaporam” do mercado deixando para trás passivos trabalhistas imensos.

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É de conhecimento geral que a grande maioria das empresas prestadoras de serviços ao participarem de licitações provisionam índices baixíssimos de taxa de administração e de lucros, a fim de lograrem êxito no processo licitatório.

Utilizam-se então de parte desses valores provisionados a título de “encargos trabalhistas”, para promoverem seu “fluxo de caixa”, cobrindo despesas administrativas, operacionais, de condenações trabalhistas, etc.

Com a adoção destas novas normas de retenção pelos Órgão Públicos, algumas empresas prestadoras de serviços ingressarão em uma situação de imensa dificuldade, pois não mais terão recursos financeiros para manutenção de suas atividades.

Muitas dessas empresas além de prestarem serviços aos Órgãos Públicos, também atendem empresas da iniciativa privada.

Sendo assim, importante que os gestores de contratos estejam atentos para o cumprimento de todas as obrigações trabalhistas dessas empresas terceirizadas, aferindo sua “saúde financeira”, além da exigência mensal de todos os encargos trabalhistas devidamente quitados, a fim de evitarem futuros problemas trabalhistas.

A tendência é que em breve as empresas da iniciativa privada também adotem as regras de retenção desses encargos trabalhistas, a fim de evitarem futuros transtornos.

Clóvis Alberto Leal Soika, é Consultor e Advogado Trabalhista. 

Atualizado em 08/09/2015.

Receita Federal anuncia simplificação tributária no setor de bebidas O destaque foram as medidas de melhoria do ambiente de negócios no setor de bebidas

Nesta terça-feira, 1º de setembro, o Coordenador-Geral de Tributação, Fernando Mombelli, explicou à imprensa as medidas tributárias anunciadas ontem pelo Governo. O destaque foram as medidas de melhoria do ambiente de negócios no setor de bebidas.

A partir de agora o Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI incidente sobre as chamadas bebidas quentes, que incluem vinho, uísque, cachaça e licores, entre outras, será exigido com base em modelo mais simples de tributação, proporcionando equilíbrio da concorrência e fim das distorções. O novo modelo, baseado em alíquotas ad valorem (percentual), além de trazer proporcionalidade da tributação ao preço praticado, também equipara o distribuidor ligado a industrial/importador ao contribuinte industrial. A medida está nos artigos 1º a 7º da MP 690, publicada na edição extra do DOU de ontem, 31 de agosto.

E as novas alíquotas já foram estabelecidas, por meio do Decreto 8.512, publicado no mesmo DOU. Segundo Mombelli, o novo modelo resultou de discussões com o setor e busca precipuamente simplificar

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a tributação das bebidas quentes, “permitindo uma tributação neutra e isonômica, aderente ao preço praticado”.

Fim dos selos para vinhos

Outra medida de simplificação tributária no setor de bebidas foi promovida pela Instrução Normativa RFB nº 1.583, publicada no DOU de hoje. A partir de agora os produtores de vinhos nacionais e importados estão dispensados da selagem de seus produtos, bem como da inscrição no registro especial mantido pela Receita Federal.

A medida é demanda antiga do segmento de produtores nacionais, tendo em vista que, na prática, os importadores já estavam dispensados desta exigência desde 2012 por força de medida judicial. “Dessa forma, considerando a existência de mecanismos mais modernos de controle da produção pela Receita Federal, a medida permitirá a simplificação das obrigações acessórias para os contribuintes, determinando uma sensível melhoria no ambiente de negócios”, explicou Mombelli.

Esclarecimentos técnicos sobre outras medidas tributárias

O Coordenador-Geral de Tributação, que estava acompanhado de sua substituta, Cláudia Lúcia Pimentel Martins da Silva, e do Coordenador de Tributos sobre a Produção e Comércio Exterior, João Hamilton Rech, também deu à imprensa explicações técnicas sobre outras medidas adotadas pelo Governo:

Extinção do Programa de Inclusão DigitalA Medida Provisória nº 690 revogou os dispositivos legais que reduziam a zero das alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre a receita de venda a varejo de produtos de informática, tais como computadores desktop, notebooks, tablets, smartphones, modems e roteadores.

A medida foi tomada porque o incentivo já não se justificava, tendo em vista que nos anos recentes houve substancial redução de preços e o descaminho de produtos de informática deixou de representar parte significativa do mercado. Além disso, a manutenção do Programa implicava elevada perda de receitas para a Seguridade Social.

Alteração Tributação Receitas de Direito de Autor e de ImagemA mesma MP 690 também alterou as regras de tributação das receitas de direito de Autor e imagem. O novo modelo desestimula pessoas físicas detentoras destes direitos à tributação como pessoa jurídica, diminuindo a diferença de tributação entre com os demais trabalhadores assalariados.No modelo atual não há isonomia com os demais trabalhadores assalariados, pois a pessoa jurídica é substancialmente menos tributada pela sistemática do lucro presumido ou arbitrado, se comparada à tributação pela pessoa física. De acordo com Mombelli, o novo modelo, instituído hoje, “estará mais próximo da realidade dos negócios de direito de imagem e correlatos”.

IOF das operações de crédito do BNDESPor último, a equipe da Coordenação-Geral de Tributação explicou a revogação da alíquota zero na operação de crédito efetuada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), conforme consta no Decreto 8.511, também publicado na edição extra do DOU de ontem, 31 de agosto. De acordo com o Decreto, as operações do BNDES terão a mesma tributação das operações em geral, ou seja , 0,0041% ao dia, limitado a 365 dias (1,5%), mais 0,38% por operação.

Assista aqui reportagem da TV Receita com Fernando Mombelli

Fonte: Receita Federal do Brasil via Mauro Negruni

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Escrituração Contábil Fiscal (ECF) – está tudo transcorrendo bem e dentro do planejado:

10 de setembro de 2015

1 – A versão de testes do programa da ECF foi disponibilizada em julho de 2014 (mais de um ano antes da data limite);

2 – A versão de produção do programa da ECF foi disponibilizada em março de 2015 (seis meses antes da data limite);

3 – Mais de 300.000 empresa já entregaram a ECF;

4 – Os registros Y700 e Y710, criados na última versão do Manual da ECF, não devem ser preenchidos para o ano-calendário 2014; e

5 – O registro Y720, criado na última versão do Manual da ECF, deve ser preenchido somente para as empresas que entregarem a ECF em atraso, conforme orientação do próprio Manual.

Fonte: Site SPED

Controvérsia sobre incidência do IPI na revenda de produto importadosetembro 11, 2015 em Geral por Karin Rosário

Os tribunais estão abarrotados de processos versando sobre a cobrança do IPI sobre os produtos importados revendidos no mercado interno.

Tudo se resume em definir com precisão o fato gerador desse imposto, conjugando-se o seu elemento nuclear com o seu aspecto temporal.

Nos termos do art 46 do Código Tributário Nacional, o IPI tem como fato gerador a operação com produto industrializado, assim entendido o produto que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo, conforme definição dada pelo seu parágrafo único. Abandonamos a nossa posição inicial segundo a qual o elemento material do fato gerador seria a industrialização, o que tornaria impossível a tributação de produto industrializado procedente do exterior em razão do princípio da territorialidade das normas. A operação com produto industrializado, a exemplo do ICMS implica circulação jurídica e não simples deslocamento físico do produto.

E a ocorrência desse fato gerador acontece alternativamente pela operação com o produto industrializado por uma das três hipóteses abaixo:

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I – o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira;II – a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do artigo 51;III – a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão.

Dessa forma, se o produto importado sofreu incidência do IPI por ocasião do seu desembaraço aduaneiro não há possibilidade de ocorrer outro fato gerador, por ocasião de sua revenda no mercado interno, a menos que tenha sofrido nova industrialização, nos termos amplos do parágrafo único doart. 46 do CTN.

A confusão surge quando se interpreta cada um dos três incisos doart. 46 do CTNde forma isolada. O disposto no inciso II é pertinente ao produto industrializado no País, expressando o aspecto temporal do fato gerador. Se nas hipóteses dos incisos I e III são fáceis de detectar o momento da ocorrência do fato gerador (desembaraço aduaneiro e arrematação do produto), na hipótese de industrialização no mercado interno não seria possível precisar o exato momento em que foi concluído o processo de industrialização. Daí o aspecto temporal definindo o momento da saída do produto industrializado do estabelecimento referido noart. 51 do CTN, facilmente identificável.

Após inúmeras decisões conflitantes a Primeira Seção do STJ uniformizou a sua jurisprudência nesse sentido, no julgamento dos Embargos de Divergência em Resp nº 1.398.721-SC, Rel. Min. Sérgio Kukina, j. 11-6-2014, ainda pendente de publicação do respectivo Acórdão.

Fenacon –  Kiyoshi Harada

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NF-e - Publicada NT 2015/003, contendo instruções sobre a inclusão de novos campos na NF-e

Postado por José Adriano em 26 agosto 2015 às 23:00 Exibir blog

Publicada NT 2015/003, contendo instruções sobre a inclusão de novos campos na NF-e para atender as diretrizes definidas na EC 87.Assinado por: Coordenação Técnica do ENCAT

http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/informe.aspx?ehCTG=false#346

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MDF-e - Correção Schemas da NT 03/2015 Postado por José Adriano em 27 agosto 2015 às 23:00 Exibir blog

O pacote de schemas da NT 03.2015 foi atualizado contendo uma correção nas expressões regulares dos totalizadores dos documentos.Assinado por: PROCERGShttps://mdfe-portal.sefaz.rs.gov.br/Site/Noticias

CT-e - Publicada NT2015.003 e respectivo Pacote de Liberação 2.00a_NT2015.003

Postado por José Adriano em 4 setembro 2015 às 23:00 Exibir blog

Publicada NT2015.003 e respectivo Pacote de Liberação 2.00a_NT2015.003, que divulga alterações no leiaute do CT-e para receber a informação do ICMS devido para a UF de término do serviço de transporte, nas operações interestaduais para consumidor final, atendendo as definições da Emenda Constitucional 87/15.

Assinado por: Coordenação Técnica do ENCAT

http://www.cte.fazenda.gov.br/informe.aspx?#62

Bloco K, obrigação ou oportunidade? Postado por José Adriano em 7 setembro 2015 às 13:00 Exibir blog

O Bloco K já é uma realidade para muitas empresas brasileiras. Numa analogia ao nosso cotidiano, podemos compará-lo a uma viagem necessária, aquela que não queremos fazer, mas que é inevitável. Assim, que tal nos empenharmos em tornar essa viagem agradável? Meu objetivo com essa reflexão é instigá-los a perceber o Bloco K como uma oportunidade de negócio e deixar de encará-lo apenas como uma nova obrigação imposta pelo fisco para as empresas.

E por falar no Bloco K, muitas empresas não devem estar com este caminho totalmente asfaltado. Até as informações estarem 100% esclarecidas para todos, muitos buracos podem atrapalhar. Imagine que a data dessa viagem já está próxima, mas você não fez revisão no seu carro e os pneus estão ruins. Não conhece a estrada e não está equipado com GPS. Não sabe se é totalmente pavimentada e muito menos quanto tempo levará para chegar.

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São muitas dúvidas, mas, já que temos que fazê-la, que tal nos organizarmos? Comece pela revisão do carro, troque os pneus e estude o melhor caminho. Opte por uma estrada segura e pavimentada, mesmo que seja mais distante. Ah! Compre um GPS. Torne essa viagem positiva ou, caso contrário, a única alternativa é aguardar a data limite, torcendo por mais uma postergação, como foi com o Bloco K em 2015. Mas o risco que você corre por esperar e não estar preparado pode ser irreversível e, assim como essa viagem, postergando ou não, vamos ter que encarar o Bloco K!

Além de uma entrega adicional do SPED Fiscal, o Bloco K é também uma oportunidade de melhoria, de controle de estoque e do processo produtivo em sua empresa. Entenda-o melhor e, se necessário, procure ajuda. Desenvolva um plano de ação. Melhore os processos de compra de material, certifique-se que a ficha técnica de seus produtos está em ordem, reduza as perdas em processos e efetive controles com produção de terceiros ou em terceiros. Acabe com controles paralelos ao seu ERP. Concentre-se na melhoria do processo produtivo e baixe o nível de itens parados em estoque. Maximize os controles de produtividade.

O planejamento é importante também para as novas obrigações fiscais, como o Bloco K, que pode ser visto como uma oportunidade e ajudará a empresa a visualizar com mais precisão para onde está indo, com foco no melhor resultado. Converta essas informações em resultados. Conheça as perdas nos processos e os produtos que têm potencial de lucro e venda. Coloque em prática seu plano e torne a viagem mais atrativa com o Bloco K, para chegar ao destino final com a sensação de dever cumprido.

Opinião Joinville

loco K: uma visão integrada Postado por José Adriano em 11 setembro 2015 às 13:19 Exibir blog

Por Edison C. Fernandes e Márcia dos Santos Gomes

Esta não é uma conclusão científica, decorrente de uma pesquisa de campo exaustiva, mas, a nossa experiência no atendimento a empresas demonstra que oito entre dez profissionais de departamentos fiscais estão pensando no Bloco K. Os outros dois ou não sabem do que se trata ou estão envolvidos com outras tarefas, deixando para pensar nele mais adiante. A sua importância é proporcional à antecedência dessa preocupação.

O Bloco K é a versão eletrônica e atualizada do Livro Registro de Controle da Produção e do Estoque – Modelo 3. As informações do Bloco K, então, são relacionadas ao controle do estoque da empresa. Inicialmente, essas informações se restringirão ao processo produtivo e às quantidades de matéria-prima, insumo, embalagem, produto acabado etc., pois os valores referentes a parte desses itens já estão disponibilizados em outros blocos da EFD – ICMS/IPI (bloco H) e da EFD- Contribuições.

Se o coração da empresa é o caixa, bombeando recursos financeiros para todas as veias e artérias corporativas, o estoque é o cérebro. Pela decisão de comprar barato ou a prazo e vender a prazo ou à vista, o estoque concentra a maior energia estratégica da empresa. Por isso, as "sinapses" que ocorrem no interior do estoque são observadas atentamente pelas normas tributárias.

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A visão integrada dessa obrigação contribui para uma eficiente gestão tributária, que tenha por objetivo não desperdiçar recursos

Não é por acaso que o controle do estoque é monitorado pelos principais tributos cobrados no Brasil. Desde o ICMS e o IPI, até o IRPJ e a CSLL, passando pela Contribuição ao PIS e pela Cofins, as movimentações do estoque são importantes para determinar a base de cálculo e o montante devido a título desses tributos. Em sendo assim, o Bloco K não pode e não deve ser visto como uma "mera obrigação acessória" a ser preenchida de maneira a evitar multas administrativas, mas demanda uma visão integrada.

A integração mencionada não se restringe à legislação tributária e ao inestimável sigilo industrial, conquanto sejam pontos de extrema relevância, mas envolve o direito contábil, o direito societário, e, até, o direito dos contratos e o direito do trabalho. Os sócios olham para o estoque à espera do lucro que remunerará o seu capital; os clientes se preocupam com o estoque, esperando que a venda ou a prestação de serviço seja efetuada; os fornecedores veem no estoque oportunidade de negócio; os trabalhadores têm no estoque uma demonstração da garantia do seu emprego e da sua remuneração; e, obviamente, a administração tributária também acompanha a movimentação do estoque para fins de arrecadação e combate à sonegação. Todos esses interesses se inter-relacionam e, por isso, constam das demonstrações contábeis.

Encontram-se no estoque as informações necessárias para a formação de preço, quer de produto, de mercadoria ou de serviço, o que implicará a apuração de lucro ou de prejuízo. Daí a importância para os tributos não cumulativos (IPI, ICMS, Contribuição ao PIS e Cofins), porque os valores devidos nas etapas anteriores da cadeia comercial não comporão o custo do produto, da mercadoria e, eventualmente, do serviço, em razão de serem créditos fiscais (valor recuperável) para a empresa. Esse efeito tributário explica o controle referente a esses tributos.

Por falar em custo, o estoque também representa a principal dedução permitida na apuração dos tributos sobre o lucro (IRPJ e CSLL). Dependendo da operação realizada, diversos controles fiscais podem ser exigidos, como acontece com os preços de transferências nas transações internacionais com empresas vinculadas, ou seja, pertencentes ao mesmo grupo econômico ou com relação de exclusividade. Esse efeito tributário amplia a importância do estoque.

Por tudo isso, a seriedade no preenchimento do Bloco K não pode ser orientada tão somente para evitar a multa aplicada por informação incorreta – embora essa penalidade deva ser considerada – ou restrita a minimizar o vazamento de informações do segredo industrial. A visão integrada dessa obrigação acessória contribui para uma eficiente gestão tributária, que tenha por objetivo não desperdiçar recursos, inicialmente, com o pagamento desnecessário de tributos e multas administrativas, mas, também, com o desenvolvimento adequado das operações empresariais (compra, venda e prestação de serviços). A condução das questões relacionadas ao Bloco K exige uma verdadeira governança tributária.

Fonte : Valor

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Bloco K - Empresas precisam correr para ajustar sistemas ao SPED Fiscal

Postado por José Adriano em 11 setembro 2015 às 14:30 Exibir blog

O calendário do SPED Fiscal tem programado uma importância mudança para empresas para 1º de janeiro de 2016. É que a partir desta data essas empresas estarão obrigadas a enviar o livro Registro de Controle da Produção e do Estoque por meio do Bloco K do SPED Fiscal, conforme o Ajuste Sinief 17/14 que dispôs a obrigatoriedade do Bloco K.

Essa obrigatoriedade terá impacto direto para os estabelecimentos industriais ou a eles equiparados pela legislação federal e para os estabelecimentos atacadistas, podendo, a critério do Fisco, ser exigida de estabelecimento de contribuintes de outros setores, revela reportagem do portal Segs, especializado em Seguros.

“Assim, é muito importante que as empresas se antecipem a essa necessidade, pois, a obrigação é bastante complexa e trabalhosa, devido a necessidade de detalhamento de informações. Antes da nova obrigação a empresas já precisavam realizar esse envio, todavia isso não era uma prática dos empresários, já que o livro de Controle da Produção e de Estoque quase nunca era exigido. Agora esse quadro se altera, pois ao entrar no SPED Fiscal a fiscalização para essa obrigação será muito mais ativa”, explica o diretor tributário da Confirp Contabilidade, Welinton Mota.

Isso representa que essas empresas deverão cadastrar no Bloco K do SPED Fiscal, quais os produtos que tiver que ser utilizado para a fabricação de um produto, isto é, o consumo específico padronizado, além de perdas normais do processo produtivo e substituição de insumos para todos os produtos fabricados pelo próprio estabelecimento ou por terceiros.

Como as empresas só possuem seis meses para se adaptarem a essa nova demanda, é imprescindível que já iniciem o processo de adequação imediatamente, alerta Mota, pois será necessário a implantação ou parametrização do sistema da empresa a obtenção desses dados, pois é praticamente inviável o preenchimento manual.

Entenda melhor

As legislações do ICMS (estadual) e a do IPI (federal) obrigam essas empresas a registrar, nos livros próprios, as ações que realizam. No livro Registro de Controle da Produção e do Estoque devem ser registradas às entradas e saídas, à produção e às quantidades relativas aos estoques de mercadorias.

O grande problema é a complexidade desse registro sendo que nele deve se registrar todas as operações, com uma folha para cada espécie, marca, tipo e modelo de mercadoria. Isso torna imprescindível para empresas uma ERP bem amplo que fornaça uma estrutura para registro dessas informações.

Assim, a Receita Federal terá registrada no Bloco K do SPED Fiscal, as quantidades produzidas e os insumos consumidos em cada material intermediário ou produto acabado, podendo através desta informação, projetar o estoque de matéria-prima e de produto acabado do contribuinte. Além disso, contará também com as informações de industrialização efetuada por terceiros e dados dos comércios.Fonte: Segs

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SISCOSERV – Porque as multas não são consideradas ilegais

09/09/2015

Noticiou-se esta semana que uma empresa importadora havia obtido para si a concessão de medida liminar em mandado de segurança preventivo, a fim de não ser multada futuramente em virtude de registros não feitos no Siscoserv. Alegou ilegalidade na imposição de multas pela Receita Federal do Brasil (RFB) com base meramente em uma instrução normativa. Esta liminar foi obtida junto à Justiça Federal em São Paulo. O que a imprensa não noticiou é que outra liminar foi negada na mesma Justiça Federal e na mesma semana. Alerto, ademais, que liminar concedida não é nem de perto ação ganha. Esta pretensa alegação de ilegalidade das multas, que muitos gostam de chamar de inconstitucionalidade, é completamente discutível. Adoraria que as multas fossem completamente ilegais para, como advogado que também sou, ganhar rios de dinheiro com ações judiciais de vitória certa. Porém não é bem assim, como veremos a seguir. Primeiramente (digo agora como empresário e não como advogado) eu jamais ajuizaria uma ação judicial com caráter preventivo tendo por objeto questionar multas do Siscoserv, pelas seguintes razões: 1a razão: Se minha empresa não foi sequer autuada, porque eu "cutucaria" a Receita Federal com uma ação deste tipo? Obviamente que este tipo de ação vai incitar a RFB a iniciar uma ação fiscal contra a empresa. E a RFB não está impedida de lavrar o auto de infração para prevenir decadência, ainda que exista concessão de medida liminar. 2a razão: Quando se ajuíza uma ação com o mesmo objeto de um futuro ou atual auto de infração, renuncia-se o direito de discutir as multas na esfera administrativa (concomitância entre o objeto da discussão administrativa e da lide judicial). Neste sentido cito o julgado a seguir: "TRF-2 - APELAÇÃO CIVEL AC 200851010094942 RJ 2008.51.01.009494-2 (TRF-2)Data de publicação: 19/04/2010Ementa: TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. CONCOMITÂNCIA ENTRE O OBJETO DA DISCUSSÃO ADMINISTRATIVA E O DA LIDE JUDICIAL. RENÚNCIA TÁCITA DA VIA ADMINISTRATIVA. 1- Pelo princípio da unidade da jurisdição, havendo concomitância entre o objeto da discussão administrativa e o da lide judicial, tendo ambos origem em uma mesma relação jurídica de direito material, torna-se desnecessária a defesa na via administrativa, uma vez que esta se subjuga ao versado naquela outra, em face da preponderância do mérito pronunciado na instância judicial. Há uma espécie de renúncia tácita à via administrativa, pela perda do interesse de agir. 2- Apelação improvida." Ou seja, a discussão vai se esgotar na via judicial. Se  não houvesse o ajuizamento da demanda, o correto seria esperar a vinda do auto de infração (que poderia nem vir se os registros em atraso fossem feitos) e discuti-lo no âmbito administrativo por uns 5 a 7 anos, para depois, caso não lograsse êxito, discutir o tema na via judicial por 1 ou 2 anos mais. Até lá quem sabe as regras do Siscoserv não mudassem em favor do contribuinte? 

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Apelar diretamente para a via judicial significa jogar para o alto pelo menos 5 anos de discussões na esfera administrativa. Eu sinceramente esgotaria a via administrativa para ir para a via judicial. Notem que algumas serão as liminares a serem conseguidas em primeira instância na Justiça Federal para as empresas não serem multadas, mas será que estas liminares irão se sustentar com base na tese da inconstitucionalidade? Eu penso sinceramente que não. Nem as liminares e nem a tese se sustentarão. Em que pese a argumentação de que as multas do Siscoserv foram criadas por Instrução Normativa (1.277/12) e por isso muitos alegam serem inconstitucionais, e fazendo aqui o papel de "advogado do diabo", permito-me dizer que isso não é bem verdade.

E deixo claro: Estou falando somente da tese da inconstitucionalidade! Antes de adentrar na questão da legalidade da aplicação das multas é importante frisar que o Siscoserv não foi criado pelo MDIC, mas pelo MDIC e pela RFB para que ambos os órgãos gerissem o sistema. São os dizeres no site do MDIC: "A Secretaria de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (SCS/MDIC) e a Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda (RFB/MF) assinaram no dia 17 de dezembro de 2008, Acordo de Cooperação Técnica com objetivo de definir responsabilidades quanto ao desenvolvimento e à produção do Siscoserv. Ambas as Secretarias são gestoras do Siscoserv." (Define-se Siscoserv como o sistema informatizado e não propriamente a obrigação de declarar). Esta definição de responsabilidades foi firmada em acordo de cooperação técnica (n. 36/2008) por ambas. Se a Receita Federal bem quisesse, poderia ter um sistema (Siscoserv) só dela e o MDIC ter um sistema só dele, totalizando dois sistemas para serem alimentados com os mesmos dados pelos contribuinte. Mas isso seria altamente custoso para o Governo Federal e péssimo para os contribuintes. Mas por óbvio que resolveram criar um só sistema e partilhar as informações. Saliento que a obrigação de prestar ao MDIC as informações relativas às transações entre residentes ou domiciliados no País e residentes ou domiciliados no exterior que compreendam serviços, intangíveis e outras operações que produzam variações no patrimônio das pessoas físicas, das pessoas jurídicas ou dos entes despersonalizados foi instituída pela Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, em seus artigos 25 a 27. Alguns "batem na tecla" de que a obrigação foi  criada somente para o MDIC com finalidade meramente estatística, mas não é verdade. A mencionada Lei 12.546/11 conferiu competência ao MDIC somente para gestão do Sistema, mas não para sua fiscalização, que ficou a critério exclusivo da RFB. O que alguns não contam e não sabem é que o artigo 27 desta mesma lei conferiu ao MDIC e ao Ministério da Fazenda (RFB) competência comum para editarem normas infra legais (instruções normativas, portarias, etc.) sobre o tema: (...)"Art. 27.  O Ministério da Fazenda e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

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emitirão as normas complementares para o cumprimento do disposto nos arts. 24 a 26 desta Lei.  "(...) Temos aí a primeira base legal para a RFB tratar sobre o tema em instrução normativa, porque instrução normativa é uma norma complementar. No entanto, embora a Lei 12.546/11 mencione a RFB como apta a acessar os dados imputados no sistema, e com o poder de editar normas sobre ele, a RFB sequer precisaria ser citada na referida norma, porque desde 1999 ela já detinha poderes para criar obrigações acessórias, por meio da Lei 9.779/99, cujo art. 16 diz: (...)Art. 16.  Compete à Secretaria da Receita Federal dispor sobre as obrigações acessórias relativas aos impostos e contribuições por ela administrados, estabelecendo, inclusive, forma, prazo e condições para o seu cumprimento e o respectivo responsável.(...) Muitos dirão que esta obrigação acessória de efetuar declarações no sistema Siscoserv não possui relação com impostos e contribuições administrados pela RFB, mas isso é outra inverdade. Isto porque para o MDIC a finalidade do sistema é simplesmente estatística, mas para a RFB é obviamente fiscalizatória, porque cruza dados com outros sistemas, declarações, notas fiscais, fechamentos de câmbio, a fim de verificar o correto recolhimento de todos os tributos envolvidos nas operações cruzadas. E mais: este cruzamento de dados permite verificar a ocorrência de crimes praticados pelos contribuintes, tal como os crimes de lavagem de dinheiro. Logo, toda obrigação tem relação direta (obrigação principal) ou indireta (obrigação acessória) com tributos (impostos e contribuições). Ora, alguém aqui achou que a Receita Federal criaria uma obrigação acessória que não fosse para fiscalizar o recolhimento correto de tributos? A finalidade primária de uma obrigação acessória é a execução da fiscalização tributária, e nada mais. E isto basta para dar legalidade a este ponto. Portanto a competência para dispor sobre as obrigações acessórias é da Receita Federal do Brasil, fixada em lei. Este não é somente o caso do Siscoserv, mas também da DIMOF (Declaração de Informações sobre Movimentação Financeira), da  DIMOP (Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias) e da DIF – Papel Imune. Temos então, até aqui, duas bases legais para a gestão e criação da obrigação de declarar, em favor da RFB: Art. 27 da Lei 12.546/11 e art. 16 da Lei 9.779/99.  Vamos agora à malfadada questão da legalidade para aplicação das multas. Conta uma inverdade quem diz que as multas do Siscoserv foram criadas pela IN 1.277/12. A base legal para aplicação das multas é mencionada claramente na IN 1.277/12, como sendo o art. 57 da MP 2.158-35.  E isto esta bem destacado na instrução normativa. Enquanto o art. 16 da Lei 9.779/99 conferiu à RFB poder para criar a obrigação e determinar sua forma, prazo e condições, a MP 2.158-35 determinou as multas a serem aplicadas.

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Referido artigo  da MP diz: (...)"Art. 57. O sujeito passivo que deixar de cumprir as obrigações acessórias exigidas nos termos do art. 16 da Lei no 9.779, de 19 de janeiro de 1999, ou que as cumprir com incorreções ou omissões será intimado para cumpri-las ou para prestar esclarecimentos relativos a elas nos prazos estipulados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e sujeitar-se-á às seguintes multas:  (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013) I - por apresentação extemporânea:   a) R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas jurídicas que estiverem em início de atividade ou que sejam imunes ou isentas ou que, na última declaração apresentada, tenham apurado lucro presumido ou pelo Simples Nacional;    b) R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às demais pessoas jurídicas;   

c) R$ 100,00 (cem reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas físicas.(...) Esta mesma base legal para aplicação de multas é usada para as outras obrigações acessórias anteriormente citadas (DIMOP, DIMOF e DIF – Papel Imune). E todas aquelas obrigações acessórias também foram criadas através de instruções normativas pela RFB, e com base no art. 16 da Lei no 9.779/99. Todas elas citam multas, com embasamento na Medida Provisória. E como entendeu o judiciário nos três casos daquelas obrigações que possuem mesma base legal para suas criações a aplicações de multas, tal como o Siscoserv? O Judiciário pronunciou-se unanimemente pró Fisco, tanto quando à questão da legalidade (quiçá nominada inconstitucionalidade) da aplicação das multas quanto sobre a questão da cumulatividade mensal. Sobre a cumulatividade mensal, o Tribunal Regional Federal da 4a Região pronunciou em determinada ação, no seguinte sentido: "Além disso, a penalidade aplicada não se reveste de caráter desproporcional ou confiscatório. Em primeiro lugar, é adequada, necessária e proporcional no intuito de compelir o contribuinte ao cumprimento da obrigação acessória em tela, a qual, por seu turno, constitui meio eficiente à execução da fiscalização tributária pretendida." Entendeu o Judiciário que se a multa não existir o contribuinte jamais cumprirá a obrigação, o que não deixa de ser verdade. A legalidade das três obrigações foram questionadas pelos contribuintes no judiciário, os quais foram derrotados no STJ (o STJ - Superior Tribunal de Justiça - é a corte responsável por uniformizar a interpretação da lei federal em todo o Brasil). (Recomendo a leitura dos acórdãos ao final).

Seguindo o entendimento do Judiciário, portanto, interpreto que há autorização legislativa expressa para exigência dos registros e para aplicação das multas: - art. 25 a 27 da Lei nº 12.546/11 (criou o sistema)- art. 16 da Lei no 9.779/99 (fixou a competência da RFB para legislar sobre o Siscoserv)

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- art. 57 da MP  2.158-35 (estabeleceu as multas). Embora muitos argumentos possam ser usados para tentar defender os contribuintes tanto na esfera administrativa quanto na Judicial, a tese da inconstitucionalidade das multas é precaríssima e mais fraca de todas, e acredito que não vingue. Eu jamais provocaria o judiciário com esta tese, mas sim com outra, muito mais forte, a fim de discutir não a ilegalidade das multas mas sim a somatória de seus valores. Mas isso é tema para outro artigo. Eu adoraria contar uma história com final feliz, mas prefiro contar a verdade do que ludibriar os contribuintes. Desta forma, somente o que tenho a recomendar é que regularizem seus registros, porque de todas as empresas que vi efetuarem registros, ainda que atrasados (e são centenas de empresas e milhares de registros), nenhuma foi autuada, mas somente aquelas que nada fizeram e não demonstraram boa fé. 

 ACÓRDÃOS: DIMOBRECURSO ESPECIAL Nº 1.145.525 - SC (2009⁄0117268-4) - 06/05/2010EMENTATRIBUTÁRIO - DECLARAÇÃO DE INFORMAÇÕES SOBRE ATIVIDADES IMOBILIÁRIAS –DIMOB - IN SRF 304⁄2003 - ART. 16 DA LEI 9.779⁄1999 E ART. 57 DA MP 2.158-35⁄2001 - INFORMAÇÕES EXTEMPORÂNEAS - MULTA PECUNIÁRIA - EXIGÊNCIA LEGAL.1. São legais as disposições contidas na Instrução Normativa SRF 304⁄2003, exigindo Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias - DIMOB e impondo multa para o descumprimento da obrigação.2. Descabe falar em ausência de previsão legal no tocante à multa por descumprimento da obrigação acessória, diante da previsão do art. 57 da Medida Provisória 2.158⁄2001, considerada lei sem sentido formal e material.3. Análise dos precedentes do STJ, com três hipóteses distintas, sem ensejar divergência de entendimento, senão aparente.4. Recurso especial não provido-----------DIMOFRECURSO ESPECIAL Nº 1.442.343 - RS (2014/0057852-6)AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO AO ART. 535, CPC. OBRIGAÇÃOTRIBUTÁRIA ACESSÓRIA. DECLARAÇÃO DE INFORMAÇÕES SOBRE MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA (DIMOF). ART. 57, I, DA MP 2.158/2001. ARTS. 4º E 7º DA IN/RFB N. 811/2008. MULTA PELO ATRASO NA ENTREGA DA DECLARAÇÃO. CÁLCULO POR MÊS-CALENDÁRIO DE ATRASO NA ENTREGA.1. Não viola o art. 535, do CPC, o acórdão que decide de forma suficientemente fundamentada, não estando obrigada a Corte de Origem a emitir juízo de valor expresso a respeito de todas as teses e dispositivos legais invocados pelas partes.2. A Declaração de Informações sobre Movimentação Financeira (DIMOF), prevista na Instrução Normativa RFB n. 811, de 28 de janeiro de 2008, deve ser apresentada até o último dia útil dos meses de fevereiro e agosto em relação ao 2º semestre civil do ano anterior (jul/ago/set/out/nov/dez) e ao 1º semestre civil do anoem curso (jan/fev/mar/abr/mai/jun), respectivamente, sob pena de multa por mês-calendário de atraso, prevista no art. 57, I, da Medida Provisória n. 2.158-35, de 2001. Precedentes em casos análogos: REsp.

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n. 1.216.930 - PR, Segunda Turma, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 1º.03.2011; REsp. Nº 1.136.705 - RS, Primeira Turma, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 22.6.2010; REsp 1118587/SC, Primeira Turma, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 27/10/2009, DJe 06/11/2009.3. Recurso especial conhecido e provido.-----------DIF – Papel imuneRECURSO ESPECIAL Nº 1.216.930 - PR (2010/0191788-4)EMENTATRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. OBRIGAÇAO TRIBUTÁRIA ACESSÓRIADECLARAÇAO ESPECIAL DE INFORMAÇÕES RELATIVAS AO CONTROLE DE PAPEL IMUNE (DIF - PAPEL IMUNE). ART. 57, I, DA MP 2.158/2001. ARTS. 11 E 12 DA IN/SRF N. 71/2001. MULTA PELO ATRASO NA ENTREGA DA DECLARAÇAO. CÁLCULO POR MÊS-CALENDÁRIO DE ATRASO NA ENTREGA.1. A Declaração Especial de Informações Relativas ao Controle de Papel Imune (DIF-Papel Imune), prevista na Instrução Normativa SRF n. 71, de 24 de agosto de 2001, deve ser apresentada até o último dia útil dos meses de janeiro, abril, julho e outubro, em relação aos trimestres civis imediatamente anteriores (out/nov/dez - jan/fev/mar - abr/mai/jun - jul/ago/set), sob pena de multa por mês-calendário de atraso, prevista no art. 57, I, da Medida Provisória n. 2.158-35, de 2001. Precedentes: REsp. Nº 1.136.705 - RS, Primeira Turma, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 22.6.2010; REsp 1118587/SC, Primeira Turma, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 27/10/2009, DJe 06/11/2009.2. Recurso especial conhecido e provido. 

Câmara aprova nova regra de ISS para barrar guerra fiscalsetembro 11, 2015 em Geral por Karin Rosário

Para o relator, o projeto vai estabelecer uma base mínima de 2% do ISS e acabar com a guerra fiscal

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quinta-feira (10), o texto-base do Projeto de Lei Complementar 366/13, do Senado, que fixa em 2% a alíquota do ISS (Imposto sobre Serviços), de competência municipal e do Distrito Federal na tentativa de acabar com a guerra fiscal entre os municípios.Devido à quantidade de destaques e emendas, elas serão analisadas na próxima semana. O projeto foi aprovado por 293 votos a 64.

Na apresentação de seu novo substitutivo, o relator da matéria, deputado Walter Ihoshi (PSD-SP), incluiu três principais novidades. Uma delas é a isenção do ISS quanto aos serviços prestados pelas cooperativas aos seus cooperados e aos serviços prestados pelos cooperados por intermédio da cooperativa.

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Para o relator, o projeto vai estabelecer uma base mínima de 2% do ISS e acabar com a guerra fiscal. “Também temos de atualizar a lista dos novos serviços que não constam na lista atual e, sobretudo, os serviços de internet, como a Netflix, que não é tributada”, defendeu.

ImunidadeCom o objetivo de prever na legislação infraconstitucional a imunidade tributária prevista na Emenda Constitucional 75/13, Ihoshi inclui dispositivo sobre a isenção do ISS nos fonogramas e videogramas musicais produzidos no Brasil, sejam de autores brasileiros ou não.

A regra geral do texto, entretanto, proíbe a concessão de isenções, incentivos e benefícios tributários ou financeiros, inclusive redução da base de cálculo ou crédito presumido. O texto considera nula lei ou ato que não respeite essa regra.

O texto permite algumas exceções. As cidades poderão estabelecer isenções e incentivos aos setores de construção civil, suas áreas correlatas (hidráulica, elétrica, serviços de perfuração de poços, escavação, drenagem, irrigação, terraplanagem e pavimentação), e ao transporte municipal coletivo. No conceito de transporte coletivo estão incluídos os diversos modais: rodoviário, ferroviário, metroviário e aquaviário.

Os estados e o DF terão um ano de prazo, a partir da publicação da futura lei, para revogar os dispositivos que concedem as isenções. A vigência está prevista para o mesmo prazo, um ano após a publicação.

Improbidade administrativaO terceiro ponto incluído pelo relator é a permissão para que o município tenha a possibilidade de entrar com ação na Justiça sobre atos de improbidade administrativa contra o agente público que conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário relativo ao ISS.

Na versão anterior do texto, esse novo tipo de crime administrativo já estava previsto. A penalidade será de perda da função pública, suspensão dos direitos políticos por cinco a oito anos e multa civil de até três vezes o valor do benefício concedido.

Essas mudanças na Lei 8.429/92 também entrarão em vigor após um ano da publicação da futura lei.

Novos serviçosUm dos pontos mais debatidos junto aos municípios é a inclusão de novos serviços na lista daqueles que podem ser tributados com o ISS. O projeto inclui aplicação de tatuagens, piercings e congêneres; vigilância e monitoramento de bens móveis; e disponibilização de conteúdos de áudio, vídeo, imagem e texto em páginas eletrônicas, exceto no caso de jornais, livros e periódicos.

Em todos os casos de vigilância e monitoramento, o imposto incide inclusive quando a atividade for realizada por meio de telefonia móvel, transmissão por satélites, rádios ou outros meios.

No setor de reflorestamento, várias ações são incluídas para especificar o conceito de atividades congêneres. Entre as especificadas pelo projeto destacam-se as de reparação do solo, plantio, silagem, colheita, corte e descascamento de árvores e silvicultura.

Fonte: Agência Câmara

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PIS/COFINS: Supremo julgará incidência de PIS e Cofins sobre créditos presumidos concedidos pelos estados8 set 2015 - IR / Contribuições

O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a repercussão geral de disputa relativa à incidência do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre créditos fiscais presumidos concedidos pelos estados e Distrito Federal. No Recurso Extraordinário (RE) 835818, de relatoria do ministro Marco Aurélio, a União questiona decisão da Justiça Federal segundo a qual créditos presumidos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) não constituem receita ou faturamento das empresas, não podendo assim ser alvo da tributação.

Segundo o entendimento adotado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), os créditos de ICMS concedidos pelos estados-membros e pelo DF constituem renúncia fiscal, concedida com o fim de incentivar determinada atividade econômica de interesse da sociedade, não se constituindo em receita ou faturamento. A União alega que a base de cálculo do PIS/Cofins é constituída pela totalidade das receitas auferidas pelos contribuintes, o que inclui valores concernentes aos créditos presumidos de ICMS.

“É de se reconhecer que o tema reclama o crivo do Supremo presentes diversas leis estaduais e distritais por meio das quais foram concedidos benefícios fiscais dessa natureza a ensejarem questionamentos acerca da base de incidência das mencionadas contribuições da União”, afirmou o relator do recurso. Sua manifestação foi acompanhada, por unanimidade, em deliberação no Plenário Virtual da Corte.

Ainda segundo o ministro Marco Aurélio, a discussão não se confunde com a tratada no RE 593544, também com repercussão geral reconhecida. Naquele caso, o recurso trata de disputa relativa à incidência do ICMS sobre créditos presumidos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) decorrente de atividade de exportação.

Fonte: Notícias do STF

Aspectos contábeis do Terceiro Setor ainda geram dúvidas9 set 2015 - Contabilidade / Societário

Hoje, existem no Brasil pouco mais de 300 mil entidades da sociedade civil. Elas movimentam 8% do PIB, conforme dados da Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (Abong). A legislação que rege o funcionamento das entidades do terceiro setor, contudo, está dispersa em várias leis, o que dificulta o entendimento por parte dos gestores. No caso dos aspectos contábeis, as disposições ficaram reunidas nas Interpretação Técnica Geral (ITG) 2002 – Entidade sem finalidade de lucros, mas o conteúdo ainda gera dúvidas entre essas organizações e seus contadores.

Para auxiliar os profissionais da Contabilidade e os gestores das entidades sem fins lucrativos, a Federação Brasileira de Contabilidade (FBC), com apoio do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e da Associação Nacional de Procuradores e Promotores de Fundações e Entidades de Interesse Social (Profis), produziu um manual de boas práticas e governança bastante abrangente.

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“O Manual de Procedimentos do Terceiro Setor é voltado tanto para quem não está acostumado com a linguagem quanto para contadores”, explica o coordenador do grupo de estudos do CFC que produziu o material, José Antônio de França. Segundo o também presidente da Academia Brasileira de Ciências Contábeis do Distrito Federal, “esse manual traz uma roupagem diferente, atualizada, por que incorpora os procedimentos das Normas Internacionais de Contabilidade – IFRS”. O manual está disponível no site do CFC.

JC Contabilidade – O manual traz que tipo de conteúdo ao profissional contábil?

José Antônio de França - Esse manual traz um conjunto de práticas voltadas às organizações sociais sem fins lucrativos. Ele é o resultado de uma jornada que vem sendo trilhada desde o início dos anos 2000, quando foi editado o primeiro manual sobre Contabilidade e prestação de contas do terceiro setor e já teve duas edições. Esta edição traz uma roupagem diferente, atualizada por que incorpora os procedimentos das Normas Internacionais de Contabilidade - IFRS. O Brasil adotou o padrão das IFRS em 2010. Em 2012, o Conselho Federal de Contabilidade editou uma norma específica a essas organizações. O Manual do Terceiro Setor trabalha especificamente com o conteúdo dessa norma, a fim de ajudar os profissionais da Contabilidade.

Contabilidade – Então o manual é apenas para contadores?

França - Não. A primeira parte desse manual é para os gestores das organizações e não é preciso ter conhecimento técnico ou fluência na linguagem da Contabilidade para entender. A segunda parte, sim, é específica para o contador e tem capítulos sobre reconhecimento e avaliação das transações econômicas que a entidade pratica, análise de desempenho, informações contábeis e necessidade de auditoria.

Contabilidade - O que o manual e a norma trazem de particularidade no tratamento das informações dessas entidades?

França - O tratamento, do ponto de vista contábil, é bem específico, por que essas organizações normalmente trabalham com projetos e a norma da Contabilidade disciplina que cada projeto deve ter uma contabilidade específica. Sendo assim, é como se a entidade fosse uma carteira de projetos que trabalha distintamente cada um deles e reúne isso na contabilidade da entidade. Ou seja, aqui, um projeto não pode se comunicar com outro.

Contabilidade - E os contadores já estão se voltando especificamente para esse setor? Você acha importante especializar-se?

França - A necessidade dos contadores está em seguir a norma, por que uma Contabilidade fora da norma não é regular. Ela pode implicar em desaprovação das contas no Ministério Público. Nesse caso, do terceiro setor, elas são reguladas. Se for uma entidade que usufrua de benefícios tributários, ela é fiscalizada pela Previdência Social, Ministério da Justiça ou da Fazenda. Tem que seguir essas normas para que não tenha problemas de autuação fiscal ou de perda de benefícios.

Contabilidade - Outro assunto que também terá impacto direto no segmento da Contabilidade para o terceiro setor será o Regime de Parcerias Voluntárias - Lei nº 13.019/2014, que entrará em vigor em janeiro de 2016 e estabelece dois instrumentos que substituem os convênios, os Termos de Colaboração e os Termos de Fomento. O CFC prevê estudos e publicações sobre o assunto?

França - Esse conteúdo consta no estudo denominado Marco Regulatório do Terceiro Setor, uma lei que aguarda regulamentação da presidente da República. Porém, não está em vigor. Quando estiver em vigor, certamente iremos incorporá-lo no arcabouço normativo que já existe hoje. Por enquanto, permanece em vigor a norma atual.

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Contabilidade - O que essa nova lei traz não deve ir contra a norma.

França - Não, não há nada contra a norma, mas ela flexibiliza algumas coisas, muda conceitos e prosseguimentos. Nesse sentido, se algum desses prosseguimentos tiverem de ser inseridos naquilo que se usa hoje, haverá naturalmente uma adequação da ITG 2002.

Fonte: Jornal do Comércio - RS

EIRELI e sua relevância para o empreendedor brasileiro Publicado por Nunes, Duarte & Maganha Advogados Associados - 6 dias atrás

Nos últimos meses abordamos alguns dos tipos mais comuns e interessantes de sociedades empresárias para o empreendedor que está focado em ter um startup de sucesso e dentro dos parâmetros legais. Sendo assim, para darmos fim a essas alternativas, falaremos da EIRELI – Empresa Individual de Responsabilidade Limitada.

Em linhas gerais, a EIRELI, criada em 2011 pela lei 12.441, é uma espécie de sociedade limitada (Ltda.), mas com apenas um sócio, ou seja, não existe divisão de responsabilidades entre sócios, affectio societatis e outras questões atinentes a convivência de dois ou mais empreendedores em uma sociedade. Na verdade, a EIRELI surgiu com o objetivo de evitar fraudes, o famoso 99% para um sócio e 1% para o outro no contrato social de diversas Limitadas, além de tentar incentivar o empreendedor individual a constituir legalmente uma empresa.

Dessa forma, podemos mencionar alguns benefícios típicos que a criação da EIRELI objetivou oferecer:

Proteção ao patrimônio pessoal do empresário, ao menos no primeiro momento. Redução na carga tributária, se comparado ao empresário individual. Possibilidade de se preservar a Sociedade Limitada que perde um dos dois sócios, pois caberia a

conversão para EIRELI. Maior interesse de outras empresas em contratar uma EIRELI em detrimento de uma Pessoa

Física, vez que a responsabilidade por contribuições ao INSS é da EIRELI, quando contratada.

Contudo, por óbvio, existem algumas limitações na constituição deste tipo de sociedade unipessoal. As limitações relevantes ao empreendedor são:

Obrigatoriedade de integralização de capital social, aqui entenda depósito do valor em uma conta, no valor mínimo de 100 vezes o Salário Mínimo da data em que a empresa for constituída.

Para a criação de EIRELIs o empresário obrigatoriamente precisa ser pessoa natural, ou seja, pessoas jurídicas não podem constituir uma EIRELI. Existem discussões na justiça, mas esse é o entendimento nas Juntas Comerciais e há Instrução Normativa do DREI a respeito.

Cada Pessoa Física só pode constituir uma única EIRELI, não podendo abrir diversas, visto que poderia servir como mecanismo de fraude ao sistema.

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Expostos os prós e contras de se constituir este tipo de estrutura societária, cabe esclarecer que a EIRELI pode ser uma boa alternativa para aqueles que possuem um capital significativo na conta e não querem arriscar seus patrimônios pessoais e de suas famílias nesta aventura que é empreender no país.

Dessa forma, bastaria depositar o valor do capital social mínimo, ou seja, os 100 Salários Mínimos e não ter de se preocupar em conseguir outro sócio interessado no negócio ou pior, um sócio desinteressado, mas que por afinidade toparia participar. Nesse sentido, vale alertar que, segundo relatórios recentes de taxa de mortalidade de Startups no país, questões ligadas aos sócios são as principais responsáveis pelo fim das empresas.

Por esta razão, reflita e analise de maneira séria os caminhos que você e seu negócio estão traçando para o futuro, a fim de evitar que conflitos pessoais com sócios indesejados seja fator determinante para acabar com seus sonhos.

Em tempo, é importante alertar sobre projeto em análise no legislativo que trata a respeito de algumas alterações na Lei 10.406/2002, a leis das EIRELIs. As principais reivindicações que estão sendo analisadas são quanto à questão da obrigatoriedade do capital social mínimo, que limita demais a criação deste tipo de sociedade unipessoal, e a restrição ou não, de maneira clara, a cerca da possibilidade de Pessoa Jurídica constituir uma EIRELI.

Sendo assim, expostas as características gerais da EIRELI, esperamos ter contribuído para a compreensão dos empreendedores que almejam abrir uma Startup ou que já possuem, mas estão receosos sobre a estrutura societária que escolheram. Lembramos também que estes artigos não substituem uma consulta pessoal com o especialista de sua confiança, pois aqui fizemos uma análise macro, mas apenas um estudo do caso concreto é capaz de garantir um futuro sem muita dor de cabeça ao empreendedor.

Por Luiz Eduardo Soares Silva e Duarte

Projeto que quer unificar PIS e Cofins para simplificar impostos é ruim para todosO governo avalia um projeto com ótima justificativa: simplificar tributos. Mas um estudo mostra que a mudança aumentaria a inflação e o desemprego

postado 09/09/2015 08:18:54 - 2282 acessos

NATHALIA BIANCO

"Sabe qual o maior peso que um homem pode carregar? O bolso vazio." A tiradinha filosófica foi dita pelo empresário Márcio Olívio da Costa em tom de alerta. Costa preside o Conselho Estadual de Defesa do Contribuinte (Codecon) de São Paulo e se reuniu no dia 25 de agosto com representantes de diversos setores, todos preocupados. Eles avaliavam um projeto em estudo no governo federal que pretende unificar dois tributos. O rótulo do projeto, só por isso, parece atraente. O Brasil precisa, desesperadamente, simplificar seu emaranhado infernal de impostos, taxas e contribuições. Um estudo independente, porém, mostrou que o projeto, além de não simplificar tanto quanto promete, traz escondido um aumento de tributação.

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O projeto do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, é apresentado como uma tentativa de simplificar e aumentar a eficiência de arrecadação do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) . Eles são cobrados sobre o faturamento das empresas e financiam programas de saúde, assistência e previdência social. A simplificação seria bem-vinda. De acordo com o estudo Pagando impostos, do Banco Mundial e da consultoria PwC, o Brasil tem o sistema tributário mais complicado entre 189 países avaliados. Bolívia e Nigéria são nossos vizinhos no pé da lista. No topo, brilham Irlanda, Reino Unido e Canadá, com sistemas simples e racionais.

A sedutora promessa de simplificação, porém, não se sustenta. Um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) e pela Fenacon (a federação que inclui as empresas de contabilidade) mostra que a mudança aumentaria a arrecadação em R$ 50 bilhões. O setor mais afetado seria o de serviços, que pagaria R$ 33 bilhões dessa conta. A Receita Federal afirma que a proposta ainda está indefinida e que, em seu formato atual, não aumentaria a arrecadação. Gilberto do Amaral, presidente do IBPT, lembra que há motivo para desconfiança: entre 2003 e 2004, um projeto com intuito aparentemente nobre se propunha a dar mais racionalidade ao PIS e ao Cofins. Houve aumento em ambos os tributos.

Aumentos na carga tributária podem, talvez, ajudar no acerto de contas de curto prazo de um governo que não consegue controlar os próprios gastos. Mas os efeitos mais duradouros, todos ruins, vêm a seguir: as empresas tendem a procurar reequilibrar as contas com aumentos de preços, demissões, informalidade e desistência de novos negócios. Os brasileiros, assim, pagariam em dobro. O imposto em si e a deterioração da vida no país, com mais inflação e mais desemprego.

 

Fonte: Época online

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Opinião

Exclusão do ICMS da base de cálculo da CPRB8 de setembro de 2015, 10h59

Por   Renato Nunes

Artigo produzido por especialistas do Insper. As opiniões emitidas são de responsabilidade exclusiva de seus autores.

Há alguns anos o Supremo Tribunal Federal vem tratando do tema a respeito da composição das bases de cálculo das Contribuições ao Programa de Integração Social (PIS) e para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), especialmente no que concerne à inclusão do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços (ICMS) em sua apuração.

A bem da verdade, há três casos mais relevantes sobre o assunto sob os cuidados do STF, o Recurso Extraordinário 240.785/MG, de relatoria do ministro Marco Aurélio, que não foi processado sob regime de repercussão geral, tendo em vista que, à época de sua admissão, este instituto ainda não existia, a Ação Direta de Constitucionalidade 18/DF, de relatoria do ministro Celso de Mello, e o RE 574.706/PR, de relatoria da ministra Cármen Lúcia, que teve repercussão geral reconhecida em 24 de abril de 2008.

Conforme já amplamente noticiado, o STF terminou dando provimento ao RE 240.785/MG, para declarar inconstitucional a previsão do artigo 2º, parágrafo único, da Lei Complementar 70, de 30 de dezembro de 1991, por determinar, pela negativa, que o valor correspondente ao ICMS incidente sobre os negócios praticados pelo contribuinte não poderia ser excluído da base de cálculo da Cofins. Votaram pelo provimento do recurso em causa os ministros Marco Aurélio (relator), Celso de Mello, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Carlos Britto, Cezar Peluso e Sepúlveda Pertence. Pelo não provimento, votaram os ministros Eros Grau e Gilmar Mendes.

Resumidamente, entendeu o STF, conforme voto do relator do recurso em causa, ministro Marco Aurélio, que o conceito de faturamento compreenderia o resultado das operações do contribuinte, notadamente as sujeitas ao ICMS, que constituíssem riqueza para este, isto é, se incorporassem positivamente ao seu patrimônio.

O valor do ICMS, segundo assentado no julgado, nada obstante integrar o valor da operação, conforme determina a legislação de regência, não se incorpora positivamente ao patrimônio do contribuinte, mas sim ao do Ente público para o qual seja devido, motivo pelo qual não poderia caracterizar-se como faturamento. Em outras palavras, o negócio sujeito à incidência daquele Imposto teria o seu valor desmembrado em montante correspondente ao ICMS, que constituiria receita pública do Ente para o qual devido, e o saldo remanescente, que seria o faturamento do contribuinte, sujeito aos tributos que tomem esta situação como hipótese de incidência e/ou base de cálculo.

Apesar de os efeitos do julgamento que ora mencionamos restringirem-se às partes do processo correspondente, eis que referente a um recurso extraordinário não processado segundo regime de repercussão geral, fato é que já vem constituindo precedente para que outras instâncias do Poder Judiciário sigam o mesmo entendimento. Além disso, em nossa percepção, o Supremo Tribunal Federal deverá manter o posicionamento adotado na decisão do Recurso Extraordinário 240.785/MG quando do julgamento tanto da ADC 18/DF quando do Recurso Extraordinário 574.706/PR.

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Como é sabido, há outros tributos cujo regime jurídico guardam grande similitude com o da Cofins — cuja legislação constitui objeto dos processos que ora mencionamos — e que, nada obstante não estarem sob discussão nos casos que indicamos[1], devem ser afetados pelos resultados destes. O embate travado dá-se a respeito do conceito de faturamento para fins de atribuição de competência tributária pela Constituição, de tal sorte que, quando este Diploma o prevê como grandeza econômica alcançável por mais de um tributo, a interpretação que se der para um deve ser estendida aos demais.

Pela razão que indicamos acima, em nosso pensar, as decisões tomadas nos processos de que estamos a tratar poderão surtir efeitos, dentre outros tributos, à Contribuição Previdenciária sobre a Bruta (CPRB).

Breve histórico da CPRBÉ antiga a queixa do empresariado acerca da carga tributária imposta sobre a atividade econômica, em especial em relação aos tributos voltados ao financiamento da previdência social, normalmente incidentes sobre a remuneração devida a pessoas físicas em contrapartida à prestação de serviços, em regime de emprego ou não.

A crise econômica de 2008 afetou a economia mundial como um todo, o que motivou o Governo brasileiro a lançar mão de uma série de medidas com vistas a minimizar os seus efeitos, tendo ganho destaque a instituição de diversas exonerações tributárias, dos mais variados tipos. Em meio a esse movimento — conhecido como nova matriz econômica —, intensificado no primeiro mandato da Presidente Dilma Roussef, foi instituído o programa Plano Brasil Maior, que tinha como um dos objetivos a desoneração da folha de pagamento, representada pela criação da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta, a “CPRB”, por meio da Medida Provisória 540, de 02 de agosto de 2011, ulteriormente convertida na Lei 12.546, de 14 de dezembro deste mesmo ano.

A CPRB foi instituída em substituição parcial à Contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) patronal incidente sobre as remunerações devidas a pessoas físicas em contrapartida à prestação de serviços, tendo como hipótese de incidência e base de cálculo o auferimento de receita bruta e o montante mensal desta, respectivamente. De início, vale lembrar, a CPRB tinha um âmbito bastante limitado de contribuintes, grosso modo, apenas as empresas de tecnologia da informação, de tecnologia da informação e comunicação e de call center, tendo depois sido estendida a uma série de outros setores.

Curiosamente, a CPRB, que tinha prazo certo para existir, mais especificamente 31 de dezembro de 2014, passou a ser permanente[2] e, atualmente, o Governo Federal vem envidando esforços junto ao Congresso Nacional para extingui-la, com o objetivo de atender ao programa de ajuste fiscal encampado pelo ministro da Fazenda Joaquim Levy. Típico episódio do carnaval tributário aludido por Alfredo Augusto Becker[3].

(iii.) Sobre a base de cálculo da CPRB e os efeitos das discussões perante o STF a respeito da inclusão do valor do ICMS na receita bruta

Conforme mencionamos, a Lei 12.546/11, em seu artigo 8º, estabelece que a base de cálculo da CPRB consiste na receita bruta mensal verificada pelos contribuintes, sem definir o que se entenderia por tal expressão.

À vista da insegurança na interpretação da legislação manifestada por um sem número de contribuintes, especialmente tendo em conta as diversas discussões travadas junto ao Supremo Tribunal Federal sobre o conceito em causa, a Secretaria da Receita Federal do Brasil editou o Parecer Normativo 3, de 21 de dezembro de 2012, em que define o conceito de receita bruta a ser utilizado na apuração da base de cálculo da CPRB.

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De acordo este Parecer Normativo, dado que já há Contribuições também instituídas com base no artigo 195, I, “b”, da Constituição, designadamente a Contribuição ao PIS e a Cofins, cuja legislação, mais especificamente a voltada ao regime cumulativo, prevê a sua incidência sobre a receita bruta, o conceito adotado em tal seara deveria ser estendido à CPRB.

A legislação que regula o regime cumulativo de tais Contribuições, apenas rememorando, determina que as suas bases de cálculo correspondem ao faturamento mensal da pessoa jurídica, o qual, por sua vez, equivale à receita bruta obtida, de maneira absolutamente alinhada com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal4.

Significa dizer que as teses em discussão a respeito do que constitua receita para efeitos de contribuições instituídas com base no artigo 195, I, “b”, da Constituições, como a Contribuição ao PIS, a Cofins e a própria CPRB, ainda que versem a respeito de uma única exação, poderão ser extensíveis a todas essas.

Especificamente em relação a discussões judiciais, por óbvio, o seu resultado estará adstrito aos limites formais e materiais da lide instaurada[5], de modo que eventual declaração de inconstitucionalidade de determinado dispositivo que regule exclusivamente o regime jurídico da Cofins, por exemplo, não resultará automaticamente na inconstitucionalidade de dispositivo análogo que trate da Contribuição ao PIS ou da CPRB, a não ser que este também tenha sido objeto de questionamento. Em tal situação, a decisão poderá constituir precedente para que se ataque o dispositivo análogo presente no regime jurídico de outra exação em processo próprio ou critério para interpretá-lo.

No caso do Recurso Extraordinário 240.785/MG, como este somente teve como objeto a inconstitucionalidade da inclusão do ICMS na base de cálculo da Cofins, seus efeitos limitar-se-ão a este tributo. Da mesma forma no Recurso Extraordinário 574.706/PR e na ADC 18/DF, que versam sobre tal matéria, mas levando em conta tanto a Cofins como a Contribuição ao PIS, os seus efeitos restringir-se-ão a estas exações, não sendo automaticamente aplicáveis à CPRB.

Sem prejuízo da afirmação acima, fato é que, nos termos do Parecer Normativo RFB 3/12, a Receita Federal concluiu que receita bruta, para efeitos de apuração da base de cálculo da CPRB, deve corresponder ao quanto estabelecido pela legislação para Contribuição ao PIS e a Cofins apuradas segundo regime cumulativo.

Desta forma, especificamente no caso da ADC 18/DF, se esta for julgada improcedente, com a consequente declaração de inconstitucionalidade da inclusão do valor do ICMS na receita bruta enquanto item constitutivo das bases de cálculo dessas exações, com efeito erga omnes[6], caso a Receita Federal não modifique seu entendimento manifestado no Parecer Normativo que mencionamos acima, terminará restando obrigada a estender os efeitos de decisão em tal sentido à CPRB, em atenção ao quanto prescreve o princípio da segurança jurídica e, por que não, da moralidade administrativa.

Teríamos aqui uma situação curiosa, em que eventual decisão na ADC 18/DF surtiria efeitos unicamente quanto à Contribuição ao PIS e à Cofins, mas que, em função de a Receita Federal ter se manifestado no sentido de que os dispositivos objeto da ADC subsidiam a demarcação do conceito de receita bruta para fins de apuração de base de cálculo da CPRB, acabariam se estendendo a esta última exação.

1 Especificamente no caso da Contribuição ao PIS, esta é também é objeto, quer do RE n.º 574.706/PR quanto da ADC n.º 18/DF.

2 Vide Medida Provisória n.º 651, de 09 de julho de 2014 e Lei n.º 13.043, de 13 de novembro de 2014.

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3 BECKER, Alfredo Augusto. Carnaval tributário, 2ª ed. São Paulo: Lejus, 1999, pp. 13 a 24.

4 Vide: RE n.º 150.755/PE, Tribunal Pleno, rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgado em 18.11.1992, publicado no DJ de 20.08.1993; RE n.º 150.764/PE, rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgado em 16.12.1992, publicado no DJ de 02.04.1993; ADC n.º 01/DF, Tribunal Pleno, rel. Min. Moreira Alves, julgado em 01.12.1993, publicado no DJ de 16.06.1995; RE n.º 346.084/PR, Tribunal Pleno, rel. Min. Ilmar Galvão (relator para o acórdão Min. Marco Aurélio), julgado em 09.11.2005, publicado no DJ de 01.09.2006

5 Código de Processo Civil, artigo 128.

6 Constituição Federal, artigo 102, § 2º.

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