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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 007.478/2002-3 GRUPO II – CLASSE I – Plenário TC 007.478/2002-3 [Apenso: TC 019.555/2004-3] Natureza(s): Recurso de Revisão em Tomada de Contas Simplificada Órgão/Entidade: Parque Regional de Manutenção da 12ª Região Militar Exercício: 2001 Responsáveis: Ageu Florencio da Cunha (153.283.332-68); Alvori Jose Crocetti (449.579.477-91); André Pires do Val (068.912.458-93); Claudio Antonio Carvalho da Silva (905.213.907-53); Erich Negris Bezerra (168.623.168-77); Geovane Lopes da Silva (774.426.524-68); Gilberto Freitas Filho (932.894.480-53); Hermeson Nobrega Barros de Oliveira (981.046.087-20); Jose Gilberto Martins de Souza (227.646.310-49); Marco Antônio de Siqueira Alves Filho (620.047.004- 91); Pedro Eduardo Lasota (622.673.377-20); Ricardo Henrique Ferro de Azevedo (007.617.277-52); Ricardo Silva Gonçalves (145.300.404-10); Rosana de Figueiredo Gonçalves (555.374.724-49); Sidney Vargas Lima (303.855.559-20) Recorrente: Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União Advogado constituído nos autos: Gisele Correia dos Santos Batista, OAB/SP 179.147 SUMÁRIO: TOMADA DE CONTAS SIMPLIFICADA. PARQUE REGIONAL DE MANUTENÇÃO DA 12ª REGIÃO MILITAR. CONTAS JULGADAS REGULARES COM QUITAÇÃO PLENA. RECURSO DE REVISÃO DO MP/TCU. CONHECIMENTO. NEGATIVA DE PROVIMENTO. RELATÓRIO 1

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 007.478/2002-3

GRUPO II – CLASSE I – PlenárioTC 007.478/2002-3 [Apenso: TC 019.555/2004-3]Natureza(s): Recurso de Revisão em Tomada de Contas SimplificadaÓrgão/Entidade: Parque Regional de Manutenção da 12ª Região Militar Exercício: 2001 Responsáveis: Ageu Florencio da Cunha (153.283.332-68); Alvori Jose Crocetti (449.579.477-91); André Pires do Val (068.912.458-93); Claudio Antonio Carvalho da Silva (905.213.907-53); Erich Negris Bezerra (168.623.168-77); Geovane Lopes da Silva (774.426.524-68); Gilberto Freitas Filho (932.894.480-53); Hermeson Nobrega Barros de Oliveira (981.046.087-20); Jose Gilberto Martins de Souza (227.646.310-49); Marco Antônio de Siqueira Alves Filho (620.047.004-91); Pedro Eduardo Lasota (622.673.377-20); Ricardo Henrique Ferro de Azevedo (007.617.277-52); Ricardo Silva Gonçalves (145.300.404-10); Rosana de Figueiredo Gonçalves (555.374.724-49); Sidney Vargas Lima (303.855.559-20) Recorrente: Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da UniãoAdvogado constituído nos autos: Gisele Correia dos Santos Batista, OAB/SP 179.147

SUMÁRIO: TOMADA DE CONTAS SIMPLIFICADA. PARQUE REGIONAL DE MANUTENÇÃO DA 12ª REGIÃO MILITAR. CONTAS JULGADAS REGULARES COM QUITAÇÃO PLENA. RECURSO DE REVISÃO DO MP/TCU. CONHECIMENTO. NEGATIVA DE PROVIMENTO.

RELATÓRIO

Adoto como parte deste Relatório a instrução elaborada pela 3ª Secex (peça 8), a seguir transcrita, cujas propostas contaram com a anuência dos dirigentes daquela Unidade Técnica (peças 9/10).

“Trata-se de Recurso de Revisão interposto pelo Ministério Público junto ao TCU contra o Acórdão 2.487/2003-TCU-1ª Câmara, contido na Relação 83/2003, Gabinete do Ministro substituto Augusto Sherman Cavalcanti, Sessão de 21/10/2003, Ata 38/2003, em que a Primeira Câmara julgou regulares as contas do Parque Regional de Manutenção da 12ª Região Militar/Comando do Exército, relativas ao exercício de 2001, com quitação plena aos responsáveis.

2. O recurso fundou-se na ocorrência de possíveis irregularidades levantadas em processo de tomada de contas especial (TC 019.555/2004-3), encerrado e apensado aos presentes autos, relacionadas, principalmente, à administração dos recursos gerados pelo Hotel de Trânsito dos Oficiais e à realização de várias despesas de forma inadequada, com impacto nas contas anuais pertinentes ao exercício de 2001.

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3. O conhecimento do recurso deu-se conforme a proposta de admissibilidade (peça 2, p. 6-7). Em instrução preliminar de prelibação (peça 2, p. 8-9), a Secretaria de Recursos (Serur) propôs o estabelecimento do contraditório, em consonância com o disposto no art. 288, § 3º, do RI/TCU.

4. Nada obstante, enquanto se processava a efetivação do contraditório com o encaminhamento do processo para vista de alguns responsáveis, estes autos, bem como os do TC 019.555/2004-3, foram extraviados, tendo sido necessária a realização de procedimentos destinados à reconstituição, conforme destacado às fls. 69 e 71-73 do Anexo 2 (peça 3, p. 19 e 21-22).

5. Após a reconstituição, a Secretaria de Recursos entendeu prudente renovar os atos de notificação dos responsáveis (peça 3, p. 37-38), com o que aquiesceu o Relator (peça 4, p. 17). Desta forma, foi providenciada a expedição de novos ofícios de notificação (peça 4, p. 18-41). Com isso, foram apresentadas novas contrarrazões recursais (peça 5, p. 3-25), as quais se encontram pendentes de análise.

6. Ocorre que, compulsando-se as novas notificações aos responsáveis (peça 4, p. 18-41), constatava-se que algumas das irregularidades foram descritas de forma sucinta, fazendo-se, às vezes, referências a itens e subitens que estariam pormenorizados em documentos juntados ao volume 9 do TC 019.555/2004-3, que deixou de existir após a reconstituição dos autos. Tal situação configurava, no entendimento da Serur, presumível prejuízo à defesa.

7. Desta forma, entendia-se aconselhável que a fase destinada ao estabelecimento do contraditório fosse, mais uma vez, repetida com a realização das devidas notificações aos responsáveis acerca das irregularidades que lhe eram atribuídas, podendo, para tanto, ser utilizada a instrução de fls. 1.813/1.827 do vol. 8 do TC 019.555/2004-3 (peça 36, p. 3-17) como fonte das informações necessárias.

8. Recomendava-se, ainda, que essas comunicações contivessem a descrição pormenorizada das irregularidades com os respectivos débitos, evitando-se, dentro do possível, a remessa à consulta de instruções ou informações contidas em outras partes deste processo ou do processo apenso, salvo se cópias de tais documentos fossem enviadas conjuntamente com a notificação.

9. Tais notificações deveriam alertar os responsáveis acerca da possibilidade de contestar o exame de admissibilidade anteriormente realizado, bem como da possibilidade de o posterior exame de mérito resultar em modificação no julgamento de suas contas ordinárias anuais.

10. Assim, tendo em vista as considerações tecidas nos parágrafos anteriores e o contido na instrução de fls. 1.813/1.827 do vol. 8 do TC 019.555/2004-3, deveriam ser feitas as seguintes comunicações processuais aos responsáveis:

10.1 citação solidária, nos termos dos arts. 10, § 1°, e 12, incisos I e II, da Lei 8.443/92 c/c o art. 202, incisos I e II, do Regimento Interno/TCU, dos senhores José Gilberto Martins de Souza, Ricardo Henrique Ferro de Azevedo, Erich Negris Bezerra e da empresa Protemax Comércio, Representações e Serviços Ltda. para apresentarem alegações de defesa ou recolherem aos cofres do Tesouro Nacional as quantias de R$ 3.045,43 e R$ 9.396,41, acrescidas dos encargos legais calculados a partir de 25/9/2001 e 18/12/2001, respectivamente, até a data do efetivo recolhimento. O débito decorre do pagamento a maior, visto que a empresa Protemax recebeu a quantia de R$ 23.488,40 e executou obras/serviços no montante de R$ 9.776,21, caracterizando pagamento a maior de R$ 13.712,19;

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10.2 audiência do Tenente Coronel José Gilberto Martins de Souza e do Capitão Ricardo Henrique Ferro de Azevedo, ordenador de despesas e fiscal administrativo do Parque Regional de Manutenção da 12ª Região Militar, respectivamente, para apresentarem razões de justificativa acerca da ausência de depósito, na Conta Única da Unidade, da importância de R$ 129.609,30, contrariando as seguintes normas legais e regulamentares: artigos 56 e 60 da Lei 4.320/64; artigos 1°, 2°, § 1°, e 131 do Decreto 93.872/86; artigos 20, incisos I e II, e 21, incisos, I e II, da Portaria 004-SEF, de 16/7/1999; artigo 50, inciso I, da Lei Complementar 101/2000 (LRF); e artigo 71 da Lei 9.995/2000 (LDO/2001);

10.3 audiência do Tenente-Coronel José Gilberto Martins de Souza, do Capitão Ricardo Henrique Ferro de Azevedo e do Capitão Erich Negris Bezerra, ordenador de despesas, fiscal administrativo e almoxarife do Parque Regional de Manutenção da 12ª Região Militar, respectivamente, para apresentarem razões de justificativa acerca da utilização da quantia de R$ 4.601,00 para pagamento de parte da obra e/ou serviços realizados pela Protemax no Tapiri Social dos Oficiais, visto que os empenhos emitidos previam a aquisição de materiais para manutenção de bens móveis e de materiais para comunicações junto à empresa Green World Importação, Exportação e Distribuição Ltda., contrariando os artigos 60, 62 e 63, inciso 111, § 2°, da Lei 4.320/64, os artigos 73 e 77 do Decreto-Lei 200/67 e os artigos 23, §§ 10 e 2°; 25; 27, item 1; 28, item 1; 30; 31, itens 1, 3 e 6; 35, itens 6 e 10; e 130 do Decreto 98.820/90;

10.4 audiência do Tenente-Coronel José Gilberto Martins de Souza, do Capitão Ricardo Henrique Ferro de Azevedo e do Capitão Erich Negris Bezerra, ordenador de despesas, fiscal administrativo e almoxarife do Parque Regional de Manutenção da 12ª Região Militar, respectivamente, para apresentarem razões de justificativa acerca da aquisição de um aparelho de ar-condicionado de 48.000 BTU's para o Tapiri Social dos Oficiais, sendo que o empenho emitido correspondia a 04 aparelhos de ar-condicionado de 30.000 BTU's, contrariando os artigos 60, 62 e 63, inciso III, § 2°, da Lei 4.320/64, os artigos 73 e 77 do Decreto-Lei 200/67 e os artigos 23, §§ 1° e 2°; 25; 27, item 1: 28, item 1; 30; 31, itens 1, 3 e 6; 35, itens 6 e 10; e 130 do Decreto 98.820/90;

10.5 audiência do Tenente-Coronel José Gilberto Martins de Souza, do Capitão Ricardo Henrique Ferro de Azevedo e do Capitão Erich Negris Bezerra, ordenador de despesas, fiscal administrativo e almoxarife do Parque Regional de Manutenção da 12ª Região Militar, respectivamente, para apresentarem razões de justificativa acerca do desvio de finalidade na aplicação de recursos orçamentários, visto que os responsáveis utilizaram indevidamente recursos do Fundo do Exército para o pagamento de obras e serviços realizadas no Tapiri Social/Cassino dos Oficiais, Cassino dos Subtenentes e dos Sargentos e Tapiri Social dos Cabos e dos Soldados, com desvio de finalidade na aplicação dos recursos orçamentários, contrariando os artigos 60, 62 e 63, inciso III, § 2°, da Lei 4.320/64, os artigos 73 e 77 do Decreto-Lei 200/67 e os artigos 23, §§ 1° e 2°; 25; 27, itens 1, 3 e 19; 28, item 1; 30; 31, itens 1, 3, 6 e 11; 35, itens 6 e 10; e 130 do Decreto 98.820/90;

10.6 audiência do Tenente-Coronel José Gilberto Martins de Souza e do Capitão Ricardo Henrique Ferro de Azevedo, para apresentarem razões de justificativa acerca da não inclusão da aquisição de material permanente na carga da unidade, contrariando os artigos 72, inciso I, e 75 do Decreto 98.820/90.

10.7 audiência do Coronel Alvori José Crocetti, ordenador de despesas substituto da Comissão Regional de Obras - CRO/12ª RM, à época, para apresentar razões de justificativa acerca do fracionamento da despesa de R$ 19.000,00, realizada com dispensa de licitação, tendo em vista o disposto no artigo 24, inciso I, da Lei 8.666/93, que estabelece o limite de R$ 15.000,00 para dispensa de licitação para obras e serviços de engenharia, desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser

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realizadas conjunta e concomitantemente, tendo sido contratadas obras de construção da estação de tratamento de efluentes, no valor de R$ 14.980,00, e de contenção de erosão nessa estação, no valor de R$ 4.020,00, que são de mesma natureza e foram realizadas no mesmo local de forma conjunta e concomitante, caracterizado o fracionamento de despesas;

11. No entanto, exceto quanto ao fracionamento de despesas (item 10.7), nos autos há elementos, especialmente as contrarrazões recursais apresentadas pelo Sr. José Gilberto Martins de Souza (peça 5, p. 3-25), que permitem a análise deste processo sem a necessidade de novas comunicações processuais aos responsáveis arrolados.

Contrarrazões Recursais apresentadas

12. Em síntese, o Sr. José Gilberto Martins de Souza apresentou as seguintes alegações:

a) Intempestividade do recurso de revisão;b) A Justiça Penal Militar julgou improcedente a denúncia impulsionadora do Processo n° 21/03-5 e o absolveu;c) Inconsistências, vícios e precariedades das conclusões constantes do Relatório de Auditoria da Diretoria de Auditoria da SEF:c.1) Diárias recolhidas e aplicadas pelo Hotel de Trânsito de Oficiais-HTO;c.2) Não ocorrência de desvio de finalidade na aplicação dos recursos orçamentários;c.3) Erro no apontamento da não entrega de aparelhos de ar condicionado;c.4) Não ocorrência de desvios de finalidade para manutenção de Próprio Nacional Residencial-PNR;c.5) Não houve pagamentos de obras e/ou serviços com recursos oriundos do HTO;c.6) Falhas na atribuição de material fora de carga.

Análises

13. A alegação de intempestividade do recurso de revisão pelo MP/TCU não encontra amparo na Lei Orgânica do TCU. De acordo com o art. 35 da Lei 8.443/92, caput e inciso III, c/c o inciso III do art. 30 da mesma lei, da decisão definitiva caberá recurso de revisão interposto pelo responsável, por seus sucessores ou pelo MP/TCU dentro do prazo de cinco anos, a contar da publicação da decisão ou do acórdão no Diário Oficial da União.

13.1 A decisão recorrida – Acórdão 2.487/2003-TCU-1ª Câmara – foi publicada no DOU de 29/10/2003. A partir desta data o MP/TCU dispunha até o dia 28/10/2008 para interpor recurso de revisão, se fosse o caso. E foi. Decorreu da instauração de tomada de contas especial no Parque Regional de Manutenção da 12ª Região Militar para averiguar possíveis irregularidades administrativas durante o exercício de 2001, autuada no TC 019.555/2004-3. O recurso de revisão foi interposto pelo MP/TCU em 10/10/2005, dentro do prazo previsto legalmente. Portanto, a alegação de intempestividade do recurso de revisão interposto pelo MP/TCU é improcedente.

14. Além da tempestividade do recurso de revisão interposto, todas as comunicações processuais dirigidas aos responsáveis também foram entregues dentro do prazo revisional. As primeiras comunicações de citação e de audiência foram expedidas em 3/7/2006 e renovadas em 10/6/2008. As renovações decorreram do Despacho de lavra do Ministro-Relator Raimundo Carreiro, em razão da reconstituição dos autos (peça 4, p. 17). Portanto, todas as comunicações processuais dirigidas aos responsáveis arrolados foram feitas dentro do prazo legal de revisão.

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15. Quanto à alegação de absolvição na Justiça Penal Militar, o Sr. José Gilberto pode ter alguma razão, embora, em princípio, o fato de ter sido absolvido com fundamento na alínea “e” do art. 439 do Código de Processo Penal Militar não afaste sua responsabilidade perante o TCU. Isso porque a absolvição criminal só afasta a responsabilidade administrativa e cível quando for reconhecida ou ficar provada a inexistência do fato ou a negativa da autoria. Esse não foi o caso, uma vez que o responsável obteve absolvição em razão da inexistência de prova suficiente para a condenação, nos termos da sentença proferida pelo Conselho Especial de Justiça para o Exército-CEJEx (peça 5, p. 193).

15.1 No entanto, ao julgar apelação do Ministério Público Militar contra a sentença absolutória, o CEJEx emitiu a seguinte Ementa de Acórdão (Apelação 2007.01.050617-9/AM – site www.stm.gov.br):

“1. Irregularidades de ordem administrativas relacionadas à contratação de empresas para a realização de obras e aquisição de bens e serviços para o Parque Regional de Manutenção da 12ª Região Militar de Manaus; (sic)(...)4. No que concerne aos crimes de peculato e estelionato, não restou comprovado que os apelados tenham desviado, em proveito próprio ou alheio, dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel que tivesse a posse ou detenção em razão do cargo (...) ou obtido vantagem ilícita em prejuízo alheio (...), tampouco há evidências de que as obras causaram prejuízo para a administração militar; (...)”

15.2 Admitindo-se como evidências cabais os motivos elencados no Acórdão do CEJEx, de que não restou comprovado que os arrolados tenham desviado, em proveito próprio ou alheio, dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, ou obtido vantagem ilícita em prejuízo alheio, e que não houve evidências de que as obras causaram prejuízo para a administração militar, a sentença absolutória pode ser aceita em benefício dos responsáveis arrolados neste TC, afastando-se as irregularidades atinentes a prejuízo ao erário.

16. No que se refere à citação solidária dos senhores José Gilberto Martins de Souza, Ricardo Henrique Ferro de Azevedo, Erich Negris Bezerra e da empresa Protemax Comércio, Representações e Serviços Ltda. para apresentarem alegações de defesa ou recolherem aos cofres do Tesouro Nacional as quantias de R$ 3.045,43 e R$ 9.396,41, em decorrência de pagamentos a maior a favor da empresa Protemax, o Sr. José Gilberto argumentou que não houve os pagamentos indevidos.

16.1 De acordo com o responsável, foi realizada uma inspeção no "Tapiri Social" em busca de material de consumo aplicado na manutenção da rede lógica e em equipamentos eletrônicos em outros locais da Unidade. Declarou-se não terem sido encontrados. Daí, sem maiores investigações, concluiu-se açodadamente pela não entrega do referido material. O material foi adquirido, recebido, liquidado e aplicado, em perfeito cabimento quanto a sua finalidade, conclui.

16.2 A propósito, consta dos autos (fl. 1762, vol. 7 do TC 019.555/2004-3), Relatório de Auditoria de TCE nº 004/2003 no qual a equipe encarregada discordou da ocorrência de dano ao erário, uma vez que os recursos foram utilizados em benefício da Unidade, não caracterizando, portanto, prejuízo aos cofres públicos, mas desvios de finalidade na aplicação dos recursos pela prática de ato de gestão ilegal e ilegítimo, com infração às normas legais e regulamentares.

16.3 Fazendo-se um apanhado dos motivos constantes do ofício de citação, das contrarrazões recursais apresentadas pelo responsável e da opinião desposada pela equipe de TCE, é plausível o entendimento pela não ocorrência de dano ao erário, mas desvio de finalidade. Este desvio, em tese, é

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capaz de macular as contas dos senhores José Gilberto Martins de Souza, Ricardo Henrique Ferro de Azevedo e Erich Negris Bezerra pela prática de ato de gestão ilegal e ilegítimo, com infração às normas legais e regulamentares.

17. Relativamente ao Ofício de citação nº 247/2008-TCU-SERUR, de 10/6/2008, acerca dos recursos gerados pelo HTO de Manaus não terem sido depositados na conta única do Parque Regional de Manutenção da 12ª RM, deve ser analisado como audiência do responsável, uma vez que essa seria a comunicação processual adequada, uma vez que restou afastada a ocorrência de dano ao erário.

17.1 Quanto ao mérito, é aceitável a alegação do responsável de que “os valores arrecadados pelo HTO não se tratam de recursos orçamentários do Caixa do Tesouro, mas sim valores provenientes das diárias que não são computados no Orçamento da União e são recebidos, a posteriori, única e exclusivamente para o ressarcimento de despesas criadas pelos hóspedes ao se alojarem no HTO, tais como: lavagem de roupas de cama, mesa e banho, telefone, café da manhã e manutenção sumária da higiene das instalações e dos equipamentos do hotel, sem quaisquer fins lucrativos.”

17.2 Ademais, o inciso II do Art. 21 da Portaria 004-SEF, de 16 de julho de 1999, previa que “as receitas oriundos das seguintes atividades de prestação de serviço, estão isentas de qualquer recolhimento ao Fundo do Exército: I - (...) IX - serviços, exclusivamente hospitalares, de HOTÉIS DE TRÂNSITO e similares (hospedagem e alimentação)." Portanto, não era mesmo devido o recolhimento ao caixa único do PqRMnt/12. As contrarrazões recursais podem ser acolhidas

18. No que se refere à audiência para apresentar razões de justificativa acerca da utilização da quantia de R$ 4.601,00 para pagamento de parte da obra e/ou serviços realizados pela Protemax no Tapiri Social dos Oficiais, visto que os empenhos emitidos previam a aquisição de materiais para manutenção de bens móveis e de materiais para comunicações junto à empresa Green World Importação, Exportação e Distribuição Ltda., as contrarrazões recursais apresentadas pelo Sr. José Gilberto não merecem ser acolhidas.

18.1 O responsável alega que foi realizada uma inspeção no "Tapiri Social" em busca de material de consumo aplicado na manutenção da rede lógica e em equipamentos eletrônicos em outros locais da Unidade. Declarou-se não terem sido encontrados. Daí, sem maiores investigações, concluiu-se açodadamente pela não entrega do referido material. O material foi adquirido, recebido, liquidado e aplicado, em perfeito cabimento quanto a sua finalidade, conforme demonstrado nas fls. 353 a 369 do vol. 1 do TC 019.555/2004-3, conclui o responsável. Também alega que os mesmos valores aparecem duplicados no item 2.2.6 da instrução de fls. 1813/1827 do TC 019.555/2004-3.

18.2 De fato, às fls. 353 a 369 do vol. 1 do TC 019.555/2004-3 constam cópias dos processos de pagamentos, por dispensa de licitação a favor da empresa Green World, nos valores de R$ 3.453,90 e R$ 4.546,10, acompanhados de cópias das notas de empenho, notas fiscais e ordens bancárias. Nada obstante, apesar de ter a obrigação de demonstrar o recebimento dos materiais adquiridos junto à empresa Green World, o responsável não demonstrou que os equipamentos foram entregues ao Parque de Manutenção da 12ª RM. Assim, suas contrarrazões recursais devem ser rejeitadas.

19. Quanto à audiência para apresentar razões de justificativa acerca da aquisição de um aparelho de ar-condicionado de 48.000 BTU's para o Tapiri Social dos Oficiais, ao tempo que o empenho emitido correspondia a 04 aparelhos de ar-condicionado de 30.000 BTU's, o responsável argumenta a desconsideração do Ofício nº 042-S4.1, de 24/5/2002, o qual informava a existência de dois aparelhos de ar condicionado de 24.000 BTU’s e um de 48.000 BTU’s. Também argumenta que a

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instalação dos aparelhos no Tapiri Social ou em PNR não caracteriza desvio de finalidade e ainda que os mesmos valores aparecem duplicados no item 2.2.6 da instrução de fls. 1813/1827 do TC 019.555/2004-3.

19.1 Às fls. 628 a 636 do vol. 2 do TC 019.555/2004-3 constam cópias do processo de pagamento, por dispensa de licitação a favor da empresa Protemax, no valor de R$ 8.000,00, como cópias da nota de empenho, da nota fiscal e da ordem bancária. A nota fiscal, atestada pelo almoxarife, informa a aquisição de quatro aparelhos de ar condicionado, de 30 K, ao custo unitário de R$ 2.000,00. Por outro lado, as contrarrazões recursais apresentadas informam a aquisição de um aparelho de 48.000 BTU’s e dois de 24.000 BTU’s. A conclusão que se chega é que houve simulação da compra dos quatro aparelhos de ar condicionado, uma vez que os aparelhos apontados como adquiridos não correspondem àqueles constantes das notas fiscais.

19.2 Ademais, além do desvio de finalidade decorrentes da compra simulada, o responsável não demonstrou que os três aparelhos supostamente comprados tenham sido entregues ao Parque de Manutenção da 12ª RM. Assim, suas contrarrazões recursais devem ser rejeitadas, uma vez que tinha a obrigação de demonstrar o recebimento dos aparelhos de ar condicionado adquiridos da empresa Protemax.

20. Relativamente à manutenção do PNR, o responsável alega que o Parque Regional de Manutenção da 12ª RM, assim como as demais organizações militares (OM), recebem recursos para manutenção de PNR e que as notas de empenho relativas à manutenção não foram consideradas e ainda foram incluídas em outra planilha para inflacionar os custos das melhorias do Cassino de Oficiais. Quanto a isso, é possível que o responsável tenha alguma razão.

20.1 A manutenção do PNR deve ser analisada em conjunto com as despesas realizadas no Tapiri Social/Cassino dos Oficiais, Cassino dos Subtenentes e dos Sargentos e Tapiri Social dos Cabos e dos Soldados.

20.2 O apontamento narrado à fl. 1.820 do TC 019.555/2004-3, que o Parque Regional de Manutenção da 12ª RM não recebeu recurso específico para realização das citadas obras e/ou serviços, ou seja, que os pagamentos foram realizados com recursos do Fundo de Exército, oriundos do HTO, contém uma inconsistência, visto que o HTO não repassa recursos para o Fundo do Exército.

20.3 É aceitável o argumento que os serviços ou compras visando a manutenção e melhorias dos bens imóveis não possuem planejamentos e recursos previamente estabelecidos em lei, especificando os destinos finais, e que são realizados de acordo com as necessidades levantadas e de acordo com as disponibilidades dos recursos descentralizados pelo escalão superior da OM.

20.4 Contudo, as notas de empenho 2001NE900021, 2001NE900022 e 2001NE900069, nos valores respectivos de R$ 3.453,90, R$ 4.546,10 e R$ 8.000,00, destinadas a aquisição de material para manutenção elétrica e telefônica e para aquisição de quatro aparelhos de ar condicionado de 30.000 BTU’s, referenciadas pelo responsável como despesas também incluídas em outra planilha para inflacionar os custos das melhorias do Cassino de Oficiais, constituem provas de desvio de finalidade de recursos, visto que os equipamentos atinentes aos valores de R$ 3.453,90 e de R$ 4.546,10 não foram entregues ao PqRMnt/12, conforme descrito no subitem 18.2 desta instrução, e a aquisição dos quatro aparelhos de ar condicionado constituiu simulação, conforme apontado no subitem 19.1.

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 007.478/2002-3

20.5 Portanto, mesmo levando em conta que não houve prejuízo ao erário, ainda prevalece a questão do desvio de finalidade dos recursos colocados à disposição do PqRMnt/12. Por isso, essas contrarrazões recursais devem ser rejeitadas.

21. No que se refere à não inclusão da aquisição de material permanente na carga da unidade, contrariando os artigos 72, inciso I, e 75 do Decreto 98.820/90, as contrarrazões apresentadas não merecem acolhimento.

21.1 É inadmissível a afirmação de que só poderia agir após ter tomado conhecimento dos fatos. Além de não encontrar amparo no art. 67 do Decreto nº 98.820/90 – Regulamento de Administração do Exército, não seria possível o ordenador de despesas desconhecer as notas de empenho emitidas para aquisição de materiais para a sua própria unidade. Ademais, é irrelevante não ter sido mencionado os locais onde foram encontrados os materiais fora de carga, ou mesmo as circunstâncias que envolveram os fatos, haja vista o disposto no caput do referido art. 67.

21.2 Por outro lado, as assertivas que o PqRMnt/12 seria uma unidade eminentemente de manutenção e que recolhe diversos e diferentes itens das unidades apoiadas para manutenção, não havendo transferência de carga, mas apenas o controle de entradas e saídas, através de guias de remessa ou de ordens de serviços, não se apresentam compatíveis com as notas de empenho referenciadas no item 2.2.7 da instrução de fls. 1823/1824 do TC 019.555/2004-3, visto que todas as notas mencionadas são a favor do PqRMnt/12.

22. Assim, as contrarrazões recursais apresentadas pelo Sr. José Gilberto Martins de Souza relativamente ao Ofício 252/2008-TCU/SERUR, de 10/6/2008 (peça 4, p. 30-31), a respeito dos débitos de R$ 3.045,43, R$ 9.346,41 e R$ 8.000,00, podem ser parcialmente acatadas ante à não verificação de prejuízo ao erário, restando caracterizado desvio de finalidade na aplicação dos recursos.

23. Por outro lado, as contrarrazões recursais apresentadas relativamente ao Ofício 262/2008-TCU/SERUR, de 10/6/2008 (peça 4, p. 18-19), devem ser rejeitadas pelo TCU, haja vista o desvio de finalidade na aplicação dos recursos do PqRMnt/12 e a não inclusão de materiais permanentes adquiridos na carga da unidade.

24. As contrarrazões recursais relativas ao Ofício 247/2008-TCU/SERUR, de 10/6/2008 (peça 4, p. 40-41), podem ser acolhidas pelo TCU, uma vez que os recursos gerados pelo Hotel de Trânsito de Oficiais de Manaus não deviam ser depositados na conta única do Parque Regional de Manutenção da 12ª Região Militar.

25. Por isso, o presente recurso de revisão deve ser julgado procedente e modificado o mérito das contas da unidade Parque Regional de Manutenção da 12ª RM, passando de regulares para irregulares, quanto ao Sr. José Gilberto Martins de Souza.

26. O Sr. Ricardo Henrique Ferro de Azevedo apresentou suas contrarrazões recursais através do documento de fls. 42/55 do Anexo 2 (peça 2, p. 49 a peça 3, p. 5). Merece destaque a alegação de que a imputação de responsabilidade pelos débitos de R$ 3.045,43 e de R$ 9.396,41 que lhe foi atribuída é indevida. Isso porque o Decreto-Lei 200/67 estabelece que responderão pelos prejuízos causados ao erário, o ordenador de despesas e o agente responsável pelo recebimento e verificação, guarda ou aplicação de dinheiros, valores ou bens públicos.

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26.1 Alega que estão enquadrados o ordenador de despesas, o almoxarife e o tesoureiro. Os três assinaram as notas de empenho; o OD e o almoxarife atestaram o recebimento de material/serviço; o OD autorizou o pagamento; e o OD e o tesoureiro realizaram o pagamento. E em nenhum desses momentos há a sua assinatura como fiscal administrativo.

26.2 A alegação é razoável e pode ser acolhida por esta Corte de Contas. Assim, o desvio de finalidade na aplicação de tais recursos, conforme apontado no item 16.3 desta instrução, não deve estendida ao Sr. Ricardo Henrique. Por isso, a possível multa a ser aplicada ao responsável deve ser menor do que aquela a ser aplicada aos demais agentes que tiverem suas contas julgadas irregulares.

27. Os demais arrolados no presente recurso de revisão incidiram em revelia, visto que receberam as comunicações processuais pertinentes mas não se manifestaram, apesar de o Sr. Alvori José Crocetti, da Sra. Rosana de Figueiredo Gonçalves e do Sr. Ricardo Silva Gonçalves terem, pela advogada constituída, pedido dilação de prazo para apresentação de defesa (peça 5, p. 26-27), o qual foi concedido e comunicado à advogada dos requerentes através do Ofício 385/2008-TCU/SERUR, de 14/7/2008 (peça 5, p. 28), tendo o respectivo AR sido acostado aos autos (peça 5, f. 35).

28. Tendo em vista o fato da revelia, nos termos do § 3º do art. 12 da Lei 9.443/92, a defesa apresentada pelo Sr. José Gilberto pode ser estendida aos demais responsáveis arrolados, exceto quanto ao Sr. Alvori José Crocetti. Este, além do fato só se referir a ele, apresenta uma particularidade: houve, em 21/7/2006, pedido de vista dos autos (peça 2, p. 45-48), ainda não analisado por esta Corte de Contas.

28.1 Em resposta ao Ofício 434/2006/SERUR/TCU, de 3/7/2006 (peça 2, p. 16), acerca do fracionamento de despesas nas obras de construção da estação de tratamento de efluentes e de contenção de erosão, o Sr. Alvori, mediante Carta Resposta de 21/7/2006 (peça 2, p. 45-48), solicitou fosse fornecida cópia dos autos para confecção de defesa técnica, ou não o fazendo, fosse extinto o processo sem julgamento do mérito, nos termos do Código de Processo Civil.

28.2 A concessão de vistas e fornecimento de cópias é pratica corriqueira no TCU e atende aos dispositivos constitucionais atinentes ao contraditório e à ampla defesa. Ocorre, porém, que, devido ao extravio dos autos e sua posterior reconstituição, o pedido formulado pelo Sr. Alvori não chegou a ser analisado. Por isso, o responsável não obteve vista e cópia dos autos, fato que é passível de provocar a nulidade do julgamento a ser realizado pelo TCU.

28.3 A fim de evitar possível alegação de nulidade processual, o TCU pode trilhar um dos seguintes caminhos: extinguir o processo sem julgamento do mérito ou lhe fornecer cópia dos autos e fixar novo prazo para apresentação de defesa.

28.4 Entretanto, a concessão de cópia dos autos, após decorridos cinco anos do pedido, não seria recomendável, uma vez que atrasaria o julgamento do mérito do presente recurso, além de o responsável ter sido apenas ordenador de despesas substituto e já se ter passado quase 10 anos do fato gerador. Por isso, as contrarrazões recursais apresentadas pelo Sr. Alvori podem ser acolhidas por esta Corte de Contas, de modo que o fornecimento das referidas cópias torna-se desnecessário.

Conclusão e Proposta de Encaminhamento

29. Os fatos levantados pela tomada de contas especial objeto do TC 019.555/2003-4, os quais serviram de amparo para o pedido de recurso de revisão das contas do Parque Regional de Manutenção

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da 12ª Região Militar/Manaus, relativas ao exercício de 2001, não causaram prejuízo ao erário, mas constituíram desvio de finalidade na utilização de recursos financeiros disponibilizados a favor da Unidade.

30. Por isso, as contrarrazões recursais apresentadas pelo Sr. José Gilberto Martins de Souza a respeito dos débitos de R$ 3.045,43, R$ 9.346,41 e R$ 8.000,00, podem ser parcialmente acatadas ante a não verificação de prejuízo ao erário, restando caracterizado desvio de finalidade na aplicação dos recursos, aproveitando-se as justificativas a favor dos arrolados José Gilberto Martins de Souza, Ricardo Henrique Ferro de Azevedo e Erich Negris Bezerra.

31. As contrarrazões recursais relativas aos recursos gerados pelo Hotel de Trânsito de Oficiais de Manaus podem ser acolhidas pelo TCU, uma vez que as receitas auferidas não necessitavam ser depositadas na conta única do Parque Regional de Manutenção da 12ª Região Militar, aproveitando-se as justificativas a favor dos arrolados José Gilberto Martins de Souza, Ricardo Henrique Ferro de Azevedo, Rosana de Figueiredo Gonçalves e Ricardo Silva Gonçalves.

32. As contrarrazões recursais relativas à utilização da quantia de R$ 4.601,00 para pagamento de parte da obra e/ou serviços realizados pela Protemax no Tapiri Social dos Oficiais não merecem ser acolhidas e dizem respeito aos arrolados José Gilberto Martins de Souza, Ricardo Henrique Ferro de Azevedo e Erich Negris Bezerra.

33. As contrarrazões recursais acerca da aquisição de um aparelho de ar-condicionado de 48.000 BTU's para o Tapiri Social dos Oficiais, ao tempo que o empenho emitido correspondia a quatro aparelhos de ar-condicionado de 30.000 BTU's, devem ser rejeitadas, bem como aquelas relativas à manutenção do PNR.

34. Diante do exposto, embora não se possa concluir pela ocorrência de dano ao erário, os atos narrados nos ofícios de audiência e de citação integrantes destes autos caracterizaram desvio de finalidade na aplicação de recursos, constituindo prática de ato de gestão ilegal, ilegítimo, antieconômico, ou infração à norma legal ou regulamentar e constitui justo motivo para tornar irregulares as contas dos gestores envolvidos.

35. Proponho, pois, a adoção das seguintes medidas pelo TCU:

a) conhecer do pedido de recurso de revisão interposto pelo Ministério Público junto ao TCU contra o Acórdão 2.487/2003-TCU-1ª Câmara para, no mérito, julgá-lo procedente;

b) tornar o Acórdão 2.487/2003-TCU-1ª Câmara insubsistente quanto aos Srs. José Gilberto Martins de Souza e Ricardo Henrique Ferro de Azevedo;

c) declarar a revelia dos Srs. Erich Negris Bezerra e Ricardo Silva Gonçalves e da Sra. Rosana de Figueiredo Gonçalves.

d) acolher as contrarrazões recursais apresentadas em relação aos recursos gerados pelo Hotel de Trânsito dos Oficiais de Manaus, no valor de R$ 129.609,30, uma vez que os recursos gerados pelo HTO de Manaus não necessitavam ser depositados na conta única do Parque Regional de Manutenção da 12ª Região Militar;

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e) acolher parcialmente as contrarrazões recursais apresentadas pelos senhores José Gilberto Martins de Souza, Ricardo Henrique Ferro de Azevedo e Erich Negris Bezerra em relação aos débitos de R$ 3.045,43, R$ 9.396,41 e R$ 8.000,00, haja vista a não ocorrência de prejuízo ao erário, mas desvio de finalidade na aplicação dos recursos;

f) rejeitar as contrarrazões recursais apresentadas em relação aos ofícios de audiência dos responsáveis José Gilberto Martins de Souza, Ricardo Henrique Ferro de Azevedo e Erich Negris Bezerra em face do desvio de finalidade na utilização de recursos financeiros disponibilizados a favor da Unidade;

g) acolher as contrarrazões recursais apresentadas pelo Sr. Alvori José Crocetti em relação ao fracionamento de despesas nas obras de construção da estação de tratamento de efluentes e de contenção de erosão;

h) julgar, com base nos arts. 1º, inciso I; 16, inciso III, alínea "b"; 19, parágrafo único; e 23, inciso III, da Lei nº 8.443, de 16 de julho de 1992, irregulares as contas dos Srs. José Gilberto Martins de Souza (CPF 227.646.310-49), Ricardo Henrique Ferro de Azevedo (CPF 007.617.277-52) e Erich Negris Bezerra (CPF 168.623.168-77), relativamente ao exercício de 2001, em face do desvio de finalidade na utilização de recursos financeiros disponibilizados a favor do Parque Regional de Manutenção da 12ª Região Militar;

i) aplicar aos responsáveis José Gilberto Martins de Souza (CPF 227.646.310-49), Ricardo Henrique Ferro de Azevedo (CPF 007.617.277-52) e Erich Negris Bezerra (CPF 168.623.168-77) a multa prevista no art. 58, inciso I, da Lei 8.443/92; j)autorizar, desde logo, com fundamento no art. 28, inciso II, da Lei nº 8.443/92, a

cobrança judicial das dívidas dos responsáveis José Gilberto Martins de Souza (CPF 227.646.310-49), Ricardo Henrique Ferro de Azevedo (CPF 007.617.277-52) e Erich Negris Bezerra (CPF 168.623.168-77), em caso do não recolhimento das multas a lhes serem impostas.”

2. O representante do Ministério Público diverge parcialmente do encaminhamento proposto pela Unidade Técnica nos termos do Parecer a seguir transcrito (peça 11):

“Trata-se de recurso de revisão interposto por este Ministério Público contra o Acórdão 2.487/2003 – 1ª Câmara, que julgou regulares as contas relativas ao exercício de 2001 do Parque Regional de Manutenção da 12ª Região Militar/Comando do Exército. Seu conhecimento fundamentou-se no art. 35, inciso III, da Lei 8.443/1992, ante os documentos novos consubstanciados na tomada de contas especial instaurada pela 12ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército/Ministério da Defesa.

Com efeito, o procedimento oriundo do órgão fiscalizado sinalizava diversas e graves irregularidades lá perpetradas, relacionadas principalmente à administração de recursos gerados pelo Hotel de Trânsito de Oficiais (HTO) e à realização de várias despesas de forma inadequada com aquisições de materiais e contratações de obras e serviços.

A unidade técnica, na instrução constante da peça 8 dos autos, aborda adequadamente as questões levantadas no recurso de revisão, bem como procede a competente análise das defesas apresentadas. Sua conclusão, embora tenha se dado no sentido da ausência de prejuízos ao erário, aponta motivo considerado bastante para o julgamento pela irregularidade das contas dos Srs. José Gilberto Martins de Souza, Ricardo Henrique Ferro de Azevedo e Erich Negris Bezerra: o desvio de finalidade na utilização de recursos financeiros disponibilizados em favor da unidade.

Concordo com a análise empreendida pela unidade técnica, mas extraio dos fatos por ela apurados consequência diferente. Considero ser de rigor excessivo a proposta de julgamento pela irregularidade das contas em face, tão somente, dos desvios de finalidade identificados no processo.

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Anoto, primeiramente, que a principal irregularidade aventada no recurso de revisão dizia respeito à administração dos recursos do HTO. A instrução, no entanto, descaracterizou tal ocorrência, uma vez verificada a compatibilidade dos atos correspondentes com o inciso II do art. 21 da Portaria 004-SEF, de 16 de julho de 1999, in verbis: “as receitas oriundas das seguintes atividades de prestação de serviço estão isentas de qualquer recolhimento ao Fundo do Exército: I – (...) IX – serviços, exclusivamente hospitalares, de hotéis de trânsito e similares (hospedagem e alimentação)”.

Restariam, então, as suspeitas quanto a suposto pagamento “a maior” realizado à empresa Protemax, nos valores de R$ 3.045,43 e de R$ 9.396,41, e quanto à alegada simulação de compra de quatro aparelhos de ar condicionado, no valor de R$ 8.000,00.

Nesses casos, porém, o dano também foi descaracterizado, passando as irregularidades a serem interpretadas como “desvios de finalidade”. Tais importâncias foram empenhadas para a aquisição de material para manutenção elétrica e telefônica e para aquisição de quatro aparelhos de ar condicionado, mas, tudo indica, foram utilizadas em obras e serviços realizados nos Tapiri Social/Cassino dos Oficiais, Cassino dos Subtenentes e dos Sargentos e Tapiri Social dos Cabos e Soldados. A esses desvios vem se juntar a última imputação, desde o início já caracterizada como desvio de finalidade, a saber, a utilização em obras e ou serviços de R$ 4.601,00 empenhados para pagamento de manutenção de bens móveis e de materiais para comunicações.

Sendo assim, pesam contra os responsáveis tão somente falhas quanto a aplicação de recursos que não representaram quantias significativas e, ao final, resultaram em benefício do próprio órgão. Levando em conta o fato de não haver notícia sobre incidência reiterada nesse tipo de erro, resisto em considerar as ocorrências em tela bastantes para macular a gestão como um todo.

Ante o exposto, manifesto-me parcialmente discordante da proposta oferecida pela unidade técnica às fls. 10 e 11 da peça 8, por entender que as alegações de defesa e razões de justificativa apresentadas em sede de contrarrazões recursais devem ser acolhidas, de modo que o TCU conheça do presente recurso de revisão para, no mérito, negar-lhe provimento. Alvitro, adicionalmente, que seja o órgão de origem cientificado de que os procedimentos em tela não devem se repetir, haja vista constituírem ofensa às normas de direito financeiro pertinentes e, em especial, ao art. 167, inciso VI, da Constituição Federal.”

É o Relatório.

VOTO

Cuidam os autos de recurso de revisão interposto pelo Ministério Público/TCU contra o Acórdão 2.487/2003 – 1ª Câmara, mediante o qual foram julgadas regulares as contas relativas ao exercício de 2001 do Parque Regional de Manutenção da 12ª Região Militar/Comando do Exército, dando-se quitação aos responsáveis.

Preliminarmente, o recurso pode ser conhecido uma vez que se encontram preenchidos os requisitos de admissibilidade previstos para a espécie, caracterizando-se os documentos presentes no apenso TC 019.555/2004-3 como documentos novos, conforme disposto no art. 35, inciso III, da Lei 8.443/1992.

Quanto ao mérito, verifico que, no aludido TC 019.555/2004-3, foram identificados indícios de irregularidade, relacionados principalmente à administração de recursos pelo Hotel de Trânsito de Oficiais (HTO) e à realização de despesas de forma inadequada com aquisições de materiais e contratações de obras e serviços, sendo apontados indícios de dano ao Erário decorrentes de: ausência de depósito na conta única da unidade no valor de R$ 129.609,30; pagamentos a maior,

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nos valores de R$ 3.045,43 e R$ 9.396,41, à empresa Protemax, pela execução de obras/serviços; compra irregular de 4 aparelhos de ar-condicionado, no valor de R$ 8.000,00.

Após exame dos elementos presentes aos autos, a Unidade Técnica conclui não ter ocorrido o dano inicialmente aventado. No entanto, considera ter havido desvio de finalidade na utilização dos valores de R$ 3.045,43, R$ 9.396,41 e R$ 8.000,00, acima indicados, o que, somado a desvio de finalidade na aplicação de R$ 4.546,10, fundamenta sua proposta de provimento ao recurso para julgar irregulares as contas dos senhores José Gilberto Martins de Souza, Ricardo Henrique Ferro de Azevedo e Erich Negris Bezerra, relativamente ao exercício de 2001, com aplicação de multa aos responsáveis.

Com vênias à Unidade Técnica, inclino-me por acolher o encaminhamento para a matéria proposto pelo MP/TCU, no sentido da negativa de provimento ao recurso. Explico.

Primeiramente, na mesma linha sustentada pelo Parquet, considero que, neste caso, em que os recursos utilizados em finalidade diversa da prevista eram de pequena monta e, de fato, foram utilizados no funcionamento e manutenção da unidade gestora, a ocorrência não se reveste de gravidade tão significativa ao ponto de macular a inteira gestão dos responsáveis.

Ademais, destaco um segundo ponto de natureza processual. Conforme se verifica nos Ofícios de citação solidária dos senhores José Gilberto Martins de Souza, Ricardo Henrique Ferro de Azevedo e Erich Negris Bezerra (fls. 28/29 e 49/50-peça 4, 29/30-peça 5), os responsáveis não foram chamados a apresentar justificativas a respeito de desvio de finalidade na utilização das quantias de R$ 3.045,43, R$ 9.396,41 e R$ 8.000,00, mas sim, conforme já mencionado, quanto a pagamento a maior e não realização de despesa para compra de aparelhos de ar-condicionado, o que restou esclarecido.

Dessa forma, não tendo sido dada oportunidade aos responsáveis para apresentarem justificativas quanto à nova imputação de desvio de finalidade na utilização das referidas quantias, não cabe considerar essa questão para a avaliação de mérito uma vez que se configuraria inobservância aos princípios do contraditório e da ampla defesa, insculpidos no art. 5º, inciso LV, da Constituição Federal. A alternativa de realizar novas audiências, já decorridos 14 anos desde o exercício de que trata estas Contas, e considerando a pequena significância da ocorrência, não é compatível com o princípio do custo-benefício do controle, um dos aspectos do princípio constitucional da economicidade, razão que me leva a não cogitar da providência, dispensável para o deslinde deste processo. O mesmo raciocínio aplico às comunicações processuais inadequadas constantes do processo.

Face ao exposto, acolho, no mérito, as propostas do Ministério Público e Voto por que este Tribunal adote a deliberação que ora submeto à consideração deste Colegiado.

TCU, Sala das Sessões Ministro Luciano Brandão Alves de Souza, em 24 de junho de 2015.

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RAIMUNDO CARREIRO Relator

ACÓRDÃO Nº 1578/2015 – TCU – Plenário

1. Processo nº TC 007.478/2002-3. 1.1. Apenso: 019.555/2004-32. Grupo II – Classe de Assunto: I – Recurso de Revisão em Tomada de Contas Simplificada3. Responsáveis/Recorrente:3.1. Responsáveis: Ageu Florencio da Cunha (153.283.332-68); Alvori Jose Crocetti (449.579.477-91); André Pires do Val (068.912.458-93); Claudio Antonio Carvalho da Silva (905.213.907-53); Erich Negris Bezerra (168.623.168-77); Geovane Lopes da Silva (774.426.524-68); Gilberto Freitas Filho (932.894.480-53); Hermeson Nobrega Barros de Oliveira (981.046.087-20); Jose Gilberto Martins de Souza (227.646.310-49); Marco Antônio de Siqueira Alves Filho (620.047.004-91); Pedro Eduardo Lasota (622.673.377-20); Ricardo Henrique Ferro de Azevedo (007.617.277-52); Ricardo Silva Gonçalves (145.300.404-10); Rosana de Figueiredo Gonçalves (555.374.724-49); Sidney Vargas Lima (303.855.559-20).4. Órgão/Entidade: Parque Regional de Manutenção da 12ª Região Militar.5. Relator: Ministro Raimundo Carreiro.5.1. Relator da deliberação recorrida: Ministro Augusto Sherman Cavalcanti6. Representante do Ministério Público: Subprocurador-Geral Lucas Rocha Furtado.7. Unidade Técnica: Secretaria de Controle Externo da Defesa Nacional e da Segurança Pública (SecexDefes).8. Advogado constituído nos autos: Gisele Correia dos Santos Batista, OAB/SP 179.147

9. Acórdão:Vistos, relatados e discutidos estes autos que tratam de Recurso de Revisão interposto pelo

Ministério Público junto ao TCU contra o Acórdão 2.487/2003-TCU-1ª Câmara, contido na Relação 83/2003, Gabinete do Ministro Augusto Sherman Cavalcanti.

Acordam os ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em sessão do Plenário, ante as razões expostas pelo Relator, em:

9.1. conhecer, com fulcro no art. 32, III e 33, III, da Lei 8.443/92, do recurso de revisão interposto pelo Ministério Público junto ao TCU contra o Acórdão 2.487/2003-TCU-1ª Câmara para, no mérito, negar-lhe provimento;

9.2. dar ciência desta deliberação aos responsáveis e ao recorrente.

10. Ata n° 24/2015 – Plenário.11. Data da Sessão: 24/6/2015 – Ordinária.12. Código eletrônico para localização na página do TCU na Internet: AC-1578-24/15-P.13. Especificação do quorum: 13.1. Ministros presentes: Walton Alencar Rodrigues (na Presidência), Benjamin Zymler e Raimundo Carreiro (Relator).

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 007.478/2002-3

13.2. Ministros-Substitutos convocados: Augusto Sherman Cavalcanti, Marcos Bemquerer Costa e André Luís de Carvalho.13.3. Ministro-Substituto presente: Weder de Oliveira.

(Assinado Eletronicamente)WALTON ALENCAR RODRIGUES

(Assinado Eletronicamente)RAIMUNDO CARREIRO

na Presidência Relator

Fui presente:

(Assinado Eletronicamente)PAULO SOARES BUGARIN

Procurador-Geral

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