Patologia Médica III Cardiologia

Ficha #12 TROMBOEMBOLIA PULMONAR

Bibliografia

2009 ESC Guidelines on diagnosis and treatment of acute pulmonary embolism

Um caso típico

Uma mulher de 45 anos, obesa, fumadora (20 unidades maço-ano) e a tomar anticonceptivos (Try-Gynera®), recorre ao serviço de urgência por dispneia de início súbito nessa mesma manhã. A doente refere desconforto torácico tipo pleurítico à direita. Após um interrogatório cuidadoso, refere que desde há uma semana tem dor no gémeo direito, mas atribuiu este sintoma a um pequeno traumatismo no local. Nega febre, expectoração ou síncope.

À chegada ao SU, encontrava-se normotensa (TA 115/70 mmHg), taquicárdica (FC 105 bpm) e com saturação de oxigénio 97% em ar ambiente. Não havia sinais de engurgitamento jugular, a auscultação pulmonar era normal e a auscultação cardíaca não revelava alterações dos tons cardíacos ou sopros. A palpação do gémeo direito era dolorosa e havia sinais inflamatórios nessa localização.

1. Quais são as hipóteses diagnósticas mais prováveis?2. Que outros dados da história clínica e familiar são importantes averiguar?3. Que outros achados poderemos encontrar no exame físico?4. Qual é a probabilidade pré-teste desta doente ter um tromboembolia pulmonar?

Utilize o score de Genebra revisto para atribuir essa probabilidade.5. Comente o ECG:

6. Que achados poderemos encontrar na telerradiografia de tórax?7. Que exame laboratorial nos permite excluir com grande probabilidade na maioria

dos doentes uma tromboembolia pulmonar? Que excepções existem a esta regra?8. O valor do exame referido na alínea anterior foi positivo. Qual é o próximo passo?9. Após a confirmação do diagnóstico de TEP, que exames complementares de

diagnóstico poderemos utilizar para estratificar o risco desta situação clínica?10. Foi confirmado o diagnóstico de TEP nesta doente. Considere que tem troponina I

positiva. Classifique, num sistema de três níveis de risco (alto, intermédio o baixo), a probabilidade de esta doente morrer no espaço de 30 dias devido a esta situação clínica.

11. Considerando a doente em questão e o seu nível de risco, que tratamentos estão disponíveis? Quais os riscos e benefícios de cada abordagem em particular?

12. Quais as indicações consensuais para fibrinólise?

13. Que medidas não farmacológicas deverão ser implementadas?14. Que estratégia de anticoagulação escolheria para esta doente?15. Qual o prognóstico desta situação clínica?16. Como decidiria a duração da anticoagulação desta doente após a alta?17. Alguns doentes mantêm pressões elevadas na artéria pulmonar após um episódio

de TEP devidamente tratado. Como podemos identificar estes doentes e que tratamentos é que estão disponíveis?