18
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ- UVA CENTRO DE LETRAS FILOSOFIA E EDUCAÇÃO – CENFLE PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO ADOCÊNCIA\PIBID\UVA\2011 SUBPROJETO: LETRAS COORDENADOR (A): GEANE DE ALBUQUERQUE SUPERVISORA: FRANCISCA LILIANA ARAÚJO PEREIRA O GÊNERO CRÔNICA E O HUMOR DE LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO Francisca Aciza Marques Vasconcelos

pibidletrasuva.files.wordpress.com file · Web viewuniversidade estadual vale do acaraÚ- uva . centro de letras filosofia e educaÇÃo – cenfle . programa institucional de iniciaÇÃo

  • Upload
    haminh

  • View
    214

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: pibidletrasuva.files.wordpress.com file · Web viewuniversidade estadual vale do acaraÚ- uva . centro de letras filosofia e educaÇÃo – cenfle . programa institucional de iniciaÇÃo

UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ- UVA

CENTRO DE LETRAS FILOSOFIA E EDUCAÇÃO – CENFLE

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO ADOCÊNCIA\PIBID\UVA\2011

SUBPROJETO: LETRAS

COORDENADOR (A): GEANE DE ALBUQUERQUE

SUPERVISORA: FRANCISCA LILIANA ARAÚJO PEREIRA

O GÊNERO CRÔNICA E O HUMOR DE LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO

Francisca Aciza Marques Vasconcelos

SOBRAL – 2012

Page 2: pibidletrasuva.files.wordpress.com file · Web viewuniversidade estadual vale do acaraÚ- uva . centro de letras filosofia e educaÇÃo – cenfle . programa institucional de iniciaÇÃo

1. INTRODUÇÃO

Sabemos que uma das grandes preocupações da Escola, é formar alunos leitores, críticos e

reflexivos. Esse desafio perdura desde muito tempo, e ainda hoje, há essa grande dificuldade que

impede o desenvolvimento da formação e da aprendizagem dos alunos.

Um modo, o qual podemos contribuir para o crescimento crítico/reflexivo do aluno é através da

leitura. Essa aprendizagem nos possibilita muitas outras aprendizagens, nas quais está o domínio da

escrita, da produção e compreensão textual, da oratória, dentre outras. Assim, podemos dizer que a

leitura é o caminho para o desenvolvimento das competências do ensino.

Procuramos contribuir com o desenvolvimento da leitura na escola, por meio de projetos e

atividades de incentivo à leitura, os quais serão realizados através de palestras e oficinas, com o

intuito de despertar o interesse dos alunos pelo hábito de ler, possibilitando-lhes um contato direto

com diferentes gêneros textuais, pois através desses, buscamos despertar o gosto pela leitura.

A oficina, a qual a aqui será apresentada, “O gênero crônica e o humor de Luís Fernando

Veríssimo”, surgiu do interesse de levar para os alunos textos curtos, engraçados, de linguagem

acessível, críticos e bem humorados, os quais podem lhes possibilitar uma leitura fascinante e

prazerosa, para isso, escolhemos trabalhar com as crônicas de Luís Fernando Veríssimo, as quais

são dotadas de humor e críticas.

Assim, procuramos apresentar aos alunos o gênero crônica; o escritor Luís Fernando Veríssimo, e

algumas de suas obras, através de cartazes, vídeos e leitura em grupos.

Enfim, sabemos que a crônica é um texto curto, o qual trata de narrar os acontecimentos do nosso

cotidiano, e por meio desse gênero, buscamos influir nos alunos o gosto pela leitura de forma crítica

e reflexiva.

2. JUSTIFICATIVA

O estudo presente é produto de um projeto maior, denominado: Projeto de Modalidades de Uso de

Atividades Extras: Atividades Práticas, Culturais e Formativas, o qual visa o incentivo da leitura na

escola, de forma criativa e interativa.

A leitura é um ato pelo qual, desenvolvemos as nossas capacidades interpretativas, de compreensão,

de escrita e de desenvolvimento intelectual. É uma aprendizagem incomparável, a qual deve ser

prioridade na escola. Podemos entender melhor por leitura o que orienta os PCN, os quais dizem

que leitura é:

Page 3: pibidletrasuva.files.wordpress.com file · Web viewuniversidade estadual vale do acaraÚ- uva . centro de letras filosofia e educaÇÃo – cenfle . programa institucional de iniciaÇÃo

O processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto, a

partir de seus objetivos, de seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe

sobre a linguagem etc. Não se trata de extrair informação, decodificando letra por letra, palavra por

palavra. Trata-se de uma atividade que implica estratégias de seleção, antecipação, inferência e

verificação, sem as quais não é possível proficiência. (BRASIL, 1998, P. 69).

É em busca de desenvolver a competência leitora de cada aluno, que visamos despertar o interesse

deles pela leitura, na qual, o aluno seja capaz de compreendê-la e de interagir ativamente com o

texto, consigo mesmo e com os demais que estão ao seu redor.

A partir da necessidade de incentivarmos o ato da leitura na escola, buscamos apresentar aos alunos

alguns gêneros textuais, de forma criativa e inovadora, através de palestras e oficinas, nas quais

serão trabalhados diferentes tipos de textos, com o intuito de proporcionar aos alunos um momento

inovador para que a partir de então, possam criar o hábito da leitura tanto na escola como em outros

momentos de suas vidas.

Na Escola Ribeiro Ramos, trabalhamos os seguintes gêneros textuais: contos de fadas, histórias em

quadrinho, conto fantástico, a poesia, o teatro, e o gênero crônica, o qual é o foco desse trabalho.

A escolha do gênero crônica para complementar o projeto maior, foi de fundamental importância,

pois é um gênero bastante presente no cotidiano da escola, como na vida dos alunos. E Conhecer

esse gênero, nos faz imediatamente pensar em conhecer o escritor Luís Fernando Veríssimo, pois

ele é um dos maiores cronistas de todos os tempos. Seus textos sempre bem humorados nos faz

refletir sobre a realidade que nos cerca, pois o autor por trás do humor e da ironia faz fortes críticas

à sociedade.

3.OBJETIVO GERAL

* Incentivar a leitura e a compreensão textual.

3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

* Instigar a formação crítica e reflexiva do aluno;

* Promover um momento de interação, através de uma leitura prazerosa;

* Estimular o desenvolvimento da produção textual;

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A palavra crônica vem do grego e está relacionado aos acontecimentos cronológicos, afirmamos de

acordo COUTINHO (2004, p. 120), que “o significado tradicional da palavra crônica decorre de sua

etimologia grega (khronos- tempo): é o relato dos acontecimentos em ordem cronológica.”

Page 4: pibidletrasuva.files.wordpress.com file · Web viewuniversidade estadual vale do acaraÚ- uva . centro de letras filosofia e educaÇÃo – cenfle . programa institucional de iniciaÇÃo

A crônica é um gênero bastante antigo, mas também atual, pois ao tratar do nosso dia-a- dia torna-se

um gênero sempre atualizado e inovador. É um gênero literário, mas também jorlalístico, pois as

primeiras crônicas formam criadas em folhetins, depois publicadas em jornais e com passar do

tempo ganharam publicações em revistas e atualmente em livros. Por ser um gênero literário, mas

com peculiaridades jornalísticas, trás uma linguagem que mescla entre a literatura e o jornalismo:

crônica “é um gênero que permite várias formas de composição: do humorismo ao lirismo

reflexivo; da sátira de costume à crítica mordaz; do discurso político ao diário confessional. Daí o

pitoresco, o lirismo, o humor e a crítica serem os seus aspectos fundamentais. Oliveira, (p. 108,

2008)

É notório que a crônica é um gênero curto, porém essa característica não interfere em sua

grandiosidade, pois é um gênero que retrata fielmente os acontecimentos mais comuns de nossas

vidas, coisas que muitas vezes não damos importância, mas que são interesse do cronista.

Para melhor compreender a crônica, Coutinho (204, p. 136) a define da seguinte maneira: “é na

essência uma forma de arte imaginativa, arte da palvra, a que se liga forte dose de lirismo. É um

gênero altamente pessoal, uma reação individual, íntima, ante o rspetáculo da vida, coisas, seres.”

Ou seja, é por ser um gênero literário, que trás em sua linguagem certo sentimentalismo, saindo

assim, do plano totalmente jornalístico: objetivo, atuando entre o plano literário e hornalístico, de

modo a informar, mas também a envolver o leitor com o seu lirismo.

Esse gênero possui muitas características, tanto jornalísticas, quanto literárias, podemos descrevê-

las da seguinte maneira:

É publicada geralmente em jornais e revistas; relata de forma artística e pessoal fatos colhidos no

noticiário jornalístico e no cotidiano; consiste em um texto curto e leve; tem por objetivo divertir

e/ou refletir criticamente sobre a vida e os comportamentos humanos; pode apresentar os elementos

básicos da narrativa: fatos, personagens, tempo e lugar; o tempo e o espaço são normalmente

limitados; pode apresenta narrador-observador ou narrador personagem; linguagem geralmente de

acordo com a variedade padrão informal da língua. Cereja & Magalhães (P. 286, 2003).

Diante dessa citação podemos compreender que o gênero crônica é um gênero que deve ser feito

para publicação, é pois de cunho subjetivo, porque é a visão do autor que predomina em todo o

texto, deve ser um texto breve e simples, tem como função social fazer com que o leitor reflita

criticamente sobre a vida e as ações humanas, trás uma linguagem informal para representar

fielmente o cotidiano.

O gênero em estudo pode se caracterizar pela seguite estrutura:

Introdução: Apresenta uma situação do cotidiano; enredo: há sempre um conflito; desfecho: termina

Page 5: pibidletrasuva.files.wordpress.com file · Web viewuniversidade estadual vale do acaraÚ- uva . centro de letras filosofia e educaÇÃo – cenfle . programa institucional de iniciaÇÃo

em geral com um final surpreendente; narrador: normalmente é narrada em 1° pessoa, ou seja, a

história é contada por algum personagem. As vezes em 3° pessoa (narrador observador). Oliveira,

(p. 108, 2008).

Diante da citação, percemos que esse gênero possui a estrutura de uma narração, com intrudução,

enredo, desfecho, e narrador.

Em resumo, de acordo com Oliveira, (p. 108, 2008), esse gênero deve ser composto pelos seguintes

elementos: “um autor; curta duração; poucos personagens; uma situação real do cotidiano; narrador

em 1° pessoa; uma linguagem simples, mesclada de seriedade, crítica e humor; um final

surpreendente”.

Com essa exposição acreditamos que os alunos serão capazes de compreender e produzir suas

crônicas, pois o autor citado acima, deixa bem claro como podemos produzir esse gênero.

Ressaltamos como uma das principais características da crônica, o humor, pois de acordo com

Candido, (1993, p. 26) “é através do humor, do ar de quem está falando coisas sem maior

consequência que a crônica é capaz de não apenas entrar fundo no significado dos atos e

sentimentos do homem, mas (...) levar longe à crítica social.” Assim, buscamos trabalhar com os

textos de Luís Fernando Veríssimo porque os mesmos são dotados de humor, característica pela

qual o autor utiliza seu discurso para prender a tenção do leitor, como também para fazer com que

ele refleita sobre os acontecimentos do mundo.

Luís Fernando Veríssimo é um dos maiores cronistas do Brasil, ele também é autor de romances,

jornalista, tratutor, músico e cartunista, como também contista, seus contos na maioria das vezes são

bem parecidos com suas crônicas, cabendo ao leitor identificar cada tipo de texto do autor.

Vérissimo, é filho de um dos maiores escritores brasileiro: Érico Veríssimo. Deve seu

reconhecimento por seu talento como escritor, pois também é reconhecido mundialmente pelo seu

talendo e por seus textos humorísticos. É por esse merecimento que escolhemos apresentar esse

autor aos alunos, como principalmente estudar suas crônicas, pois as temáticas de suas obras são

referências do cotidiano, uma vez que os temas estão voltados para coisas simples de nossas vidas.

Em seus textos percebemos que o autor trata bastante de temas realacionados aos problemas

familiares, como na crônica “ A foto”, “A aliança” e “Amigos”; fala de futibol, como na crônica “A

bola”; também dos problemas públicos, como na crônica “Segurança”, “Lixo”, dentre outras, as

quais espelham o nosso cotidiano.

5. MATERIAIS E MÉTODOS

Estudo baseado em pesquisa teórica e de campo. Será apresentado aos alunos o gênero crônica, suas

Page 6: pibidletrasuva.files.wordpress.com file · Web viewuniversidade estadual vale do acaraÚ- uva . centro de letras filosofia e educaÇÃo – cenfle . programa institucional de iniciaÇÃo

características e funções. Em seguida apresentaremos o escritor e cronista Luís Fernando Veríssimo,

através de slides e cartolinas, após, será trabalhado as características da crônica através de vídeos,

os quais são baseados nas crônicas de Veríssimo, como “Lixo”; “A aliança”; “Sexa”; e “Pneu

furado.”

No segundo momento, dividiremos a turma em grupos para leitura e discussão das crônicas do

referido autor, como, “A bola”; “A foto”; “O homem trocado”; “A verdade”; “Segurança”;

“Amigos”; dentre outras, nas quais, cada grupo irá identificar os elementos que caracterizam o

gênero (título; introdução, desenvolvimento; conclusão; temáticas; dentre outros) e apresentará de

forma criativa essas características, assim como também o que entenderam do texto, e a crítica feita

pelo autor.

A oficina será apresentada no dia vinte e seis (26) de abril de 2012 na Escola de Ensino Médio Dr.

João Ribeiro Ramos, no turno da tarde para alunos do 2º ano do Ensino Médio.

A proposta de produção será lançada aos alunos a partir de trechos das crônicas estudas em sala,

objetivando que cada um, produza sua crônica de forma clara e criativa, com base nos textos

estudos.

Por fim, será distribuído entre os participantes um questionário com perguntas objetivas e subjetivas

sobre a palestra e a oficina, para que a partir desse questionário possamos analisar o nosso trabalho,

bem como a participação e o desempenho dos alunos.

6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A realização da oficina se deu na data prevista: vinte e seis (26) de abril. Contamos com uma sala

totalizando o número de vinte e nove (29) participantes, vale ressaltarmos que os alunos

participantes são alunos do 2º ano do ensino médio.

Antes da oficina, tivemos a palestra da Professora Francisca Liliana Araújo Pereira. A palestra teve

o seguinte tema: “O gênero crônica: conceitos e características”. A professora começou

conceituando o gênero, em seguida explicando suas características. Passou vídeos com crônicas, e

discutiu com os alunos o que eles estavam entendendo de suas explicações. Podemos dizer que a

palestra foi bastante interessante e que contribui com a formação dos alunos.

Ao iniciarmos a oficina, tivemos alguns problemas com os aparelhos tecnológicos, mais

especificadamente com o Datashow, mas isso não nos causou muitos prejuízos, apenas deixou a

desejar quanto aos vídeos que havíamos preparado para a discussão e apresentação do gênero.

Apresentamos o cronista Luís Fernando Veríssimo. Percebemos que alguns dos alunos ainda não o

conheciam. Daí, falamos claramente sobre ele e suas crônicas, objeto de nosso estudo.

Page 7: pibidletrasuva.files.wordpress.com file · Web viewuniversidade estadual vale do acaraÚ- uva . centro de letras filosofia e educaÇÃo – cenfle . programa institucional de iniciaÇÃo

Após a exposição do autor, passamos para a divisão dos grupos, cada grupo de alunos ficaram com

uma crônica diferente (crônicas de Luís Fernando Veríssimo). Fizeram uma leitura individual e

silenciosa, em seguida uma leitura em grupo e em voz alta. Após a leitura de cada texto, os

participantes de cada grupo interpretaram o texto crônica, dando suas características, e comentando

as possíveis críticas feitas pelo autor. Comentaram também suas opiniões a respeito do tema e do

assunto tratado em cada crônica analisada.

Podemos então, dizer que os alunos fizeram uma leitura interpretativa, crítica e reflexiva das

crônicas, ao participarem de um momento de interação entre texto e autor, pois de acordo com

Antunes, (2003, p. 66) “a interação [...] implica a cooperação do leitor na interpretação e na

reconstrução do sentido e das intenções pretendidas pelo autor”. Ou seja, é no diálogo com o texto,

que o leitor assume o seu ponto de vista e o confronta com a exposição do autor, e através dessa

atividade interativa, desenvolve o seu senso de criticidade.

No momento da produção percebemos que alguns dos alunos ainda tinham algumas dúvidas sobre o

gênero crônica, como já dito, nem todos o conheciam. Daí, decidimos deixar livre a escolha do tema

para que eles pudessem escrever sobre o que tinham interesse. A maioria seguiu a nossa sugestão:

produzir a partir de trechos das crônicas analisadas.

Ao analisarmos as produções dos alunos percebemos que a maioria foi satisfatória, mas

infelizmente algumas não atenderam as orientações teóricas apresentadas sobre o gênero crônica.

Mas diante desse resultado, ficamos satisfeitos, pois conseguimos fazer com que os alunos lessem,

interpretassem, opinassem, e ainda produzissem, e isso a priori já é bastante satisfatório.

A maioria das crônicas produzidas tiveram como referências os textos de Veríssimo, (conforme

nossa proposta), outras trouxeram temáticas novas, mas sempre voltados para temas relacionados

com o cotidiano e com o ambiente familiar. Encontramos também, textos com temáticas amorosas,

e textos produzidos a partir dos poucos vídeos trabalhados.

Quanto à linguagem presente nas crônicas, percebemos que os alunos utilizaram uma linguagem

bem próxima do cotidiano, assim, escrevendo fielmente a linguagem caracterizada pelo gênero:

linguagem simples, isto é , a variedade informal da língua.

Os temas abordados pelos alunos podem ser considerados bem interessantes, porém nem todas

tiveram um desfecho criativo. Mas o que nos deixou bastante preocupados diante das produções,

foram os erros ortográficos encontrados nos textos, como também a falta de concordância nominal e

verbal; a utilização do “mais” ao invés do conectivo “mas”; nomes próprios escritos com letras

minúsculas, e principalmente a falta de pontuação no texto.

Quanto à avalição, a qual os alunos responderam em sala como instrumento para análise do

Page 8: pibidletrasuva.files.wordpress.com file · Web viewuniversidade estadual vale do acaraÚ- uva . centro de letras filosofia e educaÇÃo – cenfle . programa institucional de iniciaÇÃo

trabalho, nós percebemos que os resultados também foram satisfatórios, conforme os dados

coletados e analisados de acordo com as resposta de cada questão:

01. Para você a oficina foi agradável ou não? Comente destacando o que você mais gostou.

Nessa questão 93 % dos participantes disseram “sim”, isto é, a oficina foi considerada agradável e

satisfatória. Para os 7% dos participantes, a oficina não foi satisfatória. Diante do resultado positivo,

podemos dizer que nossos esforços para a realização da oficina, foram recompensados, pois

conseguimos a tingir o interesse da maioria da turma, pois também de acordo com os comentários

deles, a maioria deles destacaram que gostaram mais das crônicas analisadas em grupos.

02. A oficina contribuiu para a sua formação? Por quê?

A resposta para 97% dos alunos foi sim. O restante com o total de 3% foi não. Assim, consideramos

mais uma vez que o nosso desempenho foi satisfatório. Diante dos comentários explicativos, 67%

afirmaram que a oficina proporcionou-lhes mais conhecimentos. E 33% disseram já conhecer o

gênero em estudo.

03. Como você avalia os conhecimentos dos facilitadores acerca do tema da oficina:

( )Excelente ( ) Razoável

( ) Bom ( ) Ruim

Com um percentual de 71%, tivemos a resposta excelente. E com um percentual de 26%

consideram bom; e apenas 3% consideram razoável, sendo que ninguém marcou a opção

“insuficiente.”

04. Assinale a opção que melhor se refere à contribuição da oficina para a construção do seu

conhecimento sobre o gênero crônica:

( ) Excelente ( ) Razoável

( ) Bom ( ) Insuficiente

A maioria dos alunos correspondendo a um percentual de 52% responderam excelente; e 34%

responderam bom, e 11% marcaram razoável, e 3% dos participantes não responderam a questão.

05. Você gostou da palestra? E da palestrante? Comente.

Com um percentual de 97% dos participantes disseram que gostaram da palestra e apenas 3%

disseram que não. Quanto a palestrante 100% disseram “sim.” Dentre os comentários feitos pelos

alunos os mais destacados foram que gostaram bastante da palestrante porque ela explica de forma

clara e compreensiva.

Page 9: pibidletrasuva.files.wordpress.com file · Web viewuniversidade estadual vale do acaraÚ- uva . centro de letras filosofia e educaÇÃo – cenfle . programa institucional de iniciaÇÃo

06. Dê sugestões para melhorar a palestra e a oficina:

Quanto as sugestões dadas pelos alunos, a maioria disseram: “não ter sugestões”, pois a oficina foi

satisfatória. Outros disseram que faltaram mais vídeos, e outros que trouxéssemos temas

relacionados com a violência, com o preconceito, dentre outros.

Diante dessa análise consideramos que os alunos gostaram do desenvolvimento do evento, (palestra

e oficina o gênero crônica e o humor de luís Fernando veríssimo), pois tivemos a participação da

maioria da sala, e como vimos os alunos gostaram do desenvolvimento do trabalho.

Assim, nos sentimos realizados, por termos conseguido a prender a atenção dos alunos, a

participação e o interesse deles pelo nosso projeto. Satisfeitos estamos porque acreditamos que

contribuímos para a formação e o desenvolvimento crítico e intelectual de cada um.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo do gênero crônica, não é novo na escola, mas é de grande importância para a

aprendizagem dos alunos, pois através de crônicas: textos curtos e bem humorados, podemos

despertar a curiosidade dos alunos e o interesse pela leitura.

A leitura de crônicas não é uma leitura cansativa, enfadonha, pelo contrário, pode ser uma leitura

criativa e prazerosa, desde que se veja a crônica como um texto que transmite uma mensagem da

realidade, seja através do humor, da ironia, esse gênero tem sempre como objetivo transmitir a

realidade e os fatos do nosso cotidiano, de maneira crítica e reflexiva.

Consideramos o momento da oficina, um momento de criação, de afeição pela leitura, assim como

de produção, pois atingimos nossos objetivos ao perceber que os alunos leram, refletiram e

produziram.

Assim, podemos dizer que para despertar o gosto da leitura precisamos proporcionar ao aluno um

momento adequado para a sua realização, seja de textos longos ou curtos, mas que seja de forma

prazerosa e criativa.

Referências bibliográficas

ANTUNES, Irandé, 1937. Aula de Português: encontro & interação/Irandé Antunes, - São Paulo:

Parábola Editorial, 2003.

BRASIL. Secretaria da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do

ensino fundamental: língua portuguesa. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria da Educação

Fundamental, 1998.

CANDIDO. Antônio. A vida ao rés do chão. In: CANDIDO, Antônio. Recortes: São Paulo: Cia. das

Letras, 1993.

Page 10: pibidletrasuva.files.wordpress.com file · Web viewuniversidade estadual vale do acaraÚ- uva . centro de letras filosofia e educaÇÃo – cenfle . programa institucional de iniciaÇÃo

COUTINHO, Afrânio. A literatura no Brasil: Codireção Eduardo de Faria Coutinho. – 7. ed.- São

Paulo: Global, 2004.

CEREJA, Willian Roberto. Português: Linguagens: Volume único/Willian Roberto Cereja, Thereza

Cochar Magalhães. – São Paulo: Atual, 2003.

OLIVEIRA, João Batista Araújo e. Usando textos na sala de aula: tipos e gêneros textuais/ João

Batista Araújo e Oliveira. Juliana Cabral Junqueira de Castro:- 3° ed. Ver.- Brasília: Instituto Alfa e

Beta, 2008.

Literatura, Conhecimento Prático. Projeto e realização criativo mercado editorial. – São Paulo: ed.

nº 27.

Page 11: pibidletrasuva.files.wordpress.com file · Web viewuniversidade estadual vale do acaraÚ- uva . centro de letras filosofia e educaÇÃo – cenfle . programa institucional de iniciaÇÃo

ANEXO 1

Legenda: a primeira iamgem mostra o momento da palestra “O gênero Crônica” ministrada pela professora

e supervisora do Pibid Letras Liliana Araújo Pereira. A segunda mostra o trabalho dos bolsistas Aciza e

Henrique durante a leitura e discussão das crônicas de Luís Fernando Veríssimo.

Page 12: pibidletrasuva.files.wordpress.com file · Web viewuniversidade estadual vale do acaraÚ- uva . centro de letras filosofia e educaÇÃo – cenfle . programa institucional de iniciaÇÃo

Legenda: a terceira imagem mostra o momento da produção textual, na qual cada aluno individualmente

produziu seu texto, mais especificamente o gênero estudado: crônica.