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1W MERO Aj.i^CVJNfw

JORNAL DE ESTUDOS PSYCHOLOGICOS E DE MORALB

TODO effeito tem umacausa ; todo effeito in-telligente tem um causaintelligente.

A. Kardec.

F>li_olica9ão naexxsala

Assigna-se : por anno. .. . . . . . 3$ooo

Ó Sábio que ri do pos-sivel, está muito proxi-mo do idiota.

V. Hugo.

PARANÁ' Curityba, 26 de Março de 1890. | BRAZIL

RUA 15 DE NOVEMBRO N. 51

Rcdacção--S^rrito íi. 5 J.^AÍi^t^V

REVISTA SPIRITA*y~' '*"»'

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SUMMARIOI. Expediente ;.•>' f

II.Para TodosIII.Revista SpiritaVi.Discurs6.de C Flammarion

VI.A' Todos os GruposVII.Pro VeritaIV.NoticiárioVI. Diversos

EXPEDIENTEDeste primeiro numero Üo corrente anno

fazemos uma larga distribuição no Paraná.Aquellas pessoas gue- o receberem e não

qüizeremauxilial-o com sua assignatura, são ro-gadas de devolverem o exemplará nossa¦ Agen-cia desta capital.

1 Toda correspondência deve ser dirigidapara a'Administração da Revista : Rua 15 de No-vembro n.5^r i$#*:Y^Yi--m¦¦¦' ; •'. */í^.;^_^,

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PARA TODOS ;Os homens que não são spiritas. devem ge"

ralmente essa qualidade áprevenção de animo eá precipitação com que recebem ejulgão os ai-tos principios da Moral Spirita, a qual, porissonunca chegão á conhecer, ?

Mas, se todos elles reflectissám durante ai-gumas horas, ao menos sobre a ordem > intelíi-gente eos acontecimentos do mundo, se torna-rião spiritas e reconheçerião não só o erro emque a humanidade tem vivido até hoje, mastambém a sublime grandeza de Deus—Essênciado Infinito—tão mal definido e julgado peloatrazo moral e intellectual da humanidade; atra-zo que tem sido, por conveniências materiaes,alimentado pela perniciosa aristocracia que ain-da dirige a consciência de uma grande parte dahumanidade.

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Mãe Março.«1^1891.Depois deumamterrupçãode2 me-

zes, á que foi obrigada por circumstan-cias de força maior, a Revista Spiritarecomeça hoje a sua publicação regular.

Não foi pequeno o sacrifício quenos impoz essa interrupção ; pois nãofoi ella devida a nossa vontade nem ja-mais sentimosfraquearem as forças denossa convicção ; mas no meio da vidamaterial, nem sempre podemos vencer osobstáculos que, de momento, se nosapresentão; obstáculos que, no casovertente, erão representados pela ne-cessidade de attendermds á urgentes oc-cupações, que as nossas condições desulDsistencia não nos permittião sacMn-ficar.- .;\.

Felizm nte, não foi por demaislonga a nossa ausência do posto da profpaganda, a que se entregão como nóstafíttíi SpiriMs elfô^íK^d^a; capital^fque não deixaram um só momento detrabalhar pela Grande Causa do Beiii%

fie deixamos, no periodo de 1 me-zes, de concorrer como nosso fracoauxilio para a prospera obra de propa-ganda que vae-se operando entre ndjs,temos á satisfação de reconhecer que osesforços de outfos dedicados Spiritasconcorreram poderosjamente para q' es-saobra continuasse sua marcha, semque a nossa ausência se tornasse sensi-vel.

Hojeá elles nos unimos de novo,trabalhando pela causa de uma Philoso-

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REVISTA SPIRITA

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phia, luminosa e consoladora, que con-stituio-se a chave de todos os problemasnaturaes e sociaes, que até hoje subsis-tem para .a Humanidade.

Muitos homens ainda eocarão. oSpiritismo como simples questão de fé,ou umaphantasia morbidada imagina-cão.

Não obstante essa opinião irrefle-ctidae leiga, a doutrina Spirita progri-de, avassalando em toda parte as con-sciencias mais rebeldes !

Cosmopolita, ella nasce e desen-volve-se em todas as nações ; providen-ciai, ella invade os organismos das so-ciedades e nelles planta o germem in-destructivel de unia regeneração futurae próxima.

Como Fhiiosophia, desenvolvidapelo raciocínio, escudada pela Sciencia,guiadapela clareza de seus ensinamen-tos e pela elevação de siía moral,ella vaeconquistando desde a consciência domais humilde proletário, atè o cérebrodos maiores pensadores. .

E' certo que asAcademias:orgulho-sas de sua sabedoria, tencionavão pro-hibir-lhe o accesso nos seus anphithea-tros ; mas como o Spiritismo, que é oresultado de uma lei natural, não en-contra resistência na vontade dos ho-homens, occupa elle hoje a attenção domundo scientifico.

Alguns sábios tem-lhe mudado onome : estudão o.Hypnotismo e o Ma-gnçtismo/, ma&queimporta a forma seno fundo sempre hão de achar a verda-de?

Que importão todas as precauçõespara encobrir o fundo verdadeiro dosphenomenos, se todos os sábios chega-rãOjCèdo ou tarde.á posição de propan-gandistas da nova doutrina?

Depois que tiverem.esmerilhado to-dos os àrcanos da sciencia materialista,os sábios teem forçosamente de seguiruma outra direcção...

Ahi hao de encontrar um caminhomais claro, mais largo e recto.

Sim, a Sciencia segue poucoapou-

co para o Espiritualismo, ehade serella que proclamará publicamente que oSpiritismo éemfim uma Realidade !

Ahi a razão do mais rebelde sahiràdas trevas e lhe dirá :

Realmente ! Se a vida se resumis-se nas funcções do apparelho corporal,bem pouco seria não só esse homem or-gulhoso que habita a Terra, mas tam-bem essapropria Natureza que posessetermo á vida dos seres racionaes, jo-gando-os á voragem dos túmulos, comelles sepultando os mais bellos senti-mentes do coração humano, abatendopara sempre as oi ais ligitimas e nobresaspirações da Alma, e amortalhando. fi-nalmente, juntos, em sacrilego ehorri-vei consórcio, asmàissublimes virtudese os vicios mais torpes da humanidade!

E' necessário admittiro aniquila-mentoda própria consciência, para quese julgue a Matéria um Rei, e Deus umser imaginário creado somente para,como tyramno collossal, conter, pelomedo, a impectuosidade dos vicios !

Custa a crer, mesmo, como algunshomens, conservão sem exercício, umadas mais elevadas qualidades do Spiri-to :

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POR

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Traducção cLe L. Pereira

{Continuação do n. 3)

Fosse Allan-Kardéc um homem de sciencia,que não teria sem duvida podido prestar esteprimeiro serviço, e espalhar assim tão longe co-mo um convite a todos os corações.

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a

REVISTA SPÍRITA

Mas, elle era aquillo que eu chamarei sim-plesmente—«O bom senso incarnado».

Razão recta e juthciosa, elle applicava,semdescuido, á sua obra permanente as indicaçõesintimas do senso commum.

Não era isso uma qualidade menor, na or-dem de cousas que nos occupa. Era, pó;Je-se',af-firmar, a primeira de todas e a mais preciosa,sem a qual a obra não teria podido popularisar-se nem lançar suas immensas raizes no mundo.

A maior parte daquelles que se entregam áestes estudos recordaram-se de teremsido em sua mocidade, ou em certas circumstan-cias especiaes, testemunhas de manifestaçõesinexplicadas ; ,ha poucas famiiias que não te-nhão observado em sua historia testemunhosdessa ordem. O primeiro ponto era applicar-lhesa razão firme do simples bom senso,e examinai-os segundo os principios do methodo positivo.

Como prévio o próprio organisador desteestudo lento e difícil,este complexo estudo deveentrar agora em seu período scientifico.

Os phenomenos physicos sobre os quaesá principio não se insistio, devem tornar-se oobjecto da critica experimental, á qual nós de-vemos a gloria do progresso moderno e as ma-ravilhas da electricidade e do vapor;este metho-do deve apanhar os phenomenos da ordem ain-da mysteriosa áqual assistimos,dissecal-os, me-dil-os e defmil os.

Porque, senhores, o spiritismo nao é umareligião, mas è uma-sciencia, sciencia da qualconhecemos apenas o A.B.C ! O tempo dosdogmas passou A Natureza abraça o Universo,e o próprio Deus. que fez-se outr'ora á imagemdo homem, não pôde ser considerado pela me-taphisica moderna senão como —«Um Espirito na Natureza».

O sobre natural não existe.As manifestações obtidas por intermédio

dos «médiuns», como as do magnetismo e dosomnambulismo, são da ordem natural, e de-vem ser severamente submettidas ao exame daexperiência.

Não ha mais milagres.Nós assistimos a aurora de uma sciencia des

eonhecida.Quem poderia prever á que conseqüências

conduzirá no mundo do pensamento o estudopositivo desta psychologia nova ? .

A sciencia dirige o mundo de ora em diante;e, senhores, não serra estranho á este discurso

, fúnebre notar a sua obra actual e as inducções no-vas que ella nos descobre precisamente no pon-to de vistas de nossas indagações.

Em tempo algum da historia a scienciadesenvolveu diante dos olhos admirados da nu-manidade horisontes tão grandiosos !

Nós sabemos hoje que a «Terra é um astro»e que «nossa vida actual se desehfólla no céu».Pela analyse da luz, nós conhecemos os elemen-tos que ardem nd sol e nas estrellas, á milhõeseá trilhões de léguas de nosso observatório ter-restre.

Pelo calculo, nós pòssuimos a historia docéu e 'da terra, tanto no seu longinquo passadocomo no seu futuro, que não existem para asleis ímmutaveis. Pela observação, nós temospesado as terras celestes que gravitam na tenex-

são .O globo em que habitamos tornou-se um ato-mo sideral voando no espaço no meio das pro-fundesas do infinito; a nossa própria existênciasobre este globo é uma fracção infinitesimal denossa vida eterna !

Mas, Senhores, aquillo que ajusto titulo nospôde impressionar mais vivamente ainda, é esteadmirável resultado dos trabalhos physicos ope-rado nestes últimos annos : que «nós vivemosno meib de um mundo invisivel» que actúa semcessar em redor de nós. Sim, è isso para,nós umaimmensa revelação ! •

Contemplae, por exemplo, a luz que nestemomento o Sol brilhante espalha pela atmos-phera; contemplae esse azul suave da abobadaceleste; notae estes effluvios de ar morno quevêm acariciar as nossas faces; observai estes mo-numentos e esta terra : pois bem, apezar dosnossos olhos, grandemente abertos, nós não ve-mos o que se passa aqui !

Sobre cem raios emanados do sol,só um ter-ço apenas è accessivel á nossa vista, seja directa-mente, seja reflectido por todos estes corpos; osdous terços existem e actuão em redor de nós,mas de uma maneira invisivel, embora real !

São quentes sem serem luminosos para nós,e são entretanto muito mais actjyos do que aquel-les que nos deslumbrão, porque são elles queattrahem as flores do lado do Sol, que produzemtodas as acções chimicas; são elles ainda que e-levão, sob uma fôrma igualmente invisivel, ovapor d'água na atmosphera para formar as nu-vens; exercendo assim incessantemente em tor-nò de nós, de uma maneira occulta e silenciosa,uma força colossal, mecanicamente calculavelaotrabalho de muitos milhares de cavallos !

Si os raios caloriíicos e os raios chimicosque actuão constantemente na natureza são invi-siveis para nós, é porque os primeiros não aífe-ctão com bastante rapidez a nossa retina, e ossegundos affectan>n'a muito rapidamente.

Nossos olhos só vêem as cousas entre doislimites, aquém e além dos quaes, elles não vêemmais !

Nosso organismo terrestre pôde ser compa-rado á uma harpa de duas cordas, que são o ner-vo óptico e o nervo auditivo. Uma certa espéciede movimento põe em vibração a primeira, euma outra espécie de movimento põe em vibra-ção a segunda : existe ahi «toda a sensação hu-mana», maisrestricta do que a de certos seres vi-ventes, de certos insectos, por exemplo, nosquaes essas mesmas cordas da vista e do ouvidosão mais delicadas.

Ora, existem em realidade na Natureza, nãoduas, mas dez, cem, mil espécies de movimentos.

A sciencia phisica nos ensina, pois, que nósvivemos assim nojmeio de um mundo invisivelpara nós, e que não é impossivel que seres [igual-mente invisíveis para nós) vivam também sobrea Terra, em uma ordem de sensações absoluta-mente differente da nossa, e sem que possamosapreciar a sua presença, á menos que elles nãose manifestem a nós, por faetos que entrão emnossa ordem de sensações.

Diante de taes verdades, que apenas se en-treabrem, como parece absurda e sem valor anegação «ápriori» !

Quando se compara o pouco que nós sabe-mos, e a exiguidade de nossa esphera de*perce-

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REVISTA SPIRITA

pção, á quantidade do que existe, não pode-sedeixar de concluir que nós nada sabemos e quetudo nos resta á conhecer !

Com que direito pronunciaremos a palavra«impossível» diante dos factos que constatamossem poder descobrir sua causa única ?

A Sciencia nos mostra vistas tão autorisadascomo as precedentes sobre ros phenomenos davida e da morte,e sobre a força que nos anima.Basta-nos que observemos a circulação das exis-tencias.

[Continua.)

3?

Que ninguém deve esperar o progresso pormeio dos conselhos dos Espíritos somente, masque cada um tem a obrigação de trabalhar, luc-tar, e ganhar o seo próprio progresso, para queseja elle mesmo o responsável de suas acções ede seo fim.

¦

Voo. •

íV todos os grupos

E\ necessário estudar profundamente os li-vros do Mestre Allan-Kardéc, para bem com-prehender-se o espirito de seus ensinamentos.

Não convém a excessiva credulidade nascommunicações ; emquanto não possuirmos osmeios de provar a authenticidade das com muni-cações, é do nosso dever limitar-nos á aprovei-tar os ensinamentos moraes que ellas contive-rem,-sem-que affirmemos a sua authenticidade.

Uma fé cega,elimina o raciocínio,e nos leva-ria ás desastrosas conseqüências de todos os fa-naticos de qualquer religião.

A Razão antes de tudo.Todos os trabalhos devem ser examinados,

discutidos e comprovados.Ò Spirita que acceitasse cegamente os con-

selhos que recebe de alem túmulo, não sujeitan-do-os ao arbitrio de sua própria razão, perderiaimmediatamente o mérito de ,seo trabalho, e asua responsabilidade; seria uma machina em vezde um homem que pensa e raciocina..

Deus, como fente eterna da Sabedoria, cre-,ou e deo ao homem a liberdade do pensamentoe seo livre arbitrio, tornando desse modo effec-tiva a responsabilidade de seo próprio progresso,e de suas acções.

Allan-Kardée disse :«Não ha fé inabalável senão aquella que pó

de encarar a Razão face á face, em todas aNs eda-des da Vida*. %:,'->-

Quantos homens não tém ficado inutilisadospara preencher os deveres de sua vida materiale íntellectual, fanatisados ou obecedados, pelacegueira com que acceitão, sem exame nem ré-flexão, todos es conselhos que recebem dos Es-piritos? / ,;

E, porque ? \, A-Porque esquecem-se destas verdades :

Que os espiritos atrazados são os que depreferencia procurãò çommunicar-se, invadindotodas as sessões.

Que, os Espiritos Superiores communicão-se de preferencia pelo pensamento, á qualqueroutro meio material, mas que para que possamosreceber o pensamento de espiritos Superiores,temos necessidade de purificar o nosso fluido in-tellectuale morai, pela pratica do bem e. peloestudo, sem 0 que não poderemos assimillar onosso pensamento com o dos espiritos Superio-res, que proeurão

"«suggerir-nos» bons conse?lhos para o nosso progresso.

m

2VoV

Que a Opinião de um Espirito, é simples-mente uma Opinião pessoal, sendo portanto su-jeita á erros como a nossa.

Pro Véritas 'T ;-*¦¦¦ ;V

Uma parte da humanidade nega a realida-de do spiritismo, porque não pôde ainda conce-bel-a.

Estes homens dizem mesmo que elle é im-possível; mas esta própria asserção é uma pro-va em favor da doutrina.

Aquillo que a doutrina spirita ensina comrelação á graduação das intelligencias, é confir-mado pela opinião daquelles que declaram im-possiveis a existência e a communicação dos Es-piritos, quando outros homens, em todas as Na-ções do globo,

"concebem tão claramente a rea-lidade do mundo invisivel, que, sem a perpetui-dade do eu-consciente, depois da vida da terra,nãopôde haver religião nem moral.

Ora, tudo quanto nos rodeia, todo esse con-juncto de leis e re harmonia, diz bem alto queexiste uma Intei ligencia Eterna e creadora comtodos os í c'^1" vos da Bondade, da Jnstiça e daSciencia !

Ella é a Fonte da Moral.Com a prova experimental da graduação

das intelligencias, os Spiritas robustecem a suafé; e osnegadores4 são portanto, inconsciente-mente, elementos de força para a doutrina, pro-vocando a discussão, o exame,o estudo dos'phe-nomenos, de onde brota, de cada vez, mais-umraio de luz !

Por uma lei que escapa, como tantas ouü*as,á nossa comprehehsãoe ao nosso, exame, os es-forçós empregados para aniquilar uma idéia ei-vilisadora, dão sempre resultados negativos.

Nós encontramos a semelhança dessa lei naordem physica' do mundo :

Ò insensato que pretendesse suffocar o va-por de uma caldeira, seria reduzido a estilhaçospela explosão.

Aquelle que pretendesse abafar a doutrinaSpirita, seria muito cedo esmagado pelo ascen-

. dente da opinião e mais tarde pela própria cons-ciência, quando a Razão se lhe illuminasse.

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REVISTA SPIRITA

NA FRANÇA»

ipm Pariz acaba de fundar-se mais uma asso-

ciação scientifica, tendo por objecto o estudo ex-perimentaldo Spiritismo.

NA HESPANHA

Existem actualmente na Hespanha, cerca de250 centros Spiritas,

.

NA RÚSSIA

A população de S. Petersburgo foi em Ja-neiro deste anno, impressionada vivamente peloseguinte facto que extrahimos do «Journal deLausanne» (Suissa) :

—Um padre passando em uma' das ruas deS. Petersburgo, vro chegar-se á elle uma senho-ra idosa, demonstrando grande afílição na phy-sionomia.

Esta senhora supplicou lhe que levasse semdemora os últimos sacramentos áuma-pessoa eu-ja residência indicou-lhe, dando-lhe o nome darua e n. da casa t

O sacerdote dirigiu-se dentro de poucos mi-nutos à casa indicada, e ahi encontrou um offi-ciai do Exercito russo, único morador da casa, áquem expoz o fim que ali o levara.

—E' um gracejo de máu go^to, respondeu oofficial, acho-me de perfeita saude e não tenhodisposição alguma de ser sacramentado.

O padre começava a crer que tinha sido vi-ctimade uma mystificação, quando deu com osolhos n'um quadro de retrato que se achava sus-penso á uma parede da sala.

—Ah.! exclamou elle, aquelle é ó retrato dasenhora que encontrei na rua !

A' estas palavras o, official ficou cheio depasmo e emoção v

— Como?! Aquelle é o retrato de minhamãe que falleceu ha seis mezes !

Este facto,porém, causou-lhes tao viva im-pressão que tanto o sacerdote como o official,annuiram em cumprir o pedido da mulher mys-teriosa.

O official, em pleno goso de saude, recebeuo viatico; e á noite, morreu inesperadamente !

Estamos, portanto, em presença de um factointeiramente desconhecido,,mas que é a purarealidade. >i ' ....

Para o Spiritismo, porém, todo elle está cia-ramente explicado, pelos phenomenos de mate-rialisação e da vista dupla, dos desincarnados.

Devemos accrèscentar que este aconteci-mento extraordinário foi publicado e comentadoem diversos jornaes europeus, que não são Spi-ritas.

A vida universalPara todosaquellesque pensam e observam,

é evidente que a vida é universal. Já passou otempo em que o homem, julgando-se o centro

da creação, considerava as estrellas como ul-minarias da terra.

A vida se manifesta sobre todos os pontosdo infinito, desde que os germens, espalhadosem profusão no espaço encontrem meios favo-raveis ao seu desenvolvimento.

Olhemos para o nosso globo : procure-seum centimetro quadrado de sua superfície,ondeainda não appareça debaixo de uma forma qual-quer, vegetal ou animal.

Não pôde se sacudir uma flor, uma folha, umpedacinho de planta sem que se veja agitarem-se milhares de insectos de todas as espécies,nãose pôde dar um passo-sem calcar aos pès seresviventes. Â vida poluía por toda a parte—a athemosphera é povoada—o solo é povoado—o mar é povoado até os seus mais profundosabysmos. E si observarmos com* o microsco-pio, descobriremos myriades de átomos vivosem uma só gotta d'agua.

Mas a terra nem sempre foi própria para amanifestação da vida. Filhado sol, incandecen-te em sua origem, passaram-se milhões de se-culos antes que ella esfriasse em condições depoder ser habitada, e milhões de séculos, pas-sarão depois que o ultimo ser vivo morra emseu solo gelado.

Os planetas, irmãos da terra, e todos os as-tros do universo passão por este período de in-candecencia, de resfriamento e de morte, pararecomeçar depois outros destinos. Estes perio-dos são mais ou menos longos segundo a es-pessura do planeta. Assim, Júpiter, por exem-pio, tendo mais de 1200 vezes a espessura daterra se resfriará muito mais lentamente quenosso globo, porem o seu período de habita-bilidade será também mais longo.^

«Todos os astros foram, são ou serão habi-tados»,e em cada um delles,aparece, em épocasdeterminadas pelas leis imutáveis da natureza,o ser pensante, o ser divino que correspondeao homem da Terra.

«Estes seres pensantes, estas humanidadesdos outros astros, serão semelhantes ou analo-gos á humanidade terrestre

Em nome da sciencia, os mais autorisadosastrônomos respondem não , e baseão-se nas se-guintes leis naturaès :

As espécies viventes são apropriadas áscondições orgânicas especiaes de cada mundo.

Todos os seres vivos, desde os typos maisgrosseiros, até as formas mais perfeitas, são oprodueto imediato do planeta em que nascem ese desenvolvem.

As formas orgânicas variam segundo as con-dições dos elementos do pezo, da densidade,da luz, da electricidade, do frio do calor etc.

Ora, não indo alem do nosso systema plan-netario, vemos que nenhum só dos astros queo compõe tem a mesma densidade, electreci-dade e calor que nosso globo ; por consequen-cia as manifestações da vida são nelles, outrasque as da terra,

Em Marte, planeta que tem mais analogiacom aterra, os habitantes devem ser de portemais elevado, em conseqüência do seu menorpeso. A forma dos mavorcios podem não diffe-rençar muito da nossa; mas é muito provávelque as espécies superiores deste globo sejãoprovidas de azas.

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1ÜEVISTA SPIRITA

Em Venus;existirá,segundo os astrônomos,uma humanidade que terá as maiores semelhan-ças physicas com a nossa, somente esta humani-dade será mais moderna visto que Venus nasceudepois da Térrâ. jOs habitante.; de Mercúrio devem absolu-rtamente diíférehçar de nós pela fôrma, e sereminferiores a nôs pela intelligenciaV attento a queem Mercúrio as condições de vida são menos fa-voráveis que aqui.

Pôde dar se que Júpiter seja habitado pòrseres aérips;.mas é provável que este planetanão esteja ainda bastante frio para que a vida sepossa manifestar A humanidade Joviana serámuito superior a nossa, graças as condições dehábitabilidade deste mundo enorme. (Saturno pôde ser uma maravilhosa habitaçãopara seres aérios que. voariam, sem azas em umaatmosphera nutritiva, e viveriam trinta ou qua-renta vezes mais que nós.

Urano differe absolutamente da Terra, e osseres que o habitam, não podem assemelhar-seem nada a nós. São sem duvida mais levianos,extremamente sensiveis e vivem mais pelo es'pirito que pela matéria.

Ainda mais que em Urano nos é impossiveldè imaginar a fôrma orgânica dos seres que vi-vem ou viverão em Neptuno, mas é certo que aespécie superior, «a humanidade», é lá comoaqui, o resumo da serie zoológica neptuniana.

O Sp( também se tornará planeta e será Jía-bitado por humanidades differentes da nossa,mas que poderão ser infinitamente superiores anossa. ? ,

E assim será, com todos os astros que bri-iham no espaço. O fim da creação è ò «ser» enao o <<nada>>, a «vida» e não a «morte».

(Da «Luz»)

Mar, Bo7tnefoy.

iXTraducção.)

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THEORIA DA BELLEZA

; Está sendo traduzido para esta Revista,como titulo acima, Aim dos mais bellos capitulos das>)pbràs Pòsthumas» do Mestre Allan Kardèc.

l^^m capitulo de elevada importância, ondea bellesa physica dos homens é estudada em suarelação com o gráo de progresso moral dos es-pirltós, e que satisfaz plenamente a natural curi-psidade de todos que se interessãp pelos multi-pios problemas que se ligão aoSpifiti«mò.

tyCHEGADA

Chegou hontem á esta capital o nos-sp esforçado companheiro de propaganda Ma-¦gPeJJ, da Gosta e Cunha, Presidente do «CentroSpiri%de Curityba», que,ha cerca de 2 mezesseguira á passeio para o Rio de Janeiro.

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UNIÃO SPIRITA DO PARANÁ*Esta associação rèuniu-se,em assembléa. ge-ral, domingo 22 de Fevereiro ultimo, na sala do

Centro Spirita de Curytibá.: A' 1 hora da tarde achando-se reunida amaioria dos membros da União, a directoria

Central propoz á Assembléa que se elegesseuma commissão de 10 membros, afim do consti--tuirem um grupo e^specialmente encarregado deestudar os diversos pheriomenos medianimicos;devendo merecer especial attenção os phénome-nos'de videncia e de escripta directa, ainda des-conhecidos geralmente nos Centros Spiritas doParaná..

Esta Commissão, pòr deliberação da assem-bléá, foi acclamãda e constituída immediata-mente.' .£

Deverá ella reunir-se uma vez por semana-em sessão exclusiva de seus 10 membros, deven,do dentro de 6 mezes apresentar á Associaçãoum relatório de seus trabalhos.

O novo grupo, delegado da União, encetoua sua ímcumbencia na quinta-feira 26 de Feve-reiro.Todos, os resultados que forem obtidos sóserão conhecidos pelo relatório que será apre-sentado á União em oceasiao devida.E' coiíi grande satisfação que registramos

esta noticia de tão grande importância para a pro,paganda da Doutrina, e que revela já uni bomfrueto da «União Spirita» fundada auspiciosa-mente entre nós.Avante ! aos trabalhadores do Bem !

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EFFEITÒS DA EMANCIPAÇÃO DA ALMA

0 facto seguinte deu-se com Allan-Kardec. Sejaellé próprio quem 0^narra,elle cujo estylo sempre claro tanto agra-da geralmente:

«Emquanto estávamos provável-mente em nosso leito, ura de nossos ami-gos viu-nos varias vezes em sua casa,posto que sob ümaappãrencia não tar.-givél, assentado a seo lado, è com élle

elle viu-nos de chambre, outras de «pa-letot»:Transcreveu nossa conversa, queno dia seguinte communicou-nos. «

Era ella, como bem se o julga, rela-tiva a nossos trabalhos de' predilecção.Tendo em vista fazer uma experiência,õffereceu-nos refrescos, eis nossa res-posta \\ «Não tenho necessidade, poisque não é meu corpo que aqui está; vóso sabeis, não há, pois, necessidade algu-ma de vos produzir uma illusão.» Umacircumstáncia bastante bizarra apresen-

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tou-se por esta oceasião, Sejapredispo-sição natural, seja resultado de nossostrabalhos injtellectuaes, serio desde amocidade, poderíamos dizer desde ain-fancia, foi sempre o íurido de nosso ca-racter uma extrema gravidade, mesmona idade em que sò se cuida do prazer.Esta preoccupaçâo constante dá-nosuma convivência muito fria, mesmo mui-tissimo fria; é pelo menos o que se nostem muitafe vezes pxprobado; mas sobeste envolucro glacial na apparencia. oespirito sente talvez iriais vivamente,doque si liou vesSe maior expansão exteriorOra, nas visitas noctuínas a nosso ami-gp, ficou este muito sorpréiiendido deachar-nos inteiramente;outro; éramosmais expansivo, mais commuhicativo,quasi alegre. Tudo em nós respirava a.satisfação e a calma dò bem estar. Nãoserá este um effeito de ter-se o espiritodesprendido da matéria ?»

Desejamos, esperamos mesmo,que este exemplo seja seguido portodos ps que se dedicam a causa daverdade e do bem.

Augurando pois, á ((União Spiri-ta do Paraná», fundada sobre a solidabase da concórdia, os resultados cor-respondentes aos seus elevados fins,fazemos de coração os mais fèrvoro-sos votos para que assim sueceda.

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A CARIDADE

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SPIRITISMO NO PARANA' :--r- ,:Cfi'fi- "¦;¦-.-.

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Lemos no ((Reformador : »

Com surdina satisfação, lemos na«Revista Spirita» de Curityba a agrada-vel noticia de ter-se organisádo.ahi,como concurso de todos os spiritas residen-tes nesta capital, uma associação dire-ctora de propaganda sob a denominaçãode «União Spirita do Paraná».

Esta associação é composta deuma directoria central com sede na ca-pitai, e tem delegados nas principaeslocalidades do Estado do Paraná.

Applaudimos sempre sinceramen-te a todas as emprezas qüe têm porfim a propagação de uma doutrina tãomoral e tão pura, principalmente ago-ra, quo 6 estudo do Spiritismoé con-siderado não como cousa licita, massim como üm delicto.

Lemos no «Messager de Liège»de Io de Dezembro próximo passado oseguinte :

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O Sr. Gladstone acaba de publi-car na caderneta de Novembro deNineteenthCentury um artigo muitonotável sobre o que o Sr. Carneigi cha-ma o «Evangelho da riqueza».

Sustenta elle que é dever de<tò-do o homem qué está na òpulencia —vir em auxilio de seus irmãos menosafortunados, sem limitar suas dadi-vasa décima parte de seu patrimo-nio. -

Falia com certo desdém dos lega-dos caritativos: «0 que me é arran-cstdo a força pela morte, não possodizer que o dou».

O que elle reeommenda é desta-belecimento de uma Sociedade Uni-versai de Benificencia composta dehorftens ricos sem distineção de cui-to, que tomasse o compromisso dehonra de despender cada anno, emboas obras uma parte determinadade seu supérfluo.

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OS QUE VOLTAM |

Quando ás estrellas brilhantesInterrogo a meu destino,Quando ao cântico divinoQue o orbe inteiro exhaloufQuando ao mar que sobre a praiaAo tom da aragem desmaiavEu veja a infinita raiaQue o spiritismo ideou .!'

Eiitao me dizem banhadosDé alegria, de esperança,Os gênios sábios da França,* i íOs gênios que hão de voltar :«Somoságuias indaimplumeç,Mas angélicos perfumesEntre os explendidos lumes vQue Deus sabe aproveitar ! $Z

Phalange enorme, bem ditaQue encerras tanta belíeza,A teus pés a Natureza,Np phrenesi da emoção,-Murmura na voz dos mares;Sobre o matiz dos palmares,Por entre os pátrios cocar es,No fundo do coração !

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A pátria nova é que esperaNovÒ Moysés, que este povoÁo fulgor do verbo novoQueira do pó resurgir...Cumpra-se a lei do Universo -|Que o secTo atroz, perverso,Nos vicips negros immerso, ./¦>;Tu vingárás, ó Porvir !

Vingárás á humanidadeCorrompida, sem ternura, > 'Que ao verbo da desventuraDegenera os filhos seus;vv;"j ;Ah ! tem um termo a: desgraça]Por isso escuto na praça^ S :-Do clarim o sorix-que passa

'^Cheio do verbo ^eíjéus! \

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DAASTROiNOMIAPOPIJLAR

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do mais alto interesse para nós conheèerrrios a;essência do espirito; V "-^¦¦¦• ¦*' ,*^f:%" ^€fel

Cada um dos atòthps constitutivos do nossocorpo éinde^trticüvèíe viaja ide um a outro,corpo. !./¦-¦/..¦ ^'"

A lógica rios conduzá pensar quê tíóssa for-ça virtual, nossa monada ps^chicav «osso «Eu»individual, é igualmente indéstfuctivéí, e commais justa razão.v '¦-¦•'":

Ãr'; -%{#"' 3v í^SMas, em que condições subsistirá elle ? Sob

que fôrmas se; reincarnará elle ¦'? 0 <|ue erámo£nós antes de nascer e o qÜè; serem õ^íiepóisdàmorte"? ,'"¦'¦"¦:/¦ '¦"¦¦¦¦"^^.¦:::..:<^\: '• ':¦¦.:'',¦¦

• Ã Astronomia nos dá uma primeira respos-ta, digna da magestàde da Nátüi^za p eni corres-;póndençia intima cprh aá hpssãs aápiraçaès irirnatas. .:v^> .,-''.;:;-'.'¦'¦;"".-:.'

';.:",'': ". §•>?%-;¦;'Mas esta resppstanáo póctè sçj senão o go-

rollario de Uma solução psychólògfca;%¦ Quedos Philpsopiios imitem os Astrônomos]Que trabalhem -v^bre^osfactos^ em logar de

especular sobre;';ás palavras ! e um dia o vêo4^sis será inteiram ente levantado para nossasálmás- tão legitimamente alteradas do Verdadéi-

A:vScienciá positiva, a Sciencia só, respon-dera;!"" 5^

A VIDAíÈ IÍNIVERSAL E ETERNA 1 . %Camillo Flammation. ^

«Devemos ficar^çíerto^ de um modo defini^tivo, que a Natureza temem^reserva as causas d,eressurreição, como ellá? tem em suas níaosascausas .de destruição. '%l''

% '¦"¦ i$®£&&$ÊÊd^*

Para ella p tempo é nadai \ y ; y f • i*Um acto que requeí cem mil annos pára:

prodüzir-se, está tão claramente determináaoíeformado como um acto que não requer ser^ão.iminuto... ¦ * ¦" u-"i;-;,. * )V- ¦ V'

"^ 'Absolutamente falando, - somente existe a

eternidade, e o tempo não é mais que uma fôrmarelativa.

Quanto ás nossas personalidades humanas,e á sua immortalidade ou, a sua ressurreição, será

.WILLIAM CROOKES.

As-notáveis experiências a que se tem en-trègue este eminente personagem dó nos.somundo sçientifico, vão dia por dia confirmando

^a realidade dós phenomenos Spiritistàs.Ultimamente em uma reunião á que assisti-"Tram muitos sábios, muitos cjos quaes forão ,dePaxiz expressamente á Londres, afim de presen-Yíarenros phenomenos que tem attrahido tanto a,

^curiosidade da Sciencia, pfoduziram-se factos!de tal evidencia que todos forão unanimes em de-c^áfar que existe uma força intelligente, embora'

^inUa-não estudada pela sciencia, productora dos?J)tíenornenos chamados Spiritas.%'¦'<¦^^Nós Conhecemos já a déscripção das expe-;nençiãs, onde manifesta ^e o espirito de «Katie-jKiiHg»; se-semelhantes provas não fossem tãogrâhdes, que por si sós esmagfto todas as duvi-das que podessem alimentar os assistentes, a• honorabilidade do illustre chimicp inglez, cuja-npmeada repercute! á muitos pelo mundo scien-^.ifico,: sua elevada illustração, seu nome emfim,CeMão^a prova mais forte em favor da realidadedps.phenomenos que se dão no seu laboratório.¦:^/':£O Spiritismo, como vemos, entra em suaftiase sçientifico experimental. :lVí:> 'A sciencia delle apossa-se e declara ao mun-do: ^

O Spiritismo, senhores I O Spiritismo é umagrande realidade 1

r Emquanto isto, os frades que vivem de ex-ploraçao das consciências, os padres que repre-sentão hoje uma inutilidade importuna no mun-do, continuão a triste e infructifera campanhade guerrear a Grande Doutrina do Bem.

Infelizes.

Mms-mê

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