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Discursiva para Auditor Fiscal do Trabalho Prof. Patrik Loz Aula 00 ________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________ www.supremaciaconcursos.com.br 1 Discursiva para Auditor Fiscal do Trabalho Aula 00 Prof. Patrik Loz

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    Palavras do Supremacia

    Antes de você começar a aula do Prof. Patrik Loz,

    vamos dar uma olhada em algumas táticas de estudos!

    Primeiramente, quero parabenizá-lo (a) por escolher o

    Supremacia como seu parceiro. Eu sou o Prof. Roberto Witte,

    coordenador didático, e conte conosco para alcançar seu

    sucesso! A seguir, tenho a satisfação de demonstrar, sucintamente, os pilares que

    balizam a produção dos cursos do Supremacia Concursos (informações mais

    detalhadas e bem interessantes você encontra no site

    www.supremaciaconcursos.com.br. Vale muito a pena!).

    Seja bem-vindo à família Supremata. Agora você é um (a) guerreiro (a)

    Supremata, então vamos à guerra.

    Metodologia

    O Supremacia entende e respeita o processo de aprendizagem do adulto

    (concurseiros e concurseiras são adultos) e busca a excelência ao oferecer

    ferramentas para alcançar o objetivo do aprendiz. Para isso, baseia seus cursos em

    6 pilares principais. Os primeiros 4 pilares são:

    1. Andragogia;

    2. Curva do Esquecimento;

    3. Espiral da Aprendizagem.

    1. Andragogia

    Andragogia é definida como “a arte de ensinar e orientar adultos a

    aprender”. Pedagogia, por sua vez, é “a arte de ensinar e orientar crianças e

    adolescentes a aprender”.

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    Andragogia baseia-se, principalmente, no seguinte princípio:

    Os adultos aprendem aquilo que eles decidem aprender, não o que lhes é

    imposto (e que têm aplicação prática imediata em sua vida, caso contrário, perdem

    o interesse rapidamente).

    Em outras palavras: adultos querem soluções para seus problemas. E se você

    decidiu melhorar sua vida e ter a qualidade de vida, você está no lugar certo. Todo

    o material do Supremacia é desenvolvido para solucionar seus problemas. Conte

    conosco, pois queremos ver seu nome na lista de aprovados o mais breve possível.

    2. Curva do Esquecimento

    Desenvolvida, em 1885, por um psicólogo alemão, Herman Ebbinghaus,

    a curva do esquecimento (Forgetting Curve) ilustra a capacidade cerebral que

    temos para armazenar as informações recém-adquiridas.

    Ebbinghaus conseguiu, através de várias experiências, mensurar o efeito do

    tempo na memória. Observe o gráfico a seguir:

    Note que, na curva, a recomendação é de que você revise horas depois. Mas,

    baseado em estudos mais modernos, recomendamos que você revise a matéria

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    antes de passar uma noite de sono (explico isso em um vídeo que está no site do

    Supremacia...é bem interessante...e o vídeo é curto).

    Para você ter uma ideia, 24h após uma aula, esquecemos entre 60%-80% do

    que foi ensinado. Em outras palavras, lembramos somente entre 20%-40%. E após

    30 dias, sem revisões programadas, esquecemos 97% do conteúdo daquela aula.

    Uma outra coisa interessante é que nas primeiras 24 horas se esquece mais

    do assunto do que nos 29 dias seguintes. Então tente, pelo menos, ler suas

    anotações de aula antes de dormir (no mais tardar, no dia seguinte). Sabemos que

    nem sempre será possível, mas faça uma “forcinha”...seu cérebro agradecerá. Bom,

    não é nada agradável saber que é normal esquecermos o que o professor falou na

    aula. Aí, você pergunta: “Prof. Roberto Witte, existe solução para todo esse

    esquecimento? Lógico que existe. A solução está no item a seguir.

    3. Espiral da Aprendizagem

    A Espiral da Aprendizagem é um nome bonito para revisões constantes,

    recomendadas por Ebbinghaus. Reitero que, se possível, a primeira revisão seja

    feita no mesmo dia, antes de dormir, mesmo que seja uma leitura rápida em suas

    anotações de aula (se não for possível, no dia seguinte). Para ajudar você nesse

    processo de revisões, utilizaremos várias técnicas em nossos materiais. Entretanto,

    você precisa perceber qual o seu “ritmo” de esquecimento e, assim, determinar

    quando você deve revisar uma determinada matéria (não existe regra fixa para a

    frequência de revisões, cada um tem a sua). Nossa recomendação é que você

    programe suas revisões de acordo com sua rotina semanal e siga o cronograma

    estipulado. Montar uma grade de horário semanal e disciplinar-se a segui-la é um

    bom começo (e uma questão de hábito. No site do Supremacia você encontra um

    vídeo meu ensinando como você adquire esse hábito). Se você estiver utilizando o

    serviço de Coaching, seu Coach o (a) auxiliará nessa tarefa. O Supremacia entende

    perfeitamente a vida atribulada que você leva e está à sua disposição para ajudar

    você a organizar seu estudo de modo a alcançar seu objetivo. Bom, faltam ainda os

    dois últimos pilares, certo? Pois bem, os dois últimos pilares são:

    5. Cone (ou Pirâmide) da Aprendizagem; 6. Tempo de estudo contínuo sem perder a efetividade.

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    Mas, para saber sobre os pilares acima, eu convido você a entrar no nosso

    site...vale a pena, pois lá você saberá qual é um tempo ideal para você ficar

    sobre os livros e cadernos sem perder a efetividade e quais nosso tipos de

    memória e como estudar de forma mais efetiva.

    Estas considerações foram apenas para você perceber que nosso material segue

    uma diretriz certeira. Isto foi apenas uma “palhinha” de nossa metodologia, e

    colocamos o assunto de forma muito resumida. Portanto, acesse nosso site e tenha

    todas estas informações de forma completa, assim você se tornará um verdadeiro

    Supremata.

    Estamos juntos...ou se preferir “Tamujunto” .

    Prof. Roberto Witte

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    Patrik Loz é Auditor Fiscal do

    Trabalhodo Ministério do Trabalho e

    Emprego aprovado em 19º lugar no

    concurso de 2013. Já ocupou o cargo

    de Técnico de Finanças e controle da

    Controladoria Geral da União - CGU.

    Foi 1º colocado no concurso do MPU

    para Analista de Orçamento e 2º

    colocado para Analista Administrativo

    do TRF da 1ª Região. Formado em

    Administração na Universidade Federal

    do Tocantins - UFT.

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    Aula 00 – Discursiva para Auditor Fiscal do Trabalho

    Bem-vindo (a), caríssimo concurseiro (a)! Eu sou o professor Patrik Loz.

    Será uma satisfação estar com vocês nessa batalha pela aprovação no Concurso

    de Auditor Fiscal do Trabalho.

    O Curso de Discursiva para AFT está agora com a sua quarta turma. A

    aula terá vários temas que não constaram do curso anterior. Isso porque

    durante o curso passado, elaboramos vários padrões de resposta de provas

    anteriores ou de temas inéditos.

    O curso é temático com correção. Isso significa que iremos ensinar

    como fazer uma discursiva (questões, dissertação, parecer) elaborando

    modelos de resposta para várias questões discursivas do CESPE e de temas

    inéditos. Em cada modelo iremos explicar parágrafo a parágrafo como

    construímos o modelo de resposta. Dessa forma, o aluno aprende e terá

    várias questões com modelos de resposta.

    O curso terá a duração de 02 meses e iremos demonstrar a vocês o

    quanto pode ser fácil produzir uma boa discursiva. Durante o curso

    haverá a correção de 06 (seis) discursivas de cada aluno (02 questões, 02

    questões – problema; 01 dissertação e 01 parecer técnico). Nossa correção

    será aprofundada e não apenas superficial. Digo isso porque faço

    observações a cada parágrafo que o aluno elaborou. Isso para que no dia da

    prova haja o mínimo de descontos na nota. Procuramos ensinar ao aluno

    como tirar nota máxima na discursiva. Logicamente que o aprendizado da

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    macro estrutura para discursivas deve ser acompanhado do estudo do

    conteúdo constante no edital.

    É ESSENCIAL O ESTUDO APROFUNDADO DAS DISCIPLINAS QUE SERÃO

    COBRADAS NA DISCURSIVA. E AQUI VAI UMA OBSERVAÇÃO IMPORTANTE.

    NÃO É SUFICIENTE ESCOLHER O MELHOR PDF OU LIVRO DA DISCIPLINA E

    ESTUDA-LO VÁRIAS VEZES. ALÉM DO PDF OU LIVRO VOCÊ DEVERÁ LER A

    LEGISLAÇÃO SECA (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, LEI 8.112, LEI 8.429, CLT, NR’S:

    04, 05, 07, 09, 10, 12, 15,16,17, 18, 31, 32, 33, 35), OS INFORMATIVOS DE

    JURISPRUDÊNCIA DE DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO DO STF

    E STJ DOS ÚLTIMOS 02 ANOS E DO ANO CORRENTE E AS SÚMULAS E

    ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS DO TST. ISSO PORQUE NAS PROVAS DE

    DISCURSIVAS É MUITO COMUM SER COBRADO RESPOSTAS COM

    FUNDAMENTO NA LEGISLAÇÃO OU JURISPRUDÊNCIA (OU NAS DUAS). NO

    CONCURSO DE 2013 QUASE 100 CANDIDATOS FORAM ELIMINADOS POR

    NÃO SABER UMA JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA DO STF E STJ. UM DOS

    CANDIDATOS ESTAVA ENTRE OS 10 PRIMEIROS COLOCADOS E FOI

    ELIMINADO POR NÃO SABER ESSA JURISPRUDÊNCIA. ENTÃO MUITA

    ATENÇÃO.

    RESSALTO QUE NÃO SERÁ UM CURSO GRAMATICAL. Aqui a

    preocupação é com a estrutura macro da discursiva. Aprender como fazer a

    discursiva da forma que o examinador pediu e dentro do tempo. Ao saber

    como e o que fazer no dia da sua prova, você não perderá tempo pensando

    em como iniciar os parágrafos, a forma como deve abordar a questão, se

    haverá uma introdução ou não, se houver introdução como fazer a

    introdução, como deixar o texto coerente, claro e coeso etc.

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    Outra característica do nosso curso é que seremos sempre muito

    objetivos. Não trarei informações desnecessárias tendo em vista que já

    há muita matéria a ser estudada. Apenas serei, às vezes, um pouco

    repetitivo em pontos que julgo importante que vocês aprendam.

    Bom, irei rapidamente me apresentar. Sou Auditor Fiscal do Trabalho

    aprovado em 19º lugar no último concurso de 2013. Anteriormente trabalhei

    na Controladoria Geral da União. Ainda fui primeiro colocado para analista no

    concurso do Ministério Público da União e segundo colocado para analista no

    concurso do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

    No último concurso de AFT 300 candidatos foram para a segunda fase

    (discursiva). Desses, após o resultado final, apenas 102 fizeram o mínimo.

    Isso significa que quase 2/3 ou 66% foram REPROVADOS (198 candidatos).

    Quem foi para a segunda fase e fez o mínimo, foi nomeado. No edital

    passado, a fase discursiva estava dividida da seguinte forma: 1. Três

    questões (máximo de 20 linhas cada) e uma dissertação (máximo de 30

    linhas); 2. Três questões-problema (máximo de 20 linhas cada) e um parecer

    técnico (máximo de 60 linhas).

    Como podem observar, são 08 discursivas para ser feitas em 08 horas.

    Isso significa que terá em média uma hora para ler o que a questão está

    pedindo, fazer o rascunho e transcrever para a folha de resposta. Ocorre que

    fazer uma discursiva em uma hora é um tempo razoável. Todavia, fazer 08

    em 08 horas não é a mesma coisa de fazer uma por hora. O desgaste físico e

    mental é muito grande, pois não há um minuto de descanso (não fui ao

    banheiro no dia da prova nem bebi água, nem ninguém que fez a prova na

    sala comigo). Afirmo a vocês que caso não pratiquem discursivas com

    antecedência, no dia da prova não conseguirão fazer tudo que é pedido

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    dentro do tempo disponível. No entanto, se você fizer várias discursivas até

    o dia da sua prova, no momento em que estiver fazendo a sua discursiva, na

    segunda fase do concurso, portanto, você irá perceber que está fazendo a

    prova de maneira automática. Ganha muito tempo que se perderia

    pensando em como iniciar e o que deve ser transcrito para a prova.

    Nessa aula demonstrativa irei trazer vários temas dos mais diversos, e a

    partir da próxima aula irei separar cada tipo de discursiva cobrada pelo

    CESPE: questão; questão problema; dissertação e parecer. Também a partir

    da próxima aula iremos aborda mais a forma de correção realizada pelo

    CESPE.

    Antes de expor os modelos de resposta, vamos apresentar um

    pequeno guia de como fazer uma discursiva. Vocês poderão perceber que de

    forma geral é muito simples. Por mais complexa que seja a questão, com

    esses ensinamentos básicos e com o conhecimento do conteúdo, você será

    capaz de responder todas as questões e dentro do tempo. Perceba que o

    examinador apenas quer que você demonstre conhecimento técnico sobre

    determinado assunto. Ele não quer que você faça uma discursiva que depois

    vire um Best-seller, e muito menos o examinador não quer chorar de

    emoção ao ler a sua discursiva. Esses ensinamentos servem para todo e

    qualquer tipo de questão discursiva (questões, questões-problemas,

    dissertações, pareceres técnicos, peças práticas) e com qualquer

    quantidade de linhas. Nas aulas seguintes apresentaremos as diferenças de

    cada uma das questões que serão cobradas na prova.

    Sem demora, segue o roteiro básico que você deve seguir

    em todo tipo de discursiva.

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    LEITURA ATENTA DA QUESTÃO. Esse é o ponto mais importante. A

    leitura atenta é o que leva você a expor exclusivamente o que o

    examinador pediu na questão e da forma que ele exigiu que fosse

    respondida. Atente-se para cada uma das palavras chave contidas e aos

    verbos. Quantas perguntas há na questão. Com base em que

    fundamentos a banca está exigindo a resposta (doutrina, legislação,

    jurisprudência). Se o examinador pedir a resposta com fundamento na

    jurisprudência e você responder com base na legislação a sua nota será

    zero, por melhor que seja a sua resposta. Verifique se o texto que o

    examinador trouxe é apenas motivador ou faz parte da questão. Algumas

    questões trazem textos complexos sem, no entanto, servirem para a

    resposta da questão. Servem apenas para “preocupar e confundir” o

    candidato. Caso o texto faça parte da questão, grife, marque cada

    palavra chave, cada ponto importante e que tenha relação com as

    perguntas que seguem. EM ESTUDOS DE CASO, MUITA ATENÇÃO PARA

    NÃO TIRAR CONCLUSÕES QUE NÃO ESTEJAM EXPLICITAS NA QUESTÃO.

    ENTÃO SE ATENTE AOS FATOS EXPLICITAMENTE TRAZIDOS.

    CERTIFIQUE-SE QUE TUDO FOI RESPONDIDO. A pontuação da discursiva

    e dividida pela quantidade de tópicos contidos na questão. Sendo assim,

    havendo uma questão valendo 100 pontos e com 05 tópicos, cada tópico

    valerá em média 20 pontos. Caso você responda 04 tópicos de forma

    perfeita com toda doutrina, jurisprudência e legislação sobre o assunto,

    mas esqueça de responder a um tópico, o examinador irá descontar os

    20 pontos correspondentes a esse tópico. Simples assim. Outro fato é

    que caso um dos tópicos seja para dar exemplos (no plural) e você der

    apenas um exemplo, você irá perder 10 pontos (porque o tópico pediu

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    exemplos – pelo menos dois – e você trouxe apenas um). Se o

    examinador pedir que você responda com base na Constituição Federal e

    você responder com base na lei, por exemplo, você irá zerar a questão.

    Mesmo a resposta estando certa conforme fundamentos da lei. Mais um

    fato é que se a questão pedir que você responda com fundamento na

    legislação e você responder com fundamento na legislação, na doutrina e

    na jurisprudência, você não ganhará nada a mais por isso. MUITA

    ATENÇÃO PARA TÓPICOS QUE TRAZEM MAIS DE UMA PERGUNTA.

    ORGANIZAÇÃO. Marque no texto, grife, numere tudo o que é

    importante e que tenha correlação com as perguntas. Isso é mais

    importante em questões com textos grandes. Faça uma espécie de check

    list.

    SIGA A SEQUÊNCIA DETERMINADA PELO EXAMINADOR NOS TÓPICOS.

    Quando ele for corrigir tenderá a procurar as respostas na mesma

    sequência. Isso facilitará a correção, tendo em vista que ele não é um

    especialista no assunto. Ele corrige tendo em mãos um padrão de

    resposta. Então ele pontua conforme a sua resposta contenha tudo que

    consta no modelo de resposta ou não. Estando na mesma sequência e de

    forma organizada, isso facilita a correção.

    SEMPRE USE NAS RESPOSTAS PALAVRAS CHAVE DA PERGUNTA, E SE

    POSSÍVEL INICIE O PARÁGRAFO COM ELAS. Não se preocupe em como

    iniciar os parágrafos. Simplesmente inicie usando as próprias palavras

    chave contidas na pergunta. Perde-se muito tempo tentando imaginar a

    melhor forma de iniciar as resposta. Não procure palavras sinônimas

    para não repetir as mesmas constantes na pergunta, use as mesmas

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    palavras. Isso ainda ajuda que você se certifique que tudo foi

    respondido. Grife as palavras chave contidas nos tópicos e depois veja se

    constam na sua resposta.

    DÊ RESPOSTAS CLARAS, OBJETIVAS, IMEDIATAS, DIRETAS. As bancas

    têm favorecido ao candidato que vai direto ao que está sendo pedido, ao

    núcleo da questão. O candidato não deve fazer introduções que

    abordem a questão de modo superficial e tardar a responder ao núcleo

    do que está sendo pedido. A resposta deve ser imediata (sem

    abordagens superficiais). Não faça abordagens históricas, morais, sociais

    e não dê opinião pessoal. As palavras chave de cada tópico devem ser

    retomadas na resposta de cada um deles. Dê respostas diretas (não

    deixe a resposta implícita, seja sempre explícito, afirmativo). Já na

    primeira linha responda a pergunta. Em seguida traga os fundamentos

    que sustentam a sua afirmação.

    Vamos aos padrões de resposta.

    TEMA 01

    O artigo 2.º da Constituição da República Federativa do Brasil assim

    dispõe: “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o

    Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. A partir do dispositivo constitucional

    supra, deve o candidato discorrer sobre o tema INDEPENDÊNCIA E

    HARMONIA ENTRE OS PODERES, abordando obrigatoriamente os seguintes

    tópicos:

    a) harmonia entre os poderes – divisão de funções entre os órgãos de

    poder – princípio da indelegabilidade de funções – absoluta ou relativa?

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    b) independência entre os poderes – absoluta ou relativa?

    c) sistema de freios e contrapesos;

    d) exceções ao princípio da divisão dos Poderes – Exemplos

    PADRÃO DE RESPOSTA

    Tópico “a”.

    A República Federativa do Brasil é um Estado Democrático de Direito,

    determinando a Constituição Federal de 1988 (CF/88) que são Poderes da

    União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o

    Judiciário. Como se depreende, há independência e HARMONIA ENTRE OS

    PODERES, acarretando uma DIVISÃO DE FUNÇÕES ENTRE OS ÓRGÃOS DE

    PODER. Dessa forma, de acordo com a melhor doutrina, o Executivo é o

    responsável pela execução das políticas e programas de governo; o Judiciário

    em dizer de forma definitiva qual o direito a ser aplicado; e o Legislativo em

    fiscalizar e criar as leis.

    As FUNÇÕES típicas de cada Poder são INDELEGÁVEIS, de acordo com a

    clássica tripartição de poderes de Montesquieu. Essas funções estatais

    legislativa, judicial e executiva deveriam ser distribuídas de forma rígida ou

    absoluta por órgãos distintos e independentes, não podendo um Poder

    delegar a outro uma competência que lhe é essencial. No entanto, no atual

    sistema constitucional brasileiro o PRINCÍPIO DA INDELEGABILIDADE de

    funções não é absoluto, mas relativo, sendo exemplo disso a possibilidade

    de o Legislativo delegar ao Executivo a responsabilidade de legislar

    determinadas matérias, conforme prevê a CF/88. Vamos analisar os

    parágrafos que acabamos de estruturar.

    Vamos analisar os parágrafos que acabamos de estruturar.

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    Observe que respondemos a questão com fundamento em fontes

    “oficiais”. Inicio deixando manifesto que a afirmação está contida na

    Constituição Federal de 88 (CF/88). Logo no parágrafo seguinte ao falar da

    indelegabilidade de funções cito Montesquieu que foi o grande teórico do

    assunto tratado na questão. Ainda foi possível encerrar o parágrafo

    dizendo “conforme prevê a CF/88”. Dessa forma, você demonstra ao

    examinador que você tem conhecimento sobre o assunto que está

    escrevendo.

    Veja também as palavras em letras maiúsculas. São as palavras chave

    constantes na questão. Dessa forma fica facilmente perceptível ao

    examinador a resposta correspondente de cada tópico por ele solicitado.

    Como o primeiro tópico continha dois assuntos, separamos cada um num

    parágrafo. Não misture assuntos diferentes num mesmo parágrafo.

    Uma dificuldade muito comum quando estamos fazendo uma prova

    discursiva é como iniciar a questão. E aqui digo que é muito simples. Inicie a

    questão com as palavras contidas no próprio tema proposto. Você não

    precisa inventar algo novo. Vá direto ao assunto. Use palavras e expressões

    já constantes no texto trazido pelo examinador. Note que foi exatamente o

    que eu fiz no início do primeiro parágrafo. Começo praticamente apenas

    repetindo o que o examinador trouxe na questão. Alias, assim recomendo

    que façam. Não inventem. Com isso superamos a fase inicial e podemos

    prosseguir com mais tranquilidade.

    Ainda chamo a atenção de vocês para mais uma coisa. Temos no tópico

    “a” praticamente 04 temas. A princípio pode parecer (numa leitura mais

    apressada, principalmente no calor da prova) que você deve falar somente

    sobre “harmonia entre os poderes” e “princípio da indelegabilidade”. Mas

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    temos que falar ainda sobre a “divisão de funções entre os órgãos de poder”

    e “se a indelegabilidade de funções é absoluta ou relativa”. É percebível que

    no primeiro parágrafo começo falando da “harmonia entre os poderes” e

    termino com a “divisão de funções entre os órgãos de poder”. Já no segundo

    parágrafo inicio sobre a “indelegabilidade de funções” e fecho com se essa é

    relativa ou absoluta. Analisando os 02 parágrafos reparem que tudo o que

    o examinador pediu foi respondido. Com a prática essas análises e a

    sequência do roteiro que passei ficam automáticas.

    No segundo tópico temos: b) independência entre os poderes – absoluta

    ou relativa?

    PADRÃO DE RESPOSTA

    A independência entre os Poderes não ocorre de forma absoluta, pois o

    que de fato acontece é uma interdependência e harmonia, como bem

    determina a CF/88, demonstrando que a independência entre eles é apenas

    relativa. Um Poder limita o outro na medida em que a própria CF/88 criou

    mecanismos de controle de um Poder sobre o outro. Todavia, como já decidiu

    o STF inúmeras vezes, essa independência é relativa apenas nas hipóteses

    constitucionalmente previstas. Nos casos não previstos na Constituição não

    pode um Poder interferir no outro.

    Analisemos mais esse parágrafo.

    O tópico pergunta objetivamente se a independência entre os poderes é

    absoluta ou relativa. Sendo assim, respondemos de forma objetiva e direta.

    Note que já iniciamos respondendo: “A independência entre os Poderes não

    ocorre de forma absoluta”. Não demore a responder o que o examinador

    perguntou. Sempre que possível já responda na primeira linha. O restante

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    do parágrafo apenas irá sustentar sua afirmação. Alias você deve AFIRMAR.

    Não deixe a sua resposta subentendida. Note ainda que todo o parágrafo é

    alicerçado em fontes “oficiais”. No caso, sustentamos nossa resposta na

    Constituição e em decisões do STF.

    No tópico seguinte temos: c) sistema de freios e

    contrapesos;

    PADRÃO DE RESPOSTA

    Esses mecanismos de controle, supracitados, que a doutrina passou a

    chamar de sistema de freios e contrapesos, são responsáveis em manter o

    Estado Democrático de Direito. Esse sistema faz com que haja o devido

    equilíbrio capaz de evitar que um Poder extrapole ao exercer sua função.

    Como exemplo do sistema de freios e contrapesos temos: o controle de

    constitucionalidade exercido pelo Judiciário sobre às normas criadas pelo

    Legislativo; a fiscalização exercida pelo Legislativo, por meio do Tribunal de

    Contas, sobre os atos do Judiciário e do Executivo; a possibilidade de o

    Legislativo constituir Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar

    ações do Executivo ou Judiciário; a sanção exercida pelo Executivo quanto às

    leis elaboradas pelo Legislativo.

    Por último temos: d) exceções ao princípio da divisão dos Poderes –

    Exemplos

    PADRÃO DE RESPOSTA

    No sistema brasileiro há várias exceções ao princípio da divisão

    dos Poderes. Como exemplo, podemos citar: as medidas provisórias

    publicadas pelo Poder Executivo; o julgamento do Presidente da República

    pelo Senado Federal nos crimes de responsabilidade; a iniciativa de lei aos

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    tribunais superiores nos casos previstos na CF/88; o exercício da função

    executiva pelo Judiciário e Legislativo quando esses organizam seus serviços

    internos.

    Nos dois últimos parágrafos, mais uma vez, é fácil notar que fomos

    direto às respostas. Constate que já na primeira ou no máximo na segunda

    linha as palavras chave, núcleo da pergunta do examinador, são repetidas.

    Não há dificuldade em localizar em que parágrafo ou em que parte do texto

    está a resposta a cada tópico.

    Trazemos agora a resposta completa para melhor observação:

    O artigo 2.º da Constituição da República Federativa do Brasil assim

    dispõe: “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o

    Legislativo, o Executivo e o Judiciário”.

    A partir do dispositivo constitucional supra, deve o candidato discorrer

    sobre otema INDEPENDÊNCIA E HARMONIA ENTRE OS PODERES, abordando

    obrigatoriamente os seguintes tópicos:

    a)harmonia entre os poderes – divisão de funções entre os órgãos de

    poder – princípio da indelegabilidade de funções – absoluta ou relativa?

    b)independência entre os poderes – absoluta ou relativa?

    c)sistema de freios e contrapesos;

    d)exceções ao princípio da divisão dos Poderes – Exemplos

    PADRÃO DE RESPOSTA

    A República Federativa do Brasil é um Estado Democrático de Direito,

    determinando a Constituição Federal de 1988 (CF/88) que são Poderes da

    União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o

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    Judiciário. Como se depreende, há independência e HARMONIA ENTRE OS

    PODERES, acarretando uma DIVISÃO DE FUNÇÕES ENTRE OS ÓRGÃOS DE

    PODER. Dessa forma, de acordo com a melhor doutrina, o Executivo é o

    responsável pela execução das políticas e programas de governo; o Judiciário

    em dizer de forma definitiva qual o direito a ser aplicado; e o Legislativo em

    fiscalizar e criar as leis.

    As FUNÇÕES típicas de cada Poder são INDELEGÁVEIS de acordo com a

    clássica tripartição de poderes de Montesquiel. Essas funções estatais

    legislativa, judicial e executiva deveriam ser distribuídas de forma rígida ou

    absoluta por órgãos distintos e independentes, não podendo um Poder

    delegar a outro uma competência que lhe é essencial. No entanto, no atual

    sistema constitucional brasileiro o PRINCÍPIO DA INDELEGABILIDADE de

    funções não é absoluto, mas relativo, sendo exemplo disso a possibilidade de

    o Legislativo delegar ao Executivo a responsabilidade de legislar

    determinadas matérias, conforme prevê a CF/88.

    A independência entre os Poderes não ocorre de forma absoluta, pois o

    que de fato acontece é uma interdependência e harmonia, como bem

    determina a CF/88, demonstrando que a independência entre eles é apenas

    relativa. Um Poder limita o outro na medida em que a própria CF/88 criou

    mecanismos de controle de um Poder sobre o outro. Todavia, como já decidiu

    o STF inúmeras vezes, essa independência é relativa apenas nas hipóteses

    constitucionalmente previstas. Nos casos não previstos na Constituição não

    pode um Poder interferir no outro.

    Esses mecanismos de controle, supracitados, que a doutrina passou a

    chamar de sistema de freios e contrapesos, são responsáveis em manter o

    Estado Democrático de Direito. Esse sistema faz com que haja o devido

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    equilíbrio capaz de evitar que um Poder extrapole ao exercer sua função.

    Como exemplo do sistema de freios e contrapesos temos: o controle de

    constitucionalidade exercido pelo Judiciário sobre às normas criadas pelo

    Legislativo; a fiscalização exercida pelo Legislativo, por meio do Tribunal de

    Contas, sobre os atos do Judiciário e do Executivo; a possibilidade de o

    Legislativo constituir Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar

    ações do Executivo ou Judiciário; a sanção exercida pelo Executivo quanto às

    leis elaboradas pelo Legislativo.

    No sistema brasileiro há várias exceções ao princípio da divisão

    dos Poderes. Como exemplo, podemos citar: as medidas provisórias

    publicadas pelo Poder Executivo; o julgamento do Presidente da República

    pelo Senado Federal nos crimes de responsabilidade; a iniciativa de lei aos

    tribunais superiores nos casos previstos na CF/88; o exercício da função

    executiva pelo Judiciário e Legislativo quando esses organizam seus serviços

    internos.

    TEMA 02

    A Constituição de 1988 consagrou uma série de princípios e

    estabeleceu um conjunto de regras atinentes à relação entre a

    administração e os servidores. Um dos aspectos mais relevantes diz

    respeito à investidura em cargo ou emprego público, seja mediante

    concurso público, seja para os chamados cargos em comissão.

    Considerando que o texto acima tem caráter unicamente motivador,

    redija um texto dissertativo acerca do ingresso no serviço público a

    partir dos princípios da administração. Em seu texto, aborde,

    necessariamente, os seguintes aspectos:

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    a) principais princípios da administração pública na Constituição

    Federal;

    b) formas principais de ingresso no serviço público;

    c) relações entre formas de ingresso e princípios da

    administração descritos.

    PADRÃO DE RESPOSTA

    Os principais princípios da administração pública estão previstos no

    art. 37 da Constituição Federal de 1988 (CF/88). São eles a legalidade,

    impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. A legalidade

    determina que a administração deve seguir os ditames constantes na lei; a

    impessoalidade está relacionada à isonomia, garantindo a todos iguais

    direitos e oportunidades; a moralidade liga-se à ética, à honestidade e à

    probidade que deve guiar os atos públicos; a publicidade orienta que os atos

    da administração devem ser públicos; a eficiência atribui o dever da

    administração zelar pela melhor aplicação dos recursos disponíveis. Outro

    princípio de grande relevância previsto na CF/88 é o princípio do concurso

    público. Esse apenas não será observado nos casos constitucionalmente

    previstos.

    As formas principais de ingresso no serviço público, além do

    concurso público, são: o exercício de mandato eletivo – legislativo e chefes

    do executivo; quinto constitucional para ingresso de magistrados nos

    tribunais; processo seletivo simplificado para os agentes de endemias;

    serviços público temporário no caso de relevância necessidade; os cargos em

    comissão.

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    As formas de ingresso se relacionam diretamente com os princípios

    da administração pública descritos. Ao seguir apenas os casos

    constitucionalmente previstos para ingresso no serviço público o

    administrador respeita o principio da legalidade. A impessoalidade será

    atendida, pois os servidores não são escolhidos de maneira livre pelo

    administrador, ressalvados os casos de livre nomeação e exoneração. Dessa

    forma, a administração será mais eficiente, tendo em vista que para

    ingressar no serviço é necessário que haja mérito, e não a simples troca de

    favores ou indicações políticas.

    Todas as formas de ingresso devem seguir formas determinadas de

    divulgação aos interessados e publicados seus resultados. Sendo assim,

    temos a moralização da administração pública que passa a seguir a

    finalidade pública e não aos interesses particulares. De maneira a melhor

    expressar os princípios da eficiência, moralidade e impessoalidade o

    Supremo Tribunal Federal publicou súmula vinculante que proíbe o exercício

    de cargos comissionados a parentes das autoridades nomeantes, inclusive

    nos casos de nomeações cruzadas.

    Vamos analisar o que fizemos.

    No primeiro tópico falamos e descrevemos cada um dos principais

    princípios previstos na Constituição Federal bem como em que artigo se

    encontra. O fundamento é a própria Constituição. No segundo parágrafo

    trouxemos as principais formas de ingresso no serviço público. Todos estão

    previstos na Constituição (fundamento da resposta). No terceiro e quarto

    parágrafos fizemos a relação entre as formas de ingresso no serviço

    público com os princípios da administração. E ainda trouxemos súmula do

    STF sobre o assunto.

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    Qualquer pessoa mesmo que não conheça o assunto consegue

    encontrar a resposta a cada pergunta. Tanto pelas palavras chave

    usadas no início de cada parágrafo quanto por seguir a mesma sequência

    trazida pelo examinador. Dessa forma, você não terá problemas em

    estruturar a sua dissertação. Não terá problemas nem dúvidas de como

    iniciá-la.

    TEMA 03

    Considerando sinônimos os conceitos de “Administração

    centralizada” e “Administração direta”, bem como a identidade de

    significado entre os termos “Administração descentralizada” e

    “Administração indireta”:

    a) descreva 02 (dois) elementos distintivos entre a descentralização e

    a desconcentração administrativa;

    b) discorra sobre a existência de relação hierárquica ou de

    controle ou tutela entre a Administração central e os respectivos entes

    administrativos descentralizados, e

    c) indique um exemplo de desconcentração administrativa no

    âmbito da organização da estrutura administrativa federal brasileira.

    Nessa questão temos que responder 03 tópicos em 20 linhas. O

    parágrafo em que responde ao tópico que o examinador quer, deve ser

    simples, objetivo e direto (como já dito).

    PADRÃO DE RESPOSTA

    Dois dos principais elementos distintivos entre a descentralização e a

    desconcentração administrativa são que nessa a distribuição do exercício

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    de funções ocorre dentro do próprio ente ou da mesma pessoa jurídica. Já

    na descentralização é criada uma nova pessoa jurídica ou transferida a

    execução do serviço à particular por meio de concessão, permissão ou

    autorização.

    Outro elemento distintivo é que na desconcentração há hierarquia

    direta entre a pessoa jurídica detentora do serviço e os órgãos

    desconcentrados, tendo em vista que se trata da mesma pessoa jurídica. No

    caso da descentralização não ocorre hierarquia entre a Administração

    central e os respectivos entes descentralizados.

    Não há existência de relação hierárquica entre a Administração

    central e os respectivos entes administrativos descentralizados. Todavia,

    ocorre controle ou tutela do ente central sobre os entes descentralizados.

    Isso acontece porque é o ente central o responsável pelos serviços, tendo

    apenas transferido a execução a terceiros. Ressalte-se, que esse controle ou

    tutela é realizado nos devidos limites da lei.

    Como exemplo de desconcentração administrativa no âmbito da

    organização da estrutura administrativa federal brasileira tem-se a

    desconcentração realizada da União para os Ministérios. Esse tipo de

    desconcentração é denominado por matéria e acontece pelo fato de haver

    uma grande variedade de serviços a cargo da União.

    Nesse modelo seguimos tudo que ensinamos até o momento.

    Observem cada um dos passos do roteiro que trouxe no início da aula e

    tudo que falei até agora. Faço o seguinte destaque: veja que no tópico

    “b” quando a questão fala “relação hierárquica ou de controle ou

    tutela”; relação hierárquica pede uma resposta e relação de controle ou

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    tutela solicita outra resposta. Essa atenção especial está no nosso roteiro

    que deve ser observado.

    TEMA 04

    Redija um texto dissertativo, acerca do tema seguinte: AGÊNCIAS

    REGULADORAS CRIADAS PELA UNIÃO: CARACTERÍSTICAS E FINALIDADES. Em

    sua dissertação, devem ser contemplados, necessariamente, os seguintes

    aspectos:

    a) natureza jurídica;

    b) especialização técnica;

    c) independência;

    d) poder

    normativo.

    Extensão

    PADRÃO DE RESPOSTA

    Com a transferência de serviços públicos do âmbito da União para o

    particular, houve a necessidade de serem criadas as agências reguladoras

    com a finalidade de fiscalizar e controlar o setor a que a lei lhe atribuiu.

    (INTRODUÇÃO)

    A natureza jurídica das agências reguladoras é de autarquia sob o

    regime especial. Esse regime ocorre pelo fato de as agências terem maior

    autonomia, independência e prerrogativas que as autarquias em geral.

    (RESPOSTA TÓPICO “A”. INICIANDO COM AS PALAVRAS CHAVE)

    As agências reguladoras são dotadas de grande especialização

    técnica, sendo dotadas de corpo de funcionários com alta capacidade

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    técnica. Isso ocorre porque as agências são responsáveis por regular

    setores da economia que demanda conhecimentos aprofundados do setor

    regulado. Dessa forma, seus agentes e seus dirigentes, inclusive, devem

    possuir grande conhecimento da atividade regulada pela agência.

    (RESPOSTA TÓPICO “B”. PALAVRAS CHAVE PRESENTE JÁ NA PRIMEIRRA

    LINHA DO PARÁGRAFO: ESPECIALIZAÇÃO TÉCNICA)

    De forma a melhor exercerem suas finalidades as agências desfrutam

    de grande independência. Isso é notável pelos seguintes fatos: seus

    dirigentes possuem mandatos fixos só podendo perder o cargo nos casos

    previstos em lei; seus atos não são passíveis de revisão pelo ente que a

    criou, ressalvados os casos previstos em lei, não havendo assim, hierarquia

    entre esse e a agência reguladora; há autonomia administrativa e

    financeira. (RESPOSTA TÓPICO “C”. PALAVRA CHAVE PRESENTE NA

    PRIMEIRA FRASE: INDEPENDÊNCIA)

    Ainda destaca-se, o poder normativo que possui as agências. Essas

    podem regular o setor conforme definido em lei principalmente no que diz

    respeito aos conceitos técnicos. Ressalte-se, que não é permitido às

    agências inovarem no mundo jurídico. (RESPOSTA TÓPICO “D”. PALAVRA

    CHAVE PRESENTE NA PRIMEIRA LINHA: PODER NORMATIVO)

    TEMA 05

    Redija, DE FORMA FUNDAMENTADA, texto dissertativo acerca da

    contratação de empregados pela administração pública direta federal. Em

    seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos:

    a) possibilidade jurídica da referida contratação;

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    b) requisitos constitucionais para a validade da contratação e

    consequências da não observância desses requisitos;

    c) garantias contra a dispensa e existência de estabilidade;

    d) competência para apreciar as controvérsias decorrentes desse

    contrato de trabalho.

    PADRÃO DE RESPOSTA

    Para que a administração pública brasileira possa atingir sua

    finalidade é necessária a contratação de servidores públicos. Essa

    contratação poderá ser efetuada, por exemplo, por meio de concurso

    público, contratação temporária de excepcional necessidade pública,

    contratação de livre nomeação e exoneração. Os regimes jurídicos

    adotados podem ser de natureza estatutária ou celetista. (INTRODUÇÃO)

    Quanto à POSSIBILIDADE JURÍDICA de a administração pública

    federal contratar empregados, a Constituição Federal de 1988 (CF/88)

    previu de forma originária que a administração direta adotaria regime

    jurídico único, sendo no caso o regime estatutário. No entanto, a

    emenda constitucional 19 de 1998 (EC 19/98) determinou a possibilidade de

    a administração pública adotar o regime estatutário ou celetista.

    (RESPOSTA DO TÓPICO “A”. PALAVRA CHAVE NA PRIMEIRA LINHA:

    POSSIBILIDADE JURÍDICA)

    Ressalte-se que a possibilidade de contratar sob o regime celetista

    apenas pode ocorrer, conforme orientação do Supremo Tribunal Federal

    (STF), para as atividades não finalísticas do estado. Essa orientação se

    consolidou em decisão na qual o STF determinou que as agências

    reguladoras somente podem contratar sob o regime estatutário, por se

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    tratar de atividade finalística do estado. (CONTINUAÇÃO DA RESPOSTA DO

    TÓPICO “A”. REPAREM QUE A QUESTÃO PEDE DE FORMA

    FUNDAMENTADA. TROUXE FUNDAMENTOS DA CONSTITUIÇÃO E DO STF.

    POR FAVOR MUITA ATENÇÃO A ISSO)

    OS REQUISITOS CONSTITUCIONAIS PARA A VALIDADE DA

    CONTRAÇÃO estão definidos na CF/88. Essa determina que a contratação

    seja realizada por meio de concurso público de provas ou de provas e títulos.

    Poderão concorrer os brasileiros e os estrangeiros, esses na forma da lei. A

    NÃO OBSERVÂNCIA DESSES REQUISITOS ACARRETARÁ COMO

    CONSEQUÊNCIA a nulidade da contratação com a responsabilização de

    quem tenha dado causa.

    Conforme jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (TST) a

    nulidade do contrato por não atendimento do requisito do concurso público

    acarreta para administração o dever de recolher em nome do empregado

    o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). (RESPOSTA DO

    TÓPICO “B”. NOTE QUE SÃO DUAS PERGUNTAS. TRAZEMOS AS PALAVRAS

    CHAVE DE CADA UMA DELAS EM NEGRITO. AINDA FUNDAMENTAMOS NA

    CONSTITUIÇÃO E NO TST)

    No que diz respeito às GARANTIAS CONTRA A DISPENSA E

    EXISTÊNCIA DE ESTABILIDADE, o empregado da administração pública

    direta federal não dispõe de estabilidade na forma que é garantida ao

    funcionário público estatutário. Isso, no entanto, não significa que o

    empregado não tenha garantias contra dispensa. O empregado público da

    administração direta federal só poderá ser dispensado nos casos legalmente

    previstos, como por exemplo, em caso de cometimento de falta grave. Nesse

    caso, será garantida o devido processo legal e o contraditório e a ampla

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    defesa. (RESPOSTA DO TÓPICO “C”. PALAVRAS CHAVE NA PRIMEIRA LINHA:

    GARANTIAS CONTRA A DISPENSA E EXISTÊNCIA DE ESTABILIDADE)

    Apesar de todo o exposto até aqui, o Supremo Tribunal Federal, em

    liminar de ação direta de inconstitucionalidade, declarou a

    inconstitucionalidade formal da EC 19/98 fazendo retornar a

    obrigatoriedade do regime jurídico único na administração pública. O STF

    afirmou ainda que a decisão valeria “ex nunc”, ou seja, os casos

    consolidados antes da decisão continuariam com eficácia até a decisão de

    mérito. Dessa forma, enquanto não sobressair decisão definitiva do STF a

    administração pública direta federal não poderá contratar empregados sob

    o regime celetista. (AQUI TROUXEMOS UMA IMPORTANTE DECISÃO DO STF

    SOBRE O ASSUNTO EM ANÁLISE. HAVENDO ESPAÇO ISSO É IMPORTANTE

    PARA DEMONSTRAR O CONHECIMENTO DO ALUNO QUANTO A

    JURISPRUDÊNCIA).

    A COMPETÊNCIA PARA APRECIAR AS CONTROVÉRSIAS

    DECORRENTES DOS CONTRATOS DE TRABALHO é da justiça do trabalho,

    conforme determina o artigo 114 da CF/88. Sendo assim, mesmo nos casos

    em que uma das partes seja a administração pública direta federal a

    competência continua sendo da justiça do trabalho. Ressalve – se, que nos

    casos de regime jurídico estatutário a competência será da justiça comum.

    (RESPOSTA DO TÓPICO “D”. PALAVRAS CHAVE INICIANDO A RESPOSTA: A

    COMPETÊNCIA PARA APRECIAR AS CONTROVÉRSIAS DECORRENTES DOS

    CONTRATOS DE TRABALHO).

    Assim como na resposta das outras questões, observem que

    cumprimos todos os passos do nosso roteiro. Apesar de a resposta ser de

    no máximo 60 linhas, observem que se tivermos organização e seguirmos os

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    passos corretamente podemos fazer textos de todos os tamanhos com a

    mesma facilidade. Os ensinamentos servem para um texto de 20 ou de 120

    linhas. Isso será importante no parecer que contará com 60 linhas. Alguns

    ficam preocupados por ser uma quantidade de linhas razoavelmente

    grande, mas percebam que é tão simples quanto fazer uma questão de 20

    linhas. Temos apenas que ter organização e ficarmos muito atentos a todos

    os detalhes e tudo que está sendo pedido.

    TEMA 06

    O estudo dos atos administrativos é elemento fundamental a

    possibilitar a adequada situação dos servidores públicos e da própria

    Administração. A produção de tais atos demanda uma avaliação de

    aspectos atinentes à regularidade do ato, bem assim à

    conveniência e à oportunidade em sua expedição. Nesse contexto,

    pergunta-se uma vez expedidos, existem atos administrativos que não

    podem ser revogados?

    À luz da DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA PÁTRIAS, justifique sua

    resposta, indicando:

    a) os fundamentos que confirmam a inexistência de atos

    administrativos irrevogáveis: OU

    b) no caso de resposta afirmativa à pergunta, as hipóteses de

    irrevogabilidade de atos administrativos.

    Diferentemente das anteriores, ela traz uma pergunta logo no início

    (e não um texto apenas motivador). Em seguida o examinador diz que

    temos que responder justificando a resposta e nos indica o que deve ser

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    abordado. Temos necessariamente no nosso texto que trazer o que diz a

    DOUTRINA E A JURISPRUDÊNCIA.

    Importante que observem qual o cerne da questão. Temos a

    pergunta chave: “uma vez expedidos, existem atos administrativos que não

    podem ser revogados?” Atenção especial. O tópico “a” deve ser respondido

    caso a resposta seja negativa: “inexistência de atos administrativos

    irrevogáveis”. Nesse caso, traremos os fundamentos que confirmam a

    inexistência de atos administrativos irrevogáveis. Ou no caso de resposta

    afirmativa à pergunta, as hipóteses de irrevogabilidade de atos

    administrativos. Se for afirmativa traremos as hipóteses de irrevogabilidade.

    Vamos seguir a seguinte estrutura: faremos uma pequena introdução

    e já respondemos a pergunta de forma direta, sem demora (a resposta a

    pergunta é afirmativa, o que nos leva ao tópico “b”). Um parágrafo com o

    principal caso de ato administrativo irrevogável que é o ato

    administrativo vinculado. Um segundo parágrafo com as hipóteses de

    irrevogabilidade de atos administrativos conforme a doutrina. E um terceiro

    parágrafo com as hipóteses de irrevogabilidade de atos administrativos de

    acordo com a jurisprudência. Um parágrafo com a conclusão.

    PADRÃO DE RESPOSTA

    O ato administrativo é a maneira pela qual a Administração Pública

    materializada a função administrativa. Depois de expedidos, os atos

    administrativos podem ser anulados, por serem ilegais, ou revogados, por

    oportunidade e conveniência da Administração. Entretanto, existem atos

    administrativos que uma vez expedidos não podem ser revogados.

    (RESPOSTA A PERGUNTA CENTRAL. EXISTEM ATOS ADMINISTRATIVOS QUE

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    32

    UMA VEZ EXPEDIDOS NÃO PODE SER REVOGADOS? RESPOSTA AFIRMATIVA

    A PERGUNTA. NOS LEVA AO TÓPICO “B”. HIPÓTESES DE IRREVOGABILIDADE

    DE ATOS ADMINISTRATIVO).

    A principal HIPÓTESE DE ATO ADMINISTRATIVO IRREVOGÁVEL são os

    atos administrativos vinculados, que é quando a lei determina todos os

    procedimentos a serem seguidos. Dessa forma, uma vez expedido o ato esse

    não pode mais ser revogado, pois a revogação envolve oportunidade e

    conveniência o que não existente nos atos vinculados.

    Os doutrinadores, como Di Pietro, nos lista algumas HIPÓTESES DE

    ATOS ADMINISTRATIVOS IRREVOGÁVEIS: os atos integrantes de um

    procedimento administrativo, por que a prática do ato sucessivo acarreta a

    preclusão do ato anterior (p. ex.: a celebração de contrato administrativo

    impede a revogação do ato de adjudicação); os meros atos administrativos,

    como são os atestados, os pareceres e as certidões, porque os efeitos são

    prefixados pelo legislador; os atos complexos, porque tais atos são

    formados pela conjugação de vontades de órgãos diversos, logo a vontade

    de um dos órgãos não pode desfazer o ato que a lei impõe a integração de

    vontades para a formação; e, ainda, a revogação não pode ser promovida

    quando se exauriu a competência relativamente ao objeto do ato.

    A súmula 473 do STF dispõe que a Administração pode anular seus

    próprios atos quando ilegais, ou revogá-los, por motivo de conveniência ou

    oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. Assim, a jurisprudência do

    STF nos traz pelo menos mais uma HIPÓTESE DE IRREVOGABILIDADE DE

    ATOS ADMINISTRATIVOS: os que contêm direitos adquiridos.

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    33

    Por todo o exposto, percebemos que os poderes da Administração

    Pública em revogar os atos administrativos não são ilimitados. Em várias

    situações a Administração, tendo em vista o interesse público, pode

    revogar o ato administrativo por oportunidade e conveniência. Todavia,

    alguns atos uma vez expedidos não admitem revogação.

    TEMA 07

    A administração pública abriu sindicância a fim de apurar se

    Henrique, servidor público, teria praticado crime contra a administração.

    A sindicância, concluída no prazo legal, resultou na instauração de

    processo disciplinar contra o servidor. Os autos da sindicância integraram o

    processo disciplinar, como peça informativa da instrução. Durante o

    processo, foram assegurados o contraditório e a ampla defesa a Henrique.

    A administração, ao final, com base em prova emprestada, licitamente

    obtida por meio de interceptação telefônica, e nos depoimentos

    colhidos durante a instrução do processo disciplinar, considerou que a

    infração estava capitulada como ilícito penal, encaminhou cópia dos autos

    ao Ministério Público e aplicou, de forma motivada, pena de demissão ao

    servidor.

    Considerando a situação hipotética apresentada acima, responda,

    deforma fundamentada, aos questionamentos a seguir.

    – No decorrer da sindicância, era prescindível o exercício do direito de

    defesa

    do servidor?

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    34

    – De acordo com orientação do Supremo Tribunal Federal, há

    obstáculo jurídico para a utilização da citada prova emprestada no processo

    administrativo disciplinar?

    O cuidado que temos que ter nesse tipo de questão é em arrumar o

    texto de uma forma que o texto hipotético seja vinculado à exposição da

    teoria. O nosso texto tem que seguir uma lógica e ter coesão e coerência.

    No entanto, não há maiores diferenciações dos textos que analisamos até o

    momento.

    Na nossa resposta como introdução iremos resumir a situação

    hipotética sempre buscando as palavras chave, o centro da questão e o que

    tenha relação com a teoria abordada nos tópicos. Para que não haja erro,

    siga a mesma sequência do caso hipotético. Não inverta a ordem se não for

    necessário. O resumo deve seguir a mesma lógica. Repita as palavras chave

    do caso fictício. Após o resumo que será a introdução da nossa resposta, a

    continuação respondendo os tópicos segue da mesma forma que

    estudamos até o momento. Apenas se atentem para os elementos de

    coesão e coerência. Esse tipo de questão é a base para o estudo do parecer.

    PADRÃO DE RESPOSTA

    A administração pública abriu sindicância a fim de apurar se

    servidor público teria praticado crime contra a administração. A sindicância

    resultou na instauração de processo disciplinar. Durante o processo, foram

    assegurados o contraditório e a ampla defesa. A administração, ao final,

    com base em prova emprestada, licitamente obtida por meio de

    interceptação telefônica, considerou que a infração estava capitulada como

    ilícito penal, e aplicou, de forma motivada, pena de demissão ao servidor.

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    35

    (NA INTRODUÇÃO REPETIMOS A MESMA SEQUÊNCIA DA HISTÓRIA. AS

    MESMAS PALAVRAS CHAVE. DEIXAMOS O QUE TEM RELAÇÃO COM A

    TEORIA ABORDADA NOS TÓPICOS – NEGRITO. TÓPICO “A” DIREITO DE

    DEFESA DO SERVIDOR. TÓPICO “B” PROVA EMPRESTADA)

    A Constituição Federal de 1988 (CF/88) garante a todos os acusados,

    inclusive em processos administrativos, o contraditório e a ampla defesa.

    Apesar dessa previsão constitucional, a sindicância pode prescindir dessa

    garantia. Isso ocorre porque a sindicância nem sempre resultará em

    penalidade ao investigado. A sindicância pode ser apenas investigativa e

    resultar em arquivamento ou em instauração de processo administrativo

    disciplinar (PAD). No caso de resultar em PAD, nesse será garantido o

    contraditório e ampla defesa ao servidor.

    De acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF), não há obstáculo

    jurídico para a utilização de prova emprestada no processo administrativo

    disciplinar. Segundo o STF, a prova obtida por meios de interceptação

    telefônica, conforme o caso citado, desde que obtida licitamente com

    autorização judicial com finalidade de compor processo penal por crime

    sujeito a reclusão, poderá ser emprestada a outros processos. (RESPOSTA

    DIRETA E IMEDIATA DO TÓPICO “B”: DE ACORDO COM O SUPREMO

    TRIBUNAL FEDERAL (STF), NÃO HÁ OBSTÁCULO JURÍDICO PARA A

    UTILIZAÇÃO DE PROVA EMPRESTADA NO PROCESSO ADMINISTRATIVO

    DISCIPLINAR)

    TEMA 08

    Considerando que é possível a manutenção de ato administrativo

    dotado de ilegalidade (instituto da sanatória), discorra sobre a convalidação,

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    36

    a ratificação e a conversão, explicando cada uma dessas modalidades, seus

    efeitos, competência para adoção das referidas medidas de preservação do

    ato administrativo e os motivos que devem fundamentá-las, citando

    legislação acerca do tema.

    Aqui é fundamental a organização de todos os tópicos exigidos na

    questão. 1) TEMA CENTRAL: ato administrativo e sua possível manutenção

    quando dotado de ilegalidade (instituto da sanatória); 2) discorra sobre a

    convalidação; 3) discorra sobre a ratificação; 4) discorra sobre a conversão;

    5) explicando cada uma das modalidades (discorrer sobre e explicar tem o

    mesmo sentido); 6) seus efeitos; 7) competência para adoção das referidas

    medidas de preservação do ato administrativo; 8) os motivos que devem

    fundamentá-las; 9) citar a legislação acerca do tema.

    Muita atenção com esse tipo de questão, pois parece ser muito

    simples, quando na verdade há vários tópicos a serem respondidos. É

    comum numa leitura rápida da questão, principalmente quando temos

    conhecimento sobre o assunto, deixarmos de responder alguns tópicos e

    perdermos muitos pontos justamente em uma questão que tínhamos total

    conhecimento. Explico. Se você estudou de forma aprofundada atos

    administrativos, você ler o enunciado e pensa: “essa é fácil”. Começa então a

    discorrer sobre atos administrativos de forma desorganizada, escrevendo

    tudo que estudou sobre o assunto. No entanto, o examinador traz pontos

    específicos e objetivos que devem ser respondidos. Ele não quer saber que

    você tem conhecimento o suficiente para escrever um livro sobre atos

    administrativos, ele apenas quer que responda o que está sendo exigido de

    forma direta, objetiva, imediata e fundamentada.

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    37

    PADÃO DE RESPOSTA

    O ato administrativo é o modo de expressão das decisões tomadas por

    órgãos e autoridades da Administração Pública, que produz efeitos jurídicos,

    modificando, extinguindo direitos, ou impondo restrições e obrigações. O ato

    administrativo deve ser editado com observância do princípio da legalidade.

    Para ser válido, além da observância ao princípio da legalidade, o ato

    administrativo precisa ser editado pelo agente competente, ter forma

    adequada, objeto definido, precisa ser motivado e possuir uma finalidade.

    Um ato administrativo, entretanto, embora dotado de ilegalidade, pode ser

    mantido pela Administração Pública, por meio da utilização do instituto da

    sanatória.

    As modalidades de saneamento do ato administrativo são:

    convalidação, ratificação e conversão. A convalidação é o ato administrativo

    que suprime um defeito de ato administrativo anteriormente editado,

    retroagindo seus efeitos a partir da data da edição do ato administrativo

    convalidado. A ratificação é o ato por meio do qual é expurgado ou corrigido

    um defeito relativo a competência, declarando-se seus efeitos desde o

    momento em que foi editado. Não podem ser ratificados atos cuja

    competência para edição é de competência exclusiva de autoridades

    indicadas na Constituição Federal. Conversão é o ato editado com

    aproveitamento de elementos válidos de outro ato primitivamente dotado de

    ilegalidade, para a mesma finalidade deste, com retroação dos seus efeitos

    ao momento da edição do ato original. A Lei nº 9.784/99 é um exemplo de

    diploma legal que cuida expressamente do instituto da convalidação em seu

    art. 55.

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    38

    A competência para a adoção das referidas medidas é da autoridade

    com competência para edição do ato, sendo que na hipótese de o ato ser

    ilegal por ter sido praticado por autoridade incompetente, é possível que a

    autoridade competente venha a convalidar o ato. Os motivos que devem

    fundamentar as modalidades de saneamento do ato administrativo é sempre

    o interesse público, não podendo acarretar lesão ao interesse público nem

    prejuízos a terceiros, conforme determinação da lei 9.784.

    Sempre lembrem que uma forma excelente de introdução é a definição

    do tema central. Sendo assim, trouxemos o conceito de ato administrativo e

    seus requisitos de validade como introdução. Observem como usamos as

    palavras chave dos tópicos que numeramos, de forma que podemos

    encontrar as respostas no texto.

    TEMA 09

    Os valores de aposentadoria recebidos indevidamente por servidor

    público têm que ser restituído para a administração pública?

    A questão não diz com base em qual fundamentação a resposta deve ser

    dada. Se na doutrina, legislação ou jurisprudência. Nesse caso, recomenda-se

    que a resposta seja dada com base na legislação e/ou jurisprudência. Doutrina

    apenas no caso de complementação da resposta ou se o assunto não for

    tratado pela jurisprudência ou legislação, ou seja, se for um assunto

    essencialmente doutrinário.

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    39

    PADRÃO DE RESPOSTA

    A jurisprudência do TCU e do STF vem entendendo que, se não houve má-

    fé do servidor, o valor por ele recebido, em decorrência de erro de interpretação

    da administração, não precisa ser devolvido. O STF em julgamento de mandado

    de segurança contra ato do Tribunal de Contas da União que considerou ilegal

    aposentadoria e determinou a restituição de valores, pela acumulação ilegal de

    dois cargos públicos, sem, no entanto, ter tido a má-fé comprovada, considerou

    a desnecessidade de restituição dos valores percebidos.

    Segundo o STF a compatibilidade de horários é requisito indispensável

    para o reconhecimento da licitude da acumulação de cargos públicos. É ilegal a

    acumulação de cargos públicos, exceto nos casos legalmente previstos. No

    entanto, o reconhecimento da ilegalidade da cumulação de vantagens não

    determina, automaticamente, a restituição ao erário dos valores recebidos,

    salvo se comprovada a má-fé do servidor.

    TEMA 10

    Questão com correção real feita pelo CESPE. Questão com nota

    máxima na macro estrutura e conteúdo (houve apenas um desconto por um

    erro gramatical).

    Considere que determinada lei tenha conferido ao trabalhador

    urbano o direito ao recebimento de seguro contra acidente de trabalho em

    percentuais maiores que os previstos para os trabalhadores rurais. Em face

    dessa situação, discorra sobre o tratamento dado pela Constituição Federal

    de 1988 aos trabalhadores urbanos e rurais [valor: 10,00 pontos],

    esclarecendo, à luz do entendimento do Supremo Tribunal Federal

    (STF), se há compatibilidade da referida lei com o texto constitucional

    [valor: ,00 pontos].

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    40

    RESPOSTA DO CANDIDATO.

    Lei assegura a trabalhador urbano o direito de seguro contra

    acidente de trabalho em percentuais maiores que os previstos para os

    trabalhadores rurais.

    A Constituição Federal de 1988 (CF/88) assegurou no seu artigo 7º

    tratamento igualitário, quanto aos direitos trabalhistas, ao trabalhador

    urbano e rural. Entre os direitos aplicados de forma isonômica

    encontra-se o direito de seguro contra acidente de trabalho a cargo

    do empregador. Acrescente-se que a CF/88 foi a primeira das

    Constituições brasileiras a prever direitos iguais aos trabalhadores

    urbanos e rurais.

    Quanto ao entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF)

    sobre lei que confere ao trabalhador urbano o direito ao recebimento de

    seguro contra acidente de trabalho em percentuais maiores que os

    previstos para os trabalhadores rurais, o STF diz que essa lei é

    inconstitucional, por não haver compatibilidade da referida lei com o texto

    constitucional.

    Na decisão o STF acrescenta que os direitos conquistados pelos

    trabalhadores rurais e constitucionalmente garantidos não podem ser

    mitigados por legislação infraconstitucional.

    Vejam a correção do CESPE.

    ASPECTOS MACROESTRUTURAIS

    Quesitos Avaliados Faixa de valor Nota

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    41

    1 Apresentação (legibilidade, respeito às margens e indicação de parágrafos) e

    estrutura textual (organização das ideias em texto estruturado)

    0,00 a 1,00

    1,00 2 Desenvolvimento do tema

    2.1 Tratamento dado pela Constituição Federal de 1988 aos

    trabalhadores urbanos e rurais (art. 7. XXVIII)

    0,00 a 10,00

    10,00

    2.2 Esclarecimento, à luz do entendimento do STF, quanto á

    (in)compatibilidade da referida lei com o texto constitucional

    0,00 a 9,00

    9,00 RESULTADO

    Nota no conteúdo (NC = soma das notas obtidas em cada quesito) 20,00

    Número total de linhas efetivamente escritas (TL) 19

    Número de erros (NE) 1

    NOTA DA PROVA P3 - QUESTÃO 3 19,95

    Como podem observar, a questão obteve nota máxima em conteúdo

    e teve um erro de português.

    Vamos as nossas observações quanto a resposta da questão.

    Caso hipotético da questão: Considere que determinada lei tenha

    conferido ao trabalhador urbano o direito ao recebimento de seguro contra

    acidente de trabalho em percentuais maiores que os previstos para os

    trabalhadores rurais.

    INTRODUÇÃO CRIADA PELO CANDIDATO.

    Lei assegura a trabalhador urbano o direito de seguro contra acidente

    de trabalho em percentuais maiores que os previstos para os trabalhadores

    rurais.

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    O candidato praticamente copiou o texto do caso hipotético. Não

    mudou a sequência. Ele basicamente mudou o verbo conferir trazido no

    caso por assegurar. Mas caso ele tivesse mantido o mesmo verbo,

    reproduzindo exatamente na forma que estava no texto não teria

    problema. Nada mais simples do que apenas copiar o caso que o prórpio

    examinador trouxe. Todavia, o texto era pequeno. Mas na questão anterior

    que respondemos e tinha um caso fictício maior, apenas resumimos usando

    as mesmas palavras contidas no texto do examinador e nesse caso,

    devemos mostrar nossa capacidade de síntese.

    PRIMEIRO TÓPICO.

    Em face dessa situação, discorra sobre o tratamento dado

    pela Constituição Federal de 1988 aos trabalhadores urbanos e rurais

    [valor: 10,00 pontos],

    RESPOSTA DO CANDIDATO.

    A Constituição Federal de 1988 (CF/88) assegurou no seu artigo 7º

    tratamento igualitário, quanto aos direitos trabalhistas, ao trabalhador

    urbano e rural. Entre os direitos aplicados de forma isonômica encontra-

    se o direito de seguro contra acidente de trabalho a cargo do

    empregador. Acrescente-se que a CF/88 foi a primeira das

    Constituições brasileiras a prever direitos iguais aos trabalhadores urbanos

    e rurais.

    O candidato já inicia falando da constituição e a palavra chave

    tratamento em seguida. Fica claro ao examinador que esse parágrafo traz a

    resposta do primeiro tópico exigido por ele. Na sequência ele aborda o

    seguro contra acidente que é o tema central da questão. Por fim ele fala

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    que a cf é a primeira a igualar os direitos dos trabalhadores urbanos e

    rurais. Essa parte final foi uma informação a mais que creio que ele

    obteria a mesma nota mesmo sem esse final, tendo em vista que não

    foi perguntado pelo examinador. Podemos fazer isso, trazer uma

    informação adcional sobre o assunto para preencher a quantidade de

    linhas.

    SEGUNDO TÓPICO

    Esclarecendo, à luz do entendimento do Supremo Tribunal

    Federal (STF), se há compatibilidade da referida lei com o texto

    constitucional [valor: 9,00 pontos].

    RESPOSTA DO CANDIDATO.

    Quanto ao entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF)

    sobre lei que confere ao trabalhador urbano o direito ao recebimento de

    seguro contra acidente de trabalho em percentuais maiores que os previstos

    para os trabalhadores rurais, o STF diz que essa lei é inconstitucional, por

    não haver compatibilidade da referida lei com o texto constitucional.

    A resposta foi direta. O candidato apenas retomou o caso e

    respondeu de forma direta: a lei é inconstitucional. Em seguida trouxe o

    porque, o fundamento: por não haver compatibilidade da referida lei com o

    texto constitucional.

    Por fim o candidato fez mais um parágrafo a respeito do

    entendimento do stf. Fundamentando e complementando a resposta do

    tópico anterior.

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    Na decisão o STF acrescenta que os direitos conquistados pelos

    trabalhadores rurais e constitucionalmente garantidos não podem ser

    mitigados por legislação infraconstitucional.

    ATÉ A PRÓXIMA.

    “Pergunte a si mesmo: o que você vai sacrificar pelo que acredita.”

    “Toda fadiga é lucrativa, mas limitar-se apenas a palavras leva apenas à pobreza.”

    “Quando penso que já cheguei ao meu limite, descubro que tenho forças para ir além.”

    “Construirei o meu império com trabalho, lágrimas, sangue e suor.”

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