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Discursiva para Auditor Fiscal do Trabalho
Prof. Patrik Loz
Aula 00
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Discursiva para Auditor Fiscal do
Trabalho
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Prof. Patrik Loz
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Palavras do Supremacia
Antes de você começar a aula do Prof. Patrik Loz,
vamos dar uma olhada em algumas táticas de estudos!
Primeiramente, quero parabenizá-lo (a) por escolher o
Supremacia como seu parceiro. Eu sou o Prof. Roberto Witte,
coordenador didático, e conte conosco para alcançar seu
sucesso! A seguir, tenho a satisfação de demonstrar, sucintamente, os pilares que
balizam a produção dos cursos do Supremacia Concursos (informações mais
detalhadas e bem interessantes você encontra no site
www.supremaciaconcursos.com.br. Vale muito a pena!).
Seja bem-vindo à família Supremata. Agora você é um (a) guerreiro (a)
Supremata, então vamos à guerra.
Metodologia
O Supremacia entende e respeita o processo de aprendizagem do adulto
(concurseiros e concurseiras são adultos) e busca a excelência ao oferecer
ferramentas para alcançar o objetivo do aprendiz. Para isso, baseia seus cursos em
6 pilares principais. Os primeiros 4 pilares são:
1. Andragogia;
2. Curva do Esquecimento;
3. Espiral da Aprendizagem.
1. Andragogia
Andragogia é definida como “a arte de ensinar e orientar adultos a
aprender”. Pedagogia, por sua vez, é “a arte de ensinar e orientar crianças e
adolescentes a aprender”.
http://www.supremaciaconcursos.com.br/
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Andragogia baseia-se, principalmente, no seguinte princípio:
Os adultos aprendem aquilo que eles decidem aprender, não o que lhes é
imposto (e que têm aplicação prática imediata em sua vida, caso contrário, perdem
o interesse rapidamente).
Em outras palavras: adultos querem soluções para seus problemas. E se você
decidiu melhorar sua vida e ter a qualidade de vida, você está no lugar certo. Todo
o material do Supremacia é desenvolvido para solucionar seus problemas. Conte
conosco, pois queremos ver seu nome na lista de aprovados o mais breve possível.
2. Curva do Esquecimento
Desenvolvida, em 1885, por um psicólogo alemão, Herman Ebbinghaus,
a curva do esquecimento (Forgetting Curve) ilustra a capacidade cerebral que
temos para armazenar as informações recém-adquiridas.
Ebbinghaus conseguiu, através de várias experiências, mensurar o efeito do
tempo na memória. Observe o gráfico a seguir:
Note que, na curva, a recomendação é de que você revise horas depois. Mas,
baseado em estudos mais modernos, recomendamos que você revise a matéria
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antes de passar uma noite de sono (explico isso em um vídeo que está no site do
Supremacia...é bem interessante...e o vídeo é curto).
Para você ter uma ideia, 24h após uma aula, esquecemos entre 60%-80% do
que foi ensinado. Em outras palavras, lembramos somente entre 20%-40%. E após
30 dias, sem revisões programadas, esquecemos 97% do conteúdo daquela aula.
Uma outra coisa interessante é que nas primeiras 24 horas se esquece mais
do assunto do que nos 29 dias seguintes. Então tente, pelo menos, ler suas
anotações de aula antes de dormir (no mais tardar, no dia seguinte). Sabemos que
nem sempre será possível, mas faça uma “forcinha”...seu cérebro agradecerá. Bom,
não é nada agradável saber que é normal esquecermos o que o professor falou na
aula. Aí, você pergunta: “Prof. Roberto Witte, existe solução para todo esse
esquecimento? Lógico que existe. A solução está no item a seguir.
3. Espiral da Aprendizagem
A Espiral da Aprendizagem é um nome bonito para revisões constantes,
recomendadas por Ebbinghaus. Reitero que, se possível, a primeira revisão seja
feita no mesmo dia, antes de dormir, mesmo que seja uma leitura rápida em suas
anotações de aula (se não for possível, no dia seguinte). Para ajudar você nesse
processo de revisões, utilizaremos várias técnicas em nossos materiais. Entretanto,
você precisa perceber qual o seu “ritmo” de esquecimento e, assim, determinar
quando você deve revisar uma determinada matéria (não existe regra fixa para a
frequência de revisões, cada um tem a sua). Nossa recomendação é que você
programe suas revisões de acordo com sua rotina semanal e siga o cronograma
estipulado. Montar uma grade de horário semanal e disciplinar-se a segui-la é um
bom começo (e uma questão de hábito. No site do Supremacia você encontra um
vídeo meu ensinando como você adquire esse hábito). Se você estiver utilizando o
serviço de Coaching, seu Coach o (a) auxiliará nessa tarefa. O Supremacia entende
perfeitamente a vida atribulada que você leva e está à sua disposição para ajudar
você a organizar seu estudo de modo a alcançar seu objetivo. Bom, faltam ainda os
dois últimos pilares, certo? Pois bem, os dois últimos pilares são:
5. Cone (ou Pirâmide) da Aprendizagem; 6. Tempo de estudo contínuo sem perder a efetividade.
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Mas, para saber sobre os pilares acima, eu convido você a entrar no nosso
site...vale a pena, pois lá você saberá qual é um tempo ideal para você ficar
sobre os livros e cadernos sem perder a efetividade e quais nosso tipos de
memória e como estudar de forma mais efetiva.
Estas considerações foram apenas para você perceber que nosso material segue
uma diretriz certeira. Isto foi apenas uma “palhinha” de nossa metodologia, e
colocamos o assunto de forma muito resumida. Portanto, acesse nosso site e tenha
todas estas informações de forma completa, assim você se tornará um verdadeiro
Supremata.
Estamos juntos...ou se preferir “Tamujunto” .
Prof. Roberto Witte
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Patrik Loz é Auditor Fiscal do
Trabalhodo Ministério do Trabalho e
Emprego aprovado em 19º lugar no
concurso de 2013. Já ocupou o cargo
de Técnico de Finanças e controle da
Controladoria Geral da União - CGU.
Foi 1º colocado no concurso do MPU
para Analista de Orçamento e 2º
colocado para Analista Administrativo
do TRF da 1ª Região. Formado em
Administração na Universidade Federal
do Tocantins - UFT.
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Aula 00 – Discursiva para Auditor Fiscal do Trabalho
Bem-vindo (a), caríssimo concurseiro (a)! Eu sou o professor Patrik Loz.
Será uma satisfação estar com vocês nessa batalha pela aprovação no Concurso
de Auditor Fiscal do Trabalho.
O Curso de Discursiva para AFT está agora com a sua quarta turma. A
aula terá vários temas que não constaram do curso anterior. Isso porque
durante o curso passado, elaboramos vários padrões de resposta de provas
anteriores ou de temas inéditos.
O curso é temático com correção. Isso significa que iremos ensinar
como fazer uma discursiva (questões, dissertação, parecer) elaborando
modelos de resposta para várias questões discursivas do CESPE e de temas
inéditos. Em cada modelo iremos explicar parágrafo a parágrafo como
construímos o modelo de resposta. Dessa forma, o aluno aprende e terá
várias questões com modelos de resposta.
O curso terá a duração de 02 meses e iremos demonstrar a vocês o
quanto pode ser fácil produzir uma boa discursiva. Durante o curso
haverá a correção de 06 (seis) discursivas de cada aluno (02 questões, 02
questões – problema; 01 dissertação e 01 parecer técnico). Nossa correção
será aprofundada e não apenas superficial. Digo isso porque faço
observações a cada parágrafo que o aluno elaborou. Isso para que no dia da
prova haja o mínimo de descontos na nota. Procuramos ensinar ao aluno
como tirar nota máxima na discursiva. Logicamente que o aprendizado da
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macro estrutura para discursivas deve ser acompanhado do estudo do
conteúdo constante no edital.
É ESSENCIAL O ESTUDO APROFUNDADO DAS DISCIPLINAS QUE SERÃO
COBRADAS NA DISCURSIVA. E AQUI VAI UMA OBSERVAÇÃO IMPORTANTE.
NÃO É SUFICIENTE ESCOLHER O MELHOR PDF OU LIVRO DA DISCIPLINA E
ESTUDA-LO VÁRIAS VEZES. ALÉM DO PDF OU LIVRO VOCÊ DEVERÁ LER A
LEGISLAÇÃO SECA (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, LEI 8.112, LEI 8.429, CLT, NR’S:
04, 05, 07, 09, 10, 12, 15,16,17, 18, 31, 32, 33, 35), OS INFORMATIVOS DE
JURISPRUDÊNCIA DE DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO DO STF
E STJ DOS ÚLTIMOS 02 ANOS E DO ANO CORRENTE E AS SÚMULAS E
ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS DO TST. ISSO PORQUE NAS PROVAS DE
DISCURSIVAS É MUITO COMUM SER COBRADO RESPOSTAS COM
FUNDAMENTO NA LEGISLAÇÃO OU JURISPRUDÊNCIA (OU NAS DUAS). NO
CONCURSO DE 2013 QUASE 100 CANDIDATOS FORAM ELIMINADOS POR
NÃO SABER UMA JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA DO STF E STJ. UM DOS
CANDIDATOS ESTAVA ENTRE OS 10 PRIMEIROS COLOCADOS E FOI
ELIMINADO POR NÃO SABER ESSA JURISPRUDÊNCIA. ENTÃO MUITA
ATENÇÃO.
RESSALTO QUE NÃO SERÁ UM CURSO GRAMATICAL. Aqui a
preocupação é com a estrutura macro da discursiva. Aprender como fazer a
discursiva da forma que o examinador pediu e dentro do tempo. Ao saber
como e o que fazer no dia da sua prova, você não perderá tempo pensando
em como iniciar os parágrafos, a forma como deve abordar a questão, se
haverá uma introdução ou não, se houver introdução como fazer a
introdução, como deixar o texto coerente, claro e coeso etc.
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Outra característica do nosso curso é que seremos sempre muito
objetivos. Não trarei informações desnecessárias tendo em vista que já
há muita matéria a ser estudada. Apenas serei, às vezes, um pouco
repetitivo em pontos que julgo importante que vocês aprendam.
Bom, irei rapidamente me apresentar. Sou Auditor Fiscal do Trabalho
aprovado em 19º lugar no último concurso de 2013. Anteriormente trabalhei
na Controladoria Geral da União. Ainda fui primeiro colocado para analista no
concurso do Ministério Público da União e segundo colocado para analista no
concurso do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
No último concurso de AFT 300 candidatos foram para a segunda fase
(discursiva). Desses, após o resultado final, apenas 102 fizeram o mínimo.
Isso significa que quase 2/3 ou 66% foram REPROVADOS (198 candidatos).
Quem foi para a segunda fase e fez o mínimo, foi nomeado. No edital
passado, a fase discursiva estava dividida da seguinte forma: 1. Três
questões (máximo de 20 linhas cada) e uma dissertação (máximo de 30
linhas); 2. Três questões-problema (máximo de 20 linhas cada) e um parecer
técnico (máximo de 60 linhas).
Como podem observar, são 08 discursivas para ser feitas em 08 horas.
Isso significa que terá em média uma hora para ler o que a questão está
pedindo, fazer o rascunho e transcrever para a folha de resposta. Ocorre que
fazer uma discursiva em uma hora é um tempo razoável. Todavia, fazer 08
em 08 horas não é a mesma coisa de fazer uma por hora. O desgaste físico e
mental é muito grande, pois não há um minuto de descanso (não fui ao
banheiro no dia da prova nem bebi água, nem ninguém que fez a prova na
sala comigo). Afirmo a vocês que caso não pratiquem discursivas com
antecedência, no dia da prova não conseguirão fazer tudo que é pedido
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dentro do tempo disponível. No entanto, se você fizer várias discursivas até
o dia da sua prova, no momento em que estiver fazendo a sua discursiva, na
segunda fase do concurso, portanto, você irá perceber que está fazendo a
prova de maneira automática. Ganha muito tempo que se perderia
pensando em como iniciar e o que deve ser transcrito para a prova.
Nessa aula demonstrativa irei trazer vários temas dos mais diversos, e a
partir da próxima aula irei separar cada tipo de discursiva cobrada pelo
CESPE: questão; questão problema; dissertação e parecer. Também a partir
da próxima aula iremos aborda mais a forma de correção realizada pelo
CESPE.
Antes de expor os modelos de resposta, vamos apresentar um
pequeno guia de como fazer uma discursiva. Vocês poderão perceber que de
forma geral é muito simples. Por mais complexa que seja a questão, com
esses ensinamentos básicos e com o conhecimento do conteúdo, você será
capaz de responder todas as questões e dentro do tempo. Perceba que o
examinador apenas quer que você demonstre conhecimento técnico sobre
determinado assunto. Ele não quer que você faça uma discursiva que depois
vire um Best-seller, e muito menos o examinador não quer chorar de
emoção ao ler a sua discursiva. Esses ensinamentos servem para todo e
qualquer tipo de questão discursiva (questões, questões-problemas,
dissertações, pareceres técnicos, peças práticas) e com qualquer
quantidade de linhas. Nas aulas seguintes apresentaremos as diferenças de
cada uma das questões que serão cobradas na prova.
Sem demora, segue o roteiro básico que você deve seguir
em todo tipo de discursiva.
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LEITURA ATENTA DA QUESTÃO. Esse é o ponto mais importante. A
leitura atenta é o que leva você a expor exclusivamente o que o
examinador pediu na questão e da forma que ele exigiu que fosse
respondida. Atente-se para cada uma das palavras chave contidas e aos
verbos. Quantas perguntas há na questão. Com base em que
fundamentos a banca está exigindo a resposta (doutrina, legislação,
jurisprudência). Se o examinador pedir a resposta com fundamento na
jurisprudência e você responder com base na legislação a sua nota será
zero, por melhor que seja a sua resposta. Verifique se o texto que o
examinador trouxe é apenas motivador ou faz parte da questão. Algumas
questões trazem textos complexos sem, no entanto, servirem para a
resposta da questão. Servem apenas para “preocupar e confundir” o
candidato. Caso o texto faça parte da questão, grife, marque cada
palavra chave, cada ponto importante e que tenha relação com as
perguntas que seguem. EM ESTUDOS DE CASO, MUITA ATENÇÃO PARA
NÃO TIRAR CONCLUSÕES QUE NÃO ESTEJAM EXPLICITAS NA QUESTÃO.
ENTÃO SE ATENTE AOS FATOS EXPLICITAMENTE TRAZIDOS.
CERTIFIQUE-SE QUE TUDO FOI RESPONDIDO. A pontuação da discursiva
e dividida pela quantidade de tópicos contidos na questão. Sendo assim,
havendo uma questão valendo 100 pontos e com 05 tópicos, cada tópico
valerá em média 20 pontos. Caso você responda 04 tópicos de forma
perfeita com toda doutrina, jurisprudência e legislação sobre o assunto,
mas esqueça de responder a um tópico, o examinador irá descontar os
20 pontos correspondentes a esse tópico. Simples assim. Outro fato é
que caso um dos tópicos seja para dar exemplos (no plural) e você der
apenas um exemplo, você irá perder 10 pontos (porque o tópico pediu
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exemplos – pelo menos dois – e você trouxe apenas um). Se o
examinador pedir que você responda com base na Constituição Federal e
você responder com base na lei, por exemplo, você irá zerar a questão.
Mesmo a resposta estando certa conforme fundamentos da lei. Mais um
fato é que se a questão pedir que você responda com fundamento na
legislação e você responder com fundamento na legislação, na doutrina e
na jurisprudência, você não ganhará nada a mais por isso. MUITA
ATENÇÃO PARA TÓPICOS QUE TRAZEM MAIS DE UMA PERGUNTA.
ORGANIZAÇÃO. Marque no texto, grife, numere tudo o que é
importante e que tenha correlação com as perguntas. Isso é mais
importante em questões com textos grandes. Faça uma espécie de check
list.
SIGA A SEQUÊNCIA DETERMINADA PELO EXAMINADOR NOS TÓPICOS.
Quando ele for corrigir tenderá a procurar as respostas na mesma
sequência. Isso facilitará a correção, tendo em vista que ele não é um
especialista no assunto. Ele corrige tendo em mãos um padrão de
resposta. Então ele pontua conforme a sua resposta contenha tudo que
consta no modelo de resposta ou não. Estando na mesma sequência e de
forma organizada, isso facilita a correção.
SEMPRE USE NAS RESPOSTAS PALAVRAS CHAVE DA PERGUNTA, E SE
POSSÍVEL INICIE O PARÁGRAFO COM ELAS. Não se preocupe em como
iniciar os parágrafos. Simplesmente inicie usando as próprias palavras
chave contidas na pergunta. Perde-se muito tempo tentando imaginar a
melhor forma de iniciar as resposta. Não procure palavras sinônimas
para não repetir as mesmas constantes na pergunta, use as mesmas
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palavras. Isso ainda ajuda que você se certifique que tudo foi
respondido. Grife as palavras chave contidas nos tópicos e depois veja se
constam na sua resposta.
DÊ RESPOSTAS CLARAS, OBJETIVAS, IMEDIATAS, DIRETAS. As bancas
têm favorecido ao candidato que vai direto ao que está sendo pedido, ao
núcleo da questão. O candidato não deve fazer introduções que
abordem a questão de modo superficial e tardar a responder ao núcleo
do que está sendo pedido. A resposta deve ser imediata (sem
abordagens superficiais). Não faça abordagens históricas, morais, sociais
e não dê opinião pessoal. As palavras chave de cada tópico devem ser
retomadas na resposta de cada um deles. Dê respostas diretas (não
deixe a resposta implícita, seja sempre explícito, afirmativo). Já na
primeira linha responda a pergunta. Em seguida traga os fundamentos
que sustentam a sua afirmação.
Vamos aos padrões de resposta.
TEMA 01
O artigo 2.º da Constituição da República Federativa do Brasil assim
dispõe: “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o
Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. A partir do dispositivo constitucional
supra, deve o candidato discorrer sobre o tema INDEPENDÊNCIA E
HARMONIA ENTRE OS PODERES, abordando obrigatoriamente os seguintes
tópicos:
a) harmonia entre os poderes – divisão de funções entre os órgãos de
poder – princípio da indelegabilidade de funções – absoluta ou relativa?
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b) independência entre os poderes – absoluta ou relativa?
c) sistema de freios e contrapesos;
d) exceções ao princípio da divisão dos Poderes – Exemplos
PADRÃO DE RESPOSTA
Tópico “a”.
A República Federativa do Brasil é um Estado Democrático de Direito,
determinando a Constituição Federal de 1988 (CF/88) que são Poderes da
União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o
Judiciário. Como se depreende, há independência e HARMONIA ENTRE OS
PODERES, acarretando uma DIVISÃO DE FUNÇÕES ENTRE OS ÓRGÃOS DE
PODER. Dessa forma, de acordo com a melhor doutrina, o Executivo é o
responsável pela execução das políticas e programas de governo; o Judiciário
em dizer de forma definitiva qual o direito a ser aplicado; e o Legislativo em
fiscalizar e criar as leis.
As FUNÇÕES típicas de cada Poder são INDELEGÁVEIS, de acordo com a
clássica tripartição de poderes de Montesquieu. Essas funções estatais
legislativa, judicial e executiva deveriam ser distribuídas de forma rígida ou
absoluta por órgãos distintos e independentes, não podendo um Poder
delegar a outro uma competência que lhe é essencial. No entanto, no atual
sistema constitucional brasileiro o PRINCÍPIO DA INDELEGABILIDADE de
funções não é absoluto, mas relativo, sendo exemplo disso a possibilidade
de o Legislativo delegar ao Executivo a responsabilidade de legislar
determinadas matérias, conforme prevê a CF/88. Vamos analisar os
parágrafos que acabamos de estruturar.
Vamos analisar os parágrafos que acabamos de estruturar.
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Observe que respondemos a questão com fundamento em fontes
“oficiais”. Inicio deixando manifesto que a afirmação está contida na
Constituição Federal de 88 (CF/88). Logo no parágrafo seguinte ao falar da
indelegabilidade de funções cito Montesquieu que foi o grande teórico do
assunto tratado na questão. Ainda foi possível encerrar o parágrafo
dizendo “conforme prevê a CF/88”. Dessa forma, você demonstra ao
examinador que você tem conhecimento sobre o assunto que está
escrevendo.
Veja também as palavras em letras maiúsculas. São as palavras chave
constantes na questão. Dessa forma fica facilmente perceptível ao
examinador a resposta correspondente de cada tópico por ele solicitado.
Como o primeiro tópico continha dois assuntos, separamos cada um num
parágrafo. Não misture assuntos diferentes num mesmo parágrafo.
Uma dificuldade muito comum quando estamos fazendo uma prova
discursiva é como iniciar a questão. E aqui digo que é muito simples. Inicie a
questão com as palavras contidas no próprio tema proposto. Você não
precisa inventar algo novo. Vá direto ao assunto. Use palavras e expressões
já constantes no texto trazido pelo examinador. Note que foi exatamente o
que eu fiz no início do primeiro parágrafo. Começo praticamente apenas
repetindo o que o examinador trouxe na questão. Alias, assim recomendo
que façam. Não inventem. Com isso superamos a fase inicial e podemos
prosseguir com mais tranquilidade.
Ainda chamo a atenção de vocês para mais uma coisa. Temos no tópico
“a” praticamente 04 temas. A princípio pode parecer (numa leitura mais
apressada, principalmente no calor da prova) que você deve falar somente
sobre “harmonia entre os poderes” e “princípio da indelegabilidade”. Mas
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temos que falar ainda sobre a “divisão de funções entre os órgãos de poder”
e “se a indelegabilidade de funções é absoluta ou relativa”. É percebível que
no primeiro parágrafo começo falando da “harmonia entre os poderes” e
termino com a “divisão de funções entre os órgãos de poder”. Já no segundo
parágrafo inicio sobre a “indelegabilidade de funções” e fecho com se essa é
relativa ou absoluta. Analisando os 02 parágrafos reparem que tudo o que
o examinador pediu foi respondido. Com a prática essas análises e a
sequência do roteiro que passei ficam automáticas.
No segundo tópico temos: b) independência entre os poderes – absoluta
ou relativa?
PADRÃO DE RESPOSTA
A independência entre os Poderes não ocorre de forma absoluta, pois o
que de fato acontece é uma interdependência e harmonia, como bem
determina a CF/88, demonstrando que a independência entre eles é apenas
relativa. Um Poder limita o outro na medida em que a própria CF/88 criou
mecanismos de controle de um Poder sobre o outro. Todavia, como já decidiu
o STF inúmeras vezes, essa independência é relativa apenas nas hipóteses
constitucionalmente previstas. Nos casos não previstos na Constituição não
pode um Poder interferir no outro.
Analisemos mais esse parágrafo.
O tópico pergunta objetivamente se a independência entre os poderes é
absoluta ou relativa. Sendo assim, respondemos de forma objetiva e direta.
Note que já iniciamos respondendo: “A independência entre os Poderes não
ocorre de forma absoluta”. Não demore a responder o que o examinador
perguntou. Sempre que possível já responda na primeira linha. O restante
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do parágrafo apenas irá sustentar sua afirmação. Alias você deve AFIRMAR.
Não deixe a sua resposta subentendida. Note ainda que todo o parágrafo é
alicerçado em fontes “oficiais”. No caso, sustentamos nossa resposta na
Constituição e em decisões do STF.
No tópico seguinte temos: c) sistema de freios e
contrapesos;
PADRÃO DE RESPOSTA
Esses mecanismos de controle, supracitados, que a doutrina passou a
chamar de sistema de freios e contrapesos, são responsáveis em manter o
Estado Democrático de Direito. Esse sistema faz com que haja o devido
equilíbrio capaz de evitar que um Poder extrapole ao exercer sua função.
Como exemplo do sistema de freios e contrapesos temos: o controle de
constitucionalidade exercido pelo Judiciário sobre às normas criadas pelo
Legislativo; a fiscalização exercida pelo Legislativo, por meio do Tribunal de
Contas, sobre os atos do Judiciário e do Executivo; a possibilidade de o
Legislativo constituir Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar
ações do Executivo ou Judiciário; a sanção exercida pelo Executivo quanto às
leis elaboradas pelo Legislativo.
Por último temos: d) exceções ao princípio da divisão dos Poderes –
Exemplos
PADRÃO DE RESPOSTA
No sistema brasileiro há várias exceções ao princípio da divisão
dos Poderes. Como exemplo, podemos citar: as medidas provisórias
publicadas pelo Poder Executivo; o julgamento do Presidente da República
pelo Senado Federal nos crimes de responsabilidade; a iniciativa de lei aos
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tribunais superiores nos casos previstos na CF/88; o exercício da função
executiva pelo Judiciário e Legislativo quando esses organizam seus serviços
internos.
Nos dois últimos parágrafos, mais uma vez, é fácil notar que fomos
direto às respostas. Constate que já na primeira ou no máximo na segunda
linha as palavras chave, núcleo da pergunta do examinador, são repetidas.
Não há dificuldade em localizar em que parágrafo ou em que parte do texto
está a resposta a cada tópico.
Trazemos agora a resposta completa para melhor observação:
O artigo 2.º da Constituição da República Federativa do Brasil assim
dispõe: “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o
Legislativo, o Executivo e o Judiciário”.
A partir do dispositivo constitucional supra, deve o candidato discorrer
sobre otema INDEPENDÊNCIA E HARMONIA ENTRE OS PODERES, abordando
obrigatoriamente os seguintes tópicos:
a)harmonia entre os poderes – divisão de funções entre os órgãos de
poder – princípio da indelegabilidade de funções – absoluta ou relativa?
b)independência entre os poderes – absoluta ou relativa?
c)sistema de freios e contrapesos;
d)exceções ao princípio da divisão dos Poderes – Exemplos
PADRÃO DE RESPOSTA
A República Federativa do Brasil é um Estado Democrático de Direito,
determinando a Constituição Federal de 1988 (CF/88) que são Poderes da
União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o
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Judiciário. Como se depreende, há independência e HARMONIA ENTRE OS
PODERES, acarretando uma DIVISÃO DE FUNÇÕES ENTRE OS ÓRGÃOS DE
PODER. Dessa forma, de acordo com a melhor doutrina, o Executivo é o
responsável pela execução das políticas e programas de governo; o Judiciário
em dizer de forma definitiva qual o direito a ser aplicado; e o Legislativo em
fiscalizar e criar as leis.
As FUNÇÕES típicas de cada Poder são INDELEGÁVEIS de acordo com a
clássica tripartição de poderes de Montesquiel. Essas funções estatais
legislativa, judicial e executiva deveriam ser distribuídas de forma rígida ou
absoluta por órgãos distintos e independentes, não podendo um Poder
delegar a outro uma competência que lhe é essencial. No entanto, no atual
sistema constitucional brasileiro o PRINCÍPIO DA INDELEGABILIDADE de
funções não é absoluto, mas relativo, sendo exemplo disso a possibilidade de
o Legislativo delegar ao Executivo a responsabilidade de legislar
determinadas matérias, conforme prevê a CF/88.
A independência entre os Poderes não ocorre de forma absoluta, pois o
que de fato acontece é uma interdependência e harmonia, como bem
determina a CF/88, demonstrando que a independência entre eles é apenas
relativa. Um Poder limita o outro na medida em que a própria CF/88 criou
mecanismos de controle de um Poder sobre o outro. Todavia, como já decidiu
o STF inúmeras vezes, essa independência é relativa apenas nas hipóteses
constitucionalmente previstas. Nos casos não previstos na Constituição não
pode um Poder interferir no outro.
Esses mecanismos de controle, supracitados, que a doutrina passou a
chamar de sistema de freios e contrapesos, são responsáveis em manter o
Estado Democrático de Direito. Esse sistema faz com que haja o devido
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equilíbrio capaz de evitar que um Poder extrapole ao exercer sua função.
Como exemplo do sistema de freios e contrapesos temos: o controle de
constitucionalidade exercido pelo Judiciário sobre às normas criadas pelo
Legislativo; a fiscalização exercida pelo Legislativo, por meio do Tribunal de
Contas, sobre os atos do Judiciário e do Executivo; a possibilidade de o
Legislativo constituir Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar
ações do Executivo ou Judiciário; a sanção exercida pelo Executivo quanto às
leis elaboradas pelo Legislativo.
No sistema brasileiro há várias exceções ao princípio da divisão
dos Poderes. Como exemplo, podemos citar: as medidas provisórias
publicadas pelo Poder Executivo; o julgamento do Presidente da República
pelo Senado Federal nos crimes de responsabilidade; a iniciativa de lei aos
tribunais superiores nos casos previstos na CF/88; o exercício da função
executiva pelo Judiciário e Legislativo quando esses organizam seus serviços
internos.
TEMA 02
A Constituição de 1988 consagrou uma série de princípios e
estabeleceu um conjunto de regras atinentes à relação entre a
administração e os servidores. Um dos aspectos mais relevantes diz
respeito à investidura em cargo ou emprego público, seja mediante
concurso público, seja para os chamados cargos em comissão.
Considerando que o texto acima tem caráter unicamente motivador,
redija um texto dissertativo acerca do ingresso no serviço público a
partir dos princípios da administração. Em seu texto, aborde,
necessariamente, os seguintes aspectos:
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a) principais princípios da administração pública na Constituição
Federal;
b) formas principais de ingresso no serviço público;
c) relações entre formas de ingresso e princípios da
administração descritos.
PADRÃO DE RESPOSTA
Os principais princípios da administração pública estão previstos no
art. 37 da Constituição Federal de 1988 (CF/88). São eles a legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. A legalidade
determina que a administração deve seguir os ditames constantes na lei; a
impessoalidade está relacionada à isonomia, garantindo a todos iguais
direitos e oportunidades; a moralidade liga-se à ética, à honestidade e à
probidade que deve guiar os atos públicos; a publicidade orienta que os atos
da administração devem ser públicos; a eficiência atribui o dever da
administração zelar pela melhor aplicação dos recursos disponíveis. Outro
princípio de grande relevância previsto na CF/88 é o princípio do concurso
público. Esse apenas não será observado nos casos constitucionalmente
previstos.
As formas principais de ingresso no serviço público, além do
concurso público, são: o exercício de mandato eletivo – legislativo e chefes
do executivo; quinto constitucional para ingresso de magistrados nos
tribunais; processo seletivo simplificado para os agentes de endemias;
serviços público temporário no caso de relevância necessidade; os cargos em
comissão.
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As formas de ingresso se relacionam diretamente com os princípios
da administração pública descritos. Ao seguir apenas os casos
constitucionalmente previstos para ingresso no serviço público o
administrador respeita o principio da legalidade. A impessoalidade será
atendida, pois os servidores não são escolhidos de maneira livre pelo
administrador, ressalvados os casos de livre nomeação e exoneração. Dessa
forma, a administração será mais eficiente, tendo em vista que para
ingressar no serviço é necessário que haja mérito, e não a simples troca de
favores ou indicações políticas.
Todas as formas de ingresso devem seguir formas determinadas de
divulgação aos interessados e publicados seus resultados. Sendo assim,
temos a moralização da administração pública que passa a seguir a
finalidade pública e não aos interesses particulares. De maneira a melhor
expressar os princípios da eficiência, moralidade e impessoalidade o
Supremo Tribunal Federal publicou súmula vinculante que proíbe o exercício
de cargos comissionados a parentes das autoridades nomeantes, inclusive
nos casos de nomeações cruzadas.
Vamos analisar o que fizemos.
No primeiro tópico falamos e descrevemos cada um dos principais
princípios previstos na Constituição Federal bem como em que artigo se
encontra. O fundamento é a própria Constituição. No segundo parágrafo
trouxemos as principais formas de ingresso no serviço público. Todos estão
previstos na Constituição (fundamento da resposta). No terceiro e quarto
parágrafos fizemos a relação entre as formas de ingresso no serviço
público com os princípios da administração. E ainda trouxemos súmula do
STF sobre o assunto.
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Qualquer pessoa mesmo que não conheça o assunto consegue
encontrar a resposta a cada pergunta. Tanto pelas palavras chave
usadas no início de cada parágrafo quanto por seguir a mesma sequência
trazida pelo examinador. Dessa forma, você não terá problemas em
estruturar a sua dissertação. Não terá problemas nem dúvidas de como
iniciá-la.
TEMA 03
Considerando sinônimos os conceitos de “Administração
centralizada” e “Administração direta”, bem como a identidade de
significado entre os termos “Administração descentralizada” e
“Administração indireta”:
a) descreva 02 (dois) elementos distintivos entre a descentralização e
a desconcentração administrativa;
b) discorra sobre a existência de relação hierárquica ou de
controle ou tutela entre a Administração central e os respectivos entes
administrativos descentralizados, e
c) indique um exemplo de desconcentração administrativa no
âmbito da organização da estrutura administrativa federal brasileira.
Nessa questão temos que responder 03 tópicos em 20 linhas. O
parágrafo em que responde ao tópico que o examinador quer, deve ser
simples, objetivo e direto (como já dito).
PADRÃO DE RESPOSTA
Dois dos principais elementos distintivos entre a descentralização e a
desconcentração administrativa são que nessa a distribuição do exercício
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de funções ocorre dentro do próprio ente ou da mesma pessoa jurídica. Já
na descentralização é criada uma nova pessoa jurídica ou transferida a
execução do serviço à particular por meio de concessão, permissão ou
autorização.
Outro elemento distintivo é que na desconcentração há hierarquia
direta entre a pessoa jurídica detentora do serviço e os órgãos
desconcentrados, tendo em vista que se trata da mesma pessoa jurídica. No
caso da descentralização não ocorre hierarquia entre a Administração
central e os respectivos entes descentralizados.
Não há existência de relação hierárquica entre a Administração
central e os respectivos entes administrativos descentralizados. Todavia,
ocorre controle ou tutela do ente central sobre os entes descentralizados.
Isso acontece porque é o ente central o responsável pelos serviços, tendo
apenas transferido a execução a terceiros. Ressalte-se, que esse controle ou
tutela é realizado nos devidos limites da lei.
Como exemplo de desconcentração administrativa no âmbito da
organização da estrutura administrativa federal brasileira tem-se a
desconcentração realizada da União para os Ministérios. Esse tipo de
desconcentração é denominado por matéria e acontece pelo fato de haver
uma grande variedade de serviços a cargo da União.
Nesse modelo seguimos tudo que ensinamos até o momento.
Observem cada um dos passos do roteiro que trouxe no início da aula e
tudo que falei até agora. Faço o seguinte destaque: veja que no tópico
“b” quando a questão fala “relação hierárquica ou de controle ou
tutela”; relação hierárquica pede uma resposta e relação de controle ou
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tutela solicita outra resposta. Essa atenção especial está no nosso roteiro
que deve ser observado.
TEMA 04
Redija um texto dissertativo, acerca do tema seguinte: AGÊNCIAS
REGULADORAS CRIADAS PELA UNIÃO: CARACTERÍSTICAS E FINALIDADES. Em
sua dissertação, devem ser contemplados, necessariamente, os seguintes
aspectos:
a) natureza jurídica;
b) especialização técnica;
c) independência;
d) poder
normativo.
Extensão
PADRÃO DE RESPOSTA
Com a transferência de serviços públicos do âmbito da União para o
particular, houve a necessidade de serem criadas as agências reguladoras
com a finalidade de fiscalizar e controlar o setor a que a lei lhe atribuiu.
(INTRODUÇÃO)
A natureza jurídica das agências reguladoras é de autarquia sob o
regime especial. Esse regime ocorre pelo fato de as agências terem maior
autonomia, independência e prerrogativas que as autarquias em geral.
(RESPOSTA TÓPICO “A”. INICIANDO COM AS PALAVRAS CHAVE)
As agências reguladoras são dotadas de grande especialização
técnica, sendo dotadas de corpo de funcionários com alta capacidade
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técnica. Isso ocorre porque as agências são responsáveis por regular
setores da economia que demanda conhecimentos aprofundados do setor
regulado. Dessa forma, seus agentes e seus dirigentes, inclusive, devem
possuir grande conhecimento da atividade regulada pela agência.
(RESPOSTA TÓPICO “B”. PALAVRAS CHAVE PRESENTE JÁ NA PRIMEIRRA
LINHA DO PARÁGRAFO: ESPECIALIZAÇÃO TÉCNICA)
De forma a melhor exercerem suas finalidades as agências desfrutam
de grande independência. Isso é notável pelos seguintes fatos: seus
dirigentes possuem mandatos fixos só podendo perder o cargo nos casos
previstos em lei; seus atos não são passíveis de revisão pelo ente que a
criou, ressalvados os casos previstos em lei, não havendo assim, hierarquia
entre esse e a agência reguladora; há autonomia administrativa e
financeira. (RESPOSTA TÓPICO “C”. PALAVRA CHAVE PRESENTE NA
PRIMEIRA FRASE: INDEPENDÊNCIA)
Ainda destaca-se, o poder normativo que possui as agências. Essas
podem regular o setor conforme definido em lei principalmente no que diz
respeito aos conceitos técnicos. Ressalte-se, que não é permitido às
agências inovarem no mundo jurídico. (RESPOSTA TÓPICO “D”. PALAVRA
CHAVE PRESENTE NA PRIMEIRA LINHA: PODER NORMATIVO)
TEMA 05
Redija, DE FORMA FUNDAMENTADA, texto dissertativo acerca da
contratação de empregados pela administração pública direta federal. Em
seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes aspectos:
a) possibilidade jurídica da referida contratação;
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b) requisitos constitucionais para a validade da contratação e
consequências da não observância desses requisitos;
c) garantias contra a dispensa e existência de estabilidade;
d) competência para apreciar as controvérsias decorrentes desse
contrato de trabalho.
PADRÃO DE RESPOSTA
Para que a administração pública brasileira possa atingir sua
finalidade é necessária a contratação de servidores públicos. Essa
contratação poderá ser efetuada, por exemplo, por meio de concurso
público, contratação temporária de excepcional necessidade pública,
contratação de livre nomeação e exoneração. Os regimes jurídicos
adotados podem ser de natureza estatutária ou celetista. (INTRODUÇÃO)
Quanto à POSSIBILIDADE JURÍDICA de a administração pública
federal contratar empregados, a Constituição Federal de 1988 (CF/88)
previu de forma originária que a administração direta adotaria regime
jurídico único, sendo no caso o regime estatutário. No entanto, a
emenda constitucional 19 de 1998 (EC 19/98) determinou a possibilidade de
a administração pública adotar o regime estatutário ou celetista.
(RESPOSTA DO TÓPICO “A”. PALAVRA CHAVE NA PRIMEIRA LINHA:
POSSIBILIDADE JURÍDICA)
Ressalte-se que a possibilidade de contratar sob o regime celetista
apenas pode ocorrer, conforme orientação do Supremo Tribunal Federal
(STF), para as atividades não finalísticas do estado. Essa orientação se
consolidou em decisão na qual o STF determinou que as agências
reguladoras somente podem contratar sob o regime estatutário, por se
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tratar de atividade finalística do estado. (CONTINUAÇÃO DA RESPOSTA DO
TÓPICO “A”. REPAREM QUE A QUESTÃO PEDE DE FORMA
FUNDAMENTADA. TROUXE FUNDAMENTOS DA CONSTITUIÇÃO E DO STF.
POR FAVOR MUITA ATENÇÃO A ISSO)
OS REQUISITOS CONSTITUCIONAIS PARA A VALIDADE DA
CONTRAÇÃO estão definidos na CF/88. Essa determina que a contratação
seja realizada por meio de concurso público de provas ou de provas e títulos.
Poderão concorrer os brasileiros e os estrangeiros, esses na forma da lei. A
NÃO OBSERVÂNCIA DESSES REQUISITOS ACARRETARÁ COMO
CONSEQUÊNCIA a nulidade da contratação com a responsabilização de
quem tenha dado causa.
Conforme jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (TST) a
nulidade do contrato por não atendimento do requisito do concurso público
acarreta para administração o dever de recolher em nome do empregado
o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). (RESPOSTA DO
TÓPICO “B”. NOTE QUE SÃO DUAS PERGUNTAS. TRAZEMOS AS PALAVRAS
CHAVE DE CADA UMA DELAS EM NEGRITO. AINDA FUNDAMENTAMOS NA
CONSTITUIÇÃO E NO TST)
No que diz respeito às GARANTIAS CONTRA A DISPENSA E
EXISTÊNCIA DE ESTABILIDADE, o empregado da administração pública
direta federal não dispõe de estabilidade na forma que é garantida ao
funcionário público estatutário. Isso, no entanto, não significa que o
empregado não tenha garantias contra dispensa. O empregado público da
administração direta federal só poderá ser dispensado nos casos legalmente
previstos, como por exemplo, em caso de cometimento de falta grave. Nesse
caso, será garantida o devido processo legal e o contraditório e a ampla
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defesa. (RESPOSTA DO TÓPICO “C”. PALAVRAS CHAVE NA PRIMEIRA LINHA:
GARANTIAS CONTRA A DISPENSA E EXISTÊNCIA DE ESTABILIDADE)
Apesar de todo o exposto até aqui, o Supremo Tribunal Federal, em
liminar de ação direta de inconstitucionalidade, declarou a
inconstitucionalidade formal da EC 19/98 fazendo retornar a
obrigatoriedade do regime jurídico único na administração pública. O STF
afirmou ainda que a decisão valeria “ex nunc”, ou seja, os casos
consolidados antes da decisão continuariam com eficácia até a decisão de
mérito. Dessa forma, enquanto não sobressair decisão definitiva do STF a
administração pública direta federal não poderá contratar empregados sob
o regime celetista. (AQUI TROUXEMOS UMA IMPORTANTE DECISÃO DO STF
SOBRE O ASSUNTO EM ANÁLISE. HAVENDO ESPAÇO ISSO É IMPORTANTE
PARA DEMONSTRAR O CONHECIMENTO DO ALUNO QUANTO A
JURISPRUDÊNCIA).
A COMPETÊNCIA PARA APRECIAR AS CONTROVÉRSIAS
DECORRENTES DOS CONTRATOS DE TRABALHO é da justiça do trabalho,
conforme determina o artigo 114 da CF/88. Sendo assim, mesmo nos casos
em que uma das partes seja a administração pública direta federal a
competência continua sendo da justiça do trabalho. Ressalve – se, que nos
casos de regime jurídico estatutário a competência será da justiça comum.
(RESPOSTA DO TÓPICO “D”. PALAVRAS CHAVE INICIANDO A RESPOSTA: A
COMPETÊNCIA PARA APRECIAR AS CONTROVÉRSIAS DECORRENTES DOS
CONTRATOS DE TRABALHO).
Assim como na resposta das outras questões, observem que
cumprimos todos os passos do nosso roteiro. Apesar de a resposta ser de
no máximo 60 linhas, observem que se tivermos organização e seguirmos os
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passos corretamente podemos fazer textos de todos os tamanhos com a
mesma facilidade. Os ensinamentos servem para um texto de 20 ou de 120
linhas. Isso será importante no parecer que contará com 60 linhas. Alguns
ficam preocupados por ser uma quantidade de linhas razoavelmente
grande, mas percebam que é tão simples quanto fazer uma questão de 20
linhas. Temos apenas que ter organização e ficarmos muito atentos a todos
os detalhes e tudo que está sendo pedido.
TEMA 06
O estudo dos atos administrativos é elemento fundamental a
possibilitar a adequada situação dos servidores públicos e da própria
Administração. A produção de tais atos demanda uma avaliação de
aspectos atinentes à regularidade do ato, bem assim à
conveniência e à oportunidade em sua expedição. Nesse contexto,
pergunta-se uma vez expedidos, existem atos administrativos que não
podem ser revogados?
À luz da DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA PÁTRIAS, justifique sua
resposta, indicando:
a) os fundamentos que confirmam a inexistência de atos
administrativos irrevogáveis: OU
b) no caso de resposta afirmativa à pergunta, as hipóteses de
irrevogabilidade de atos administrativos.
Diferentemente das anteriores, ela traz uma pergunta logo no início
(e não um texto apenas motivador). Em seguida o examinador diz que
temos que responder justificando a resposta e nos indica o que deve ser
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abordado. Temos necessariamente no nosso texto que trazer o que diz a
DOUTRINA E A JURISPRUDÊNCIA.
Importante que observem qual o cerne da questão. Temos a
pergunta chave: “uma vez expedidos, existem atos administrativos que não
podem ser revogados?” Atenção especial. O tópico “a” deve ser respondido
caso a resposta seja negativa: “inexistência de atos administrativos
irrevogáveis”. Nesse caso, traremos os fundamentos que confirmam a
inexistência de atos administrativos irrevogáveis. Ou no caso de resposta
afirmativa à pergunta, as hipóteses de irrevogabilidade de atos
administrativos. Se for afirmativa traremos as hipóteses de irrevogabilidade.
Vamos seguir a seguinte estrutura: faremos uma pequena introdução
e já respondemos a pergunta de forma direta, sem demora (a resposta a
pergunta é afirmativa, o que nos leva ao tópico “b”). Um parágrafo com o
principal caso de ato administrativo irrevogável que é o ato
administrativo vinculado. Um segundo parágrafo com as hipóteses de
irrevogabilidade de atos administrativos conforme a doutrina. E um terceiro
parágrafo com as hipóteses de irrevogabilidade de atos administrativos de
acordo com a jurisprudência. Um parágrafo com a conclusão.
PADRÃO DE RESPOSTA
O ato administrativo é a maneira pela qual a Administração Pública
materializada a função administrativa. Depois de expedidos, os atos
administrativos podem ser anulados, por serem ilegais, ou revogados, por
oportunidade e conveniência da Administração. Entretanto, existem atos
administrativos que uma vez expedidos não podem ser revogados.
(RESPOSTA A PERGUNTA CENTRAL. EXISTEM ATOS ADMINISTRATIVOS QUE
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UMA VEZ EXPEDIDOS NÃO PODE SER REVOGADOS? RESPOSTA AFIRMATIVA
A PERGUNTA. NOS LEVA AO TÓPICO “B”. HIPÓTESES DE IRREVOGABILIDADE
DE ATOS ADMINISTRATIVO).
A principal HIPÓTESE DE ATO ADMINISTRATIVO IRREVOGÁVEL são os
atos administrativos vinculados, que é quando a lei determina todos os
procedimentos a serem seguidos. Dessa forma, uma vez expedido o ato esse
não pode mais ser revogado, pois a revogação envolve oportunidade e
conveniência o que não existente nos atos vinculados.
Os doutrinadores, como Di Pietro, nos lista algumas HIPÓTESES DE
ATOS ADMINISTRATIVOS IRREVOGÁVEIS: os atos integrantes de um
procedimento administrativo, por que a prática do ato sucessivo acarreta a
preclusão do ato anterior (p. ex.: a celebração de contrato administrativo
impede a revogação do ato de adjudicação); os meros atos administrativos,
como são os atestados, os pareceres e as certidões, porque os efeitos são
prefixados pelo legislador; os atos complexos, porque tais atos são
formados pela conjugação de vontades de órgãos diversos, logo a vontade
de um dos órgãos não pode desfazer o ato que a lei impõe a integração de
vontades para a formação; e, ainda, a revogação não pode ser promovida
quando se exauriu a competência relativamente ao objeto do ato.
A súmula 473 do STF dispõe que a Administração pode anular seus
próprios atos quando ilegais, ou revogá-los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. Assim, a jurisprudência do
STF nos traz pelo menos mais uma HIPÓTESE DE IRREVOGABILIDADE DE
ATOS ADMINISTRATIVOS: os que contêm direitos adquiridos.
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Por todo o exposto, percebemos que os poderes da Administração
Pública em revogar os atos administrativos não são ilimitados. Em várias
situações a Administração, tendo em vista o interesse público, pode
revogar o ato administrativo por oportunidade e conveniência. Todavia,
alguns atos uma vez expedidos não admitem revogação.
TEMA 07
A administração pública abriu sindicância a fim de apurar se
Henrique, servidor público, teria praticado crime contra a administração.
A sindicância, concluída no prazo legal, resultou na instauração de
processo disciplinar contra o servidor. Os autos da sindicância integraram o
processo disciplinar, como peça informativa da instrução. Durante o
processo, foram assegurados o contraditório e a ampla defesa a Henrique.
A administração, ao final, com base em prova emprestada, licitamente
obtida por meio de interceptação telefônica, e nos depoimentos
colhidos durante a instrução do processo disciplinar, considerou que a
infração estava capitulada como ilícito penal, encaminhou cópia dos autos
ao Ministério Público e aplicou, de forma motivada, pena de demissão ao
servidor.
Considerando a situação hipotética apresentada acima, responda,
deforma fundamentada, aos questionamentos a seguir.
– No decorrer da sindicância, era prescindível o exercício do direito de
defesa
do servidor?
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– De acordo com orientação do Supremo Tribunal Federal, há
obstáculo jurídico para a utilização da citada prova emprestada no processo
administrativo disciplinar?
O cuidado que temos que ter nesse tipo de questão é em arrumar o
texto de uma forma que o texto hipotético seja vinculado à exposição da
teoria. O nosso texto tem que seguir uma lógica e ter coesão e coerência.
No entanto, não há maiores diferenciações dos textos que analisamos até o
momento.
Na nossa resposta como introdução iremos resumir a situação
hipotética sempre buscando as palavras chave, o centro da questão e o que
tenha relação com a teoria abordada nos tópicos. Para que não haja erro,
siga a mesma sequência do caso hipotético. Não inverta a ordem se não for
necessário. O resumo deve seguir a mesma lógica. Repita as palavras chave
do caso fictício. Após o resumo que será a introdução da nossa resposta, a
continuação respondendo os tópicos segue da mesma forma que
estudamos até o momento. Apenas se atentem para os elementos de
coesão e coerência. Esse tipo de questão é a base para o estudo do parecer.
PADRÃO DE RESPOSTA
A administração pública abriu sindicância a fim de apurar se
servidor público teria praticado crime contra a administração. A sindicância
resultou na instauração de processo disciplinar. Durante o processo, foram
assegurados o contraditório e a ampla defesa. A administração, ao final,
com base em prova emprestada, licitamente obtida por meio de
interceptação telefônica, considerou que a infração estava capitulada como
ilícito penal, e aplicou, de forma motivada, pena de demissão ao servidor.
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(NA INTRODUÇÃO REPETIMOS A MESMA SEQUÊNCIA DA HISTÓRIA. AS
MESMAS PALAVRAS CHAVE. DEIXAMOS O QUE TEM RELAÇÃO COM A
TEORIA ABORDADA NOS TÓPICOS – NEGRITO. TÓPICO “A” DIREITO DE
DEFESA DO SERVIDOR. TÓPICO “B” PROVA EMPRESTADA)
A Constituição Federal de 1988 (CF/88) garante a todos os acusados,
inclusive em processos administrativos, o contraditório e a ampla defesa.
Apesar dessa previsão constitucional, a sindicância pode prescindir dessa
garantia. Isso ocorre porque a sindicância nem sempre resultará em
penalidade ao investigado. A sindicância pode ser apenas investigativa e
resultar em arquivamento ou em instauração de processo administrativo
disciplinar (PAD). No caso de resultar em PAD, nesse será garantido o
contraditório e ampla defesa ao servidor.
De acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF), não há obstáculo
jurídico para a utilização de prova emprestada no processo administrativo
disciplinar. Segundo o STF, a prova obtida por meios de interceptação
telefônica, conforme o caso citado, desde que obtida licitamente com
autorização judicial com finalidade de compor processo penal por crime
sujeito a reclusão, poderá ser emprestada a outros processos. (RESPOSTA
DIRETA E IMEDIATA DO TÓPICO “B”: DE ACORDO COM O SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL (STF), NÃO HÁ OBSTÁCULO JURÍDICO PARA A
UTILIZAÇÃO DE PROVA EMPRESTADA NO PROCESSO ADMINISTRATIVO
DISCIPLINAR)
TEMA 08
Considerando que é possível a manutenção de ato administrativo
dotado de ilegalidade (instituto da sanatória), discorra sobre a convalidação,
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a ratificação e a conversão, explicando cada uma dessas modalidades, seus
efeitos, competência para adoção das referidas medidas de preservação do
ato administrativo e os motivos que devem fundamentá-las, citando
legislação acerca do tema.
Aqui é fundamental a organização de todos os tópicos exigidos na
questão. 1) TEMA CENTRAL: ato administrativo e sua possível manutenção
quando dotado de ilegalidade (instituto da sanatória); 2) discorra sobre a
convalidação; 3) discorra sobre a ratificação; 4) discorra sobre a conversão;
5) explicando cada uma das modalidades (discorrer sobre e explicar tem o
mesmo sentido); 6) seus efeitos; 7) competência para adoção das referidas
medidas de preservação do ato administrativo; 8) os motivos que devem
fundamentá-las; 9) citar a legislação acerca do tema.
Muita atenção com esse tipo de questão, pois parece ser muito
simples, quando na verdade há vários tópicos a serem respondidos. É
comum numa leitura rápida da questão, principalmente quando temos
conhecimento sobre o assunto, deixarmos de responder alguns tópicos e
perdermos muitos pontos justamente em uma questão que tínhamos total
conhecimento. Explico. Se você estudou de forma aprofundada atos
administrativos, você ler o enunciado e pensa: “essa é fácil”. Começa então a
discorrer sobre atos administrativos de forma desorganizada, escrevendo
tudo que estudou sobre o assunto. No entanto, o examinador traz pontos
específicos e objetivos que devem ser respondidos. Ele não quer saber que
você tem conhecimento o suficiente para escrever um livro sobre atos
administrativos, ele apenas quer que responda o que está sendo exigido de
forma direta, objetiva, imediata e fundamentada.
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PADÃO DE RESPOSTA
O ato administrativo é o modo de expressão das decisões tomadas por
órgãos e autoridades da Administração Pública, que produz efeitos jurídicos,
modificando, extinguindo direitos, ou impondo restrições e obrigações. O ato
administrativo deve ser editado com observância do princípio da legalidade.
Para ser válido, além da observância ao princípio da legalidade, o ato
administrativo precisa ser editado pelo agente competente, ter forma
adequada, objeto definido, precisa ser motivado e possuir uma finalidade.
Um ato administrativo, entretanto, embora dotado de ilegalidade, pode ser
mantido pela Administração Pública, por meio da utilização do instituto da
sanatória.
As modalidades de saneamento do ato administrativo são:
convalidação, ratificação e conversão. A convalidação é o ato administrativo
que suprime um defeito de ato administrativo anteriormente editado,
retroagindo seus efeitos a partir da data da edição do ato administrativo
convalidado. A ratificação é o ato por meio do qual é expurgado ou corrigido
um defeito relativo a competência, declarando-se seus efeitos desde o
momento em que foi editado. Não podem ser ratificados atos cuja
competência para edição é de competência exclusiva de autoridades
indicadas na Constituição Federal. Conversão é o ato editado com
aproveitamento de elementos válidos de outro ato primitivamente dotado de
ilegalidade, para a mesma finalidade deste, com retroação dos seus efeitos
ao momento da edição do ato original. A Lei nº 9.784/99 é um exemplo de
diploma legal que cuida expressamente do instituto da convalidação em seu
art. 55.
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38
A competência para a adoção das referidas medidas é da autoridade
com competência para edição do ato, sendo que na hipótese de o ato ser
ilegal por ter sido praticado por autoridade incompetente, é possível que a
autoridade competente venha a convalidar o ato. Os motivos que devem
fundamentar as modalidades de saneamento do ato administrativo é sempre
o interesse público, não podendo acarretar lesão ao interesse público nem
prejuízos a terceiros, conforme determinação da lei 9.784.
Sempre lembrem que uma forma excelente de introdução é a definição
do tema central. Sendo assim, trouxemos o conceito de ato administrativo e
seus requisitos de validade como introdução. Observem como usamos as
palavras chave dos tópicos que numeramos, de forma que podemos
encontrar as respostas no texto.
TEMA 09
Os valores de aposentadoria recebidos indevidamente por servidor
público têm que ser restituído para a administração pública?
A questão não diz com base em qual fundamentação a resposta deve ser
dada. Se na doutrina, legislação ou jurisprudência. Nesse caso, recomenda-se
que a resposta seja dada com base na legislação e/ou jurisprudência. Doutrina
apenas no caso de complementação da resposta ou se o assunto não for
tratado pela jurisprudência ou legislação, ou seja, se for um assunto
essencialmente doutrinário.
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PADRÃO DE RESPOSTA
A jurisprudência do TCU e do STF vem entendendo que, se não houve má-
fé do servidor, o valor por ele recebido, em decorrência de erro de interpretação
da administração, não precisa ser devolvido. O STF em julgamento de mandado
de segurança contra ato do Tribunal de Contas da União que considerou ilegal
aposentadoria e determinou a restituição de valores, pela acumulação ilegal de
dois cargos públicos, sem, no entanto, ter tido a má-fé comprovada, considerou
a desnecessidade de restituição dos valores percebidos.
Segundo o STF a compatibilidade de horários é requisito indispensável
para o reconhecimento da licitude da acumulação de cargos públicos. É ilegal a
acumulação de cargos públicos, exceto nos casos legalmente previstos. No
entanto, o reconhecimento da ilegalidade da cumulação de vantagens não
determina, automaticamente, a restituição ao erário dos valores recebidos,
salvo se comprovada a má-fé do servidor.
TEMA 10
Questão com correção real feita pelo CESPE. Questão com nota
máxima na macro estrutura e conteúdo (houve apenas um desconto por um
erro gramatical).
Considere que determinada lei tenha conferido ao trabalhador
urbano o direito ao recebimento de seguro contra acidente de trabalho em
percentuais maiores que os previstos para os trabalhadores rurais. Em face
dessa situação, discorra sobre o tratamento dado pela Constituição Federal
de 1988 aos trabalhadores urbanos e rurais [valor: 10,00 pontos],
esclarecendo, à luz do entendimento do Supremo Tribunal Federal
(STF), se há compatibilidade da referida lei com o texto constitucional
[valor: ,00 pontos].
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RESPOSTA DO CANDIDATO.
Lei assegura a trabalhador urbano o direito de seguro contra
acidente de trabalho em percentuais maiores que os previstos para os
trabalhadores rurais.
A Constituição Federal de 1988 (CF/88) assegurou no seu artigo 7º
tratamento igualitário, quanto aos direitos trabalhistas, ao trabalhador
urbano e rural. Entre os direitos aplicados de forma isonômica
encontra-se o direito de seguro contra acidente de trabalho a cargo
do empregador. Acrescente-se que a CF/88 foi a primeira das
Constituições brasileiras a prever direitos iguais aos trabalhadores
urbanos e rurais.
Quanto ao entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF)
sobre lei que confere ao trabalhador urbano o direito ao recebimento de
seguro contra acidente de trabalho em percentuais maiores que os
previstos para os trabalhadores rurais, o STF diz que essa lei é
inconstitucional, por não haver compatibilidade da referida lei com o texto
constitucional.
Na decisão o STF acrescenta que os direitos conquistados pelos
trabalhadores rurais e constitucionalmente garantidos não podem ser
mitigados por legislação infraconstitucional.
Vejam a correção do CESPE.
ASPECTOS MACROESTRUTURAIS
Quesitos Avaliados Faixa de valor Nota
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1 Apresentação (legibilidade, respeito às margens e indicação de parágrafos) e
estrutura textual (organização das ideias em texto estruturado)
0,00 a 1,00
1,00 2 Desenvolvimento do tema
2.1 Tratamento dado pela Constituição Federal de 1988 aos
trabalhadores urbanos e rurais (art. 7. XXVIII)
0,00 a 10,00
10,00
2.2 Esclarecimento, à luz do entendimento do STF, quanto á
(in)compatibilidade da referida lei com o texto constitucional
0,00 a 9,00
9,00 RESULTADO
Nota no conteúdo (NC = soma das notas obtidas em cada quesito) 20,00
Número total de linhas efetivamente escritas (TL) 19
Número de erros (NE) 1
NOTA DA PROVA P3 - QUESTÃO 3 19,95
Como podem observar, a questão obteve nota máxima em conteúdo
e teve um erro de português.
Vamos as nossas observações quanto a resposta da questão.
Caso hipotético da questão: Considere que determinada lei tenha
conferido ao trabalhador urbano o direito ao recebimento de seguro contra
acidente de trabalho em percentuais maiores que os previstos para os
trabalhadores rurais.
INTRODUÇÃO CRIADA PELO CANDIDATO.
Lei assegura a trabalhador urbano o direito de seguro contra acidente
de trabalho em percentuais maiores que os previstos para os trabalhadores
rurais.
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O candidato praticamente copiou o texto do caso hipotético. Não
mudou a sequência. Ele basicamente mudou o verbo conferir trazido no
caso por assegurar. Mas caso ele tivesse mantido o mesmo verbo,
reproduzindo exatamente na forma que estava no texto não teria
problema. Nada mais simples do que apenas copiar o caso que o prórpio
examinador trouxe. Todavia, o texto era pequeno. Mas na questão anterior
que respondemos e tinha um caso fictício maior, apenas resumimos usando
as mesmas palavras contidas no texto do examinador e nesse caso,
devemos mostrar nossa capacidade de síntese.
PRIMEIRO TÓPICO.
Em face dessa situação, discorra sobre o tratamento dado
pela Constituição Federal de 1988 aos trabalhadores urbanos e rurais
[valor: 10,00 pontos],
RESPOSTA DO CANDIDATO.
A Constituição Federal de 1988 (CF/88) assegurou no seu artigo 7º
tratamento igualitário, quanto aos direitos trabalhistas, ao trabalhador
urbano e rural. Entre os direitos aplicados de forma isonômica encontra-
se o direito de seguro contra acidente de trabalho a cargo do
empregador. Acrescente-se que a CF/88 foi a primeira das
Constituições brasileiras a prever direitos iguais aos trabalhadores urbanos
e rurais.
O candidato já inicia falando da constituição e a palavra chave
tratamento em seguida. Fica claro ao examinador que esse parágrafo traz a
resposta do primeiro tópico exigido por ele. Na sequência ele aborda o
seguro contra acidente que é o tema central da questão. Por fim ele fala
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que a cf é a primeira a igualar os direitos dos trabalhadores urbanos e
rurais. Essa parte final foi uma informação a mais que creio que ele
obteria a mesma nota mesmo sem esse final, tendo em vista que não
foi perguntado pelo examinador. Podemos fazer isso, trazer uma
informação adcional sobre o assunto para preencher a quantidade de
linhas.
SEGUNDO TÓPICO
Esclarecendo, à luz do entendimento do Supremo Tribunal
Federal (STF), se há compatibilidade da referida lei com o texto
constitucional [valor: 9,00 pontos].
RESPOSTA DO CANDIDATO.
Quanto ao entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF)
sobre lei que confere ao trabalhador urbano o direito ao recebimento de
seguro contra acidente de trabalho em percentuais maiores que os previstos
para os trabalhadores rurais, o STF diz que essa lei é inconstitucional, por
não haver compatibilidade da referida lei com o texto constitucional.
A resposta foi direta. O candidato apenas retomou o caso e
respondeu de forma direta: a lei é inconstitucional. Em seguida trouxe o
porque, o fundamento: por não haver compatibilidade da referida lei com o
texto constitucional.
Por fim o candidato fez mais um parágrafo a respeito do
entendimento do stf. Fundamentando e complementando a resposta do
tópico anterior.
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Na decisão o STF acrescenta que os direitos conquistados pelos
trabalhadores rurais e constitucionalmente garantidos não podem ser
mitigados por legislação infraconstitucional.
ATÉ A PRÓXIMA.
“Pergunte a si mesmo: o que você vai sacrificar pelo que acredita.”
“Toda fadiga é lucrativa, mas limitar-se apenas a palavras leva apenas à pobreza.”
“Quando penso que já cheguei ao meu limite, descubro que tenho forças para ir além.”
“Construirei o meu império com trabalho, lágrimas, sangue e suor.”
PROF. PATRIK LOZ