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Página 1 AULA 02 Discursiva para TRE MG Olá pessoal, Essa é nossa segunda aula. Vamos continuar a batalha pela aprovação no Concurso de Concurso do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais TRE MG. Na nossa primeira aula fizemos uma análise da macroestrutura pedida no edital e ensinamos, usando temas de provas de passadas, como vocês devem estruturar a resposta de uma prova discursiva. Perceberam que os ensinamentos servem, basicamente, para todos os tipos de discursivas como questões, estudos de caso, dissertações, redações etc. Os temas que usamos eram dos mais diversos e constantes ou não no edital de vocês. Como explicado na aula, isso para que vocês dessem atenção especial à macroestrutura e não ao conteúdo. A quantidade de linhas para resposta dos temas que usamos ultrapassou a quantidade de linhas máximas que está previsto no edital para a prova do TRE. Sendo assim, nessa aula, resolvi criar temas conforme os normativos previstos no edital da CONSULPLAN e utilizar a quantidade máxima de 15 linhas previstas. Isso por 02 motivos. 1) Para que vocês ao mesmo tempo em que estarão estudando para a discursiva não desviem os estudos da objetiva. Dessa forma, não irão perder tempo algum. Mas a atenção deve ser dada totalmente à macroestrutura e não ao conteúdo. Caso contrário vocês não aprenderão a fazer a discursiva e nosso curso perde a finalidade. 2) Como a prova de vocês será de no máximo 15 linhas, dependendo da questão que a banca cobre, vocês deverão ser extremamente objetivos. Sendo assim, melhor “treinar” com questões com essa quantidade de linhas. Vamos para a aula. Resuminho do nosso roteiro: 1) Observe atentamente o que cada um dos tópicos está pedindo: atente-se para cada uma das palavras contidas na pergunta. 2) Siga a sequência determinada pelo examinador nos tópicos. 3) Cada tópico deve ser respondido em parágrafos separados. Não misture os assuntos. 4) Sempre use nas respostas palavras chave da pergunta, e se possível inicie o parágrafo com elas. TEMA 01

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AULA 02

Discursiva para TRE – MG

Olá pessoal,

Essa é nossa segunda aula. Vamos continuar a batalha pela aprovação no

Concurso de Concurso do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais – TRE – MG.

Na nossa primeira aula fizemos uma análise da macroestrutura pedida no edital

e ensinamos, usando temas de provas de passadas, como vocês devem estruturar a

resposta de uma prova discursiva. Perceberam que os ensinamentos servem,

basicamente, para todos os tipos de discursivas – como questões, estudos de caso,

dissertações, redações etc. Os temas que usamos eram dos mais diversos e constantes

ou não no edital de vocês. Como explicado na aula, isso para que vocês dessem

atenção especial à macroestrutura e não ao conteúdo. A quantidade de linhas para

resposta dos temas que usamos ultrapassou a quantidade de linhas máximas que está

previsto no edital para a prova do TRE. Sendo assim, nessa aula, resolvi criar temas

conforme os normativos previstos no edital da CONSULPLAN e utilizar a quantidade

máxima de 15 linhas previstas. Isso por 02 motivos. 1) Para que vocês ao mesmo

tempo em que estarão estudando para a discursiva não desviem os estudos da objetiva.

Dessa forma, não irão perder tempo algum. Mas a atenção deve ser dada totalmente à

macroestrutura e não ao conteúdo. Caso contrário vocês não aprenderão a fazer a

discursiva e nosso curso perde a finalidade. 2) Como a prova de vocês será de no

máximo 15 linhas, dependendo da questão que a banca cobre, vocês deverão ser

extremamente objetivos. Sendo assim, melhor “treinar” com questões com essa

quantidade de linhas.

Vamos para a aula. Resuminho do nosso roteiro: 1) Observe atentamente o que

cada um dos tópicos está pedindo: atente-se para cada uma das palavras contidas na

pergunta. 2) Siga a sequência determinada pelo examinador nos tópicos. 3) Cada

tópico deve ser respondido em parágrafos separados. Não misture os assuntos. 4)

Sempre use nas respostas palavras chave da pergunta, e se possível inicie o parágrafo

com elas.

TEMA 01

Página 2

Discorra sobre os casos de o brasileiro ser considerado nato, conforme a CF/88.

Em seu texto, aborde, necessariamente:

a) Brasileiro nato pode perder a nacionalidade? Em caso positivo quais são as

hipóteses;

b) Brasileiro nato pode ser extraditado? Em caso positivo quais são as

hipóteses.

Extensão máxima 15 linhas.

Notem que temos várias perguntas para serem respondidas em no máximo 15

linhas. Dessa forma, devemos ser extremamente objetivos. Conforme nosso roteiro,

devemos observar atentamente o que o examinador estar exigindo. No inicio ele pede

que discorra sobre os casos de brasileiro ser considerado nato. Em seguida tem mais

dois tópicos que devem ser respondidos. E em caso positivo a resposta pede

complementação. Observe que ele pede com base na Constituição Federal. Nesse caso,

não importam questões doutrinárias ou jurisprudenciais. Atenção que no tópico “a” ao

responder que o brasileiro nato pode perder a nacionalidade o examinador pede qual a

hipótese em que a nacionalidade pode ser perdida. Todavia, ele pede apenas a situação

em que o brasileiro nato perde a nacionalidade, e não, também, o naturalizado, que

também há situação em que esse pode perder a nacionalidade. Caso exponha também

essa situação, não haverá problemas. Entretanto, em uma discursiva com apenas 15

linhas, se não formos atentos para o que é realmente necessário abordar podemos

expor situações desnecessárias e não sobrar espaço para responder o que o examinador

realmente exigiu resposta.

Iremos seguir a mesma ordem na resposta bem como responder cada ponto

separadamente, e não fazer um texto englobando várias respostas. No entanto, por ser

uma discursiva com poucas linhas, pode haver necessidade de responder mais de

um tópico no mesmo parágrafo. Nesse caso, é preferível assim proceder a não ter

espaço para responder os tópicos por completo. Muita atenção as palavras chave

constantes em cada pergunta para podermos usá-las na resposta, deixando claro ao

examinador em que parágrafo consta cada resposta. Por fim, lembrem-se da estrutura

pedida no edital, conforme análise na aula anterior. O edital diz: estrutura textual

(construção pertinente de introdução, desenvolvimento e conclusão). Inclusive

aproveito para trazer uma ERRATA da aula anterior que percebi depois. Eu

tinha dito que a estrutura textual se refere a fazer parágrafos mais ou menos do

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mesmo tamanho. E ficou parecendo que era apenas isso. Complementando, além

da forma dos parágrafos, se refere, principalmente, a construção pertinente de

introdução, desenvolvimento e conclusão.

Voltemos à questão e vamos a nossa resposta padrão.

Discorra sobre os casos de o brasileiro ser considerado nato, conforme a CF/88.

Em sua resposta, aborde, necessariamente:

a) Brasileiro nato pode perder a nacionalidade? Em caso positivo quais são

as hipóteses;

b) Brasileiro nato pode ser extraditado? Em caso positivo quais são as

hipóteses.

Brasileiro nato é aquele que adquire a nacionalidade nos casos previstos na CF/88. Os casos

de brasileiro ser considerado nato são: os nascidos na República Federativa do Brasil – RFB –,

mesmo que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço do seu país; os nascidos no

estrangeiro, de pai ou mãe brasileiro, desde que qualquer deles esteja a serviço da RFB ou desde

que registrados em repartição brasileira ou venham a residir na RFB e optem pela nacionalidade

brasileira.

A CF prevê que brasileiro nato pode perder a nacionalidade. A hipótese prevista é se o

brasileiro adquirir outra nacionalidade, ressalvado o caso de reconhecimento de nacionalidade

originária pela lei estrangeira ou de imposição de norma estrangeira ao brasileiro residente no

estado estrangeiro como condição para exercício dos seus direitos.

A Constituição é explícita que nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado nos

casos por ela previstos.

Pelo exposto, podemos afirmar que há hipóteses previstas na Constituição em que o

brasileiro nato pode perder a nacionalidade e que brasileiro nato não pode ser extraditado em

nenhuma hipótese.

Vamos analisar o que fizemos. Notem que respondemos tudo que o examinador

exigiu e que em cada resposta constam as palavras chave constantes no tópico,

deixando claro em qual parágrafo é abordada a resposta. Perceba que na própria

introdução já foi exposta a primeira resposta. Não tem problema se isso for necessário.

Lembre que definir o tema central é uma boa opção para introdução e já iniciar a

resposta na própria introdução. Veja que nossas respostas foram claras, diretas e

objetivas. Não demoramos a dar a resposta. Sempre afirmem a resposta de forma

direta, não deixem nada implícito. Por fim, uma boa opção para a conclusão é você

retomar o tema central e reafirmar as respostas. De forma muito simples como

fizemos.

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TEMA 02

Conforme a CF/88, a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo

voto direto e secreto, com valor igual para todos, e nos termos da lei, mediante

plebiscito, referendo e iniciativa popular. Tendo o texto acima como referência, redija

um texto abordando necessariamente:

a) Para quem o alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios e para quem são

facultativos;

b) Quais são as condições de elegibilidade;

c) Condições de alistamento para do militar.

Extensão máxima 15 linhas.

Vamos à resposta padrão.

Sufrágio universal é o direito de votar e ser votado sem qualquer forma de discriminação,

exceto nos casos previstos pela própria Constituição, como no caso dos estrangeiros. Por sua vez, o

voto é a forma de exercer o direito de sufrágio.

(Como dito na aula, definir o tema central é sempre uma boa opção para a

introdução. Note que a nossa introdução está extremamente vinculada ao tema

central.)

A Constituição Federal determina que o alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para

os maiores de dezoito anos e facultativos para os analfabetos, os maiores de setenta anos e para os

maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

(A resposta ao primeiro tópico foi imediata e usando as palavras chave – em

negrito. O fundamento da resposta foi a Constituição Federal, conforme observamos

no início do parágrafo.)

Quanto às condições de elegibilidade, a CF/88 assim relaciona: nacionalidade brasileira; o

pleno exercício dos direitos políticos; o alistamento eleitoral; o domicílio eleitoral na circunscrição;

a filiação partidária e a idade mínima de acordo com o cargo político disputado.

(Usamos o elemento de coesão “quanto” para interligar os parágrafos. Usamos

as palavras chave – em negrito. Como fundamento a CF/88. Importante ficar atento

para o fato de que quando ele pede quais as condições de elegibilidade, a princípio, o

examinador está solicitando todas as condições. Ele não exigiu apenas 02 ou 03 nem

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os principais. Caso não lembre todos, você poderia escrever: as principais condições

de elegibilidade são... E numerar as principais. Ficaria claro ao examinador que

existem outras além das que você citou. Todavia, nesse caso ele poderá ou não

descontar pontos de acordo com a quantidade que você não citou. Por isso, muito

importante a leitura atenta da legislação constante no edital.

Já no que se refere às condições de alistamento do militar, esse será alistável se atendidas as

seguintes condições: se contar com menos de 10 anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;

caso conte com menos, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará

automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

(Usamos os elementos de coesão – Já no que se refere às. Em seguida usamos as

palavras chave constantes no tópico – em negrito.)

Pelo exposto, podemos perceber que a própria Constituição Federal traz as principais regras

referentes ao sufrágio universal, não podendo, por conseguinte, legislação infraconstitucional

dispor de forma contrária.

(Conclusão retomando o tema central. Normalmente, as bancas não têm exigido

que a estrutura introdução, desenvolvimento e conclusão seja seguida,

principalmente em questões com poucas linhas. Todavia, com essa estrutura

está explicitamente prevista no edital, então é melhor seguir.)

PADRÃO DE RESPOSTA DE FORMA SEGUIDA.

Sufrágio universal é o direito de votar e ser votado sem qualquer forma de discriminação,

exceto nos casos previstos pela própria Constituição, como no caso dos estrangeiros. Por sua vez, o

voto é a forma de exercer o direito de sufrágio.

A Constituição Federal determina que o alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para

os maiores de dezoito anos e facultativos para os analfabetos, os maiores de setenta anos e para os

maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

Quanto às condições de elegibilidade, a CF/88 assim relaciona: nacionalidade brasileira; o

pleno exercício dos direitos políticos; o alistamento eleitoral; o domicílio eleitoral na circunscrição;

a filiação partidária e a idade mínima de acordo com o cargo político disputado.

Já no que se refere às condições de alistamento do militar, esse será alistável se atendidas as

seguintes condições: se contar com menos de 10 anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;

caso conte com menos, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará

automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

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Pelo exposto, podemos perceber que a própria Constituição Federal traz as principais regras

referentes ao sufrágio universal, não podendo, por conseguinte, legislação infraconstitucional

dispor de forma contrária.

Observe que temos uma introdução extremamente pertinente, o

desenvolvimento com 03 parágrafos respondendo cada um dos tópicos e uma

conclusão retomando o tema central. Como o examinador quer que sejamos técnicos,

devemos responder sempre com fundamentos “oficiais”. Evite divagações históricas,

sociais ou opinião pessoal, exceto se constar na questão ou se você, conforme a

abordagem da questão, julgar essencial. Por fim, como já dito, a introdução pode ser

usada já para resolver um dos tópicos e a conclusão, quando pertinente, também pode

ser usada para a mesma finalidade. Tudo dependerá da forma como o examinador

trouxer a questão.

TEMA 03

No curso de determinado processo administrativo, regido pela Lei Federal no

9.784/99 (Lei que regula o Processo Administrativo no âmbito da Administração

Pública Federal), João, titular de direitos e interesses e parte no aludido processo,

ingressa com recurso administrativo contra determinada decisão proferida pela

autoridade responsável. A respeito do mencionado recurso administrativo,responda

fundamentadamente:

a. Qual o prazo para sua interposição?

b. Para qual autoridade o recurso será dirigido? Aborde sobre o eventual cabimento de

reconsideração.

c. Será julgado, no máximo, por quantas instâncias?

d. Possui, como regra, efeito suspensivo?

Extensão máxima 15 linhas

A banca pode trazer questão em que haja um caso fictício. Nesse caso, a

introdução pode ser feita resumindo a situação hipotética. Sigam a mesma sequência

da história, apenas invertam algum fato se acharem extremamente necessário. O

resumo deve estar totalmente vinculado aos tópicos que a banca irá pedir para que

sejam respondidos. Os temas centrais devem necessariamente constar no resumo.

Vamos a nossa resposta padrão.

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João, titular de direitos e interesses, no curso de processo administrativo, regulado pela Lei

9.784/99, ingressou com recurso administrativo, no âmbito da Administração Pública Federal,

contra decisão proferida pela autoridade responsável.

O prazo para a interposição do recurso, determinado pela lei 9.784/99, é de 10 dias,

ressalvado em caso de disposição legal específica.

O recurso será dirigido para a autoridade que proferiu a decisão e será cabível em face de

razões de legalidade e de mérito. A autoridade terá o prazo de 05 dias para reconsiderar a decisão,

e não reconsiderando deverá encaminhar o recurso à autoridade superior.

O recurso será julgado, no máximo, por 03 instâncias, salvo disposição legal específica.

Como regra o recurso não tem efeito suspensivo. Essa regra fica ressalvada por disposição legal

contrária.

Dessa forma, João terá 10 dias para interpor o recurso. Esse será dirigido para a autoridade

que proferiu a decisão, tendo o prazo de 05 dias para reconsiderar a decisão. Por fim, o recurso

poderá ser julgado por no máximo 03 instâncias.

Destrinchando parágrafo a parágrafo.

Na introdução retomamos o tema central da narrativa fictícia e usando as

próprias palavras contidas na questão. Não há necessidade de inventar nada novo.

Como as bancas têm prezado muito pela resposta direta, a introdução tem servido mais

para da um “equilíbrio” à estrutura textual.

No segundo parágrafo respondemos ao tópico “a”: Qual o prazo para sua

interposição? Note em negrito que trouxemos exatamente as mesmas palavras

constantes na pergunta. Não resta dúvida ao examinador que nesse parágrafo está

sendo respondido o tópico “a”. Assim, você “facilita” a vida dele, e consequentemente

a sua. Ainda observe que não apenas respondemos ao tópico e ponto final, pois, como

foi o caso, a lei pode trazer exceções, ressalvas, informações extras etc. Entretanto, ao

complementar a resposta traga informações totalmente pertinentes à questão. E diria

inclusive essenciais para responder o tópico de forma completa.

O terceiro parágrafo foi usado para responder ao tópico “b”: para qual

autoridade o recurso será dirigido? Aborde sobre o eventual cabimento de

reconsideração. Atente-se para o fato de serem duas abordagens pedidas num mesmo

tópico. Na correção o examinador irá atribuir uma pontuação maior a esse tópico. Por

isso muita atenção para não deixar nada sem resposta. Mais uma vez iniciamos o

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parágrafo com as palavras chave. Sempre que possível é recomendável que isso seja

feito. Logo em seguida já respondemos ao eventual cabimento de reconsideração, sem

demora.

No quarto parágrafo foram respondidos os tópicos “c, d”. Temos dito que não

devemos responder mais de um tópico em um mesmo parágrafo. Todavia, toda regra

há exceção. As respostas para esses 02 tópicos seriam muito curtas, ficando os

parágrafos muito pequenos. Não daria para trazer informações complementares

pertinentes, pois temos apenas 15 linhas para responder toda a questão. Em casos

assim, não há problemas que vocês respondam mais de um tópico no mesmo

parágrafo, assim como eu fiz. Entretanto, é extremamente importante que vocês

deixem claro em qual ponto começa a resposta de cada tópico. Isso é feito usando as

palavras chave de cada tópico (em negrito).

Por fim, fizemos uma conclusão retomando o tema e reafirmando as respostas.

Como podem perceber, seguindo os nossos ensinamentos, não há maiores dificuldades

quanto à macroestrutura de uma discursiva. Importante, sendo repetitivo, que vocês

aprendam bem a legislação constante no edital para que possam ter conhecimento

técnico para responder as questões.

TEMA 04

A Constituição Federal determina que os Deputados e Senadores são

invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos e que

desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo

Tribunal Federal.

Tendo o texto acima como referência, redija um texto, com fundamento na

Constituição Federal, abordando necessariamente:

a) Membro do Congresso Nacional pode ser preso? Em caso positivo, em que

hipótese?

b) Para qual Casa do Congresso Nacional os autos serão remetidos e em quanto

tempo? A prisão será resolvida pela maioria absoluta ou relativa?

c) O andamento da ação poderá ser sustado? Em caso positivo, a quem cabe a

iniciativa e por voto da maioria absoluta ou relativa? Ainda em caso positivo

o que ocorrerá com a prescrição?

Extensão máxima 15 linhas

Vamos à resposta. Observe que temos várias perguntas divididas em 03 tópicos.

E ainda que, caso a resposta à primeira pergunta seja positiva devemos responder as

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perguntas seguintes. Nesse tipo de questão devemos ter atenção redobrada, pois uma

única pergunta que não tenha sido respondida pode significar a perda de metade dos

pontos referentes ao tópico. Atenção para o tópico “c”. Serão 03 perguntas conforme a

resposta anterior for sendo positiva. Não creio que trarão tantas perguntas numa

mesma questão, no entanto, caso ocorra, talvez seja melhor numerar para ter certeza

que nada fique sem resposta.

PADRÃO DE RESPOSTA

O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos

Deputados e do Senado Federal. Compete ao Congresso Nacional exercer funções de representação,

legislativas e de controle e fiscalização.

(Introdução extremamente pertinente ao tema central)

Dessa forma, desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional poderão

ser presos, mas apenas na hipótese de flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão

remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus

membros, resolva sobre a prisão. Ressalve-se que essa maioria é relativa, já que a Constituição

quando quis que fosse absoluta, assim fez explicitamente.

(Elemento de coesão: dessa forma. Resposta aos tópicos “a” e “b” de forma

direta e imediata e usando as palavras chave.)

Quanto ao andamento da prisão esse poderá ser sustado por iniciativa de partido político

representado na respectiva Casa do Congresso Nacional e por votação relativa de seus membros.

Sendo sustado o andamento da ação, a prescrição ficará suspensa, enquanto durar o mandato.

(Elemento de coesão: quanto. Resposta ao tópico “c” de forma direta e imediata

e usando as palavras chave.)

Sendo assim, os Deputados e Senadores possuem importantes prerrogativas e garantias para

que possam exercer suas funções com a menor interferência possível, pois se trata de um Poder com

atribuições essenciais para o regime democrático.

(Conclusão retomando a introdução)

Analisando o que fizemos.

Na introdução falamos sobre o Poder Legislativo tendo em vista que a questão

se refere aos membros desse Poder. Como dito, a introdução pode ser feita definindo-

se o tema central, ou, quando não houver tema central que possa ser definido, traga

informações extremamente pertinentes ao tema. Repare que na conclusão eu retomei a

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introdução. Então na conclusão, conforme o caso, você pode: retomar o tema central, a

introdução ou reafirmar as respostas. Isso depende de como o examinador traz as

perguntas e os tópicos. Vejam que não ficaria “bom” eu retomar as respostas, pois

eram muitas e de respostas objetivas.

No segundo parágrafo, usei o elemento de coesão “dessa forma” e já respondi a

primeira pergunta de forma direta e imediata: “os membros do Congresso Nacional

poderão ser presos”. Em seguida, na mesma frase respondi a segunda pergunta do

tópico, que era em que hipótese, sendo a resposta a primeira pergunta positiva. Uma

observação. Na Constituição Federal consta: “os membros do Congresso Nacional não

poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável”. Veja que a CF diz que

não pode ser preso e em seguida traz uma exceção. Como o examinador prefere uma

resposta direta, eu respondi que pode e trouxe em que caso que podia ser preso. Em

seguida, no mesmo parágrafo, eu respondi ao tópico “b”. Veja que isso, apesar de

dizer que as respostas aos tópicos devem ser feitas em parágrafos diferente, nesse caso

pode ser feito no mesmo parágrafo tendo em vista que uma resposta complementa a

outra. Tudo depende de como vem exposta a pergunta e se tem relação de uma com a

outra. Por fim, note que foram usadas todas as palavras chave dos tópicos, ficando

clara e expressa a resposta para cada pergunta. Isso é essencial.

No terceiro parágrafo, iniciei com o elemento de coesão “quanto”. Usei as

palavras chave do tópico e respondi de forma direta e imediata. Iniciei a conclusão

com um termo “clássico” de conclusão: “sendo assim” e retomei a introdução.

TEMA 05

Conforme a lei 9.784/99, a competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos

administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e

avocação legalmente admitidos.

Tendo o texto acima como referência, redija um texto, em conformidade com a

lei em questão, abordando necessariamente:

a) Um órgão pode delegar competência a outro órgão que não lhe seja

hierarquicamente subordinado? Em caso positivo, o que não poderá ser

delegado.

b) É permitido, como regra, a avocação de competência atribuída a órgão

hierarquicamente inferior? Em caso positivo, essa avocação pode ser dar em

caráter permanente?

Extensão máxima 15 linhas

Página 11

Em questões na qual consta uma série de perguntas e que a complementação da

resposta dependa do que foi respondido anteriormente, deve-se redobrar a atenção.

Certifique-se que tudo que o examinador exigiu foi abordado e respondido de forma

direta e não apenas superficialmente ou implicitamente. No tópico “b” note que não

basta responder que a avocação de competência atribuída à órgão inferior é permitida.

Você deve deixar claro se essa avocação é regra ou exceção. Caso você apenas

responda que é permitida o examinador pode retirar metade dos pontos referentes ao

tópico.

PADRÃO DE RESPOSTA

A Administração Pública é dotada de mecanismos que permitem a delegação e

avocação de competências. A delegação é a transferência do exercício de competências e

a avocação é atribuir a si competência de um órgão hierarquicamente inferior.

(Introdução. Lembrem-se de que a introdução deve ter relação com o

tema central. Procure fazer abordagens técnicas. Evitando divagações

históricas, morais, sociais etc. Note que definimos os temas trazidos na

questão, que sempre pode ser uma opção de introdução.)

Dessa forma, a Lei 9.784/99 prevê que um órgão administrativo pode delegar

competência a outros órgãos, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente

subordinados. Todavia, não poderá ser objeto de delegação: a edição de atos de caráter

normativo; a decisão de recursos administrativos e as matérias de competência exclusiva

do órgão ou autoridade.

(Segundo parágrafo respondendo ao tópico “a”. Note que usamos o elemento

de coesão “dessa forma” e as palavras chave – em negrito – contidas no

próprio tópico para abordar a resposta. Dessa forma, como o tópico pede

duas respostas, fica fácil notar cada uma das respostas exigidas pelo

examinador. Veja que nossa resposta foi direta e imediata.)

Já no que se refere à avocação de competência atribuída a órgão hierarquicamente

inferior, essa não é permitida como regra. Essa só será permitida em caráter excepcional

e por motivos relevantes devidamente justificados. A lei ainda prevê que a avocação não

se dar em caráter permanente, mas sim em caráter temporário.

(No terceiro parágrafo usamos o elemento de coesão “já” bem como as

palavras chave em negrito.)

Sendo assim, na Administração pública a delegação é adotada como regra, prevendo

a lei apenas as competências que não podem ser delegadas, enquanto a avocação é

prevista como exceção.

Página 12

(Por fim, note que a conclusão é totalmente pertinente ao tema. Realmente

importa uma conclusão do que foi abordado. Explicitando que a delegação é

regra, e a avocação uma exceção.)

Padrão de forma seguida para melhor visualização.

A Administração Pública é dotada de mecanismos que permitem a delegação e

avocação de competências. A delegação é a transferência do exercício de competências e

a avocação é atribuir a si competência de um órgão hierarquicamente inferior.

Dessa forma, a Lei 9.784/99 prevê que um órgão administrativo pode delegar

competência a outros órgãos, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente

subordinados. Todavia, não poderá ser objeto de delegação: a edição de atos de caráter

normativo; a decisão de recursos administrativos e as matérias de competência exclusiva

do órgão ou autoridade.

Já no que se refere à avocação de competência atribuída a órgão hierarquicamente

inferior, essa não é permitida como regra. Essa só será permitida em caráter excepcional

e por motivos relevantes devidamente justificados. A lei ainda prevê que a avocação não

se dar em caráter permanente, mas sim em caráter temporário.

Sendo assim, na Administração pública a delegação é adotada como regra, prevendo

a lei apenas as competências que não podem ser delegadas, enquanto a avocação é

prevista como exceção.

TEMA 06

Conceitue os atos administrativos vinculados e discricionários e em

seguida aponte o que os distingue. Por fim, relacione os elementos (ou

requisitos) e os atributos do ato administrativo.

Extensão máxima 15 linhas

Nessa questão devemos dar atenção especial aos verbos. Um dos verbos é

conceituar. Conceituar é dizer o que algo ou alguma coisa “é”. Não é o que

pode ser nem dar exemplos. O outro verbo é relacionar. Relacionar você

apenas irá “enumerar”. Não vai definir nem conceituar nada.

PADRÃO DE RESPOSTA

Ato administrativo é aquele praticado pelos órgãos administrativos e praticado no

exercício de função administrativa, de atividade administrativa. Uma das classificações

do ato administrativo é a que divide o ato em vinculado e discricionário.

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(Introdução. A questão pede que sejam conceituados atos administrativos

VINCULADOS e DISCRICIONÁRIOS. Como introdução, conceituamos

ato administrativo de forma ampla. E em seguida dissemos que umas das

classificações de ato administrativo é aquela que divide o ato em vinculado e

discricionário. Dessa forma, deixamos o “terreno” pronto para trazer o

conceito de atos vinculados e discricionários.)

Ato administrativo vinculado pode ser conceituado como aquele que a lei define

previamente todos os elementos do ato, bastando ao agente detectar a situação de fato

descrita pela hipótese legal e dar a única solução possível antevista pela lei. Já ato

administrativo discricionário a lei não define previamente todos os elementos do ato, a

Administração atua discricionariamente, cabendo ao agente apreciar o caso concreto

para escolher qual solução melhor atende ao interesse público. O que os distingue é a

existência ou não de liberdade de apreciação do caso concreto pelo agente público.

(Nesse parágrafo, dando continuação à introdução, trouxemos o conceito

de atos administrativos vinculados e discricionários. Iniciamos o tópico de

forma direta trazendo o conceito de ato vinculado e usando as palavras chave

– ato administrativo vinculado pode ser conceituado. Na oração seguinte

usamos o elemento de coesão “já” e conceituamos ato administrativo

discricionário, e trouxemos, para deixar explícito ao examinador, as palavras

chave.)

Os elementos ou requisitos do ato administrativo são: competência, finalidade, forma,

motivo e objeto. Já os atributos são: presunção de legitimidade ou veracidade,

imperatividade, auto-executoriedade e exigibilidade ou coercibilidade.

(Aqui de forma direta e imediata relacionamos os requisitos e os atributos

do ato administrativo.)

Dessa forma, os elementos do ato administrativo são o que tornam o ato válido,

enquanto os atributos surgem em razão de interesses que a Administração representa

quando atua.

(Por último, na conclusão fizemos uma complementação quanto aos

elementos e atributos do ato administrativo)

Padrão de resposta em sequência.

Ato administrativo é aquele praticado pelos órgãos administrativos e praticado no

exercício de função administrativa, de atividade administrativa. Uma das classificações

do ato administrativo é a que divide o ato em vinculado e discricionário.

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Ato administrativo vinculado pode ser conceituado como aquele que a lei define

previamente todos os elementos do ato, bastando ao agente detectar a situação de fato

descrita pela hipótese legal e dar a única solução possível antevista pela lei. Já ato

administrativo discricionário a lei não define previamente todos os elementos do ato, a

Administração atua discricionariamente, cabendo ao agente apreciar o caso concreto

para escolher qual solução melhor atende ao interesse público. O que os distingue é a

existência ou não de liberdade de apreciação do caso concreto pelo agente público.

Os elementos ou requisitos do ato administrativo são: competência, finalidade, forma,

motivo e objeto. Já os atributos são: presunção de legitimidade ou veracidade,

imperatividade, auto-executoriedade e exigibilidade ou coercibilidade.

Dessa forma, os elementos do ato administrativo são o que tornam o ato válido,

enquanto os atributos surgem em razão de interesses que a Administração representa

quando atua.

TEMA 07

Com fundamentação na Lei 9.784/99, redija um texto referente ao recurso e a

revisão administrativa, abordando necessariamente:

a) Cite 02 legitimados para interpor recurso administrativo.

b) Quando o recurso não será conhecido?

c) O não conhecimento do recurso impede a Administração de rever de ofício?

d) Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos

dentro de qual prazo e em que hipóteses?

e) Da revisão do processo poderá resultar agravamento da sanção?

Assim como em outros temas, esse pede que a resposta seja com fundamentação

na legislação. Em questões assim devemos ter atenção, pois caso a resposta seja

pedida com fundamento, por exemplo, na jurisprudência e você responder com base

na legislação, o examinador irá atribuir ZERO a sua resposta. Algumas vezes o

examinador pode pedir a mesma resposta com base na jurisprudência e com base na

legislação. Nesse caso, por lógica, você irá fazer duas resposta para a mesma pergunta.

Como a prova de vocês terá no máximo 15 linhas, acredito que seja improvável, mas é

bom estar atento a todo tipo de situação. As mais diversas situações podem ser

facilmente vencidas com a leitura atenta da questão.

Resposta padrão

Página 15

A Lei 9.784/99 estabelece normas sobre o processo administrativo no âmbito da

Administração Federal, visando à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento

dos fins da Administração.

(Fiz uma introdução explicitando a finalidade da lei 9.784. Mesmo não sendo o

tema central, podemos abordar outro tema desde que tenha vinculação com o tema

central. Veja que a introdução serviu para dar base ao próximo parágrafo em que

respondemos ao primeiro tópico)

Quanto ao recurso administrativo a Lei 9.784 prevê como legitimados, entre outros: os

titulares de direitos e interesses que forem parte no processo e aqueles cujos direitos ou interesses

forem indiretamente afetados pela decisão recorrida. Não será o recurso conhecido quando

interposto fora do prazo; perante órgão incompetente; por quem não seja legitimado e depois de

exaurida a esfera administrativa. Todavia, o não conhecimento do recurso não impede a

Administração de rever de ofício o ato ilegal, desde que não ocorrida preclusão administrativa.

(Nesse parágrafo respondemos a três tópicos. Note que, apesar de ter dito que

devemos responder cada tópico em parágrafos separados, de acordo com a quantidade

de tópicos que o examinador traga e tendo em vista a pequena quantidade de linhas

disponíveis, nem sempre isso será disponível. Entretanto, veja que são tópicos que se

complementam e o texto ficou coerente e coeso. Por fim, veja que conseguimos definir

facilmente “onde” inicia a resposta de cada tópico, pois usamos as palavras chave, não

restando, dessa forma, nenhuma dúvida ao examinador.)

No que se refere aos processos administrativos de que resultem sanções, esses poderão ser

revistos a qualquer tempo. No entanto, apenas nas hipóteses em que surgirem fatos novos ou

circunstancia relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada. Ressalte-se que

da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção.

(Nesse parágrafo, da mesma forma que fazemos em todos, usamos os elementos

de coesão e as palavras chave contidas no texto da questão. Da mesma maneira que no

parágrafo anterior, respondemos mais de um tópico no mesmo parágrafo.)

Sendo assim, os processos administrativos podem ser revistos a qualquer tempo e o não

conhecimento do recurso não impede a Administração rever de ofício bem como da revisão não

poderá haver agravamento da sanção.

(Conclusão retomando e reafirmando algumas respostas. Com já exposto, pode

ser uma opção de conclusão.)

Resposta padrão em sequência.

Página 16

A Lei 9.784/99 estabelece normas sobre o processo administrativo no âmbito da

Administração Federal, visando à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento

dos fins da Administração.

Quanto ao recurso administrativo a Lei 9.784 prevê como legitimados, entre outros: os

titulares de direitos e interesses que forem parte no processo e aqueles cujos direitos ou interesses

forem indiretamente afetados pela decisão recorrida. Não será o recurso conhecido quando

interposto fora do prazo; perante órgão incompetente; por quem não seja legitimado e depois de

exaurida a esfera administrativa. Todavia, o não conhecimento do recurso não impede a

Administração de rever de ofício o ato ilegal, desde que não ocorrida preclusão administrativa.

No que se refere aos processos administrativos de que resultem sanções, esses poderão ser

revistos a qualquer tempo. No entanto, apenas nas hipóteses em que surgirem fatos novos ou

circunstancia relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada. Ressalte-se que

da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção.

Sendo assim, os processos administrativos podem ser revistos a qualquer tempo e o não

conhecimento do recurso não impede a Administração rever de ofício bem como da revisão não

poderá haver agravamento da sanção.

TEMA 08

De acordo com a Lei 8.429/92, os atos de improbidade praticados por qualquer

agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional

de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios,

de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja

criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por

cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. Estão

também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o

patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou

creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário

haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da

receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito

sobre a contribuição dos cofres públicos.

Tendo o texto acima como referência, redija um texto, em conformidade com a

Lei 8.429/92, abordando necessariamente:

a) Definição de agente público;

b) As disposições se aplicam a quem não é agente público?

c) Em caso lesão ao patrimônio público, o ato ocorrerá apenas em caso de ação

e dolo?

d) Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público, a

indisponibilidade recairá sobre todos os bens do indiciado?

Página 17

Extensão máxima 15 linhas

Resposta padrão

A Constituição Federal prevê que os atos de improbidade administrativa importarão a

suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o

ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei.

A Lei 8.429/92 define agente público como todo aquele que exerce, ainda que

transitoriamente ou sem remuneração, por qualquer forma de investidura ou vínculo, mandato,

cargo, emprego ou função nas entidades nela referidas. Quanto àquele que não é agente público, as

disposições da lei são aplicáveis desde que induza ou concorra para a prática do ato de

improbidade ou dele se beneficie sob a forma direta ou indireta.

Em caso de lesão ao patrimônio público, o ato não ocorrerá apenas em caso de ação ou

dolo, mas também nos casos de omissão ou culpa. Sendo que, quando o ato causar lesão ao

patrimônio público, a indisponibilidade dos bens recairá apenas sobre os bens necessários ao

ressarcimento integral dos danos, e não sobre todos os bens do indiciado.

Sendo assim, a lei traz a definição ampla de funcionário público e se aplica àquele que não é

funcionário publico, nas hipóteses na lei prevista. Por fim, havendo dano ao patrimônio público

deve ser garantida a indisponibilidade dos bens do indiciado na quantidade suficiente para repor o

dano.

Fizemos uma introdução trazendo a previsão constitucional quanto aos atos

de improbidade administrativa. Na resposta aos tópicos usamos as palavras chave e

seguimos a mesma ordem trazida pelo examinador. Conclusão retomando e

reafirmando algumas respostas.

TEMA 09

De acordo com a Lei 8.429/92, os atos de improbidade praticados por qualquer

agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional

de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios,

de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja

criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por

cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. Estão

também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o

patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou

creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário

haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da

receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito

sobre a contribuição dos cofres públicos.

Página 18

Tendo o texto acima unicamente caráter motivador, redija um texto, em

conformidade com a lei 8.429/92, abordando necessariamente:

a) Uma situação, prevista na referida lei, que sejam atos de improbidade

administrativa que importam enriquecimento ilícito;

b) Uma situação, prevista na referida lei, que sejam atos de improbidade

administrativa que causam prejuízos ao erário;

c) Uma situação, prevista na referida lei, que sejam atos de improbidade

administrativa que atentam contra os princípios da Administração pública.

Extensão máxima 15 linhas

PADRÃO DE RESPOSTA

A Lei 8.429/92 prevê os atos de improbidade administrativa que importam enriquecimento

ilícito, que causam prejuízos ao erário e os que atentam contra os princípios da Administração

Pública.

Para os atos de improbidade que importam enriquecimento ilícito, uma situação prevista na

lei é: perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou

locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de

mercado.

Já para os atos que causam prejuízos ao erário, uma das situações previstas é conceder

benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou regulamentares

aplicáveis à espécie.

Quanto aos atos de improbidade que atentam contra os princípios da Administração pública

podemos citar com uma hipótese o agente praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento

ou diverso daquele previsto, na regra de competência.

Por fim, destaque-se que a lei 8.429/92 não prevê todas as situações que constituem

improbidade administrativa. Após conceituar o ato de improbidade administrativa ela enumera,

exemplificativamente, algumas situações.

Fizemos uma introdução simples, mas pertinente ao tema e que deixou fácil

continuar os próximos parágrafos. Note que, partindo da introdução, o texto ficou

coerente, numa sequência lógica. Nos três parágrafos seguintes usamos os elementos

de coesão e as palavras chave, deixando o texto claro e objetivo. E ainda, as respostas

foram diretas e imediatas. Na conclusão, trouxemos uma informação complementar.

TEMA 10

Página 19

De acordo com a Lei 8.429/92, os atos de improbidade praticados por qualquer

agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional

de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios,

de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja

criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por

cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. Estão

também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade praticados contra o

patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou

creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário

haja concorrido ou concorra com menos de cinqüenta por cento do patrimônio ou da

receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito

sobre a contribuição dos cofres públicos.

Tendo o texto acima caráter unicamente motivador, redija um texto, com

fundamento na lei 8.429/92, abordando necessariamente:

a) Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na

legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito a

quais cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de

acordo com a gravidade do fato, nos casos dos atos de improbidade

administrativa que importam enriquecimento ilícito e nos que causam lesão

ao erário.

A Constituição Federal prevê que os atos de improbidade administrativa importarão a

suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o

ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei.

A Lei 8.429/92, no caso de improbidade que importa enriquecimento ilícito o responsável

está sujeito as seguintes cominações: perda dos valores acrescidos ao patrimônio; perda da função

pública; suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três

vezes o valor do acréscimo e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou

incentivos fiscais pelo prazo de dez anos.

Já na hipótese de improbidade que causa lesão ao erário o responsável está sujeito ao

ressarcimento integral do dano; perda da função pública; suspenso dos direitos políticos de cinco a

oito anos; pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com

o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais pelo prazo de cinco anos.

Dessa forma, a lei 8.429/92 regulamentou a situação prevista na Constituição Federal

trazendo as hipóteses de improbidade administrativa e as cominações legais para cada ato.

Página 20

Notem que a introdução e a conclusão de complementam. Na conclusão

retomamos o tema trazido na introdução. Nos outros dois parágrafos respondemos o

que foi exigido pelo examinador, usando termos de coesão e as palavras chave.

Bom pessoal, por enquanto ficamos por aqui. Nessa aula trouxemos temas de

Direito Constitucional e Administrativo, matérias previstas no edital como passíveis

de serem cobradas na prova discursiva de vocês. Na próxima aula trarei temas

relacionados ao direito eleitoral.

Até a próxima aula.

Patrik Loz