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Geografia para Soldado da PM AL Prof. Danuzio Neto
Geopolítica Brasileira e História da Polícia Aula 08
Rodoviária Federal
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SUMÁRIO
SUMÁRIO 2
A INTEGRAÇÃO DO BRASIL AO PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO DA ECONOMIAERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
GLOBALIZAÇÃO ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
Origens da Globalização 4
O MUNDO HOMOGENEIZADO 5
A ALDEIA GLOBAL 7
A GLOBALIZAÇÃO É HETEROGÊNEA 8
FASES DA GLOBALIZAÇÃO 10
1ª fase da Globalização – Grandes Navegações e Descobertas Marítimas (século XV ao XVIII) 10
2ª Fase da Globalização – Revolução Industrial (Séculos XVIII a XX) 11
3ª Fase da Globalização – Guerra Fria (Fim da II Guerra Mundial até a Queda do Muro de Berlim) 12
4ª Fase da Globalização – Nova Ordem Mundial (de 1989 até os dias de hoje) 12
AS EMPRESAS TRANSNACIONAIS 14
A ASCENSÃO DAS EMPRESAS TRANSNACIONAIS E O ENFRAQUECIMENTO DOS ESTADOS
NACIONAIS 15
A GEOPOLÍTICA DO CAPITALISMO FINANCEIRO 16
OBSTÁCULOS AO AVANÇO DA GLOBALIZAÇÃO 17
Nacionalismo e xenofobia 17
As Barreiras Tarifárias e as Barreiras Não Tarifárias (BNT) 17
BLOCOS ECONÔMICOS 19
A regionalização da economia 19
CLASSIFICAÇÃO DOS BLOCOS ECONÔMICOS 21
UNIÃO EUROPEIA 24
BREXIT 25
A União Europeia corre o risco de ser abandonada por outros países? 26
MERCOSUL 28
A complicada e contestada situação da Venezuela no bloco 28
Suspensão da Venezuela 28
Presidência Pro Tempore do Mercosul e Notas contra Venezuela e Nicarágua 29
Bolívia, o próximo membro pleno do Mercosul 30
Dinâmica econômica do Mercosul 30
Acordo do Mercosul com a União Europeia 31
COOPERAÇÃO ECONÔMICA DA ÁSIA E DO PACÍFICO 34
ACORDO ESTADOS UNIDOS, MÉXICO E CANADÁ (USMCA, A SIGLA EM INGLÊS) 35
ACORDO DE ASSOCIAÇÃO TRANSPACÍFICO (TPP) 36
COMUNIDADE ANDINA 37
ARTIGOS 38
ARTIGO1: VANTAGENS DO ACORDO UNIÃO EUROPEIA-MERCOSUL 38
ARTIGO2: LIVRE COMÉRCIO ENTRE MERCOSUL E UNIÃO EUROPEIA SERIA BENÉFICO AO BRASIL39
QUESTÕES COMENTADAS 41
LISTA DE QUESTÕES 59
GABARITO 70
RESUMO DIRECIONADO 71
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GLOBALIZAÇÃO
Chama-se de GLOBALIZAÇÃO o processo de integração econômica, social, política e cultural que está em
desenvolvimento em nosso planeta. Este fenômeno é identificado principalmente como uma consequência do
avanço tecnológico, especialmente dos SISTEMAS DE TRANSPORTE e de TELECOMUNICAÇÕES, pois foi
justamente a modernização destes sistemas que permitiu, dentre outros, a aceleração dos fluxos:
• Informacionais;
• De capitais;
• De pessoas; e
• De mercadorias.
Por conta desses fluxos terem se acelerado principalmente nas últimas décadas, a ideia de globalização,
tal como a conhecemos, é relativamente recente – pois dependeu do avanço das tecnologias de comunicação. A
origem da globalização moderna está ligada à REVOLUÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA ou INFORMACIONAL
(Terceira Revolução Industrial), iniciada a partir da década de 1970, quando passou a haver uma difusão das redes
de fibra óptica e satélites artificiais.
O primeiro uso desta palavra se deu nos anos 1980, por consultores de empresas de escolas de
administração nos Estados Unidos, que definiam estratégias de expansão para as empresas multinacionais
sediadas naquele país.
Foi só a partir dos anos 1990 que a globalização passou a ser vista como um processo mais complexo
– e entendida da forma que iremos estudar nesta aula.
Questão para fixar
(IBADE - Prefeitura de Aracruz/ES - 2019)
Observe o seguinte conceito:
“É a integração com maior intensidade das relações socioespaciais em escala mundial, instrumentalizada
pela conexão entre as diferentes partes do globo terrestre.”
Pode-se afirmar que esse conceito refere-se à:
a) globalização.
b) estatização.
c) protecionismo comercial.
d) expansão territorial
e) comercialização.
Comentário:
A globalização é o fenômeno responsável pela integração, com maior intensidade, das relações
socioespaciais em escala mundial, sejam elas econômicas, financeiras ou culturais.
Gabarito: A
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Origens da Globalização
São dois os principais marcos apontados como responsáveis pelas origens mais imediatas da expansão do
capital:
• A II GUERRA MUNDIAL (1939-1945); e
• A REVOLUÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA ou INFORMACIONAL (Terceira Revolução Industrial),
iniciada na segunda metade do século XX, especialmente a partir da década de 1970.
Apesar disso, reconhece-se que a globalização moderna é a continuidade de um longo processo histórico
de mundialização do capital, o que nos remota ao início da EXPANSÃO MARÍTIMA EUROPEIA, ainda na Idade
Média. Sob este prisma, o início da mundialização do capital é identificado com o período das GRANDES
NAVEGAÇÕES, já que antes deste período o globo era composto por vários “mundos” que geralmente sequer se
comunicavam entre si e que, por vezes, até se ignoravam.
São exemplos destes mundos: o europeu ocidental, o árabe, o asteca, o tupi, o zulu e o chinês.
Atenção!
Foi na época das Grandes Navegações que se iniciou o processo de integração e interdependência
planetária entre os “mundos”.
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O MUNDO HOMOGENEIZADO
No século XX, a globalização acabou por tornar o globo um espaço econômico cada vez mais
homogêneo, onde pessoas, produtos e capitais transitam entre os países com cada vez mais liberdade.
Essa característica é especialmente boa para as grandes empresas, que estimulam estratégias que
promovem a aproximação entre hábitos, valores e preferências de consumo em esfera planetária. Essa
homogeneização garante a criação de um mercado consumidor global para produtos que pouco diferem entre si
e que podem ser vendidos em qualquer região. É baseado nos gostos culturais iguais ao redor do mundo que um
produto fabricado e desenvolvido no Vietnã, por exemplo, pode ser vendido em qualquer outra parte do planeta.
Pense, por exemplo, numa camisa da Adidas ou num Iphone, produtos que são indistintamente desejados e
consumidos em qualquer região do globo.
Ou seja, ao mesmo tempo em que a globalização tem a vantagem de colocar à disposição do mundo inteiro
os mais diversos avanços no campo da tecnologia, como o tratamento da AIDS e soluções para a pandemia de
covid-19, este mesmo fenômeno (globalização), por ser tão intenso, homogeneiza hábitos e dilui heranças
culturais. O vestuário e os hábitos alimentares no mundo inteiro se tornam cada vez mais iguais, com o avanço de
grandes redes de fast food e de lojas de departamento como a C&A e a Forever 21.
Nesta dinâmica, pequenos produtores acabam perdendo terreno, pois não têm como competir com quem
melhor se utiliza da cadeia global de produção. Neste sentido, é bem interessante o texto da jornalista Cora
Rónaim que faz uma reflexão sobre o tema:
Reflexão sobre o tema
Comprei uns brincos no Marrocos. O vendedor, lá no meio da medina milenar de Fez, os embrulhou num
saquinho de pano que tirou de uma pilha enorme de saquinhos de pano. Todos nós os conhecemos: são aqueles
saquinhos chineses que se encontram por toda a parte, e que guardam coisinhas miúdas e brilhantes compradas
no Egito, na Colômbia, no Nepal, em Manaus ou na Rua da Alfândega.
Que porcaria de mundo globalizado!
E que país tenebroso, a China, que consegue produzir uma coisa de tão pouco valor que sai ainda mais
barata, com transporte, imposto e intermediários, do que o que se faria na esquina! O Marrocos tem pano e tem
mão de obra sobrando. Quanto custaria a um comerciante um saquinho de pano local? 20 centavos? 30
centavos? Em vez disso, ele compra o produto chinês, que provavelmente sai a dez centavos. A dúzia.
Imagino uma cidade na China onde todo mundo vive de fazer saquinhos de pano. De manhã à noite, chova
ou faça sol, lá estão milhares de chineses, coitados, de todas as idades, fazendo a droga dos saquinhos que
serão espalhados pelo mundo, tirando o emprego de pessoas que poderiam fazê-los à sua maneira e a alegria
de quem curte o sabor do que vai buscar pelo mundo.
Imagino também uma pessoa, que como todas as outras pessoas do mundo só ganhou uma vida, tendo
que gastá-la inteira na costura de saquinhos, em condições miseráveis, ao lado de outras pessoas nas mesmas
circunstâncias.
E aí agradeço à imensa sorte que eu tive de não ser essa pessoa.
- Texto de Cora Rónai, articulista de O Globo.
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Se antes cada país tinha a sua própria arquitetura, atualmente percebemos que os prédios de vidro que
caracterizam a sociedade moderna são cada vez mais iguais, em qualquer parte do mundo. Essa diluição das
heranças culturais é favorecida principalmente pela velocidade cada vez mais rápida com que os fluxos de
informação acontecem.
Assim, temos que, apesar de o capital ser a faceta mais visível da globalização, este é um fenômeno
que abarca várias dimensões da nossa existência, como:
• A POLÍTICA;
• A CULTURAL; e
• A ESFERA SOCIAL.
Com a intensa revolução das tecnologias da comunicação (telefones, televisão e computadores), as fontes
de informação também ficaram igualadas por conta do alcance global e a crescente popularização de canais de
televisão por assinatura, da internet e de serviços que são ainda mais modernos, como a Netflix (serviço de
televisão) e o Spotify (serviço de música). Todos estes fatores levam a uma crescente homogeneização cultural
entre os países.
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A ALDEIA GLOBAL
A fase de interconexão planetária é bastante ligada à ideia de uma ALDEIA GLOBAL, termo que foi criado
na década de 1960 pelo filósofo Herbert Marshall, a fim de explicar como o avanço tecnológico encurtou distâncias
e nos transformou, sociedade contemporânea, numa única grande aldeia. Ou seja, numa grande comunidade que
compartilha de valores, hábitos e costumes unificados – tal como realmente acontece em uma aldeia. Neste caso,
porém, uma aldeia global.
Nesta realidade, até a riqueza linguística é perdida, já que progressivamente várias línguas e dialetos estão
sumindo em nosso planeta. Como estamos em uma aldeia global, em que há necessidade de uma comunicação
comum entre os membros dessa tribo, uma língua única também se faz necessária, por isso presenciamos o
crescimento do inglês. Mas não apenas os signos linguísticos vão se tornando iguais, utilizamos códigos de
programação padronizados no mundo informacional e criamos vários outros padrões para facilitar o comércio no
globo.
A tecnologia, segundo o Herbert Marshall, fez o mundo passar por um processo de retribalização. Segundo
Marshall, a imprensa havia nos destribalizado. Ou seja, tinha sido responsável por nos fazer perder as conexões
que nos davam sentido de grupo.
Este assunto já foi abordado em provas, como podemos observar a seguir:
Questão para fixar
(FUNRIO - Prefeitura de Alta Floresta/MT - 2019)
Para muitos autores a globalização tem inicio com as grandes navegações, meados dos séculos XV e XVI, é
um fenômeno gerado pela necessidade de dinâmica do capitalismo de formar:
a) Uma aldeia global.
b) Um todo lúdico.
c) Conjunto ideal.
d) Paz.
e) Fluxo internacionalista.
Comentário:
A fase de interconexão planetária em que vivemos foi definida pelo filósofo Herbert Marshall como uma
ALDEIA GLOBAL, termo que foi criado na década de 1960.
A expressão mostra como o avanço tecnológico encurtou distâncias e nos transformou, sociedade
contemporânea, numa única grande aldeia.
Gabarito: A
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A GLOBALIZAÇÃO É HETEROGÊNEA
A globalização não necessariamente alcança todos os países com a mesma intensidade. Ela se se fará
mais visível e presente em lugares que dispõem de maiores mercados consumidores, melhores infraestruturas e,
sobretudo, em grandes centros de poder econômico e político, como Nova York, Londres, Tóquio, Paris e São
Paulo. Assim, a globalização é um processo HETEROGÊNEO. Ela uniformiza, sim, hábitos ao redor do globo, mas
não alcança a todos da mesma forma.
Atenção!
Apesar de ser um processo de alcance global, é importante termos em mente que:
Os fluxos que são frutos da GLOBALIZAÇÃO NÃO ATINGEM A TODOS E NEM A TODOS LUGARES DE
MANEIRA IGUAL
A imagem a seguir, que já foi objeto de prova, contém as rotas marítimas (parte superior) e aéreas (parte
inferior) globais. Ela demonstra claramente como as interconexões que fazem parte do processo de
globalização ocorrem de maneira assimétrica no globo.
Os pontos mais importantes de interconexão no processo de globalização se dão nas chamadas cidades
globais, que são aquelas mais relevantes na complexa cadeia de relações existentes do mundo atual.
O trecho a seguir é ilustrativo a este respeito:
A aparição das chamadas cidades mundiais e das cidades globais se explica pela necessidade de
organização e controle da economia global. O termo cidade global, em sua versão mais
topológica, é definido por Saskia Sassen como um território onde se exerce uma série de funções
de organização e controle na economia global e nos fluxos de investimentos em escala planetária.
O. Nel.Lo e F. Muñoz. El proceso de urbanización. In.: Geografía humana, J. Romero et al (Coord.).
Barcelona: Ariel, 2008, p. 321 (com adaptações).
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A existência das cidades globais confirma a heterogeneidade do território do nosso planeta mesmo em
um mundo globalizado, como podemos observar a seguir:
Apesar da ampliação dos mercados, a globalização da economia e o crescimento dos fluxos de
mercadorias reafirmam a desuniformidade do espaço terrestre e dão visibilidade à sua
heterogeneidade e à sua diversificação pela ação das sociedades que o modelam.
Iná E. Castro. Geografia política, território, escalas de ação e instituições. Bertrand Brasil, 2006, p. 234.
Cuidado para não se confundir!
A globalização tornou HOMOGÊNEOS, ao redor do mundo, hábitos, valores e percepções.
Por outro lado, a globalização, o fenômeno em si, é HETEROGÊNEO, já que não impacta todos os países de maneira igual. Os países centrais são mais beneficiados por este fenômeno, enquanto os países periféricos são beneficiados em menor intensidade.
Apesar dessas posições praticamente unânimes sobre homogeinização cultural, é interessante
conhecermos o pensamento do geógrafo Milton Santos, para quem a globalização não seria algo real, mas apenas
uma ficção: "O espaço se globaliza, mas não é mundial como um todo senão como metáfora. Todos os lugares são
mundiais mas não há um espaço mundial. Quem se globaliza mesmo são as pessoas" (Milton Santos, 1993).
Milton Santos entende que os espaços locais não ficam anulados com a globalização, mas que aqueles
conversam com esta, numa relação simbiótica. Vejamos: "cada lugar é, ao mesmo tempo, objeto de uma razão
global e de uma razão local, convivendo dialeticamente" (Santos, 1996:273).
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FASES DA GLOBALIZAÇÃO
Para que alcançasse o atual nível de desenvolvimento, o processo da globalização passou por diversas
fases, como iremos esudar agora:
1ª fase da Globalização – Grandes Navegações e Descobertas Marítimas (século XV ao XVIII)
Desenvolveu-se principalmente no século XVI, a partir do MERCANTILISMO, que era uma doutrina
econômica que acreditava que o COMÉRCIO era a grande fonte de riqueza das nações.
Por conta desta visão, houve o esforço de vários países europeus no sentido de expandir o seu comércio
por meio das novas rotas marítimas, em busca dos seguintes mercados:
• Da Ásia (seda e especiarias);
• Da África (escravização de seres humanos); e
• Da América (metais preciosos e produtos agrícolas tropicais).
A Europa neste período é caracterizada como fornecedora de manufaturas, enquanto os demais
continentes são fornecedores de matérias-primas.
Neste contexto, a imensa expansão dos novos mercados favorece os artesãos e os industriais emergentes
da Europa, que passam a contar com consumidores num raio bem maior do que aquele abrigado em suas
respectivas cidades. Neste mesmo sentido, a importação de produtos coloniais faz ampliar as relações
intereuropeias. Exemplo disso ocorre com o açúcar, cuja produção é confiada aos senhores de engenho brasileiros,
mas que é transportado pelos portugueses para os portos holandeses, onde lá se encarregam do seu refino e
distribuição para o resto do continente.
Os principais portos europeus, americanos e africanos desta primeira globalização encontravam-se em
Lisboa, Sevilha, Cádiz, Londres, Liverpool, Bristol, Roterdã, Amsterdã, Le Havre, Toulouse, Salvador, Rio de
Janeiro, Lima, Buenos Aires, Vera Cruz, Porto Belo, Havana, São Domingo, Lagos, Benin, Guiné, Luanda e Cidade
do Cabo.
A integração econômica do globo, nesta fase, é considerada superficial, pois se deu exclusivamente no
campo das relações comerciais e privilegiando poucos atores econômicos e poucas áreas geográficas.
Além disso, os meios de comunicação e de transporte eram lentos, quando comparamos com a realidade
de comunicação instantânea de hoje.
Assim, a principal característica desse período foi a formação das colônias europeias na América e, mais
tarde, na África e na Ásia, tornando o “velho continente” como o grande articulador da globalização e da
mundialização do sistema capitalista em todo o planeta.
É nesse período também que se consolida a Divisão Internacional do Trabalho (DIT), em que:
• A Europa fornecia mercadorias; e
• As demais áreas forneciam matérias-primas e trabalho escravo.
Características da 1ª fase da globalização
Grandes Navegações e Descobertas Marítimas (século XV ao XVIII);
Mercantilismo;
Europa fornecedora de mercadorias;
As demais áreas forneciam matérias-primas e trabalho escravo;
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A integração econômica do globo é superficial;
Integração exclusivamente no campo das relações comerciais;
Privilegiou poucos atores econômicos; e
Privilegiou poucas áreas geográficas.
2ª Fase da Globalização – Revolução Industrial (Séculos XVIII a XX)
A partir do século XVIII, a Inglaterra industrializa-se aceleradamente e, depois dela, a França, a Bélgica, a
Alemanha e a Itália. Nesta fase, a máquina à vapor é introduzida nos transportes terrestres (estradas-de-ferro) e
marítimos (barcos à vapor).
O regime econômico da primeira fase da REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (século XVIII) será determinante
para a nova fase da Globalização.
A Revolução Industrial irá se caracterizar pela implantação de métodos que dinamizam o processo
produtivo de produtos manufaturados e dão nova agilidade para os fluxos econômicos.
Contribuíram para esta dinamização, por exemplo, a utilização de MÁQUINAS MOVIDAS A VAPOR
(como o barco e a locomotiva a vapor) e INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NA ÁREA INDUSTRIAL (como o tear
hidráulico e o tear mecânico). Nesta fase, consolidou-se também o LIBERALISMO, que tinha entre os seus
objetivos a plenitude do LIVRE MERCADO.
Por conta disso, os pensadores liberais desta época propunham a interferência cada vez menor do Estado
na economia. Como desdobramento deste pensamento, a DIT ampliou-se, tendo em vista que os países
desenvolvidos passaram a produzir e fornecer também produtos industrializados, enquanto as colônias e países
subdesenvolvidos continuaram limitados ao fornecimento de produtos primários.
Por ter havido a substituição do tear artesanal pelas fábricas, que produziam tecidos numa quantidade
bem maior num tempo bem menor, a INDÚSTRIA TÊXTIL se tornou o setor mais relevante deste período.
Com os avanços promovidos na área da indústria e os recursos captados por aquilo que se convencionou
chamar de “mundo desenvolvido” a partir da exploração de suas colônias ou áreas de dominação econômica, os
sistemas de transporte e comunicação são ampliados, havendo a criação e a difusão de ferrovias, telégrafos,
sistemas de telefonia, além do uso dos automóveis, aviões, entre outros. Com isso, o mundo foi se tornando cada
vez mais interligado, embora tal interligação se desenvolvesse de forma assimétrica, desigual e obedecendo a
uma hierarquia de dominação e dependência socioeconômica.
Neste período são formadas as bases para a instauração do Capitalismo Financeiro.
2ª Fase da Globalização
Revolução Industrial (Séculos XVIII a XX);
Utilização de MÁQUINAS MOVIDAS A VAPOR (como o barco e a locomotiva a vapor);
INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NA ÁREA INDUSTRIAL (como o tear hidráulico e o tear mecânico);
LIBERALISMO;
LIVRE MERCADO;
Os sistemas de transporte e comunicação são ampliados (ferrovias, telégrafos, sistemas de telefonia,
automóveis e aviões)
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3ª Fase da Globalização – Guerra Fria (Fim da II Guerra Mundial até a Queda do Muro de Berlim)
Essa fase da globalização coincidiu com o período da História em que a Ordem Mundial é caracterizada
pela bipolaridade. Nessa época, o mundo viu a formação de dois grandes blocos de poder:
• O BLOCO CAPITALISTA – liderado pelos Estados Unidos; e
• O BLOCO SOCIALISTA – liderado pela União Soviética.
Se por um lado a Guerra Fria gerou pânico no mundo, ao colocá-lo à beira de uma guerra nuclear, por outro,
esse período foi marcado por grandes avanços na área tecnológica, principalmente em razão das corridas
armamentista e espacial, que permitiram o acúmulo rápido de uma soma inestimável de conhecimentos
científicos. Tais conhecimentos foram respaldados pela emergência da Terceira Revolução Industrial, mais
conhecida como Revolução Técnico-científica e Informacional, que aconteceu principalmente a partir da década
de 1970.
Na REVOLUÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA-INFORMACIONAL foram realizados avanços na área da
informação e também dos transportes, com o desenvolvimento da informática, da robótica, da internet e da
biotecnologia.
Os instrumentos anteriormente existentes foram aperfeiçoados e novos meios de comunicação e de
transporte foram criados, promovendo, assim, uma maior e mais ampla integração mundial, embora ela
permanecesse em níveis desiguais de desenvolvimento pelo mundo.
Características da 3ª Fase da Globalização
Guerra Fria (Fim da II Guerra Mundial até a Queda do Muro de Berlim)
Na REVOLUÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA-INFORMACIONAL foram realizados avanços na área da
informação e também dos transportes, com o desenvolvimento da informática, da robótica, da
internet e da biotecnologia.
Os instrumentos anteriormente existentes foram aperfeiçoados e novos meios de comunicação e
de transporte foram criados, promovendo, assim, uma maior e mais ampla integração mundial.
A globalização se dá em níveis desiguais de desenvolvimento pelo mundo.
4ª Fase da Globalização – Nova Ordem Mundial (de 1989 até os dias de hoje)
Com a queda do Muro de Berlim e o fim da Guerra Fria, o mundo entrou em uma NOVA ORDEM
MUNDIAL, o da MULTIPOLARIDADE, e a Globalização também passou a um novo estágio. Isso porque houve
então um avanço do sistema capitalista para todo o mundo, incluindo os países do então chamado “segundo
mundo” (socialistas, de economia capitalista planificada).
O que se vê como característica principal desse processo, além da consolidação total do sistema de
globalização por meio da mundialização integral do capitalismo, é o encurtamento das distâncias e a aceleração
do tempo.
O “encurtamento” se refere à forma com que os sistemas de transporte conseguem alcançar grandes
distâncias em pouquíssimo tempo.
Já a aceleração do tempo se refere à velocidade com que novas tecnologias surgem e são rapidamente
melhoradas ou substituídas.
Apesar de o sistema atual ser conhecido por sua multipolaridade, o certo é que, no plano político,
consolidaram-se o poderio econômico e militar dos Estados Unidos e a formação de polos “secundários”, como a
União Europeia, a China e a Rússia.
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Características da 4ª Fase da Globalização
Nova Ordem Mundial (de 1989 até os dias de hoje);
NOVA ORDEM MUNDIAL, o da MULTIPOLARIDADE;
Avanço do sistema capitalista para todo o mundo, incluindo os países do então chamado “segundo
mundo” (socialistas, de economia capitalista planificada);
Consolidação total do sistema de globalização por meio da mundialização integral do capitalismo;
Encurtamento das distâncias e a aceleração do tempo;
No plano político, consolidaram-se o poderio econômico e militar dos Estados Unidos e a formação
de polos “secundários”, como a União Europeia, a China e a Rússia.
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AS EMPRESAS TRANSNACIONAIS
Personagem importante para entendermos a globalização tal como a presenciamos hoje, as Empresas
Transnacionais (ETNs) são aquelas que têm matriz em seu país de origem e atuam por meio de filiais em vários
países. O termo transnacional tem substituído nos últimos anos o termo multinacional, pois este dá a ideia de uma
empresa que pertence a vários países, enquanto o termo transnacional dá a ideia de que a empresa ultrapassa os
limites territoriais do seu país para atuar no mercado exterior.
Em resumo, as ETNs são grandes corporações que se expandem globalmente em busca de mercados
consumidores, energia, matéria-prima e mão-de-obra.
Com a ajuda de meios de transporte cada vez mais eficientes e das novas tecnologias de comunicação, as
empresas transnacionais conseguem instalar suas fábricas em qualquer lugar do mundo. Desta froma, essas
organizações valem-se de cadeias de produção globais, ao distribuírem etapas de produção entre várias unidades
ao redor do globo, sempre visando à redução de custos e maior eficiência em seus processos.
Para decidir onde instalar a sua capacidade produtiva, as empresas não analisam mais apenas as
oportunidades que existem dentro do seu país de origem, mas buscam em todo o globo as áreas que apresentam
as maiores vantagens fiscais (impostos/tributos), bem como onde há mão-de-obra e matérias-primas mais
baratas. Os reflexos desta lógica são vistos, por exemplo, na transferência de postos de emprego dos países ricos
(onde a mão-de-obra é mais cara) para os países emergentes industrializados (como China, Vietnã e Taiwan).
Assim, atualmente, grande parte dos produtos que possuem a marca de grandes empresas, na verdade,
não possuem uma nacionalidade definida.
Segundo o geógrafo e economista Peter Dicken, em seu livro Mudança Global: Mapeando as novas
fronteiras da economia mundial (Bookman, 2000): são transnacionais as “Empresas que têm o poder de coordenar
e controlar operações em mais de um país, mesmo que não sejam de propriedade dessa empresa”.
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A ASCENSÃO DAS EMPRESAS TRANSNACIONAIS E O ENFRAQUECIMENTO
DOS ESTADOS NACIONAIS
Com a facilidade que possuem para desenvolver suas atividades em qualquer região do globo, as empresas
ganharam influência mundial e grande poder político. Os Estados Nacionais, por outro lado, assistiram a uma
queda de influência e poder, sendo fragilizados com essa nova dinâmica – ainda que mantenham relevância
política e simbólica.
Ou seja, a globalização envolve uma progressiva e inconclusa integração econômica de mercados operada
pelos megaconglomerados transnacionais, superando a própria ideia de Estados Nacionais, embora os mantenha
como unidade política de referência.
Alguns políticos, percebendo essas novas dinâmicas, tentam reverter esse processo, por entendê-lo como
prejudicial para os seus governados. Donald Trump, por exemplo, trabalhou bastante para que empresas norte-
americanas fechassem fábricas fora dos Estados Unidos e as realocasse em território nacional.
Atualmente, várias são as comparações que costumam ser feitas pela mídia sobre o poder dos Estados e
das grandes corporações.
Em agosto de 2020, por exemplo, foi amplamente noticiado que o valor de mercado da Apple superou o
valor do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2019. O PIB, pra quem não lembra, é a soma de todos os bens e
serviços finais produzidos por um país em determinado período.
Segundo o Banco Mundial, o PIB brasileiro em 2019 cresceu 1,1% e chegou a US$ 1,84 trilhão. Já a empresa
de tecnologia estava valendo, em agosto de 2020, cerca de US$ 1,9 trilhão, de acordo com a Nasdaq, a bolsa de
valores em que a Apple está listada.
Como o Brasil é uma das dez maiores economias do mundo, a Apple, em 2020, tinha o valor de mercado
maior que o PIB de mais de 180 países.
Em julho de 2020, Apple, Google, Amazon e Facebook, juntas, ultrapassaram o valor de mercado de 5
trilhões de dólares pela primeira vez na história. Quando se compara com os Estados Nacionais, este valor só não
é maior que o PIB dos Estados Unidos e da China. Neste mesmo mês, os representantes dessas quatro empresas
foram chamados a testemunhar em uma audiência antimonopólio no Congresso dos Estados Unidos.
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A GEOPOLÍTICA DO CAPITALISMO FINANCEIRO
Na atual fase da globalização, diferente do que correu nas demais, a expansão do capitalismo não exige
a invasão e a ocupação territorial. Apesar desta nova configuração, já que o controle do território exercido nas
fases colonialistas e imperialistas era fundamental para a exploração dos recursos naturais, houve a invasão do
Iraque em 2003, que foi movida por interesses geopolíticos e econômicos no Oriente Médio, sobretudo relacionados
ao petróleo, já que o Iraque dispõe da quinta maior reserva de petróleo do mundo (o país com a maior reserva de
petróleo é a Venezuela). Esse tipo de guerra, porém, não é mais a regra, tanto é que foi muito criticada e houve
manifestações contrárias à ação norte-americana em diversos países – e até mesmo dentro do próprio Estados
Unidos. Atualmente, observa-se que as guerras regionais têm um caráter mais étnico-nacionalista e menos
econômico.
Para que houvesse essa mudança, o desenvolvimento tecnológico é apontado como fundamental para
a diminuição dos conflitos que tinham como principal objetivo a “mera” conquista de terras, o que ocorria nas
guerras colonialistas e imperialistas.
Os movimentos antiglobalização e pacifistas, por exemplo, atualmente são coordenados e divulgados por
várias ONGs de todo mundo por meio da internet. Ou seja, mesmo a opinião pública, atualmente, é também
resultado da revolução informacional e da globalização.
Assim, percebemos que, com uma ou outra exceção, na era da globalização a expansão capitalista é
silenciosa, sutil e mais eficaz que as antigas guerras imperialistas. No presente, a invasão que ocorre é de
mercadorias, capitais, serviços, informações e pessoas. As novas “armas”, portanto, são a agilidade e a eficiência
das telecomunicações, dos transportes e do processamento de informações, graças aos satélites de comunicação,
à informática, à internet, aos telefones (fixos e celulares), à expansão das redes de fibra óptica, aos aviões, aos
supernavios petroleiros e aos trens de alta velocidade.
A “guerra”, assim, dá-se em meios mais civilizados, como as bolsas de valores e de mercadorias em todos
os mercados do mundo e em todos os setores econômicos. Se formos fazer um paralelo com o que acontecia há
até poucas décadas, notamos que as estratégias e táticas atuais de dominação são traçadas nas sedes das grandes
corporações multinacionais, dos grandes bancos, das corretoras de valores e de outras instituições que influenciam
quase todos os países – e não necessariamente apenas em quartéis generais.
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OBSTÁCULOS AO AVANÇO DA GLOBALIZAÇÃO
Nacionalismo e xenofobia
Na definição de COELHO, M.A. e TERRA, L:
“A globalização é, portanto, um conjunto de mudanças que estão ocorrendo na esfera econômica,
financeira, comercial, social e cultural, intensificando a relação entre os países, os povos e os sistemas
produtivos. Implica a uniformização global de padrões econômicos e culturais”
Apesar de a globalização nos passar a ideia de ser um processo inexorável e sem volta, este fenômeno é
marcado por contradições. Uma dessas contradições, é percebida na explosão de movimentos de afirmação de
nacionalidades e de identificações étnicas no mundo atual. Grande exemplo desses movimentos foi o Brexit,
processo em que o Reino Unido saiu da União Europeia.
A imigração foi um dos principais temas durante a campanha eleitoral que antecedeu o referendo de 2016,
no qual a população britânica optou pelo Brexit, ou seja, por deixar a UE. O governo do primeiro-ministro Boris
Johnson, assim que o Brexit foi aprovado, anunciou uma nova política migratória que tinha o objetivo de diminuir
drasticamente os números de imigrantes e retomar o "controle total" sobre as fronteiras.
Apesar de toda a integração internacional, atualmente as fronteiras são muito mais controladas do que
eram um século atrás, por exemplo.
As Barreiras Tarifárias e as Barreiras Não Tarifárias (BNT)
Apesar de todas as interligações existentes no mundo atual, as fronteiras ainda existem e o globo ainda
não é um ambiente de livre circulação de pessoas e mercadorias. Os interesses nacionais persistem e o comércio
mantém-se como importante elemento geopolítico. A Guerra Comercial travada entre Estados Unidos e a China
a partir de 2017 é um bom exemplo disso.
Neste contexto, a fim de defender intresses nacionais ou alegando se defender de nações estrangeiras,
alguns países simplesmente colocam BARREIRAS TARIFÁRIAS, que mudam conforme os interesses, em suas
fronteiras. Essas barreiras podem ser menores para produtos em que há mais interesse em importar e maiores
naqueles em que o interesse em importar é mínimo.
Mas o que são as Barreiras Tarifárias? São todas as taxas e impostos envolvidos no processo de importação
de cada país.
A fim de frear a entrada de mercadorias estrangeiras em seus territórios, alguns países também se valem
de BARREIRAS NÃO TARIFÁRIAS (BNTs), que são mais sutis em meio a esse embate comercial. Ou seja, as BNTs
são quaisquer mecanismos e instrumentos de política econômica que possam influenciar o comércio internacional
sem o uso de mecanismos tarifários.
As formas mais conhecidas de Barreiras Não Tarifárias são as seguintes:
Cotas de importação
Ocorre quando um determinado país simplesmente limita, em relação à quantidade, a importação de
algum produto.
Por vezes, as cotas de importação são combinadas com as barreiras tarifárias tradicionais. Neste modelo
híbrido, as tarifas são:
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• Mais baixas quando a quantidade importada está dentro da cota estabelecida (tarifa intra-quota); e
• Mais altas quando a cota é extrapolada (tarifa extra-quota).
Barreiras técnicas
É visto como um mecanismo de defesa da sociedade. A barreira técnica, por exemplo, tem o intuito
declarado de prezar pela saúde e segurança da população.
Como são reguladas pelo Acordo sobre Barreiras Técnicas ao Comércio (TBT, em inglês), as barreiras
técnicas não são exatamente mecanismos de defesa comercial, mas sim, teoricamente, de defesa da sociedade.
Determina-se barreiras técnicas à importações de determinados produtos motivado:
• Pelas necessidades da segurança nacional;
• Pela prevenção contra práticas enganosas;
• Pela proteção à saúde ou segurança humana, à saúde de plantas e animais, ou ainda ao meio
ambiente.
São exemplos de barreiras técnicas: a proibição da entrada de carne produzida em área onde haja alguma
epidemia animal ou a criação de critérios de higiene mínimos para o transporte de cerveja.
Os principais órgãos anuentes responsáveis pela imposição de barreiras técnicas em nosso país são:
• O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO);
• A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA); e
• O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
As medidas de barreira técnica têm que considerar as informações técnicas e científicas disponíveis, as
tecnologias de processamento e a destinação final dos produtos.
São tipos de barreiras técnicas, entre outros, as exigências ambientais, fitossanitárias, ambientais e
laborais.
Por vezes, no entanto, as barreiras técnicas são utilizadas simplesmente com o intuito disfarçado de
proteger os produtores locais em relação à concorrência de produtos estrangeiros de melhor qualidade e/ou mais
baratos.
Barreiras laborais
É um barreira técnica que ocorre quando um país restringe a entrada de produtos oriundos de países que
desrespeitam preceitos básicos de condições de trabalho estabelecidos pela legislação internacional.
Barreiras sanitárias e fitossanitárias
É um barreira técnica que ocorre quando determinado país estabelece requisitos sanitários e
fitossanitários que restringem a entrada e circulação de animais e plantas em seu território, com o intuito
declarado de proteger sua população de eventuais doenças. Assim como nas barreiras técnicas, é utilizado, por
vezes, com o intuito disfarçado de proteger os produtores locais em relação à concorrência de produtos
estrangeiros de melhor qualidade e/ou mais baratos.
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BLOCOS ECONÔMICOS
Contraditoriamente, um dos efeitos colaterais da globalização, fenômeno conhecido por integrar cada vez
mais o globo e diluir a importância das fronteiras, foi fomentar a regionalização econômica, por meio da criação
de blocos econômicos.
A criação e o desenvolvimento desses blocos teve o principal objetivo de melhor posicionar
estrategicamente os seus países-membros, como veremos a seguir.
A regionalização da economia
Costuma-se chamar de regionalização da economia a formação dos grandes blocos econômicos, que são
mecanismos que funcionam como uma tentativa de as nações, em conjunto, exercerem maior controle e
conseguirem barganhar com maior poder de fogo no âmbito do comércio internacional.
Assim, podemos definir os blocos econômicos como associações de países que pretendem estabelecer
relações comerciais privilegiadas entre si.
Atenção!!
Bloco econômico é o agrupamento de países, com interesses econômicos mútuos,
que buscam a integração COMERCIAL e SOCIAL entre os seus Estados-membros.
Ou seja, um bloco econômico não é, necessariamente, um mero agrupamento de países com interesses
econômicos mútuos – e isso pode ser questão de prova!
Além do aspecto econômico, como podemos observar na União Europeia (UE), por exemplo, nota-se
também a existência de uma integração social entre seus Estados-membros, motivo pelo qual falamos de
integração comercial e social como elementos fundamentais para a caracterização de um Bloco Econômico.
Na União Europeia há leis, fundos e instrumentos para melhor coordenar e monitorar as políticas
nacionais. A UE incentiva ainda os Estados-Membros a partilhar as melhores práticas em assuntos como inclusão
social, pobreza e pensões.
O Tratado de Roma de 1957 já incluía princípios fundamentais como a igualdade salarial entre mulheres e
homens, bem como o direito de os trabalhadores poderem circular livremente dentro do bloco. Para viabilizar essa
mobilidade, foram adotadas regras para o reconhecimento mútuo de diplomas, além de garantias relativas ao
tratamento médico no estrangeiro e as salvaguardas relativas aos direitos à pensão já adquiridos.
A UE ainda apoia os Estados-Membros nos seus esforços para organizar os serviços de saúde e melhorar a
saúde dos europeus, por meio de financiamento e legislações, tais como o tempo de trabalho ou o trabalho a
tempo parcial, bem como legislação para combater a discriminação no local de trabalho, e para garantir a saúde e
a segurança dos trabalhadores.
Como se vê, portanto, a integração social é importante para o grupo.
Outro ponto que deve ser levado em consideração é que os países-membros de determinado bloco
econômico não estarão, necessariamente, geograficamente próximos. Num mesmo bloco econômico, por
exemplo, pode haver Estados de diferentes continentes e, até mesmo, separados por um oceano. Lembre-se:
estamos falando de integração COMERCIAL e SOCIAL, e NÃO de integração geográfica.
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A seguir, apresento o mapa que destaca os Estados-membros da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico
(APEC), que possui membros de diferentes continentes:
Fonte: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/apec.htm
Seja qual for o tipo de integração, no entanto, o certo é que os blocos econômicos são formados por
PAÍSES com a finalidade de diminuir e/ou eliminar impostos e tarifas nas negociações entre os seus membros
(integração comercial), fazendo com que estes ganhem competitividade internacional. Eventualmente, alguns
blocos também buscam a livre circulação de pessoas (integração social), como a já citada União Europeia.
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CLASSIFICAÇÃO DOS BLOCOS ECONÔMICOS
A União Europeia possui uma moeda oficial, o Euro, que é adotada por 19 dos 27 de seus países-membros,
formando assim a chamada Zona do Euro (ATENÇÃO: Nem todos os países da União Europeia fazem parte da
Zona do Euro). O Mercosul, por outro lado, apesar de também ser um bloco econômico, não possui uma moeda
oficial única de livre circulação entre seus membros, o que demostra que entre blocos econômicos diferentes
existem também diferentes níveis de integração.
A seguir, apresento a classificação dos blocos econômicos.
Zona de Preferência Tarifária
Modalidade mais simples de integração, em que os países-membros apenas possuem TAXAS MAIS
BAIXAS do que as aplicadas aos países que não pertencem ao acordo de preferência.
Ademais, essa preferência tarifária se restringe APENAS A ALGUNS PRODUTOS, já que é apenas uma
fase inicial – e por vezes experimental – de integração.
O maior exemplo desta modalidade é a ALADI (Associação Latino- Americana de Integração).
A própria ALADI, é o maior grupo latino-americano de integração, declara-se como uma zona preferencial:
A ALADI promove a criação de uma ÁREA DE PREFERÊNCIAS ECONÔMICAS na região,
objetivando um mercado comum latino-americano, através de três mecanismos:
– uma PREFERÊNCIA TARIFÁRIA REGIONAL, aplicada a produtos originários dos países-
membros frente às tarifas em vigor para terceiros países;
– acordos de alcance regional (comuns a todos os países-membros); e
– acordos de alcance parcial, com a participação de dois ou mais países da área.
A Aladi é formada por onze países-membros: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador,
Mexicanos, Paraguai, Perú, Uruguai e Venezuela. Juntos, estes países ocupam 20 milhões de quilômetros
quadrados e abrigam mais de 510 milhões de habitantes.
Área (ou Zona) de livre-comércio
É o que acontece quando um grupo de países ELIMINA (ou reduz) impostos e taxas de importação que
recairiam sobre a maioria dos bens importados de algum dos países do grupo. O MERCOSUL (Mercado Comum
do Sul) começou neste nível de integração.
Como a Zona de Preferência Tarifária também reduz as tarifas entre os Estados-membros, alguns autores
consideram que a classificação dos blocos econômicos tem na Área de Livre-Comércio o seu nível mais básico – e
desconsideram a Zona de Preferência Tarifária.
De qualquer forma, é extremamente improvável que esse conhecimento preciosista sobre a classificação
dos blocos seja questão de prova de concurso. Se for cobrado, já está todo mundo avisado por aqui rs.
União aduaneira
Além de unificar o comércio entre seus membros, são definidas regras comuns a serem adotadas por
todos os países-membros quando qualquer destes negociar com países de fora do grupo.
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Neste caso, geralmente é adotada uma TARIFA EXTERNA COMUM (TEC) – ou Tarifa Externa Única – por
todos os países-membros para importação de bens com Estados não membros.
Os países do Mercosul estão neste nível de integração.
Mercado comum
Além de mercadorias e serviço, há também livre circulação de pessoas, de trabalho e de capital entre os
Estados membros.
Como o nome do próprio bloco já diz, é neste nível de integração que o Mercosul pretende chegar.
União econômica e monetária
Este é o estágio máximo de integração econômica e monetária entre países, o que significa a adoção de
uma moeda oficial única, que substitui as moedas locais, e a implantação de um Banco Central do bloco, que passa
a adotar uma política econômica comum para todos os seus estados- membros.
A União Europeia é o único bloco a apresentar este nível de integração.
Fique atento!
ATENÇÃO!!
O Mercosul é composto por:
- Países-membros (ou membros plenos): Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela, que está
suspensa do bloco desde dezembro de 2016, por tempo indeterminado; e
- Países associados: Chile, Peru, Equador, Colômbia, Guiana, Suriname e Bolívia, sendo que este está em
processo de se tornar um membro pleno.
- Países observadores: México e Nova Zelândia.
Entre os membros plenos do Mercosul está em funcionamento a União Aduaneira.
Entre os membros associados, o Livre Comércio.
Entenda as diferenças!
CLASSIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS
Zona de Preferência
Tarifária
• Modalidade mais simples de integração.
• Países-membros apenas possuem TAXAS MAIS BAIXAS do que as
aplicadas aos países que não pertencem ao acordo de preferência.
• A preferência tarifária se restringe APENAS A ALGUNS PRODUTOS.
Área (ou Zona) de livre-
comércio
• Unificação do comércio entre seus membros.
• Há ELIMINAÇÃO (ou redução) de impostos e taxas de importação que
recairiam sobre a maioria dos bens importados de algum dos países do
grupo.
• O MERCOSUL (Mercado Comum do Sul) começou neste nível de
integração.
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União aduaneira
• Há unificação do comércio entre seus membros.
• São definidas regras comuns a serem adotadas por todos os países-
membros quando qualquer destes negociar com países de fora do grupo.
• Neste caso, geralmente é adotada uma TARIFA EXTERNA COMUM (TEC)
– ou Tarifa Externa Única.
Mercado comum • Além de mercadorias e serviço, há também livre circulação de pessoas, de
trabalho e de capital entre os Estados-membros.
União econômica e
monetária
• Estágio máximo de integração econômica e monetária.
• Há adoção de uma moeda oficial única, que substitui as moedas locais.
• Implantação de um Banco Central do bloco, que passa a adotar uma
política econômica comum para todos os seus estados- membros.
• A União Europeia é o único bloco a apresentar este nível de integração.
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UNIÃO EUROPEIA
A UNIÃO EUROPEIA é o bloco econômico mais antigo e o de maior importância no globo.
Apesar de sua configuração atual ter surgido em 1992, o bloco nasceu como CECA (Comunidade Europeia
do Carvão e do Aço), em 1952, e era composto por apenas seis países:
• Bélgica,
• Países Baixos,
• Luxemburgo,
• Alemanha Ocidental,
• França e
• Itália.
Atualmente, o bloco conta com a presença de 27 Estados- membros, possui uma população de
aproximadamente 450 milhões de habitantes, que fala 20 línguas oficiais, e forma um dos maiores mercados
consumidores do mundo.
Os 27 países-membros da União Europeia são: Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia,
Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia,
Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos (Holanda), Polônia, Portugal, República Tcheca, Romênia e Suécia.
Há ainda cinco países candidatos que estão em processo de adesão ao bloco: Albânia, Sérvia, Montenegro,
Turquia e Macedônia.
São apontados como pré-requisitos básicos para um país ser membro da União Europeia:
• Inflação baixa e controlada;
• Déficit público de no máximo 3% do PIB;
• Dívida pública de no máximo 60% do PIB;
• Taxa de juros de longo prazo controlada;
• Moeda estável, dentro da banda de flutuação do Mecanismo Europeu de Câmbio.
A bandeira da União Europeia possui doze estrelas que, como fica fácil perceber, não faz menção ao
número de Estados-membros, que são 27.
O número 12, segundo o bloco, está ligado à ideia de perfeição (doze meses do ano, doze horas do relógio,
doze signos do zodíaco, dentre outros simbolismos).
O azul simboliza o ideal de união, solidariedade e harmonia entre os povos europeus.
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BREXIT
Antes de avançarmos, vamos primeiro aprender o básico.
Você já sabe o que significa a palavra Brexit?
Brexit é a abreviação em inglês das palavras Britain (Grã-Bretanha) e exit (saída) e foi criada para designar
a saída do Reino Unido da União Europeia.
Como se viu, a relação do Reino Unido com o resto da União Europeia sempre foi permeada pela difícil
dualidade entre centralização do poder fora de suas fronteiras versus o controle nacional. Como reforço a esse
argumento, temos de ter em mente que historicamente o Reino Unido não foi sequer membro de primeira hora da
União Europeia (além de nunca ter sido parte da Zona do Euro ou do Espaço de Schengen).
A União Europeia teve suas origens na década de 1950, mas foi só em 1973 que teve o Reino Unido como um
de seus membros. À época, o país enfrentava uma grave crise econômica, oportunidade na qual foi vendida pelos
políticos a ideia de que a sua integração ao bloco traria dinamismo para a economia e permitiria ao país um
crescimento robusto em pouco tempo.
Ironicamente, temerosos de novas crises, o remédio proposto pelos políticos do Reino Unido é exatamente
o oposto.
Décadas depois da sua entrada no bloco europeu, os defensores do Brexit propagam que o Reino Unido da
atualidade é bem mais rico e dinâmico do que aquele de 1973, quando entrou no bloco, não havendo mais
necessidade, segundo esses defensores, de que o país permaneça no bloco.
A permanência na UE, segundo os simpatizantes do Brexit, apenas prejudicaria a criatividade e o
dinamismo do país. Para eles, o Reino Unido era prejudicado também pela burocracia de Bruxelas, a sede da União
Europeia. Em 1973, a população do Reino Unido havia sido consultada por meio de plebiscito sobre a possibilidade
de entrar no bloco econômico e, pelo mesmo meio, um plebiscito, a população foi consultada em 23 de junho de
2016 e decidiu sair.
Apesar da decisão, o Reino Unido precisou respeitar vários trâmites legais, tanto dentro do país quanto
fora, para se considerar um ex-membro da UE.
Em julho de 2018, por exemplo, dois anos após a votação do Brexit, a primeira-ministra do Reino Unido,
membro do partido conservador, Theresa May, teve de lidar com vários protestos por todo o continente europeu
ao ir ao parlamento inglês anunciar os próximos passos para a efetivação do Brexit.
Entre idas e vindas do parlamento britânico, o que fez com que muita gente duvidasse que o Brexit
realmente fosse efetivado, a saída definitiva do Reino Unido da União Europeia foi adiada várias vezes durante
o ano de 2019, e ACONTECEU APENAS EM 31 DE JANEIRO DE 2020.
O comportamento dúbio do Reino Unido, que via uma ala dos seus políticos defender uma nova consulta
popular para revogar o Brexit, fez com que a então ministra de Assuntos Europeus da França, Nathalie Loiseau,
brincasse com a situação na sua conta privada no Facebook, dizendo que ela tinha um gato – muito indeciso –
chamado Brexit:
"Ele me acorda toda manhã miando porque quer sair, mas quando abro a porta ele fica parado, indeciso, e
me encara quando o coloco para fora".
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Bandeira do Reino Unido é retirada da sede da União Europeia, em 31/01/2020
A União Europeia corre o risco de ser abandonada por outros países?
Após o Brexit, vários países deram sinais de que também pretendiam deixar a União Europeia. Como
exemplo, podemos citar a Itália e a França.
Na última eleição presidencial francesa, a candidata Marine Le Pen, política nacionalista e do partido de
direita Frente Nacional, havia deixado claro que se ganhasse iria trabalhar para convocar um referendo que
tratasse sobre a saída da França da União Europeia. Além disso, prometeu que, se a população optasse pela
continuação no bloco, ela se demitiria imediatamente. Segundo a candidata, esta seria a melhor forma de proteger
a França da atual onda de imigrantes que ainda assusta o velho continente.
Apesar de ser tachada de xenófoba, no entanto, Le Pen recusava este rótulo e afirmava querer apenas
defender a identidade nacional francesa. Ressaltava que, nos seus discursos, sua munição era voltada para a
imigração ilegal, e não para a legal. Le Pen também ficou conhecida por afirmar que proibiria o uso do véu islâmico
e do “burkini” em público.
O candidato que se opôs às ideias de Le Pen e que se posicionou de forma favorável à União Europeia foi
Emmanuel Macron, que se elegeu com 66,1% dos votos, contra 33,9% da candidata, em maio de 2017, tornando-
se o mais jovem presidente eleito da França. A eleição de Macron foi considerada um forte sinal emanado pelos
defensores da União Europeia em relação ao futuro do bloco.
Membro do Partido Socialista de 2006 a 2009, Macron só deixou de trabalhar no gabinete do então
presidente François Hollande em agosto de 2016, quatro meses depois de anunciar a criação do seu próprio
partido, o En Marche! Em novembro de 2016, lançou sua candidatura para a presidência. Dentre suas propostas,
estava o combate ao terrorismo, o reforço da guarda de fronteira e, em contraponto ao movimento desencadeado
com o Brexit, a defesa do fortalecimento da relação da França com a União Europeia.
Em junho de 2017, de forma surpreendente, o novo partido criado por Emmanuel Macron sagrou-se o
grande vencedor das últimas eleições legislativas francesas, quando conquistou 355 lugares dos 577 que compõem
a Assembleia Nacional da França.
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O partido Frente Nacional, da ex-candidata à presidência Marine Le Pen, ficou com apenas 8 cadeiras (a
própria Le Pen, diga-se de passagem, foi uma das deputadas eleitas do seu partido). No dia da votação, o nível de
abstenção foi de incríveis 64,67% (recorde no país), sinal de que a população francesa não está depositando tantas
esperanças nos seus políticos.
Apesar de haver atualmente vários grupos políticos europeus que pretendem executar um
desmembramento da União Europeia, nenhum desses movimentos é tão forte quanto o Brexit – e não
representam, até o momento, uma grande ameaça de esfacelamento da União Europeia.
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MERCOSUL
Criado no dia 26 de março de 1991, em Assunção, pelos presidentes de Paraguai, Argentina, Uruguai e
Brasil, o Mercosul possui aproximadamente 400 milhões de habitantes. O Brasil, responsável por cerca de 75% do
PIB do bloco, possui a maior representatividade do bloco.
Além dos países fundadores, agora a VENEZUELA também é membro do grupo – ainda que agora esteja
suspensa.
A BOLÍVIA, por outro lado, é um país membro ainda não pleno – em processo de adesão.
Este bloco econômico é o único acordo multilateral consolidado do qual o Brasil faz parte.
A seguir, apresento a bandeira do bloco, que foi desenhada por um argentino. Nela, temos a representação do
Cruzeiro do Sul, principal elemento de orientação do Hemisfério Sul. As quatro estrelas também representam os
quatro países fundadores do bloco: Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. A linha verde representa o horizonte.
A complicada e contestada situação da Venezuela no bloco
A presença da Venezuela no Mercosul foi bastante contestada desde a sua entrada. O seu pedido de
ingresso foi feito em 2006 e, principalmente por conta do Paraguai, nunca fora aceito. Em 2012, por conta de um
processo de impeachment realizado em apenas dois dias, o então presidente paraguaio Fernando Lugo foi
afastado do poder.
Como um dos seus requisitos para a permanência no Mercosul é a obediência à cláusula democrática, que
exige que todos os Estados membros do grupo sejam uma democracia, os demais membros do bloco sustentaram
que havia ocorrido um golpe no Paraguai, o que tornaria insustentável a situação deste país no grupo.
Assim, com o maior opositor ao seu ingresso afastado, a Venezuela, em 2012 e de forma polêmica, viu seu
caminho livre para fazer parte do Mercosul.
Em abril de 2013, no entanto, houve eleições presidenciais no Paraguai que garantiram a vitória a Horacio
Cartes. Como a cúpula do Mercosul havia decidido em junho de 2012 que a suspensão do Paraguai no bloco
cessaria após a eleição de um novo presidente, em julho de 2013 o Mercosul considerou que houve uma retomada
da democracia neste país, o que possibilitou o seu reingresso no bloco.
Suspensão da Venezuela
Segundo notificação feita pelos quatro países fundadores, em dezembro de 2016, a Venezuela está
suspensa por não ter cumprido obrigações assumidas no Protocolo de Adesão ao bloco, quando se incorporou,
em 2012. No mesmo documento, ficou estabelecido ainda que a decisão de suspensão vale até que os quatro
países fundadores cheguem a um entendimento com a Venezuela sobre as “condições para restabelecer o
exercício de seus direitos” no Mercosul.
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Esta primeira suspensão da Venezuela do grupo, NÃO se deu em razão da aplicação da cláusula
democrática do Protocolo de Ushuaia, que exige que os membros do bloco sejam democracias. Mas, sim, por não
ter cumprido obrigações assumidas no Protocolo de Adesão ao bloco.
Caro aluno, muita atenção neste ponto, pois já foi objeto de prova. A Venezuela já foi suspensa DUAS
VEZES do Mercosul, o que causa certa confusão durante a resolução da questão.
Em agosto de 2017, a Venezuela voltaria a ser suspensa do grupo. Como ela já estava suspensa, no entanto,
esta segunda punição teve caráter mais pedagógico/simbólico que efetivo, já que não houve mudança de status
para a Venezuela em relação ao bloco econômico.
Questão para fixar
(CESPE - INSTITUTO RIO BRANCO - 2017)
Com referência à evolução recente do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), que já conta com vinte e cinco
anos de existência, julgue (C ou E) o item que se segue.
A Venezuela foi suspensa do MERCOSUL em dezembro de 2016 em razão da aplicação da cláusula
democrática do Protocolo de Ushuaia.
( ) Certo ( ) Errado
Comentário:
A Venezuela foi suspensa do Mercosul por descumprir as normas de adesão ao bloco. Esta foi a maneira
encontrada por Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai de afastar os venezuelanos sem ter que apelar para o
Protocolo de Ushuaia, que exigiria mais tempo.
Gabarito: Errado
Presidência Pro Tempore do Mercosul e Notas contra Venezuela e Nicarágua
A Presidência do Mercosul é rotativa e é exercida durante o período de 6 meses por um chefe de Estado de
um dos países membros. É a chamada Presidência Rotativa Pro-Tempore (PPT), que é exercida, sucessivamente,
seguindo a ordem alfabética dos nomes dos Estados-membros.
A partir de 31 de julho de 2016, quando terminou o mandato rotativo de seis meses do Uruguai, a
presidência do Mercosul chegou a ficar vaga, uma vez que o Uruguai não transmitiu o cargo oficialmente à
Venezuela, conforme as regras do bloco.
Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, na oportunidade, mobilizaram então suas diplomacias e exerceram
a presidência do bloco naquele semestre de forma conjunta, o que não foi aceito pelo governo do presidente
Nicolás Maduro (paralelamente, a Venezuela ainda se apresentava como a verdadeira presidente do bloco e não
reconhecia a solução encontrada pelos outros membros).
Para o então ministro das Relações Exteriores do Brasil, José Serra, “a entrada da Venezuela no
Mercosul foi um ‘golpe’ conduzido pelos governos do Brasil e da Argentina na época”, o que impediria que o país
de Nicolás Maduro pudesse assumir a presidência pro tempore do bloco. “A Venezuela não cumpriu os pré-
requisitos do Mercosul. O governo venezuelano entrou no Mercosul a partir de um golpe, porque para entrar é
preciso que os outros membros concordem unanimemente e o Paraguai não concordava. Então, naquele
momento os governos do Brasil e da Argentina lideraram um processo para suspender o Paraguai”, afirmou então
o ministro.
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Outro ponto que foi muito apontado e que teoricamente impediria a entrada da Venezuela no bloco seria
o desrespeito à clausula democrática, já que o país tem sido constantemente caracterizado como violador dos
direitos humanos, além de ter características de um regime autoritário que possui apenas verniz de democracia.
A partir de dezembro de 2016, sem maiores controvérsias, a Argentina passou a presidir oficialmente o
Mercosul. A partir de 21 de julho de 2017, para cumprir mandato até dezembro de 2017, o Brasil, na figura de Michel
Temer, passou a exercer a presidência do bloco.
Em junho de 2018, o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, leu duas resoluções, emitidas pelos
presidentes dos países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai), nas quais ficam registradas a
preocupação com a situação política e social da Nicarágua e da Venezuela.
Na primeira resolução, o Mercosul afirma condenar "todo tipo de violência" na Nicarágua e pediu que seja
"retomado o diálogo" para "estabelecer uma solução pacífica para a grave crise".
Bolívia, o próximo membro pleno do Mercosul
A Bolívia está em processo de adesão plena ao Mercosul, o que ainda não aconteceu, principalmente, por
conta dos trâmites internos do Brasil, único país que falta conceder aprovação, depois que esta foi dada pela
Argentina, Uruguai, Venezuela e Paraguai.
A Bolívia tem atualmente o status de Estado Associado do Mercosul em processo de adesão, ou seja,
aguarda a finalização do trâmite de adesão para ser membro pleno.
Dinâmica econômica do Mercosul
Comercialmente, podemos dizer que o Mercosul tem alcançado os seus objetivos. Grande parte das
mercadorias fabricadas nos países-membros pode ser comercializada dentro do grupo sem tarifa de importação.
Alguns setores, porém, mantém barreiras tarifárias temporárias, que serão reduzidas gradualmente.
O livre comércio dentro do bloco, que reduziu a zero a alíquota do imposto de importação para o universo
de bens, exceto açúcar e automóveis, foi implementado por meio do programa de desgravação tarifária, que já
estava previsto no Tratado de Assunção, documento que deu origem ao Mercosul.
Além da extinção de tarifas internas, o MERCOSUL possui a união aduaneira, com a padronização das
tarifas externas para diversos itens, por meio da TEC (a Tarifa Externa Comum), que está organizada em 11 níveis
tarifários, com alíquotas que variam de 0% a 20%.
Este escalonamento possui a seguinte lógica: insumos têm alíquotas mais baixas e produtos com maior grau
de elaboração, alíquotas maiores.
Observe que com esta sistemática de livre-comércio os bens são comercializados de um país para outro
sem serem tributados como se importados fossem. Ou seja, os bens nacionais de cada país precisam ficar mais
baratos a fim de se tornarem mais competitivos no mercado intrabloco.
E quem leva vantagem com essa dinâmica? Aquele país que apresentar os custos mais baixos de produção,
incluindo a mão de obra, já que só assim conseguirá conquistar mercados e vender seus produtos nos países
vizinhos.
No Mercosul, quem tem ganhado destaque neste papel é o Paraguai, por conta da sua mão de obra
barata e os baixos custos de produção. Lá, por exemplo, há a Lei de Maquila, que permite a importação de
máquinas e matérias-primas com isenção de tributos, o que barateia muito o processo de produção.
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Essa dinâmica costuma se repetir em outros blocos econômicos, onde países com custos mais baixos de
produção acabam se tornando o polo industrial/exportador do grupo. O Paraguai, para continuarmos nesse
exemplo, é por vezes chamado de China da América do Sul.
Caso semelhante ocorreu com o México, ao participar do NAFTA, bloco econômico que tinha também
como membros o Canadá e os Estados Unidos. Em outubro de 2018 este bloco mudou de nome e passou a se
chamar Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA, na sigla em inglês).
Observe, a seguir, como este tema já foi questionado em prova.
Questões para fixar
(CESPE - ABIN - 2018)
No que se refere às dinâmicas políticas e econômicas do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) e de outros
blocos econômicos, julgue o item subsequente.
Nos últimos anos, o Paraguai vem atraindo indústrias brasileiras por intermédio da Lei das Maquilas, em um
processo semelhante ao ocorrido no México, quando da formação do NAFTA.
Comentário:
Como acabamos de estudar, tanto o Paraguai quanto o México, em seus respectivos blocos econômicos (o
Mercosul e o Tratado de Livre Comércio da América do Norte – Nafta, atualmente Acordo Estados Unidos-
México-Canadá) desempenham o mesmo papel, de bolsão de produção a preços mais baixos para o bloco
econômico.
Gabarito: Certo
Acordo do Mercosul com a União Europeia
Há 20 anos, a União Europeia e o Mercosul negociam um acordo de livre comércio entre os dois blocos.
Apesar do longo tempo de negociação, as discussões avançaram especialmente a partir de 2017 e teve um desfecho
em 28 de junho de 2019, quando logo pasou a ser um dos principais acontecimentos da Política Externa atual.
A assinatura foi inúmeras vezes adiada por conta da resistência de setores industriais ou agrícolas dos dois
blocos. Os agricultores franceses foram um dos setores resistentes à celebração de um documento União
Europeia-Mercosul, por temerem a concorrência da carne brasileira em solo europeu.
Conforme divulgado pela Agência Brasil, os países do Mercosul e da União Europeia formarão uma das
maiores áreas de livre comércio do planeta.
Juntos, os dois blocos representam cerca de 25% da economia mundial e um mercado de 780 milhões
de pessoas. Quando se considera o número de países envolvidos e a extensão territorial, o acordo só perde
para o Tratado Continental Africano de Livre Comércio, que envolve 44 países da África e foi assinado em março
de 2019. Mesmo assim, União Europeia e Mercosul fecharam o maior acordo entre blocos econômicos da
história, o que deve impulsionar fortemente o comércio entre os dois continentes.
O acordo de livre comércio eliminará as tarifas de importação para mais de 90% dos produtos
comercializados entre os dois blocos. Para os produtos que não terão as tarifas eliminadas, serão aplicadas cotas
preferenciais de importação com tarifas reduzidas. O processo de eliminação de tarifas varia de acordo com
cada produto e deve levar até 15 anos contados a partir da entrada em vigor da parceria intercontinental.
De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o acordo reduz, por exemplo, de 17% para zero
as tarifas de importação de produtos brasileiros como calçados e aumenta a competitividade de bens industriais
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em setores como têxtil, químicos, autopeças, madeireiro e aeronáutico. Um estudo da confederação aponta que,
dos 1.101 produtos que o Brasil tem condições de exportar para a União Europeia, 68% enfrentam tarifas de
importação. Com a abertura do mercado europeu para produtos agropecuários brasileiros, que são altamente
competitivos, mais investimentos devem ser aplicados na própria indústria nacional, já que dados do setor
mostram que o agronegócio consome R$ 300 milhões em bens industrializados no Brasil para cada R$ 1 bilhão
exportado.
Para os países do Mercosul, bloco formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai (e Venezuela, que
está suspensa), o acordo prevê um período de mais de uma década de redução de tarifas para produtos mais
sensíveis à competitividade da indústria europeia. No caso europeu, a maior parte do imposto de importação
será zerada tão logo o tratado entre em vigor.
Estimativas do Ministério da Economia indicam que o acordo representará um aumento do Produto
Interno Bruto brasileiro de US$ 87,5 bilhões em 15 anos, podendo alcançar até US$ 125 bilhões se forem
considerados a redução das barreiras não tarifárias e o incremento esperado na produtividade. O aumento de
investimentos no Brasil, no mesmo período, será da ordem de US$ 113 bilhões. Com relação ao comércio bilateral,
as exportações brasileiras para a União Europeia apresentarão quase US$ 100 bilhões de ganhos até 2035.
O acesso privilegiado ao mercado europeu é considerado uma das negociações mais complexas de se
costurar e, por isso, o anúncio desse acordo cria um ambiente positivo para que o Mercosul possa consolidar outras
negociações.
O acordo também legitima o livre comércio e o multilateralismo, que têm estado sob constante ataque
por causa da guerra comercial entre China e Estados Unidos e adoção de medidas protecionistas por diversos país.
Para o embaixador José Botafogo Gonçalves, há uma crise do multilateralismo, por isso o acordo de livre
comércio entre União Europeia e Mercosul tem um peso geopolítico fundamental no momento. "Quando se fala
de multilateralismo comercial, que é o objetivo da OMC [Organização Mundial do Comércio], nós temos que
reconhecer que há uma crise. O mundo não está preparado nem sei se vai voltar ao momento anterior a essa crise.
Enquanto isso não ocorre, você tem que ir para o regionalismo, então o acordo entre Mercosul e UE preenche um
vácuo deixado pelo multilateralismo", avalia.
Ratificação
Mesmo após 20 anos de negociação, ainda falta um longo caminho para que o acordo entre Mercosul
e UE, de fato, entre em vigor. Isso porque o tratado precisa ser ratificado e internalizado por cada um dos Estados
integrantes de ambos os blocos econômicos. Na prática, significa que o acordo terá que ser aprovado pelos
parlamentos e governos nacionais dos 31 países envolvidos, uma tramitação que levará anos e poderá
enfrentar resistências.
"Tem uma tendência de haver resistência nos Parlamentos de países europeus, especialmente de partidos
nacionalistas e também os ambientalistas", diz Ammar Abdelaziz, da BMJ Consultoria. Segundo ele, não dá para
estipular um prazo para a finalização dessa ratificação por parte dos europeus. No caso brasileiro, o acordo agora
será analisado pelos ministérios envolvidos e depois será enviado para o Congresso Nacional, onde tramitará por
comissões e terá de aprovado tanto pela Câmara dos Deputados quanto pelo Senado. "Em média, o Brasil leva em
torno de três a quatro ano para ratificar acordos internacionais, não vai ser menos que isso".
É só no médio prazo que os efeitos mais concretos do acordo de livre comércio poderão ser sentidos
pela população em geral, como eventuais queda no preço de produtos importados e, principalmente, aumento
de investimentos e crescimento da economia. "A perspectiva desse acordo para o cidadão comum é que a
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expansão do comércio se reflita na expansão do PIB, e a partir do crescimento da economia haja mais geração de
emprego e renda e aumento da arrecadação para o governo", explica Danielle Sandi, da UnB.
Fonte: https://observador.pt/2019/06/29/g20-termina-cimeira-com-apoio-ao-comercio-livre-e-ao-crescimento-economico/
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COOPERAÇÃO ECONÔMICA DA ÁSIA E DO PACÍFICO
A Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec) surgiu em 1989, com a proposta de criar até 2020 uma
zona de livre-comércio entre os seus 21 países-membros.
Por ter várias das principais potências econômicas do mundo, o bloco tem um peso enorme na economia
mundial. Além disso, há uma amplitude também na diversidade de membros, já que ele é integrado por países da
Oceania, da Ásia e da América.
Os países-membro do bloco são: Austrália, Brunei, Canadá, Cingapura, Chile, China, Coreia do Sul, Estados
Unidos, Filipinas, Hong Kong, Indonésia, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné, Peru, Rússia,
Tailândia, Taiwan e Vietnã.
Além dos objetivos comerciais, a Apec possui alguns outros secundários, como a cooperação de
tecnologias entre os seus membros e a melhoria nos índices de saúde e educação.
Geopoliticamente, o bloco fornece certa influência dos Estados Unidos na Ásia e na América Andina, além
de favorecer a expansão do comércio chinês em países emergentes e subdesenvolvidos.
Por conta da grande heterogeneidade dos seus membros, e consequentemente de variados interesses, o
bloco ainda não alcançou toda a sua potencialidade.
Outro aspecto desse bloco econômico é que as suas decisões são tomadas por consenso, já que a Apec não
possui um tratado de obrigações para os seus participantes.
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ACORDO ESTADOS UNIDOS, MÉXICO E CANADÁ (USMCA, a sigla em inglês)
O acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA, a sigla em em inglês), que substitui o Tratado de Livre
Comércio da América do Norte (Nafta), é resultado de uma renegociação do Nafta.
A versão final do acordo foi assinado pelos países participantes em dezembro de 2019 e ratificados por
estes em 2020.
O novo bloco do continente era uma das promessas-chave da campanha de Trump. Segundo o presidente
americano, o antigo acordo privava trabalhadores americanos de empregos.
O USMCA estabelece padrões mais rígidos para os benefícios do pacto sem impostos. Isso inclui a
obrigatoriedade de que uma proporção maior das partes seja fabricada na América do Norte e em fábricas onde
os trabalhadores ganhem pelo menos US$ 16 por hora.
O novo pacto USMCA provavelmente terá efeitos sobre montadoras de automóveis japonesas, já que
muitas delas construíram fábricas no México para se beneficiar do Nafta.
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ACORDO DE ASSOCIAÇÃO TRANSPACÍFICO (TPP)
O Acordo de Associação Transpacífico (TPP, do inglês Trans-Pacific Partnership), que já foi considerado o
maior acordo comercial do mundo no século XXI, estabelecia inicialmente o livre-comércio entre doze países da
Ásia (Japão, Brunei, Malásia, Cingapura e Vietnã), Oceania (Austrália e Nova Zelândia), América do Norte (Estados
Unidos, Canadá e México) e América do Sul (Peru e Chile).
O grupo tinha como principais objetivos estabelecer a integração, criar regras comuns de propriedade
intelectual, padronizar leis trabalhistas e desenvolver ações ambientais comuns. Em janeiro de 2017, porém,
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, assinou documento que retirou o país do Tratado.
Agora com o nome de Tratado Integral e Progressista de Associação Transpacífico, o TPP11 ou CPTPP,
como também ficou conhecido, foi finalmente assinado em março de 2018, em Santiago do Chile, por 11 países.
O Tratado abrange uma população de aproximadamente meio bilhão de pessoas e 13% da economia
global.
A primeira tentativa de criação de um bloco que integrasse as economias do Pacífico aconteceu em 2005,
com a criação do Trans-pacific Strategic Economic Partnership (TPSEP). Também conhecido como Pacific Four
(P4), esse grupo reunia as economias da Nova Zelândia, Chile, Cingapura e Brunei. Em 2008, com o interesse dos
Estados Unidos em criar uma zona de livre-comércio na região, a ideia ganhou força e atraiu outros países para a
formação de um acordo maior.
Com isso, juntamente os EUA e os países do P4, a Austrália, Malásia, Peru, Vietnã, Canadá, México e o
Japão entraram em negociação a partir de 2008 para a criação o TPP. Com isso, depois de anos de encontros e
discussões sobre os mais diversos pontos, os países finalmente chegaram a um acordo em 5 de outubro de 2015 e
assinaram a criação do TPP.
Mas além dos países membros, a Coreia do Sul, Taiwan, Colômbia, Indonésia, Filipinas e Tailândia também
possuem interesse no participar do TPP, e atualmente se encontram em negociação para ingressar no bloco.
Dentre os principais objetivos do Tratado, estão:
• Aumento da integração econômica entre seus membros, principalmente através redução de tarifas,
taxas, barreiras alfandegárias e demais obstáculos à circulação de produtos, serviços e investimentos;
• estímulo aos investimentos internos entre os membros do bloco, para favorecer o desenvolvimento
econômico dos países e aumentar a integração comercial entre eles.
• A criação de regras comuns sobre propriedade intelectual de produtos e serviços, novas tecnologias
e produção de conhecimento, para ao mesmo tempo proteger as inovações dos países-membros e
estimular o desenvolvimento científico global;
• A padronização das legislações trabalhistas dos países membros, para garantir um melhor padrão nas
condições de trabalho (principalmente nos países asiáticos) e evitar a migração empresas para países
com mão de obra barata;
• fortalecimento de políticas ambientais comuns, para garantir que os países do bloco possam alcançar
um desenvolvimento econômico sustentável.
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COMUNIDADE ANDINA
Este bloco econômico foi instituído em 1969 pelo Acordo de Cartagena, com o nome de Pacto Andino. Em
1996, os países membros definiram reformas na organização e, no ano seguinte, o bloco passou a funcionar com
o nome de Comunidade Andina. Tem como objetivo aumentar a integração comercial, econômica e política entre
seus membros (Bolívia, Colômbia, Equador e Peru). A Venezuela entrou no bloco em 1973 e o abandonou em 2006.
O Chile também abandonou o bloco, em 1977. Brasil, Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai são nações associadas.
México e Panamá são países observadores.
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ARTIGOS
Prezado aluno, ao final desta aula, apresento artigos publicados na imprensa, a fim de mostrar visões diferentes
do assunto estudado – tal como pode ocorrer na nossa prova.
Tenha uma boa leitura e um ótimo aproveitamento nos exercícios. Até a próxima aula!!
Artigo1: Vantagens do Acordo União Europeia-Mercosul
Para o resto dos países latino-americanos, é conveniente que o Brasil e a Argentina abram suas economias
Rodrigo Botero Montoya*
15 de julho de 2019
Durante a Reunião do Grupo dos 20, em Osaka, foi anunciado que a União Europeia e o Mercosul haviam
concordado em assinar um acordo de livre comércio entre os dois grupos. Este anúncio, após 20 anos de negociações
infrutíferas, é o resultado da conjunção de várias circunstâncias favoráveis. Tanto o presidente da Argentina, Mauricio
Macri, quanto o ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, decidiram descartar o protecionismo e inserir seus
respectivos países na economia internacional. Os governantes de França, Alemanha, Espanha e Portugal concordaram
em apoiar o acordo por várias razões: proteção comercial, geopolítica e ambiental.
Embora o tratado deva ser ratificado pelos parlamentos dos países signatários, uma vez que entre em vigor,
liberalizará o comércio entre duas regiões, com uma população total de cerca de 750 milhões de habitantes.
Esta iniciativa é uma boa notícia para a América Latina. Para o Paraguai e o Uruguai, é um alívio poder livrar-se
das restrições impostas pela tarifa protecionista externa comum do Mercosul. Por serem países com pequenos
mercados internos, o que lhes convém é participar ativamente dos mercados mundiais, com tarifas moderadas, sem se
limitarem às distorções comerciais de seus parceiros do Mercosul. Para o resto dos países latino-americanos, também
é conveniente que o Brasil e a Argentina abram suas economias. Como um número considerável de países da região
tem acordos de livre comércio com a União Européia, a entrada em vigor do TLC entre a União Europeia e o Mercosul
contribuiria para revigorar o comércio hemisférico.
Espera-se que a liberalização do comércio com a União Europeia sirva como um precedente que nos permita
contemplar um TLC entre os membros do Mercosul e os Estados Unidos. Mas essa é uma aspiração de pouca viabilidade
no curto prazo, dada a animosidade em relação ao livre comércio da atual administração dos EUA.
A decisão dos governos do Brasil e da Argentina de dar um passo em direção ao livre comércio com a União
Européia é significativa. Representa uma grande mudança na concepção de comércio exterior que envolve mudanças
consideráveis no desenho da política econômica. A implementação dessas mudanças não será uma tarefa fácil. O
protecionismo extremo e a preferência pelo modelo de substituição de importações são amplamente aceitos no Cone
Sul como manifestações ideológicas do nacionalismo econômico. Além disso, a intensidade do intervencionismo estatal
necessário para administrar uma economia fechada cria vínculos estreitos entre os setores privilegiados pelo
protecionismo e os funcionários encarregados de administrar as barreiras à concorrência internacional. Essa inter-
relação dá origem a interesses adquiridos que se opõem à modificação de um sistema do qual obtêm benefícios
abundantes.
A seguinte declaração de Cristina Kirchner é reveladora: “Não vamos importar um único prego. O modelo de
chegada a que aspiramos é fazer tudo por nós mesmos e ser absolutamente autossuficientes.” Numa síntese rígida, esta
é a fórmula para garantir o atraso tecnológico e perpetuar o subdesenvolvimento.
Fonte:https://oglobo.globo.com/opiniao/artigo-vantagens-do-acordo-uniao-europeia-mercosul- 23800828
__________________________
*Rodrigo Botero Montoya é economista e foi ministro da Fazenda da Colômbia
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Artigo2: Livre comércio entre Mercosul e União Europeia seria benéfico ao Brasil
João Grandino Rodas*
20 de julho de 2017
O século XIX ficou conhecido como o século das nacionalidades, pois nesse período os Estados- nações se
solidificaram, passaram a exercer controle rígido sobre seus territórios, codificaram suas legislações e a distribuição de
justiça passou a ser feita por categorias profissionalizadas guardiãs da ordem pública interna. Já o século XX foi o das
organizações internacionais intergovernamentais, em razão do surgimento de entidades dotadas de poderes delegados
pelos Estados, que passaram a ser sujeitos de direito internacional com o poder de concluir tratados e que se tornaram
atores onipresentes do cenário global. Na primeira metade do século XX, pontificaram as organizações internacionais
com objetivo geral e vocação universal (Liga das Nações e ONU, por exemplo) e as organizações especializadas, de
vocação universal ou regional (OIT e OPAS). Contudo, na segunda metade desse século, proliferaram os organismos
internacionais regionais de integração econômica ou blocos econômicos (União Europeia e Mercosul). Muito embora, o
GATT/OMC baseie-se em postulados de livre comércio, desde seu início permitiu, excepcionalmente, o estabelecimento
desses blocos, que diferem quanto ao grau de integração econômica almejada: área de preferência tarifária, área de
livre comércio, união aduaneira, mercado comum e união econômica e monetária.
Tratados europeus, pós-segunda-guerra, criaram a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (Tratado de
Paris de 1951), a Comunidade Europeia de Energia Atômica e a Comunidade Econômica Europeia (Tratados de Roma
de 1957); que, em 1965, unificaram os seus órgãos (Tratado de Bruxelas). Esta última tomaria o nome de Comunidade
Europeia (Tratado de Maastricht de 1992) e, posteriormente, União Europeia (Tratado de Lisboa de 2009). Possui
atualmente 28 membros, incluindo o Reino Unido, cuja saída embora decidida, ainda não foi efetivada. “Essa
organização internacional sui generis originaria, de um lado, o modelo de organização regional de integração
econômica, que se espalharia pelo mundo; e de outro, o surgimento de uma nova vertente internacional do direito, o
direito da integração[1]”.
O Mercosul, criado em março de 1991, pelo Tratado de Assunção, embora ostente em sua denominação
“mercado comum”, tornou-se união aduaneira em início de 1995 e até o momento não passa de união aduaneira
imperfeita, quando muito. Possui quatro membros ativos (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai), pois a Venezuela
continua suspensa. Por força da Decisão 32 de 2000 do Conselho do Mercado Comum, os Estados Membros do Mercosul
somente podem negociar tratados de preferências tarifárias conjuntamente. “As relações externas do Mercosul são
reguladas por tratados internacionais, que fixam regras específicas, quer com outras organizações internacionais,
quer com Estados, no intuito de estabelecer aproximação, em vários âmbitos, inclusive no comercial: cooperação
econômica, estabelecimento de área de livre comércio etc.”.[2]
O GATT/OMC, a União Europeia e o Mercosul “embora organizações distintas ... estão em simbiose obrigatória,
por coexistirem na área do comércio internacional. Inobstante a primeira situe- se no âmbito multilateral e seja um
acordo geral; e as demais gravitem na esfera regional, corporificando acordos localizados e de menor amplitude; todas
devem compatibilizar-se. Por isso, a regularidade dos acordos regionais pressupõem ... deverem evitar aumento de
barreiras relativamente a terceiros; e liberalizar parte importante do mercado dentro da região. (...) Cabe ao
regionalismo, em sua qualidade de exceção ao multilateralismo econômico, criar benefícios locais sem prejudicar o
cenário global”.[3]
Cumprindo suas respectivas missões no âmbito do comércio internacional, é usual blocos econômicos
regularem seu relacionamento por meio de tratado internacional. Assim o Mercosul, logo após ter assumido
personalidade internacional e se estruturado (Protocolo de Ouro Preto de 1994), concluiu, no ano seguinte, em Madri, o
Acordo-Quadro Inter Regional de Cooperação Entre a Comunidade Econômica Europeia e Seus Estados Membros, com o
objetivo de estreitar os laços, institucionalizar o diálogo político e preparar condições para o estabelecimento de
associação inter- regional. Tratou-se de acordo por prazo indeterminado, em que são dignas de nota: (i) ter sido
concluído entre o Mercosul e seus Estados-partes, de um lado, e a União Europeia e seus Estados- Partes, de outro;
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(ii) o fato de possibilitar que cada parte considere o acordo como em forma simplificada ou o submeta à ratificação; (iii)
possuir dois depositários (o secretário Geral do Conselho da Comunidade Europeia e o Paraguai); bem como que, (iv)
sendo acordo-quadro, pressupõe constituir-se referência sob cuja égide outras tratativas mais específicas pudessem ser
feitas.
Nesse diapasão, negociações em continuação visando o aprofundamento das relações, entre os dois blocos, por
meio da conclusão de tratado de livre comércio, foram feitas entre 1999 e 2004 e retomadas em 2010. Em 2014, o
Mercosul informou estar preparado para trocar ofertas públicas sobre bens, serviços, compras governamentais e
investimentos, com a União Europeia, o que se efetuou, em Bruxelas, em meados de 2016. Nesse mesmo ano, os
negociadores dos blocos reiteraram seu interesse em fazer progredir as negociações. Provavelmente, a reunião do
Comitê de Negociações Birregionais, a ser realizada em outubro próximo, em Bruxelas, apresentará o perfil final do
acordo. A possibilidade de concluir-se o acordo (ainda em 2017 ou em 2018), tornou- se real, face à abertura econômica
por parte do Brasil e da Argentina, de uma parte e da Alemanha, de outra; preocupados com o protecionismo comercial
dos Estados Unidos da América, que colocou em risco o Trans-Pacific Partnership (TPP) e o Transatlantic Trade and
Investment Partnership (TTIP). Há também a apreensão decorrente do apetite da China pelos mercados latino-
americanos.
O Brasil e a Argentina anteveem possibilidade de exercitar maior abertura comercial para o Mercosul, enquanto
que a Alemanha mira os 300 milhões de habitantes do cone sul como consumidores de produtos da União Europeia. O
assunto vem sendo negociado, multilateral e bilateralmente, e o foi, inclusive, por ocasião do recente Fórum Econômico
Mundial em Davos. Contudo os problemas que se apresentam não são poucos: (i) o protecionismo agrícola, que coloca
em lados opostos certos países europeus e países em desenvolvimento, responsável pela estagnação das negociações
no seio da OMC, estão fortemente, presentes nas negociações Mercosul-União Europeia; (ii) o desejo europeu que o
acordo trate de propriedade intelectual e do acesso, em pé de igualdade, das empresas europeias às licitações públicas no
âmbito do Mercosul; (iii) há os que preferem um afastamento do cerne do que vinha sendo negociado, tido como “velha
economia” e “acordo de antiga geração”, em prol dos novos problemas, como setores inovadores, era pós- industrial
,economia digital etc.
Com a conclusão do acordo entre Mercosul e União Europeia, o Brasil poderia melhorar os números
recentemente fornecidos pela Confederação Nacional da Indústria (CNI): (i) a vantagem comparativa de 1.101 produtos
que o Brasil possui, atualmente, com relação à União Europeia é minimizada por barreiras não tarifárias e cotas de
importação existentes para 68% deles; (ii) os dois entes com os quais empresários brasileiros mais desejam firmar
acordos comerciais são, pela ordem, Estados Unidos da América e União Europeia; (iii) os acordos com o Brasil, hoje
vigorantes, cobrem 8% do comércio mundial, enquanto que os do Chile, Peru e México alcançam, respectivamente
83%, 74% e 57%. Em se firmando o acordo, o Brasil teria acesso a benefícios tarifários e diminuição de barreiras não-
tarifárias relativamente a 25% dos compradores mundiais.
Fonte: https://www.conjur.com.br/2017-jul-20/olhar-economico-livre-comercio-entre-mercosul-uniao- europeia- seria-benefico-brasil
____________________________
[1] Cezaretti, Eric R., “Estudo Jurídico Comparativo sobre Controle de Concentração de Empresas: Brasil, França e
México”, (dissertação de mestrado apresentada à Faculdade de Direito da USP), São Paulo. s.c.p., 2017, p. 166.
[2] Cezaretti, Marcel R. ,“Brasil e as Normas dos Acordos Internacionais em Matéria Comercial”, (dissertação de mestrado
apresentada à Faculdade de Direito da USP) , São Paulo, s. c. p., 2017,. p. 340.
[3] Op. Cit. p. 38.
____________________________
*João Grandino Rodas é professor titular da Faculdade de Direito da USP, presidente do Centro de Estudos de Direito
Econômico e Social (CEDES) e sócio do escritório Grandino Rodas Advogados.
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QUESTÕES COMENTADAS
1. (CESPE -SEE/AL - 2013)
No que se refere à globalização, julgue o item subsecutivo.
O mundo globalizado definiu uma nova ordem mundial, mas não uma nova geografia do comércio internacional.
( ) Certo ( ) Errado
RESOLUÇÃO:
A própria configuração de uma nova ordem mundial já implica, por si só, numa nova geografia do comércio
internacional.
Com um mundo multipolar, que não se restringe mais numa simples queda-de-braço entre a potência capitalista
e a comunista, há novos atores relevantes no mercado global, configurando, assim, uma nova geografia do
comércio internacional.
Resposta: Errado
2. (NUCEPE - SEDUC/PI - 2015)
As transformações no mundo do trabalho são influenciadas pela globalização que estabelece alterações no ritmo
da indústria, comércio, comunicações e transporte, com nova organização na economia mundial a partir do avanço
científico e tecnológico e da concentração de capital.
São características da globalização, EXCETO,
a) as empresas multinacionais definem a articulação entre a produção, mão-de-obra, mercado e matéria-prima.
b) comporta processos relacionados à internacionalização da produção.
c) articulação de diversas partes que compõem um todo, com ampliação de distâncias, encolhimento de
contextos e limitação de intercâmbios.
d) requalificação dos espaços para atender aos interesses dos atores hegemônicos da economia, da cultura e da
política.
e) dinamismo renovado da divisão internacional do trabalho, principalmente nos países subdesenvolvidos.
RESOLUÇÃO:
a) Aqui foi utilizado o termo multinacional, mas poderia também ter sido utilizado o “transnacional”. De
qualquer forma, estas empresas realmente definem, em escala global, a articulação entre a produção, mão-
de-obra, mercado e matéria-prima. ITEM CORRETO.
b) Um Iphone concebido nos Estados Unidos por engenheiros e designers franceses e indianos, por exemplo,
pode ser montado numa fábrica da China a partir de componentes produzidos em diversas partes do mundo.
É esse tipo de cadeia mundial de produção que costumamos chamar de processos relacionados à
internacionalização da produção. ITEM CORRETO.
c) É característica da globalização a articulação de diversas partes que compõem um todo, com ampliação
DIMINUIÇÃO de distâncias, encolhimento EXPANSÃO de contextos e limitação AUMENTO de intercâmbios.
ITEM INCORRETO.
d) A China, por exemplo, no atual momento do capitalismo e da globalização, transformou-se numa espécie de
polo industrial mundial, ressignificando, assim, o seu próprio espaço. ITEM CORRETO.
e) Com mais atores econômicos com importância global, houve dinamismo do comércio internacional com o
processo da globalização, especialmente para os países emergentes, que se viram mais integrados ao
comércio mundial. ITEM CORRETO
Resposta: C
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3. (NUCEPE - PC/PI - 2018)
A regionalização do espaço mundial historicamente sofre alterações em decorrências das transformações
econômicas e políticas. A respeito desse processo, é CORRETO afirmar:
a) Entre 1914-1918 e 1939-1945 ocorreram as duas guerras mundiais, as quais tiveram impactos restritos na
organização do espaço mundial, sobretudo, após a II Guerra Mundial.
b) Após a II Guerra Mundial o mundo foi dividido em dois blocos: o capitalista, sob o comando dos EUA e o
socialista, sob o comando da Ex-URSS. Esses dois blocos marcaram a ordem mundial bipolar, a qual foi ruída
com a queda da hegemonia dos EUA.
c) A nova ordem mundial reduziu as instabilidades políticas e os conflitos étnicos, sobretudo, na Ásia.
d) A crise do Socialismo real provocou o fim da Ex-URSS e, com ela, o surgimento de vários países como a Ucrânia,
Rússia, Letônia e Estônia.
e) A década de 1980 viu emergir uma nova ordem internacional sob a hegemonia do capitalismo e com ela o fim
da regionalização do mundo em três mundos em função das reduções das desigualdades entre os países.
RESOLUÇÃO:
a) Antes da Segunda Guerra Mundial havia uma ordem mundial multipolar representada pelas potências Reino
Unido, França, Alemanha e Estados Unidos, Japão e Rússia. A Primeira Guerra Mundial (1914- 1918) e a
Segunda Guerra Mundial, especialmente, desmoronaram essa antiga ordem multipolar, já que os países
europeus e o Japão saíram arrasados da disputa. Foi neste contexto que surgiu uma nova ordem mundial, dessa
vez bipolar, que tinha EUA e União Soviética como as novas grandes potências. A ordem bipolar durou até 1991,
quando houve o fim da União Soviética. ITEM INCORRETO.
b) A queda foi da União Soviética. ITEM INCORRETO.
c) A atual ordem mundial não fez diminuir os conflitos étnicos no Oriente Médio, por exemplo, ou as instabilidades
políticas de grande parte dos países africanos. ITEM INCORRETO.
d) ITEM CORRETO.
e) Não houve redução das desigualdades. Assim como durante o período da Guerra Fria, há países de terceiro
mundo (subdesenvolvidos), de segundo mundo (como eram chamados os países socialistas e como são
chamados atualmente os países em desenvolvimento, como o Brasil) e de primeiro mundo, como são
classificados os países desenvolvidos. ITEM INCORRETO
Resposta: D
4. (MPE/GO - MPE/GO - 2017)
“A globalização é, de certa forma, o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista. [...] No fim do
século XX e graças aos avanços da ciência, produziu-se um sistema de técnicas presidido pelas técnicas da
informação, que passaram a exercer um papel de elo entre as demais, unindo-as e assegurando ao novo sistema
técnico uma presença planetária. Só que a globalização não é apenas a existência desse novo sistema de técnicas.
Ela é também o resultado das ações que asseguram a emergência de um mercado dito global, responsável pelo
essencial dos processos políticos atualmente eficazes."
(SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2000, p. 23-24).
Considerando o enunciado anterior, sobre o processo de globalização na sociedade contemporânea, assinale a
alternativa correta.
a) A globalização é um processo exclusivamente baseado no desenvolvimento das novas técnicas de informação
e sua origem está diretamente relacionada com a difusão e universalização do uso da internet, que se deu a
partir do final da década de 1990.
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b) Entre as características próprias da globalização temos a alteração profunda na divisão internacional do
trabalho, em que a distribuição das funções produtivas tende a se concentrar cada vez mais em poucos países,
como é o caso dos Estados Unidos e do Japão.
c) Sobre as ações que asseguram a emergência do mercado global, o autor está se referindo à doutrina econômica
neoliberal que, entre outros princípios, defende o fortalecimento do Estado e a intervenção estatal como
reguladora direta dos mercados - industrial, comercial e financeiro.
d) Atualmente, as relações econômicas mundiais, compreendendo a dinâmica dos meios de produção, das forças
produtivas, da tecnologia, da divisão internacional do trabalho e do mercado mundial, são amplamente
influenciadas pelas exigências das empresas, corporações ou conglomerados multinacionais.
e) As estratégias protecionistas tomadas pelos governos em todo o mundo, dificultando a entrada de produtos
estrangeiros em seus mercados nacionais, são consideradas como características marcantes do processo de
globalização.
RESOLUÇÃO:
a) A globalização NÃO é um processo exclusivamente baseado no desenvolvimento das novas técnicas de
informação, tendo em vista que abarca também fluxos de pessoas, serviços diversos, dentre outros.
Ademais, a sua origem não está diretamente relacionada com a difusão e universalização do uso da internet,
já que, se formos fazer um longo histórico deste fenômeno, vamos encontrar os seus primeiros passos ainda
na época das grandes navegações europeias. ITEM INCORRETO.
b) Entre as características próprias da globalização temos a alteração profunda na divisão internacional do
trabalho, em que a distribuição das funções produtivas tende a se DESCONCENTRAR, já que novos atores
ganharam relevância no mundo multipolarizado. ITEM INCORRETO.
c) A doutrina econômica neoliberal tem, entre os seus princípios, a defesa da diminuição do Estado e a
limitação ou eliminação da intervenção estatal como reguladora direta dos mercados.
d) ITEM CORRETO.
e) A eliminação das barreiras entre os países e a maior integração entre estes é que são consideradas
características marcantes do processo de globalização. ITEM INCORRETO.
Resposta: D
5. (CESPE - ABIN - 2018)
Sabendo que a globalização pode ser definida como processo geográfico e econômico, julgue o próximo item,
relativo a aspectos atuais desse processo.
A alteração nas formas de produção dos sistemas econômicos globais, fundamentada no avanço do uso das
tecnologias, modifica a produção geográfica do espaço em decorrência da fragmentação político-territorial, da
incorporação de novas regiões ao capitalismo internacional e do fortalecimento dos conglomerados
internacionais.
( ) Certo ( ) Errado
RESOLUÇÃO:
De fato, as novas formas de produção dos sistemas econômicos globais utilizam-se amplamente do avanço das
novas tecnologias. Além disso, modifica a produção geográfica do espaço em decorrência da fragmentação
político-territorial, da incorporação de novas regiões ao capitalismo internacional e do fortalecimento dos
conglomerados internacionais.
Por esses fatores, vemos uma maior dispersão espacial, em nível global, de processos produtivos industriais, por
exemplo.
Resposta: Certo
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6. (CONSULPLAN - SEDUC/PA - 2018)
Observe a seguir a descrição de uma das dimensões econômicas da globalização.
“Está associada à desregulamentação dos sistemas financeiros nacionais, à liberalização da circulação de capitais,
ao desenvolvimento de novos serviços e novos mercados financeiros e ao movimento de fusões e aquisições.”
A definição anterior se refere a qual dimensão?
a) Globalização financeira.
b) Globalização da tecnologia.
c) Globalização das capacidades reguladoras.
d) Globalização da produção e dos mercados.
RESOLUÇÃO:
A globalização abarca diversos segmentos da sociedade, sendo o econômico apenas um deles. A letra B, por
exemplo, cita a globalização da tecnologia, que é aquela que permitiu o acesso da mesma tecnologia em
computadores e celulares, dentre outros produtos tecnológicos, em diferentes mercados e regiões do planeta.
A letra C, por outro lado, refere-se à padronização da regulação, que é mais recorrente em regiões que possuem
um mercado comum, como a União Europeia.
Já a letra D trata da globalização no seu sentido mais corrente, a que se dá as Grandes Navegações.
Assim, chegamos à conclusão que o corpo da questão, ao citar a desregulamentação dos sistemas financeiros
nacionais e a liberalização da circulação de capitais, trata sobre a Globalização Financeira.
Resposta: A
7. (IDECAN - Colégio Pedro II - 2015)
Em recente chamada de artigos para a próxima Conferência Regional da União Geográfica Internacional, em
Moscou (entre 17 e 21 de agosto de 2015), as Comissões de História da Geografia e de Geografia Política elegeram
o seguinte tema para ampla discussão: “Repensar o que a geografia (política) deveria ser: a geografia e a geopolítica
como instrumento de paz (teorias, histórias e práticas)”* .
[* Tradução livre do original em francês e em inglês, respectivamente: “Repenser ce que la géographie (politique)
devrait être: la géographie et la géopolitique comme instruments de paix (théories, histoires et pratiques)”;
“Rethinking what (political) geography ought to be: theories, histories and practices of geography and geopolitics
as instruments of Peace”].
(Disponível em: http://web.univ‐pau.fr/RECHERCHE/UGIHG/ Acesso em: 05/12/2014.)
Sobre as novas abordagens da Geopolítica Contemporânea, é correto afirmar que essas
a) empreendem significativos esforços na compreensão da representatividade política restrita à escala nacional,
enfatizando os vínculos existentes entre políticas públicas regionais para o território e a composição
parlamentar em fóruns de definição legislativa e orçamentária.
b) enfatizam a questão da guerra como a continuação da política por outros meios, salientando a preponderância
de interesses exclusivamente estatais na definição da ordem mundial contemporânea.
c) mantêm uma distinção clássica nítida entre os campos da Geografia Política e da Geopolítica, cujos objetos
são, respectivamente, as relações de poder entre distintos atores nas distintas escalas espaciais e as relações
de poder entre os Estados-nação, configurando a Ordem Política Mundial.
d) relativizam mas não omitem a questão da guerra militar e enfatizam outras guerras ou conflitos: econômicos,
sociais, culturais e até simbólicos (na mídia e na indústria cultural, por exemplo), destacando novos atores da
política mundial (desde as civilizações ou grandes culturas até as ONG’s).
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RESOLUÇÃO:
Por conta do processo da globalização, os principais atores mundiais – tanto econômicos quanto militares – travam
batalhas principalmente no campo comercial, financeiro e cultural, dentre outros. Ou seja, a guerra tal como a
conhecemos, com protagonismo bélico, tem menor importância atualmente, em que segmentos simbólicos,
como os sociais, ganham mais relevância.
Resposta: D
8. (CESPE - Instituto Rio Branco - 2016)
A mundialização não diz respeito apenas às atividades dos grupos empresariais e aos fluxos comerciais que elas
provocam. Inclui também a globalização financeira, que não pode ser abstraída da lista das forças às quais deve
ser imposta a adaptação dos mais fracos e desguarnecidos.
François Chesnais. A mundialização do capital. São Paulo: Xamã, 1996 (com adaptações).
Tendo como referência inicial o fragmento de texto apresentado, julgue (C ou E) o item subsequente.
Mundialização do capital ou globalização refletem a capacidade estratégica de grandes grupos oligopolistas,
voltados para a produção industrial ou para as principais atividades de serviços, em adotar, por conta própria,
enfoque e conduta globais.
( ) Certo ( ) Errado
RESOLUÇÃO:
A atual fase do capitalismo é também conhecida como monopolista, justamente por refletir a capacidade
estratégica de grandes grupos monopolistas e oligopolistas (multinacionais e transnacionais).
Assim, pode-se dizer que, com a globalização, houve um enfraquecimento do poder dos tradicionais estados
nacionais e um fortalecimento do poder das empresas multinacionais e transnacionais.
Resposta: Certo
9. (CESPE - SEDF - 2017)
A denominada crise de refugiados e a ameaça terrorista sacudiram, nos últimos anos, os alicerces e os valores da
União Europeia e colocaram em perigo aspectos que lhe são essenciais, como o espaço Schengen. Quando os vinte
e oito países-membros do bloco pareciam entrar em uma fase mais tranquila, após oito longos anos de profunda
crise econômica, foram confrontados com uma nova realidade: a chegada em massa de pessoas à Europa, primeiro
por meio do Mediterrâneo central e depois por rotas alternativas, como a dos Bálcãs.
Notícias Terra, outubro de 2016 (com adaptações).
A partir do texto precedente, julgue o item seguinte, a respeito da regionalização e geopolítica mundial.
A recente eleição do candidato republicano Donald Trump à presidência dos Estados Unidos da América teve no
discurso protecionista, antiglobalização e contra os acordos de livre comércio uma de suas retóricas fundantes.
( ) Certo ( ) Errado
RESOLUÇÃO:
Tanto a eleição de Donald Trump, que se apresenta com discurso protecionista, antiglobalização e contra os
acordos de livre comércio, quanto a saída do Reino Unido da União Europeia, o Brexit, são considerados duros
golpes no processo de globalização.
Resposta: Certo
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10. (Quadrix - SEDF - 2017)
Considerando as figuras como referências iniciais, julgue o item subsecutivo acerca da situação política
contemporânea mundial.
Enquanto questões relacionadas à Figura 1 inserem-se tão-somente no campo econômico, a segunda Figura
remete apenas a temas de ordem étnico-religiosa.
( ) Certo ( ) Errado
RESOLUÇÃO:
Ambas as figuras relacionam-se com aspectos da globalização.
A globalização é um processo de integração que não se restringe ao campo econômico – ou ao étnico-religioso.
Ele abarca também esferas sociais, culturais e políticas, por exemplo.
Resposta: Errado
11. (CESPE - Instituto Rio Branco - 2016)
A mundialização não diz respeito apenas às atividades dos grupos empresariais e aos fluxos comerciais que elas
provocam. Inclui também a globalização financeira, que não pode ser abstraída da lista das forças às quais deve
ser imposta a adaptação dos mais fracos e desguarnecidos.
François Chesnais. A mundialização do capital. São Paulo: Xamã, 1996 (com adaptações).
Tendo como referência inicial o fragmento de texto apresentado, julgue (C ou E) o item subsequente.
O princípio geográfico da localização, no mundo globalizado economicamente competitivo, é superado pelos
sistemas técnicos e de informação.
( ) Certo ( ) Errado
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RESOLUÇÃO:
Mesmo a globalização acelerada nos últimos anos não foi capaz ainda de superar as assimetrias técnicas e
econômicas entre as diversas regiões do globo.
Assim, podemos dizer que o elemento geográfico continua a ser importante na configuração das correntes de
comércio internacional, já que os países continuam tendo maior relevância no processo de globalização, enquanto
os países mais pobres continuam com papel periférico neste processo – especialmente pela defasagem técnica e
tecnológica.
Resposta: Errado
12. (Prefeitura do Rio de Janeiro/RJ - Prefeitura de Rio de Janeiro/RJ - 2016)
Embora estes processos ocorram de forma não homogênea em todos os países, pode-se afirmar que vivemos num
mundo global. É no campo econômico que a Globalização se expressa de forma mais capilar, integrando todas as
esferas da vida humana, seja nos espaços do trabalho, do consumo e até da cultura.
Nesse contexto, a construção de uma sociedade informacional a serviço das demandas do capital tem sido
fundamental, nas últimas décadas para a configuração de um espaço totalmente globalizado. Dentre os seguintes
fatores abaixo, aquele que pode ser descartado no contexto da construção dessa sociedade é a:
a) manutenção dos processos de produção tradicionais
b) informação e o conhecimento como matéria-prima
c) convergência crescente de todas as tecnologias
d) interconexão de todo o sistema de relações
RESOLUÇÃO:
Com exceção da letra A, que fala da manutenção dos processos de produção tradicionais, todos os demais itens
apontam aspectos que contribuem para a integração que caracteriza o processo de globalização atual:
• Informação e o conhecimento como matéria-prima – e com maior facilidade de fluidez entre os países.
• Convergência crescente de todas as tecnologias – que contribuem tanto para a homogeinização cultural
quanto para a democratização do desenvolvimento tecnológico (ainda que essa democratização tenha
alcance assimétrico).
• Interconexão de todo o sistema de relações – financeiros, bancários, sociais, culturais, dentre outros.
Resposta: A
13. (CESPE - ABIN - 2018)
Sabendo que a globalização pode ser definida como processo geográfico e econômico, julgue o próximo item,
relativo a aspectos atuais desse processo.
A valorização da produção de commodities e o aumento de seus preços e de sua exportação têm sido apontados
como promotores de riqueza e ascensão para os países emergentes, tais como os que integram o BRICS, que
passam a ser considerados importantes para a manutenção do crescimento da economia mundial.
( ) Certo ( ) Errado
RESOLUÇÃO:
Na configuração da nova ordem mundial, a valorização das commodities, que foi um fenômeno típico do início do
século XXI, contribuiu para o crescimento forte de vários países emergentes, dentre eles o Brasil, que alcançou
grande crescimento econômico na década de 2010.
Resposta: Certo
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14. (CESPE - SEDF - 2017)
Com relação aos geógrafos e cientistas sociais que estudam as dinâmicas espaciais do capitalismo, julgue o item
a seguir.
O geógrafo David Harvey desenvolveu um dos mais importantes conceitos do pensamento geográfico das últimas
décadas: a compressão espaço-tempo. Nessa perspectiva, a globalização produz a superação das distâncias, pois
as transformações técnicas e tecnológicas foram capazes de acelerar os acontecimentos e os níveis de produção
econômica e integração política.
( ) Certo ( ) Errado
RESOLUÇÃO:
Em relação à questão do espaço-tempo, notamos que a globalização se apresenta por meio até das coisas mais
banais.
Em décadas passadas, por exemplo, as pessoas assistiam aos jogos da Copa do Mundo muitos dias após as partidas
terem acontecido de fato.
Com o avanço da globalização, representada neste caso por meio do desenvolvimento dos meios de comunicação,
assiste-se aos jogos praticamente em tempo real em todo o mundo.
Resposta: Certo
15. (UECE-CEV - METROFOR/CE - 2017)
No que diz respeito ao que se denomina globalização, assinale a assertiva verdadeira.
a) As vantagens que a globalização produz refletem-se nas condições de vida dos trabalhadores: garantia de pleno
emprego, elevação de salários, ampliação dos direitos trabalhistas, acesso universal a bens e serviços sociais.
b) A globalização permitiu aos países uma proteção absoluta de suas fronteiras comerciais, reduzindo
sensivelmente os riscos de crises econômicas, tendo em vista a ampliação do mercado interno.
c) É um processo que fortalece as economias nacionais, uma vez que as nações lançam mão de leis e
regulamentações que impedem a evasão de seus recursos, bem como atuam com rigidez ou restrições nas
operações de importação comercial, embora não as impeçam.
d) Um dos efeitos perversos da globalização é a acentuação das desigualdades econômicas e sociais entre os
países mais pobres; já a ampliação do acesso às tecnologias da informação que encurtam a distância entre os
povos, permitindo contato ou aproximação com a diversidade de culturas é um de seus benefícios.
RESOLUÇÃO:
a) Apesar de a ascensão do capitalismo ter contribuído para uma melhora global das condições dos
trabalhadores, estes não possuem a garantia de pleno emprego, a ampliação dos direitos trabalhistas ou o
acesso universal a bens e serviços sociais. ITEM INCORRETO.
b) No campo econômico, os países competem globalmente, disputando novos mercados inclusive dentro de
suas próprias fronteiras. Ou seja, a globalização NÃO permitiu aos países uma proteção absoluta de suas
fronteiras comerciais. ITEM INCORRETO.
c) O nível atual da globalização espera que os países tenham, comercialmente inclusive, fronteiras cada vez
mais abertas – que é o oposto do que se afirma no item. ITEM INCORRETO.
d) ITEM CORRETO.
Resposta: D
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16. (MPE/GO - MPE/GO - 2017)
Uma das características mais marcantes da era contemporânea é o agrupamento de países em blocos econômicos
regionais no contexto da estratégia das grandes potências e das empresas multinacionais de consolidarem um
novo ciclo expansionista internacional.
Considerando a importância dos blocos regionais na organização do espaço mundial na contemporaneidade,
assinale a alternativa CORRETA:
a) A União Europeia constitui-se na atualidade como sendo o exemplo mais bem sucedido de integração
econômica regional. Atualmente é composta por 27 países e encontra-se no estágio mais avançado da
integração econômica: a União Aduaneira. Nesse sentido, esse bloco econômico se constitui em um espaço
onde suas fronteiras nacionais não são obstáculos à livre circulação de pessoas e de mercadorias.
b) Na América do Norte foi formado o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA), assinado em
1992, reunindo Estados Unidos, Canadá e México. A criação do NAFTA originou um Mercado Comum, que
possui um gigantesco poderio econômico, porém, marcado por grandes contrastes econômicos, sobretudo pela
presença do México, país mais pobre do bloco.
c) Na Bacia do Pacífico, o poderio da economia do Japão lidera um grupo de países denominados “Tigres
Asiáticos”. Esse bloco é uma espécie de União Aduaneira baseada na presença de zonas de processamento e
exportação resultantes do extravasamento da industrialização nipônica a partir da década de 1950.
d) A Comunidade dos Estados Independentes (CEI) é um Mercado Comum constituído pelos 15 países originários
da ex-União Soviética. Apesar das dificuldades originadas pela transição da economia planificada para a
economia de livre mercado, a CEI vem ganhando importante espaço nos aspectos econômico e tecnológico.
e) Em 1991, com a assinatura do Tratado de Assunção, foi criado o Mercado Comum do Cone Sul (MERCOSUL).
Esse tratado estabeleceu a livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os países-membros
através da eliminação gradativa das barreiras tarifárias e não tarifárias e do estabelecimento de uma tarifa
comum em relação aos países de fora do MERCOSUL.
RESOLUÇÃO:
a) Atualmente, a UE possui 27 países-membros. Ademais, o nível mais alto de integração regional é a União
Econômica, Monetária e Política. ITEM INCORRETO.
b) O NAFTA foi ratificado em 1993 e entrou em funcionamento no dia 1º de janeiro de 1994. ITEM
INCORRETO.
c) Os Tigres Asiáticos não se constituem como bloco econômico. São apenas países asiáticos, sem pretensão de
constituição de bloco econômico entre si, que possuem características econômicas semelhantes e que são
consideradas competitivas em âmbito global. ITEM INCORRETO.
d) Atualmente, são os 11 países-membros da CEI. ITEM INCORRETO.
e) ITEM CORRETO.
Resposta: E
17. (CESPE - ABIN - 2008)
O mercado é a instituição central do processo de globalização. Um dado fundamental é a evidência de que o
mercado se tornou mundial. Isso não quer dizer que tombaram os muros das fronteiras nacionais ou dos
protecionismos, mas que nunca tantos produtos cruzaram oceanos e continentes. As barreiras estabelecidas pelos
blocos nacionais ou pelos acordos comerciais visam mais normatizar a competição em favor dos interesses
comerciais particulares de cada país do que bloquear essa circulação. É, pois, no mercado e nas expectativas de
consumo que ele propicia que se materialize a globalização.
Iná E. Castro. Bertrand do Brasil, 2006, p. 233 (com adaptações).
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Tendo em vista o tema da globalização, tratado no texto acima, julgue o item a seguir.
A globalização é um fenômeno puramente econômico-financeiro, fundamentado no alcance mundial do mercado,
que aumentou os fluxos comerciais entre países e blocos de países.
( ) Certo ( ) Errado
RESOLUÇÃO:
A questão erra ao falar que a globalização é um fenômeno puramente econômico-financeiro. Por conta da
globalização, observa-se, por exemplo, uma maior integração entre os países em várias esferas, como a social,
cultural, científica, tecnológica, dentre outras.
Resposta: Errado
18. (CESPE - ABIN - 2008)
O mercado é a instituição central do processo de globalização. Um dado fundamental é a evidência de que o
mercado se tornou mundial. Isso não quer dizer que tombaram os muros das fronteiras nacionais ou dos
protecionismos, mas que nunca tantos produtos cruzaram oceanos e continentes. As barreiras estabelecidas pelos
blocos nacionais ou pelos acordos comerciais visam mais normatizar a competição em favor dos interesses
comerciais particulares de cada país do que bloquear essa circulação. É, pois, no mercado e nas expectativas de
consumo que ele propicia que se materialize a globalização.
Iná E. Castro. Bertrand do Brasil, 2006, p. 233 (com adaptações).
Tendo em vista o tema da globalização, tratado no texto acima, julgue o item a seguir.
Um dos fatores que impulsionam o fluxo de capitais é o desenvolvimento tecnológico, o qual também promove o
crescimento da produção industrial.
( ) Certo ( ) Errado
RESOLUÇÃO:
O desenvolvimento tecnológico permitiu a criação de novas máquinas e o aperfeiçoamento de técnicas de
produção que otimizaram a eficiência das empresas e permitiu, por meio de constantes avanços nos setores de
transporte e de comunicação, um maior e mais rápido fluxo de pessoas, informações e mercadorias.
Resposta: Certo
19. (CESPE - ABIN - 2008)
O mercado é a instituição central do processo de globalização. Um dado fundamental é a evidência de que o
mercado se tornou mundial. Isso não quer dizer que tombaram os muros das fronteiras nacionais ou dos
protecionismos, mas que nunca tantos produtos cruzaram oceanos e continentes. As barreiras estabelecidas pelos
blocos nacionais ou pelos acordos comerciais visam mais normatizar a competição em favor dos interesses
comerciais particulares de cada país do que bloquear essa circulação. É, pois, no mercado e nas expectativas de
consumo que ele propicia que se materialize a globalização.
Iná E. Castro. Bertrand do Brasil, 2006, p. 233 (com adaptações).
Tendo em vista o tema da globalização, tratado no texto acima, julgue o item a seguir.
A globalização econômica produziu a segmentação do espaço econômico mundial, expressa por meio da
formação de blocos econômicos regionais como o MERCOSUL.
( ) Certo ( ) Errado
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RESOLUÇÃO:
A fim de criar alianças entre países em situações econômica e social semelhantes, os blocos econômicos tentam
integrá-los de maneira mais competitiva ao mercado internacional.
Resposta: Certo
20. (CESPE - ABIN - 2008)
O mercado é a instituição central do processo de globalização. Um dado fundamental é a evidência de que o
mercado se tornou mundial. Isso não quer dizer que tombaram os muros das fronteiras nacionais ou dos
protecionismos, mas que nunca tantos produtos cruzaram oceanos e continentes. As barreiras estabelecidas pelos
blocos nacionais ou pelos acordos comerciais visam mais normatizar a competição em favor dos interesses
comerciais particulares de cada país do que bloquear essa circulação. É, pois, no mercado e nas expectativas de
consumo que ele propicia que se materialize a globalização.
Iná E. Castro. Bertrand do Brasil, 2006, p. 233 (com adaptações).
Tendo em vista o tema da globalização, tratado no texto acima, julgue o item a seguir.
O dinamismo da economia, instaurado a partir do processo de globalização e evidenciado pelo aumento da
produção industrial, teve como vantagem o aumento jamais visto da demanda por mão-de-obra e, portanto, o
pleno emprego nos países ricos.
( ) Certo ( ) Errado
RESOLUÇÃO:
A globalização permitiu, de fato, aumento na demanda por mão-de-obra, mas isso acontece em escala global.
Assim, quando precisam ocupar determinados postos, as empresas dão preferência aos países onde a mão-de-obra
é mais barata. Diante deste cenário, nações onde a mão-de-obra é mais cara, geralmente países mais
desenvolvidos, ficam com um contingente maior de desempregados – pelo menos nos postos que necessitam de
mão-de-obra menos qualificada.
Resposta: Errado
21. (CESPE - ABIN - 2008)
O mercado é a instituição central do processo de globalização. Um dado fundamental é a evidência de que o
mercado se tornou mundial. Isso não quer dizer que tombaram os muros das fronteiras nacionais ou dos
protecionismos, mas que nunca tantos produtos cruzaram oceanos e continentes. As barreiras estabelecidas pelos
blocos nacionais ou pelos acordos comerciais visam mais normatizar a competição em favor dos interesses
comerciais particulares de cada país do que bloquear essa circulação. É, pois, no mercado e nas expectativas de
consumo que ele propicia que se materialize a globalização.
Iná E. Castro. Bertrand do Brasil, 2006, p. 233 (com adaptações).
Tendo em vista o tema da globalização, tratado no texto acima, julgue o item a seguir.
Barreiras não-alfandegárias são exemplos de barreiras estabelecidas por blocos de países, por meio das quais as
questões ambientais, sanitárias e sociais assumem importância estratégica no comércio dos países exportadores.
( ) Certo ( ) Errado
RESOLUÇÃO:
Estas barreiras geralmente são utilizadas pelos países para “proteger” a indústria nacional da concorrência de
produtos importados.
Resposta: Certo
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22. (CESPE - ABIN - 2008)
O mercado é a instituição central do processo de globalização. Um dado fundamental é a evidência de que o
mercado se tornou mundial. Isso não quer dizer que tombaram os muros das fronteiras nacionais ou dos
protecionismos, mas que nunca tantos produtos cruzaram oceanos e continentes. As barreiras estabelecidas pelos
blocos nacionais ou pelos acordos comerciais visam mais normatizar a competição em favor dos interesses
comerciais particulares de cada país do que bloquear essa circulação. É, pois, no mercado e nas expectativas de
consumo que ele propicia que se materialize a globalização.
Iná E. Castro. Bertrand do Brasil, 2006, p. 233 (com adaptações).
Tendo em vista o tema da globalização, tratado no texto acima, julgue o item a seguir.
Com o desenvolvimento da tecnologia da informação, um dos vetores da globalização, aumentam também as
possibilidades de expansão das atividades do crime organizado, como o terrorismo, as máfias e o tráfico de drogas
ilícitas.
( ) Certo ( ) Errado
RESOLUÇÃO:
O crime organizado também se beneficiou de alguns avanços potencializados pela globalização, como os vistos
nos transportes e no setor de telecomunicações.
Resposta: Certo
23. (CESPE - ABIN - 2008)
Do ponto de vista político, o mundo apresenta o aspecto de um grande caos: por um lado, a multiplicação de uniões
econômicas regionais, por outro, o renascimento de nacionalismos, ascensão de fundamentalismo, Estados
divididos. A maioria dos conflitos são internos, intra-estatais. Além disso, redes internacionais de caráter mafioso
e o crime organizado constituem novas ameaças porque controlam toda a espécie de circuitos clandestinos
(prostituição, contrabando, tráfico de drogas, venda de armas, disseminação nuclear).
J. W. Vesentini. Novas geopolíticas - as representações do século XXI. Contexto, p. 75 (com adaptações).
A partir do texto acima, julgue o item a seguir.
A atuação de organismos internacionais como o Fundo Monetário Internacional e a Organização Mundial do
Comércio tem eliminado as concentrações e os desequilíbrios nas atividades econômicas, provocados pelo avanço
da globalização.
( ) Certo ( ) Errado
RESOLUÇÃO:
A globalização não desencadeou uma distribuição equânime da riqueza pelo mundo. Desta forma, nem os
organismos internacionais, como o FMI e a OMC, conseguiram eliminar as concentrações e os desequilíbrios nas
atividades econômicas.
Resposta: Errado
24. (CESPE - ABIN - 2008)
Apesar da ampliação dos mercados, a globalização da economia e o crescimento dos fluxos de mercadorias
reafirmam a desuniformidade do espaço terrestre e dão visibilidade à sua heterogeneidade e à sua diversificação
pela ação das sociedades que o modelam.
Iná E. Castro. Geografia política, território, escalas de ação e instituições. Bertrand Brasil, 2006, p. 234.
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Tendo o texto acima como referência inicial e considerando os assuntos por ele suscitados, julgue o seguinte item.
A globalização, como fenômeno em curso no mundo, é caracterizada pela integração de mercados, levando o
crescimento econômico a todas as regiões, articuladas segundo um processo equitativo de distribuição de riqueza.
( ) Certo ( ) Errado
RESOLUÇÃO:
Outra questão que tenta nos induzir a pensar que a globalização trouxe distribuição equânime de riqueza – ou seja,
mais uma questão incorreta.
Resposta: Errado
25. (CESPE - CBM/CE - 2014)
No que diz respeito a países do Norte desenvolvido, julgue o item a seguir.
A globalização é um fenômeno político, econômico e cultural que impacta, de forma equivalente, os países do
Norte desenvolvido e os do Sul subdesenvolvido.
( ) Certo ( ) Errado
RESOLUÇÃO:
A globalização é um fenômeno com resultados assimétricos para os países. Ou seja, não impacta de forma
equivalente os países.
Resposta: Errado
26. (CESPE - Instituto Rio Branco - 2014)
A aparição das chamadas cidades mundiais e das cidades globais se explica pela necessidade de organização e
controle da economia global. O termo cidade global, em sua versão mais topológica, é definido por Saskia Sassen
como um território onde se exerce uma série de funções de organização e controle na economia global e nos fluxos
de investimentos em escala planetária.
O. Nel.Lo e F. Muñoz. El proceso de urbanización. In.:Geografía humana, J. Romero et al (Coord.). Barcelona: Ariel, 2008, p. 321
(com adaptações).
Considerando a perspectiva conceitual de Saskia Sassen, julgue (C ou E) o item seguinte, relativo a cidades globais.
A globalização econômica contribui para uma nova geografia da centralidade e da marginalidade, tornando as
cidades globais lugares de concentração de poder econômico, ao passo que cidades que foram centros
manufatureiros experimentam nítido declínio.
( ) Certo ( ) Errado
RESOLUÇÃO:
Os efeitos da globalização não foram sentidos de maneira uniforme por todos os países do globo, tendo, portanto,
caráter assimétrico.
Diante dessa realidade, podemos dizer que as cidades globais acabaram por se consolidar como centros de poder
econômico, enquanto as cidades que se tornaram centros manufatureiros tem importância apenas periférica na
cadeia de produção global.
Resposta: Certo
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27. (FEC - Prefeitura de Itapemirim/ES - 2007)
“A globalização é, portanto, um conjunto de mudanças que estão ocorrendo na esfera econômica, financeira,
comercial, social e cultural, intensificando a relação entre os países, os povos e os sistemas produtivos. Implica a
uniformização global de padrões econômicos e culturais”
(COELHO, M.A. e TERRA, L. Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2003).
O processo vigente de globalização é marcado por contradições. Uma dessas contradições, que se relaciona
diretamente com a característica destacada no texto anterior, é percebida:
a) na universalização e na homogeneização do mundo, sendo constatadas em diversos espaços;
b) no avanço da globalização, que nos dá a impressão de um mundo sem fronteiras nacionais;
c) na explosão de movimentos de afirmação de nacionalidades e de identificações étnicas no mundo atual;
d) na estreita relação entre o processo produtivo com a mídia, a propaganda e a tecnologia da internet;
e) no processo de internacionalização do capitalismo com uma lógica de universalização mundial.
RESOLUÇÃO:
Muita gente erra esta questão por um simples detalhe. Note que a banca pede uma contradição do processo de
globalização e não uma simples característica.
As alternativas A, B, D e E apresentam características da globalização, mas não uma contradição deste fenômeno,
algo que vamos notar apenas na alternativa C.
Ora, a globalização é um processo que avança pelo mundo diluindo fronteiras e criando uma aldeia global. Ao
mesmo tempo, também, contraditoriamente, tem sido acompanhada de uma explosão de movimentos de
afirmação de nacionalidades e de identificações étnicas no mundo atual.
Resposta: C
28. (IBADE - Câmara de Cacoal/RO - 2018)
O processo da Globalização não possui uma data exata de início, mas, para muitos autores, a década de 90 do
século XX seria um momento importante na sua consolidação. Entre as alternativas a seguir,assinale a que
apresenta a melhor característica sobre a Globalização.
a) Aumento da integração econômica entre os países.
b) Fim do uso da língua inglesa como comunicação internacional.
c) Diminuição das trocas comerciais internacionais.
d) Surgimento de uma divisão bélica entre Estados Unidos e Rússia.
e) Perda significativa do mercado financeiro mundial.
RESOLUÇÃO:
a) ITEM CORRETO.
b) A fim de encontrar uma língua comum, houve aumento do uso da língua inglesa como comunicação
internacional. ITEM INCORRETO.
c) Houve AUMENTO das trocas comerciais internacionais. ITEM INCORRETO.
d) O surgimento de uma divisão bélica entre Estados Unidos e Rússia aconteceu durante a Guerra Fria. Ou
seja, antes da década de 1990 que foi citada na questão. ITEM INCORRETO.
e) Houve AUMENTO significativo do mercado financeiro mundial. ITEM INCORRETO.
Resposta: A
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29. (Quadrix - CRESS/GO - 2019)
Importa notar que as reformas por que passa o Estado no Brasil estão em um contexto socioeconômico mundial
de profundas implicações para o País. O neoliberalismo acompanhou o processo de globalização e de
implantação de novas tecnologias produtivas – que desencadearam o chamado processo de “reestruturação
produtiva”.
Internet:<www.egov.ufsc.br:8080> <8080>.
Tendo o texto acima apenas como referência inicial e refletindo sobre diversos aspectos da economia brasileira e
mundial, julgue o item.
Tornando o mundo mais homogêneo em diversos aspectos, a globalização contribui, de modo geral, para uma
profunda redução das disparidades econômicas entre os países e também no âmbito interno desses países.
( ) Certo ( ) Errado
RESOLUÇÃO:
A globalização realmente contribui para um mundo mais homogêneo em diversos aspectos: mesmos gostos
culturais, morte de línguas, hábitos alimentares semelhantes.
Por outro lado, essa homogeneização não foi capaz de resolver as disparidades econômicas entre os países e
sequer no âmbito interno desses países.
Resposta: Errado
30. (MPE/GO - MPE/GO - 2019)
Atualmente, muitos fatos têm ocorrido de maneira expressiva e dinâmica: pessoas migram de um país para outro
em busca de empregos e melhores condições de vida, empresas de países desenvolvidos instalam-se em países
subdesenvolvidos em busca de espaços maiores e mais baratos e também de mão de obra barata, indústrias
distribuem as etapas de produção em vários países a fim de baratear os custos. Tudo isso acontece devido a um
fenômeno que ocorre há muitos anos e recebe o nome de:
a) Blocos Econômicos
b) Regionalização
c) Capitalização
d) Colonização
e) Globalização
RESOLUÇÃO:
O fenômeno responsável pelo encurtamento das distâncias, fator que favorece tanto empresas quanto pessoas
físicas que buscam melhores oportunidades, é a Globalização, uma realidade dos nossos tempos.
Resposta: E
31. (IBADE - Prefeitura de Aracruz/ES - 2019)
Observe o seguinte conceito:
“É a integração com maior intensidade das relações socioespaciais em escala mundial, instrumentalizada pela
conexão entre as diferentes partes do globo terrestre.”
Pode-se afirmar que esse conceito refere-se à:
a) protecionismo comercial.
b) estatização.
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c) globalização.
d) expansão territorial.
e) comercialização.
RESOLUÇÃO:
O fenômeno em escala global caracterizado pela integração com maior intensidade das relações socioespaciais,
instrumentalizada pela conexão entre as diferentes partes do globo terrestre, é a Globalização.
Resposta: C
32. (UECE-CEV - SEDUC/CE - 2018)
No que diz respeito ao real sentido da globalização e da ordem mundial contemporânea, é correto afirmar que
a) o extraordinário progresso das ciências e das técnicas, que permite tornar o mundo socialmente mais justo e
igualitário, é uma grande conquista da globalização.
b) a globalização é o estágio supremo da internacionalização da economia e seu maior destaque é a garantia de
que a maior parte dos países do mundo participe dessa dinâmica de maneira proporcional.
c) a produção globalizada e a informação globalizada permitem às firmas globais obterem um lucro em escala
mundial e isso constitui o verdadeiro motor da atividade econômica contemporânea.
d) com a consolidação do processo de globalização, pode-se viver em um espaço sem fronteiras, isto é, uma aldeia
global onde todos podem conhecer extensivamente e profundamente o planeta.
RESOLUÇÃO:
a) O extraordinário progresso das ciências e das técnicas não tornou o mundo socialmente mais justo e
igualitário. ITEM INCORRETO.
b) A globalização se dá de forma heterogênea, não atingindo a todos os países da mesma forma. Este
fenômeno, inclusive, não é garantia de que a maior parte dos países do mundo participe dessa dinâmica de
maneira proporcional. ITEM INCORRETO.
c) ITEM CORRETO.
d) Um brasileiro que queira entra nos Estados Unidos ainda precisa de um visto, por exemplo. Ou seja, ainda
não vivemos em um espaço sem fronteiras. ITEM INCORRETO.
Resposta: C
33. (CESPE/CEBRASPE - SEE/AL - 2013)
No que se refere à globalização, julgue o item subsecutivo.
Na atualidade, a rápida circulação da informação é um fator atuante no comércio mundial, bem como às
transformações culturais e sociais.
( ) Certo ( ) Errado
RESOLUÇÃO:
Na atualidade, a rápida circulação da informação, característica do processo de globalização, é um fator atuante
no comércio mundial, bem como às transformações culturais e sociais que vivenciamos.
Resposta: Certo
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34. (CESPE/CEBRASPE - SEE/AL - 2013)
No que se refere à globalização, julgue o item subsecutivo.
Uma característica fundamental da globalização é a dinâmica das relações de comércio, que revela um
intercâmbio global.
( ) Certo ( ) Errado
RESOLUÇÃO:
Uma característica fundamental da globalização é a dinâmica das relações de comércio, que revela um
intercâmbio global. Esta, porém, como o próprio item afirma, é apenas uma das características.
A globalização também acontece por meio de trocas culturais e sociais.
Resposta: Certo
35. (CESPE/CEBRASPE - SEE/AL - 2013)
No que se refere à globalização, julgue o item subsecutivo.
O atual processo de globalização não compreende os países menos desenvolvidos, restringindo-se àqueles que
apresentam competitividade no cenário econômico, isto é, que detêm capacidade de inovação tecnológica.
( ) Certo ( ) Errado
RESOLUÇÃO:
O atual processo de globalização compreende os países menos desenvolvidos. A globalização, porém, não atinge
todos os países de maneira igual.
Resposta: Errado
36. (INSTITUTO AOCP - Prefeitura de Betim/MG - 2020)
Milton Santos, em seus últimos livros, abordou a globalização, considerando a existência de, pelo menos, três
mundos em um só: O mundo que percebemos, a globalização como fábula, o mundo real, a globalização como
perversidade, e o mundo como possibilidade, uma outra globalização. Essa globalização é discutida, segundo as
categorias tempo/espaço, no âmbito do sistema mundo, na pós-modernidade e à luz dos conceitos de nação,
mercado mundial e lugar.
A respeito desse assunto, é correto afirmar que a globalização
a) acabou com a restrição à livre circulação de pessoas no mundo.
b) promoveu a distribuição de renda e, por consequência, a nulificação da pobreza global.
c) gerou a livre concorrência no mercado global com a extinção de subsídios e práticas de dumping.
d) facilitou a imposição de uma política comandada pelas empresas que demandam circulação de capital e
informação.
e) criou Estados-nação fortes e totalmente independentes do capital privado.
RESOLUÇÃO:
a) Ainda há restrição à livre circulação de pessoas no mundo. Um brasileiro, por exemplo, não consegue
entrar nos Estados Unidos legalmente sem um visto. ITEM INCORRETO.
b) Ainda há muita pobreza no mundo. ITEM INCORRETO.
c) Ainda há muito protecionismo no mundo, como a concessão de subsídios e práticas de dumping. ITEM
INCORRETO.
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d) ITEM CORRETO.
e) Os Estados-nação ficaram enfraquecidos e as empresas transnacionais ficaram fortalecidas. ITEM
INCORRETO.
Resposta: D
37. (CESPE/CEBRASPE - 2006)
Falar de globalização é evocar o processo de dominação do sistema capitalista sobre o espaço mundial, fenômeno
que se inscreve em uma tendência de submissão progressiva de todos os espaços físicos e sociais à lei do capital,
à lei da acumulação contínua, que é a finalidade suprema do sistema capitalista. A respeito desse processo,
assinale a opção correta.
a) A globalização diz respeito ao desenvolvimento de relações econômicas em nível mundial, que, portanto,
excluem processos sociais e culturais.
b) O desenvolvimento tecnológico faz parte desse processo.
c) O pleno emprego, o desenvolvimento social e a melhoria das condições de vida das populações são o
resultado concreto do processo de globalização em curso.
d) Pressupõe a retração no desenvolvimento de mercados financeiros mundiais, uma vez que eles são
estimulados pela internacionalização do capital e das empresas.
RESOLUÇÃO:
a) A globalização diz respeito ao desenvolvimento de relações econômicas em nível mundial e INCLUI
processos sociais e culturais. ITEM INCORRETO.
b) ITEM CORRETO.
c) O mundo não vive uma situação de pleno emprego e continua sendo um lugar bastante desigual, com
muita gente vivendo na pobreza. ITEM INCORRETO.
d) Houve FORTALECIMENTO dos mercados financeiros mundiais. ITEM INCORRETO.
Resposta: B
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LISTA DE QUESTÕES
1. (CESPE -SEE/AL - 2013)
No que se refere à globalização, julgue o item subsecutivo.
O mundo globalizado definiu uma nova ordem mundial, mas não uma nova geografia do comércio internacional.
( ) Certo ( ) Errado
2. (NUCEPE - SEDUC/PI - 2015)
As transformações no mundo do trabalho são influenciadas pela globalização que estabelece alterações no ritmo
da indústria, comércio, comunicações e transporte, com nova organização na economia mundial a partir do avanço
científico e tecnológico e da concentração de capital.
São características da globalização, EXCETO,
a) as empresas multinacionais definem a articulação entre a produção, mão-de-obra, mercado e matéria-
prima.
b) comporta processos relacionados à internacionalização da produção.
c) articulação de diversas partes que compõem um todo, com ampliação de distâncias, encolhimento de
contextos e limitação de intercâmbios.
d) requalificação dos espaços para atender aos interesses dos atores hegemônicos da economia, da cultura e
da política.
e) dinamismo renovado da divisão internacional do trabalho, principalmente nos países subdesenvolvidos.
3. (NUCEPE - PC/PI - 2018)
A regionalização do espaço mundial historicamente sofre alterações em decorrências das transformações
econômicas e políticas. A respeito desse processo, é CORRETO afirmar:
a) Entre 1914-1918 e 1939-1945 ocorreram as duas guerras mundiais, as quais tiveram impactos restritos na
organização do espaço mundial, sobretudo, após a II Guerra Mundial.
b) Após a II Guerra Mundial o mundo foi dividido em dois blocos: o capitalista, sob o comando dos EUA e o
socialista, sob o comando da Ex-URSS. Esses dois blocos marcaram a ordem mundial bipolar, a qual foi ruída
com a queda da hegemonia dos EUA.
c) A nova ordem mundial reduziu as instabilidades políticas e os conflitos étnicos, sobretudo, na Ásia.
d) A crise do Socialismo real provocou o fim da Ex-URSS e, com ela, o surgimento de vários países como a
Ucrânia, Rússia, Letônia e Estônia.
e) A década de 1980 viu emergir uma nova ordem internacional sob a hegemonia do capitalismo e com ela o
fim da regionalização do mundo em três mundos em função das reduções das desigualdades entre os países.
4. (MPE/GO - MPE/GO - 2017)
“A globalização é, de certa forma, o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista. [...] No fim do
século XX e graças aos avanços da ciência, produziu-se um sistema de técnicas presidido pelas técnicas da
informação, que passaram a exercer um papel de elo entre as demais, unindo-as e assegurando ao novo sistema
técnico uma presença planetária. Só que a globalização não é apenas a existência desse novo sistema de técnicas.
Ela é também o resultado das ações que asseguram a emergência de um mercado dito global, responsável pelo
essencial dos processos políticos atualmente eficazes."
(SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2000, p. 23-24).
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Considerando o enunciado anterior, sobre o processo de globalização na sociedade contemporânea, assinale a
alternativa correta.
a) A globalização é um processo exclusivamente baseado no desenvolvimento das novas técnicas de
informação e sua origem está diretamente relacionada com a difusão e universalização do uso da internet,
que se deu a partir do final da década de 1990.
b) Entre as características próprias da globalização temos a alteração profunda na divisão internacional do
trabalho, em que a distribuição das funções produtivas tende a se concentrar cada vez mais em poucos
países, como é o caso dos Estados Unidos e do Japão.
c) Sobre as ações que asseguram a emergência do mercado global, o autor está se referindo à doutrina
econômica neoliberal que, entre outros princípios, defende o fortalecimento do Estado e a intervenção
estatal como reguladora direta dos mercados - industrial, comercial e financeiro.
d) Atualmente, as relações econômicas mundiais, compreendendo a dinâmica dos meios de produção, das
forças produtivas, da tecnologia, da divisão internacional do trabalho e do mercado mundial, são
amplamente influenciadas pelas exigências das empresas, corporações ou conglomerados multinacionais.
e) As estratégias protecionistas tomadas pelos governos em todo o mundo, dificultando a entrada de produtos
estrangeiros em seus mercados nacionais, são consideradas como características marcantes do processo de
globalização.
5. (CESPE - ABIN - 2018)
Sabendo que a globalização pode ser definida como processo geográfico e econômico, julgue o próximo item,
relativo a aspectos atuais desse processo.
A alteração nas formas de produção dos sistemas econômicos globais, fundamentada no avanço do uso das
tecnologias, modifica a produção geográfica do espaço em decorrência da fragmentação político-territorial, da
incorporação de novas regiões ao capitalismo internacional e do fortalecimento dos conglomerados
internacionais.
( ) Certo ( ) Errado
6. (CONSULPLAN - SEDUC/PA - 2018)
Observe a seguir a descrição de uma das dimensões econômicas da globalização.
“Está associada à desregulamentação dos sistemas financeiros nacionais, à liberalização da circulação de capitais,
ao desenvolvimento de novos serviços e novos mercados financeiros e ao movimento de fusões e aquisições.”
A definição anterior se refere a qual dimensão?
a) Globalização financeira.
b) Globalização da tecnologia.
c) Globalização das capacidades reguladoras.
d) Globalização da produção e dos mercados.
7. (IDECAN - Colégio Pedro II - 2015)
Em recente chamada de artigos para a próxima Conferência Regional da União Geográfica Internacional, em
Moscou (entre 17 e 21 de agosto de 2015), as Comissões de História da Geografia e de Geografia Política elegeram
o seguinte tema para ampla discussão: “Repensar o que a geografia (política) deveria ser: a geografia e a geopolítica
como instrumento de paz (teorias, histórias e práticas)”* .
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[* Tradução livre do original em francês e em inglês, respectivamente: “Repenser ce que la géographie (politique)
devrait être: la géographie et la géopolitique comme instruments de paix (théories, histoires et pratiques)”;
“Rethinking what (political) geography ought to be: theories, histories and practices of geography and geopolitics
as instruments of Peace”].
(Disponível em: http://web.univ‐pau.fr/RECHERCHE/UGIHG/ Acesso em: 05/12/2014.)
Sobre as novas abordagens da Geopolítica Contemporânea, é correto afirmar que essas
a) empreendem significativos esforços na compreensão da representatividade política restrita à escala
nacional, enfatizando os vínculos existentes entre políticas públicas regionais para o território e a
composição parlamentar em fóruns de definição legislativa e orçamentária.
b) enfatizam a questão da guerra como a continuação da política por outros meios, salientando a
preponderância de interesses exclusivamente estatais na definição da ordem mundial contemporânea.
c) mantêm uma distinção clássica nítida entre os campos da Geografia Política e da Geopolítica, cujos objetos
são, respectivamente, as relações de poder entre distintos atores nas distintas escalas espaciais e as relações
de poder entre os Estados-nação, configurando a Ordem Política Mundial.
d) relativizam mas não omitem a questão da guerra militar e enfatizam outras guerras ou conflitos:
econômicos, sociais, culturais e até simbólicos (na mídia e na indústria cultural, por exemplo), destacando
novos atores da política mundial (desde as civilizações ou grandes culturas até as ONG’s).
8. (CESPE - Instituto Rio Branco - 2016)
A mundialização não diz respeito apenas às atividades dos grupos empresariais e aos fluxos comerciais que elas
provocam. Inclui também a globalização financeira, que não pode ser abstraída da lista das forças às quais deve
ser imposta a adaptação dos mais fracos e desguarnecidos.
François Chesnais. A mundialização do capital. São Paulo: Xamã, 1996 (com adaptações).
Tendo como referência inicial o fragmento de texto apresentado, julgue (C ou E) o item subsequente.
Mundialização do capital ou globalização refletem a capacidade estratégica de grandes grupos oligopolistas,
voltados para a produção industrial ou para as principais atividades de serviços, em adotar, por conta própria,
enfoque e conduta globais.
( ) Certo ( ) Errado
9. (CESPE - SEDF - 2017)
A denominada crise de refugiados e a ameaça terrorista sacudiram, nos últimos anos, os alicerces e os valores da
União Europeia e colocaram em perigo aspectos que lhe são essenciais, como o espaço Schengen. Quando os vinte
e oito países-membros do bloco pareciam entrar em uma fase mais tranquila, após oito longos anos de profunda
crise econômica, foram confrontados com uma nova realidade: a chegada em massa de pessoas à Europa, primeiro
por meio do Mediterrâneo central e depois por rotas alternativas, como a dos Bálcãs.
Notícias Terra, outubro de 2016 (com adaptações).
A partir do texto precedente, julgue o item seguinte, a respeito da regionalização e geopolítica mundial.
A recente eleição do candidato republicano Donald Trump à presidência dos Estados Unidos da América teve no
discurso protecionista, antiglobalização e contra os acordos de livre comércio uma de suas retóricas fundantes.
( ) Certo ( ) Errado
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10. (Quadrix - SEDF - 2017)
Considerando as figuras como referências iniciais, julgue o item subsecutivo acerca da situação política
contemporânea mundial.
Enquanto questões relacionadas à Figura 1 inserem-se tão-somente no campo econômico, a segunda Figura
remete apenas a temas de ordem étnico-religiosa.
( ) Certo ( ) Errado
11. (CESPE - Instituto Rio Branco - 2016)
A mundialização não diz respeito apenas às atividades dos grupos empresariais e aos fluxos comerciais que elas
provocam. Inclui também a globalização financeira, que não pode ser abstraída da lista das forças às quais deve
ser imposta a adaptação dos mais fracos e desguarnecidos.
François Chesnais. A mundialização do capital. São Paulo: Xamã, 1996 (com adaptações).
Tendo como referência inicial o fragmento de texto apresentado, julgue (C ou E) o item subsequente.
O princípio geográfico da localização, no mundo globalizado economicamente competitivo, é superado pelos
sistemas técnicos e de informação.
( ) Certo ( ) Errado
12. (Prefeitura do Rio de Janeiro/RJ - Prefeitura de Rio de Janeiro/RJ - 2016)
Embora estes processos ocorram de forma não homogênea em todos os países, pode-se afirmar que vivemos num
mundo global. É no campo econômico que a Globalização se expressa de forma mais capilar, integrando todas as
esferas da vida humana, seja nos espaços do trabalho, do consumo e até da cultura.
Nesse contexto, a construção de uma sociedade informacional a serviço das demandas do capital tem sido
fundamental, nas últimas décadas para a configuração de um espaço totalmente globalizado. Dentre os seguintes
fatores abaixo, aquele que pode ser descartado no contexto da construção dessa sociedade é a:
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a) manutenção dos processos de produção tradicionais
b) informação e o conhecimento como matéria-prima
c) convergência crescente de todas as tecnologias
d) interconexão de todo o sistema de relações
13. (CESPE - ABIN - 2018)
Sabendo que a globalização pode ser definida como processo geográfico e econômico, julgue o próximo item,
relativo a aspectos atuais desse processo.
A valorização da produção de commodities e o aumento de seus preços e de sua exportação têm sido apontados
como promotores de riqueza e ascensão para os países emergentes, tais como os que integram o BRICS, que
passam a ser considerados importantes para a manutenção do crescimento da economia mundial.
( ) Certo ( ) Errado
14. (CESPE - SEDF - 2017)
Com relação aos geógrafos e cientistas sociais que estudam as dinâmicas espaciais do capitalismo, julgue o item
a seguir.
O geógrafo David Harvey desenvolveu um dos mais importantes conceitos do pensamento geográfico das últimas
décadas: a compressão espaço-tempo. Nessa perspectiva, a globalização produz a superação das distâncias, pois
as transformações técnicas e tecnológicas foram capazes de acelerar os acontecimentos e os níveis de produção
econômica e integração política.
( ) Certo ( ) Errado
15. (UECE-CEV - METROFOR/CE - 2017)
No que diz respeito ao que se denomina globalização, assinale a assertiva verdadeira.
a) As vantagens que a globalização produz refletem-se nas condições de vida dos trabalhadores: garantia de
pleno emprego, elevação de salários, ampliação dos direitos trabalhistas, acesso universal a bens e serviços
sociais.
b) A globalização permitiu aos países uma proteção absoluta de suas fronteiras comerciais, reduzindo
sensivelmente os riscos de crises econômicas, tendo em vista a ampliação do mercado interno.
c) É um processo que fortalece as economias nacionais, uma vez que as nações lançam mão de leis e
regulamentações que impedem a evasão de seus recursos, bem como atuam com rigidez ou restrições nas
operações de importação comercial, embora não as impeçam.
d) Um dos efeitos perversos da globalização é a acentuação das desigualdades econômicas e sociais entre os
países mais pobres; já a ampliação do acesso às tecnologias da informação que encurtam a distância entre
os povos, permitindo contato ou aproximação com a diversidade de culturas é um de seus benefícios.
16. (MPE/GO - MPE/GO - 2017)
Uma das características mais marcantes da era contemporânea é o agrupamento de países em blocos econômicos
regionais no contexto da estratégia das grandes potências e das empresas multinacionais de consolidarem um
novo ciclo expansionista internacional.
Considerando a importância dos blocos regionais na organização do espaço mundial na contemporaneidade,
assinale a alternativa CORRETA:
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a) A União Europeia constitui-se na atualidade como sendo o exemplo mais bem sucedido de integração
econômica regional. Atualmente é composta por 27 países e encontra-se no estágio mais avançado da
integração econômica: a União Aduaneira. Nesse sentido, esse bloco econômico se constitui em um espaço
onde suas fronteiras nacionais não são obstáculos à livre circulação de pessoas e de mercadorias.
b) Na América do Norte foi formado o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA), assinado em
1992, reunindo Estados Unidos, Canadá e México. A criação do NAFTA originou um Mercado Comum, que
possui um gigantesco poderio econômico, porém, marcado por grandes contrastes econômicos, sobretudo
pela presença do México, país mais pobre do bloco.
c) Na Bacia do Pacífico, o poderio da economia do Japão lidera um grupo de países denominados “Tigres
Asiáticos”. Esse bloco é uma espécie de União Aduaneira baseada na presença de zonas de processamento
e exportação resultantes do extravasamento da industrialização nipônica a partir da década de 1950.
d) A Comunidade dos Estados Independentes (CEI) é um Mercado Comum constituído pelos 15 países
originários da ex-União Soviética. Apesar das dificuldades originadas pela transição da economia planificada
para a economia de livre mercado, a CEI vem ganhando importante espaço nos aspectos econômico e
tecnológico.
e) Em 1991, com a assinatura do Tratado de Assunção, foi criado o Mercado Comum do Cone Sul
(MERCOSUL). Esse tratado estabeleceu a livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os
países-membros através da eliminação gradativa das barreiras tarifárias e não tarifárias e do
estabelecimento de uma tarifa comum em relação aos países de fora do MERCOSUL.
17. (CESPE - ABIN - 2008)
O mercado é a instituição central do processo de globalização. Um dado fundamental é a evidência de que o
mercado se tornou mundial. Isso não quer dizer que tombaram os muros das fronteiras nacionais ou dos
protecionismos, mas que nunca tantos produtos cruzaram oceanos e continentes. As barreiras estabelecidas pelos
blocos nacionais ou pelos acordos comerciais visam mais normatizar a competição em favor dos interesses
comerciais particulares de cada país do que bloquear essa circulação. É, pois, no mercado e nas expectativas de
consumo que ele propicia que se materialize a globalização.
Iná E. Castro. Bertrand do Brasil, 2006, p. 233 (com adaptações).
Tendo em vista o tema da globalização, tratado no texto acima, julgue o item a seguir.
A globalização é um fenômeno puramente econômico-financeiro, fundamentado no alcance mundial do mercado,
que aumentou os fluxos comerciais entre países e blocos de países.
( ) Certo ( ) Errado
18. (CESPE - ABIN - 2008)
O mercado é a instituição central do processo de globalização. Um dado fundamental é a evidência de que o
mercado se tornou mundial. Isso não quer dizer que tombaram os muros das fronteiras nacionais ou dos
protecionismos, mas que nunca tantos produtos cruzaram oceanos e continentes. As barreiras estabelecidas pelos
blocos nacionais ou pelos acordos comerciais visam mais normatizar a competição em favor dos interesses
comerciais particulares de cada país do que bloquear essa circulação. É, pois, no mercado e nas expectativas de
consumo que ele propicia que se materialize a globalização.
Iná E. Castro. Bertrand do Brasil, 2006, p. 233 (com adaptações).
Tendo em vista o tema da globalização, tratado no texto acima, julgue o item a seguir.
Um dos fatores que impulsionam o fluxo de capitais é o desenvolvimento tecnológico, o qual também promove o
crescimento da produção industrial.
( ) Certo ( ) Errado
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19. (CESPE - ABIN - 2008)
O mercado é a instituição central do processo de globalização. Um dado fundamental é a evidência de que o
mercado se tornou mundial. Isso não quer dizer que tombaram os muros das fronteiras nacionais ou dos
protecionismos, mas que nunca tantos produtos cruzaram oceanos e continentes. As barreiras estabelecidas pelos
blocos nacionais ou pelos acordos comerciais visam mais normatizar a competição em favor dos interesses
comerciais particulares de cada país do que bloquear essa circulação. É, pois, no mercado e nas expectativas de
consumo que ele propicia que se materialize a globalização.
Iná E. Castro. Bertrand do Brasil, 2006, p. 233 (com adaptações).
Tendo em vista o tema da globalização, tratado no texto acima, julgue o item a seguir.
A globalização econômica produziu a segmentação do espaço econômico mundial, expressa por meio da
formação de blocos econômicos regionais como o MERCOSUL.
( ) Certo ( ) Errado
20. (CESPE - ABIN - 2008)
O mercado é a instituição central do processo de globalização. Um dado fundamental é a evidência de que o
mercado se tornou mundial. Isso não quer dizer que tombaram os muros das fronteiras nacionais ou dos
protecionismos, mas que nunca tantos produtos cruzaram oceanos e continentes. As barreiras estabelecidas pelos
blocos nacionais ou pelos acordos comerciais visam mais normatizar a competição em favor dos interesses
comerciais particulares de cada país do que bloquear essa circulação. É, pois, no mercado e nas expectativas de
consumo que ele propicia que se materialize a globalização.
Iná E. Castro. Bertrand do Brasil, 2006, p. 233 (com adaptações).
Tendo em vista o tema da globalização, tratado no texto acima, julgue o item a seguir.
O dinamismo da economia, instaurado a partir do processo de globalização e evidenciado pelo aumento da
produção industrial, teve como vantagem o aumento jamais visto da demanda por mão-de-obra e, portanto, o
pleno emprego nos países ricos.
( ) Certo ( ) Errado
21. (CESPE - ABIN - 2008)
O mercado é a instituição central do processo de globalização. Um dado fundamental é a evidência de que o
mercado se tornou mundial. Isso não quer dizer que tombaram os muros das fronteiras nacionais ou dos
protecionismos, mas que nunca tantos produtos cruzaram oceanos e continentes. As barreiras estabelecidas pelos
blocos nacionais ou pelos acordos comerciais visam mais normatizar a competição em favor dos interesses
comerciais particulares de cada país do que bloquear essa circulação. É, pois, no mercado e nas expectativas de
consumo que ele propicia que se materialize a globalização.
Iná E. Castro. Bertrand do Brasil, 2006, p. 233 (com adaptações).
Tendo em vista o tema da globalização, tratado no texto acima, julgue o item a seguir.
Barreiras não-alfandegárias são exemplos de barreiras estabelecidas por blocos de países, por meio das quais as
questões ambientais, sanitárias e sociais assumem importância estratégica no comércio dos países exportadores.
( ) Certo ( ) Errado
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22. (CESPE - ABIN - 2008)
O mercado é a instituição central do processo de globalização. Um dado fundamental é a evidência de que o
mercado se tornou mundial. Isso não quer dizer que tombaram os muros das fronteiras nacionais ou dos
protecionismos, mas que nunca tantos produtos cruzaram oceanos e continentes. As barreiras estabelecidas pelos
blocos nacionais ou pelos acordos comerciais visam mais normatizar a competição em favor dos interesses
comerciais particulares de cada país do que bloquear essa circulação. É, pois, no mercado e nas expectativas de
consumo que ele propicia que se materialize a globalização.
Iná E. Castro. Bertrand do Brasil, 2006, p. 233 (com adaptações).
Tendo em vista o tema da globalização, tratado no texto acima, julgue o item a seguir.
Com o desenvolvimento da tecnologia da informação, um dos vetores da globalização, aumentam também as
possibilidades de expansão das atividades do crime organizado, como o terrorismo, as máfias e o tráfico de drogas
ilícitas.
( ) Certo ( ) Errado
23. (CESPE - ABIN - 2008)
Do ponto de vista político, o mundo apresenta o aspecto de um grande caos: por um lado, a multiplicação de uniões
econômicas regionais, por outro, o renascimento de nacionalismos, ascensão de fundamentalismo, Estados
divididos. A maioria dos conflitos são internos, intra-estatais. Além disso, redes internacionais de caráter mafioso
e o crime organizado constituem novas ameaças porque controlam toda a espécie de circuitos clandestinos
(prostituição, contrabando, tráfico de drogas, venda de armas, disseminação nuclear).
J. W. Vesentini. Novas geopolíticas - as representações do século XXI. Contexto, p. 75 (com adaptações).
A partir do texto acima, julgue o item a seguir.
A atuação de organismos internacionais como o Fundo Monetário Internacional e a Organização Mundial do
Comércio tem eliminado as concentrações e os desequilíbrios nas atividades econômicas, provocados pelo avanço
da globalização.
( ) Certo ( ) Errado
24. (CESPE - ABIN - 2008)
Apesar da ampliação dos mercados, a globalização da economia e o crescimento dos fluxos de mercadorias
reafirmam a desuniformidade do espaço terrestre e dão visibilidade à sua heterogeneidade e à sua diversificação
pela ação das sociedades que o modelam.
Iná E. Castro. Geografia política, território, escalas de ação e instituições. Bertrand Brasil, 2006, p. 234.
Tendo o texto acima como referência inicial e considerando os assuntos por ele suscitados, julgue o seguinte item.
A globalização, como fenômeno em curso no mundo, é caracterizada pela integração de mercados, levando o
crescimento econômico a todas as regiões, articuladas segundo um processo equitativo de distribuição de riqueza.
( ) Certo ( ) Errado
25. (CESPE - CBM/CE - 2014)
No que diz respeito a países do Norte desenvolvido, julgue o item a seguir.
A globalização é um fenômeno político, econômico e cultural que impacta, de forma equivalente, os países do
Norte desenvolvido e os do Sul subdesenvolvido.
( ) Certo ( ) Errado
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26. (CESPE - Instituto Rio Branco - 2014)
A aparição das chamadas cidades mundiais e das cidades globais se explica pela necessidade de organização e
controle da economia global. O termo cidade global, em sua versão mais topológica, é definido por Saskia Sassen
como um território onde se exerce uma série de funções de organização e controle na economia global e nos fluxos
de investimentos em escala planetária.
O. Nel.Lo e F. Muñoz. El proceso de urbanización. In.:Geografía humana, J. Romero et al (Coord.). Barcelona: Ariel, 2008, p. 321
(com adaptações).
Considerando a perspectiva conceitual de Saskia Sassen, julgue (C ou E) o item seguinte, relativo a cidades globais.
A globalização econômica contribui para uma nova geografia da centralidade e da marginalidade, tornando as
cidades globais lugares de concentração de poder econômico, ao passo que cidades que foram centros
manufatureiros experimentam nítido declínio.
( ) Certo ( ) Errado
27. (FEC - Prefeitura de Itapemirim/ES - 2007)
“A globalização é, portanto, um conjunto de mudanças que estão ocorrendo na esfera econômica, financeira,
comercial, social e cultural, intensificando a relação entre os países, os povos e os sistemas produtivos. Implica a
uniformização global de padrões econômicos e culturais”
(COELHO, M.A. e TERRA, L. Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2003).
O processo vigente de globalização é marcado por contradições. Uma dessas contradições, que se relaciona
diretamente com a característica destacada no texto anterior, é percebida:
a) na universalização e na homogeneização do mundo, sendo constatadas em diversos espaços;
b) no avanço da globalização, que nos dá a impressão de um mundo sem fronteiras nacionais;
c) na explosão de movimentos de afirmação de nacionalidades e de identificações étnicas no mundo atual;
d) na estreita relação entre o processo produtivo com a mídia, a propaganda e a tecnologia da internet;
e) no processo de internacionalização do capitalismo com uma lógica de universalização mundial.
28. (IBADE - Câmara de Cacoal/RO - 2018)
O processo da Globalização não possui uma data exata de início, mas, para muitos autores, a década de 90 do
século XX seria um momento importante na sua consolidação. Entre as alternativas a seguir,assinale a que
apresenta a melhor característica sobre a Globalização.
a) Aumento da integração econômica entre os países.
b) Fim do uso da língua inglesa como comunicação internacional.
c) Diminuição das trocas comerciais internacionais.
d) Surgimento de uma divisão bélica entre Estados Unidos e Rússia.
e) Perda significativa do mercado financeiro mundial.
29. (Quadrix - CRESS/GO - 2019)
Importa notar que as reformas por que passa o Estado no Brasil estão em um contexto socioeconômico mundial
de profundas implicações para o País. O neoliberalismo acompanhou o processo de globalização e de
implantação de novas tecnologias produtivas – que desencadearam o chamado processo de “reestruturação
produtiva”.
Internet:<www.egov.ufsc.br:8080> <8080>.
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Tendo o texto acima apenas como referência inicial e refletindo sobre diversos aspectos da economia brasileira e
mundial, julgue o item.
Tornando o mundo mais homogêneo em diversos aspectos, a globalização contribui, de modo geral, para uma
profunda redução das disparidades econômicas entre os países e também no âmbito interno desses países.
( ) Certo ( ) Errado
30. (MPE/GO - MPE/GO - 2019)
Atualmente, muitos fatos têm ocorrido de maneira expressiva e dinâmica: pessoas migram de um país para outro
em busca de empregos e melhores condições de vida, empresas de países desenvolvidos instalam-se em países
subdesenvolvidos em busca de espaços maiores e mais baratos e também de mão de obra barata, indústrias
distribuem as etapas de produção em vários países a fim de baratear os custos. Tudo isso acontece devido a um
fenômeno que ocorre há muitos anos e recebe o nome de:
a) Blocos Econômicos
b) Regionalização
c) Capitalização
d) Colonização
e) Globalização
31. (IBADE - Prefeitura de Aracruz/ES - 2019)
Observe o seguinte conceito:
“É a integração com maior intensidade das relações socioespaciais em escala mundial, instrumentalizada pela
conexão entre as diferentes partes do globo terrestre.”
Pode-se afirmar que esse conceito refere-se à:
a) protecionismo comercial.
b) estatização.
c) globalização.
d) expansão territorial.
e) comercialização.
32. (UECE-CEV - SEDUC/CE - 2018)
No que diz respeito ao real sentido da globalização e da ordem mundial contemporânea, é correto afirmar que
a) o extraordinário progresso das ciências e das técnicas, que permite tornar o mundo socialmente mais justo
e igualitário, é uma grande conquista da globalização.
b) a globalização é o estágio supremo da internacionalização da economia e seu maior destaque é a garantia
de que a maior parte dos países do mundo participe dessa dinâmica de maneira proporcional.
c) a produção globalizada e a informação globalizada permitem às firmas globais obterem um lucro em
escala mundial e isso constitui o verdadeiro motor da atividade econômica contemporânea.
d) com a consolidação do processo de globalização, pode-se viver em um espaço sem fronteiras, isto é, uma
aldeia global onde todos podem conhecer extensivamente e profundamente o planeta.
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33. (CESPE/CEBRASPE - SEE/AL - 2013)
No que se refere à globalização, julgue o item subsecutivo.
Na atualidade, a rápida circulação da informação é um fator atuante no comércio mundial, bem como às
transformações culturais e sociais.
( ) Certo ( ) Errado
34. (CESPE/CEBRASPE - SEE/AL - 2013)
No que se refere à globalização, julgue o item subsecutivo.
Uma característica fundamental da globalização é a dinâmica das relações de comércio, que revela um
intercâmbio global.
( ) Certo ( ) Errado
35. (CESPE/CEBRASPE - SEE/AL - 2013)
No que se refere à globalização, julgue o item subsecutivo.
O atual processo de globalização não compreende os países menos desenvolvidos, restringindo-se àqueles que
apresentam competitividade no cenário econômico, isto é, que detêm capacidade de inovação tecnológica.
( ) Certo ( ) Errado
36. (INSTITUTO AOCP - Prefeitura de Betim/MG - 2020)
Milton Santos, em seus últimos livros, abordou a globalização, considerando a existência de, pelo menos, três
mundos em um só: O mundo que percebemos, a globalização como fábula, o mundo real, a globalização como
perversidade, e o mundo como possibilidade, uma outra globalização. Essa globalização é discutida, segundo as
categorias tempo/espaço, no âmbito do sistema mundo, na pós-modernidade e à luz dos conceitos de nação,
mercado mundial e lugar.
A respeito desse assunto, é correto afirmar que a globalização
a) acabou com a restrição à livre circulação de pessoas no mundo.
b) promoveu a distribuição de renda e, por consequência, a nulificação da pobreza global.
c) gerou a livre concorrência no mercado global com a extinção de subsídios e práticas de dumping.
d) facilitou a imposição de uma política comandada pelas empresas que demandam circulação de capital e
informação.
e) criou Estados-nação fortes e totalmente independentes do capital privado.
37. (CESPE/CEBRASPE - 2006)
Falar de globalização é evocar o processo de dominação do sistema capitalista sobre o espaço mundial, fenômeno
que se inscreve em uma tendência de submissão progressiva de todos os espaços físicos e sociais à lei do capital,
à lei da acumulação contínua, que é a finalidade suprema do sistema capitalista. A respeito desse processo,
assinale a opção correta.
a) A globalização diz respeito ao desenvolvimento de relações econômicas em nível mundial, que, portanto,
excluem processos sociais e culturais.
b) O desenvolvimento tecnológico faz parte desse processo.
c) O pleno emprego, o desenvolvimento social e a melhoria das condições de vida das populações são o
resultado concreto do processo de globalização em curso.
d) Pressupõe a retração no desenvolvimento de mercados financeiros mundiais, uma vez que eles são
estimulados pela internacionalização do capital e das empresas.
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GABARITO
1. E 14. C 27. C
2. C 15. D 28. A
3. D 16. E 29. E
4. D 17. E 30. E
5. C 18. C 31. C
6. A 19. C 32. C
7. D 20. E 33. C
8. C 21. C 34. C
9. C 22. C 35. E
10. E 23. E 36 D
11. E 24. E 37. B
12. A 25. E
13. C 26. C
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RESUMO DIRECIONADO
A globalização tornou HOMOGÊNEOS, ao redor do mundo, hábitos, valores e percepções.
Por outro lado, a globalização, o fenômeno em si, é HETEROGÊNEO, já que não impacta todos os países
de maneira igual. Os países centrais são mais beneficiados por este fenômeno, enquanto os países periféricos
são beneficiados em menor intensidade.
Características da 1ª fase da globalização
Grandes Navegações e Descobertas Marítimas (século XV ao XVIII);
Mercantilismo;
Europa fornecedora de mercadorias;
As demais áreas forneciam matérias-primas e trabalho escravo;
A integração econômica do globo é superficial;
Integração exclusivamente no campo das relações comerciais;
Privilegiou poucos atores econômicos; e
Privilegiou poucas áreas geográficas.
2ª Fase da Globalização
Revolução Industrial (Séculos XVIII a XX);
Utilização de MÁQUINAS MOVIDAS A VAPOR (como o barco e a locomotiva a vapor);
INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NA ÁREA INDUSTRIAL (como o tear hidráulico e o tear mecânico);
LIBERALISMO;
LIVRE MERCADO;
Os sistemas de transporte e comunicação são ampliados (ferrovias, telégrafos, sistemas de telefonia,
automóveis e aviões)
Características da 3ª Fase da Globalização
Guerra Fria (Fim da II Guerra Mundial até a Queda do Muro de Berlim)
Na REVOLUÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA-INFORMACIONAL foram realizados avanços na área da
informação e também dos transportes, com o desenvolvimento da informática, da robótica, da
internet e da biotecnologia.
Os instrumentos anteriormente existentes foram aperfeiçoados e novos meios de comunicação e
de transporte foram criados, promovendo, assim, uma maior e mais ampla integração mundial.
A globalização se dá em níveis desiguais de desenvolvimento pelo mundo.
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Características da 4ª Fase da Globalização
Nova Ordem Mundial (de 1989 até os dias de hoje);
NOVA ORDEM MUNDIAL, o da MULTIPOLARIDADE;
Avanço do sistema capitalista para todo o mundo, incluindo os países do então chamado “segundo
mundo” (socialistas, de economia capitalista planificada);
Consolidação total do sistema de globalização por meio da mundialização integral do capitalismo;
Encurtamento das distâncias e a aceleração do tempo;
No plano político, consolidaram-se o poderio econômico e militar dos Estados Unidos e a formação
de polos “secundários”, como a União Europeia, a China e a Rússia.
FASES DO CAPITALISMO
Capitalismo comercial (ou mercantil)
- Principalmente no século XVI
- Mercantilismo
- Expansão do comércio por meio das novas rotas marítimas
- Integração econômica do globo é superficial
- Poucos atores econômicos e poucas áreas geográficas.
Capitalismo industrial (ou industrialismo)
- Primeira fase da Revolução Industrial (século XVIII)
- Dinamização do processo produtivo de produtos manufaturados
- Utilização de máquinas movidas a vapor
- Inovações tecnológicas na área industrial
- Consolidação do Liberalismo
- Divisão internacional do trabalho
- Relação de interdependência entre os centros industriais dos países ricos e os países
fornecedores de matérias-primas (as colônias da América, da Ásia e da África).
- A indústria têxtil se tornou o setor mais importante deste período.
Capitalismo financeiro (ou monopolista)
- Iniciou no começo do século XX e está presente até a atualidade
- Crescente importância dos bancos e do sistema financeiro
- Surgimento das empresas transnacionais
- Era das tecnologias da informação
- Aumento da concorrência internacional
- Fortalecimento dos monopólios e oligopólios.
- Grande interesse do capitalista nos produtos financeiros.
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FORDISMO
Modelo industrial de produção em larga baseada na linha de montagem, em que cada
trabalhador faz trabalhos extremamente especializados, além desgastantes e repetitivos.
O fordismo, porém, não ficou conhecido apenas por valorizar a linha de produção, mas
também por ter agregado elementos tecnológicos a esse modelo, como o uso de esteiras e
maquinários que tornaram a produção de montagem semiautomática
ATENÇÃO!!
O Mercosul é composto por:
- Países-membros (ou membros plenos): Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela, que está
suspensa do bloco desde dezembro de 2016, por tempo indeterminado; e
- Países associados: Chile, Peru, Equador, Colômbia, Guiana, Suriname e Bolívia, sendo que este está em
processo de se tornar um membro pleno.
- Países observadores: México e Nova Zelândia.
Entre os membros plenos do Mercosul está em funcionamento a União Aduaneira.
Entre os membros associados, o Livre Comércio.
AS ORDENS MUNDIAIS
Antes da Segunda Guerra Mundial (1939-1945)
- Ordem mundial MULTIPOLAR representada pelas potências Reino Unido, França, Alemanha e
Estados Unidos, Japão e Rússia.
Após a Segunda Guerra Mundial
- Ordem mundial BIPOLAR, com EUA sendo a potência capitalista e União Soviética, a socialista.
Após a dissolução da União Soviética (1991) - Atualidade
- Nova ordem mundial MULTIPOLAR, no cenário econômico (Estados Unidos, China, Alemanha,
Japão, França, especialmente);
- E UNIPOLAR, encarnada pelos Estados Unidos da América, em relação ao poderio militar.
- Ou seja, segundo alguns autores, vivemos a ordem da UNIMULTIPOLARIDADE (multipolaridade
econômica e unipolaridade militar).