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Confira seus dados impressos neste caderno. Esta prova contém 45 questões objetivas e uma proposta de redação, e terá duração total de 4 horas. Para cada questão, o candidato deverá assinalar apenas uma alternativa. Com caneta de tinta azul ou preta, assine a folha de respostas e marque a alternativa que julgar correta. O candidato somente poderá entregar a folha de respostas e sair do prédio depois de trans- corridas 2 horas, contadas a partir do início da prova. Vestibular 2013 001. PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA, LÍNGUA INGLESA E REDAÇÃO 13.12.2012

001. Prova de Língua Portuguesa, Língua IngLesa e redação · do país mostrou que a Lei da Ficha Limpa barrou, até agora, 317 candidatos entre os 15.551 que disputam as prefeituras

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• Confira seus dados impressos neste caderno.

• Esta prova contém 45 questões objetivas e uma proposta de redação, e terá duração total de 4 horas.

• Para cada questão, o candidato deverá assinalar apenas uma alternativa.

• Com caneta de tinta azul ou preta, assine a folha de respostas e marque a alternativa que julgar correta.

• O candidato somente poderá entregar a folha de respostas e sair do prédio depois de trans-corridas 2 horas, contadas a partir do início da prova.

Vestibular 2013

001. Prova de Língua Portuguesa,Língua IngLesa e redação

13.12.2012

2UFSP1204/001-LPortLIngRedação

Questão 01

Examine a tira Níquel Náusea, do cartunista Fernando Gonsales.

É o novoDrummond

Humm... Precisode outra rima...

Jásei !!

Meucoração morrede paixão por

tuzãoNão

gostou dovocezão?

Acheihorrível!

Meu coraçãomorre de paixão

por vocezão!Voce-zão??

(Folha de S.Paulo, 18.10.2011.)

Com a fala – É o novo Drummond –, no último quadrinho, a personagem revela-se

(A) extasiada, pois considera que os versos declamados pelo amigo são líricos.

(B) raivosa, pois considera que o amigo e Drummond são péssimos poetas.

(C) irônica, pois sugere que os versos do amigo são de má qualidade.

(D) perplexa, pois considera que os versos do amigo são arte legítima.

(E) desdenhosa, pois sugere que Drummond é um poeta sem atrativos.

Instrução: Leia o poema O constante diálogo, de Carlos Drummond de Andrade, para responder às questões de nú-meros 02 a 05.

Há tantos diálogos

Diálogo com o ser amadoo semelhanteo diferenteo indiferenteo opostoo adversárioo surdo-mudoo possessoo irracionalo vegetalo mineralo inominado

Diálogo consigo mesmocom a noiteos astrosos mortosas ideiaso sonhoo passadoo mais que futuro

Escolhe teu diálogoe

tua melhor palavraou

teu melhor silêncioMesmo no silêncio e com o silênciodialogamos.

(Carlos Drummond de Andrade. Discurso de primavera e algumas sombras, 1977.)

Questão 02

O eu lírico, ao mostrar as variedades do diálogo, revela que este

(A) é uma forma que, na verdade, dissimula um monólogo.

(B) é uma realidade inerente à condição humana.

(C) implica necessariamente um outro, distinto do eu.

(D) constrói a ideia de que comunicar exige afinidade.

(E) concebe o presente desprovido das marcas do passado.

3 UFSP1204/001-LPortLIngRedação212314

Questão 03

Na abordagem temática do poema, destaca-se a inserção do discurso

(A) da metafísica, marcando-se com imagens que suscitam ideias relacionadas à morte e à fugacidade do tempo.

(B) da ausência, marcando-se pela tensão existencial confli-tuosa e pela falta de sentimento entre as pessoas.

(C) do desalento, expressando-se uma visão pessimista do mundo e das pessoas, decorrente da frustração com a vida.

(D) da comunicação, estabelecendo-se por meio dela uma reflexão filosófica sobre o fazer poético.

(E) da autobiografia, evidenciando-se com sutileza aspectos relacionados à vida do poeta em Minas Gerais.

Questão 04

Escolhe teu diálogoe

tua melhor palavraou

teu melhor silêncioMesmo no silêncio e com o silênciodialogamos.

Nesses versos da última estrofe do poema, o sentido com que se emprega o imperativo afirmativo e a circunstância expressa pelas expressões “no silêncio” e “com o silêncio” são, respec-tivamente:

(A) sugestão e modo.

(B) sarcasmo e consequência.

(C) advertência e lugar.

(D) orientação e causa.

(E) ordem e movimento.

Instrução: Leia o texto para responder às questões de núme-ros 05 a 08.

O silêncio é a matéria significante por excelência, um continuum significante. O real da comunicação é o silêncio. E como o nosso objeto de reflexão é o discurso, chegamos a uma outra afirmação que sucede a essa: o silêncio é o real do discurso.

O homem está “condenado” a significar. Com ou sem pa-lavras, diante do mundo, há uma injunção à “interpretação”: tudo tem de fazer sentido (qualquer que ele seja). O homem está irremediavelmente constituído pela sua relação com o simbólico.

Numa certa perspectiva, a dominante nos estudos dos sig-nos, se produz uma sobreposição entre linguagem (verbal e não-verbal) e significação.

Disso decorreu um recobrimento dessas duas noções, re-sultando uma redução pela qual qualquer matéria significante fala, isto é, é remetida à linguagem (sobretudo verbal) para que lhe seja atribuído sentido.

Nessa mesma direção, coloca-se o “império do verbal” em nossas formas sociais: traduz-se o silêncio em palavras. Vê-se assim o silêncio como linguagem e perde-se sua especi-ficidade, enquanto matéria significante distinta da linguagem.

(Eni Orlandi. As formas do silêncio, 1997.)

Questão 05

A ideia comum entre o poema de Drummond e o texto de Eni Orlandi diz respeito ao fato de que o silêncio

(A) consiste em repressão ao diálogo.

(B) é sinônimo de ausência de sentido.

(C) é também uma forma de comunicação.

(D) permite a interpretação mais objetiva.

(E) reconstrói a comunicação verbal.

Questão 06

No segundo parágrafo do texto, empregam-se as aspas no termo “condenado” para

(A) atribuir-lhe um segundo sentido, equivalente a culpado.

(B) reforçar-lhe o sentido contextual, equivalente a predes-tinado.

(C) marcá-lo com sentido conotativo, equivalente a repro-vável.

(D) enfatizar-lhe o sentido denotativo, equivalente a des-graçado.

(E) destituí-lo do sentido literal, equivalente a buliçoso.

4UFSP1204/001-LPortLIngRedação

Questão 07

Ao analisar a prevalência da linguagem verbal na comunicação social, a autora enfatiza que

(A) a exigência da comunicação implica o fim do silêncio.

(B) a essência do silêncio se perde, quando ele é traduzido pelas palavras.

(C) a verdadeira linguagem prescinde do silêncio e das palavras.

(D) as palavras recuperam satisfatoriamente os sentidos silenciados.

(E) a comunicação pelo silêncio é, de fato, irrealizável.

Questão 08

Na oração do 4.º parágrafo – [...] para que lhe seja atribuído sentido. –, o pronome “lhe” substitui a expressão

(A) um recobrimento.

(B) uma redução.

(C) linguagem e significação.

(D) qualquer matéria significante.

(E) o silêncio.

Questão 09

Examine a tira.

É um mundo terrível,as pessoas não sabemmais o que é carinho.

Carinho é odiminutivo de caro.

(Folha de S.Paulo, 26.12.2011.)

O efeito de humor na situação apresentada decorre do fato de a personagem, no segundo quadrinho, considerar que “carinho” e “caro” sejam vocábulos

(A) derivados de um mesmo verbo.

(B) híbridos.

(C) derivados de vocábulos distintos.

(D) cognatos.

(E) formados por composição.

Questão 10

Essa poesia não logrou estabelecer-se em Portugal. De origem francesa, suas primeiras manifestações datam de 1866, quando um editor parisiense publica uma coletânea de poemas; em 1871 e 1876, saem outras duas coletâneas. Os poetas desse movimento literário pregam o princípio da Arte pela Arte, isto é, defendem uma arte que não sirva a nada e a ninguém, uma arte inútil, uma arte voltada para si própria. A Arte procuraria a Beleza e a Verdade que existiriam nos se-res concretos, e não no sentimento do artista. Por isso, o belo se confundiria com a forma que o reveste, e não com algo que existiria dentro dele. Daí vem que esses poetas sejam formalistas e preguem o cuidado da forma artística como exigência preliminar. Para consegui-lo, defendem uma ati-tude de impassibilidade diante das coisas: não se emocionar jamais; antes, impessoalizar-se tanto quanto possível pela descrição dos objetos, via de regra inertes ou obedientes aos movimentos próprios da Natureza (o fluxo e refluxo das on-das do mar, o voo dos pássaros, etc.). Esteticistas, anseiam uma arte universalista.

Em Portugal, tentou-se introduzir esse movimento; cer-tamente, impregnou alguns poetas, exerceu influência, mas não passou de prurido, que pouco alterou o ritmo literário do tempo. Na verdade, o modo fortuito como alguns se dei-xaram contaminar da nova moda poética revelava apenas veleidade francófila, em decorrência de razões de gosto pes-soal ou de grupos restritos: faltou-lhes intuito comum.

(Massaud Moisés. A literatura portuguesa, 1999. Adaptado.)

As informações apresentadas no texto referem-se à literatura

(A) simbolista, cuja busca pelo Belo implicou a liberdade na expressão dos sentimentos. O texto deixa claro que essa literatura alcançou notável aceitação entre os poetas da época.

(B) simbolista, cuja preocupação com a expressão do sen-timento filia-se à tradição poética do Renascimento. O texto deixa claro que essa literatura teve um desenvol-vimento tímido na cena literária portuguesa.

(C) parnasiana, cuja preocupação com a objetividade a opõe ao subjetivismo romântico. O texto deixa claro que essa literatura não se impôs na cena literária portuguesa.

(D) parnasiana, cuja liberdade de expressão e cujo compro-misso social permitem fundamentar a Arte pela Arte. O texto deixa claro que essa literatura teve pouco espaço na cena literária portuguesa.

(E) realista, cuja influência da tradição clássica é funda-mental para se chegar à perfeição. O texto deixa claro que essa literatura teve uma disseminação irregular na cena literária portuguesa.

5 UFSP1204/001-LPortLIngRedação

Questão 11

Leia os versos de Cesário Verde.

Duas igrejas, num saudoso largo,Lançam a nódoa negra e fúnebre do clero:Nelas esfumo um ermo inquisidor severo,Assim que pela História eu me aventuro e alargo.

(www.astormentas.com)

Em relação à Igreja, o eu lírico assume, nesses versos, uma posição

(A) anticlerical.

(B) submissa.

(C) evangelizadora.

(D) saudosista.

(E) ambígua.

Instrução: Leia o texto para responder às questões de números 12 a 14.

Do chuchu ao xixi

A concessionária Orla Rio subiu em 50%, de R$ 1 para R$ 1,50, o uso do banheiro público e de 60 para 65 anos o privilégio da gratuidade.

A idade foi elevada com base em lei estadual de 2002, um ano antes de o Estatuto do Idoso (2003) favorecer pes-soas “com idade igual ou superior a 60 anos”.

Se o mal está feito, os economistas devem agora se preo-cupar com o choque do preço do uso do banheiro público na meta da inflação.

Em 1977, rimos quando a ditadura culpou o chuchu. Não seria o caso de rir, na democracia, do impacto do xixi no custo de vida?

(CartaCapital, 27.06.2012.)

Questão 12

O autor mostra que a concessionária Orla Rio procedeu de forma

(A) contrária ao que preceitua o Estatuto do Idoso.

(B) incoerente em relação à lei estadual de 2002.

(C) semelhante à da época da ditadura.

(D) compatível com a atual meta de inflação.

(E) favorável aos cidadãos mais jovens.

Questão 13

No texto, há uma crítica àqueles que

(A) deixam de se preocupar com suas demandas pessoais, para se dedicarem a causas públicas irrelevantes.

(B) desconsideram os interesses coletivos e encontram jus-tificativas pouco plausíveis para as decisões que tomam.

(C) aumentam os impostos, sem levar em conta os impactos que eles terão para as contas públicas.

(D) entendem perfeitamente as necessidades sociais sem que, no entanto, lutem por uma sociedade melhor.

(E) desqualificam as decisões públicas por acreditarem, na maioria das vezes, que estas prejudicam o povo.

Questão 14

A relação de sentido entre “ditadura” e “democracia”, es-tabelecida no último parágrafo do texto, também ocorre na seguinte passagem, extraída do jornal Folha de S.Paulo, de 11.09.2012:

(A) Alguns fatos empolgavam o país até outro dia. A volta do crescimento econômico, a descoberta do pré-sal, o desvencilhamento dos credores estrangeiros e a criação dos Brics animaram o espírito nacional.

(B) Levantamento feito por esta Folha em todos os Estados do país mostrou que a Lei da Ficha Limpa barrou, até agora, 317 candidatos entre os 15.551 que disputam as prefeituras brasileiras.

(C) “O dinheiro perdeu sua qualidade narrativa, tal como aconteceu com a pintura antes. O dinheiro agora fala sozinho.”

(D) A evasão nas graduações em engenharia, assinalam os professores, é alta demais. Só um quinto a um quarto dos ingressantes termina por formar-se – segundo os autores, porque lhes faltam noções básicas de matemá-tica, que deveriam adquirir no ensino médio.

(E) “Até nas flores se encontra a diferença da sorte: umas enfeitam a vida, outras enfeitam a morte.” Esse poema se aprendia nas escolas do passado. Hoje, a diferença da sorte atinge até mesmo os partidos políticos, que po-dem ser resumidos em situação e oposição.

6UFSP1204/001-LPortLIngRedação

Instrução: Leia o texto para responder às questões de núme-ros 15 a 18.

Um sarau é o bocado mais delicioso que temos, de te-lhado abaixo. Em um sarau todo o mundo tem que fazer. O diplomata ajusta, com um copo de champagne na mão, os mais intrincados negócios; todos murmuram, e não há quem deixe de ser murmurado. O velho lembra-se dos minuetes e das cantigas do seu tempo, e o moço goza todos os regalos da sua época; as moças são no sarau como as estrelas no céu; estão no seu elemento: aqui uma, cantando suave cavatina, eleva-se vaidosa nas asas dos aplausos, por entre os quais surde, às vezes, um bravíssimo inopinado, que solta de lá da sala do jogo o parceiro que acaba de ganhar sua parti-da no écarté, mesmo na ocasião em que a moça se espicha completamente, desafinando um sustenido; daí a pouco vão outras, pelos braços de seus pares, se deslizando pela sala e marchando em seu passeio, mais a compasso que qualquer de nossos batalhões da Guarda Nacional, ao mesmo tempo que conversam sempre sobre objetos inocentes que movem olhaduras e risadinhas apreciáveis. Outras criticam de uma gorducha vovó, que ensaca nos bolsos meia bandeja de do-ces que veio para o chá, e que ela leva aos pequenos que, diz, lhe ficaram em casa. Ali vê-se um ataviado dandy que dirige mil finezas a uma senhora idosa, tendo os olhos pregados na sinhá, que senta-se ao lado. Finalmente, no sarau não é essencial ter cabeça nem boca, porque, para alguns é regra, durante ele, pensar pelos pés e falar pelos olhos.

E o mais é que nós estamos num sarau. Inúmeros batéis conduziram da corte para a ilha de... senhoras e senhores, recomendáveis por caráter e qualidades; alegre, numerosa e escolhida sociedade enche a grande casa, que brilha e mos-tra em toda a parte borbulhar o prazer e o bom gosto.

Entre todas essas elegantes e agradáveis moças, que com aturado empenho se esforçam para ver qual delas vence em graças, encantos e donaires, certo sobrepuja a travessa Moreninha, princesa daquela festa.

(Joaquim Manuel de Macedo. A Moreninha, 1997.)

Questão 15

A forma como se dá a construção do texto revela que ele é predominantemente

(A) dissertativo, com o objetivo de analisar criticamente o que é um sarau.

(B) descritivo, com o objetivo de mostrar o sarau como uma festa fútil e sem atrativos.

(C) narrativo, com o objetivo de contar fatos inusitados ocorridos em um sarau.

(D) descritivo, com o objetivo de apresentar as características de um sarau.

(E) dissertativo, com o objetivo de relatar as experiências humanas em um sarau.

Questão 16

Levando em conta o contexto em que floresceu a literatura romântica, as informações textuais refletem, com

(A) ufanismo, uma vida social de bem-aventurança.

(B) desprezo, a cultura de uma sociedade poderosa.

(C) entusiasmo, uma sociedade frívola e hipócrita.

(D) nostalgia, os valores de uma sociedade decadente.

(E) amenidade, uma visão otimista da realidade social.

Questão 17

Considerando os papéis desempenhados pelas personagens no texto, é correto afirmar que

(A) o diplomata é oportunista; o velho, conservador; os ra-pazes usufruem exageradamente os prazeres da vida; e as moças são frívolas.

(B) o diplomata é astuto; o velho, intimista; os rapazes usu-fruem a vida dentro de suas possibilidades; e as moças vivem de sonhos.

(C) o diplomata é perspicaz; o velho, saudosista; os rapazes usufruem prazerosamente a vida; e as moças encantam a todos.

(D) o diplomata é trapaceiro; o velho, desencantado; os ra-pazes usufruem a vida de modo fútil; e as moças inves-tem tão-somente na beleza exterior.

(E) o diplomata é esperto; o velho, avançado; os rapazes usufruem a vida com parcimônia; e as moças vivem de devaneios.

Questão 18

Assinale a alternativa em que a eliminação do pronome em destaque implica, contextualmente, mudança do sujeito do verbo.

(A) Ali vê-se um ataviado dandy [...].

(B) [...] aqui uma, cantando suave cavatina, eleva-se vaidosa nas asas dos aplausos [...].

(C) O velho lembra-se dos minuetes e das cantigas do seu tempo [...].

(D) [...] mesmo na ocasião em que a moça se espicha com-pletamente [...].

(E) [...] daí a pouco vão outras, pelos braços de seus pares, se deslizando pela sala [...].

7 UFSP1204/001-LPortLIngRedação

Questão 19

O Hatha yoga pradipika, sagrada escritura do hatha yoga, escrita no século 15 da era atual, diz que, antes de nos aventurarmos na prática de austeridade e códigos morais, devemos nos preparar. Autocontrole e disciplina sem prepa-ração adequada criar mais problemas mentais e de personalidade do que paz de espírito. A beleza dessa escritura é que ela resolve o grande problema que todo ini-ciante enfrenta: dominar a mente.

Devido abordagem corporal, o hatha yoga ficou conhecido – de modo equivocado – como uma catego-ria de ioga trabalha apenas as valências físicas (força, flexibilidade, resistência, equilíbrio e outras), quase como ginástica oriental. Isso não é verdade.

(Ciência Hoje, julho de 2012. Adaptado.)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as la-cunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com

(A) pode – a essa – aonde.

(B) podem – a essa – que.

(C) pode – à essa – o qual.

(D) podem – essa – com que.

(E) pode – essa – onde.

Questão 20

Examine a tira.

Aê,brother!

Maneiroencontrar

tu!

Chopinho,hoje?

Demorô! 20h lá!

Demorô! 22:50h lá!

HOMEM-LEGENDA

ATACA NO RIO DE JANEIRO

RS RS RS RS RS

(http://adao.blog.uol.com.br)

Bastante comum na fala coloquial, o modo de se empregar o pronome na fala da personagem – Maneiro encontrar tu! – também ocorre em:

(A) Aquele livro era para nós uma joia, pois tinha sido de nosso avô e de nosso pai.

(B) Era uma situação embaraçosa e para eu me livrar dela seria bastante difícil mesmo.

(C) Todos tinham certeza de que ela ofereceria para mim o primeiro pedaço de bolo.

(D) Quando o pessoal chegou na frente do prédio, viu ali ele com a namorada nova.

(E) A todos volto a afirmar que entre mim e ti não existem mais rancores nem tristezas.

Questão 21

Leia o poema Prece, de Fernando Pessoa.

Senhor, a noite veio e a alma é vil.Tanta foi a tormenta e a vontade!Restam-nos hoje, no silêncio hostil, O mar universal e a saudade.

Mas a chama, que a vida em nós criou,Se ainda há vida ainda não é finda.O frio morto em cinzas a ocultou:A mão do vento pode erguê-la ainda.

Dá o sopro, a aragem – ou desgraça ou ânsia –,Com que a chama do esforço se remoça,E outra vez conquistaremos a Distância –Do mar ou outra, mas que seja nossa!

(Fernando Pessoa. Mensagem, 1995.)

Extraído do livro Mensagem, o poema pode ser considerado nacionalista, na medida em que o eu lírico

(A) apresenta Portugal como uma nação decadente, que não faz jus ao seu passado de heroísmo e glórias.

(B) inspira-se no passado de heroísmo do povo português que, no presente, já não acredita na sua história.

(C) busca reviver o sonho de uma da nação grandiosa, can-tando um Portugal almejado por seus feitos gloriosos.

(D) reconhece o desejo de o povo português glorificar seus heróis, o que não foi possível até o seu presente.

(E) descreve o Portugal de seu tempo como uma nação glo-riosa e marcada por histórias de heroísmo.

8UFSP1204/001-LPortLIngRedação

Instrução: Leia o texto para responder às questões de núme-ros 22 a 24.

dois meses, a jornalista britânica Rowenna Davis, 25 anos, foi furtada. Só que não levaram sua carteira ou seu carro, mas sua identidade virtual. Um hacker invadiu e tomou conta de seu e-mail e – além de bisbilhotar suas mensagens e ter acesso a seus dados bancários – passou a escrever aos mais de 5 mil contatos de Rowenna dizendo que ela teria sido assaltada em Madri e pedindo ajuda em di-nheiro.

Quando ela escreveu para seu endereço de e-mail pedin-do ao hacker ao menos sua lista de contatos profissionais de volta, Rowenna teve como resposta a cobrança de R$ 1,4 mil. Ela se negou a pagar, a polícia não fez nada. A jornalista só retomou o controle do e-mail porque um amigo conhecia um funcionário do provedor da conta, que desativou o processo de verificação de senha criado pelo invasor.

(Galileu, dezembro de 2011. Adaptado.)

Questão 22

A lacuna do início do texto deve ser corretamente preenchida com

(A) À.

(B) Há cerca de.

(C) Fazem.

(D) Acerca de.

(E) A.

Questão 23

As informações do segundo parágrafo permitem concluir que o hacker tentou

(A) extorquir a jornalista.

(B) pedir um donativo à jornalista.

(C) negociar legalmente com a jornalista.

(D) eximir-se da culpa pela invasão da conta do e-mail.

(E) reconhecer seu erro.

Questão 24

Assinale a alternativa em que, na reescrita do trecho, houve alteração da classe gramatical da palavra em destaque.

(A) ... mas sua identidade virtual.= mas sua identificação virtual.

(B) ... que desativou o processo de verificação de senha...= ... o qual desativou o processo de verificação de senha...

(C) Só que não levaram sua carteira...= Só que não levaram a carteira dela...

(D) ... a jornalista britânica Rowenna Davis, 25 anos, foi furtada.= a britânica Rowenna Davis, 25 anos, foi furtada.

(E) ... e ter acesso a seus dados bancários...= ... e ter acesso a seus dados do banco...

9 UFSP1204/001-LPortLIngRedação

Instrução: Leia o texto para responder às questões de núme-ros 25 a 27.

Quando o falante de uma língua depara um conjunto de duas palavras, intuitivamente é levado a sentir entre elas uma relação sintática, mesmo que estejam fora de um con-texto mais esclarecedor.

Assim, além de captar o sentido básico das duas pa-lavras, o receptor atribui-lhes uma gramática – formas e conexões. Isso acontece porque ele traz registrada em sua mente toda a sintaxe, todos os padrões conexionais possí-veis em sua língua, o que o torna capaz de reconhecê-los e identificá-los. As duas palavras não estão, para ele, apenas dispostas em ordem linear: estão organizadas em uma or-dem estrutural.

A diferença entre ordem estrutural e ordem linear tor-na-se clara se elas não coincidem, como nesta frase que um aluno criou em aula de redação, quando todos deviam compor um texto para outdoor, sobre uma fotografia da célebre cabra de Picasso: “Beba leite de cabra em pó!”. Como todos rissem, o autor da frase emendou: “Beba leite em pó de cabra!”.

Pior a emenda do que o soneto.

(Flávia de Barros Carone. Morfossintaxe, 1986. Adaptado.)

Questão 25

Assinale a alternativa que traz uma explicação plausível para o riso dos alunos.

(A) As expressões “de cabra” e “em pó” são regidas pelo mes-mo termo – “leite” – e, da forma como são empregadas, geram enunciados ambíguos.

(B) As expressões “de cabra” e “em pó” estão empre-gadas em sentido figurado, referindo-se ao mesmo termo regente – “leite”.

(C) O verbo da oração – “Beba” – pode admitir dois com-plementos, havendo a falsa ideia de que “de cabra” seja um deles.

(D) O contexto da oração é insuficiente para recuperar o re-ferente das expressões “de cabra” e “em pó”, potencial-mente referentes a “Beba” e “leite”.

(E) O emprego da expressão “em pó” em sentido figurado cria duplo sentido ao enunciado, interpretando-a como complemento do verbo – “Beba”.

Questão 26

Considere as seguintes passagens do texto:

– [...] é levado a sentir entre elas uma relação sintática, mesmo que estejam fora de um contexto mais escla-recedor.

– Como todos rissem, o autor da frase emendou [...].

As conjunções destacadas expressam, respectivamente, relação de

(A) alternância e conformidade.

(B) conclusão e proporção.

(C) concessão e causa.

(D) explicação e comparação.

(E) adição e consequência.

Questão 27

De acordo com o texto, a ordem estrutural diz respeito à ma-croestrutura da frase e a ordem linear à manifestação concre-ta, palavra após palavra, dos constituintes da oração. Assinale a alternativa em que, no par de palavras em destaque, em tex-to de Paulo Cesarino Costa, publicado na Folha de S.Paulo de 02.08.2012, há coincidência entre essas duas ordens.

(A) Exceto pelo fato de que dividirão, com outras dezenas de esportes, as atenções de TVs e rádios, portais de in-ternet, jornais e revistas nos próximos dias numa rara disputa, de onde sairão dois retratos do Brasil.

(B) Nas paredes do Instituto Moreira Salles, pode-se ver di-ferentes concepções de fotojornalismo: da beleza pouco comprometida com a veracidade de Jean Manzon à ob-jetividade das imagens de guerra de Luciano Carneiro.

(C) Num mundo cada vez mais dominado pela reprodução eletrônica e imagética dos acontecimentos, há uma inte-ressante oportunidade de resgatar o momento em que a imagem começou a questionar o poder da palavra.

(D) A revista O Cruzeiro seguia a cartilha da revista norte-americana Life, que preconizava “um novo jornalismo, no qual as imagens formam o texto e as palavras ilus-tram as imagens”.

(E) Serão 11 estrelas na tela, mas os ministros do STF e suas capas negras pouco têm a ver com os 11 amarelinhos de Mano Menezes na busca do ouro olímpico.

10UFSP1204/001-LPortLIngRedação

Instrução: Leia o texto para responder às questões de números 28 e 29.

Apóstrofe à carne

Quando eu pego nas carnes do meu rosto,Pressinto o fim da orgânica batalha:– Olhos que o húmus necrófago estraçalha,Diafragmas, decompondo-se, ao sol-posto.

E o Homem – negro e heteróclito composto,Onde a alva flama psíquica trabalha,Desagrega-se e deixa na mortalhaO tacto, a vista, o ouvido, o olfato e o gosto!

Carne, feixe de mônadas bastardas,Conquanto em flâmeo fogo efêmero ardas,A dardejar relampejantes brilhos,

Dói-me ver, muito embora a alma te acenda,Em tua podridão a herança horrenda,Que eu tenho de deixar para os meus filhos!

(Augusto dos Anjos. Obra completa, 1994.)

Questão 28

No soneto de Augusto dos Anjos, é evidente

(A) a visão pessimista de um “eu” cindido, que desiste de conhecer-se, pelo medo de constatar o já sabido de sua condição humana transitória.

(B) o transcendentalismo, uma vez que o “eu” desintegrado objetiva alçar voos e romper com um projeto de vida marcado pelo pessimismo e pela tortura existencial.

(C) a recorrência a ideias deterministas que impulsionam o “eu” a superar seus conflitos, rompendo um ciclo que naturalmente lhe é imposto.

(D) a vontade de se conhecer e mudar o mundo em que se vive, o que só pode ser alcançado quando se abandona a desintegração psíquica e se parte para o equilíbrio do “eu”.

(E) o uso de conceitos advindos do cientificismo do século XIX, por meio dos quais o poeta mergulha no “eu”, bus-cando assim explorar seu ser biológico e metafísico.

Questão 29

No plano formal, o poema é marcado por

(A) versos brancos, linguagem obscena, rupturas sintáticas.

(B) vocabulário seleto, rimas raras, aliterações.

(C) vocabulário antilírico, redondilhas, assonâncias.

(D) assonâncias, versos decassílabos, versos sem rimas.

(E) versos livres, rimas intercaladas, inversões sintáticas.

Questão 30

Escaneeialguns pelosdo sovaco!

É uma obrade arte, uma

crítica aoatual vazio...

... das artesplásticas!Se chama...

Só vácuo! !Minha vida ridícula

(www.iturrusgarai.com.br)

O efeito de humor da tira advém, dentre outros fatores, da

(A) ironia, verificada na fala da personagem como intenção clara de afirmar o contrário daquilo que está dizendo.

(B) paronomásia, verificada pelo emprego de palavras pare-cidas na escrita e na pronúncia, à moda de um trocadilho.

(C) metáfora, verificada pelo emprego de termos que podem se cambiar como formas sinônimas no enunciado.

(D) metonímia, verificada pelo emprego de uma palavra em lugar de outra por uma relação de contiguidade.

(E) onomatopeia, verificada pelo recurso à sonoridade das palavras, que atribui outros sentidos ao enunciado.

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Instrução: Leia o texto para responder às questões de números 31 a 38.

Life of a Nantucket Surgeon

By Tara Parker-PopeJuly 27, 2012

In her new book, “Island Practice”, the New York Times reporter Pam Belluck tells the story of Dr. Timothy Lepore, a quirky 67-year-old physician who for the past 30 years has been the only surgeon working on the island of Nantucket. But Dr. Lepore is no ordinary surgeon. Life on an island, even one that has become a summer playground to the rich and famous, requires a certain amount of resourcefulness and flexibility. Over the years Dr. Lepore has taken it upon himself to deliver whatever type of medical care his island inhabitants need, often challenging conventional notions of medicine and redefining what it means to be a healer. While his surgical skills have been used for minor repairs and lifesaving procedures, he often works as a general practitioner, treating everyday ailments. Distraught island residents also call on him for counseling and comfort, and he even steps into the role of veterinarian when needed.

I recently spoke with Ms. Belluck about the time she spent with Dr. Lepore. Here’s part of our conversation.

• I think of Nantucket as a posh summer tourist destination. Were you surprised to find such a quirky character there?I thought of it as this rich summer haven, but there is this whole year-round population that is really interesting and diverse and has to scrabble for a living. Even the hardship was surprising. You think any place is accessible, but there are a lot of times where you cannot get on or off the island, and you can’t get what you need. Even though they have fast ferries and airplanes now, you’re still at the mercy of the elements, and that creates a lot of drama.

• What kinds of challenges has Dr. Lepore faced?Part of it is the fact that as the only surgeon, you kind of need to do everything, and you may not know how to do something. There was a guy who came home and had forgotten to pick up potatoes, and his wife stabbed him in the heart. It’s the kind of stab wound that only 10 percent of patients make it to the hospital alive, and 1 percent will survive. Dr. Lepore had never seen anything like this before, but there was no time to get the guy off the island. So he had to reach in and get the heart started. There wasn’t the right equipment to sew him up, and they had only six units of blood, which is not that much. But he’s an encyclopedia of arcane facts, and he remembered that in the 1800s they used black silk thread for this kind of injury. They found some black silk thread, and he managed to close this guy’s heart and get it beating again. The guy survived and became a marathon runner. There is a field hospital-type feeling to it. You’re not under fire, but there is making do with what you have and flying by the seat of your pants. Often the weather is bad, and he has never done it before, but he just has to do it.

• Does he make a good living? Does he take insurance?He takes insurance, but he also takes people who can’t pay at all. He will even allow people to pay him in kind. One of the undercurrents of the book is that his hospital on Nantucket is now run by Partners Health Care, the big health care corporation that runs Massachusetts General and Brigham and Women’s Hospital. They have instituted some new systems, but he flouts many of them. He says, “Nobody is going to manage my time. Nobody is going to tell me what to do.” They can’t really complain because they need him.

(www.nytimes.com. Adaptado.)

Questão 31

O primeiro parágrafo indica que a ilha de Nantucket

(A) tornou-se um lugar da moda entre famosos, há cerca de 30 anos.

(B) redefiniu o conceito da medicina moderna.

(C) não possui qualquer estrutura para o exercício da medi-cina moderna.

(D) é um lugar em que muitas pessoas passam férias no verão.

(E) não tem veterinário entre seus residentes.

Questão 32

An appropriate expression to describe Dr. Timothy Lepore would be

(A) frantic.

(B) rich and famous.

(C) resourceful.

(D) ambitious.

(E) rude.

Questão 33

No excerto do primeiro parágrafo – Dr. Lepore has taken it upon himself to deliver whatever type of medical care his island inhabitants need –, a expressão em destaque equivale, em português, a

(A) levou consigo.

(B) responsabilizou-se pela entrega.

(C) assumiu a responsabilidade.

(D) apoderou-se para si próprio.

(E) tomou a dianteira.

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Questão 34

The answer to the first question points out that

(A) Nantucket is now busy during the whole year, not only in the summer.

(B) getting on or off the island is not easy during the summer rush period.

(C) not everyone in Nantucket is necessarily rich.

(D) there are many dramatic productions in Nantucket during the summer.

(E) due to modern facilities, Nantucket is easy to reach.

Questão 35

No trecho da resposta à primeira pergunta – Even though they have fast ferries and airplanes now –, é possível substituir corretamente Even though, sem alterar o sentido da frase, por:

(A) However.

(B) Whether.

(C) As if.

(D) Nevertheless.

(E) In spite of the fact that.

Questão 36

Na resposta à segunda pergunta, a autora utiliza a frase There is a field hospital-type feeling to it, o que, no contexto, indica a ideia de

(A) espírito de aventura.

(B) improvisação.

(C) combatividade.

(D) perigo iminente.

(E) emergência.

Questão 37

The excerpt from the answer to the second question – there was no time to get the guy off the island – means that the patient

(A) wouldn’t live if he stayed in the island.

(B) shouldn’t be taken in a helicopter.

(C) had little time left to leave the island.

(D) couldn’t be moved to a mainland hospital.

(E) had to be rushed to hospital.

Questão 38

De acordo com a resposta à última pergunta, depreende-se que

(A) os pacientes que procuram o Dr. Lepore são sempre atendidos com atenção e gentileza, quer seja no hospital, quer em casa.

(B) a nova administração do hospital de Nantucket está preocupada com as atitudes do Dr. Lepore em relação a novos protocolos.

(C) a pessoa que necessitar tratamento no hospital de Nantucket deverá pagar em dinheiro, uma vez que não se aceitam pacientes conveniados a planos de saúde.

(D) o hospital da ilha é administrado atualmente pelo esta-do de Massachusetts, tendo-se tornado uma instituição pública.

(E) o Dr. Lepore não se importa muito com novos proce-dimentos administrativos implantados no hospital de Nantucket.

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Instrução: Leia o texto para responder às questões de números 39 a 45.

Work after eight months of pregnancy is as harmful as smoking, study finds

Conal Urquhart and agenciesJuly 28, 2012

Working after eight months of pregnancy is as harmful for babies as smoking, according to a new study. Women who worked after they were eight months pregnant had babies on average around 230g lighter than those who stopped work between six and eight months.

The University of Essex research – which drew on data from three major studies, two in the UK and one in the US – found the effect of continuing to work during the late stages of pregnancy was equal to that of smoking while pregnant. Babies whose mothers worked or smoked throughout pregnancy grew more slowly in the womb.

Past research has shown babies with low birth weights are at higher risk of poor health and slow development, and may suffer from a variety of problems later in life. Stopping work early in pregnancy was particularly beneficial for women with lower levels of education, the study found – suggesting that the effect of working during pregnancy was possibly more marked for those doing physically demanding work. The birth weight of babies born to mothers under the age of 24 was not affected by them continuing to work, but in older mothers the effect was more significant.

The researchers identified 1,339 children whose mothers were part of the British Household Panel Survey, which was conducted between 1991 and 2005, and for whom data was available. A further sample of 17,483 women who gave birth in 2000 or 2001 and who took part in the Millennium Cohort Study was also examined and showed similar results, along with 12,166 from the National Survey of Family Growth, relating to births in the US between the early 1970s and 1995.

One of the authors of the study, Prof. Marco Francesconi, said the government should consider incentives 42 employers to offer more flexible maternity leave to women who might need a break before, 43 after, their babies were born. He said: “We know low birth weight is a predictor of many things that happen later, including lower chances of completing school successfully, lower wages and higher mortality. We need to think seriously about parental leave, because – as this study suggests – the possible benefits of taking leave flexibly before the birth 44 quite high.”

The study also suggests British women may be working for 45 now during pregnancy. While 16% of mothers questioned by the British Household Panel Study, which went as far back as 1991, worked up to one month before the birth, the figure was 30% in the Millennium Cohort Study, whose subjects were born in 2000 and 2001.

(www.guardian.co.uk)

Questão 39

O estudo mencionado no texto indica que

(A) as mulheres que trabalham até o final da gravidez são, em sua maioria, fumantes, quer sejam mais velhas, quer não.

(B) o efeito do trabalho até os últimos dias antes do parto independe da idade da mãe ou do fato de ela ser fumante ou não.

(C) os bebês com peso mais baixo no nascimento são, usu-almente, os filhos de mães fumantes durante a gravidez.

(D) as mulheres na Inglaterra sempre trabalharam até o final da gravidez, devido a exigências do sistema de seguri-dade social.

(E) o trabalho físico no final da gravidez tende a afetar mais o crescimento do feto do que o desenvolvimento inte-lectual.

Questão 40

In the excerpt from the first paragraph – than those who stopped work between six and eight months –, the word those refers to

(A) smoking.

(B) babies.

(C) months.

(D) women.

(E) pregnancy.

Questão 41

In the excerpt from the third paragraph – may suffer from a variety of problems later in life –, the word may carries the idea of

(A) obligation.

(B) habit.

(C) inevitability.

(D) request.

(E) possibility.

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Instrução: Assinale as alternativas que completam, correta e respectivamente, as lacunas numeradas de 42 a 45 no texto.

Questão 42

(A) through

(B) about

(C) by

(D) for

(E) with

Questão 43

(A) rather than

(B) no

(C) less likely

(D) but

(E) instead

Questão 44

(A) simply aren’t

(B) could be

(C) can’t be

(D) are not

(E) will do

Questão 45

(A) longer

(B) far

(C) more

(D) less

(E) fewer

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redação

TexTo 1

QUE PAÍSFOI ESTE?Comissão da

Verdade...

�PELA APURAÇÃO DOS CRIMES

COMETIDOS PELA DITADURA

MILITAR!

PARA QUE NUNCA MAIS ACONTEÇA!

PELA CONSOLIDAÇÃO DA

DEMOCRACIA!

��

(www.rededemocratica.org)

TexTo 2

Os anos vividos pelo Brasil sob estado de exceção – entre 1964 e 1985 – foram marcados por contínuas violações dos direitos humanos, por parte do Estado e de seus agentes públicos. Revelações recentes e esparsas dão alguma medida do horror dos corpos torturados, dos assassinatos e dos desaparecimentos.

A implantação da Comissão da Verdade, no Brasil, em gesto que segue o já adotado em dezenas de países que passaram por regimes de exceção, poderá vir a ser o marco de uma virada histórica. Para os familiares dos desaparecidos, para os que viveram a experiência da resistência e para o país em seu conjunto. Em especial para as gerações que não viveram – e, espero, não venham a viver – o horror de serem governadas por ditadores. Elas poderão construir suas interpretações pró-prias a respeito da história recente do país, com base em uma narrativa que retira do silêncio experiências cruciais para o entendimento a respeito do que somos como nação.

(Renata Lessa. Sobre a verdade. Ciência Hoje, junho de 2012. Adaptado.)

TexTo 3

O objeto da Comissão da Verdade deve, sim, tratar dos crimes e dos desaparecimentos perpetrados pelos agentes do Estado ditatorial. É sua tarefa precípua e estatutária. Mas não pode se reduzir a estes fatos. Há o risco de os juízos serem pontuais. Precisa-se analisar o contexto maior, que permite entender a lógica da violência estatal e que explica a sistemática produção de vítimas. Mais ainda, deixa claro o trauma nacional que significou viver sob suspeitas, denúncias, espionagem e medo paralisador.

Neste sentido, vítimas não foram apenas os que sentiram em seus corpos e nas suas mentes a truculência dos agentes do Estado. Vítimas foram todos os cidadãos. Foi toda a nação brasileira. Para que a missão da Comissão da Verdade seja com-pleta e satisfatória, caberia a ela fazer um juízo ético-político sobre todo o período do regime militar.

Os que deram o golpe de Estado devem ser responsabilizados moralmente por esse crime coletivo contra o povo brasi-leiro.

Os militares inteligentes e nacionalistas de hoje deveriam dar-se conta de como foram usados por aquelas elites oligár-quicas, que não buscavam realizar os interesses gerais do Brasil mas, sim, alimentar sua voracidade particular de acumula-ção, sob a proteção do regime autoritário dos militares.

A Comissão da Verdade prestaria esclarecedor serviço ao país se trouxesse à luz esta trama. Ela simplesmente cumpriria sua missão de ser Comissão da Verdade. Não apenas da verdade de fatos individualizados, mas da verdade do fato maior da dominação de uma classe poderosa, nacional, associada à multinacional, para, sob a égide do poder discricionário dos mili-tares, tranquilamente, realizar seus objetivos corporativos. Isso nos custou 21 anos de privação da liberdade, muitos mortos e desaparecidos, muito padecimento coletivo.

(Leonardo Boff. 1964: Golpe militar a serviço do golpe de classe. www.jb.com.br. Adaptado.)

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TexTo 4

Depois de muita expectativa – e com grande exposição na mídia –, foi constituída comissão para “resgatar a verdade histórica” de um período de 42 anos da vida política nacional, objetivando, fundamentalmente, detectar os casos de tortura na luta pelo poder. A História é contada por historiadores, que têm postura imparcial ao examinar os fatos que a confor-maram, visto serem cientistas dedicados à análise do passado. Os que ambicionam o poder fazem a História, mas, por dela participarem, não têm a imparcialidade necessária para a reproduzir.

A Comissão da Verdade não conta, em sua composição, com nenhum historiador capaz de apurar, com rigor científico, a verdade histórica da tortura no Brasil, de 1946 a 1988. O primeiro reparo, portanto, que faço à sua constituição é o de que “não historiadores” foram encarregados de contar a História daquele período. Conheço seis dos sete membros da comissão e tenho por eles grande respeito, além de amizade com alguns. Não possuem, no entanto, a qualificação científica para o trabalho que lhes foi atribuído.

O segundo reparo é que estiveram envolvidos com os acontecimentos daquele período. Em debate com o ex-deputado Ayrton Soares, perguntou-me o amigo e colega – que defendia a constituição de comissão para essa finalidade, enquanto eu não via necessidade de sua criação – se eu participaria dela, se fosse convidado. Disse-lhe que não, pois, apesar de ser membro da Academia Paulista de História, estive envolvido nos acontecimentos.

O terceiro reparo é que alguns de seus membros pretendem que a verdade seja seletiva. Tortura praticada por guerri-lheiro não será apurada, só a que tenha sido levada a efeito por militares e agentes públicos. O que vale dizer: lança-se a imparcialidade para o espaço, dando a impressão de que guerrilheiro, quando tortura, pratica um ato sagrado; já os milita-res, um ato demoníaco.

O quarto reparo é que muitos guerrilheiros foram treinados em Cuba, pela mais sangrenta ditadura das Américas no sé-culo 20. Um bom número de guerrilheiros não queria, pois, a democracia, mas uma ditadura à moda cubana. Radicalizaram o processo de redemocratização a tal ponto que a imprensa passou a ser permanentemente censurada. Estou convencido de que esse radicalismo e os ideais da ditadura cubana que o inspiraram apenas atrasaram o processo de redemocratização e dificultaram uma solução acordada e não sangrenta.

O quinto aspecto que me parece importante destacar é que, a meu ver, a redemocratização se deveu ao trabalho da Or-dem dos Advogados do Brasil (OAB), que se tornou a voz e os pulmões da sociedade.

Por fim, num país que deveria olhar para o futuro, em vez de remoer o passado – tese que levou guerrilheiros, advogados e o próprio governo militar a acordarem a Lei da Anistia, colocando uma pedra sobre aqueles tempos conturbados –, a co-missão é inoportuna. Parafraseando Vicente Rao, esta volta ao pretérito parece ser contra o “sistema da natureza, pois para o tempo que já se foi, fará reviver as nossas dores, sem nos restituir nossas esperanças”.

(Ives Gandra Silva Martins. A Comissão da Verdade e a verdade histórica. www.estadao.com.br. Adaptado.)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, redija um texto dissertativo, obedecendo à norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

Comissão da Verdade: que Verdade alCançar?

17 UFSP1204/001-LPortLIngRedação

RASCUNHO

Os rascunhos não serão considerados na correção.

NÃO ASSINE ESTA FOLHA

18UFSP1204/001-LPortLIngRedação

UFSP1204

Vestibular 2013

13.12.2012

001. PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA, LÍNGUA INGLESA E REDAÇÃO

Versão 1

1 - C 2 - B 3 - D 4 - A 5 - C 6 - B 7 - B 8 - D 9 - D 10 - C

11 - A 12 - A 13 - B 14 - E 15 - D 16 - E 17 - C 18 - A 19 - B 20 - D

21 - C 22 - B 23 - A 24 - D 25 - A 26 - C 27 - E 28 - E 29 - B 30 - B

31 - D 32 - C 33 - C 34 - C 35 - E 36 - B 37 - D 38 - E 39 - E 40 - D

41 - E 42 - D 43 - A 44 - B 45 - A

BBIIOOLLOOGGIIAA

1Considere a receita.

Receita de pão

Ingredientes:

500 mL de água.

1 e ½ kg de farinha de trigo.

1 copo de óleo.

3 colheres (sopa) de açúcar.

1 colher (chá) de sal.

50 g de fermento biológico.

Modo de preparo:

Amornar a água e colocar o óleo, o açúcar, o sal e ofermento em uma tigela.

Misturar tudo e acrescentar, aos poucos, a farinha, até amassa desgrudar das mãos.

Tirar a massa da tigela, colocá-la na mesa e sová-la.

Colocar uma bolinha de massa em um copo com água.

Enrolar a massa e deixá-la crescer, até a bolinha subir nocopo com água. Depois, é só colocar a massa em umaforma e assá-la.

a) Qual processo biológico é o responsável pelocrescimento da massa do pão? Considerando esseprocesso, explique por que a bolinha no copo comágua vem à tona depois que a massa cresce.

b) Considerando que a produção de vinho e a produção depão têm por princípio o mesmo processo biológico,explique por que o vinho contém álcool e o pão assadonão.

Resoluçãoa) O processo biológico responsável pelo crescimento

da massa do pão é a fermentação. Esse processoproduz CO2, que diminui densidade da bolinhade massa e, consequentemente, ela vem à tona.

b) Nos dois processos ocorre a fermentação alcoólica.Na produção do pão assado, entretanto, o álcoolevapora.

UUNNIIFFEESSPP ((22ªª FFAA SS EE )) —— DDEEZZEEMMBBRROO//22001122

2Considere as afirmações e o gráfico.

I. Nas carnes e vísceras, o ferro é encontrado na formaFe2+.

II. Nos vegetais, o ferro é encontrado na forma maisoxidada, Fe3+.

III. A vitamina C é capaz de reduzir o ferro da forma Fe3+

para a forma Fe2+.

(http://pt.scribd.com. Adaptado.)

a) Qual das formas iônicas do ferro é melhor absorvidapelo intestino humano? Justifique.

b) As afirmações e o gráfico justificam o hábito dobrasileiro, de consumir laranja junto com a feijoada?Justifique.

Resoluçãoa) O Fe2+ é a forma iônica do ferro melhor absorvida

pelo intestino humano e, consequentemente, sendoa carne rica nessa forma iônica de ferro, elaapresenta elevada taxa de absorção intestinal.

b) Sim. A laranja é rica em vitamina C, que é capazde reduzir o Fe3+ do feijão em Fe2+, facilitando aabsorção do ferro pelo intestino humano.

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3Leia os trechos extraídos do romance O cortiço, deAluísio Azevedo (1857-1913).

Trecho 1

A filha era a flor do cortiço. Chamavam-lhePombinha. [...] Tinha o seu noivo, o João da Costa, [...]mas Dona Isabel não queria que o casamento se fizessejá. É que Pombinha, orçando aliás pelos dezoito anos,não tinha ainda pago à natureza o cruento tributo dapuberdade [...], por coisa nenhuma desta vida consentiriaque a sua pequena casasse antes de “ser mulher”, comodizia ela. [...] entendia que não era decente, nem tinhajeito, dar homem a uma moça que ainda não fora visitadapelas regras!

Trecho 2

– Veio?! perguntou a velha com um grito arrancadodo fundo da alma.

A rapariga meneou a cabeça afirmativamente,sorrindo feliz e enrubescida.

[...]

– Milha filha é mulher! Minha filha é mulher!

O fato abalou o coração do cortiço, as duas receberamparabéns e felicitações.

a) Considerando a fisiologia da reprodução humana, oque vem a ser “as regras”, as quais o autor se refere?Qual alteração hormonal finaliza o processo queresulta na “vinda das regras”, como explicitado notrecho 2?

b) Suponha que Pombinha, já casada, e com “regras”regulares, quisesse evitar filhos, e para isso adotasse ométodo contraceptivo conhecido por “tabelinha”.Como Pombinha poderia determinar o período no qualdeveria se abster de relações sexuais?

Explique por que essa abstenção sexual deve se dar aolongo de um período de dias, e não apenas em um dia.

Resoluçãoa) As “regras”, citadas pelo autor, correspondem às

menstruações.A alteração hormonal explicitada é a queda donível de progesterona no sangue.

b) Pombinha poderia determinar esse período le -vando em consideração que a ovulação ocorre,aproxi madamente, 14 dias após o início de umamenstruação.A abstenção deve ser feita ao longo de um períodode dias, não apenas em um dia, porque a data daovulação pode variar em função de muitos fatores.Além disso, o espermatozoide pode permanecervivo no corpo da mulher cerca de 3 dias.

UUNNIIFFEESSPP ((22ªª FFAA SS EE )) —— DDEEZZEEMMBBRROO//22001122

4Leia os versos da canção Mata, com letra de MarluiMiranda e música de Marcos Santilli.

Motosserra

Rapa a mata

Rasga a serra, rompe o verde

Mata o tronco, muta a terra

Motosserra

Motosserra

O que me espera na volta desta proeza

Derrubar os paus, navegar a mata

Morta numa viagem que me afoga em

Serragem, suor e medo...

Motosserra

Motosserra

Cedo interrompo o orvalho

Rompo o canto, sonho e cipó

E transformo tudo em

Galho ripa, farpa, cerca pau e pó

Motosserra

Motosserra

a) Considerando a fertilidade do solo e sua capacidadepara reter nutrientes, o que significa o quarto verso dacanção?

b) Transcreva os dois versos nos quais os autores fazemreferência ao uso da madeira pelas populações hu -manas, e dê uma opção que permita continuarutilizando a madeira em larga escala, sem que sejapreciso o desmatamento de novas áreas de florestasnativas.

Resoluçãoa) O quarto verso da canção está relacionado ao

desmatamento, que diminui a fertilidade do solo,pois intensifica a erosão, aumentando a perda denutrientes minerais, já que o intemperismo torna-semais acentuado.

b) Os dois versos que fazem referência ao usohumano da madeira são: “E transformo tudo em/Galho, ripa, farpa, cerca pau e pó”.O reflorestamento, isto é, o plantio de espéciesvegetais úteis ao homem, é o processo mais reco -mendado.

UUNNIIFFEESSPP ((22ªª FFAA SS EE )) —— DDEEZZEEMMBBRROO//22001122

5Em 1997, uma pesquisadora da Universidade Goethe, naAlemanha, deparou-se com a seguinte situação: um deseus pacientes, portador do vírus HIV e já com ossintomas da AIDS, não respondia mais ao tratamento como coquetel de drogas que recebia. Embora a cepa viralsensível às drogas se mantivesse controlada no organismodo paciente, sem se replicar e em níveis baixíssimos,outras cepas mostravam-se resistentes a todas as drogasutilizadas no coquetel, e o paciente sofria com a alta cargaviral e com os efeitos colaterais das drogas ministradas.Visando permitir que o organismo do paciente serecuperasse dos efeitos colaterais provocados pelasdrogas, o tratamento foi suspenso por alguns meses. Aofim desse período, o paciente voltou a ser tratado com omesmo coquetel de drogas anti-HIV que recebiaanteriormente. As drogas se mostraram eficazes nocombate ao vírus, e a carga viral caiu a níveis nãodetectáveis.

(Evolução: a incrível jornada da vida [Documentário da Scientific American Brasil], 2001.)

a) Que mecanismo evolutivo é o responsável pelamudança da característica da população viral frente aosmedicamentos? No contexto da Biologia Evolutiva,quem foi o primeiro a propor esse mecanismo?

b) Explique por que o coquetel de drogas foi mais eficazno combate à doença após o paciente ter ficado umperíodo sem recebê-lo.

Resoluçãoa) O mecanismo evolutivo é a seleção natural atuan -

do sobre as variações. Charles Robert Darwin foio autor que melhor documentou esse mecanismo.

b) Questão mal formulada, por possibilitar váriasinterpretações. As causas e explicações possíveissão variáveis, dentre as quais: a seleção naturaldas formas virais, mutações sofridas pelas formasresistentes, recuperação física e fisiológica dopaciente frente aos efeitos colaterais produzidospelo coquetel anti-AIDS, entre outras. Somenteuma experiência controlada seria conclusiva.

UUNNIIFFEESSPP ((22ªª FFAA SS EE )) —— DDEEZZEEMMBBRROO//22001122

QQUUÍÍMMIICCAA

6A explosão da nitroglicerina, C3H5(NO3)3, explosivopresente na dinamite, ocorre segundo a reação:

4 C3H5(NO3)3 (l) ⎯→

⎯→ 12 CO2 (g) + 10 H2O (g) + 6 N2 (g) + O2 (g)

São fornecidas as seguintes informações:

Considerando que ocorra a explosão de 1 mol de nitro -gli cerina e que a reação da explosão seja completa,calcule:

a) o volume de gases, medido nas condições normais depressão e temperatura.

b) a entalpia da reação, expressa em kJ . mol–1.

Resoluçãoa) 4 mol –––––– 29 mol

1 mol –––––– xx = 7,25 mol ∴ 162,4L

b) 4 C3H5(NO3)3 (l) →kJ 4 (–365)

→ 12 CO2(g) + 10 H2O(g) + 6 N2(g) + O2(g)kJ 12 (– 400) 10 (–240) 6 (0) 0

ΔH = ∑ΔHfprodutos– ∑ΔHfreagentes

ΔH = (– 4800 – 2400 + 1460) kJ

ΔH = –5740 kJ

liberam4 mol –––––––––– 5740 kJ1 mol –––––––––– xx = 1435 kJ

Portanto, ΔH = –1435 kJ/mol

Entalpia de formação

de CO2 gasoso– 400 kJ . mol–1

Entalpia de formação

de H2O gasoso– 240 kJ . mol–1

Entalpia de formação deC3H5(NO3)3 líquido

– 365 kJ . mol–1

Volume molar de gás ideal

a 0 ºC e 1 atm de pressão22,4 L

UUNNIIFFEESSPP ((22ªª FFAA SS EE )) —— DDEEZZEEMMBBRROO//22001122

7Um dos processos do ciclo natural do nitrogênio, respon -sá vel pela formação de cerca de 5% do total de compostosde nitrogênio solúveis em água, essencial para sua absor -ção pelos vegetais, é a sequência de reações químicasdesencadeada por descargas elétricas na atmosfera (raios),que leva à formação de NO2 gasoso pela reação entre N2e O2 presentes na atmosfera.

A segunda etapa do processo envolve a reação do NO2com a água presente na atmosfera, na forma de gotículas,representada pela equação química:

x NO2 (g) + y H2O (l) ⎯→ z HNO3 (aq) + t NO (g)

a) O processo envolvido na formação de NO2 a partir deN2 é de oxidação ou de redução? Determine o númerode mols de elétrons envolvidos quando 1 mol de N2reage.

b) Balanceie a equação química da segunda etapa doprocesso, de modo que os coeficientes estequio mé tri -cos x, y, z e t tenham os menores valores inteirospossíveis.

Resoluçãoa)

A transformação de N2 em NO2 é de oxidação. Onúmero em mols de elétrons envolvido no processoé igual a 8, ou de 4 mols de elétrons por mol deátomo de nitrogênio.

b)

Δ . atomicidade

HNO3: 1 . 1 = 1 2HNO3

NO: 2 . 1 = 2 1NO

Assim: x = 3y = 1z = 2t = 1

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8O volume de glicerina (propanotriol, fórmula molecularC3H8O3) produzido como resíduo na obtenção debiodiesel excede em muito a necessidade atual domercado brasileiro. Por isso, o destino atual da maiorparte da glicerina excedente ainda é a queima em for na -lhas, utilizada como fonte de energia. Uma possibilidademais nobre de uso da glicerina envolve sua transformaçãoem propeno e eteno, através de processos ainda em fasede pesquisa. O propeno e o eteno são insumos básicos naindústria de polímeros, atualmente provenientes dopetróleo e essenciais na obtenção de produtos como opolietileno e o polipropileno.

a) Escreva a equação química balanceada da combustãocompleta de um mol de glicerina.

b) Sabendo que o polietileno é produzido pela reação deadição de um número n de moléculas de eteno, escrevaa equação genérica de formação do polímero polie -tileno a partir de eteno, utilizando fórmulas estruturaisde reagente e produto.

Resolução

a) C3H8O3 + O2 ⎯⎯→ 3 CO2 + 4 H2O

H2 H2 P, T H2 H2b) n C = C ⎯⎯⎯⎯→ –––( C — C )––––

etileno catalisadorpolietileno

n

7––2

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9Soluções aquosas de nitrato de prata (AgNO3), comconcentração máxima de 1,7% em massa, são utilizadascomo antisséptico em ambiente hospitalar. A concen -tração de íons Ag+ presentes numa solução aquosa deAgNO3 pode ser determinada pela titulação com soluçãode concentração conhecida de tiocianato de potássio(KSCN), através da formação do sal pouco solúveltiocianato de prata (AgSCN). Na titulação de 25,0 mL deuma solução de AgNO3, preparada para uso hospitalar,foram utilizados 15,0 mL de uma solução de KSCN0,2 mol . L–1, para atingir o ponto final da reação.

a) Determine, em mol . L–1, a concentração da soluçãopreparada de AgNO3.

b) Mostre, através de cálculos de concentração, se asolução de AgNO3 preparada é adequada para usohospitalar. Considere que a massa molar de AgNO3seja igual a 170 g . mol–1 e que a densidade da soluçãoaquosa seja igual a 1 g . ml–1.

Resoluçãoa) Ag+(aq) + SCN

–(aq) ⎯→ AgSCN(s)

Cálculo da quantidade em mols de SCN–

:

M = 0,2 mol/L =

n = 0,003 mol

Cálculo da concentração em mol/L de AgNO3 :

M = ∴ M =

M = 0,12 mol/L

b) C = 10 d p, C = M . M

M . M = 10 d p

0,12 mol/L . 170 g/mol = 10 . 1 g/mL . p

p = 2,04 %

Não é adequada para uso hospitalar.

n––V

0,003 mol–––––––––––25,0 . 10–3 L

n––V

n–––––––––––15,0 . 10–3 L

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10O Mal de Parkinson, doença degenerativa cuja incidênciavem crescendo com o aumento da duração da vidahumana, está associado à diminuição da produção doneurotransmissor dopamina no cérebro. Para suprir adeficiência de dopamina, administra-se por via oral ummedicamento contendo a substância dopa. A dopa éabsorvida e transportada nessa forma para todo o organis -mo, através da circulação, penetrando no cérebro, onde éconvertida em dopamina, através de reação catalisada porenzima adequada, representada pela equação:

a) Identifique as funções orgânicas presentes em cadauma das duas substâncias, dopa e dopamina.

b) Analise as fórmulas da dopa e da dopamina e decida seas substâncias apresentam atividade óptica. Em casopositivo, copie a fórmula estrutural correspondentepara o espaço de resolução e resposta, de uma ou deambas as substâncias, assinalando na fórmula o átomoresponsável pela atividade óptica.

Resoluçãoa)

b) Apenas a substância dopa possui carbono assimé -trico ou quiral:

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FFÍÍSSIICCAA

11O atleta húngaro Krisztian Pars conquistou medalha deouro na olimpíada de Londres no lançamento de martelo.Após girar sobre si próprio, o atleta lança a bola a 0,50 macima do solo, com velocidade linear inicial que formaum ângulo de 45º com a horizontal. A bola toca o soloapós percorrer a distância horizontal de 80 m.

(http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia)

Nas condições descritas do movimento parabólico dabola, considerando a aceleração da gravidade no local

igual a 10 m/s2, ��2 igual a 1,4 e desprezando-se asperdas de energia mecânica durante o voo da bola,determine, aproximadamente:

a) o módulo da velocidade de lançamento da bola, emm/s.

b) a altura máxima, em metros, atingida pela bola.

Resolução

a) 1) Componentes de V0→

:

V0x = V0y = V0 cos 45° = V0 = 0,7 V0

2) Na direção horizontal:

�sx = V0x T

80 = V0 T (1)

��2––––2

��2––––2

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3) Na direção vertical:

�sy = V0y t + t2 ↑ �

– 0,50 = V0 T – 5,0 T2 (2)

4) Substituindo-se (1) em (2), vem:

– 0,50 = 80 – 5,0 T2

5,0 T2 = 80,5 ⇒ T2 = 16,1 ⇒ Em (1):

80 = V0 . 4,0

V0 = (m/s) = 40 m/s

Para ��2 = 1,4 ⇒

b) Na direção vertical:

Vy2 = V0y

2 + 2�y �sy ↑ �

V0y = V0 = 20 ��2 . (m/s) = 20m/s

0 = 400 + 2 (–10) (Hmáx – 0,50)

20 (Hmáx – 0,50) = 400

Respostas: a) V0 = 20��2 m/s � 28m/s

b) Hmáx = 20,5m

��2––––2

T � 4,0s

��2––––2

40––––��2

��2––––2

V0 = 20��2 m/s

V0 � 28m/s

��2––––2

��2––––2

Hmáx = 20,5m

�y–––2

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12Um objeto maciço cilíndrico, de diâmetro igual a 2,0 cm,é composto de duas partes cilíndricas distintas, unidas poruma cola de massa desprezível. A primeira parte, com5,0 cm de altura, é composta por uma cortiça comdensidade volumétrica 0,20 g/cm3. A segunda parte, de0,5 cm de altura, é composta por uma liga metálica dedensidade volumétrica 8,0 g/cm3. Conforme indica a fi -gura, o objeto encontra-se em repouso, parcialmente sub -merso na água, cuja densidade volumétrica é 1,0 g/cm3.

Nas condições descritas relativas ao equilíbrio mecânicodo objeto e considerando π aproximadamente igual a 3,determine:

a) a massa total, em gramas, do objeto cilíndrico.

b) a altura, em centímetros, da parte do cilindro submersana água.

Resolução

a) P = (mA + mB) g

P = (μA VA + μB VB) g

VA = π r2 hA

VB = π r2 hB

P = (μA π r2 hA + μB π r2 hB) g

P = π r2 (μA hA + μB hB) g

P = 3 . (1,0 . 10–2)2 (0,20 . 103 . 5,0 . 10–2 + 8,0 . 103 . 0,5 . 10–2) . 10 (N)

P = 3,0 . 10–4 (10,0 + 40,0) . 10 (N)

P = 150 . 10–3 N = 0,15N

m = = 0,015 kg ⇒ m = 15 gP––g

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b) Para o equilíbrio do cilindro:

P = E

m g = μa Vi g

m = μa . π r2 . hi

15 . 10–3 = 1,0 . 103 . 3 . (1,0 . 10–2)2 . hi

5,0 . 10–6 = 10–4 . hi

hi = 5,0 . 10–2m

Respostas: a) m = 15gb) hi = 5,0 cm

hi = 5,0 cm

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13O gráfico representa o processo de aquecimento emudança de fase de um corpo inicialmente na fase sólida,de massa igual a 100 g.

Sendo Q a quantidade de calor absorvida pelo corpo, emcalorias, e T a temperatura do corpo, em graus Celsius,determine:

a) o calor específico do corpo, em cal/(gºC), na fasesólida e na fase líquida.

b) a temperatura de fusão, em ºC, e o calor latente defusão, em calorias, do corpo.

Resoluçãoa) Fase sólida: Q1 = m cs Δ�1 ⇒ 400 = 100 cs 40

Da qual:

Fase líquida: Q2 = m cL Δ�2 ⇒ 400 = 100 cL (60 – 40)

Da qual:

b) Conforme o gráfico, a fusão ocorre na tempera -tura �F = 40°C.

A quantidade de calor latente, em calorias, as socia -

da ao processo de fusão do material é .Isso pode ser observado diretamente no gráfico, na

região do “patamar”.

O calor específico latente de fusão do material LF,

em cal/g, também pode ser determinado, fazendo-se:

Q3 = m LF ⇒ 400 = 100 LF

Da qual:

Respostas: a) cs = 0,10 cal/g°C; cL = 0,20 cal/g°C

b) θF = 40°C; calor latente usado na fusão:400 cal. O calor latente específico vale4,0 cal/g

LF = 4,0 cal/g

cs = 0,10 cal/g°C

cL = 0,20 cal/g°C

Q3 = 400 cal

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14Observe a charge.

Em uma única tomada de tensão nominal de 110 V, estãoligados, por meio de um adaptador, dois abajures (comlâmpadas incandescentes com indicações comerciais de40 W – 110 V), um rádio-relógio (com potência nominalde 20 W em 110 V) e um computador, com consumo de120 W em 110 V. Todos os aparelhos elétricos estão empleno funcionamento.

a) Utilizando a representação das resistências ôhmicasequivalentes de cada aparelho elétrico como RL paracada abajur, RR para o rádio-relógio e RC para ocomputador, esboce o circuito elétrico que esquematizaa ligação desses 4 aparelhos elétricos na tomada(adaptador) e, a partir dos dados da potênciaconsumida por cada aparelho, calcule a corrente totalno circuito, supondo que todos os cabos de ligação e oadaptador são ideais.

b) Considerando que o valor aproximado a ser pago peloconsumo de 1,0 kWh é R$ 0,30 e que os aparelhospermaneçam ligados em média 4 horas por dia duranteos 30 dias do mês, calcule o valor a ser pago, no final deum mês de consumo, devido a estes aparelhoselétricos.

Resoluçãoa) Como todos os aparelhos estão ligados por meio

de benjamins (adaptadores) a uma mesma tomadaelétrica, eles estão necessariamente em paralelo. Arede elétrica é de 110 V, portanto, todos os quatroaparelhos estão sob tensão elétrica de 110 V, que éa tensão nominal de cada um. Assim, podemossimplesmente somar as potências nominais eobteremos a potência total instalada.

A potência total é dada por:

Pottotal = 2 PotL + PotR + PotC

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Pottotal = (2 . 40 + 20 + 120)W

Pottotal = 220W

Cálculo da intensidade da corrente elétrica:

Ptot = i . U

220 = i . 110 ⇒

b) Cálculo do custo da energia consumida:

E = Pottotal . Δt

E = 220 . 30 . 4 (Wh)

E = 26400Wh = 26,4kWh

O custo C é dado por:

C = 26,4 . R$ 0,30

Respostas: a) ver figura; i = 2,0Ab) R$ 7,92

i = 2,0A

C = R$ 7,92

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15Um telescópio refrator trabalha com a propriedade derefração da luz. Este instrumento possui uma lenteobjetiva, que capta a luz dos objetos e forma a imagem.Outra lente convergente, a ocular, funciona como umalupa, aumentando o tamanho da imagem formada pelalente objetiva. O maior telescópio refrator do mundo emutilização, com 19,2 m de comprimento, é o telescópioYerkes, que teve sua construção finalizada em 1897 elocaliza-se na Universidade de Chicago, nos EUA.

(www.cdcc.usp.br)

O telescópio Yerkes possui uma objetiva com 102 cm dediâmetro e com razão focal (definida como a razão entrea distância focal e o diâmetro de abertura da lente) iguala 19,0.

a) Qual a distância focal da objetiva do telescópio refratordescrito e quanto vale a soma das distâncias focais daobjetiva e da ocular?

b) Qual é o aumento visual (ampliação angular) dotelescópio?

Resoluçãoa) Assumindo-se para o diâmetro da objetiva o valor

de 102 cm, o problema não tem solução, já que adistância focal dessa lente fica maior que ocomprimento L = 19,2 m do telescópio. De fato,obteríamos para a distância focal da objetiva ovalor incompatível

fob = 19,0 . 1,02 (m) ⇒ fob = 19,38 m

Pesquisando-se na internet, porém, no sitewww.cdcc.usp.br, pode-se obter para o diâmetroda objetiva do telescópio Yerkes o valor de 101 cm,o que viabiliza, com ressalvas, o problema.Sendo r a razão focal, tem-se, conforme adefinição apresentada no enunciado:

r = ⇒ 19,0 = ⇒ fob = 1919 cm = 19,19 mfob––––101

fob–––D

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Telescópio afocal:

A distância focal da ocular (foc) fica determinada,aproximadamente, por

fob + foc � L ⇒ 19,19 + foc = 19,20

Da qual:

b) O aumento angular do telescópio, ou aumentovisual, como está citado no texto, é calculado por:

G = ⇒ G =

Respostas: Com os dados apresentados, a questão nãotem solução. Admitindo-se, porém, para odiâmetro da objetiva o valor de 101 cm(obtido na internet), tem-se:

a) Objetiva: 1919 cm = 19,19 mOcular: 1,0 cm

b) 1919

foc = 0,01 m = 1,0 cm

1919 cm–––––––––

1,0 cm

fob––––foc

G = 1919

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MMAATTEEMMÁÁTTIICCAA

16Sabe-se que o comprimento C de um quadrúpede, medidoda bacia ao ombro, e sua largura L, medida na direçãovertical (espessura média do corpo), possuem limites paraalém dos quais o corpo do animal não se sustentaria de pé.Por meio da física médica, confrontada com dados reaisde animais, é possível identificar que esses limites

implicam na razão C : L ser, no máximo, próxima de

7:1, com as medidas de C e L dadas em centímetros.

a) Qual é, aproximadamente, a largura L, em centímetros,

de um cachorro que tenha comprimento C igual a

35 cm, para que ele possa se sustentar de pé na situação

limite da razão C : L ? Adote nos cálculos finais

���5 = 2,2, dando a resposta em número racional.

b) Um elefante da Índia de L = 135 cm possui razão

C : L igual a 5,8:1. Calcule o comprimento C desse

quadrúpede, adotando nos cálculos finais 3���5 = 1,7 e

dando a resposta em número racional.

Resolução

a) Se = e C = 35, em centímetros, então:

= 7 ⇔3����L2 = 5 ⇔ L2 = 125 ⇔

⇔ L = 5���5 ⇒ L � 5 . 2,2 = 11 (em centímetros)

b) Se = e L = 135, em centímetros,

então:

= 5,8 ⇔ C = (3 3���5)2

. 5,8 ⇔

⇔ C � (3 . 1,7)2 . 5,8 ⇔

⇔ C = 150,86 (em centímetros)Resposta: a) 11 cm b) 150,86 cm

2–––3

2–––3

2–––3

C––––L2/3

7–––1

35––––––

3����L2

C––––––(3

���L)2

5,8––––

1

C––––––––(3

������ 135)2

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17Considere a distribuição de genótipos AA, aa, Aa emuma população de 500 animais jovens, todos com x anosde idade. Sorteando ao acaso um indivíduo dessapopulação, a probabilidade de que ele seja de genótipoAA é de 32%, e de que seja de genótipo Aa é de 46%.

Quando os membros dessa população envelhecem, aoatingirem y anos de idade (y > x), o gene a provoca amorte instantânea e, como A é dominante sobre a, osindivíduos AA e Aa permanecem sadios, enquanto queos indivíduos aa morrem.

a) Quantos indivíduos de genótipo aa teríamos queacrescentar à população dos 500 animais de x anos deidade para que o sorteio de um indivíduo nesse novogrupo pudesse ser feito com probabilidade de 50% deque o indivíduo sorteado tivesse o gene A em seugenótipo?

b) Sorteando-se ao acaso um indivíduo da populaçãooriginal dos 500 animais quando a idade de seusmembros é de y anos, logo após a morte dos indivíduosde genótipo aa, qual é a probabilidade de que oindivíduo sorteado tenha um gene a em seu genótipo?

Resoluçãoa) Com x anos de idade, a quantidade de indivíduos

dessa população de genótipos dos três tipos éapresentada na tabela.

A quantidade k de indivíduos com genótipos aa aser acrescida nessa população para que o sorteiode um indivíduo nesse grupo possa ser feito com50% de probabilidade do indivíduo sorteado ter ogene A é tal que

= 50% ⇔

⇔ 390 = 250 + k ⇔ 140 = k ⇔ k = 280

b) Após a morte dos indivíduos de genótipo aa,restarão 160 indivíduos de genótipo AA e 230 in -diví duos de genótipo Aa. A probabilidade do in -divíduo sorteado ter um gene a em seu genó tipo é

= � 58,97%

Respostas: a) 280 indivíduos aab) aproximadamente 58,97%

Genótipo Quantidade

AA 32% . 500 = 160

Aa 46% . 500 = 230

aa 22% . 500 = 110

160 + 230––––––––––

500 + k

1––2

1––2

23–––39

230––––––––––160 + 230

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18A sequência (12, a, b), denominada S1, e a sequência (c, d, e), denominada S2, são progressões aritméticas for -madas por números reais.

a) Somando 1 ao segundo termo e 5 ao terceiro termo deS1, a nova sequência de três números reais passa a seruma progressão geométrica crescente. Calcule a razãodessa PG.

b) Aplicando a função trigonométrica seno aos três termosde S2, a nova sequência que se forma tem soma dostrês termos igual a zero, e termo do meio diferente dezero. Determine a razão r de S2, para o caso em que

< r < π.

Resoluçãoa) Sendo S1 (12, a, b) uma progressão aritmética e

(12, a + 1, b + 5) uma progressão geométricacrescente, temos:

⇔ ⇔

⇔ a2 + 2a + 1 = 12 . (2a – 7) ⇔ a2 – 22a + 85 = 0⇔

⇔ a = 17 ou a = 5

Para a = 5, S1 (12, 5, –2) e a P.G. (12, 6, 3) nãoconvém, pois é decrescente.

Para a = 17, S1 (12, 17, 22) e a P.G. (12, 18, 27)

possui razão = .

b) Sendo S2 (c, d, e) uma progressão aritmética de

razão r, temos:

I) (sen c, send, sene)⇔

⇔ (sen(d – r); send; sen(d + r))

II) sen (d – r) + sen d + sen (d + r) = 0 ⇔

⇔ (sen d . cos r – sen r . cos d) + sen d +

+ (sen d . cos r + sen r . cos d) = 0 ⇔

⇔ 2 . sen d . cos r + sen d = 0 ⇔

⇔ sen d . (2 . cos r + 1) = 0

π–––2

[ 12 + ba = –––––––

2

(a + 1)2 = 12 . (b + 5) [ 2a – 12 = b

(a + 1)2 = 12 . (b + 5)

18–––12

3–––2

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III) 2 . cos r + 1 = 0, pois sen d ≠ 0

cos r = ⇔ r = , visto que < r < π

Respostas: a)

b) r =

1– ––

2

2π–––3

π––2

3–––2

2π–––3

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19Na figura, ABCDEFGH é um paralelepípedo reto-retân -gulo, e PQRE é um tetraedro regular de lado 6 cm,conforme indica a figura. Sabe-se ainda que:

• P e R pertencem, respectivamente, às faces ABCD eEFGH;

• Q pertence à aresta —EH;

• T é baricentro do triângulo ERQ e pertence à diagonal—EG da face EFGH;

• RF é um arco de circunferência de centro E.

a) Calcule a medida do arco RF, em centímetros.

b) Calcule o volume do paralelepípedo ABCDEFGH, emcm³.

Resoluçãoa)

Como a aresta do tetraedro regular mede 6 cm,temos:ER = EQ = RQ = EF = 6 cm.

Assim, o triângulo REQ é equilátero, o ângulo

R^EQ = 60° e portanto R

^EF = 30°.

Logo, o comprimento do arco RF é

. 2π . 6 = π cm30°––––360°

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b)

I) No triângulo retângulo EHG, temos:

tg 30° = ⇒ = ⇒ EH = 6 ��3 cm

II) Como T é baricentro do triângulo ERQ,temos:

ET = . EM = . ⇒

⇒ ET = 2 ��3 cm

III)No triângulo retângulo PTE, temos:

(PT)2 + (ET)2 = (PE)2 ⇒ (PT)2 + (2 ��3 )2 = 62 ⇒

⇒ PT = 2 ��6 cmO volume do paralelepípedo ABCDEFGH é:

(EF) . (EH) . (PT) = 6 . 6 ��3 . 2 ��6 =

= 216 ��2 cm3

Respostas: a) π cm

b) 216 ��2 cm3

6––––EH

��3––––

36

––––EH

2–––3

2–––3

6 ��3––––

2

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20Considere o sistema de inequações

a) Represente graficamente, no sistema cartesiano deeixos ortogonais inserido no campo de resolução eresposta, a solução desse sistema de inequações.

b) Calcule a área da superfície que representa a soluçãográfica do sistema de inequações.

Resolução

a) 1) x2 + y2 – 2x ≥ 0 ⇔ (x – 1)2 + y2 ≥ 1.

Esta inequação representa a região externa ao

círculo de centro (1; 0) e raio 1.

2) (x – 1)2 + y –2

≤ . Esta equação re -

presenta a região do círculo de centro 1;

e raio .

3) As duas inequações e a respectiva solução dosistema estão abaixo representadas no planocartesiano.

� ���3–––2 � 1

–––4

� ���3–––2 �

1–––2

x2 + y2 – 2x ≥ 0

���3 2

1(x – 1)2 + �y – ––––� ≤ ––

2 4

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A solução do sistema é a “meia Lua” em desta -que.

b)

1) Como cos α = = , tem-se α = 30°

Asetor circular CAMB = . π . 12 =

= . π =

AΔABC = =

Asegmento circular AMB = –

Asolução = . π . 2

���3–––2

–––––1

���3–––2

2α–––––360°

2 . 30°–––––––

360°π

–––6

12���3––––––

4���3–––4

π––6

���3–––4

1––2 � 1

––2 �

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– Asegmento circular AMB =

= – – =

= =

Respostas: a) Gráfico

b) unidades de área

π––8 � π

––6

���3–––4 �

3π – 4π + 6���3–––––––––––––

246���3 – π

––––––––24

6���3 – π––––––––

24

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Ass

inat

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o

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• Esta prova contém 20 questões discursivas e terá duração total de 4 horas.

• A prova deve ser feita com caneta de tinta azul ou preta.

• Encontram-se neste caderno a Classificação Periódica e formulários, os quais, a critério do candidato, poderão ser úteis para a resolução de questões.

• A resolução e a resposta de cada questão devem ser apresentadas no espaço correspondente. Não serão consi-deradas questões resolvidas fora do local indicado.

• O candidato somente poderá entregar este caderno e sair do prédio depois de transcorridas 2 horas, contadas a partir do início da prova.

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002.

PR

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SP

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OS

14.12.2012

Vestibular 2013

002. PROVA DE CONHECIMENTOSESPECÍFICOS

Área de Biológicas e Exatas

O E

SCR

EVA

NES

TE E

SPA

ÇO

3 UFSP1204/002-CE-BiológicasExatas

RESOluçãO E RESPOSTA

nota b)

nota a)

RASCUNHO

QuESTãO 01

Considere a receita.

Receita de pão

Ingredientes:

500 mL de água.1 e ½ kg de farinha de trigo.1 copo de óleo.3 colheres (sopa) de açúcar.1 colher (chá) de sal.50 g de fermento biológico.

Modo de preparo:

Amornar a água e colocar o óleo, o açúcar, o sal e o fermento em uma tigela.Misturar tudo e acrescentar, aos poucos, a farinha, até a massa desgrudar das mãos.Tirar a massa da tigela, colocá-la na mesa e sová-la.Colocar uma bolinha de massa em um copo com água.Enrolar a massa e deixá-la crescer, até a bolinha subir no copo com água. Depois, é só colocar a massa em uma forma e assá-la.

a) Qual processo biológico é o responsável pelo crescimento da massa do pão? Considerando esse processo, explique por que a bolinha no copo com água vem à tona depois que a massa cresce.

b) Considerando que a produção de vinho e a produção de pão têm por princípio o mesmo processo biológico, explique por que o vinho contém álcool e o pão assado não.

4UFSP1204/002-CE-BiológicasExatas

RESOluçãO E RESPOSTA

nota b)

nota a)

QuESTãO 02

Considere as afirmações e o gráfico.

I. Nas carnes e vísceras, o ferro é encontrado na forma Fe2+. II. Nos vegetais, o ferro é encontrado na forma mais oxidada, Fe3+. III. A vitamina C é capaz de reduzir o ferro da forma Fe3+ para a forma Fe2+.

carne

verduras ricas em vitamina C

feijão

tempo

Abso

rção

de

ferr

o p

elo i

nte

stin

ohum

ano (

mes

ma

quan

tidad

e de

ferr

o p

or

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ão d

e al

imen

to)

(http://pt.scribd.com. Adaptado.)

a) Qual das formas iônicas do ferro é melhor absorvida pelo intestino humano? Justifique.

b) As afirmações e o gráfico justificam o hábito do brasileiro, de consumir laranja junto com a feijoada? Justifique.

5 UFSP1204/002-CE-BiológicasExatas

RESOluçãO E RESPOSTA

nota b)

nota a)

RASCUNHO

QuESTãO 03

Leia os trechos extraídos do romance O cortiço, de Aluísio Azevedo (1857-1913).

Trecho 1

A filha era a flor do cortiço. Chamavam-lhe Pombinha. [...] Tinha o seu noivo, o João da Costa, [...] mas Dona Isabel não queria que o casamento se fizesse já. É que Pombinha, orçando aliás pelos dezoito anos, não tinha ainda pago à natureza o cruento tributo da puberdade [...], por coisa nenhuma desta vida consentiria que a sua pequena casasse antes de “ser mu-lher”, como dizia ela. [...] entendia que não era decente, nem tinha jeito, dar homem a uma moça que ainda não fora visitada pelas regras!

Trecho 2

– Veio?! perguntou a velha com um grito arrancado do fundo da alma.A rapariga meneou a cabeça afirmativamente, sorrindo feliz e enrubescida.[...]– Milha filha é mulher! Minha filha é mulher!O fato abalou o coração do cortiço, as duas receberam parabéns e felicitações.

a) Considerando a fisiologia da reprodução humana, o que vem a ser “as regras”, as quais o autor se refere? Qual alteração hormonal finaliza o processo que resulta na “vinda das regras”, como explicitado no trecho 2?

b) Suponha que Pombinha, já casada, e com “regras” regulares, quisesse evitar filhos, e para isso adotasse o método contraceptivo conhecido por “tabelinha”. Como Pombinha poderia determinar o período no qual deveria se abster de relações sexuais? Explique por que essa abstenção sexual deve se dar ao longo de um período de dias, e não apenas em um dia.

6UFSP1204/002-CE-BiológicasExatas

RESOluçãO E RESPOSTA

nota b)

nota a)

QuESTãO 04

Leia os versos da canção Mata, com letra de Marlui Miranda e música de Marcos Santilli.

MotosserraRapa a mataRasga a serra, rompe o verdeMata o tronco, muta a terraMotosserraMotosserraO que me espera na volta desta proezaDerrubar os paus, navegar a mataMorta numa viagem que me afoga emSerragem, suor e medo...MotosserraMotosserraCedo interrompo o orvalhoRompo o canto, sonho e cipóE transformo tudo emGalho ripa, farpa, cerca pau e póMotosserraMotosserra

a) Considerando a fertilidade do solo e sua capacidade para reter nutrientes, o que significa o quarto verso da canção?

b) Transcreva os dois versos nos quais os autores fazem referência ao uso da madeira pelas populações humanas, e dê uma opção que permita continuar utilizando a madeira em larga escala, sem que seja preciso o desmatamento de novas áreas de florestas nativas.

7 UFSP1204/002-CE-BiológicasExatas

RASCUNHO

RESOluçãO E RESPOSTA

nota b)

nota a)

QuESTãO 05

Em 1997, uma pesquisadora da Universidade Goethe, na Alemanha, deparou-se com a seguinte situação: um de seus pacien-tes, portador do vírus HIV e já com os sintomas da AIDS, não respondia mais ao tratamento com o coquetel de drogas que recebia. Embora a cepa viral sensível às drogas se mantivesse controlada no organismo do paciente, sem se replicar e em ní-veis baixíssimos, outras cepas mostravam-se resistentes a todas as drogas utilizadas no coquetel, e o paciente sofria com a alta carga viral e com os efeitos colaterais das drogas ministradas. Visando permitir que o organismo do paciente se recuperasse dos efeitos colaterais provocados pelas drogas, o tratamento foi suspenso por alguns meses. Ao fim desse período, o paciente voltou a ser tratado com o mesmo coquetel de drogas anti-HIV que recebia anteriormente. As drogas se mostraram eficazes no combate ao vírus, e a carga viral caiu a níveis não detectáveis.

(Evolução: a incrível jornada da vida [Documentário da Scientific American Brasil], 2001.)

a) Que mecanismo evolutivo é o responsável pela mudança da característica da população viral frente aos medicamentos? No contexto da Biologia Evolutiva, quem foi o primeiro a propor esse mecanismo?

b) Explique por que o coquetel de drogas foi mais eficaz no combate à doença após o paciente ter ficado um período sem recebê-lo.

8UFSP1204/002-CE-BiológicasExatas

RASCUNHO

RESOluçãO E RESPOSTA

nota b)

nota a)

QuESTãO 06

A explosão da nitroglicerina, C3H5(NO3)3, explosivo presente na dinamite, ocorre segundo a reação:

4 C3H5(NO3)3 () 12 CO2 (g) + 10 H2O (g) + 6 N2 (g) + O2 (g)

São fornecidas as seguintes informações:

Entalpia de formação de CO2 gasoso – 400 kJ·mol–1

Entalpia de formação de H2O gasoso – 240 kJ·mol–1

Entalpia de formação de C3H5(NO3)3 líquido – 365 kJ·mol–1

Volume molar de gás ideal a 0 ºC e 1 atm de pressão 22,4 L

Considerando que ocorra a explosão de 1 mol de nitroglicerina e que a reação da explosão seja completa, calcule:

a) o volume de gases, medido nas condições normais de pressão e temperatura.

b) a entalpia da reação, expressa em kJ·mol–1.

9 UFSP1204/002-CE-BiológicasExatas

RASCUNHO

RESOluçãO E RESPOSTA

nota b)

nota a)

QuESTãO 07

Um dos processos do ciclo natural do nitrogênio, responsável pela formação de cerca de 5% do total de compostos de ni-trogênio solúveis em água, essencial para sua absorção pelos vegetais, é a sequência de reações químicas desencadeada por descargas elétricas na atmosfera (raios), que leva à formação de NO2 gasoso pela reação entre N2 e O2 presentes na atmosfera.

A segunda etapa do processo envolve a reação do NO2 com a água presente na atmosfera, na forma de gotículas, representada pela equação química:

x NO2 (g) + y H2O () z HNO3 (aq) + t NO (g)

a) O processo envolvido na formação de NO2 a partir de N2 é de oxidação ou de redução? Determine o número de mols de elétrons envolvidos quando 1 mol de N2 reage.

b) Balanceie a equação química da segunda etapa do processo, de modo que os coeficientes estequiométricos x, y, z e t te-nham os menores valores inteiros possíveis.

10UFSP1204/002-CE-BiológicasExatas

RASCUNHO

RESOluçãO E RESPOSTA

nota b)

nota a)

QuESTãO 08

O volume de glicerina (propanotriol, fórmula molecular C3H8O3) produzido como resíduo na obtenção de biodiesel excede em muito a necessidade atual do mercado brasileiro. Por isso, o destino atual da maior parte da glicerina excedente ainda é a quei-ma em fornalhas, utilizada como fonte de energia. Uma possibilidade mais nobre de uso da glicerina envolve sua transforma-ção em propeno e eteno, através de processos ainda em fase de pesquisa. O propeno e o eteno são insumos básicos na indústria de polímeros, atualmente provenientes do petróleo e essenciais na obtenção de produtos como o polietileno e o polipropileno.

a) Escreva a equação química balanceada da combustão completa de um mol de glicerina.

b) Sabendo que o polietileno é produzido pela reação de adição de um número n de moléculas de eteno, escreva a equação genérica de formação do polímero polietileno a partir de eteno, utilizando fórmulas estruturais de reagente e produto.

11 UFSP1204/002-CE-BiológicasExatas

RASCUNHO

RESOluçãO E RESPOSTA

nota b)

nota a)

QuESTãO 09

Soluções aquosas de nitrato de prata (AgNO3), com concentração máxima de 1,7% em massa, são utilizadas como antisséptico em ambiente hospitalar. A concentração de íons Ag+ presentes numa solução aquosa de AgNO3 pode ser determinada pela titulação com solução de concentração conhecida de tiocianato de potássio (KSCN), através da formação do sal pouco solúvel tiocianato de prata (AgSCN). Na titulação de 25,0 mL de uma solução de AgNO3, preparada para uso hospitalar, foram utili-zados 15,0 mL de uma solução de KSCN 0,2 mol·L–1, para atingir o ponto final da reação.

a) Determine, em mol · L–1, a concentração da solução preparada de AgNO3.

b) Mostre, através de cálculos de concentração, se a solução de AgNO3 preparada é adequada para uso hospitalar. Considere que a massa molar de AgNO3 seja igual a 170 g · mol–1 e que a densidade da solução aquosa seja igual a 1 g · ml–1.

12UFSP1204/002-CE-BiológicasExatas

RESOluçãO E RESPOSTA

nota b)

nota a)

RASCUNHO

QuESTãO 10

O Mal de Parkinson, doença degenerativa cuja incidência vem crescendo com o aumento da duração da vida humana, está associado à diminuição da produção do neurotransmissor dopamina no cérebro. Para suprir a deficiência de dopamina, admi-nistra-se por via oral um medicamento contendo a substância dopa. A dopa é absorvida e transportada nessa forma para todo o organismo, através da circulação, penetrando no cérebro, onde é convertida em dopamina, através de reação catalisada por enzima adequada, representada pela equação:

HO

HO

H HHO

HO

H H

C C H +

H

C

H NH2 NH2

CO2

dopaminadopa

C COOHenzima

a) Identifique as funções orgânicas presentes em cada uma das duas substâncias, dopa e dopamina.

b) Analise as fórmulas da dopa e da dopamina e decida se as substâncias apresentam atividade óptica. Em caso positivo, copie a fórmula estrutural correspondente para o espaço de resolução e resposta, de uma ou de ambas as substâncias, assinalando na fórmula o átomo responsável pela atividade óptica.

13 UFSP1204/002-CE-BiológicasExatas

RESOluçãO E RESPOSTA

nota b)

nota a)

RASCUNHO

QuESTãO 11

O atleta húngaro Krisztian Pars conquistou medalha de ouro na olimpíada de Londres no lançamento de martelo. Após girar sobre si próprio, o atleta lança a bola a 0,50 m acima do solo, com velocidade linear inicial que forma um ângulo de 45º com a horizontal. A bola toca o solo após percorrer a distância horizontal de 80 m.

(http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia)

Nas condições descritas do movimento parabólico da bola, considerando a aceleração da gravidade no local igual a 10 m/s2, 2 igual a 1,4 e desprezando-se as perdas de energia mecânica durante o voo da bola, determine, aproximadamente:

a) o módulo da velocidade de lançamento da bola, em m/s.

b) a altura máxima, em metros, atingida pela bola.

14UFSP1204/002-CE-BiológicasExatas

RESOluçãO E RESPOSTA

nota b)

nota a)

RASCUNHO

QuESTãO 12

Um objeto maciço cilíndrico, de diâmetro igual a 2,0 cm, é composto de duas partes cilíndricas distintas, unidas por uma cola de massa desprezível. A primeira parte, com 5,0 cm de altura, é composta por uma cortiça com densidade volumétrica 0,20 g/cm3. A segunda parte, de 0,5 cm de altura, é composta por uma liga metálica de densidade volumétrica 8,0 g/cm3. Conforme indica a figura, o objeto encontra-se em repouso, parcialmente submerso na água, cuja densidade volumétrica é 1,0 g/cm3.

fora de escala

Nas condições descritas relativas ao equilíbrio mecânico do objeto e considerando π aproximadamente igual a 3, determine:

a) a massa total, em gramas, do objeto cilíndrico.

b) a altura, em centímetros, da parte do cilindro submersa na água.

15 UFSP1204/002-CE-BiológicasExatas

RESOluçãO E RESPOSTA

nota b)

nota a)

RASCUNHO

QuESTãO 13

O gráfico representa o processo de aquecimento e mudança de fase de um corpo inicialmente na fase sólida, de massa igual a 100 g.

1400

1000

1200

800

600

400

200

00 10 20 30 40 50 60

T (ºC)

Q (

cal)

Sendo Q a quantidade de calor absorvida pelo corpo, em calorias, e T a temperatura do corpo, em graus Celsius, determine:

a) o calor específico do corpo, em cal/(g ºC), na fase sólida e na fase líquida.

b) a temperatura de fusão, em ºC, e o calor latente de fusão, em calorias, do corpo.

16UFSP1204/002-CE-BiológicasExatas

RESOluçãO E RESPOSTA

nota b)

nota a)

QuESTãO 14

Observe a charge.

(Folha de S.Paulo, 03.07.2012.)

Em uma única tomada de tensão nominal de 110 V, estão ligados, por meio de um adaptador, dois abajures (com lâmpadas incandescentes com indicações comerciais de 40 W – 110 V), um rádio-relógio (com potência nominal de 20 W em 110 V) e um computador, com consumo de 120 W em 110 V. Todos os aparelhos elétricos estão em pleno funcionamento.

a) Utilizando a representação das resistências ôhmicas equivalentes de cada aparelho elétrico como RL para cada abajur, RR para o rádio-relógio e RC para o computador, esboce o circuito elétrico que esquematiza a ligação desses 4 aparelhos elétricos na tomada (adaptador) e, a partir dos dados da potência consumida por cada aparelho, calcule a corrente total no circuito, supondo que todos os cabos de ligação e o adaptador são ideais.

b) Considerando que o valor aproximado a ser pago pelo consumo de 1,0 kWh é R$ 0,30 e que os aparelhos permaneçam ligados em média 4 horas por dia durante os 30 dias do mês, calcule o valor a ser pago, no final de um mês de consumo, devido a estes aparelhos elétricos.

17 UFSP1204/002-CE-BiológicasExatas

RESOluçãO E RESPOSTA

nota b)

nota a)

QuESTãO 15

Um telescópio refrator trabalha com a propriedade de refração da luz. Este instrumento possui uma lente objetiva, que capta a luz dos objetos e forma a imagem. Outra lente convergente, a ocular, funciona como uma lupa, aumentando o tamanho da imagem formada pela lente objetiva. O maior telescópio refrator do mundo em utilização, com 19,2 m de comprimento, é o telescópio Yerkes, que teve sua construção finalizada em 1897 e localiza-se na Universidade de Chicago, nos EUA.

(www.cdcc.usp.br)

O telescópio Yerkes possui uma objetiva com 102 cm de diâmetro e com razão focal (definida como a razão entre a distância focal e o diâmetro de abertura da lente) igual a 19,0.

a) Qual a distância focal da objetiva do telescópio refrator descrito e quanto vale a soma das distâncias focais da objetiva e da ocular?

b) Qual é o aumento visual (ampliação angular) do telescópio?

18UFSP1204/002-CE-BiológicasExatas

RESOluçãO E RESPOSTA

nota b)

nota a)

QuESTãO 16

Sabe-se que o comprimento C de um quadrúpede, medido da bacia ao ombro, e sua largura L, medida na direção vertical

(espessura média do corpo), possuem limites para além dos quais o corpo do animal não se sustentaria de pé.

Por meio da física médica, confrontada com dados reais de animais, é possível identificar que esses limites implicam na

razão 32

L:C ser, no máximo, próxima de 7:1, com as medidas de C e L dadas em centímetros.

C

L

a) Qual é, aproximadamente, a largura L, em centímetros, de um cachorro que tenha comprimento C igual a 35 cm, para que

ele possa se sustentar de pé na situação limite da razão 32

L:C ? Adote nos cálculos finais 2,25 � , dando a resposta em

número racional.

b) Um elefante da Índia de L = 135 cm possui razão 32

L:C igual a 5,8:1. Calcule o comprimento C desse quadrúpede,

adotando nos cálculos finais 1,753 � e dando a resposta em número racional.

19 UFSP1204/002-CE-BiológicasExatas

RASCUNHO

RESOluçãO E RESPOSTA

nota b)

nota a)

QuESTãO 17

Considere a distribuição de genótipos AA, aa, Aa em uma população de 500 animais jovens, todos com x anos de idade. Sorteando ao acaso um indivíduo dessa população, a probabilidade de que ele seja de genótipo AA é de 32%, e de que seja de genótipo Aa é de 46%.Quando os membros dessa população envelhecem, ao atingirem y anos de idade (y > x), o gene a provoca a morte instantânea e, como A é dominante sobre a, os indivíduos AA e Aa permanecem sadios, enquanto que os indivíduos aa morrem.

a) Quantos indivíduos de genótipo aa teríamos que acrescentar à população dos 500 animais de x anos de idade para que o sorteio de um indivíduo nesse novo grupo pudesse ser feito com probabilidade de 50% de que o indivíduo sorteado tivesse o gene A em seu genótipo?

b) Sorteando-se ao acaso um indivíduo da população original dos 500 animais quando a idade de seus membros é de y anos, logo após a morte dos indivíduos de genótipo aa, qual é a probabilidade de que o indivíduo sorteado tenha um gene a em seu genótipo?

20UFSP1204/002-CE-BiológicasExatas

RASCUNHO

RESOluçãO E RESPOSTA

nota b)

nota a)

QuESTãO 18

A sequência (12, a, b), denominada S1, e a sequência (c, d, e), denominada S2, são progressões aritméticas formadas por nú-meros reais.

a) Somando 1 ao segundo termo e 5 ao terceiro termo de S1, a nova sequência de três números reais passa a ser uma progressão geométrica crescente. Calcule a razão dessa PG.

b) Aplicando a função trigonométrica seno aos três termos de S2, a nova sequência que se forma tem soma dos três termos

igual a zero, e termo do meio diferente de zero. Determine a razão r de S2, para o caso em que ����r

2.

21 UFSP1204/002-CE-BiológicasExatas

RESOluçãO E RESPOSTA

nota b)

nota a)

QuESTãO 19

Na figura, ABCDEFGH é um paralelepípedo reto-retângulo, e PQRE é um tetraedro regular de lado 6 cm, conforme indica a figura. Sabe-se ainda que:

• P e R pertencem, respectivamente, às faces ABCD e EFGH;

• Q pertence à aresta EH;

• T é baricentro do triângulo ERQ e pertence à diagonal EG da face EFGH;

• RF é um arco de circunferência de centro E.

A D

P

B

ET

R

Q

C

H

F G

a) Calcule a medida do arco RF, em centímetros.

b) Calcule o volume do paralelepípedo ABCDEFGH, em cm³.

22UFSP1204/002-CE-BiológicasExatas

RESOluçãO E RESPOSTA

nota b)

nota a)

QuESTãO 20

Considere o sistema de inequações

4

1

2

3y)1x(

0x2yx

22

22

����

���

���

����

����

���

a) Represente graficamente, no sistema cartesiano de eixos ortogonais inserido no campo de resolução e resposta, a solução desse sistema de inequações.

b) Calcule a área da superfície que representa a solução gráfica do sistema de inequações.

y

x0

23 UFSP1204/002-CE-BiológicasExatas

FORMuláRIO DE FÍSICA

L ângulo limite

v

R

2

Ni;

N = número de espirasN

2

22

1

11

T

Vp

T

Vp �

24UFSP1204/002-CE-BiológicasExatas

FORMuláRIO DE MATEMáTICA

Potências e raízes

n mn

m

n.mnm

nmnm

nmnm

aa

a)a(

aa:a

aa.a

��

��

Trigonometria

ângulo

seno

cosseno

tangente

0

0

1

0

0

1

inexistente1

6

�4

�3

�2

2

1

2

2

2

3

3

3

2

2

2

3

2

1

3

adjacentecateto

opostocatetotg

hipotenusa

adjacentecatetocos

hipotenusa

opostocatetosen

��

��

��

������������������������������������

sen.sencos.cos)cos(

sen.sencos.cos)cos(

sen.coscos.sen)(sen

sen.coscos.sen)(sen1

cos �

sen � �

Equação polinomial

do 2.º grau

a2

ac4bbx

0a,0cbxax

2

2

����

����

Progressões

Aritmética

r)1n(aa

aar

1n

n1n

����� �

Geométrica

1n1n

n

1n

q.aa

a

aq

Probabilidade

1)A(P)A(P

possíveiscasos

favoráveiscasosP

��

220

20 r)yy()xx( ����

on 180.)2n(S �� (soma dos ângulos internos de polígono)

Geometria

a + b = c (Teorema de Pitágoras)² ² ²

2

3LH � (altura de triângulo equilátero)

4

3LA

2

� (área de triângulo equilátero)

r2C �� (comprimento de circunferência)

A = r (área de círculo)� ²

V = a·b·c (volume de paralelepípedo reto-retângulo)

(equação de circunferência)

1b

)yy(

a

)xx(2

20

2

20 ����

(uma das equações de elipse)

1b

)yy(

a

)xx(2

20

2

20 ����

( )uma das equações de hipérbole

)yy(p2)xx( v2

v ��� (uma das equações de parábola)

25 UFSP1204/002-CE-BiológicasExatas

ClASSIFICAçãO PERIóDICA

90

232Th

96

(247)Cm

91

231Pa

97

(247)Bk

92

238U

98

(251)Cf

101

(258)Md

93

(237)Np

99

(252)Es

102

(259)No

94

(244)Pu

100

(257)Fm

103

(262)Lr

89

(227)Ac

95

(243)Am

1

2

3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

13 14 1615 17

18

Número Atômico

Massa Atômica

( ) = n. de massa do

isótopo mais estável

Símbolo

o

1

1,01H

3

6,94Li

53

127I

50

119Sn

51

122Sb

52

128Te

87

(223)Fr

88

(226)Ra

77

192Ir

54

131Xe

81

204Tl

55

133Cs

82

207Pb

56

137Ba

57-71Série dos

Lantanídios

89-103Série dosActinídios

72

178Hf

84

(209)Po

73

181Ta

85

(210)At

74

184W

86

(222)Rn

75

186Re

76

190Os

83

209Bi

80

201Hg

79

197Au

78

195Pt

Série dos Lantanídios

58

140Ce

64

157Gd

59

141Pr

65

159Tb

60

144Nd

66

163Dy

69

169Tm

61

(145)Pm

67

165Ho

70

173Yb

62

150Sm

68

167Er

71

175Lu

57

139La

63

152Eu

Série dos Actinídios

105

(262)Db

107

(264)Bh

108

(277)Hs

109

(268)Mt

110

(271)Ds

111

(272)Rg

106

(266)Sg

104

(261)Rf

2

4,00He

5

10,8B

6

12,0C

8

16,0O

9

19,0F

15

31,0P

18

39,9Ar

31

69,7Ga

34

79,0Se

37

85,5Rb

40

91,2Zr

43

(98)Tc

46

106Pd

49

115In

10

20,2Ne

14

28,1Si

17

35,5Cl

30

65,4Zn

33

74,9As

36

83,8Kr

39

88,9Y

42

95,9Mo

45

103Rh

48

112Cd

13

27,0Al

16

32,1S

29

63,5Cu

32

72,6Ge

35

79,9Br

38

87,6Sr

41

92,9Nb

44

101Ru

47

108Ag

7

14,0N

23

50,9V

24

52,0Cr

25

54,9Mn

26

55,8Fe

12

24,3Mg

20

40,1Ca

19

39,1K

27

58,9Co

28

58,7Ni

21

45,0Sc

22

47,9Ti

4

9,01Be

11

23,0Na

(IUPAC, 22.06.2007.)

26UFSP1204/002-CE-BiológicasExatas

RASCUNHO

Os rascunhos não serão considerados na correção.

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