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Ano 4 - Nº 15 Mai/Jun 2007 ESPECIAL CONSTRUÇÃO NAVAL ENTREVISTA José Renato F. de Almeida aborda ações e investimentos do PROMINP EXCLUSIVO As medalhas dos XV Jogos Pan-americanos Rio 2007

01-C&P 15 CAPA · indústria naval, “adormecida” por duas décadas, tem dado passos consistentes para se tornar uma das mais dinâmicas e importantes alavancas do crescimento

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Ano 4 - Nº 15Mai/Jun 2007

ESPECIAL

CONSTRUÇÃO NAVAL

ENTREVISTA

José Renato F. de Almeida

aborda ações e investimentos

do PROMINP

EXCLUSIVOAs medalhas dos

XV Jogos Pan-americanos

Rio 2007

01-C&P_15_CAPA 6/1/07 1:37 PM Page 1

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Sumário

fotos da capa:International Paint eCasa da Moeda

A revista Corrosão & Proteção é uma publi-cação oficial da ABRACO – Associação Brasileirade Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968,e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir oestudo da corrosão e seus métodos de proteção econtrole.

Av. Venezuela, 27 , Cj. 412 Rio de Janeiro - RJ - CEP 20081-310 Fone (21) 2516-1962/Fax (21) 2233-2892www.abraco.org.br

DiretoriaPresidenteEng. Pedro Paulo Barbosa Leite - PETROBRAS/NORTECVice-presidenteEng. Laerce de Paula Nunes - IECDiretor FinanceiroM.Sc. Gutemberg de Souza Pimenta -PETROBRAS /CENPES

Diretoria TécnicaEng. Aldo Cordeiro DutraDr. Eduardo Homem de S. Cavalcanti - INTJeferson da Silva - AKZO NOBEL

Dra. Olga Baptista Ferraz - INTDra. Zehbour Panossian - IPT

Comunicação e MarketingGeorge Vasconcelos

Conselho Editorial Eng. Aldo Cordeiro Dutra - INMETRO Dra. Denise Souza de Freitas - INT Eng. Jorge Fernando Pereira Coelho M.Sc. Gutemberg Pimenta - PETROBRAS -CENPESEng. Laerce de Paula Nunes - IEC Dr. Luiz Roberto Martins Miranda - COPPEDra. Zehbour Panossian - IPT

Conselho Científico M.Sc. Djalma Ribeiro da Silva – UFRNM.Sc. Elaine Dalledone Kenny – LACTECM.Sc. Hélio Alves de Souza JúniorDra. Idalina Vieira Aoki – USPDra. Iêda Nadja S. Montenegro – NUTECDr. José Antonio da C. P. Gomes – COPPEDr. Luís Frederico P. Dick – UFRGS M.Sc. Neusvaldo Lira de Almeida – IPT Dra. Olga Baptista Ferraz – INT Dr. Pedro de Lima Neto – UFCDr. Ricardo Pereira Nogueira – UniversitéGrenolle – FrançaDra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ

Redação e PublicidadeAporte Editorial Ltda.Rua Emboaçava, 93São Paulo - SP - 03124-010Fone/Fax: (11) [email protected]

DiretoresJoão Conte - Denise B. Ribeiro Conte

EditorAlberto Sarmento Paz - Vogal Comunicaçõ[email protected]

Repórteres Henrique A. Dias e Carlos Sbarai

Projeto Gráfico/EdiçãoIntacta Design - [email protected]

FotografiaGilberto Rios e Intacta Design

GráficaVan Moorsel Gráfica e Editora

As opiniões dos artigos assinados não refletem aposição da revista. Fica proibida sob a pena dalei a reprodução total ou parcial das matérias eimagens publicadas sem a prévia autorizaçãoda editora responsável.

26

Fosfatização de Metais Ferrosos –

Parte 7 - Efeitos do pH

por Zehbour Panossian e

Célia A. L. dos Santos

30

Noções Básicas sobre Processo

de Anodização do Alumínio

e suas Ligas – Parte 3

por Adeval Antônio Meneghesso

Artigos Técnicos

C & P • Maio/Junho • 2007 3

6Entrevista

PROMINP aumenta investimentos em 2007José Renato Ferreira de Almeida

8Matéria de Capa

Os novos rumos da construção naval no Brasil

12Reportagem Exclusiva

14Especial Arte Sacra

16ABRACO Informa

18Notícias do Mercado

22Pesquisa & Desenvolvimento

33Treinamento & Desenvolvimento

34Atualização Transportes

38Opinião

O que os consumidores conscientes esperam das empresasHélio Mattar

02-C&P_15_Sumário/Expediente 6/4/07 3:05 PM Page 1

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indústria naval, “adormecida” por duas décadas, tem dado passos consistentes parase tornar uma das mais dinâmicas e importantes alavancas do crescimento nacional.Depois de chegar à vice-liderança mundial no setor na década de 70, a indústria

nacional foi perdendo espaço para os estaleiros asiáticos e por falta de políticas públicas deincentivo a um setor que tem forte capacidade de mobilização e geração de empregos.

Agora é caminhar – e rapidamente – para superar dois pontos frágeis nessa retomada:a recuperação das instalações e a formação de mão-de-obra qualificada em todos os níveis.O recente anúncio da construção de nove navios-tanques no Rio de Janeiro, com investi-mentos próximos aos R$ 2 bilhões, e a atuação da Rede Temática da Indústria da Cons-trução Naval são dois lados da mesma moeda: a pesquisa e desenvolvimento gerando cres-

cimento. Esses são, não por acaso, o ponto de partida e ofoco de nossa matéria principal, onde também há espaçopara fornecedores de tintas industriais, um dos segmentosatentos à propulsão da indústria naval, apresentarem suasexpectativas e produtos.

Uma participação que nos orgulha é do coordenadordo PROMINP, José Renato Ferreira de Almeida, que apre-senta as ações e novos investimentos do ousado programa,e que está alinhado com a retomada da indústria da cons-trução naval.

Compartilhar conhecimento é aprimorar sabedoria - este é o slogan da Aporte Edi-torial, que há cerca de duas décadas atua no mercado de publicações especializadas. Poderiaser apenas mais um jargão sem pretensões filosóficas, porém, o trabalho desenvolvido naRevista Corrosão & Proteção é um bom exemplo de como esse lema se apresenta de formaexpressiva nas matérias jornalísticas.

Nesta edição, duas reportagens contemplaram nosso trabalho possibilitando dividircom nossos leitores momentos de plena satisfação. A Casa da Moeda abriu suas portas e nãomediu esforços para que pudéssemos apresentar os detalhes técnicos da confecção das meda-lhas dos jogos Pan-americanos, relatando desde o designer aos processos de tratamento desuperfície. Mais do que uma reportagem, podemos classificar nossa estadia nas dependên-cias da Casa da Moeda como uma visita técnica, na qual tivemos todo o apoio dos profis-sionais que atuam diretamente no negócio de tratamento de superfícies e da área de comu-nicação da instituição.

Na Carrara pudemos acompanhar – e relatar aos nossos leitores – como foram produ-zidas as peças sacras que foram especialmente preparadas para as cerimônias religiosas cele-bradas pelo Papa Bento XI quando da sua visita ao Brasil. Os detalhes nos foram apresen-tados em um encontro coroado de despreendimento e cortesia. Pai e filho, juntos no mesmopropósito, Luiz Carrara há mais de 50 anos no mercado e com a mesma garra e entusiasmode quem inicia uma atividade, saindo dos bancos escolares. Ainda comenta orgulhoso ocurso concluído na Escola Roberto Simonsen do Senai.

Os Editores

Avemus sonhos no Brasil

Carta ao leitor

Incentivada, a indústria naval

pode se transformar em uma

das áreas mais dinâmicas da

economia brasileira

4 C & P • Maio/Junho • 2007

03-C&P_15_CartaLeitor 6/5/07 3:23 PM Page 1

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Entrevista

José Renato Ferreira de Almeida

UANDO FOI LANÇADO EM

2003, o Programa deMobilização da IndústriaNacional de Petróleo e

Gás Natural (PROMINP) previaum investimento anual de R$ 6bilhões. Passados quatro anos,essa previsão mais do que dobrou.Agora são R$ 15 bilhões (per-tencentes ao plano de negóciosda PETROBRAS para investi-mentos gerais), a fim de acom-panhar o crescimento do setor emaximizar a participação da in-dústria nacional de bens e servi-ços, em bases competitivas e sus-tentáveis, na implantação deprojetos de óleo e gás no Brasil eno exterior.

O PROMINP, concebido noâmbito do Ministério de Minase Energia, está estruturado emtrês áreas temáticas, subdivididasem seus respectivos temas estra-tégicos. São elas: Capacitação(profissional, tecnológica e in-dustrial), Política Industrial (fi-nanciamento, regulação, políticatributária e fomento à pequena emédia empresa) e DesempenhoEmpresarial (competitividade,sustentabilidade e SMS - segu-rança, meio-ambiente e saúde).Todas elas com o objetivo de ge-rar riquezas e divisas para o país,por meio da atuação efetiva emtoda a cadeia produtiva de pe-tróleo e gás natural.

Um dos principais alvos do

equipamentos e tecnologia daPETROBRAS Internacional(BRASPETRO), antes de assu-mir a coordenação do PRO-MINP.

Para falar com mais detalhessobre os resultados alcançados eprevistos pelo PROMINP, comfoco na área de capacitação pro-fissional, que tem como premis-sa assegurar a homogeneidade eo padrão de qualidade de todo oprocesso de qualificação, JoséRenato Ferreira de Almeida con-versou com a Revista Corrosão& Proteção.

Até o momento quanto foi in-vestido no PROMINP e quaisos principais resultados obtidos?Nós trabalhamos com planosqüinqüenais, ou seja, quando oPROMINP foi lançado em 2003foram previstos investimentos deR$ 6 bilhões ao ano entre 2003 e2007. De 2006 a 2010 essa pre-visão subiu para R$ 9,9 bilhões evai aumentar ainda mais noperíodo de 2007 a 2011 quandoatingirá a marca de R$ 15 bilhõespor ano, como parte do plano denegócios gerais da PETROBRAS.A demanda de bens de serviços nosetor de petróleo e gás natural noBrasil, que é o grande pano defundo do programa, foi o quelevou a esse aumento no planeja-mento inicial. Quanto aos resul-tados, o PROMINP está estrutu-

Por Henrique Dias

PROMINP para gerar essas di-visas é a qualificação de profis-sionais, para atender um deman-da cada vez maior e mais exigen-te. Com esse objetivo foi lança-do o Plano Nacional de Qua-lificação Profissional (PNQP),em 2005, um grande projeto decapacitação profissional que visaselecionar, gratuitamente, mão-de-obra em categorias conside-radas críticas para o setor, ofere-cendo cursos como o de pinturaindustrial. “Nós pretendemosformar profissionais em 17 esta-dos diferentes, que já estão comprojetos em andamento. Só naqualificação de pessoas serãoinvestidos R$ 304 milhões até2008. É uma meta ambiciosa,mas absolutamente factível”,afirma José Renato Ferreira de Al-meida, coordenador executivodo PROMINP.

Engenheiro mecânico for-mado pela Universidade Esta-dual Paulista (UNESP), Almei-da é pós-graduado em Econo-mia Ambiental e Análise de Po-líticas Públicas pela Universi-dade de Harvard e em Estratégiade Negócios pela London Busi-ness School. Na PETROBRÁSdesde 1977, ele já atuou comogerente de construção de proje-tos industriais e plataformasoffshore, além de gerenciar aárea de meio-ambiente da enge-nharia. Foi também gerente de

6 C & P • Maio/Junho • 2007

PROMINP aumenta investimentos em 2007

Para suprir às crescentes demandas da indústria nacional de petróleo e gás natural, a PETROBRAS investirá,

anualmente, R$ 15 bilhões no próximo qüinqüênio (2007 a 2011), como parte do seu plano de negócios

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outros órgãos certificadores,como a própria ABRACO?Sim, uma vez que todos os profis-sionais selecionados pelo ProjetoIND. P&G 26.4, que tem comoobjetivo promover a capacitação,qualificação e certificação de ins-petores nas diversas modalidadesrequeridas pela Indústria Nacio-nal de Petróleo e Gás Natural, se-

rão certificados através dessas par-cerias. As instituições envolvidasterão o compromisso, não só decertificar esses profissionais nofinal do processo, mas de acompa-nhar toda a sua estruturação asse-gurando a eficácia do mesmo. Emresumo, o programa está aberto àsiniciativas que venham a contri-buir para a execução de seu obje-tivo maior.

Quais são os principais objeti-vos do programa para o ano de2007?O principal objetivo do PROMINPpara o ano de 2007 é a implanta-ção do segundo ciclo do PlanoNacional de Qualificação Pro-fissional (PNQP). Esperamos sele-cionar cerca de 73 mil profissio-nais até dezembro, dos quais3.500 serão inspetores de pintura.

Para saber mais sobre o programa, acesse o sitewww.prominp.com.br

rado em cima de três áreas temá-ticas Política Industrial, Desem-penho Empresarial e Capacitação.Falando especificamente da áreade Capacitação, nós desenvolve-mos o PNQP (Plano Nacional deQualificação Profissional) quepretende formar profissionais em17 estados diferentes, totalizando80 instituições, 114 cursos e6.400 turmas. Até o momento jáforam investidos R$ 11 milhões,dos R$ 304 milhões previstos até2008, com cerca de seis mil profis-sionais já qualificados.

Quantos empregos foram ge-rados direta e indiretamentedesde a implantação do pro-grama? Os projetos em andamento gera-ram, aproximadamente, 73 milempregos diretos e mais de 220mil indiretos. Um número queconsideramos muito bom, mas atendência é que esses númerossejam cada vez mais relevantes,em função das boas expectativasque temos em relação ao desen-volvimento da cadeia de produ-ção da indústria de petróleo e gásnatural.

De que forma as empresas dosetor de petróleo e gás têmajudado no Plano Nacional deQualificação Profissional doPROMINP (PNQP)?O plano foi desenvolvido, especifi-camente, para preparar profissio-nais via empresas prestadoras deserviços. São essas empresas e asso-ciações que vão ajudar a suprir asdemandas do setor de petróleo egás natural. Na minha opinião,um dos grandes problemas, queainda atrapalha o crescimentodesse setor, é a quantidade deinsumos, ou seja, é importanteque se tenha no Brasil a qualifica-ção da mão-de-obra e a produçãode equipamentos necessários paraque se importe cada vez menostecnologia e profissionais de outrospaíses.

Como está sendo avaliada aparceria do PROMINP com aABRACO no que diz respeitoao treinamento, qualificação ecertificação de inspetores depintura?É fundamental a participação dascertificadoras como a AssociaçãoBrasileira de Corrosão (ABRA-CO) para prover o mercado com

esse tipo de profissional em quan-tidade adequada. Não se trabalhaum inspetor de pintura no nível dequalificação exigido pelo PRO-MINP de uma hora para outra,sendo assim, essa integração é aforma mais apropriada de se esti-mular o crescimento do mercado.Alguns cursos já foram oferecidos epretendemos ampliá-los de manei-ra a dotar o mercado de profissio-nais qualificados.

Existe a possibilidade de outrasparcerias entre o PROMINP e

C & P • Maio/Junho • 2007 7

Os projetos já

geraram 73 mil

empregos diretos.

Um número bom, mas

a tendência é de

crescimento mais

relevante

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ANÚNCIO DA CONSTRUÇÃO

de nove navios petroleiros,em abril, foi mais uma

etapa na retomada da indústrianaval brasileira. Esses navios-tan-ques estão dentro do Programa deModernização e Expansão da Fro-ta da TRANSPETRO, que prevêa construção de 42 embarcaçõesno período de 2005 a 2015. Aconstrução dos navios estará a car-go do Consórcio Rio Naval, e a-contecerá em estaleiros localiza-dos na cidade do Rio de Janeiro.Os investimentos previstos supe-ram R$ 1,9 bilhão, com a geraçãode 3 mil empregos diretos.

Depois de vinte anos sem re-ceber investimentos, a indústrianaval começa a ganhar força e,por uma ação efetiva da PETRO-BRAS/TRANSPETRO, pode setransformar em um dos segmentosmais dinâmicos e geradores docrescimento nacional. “Mas aindaexistem vários desafios pela fren-te”, diz o engenheiro naval e dire-tor do Centro de Engenharia Na-val e Oceânica do Instituto de Pes-quisas Tecnológicas (IPT), CarlosDaher Padovezi. “O grande desafioé aproveitar o impulso inicial ad-

vindo desta iniciativa de se construir os navios no Brasil, para desenvol-ver tecnologia e equacionar os processos de gestão, de tal forma que segaranta a sustentabilidade do setor ao longo do tempo”, argumentaPadovezi.

Tal sustentabilidade, segundo o especialista do IPT, será obtidaquando, no processo de retomada da construção de navios de grandeporte, os estaleiros brasileiros conseguirem atingirum nível adequado de competitividade. “Estoumuito otimista. As condições técnicas – mão-de-obra de fácil qualificação, disponibilidade de aço –que já nos fizeram grandes construtores mundiaisainda existem e hoje há uma consciência da neces-sidade de se buscar a competitividade, pelo desen-volvimento tecnológico e pela utilização das ferra-mentas modernas de gestão”, comenta Padovezi.

Já o professor titular de estruturas oceânicas daCOPPE/UFRJ, Segen Farid Estefen, acredita que os principais desafiosa serem superados estão associados com recursos humanos, tecnologiae gestão. “No caso de recursos humanos será necessário qualificar sol-dadores e outros profissionais de nível médio para trabalhar na constru-ção naval. Estes profissionais devem ser treinados para que possammanusear equipamentos cada vez mais sofisticados, com interface com-putacional. Na tecnologia, aspectos referentes à maior velocidade desoldagem de chapas e perfis, assim como o controle dimensional doscomponentes estruturais, devem ser considerados para diminuir otempo de fabricação do navio e evitar custos adicionais causados peloretrabalho”, comenta Estefen.

Na opinião do professor doutor da USP e coordenador da RedeTemática de Construção Naval, Bernardo Luis Rodrigues de Andrade,outro ponto importante é a necessidade de reestruturação e moderni-zação dos estaleiros, reativação ou revitalização da produção nacional denavipeças e recapacitação de pessoal em todos os níveis de atuação.

Matéria de Capa

foto

: WEGOs novos rumos da construção

naval no Brasil

8 C & P • Maio/Junho • 2007

Carlos DaherPadovezi.

A revitalização do parque fabril e a formação de mão-de-obra qualificada em todos os níveis

são grandes desafios. Mas, as expectativas da indústria naval são muito relevantes

A revitalização do parque fabril e a formação de mão-de-obra qualificada em todos os níveis

são grandes desafios. Mas, as expectativas da indústria naval são muito relevantes

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Ponto que também é destacado por Marcos Tavares, engenheiro navalda TRANSPETRO/ COINV (Vetting Coordination), sistema de ava-liação e aceitação de navios, que estabelece os padrões mínimos quepermitem o acesso aos terminais aquaviários. “Depois de alcançar o se-gundo posto no mundo na construção naval, na década de 70, o Brasilperdeu espaço para os estaleiros asiáticos, o que gerou uma grande des-mobilização da armação nacional. As poucas obras foram insuficientespara manter o parque industrial e também a mão-de-obra especializa-da. Agora, as expectativas apontam para uma nova era no setor, e acre-dito que a revitalização do parque fabril é fundamental para perenizaresta competência, tornando viável a construção de embarcações degrande porte para outros armadores, além da TRANSPETRO”, observaTavares.

Na visão de Bernardo Luis Rodrigues de Andrade, a indústria deconstrução naval deve ser incentivada por ser uma atividade com ele-vada capacidade de geração de empregos diretos e indiretos, além depromover e alavancar a atividade econômica em diversos outros setoresde fornecimento de matéria prima, peças, equipamentos e serviços. “Osetor tem um grande poder de multiplicação. Na construção de umnavio, estão envolvidos mais de 1500 fornecedores de peças, de com-ponentes ou prestadores de serviços. Muitas indústrias brasileiras pas-sarão a fornecer equipamentos para a indústria naval, assim comooutras serão criadas (inclusive, muitas com licença de empresas estran-geiras)”, esclarece.

O professor Bernardo explica que, além disto, a indústria naval pro-duz um bem fundamental para o transporte local e internacional daprodução do país. “O desenvolvimento desta indústria junto com osetor de transporte marítimo pode ajudar o país a reduzir seus gastoscom frete e serviços associados à exportação e importação de mercado-rias”, informa.

Marcos Tavares, da TRANSPETRO/COINV avalia ainda que a en-trada de capital externo fará com que haja uma completa remodelaçãonos estaleiros, tornando-os mais competitivos e alinhados com as ne-cessidades do mercado externo, trazendo maior prestígio e divisas parao Brasil. O professor da URFRJ, Segen Farid Estefen acrescenta, nesseponto, a possibilidade de qualificação de fornecedores, em especial osde motores de grande porte. “Outros equipamentos de propulsão e con-trole poderão vir a ser fabricados no Brasil caso a expansão se consolide”.

Redes Temáticas – Na busca por mais tecnologia, foram criadas20 redes temáticas por intermédio de alguns convênios junto ao Mi-nistério de Ciência e Tecnologia. Uma delas, coordenada pelo CEN-PES/PETROBRAS e a Universidade de São Paulo - USP, é a RedeTemática em Tecnologia da Construção Naval.

“Ao final de 2007, com o término dos atuais projetos desta Rede,

certamente teremos um grandesistema de laboratórios altamentecapacitados para apoio ao proje-to, à construção e à operação denavios. Laboratórios de hidrodi-nâmica experimental para estu-dos de propulsão e de manobrasde embarcações, laboratórios derisco, de gestão da construção eda cadeia de suprimentos, desimulação de processos construti-vos de navios, de levantamentode distorções de fabricação, etc”,explica Padovezi.

Para o coordenador da RedeTemática de Construção Naval,Bernardo Luis Rodrigues de An-drade, o projeto tem por objetivopromover a pesquisa, o desenvol-vimento e a capacitação científicae tecnológica em temas de inte-resse da PETROBRÁS em suasdiversas áreas de atividade. “ARede de Construção Naval é umainiciativa de pesquisa e desenvol-vimento associada ao recenteprograma de revitalização dafrota da TRANSPETRO e àsações para revitalizar e retomar aconstrução de navios de grandeporte no país”, explica. Andradeesclarece que nesta primeira faseo programa envolve o financia-mento de oito projetos envolven-do pesquisas em vários temasrelacionados ao projeto, constru-ção e operação de navios, além daimplantação e revitalização delaboratórios e grupos de pesquisaem universidades e instituiçõesde pesquisa. Todos os projetos es-tão em andamento e, a maioria,tem duração prevista de dois anos.

“Os projetos estão sendo co-ordenados pelo IPT, pela USP e

A indústrianaval deve serincentivadapor ser umaatividade comelevadacapacidade degeração deempregos

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Corrosão – Muito embora a atividade de construção naval tenhapassado por um período de pouca atividade, a indústria de revestimen-to pode lograr grandes avanços não só com novos revestimentos inor-gânicos como também com técnicas de aplicação em grande escala, via-bilizando a utilização de revestimentos que anteriormente eram proibi-tivos para a aplicação naval. A afirmação é do engenheiro CarlosAlexandre, da TRANSPETRO, responsável pela implementação dosistema de gerenciamento da corrosão interna na malha dutoviária daTRANSPETRO. “Assim, tem-se como objetivo a utilização de revesti-mentos anticorrosivos mais eficientes – não só para aplicações externasao casco, como também para aplicações internas, em tanques de cargae lastro –, que considerem, entre outros fatores, o novo perfil do petró-leo nacional, com acidez cada vez mais acentuada, além dos efeitos cor-rosivos da água de formação, carregada juntamente com petróleo”,comenta Alexandre.

FornecedoresUm dos segmentos que estão atentos à retomada da indústria naval

é o de tintas especiais. A Renner Herrmann S/A, divisão Marítima e deManutenção Industrial, por exemplo, possui uma linha completa.Segundo o gerente geral de vendas da unidade Marítima e de Manu-tenção Industrial da empresa, Clayton Queiroz Junior, a Renner ofere-ce para esse mercado desde produtos convencionais a produtos de altaperformance, e até os chamados antifoulings para a pintura de obrasvivas, linha Supermarine AF. “Hoje o mercado requer a utilização deprodutos, surface tolerant cuja utilização vai ao encontro dos novos sis-temas de preparo de superfície com a utilização de água em altíssimapressão, e exige também produtos de baixo impacto ecológico”, co-menta Queiroz Junior.

Ele informa ainda que a Renner é a pioneira no lançamento dessetipo de produto no Brasil, o REVRAN ECO NVC 997 com perfor-mance comprovada por mais de 1 milhão de metros quadrados aplica-dos. “Estamos sempre pesquisando e desenvolvendo produtos acompa-nhando a evolução do mercado e as novas tendências de baixo impac-to ambiental”. A Renner recentemente lançou o REVCHEM DHR870, um produto de novíssima geração para pintura interna de tanquescom um range de aplicabilidade enorme. O grande diferencial desteproduto é que proporciona a liberação do tanque em menor tempo doque o convencional. A divisão Marítima e de Manutenção Industrialda Renner fornece soluções em revestimentos convencionais e de altodesempenho.

Outra empresa que também opera com esse mercado é a WegTintas, segundo informa a profissional do marketing corporativo daempresa, Cristina T. Santos. “A WEG Tintas investe continuamente

pela UFRJ e contam com a parti-cipação de pesquisadores de ou-tras instituições, como a Marinhado Brasil, e de universidades doRio Grande do Sul, Santa Ca-tarina, Pernambuco e São Paulo”,comenta Andrade. Os resultadosmais importantes até o momentosão a revitalização e reestrutura-ção dos grupos de pesquisadorese laboratórios para pesquisa e de-senvolvimento na área de cons-trução naval, tanto em universi-dades como em instituições afins.Além destes existem evidente-mente os resultados específicosde cada projeto, que ainda sãoparciais uma vez que ainda estãono curso de seu desenvolvimento.

O professor Segen Farid Este-fen acredita que a Rede Temáticade Tecnologia em Construção Na-val envolve as três instituições na-cionais com tradição no tema:COPPE/UFRJ, USP e IPT. Nocaso da COPPE/UFRJ, quatroprojetos de pesquisa estão sendoconduzidos em assuntos referen-tes ao desempenho internacionalna construção naval (BENCH-MARKING), simulação de pro-cessos de construção (LABSEN),instalação de plataforma para si-mulação de manobras no TanqueOceânico (REBOQUE) e avalia-ção da influência da fabricação naestrutura do navio (FABRINAV).

“Dentre estes projetos pode-mos destacar os estágios avança-dos dos projetos LABSEN e FA-BRINAV quanto a subsídios a se-rem fornecidos à indústria naval.No caso do LABSEN estudospreliminares de lay-out de estalei-ros a serem construídos tem sidorealizados. No caso do FABRI-NAV equipamentos sofisticadosempregados nas indústrias aero-náutica e nuclear estão sendo uti-lizados para o melhor entendi-mento da influência da soldagemna variação dimensional de pai-néis, o que irá contribuir paramaior agilidade na montagem eedificação de blocos”, explicaEstefen.

A RedeTemática daConstrução

Naval, coorde-nada pelo

CENPES/PETROBRAS

e USP, aliaP&D ao

recentePrograma de

REvitalizaçãode Frotas daTRANSPE-

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foto: WEG

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em desenvolvimento tecnológico para atender o exigente mercadonaval e trabalha principalmente em duas grandes frentes: as linhasWET Surface e WEG Ecoloflex SPC; a primeira desenvolvida paraaplicação em superfícies molhadas, como plataformas de petróleo; e asegunda, indicada para navios de grande porte; oferecendo aos seusclientes produtos inovadores e de alta performance”, explica. A WEGvem fornecendo tintas tanto para abaixo como acima da linha d’águapara docagem e construção de novas embarcações.

Para completar o pacote WEG para o segmento, o WegthaneAntifungo 508 foi especialmente desenvolvido para áreas com altaumidade que sofram incidência de fungos. “É uma tinta de acabamen-to poliuretano acrílico alifático que apresenta altíssima resistência aointemperismo e evita proliferação de fungos e outros microorganismossobre a película de tinta”, explica Marcelo Luis Campregher,chefe de vendas técnicas da WEG.

E, para continuar desenvolvendo seus produtos e aplica-ções, a empresa firmou acordo de cooperação com aUniville, Universidade de Joinville/SC, que prevê análisespara aplicação da norma internacional de qualidade das tin-tas usadas na indústria naval.

A International Paint, outra gigante do ramo, estabeleci-da no Brasil desde 1926, desenvolve tintas para os segmen-tos marítimo, de proteção anticorrosão industrial e iates. Aempresa traz em sua bagagem a experiência de quem estápresente em 54 países e possui laboratórios certificadossegundo padrões mundiais de qualidade e segurança, com acertificação ISO 9001, ISO 14001 e OSHAS 18001. Adivisão de tintas Marítimas se destaca por fornecer o sistemade controle de incrustação livres de TBT, tintas resistentes àabrasão e tintas para tanques de lastro para embarcações emconstrução, em reparos ou em manutenção. A empresadestaca os produtos: Interplate Zero - primer silicato dezinco à base de água, produto patenteado, com zero VOC,o Interfine 979 - uma tinta à base de polisiloxano, que pro-move retenção de brilho e cor superior aos poliuretanos e oIntersleek 900 – tecnologia patenteada à base de fluorpolí-mero, que pode substituir os anti-foulings convencionais,através do desprendimento de incrustações, por serexcepcionalmente liso, diminuindo a rugosidade do cascoe promovendo boa resistência a danos mecânicos. Além denão agredir o meio ambiente, pode reduzir anualmente ematé 6% o consumo em combustível e emissão de dióxidode carbono.

A International Paint é signatária do Coatings Care, um

programa de comprometimentoe responsabilidade da indústria detintas mundial para a melhoriacontínua dos aspectos relaciona-dos ao meio ambiente, saúde e se-gurança. “Um bom exemplo é ini-ciativa da empresa em descontin-uar a fabricação de produtos àbase de alcatrão de hulha, desdejaneiro de 2006.”, informam Ro-sileia Mantovani, gerente de Mar-keting e Marcus Torres, gerentede Vendas - Divisão Marítima. •

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Reportagem Exclusiva

OM UMA PRODUÇÃO DIÁ-ria de, aproximadamente,375 medalhas aprovadas,

ou seja, sem imperfeições, a Casada Moeda do Brasil se equipoucom novas máquinas a fim deagilizar a confecção das mais de22 mil peças, de ouro, prata,bronze e de participação, que se-rão distribuídas nos Jogos Pan-

Americanos Rio-2007, cuja cerimô-nia de aberturaacontece no dia 13de julho, no Es-tádio do Maraca-nã. O trabalho te-ve início em 16 deabril e o términoestá previsto para o

dia 6 de julho. Esse curto prazo éum dos maiores desafios da equi-pe da Casa da Moeda. “Para aten-dermos o prazo de entrega das me-dalhas, foram adquiridos, atravésde concorrência pública, equipa-mentos com o objetivo de agili-zar alguns dos processos de pro-dução que antes eram feitos à mão”,conta o técnico em metalurgia eengenheiro mecânico José CarlosGomes, coordenador da seção demedalharia da Casa da Moeda.

Até ficarem prontas, as meda-lhas pan-americanas, todas feitasem bronze, passam, primeira-mente, pelos seguintes processos:fusão (ocorre entre 1250 e 1300graus Celsius), limpeza do mate-rial (elimina completamenteimpurezas e deformações superfi-ciais), laminação (para se chegarà espessura desejada), obtençãodo blank (produto que gera amedalha), recozimento (amacia oblank, aumentando a vida útil doferramental), cunhagem (impres-são da logo) e rebarbação (acaba-

Por Henrique Dias

A proteção às Medalhas do PanOs processos responsáveis pela proteção anticorrosiva e decorativa são fundamentais

para garantir o sucesso das medalhas oficiais do Rio-2007

12 C & P • Maio/Junho • 2007

mento que tira o excesso de material das bordas da medalha). Após os procedimentos citados, as medalhas passam por etapas de

produção diferentes, quando são definidas quais serão de ouro, prata ebronze. A primeira é banhada a ouro (acabamento brilhante), emseguida, leva mais dois banhos de cobre (um alcalino e outro ácido) e,por fim, é imersa em níquel para evitar sua oxidação, uma vez que acamada de ouro aplicada é muito fina.

Tanto a de prata quanto a de bronze têm acabamento platinado esão submetidas a um jateamento em micro-esferas de vidro. A diferen-ça entre elas é que uma é banhada em prata e a outra passa apenas poruma pátina. A aplicação do verniz é o último processo – e o maisimportante na prevenção da corrosão e da oxidação, sendo que todasas medalhas são, obrigatoriamente, envernizadas. Depois de prontas,elas recebem uma moldura de acrílico e uma fita com as cores verde,amarela e azul. “Até hoje, a Casa da Moeda nunca recebeu uma devo-lução de medalhas por oxidação ou corrosão. Os únicos reparos quefazemos são provenientes de acidentes. Não possuímos informaçãoexata sobre a vida útil das medalhas, mas nos primeiros dez anos nãohá o menor risco de oxidação”, afirma Gomes.

A principal dificuldade encontrada pelos técnicos da Casa daMoeda para a confecção das medalhas, criadas pelos designers NeyValle, Cláudia Gamboa e Beatriz Abreu, da Dupla Design, foi chegara um consenso sobre o seu formato final, pois o modelo apresentadoinicialmente possuía curvas e ângulos muito acentuados, o que invia-bilizaria a rapidez na produção e aumentaria o refugo, que hoje é deapenas 100 a cada quatro mil medalhas produzidas, média considera-da excelente pelos profissionais da Casa da Moeda. “Esse resultado é

José CarlosGomes,

coordenador da seção de

medalharia daCasa da Moeda

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cédulas do meio circulante nacio-nal, o Departamento de Moedase Medalhas (DEMOM), que atuana cunhagem de moedas, meda-lhas e distintivos oficiais, como,por exemplo, os da Polícia Fede-ral e o Departamento de GráficaGeral (GEGER), que confeccio-na, entre outras coisas, as cartei-ras nacionais de habilitação e tra-balho, todos os selos fiscais e pos-

tais, bilhetes magné-ticos para ônibus emetrô e cartões te-lefônicos. Em con-junto com esses se-tores, está o Depar-tamento de Enge-nharia de Produ-

ção e Desenvolvimentode Matrizes (DEMAT),a quem cabe a concep-ção técnica e artísticados produtos da Casada Moeda. •

A mão-de-obraaltamente especializadapermite ganhosexpressivos dequalidade. O “refugo” é de apenas 100medalhas paracada quatro milproduzidas

fruto da mão-de-obra altamente especializada, já que contamos comcerca de 15 ourives, todos diplomados pelo SENAC, à frente daslinhas de produção. Na definição do design, argumentamos a partir denossa experiência nesse setor e chegamos a um acordo com os desig-ners quanto ao formato externo. Essa decisão conjunta foi fundamen-tal para agilizarmos a confecção das medalhas”, conta José CarlosGomes, funcionário da Casa da Moeda há 20 anos.

A produção das medalhas pan-americanas é mais um dos impor-tantes trabalhos realizados ao longo dos anos pela Casa da Moeda doBrasil, fundada em 1694 quando governantes portugueses iniciarama fabricação das primeiras moedas brasileiras. A entidade, presididaatualmente por José dos Santos Barbosa, possui trêsgrandes setores de produção: o Departamento deCédulas (DECED), responsável pela impressão das

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TRABALHO DE TRATAMEN-to de superfícies está emtodas as partes, mesmo

que não consigamos vislumbrá-los na nossa rotina e também emmomentos especiais. E, por

vezes, em lugares que nemimaginamos. Prova disso,é o cálice para o vinho eo cibório para as hóstiasusados durante a ceri-mônia de canonizaçãode Frei Galvão, realiza-da pelo papa BentoXVI, na missa quereuniu cerca de 1milhão de fiéis no

Campo de Marte, em São Paulo, no dia 11 de maio. “Essas peças foram feitas especificamente para o evento. Nós as

fizemos em tamanho especial para que os fiéis pudessem visualizá-las”,diz o proprietário da empresa responsável pela confecção das peças,Luiz Carrara.

As peças possuem 40 centímetros de altura e cerca de 20 centíme-tros de diâmetro. Os objetos foram feitos em latão com banho de ouroe prata com pátina escura. Uma camada de verniz protetor tambémfoi aplicada externamente. Internamente, o banho de ouro é umanecessidade uma vez que prolonga a vida das peças contra a corrosão,pois tratam-se de objetos que serão usados para o consumo de alimen-tos, pão e vinho.

Selecionada para desenvolver essas peças especiais, a empresa LuizCarrara Artesanato Sacro, também produziu 600 âmbulas, recipientesapropriados para distribuir as hóstias durante a missa de canonizaçãode Frei Galvão. As peças bentas pelo Papa trazem design liso e foramproduzidas em latão banhado a ouro.

Empresa produz artesanalmente cálice, cibório e âmbulas para a visita do Papa Bento XVI ao Brasil

Por Carlos Sbarai

Tratamentos especiais valorizam peças sacras

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Cada âmbula foi feita com 6cm de altura e 17,5 cm de diâ-metro e ganharam um protetorgiratório em acrílico e capacida-de para 400 partículas. “Nossotrabalho foi totalmente artesanal,assim como todas as peças quefazemos aqui há 60 anos”, contaLuiz Carrara. A empresa doaráum exemplar de cada peça para oMuseu de Arte Sacra de SãoPaulo, localizado no Mosteiro daLuz, onde trabalhou o santo bra-sileiro.

“Todos os colaboradores daempresa participaram do traba-lho. Foi uma grande empreitada, que foi finalizada com extremosucesso”, diz Carrara. “Depois de moldado; o material recebeu a solda,passou pelo polimento, ganhou o banho de metais líquidos, foi cinze-lada e, enfim, foram gravadas em relevo”, completa Carrara.

A tradição da empresa começou no ano de 1938, em Curitiba,(PR), onde padres franciscanos (OFM) vindos da Alemanha, monta-ram uma pequena metalúrgica, com o objetivo de produzir peçaslitúrgicas conforme as necessidades da própria ordem. As peças jáapresentavam, naquela época, uma conotação pré-conciliar, designconsiderado “moderno” e que é mantido até hoje. Após quatro anos,por causa de problemas relacionados à Segunda Guerra Mundial, ospadres se mudaram para a cidade de São Paulo, instalando-se nasdependências da Igreja do Convento Santo Antônio, no bairro doPari, centro da capital paulista.

Nos dias de hoje, Luiz Carrara conta com a ajuda do filho Eduar-do. Formado em engenharia mecânica e pós-graduado em “Arte Sacrae Espaço Litúrgico”, Eduardo segue os passos do pai aliando a tradiçãoe a modernidade sempre fundamentado na liturgia. A empresa temexperiência em restauração de cálices, cibórios, castiçais, ostensórios,sacrários, tronos, turíbulos e diversos outros produtos de metalurgia.

É bem provável que o leitor nunca tenha se dado conta que os tra-tamentos de superfície pudessem estar presentes nos objetos sacros,quer nos aspectos decorativos assim como nos de proteção. A alta qua-lidade do banho é imprescindível, pois o próprio pH do vinho, utili-zado na consagração da hóstia, pode corroer a deposição e causarsérios problemas de saúde para os religiosos. •

Luiz Carrara (à dir.) e seu filho, Eduardo. “Nosso trabalho foi totalmente artesanal, assim como todas as peças que fazemos há 60 anos”

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A Associação Brasileira de Corrosão –ABRACO e o Instituto de PesquisaTecnológicas do Estado de São Paulo –IPT realizaram dois importantes eventospara o aperfeiçoamento dos profissionaisbrasileiros. Entre os dias 16 e 28 de abril,aconteceu, na sede do instituto, a primei-ra edição do curso de Qualificação deInspetor de Pintura Industrial NI em SãoPaulo. O curso faz parte do convênio decooperação tecnológica firmado entre aABRACO e o IPT.

“O sucesso do curso pode ser medido pela grande pro-cura, as 26 vagas se esgotaram quase um mês antes do seuinício (veja box dos participantes). Isso porque o curso foiministrado por especialistas da área acadêmica com largaexperiência nas principais empresas do País”, revela Neus-valdo Lira de Almeida, um dos coordenadores do eventotécnico. Segundo ele, os alunos tiveram a oportunidade de

freqüentar aulas teóricas e práticas, o quepermitiu aos participantes adquirir infor-mações e bagagem para realizar o exame dequalificação junto ao SEQUI/Petrobrás.Almeida também informa que a segundaedição do curso de Qualificação de Inspe-tor de Pintura Industrial NI deverá aconte-cer também na capital paulista no segundosemestre de 2007. “Sabemos da necessida-de desse tipo de qualificação e já estamostrabalhando na segunda edição do evento”.

Na opinião do engenheiro SherwinWilliams Celso Gnecco, esse foi um sonhoconcretizado. “A realização do curso aquiem São Paulo abre uma grande chancepara o profissional que busca ampliar suasqualificações. Por outro lado, sinto-mehonrado em fazer parte do seleto grupo deprofessores que ministraram as aulas”.

O engenheiro Ighor Tarragô, um dosalunos do curso de Qua-lificação de Inspetor dePintura Industrial NI,avalia que ampliou con-sideravelmente sua ba-gagem profissional . “Foifundamental ampliarmeu conhecimento, alémdisso houve uma rele-vante troca de experiên-cia. É importante tam-bém frisar a excelênciados professores, profis-

ABRACO – IPT realizam dois eventos técnicos em São Paulo

ABRACO Informa

sionais atuantes no mercado e que muito tem para nostransmitir”.

Quem compartilha da opinião é a arquiteta e engenhei-ra do IPT, Adriana Araujo, que também fez parte do qua-dro de alunos. “O curso serviu para ampliar em muito oconhecimento de todos os participantes. Considero tam-bém que o fato de termos colaboradores e ex-colaborado-res do IPT ministrando o curso aumentou o peso dessetreinamento junto à comunidade do setor”.

Palestra – O segundo evento técnico foi a palestra Re-vestimento e Proteção Catódica para Dutos e Equipa-mentos, que aconteceu nos dias 23 e 24 de maio. Mais de60 profissionais participaram do evento que contou comos seguintes palestrantes: Paulo Vasconcelos (Corrocoat),André Luis Lemuchi e Carl Christian Gudme (Canusa),Alex Franzin (Chesterton), Jéferson Silva (InternationalPaint), André Koebsch (Petrobrás), Marcelo CatanociGandur (3M), Diego Hita (Hita Comércio), Simone Bra-sil (Escola de Química UFRJ), Mario Leite (IPT), Eduar-do Barreto (IEC Engenharia), Marcos Bartelotti (TBG) eEduardo Laurino (PETROBRAS/Transpetro). O eventoteve o patrocínio da Engeduto.

Ighor Tarragô

Neusvaldo Lira de Almeida Curso contou com 26 participantes

Adriana Araujo (IPT)Alberto de Campos (AndradeGutierrez)Alex Pereira (Blasting)Alexandre Pastre (Silgon)Claudecir Cunha (Renner)Claudio Manfrini (Labor Tintas)Cleriston Magalhães (Cemon Engenharia)Daniel SalesDanilo Perez (Hiter)Douglas Verderi (Advance)Edson Lima (Confab)Germano SalesGuilherme Rubsam (Jatofer)

Homero Vilela (Blasting)Ighor Tarragô (Sulmeta)José Carlos Ribeiro (Confab)Jucemar Lopes (Mills)Leandro Escudero (IPT)Marcelo Monachesi (Renner)Marcos Asmir (Só-Jato)Miriã LabutoRenato Romagnoli (Alclare)Ricardo ToledoRuam Esteves (HITER)Rubens de Melo (Cooperativa São José)Valter Hugo (Comercial Borges)

Adriana Araujo

Celso Gnecco (à dir.) entregacertificado de conclusão aLeandro Santos Escudero

Participantes do Curso de Pintura Industrialfo

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“Fundamentos de Resistência à Corrosão”

Em maio, chegou ao mercado de publica-ções especializadas, o livro “Fundamentos deResistência à Corrosão” (330 páginas – Edi-tora Interciência), de Laerce Nunes. A obraincorpora os conhecimentos tecnológicosrelacionados à corrosão e seu controle, dentrodo enfoque de prevenção dos processos cor-rosivos, de modo a ampliar a resistência dosmateriais à corrosão pelo uso de técnicas, taiscomo revestimento, proteção catódica e anó-dica, inibidores de corrosão e modificaçãonos meios corrosivos.

O propósito do livro é resumir de forma prática e objetiva oconhecimento aplicável a projetos, manutenção e montagensindustriais, permitindo o fácil acesso às tecnologias envolvidas nocombate e controle da corrosão.

O livro conta com o apoio da ABRACO e do IBP – InstitutoBrasileiro de Petróleo e Gás e pode também ser adquirido naABRACO, através do Tel.: (21) 2156-1962 - Ramal 26 ou peloe-mail [email protected]

Curso de Inspetorde Pintura no Rio

Grande do Sul

A ABRACO e a Frazão En-saios Não-Destrutivos – FRAENDfirmaram parceria para oferecer ocurso de Inspetor de Pintura In-dustrial – Nível I no Rio Grandedo Sul, que tem como finalidadeproporcionar aos participantes co-nhecimentos teóricos e práticospara desempenhar essa função eainda possibilitar a qualificaçãojunto à PETROBRAS, de acordocom os requisitos da norma 2004-B. O curso acontece entre os dias25 de junho e 21 de julho de2007, com carga horária de 88horas, na cidade de Canoas, naregião da Grande Porto Alegre.As inscrições podem ser feitas atra-vés do telefone (21) 2516-1962,fax (21) 2233-2892 ou e-mail: [email protected]

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ABRACO Informa

Notícias do Mercado

PROMAR: 21 anos

Tradicional no mercado, a Promar festejou,no dia 10 de maio, sua “maioridade”. A empre-sa completou 21 anos de atividades no mercadode anticorrosão, fornecendo serviços de trata-mentos de superficies através de jateamento epintura industrial. “A qualidade de nosso traba-lho é fruto de uma sólida infraestrutura. Possuí-mos um corpo comercial e técnico qualificado,com inspetores Nivel I PETROBRÁS”, contaRoseli Abade, gerente Administrativa da Promar.

A empresa presta serviços para os segmentosde saneamento básico, siderurgia, petrolíferas,mineradoras, construção civil e naval, indústriaquímica, e outros setores que utilizam pinturaindustrial. Com duas unidades na cidade deSão Paulo, com instalação total de 7.700m2, ameta agora é consolidar sua política de qualida-de, com a certificação ISO 9001:2000. • Mais informações, telefone (11) 4138 4232,

e-mail: [email protected]

Núcleo Inox participa de feira da indústria farmacêutica

A Associação Brasileira de Corrosão – ABRACO acaba deinaugurar seu primeiro escritório regional. A cidade de SãoPaulo foi escolhida para ser o braço da entidade no estado.“Muitos eventos, reuniões e outros acontecimentos ocorrem nacidade, e o escritório vai dar total apoio a esses eventos e man-ter uma linha direta com a sede da entidade, localizada no Riode Janeiro. No mês de abril, por exemplo, o escritório regionaldeu todo apoio durante a realização do primeiro curso de qua-lificação de inspetor de pintura industrial que aconteceu emSão Paulo”, revela Veruska Correa de Souza, secretária do escri-tório regional paulista da ABRACO. A iniciativa faz parte dasmetas da nova gestão do presidente da entidade, Pedro PauloBarbosa Leite.

O escritório está localizado no Laboratório de Corrosão doInstituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT. Os interessados nasações da ABRACO em São Paulo podem contatar a secretariada entidade pelo telefone (11) 3719-5726 ou pelo endereçoeletrônico ([email protected]). As cartas devem serencaminhadas para Regional ABRACO - Laboratório deCorrosão do IPT, Av. Professor Almeida Prado, 532, prédio 53,na Cidade Universitária - CEP: 05508-901.

ABRACO disponibiliza seminário no site

Sempre com o intuito de colaborar para odesenvolvimento dos profissionais e empresasnacionais, a ABRACO conta com uma novaferramenta: a internet. Além dos serviços jádisponibilizados, será possível acompanharalguns eventos técnicos diretamente do site daentidade.

Para os interessados no Seminário de Corro-são Interna de Dutos e Equipamentos, realizadoem parceria com o Instituto Nacional de Tec-nologia (INT), as palestras do evento estão dis-poníveis no link: http://www.abraco.org.br/spcide06.htm

O evento, realizado no final do ano passadona sede do INT, no Rio de Janeiro, reuniu váriostécnicos e especialistas, que em dois dias pude-ram assistir a quinze palestras, levantando ques-tionamentos e gerando pequenos debates sobretécnicas preventivas de corrosão interna de dutose equipamentos, além da avaliação de novas tec-nologias e das tendências desse mercado.

O Núcleo Inox – Núcleo de Desenvolvimento Técnico Mercado-lógico do Aço Inoxidável – e as empresas associadas Acesita S.A.,Acesita Serviços - São Paulo, Eletroinox e Sander Inox participaram daFCE Pharma, Exposição Internacional de Tecnologia para a IndústriaFarmacêutica, entre 15 e 17 de maio, no Transamérica Expo Center,

em São Paulo-SP.Matéria-prima presente

em diversas aplicações daindústria farmacêutica, quededica atenção especial aaspectos relacionados à con-taminação de materiais e pro-dutos fabricados, o aço inoxi-dável é o material indicadona linha de produção – tan-ques da fabricação de medi-

camentos e cosméticos e demais equipamentos – estendendo a utili-zação para outras fases do processo de fabricação, armazenamento etc.“Quanto mais rigoroso é o padrão de qualidade do trabalho realiza-do por uma empresa, mais chances do aço inoxidável estar presente”,comenta Arturo Chao Maceiras, diretor-executivo do Núcleo Inox.

ABRACO abre o primeiro escritório regional

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Renner desenvolve revestimento para combater o mexilhão dourado

A WEG recebeu o prêmio demelhor fabricante de tintasindustriais do Brasil no 11ºPrêmio Paint & Pintura. A pre-miação, baseada no desempenhode mais de 170 empresas no anode 2006, é resultado de umaextensa pesquisa de mercado,que apontou as preferências defabricantes de tintas em 34

categorias de fornecedores, eavaliou critérios como ênfase na qualidade, investi-mentos, lançamentos de produtos, respeito ao meioambiente e responsabilidade social.

O evento de premiação aconteceu em São Paulono dia 24 de maio, eo diretor da WEG Tintas,Reinaldo Richter, foi quem subiu ao palco parareceber a homenagem.

Criado em 1996, o Prêmio Paint & Pintura,realizado pela revista Paint & Pintura, tornou-seuma referência do mercado de tintas nacional. Alémda categoria “Fabricante de Tintas Industri-ais”, foram eleitos os melhores fabricantes nos seg-mentos automotivo, imobiliário e gráfico. • Mais informações, telefone (47) 3276 4000

e-mail: [email protected]

International Paint na CBO Valentina

A CBO VALENTINA é a primeira embarcação construídano Brasil pintada com Intersleek 700, marca da InternationalPaint. O desempenho do produto foi comprovado pelo EstaleiroAliança durante a docagem. A embarcação permaneceu no cais deacabamento do estaleiro por aproximadamente 5 meses, cais estecom grande atividade microbiológica. A princípio, visualizava-seuma mudança de cor da película do Intersleek. O estaleiro juntocom a International resolveram fazer um teste de limpeza combaixa pressão onde se constatou fácil remoção das incrustações econtaminação, permanecendo intacto o acabamento e a retençãodas cores conforme a aplicação inicial.

Seminários Técnicos – Ainda no setor de tintas para apli-cação na construção naval, a International Paint anuncia a reali-zação de seminários técnicos marítimos para ampliar o conheci-mento dos profissionais brasileiros. Os seminários acontecem emJunho nas cidades de Manaus (dia 22), Rio de Janeiro (dia 26 paraEstaleiros e dia 27 para Armadores) e Itajaí (dia 28) e serão min-istrados pelas equipes da área técnica e de marketing da empresa.Serão apresentadas as novas tecnologias de produtos mencionadasna matéria e também a nova legislação da IMO, para tanques delastro. • Mais informações, telefone (21) 2199 7198 ou

e-mail: [email protected]

Empresas de geração de energia, de saneamento, alémde indústrias e o setor de irrigação agrícola, contam comum avanço tecnológico importante no combate a um gran-de problema que atinge diretamente estes segmentos: oMexilhão Dourado. Desde 2004, a Renner Herrmann, emparceria com a CESP – Companhia Energética de SãoPaulo, vem trabalhando no sentido de desenvolver umatinta antiincrustrante que evite a fixação desta espécie inva-sora em equipamentos de usinas geradoras de energia.

Espécie de molusco originário da China e regiãoSudeste da Ásia, o Mexilhão Dourado encontrou ambien-te favorável nos rios brasileiros, reproduzindo-se com altavelocidade. Essa proliferação passou a causar desequilíbrioambiental, assim como problemas nos equipamentos deempresas de abastecimento de água potável, telas de tan-ques–rede de piscicultura, sistemas de irrigação, atividadesde esportes náuticos e usinas hidrelétricas. Entre as conse-qüências da incrustração do molusco nesses equipamentosestão a redução do diâmetro interno de tubulações, che-gando a provocar o bloqueio total; redução da velocidadede fluxo da água devido a perdas por atrito (fluxos turbu-lentos); contaminação por mortalidade, devido a ações decontrole inadequadas; obstrução de filtros; aumento da

corrosão das superfícies com as quais entra em contato porpermitir a proliferação de outros organismos indesejáveis(bactérias, fungos), entre outros problemas.

Os estudos da parceria Renner Herrmann/CESP, per-mitiram o desenvolvimento da linha de tintas antiincrus-tantes Revran, desenvolvida em conformidade com a legis-lação internacional da IMO e da Resolução n.º 357 doCONAMA – as normas que regulam atualmente o uso detintas antiincrustantes e as emissões de produtos em águasclasse 1 para consumo humano. Essa tinta é utilizada jun-tamente com um sistema anticorrosivo, altíssimo desempe-nho, isento de solventes e metais pesados, de fácil manu-tenção, diferentemente dos produtos usualmente utiliza-dos à base de alcatrão de hulha nocivos ao meio ambientee de cor preta – que dificulta a visualização dos primeirossinais de corrosão (indicadores da necessidade de realizar amanutenção).

Desta forma foi alcançado um esquema de pinturaecologicamente correto, com melhor desempenho anticor-rosivo e que elimina totalmente os graves problemas origi-nados pela incrustação do Mexilhão Dourado. • Mais informações, telefone (11) 2109 1406,

e-mail [email protected]

Sucesso reconhecido

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PubliEditorial Anion

Solução eficaz na cromação do alumínio

Mital – Puxadores em alumínio

ALUMÍNIO FAZ PARTE DA

vida moderna. Sem ele,certos produtos que usa-

mos no dia-a-dia simplesmentenão existiriam ou teriam outrosformatos e pesos. Rodas, panelase embalagens, por exemplo, sãosomente algumas das aplicaçõescom as quais a sociedade já con-vive de uma maneira definitiva.Atentos à nova realidade, a MitalIndústria Metalúrgica decidiu de-senvolver produtos em alumínio.

Em um curto espaço de tem-po se tornou líder na produçãode puxadores e acessórios sanitá-rios em alumínio. “Até 1997 nósutilizávamos o latão como maté-ria-prima, mas percebemos essamudança de conceito no merca-do e fomos buscar parceiros pararealizar essa tarefa. Para vencermais esse desafio, recebemos to-do o apoio técnico e de produtosda Anion MacDermid”, revela odiretor da empresa, Vitório Car-melo Cury Calia.

Segundo Calia, o resultadofoi surpreendente. “Esse apoiopossibilitou à Mital oferecer pro-dutos com qualidade superior,design diferenciado e ainda com

melhores preços. Essa combina-ção transformou a empresa emuma referência nesse segmento.Alguns chegam a nos procurarpara trocar informações sobrecomo funciona nosso sistema deprodução, desde os processos depré-tratamento até os processosanticorrosivos.”

Calia chama a atenção para osprejuízos decorrentes da corro-são, que atingem somas astronô-micas no mundo todo, incluídasas perdas de materiais, os lucroscessantes e o custo da prevenção.Também no aspecto preventivo éque se mostra a importância daparceria com a Anion MacDer-mid, pois sabemos que a aplica-ção de processos de alta tecnolo-gia podem evitar falhas em mate-riais metálicos e conseqüente pre-venção de acidentes causadospelo mau funcionamento e máresistência dessas peças.

Atendimento globalPara o diretor da Anion

MacDermid, Airi Zanini, além

de fornecer tecnologia de ponta,a empresa deve estar atenta àsquestões ambientais. “Nosso cli-ente tem que estar satisfeito coma prestação de serviços de manei-ra global e com a qualidade dosprodutos oferecidos, e nós deve-mos estar certificados para aten-der tais necessidades”, comenta.“Assim podemos assistir com ex-celência diversos clientes, como aMital, e proporcionar ganhoscompetitivos aos nossos parceirosde negócios.”

Zanini conta que a empresa,depois de banir o uso do cianeto,responsável por danos à saúde eao meio ambiente, também eli-minou o uso do Cromo hexava-lente, altamente prejudicial. “Ago-ra trabalhamos com o Cromo tri-valente, que está de acordo comas normas e diretivas internacio-nais, tais como RoHS, WEEE eEOLVD.”

O gerente técnico da AnionMacDermid, Aloísio FernandesSpina, explica que tecnicamenteo principal produto para a anco-

Um dos laboratórios de pesquisa e desenvolvimento da MacDermid

Abaixo, um dos modelos de

puxadores produzidos

na Mital

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MitalFundada em 1991, em Salto

Grande (SP), a Mital atua no de-senvolvimento de acessórios parao setor moveleiro, como puxado-res de móveis e de portas de vi-dros, espaçadores, suportes paraprateleiras, cadeiras para terraçose jardins, além de uma linha ex-clusiva de acessórios sanitários.Todos os seus produtos são fabri-cados em alumínio e latão e estãodisponíveis em diversos acaba-mentos, como por exemplo, cro-mados, polidos, acetinados, en-vernizados, ouro velho, cromoescovado, anodizado, grafite eoutros.

Para atender o crescimento daempresa foi necessária a constru-ção de uma nova filial emRibeirão do Sul, em SP, e contra-tação de 150 novos colaborado-res para a unidade fabril. •

ragem (adesão) das camadas sub-seqüentes do alumínio é o Bon-dal (conhecido como o Zincatode Alumínio). Os primeiros de-senvolvimentos foram feitoscom o BONDAL DIP, que con-tém quantidades mínimas decianeto. “O processo evoluiu ehoje foi substituído na Mitalpelo BONDAL CF (totalmenteisento de cianeto). Quanto aoprocesso final de cromo decora-tivo, hoje se utiliza o cromodecorativo trivalente, processoaltamente dominado pela AnionMacDermid, que há mais de dezanos fornece processos de Cro-mo trivalente para diversos seg-mentos do mercado de trata-mentos de superfícies“, explicaSpina. Aloísio também informaque o referido processo, chama-do ENVIROCHROME 100,produz acabamentos muito si-milares quando comparados aosproduzidos pelos processos decromo hexavalente.

Anion MacDermidA Anion foi fundada em

1990 com o objetivo de atenderao segmento de tratamentos desuperfícies nos setores decorativoe técnico. Nesta época suas insta-lações ficavam em Barueri, comprodução local e oferecendo as-sistência técnica e controle dequalidade em um mesmo labora-

tório. Em 1992, com a demandamaior, foi criado outro laborató-rio e firmada a representação dosprodutos ingleses da Canning.

Em 1998, a Canning foi ad-quirida pela MultinacionalMacDermid e a Anion passou arepresentá-la no Brasil, poden-do, a partir desta época, oferecerprodutos com tecnologia maisavançada e para ramos de ativi-dades mais variados. A Anioninaugurou em 2000 uma novafábrica em Jandira (SP) comamplos laboratórios, de instru-mentação, assistência técnica,controle de qualidade e desen-volvimento, além de uma gran-de área para a produção, esto-que e escritórios.

Esta nova unidade contatambém com uma modernaestação de tratamentos de eflu-entes, além de um auditório paratreinamentos internos e exter-nos. Devido ao aumento dacompetitividade da Anion nomercado brasileiro, foi desperta-do um grande interesse pelogrupo MacDermid, levando-o àaquisição da Anion, que hojepassou a ser chamada de AnionMacDermid. “Estamos alinha-dos com as mais exigentes neces-sidades globais em soluções paratratamentos superficiais”, resu-me Airi Zanini, diretor geral daAnion MacDermid.

ALUMÍNIO: USO CRESCENTE

Sua produção atual supera a soma de todos osoutros metais não-ferrosos. Hoje, os Estados Unidose o Canadá são os maiores produtores mundiaisde alumínio. Entretanto, nenhum deles possuijazida de bauxita em seu território, dependendoexclusivamente da importação.

O Brasil tem a terceira maior reserva mun-dial de bauxita, o minério mais importante paraa produção de alumínio (contém entre 35% e55% de óxido de alumínio) no mundo. A As-sociação Brasileira do Alumínio – ABAL calculaque a produção de alumínio deva crescer 3,4%em 2007, devendo totalizar no ano 1.658 miltoneladas de alumínio primário.

Forte parceria entre Mital e Anion MacDermid

A Mital atuano desenvol-vimento de acessórios parabanheiros epara o setormoveleiro

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Pesquisa & Desenvolvimento

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Estudo de revestimentos anticorrosivos

M JULHO DE 2005, TEVE

início o projeto que deno-minamos Flutuante. Trata-

se de uma proposta inédita, porsuas dimensões e características, etem como objetivo principal criarcapacitação e infra-estrutura paraestudar revestimentos de prote-ção contra a corrosão em estrutu-ras e equipamentos expostos àatmosfera marinha, em condi-ções de imersão total e parcial-mente imersos em água salgada.A fase de projeto e construção doflutuante, com todas suas facili-dades, durou 18 meses e a fase depesquisa propriamente dita teveinício no final de 2006. A previ-são é que a execução dos experi-mentos que hoje estão sendo fei-tos se estenda até 2012.

O Flutuante, batizado de Isa-bel, está fundeado em São Sebas-tião (SP), nas redondezas do Ter-minal da TRANSPETRO. Olocal foi escolhido em função dascaracterísticas locais de correntezae do ambiente mas, também,devido às facilidades de apoiolocal que estão sendo disponibili-zadas pela TRANSPETRO.

Com orçamento de cerca deR$ 850 mil, o projeto é uma par-ceria entre a FINEP – PETRO-

BRAS e o IPT. Foram convidadas empresas fornecedoras de tecnologiasutilizadas na proteção anticorrosiva como revestimentos orgânicos,inorgânicos e metálicos, que forneceram gratuitamente todos os reves-timentos que estão sendo testados.

São basicamente três categorias de revestimentos: substitutos docádmio, níquel químico e revestimentos orgânicos (pintura) que estãorelacionados a seguir:

Revestimentos Metálicos Substitutos do CádmioZinco – 5% cobalto eletrodepositado, com cromatização preta;Dacromet – Óxidos metálicos (Zn, Al), Cr6+, e selante;Geomet - Óxidos metálicos (Zn, Al), Cr3+, e selante;Zinco-ferro com cromatização preta;Zinco-ferro-cobalto eletrodepositado, com Cr3+ e selante;Zinco-níquel com 12% de níquel + selante;

Revestimentos anticorrosivos metálicos e orgânicos, utilizados em ambientes marinhos, são estudados através

de ensaios de exposição em um laboratório flutuante. Modalidade de pesquisa é inédita no Brasil

Na foto ospainéis com os corpos de

prova emexposição

atmosféricamarinha.

Abaixo, planta

detalhada dolaboratório

em duas vistas

LATERAL

Por: Gutemberg deSouza Pimenta,Nara GuidacciBerry, ZehbourPanossian eNeusvaldo L. deAlmeida

FRONTAL

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Diferença dos ensaios convencionais

Nos ensaios convencionais, quesão realizados em laboratórios, emgeral, é feita uma comparação dodesempenho dos vários produtos.Mas, aqueles que são aprovadosem laboratório não necessariamen-te terão os mesmos desempenhosem campo. Portanto, a possibili-dade de realizar ensaios em condi-ções similares às de campo é deuma importância extraordinária.

BenefíciosTodos os projetos que têm a

participação dos organismos deapoio do governo terão as conclu-sões difundidas em âmbito nacio-nal, logo todas as empresas irãoganhar com os resultados queserão obtidos no projeto: empre-sas que investem na produção depetróleo, fornecedores de produ-tos e aplicadores.

Zinco-níquel com 12% níquel sem selante;Semagard; DOX - Liga Ni/Co/B. Cádmio.

Estes revestimentos são “candidatos” a substituir o revestimento decádmio que, no futuro próximo, não deverá ser mais utilizado, devidoas suas características tóxicas.

Os desempenhos desses revestimentos serão comparados com odesempenho do revestimento de cádmio, que é muito conhecidointernacionalmente.

Revestimentos de Níquel QuímicoEstá sendo estudada a influência do:

• Teor de fósforo e teor de cobre no banho;• Tratamento térmico de interdifusão;• Tipo de substrato.

Revestimentos OrgânicosEstão sendo estudados mais de 30 diferentes esquemas de pintura

e, além, disso, como o flutuante possui dois flutuadores com grandesáreas de exposição ao mar, estes foram também pintados com tintasanti-incrustantes de alta performance e que não causam dano ao meioambiente.

Todos os revestimentos acima estão sendo estudados em três regiõesdistintas: corrosão atmosférica, Zona de variação de Maré (ZVM) eregião submersa.

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nos ao meio ambiente e à vida humana, são muito maiores do queos da compra desses mesmos equipamentos. A utilização de pro-dutos de melhor desempenho, se não eliminar, certamente contri-buirá para minimizá-los.

ConclusõesEstamos hoje com cerca de seis meses de exposição dos corpos-de-

prova, mas este tempo ainda é muito curto. Precisamos de um tempomaior para termos uma idéia da performance dos esquemas propostospelos fabricantes. Entretanto, os resultados obtidos até agora já apon-tam para uma experiência de êxito, cujos dados serão, com certeza,importantes para futuras avaliações sobre revestimentos anticorrosivos.

Empresas ParticipantesPETROBRAS, IPT e FINEP. •

Vantagens econômicas eprodutivas

Podemos destacar as seguintesvantagens:• a utilização de esquemas de

revestimentos de alta perfor-mance irá proporcionar umtempo menor de parada paramanutenção, e um maior in-tervalo de tempo entre estasparadas;

• conhecendo-se o desempe-nho dos revestimentos emestudo, poderemos melhoraras especificações de projetos eos fornecedores de produtospoderão melhorar em muitoseus produtos;

• vantagens produtivas sãomuito difíceis de serem men-suradas, mas podemos afir-mar que certamente os custoscom paradas de produçãopara a substituição de umequipamento, bem como da-

Gutemberg de Souza Pimenta - Consultor da PETROBRAS/CENPES. Formado em Engenharia Mecânicapela PUC/RJ e Mestrado em Ciências de Materiais e Metalurgia pelaCOPPE/RJ. Entrou na PETROBRAS através de concurso público e trabalhana atividade de Projetos e Desenvolvimento de Tecnologia na área de corrosãodesde 1979 no Departamento de Integridade de Materiais do CENPES.Diretor Técnico da ABRACO desde 1996. E-mail: [email protected]

Zehbour Panossian - Responsável pelo Laboratório de Corrosão e Proteção do IPT . Doutora em Ciências, professora convidada do curso de pós-graduação do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais da EscolaPolitécnica da Universidade de São Paulo. Diretora da ABRACO -Associação Brasileira de Corrosão. E-mail: [email protected]

Neusvaldo Lira de Almeida - Pesquisador do Laboratório de Corrosão e Proteção do IPT. Bacharel emFísica pelo Instituto de Física da Universidade de São Paulo. Mestre emEngenharia Metalúrgica e de Materiais pela Escola Politécnica daUniversidade de São Paulo. Ministra cursos de especialização em corrosão eproteção, revestimentos metálicos, revestimentos orgânicos. É membro daABRACO e membro de comissões de Normalização da ABNT. E-mail: [email protected]

Nara Guidacci Berry -Engenheira Metalúrgica pela PUC/RJ. Mestre e Doutora em Ciências dosMateriais, Engenheira de Equipamentos da PETROBRAS, trabalhandodesde 2001 no CENPES. E-mail: [email protected]

Ao lado, oFlutuante

Isabel fundeado no

litoral de SãoSebastião (SP)

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Artigo Técnico

Fosfatização de Metais FerrososParte 7 - Efeitos do pH

dores de camada. Atualmente,tais substâncias são utilizadas an-tes da imersão (ou aspersão) nosbanhos de fosfatização de zincoou de manganês (BIBIKOFF, 1985).

A composição e a concentra-ção dos constituintes dos banhosde fosfatização determinam a es-trutura, a cristalização e a espes-sura das camadas fosfatizadas.Existe no mercado uma grandevariedade de banhos fosfatizantesproprietários. As diferenças entretais banhos são devidas aos dife-rentes aceleradores ou combina-ção de aceleradores utilizados.Em menor escala, os aditivos tam-bém são responsáveis por estasdiferenças (JAMES & FREEMAN,1971).

No caso dos banhos de con-versão, o principal constituinte éum fosfato diácido de um metalalcalino ou de amônio. Nestesbanhos, o ácido fosfórico só éadicionado para ajuste de pH.Neste tipo de banho, tambémsão utilizados aceleradores taiscomo nitratos.

Acidez livre, acidez total,relação acidez total/livre e pH

Na prática, a acidez, tanto alivre como a total, é obtida titu-lando-se uma pequena quantida-de da solução fosfatizante comuma solução padronizada dehidróxido de sódio. No caso daacidez livre, a titulação é feita atése atingir pH ao redor de 4. Paratanto, utiliza-se como indicadoro alaranjado de metila ou o azulde bromofenol. No caso da aci-dez total, a titulação é feita até seatingir pH ao redor de 9. Paratanto, utiliza-se a fenoftaleína co-mo indicador (BIESTEK & WE-BER, 1976; CAVANAGH e CAVA-

S COMPONENTES FUNDA-mentais de um banho defosfatização do tipo pseu-

do-conversão são ácido fosfóricolivre, fosfato diácido de um metalformador da camada (zinco, man-ganês, cálcio) e aceleradores (ni-tratos, cloratos, nitrito, peróxi-dos, sais de cobre, níquel, etc).

Por exemplo, a grande maio-ria dos banhos de fosfatização abase de zinco contém ácido fos-fórico, ácido nítrico, fosfato diá-cido de zinco (obtido pela disso-lução de óxido de zinco em ácidofosfórico), que é um compostoformador da camada de fosfatiza-ção, e nitrato de sódio, que fun-cionam como aceleradores (SCIS-LOWSKI, 1990).

Além dos constituintes fun-damentais, os banhos de fosfati-zação podem ter outros aditivos,tais como compostos de cálcio,ácidos orgânicos, boratos, fluore-tos, etc. Estes aditivos permitemdiminuir a temperatura de ope-ração, podem alterar a estruturado depósito e/ou podem aumen-tar o efeito dos aceleradores.

Muitas vezes, detergentes sin-téticos são adicionados. Agentesseqüestrantes ou quelantes podemestar presentes nos banhos de fos-fatização provenientes do arrastede desengraxantes ou decapantesou de substâncias utilizadas paratratamento de águas duras. Ou-tras contaminações podem estarpresentes e estas, mesmo em pe-quenas concentrações, podeminterferir de maneira significativana formação das camadas fosfati-zadas.

Existem ainda muitas subs-tâncias destinadas a refinar a es-trutura cristalina da camada defosfato, denominadas de refina-

NAGH, 1991; SCISLOWSKI, 1991a.).O ácido fosfórico livre é defi-

nido como sendo todo ácidonão-combinado, ou seja, o pro-duto da dissociação completa doácido fosfórico, a saber:

H3PO4 ➠ 3H+

+ PO4

3-

Pela reação acima, pode-severificar que o ácido fosfóricolivre está diretamente relaciona-do com a quantidade de cátionshidrogênio presentes na solução,e, portanto, é função direta dopH do banho. A acidez livre é aresponsável pelo ataque ao subs-trato de aço durante o processode fosfatização (SCISLOWSKI,1991a).

Inicialmente, a acidez totalfoi definida como a quantidadetotal de íons fosfato presentes nobanho, seja na forma de íons fos-fato (PO4

3-), de íons fosfato ácido(HPO4

2-) e de íons fosfato diáci-do (H2PO4

-). Esta definição écorreta para os primeiros banhosde fosfatização que continhamapenas o ácido fosfórico e fosfa-tos metálicos (CAVANAGH e CA-VANAGH, 1991). No entanto,atualmente, os banhos de fosfati-zação contêm outras substâncias,tais como nitratos e fluoretos,que contribuem para a acidez to-tal quando se determina este pa-râmetro através da titulação comhidróxido de sódio e, portanto,para estes banhos, a definiçãoapresentada não se aplica.

O significado prático da aci-dez livre e total pode ser entendi-da observando-se a Figura 1, querelaciona o volume (em mL) gas-tos da solução padronizada dehidróxido de sódio com o pH(EL-MALAH & ABBAS, 1987).

Efeitos provocados pelo pH na formação de camadas fosfatizadas

Por Célia A. L.

dos Santos

Por Zehbour

Panossian

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para deslocar a reação de forma-ção de fosfatos diácidos em fos-fatos monoácidos e em fosfatosneutros. Isto é ilustrado esque-maticamente a seguir:

Assim, sem ácido livre é pra-ticamente impossível operar osbanhos fosfatizantes. No entan-to, a concentração de ácido livredeve ser controlada. A seguir,serão apresentados os problemasque podem surgir quando a aci-dez de um banho de fosfatizaçãofor muito baixa, baixa, alta emuito alta (Scislowski, 1990;Narayanan, 1996):• se o teor de ácido livre for mui-

to baixo, conforme já mencio-nado, os fosfatos insolúveisformar-se-ão de maneira ge-neralizada quando ocorrerqualquer variação nas condi-ções operacionais. Nestas con-dições, a camada fosfatizadapoderá até não se formar;

• se o teor de ácido for baixo,nos banhos com fosfato diá-cido de zinco, o ataque dometal será pouco, o que sig-nifica que na interface metal/banho ter-se-á baixa concen-

O ponto B da curva (Figura1) corresponde ao ponto de vira-gem do alaranjado de metila e oponto C corresponde ao dafenoftaleína. Num processo defosfatização, no ponto B não severifica a formação de cristais defosfato, estes só aparecerão noponto A (primeiro ponto de in-flexão). Este ponto recebe onome de PIP (point of incipientprecipitation). No ponto C, todaa camada de fosfato já estará for-mada. Assim sendo, conclui-seque a camada se forma entre ospontos A e C.

Pelo gráfico apresentado naFigura 1, a acidez livre (AL) cor-responderá ao volume em milili-tros gastos de NaOH padroniza-do no ponto de viragem do ala-ranjado de metila, e a acidez to-tal corresponderá ao volume emmililitros gastos de NaOH pa-dronizado no ponto de viragemda fenoftaleína.

Conforme foi dito anterior-mente, o ácido fosfórico livretem a função de manter em solu-ção o fosfato diácido. Na ausên-cia do ácido livre, variações nacomposição e/ou condições deoperação causam a transforma-ção do fosfato diácido em mo-noácido e/ou neutro, que ocorrenão só na superfície metálica,mas, de uma forma generalizadacom precipitação maciça de fos-fatos insolúveis em todo o ba-nho. Na presença de ácido livre,tais variações não são suficientes

C & P • Maio/Junho • 2007 27

tração de íons de ferro. Nes-tas condições, haverá a for-mação da camada fosfatiza-da, porém, será de qualidadeinadequada (formar-se-á pre-dominantemente a hopeíta,que não é considerada umacamada fosfatizada de boaqualidade);

• se o teor de ácido for alto, po-derá haver penetração de umaquantidade muito grande dehidrogênio no interior dometal que está sendo fosfati-zado, podendo determinar asua danificação por hidrogê-nio. Neste caso, mesmo que sefaça um tratamento térmicode desidrogenação, não se con-segue abaixar muito o teor dehidrogênio incorporado;

• se o teor de ácido for muitoalto, o banho funcionará co-mo um decapante e dissolve-rá uma grande quantidade deferro sem atingir as condi-ções necessárias para a preci-pitação dos fosfatos insolú-veis, nem mesmo na interfa-ce metal/banho. Nestas con-dições, a camada fosfatizadanão se formará.

A Figura 2 ilustra o que foidiscutido. Nesta Figura é, apre-sentada a massa da camada fos-fatizada e a quantidade de ferrodissolvido em função da relaçãoacidez livre/acidez total, durantea fosfatização do aço em umbanho de fosfato de zinco acele-rado com nitrito.

Fica claro na Figura 2 que, pa-ra valores baixos de acidez livre,a massa da camada fosfatizada éelevada e, para valores elevadosde acidez livre, a ação decapantedo banho é elevada.

Assim sendo, pode-se verque é de fundamental importân-cia manter a acidez livre e totaldentro dos padrões preestabele-cidos. Variações da acidez livre e,portanto, do pH, podem ocor-rer durante a operação normalde um banho de fosfatização. Na

Fig 1 – Curva de titulação típica de um banho de fosfato (EL-MALLAH & ABBAS, 1987)

AL – acidez livre(mL gastos até o ponto de viragem do alaranjado de metila)

AT – acidez total(mL gastos até o ponto deviragem da fenolftaleína)

A – primeiro ponto de inflexão.Ponto em que se inicia aformação dos primeiroscristais de fosfato

H3PO4 ➠ 3H+

+ PO4

3-

Me(H2PO4)2 MeHPO4 + H+

MePO4 + 2H+

Diminuição da acidez livre significadiminuição de H+

Quanto menor a concentração de H+ (e, portanto,quanto menor a acidez) mais a reação se

desloca para a direita no sentido de precipitaçãodos fosfatos monoácidos e neutros

mL de NaOH

C

ATAC

AB

pH

4

9

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sódio, que possui caráter al-calino;

• um superaquecimento dobanho causa precipitação dofosfatos secundários (a tem-peratura favorece a reação deformação de fosfatos insolú-veis), o que aumenta a acidezlivre (NARAYANAN, 1996). Asreações responsáveis por istosão as seguintes:

Aumento da temperaturaNos banhos a base de fosfa-

to de metais alcalinos ou de a-mônio, normalmente, ocorrediminuição da acidez livre (au-mento do pH), o que requeradição freqüente de ácido fosfó-rico. Já nos banhos a base defosfato de zinco, ocorre aumen-to da acidez livre (diminuiçãodo pH), o que requer adição fre-qüente de hidróxido de sódio(SCISLOWSKI, 1991a). Neste sen-tido, cuidados devem ser toma-

dos durante a adição do hidró-xido para evitar que no localonde está se adicionando o hi-dróxido, o pH do banho subademais, causando uma precipi-tação de fosfatos insolúveis naforma de lama. Apesar de sermuito comum o uso de hidróxi-do de sódio, é aconselhável uti-lizar carbonatos para o acerto depH. No caso do banho de zin-co, o uso de carbonato de zincoé aconselhável (NARAYANAN,1996).

Um outro problema podeocorrer nos banhos a base defosfato de zinco: fosfatos neu-tros poderão se formar de ma-neira generalizada formandomuita lama e liberando o ácidolivre. Este problema ocorrequando o banho é aquecidoacima da temperatura de opera-ção (superaquecimento do ba-nho, fato já mencionado), ouquando se mantém o banhoaquecido dentro da faixa opera-cional sem utilizar (sem intro-dução de aço para fosfatizar).

Assim, para que um banhoapresente boas condições opera-cionais (formação da camadafosfatizada suficientemente rápi-da), a relação do acidez total e aacidez livre deve ser mantidaconstante e em valores preesta-belecidos na formulação do ba-nho. Estes valores dependem, en-tre outros fatores, do processode aplicação (imersão ou asper-são), do cátion do fosfato diáci-do (ferro, zinco ou manganês) eda temperatura de operação.

Em geral, quando o banhoopera a altas temperaturas, é ne-cessário manter um teor deácido livre elevado, visto quenestas temperaturas a precipita-ção dos fosfatos insolúveis éfavorecida. Se a acidez for man-tida baixa, a precipitação de fos-fatos insolúveis pode ocorrer demaneira generalizada. Quantomenor a temperatura, menorserá o teor de ácido livre neces-sário para manter os fosfatos

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prática, muitos fatores contri-buem para alterar a acidez livrede um banho de fosfatização,podendo-se citar (GORECKI, 1988;SCISLOWSKI, 1991a):• o tipo de sujeira presente na

superfície do aço a ser fosfati-zado;

• arraste de resíduos das solu-ções utilizadas no pré-trata-mento;

• tipo de água utilizada na uni-dade de fosfatização. Segun-do Gorecki (1988), este últi-mo é um fator de grandeimportância, e que muitasvezes não é levado em consi-deração: a natureza da águautilizada no preparo e reforçodos banhos de fosfatização,principalmente, no que dizrespeito à sua dureza, dificul-ta a manutenção do pH. Saisde cálcio e magnésio presen-tes na água tendem a aumen-tar o pH dos banhos de fosfa-tização. Este mesmo autorsugere a utilização de agentestamponantes constituídos deácidos orgânicos para mini-mizar o efeito adverso da uti-lização de águas duras e apre-senta os resultados obtidosexperimentalmente. No en-tanto, não cita a natureza dosácidos utilizados;

• adição contínua de nitrito de

Fig 2 – Massa de camada fosfatizada e massa de ferro dissolvida emfunção da acidez livre/total durante a fosfatização de aço em banho defosfato de zinco acelerado com nitrito, a 60ºC (RAUSCH, 1971)

(pouco solúvel)

(pouco solúvel)

(insolúvel)

(insolúvel)

(solúvel)

(solúvel)

Fe(H2PO4)2 ➠ FeHPO4 + H3PO4

3FeHPO4 ➠ Fe3(PO4)2 + H3PO4

ou

3Fe(H2PO4)2 ➠ Fe3(PO4)2 + 4H3PO4

Aumento da Temperatura

Ataque pelo ácido e

massa defosfato(g/m2)

Massa defosfato

Acidez livreAcidez total

Ataque peloácido

10

9

8

7

6

5

4

3

2

1

0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1

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Surface Finishing. v.78, n. 10, p. 40-44, Oct.

EL-MALLAH, A.; ABBAS, M. Hassib.1987. Effects of pH on phospha-ting. Metal Finishing. v.85, n..4,

p.45-46. Apr.GORECKI, George.1988. pH control ofiron phosphate bathsmade up in hardwater. Metal Fini-shing. v.86, n.12,p.15-16, Dec.

JAMES, D.; FREEMAN, D. B.1971. Accelerator systems for zincphosphate processes with particu-lar references to their use beforeelectropaint. Transactions of theInstitute of Metal FinishingConference issue, part 2, v.49,p. 79-83.

LORIN, G. 1974. Phosphating ofmetals. Great-Britain: FinishingPublications. 222p.

METALS handbook. 1987. 9 ed. Metals Park: ASM, 17v. v.5: surface cleaning, finishing andcoating. 715p.

NARAYANAN, Sankara. 1996.Influence of various factors onphosphatability - an overview.Metal finishing. v.94, n.6, p.86-90, June.

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SCISLOWSKI, Stan. 1991a.Phosphating Part II - total acid,free acid and pH. Metal

so mais simples de fosfatização,que é uma solução de ácido fos-fórico utilizado para fosfatizarmetais ferrosos, isto pode serassim esquematizado:

É importante citar que, naprática, ocorrem variações dobanho como um todo, o que écompensado pelo acerto de pH,que deve ser realizado regular-mente. No entanto, estas varia-ções não são drásticas e permi-tem controle sem prejuízo aoprocesso.

Freqüentemente, o ácido fos-fórico é o único ácido livre pre-sente nos banhos de fosfatização.No entanto, alguns banhos po-dem ser formulados com adiçõesde outros ácidos minerais ou or-gânicos com a finalidade de me-lhorar a condutividade dos ba-nhos (LORIN, 1974). Os ácidosmais utilizados são: o ácidofluorsilícico, o fluorídrico e oácido bórico. •

Na próxima edição serão apre-sentados e discutidos os principaisaceleradores empregados nos pro-cessos de fosfatização.

Referências BibliográficasBIBIKOFF, Wladimir. 1985. Fosfatiza-

ção a base de fosfato de zinco ezinco e ferro. In: ENCONTROBRASILEIRO DE TRATAMEN-TO DE SUPERFÍCIE, 4. SãoPaulo, 1985, Anais... São Paulo:ABTS, 1985. p. 275-284.

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CAVANAGH, Walter R.; CAVANA-GH, Richard R. 1991. The role ofpH in phosphatizing. Plating and

diácidos em solução (NARAYA-NAN, 1996).

Em termos de pH, tem-se:• os banhos a base de fosfato

de ferro, obtidos a partir debanhos contendo fosfato demetais alcalinos ou de amô-nio, em geral, operam entre3,0 e 5,5. Para banhos desti-nados à fosfatização poraspersão, a faixa de pH émantida entre 4,0 e 4,3(SCISLOWSKI, 1991a);

• os banhos a base de fosfatode zinco, em geral, operamcom valores de pH entre 1,8a 3,2, sendo os valores maisbaixos (1,8 a 2,5) adotadospara banhos aplicados porimersão e valores mais altos(2,5 a 3,2) para aplicaçãopor aspersão (LORIN, 1974,p.4);

• os banhos a base de fosfatode manganês operam a valo-res de pH da mesma ordemde grandeza dos banhos abase de fosfato de zinco porimersão (METALS HAND-BOOK, 1987; WICK & VEIL-LEUX, 1985, p.19.7).

É importante notar que,quando uma solução fosfatizan-te é bem formulada, a formaçãode fosfatos insolúveis ocorresomente na interface metal/ba-nho, e à medida que o fosfatodiácido transforma-se em fosfatomonoácido ou neutro, ocorre aliberação de ácido fosfóricolivre, de modo que no banho,como um todo, não ocorremvariações consideráveis da con-centração de ácido livre e, por-tanto, não há variações significa-tivas do pH (LORIN, 1974), oque garante a não precipitaçãode fosfatos insolúveis no seio dobanho. Isto não pode ser atribuí-do à capacidade tamponante dobanho, mas sim às propriedadesdo ácido fosfórico e de seus saisque, ao se transformarem, libe-ram ácido fosfórico. No proces-

Contato com as autoras:[email protected] / [email protected]: (11) 3767-4036

Zehbour PanossianInstituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo– IPT. Laboratório de Corrosão e Proteção –LCP. Doutora em Ciências (Fisico-Química)pela USP. Responsável pelo LCP.Célia A. L. dos SantosInstituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo– IPT. Laboratório de Corrosão e Proteção –LCP. Doutora em Química (Fisico-Química)pela USP. Pesquisadora do LCP.

C & P • Maio/Junho • 2007 29

→3Fe + 6H3PO4 ➠ 3Fe(H2PO4)2 + 3H2

3FeHPO4 + 3H3PO4

Fe3(PO4)2 + H3PO4

Consumo deácido livre

Regeneraçãode ácido livre

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Artigo Técnico

30 C & P • Maio/Junho • 2007

Noções Básicas sobre Processo de Anodização do Alumínio

e suas Ligas - Parte 3

Por Adeval

Antônio

Meneghesso

Colaborador:

João Inácio

Gracciolli

(Surface

Finishing - CBA)

5ª Etapa – AnodizaçãoARA FINALIZAR ESSA ETAPA

do artigo iniciada na edi-ção 13, complementamos;

Obtenção da Camada AnódicaPara se obter a camada anódi-

ca devem ser obedecidos os prin-cípios básicos das Leis de Faraday,das Leis da Química e da Termo-dinâmica.

Leis de FaradayAs Leis de Faraday estabele-

cem que a massa de metal deposi-tada no catodo ou dissolvida noanodo é proporcional a quantida-de de eletricidade que passa atra-vés do eletrólito, a qual também éproporcional ao seu equivalentequímico. Isso se aplicaria somen-te a eletrodeposição, mas Faradaytambém considerou outras rea-ções eletroquímicas, cuja substân-cia seria quimicamente alterada,isto é, alumínio transformado emóxido de alumínio. Quando issoacontece, um grama de pesoequivalente da substância é qui-micamente alterado em cada ele-trodo para cada 96.501 coulombsde eletricidade (1 Faraday), quepassa através do eletrólito, ou seja:

1 coulomb de eletricidade =

1 ampere de eletricidade fluindo por 1 seg.

Conclui-se que a voltagem a-feta somente o volume dos poros enão a espessura do filme (massa qui-micamente alterada), a qual é di-retamente proporcional à quanti-dade de eletricidade usada, isto é:

espessura do filme =

densidade de corrente (A/dm2) x tempo (min)

Se a densidade de corrente formantida constante, é necessáriofazer passar o total correto de cou-lombs (ampere – min) por dm2.Assim, para se obter uma camadaanodizada com espessura correta,devemos combinar os corretosvalores da densidade de corrente eo tempo, e ajustar a voltagemadequada.

Teoricamente 2x27=54 partesde alumínio, em peso, se combi-nam com 3x16=48 partes de oxi-gênio em peso, o que é igual a102 partes de Al2O3, em peso dacamada anódica. Entretanto, a ra-zão teórica camada é 102/54= 1,89.

Camadas anódicas produzidasem eletrólitos de ácido sulfúricoproporcionam relações de forma-ção de camada de 1,30 a 1,65,dependendo da liga e das condi-ções da anodização.

6ª Etapa – Coloração daCamada de Anodização comCorantes Orgânicos

A tecnologia de coloração porabsorção, através de corantes or-gânicos é um campo especializa-do não-familiar aos anodizadorese o não entendimento do proces-so tem prejudicado o aumento dasua utilização.

Tipos de corantesHá um grande número de di-

ferentes corantes usados na indús-tria, que são classificados nosseguintes tipos: corantes ácidos,básicos, diretos, dispersos, cáusti-cos e corantes solventes.

Os corantes usados nas cama-das anódicas são, geralmente, dotipo ácido. Para aplicações espe-ciais de coloração em “silk-

screen”, certos corantes solventessão também, empregados.

A Química da ColoraçãoOrgânica

A camada de anodização éaltamente porosa e possui umasuperfície interna muito extensa.Essa superfície é altamente polare adquire carga da própria água.Pelo seu alto poder de absorção, écapaz de absorver grandes quan-tidades de solutos de tipos dife-rentes. Dentro do filme o poderde absorção é determinado, prin-cipalmente, pela taxa de difusãodo corante, através dos poros pre-enchidos com água. Quando à ca-mada de anodização ou qualquersólido altamente poroso é colori-da, essa taxa provoca um efeitoque modifica a camada através dadifusão mais lenta nos poros.

Controle da Coloração OrgânicaO fator de controle na colora-

ção é a profundidade de penetra-ção do corante nos poros dofilme. As taxas seguem o padrãousual de absorção pelos substra-tos altamente porosos e aumen-tam com a temperatura, inicial-mente, e a quantidade absorvidaaumenta linearmente com a raizquadrada do tempo. Este com-portamento implica numa levedifusão interna de um filme decorante, de concentração cons-tante, absorvido rapidamente pe-la superfície mais externa da ca-mada anódica.

Um exemplo de aplicação pra-tica; a discussão teórica acima de-monstra que, para colorir o alu-mínio anodizado, uma substân-cia de coloração deve conter a-

Autor apresenta mais duas etapas do processo: anodização e coloração

de camada de anodização com corantes orgânicos

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mais intensas de 2,0 – 10,0 g/l.As cores pretas requerem, nor-malmente, uma concentração depelo menos 10 g/l e tempos imer-são de 15 – 45 minutos. Temposmaiores podem ser essenciaisquando da coloração de camadasde anodização dura. Para a con-sistência da cor é essencial tercontroles adequados, tais como,um termostato capaz de mantertemperatura nominal dentro de=/- 1ºC, um “timer” e equipa-mentos automáticos de controlede pH.

Escolha de um CoranteA coloração do alumínio ano-

dizado, para uma consistência dacor e definição dos padrões deperformance, requer cuidadospreliminares de operação. O pri-meiro fator significante é a exi-gência do cliente, devendo-seobservar, também, as proprieda-des de solidez a luz, ao calor, ca-pacidade de uso em processo deimpressão ou coloração. Os for-necedores de corantes, geralmen-te, determinam as condiçõesapropriadas de uso e fornecemamostra de cores, que mostram aprofundidade da cor obtida sobduas ou três concentrações decorantes, junto com os valores depH recomendados para o banho.

Condições de Operação daColoração Orgânica

Influência da Temperatura -Como a coloração orgânica é umfenômeno de absorção, a tempe-ratura afeta significativamente ataxa de coloração. Se a tempera-tura do banho for muito baixa, acoloração será lenta, o que ajuda-

grupamentos que sejam capazesde formar ligações químicas está-veis com óxido de alumínio dacamada anódica. Também, refe-re-se ao fato, verificado por medi-ções químicas reais, em que ataxa de coloração é proporcionala raiz quadrada do tempo deimersão. Se as peças são imersaspor 3 minutos, levará 9 minutospara o dobro da quantidade decorante ser absorvido do que le-vou nos três primeiros minutos.

Em outras palavras, a veloci-dade de coloração é rápida nosprimeiros minutos e torna-asprogressivamente mais lenta como aumento do tempo de imersão.

A combinação de cores é maisfácil com tempos maiores decoloração, especialmente porquepequenas variações de tempera-tura, pH e agitação podem terum efeito desproporcional nataxa de absorção, quando se utili-zam tempos menores. Além dis-so, a formação das ligações quí-micas processa-se vagarosamentee a solidez a luz será significativa-mente reduzida se a coloração forrealizada rapidamente.

Efeito das Impurezas nosbanhos de Coloração Orgânica

Os trabalhos de pesquisa mos-tram que:1) Cloreto de Sódio e o Iodeto

de Potássio não retardam acoloração, embora possamocasionar corrosão galvânica;

2) Todos os Sulfatos são efetivospara retardar a coloração;

3) O Fosfato Tri Sódico tem ummaior efeito retardante doque os Sulfatos;

4) O efeito do Sulfato de Sódioaumenta com o numero degrupos sulfonados no íon docorante.Todos os corantes orgânicos

contem sulfato, normalmente sul-fato de sódio, que é um subpro-duto da operação. Muitos coran-tes contem, também, o mesmocloreto de sódio, que é usado no-vamente na solução salina de co-

loração. Posteriormente, essa im-pureza terá maior contribuiçãona corrosão galvânica na colora-ção. Como o sulfato de sódio estápresente nos banhos de colora-ção, deve-se controlar o pH dobanho, através da correção comsoda caústica ou ácido sulfúricofracos. Pode-se adicionar, tam-bém, ácido acético ou acetato desódio para controlar o pH do ba-nho, lembrando que o ácido acé-tico é volátil, de forma que deveser regularmente adicionado. Oíon acetato pode atacar e dissol-ver a camada anódica, assim, estaprática parece ser pouco vantajo-sa. O alumínio dissolvido na rea-ção de coloração acumula-se nobanho, sendo que alguns coran-tes não são afetados por esse acú-mulo de alumínio, a menos queatinja 500 – 1000 ppm, e possaproduzir uma mudança na cor,tal como uma tonalidade azultornando-se mais avermelhada.

A contaminação do banhocom metais pesados, como ferro,proveniente da ferrugem dos açosou do oxalato férrico de amonea(dourado inorgânico), pode terefeitos deletérios, como mudançade cor ou aceleração do desgastedo corante. Esses banhos decom-põem-se quando expostos à luz,precipitando óxido de ferro.Também, podem criar fungosquando não em uso, sendo, a-conselhável a utilização de fungi-cidas para manter o banho emboas condições de operação.

Condições operacionais daColoração por Absorção

Para muitos trabalhos decora-tivos a concentração do banho eas condições de operação situam-se dentro dos limites abaixo:• Concentração do banho:

0.1 – 10.0 g/l• Temperatura: 60 - 70ºC• pH: 5.0 - 6.0 • Tempo: 5.0 - 15.0 min.

As tonalidades pastéis são pro-duzidas, normalmente, na faixade concentração 0,1 – 0,5 g/l e as

Alumínioanodizado

colorido comcorante

orgânico

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• Organometálicos

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Apor

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seja adequada. Lavagem prolon-gada não é necessária, visto que osácidos livres difundem-se dacamada e das cavidades em pou-cos minutos quando a lavagem éfeita com agitação. Embora lava-gens neutras com bicarbonato deamônia ou de sódio sejam reco-mendadas, elas podem ocasionaralterações de tonalidade na colo-ração.

Coloração Dourada à Base deOxalato de Ferro Amoniacal

A coloração dourada, produ-zida pela imersão em uma soluçãobaseada no sal de oxalato de ferroanoniacal, pode variar de corescom tonalidades que vão do latãoclaro até um vermelho cobre ala-ranjado.

A solução é normalmente usa-da em concentrações de 5 – 20 g/le temperatura de 30 – 60ºC.Quanto menores forem a concen-tração e a temperatura, mais clara

rá a manutenção da cor, mas,provavelmente, prejudicará a soli-dez a luz. Alta temperatura pro-duz selagem parcial e promovedesarranjo e decomposição docorante. Temperaturas ao redorde 60ºC são ótimas para a maio-ria dos corantes orgânicos. Deve-se observar que o processo deselagem do corante (anilina) sigaas recomendações do fabricante.

Influência do pH - Os efeitosna coloração do valor do pHusado nos testes iniciais podemsofrer alterações durante o pro-cesso. Se uma variação de +/- 0,5no seu valor produz diferençavisível na cor obtida e na faixa de+/- 1,0 mostra uma leve diferen-ça, então o corante não ocasiona-rá grandes problemas.

Operação do Banho - Umimportante pré-requisito parauma boa coloração é que a anodi-zação seja realizada sob estreitascondições de controle e a lavagem

Eng. Adeval Antônio MeneghessoDiretor superintendente da Italtecno do Brasil – Contato com o autor: [email protected].: (11) 3825-7022

a cor obtida, sendo que temposmaiores de imersão proporciona-rão escurecimento das cores.

Condições de Uso:• Concentração: 5 – 20 g/l• pH: 4,5 - 5,5 • Temperatura: 35 – 50ºC• Tempo: 2 – 15 min

Observações:a) O banho deve ser filtrado con-

tinuamenteb) O tanque deve ser coberto

quando não estiver em usoc) Utilizar estabilizador de pH

(pode ser corrigido com ácidooxálico ou hidróxido de amônia)

d) Aconselha-se utilizar água des-mineralizada •

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Treinamento & Desenvolvimento

Cursos são Teóricos & Treinamentos são Práticos

ÃO É INCOMUM OS PROFIS-sionais da área de Recur-sos Humanos, e suas as-

sessorias, consultarem prospectosde treinamentos e, a partir dasofertas, definirem a demanda. Nes-se caso, as verbas dedicadas aostreinamentos acontecem de ma-neira menos científica do que de-veria, mas se busca, na medida dopossível, uma otimização de re-sultados. As empresas já trabalhamdesta forma há décadas, mas ge-ralmente os resultados não sãomensurados ou, quando são, tra-zem resultados pífios, para nãodizer, nulos.

Mas o que são resultadosquando o assunto é treinamento?Treinamento é muito subjetivo enão é tão simples avaliar seus re-sultados, pois não se trata sim-plesmente registrar a percepção doaluno quanto ao treinamento queacabara de fazer. Nem tampoucoé aplicar uma prova ao aluno paraavaliar o nível de absorção dosconceitos.

Avaliar o resultado de uma ini-ciativa destas nada mais é do que oesforço sistemático para constataruma mudança de atitude e/ou decomportamento. Seja ele de cunhotecnicista ou motivacional, do cola-borador que passou pelo treinamento.

O curso é adequado, o con-teúdo programático é irrepreensí-vel, o professor fantástico. Mas osresultados (a mudança de atitudee/ou de comportamento) não seconstatam de maneira satisfatória.Por quê? Onde estaria a causa? Acircunstância problemática é quefoi dado um CURSO e não umTREINAMENTO! Qual a diferença?

CURSO é o que normalmenteacontece. Um professor compe-tente, slides bem elaborados, a-

postilas coloridas e com boa qualidade de impressão, aulas padrão (nor-malmente com o professor lendo os slides e, quando for um bom pro-fessor, dando diversos exemplos de aplicação do conceito explanado),exercícios e provas (normalmente com o objetivo de avaliar o aprendi-zado do participante). Este é o modelo clássico de um CURSO.

TREINAMENTO é diferente. Primeiramente não tem professor, teminstrutor ou facilitador, pois seu objetivo não é meramente ensinar oufalar sobre determinado assunto. Mas, preponderantemente geraraprendizado, ou seja, constatar que houve compreensão do que foiensinado.

Pode ter também slides, mas o treinando tem em seu poder a ínte-gra dos slides utilizados pelo instrutor e uma série de folhas em bran-co, para serem preenchidas, durante o treinamento, como meio de fixa-ção do aprendizado. As aulas em si também são muito diferentes, nãoapenas fala-se sobre algo, mas utilizam-se diversos outros recursos didá-ticos alternativos: dramatizações, oficinas, debates, repetições, musica-lizações, seminários auto-conduzidos, competições, etc.

O treinamento não acaba enquanto não ficar comprovado o apren-dizado mínimo desejado. Não há provas, mas sim exercícios que sãorepetidos até que o treinando consiga o nível mínimo de acerto. Joga-dores de futebol, por exemplo, fazem poucos cursos, mas treinam a vi-da inteira. Se pararem de treinar, perderão a prática, que é o que lhes dáo sustento em sua carreira. O curso concedeu as informações sobre asregras do jogo, mas a compreensão só vem mesmo após o treinamento.

Os cursos, palestras e seminários são, e serão sempre, importantespara dar informações. Mas sem os treinamentos, não haverá resultadossustentáveis. Nos treinamentos existe o fundamento da REPETIÇÃO.Quantas vezes forem necessárias, até que se tenha aprendido o que sepretende ensinar. Quantas vezes um jogador de vôlei repete seus fun-damentos básicos até que tenha excelência de desempenho. Ele TREINA

vôlei e não faz curso dessa modalidade de esporte.Precisamos de mais TREINAMENTOS e menos CURSOS. Não se trata

de parar com os CURSOS, pois eles são vitais para dar a informação.Porém, são insuficientes para gerar o aprendizado que efetivamentetrará o resultado pretendido.

É essencial que um mesmo evento de capacitação contemple inicia-tivas de CURSO teórico, seguidas de TREINAMENTO prático. Assim ociclo se completa. Atualmente e infelizmente, o curso é realizado semo treinamento e vice-versa. Precisamos de ambos!

Da mesma forma, como existe uma diferença sutil entre cursos etreinamentos, também existem diferenças entre treinamentos compor-tamentais VIVENCIAS e de ALTO IMPACTO. •

Na próxima edição, vamos abordar o conceito Vivencial x Impacto.

Por Prof.Orlando PavaniJúnior

É essencial que um mesmo evento de capacitação contemple iniciativas

de curso teórico, seguidas de treinamento prático

Adm. M.Sc. Prof. Orlando Pavani JúniorConsultor Titulado CMC pelo IBCO/ICMCI - CRA 57.398Diretor Executivo da Gauss Consultores Associados Ltda.www.gaussconsulting.com.br - www.olhodetigre.com.br - fone: (11) 4220.4950

C & P • Maio/Junho • 2007 33

13-C&P15_Treinam&Desenv. 6/4/07 1:59 PM Page 1

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de Produtos Perigosos, é caracterizada por um número ONU. Essa Re-lação contém, também, informações relevantes a cada designação, co-mo classe de risco, risco(s) subsidiário(s) (se houver), grupo de embalagem(quando alocado), exigências para transporte em embalagens e tanques etc.

As designações da Relação de Produtos Perigosos são de quatro tipos,como a seguir:a) Designações singelas para substâncias e artigos bem definidos.

ex.: 1090 acetona; 1194 nitrito de etila, solução.b) Designações genéricas para grupos bem definidos de substâncias

ou artigos.ex.: 1133 adesivos; 1266 perfumaria, produtos; 2757 pesticida à basede carbamatos, sólido, tóxico; 3101 peróxido orgânico, tipo B, líquido.

c) Designações específicas n.e., abrangendo um grupo de substânciasou artigos de uma particular natureza química ou técnica.ex.: 1477 nitratos, inorgânicos, N.E.; 1987 álcoois, N.E.

d) Designações gerais n.e., abrangendo um grupo de substâncias ouartigos que se enquadram nos critérios de uma ou mais classes ousubclasses.ex.: 1325 sólido inflamável, orgânico, N.E.; 1993 líquido inflamável, N.E.

Para fins de documentação e marcação dos volumes, quando sãousados nomes apropriados para embarque “genéricos” ou “N.E.”, estesdevem ser acompanhados do nome técnico do produto, exceto se umalei nacional ou convenção internacional proibir sua identificação, casose trate de substância controlada. As designações “genéricas” ou “N.E.”que exigem esta informação suplementar são indicadas pela ProvisãoEspecial 274, constante na coluna 7 da Relação de Produtos Perigosos.(Item 3.1.2.6.1da Resolução 420/04).

O nome técnico deve figurar entre parênteses, imediatamente apósa designação apropriada para embarque. Quando não for indicado, nãoe obrigatório citar o nome técnico do produto.

O nome técnico deve ser um nome químico reconhecido ou outronome correntemente utilizado em manuais, periódicos ou compêndiostécnicos ou científicos.

Nomes comerciais não devem ser empregados com este propósito.No caso de pesticidas, deve ser usado, sempre que possível, um nomecomum ISO.

Quando uma mistura de produtos perigosos é descrita por uma de-signação “N.E.” ou “genérica”, à qual foi aposta a provisão especial 274,só é necessário indicar entre parênteses os dois componentes que con-tribuem predominantemente para o risco, excluindo substâncias con-troladas cuja identificação for proibida por lei nacional ou convençãointernacional.

Se uma embalagem contendo uma mistura for obrigada a portarum rótulo de risco subsidiário, um dos dois nomes técnicos apresenta-dos entre parênteses deve ser o nome do componente que obriga o usode tal rótulo de risco subsidiário.

Atualização Transportes

Comentário à Resolução 420/04, 701/04 e 1644/06 da ANTT –

Nome apropriado para Embarque ou Descrição do produto

Transporte Terrestre de Produtos Perigosos

NOME APROPRIADO PARA

embarque deve ser coloca-do no documento fiscal, na

ficha de emergência e no rótulode segurança (embalagem) do pro-duto.

O nome apropriado para em-barque é a parte da designação quedescreve mais apuradamente o pro-duto dentre as designações cons-tantes da Relação de Produtos Pe-rigosos; é a expressão que apareceem letras maiúsculas, em algunscasos, acompanhada por números,letras gregas ou prefixos como “s”,“t”, “m”, “N”, “n”, “o”, “p”, quesão parte integrante da designa-ção. Um nome apropriado paraembarque alternativo pode serindicado entre parênteses após onome apropriado para embarqueprincipal, por exemplo: ETANOL

(ÁLCOOL ETÍLICO).Deve-se tomar cuidado na es-

colha da parte da designação cons-tante da Relação que constitui o“Nome Apropriado para Embar-que” dos produtos perigosos.

Partes de uma designação queestejam em letras minúsculas nãoprecisam ser consideradas comoparte do nome apropriado paraembarque.

Quando conjunções como “e”ou “ou” estiverem em letras minús-culas, ou quando segmentos donome apropriado para embarqueestiverem pontuados por vírgulas,não é necessário incluir por intei-ro o nome apropriado para em-barque na documentação, masapenas a parte aplicável.

Particularmente, este é o casode uma combinação de diversasdesignações distintas listadas sobum único número ONU.

Cada designação, na Relação

Por GlóriaSantiago Marques

Benazzi

34 C & P • Maio/Junho • 2007

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lagem são diferentes daqueles dasubstância listada, deve-se adotara designação “N.E.” apropriada,incluindo as disposições referentesà embalagem e rotulagem. Emresumo, para o caso previsto em“c”, devem ser adotadas a designa-ção “N.E.” apropriada e as exigên-cias relativas à embalagem e rotu-lagem adequadas.

O item 2.0.2.7 da resolução420/04 da ANTT estabelece queuma solução, ou mistura, conten-do uma ou mais substâncias iden-tificadas pelo nome neste Regula-mento ou classificada sob umadesignação “N.E.” não estará su-jeita a este Regulamento se as ca-racterísticas de risco da mistura ousolução forem tais, que não aten-dam os critérios (critérios da expe-riência humana inclusive) denenhuma classe.

O item 2.0.2.8 da resolução420/04 da ANTT Substâncias ouartigos que não estejam especifi-camente listados pelo nome naRelação de Produtos Perigosos de-vem ser classificadas numa desig-nação “genérica” ou “não-especifi-cada” (N.E.). A substância ou arti-go deve-se classificar de acordocom as definições de classe e crité-rios de ensaio desta Parte, e asubstância ou artigo deve ser clas-sificada na designação “N.E.” ou“genérica” da Relação de ProdutosPerigosos que descreva a substân-cia ou artigo mais apropriada-mente(2). Isto significa que umasubstância só será alocada a umadesignação do tipo c), definida em2.0.2.2, se não puder ser incluídanuma designação do tipo b), e auma designação do tipo d), se nãopuder ser alocada a uma designa-ção do tipo b) ou c). •

Seguem-se exemplos ilustrativos de nomes de embarque de produ-tos sob a designação N.E. complementados pelos nomes técnicos:• Nº ONU 2003 ALQUILMETAL, N.E. (trimetilgálio);• Nº ONU 2902 PESTICIDA, LÍQUIDO, TÓXICO, N.E. (drazoxolon).

Nomes apropriados para embarque podem aparecer no singular ouno plural conforme adequado. Além disso, quando são usados qualifi-cativos como parte de um nome apropriado para embarque, suaseqüência na documentação ou na marcação dos volumes é opcional.Por exemplo, pode-se usar DIMETILAMINA, SOLUÇÃO, ou SOLUÇÃO DE

DIMETILAMINA. Para produtos da Classe 1, podem ser utilizados nomescomerciais ou militares que contenham o nome apropriado paraembarque complementado por texto descritivo adicional.

Quando uma substância constante da Relação de Produtos Peri-gosos puder ser sólida ou líquida, em função dos diferentes estados físi-cos de seus isômeros, e esse fato não estiver indicado na Relação de Pro-dutos Perigosos, o nome apropriado para embarque ali indicado deveser acompanhado de um dos qualificativos: “LÍQUIDO” ou “SÓLIDO”,Conforme o caso (p. ex., “DINITROTOLUENOS, LÍQUIDOS”; ou “DINI-TROTOLUENOS, SÓLIDOS”).

Exceto se já constar, em letras maiúsculas, no nome apropriado paraembarque indicado na Relação de Produtos Perigosos, o qualificativo“FUNDIDO” deve ser acrescentado quando uma substância sólida foroferecida para transporte em estado fundido (p. ex., ALQUILFENOL,SÓLIDO, N.E., FUNDIDO).

No caso de transporte de amostras de peróxidos orgânicos ou subs-tâncias auto-reagentes, o nome apropriado para embarque deve vir pre-cedido da palavra “AMOSTRA”. Quando se tratar de transporte de resí-duos, exceto no caso da Classe 7, o nome apropriado para embarquedeve ser precedido da palavra “RESÍDUO”.

O nome apropriado para embarque composto pelo nome do pro-duto mais uma condição de enquadramento na designação (como:ÚMIDO, EM PÓ, CINZAS, e outras) não deve ser utilizado para enqua-drar o produto quando não estiver nessa condição. Tais produtos quan-do não estiverem nessa condição não estão sujeitos a este Regulamentose não se enquadrarem em outra designação.

O item 2.0.2.5 da Resolução 420/04 da ANTT estabelece que: Umasolução ou mistura que contenha uma única substância perigosa espe-cificamente listada pelo nome na Relação de Produtos Perigosos e umaou mais substâncias não sujeitas a este Regulamento deve receber o nú-mero ONU e o nome apropriado para embarque da substância perigo-sa, exceto se:a) A mistura ou solução estiver especificamente nominada neste Regu-

lamento; oub) A designação contida neste Regulamento indicar especificamente

que se aplica apenas à substância pura; ou c) A classe ou subclasse de risco, o estado físico ou o grupo de emba-

lagem da solução ou mistura forem diferentes daqueles da substân-cia perigosa; ou

d) Houver alteração significativa nas medidas de atendimento a emer-gências.Nesses casos, exceto o descrito em (a), a mistura ou solução deve ser

tratada como uma substância perigosa não-listada especificamente pelonome na Relação de Produtos Perigosos.

O item 2.0.2.6 da resolução 420/04 da ANTT estabelece que parasolução ou mistura, cuja classe de risco, estado físico ou grupo de emba-

C & P • Maio/Junho • 2007 35

(2) Ver também a Relação de nomes apropriados para embarque genéricos ouN.E.., no Apêndice A.

Gloria Santiago Marques BenazziEngenheira Química pela UFRJ. É coordenadora da CE da ABNT/CB-16 de Transporte Terrestre de Produtos Perigosos.Contato com a autora: [email protected]

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Opinião

QUE OS CONSUMIDORES

conscientes esperam dasempresas? Não há dúvi-

da de que essa é uma questãocentral para todos os que se in-teressem pela atividade empre-sarial. Para o Akatu, esse tam-bém é um foco de atenção, namedida que o consumidor, aorealizar suas escolhas cotidianas,exerce uma grande influência,induzindo o posicionamentodas empresas.

A partir do resultado de umapesquisa do Akatu, foi possívelfazer uma comparação objetivaentre práticas adotadas por umgrupo de 66 empresas altamen-te interessadas na responsabili-dade social, que foram as pio-neiras na resposta à Escala Aka-tu de Responsabilidade SocialEmpresarial e às prioridades dosconsumidores brasileiros maisconscientes. Os resultados estãopublicados nas pesquisas Akatunúmeros 5 e 6, disponíveis nainternet (acesse: http://www.akatu.org.br/areas/publica-coes/inc_conteudo_publica-coes.asp), e alguns pontos cha-mam especialmente a atenção.

Todas as 60 práticas pesqui-sadas foram consideradas impor-tantes para os consumidores: nu-ma escala de zero a dez, a práti-ca de menor importância tevenota 6,9. Destacando-se no ran-king como as mais priorizadaspelo consumidor, temos 11 prá-ticas. Dessas, uma se refere à

Helio Mattar

O que os consumidores conscientesesperam das empresas

Pesquisa aponta que ainda há um descompasso entre as prioridades

dos consumidores e as práticas implementadas pelas empresas

Helio MattarDiretor-presidente do Instituto Akatu -acesse o site: www.akatu.net

adoção de programas de uso racional de água e energia, implantadapor 70% das 66 empresas que responderam à Escala Akatu em2005. As outras dez práticas mais valorizadas pelos consumidorestêm um elemento em comum: todas se referem, de alguma forma,ao papel das empresas como empregadoras. Algumas são práticasaltamente adotadas pelas empresas, como “evitar diferenças de re-muneração devidas à raça ou ao gênero’’ “promover educação dosempregados além do treinamento funcional’’ e “ter regras claras paracarreira e remuneração de empregados’’, implantadas por 85%, 91%e 85% das empresas, respectivamente.

Entretanto, quatro das práticas mais valorizadas pelos consumi-dores, destacam-se por estarem entre as menos implantadas por essasempresas. São, por assim dizer, oportunidades subexploradas: práti-cas às quais o consumidor atribui uma elevada importância, mas àsquais as empresas dedicam menos atenção.

Como primeira colocada no ranking de importância para o con-sumidor, temos a “contratação de deficientes físicos’’, implantadapor apenas 47% das empresas. Em seguida, encontramos “ter nor-mas e práticas antiassédio moral e sexual’’, na segunda posição doranking e implantada por 57% das empresas. Logo após, “proverapoio ao desenvolvimento social e cultural de filhos dos empre-gados’’, quinta no ranking do consumidor e implantada por 47%das empresas. Finalmente, 35% das empresas implantaram “darapoio à recolocação e requalificação de empregados demitidos semjusta causa’’, que é a oitava prática no ranking dos consumidoresmais conscientes.

O consumidor consciente, portanto, deixa claro que espera dasempresas um grande comprometimento com a responsabilidadesocial como um todo, e que - por assim dizer - entende que esse tra-balho começa na própria empresa, no modo como estabelece as rela-ções com seus empregados e familiares. O cultivo de relações consis-tentes e com as quais o consumidor se identifique é, com certeza,uma das chaves para diferenciação competitiva das empresas noséculo 21. •

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