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01 de novembro de 2012 O conteúdo das matérias é de inteira responsabilidade dos meios de origem A missão da ADIMB é a de promover o desenvolvimento técnico-científico e a capacitação de recursos humanos para a Indústria Mineral Brasileira METAL COBIÇADO O uso cada vez maior e mais diversificado faz do cobre um dos metais não preciosos mais valorizados do mundo. Matéria-prima estratégica, é o mais usado depois do ferro e do alumínio. Seu comércio global movimenta cerca de US$ 100 bilhões por ano. No Chile, maior produtor mundial, o cobre representa nada menos de 15% do Produto Interno Bruto (PIB). Apesar da crise mundial e da desaceleração do crescimento nos Brics e da China, maior consumidora mundial da matéria-prima, a previsão do Grupo Internacional de Estudo de Cobre (ICSG) é que 2012 registre pelo terceiro ano consecutivo um déficit entre a produção das minas e as necessidades da indústria, mesmo com aumento de 2,5% na oferta nos sete primeiros meses. Com a entrada em operação de novas plantas, a expectativa para o ano que vem é que a produção de concentrado de cobre chegue a 18,1 milhões de toneladas - 6,4% acima do previsto para este ano. A estimativa para o cobre refinado é de 21,6 milhões de toneladas em 2013 - 6% maior do que em 2012. Já o consumo deve chegar a 20,6 milhões de toneladas - crescimento de 1,5% na comparação com este ano. O mais recente comunicado do ICSG afirma que "para 2013, a demanda mundial deverá aumentar ligeiramente. A demanda industrial na China deve crescer cerca de 5% e no resto do mundo é esperado um aumento de 3,4%". "O cobre está no computador, na lâmpada do escritório. Mas só quando há apagão se percebe a importância do cobre porque ele está nos geradores e nas torres de transmissão. É um produto que quase ninguém compra diretamente, mas está presente no dia a dia das pessoas, inclusive na alimentação", diz Antonio Maschietto, diretor executivo do Instituto Brasileiro do Cobre (Procobre). O metal está também nos circuitos, fios e conectores de eletroeletrônicos, como o celular, em botões e zíperes das roupas, em tubos de água e gás da indústria, nas pastilhas de freio e radiadores dos automóveis, nas ligas de cobre e níquel das embarcações que não podem sofrer os efeitos da corrosão, nas conexões de gás e nos cabos de energia elétrica das casas e edifícios. Por sua ação antibactericida passou a ser usado na confecção de equipamentos hospitalares e na estrutura de centros cirúrgicos. Maleável, bom condutor de calor e eletricidade, resistente à corrosão e aos agentes biológicos, o cobre revelou-se um produto de mil e uma utilidades. "O diferencial é que é um produto 100% reciclável e não perde as propriedades quando reciclado", diz Antonio Maschietto, do Procobre. As reservas mundiais de cobre, medidas e indicadas, são estimadas em mais de 600 milhões de toneladas - 60% se concentram no Chile, Peru, Estados Unidos e China. A produção mundial em 2011 de concentrado de cobre foi 16,1 milhões de toneladas e a de cobre refinado ficou em 19,6

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01 de novembro de 2012 O conteúdo das matérias é de inteira responsabilidade dos meios de origem

A missão da ADIMB é a de promover o desenvolvimento técnico-científico

e a capacitação de recursos humanos para a Indústria Mineral Brasileira

METAL COBIÇADO

O uso cada vez maior e mais diversificado faz do cobre um dos metais não preciosos mais valorizados do mundo. Matéria-prima estratégica, é o mais usado depois do ferro e do alumínio. Seu comércio global movimenta cerca de US$ 100 bilhões por ano. No Chile, maior produtor mundial, o cobre representa nada menos de 15% do Produto Interno Bruto (PIB). Apesar da crise mundial e da desaceleração do crescimento nos Brics e da China, maior consumidora mundial da matéria-prima, a previsão do Grupo Internacional de Estudo de Cobre (ICSG) é que 2012 registre pelo terceiro ano consecutivo um déficit entre a produção das minas e as necessidades da indústria, mesmo com aumento de 2,5% na oferta nos sete primeiros meses. Com a entrada em operação de novas plantas, a expectativa para o ano que vem é que a produção de concentrado de cobre chegue a 18,1 milhões de toneladas - 6,4% acima do previsto para este ano. A estimativa para o cobre refinado é de 21,6 milhões de toneladas em 2013 - 6% maior do que em 2012. Já o consumo deve chegar a 20,6 milhões de toneladas - crescimento de 1,5% na comparação com este ano. O mais recente comunicado do ICSG afirma que "para 2013, a demanda mundial deverá aumentar ligeiramente. A demanda industrial na China deve crescer cerca de 5% e no resto do mundo é esperado um aumento de 3,4%". "O cobre está no computador, na lâmpada do escritório. Mas só quando há apagão se percebe a importância do cobre porque ele está nos geradores e nas torres de transmissão. É um produto que quase ninguém compra diretamente, mas está presente no dia a dia das pessoas, inclusive na alimentação", diz Antonio Maschietto, diretor executivo do Instituto Brasileiro do Cobre (Procobre). O metal está também nos circuitos, fios e conectores de eletroeletrônicos, como o celular, em botões e zíperes das roupas, em tubos de água e gás da indústria, nas pastilhas de freio e radiadores dos automóveis, nas ligas de cobre e níquel das embarcações que não podem sofrer os efeitos da corrosão, nas conexões de gás e nos cabos de energia elétrica das casas e edifícios. Por sua ação antibactericida passou a ser usado na confecção de equipamentos hospitalares e na estrutura de centros cirúrgicos. Maleável, bom condutor de calor e eletricidade, resistente à corrosão e aos agentes biológicos, o cobre revelou-se um produto de mil e uma utilidades. "O diferencial é que é um produto 100% reciclável e não perde as propriedades quando reciclado", diz Antonio Maschietto, do Procobre. As reservas mundiais de cobre, medidas e indicadas, são estimadas em mais de 600 milhões de toneladas - 60% se concentram no Chile, Peru, Estados Unidos e China. A produção mundial em 2011 de concentrado de cobre foi 16,1 milhões de toneladas e a de cobre refinado ficou em 19,6

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milhões de toneladas, de acordo com o ICSG. A previsão para este ano é que a produção em mina seja de 16,5 milhões de toneladas - 2,9% maior que a de 2011 - e a de cobre refinado chegue a 20,1 milhões de toneladas - 1,5% maior que a do ano passado. O Chile lidera o ranking mundial dos produtores de minério de cobre, com 5,5 milhões de toneladas produzidas em 2011 (34% do total). Depois vêm Peru, com 1,2 milhão de toneladas (8%), China, com 1,15 milhão de toneladas (7,1%), e Estados Unidos, com 1,12 milhão de toneladas (7%). A China lidera o consumo e a produção de cobre refinado. Registrou a produção, em 2011, de 5,2 milhões de toneladas em 2011. No mesmo período consumiu 7,9 milhões de toneladas. A demanda superior à capacidade de produção ajudou a inflar a cotação do cobre no mercado internacional. Em pouco mais de uma década o preço do metal quintuplicou. Em 2000 estava em US$ 1,7 mil a tonelada, passou a US$ 3 mil, em 2004, e, em 2007, bateu no que parecia ser o teto: US$ 8 mil. Na crise de 2009 caiu para US$ 5,6 mil a tonelada. Em 2010 voltou a US$ 8 mil, chegou a US$ 10 mil e agora oscila em torno de US$ 7,5 mil. "A previsão para os próximos cinco anos é de que permaneça nesse patamar", afirma Marcelo Ribeiro Tunes, diretor de assuntos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). É o que justifica os investimentos das grandes mineradoras e indústrias nacionais e internacionais. Apesar da crise internacional, que tem levado algumas companhias do setor a adiar alguns projetos, especialistas não acreditam numa paralisação generalizada nos novos negócios. A Freeport-McMoRan Copper & Gold, uma das dez maiores produtoras de cobre do mundo, deve começar no ano que vem o projeto de ampliação da usina da mina de Cerro Verde, na região peruana de Arequipa, no Peru, com o aporte de US$ 4 bilhões, apesar do recuo em outros investimentos. O grupo anglo-australiano Rio Tinto, que em 2010 produziu aproximadamente 700.000 toneladas de cobre, já anunciou a destinação de US$ 660 milhões, nos próximos sete anos, para estender a vida útil da mina de cobre de Bingham Canyon, em Salt Lake City, nos Estados Unidos, para 2029. Rio Tinto e BHP Billinton, que já anunciou o adiamento de um projeto de US$ 20 bilhões na expansão da mina de urânio e cobre Olympic Dam, na Austrália, também já haviam aprovado planos de US$ 4,5 bilhões de dólares para aumentar a produção da mina chilena Escondida, a maior produtora de cobre do mundo, que no primeiro semestre do ano produziu 533 mil toneladas. Uma nova planta de concentração e novo sistema de manejo mineral irão ampliar a produção para mais de 1,3 milhão de toneladas por ano até junho de 2015.

Fonte: Valor Econômico Data: 29/10/2012

EXPECTATIVA DE CRESCIMENTO ROBUSTO É ADIADA PARA 2013

A indústria brasileira de cobre adiou para o ano que vem as expectativas de um crescimento mais robusto dos negócios. A previsão de expansão de 5%, feita no começo de 2012, caiu para 3,2% com a crise financeira internacional e foi novamente revista agora para 2,2%. Na mineração, o metal foi um dos que ajudaram a salvar o resultado setorial no primeiro semestre. De acordo com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), o crescimento nos primeiros seis meses do ano, de apenas 0,97%, só não foi pior porque a produção de níquel cresceu 44%, a de carvão mineral mais 28%, a de ouro teve expansão de 11,4%, a de bauxita foi 4,5% superior ao mesmo período de 2011 e a de cobre subiu 3,4%. As previsões para o futuro próximo são mais que animadoras. A expectativa é que o país dobre a produção e chegue a 475 mil toneladas em 2014. "Esperávamos que a implantação de projetos do PAC, principalmente em virtude de Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, garantisse um ano de forte expansão, mas as coisas não evoluíram na velocidade esperada", diz Valdemir Romero, diretor executivo da Associação Brasileira de Cobre e do Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não-Ferrosos do Estado de São Paulo (Sindicel ABC). No segmento de condutores elétricos

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para a construção civil ainda é possível que o crescimento atinja 4% este ano. A previsão para 2013 é de 4% de expansão para a indústria de condutores elétricos de cobre e semimanufaturados. O Brasil está longe de ser uma potência mundial em cobre, mas ainda assim produz uma parcela importante das necessidades nacionais e registra ganhos crescentes com o produto na balança comercial. As reservas lavráveis do país somaram 17 milhões de toneladas em 2011, de acordo com o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). Mais de 80% estão concentradas no Pará. Goiás (8%), Bahia (4%) e Alagoas (3%) vêm atrás. O país é o décimo quinto maior produtor de minério de cobre do mundo, com 230 mil toneladas em 2011 - 1,3% da produção mundial. Quando se trata de cobre refinado fica em vigésimo primeiro lugar, com 224 mil toneladas - ou 1,2% da produção mundial - em 2011. As 394,5 mil toneladas de cobre que consome por ano deixam o Brasil em oitavo lugar no mundo. É como se cada brasileiro consumisse apenas dois quilos anuais, em comparação a 19,8 quilos de cada habitante de Taiwan. Em 2011, as exportações brasileiras de cobre, de acordo com o DNPM atingiram US$ 1, 57 bilhão e as importações US$ 1,14 bilhão. A tendência para 2012 é de um superávit maior, já que no primeiro semestre ano as exportações somaram US$ 886 mil e as importações US$ 309 mil. A autossuficiência em cobre é esperada para daqui dois a três anos com a entrada em operação de projetos que somaram investimentos de US$ 2,7 bilhões e prometem duplicar a capacidade de produção do país. A Mineração Caraíba tem o projeto de Boa Esperança, em Tucumã (PA), com produção estimada em 30 mil toneladas/ano, e a canadense Aura Gold desenvolve o projeto de Vale Verde, em Irapiraca (AL), com previsão de produção de 40 mil toneladas/ano a partir de 2015. Só a Vale, maior mineradora de cobre do país, deverá produzir mais 254 mil toneladas - quase três vezes o que produziu no ano passado. No projeto de Alemão, em Carajás (PA), a produção prevista é de 80 mil toneladas/ano. Em Salobo II, também em Carajás, deverão ser produzidas mais 100 toneladas/ano. No terceiro trimestre deste ano a empresa registrou queda na produção de cobre de 19,9% em relação ao terceiro trimestre de 2011 e de 3,6% em relação ao segundo trimestre de 2012 nas unidades no país e no exterior. A Paranapanema, que com a incorporação da Caraíba Metais, em 2009, e da Eluma, em 2010, tornou-se a maior produtora integrada de cobre refinado no Brasil e líder de vendas no mercado nacional, com quase 40% de participação, também tem planos de expansão. Hoje a capacidade instalada de produção é de 120 mil toneladas de cobre refinado por ano, mas a expectativa é atingir 250 mil toneladas já em 2013. A empresa investiu R$ 300 milhões na modernização e expansão da unidade de Dias D"Ávila, na Bahia, que passou a ter capacidade de produzir 280 mil toneladas/ano. "Queremos chegar a 48% do mercado nacional", afirma Edson Monteiro, vice-presidente da Paranapanema.

Fonte: Valor Econômico Data: 29/10/2012

UM NOVO MAPA PARA AS MINAS Mapeamento geológico vai avaliar o potencial de duas regiões do estado

O Norte de Minas Gerais e o Alto Paranaíba ganharam um programa especial de mapeamento geológico bancado pelo governo estadual em convênio com a UFMG e o Serviço Geológico do Brasil/CPRM, para estudar o potencial de ocorrências minerais das duas regiões consideradas as novas fronteiras da indústria da mineração no estado. O levantamento de dados, que começa no primeiro trimestre de 2013, tem como objetivo identificar reservas de gás natural, zinco, ouro e chumbo na Bacia do São Francisco. Servirá, ainda, como ferramenta auxiliar para as empresas que já

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estão investindo na busca de gás na porção mineira do Velho Chico. Entre elas estão os grupos Cebasf, Petra Energia e Shell. Responsável pelo programa, a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) definiu um orçamento de R$ 2,6 milhões para os trabalhos nas duas áreas, que se estenderão sobre 67 municípios ao todo, informou o diretor de Mineração e Novos Negócios da empresa, Marcelo Nassif. Outro avanço no conhecimento da riqueza do subsolo está no nível de detalhe dos mapas a ser gerados, na escala técnica de 1 para 100 mil, ou seja, cada centímetro do mapa corresponderá a 1 mil metros de área estudada. “É a melhor escala como ferramenta para conhecermos os depósitos minerais e estimularmos os investidores”, afirma Nassif. A Codemig acertou toda a rota dos trabalhos com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para dar início em fevereiro do ano que vem aos trabalhos no Alto Paranaíba. A região tem depósitos conhecidos de rochas fosfáticas, zinco e ouro. TERRAS RARAS Um novo negócio anunciado recentemente em Araxá é a exploração dos metais de terras-raras, que receberá investimentos da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) e da canadense MBac. Esse grupo de elementos consiste em insumos essenciais na produção de itens de alto conteúdo tecnológico como os iPhones e lasers. O mapeamento consumirá R$ 1,35 milhão, com cobertura sobre 32 municípios. No Norte mineiro, onde foram descobertas grandes jazidas de minério de ferro, os técnicos deverão contar com a parceria de outra instituição de ensino e pesquisa além da UFMG, conta o diretor de Mineração da Codemig. O projeto está sendo definido pelos parceiros, ao custo de R$ 1,250 milhão e alcançando 35 cidades. Recursos estimados em R$ 8,6 bilhões foram anunciados para a região pelas empresas Sul-Americana de Metais, do Grupo Votorantim, associada à chinesa Honbridge Holdings, ENCR/Bahia Mineração e Vale, para extração de minério de ferro, e pela Mineração Riacho dos Machados, do grupo Carpathian Gold, para produção de ouro. Cerca de metade do território do estado está mapeada na escala de detalhe que será obtida com os projetos de mapeamento no Norte de Minas e no Alto Paranaíba. “Os depósitos minerais já conhecidos nessas regiões mostram a diversidade geológica do estado e nada impede que nós tenhamos boas surpresas”, disse Marcelo Nassif. À frente de outros estados, a Codemig concluiu no mês passado 95% de cobertura em Minas por meio de levantamento aerogeofísico, somando 181 mil quilômetros cobertos. Os trabalhos vinham sendo feitos desde 2001 para mostrar as anomalias que podem indicar depósitos minerais captadas por aviões contendo sensores localizados nas pontas das asas. Os técnicos da Codemig preparam a última etapa do levantamento aerogeofísico, orçada em R$ 14,1 milhões, de um bolo de recursos de R$ 40 milhões. Empresa especializada na prestação do serviço deverá ser contratada em fevereiro de 2013 para investigar a região do Triângulo, a última a entrar no programa, em razão de um potencial mineralógico mais modesto. Com o mesmo objetivo de munir o investidor de informações mais completas e organizadas, a empresa lança no início do ano que vem um portal virtual da geologia no estado para facilitar o acesso e a busca de informações geofísicas e geoquímicas disponíveis no banco estadual de dados georreferenciados. Fonte: Estado de Minas Data: 25/10/2012

NOVA MINA EM CARAJÁS DEVE ENTRAR EM OPERAÇÃO NO FIM DO ANO A Vale informou nesta quarta-feira que a nova mina em Carajás N5 Sul deve entrar em operação até o final deste ano, segundo comunicado. Em nota sobre o balanço do terceiro trimestre, a empresa afirmou que os investimentos excluindo aquisições atingiram 4,3 bilhões de dólares no período.

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A empresa disse ainda que obteve 52 licenças ambientais neste ano para atividades de logística e mineração.

Fonte: Reuters Brasil Data: 24/10/2012

A NOVA CORRIDA A SERRA PELADA No local onde existiu o maior garimpo do mundo, ainda há muito ouro. Em 2013,

esse tesouro começará a ser explorado de forma organizada e com o uso de tecnologia moderna

Vinte e cinco anos depois do fechamento do maior garimpo do mundo, Serra Pelada voltará a produzir ouro. No lugar dos 100000 homens de todas as partes do Brasil que se amontoaram nos terraços enlameados de uma cratera cavada no sul do Pará em busca do metal precioso, em condições precárias, haverá máquinas modernas operadas por funcionários com carteira assinada e protegidos por equipamentos de segurança. Em vez de garimpeiros agachados em frente a uma fogueirinha fervendo mercúrio em uma panela para separar as partículas de ouro da terra, serão utilizados complexos processos não poluentes de decantação, flotação e fundição para produzir barras de ouro de 25 quilos com 80% de pureza. Nas próximas semanas, a mineradora canadense Colossus Minerais, que está investindo 700 milhões de reais em Serra Pelada, concluirá a medição da reserva ainda intocada, que escapou às escavações artesanais dos garimpeiros na década de 80. Em 2010, quando a cooperativa dos garimpeiros ganhou do governo federal o direito de retomar a exploração de seu tesouro, os técnicos do Ministério de Minas e Energia estimaram em 50 toneladas a quantidade de ouro ainda existente no local. Se o cálculo se confirmar, será mais do que se conseguiu extrair nos sete anos em que o garimpo funcionou, entre 1980 e 1987 (40 toneladas). Os velhos métodos, contudo, não servem mais. O ouro remanescente encontra-se misturado em uma camada de argila, a 200 metros de profundidade, que se estende a sudoeste da cratera aberta nos anos 80. Os garimpeiros não sabiam disso e, depois de retirar o ouro que estava mais próximo à superfície, continuaram cavando na vertical. Em vão. Eles já não conseguiam encontrar uma quantidade significativa do minério e acabaram atingindo um lençol freático, que começou a inundar o garimpo. O governo, então, mandou interromper as atividades no local. Para retomar a exploração, a cooperativa teve de criar a Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral, uma joint venture com a empresa canadense. Os 38000 garimpeiros cooperados não precisarão fazer nada além de dividir entre si 25% dos lucros da operação. Na Vila de Serra Pelada, situada no município de Curionópolis, há uma gameleira de 15 metros de altura que serve de ponto de encontro de homens que há trinta anos sonham com a reabertura do seu Eldorado. A árvore ganhou o apelido de "Pau da Mentira", por causa das histórias improváveis contadas à sua sombra, mas bem que agora poderia ter seu nome mudado para "Pau da Esperança". José Mariano dos Santos, de 58 anos, acredita que a nova fase de Serra Pelada poderá garantir a ele e seus colegas uma renda mensal de 20000 reais. No passado, Santos chegou a acumular 411 quilos de ouro, o equivalente a 47 milhões de reais em valores atuais, o que fez dele o segundo homem mais rico do garimpo. Esbanjou tudo em festas, em viagens extravagantes e em investimentos desastrados. Hoje ele sobrevive do salário mínimo que recebe como aposentadoria. Os representantes da mineradora se preocupam com as expectativas dos seus sócios brasileiros. "Não temos dúvida de que esta mina tem potencial para se tomar uma das mais produtivas do mundo, mas infelizmente não será capaz de enriquecer esses 38000 homens", diz a canadense Ann Wilkinson, vice-presidente da Colossus. Para atender à remuneração sonhada pelos

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garimpeiros, a mineradora teria de atingir uma média de extração anual dez vezes a das principais minas do mundo. Isso é impossível, mesmo com a alta concentração de ouro que os técnicos estão encontrando em Serra Pelada. A média confirmada até agora é de 20 gramas de ouro por tonelada de terra. Em comparação, a média na maior mina em operação no Brasil, em Paracatu, em Minas Gerais, é de 0.45 grama por tonelada. Durante a fase de prospecção, os geólogos descobriram que as imagens de enormes pepitas de ouro, que ajudaram a fomentar a corrida a Serra Pelada nos anos 80, não se repetirão. Essas pedras já eram raras naquele tempo, e, agora, mais ainda. O ouro em pó que sobrou está diluído no solo argiloso. Para que se chegue aos pontos de maior concentração do metal, foi construído um túnel de 1600 metros de extensão e 5 metros de largura. Mesmo que haja alguma pepita em meio às 150 toneladas de terra que serão recolhidas diariamente por pequenas escavadeiras, ela acabará triturada no processo mecânico de separação do metal. A dificuldade técnica e o alto custo da extração na "nova" Serra Pelada são compensados de duas formas. Primeiro, o ouro não é o único tesouro do local. Há quantidades significativas de platina e paládio, metais de grande valor industrial e para a confecção de jóias. "Só são conhecidas outras duas minas no mundo onde o ouro vem acompanhado desses metais", diz o presidente da Colossus, o canadense Cláudio Mancuso. A segunda compensação é a crescente demanda pelo ouro motivada pela desvalorização do dólar e pela instabilidade nas bolsas de valores. No ano passado, o metal acumulou uma alta de 16%, enquanto o índice Bovespa caiu na mesma proporção, e os bancos centrais compraram 440 toneladas de ouro, quase seis vezes mais do que em 2010. O aumento da procura fez o preço da onça troy (equivalente a 31 gramas) saltar de 300 dólares, em 1998, para 1710 dólares, na semana passada. Da preferência dos investidores do século XXI à febre que levou milhares de brasileiros a abandonar a família para tentar a sorte em Serra Pelada nos anos 80, o ouro é desejado por uma razão simples. Ele é raro. Todo o ouro já extraído no planeta, 160000 toneladas, caberia em apenas duas piscinas olímpicas.

Fonte: Veja Data: 31/10/2012

MINERAÇÃO ALAVANCA 2.053 NOVOS EMPREGOS NO PARÁ Região Norte cresceu 10,91% no número de empregos formais

O Pará é o estado que mais gerou postos de trabalho no setor de extrativismo mineral desde o ano passado. Só de janeiro a setembro deste ano, o Estado gerou 2.053 novos empregos. De acordo com pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), no mesmo período, a Região Norte apresentou um crescimento de 10,91% no número de empregos formais e um saldo positivo de 2.509 postos de trabalho no setor. Segundo o supervisor técnico do Dieese, Roberto Sena, a tendência é que esse número aumente. "Apesar da crise industrial que vem atingindo diversos setores, o Pará continua gerando postos de trabalho dentro da meta. Este ano, devemos chegar a 54 mil postos de trabalho gerados em todos os setores", explica. O Estado ficou à frente do Tocantins e do Amapá, que tiveram saldo positivo de 241 e 164 postos de trabalhos, respectivamente. O Amazonas foi o único estado que apresentou saldo negativo, com perda de 116 postos de trabalho. Roberto Sena explica que os setores que mais se destacam no Pará são os de construção civil, comércio e serviço, que são os responsáveis por mais da metade dos postos de trabalhos gerados anualmente no Estado. "O diferencial do Pará é o grande número de projetos em andamento. Por isso há um crescimento do setor extrativo mineral, que está em quarto lugar. Já estamos em 41 mil postos de trabalho gerados e esperamos que até o final do ano esse número aumente", comenta.

Fonte: O Liberal Data: 24/10/2012

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VALE: VENDAS DE MINÉRIO E PELOTAS CRESCEM 0,93%

As vendas de minério de ferro e pelotas da Vale alcançaram 78,171 milhões de toneladas no terceiro trimestre. O volume é 0,93% acima do registrado no mesmo período do ano passado e 3,9% acima do segundo trimestre. As vendas de minério somaram 66,205 milhões de toneladas, volume 1,2% abaixo do registrado no igual trimestre de 2011. Já na comparação com o período de abril a junho, as vendas de minério cresceram 5,1%. As vendas de pelotas somaram 11,966 milhões de toneladas. O resultado ficou abaixo dos 12,277 milhões movimentados no segundo trimestre e dos 10,445 milhões do igual período de 2011. Por causa da fraca demanda pelo insumo, a Vale anunciou este mês a paralisação de três pelotizadoras no Brasil.

Fonte: Agência Estado Data: 24/10/2012

VALE REGISTRA RECEITA RECORDE COM FERTILIZANTES

A Vale registrou receita recorde trimestral de US$ 1,095 bilhão com as vendas de fertilizantes entre julho e setembro. O valor é 18,7% superior aos US$ 923 milhões registrados no trimestre anterior e ao US$ 1,037 bilhão do igual período de 2011. No balanço, a Vale informa que, ao contrário da queda nos preços do minério e dos metais, a cotação dos fertilizantes permanece estável por causa da demanda do ciclo agrícola. Fonte: Agência Estado Data: 24/10/2012

MINERADORA DE AGNELLI VÊ MOMENTO PROPÍCIO PARA AQUISIÇÕES B&A tenta assumir controle da mineradora com ativos no Chile antes do fim do

ano, diz presidente da companhia A B&A Mineração, empresa criada pelo ex-presidente da Vale (VALE3; VALE5), Roger Agnelli, e pelo BTG Pactual, tenta assumir o controle de uma produtora de cobre com ativos no Chile, informa a Bloomberg. A empresa aponta a queda dos preços dos metais como um momento "perfeito" para aquisições. A B&A espera adquirir uma participação adicional na Cuprum Resources Corp. para passar a ter o controle da mineradora de capital fechado antes do fim do ano, disse o presidente da empresa, Eduardo Ledsham, em entrevista à Bloomberg. Como parte do plano de expansão da área de metais, fertilizantes e logística, a B&A também está conduzindo cinco processos de análise, ou "due diligence", de potenciais aquisições. "Nós, como um novo entrante nesta indústria, temos a vantagem de buscar uma oportunidade num momento em quem está desenvolvendo está carente de recursos", comentou Ledsham.

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O executivo ressalta que a empresa tem um forte drive de aquisições em projetos avançados, porém esse ano foram adquiridos US$ 3,77 bilhões em empresas de mineração da América Latina este ano, menos da metade dos US$ 8 bilhões do mesmo período do ano passado, segundo dados compilados pela Bloomberg. O tamanho médio dos negócios caiu de US$ 109 milhões para US$ 85,7 milhões, após os preços do minério de ferro terem caído no ano passado pela primeira vez em três anos. O ritmo de negócios, entretanto, voltou a ganhar força nos últimos três meses, com 26 negócios avaliados em US$ 2,45 milhões, em comparação com 14 nos três meses anteriores, que somaram US$ 318 milhões. Fonte: InfoMoney Data: 24/10/2012

MINÉRIO DE FERRO REGISTRA ALTA COM DEMANDA CHINESA O minério de ferro subiu nesta quinta-feira com produtores chineses de aço comprando a matéria-prima em meio aos sinais de que a demanda esteja se recuperando no maior mercado mundial, elevando as cotações da commodity no mercado spot para os valores mais altos desde julho. Uma carga de 90 mil toneladas de minério australiano com 58% de ferro para entrega em dezembro foi vendida a US$ 111 por tonelada na plataforma de trading GlobalOre, nesta quinta-feira, contra os US$ 110,50 no início da semana, disseram traders. Mineradoras e traders têm sido capazes de vender cargas a preços mais altos nesta semana, com a estocagem de siderúrgicas chinesas em resposta à alta dos preços do aço no mercado à vista, o que sugere que a demanda está lentamente se recuperando. O índice do minério com 62% de ferro subiu 1%, para US$ 118,70 por tonelada na quarta-feira, maior nível desde 24 de julho, de acordo com o Steel Index. - As transações de minério de ferro por tipos de mais alta qualidade continuam colocando prêmio sobre o spot; com tais pagamentos decentes as grandes em minério de ferro voltaram com mais licitações esta semana – disse Jamie Pearce, diretor de corretagem da SSY Futures, em Cingapura. Os dados chineses divulgados na quarta-feira sugerem que a segunda maior economia do mundo pode estar no caminho de uma gradual recuperação no quarto trimestre. E com as expectativas de mais estocagem por siderúrgicas chinesas, os preços do minério podem subir para entre US$ 120 e US$ 125 na próxima semana, disse Pearce. Nesta quinta-feira, o ministério de Indústria e Tecnologia da Informação disse que a produção industrial deverá crescer mais rápido entre outubro e dezembro, ainda que a recuperação continue obscura pela incerteza nos mercados de exportação. Vale A Vale está vendendo mais 75 mil toneladas de minério com 64,9% de ferro em licitação nesta quinta-feira, com o último acordo fechado por US$ 127 por tonelada, disseram traders. A Vale vendeu minério com 63,93% de ferro por US$ 123,58 por tonelada na quarta-feira, mais de US$ 5 acima da semana passada, disse um trader em Xangai. A mineradora brasileira registrou uma queda de 66% no lucro do terceiro trimestre, após a queda dos preços do minério de ferro para mínimas de 3 anos em setembro, fazendo-a atrasar projetos, incluindo Simandou, na Guiné. Fonte: Correio do Brasil Data: 25/10/2012

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VALE INVESTIRÁ MENOS NO PRÓXIMO ANO ANTE 2012, DIZ DIRETOR O investimento da Vale no próximo ano será menor que o de 2012, disse nesta quinta-feira o diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidores da companhia, Luciano Siani, em teleconferência para comentar os resultados da empresa no terceiro trimestre. Fonte: Reuters Brasil Data: 25/10/2012

EXPLORAÇÃO DE NOVAS MINAS CRESCE DENTRO E FORA DO PAÍS Ao mesmo tempo em que o Brasil se torna um mercado atraente para mineradoras locais e estrangeiras, empresas daqui investem no mercado externo. É o caso da Vale, que inaugurou, no começo de outubro, a produção na mina de Lubambe, na Zâmbia, como parte do projeto Konkola North, que inclui uma mina subterrânea, usina e infraestrutura relacionada, localizado no cinturão de cobre do país africano, o projeto tem capacidade estimada para produção de 45 mil toneladas métricas de cobre concentrado por ano. Com investimento de US$ 400 milhões, o projeto faz parte da joint venture entre a Vale e a African Rainbow Minerals, que detém 80% da operação, onde a brasileira aproveita o know-how adquirido na mineração de larga escala em ambientes tropicais. Os 20% restantes pertencem à Zambia Consolidated Copper Mines. A jazida possui uma vida esperada de 28 anos e deve atingir a capacidade máxima de produção em 2015, com potencial de expansão para 100 mil toneladas métricas anuais a partir de 2020. Com ela, a Vale espera impulsionar ainda mais sua produção total de cobre, que fechou os nove primeiros meses do ano em 211 mil toneladas. A mina em Zâmbia não é a primeira investida da Vale no mercado de cobre fora do país. A mineradora também mantém ativos no Canadá e no Chile, que produziram 100 mil toneladas nos nove primeiros meses do ano. A Vale também lidera a produção nacional. Sossego e Coqueirinho, no Pará, são as duas principais minas da empresa em operação no país. Mas a grande aposta da mineradora nesse segmento é a mina de Salobo e sua expansão, Salobo II, também no Pará, um investimento total de US$ 2,5 bilhões. A primeira, com capacidade nominal estimada para 100 mil toneladas, entrou em produção em junho. Já a expansão está prevista para o primeiro semestre de 2014. O bom momento do mercado também estimula outras empresas, como a Mineração Caraíba que, associada à suíça Glencore (atualmente em processo de fusão com a mineradora anglo-suíça Xstrata), revitalizou sua mina de cobre no Sul da Bahia. "A produção deveria entrar em declínio a partir de 2007, mas desse modo conseguimos estender o horizonte da mina até 2025", diz Sérgio Fráguas, presidente da empresa. A produção de concentrado de cobre é toda voltada para atender à Paranapanema, enquanto as 5 mil toneladas de catodos de cobre são vendidas no mercado interno. A companhia procurou diversificar nos últimos anos, investindo em uma mina de ouro em Nova Xavantina, no Mato Grosso, e em novas prospecções de cobre, no Norte da Bahia e no Pará. Este último projeto, localizado em Tucumã, teve investimento de R$ 600 milhões, com previsão de

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início de produção em 2015. Com isso, a empresa espera dobrar para 60 mil toneladas por ano a sua produção de concentrado de cobre. Apesar de ser apenas o 15º do ranking de produção de cobre, o mercado brasileiro também atrai gigantes como a chilena Codelco, maior mineradora de cobre do mundo. A canadense Yamana Gold aproveita o cobre como subproduto da extração do ouro. Fonte: Valor Econômico Data: 29/10/2012

SOB PRESSÃO, CYNTHIA CARROLL DEIXA A ANGLO A executiva Cynthia Carroll cedeu à pressão dos acionistas e renunciou, na sexta-feira, ao cargo de executivo-chefe da Anglo American, depois de seis anos no posto, mergulhando o grupo de mineração em um clima de incerteza. Cynthia concordou em ficar até que um substituto seja nomeado. Mas a falta de um sucessor acabou compondo um cenário ainda maior de incertezas para a companhia, que sofre com greves nas suas operações de plantina na África do Sul. À executiva, a primeira presidente não nascida na África do Sul e primeiro executivo-chefe mulher da Anglo American, foi concedido um mandato para implantar as mudanças necessárias em uma empresa conhecida por seu conservadorismo. Mas seu mandato foi ofuscado por erros que se tornaram públicos e que irritaram alguns acionistas. O desempenho da empresa tem sido atingido pelo excesso de custos, atrasos em um projeto de minério de ferro no Brasil e uma disputa com a Codelco, o grupo estatal de mineração do Chile. A empresa tem sido criticada por não ter realizado um "spin off" de seus ativos de platina na África do Sul e por ter pago um valor acima do considerado certo pelo mercado em alguns negócios, como a compra de uma participação de 40% na De Beers por US $ 5,2 bilhões. A insatisfação dos acionista tem crescido, especialmente desde julho, quando a Anglo American anunciou uma queda de 55% no primeiro semestre de lucros. Desde que Cynthia assumiu, em outubro de 2006, a Anglo acumula um retorno líquido negativo total de cerca de 13%, enquanto a BHP Billiton e a Rio Tinto ter retornado 127% e 51%, respectivamente. Sir John Parker, presidente do conselho, elogiou Cynthia por seu "trabalho de transformação". Ele rebateu insinuações de que sua posição tinha se tornado insustentável por investidores descontentes. Outros acionistas foram menos favoráveis à executiva. Em comunicado, o South Africa's Public Investiment Corp. (PIC), maior acionista, disse que a diretoria da Anglo também tinha a responsabilidade pelos eventuais "erros". Outro investidor, entre os vinte maiores, defendeu Cynthia: "Nós sempre avaliamos bem o trabalho dela, mas a velha guarda do sexo masculino nunca realmente encarou bem o seu trabalho." As greves e problemas com Codelco foram "boas desculpas para se livrar dela". A Anglo disse que a busca por novo executivo-chefe pode durar até o próximo ano. Os candidatos potenciais incluem Mark Cutifani, diretor da Anglo Gold Ashanti; Doug Ritchie, diretor de estratégia da Rio Tinto; e Chris Griffith, diretor de platina no Anglo. Fonte: Valor Econômico Data: 29/10/2012

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VALE ADOTA ESTRATÉGIA PARA CENÁRIO GLOBAL ADVERSO A Vale está fazendo ajustes em sua direção estratégica para se adaptar ao atual contexto de crise global. A meta é adequar os investimentos ao caixa da companhia, afetado pela queda dos preços do minério de ferro em quase 50% no terceiro trimestre. A commodity sozinha responde por mais da metade da receita da empresa. O plano de ajuste, a ser aprovado em novembro pelo conselho de administração, inclui orçamentos anuais de investimentos (capex) mais enxutos, como será o de 2013, bem inferior aos US$ 21 bilhões de 2012; desinvestimentos de ativos não prioritários; e adoção de parcerias minoritárias em projetos como o de potássio de Rio Colorado, em Mendoza, para reduzir custos. O foco estratégico será priorizar os megaprojetos de minério de ferro, como o S11D, no Pará. A Vale também não pretende abrir mão do projeto Simandou, na Guiné, o "Carajás da África". Luciano Siani, diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidores da Vale, que comandou a conferência telefônica para comentar os resultados do terceiro trimestre ontem, anunciou que "a Vale vai adotar premissas mais conservadoras no novo cenário adverso e tudo que não se enquadrar nessa filosofia está sendo reavaliado". Ele destacou que o projeto S11D deve entrar em operação em 2017. O custo do investimento é de US$ 19,5 bilhões. "O projeto do Pará vai permitir a colocação do minério de ferro no porto a um custo de US$ 15 a tonelada". O projeto, de 90 milhões de toneladas de minério, vai levar a Vale a recuperar participação no mercado global de minério. Sobre Simandou, Siani enfatizou que "a Vale não vai abrir mão e nem vender parte das minas de minério de ferro do projeto e nem considera adicionar novos parceiros ao negócio". O executivo informou que, apesar do projeto ter sido colocado em espera, "a Vale trabalha com o parceiro da BSG Resources e com o governo da Guiné para resolver os gargalos do projeto". Os principais imbróglio são três: questão regulatória, participação do governo no negócio e a parte logística. A solução não será no curto prazo e Siani garantiu que até tudo estar certo a Vale não vai colocar recursos no projeto. Já sobre o programa de desinvestimento, o executivo se recusou a citar nomes, mas afirmou que "o processo desinvestimento será menos excitante do que o mercado espera", devendo se ater a ativos pequenos, "normalmente fora do Brasil". No primeiro semestre, a Vale arrecadou US$ 1,9 bilhão com a venda de minas de carvão térmico na Colômbia, ativos de caulim, navios e unidades de ferroligas na Europa. O Credit Suisse levantou alguns ativos da Vale que considera desinvestimentos potenciais, como os de óleo e gás, em processo de venda, projetos de níquel de Onça Puma (paralisado) e Nova Caledônia (em fase de "ramp up"), ativos de carvão térmico na Austrália e mais navios. Também pode entrar nesta lista a participação acionária de 22% que a Vale tem na norueguesa de alumínio NorskHydro, negociados após a venda das unidades de alumínio para a multinacional, em 2011. Apesar dos números fracos das contas trimestrais, o mercado reagiu bem ao balanço da Vale e as ações da mineradora foram as que mais subiram ontem na Bolsa. A Vale PNA fechou a R$ 36,20 em alta de 5,57% e as ações ON cotadas a R$ 37,31 subindo 5,63%. A Bradespar PN, ação da holding do Bradesco que só tem Vale na carteira, subiu 5,92%, cotada a R$ 29,69. A ausência de Murilo Ferreira, presidente-executivo da empresa, das três entrevistas telefônicas da Vale para comentar o balanço, causou estranheza. Ferreira foi ontem à Brasília se reunir por uma hora e meia com a presidente Dilma Rousseff. O motivo do encontro não foi divulgado. Fonte: Valor Econômico Data: 26/10/2012

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DEVEX SELA PARCERIA COM CAE MINING DO CANADÁ Mineração: Crise não afeta serviço de empresas de automação de minas

A Devex, empresa nacional detecnologia de mineração, firmou parceria estratégica com a canadense CAE Mining no segmento de serviços de automação para minas. A colaboração entre as companhias vai acelerar o processo de crescimento internacional da Devex, pois a CAE Mining tem presença em mais de 100 países, enquanto a brasileira, além da sede no Brasil, tem filiais no Chile, Peru e Austrália. O acordo selado entre as partes concede direitos exclusivos para a companhia canadense comercializar e distribuir as soluções da Devex no Canadá, Índia, Rússia, incluindo Ucrânia, Armênia e Georgia, informou Guilherme Bastos Alvarenga, presidente-executivo da Devex. A parceria vai criar sinergia forte no trabalho das duas empresas, pois vai possibilitar às clientes mineradoras integrar o sistema de planejamento da CAE Mining com os dois sistemas da Devex de automação dos processos de minas a céu aberto e subterrânea, que além do gerenciamento de frota tem serviços que abrangem automação de equipamentos fixos ou móveis, frentes de lavras, e monitoramento da segurança dos trabalhadores através do sistema SafetYou. O SafetYou acopla dispositivos aos cintos dos operadores das minas subterrâneas e os conecta diretamente ao sistema principal permitindo visão online do posicionamento dos trabalhadores dentro da mina. Apesar da crise global que vem afetando o setor de mineração com baixa de preço de minério de ferro e metais, gerando volatilidade no mercado e tornando as mineradoras mais cautelosas em investimentos, a Devex espera ampliar em 42% o faturamento em 2012. "A expectativa é fecharmos o ano com R$ 60 milhões", adiantou Alvarenga. Segundo ele, a empresa não sentiu ainda a crise atual. "A crise ainda não é tão forte como foi em 2008 e 2009, quando houve uma parada geral nos investimentos. O que estamos vendo agora é mais cautela e redução do volume de investimentos, um movimento de acomodação, depois de um forte crescimento entre 2010 e 2011", avaliou. O executivo explicou, que no caso de uma empresa de tecnologia de automação, o que as mineradoras querem na época da baixa de preço "é cortar custos e deter o controle de produção das minas e isto nós sabemos fazer muito bem. Já na época de alta de preços os clientes querem aumentar a produção". Alvarenga diagnosticou que as empresas de minério de ferro é que estão sofrendo um pouco mais os efeitos da crise, por causa da queda do preço do minério. Já a mineração de ouro "está bombando". "Não vejo nenhum corte de investimento nos projetos de ouro. Acho que por causa da crise as pessoas estão guardando ouro nos cofres", brincou. No caso do cobre, lembrou que muitos investidores desse metal produzem ouro também. No níquel pode-se dizer, afirmou Bastos, que os investimentos estão medianos, nem sendo cortados como o minério de ferro, nem estão indo tão bem quanto o ouro. Recentemente, a Devex começou a implantar o sistema pioneiro em automação denominado SmartMine/UG na mina do Pilar, de extração de ouro da Yamana Gold no município de Pilar de Goiás. A mina do Pilar deve entrar em operação em 2013. A Devex é uma SA de capital fechado que tem como sócio um FIP (fundo de private equity), o FIRCapital, formado por cotistas dos grandes fundos de pensão (Previ e Petros), BNDES e BBInvestimentos e acionistas privados. Com 50 mineradoras em seu portfólio, como Vale, BHP Billiton, CSN. Usiminas, Yamana Gold, Kinross, dentre outras, a empresa ainda não tem planos de abrir capital na bolsa. Fonte: Valor Econômico Data: 31/10/2012

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ESTADO DEIXA DE ARRECADAR R$ 500 MILHÕES DA VALE Taxa Mineral: Governo passa a cobrar R$ 2,30 por cada tonelada de minério de

ferro O governo do Pará e a mineradora Vale chegaram a um acordo sobre a taxa mineral. O Estado aceitou que o preço da tonelada do minério de ferro seja reduzido de R$ 6,90 para R$ 2,30, abrindo mão de cerca de 500 milhões por ano. Com a negociação, a arrecadação sobre a produção do minério vai render aos cofres estaduais cerca de R$ 400 milhões anuais. Uma das vantagens com o acordo, afirma a Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), é que com esse dinheiro o Estado vai agilizar ações de políticas públicas para o setor mineral. Além disso, neste ano, a Vale vai pagar o retroativo de R$ 484 milhões do que era depositado em juízo de forma direta para os cofres públicos. O acordo foi firmado no início da semana passada, após meses de negociação entre técnicos do governo e da mineradora. Na quinta-feira da semana passada, 18, o governo editou novo Decreto, o de nº 574, com o rebaixamento do valor da taxa. No dia seguinte, publicou no Diário Oficial do Estado. O Decreto se restringe apenas a codificar o que ficou acertado diante do rebaixamento do valor da Unidade Padrão Fiscal (UPF), de três unidades para uma UPF para cada tonelada de minério extraída do solo paraense, que ficou em R$ 2,30. Segundo o secretário de Indústria, Comércio e Mineração do Pará, David Leal, as principais razões para o fechamento do acordo se voltam às ações de políticas públicas para o setor mineral no Pará. "Diante da conjuntura internacional, com uma crise forte que tem rebatido no ferro e aço, este com grande estoque no mercado mundial, estima-se que há cerca de 400 milhões de toneladas de aço no mercado e a necessidade do Estado ter pressa em conhecer, fiscalizar, dinamizar e estruturar ações de políticas públicas para a mineração, a saída estratégica, inteligente, possível, diante desses cenários econômicos que preocupam, o melhor seria sentar à mesa e negociar, e foi o que aconteceu", explicou Leal. O titular da Seicom esclareceu ainda que para a mineração não havia nenhuma taxa estipulada com a finalidade de conhecer, fiscalizar e estruturar o setor por meio de uma secretaria, neste caso a Seicom, portanto, não havia arrecadação estadual com essa rubrica. Se a redução da taxa fosse com três UPFs, em estimativa preliminar para 12 meses, o Estado arrecadaria cerca de R$ 900 milhões, de acordo com as oscilações da importação do ferro. Com o novo Decreto, de rebaixamento negociado para uma UPF, fica em 12 meses, a partir de 2013, em R$ 340 milhões." Fonte: O Liberal Data: 27/10/2012

BHP VÊ BRASIL E AUSTRÁLIA ABASTECENDO DEMANDA MUNDIAL POR FERRO A BHP Billiton, maior mineradora do mundo, disse nesta quinta-feira que espera que a Austrália e o Brasil abasteçam a demanda global de minério de ferro, com pouca necessidade de aumento de capacidade em regiões emergentes na produção, como o oeste da África. Na quarta-feira, em um golpe para as ambições do oeste africano crescer como um produtor da matéria-prima do aço, a brasileira Vale disse que havia colocado em revisão seus planos para o projeto de Simandou, na Guiné, citando a queda no preço do minério de ferro.

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"Sobre o oeste da África em geral, por anos e anos nós temos tido a visão de que Brasil e Austrália juntos podem substancialmente abastecer as necessidades de novos incrementos (de produção no mundo)", disse o presidente-executivo da BHP, Marius Kloppers, a repórteres. "Nós acreditamos que a produção no Brasil e na Austrália será suficiente para atender a demanda e há um crescente consenso, e um reconhecimento por investidores no mercado, que é este realmente o caso. Progressivamente, você tem visto outras empresas chegarem a uma conclusão próxima da nossa posição." A BHP disse à Guiné em julho que planejava sair do projeto da mina de ferro de Mount Nimba, naquele país Fonte: Reuters Data: 25/10/2012

BRASIL É BOLA DA VEZ PARA A ANGLO Presidente mundial da mineradora visita projeto Minas-Rio e diz que produção no

complexo começa em meados de 2014

Numa demonstração da prioridade dada pelo grupo britânico Anglo American ao projeto Minas-Rio, complexo de exploração de minério de ferro orçado em mais de US$ 5 bilhões, os 11 representantes do Conselho de Administração da mineradora conferiram, na segunda e na terça-feira, as obras de implantação em Conceição do Mato Dentro (Região Central) e Pedra Bonita (Zona da Mata). A missão foi liderada pela presidente mundial da Anglo American, Cynthia Carroll, que cumpriu agenda intensa de reuniões de trabalho em Belo Horizonte para afinar detalhes do novo cronograma do empreendimento. A produção começa na segunda metade de 2014, cerca de um ano à frente do planejamento inicial. Em entrevista ao Estado de Minas, a executiva que entrou na lista das personalidades mais influentes do mundo empresarial, feita pela Revista Fortune, reafirmou a importância do Brasil como peça chave da estratégia de crescimento do conglomerado. “Se há dúvidas sobre o nosso compromisso com o Brasil, os números dos investimentos já feitos pela empresa e os do projeto Minas-Rio falam por si. É o maior aporte da Anglo American no mundo e também o de uma empresa estrangeira no país”, afirmou Cynthia Carroll. A mineradora pisou em terras brasileiras há 40 anos e acumula desembolso estimado em US$ 14 bilhões (R$ 28 bilhões) de 2007 a 2013. O adiamento do projeto Minas-Rio anunciado recentemente, de acordo com a presidente da mineradora, se deveu à três ações impetradas pelo Ministério Público, sendo que duas delas foram solucionadas e uma terceira está em fase final de negociação para adequação. Quanto à decisão da companhia de colocar à venda suas operações de ferro no Amapá, a medida foi tomada para que todos os esforços se concentrem no complexo Minas- Rio. São 150 frentes de trabalho nas obras, empregando 13 mil pessoas, com um tráfego equivalente a 4 milhões de quilômetros rodados por mês para o transporte de materiais. A Anglo vai abrir 5.400 empregos diretos e 15 mil indiretos quando o empreendimento entrar em funcionamento. O mineroduto em construção para levar a produção ao terminal do Porto de Açu, no qual a mineradora tem sociedade com a LLX, em São João da Barra (RJ), será o maior no mundo, com 525 quilômetros de extensão, atravessando 32 municípios mineiros e fluminenses. “Dependemos muito da nossa habilidade de produzir aqui para a empresa continuar crescendo. O Brasil é uma peça chave na nossa estratégia, não só porque tem estabilidade política e vem crescendo, mas pela diversidade e qualidade dos seus recursos minerais”, disse a presidente da Anglo American. Cmpetitividade Os direitos minerários com os quais a empresa conta na Região de Conceição do Mato Dentro são de aproximadamente 5,8 bilhões de toneladas na chamada qualidade premium, que apresenta

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teor de 68% de ferro, depois da etapa de beneficiamento. Na primeira fase de operação do Minas-Rio, serão produzidos 27 milhões de toneladas por ano. Outra vantagem do projeto destacada por Cynthia Carroll está no custo baixo da logística. São dois fatores essenciais para a competitividade do empreendimento, em especial, diante da queda dos preços do minério de fero no mercado internacional. Vale quer virar o jogo A Vale terá que se adequar ao cenário de preços magros e instáveis no mercado internacional de minério e fará isso desinvestindo em projetos considerados periféricos em relação ao negócio-alvo da empresa, a maioria localizados fora do país. A ideia, a partir de agora, de acordo com diretor executivo de finanças, Luciano Siani, é buscar parcerias que dividam o esforço de caixa da empresa para viabilizar os investimentos e seguir com os projetos. As parcerias podem incluir ativos de níquel, fertilizantes e carvão. A única área em que a empresa descarta sócios é a de produção de minério. Com a queda do preço do minério de ferro no mercado internacional, o lucro líquido da Vale caiu 57,8% no terceiro trimestre em comparação com igual período de 2011. Em comparação com os meses de abril, maio e junho, a retração foi de 37%. A receita operacional da companhia em julho, agosto e setembro de 2012 caiu 18,8% frente o terceiro trimestre de 2011. O preço da tonelada de minério acumula queda de 50% no último ano. Diante da nova situação, a companhia também vai reduzir investimentos. “O Capex vai ter seu pico em 2012. Não vai ser tão alto quanto anunciamos em 2011, quando fizemos esse plano. Estamos fazendo um esforço para ter um número menor”, afirmou Siani a analistas do mercado financeiro. De acordo com ele, em 2013, o objetivo é ter um número ainda menor. “Apesar da queda de preços e receita, o que vocês estão vendo é uma companhia rápida e ágil, que está se adaptando para fazer mais com menos. Podemos ser uma empresa muito lucrativa nesse novo cenário, sempre com muita disciplina, já que a situação é menos exuberante do que já foi.” Siani afirmou que a empresa ainda não fechou a previsão de investimentos para 2013, mas garante que será o maior investimento privado do Brasil. Os resultados da Vale, embora negativos, já eram esperados pelo mercado. O balanço apresentado ao mercado agradou os investidores do mercado de capitais. Ontem, as ações ON da Vale registraram alta de 5,38% e as PN 5,07%. Fonte: Estado de Minas Data: 26/10/2012

PRODUÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO CRESCE 14% EM CORUMBÁ Os investimentos da Vale no Mato Grosso do Sul chegaram a US$ 182,1 milhões nos nove primeiros meses do ano, avanço de 19% na comparação com igual período do ano passado. Só no terceiro trimestre foram desembolsados mais de US$ 63 milhões pela empresa no Estado. Os investimentos socioambientais da Vale no Mato Grosso do Sul chegaram a US$ 21,8 milhões nos nove primeiros meses. Já o número de empregados próprios e terceiros permanentes cresceu 3% entre o segundo trimestre e o terceiro, ficando em 1.884 postos de trabalho. Destaques de produção A produção de minério de ferro do Sistema Centro-Oeste da Vale, que engloba as unidades operacionais de Corumbá, foi 14% maior na comparação do terceiro trimestre deste ano com período correspondente de 2011. Entre julho e setembro, foram produzidas 1,87 milhão de toneladas, ante 1,64 milhão registradas no ano passado. No acumulado do ano, a Vale atingiu a marca de 4,53 milhões de toneladas, resultado 14,3% maior do que o alcançado entre janeiro e setembro de 2011.

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A produção de manganês também cresceu na unidade Urucum. Foi registrada expansão de 5,5% no acumulado do ano, totalizando 234 mil toneladas, ante 222 mil contabilizadas em igual período do ano passado. No terceiro trimestre de 2012, a produção de minério de ferro da Vale no Brasil foi de 83,9 milhões de toneladas, aumento de 4,2% em relação ao segundo trimestre do ano, com ganhos em todos os sistemas. De janeiro a setembro, a produção total atingiu 234,4 milhões de toneladas. As informações são da assessoria de imprensa da Vale. Fonte: Diário Online Data: 25/10/2012

ANÁLISE: INDÚSTRIA DA MINERAÇÃO TEM LONGA LISTA DE OPORTUNIDADES E

DESAFIOS Até 2015, a indústria de mineração deve ser responsável por uma das mais vultosas somas de investimentos da economia brasileira, ultrapassando os US$ 68 bilhões, de acordo com o Instituto Brasileiro de Mineração. São três os principais fatores que contribuem para o fortalecimento desse segmento: o crescimento da população urbana, o aumento do investimento em infraestrutura e também o avanço econômico mundial. Por exemplo, o Japão tem interesse no minério de ferro do Brasil, e o mercado interno apresenta boas perspectivas. No terceiro trimestre deste ano, o país registrou nove fusões e aquisições no setor (quatro delas domésticas), 200% a mais do que no mesmo período de 2011. Apesar das boas expectativas, o setor enfrenta grandes desafios ligados à demanda do minério de ferro, seu principal produto, e que tem como cliente primordial a China. O momento é delicado em razão da queda do preço mundial da commodity e da redução do apetite chinês. As companhias terão que demonstrar habilidade para negociar com clientes em um cenário de volatilidade de preços e lidar com a competitividade do minério da própria China. A oferta de mão de obra qualificada é outro gargalo para a indústria. Estima-se que, em três anos, serão necessários pelo menos 600 engenheiros e 1.500 técnicos. Também há dificuldades na obtenção de licenças ambientais, demora na entrega de equipamentos e escassez de investimentos em pesquisa. Questões similares afetam o mercado de aço, que ainda enfrenta problemas como a necessidade de redução de custos devido ao excesso de capacidade produtiva e a volatilidade na procura pelo produto em razão da crise. Porém, ao final, a principal discussão gira em torno do marco regulatório da mineração, incluindo a criação de órgãos como o Conselho Nacional de Política Mineral e a Agência Nacional de Mineração, além do debate sobre a implantação da política para a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais, que trata dos royalties da mineração. Não são poucos os desafios, mas as perspectivas certamente valem o esforço. Fonte: Folha de S. Paulo Data: 26/10/2012

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TERRAS-RARAS: RESULTADO POSITIVO Estudo aponta bom potencial para a extração de óxidos, nióbio e fosfatos no

município. A multinacional canadense MbAC Fertilizantes, que está desenvolvendo um projeto para exploração minerária em Araxá, no Alto Paranaíba, já obteve resultados positivos nos estudos preliminares de avaliação econômica para a extração de óxidos de terras-raras, nióbio e fosfatos no município. Com isso, a perspectiva da empresa é iniciar a produção a partir do primeiro trimestre de 2016. Somente para a primeira fase do empreendimento estão previstos investimentos da ordem de US$ 406,05 milhões. Segundo informações da assessoria de comunicação da MbAC, o primeiro estudo apontou que que a área contém 6,34 milhões de toneladas de recursos minerais utilizáveis. A extração inicial prevista é de 120 mil toneladas ao ano. Desse total, 8,75 mil toneladas corresponderão a óxidos individuais de terras-raras (OTR), com capacidade de até 17,5 mil toneladas no prazo de cinco anos. Na primeira fase, a produção estimada é de 740 toneladas ao ano de óxido de nióbio como subproduto. Já numa segunda etapa do empreendimento, que deve ocorrer entre 2021 e 2023, cinco anos após o início da exploração, serão necessários mais US$ 214,48 milhões em aportes para expansão da produção para 240 mil toneladas. Para a terceira e última fase (de 2024 a 2056), o objetivo é aumentar a produção para 385 mil toneladas. Em nota, o vice chairman e CEO da companhia, Antenor Silva, afirma que os resultados confirmam a expectativa de que a jazida de Araxá tem um valor significativo para a MbAC Fertilizantes. "Com base nos resultados da avaliação, a empresa seguirá rapidamente em frente e espera completar o estudo de viabilidade no segundo trimestre de 2013", diz. Em junho, a Prefeitura de Araxá doou à empresa um terreno de 110 hectares, localizado no km 677 da BR-262. No local, será construída uma planta-piloto para confirmar as estimativas de laboratório e a alta pureza do concentrado de óxidos de terras-raras. Na unidade, será produzido um concentrado de óxidos de terras-raras com um teor esperado de 98,99% de OTR. De acordo com a nota, a MbAC teria interesse em encontrar sócios potenciais "para compartilhar seu ponto de vista sobre o potencial do projeto". A empresa pretende registrar um relatório técnico com as estimativas de existência de minérios e o estudo preliminar de avaliação econômica em futuro próximo. Ao todo, o projeto engloba quatro áreas, no total de 214 hectares. A área de carbonalita Barreiro, onde estão os óxidos de terras-raras, também é a fonte da rocha utilizada pela mina de nióbio da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) e da planta Araxá SSP da Vale S/A (Vale), para 1,3 milhão de toneladas por ano. Multiuso - As terras-raras compreendem um grupo de 17 elementos químicos metálicos. Entre as aplicações desses minerais está a produção de vidros e lentes especiais, catalisadores de automóveis, equipamentos eletrônicos, refino de combustíveis e a fabricação de motores. Atualmente, a demanda no país, cerca de 1 mil toneladas/ano, ainda é considerada baixa. Fonte: Diário do Comércio Data: 26/10/2012

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SUSTENTABILIDADE NA INDÚSTRIA MINERAL É O FOCO DA EXPOSIBRAM

AMAZÔNIA 2012 Evento reúne empresas e entidades ligadas à indústria de mineração para debater sobre atuação sustentável e avaliar o atual cenário do segmento

A mineração está presente em praticamente tudo que está a nossa volta e desempenha um papel cada vez mais relevante no cenário econômico do País. Por isso, é necessário ampliar a interação e os debates entre Governo, empresas e sociedade, de modo a criar um ambiente favorável para atrair novos investimentos e estimular o desenvolvimento de um setor. Durante quatro dias, lideranças empresariais, dirigentes da atividade mineral, fornecedores, especialistas, acadêmicos e estudantes do setor discutirão a importância da atividade para o desenvolvimento sustentável no 3º Congresso de Mineração da Amazônia. A iniciativa, realizada pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM – www.ibram.org.br), ocorre simultaneamente à 3ª Exposição Internacional de Mineração da Amazônia e compreende a EXPOSIBRAM Amazônia 2012 (www.exposibram.org.br). “Nesta terceira edição temos como meta no Congresso deste ano reforçar o conceito de que a Amazônia faz parte do cenário internacional da mineração. Também pretendemos que os eventos ajudem a atrair investidores e empresas da cadeia da mineração para a região”, afirma José Fernando Coura, Diretor-Presidente do Instituto. O evento irá debater assuntos que estão atrelados à atividade mineradora, como a mineração em terras indígenas, que ainda precisa de regulamentação por parte do Governo Federal, os atuais desafios encontrados, sem deixar de abordar o panorama econômico atual e do cenário no médio prazo para o setor. A EXPOSIBRAM Amazônia também será uma oportunidade de mostrar quais as ações desenvolvidas pela indústria da mineração em prol do desenvolvimento sustentável e suas evoluções. A iniciativa do IBRAM se mostra relevante tendo em vista que as mineradoras investirão cerca de US$ 75 bilhões no Brasil, até 2016, em projetos novos e na expansão de seus empreendimentos. Somente a Região Amazônica receberá cerca de 30% desse total. Congresso – Logo no primeiro dia da EXPOSIBRAM Amazônia, o IBRAM traz o Ministro de Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, para tratar sobre as “Perspectivas econômicas mundiais e seus efeitos sobre o mercado de bens minerais”. O objetivo é debater, dentro do cenário político e econômico mundial, as expectativas para implantação de novos projetos minerários no País. O Instituto também realiza um talk-show com grandes nomes da mineração brasileira como o Presidente da Mineração Rio do Norte (MRN), Julio Sanna, o Presidente da Anglo American – Unidade Minério de Ferro, Paulo Castellari-Porchia, e o Diretor Superintendente da Votorantin Metais, Tito Botelho Martins. Eles irão discutir ações sustentáveis do setor e como a atividade mineral pode influenciar no desenvolvimento local e regional. Os debates sobre a interiorização do desenvolvimento não se restringem ao talk show. O Especialista Sênior em Mineração do Banco Mundial, Michel Stanley, também abordará o assunto em sua apresentação – marcada para o último dia da EXPOSIBRAM. Assuntos de grande repercussão no setor também fazem parte da programação. A mineração em terras indígenas consta no rol de tópicos a ser discutido entre os especialistas. O momento para

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tal debate é propício, uma vez que o governo analisa a regulamentação da exploração mineral nessas áreas. Durante o evento, os congressistas também poderão conhecer as ações sustentáveis praticadas pelas mineradoras. Este assunto estará mais evidente no painel que tratará sobre o “Inventário sobre a Gestão da Sustentabilidadena Mineração: a evolução em 20 anos”, que contará com a participação Especialista em Gestão Ambiental da Environmental Resources Management (ERM), Maria Sulema Pioli. Nesta oportunidade também será apresentado o Índice de Sustentabilidade da Mineração (ISM), criado pelo geólogo Maurício Boratto. O ISM é uma metodologia a ser aplicada especificamente em unidades operacionais minerarias que busca verificar a sustentabilidade dos empreendimentos minerários, incluindo as comunidades de entorno e o município de inserção da mineração e levando em consideração as especificidades brasileiras. Os patrocinadores da EXPOSIBRAM Amazônia são Vale S.A., Votorantim Metais, Anglo American, Hydro, Sindicato Nacional da Indústria da Extração do Ferro e Metais Básicos (Sinferbase), Geosol, Hyundai Heavy Industries Brazil, Deltamaq, Mineração Rio do Norte, FGS Brasil, Alcoa, Imerys, Mobil e General Electric. O evento conta com apoio de: Governo do Pará, Hangar Centro de Convenções & Feiras da Amazônia, Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral) e da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa). Para inscrições e informações, acesse www.exposibram.org.br. Serviço: EXPOSIBRAM AMAZÔNIA 2012 Data: 5 a 8 de novembro Local: Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, situado à Avenida Doutor Freitas, S/N, Marco – Belém (PA) Inscrições antecipadas para o Congresso até 2 de novembro pelo site www.exposibram.org.br Fonte: IBRAM Data: 26/10/2012

PREÇO DO MINÉRIO DE FERRO VOLTA A SUBIR NO MERCADO LIVRE DA CHINA O minério de ferro atingiu hoje o preço de US$ 121 a tonelada no spot chinês referido ao Platts Iodex 62% Fe, a segunda maior cotação do semestre desde 24 de julho, quando alcançou US$ 121,50 a tonelada. O minério iniciou a semana a US$ 120,50 a tonelada. O valor de hoje supera o patamar de US$ 120, apontado como teto nas projeções de algumas mineradoras e analistas para o último trimestre de 2012. A recuperação da commodity tem sido impulsionada pelo processo de reestocagem da matéria-prima pelas grandes usinas chinesas de aço. Desde o início de outubro a produção de aço bruto tem aumentado na China. Segundo o site chinês Mysteel, entre 11 a 20 de outubro, as maiores siderúrgicas locais chegaram a rodar a uma produção diária de aço bruto de 2 milhões de toneladas, 4,3% acima dos dez primeiros dias do mesmo mês. Segundo cálculos da Chinese Iron and Steel Association (CISA) este volume aponta para uma produção de 730 milhões de toneladas/ano, superior a do ano passado. A retomada da produção de aço chinesa decorre de uma onda de alta dos preços do aço no mercado local por conta do sentimento de melhoria da atividade econômica do país.

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Com base nos cálculos da CISA, o banco Barclays já trabalha com um aumento entre 3% a 4% na produção de aço chinesa este ano, o que pode garantir uma demanda firme pelo minério até o final do ano. Fonte: Valor Econômico Data: 30/10/2012

EMPRESA PRETENDE INVESTIR R$ 6 BI NA EXTRAÇÃO DE POTÁSSIO EM MINAS Verde Fertilizantes conclui pesquisas no Alto Paranaíba e decide aumentar

investimento para a extração no estado Sondagens concluídas no mês passado pela mineradora Verde Fertilizantes na região de São Gotardo e Matutina, no Alto Paranaíba, indicam que Minas Gerais poderá se tornar um grande fornecedor de potássio, matéria-prima para fertilizantes considerada estratégica no Brasil, em razão da alta dependência do país das importações do insumo. Com a confirmação de que o potencial dos depósitos de rocha potássica supera as expectativas iniciais e o domínio da tecnologia de processamento, já testada, a empresa pediu licença ambiental para começar a desenvolver um projeto redimensionado para investimentos de R$ 6,06 bilhões até 2015. Os executivos da Verde Potash, companhia inglesa controladora do negócio no Brasil, estão trabalhando na engenharia financeira do empreendimento, que vai fornecer cloreto de potássio e termopotássio, entrando numa disputa pesada com os fornecedores da Rússia e do Canadá, que detêm 85% do mercado de potássio no mundo. “É uma briga de Davi contra Golias”, afirma o presidente da Verde Potash, Cristiano Veloso, ao observar que as importações brasileiras do cloreto de potássio somaram R$ 7 bilhões no ano passado, mantendo o insumo entre os cinco itens que o país mais busca no exterior. A oferta mundial está concentrada nas mãos da russa Uralkali e da Canpotex, canadense, dona da Potash Co. Agrium e Mosaic. A Verde Fertilizantes iniciou em 2008 as pesquisas geológicas num terreno de 1.200 hectares no entorno de São Gotardo, que indicaram reserva de 2,8 bilhões de toneladas de rocha potássica conhecida como verdete, com teor de 9% de óxido de potássio. Nessa mesma área, a Vale já havia requerido direitos de pesquisa na década de 1980. Os aportes da Verde no conhecimento do subsolo alcançaram R$ 31,4 milhões. Nos planos da empresa, o material será convertido em 1,196 milhão de toneladas por ano de cloreto de potássio a partir de 2015, volume que subirá a 3 milhões de toneladas anuais com todo o projeto concluído em 2019. O cronograma de implantação do empreendimento, segundo Cristiano Veloso, prevê o começo das obras de infraestrutura de acesso à mina no primeiro trimestre do ano que vem. Os ativos minerais de que a Verde Fertilizantes dispõe são o bastante para uma produção de 8 milhões de toneladas por ano de cloreto de potássio durante aproximadamente 36 anos. “O potencial das reservas é gigantesco, quando comparado ao volume de 9 milhões de toneladas por ano que o Brasil necessita para se tornar autossuficiente”, diz Cristiano Veloso. O consumo no país está distribuído entre as plantações de soja do Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerias; as lavouras de milho de São Paulo, Minas, Paraná e Mato Grosso, além da cana-de-açúcar, café e arroz, entre as principais culturas que respondem pela demanda brasileira. Desafio O projeto da Verde Fertilizantes pode ser uma das poucas iniciativas de empresas no Brasil a sair do papel para tentar substituir ingredientes importados , num ambiente de carga tributária alta. A mistura dos fertilizantes NPK – nitrogênio, fosfato e potássio – consiste num dos principais insumos agrícolas. A mineradora Vale anunciou investimentos no aumento da produção de rochas fosfáticas

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em Minas Gerais e firmou acordo, este ano, com a Petrobras para o projeto de potássio Carnalita, em Sergipe, e está às voltas com as dificuldades relativas ao impacto ambiental para ampliar a produção de sais de potássio da mina Taquari-Vassouras, no mesmo estado. A mineradora anunciou esta semana a decisão de buscar sócios para desenvolver projetos nessa área. A Galvani conduz o projeto Serra do Salitre, nas proximidades de Patrocínio, também no Alto Paranaíba, para ampliar o processamento de rochas fosfáticas. Cristiano Veloso diz que as vantagens do produto importado no Brasil não se justificam. Conforme estudo feito pela consultoria Ernst &Young sob encomenda do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), os custos de produção no Brasil, incluindo impostos chegam a 41,6%, ante 29% na Rússia e 18,2% no Canadá. Novidade Junto ao cloreto de potássio, a Verde Fertilizantes, que está em fase pré-operacional, vai produzir o termopotássio, insumo novo, com aplicação na agricultura da mesma forma que o calcário. O nutriente era o principal produto quando a Verde formalizou seu projeto ao governo de Minas Gerais no ano passado, àquela época com investimentos previstos de R$ 280 milhões. Cerca de 10% da produção inicial de termopotássio serão vendidos a preços subsidiados com descontos de até 95% aos pequenos agricultores da região de São Gotardo. O objetivo do programa é apresentar o potencial da matéria-prima. Fonte: Estado de Minas Data: 27/10/2012

NO NE, SÓ 25% DOS PROJETOS ESTÃO EM ANDAMENTO Apenas um quarto de 83 projetos considerados prioritários para a ampliação da infraestrutura da região Nordeste está em andamento. O diagnóstico faz parte de um estudo encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que analisou os empreendimentos na região e concluiu que o escoamento da produção dos nove Estados pode travar nos próximos anos. Os projetos em desenvolvimento considerados prioritários no Nordeste pela CNI somam R$ 25,8 bilhões. Os investimentos são encabeçados, em larga escala, pelo poder público. Apenas 15% das obras que estão em estudo ou em execução contam com a participação da iniciativa privada. As ferrovias e os portos concentram os investimentos planejados ou já em execução: 90% dos R$ 25,8 bilhões. Outros 9% estão sendo investidos nas rodovias e 1% nas hidrovias. A entidade avalia que a infraestrutura do Nordeste demanda investimentos ainda maiores. Segundo a CNI, outros projetos também relevantes, embora não prioritários para a região somam R$ 71 bilhões no total. O setor ferroviário é o que mais demanda investimentos nos próximos oito anos, com necessidade de desembolso chegando a R$ 12 bilhões. Um exemplo considerado crítico pela CNI é o trecho da ferrovia Açailândia (MA) a Marabá (PA), da Estrada de Ferro Carajás. Com capacidade para suportar o transporte de 311 mil toneladas por dia, escoa atualmente 279 mil toneladas diariamente. A expectativa é que com o aumento da produção esse volume cresça para 877 mil toneladas por dia em 2020. Se nenhum investimento for feito, a capacidade será ultrapassada, ao fim da década em 1.522%. Considerada fundamental para a expansão da capacidade de escoamento, a Nova Transnordestina também passa por dificuldades, sobretudo no trecho cearense, que liga a cidade de Salgueiro (PE) ao Porto do Pecém (CE). As seguidas renegociações de preços entre o governo e a concessionária Transnordestina Logística, controlada pela CSN, são as grandes responsáveis pela morosidade das obras, que só devem ser concluídas em 2016. Outro projeto importante - e ainda mais problemático - é o da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol), que ligará a cidade de Ilhéus (BA) a Figueirópolis (TO). O projeto foi concebido para viabilizar a exploração de minério de ferro no oeste baiano, mas está paralisado em vários trechos

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devido a entraves ambientais. O governo federal avalia como "preocupante" o andamento das obras da ferrovia, que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A expectativa é que o minério e a soja do oeste baiano sejam exportados pelo Porto Sul, que será construído em Ilhéus, mas que também enfrenta entraves. Uma guerra entre o governo da Bahia e entidades ambientalistas colocou em xeque o ancoradouro, que nem sequer começou a ser construído. Os investimentos nos projetos de infraestrutura teriam retorno em pouco mais de quatro anos, diz a CNI, com a economia de gastos logísticos. Atualmente, a região gasta em torno de R$ 30,2 bilhões com transportes, incluindo gastos com frete, pedágios, transbordo, terminais, tarifas portuárias e frete marítimo. No caso dos portos, atualmente apenas o Complexo Portuário de São Luís e o Porto de Recife utilizam mais do que suas capacidades permitem. Em 2020, seis portos vão operar acima da capacidade e outros dois estarão com potenciais gargalos. Os casos mais críticos devem ser os do Complexo Portuário de São Luís e o Porto de Natal. Das rodovias que cruzam a região, a BR-101 entre Sergipe e Rio Grande do Norte apresenta os maiores gargalos. A utilização pelos carros e caminhões de carga ultrapassa em até 65% a capacidade de peso que suporta em um determinado período, o que reduz a velocidade dos veículos e provoca congestionamentos. A duplicação da BR-101 está adiantada entre Natal e Recife, porém os prazos originais já foram superados há bastante tempo. Uma simulação do crescimento da produção até 2020 mostra que, se nenhum investimento for feito nos próximos oito anos, nove rodovias estarão sendo utilizadas acima da capacidade. Para Olivier Girard, um dos sócios da Macrologística, que conduziu o estudo, a matriz do país é concentrada no setor rodoviário e falta investimentos nos modais hidroviário e ferroviário. "Falta competitividade nos diferentes modais. No setor ferroviário, há poucas empresas e concentração de movimentação de carga própria, como ocorre com a Vale e a MRS ", diz. Já as hidrovias, segundo ele, possuem potencial que poderia ajudar na diminuição dos custos logísticos. "O custo do transporte hidroviário é quase metade do rodoviário", compara. No caso do Nordeste, além da cabotagem entre as capitais da região, pelo mar, há a possibilidade do desenvolvimento de transporte pela hidrovia São Francisco. Fonte: Valor Econômico Data: 30/10/2012

PRODUÇÃO DA PETROBRAS PREOCUPA OS ANALISTAS A Petrobras não deve repetir o susto que deu no mercado em agosto, quando registrou prejuízo de R$ 1,346 bilhão no segundo trimestre. Ela surpreendeu os analistas com uma baixa de R$ 2,7 bilhões em 41 poços secos que não era prevista por nenhum deles. Para o terceiro trimestre, a expectativa da média de quatro bancos obtidas pelo Valor é de que a companhia registre um lucro de R$ 7,254 bilhões, Ebtida de R$ 15,498 bilhões e receita líquida de R$ 71,541 bilhões após o fechamento da bolsa hoje. A receita líquida deve melhorar por causa do aumento de 4,5% no preço de realização da companhia proporcionado pelos aumentos do preço da gasolina (8%) e diesel (10,5%), que não foram captados no trimestre anterior. Mas a preocupação agora é com a produção de petróleo da companhia, que vem caindo em ritmo não esperado. O maior lucro, de R$ 8,3 bilhões, é esperado pelo BTG Pactual. No Itaú BBA, que espera lucro de R$ 7,4 bilhões, os analistas Paula Kovarsky e Diego Mendes chamam a atenção para o fato deste trimestre registrar, sazonalmente, forte demanda por combustíveis, especialmente o diesel. A melhora esperada no Ebtida, de R$ 15,4 bilhões contra R$

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10,6 bilhões no segundo trimestre, é atribuída pelo Itaú BBA à não recorrência da baixa de poços secos (R$ 2 bilhões) e aos efeitos do aumento nos preços do diesel e da gasolina, que juntos trouxeram alívio de R$ 3 bilhões. Entre os fatores negativos para a Petrobras está o grande consumo de combustíveis no quarto trimestre, o que vai exigir mais importações no momento em que a companhia não consegue repassar os custos com aquisição desses produtos no mercado internacional para o preço interno. Essa situação deve reduzir o Ebtida do segmento de refino, como destacou o Deutsche Bank, que espera lucro de R$ 7,483 bilhões no terceiro trimestre, receita de R$ 73,4 bilhões e Ebtida de R$ 15,167 bilhões. O banco J.Safra ressalta que, apesar da esperada recuperação no terceiro trimestre, o resultado da companhia "pode apresentar alguns problemas" entre eles a permanência das margens negativas no refino (também afetado pela alta de 3% do dólar), e a queda da produção na bacia de Campos. Ao assumir a presidência da companhia estatal, Graça Foster afirmou que a produção no ano deveria se manter igual aos 2,021 milhões de barris de 2011, com possibilidade de fechar 1% ou 2% acima ou abaixo da meta. Mas o Itaú BBA considera "desapontadora" a queda de 4% da produção em setembro, na comparação com agosto, que parece na grande parte causada pela redução de aproximadamente 86 mil barris na produção do campo de Roncador, na bacia de Campos, devido a uma parada para manutenção da P-52. Os números mencionados pelo Itaú BBA são preliminares, baseados em dados da ANP e dada a magnitude da queda, os analistas acham que aumentou o risco de a Petrobras fechar 2012 com queda de 2% na produção. O Credit Suisse observou em recente relatório que até mesmo a Agência Internacional de Energia (AIE) estimou em 12% a queda da produção em 700 poços analisados pelo organismo no primeiro semestre de 2012. O banco também observa que a AIE achou surpreendente o fato de a Petrobras produzir atualmente 50% mais água do que petróleo em Campos, um indicador de futuras taxas de declínio. "A grande produção de água é particularmente grave em alto mar, onde a capacidade de manuseamento de líquidos é normalmente limitada", registram os analistas Emerson Leite e Andre Sobreira, do Credit Suisse. Fonte: Valor Econômico Data: 26/10/2012