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Ano I Número 40 Data 01.09.2011

01 de setembro de 2011

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AnoI

Número40

Data01.09.2011

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ESTADO DE MINAS - P. 14 - 01.09.2011

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O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) determinou ontem que o Banco do Brasil sus-penda imediatamente os contratos já existentes que contenham cláusulas de exclusividade na concessão de crédito consignado a servidores públicos que recebam seus pagamentos por meio dessa instituição financei-ra. O órgão também decidiu abrir investigação contra o banco para apurar possíveis irregularidades nos contra-tos desse tipo que estão em vigor atualmente.

O Banco do Brasil terá 15 dias para apresentar sua defesa, mas a suspensão deve ser imediata, após a pu-blicação da determinação do Cade no “Diário Oficial da União” (DOU).

Esse cancelamento terá de ser comunicado a cada um dos servidores públicos que possuem contratos com o banco público. De acordo com a determinação do Cade, deve ser dado ao correntista a possibilidade de quitar o financiamento e ter portabilidade, para levar sua intenção de crédito para outra instituição.

O Cade determinou também que, em 20 dias, o BB terá de enviar cópias de todos os contratos desse tipo assinados desde 2006 para o Conselho. Após a intima-ção, o BB ficará sujeito a pagamento de multa diária de R$ 1 milhão caso não cumpra a decisão.”Isso repre-senta dois milionésimos por cento do total de mercado de crédito consignado do Banco do Brasil”, calculou o relator do caso, Marcos Veríssimo.

Ele enfatizou os números que envolvem o mercado

de crédito consignado. “É preciso ter a dimensão desse mercado, pois o total de ativos é de R$ 140 bilhões”, pontuou. Ele calculou que o volume de recursos é equi-valente a quase 4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

“E o Banco do Brasil possui 30% desse mercado. Em ativos, a quantia equivale a quase R$ 50 bilhões ou 1,5% do PIB”, continuou. “Isso torna possível, em tese, abuso do poder dominante”.

O relator enfatizou ainda que o crédito consigna-do é mais barato e também mais longo, porque é des-contado em folha e, portanto, possui baixíssima taxa de inadimplência. “Não é por acaso que a estratégia de crescimento do Banco do Brasil está focada no crédito consignado e, principalmente, para os servidores públi-cos”, pontuou.

Histórica A ação do Cade é inédita, já que não cabe ao órgão

realizar investigações ou mesmo instruções. Houve ne-cessidade de a autarquia chamar o caso para si por conta de uma decisão da Advocacia Geral da União (AGU), que atribuiu a competência privativa do Banco Central para aplicar sanções ao sistema financeiro. Com isso, a Secretaria de Direito Econômico (SDE) arquivou o processo.

O TEMPO - P. 13 - 01.09.2011 Funcionalismo

Consignado exclusivo do BB está suspenso

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DIáRIO DO COMéRCIO - P.25 - 01.09.2011