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FILOSOFIA RELIGIOSA DO MESSIAS: DEUS AO REINO DO CÉU NA TERRA DEUS VOLUME 1 2010

01 Deus

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FILOSOFIA RELIGIOSA DO MESSIAS:

DEUS AO REINO DO CÉU NA TERRA

DEUS

VOLUME 1

2010

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FILOSOFIA RELIGIOSA

DO MESSIAS: DEUS AO REINO

DO CÉU NA TERRA

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PREFÁCIO Significado. “Filosofia Religiosa do Messias: Deus ao Reino do Céu na Terra” é uma coleção que sistematiza o ensinamento de Meishu-Sama conforme ordenação e estrutura da evolução do Ser Supremo até o Paraíso Terrestre. ● Alicerce. O que serve de fundamento para esta coletânea é o próprio Meishu-Sama com seus ensinamentos. Isso se dá em virtude da convicção e certeza neste trecho de seu ensinamento “Quem é o Salvador” que transmite o seguinte conhecimento: “A palavra Messias, ou seja, Salvador, é muito usada no mundo inteiro, sem distinção de tempo e de lugar, tanto no Ocidente como no Oriente. (...) Devo confessar que não gosto de afirmar que sou o Salvador, mas por outro lado também não posso dizer que não o seja.” Antes de prosseguir se faz considerações sobre o Messias. Porém, tendo em vista que a coleção no seu volume 4 intitulado “Messias” aborda amplamente sobre o Salvador, aqui se leva em conta a fim de apenas evitar limitações do que se quer dizer com Salvador. Uma primeira é que Salvador não é salvador como um salva-vidas, isto é, um nadador que socorre os banhistas em casos de afogamento, nem como um cirurgião que trata as vítima de acidente com hemorragias internas. Uma segunda é que Salvador não se resume a salvar vida, pois o homem não é apenas um ser biológico. Como o homem também é um ser lógico, racional, psicológico, social, ecológico, cultural, antropológico, moral, político, espiritual, então Salvador é aquele que também protege e ampara: a lógica; a razão; a mente; a convivência; as relações essenciais entre os seres

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vivos e o meio ambiente; os padrões civilizatórios; a natureza com suas classes, raças, gênero, cor e idade; as regras de conduta desejáveis num grupo social; a cidadania; o imaterial como, por exemplo, cuidar da doença com acompanhamento da saúde que não tem existência sensível, e principalmente a alma na sua ascenção para o céu. ● Bibliografia. O ensinamento de Meishu-Sama, diante do que foi obtido, consta de cinquenta obras: dezoito traduzidos pela Igreja Messiânica Mundial do Brasil (os primeiros sob a convenção de duas letras maiúsculas), quatorze pelo Templo da Luz do Oriente (próximos convencionados com três letras maiúsculas) e dezessete pelo Toho no Hikari/MOA (estes com cinco letras maiúsculas), anotados respectivamente conforme indicado ao lado.

A Chave da Difusão CD A Criação da Civilização CC A Nova Civilização de 3/3 NC A Outra Face da Doença FD Alicerce do Paraíso AP Coletânea do Alicerce do Paraíso CA Gotas de Luz GL Luz do Oriente LO Material de Estudos ME O Evangelho do Paraíso EP O Pão Nosso de Cada Dia PN Os Novos Tempos NT Perguntas e Respostas PR Reminiscências de Meishu-Sama RM Seleções de Ensinamentos SE Terapia Espiritual TE Tornemo-nos Dignos do Amor de Deus TD Universalismo UN A Criação da Civilização ACC Agricultura Pura AAP

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Coletânea de Salmos CSA Mistérios da Grande Natureza MGN Orações ORA Salmos de Meishu-Sama SMS Seguindo Meishu-Sama SMS

Coletânea de Ensinamentos Ensinamentos de Meishu-Sama (oito fascículos) EMF O Caminho da Felicidade OCF

Ensinamentos de Meishu-Sama A Arte do Johrei I AJ1 A Arte do Johrei II AJ2

Evangelhos do Céu Iniciação ECI Sabedoria ECS Reino Divino ECR A Luta entre o Bem e o Mal – Crises na IMM LBMCI Deus, Kyushu e Purificação da IMM DKPIG Divino Mistério DIVMI Escritos Sagrados ESCSA Estudos sobre Johrei – Generalidades ESJGE Estudos sobre Johrei – Particularidades ESJPA Livro de Oração LDORA Manual de Estudos MNEST Manual do Bu-IN MBUIN Manual do Novo Líder que Vive para Meishu-Sama MLVMS Ofudessaki – Igreja Tenrikyo TENRI Ofudessaki – Oomoto OOMOT Ohikari, Ingresso na Igreja, Culto e Dedicação OIICD Sobre Arte SARTE Sobre Deuses DEUSE Terapia da Purificação Mokiti Okada TDPMO Vida Eterna: Vivendo para a Criação da Civilização VEVCC Wassurena WASSU

Entre os problemas existentes a respeito se tem as tradicionais que se referem as escritas estrangeiras, como a de uniformidade nas traduções (Bossatsu ou Bosatsu?) e eventual

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compreensão de quem traduz (Izunome-no-Ookami, Izunome-no-Kami ou Izunome-no-Mikoto? Amaterassu Oomikami ou Amaterassu Ookami?). As de quase sempre no tocante aos escritos religiosos, como vir a não se ter acesso por: a) medidas de zelo, como proteger pessoas de determinados saberes que as fariam se afastar da Messiânica, como a informação de que todo remédio é nocivo; b) determinação de poder, como o de não possibilitar acesso ao conhecimento; c) falta de prioridade, como o do não alcançar o real valor dos ensinamentos. Registra-se que são empregados livros que possam ampliar o campo de conhecimentos a respeito, pois segundo Meishu-Sama: “Todos os messiânicos sabem que até achamos muito útil o contato com outras religiões, porque, através das pesquisas, estamos ampliando nosso campo de conhecimentos. Por conseguinte, se acharem uma religião melhor que a Igreja Messiânica Mundial, podem converter-se a ela a qualquer momento. Isso jamais constituirá um pecado. Para o verdadeiro Deus, o importante é a pessoa ser salva e tornar-se feliz.” ● Ordenação. Deus, Mundo e Homem. Os messiânicos seguem a educação espiritualista, isto é, admissão da existência de Deus, do espírito e do Mundo Espiritual, bem como do reconhecimento da presença do homem com sua missão. Eles têm como princípios: Deus é o Criador do Universo e Seu Governante. Ele é espírito e vive na camada mais alta do Mundo Espiritual. Mundo no âmbito do planeta Terra, do seu satélite a Lua, e do regente de seu sistema o Sol, subdivide-se em dois mundos idênticos: Espiritual e Material. Porém, como além do Mundo Material já ser algo de bastante estudo, enquanto o Mundo Espiritual ser bem desconhecido e muito determinante já que o

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Mundo Espiritual precede o Mundo Material, então, o objeto do Mundo será apenas o Mundo Espiritual. Para se dar um pouco mais a idéia de tal opção pela precedência, aponta-se que todo acontecimento ocorre primeiramente no Mundo Espiritual e depois é que se reflete no Mundo Material. Fazendo uma comparação é como se o Mundo Espiritual fosse o filme e o Mundo Material, a tela de projeção. Quando o ser humano movimenta os braços ou as pernas, por exemplo, a vontade, invisível aos olhos, é que age primeiro e, pelo seu comando os membros se movimentam. Analogamente o Mundo Espiritual representa a vontade, e o Mundo Material, os membros. Homem é o instrumento de Deus para servir ao bem-estar da humanidade, condicionando a ele todas as demais criaturas e coisas. Messias, Religião e Cultura. Os messiânicos crêem que: “no presente, quando o mundo vagueia em tão caótica situação, Deus enviou o Mestre Meishu-Sama, fundador da Igreja Messiânica Mundial, com a suprema missão de realizar o Seu sagrado objetivo de salvar toda a humanidade [no sentido de todos os homens que alcancem níveis espirituais elevados].”. Eles têm observado que, quando as pessoas analisam a Religião [não a instituição igreja, sinagoga, mesquita etc.], não compreendem o ponto mais importante que é a sua posição [espiritual]. Não entendem que a Religião está acima de qualquer outro valor porque ela foi criada por Deus. As demais áreas de conhecimento, como a Filosofia, a Moral e a Ciência, ocupam uma posição inferior e não tem força suficiente para resolver o problema crucial de se alcançar a felicidade. Certamente, os intelectuais têm consciência do fato, mas na verdade, enquanto o consenso geral tomar como padrão as religiões tradicionais, o problema continuará sem solução. Dessa forma, não é possível prever quando se concretizarão a

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felicidade do ser humano, sendo muito sombrias as condições da sociedade atual. Todavia, neste mundo resignado, apareceu a Igreja Messiânica Mundial como Ultra-Religião, com enorme poder salvador. A peculiaridade desta Igreja é que, através de princípios religiosos, ela formula conceitos inéditos sobre a Teologia, Agronomia, Arte, Medicina, Pedagogia, bem como a Filosofia, a Moral e a Ciência, dando-lhes novas interpretações. Além disso, aponta os defeitos da cultura contemporânea, ensina como deve ser a nova cultura e indica o caminho para a criação da nova civilização mundial. Por conseguinte, pode-se realmente dizer que ela está acima da conceituação de uma simples religião. Um exemplo a respeito é a predominância de só serem apenas conhecidos o Mundo Atmosférico e o Mundo Material; desconhecendo-se a existência do Mundo Espiritual, que a ciência da matéria não conseguiu detectar. A cultura atual formou-se com o progresso obtido naqueles dois mundos, razão pela qual ela abrange apenas dois terços. Na realidade, porém, justamente o terço considerado inexistente, é mais importante que os outros dois juntos, constituindo a fonte da força fundamental. Ignorando-se a sua existência, jamais surgirá a civilização perfeita. O fato do homem, apesar do considerável avanço da cultura baseada apenas naqueles dois terços, não conseguir realizar o seu maior desejo - a felicidade - comprova muito bem o que se está afirmando. Johrei, Agricultura e Belo. O método para obtenção da saúde - o Johrei - que é a vida da Igreja Messiânica Mundial, e a Agricultura Natural, são meios utilizados para materializar o Reino do Céu na Terra, isto é, efetivar um mundo de perfeita Verdade, Bem e Belo. Independentemente de tais métodos, é de extrema urgência elevar o espírito das pessoas através do Belo, pois, o Paraíso Terrestre é o Mundo do Belo. Desta forma, Johrei, Agricultura

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[no caso Agricultura Natural] e Belo é o novo projeto da Messiânica colocado em prática. Governo, Economia e Ideologia. O fundador da Igreja Messiânica Mundial chega a afirmar, em 25 de janeiro de 1949, que com relação ao Direito, a Política, Administração, Economia e Ideologia, ele sabia das coisas que iriam acontecer até daqui a um século. Sabia principalmente o erro em que está baseada a cultura atual e ficava impaciente quando pensava que se a incorreção fosse logo corrigida, a humanidade seria salva e a felicidade reinaria no mundo. Nada, porém, podia ser feito enquanto não chegasse o tempo certo. Assim, seguindo a ordem Divina, apenas apontava o problema da doença e os erros da agricultura, questões fundamentais para a construção do Paraíso Terrestre. Passado mais de meio século [2010], tomara que o tempo certo tenha chegado e Meishu-Sama esteja próximo de poder ficar completamente sossegado porque em breve reparos serão feitos de modo a não se repetir situações como essa: “Apesar de haver uma estreita relação entre Religião e Política, é estranho que isso não tenha despertado muito interesse”. [a ponto dos políticos externarem visão materialista e egoísta]. Saúde, Prosperidade e Paz. Não há dúvida de que ‘Paraíso Terrestre’ é uma expressão que se refere ao mundo ideal, onde não existe doença, pobreza nem conflito. Daí a razão por que o fundador aconselhava os fiéis a criarem uma vida sem sofrimentos, que é a Vontade do Altíssimo. Enquanto o homem não conseguir eliminar os três grandes males - doença, pobreza e conflito - não poderá ser salvo. Isso era impossível na Era das Trevas, mas hoje é possível alcançar os três maiores bens: Saúde, Prosperidade e Paz.

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Felicidade, Cidade e Paraíso. O objetivo final de todas as religiões é o mesmo; não há uma sequer que não deseje o Paraíso [Reino do Céu] na Terra, ou melhor, a concretização do Mundo Ideal Divino, onde na cidade todas as criaturas sejam felizes. Mas o que é preciso para que esse mundo se concretize? ● Estrutura. Constituição. “A partir de agora, o Mundo de Miroku será construído no Mundo Material. Portanto, no Mundo Material todas as coisas serão regidas pelo número três, ou seja, Miroku (3-6-9). (...) Todas as coisas são divididas em três níveis. Assim, matéria e espírito somados equivalem a seis. Quando se completa a trilogia, temos nove, daí o termo 3-6-9.” “Toda estrutura terá três níveis que, subdivididas, serão seis, subdividindo-se novamente, serão nove. Isto é, 369, que significa Miroku.”; “3, 6 e 9, cuja soma é 18, esta é a situação real do mundo.” Deste modo, os três níveis são: Plano Superior (PS), Plano Intermediário (PI) e Plano Inferior (Pi). A primeira subdivisão será os seis: PS do PS e Pi do PS; PS do PI e Pi do PI; PS do Pi e Pi do Pi. A segunda subdivisão será os nove: PS do PS, PI do PS e Pi do PS; PS do PI, PI do PI e Pi do PI; PS do Pi, PI do Pi e Pi do Pi. Assim, materializar o Reino do Céu na Terra, concretizar o Mundo Ideal Divino ou edificar o Mundo de Miroku no Mundo Material significa o mesmo que Paraíso Terrestre, isto é, a regência de PS do Mundo Divino e PS do Mundo Espiritual no Mundo Material. Aqui, neste trabalho, cada um dos níveis com dois patamares, e cada um destes com degraus: o primeiro patamar, com um degrau; o segundo, com dois.

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Níveis. Tendo em vista que se trata de uma estrutura evolutiva, ao se levar em conta o ano em que foi escrito o ensinamento se nota a existência de orientações dadas por Meishu-Sama em épocas diferentes aparentando controvérsia. Umas destas como provável polêmica se deve à aproximação da Era do Dia, onde situações anteriormente possíveis não serão mais permitidas, por exemplo: “Sua maneira de pensar constitui um grande erro, porque precisam ser salvas também as pessoas que nada entendem dos Ensinamentos.” e, quatro anos mais tarde, “A partir de agora, não se pode perder tempo com quem não conseguir entender os assuntos relacionados a fé.” No que se refere a estrutura deste trabalho se considera este outro exemplo: em 11 de março de 1950, o fundador diz que “Deus [o] enviou (...) [para] salvar toda a humanidade.”, e, três anos mais tarde, em 15 de outubro de 1953, diria que “Até hoje, tinha-se como princípio salvar todos os seres vivos, mas na Igreja Messiânica Mundial o essencial é a construção do Paraíso Terrestre.” A partir daí se pode supor que missão (construção) é uma etapa posterior a salvação. Ao se conjeturar, com certa obviedade, que fundamentação é sempre algo anterior, pode-se admitir os níveis, nessa ordem crescente: Fundamentação, Salvação e Missão. Patamares. Basta observar os seis em itálicos referentes a ordenação que foram mencionados anteriormente para se depreender os seis patamares: Princípios, Ultra-Religião, Colunas, Poderes, Bens e Fins. Caso não esteja claro, prestar atenção no que está escrito no ponto a seguir que explicita tais patamares.

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Degraus. Extraí-se dos seis pontos e do parâmetro os dizeres “cada um dos níveis com dois patamares, e cada um destes com degraus: o primeiro patamar, com um degrau; o segundo, com dois” o seguinte: “Fundamentação” com “Princípios” e “Ultra-Religião”. “Princípios” com “Deus, Mundo e Homem”; “Ultra-Religião” com “Messias e Religião” e “Cultura”. “Salvação” com “Colunas” e “Poderes”. “Colunas” com “Johrei, Agricultura e Belo”; “Poderes” com “Governo e Economia” e “Ideologia”. “Missão” com “Bens” e “Fins”. “Bens” com “Saúde, Prosperidade, Paz”; “Fins” com “Felicidade e Cidade” e “Paraíso”. Visualizando-se a estrutura:

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Conteúdo. Deus, Mundo, Homem, Messias, Religião, Cultura, Johrei, Agricultura, Belo, Governo, Economia, Ideologia, Saúde, Prosperidade, Paz, Felicidade, Cidade e Paraíso. Escolhidos dessa forma, não há proporcionalidade de número de páginas entre estes dezoitos elementos dos degraus. O exemplo mais extremado é o conteúdo Saúde ser 20 vezes maior do que o conteúdo Felicidade. Objetivo. ● Procurar contribuir com os que estudam e praticam os ensinamentos de Meishu-Sama visando se tornar um homem dos novos tempos, ou seja, com os que almejam ser um mamehito. “O ser humano deve aspirar constantemente ao progresso e à evolução. Particularmente o praticante da fé. As pessoas em geral ter-me-ão por antiquado e retrógrado quando toco em assuntos relativos à fé ou religião. Com efeito, não negarei que os religiosos e crentes convencionais são assim. Contudo, no nosso caso é exatamente o oposto. Antes devemos fazer por ser o oposto. Mirem-se na Natureza! Sem um instante de descanso sequer, nova e novamente ela progride e evolui sem parar. Vejam! O número de seres humanos aumenta ano a ano. Novas glebas de solo são desbravadas sobre o globo terrestre. Não há nada que se retraia, desde os meios de transportes até as construções. As ervas e as árvores também crescem em direção ao céu. Não há uma única que o faça voltada para baixo. Um princípio universal ordena que o ser humano siga o exemplo de progresso e avanço empreendido por toda a Criação. Também eu esforço-me, sem frouxidão, visando progredir e avançar ao máximo: este ano mais do que o passado,

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o corrente mês melhor que o ido. Se, todavia, restringirmo-nos à área material do desenvolvimento empresarial e profissional ou à subida de estatuto social, seremos criaturas superficiais, desprovidas de lastro, como plantas aquáticas sem raízes que flutuam ao sabor das águas. O progresso e evolução espirituais são imprescindíveis. Em resumo, refiro-me à evolução da personalidade. Com tal intenção, há que levar o nosso eu a crescer, passo a passo, pacientemente. Escusa apressar-se. Que seja apenas um pouco. Haveremos de nos transformar em indivíduos dignos, mercê do longo tempo fluído. Melhor, só a vontade de assim praticar já faz de nós indivíduos dignos. Faremos jus, dessa maneira, à confiança alheia, tudo nos correrá maravilhosamente e seremos felizes. Ao ouvirem dizer-me isto, talvez os jovens de hoje possam julgar que o meu discurso está gasto, lembrando uma moral fora de moda. Mas nada há de gasto nele. Quem for capaz disto, este sim merece ser chamado homem da nova geração. Eu, que tomo o presente ponto de vista por princípio, não consigo evitar o considerar muita gente antiquada. Em nada progridem, sempre com as mesmas idéias e conversas, não se lhes notando um mínimo que seja de mudança para melhor. Não sinto um pingo de graça quando me encontro com semelhantes pessoas. Falam só de coisas banais. Sobre assuntos que versem sobre religião, política, filosofia ou artes, nem um pio. A maior parte dos que anda por aí são assim. Longe de mim recriminá-los, mas quer-me parecer que pelo menos os fiéis da Ordem da Salvação Mundial [da Igreja Messiânica Mundial, ou melhor, do Messias] não admiram semelhantes tipos e que estes são raros entre nós. Temos sempre o cuidado de procurar ser homens dos novos tempos, pois, como é sabido, a nossa Instituição, a fim de salvar a humanidade inteira neste momento de mudança, precisa despertá-la do sono da velha civilização equivocada e edificar um novo mundo ideal. É neste sentido que afirmo a necessidade de sermos homens civilizados do século XXI.”

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● Cooperar no crescimento espiritual. “A Messiânica [comunidade de fiéis que acreditam que Meishu-Sama é o Messias] se esforça para elevar o indivíduo a um nível superior de consciência.” ● Ajudar na pesquisa a Verdade. “Aprender por aprender é estudo morto, enquanto aprender algo para ser utilizado na sociedade é estudo vivo. O estudo para pesquisar a Verdade é diferente, e muito importante.” ● Auxiliar no conhecimento sobre a Fé Messiânica. “O novo método consiste em transmitir explicações orais sobre a Igreja, procurando mostrar que se trata de uma religião realmente fora do comum. Entretanto, para que nos compreendam, é necessário nós próprios termos profundo conhecimento sobre a Fé que professamos [convicção em Meishu-Sama]. Só assim faremos com que os nossos ouvintes, conscientes de que a Igreja Messiânica Mundial é de fato uma grande religião, tenham vontade de ingressar nela. Haverá muitas oportunidades em que nos farão perguntas às quais teremos de responder com bastante clareza, pois, do contrário, as pessoas não ficarão satisfeitas. Por mais difícil que seja a pergunta, precisamos dar uma resposta que elas aceitem. Devemos ter o máximo de cuidado para não lhes responder de forma evasiva, por falta de conhecimento. Quando as pessoas vão se aprofundando muito, às vezes nós nos esquivamos, dando uma resposta qualquer, o que não deve acontecer de maneira nenhuma.”

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● Apoiar encaminhamento de pessoas à Igreja do Messias. “Significa que o bem vai vencendo e o mal perdendo. Isso quer dizer que a Igreja Messiânica Mundial vai se expandindo. Não há motivos para que uma religião tão boa e tão maravilhosa que fique na lengalenga. Precisa crescer bastante. Entretanto, o crescimento ser demorado mostra que o mal está segurando. Por isso, entendendo isso, sentindo isso, tornando-se fiel e mesmo pensando que é preciso fazer com que as pessoas se tornem fiéis também, as pessoas ainda ficam no lero-lero, porque, de um lado, existem espíritos que atrapalham. Os espíritos que atrapalham irão enfraquecendo cada vez mais daqui para frente e então as coisas irão normalmente.” ● Participar em prol da transparência religiosa. “Devem acautelar-se principalmente quando houver o mínimo de segredo que seja. Se uma religião disser, por exemplo: ‘Isso não pode ser dito aos outros, mas...’, podem ter certeza de que ela é herética. A religião correta e autêntica é a própria imagem da clareza, sem nenhum indício de sigilo ou mistério.” ● Colaborar na preparação do elemento humano para dedicar na Obra Divina. “Deus só tem preparado os atores, os Seus instrumentos, que, na verdade, são cada um dos leitores. Quando, porém, chegar à época da grande purificação, haverá tanto trabalho a ser executado – como as explicações destes Ensinamentos e da canalização do Johrei - que, com certeza, faltará gente preparada para tão imensa tarefa.”

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● Revolucionar o mundo por meio da cultura. “A Igreja Messiânica Mundial não é uma religião; se explicarmos em poucas palavras, ela é a Cultura Revolucionária Mundial. Só que nas atividades, a melhor maneira de agir é fazer como Religião. Tanto os métodos como os resultados são os melhores. Ou seja, para mostrar a todos a existência do espírito, que é a parte fundamental das coisas, não existe outro caminho a não ser a religião. Por isso, nós utilizamos a forma religião, ou seja, tendo como centro a religião, temos os milagres de cura de doenças através do Johrei, para mostrar às pessoas a existência do espírito. Realmente esta é a melhor forma de fazer isto. Quer dizer, não há outra maneira a não ser esta. Como na cabeça das pessoas da atualidade a cura de doenças tem o mesmo significado que milagre, estamos lançando agora um novo livro intitulado "Coletânea de milagres da Igreja Messiânica". Este também é um método para mostrar a existência do espírito. Assim, à medida que as pessoas vão tomando conta disso, a Cultura Revolucionária também vai ganhando corpo. E como a base principal é a Medicina, a "Medicina Revolucionária" proposta por nós será o maior destaque disso tudo.” ● Mostrar como elaborar o projeto para construção do Mundo Ideal. “Remontando às origens, é óbvio que só existe um deus verdadeiro, isto é, DEUS. Até hoje, contudo, cada religião se considera mais elevada que as demais, havendo, também, certa dose de discriminação entre elas. Dessa forma, é impossível promover-se a união de todas. Apesar disso, o objetivo final de todas as religiões é o mesmo; não há uma sequer que não deseje o Céu ou o Paraíso neste mundo, ou melhor, a concretização do Mundo Ideal, um mundo onde todas as criaturas sejam felizes. Mas o que é preciso para que esse mundo se concretize?

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É preciso que surja uma religião universal, que englobe o mundo inteiro. Deverá ter as características de uma Ultra-Religião, ser tão grandiosa que toda a humanidade possa crer nela incondicionalmente. Não quero dizer que essa religião seja a Igreja Sekai Kyussei Kyo [Igreja Messiânica Mundial], mas a missão de nossa Igreja é ensinar o meio que possibilitará a realização do Mundo Ideal, ou seja, mostrar como elaborar o plano, o projeto para a construção desse mundo. Na medida em que aumentar, em cada país, o número de intelectos conscientes disso, estaremos marchando passo a passo para atingir nosso objetivo.” Importância. ● Filosofia Religiosa do Messias. “Tanto os espiritualistas como os materialistas desejam um mundo de paz e felicidade, mas isso não passa de um ideal, porque a realidade que nos cerca é bem diferente. Assim, os intelectuais vivem cercados por um mar de dúvidas, batendo a cabeça contra as paredes. Entre eles, existem os que procuram a Religião, a Filosofia e outros meios para decifrar esse enigma.” “Os filósofos e os pensadores em geral, embora, sejam semelhantes aos demais seres humanos, já possuem um estado superior de consciência. Quer dizer: sua alma se encontra numa posição mais elevada.” [já a alma dos que não se esforçam para ter uma visão geral e nem pensam se encontram numa posição menos elevada]. “Há um trecho na Bíblia que diz que seria pregado o Evangelho do Paraíso ao mundo inteiro e depois viria o fim. Que quer dizer isso? Acredito firmemente que essa missão será cumprida pelos meus Ensinamentos.” e “Como se trata de um Ensinamento novo, que não pertence exclusivamente nem à religião, nem à filosofia, posso dizer, numa explicação meio forçada, que é uma filosofia religiosa.” [note que não é uma

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religião filosófica, ou seja, filosofia (religião) é que é o substantivo (adjetivo)]. A seguir se oferece idéias que talvez possibilite aumento de compreensão sobre o que são essas áreas de conhecimento como religião, filosofia e filosofia religiosa, bem como ciência e ultra-religião. Uma primeira idéia é que em termos da essência, a ordem do mais particular para o mais universal é a seguinte: pedagogo, cientista, filósofo, filósofo religioso, religioso e ultra-religioso. O ultra-religioso seria o ultra-sábio que se ocuparia da ultra-religião com inteligência divina; o religioso seria o sábio da religião com inteligência sagrada; o filósofo religioso, o filósofo, o cientista e o pedagogo seriam os pensadores, respectivamente, da filosofia religiosa, filosofia, ciência e pedagogia com inteligência superior em diversos graus; as pessoas de baixa escolaridade seria simplesmente opinador e fazedor do cotidiano com inteligência inferior que pode ir da calculista, ardilosa e satânica. Por exemplo, a ordem do mais universal para o mais particular na educação (que pode ser montessoriana, piagetiana etc.) seria: ultra-religião da educação, religião da educação, filosofia religiosa da educação, filosofia da educação, ciência da educação e “achismo” da educação. Uma segunda idéia é sobre a avaliação dos ensinamentos do Messias em termos de ciência, filosofia, filosofia religiosa, religião e ultra-religião segundo os parâmetros “insight” e “instrução” e notas entre 0 e 1 sendo a seguinte:

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Só que o saber proveniente de insight e instrução não tem o mesmo resultado, para fixar o que se está querendo afirmar, supõe-se o quadro modificado baixo:

Donde o saber visto como a soma do insight com instrução implicaria grosso modo:

Obviamente que os números acima servem apenas para fixar noção, pois como se pode observar é que nem toda filosofia religiosa é a do Messias, como exemplo se tem no oriente a filosofia religiosa taoísta, e no ocidente a filosofia religiosa cristã. Também se expõe idéias que talvez proporcione acréscimo de entendimento sobre ensinamento. Em primeiro lugar que o sufixo “mento” é utilizado na formação de um substantivo derivado de verbo para indicar ação, quer seja em resultado (efeito) ou em instrumento (ato). É o caso, por exemplo, da palavra “entendimento” expressa no parágrafo anterior, donde:

É claro que este último tem como substantivo “aprendizado” e não “aprendemento”, porém para facilitar o acréscimo de entendimento sobre ensinamento se permite tal flexibilidade. O ensinamento pode ser visualizado mais como ensino, ou seja, transmissão de conhecimentos, do que por doutrina,

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isto é, conjunto de idéias a serem transmitidas. Deste modo, em geral como ensino é implementado por aula, enquanto que como doutrina, é feito por discursos moralizadores do gênero sermão e pregação. Mas, também existem outros como o estudo, a palestra e a apresentação. No processo de ensino-aprendizagem, como a aula, se tem como produto o conhecimento e como forças produtivas desde ensinamento e aprendemento até instrumento (como livro e didática). Ou seja, em termos esquemáticos:

No processo de pregação se pode ter tem como produto a crença de uma fé e o pastor e o crente ou fiel, bem como também um mestre e um discípulo, um ministro e um membro da Igreja. No caso dos livros existem vários tipos como o literário, o didático, o científico, o filosófico, o filosófico-religioso, o religioso e o ultra-religioso. Nesta coleção se pode dizer que os livros são filosófico-religioso sobre ultra-religião. ● Deus ao Reino dos Céu na Terra. “Cremos que, desde o início da Criação, Deus objetivou estabelecer o [Reino do] Céu na Terra e tem atuado continuamente para a concretização desse objetivo. Com tal propósito, fez do ser humano o Seu instrumento para servir ao bem-estar da humanidade, condicionando a ele todas as demais criaturas e coisas. Cremos, portanto, que a história humana do passado constitui estágios preparatórios, degraus para se alcançar o Céu na Terra.” “A missão da nossa Igreja é tirar as pessoas das torturas do Inferno e conduzi-las ao Céu, transformando a sociedade num paraíso. Para que o homem seja conduzido ao Céu, é necessário que ele próprio se eleve, tornando-se um ente

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celestial, a fim de que, por sua vez, possa salvar o seu semelhante. Isso significa [no sentido metafórico] pendurar a escada do Céu até o Inferno [base está no céu] e estender as mãos para puxar o homem, degrau por degrau. É nesse ponto que nossa religião difere das demais, sendo antes o seu oposto.” “O termo ‘Paraíso Terrestre’ vem da Bíblia. No budismo, é referido como ‘Mundo de Miroku’ e, no Mundo Ocidental, como ‘Utopia’. Naturalmente, todos significam a mesma coisa, ou seja, o mundo ideal [Reino do Céu na Terra].” ● Sistematização do Ensinamento de Meishu-Sama. “A Bíblia também foi escrita pelos discípulos. O que estão querendo saber é da competência de vocês. Eu escrevo de acordo com o tempo. Organizar compete a vocês.” O autor deste trabalho, como discípulo de Meishu-Sama, assumindo esta sistematização do ensinamento do Mestre, elaborou uma estrutura e ordenação da evolução do Ser Supremo até o Paraíso Terrestre. Metodologia. ● Regra geral. Pauta-se por extrair os trechos dos ensinamentos de Meishu-Sama condizentes com os conteúdos e arranjá-los logicamente. Isso, por um lado, pode acarretar no mínimo um certo incômodo em se perder a totalidade do ensinamento, por outro lado, pode trazer uma adequada comodidade em se ganhar a reunião de assuntos afins. ● Regularidades particulares. Há circunstâncias em que a forma de encadeamento e/ou de raciocínio segue em muito a visão e compreensão do autor.

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Há tempo presente em que o autor oferece alguns conhecimentos que acredita embasar alguns destes trechos, o que poderia facilitar o entendimento do leitor. Há ocasiões raras em que repara palavras dos trechos traduzidos na crença de que se estaria mantendo a coerência entre eles. Há momentos de esforço em se por entre colchetes o oferecimento de conhecimentos e reparos de palavras. Empregos destes critérios já podem ser visto neste Prefácio como na Bibliografia que vem a seguir, e visto neste volume como na Introdução e no ponto “Luz” do item “2.1. Espírito do Espírito composto de Luz e Calor” pertinente ao tópico “2. Significado”. Os trechos de ensinamentos de Meishu-Sama não é a visão após Mokiti Okada ter recebido em 1950 esse nome religioso de “Meishu-Sama”, mas sim a iluminação de Mokiti Okada no decorrer da sua vida. O que fica de acordo com trechos anteriores a 1950 de suas conversas com interlocutores, os tradutores o mencionarem nesses trechos como Meishu-Sama. Palavras e frases empregadas muitas vezes não serão explicadas logo em seguida, elas só serão melhor compreendidas mais adiante, como, por exemplo, “vontade-pensamento” e “Luz que saí da Bola de Fogo existente no seu ventre”. O que é perfeitamente compreensível para não impedir a fluidez do texto, portanto, diante de certa incompreensão procure registrar e prosseguir, caso não sane a dificuldade preste a atenção no próximo ponto. No tocante a tradução talvez valha a consideração de se fazer uma analogia com a advertência de Meishu-Sama: “A Bíblia (...) foi traduzida do hebraico para o inglês e depois para o japonês e por isso também deve ter pontos que não têm o sentido perfeito.” Com isso, se aproveita para registrar que cada conteúdo desta coleção compreende tópicos, e que cada um deles é composto por itens, e estes por sua vez por pontos. Estas

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subdivisões podem não existir, como um item não ter pontos, bem como podem continuar, como um ponto ter uma subdivisão ou mais. Registra-se também que em cada volume desta coleção se apresenta no final uma síntese do conteúdo abordado em termos de tópicos, itens, pontos e se mais tiver. No volume 18, último desta coleção, se apresenta no final uma síntese de todos os volumes. ● Método da “Dúvida com Busca”. Para o leitor se recomenda que siga este processo de aprendizagem disposto por Meishu-Sama: “Procure entender o sentido profundo da fé e das leis espirituais ao ler e estudar os meus ensinamentos. Tente aprender a fazer perguntas sob orientação dos ministros, pois que os ministros perguntam aos mais velhos por sua vez. Esse é o caminho para você crescer em consciência.” “Aquele que sempre tem dúvidas é pessoa progressista, e seu futuro é brilhante.”. “Só a sinceridade é capaz de resolver os problemas dos indivíduos, do país e do mundo.” “Para sabermos se uma pessoa age com sinceridade ou não, temos um meio muito simples: ver se ela respeita seus compromissos.”. ““Eu ensino uma coisa, mas a compreensão do que falei vai depender do nível espiritual de quem ouve”. Um homem de certa altura poderá compreender de certa maneira; uma pessoa de menor nível poderá interpretar de outra. As pessoas aprendem com palestras, aulas, lendo, etc., porém a melhor maneira de aprender as coisas mais importantes é aprender de tudo em qualquer circunstância. É isso que chamamos de Kyudoshin, isto é, um esforço incansável na procura do caminho verdadeiro ou sabedoria verdadeira. Kyu significa desejar, procurar. Do significa caminho,

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e Shin significa coração. Em outras palavras: o coração que deseja procurar o caminho certo. O valor dos religiosos, seja de que religião for, depende do tamanho do seu Kyudoshin. Quem tem Kyudoshin desenvolve, quem não tem, não adianta ter o melhor mestre do mundo, que não vai para frente; e quem tem Kyudoshin pode ter o pior mestre que se desenvolve. Tudo o que vê, ouve, todas as suas faltas e tudo o que se passa em volta, é aprendizagem, aprimoramento. Quem tem Kyudoshin está alerta a todos os acontecimentos e como sempre tem o objetivo de se aprimorar, então todas as coisas que olha, ouve e lê, procura saber ligar com o seu aprimoramento e pensa o que vai aprender com o que está acontecendo. Encontrará mestres em todos os lugares e em todas as pessoas. Para conseguir aprender qualquer coisa com facilidade, precisamos estar como famintos. Geralmente, escolhemos o que é mais gostoso e ficamos satisfeitos. Porém, não devemos escolher a comida, precisamos saber comer de tudo. Saber saborear todas as comidas, assim também as coisas agradáveis e desagradáveis (acontecimentos). Para isso, precisamos ficar com fome, para ter vontade de comer e dar valor ao que comemos. O difícil é a pessoa chegar a um estado de “fome espiritual”. Estando com a barriga cheia, mesmo querendo comer, não dá, porque não conseguiremos digerir. A natureza é sábia em sua função. Pessoa que pensa que já sabe tudo, que é perfeita, significa que é igual a quem está empanturrada e que não consegue digerir. Quanto mais a pessoa se torna humilde e tem Kyudoshin, mais rapidamente consegue digerir, pois está ansiosa por comer mais, não fica acomodada. O corpo material chega a um ponto em que a pessoa não precisa comer mais, porém o corpo espiritual não cansa. Deve crescer sempre e, para isso, deve ficar em “estado de fome”, para querer alimento espiritual.

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A presunção atrapalha a vinda de novos alimentos (conhecimentos) para nos fortalecer. Quem tem Kyudoshin pode falhar à vontade, não devendo ter medo de errar. Precisamos ter medo de não experimentar, de não praticar. Não devemos ter vergonha de tentar fazer. Primeiro, tendo objetivo, procurando fazer a coisa certa e tendo Kyudoshin, se falhar, não se preocupe, Deus perdoará, mesmo que a falha seja grande. Deus dará outra oportunidade. Mas se fugir da oportunidade para experimentar, Deus nunca mais dará outra oportunidade.”. “Na verdade, o certo seria pagar o aluguel de um mês até o final do mês anterior e não no final do mês vencido. Desta forma, significa que a casa está sendo emprestada e empréstimo é algo ilusório, não verdadeiro.” Este último, no caso de um curso, o certo [para um aluno] seria preparar o estudo de uma aula até o final da aula anterior, ou seja, ao se ir a uma aula de número x entregar nesta as dúvidas da próxima aula, isto é, da aula de número x+1, e ter a oportunidade de ver suas dúvidas entregues na aula de número x-1 ser respondidas nesta aula de número x. ● Esperança nessa disciplina. Pelo caráter inovador em relação aos volumes desta coleção se espera pelos menos ter conseguido seguir o Mestre que apregoa: “A pessoa que nunca desiste e tem uma forte determinação para realizar o seu trabalho, mesmo que aconteça falha ou seja ridicularizado pelos outros, certamente crescerá bastante.” “Além disso, para Deus não há segredo. E também, são coisas que podem ser ditas a qualquer um, a qualquer hora. Sendo pessoas que possuem a Inteligência da Percepção Verdadeira, sem dúvida, poderão também entender o âmago de minhas palavras. As que chegarem a esse nível, entenderão tal qual fora explanado; as menos evoluídas entenderão mais ou

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menos a metade, e as ainda menos evoluídas, apenas um terço ou um quinto.” “Embora a perfeição na Terra talvez ainda esteja acima do alcance do ser humano, o empenho sincero e honesto para atingí-lo é a postura correta que expressa a verdadeira aspiração religiosa.” Todavia, a expectativa dos volumes desta coleção não é de que ela seja uma obra-mestra, mas sim de que seja uma produção principiante que com sua imperfeição provoque o aperfeiçoamento que encaminhe ao saber. Pois, quem contesta vai ter que explicar o por que da sua objeção. Talvez se esteja próximo ao fim da ilusão, imaginação e mentira, e ao início do esclarecimento, realidade e verdade. Finalização. O autor deste material de estudo, relembrando a orientação de Meishu-Sama “O que estão querendo saber é da competência de vocês. (...) Organizar compete a vocês.” “(...) se falhar, não se preocupe, Deus perdoará, mesmo que a falha seja grande. Deus dará outra oportunidade. Mas se fugir da oportunidade para experimentar, Deus nunca mais dará outra oportunidade.” e reafirmando que sem nenhum interesse comercial e muito menos promocional, só espera ter tido permissão e proteção de Deus, do Messias e de seus Antepassados no cumprir do objetivo deste trabalho.

Charles Guimarães Filho

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DEUS

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INTRODUÇÃO ● Tópicos do volume. “Deus” compreende sete tópicos: Manifestação; Significado; Importância, Propósitos, Atributos, Métodos e Leis. ● Obediente à Meishu-Sama. Que ensina “A partir de agora, cabe à humanidade procurar saber quem é Deus e conscientizar-se de Sua existência.” ● A humanidade e a procura. A humanidade talvez tenha nascido mesmo no centro da África e a sua experiência de nômade mostraria que sua caminhada para o sul seria paralisada pelos Oceanos Atlântico e Índico e que pelo norte conseguiria rumar pela Europa e Ásia chegando ao Ártico e o estreito de Bhering que levaria as Américas. Uns foram se fixando no meio do caminho e outros, quando voltavam os encontravam, e nesse processo surgiu um sentimento humano de vínculo com algo maior do que o ser humano a Terra e a Natureza, os ciclos e a fertilidade. Nesse sentido, a adoração à Mãe Terra estabeleceu-se, mais tarde passou à Pai do Céu, e o resultado foi o desenvolvimento da cultura, em particular da religião. ● As religiões e os mitos. Mas, no transcurso não existiu uma única religião, e sim inúmeras religiões. Na Eurásia despontaram as religiões antigas sumeriana e babilônica da Mesopotâmia, taoísmo e

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confucionismo da China. Nos demais continentes apareceram às religiões primitivas como o rastafári da Etiópia, o vodu do Caribe e os cultos afro-brasileiros como a umbanda do Brasil. As religiões têm mostrado que as crenças, com freqüência, compartilham noções sobre a origem do universo (cosmogonia), imagens do mundo (cosmologia) e expectativas do futuro (escatologia) amparadas por mitos, ou seja, por signos que transmitem verdades profundas acerca da existência humana e/ou da realidade sobrenatural, embora invoquem causas de um tipo científica ou historicamente inverificáveis. Alguns mitos que se repetem. a) o mito da criação do homem pelo barro, por uma força divina – ao contrário do que muitos crêem tal concepção não é exclusiva da mitologia judaico-cristã com Jeová, pode-se encontrá-la na mitologia de um povo africano denominado ioruba com Oxalá, bem como na mitologia grega. b) o mito do dilúvio, tanto na mitologia inca com deus Viracocha que teria ordenado aos homens que vivessem em paz/ordem/respeito, mas a desobediência humana teria levado o deus a despejar sobre os homens uma inundação, bem como na mais antiga narrativa escrita - “Epopéia de Gilgamesh” - que é um texto mesopotâmico, corresponde à história de Noé no Antigo Testamento; c) o mito do jardim do éden (local onde o homem vivia feliz sem precisar viver à custa de seu trabalho) semelhante à Idade de Ouro da mitologia grega (onde o deus Crono, apesar de violento, presidia uma raça de homens que também não precisava labutar, pois a terra, mesmo não sendo cultivada, produzia fartamente o necessário à sobrevivência humana); d) a concepção da figura feminina como elemento essencial na questão da ‘queda’ do elemento masculino – conceito encontrado tanto na narração do ‘pecado original’ (Adão e Eva), descrito na mitologia judaica, quanto na mitologia grega, onde Zeus teria criado uma criatura irresistivelmente encantadora (Pandora) que causaria a desgraça dos homens;

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e) mitologia do salvador na figura de Moisés, semelhante à Obaluayé atirada a um rio por sua mãe (Nana Buruku) e resgatada por Yemója, bem como muitos cristãos esperam pela segunda vinda de Jesus, os muçulmanos falam do mandhi - imã escondido que aparecerá no fim do mundo - e o hinduísmo afirma a vinda de um próximo avatar do deus Vishnu; f) a idéia do julgamento dos homens pelos deuses se encontra em várias civilizações, como judaico-cristã (os homens seriam julgados por Javé/Jeová, sendo os justos levados ao céu e os injustos jogados ao inferno) e mitologia grega (onde os mortos seriam julgados de acordo com a sua vida passada e, conforme seus erros eram postos em diferentes lugares). Um exemplo de ser mitológico banal aos brasileiros é São Jorge que tem certa semelhança com o chefe guerreiro comum aos britânicos, o lendário Rei Artur. O santo sintetiza várias mitologias como a grega, cristã, céltica, germânica e africana, numa única figura poderosa. A devoção nele, o rito, precede o mito que se originou nas atuais Síria ou Turquia pelo século II depois de Cristo. Embora, ele seja um santo que não possui raízes históricas, mas sua imagem de guerreiro perfeito é tão forte que cruzou barreiras culturais e foi abraçado pelo sincretismo afro-brasileiro. No Rio de Janeiro e em Recife, para o Candomblé e a Umbanda, ele é Ogum, na Bahia ele é Santo Antônio. ● Panteísmo, politeísmo e monoteísmo. A antiga humanidade na busca de conhecer quem é Deus, em linhas gerais, iniciou pelo panteísmo, passou pelo politeísmo e encerrou com o monoteísmo. O panteísmo é pertinente as mais antigas religiões, remontando a pré-história onde tinham predominância absoluta, e também eram presentes em muitos dos povos silvícolas das Américas, África e Oceania. Para esta visão, Deus é tudo, é o próprio mundo, tudo está interligado num equilíbrio

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ecossistêmico e místico. Crê-se em espíritos e geralmente em reencarnação, é comum também o culto aos antepassados. Procura-se manter a harmonia com a natureza, e o mundo comumente é tido como eterno. O politeísmo surge num estágio posterior de desenvolvimento social, tendo sido predominantes na Idade Antiga em todo o velho mundo, e mesmo nas civilizações mais avançadas das Américas pré-colombianas. Deus é plural, diversos deuses criaram, regem e destroem o mundo. Relacionam-se de forma tensa com os seres humanos, não raro é hostil. As lendas dos deuses se assemelham aos dramas humanos, havendo contos dos mais diversos tipos. O monoteísmo é o mais recente, surgindo a partir do último milênio a.C. e predominando da Idade Média até a atualidade. Deus é um, um Ser transcendente que criou o mundo e o ser humano, há uma relação paternal entre criador e criaturas. Na maioria dos casos um semi-deus se rebela contra o criador trazendo males sobre todos os seres. Messias são enviados para conduzir os povos, profetiza-se um evento renovador violento no final dos tempos, onde a ordem será restaurada pela divindade. ● Dificuldade de saber quem é Deus Supremo e qual a mitologia básica. No meio de religiões politeístas, às vezes ocorria de um deus passar a ser supremo, como foi o caso de Zeus, na mitologia grega, de Marduque, na mitologia babilônica, e do Rá, na egípcia, ou de apenas um deles passar a ser adorado, como foi o caso de Javé, na judaica. Outras ocorrências realçaram Alá, Olorum e Guaraci nas mitologias islâmica, candomblé e tupi, respectivamente. No entanto, nenhum desses deuses passou por unanimidade a ser supremo em relação aos demais e muito

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menos nenhuma dessas mitologias foi aceita como a que transmitisse as verdades profundas. A tentativa de encontrar Deus Supremo e mitologia guia pode encaminhar a pesquisa aos locais mais férteis de nascimento de religiões significativas, que segundo na história das religiões do mundo, é a Índia com hinduísmo, jainismo, sikismo e budismo, e o Oriente Médio com judaísmo, zoroastrismo, cristianismo e islamismo. Pode também orientar a investigação para as religiões significativas que se concentram na sua terra natal de origem como o judaísmo na Ásia Ocidental (Israel), o hinduísmo na Ásia Central (Índia) e o xintoísmo na Ásia Oriental (Japão). Ou então as que se espalham como o budismo com forte presença na Ásia Oriental e Central, o cristianismo em todo mundo inclusive nas Américas, e o islamismo na Ásia Ocidental e África. Todavia, como o alicerce dessa coleção, como já foi expresso no prefácio, são os ensinamentos de Meishu-Sama, então é natural que eles sejam a bússola. Porém, diante de trechos e poema de Meishu-Sama que seguem já se pode perceber que procurar saber quem é Deus não é uma tarefa das mais simples. “No que foi lido agora falou-se em Deus que não é Deus e eu acho isso interessante.” “Por isso Cristo também não disse: “Eu sou Deus.”” “Sakyamuni e Jesus também não sabiam da Providência Divina do Deus Izunome que guardavam em suas mãos.” “Deus Dragão Izunome. Ele estava escondido.” “Deus Miroku Oomikami, manifesta-se Munido da Força da Trilogia Fogo, Água e Terra. Deus Miroku Oomikami, Manifesta Sua Grandiosa Força Para a construção do Paraíso Terrestre. Deus Miroku Oomikami, Desce, silenciosamente, a este mundo, Sem se fazer perceber.”

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● Vislumbre de superação. Contudo, como foi mencionado, na metodologia exposta no prefácio, que se iria correr risco de errar, se emprega, nesta obra, um sistema ortográfico especial no sentido das diferenças entre três grafias, a saber: "DEUS", "Deus" e "deus". Logo a seguir se dá uma panorâmica a respeito, só à medida que se vai continuando a exposição é que se oferece detalhamentos indispensáveis que possam responder às indagações naturais que deverão surgir. Aliás, um procedimento que já foi comunicado que se iria empregar. "DEUS", com maiúsculas, refere-se exclusivamente ao Supremo Deus do Mundo Divino e Suas manifestações no Plano Superior [a rigor inclusive até no Plano Inferior] do Mundo Divino. Exemplos: Miroku Oomikami [também Supremo Deus ou Deus Supremo] que é uma expressão de DEUS do Mundo Divino; Miroku San-E, representação de DEUS do Mundo da Luz Divina, ou simplesmente, DEUS da Luz Divina. Sobre Miroku Oomikami pode ser notado com a declaração de Nidai-Sama – a esposa de Meishu-Sama e Segunda Lider Espiritual da Igreja Messiânica Mundial [que sujeito ao sistema ortográfico que acabou de ser estabelecido]: “Deus [DEUS] — conforme o próprio Meishu-Sama acreditava e nos indicou - é Miroku Oomikami. Por isso, crendo nele, podemos edificar uma fé eterna. Ela nos orientou que o objeto de fé da Sekai Kyussei Kyo (Igreja Messiânica Mundial) é este "Deus [DEUS indicado por] Miroku Oomikami", o Deus [DEUS Miroku Oomikami] manifestado do Supremo Deus. [DEUS]”. "Deus", com inicial maiúscula, ao Supremo Deus do Mundo Espiritual e Suas governanças no Plano Superior [a rigor inclusive até o Plano Inferior] do Mundo Espiritual. Exemplos: Ookuninushi-no-Mikoto que foi uma encarnação do Deus do Mundo Espiritual; Enma Daio, revelação do Deus do Mundo Astral (ou seja, governante do mundo das emoções e desejos entre o mundo físico e o mundo mental, local para onde vai

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geralmente o ser humano após a morte), isto é, um Kakuryo-no-Ookami; Kannon de Mil Braços, exteriorização do Deus do Mundo da Luz Espiritual [ou simplesmente, Deus da Luz Espiritual]; Buda, Cristo e Kannon são, respectivamente, expressões de Deus da Terra espiritual, Lua Espiritual e Sol Espiritual. "deus" com letras minúsculas, ao Supremo Deus do Mundo Material até os deuses comuns que estão fora da esfera da existência humana, ou seja, os Kami’s. Exemplos, sem rigor, de encarnações de deus do Mundo Material: Sakyamuni, materialização de Buda; Jesus de Nazaré, incorporação de Cristo; Kanzeon-Bossatsu, grosso modo, uma personalização de Kannon. Neste trabalho se vai considerar mais os deuses coletivos que de alguma forma interagem com o povo e com os quais o povo se sente mais próximo, isto é, os Mikoto’s, acompanhados por “no” ou “no-” que são termos usados para expressar posse ou adjetivo, como exemplo: deus do Sol e deus Jesus. Eis o que diz Meishu-Sama: “O ser humano mais elevado é chamado de Mikoto (tipo b) normalmente coloca-se esse título após a morte. Mikoto (tipo a) é colocado no ser humano que, em vida, tinha posição. Fica acima de Mikoto (tipo b). [Exemplo: Sussanao-no-Mikoto]. Quando um deus nasce sob a forma humana também usa Mikoto (tipo a) [Exemplo: Izanagui-no-Mikoto]”. Tentando reescrever os trechos e poema de Meishu-Sama assinalados anteriormente com as grafias que foram apontadas: “No que foi lido agora falou-se em Deus que não é DEUS e eu acho isso interessante.” “Por isso [Jesus] Cristo também não disse: “Eu sou DEUS” [porque “Eu sou Deus].”” No poema em vez de “Deus Miroku Oomikami” é “DEUS Miroku Oomikami”, pois Miroku Oomikami é DEUS. No que se refere aos trechos “Deus Izunome” e “Deus Dragão Izunome” é mais complicado devido a compreensão do

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que são os dragões, um dos primeiros mitos criados pela humanidade, uma das criaturas presentes na mitologia dos mais diversos povos e civilizações. São representados como animais de grandes dimensões [ameaça a vida humana naquela época, hoje se sabe que o animal mais perigoso para o ser humano é o mosquito], normalmente de aspecto reptiliano (semelhantes a imensas serpentes ou largatos devido às cobras serem o segundo animal que mais tira vida do ser humano e os crocodilos o quinto, existem ainda hoje o chamado crocodilo da terra que são os dragões de Komodo), muitas vezes com asas [capacidade de alcançar com rapidez], plumas, poderes mágicos ou hálito de fogo [capacidade de matar]. Apesar de serem presença comum no folclore de povos tão distantes como chineses ou europeus, os dragões assumem, em cada cultura, uma função e uma simbologia diferentes, podendo ser fontes sobrenaturais de sabedoria e força (como dragão dourado), ou simplesmente feras destruidoras (como o dragão vermelho). Em geral, acredita-se que os dragões possam ter surgido da observação pelos povos antigos de fósseis de dinossauros e outras grandes criaturas, como elefantes, hipopótamos e baleias tomados por eles como ossos de dragões. No folclore brasileiro existe o Boitatá, uma cobra gigantesca que cospe fogo e defende as matas daqueles que as incendeiam. Uma outra complicação se deve a Izunome, conforme foi mencionado na Bibliografia, ser escrito como Izunome-no-Ookami, Izunome-no-Kami e Izunome-no-Mikoto. Assim, como é também complexo o caso de Kunitokotati por poder ser escrito como Kunitokotati-no-Ookami [Meishu-Sama diz: “Ookami - trata-se do Supremo Deus e quando se fala só Kami é um deus comum. (...) Um deus como Kunitokotati-no-Mikoto pode ser chamado de Ookami.”, ou seja, Kunitokotati Ookami = Kunitokotati-no-Ookami = Grande Kunitokotati-no-Mikoto = Ookunitokotati-no-Mikoto] e por ser escrito Kunitokotati-no-Mikoto.

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A questão se torna mais complexa por Izunome e Kunitokotati serem fortemente relacionados entre si e podem ser vistos como DEUS = Izunome-no-Ookami = Kunitokotati-no-Ookami, Deus = Izunome-no-Kami = Kunitokotati-no-Kami, deus = Izunome-no-Mikoto = Kunitokotati-no-Mikoto. No entanto, este rigor não é empregado, e assim os nomes usados indistintamente para DEUS, Deus e deus são apenas Izunome-no-Kami e Kunitokotati-no-Mikoto, o entendimento fica por conta de saber fazer a leitura do contexto em que eles estão sendo empregados. “Interlocutor: Qual a relação entre Kunitokotati-no-Mikoto e Izunome no Kami? Meishu-Sama: Em suma, [Izunome-no-Kami] seria descendente de Kunitokotati-no-Mikoto. E, em termos de posição, Izunome-no-Kami seria [até certo ano] superior [a Kunitokotati-no-Mikoto].” Conforme já foi afirmado no ponto “Regularidades particulares” da Metodologia explicitada no Prefácio, esta resposta de Meishu-Sama não será bem compreendida agora, só mais adiante. Observando-se o que foi dito neste ponto “Vislumbre de superação” se pode concluir que houve uma iluminação inicial de quem é DEUS e que a mitologia necessária é a japonesa, para faciltar o desenvolvimento se passa uma idéia dos períodos históricos, raças e imperadores do Japão. ● Períodos da história japonesa. Eles são assim designados: Jommon ou Jimmu (até 300 a.C.), Yayoi (300 a.C. – 300 d.C.), Yamato (300 – 710), Nara (710 – 794), Heian (794 – 1185), Kamakura (1185 – 1333) Muromachi (1336 – 1573), Azuchi Momoyama (1573 – 1603), Edo (1603 – 1867), Meiji (1868 – 1912), Taisho (1912 – 1926), Showa (1926-1989) e Heisei (1989 - ...).

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A ocupação do Japão por grupos humanos remonta ao Paleolítico, portanto, a data oficialmente mais aceita para a primeira presença humana no arquipélago é de 35.000 a.C. O período Jommon é o nome da primeira fase da civilização japonesa. Com o fim da última era glacial, já surgiria a cultura Jommon por volta de 11 mil anos a.C., onde existem monumentos mais antigos do mundo. Os cientistas confirmam que esses monumentos encontrados submersos na costa do Japão é a evidência de que pode ter existido uma civilização desconhecida, anterior a Idade da Pedra. A primeira cultura cerâmica e civilização a se desenvolver no Japão foi o povo nômade Jommon que não desenvolveu a agricultura ou criação de animais. Os ancestrais dos Jommon ocuparam o arquipélago japonês desde o final da quarta glaciação, antes de oito mil anos a.C. De acordo com a mitologia japonesa se associa a família imperial japonesa à deusa solar Amaterassu Oomikami que teria como bisneto o primeiro imperador (Jimmu Tenno) no ano de 660 a.C., que reinaria até 585 a.C. Ele nasceu em 711 a.C. O período Yayoi se deu com a cultura nômade Yayoi que substituiu a cultura Jommon, vinda de Kyushu trazendo o cultivo do arroz, as ferramentas de metal e a confecção de roupas. O período Yamato [por muito tempo a época Yamato foi tida como o momento de surgimento de uma dinastia milenar: de acordo com a tradição mítica, o primeiro imperador japonês teria sido Jimmu Tenno. Por isso, Meishu-Sama diz: “A oração Amatsu-Norito remonta a uma época anterior à de Jimmu, o primeiro imperador do Japão. Foi escrita por um “deus” da linhagem de Amaterassu Oomikami, adorado pelo clã Yamato.”] é que surge o primeiro governo centralizado na atual região da planície de Nara responsável pela adoção de conhecimentos avançados das sociedades asiáticas vizinhas, por construções grandiosas e pela unificação de grande parte do arquipélago do Japão. Assim, o Japão foi unificado pela primeira vez no século IV pelo Povo Yamato e logo empreendeu a conquista da península da Coréia no final do século. O imperador Ojin foi o primeiro

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monarca reconhecido pelos historiadores. Nos séculos seguintes a competição por cargos no governo enfraqueceu gradativamente o domínio japonês sobre a Coréia até o século VI. Em 552, o budismo foi introduzido no país, pelo imperador Shotoku, trazido da Coréia servindo como arma política contra o crescente poder dos sacerdotes, o que resultou num estado relativamente centralizado. O período Nara tem suas premissas com a morte do imperador Shotoku em 622, em 710, a capital japonesa foi transferida de Asuka para Nara, réplica da capital chinesa da época, dando início a um novo período da história japonesa no qual a cultura e a tecnologia chinesa tiveram maior influência e o budismo difundiu-se com a criação de templos por parte do imperador nas principais prefeituras. Atualmente Nara fica ao lado de Quioto na região de Kansai. O período Heian, a capital seria transferida para Quioto, e se daria o rompimento entre o imperador Kammu e os monges budistas. A partir daí se estabeleceria a escrita japonesa e uma nova literatura. É nesse período de paz que surge a classe dos samurais como guarda da corte. O período Muromachi, durante o século XVI que comerciantes e missionários portugueses chegaram ao Japão pela primeira vez, dando início a um intenso período de trocas culturais e comerciais. No Japão, os portugueses praticaram o comércio e a evangelização. Os Missionários, principalmente os Padres da Companhia de Jesus, levaram a cabo um intenso trabalho de missionação e em cerca de 100 anos de presença Portuguesa no Japão a comunidade Cristã no país chegou a ascender a cerca de um milhão de Católicos. O período Momoyama, camponês guerreiro Toyotomi Hideyoshi (1536-1598), herói regente que deu continuidade ao governo de Nobunaga e unificou o país em 1590. O período Edo, depois da morte de Hideyoshi, Tokugawa Ieyasu como regente aproveitou-se de sua posição para ganhar apoio político e militar. Quando a oposição deu início a uma

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guerra, ele a venceu em 1603. Tokugawa fundou um novo xogunato com capital em Edo e expulsou os portugueses e restantes estrangeiros. O 110 imperador foi Go-Koomyo (1633-1654). Esta política deixou o país isolado por 250 anos até a chegada de navios americanos em 1854, exigindo a abertura do país ao comércio e revelar o atraso do xogunato. O período Meiji reestabeleceu o poder centralizado do imperador em 1868, quando teve início um período de desenvolvimento econômico e de expansionismo ao qual se seguiram as vitórias nas guerras sino-japonesa (1894-1895) e russo-japonesa (1904-1905). O período Taisho com a conquista da Coréia. A dificuldade de ser reconhecido como equivalente na Sociedade das Nações, o racismo, a proibição de imigração para os Estados Unidos, Austrália, Canadá, e outros países em 1924 e a crise econômica na década de 1920 e o isolamento comercial imposto por Estados Unidos levaram o Japão ao afastamento do Ocidente e o surgimento de movimentos radicais ultranacionalistas de direita. O período Showa, os militares utilizaram-se do assassinato do primeiro-ministro em 1932 para conquistar o poder. Em 1936 o Japão aliou-se à Alemanha e mais tarde à Italia na Segunda Guerra Mundial, invadiu a Manchúria, e atacou a base dos Estados Unidos da América em Pearl Harbor. Somente reconheceu a sua derrota na guerra após os bombardeamentos atômicos de Hiroshima e Nakasaki e foi ocupado pelos Estados Unidos até 1952, as ilhas de Okinawa até 1972. O período Heisei se dá com falecimento do imperador Hirohito (1989) e início do imperador Akihito. ● Raças japonesas. Assim como existem raças para as ordens esotéricas, também existe para Meishu-Sama três tipos de raças: Amarela (Sol), Branca (Lua) e Negra (Solo). A raça do Sol tem três níveis:

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superior é o Dourado (povo japonês), o inferior é o Amarelo (chinês) e o mediano é o Amarelo-Azulado (coreano). Meishu-Sama ensina que “As quatro raças do Japão no sentido espiritual” são: “1. Linhagem [Dourada] do Deus [deus] Izunome. Linhagem da Deusa [deusa] Amaterassu Oomikami. [cunhada de Izunome], [Linhagem do Japão]. Deuses [deuses] do Sol. Raça Yamato (essa raça representa 1% na população da Japão); 2. Linhagem [Amarela] do Deus [deus] Ninigi-no-Mikoto [neto de Amaterassu e pai de Jommon]. Linhagem do Deus [deus] Hankoshin-no-Ukei. [Linhagem da Índia-China]. Descendentes diretos do Sol. Raça Tenson (essa raça é a maior dentro da população do Japão); 3. Linhagem do [Amarelo-Azulado] do Deus [deus] Sussanao-no-Mikoto. Linhagem do Deus [deus] Ookuninushi-no-Mikoto (filho de Sussanao). [Linhagem da Coréia]. Raça Izumo (é a segunda maior raça, depois da raça Tenson); 4. Linhagem Caucasóide. Essa raça atravessou a Mongólia e a Manchúria e, através da Coréia do Norte, chegaram ao arquipélago japonês nas proximidades da província de Aomori (nordeste do Japão). Depois eles foram, pouco a pouco, se espalhando ilha adentro, chegando até à região de Kinki (atual região de Quioto); São conhecidos como "ladrões de terras". (Representa a menor parcela dentro da população japonesa).” Ele aponta a grandiosidade da raça Yamato: “Para se entender a "grandiosidade" do japonês, basta explicar tendo como ponto de partida o Deus Supremo. Como é uma coisa "inédita", dizemos que isso é muito interessante. Só que, depois de entendermos isso, vamos ver que os verdadeiros japoneses que possuem esta grandiosidade são poucos, ou seja, exatamente 1% da população japonesa. Durante longo tempo (mais ou menos 3.000 anos) eles vieram sendo oprimidos e imobilizados, mas a partir de agora, através da Igreja Messiânica, todos eles vão retornar.”

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"A maior parte do povo Yamato se tornou povo da cidade. A diferença mais clara se nota quando se comparam as obras de arte chinesas com as japonesas. As da China não são tão delicadas." ● Imperadores do Japão. Eles não são simplesmente governantes como soberanos de um império, mas sim sumos sacerdotes mediadores entre os homens e a divindade, bem como nos 2.600 anos de trono imperial do Japão foram ao todo 125 monarcas da linha de sucessão nunca interrompida e que o último atual existente é Akihito. Meishu-Sama afirma que “O xintoísmo do Japão é da linhagem do Imperador Jimmu (...) Posteriormente a isso é da linhagem de Izumo [linhagem de Sussanao-no-Mikoto]”. [alternância de imperador para ditador militar (xogum) que ocorreu durante o século XII até 1863 com três xogunatos: 1185-1333, Kamakura; 1338-1573, Ashikaga; 1603-1868, Tokugawa]. Após se ter dado uma idéia dos períodos históricos, raças e imperadores do Japão se desenvolve a mitologia necessária que é a japonesa. ● Mitologia japonesa. Ela se baseia no pensamento xintoísta que descreve sobre o começo do mundo, a Trindade primordial dos DEUSES e a criação do Japão. Sobre o começo. A Criação se baseia de que o mundo era um ovo. Não existia nem céu nem terra, nem claro nem escuro. Aos poucos, do conteúdo desse ovo, o que era claro e puro foi subindo, tornando-se o céu. E o que era escuro, turvo e pesado foi afundando e tornou-se a terra. Sobre a Trindade primordial dos DEUSES. O primeiro DEUS que surgiu foi o Amenominakanushi-no-Kami, DEUS

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Mestre do Centro Celestial. Em segundo lugar, surgiram os DEUSES da geração de vida, Takamimushi-no-Mikoto (DEUS com qualidade yang) e Kamimushi-no-Mikoto (DEUS com qualidade yin). Os deuses que habitam Takamagahara (Campo Celestial) se dividem em três tamanhos, os deuses gigantes, os deuses semi-gigantes e os deuses de tamanho natural, isto é, do tamanho dos humanos. Sobre a criação do Japão. Os irmãos Izanagui-no-Mikoto e Izanami-no-Mikoto, deuses gigantes, recebem a ordem dos deuses superiores para criarem o Japão. Nesse momento, a terra era uma massa oceânica viscosa. Os dois deuses vão até a ponte que une o céu e a terra, e dali, Izanagui mergulha a lança sagrada formando a Ilha Onokoro. Izanagui e Izanami olham para aquela ilha e decidem descer sobre ela. Eles se tornam os primeiros deuses a descerem na terra. Nesse momento eles decidem criar um país e primeiramente constroem uma coluna muito alta no meio da ilha [Monte Fuji], que serviria para os deuses descerem do céu para a terra. Izanagui e Izanami circundam a coluna sagrada, cada um na direção oposta e assim se tornam marido e mulher. Da união deles nascem vários deuses que criam o restante do Japão e controlam e protegem o povo que habita essa terra. Além dos deuses das terras, de Izanagui e Izanami também nasceram os deuses da montanha, do rio, do mar, da árvore, da grama, do vento, do grão, etc., criando assim um mundo rico e fértil. Quando Izanami deu à luz ao deus do fogo Kagutsuchi, foi morta queimada pelo filho durante o parto. De tanto querer rever a esposa, Izanagui vai adentrando a escura terra dos mortos atrás de Izanami, quando chega ao quarto dela fica chocado ao ver o corpo todo apodrecido de sua então belíssima esposa. Espantada com a repentina luz da lanterna do marido, Izanami acorda e fica furiosa ao saber que ele a viu daquela forma, toda podre e cheia de vermes saindo de seu corpo. Izanagui, espantado e com medo, foge correndo.

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Enraivecida e envergonhada grita do outro lado que despovoará o mundo dos vivos matando mil pessoas por dia e Izanagui replica-lhe que a cada mil pessoas mortas, outras mil e quinhentas serão criadas. Nesse divórcio entre o casal divino estabelece-se a noção de vida e morte. Depois de voltar da terra dos mortos, Izanagui passa por um ritual para se purificar, pois a terra dos mortos é considerada um lugar sujo. Durante o ritual que acontece na água salgada do mar, nascem vários deuses de Izanagui. No fim da purificação, quando ele pensa em lavar o rosto, primeiro lava o olho esquerdo e dali nasce Amaterassu Oomikami, deusa do sol. Depois, ao lavar o olho direito, nasce dali Tsukuyomi-no-Mikoto, deusa da lua. Em seguida, ao lavar o nariz, nasce Sussanao-no-Mikoto, deus da tempestade. Izanagui ficou muito contente em ter criado três deuses tão poderosos e ordenou que Amaterassu governasse o Takamagahara, o céu, Tsukuyomi a noite e Sussanao os oceanos. Porém, como o oceano fica em baixo, Sussanao se revoltou contra o pai considerando o seu poder inferior aos de suas irmãs. Para se rebelar, o irmão mais novo vivia do jeito que queria, sem querer saber do trabalho de governar os oceanos. Assim, ele deixou a barba crescer até o peito e passava dia e noite chorando e atormentando o pai dizendo que queria descer até a terra dos mortos para ver a mãe. Izanagui decide expulsar o filho mais novo para a terra dos mortos por causa de seu mau comportamento. Com o pretexto de se despedir de sua irmã mais velha, Sussanao vai até o céu. Amaterassu, já preparada para se defender, vestida de guerreiro, fica furiosa e grita “que história é essa de você vir até aqui sem a minha permissão?!” Sussanao ignora a sua irmã e se instala no céu, pratica todo tipo de atos violentos como devastar a agricultura e, no fim, acaba matando uma tecelã que confecciona as roupas sagradas para os rituais de Amaterassu.

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A deusa do sol, irada com os atos de seu irmão mais novo, se esconde dentro de uma caverna, deixando o mundo sem luz. Os outros deuses que viviam em Takamagahara [ou melhor, Taka ama hara] se reúnem para discutir o que fazer para tirar a deusa do sol da caverna e devolver vida ao mundo, que sem o sol, se tornou um mundo só de noite e escuridão. Os deuses planejam uma festa com dança muito divertida. Todos os deuses caem na gargalhada e riem sem parar, parecendo se divertir muito. Amaterassu, de dentro da caverna, ouve-os e, curiosa para saber do que tanto eles riem, decide abrir a porta de rocha da caverna. Nesse momento, o deus da força física, pega a mão da deusa do sol e tira-a de dentro da caverna para fora. Para que ela nunca mais torne a se esconder dentro da caverna, fecham para sempre a porta da caverna com uma corda sagrada, entoando um mantra mágico. Assim o mundo voltou a receber a luz do sol e o povo voltou a trabalhar nas suas terras como antes. No entanto, essa mitologia japonesa, é reparada através da iluminação de Meishu-Sama. ● Sua relação com outras mitologias em diferentes partes do mundo. O conceito do ovo cósmico existe nas mitologias hindu, chinesa, egípcia e finlandesa são alguns exemplos. Todas elas basicamente retratam o estado do caos do universo, o zero, o nada, um estado unificado onde todas as coisas estão auto-contidas, não manifestas. O que acontece em seguida, a separação entre o céu e a terra (conceito de dualidade e polarização) a partir desse ovo único também se mostra comum entre essas mitologias. A trindade existe em diversas mitologias como no hinduísmo (Brahama-Vixnu-Shiva), no antigo Egito (Osíris-Ísis-Hórus), no cristianismo (Pai do Céu-Filho-Espírito Santo).

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Amenominakanushi no Kami da Trindade primordial não sendo visto em sua plenitude foi compreendido como equivalente ao Gayomardo da mitologia persa, à prima matéria da Alquimia, ao Adam Kadmon (Adão místico e secreto) do misticismo judaico, o Antropos da idéia gnóstica e ao P’an Ku chinês. Todos estes possuem um corpo humano enorme. “Poder-se-ia dizer que todo conhecimento adquirido do mundo exterior é antropomórfico.” Takamimushi-no-Mikoto [ou Takami-Mussubi, ou ainda, mais tarde, na oração Amatsu-Norito, como Kamurogui-no-Mikoto] e Kamimushi-no-Mikoto [ou Kamumi-Mussubi, ou ainda, mais tarde, na oração Amatsu-Norito, como Kamuromi-no-Mikoto] - representam o ato de gerar vida através da união dos opostos. É esse o significado de Mushi. Takamimusuhi-no-Mikoto é a parte yang desse aspecto, pertencendo ao céu, à linhagem espiritual, e Kamimusuhi-no-Mikoto é a parte yin do mesmo aspecto, pertencendo a terra, à linhagem material. Eles ainda não chegam a ser o masculino e feminino, porém já são uma duplicidade de um único aspecto, um passo adiante do homem cósmico primordial andrógino, por representarem a geração de vida, a própria idéia do manifestar-se [já Izanagui e Izanami, cada um na direção oposta, e assim se tornam marido e mulher]. Pode-se comparar os diferentes tamanhos desses deuses com os níveis psíquicos dos seres humanos. Os deuses gigantes são aqueles que estão numa esfera inalcançável, grandes e distantes demais para serem apreendidos na sua totalidade. Eles também não interagem com a vida cotidiana dos humanos, mas protegem os habitantes do Japão à distância. Geralmente não são esses os deuses cultuados nos templos xintoístas, justamente por eles estarem presentes apenas no inconsciente do povo japonês. Os deuses semi-gigantes, por sua vez, estariam relacionados à alma humana e à sombra, que ainda são conteúdos do inconsciente, porém bastante manifestos e

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vividos. Eles são os deuses do sol, da lua e da tempestade (sombra). E por último, os deuses de tamanho natural são aqueles que se pode relacionar com o ego e a persona, ligados à vida em sociedade dos humanos. São deuses que governam elementos tanto da sociedade quanto da natureza diretamente ligados à vida cotidiana dos japoneses da época. Controlam os elementos como o rio ou a árvore, estando assim acima deles, capazes de controlar o nosso ego com tamanha facilidade. O casal Izanagui e Izanami é a duplicidade de deuses criadores da nação Japão. Além de representar o feminino e o masculino, significa que é uma energia que atinge o limiar da consciência. É o nascimento da nação Japão que sai do inconsciente que, ao atravessar a Ponte Sagrada Flutuante, os dois deuses cumprem como sua maior missão, manifestando-o na consciência do povo japonês. Vê-se no mito do casal uma semelhança com o de Adão e Lilith da mitologia judaica. Izanami tem várias outras colegas pelo mundo além de Lilith. Ela representa qualidades muito semelhantes à Nanã da mitologia Yorubá. Há semelhanças de Izanagui com Oxalá. A fuga de Izanagui do mundo dos mortos encontra fortes semelhanças com o mito de Orfeu da mitologia grega que também vai em busca de sua amada Eurídice descendo até o mundo subterrâneo dos mortos. O mito de Amaterassu Oomikami, a deusa do sol, que se esconde e o mundo se torna escuro é talvez o mais famoso e popular da mitologia japonesa. Também é considerado um mito muito importante para a consagração dessa deusa como a origem da família imperial japonesa. Amaterassu Oomikami significa a grande deusa (o grande deus) que brilha do alto do céu. Antigamente, no inicio do Império, o Japão não possuía o alfabeto. Para documentar os acontecimentos da corte, havia um oficial encarregado de guardar tudo na memória. Aquele

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cargo era transmitido de pai para filho, para que os fatos sucedidos pudessem ser rememorados com exatidão. No ano 712, quando a grafia chinesa foi adotada no Japão, Oo-no-Yassumaro fez com que todos os acontecimentos memorizados por Hieda-no Are fossem transcritos, compilando assim os três volumes de Kojiki, o primeiro livro da história do Japão. Naquela obra encontram-se documentadas a mitologia sobre a criação do arquipélago nipônico e as primeiras crônicas da “Terra dos Deuses”, como também as lendas das conquistas do Império Yamato. Mais tarde, em 720, o Príncipe Toneri convocou um grupo de estudiosos que compilaram o Nihon-shoki, em 30 volumes, baseando-se no Kojiki e acrescentando alguns dados colhidos em várias regiões do país. Além desses dois clássicos, foram escritas e compiladas muitas obras célebres; entre elas, o Manyô-shu, em 20 volumes, na qual se encontram milhares de poesias japonesas de estilo “waka”, de 31 sílabas. Os autores dos versos pertenciam às diversas classes sociais, desde o Imperador até o simples lavrador. Por isso, pode-se considerar o Manyô-shu como uma verdadeira antologia em todos os sentidos. Assim, a mitologia japonesa foi organizada em forma de literatura durante o século VII em um livro chamado “Kojiki (Escritas sobre assuntos antigos)”, considerado o livro mais antigo do Japão. Depois ela foi reescrita no “Nihon Shoki (Primeiras crônicas japonesas)”, o segundo livro mais antigo do Japão, mais completo do que o “Kojiki” e escrito ao longo do século VIII. Os dois livros retratam não apenas as mitologias como também o que é considerado a continuação dessa mitologia, as histórias dos primeiros imperadores do Japão. Amaterassu Oomikami, deusa do sol, era, antes da organização dos mitos no livro Kojiki, venerado como um deus masculino, um deus guerreiro corajoso e forte. Isto corresponde com a maioria das mitologias que consideram o sol como tendo uma qualidade masculina, em contraposição com a lua feminina. Porém, no final do século VII quando Kojiki foi escrito, o

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Imperador Tenmu havia conquistado o trono ao vencer uma grande guerra e estava empenhado em manter o Japão estável, sem confrontos internos. Quem o aconselhava na política era a sua talentosa e inteligente esposa, a Imperatriz Uno no Himemiko, que se tornou ela própria a Imperadora Genmei após a morte de seu marido. Essas são as razões pelas quais Amaterassu Oomikami se transformou de deus guerreiro do sol à deusa corajosa e também generosa do sol, uma deusa com aspectos de uma sacerdotisa. Neste mito, encontra-se um paralelo entre a Amaterassu deusa do sol japonesa e Deméter, a deusa da fertilidade da mitologia grega. Deméter ficou enfurecida quando sua amada filha Perséfone foi raptada por Hades para o seu reino subterrâneo e decidiu não voltar para o Olimpo enquanto sua filha não lhe fosse devolvida. Tornou a terra infértil, os grãos não germinaram, matando o gado e a população que ficaram sem comida e sofreram de fome e doenças. Zeus pediu a Hades que devolvesse Perséfone para reparar a situação na terra. Hades concordou, mas fez Perséfone comer um bago de romã, prendendo-a no reino subterrâneo para sempre, já que quem come a comida de um determinado local passa a fazer parte daquele lugar para sempre. Com isso, Perséfone passaria um período do ano com a mãe e outro com Hades. O período em que a filha de Deméter sai do subterrâneo passa a ser primavera, quando os grãos brotam, saindo também da terra. O outro período é o da semeadura de outono, quando os grãos são enterrados assim como Perséfone volta para debaixo da terra no reino de seu marido. Embora os enredos sejam um pouco diferentes, os dois mitos falam sobre o símbolo contínuo de morte e ressurreição. O mito japonês simboliza a importância do sol como doador de vida, mas também o fato de que esse sol também morre e renasce. O pensamento xintoísta ensina que é preciso viver com alegria (os deuses se divertindo e rindo) e com espírito comunitário (o reaparecimento de Amaterassu é fruto da união

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dos atos de deuses) para que o sol, que se escondeu no inverno, reapareça na primavera. Em japonês, para designar uma pessoa alegre, se usa a expressão “pessoa clara, luminosa”, uma qualidade tida como importante pelo xintoísmo. Existe no Japão uma importante cerimônia chamada Chinkonsai que acontece no solstício de inverno. Esta cerimônia, que acontece nos importantes templos xintoístas ligados à família real, tem o significado de aumentar o poder enfraquecido do imperador, que é considerado descendente direto da deusa do sol, ou mesmo de renovar o seu poder, assim como o sol antigo morre e nasce um novo sol nesse dia do solstício de inverno. Apesar de o povo japonês ter uma imagem fechada para o ocidente, com tradições milenares próprias, na realidade é um povo totalmente feito de misturas e influências. O Japão é uma ilha e recebeu, durante séculos, influências, culturas, mitologias e povos de todos os lados. Somente na era Edo, durante 240 anos (de 1616 a 1858) permaneceu isolado proibindo qualquer contato com estrangeiros exceto alguns grupos holandeses e chineses, mas fora esse período, o Japão era e continua sendo uma esponja que absorve o mundo. O que o torna único é que seu povo tem um enorme talento em absorver o que vem de fora e transformá-lo em algo autêntico, introjetando a sua alma. É curioso observar como os povos antigos tinham visões semelhantes em relação ao mundo e como as representações simbólicas podem se misturar tanto entre povos tão distintos quanto os nagôs e os japoneses. ● Sua fundamentação no xintoísmo. A religião xintoísta fica no Japão, país localizado na Ásia, continente que pode ser dividido em oriental (Japão, Coréia do Norte, Coréia do Sul e China), central (entre outros o Vietnam, Tailândia, Mianmar e Índia), ocidental (Irã, Iraque, Israel, Arábia Saudita etc.), setentrional (Rússia) e meridional (Indonésia). No qual nasceram as religiões mais antigas, consistentes e

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importantes do mundo como o xintoísmo no Japão, o hinduísmo (budismo) na Índia e o judaísmo (cristianismo) em Israel (e o islamismo na Arábia Saudita). O xintoísmo começou a se formar em 982 a.C. (três mil anos atrás em 2012), o hinduísmo por volta de 1.500 a.C. (há mais de 3.500 anos) e o judaísmo em 1.800 a.C. (há 3.800 anos). Já o budismo no século VI a.C. (2.600), cristianismo (2.000) e islamismo no século VII (1.300). São religiões que revelaram DEUS com nomes diversos como Ookunitokotati-no-Mikoto no xintoísmo [mais precisamente, num ramo seu: Oomoto], Jeová no judaísmo-cristianismo e Alá no islamismo. O hinduísmo é tido como politeísta, e o budismo como panteísta. As principais religiões no Japão são: xintoísmo (51,3%), budismo (38,3%) e cristianismo (1,2%). Estes dois últimos como não têm sua origem no país do sol nascente é conveniente considerar que o budismo veio pela China a partir de 67 d.C. até chegar ao Japão em 552 d.C. e que o cristianismo só entrou em 1542 d.C. A mais antiga religião existente no Japão originalmente não tinha nome, doutrinas ou dogmas era um conjunto de ritos e mitos que explicavam a origem do mundo, do Japão e da família imperial. Os protagonistas desses mitos eram os Kami, segundo ensinam, eram deuses ou energias divinas que habitam todas as coisas e se sucedem por gerações, desde a criação do mundo. Recebeu essa religião o nome de xintoísmo (nome produzido no século VI a partir da palavra chinesa “shen” (ser divino) e “tao” (caminho), ou seja, caminho dos deuses) para se distinguir do budismo que era da Índia. Segundo os mitos do xintoísmo, os deuses criaram o Japão e o seu povo. Até meados do século XX, os japoneses adoravam o imperador, como um descendente direto de Amaterassu Oomikami, a deusa do Sol e mais importante divindade da religião. Em 1868, o governo japonês instituiu o xintoísmo como religião oficial do país. Porém, depois da derrota japonesa na II Guerra Mundial (1939-1945), o imperador Hiroito renunciou ao caráter divino atribuído

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à realeza, e a nova Constituição do país passou a defender a liberdade de religião. Além dos Kami, como Izunome-no-Kami e Kakuryo-no-Kami (Deus do Mundo Astral que governa este mundo e que salva o espírito, julgando-o de acordo com o Bem ou o Mal praticado por alguém em sua vida terrena), se tem os Mikoto. Entre estes os deuses antigos anteriores aos imperadores japoneses vide Izanagui-no-Mikoto, Izanami-no-Mikoto, Izunome-no-Mikoto, Amaterassu-no-Mikoto, Susanao-no-Mikoto, bem como os primeiros 28 imperadores com exceção do primeiro que foi Jimmu Tenno (esta palavra Tenno quer dizer divino soberano imperador). Os acrescentados com “Oo” são manifestações de DEUS como Izunome-no-Ookami e Miroku Oomikami. Casos especiais de profundo respeito são Sesson = Mikami = Senhor e os com o sufixo Sama como Kyoshu-Sama, Nidai-Sama e Meishu-Sama. Os engrandecidos ao nome deus como Kami-Sama (que é o Deus para o xintoísmo = DEUS Grande Kunitokotati = Kunitokotati-no-Ookami) e Kannon-Sama (que é o Deus para o oriente = Deus Izunome-no-Kami, donde, Kannon = Izunome-no-Kami). O que torna a aguçar a compreensão da resposta de Meishu-Sama a pergunta “Qual a relação entre Kunitokotati-no-Mikoto e Izunome no Kami?”. Antes de se divulgar a iluminação sobre DEUS se registra alguns conhecimentos passados por Meishu-Sama para facilitar o entendimento desta declaração e inspiração. ● Eras, “sen’nin” e a divisão espiritual. Era da Noite / Era do Dia são ciclos de vida do Universo – longos ou curtos – determinados por ocorrências marcantes que variam de acordo com as circunstâncias. Partindo-se da noção noite / dia correspondente a doze horas em cada um desses períodos, dá para entender melhor. Então, noites e dias, no sentido mais amplo, podem ocorrer, alternadamente,

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correspondendo a ciclos de dez, cem, mil ou três mil anos. Assim, os períodos em que reinam o Sol Espiritual, o Fogo, a paz, a prosperidade e a saúde correspondem ao Dia e épocas com predominância da Lua Espiritual, Água, de guerras, discórdias e ocorrências de muitas doenças e sofrimentos equivale à Noite. [note que Sol Espiritual = Fogo; Lua Espiritual = Água; bem como também se tem Terra Espiritual = Terra, para se evitar confusão entre elemento Terra e astro Terra se designa às vezes o elemento Terra por Solo. A transição da Era da Noite para a Era do Dia se processará em três escalas: do Mundo Divino para o Mundo Espiritual (1881-1931), do Mundo Espiritual para o Mundo Material (1931-1961) e no próprio Mundo Material (1961-2021). Os dias determinantes destes anos foram: 04/02/1881, o Mundo Espiritual começou a sair da Era da Noite ao receber o espírito de Meishu-Sama que desceu do Mundo Divino a fim de nascer no Mundo Material em 23/12/1882; 15/06/1931, o Mundo Espiritual entrou na Era do Dia; 15/06/1951, o Mundo Material deu o primeiro passo para entrar na derradeira fase da transição para o Mundo do Dia [= Mundo da Luz, ou melhor, Mundo da Luz Divina]; 15/06/1961, Mundo Material entra na primeira fase da transição para o Mundo do Dia; 15/06/1991, segunda fase; 04/02/1954, início do Juízo Final. “Pela ordem, a transição da Noite para o Dia começou no reino de Yuguen [reino ainda mais rarefeito e elevado do que o Mundo Espiritual, parte do Mundo Divino] refletindo-se a seguir no Mundo Espiritual e, posteriormente, no Mundo Material. A primeira transição ocorreu no mundo de Yuguen em 1881. A segunda transição ocorreu no Mundo Espiritual em 1931. A próxima transição, o início da grande mudança no Mundo Material, já está iminente [1961]. Em suma, estamos no alvorecer de um novo dia, aguardando o levantar do Sol no Céu Oriental.” “Há algum tempo venho anunciando que o Mundo Espiritual, que até agora se encontrava na Era da Noite,

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finalmente está entrando na Era do Dia. (...) Como eu [Meishu-Sama] já disse anteriormente, tendo o dia 15 de junho de 1931 como ponto de partida, vem se operando gradativamente a mudança para o Dia, com a grande e decisiva ação purificadora ocorrendo no final [1991-2021]. Evidentemente, ela [mudança para o Dia] se processará em três escalas: do Mundo Divino para o Mundo Espiritual [1881-1931] e deste [Mundo Espiritual] para o Mundo Material [1931-1961], que então [o Mundo Material] se tornará verdadeiramente Mundo do Dia [após passar: 1961-2021]. Esse será o Mundo da Luz. Com respeito ao tempo, em 15 de junho deste ano [1951] o Mundo Material deu o primeiro passo para entrar na derradeira fase da transição para o Mundo do Dia [1961].” “[Em 27/03/1954] Dessa forma, o Mundo Espiritual, em grande parte, está quase que totalmente transformado no Mundo de Miroku e daqui em diante irá se refletir no Mundo Material [1961].” [num trajeto com início ou entrada e término ou saída se pode reconhecer que está começando a terminar ou a sair quando se cumpre a metade do tempo ou do trajeto quando se alcança a metade. Como de 1881 quando o sol começa no Mundo Espiritual até 2.021 quando a Era do Dia começa no Mundo Material, ou seja, um período de 140 anos se tem como metade 70 o que se tem o ano de 1951]. “Como já foi dito, a data de 15 de junho de 1931 marcou a divisa, no Mundo Espiritual, da gradual passagem para a Era do Dia. No final desse processo [1961], haverá a grande e decisiva ação purificadora. A mudança se processara em três etapas: primeiramente no reino divino [1881-1931], a seguir no reino espiritual [1931-1961] e, finalmente, no reino material [1961-2021]. No devido tempo, surgirá o verdadeiro Dia [2021], isto é, o Mundo da Luz. Em 15 de junho deste ano (1951), o Dia finalmente entrou no limiar da última etapa, isto é, no Mundo Material. Nos próximos dez anos (1961), será estabelecida a base do Reino dos Céus na Terra, isto é, do Mundo da Luz.

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“Antes de qualquer coisa, qual é a época da grande transição? Ela iniciou-se em 15 de junho de 1931 e vai até o dia 15 de junho de 1961. A primeira fase corresponde a esses trinta anos. Pensando em termos da mentalidade humana, trinta anos são um período muito longo. Entretanto, em se tratando da Providência Divina no Universo, eles representam um breve instante. Esses trinta anos não têm no Mundo Material, uma mudança súbita. Ela vai avançando pouco a pouco e, somando-se aos períodos anteriores e posteriores que entremeiam esses trinta anos, significa que são usados mais de sessenta anos. Isso acontece porque se necessita de um tempo de preparação e de organização da pós-transição.” [nesse intervalar de 1931 até 1961 se tem entre outros 1931, 1941, 1951 [e/ou 1952] e 1961, donde: 1931 – 60 = 1871, Era Meiji, colisão das civilizações oriental e ocidental, isto é, o Sol começa a surgir; 1941 – 60 = 1881, Meishu-Sama está para vir ao mundo; 1951 – 60 = 1891, Kunitokotati-no-Mikoto está para se manifestar em Nao Deguchi; 1931 + 60 = 1991, Mundo Material entra na primeira fase da transição para o Mundo do Dia; 1951 + 60 = 2011 [1952 + 60 = 2012, onde em 1952 houve um aumento da temperatura da Terra, e em 2012 há uma crença de que está para ocorrer no mundo alguma coisa marcante, talvez uma purificação proveniente de tal aumento que seja um marco para a nova cultura]; 1961 + 60 = 2021, está para se entrar na Era do Dia]. Considerando a identidade entre Mundo Espiritual e Mundo Material e não levando em conta o Mundo Divino se pode afirmar que a Era da Noite se deu de 1069 a.C. a 15 de junho de 1931, enquanto a Era do Dia se dará de 2021 a 5021. Por enquanto se está na Transição da Era da Noite Para a Era do Dia que vai de 15 de junho de 1931 a 15 de junho de 2021. Passando para os “sen’nin” que são um exemplo de longevidade oriundos da Era do Dia ou mais próximos desta, eis o que Meishu-Sama diz a respeito:

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“Quando o Criador criou o ser humano, determinou claramente a sua longevidade. Entre outras coisas, isso também me foi mostrado por Deus [DEUS]: o homem deveria viver um mínimo de 120 e um máximo de 600 anos. (...) desde que os homens não tivessem incorrido em erro.”. “Tempos atrás, eu fiz uma pesquisa sobre os “sem’nin” e cheguei à conclusão de que eles existem realmente. Os “sem’nin” certamente são originários da Coréia. A respeito da idade dos “se’'nin”, li que o recorde foi oitocentos anos, atingido por uma só pessoa, sendo que algumas atingiram de quinhentos a seiscentos anos; para os “sem’nin”, morrer entre duzentos e trezentos anos era morte precoce. Certa vez eu vi a árvore genealógica da família Takeshiuti-no-sukune, onde constava que a pessoa de vida mais longa dessa família viveu trezentos e quarenta e nove anos; alguns viveram mais de trezentos; na faixa dos duzentos havia mais de dez. Chegando à época moderna, a idade diminuiu: no final da Era Tokugawa, mantinha-se na faixa dos cem; na Era Meji, estava entre noventa e oitenta anos. Eu acharia interessante pesquisarem o fenômeno.”. “Analisando a nossa história nesse aspecto, desde o primeiro Imperador Jimmu (660-585 A.C.) até o décimo segundo Imperador Keiko (71-130 D.C.), muitos imperadores completaram mais de cem anos de vida. Entretanto a partir do século VI, a longevidade japonesa começou a encurtar.” O Supremo Deus se divide espiritualmente: “A partícula do espírito é a divisão do espírito. No ser humano ela não ocorre, mas Deus [DEUS] divide o espírito em quantas partes desejar. Nos templos, em caso de se assentar um mesmo deus em diversos lugares chamam isso de partícula do espírito de Deus [DEUS], mas na verdade também há deuses que são da linhagem direta ou de linhagens próximas.”

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● Iluminação sobre DEUS. Isso é o que feito pela revelação de Meishu-Sama a seguir, segundo a interpretação do autor deste trabalho. Observação: os trechos de ensinamentos de Meishu-Sama entre aspas não vão mais continuar sendo destacados em itálicos para não sobrecarregar o texto com esta fonte ou não ocasionar destaques preferenciais indevidos, isso porque boa parte do que vem a seguir é de Meishu-Sama e nem sempre se encontra entre aspas.

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ÍNDICE 1. Manifestação................................................................... 67 1.1 Supremo Deus, Miroku Oomikami, Ookunitokotati, Jeová, Pai

do Céu, Alá e etc. ....................................................................... 67

1.2 Kannon (oriundo de Kunitokotati).............................................. 69 1.3 Buda (oriundo de Izunome) e Sakyamuni (de Wakahimeguimi) 84 1.4 Cristo (oriundo de Michael) e Jesus (de Sussanao).................... 87 1.5 Na Era da Noite (Budista e Cristã)............................................... 91 1.6 Na Transição da Era da Noite para a Era do Dia (Kannon)......... 110 1.7 Na Era do Dia (Messias).............................................................. 125

2. Significado.......................................................................

155

2.1 Espírito do Espírito composto de Luz e Calor, que cria o Universo.....................................................................................

155

2.2 Todo Grande Universo............................................................... 185 2.3 Ser absoluto que se transforma em deuses, sendo o Supremo

deles........................................................................................... 188

2.4 Ente eterno, infinito, imutável, onisciente, onipresente e onipotente.................................................................................

191

2.5 Mente plena de Sabedoria, Amor e Força................................. 195 2.6 Grande Espírito da Palavra que movimenta o cosmos.............. 208 2.7 Princípio de Tudo, ocupando a camada espiritual mais

elevada...................................................................................... 212

2.8 Caminho Perfeito...................................................................... 217 2.9 Justiça........................................................................................ 218 2.10 Vontade universal...................................................................... 225

3. Importância.....................................................................

229

3.1 Autor e governador do Universo............................................... 229 3.2 Afirmador do mundo e da existência........................................ 229 3.3 Tranqüilizador quanto ao passado e futuro.............................. 231 3.4 Determinador da mudança de vida e das crenças superiores.. 231 3.5 Planejador e construtor do paraíso na Terra............................ 231 3.6 Orientador do homem verdadeiro, bondoso e belo................. 231 3.7 Lutador contra Satanás e os demônios..................................... 233 3.8 Curador das doenças................................................................. 233 3.9 Erradicador das mortes antinaturais......................................... 235 3.10 Encaminhador da felicidade...................................................... 235

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4. Propósitos....................................................................... 239 4.1 Buscar que se viva com entusiasmo num mundo de êxito........ 239 4.2 Elaborar a construção de uma nova cultura.............................. 239 4.3 Projetar o desenvolvimento do Johrei, Agricultura Natural e

Belo............................................................................................. 240

4.4 Salvar o indivíduo e a sociedade, através do homem................ 244 4.5 Imperar saúde, prosperidade e paz............................................ 248 4.6 Edificar mundo sublime de Verdade, Bem e Belo...................... 252

5. Atributos..........................................................................

259

5.1 Propriedade focada de liberdade e ira....................................... 259 5.2 Característica de outorgar missão, procurar orientar e refrear

os negligentes............................................................................. 259

5.3 Predicado de trabalhar pelo paraíso terrestre e atuar para salvar os que estão no inferno...................................................

264

5.4 Traço de destruir a superstição científica pelo pensamento espiritualista...............................................................................

266

5.5 Aspecto de oferecer alegria quando confia e de preparar acontecimentos..........................................................................

267

5.6 Cunho de conceder provações, purificações, aprofundamentos e soluções.....................................................

269

5.7 Sinal de agraciar as criaturas com vigor e testar força de vontade.......................................................................................

271

5.8 Marca de facultar graça à medida que haja servir e recompensar os fidedignos........................................................

272

5.9 Perfil de fonte de proteção e desapego, desde que o homem faça a sua parte..........................................................................

273

5.10 Particularidade de ajudar os justos, impedir solidão e gostar da humildade..............................................................................

277

5.11 Singularidade de determinar respostas verdadeiras e exigir sinceridade..................................................................................

278

5.12 Inconfundível em ser atencioso com os atenciosos................... 279 5.13 Privativo de maior dos sofredores com destruição da

humanidade................................................................................ 279

.514 Distintivo de ficar contente quando alguém se entrega a verdadeira dedicação.................................................................

280

5.15 Próprio de enfraquecer a vitalidade humana através de remédios.....................................................................................

280

5.16 Representativo de indicar medicina correta e mostrar que não se devem tomar remédios..........................................................

280

65

5.17 Individualidade de revelar e levar ao conhecimento................. 281 5.18 Personalidade de abrir caminho para os de soonem forte......... 283 5.19 Típico de passar qualificação divina aos que não se deixa

vencer pela perversidade........................................................... 285

5.20 Exclusivo de ser único com autoridade para censurar os homens.......................................................................................

285

5.21 Específico em punir as divindades, tirar vida humana e eliminar animal desnecessário...................................................

285

5.22 Faculdade de reger a Era do Dia................................................. 287 5.23 Peculiaridade de missão explicita.............................................. 287 5.24 Característico de desconsentimento manifesto......................... 293

6. Métodos..........................................................................

297

6.1 Ateísmo....................................................................................... 297 6.2 Transição nos mundos................................................................ 297 6.3 Coisa útil da cultura noturna...................................................... 298 6.4 Mensageiro................................................................................. 298 6.5 Religião....................................................................................... 299 6.6 Divisão da Igreja.......................................................................... 301 6.7 Situação equivocada................................................................... 303 6.8 Ensinamento............................................................................... 304 6.9 Doença........................................................................................ 306 6.10 Auto-recuperação....................................................................... 308 6.11 Johrei.......................................................................................... 308 6.12 Agricultura Natural..................................................................... 310 6.13 Solo Sagrado............................................................................... 311 6.14 Altar............................................................................................ 313 6.15 Oração........................................................................................ 314 6.16 Gratidão...................................................................................... 315 6.17 Difusão mundial.......................................................................... 317 6.18 Modelo....................................................................................... 318 6.19 Espírito Primordial e Yukon........................................................ 318 6.20 Mal.............................................................................................. 322 6.21 Espírito Guardião........................................................................ 325 6.22 Pessoa........................................................................................ 325 6.23 Transe......................................................................................... 327 6.24 Reencarnação............................................................................. 327 6.25 Fé inabalável............................................................................... 328 6.26 Milagre........................................................................................ 329 6.27 Aprimoramento.......................................................................... 333 6.28 Altruísmo.................................................................................... 333

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6.29 Desapego.................................................................................... 339 6.30 Makoto....................................................................................... 336 6.31 Ponto vital.................................................................................. 337 6.32 Antepassado............................................................................... 338

7. Leis.................................................................................

341

7.1 Impõe regras regedoras de todos os processos, mutações, situações e conhecimentos........................................................

341

7.2 Invioláveis e imutáveis até pelo Criador.................................... 341 7.3 Removedoras de impurezas...................................................... 342 7.4 Necessárias para se viver construtivamente............................. 344 7.5 Indicativas de liberdade mental e boa vontade como

elementos essenciais ao progresso............................................ 344

7.6 Obedecidas trazem recompensas.............................................. 345 7.7 Compreendidas onde se está infringindo-as, por meio do

Johrei e ensinamentos.............................................................. 346

7.8 Lei do Espírito Precede a Matéria.............................................. 347 7.9 Lei de Identidade Espírito e Matéria.......................................... 352 7.10 Lei de Causa e Efeito.................................................................. 354 7.11 Lei da Ordem.............................................................................. 359 7.12 Lei da Purificação....................................................................... 378 7.13 Lei da Inversão........................................................................... 388 7.14 Lei da Grande Natureza.............................................................. 388

Síntese ..................................................................................................... 395

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1. MANIFESTAÇÃO Meishu-Sama ensina que: “O Supremo Deus não tem um corpo, mas tem os deuses de sua expressão [personificação]. Nada, nos assuntos de Deus [DEUS], pode ser pensado de forma definida. Tudo é flexível e desimpedido.” [como exige sinceridade e emprega o método da situação equivocada]. “Por isso, é um Deus [DEUS] encarnado. Pode-se pensar assim. Há casos em que Deus [DEUS] encosta, mas isso não tem continuidade, e ao terminar o que era necessário, Ele vai embora. E por isso é diferente do caso em que Ele [DEUS] nasceu de verdade.” Assim, manifestação quer dizer personificação, uma palavra com dois significados: expressão (representação, revelação, exteriorização) e encarnação (materialização, incorporação, personalização). Por exemplo, DEUS Miroku Oomikami se exterioriza por meio do seu representante o Deus Kakuryo-no-Kami, enquanto o Deus Amaterassu Oomikami se personaliza ao ter surgido uma vez neste mundo com um corpo humano, carnal. 1.1. Supremo Deus, Miroku Oomikami, Ookunitokotati, Jeová, Pai do Céu, Alá e etc. Na última Era do Dia, houve materialização de Supremo Deus, Miroku Oomikami e Ookunitokotati-no-Mikoto através de Kunitokotati-no-Mikoto, já na última Era da Noite houve representação com encobrimento, ocultação, como Izunome-no-Kami [não como Izunome-no-Mikoto]. Meishu-Sama instrui sobre outros exemplos de ocultação, como as manchas solares e o ponto central da circunferência da Cultura espiritualizada:

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“Era mundo da noite, por isso o Supremo Deus estava oculto. Isto é, o Deus [DEUS] da Linhagem do fogo (Sol) estava escondido.” Ele explicita o que se quer dizer com fogo e Sol: “A cada dia, a cada mês, no Mundo Espiritual, está ocorrendo transformações. Isto é realmente, muito interessante. Só posso falar sobre a parte fundamental que são as manchas solares e a origem do Poder. As manchas solares são o centro do poder que domina o universo. É dali que surge o poder. E o ponto central (●) são as manchas solares. Isso é fantástico. (...). Os cientistas também estão pesquisando as manchas solares desde antigamente, mas por estar longe demais certamente não compreenderão. Certa vez, vi pelo telescópio do Museu Científico a existência de várias manchas, grandes e pequenas. A união dessas manchas forma o ponto central (●), por mais que pensem os cientistas certamente não conseguirão entender o que são as manchas. A Era do Dia significa a ocorrência de transformações das manchas. O calor do Sol é uma energia emanada das manchas solares. O poder do fogo é muito maior nas manchas que estão em outras partes do Sol; é algo realmente misterioso. E o representante [representado] das manchas é o Supremo Deus. (...) Só que, em breve as pessoas começaram a ter o desejo de entender Deus [DEUS], a todo custo, e, quando isto ocorrer não haverá problema algum.” “Por isso como eu estou escrevendo agora - sobre a Cultura do (●) até agora só existia a circunferência. Mas o ponto do centro é a origem. No mundo de até agora, não era manifestado o Poder do Senhor [DEUS]. Isto é, o Supremo Deus que em termos humanos é o pai - não havia surgido. Somente os gerentes. Por isso, “Deus” de até agora, eram gerentes de Deus [DEUS]. Tanto o Jesus como o

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Sakyamuni eram gerentes [ou seja, deuses, antes de serem Cristo ou Buda, ou Deuses, quando Cristo e Buda, mas não DEUS]. Jesus dizia: “Pai do Céu; e Pai do Céu significa Supremo Deus. Portanto, o importante centro estava totalmente escondido. Só se via a circunferência e só podia se ver até esse ponto. Mas a Igreja Messiânica possui o Poder do Supremo Deus. Trata-se do ponto do centro.” Houve outras revelações como Zeus, Marduque, Rá, Olorum, Guaraci, bem como pode ser acrescida de outras como Jeová, Tao, Buda e Alá. “A busca será sempre [envolvendo] o Supremo Deus seja Ele [DEUS] denominado Jeová, Tao, Buda ou Alá. À vista, no decurso dos tempos, Deus [DEUS] enviou para cada povo ou doutrina religiosa representante especial: Cristo [Jesus], [Buda] Gautama, Maomé e outros sábios iluminados. Cada um deles possuía um grau específico de espiritualidade. A essência de todos os ensinamentos difundidos por esses mestres, entretanto, é sempre a mesma.” “Por esse motivo, o que os fundadores das religiões vieram fazendo, até hoje, era completamente diferente, e por isso, mesmo o Jesus Cristo adotou a forma de fazer pedidos ao Pai do Céu, isto é a Jeová, ao Zeus, a Deus [DEUS] etc.” Assim, se pode dizer que Jesus, Sakyamuni [príncipe Sidharta Gautama] e Maomé são manifestações físicas representantes de Jeová/Pai do Céu, Buda e Alá, respectivamente. Estes por sua vez, são manifestações não físicas que expressam DEUS (Jeová/Pai do Céu e Alá) e Deus (Buda). 1.2. Kannon (oriundo de Kunitokotati). Kannon, em termos resumidos, é a denominação de uma divindade com 33 formas [nesse sentido semelhante a Nossa Senhora só que], tanto masculina quanto feminina, que, ao observar todas as leis regentes do Universo, salva livremente os

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povos. Dessa forma, então, ao se dizer seu nome, vem imediatamente em socorro daquele que o pronunciou e, dependendo do pedido de auxílio que lhe foi solicitado, manifesta-se sob diferentes formas. Foi reverenciado desde os mais remotos tempos, especialmente no Oriente, e sempre se mostra pronto a responder, de imediato, às necessidades do ser humano, a qualquer tempo, em qualquer parte do mundo. Oriundo da Índia, em sâncristo era chamado de Avalokiteswara, traduzido na China por Kanzeon, e no Japão, talvez pela semelhança como algo se tirando as letras “e” e “z”, tem-se simplesmente a palavra Kannon [agora se pode entender porque foi dito que Kanzeon-Bossatsu, a grosso modo, uma personificação de Kannon, pois Kanzeon = Kannon]. Uma de suas denominações é Senju Sengan Kannon que é uma das formas de manifestação Kannon de Mil Braços (Senju) e de Mil Olhos (Sengan). Para ampliar o conhecimento sobre as origens de Kannon se vai até o Japão das sete épocas (gerações) dos Deuses do Céu e cinco épocas (gerações) dos Deuses da Terra, em termos do xintoísmo, da linhagem de Amatsu (céu = Plano Superior do Mundo Espiritual) e linhagem de Kunitsu (país = Plano Intermediário do Mundo Espiritual que corresponde ao Mundo Material). Nessa época em que o povo japonês pertencia à linhagem do céu, Kunitokotati-no-Mikoto era cultuado como o Deus ancestral da humanidade e governante da Terra (Kunitokotati-no-Mikoto = Deus do Mundo Espiritual). Ele era a incorporação do DEUS Ookunitokotati-no-Mikoto, ou melhor, a primeira materialização de Deus [DEUS] no mundo. Assim, considera-se que o início das coisas se deu na Era dos Deuses, mas não foi uma época tão remota assim, um pouco antes de 1069 a.C., na fase final da última Era do Dia, praticamente quando o Xintoísmo começou a se formar. Meishu-Sama ensina: “A propósito da véspera do início da primavera no antigo calendário do Japão, consta que antigamente o mundo era

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governado por um deus chamado Kunitokotati-no-Mikoto. Como se trata de um tempo muito antigo, embora se fale mundo, não sabe se era realmente o mundo todo ou não, mas com certeza, um grande território centralizado no Japão, esse deus governava uma vasta área. Também se fala em deuses, mas na verdade tratava-se de homens, que, na época, eram espiritualmente muito elevados. Kunitokotati-no-Mikoto era muito severo no sentido de muito justo e poderoso por só permitir realizar aquilo que era extremamente correto, sempre foi temido pelas entidades negativas. Dizem que numerosos deuses não suportando mais tamanha rigorosidade entraram em acordo e resolveram aprisioná-lo na noite da véspera do início de uma primavera, achando que só assim teriam sossego. Quem o aprisionou foi o líder dos deuses, o deus Amanowakahiko-no-Kami [um deus não condescendente, com caráter de ir contra tudo, uma incorporação de Satanás]. Num local situado na direção do nordeste, para que não mais aparecesse no mundo. Pelo fato de ter sido aprisionado no nordeste, ele passou a ser chamado deus Dourado do Ushitora (nordeste). E chamavam essa direção de Kimon (Portão do Diabo), e o desgraçavam e odiavam. Se o ser humano faz coisas erradas, acaba não gostando de divindades corretas como ele e por isso as coisas ficam assim. Então, faziam diversas coisas dizendo que é para afastar o Kimon. Na noite do Setsubun, comemorado em 03 de fevereiro, pela convenção milenar é a véspera do início da Primavera, vários templos xintoístas e budistas jogam feijão de soja torrado dizendo “se o feijão der flores, poderás sair, caso contrário, ficarás preso para sempre” ou “que a fortuna fique dentro e o demônio fora.” ou ainda “felicidade para dentro, diabo para fora”. Essa cerimônia tem como objetivo evitar os infortúnios provocados pelos espíritos malignos. Entretanto, tal pensamento está incorreto. “A entidade considerada demônio é, de fato, a grandiosa e importantíssima divindade chamada Kunitokotati-no-Mikoto.”

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“Interlocutor: Ouvi dizer que a figura original de Kannon é Kunitokotati-no-Mikoto e gostaria que nos ensinasse sobre essa relação entre eles. Meishu-Sama: Kunitokotati-no-Mikoto é um Deus muito rigoroso e justo [na essência é DEUS, porém ao nível de Deus do Mundo Espiritual], não permite nenhuma falha, e há muito tempo nasceu sob forma humana e depois da morte se tornou Enma Daio [Deus do Mundo Astral]. Enma Daio rege as punições, é bastante severo e salva os que se transformaram em espírito, retirando-lhes as impurezas. É assim que ele salva o inferno, sabe? E no mundo búdico [quando veio o budismo] ele surgiu como Kannon.” [Miroku Oomikami = Ookunitokotati-no-Mikoto se materializa em Kunitokotati-no-Mikoto = Deus do Mundo Espiritual, que após sua morte é representado em Enma Daio [Deus do Mundo Astral], mais tarde é personalizado como o encoberto Kannon Izunome-no-Kami, o oculto Deus no mundo búdico]. Assim, se pode entender que “O Poder Kannon tem origem no Poder de Kunitokotati-no-Mikoto [Poder de DEUS].” e “Kannon é o Deus Izunome, é a personificação do Deus [DEUS] Miroku ([DEUS] Miroku Oomikami).” Uma vez um Ministro da Messiânica perguntou a Meishu-Sama “a relação entre Kunitokotati [visto como 10], Kannon-Sama [Izunome, visto como 8]] e ele (Meishu-Sama) [visto como 18]”. O que ele respondeu: “Na verdade, não existe. Os três são iguais. Dependendo do cenário, muda apenas o papel do executor, de um modo semelhante ao que acontece com os atores. Conforme a circunstancia, podem representar o vilão, o bom, o homem, a mulher, ou qualquer outra personagem. Só que no caso de Deus, é um mal para o bem. Eu também sou bastante odiado. Pelos farmacêuticos, médicos, sou odiado porque os contradigo. Comparando-me a um malvado sou um super-malvado.” DEUS Ookunitokotati-no-Mikoto com o papel de Kunitokotati-no-Mikoto só irá entrar em cena no Mundo

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Material cerca de três mil anos depois; já com o papel de Kannon [mais precisamente Kanjizai-Bossatsu] foi apenas cerca de quinhentos anos depois do aprisionamento, nos inícios da Era da Noite. No entanto, entre Kunitokotati-no-Mikoto e Kannon se teve Izunome-no-Kami que não consta nem mesmo no Kojiki. Meishu-Sama afirma que “Para salvar é preciso o Deus da Lua e o Deus do Sol juntos. A luz surge da perfeita união do Sol e da Lua. Tanto o Sol como a Lua possuem luz, mas o verdadeiro poder da luz só surge com a perfeita união de ambas.” [Deus do Sol Espiritual < Deus do Sol Espiritual x Deus da Lua Espiritual < Deus do Sol Espiritual x Deus da Lua Espiritual x Deus da Terra Espiritual, portanto, Deus da Luz Solar < Deus da Luz Espiritual < Deus da Luz Divina, daí, Luz Solar < Luz Espiritual < Luz Divina, donde, Fogo < Fogo x Água < Fogo x Água x Terra. Valendo que Terra < Fogo x Água, se tem “deus da Luz Material” < Deus da Luz Espiritual < DEUS da Luz Divina, daí, Luz Material < Luz Espiritual < Luz Divina]. Com estes três últimos parágrafos se pode compreender melhor a resposta de Meishu-Sama de que Izunome-no-Kami seria descendente de Kunitokotati-no-Mikoto e que em termos de posição [até 01/05/1951] Izunome-no-Kami seria superior a Kunitokotati-no-Mikoti. De fato, Kunitokotati-no-Mikoto é personalizado como Izunome-no-Kami, bem como Izunome-no-Kami = Kannon-Sama = Deus da Luz Espiritual = Deus do Sol Espiritual x Deus da Lua Espiritual é superior a Kunitokotati-no-Mikoto = Kami-Sama (apenas visto como um deus restrito ao xintoísmo japonês, um deus do Mundo Material ou no máximo o Deus do Sol Espiritual = Amaterassu Oomikami). Depois de 01/05/1951, Kunitokotati-no-Mikoto = Deus do Sol Espiritual x Deus da Lua Espiritual x Deus da Terra Espiritual passa a ter um poder de luz de maior atuação do que o de Izunome-no-Kami = Deus do Sol Espiritual x Deus da Lua Espiritual. Assim, Terra < Água < Fogo < Fogo x Água < Fogo x Água x Terra.

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Existem casos em que os [respeitosos e subordinados do Supremo Deus, ou seja, os] súditos de Deus [DEUS] da linhagem direta ou colateral ou de linhagens próximas se fazem presente fisicamente no planeta Terra. Nestes casos não são DEUS e nem a sua manifestação logo abaixo, Takamimushi-no-Kami ou no-Mikoto, o D+, da linhagem espiritual, e nem o da distante, Kamumimushi-no-Kami ou no-Mikoto, o D-, da linhagem material. Mas sim da linhagem dos deuses Izanagui-no-Mikoto e Amaterassu Oomikami, que já apareceram uma vez neste mundo com um corpo humano e por isso foram sagrados dividindo as unhas e cabelos. A mitologia japonesa reparada através da iluminação de Meishu-Sama é a seguinte: “No Japão, conta-se a história de Izanagui-no-Mikoto e de Izanami-no-Mikoto. Estes dois deuses, de cima da ponte flutuante dos Céus, empunhando uma espada, mexeram algo semelhante a espuma, e daí surgiram as ilhas e os continentes. Essa deve ter sido a causa do Dilúvio. De acordo com a tese xintoísta, houve ação da maré alta e da maré baixa. A maré baixa é o recuo das águas, e Izanagui-no-Mikoto encarregou-se disso. O nascimento das ilhas e das nações significa que se jogou fora a água do Dilúvio, fazendo emergir aquilo que estava submerso. Penso que essa ocorrência corresponde à época do Dilúvio.” “Havia cinco irmãos, de sexo masculino e feminino, nascidos dos deuses lzanagui-no-Mikoto e Izanami-no-Mikoto. O primogênito chamava-se Izunome-Tenno; o segundo filho, Amaterassu-Tenno; o terceiro filho, Kan-Sussanao-no-Mikoto [ou simplesmente, Sussanao-no-Mikoto]; a primogenita Wakahimeguimi-no-Mikoto [também chamado de Tsukuyomi-no-Mikoto], e a segunda filha Hatsuwakahime-no-Mikoto. O deus lzanagui-no-Mikoto fez, primeiro, Izunome-no-Mikoto (lzunome-Tenno) governar o Japão. Depois, deu essa incumbência ao imperador Amaterassu-Tenno e, a seguir, à esposa deste, a imperatriz Amaterassu-Koogoo. Sussanao-no-Mikoto, desde o inicio, foi incumbido de governar a Coréia.”

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Assim há três mil anos, o deus Izunome-no-Kami [escondido, o DEUS Izunome-no-Ookami], pertinente à raça Yamato, da linhagem do Sol, era a mais alta posição no Japão, conhecido por Izunome-no-Mikoto [Izunome um deus que interage com o povo e com o qual o povo se sente mais próximo] ou Izunome-Tenno [divino soberano imperador Izunome]. O mencionado por Meishu-Sama se refere à relevância deste deus: “A oração Amatsu-Norito remonta a uma época anterior à de Jimmu, o primeiro imperador do Japão. Foi escrita por um “deus” da linhagem de Amaterassu Oomikami, adorado pelo clã Yamato.” Assim, Izunome foi um deus imperador da raça Yamato adorado por ela que escreveu a Amatsu Norito. “Nessa época, vieram os deuses da Coréia, chefiados por Sussanao-no-Mikoto. O fato de Sussanao não ser chamado de Tenno, talvez tenha haver com o que conta a mitologia japonesa dele ter se revoltado contra o pai Izanagui, considerando o seu poder inferior aos de suas irmãs Amaterassu-Koogoo (a rigor, esposa do irmão) e Wakahimeguimi-no-Mikoto (Tsukuyomi-no-Mikoto). Sussanao veio para se apossar da posição de Izunome-Tenno. Este ao ver seu país invadido, mas não desejando dar início a uma guerra, e percebendo o risco de vida que corria, abandonou, apressadamente, seu trono, e, disfarçado, conseguiu escapar secretamente do Japão e fugir para a Índia, via China.” A razão da fuga de Izunome é explicada por Meishu-Sama: "O povo Yamato era uma etnia relativamente nova e extremamente pacifista, que jamais guerreava. Por isso, foi conquistado a milhares de anos através do poder militar. Nesta linhagem espiritual, são muito raros, desde antigamente, os que se tornam militares, generais, e mesmo que os houvesse, todos apreciavam a arte. Este povo é superior na arte, havendo muitos deles entre os artistas famosos. A Imperatriz Koomyo (1633-1654), o Imperador Ojin (270-310), o samurai lendário Yoshitsune (1159–1189), o Príncipe Shotoku (574-622), Korin

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Ogata (1658-1716), o Bonzo Saigyo (1118-1190) e demais artistas famosos eram todos da linhagem espiritual do povo Yamato. O povo japonês tem no futuro a missão de alegrar o mundo através da cultura pacífica. Por isso, foi obrigado por Deus [DEUS] a cessar, de uma vez por todas, as guerras. Até agora ele foi um povo arruaceiro e se dedicou exclusivamente em aumentar o seu território através de lutas.” “Interlocutor: Será que existe relação entre a Imperatriz Koomyo, o Príncipe Shotoku e Kannon?" Meishu-Sama: Muita [pois, a imperatriz e o príncipe são encarnações de Kannon]. A Imperatriz Koomyo era encarnação de Kannon [uma das 33 formas que não Kannon de Mil Braços] e o Príncipe Shotoku era encarnação de Senju Kannon [Kannon de Mil Braços]. Senju Kannon é uma parte do Grande Mestre [isso porque Meishu-Sama foi o Príncipe Shotoku, e também encarnação de Kannon de Mil Braços]. [Meishu-Sama foi encarnação de Koomyo-Nyorai, bem como se supõe ter sido também da Imperatriz Koomyo e do pintor Korin Ogata ou Ogata Korin]. O Príncipe teve grande atuação no aspecto da arte, política e legislação, mas no aspecto da salvação, sua atuação foi pequena. Ele não foi um grande homem religioso. Mesmo agora existem pessoas que o adoram, como as da associação chamada Taishi-kai, mas não há quem o reverencie como deus.” A Era dos Samurais foi a era em que o Japão foi governado pela força militar. Os samurais são descendentes do deus Sussanao-o-no-Mikoto. Este deus foi deposto pelo Imperador Jimmu, que foi o primeiro imperador do Japão, na época do deus Ookuninushi-no-Mikoto (filho do deus Sussanao-o-no-Mikoto). Segundo a tradição japonesa, o Imperador Jimmu é um descendente da deusa Amaterassu Oomikami. Só que ele não é da linhagem direta da deusa Amaterassu Oomikami, mas mesmo assim o tratam como um descendente. Na verdade, o descendente [ascendente] direto dela foi confinado em algum lugar, e o indireto [o bisneto descendente dela] acabou se

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tornando o Imperador Jimmu, que é da linhagem do Sol [mas, chinesa e não japonesa] ao passo que o deus Sussano-o-no-Mikoto é da linhagem da Lua. Assim, decidido a derrotar a linhagem do Sol, os descendentes da linhagem da Lua começaram as brigas, dando origem às guerras internas do Japão, terminando com o Shogun Ieyassu Tokugawa, que era um descendente direto do deus Sussanao-o-no-Mikoto. Assim, foi preciso, mais uma vez, os descendentes da linhagem do Sol retomarem ao poder, e isso aconteceu com a chegada da Era Meiji, com a restauração da Monarquia. E o mais importante e grande colaborador para isso foram os Estados Unidos. Graças aos Estados Unidos, o Japão teve que abrir as suas portas para o Mundo, saindo do estado de isolamento nacional, derrubando assim a dinastia do Shogun Tokugawa. Foi dessa maneira que novamente o poder de governo passou para as mãos do Imperador descendente da linhagem do Sol. Há mais de 2.600 anos atrás, na época do nascimento do Buda, Izunome-Tenno, em forma de Kanjizai-Bossatsu [reencarnação de Izunome-Tenno ou o próprio devido à longevidade de oriundos da Era do Dia ou mais próximos desta] instalou-se no Monte Hodaraka na Índia [em sâncristo Kanjizai era chamado de Avalokiteswara]. Encerrando sua providência na Índia, pretendia voltar ao Japão, chegou até o sul da China, onde faleceu. Neste país foi modificado para Kanzeon, e no Japão, por Kannon. A razão pela qual Izunome-no-Kami se tornou Kanzeon-Bossatsu [“O deus Kanzeon-Bossatsu é, originariamente, deus Izunome-no-Kami.”] foi, sem dúvida, a violência e a pressão do deus Sussanao-no-Mikoto. Porém, o motivo do nome se deve a seguinte história: “Sussanao-no-Mikoto, desde o inicio, foi incumbido de governar a Coréia. Destinaram-lhe como esposa, naturalmente, uma princesa coreana [chamada Kushinada]. Os irmãos dele começaram a chamá-la de Otooto-Hime (Princesa do Irmão Mais

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Novo). Abreviando ainda mais, passaram a chamá-la de Oto-Hime (Princesa do Som). Desde que seu marido saiu numa viagem sem destino, Otooto-Hime teve, naturalmente, uma vida solitária. Nessa época um jovem chamado Tarô, nascido no Japão, na região de Shinshu, que gostava muito de pescar, sempre ia para o alto-mar, saindo da praia situada nas imediações de Hokuriku. Certo dia, ele defrontou-se com uma grande tempestade e, com muito esforço, conseguiu se salvar, chegando a uma praia da Coréia. Neste país, os japoneses eram alvo da curiosidade de todos. Por esse motivo, é lógico que Oto-Hime não podia deixar de convidá-lo para ir ao seu palácio, onde a entrada de homens era vedada. Talvez por não suportar a solidão, Oto-Hime, que na época era como se fosse rainha, quando se encontrou com Tarô apaixonou-se à primeira vista por ele ser muito bonito. Não conseguindo resistir, arranjou um pretexto para que o jovem pudesse permanecer no palácio. Sua paixão por Tarô foi se tornando cada ver mais ardente e, assim, ela ficava junto dele dia e noite. Um dia o povo tomou conhecimento disso. Como as críticas foram aumentando, a princesa viu-se forçada a romper o romance. Enchendo uma caixa com maravilhosos tesouros, Oto-Hime deu-a de presente a Tarô e providenciou para que ele retornasse ao seu país. Quando Oto-Hime era como se fosse a rainha da Coréia, tanto o Japão como a China foram dominados por esse país, e pode-se dizer que até a parte leste da Índia estava sob influência coreana. Naturalmente, isso aconteceu porque Sussanao-no-Mikoto, durante certo tempo, teve um poder grandioso, que se expressa pela frase "capaz de derrubar até mesmo uma ave voando". Além do mais, a deusa Oto-Hime era uma mulher de personalidade forte, que suplantava até mesmo os homens. Justamente na época em que encerrara sua Providência na índia e pretendia voltar ao Japão, Kanjizai-Bossatsu chegou até o sul da China. Sabendo que no Japão ainda pairava uma

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atmosfera de perigo, resolveu ficar naquela região por algum tempo. Ficou contemplando o mundo de Oto-Hime, razão pela qual denominou-se Kanzeon. Pois, lendo-se de trás para a frente, o termo Kanzeon significa "contemplar o mundo de Oto-Hime". Quando Kanzeon propagou os seus ensinamentos aos povos do sul da China, como era a atuação de um Bossatsu de elevada virtude, os povos vizinhos, sentindo uma espécie de amor filial por ele, procuravam-no e reuniam-se à sua volta. Desde então, a Fé Kannon finalmente se estendeu por toda a China. Entretanto, com idade avançada e tendo concluído sua Providência, Kanzeon acabou falecendo naquele país. O fato de, ainda hoje, toda a China, isto é, a Manchúria, a Mongólia e até a região do Tibete terem uma fé inabalável em Kannon, encerra um profundo significado. É lamentável não ter restado no sul da China nenhum vestígio da passagem de Kannon. A razão disso é que aquela região foi assolada pela guerra várias vezes, o que, inevitavelmente, fez desaparecerem esses vestígios.” Mas, como ficou o Trono do Imperador depois da partida do Deus Izunome-no-Kami, ou seja, após o abandono deste como Deus do Sol? Diante da vacância do poder, o imperador Amaterassu-Tenno, irmão mais novo de lzunome-no-Kami, um deus do Sol pertencente a raça Yamato, seria o ocupante natural. Só que sem qualquer motivo, ele veio a falecer repentinamente. Assim, sem outra alternativa, sua esposa, a imperatriz Amaterassu-Koogoo, foi indicada para ocupar o trono. É por esse motivo que, ainda hoje, o deus Amaterassu apesar de ser deus do Sol, é venerado como deusa. Por tal razão também é conhecido por Tensho Kotaijin porque Tensho (quer dizer Amaterassu como divindade feminina, e Kotaijin, como masculina). Ousando se vai dizer que Amaterassu Oomikami ou Tensho Kotaijin é o deus do Sol Espiritual, algo semelhante à diferença entre os deuses egípcios Amon-Rá e Aton, onde Amon-Rá (Amon = espírito do Sol, e Rá = grande deus único, donde, o deus do Sol Espiritual do monoteísmo egípcio) e Aton (o deus do Sol Físico, também do monoteísmo egípcio).

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“Amaterassu Oomikami, no Japão, é considerado o Deus mais elevado, mas não é o Supremo Deus [DEUS]. É o Deus do Sol [Espiritual]. [pois,] O Universo não é constituído apenas pelo Sol. Existe a Lua, a Terra, e o Supremo Deus controla tudo.” [Supremo Deus é o irmão mais velho de Amaterassu Oomikami, ou seja, Izunome-no-Kami, isto é, Izunome-no-Ookami. No entanto, sem muito rigor, vêem Amaterassu Oomikami como Izunome-no-Kami e assim como DEUS].” Porém, Meishu-Sama deixa bem claro em 18/05/1948: “Antigamente não podia falar sobre o Izunome no Ookami. Portanto, não havia uma clara referência. Tensho Kotaijin é Deus do Sol [Deus Tensho Kotaijin = Deus do Sol Espiritual, assim Tensho Kotaijin = Sol Espiritual = Fogo] e a sua posição é superior [por ser Fogo > Água > Terra], mas a sua atuação é limitada [Por ser Fogo < Fogo x Água < Fogo x Água x Terra]. Izunome-no-Ookami [Izunome-no-Kami] é Fogo e Água [Fogo x Água = Sol Espiritual x Lua Espiritual] e, no mundo búdico ele é Kannon [Kannon de Mil Braços]. Somando-se [produzindo-se] nele a atuação da Terra transforma-se em Miroku [Miroku Kannon = Fogo x Água x Terra = Sol Espiritual x Lua Espiritual x Terra Espiritual]. Tensho Kotaijin é o primeiro Poder. Izunome-no-Ookami [Izunome-no-Kami] é o segundo e Miroku Oomikami [como Miroku Kannon] é o terceiro, pela formação da trilogia torna-se completo.” Assim, a ordem de poder de atuação de Luz é Amaterassu Oomikami < Izunome-no-Kami < Miroku Kannon, isto é, Luz Solar Espiritual (= Fogo) < Luz Espiritual (= Fogo x Água) < Luz Divina (= Fogo x Água x Terra). Fazendo-se uma analogia com sistema ortográfico especial no sentido das diferenças entre três grafias DEUS, Deus e deus com UNIVERSO, Universo e universo se pode dizer que: UNIVERSO = Mundo Divino; Universo pode ser desde a parte do Mundo Divino designada por Mundo da Luz Divina (= Mundo do Fogo x Água x Terra), passando pelo Mundo Espiritual, indo até o Mundo Astral, mundo búdico; universo pode ser desde a parte

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do Mundo Espiritual designada por Mundo da Luz Espiritual (= Mundo do Fogo x Água) até o Mundo Material ou qualquer parte deste. Dito isto, se pode sintetizar os últimos parágrafos do seguinte modo: deus do universo < Deus do universo < Deus do Universo < DEUS do Universo < DEUS do UNIVERSO. [Trono do Imperador depois da partida do Deus Izunome-no-Kami] Sussanao-no-Mikoto, após a morte de sua mãe Izanami-no-Mikoto, ambicionando usurpar o poder e governar o Japão, pela sua excessiva precipitação, não escolheu os meios para alcançar seu objetivo e implantou uma política de força. Em conseqüência, o povo ficou numa situação caótica, chegando a uma condição de total ingovernabilidade. Isso desagradou ao seu pai o deus Izanagui-no-Mikoto, e a repreensão que este lhe deu foi inevitável. O comportamento de Sussanao-no-Mikoto deveu-se igualmente ao fato de ser ele um deus de linhagem coreana. Como, posteriormente, ele não se arrependeu, continuando com o mesmo comportamento, sem alternativa, foi decidido que seria expulso do Japão. No "Koji-ki" (Registros de histórias antigas do Japão), consta o seguinte: “Devido ao seu mau comportamento e a sua desastrosa administração, o deus Sussanao-no-Mikoto foi repreendido pelo deus lzanagui-no-Mikoto e mandado para o Mundo Espiritual. Como sua mãe, a deusa lzanami-no-Mikoto, encontrava-se lá, ele planejou ficar com ela, em reclusão, até ser perdoado. Antes de partir para o Mundo Espiritual, foi ao Céu [do Mundo Material], despedir-se de sua irmã mais velha [da sua cunhada], a deusa Amaterassu Oomikami. Sobre isso, o "Koji-ki" registra: "O deus Sussanao-no-Mikoto, fazendo estremecer as montanhas e rios, tentou subir ao Céu. Ao saber disso, a deusa Amaterassu Oomikami ficou deveras assustada, desconfiando que seu irmão [cunhado] mais novo vinha para atacá-la. Quando ele chegou ao Céu e se encontrou com a irmã [cunhada], sentiu algo de anormal no comportamento dela. Disse-lhe, então: "Parece que você, minha irmã [cunhada], está suspeitando de

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mim, mas não tenho nenhum pensamento vil. Sou inocente, e vou lhe apresentar uma prova." Assim dizendo, Sussanao-no-Mikoto desembainhou a espada e mergulhou-a na água do poço Manai. Nesse momento, nasceram três deusas: Itikishima-Hime-no-Mikoto, Okitsu-Hime-no-Mikoto e Taguiri-Hime-no-Mikoto. Amaterassu Oomikami retrucou: "Eu também vou lhe mostrar a pureza do meu sentimento. “Dizendo isso tirou o colar pendurado ao peito, sacudiu-o igualmente na água. Aí nasceram cinco deuses masculinos: Ameno-Oshihomimi-no-Mikoto, Ameno-Hohi-no-Mikoto, Amatsu-Hikone-no-Mikoto, Ikutsu-Hikone-no-Mikoto e Kumano-Kussubi-no-Mikoto." Naturalmente, isso é uma metáfora. Na realidade, Sussanao-no-Mikoto chamou suas três filhas, e Amaterassu Oomikami, seus cinco vassalos. Os dois, tendo cinco homens e três mulheres como testemunhas, tentaram firmar um compromisso. Esse compromisso tinha como ponto de referência o lago Biwa-ko situada em Oomi, na atual Província de Shiga-ken, também denominado lago Shiga-no-ko ou, como referido acima, Ama-no-Manai. A parte leste ficaria sob o domínio da deusa Amaterassu Oomikami, e a parte oeste, sob o domínio do deus Sussanao-no-Mikoto. [Buda e Kannon no leste e Cristo no oeste]. Foi firmado assim, o compromisso que, nos termos atuais, seria um tratado de paz. Esse compromisso é conhecido pelo nome de Compromisso de Yassuga-hara. Ainda hoje existe uma vila chamada Yassuga-hara à margem direita do lago Biwa-ko o que leva a crer que o compromisso foi firmado nesse local. Durante um curto período, houve momentos de tranqüilidade. Contudo, o deus Sussanao-no-Mikoto, como sempre, não conseguia manter-se em reclusão, e por esse motivo teve sua expulsão consumada. De acordo com o Kojiki, Sussanao-no-Mikoto, que é pai de Ookuninushi-no-Mikoto, desceu a montanha Soshimori, da Coréia, sendo, portanto, uma divindade coreana. Ele, também, matou a enorme cobra Yamatano Orochi, no alto (próximo à

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nascente) do rio Hi, localizado no Izumo, e salvou a princesa Kushinada, tendo-a recebido depois como esposa e construído para ela um grande palácio chamado Suga, onde hoje está o Templo do Izumo. Consta, também, na mitologia, que, ao entrar pela primeira vez nesse palácio, Sussanao sentiu o frescor do ambiente e achou-o muito agradável; por isso, denominou-o Suganomiya. O casal viveu aí um intenso amor num clima de muita harmonia. Tamanha felicidade levou Sussanao a fazer, em homenagem à sua esposa, um poema seguindo a estrutura silábica (5-7/ 5-7 / 7), cujo conteúdo vem a seguir: “Surgiram nuvens Formando uma cerca de oito voltas. Oito voltas de nuvens cercam o palácio real.” Esse poema marca o início das composições com 31 sílabas que vão dar origem ao Waka (estilo de poema tipicamente japonês), tendo sido, então, Sussanao-no-Mikoto o primeiro compositor nesse estilo. Falando ainda sobre a origem de Sussanao-no-Mikoto, segundo o Kojiki, há três gerações identificadas com o mesmo nome: Kan Sussanao-no (pai), Haya-Susanoo-no (filho) e Takehaya-Sussanao-no (neto). Após essas gerações é que nasceu Ookuninushi-no-Mikoto. Grande importância tem, ainda, a correlação desses fatos com o ritual do Templo de Izumo, onde uma lamparina permanece ininterruptamente acesa, sendo sempre substituída antes que se apague. É uma cerimônia que já dura há mais de 2.000 anos. Essa simbologia remete, provavelmente, à não interrupção da linha sangüínea de Sussanao, até o dia em que possa recuperar o governo do Japão novamente. Quando a última Era do Dia termina [1069 a.C.] vem a Era da Noite, o xintoísmo em 982 a.C., a época dos deuses da Terra, o primeiro imperador Jimmu Tenno em 660 a.C., descendente de Amaterassu Oomikami. Porém, enquanto isso, ainda na Era do

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Dia, na Índia, o espírito de Wakahimeguimi-no-Mikoto (irmã de Sussanao e Izunome) estava encarnado em Zenzai Doji. 1.3. Buda (oriundo de Izunome) e Sakyamuni (de Wakahimeguimi). Naquela época, o deus Danjizai-tem-shin (Mahésvara) era o centro de veneração na Índia, assim como o deus Amaterassu Oomikami no Japão. Enfim não há erro em dizer que o bramanismo predominava na sociedade indiana. Os deuses do Japão [como os filhos de Izanagui e Izanami] foram para a índia e se personificaram em budas, o chefe desses budas personificados era o deus lzunome-no-Kami, que ao ter propagado uma doutrina que serviria de base para a fundação do Budismo, nesse sentido, foi ele quem fundou o budismo, e se tornou o buda mais oculto. Meishu-Sama: “Kannon fará uso do meu corpo para a grande obra de salvar a humanidade e que, há mais de 2.600 anos atrás, na época do nascimento do Buda, ele, em forma de Kanjizai-Bossatsu instalou-se no Monte Hodaraka na Índia, onde passou a viver pacificamente e apontou o caminho da salvação, esclareceu as relações de afinidades com Deus, sendo, estas, assuntos muito interessantes e, com a chegada do tempo oportuno quero esclarecê-los.” E isso foi feito como consta no sutra "Higue-kyoo": "Kanjizai-Bossatsu instalou-se no topo da Montanha Hodaraka e, sentando-se sobre as ervas macias desse local, acompanhado de vinte e oito discípulos, iniciou a sua pregação.” [mesmo número de discípulos que menos de três mil anos depois, Meishu-Sama seria acompanhado na subida ao Monte Nogokiri no dia 15/06/1931, seriam estes os mesmos?] Nessa ocasião quem estava lá era a Wakahimeguimi-no-Mikoto [irmã de Izunome-no-Kami], ou melhor, uma de suas reencarnações: o Zenzai-Dooji, mais tarde conhecido por Shaku-Son, Shaka-Muni-Nyorai, Príncipe herdeiro Shitta, Sidharta

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Gautama, Buda Sakyamuni, salvador do Mundo Material. [Meishu-Sama diz: “Por isso se fala que Sakyamuni é uma mulher transviada. E por isso é mulher.”] O jovem Shaku-Son (566/486 a.C.) que, na época, ainda era chamado de Zenzai-Dooji, emocionou-se ao ouvir aquele sermão magnífico de Kanjizai-Bossatsu e com isso mudou sua maneira de pensar. Renunciou à posição de príncipe herdeiro e tomou a importante decisão de se afastar do mundo profano que, naquele tempo estava na mais completa desordem. Imediatamente, penetrou no interior da montanha "Dantoku-zan" e sentou-se sobre uma pedra, debaixo de uma figueira. Assim, firmemente decidido, entrou em compenetrada concentração para, devotadamente, alcançar a Suprema Iluminação. Há várias versões sobre a duração desse aprimoramento espiritual, mas foram sete anos. Ao término desse período, ele deixou a montanha e empenhou-se, como Shaka-Muni-Nyorai, na divulgação do budismo. Portanto, não resta dúvida de que o verdadeiro fundador do budismo foi Izunome-no-Kami do Japão. Bem antes do século VI a.C., o bramanismo já havia alcançado o auge da prosperidade na India, que, até então era denominada País do Senhor da Lua. No bramanismo, não havia propriamente uma doutrina. Através de práticas ascéticas, procurava-se a Verdade do Universo. As pinturas a as esculturas de Rakan, que existem até hoje, mostram essas práticas. Como se pode observar nessas figuras, o praticante subia, por exemplo, numa árvore e, construindo algo parecido com um ninho de passarinho, ali permanecia sentado, em silêncio. Havia ainda, aqueles que colocavam uma espécie de torre em miniatura sobre a palma da mão, ficavam com o braço suspenso e imóvel por vários anos. Quase todos ficavam em posição de "zazen" (sentados, com pernas cruzadas, em meditação profunda) e com as palmas das mãos abertas e juntas à sua frente, na altura do peito. Hoje, as pessoas que vêem essas figuras acham estranhas. Mas existiam práticas ainda mais drásticas, em que a pessoa praticava o "zazen" sentada sobre

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uma tábua cheia de pregos. As pontas dos pregos perfuravam-lhe as nádegas, causando, hemorragia e dores incalculáveis. Suportar esses sofrimentos era um aprimoramento, o que, nos dias de hoje, é algo realmente inconcebível. Mesmo Daruma-Daishi (Bodhidharma) praticou o "zazen" por longos nove anos, voltado para a parede. Essa prática, por ter sido uma meditação constante, foi indubitavelmente extraordinária. Há uma estória interessante a respeito de Daruma-Daishi. Quando completou o nono ano de seu aprimoramento em posição voltada para a parede, certa noite, sem querer, ele olhou para a lua cheia. Nesse momento sentiu a luz da lua penetrar profundamente em seu peito e, de súbito, obteve grande iluminação. Dizem que sua alegria foi algo indescritível. A partir de então como se tivesse alcançado o Estado de Suprema Iluminação, começou a dar respostas categóricas, por mais difíceis que fossem as perguntas Assim, na época, como asceta proeminente, Daruma-Daishi foi alvo do respeito e adoração de um grande número de pessoas. Meishu-Sama conta: “Naquele tempo, entretanto, inesperadamente surgiu Shaka-Muni-Nyorai. O príncipe herdeiro Shitta, após o aprimoramento que realizou, tornou-se "Supremo Iluminado" e deixou a montanha onde fez o aprimoramento. Ele tomou consciência da verdade dos Mundos Espiritual e Material e, com ardente e profundo sentimento de misericórdia fez o voto de salvar a tudo e a todos. Para tal, inicialmente apresentou no mundo o método de obter a Iluminação através da leitura dos sutras. Dessa forma é lógico que tenha havido uma grande repercussão na sociedade daquela época. E, foi com razão que o povo ficou contente, pois, até então, a prática ascética brâmane era considerada única. Por ser a leitura do sutra um aprimoramento fácil de se realizar e que substituía a ascese, o povo idolatrou a virtude de Shaku-Son. A cada dia, a cada mês, aumentava o número de pessoas que se convertiam ao budismo.

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É compreensível, portanto, que Shaku-Son como salvador da India, tenha se tornado alvo de adoração do povo. Em conseqüência disso, a Índia, na sua totalidade, veio a ser a terra do budismo. Essa é a origem do budismo. A partir de então, a influência do esplendoroso bramanismo foi, gradativamente decaindo e estagnando. Mesmo assim, ele não se extinguiu totalmente. Ainda hoje, uma parte continua ativa, e os seus ascetas têm manifestado consideráveis milagres.” 1.4. Cristo (oriundo de Michael) e Jesus (de Sussanao). Entre os discípulos de Shaku-Son havia um que se destacava, chamado Hoozo-Bossatsu [reencarnação de Sussanao-no-Mikoto]. Ele se separou temporariamente de Shaku-Son e foi aprimorar-se em outro lugar. Após concluir o aprimoramento procurou Shaku-Son e disse: "Desta vez, escolhi um local a oeste da Índia, onde, como Solo Sagrado, erigi o santuário Guion Shoja o qual denominei "Gokuraku-Joodo" (Paraíso Purificado). O objetivo é que, doravante, o mestre me envie as pessoas que obtiveram qualificação de buda através dos seus ensinamentos. Farei com que elas vivam nesse Paraíso Purificado, que denominei, também "Jakko-joodo" (Paraíso de Luz Serena); ali, pelo resto de suas vidas, poderão viver na situação de êxtase." Assim ele confirmou o compromisso de Yassuga-hara no lago Biwa-ko assumido com Amaterassu Oomikami no Japão em reencarnação passada. “Joodo” quer dizer “paraíso” e "Jakkoo" significa luz serena: logicamente, trata-se da luz da Lua. Quando Hoozo-Bossatsu partiu para o outro mundo [Mundo Espiritual], recebeu o nome búdico de Amida-Nyorai [donde sua inteligência se elevou de tieshokaku para kenjinshitsu] e, no Mundo Espiritual, realizou a salvação de todas as criaturas. Isso quer dizer que o Mundo Material será salvo por Shaku-Son [sabedoria da terra, com os sutras, em vez de penitências e ascetismos] e o Mundo Espiritual, por Amida [amor da água, com a redenção dos

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pecados]. O Mundo Divino será salvo por Kannon [força do fogo, com a purificação das máculas]. “Isso porque a origem de Buda é o nome do deus da lua Tsukuyomi-no-Mikoto. Ele é a frente de Sussanao-no-Mikoto. A lua possui a época em que brilha e a época da escuridão e quando ela brilha tem o nome de Tsukuyomi-no-Mikoto, quando se esconde torna-se Sussanao-no-Mikoto.” [Buda tem um nome quando a Lua brilha (Lua Material = Solo) que é Tsukuyomi-no-Mikoto e tem a frente (nome) de Sussanao-no-Mikoto quando a Lua se esconde (Lua Espiritual = Água)]. Em seu primeiro milênio como religião, o budismo alcançou terras mais distantes do seu local original do que o cristianismo, em um mesmo espaço de tempo. Por volta de mil anos d.C. o budismo influenciava o maior número de vidas por causa de sua força na populosa China, Coréia, Indochina e Japão, o cristianismo era a menos viva das três, ele estava ancorado à civilização estagnante da Europa, suas perspectivas vieram a se transformar seis séculos depois. A partir do século XII o budismo entra em declínio definitivo [a Lua deixa de brilhar e fica escondida, quem passa a mandar é o cristianismo]. Assim, se pode concluir que o budismo foi o dominante na Era da Noite, em terra e pessoas, por mais de 1.500 anos de existência. O cristianismo por cerca de 500 anos. “Por isso, entre os fundadores do budismo de até agora, Nitiren Shonin foi o primeiro a adotar o método do Sol e por isso se chama Nitiren (niti - sol, dia). Até então, todos pertenciam à linhagem da Lua. Então Nitiren Shonin foi o primeiro de métodos do Sol no budismo. (...) Dessa forma, o início da religião [búdico solar] foi há setecentos anos atrás. O fato de Nitiren Shonin ter surgido há 700 anos significa que surgiu o Sol no mundo búdico. O Mundo Espiritual é constituído de diversos níveis e o Sol surgiu no nível acima de todos, e a partir da Era Meiji, o Sol finalmente começa a surgir. Já escrevi que Tokugawa era da linhagem de Sussanao-no-Mikoto e ele é da linhagem da Lua. Por isso, o fato de se ter

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entrado na Era Meiji, significa que o mundo começou a clarear [espiritualmente]. Depois, vem a Era Taisho e, chegando à Era Showa, finalmente surge o Sol no Mundo Material [15/06/1951]. Surgir o Sol significa nascer o Sol. E, nascer o Sol, significa frutificar. Nasce o fruto. Por isso, podemos entender muito bem que tudo tende a correr exatamente de acordo com o programa de Deus.” Em termos do Universo formado por Sol [Céu, Deus], Lua [homem, espírito] e Terra [solo, matéria]. A ordem na Era da Noite é Terra, Lua e Sol, ou seja, Solo, Água e Fogo, em termos dos Deuses seria Sakyamuni, Amida e Kannon, em termos numéricos, 7, 6 e 5. Meishu-Sama diz: “Esses três santos deveriam, na verdade, estar dispostos na seguinte ordem: Sol, Lua e Terra”, donde, a ordem na Era do Dia é Sol, Lua e Terra, ou seja, Fogo, Água e Solo, de modo que na Era do Dia a ordem posicional-criacional dos astros coincide com a ordem de poder de atuação deles, isto é, Sol > Lua > Terra coincide com Fogo > Água > Solo. Cristo também tem o significado de “iluminado” como Buda, mas, também de "ungido" e "sábio". Buda e Cristo não são nomes individuais, como julga a maioria, e sim cargos ou funções da Hierarquia Espiritual, ou então dignidades ou graus a que podem chegar - tanto no Oriente como no Ocidente - aqueles que se sujeitarem a uma Iniciação integral, capaz de lhes afirmar uma autoridade espiritual muito superior à dos homens vulgares. Se deveria especificar: Sidharta, o Buda; Jesus, o Cristo, na razão das iniciações oriental e ocidental. Assim, Buda (fundador) e Sidharta (ou Sakyamuni) seriam seres distintos, assim como Cristo e Jesus também. Jesus seria um alto iniciado que pertence à humanidade atual. Cristo, contudo, seria um iniciado de uma outra onda de vida anterior, que são os atuais arcanjos (como Michael ou Miguel). Diferentemente dos judeus, muçulmanos e testemunhas de Jeová, o Arcanjo Michael não tem natureza angélica, e sim divina, sendo o próprio Cristo que veio com esse “nome de

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guerra” fazendo um desafio a Satanás que, desde o princípio, sempre desejou estar acima dos anjos e ser igual ao Criador. Houve então uma batalha no céu: Michael e seus Anjos guerrearam contra o Dragão Vermelho. Este batalhou, juntamente com seus Anjos [Demônios], mas foi derrotado, e não se encontrou mais um lugar para eles no céu. Como Cristo nunca teve a experiência de construir um corpo físico, foi outorgada a Jesus - que teve encarnações anteriores - a missão de preparar um corpo físico que seria usado por Cristo no momento do batismo. [Cristo incorporou em Jesus a partir do seu batismo pela água nas margens do rio Jordão por São João Batista que foi uma reencarnação de Jeroboão I por volta de 750 a.C. Este foi o primeiro rei de Israel após a divisão do anterior reino de Israel em novos dois reinos: Judá no sul e Israel no norte. Ele procurou impedir que os seus súditos tivessem que se deslocar ao Templo de Jerusalém, capital do Reino de Judá, para adoração. Fez assim, por temer que isso pudesse promover a reunificação dos reinos. Para isso, mandou erigir dois santuários com bezerros de ouro no seu reino, em Dã, no norte do país, e outro, em Betel, no sul. Seus pecados foram suficientes para provocar a ira de Deus, e foi por causa deles que a sua família e o seu reino foram destruídos]. Meishu-Sama ensina que: “O termo, como disse agora, Cristo tem esse sentido e por isso não se trata de Jesus. Cristo surgiu bem antes de Jesus, portanto quando se fala na segunda vinda, significa aquele é quem virá. Jesus é filho que nasceu entre José e Maria. É uma História inventada o fato de que ela foi fecundada pelo Espírito Divino. Não existe uma tolice dessas.” 1.5. Na Era da Noite (Budista e Cristã). Algumas cargos, funções ou entidades do Budismo no Japão:

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# Enma Daio – o significado de seu nome é "Grande rei demônio”. Segundo o budismo, após a morte de uma pessoa, de 7 em 7 dias ela é julgada por um dos 10 deuses no mundo dos espíritos budista até que se complete o julgamento. Enma Daio é o quinto deus a julgar, fazendo-o no trigésimo quinto dia após a morte. No budismo japonês ele é o único juiz dos mortos. Tendo sido um dos governantes do Mundo Astral. No Xintoísmo se teve Izanami-no-Mikoto como outro governante. # Bossatsu (pronúncia japonesa correspondente a "Bodhisattva", em sânscrito) - denomina o "ser humano que procura a iluminação" (satori). Historicamente, a idéia de Bossatsu desenvolveu-se ao lado do budismo mahayana (daijo), há mais ou menos dois mil anos. Enquanto o pensamento budista mais vertical (shojo) limitava a denominação de Bossatsu apenas à vida de Sakyamuni em reencarnações anteriores, o budismo mahayana começou a usá-la para se referir a todos aqueles que procuram a iluminação (mente iluminada), como exemplo se tem Kanzeon-Bossatsu. # Nyorai - denominação de um "Buda Perfeito" ou de "Iluminado de alto grau" - aquele que já atingiu a verdade absoluta, como é o caso de Koomyo-Nyorai [(Koomyo = Luz de Deus; Nyorai = aquele que veio), donde, "Aquele que veio com a Luz de Deus"; um "iluminado perfeito"; "alguém que já conheceu a verdade absoluta"]. # Buda – significa “desperto” e “iluminado”, é um título dado aqeles que despertaram plenamente para a verdadeira natureza dos fenômenos e se puseram a divulgar tal redescoberta aos demais seres. "A verdadeira natureza dos fenômenos", aqui, quer dizer o entendimento de que todos os fenômenos são impermanentes, insatisfatórios e impessoais. Tornando-se consciente dessas características da realidade, seria possível viver de maneira plena, livre dos condicionamentos mentais que causam a irrealização, o descontentamento, o sofrimento. Do ponto de vista da doutrina budista clássica, a palavra "Buda" denota não apenas um mestre religioso que

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viveu em uma época em particular, mas toda uma categoria de seres iluminados que alcançaram tal realização espiritual. Pode-se fazer uma analogia com a designação "Presidente da República" que se refere não apenas a um homem, mas a todos aqueles que sucessivamente ocuparam o cargo. As escrituras budistas tradicionais mencionam pelo menos 24 Budas que surgiram no passado, em épocas diferentes. Atualmente, as referências ao Buda referem-se em geral a Sidharta Gautama, mestre religioso e fundador do Budismo. Ele seria, portanto, o último Buda de uma linhagem de antecessores cuja história se perdeu no tempo. Assim, a distinção entre Bossatsu, Nyorai e Buda é que o primeiro procura a iluminação, o segundo veio com ela e o terceiro a alcançou. # Amida - divindade lunar que, durante a Era da Noite, chefiou o Reino Espiritual, localizado no sentido Oeste. Segundo uma concepção milenar, como o Sol nasce ao Leste e morre no Oeste, de forma idêntica, após a morte, o espírito humano encaminha-se ao Joodo (Reino Purificado), para ser salvo por Amida. # Miroku - palavra usada pelos japoneses para designar o "DEUS vivo", com individualidade e forma humanas; corresponde à "manifestação concreta de DEUS", a qual, por sua vez, vai possibilitar o estabelecimento do Reino do Céu na Terra. Este mestre esperado pelas principais religiões possui diversos nomes. Os judeus esperam-no como Messias (nome de Deus depois de ter nascido como ser humano). Os cristãos conhecem-no como o Cristo [Segunda Vinda]. Os hindus aguardam a chegada de Krishna. Os budistas esperam Buda Maitreya (o Buda do futuro). No Japão, além de simplesmente Miroku, tem o reunido com o expoente indiano-chinês Kannon, ou seja, Miroku Kannon (= Miroku San-E), e com o expoente japonês Oomikami, isto é, Miroku Oomikami, bem como tem também Ooshin-Miroku;

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# Ooshin-Miroku (Ooshin = adaptar-se; Miroku [Oomikami] = DEUS) – significa "DEUS que, para a realização do trabalho de salvação da humanidade, manifesta-se segundo as circunstâncias, conforme as necessidades de tempo e espaço", o que esclarece porque Ele se apresenta em milhares de formas diferentes e também ser chamado de Miroku Flexível. Se aparecer no Oriente, será oriental; no Ocidente, ocidental. Dessa forma, pode vir a satisfazer ao desejo de todos os povos, em qualquer nível. Mas Sua essência (= DEUS), no entanto, não muda, apenas a forma como se manifesta é que varia, inclusive entre Miroku Kannon e Miroku Oomikami, ou mais amplamente entre Kannon (Izunome-no-Kami) e DEUS, mais especificamente pode ser Deus do Mundo Astral, Deus do Mundo Espiritual ou DEUS da Luz Divina. Mas, enfim, Ooshin-Miroku é a exteriorização do DEUS do Mundo do Movimento Livre e Desimpedido [ou DEUS da Ação Livre e Desimpedida]; Cristianismo no Japão: Para o oeste, no Ocidente, se tem o personagem histórico Jesus Cristo da Santíssima Trindade, mais exatamente, o Filho do Pai do Céu, o Filho de Deus. Nesse caso, Jesus não seria o Messias porque não foi Jeová que nasceu como ser humano. Era da Noite é o Mundo de Buda mais o Mundo de Cristo, enquanto A Era do Dia é o Mundo de DEUS da Luz Divina ou do Universo [Miroku Kannon = Miroku San-E = Meishu-Sama], de DEUS do Mundo Divino ou do UNIVERSO [Messias = Meshia-Sama = Guce-no-Mikami = Miroku Oomikami], que inicia na Transição da Era da Noite para a Era do Dia conforme descrito na oração Zenguen Sanji elaborada por Meishu-Sama que diz: “Meditemos com reverência no Senhor Kanzeon Bossatsu que, ao descer do Céu à Terra em Kannon de Mil Braços, transformou-se a seguir em Ooshin-Miroku [Miroku Flexível] e posteriormente em Messias.” O que está relacionado com o budismo e com Izunome-no-Kami.

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“O budismo é a Lua, e esta é a luz da noite. Por isso, uma vez que Kanzeon-Bossatsu é Buda, sua atuação é da Lua da Noite e ele não conseguia manifestar o Poder absoluto, devido à época. Conseqüentemente, uma vez que finalmente será o Mundo do Dia, a atuação de Buda se apaga aqui e vira a atuação de Deus [governanças no Plano Superior do Mundo Espiritual não é de Buda, do Mundo de Buda, do mundo búdico, mas sim de Deus Kannon = Izunome-no-Kami, do Mundo da Luz Espiritual]. E é natural que esse, como já disse, é o motivo de termos nos tornado Igreja Messiânica Mundial [do DEUS Messias]. Mesmo que a atuação seja a de Deus [ou DEUS], como já disse acima, é diferente do xintoísmo existente desde a Antigüidade no Japão [a Última Era do Dia, o Mundo de DEUS]. Uma vez que o xintoísmo é algo limitado, sendo uma religião do povo japonês, hoje, quando tudo se tornou mundial, ele perdeu o sentido, e foi por esse motivo que ele enfraqueceu após o término da Segunda Guerra Mundial. Por isso, o Supremo Deus não discrimina povo e nem país. Ele salva toda a humanidade de modo que cheguemos a uma época muito grata. Então é preciso ter um nome adequado. Sendo assim, o nome da Igreja Messiânica Mundial é o mais adequado, mas como ela é soletrada em ideogramas japoneses é muito oriental e sem graça. E por isso, colocamos a leitura Messias. Com isso, juntando tanto o Oriente como o Ocidente, é mundial. E especialmente a palavra Messias se liga a Cristo, sendo ótima como denominação do apreço dos povos civilizados. E ouve-se dizer que Messias e Juízo Final têm uma ligação íntima e inseparável [ambos nascem em 1954] e é profundamente significativo que tenha o mesmo sentido do Fim da Noite e do Início do Dia que pregamos. Se Kanzeon-Bossatsu toma a atuação de Deus [Izunome], que diferenças ocorrem? É um assunto do maior interesse para os fiéis. Como sempre digo, a salvação indiscriminada para o bem e o mal passa a não sê-lo e bem e mal [ficam] separados

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claramente. Isso significa que a proteção do bem fica ainda maior e o mal, diferentemente do que acontecia até agora será punido rigorosamente. Devemos avançar bem consciente disso. E para tanto, devemos ler os Ensinamentos o máximo possível. Uma vez que Deus [Izunome = Kannon e não Buda ou Cristo] vai construir o Paraíso Terrestre de perfeita Verdade, Bem e Belo que é o seu ideal, Ele precisa corrigir de uma vez por todas as pessoas de coração impuro.” Em 12/04/1954: “Finalmente entraremos [em 1961] no verdadeiro Paraíso Terrestre, na esfera do “Mundo de Miroku” [no sentido do Mundo Espiritual estar quase que totalmente transformado nesta esfera e que daqui em diante irá se refletir no Mundo Material]. Daqui para frente as verdades vão surgir uma após outra, portanto entraremos finalmente no palco verdadeiro.” “Até agora, o mundo era vazio, nele ainda não havia entrado a alma. Não possuía o conteúdo, que é a parte mais importante. Sakyamuni disse algo muito inteligente. Que “este mundo é provisório”. E realmente é um mundo provisório. Não é verdadeiro. É algo aproveitável para o momento. No livro “Criação da Civilização” já lido em outra ocasião explico isso dizendo que “até agora tudo era provisório. Não era verdadeiro”. Sakyamuni disse: “O budismo é a Verdade aparente”. Verdade aparente é como a verdade, não a verdadeira, é a provisória e não a autêntica. No budismo usa-se a expressão Jisso Shin’nyo (aspecto real da verdade aparente), mas isso é sem nexo. O certo é “Shin’nyo Jisso”. Jisso se refere àquilo que contém de fato a alma. Então primeiro surge o Shin’nyo (verdade aparente) e depois que ela termina toma o Jisso (aspecto real). Depois que o mundo de Buda terminar, o mundo vira o mundo do aspecto real, o Mundo de Deus [governanças no Plano Superior do Mundo Espiritual é de Izunome-no-Kami para cima].

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No Ensinamento da Oomoto está escrito: “Até agora era o Mundo de Buda, mas saibam que o Poder Búdico é diferente de Poder Divino”. Assim, até agora, era o Poder Búdico, o Poder da Lua. Agora é o Poder Divino, o Poder de Deus [Izunome]. E Deus (Kami) é constituído de ka e mi que respectivamente são Fogo (5) e Água (3). Por isso, significa Vertical e Horizontal e conseqüentemente o Poder Verdadeiro [Izunome-no-Kami = 8]. Portanto, o Poder Búdico não era um poder verdadeiro [Cristo = 6 e Sakyamuni = 7]. (...) ligando-se vertical e horizontalmente vai mostrar isso para o mundo. Deus é sempre e somente (?) (10). [Deus do Mundo Espiritual = 10]. O (?) do emblema também tem esse significado.” “O mais importante na personificação é que os budas são todos personificações de Deus [por exemplo, o Buda Sakyamuni é uma representação do Buda Original que, por sua vez, é uma expressão ou materialização do Deus Izunome] e durante o Mundo da Noite, o mundo era de Buda e todos os deuses foram personificados em budas. Amaterassu Ookami [Oomikami] em Daihi Nyorai; Tsukuyomi-no-Mikoto [quando se esconde torna-se Sussanao-no-Mikoto] em Amida Nyorai; Wakahimeguimi-no-Mikoto em Sakyamuni. Portanto, a extinção do budismo significa que os budas irão retornar à qualificação divina original [por exemplo, Amaterassu Oomikami é Miroku do Sol Espiritual].” “O objetivo com que vou a Quioto desta vez tem um significado um pouco diferente. O mundo búdico começou a mudar bastante, ou seja, aproxima-se o momento da “destruição do budismo”. É o próprio Sakyamuni, criador do budismo quem diz que o Buda (budismo) será destruído, e por isso não há erro. E o momento dessa “destruição do budismo” já está bem diante dos nossos olhos. E por isso no momento, diversos budas eminentes do mundo búdico tem o intenso desejo de serem salvos. Esse é o primeiro objetivo.” “E mais uma coisa. “Se não eliminar o pecado agora, ele restará para sempre”. O pecado de natureza leve se apaga com o

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surgir da Era do Dia, mas quase não existem pessoas com pecados leves, todos são pesados. São como vocês que recebem Johrei, mas possuem toxinas aos montes, não é só um tiquinho assim. “As pessoas com pecados de natureza pesada não conseguem eliminar eternamente”. É preciso nesse momento banhar-se logo na luz e ser salvo e por isso estão impacientes e apressados. Isso porque o Mundo Espiritual está para se tornar dia rapidamente. Portanto, as pessoas que tomaram conhecimento disso estão bem, mas aquelas que não sabem são realmente coitadas. E uma coisa interessante que mandarei ler depois, é que dentre os diversos deuses dragões tem um que diz: “Eu tenho a função de destruir e me empenharei nisso.” Aqui ao falar em destruição não se refere ao mal. Refere-se a uma limpeza. A limpeza é que é a destruição, As coisas ruins serão destruídas, será feita uma arrumação, é esse o sentido. No momento da limpeza geral, aquilo que estiver quebrado e o que não tiver mais utilidade será destruído e jogado no monte de lixo; existe um deus dragão com essa função. Sou o deus dragão [recordar do que foi dito: “Deus Dragão Izunome. Ele estava escondido.”] com a função de destruir e, portanto farei isso de corpo e alma. Dessa forma virá o tempo da destruição. De que maneira ocorrerá a destruição é um mistério. Agora a bomba de hidrogênio está sendo um problema e creio que será de grande utilidade. Se não fosse feita uma coisa como aquela talvez não pudesse ser feita a limpeza da Terra. De qualquer maneira, para se salvar dessa grande limpeza é preciso receber Luz [ou seja, Luz Espiritual = Fogo x Água, e não apenas Água x Terra do mundo búdico] e acabar com as impurezas, por isso as pessoas que se tornaram membros da Igreja Messiânica; essa felicidade é uma coisa grandiosa. Isso também compreenderão aos poucos. Portanto, o fato de [Jesus] Cristo, Maomé e outros terem se salvado é como

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falei anteriormente sobre aquela senhora, enquanto lhe ministrava Johrei, [Jesus] Cristo e outros acabaram sendo salvos. Portanto seja como for, os espíritos estão provando quanto o Johrei é esplêndido.”

“Outro dia, o presidente Eisenhower, creio que foi no dia primeiro desse mês, fez uma declaração: “a bomba de hidrogênio é realmente perigosa. Entretanto, conforme o objetivo com que a pessoa utiliza pode se tornar uma coisa perigosa, mas também não há necessidade de temer tanto”, disse isso se dirigindo ao mundo. É realmente como ele disse. Se utilizar como arma será um enorme terror como foi falado anteriormente. Quantos danos causarão a humanidade, não se trata apenas disso, é algo tão terrível que se pode dizer que é a extinção quase total da humanidade. Entretanto, não há problema se não for utilizada como armamento de guerra. E ao utilizar como um instrumento de guerra, entre o bem e o mal se acaba utilizando para o mal, por isso proporciona desgraças à humanidade. O bom seria utilizar para o bem. Então, se não for para utilizar para o mal é só retirar o pensamento, a concepção de mal do homem. Entretanto, não se consegue retirar totalmente, basta que o lado do bem vença o mal. Como sempre digo, o ideal é que a proporção do bem para o mal seja de 6 para 4. É o controle sobre o mal. Dá medo porque não se tem esse poder de controle. Isto é, ao invés de dizer que a bomba de hidrogênio é terrível, mais terrível é não poder controlar o mal do homem. Como fazer para adquirir o poder de transformar o mal em bem. Aí reside o valor, a vida da religião. Portanto, ao invés de fortalecer o mal, é necessária uma força que enfraqueça o mal. Essa é a missão da religião. Porém, não apareceu uma religião com esse poder. Por não ter surgido essa religião que o mal não foi cortado, ao contrário, fez o máximo e aí se desenvolveu a bomba de hidrogênio, tornando-se um perigo. Se não tiver o poder de enfraquecer o mal, a função da religião começa aqui, a se tornar um sério problema.

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Olhando dessa forma questiona-se a existência de uma religião com esse poder. Eu respondo que existe, Existe uma. Pode parecer presunção, mas é a Igreja Messiânica Mundial. Uma religião que tira a força do mal, uma religião que controla o mal, uma religião que enfraquece o mal, não existe outra além da Igreja Messiânica. Então, de que forma essa Igreja Messiânica consegue fazer isso? Consegue com a Luz. Ou seja, uma religião que possui Luz, um Fundador ou religioso que possui Luz não apareceu até hoje na face da Terra. O fato de não ter aparecido pode ser compreendido através de que? Esse também é um assunto extremamente longo e um pouco difícil de acreditar. Entretanto, como é um fato verdadeiro eu preciso falar. Os membros da Igreja compreendem, mas a pessoa que não é [membro], ao ouvir poderá dizer: “Aquela pessoa que fala uma coisa grande daquela ou é vigarista ou está maluco”. Mas isso é verdade. E isso acontece porque, ultimamente, [Jesus] Cristo, Sakyamuni, Maomé todas as pessoas célebres vêm me pedir: “Salve-me”.” Na introdução se havia dito que “Deus Dragão Izunome” era algo mais complicado de se entender, agora talvez seja um momento propício de se compreender: “Os espíritos de nível elevado de superiores, mestres e bonzos que existem desde tempos antigos, bem como diz o encosto da senhora Taga, estão muito apressados no Mundo Espiritual. Isto porque à medida que o Mundo Espiritual vai se tornando claro começaram a compreender perfeitamente a “destruição do budismo”. Em geral, Buda é uma transformação de Deus [apenas Miroku da Terra Espiritual]. Isso porque enquanto o mundo se encontrasse na era de Buda [= 7] não seria possível como Deus [Izunome = 8], por isso foi mandado para que se retirasse e esperasse o tempo certo ou trabalhasse como Buda [mal comparando é como o fundador da IBM, o Sr. Thomas Watson, que cooperou com os nazistas por amor ao lucro, enquanto um grande cientista que não tivesse cooperado com

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Hitler passasse a ser um lutador contra esse nacional-socialista alemão e não tivesse tempo de se dedicar mais a ciência]. Então, o “Yatari Otome” cinco homens e três mulheres [= 8], por não gostar de ser Buda disse que seria o deus dragão e esperaria o tempo. Transformou-se em Hatidai Ryuou e esperou pelo tempo. Recebeu o nome de Sakyamuni [mas não era] e foi preso por ele [Sakyamuni]. Como é um nome indiano é estranho e difícil de memorizar. Esses deuses dragões se esconderam ao redor dos mares do Japão, ou melhor, moraram aí durante 3 mil anos aproximadamente. E agora, finalmente, com a destruição do budismo se tornarão Deus, isto é, voltarão a identidade original. [na comparação anterior, o cientista voltasse a ser cientista]. Mais uma coisa. Os deuses que trabalharam como Buda mencionado agora querem se tornar deuses rapidamente, e as pinturas e esculturas existentes em Quioto tomarão os seus devidos lugares. Estão encostados neles. E até hoje protegiam as pessoas que vinham para orar. Entretanto, dizem que protegiam, como o poder de Buda é fraca como a luz da Lua não podia conceder muita graças. Teria que ser com a luz do Deus do Sol. E a luz do Sol só pode ser irradiada quando se tornar Deus que faz esse trabalho. Portanto, “agora” é o momento de Buda se transformar em Deus [aqui se considerou a ordem Sol, Lua e Terra]. O primeiro Deus entre os oito dragões é o Deus Dragão Izunome. Ele estava escondido na lagoa Oomi Biwa. E os outros deuses dragões estavam em diversas baías perto do continente. Estavam também nos mares entre Etsugo e Sato; nas baías de Suruga e Isse, e também durante esse tempo estavam protegendo o Japão. Era esse o motivo. E agora, o fato de ter visitado todos os templos foi para avisar esses budas principais que “finalmente vocês serão salvos”; era esse o significado. Portanto, o “objetivo de Deus” se torna de várias coisas o objetivo de duas ou três coisas. E os espíritos desses budas serão

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salvos, se tornarão deuses e as pinturas e esculturas de budas ficarão vazias, dessa forma, como obras de arte, serão expostas em museus para serem apreciadas. Se não for dessa forma, o espírito que estiver habitando sofrerá muito.” [O famoso dragão-rei, Hatidai Ryuou [Dragão Dourado] composto de oito pessoas (o número oito simboliza o produto dos elementos Fogo (5) e Água (3), que pelo viés da alquimia, gera luz, o poder de Kannon, o deus da luz restrita ao Fogo e Água; lembrar que a palavra que designa Deus (“Kami”) tem a mesma significação. “Ka” significa “fogo”; “Mi” significa “água”)]. Mas, como o Deus Dragão Izunome [Dragão Dourado = Kunitokotati-no-Mikoto] foi preso por Sakyamuni? “Porém, os budas que realizaram a salvação no Mundo Búdico até agora possuem máculas. O fato de possuir máculas é porque o Ensinamento de Buda [Sakyamuni] não era o verdadeiro, por isso, de um lado tem o mérito de ter salvado as pessoas com a compaixão, mas em troca, por outro lado fizeram muitas pessoas cometerem erros. É preciso que Deus lhes retire esse pecado.” “Seja como for, mesmo os inúmeros sacerdotes, de qualquer forma, são pessoas que não cometeram maus atos, são pessoas que divulgaram a compaixão búdica, por isso é preciso salvá-los. (...) Entretanto, agora, com a destruição do budismo voltarão a ser o deus de antes. Daqui para frente trabalharão como deus [Deus] e não poderão trabalhar mais como Buda [Miroku da Lua Espiritual].” [Kanzeon-Bossatsu = Izunome-no-Kami, o Buda Kanzeon trabalhará como Miroku do Sol Espiritual e o Buda Izunome como Miroku da Luz Espiritual] [“(...) até hoje nunca havia surgido nesta Terra uma religião, um religioso, um fundador que possuísse a Luz Divina.”] “Por isso os discípulos de Sakyamuni na Índia e na China, budismo também existe, mas de modo geral, atualmente ele só restou no Japão. Consequentemente os ilustres bonzos do Japão existentes desde os tempos antigos foram para o Mundo Espiritual e até agora, realizaram a salvação da noite, mas

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finalmente, com a chegada do tempo, essas pessoas precisam mudar o seu pensamento. Isto porque Buda é um disfarce de Deus. Buda disfarçado. Disfarça-se de Buda e, para salvar deixa de ser Buda [7], querendo fazer o trabalho de Deus [8]. Querem ser deuses, mas os budas possuem muitos pecados. Isto porque, para falar a verdade - e isso é um assunto um pouco profundo, mas vou falar porque os presentes são todos membros. Foram os budas que criaram o pecado. É um tipo diferente do pecado dos maus. É o pecado de boas intenções. Isto porque o budismo de até agora estava ensinando erros, mentiras. Isso foi inevitável, mas Sakyamuni dizia: “A mentira também é um meio”, e por ter vindo ensinando mentiras o ser humano não era salvo de verdade, ou seja, não alcançava o estado de paz e iluminação. Isso acontecia porque não ensinava a verdade, mas isso foi inevitável por ser a Era da Noite. E à medida que se entra na Era do Dia, para ensinar a verdade, é o que eu estou escrevendo e ensinando. E, então eles querem ajudar a Igreja Messiânica. Mas se não eliminarem o pecado de ter empregado mentiras até agora, não podem trabalhar para a Igreja Messiânica. E por isso desejam intensamente e me dizem: “Por favor, peço que me salve logo”. “Quero que me ajude”. “Quero trabalhar assim”. De um modo geral, os Budas estão concentrados em Quioto e Nara, cada qual em seus respectivos templos. [não esquecer período Nara, tem suas premissas com a morte do imperador Shotoku em 622, iniciando em 710 com a capital japonesa transferida de Asuka para Nara que fica ao lado de Quioto, budismo difundiu-se com a criação de templos por parte do imperador nas principais prefeituras]. Nos templos existem diversas esculturas, estátuas e pinturas e é neles que o espírito dos budas se assenta. Isto é, eles se transformam no assento deles. Por isso, para falar a

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verdade, é um desrespeito enorme apreciá-los como obras de arte. É um desperdício. Então, vou retirar o espírito dos budas que estão nas imagens. E retirando-os daí que eles podem trabalhar. Pois são como uma casa do corpo físico dos budas. O trabalho que vou realizar, agora em Saga é esse. Por isso, purificando todos os pecados cometidos até agora pelos budas, eles vão se transformar em deuses e trabalhar bastante para a Igreja Messiânica. Assim, as imagens vão ficar vazias. E então não haverá problema em mostrá-las e deleitar grande número de pessoas. (...) Dessa forma na questão de “salvar” ainda existe o cristianismo [atualmente acima do budismo]. Pela ordem, é preciso começar pelo Japão. E para começar pelo Japão, o budismo é o alvo. Depois vem o xintoísmo, mas este é irrelevante. Seria estranho dizer que será salvo aproveitando a oportunidade, mas como não possui poder, está claro que irá ser salvo sem problemas. É preciso salvar primeiro o budismo e depois o cristianismo. O melhor lugar para salvar o cristianismo é nos Estados Unidos. Se os Estados Unidos for salvo, a Europa será bem mais fácil. No cristianismo existe também o protestantismo, mas ele é bem pequeno (no sentido de que tem menos da metade do catolicismo, ou seja, tem 600 milhões). O catolicismo é a questão (tem um bilhão e 300 milhões de adeptos). Por isso, em breve ele também será salvo. O livro “Salvar os Estados Unidos” não é no sentido apenas de salvar os Estados Unidos na questão da medicina, mas também da religião. (...) Hoje, falei sobre o objetivo de minha ida à Quioto e a questão de “salvar o mundo búdico”, mas, como sempre digo, Quioto será o 7 do 5, 6, 7 [isto é, Hakone, Atami e Quioto]. À medida que o 7 for ficando pronto, a atuação irá se tornando

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verdadeiramente de “três em um”. Por isso o poder aumentará bastante. Eis porque ficou muito bom de se trabalhar.” Em setembro de 1952: “Seja como for, terá início uma grande limpeza mundial. A esse respeito, espíritos budistas têm encostado na esposa de um senhor chamado Taga e dizem sempre: “Peça perdão, por mim, a Meishu-Sama”. Isso é verdade. Diversos iniciadores e fundadores de seitas budistas (...) têm aparecido dizendo que finalmente o mundo búdico vai acabar e o que fizeram até agora achando ser bom foi um grande erro. Por isso, pedindo perdão querem ter a permissão de ajudar nesta Obra Divina do Paraíso Terrestre, na Obra Divina do Mundo do Dia. Vou colocar o artigo e respeito disso na próxima “Tijo Tengoku”. Ultimamente diversos deuses aparecem muito para comemorar e festejar. Amaterassu Oomikami também veio para comemorar. Depois foi Tsukuyomi-no-Mikoto e Izanagui-no-Mikoto etc. (...) E como eu estou executando o trabalho do Supremo Deus, até os deuses mais eminentes como os citados vão trabalhar bastante para a Igreja Messiânica daqui para frente. Eles têm dito muitas coisas com esse significado de modo que vai mesmo se iniciar em termos materiais. Em termos materiais significa no lado mais profundo do Mundo Material. O verdadeiro início no Mundo Material será depois de se reunirem o 5, 6 e 7. E o primeiro estágio disso [Hakone = 5] vai se iniciar agora [terminou no dia 15 de junho de 1953]. O segundo estágio é Atami [6]. Quando o Paraíso Terrestre de Atami for concluído será realmente em termos materiais. Como sempre digo, aqui (Terra Divina) corresponde ao Mundo Espiritual. [Hakone] É o Mundo Espiritual do Mundo Material. E Atami é o Mundo Material do Mundo Material.” Porém, em 07/04/1953:

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“O Budismo representa o número sete na seqüência 5-6-7 e o elemento solo na trilogia fogo-água-solo. Além disso, acho que já devo ter falado que o Plano Divino de Quioto é o trabalho do elemento solo, portanto lá existe muita planície e o terreno bem extenso. O terreno tem 18 mil tsubo (60.000 m2), e 18 é a soma de 5+6+7, que é o número de Miroku. Hakone, Atami e Quioto representam, respectivamente, os números 5, 6 e 7, portanto em Quioto é que o Mundo de Miroku será completado. Daí o significado do número 18 na extensão do terreno. Por isso que quando fiquei sabendo que o terreno tinha exatamente 18 mil tsubo, logo vi que era coisa de Deus.” No entanto, não será apenas com as construções dos solos sagrados de Hakone, Atami e Quioto que se teria o estabelecimento de uma paz aqui na Terra: “O próximo [solo sagrado] será construído na Região de Kyushu [talvez no lugar ou na proximidade de onde reinou Kunitokotati-no-Mikoto]. O tempo certo ainda não chegou, mas cedo ou tarde teremos o Solo Sagrado construído em Kyushu. E depois dele, será a vez da China, e depois Jerusalém. Ali será o último. Por isso, a ordem será sempre em direção ao Oeste. Quando o Solo Sagrado de Jerusalém for construído, teremos o começo da formação do Paraíso Terrestre do Mundo inteiro, pois, a partir disto, o mundo vai ser unificado.” [Honshu, Hokkaido, Kyushu e Shikoku são as quatro ilhas principais, pela ordem de tamanho, respectivamente. Honshu é a maior ilha com 230.000 quilômetros quadrados e nela encontram-se as cidades mais importantes como Tóquio, Nara, Kyoto ou Osaka. É, ademais, o coração cultural, político e social de Japão. Kyushu, com 41.497 quilômetros quadrados, ao oeste de Honshu é a ilha mais meridional de Japão. Possui um clima subtropical e é ali onde nasceu a civilização japonesa. É a ilha mais próxima a Coréia e China, razão pela que foi considerada como a porta de entrada e contato com o continente asiático. Distingui-se por suas paisagens naturais, suas estações termais e seus picos vulcânicos. Registra-se que as latitudes de Jerusalém e

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Kyushu são quase que a mesma, pois Jerusalém é de 31º41 e a de Kyushu é de 33º] “No nome Nara, pelo espírito da palavra, NA é terra e RA é expansão. É igual a Gora. Nara, então, significa que a terra se expande. Pois Sakyamuni é o Miroku do Solo, não é? Pois Terra é 7. É o Miroku do 7. Por isso a construção do Paraíso Terrestre em Quioto, se dá pelo fato de que Hakone é 5, Atami é 6 e Quioto é 7, tendo esse significado de Miroku.” “O fato de ter ido essa vez para Nara é porque Nara é onde mais existem os espíritos de deuses e budas. No Japão, pode-se dizer que Nara é o local onde estão concentrados. E todos estão como deuses dragões. E esses deuses dragões que originariamente eram deuses e budas, nasceram uma vez como ser humano, e ao receber a minha Luz os pecados e máculas são retirados, por isso os deuses dragões são promovidos. Então, os deuses dragões querem muito que eu vá para isso. E por isso fui. E por isso até mesmo o tempo, misteriosamente foi bom. De manhã no momento da partida era uma chuva terrível, mas 30 minutos antes de chegar a Nara o tempo abriu e até o Sol apareceu. Terminado o meu trabalho e enquanto descansava no Hotel Nara começou a chover novamente. Os deuses dragões estavam mostrando que dessa maneira, trabalharam fervorosamente na minha recepção. Dessa forma, na palestra que fiz no auditório público de Nara reuniram 3.000 pessoas. O auditório comportou 2.000 pessoas e o restante mais de 1.000 pessoas encheram o jardim. Portanto, se chovesse seria desastroso, mas um pouco antes de começar fez Sol e o jardim secou, correndo tudo muito bem.” Em 16/06/1952: [ocorrerá uma mudança mundial quando o Solo Sagrado de Atami ficar pronto]. “Assim sendo, construir o Paraíso Terrestre é como se jogasse uma pedra num lago e formasse círculos concêntricos que vão se expandindo cada vez mais até que o mundo se transforme em Paraíso. Por isso, mesmo que seja pequeno, que seja só isso, tem um significado extremamente grande. Por isso,

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logo após o dia 15 de junho, ocorrerá juntamente uma mudança. Hakone, como sempre digo, representa o Mundo Espiritual. E Atami, o Mundo Material. Por isso, depois deste, o Paraíso Terrestre de Atami ganhará impulso. E quando o Paraíso Terrestre de Atami ficar pronto, ocorrerá uma mudança de âmbito mundial. Será uma mudança bem visível. No momento, está ocorrendo espiritualmente e por isso não se pode perceber nítida a claramente. Ocorrerá uma mudança gradativa, o que é algo infalível (...) Entretanto, não adianta alegrarmo-nos falando apenas de coisas boas, pois como ainda não chegamos até esse nível, não podemos nos descuidar. Isto, porque, em suma, trata-se de purificação. Não apenas em forma de doenças do corpo humano, mas ocorrerá purificação do mundo. No momento, nós estamos realizando o trabalho de construção do Paraíso, mas em termos mundiais, um trabalho de grande destruição. Isto, como se pode ver nos jornais diários. Existe o aspecto em que estamos realizando planos de grandes envergaduras que nos leva a pensar: como vamos destruir. A construção e a destruição; observando-as em termos mundiais, a destruição se processará proporcionalmente à construção. É como uma flor. Juntamente com o surgimento do pistilo as pétalas vão caindo. Assim, o despetalar é a destruição e a formação do pistilo é a construção. E o pistilo vai crescendo cada vez mais. Realmente é o cair das flores e a formação dos frutos. Se observarem atentamente doravante os acontecimentos, com base nessa consciência, poderão entender de modo geral.” Em 27/03/1954: “Outro dia, pessoas que estão tendo êxito no Mundo Material como Molotov, Eisenhower, Môtakuto, Nero e outros, esses espíritos encostaram e pedem perdão a mim pelos seus pecados, fazendo pedidos para ajudar no futuro e como aconteceu isso, essa parte sobre as pessoas do Mundo Material publicarei tudo na revista “Tijo Tengoku”, portanto, ao ler

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poderão entender. Está escrito realmente de maneira minuciosa.” “Dessa forma, o Mundo Espiritual, em grande parte, está quase que totalmente transformado no Mundo de Miroku e daqui em diante irá se refletir no Mundo Material. O engraçado desse meio é (...) a turma de Malenkov, Molotov também estão dizendo que até agora eles estavam errados. (Esses são espíritos de pessoas encarnadas. Existem espíritos de pessoas encarnadas e de pessoas desencarnadas, e o espírito de pessoas encarnadas podem ser chamadas livremente).” “E os deuses dragões também são transformações de seres humanos. Por isso conseguem utilizar a linguagem do homem e possuem sentimentos e inteligência como o homem. E a salvação deles consiste em fazer reencarnar na forma humana os que caíram no Inferno. Foram para o Inferno porque acumularam pecados a essa altura, e encontrando-se com a Luz esse pecado desaparece e desaparecendo, o seu nível sobe espiritualmente. Isso significa que alcançou o nível de homem.” “O local chamado “tyukyo” é um local muito importante também para Deus. Ë o centro entre oeste e o leste e eu usei a palavra tyukyo, mas o trabalho que estou fazendo é o trabalho de Izunome e, portanto é o trabalho do leste e oeste. É o trabalho desse centro. O distintivo da Igreja Messiânica é em forma de cruz e o centro está em vermelho porque representa o Japão, é o mundo do sol. (...) Tem o significado de unir o horizontal e o vertical. Basicamente significa unir os Estados Unidos e o Japão.” “Mais uma coisa. Em cada Templo existem várias estátuas de Buda e [em] cada uma delas (...) está encostado o espírito de bonzos cultos e famosos que acumularam aprimoramentos no Mundo Espiritual. Mas, falar apenas que está encostado [não diz muita coisa], [mas, sim] como existem diversos [encostados] como Kannon, Sakyamuni, Amida; [porém] exemplificando [que] Sakyamuni [Buda], Amida [Cristo], Kannon,

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Shotoku-Taishi são [todos eles, de forma direta ou indireta, seguidores de] Kannon [Izunome-no-Kami].” Buda e Amida eram hindus, mas isso tão somente em relação a Kannon. Em sua origem, eles são deuses do Japão; apenas os seus corpos espirituais é que foram para a Índia. O espírito de Buda é a deusa Wakahimeguimi-no-Mikoto, e o de Amida é o deus Kan-Sussanao-no-Mlikoto. A própria imagem de Kanzeon, sua peculiaridade são os cabelos lisos, negros e brilhantes que é uma característica dos japoneses. Já os de Buda e de Amida diferem totalmente: são enrolados e de cor avermelhada. Está, pois, evidente, que ambos Nyorai são hindus. Também a coroa, o colar e outros objetos de Kannon evidenciam sua origem nobre. A cabeça encoberta por capuz mostra que sua verdadeira identidade, está oculta. Deve-se, pois, saber que o povo que tinha Daijizai-Ten como o deus principal da Índia, eram os verdadeiros hindus. Como mais uma prova de que o budismo teve origem no Japão, há um ponto que não pode passar despercebido. Trata se da expressão "Honti Suijaku", usada freqüentemente pelos budistas. De acordo com a minha análise, "honti" significa país originário, ou seja, o Japão, e "suijaku", naturalmente, significa pregar ensinamentos. Existia, portanto, uma intenção oculta de que, no final, os ensinamentos do budismo deveriam ser difundidos em todo o Japão, terra natal de Izunome-no-Kami, onde eles floresceram e frutificaram. E assim aconteceu, cerca de 1200 a 1300 anos atrás, apareceu, na China, um indivíduo que também se chamava Dharma, sendo fácil confundir com o outro, da Índia. O Dharma da China veio ao Japão na época do príncipe Shotoku, (574-622), um registro confiável, que ele foi recebido pelo príncipe que difundiu o budismo no Japão.

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1.6. Transição da Era da Noite para a Era do Dia (Kannon). Ao leste, no Oriente, se tem o ser humano Kunitokotati-no-Mikoto personificação de Ookunitokotati, o Deus que teria incorporado pela primeira vez na Terra, ou seja, Kunitokotati-no-Mikoto teria sido o Messias rejeitado. Por isso que Meishu-Sama diz: “Creio que a Segunda Vinda de Cristo esperada por muitos e o aparecimento de Messias e Miroku são a mesma coisa.” Ou seja, Jeová e Ookunitokotati-no-Mikoto vão nascer no ser humano Mokiti Okada [nome de registro civil de Meishu-Sama] manifestado por Kannon que ainda constitui um disfarce de Deus. Este item compreende três pontos: Kannon (oriental): Miroku Oomikami, Ooshin-Miroku, Koomyo-Nyorai e Kanzeon-Bossatsu; Kannon (ocidental): Jeová, Messias, Michael e Cristo (Segunda Vinda); Kannon (mundial): Jeová, Messias, Miroku Oomikami e Kunitokotati-no-Mikoto. ● Kannon (oriental): Miroku Oomikami, Ooshin-Miroku, Koomyo-Nyorai e Kanzeon-Bossatsu. Neste ponto se tem a ordem de nível decrescente de elevação de Deus Supremo em termos de Kannon que personificaram em Mokiti Okada. Na oração Zenguen-Sanji consta: “Meditemos com reverência no Senhor Kanzeon-Bossatsu [= Sesson Bodhisattva Kannon] que, ao descer do Céu à Terra em Koomyo-Nyorai, transformou-se a seguir em Ooshin-Miroku [Deus do Mundo Astral ou Deus do Mundo Espiritual ou ainda DEUS do Mundo da Luz Divina] e posteriormente em Guce-no-Mikami [DEUS do Mundo Divino = Messias = Meshia-Sama = Miroku Oomikami]” Nota-se a hierarquia crescente: Bossatsu → Nyorai → Miroku, que leva em conta a ordem dos Kannon’s: Kannon Kanzeon [Kannon do Sol] → Kannon dos Mil Braços [Kannon do Sol x Lua] → Kannon Ooshin [Kannon da Ação Livre e

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Desimpedida] → Kannon da Salvação do Mundo [Kannon Messias]. Não está aí incluído na oração o Kannon do Sol x Lua X Terra que é o Kannon Miroku, ou ainda, Miroku Kannon. Faz parte da crença de Meishu-Sama: "Acreditamos que Kanzeon-Bossatsu, a partícula do Deus Supremo, sob o nome de Dai-Koomyo-Nyorai [8] ou Ooshin-Miroku [9, 10, 18 ou 20], atua de várias formas para purificar o mundo decadente e impuro e salvar os espíritos dos três mundos." "Kanzeon-Bossatsu é o nome tomado quando desceu ao mundo búdico. Ora se encarnando em 33 formas a fim de se dedicar exclusivamente à salvação das criaturas, ora se manifestando como Koomyo-Nyorai, ora se transformando em Ooshin-Miroku: atua de maneira realmente livre e desimpedida. Hoje, por ocasião do grande momento de transição do mundo, passa a manifestar sua força infinita para salvar os mundos divino, espiritual e visível. Assim, o mundo sem doença, miséria e conflito se formará, ou seja, teremos a concretização do ideal da humanidade, que é o Mundo da Luz, repleto de Verdade, Bem e Belo." Ele diz mais: “Uma dessas ocorrências extraordinárias a mim relacionadas foi o conhecimento de que a essência de Kannon é Izunome-no-Kami. [em termos amplos, Izunome-no-Kami se manifesta desde Kanzeon-Bossatsu até Ooshin-Miroku]. Fiquei sabendo também mais estas particularidades: num determinado período, visando à salvação da humanidade, Izunome se manifestou camuflado em Kanzeon-Bossatsu [1921]; mais tarde [1934, como Koomyo-Nyorai, e em 1947, como Ooshin Miroku em termos de Miroku Kannon], retornaria ao mundo divino, para ocupar o seu trono original [DEUS Ooshin Miroku, em 1950, e DEUS Messias, em 1954, às vezes se considera desde 1950].” “Deus [DEUS] se divide espiritualmente (...). Os povos orientais têm mostrado que desde os remotos tempos há deuses morando em tudo, donde, deus do poço de

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água e à bela deusa do banheiro. São, entretanto, situações nas quais as pessoas da atualidade acham ridículo referir-se. Ignorantes, porém, parecem os que assim pensam, pois quando estas verdades se tornam conhecidas, a vida fica mais fácil e tudo corre bem, mesmo que essas divindades, por possuírem qualificação abaixo da segunda classe, não podem manifestar uma força acima de certo limite. Também já se havia comentado que Deus dá tarefas para as divindades, como a incumbência dada a Izunome-no-Kami, isto é, Kanzeon-Bossatsu, de salvar o homem.” “Nas lendas transmitidas atualmente, dizem que "o santo que vai salvar o mundo, é o oitavo". No Budismo, considera o Shaka (Buda) como o oitavo santo, mas na verdade isso foi determinado de acordo com a conveniência do próprio Budismo. Buda não é "8". Ele é "7", ou seja, o sétimo santo. Na trilogia de Miroku (5-6-7), Buda representa o número 7. Qualquer coisa que se for dizer, Buda sempre está relacionado ao número 7. O elemento solo é representado pelo número 7, por isso Ele é o Miroku da Terra. Como eu sou o Izunome, represento o número 8. Se representarmos o nome Izunome em números, resulta em "5" e "3", que é 8.” A atuação do Izunome Ookami é assim. Izu = fogo [= Fogo = Sol Espiritual], Mizu = água [= Água = Lua Espiritual]. (...) Fogo x Água viram Luz [= Luz Espiritual]. Durante a noite não existe o fogo verdadeiro. É a luz da Lua, não? Fala-se que o Sol possui 60 vezes mais a claridade da Lua e é por isso que mesmo cultuando Kannon, até agora só se obtinha um pouco de graças. Izu, Mizu é 5, 3. Mesmo assim ainda é insuficiente e, acrescentando-se a Força do Solo, fica Poder do Sol, Lua e Terra [ou seja, o Poder da Luz Divina, isto é, o Poder da Luz Universal]. Até agora era Miroku - duas forças [Fogo e Água]. Durante a noite, os três mundos eram praticamente Água. Eram 6, 6, 6 [Mundo Divino = 6, Mundo Espiritual = 6 e Mundo Material = 6]. Mas agora vai ficar 5, 6, 7 [Mundo Divino = 5,

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Mundo Espiritual = 6 e Mundo Material = 7]. O 6 do Céu desce para a Terra e acrescenta-se o poder do Solo. É o poder indestrutível. É o poder absoluto. Todas as coisas serão controladas livremente. A bola de Mani no xintoísmo é uma bola perfeita, não é? Daqui para frente, as coisas são mais misteriosas e por isso explicarei em outra oportunidade, de acordo com a época. Eu iniciei este trabalho em 1928 [embora, a Bola de Luz em seu ventre já esteja desde 1921, bem como Kanzeon-Bossatsu tenha se apossado de si desde 1926]. Fiz curas até 1934, 6 anos depois e por mais 6 anos, até 1940, fiz em Kaminogue e, por mais 6 anos até 1946 é a obra de alicerce. O meu aprimoramento terminou. Desde o ano passado, virou a época de Miroku (Sol, Lua, Terra) [desde 1947 virou a época de Miroku Kannon = Miroku San-E]. “No Budismo, existem as seguintes expressões: "encontro dos três Miroku", "aurora do encontro dos três Miroku", "baladas dos sinos do encontro dos três Miroku". Bem, isso mostra que existem três Deuses Miroku: um que representa o Sol (Kannon), outro, a Lua (Cristo), e mais um outro que representa a Terra (Buda). Ou seja, é a trilogia do Sol, Lua e Terra. E o centro de Miroku é o Espírito Santo do Izunome [pois, de Izunome-no-Kami é que surgiu Kannon, Cristo e Buda].” “O termo "Miroku San-E" significa o encontro dos três Mirokus, ou seja, Shaka (Sakyamuni)(Buda), Amida (Cristo) e Kannon.” “Interlocutor: Qual é a relação entre Miroku Oomikami e Miroku Bossatsu, que consta no Sutra Lótus? Meishu-Sama: Miroku Bossatsu é um discípulo de Sakyamuni. Miroku Oomikami vai surgir [pela segunda vez] doravante neste mundo. A profecia de Sakyamuni que diz que Miroku Bossatsu vai surgir depois de 5.670.000.000 anos se refere à Miroku Oomikami [ou seja, 5.670.000.000 quer dizer apenas depois, e não, do encontro de 5 = Kannon, 6 = Cristo e 7 = Buda].”

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“Do Mundo Espiritual o Poder de Miroku Oomikami atua nas pessoas por meio do meu corpo. Os três anos seguintes [1948-1951] são a obra de alicerce do Mundo Material e terminada esta obra, será mundial. [em 15/06/1951 o Mundo Material deu o primeiro passo para entrar na derradeira fase da transição para o Mundo da Luz Divina, em 15/06/1961, entra na primeira fase da transição para o Mundo do Dia, e em 15/06/1991 na segunda fase]. O amuleto com o (?) no meio no Ohikari significa que desceu do Céu para a Terra. Não está nas orações? Que Koomyo-Nyorai (fogo x água) [Fogo x Água] se manifesta em Ooshin-Miroku (Miroku Flexível) [encarnação da ação livre e desimpedida]. Ele atua de acordo com a pessoa, em termos mais abrangentes age de modo a estar de acordo com o mundo. Não adianta tentar mostrar a ostentação. É preciso agir de acordo com a sociedade em questão. Caso contrário seria tratado por louco, como aconteceu com (?). Sol, Lua e Terra também têm três níveis. Para o Mundo Material é Koomyo Nyorai e Kannon [como Kanzeon-Bossatsu]. Precisaria explicar a fundo, mas ainda não é a hora. [ousa-se em dizer que para o Mundo Espiritual é Deus desse mundo e Kakuryo-no-Kami; e para o Mundo Divino é Ooshin-Miroku e Miroku San-E]” “O grande misericordioso Kanzeon-Bossatsu humildemente, passou a ter o nome de Messias. (...)” “Mesmo sendo possuidor de um elevado Nível Divino, Kannon promove a salvação. Num nível bem inferior, como Bossatsu.” Assim se pode observar que DEUS tem os nomes de Kannon [Kannon da Salvação Mundial] e Messias assim como o Deus Kanzeon Bossatsu. “Kannon, Messias, Miroku, Koomyo-Nyorai,

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os nomes diferem mas Deus [DEUS] é um só.” Também se pode observar que DEUS tem os nomes de Miroku [Miroku Kannon] e Koomyo-Nyorai. De fato, Fogo x Água x Terra = SE x LE x TE = Miroku Kannon = Meishu-Sama > Fogo x Água = = SE x LE = Izunome-no-Kami = Koomyo-Nyorai = Kannon de Mil Braços. E que de maneira análoga se pode deduzir algo semelhante com: Koomyo-Nyorai como Izunome-no-Kami, e Miroku como Meishu-Sama, ou seja, Izunome-no-Kami passou a ter o nome de Meishu-Sama, de modo que este mesmo sendo possuidor de um elevado nível divino promove a salvação no nível menor daquele; os nomes dos dois diferem, mas DEUS é um só. “Kannon é o Deus Izunome, é a personificação [expressão] do Deus [DEUS] Miroku (Miroku Oomikami).” O Fundador que ocupava o cargo de Conselheiro desde 1947, quando foi fundada a Igreja Kannon do Japão, passou a ocupar a posição de Líder Espiritual e a aparecer no primeiro plano da Igreja. A partir desse momento começou a usar o nome de Meishu-Sama, que significa “Senhor da Luz”. “Até 02 de abril de 1950 - eu, Meishu-Sama, era chamado pelos adeptos “Dai Sensei” (= Grande Mestre). A partir dessa data, mudei, por ordem de Kannon, o meu nome para Meishu-Sama (o Senhor da Luz) denominação formada de: Mei que corresponde ao ideograma (= a Sol e Lua respectivamente); Shu (Senhor, dono) representado pelo ideograma. Sama é apenas uma forma de tratamento respeitoso, aplicável a qualquer pessoa.” “Como diz o referido senhor, anteriormente, eu era chamado de Grão Mestre. Na época, a minha atuação era de Bossatsu de Kanzeon-Bossatsu e por isso era adequado, mas depois que virei Nyorai [Koomyo-Nyorai], mudei para o nome de Meishu (Senhor da Luz).” [devido a: Koomyo-Nyorai = Aquele que veio com a Luz de Deus; Meishu-Sama = Senhor da Luz de

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Deus, embora a rigor seja “Senhor da Luz de Deus Supremo, assim, além de SE e LE se tem a TE]. “Ao se fazer um pedido, as pessoas costumam fazê-lo a “Koomyo-Nyorai” e a “Meishu-Sama”, mas só “Meishu-Sama” é suficiente. Isto porque eu tenho a atuação de Koomyo-Nyorai Sama. Eu sou a origem e por isso basta pedir apenas à origem. (...) Tsukuyomi-no-Mikoto também veio comemorar. Um dia publicarei na revista “Paraíso Terrestre”, mas como ainda é cedo, estou pensando em fazê-lo no Ano Novo. Para salvar é preciso o Deus da Lua e o Deus do Sol juntos. A luz surge da perfeita união do Sol e da Lua. Tanto o Sol como a Lua possuem luz, mas o verdadeiro poder da luz só surge com a perfeita união de ambas. Por isso, a Luz do Johrei que sai de mim é a Luz do Sol e da Lua juntos. O “myo” do nome Koomyo-Nyorai é constituído de (?) (sol) e (?) (lua) e, portanto a Luz do Sol e da Lua constituem o verdadeiro Poder.” “Embora isso não tenha sido para menos, pois não havia dito a verdade. Koomyo-Nyorai Sama é o meu representante Como é muito difícil eu ir toda hora na presença dos fiéis, faço com que Koomyo-Nyorai Sama seja enviando e agraciado - seja cultuado. Tenham essa intenção. (fiquem cientes) Por isso em casos corriqueiros, basta pedir a Koomyo-Nyorai Sama. E, dependendo do caso, quando for um sofrimento insuportável ou de perigo e urgência, é bom fazer o pedido diretamente a Meishu-Sama. Pois eu, em suma, sou o fabricante. Creio que ficaria fácil de entender se pensarem que é no sentido de pedir para falar diretamente com o fabricante.” “Da mesma forma, quando Bodhisattva Kannon transforma-se em Koomyo-Nyorai, está, de fato, manifestando o ponto de cruzamento entre o vertical e o horizontal, de onde surge a verdadeira força da Luz de Deus (= poder de Kannon) [Fogo x Água]. (...) Bodhisattva Kannon, depois de transformar-

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se em Koomyo-Nyorai, manifestou-se como Miroku, com um poder trino: de fogo, de água e de terra.” O número dezoito (18), com os números de 1 a 10, sem repeti-los, tem duas composições: com dois números (10+8) e com três (5+6+7) [existem outras como 3+6+9]. A primeira simboliza Miroku Kannon ou Miroku Izunome-no-Kami, pois, dez é Deus e oito é Kannon ou Izunome-no-Kami. A segunda simboliza Miroku San-E, pois, é o resultado ou encontro de Miroku do Sol Espiritual com Miroku da Lua Espiritual e com Miroku da Terra Espiritual, isto é, o encontro de Kanzeon com Cristo e com Buda, ou seja, Meishu-Sama [Miroku dos três mundos, do Paraíso Terrestre]. “Ontem, aconteceu uma coisa engraçada. No Culto da Primavera passada eu falei que os números que até agora eram 5, 6, 7 lê-se Miroku, passarão a ser 3, 6, 9 também se lê Miroku. E, os participantes do Culto ontem somaram 369 pessoas. Depois do Culto da Primavera ontem foi o primeiro Culto, por isso, o fato desse número ter aparecido aí, podemos compreender que, realmente, Deus é livre. Deus faz muito dessas coisas e esse é o lado brincalhão dele. Isto é, essa é a força de Deus. “Ele realiza qualquer coisa sem pestanejar”, é o que nos mostra. Portanto, a participação de vocês no Culto está bem determinada por Deus; hoje é fulano, essa vez será beltrano.” ● Kannon (ocidental): Jeová, Messias, Michael e Cristo (Segunda Vinda). “Cristo [Segunda Vinda] e Jeová também, Goto e Messias, Deus também, todos são nomes de Kannon do ocidente.” “Arcanjo Michael não tem natureza angélica, e sim divina, sendo o próprio Cristo.” [A tradução literal para o nome Michael é “Aquele/Quem como Deus”, pois: Mi = Aquele/Quem(?); Ka = Como; El = Deus].

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“Michael [Cristo], Messias e Jeová são nomes das diferentes manifestações de Kannon.” “Retirando a vestimenta de Kannon é o grande momento de se manifestar como Messias.” “O assunto agora seria sobre Jesus e na Bíblia ele fala diversas vezes que “vai fazer a salvação através do Espírito do Pai do Céu”. Por isso Jesus Cristo seria o filho de Jeová.” “(...) o Deus da Igreja Messiânica, é engraçado dizer isso, mas é o Jeová da Igreja Católica.” “Deus [DEUS], o Supremo Deus, é Jeová.” “Jeová desceu do céu para perdoar Os pecados cometidos por todas as divindades e budas.” “O mistério da Segunda Vinda de Cristo não será desfeito enquanto não chegar o momento da vinda de Messias Está programado que Cristo se tornará o Messias que surgirá no fim do mundo.” “Naquela época havia uma Igreja Cristã chamada Holyness, dirigida por um indivíduo chamado Shigueharu Nakata. Seis dirigentes dessa Igreja foram presos e, por causa de torturas e maltratos, dois deles morreram na prisão. Na realidade, é como se tivessem sido assassinados. O Sr. Nakata também adoeceu e acabou morrendo. Qual foi a causa disso? É que eles eram partidários da “Segunda Vinda de Cristo” e eles acreditavam nisso. Diziam que a Segunda Vinda de Cristo seria no país de ouro, que no caso é o Japão. Haviam muitos partidários da Segunda Vinda de Cristo que afirmavam que ele deveria aparecer no Japão. Havia uma pessoa de Osaka que afirmava que o local de manifestação era sem dúvida, em Osaka. Acreditando que ele teria surgido em Osaka, andou até procurando o Cristo, sabe?

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Certa pessoa da Igreja Holynes fora indagado: “Se Cristo surgisse, que, afinal, seria o mais importante: O Imperador ou o Cristo?” E ele respondeu: No Japão, o Imperador é, sem dúvida, o mais importante, mas em termos mundiais, devemos considerar o Cristo acima, pois ele salvará toda a humanidade”. Essas palavras foram motivo de punição. Naquela época, os militares do Japão acreditavam que o Imperador iria realizar o Hakko-iti-u a unificação do mundo. Portanto, a afirmação de que o Cristo é mais importante que o Imperador era uma questão muito séria. Só por isso eles tiveram que encerrar suas atividades, sabe? Parece que recentemente, eles recomeçaram suas atividades de forma bem restrita; mas foi realmente um fato lamentável. O Sr. Nakata Shigueharu era uma pessoa admirável e o que ele dizia era correto, sabe? Entre as Igrejas Cristãs a que mais me interessou foi a Igreja Holyness. Ouvi dizer que em algum lugar foi instalada uma Igreja denominada Holyness.” “(...) a Segunda Vinda de Cristo, a Vinda do Messias e o Nascimento de Miroku foram previstos por grandes profetas e santos.” “O Deus Messias tão aguardado por [Jesus] Cristo, Sakyamuni, Maomé desceu do céu.” “É preciso também saber o seguinte. Desde os tempos antigos, os fundadores de religião costumam perguntar tudo a Deus, não é? Aí recebem a declaração e dizem que Deus falou determinada coisa, não? Quem ouve isso fica muito agradecido. Sente gratidão. Entretanto, eu [Meishu-Sama] não faço essas coisas. Falo de modo simples em cada circunstância e por isso minhas palavras não mostram ser merecedoras de gratidão, sabe? Por isso, as pessoas tendem a negligenciá-las e deixa escapar muita coisa. Aí, quando acontece algo, é que vão perceber que já ouviram coisa semelhante. No início, dificilmente pensam assim. Por isso existem muitas pessoas que não agem conforme o que eu digo, sabe?

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E isso acontece porque eu não tenho necessidade de perguntar a Deus. O Deus que está em meu ventre é o mais elevado. Pois, o que eu digo e faço é o mesmo que o próprio Deus realizá-los, sabe? Isto é a coisa direta. Entretanto, os fundadores das religiões existentes até agora eram todos indiretos. Até mesmo Jesus Cristo dizia que nasceu pelo desígnio de Jeová, que era o Pai do Céu etc., mas ele era indireto. Já o Deus que está em mim é igual a Jeová. E por isso eu não reverencio Deus. Em qualquer religião, de qualquer lugar, por ocasião dos Cultos, o fundador reverencia respeitosamente Deus, não é? Eu não faço isso. Isto porque não existe um Deus que eu deva reverenciar. Se existem deuses todos são inferiores a mim. Por isso os deuses podem até me reverenciar. É por isso que seja para escrever um talismã, eles fazem a higiene pessoal, vestem-se a rigor e o escrevem com todo respeito, mas eu, no verão, por exemplo, escrevo seminu. Eu passo por todas as coisas de modo normal seja qual for ela. Pois não há necessidade de dificultar as coisas. E é por isso que se torna possível pensar esse ponto de modo oposto. Sou visto do contrário. Sou mal-interpretado, sabe? Mas eu acho que quanto a isso não tem importância se passarem a entender aos poucos. Por isso e não me importo com mal-entendidos passageiros. Eu não falava muito sobre essas coisas porque seria como fazer as pessoas acharem que sou um deus encarnado e não gosto muito. Por isso, as pessoas freqüentemente negligenciam o que eu digo e muitos são os erros decorrentes daí, de modo que achei melhor deixar falado. Então, bem conscientes disso, poderão entender claramente se compararem as outras religiões e fundadores.

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Um exemplo bem visível é que os milagres de Jesus são muito famosos. Mas os meus discípulos realizam de modo imenso milagres iguais aos de Jesus, não é? E existem até milagres maiores. Se tivesse tempo gostaria de lê-los, sabe? Poderíamos dizer que são mais do que simples milagres. Vou colocá-los no jornal e, como não há tempo para lê-los agora, não vou fazê-lo (...) Por isso, este milagre, por exemplo, nem Jesus - como na época não existia luz elétrica e outras coisas, era inevitável - mas é um milagre superior ao de Jesus. Jesus e todos os outros casos que mencionei há pouco são um poder indireto. No meu caso é um poder direto e isso pode ser comprovado só de observar esses fatos.” “O poder que salvará as divindades e budas e todas as pessoas é o supremo poder de Messias. Messias [Kunitokotati-no-Mikoto], Cristo [Segunda Vinda] e também Miroku [Oomikami] tão esperados descerão do céu.” “Creio que a Segunda Vinda de Cristo esperada por muitos e o aparecimento de Messias [Kunitokotati-no-Mikoto] e Miroku [Oomikami] são a mesma coisa.” ● Kannon (mundial): Jeová, Messias, Miroku Oomikami e Kunitokotati-no-Mikoto. “[Meishu-Sama:] Vou evitar falar sobre Kunitokotati-no-Mikoto. Como as forças aliadas estão muito atentas ao Xintoísmo do Japão, é melhor não falar sobre Kunitokotati-no-Mikoto ou Amaterassu Oomikami. O que você está indagando não tem nenhuma relação com a vida cotidiana atual. As forças aliadas estão querendo tornar cristãos os japoneses a fim de que o Japão não faça mais guerras. Até agora, o Xintoísmo, ligando o Amaterassu Oomikami ao Imperador, veio colaborando com a guerra. Por isso, os Estados Unidos não gostam disso. Não se simpatizam com as divindades do Xintoísmo.

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O pensamento sobre o país divino existente até agora está errado. Não se pode pensar que só o Japão é um país divino. Deus [no caminho de DEUS Propósito] irá salvar imparcialmente a humanidade e jamais somente o Japão. Talvez tenha surgido pergunta como esta tanto na nossa Igreja como no exterior. Por isso, podemos pensar que Miroku Oomikami é Jeová, é Messias. [e não Amaterassu Oomikami e Kunitokotati-no-Mikoto, ou melhor, Ookunitokotati-no-Mikoto e Kunitokotati-no-Mikoto]” “[Meishu-Sama:] Indo desta vez a Nara, entendi que o Príncipe Shotoku é Kannon. O Príncipe fui mesmo eu. Soube disso. A porta do Palácio do Sonho se abriu bem na hora - é certeza que isso só acontece uma vez por ano - e naquele momento, o espírito de Kannon [já Kannon da Salvação Mundial?], bem, entrou em mim. E o que fiquei sabendo é que estava esperando o momento até agora. Isto porque Nara é a origem do budismo, foi dali que o budismo teve início. Por isso, e perguntando diversas coisas sobre os templos de Nara, vemos que ainda não haviam surgido religiões. A isso a filosofia budista chamou de religião primitiva, sabe? Em seguida, surgiu o budismo montanhês. E só depois é que se formou o budismo de seitas. Por isso a religião da Era Nara é centralizada de um modo geral em Kannon. Existem Amida, Sakyamuni, vários, Yakushi Nyorai [Buda dos Remédios] também é Kannon, sabe? Quase todos eram centralizados em Kannon. [com a ordem crescente: Bodhisattva Kannon = Kanzeon-Bossatsu = Izunome-no-Mikoto (5); Amida = Cristo (6); Sakyamuni = Buda (7); Kannon dos Mil Braços = Izunome-no-Kami = Koomyo-Nyorai (8); Miroku Kannon = Miroku San-E = Izunome-no-Ookami (18); Ooshin-Miroku (talvez vá até 20) e Kannon da Salvação Mundial (36)]. Em suma, o Príncipe Shotoku é um pequeno modelo do Kannon de Mil Braços. E o que estou realizando agora é a ação do Kannon de Mil Braços. Por isso, faço diversas coisas de forma

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ilimitada. Até agora, o Kannon da Salvação do Mundo (Messias) estava no Pavilhão do Sonho e soube que nele, o Príncipe Shotoku sempre fazia seus escritos, vivia lá como se fosse sua residência. E ele se chama Pavilhão do Sonho - o nome sonho que é interessante. Isto é com certeza, o sonho daquela época do Príncipe Shotoku finalmente está para se concretizar. Normalmente é muito difícil se colocar um nome como Sonho. Costuma-se colocar um nome mais direto, que possui algum significado, não é? E lá está escrito Kannon da Salvação do Mundo. Nos documentos literários, consta Kannon da Salvação do Mundo, cuja leitura em japonês é Gusse Kannon [Guce Kannon ou Guce-no-Mikami = Messias]. E fui eu quem chamou de Messias, e por isso é bem interessante ter ido desta vez. Existe um significado. O fato de ter ido bem no dia em que isso já estava decidido. Pela programação, deveria ter ido no dia seguinte, mas como a atividade do dia terminou logo, ficou decidido ir até o Templo Horyu. Visitaríamos o Templo e o restante seria deixado para o seguinte. Mas se tivéssemos deixado para o dia seguinte não teríamos visto o Kannon da Salvação do Mundo (Messias). Realmente, estava decidido assim.” No entanto, o nome Kannon como DEUS desaparecerá. “Kannon é o Deus [DEUS] Izunome [Miroku Kannon], é a personificação do Deus [DEUS] Miroku (Miroku Oomikami). Consequentemente surgirá o dia em que o nome Kannon desaparecerá. No Mundo Espiritual ele praticamente já não existe.” “Interlocutor: Sendo assim, a fé centralizada em Meishu-Sama pode ser interpretada como uma adoração centralizada no Kannon da Salvação do Mundo (Messias). Meishu-Sama: Não. O nome Kannon ainda constitui um disfarce e por isso não surge o Poder verdadeiro. Pois é Deus [DEUS] quem faz a Providência, sabe? (...) Messias é o nome de

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ser humano. Deus [DEUS], o Supremo Deus, é Jeová [na Babilônia antiga se descobriu placas, há 2.200 a.C., 300 anos antes de Abraão que foi o primeiro patriarca da Bíblia, escritas que “Javé (Jeová) é DEUS”].” Assim, grosso modo, ocorrerá a inversão: Kunitokotati-no-Mikoto (personificação de DEUS na última Era do Dia; Primeira Abertura do Portal de Rocha do Céu) → Kannon Izunome (personificação de DEUS na última Era da Noite) → Kunitokotati-no-Mikoto (personificação de DEUS na próxima Era do Dia; Segunda Abertura do Portal de Rocha do Céu). Agora, com esse último parágrafo, se acredita poder compreender totalmente a resposta de Meishu-Sama de que Izunome-no-Kami seria descendente de Kunitokotati-no-Mikoto e que em termos de posição [até 01/05/1951] Izunome-no-Kami seria superior a Kunitokotati-no-Mikoti. “Existem as épocas. O Deus chamado Kunitokotati-no-Mikoto é o Criador. Na época da criação, o Grande Kunitokotati-no-Mikoto [Ookunitokotati-no-Mikoto] criou todas as coisas.” “Ushitora-no-Konjin [Kunitokotati-no-Mikoto], que é o Deus mais elevado.” “Com o surgimento do Ushitora-no-Konjin, o Mundo Espiritual clareia porque ele é uma divindade da linhagem do Fogo (Sol Espiritual/Dia) e possui uma Luz muito forte.” Em 21/08/1952: “Tratando-se do deus do espírito do país, a abrangência é bem ampla. Quando são do nível de Amaterassu Ookami, Sussanao-no-Mikoto, possuem luz do tamanho do Japão ou da Coréia. E a Luz que alcança o mundo todo é do Deus Messias que está em mim [que só nascerá em 1954]. E ela será para o mundo inteiro. Por isso, chamamos Igreja Messiânica e Associação Komanji. Esta é muito grandiosa, pois possui o nome do deus. Shiseisenteroso que é um nome mundial. Shiseisentenroso é Kunitokotati-no-Mikoto. Por isso, o Deus que está comigo possui a Luz mais forte.”

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Mas, na Era da Noite: “Por isso, a expressão: “Deus também está penalizado”, é no sentido de que o Ushitora-no-Konjin, que é o Deus mais elevado, cai em nível inferior [como Kannon = Izunome-no-Kami = Kanzeon-Bossatsu]”. 1.7. Na Era do Dia (Messias). Uma vez falaram para Meishu-Sama que “Em seu poema vemos escrito: “Cristo [Jesus de Nazaré], [Buda] Sakyamuni [Sidharta Gautama], Messias [Mokiti Okada como Meshia-Sama], Kannon [Mokiti Okada antes e durante Meishu-Sama], são deuses [Deuses e DEUS] com aspecto humano”.” Mokiti Okada inicia seu desenvolvimento na Transição da Era da Noite para a Era do Dia desde quando a Bola de Luz se estabeleceu no seu ventre [1921], quando ele percebeu a presença de Kannon ao seu lado [1923], Kanzeon-Bossatsu apossou-se de si [1926], sinal de ser a Luz do Oriente [1928], Dragão Dourado [Izunome-no-Kami = Kunitokotati-no-Mikoto] passa a ser seu espírito guardião [1929], Kanzeon sai de Bossatsu e passa para o Nyorai Kannon de Mil Braços = Koomyo-Nyorai [1934], depois com o encontro de Kannon, Cristo e Buda [ou seja, Miroku San-E = Miroku Kannon = Pai, Filho e Espírito Santo, em 1947], até o Messias [1950]. A transformação da atuação de Kanzeon-Bossatsu para Izunome-no-Kami se dá em 1934 no Plano Superior do Mundo Espiritual, no momento em que Kanzeon ao descer do Céu à Terra em Koomyo-Nyorai, ou seja, no instante da passagem de Buda Kanzeon (5) ou Kannon Kanzeon (5) para Deus Izunome (8). Já o encontro da Santíssima Trindade Kannon, Cristo e Buda se dá em 1947 no Plano Superior do Mundo Divino. Antes de tecer mais abordagens se trata um pouco mais dos postos Kannon, Buda e Cristo. A essência deles pode ser assim resumida:

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Kannon (Ookunitokotati-no-Mikoto): Kunitokotati-no-Mikoto ▬ Izunome-no-Kami (reencarnação de Kunitokotai-no-Mikoto) → Kanjizai-Bossatsu → Kanzeon-Bossatsu → Mokiti Okada [Kannon do Sol Espiritual (Kanzeon-Bossatsu) → Kannon dos Mil Braços (Izunome-no-Kami) → Miroku Kannon (Meishu-Sama) → Kannon Ooshin-Miroku → Kannon da Salvação Mundial (Kunitokotati-no-Mikoto → Meshia-Sama = Messias → Miroku Oomikami)]. Buda (?, por ser religião panteísta): Kanjizai-Bossatsu (reencarnação de Izunome-no-Kami, o Buda oculto) → Zenzai Doji (reencarnação de Wakahimeguimi-no-Mikoto) → Sakyamuni. Cristo (Jeová): Michael ▬ Hoozo-Bossatsu (reencarnação de Sussanao-no-Mikoto) → Amida → Jesus. O que está escrito “Kunitokotati-no-Mikoto ▬ Izunome-no-Kami.” quer dizer que DEUS Ookunitokotati-no-Mikoto com o papel de Kunitokotati-no-Mikoto só irá entrar em cena no Mundo Material cerca de três mil anos depois; porém assumiu o novo papel de Izunome-no-Kami que foi responsável pelo surgimento de Buda, Cristo e Kannon. DEUS ficou assim com os papéis de Kunitokotati-no-Mikoto (ELE escondido no Mundo Material), Izunome-no-Kami (ELE surge no Mundo Material sem se revelar) e Jeová (ELE revelado). Já “Michael ▬ Hoozo-Bossatsu” quer dizer mais “Michael e Amida se encontram no Mundo Espiritual”. Relacionando-se os postos com as raças e os astros que compõe o universo (Sol, Lua e Terra) se tem: 1º) Miroku’s na linhagem da raça Yamato são: Miroku do Sol Espiritual = Amaterassu Oomikami; Miroku da Luz Espiritual = Izunome-no-Kami; Miroku da Luz Divina = Meishu-Sama. 2º) Miroku na linhagem da raça Izumo é Miroku da Lua Espiritual = Cristo = Amida = Sussanao-no-Mikoto = Jesus. Eis o que diz Meishu-Sama: “O Deus chamado Sussanao-no-Mikoto, como também consta em meus livros, é o ancestral da cultura material dos judeus, mas não é bem isso. Também pode se dizer

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isso, mas o povo israelita é filho de Sussanao-no-Mikoto e ele corresponde ao povo judeu. A cultura material que temos hoje é a cultura judia. Em suma, ela foi construída por Sussanao-no-Mikoto. Então, Jesus é descendente de Sussanao-no-Mikoto. Por isso, Jesus tem por ancestral um deus que nasceu de Izanagui-no-Mikoto. (...) Seria muito interessante contar mais detalhes sobre essas coisas, mas pretendo escrevê-los aos poucos.” 3º) Miroku na linhagem da raça Tenson é Miroku da Terra Espiritual = Buda = Sakyamuni [uma outra narrativa fala da vinda, bem mais tarde, muito depois de Sussanao-no-Mikoto, de outro herói pertencente à dinastia chinesa Chou, chamado Tenson Ninigi-no-Mikoto, cujo antepassado tem o nome de Banko Shinno (rei divino de Banko). Este é considerado, na China, como se fosse Amaterassu, rei da linha solar, o homem divino, também conhecido como Banko Shi. Quando Banko Shinno tomou conhecimento de que o Japão estava dominado por Sussanao-no-Mikoto, resolve reagir, mas morreu antes de conseguir o seu intento. Então, a conquista só vai ser concretizada mais tarde, por outro grande líder da terceira geração Banko Shi chamado Kamiyamato-Iwarehiko-no-Mikoto (que é o mesmo Ninigi-no-Mikoto)]. [Por isso, quando Meishu-Sama perguntado “No Ensinamento sobre as considerações espirituais, a linhagem de Banko Shinno seria da linhagem do Sol?”, ele respondeu que “Seria da sub-linhagem do Sol.”]. Os Miroku’s designando Deus vivo são: Miroku do Sol Espiritual = Kanzeon-Bossatsu; Miroku do (Sol Espiritual x Lua Espiritual) = Izunome-no-Kami = Koomyo-Nyorai; Miroku do (Sol Espiritual x Lua Espiritual x Terra Espiritual) = Miroku do Universo = Meishu-Sama; Miroku do UNIVERSO = Miroku Oomikami. Abordando-se o encontro de Kannon, Cristo e Buda se enfatiza que desde antigamente existe no budismo o termo “Miroku San-E”. Como até os dias de hoje esse termo permanecia envolto em mistério, era impossível compreender o seu significado.

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De acordo com os ideogramas que compõem o termo "Miroku San-E", ele significa o encontro simultâneo dos três Miroku’s. Buda é Miroku da Recompensa [atuação no sentido de retribuição], Miroku da Terra [da Terra Espiritual]. Amida é Miroku da Lei [atuação do bem, não permite nenhum mal], Miroku da Lua [da Lua Espiritual]. Kannon é Miroku da Concordância [atuação de acordo com o tempo, lugar e posição espiritual de cada um], Miroku do Sol [do Sol Espiritual]. Assim: Miroku San-E = Buda x Cristo x Kannon = Miroku da Terra Espiritual x Miroku da Lua Espirtual x Miroku do Sol Espiritual = Deus da Terra Espiritual x Deus da Lua Espiritual x Deus do Sol Espiritual = DEUS da Luz Divina = DEUS do Universo. Esses três santos (Buda, Cristo e Kannon) deveriam, na verdade, estar dispostos na seguinte ordem (Kannon, Cristo e Buda): os espíritos do Sol, Lua e Terra, ou Fogo, Água e Solo, ou ainda 5, 6 e 7. [“O número cinco representa Deus, [Céu, Mundo Espiritual do Mundo Material], o número seis representa o [Espaço Intermediário ou Mundo Atmosférico do] Mundo Material, ou seja, a Cultura da Ciência - água, e o número sete representa [Terra, o Mundo Material do Mundo Material], o Mundo Búdico – solo.”]. Somando-se esses números, o resultado é 18. A respeito do número 18, nos ensinamentos da Igreja Oomoto está escrito: “Até agora o Céu era 6, o Mundo Intermediário 6 e a Terra 6. Mas o espírito de "1%" desceu do Céu para a Terra, e o Céu se tornou 5 e a Terra 7." Trata-se pois da Previdência de Deus [DEUS] de profundo significado. Esse espírito de "1%" vem a ser o ponto central. Por esse motivo é que surgirá a sagrada época de 5, 6, 7 [Mundo de] (Miroku). Algo análogo a Santíssima Trindade com inversões, donde 7 no lugar de 5: “A seguir, vou mostrar algo interessante. Pelo fato de Kannon ter nascido do budismo, este [o budismo] é seu o progenitor [de Kannon]. Buda, fundador do budismo, vem a ser o pai do pai [de Kannon]. Portanto, o deus Izunome-no-Kami, que gerou Buda, é pai [bisavô de Kannon] e antepassado de

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Kannon. E ainda: esse deus [Izunome-no-Kami] torna-se Kanzeon. Portanto, também a partir desse ponto, poderão compreender que Buda é a personificação de Deus, uma vez que Buda é o elemento Terra, ele realiza o trabalho de pai-genitor [de Kannon]. Amida é Lua e mulher, logo, pode-se dizer que é a mãe de Kannon. Ou seja, tanto a Terra como a Lua possuem o sentido de gerar o Sol. Essa é, também, a Verdade-Real do Universo.” “Sakyamuni e Jesus também não sabiam da Providência Divina do Deus Izunome [Kannon] que guardavam em suas mãos.” Ooshin-Miroku = Miroku Flexível parece oscilar entre Koomyo-Nyorai (8) e Miroku San-E (18), ou um pouco mais de Miroku Kannon e menos que Miroku Oomikami (36), talvez = 20: "Kanzeon-Bossatsu, sendo descendente direto e divindade manifesta do Deus Supremo, possui a força absoluta. É a divindade que surgiu no mundo búdico. No Cântico da Boa Palavra (Zenguen Sanji), consta: "Ora se manifestando como Koomyo-Nyorai, ora se transformando em Ooshin-Miroku". Este último [Ooshin-Miroku] ainda é Buda, não sendo essa a sua natureza original [DEUS]. Futuramente, transformar-se-á no Deus do Sol, da Lua e da Terra [Deus do Sol Espiritual x Deus da Lua Espiritual x Deus da Terra Espiritual], ou seja, [Miroku San-E que é uma manifestação de] Miroku Oomikami. Atuando como Deus Miroku [Miroku Oomikami], Ele [Ooshin-Miroku] manifestará a força da trindade dos elementos Fogo, Água e Terra." Após se ter abordado um pouco mais sobre os postos Kannon, Buda e Cristo, bem como sobre Miroku San-E e Ooshin-Miroku, se versa a respeito deste item que é sobre o Messias. Messias não é Kannon, Cristo, Buda, Koomyo-Nyorai, Kakuryo-no-Kami, Miroku do Mundo Espiritual, Miroku San-E, Ooshin-Miroku, mas sim é Kunitokotati-no-Mikoto. Não o Kunitokotati-no-Mikoto que esteja por estes postos como o de Kannon, Cristo, Buda e Koomyo-Nyorai (como Izunome-no-Kami, sendo que Cristo de forma indireta), Kakuryo-no-Kami e Miroku

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do Mundo Espiritual (como Enma-Daio), Miroku San-E e Ooshin-Miroku (como Meishu-Sama), mas sim o Kunitokotati-no-Mikoto como o Ookunitokati-no-Mikoto. Em 28/02/1948: “Anteriormente, Kunitokotati-no-Mikoto tinha o poder do mundo nas mãos, mas na noite do solstício de primavera (setsubun, 3 de fevereiro) se transformou no Deus Dourado do Nordeste que foi preso no Kimon (nordeste). [DEUS] Kunitokotati-no-Mikoto se transforma [no Mundo Material] em [Deus] Izunome Ookami. Kunitokotati-no-Mikoto, no Mundo Espiritual, se transforma em [Deus] Enma Daio e realiza a função de punir, mas como as pessoas são muito coitadas pela sua severidade, ele fica metade Enma Daio e metade Kannon. Deus [DEUS] é rigoroso, mas Buda [Deus] é a piedade e por isso Izunome Ookami, no mundo búdico, virou Kannon [Deus que não é DEUS]. Em suma, é a misericórdia indiscriminada para o bem e para o mal. A teoria de que os budas e bossatsu’s se transformam nos deuses deixando sua terra de origem [Índia] para salvar o povo [japonês] também estava errada até agora. O sentido é que ele [Izunome Ookami] retorna ao Japão e salva os homens [e não somente os japoneses]. Em 20/09/1948: “Interlocutor: O Mundo Espiritual é regido por Ookuninushi-no-Mikoto e o Mundo Material, por Kunitokotati-no-Mikoto. Quem rege o Mundo Divino? Meishu-Sama: Kunitokotati-no-Mikoto não rege [o Mundo Material]. Ele está realizando a Grande Purificação, mas não posso falar, além disso. O Mundo Espiritual é Ookuninushi-no-Mikoto. O Deus [DEUS] regente do Mundo Divino vai ser definido, ainda [após o falecimento de Meishu-Sama no dia 10 de fevereiro de 1955? Ou mesmo já em 15 de junho de 1950?]. Interlocutor: O Supremo Deus seria tudo isso em termos globais?

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Meishu-Sama: Sim. É. É o (??????). Esse não muda. Mas ainda não surgiu a regência [do Mundo Material] de um Deus [DEUS] com individualidade [O que sempre surge é DEUS com generalidade como Supremo Deus, Miroku Oomikami, Jeová, Pai do Céu e Alá]. Por isso, até nas religiões, nenhuma dominou o mundo.” Em 01/05/1951 [três anos seguintes a partir de 28/02/1948]: “Interlocutor: O Primeiro céu, na constituição do Mundo Espiritual, [Deus do Mundo Espiritual e Kakuryo-no-Kami] ainda não estava [bem] formado. Meishu-Sama: Isso mesmo. Interlocutor: Qual é o trabalho de Kunitokotati-no-Mikoto, na ocasião? Meishu-Sama: É o trabalho de julgar [julgamento do Mundo Espiritual para o Mundo Material]. Ficando pronto, a atuação de Kunitokotati-no-Mikoto fica diferente. A atuação da conclusão chama-se Miroku (5, 6, 7) [início em 1947 e final em 1954 quando Kunitokotati-no-Mikoto vai surgir no Mundo Material e julgar as pessoas vivas] [Juízo Final]. Em 20/05/1951: Interlocutor: Como é o Deus do Mundo Espiritual? Meishu-Sama: É o Deus que rege o Mundo Espiritual. Antes era o Enma Daio. É Kunitokotati-no-Mikoto. Este deus [Deus], há cerca de dezenas de anos atrás, foi designado por Ookuninushi-no-Mikoto para reger o Mundo Espiritual e atualmente está trabalhando no Mundo Material. Está me protegendo. Quando não entendo algo, pergunto a ele e ele me ensina de forma bem simples [por ser seu espírito guardião, desde 1929, e também por causa do Yukon que será visto em 6.19.] É um deus [DEUS] de muito poder e nenhum demônio é páreo para este deus. O Poder Kannon tem origem no Poder de Kunitokotati-no-Mikoto. Ele é também o deus [DEUS] do julgamento.”

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Em 01/07/1951: “Outra coisa que gostaria de falar é que desta vez o Sr. Ookussa, o Sr. Matsui e o Sr. Suzuki Shogo - atual membro do congresso - creio que os senhores os conheçam bem. Eles três fizeram um tipo de turnê no nordeste. A primeira palestra foi em Ohara-cho, uma cidade do estado de Aomori, que em termos de Japão fica no extremo norte. Começaram por lá. Disseram-me que foi um sucesso. A cidade é pequena e vieram cerca de mil pessoas. Agora, Deus [DEUS] começou a divulgar de forma propriamente dita. Pois como sempre digo, o Leste e o Norte são o espírito, não é? E digo também que, se daí nos direcionarmos para o Sul e para o Oeste sempre seremos bem sucedidos. É nesse sentido. E eu vim do leste para o oeste. Escrevo muito sobre isso. O leste do Japão é Tóquio, o leste de Tóquio é Assakussa e o leste de Assakussa é Hashiba. Nasci aí e depois fui vindo cada vez mais para o Oeste. E, à medida que vim vindo para o Oeste, o meu trabalho foi crescendo. Também passei a ser conhecido socialmente. Então, para que a Messiânica seja realmente divulgada, o certo é começar pelo extremo nordeste. Aí vamos dizer assim, Deus [DEUS] irá trabalhar. Este deus é Kunitokotati-no-Mikoto, o Deus dourado do nordeste. É ele quem irá atuar. Então, seria mesmo começar do extremo nordeste. Depois, ir-se-ia cada vez mais para o oeste. Também realizaremos turnês de palestras. A divulgação será nessa ordem. Essa é a verdadeira forma de divulgação. Até agora eram coisas do alicerce.” No início da primavera de 1954, quando se aproximava a grande purificação de Meishu-Sama, ele escreveu quatro ensinamentos a seguir, ou seja, nos dias 4, 5, 6 e 7. O interessante é que eles têm muitas repetições sobre Kunitokotati-no-Mikoto. Em 04/02/1954: “Dizem que hoje, justamente com o início da primavera (4/2), é o dia 1º do antigo calendário (o calendário lunar). Fala-se

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em dia do início da primavera e sempre acho que é cedo. Seja como for, o deste ano tem um grande significado. Ainda não posso anunciar o que é, mas ontem e hoje, aconteceram coisas maravilhosas. Um dia, falarei, mas se trata do modelo de Deus [DEUS]. Isto porque no setsubun (solstício da primavera) existe uma atividade que vem desde os tempos antigos de afastar as catástrofes do diabo como diz o ditado: “felicidade para dentro, diabo para fora”. Por causa disso, nos templos, costuma-se jogar soja do lado de fora da casa. Entretanto, como já disse em outra oportunidade, isso é totalmente sem nexo. O diabo é uma divindade muito eminente. É a divindade chamada Deus Dourado do Nordeste, Kunitokotati-no-Mikoto. No salmo de hoje constava o nome de Tokotati-no-Mikoto e esse nome é uma abreviatura que usei para cantar Kunitokotati-no-Mikoto. Também incluí o nome de “Deus do Nordeste”. Assim, considera-se que o início das coisas se deu na Era dos Deuses, mas não é. Não foi uma época tão remota assim. Considera-se ainda que seja há três mil anos e nessa época já se estava no mundo dos humanos. Houve um período em que o Deus [DEUS] Kunitokotati-no-Mikoto tinha domínios em termos mundiais. Entretanto, por ser um deus muito severo e não perdoar o que estava errado - podemos sabê-lo vendo os Ensinamentos da Igreja Oomoto. Em suma, por ser rigoroso demais, nenhum deus suportou mais e o prenderam, achando que só assim teriam sossego. O deus que o aprisionou se chama Amanowakahiko-no-Kami. (...) considera-se que ficou aprisionado durante três mil anos. E esse Deus [DEUS] incorporou em Deguti Naoko [ou Nao Deguti], fundadora da Igreja Oomoto, no ano 25 da Era Meiji, e ficou muito bravo. A sua primeira manifestação foram estas palavras: “Chegou a época do Ushitora-no-Konjin (Deus Dourado do Nordeste), da flor da ameixeira que desabrocha ao mesmo tempo nos três mil mundos. Chegou a hora do país divino que se

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inicia com a ameixeira e governa com o pinheiro. O Japão é o país divino. Este mundo não vai para frente se Deus [DEUS] não tomar conta. O bambu representa os países estrangeiros”. Como gritou com um vozeirão, acharam que ela estava louca e foi levada para a polícia, ficando detida de 20 a 30 dias. Esse foi o início da Igreja Oomoto. A divindade chamada Ushitora-no-Konjin foi aprisionada e o seu corpo físico não mais existe, mas o espírito foi para o Mundo Espiritual e lá é Enma Daio. Enma Daio é a divindade que julga o bem e o mal, os crimes e os pecados tem a função de julgar/punir. Só de se falar em Enma Daio todos ficaram apavorados. Mas ele, na realidade é um deus [Deus] correto e honesto. Por isso, mesmo partindo para o Mundo Espiritual, um ser humano ruim o vê com um rosto terrível. É o que afirmou um espírito. Quando se trata de uma pessoa de coração bom, o vê com um rosto muito afetuoso, bondoso e respeitoso. Isso é interessante. Por isso, nos ensinamentos da Oomoto está escrito: “O Ushitoran-no-Konjin vai surgir do nordeste como Enma deste mundo”. Enma deste mundo significa que ele vai realizar o julgamento do Mundo Espiritual para o Mundo Material. Como se diz que “vai surgir neste mundo”, ele vai surgir no Mundo Material e julgar as pessoas vivas. Consta ainda nos Ensinamentos da Oomoto: “Até agora era uma proteção oculta. Agora será uma proteção aberta. Isso significa que tudo vai tomar características materiais. E quando isso acontece? Aproximadamente no ano 25 da Era Meiji [1868 + 25 = 1892] avançou-se um degrau do Mundo Espiritual para o Mundo Material. O Mundo Espiritual também é constituído de três níveis e aproxima-se gradativamente, um nível de cada vez. [1892-1922; 1923-1953; 1954-1984. Em 1892 Kunitokotati-no-Mikoto incorpora em Nao Deguti, 1923 é notado como Kannon ao lado de Mokiti Okada, 1954 nasce em Meishu-Sama, 1984 é o início do período de desarmonia interna, que

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levou à divisão da Igreja Messiânica Mundial em três grupos].[2014 ?]. E, terminando o último nível, surge diretamente no Mundo Material a partir de hoje. Sendo assim, hoje é o primeiro dia do Juízo Final [em 04/02/1954]. É assustador, mas isso é apavorante se temos pensamentos ruins ou se temos máculas. Se, ao contrário, nós tivermos um sentimento verdadeiramente correto, excelente, é motivo de gratidão. Até agora éramos judiados pelos maus e passaremos a não sê-lo. Por isso, para os bons, isso é ótimo. Nos mesmos Ensinamentos consta ainda: “Agora vou separar o bem e o mal”. Eu tenho escrito isso o tempo todo. Ultimamente, começaram a aparecer de modo estupendo, diversos casos de corrupção. Creio que não existem exemplos, até agora, de terem surgido tantos casos corruptos assim. Creio que isso também mostra que o referido julgamento se aproximou. Com o surgimento do Ushitora-no-Konjin, o Mundo Espiritual clareia porque ele é uma divindade da linhagem do Fogo (Sol/Dia) e possui uma Luz muito forte. Por isso, as coisas que estavam sendo escondidas, subterfugiadas, aparecem. Tornam-se visíveis. E por isso aparecem essas coisas. Outra coisa. A partir deste ano irão aumentar ainda mais as doenças. E, juntamente com isso, as toxinas medicinais vão ficando evidentes. Como já disse anteriormente, demos um passo na Era do Pavor. Com isso, a expansão da Igreja Messiânica torna-se intensa, expande-se bastante. Começamos a entrar nessa fase e por isso vale a pena trabalhar. Até agora, vivíamos pressionados, mas essa força de pressionar vai enfraquecer. Isso no sentido de que, se antes precisávamos falar 10 ou 20 vezes para que as pessoas entendessem, agora entenderão se falarmos 5 ou 6 vezes. Entretanto, as coisas de Deus [DEUS] não aparecem de forma repentina ficando logo visíveis. Isto é, vão avançando

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quase que imperceptivelmente. Este ano, o ano que vem, o outro, e assim por diante, a cada ano vai ficando mais rápido e também mais evidente. Seja como for, é certo que a partir deste ano Deus [DEUS] apareceu no palco e por isso a Igreja Messiânica irá ser bastante conhecida mundialmente a partir deste ano. Finalmente ela subirá ao palco. Como é mesmo igual a uma peça, é a introdução. Isso consta nos Ensinamentos da Oomoto: “agora é a grande peça dos três mil mundos e por isso, existem papéis de bom e papéis de mau”. Os Ensinamentos da Oomoto são muito bem escritos. (...) E há mais uma coisa. Como disse há pouco, se o grande general que aprisionou o Ushitora-no-Konjin é Amanowakahiko-no-Mikoto, este deus é satânico e diabólico e nada honesto. É chamado de “O contra” e distorce tudo. Como o seu grupo veio dominando o mundo o tempo todo, o sentimento humano acabou ficando deturpado dessa forma. Por isso, as coisas sempre ficam ao contrário. Se uma pessoa é elogiada dizendo que é boa, já fica desleixada e, se ao contrário, ficam estranhamente ao avesso, dizendo: “É porque me elogiam demais, não precisam dizer assim de forma tão persistente, pois eu sei muito bem”. Têm demais, essa mania. Principalmente entre os japoneses, ela é numerosa. Isso significa que são muitos os da linhagem de Amanowakahiko-no-Mikoto. Por isso está escrito nos Ensinamentos da Igreja Oomoto. A obediência/condescendência é o melhor”. Isso porque os seres humanos não são nada condescendentes. Pelo que podemos ver e ouvir, os americanos, por exemplo, são muito condescendentes. Por isso entram em acordo Os japoneses, nesse ponto são muito diferentes. Os partidos políticos anglo-saxões são só dois ou três. Seja como for, na questão de partido político, religião ou qualquer outra coisa, o Japão é o país que os possui em maior número. E isso se deve

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mesmo ao caráter dos japoneses que são do contra, não são condescendentes, não entram em acordo. Entretanto, em termos espirituais, os japoneses são mais elevados. Os mais abalizados. Por isso, mesmo na ministração de Johrei - e em breve passarão a ministrar Johrei nas pessoas do mundo inteiro - os japoneses são os que melhor curam. Pois seu espírito é o mais forte. Com isso o Japão é o país mais visado por Satanás. Por isso, se os japoneses melhorarem, o mundo inteiro irá melhorar. Ele é como a semente do mundo (...) Por isso, no nível espiritual, os japoneses estão muito acima do normal. Os outros povos estão todos abaixo. Entretanto, o japonês que adora uma pessoa de lá acaba caindo para um nível inferior. Por isso, a expressão: “Deus [DEUS] também está penalizado”, é no sentido de que o Ushitora-no-Konjin, que é o Deus mais elevado, cai em nível inferior, e os deuses de ramificação fazem o que bem entendem, se vangloriando lá em cima. E isso, que durou 3 mil anos, finalmente está aparecendo através do órgão que é a Igreja Messiânica Mundial. A partir deste ano, finalmente a Igreja Messiânica Mundial começará a ser conhecida mundialmente. Deus [DEUS] traçou o plano exatamente assim e por isso pode-se saber que assim será. E hoje é o primeiro dia. Por isso, se observarem com essa intenção, poderão entender muito bem. E a conclusão do templo Messiânico neste ano, coincide plenamente com o fato de que vai ocorrer essa mudança, essa transição material. Como sempre digo, Atami é a parte material e por isso, as coisas vão aparecer materialmente. “Este plano [traçado por DEUS de que a Igreja Messiânica Mundial começará a ser conhecida mundialmente a partir de 04/02/1954. Lembrar que em 1955 já estava no Brasil] não deve ser anunciado e, ao mesmo tempo, não pode ser anunciado - diz Tokotati-no-Kami”.” Em 05/02/1954 (um dia depois):

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“Ontem foi o dia do início da primavera (4/2) e anteontem foi o Setsubun. Este tem muita relação com a Igreja Oomoto. A divindade que iniciou a Igreja Oomoto foi Kunitokotati-no-Mikoto. Ele é chamado de Ushitora-no-Konjin, onde foi aprisionado. Ele ficou oculto durante três mil anos e, nesse período, no Mundo Espiritual tornou-se Enma Daio. E agora, como consta nos Ensinamentos da Oomoto, “Ushitora-no-Konjin surgiu como Enma neste mundo e vai realizar a reformulação, a reconstrução do mundo”. É isso. A esse respeito, existem dois Ensinamentos da Oomoto. O primeiro, que já disse no início: “Chegou o mundo do Ushitora-no-Konjin, da flor da ameixeira que desabrocha de uma só vez nos três mil mundos”, e, o segundo: “Agora chegou o momento da soja torrada brotar e por isso, Deus [DEUS] também está contente”. No setsubun, costuma-se jogar soja pela janela, e isso é feito pelo fato de que o Deus chamado Amanowakahiko-no-Mikoto, o grande comandante dos demônios, disse na ocasião: “Quando a soja torrada der flores, apareça novamente. Até lá vou confiná-lo de modo a não sair”. Por isso, fala-se que o fato de jogar soja tem esse significado. Não é difícil acreditar nisso. E, a esse respeito, dizendo os Ensinamentos da Oomoto: “Agora vai chegar a hora de dar flores na soja torrada” e, por isso, significa que a soja torrada deu flores. E isso começou a acontecer no ano 25 da Era Meiji. Anteontem, no dia do setsubun, aconteceu um grande mistério, um milagre para mim. É que, a partir de agora, finalmente Kunitokotati-no-Mikoto vai aparecer. “Chegou o mundo do Ushitora-no-Konjin, da flor da ameixeira que desabrocha de uma só vez nos três mil mundos”, significa que ele vai dominar o mundo. Até então, era no Mundo Espiritual, mas agora vai aparecer no Mundo Material. E o modelo disso aconteceu anteontem.

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Deus [DEUS] realiza tudo com modelos e mostra o modelo. Por isso, o modelo manifestado anteontem é algo pelo qual eu me empenhava há três anos. Ele veio se adiando e apareceu claramente anteontem. Estou contente e também acho que podemos comemorar bastante. E qual será o resultado disso? Como se trata de Enma, é o Deus do julgamento, isto é, tem a função de separar o bem do mal, de fazer prosperar o bem e decair o mal. E isso vai aparecer claramente daqui para frente. Nesse aspecto, vai mudar bastante. O mundo, e principalmente o Japão. Pois, em termos espirituais, o Japão é a origem. Por isso, em suma, o Mundo Espiritual vai clarear. Clarear significa que o elemento fogo aumenta e a partir deste ano, as doenças vão começar a aumentar pouco a pouco. E, diversos fatos ruins e segredos começam a aparecer. Ultimamente têm aparecido aqui e ali, diversos casos de corrupção, o que era raro até então. Eu acredito que isso já é um prenúncio. Assim, quando chegar determinada época, também aumentarão as doenças e parece que vai ser de uma só vez. Por isso, quando as coisas ficarem assim, como sempre digo, ficaremos muito atarefados e então, devemos estar preparados desde já. Até os fiéis, se ficarem bobeando ou não estarem de acordo com o que diz Deus [DEUS], serão repreendidos severamente. E isso já está começando a aparecer. Isso, todos os senhores sabem, não é mesmo? [“Por esse motivo, daqui para frente, a Igreja Messiânica terá esplêndidos acontecimentos. Sendo assim, os senhores também ficarão atarefados e como sempre digo, creio que é necessário arregaçar as mangas.”] No Ensinamento da Oomoto está escrito: “Quando Deus fica rigoroso, o povo se acalma”. Isso é muito interessante. Portanto, se o ser humano ficar com ostentações ou não for obediente por causa do seu egoísmo, será atingido. Isso vai ficar cada vez mais intenso. Assim, as coisas estão diferentes de antes. Especialmente porque até o fim do ano que vem [1955, quando Meishu-Sama falece], o Paraíso Terrestre de Atami será

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concluído [neste ano, o Santuário Messiânico de Atami foi consagrado e o Templo Messiânico foi terminado] e então, isso ficará evidente em termos materiais. Como ainda está em vias de conclusão, as coisas não chegaram a esse ponto, estão quase chegando. O Paraíso Terrestre de Atami também é um modelo. Deus [DEUS] mostra tudo através de modelos e por isso, precisamos estar sempre atentos a eles. Em suma, os modelos é que se desenvolvem. Assim a Igreja Oomoto tem um significado muito grande. É a preparação do meu trabalho. Existe a expressão budista “Três sessões de Miroku” e também “O alvorecer das três sessões de Miroku” ou “Toca o sino das três sessões de Miroku”. Miroku são três: o Miroku do Sol, o da Lua e o da Terra. E o ponto central do Miroku é o espírito de Izunome. A fundadora da Igreja Oomoto é o espírito de Izunome, ou seja, o vertical. Seria o pai. Deguti Onissaburo, o líder espiritual, seria o espírito da mãe. Por isso, fala-se que existem homens femininos e mulheres masculinas. É mulher, mas é homem, ou é homem, mas é mulher. Assim, o espírito e a matéria são diferentes. Eu seria a pessoa que nasceu do pai, a fundadora, com a mãe, o líder espiritual. Por isso, eu sou Izunome, o centro da união do vertical e o horizontal. A fundadora é vertical e por isso é o espírito. O líder espiritual é horizontal e por isso, é a matéria. E com a união do espírito e matéria surge o Poder. O Poder vem da identidade espírito e matéria. É com união do espírito e matéria que surge o Poder. Entretanto, as pessoas eminentes como Sakyamuni ou Jesus Cristo não tinham união, eram só uma das partes. Sakyamuni é vertical e Jesus Cristo horizontal. Por isso não possuíam poder. E no poder, a questão que está em primeiro lugar é a cura da doença. Esse poder que sai daqui (palma da mão), invisível, um tipo de espírito, chama-se elemento Fogo. Em suma é o poder da união do espírito e matéria. Por isso, quando se começa a entender essas coisas, tudo fica claramente

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compreensível. Até agora, mesmo as pessoas bastante eminentes não curavam as doenças fazendo assim porque não tinham poder. Isso ocorria porque o espírito e o corpo não estavam ligados. E também porque o tempo ainda era prematuro. A esse respeito, vou falar aos poucos de modo a entenderem claramente. Até agora, Deus [DEUS] não permitia que isso fosse evidenciado, mas finalmente os tempos mudaram. Por isso, daqui para frente, aos poucos, vou explicá-las claramente. Assim entenderão melhor diversas coisas.” Em 06/02/1954 (outro dia depois): “O setsubun (3 de fevereiro) deste ano tem um grande significado. Para mim, também aconteceu um grande milagre o qual ainda não posso revelar, mas um dia vou falar do que se trata [Segunda Abertura do Portal de Rocha do Céu] [Kunitokati-no-Mikoto passa atuar como Enma Daio no Mundo Material]. O significado do setsubun tem muita relação com a Igreja Oomoto. Num tempo bem antigo, na Era dos Deuses, não uma época vaga, mas que era habitada por seres humanos com qualificações divinas, ou melhor, algo como o Mundo do Dia da vez anterior. O Deus [DEUS] que comandava o mundo nessa época chamava Kunitokotati-no-Mikoto. Ele era um Deus muito severo e por ter adotado a política de não permitir nada errado, grande número de deuses - todos os deuses - não suportaram mais tanta exigência e começaram a surgir manifestações e, como resultado de movimentos que eram favoráveis à sua destituição e seu aprisionamento, ele acabou aprisionado. Então, ele foi preso num ponto do Ushitora - entre o leste e o norte. E, para que ele não mais aparecesse no mundo, torraram soja e, na hora, lhe disseram: “Quando der flores na soja frita, pode sair”. Pois não há motivos para que soja torrada dê flores. E o aprisionaram tendo isso como condição. Assim, o tornaram um deus muito ruim.

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Isso consta no Ensinamento da Igreja Oomoto: “Dizendo que sou um deus mau, um deus da maldição, me aprisionaram”. E aí elaboraram a lenda de que no Kimon fica um deus ruim e por isso a mudança ou realização de algo para a sua direção era motivo de temor. E ensinaram as pessoas que para tudo, o Kimon era temível. E isso continua até hoje. As pessoas detestam o Kimon. Entretanto, a verdade é bem outra. Ele é um deus magnífico, muito bom. Só que por ser correto demais, acabou caindo nessa situação. Mas o fundamento de tudo isso é que na ocasião chegou o Mundo da Noite. Como Kunitokotati-no-Mikoto é um deus da linhagem do Fogo (Sol), no Mundo da Era Noite era preciso que se aposentasse. E isso, em princípio consta que são por três mil anos, segundo os Ensinamentos da Oomoto. E, como finalmente passaram-se 3 mil anos, agora, com a chegada do tempo, surge no mundo. A respeito do seu surgimento existem diversas teorias. No Ensinamento da Oomoto fala-se na grande peça dos três mil mundos. A linhagem do Deus que o aprisionou, o seu comandante era o deus chamado Amanowakahiko-no-Mikoto - fala-se muito que é amanojaku - do contra. Esse deus é o comandante e diversos deuses se filiaram ao seu partido. Na época em que foi aprisionado, aposentou-se levando poucos subordinados, mas depois de perder a vida, foi para o Mundo Espiritual e durante três mil anos ficou sendo Enma Daio. No Ensinamento da Oomoto está escrito: “Agora vou surgir como Enma deste mundo e realizar a reforma, a reconstrução do mundo”. Isso significa que ele vai realizar o julgamento. Até então, ele julgava os espíritos das pessoas que morriam, pertencentes ao Mundo Espiritual, mas agora vai julgar pessoas vivas. Isso, em suma, significa que o mal não mais será permitido. E por isso foi formada a Igreja Oomoto. Eu me tornei fiel da Igreja Oomoto e compreendi essas diversas coisas - tanto as coisas aparentes como as do lado oculto - as coisas espirituais,

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e por isso desliguei-me da Oomoto e fundei a Igreja Kannon que se transformou na Igreja Messiânica. Bem no início dos Ensinamentos da Igreja Oomoto está escrito: “Chegou o Mundo do Ushitora-no-Konjin, da flor da ameixeira que floresce de uma só vez nos três mil mundos. Chegou a hora do país divino. Este é um mundo que precisa da proteção de Deu [DEUS]”. Flor da ameixeira que floresce de uma só vez nos três mil mundos mostra que a ameixeira é algo extremamente importante. E o Ushitora-no-Konjin, no Mundo Espiritual é Enma Daio, e no Mundo Material é Kanzeon-Bossatsu. [“O Japão é a base espiritual. Por isso, o Monte Fuji não é só o "umbigo" do Japão, é também o umbigo de todo o planeta. O Monte Fuji é o centro da alma do eixo terrestre. Por isso, não se pode dizer que o Monte Fuji simplesmente tem a forma muito bonita. Assim como eu disse, ele também é portador de um grande significado.”] Kanzeon-Bossatsu é a Princesa Flor do Irmão Mais Velho e esta atua no Mundo Divino, é o Deus Izunome [Deus mundial]. Existe a Princesa Flor do Irmão Mais Velho e Konohanasakuya-Hime [espírito guardião do Monte Fuji]. A Princesa Flor do Irmão Mais Velho também é chamada só de Flor do Irmão Mais Velho e corresponde à ameixeira. A ameixeira floresce antes de todas e por isso é a Flor do Irmão Mais Velho. Já a Konohanasakuya-Hime corresponde à cerejeira. Nesse caso a sua atuação é no mundo búdico e Konohanasakuya-Hime é Kannon-Sama [Kannon Izunome, um Deus apenas para o Oriente]. No Monte Fuji cultuada Konohanasakuya-Hime. Quando lá se vai, é costume adquirir o seu desenho, a qual segura um galho de cerejeira. A Konohanasakuya-Hime do Monte Fuji está assentada bem no seu topo. Fica do lado direito da entrada do topo. É o templo Kussushi e Kyutoryu-Gonguen (dragão de nove cabeças) é o guardião de Konohanasakuya-Hime. É protegida pelo dragão. Esse é o deus dragão que encostou em mim pela primeira vez.

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Então Konohanasakuya-Hime é a cerejeira e corresponde à atuação do mundo búdico. Por isso, a Princesa Flor do Irmão mais Velho corresponde à atuação do Mundo Divino. Como Konohanasakuya-Hime é da atuação do mundo búdico, surgiu inicialmente na Índia. Por isso, no budismo é a cerejeira e é por esse motivo. [Kanzeon-Bossatsu = Princesa Flor do Irmão Mais Velho = Deus Izunome, ameixeira, atuação no Mundo Divino (8); Konohanasakuya-Hime = espírito guardião do Monte Fuji = Kannon-Sama = Deus Izunome (5), cerejeira, atuação no mundo búdico (7)] Portanto o setsubun deste ano é o ponto de partida do aparecimento do Ushitora-no-Konjin surgir finalmente como Enma deste mundo. Por isso, o julgamento de agora vai ficar rigoroso. Entretanto, não vai ser assim desde o início. Deus faz as coisas devagar, ou seja, a coisa vai se desenvolvendo gradativamente. Talvez por esse motivo, começaram a surgir vários casos de corrupção ao mesmo tempo, e podemos interpretar que esse tipo de coisa seja também uma manifestação disso. O interessante é que no dia de setsubun ocorreu um grande milagre e ontem, um pequeno milagre. Isto porque um comerciante me trouxe um quadro em rolo antigo. É uma obra da era Guen, da China, e foi desenhada há cerca de 400 anos e é a figura de Enma Daio. Seus seguidores estão ao seu redor e está muito bem desenhado, mas como o seu invólucro está danificado, vou consertá-lo e logo expô-lo no museu de belas-artes de Hakone, e esse foi um pequeno milagre. Eu nunca tinha visto um desenho de Enma. Por esse motivo, o Plano de Deus [DEUS] avançou um passo E o setsubun deste ano possui esse significado. E qual o resultado disso? Em suma é a separação do bem e do mal. Significa que o bem vai vencendo e o mal perdendo. Isso quer dizer que a Igreja Messiânica Mundial vai se expandindo. Não há motivos para que uma religião tão boa e tão

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maravilhosa que fique no lengalenga. Precisa crescer bastante. Entretanto, o crescimento ser demorado mostra que o mal está segurando. Por isso, entendendo isso, sentindo isso, tornando-se fiel e mesmo pensando que é preciso fazer com que as pessoas se tornem fiéis também, as pessoas ainda ficam no lero-lero, porque, de um lado, existem espíritos que atrapalham. Os espíritos que atrapalham irão enfraquecendo cada vez mais daqui para frente e então as coisas irão normalmente. Esse é o significado do setsubun.” Em 07/02/1954 (mais um dia depois): “Vou falar um pouco mais sobre o setsubun deste ano. Já falei a respeito, mas o setsubun é de uma época antiga, quando o deus chamado Kunitokotati-no-Mikoto dominava o mundo. Por se tratar dessa época, não se sabe se seria mesmo o mundo inteiro, mas em princípio, é certo que ele dominava um grande território centralizado no Japão. E os deuses eram humanos. Só que os humanos dessa época tinham o espírito bastante elevado. Essa época era aproximadamente no final do Mundo do Dia, e com o passar de longo tempo, o ser humano se maculou e se sujou por causa do Mundo da Noite e ficou com um nível espiritualmente baixo. Por isso, costuma-se falar em 7 épocas (gerações) dos Deuses do Céu e 5 épocas (gerações)dos Deuses da Terra. A Era dos deuses do Céu era a dos deuses do Céu. Em termos de xintoísmo, fala-se na linhagem de Amatsu (céu) e linhagem de Kunitsu (país). Em deus de Amatsu e deus de Kunitsu, trata-se da linhagem Ama (céu). Em geral o povo japonês é da linhagem do céu. Na época em que pertenciam à linhagem do céu, o último imperador, chamado Amaterassu é quem governava. E, como já disse em outra oportunidade, o imperador fugiu do Japão [o imperador morreu] e só a imperatriz ficou. É ela Amaterassu Ookami [Oomikami]. A coisa é assim, mas, anteriormente, o deus chamado Kunitokotati-no-Mikoto é quem governava. [com o que foi dito neste parágrafo sem os colchetes pode dar ensejo a

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Kunitokotati-no-Mikoto = Izunome-no-Kami = Amaterassu Oomikami]. Esse deus [DEUS] era muito severo, ou seja, era muito correto e muito honesto e só permitia o que fosse extremamente certo Por causa disso - isso também consta no xintoísmo - grande número de deuses entraram em acordo e o aprisionaram. E considera-se que isso tenha acontecido na noite do setsubun. Comandante dos deuses que o aprisionaram é o deus Amanowakahiko-no-Mikoto. E considera-se que foi aprisionado na direção do nordeste para não mais aparecer no mundo. E como foi aprisionado no nordeste, ficou com o nome de Ushitora-no-Konjin Kunitokotati-no-Mikoto, o Ushitora-no-Konjin. Na noite do setsubun, joga-se soja pela janela. Isso porque lhe foi dito: “quando a soja torrada florescer, pode sair. Caso contrário vou aprisioná-lo pela eternidade”. E depois, jogaram soja torrada. Considera-se que isso seria por três mil anos. Finalmente, passados três mil anos, Kunitokotati-no-Mikoto aparece novamente neste mundo. E o órgão formado para isso é a Igreja Oomoto. Por isso, nos ensinamentos da Igreja Oomoto, a fundadora proclamou: “Chegou o Mundo do Ushitora-no-Konjin, da flor da ameixeira que desabrocha de uma só vez nos três mil mundos. Chegou o Mundo Divino que se inicia com a ameixeira e governa com o pinheiro. O Japão é um país divino. Este é um mundo que precisa da proteção de Deus [DEUS]”. Ela gritou inicialmente em voz alta. E, sendo tratada como louca, foi presa pela polícia. Isso aconteceu no dia 1o de janeiro do ano 25 da era Meiji. Por isso, fala-se que se inicia com a ameixeira. A flor da ameixeira tem 5 pétalas. Fala-se que ela simboliza os 5 grandes continentes. Por isso, a flor da ameixeira que desabrocha de uma só vez tem o sentido de que o mundo se desenvolve de uma só vez.

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E, no setsubun deste ano, finalmente o Ushitora-no-Konjin irá aparecer. Isto é, irá aparecer depois de ter ficado oculto até agora por três mil anos. E a Igreja Oomoto foi instituída porque o Mundo Espiritual ficou assim. E agora, o Mundo Material é que ficou. Tive o aviso de que isso ficou assim neste setsubun. Um dia falarei a respeito, pois no momento não posso fazê-lo. Não poderei comentar durante aproximadamente um ano. Também é um milagre relacionado à ameixeira. É algo que vim preparando há 3 ou 4 anos. Assim, uma coisa é que virá a tona, e também, como consta no Ensinamento da Igreja Oomoto: “desta vez surgirá como Enma deste mundo”. Isto porque quando ficou oculto, foi para o Mundo Espiritual e se transformou em Enma Daio. Enma Daio é do julgamento do Mundo Espiritual. É o que aqui chamam de promotor geral, juiz do supremo tribunal. É a posição mais elevada de juiz. Mas como se fala que “surgiu como Enma deste mundo”, agora irá realizar o julgamento material. Esse é o julgamento. O interessante nisso é que no dia do início da primavera, um marchand de Quioto me trouxe a pintura de Enma Daio. Então, eu a comprei pensando: “Ah, Deus [DEUS] está querendo dizer que finalmente Kunitokotati-no-Mikoto vai atuar como Enma do Mundo Material”. É uma pintura da era Guen da China e está escrito Enra-O, mas na China, Enma Daio é chamado de Enra-O. Nas escritas de Yoshida Shoin também consta: Oko quer dizer senhor feudal. E também no Japão, falava-se em termos de Enra-O. E ele estava com dois ou três subordinados (vassalos). Em breve vou expô-lo no museu de belas-artes. Deus [DEUS] mostra tudo com modelos e por isso avisou através deste quadro de Enra-O. Aconteceu isso. No dia do início da primavera eu não sabia a respeito desse quadro, mas disse que a partir deste setsubun a purificação seria bem intensa e estava mesmo certo. Assim, a partir deste ano, novamente o Mundo Espiritual vai clarear bastante. Clareando, o lado do bem será bem favorável, mas em contrapartida, o lado do mal ficará

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muito apertado. Ultimamente apareceram diversos casos de corrupção e até hoje não havia exemplos de aparecerem assim, seguidamente, de uma só vez. Isso, com certeza também é uma manifestação disso. Podemos interpretar assim.” Dois meses depois, mais exatamente em 01/04/1954: “É preciso que todos fiquem sabendo o seguinte: Nos ensinamentos da Igreja Oomoto está escrito: “Por ser esta a Segunda Abertura do Portal de Rocha do Céu”. Isso significa que numa época bem antiga, aconteceu um fato como este no mundo. Nesta oportunidade, pela minha manifestação, esta será a segunda abertura do Portal de Rocha, em suma, significa que se tornará o Mundo do Dia. Portanto todas as coisas estão ocorrendo pela segunda vez. Isso tem acontecido muito também com os membros. Não obtendo bons resultados no que foi feito pela primeira vez, realiza-se novamente e isso toma o aspecto de segunda vez. Comigo isso tem acontecido constantemente. Posso dizer que quase não há exceção.” Em 05/04/1954: “Os fundadores de Religião que surgiram até hoje, do começo ao fim, vieram orando para Deus. Só que eu não oro para Deus. Como tudo aquilo que eu falo ou faço, na verdade, é o próprio Deus quem está fazendo diretamente, pois Ele está dentro de meu ventre, não oro para Deus, ou seja, não existe a necessidade de orar. Agora, ser reverenciado e receber oração é uma coisa lógica, pois o Deus que está dentro de mim é o Deus Supremo, o maior de todos os Deuses. Por outro lado, não existe para quem eu orar, pois não existe Deus maior que este. Todos os outros são deuses inferiores. Assim, o significado de eu não me virar para a Imagem e fazer a oração é exatamente porque Deus está dentro de mim. Se fizer tudo exatamente da mesma maneira que eu estiver pensando, estará fazendo o mesmo que o Deus Supremo quer fazer. Pode-se até dizer que estou "possuído" pelo Deus. Isso é uma coisa inédita em toda a história da religião.”

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Em 07/04/1954 comenta sobre a época da perseguição em 1950: “Quando eu estava dentro da prisão, aconteceu um grande Mistério Divino. E isso tem grande relação com isso. Bem, eu acho que já devo ter falado sobre isso naquela época, mas eu sonhei que havia subido o Monte Fuji e apreciado a paisagem lá de cima. Foi quando eu nasci novamente, ou seja, o meu segundo nascimento. E depois de eu sair da prisão, eu disse a seguinte expressão: "Caída da flor e formação do fruto", ou seja, a semente que estava guardada foi "liberada". A partir daí, a minha força e muitas outras coisas passaram a tomar formas diferente e, finalmente, a flor realmente floresceu. Ou seja, eu pensei que a Igreja Messiânica havia sido destruída de vez, e que já não havia mais jeito. Mas na verdade foi só a flor que floresceu e caiu. Sobre isso eu falei muito naquela época e que combina muito com o "oitavo santo", que disse há pouco.” Uma atuação de Kunitokotati que já foi mencionada é a seguinte: “Interlocutor: Ouvi dizer que a figura original de Kannon é Kunitokotati-no-Mikoto e gostaria que nos ensinasse sobre essa relação entre eles. Meishu-Sama: Kunitokotati-no-Mikoto é um Deus [DEUS] muito rigoroso e justo, não permite nenhuma falha, e há muito tempo nasceu sob forma humana e depois da morte se tornou Enma Daio. Enma Daio rege as punições, é bastante severo e salva os que se transformaram em espírito, retirando-lhes as impurezas. É assim que ele salva o inferno, sabe? E no mundo búdico ele surgiu como Kannon. Kannon salva o bem e o mal indiscriminadamente e jamais reprime o pecado. Por isso os fiéis de Kannon jamais devem reprimir os pecados das pessoas, pois caso contrário não estaria de acordo com a Vontade de Kannon. Pois, salvar o bem e o mal indiscriminadamente sem reprimir os pecados é a Grande Misericórdia Búdica, não?

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Kunitokotati-no-Mikoto [como Enma Daio e não como Kannon] impõe penas, mas se o ser humano se tornar bom, ele não pune. Ele não terá mais serviço. Bem, seria como se demitir da promotoria pública geral.” Outra atuação de Kunitokotati que ainda não foi explicitada: “Interlocutor: O Deus Kakuryo [-no-Kami] é o regente do Mundo Espiritual, entre os mundos divino, espiritual [mundo mental] e material [mundo físico]? E o mundo obscuro (yukai) indica o plano intermediário e o plano infernal [do Mundo Espiritual, ou seja, indica o Mundo Astral que é mundo das emoções e desejos do Mundo Material e do plano inferior do Mundo Espiritual, local para onde vai geralmente o ser humano após a morte]? Meishu-Sama: A letra yu pode ser usada em dois sentidos. Ela pode ser usada em yumeikai (mundo indefinido, obscuro), ou usada em yuchou - domínios de Enma, o inferno, não é? Não achando outra letra adequada, tenho empregado a forma de falar Yuguenkai. Em suma, pelo fato de ser misterioso e minucioso, é uma letra que expressa muito bem o clima do Mundo Espiritual. Por isso, o Yukai é mais usado para o lado do Mundo Infernal, mas também não indica só o Mundo Infernal [tem também o correspondente ao Mundo Material, isto é, o plano intermediário do Mundo Espiritual]. E Kakuryo-no-Ookami rege diretamente o Yukai e, conseqüentemente, a parte do Mundo Material é de forma indireta. E Enma Daio era o Kakuryo-no-Ookami. Se bem que a figura original de Enma Daio seja Kunitokotati-no-Mikoto, sabe? Entretanto, Kunitokotati-no-Mikoto passou a realizar os trabalhos do Mundo Material - isso é coisa recente, sabe? E Ookuninushi-no-Mikoto está servindo de sucessor. Ookuninushi-no-Mikoto é um Deus extremamente calmo. Seria mais ou menos um deus de segunda classe. Kunitokotati-no-Mikoto é um deus de primeira classe e possui um poder maravilhoso.

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Mesmo agora, eles não fizeram a transferência total do cargo. Kunitokotati-no-Mikoto continua regendo uma parte. Quando chegar o Mundo de Miroku, Ookuninushi-no-Mikoto será suficiente, mas como agora ainda estão atuando os espíritos satânicos do Mundo Perverso é preciso que seja Kunitokotati-no-Mikoto mesmo. Nem mesmo os chefões do Mundo Perverso são páreos para Kunitokotati-no-Mikoto, eles o temem de forma extrema.” “Ushitora-no-Konjin [Kunitokotati-no-Mikoto], no Mundo Espiritual é Enma Daio, e no Mundo Material é Kanzeon-Bossatsu.” “Ministro - No Ofudessaki [escritas sagradas da religião Oomoto, equivalente a Bíblia dos cristãos] está escrito que Céu é seis; Terra e Mundo Intermediário também. Qual o significado dessa correspondência numérica? Meishu-Sama - Alegoria bastante significativa! Na verdade, quer dizer que tanto o Céu quanto a Terra e o plano intermediário estavam mergulhados na Noite. Agora, porém, que a Alma de Ichirin desceu a Terra, esta passou a ser representada por sete (7) enquanto o Céu ficou sendo cinco (5). Tem, portanto, um sentido muito profundo a presença na Terra da Alma de Ichirin que, de fato, sou eu. Uma ocorrência de vinte anos atrás esclarece esta verdade. Eu ainda estava na Oomoto. Ganhei três moedas antigas: um Ichirin (= um centavo), um Tempô de 1830, ano em que nasceu a fundadora da Oomoto, e uma moeda de ouro do ano IV da Era Meiji, data do nascimento de Seishi-Sama (esposo da Segunda Líder Espiritual Kyoshu-Sama [Kyoshu-Sama é um título da Oomoto que foi incorporado pela Igreja Messiânica Mundial, logo após a sua fundação, em 1950, perguntaram a Meishu-Sama “Qual o motivo do Grande Mestre ter-se tornado Kyoshu, desta vez?” e ele respondeu que “Só apareci como representante de Deus”. Significa líder espiritual. Aqui está se referindo a Sumiku Deguchi (2o Líder)], filha da fundadora da Oomoto, Nao Deguchi). Analisando o ocorrido, pude perceber a relação de

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significados que estava manifestando, pois a fundadora da Oomoto nascera na época do Tempô e Seishi-Sama, no ano IV da Era Meiji; por conseguinte, o presente a mim ofertado confirmava que eu era o Ichirin. Guardei, por isso, com muito carinho, as três moedas. O Ofudessaki faz referência a kubukurin que significa 99% de presença do materialismo, ou seja, do domínio dos jashin; fala também de ichirin que corresponde a um por cento (1%) de espiritualidade, através da qual Deus vai inverter a ordem até então dominante. Na realidade o kubukurin simboliza a medicina. Por esse motivo, no mundo atual, ninguém coloca em dúvida os seus princípios. Eu, entretanto, vou inverter essa crença fazendo prevalecer a verdade de Ichirin. Ministro - É a primeira vez que aparece, neste mundo [Material], a Alma de Ichirin? Meishu-Sama - Não! Esta já é a segunda [primeira foi com Kunitokotati-no-Mikoto, esta segunda surge com Kanzeon-Bossatsu (5), Izunome-no-Ookami = Koomyo-Nyorai = Kannon de Mil Braços (8), Meishu-Sama (18) e alcança Miroku Oomikami (36)]. Daí também a razão de o Ofudessaki falar em nova abertura da porta do Céu a fim de todos os planos da Alma de Ichirin se concretizarem uma vez que, numa época anterior, o seu trabalho falhou por não ter sido verdadeiro. [mesmo que a atuação seja a de Deus, é diferente do ocorrido na Última Era do Dia, no Mundo de Deus [DEUS], por ser algo limitado, sendo uma religião do povo japonês (amor shojo) e não mundial (amor daijo). Ministro - Qual é o pensamento do pessoal da Oomoto sobre a Alma de Ichirin? Para eles, quem seria? Meishu-Sama - É uma incógnita. Cada um deles tem visão diferente. Alguns julgam ser a Terceira Líder Espiritual; outros, Hidemaro (casado com Terceira Líder). O Ofudessaki fala que o poder vai surgir no leste [Esse poder é daquele que nasceu em Tóquio localizado a leste de

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Ayabe, onde está a sede da Oomoto, ou seja, é de Mokiti Okada, Luz do Oriente] e o mal não conseguirá escondê-lo; por isso, certa vez, o pessoal da Oomoto veio me procurar. Ministro - De fato, soube que Kyoshu-Sama [Naohi Deguchi, neta da fundadora] veio visitá-lo. Meishu-Sama - Isso mesmo! Já houve a aproximação de um passo. Até agora, porém, a força verdadeira de Deus não foi ainda totalmente manifestada. Ministro - Soube também que, na manhã da chegada de Kyoshu-Sama, estava nublado e, quando ela foi embora, começou a chover. Meishu-Sama - Sabe o motivo desse acontecimento? É que o espírito da fundadora estava com ela, protegendo-a. Agora vai cruzar a verticalidade da fundadora [Fundadora da Oomoto - sempre bem vertical, sentada reto, muito objetiva. Seishi-Sama, genro da fundadora, - horizontal, ficava deitado para ditar seus ensinamentos] com a horizontalidade de Seishi-Sama, manifestando assim o verdadeiro poder. Sempre que o vertical cruza com o horizontal começa uma ação giratória da esquerda para a direita [giro dos ponteiros do relógio, movimento centrífugo] criando, ao mesmo tempo, uma força extraordinária. O Ofudessakí fala do plano de Deus [DEUS] como sendo um acontecimento da Oomoto, quer dizer, nela é que deveria surgir a Alma de Ichirin através da qual ocorreria a inversão do mundo. Seria um ato semelhante ao realizado pela palma da mão que, estando voltada para cima, vira-se para baixo. [giro dos ponteiros do relógio]. Sou eu, portanto, a Alma de Ichirin à qual o Ofudessaki se refere.” “Interlocutor: O senhor afirma que “O mundo dos Pinheiros” da Igreja Oomotokyo [Oomoto], “O Pavilhão da Doçura” da Igreja Tenrikyo, “A Agricultura Justa” da Nitiren, etc., referem-se ao “Paraíso Terrestre”. Portanto, gostaria de pedir

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que nos ensine sobre o significado de cada uma delas, palavra por palavra. Meishu-Sama: A Igreja Oomoto faz a explicação do mundo utilizando-se de pinheiro, bambu e ameixeira. E diz que até agora era o Mundo do Bambu. Em todas as ocasiões a Oomotokyo expõe o ensinamento: “Chegará o reino de Deus em que desabrochará com a ameixeira e será governado com o Pinheiro”. O pinheiro dá uma flor bem discreta e o ano inteiro conserva-se verde, sem mudar a sua cor, não é? Segundo ela, significa que virá um mundo imutável assim, e esse será o Mundo de Deus [DEUS]. Ou seja, até agora era o Mundo de Buda e como o Buda é a encarnação de Deus [Kanjizai-Bossatsu = Izunome-no-Ookami = Kunitokotati-no-Mikoto], significa o seu retorno ao estado original. E, a expressão “desabrochar com a ameixeira”, provém do fato de que a (...) semente da ameixa é chamada de Itirim-no-mitama, Espírito de 1%. Significa que ao chegar nos 99%, surge o Espírito de 1% e ocorre a reviravolta. O poder de Satanás é 99% e o de Deus é 100%. Isto é, Deus só tem a mais 1%. Fala-se com essa força de 1%, o Satanás sofrerá uma mudança súbita; isso é interessante, não é?”. Em resumo, DEUS é o Messias Meshia-Sama, ou seja, Kunitokotati-no-Mikoto, manifestado como Meishu-Sama a Santíssima Trindade Kannon, Cristo e Buda, isto é, Pai, Filho e Espírito Santo. Visto quem é DEUS se trata a seguir do que ELE é.

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2. SIGNIFICADO O ocidente tem considerado três idéias a respeito de DEUS: a religiosa, que acentua a relação entre Ele e o homem, por exemplo, como a de DEUS Pessoa; a filosófica, que enfatiza o vínculo entre Ele e o mundo [se maior = teísmo, transcende; se igual = panteísmo, imanente], como a de DEUS Propósito (em termos de Causa Primeira e Fim Último); a científica, como a de DEUS Ponto (comprimido e explosivo), que releva Ele no início de tudo; a comum, que destaca o modo como Ele se dá na existência cotidiana, como a de DEUS Pai. Neste tópico se considera DEUS não só em termos ocidentais como Vontade universal, mas também em termos orientais como Caminho (tao, em sua origem algo não-teísta). A fim de apresentá-Lo em apenas dez maneiras, não se vai apreciá-Lo como Razão universal ou Sentimento universal, nem como Verdade, Bem e Belo, muito menos como Ordem (por mais que Ele seja bem rigoroso nessa questão, tendo em vista que ela está presente em todas as coisas, inclusive no nascimento do homem). Assim, DEUS é apresentado aqui somente como essência, grande universo, ser absoluto, princípio de tudo, ente, mente, espírito da palavra, caminho perfeito, justiça e vontade universal. 2.1. Espírito do Espírito composto de Luz e Calor que cria o Universo. Neste item, que o vê como essência, é fácil de perceber que se deve abordar antes de tudo espírito do espírito, Luz, Calor e Universo, mas também é óbvio de se compreender que para se tratar de espírito de espírito se deva começar pelo que é espírito, ou melhor, ainda, pelo que é matéria.

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● Matéria. Em termos científicos, é tudo o que tem massa, ocupa lugar no espaço e está sujeita a inércia, como, por exemplo, o gelo, o ferro e a carne. Um corpo de matéria (corpo material) é qualquer porção limitada da matéria, como o cubo de gelo, a barra de ferro e o pedaço de carne. Deste modo, cubo, barra e pedaço são corpos; gelo, ferro e carne são matérias. Os estados físicos da matéria são: condensado de Bose-Einstein, sólido, líquido, gasoso e plasma. Condensado de Bose-Einstein é obtido quando a temperatura de um corpo material chega próxima ao zero absoluto, isto é, - 273,15º C, no qual todos os átomos tivessem parado de se movimentar, as moléculas entrassem em colapso. Sólido (como o gelo, o ferro e a carne), líquido (como a água e o sangue) e gasoso (como o vapor de água e o gás oxigênio). Plasma é obtido quando a temperatura é superior a um milhão de graus centígrados, como ocorre no Sol. Em termos filosóficos, matéria é uma manifestação da realidade (em oposição à idéia), que é dada ao homem nas suas sensações, percepções e cognições, porém existindo independentemente delas. Assim, as coisas que o ser humano enxerga, ouve, cheira, saboreia e toca são os elementos do chamado Mundo Material. Eles são 4% da constituição do Universo, ou seja, a matéria ordinária, como estrelas, galáxias, planetas e gás, incluindo os seres minerais, vegetais, animais e humanos. [Em 2001 a NASA lançou o WMAP (Wilkinson Microwave Anisotropy Probe) que em 2003 completou o mapeamento da Radiação Cósmica de Fundo. Com os dados obtidos do WMAP, acredita-se que o Universo seja “dominado” pela “energia escura” e tenha 13,75 bilhões de anos. Com base nos dados do WMAP a constituição do Universo é: 4,56% de matéria bariônica ordinária, ou seja, aquela que consiste de prótons e nêutrons, que são conhecidos como bárions; 22,8% de matéria escura fria que é uma forma postulada de matéria que praticamente só interage

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gravitacionalmente; e 72,6% de energia escura que é uma forma de energia que estaria distribuída por todo espaço e tende a acelerar a expansão do Universo por ter uma forte força anti-gravitacional]. Em termos religiosos, matéria é algo relacionado a carne, frieza, inatividade, paralisação, debilidade e covardia. ● Espírito. Em termos científicos, é energia, isto é, aquilo que tem a capacidade de realizar trabalho e vibração física, química, biológica e psíquica inerente à matéria presente em todos os elementos que compõem o Universo; filosoficamente, é a partícula fundamental que dá origem, é a essência, e não a aparência e o aspecto; religiosamente, é a alma, ou seja, a essência divina com luz própria, presente no corpo humano. Os corpos que pertencem aos mundos material e espiritual são denominados, respectivamente, de corpo material e corpo espiritual. Embora, seja costume o emprego da palavra corpo como corpo material. Assim, as coisas imateriais (invisível, inaudível, inodora, insípida e intocável), isto é, as constituídas de espírito (como os seres espirituais, entre eles a alma, a mente, inteligência, psique, consciência, pensamento e entidades como deus, diabo, anjo, demônio e duende) são os elementos do designado por Mundo Espiritual. Em termos usuais, é tudo que não é matéria, como, por exemplo, a energia (na visão de que é tudo o que pode modificar a matéria, podendo se manifestar sob a forma nuclear atômica, alimentar, movimento, som, eletricidade, vento, calor e luz). Eis o que Meishu-Sama diz: “Nem é preciso dizer que a energia do Sol, da qual eu já falei, é naturalmente, o espírito do Sol.” Em termos ainda materiais, mas a nível plasmático: “Existe algo mais profundo que os gases. Isto é, o Espírito. Chama-se Mundo Espiritual e está dividido em diversos níveis. Assim, existem espíritos de vários níveis: superiores (como os deuses), médios (como os

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homens) e inferiores (como os demônios). A parte fundamental do espírito é a “Luz”. E a parte fundamental da Luz é o Sol [ou seja, é o fogo, e não a água ou a terra, ou ainda, não é a Lua e nem a Terra.]. E a parte fundamental da Luz do Sol são as manchas solares. Elas são, em suma, como o núcleo da semente do Grande Universo [Mundo Espiritual]. Entretanto, isso é absolutamente incompreensível pela astrologia. Parece existir uma só, mas há várias manchas. Através do telescópio podemos constatar isso. Certa vez, eu vi num desses aparelhos do Museu Científico. São diversos e estão espalhados, mas aos olhos humanos parecem estar unidos, e isso é a mancha solar. Essa mancha é algo fabuloso. É ela que rege o Sol. É o centro do Sol.” Com base no princípio da identidade entre a matéria e espírito e do princípio da precedência do espírito sobre a matéria (que é visto no tópico “7. Leis” deste volume), Meishu-Sama explica que o existente no Mundo Material tem correspondente no Mundo Espiritual, bem como este é que faz mover aquele (em outras palavras, tudo que ocorre no Mundo Material tem a sua origem no Mundo Espiritual). É esse o conceito de mundo para Meishu-Sama. No caso particular do homem. O seu corpo espiritual (que está no Mundo Espiritual) precede (como no movimento) o seu corpo material (que está no Mundo Material), e é idêntico a ele (não igual, mas, sim, semelhante), no sentido de: terem aparentemente a mesma forma numa relação íntima e indissolúvel [certa união entre as formas espiritual e material], e serem diferente, por não terem o mesmo conteúdo, sendo mais rarefeito ou menos denso. Para denotar simbolicamente a identidade se faz as seguintes representações: igualdade simbolizada por =; semelhança por ≈; diferente por ≠, parêntese por ( ); letras “e” como espírito [ou, sem rigor no sinal de igualdade, “e” = espírito], “m” = matéria, “h” = homem, “c” = corpo, “ce” = corpo espiritual, “cm” = corpo material. Bem como se faz as seguintes leituras: “e(h)” = espírito do homem; “m(h)” = matéria do homem; “ce(h)” = corpo espiritual do homem; “cm(h)” = corpo

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material do homem; “e(h) = ce(h)” = espírito do homem é igual o corpo espiritual do homem; “m(h) = cm(h)” = matéria do homem é o corpo material do homem. Posto isto, se pode denotar simbolicamente corpo espiritual do homem idêntico ao corpo material do homem, como:

Para denotar e visualizar a precedência se faz as representações de setas para cima e para baixo, respectivamente, por ↑ e ↓, com as seguintes leituras: setas para cima: “↑” = espírito de; as setas para baixo “↓” = matéria de. Bem como se entende o que uma seta tem na extremidade é a junção da seta e sua origem, por exemplo: ↑ com extremidade e(h) é a junção de ↑ e sua origem h, isto é, “espírito do homem” é “espírito de” “homem”. Posto isto se apresenta o esquema:

No caso geral de um y qualquer. Sempre existem e(y) e m(y) idênticos (isto é: e(y) ≈ m(y), no sentido de aparentemente terem a mesma forma (relação íntima e indissolúvel) e diferentes (ou seja: e(y) ≠ m(y), em termos de um deles ser mais rarefeito ou menos denso do que o outro). Doravante, se diz que tudo tem matéria e espírito. Exemplificando, para “y” = Sol, se tem espírito do Sol (= corpo espiritual do Sol = Sol espiritual = Sol Espiritual = SE) e matéria do Sol (corpo material do Sol = Sol material = Sol Material = SM); quando se diz “e(y) ≈ m(y), no sentido de terem a mesma forma” quer dizer “SE ≈ SM”; obviamente que “e(y) ≠ m(y)”, pois “SE ≠ SM”. Assim, visualizando-se a precedência se tem:

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Outro exemplo, para “y” = forma, se tem espírito da forma (forma espiritual) e matéria da forma (forma material); quando se diz “e(y) ≈ m(y), no sentido de terem a mesma forma” quer dizer “forma espiritual ≈ forma material”; obviamente que “e(y) ≠ m(y)”, pois “forma espiritual ≠ forma material”. Um outro exemplo, “y” = visão, se tem espírito da visão (visão espiritual) e matéria da visão (visão material). Sem muito rigor, rarefazendo-se (espiritualizando-se) em y = h = homem: “e(h) = ce(h) = m(p)” = espírito do homem (o mesmo que corpo espiritual do homem, ou ainda, matéria da consciência espiritual; “p” = consciência espiritual; “a” = alma; “D” = Deus. Densificando-se (materializando-se): “m(h) = cm(h) = e(s)” = matéria do homem (o mesmo que corpo material do homem, ou ainda, espírito da consciência material; “s” = “consciência material”; “v” = dragão vermelho”; “Z” = Satanás. Visto no esquema que segue:

Observações: 1ª) num “e(e” se tem que o primeiro “e” é mais abstrato, rarefeito, espiritual, que o segundo “e”, bem como num “m(m” se tem que o primeiro “m” é mais concreto, denso, material, que o segundo “m”. E assim sucessivamente. Isso também pode ser visto por “↑” e “↓”, respectivamente.

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Só para fixar esta idéia, se supõe que cada “e” de algo aumenta sua dimensão, e cada “m” diminui. Considerando que o corpo material do homem (= cm(h)) é tridimensional, então, o seu corpo espiritual (= ce(h) = e(h)) é da quarta dimensão, sua consciência espiritual (= p) da quinta, sua alma (a = e(e(h))) da sexta, Deus (D = e(e(e(h)))) da sétima, matéria do corpo material do homem (= consciência material) é bidimensional, (= dragão vermelho) é unidimensional, Satanás (=Z) seria sem dimensão. Também, se pode imaginar com gradações de luminosidade e aquecimento ou de escuricidade e esfriamento. Assumindo que a treva e o congelamento de Satanás, proveniente do seu espírito, são de dimensão zero (em termos de temperatura de um corpo material é abaixo do condensado de Bose-Einstein, isto é, além do zero absoluto, no qual todos os átomos tivessem parado de se movimentar, as moléculas entrada em colapso); a escuridão e gelidez do espírito do espírito do espírito de Satanás, ou seja, o espírito da consciência material, são bidimensionais, como parecido a sombra e frio na parede proveniente do corpo material do homem; a penumbra-luz e hipotemia-calor no espaço, proveniente do corpo espiritual do homem; a luz e calor no espaço em quinta dimensão, em decorrência da alma do homem; a Luz e Calor no espaço em sexta dimensão, advindo de Deus. Assim, para dimensões superiores, se vai paulatinamente trocando obscuridades por claridades. Com isso se pode ter uma noção das relações entre Deus, alma, corpo espiritual do homem, homem, corpo material do homem, matéria do corpo material do homem e Satanás no que se refere o ser mais ou menos abstrato do que (menos ou mais concreto do que), mais ou menos rarefeito do que (menos ou mais denso do que), mais ou menos luminoso e aquecido do que (obscuro e resfriado), mais ou menos espiritual do que (menos ou mais material do que). Levando-se em conta a água com seus estados de evaporação (passagem do estado líquido para gasoso, água para

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vapor de água), fusão (sólido para líquido, gelo para água), condensação (gasoso para líquido, vapor de água para água) e solidificação (líquido para sólido, isto é, água para gelo). O espírito da água é igual ao vapor de água, donde, espírito da água é a evaporação. O espírito do gelo é igual à água, donde, o espírito do gelo é a fusão. A matéria do vapor da água é igual à água, donde, a matéria do vapor de água é a condensação. A matéria da água é igual ao gelo, donde, matéria da água é a solidificação. Caso se queira continuar na direção do condensado de Bose-Einstein se poderia ter que a matéria do gelo é igual ao cubo de gelo, donde, matéria do gelo é a “cubolização”.

Com isso se pode conjecturar, sem muito rigor, que a espiritualização, rarefação, caminha do sólido, líquido, gasoso, plasma, matéria de Deus, enquanto, a materialização, densificação, caminha em direção oposta, ou seja, do gasoso, líquido, sólido, condensação de Bose-Einstein, espírito de Satanás. Posto desta maneira se pode entender que a concepção de matéria em oposição à energia, que perdurava na física desde a Idade Média, perdeu um pouco do sentido com a descoberta, anunciada em teoria por Einstein, de que a matéria era uma forma de energia. Em outras palavras, matéria é uma forma de espírito, assim como, por outro lado, também se pode conceber o espírito como uma forma de matéria. Por exemplo, matéria da alma é o espírito do homem, bem como o espírito do gelo é a água. 2ª) espírito da matéria de alguma coisa é essa coisa, assim como a matéria do espírito de alguma coisa é essa coisa. Por exemplo, no caso dessa coisa ser a água, se pode constatar:

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espírito da matéria da água = espírito do gelo = água; e a matéria do espírito da água = matéria do vapor da água = água. 3ª) a palavra "alma" nem sempre será usada apenas para designar o espírito com corpo material, isto é, o homem. Por outro lado, a palavra "espírito" nem sempre será empregada somente para alma humana despojada do corpo físico, isto é, o homem após a morte, e para outros seres invisíveis do Mundo Espiritual. 4ª) os próprios espírito e matéria têm espírito e matéria, ou seja, o espírito (e) compartilha do espírito do espírito (e(e)) e da matéria do espírito (m(e)), enquanto a matéria (m) se reparte do espírito da matéria (e(m)) e da matéria da matéria (m(m)). Exemplificando, com o sangue (s). Como a matéria do sangue (m(s)) é algo líquido (l) e que o seu espírito (e(s)) algo gasoso (g). Assim, e(s) = g; m(s) = l. O espírito do espírito do sangue, pelo desconhecimento, se diz apenas espírito do algo gasoso, donde, e(e(s)) = e(g). A matéria do espírito do sangue, de acordo com a segunda observação, é o próprio sangue, pois, m(e(s)) = s. O que, aliás, pelo mesmo argumento, o espírito da matéria do sangue também é o sangue, só que e(m(s)) = s. Por maior conhecimento a respeito da matéria do sangue: plasma (55% do sangue, sua parte líquida com 90% de água) [atenção para não confundir plasma do sangue com plasma que ocorre no Sol] e os glóbulos (brancos = células de defesa; vermelhos = transporte de oxigênio) e plaquetas (= fatores de coagulação sanguínea) (45% do sangue, sua parte sólida), se pode entender por matéria do sangue que é o l como plasma sanguíneo (p), e a matéria da matéria do sangue como os glóbulos e plaquetas (gp). Assim, m(s) = p; m(m(s)) = gp. Observa-se que a letra g simboliza tanto o gasoso como os glóbulos, bem como também a letra p como plasma e plaqueta, o que proporciona economia de letras, embora exija certa atenção.

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5ª) Mundo Espiritual (ME) compreende tudo, porque tudo (t) tem espírito (e(t)). Como tudo, além de espírito, também tem matéria (m(t)). Então, se poderia supor que ME fosse idêntico ao Mundo Material (MM). No entanto, os elementos dele (MM) são aqueles cujas matérias são coisas materiais, ou seja, t é material se e somente se m(t) tem massa e ocupa lugar no espaço. Caso contrário se diz que t é imaterial, energia, espírito, apenas um elemento do ME, e não do MM. Deste modo, se conclui que MM está contido estritamente em ME, em outras palavras existe uma parte de ME que não possui elementos do MM. A parte que possui, segundo Meishu-Sama “corresponde ao Mundo Material.” Por exemplo, o fogo (f) por ser uma energia manifestada pela mistura de combustível (aquilo que queima, como a madeira), comburente (entidade que permite a queima, isto é, o oxigênio) e calor (como a faísca, riscar de fósforo), ele é imaterial. Meishu-Sama afirma que “(...) ao passo que o espírito, ou seja, o elemento fogo é totalmente imaterial.” No entanto, isso não quer dizer que não haja uma “matéria” do fogo, algo abaixo de um elemento químico. Só que para não ficar intangível, vago e causador de distração, se considera tal “materialidade” um elemento químico, aquele mais essencial a existência do fogo, qual seja, o oxigênio (o), donde m(f) = o. Até agora, os elementos do Mundo Espiritual citados foram alguns entre Deus e Satanás, como a alma, o corpo espiritual, pensamento, mente, espírito do sangue e fogo, fora

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as energias divina, a psíquica, biológica, solar, luminosa, térmica, eólica, elétrica, sonora, cinética, química, nuclear, dragontino vermelho e a satânica. E os elementos do Mundo Material foram: plasma, oxigênio, vapor de água, água, plasma sanguíneo, glóbulos e plaquetas, sangue, carne, gelo, ferro, fora os corpos materiais, como pedaço de carne, barra de fero, cubo de gelo e dos seres minerais, vegetais, animais e humanos. 6ª) quando pessoas ou correntes filosóficas ou religiosas se dizem espiritualistas não quer dizer que estejam em perfeita comunhão, pois, podem estar em níveis de ápice e profundidade bem diferenciada. Uns podem ter ido apenas a um “e” (espírito) para explicar as coisas (química esotérica), outros há mais de um (química dos elementos Fogo, Água e Terra) ou nenhum (química atômica). Alguns outros podem acreditar que a divindade de maior Luz seja o Sol material [Sol Material] (deus Rá do egípcio), que é diferente de um que acredite ser o espírito dele, isto é, o Sol espiritual [Sol Espiritual] (Deus Amaterassu Oomikami do Japão), ou ainda, mais abstrato se for o espírito do espírito desse astro (Deus do Mundo Espiritual, ou simplesmente, Deus, que já foi manifestado por Kunitokotati-no-Mikoto). ● Espírito do Espírito. A controvérsia sobre a existência de Deus é uma questão que tem desafiado os tempos e continua sempre presente. E isso se justifica porque, apenas do ângulo da visão materialista, obviamente as pessoas nada podem compreender a respeito de Deus, que é Espírito, o qual, para elas, equivale ao Nada. Querer apreender a Sua essência apenas teoricamente é tão inútil como procurar peixe numa árvore. Assim como é difícil fazer com que aborígines reconheçam a existência do ar [o ar é matéria, basta fazer a experiência com lenço num copo emborcado numa vasilha com água, onde o lenço não se molha devido à massa do ar e a sua ocupação no interior do copo], também é difícil fazer

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com que a maioria dos homens da era contemporânea reconheça a existência do espírito. Como os teísta admitem Deus Supremo e a espiritualidade então, pela Ciência Espiritual, se torna possível reconhecer a existência de DEUS como espírito do espírito. De fato, de cima para baixo, [“Quem procura DEUS, Deus, precisa ver as coisas lá do alto”.] Deus Supremo (DS) ao criar, Ele “materializou” o seu espírito em D+, e este, por sua vez, “materializou” o seu espírito em Deus (D) [a rigor não apenas Deus (D), mas também pode ser DEUS (D) no sentido de DEUS como uma manifestação de Deus Supremo]; já, de baixo para cima, tudo criado, se tem que o espírito do espírito de Deus é o espírito de D+ que é Deus Supremo, donde, Deus Supremo é o espírito do espírito (de Deus), dito de outro modo, DEUS = e(e(Deus)). Não possuindo configuração formal alguma, existindo, entretanto, muitas manifestações no sentido de representações d’Ele em forma corpórea. Em termos esquemáticos:

DS é o DEUS do Mundo Divino = Miroku Oomikami = 36. Deus (D), ao ser mantido D+ , pode ser: (a) DEUS do Mundo do Movimento Livre e Desimpedido = Ooshin-Miroku = 20; (b) caso não se leve em conta este 20, DEUS do Mundo da Luz Divina = Miroku San-E = 18; (c) caso não se considere nem 20 e nem 18, Deus do Mundo Espiritual = Miroku = 10. Em suma Deus Supremo pode ser o espírito do espírito de Ooshin-Miroku ou de Meishu-Sama ou ainda de Ookuninushi-no-Mikoto. Assim Meishu-Sama entra em estado de união com DEUS de vários níveis: em 1947, nível de DEUS Miroku San-E; 1950, nível de DEUS Ooshin-Miroku [“Após esse acontecimento houve uma grande reforma na organização dá Igreja. Foi implantado o

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sistema de presidência e Meishu-Sama - que alcançou o Estado de União com Deus - deixou o seu cargo de Diretor Representante e, sem estar preso as coisas mundanas, colocou-se na posição de desenvolver a Obra Divina de forma mais livre e desimpedida.”]; 1954, quando se torna o Messias, nível de DEUS Miroku Oomikami. Empregando-se em a, b e c, não apenas Deus (D), mas também DEUS (D) no sentido de DEUS como uma manifestação de Deus Supremo se tem: a) DS = e(e(DEUS Ooshin-Miroku)), b) DS = e(e(DEUS Meishu-Sama)); c) DS = e(e(Deus Ookuninushi-no-Mikoto)). “Materializando-se” mais se teria: DS = e(e(Deus Izunome-no-Kami)) ou até DS = e(e(Deus Kanzeon-Bossatsu)). A expressão numérica “2 x 18 = 36” que quer dizer “dobro de DEUS da Luz Divina = DEUS”, pode ser interpretada “2 x” como “espírito do espírito de” e assim “espírito do espírito de DEUS da Luz Divina = DEUS”, o que equivale a b) e(e(DEUS Meishu-Sama)) = DS. ● Luz. Como foi mencionado no prefácio que: “Empregos desta metodologia pode ser visto no ponto “Luz” do item “2.1. Espírito do Espírito composto de Luz e Calor” pertinente ao tópico “2. Significado”.” - Há momentos em que se oferecem alguns conhecimentos que acredita embasar alguns destes trechos, o que poderia facilitar o entendimento do leitor. Por exemplo, luz, em termos físicos, é uma radiação eletromagnética (propagação de energia por meio de partículas ou ondas que viajam no ar à velocidade de 300 mil quilômetros por segundo) que se situa entre as radiações infravermelhas e as radiações ultravioletas, cujas grandezas físicas básicas são brilho (amplitude), cor (freqüência) e polarização (ângulo de vibração). Entre as fontes de luz se têm a do Sol (que é a mais visível), lâmpadas fluorescentes, relâmpagos e chamas de vela.

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Um princípio fundamental tanto na filosofia grega quanto na alquimia é que uma conjugação de opostos requer um fator intermediário, um meio de unir os extremos. Por exemplo, o ar (por onde trafega a luz) entre os quatro elementos (quais sejam: terra-sólido, água-líquido, ar-gasoso, fogo-energia) é um importante elemento intermediário porque une que os opostos fogo e água, o processo alquímico fundamental. Para eles o Sol, a Lua e a Terra relacionados aos elementos envolvidos como o fogo, água e terra, onde a Lua é um intermediário, enquanto refletindo a luz do Sol na superfície da Terra. - Há circunstâncias em que a forma de encadeamento e/ou de raciocínio segue a visão e compreensão do autor. Por exemplo, o Sol (S), na seqüência numérica expressa no “Canto do Céu em Números”, corresponde ao fogo (f), devido ambos emitirem luz e calor, assim S ≈ f. Por outro lado, S ≠ f, por S ser material e f ser imaterial. De fato, S é material porque m(S) é uma massa de gás ionizado, algo no quarto estado da matéria, estado de plasma, matéria; f é imaterial porque m(f) é uma energia manifestada pela mistura de combustível, oxigênio e faísca. No entanto, se irá considerar f material por se ter convencionado m(f) = oxigênio, e este é matéria. Como tudo tem espírito e matéria, em particular o S (≈ f). O espírito do Sol (e(S)), ou seja, o Sol Espiritual (SE), designado por Kasso (pois, “Ka” quer dizer “Sol”, e “sso” significa “espiritual”), é a luz (l), que é semelhante a e(f). De fato, SE (= Kasso = l) = e(S) ≈ e(f). Para simplificar, se designa espírito do fogo como Fogo, isto é, e(f) = F. A matéria do Sol (m(S)), ou seja, o Sol Material (SM) é semelhante ao oxigênio (o). De fato, SM = m(S) ≈ m(f) = o. Por outro lado, SE e SM também têm espírito e matéria e(SE), m(SE), e(SM), m(SM). Antes de prosseguir se relembra o que foi dito ser Luz Divina que doravante será designada por L, o que necessita de alguma atenção já que Lua também é anotada por L, espera-se que não ocasione problemas.

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A fim de não acarretar dificuldades logo de início se simplificou Luz Divina como o produto dos espíritos dos astros que compõe o Universo, ou ainda como o produto dos espíritos dos elementos fundamentais do Universo, ou seja, L = Sol Espiritual x Lua Espiritual x Terra Espiritual = Fogo x Água x Terra. Porém, ela é um conceito mais rarefeito e abstrato: L = espírito do Sol Espiritual x espírito da Lua Espiritual x espírito da Terra Espiritual = espírito do Fogo x espírito da Água x espírito da Terra. Logo, L = e(SE) x e(LE) x e(TE), onde SE, LE e TE querem dizer Sol Espiritual, Lua Espiritual e Terra Espiritual, respectivamente. Tendo em vista que: Kasso, Suisso e Dosso também querem dizer a mesma coisa porque “Ka”, “Su” e “Do” significam “Sol”, “Lua” e “Terra”, e “sso” significa “espiritual”. Então, a Luz Divina também é o mesmo que o produto dos espíritos destes, ou melhor, L = e(Kasso) x e(Suisso) x e(Dosso). Tendo em vista que a Luz varia no sentido de ser mais positiva à medida que o espírito de Kasso prevalece equilibradamente sobre os espíritos de Suisso e Dosso, então se aborda apenas Kasso. Prosseguindo. O espírito do Sol Espiritual (e(SE)), uma das partes da trilogia da Luz Divina (pois, L = e(SE) x e(LE) x e(TE)), é igual ao espírito da luz (e(l)), ou seja, e(SE) = e (l). A matéria do Sol Espiritual (m(SE)), que também é o espírito do Sol Material (e(SM)), é o próprio Sol, isto é, o fogo. Com efeito, m(SE) = (m(e(S)) = e(m(S)) = e(SM)) = m(e(S)) = S ≈ f. A matéria do Sol Material (m(SM)) é o plasma (p) com suas partículas que são fragmentos de átomos ou moléculas possuidores de temperaturas altíssimas. Para melhorar a compreensão do mencionado é apresentado dois esquemas a seguir retratando o que foi visto em termos de Sol e fogo. Nestes esquemas se simplifica, como pondo L = e(SE) em vez de L = e(SE) x e(LE) x e(TE). Bem como, se entende e(Luz Divina) = DEUS da Luz Divina, donde, D = e(L) = Meishu-Sama. [por isso, chamado de Senhor da Luz].

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Antes de prosseguir, se chama a atenção de que se deve sempre procurar relações com o que já foi dado como, por exemplo, estes dois esquemas acima com o esquema abaixo já apresentado anteriormente, permite concluir as relações entre m(D) = L = e(SE) = e(l) = alma [por isso, chamada de centelha da Luz Divina].

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- Há ocasiões raras em que se reparam palavras dos trechos na crença de que se estaria mantendo a coerência entre eles, ou melhor, entre as suas traduções. Há momentos de esforço em se por entre colchetes o oferecimento de conhecimentos e reparos de palavras. Por exemplo: “No centro do universo há três massas flutuantes: Sol, Lua e Terra. Examinemos os elementos básicos [os espíritos] dessas três massas. O elemento do Sol é Kasso (espírito do fogo); o da Lua é Suisso (o espírito da água) e o da Terra é Dosso (espírito da terra).” Outro exemplo: “O Poder do Fogo provém do Sol Espiritual” [f = m(SE) ou F = SE]. A Bola de Luz acompanhante de Meishu-Sama em sua vida na Terra e que ainda continua com ele no Mundo Divino, está contida na matéria de Deus, no espírito do Sol Espiritual. Ela se expande, cada vez mais, em tamanho e potencialidade, até que chegue o dia de envolver o universo todo, tanto imaterial quanto fisicamente [isto é, o UNIVERSO]. A componente principal da Luz do Johrei é o espírito do Fogo. [Enfim, o que foi dito no parágrafo anterior é que a Bola de Luz está contida na matéria do corpo espiritual de Meishu-Sama, pois Deus = Meishu-Sama]. A palavra “Luz” abrange vários significados, desde fé, crença, passando pela luminosidade, saber, até o de progresso e o da essência da luz. Sabendo-se disso talvez se possa possibilitar maior esclarecimento a respeito do poema de Meishu-Sama citado a seguir. “Deus é Luz. Onde há Luz, existe paz, felicidade e alegria. Onde não há Luz e Claridade, Existe conflito, pobreza e doença. Vós que desejais Luz e Prosperidade, Vinde! Vinde e Louvai o nome de Deus; Assim sereis salvos!”

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Na afirmação acima que “Deus é Luz” [D = L] se entende que uma das características de Deus é ter como materialidade a Luz [m(D) = L] ou então sem o rigor de D = e(L). Daí, Meishu-Sama dizer que “A Luz de Deus é tão poderosa que quando ela se estender ao mundo inteiro, os povos serão ressuscitados.” Entre a Luz de Deus e a luz dos jashin (conhecido como espíritos negativos ou demônios) trava-se uma guerra. Falar em luz dos jashin pode causar estranheza, mas o fato é que também os jashin têm luz (de raro espírito de Kasso na sua composição, ou seja, de cheio matéria de hidrogênio, hélio e oxigênio). A luz dos raios X, por exemplo, foi criada pelos jashin (o metal usado como alvo em tubos de raios-X em radiologia geral é o tungstênio, muito duro e denso, tendo o ponto de fusão mais alto de todos os 118 elementos químicos, qual seja o de 3422ºC, perdendo apenas para o carbono que é de 3527ºC. Os raios x diferem dos raios de luz por possuírem alta energia fazendo com que penetrem em material sólido. Fotografias de raios x examinam o objeto colocado entre a fonte de raios x e a tela, e quanto mais denso o material, mais radiação ele absorve. Assim, a imagem do objeto que aparece na tela (um osso, por exemplo) é escura, o oposto ocorre com materiais mais penetráveis como pele e músculos. O efeito nocivo dos raios-X é a radiação onde se adquire leucemia). Também entre os jashin existe uma hierarquia e os que se encontram no topo da escala emitem uma luz falsa que pode obstruir a Luz de Deus (como a densa matéria do dragão vermelho, embora não seja matéria no sentido físico). A diferença básica é que a luz emanada pelos jashin tem o efeito de solidificar, ao passo que a Luz de Deus tem o efeito de dissolver [fusão e evaporação]. Nesse sentido, os chamados danos, como os causados pelo frio resultam não apenas de baixas temperaturas, mas também da falta de Luz Espiritual. - Também se disse que palavras e frases empregadas muitas vezes não serão explicadas logo em seguida, elas só serão melhor compreendidas mais adiante, como, por exemplo, “Luz que saí da Bola de Fogo existente no seu ventre”. Pois bem, a

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Luz que saí da Bola de [Luz com predominância de] Fogo existente no seu ventre se origina inicialmente de Kanzeon-Bossatsu, cresce com Koomyo-Nyorai, mais com Ooshin-Miroku, até chegar de quem está enviando desde o começo, ou seja, de Deus Supremo. A Luz de Deus também aumenta e diminui. Quando muitos participam do Culto, oram juntos, ela aumenta e todos são banhados por ela, o que permite a ocorrência de graças. [semelhante aos meios de propagação da luz em Ótica Geométrica, quais sejam: transparente (transmite toda luz), opaco (absorve ou reflete toda luz) ou translúcido (absorve ou reflete parcialmente, e transmite o que resta). Homogêneo (a luz é tratada da mesma forma em qualquer ponto do objeto) ou não (a luz pode se comportar de formas diferentes dependendo do ponto do objeto onde ela incida).] A salvação de alguém depende da força da Luz de Deus. Por isso, quando pessoas vêm dizendo quererem receber Luz, serão salvas por meio desse poder infinito. As toxinas dissolvidas pela ação da Luz de Deus atravessam até mesmo músculos e ossos [pois, a dissolução envolve fusão e/ou evaporação]. O novo método da Agricultura Natural não tem nenhuma ligação com a fé, bastando apenas se utilizar os compostos naturais para se obterem resultados revolucionários. Devem, contudo, reconhecer que, somando-se a esse procedimento a purificação do solo através da Luz de Deus, conseguem-se melhores resultados ainda. Antes de se passar adiante, assim como foram feitos comentários sobre o Sol se faz alguns sobre a Lua. Um deles é que a Lua segundo descobertas recentes anunciadas pela Nasa foi confirmada a existência de água em estado sólido na Lua [o aparelho carregava o foguete Centaur, que atingiu a Lua com extrema força de impacto no dia 9 de outubro de 2009, nas proximidades do pólo sul lunar. Um buraco de 30 metros de largura foi aberto, onde foram encontrados quase 100 litros de água de água congelada]. Outro, é que analisada pelo satélite

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Lcross, a nuvem de vapor e poeira fina resultantes do impacto também revelou o local com fonte de grandes quantidades de hidrogênio (donde, L ≈ hidrogênio = m(água)). Um outro é ser a principal responsável pelos efeitos de maré que ocorrem na Terra. Um quarto e último, é sobre a sua origem incerta. Uma hipótese se deve as similaridades no teor dos elementos encontrados tanto na Lua quanto na Terra indicando que ambos os corpos podem ter tido uma origem comum. Nesse aspecto, alguns astrônomos e geólogos alegam que a Lua teria se desprendido de uma massa incandescente de rocha liqüefeita primordial, recém-formada, através da força centrífuga. Outra hipótese, atualmente a mais aceita, é a de que um planeta desaparecido e denominado Theia, aproximadamente do tamanho de Marte, ainda no princípio da formação da Terra, teria se chocado com nosso planeta. Tamanha colisão teria desintegrado totalmente o planeta Theia e forçado a expulsão de pedaços de rocha líquida. Esses pequenos corpos foram condensados em um mesmo corpo, o qual teria sido aprisionado pelo campo gravitacional da Terra. Esta teoria recebeu o nome de Big Splash. Há ainda um grupo de teóricos que acreditam que, seja qual for a forma como surgiram, haveria dois satélites naturais orbitando a Terra: o maior seria a Lua, e o menor teria voltado a se chocar com a Terra, formando as massas continentais. ● Calor. Como no nível mais alto do Plano Superior, ou seja, nas camadas mais altas do Mundo Espiritual, a Luz e o Calor são muito fortes, seus habitantes vivem quase nus. Pode-se ter uma idéia disso lembrando que, nas estatuetas búdicas, Nyorai e Bossatsu são representados no estado de semi-nudez. À medida que se desce para o Segundo Paraíso, Terceiro Paraíso, etc., a Luz e o Calor diminuem. Se um espírito fosse repentinamente elevado do Plano Inferior para o Superior, seria ofuscado pela

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Luz intensa e não suportaria o Calor; preferiria retornar ao Plano Inferior. No mundo infernal, quanto mais inferior as camadas, mais escuras e frias elas são, simplesmente por estarem distantes de Deus, que é Luz e Calor. A claridade do Plano Intermediário assemelha-se ao do Mundo Físico; o Terceiro Paraíso é três vezes mais claro do que o Plano [Mundo] Físico; o Segundo Paraíso, cinco vezes; e o Primeiro Paraíso, cerca de sete vezes. O Paraíso Supremo é o Mundo da Luz e Calor. A cada dia, a cada mês, no Mundo Espiritual, está ocorrendo transformações. Isto é realmente, muito interessante. Sabendo-se que o fogo não só tem a propriedade de iluminar, mas também de aquecer, ou seja, de luz (l) e calor (c), assim em vez de l = e(f) = F = SE se considera lc = e(f) = F = SE, donde, m(D) = LC = e(lc) = e(F) = e(SE), onde C é o calor da materialidade de Deus do Mundo Espiritual ou até mais acima e adequado de DEUS da Luz e Calor Divino. ● Universo. O termo Universo pode ser designado como a "totalidade das coisas". Na linguagem cosmológica quer dizer a totalidade do todo físico e real, o que não siginifica que os elementos deste todo não tenham espírito. Neste trabalho se tem tido universo como o conjunto formado por Sol, Lua e Terra com seus espíritos e matérias, isto é, SE, SM, LE, LM, TE e TM. Mas, também se tem UNIVERSO como Mundo Divino, com seu aglomerado de galáxias, que se subdivide em galáxias, que se subdivide em sistemas solares, que contém corpos celestes como estrelas, planetas, asteróides, etc. O surgimento do UNIVERSO, segundo a teoria científica cosmológica do Big Bang (Grande Explosão), ocorre a partir de um estado extremamente denso e quente há cerca de 13,7 bilhões de anos, já que toda a matéria e energia estariam comprimidas em um único ponto. Os modernos cosmólogos

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designam essa energia por sopro cósmico; a mitologia da religião do grupo étnico africano dos yorubá e nagô chamam de axé; o taoísmo intitula de tchi. Desse modo, essa energia primeira (a materialidade de Deus quer seja o ponto explosivo, sopro cósmico, axé ou tchi) é que se desmembrou nas existentes: gravitacional, eletromagnética e nuclear (forte e fraca). Só que para a messiânica, a materialidade de DEUS provém da abstração dos elementos conhecidos fogo, água e terra. Na Era da Noite, para que houvesse algumas elucidações a respeito de diversas temáticas, vários estudos esotéricos foram importantes, entre eles: a alquimia, astrologia, cartomancia, chacra, feng shui, formas-pensamento, magia, meridiano, misticismo, numerologia, ocorrência do número sete, ocultismo, pedra filosofal, rosa crucis, terceiro olho, varinha (wicca). O mestre Meishu-Sama parece ter considerado partes aproveitáveis nesses estudos: “A História registra que inclusive no Ocidente houve uma época em que se dava muita importância à Astrologia, e os mestres religiosos consultavam os astros para ver a sorte ou o infortúnio, a felicidade ou a infelicidade do homem, para analisar as doenças, etc. A Astrologia teve, pois, uma importância mundial. Na China, a ciência da adivinhação também tomava por base os nove planetas. Para mim, não é sem cabimento o interesse que os antigos tinham pelo estudo dos astros.” [porém, os modernos têm outros estudos e práticas como o espiritismo codificado por Allan Kardec; Johrei; conscienciologia e projeciologia] “As pessoas do ano da serpente e do mês da serpente são ciumentas.” O mestre, empregando a numerologia, abordou sobre a criação do UNIVERSO. Ele apresentou-a por meio da seqüência numérica expressa no “Canto do Céu em Números”: “Um (1) = iniciação, é o começo e simboliza o Deus único, eterno e imutável, Mundo Divino, DEUS; Dois (2) = divisão em yang/yin [D+ e D-]; Três (3) = gestação, dessa união, nascem os originários como [D e Z], bem como Luz-Calor que seriam resultados de D+

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e D-, assim como o calor e a luz do Sol são resultados da fusão nuclear, reação entre dois átomos cujos núcleos se unem; Quatro (4) = amplificação dos oriundos nas quatro direções especiais norte, sul, leste e oeste, não orientadas pelo sol [D+ leste, D norte, Z sul e D- oeste]; Cinco (5) = formação das chamas do fogo, Sol, Fogo, Mundo Espiritual; Seis (6) = aparição da água, Lua, Água, Mundo Atmosférico; Sete (7) = finalização perfeita da criação, representando o solo [ou terra], Terra, Solo [ou Terra, desde que não se confunda com o planeta Terra], Mundo Material, principalmente com o homem (na Bíblia, consta que Deus terminou a obra de criação no sétimo dia, e descansou; atualmente, corresponde ao domingo); Oito (8) = expansão; Nove (9) = significa o ponto máximo, agora se estando no mundo dos nove, isto é, igual a 0,99; Dez (10) = simboliza união, indica o cruzamento do horizontal com o vertical, quando realmente ocorrer essa união terá sido completado mais uma etapa; Onze (11) = é o recomeço, após o cruzamento da horizontalidade com a verticalidade, durante o século XXI.” A Luz Divina L = e(SE) x e(LE) x e (TE) pode ser reescrita assim também L = e(F) x e (A) x e(T) = e(e(f)) x e(e(a)) x e(e(t)), onde: F, A, T são Fogo, Água, Terra; f, a, t são fogo, água, terra. Daí se pode entender quando Meishu-Sama diz: “Nada poderia existir no universo sem os benefícios da Grande Natureza, ou seja, nada nasceria nem se desenvolveria sem os três elementos básicos: o fogo, a água e a terra.” Meishu-Sama ensina que: “A circunferência [esfera] expressa a forma de todas as coisas no Universo. A Terra, o Sol, a Lua e até mesmo os espíritos desencarnados e as divindades tomam esse formato para se moverem de um lugar para outro. Isso está bem comprovado pela conhecida expressão “Bola de Fogo”. A “Bola de Fogo” das divindades é uma esfera.” Logo não é sem propósito considerar Deus único, eterno e imutável (Deus Supremo, conforme já anotado simbolicamente por DS) representado por uma esfera de nona dimensão, se divide em yang e yin, representado por duas semi-esferas de

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oitava dimensão, uma de “luminosidade e aquecimento” e a outra de “escuridade e resfriamento”. No caso da esfera ser dividida ao meio por um plano nivelado, se tem uma semi-esfera superior e uma semi-esfera inferior. Já no caso dela ser dividida ao meio por um plano perpendicular, se tem duas possibilidades: uma semi-esfera da esquerda e uma semi-esfera da direita; uma semi-esfera do verso (dorso, invisível) e uma semi-esfera do anverso (frente, visível). Estas oposições com contraparte numa unidade constituem a origem de uma série de opostos complementares, como: yang se tem a “luminosidade e aquecimento”, o espiritual, vertical, superior, esquerda, invisível, verso, dorso, ou simplesmente positivo; yin se tem a “escuridade e resfriamento”, o material, horizontal, inferior, direita, visível, anverso, frente, ou negativo. O equilíbrio está em quando yang, o espírito, o positivo, o leste, o norte, avança demais, o yin, a matéria, o negativo, o oeste, o sul, intervém para equilibrá-lo, e vice-versa; As duas “manifestações” de DS, uma na oitava dimensão recebendo o nome de Deus positivo e anotado por D+ (em termo da linguagem japonesa, Ta Kami Subi no Mikoto (Ta = O; Kami = Deus; Subi = em união; no Mikoto = com as divindades)), a outra na dimensão menos um recebendo o nome de Deus negativo e anotado por D-. D+ se manifesta na sétima dimensão recebendo o nome de Deus, anotado por D e compreendendo: a verdade, o bem e o belo, a justiça, a felicidade e a luz-calor em dimensões mais espiritualizadas do que a luz-calor conhecida do homem. D- se manifesta na dimensão zero recebendo o nome de Satanás (ás vezes designado por Satã, Lúcifer, Diabo, chefe dos demônios), anotado por Z e compreendendo a falsidade, a maldade e a feiúra, injustiça, infelicidade e a treva-frio em dimensões mais materializadas do que a treva-frio percebida do ser humano. D se manifesta na sexta dimensão recebendo o nome de alma, esta por sua vez na quinta recebendo o nome de

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consciência espiritual ou simplesmente consciência; quarta dimensão recebendo o nome de corpo espiritual; enquanto Z na dimensão unidimensional recebendo o nome de dragão vermelho, este na tri dimensão recebendo o nome de corpo material. Diante disso, se compreende que Deus Supremo (nona dimensão) está muito acima de Deus (sétima) e Satanás (zero). Indica-se que o caminho evolutivo segue a direção de Deus (leste, norte, nordeste, espírito, positivo, verdade, bem, belo, justiça, felicidade, luz e calor) e não de Satanás [donde D ser o Caminho Perfeito por levar a DS, daí, muitas vezes neste volume se considera D e não DS], porém, assinalando que ambos são necessários para a construção do Reino de Deus na Terra. [depois de construído as dualidades vão cessando e só vai imperando ou ficando o positivo, por exemplo, fica a Verdade e não mais verdade e falsidade, bem como a Luz e não a luz e treva]. Até o final deste item 2.1. o citado D será o Deus do Mundo Espiritual, embora possa ser DEUS do Mundo do Movimento Livre e Desimpedido ou DEUS do Mundo da Luz Divina. Como mencionado, Meishu-Sama ao dispensar os detalhes que não se relacionam diretamente com o homem e abordar apenas os pontos mais significativos, considera o Universo constituído de três elementos fundamentais – Sol, Lua e Terra-, inseridos em três mundos – Divino, Espiritual e Material. Também mencionado f ≈ S, donde, F = e(f) ≈ e(S) = SE = lc, daí, e(F) = e(e(f)) ≈ e(e(S)) = e(SE) = e(lc) = LC = m(D), ou ainda sem rigor, LC = D, conforme já visto que “Deus é Luz [e Calor]”. A subdivisão de D envolve o astro da terceira dimensão mais essencial ao planeta Terra, que é o Sol (S), com seus espírito (SE) e matéria (SM), bem como compreende também os fogos (f, F) e as luzes e calores (lc, LC). A seguir, mais especificamente na página 90, se apresenta graficamente os três mundos (MD, ME e MM) e os três astros fundamentais (Sol (S), Lua (L) e Terra (T)), antes,

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porém se apresenta o embasamento advindo dos ensinamentos de Meishu-Sama. 1º) O Mundo Espiritual é constituído de três planos, o do meio corresponde ao Mundo Material. Ou seja, geralmente, os espíritos nos planos Superior e Inferior do Mundo Espiritual não têm matéria do Mundo Material [talvez sejam exemplos os espíritos de Sakyamuni e Stalin, respectivamente], já quase sempre qualquer matéria do Mundo Material tem um correspondente espírito no plano Intermediário do Mundo Espiritual. Foi dito geralmente porque dado um y qualquer. Se y pertence ao MM, isto é, m(y) é material, incluído no triângulo menor, pode ter seu espírito incluído em MM ou fora dele (fora de PI de ME) como nos triângulos intermediário e maior sem o triângulo menor, isto é, e(y) pertencem aos PS e Pi de ME e MD. Por exemplo, um solo sagrado é material com espírito no PS de ME. Agora, se y não pertence ao MM, isto é, m(y) imaterial, então, e(y) pode estar em qualquer parte. Por exemplo, pode estar em MM, como numa incorporação de um antepassado ou numa união de divindade. 2º) Tanto o Mundo Material como o Mundo Espiritual se apresentam em diferentes graus, dividindo-se em três grandes planos: superior, médio e inferior. Cada um desses três níveis se subdivide em sessenta sub-planos formando um total de cento e oitenta graus, mais um. Um é o Supremo de cada um dos mundos, quais sejam: DEUS do Mundo Divino, Deus do Mundo Espiritual e deus do Mundo Material. 3º) Existe uma linha que divide, ao meio, os cento e oitenta graus do Mundo Espiritual. Então para atingir um nível mais alto, é preciso ultrapassá-la, a fim de pertencer à área divina; um estágio abaixo desse marco divisório corresponde ao domínio animal. 4º) O Mundo Divino existe tanto no Plano [Mundo] Espiritual como no Mundo Material.

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Outras explicitações: 1ª) Todos os três mundos se dividem em três planos – Superior (PS), Intermediário (PI) e Inferior (Pi) – cada um destes com 60 camadas. PS do MD, entre as camadas 120 e 180 (lado esquerdo do gráfico), cujo responsável é D+ em 180; PI do MD, 60 a 120, responsável D em 121; Pi do MD, 0 a 60, responsável D- em 0. PS do ME, entre as camadas 120 e 180 (lado direito do gráfico), cujo responsável é D em 181 (em relação às camadas do MD, entre 100 e 120, lado esquerdo do gráfico, cujo responsável é D em 121); PI do ME, 60 a 120, responsável Deus do SE [simplificadamente apenas SE] em 121 (em relação às camadas do MD, entre 80 e 100, cujo responsável é SE em 101); Pi do ME, 0 a 60, responsável Z em 0 (em relação às camadas do MD, entre 60 e 80, cujo responsável é Z em 59). PS do MM, entre as camadas 120 e 180 [não consta no gráfico], cujo responsável é SE em 181 (em relação às camadas do ME, entre 100 e 120, cujo responsável é SE em 121; já em relação às camadas do MD, entre 93,4 e 100, cujo responsável é SE em 101); PI do MM, 60 a 120, responsável S em 121 aproximadamente (em relação às camadas do MD, entre 86,6 e 93,2, responsável S em 90 aproximadamente); Pi do MM, 0 a 60, responsável Deus do SM [simplificadamente apenas SM] em 0 (em relação às camadas do MD, entre 80 e 86,6, responsável SM). 2ª) PI do MD corresponde ao ME, cuja responsabilidade da área divina é de D, e do domínio animal é de Z. PI do ME corresponde ao MM, cuja responsabilidade da área divina é de SE, e do domínio animal é de SM. 3ª) PS de qualquer dos três mundos é chamado de Céu, assim se tem Céu do MD, Céu do ME e Céu do MM, cujas responsabilidades são, respectivamente, D+, D e SE. Pi de qualquer dos três mundos é chamado de Inferno, assim se tem Inferno do MD, Inferno do ME e Inferno do MM, cujas responsabilidades são, respectivamente, D-, Z e SM.

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4ª) O responsável pelo Mundo Divino (= UNIVERSO) é DS, localizado na camada 181 do MD. 5ª) Cada camada, no gráfico que segue, tem a forma de um trapézio retângulo, exceto o da camada 180 que tem formato de triângulo. 6ª) Para não sobrecarregar o gráfico do UNIVERSO se expõe apenas um dos elementos fundamentais, que é o Sol (S), os dois demais, que são a Lua (L) e a Terra (T), se expostos posicionalmente, estariam um pouco abaixo de ☼, porém inserido no triangulo menor que representa o Mundo Material. O triangulo intermediário e o triangulo maior, representam, respectivamente, o Mundo Espiritual e o Mundo Divino. 7ª) Como lc é mais materializado que e(lc) então lc = SE tem um pode de atuação de luz menor do que LC = e (lc) ≈ D.

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Com mais rigor se teria algumas alterações como: D e LC não serem semelhantes por D estar na camada 140 e ter número de atuação 10, enquanto LC estar na 120 e ter 18; bem como lc estar na 112 em vez da 100 que seria ocupada pelo deus do universo (este por sua vez, pode ter os números 7, 6 e 5 de acordo com o momento histórico).

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2.2. Todo Grande Universo. “O ensinamento da Oomoto é de natureza reveladora, e, entretanto o seu conceito de Deus é bem característico, se comparado ao de outras religiões existentes. O conceito de Deus, segundo a Oomoto, abrange três sistemas: monoteísmo, politeísmo e panteísmo. Originariamente, cada religião tem seu próprio conceito de Deus, e, segundo os estudiosos de religiões, elas podem ser usualmente classificadas em um desses três conceitos. Mas o conceito de Deus, segundo a Oomoto, pertence a nenhuma e ao mesmo tempo a cada uma delas. O conceito da Oomoto sobre Deus não é monoteísta como no cristianismo, nem panteísta como no budismo, nem politeísta como no hinduísmo e no xintoísmo; ele não pertence a nenhuma das três categorias, mas acumula e abrange todos os três conceitos, isto é, o monoteísta, o politeísta e o panteísta. (...) Como até agora jamais houve uma religião com o mesmo conceito de Deus como o da Oomoto, provavelmente não serão poucos os leitores que sentirão estranho o "Deus" neste livro. Elemento monoteista. A Oomoto reverencia a existência final, que é o criador ou o espírito-causa do grande universo, como o Deus único, absoluto e supremo, da mesma maneira que o monoteísmo. Este DEUS constitui a grande origem do espírito, da força e do corpo (matéria) e é de caráter infinito e absoluto, sem começo nem fim; quanto ao tempo, Ele penetra o passado, o presente e o futuro; quanto ao espaço, Ele guarda e domina os mundos material e espiritual em união. Na Oomoto este DEUS é chamado "Deus Ookunitokotati" ou “Grande Kunikotati-no-Mikoto” ou ainda "Deus Amenominakanushi [Deus Mestre do Centro Celestial = Pai do Céu da Trindade primordial = DEUS]". Mas, embora o conceito de "um só Deus" da Oomoto seja aparentemente semelhante ao do monoteísmo, na verdade ambos diferem entre si: o da Oomoto contém igualmente os elementos politeísta e panteísta, como já mencionamos acima.(...)

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Elemento panteísta. O DEUS Ookunitokotati, que é único e absoluto, é o Deus Radical, que criou e aumentou todo o universo e todos os seres. Este DEUS é o criador de todos os homens, animais, insetos, montes, rios, ervas, árvores, etc. — para citar como exemplos seres terrestres. Segundo o cristianismo comum, Deus e os seres naturais são essencialmente diferentes um do outro e, entre o criador e as criaturas, há absoluta diferença; por conseguinte, o cristianismo não reconhece relação de natureza divina entre eles. De acordo com a Oomoto, há uma relação essencialmente divina, inquebrantável, entre criador e criaturas. De acordo com a Oomoto, a extensão de sentimento do criador (o caráter da sabedoria e amor divinos) permanece igualmente nas criaturas. Com efeito, vê-se na Oomoto que este Deus constitui a substância do grande universo e, ao mesmo tempo, o universo todo é impregnado de Sua natureza, e que todo ser é manifestação deste Deus, da mesma maneira que no panteísmo. Contudo, a Oomoto não acha que cada ser é o próprio DEUS. Como diz o livro sagrado da Oomoto, "cada ser se encontra no seio de Deus", DEUS é a existência infinita e absoluta, presente não apenas em todos os seres, mas também fora deles. Aliás, apesar de todos os seres estarem impregnados do caráter de DEUS, suas Divindades não são homogêneas, pois Ele dotou os homens de espiritualidade mais alta do que os outros animais; os vegetais e minerais foram dotados de espiritualidade mais sutil ainda. Elemento politeísta. Ademais, dividindo o amor, a sabedoria e a força contidos no espírito infinito e absoluto, DEUS formou numerosos deuses-parcelas com individualidade. De fato, as partículas separadas de Seu grande espírito manifestam-se como deuses incalculavelmente numerosos. Dividindo-se, o espírito-parcela direto de DEUS gera deuses, e estes deuses geram ainda seus espíritos-parcelas, isto é, outros

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deuses infinitamente numerosos. A estes numerosos deuses-parcelas, dos elevados até os mais baixos, DEUS concede, respectivamente, um campo de ação fixo e um programa de tarefas. Desta maneira, o universo infinitamente vasto é ordenado e sistematicamente governado. Se o compararmos com o corpo humano, isto se assemelha à relação existente entre o todo e as partes. Em outras palavras, Deus constitui uma existência única e absoluta e, no entanto, ao mesmo passo, Ele não só carrega Suas numerosas partículas espirituais das respectivas atribuições, adequadas a cada uma, como também abarca todos os deuses, desde os básicos até os mais elevados, reunindo-os pelo Seu caráter, sem preterir nem um sequer. Assim Ele governa em união todo o universo e prossegue eternamente a sagrada tarefa de criação e desenvolvimento. Resumindo podemos dizer: ao examinarmos sumariamente a função de DEUS, vemos que Ele é único; quando, porém, a examinamos à parte, Ele Se torna em muitos deuses; quando O consideramos um caráter imanente, Ele se torna panteísta. Logo, estes três conceitos de deus são constituídos de raiz e tronco essencialmente iguais. Esclareçamos um pouco mais: DEUS é único, mas se O contemplamos na diversidade da Espiritualidade proficiente, ou conforme a mudança de Sua emoção, ou na função individual de cada criatura, Ele se torna "muitos deuses"; quando o contemplamos em Seu imanente caráter divino, todos os seres constituem apenas formas individuais, que são os derradeiros pontos do caráter divino afluente, e então DEUS torna-se existência imanente do panteísmo. De fato, a Oomoto tem o conceito de Deus que, com base no monoteísmo, encerra igualmente as qualidades do politeísmo e do panteísmo, a saber, o conceito de Deus já monoteísta, já politeísta, já panteísta. Para a Oomoto, pois, não se trata apenas de um conceito de Deus, mas de verdadeira imagem do universo.”

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[simplificadamente: finalidade (missão) tem a ver com o monoteísmo pela unicidade de fim; função com o politeísmo devido aos diversos postos, papéis e trabalhos ocupados por divindades; forma com o panteísmo no sentido de tudo ser constituído com os elementos fundamentais fogo, água e terra]. O planeta do homem com seu satélite e astro-rei estão inseridos no Mundo Material (triangulo menor da figura exposta anteriormente) e, quando dispensando os detalhes que não se relacionam diretamente com o homem, são considerados o Universo, então, sob uma visão superficial, externa, o Universo é o Mundo Material. No entanto, Meishu-Sama ensina que “Todos os seres possuem espírito. Até mesmo objetos de antiguidade.” e compõe o poema: A Era dos Deuses Será a era em que a Luz do Messias Iluminará ilimitadamente a Terra. Além disso: “Vou falar ainda mais detalhadamente sobre esse assunto, para que todos possam entendê-lo bem. Em primeiro lugar, a visão superficial, externa está relacionada ao Mundo Material, enquanto que a interna diz respeito ao Mundo Espiritual, ou seja, ao espaço invisível. Essa é a realidade, a organização estabelecida pelo Criador para o Grande Universo.” Ás vezes se considera o Universo = Mundo Material, Grande Universo = Mundo Espiritual, Todo Grande Universo = Mundo Divino, onde Todo Grande Universo compreende Galáxias, Estrelas, Sol, Lua, Terra, bem como deuses, espíritos e matérias. Em termos como muitos entendem o panteísmo se tem Todo Grande Universo = Deus Supremo, em termo monoteísta: Mundo Divino ≤ DEUS. 2.3. Ser absoluto que se transforma em deuses, sendo o Supremo deles. Até hoje, quando se fala em Deus, pensa-se no monoteísmo judaico (Jeová, Aquele que deu os dez mandamentos a Moisés),

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cristão (Pai do Céu) e islâmico (Alá), no politeísmo hinduísta e xintoísta (admite a existência de uma infinidade de deuses, exatamente oito milhões de espíritos divinos) ou no panteísmo budista. Entretanto, ambas são visões arbitrárias. Na verdade, existe um ser absoluto que se subdivide transformando-se em vários [DEUSES, Deuses e] deuses. Por isso, Ele é um e muitos ao mesmo tempo. No entanto, remontando às origens, é óbvio que só existe um único e verdadeiro Deus, ou seja, Deus Supremo, o DEUS. Jeová, Pai do Céu, Alá e Ookunitokotati, ou ainda, Moisés, Jesus de Nazaré, Maomé, Kunitokotati-no-Mikoto e o Sakyamuni [Sidharta Gautama], ou outros como, Logos, Amaterassu Oomikami, Amida, Kannon e Kanzeon-Bossatsu, constituem o alvo da adoração de diversas religiões. Além destes, que são os principais, se poderia citar Mikoto, Nyorai, Daishi e inúmeros outros. Sem dúvida alguma, não levando em conta Ubussunagami, Tengu, Ryujin (Deus encarnado em dragão), Inari e mais alguns, que pertencem a crenças inferiores, todos elas são divindades de alto nível. No entanto, pensando que todas as divindades são iguais, as pessoas geralmente tendem a cultuá-las da mesma forma. O interessante é que embora se fale simplesmente Deus, na verdade existem níveis superior, médio e inferior - com inúmeras funções. Em ordem decrescente, essa hierarquia, iniciando pelo Altíssimo [DEUS], passando por [Deus do Mundo Espiritual, depois] Buda e Cristo, indo até Inari e outros. O Deus reverenciado até hoje como Supremo era apenas um espírito divino secundário. O verdadeiro e Altíssimo está sentado muito além das nuvens. A Ele a humanidade reza apenas de longe e O louva com os diversos nomes que se acabou de citar, além dos outros como: Senhor do Céu Infinito, Aquele que aparecerá na Segunda Vinda de Cristo e Messias. Quando ainda não Messias, na oração Amatsu-Norito se diferencia “Miroku Oomikami abençoai-nos e protegei-nos.” e “Meishu-Sama abençoai-nos e protegei-nos”, enquanto na oração Zenguen Sanji se designa Miroku Oomikami por Messias e Oshie-Mi-

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Oya-Nushi-No-Kami (Meishu-Sama) por Mestre [de Obras do Reino do Céu na Terra]. Já em 15/11/1952: “Outro dia, Amaterassu Oomikami escostou na esposa do Sr. Taga e se referiu a mim como “Supremo Deus”. Ela veio para comemorar algo de bom que aconteceu. Disse: “Gostaria de pedir ao Supremo Deus para comemorar”. E por fim: “Quero pedir a proteção do Supremo Deus”. Ela encostou de fato.” Em 27/05/1954, um mês e uma semana após ter tido um derrame cerebral, Meishu-Sama já estava em via de ser chamado de Meshia-Sama: “Esse “Meishu” (Senhor da Luz) que existe aqui dentro é um representante meu. E ele trabalha como meu representante e existem alguns deuses que são meus subalternos. E quando tem alguma coisa importante aparecem como sendo a minha pessoa, Portanto, não tem importância pensar que sou eu. (...) As coisas estão assim. Portanto, o Deus que habita em mim é o de nível mais alto. Por isso, eu nunca orei a Deus, já disse isso antes (...) Essas coisas, conforme a época aparecem claramente, entretanto, não quero dizer por mim mesmo que sou o “Senhor da Salvação”, ou coisas desse tipo. Isto é, mostro através de fatos. Através dos fatos “realmente”, e com o poder e o resultado “é verdade”, faço-os compreender, esse é o método verdadeiro.” Cinco meses antes, em 26/12/1953: “Isto porque o Príncipe Shotoku foi uma encarnação minha. É por isso que as coisas que eu faço são muito parecidas com as do Príncipe. Lá existe o Pavilhão do Sonho e nele está a estátua de Gusse Kannon (Kannon da Salvação do mundo). Ela indica ocultamente que “em breve eu serei assim, nascerei assim”. O Pavilhão do Sonho era a sala de estar do Príncipe Shotoku. Então, para deixar como lembrança, fez o Gusse Kannon e ele se tornou um Buda de segredos que normalmente não pode ficar exposto.

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(...) Eu vou tornar mundial o que era de âmbito nacional do Príncipe Shotoku. Naquela época, o budismo era uma religião nova. O Japão, até esta época era xintoísta. Por isso, para iniciar a nova religião que é a Igreja Messiânica Mundial, apliquei as belas-artes.” Observação: acreditando-se que se tenha consolidado a diferença entre DEUS, Deus e deus, então não se escreverá mais a palavra DEUS para não sobrecarregar o texto.

2.4. Ente eterno, infinito, imutável, onisciente, onipresente e onipotente.

Assim como parece não haver problema em considerar Deus como um ser perfeito, também tudo leva a crer inexistir a possibilidade de vê-Lo como um ente transitório, mortal, limitado, comensurável, provisório e temporário.

● Onisciente.

Ainda que não se compreenda, Deus é Onisciente. Certa ocasião, Meishu-Sama disse: “Estúpido é aquele que pensa que pode enganar a Deus. Se isso fosse possível, significaria que o homem está acima de Deus. Por mais engenhosa que seja a mentira, algum dia certamente será descoberta. No pensamento de que triunfarão com esse aglomerado de mentiras está a grande falha dessas pessoas. O que conseguem edificar com grande esforço, desmorona-se de uma só vez. Não há palavras para expressar a estupidez dos malfeitores que vivem repetindo esses atos, que se assemelham ao esforço de pegar água num cesto de bambu.” No caso de um faltoso, embora a sorte o favoreça durante algum tempo, a realidade evidente é que ele está fadado à ruína. Pois aquele que comete delitos vive inquieto e atormentado pelo receio de ser preso. Sob a tortura da sua consciência acusadora, é induzido ao arrependimento, sendo freqüente o caso de criminosos que se entregam ou se alegram em cumprir a pena, porque assim

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adquirem tranqüilidade. Isso significa que sua alma, através do elo espiritual, está sendo censurada por Deus, seu Criador. Portanto, ao praticar o mal, mesmo que consiga enganar os outros, a pessoa não pode enganar a si mesma e muito menos a Deus Onisciente, ao qual todo homem está ligado por um elo espiritual, que penetra no íntimo do homem e vê que nele não há honestidade. Feliz de quem tem consciência disso. Por essa razão, jamais o crime compensa. Talvez a abordagem de Deus como Razão universal pudesse prosseguir por essa direção.

● Onipresente. Quando se fala sobre divisão do Espírito, nada mais é do que a divisão da Alma. Os seres humanos não podem realizar esta divisão, mas Deus pode subdividir-se em vários outros Espíritos. Dessa forma, nos Templos de adoração, é verdade se dizer que é a divisão do Espírito do mesmo Deus, em várias partes, na ocasião em que está sendo adorado. A presença de Deus em todos os recantos permite dizer que se as pessoas acreditarem que os seres humanos estão constantemente sendo observados pelos olhos de Deus e entenderem a Lei de Causa e Efeito, será facílimo eliminar o crime pela raiz. Talvez a abordagem de Deus como Sentimento universal pudesse prosseguir por essa direção. ● Onipotente. A realidade mostra freqüentemente a vitória do mal, porém, no fim, Deus vencerá por ser onipotente, mas pode-se imaginar a luta que terá de ser travada pelo bem. Pois, como o mal é prepotente e controla quase tudo, fica à espreita, aproveitando a menor oportunidade para influenciar o ser humano. Existem pessoas que têm medo de Satanás, o chefe dos jashin. Elas dizem: "Fulano está com o diabo no corpo e por isso é preciso tomar cuidado" ou ”Naquela casa mora o diabo e por isso e

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preciso ter cuidado", mas isso é um grande erro. Se for assim, significa que Deus é mais fraco. Ter medo de Satanás significa considerar Deus inferior. Na verdade, Satanás é que tem medo. Portanto, temer Satanás significa que Deus se encontra num nível inferior a ele. Só que quase todas as outras religiões de até agora perdiam para Satanás. Entretanto, o Deus jamais perde. E se não for assim, não é possível salvar o mundo. Por isso, se é um lugar onde o diabo mora, deve-se ir com orgulho e fazer com que os outros também vão. Tempos atrás pediram a Meishu-Sama: "Fulano não é uma boa pessoa, por isso, faça com que não venha" ou "Procure evitar ir lá", mas não se deve sentir medo. Isto porque nada é superior ao homem elevado; tudo é inferior. Acho que temer isso significa um grande desrespeito para com o Deus, ou melhor, é extrema falta de compreensão. Por isso, nessas questões, deve-se ser indiferentes. Pois, do lado de Satanás, todos estão apavorados. É preciso tomar cuidado para não errar nesse ponto. Além do mais, se é ou não Satanás, é uma coisa que jamais poderá ser entendida pelo homem, uma vez que a pessoa que é chamada de diabo tem atuado de maneira excelente. Ao invés dela, diabo é quem a chama assim. Uma vez que ela própria fica temerosa, não há dúvida de que é mesmo o diabo. É preciso tomar cuidado para não errar nesse ponto. Os diabos temem extremamente a Deus. Por isso, Satanás encosta nos fiéis e se protege de modo a não ser atingido. Quando o Deus vai aonde Satanás se encontra este é atingido de modo violento e seus subalternos encostam-se a essas pessoas e fazem com que elas ajam dessa maneira. Portanto, na maioria das vezes, o pensamento do homem é oposto. Poder de Deus é 100% e o poder do Satã 99%; portanto, Deus está ganhando de 1%. Como é essa força de 1% que faz a reversão, ela é sem dúvida a força de Cintâmani. Ou seja, força capaz de realizar todas as vontades provenientes de uma bola de Luz. Na Era da Noite permaneceu sob o domínio do dragão vermelho = espírito de Satanás, aquele tem atuado nas divindades e

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grandes personalidades para dominar o mundo, que aprisionou uma reencarnação de Meishu-Sama que era o deus Kunitokotati-no-Mikoto, bem como lutou com seu protetor: o dragão dourado, mas no momento Meishu-Sama recebeu esta bola de Luz. A cultura moderna será modificada quando chegar a 99%, e esse momento corresponde ao Fim do Mundo, profetizado por Cristo. É o momento em que, no Mundo Espiritual, indubitavelmente ocorrerá uma transformação surpreendente. As pessoas que acreditam nisto serão eternamente felizes. Até lá, num certo sentido, nada nos resta fazer senão orar “Ó Deus, Todo-Poderoso” e não se envaidecer. Atualmente se denomina um objeto voador identificado por avião ou aeronave e um objeto não identificado por UFO ou OVN ou Disco Voador, o povo da época de Moisés ou de Ezequiel tratava por Glória do Senhor os engenhos voadores que os Deuses trouxeram quando vieram para cá. Porém, esse objeto voador de grande proporção, que soltava fogo e produzia um barulho semelhante ao som do trovão, chamados pelos ocidentais de “glória”, no Oriente foram chamados de Dragão. A Bíblia, no Apocalipse, relata uma batalha aérea entra a “glória” de Miguel versus o Dragão, como é mostrado no texto: “E apareceu outro sinal no céu: era um grande Dragão cor de fogo, com sete cabeças, dez chifres e com sete diademas em suas cabeças (janelas e antenas). Houve no céu uma grande batalha: Miguel e seus anjos pelejavam contra o Dragão, e este com seus anjos pelejavam contra ele: porém, estes não prevaleceram, nem o seu lugar se encontrou mais no céu.” Além do apocalíptico Dragão Leviatã, na Bíblia o profeta Isaías relata sua visão de uma “serpente voadora”, a Saraph Mehophep, palavras que todos os dicionários hebreus traduzem assim: Saraph = veneno inflamado ou ardente; e Mehophep = voador. Talvez a abordagem de Deus como Vontade universal pudesse prosseguir por essa direção. E assim se entender que a Alma de Deus (Vontade universal) é o ponto central (1%) do interior da bola de Luz (99%) que é a esfera Consciência universal, por isso,

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o Poder de Deus é 100% e o poder do Satã 99%, por isso, essa força de 1% (Alma de Deus) é a força capaz de realizar todas as vontades provenientes de uma bola de Luz. 2.5. Mente plena de Sabedoria, Amor e Força. ● Mente. Meishu-Sama diz: “(...) frações de segundo na mente divina.” Em toda cabeça (parte do corpo material dos animais e dos homens) tem cérebro (k), então se pode falar em cérebro de animal (ka) e cérebro humano (kh). Ambos pertencem ao Mundo Material e têm um corpo material (cm(ka)) e um corpo espiritual (ce(kh)) que são idênticos (≈) e diferentes (≠). Com efeito, ka e kh são órgãos materiais devido suas matérias m(ka) e m(kh) serem neurônios; cm(ka) ≈ ce(ka) e cm(kh) ≈ ce(kh) porque eles têm a mesma forma e uma relação íntima e indissolúvel; cm(ka) ≠ ce(ka) e cm(kh) ≠ ce(kh) porque: cm(ka) = m(ka) ≠ e(ka) = ce(ka); cm(kh) = m(kh) ≠ e(kh) = ce(kh). Essas diferenças m(ka) ≠ e(ka) e m(kh) ≠ e(kh) são facilmente percebidas, pois enquanto m(ka) e m(kh) são neurônios, matérias; e(ka) e e(kh) são imateriais, Mente (w) é o espírito do cérebro, algo imaterial (pertinente ao Mundo Espiritual, mas não ao Mundo Material), não exclusivo dos seres humanos, pois os animais têm, bem como os deuses também, só que em dimensão muito mais ampla, ou seja, “cabeça”, “cérebro” e “mente” divina são “algo” espiritualmente [espiritual-mente] superior em relação à cabeça, cérebro e mente humana, que por sua vez, muito superior em relação à cabeça, cérebro e mente animal. Mas que algo imaterial é este, que identificado com o cérebro, define o que é a mente humana? Antes, porém, se recorda a diferença entre linguagem e língua. A linguagem é a capacidade natural que o ser humano tem de se comunicar, sejam por meio de palavras, gestos, imagens, sons,

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cores, expressões, etc. Ela pode ser classificada em verbal (quando usa palavras escrita ou falada) e não-verbal (quando utiliza gestos, imagens, sons, cores, expressões, etc.). Pode-se optar pelo uso de uma ou outra forma de linguagem, ou mesmo utilizar a combinação das duas para se comunicar. Sua característica é ser universal e abstrata, por exemplo, o sorriso é entendido por qualquer ser humano. A língua é o conjunto de sinais, de regras gramaticais, que determinadas comunidades usam para se comunicar. Sua característica é ser local e concreta, capacidade de determinado povo, ou de quem se disponha a aprender as regras gramaticais da língua específica, por exemplo, o idioma francês só é entendido pelo povo francês, ou por quem estude e domine a gramática da língua francesa. Posto isto se diz que em termos da cibernética, a mente humana é o software, enquanto o cérebro é o hardware com seu processador, armazenador e comunicador. Os núcleos da mente são: a inteligência (espírito do processador), a memória (espírito do armazenador), a língua e a linguagem (espíritos do comunicador, ou seja: espírito da linguagem do processador [da programação] e espírito da linguagem [código] de máquina, respectivamente. Diante da identificação mente e cérebro, e este, integrante do corpo [material], às vezes se distingue integrante do núcleo mental identificado no corporal, como: linguagem mental ≈ linguagem corporal. Em termos simples, mente humana é um instrumento de gestão, de aprender e de pensar, ou seja, um meio de produzir administrações (planejamentos, organizações, direções e controles), aprendizagens (conhecimentos, competências e comportamentos) e pensamentos (razões, sentimentos e vontades), os quais levam o homem à ação. A evolução [da matéria] do cérebro, em linhas gerais, se deu de trás (lobo occipital) para frente (lobo frontal), passando pelo meio (lobo parietal e lobo temporal). A região da nuca foi iniciada pelos répteis, onde responde pela parte dos movimentos, auto-

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preservação e agressão, vontade; a região das partes superior e lateral da cabeça, pelos velhos mamíferos, afetivo, emocional, sentimento; a região da testa, pelos primatas, homo sapiens, intelectual, raciocínio, razão. Assim, a mente (ou melhor, sua matéria) produtora de pensamento, ou seja, de razão (raciocínio), sentimento (emoção) e vontade (volição), tem uma identificação no cérebro (ou melhor, sua matéria), respectivamente, na testa, meio da cabeça e nuca, bem como a inteligência mental se distribui em inteligência racional, inteligência emocional e inteligência volitiva. A Mente de Deus, em alta dimensão, plena de Raciocínio, Emoção e Volição, permitem defini-Lo como Razão universal (Sabedoria), Sentimento universal (Amor) e Vontade universal (Força). O que será feito como Vontade universal (em 1.10) Deus nunca está atarefado, porque transcende o tempo e o espaço; por isso, o Seu pensamento não demora nem um segundo; nada há, pois, na área divina, que motive inquietações. A Sua mente não pensa qualquer coisa, não tem qualquer razão, sentimento e vontade, mas sim Sabedoria, Amor e Força que estão operando por toda a parte. ● Sabedoria. Saber, quer dizer: ser, estar ou ficar informado, ciente de conhecer; ter conhecimentos específicos, teóricos ou práticos; ter a certeza de fatos presentes ou futuros, convencer-se, prever-se; ter força, mérito, meio, capacidade de; poder explicar, compreender; conseguir; guardar na memória, decorar; ter como, julgar, considerar; soma de conhecimentos adquiridos, cultura; prudência e sensatez ao agir, experiência; capacidade resultante de experiência, prática. Meishu-Sama ensina que: “O fogo do lado espiritual é muito mais forte e está ligado ao espírito do Sol Material [F = e(f) = e(e(SM))]. Embora a explicação seja difícil para muitos, esse poder, na verdade, constitui uma ciência divina. Normalmente, quando se

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mencionam princípios científicos, o foco da observação corresponde a realidades visíveis, mas aqui se está referindo ao invisível, ou seja, ao saber de Deus. A sabedoria divina é por demais profunda para o entendimento superficial dos homens.” Inteligência também possui muitas interpretações desde “indivíduo de muito saber, sumidade”, passando por “capacidade de aprender e compreender” até “sagacidade, perspicácia”. Por isso que Meishu-Sama afirme que embora sejam comuns as pessoas falarem simplesmente de inteligência (tié), no entanto, há vários tipos de inteligência, formando uma escada de cinco [seis] degraus, apresentando diferentes níveis de profundidade, na seguinte ordem: divina (máximo grau de sabedoria), sagrada (sabedoria intuitiva), superior (sabedoria), ardilosa (sabedoria do enganador) e calculista (sabedoria do avaliador, como estimar o preço de) [e satânica (mínimo grau de sabedoria)]. Dentre as inteligências, as mais elevadas são a divina, a sagrada e a superior [as mais baixas são a ardilosa, calculista e satânica], as quais se precisam aprofundar a própria fé, a fim de cultivá-las. Elas surgem quando se possuí espírito correto, que admite a existência de Deus. Quando há esforço baseado na virtude, esses aspectos superiores da inteligência se desenvolvem, e a recompensa será a verdadeira felicidade. A inteligência divina é a mais elevada, e Deus a concede a certas pessoas para que cumpram missões importantes, se encontra entre os níveis 150 e 180 do Mundo Espiritual (vide gráfico do Universo, em 2.1.). Bem afirma o ditado: "Diz-se que a inteligência é humana, quando o conhecimento é aprendido; é divina quando não depende de aprendizado”. A inteligência sagrada pode ser considerada como de caráter feminino em relação à inteligência divina, que, por sua vez, pode ser considerada como de caráter masculino. Ela se encontra entre os níveis 120 e 150 do Mundo Espiritual. A inteligência superior é aquela manifestada pelas pessoas sábias, se encontra entre os níveis 90 e 120 do Mundo Espiritual. No budismo, denomina-se tieshokaku ou inteligência da percepção

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verdadeira ou simplesmente inteligência. Uma situação a respeito é o do amor-paixão, quando não embasado na inteligência superior é amor incorreto. Outra situação é o da exaltação dos jovens que importuna o próximo, ameaça à ordem social e causa uma sensação de desconforto à sua volta, que precisam do apoio da inteligência, para evitar o ódio nocivo. Uma das reminiscências sobre Meishu-Sama conta que: “Em outubro de 1949, dois anos após haver decidido dedicar-me inteiramente ao Plano da Obra Divina, repentinamente morreu um pinheiro em meu jardim por motivo desconhecido. Foi tudo tão rápido que eu e minha mãe começamos a supor que houvesse uma razão de ordem espiritual. Talvez a árvore tivesse sido sacrificada para evitar algum infortúnio que deveria recair sobre nós. Contamos o sucedido ao nosso Ministro que se incumbiu de ouvir a orientação de Meishu-Sama. Por ocasião do primeiro Culto que a seguir se realizou na Sede Geral, ele comentou o acontecimento com Meishu-Sama: "Um pinheiro do jardim de um de nossos membros morreu de repente. Gostaria de saber se há algum significado espiritual nessa ocorrência". Meishu-Sama respondeu: "O fato ocorrido com o pinheiro tem relação com o destino do dono da casa. Indica que algum problema pode ocorrer com ele. Sua casa tem a Imagem da Luz Divina?". "Sim", sustentou o Ministro, "eles têm em casa a Imagem da Luz Divina e todos da família são membros de nossa Igreja". “Eles estão se dedicando à Obra Divina?", perguntou Meishu-Sama. “Sim", informou o Ministro, "eles estão e um de seus filhos, um jovem, dedica sua vida à Obra." “Quantas pessoas eles já conseguiram encaminhar a nossa Igreja?", perguntou Meishu-Sama. "Quase duzentas", foi a resposta.

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“Então tudo correrá bem para a família", assegurou Meishu-Sama. "Nada há a temer. Lembre-se, contudo, de que existe um profundo significado espiritual na ocorrência." Fui rápido para casa e transmiti as palavras de Meishu-Sama à minha mãe, acrescentando: "Não precisamos nos preocupar, pois Meishu-Sama informou ao nosso Ministro que tudo correrá bem". Entretanto, de certa forma não consegui evitar inteiramente uma pequena inquietação em minha mente. Meu pai havia sido transferido para a cidade de Kannon-ji, em Shikoku, como gerente da filial da fábrica, da qual era empregado. Ele só passava conosco uma ou duas vezes por mês e vivíamos sempre preocupados por ele estar tão distante. Alguns dias depois ele chegou. "Quase morri outro dia.", disse-nos. Ficamos assustados com a confirmação de nossos temores. Às duas horas da tarde do dia 11 de novembro, contou meu pai que havia programado voltar ao escritório central em Osaka pelo navio Mishima-maru da Companhia de Navegação Kato-Kaiun. Havia comprado passagem e arrumado as malas. Estava descansando em seu quarto após o almoço, quando chegou um emissário da fábrica, pedindo-lhe que ficasse para participar da reunião que se realizaria naquela noite. Meu pai esquivou-se do convite, alegando que compareceria à próxima reunião sem falta, mas a pessoa continuou insistindo para que ele ficasse. Diante disso, ele finalmente concordou em adiar sua viagem ao escritório central. Na manhã seguinte, meu pai sentiu um calafrio percorrer sua espinha quando leu o jornal do dia. Continha uma notícia sobre um acidente marítimo: O Mishima-maru, navio em que deveria ter viajado, havia naufragado em Ushimado, ao largo da Ilha de Shodo e todos a bordo tinham perecido. Toda nossa família compreendeu, então, que a palavras de Meishu-Sama em relação ao caso do pinheiro, transmitiam a Sabedoria Divina. Meu pai, que estava destinado a morrer, havia sido salvo pela Divina Providência. Se não tivéssemos ingressado na Igreja e compreendido a importância de prestar serviços à Causa de

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Deus, que teria sucedido? Meu pai teria morrido e todos nós iríamos sofrer muito. A graça alcançada levou-nos à conclusão de que o servir constitui nossa verdadeira salvação. Ficamos também suficientemente alertados para o fato de que as palavras de Meishu-Sama transmitiam a Sabedoria Divina e que o poder canalizado por ele era Luz de Deus para salvar a humanidade. Nós nos comprometemos novamente a trabalhar com maior dedicação ainda para a Obra Divina.” “O fato a seguir ocorreu em 1948, em Atami, na época da Sede Provisória do bairro de Shimizu. Naquela época, Meishu-Sama começava as suas atividades escriturais todas as noites, a partir das 18h45minh e um dedicante mais antigo e mais duas pessoas auxiliavam, limpando primeiramente a sala e preparando todos os materiais necessários, para depois recebê-lo. Uma noite, porém, os dois dedicantes mais recentes, brincando com a vassoura, acabaram trincando o lustre. Na época, aquele que quebrasse um prato que fosse, devia apresentar-se a Meishu-Sama, de imediato, e pedir-lhe perdão. Quando se procedia assim, Meishu-Sama perdoava, dizendo simplesmente: “Se foi por descuido, não há como remediar. De agora em diante, preste mais atenção.” Entretanto, justo nesse dia, Meishu-Sama não estava bem humorado; assim, os dois, pensando que se fossem se desculpar naquele momento seriam severamente advertidos, e como ainda havia tempo suficiente para o início do serviço, foram à loja de lustres, compraram um igual e fizeram a substituição. Assim, nem foram pedir desculpas. A seguir, receberam Meishu-Sama como se nada tivesse acontecido. Apesar de não ter sido o dedicante mais antigo o autor da ocorrência, no íntimo, ele sentiu remorsos, mas ficou quieto. Como de costume, Meishu-Sama iniciou logo o serviço, ouvindo o seu rádio. Porém, durante o trabalho, inadvertidamente pôs a sua mão sobre o tapete e sentiu um caco de vidro. Então, indagou: “Aconteceu algo aqui, não foi?” Os dois trocaram olhares e devem ter pensado, interiormente, que tinham sido descobertos. Mas, fingindo não saberem de nada, procuraram disfarçar. A seguir,

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Meishu-Sama solicitou que se chamasse a pessoa que havia limpado aquela sala anteriormente. Então, chamaram o dedicante. Ele, que não tinha conhecimento de nada, mesmo sem entender, desculpou-se. Então, todos os dedicantes foram chamados, um a um, mas não apareceu o culpado. Meishu-Sama disse: “Isso não é possível”, e fez um interrogatório severo. Logo a seguir, sem conseguirem se conter, os dois começaram a chorar: “Desculpe-nos. Na realidade, aconteceu isto, assim, assim...” Aí Meishu-Sama ficou muito zangado e chamou sua atenção com todo rigor: “Pode parecer algo muito insignificante, mas não é atitude própria de um membro! Por mais que burlem a visão do homem, não conseguem enganar os olhos de Deus”, e os dois receberam um sermão de punição. O dedicante mais antigo estava perto, ouvindo atentamente os dois serem repreendidos, mas, finda a advertência, Meishu-Sama virou-se para este terceiro e disse: “Você sabia disso não é? Saber do fato e silenciar é erro mais grave do que o dos próprios autores.” Assim, ele recebeu uma advertência duas vezes maior que a dos dois. Abaixando a cabeça, pediu perdão diversas vezes, mas não obteve. “Quantos anos faz que você ingressou na Fé? Se os dois queriam esconder o que fizeram, a verdadeira atitude sua não seria fazê-los reconsiderar? Mais que isso, um verdadeiro membro seria aquele que viria se desculpar no lugar dos dois. Em vez disso, tornou-se cúmplice deles. Não se sente culpado perante Deus. Para uma pessoa assim, não posso confiar importantes serviços de Deus.” E, no caso dele, não foi só uma semana de punição, mas foi impedido de entrar no aposento, a não ser nas horas de refeição e para dormir, um mês inteiro. Fazia, então, a limpeza dos jardins, diariamente. Pouco tempo após aquele incidente, novamente um dos dedicantes cometeu uma imprudência. Desta vez, avariou uma valiosa obra de arte. Mas essa pessoa foi, imediatamente, pedir perdão a Meishu-Sama. Disseram que, então, ele usou de benevolência, dizendo: “O que quebrou não tem como remediar. Tome mais cuidado de agora em diante.” O dedicante mais antigo sentiu-se impressionado ao saber que Meishu-Sama era capaz de

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perdoar, com facilidade, a perda de uma obra de arte de alto valor; por outro lado, no caso do lustre, que custava apenas 40 ienes, não lhe perdoou. Assim, em relação àquilo com que não estava de acordo, isto é a mentira, Meishu-Sama advertia severamente.” Em termos de sabedoria, o Kenshinjitsu é o máximo grau de sabedoria [inteligência divina], possível de ser atingido. Quem chega a esse nível consegue enxergar a realidade presente, passada e futura, transcendendo, dessa forma, a noção de tempo e espaço. Quando alguém chega, então, ao grau de Kenshinjitsu entende o aspecto verdadeiro da vida e começa a compreender os mistérios de Deus. Por isso, Meishu-Sama pôde dizer, em 25 de fevereiro de 1954, que: “No Mundo Espiritual, o Mundo de Miroku já está praticamente concretizado. Portanto, daqui para frente, isso se refletirá no Plano Físico [Mundo Material].” Para ser estabelecido na Terra o Reino de Deus os messiânicos precisam chegar ao estado de Kenshinjitsu, principalmente os Dirigentes da Igreja Messiânica: “Como o Kenshinjitsu é a posição mais alta que existe, quem alcançar esta posição conseguirá ver e entender todas as coisas que estão lá embaixo. E, para que vocês entendam o significado do Kenshinjitsu, eu venho utilizando diversas explicações. Em resumo, o objetivo da fé é alcançar o mais rápido depressa a posição de Kenshinjitsu. Se conseguir alcançar, conseguirá entender várias coisas. Só que, na verdade, para uma pessoa comum, é muito difícil alcançar esta posição, por isso, se chegarem próximo disso, já é o suficiente. Por outro lado, Cristo e Buda também alcançaram o Kenshinjitsu, mas dentro dessa posição também existem níveis - alto, intermediário e baixo - e eles chegaram até o nível intermediário. Isso porque não sabiam que havia mais do que aquilo. Mais do que isso, na verdade, naquela época não se podia saber, pois ainda estava muito cedo para se saber. Mas agora já chegou o tempo certo e é preciso tomar conhecimento disso. Como vamos construir o Paraíso Terrestre, aqueles que se tornarão líderes

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das pessoas que farão a construção precisam, até certo ponto, alcançar o Kenshinjitsu. E esses líderes são os membros da Igreja Messiânica, principalmente os Dirigentes da Igreja. Ou seja, onde tivermos esta forma (pirâmide), aqui no topo sempre estará a pessoa que alcançou o Kenshinjitsu. Pouco a pouco isso se tornará um modelo padrão.” ● Amor. Há duas espécies de amor: Universal de Deus, que é totalmente inclusivo, e o amor individualizado do homem, que é limitado. Não há amor humano que se compare ao de Deus, a ponto de se dizer que Ele é amor. Para Deus todos os povos são Seus filhos, não obstante as diferenças de feições e cores. Por isso, se diz que a profecia bíblica se deve ao Amor Universal do Ser Supremo. Como o amor de Deus é amor amplo, Ele ama a humanidade com um amor ilimitado. O amor do homem é amor restrito, pois ele se limita a amar a si próprio, a seus partidários e a seu povo. Portanto, vem a ser um mal. No entanto, no fundo, o amor é a maior benção que Deus atribuiu ao homem. O motivo da publicação dos ensinamentos de Meishu-Sama está no amor de Deus, que, desejando reduzir ao mínimo o número de vítimas, dá o primeiro grito da salvação. Os materialistas podem não acreditar em Deus, dizer que é um absurdo, que Ele é apenas fruto da imaginação do homem; entretanto, como a existência de Deus é uma realidade, Seu incomensurável amor não permitirá que a humanidade permaneça por longo tempo nessa condição não paradisíaca. Porém, quando se está de acordo com a lógica, Deus é Amor, mas estando em desacordo com ela, Deus nada pode fazer. Ele quer atribuir graças, de forma ilimitada, mas o homem não tem qualificação para tal. Por exemplo, mesmo na questão monetária, Deus quer prover as carteiras irrestritamente, mas não consegue porque nelas existem

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coisas sujas. Portanto, basta limpá-las. Assim também, quando o homem quer que sua vida seja poupada, é suficiente que, do lado humano, crie condições para ser salvo. Como isso não é feito e como da parte de Deus também existem resultados que Ele não pode infringir, não consegue salvar mesmo que tenha vontade. Os que seguem Sua Vontade estão repetidamente advertindo os homens através da palavra oral e escrita de que quando chegar o momento decisivo e, aflito, eles quiserem voltar-se para Deus, já será tarde demais. Isso é mais claro que a luz do dia. Deve-se lutar, procurando conquistar um lugar cada vez mais próximo de Deus. E não se deve acomodar, pois um espírito livre de máculas se torna leve e sobe mais para junto Dele. Deus respeita muito o desejo de cada um. Pode-se dizer que o amor de Deus é respeitoso. ● Força. Seria desnecessário dizer que a fonte de todas as atividades e de todos os fenômenos do Universo é a Força de Deus. Todos os nascimentos e transformações são a manifestações dessa força, e a ela se deve o movimento ou a inércia de todas as coisas. Começando pelo homem, todos os animais e mesmo as bactérias nascem e morrem graças à Força de Deus. Em suma, ela é o Senhor Absoluto e Infinito, resumindo, o Universo em si é a própria Força. Até hoje, no mundo era força de 99%. Agora se tornou a força de 100%, com o 1% da Força Divina que vem do Mundo Divino, tornando-se a Salvação da humanidade. Por isso, este 1% da Força Divina está escrita no Ohikari (medalha que permite a pessoa de ministrar Johrei). Se for excluída essa força de 1%, não será tão simples assim realizar milagres. Assim sendo, este mundo tornar-se-á o Mundo de Deus. Falando em outro sentido, o poder de Deus é total. As divindades malignas detêm 0,99 do Poder. As hostes de Deus, portanto, superam o poder do mal em 0,01. Com essa supremacia de 0,01 tudo se inverte.

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Numa das reminiscências sobre Meishu-Sama conta-se o seguinte: “Em maio de 1948, na ocasião em que trabalhava na construção de uma canalização de água no Solar de Contemplação da Montanha, no mini-paraíso de Abone, o cordão de meu Ohikari rompeu. Depois disso, não o usei, porque na realidade eu não entendia bem o que significava. Certo dia, resolvi podar o enorme cipreste que havia no jardim para permitir que nossa plantação de verduras pudesse receber mais Sol. Para isso subi na árvore com um serrote preso à cintura. De repente, o galho em que me agarrava quebrou e despenquei de uma altura de quase quinze metros. Cai violentamente sobre a coxa, batendo contra um tronco que estava no solo e fiquei sem poder mover-me. Tentei pedir socorro, mas a voz não saia. Tentei várias vezes até que consegui emitir alguns sons, o bastante para que minha mulher me ouvisse e viesse para me acudir. Ela chamou um ortopedista, membro da Igreja. Ele veio em seguida e me atendeu, mas eu continuava sem poder me movimentar porque a queda fora tão violenta que tive a impressão de que o cabo do serrote havia penetrado no meu corpo. Doía até quando respirava. Fiquei de cama durante duas semanas, impossibilitado de fazer qualquer coisa. Pensei que nunca mais poderia trabalhar mesmo depois que recuperasse, e estava cogitando de pedir dispensa de meu trabalho. Foi nessa ocasião que recebi uma ajuda financeira de Meishu-Sama. No décimo quinto dia, pude sentar pela primeira vez. No décimo sexto, já podia andar com a ajuda de uma bengala, e assim fui agradecer a Meishu-Sama o auxílio que me havia dado. Meu empregado mais antigo recomendou-me que pedisse Johrei a Meishu-Sama. Assim, no décimo sétimo dia, fui até Shinzan-so, residência de Meishu-Sama em Hakone. Lá fiquei esperando junto à porta até que Meishu-Sama terminasse seu café da manhã é saísse para atender seus compromissos do dia.

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Ao pedir-lhe Johrei ele me disse: "Muito bem, vou ministrar-lhe agora mesmo e você vai conseguir flexionar o tronco". Ele ministrou o Johrei de uma distância de mais ou menos 2 metros durante um minuto, e perguntou: "Como se sente? Acho que pode curvar agora. Experimente." Meio receoso, fiz uma tentativa e, para espanto meu, verifiquei que podia flexionar o tronco. "Você pode flexionar mais!" falou Meishu-Sama. Tentei outra vez e certifiquei-me de que podia movimentar-me ainda mais. Quando voltava para casa, imaginava que devia ter sido uma espécie de magia ou mágica. Se fosse, pensava, o encantamento desaparecerá com o passar do tempo. Acordei aquela noite, saí da cama e experimentei novamente fazer flexões. "Extraordinário!", falei comigo mesmo, "O encantamento ainda está funcionando". Quando fui lavar o rosto pela manhã, pude curvar-me e pela primeira vez, desde que havia caído, consegui usar as duas mãos. Cheguei à conclusão, então, de que realmente havia sido curado pelo Poder de Deus atuando através de Meishu-Sama e de que não havia sido magia. Compreendi também, que Meishu-Sama era um homem maravilhoso. “Crer cegamente não é sinal de verdadeira fé", ensinava-nos Meishu-Sama. "Quando você obtém cura pelo Johrei, você sente o poder de Deus. Este fato é que lhe permite conhecer a verdadeira fé.”” Se em tais situações individuais já se pensava em magia e não em milagre. Naturalmente, seria impossível imaginar que o projeto tão grandioso de construir o paraíso terrestre - que se poderia considerar um sonho - pudesse ser concretizado com a força humana; entretanto, como se trata do Plano de Deus, Todo-Poderoso, não resta a menor dúvida que ele se tornará realidade. Atualmente, Deus está manifestando inúmeros milagres para demonstrar Sua Força e, dessa maneira, infundir uma sólida fé. Porém, como se constata existem pessoas que são do tipo auto-suficiente, confiam demais na força humana e,

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inconscientemente, tende a esquecerem essa força que foi transmitida a Meishu-Sama por Deus, fato inexistente até então. Ao se analisar o espírito da palavra Tikara (força): Ti significa sangue, espírito; Kara significa vazio, corpo, matéria. A formação do termo mostra, portanto, que a força nasce da união do espírito e da matéria. Para escrever o ideograma correspondente à palavra força (Tikara), faz-se um traço vertical e, em seguida, um traço horizontal, formando-se uma cruz; a partir do fim do traço horizontal puxa-se um traço um pouco inclinado, com a ponta virada para cima e para dentro. Isso quer dizer que logo que se verifica o cruzamento do horizontal e do vertical ocorre à atividade e começa a rotação da esquerda [espiritual] para a direita [material], isto é, a ação da força. Assim, pode-se perceber que tanto o espírito das palavras como as letras foram criadas por Deus. 2.6. Grande Espírito da Palavra que movimenta o cosmos. O espírito da palavra tem o poder de exercer uma enorme influencia sobre as orações em geral, pelo fato de os sons emitirem vibrações que determinam, de modo decisivo, a criação de um estado interior positivo ou negativo. Diz-se que no mundo onde as palavras agem constitui o reino do espírito da palavra. Deus é, na verdade, o Grande Espírito da Palavra que movimenta o Cosmos. Conforme está na Bíblia foi também a partir da palavra que o Supremo Criador estabeleceu a vida e o Universo: “No princípio era o verbo e o verbo estava em Deus.” (Gênesis) No livro das Orações da Igreja Messiânica Mundial do Brasil, em suas páginas de 34 até 36, se expõe as seguintes palavras de Meishu-Sama: “No grande reino do espírito das palavras – no Mundo Espiritual, - ecoam 75 fonemas espirituais. O Mundo Espiritual está repleto desses fonemas [são sons considerados nas palavras], vozes sem sons, inaudíveis aos ouvidos humanos.

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Mas, o espírito das palavras que o homem emite, exerce forte influência nesse grande reino do espírito da palavra. O espírito das palavras justas diminui a impureza do Mundo Espiritual, enquanto que o espírito das palavras pertencentes ao mal as aumenta. Isso depende da ordem da disposição dos 75 fonemas do espírito da palavra, cuja base depende do bem e do mal. O espírito da palavra do bem são os vocábulos e frases do Belo, que, por sua disposição, estão conforme a Verdade-Bem-Belo. Ressoam agradavelmente aos ouvidos, porque penetram até a alma, núcleo da consciência humana. Já o espírito da palavra do mal não penetra na Alma, porém, apenas atinge a consciência que a envolve.” Aqui, precisa-se aprofundar um pouco mais. Conforme foi visto, existe uma linha que divide, ao meio, os cento e oitenta graus do Mundo Espiritual, nível alto desse marco divisório pertence à área divina, e o estágio abaixo corresponde ao domínio animal. Cada homem possui, além do Espírito Guardião, um Espírito Primordial na região divina com os três tipos de bens que são sabedoria, amor e força, e um Espírito Secundário no âmbito animal com os três tipos de males que são ignorância, ira e insaciedade, os opostos de sabedoria, amor e força, respectivamente. Isso consta na oração Zenguen Sanji na palavra “San-doku”, bem como na palavra “go-joku” que significa as impurezas do mundo dos males: “Pergunta: Existem as palavras san-doku (três males) e go-joku (cinco impurezas). Na vida diária, o que elas significam? Que meios efetivos existem para eliminá-los? Meishu-Sama: San-doku e go-joku são termos empregados no Budismo. San-doku significa os três tipos de males: a insaciedade, a ira e a ignorância. A palavra go-joku é constituída de ideogramas complicados e difíceis de serem gravados, por isso, não me recordo bem, mas se trata de máculas do homem classificadas em cinco tipos. E para

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eliminá-las é preciso salvar as pessoas e acumular virtudes. Outra maneira de eliminá-las, sem ser pela prática de boas ações, é pelo sofrimento. Mas este tipo de eliminação, além de ser difícil, é pouco eficaz. Por outro lado, as pessoas que praticam o bem serão apreciadas e respeitadas pelas pessoas e seus pecados serão apagados muito rapidamente. A isto se chama Fé. É por isso que tornar-se membro, assistindo o Curso de Iniciação, significa aprender o método de eliminar as máculas. Portanto, assistir por assistir o Curso de Iniciação, é melhor não fazê-lo; entretanto, isso não é suficiente para realmente tirar as suas máculas. Para eliminá-las é preciso acumular virtudes e trabalhar no encaminhamento das pessoas à felicidade.” “San-Doku refere-se a três desejos pecaminosos que causam danos aos pensamentos positivos do homem: a insaciedade (devorar vorazmente), a ira (cólera) e a ignorância (idiotice). Go-Joku significa as impurezas do mundo dos males. Descrevem, claramente, o estado do mundo dos males. São elas: 1) disseminação de tudo o que é impuro no tempo e no espaço, que eclodem em forma de fome, epidemias e guerras; 2) alastramento dos conceitos errados e iníquos; 3) reflexo dos três males; 4) debilitação do espírito, do corpo e degeneração da dignidade; 5) encurtamento da vida humana.” O espírito animalesco se instala no limite das áreas da consciência; portanto, quanto mais enevoada estiver a consciência, maior poder terá esse Espírito Secundário, e nisso está o perigo. Como ele estorva constantemente a expansão da luz da Alma, - a luz da Alma para a consciência – a pessoa pende para o mal. Paradoxalmente, o espírito da palavra do mal compraz o Espírito Secundário. Isso é muito bem comprovado pela realidade. A preferência pelos bons assuntos é, assim, de agradável ressonância na Alma, enquanto que a preferência pelos espíritos das más palavras proporciona satisfação ao Espírito Secundário.

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Citando-se um exemplo: uma conversa em que delinqüentes, prazerosamente, se jacta de suas façanhas, aos não delinqüentes repugna. Pelas razões expostas, o espírito das boas palavras, ressoando na Alma aumenta a sua luz, e com isso diminui as impurezas existentes na consciência: o Espírito Secundário, então, se retrai, diminuindo no indivíduo, o interesse pelo mal. Com o entoar da Oração Zenguen Sandji, o Espírito Secundário, fonte de padecimentos de toda a espécie, se constrange, e certos sofrimentos, que o seu volumar atraiam, desprendem-se ou cessam de molestar; diminuem as máculas na consciência e, assim, as pessoas são libertadas de sofrimentos. Pelo exposto, poderão compreender que o espírito das palavras da Zenguen Sandji encerra extrema virtude e beleza. Ao entoá-la, o Mundo Espiritual ao redor será extraordinariamente purificado. Há mais um importante fator a considerar: existe grande relação entre a pureza e a impureza do espírito do homem e o espírito das palavras que ele emite; quanto mais purificado for o espírito do homem, maior força manifestará o espírito das suas palavras, correspondendo ao seu nível espiritual. Dessa forma, cabe aos fiéis perseverar no esmerar a alma, polir as suas palavras e diligenciar para se tornarem homens de espírito elevado.” Aqueles que desejam aprofundar sobre os 75 fonemas talvez possa fazê-los por meio da Oomoto com sua idéia de que o Universo foi criado devido a ação dos 75 kotodamas, que são as vibrações primordiais por trás das letras e dos sons possuidoras de um valor intrínseco capaz de influenciar a realidade física, ou ainda, se refere a convicção de que poderes místicos habitam em palavras e nomes. O interessante a ser observado é que embora alguns japoneses acreditem que o espírito da palavra é exclusivo para o idioma japonês, na língua japonesa existe apenas 50 sons, no sânscrito é que tem 75 sons.

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A escrita japonesa (bem como a chinesa que lhe deu origem), segundo o olhar dela e não o do observador, é de uma verticalidade de Sol a pino e, depois, de uma horizontalidade do nascente para o poente. Já a escrita do árabe é ao contrário na ordem. japonesa árabe 7 4 1 3 2 1 8 5 2 6 5 4 9 6 3 9 8 7 2.7. Princípio de Tudo, ocupando a camada espiritual mais elevada. Até aquele deus que vem sendo adorado como Supremo está abaixo da segunda classe. Deus está muito além e só veio sendo venerado de longe pela humanidade. Mas quem é Ele, então? Não é outro senão o Senhor e Criador do Universo, ou seja, o Princípio Criador de tudo, Aquele a quem os povos vêm se referindo como Jeová, Logos, Segunda Vinda de Cristo, Messias, Miroku etc. A divisão espírito e matéria deram ensejo aos mundos espiritual e material, que também se subdividiram. A divisão do Mundo Espiritual se dá em três planos - Superior, Intermediário e Inferior - cada um deles constituído de três níveis, e cada nível se subdividindo em vinte camadas, logo, ao todo, são cento e oitenta camadas, mais uma - acima de todas - ocupada por Deus. Ele tudo observa do invisível Mundo Espiritual. Qualquer entidade, por mais elevada que seja, acha-se numa das cento e oitenta camadas. Neste item se explicita que o Princípio Criador gerou, entre outras, as seguintes criações expressivas: Criador do Mundo Espiritual e do Mundo Material; Criador da Verdade, Bem e Belo, mas também do Falso, Mal e Feio; Criador do homem; Criador do solo; Criador das religiões; Criador das doenças.

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● Criador do Mundo Espiritual e do Mundo Material. Meishu-Sama afirma que a realidade dos dois mundos, o Espiritual e o Material, Deus construiu-os sabiamente. ● Criador da Verdade, Bem e Belo, mas também do Falso, Mal e Feio. Já foi mencionado anteriormente que a criação divina se iniciou com a divisão verdade/falso, bem/mal, belo/feio. Meishu-Sama diz que a partir do Deus Supremo, subdividiram-se duas linhagens: a linhagem espiritual e a linhagem material que são regidas pelos deuses de aspecto positivo e negativo respectivamente, ou seja, o bem e o mal. O Deus que pertence ao mal, é chamado de Deus da Injustiça, conhecido como Satanás; e o Deus que pertence ao bem é chamado de Deus da Justiça, conhecido simplesmente como Deus. Desta forma, o bem e o mal não existem antes de Deus Supremo, e nem Ele criou apenas o bem deixando a falsa interrogação de quem criou o mal. O ponto a seguir tem sido algo de difícil compreensão na maneira de pensar do ser humano: Se desde o início, Deus Supremo não criasse o Homem como um ser malvado, não haveria necessidade de castigo ou Juízo Final. É um falta de piedade e compaixão irracional [alguns vêem compaixão não com tendo um coração transbordante de piedade para com os outros, mas, sim, como um amor tão profundo que se está disposto a fazer o que for preciso para trazer luz a uma situação]. Porém, com certeza, através do mal, é que na realidade a ação do bem alcançou o progresso da Cultura. Pelo atrito constante do bem e do mal, desde eras remotas, é que se vê o desenvolvimento de uma brilhante Cultura atualmente construída pela humanidade. No fundo, o domínio de Deus Supremo é demasiadamente profundo para a compreensão do homem comum. Sendo especialmente difícil determinar o que é bom e aquilo que ele sente como mal, o que faz o homem viver num conflito sem fim.

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Desde épocas remotas, vem ocorrendo uma grande luta invisível aos olhos humanos - entre Deus e Satanás -, essa luta se apresenta sob diversas formas. De uma escala maior para uma menor, se tem as guerras entre países, as divergências entre partidos políticos, os conflitos entre classes sociais, as desavenças entre as pessoas e, por fim, em sua menor forma, a luta que existe no interior de cada indivíduo: a luta entre o bem e o mal, o Espírito Primordial e o Espírito Secundário. O resultado é que a maioria das pessoas, até os dias de hoje, vem apresentando uma forte tendência para se ligar ao mal, aumentando, cada vez mais, o número dos súditos de Satanás. Contudo, é lógico que muitas pessoas não têm nenhuma consciência disso, pois se o soubessem, imediatamente procurariam afastar-se dele. No entanto, dentre os que são salvos por Deus existem muitos que estão trabalhando para o mal, inconscientemente, pois eles não têm a possibilidade de abrir seus olhos. Essa não consciência consiste em acreditar que estão fazendo um bem, enquanto que, na verdade, não passa de um mal; veneram um deus achando que é do bem, mas que na verdade, faz parte da falange do mal; o que acreditam ser a Verdade, na realidade não o é, e assim por diante [a Verdade tem vários níveis de profundidade. Um indivíduo que alcançou um grau inferior de iluminação, geralmente só capta os aspectos mais superficiais da Verdade], portanto, basta apresentar-lhes a Luz da Salvação para mostrar-lhes a verdadeira face dos erros cometidos. No mundo do Deus Falso também existe hierarquia, e os espíritos encostam de acordo com o nível espiritual de cada ser humano, havendo diferenças desde a classe superior até a classe inferior. É a mesma organização que a do Mundo do Deus Verdadeiro. Por esse motivo, desde a era primitiva até os dias de hoje, o bem e o mal se confrontam, chegando a mais de 10 milhões de anos de luta [homens e chimpanzés são 98,4% idênticos, os poderes de fala e da razão estão concentrados 1,6% restantes, e as duas

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espécies descendem de um ancestral comum que viveu há sete milhões de anos. O gene dos gorilas, por sua vez, é 2,3% diferente do ser humano e do de chita, e sua separação do ancestral comum de homens e chimpanzés ocorreu há dez milhões de anos]. Sem dúvida, durante esse tempo, a força do Deus Falso era mais forte, por isso algumas vezes o Deus Verdadeiro era facilmente pressionado. Mas no final, o mal perdia e o bem vencia, o que a História comprova perfeitamente. Se o Deus Falso vencesse, o mundo seria destruído e não existiria o mundo que se vê hoje. Uma conseqüência dessa fraqueza do Deus Verdadeiro é que até hoje a religião ou qualquer outra entidade que trate desse assunto, nada é explicado por muito temor a Deus, ou por achar um sacrilégio e desrespeito. Assim sendo, até agora Deus era muito temido. Não havia quem pudesse chegar ao íntimo da questão. Nesse sentido, diz-se ser uma profanação fazer algum comentário sobre esse assunto, mas na verdade não é assim. Mesmo que se faça a análise de Deus ou qualquer outro assunto nesse sentido, jamais haverá temor a Deus. Muito menos haverá Castigo dos Céus. Se houver castigo, será castigo da própria pessoa para ela mesma. Caso haja temor a alguma coisa, será temor a si próprio. Não existe algo tão temível quanto os próprios homens. Deus como é o bem absoluto, não há o mínimo sequer de temível, porém, o homem como é o mal, é temível. Isto porque, não se consegue prever o que os homens irão fazer. Mas como se tornar um verdadeiro crente? Em primeiro lugar, é preciso adquirir credibilidade. Por exemplo, os outros devem sentir que suas palavras não contêm falsidade, que nada de mal lhes poderá advir de sua parte, que é uma excelente pessoa e digna de confiança. ● Criador do homem. Foi Deus quem criou o homem. Os homens estúpidos, que negam a existência do criador, acham que os seres humanos foram simplesmente gerados pelos humanos. No entanto, estranham o

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fato do organismo do ser humano ser muito bem elaborado, o que é natural, pois ele é obra-prima Dele. Atualmente, a medicina está falando de forma exagerada sobre o progresso da cirurgia, mas não existe algo tão equivocado como este. Por exemplo, supondo-se que alguém venha a sofrer de apendicite. Nesse caso, a medicina extrai o órgão imediatamente. “A razão disto - dizem os médicos - é que o apêndice é um órgão inútil para a saúde do corpo, e como existe tal órgão ocorre à apendicite, por isso é melhor extrai-lo.” Mas isso, na realidade é um fato pavoroso. A razão da sua existência está em Deus, Criador de todas as coisas. Acho que Ele não deva ter criado sequer uma única coisa inútil, na Sua obra de criação de maior importância, que é o corpo humano. Mesmo que seja uma única unha ou um fio de cabelo, não há nada que seja inútil, cada qual está cumprindo suas funções. No entanto, o fato de simplesmente determinar como algo inútil, é porque a medicina não entende o fundamento dos órgãos do corpo humano. ● Criador do solo. Deus, Criador do Universo, assim que criou o homem criou o solo, a fim de que este produzisse os alimentos para nutri-lo. O que se deve conhecer em primeiro lugar, é a capacidade específica do solo de produzir alimento suficiente para prover o homem e os animais. ● Criador das religiões. Anteriormente foi dito que existem muitas manifestações físicas de Deus. Pois bem, o Ser Supremo, por meio desses Seus representantes, criou as religiões, enquanto a filosofia foi criada pelos homens. Elas foram criadas para serem condicionadas a determinadas épocas, localidades, povos, tradições, costumes, etc. Não fossem as religiões a cultura não teria alcançado o deslumbrante progresso que hoje apresenta, o mundo estaria à mercê de Satanás, ou talvez, destruído.

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● Criador das doenças. Na verdade, quando Deus criou o homem, não o fez sábio nem aprimorado. Deu-lhe apenas muita força física e uma capacidade embrutecida. Por isso, para desenvolvê-la, precisou de, até certo nível, enfraquecer-lhe a vitalidade. A solidificação das toxinas provoca má circulação sangüínea, rigidez dos ombros e do pescoço, dor de cabeça acompanhada de sensação de peso, diminuição da capacidade visual, auditiva e olfativa, entupimento dos dentes, falta de fôlego, flacidez dos músculos dos braços e das pernas, dor nos quadris, inchação, etc. Tais fatores determinam uma acentuada diminuição da atividade, de modo que o homem fica impossibilitado de cumprir sua missão. Foi justamente por isso que Deus criou o excelente processo de purificação denominado doença. 2.8. Caminho Perfeito. Como proceder de acordo com a Vontade Divina é o caminho mais fácil para se viver neste mundo atribulado, então se pode falar em seguidores de Deus. O caminho de acordo com o Ser Absoluto vem a ser o caminho natural, por isso, quando acontece alguma coisa e não surge uma boa idéia, deve-se deixar acontecer de acordo com a Vontade de Deus. Quem não compreende isso, tenta agir com a sua própria força e acaba sofrendo. Isso não é bom. O importante é conhecer a fragilidade da força humana. Napoleão disse que no seu dicionário não existia a palavra impossível, mas ele dizia isso por desconhecer a fraqueza do homem. Por essa razão acabou exilado na ilha solitária de Santa Helena. Hitler e Tojo também eram assim. Dando uma explicação mais compreensível sobre Caminho, isto é, o Caminho Perfeito, pode-se dizer que se trata de algo aplicável a todas as coisas; ou melhor, ele é a bússola orientadora da conduta humana. Trilhando-o se compromete tanto ao trabalho quanto a dedicação.

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Adorar a Deus significa seguir esta via. Portanto, o homem que se submete a esta estrada e por ela é regida, é um verdadeiro homem civilizado. Mas, o que é esse Caminho Perfeito? Deus nos indica um rígido padrão, que é a teoria do Caminho do Meio, de Confúcio. Essa justa medida ou temperança é o Izunome, o ponto intermediário entre Daijo e Shojo, entre o horizontal e o vertical. Isto significa não se inclinar excessivamente para nenhum dos dois lados, mas seguir o caminho do meio. A ação de Izunome se expressa numa só palavra, que deve ser “meio-termo”. É como o clima da primavera e do outono: o intermediário entre o calor e o frio. 2.9. Justiça. Não deixa de ser estranho falar, agora, que Deus é Justiça. Mas se deve insistir nesse ponto porque não só o povo, mas também os fiéis e os ministros geralmente tendem a esquecê-lo. Sem a justiça, a afinidade com Deus será rompida. Por isso, a pessoa deve observar se seu pensamento e suas ações estão de acordo com a justiça. A Justiça é o próprio Deus; a injustiça pertence ao mal, sendo própria de Satanás. Por natureza, Deus promove à felicidade, e Satanás a desgraça. O essencial é se convencer desta verdade: tanto a felicidade como a desgraça depende do comportamento humano. Para se tornar feliz, é absolutamente necessário se basear no espírito de justiça. Deus, como justiça, pode ser visto em diversos aspectos, como lei e virtude: “Pai Criador, ao contrário, é a bondade suprema; jamais vai agir fora da Lei.” e “Quem se castiga, na verdade, é o próprio homem quando, ao cometer erros, desobedece à vontade de Deus.” Outros aspectos, além de lei e virtude, bem como da severidade de Kunitokotati-no-Mikoto são o de magistratura, retidão, juízo, tribunal, imparcialidade e legitimidade. O aspecto de Deus como lei é abordado separadamente no item 6, por ser muito

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abrangente. O aspecto de Deus como virtude é tratado a seguir como severidade e atributo. Neste item são tratados: Severidade de Kunitokotati-no-Mikoto; Grandeza por salvar os úteis e os de poucos pecados; Magistrado que quer benefícios para o mundo inteiro; Rigor e imparcialidade que nem sempre perdoa e concede graça; Jurisdição que detém poder de julgar, permitindo liberdade de pensamento; Tribunal que inicia julgamento por pequena falha; Legitimidade que exige atualmente ações transparentes e organizadas.

● Severidade de Kunitokotati-no-Mikoto.

Conforme está escrito no Ofudessaki “em baixo do farol, há trevas”. Tal referencia indica, na verdade, que a Luz projetar-se-á antes nos países mais longínquos, ou seja, estes é que vão compreender e aceitar em primeiro lugar o poder de Ushitora. [O Brasil oposto ao Japão, em termos de meridiano, foi o país que mais cresceu em número de adeptos e o primeiro a construir Solo Sagrado fora do Japão]. Desde 1954, a Messiânica vai sendo difundida mundialmente. Todos os anos, a partir de 15 de junho, a luz do dia, em decorrência do acréscimo do espírito de Kasso (espírito do Fogo), vai aumentar cada vez mais [do Mundo Espiritual para o Mundo Material]. De outra parte, cerca de quatro meses e meio antes, em todo dia 04 de fevereiro, data na qual se comemora o começo da primavera, ocorre uma transformação no palco do teatro divino, como se estivesse passando de um ato para o outro [do Mundo Divino para o Mundo Espiritual].

● Grandeza por salvar os úteis e os de poucos pecados.

É fato decisivo que, no final do Julgamento, os homens de muitos pecados serão extintos e os de poucos pecados serão salvos. Quem acreditar nessa advertência terá vida eterna e, ao mesmo tempo, tornar-se-á habitante do Paraíso Terrestre, que será estabelecido no futuro.

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O Amor de Deus é grande e profundo, por isso, a salvação depende do homem. Desde que o homem confie e recorra a Deus, deixando por Sua conta, Ele não pode deixar de salvá-lo. Uma vez que o problema foi entregue em Suas mãos, a responsabilidade de Deus torna-se mais pesada. Assim, da Sua parte, a salvação torna-se bem mais fácil. Quanto a esse modo de pensar é, sem dúvida, Daijo (amplo) e Shojo (restrito), porque Deus salva, a qualquer custo, as pessoas que lhe são úteis. Aquelas que O atrapalham ou Lhe são inúteis, Ele deixa de lado e espera pelo tempo certo, até que elas ganhem compreensão. Deus tem um poder incrível, a dificuldade está em reunir pessoas que tenham condições para serem salvas. Por isso, é preciso que o homem adquira essas condições. Seria uma felicidade se o Paraíso Terrestre pudesse ser estabelecido sem que isso afetasse o homem. Antes, porém, é indispensável destruir o velho mundo a que se pertence, ou seja, a Velha Civilização. Para a construção do novo edifício, faz-se necessária a demolição do prédio velho e a limpeza do terreno. Deus poupará o que for aproveitável - e a seleção será feita por Ele. Eis a razão pela qual é importante que o homem se torne útil para o mundo vindouro. Ultrapassar a grande fase de transição significa ser aprovado no exame Divino, e a Fé é o único caminho para se obter aprovação. As qualificações para ultrapassar essa fase são as seguintes: a) tornar-se um homem verdadeiramente sadio, e não apenas na aparência; b) um homem que se libertou da pobreza; c) um homem de paz, que odeia o conflito. Deus resguardará aqueles que tiverem essas três grandes qualificações e deles se utilizará, como entes preciosos, no mundo que vai surgir.

● Magistrado que quer benefícios para o mundo inteiro.

O que se vê é que o mal jamais compensa. Costuma-se afirmar que os homens maus são idiotas, se o sentido dessas

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palavras for compreendido, eles tornar-se-ão aptos a percorrer o caminho da felicidade. Entretanto, para isso acontecer, existe uma condição. Quando se fala de justiça, três aspectos devem ser considerados: a justiça menor, de objetivos individuais; a intermediária, baseada no interesse da comunidade ou da nação; e ainda justiça ampla, que visa à humanidade. O Japão foi derrotado, na última guerra mundial, porque se baseou numa pseudojustiça, que visava somente o seu próprio bem. A justiça menor e a intermediária são falsas; somente a justiça ampla, que augura benefícios para o mundo inteiro, é verdadeira, e apenas ela perdurará eternamente. ● Rigor e imparcialidade que nem sempre perdoa e concede graça. A causa da falta do espírito de Justiça se acha relacionada com o Mundo Espiritual, cuja existência é absoluta, embora ele seja invisível. Naquele mundo, há uma lei de Deus, rigorosa e imparcial - diferente da lei humana - que julga as ações dos homens com perfeita justiça. Infelizmente o homem não compreende nem acredita nisso pela simples menção, e assim, com as próprias mãos, contribui para a sua infelicidade. A maioria das pessoas é hábil no falar, no falsificar as aparências e simular um valor pessoal inexistente. Tudo, porém, será inútil, porque o olhar de Deus desvenda o íntimo dos homens, cuja sorte Ele decide, pesando o bem e o mal na mesma balança. Se uma verdade tão patente deixa de ser compreendida até por homens ilustres, cultos, com posição e fama, é porque eles só vêem a parte superficial do mundo, ignorando a existência da parte principal - o Mundo Espiritual. Deus dá um apertão nas pessoas que estão distraídas e no mundo da Lua. À medida que o tempo avança, Deus fica mais rigoroso. Mesmo assim, Ele não irá pedir o impossível ou algo que esteja em desacordo com a lógica. O ser humano é que vive fora dela. E Deus adverte sobre isso corretamente.

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Como se tem muitas máculas acumuladas durante um longo tempo, por mais que haja esforço, continua-se sofrendo com purificações constantes. Certamente, há coisas que não mudam facilmente, mesmo que se façam donativos, ministre Johrei, participe dos cultos e se faça assentamento e sagração dos antepassados. O lar não prospera com facilidade, os filhos não ouve o que os pais dizem e muitas outras ocorrências. Isso se dá porque há pecados e, por mais que se faça para redimi-los, não são perdoados por Deus. Certa vez, perguntaram a Meishu-Sama: “Será que os infortúnios e as desgraças representam o perdão dos pecados da pessoa ou da família, ou será que eles são provações?”. Ele respondeu: “Não é para perdoar os pecados que eles acontecem, mas sim para condená-los. Portanto, é o contrário. Nem Deus pode perdoar os pecados, compreende?” Nesse sentido, estando à pessoa de acordo com a lógica, Deus lhe concede muitas graças; caso contrário, mesmo que ela reze com fervor, Ele não as concede. Este ponto é muito importante e nele reside o significado da repurificação. Já as pessoas que não O conhecem, mesmo que cometam insolência, são perdoadas pelo desconhecimento. Entretanto, os veteranos na Fé, que deveriam saber sobre certas coisas, se não agirem de acordo com a lógica, não receberão graça. Um exemplo de rigorosidade contado por Meishu-Sama: “Quando eu ainda morava no Hozan-Sõ, em Tóquio, uma pessoa ilustre conhecida da religião Nitiren, cujo nome esqueci, após ler o livro que escrevi: “A medicina de amanhã”, teceu criticas realmente muito negativas, dizendo algo como: “Lograr as pessoas, escrevendo essas coisas, é charlatanismo demais.” Ele disse coisas piores, mas, no momento, não me lembro. E, depois de ter passado exatamente um ano, morreu atropelado. Primeiro, foi colhido por um carro e caiu sobre os trilhos do trem; quando voltou a si, o trem passou e pegou o seu rosto, que ficou todo esmagado. Na ocasião, o Sr. Nakajima veio contar-me, dizendo: “Finalmente recebeu a punição.” E foi o que aconteceu. Ainda ocorrem coisas desse tipo: o nosso Deus é muito rigoroso.”

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No entanto, constitui um erro grave dizer que o rigor de Deus castiga quem abandona a fé. O que acontece, na verdade, é a perda da proteção divina e, como conseqüência, tem-se a ocorrência de um ataque do negativo nesse momento, o que dá impressão de que se trata de um castigo de Deus. Mas, de fato, o que está faltando é só o amparo do Alto. Há pessoas que imploram: “Eu estava errada. Se desta vez eu ficar curada, vou me empenhar na salvação do meu próximo; por isso, conceda-me a vida só mais esta vez.” Se Deus atender ao pedido, a pessoa se salvará, mas se Ele disser: “Não posso mais atender.” - nesse ponto Deus é rigoroso - “Você deve vir para o Mundo Espiritual e trabalhar nele”, então não terá mais jeito. É melhor abandoná-la e cuidar de outras pessoas. Não há necessidade de você se preocupar com a salvação dela. Por mais que se empenhe, não conseguirá salvar as pessoas cuja corda da salvação foi rompida por Deus. Deus está bem mais rigoroso que antes, por isso não adianta pensar em salvar esse tipo de pessoa. Ao invés disso, é melhor se empenhar em salvar aqueles para os quais haja esperança de salvação. Todos vão passar pelas provas de Deus e muitos vão ser reprovados. Se a pessoa não conseguir suportar firmemente, seja o que for que acontecer, estará perdida. Alguém querer praticar ações excêntricas num momento difícil como este é prova de que sua vontade é completamente fraca. Analisando desse modo, chega-se à conclusão de que, no dia-a-dia, o procedimento dessa pessoa não era correto. ● Jurisdição que detém poder de julgar, permitindo liberdade de pensamento. O homem não deve emitir opinião sobre o próximo, pois não tem capacidade para julgar o bem ou o mal, a sinceridade ou a falsidade. Isso compete a Deus. Quem se arroga o poder de julgamento está infringindo os direitos Divinos, porque é apenas um ser humano. É excesso de presunção, se julgam perfeitas, são orgulhosas, e, como lhes falta caráter, ao invés de progredirem, costumam criar casos detestáveis

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é uma atitude altamente condenável. Esse tipo de pessoa acha-se sob a ação do demônio; deve, portanto, acautelar-se. Obviamente não possui verdadeira fé. Geralmente assume ares de grande seriedade, condena as crenças alheias e preconiza reformas na Igreja. Ora, se de fato houver maus elementos entre os fiéis, eles devem ser deixados aos cuidados de Deus, para que sejam convenientemente julgados. A preocupação humana é perfeitamente dispensável. Confiar no poder humano mais que no Divino, é o cúmulo da pretensão, pois cabe ao Supremo Deus o governo de tudo. Aquele que erra, recebe primeiramente avisos Divinos; depois, se não se corrige, pode ser chamado de volta ao Mundo Espiritual. Em termos mais gerais, a espécie de homem que prejudica a coletividade em que vive é desejável que mais do que condená-lo, seja até o de evitar sua existência. Mas isso compete a Deus, que possui o direito sobre a vida e a morte. Basta ver que inúmeras pessoas tornam-se vítimas do fracasso, da doença e da pobreza; algumas chegam até a perder a vida. Elas estão sendo julgadas por Deus. Assim procedendo, no sentido de deixar nas mãos de Deus, não se dirá mais que aquela pessoa é má ou aquela Igreja está errada. Aliás, pensar, não tem importância, pois, Deus permite a liberdade de pensamento, mas não se pode é manifestar na prática. ● Tribunal que inicia julgamento por pequena falha. Um outro aspecto a se considerar diz respeito a pessoas ilustres, de notoriedade, que planejam minuciosamente enganar os outros. Contudo, mesmo que utilizem com habilidade a própria inteligência, são descobertos por uma pequena falha semelhante a um buraco feito por uma formiga, e é a partir desta minúscula brecha que o problema se torna amplo. Visto por esse ângulo, dá para saber como se inicia o julgamento de Deus: surge um pequenino ato entrelaçado a outros tantos, que também vão se desenrolando.

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● Legitimidade que exige atualmente ações transparentes e organizadas. É preciso saber o seguinte. O que antes era permitido, doravante, não o será mais, isto é: Deus passou a ser mais severo. Era só dizer “Wako-Dojin” (a condição de budas e bodhisattvas que, ocultando sua glória, se misturavam às pessoas comuns da Terra com o propósito de salvar a alma dessas últimas), que perdoava a maioria das faltas. Todavia, com o passar do tempo, tudo se tornará perfeitamente claro. Assim, existirão muitas coisas que antes eram permitidas, mas que a partir de agora, não o serão mais. Por isso, de hoje em diante, gradualmente, será importante agir de forma bem transparente e organizada. 2.10. Vontade universal. A expressão Deus é Ser Absoluto, em termos filosóficos, também é conhecida por Vontade Universal. O que se quer dizer que se deve ter a consciência de que Deus é quem faz tudo. Quando a pessoa pensa que ela própria é que está fazendo, torna-se difícil. Diversas situações que forem surgindo daqui em diante, fatos que não se encaixam dentro da lógica vista pelos olhos do homem, coisas que não parecem lucrativas, coisas destrutivas, é preciso saber que tudo isso constitui uma grande limpeza de impurezas. Por isso, quando as coisas não vão como se deseja, é bom pensar que isso está acontecendo pela Vontade Divina, que está fazendo por alguma necessidade. Quando não se pensa dessa maneira torna-se um problema, pois isso é um pensamento de quem não tem fé. Seja o que for, foi Deus quem fez assim e, por isso, nada pode ser feito. Por exemplo, uma pessoa filia-se a um ministro porque tem afinidade com ele. Como olham só pelo aspecto humano, surge tipo de pensamento de lamúria. É um absurdo escolher o ministro porque ele é bom.

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Uma vez perguntaram a Meishu-Sama: “Existem ministros que, por não gostarem do Dirigente da Igreja a que pertence, convidam os demais e se mudam para outra. O que o senhor acha disso?”. Ele respondeu: “Isso é errado. São pessoas que ainda não conseguiram entrar na Fé, não acreditam em Deus. É Ele quem está fazendo tudo. Mesmo que o Dirigente seja ruim, existe uma afinidade para se filiar a ele, sabe? Caso não seja bom, será banido ou, então, corrigido. Um ser humano que fala que o outro é totalmente mau, está invadindo o domínio de Deus. Está escrito que o homem não consegue discernir o bem e o mal, não está? Diz-se que o Dirigente é ruim, porque não se entende o que é fé.” Outro exemplo, há momentos em que as desavenças são para o bem (vide 5.6. Divisão da Igreja). No fundo, o que se deve é apenas realizar a tarefa recebida de Deus, desenvolver o trabalho determinado por Ele. Nesse caso, é melhor que a inteligência e o pensamento do homem não sejam manifestados, mas sim um amor fraternal capaz de tornar a pessoa agradável a todos aqueles que a rodeia, propiciando-lhe um sucesso garantido. A fé deve surgir espontaneamente do fundo da alma. Esta é a verdadeira atitude. Incutir a noção de que uma conversão constitui um pecado, significa impor a continuidade da fé por meio de ameaças que oprimem a consciência de liberdade. Essa espécie de fé é insincera e não corresponde absolutamente à Vontade de Deus que governa o mundo. A verdadeira fé é inteiramente espontânea, sem amarras ou grilhões. Essa é a razão pela qual a doutrina messiânica resguarda o princípio Daijo. Meishu-Sama ensina que: “Venho observando há muito tempo que as pessoas shojo não conseguem se desenvolver. A impressão que dão é que estão desconfortáveis. Quando alguém ouve coisas do tipo: “você não pode fazer isso”, isto não está de acordo com a Vontade de Deus e a pessoa se sentirá constrangida. Devemos nos sentir livres e cômodos na fé. Esta é a verdadeira Vontade de Deus.”

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E diz mais: “Sobre o fato de, atualmente estar diminuindo o número de candidatos a membro, comentei várias vezes ser necessário pensarmos num método para aumentar tal número e alcançarmos à expansão. Tal pensamento não está totalmente errado, todavia me parece que o ponto vital está sendo esquecido, ou, não o estão percebendo. O ponto vital é o que venho dizendo incessantemente: daijo e shojo. O pensamento shojo é que está atrapalhando. É o que venho dizendo: a Igreja Messiânica Mundial tem que ser daijo. Desta forma, o fato de expandir ou não, depende da relação daijo-shojo. Uma pessoa com pensamento shojo não progride. A pessoa com pensamento daijo progride.” Meditando sobre isso, não se pode deixar de sentir a “Vontade” do Universo, isto é, o objetivo e os planos de Deus. Em suma, tudo faz parte do Plano de Deus, e para o progresso da cultura lutam o bem e o mal, intercalam-se o claro e o escuro, o belo e o feio. Assim, se vai aproximando passo a passo do Ideal, que é o profundo Propósito Divino, insondável pela inteligência humana.

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3. IMPORTÂNCIA Deus tem incomensurável valor porque Ele se encontra determinantemente em tudo que é relevante. Para se dar uma idéia se destaca apenas dez itens de grande interesse, como no universo, no mundo e na existência, no tempo, na crença, no paraíso, na verdade, na bondade e na beleza, no demônio, na doença, na morte e na felicidade. 3.1. Autor e governador do Universo. Analisando a Natureza, ou seja, o conjunto dos seres que formam o Universo, sob o aspecto da vida humana e do ambiente que a rodeia, subsiste um enigma que sobrepuja a todos os outros: "Quem construiu este mundo maravilhoso e o governa à sua vontade?" Ninguém poderá deixar de refletir sobre o seu criador, nem sobre o propósito com o qual foi construído um mundo tão esplendoroso. Procurando imaginá-lo. Se um lar é governado pelo chefe da família, um país pelo rei ou presidente, então, logicamente, este mundo deve ser dirigido por alguém. Até mesmo o ateu deve convir que a grandiosidade do Universo e a excelência, exatidão e formosura cósmica só podem partir de um princípio perfeito. Os messiânicos crêem que este princípio se trata de um ser designado por Deus, mais exatamente, por Deus Supremo. Um comentário de Meishu-Sama sobre a governabilidade de Deus para o planeta Terra: “Em primeiro lugar, é preciso entender a finalidade do nascimento do homem. Deus criou o homem para construir o Mundo Ideal, que é o objetivo do Seu governo na Terra.” 3.2. Afirmador do mundo e da existência. Meishu-Sama entende que negar Deus significa repudiar o conjunto de espaço, corpos e seres que a vista humana pode

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abranger, isto é, o mundo em si mesmo [com suas devastações]; e quem se orgulha de contestar a existência Dele, é como se estivesse negando sua própria existência [inclusive a] futura [como não reencarnar novamente]. A vida de um ser humano se inicia com o assentamento da alma no Mundo Material (esta conhecida como Guenkon). A primeira fase do nascer do ser humano é a concepção, e esta, como tudo, também tem matéria e espírito. A concepção, em sentido material, significa que um espermatozóide masculino penetra no óvulo de uma mulher e o fecunda, se tornando em uma alma material. No sentido espiritual, é uma parte do espírito de Deus que se instala, se tornando em uma alma espiritual (espírito da alma, ou simplesmente, alma). É costume chamar a este espírito divino, fonte de bons sentimentos, também de Espírito Primordial. Este, além de alma, também é visto mais amplo, como consciência (onde a alma está inserida no seu interior). Assim, Espírito Primordial = alma ou = consciência. Meishu-Sama ensina que: “Deus, nos Seus atos, faz grandes mudanças representadas em pequenas formas, bem pequenas. Há ocasiões em que um único ser humano se torna modelo do mundo. É como uma fruta - tem o fruto, casca e semente. Mesmo o corpo espiritual, há a consciência, alma e partícula divina, sendo esta última o Mundo Divino - uma espécie de espermatozóide. A origem minúscula se transforma, e daí se percebe como ficará o mundo.” As pessoas são extremadas quando acham que parcela de Deus existindo dentro de cada um, eles se podem considerar também deuses. O correto é achar que o homem é filho ou templo de Deus por possuir a partícula Divina que lhe foi outorgada pelo Criador. [algo semelhante um filho achar que é o pai por ter sido fecundado em parte pelo espermatozóide paterno]. A palavra “alma” também é conhecida por parte imortal do homem, ser humano, natureza moral e emocional de uma pessoa, caráter de um indivíduo ou grupo, fonte de animação ou liderança, expressão de emoção, fantasma, condição essencial.

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3.3. Tranqüilizador quanto ao passado e futuro. Ele entende também que quem está com Deus não deve lamentar o passado nem se preocupar com o futuro, o que traz uma grande serenidade. 3.4. Determinador da mudança de vida e das crenças superiores. Quem conhece a Deus e não apenas pensa que conhece, quem tem certeza absoluta de Sua existência (como exemplo, imaginem que uma carteira esteja caída bem na frente de alguém: tratando-se de uma pessoa comum, se ninguém estiver olhando, certamente ela a embolsará; quem não a embolsa de forma alguma é porque acredita sinceramente na existência de Deus) já se encontra acima da linha divisória [acima da camada 90 no Mundo Espiritual]; por conseguinte, vive na área divina. Essa diferença, embora pouquíssima, determina uma mudança total de vida. No mundo atual, existe um grande número de religiões, a maioria das quais baseada em falsidades como adorando ídolos e até animais. Também se pode afirmar a existência de caminhos religiosos que, embora não possam ser considerados falsos, são crenças de tipo inferior, pois não tem Deus como objetivo da fé. Pouquíssimas dirigem sua adoração diretamente a Deus, o Criador do Universo. 3.5. Planejador e construtor do paraíso na Terra. Tudo é planejado por Deus. A partir de 1931, o Mundo Espiritual vem gradualmente se transformando em dia, facilitando a construção do Paraíso na Terra. Sendo Deus o construtor, a obra progride à mercê do tempo, bastando ao homem agir de acordo com a Vontade Divina. 3.6. Orientador do homem verdadeiro, bondoso e belo. Abordando-se apenas a questão da bondade.

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A pessoa que não reverencia Deus está sujeita a se transformar em mau elemento, em qualquer oportunidade ou a qualquer momento. Dito de outro modo, por mais honesto que o homem seja, ele não será autêntico se estiver afastado Dele; será apenas um homem superficial, cuja má índole, em estado latente, não permite que nele se possa confiar. Pode-se até afirmar que os indivíduos afastados de Deus, cujo número é elevadíssimo na sociedade atual, são elementos perigosos. Assim, o mal social tende a não diminuir. Ao contrário, quem realmente crê em Deus, não se deixa ludibriar por brilhantes perspectivas. Pode-se até precisar que “homem bom é aquele que crê no invisível; enquanto, homem mau é o que não crê.” Há dois pontos a salientar nessa definição: o bom crê em Deus, é espiritualista; o mau, pelo fato de não O ver, não crê, é materialista. Daí, se pode afirmar que o período presente é uma era semi-civilizada e semi-selvagem, e provavelmente não há uma só pessoa que possa negá-lo. O ponto vital que faz a pessoa ser alguém especial é justamente o teísmo, aquilo que os intelectuais mais abominam. Na realidade o ateísmo, o contrário do teísmo, é o pensamento subversivo de que se pode praticar ações ilícitas, agir com esperteza, contanto que nada seja descoberto; ele é a fonte da corrupção, por isso é difícil se lidar com esta. Se Deus não existisse, seria permissível ganhar dinheiro enganando o próximo habilmente, de modo que não fosse descoberto; se faria o que bem entendesse e, além de viver uma vida de luxo, se estaria ocupando uma posição de maior destaque na sociedade. Entretanto, consciente da existência de Deus, de forma alguma se é capaz de proceder assim. Tem-se de percorrer o caminho mais correto possível e se tornar um homem que deseja a felicidade das outras pessoas. Caso contrário, jamais poderia ser feliz e levar vida que vale a pena ser vivida. A teoria da inexistência de Deus favorece o argumento de que a mentira perfeita é sinal de inteligência o que constitui um erro gravíssimo, a existência de Deus é uma realidade, e a mentira,

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mesmo bem pregada, é passageira, estando sempre sujeita a ser descoberta. Isso acarreta um grande prejuízo a quem mente, porque, contrariando seu objetivo primordial, a pessoa se expõe à vergonha de ter o seu crédito destruído e ser-lhe imposto um castigo. Os ateus merecem realmente piedade. Destruindo-se a base da psicologia do criminoso - a descrença em Deus - se terá solucionado o problema. Mesmo em se tratando de pessoa ilustre, se for um ateu, jamais conseguirá atingir a área divina; pode até se aproximar da linha divisória, mas não a ultrapassará. Obviamente que Ele também é orientador do homem verdadeiro e belo. 3.7. Lutador contra Satanás e os demônios. Assim, o ser humano se submetendo a Deus, sendo encaminhado por Ele, se torna um ser divino, ideal, considerável, corajoso, correto, seguro, disciplinado, livre, agradável, competente. No entanto, o homem - o Rei da Criação – pode não se subordinar e vir a ser controlado por Satanás e os seus demônios. Embora, a luta entre Deus e esses terríveis entes maléficos seja travada incessantemente, o Rei da Criação não toma conhecimento dela, por se tratar de um fato ocorrido no invisível Mundo Espiritual. É por esse motivo que a criatura é manejado como se fosse um boneco. 3.8. Curador das doenças. O objetivo principal da Doutrina Messiânica é despertar o homem para o poder de Deus, ou seja, tornar evidente a Sua supremacia sobre todas as coisas. Dessa forma, torna-se urgente, em primeiro lugar, curar as doenças, para que através desse fato, a humanidade reconheça a presença Divina.

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O homem foi criado por Deus, sendo desnecessário dizer que ele não foi criado por um erudito, a lógica natural é que ele seja curado pelo Criador do Universo, tentar curá-lo por meio de remédios e aparelhos é um cálculo completamente errado. Ao invés de se dizer “obter a cura”, deve-se dizer “obter a salvação divina”. Sendo assim, a posição da pessoa que irá salvá-la é por si mesma diferente. Ou seja, uma das duas é inferior e a outra é superior. Nem é preciso dizer que a parte superior é aquela que irá salvar. Em termos concretos, o doente é a parte que será salva, e o tratamento médico, a parte que irá salvar. Dessa forma, visto que o tratamento médico utiliza aparelhos e remédios, significa que a posição do homem ficará abaixo da matéria, que são os aparelhos e os remédios. O remédio extraído do musgo verde, que está em moda ultimamente, fica acima, e o homem fica abaixo. Ora, se o musgo verde salva a vida do homem, é deveras lamentável, porque significa que o homem se iguala a um pequeno verme. Os opositores irão dizer que, sendo necessário à sobrevivência do homem, o alimento está acima do homem, o que não deixa de ter lógica. Entretanto, o fato de um homem que estava destinado a morrer ter a vida salva é completamente diferente. A cura da doença não tem relação com o alimento. Para se livrar do perigo da morte, obviamente o homem deverá ser salvo por Deus, que é o Senhor Criador. Se por acaso foi o médico que curou o doente, este deve colocar sua fotografia no Altar e reverenciá-lo; se foi salvo com remédios e injeções, deve se ajoelhar três vezes e, fazer nove reverências para esses remédios e injeções; se foi salvo por uma operação, deve considerar o bisturi, a pinça, os desinfetantes e outros objetos como tesouros perpétuos da família e transmiti-los de geração em geração. É o que dá vontade de dizer, mas mesmo que as pessoas da atualidade leiam isto, creio que apenas irão rir com desdém. Se aqueles que agissem assim estivessem cheios de vigor, não se diria nada; no entanto, é gripe, disenteria, encefalite, tuberculose, câncer, paralisia infantil, cárie da espinha, doenças do coração, apendicite, amidalite, etc. A situação é cômica e, ao mesmo tempo, trágica, visto serem tantas as doenças

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que nem dão para citar todas elas. Sendo assim, é preciso as pessoas se conscientizar do que se acaba de dizer. Ora, a existência de pessoas doentes e, consequentemente, inúteis para a Obra Divina, constitui um prejuízo para Deus. Por isso, é lógico que Ele deseje curá-las; nem se precisaria haver preocupação com tal assunto. Um exemplo é o daquela pessoa que estava com uma doença do qual não sobreviveria; entretanto, como sua vida era útil à causa Divina, Deus, não o deixa morrer. 3.9. Erradicador das mortes antinaturais. Deus, Todo-Poderoso criou o homem como animal do mais elevado nível, e não há nada mais conflitante com a Vontade Divina que o reduzido número de mortes naturais em relação às mortes antinaturais, número esse que está diminuindo progressivamente. Ora, se Deus é Todo-Poderoso, cedo ou tarde Ele deverá trazer o homem de volta à sua hierarquia espiritual de origem. Evidentemente. Deus não fechará os olhos, por muito tempo à anomalia ocorrida com a vida humana. Refletindo sobre tudo isso não será motivo de espanto que Izunome-no-Kami, isto é, Kanzeon-Bossatsu o deus que recebeu do supremo Deus a incumbência de salvar o homem esteja prolongando a vida humana, isto é, erradicando a morte antinatural. 3.10. Encaminhador da felicidade. "Não importa qual seja a crença, contanto que se creia.”, isso é completamente errado. O objetivo da Fé deve ser única e exclusivamente Deus. De Sua adoração provém a Luz que dissipa as máculas do ser humano. Se, mediante vantagens iniciais, o homem crê em qualquer coisa, há influências malignas que o pervertem e degeneram. Nessa questão fundamental, a maioria não distingue o certo do errado. Por isso, quase sempre as graças são passageiras e acarretam mais desgraças do que felicidade. Afinal, como já foi

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mencionado: Deus ama a felicidade, o demônio prefere a infelicidade. Na religião que cultua somente o Criador do Universo, os fiéis podem, inicialmente, ser atingidos por doenças e infortúnios; entretanto, vencida essa fase de purificação das máculas, a situação será sempre melhor do que a anterior. Caso não se saiba o que são máculas, se expõe que elas são nuvens espirituais que recobrem o corpo espiritual do ser humano geradas pela violação dos princípios da Lei de Deus. Seu processo assemelha-se ao que ocorre no mundo físico quando muitas vezes, nuvens recobrem os raios solares, impedindo-os de iluminar a Terra. De forma idêntica, quando alguém possui nuvens espirituais, perde a capacidade de discernir entre o bem e o mal, o certo e o errado, por falta de Luz para isso. Há dois tipos de máculas: as que se originam no próprio espírito e as que são reflexo do corpo. Explicando um pouco mais sobre mácula. Meishu-Sama diz: “Como todos sabem, a cor branca é a união de sete cores. Existe uma experiência onde, utilizando certo instrumento, fazem-se as cores rodarem de forma uniforme e então se consegue a cor branca. Da mesma maneira, a cor da luz solar é branca.” Para se fixar melhor as idéias neste parágrafo vê-se a Luz Divina sem nenhuma rigorosidade como o produto Sol x Lua x Terra, isto é, S x L x T, e não como e(SE) x e(LE) x e(TE). Tendo em vista que a luz solar, luz que vem de S, é precedente da Luz = S x L x T, então a cor da luz solar ser branca se deve a ter praticamente a S na composição de Luz. No outro extremo, a cor preta, que é a ausência de luz num material se deve a ter praticamente T na composição de Luz. Assim, quanto mais clara for a cor de um material mais S tem em Luz, quanto mais escura menos S e mais T, isso ocorre com sólidos materiais como as toxinas em tumores malignos. De maneira análoga em algo espiritual, um pensamento positivo, como o agradecido, tem mais S e assim é claro, um pensamento negativo, como o lamuriento, tem mais T e é escuro, isso ocorre com nuvens (gases) espirituais como as máculas no corpo espiritual. Desta maneira, mácula numa parte de um corpo espiritual y é Luz com a

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predominância do T, em seguida do L, e praticamente inexistência do S, consequentemente, aquela parte de y é escura, de cor preta, tida como manchada, suja, negativa. Um objeto branco é a pureza, a transparência, o altruísmo, que reflete a luz, enquanto, o preto é a opacidade, o egoísmo, a monopolização, a atração magnética que absorve a luz.

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4. PROPÓSITOS Na introdução foi dito que no presente, quando o mundo vagueia em tão caótica situação, Deus enviou Meishu-Sama, com a suprema missão de realizar o seu sagrado objetivo de salvar toda a humanidade. Por conseguinte, visando à concretização do Mundo Ideal, perfeitamente consubstanciado na Verdade-Bem-Belo, empenhado em erradicar a doença, a pobreza e o conflito, as três grandes desgraças que assolam este mundo. Pode haver desejo maior que esse? Diante do propósito de Deus em salvar o mundo inteiro, construir o Reino do Céu na Terra, se pode afirmar que ninguém é mais ambicioso do que Ele. Por isso é que, nem sempre, grandes ambições constituem maldade. O importante a destacar é que certamente não há discordância entre os desígnios divinos e os ideais do ser humano. E quais seriam estes outros que não são discordantes? 4.1. Buscar que se viva com entusiasmo num mundo de êxito. Deus, porém, não quer para os homens esses sacrifícios impostos pelas religiões. Ele deseja um mundo pleno de alegria para a humanidade viver feliz. 4.2. Elaborar a construção de uma nova cultura. A evolução da era primitiva para a brilhante era cultural de hoje e também o desenvolvimento da inteligência humana até chegar ao estágio atual, foram dirigidos exclusivamente para o homem construir o Mundo Ideal. Agora já está bem próximo o momento da criação da nova cultura. Torna-se, pois, necessário o conhecimento pormenorizado de toda a grandiosidade do Plano Divino para a Era do Dia. Uma vez que, para concretizá-lo, Deus vai usar o ser humano.

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Deus permitiu a Meishu-Sama conhecer os mistérios, sendo-lhe atribuído, de maneira ilimitada, o poder da Inteligência Superior. Sob a Orientação Divina, ele vem trabalhando para levar esse fato ao conhecimento de toda a humanidade e edificar a nova cultura, a cultura ideal. Mas, então, para possibilitar o desenvolvimento da cultura materialista, Deus acabou buscando incentivar o trabalho horizontal, embora não fosse Sua intenção levar os homens a se inclinar unicamente para um desses lados. 4.3. Projetar o desenvolvimento do Johrei, Agricultura Natural e Belo. O Paraíso Terrestre é o mundo de perfeita Verdade, Bem e Belo. O método para Obtenção da saúde - o Johrei - que é a vida Messiânica, e a Agricultura Natural, são meios de que utilizados para materializá-lo (...). Independentemente de tais métodos, é de extrema urgência elevar o espírito das pessoas através do Belo. Meishu-Sama ensina: “Assim, tanto a eliminação das máculas causadoras das doenças, como a reformulação dos métodos agrícolas, são, logicamente, artes. A primeira é a Arte da Vida, e a segunda, a Arte da Agricultura. Acrescentamos, ainda, a construção do protótipo do Paraíso Terrestre, que é a Arte do Belo. Com a junção das três, construiremos o Mundo da Luz.” “E daí a razão de eu realizar tarefas diferenciadas, como a Agricultura da Grande Natureza [natureza como algo material com espírito] e a fundação de museus, por exemplo, atividades opostas, bem diferentes uma da outra.” Por isso, ele chega a dizer que “Religião, Ciência e Arte se não a tiverem como centro, tornar-se-ão míseros cadáveres.” e “Deus se utiliza intensamente da Arte para tornar o homem feliz e fazê-lo elevar a alma.” Neste item se pode dizer que melhorar estas colunas de salvação passa por: Aumentar a prática do Johrei na solução das desgraças, como não sendo presunçoso; Evoluir o despertar na

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Agricultura Natural, como não empregando agrotóxicos; Progredir a concretização do Belo, como não vivenciando dominação e ascetismo. ● Aumentar a prática do Johrei na solução das desgraças, como não sendo presunçoso. Inicialmente, o que se deve saber é que as máculas surgem porque falta força, isto é, Luz ao Espírito Primordial, da natureza Divina. Em seguida, se o método fundamental para a erradicação das doenças é a eliminação das máculas do corpo espiritual, qual é o poder que dissipará essas máculas? É a Luz emanada de Deus e irradiada através do corpo humano, ou seja, o Johrei. Assim, a verdadeira solução das doenças e de outras desgraças depende de uma força invisível, e só aos que a experimentaram é dado reconhecer o incomensurável Poder Divino. Na época em que a pessoa mal se tornou membro e pratica o Johrei meio temeroso, ocorrem muitas curas. Entretanto, quando ministra com o pensamento: “Eu já fiquei bastante importante”, não acontecem muitas curas, por ser presunção. Logo, quando se age receoso, corresponde-se à Vontade de Deus. No entanto, quando se passa a pensar: “Comigo não tem mais erro”, não dá certo; deve-se prestar atenção nesse ponto. ● Evoluir o despertar na Agricultura Natural, como não empregando agrotóxicos. Não seria absurdo se Deus criasse o homem e não providenciasse os alimentos que lhe possibilitariam a vida? Logo, se determinado país não consegue produzir os alimentos necessários à sua população é porque, em algum ponto, ele não está de acordo com as leis da Natureza criada por Deus. Enquanto não se atentar para isso, não se poderá sequer imaginar uma solução para o problema da escassez de alimentos.

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A Agricultura Natural proposta por Meishu-Sama tem como base o princípio citado. O empobrecimento e as dificuldades dos agricultores serão solucionados satisfatoriamente com a adoção desse método. Deus deseja corrigir a penosa situação em que eles se encontram, e por isso está se dignando, com Sua benevolência e compaixão, a revelar e fazer propagar o princípio da Agricultura Natural através do Messias para todo o mundo. Urge, portanto, que os agricultores despertem o mais rápido possível e adotem esse novo método agrícola. Só assim eles serão verdadeiramente salvos. Meishu-Sama chega a dizer que todas as verdades que ele tem exposto sobre a Agricultura da Grande Natureza não correspondem à sua opinião, pois, elas são palavras de Deus Criador com o objetivo de livrar as plantas das influências perniciosas dos agrotóxicos. ● Progredir a concretização do Belo, como não vivenciando dominação e ascetismo. Meishu-Sama ensina que: “O Reino do Céu na Terra será um mundo de Verdade, Virtude e Beleza, mas qual é o significado da “Beleza”? Não é outro senão termos coisas bem cuidadas como moradias, vestirmos roupas bonitas e alimentarmo-nos com comidas saborosas. Uma prova dessa verdade está no fato de os jashin não gostarem, nem um pouco, de flores, mas na minha casa, elas se encontram por todos os cantos.” A maioria dos heróis que apareceram desde os tempos antigos, acabaram sendo derrotados por terem cometido o erro de criar obstáculos para a Arte de Deus. Baseadas nesse fato, as potências mundiais, ao invés de tentarem pintar os outros países com a sua cor, devem se esforçar para tornar mais viva e mais bela a cor de cada país. Se adotarem essa política, estarão concordes com a Vontade Divina, e assim se concretizará o Mundo Ideal. Todas as obras da criação de Deus visam o bem da humanidade. Exercem, por isso, uma missão celestial. Naturalmente, a arte não constitui uma exceção. Daí que o artista

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deveria tomar consciencia de seu papel e desempenhá-lo com perfeição, contribuindo, dessa forma, para o estabelecimento de uma sociedade melhor. Visando à concretização do Plano Divino, a Igreja Messiânica Mundial não mede esforços para promover a Arte. E é para iniciar essa promoção que foi construído os protótipos do Paraíso Terrestre de Hakone e Atami, em locais de magnífica paisagem. De fato, foi concretizado o Belo, dentro dos princípios da Verdade, da Virtude e da Beleza. Como se pode observar, desde antigamente, as muitas religiões existentes pregaram a Verdade e a Virtude, contudo nenhuma delas cultuou a Beleza e, por isso, na realidade, não podem ser consideradas como pertencentes ao Reino dos Céus [Soberania do Mundo Divino]. Também se precisam levar em conta que os tempos eram os do Mundo da Noite - período em que não havia possibilidades de se criar o Reino do Céu na Terra. Então, por esse motivo, faltou o Belo. O senso do belo e dos valores estéticos deve ser cultivado por todos. Assim, não só os indivíduos, mas a sociedade e a Nação receberão boa influência. Embelezando o ambiente, os pensamentos do homem que vive em sociedade também se tornam mais belos. Conseqüentemente, diminuem os crimes e atos abomináveis. Assim, o culto da beleza poderá ter como efeito o Paraíso Terrestre. Meishu-Sama contou que desde sua meninice, foi um amante da beleza. Mesmo nos tempos em que ele era pobre, costumava cultivar canteiros de flores, desenhava ou pintava nos seus momentos de folga e, sempre que podia, visitava museus e exposições. Na primavera, ele se deleitava com as floradas e, no outono, com as folhagens avermelhadas. Mais tarde, com a graça de Deus, dispôs de recursos para apreciar a beleza como melhor lhe aprazasse, e isto ajudou a tarefa divina. Disse ainda que pessoas de fora que desconhecem esse ponto, às vezes achavam que ele levava uma vida luxuosa. E estranhavam especialmente quando comparam a sua vida com a

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dos fundadores de antigas religiões, que difundiam os seus ensinamentos praticando o ascetismo e sofrendo privações. Em verdade, - disse Meishu-Sama - aqueles foram os tempos do Mundo da Noite, quando as religiões difundiam a fé num estado infernal. Mas hoje que se está ingressando no Mundo do Dia, pode-se efetuar a tarefa da salvação vivendo num mundo celestial. Daí ser preciso meditar profundamente sobre este ponto. O que se deve registrar é que a Igreja Messiânica Mundial é a primeira religião à qual Deus atribuiu a qualificação para o estabelecimento do Mundo do Belo. 4.4. Salvar o indivíduo e a sociedade, através do homem. Para Deus, o importante é a pessoa ser salva e tornar-se feliz. O que não quer dizer um individualismo sem fraternidade, como o daquele que vive agradecendo, dando a impressão de ter grande fé, mas não chega a pensar na salvação da humanidade, que é o objetivo de Deus. Há milhares de anos que o plano para a Nova Cultura já está muito bem preparado por Deus com toda a meticulosidade. Pois, é certo que desde o início da Criação, Deus objetivou estabelecer o Céu na Terra e tem atuado continuamente para a concretização desse objetivo. Com tal propósito, fez do ser humano o Seu instrumento para servir ao bem-estar da humanidade, condicionando a ele todas as demais criaturas e coisas. Portanto, a história humana do passado constitui estágios preparatórios, degraus para se alcançar o Céu na Terra. O fato disso tudo não ser elaborado pela inteligência nem pela força humana, não quer dizer que se deve deixar tudo nas mãos divinas correrem sem que o homem desempenhe sua parte, na suposição de que Deus fará tudo pelo homem. O que se quer dizer mesmo é não depender apenas do intelecto e das convicções humanas, mas sim procurar ser guiado pela Sabedoria Divina, em tudo aquilo que se fizer.

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Sobre o mesmo assunto existe outra advertência: “Deus está querendo salvar os homens, mas, se eles não tomarem cuidado e não derem importância a tantos avisos, encarando-os simplesmente como o canto do galo que estão acostumados a ouvir, chegará a hora em que, prostrados, terão de pedir perdão a Deus. No entanto, quando chegar essa hora, Deus não poderá ficar se ocupando dos homens.” Em última análise, quer dizer que, para elevar o mundo a Deus, é preciso salvar, ao mesmo tempo, o indivíduo e a sociedade. “Enquanto vive no Mundo Material, o homem deve se esforçar para cumprir plenamente a missão que lhe foi concedida por Deus, contribuindo para o bem da sociedade.” Neste item, Deus para salvar a raça e a coletividade humana através dos humanos: Propiciar reencarnações com caráter e capacidades peculiares; Inspirar a obrar para o divino; Intencionar empenho de acordo com o desenvolvimento da Obra Divina; Determinar a expansão e resgatar da resignação; Livrar da doença material e espiritual; Aconselhar a constituição do ente e do lar celestial; Desejar redimir primeiramente os intelectuais e a classe alta. ● Propiciar reencarnações com caráter e capacidades peculiares. O homem nasce no Mundo Material por desígnio de Deus e uma pergunta que todos fazem: por que razão o homem nasce? Enquanto não compreender isso, o homem não poderá ter comportamento correto nem verdadeira tranqüilidade, estando sujeito a levar uma vida vazia e ociosa. No entanto, a resposta de tal questão já tem sido dada quando se diz que o objetivo de Deus é fazer da Terra um mundo ideal, isto é: construir o Paraíso Terrestre. O que não tem sido mencionado é que Deus está fazendo evoluir Seu plano ao objetivo estabelecido à medida que Ele for concedendo diferentes missões e características a cada pessoa e alternando a vida e a morte.

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● Inspirar a obrar para o divino. Ao prolongar a vida de uma pessoa que foi desenganada, o objetivo de Deus é induzi-la a trabalhar na Obra Divina. ● Intencionar empenho de acordo com o desenvolvimento da Obra Divina. Embora, da parte de Deus, o Plano já esteja pronto, ele se manifesta de acordo com o tempo, consequentemente basta que se trabalhe continuamente nele. Aquilo que Deus faz, à primeira vista, parece demorado e entediante, mas, mesmo assim, é extremamente rápido. Uma vez Meishu-Sama disse que Deus não disse uma só palavra, limitando-se a dar gargalhada. Ele entendeu, então, que Deus estava dizendo para ele não se preocupar. Com o passar do tempo, vendo que realmente não havia motivo para preocupação. Aí foi ele quem começou a gargalhar. ● Determinar a expansão e resgatar da resignação. Há um ponto muito importante na expansão do “Programa da Luz Divina” que é a forte determinação em crescer e expandir, esta atitude é essencial. O pior obstáculo será um pensamento negativo a seu próprio respeito de que não se tem capacidade de realizar muitos serviços, o bom é pensar da seguinte maneira: “Eu também sou um ser humano. Se aquela outra pessoa está fazendo tanto, eu também serei capaz de fazer o mesmo.” Essa atitude é importante. Há pessoas que desistem após um fracasso, estas não servem de fato para o trabalho. Há em japonês, um provérbio que diz: “a resignação é a primeira lição na vida.” Em alguns casos isso é verdadeiro, mas a “não resignação, é importante.” Portanto em experiências negativas [ser assaltado à mão armada], o essencial é a resignação [ser

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despojado dos bens] e nas positivas [movimento contra a corrupção] a não resignação [participação] é essencial. [A não resignação tem níveis. Por exemplo, um massoterapeuta que consegue mais tempo para atender maior número de paciente fica muito feliz principalmente porque vai poder ganhar mais dinheiro tem menos nível do que outro cuja razão principal de sua maior felicidade é porque vai poder tirar mais dor de maior número de pessoas] ● Livrar da doença material e espiritual. Mais trágico ainda é ficar longos anos sofrendo em cima de uma cama e sentir-se satisfeita porque a própria pessoa se julga salva, em conseqüência de um sofrimento incomensurável. Essa atitude é totalmente ilusória, enganosa e contraditória, pois, em tais condições, o doente se conforma com o destino, suportando disfarçadamente o sofrimento, forçando uma aparência de satisfação. É, na verdade, um tipo de atitude difícil de ser aceita pelo bom senso. E o mais triste de tudo é achar que tal estado de sofrimento é uma graça dada por Deus e conquistada pela fé. Assim, então, embora com o físico destruído, a pessoa se considera salva espiritualmente. Lamentável, porém, torna-se a vida de quem está ao redor do doente. Não que ele próprio desconheça tal situação, mas, por estar dominado por tão profundo sofrimento físico, não lhe sobra espaço para pensar no desgaste enfrentado pelos familiares devido aos cuidados e ele dispensados. Em síntese, mesmo que alguém muito doente consiga salvar-se espiritualmente é como se tivesse realizado o seu intento pela metade. A verdadeira salvação, portanto, só se completa quando ambas as partes foram atingidas: a matéria e o espírito. ● Aconselhar a constituição do ente e do lar celestial. Deus pretende formar o protótipo do Paraíso como início do advento do Paraíso Terrestre. Mas isso não é o bastante. Compete a cada homem tornar-se um ente celestial, e é chegado esse

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momento. Naturalmente, seu lar será paradisíaco e todos os componentes da família virão a ter uma vida celestial. Somente assim poderão ser salvas as pessoas que sofrem no inferno. ● Desejar redimir primeiramente os intelectuais e a classe alta. Embora seja esse Seu desejo, mas estas pessoas, normalmente, não se aproximam. 4.5. Imperar saúde, prosperidade e paz. Isso já foi bem enfatizado na introdução ao se realçar que enquanto o homem não conseguir eliminar as três desgraças - doença, pobreza e conflito - não poderá ser salvo. Isso era impossível na Era das Trevas, mas hoje é possível. Neste item, admissível perceber as três grandes bem-aventuranças por meio de: Atacar de modo a eliminar máculas e toxinas a fim de atingir longevidade; Viver o libertar, a si e os outros, da pobreza; Conseguir enriquecer, sem dívidas; Chegar a poder comer com satisfação aquilo que desejar; Englobar a garantia de concórdia dos filhos divinos; Ver o respeito à missão de cada país. ● Atacar de modo a eliminar máculas e toxinas, a fim de atingir longevidade. A condição fundamental para a execução dessa obra grandiosa é a saúde. Deus atribuiu uma missão a cada pessoa, concedendo-lhe, logicamente, a saúde necessária para cumpri-la. Com efeito, se o homem estiver doente, significa que o sagrado objetivo de Deus não será alcançado. Tomando este princípio por base, conclui-se que a saúde é inerente ao homem, devendo ser o seu estado normal. O estranho é as pessoas serem acometidas de doenças com tanta facilidade, ou seja, ficarem em estado anormal. Sendo assim, apreender claramente os princípios da saúde e fazer o homem retornar ao estado normal está coerente com o objetivo de Deus.

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A verdadeira medicina é a que ajuda o organismo, quando surge a purificação, a dissolver eliminar rapidamente a maior quantidade possível de toxinas. Esta é a única terapêutica genuína. O motivo de tais acontecimentos é devido assim como ninguém deixa de ter toxinas no corpo, o mesmo acontece no terreno espiritual, ninguém deixa de apresentar máculas, razão pela qual Deus procura salvar através da purificação. Por isso, se pedia a Deus a eliminação das máculas da pessoa. O homem criou, pelas suas próprias mãos, uma vida cheia de doenças e sofrimentos, além de encurtar a própria vida. Apesar de Deus ter concedido ao homem longevidade de mais de 120 anos e uma vida saudável e alegre e sem o sofrimento da doença. Portanto, não resta mais nada ao ser humano do que retomar esse desejo divino. ● Viver o libertar, a si e os outros, da pobreza. Desde que o Altíssimo concedeu ao homem o instinto para alegrar-se com a Natureza e com tudo o que ela lhe possa proporcionar, deve-se aceitar esse prazer. A abstinência que nega tal alegria e contenta-se com o mínimo necessário para a subsistência, vai contra as graças de Deus. Por outro lado, a pobreza do amor ao próximo entre os homens privilegiados leva-os a julgar que os prazeres se destinam unicamente a eles e aos seus familiares. A indiferença que eles têm pelos seus semelhantes e a falta do desejo de compartilhar da alegria de todos, revelam como esses homens são destituídos do espírito de fraternidade. Isso significa querer monopolizar as graças de Deus. Os milionários, franqueando seus jardins ao povo, expondo seus objetos de arte e participando da alegria geral, praticariam um ato que corresponde à Vontade Divina.

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● Conseguir enriquecer, sem dívidas. Meishu-Sama, durante vinte anos sofreu em virtude de dívidas aparentemente insolúveis. Finalmente conseguiu saldá-las em 1941. “Foi um alívio!”, disse ele. No ano seguinte, começaram a chegar-lhe riquezas inesperadas, e assim ele surpreendeu-se com a profundidade da Vontade Divina. ● Chegar a poder comer com satisfação aquilo que desejar. Deus fez do homem o senhor da Terra e por isso criou alimentos suficientes para a sua subsistência, atribuindo sabor a cada um deles e, ao homem, o paladar. Portanto, comer com satisfação aquilo que desejar é suficiente para o ser humano manter a saúde, sem precisar preocupar-se com assuntos complexos como nutrição. Assemelha-se ao desejo sexual, cujo objetivo não é fazer outro homem; todavia, apesar do objetivo ser outro, inconscientemente ocorre à procriação. Sendo assim, o homem não deve ingerir nada que não esteja determinado como alimento, ou seja, deve excluir tudo que é insípido ou que tem sabor desagradável, pois essas características já definem aquilo que não é comestível. Por desconhecimento desse princípio, costuma-se dizer, desde a Antigüidade, que “o bom remédio é sempre amargo”, o que constitui um flagrante equívoco. ● Englobar a garantia de concórdia dos filhos divinos. Meishu-Sama chegou a escrever: “Até as pessoas da minha família, embora não tenham a intenção, me atrapalham, pois são usadas pelos jashin para obstruir o meu trabalho. (...) Como Deus não quer os Seus filhos vivendo num ambiente de discórdia, mas deseja para todos a verdadeira felicidade e muita sabedoria, com certeza, eu vou ter condições de completar [o livro] a Criação da Civilização, que juntamente com as demais publicações messiânicas, trará grandes benefícios para toda a humanidade.”

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O interessante é que muitas vezes, essas entidades negativas são utilizadas por Deus para realizar algum trabalho indispensável à salvação da humanidade. Porém, em qualquer circunstancia, o mais importante de tudo é que ninguém se torne um jashin. ● Ver o respeito à missão de cada país. O que se pode apreciar é cada país desempenhando uma função de acordo com a peculiaridade de sua cor. Desenhadas as linhas e usadas habilmente às cores, estar-se-ia pronto o quadro do mundo. E que mais poderia ser este quadro senão a Grande Arte de Deus Todo Poderoso? Até hoje, entretanto, considerando a cor de seu país a melhor de todas as cores, os homens quiseram pintar o quadro somente com essa cor, razão pela qual não foi possível obterem êxito. O que é bom registrar é que Deus, para governar o mundo, concedeu a cada país uma missão específica. Por exemplo, o Japão é o parque do mundo, e desde o início foi construído por Deus com esse objetivo. A situação inédita em que o país se encontrou, obrigado a dispensar os armamentos militares em conseqüência da derrota sofrida na guerra, só pode ser determinação de Deus para fazê-lo entender sua verdadeira missão. Em verdade, o Japão deveria ser o oposto da nação violenta e despótica a que foi acostumada; assim é preciso que ele se fixe como uma nação pacífica e artística. Explicando mais. Quando o Criador fez a Terra, traçou um projeto baseado num plano eterno. Isso, com certeza foram feito há milhares ou bilhares de anos, mas ele determinou que, futuramente, haveria uma região paradisíaca, no Parque Mundial chamado Japão; para tanto, preparou da forma mais perfeita o seu clima, ambiente, beleza natural etc., e esperou pelo tempo certo. Obviamente essa região paradisíaca é Atami - lugar ideal, o mais elevado e mais belo -, mas Hakone e o Fuji possuem a mesma missão.

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Embora, o centro espiritual do mundo é o Japão, o Monte Fuji é a coluna do globo terrestre. [Izanagui e Izanami olham para aquela ilha e decidem descer sobre ela. Eles se tornam os primeiros deuses a descerem na terra. Nesse momento eles decidem criar um país e primeiramente constroem uma coluna muito alta no meio da ilha, que serviria para os deuses descerem do céu para a terra]. Deve-se observar que a sua forma soberba é inédita no mundo; desde os tempos antigos ele é chamado de Montanha Divina ou Montanha Sagrada. Os estrangeiros consideram o Monte Fuji o símbolo do Japão. Desse modo, pode-se constatar o profundo significado que ele encerra. O destino do Japão é tornar-se o centro do Paraíso Terrestre. 4.6. Edificar mundo sublime de perfeita Verdade, Bem e Belo. Diante da questão “com que objetivo Deus criou o homem”, Meishu-Sama explicitou: “Constantemente estou falando sobre a construção do Reino do Céu na Terra, porém, isso não é invenção minha, é revelação do Criador. Sabendo-se que foi para construir um mundo perfeito, de Verdade, Bem e Belo. É de se esperar que uma teoria como essa não seja aceita com muita facilidade.” Evidentemente, não se sabe se levará dezenas, centenas, milhares ou até milhões de anos para se concretizar o mundo ideal. Todavia, observando os fatos do passado, vê-se claramente que o mundo vem caminhando passo a passo neste sentido; ninguém poderá negá-lo. Deus é o espírito, e o homem é a matéria; ambos, o espírito e a matéria, em trabalho conjunto, estão em infinita evolução, tornando-se desnecessário dizer que o homem existe como instrumento de Deus para a construção do Mundo Perfeito. Consequentemente, sua responsabilidade é enorme. Neste item, o que se tem observado nesse obrar é os seguintes dados: Preparar a base material em 1961; Implantar através de pequeno modelo até chegar aos Estados Unidos, depois para Oriente; Disponibilizar por meio de dinheiro puro; Criar a sociedade humana para concretizar a verdade; Imaginar a

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supremacia do mal para sua subordinação ao bem; Arquitetar a Obra Divina via a pratica do bem ocultamente; Dedicar a salvar pessoa; Elaborar o Paraíso como o mundo do belo. ● Preparar a base material em 1961. O Plano de Deus, até agora oculto, tornar-se-á visível, passando a atuar definitivamente no Mundo Material. A partir de 1935, Meishu-Sama disse que da Kannon Kai, situada em Kõji, no centro do Japão, teve início a civilização que avança para o oeste. E que seria construído o Mundo Perfeito, isto é, o Mundo da Grandiosa Luz. Por isso, trata-se de um movimento absolutamente inédito. Deus vinha preparando-o de forma latente há mais de dez mil anos [época da última era glacial, donde surge o domínio do fogo, do advento da fala e da agricultura, o período Jommon é o nome da primeira fase da civilização japonesa e a cultura Jommon aparece por volta de 11 mil anos a.C., onde existem monumentos mais antigos do mundo], e finalmente esse momento chegou. Será uma obra difícil, mas não impossível. Como já foi dito, a data de 15 de junho de 1931 marcou a divisa, no Mundo Espiritual, da gradual passagem para a Era do Dia. No final desse processo, haverá a grande e decisiva ação purificadora. A mudança se processará em três etapas: primeiramente no reino divino [Mundo Divino], a seguir no reino espiritual [Mundo Espiritual] e, finalmente, no reino material [Mundo Material]. No devido tempo, surgirá o verdadeiro Dia [2021], isto é, o Mundo da Luz. Em 15 de junho de 1951, o Dia finalmente entrou no limiar da última etapa, isto é, no Mundo Material. Nos próximos dez anos, ou seja, em 1961, será estabelecida a base do Reino do Céu na Terra.

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● Implantar através de pequeno modelo até chegar aos Estados Unidos, depois para Oriente. Todas as coisas relacionadas a Deus realizam-se através de uma “forma”. Quando ocorre, por exemplo, a ampliação ou a criação de algum lugar ou alguma coisa, a Obra Divina também cresce e se amplia proporcionalmente. Até mesmo o grandioso Plano de Deus teve início através de um pequeno modelo. No início da Criação, era extremamente limitado e foi se ampliando gradativamente até poder vir a alcançar o mundo inteiro; realmente é algo extremamente misterioso. No entanto se não construir o Paraíso Terrestre nos Estados Unidos [país que se encontra na mesma latitude do que o Japão e é o ocidental mais afastado dele] não se tornará mundial. Mas isso é uma questão de tempo, pois se trata de uma concretização que está determinada. Depois será na Europa e em direção ao Oriente, em países tais como a China [também se encontra na mesma latitude, só que um dos orientais mais próximos], a Índia e a Birmânia (atual Mianmar) [próximos da China]. Deus já começou a fazer os preparativos nessas regiões [Tailândia limítrofe com Mianmar, foi o segundo a construir solo sagrado fora do Japão]. [não esquecer que o hemisfério sul é praticamente água, enquanto o hemisfério norte tem 90% da população mundial]. [Em 2008, só a construção paradisíaca nos Estados Unidos (4,60% da população mundial), China (20,58%) e Índia (17,11%) envolve 42,29% da população na Terra. Acrescentando-se na Europa apenas a Alemanha (1,26%), França (0,93%), Reino Unido (0,91%) e Itália (0,89%), Mianmar (0,78%), mais os que têm solo sagrado, isto é, Japão (1,96%), Brasil (2,89%) e Tailândia (0,99%) perfazem um total de 52,90%, mais da metade da população no mundo.] ● Disponibilizar por meio de dinheiro puro. Meishu-Sama disse que: “Acabo usando tolamente, todos os anos, um dinheiro desnecessário. O motivo disso é o seguinte:

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chegam até mim os donativos dos membros. Todavia, se formos verificar direito, dentre eles existe dinheiro impuro, maculado. Não podemos estabelecer qual dinheiro é maculado e qual não o é. Deus seleciona todos os dinheiros – é a purificação da qual sobram resíduos. Estes não podem ser utilizados de maneira nenhuma na construção do Paraíso Terrestre. E são juntamente esses que acabam.” ● Criar a sociedade humana para concretizar a verdade. Mas é chegado o tempo de revelar a Vontade de Deus e pregar a Verdade, para que esta possa se concretizar. E a Vontade de Deus é que ela seja transmitida claramente. Aqueles que tiverem a mente livre de preconceitos, certamente hão de obter a correta visão da Verdade. Uma explicação que todos podem compreender. O homem adoece porque se distancia da Verdade e por motivo idêntico não consegue curar-se. Política errônea, má ideologia, o aumento de crimes, crises financeira, inflação e deflação, tudo isso se deve, também, ao fato de o homem desviar-se da Verdade. Pois bem, tudo que se deseja logo se realiza desde que se esteja de acordo com a Verdade; foi com esse propósito que Deus criou a sociedade humana. ● Imaginar a supremacia do mal para sua subordinação ao bem. Para que este mundo se transforme em Paraíso - objetivo de Deus - existe uma condição fundamental: eliminar a maldade que a maioria dos homens traz no mais profundo recanto [lugar oculto] de suas almas [de seus espíritos primordiais]. O que pertence ao bem será poupado, e o que pertence ao mal será destruído. Com esta afirmação se pode imaginar o que vem ser o objetivo de Deus. Pelo senso comum, as criaturas desaprovam o mal e temem o contato com ele. Entretanto, a quantidade de pessoas más é

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incalculavelmente maior que a de pessoas boas; para se ter uma idéia mais precisa, entre dez pessoas, talvez nove sejam más. Um grande problema, até agora, é que Satanás era mais forte, Deus perdia, embora momentaneamente. É por isso que existe a infelicidade e as desgraças. Basta que, doravante, os que estão do lado de Deus comecem a vencer Satanás. Entretanto, mesmo dizendo que é bom não perder para ele, mesmo querendo vencer, há casos em que, baseado na sabedoria, é melhor perder. Em tais casos, é preciso perder. Por isso, até agora se perdia para Satanás, mas no final, Deus irá vencer. Até o presente Satanás tinha mais poder, e o período de derrota era longo. Gradativamente, essa situação irá invertendo. Quando ficar completamente o inverso, estará concretizado o Mundo de Miroku. Mas, mesmo quando chegar o Mundo de Miroku (onde o Mundo Espiritual se apresenta realmente claro e, por isso, o mal é logo descoberto; é o mesmo que “Reino de Deus na Terra”), não significa que o Mal deixará de existir por completo. Ele continuará existindo porque a função de Satanás é a de não desistir, ainda que perca, vai até o fim. De certa maneira se pode dizer que o Mundo do mal está prestes a desaparecer, e o alvorecer do Mundo do bem é uma realidade incontestável. Há milhares de anos Deus vinha preparando a grande transição, para estabelecer este Mundo Ideal. Porém, não se pode esquecer que abaixo de Deus Supremo existem entidades malignas (yin) e benignas (yang) que desenvolvem o plano divino neste mundo, sem fazer distinção entre o bem e o mal, ou seja, entre pessoas justas ou perversas, porque ambas são necessárias para a construção do Reino de Deus na Terra [ou ainda, o Reino do Mundo Divino no Mundo Material]. Assim, o bem e o mal são relativos e não se podem tirar conclusões precipitadas a respeito do bom ou mau uso das coisas. As forças malignas, por mais devastadoras que sejam, servem freqüentemente como meio para disciplinar o espírito e desenvolver a força criativa e a capacidade das pessoas construtivas. Nesse

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sentido, essas forças negativas constituem uma espécie de esmeril e servem a um fim benéfico. O próprio Kannon tem duas imagens: uma delas que é a verdadeira, atua verticalmente, que jamais perdoa o mal, que é Kunitokotati-no-Mikoto; a outra que é pseudoverdadeira, atua horizontalmente, não faz distinção entre o bem e o mal, é a de Kanzeon-Bossatsu. Quando se pende para um dos lados, não tem jeito. É necessário que haja os dois e, de acordo com a hora, o local e também a pessoa, Kannon irá se transformando, assumindo formas diversas. O que está dito no parágrafo anterior fica mais claro quando se abordar no tópico 4 do volume 3, as leis da perfeição e da liberdade. ● Arquitetar a Obra Divina via a pratica do bem ocultamente. Na sociedade, é comum o esforço não ser reconhecido, mesmo que se tenha esforçado o máximo. Mas não se deve ligar para isso: o importante é ser amado por Deus. Mas o que significa ser amado por Deus? É ajudar o próximo, é ajudar o maior número de doentes possível, tornando-os saudáveis. Mesmo que seja uma só pessoa. Se forem dez, cem pessoas, se é ainda mais amado por Deus. Contudo, praticar o bem, fazendo o máximo para que as outras pessoas não o saibam, a retribuição de Deus será multiplicada. É muito importante acumular a virtude oculta. Atualmente, as pessoas que não compreendem isto praticam somente a virtude evidente. ● Dedicar a salvar pessoa. Alguém perguntou a Meishu-Sama: “Desejo alegrar a Deus praticando o bem de que modo devo fazê-lo?”. Ele respondeu: “Ainda não se enumerou quantas espécies de prática do bem existem, mas, basicamente, Deus se compraz, principalmente, com

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dedicação que leva, sempre, à salvação de mais uma pessoa. Deus também se alegra com a dedicação monetária, utilizando o dinheiro para desenvolver a Obra Divina.” ● Elaborar o Paraíso Terrestre como o mundo do belo. O que se chama Paraíso Terreno, dito da forma mais compreensível, é o mundo do belo. Na criatura humana, o Paraíso Terreno indica a beleza interior, ou seja, a beleza da alma. Obviamente, as palavras e atos também serão belos, Trata-se da beleza individual que, ao alargar-se, origina a social. Têm-se, assim, o embelezamento das relações pessoais, das casas, das ruas, meios de transporte e parques mais aprazíveis. Como o Belo se faz acompanhar da limpeza, então se vê num nível mais amplo o embelezamento e saneamento da política, da educação e da economia, bem como das relações internacionais.

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5. ATRIBUTOS 5.1. Propriedade focada de liberdade e ira.

● Liberdade.

Deus tem poder ilimitado e está livre para ajudar ao ser humano como e quando quiser, desde que o homem esteja agindo conforme a Sua vontade. Ele concedeu ao ser humano a liberdade infinita e as outras criaturas, como os animais e vegetais, gozam de liberdade limitada.

● Ira.

A ira de Deus, ao contrário da humana, é imensa, mas se encontra voltada unicamente para o mundo onde existe a atuação do demônio. A própria construção do Reino do Céu na Terra corresponde a essa manifestação da ira divina contra as entidades negativas que transformaram o mundo num inferno. Por isso, inconformado com a atual situação, Deus estabeleceu um plano para salvar a humanidade e, dessa forma, vai ser através da própria ira Dele que o mundo virá a ser salvo. Não esquecer que em certos momentos Meishu-Sama usa a expressão “ódio ao mal”. [além da liberdade, Deus, através da Sua ira, concede ao homem o servir e a perfeição, que são expostos no tópico 4 do volume 3 – Homem - desta coleção].

5.2. Característica de outorgar missão, procurar orientar e refrear os negligentes.

● Outorgar missão.

Como se tem mencionado, o homem veio à Terra com a missão de auxiliar na concretização das condições ideais do planeta, de acordo com o Plano Cósmico [de Deus Supremo]. Quando ele

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vive em conformidade com esse Plano, é naturalmente abençoado com a saúde, a prosperidade e a paz, a que tem direito inalienável. Por isso que, certa vez, Meishu-Sama falou para um fiel: “Da parte de Deus, há muito tempo já está decidido que você irá para os Estados Unidos. Agora chegou o momento em que isso vai se concretizar. Portanto, como Deus está encaminhando tudo, você não precisa preocupar-se tanto.” De outra vez, ocorreu o seguinte: “Em agosto de 1950, quando eu mal havia me tornado um fiel, uma pessoa dizendo ser Dirigente do Templo-filial veio a minha casa e comunicou-me que Meishu-Sama havia mandado me chamar. Assim sendo, pediu-me que comparecesse na entrevista coletiva do dia 5. E aquela era a minha primeira visita ao Palácio da Luz do Sol. Eu estava com trajes do dia-a-dia. De cabeça raspada, com uma calça que usava no serviço, camisa toda surrada, de colarinho rasgado e aberto, e tamancos velhos, calçados sem meias. Visto de perto, achei que Meishu-Sama era parecido com o professor Abe da Universidade Wasseda, talvez por causa de seus olhos. Enquanto eu o olhava sem cerimônia alguma, pensando que aquele olho mais fechado seria o seu olho espiritual, ele fixou o seu olhar por algum tempo em mim e disse: “Você é diferente das demais pessoas. Por isso vou tratá-lo de modo especial. Deixe o seu serviço atual e ajude o meu serviço.” Não sei se foi por coragem ou pela infelicidade de não saber a palavra “Obra Divina”, o seu significado e valor, que eu respondi: “Recuso! Como pode ver, sou uma pessoa que trabalha de boné e de cigarro na boca, por isso não agüento ficar o dia inteiro, ao lado de Deus, constrangido e todo cerimonioso.” Então, ele me respondeu num tom severo: “Deus não é tão constrangedor assim como você pensa. E uma vez que Deus falou assim, não é permitido recusar.” Respondi: “É verdade? Como tenho de retribuir o restabelecimento de minha esposa, farei o que estiver ao meu alcance.” E foi assim que fui envolvido pela glória única de servir ao lado de Meishu-Sama.

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As palavras de Meishu-Sama: “Uma vez que Deus falou assim, não é permitido recusar” - eram de significado realmente importante e profundo, mas por ser eu uma pessoa comum e superficial, custei a perceber isso.” Uma outra vez: “Até tornar-me fiel, eu tinha uma barbearia. E com ingresso na Fé, abandonei a tesoura e a máquina de cortar cabelo, decidido a empenhar-me unicamente na Obra Divina. Em 1951, Meishu-Sama resolveu realizar duas viagens missionárias à região Kansai, na primavera e no outono. Pela gentil atenção do dirigente da Igreja, durante a sua estadia em Quioto, recebi a incumbência de fazer a barba de Meishu-Sama e no primeiro dia pernoitamos na casa de campo Kimura. Como já fazia tempo que não lidava com aquele serviço, comprei material de barbearia inteiramente novo e pedi a Deus que pudesse fazer a dedicação sem cometer qualquer falha. Assim, com muito receio, aproximei-me pela primeira vez de Meishu-Sama. - A que Igreja você pertence? Qual o seu endereço? Quando ele assim me perguntou, por achar muito modesto o lugar onde morava, respondi mais ou menos envergonhado: “É no distrito de Saijo de Ossaka. Onde fica a zona de meretrício de Hida. É um lugar realmente vergonhoso!”. Eu me sentia assim, porque aquele lugar onde morava, bairro de San'no do distrito de Saijo, era perto do famoso cabo de Kama-ga-Saki, um lugar cheio de ociosos, que fazia par com o bairro de Sanya, em Tóquio. Eu havia instalado uma Casa de Difusão nesse local e ali me dedicava, mas, pelo que dizia a vizinhança, só o fato de residir em Saijo já era um grande obstáculo, até para se ingressar na Universidade ou nas Escolas de Segundo Grau. Não sei até que ponto isso era verdade, mas entre os fiéis também havia pessoas que evitavam vir à Casa de Difusão, porque o local não era bom. Essa era uma das coisas que me atormentavam e não sei quantas vezes pensara em me mudar de lá.

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Quando terminei de falar, Meishu-Sama, que até então estava sorrindo alegremente, súbito mostrou uma expressão severa e disse em voz alta: "Por que sente que é vergonhoso? A Igreja Messiânica Mundial existe para purificar o que é impuro! Purificar e tornar belos o homem e os lugares, essa é a missão que Deus lhe deu! Desenvolver a Obra Divina num lugar assim é a missão que foi atribuída a você. Não há nada por que se humilhar. Faça-o com todo orgulho." E assim, ele continuou me orientando com suas palavras significativas, mas não consegui fixá-las porque estava tremendo de tanta emoção. Depois, enquanto eu lhe fazia a barba, Meishu-Sama acabou dormindo profundamente. Apesar de estar entregue aos meus cuidados pela primeira vez, ele nem me disse como desejava seu cabelo e barba, e dormiu tranqüilo.” Com o próprio Meishu-Sama aconteceria “Deus escolheu Atami para aí estabelecer o protótipo do Paraíso na Terra, confiando a mim sua construção.” e ele consciente de missões atribuídas por Deus diria: “Mas este jardim da Terra Divina foi construído por Deus; eu sou apenas o Seu Instrumento.” Aconteceria novamente: “Tenho sempre dito que se alguém já tomou iniciativa em relação a uma determinada tarefa, eu o deixo encarregado daquilo que ele começou. O que pretendo é a formação de uma nova cultura e tenho convicção de que esta é a missão que recebi de Deus. Logicamente o ponto fundamental é que estou atuando sob influencia de um pensamento que não é “dominado pelas tumbas”.” Ao invés de cumprir sua verdadeira missão, o Japão viveu por longo tempo sob a bandeira do militarismo, sem voltar sua atenção para mais nada. A situação inédita em que o país se encontrou, obrigado a dispensar os armamentos militares em consequência da derrota sofrida na guerra, só pode ser determinação de Deus para fazê-lo entender sua verdadeira missão.

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● Procurar orientar. É importante compreender que o homem nada empreende, ele apenas age sob a Orientação Divina. Mas, muitos não compreendem tal verdade. No entanto, Deus compadeceu-se dessa cegueira e está procurando orientar o homem através de Meishu-Sama. Por meio da realidade, o Todo-Poderoso revela que a vida não pertence à matéria, que apenas ela é invisível aos olhos humanos, mas possui existência absoluta sob Sua direção. A melhor prova consiste no fato de que pessoas desenganadas pela medicina são salvas freqüentemente pelo Poder Divino. Meishu-Sama é um grande exemplo quando fez as declarações: “Estou dispondo-as conforme a Orientação Divina, não me submetendo às tradicionais formalidades relativas a jardins. Não me baseio em modelos [mas, realiza tudo com modelos e mostra o modelo]; estou construindo este jardim num estilo totalmente novo.” “Naturalmente, este museu, a começar pela sua arquitetura, instalações internas, decoração e tudo o mais, será construído de acordo com a orientação de Deus; por isso, quando ele estiver concluído, apresentará resultados absolutamente especiais. Com a sua conclusão, praticamente estará terminada a construção do protótipo do Paraíso da Terra Divina. No momento em que isso se concretizar, a Obra Divina entrará em sua verdadeira fase de expansão. Mas não pararemos aí. A construção do protótipo do Paraíso de Atami também terá rápido progresso. Deus faz com que tudo se processe de acordo com a Ordem, esta é a Verdade.” “Paralelamente à marcha do Plano Divino, pretendo publicar projetos mais recentes, elaborados sob a Orientação de Deus, os quais abrangem Política, Economia, Educação, etc. Através deles, os leitores poderão reconhecer a magnitude dos objetivos da Igreja Messiânica Mundial.”

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● Refrear os negligentes. Geralmente, se recebia repreensão de Meishu-Sama quando se apresentava diante dele com ar de tranqüilidade. Quando se mostrava deprimido, jamais levava advertências. Por exemplo, quando o servir não se desenvolvia em condições satisfatórias, dever-se-ia ir à sua presença para pedir desculpas, como: "Sinto muito, pois o servir não está correndo de acordo." Encontrando-se em situação constrangedora a ponto de não se conseguir expressar o que se sentia, então ele fazia extravasar: “É claro, Deus está refreando!” Assim, os servidores se sentiam aliviados. Desse modo, ele orientava de acordo com as condições do momento. 5.3. Predicado de trabalhar pelo paraíso terrestre e atuar para salvar os que estão no inferno. ● Trabalhar pelo Paraíso Terrestre. Em 1950, quando houve a perseguição religiosa, o desenvolvimento da difusão ficou estagnado. Isso era como o cair das pétalas para dar origem ao fruto, e Meishu-Sama disse: “Deus havia me informado sobre isso.” Nessa época, perguntaram-lhe: “Ouvi dizer que, num futuro muito próximo, será concluído o Paraíso Terrestre e eu creio nisso. Mas observando a situação atual, fico atormentado pela contradição. Será realmente possível a concretização do Paraíso terrestre em tão pouco tempo?” Meishu-Sama respondeu-lhe: “Tudo isso está sendo organizado por Deus. Eu também tenho dignidade humana, e sinto-me bastante desapontado por não estar fazendo nada, sofrendo interferências e equívocos. Também me desperta o sentimento: Espera e verás! Mas isso se parece com o fato do ser humano dormir com as janelas fechadas e, mesmo amanhecendo, não sabe abri-las. Se o fizer de uma só vez agora, a sua vista ficará ofuscada.

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Estou desenvolvendo a Obra Divina dessa forma. É só começar, que tudo se realizará rapidamente.” O que se deve é manter a ordem em tudo, e a transcrição da palavra “SU” (chefe, senhor, dono) sugere a mesma idéia. Ela é transcrita da seguinte forma (três traços horizontais paralelos cortados no meio por uma vertical e em cima de todos há um sinal). Analisando-se. Os três traços horizontais significam: Céu, homem e Terra; ou Sol, Lua e Terra; ou os números sagrados 5, 6 e 7; ou Deus, espírito e matéria. Esses traços são completados por outro, vertical, que os atravessa no meio, e em cima de todos há um sinal. A Política, a Economia, a Educação, a Religião, ou qualquer outra atividade humana, tudo, em suma, deve observar essa hierarquia. [por exemplo, se deve observar a Política segundo a hierarquia: Política Divina, Política Espiritual e Política Material]. Se assim não for, nada poderá correr bem. Mas, até hoje, tudo que existe geralmente está separado, situando-se no plano vertical ou no plano horizontal. Uma das maiores conseqüências disso observa-se no antagonismo entre o pensamento fundamental do Oriente e do Ocidente. Finalmente chegou o tempo de cruzar os pensamentos e as atividades, como os traços e planos da palavra analisada, isto é, o tempo de seguir o exemplo da palavra “SU”, cujo significado, como já foi dito, é “senhor”, “chefe”, “dono”. Observando-se que no meio da palavra forma-se uma cruz e relembrando-se que o traço de cima representa o Céu, e o de baixo, a Terra. Isso quer dizer que o mundo dos homens está entre o Céu e a Terra, por essa razão ele tem forma de cruz. É essa a realidade do Paraíso Terrestre, ou Reino de Deus. A palavra que designa Deus (“Kami”) tem a mesma significação. “Ka” significa “fogo”; “Mi” significa “água”. O fogo arde verticalmente, e a água corre horizontalmente. Unindo “Ka” e “Mi”, obtendo-se “Kami”, ou seja, Deus, cujo trabalho é unir, atar. Agora chegou o momento em que Deus quer unir o que está separado, porque está próximo o Reino dos Céus.

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● Atuar para salvar os que estão no Inferno. “Forte como Deus e fraco como Deus.”, são palavras sábias. Até mesmo Deus, há ocasiões em que Ele é forte, e outras, em que Ele é fraco. Entre os Kannon, o Bato Kanzeon (Avalokiesvara de cabeça de cavalo) solta fogo pela boca e seus olhos brilham fortemente. Isso expressa a sua atuação para salvar o mundo das bestas. 5.4. Traço de destruir a superstição científica pelo pensamento espiritualista. Atualmente, quando se fala em erro, pergunta-se de que erro se está falando. Certamente, é o erro do princípio de supremacia da Ciência. O homem moderno acredita que qualquer problema pode ser solucionado através da Ciência. E muito mais do que superestimação da Ciência, pode-se dizer que ele caiu no abismo da superstição da Ciência. Atingido esse ponto, Deus irá destruir completamente essa superstição. Pois, objetivando a construção de um mundo verdadeiramente civilizado, Ele começou a trabalhar diretamente, tendo o homem como intermediário, e isso também é realmente uma providência do tempo. A causa da superstição a que se refere é o pensamento, absolutamente materialista, de acreditar naquilo que se vê e não acreditar naquilo que não se vê. Portanto, para corrigir esse modo de pensar, é preciso todo empenho no sentido de que o homem tome consciência da realidade do espírito, até hoje considerado inexistente, e compreenda que, em tudo, o espírito é principal e a matéria é secundaria. Desta forma, o Mundo Espiritual do planeta Terra e o corpo espiritual do ser humano são os principais, enquanto o Mundo Material e o corpo material são secundários, eis a verdadeira Lei do Universo.

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5.5. Aspecto de oferecer alegria quando confia e de preparar acontecimentos. ● Oferecer alegria quando confia. A confiança é realmente um tesouro. Quem a merece jamais passará por dificuldades monetárias, pois todos sentirão prazer em lhe fazer empréstimos. Aqui se refere à confiança entre os homens; mas obter a confiança de Deus é algo de valor inestimável. Se conseguir, tudo correrá bem e se terá uma vida repleta de alegrias. ● Preparar acontecimentos. Um caso interessante: “Primeiro de maio de 1950. Esse era dia de Johrei em minha Igreja e eu estava ministrando-o às pessoas que comumente vinham se esforçando no servir. Quando terminei de ministrá-lo a ultima pessoa, perdi os sentidos. Calculei que ficara desacordado no máximo uns dois dias, mas, segundo a minha esposa, fiquei inconsciente por quinze dias. Sem que o prego se soltasse ou o cordão se rompesse, um quadro com dizeres: “Grande Providência Divina”, caligrafado por Meishu-Sama, caiu em cima do “tatami” e esse barulho me fez acordar. Quando me restabeleci, fui relatar o acontecido a Meishu-Sama e ele me disse: “Você mora numa pensão, não é?”. “Sim”, respondi. E continuou: “Deus já deve ter preparado uma casa para você morar. Não precisa ficar mais numa pensão. Já deve haver uma casa destinada para você, portanto procure-a imediatamente.” “Mas não tenho dinheiro”, respondi-lhe. Ele retrucou com ar severo: “Se o problema é dinheiro, Deus dará um jeito e arrumará. Para você uma pensão pode ser suficiente, mas para Deus, não.” E acrescentou: “Já está no tempo de vir uma doação de algum lugar.” “Isso é impossível”, respondi. Então, Meishu-Sama afirmou: “Se estou dizendo que virá é porque virá. Você deve sair o quanto antes

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da pensão, pois por parte de Deus, já está determinado que você forme uma grande Igreja, o mais breve possível.” Diante dessa clara convicção de Meishu-Sama, eu só podia responder: “Sim”. E, ao regressar, um dos Ministros me disse: “Ministro, não quer ir ver uma casa?” Ele não sabia da minha conversa com Meishu-Sama e por isso achei tudo extraordinário. Entretanto, como já não tinha mais intenção de fazer difusão naquele local, no mesmo dia comecei a procurar outro local, através dos anúncios de jornais. No terceiro dia, achei a casa onde estou agora. Entretanto, a princípio, por problemas de dinheiro, não pude fechar o negócio e continuei procurando casa durante um mês, percorrendo dezenas delas. Mas não conseguia achar uma adequada. Relatando o fato a Meishu-Sama, ele me disse para alugar a que me parecera apropriada e assim procedi. Logo arrumei o dinheiro e pude mudar-me para a casa onde estamos até hoje. Ainda me lembro nítida e saudosamente das palavras: “Por parte de Deus, já está preparada.” Outro caso: “Quando foram se sucedendo vários problemas sérios e fui pedir perdão a Meishu-Sama por sentir-me responsável, ele me disse: “Tudo faz parte do grande teatro de Deus, por isso basta que você fique olhando como espectador. Pode ser que aconteçam fatos que deixem o seu coração na boca, mas depois poderá compreender o seu significado; portanto, fique olhando sem se preocupar.”- e sorriu. Assim, eu fui envolvido por uma tranqüilidade, que me fez sentir com se tivesse sido salvo. Depois disso, sempre que surgia algum problema e me via implicado, preocupado e sofrendo com essas coisas, colocava-me numa posição mais elevada e observava tudo com sentimento calmo e de coração. Desse ponto de vista mais amplo, conseguia compreender as suas razões mais profundamente.” Meishu-Sama comentava que a posição da Terra Celestial, pela altura das montanhas, era a mais adequada para se apreciar todo o panorama; quando se coloca os pés nesse local, sente-se no

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Paraíso, e com isso qualquer pessoa concorda plenamente. E aí indagava: “O Solo Sagrado que Deus preparou quando construiu o Céu e a Terra, se não for grandiosa Obra de Arte feita por Deus, o que poderá ser?”. E afirmava: “Aquilo que vamos realizar daqui para frente, foi preparado por Deus há centenas, milhares ou milhões de anos atrás, portanto, basta que chegue o tempo. Desta feita, é fácil. Mesmo no caso do Paraíso Terrestre de Atami, eu necessitava de muitas pedras para levantar paredes, e elas surgiam em abundância e ilimitadamente. Sabendo da atual necessidade de paredes de pedras, Deus preparou-as há milhões e milhões de anos. E para a apreciação de belas paisagens naquele local. Ele criou a baía de Sagami e as ilhas de Hatsushima e Ooshima. Esses preparativos foram feitos a tanto tempo, que as várias edificações atuais foram preparadas deveras recentemente.” 5.6. Cunho de conceder provações, purificações, aprofundamentos e soluções. Obviamente, o Criador impõe maior sofrimento a quem tem maior missão, o que não deixa de ser motivo de alegria. Quem tem missão importante, é submetido por Deus a muitos aprimoramentos. Por exemplo, quem deseja ser um líder espiritual, deve estar especialmente disposto a suportar severo treino, ainda que também passe por múltiplas alegrias. Meishu-Sama ensinou: "Lembrem-se de que Deus treina os especialmente escolhidos, através das provações, tal como se forja o aço mais resistente.” O próprio Meishu-Sama quando esteve preso explicitou a razão deste seu sofrimento: "Será que os fiéis não estão vacilantes? O meu sofrimento é imposto por Deus e por isso não é nada demais. Mas eles não sabem da verdade e devem estar preocupados." E complementou: "Lembrem-se, pois, de que Deus treina e disciplina aqueles que têm uma grande missão a cumprir.”, ”Creio que Deus determinou aperfeiçoar-me” e “Acho que naquela ocasião fui muito

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forte, pois consegui me controlar. Quem é capaz de auto controle, não se deixando levar pelos sentimentos, tem o seu valor. É, aquele caso foi um teste de Deus.” Chegou a expressá-lo em forma de poema: “Com a intenção de fortalecer O meu fraco espírito, Deus me impôs Essa perseguição religiosa.” Numa ocasião, ele orientou sobre uma purificação: “Eu e minha mulher não conseguíamos ter filhos após muitos anos de casados, por isso certo dia perguntei a Meishu-Sama porque não tínhamos essa graça. Meishu-Sama respondeu: "Quem lhe disse isso?" "Muitas pessoas disseram que minha mulher não consegue engravidar porque é muito gorda", falei. "Você não crê em Deus?", perguntou Meishu-Sama. "Porque dá ouvidos aos outros?" Fiquei sem saber o que dizer e fechei os olhos. Em seguida ajoelhei-me e pedi perdão. "Se sua esposa engravidasse agora”, disse Meishu-Sama, “a criança nasceria aleijada ou teria vida curta. Deus está purificando você e ela, aguarde com paciência. Tenha fé e confie Nele, Deus cuidará de tudo." Lembro-me de que, depois, Meishu-Sama ministrou Johrei em minha mulher, na região do abdômen, por um período mais longo do que o usual. Resolvemos então não nos preocuparmos mais em ter filhos. Pouco tempo depois, voltamos a procurar Meishu-Sama. Assim que sentamos, ele disse à minha mulher: "Parece que você vai ter um neném". Suas palavras foram tão inesperadas que não sabíamos o que responder. Minha mulher foi quem falou: “Acho que não, pois não estou grávida. De qualquer forma, muito obrigada pelos votos." Mudamos de assunto e depois de conversarmos, despedimo-nos de Meishu-Sama sentindo-nos muito felizes. Algum tempo depois viemos saber que, embora minha mulher não se houvesse dado conta disso por ocasião de nossa visita, na verdade, ela estava grávida. Com o coração pleno de gratidão, contamos o fato a Meishu-Sama, que também ficou muito feliz pela noticia.”

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Outro caso de purificação orientado por Meishu-Sama: “Entre os membros a quem eu dava assistência, havia uma senhora que passava por uma purificação séria. Quando ela se restabeleceu da doença, vários outros problemas começaram a surgir, seguidamente. Porém, por estar ciente de que o fato de acontecerem coisas difíceis devia-se a suas máculas, foi conseguindo suportar. E também o Ensinamento: “Mesmo que Deus queira conceder graças a uma pessoa, se ela tem máculas, estas devem ser eliminadas antes”, animava-a muito. Porém, como a purificação se prolongasse por muito tempo, fui pedir a Meishu-Sama orientação sobre o seu encaminhamento. Enquanto relatava tudo, detalhadamente, Meishu-Sama ouvia em silêncio com a expressão: “Que purificação terrível! Deve estar sofrendo bastante!”. Terminado o relato, fiquei a pensar: “Que tipo de resposta ele vai me dar? Então, Meishu-Sama disse-me apenas, em tom firme: “É bom!”. Repentinamente, despertei e algo gritou no meu interior: “É isto!”. Naturalmente, transmiti fielmente as palavras de Meishu-Sama àquela pessoa. Através disso, ela mudou por completo, passando a melhorar a olhos vistos.” Meishu-Sama revelou: “E a extinção da doença, por sua vez, é a condição fundamental. Como Deus me concedeu a chave, tenho por objetivo principal, atualmente, a solução do problema da doença.” 5.7. Sinal de agraciar as criaturas com vigor e testar força de vontade. ● Agraciar as criaturas com vigor. Deus concedeu a todas as criaturas muita vitalidade para que pudessem realizar seu trabalho com segurança e usufruir da verdadeira felicidade. Ele deu ao ser humano pelo menos 120

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anos de v ida e cr iou-o para que possa t rabalhar sem s of re r e n f e rm id a d e s . ● Testar força de vontade. No início do servir de um ministro, por ser inexperiente, ele ainda não havia conseguido sequer um fiel. Mesmo assim, Meishu-Sama pediu-lhe o relatório e disse-lhe: “conseguindo ou não, uma vez que você foi para lá como meu representante, pelo menos relate que não conseguiu.” Assim, o ministro continuou fazendo constar do relatório que não havia conseguido nenhum membro. Passado um ano completo, comunicou a Meishu-Sama: “Já completou um ano que estou servindo, por isso creio que não há mais esperança.” Ele então lhe respondeu: “Você fala como se fosse Deus, mas quem foi que lhe disse isso? Durante um ano você me enviou, sem falta, os relatórios, mesmo para relatar que não havia conseguido membros. Aquilo foi determinado por Deus para testar você. Portanto, desta vez, quando voltar para lá, terá início um progresso incalculável. É agora que a coisa vai começar.” Ao ouvir isso ele estremeceu, mas a partir daí começou a crescer, realmente, depois que ouviu aquelas palavras de Meishu-Sama. 5.8. Marca de facultar graça à medida que haja servir e recompensar os fidedignos. ● Facultar graça à medida que haja dedicação. Dedicante é o termo utilizado para designar pessoas que realizam voluntariamente trabalhos na Messiânica, principalmente, ministrando Johrei. Trata-se de religião de baixo nível aquela em que a pessoa embora não creia se esforça para crer com o objetivo de alcançar graças; trata-se de religião de nível superior àquela que Deus concede a graça mesmo que a pessoa duvide ou não acredite.

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Quando o homem emprega demasiado esforço para alcançar uma graça e ultrapassa os limites, Deus não fica satisfeito, se é que se trata do Verdadeiro Deus. Principalmente fazer penitências, jejuns e abstenções são atitudes que estão em desacordo com a Vontade Divina, pois Seu grande amor vê com tristeza o sofrimento humano. Seres humanos são filhos de Deus. Como pai, não há razão para Ele se alegrar com o sofrimento dos filhos. Ainda que a pessoa tenha conseguido receber uma graça através de penitência, quem a concedeu não foi o Criador, mas algum espírito pertencente à falange dos demônios. Graças desse tipo são efêmeras, não duram muito tempo. As graças concedidas por Deus são diferentes. À medida que haja dedicação à Fé, os infortúnios irão diminuindo gradativamente, atingindo-se um estado espiritual de paz e segurança e chega-se a felicidade. ● Recompensar os confiáveis. Isto ocorre não só devido à credibilidade dos homens, pois, o bem mais precioso é conquistar a credibilidade de Deus. Para quem goza de credibilidade do Alto, tudo corre bem e a vida é plena de exultação. Quando se ingressa na Fé, às vezes, produz sofrimento, e este será tanto mais profundo, quanto maior for a dedicação. O motivo é que Deus quer beneficiar a pessoa como recompensa pela sua dedicação, e para isso é necessário eliminar suas máculas espirituais, a fim de que ela possa receber Suas Graças. Suportando as purificações sem vacilar, a pessoa receberá benefícios inesperados. Entretanto, quem não possui firmeza de fé, vacila nesses momentos decisivos. 5.9. Perfil de fonte de proteção e desapego, desde que o homem faça a sua parte. Na verdade, quando a fé se eleva paulatinamente, podem até ocorrer terremotos. É até possível que se fique assustado em

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alguns momentos, já que se é um ser humano, mas logo depois já se estará recuperado, porque com a certeza de estar sob a proteção de Deus, sabe-se que não corre perigo algum. O ser humano não é nada; nem chega a um mosquito; se soprar um vento mais forte, já se destrói. Somente estando agarrado a Deus, vive seguro. Sem a proteção divina em qualquer situação, corre grande perigo. Principalmente os religiosos, como foram escolhidos por Deus e têm o compromisso de serem pessoas exemplares, não devem desviar-se do caminho. Devem manter a firme disposição de não se envergonharem perante o Céu e a Terra. Tais pessoas são amadas por Deus, consequentemente a proteção Divina também é maior. Como o seu espírito está sempre alegre, elas gozam de uma vida tranqüila, não criam inimigos, não granjeiam o rancor de terceiros e passam a ser respeitadas por muitas pessoas. Assim, tornam-se criaturas felizes. Não se devem temer os defeitos pequenos porque Deus não os leva em consideração. Ele vê, principalmente, se o homem vai conseguir salvar ou não o maior número possível de pessoas. Por isso, suponha alguém que tenha três defeitos, mas consiga trabalhar sete vezes mais: ele terá quatro pontos positivos, o que o faz receber forte proteção Divina. E, se tiver apenas um, ficará com seis pontos positivos, e significa possuir muitas virtudes. Num rápido exame das religiões, observa-se que elas apresentam várias formalidades, mas em geral têm como alicerce os ensinamentos de seu fundador ou espírito que norteou sua fundação, os quais são divulgados e transmitidos aos fiéis. Estes, por sua vez, oferecem-lhes sua devoção, em agradecimento pela proteção recebida de Deus. O que se deve temer é o apego. Deus quer proteger, contudo o apego forma espiritualmente um obstáculo. Quanto mais forte o apego, mais fraca é a proteção Divina; daí nem sempre as coisas correm como se gostaria. Existem muitas criaturas assim, mas não há problema se elas despertarem logo; caso contrário, elas ficam completamente perturbadas e perdem a proteção de Deus.

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Meishu-Sama dizia que tudo se deve, logicamente, à grande proteção de Deus, e assinalava como todos se espantavam pela maneira rápida com que suas obras eram executadas. Em uma das reminiscências sobre Meishu-Sama sente-se o desapego diante da proteção divina. “No princípio de maio de 1944, recebi uma notícia já um pouco fora do tempo. Quando assistia ao Culto Mensal na Sede Geral em Hakone, contei a Meishu-Sama que havia sido convocado pelo exército. "Você deve aceitar o fato, mas Deus cuidará do seu caso.", disse ele ligeiramente, de maneira despreocupada. Do lado de fora, após o Culto, alguns ministros mais antigos, que tinham ouvido nossa conversa, aproximaram-se de mim e disseram: "Parabéns! Nada acontecerá a você. Não há razão para afligir-se." Naquela ocasião, não entendi o que queriam dizer. Logo em seguida, fui mandado para um regimento em Tiba, integrando uma unidade encarregada de construir ferrovias. Poucos dias após, comecei a lembrar-me do que haviam dito alguns anos atrás, que eu sofria de cálculos renais e que o mal era crônico. Pensei comigo mesmo: "Talvez seja recusado na hora em que fizer o exame médico." Diferentemente do que supunha e esperava, quando chegou minha vez de ser examinado pelo médico do exército, fui aprovado sem maiores delongas. Eu havia rezado tanto para que fosse excluído, pois só assim poderia dedicar-me inteiramente à Obra Divina, como desejava. Lamentava o fato de que, tendo o Sagrado Ponto Focal em meu peito, tivesse que ir combater, ao invés de ajudar os que sofriam. Estava certo, entretanto, de que nada me caberia fazer naquele momento e, por isso decidi resignar-me. Naquela tarde, o oficial de plantão semanal trouxe um aviso. Era um boletim que dizia: "as seguintes pessoas não precisam preparar-se para seguir com destino à frente de batalha.” Entre os nomes relacionados, lá estava o meu!

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Pouco depois a unidade partiu. As pessoas que ficaram passaram por novos exames médicos, foram reprovadas e mandadas de volta aos seus lares. Mais tarde soube que a unidade, quando estava sendo transportada para o front, foi atacada por aviões inimigos e totalmente dizimada. Essa notícia fez-me pensar muito sobre a proteção especial que havia recebido e fiquei profundamente agradecido. Quando encontrei Meishu-Sama outra vez na Sede Geral, ele me falou: "Parabéns, agora, dedique-se inteiramente a Causa de Deus." Fiquei tão impressionado que senti todo o meu corpo tremer.” É verdade que se devem entregar todas as coisas a Deus. Mas há uma parte que deve ser feita pelo próprio homem. No entanto, o ser humano tem a tendência de se inclinar para os extremos. Quando houve dizer que é preciso entregar tudo a Deus, acha que ele mesmo não precisa fazer nada. Apega-se apenas à parte vertical (de ligação com o Alto) e não faz a parte horizontal, que é a do esforço humano. Nesse caso, apenas um dos requisitos foi preenchido. O outro não. Por outro lado, há pessoas que fazem o contrário. Não entregam nada a Deus, achando que podem resolver tudo apenas com o próprio esforço. Meishu-Sama conta sua experiência pessoal: “Enquanto eu o desejava muito, não entrava dinheiro algum. Por fim, resignei-me, deixando o problema nas mãos de Deus. Quando eu já estava esquecido de tudo, comecei a receber inesperadamente grandes somas. Percebi, então, que o mundo não pode ser explicado em termos de raciocínio comum.” Diz como ele procedia: “Por isso, quando surge algo desagradável, confiando em Deus, eu logo admito que seja prenúncio de bons acontecimentos. Acho interessante quando compreendo, depois, que o mal aparente determinou a vinda do bem. Então as preocupações se tornam ridículas, sinto-me grato e

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percebi que minha vida é um contínuo milagre. Eis o que chamo maravilhoso Sabor da Fé.”

Explica algumas mortes e melhoras: “As pessoas que, mesmo recebendo Johrei, vêm a falecer, é porque não se entregaram a Deus. Muitas vezes existem pontos errados na sua fé. Aqueles que deixam tudo e se entregam a Deus, embora sofrendo de doenças consideradas incuráveis, na maioria das vezes são salvos. Quem possui fé superficial, nos momentos críticos fica perdido, e nesse momento a corda da salvação se rompe.” Por isso orienta: “Ao nos depararmos com um doente desenganado é bom insinuar-lhe, bem como à sua família, que, diante da improbabilidade da cura, vamos pedir a Deus pela sua infalível salvação no Mundo Espiritual. A partir daí, com a ministração do Johrei, muitas vezes a doença começa a ceder.” Um Ministro falando com Meishu-Sama lhe disse: “Agradeci muito a Deus que sempre prepara tudo dentro de um plano muito bem elaborado para que as nossas tarefas possam ser realizadas com perfeição. Assim entendi claramente por que não peguei gripe no período dos trabalhos, mas só depois.” Meishu-Sama respondeu: É! ... Realmente era Deus quem estava impedindo que isso acontecesse.” 5.10. Particularidade de ajudar os justos, impedir solidão e gostar da humildade. ● Ajudar os justos. O homem deve abraçar a justiça e marchar destemidamente, tornando-se, assim, sustentáculo da comunidade, baluarte contra o mal social e construtor de uma sociedade sadia, porque Deus não deixará de ajudar os justos, como jamais deixou. Meishu-Sama afirma que: “É enorme o meu esforço para manter constantemente o conceito de justiça diante de semelhante mundo. Alegra-nos, acima de tudo, que a situação tenha abrandado,

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facilitando o nosso trabalho. Isso se deve à resistência que oferecemos a todas as perseguições, tendo Deus por nosso apoio.” ● Impedir solidão. Compreendendo o amor de Deus do fundo do coração, torna-se uma pessoa que desconhece a solidão. ● Gostar da humildade. Deus não gosta, nem um pouco, de vaidade. Preciosa é para Ele a virtude da humildade, de modo especial, quando praticada por aqueles que possuem certo nível cultural, demonstrando assim educação e respeito pelos semelhantes. Por exemplo, se encherem de orgulho e começarem a pensar pretensiosamente: “O meu Johrei é ótimo!”, sua capacidade de transmitir a Luz irá ficando cada vez mais fraca. Embora seja bom ter plena confiança em Deus e em si mesmo, é importante entender claramente que você está sendo apenas um instrumento de Deus, ao canalizar a Sua Luz. 5.11. Singularidade de determinar respostas verdadeiras e exigir sinceridade. ● Determinar respostas verdadeiras. Meishu-Sama explicitou: “Outro ponto importante para o qual lhes quero chamar a atenção diz respeito ao fato de muita gente dar informações falsas por não conhecer com segurança o assunto, de modo especial, quando o inquiridor ataca em cheio o nervo da questão. Nesses casos, é muito comum ocorrer uma situação de desespero e, então, a pessoa a quem foi colocada o problema, tenta fugir, naquele momento, da situação através de respostas mentirosas nas quais nem ela mesma acredita. Atitude muitíssimo errada! Deus não perdoa a ninguém que tenha cometido

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semelhante erro. Se ocorrerem casos como esse, deve-se dizer, com toda a honestidade, que não sabe. Mentir, além de ser a pior solução, gera um efeito contrário, pois conduz ao descrédito.” ● Exigir sinceridade. Quer se trate de membros ou não-membros da Messiânica, Deus salvará todos aqueles que acreditam sinceramente n’Ele. Como instrumentos de Deus, os messiânicos devem cumprir rigorosamente seus compromissos e respeitar pontualmente os horários. Não serão aprovados na Fé os que assim não procederem. Gravem isto na mente e jamais se esqueçam desta advertência. 5.12. Inconfundível em ser atencioso com os atenciosos. O que Deus faz é muito pensado, seja como for Ele é muito atencioso. Entretanto, os deuses de antigamente não eram assim, pois, entre outras coisas, eles atormentavam os seres humanos; mas o Deus Supremo tem Poder e, por isso, tudo é livre. Inclusive os deuses atuais, muitas vezes, quando as graças não ocorrem do modo desejado, dão desculpa de que a pessoa tem pouca fé, talvez achando que a graça é conseguida com o esforço do homem, ao invés de ser concedida por Deus; mas Deus é infinitamente piedoso, por isso, mesmo que se faça apenas um pedido, infalivelmente Ele atenderá. No entanto, se o ser humano ficar indo e vindo totalmente pelos arredores do templo Deus pensará: “O que será que aquela pessoa está fazendo? E nem dará atenção.” 5.13. Privativo de maior dos sofredores com destruição da humanidade. Meishu-Sama, próximo a sua morte, teve uma visão em sonho e disse: “É que acabei de ver a situação do Fim do Mundo. É bem pior do que eu imaginava e por isso me sinto muito triste.

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Afinal, quem mais sofre com a destruição da humanidade é Deus, sabe?”. 5.14. Distintivo de ficar contente quando alguém se entrega a verdadeira dedicação. Um pintor, para agradecer uma graça recebida, foi visitar Meishu-Sama e falou de seguir a carreira sacerdotal; então, ele lhe disse: "Você é pintor, por isso basta trabalhar na pintura. Isso também é algo que alegra a Deus." Com intensificação gradual da purificação, o Juízo Divino se tornará mais severo, e, se a dedicação não for verdadeira, será tarde demais para arrependimentos. 5.15. Próprio de enfraquecer a vitalidade humana através de remédios. Na verdade, quando Deus criou o homem, não o fez sábio nem aprimorado. Deu-lhe apenas muita força física e uma capacidade embrutecida. Por isso, para desenvolvê-la, precisou de, até certo nível, enfraquecer-lhe a vitalidade e, para conseguir esse objetivo, fez o homem pensar que remédio era bom. Ao mesmo tempo, o Criador impediu que os seres humanos compreendessem o verdadeiro significado da doença como ação purificadora. Também nessa época, ocorreu a manifestação de Kannon como Yakushi Nyorai, o grande conhecedor e divulgador dos medicamentos. 5.16. Representativo de indicar medicina correta e mostrar que não se devem tomar remédios. Nos dias atuais, entretanto, Kannon fala que remédio é veneno. Parece uma grande contradição, mas tudo está relacionado ao tempo adequado, num processo bastante semelhante ao que

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ocorre com o uso de roupas leves em períodos de calor e mais pesadas, para aquecer o corpo, em épocas de frio. A expressão "tirar da boca o gosto de remédio" ilustra bem o fato. Mas por que é tão desagradável tomar remédios? A resposta é a seguinte: Deus está mostrando que não se deve tomá-los, porque eles são tóxicos. Quanto aos alimentos, todos são produzidos de maneira que agradem ao paladar do homem; ingeri-los, portanto, é uma ação natural. 5.17. Individualidade de revelar e levar ao conhecimento. Vou dar uma explicação baseada na revelação de Deus. Meishu-Sama: “Com freqüência, me perguntam como será o Reino do Céu na Terra do qual sempre estou falando. Na realidade, só consegui informações sobre essa nova maneira de viver, através da revelação de Deus no ano de 1926.” Outra vez: “No dia seguinte (21 de abril de 1929), forte tempestade desabou misteriosamente sobre o lago Biwa, chegando a afundar quarenta e sete barcos pesqueiros. O fato foi noticiado pelos jornais da época. A causa de tamanha tempestade, segundo a revelação que recebi, foi a subida ao céu do Dragão Dourado, mergulhado há milhares de anos, no fundo do lago Biwa. Então, no momento em que ia saltar da água, veio voando o Dragão Vermelho (conforme a Bíblia: Satanás) para derrubá-lo. Violenta batalha foi travada entre ambos, até a vitória do Dragão Dourado e a fuga do Dragão Vermelho para além do norte do Japão.” [Izunome, isto é, Kunitokotati-no-Mikoto, é o Dragão Dourado, e o seu aprisionamento no nordeste foi no lago Biwa, pois, supondo-se que o reinado ficasse em Kyushu ou próximo se teria ao seu nordeste o tal lago]. Uma outra vez: “Desde a Antiguidade, muitas referencias tem sido feitas à Luz do Oriente. Continua, porém, sendo uma expressão misteriosa cuja origem é desconhecida. O seu verdadeiro sentido, contudo me foi revelado no dia 04 de fevereiro de 1928.”

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Mais uma vez: “No dia 23 de dezembro do ano passado (1934) pude sentir Deus me revelando que o ichirin, cujo valor é 0,01, semelhante a um ponto no círculo, simbolizava o poder de Kannon.” Ainda: “Na verdade, entretanto, tudo resulta do poder do tié, o qual nem eu mesmo o tenho, porque não penso. Corresponde, porém, a um conhecimento que brota de repente quando vou, por exemplo, orientar um trabalho. Então, num lampejo de clareza, as idéias me vêm à cabeça e eu fico sabendo tudo o que deve ser feito. Isso, na realidade, não constitui mérito da minha sabedoria, mas um esclarecimento dado por Deus.” assim “Mundo de Verdade, Virtude e Beleza, isento de doenças, misérias e conflitos, cujos alicerces estão propostos nos ensinamentos a mim revelados por Deus.” Continuando: “Os dedicantes ocasionalmente me dão sugestões sobre o que devo fazer. Sempre os ouço com atenção e, com freqüência, sigo os seus conselhos. Nunca faço discriminações contra ninguém, pois, muitas vezes, Deus revela a Sua vontade através de uma pessoa bem simples.” Deus em relação ao conhecimento age da seguinte maneira: perdoa àqueles que não sabem, porém, depois que passam a saber, haverá, sem dúvida, censura em relação a esse ponto. Assim, ao se examinar a causa quando há algum problema ou acontece alguma coisa, sempre se encontra um ponto errado. Deus chama a atenção e ensina sobre isso. Deus levou inúmeras vezes Meishu-Sama ao conhecimento. Por exemplo, quando através de um fato aparentemente insignificante, Ele lhe fez ver que o Kannon de Mil Braços faz o trabalho de um por cento. De outra vez, mostrou-lhe minuciosamente a relação entre o Mundo Espiritual e o Mundo Material, e, através de sua longa experiência, adquiriu o mais profundo conhecimento sobre assunto, a ponto de ele dizer que não havia o menor erro no que estava afirmando. Outro exemplo: “Entretanto segundo a Revelação Divina, há um grande erro na cultura moderna, apesar de, até agora, ninguém o ter percebido. É um erro tão surpreendente, que o que se faz pensando ser bom na verdade é o contrário e por causa disso a humanidade tem

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sofrido sérios danos. Em poucas palavras o que se julgava contribuir para o aumento da felicidade acabava por resultar em aumento da infelicidade. Os fatos, melhor do que qualquer outra coisa comprova o que estamos dizendo.” Mais tarde: “Essas falhas é que me foram reveladas por Deus. Onde reside então o erro? Exatamente na ignorância do lado espiritual. A parte material floresceu, mas representa apenas a metade. A outra foi ignorada por completo.” e “Ao falar assim, sinto que vocês ficam bastante perplexos, mas gostaria que acreditassem plenamente nas minhas palavras, pois são verdades que me foram reveladas por Deus. Por isso, insisto em dizer-lhes que, ao colocar remédio dentro do corpo, vocês estão envenenando o próprio sangue e simultaneamente criando infelicidade para si mesmo.” Um outro exemplo: “Para que todos entendam realmente o princípio da Agricultura Natural, proponho-me explicá-lo através da ciência do espírito - da qual tomei conhecimento por meio da Revelação Divina - pois é impossível fazê-lo através do pensamento que norteia a ciência da matéria. No início, talvez seja muito difícil compreender esse princípio; todavia, à medida que o lerem várias vezes e o saborearem bem, fatalmente a dificuldade irá diminuindo. Caso isso não aconteça, é porque a pessoa está muito presa às superstições da Ciência.” Mais um outro exemplo: “Tenho escrito sobre vários temas relacionados ao budismo que ninguém pregou até agora que, evidentemente, eu só soube porque me foram revelados por Deus. Se Deus não os esclareceu anteriormente, foi única e exclusivamente porque não havia chegado o tempo. O tempo a que me refiro é a Transição da Era da Noite para a Era do Dia.” 5.18. Personalidade de abrir caminho para os de soonem forte. Soonen é uma palavra japonesa composta de sôo (= idéia) e nen (= desejo). Corresponde a um “pensamento com ênfase na vontade que pode ser negativo ou positivo”, está associado à vontade-pensamento, ao amor e ao ódio, formando em seu conjunto, um sentimento único gerador de uma força extraordinária

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direcionada para o Bem ou para o Mal. Dessa forma, o soonen, da mesma forma como é capaz de resolver qualquer problema, pode também prejudicar a vida de outros. Deus abre caminho, mas se espírito da pessoa não estiver alerta e se desviar da via correta, algum, obstáculo inesperado poderá aparecer. Forças obscuras estão sempre preparadas para tomar conta do espírito quando não há resguardo. Mas se o pensamento é firme, a força de vontade é forte, nada afasta. Meishu-Sama diz: “Se vocês, entretanto, apesar da fé, não conseguirem sentir uma paz profunda e duradoura, procurem analisar os seus pensamentos, pois aí está a causa de todos os conflitos. Foi exatamente o que aconteceu comigo. Muitas vezes, opus forte resistência à vontade divina e, por isso, em várias ocasiões, caí no abismo. Vou explicar-lhes o melhor que ocorreu na minha vida a fim de todos terem condições de meditar sobre o assunto. Como se aproximava o tempo da extinção do Budismo, profetizado por Sakyamuni ou, conforme as palavras de Cristo, o Juízo Final, o Criador precisava de homens para poder salvar a humanidade. Então, a fim de ajudar o maior número possível de pessoas a ultrapassar essa fase de transição, Deus me havia escolhido como instrumento para a concretização do Seu plano. Eu, porém, achava tal incumbência extremamente pesada e dela procurava fugir. Daí a razão de, em alguns momentos, ter tentado desviar-me do caminho. Deus, porém, em Sua infinita bondade me arrebatava, às vezes, ao êxtase, o que me fazia sentir um sabor sutil e profundo a envolver-me num encantamento inexprimível. Foi assim que percebi o verdadeiro prazer da vida e tive a certeza de qual seria o caminho que deveria seguir para ser amado por Deus. É por isso que estou constantemente insistindo: procurem, em todos os instantes de suas vidas, descobrir qual é a vontade do Pai para cada um de vocês. E, a partir daí, transformem cada momento vivido em motivo de alegria e satisfação divinas. Dessa forma, todos poderão ter certeza absoluta de que estão sendo amados por Deus.”

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[pensamento como visto é a trilogia razão, sentimento e vontade, pois quem pensa ao mesmo tempo raciocina, sente e quer. Pensamento com ênfase na razão, ou seja, razão-pensamento é o Kyudoshin; já com ênfase no sentimento, ou seja, sentimento-pensamento é o Makoto; com ênfase na vontade, ou seja, vontade-pensamento é o Soonen. No caso do pensamento com ênfase na força, ou seja, força-pensamento é a Volitização, isto é, locomoção pela força do pensamento].

5.19. Típico de passar qualificação divina aos que não se deixa vencer pela perversidade.

Para adquiri qualificação divina, os homens devem vencer o mal que trazem dentro de si mesmos. Poucos têm, contudo, essa capacidade, embora saiba que seus comportamentos desrespeitam a lei de Deus.

5.20. Exclusivo de ser único com autoridade para censurar os homens.

De vez em quando, alguém me pergunta se cabe ou não censurar os outros. Em verdade, só Deus tem autoridade para censurar os homens. O indivíduo que censura os outros, coloca-se na posição de Deus. Também sob outros aspectos a censura não dá bons resultados, pois, geralmente, produz o efeito oposto. [cuidado com a diferença entre censurar e ensinar. Censurar quer dizer repreender, e muitas vezes, condenar; enquanto, ensinar quer dizer: formar, doutrinar, educar, instruir].

5.21. Específico em punir as divindades, tirar vida humana e eliminar animal desnecessário.

● Punir as divindades.

Meishu-Sama conta que o plano de conquista da supremacia mundial foi elaborado há cerca de três mil anos, e seu chefe era um dragão possuidor de grande poder no Mundo Espiritual. Esse dragão incorporou numa divindade [Kan-Sussanao-no-Mikoto] e, através

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dela, quis apoderar-se do mundo, tendo utilizado os métodos mais atrozes. Durante algum tempo a divindade se saiu bem, recorrendo a tudo para atingir seu objetivo, mas, quando já estava prestes a atingi-lo, falhou e recebeu severa punição de Deus.

● Tirar a vida humana.

Às vezes, contudo, acontece de um mamehito morrer cedo e inesperadamente. Tal ocorrência advém da maneira errada de pensar e agir desobedecendo à lei do Criador. Nessa circunstância, não resta alternativa para Deus, senão tirar-lhe a vida. Nada de errado, porém, existe naquilo que Deus faz. Pena é o ser humano não perceber a verdade antes dos acontecimentos e, até mesmo depois, não conseguir aceitar a lógica divina. Certa vez aconteceu de um determinado colaborador tentar de várias maneiras prejudicar a Obra Divina. Todos os demais auxiliares estavam bastante preocupados e constantemente me alertavam sobre isso. Eu sempre lhes recomendava calma, dizendo-lhes que Deus estava olhando e deixei-o continuar agindo. Logo, porém, ficou mal e precisou ser internado num hospital onde morreu. [nunca censurar e nem sempre poder ensinar]. Analisando detalhadamente as atitudes maldosas e os fatos relacionados à vida desse dedicante, sou ainda bastante grato a ele, pois, apesar de tudo, realizou bons trabalhos, contribuindo assim para o desenvolvimento da Obra Divina. No instante, porém, em que poderia prejudicar, ficou impedido de ir adiante. Posso, então, afirmar que foi útil num determinado momento, dentro do infinitamente profundo plano divino. Nessas situações, o grandioso Deus não enxerga, como os olhos humanos, o bem e o mal das pessoas, mas somente a função a ser exercida por elas.

● Eliminar animal desnecessário.

Quando algum animal se torna desnecessário, Deus o elimina. Se eles existem é porque são necessários.

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5.22. Faculdade de reger a Era do Dia. A Era do Dia é regida por Deus, ao passo que a da Noite era regida por Buda. Com a chegada da Era do Dia, o poder virá diretamente de Deus Supremo e se tornará visível, de modo absoluto, através do Johrei. 5.23. Peculiaridade de missão explicita. Neste item, entre o que Ele consente se tem: Anuência que se entre em estado de união Consigo; Concessão de liberdade infinita para o ser humano; Assenso de incorporação de Espírito Secundário; Autorização de incorporação de dragão em personalidades demolidoras; Licença de encosto de artistas em crianças; Nução do aflorar de apetites carnais e mundanos; Concordância de descanso para conter a precipitação; Assentimento de ministrar Johrei em animais; Aprovação de duvidar quando desconhece; Consentimento de dizer abertamente o sentido do Juízo Final. ● Anuência que se entre em estado de união Consigo. O Estado de União com Deus refere-se à ação onde não existe distinção entre a Obra de Deus ou a do homem [isso devido a Bola de Luz estar alojada no corpo espiritual de Meishu-Sama]. Desde os tempos antigos, muito se tem falado sobre pessoas que vivem em estado de perfeita união com Deus, mas jamais existiu alguém que realmente tivesse vivido nesse estado. Por essa razão, se podem observar grandes diferenças existentes entre Meishu-Sama e outros mestres. Um exemplo é na elaboração de objetos sagrados. Os mestres para consagrá-los precisam suplicar a Deus por haver uma separação entre eles e o Ser Supremo, portanto, necessitando dessa mediação. No caso de Meishu-Sama, entretanto, Ele está dentro do seu ventre, e ele não

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precisa fazer nada, porque Deus já está assentado nele, fazendo uso do seu corpo. Meishu-Sama narra sua experiência pessoal a respeito: “Não posso esquecer: fui preso no dia 29 de maio de 1950 e, sem muita demora, fui avisado por Deus que o período de detenção seria de 18 dias, significando que justamente, no dia 15 de junho estaria livre (...) Finalmente, era chegado o dia 15 de junho. De madrugada, esclareceu-se o importante significado daquele dia. Em obras anteriores, escrevi sobre a existência de uma Esfera de Luz no meu ventre, de modo que quem as leu sabe disso. Até então, ela era desprovida de espírito [de DEUS]. Todavia, naquele dia hospedou-se nela o espírito de uma divindade elevada [espírito do DEUS Kunitokotati-no-Mikoto, que nascerá no Mundo Material em 1954], em outras palavras, esse espírito nasceu no mundo concreto. De agora em diante, este espírito divino, que é Luz e Calor crescerá gradativamente e, à medida que se for tornando adulto, a luz da esfera aumentará mais e mais o seu resplendor e, no futuro, virá a manifestar grande virtude e força.” Ou ainda narrado dessa maneira: “Quero falar sobre a minha pessoa no presente. Já falei a respeito da misteriosa Ação Divina ocorrida quando eu estava preso, durante o “Caso Shizuaka”, ou seja, que naquela oportunidade entrou em meu corpo o Deus 00000 [Ookunitokotati-no-Mikoto], o mais elevado e sagrado de todos. Em decorrências das Providências Divinas naquele momento, assim que fui libertado fiz mil quadros de caligrafia com a frase “As flores caem e nascem os frutos” e os distribuí entre os principais fiéis. A partir de então, já não precisei mais perguntar as coisas a Deus, como vinha fazendo até ali, pois, uma vez que o Espírito Divino [de Deus Supremo] estava em meu corpo, a distância que havia entre Deus e o ser humano desapareceu por completo, e eu atingi o estado de união com Deus. Ou seja, uma vez que eu sou Deus e homem, o que eu realizo é diretamente feito por Deus. Por isso basta que eu aja de acordo com a minha própria vontade.” [A bola de luz = consciência foi criando as premissas, surgindo, formando-se e desenvolvendo à medida em que Mokiti

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Okada foi se conscientizando por intermédio de seu yukon em ter sido, conforme já foi dito, Kanzeon-Bossatsu [1921]; mais tarde [1934, como Koomyo-Nyorai, e em 1947, como Ooshin Miroku em termos de Miroku Kannon], retornaria ao mundo divino, para ocupar o seu trono original [DEUS Ooshin Miroku, em 1950, e DEUS Messias, em 1954, às vezes se considera desde 1950].] Inclusive fez um poema sobre tal acontecimento: “O grandioso Deus Para realizar ocultamente Uma obra misteriosa, Escolheu a cela de uma prisão.” ● Concessão de liberdade infinita para o ser humano. Deus concedeu ao homem a liberdade infinita. Falar da sua liberdade é dizer que ele ocupa o ponto médio entre os dois extremos - o animal e o Divino. Quando ele se eleva, torna-se Divino; quando se corrompe, equipara-se ao animal. Desenvolvendo-se esse princípio, vê-se que basta o homem querer para que o mundo se converta em paraíso. Caso contrário, ele faz do mundo um inferno. Esta é a Verdade. Não há dúvidas quanto à escolha: a não ser uma pessoa de espírito satânico, ninguém desejará ocupar a extremidade animal. De acordo com o que se acaba de expor, a formação do Paraíso Terrestre vem a ser o objetivo final do ser humano, e o único recurso para atingi-lo é a concretização da Verdade. ● Assenso de incorporação de Espírito Secundário. Espírito Primordial é a expressão usada por Meishu-Sama para indicar alma, a partícula divina, ou seja, o pequeno deus presente em cada ser humano. Já o Espírito Secundário é aquele que só age por puro instinto, sem fazer a menor distinção entre Bem e Mal. Contudo, ele tende mais ao incentivo do caminho do Mal. Sem medir conseqüências, sem julgar nem avaliar nada, vai

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permitindo a prática de atos negativos, desde ingênuas mentiras até os crimes mais irreparáveis. O homem é constituído de Espírito Primordial, de natureza Divina, e de Espírito Secundário, de natureza animal. Este último incorpora-se ao homem por permissão de Deus, pois comanda todos os desejos materiais indispensáveis à existência humana. Não se pode esquecer que homens e chimpanzés são 98,4% idênticos e que há sete milhões de anos atrás houve um ancestral comum aos dois. Mais, segundo Meishu-Sama, ainda resta ao homem cerca de cinqüenta por cento de características selvagens. ● Autorização de incorporação de dragão em personalidades demolidoras. O dragão, que tem pretendido se apoderar do mundo, passou a incorporar nas grandes personalidades de cada época, procurando despertar nelas a ambição de dominar o mundo. Fracassou sempre, mas não aprendeu, e até hoje está lutando tenazmente, com toda a força. Muitos homens considerados importantes estão nesse caso. A História nos mostra que, embora eles tivessem grandes poderes na época, acabaram tendo um triste fim. César, Napoleão, Guilherme II, Kaiser, Mussolini, Hitler e outros podem servir de exemplo. Meishu-Sama escreveu: “Creio que agora já podem ter mais ou menos uma idéia da origem da situação atual. Referindo-me a personagens como os que mencionamos acima, eu sempre digo que são chefes dos demolidores do mundo, pois até agora este não era verdadeiramente civilizado, ainda restando ao homem cerca de cinqüenta por cento de características selvagens. Espiritualmente falando, significa que o homem pecou muito acumulou máculas; portanto, surge de vez em quando a necessidade de uma ação purificadora. Como para isso é preciso haver demolidores e também limpadores, compreendemos que o aparecimento deles sob forma de grandes personagens é apenas uma manifestação do Plano de Deus. De nada adianta nos aborrecermos ou nos desesperarmos.”

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● Licença de encosto de artistas em crianças.

Conhecendo as causas, não é nada estranho o aparecimento de crianças-prodígio. Entretanto, nem todas elas se tornarão grandes músicos, grandes pintores, etc. Algumas o serão até certa idade, depois se tornarão pessoas normais. É o que acontece no caso de encosto de espírito, porque ele só tem permissão de encostar até certa época, devido à missão dada por Deus ou ao desejo de seus ancestrais.

● Nução do aflorar de apetites carnais e mundanos.

A testa febril é também causadora do surgimento desregrado de apetites carnais e mundanos os quais, em conseqüência da liberdade de soonen, Deus permite que aflorem.

● Concordância de descanso para conter a precipitação.

Até Meishu-Sama foi obrigado por Deus a descansar para evitar imprudência. “Certo dia, em 1950, fui a residência de Meishu-Sama para receber Johrei e orientação. Quando lhe disse: “Hoje a casa está silenciosa, não?", ele respondeu com sorriso sereno: "Sim. Como o pessoal queria um descanso, acedi nisso." Como fiz cara de quem não estava entendendo bem, ele explicou de maneira bem simples: "Como ando muito empenhado, Deus forçou-me a descansar." Com sentimento de culpa, eu lhe disse: "Nós deveríamos ser mais firmes; ainda não estamos conseguindo obter um desenvolvimento ideal.". Ele respondeu: "As pessoas da atualidade são morosas; não têm jeito, pois, mesmo em pleno dia ainda acham melhor ficar num quarto, com as janelas fechadas. Mas, abri-las de repente escurece a vista." e continuou resoluto: "Eu também, quando recebo pressão ou quando surgem muitos obstáculos diante de mim, fico ansioso, mas o aprimoramento nessa hora é conter a

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precipitação. Visto em longo prazo, mesmo que aparente ser mais lento, esse é o meio mais rápido para atingirmos nosso objetivo e não haverá fracasso nem retrocesso. O que as pessoas fazem, em geral parece ser mais rápido, mas em comparação, como elas caem no fracasso, se verá que não houve nenhum progresso. Entretanto, eu também me obstino em um dia causar espanto a todos, concluindo os Solos Sagrados de Hakone e de Atami." Foram realmente palavras simples, mas ao ver Meishu-Sama, que andava sempre tão atarefado, descansar com aspecto tranqüilo, dizendo que Deus lhe havia permitido um descanso, e também dando descanso aos servidores, com toda boa vontade, senti que me estava sendo dado a entender melhor o que é o aprimoramento no sentido de conter a precipitação.”

● Assentimento de ministrar Johrei em animais.

Pergunta: Há pessoas que ministram Johrei nos animais. Existe permissão de Deus para tal atitude? Meishu-Sama: Kannon concede graças até aos insetos [como as abelhas]. Portanto, visando à salvação, vocês podem tratá-los como se fossem seres humanos. Nos animais inferiores, o efeito do Johrei é, inclusive, muito mais rápido.

● Aprovação de duvidar quando desconhece.

Meishu-Sama exemplifica dizendo que quando os doentes nada entendem dos Ensinamentos ou do Johrei, naturalmente duvidam de sua validade. Nessas circunstancias, Deus permite tal atitude, porque tem lógica. Assim, antes de conhecer o Johrei, embora as pessoas não lhe devotem confiança, Deus as cura.

● Consentimento de dizer abertamente o sentido do Juízo Final.

“Agora, porém, o tempo está se aproximando. Deus permitiu, por isso, que eu soasse um estridente alarme ao falar de modo claro sobre o verdadeiro sentido do “Grande Juízo”.

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O que de fato vai haver é a separação entre os elementos pertencentes à civilização da Noite e os próprios da Era do Dia. Tais conseqüências abrangerão tanto o Mundo Material, conectado pelos cincos sentidos, quanto ao Mundo Espiritual. Na verdade, dar-se-á uma renovação de acordo com a qual tudo que pertencia à Era da Noite torna-se desnecessário e, por isso, será destruído para dar lugar à civilização da Era do Dia. Ocorrerá algo como a função das lâmpadas, quando irrompe a claridade, não mais precisam ficar acesas. Será também um período durante o qual o imenso amor divino poderá salvar o maior número possível de pessoas, uma vez que Deus, como executor da grande mutação, terá em Suas mãos o destino de toda a humanidade. Entretanto, para que a misericórdia suprema se manifeste, os homens precisam desde já, arrepender-se e entregar-se irrestritamente ao Criador, pedindo-Lhe perdão pela enorme carga de máculas acumuladas. Eis a única maneira de poderem ultrapassar, ilesos, essa fase. Não haverá outro caminho.” 5.24. Característico de desconsentimento manifesto. Meishu-Sama foi enfático ao dizer: “Naturalmente, Deus não poderia permitir que perdurasse essa trágica situação, pois poderia representar o fim da humanidade. Por isto, e também para criar homens saudáveis que habitem o mundo ideal vindouro, torno públicos os erros da ciência médica.” No entanto, nem sempre as coisas são resolvidas assim. Numa certa ocasião, Meishu-Sama chegou a declarar: “Gostaria de escrever tudo a respeito, porém, como não tenho a permissão de Deus, deixarei para próxima oportunidade, quando tiver chegado o tempo certo.” Neste item, entre o que Deus não consentiu se tem: Aprofundar que a purificação se intensifica no dia 4 de fevereiro; Divulgar totalmente sobre Kanzeon-Bossatsu ser o Buda mais oculto; Expor integralmente os fundamentos absolutos e infinitos; Ter dado aos líderes da Era da Noite conhecer o grau superior de Kenshinjitsu; Explicar o fato misterioso ocorrido no dia 15 de junho

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de 1931; Realizar tarefas no Mundo Material antes de ocorrerem no Mundo Espiritual; Impossibilitar que os dedicantes fiéis e sinceros fiquem miseráveis.

● Aprofundar muito que a purificação se intensifica no dia 4 de fevereiro.

“Como tenho falado todos os anos sobre o setsubun (véspera do dia do início da Primavera - 3 de fevereiro), pouco adiantaria a essa altura falar a respeito, mas, seja como for, da parte de Deus, é um dia muito importante. Especialmente, a cada ano que passa, o setsubun vai assumindo maior importância. Não posso me aprofundar muito, mas o que fica evidente para todos (no caso, seriam os membros), é que, em suma, a purificação se tornará intensa. Tornar-se-á forte.” Em 2.3. do próximo volume (intitulado “Mundo”) se tece algumas considerações no sentido de aprofundar um pouco mais. Tomara que o tempo certo já esteja mais próximo e que as tais considerações estejam mais próximas do certo.

● Divulgar totalmente que Kanzeon-Bossatsu é o Buda mais oculto.

Meishu-Sama diz que há nisso um profundo mistério, mas que ele não podia divulgá-lo totalmente, pois ainda havia chegado o tempo certo. Porém que pretendia fazê-lo tão logo Deus lhe permitisse. E assim, mais tarde, o fez dizendo que o Kanzeon-Bossatsu que é alvo da fé na Dai Nipon Kannon Kai não se limitava à concepção budista [no Japão era Izunome-no-Kami ou Amaterassu Oomikami, ou ainda Kunitokotati-no-Mikoto]. Ele não é outro senão o Ente Absoluto, fonte de todas as divindades, Deus Salvador que deseja vivificar todos os seres.

● Expor integralmente os fundamentos absolutos e infinitos.

Deus revelou a Meishu-Sama até os fundamentos absolutos e infinitos, só que não lhe permitiu expô-los de imediato, razão pela qual, muitas vezes, ele escreveu apenas até certo ponto.

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Meishu-Sama diz: “Aqui não posso deixar de fazer referência a mim mesmo. A partir dos quarenta e cinco anos, quando atingi o nível de kenshinjitsu, comecei a ver claramente todos os erros do passado, bem como o mundo do futuro e a maneira de vida dos seres humanos, nos próximos milênios. Não posso, porém, contar ainda tudo o que consegui saber, porque Daiba (Satanás) continua criando obstáculos ao meu trabalho. Então não tenho alternativa, senão dar esclarecimentos dentro de certos limites. À vista desses entraves que me obrigam a calar, provavelmente vocês, leitores, por sentirem falta de algumas explicações a mais, encontrem certa dificuldade para entender os Ensinamentos. Não existe, porém, jeito de mudar a seqüência do plano de Deus. Lendo-os, entretanto, com calma, dá para vocês perceberem a diferença entre a Messiânica e o que foi pregado por outros mestres.” ● Ter dado aos líderes da Era da Noite conhecer o grau superior de Kenshinjitsu. Mesmo Sakyamuni e [Jesus] Cristo, nascidos na Era da Noite, chegaram apenas ao nível médio. Pelo fato de viverem num período de escuridão, não lhes foi permitido por Deus conhecer o grau superior de Kenshinjitsu. ● Explicar o fato misterioso ocorrido no dia 15 de junho de 1931. Seis séculos após o aparecimento de Nitiren, Meishu-Sama, acompanhado de outras trinta pessoas, escalou o monte Nokoguiri. Ali, ao nascer do Sol, rezou a Amatsu Norito. Ocorreu, então, um fato misterioso sobre o qual ele não pôde falar embora fosse um acontecimento que fazia parte do plano de Deus para o momento da Transição da Noite para o Dia. Estaria ele relacionado à construção do Paraíso Terrestre por meio de modelos, como o solo sagrado e a cidade messiânica?

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● Realizar tarefas no Mundo Material antes de ocorrerem no Mundo Espiritual. Às vezes, até Meishu-Sama chega a se antecipar, ao realizar tarefas missionárias, antes mesmo de elas ocorrerem no Mundo Espiritual. Mas quando ele se antecipa demais, Deus lhe ordena a dar uma parada, para que alguns acontecimentos concretizem-se, primeiro, no plano invisível. ● Impossibilitar que os dedicantes fiéis e sinceros fiquem miseráveis. Deus nunca permite as pessoas dedicadas sofrimentos financeiro a ponto de ficarem na miséria. É, portanto, de suma importância prestar bastante atenção a esse ponto relativo a dádivas de gratidão, pois Deus jamais abandona os servidores fiéis e sinceros. Caso contrário, seria melhor não acreditar n’Ele.

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6. MÉTODOS Meishu-Sama: “O Johrei como a agricultura sem adubos e demais métodos que venho difundindo, sempre logram atingir os resultados previstos.” Entre outros se tem a arte, os demais são abordados no que segue. 6.1. Ateísmo. A construção de um mundo tão maravilhoso requer um preparo à altura; um preparo completo, que preencha todas as condições, tanto do ponto de vista espiritual como do ponto de vista material. Deus determinou que primeiro se efetuasse o progresso material, pois o progresso espiritual não está preso ao tempo, podendo ser efetuado de uma só vez, ao contrário daquele, que necessita de muitos e muitos anos. Para preencher a primeira condição, fez com que, inicialmente, os homens ignorassem Sua existência, concentrando-se apenas nas coisas materiais. Foi assim que surgiu o ateísmo, condição básica para a criação do mal. 6.2. Transição nos mundos. A luta entre o bem e o mal, na Obra Divina, nunca foi tão intensa e variada como atualmente. Ela constitui uma grande peça teatral formada de verdades e falsidades, a qual só pode ser qualificada de misteriosa. Há, porém, um fato muito importante a considerar: a grande transformação do mundo. Na luta travada até hoje entre Deus e o Diabo, quando Deus cedia algum terreno, porque se estava na Era das Trevas, era necessário bastante tempo para Ele reconquistar o que perdera; agora, esse tempo está se encurtando consideravelmente. Está-se na transição para o Mundo do Dia, e a força dos demônios está enfraquecendo cada vez mais.

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Por essa razão, a rapidez com que vem se efetuando a reconquista, em algumas ocasiões até traz vantagens, e a realidade mostra isso. E isso acontece nos dias 4 de fevereiro e 15 de junho. Nessas datas é que a purificação fica mais severa. Só que existe uma diferença entre elas. No dia 4 de fevereiro, o Mundo Divino começa a mudar com a atuação de Deus fazendo o ajuste de contas dos pecados e impurezas do Mundo da Noite [Luz e Calor inicia de DS através de D+ e caminha para D ≈ LC daí para o ME]. Já no dia 15 de junho, o Mundo Espiritual fica mais claro, o espírito do Fogo aumenta [Luz e Calor do ME passa para o MM por meio de F ≈ SE = lc, daí chega em f≈ S].” 6.3. Coisa útil da cultura noturna. Meishu-Sama diz que: “Anuncio que está prestes a nascer uma nova cultura, o Mundo do Dia e que, da cultura da Noite, restará apenas o que for útil, sendo extinto tudo o que for desnecessário.” E completa: “Ao examinar todas as facetas da civilização contemporânea, não posso deixar de pensar na medicina como num engodo para crianças. O mesmo digo quanto à política, a economia e a educação; elas parecem uma obra de uma criança travessa do primário.” 6.4. Mensageiro. Para cada época, Deus envia o seu mensageiro e as religiões necessárias, cada qual com uma missão. Uma vez Meishu-Sama falou explicitamente para um fiel: “Esse sonho foi uma mensagem que Deus me mandou através de sua pessoa; não tem nenhuma relação com você, por isso não se preocupe.” Outra vez ele percebeu: “Ao conversar com ele, vi que tinha uma mente muito esclarecida e que nossas opiniões coincidiam perfeitamente, assim, achei que fora realmente enviado por Deus.”

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Pela Lei do Espírito Precede a Matéria, as divindades do Mundo Espiritual, cumprindo as determinações de Deus, procedem à salvação da humanidade através das religiões de acordo com o tempo, lugar e o povo. A busca será sempre o Supremo Deus, seja Ele denominado Jeová, Pai do Céu, Alá, Tao, Buda. À vista, no decurso dos tempos, Deus enviou para cada povo ou doutrina religiosa representante especial, como Moisés, [Jesus] Cristo, Maomé, Lao-Tsé, Gautama e outros sábios iluminados. Cada um deles possuía um grau específico de espiritualidade. A essência de todos os ensinamentos difundidos por esses mestres, entretanto, é sempre a mesma. Em 1949, numa entrevista:

“Interlocutor: Em seu poema vemos escrito: “Cristo, Sakyamuni, Messias, Kannon, são deuses com aspecto humano [porque tiveram encarnações]”. Quando Deus vai nascer sob a forma humana Ele vira o Espírito Primordial dessa pessoa, ou se aloja nela através de encosto? Meishu-Sama: Nesses casos, Ele vira o Espírito Primordial. Por isso, é um Deus encarnado. Pode-se pensar assim. Há casos em que Deus encosta [como são os casos dos deuses: Jesus, Gautama e Mokiti Okada], mas isso não tem continuidade, e ao terminar o que era necessário, Ele vai embora. E por isso é diferente do caso em que Ele nasceu de verdade [caso de Meishu-Sama em 1950 com a incorporação do Espírito Primordial de Kunitokotati-no-Mikoto; Meshia-Sama em 1954 com o nascimento no Mundo Material de Ookunitokotati-no-Mikoto].” 6.5. Religião. A inteligência maldosa, muito comum entre os intelectuais e as classes dirigentes, é a razão por que a sociedade não pode melhorar. Somente com a aniquilação dessa inteligência maligna poderá surgir uma sociedade pura e alegre e uma nação digna. Mas haverá algum meio de aniquilá-la? Não é difícil, desde que a

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inteligência maldosa seja radicalmente destruída. Isto, porém, é impossível sem uma poderosa atividade religiosa que consiga despertar a crença na existência de Deus. Apesar dessa observação, sabemos que no tempo dos homens primitivos e selvagens, sendo bem precária a inteligência humana, não havia condições de se compreender realmente a Religião. Por isso foi necessário prevenir o mal através dos mandamentos. Está claro, pois, que a religião de uma época altamente civilizada, na qual os homens conseguirão evoluir a ponto de compreenderem profundamente a Vontade Divina, prescindirá dos castigos estabelecidos pelos mandamentos. As religiões ainda não conseguiram transmitir aos homens a idéia correta sobre Deus. Ninguém, até agora, O entendeu claramente e em profundidade; por isso, não sabe qual a maneira correta de vê-Lo ou louvá-Lo. Meishu-Sama: “Muitas vezes ouço, nas praças públicas, pastores pregando com voz lamuriosa. Isso acontece porque, na verdade, não estão recorrendo ao poder de Deus, mas simplesmente colocando, em primeiro lugar, a força pessoal. Agir assim constitui uma maneira infernal de procurar o caminho de Deus. Religião celestial e verdadeira será somente aquela que buscar a salvação através do riso e da alegria.” A causa da corrupção, conforme foi dito, é o ateísmo. Assim, a erradicação do pensamento ateísta é a chave principal para solucionar o problema. Para tanto, é preciso fazer com que as pessoas se conscientizem da existência de Deus através das ações dos religiosos. É preciso semear nelas a sólida crença de que, embora consigam enganar o próximo, não conseguirão enganar a Deus. Dessa forma, tornar-se-á impossível acontecerem casos de corrupção e outros semelhantes. Um ministro indagou de Meishu-Sama: “O fato de alguém ingressar na Messiânica significa que teve permissão de Deus para receber uma nova vida?”. Ele respondeu: “Sim, isso mesmo! Deus consentiu que lhe fosse acrescentado mais um pouco de tempo, prolongando, dessa forma, a sua existência terrena.” Disse mais ainda:

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“Acredito que vai surgir sucessivos casos graves e fatais. Nessa ocasião, as pessoas afortunadas vão se entregar à nossa Igreja e vão ser salvas, mas as pessoas exibidas que demorarem a se entregar serão infelizes. Podemos dizer que esta será uma espécie de teste mental que Deus irá realizar para selecionar o bem e o mal.” Em 01/10/1952: “Interlocutor: Foi falado hoje na reunião de diretoria que ultimamente o Poder tem se intensificado e, recebendo esse poder, ocorrem milagres. No entanto, as aulas de iniciação estão muito fracas em freqüência. Será que existe algum motivo espiritual ou seria porque os ministros não estão de acordo com a Providência? Meishu-Sama: Não é isso. Para Deus está bem assim. Já falei sobre o cair das flores e a formação dos frutos, não falei? Até que o fruto se forme, leva tempo. A flor é rápida, não é? Quando surge o botão, logo se abre. Já o fruto, hoje, parece igual ao de ontem. As coisas são assim. Em suma, é a forma pela qual o fruto se forma, e por isso está bem. Fique atento. Logo será maravilhoso.” A divindade orientadora da Igreja Messiânica Mundial é o Supremo Deus, a força que se manifesta é absoluta. 6.6. Divisão da Igreja. Meishu-Sama conta que: “Há tempos, um membro bastante dedicado se desentendeu com o responsável de uma Igreja e se afastou dela. Posteriormente, ele veio até mim, dizendo que se sentia muito constrangido perante Deus por ter se separado da Igreja, uma vez que não se dava bem com o seu responsável. Então, ele me perguntou se podia considerar a questão daquela forma. Respondi-lhe que aquele fato foi muito bom, pois, por ele ter brigado, é que a Igreja, que antes era uma só, agora aumentou para duas. Falei-lhe também que se o entendimento entre eles fosse positivo, aquela Igreja continuaria sendo sempre única. A pessoa que se separou, teve um considerável desenvolvimento, criando uma grande Igreja. O responsável da antiga Igreja se tornou tão

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inativo que não alcançou nenhum progresso. [exemplo de não resignação, experiência positiva]. Por acontecerem coisas assim é que existem ocasiões em que é bom que tudo ocorra satisfatoriamente, e há momentos em que essas desavenças são para o bem. Dessa forma, não se consegue definir apenas pelo raciocínio humano. Quando Deus quer aumentar uma Igreja, ocorre muitas vezes Dele encenar, propositadamente, um teatro dessa natureza. De qualquer maneira, é algo muito profundo, difícil de compreender. O mais perigoso é tirar conclusões baseadas no raciocínio humano. Diz-se também que é preciso ser obediente, o que é muito bom. Porém, existem determinadas situações em que é necessário mentir. Isso porque às vezes, acontece de sermos francos e obtermos resultados ruins, ao passo que, mentindo, conseguimos o oposto. Devido a essas situações, o que importa são os resultados. Resultado esses vistos globalmente. É aí que reside à diferença entre Daijo e Shojo.” “Saudação do Novo Presidente da Igreja Messiânica Mundial Reverendo Tetsuo Watanabe, em 1° de abril de 2000. Senhores ministros, Gostaríamos de expressar a todos nossa gratidão por prestigiarem de maneira constante nossa organização. Desde 1984, viemos atravessando um período de desarmonia interna, que levou à divisão da Igreja Messiânica Mundial em três grupos. Entretanto, no dia 1º de dezembro de 1997, perante o Tribunal Regional de Shizuoka, Jurisdição de Numazu, de comum acordo, foi feita a reconciliação entre os grupos. No dia 21 de dezembro de 1999, foi solicitada a aprovação das alterações do regulamento para o Estabelecimento do Novo Sistema Organização ao Ministério da Cultura do Japão, que a deferiu na presente data (01/04/2000). A partir de então, a Igreja Messiânica Mundial torna-se a Igreja Mãe (matriz), com as seguintes Igrejas-Filiais subordinadas, que desenvolverão novas atividades:

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Sekai Kyussei Kyo Izunome Kyodan (Igreja Messiânica Mundial - Igreja Izunome - antigo grupo Shinsei) - Diretor - Tetsuo Watanabe. Toho no Hikari. (Igreja Messiânica Mundial - Luz do Oriente - antigo grupo Saiken) -Diretor: Teruaki Kawai. Sekai Kyussei Kyo (Igreja Messiânica Mundial - Igreja Luz Divina - antigo grupo Goji) - Diretor: Hiroshi Nakamura Gostaríamos de nos desculpar pelos diversos transtornos causados a todos os senhores durante este longo período de conflito interno e, ao mesmo tempo, inteirá-los desta boa nova. A nossa organização, retornando ao ponto inicial da sua fundação pelo Mestre Mokiti Okada, pretende empenhar-se na concretização do Mundo Ideal e tornar-se, nos próximos dez anos, a "Ultra-Religião Messiânica", capaz de servir e contribuir ao bem-estar da sociedade.” 6.7. Situação equivocada. Meishu-Sama ensina: “Os fiéis também são muitos e logo aumentarão mais ainda. Entre esses, virão pessoas erradas e também, totalmente absurdas em meio a tantos, não é? Entretanto, Deus reunirá um grande número de pessoas que têm afinidades. E depois, Ele selecionará. Como resultado da seleção, haverá algumas pessoas que não serão úteis de jeito nenhum - é melhor que estejam ausentes, pois não têm qualificação para permanecer. Então, é preciso tirá-las da Igreja. Se as mandam embora, elas ficam com rancor e esse pensamento atrapalha. Por isso, Deus cria uma situação equivocada. Isso é a afinidade. E aí, todas as pessoas que estão para serem mandadas embora, acreditam naquilo. Por isso, Deus faz exatamente o que deveria ser feito. Nós achamos uma pena, pensando ser um desperdício a pessoa se afastar, mas Deus o faz por necessidade. Ele cria líderes para serem mandados embora da Igreja.”

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6.8. Ensinamento. O procedimento correto é, antes de tudo, experimentar ou limitar-se à observação e análise dos princípios. Deve-se analisar, primeiramente, se está em conformidade com os propósitos de Deus. No caso de encontrar pontos que acham que não estão, devem consultar os Ensinamentos de Meishu-Sama. Estes Ensinamentos devem ser lidos tanto quanto possível. Em primeiro lugar porque a Vontade Divina é representada pelos próprios ensinamentos, e assim na medida em que se vai lendo-os, vai se polindo continuamente a sua inteligência, e assim, compreendendo mais claramente Seu desejo. Em segundo lugar porque uma vez que Deus irá realizar o Seu ideal construindo o Paraíso Terrestre de perfeita Verdade, Bem e Belo, é preciso corrigir completamente os indivíduos de coração incorreto e maculado. Isso é fundamental porque uma das manifestações do auxílio divino, que foi concedido a Meishu-Sama, são os seus Ensinamentos através dos quais todos poderão descobrir a verdade sobre o universo e a vida. Se essa verdade fosse realmente compreendida pelos cientistas, só por isso, ele já mereceria o prêmio Nobel. Isso é fundamental porque o nome mesmo já diz: Igreja Messiânica, do Messias, aquela que possui os Ensinamentos que salvam as pessoas. Portanto, ela não é uma religião, é a Obra de Salvação da Humanidade. Deus só tem preparado os atores, os Seus instrumentos, que, na verdade, são cada um dos leitores. Quando, porém, chegar à época da grande purificação, haverá tanto trabalho a ser executado – como as explicações destes Ensinamentos e da canalização do Johrei - que, com certeza, faltará gente preparada para tão imensa tarefa. Meishu-Sama: “Há pouco tempo, um argentino escreveu-me pedindo orientação para seguir o Caminho de Deus. Mandei-lhe o Ohikari e os Ensinamentos. Agora recebi dele outra carta em que diz estar se dedicando bastante à Obra Divina.”

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Deste modo, para se poder realizar plenamente um eficiente trabalho de salvação, de ajuda aos outros, precisa-se, antes de tudo, aprender a explicar os Ensinamentos e também a ministrar Johrei corretamente. Torna-se, pois, indispensável ler várias vezes os Escritos Sagrados, procurando entender à verdade sobre todas as coisas, como pensamentos, ações, acontecimentos, atitudes, etc. Tal postura de messiânico verdadeiro está relacionada à afinidade do espírito de cada pessoa com os Ensinamentos que lhe são propostos. Em outras palavras, essa identificação com os princípios da Doutrina Messiânica corresponde a uma espécie de linha ou raça espiritual cuja origem está na alma da própria pessoa. [além das pesquisas espirituais sobre as raças japonesas, talvez essa espécie de linha ou raça espiritual seja algo semelhante ao raio cósmico descrito pelo autor desta coleção no seu livro “Evolução do Universo, Sistema e Reinos”. Neste se escreve: “Se Deus Supremo se expressa no Divino Cósmico por meio de sete Raios Cósmicos, cada um dos quais manifesta no Monádico Cósmico sete Logos Cósmicos, e assim, sucessivamente, ter-se-ia 7 x 7 x 7 x 7 x 7 x 7 x 7 deuses, ou seja, 5.764.801 divindades. Daí, talvez a confirmação de Meishu-Sama “No xintoísmo admite-se a existência de 8 milhões de deuses, e, na verdade é assim mesmo.”] Meishu-Sama chama a atenção que ao serem anunciados os Ensinamentos como revelação direta de Deus Criador, os materialistas os atacam e os rejeitam. Daí, dizer para que se fique atento e procurar seguir as recomendações dos Ensinamentos de Deus. Faz parte do plano de Deus que, antes de acontecer a grande transformação, muitas pessoas se dediquem à divulgação da verdade sobre doença, Johrei e Agricultura da Grande Natureza. Por isso, alerto: todos os homens verdadeiros são chamados para esta missão.

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6.9. Doença. Originariamente, o objetivo de Deus é tornar o Mundo Material um Mundo Ideal de perfeita Verdade, Bem e Belo, e fazê-lo prosperar infinitamente, essa é a Verdade Eterna. Consequentemente, o mundo tem um futuro tão brilhante que foi totalmente inconcebível pela inteligência humana de até o presente. Assim sendo os homens devem, com essa luz do futuro no coração, esforçar-se na sua missão inata, com alegria. Por essa razão, uma vez que o homem foi criado para realizar o objetivo do Criador, ele deve se conscientizar profundamente dessa sua missão e, enquanto tiver vida, trabalhar sem se afastar dela. Para tanto, inegavelmente é preciso, em primeiro lugar, ter saúde. Entretanto, não é essa realidade! Por esse motivo, Deus, para preservar a saúde do homem, concedeu-lhe ações naturais para mantê-lo saudável. E qual é essa ação? É o que se conhece pelo nome de doença. Por isso, certamente, qualquer pessoa ficará espantada com essa revelação. Tentando-se dar explicações suficientes a esse respeito, afirma-se, em primeiro lugar, que quando o homem tenta cumprir a sua missão como ser humano, inevitavelmente é acumulado impurezas em todo o seu corpo. As impurezas do corpo espiritual são as máculas, e, no corpo físico é o sangue impuro. Entretanto, quando se acumulam impurezas no corpo e elas ultrapassam certo limite, isso causa distúrbios às atividades do homem. Para que elas sejam eliminadas ocorre à ação natural, o processo de purificação. Entretanto, como o processo de purificação traz sofrimentos, os homens interpretaram essa dor como doença, num sentido prejudicial. Essa era o pensamento de até o presente. Então, como pensavam ao contrário, ou seja, que quando o homem contrai doenças, perde a saúde, imaginaram que ela pode até causar perigo à vida e então lhe deram prioridade. Por esse motivo, como o tratamento médico moderno é resultante dos esforços empreendidos para acabar com essa dor ou torná-la mais leve, pode-se entender quão errado era esse procedimento. Refletindo

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através disso, pode-se entender que a doença é realmente a maior das bênçãos divinas para preservar a saúde do homem. Por conseguinte, diz-se que a verdadeira medicina é aquela constituída com base nessa verdade. Quando as pessoas ficam esclarecidas sobre a origem da doença, ao invés de temor, sentirão até alegria, cientes de que ela é uma ação fisiológica natural para aumentar a saúde, constituindo uma grande bênção de Deus. Raciocinando através do que foi escrito, na verdade existe um profundo significado para que o Criador do Universo criasse os vírus que causam as doenças e atormentam os seres humanos, chegando até a por suas vidas em perigo. Apesar disso o homem, até agora, não sentiu nenhuma dúvida quanto a esse ponto e veio, até hoje, demonstrando desinteresse completo. Eis ai o problema. Isso também se deve ao fato de que não adquiriram um maior conhecimento que os levasse ao progresso; nesse sentido, é preciso dar consciência aos homens civilizados, e elevar a sua mentalidade através de escritos como esse. As funções orgânicas do homem não estão habilitadas a eliminar de maneira completa as substâncias que não são determinadas como alimentos. Encontram-se neste caso as toxinas dos medicamentos. Os mais agravantes, no entanto, é que essas toxinas se concentram em vários pontos do organismo e, com o passar do tempo, acabam se solidificando. Isso se restringe ás regiões de atividade nervosa, tal como parte superior do corpo, principalmente do pescoço para cima, mais especificamente, o cérebro, seguido pelos olhos, ouvidos, nariz, boca, etc. Antes, porém, as toxinas se solidificam nas proximidades do pescoço, razão pela quais as pessoas sentem nódulos nesse local e nos ombros. Quando elas atingem certo nível, ocorre o processo natural de eliminação, ou seja, a ação purificadora. Nesse caso, as toxinas se dissolvem devido à ação da febre, sendo eliminadas através de tosse, catarro, escarro, suor, urina e outros meios. A isso denominamos gripe; logo, esta é um processo de eliminação de toxinas. Embora seja um pouco penoso, basta a pessoa suportar e

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deixar a Natureza agir. Com a eliminação das toxinas, o corpo ficará limpo e obter-se-á a cura. A gripe, portanto, é a mais simples ação fisiológica criada pela Divina Providência, e por ela se deve ter gratidão. Ignorando isso, o homem interpreta mal os sofrimentos e as dores da purificação e, para cortá-los, inventou os tratamentos médicos. Em resumo, a doença é uma ação fisiológica natural para aumentar a saúde; portanto, não existe coisa melhor que ela; esse deve ser realmente, o maior beneficio concedido por Deus ao homem. Dito de outro modo, Deus determinou um maravilhoso processo de eliminação das toxinas, ao qual normalmente se dá o nome de doença; pode-se, portanto, afirmar que as enfermidades constituem uma forma de purificar a alma, por conseguinte, preciosas dádivas de Deus. 6.10. Auto-recuperação. O tratamento divino cura por meios naturais, utilizando o poder curativo do próprio doente [isto é, do+ente], sem empregar instrumentos de tortura. A verdadeira medicina é aquela que desenvolve essa capacidade de auto-recuperação. 6.11. Johrei. Finalmente Deus fará o acerto de contas com a humanidade. E como primeira medida já começou a manifestar o seu magnífico poder divino para eliminar a doença da humanidade. (...) A primeira medida que Deus vai tomar é a Reforma da Medicina atual. Quanto mais pesquisas profundas se realizam na prática, baseado na Medicina concedida por Deus, mais se percebe que a Medicina atual caminha em direção ao mal. Portanto, enquanto a Medicina não despertar para essa realidade, mesmo que ela continue se empenhando na pesquisa, o resultado será sempre em vão e, longe do progresso, se verá em circulo vicioso. Antes de qualquer coisa, o número de doentes será grande e o estado de

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saúde continuará péssimo como na atualidade. Ou seja, persistirá a realidade em que quando conseguirem reduzir certos tipos de doenças, por outro lado, haverá o surgimento de novas doenças. Deus Todo-Poderoso veio à Terra como Kanzeon-Bossatsu, conhecido também como Koomyo-Nyorai, e, após transformar-se em Ooshin-Miroku, está manifestando, pelas Divinas Mãos de Meishu-Sama, os mais variados e incontáveis milagres, utilizando livremente a sagrada energia vital. Dessa forma, Deus está realizando a grandiosa obra da salvação do mundo. Meishu-Sama comunicou que o método para eliminar as impurezas do espírito, lhe foi revelado por Deus que é o Johrei. Ao mesmo tempo, ele recebeu um poder divino especial para que pudesse transmiti-lo e ensiná-lo ao ser humano. O Johrei atinge as profundezas da alma e a transforma mesmo quando recebida com ceticismo. Desperta também a natureza divina das pessoas, colocando-as em contato direto com Deus. Quem já sentiu, no âmago de sua alma, uma mudança interior em conseqüência do recebimento do Johrei reconhece a força da Luz Divina. Até mesmo aqueles que atribuem grande importância ao intelecto se submetem ao poder inefável de Deus e O reverenciam pela dádiva do Johrei. Se o sangue sujo existente no corpo se reflete no espírito em forma de máculas e estas se tornam a causa das doenças, então não se obterá a erradicação completa se primeiramente não forem removidas as máculas do espírito, de acordo com a Lei Universal do Espírito Precede a Matéria. Como o Johrei é a aplicação dessa lei, purificando-se o espírito as doenças saram pela raiz. É por isso que ele tem esse nome - Johrei - que significa “purificação do espírito”. Desconhecendo tal princípio, a Medicina despreza o espírito e tenta curar apenas o corpo. Assim, por mais que ela progrida, as curas serão sempre efêmeras. Certa vez numa entrevista se teve o seguinte diálogo. Ministro: Por ocasião do Johrei, ao se desejar que um doente se restabeleça rapidamente, é bom ou não pedirmos a cura da pessoa a Deus e, ao mesmo tempo, rezarmos Amatsu Norito?

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Meishu-Sama: A prece pode ser feita e você não precisa bloquear a sua vontade de rezar. É correto manifestar esse sentimento ao se ministrar Johrei, desde que ele seja feito antes do início da canalização da Luz. Em casos comuns, entretanto, é desnecessário, mas em situações de perigo iminente ou até nos casos em que você não esteja conseguindo aliviar o sofrimento de alguém como gostaria, poderá, então, fazer seu pedido diretamente a Deus. Ministro: A quem eu devo dirigir o meu pedido, quando for ministrar Johrei? Meishu-Sama: Tratando-se de casos de problemas físicos ou materiais [como na construção do solo sagrado], a invocação deverá ser feita a Miroku Oomikami. Mas para os de ordem espiritual, deve-se pedir a Kakuryo-no-Kami [regente direto dos planos intermediários e inferior do Mundo Espiritual, bem como regente indireto do Mundo Material, naquela ocasião era Enma Daio, pois esta ainda não havia entregado o governo a Ookuninushi-no-Mikoto], a divindade que governa o mundo astral ou espiritual, julga de acordo com o bem ou o mal praticado e salva o espírito. 6.12. Agricultura Natural. Há muito tempo, foi revelado por Deus à Meishu-Sama que as espigas do arroz possuíam, no início do surgimento, apenas de cinco a seis grãos. Contudo, de acordo com o crescimento da população, foi também aumentando a capacidade produtiva dessa planta e, hoje, cada espiga contém, em média, de cento e vinte a cento e trinta grãos. Há, mais ou menos mil anos, essa média oscilava entre cinqüenta e sessenta grãos; a metade, portanto, dos números atuais. [não esquecer que crescimento e evolução fazem parte do ser vivo, e a planta como ser vivo é para servir aos animais e homens]. O método da Agricultura da Grande Natureza está de acordo com a Lei de Deus. À medida que o solo for sendo gradualmente

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purificado, ele recupera a sua vitalidade original e começa a produzir alimentos puros e integrais, bem como outros produtos. À medida que o solo for sendo gradualmente purificado, ele recupera a sua vitalidade original concedida por Deus e começa a produzir alimentos puros e integrais, bem como outros produtos. Finalmente grande número de pessoas já está aceitando a agricultura praticada sem a utilização de adubos (químicos e de fezes de animais), ou seja, aquela que é processada segundo os princípios da Medicina Divina, que lhe foram revelados por Deus. O centro do globo terrestre é uma enorme massa de fogo da qual se irradia constantemente o calor, isto é, o espírito do solo. Aí está o nitrogênio - adubo que foi concedido por Deus - o qual atravessa as camadas do planeta, eleva-se a certa altitude e aí permanece, até que, com chuva, desça para sua superfície e penetre no solo. Esse nitrogênio caído do céu é adubo natural e, sem dúvida sua quantidade é a ideal, sem excesso nem falta. Mas por que razão se começou a empregar adubos de nitrogênio? Por ocasião da Primeira Grande Guerra, devido á falta de alimentos e a necessidade de aumentar rapidamente sua produção, a Alemanha descobriu o meio de obter nitrogênio da atmosfera [esta contém 78% de nitrogênio e 21% de oxigênio]. Ao empregá-lo, conseguiu que a produção tivesse um aumento enorme. A partir de então, tal resultado foi difundido mundialmente, mas a verdade é que se trata de algo passageiro, que não se prolongará por muito tempo. Fatalmente o excesso de nitrogênio provocará o enfraquecimento do solo e acabará fazendo a produção diminuir. Entretanto, ainda não se compreendeu esse mecanismo. Em outras palavras, basta pensar que tudo isso é semelhante ao que ocorre com os toxicômanos. 6.13. Solo Sagrado. O Solo Sagrado é uma obra de arte preparada por Deus.

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Meishu-Sama diz que: “Estou construindo o protótipo do Paraíso para que as pessoas exaustas deste mundo nele pudessem descansar serenamente.” Continuando: “No sentido de construir o Paraíso Terrestre, a Igreja Messiânica Mundial irá edificar, inicialmente, o protótipo do Paraíso Terrestre. E o plano do mundo, isto é, o Plano de Deus é interessante. É como se fosse uma semente de fruta, seja da ameixeira ou do pessegueiro; a polpa em si é o mundo e a semente, o seu centro. Sobre o centro não posso dizer claramente agora, mas no centro da semente, existe também a origem da semente [Neste momento de total dispersão, surge o poder de Kannon, simbolizado pelo ichirin, cujo valor é de 0,01 (semelhante a um ponto no centro de um círculo)]. E a realização de diversas coisas no mundo se processa pela mudança da menor parte, que é a semente. Dessa forma, como quando se joga uma pedra num lago, formam-se círculos concêntricos. A coisa funciona assim e para transformar o mundo em Paraíso é preciso mudar o pequenino centro das coisas. Mudar diversas coisas significa construir o Paraíso Terrestre.” Mais ainda: “Como o ideal de nossa Igreja é construir um mundo sem doença, pobreza e conflito, as pessoas que nela ingressam adquirem uma vida alegre e saudável, cheia de harmonia e prosperidade. Todavia, para os que vivem no lamentável inferno da sociedade atual, isso é algo inconcebível. Além de negarem a concretização desse ideal, eles pensam, naturalmente, que tudo não passa de uma boa isca para iludir o povo. Pode ser também que, para essas pessoas, o protótipo do Paraíso Terrestre que estamos construindo seja meros palacetes luxuosos. O nosso objetivo, no entanto, é cultivar os nobres sentimentos dos homens, possibilitando-lhes oportunidade para se distanciarem, de vez em quando, da sociedade infernal de hoje em dia e visitarem terras paradisíacas, que os envolvam nos ares celestiais de Verdade, Bem e Belo, fazendo-os sentir-se no estado de suprema alegria. Assim, evidencia-se a grande necessidade da construção do protótipo do Paraíso Terrestre para o homem contemporâneo.

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Se a sociedade continuar como está, crescerá cada vez mais o número das pessoas de baixo nível, de jovens degradados, e não haverá um lugar sequer que não seja um viveiro para a maldade social. Por isso podemos afirmar que o único “oásis” do mundo hodierno é este protótipo do Paraíso Terrestre. Se as pessoas compreenderem realmente a grandiosidade do nosso sublime projeto, ao invés de nos censurarem, o que elas deverão fazer é manifestar seu inteiro apoio.” Finalizando: “Como eu digo sempre, o Plano de Deus, no inicio da Criação, era extremamente limitado e foi se ampliando gradativamente até alcançar o mundo inteiro; realmente é algo extremamente misterioso. Isso pode ser aplicado ao Mundo Material. No caso de realizar uma ampla construção, primeiramente o homem faz uma maquete, para depois entrar na fase de execução. Assim, devem pensar que a construção do Paraíso Terrestre da Terra Divina, concluída nesta oportunidade, foi realizada objetivando a sua ampliação ao mundo inteiro.” 6.14. Altar. Assim, em primeiro lugar, se deve entronizar a Imagem da Luz Divina no lar, para purificar o Mundo Espiritual da família. Mamehito: Uma pessoa fez um conserto numa parte do telhado que fica bem em cima do altar, mas não tinha muita certeza de como proceder. Deveria, antes, ter retirado a Imagem? Meishu-Sama: Quando for preciso fazer qualquer tipo de ajuste ou correção, sempre haverá lógica; por isso não há necessidade de remover do altar a Imagem de Deus. Embora a pessoa que fez esse reparo tivesse pensado que poderia ser castigada, isso jamais aconteceria. A retirada da Imagem, sim, seria uma ofensa. Lembrem-se de que Deus é extremamente compreensível: portanto nunca vai punir quem age dentro da lógica.

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6.15. Oração. Antes de tudo, é necessário ingressar na fé, voltar-se para Deus, adorá-Lo e orar. Uma vez que a pessoa esteja ligada a Deus pelo elo espiritual, através deste a Luz Divina será derramada em sua alma. A divindade diante de cuja imagem as pessoas oram com sinceridade, manifesta seu poder, isto é, sua Luz, com força total; ao contrário, se o pensamento das pessoas for apenas formal, faltando a elas respeito e convicção dos sentimentos, o poder do espírito Divino será reduzido proporcionalmente. Além disso, quanto mais gente estiver orando, mais aumentará esse poder, mais intensa se tornará a Luz. Certa vez, Meishu-Sama procurou esclarecer a uma pessoa tudo o que diz respeito ao erro de se desejar matar alguém. Fez oração e pediu a Deus que o salvasse. No final, a pessoa se sentiu muito aliviada, agradeceu e jurou nunca mais tentaria cometer atos violentos. E daí, partiu tranqüilo. Quando, muitas vezes, os dirigentes não agüentam a carga e começam a sofrer muitos infortúnios. Então é importante que quem ministre Johrei e tem essas sensações, faça oração a Deus, pedindo que essas máculas sejam queimadas para não permanecerem no seu corpo. Quando se reza, pedindo-se a Deus a purificação das máculas e o fortalecimento da partícula divina. Daí a importância da oração sincera para alcançar sabedoria. Pergunta: Há pessoas que rezam, enquanto estão ministrando Johrei. É correto? Meishu-Sama: Não é uma atitude certa. Quem age assim, está se colocando na posição de Deus. [Ele não é seu instrumento, mas sim o contrário]. Este pequeno trecho “Kannagara Tamatihae Masse” contém, na verdade a essência do Amatsu Norito [por isso que se ora no lar diante da Morada dos Antepassados apenas esta parte, por duas vezes seguidas]. Através desta frase, fazemos uma oração especial em que se promete cumprir a vontade de Deus, obedecendo-lhe as

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ordens (Kannagara); pede-se também o fortalecimento e a ampliação da alma (Tamatihae Masse). Em momentos de perigo, pode-se rezar somente essa parte curta e rápida. Muitos benefícios trazem também ao repeti-la várias vezes durante o dia. É uma maneira de se estar pedindo que a Luz de Deus envolva a quem ora e, assim, a alma se amplie. 6.16. Gratidão. Ter sempre muito claro que ressentimentos acumulados resultam em infortúnios pessoais e nunca agradam a Deus. Parem de se preocupar com as picuinhas que a vida apresenta. Mantenham constante gratidão a Deus e continuem beneficiando os demais de maneira desprendida e abrangente. É realmente verdade que gratidão gera gratidão e lamúria gera lamúria. Isto acontece porque o coração agradecido comunica-se com Deus, e o queixoso relaciona-se com Satanás. Assim, quem vive agradecendo, torna-se feliz; quem vive se lamuriando, caminha para a infelicidade. A frase “Alegrem-se que virão coisas alegres", expressa uma grande verdade. Meishu-Sama vivenciando tamanha gratidão, assim se expressou: “Creio que, atualmente, não existe uma pessoa tão feliz quanto eu, e por isso minha gratidão a Deus é continua e profunda.” “Obviamente que acontecimentos bons são maravilhosos. No entanto, não se diferem dos transtornos causados por uma purificação, os quais sempre resultam em melhorias para a nossa vida. Portanto, tanto as ocorrências boas quanto as ruins correspondem a dádivas de Deus.” Pergunta: Estou ministrando Johrei numa pessoa que aparentemente possui um coração limpo, mas está em situação financeira precária. Não tem, por isso, condições de fazer gratidão. Mesmo assim, posso continuar canalizando Luz para ela? Meishu-Sama: É um assunto bastante delicado cuja decisão exige muito bom senso. Caso realmente ela não tenha dinheiro

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algum, pode-se continuar ministrando Johrei sem que haja gratidão da parte dela. Se, entretanto, tiver alguma possibilidade, por mínima que seja, deve esforçar-se para fazer uma oferta mesmo pequena, em sinal de agradecimento. O mais importante de tudo nesses casos diz respeito à modificação desse hábito arraigado no espírito humano de querer, ou fazer, tudo de graça em benefício do outro. Não estou dizendo ser totalmente errado pensar assim, mas nem sempre é a atitude mais correta do ponto de vista de Deus. Muitas vezes, a lógica divina difere bastante dos conceitos que norteiam as ações das pessoas em geral. Analisem, por exemplo, a vida de um ministro que se dedica em tempo integral às atividades de um Templo, como um profissional especializado na arte do Johrei. Igual a qualquer outra pessoa comum, vai precisar de recursos para manter-se. Existe, por isso, lógica na necessidade de se fazer gratidão. Por sua vez, também o ministro precisa oferecer a Deus a sua parte em dinheiro. As oferendas devem ser feitas de acordo com a situação de cada um. Entretanto, receber Johrei e nunca agradecer a oportunidade que está sendo concedida de salvar-se tanto física, quanto espiritualmente não condiz com a Lei de Deus. Por outro lado ainda, a pessoa que recebe ajuda e jamais retribui está impedindo a continuação do trabalho de quem deseja dedicar-se, de modo exclusivo, à missão de promover o bem dos outros. Desde tempos remotos, ouve-se dizer que a dedicação ao próximo deve ser gratuita. Naturalmente que Deus não tem necessidade de recursos materiais, mas quem O serve como veículo precisa de casa para morar e não pode viver apenas do ar que respira. Eis, portanto, uma das razões por que todos os afortunados devem fazer grandes ofertas não só em agradecimento pela abundancia de riquezas, mas também como uma maneira de colaborar na salvação do mundo. Meishu-Sama narrou que o marido de uma senhora que dedicava bastante, ministrando constantemente Johrei, contou-lhe o seguinte fato: “Certa vez, sua esposa recebera de uma senhora uma gratidão três vezes maior do que era costume fazê-lo.

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Achando-a exagerada, devolveu-a para a ofertante. Com essa atitude, cometeu um erro fora do comum, pois acabou desprezando o próprio Deus. Embora estivesse trabalhando muito para a Obra Divina, neste particular, a dedicante agiu totalmente fora do ponto focal. Alguns anos depois, soube que morrera no terremoto de Tóquio. Então, mesmo sendo uma questão deveras delicada, é necessário que todos procurem desvendar em profundidade à dinâmica que envolve o dinheiro e o misterioso valor das ofertas de gratidão.” Espiritualmente todos têm nuvens, quer dizer, dívidas com Deus Criador. Quando se deixa de saldá-las, os juros aumentam. Por conseguinte, quanto mais cedo as pagar, melhor ficará o espírito. É, pois, maravilhoso se ter a oportunidade de doar dinheiro para a Obra Divina porque assim se podem eliminar algumas das máculas. Se for um Deus que faz sofrer tanto assim a quem Lhe doa dinheiro, é melhor deixar de adorá-Lo. Por isso, experimente doar. Ofereça de forma que irá passar dificuldades. Retornará dez vezes mais. Ao invés de passar por aperto, receberá dinheiro em abundância. Gratidões feitas de coração à causa de Deus são como depósitos num “Banco Divino”. Conforme comprovam as experiências, oferecer dinheiro à causa de Deus significa poupá-lo e tê-lo de volta multiplicado. Tratando-se de ofertas em dinheiro para a Obra Divina, o correto é que a quantia seja deteminada pela livre e espontânea vontade da pessoa. Só quando se faz uma oferta com alegria e satisfação é que o dinheiro se torna realmente puro. 6.17. Difusão mundial. Até a primeira metade do século passado, a atuação era de Kanzeon-Bossatsu, sendo, portanto, de âmbito oriental. Mas, com o avanço do tempo, é preciso dar um grande salto e salvar toda a humanidade. Assim, faz-se necessário ampliar a atividade de salvação, tornando-a mundial.

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Se isso não está acontecendo é, obviamente, porque existe alguma coisa atrapalhando. Como se trata de uma grande transformação, pois é a primeira vez que a Verdadeira Luz será irradiada no Mundo Espiritual do Ocidente, a oposição de Satanás é terrível. Mas Deus já decidiu; por isso não há com que se preocuparem. 6.18. Modelo. Deus faz tudo conforme os modelos que são vários. Os modelos de Deus são interessantes, mas não se limitam simplesmente a esses tipos de coisas, como os solos sagrados, pois, as pessoas também são modelos. Há o modelo de americano, do inglês, do chinês, como também o do africano. Se cada uma dessas pessoas se tornarem fiel e for salva, essa salvação se amplia. Ampliando-se, progressivamente abrangerá uma nação. Por essa razão, também na prática da fé não se está só. Um indivíduo representa dez mil, cem mil outros, portanto não pode menosprezar a sua própria pessoa. 6.19. Espírito Primordial e Yukon. O Espírito Primordial, segundo mencionado em 3.2. deste volume, compreende duas definições: 1ª) Espírito Primordial = alma. De fato, "Como disse há pouco, quando o homem nasce neste mundo, nele se hospeda o 'poti', ou seja, a alma. Trata-se da partícula divina, do centro do ser humano, do soberano. É chamado de 'Espírito Primordial'. Uma vez que o Espírito Primordial é uma partícula divina, ele é essencialmente bom. Desde tempos antigos, diz-se que o caráter do homem é bom, por natureza."

2ª) Espírito Primordial = consciência (= psique). Com efeito, "Como mencionei anteriormente, o nascimento do ser humano dá-se por ordem divina. A alma que recebe ao nascer é chamada de Espírito Primordial. (...) O Espírito Primordial é

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o bem absoluto, é o que se chama de consciência.” “A primeira alma a instalar-se, o chamado Espírito Primordial ou Primário, é intrinsecamente divino e é a consciência.” “Materialmente falando, a concepção ocorre quando um espermatozóide do homem penetra o óvulo da mulher. Em termos espirituais, é o assento da partícula divina transformada num espírito. (...) Assim, o primeiro espírito instalado no corpo é chamado primordial. De natureza divina, é a nossa psique. O velho dito: 'O homem é essencialmente bom' se refere a ele.” Até o final deste item 6.19., se emprega: Espírito Primordial = alma = consciência = psique. O homem, como já foi exposto, possui matéria e espírito, ou melhor, um corpo material e um corpo espiritual. A forma do corpo espiritual encarnado é exatamente igual ao do corpo físico. No centro do corpo espiritual do ser humano, acha-se a psique, e no centro desta, a alma espiritual. Assim, por natureza, o corpo espiritual do homem se compõe de três camadas: pequena, média e grande, isto é, alma espiritual, consciência e espírito. A alma espiritual foi atribuída por Deus, e a sua terra natal [ou residência oficial], ou seja, o local de registro ou origem dela se acha numa das 180 camadas espirituais. Meishu-Sama lhe deu o nome de Yukon. Assim, Yukon é a "origem primordial da partícula divina presente em cada ser humano", como fonte originária, permanece no Mundo Espiritual onde, dependendo do comportamento do homem no Mundo Material, é capaz de subir ou descer de nível. Este e a alma espiritual estão ligados entre si por meio de elos espirituais, por isso os pensamentos e as ações do homem são constantemente transmitidos ao Yukon, que se comunica com Deus. Na criatura humana, os corpos carnal e espiritual coexistem numa íntima conjunção de realidade, todavia, o corpo espiritual não é uma existência independente, mas sim concatenada ao Yukon. Este seria o espírito do espírito, mais exatamente, espírito do espírito do Espírito Primordial [espírito do espírito da consciência] que equivale ao espírito da alma espiritual, que por sua vez, é o Yukon. À semelhança com que o corpo espiritual (com sua alma no

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Mundo Material) governa o corpo material, o Yukon (residência oficial da alma no Mundo Espiritual) governa o corpo espiritual. Nesse sentido, cabe afirmar que a verdadeira raiz da vida do homem se encontra no próprio Yukon. Dado que o Yukon habita o Plano [Mundo] Espiritual, quando da morte de alguém, o seu corpo espiritual é atraído para o respectivo Yukon, ao qual se adere. É justamente como os corpos carnal e espiritual se integravam em vida. Isto que acabou de ser dito pode ser visualizado nas duas figuras a seguir, ambas com a dificuldade de estarem traçadas na segunda dimensão o que não favorece a percepção de que: o círculo MM está superposto ao círculo ME, o que quer dizer que os mundos MM e ME são idênticos; na figura a esquerda, a alma está sobreposta ao yukon, ou seja, ● está posto em cima do ○; na figura a direita, ● não está em MM, porém sim “unificado” com ○ no ME, em outras palavras, a alma foi para o Yukon.

Com o clarear do Mundo Espiritual no decorrer do Juízo Final, a transformação pode ocorrer repentinamente e aí às criaturas não resistiriam. Haveria mortes em massa. Deus quer evitá-las e por isso manda avisos. É vontade de Deus que a humanidade seja avisada, para que ela se salve. Todavia, Deus não se comunica diretamente com o ser humano. Ele o faz constantemente, através do Yukon. A ordem é primeiramente baixada ao Yukon, e este, através do elo espiritual, a

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transmite à alma, Espírito Primordial, núcleo do corpo espiritual do homem, que transmite as idéias. Entretanto, é dificílimo o homem comum conseguir perceber a ordem Divina; somente aqueles cujo corpo espiritual foi purificado até certo ponto é que o conseguem. Um exemplo disso é que, às vezes, quando se traça algum projeto, apesar de se fazer esforço para alcançar os objetivos, as coisas tomam um rumo diferente, que sequer se havia imaginado, deparando com um destino imprevisto. A estreita ligação entre a alma e Deus pelo elo espiritual é o meio pelo qual Ele fica conhecendo e registra em detalhes cada ato praticado por Suas criaturas. Relembre o esquema em 2.1., reescrevendo c = consciência, os demais: h = homem: a = alma; D = Deus; ce = corpo espiritual; cm = corpo material, e = espírito; m = matéria.

Meishu-Sama diz: “Alerto, então, a todos que meditem profundamente sobre essas verdades para que, nunca, nenhum de vocês seja considerado infiel ao Criador por ter praticado o mal.” Deste modo, não é só o homem que tem elos espirituais, também Deus tem elos que O ligam aos homens. A diferença é que os de Deus possuem uma luz intensa, e os do homem, mesmo dos mais elevados, possuem luz tênue; em geral são como linhas branco-acizentadas. Quanto mais perversa for a pessoa, mais escuros serão os seus elos espirituais.

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6.20. Mal. A pergunta que mais tem atormentado o homem até os dias de hoje “Se o mal é a causa fundamental da infelicidade humana, levanta a seguinte questão: por que Deus o criou?”, finalmente Deus esclareceu a Verdade, que se passa a anunciar com mais pormenor. O mal foi necessário até o momento porque, através do conflito entre ele e o bem, a cultura material pôde progredir até chegar ao ponto em que se encontra. É surpreendente! Embora nem em sonho se pudesse imaginar que o motivo fosse realmente esse, é a pura verdade. A propósito, falando primeiramente sobre a guerra. Ela ceifou milhares de vidas e, por ser tão trágica, os homens a teme mais do que tudo. Para fugir a essa catástrofe, usaram todos os recursos da inteligência humana, e nem se precisa falar o quanto isso contribuiu para o progresso da cultura. Entre outras coisas, a História mostra claramente que, após as guerras, tanto os países vencedores como os vencidos progrediram enormemente. Todavia, se elas chegassem ao extremo ou se prolongassem demasiadamente, os países seriam totalmente aniquilados, o que representaria a destruição da cultura. Sendo assim, Deus as detém num certo ponto, fazendo com que retorne a paz. Através dos relatos históricos, vê-se que sempre houve alternância de períodos de guerra e períodos de paz. Na sociedade, a situação é idêntica. Os criminosos e as autoridades vivem fazendo competição de inteligência. Os desajustes de relacionamento entre as pessoas também são decorrentes da luta entre o bem e o mal. Pode-se entender, no entanto, que essas divergências contribuem para o desenvolvimento da inteligência humana. Ora, se até hoje a cultura progrediu graças aos atritos entre o bem e o mal, é lícito afirmar que este foi imprescindível. Contudo, precisa-se saber que não é uma necessidade eterna, ou seja, há um limite para ela. A esse respeito, deve-se entender que atrás de tudo isso, está o objetivo de Deus.

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Não obstante, através de sua visão limitada, o homem não pode perceber o plano traçado por Deus para corrigir os erros do Céu e da Terra. Ou ainda, mais complicado, o homem não compreende que o próprio “erro” também faz parte do profundo Plano do Supremo Deus, e até hoje estava bem assim. Isso porque, para construir o Mundo Ideal, que é o objetivo de Deus, era preciso, primeiro, como preparação, desenvolver até certo ponto a cultura materialista. E a história da humanidade até hoje, cheia de guerras e de paz, de ascensão e decadência, também se explica dessa forma. Isso não pode, em absoluto, ser compreendido pela mente humana. As coisas de Deus são extremamente profundas. Polir a própria alma e se tornar pessoa eminente: esses tipos de polimento são feitos por Satanás. Ele faz a pessoa sofrer e, com isso, ela se esmera. Satanás assemelha-se a um esmeril, criando homens de bem. No caso da luta entre o bem e o mal, se houvesse somente homens bons, não haveria luta coisa alguma, e por isso, seria o fim. A única coisa que não pode acontecer é se perder para Satanás. Mesmo no caso de más propagandas, pode ser que Deus esteja usando as pessoas para fazê-las. Até o problema referente a impostos, que Meishu-Sama enfrentou, ele pensava que fosse atuação de Satanás, mas, analisando, constatou que não era; era Deus quem o estava promovendo. Através daquele problema, ao contrário do que se for aprofundando a fé, as coisas tornar-se-ão ainda mais paradoxais. Antes de começar a 2ª Guerra Mundial, Meishu-Sama em 11 de maio de 1935 orientou: “A maçonaria foi fundada pelos judeus há mais ou menos dois mil anos atrás, e até hoje mantém suas atividades. A maçonaria surgiu de uma “pedreira” que foi se transformando e mais tarde se tornou uma sociedade secreta. A maçonaria também chegou ao Japão e atingiu pessoas das altas classes sociais. A Família Real da Inglaterra também é maçônica, assim como vários milionários pelo mundo. Como o maçônico pertence a uma sociedade secreta, não se pode revelar nenhum segredo desta sociedade. Se por acaso deixar

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escapar algum segredo ou tentar sair da sociedade, infalivelmente esta pessoa é morta. Os judeus criaram a medicina jurando que ela cura, mas na verdade está tirando a vida das pessoas. Quando as pessoas do mundo inteiro entregarem suas vidas nas mãos da medicina, estarão, ao mesmo tempo, entregando-as nas mãos dos judeus. Partindo deste princípio, podemos dizer que os judeus pretendem ter o poder da vida e da morte em suas mãos. Mesmo no âmbito das finanças, meios de comunicação, como revistas e jornais, do mundo inteiro, tudo está nas mãos dos judeus. Kannon é um Deus do Japão, que se manifesta também como Izunome-no-Ookami, Kunitokotati-no-Ookami e Amaterassu-no-Oomikami, e passou a fazer um grande trabalho para impedir o avanço dos judeus. Uma prova disso é o aparecimento de Hitler na Europa, que desenvolve um movimento anti-judeu, exterminando todos os judeus, e ainda usa a marca de Kannon (a suástica ao contrário). Kannon pretende fazer da Alemanha um país sem nenhum maçom, ou seja, construir a nação de Kannon. O curioso é que a Alemanha, mesmo cansada das várias batalhas, continua lutando bravamente contra toda Europa. Isso acontece porque a força de Kannon está por detrás da Alemanha. Uma prova disso é que basta Hitler falar alguma coisa e toda a Europa começa a tremer. Pode parecer estranho, mas como Kannon está por detrás de tudo, a partir de agora, a Alemanha vai mostrar muita resistência. A forma de atuação do nazismo e da nossa Igreja são bem distintas, pois o nazismo se baseia na matéria e, ao contrário da nossa Igreja, não visa à Paz. Pouco a pouco, os judeus vão ficando sem saída e, finalmente, vão ter que abaixar a cabeça e apertar a nossa mão, ou seja, vão ter que nos obedecer. A partir daí é que será construído o Paraíso Terrestre.”

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6.21. Espírito Guardião. Espírito Guardião é o espírito escolhido entre os nossos antepassados para nos proteger. Toda pessoa tem seu próprio Espírito Guardião. É ele quem nos protege, avisando-nos, em sonhos ou de alguma outra forma, quando algo importante ou perigoso está prestes a ocorrer. No caso de querer satisfazer os desejos corretos do homem ou fazê-lo receber graças através da Fé, Deus atua por intermédio do Espírito Guardião. Deus lê nas mentes e trabalha através do Mundo Espiritual e permite aos Espíritos Guardiões daqueles cujas atitudes mentais estão harmoniosas, que dirija e mantenha as pessoas no correto caminho, podendo até enviar uma pessoa que está preparada para o trabalho. Dessa forma, quando um trabalho não estiver rendendo, mesmo que pareça muito bom aos olhos humanos, deve existir alguma coisa que não está de acordo com a Vontade Divina. A repurificação acontece por esse motivo. Já que sarou, a pessoa deveria pensar que, recebendo Johrei, a cura é absoluta e achar isso algo fabuloso; no entanto, obtendo a cura, a pessoa ainda continua “fazendo hora", então, o Espírito Guardião fica zangado e a faz sofrer uma vez mais. 6.22. Pessoa. Na construção do Paraíso na Terra, sendo Deus o construtor, a obra progride à mercê do tempo, bastando ao homem agir de acordo com a Vontade Divina. Deus traçou o plano, fiscalizando e utilizando livremente um número considerável de criaturas. Embora a salvação da humanidade seja obra Sua, Deus a realiza através do homem. “Em agosto de 1942, por ordem de Meishu-Sama, eu saí de Tóquio para fazer difusão em Hagui, no Estado de Yamaguti. Parti rumo àquele destino, levando no peito estas palavras de Meishu-Sama: “Você é a quinta pessoa a fazer difusão em Hagui.

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Hagui é um lugar onde Deus precisa ir. Você irá para lá como guarda de Deus e por isso não há com que se preocupar.” Entretanto, passado um ano, ainda não havia conseguido formar membro algum. Achando que, desse modo, já estava tudo perdido, voltei para Tóquio, porque também queria realizar o Ofício Religioso de Finados, para minha esposa. Não consigo me esquecer. No dia 12 de agosto de 1943, eu fui diretamente ao Hozan-So, Solar da Montanha Preciosa, antes de passar pela casa de meus pais. Meishu-Sama, a me ver, disse: “Que bom que você veio. Já não há mais problema”- e continuou: “Ontem de manhã, eu escrevi no ar com o dedo: “Hiramoto, venha!” Quando lhe falei sobre os problemas de difusão, ele me disse: “Não há com o que se preocupar. Como o momento atual é muito sério, volte logo para Hagui e leve consigo cem Ohikari.” Na primeira vez, eu já havia levado trezentos Ohikari, mas não havia conseguido outorgar nenhum. Meishu-Sama falou-me: “O Mundo Espiritual mudou, por isso, daqui para frente haverá grande progresso”. Mas eu ainda tinha as minhas dúvidas. Entretanto, quando voltei para Hagui, uma senhora procurou-me. Há três anos, ela não conseguia levar as mãos para trás. Ministrando-lhe Johrei, ela ficou curada, só com esse único Johrei e tornou-se a primeira fiel. Quando, com alegria, comuniquei esse fato a Meishu-Sama, ele disse: “Não adianta você ficar se alegrando assim, pois isso é só um modelo” e continuou: “Hagui é terra de afinidade, por isso, é lugar onde só os “bobos” que não são bobos conseguem ficar, mas, daqui para frente, haverá grande progresso.”” Mais uma recordação de um outro discípulo: “Durante a Segunda Guerra Mundial, eu me dedicava na difusão em determinado local, mas como não conseguia bons resultados, após sofrer muito, pensando se deveria voltar ou não para Tóquio, fui pedir orientação a Meishu-Sama.

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Após ouvir em silêncio, Meishu-Sama me disse: “Já que tem tanto tempo de sobra, fique tocando “koto” ou “shamissem”. Pois, sempre que se torna necessário, Deus escolhe e utiliza as pessoas.” Creio que, com essas palavras, Meishu-Sama queria ensinar-me que, como Deus sabe de tudo, não havia necessidade de me precipitar. Quando chegasse o momento certo, eu, certamente, seria utilizado por Ele.” 6.23. Transe. No episódio do Dilúvio acontecido há milhares de anos, num antigo país europeu, onde viviam dois irmãos de nome Noé. No estado alterado de consciência que hoje é chamado de "transe", o mais velho foi avisado sobre a iminência de um dilúvio e por isso deveria alertar seu povo. Muito apreensivos, eles anunciaram aos homens o perigo iminente, mas ninguém acreditou em suas palavras. Passados alguns anos, finalmente eles conseguiram convencer seis pessoas. Então Deus lhes ordenou que construíssem uma arca, e os oito entraram nela. Pouco tempo depois, começou a chover ininterruptamente. Uns dizem que choveu durante quarenta dias; outros dizem que cem. O certo é que foi um longo período de fortes chuvas. As águas subiam cada vez mais, inundando as casas; apenas o cume das montanhas ficava de fora. Os homens tentavam entrar na arca ou refugiar-se nas montanhas, mas os animais ferozes e as cobras venenosas, querendo salvar-se, faziam o mesmo. Como a arca possuía tampa, ninguém conseguiu entrar. Famintos, os animais devoravam todos os homens; salvaram-se apenas as oito pessoas que estavam na arca. Elas são consideradas antepassados da raça branca. 6.24. Reencarnação. O homem vem ao Mundo Material para cumprir a missão que lhe foi determinada por Deus, tenha ou não tenha consciência

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disso. No cumprimento dessa missão, acumula máculas no seu corpo espiritual. Chega, porém, um momento em que, por doença, velhice ou outros motivos, torna-se-lhe difícil continuar a cumpri-la. Quando isso ocorre, o espírito abandona o corpo e retorna ao Mundo Espiritual. Nesse sentido, desde tempos remotos chama-se invólucro vazio ao corpo sem espírito, e invólucro ao corpo carnal de uma pessoa viva. Na ocasião em que o espírito entra no Mundo Espiritual, inicia-se, na maioria deles, o processo purificador das máculas. Dependendo do peso e da quantidade destas, logicamente ele vai ocupar um nível mais elevado ou mais baixo. O período de purificação é variável. Os períodos mais curtos duram poucos anos, às vezes dezenas, e os mais prolongados, centenas ou milhares de anos. Os espíritos que foram purificados até certo ponto reencarnam por determinação de Deus. 6.25. Fé. O fato de ficarem perturbados, por mínimo que seja, pelas críticas dos outros, revela a falta daquela fé inabalável no Criador. Sendo o Pai Eterno, jamais esquece de olhar por um filho, quando fiel seguidor de Sua vontade. Então, no momento em que deixarem de pensar apenas nos próprios interesses, colocando as necessidades do outro como meta principal, a verdadeira fé aflora e passa a ser vivenciada do fundo do coração. Meishu-Sama prega que: “Portanto, para derrotar radicalmente o mal, é preciso intensificar o poder do Espírito Primordial. Por isto, o homem deve sempre esforçar-se para cultivar esse poder, elevando preces a Deus e procurando tornar sua fé inabalável. Não há outro meio para alcançar a felicidade”. Daí a importância de todos pedirem a Deus a expansão e o fortalecimento da alma. As pessoas que vivem de acordo com o direito divino recebem proteção ilimitada de Deus e têm sempre as suas preces atendidas.

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6.26. Milagre. Para uns, como os católicos e protestantes atuais é um fato que tem caráter extraordinário, fora do comum, a sua realização é atribuída à onipotência divina, é considerado como um ato de intervenção divina no curso normal dos acontecimentos. Para outros, como os espíritas, é apenas um evento sem explicação no momento, algo como duas pessoas muito distantes uma da outra conversando por meio de aparelhos eletrônicos pareceria um milagre para uma pessoa do século I. No espiritismo mesmo a comunicação com mortos por meio da mediunidade, pode ser explicado com base em leis naturais que nada tem de sobrenatural. Eles citam Cristo que diz: “Não há nada oculto que não venha a ser revelado, nem oculto que não venha a ser conhecido.” Meishu-Sama chama de milagre a realização daquilo que se acha impossível, mas, na verdade, nada acontece por acaso. Quem pensa de forma diferente, para ele, está redondamente enganado. A idéia preconcebida de que determinada coisa nunca poderá acontecer, já constitui um erro, pois leva em consideração apenas aquilo que se manifesta exteriormente, isto é, as aparências. Como até agora o pensamento da maioria dos homens se baseava em conceitos materialistas, se às vezes sucede algo diferente, eles pensam que se trata de milagre. Exemplos: uma criança cair de um penhasco e não sofrer nada; um carro bater numa bicicleta e não haver ferimentos nem prejuízos; uma pessoa se salvar por ter se atrasado e perdido um trem que depois descarrilhou, virou ou colidiu com outro; um ladrão que estava entrando numa casa fugir, pela ministração do Johrei; uma pessoa recuperar o que lhe foi roubado; um incêndio que havia se alastrado até a casa do vizinho ser desviado, devido à repentina mudança de direção do vento, por efeito do Johrei. Com os fiéis da Messiânica ocorrem constantemente grandes e pequenos milagres, isto é, fatos fora do comum. E por que motivo eles ocorrem? Onde está a causa? Creio que todos querem sabê-lo. É claro que a verdadeira razão do milagre está no Mundo

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Espiritual. Entretanto, há milagres decorrentes da força pessoal de cada um e outros decorrentes da força de terceiros. Inicialmente falarei sobre o primeiro tipo. O homem possui aura, algo como se fosse a vestimenta do espírito. Ela tem o formato do corpo, que parece coberto por uma espécie de névoa branca, e não é visível às pessoas de sensibilidade comum. Sua largura é variável, e isso se deve ao grau de pureza do espírito; quanto mais puro ele for, mais larga é a aura. Nas pessoas comuns, ela varia de três a seis centímetros; a dos virtuosos tem de sessenta a noventa centímetros; nos salvadores da humanidade, ela é infinita. Ao contrário, se o corpo e o espírito são impuros, a aura é estreita e tênue. Em caso de desastre, por exemplo, na hora exata em que um carro - que também possui espírito - vai bater numa pessoa, não conseguirá atingi-la se for alguém de aura larga. Ela se salva, porque é afastada para o lado. Pessoas assim, quando caem de um local alto, mesmo indo de encontro ao espírito da terra ou de uma pedra, não se machucam, apenas batem de leve. A seguir, vê-se os milagres decorrentes da força de terceiros. O homem tem três espíritos: o Primordial (único que permanece depois da morte), o Guardião e o Secundário. O Espírito Guardião, que é escolhido entre os ancestrais, salva seu protegido no caso de um perigo, ou lhe faz avisos importantes através de sonhos. Quando se trata de pessoa que tem missões especiais, há casos em que uma divindade vem em seu socorro (em geral, o padroeiro do local onde a pessoa nasceu). Por exemplo, se um trem está prestes a colidir com outro, como essa divindade tem conhecimento do fato, pode fazer parar o espírito do trem instantaneamente. Mesmo que o fato esteja ocorrendo a milhares de quilômetros, ela chega ao local numa rapidez extraordinária. Como se pode ver, o milagre não ocorre absolutamente por coincidência ou por acaso; há sempre uma razão. Se compreenderem isso, verão que ele não tem nada de sobrenatural. O natural é haver milagres; se não houver é que se pode achar estranho.

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Às vezes, quando uma pessoa se encontra diante de um problema difícil, cuja solução está demorando, começa a esperar que repentinamente aconteça um milagre, e geralmente ele acontece, solucionando o problema. Isso é muito freqüente. Creio que aqueles que têm fé profunda e acumularam virtudes, já passaram por muitas experiências nesse sentido. Portanto, se o homem pensar e praticar o bem, acumular virtudes e fizer esforços para tornar mais larga sua aura, jamais lhe acontecerão desgraças inesperadas. No contacto com as pessoas, quanto mais espessa for sua aura, mais calor se sente, surgindo daí, grandes afeições. Tais pessoas sempre cativam outras, que se reúnem à sua volta em grande número, e assim elas terão êxito e progresso no trabalho. “Interlocutor: Fui atingido pelo infortúnio da guerra, em Tóquio, e atualmente estou residindo em outro local. Embora eu tenha o ardente desejo de trabalhar bastante para o Caminho da Salvação, embora suporte os seguidos sofrimentos materiais e espirituais, não consigo dedicar como gostaria. Qual será o motivo? Meishu-Sama: É porque você possui muitas máculas e, também, porque tem uma grande missão. Quem tem maior missão, mais precisa se polir. Por esse motivo, quando a pessoa tem fé, mesmo tendo purificações difíceis, Deus sempre manifesta milagres e algo de bom, para que ela seja capaz de suportar as purificações sem perder as esperanças. Basta que a fé não se abale para que as coisas comecem a melhorar gradativamente, sem que seja preciso sofrer tanto. Consequentemente devemos entender que se trata de um sofrimento para melhorar.” Mais tarde ele diria enfaticamente que religião sem milagre deixa de ser religião. Isto porque o homem é totalmente incapaz de operar qualquer milagre, o qual é obra de Deus. Para tanto, a questão prioritária é fazer com que se tome consciência da existência real do espírito. Deus mostra o milagre como método para essa tomada de consciência. O recurso para se evoluir é fazer com que se reconheça a existência de Deus, e essa tarefa é bastante árdua. Despertar nas

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pessoas o teísmo que ficou adormecido durante longo tempo, não é nada fácil. Pois, uma vez que a grande maioria dos povos civilizados, com a sua alma dominada pela Ciência, veio negligenciando a Deus, se quiser atualmente despertar essa alma, tem-se que usar um poder realmente sobre-humano e surpreendente, que fará confirmar a existência de Deus. Para isso, não há outro meio senão através do milagre. Nessa grande transição do mundo, Deus irá manifestar milagres sem precedentes, realizando uma revolução cultural de âmbito mundial. Deus começara a executar a construção do Museu de Belas-Artes e os milagres ocorridos nesse sentido estão sendo muitos. A ciência mudando de paradigma pode libertar a alma. Por exemplo, quando se afirma que os micróbios surgem naturalmente, esta teoria é fundamentada na ciência de Deus. Querer explicá-la para que todos a entendam claramente, não se trata, contudo, de um propósito fácil porque o objeto desta pesquisa encontra-se no lado espiritual, invisível. Outro exemplo, o solo, como obra de Deus, tem uma origem misteriosa e sutil, cuja essência e poder até hoje a ciência materialista não consegue atingir. O Johrei atinge o âmago da vida humana, de acordo com uma lógica inquestionável e, por isso, é a ciência do futuro, inclusive de nível superior. Como comprovação disso, basta observar que os efeitos surpreendentes do Johrei são tomados pela ciência materialista como algo milagroso, porém isso não corresponde ao que ele é. O Johrei cura, porque tem lógica. Explicar o Johrei como um tratamento científico é bastante difícil, pois não se trata nem de ciência, nem de religião. [filosofia religiosa ou ultra-religião?] Os maravilhosos e incontáveis milagres manifestados pela Igreja Messiânica não poderão ser senão o plano de Deus para mostrar a existência do primeiro Mundo. E Deus encarregou Meishu-Sama desta grandiosa missão.

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6.27. Aprimoramento. Meishu-Sama diz que entre os aprimoramentos de Deus, o mais importante é deixar a pessoa irada, e conta, também, que não faz muito tempo que Deus lhe ensinou a vencer a fúria. “Desde menino, desenvolvi um forte sentimento de justiça. Tinha um ódio profundo pelas desigualdades que há no mundo e muito lutei para reprimir o furor que me dominava quando sabia de alguma injustiça ou desonestidade. Esse autodomínio é difícil e doloroso, mas será facilitado se o encararmos como um treinamento Divino que nos aprimora espiritualmente. Sob esse aspecto, vemos que tal controle minora o sofrimento e lapida a alma.” Como Deus nunca deixa de auxiliar o bem, jamais apoiando o mal, por mais insignificante que seja, então Meishu-Sama também teve melhoramento através da ira: “Eis uma característica que conservo até hoje: continuo tendo horror pelo mal. Porém aceito os fatos, buscando ser tolerante, tomando tudo como provação. A boa norma de conduta determina o ódio ao mal, mas também prudência nas ocasiões em que ele se manifeste. Melhor dizendo, temos de ter cuidado para que esse sentimento não se mostre exagerado nem prejudique o próximo; que ele não fira o bom senso, não falte aos preceitos do amor e da harmonia E um ódio útil, que nos permite caminhar com um sentimento semelhante ao de Deus.” 6.28. Altruísmo. Nota-se que todas as pessoas manifestam em seu caráter dois traços irmãos - egoísmo e apego - e que nos problemas complicados há sempre interferência desses sentimentos. Na vida cotidiana do homem, não há coisa mais temível do que o ‘ga’ (espírito secundário, domínio animal). Devem ter ‘ga’ e não devem ter ‘ga’; é bom que o tenham, mas não o manifestem. O ego (espírito primordial, área divina, eu inferior) que todo homem trouxe ao nascer não tem grande valor porque ele precisa

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se elevar. Quem deseja evoluir, deve criar um novo eu (a ponto de se ligar com seu eu superior), isto é, nascer pela segunda vez no sentido de almejar entrar em estado de união com Deus. Por cultivarem um egocentrismo exagerado, muitos deixam de receber plenamente as bênçãos de Deus. Convém, portanto, que todos busquem constantemente a felicidade do próximo, procurar acumular virtudes no sentido de ajudar os outros. Quem deseja ser feliz, deve primeiramente tornar feliz seus semelhantes, pois a Divina recompensa a que disto provém, será a Verdadeira Felicidade. Buscar a própria felicidade com o sacrifício alheio, é criar infelicidade para si mesmo. Deus recompensa àquele que obtém resultados ao trabalhar no sentido de beneficiar a humanidade. Prestando serviços à causa de Deus e se esforçar no sentido de fazer o melhor possível em nível de gratidão, numa atitude de reconhecimento sincero por todas as bênçãos recebidas. Agindo dessa forma, pode-se limpar as máculas e, ao mesmo tempo, despertar a consciência, no sentido do desenvolvimento de atitudes altruístas e de virtudes que propiciem a concretização do Plano Divino. Pessoas que no Mundo Material gastaram grandes somas para o bem da humanidade, acumulando méritos pelo altruísmo praticado, no Mundo Espiritual tornam-se ricas e afortunadas. Na maioria das vezes, acontece de as pessoas que morrem, embora estejam recebendo Johrei, não conseguirem unir-se a Deus do fundo do coração, porque ainda existem determinados pontos de fé nublados por alguma natureza. Por exemplo, se o mamehito não tiver bastante fé, nos momentos de um estado crítico de perigo, poderão surgir dúvidas muito facilmente e, nessa hora, como conseqüência dessa situação de descrença, romper-se-á o elo de salvação que o unia a Deus. Atenção redobrada, portanto, em todas as situações de instabilidade ou risco.

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6.29. Desapego. Meishu-Sama ensinou um fiel a respeito do desprendimento [do ego], do apego à preocupação. “Justamente na época em que eu estava atarefado com os preparativos para uma viagem de difusão ao Havaí, fui acometido de severa purificação no estômago. Pensando que a melhor preparação seria me purificar espiritualmente, fiz uma solicitação especial ao atarefadíssimo Meishu-Sama e passei a receber Johrei. Embora estivesse preparado para enfrentar qualquer situação, certo dia, ao me conscientizar da grande importância de minha missão, fui tomado de uma insegurança que persistiu na minha mente. Nada disse a Meishu-Sama sobre isso, mas ele, como se já soubesse de tudo, disse-me: "Da parte de Deus, sabe, já estava definido, desde muito tempo, que você iria aos Estados Unidos. Agora, chegou à hora da sua concretização." Assim, compreendi claramente que ir àquele país era um servir por afinidade e me senti tomado de uma nova disposição. Continuando, ele disse: "Deus determina convenientemente a ordem, mesmo que o ser humano não se preocupe com ela; o que é, realmente, algo gratificante." E assim ele me incentivou e encorajou. Como estava pensando em diversas maneiras de se fazer a difusão, perguntei-lhe a respeito e assim me respondeu: "Sabe, chegando lá, Deus fará com que você se conscientize naturalmente e então basta que proceda da forma como pensar. No momento, eu também não sei." e prosseguiu encorajando-me com estas palavras: "Deus está com você, por isso não há com o que se preocupar." Senti, então, profundamente, a felicidade daqueles que acreditam em Deus Supremo e solidifiquei ainda mais a fé de que Ele está conosco.” Meishu-Sama ensina para que não haja preocupação com o bem e o mal das pessoas: “Por isso eu digo: “Não se prendam às

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pessoas, prendam-se a Deus.” A diferença parece mínima, mas é enorme. Portanto, a fé daijo deve ser praticada sempre.” Ele ensina também para que não haja preocupação dos familiares em relação à cura: “Outro grande obstáculo à realização da cura encontra-se no apego dos familiares que, ao tentarem salvar, a qualquer custo, um ente querido, o envolve espiritualmente num clima de preocupação. Essa atitude dificulta a ação de Deus através do Espírito Guardião, o único caminho pelo qual se processa a intervenção divina para a recuperação da saúde. Além disso, também constitui forte impedimento a atitude de membros da família contrários ao Johrei. E algum deles insiste em levar o doente ao médico, na verdade, não quer que ele se salve através do Johrei. Essa reação contrária o faz desejar, muitas vezes até inconscientemente, a morte do enfermo e atrapalha muitíssimo a ação curativa da Luz de Deus. Apegos de qualquer natureza, quer para curar, quer para impedir a recuperação, interferem no processo divino de cura. Convém, por isso, esquecer, o mais possível, os doentes, imaginando até a cerimônia fúnebre, achando mesmo que vão morrer. Dessa forma, o espírito do apego não encosta e o Guardião consegue atuar livremente. Por essa razão, quando se encontrar problemas criados pelo apego, é importante saber como ele atua para se poder orientar as pessoas com sabedoria.” 6.30. Makoto. Makoto é um vocábulo japonês que está associado às acepções de amor, sinceridade, fidelidade, honestidade, constância, devoção, franqueza, pureza e autenticidade. Engloba, portanto, um conjunto de virtudes, cuja prática é extremamente necessária para quem deseja se iniciar no caminho da Luz. Ele expressa um conceito amplo de amor ao próximo, leva em consideração, em primeiro lugar, os outros, depois a si mesmo. Duas situações em relação ao makoto.

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Primeira em relação à força do espírito das palavras. Tratando-se de força, existe a benigna e a maligna. No caso do espírito das palavras, se tem as malignas que constitui pecado, e as benignas que constitui virtude. Assim, o homem deve se esforçar para usar o espírito das palavras benignas. Nestas, evidentemente, o fundamento é o “makoto”, que se origina de Deus. Segunda referente a ter makoto. Cada um vigiar constantemente a si próprio, procurando saber se está agindo certo ou errado. Quem assim procede possui o verdadeiro makoto. 6.31. Ponto vital. O Deus Verdadeiro é realmente simples e não se prende a futilidades. Por isso, quando o homem adquire uma fé realmente firme, torna-se útil. Ele, normalmente, pode conversar, achar engraçado ou gritar o quanto quiser, mas o importante, o consistente, é tocar no ponto vital, esse é o procedimento de Deus. Meishu-Sama costumava afirmar: “Em tudo, o importante é o ponto vital. Mesmo no caso do Johrei, se o ministramos no ponto vital, logo a pessoa se restabelece. Quanto às palavras também, para conseguirmos expressar a essência, uma única palavra será suficiente.” Estando ao lado de Meishu-Sama e ouvindo sempre as suas palavras, um servidor constatou que ele manifestava, com uma só palavra, de forma aguçada e certeira, a essência ou o núcleo da questão, baseado na realidade, sempre acompanhada de prática. Em certa ocasião, aconteceu que Meishu-Sama estava caligrafando e perguntou a este servidor: “Os Ohikari caligrafados na vez passada já saíram quase todos?” E o servidor respondeu: “Ainda está sobrando um pouco.” Ele então lhe disse: “Fala-se ‘já saíram quase todos e não ‘ainda está sobrando um pouco’”. O servidor teve um sobressalto ao ouvir essas palavras e aprendeu que isso se refere ao ponto vital da resposta a ser dada [isso ocorre porque sair é mais positivo do que sobrar].

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6.32. Antepassado. O ascendente interage com seus descendentes de duas maneiras: Esforçam-se para salvar e prosperar linhagem; Mas também distribuem suas máculas e mazelas. ● Esforçam-se para salvar e prosperar linhagem. Existe o Espírito Guardião que é o espírito de um ancestral. Quando uma pessoa nasce, é escolhido entre seus ancestrais um espírito que recebe a missão de guardá-la. “Interlocutor: Para ingressar na Fé Messiânica, é preciso ter permissão de Deus, senão, não consegue entrar; portanto, quando se ingressa é que se recebe a vida? Meishu-Sama: Sim. Por isso, trata-se de prorrogação da vida. Isso se deve ao esforço dos antepassados; eles querem nos salvar de qualquer maneira. Só de entrarmos um pouco que seja, significa que já ganhamos muitos anos de vida.” Alguns antepassados vêm do Mundo Espiritual para advertir seu descendente: “Vim para aconselhá-lo a abandonar a bebida. Pense no bem da nossa família e no seu próprio e deixe o álcool.” Meishu-Sama ensina: “Costuma-se falar em doenças causadas pelo encosto do espírito de um ancestral, porém é estranho que um ancestral faça o seu descendente adoecer e sofrer, encostando nele. Ouço desabafos amargurados de que os ancestrais deveriam amar e proteger os descendentes e há fundamento nisso. Esse tipo de encosto, no entanto, não é uma regra absoluta. Às vezes, para alcançar algum objetivo, um dos ancestrais encosta, mas isso é muito raro.” ● Mas também distribuem suas máculas e mazelas. O ser humano carrega não só as suas próprias máculas, como as de sua raiz familiar.

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Isso é como uma lei redentora, baseada na causa e efeito, em que o descendente - resultado da soma global dos seus antepassados - arca com uma parte dos pecados cometidos por eles. Trata-se de uma Lei Divina inerente à criação; por conseguinte, o homem não tem outro recurso senão obedecer a ela. Esses resíduos espirituais fluem sem cessar para o cérebro e coluna vertebral do descendente, penetrando em seu espírito, imediatamente se materializam na forma de pus, que é a origem de todas as doenças.

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7. LEIS Lei Divina, também conhecida por Lei do Universo, é um princípio estabelecido por Deus no momento da Criação. Através dela o Universo se movimenta e evolui. Quando há adaptação a essas leis naturais e reguladoras, o caminho se torna mais suave. Quando é feito resistência a elas, surgem as dificuldades. Para o Criador, não conta a preocupação em agradar os homens. Vale somente agir de acordo com a essência da Lei. Portanto, realizar apenas o que Deus aprova e não a sociedade; colocar sempre em evidencia os valores divinos, elementos fundamentais para uma vida repleta de bênçãos. Entretanto, à medida que se vai aprimorando a fé pode-se compreender profundamente as leis de Deus e, em conseqüência, mudar, de maneira radical, o modo de pensar. A partir daí, nascer o desejo de beneficiar o próximo. 7.1. Impõe regras regedoras de todos os processos, mutações, situações e conhecimentos. Há leis naturais no Universo que regem todos os processos e mutações. Essas leis também governam a Religião, a Filosofia, a Ciência, a Política, a Educação, a Economia, as Artes, a paz e a guerra, o bem e o mal. Entre essas leis se tem: Lei do Espírito Precede a Matéria; Lei da Identidade Espírito e Matéria; Lei de Causa e Efeito; Lei da Ordem; Lei da Purificação; Lei da Inversão; Lei da Grande Natureza. 7.2. Invioláveis e imutáveis até pelo Criador. Não chega a ser Legislação do caminho, mas é caminho e é lei. Estar no Caminho significa estar de acordo com o caminho perfeito. Por desvio do caminho ocorrem às dificuldades entre os

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homens, a desarmonia no lar e a perturbação da ordem pública. Não existem somente as leis criadas pelo homem; existem também as Leis Divinas, que não são visíveis aos olhos, mas que de forma alguma podem ser infringidas. Deve-se saber que todos os infortúnios do homem são punições decorrentes da infração das Leis Divinas. Na realidade, essas punições são muito mais rigorosas que as leis do homem e não se pode absolutamente livrar-se delas. Naturalmente, existe também a pena de morte; trata-se da morte por calamidades, por doença, etc., que vem a ser a punição por ter a pessoa violada as Leis Divinas. O amor de Deus é absoluto e quando se está vivendo de acordo com a Lei, recebe-se auxílio. Porém, quando não se estiver em harmonia com a Lei Divina, nada poderá ser feito pela pessoa. Deus abençoa todas as coisas, mas em geral não se está preparado para recebê-las. Deus pode dar ajuda financeira, enchendo os bolsos de dinheiro, porém, enquanto houver impurezas dentro deles, não colocará a fartura. O que se precisa fazer primeiramente é limpar o interior dos bolsos. Especialmente as coisas de Deus, ou seja, pensamentos, ações, acontecimentos, atitudes, etc., precisam obedecer à Lei. Enfim, nem Deus pode violar as Leis do céu e da terra. A essência da fé está em respeitar o próximo e cumprir as leis. Quando se pensa e age de acordo com as imutáveis Leis Divinas, que regem toda a criação e todas as ações, os resultados são benéficos. A despeito da opinião dos homens, o que importa é o resultado final. 7.3. Removedoras de impurezas. Não é Deus quem faz. O Universo está constituído dessa maneira. Deus jamais é livre: existe a Lei do Céu e da Terra à qual, de qualquer maneira, Ele também precisa obedecer, não podendo também deixar de segui-la. Por isso, no caso de uma pessoa, quando ela se torna membro e se empenha de corpo e alma, Deus quer conceder-lhe

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graças, mas enquanto não eliminar as máculas, Ele não pode fazê-lo; essa é a Lei do Céu e da Terra. Assim, existem pessoas que, mesmo dedicadas e fervorosas não são agraciadas. Isto acontece porque ainda restam máculas anteriores, e enquanto estas não forem eliminadas, elas não poderão receber graças. Suponha-se que se tem um cesto e quer colocar alguma coisa dentro dele, mas como há sujeiras, é preciso fazer uma limpeza, senão, não dá para pôr nada. Nas ocasiões em que Deus está com pressa, Ele tira a sujeira de maneira um tanto brusca [por exemplo, quando se intensifica a Luz em 4 de fevereiro ou 15 de junho]. Há pessoas que passam por grandes perigos, mas é devido a isso. Por exemplo, o filho mais velho de uma família tinha um mau caráter e gastava dinheiro como se fosse água e constituía um problema, pois estava acabando com a fortuna do pai, o qual veio pedir conselhos a Meishu-Sama, indagando o que estaria acontecendo. A pessoa disse: "Faça com que ele melhore com a graça de Deus, que não gaste dinheiro." Ele respondeu-lhe: “Isso não posso fazer. É melhor que ele gaste." Aí, a mãe dele ficou assustada e perguntou-lhe o motivo. Meishu-Sama disse-lhe: "A fortuna de sua família tem máculas. Não é uma fortuna conseguida corretamente. É dinheiro que os antepassados conseguiram atormentando outras pessoas, por isso, em relação à sua fé, Deus deseja conceder-lhe graças, mas havendo máculas acumuladas, não é possível. Pela necessidade de eliminá-las rapidamente, seu filho mais velho está desempenhando esse papel, por isso, quanto mais rápido terminar, melhor, pois as máculas de sua família acabam.” Mas foi inútil: ela não entendeu. Talvez surja dúvida: que não há razão para cidades à prova de fogo, como as do Ocidente, vir a incendiar-se, mesmo havendo impurezas. Entretanto, não existe outra explicação para o fato de muitas cidades terem sido destruídas por bombardeios durante a Segunda Guerra Mundial, a não ser o princípio que se acabou de expor. [o próprio

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Pentágono dos Estados Unidos sofreu atentado]. É preciso saber que realmente as Leis do Universo são absolutamente invioláveis. 7.4. Necessárias para se viver construtivamente. A lei da vida exige que se viva às vidas construtivamente. Se a pessoa permanece sem evoluir, é como se estivesse se aproveitando de Deus, tentando usá-Lo em proveitos pessoais. Isso não é correto, pois o homem nasceu para viver como instrumento de Deus e somente servindo a Ele poderá desfrutar de felicidade e prosperidade constantes. 7.5. Indicativas de liberdade mental e boa vontade como elementos essenciais ao progresso. Liberdade é a capacidade por meio da qual se posiciona diante do que surge: se o que aparece é um fato [como uma bola de futebol vindo na sua direção], então, desejá-lo ou rejeitá-lo [chutá-la ou não] (trata-se mais de uma liberdade física); se é um pensamento, então, afirmá-lo, negá-lo ou suspender juízo (liberdade da mente). Vontade é a escolha digna de aprovação, reprovação ou indiferença. Quando reprovação pode ser: falta religiosa (erro, pecado), falta moral (prática) ou falta de conhecimento (teórica). [um ateu depoente num tribunal que minta após ter jurado em dizer a verdade diante da Bíblia, teria cometido uma falta? Qual?]. Boa vontade é acertar, praticar e teorizar. Filósofos importantes, fervorosos ou epistemológicos, como Santo Agostinho e Descartes, entendiam liberdade e vontade como a mesma coisa. Meishu-Sama diz: “Muitas vezes, as pessoas desprezam grandes oportunidades porque estão demasiadamente ocupadas com os assuntos pequenos e triviais. Isto impede o seu progresso. As pessoas de mente estreita não conseguem expandir facilmente o seu pensamento. Às vezes, tornam-se rixentas e criam uma

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atmosfera de constrangimento ao seu redor, em vez de um ambiente de liberdade mental e boa vontade que são essenciais ao bem-estar espiritual e ao progresso, e estão de acordo com a Lei de Deus. As falhas menores do homem não têm grande significação. Mais importantes são os seus atos meritórios. Uma criatura que tenha méritos sob o ponto de vista cósmico, não importando os seus pequenos deméritos, sempre estará à frente e as bênçãos Divinas serão proporcionais a eles. As pequenas questões pessoais desaparecem diante da grande oportunidade de ajudar na salvação da Humanidade neste momento crucial.” Quando a pessoa pensa em não decidir, na verdade já está tomando uma posição. Por conseguinte, não se podem fazer definições nem deixar de fazê-las, mas nem por isso se deve abster de ficar no meio-termo. É uma situação bastante ambígua, entretanto é a rigorosa Lei Divina; é ela que torna o mundo interessante. Com isso, se quer dizer que as pessoas precisam alcançar o estado espiritual de "livre adaptação à situação do momento", isto é, elas não devem prender-se a nada, por motivo nenhum. [num desastre de avião nos Andes se comeu carne humana] 7.6. Obedecidas trazem recompensas. Neste sentido, basta que o homem obedeça às Leis do Universo, para que todas as coisas se harmonizem e progridam normalmente. O esforço, algumas vezes impulsivo, produz tensões na própria pessoa e nos outros. É bom fazer planos. Nada de valioso pode-se realizar sem eles, mas muitas vezes tenta-se forçar a sua realização, alcançando apenas resultados adversos. Quando se é guiado pelas Leis Divinas e não pelo intelecto humano, o progresso é rápido e supera todas as possíveis expectativas, como de se atingir um grau mais elevado de perfeição não só na parte física, mas também espiritual.

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Confiante nessa verdade, quando algo não está correndo bem, deve-se parar e entregar tudo a Deus. Quando se retorna aos mesmos assuntos, depois de algum tempo, tudo caminha favoravelmente. Deve-se seguir esse princípio, pois ele se converte num simples caminho de vida, dirigido pelo Céu. 7.7. Compreendidas onde se está infringindo-as, por meio do Johrei e ensinamentos. Muitas vezes as pessoas perguntam: "Por que essas e aquelas coisas têm que acontecer?”. Olhando-se mais detidamente os fatores responsáveis pelos acontecimentos indesejáveis, descobre-se que os pontos que os deflagraram eram contrários às leis naturais. Nada pode decorrer suavemente, a menos que tudo empreendido esteja de acordo com a Lei Universal. Considerando-se as dificuldades sem possibilidade de solução, como se elas pusessem contra a parede, pode-se chegar ao desespero, mas se as encarar calmamente e em atitude de prece, entende-se as suas causas e se podem encontrar as suas respectivas soluções. Se não chegar saber em que ponto não se está de acordo com a Lei, pode bem ser que os corpos espirituais estejam excessivamente maculados, entorpecendo o discernimento. À medida que a Luz Divina, recebida através do Johrei e da venerável leitura dos Ensinamentos dissiparem as máculas e elevar a vibração espiritual, se irá alcançando a compreensão do seu mais profundo significado e das causas desses encontros com a parede. Sempre que se procura estar dentro da Lei, o processo se torna suave. É importante saber como a Lei atua em qualquer situação e procurar ajustar-se a ela, manter-se alerta e capacitar-se para a adaptação necessária. O discernimento só pode ser alcançado através da contínua compreensão. Quando se atingi esse saber, pode-se agir mais de acordo com a Lei Divina e realizar o que empreendeu com relativa facilidade, maior eficiência e, eventualmente, com perfeição.

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7.8. Lei do Espírito Precede a Matéria. No caso geral de um y qualquer, como y = homem = h ou y = Mundo = M. Como tudo tem matéria e espírito, então, existem e(h) e m(h), bem como e(M) e m(M), em palavras: corpo espiritual do homem (= ce(h)) e corpo material do homem (= cm(h)), bem como Mundo Espiritual (ME) e Mundo Material (MM). Esta lei de precedência (►) no caso do h e M significa que existe uma ordem de anterioridade e primazia de ce(h) em relação ao cm(h), isto é, ce(h) ► cm(h), assim como, do ME em relação ao MM, isto é, ME ► MM. Por exemplo, a causa do movimento do homem e do Mundo é dada pelo ce(h) e ME, e não por cm(h) e MM. É a regra de quando acontece alguma purificação do espírito, ocorre o mesmo no corpo físico, em uma ação reflexa correspondente a uma ação vertical. Vide uma purificação do espírito do homem, ou seja, uma purificação no seu corpo espiritual, que por meio de uma ação vertical, leva a purificação do seu corpo material. ce(h) cm(h) De maneira ocorre o mesmo na purificação do espírito do planeta Terra, do espírito de um templo, do espírito de uma casa, do espírito de uma empresa, etc. Por isso, quando se procura anular as toxinas promovendo apenas a sua eliminação do corpo físico, isso terá um efeito temporário; com o passar do tempo, elas surgirão novamente, de acordo com a Lei do Espírito Precede a Matéria. Assim, para eliminá-las radicalmente, deve-se eliminar as máculas do corpo espiritual. Como todos os métodos utilizados até agora se basearam unicamente na eliminação das toxinas ou então na sua solidificação, tomando apenas o corpo como objeto do tratamento, é óbvio que

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eles propiciassem uma cura passageira, mas jamais a cura radical, o que está bem caracterizado pelo uso da palavra recaída. No caso da medicina os métodos empregados por ela são dois: a remoção cirúrgica e o congelamento. Já o Johrei é a purificação do espírito, por conseguinte, o método de eliminar as máculas espirituais. Através dele, as máculas ficam no estado de morte. Em outras palavras, o Johrei tira-lhes a vida. Mortas, obviamente elas perdem toda a sua força e deixam de pressionar os nervos. Esta é a razão do desaparecimento das dores. Mas, é certo que o princípio do Espírito Precede a Matéria não se aplica apenas ao ser humano, mas a todas as coisas do Universo, sem exceção. Inclusive se aplica a poder se afirmar que a missão (finalidade) precede a função, assim como a função precede a forma. O que, aliás, há cerca de 200 anos atrás, Lamarck defendeu essa idéia controversa na sua época. Neste ponto, este princípio se impõe de modo a: Movimentar o Universo; Refletir o Mundo Espiritual no Mundo Material; Purificar pela Luz é readquirir força vital e acelerar qualquer ação purificadora; Elevar espírito é erradicar sofrimento; Decair espírito é promover sofrimento; Priorizar os assuntos espirituais em primeiro plano; Pensar dos dirigentes e ação dos membros; Eliminar máculas é eliminar toxinas; Considerar é ter que, às vezes, ministrar Johrei de trás para frente. ● Movimentar o Universo. O Universo inteiro movimenta-se pela Lei do Espírito Precede a Matéria. ● Refletir o Mundo Espiritual no Mundo Material. Para mostrar a relação entre o Mundo Espiritual e o Mundo Material, é importante se entender que todo acontecimento ocorre primeiramente no Mundo Espiritual e depois se reflete no Mundo Material. Fazendo uma comparação, é como se aquele fosse o filme,

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e este, a tela de projeção. Essa é a absoluta Lei do Céu e da Terra. Quando o homem movimenta os braços ou as pernas, por exemplo, a vontade, invisível aos olhos, é que age primeiro e, pelo seu comando, os membros se movimentam. Analogamente, o Mundo Espiritual representa a vontade, e o Mundo Material os membros. Desta maneira, todos os fenômenos surgem primeiramente no Mundo Espiritual e depois são projetados no Mundo Material em maior ou menor tempo, dependendo da grandeza do fenômeno. A projeção pode ocorrer em alguns dias ou após alguns anos. Entretanto, esse tempo será abreviado à medida que for se aproximando a Era do Dia, o que de fato está acontecendo. Isso, contudo, não é nada em comparação ao Mundo Espiritual, que, atualmente, acha-se numa situação confusa como nunca esteve. A rapidez com que ocorrem as transformações, por sua vez, também evidencia claramente o Final dos Tempos. Em particular, o fenômeno da purificação ocorre primeiro no Mundo Espiritual e depois se reflete no Mundo Material. Porém, com a aproximação da Era do Dia, [Deus] aumenta o espírito do Fogo no Mundo Espiritual [Divino] e mais forte se torna o poder purificador. Pois, embora o Fogo seja uma energia do Mundo Espiritual, manifesta-se também na mesma proporção no Mundo Material. Isto decorre do princípio “Espírito Precede a Matéria.” Muitas pessoas, por exemplo, sentem calor ao receberem Johrei e algumas chegam até a transpirar. Isto acontece porque o Johrei, embora sendo espiritual, exerce efeito direto sobre a parte material. ● Purificar pela Luz é readquirir força vital e acelerar qualquer ação purificadora. Pela Lei da Precedência do Espírito sobre a Matéria, ambos os elementos – terra e plantas – readquirirem a sua força vital, crescem e se reproduzem com mais força, toda vez que são purificados pela Luz de Deus. O Johrei passa a acelerar qualquer ação purificadora.

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● Elevar espírito é erradicar sofrimento. A posição em que se acha o espírito de uma pessoa reflete-se no seu destino. Por isso, deve-se esforçar para elevar o nível espiritual, o que significa reduzir os sofrimentos e, proporcionalmente, aumentar a felicidade. Assim, não mais serão necessários os sofrimentos purificadores. É inútil apelar para a inteligência e envidar esforços enquanto o espírito estiver no Plano Inferior, porque esta é a Lei de Deus. E a Lei do Espírito Precede a Matéria também é inviolável. Assim, por exemplo, pessoas que enriqueceram neste mundo, que acumularam fortuna por meio da avareza ou que causaram sofrimento a outros, ao agirem contra a Lei de Deus, quando partem para o Mundo Espiritual, em conseqüência dos próprios pecados, tornam-se extremamente pobres, o que as leva a se arrepender bastante. De forma inversa, os que prestaram ajuda aos outros, que foram úteis as seus semelhantes e à humanidade em geral acumularam virtudes e, como resultado de seus atos, vão se tornar afortunados e felizes, ao chegarem ao Mundo Espiritual. ● Decair espírito é promover sofrimento. Atribuindo a causa do sucesso à sua capacidade, inteligência e esforço, a pessoa cai na presunção e na vaidade, torna-se egoísta e arrogante, vive uma vida de luxo, passando a ser alvo de sentimentos geradores de máculas. Em conseqüência disso, a sua aura vai perdendo luz e afinando, e acaba sobrevinda a ruína. Esse é o fim de muitas famílias nobres e de muitos milionários. Socialmente, ocupam posição superior e recebem da sociedade e do país os favores correspondentes a essa posição, razão pela qual deveriam retribuí-los adequadamente, isto é, fazendo o bem em abundância Dessa forma, suas máculas estariam sendo eliminadas constantemente. A maioria das pessoas, entretanto, só pensa em proveito próprio; em decorrência disso, se lhes avolumam as

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máculas e o seu espírito desce a um nível muito baixo, apesar de conservarem as aparências. Por fim, pela Lei do Espírito Precede a Matéria, essas pessoas acabam arruinadas. Pior ainda quando se maltratam os outros e forçam situações. Assim, mesmo que, aparentemente, obtenham êxito, seu espírito está decaído no Inferno. Em conseqüência pela Lei do Espírito Precede a Matéria, essas pessoas passam a ter o mesmo destino. ● Priorizar os assuntos espirituais em primeiro plano. Se parar para fazer qualquer coisa no seu caminho para a Igreja, é sinal que os assuntos menores têm primazia e Deus está em segundo plano. Isto também se aplica quando vai receber Johrei. Uma vez que vá primeiramente à Igreja, deixando para mais tarde os assuntos menos importantes que os espirituais, o Johrei será muito mais atuante. ● Pensar dos dirigentes e ação dos membros. Acham-se coisas muito interessantes, mas depois que se conhece a Lei do Espírito Precede a Matéria se vê que elas não tinham lógicas. Assim, geralmente, pensa-se que é bom trabalhar e se movimentar de modo visível, mas é o contrário. Por isso, na Igreja, por exemplo, ao invés do Dirigente tomar a frente, é melhor deixar, na medida do possível, que os seus subalternos ou membros novos façam o trabalho. ● Eliminar máculas é eliminar toxinas. Mostra-se, sob diversos ângulos, que a Era do Dia é o mundo em que o espírito precede a matéria é um princípio evidente. Aplicando isso ao corpo humano, as toxinas - causa de todas as doenças - são matérias estranhas acumuladas no corpo. Mas, nesse caso, como se encontra o espírito da pessoa? Nos locais do corpo

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espiritual correspondentes aos pontos onde se encontram as toxinas, estão as máculas. Quando se procura anular as toxinas promovendo apenas a sua eliminação do corpo, isso terá um efeito temporário; com o passar do tempo, elas surgirão novamente, de acordo com a Lei do Espírito Precede a Matéria. Assim, para eliminá-las radicalmente, se devem eliminar as máculas do corpo espiritual. ● Considerar é ter que, às vezes, ministrar Johrei de trás para frente. Ministro: Qual é ponto focal em ocorrências de apendicite e doenças do fígado? Meishu-Sama: Nesses casos, as toxinas sempre se acumulam nas costas, na mesma direção do órgão afetado. Então, obviamente, o Johrei deverá ser ministrado de trás para frente. Segue-se aqui a Lei do Espírito Precede a Matéria. 7.9. Lei de identidade Espírito e Matéria. No caso do corpo espiritual do homem (= ce(h)) e corpo material do homem (= cm(h)), a lei de identidade (≈) em homem (= h), significa que existe uma ordem de equivalência e similar de ce(h) em relação ao cm(h), isto é, ce(h) ≈ cm(h). Por exemplo, o efeito do movimento de h: no ME é dado pelo ce(h), analogamente, no MM é dado pelo cm(h). É a regra de quando acontece alguma identificação que atinge primeiro, o corpo físico, para só daí atingir o espírito, em uma ação reflexa correspondente a uma ação horizontal. Vide uma identificação da matéria do homem (ou seja, uma equivalência no seu corpo material), que por meio de uma ação horizontal, leva a similar no seu corpo espiritual. cm(h) ce(h)

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De maneira ocorre o mesmo na analogia da matéria do planeta Terra, da matéria de um templo, da matéria de uma casa, da matéria de uma empresa, etc. Há dois tipos de máculas: as que se originam no próprio espírito (ou seja, no corpo espiritual do homem) e as que são reflexo do corpo (partem do corpo material do homem). Sobre o primeiro tipo. Naturalmente, todas as pessoas, assim como praticam o bem, também praticam o mal durante sua vida. Se o mal é maior que o bem, a diferença entre eles constituirá o pecado, que, refletindo-se na alma diminui-se o brilho; por esse motivo, a consciência ficará maculada e, em seguida, o espírito. Através da ação purificadora, é realizada a eliminação das máculas. Durante o processo, o volume delas diminui provisoriamente; com isso, elas se tornam mais densas, concentrando-se em determinadas parte do corpo. O interessante é que, dependendo do pecado, o local da concentração é diferente. Por exemplo: os pecados da vista, nos olhos; os pecados da cabeça; os pecados do tórax, no tórax, e assim por diante, tudo enquadrado na concordância. Sobre o segundo tipo, isto é, as que se refletem do corpo para o espírito. “Por exemplo, sangue do homem (sh) ≈ homem (h). Então: sangue do homem é a materialização do espírito do homem (isto é: sh = m(e(h))); espírito do homem é a espiritualização do sangue do homem (isto é: (e(h) = e(sh)).

Assim, quando o sangue do homem se suja, o espírito do homem também acaba se sujando. Mas por que o sangue se suja? A causa é bastante surpreendente: são os remédios, que paradoxalmente ocupam a posição de maior destaque nos tratamentos médicos. Como todo remédio é veneno, só de ingeri-lo o sangue de uma pessoa já se suja

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e, ao mesmo tempo, nuvens são geradas no espírito da pessoa. Portanto, qualquer droga, quando ingerida, debilita o organismo e, pela “Lei da Identidade entre Espírito e Corpo”, surgem às máculas. Não há, pois, coisa mais temível que os medicamentos. 7.10. Lei de Causa e Efeito. Princípio universal preconizado no seguinte provérbio: “cada um colhe o que planta.” Então, de acordo com essa lógica, toda ação – boa ou má – tem, inevitavelmente, suas conseqüências. Baseado nesse princípio, para combater o mal, se pregou a Lei da Causa e Efeito, na tentativa de obter o arrependimento e a conversão dos perversos. É inegável que se obtiveram alguns resultados positivos, mas não conseguiram mudar a maioria. Neste item, essa lei se impõe de maneira que: Efeito de felicidade é causado pelo altruísmo; Efeito da infelicidade é causado pela maldade; Quem salva é salvo, quem quer ajudar fica mais poderoso; Esforços para atender os serviços da Igreja trarão maiores bênçãos; Plano desta vida é estabelecido pelas encarnações anteriores; Socorros especiais são determinados por afinidades; Ciclo da saúde: purificação-mais vigor-mais purificação; Quanto mais cedo ocorrerem as penalidades, mais brandas serão; Dedicação impede sofrimento por privações financeiras; Entendendo esta lei, elimina-se o crime; Pessoas mudam para uma casa de acordo com espiritualidade; Resultado de tornar membro é causa de propósito divino. ● Efeito de felicidade é causado pelo altruísmo. Tudo se enquadra dentro da Lei de Causa e Efeito, e a felicidade não foge a essa lei. Descobrir sua causa será, pois, descobrir a chave do problema. A solução da incógnita está na compreensão do amor altruísta. Lutar pelo bem-estar do próximo é a condição essencial para a pessoa tornar-se feliz. O mundo, entretanto, está repleto de pessoas que buscam a felicidade apenas para si, indiferente à desgraça alheia.

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● Efeito da infelicidade é causado pela maldade. Quando o homem pratica o mal, inevitavelmente obtém resultados negativos. Pela Lei de Causa e Efeito, isso é incontestável; é a Verdade. Por mais que se empenhe, se não for para o Bem, o homem não progredirá. Se a pessoa fizer o próximo sofrer, ela própria sofrerá; se fizer o próximo feliz, ela própria será feliz. ● Quem salva é salvo, quem quer ajudar fica mais poderoso. Servir em benefício da humanidade, procurando sempre ser útil, é o que mais agrada a Deus. Deve-se ajudar o maior número possível de pessoas a se tornarem conscientes do Plano Divino e da Luz que está sendo vertida para a Nova Era. Deve-se orar pelo bem de todos, pois, orar somente pelo próprio bem-estar indica egocentrismo. Quando a pessoa se torna instrumento efetivo do Plano Cósmico, não se precisa preocupar com a própria salvação. Se alguém diz a si mesmo, após filiar-se à Igreja: "Agora eu compreendo como é maravilhoso poder participar da Obra Divina. Há tantas pessoas sofrendo infernalmente com tantos problemas! Preciso ajudar tantas quantas for possível.", naturalmente, o Johrei desta pessoa torna-se poderoso e dá bons resultados. Se alguém diz: "E bom eu receber tantas graças nesta Religião e estar protegido. Isso é o que eu queria.", o Johrei ministrado por ela não será forte e, consequentemente, não será tão atuante. ● Esforços para atender os serviços da Igreja trarão maiores bênçãos. A freqüência à Igreja durante o mês foi pequena. Indagando o motivo, Meishu-Sama obteve do Ministro a explicação de que a lavoura exigiu muito trabalho durante este tempo. Aí ele lhe orientou: “Se assim foi, a ausência dos membros não seria admissível, pois os que têm fé devem freqüentar independentemente dos trabalhos normais que possam ter. Permanecer distante do serviço do Solo Sagrado porque a estação do ano em zona de cultura

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agrícola impede afazeres, não parece ser razão suficiente. Entretanto ter trabalho deveria ser uma melhor razão para freqüentar a Igreja. Atendendo ao serviço da Igreja, você expressa gratidão por todas as bênçãos recebidas e é purificado na alta vibração espiritual da sua Divina Luz. Portanto, estará mais fortalecido para prestar a Deus maior número de serviços. Não é correto ausentar-se, com a justificativa de muita ocupação. Você não estará desorganizando sua vida oferecendo dois dias por semana, para atender aos serviços da Igreja, desde que Deus recompensa dez vezes a você, tanto quanto o serviço que deu ou o esforço que fez para sua doação. Por um dia de veneração, você receberá 10 dias de bênçãos. Está em desacordo com a Lei, esquivar-se dos serviços da Igreja, porque acredita estar muito ocupado. Se você fizer um esforço para freqüentar a Igreja quando estiver muito ocupado, será recompensado ainda mais por esse motivo. Neste ponto o caminho de Deus é completamente diferente daquele que os homens imaginam. Os Ministros deveriam expor este ponto muito claramente aos adeptos. Muitos membros ainda terão que percorrer o caminho espiritual do pensamento. Deixe-me repetir: Deus deseja abençoar mais ainda tudo o que você fizer, na medida em que se esforçar, numa situação de impedimento para freqüentar a Igreja. Se você sair por prazer, escolherá a hora mais conveniente, mas a freqüência aos serviços da Igreja é muito diferente. Você deve guardar este ponto em sua mente e tentar agir de acordo com a Lei.” ● Plano desta vida é estabelecido pelas encarnações anteriores. Um fabricante de móveis falou a Meishu-Sama: ”Certa noite, já faz algum tempo, ouvi em sonho o silvo de uma sirene. Acordei e precipitei-me para ver o que estava acontecendo. Verifiquei que um incêndio, provocado por cinzas quentes, havia irrompido em minha fabrica. O incêndio foi extinto antes que pudesse espalhar e, portanto, o prejuízo foi pequeno. Sou muito grato pela proteção que recebi naquela noite. Mas, recentemente, fatos semelhantes

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estão ocorrendo em minha família, um após outro. Então, pergunto o significado de tais acontecimentos." Meishu-Sama respondeu: “Todas as coisas obedecem à Lei de Causa e Efeito. O plano geral para esta vida e estabelecido pela maneira como pensamos e agimos em encarnações anteriores. Não obstante, esses planos preestabelecidos podem ser modificados para melhor ou para pior, dependendo da maneira como vivemos agora, nossa infelicidade pode ser reduzida e mesmo eliminada com a assistência de Deus, mediante o nosso respeito e obediência à Sua Vontade. Levando se uma vida dedicada, o Yukon acabará alcançando o ponto em que os infortúnios físicos são reduzidos a meros sonhos maus, ou mesmo completamente eliminados. É essencial que a purificação do corpo espiritual prossiga enquanto for necessária. Devemos chegar à convicção de que em última análise, todo sofrimento é necessário para a nossa limpeza. E não esquecer que quanto maior for a missão da pessoa tanto mais intensa será a sua purificação.” ● Socorros especiais são determinados por afinidades. Os acontecimentos sempre são determinados pela Lei da Afinidade. Então, quando as pessoas recebem graças, se for num momento de perigo, significa que a ajuda, antigamente prestada pelos pais ou avós, gerou, naquele instante, uma proteção especial para os descendentes. Esses socorros especiais estão sempre fundamentados na lei divina de causa e efeito que rege o mundo. De acordo com a lógica dessas relações estabelecidas, nenhuma ação quer seja boa ou má, fica solta; inevitavelmente traz conseqüências. ● Ciclo da saúde: purificação-mais vigor-mais purificação. Há casos de reincidência da doença depois de algum tempo, mesmo em pessoas que já obtiveram melhora através do Johrei. Meishu-Sama chamava a isso de repurificação. O que acontece é que o Johrei promove a eliminação das toxinas em processo de

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dissolução, e com isso o doente tem uma melhora temporária; entretanto, logo que ele retoma suas atividades, já com vigor razoável, surge uma ação purificadora mais intensa. Resumindo, com a purificação a pessoa ganha saúde, e com a saúde surge à purificação. Pela repetição desse processo é que se obtém o completo restabelecimento da saúde. ● Quanto mais cedo ocorrerem às penalidades, mais brandas serão. Explicando do ponto de vista espiritual, se o homem pratica más ações, esse pecado gera máculas no espírito; quando o acúmulo das máculas atinge determinado nível, sobrevém a ação purificadora, na forma de doenças, acidentes ou penalidades legais. A parte que não foi atingida pela lei dos homens é punida espiritualmente, pela Lei de Deus. Entretanto, como Deus é absoluto, se a pessoa escapar habilmente a essas penalidades, o castigo se refletirá na matéria através de sofrimentos maiores. Evidentemente, as doenças sobrevindas nesses casos são malignas e, na sua maioria, colocam em risco a vida da pessoa. Quanto mais cedo ocorrerem as penalidades, mais brandas serão, podendo-se compará-las a empréstimos ou dívidas, que, quanto mais se demora a saldá-las, mais aumentam, devido aos juros. ● Dedicação impede sofrimento por privações financeiras. Deus nunca permite que seus servos dedicados sofram privações financeiras, mesmo quando eles passam dificuldades. Assim funciona a Lei do Mundo. ● Entendendo esta lei, elimina-se o crime. Meishu-Sama afirma que se entendendo a Lei de Causa e Efeito, será facílimo eliminar o crime pela raiz.

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● Pessoas mudam para uma casa de acordo com a sua espiritualidade. Com a mudança de residência acontece à mesma coisa. Não é preciso se preocupar nem um pouco com a fisiognomonia ou a posição cardeal da casa. As pessoas acabam mudando para casas que estão no nível correspondente a elas. As que estão no Mundo Intermediário, se mudam para uma casa boa. Da mesma forma, as pessoas que têm os seus espíritos no Inferno, por mais que procurem mudar-se para uma casa de boa fisiognomonia e posição cardeal, jamais conseguirão ir a tal lugar. Meishu-Sama quando se mudava de residência não examinava nada, nem mesmo a sua fisiognomonia. Quando ele sentia vontade ia até o local, e, infalivelmente, encontrava uma boa casa. Depois de mudar, ficava conhecendo ainda mais os seus pontos positivos. ● Resultado de tornar membro é causa de propósito divino. Algumas vezes, as pessoas podem pensar que são obstáculos em vez de auxílio para a Igreja, por parecerem insinceras ou nocivas, em certos casos. Se realmente elas são insinceras ou nocivas, algum propósito, no Plano de Deus, existiu para a sua admissão, e mesmo assim Ele as utiliza. Há uma Lei de Causa e Efeito, que governa os que são admitidos ou se associam à nossa Igreja. 7.11. Lei da Ordem. Deus é Ordem. Então, quando se desrespeita tão profundo princípio de estruturação, especialmente no campo das relações sociais, nada corre bem. Diante desse fato, torna-se fundamental se ter consciência da Lei da Ordem. Quando se obedece a ela o resultado é notável, trata-se de um fator natural de progresso.

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A Lei da Ordem preside a tudo. Em qualquer tipo de atividade, existe sempre uma disposição (sucessão) harmoniosa de ações e um tempo certo a serem seguidos. Assim, talvez seja possível conjecturar que ordem se impõe numa disposição (processo, arranjo, composição, organização, modo, posição, critério, disciplina, hierarquia, lógica, prescrição) em espaço estruturado (harmonia, concordância, sintonia) e tempo determinado. Por exemplo, o próprio leitor se encontra numa posição, espaço e tempo, isto é, está num nível espiritual, em algum lugar, num determinado ano, mês, dia, horas, minutos e segundos. Disposição. Aqui se aborda: Ser Supremo em primeiro lugar e imparcialidade com as pessoas; Ser Absoluto é quem cura e não o homem; Deixar as coisas em desordem embota a mente; Publicações da Messiânica devem ficar nos locais mais altos; Agradecer de acordo com rendimento; Até nos cumprimentos, atenções, lugares e lateralidades existe hierarquia; Assistência religiosa na família deve ser dada pela família; Assistência religiosa só com consentimento familiar; Importância do chefe e do primogênito. ● Ser Supremo em primeiro lugar e imparcialidade com as pessoas. Quanto mais gentileza houver, melhor. Não existe um limite, mas a ordem é importante. E preciso que Deus esteja em primeiro plano. Entretanto, não se deve fazer distinção de acordo com a posição da pessoa. Deve-se ser sempre imparcial. ● Ser Absoluto é quem cura e não o homem. Observando de outro ângulo e considerando que o nível do homem seja uma linha horizontal, o que está abaixo dessa linha é

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fenômeno material, e o homem posiciona-se acima; esta é a lei do Universo. De acordo com esse princípio, todas as coisas que ficam abaixo da linha horizontal estão à mercê do homem, mas as que estão acima não. Dessa maneira, é impossível manusear livremente a vida do homem através da Ciência criada por ele mesmo. Isso se torna evidente pelo fato dele não conseguir eliminar a doença e obter vida longa. O fato de o homem querer curar a doença de outro homem significa o domínio do inferior sobre o superior; é, portanto, violação da posição de Deus. ● Deixar as coisas em desordem embota a mente. Meishu-Sama sempre falava em tom de brincadeira enquanto ordenava as coisas à sua volta: “Sou hábil em separar e dispor as coisas em ordem, por isso, acho que me daria bem se abrisse uma loja de material usado." Creio que o modo esmerado e ordeiro com que ele colocava os objetos, de acordo com o local, era realmente uma arte. Quando ele pedia: “Traga tal coisa, que está em tal lugar do armário tal.”, estava surpreendentemente correto, pois o objeto se encontrava realmente ali. Numa ocasião, ele ensinou calmamente: “As pessoas devem estar sempre atentas em deixar os seus objetos em ordem para tê-los à mão quando necessário, de tal modo que possa apanhá-los livremente, mesmo na escuridão. Não se importar em deixar as coisas em desordem embota a mente." ● Publicações e fotos da Messiânica devem ficar nos locais mais altos. Pode-se adoecer por vários dias e não sarar; mas, ao descobrirem a causa, consegue se curar rapidamente. Isso acontece muito em forma de doenças nas crianças, porque a ordem está errada. Portanto, numa casa, jamais se deve colocar o jornal messiânico na parte baixa. Também jamais deixar os escritos e

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fotografias de Meishu-Sama em local baixo. Quando isso acontece às pessoas em geral sentem sensações desagradáveis. Portanto, não existe nada como a ordem, que não pode ser tratada levianamente. ● Agradecer de acordo com rendimento. Se uma pessoa tem a sua vida salva através do poder de Deus e nega-se a expressar a sua gratidão, ou se for mesquinho enquanto gasta dinheiro em coisas fúteis, sua atitude não estará de acordo com as Leis da Existência. Ele deveria sempre tentar agir em harmonia com as Leis Universais. Isso pode ser aplicado com relação às próprias vidas. Desejando-se ter as vidas salvas, deve-se merecer a salvação. Deve-se mantê-la em um nível onde se possam receber as bênçãos divinas. Quando não se cumprir à parte que cabe a pessoa, Deus se afasta segundo a sua Lei Imutável. ● Até nos cumprimentos, atenções e lugares existem hierarquia. Discípulo de Meishu-Sama conta: “Por ocasião da primeira viagem missionária às diversas regiões do Japão, Meishu-Sama, passando pela cidade de Kagoya, foi a Quioto. Na sua volta, como desejava acompanhá-lo, dirigi-me até o vagão em que ele estava para cumprimentá-lo. Naquele momento, Meishu-Sama conversava com o Presidente da Igreja, portanto fiquei aguardando do lado de fora até que terminassem, mas a conversa parecia não ter fim. Nisso, foi dado o sinal de partida para o trem; eu queria cumprimentá-lo, pois pensava que seria incorreto embarcar e acompanhá-lo sem nada lhe dizer. Assim, já estava ficando impaciente. Bem nessa hora, sua esposa me perguntou: "O que deseja?” - eu lhe respondi: "Desejo acompanhá-los na viagem." e, ao olhar de relance para Meishu-Sama, vi que naquele mesmo instante ele havia encerrado a conversa. Apressadamente, como o trem já ia partir, disse a ele: "Vou acompanhá-lo." e subi no trem.

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Assim que embarquei, o dedicante que o acompanhava veio a mim: "Meishu-Sama está chamando o senhor, venha rápido." Dirigi-me às pressas à cabine especial onde se encontrava. Então fui severamente advertido: "Você não sabe o que é ordem?" Eu respondi: "Sim?!", embora não soubesse por que me chamava a atenção. Então, ele continuou: "A minha esposa está aqui como minha acompanhante; onde já se viu cumprimentar primeiro minha acompanhante, me deixando para depois? Daqui em diante você precisará orientar muitas pessoas; portanto, quero deixar tudo isso bem claro.”, e continuou rigorosamente, esclarecendo o quanto é importante manter a ordem. Eu quis me explicar, mas nada consegui dizer, além de: “Sim senhor" e Meishu-Sama concluiu: “Muito bem.". O caso ficou encerrado. Todavia, fui para o vagão-leito deprimido e nem consegui cochilar até chegar à cidade de Atami, a tal ponto me tocou o fato de ter sido repreendido. Depois disso, entretanto, senti algo diferente se formando no meu interior e adquirir autoconfiança em relação ao servir. Sempre que surgia um problema, eu me lembrava da expressão do rosto de Meishu-Sama dizendo: “Não sabe o que é ordem?” e logo que isso me vinha à mente, compreendia como deveria fazer para encontrar a solução desejada. Por isso, quando surgem problemas, lembro-me logo de seu amor por mim, demonstrado naquela ocasião, e fico profundamente agradecido.” Um dia, os discípulos de Meishu-Sama, estavam reunidos no Fujimi-Tei, Solar da Contemplação do Monte Fuji, quando sua esposa voltou da aula de "Nagauta" (Canção para danças). Antes que eles a cumprimentassem dizendo: "Boa tarde", ela disse "Sejam bem-vindos." Na mesma hora, Meishu-Sama advertiu-a, brandamente: “A ordem está errada." Outro fato aconteceu quando a esposa de um dedicante estava com uma purificação e, por ter recebido permissão para receber Johrei de Meishu-Sama, levou-a até sua casa.

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No momento em que Meishu-Sama ministrava Johrei na esposa do dedicante, uma pessoa de sua família entrou na sala. Então o dedicante fez menção de cumprimentá-la, mas Meishu-Sama, delicadamente disse: "Na hora do Johrei não é necessário", o que deixou o dedicante bem à vontade. Alguns minutos depois, ele disse: "Está terminado o Johrei,” Então o dedicante agradeceu por sua esposa, dizendo: “Muito obrigado” e também agradeceu a esposa de Meishu-Sama que ali estava presente. Quando ia se retirando, já descendo as escadas, foi chamado por Meishu-Sama. Retornou à sala e cumprimentou-o receoso. “A expressão 'muito obrigado', dita a minha esposa, está errada. Deve-se dizer: 'Desculpe-me pelo incômodo.” Aquelas palavras fizeram-lhe suar frio e na hora em que se retirava, agradecido pelo esclarecimento, emocionou-se ao constatar que Meishu-Sama orientava até nas pequenas coisas. “O seguinte fato ocorreu em abril de 1952, na ocasião da viagem missionária de Meishu-Sama à cidade de Quioto. E também quando purificava, novamente com tuberculose, e estava muito abatido. Meishu-Sama iria chegar ao restaurante Alaska, no Edifício Assahi de Quioto, ao entardecer, mas houve um atraso no horário. A minha incumbência era de porteiro; deveria conduzir Meishu-Sama após sua descida do carro até a porta do elevador o que estava me deixando muito apreensivo. Com o atraso previsto, o carro de Meishu-Sama chegou. Abri a porta e fui conduzindo-o. Depois de dar ou três passos, olhei para trás e vi que sua esposa estava um pouco atrasada. Então, parei para esperá-la. Na hora, nada aconteceu, mas logo depois fui chamado à presença de Meishu-Sama, que se encontrava na sala de descanso, por intermédio de uma senhora afobada, que com visível preocupação perguntou-me: “Que aconteceu? Ele está muito Bravo!” ”Não fiz nada.", respondi. "De qualquer modo, quando entrar na sala de descanso, peça desculpas.", disse-me ela.

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Assim, ao chegar diante de Meishu-Sama, mesmo sem saber por que, pedi perdão, dizendo: "Desculpe-me." Ai, ele me disse: "Você não me conhece bem." Mesmo assim, eu continuava sem entender. Depois, percebi repentinamente do que se tratava e disse algumas palavras justificando-me. Então, Meishu-Sama falou-me da seguinte maneira: "Ela é minha esposa. Quem é mais importante, eu ou minha esposa? Não sabendo quem eu sou você corre risco de vida, pois isso significa que não sabe quem é Deus." Pedi perdão, curvando-me respeitosamente. Depois disso houve um jantar, mas, em lágrimas, não consegui comer.” “Na época em que Meishu-Sama residia no Hozan-So, Solar da Montanha Preciosa, fiquei responsável pelos serviços de portaria e, juntamente com um ajudante, servia no hall de entrada. Entretanto, de maneira estranha, começaram a acontecer desavenças inexplicáveis entre nós, e eu já não estava suportando aquela situação. Os dias iam passando sem que eu conseguisse entender a razão de tudo aquilo. O ajudante, também não conseguindo suportar mais, relatou a Meishu-Sama a sua insatisfação para comigo. Então, ele me chamou, mas sem nenhum indício que quisesse me repreender. Apenas perguntou a ordem que ocupávamos na recepção e, tão logo respondi, disse-me "Isso está acontecendo porque a ordem está invertida. Mude a ordem dos lugares." Depois disso, o clima entre mim e o ajudante ficou agradável. Juntos, em mútua colaboração, conseguimos servir com harmonia. [note que um era o responsável e o outro era ajudante, assim qualquer lugar ou lado mais nobre, atender mais ou menos, é motivo de desordem]” “Isto ocorreu num dia de forte ventania, na ocasião da visita de Meishu-Sama ao Suisho-Den, Palácio de Cristal.

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Ele sempre visitava primeiro o Palácio de Cristal, depois o Templo Messiânico e ia embora; essa era a ordem da sua visita. Entretanto, como nesse dia ventava muito forte, pensei em levá-lo primeiro ao Templo Messiânico e, em seguida ao Palácio de Cristal. Assim sendo, no trevo da Colina das Azaléias, tentei entrar à esquerda, mas Meishu-Sama fez parar o carro e perguntou: "Aonde vai?" e me ordenou severamente: “Em tudo há uma ordem. Siga pelo caminho correto, não se pode subverter a ordem." Então, como de hábito, visitou primeiro o Palácio de Cristal. Acredito que as palavras “caminho correto" não se referiam apenas ao trajeto a ser percorrido pelo carro, mas tinham vários outros significados. Senti que se referiam, também, ao caminho que o homem percorre na vida e em tudo mais.” O próprio Meishu-Sama expressou-se sobre o assunto. “A ordem é o caminho e também a Lei. Perturbar a ordem significa desviar-se do caminho; violar a Lei é faltar à civilidade. Na vida cotidiana, existem ordens que o homem deve respeitar. Entre os membros de uma família há diferenças de comportamento. Para nos sentarmos numa sala, por exemplo, devemos considerar como lugar de honra a parte mais elevada, onde se colocam objetos de adorno; faltando essa parte, o lugar de honra é o local mais afastado da entrada. Quando os membros de uma família ocupam os devidos lugares, sentando-se o pai próximo ao lugar de honra, depois a mãe, o primogênito, a primogênita, o segundo filho, a segunda filha, etc., cria-se um ambiente harmonioso. O desrespeito à Lei não trará boas conseqüências, mesmo num regime democrático. Suponhamos uma ponte sobre um rio, a qual só dá passagem para uma pessoa de cada vez. Se várias pessoas tentarem atravessá-la ao mesmo tempo, haverá confusão e todos se precipitarão no rio. É absolutamente necessário que as pessoas atravessem uma de cada vez, ou seja, é preciso que haja ordem. Outro exemplo: quando recebemos visitas, as poltronas e os lugares variam de acordo com o grau de amizade e posição, o mesmo acontecendo com os cumprimentos. Se isso for observado,

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tudo correrá em perfeita harmonia e não se causarão impressões desagradáveis. Também há diferença de atitudes e diálogos entre moços, velhos e crianças. O essencial é causar sempre boa impressão ao próximo. Em algumas famílias, os pais dormem no térreo, reservando o andar de cima para os filhos e empregados. Isso é um erro: nessas famílias, os filhos e os empregados tornar-se-ão desobedientes. Também a esposa deixará de ser dócil e submissa, quando dormir mais próximo ao lugar de honra do que o marido.” Outra consideração importante diz respeito às laterais. A esquerda corresponde ao espírito, por isso é superior. A direita está relacionada ao corpo; por conseguinte, inferior. Como nas suas atividades diárias, o homem emprega, na maioria das vezes, a força física, daí a razão pela qual utiliza mais o braço direito, que corresponde ao corpo. ● Assistência religiosa na família deve ser dada pela família. Pedir ao Dirigente para que ministre Johrei não é totalmente inadmissível. Só nos casos em que uma pessoa está sofrendo demais, ou quando não se sabe qual é a doença, pode-se perguntar ao Dirigente, e pedir para ministrar Johrei. Nos demais caso, em que a própria pessoa pode ministrar é errado dar trabalho ao Dirigente. E, de acordo com a doença, os casos são diversos: mas, sendo pneumonia, ela sara naturalmente, mesmo que não se faça nada. Por isso, com a ministração pelo pai ou pela mãe, o filho sara. No entanto, se pedir, desde o início, ao Dirigente, levará mais tempo. Ao contrário, com a assistência do pai ou da mãe, a cura se processará mais rapidamente. Isso porque, o Dirigente deve ter o seu pensamento voltado para a Salvação de um maior número de pessoas e expandir a Obra Divina; mas, por estar desviado desse ponto, a coisa não vai bem, apesar do esforço.

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● Assistência religiosa só com consentimento familiar. Meishu-Sama orientou seu discípulo: “O fato de ir ao hospital é errado, uma vez que a moça foi entregue à responsabilidade do médico. Portanto, o certo é não ir. Porém, se você for ao hospital por algum motivo, e lá o doente disser: "Não quero mais, quero recorrer a Deus.", e se não houver nenhum familiar que seja contra, pode ministrar Johrei; mas se houver uma pessoa que se opuser, não é bom. Se o chefe da família despertar, e disser: "Fiz uma tremenda bobagem e vim pedir-lhe assistência.", então, pode ir. Caso contrário, não deve ir de maneira alguma. Na sociedade também é assim, mas principalmente no que diz respeito às coisas de Deus é preciso que elas estejam baseadas na lógica. Nunca se pode fazer aquilo que não esteja dentro dela. Por isso, escrevi e falei sobre isso outro dia. Como se trata de racionalidade é necessário que esteja de acordo com a lógica. O fato agora abordado não está conforme a lógica, por isso, não pode. Olhando de qualquer ângulo, e se estiver de acordo com a lógica, não há problema. Neste caso, o chefe, que é a pessoa principal, está pedindo ajuda ao médico, portanto, está completamente fora da lógica o fato de ir dar assistência.” ● Importância do chefe e do primogênito. Meishu-Sama deu exemplos a respeito. “Os antepassados desejam a felicidade de seus descendentes e a prosperidade de sua linha familiar. Por conseguinte, não negligenciam sua guarda um instante sequer, impedindo-os de cometerem erros e pecados, ou seja, evitando que trilhem o mau caminho. Se um descendente induzido pelo demônio, comete uma má ação, aplicam-lhe castigos na forma de acidentes ou doenças, não só como advertência, mas também para a limpeza dos pecados cometidos anteriormente. No caso do enriquecimento ilícito por parte do descendente, fazem com que este tenha prejuízos,

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ocasionando, por exemplo, um incêndio ou outras formas de perda, que lhe esgotam a fortuna. Conforme o pecado aplica-se também a doença como processo de purificação. Suponhamos que uma criança contraia gripe. Uma gripe comum seria facilmente solucionada através do Johrei; nesse caso, entretanto, não se verificam bons resultados. A criança tem vômitos freqüentes, perda de apetite, acentuado enfraquecimento em poucos dias e acaba morrendo. É uma situação estranha, que se enquadra justamente no que falamos acima: advertência dos antepassados. As causas podem ser várias, entre elas o relacionamento amoroso do pai com outra mulher. Se ele não perceber na primeira advertência, poderão ocorrer-lhe sucessivas perdas de filhos. Estes são sacrificados por um prazer passageiro; trata-se, portanto, de uma conduta bastante reprovável. Os antepassados evitam sacrificar o chefe da família por ser ele o seu sustentáculo, de modo que os filhos tomam o seu lugar. Vejamos outro exemplo. O chefe de uma família, homem de aproximadamente quarenta anos, nunca havia rezado perante o oratório de antepassados que havia em sua casa. Sua filha, preocupada, conversou com um tio, irmão do pai, e transferiu o oratório para a casa dele. Pensando no futuro, o tio foi à casa do irmão e pediu-lhe que reconhecesse, por escrito, a transferência do oratório, que havia sido transmitido por várias gerações e que estava agora sob a sua guarda. O irmão concordou, mas, quando pegou a caneta, sua mão começou a tremer em espasmos, sua língua contraiu-se e ele não conseguiu mais falar nem escrever. Tentaram vários tratamentos sem nenhum resultado, e por fim vieram a um discípulo meu em busca de cura. Lembro-me de ter ouvido dele a história que a filha desse homem lhe contara. No caso em questão, os antepassados não admitiram que o oratório fosse retirado definitivamente da casa do primogênito, que, por tradição, deveria guardá-lo. Se isso acontecesse, a linhagem da família ficaria alterada, podendo, então, ocorrer a sua extinção.”

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Harmonia. Convém lembrar que concordância e sintonia são sinônimas de harmonia. Convém, ainda, ficar bem claro para todos que o destino das pessoas depende da quantidade de nuvens acumuladas no decorrer da vida. Assim, serão mais afligidos por sofrimentos, mesmo não os querendo, aqueles que carregam muitas máculas. É a Lei da Sintonia aplicada indistintamente a todos os seres humanos. Embora esses infortúnios pareçam injustos, na verdade, são formas de dissipar as nuvens espirituais; por isso, devem ser aceitos com alegria e sentimento de gratidão. Cada um precisa também ter a absoluta certeza de que, em decorrência da mesma Lei de Sintonia, ao ficar plenamente purificado, não será mais atingido por desgraças, críticas ou atitudes contrárias à fé que pratica. Lei da Sintonia determina o aparecimento de uma ação purificadora nas partes do corpo onde se verifica o acúmulo de toxinas ou de máculas espirituais. Assim, onde quer que se acumulem impurezas, surgirá uma atividade natural para purificá-las e restabelecer o equilíbrio. Por exemplo, se existem muitos malfeitores, são porque eles são necessários. Tal é o ponto de vista Daijo. O que é bom é considerado bom naturalmente. Mas, o que parece desastroso e calamitoso também é bom, desde que sirva como processo purificador. Considerar esse processo, antes de tudo, como purificador, é de suma importância. A criatura que chega a encarar todo sofrimento com esta compreensão, terá atingido muita iluminação espiritual e muita paz. Isso, entretanto, só pode ser aplicado a quem tiver muita fé em Deus. Os sofrimentos de uma pessoa com pouca ou nenhuma fé só podem dar origem a maiores sofrimentos. Quanto mais impaciente for a pessoa, pior se tornará a situação, atingindo, não raro, proporções desastrosas. O segredo da felicidade está na aceitação da Lei da Concordância Espiritual e da Lei da Purificação (a

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purificação é regida pela Lei da Concordância, no entanto, se vai considerar a Lei da Purificação a parte para não sobrecarregar o texto). Atualmente um grande número de pessoas sofre repurificações. Devido ao fato de todas as ocorrências obedecerem à Lei da Sintonia. Quer dizer, tudo acontece de acordo com o princípio da justiça que, na sua essência, engloba a Lei do Carma, ou seja, a relação entre causa e efeito. Aqui se aborda: Tudo está em harmonia; Causa dos movimentos; Todas as matérias seguem numa seqüência infinita na cadeia da evolução; As ações das pessoas e todas as coisas da vida devem estar de acordo com o Jishoi; As purificações ocorrem de acordo com os gêneros de máculas; Fundamenta por onde sai o espírito quando se morre. ● Tudo está em harmonia. A sorte é proporcional às máculas espirituais, isto é, os sofrimentos ocorrem de acordo com a quantidade de máculas existentes no espírito. Portanto, tudo se baseia na Lei da Concordância e nada está em desarmonia. Se o homem acha que existe desarmonia, é porque ele julga observando apenas a parte superficial das coisas. Suponha que numa família haja uma pessoa que não deseja se tornar membro de forma alguma e é contra a Igreja. Então, os membros ficam constantemente impacientes, mas quem tem máculas são as pessoas que se encontram impacientes. Se as suas máculas forem eliminadas e a sua alma for purificada, as outras pessoas não conseguirão mais atormentá-la ou fazê-la sofrer. Num sentido mais profundo, porém, a idéia do que seja harmonia, está ligada, em primeiro lugar, à distribuição natural e lógica de todas as criaturas de Deus dentro do Grande Universo. A partir desse ponto de vista, pode-se entender que nada se encontra ou se coloca desarmoniosamente no Cosmos. Mesmo em situações nas qual a desorganização se torna evidente, faz-se necessária a clara consciência de que na criação

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divina jamais haverá desarmonia. Então, aquilo que momentaneamente possa aparentar desordem, com o passar do tempo, volta a ocupar o seu exato lugar, obedecendo à rigorosa Lei da Harmonia presente no Universo. ● Causa dos movimentos. Originariamente, todas as coisas existentes no mundo movem-se graças à Lei da Concordância, e tudo está de acordo com a lógica. Isso é bem evidente, sobretudo na Fé. As palavras de Sakyamuni: "Tudo que nasce está sujeito a desaparecer" e "Todo encontro está condenado à separação" sintetizam essa verdade. ● Todas as matérias seguem numa seqüência infinita na cadeia da evolução. No Grande Universo, a começar do espaço, que se estende infinitamente, até as mais minúsculas existências, impossíveis de serem detectadas mesmo com uso de microscópios, todas as matérias, sejam elas grandes, médias ou pequenas, cada qual obedecendo à Lei da Concordância, nascem, crescem, unem-se e separam-se, aglomeram-se e espalham-se, destroem-se e constroem-se, numa seqüência infinita na cadeia da evolução. [até os átomos]. ● As ações das pessoas e todas as coisas da vida devem estar de acordo com o Jishoi. Mesmo as ações das pessoas e todas as coisas da vida só correrão bem se estiverem em concordância com seu rendimento, sua condição [inclusive física, um médico gordo incentivando alguém a perder peso], sua posição social e se conseguirem adaptar-se completamente. E, quando achar que está um pouco estranho, deve-se analisar se está ou não em concordância e, então, poder-se-á perceber. A concordância está segundo a lógica, por isso, a antiga expressão "de acordo com a posição" é uma boa palavra. E também,

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as ações devem estar conforme a circunstancia, o ambiente, o local, a pessoa e diversas outras coisas. ● As purificações ocorrem de acordo com os gêneros de máculas. No caso de dois filhos, um deles perdulário e descontrolado, e o outro bem orientado, o primeiro, do ponto de vista comum, poderia parecer mau e uma desonra para sua família. Mas, quando considerado do ponto de vista espiritual, ele não o é. Este irmão está cumprindo a missão de purificar as nuvens espirituais do tronco familiar. Assim, nem sempre é possível determinar qual o lado bom ou mau das coisas, apenas do ponto de vista humano. Também a doença assume diferentes aspectos, de acordo com o gênero de máculas formadas. Os atos errôneos que levam o culpado a se desviar dos olhos das outras pessoas, muitas vezes são purificados por meio de algum tipo de distúrbio de visão. As palavras duras, cínicas ou ofensivas, penosas de serem ouvidas, podem encontrar purificação através de distúrbios auditivos ou de linguagem. Os atos que ocasionam dores de cabeça aos outros podem provocar dores de cabeça naquele que as causou. O pecado de trabalhar somente para si pode dar origem à purificação por meio de doença na mão ou no braço. Assim, a purificação das máculas espirituais é inevitável, ocorrendo mais cedo ou mais tarde, de acordo com a Lei da Concordância Espiritual. Se alguém pode escapar ao castigo das leis humanas, que são relativas, nunca escapará da Lei Divina, que é absoluta. ● Fundamenta por onde sai o espírito quando se morre. Geralmente o espírito se desprende do corpo pela testa, pela região umbilical ou pela ponta dos dedos do pé. O espírito puro sai pela testa; o que tem muitas máculas, pela ponta dos dedos do pé; o mediano, pela região umbilical. Isso se explica porque o espírito puro praticou o bem enquanto vivia, somou méritos e foi purificado;

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o que tem muitas máculas somou muitos pecados, e o mediano situou-se entre os tipos mencionados. Tudo está fundamentado na Lei da Concordância [que talvez se explique pelos chacras]. Tempo. A fundadora da Oomoto - Nao Deguti - escreveu: “Com o tempo nem Deus pode”. Esta frase encerra uma profunda sabedoria e diz tudo. Por isso se pensa não haver nenhuma inconveniência em afirmar que o Tempo rege tudo o que existe sobre a Terra inclusive o que se relaciona ao homem. Os homens precisam ter muito mais interesse por essa categoria absoluta denominada Tempo. A velocidade é espaço sobre tempo, por isso se diz que um veículo está se movimentando com uma velocidade de 60 quilômetros por hora. De tal definição, em termos matemáticos, se poderia dizer que o tempo é espaço sobre velocidade, donde: se a velocidade for normal então o tempo é normal; se a velocidade for próxima a da luz então o tempo é quase um instante. Por isso, que se afirma que dois irmãos gêmeos, um entrando numa nave com a velocidade da luz e o outro num trem, o que partiu na nave quando retornasse encontraria o que ficou na Terra muito mais velho ou até morto. Como os deuses se movimentam em alta velocidade então ... Aqui se aborda: Aguardar o tempo certo, pois tempo é sagrado e nem Ele pode vencê-lo; Deve-se esperar o momento exato de se encaminhar e renascer; Deve-se esperar o momento para realizar empreendimentos; Quanto mais atarefado, maior cuidado se deve tomar; A religião deve acompanhar o tempo de modo a orientar o progresso da vida do homem atual. ● Aguardar o tempo certo, pois tempo é sagrado e nem Ele pode vencê-lo. O tempo de Deus muda a cada mil ou dezena de mil anos, embora para Ele, o Criador, esse espaço corresponda apenas a uma fração de segundo, ou até menos do que isso.

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Nenhum projeto deve ser empreendido prematuramente. Se parecer que o tempo adequado ainda não chegou, deve-se esperar, pois a despeito de sua possível importância, o projeto não poderá funcionar facilmente. Aquilo que parece difícil e incompreensível deve-se remeter aos cuidados do Absoluto e dar tempo ao tempo. Por exemplo, no caso de encaminhamento a fé. Não seja repetitivo nem insistente naquilo que você diz e fale com simplicidade. Jamais insista em fazer com que uma pessoa que não seja membro entenda os Ensinamentos. Aceite o nível de compreensão de cada um. Se esse freqüentador ainda não entendeu perfeitamente, espere chegar o tempo apropriado para dar novas explicações. Aguardando o tempo certo, se poupa esforços e todas as coisas correrão bem. Deve-se refletir bem antes de agir. Se algo impede que uma pedra role morro abaixo, tentar empurrá-la é despender muita força, entretanto, se souber esperar pacientemente, o obstáculo irá sendo vencido pelo peso da própria pedra, com o tempo, até o empurrão de um dedo a fará precipitar-se. “Se o rouxinol não canta, esperarei até que ele cante”. Esta frase foi dita satiricamente por Ieyassu Tokugawa, o fundador da dinastia Tokugawa, a qual governou o Japão durante trezentos anos porque ele soube dar tempo ao tempo. Creio que o que dissemos é suficiente para compreenderem a importância do tempo. Nao Deguti escreveu: “Com o tempo nem Deus pode”. Isso resume admiravelmente a verdade da questão. O objetivo de Deus é a construção do Mundo Ideal, e, para tudo era importante que todas as condições necessárias fossem preenchidas. Deus estava aguardando o tempo certo. Enfim, essa hora chegou: é a época atual. Portanto, é preciso, antes de tudo, que a humanidade se conscientize disso e que se processe a Revolução Espiritual em cada indivíduo. Tempo é sagrado e tão verdadeiro que se torna um absurdo a expressão "como hoje é domingo", essa argumentação fundamentada no tempo é um grande desrespeito a Deus.

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Chegando o tempo propício, de repente, tudo se esclarece, porque existe uma ordem determinada pela vontade de Deus, para indicar a hora exata em que as incertezas devem desaparecer. Aí, então, qualquer ser humano com nível superior de discernimento poderá entender e distinguir a grande verdade. Meishu-Sama dizia que: “Caso não surjam, de imediato, boas idéias, deixo o tempo passar, não penso mais no assunto e mantenho a certeza de que a resposta certa virá logo depois. Ajo assim porque sei que Deus não revela nada antes da hora; somente no tempo propício e na ordem exata, é que lampeja, na minha mente, a solução adequada para cada problema.” Para se ter certeza de que o tempo esperado por Deus se aproxima, basta se observar os avanços da civilização materialista no campo da comunicação e dos transportes determinando o encurtamento de distancias, a eliminação de fronteiras, a integração entre os habitantes do mundo inteiro. Tais fatos indicam a necessidade de antes ser estabelecida total aproximação entre os povos, para depois, tornar-se possível a Deus Supremo transmitir, de maneira transparente e universal, a idéia realmente verdadeira do Reino do Céu na Terra. ● Deve-se esperar o momento exato de se encaminhar e renascer. Ainda que não se compreenda, Deus é onisciente. A Lei da Ordem, no Mundo Espiritual, determina quem virá e quando virá. Nesse ínterim, deve-se esperar; nenhuma pessoa virá senão no exato momento em que deve vir. Algumas pessoas não se tornaram membros da Igreja, ainda que tenham observado e alcançado benéficos resultados com o Johrei. Podem ter sido dissuadidas de assim proceder, por parentes ou amigos que sobre elas exerçam indevida influência, ou podem ter sido impedidas por qualquer outra condição ou circunstância adversa. Alguns perguntam se existe um meio eficiente para converter um descrente. Não há um método especial. Um homem pode ser levado à Igreja porque ouviu falar a respeito ou porque leu

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sobre ela, seja ou não ateu. Cabe a cada um orar com devoção e sinceridade pela realização do Plano de Deus e a Ele confiar os resultados. Além de oferecer Johrei aos que necessitam de auxílio, nunca se deve, no trabalho religioso, intervir indevidamente. Sempre haverá um tempo adequado para que a pessoa venha. Quando o momento chega, ela aparece por sua própria iniciativa. O fator tempo é muito misterioso, difícil para que seja determinado pelo ser humano. No caso de pessoas falecidas. Quando o espírito está purificado até certo grau, renasce por ordem de Deus. Essa é a ordem natural, mas há exceções. Quando uma pessoa morre sentindo um forte apego à vida, muitas vezes reencarna antes de ter sido suficientemente purificada no Mundo Espiritual. Tais pessoas têm um destino infeliz. ● Deve-se esperar o instante adequado para realizar empreendimentos. Ainda um outro aspecto que muito afeta o resultado dos empreendimentos é a ordem. Pode-se iniciar um plano supondo que tudo já foi bem considerado e que a sua realização não terá impedimento. Mas, no entanto, contrariando a expectativa, podem-se encontrar obstáculos. ● Quanto mais atarefado, maior cuidado se deve tomar. Meishu-Sama era rigoroso com relação à ordem. Quando um seguidor se atrasou por cinco minutos para receber o seu Johrei, ele chamou sua atenção severamente: “Você vai ser purificado por mim, portanto deveria ter chegado mais cedo que eu e ficar aguardando. Se a pessoa que vai purificar tiver que esperar por aquela que vai ser purificada, a ordem está subvertida.” E continuou lhe advertindo: “Quando a pessoa dispõe de tempo, segue corretamente a ordem, mas quando fica atarefada, desvia-se

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facilmente dela. Portanto, quando estiver atarefado, tome mais cuidado. Para isso, deve empenhar-se na leitura dos Ensinamentos. Isso impede atuação do espírito maligno. Deixar de dormir uma ou duas noites não mata ninguém, por isso leia avidamente os Ensinamentos. Quando deixamos o espírito maligno atuar em nós, não conseguimos mais discernir a ordem.” ● A religião deve acompanhar o tempo de modo a orientar o progresso da vida do homem atual. Sem dúvida alguma, as religiões entram em decadência por não acompanharem a marcha do tempo. Quando cumprem rigorosamente os ensinamentos do seu fundador, considerando-os como as mais sublimes e importantes determinações, mas não dão atenção a outros fatores, tornam-se anacrônicas. Como a brecha vai ficando cada vez maior, passam a ser acusadas de incapazes, conforme está ocorrendo atualmente. Se todas as coisas estão sujeitas à Lei de Causa e Efeito, faz-se absolutamente imprescindível que as religiões tradicionais reflitam muito sobre o assunto, pois não há motivos para elas continuarem eternamente transcendentais. Um dos princípios básicos da Igreja Messiânica Mundial é que tudo deve progredir e acompanhar o tempo. Essa é a razão pela qual os messiânicos não dão atenção às formalidades das religiões tradicionais, dispensando o tempo e os gastos que elas requerem. Na realidade, as formalidades não trazem benefício algum. Assim, não há motivo para as divindades ficarem contentes com elas. 7.12. Lei da Purificação. Purificação é o ato de limpeza das máculas do espírito e das toxinas do corpo. É realizado por meio de doenças, por sofrimentos ou outros infortúnios com os quais o homem se depara com a verdade durante a sua vida terrena, bem como pelo bem e pelo belo.

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Neste item, ela se impõe de modo que: Será de âmbito mundial e não apenas individualmente; Regida pelo sofrimento, virtude e arte de alto nível; Ação de expelir impurezas onde elas existirem; Executada por doença, incêndio, inundação, praga, perversidade e Johrei; Mais severa para quem tem mais máculas, maior missão ou sinceridade; Diferente para quem acabou de ingressar na fé e daqueles que não são membros; Causa dela se realizar está em nós pela ação e pela omissão; Ocorre de forma proporcional, bem como por repurificação; Culmina no Juízo Final para evitar que a humanidade seja extinta; No entanto, não se trata de advertência divina; Nem corresponde à atitude de Jesus Cristo em redimir os pecados. ● Será de âmbito mundial e não apenas individualmente. É fato que as doenças constituem formas de limpeza de todas as impurezas que toda a humanidade depositou no corpo. Portanto, tal purificação não ocorrerá apenas individualmente, já que será de âmbito universal. Sabe-se que há no mundo local onde, dependendo dos fatos positivo ou negativos neles ocorridos, impurezas se acumularam, com o passar dos tempos. E agora, deverá ser acionada uma ação purificadora intensa, para limpá-los. ● Regida pelo sofrimento, virtude e arte de alto nível. Uma explicação possível para esta regência deve passar pelo aperfeiçoamento se pautar pela verdade, bem e belo. O objetivo da Fé é polir a alma e purificar os sentimentos. Existem três maneiras para conseguirmos isso: pelo sofrimento oriundo não só de abstinência ou penitências, mas também de danos e catástrofes; pela soma de méritos e virtudes e pela elevação da alma por influência da arte de alto nível. Dentre elas, o caminho mais rápido é este último. E não existe nada melhor, pois a alma vai sendo polida imperceptível e prazerosamente.

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Para que Deus conceda a graça de o espírito ficar mais leve, é preciso que outras pessoas sejam salvas. E na falta dessa virtude, a eliminação das máculas de alguém se dá por outro processo: pelo sofrimento, que corresponde à outra forma de purificação. Basta entender essa lógica para perceber que viver no Mundo Material não é tão difícil, pois tudo que causa sofrimento não passa de uma ação purificadora. ● Ação de expelir impurezas onde elas existirem. Onde quer que se acumulem máculas ou vibrações de natureza prejudicial, produzir-se-á, por lei natural, uma atividade para expeli-las, restabelecendo o equilíbrio vital e o estado de pureza. É uma lei do Mundo Espiritual e, por conseguinte, a ela ninguém consegue escapar. Isso não somente no que se refere aos problemas de saúde, mas também aos decorrentes da penúria, dos infortúnios, dos acidentes e catástrofes naturais, os quais não ocorrem por acaso: eles são provocados pelos pensamentos e atos humanos. Quando se chega à compreensão desse fato, começa-se a perceber a razão da infelicidade. Até o surto de epidemias, embora o aparecimento do vírus seja uma causa direta, deve-se ao fato de terem surgido homens com necessidade de purificar. Trata-se, pois, de uma ocorrência natural, baseada na Lei da Concordância, que se aplica as todas as coisas existentes sobre a face da Terra. Não se sabe, com certeza, quais os países mais atrasados ou quais os mais desenvolvidos, atualmente. Na verdade, são vistos por Deus, a partir da quantidade de impurezas que possuem, e daí fica difícil se imaginar como tal limpeza se processará. Serão atingidos os prédios e construções de toda ordem que, mesmo parecendo muito belo aos nossos olhos, são feios e maculados, sob o ponto de vista divino. Por exemplo, o centro de Tóquio – Ginza – considerado um dos lugares mais bonito do Japão, talvez não o seja aos olhos de Deus. É até provável que uma região interiorana, mais rústica

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possua, do ponto de vista divino, beleza ainda maior que Ginza. Na maioria das vezes, na visão de Deus, o lado espiritual, verdadeiro é bem diferente da realidade material, porém é impossível encontrar uma maneira de se ter certeza absoluta dessa verdade. A Lei da Purificação é viva e para entendê-la, é necessário que seja interpretada no sentido daijo, pois a nossa visão de mundo é muito limitada. Cumpre-se por doença, incêndio, inundação, praga, perversidade e Johrei. A doença é a ação purificadora do corpo humano. Quanto às toxinas que nele se acumulam atingem certa quantidade, causam distúrbios à saúde, surgindo, então, a ação para eliminá-las, isto é, a ação de limpeza. Sem ela, não é possível o homem manter a saúde; é uma Lei Universal e, realmente, uma grande dádiva de Deus. Como a Ciência ainda não conseguiu descobrir esse princípio, interpreta a doença de forma completamente errada. Apesar de todo o progresso, o fato é que a humanidade continua sofrendo, pois a Ciência mostra-se impotente ante o elevado número de pessoas enfermas. Os germes surgem para ajudar a eliminação de impurezas acumuladas na corrente sangüínea. Em 1952, houve um considerável aumento de certas enfermidades no Japão. Só o índice de mortalidade pela encefalite foi doze vezes mais elevado do que em 1951. Talvez se ache incoerência falar de doença para explicar as causas do incêndio, mas, na verdade, a causa de ambos é a mesma, visto que o incêndio também é uma ação purificadora. As casas também possuem espírito, de modo que, se o dono for virtuoso, a aura da casa será larga; no caso de incêndio, o espírito do fogo não a atinge, pois é barrado pela aura. Por isso, na ocasião do grande incêndio de Atami, a sede provisória da Igreja Messiânica foi milagrosamente poupada. Se ocorre o contrário - o que é difícil - é porque há necessidade de queimar impurezas; por conseguinte, o fato obedece ao Plano de Deus.

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Considerando-se o significado das inundações. As impurezas do solo, causadas pelos fertilizantes químicos e os inseticidas, produzem naturalmente uma ação purificadora por parte da Natureza, no esforço para eliminá-las. Devido à crescente poluição química, podem-se sofrer inundações mais freqüentes ainda e outras catástrofes sem precedentes. Esse princípio fundamental se aplica as todas as coisas. Podem-se observar atividades correspondentes no campo social. Criaturas perversas aparecem devido ao acúmulo de nuvens criadas por condições sociais errôneas. Os erros cometidos pelos homens provocam acúmulo de nuvens no corpo espiritual conjunto da sociedade. A existência de pessoas perversas é uma conseqüência natural da violação das leis espirituais. Os tormentos e sofrimentos que ocasionam, constituem uma forma de purificação. As atividades desses indivíduos, entretanto, aumentam as máculas, resultando em um maior desenvolvimento de pessoas perversas. Enquanto houver corrupção social generalizada, haverá esse círculo vicioso de situações que produzem indivíduos perversos, os quais, por uma vez produzem indivíduos ainda mais terríveis. É curioso o fato observado muitas vezes entre os grandes criminosos: são presos só depois que se arrependem e desejam aproximar-se de Deus. É a ação da Lei da Purificação pelo sofrimento, decorrente das máculas do corpo espiritual. De acordo com a vontade de Deus, as coisas irão até finalmente chegar à constatação de que a Lei da Purificação está relacionada ao profundo poder divino do Johrei. ● Mais severa para quem tem mais máculas, maior missão ou sinceridade. Um membro da Igreja, que sofria um infortúnio após outro, perguntou por que razão era submetido a tão severas purificações financeiras, mentais e espirituais, quando tinha o desejo sincero de

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devotar a sua vida à Obra Divina. Foi-lhe explicado que a grande quantidade de máculas acumuladas antes de sua dedicação precisava ser dissolvida. Ainda outra razão é que aqueles que têm uma missão maior do que a média, sofrem, via de regra, maiores purificações e essas geralmente são mais rigorosas. Mas a fé em Deus, os milagres e as bênçãos vêm sustentá-los e dar-lhes forças. Gradualmente, a situação se modifica e surgem fases melhores e mais brilhantes. Podem, então, executar tarefas especialmente significativas no Plano Cósmico. Enquanto houver máculas no corpo espiritual, será necessária a limpeza e o processo de purificação assumirá variadas formas. Devem-se aceitar certas privações como companheiras naturais na limpeza das máculas físicas, mentais e espirituais e saber que assim se é elevado a um mais alto plano de consciência. Pessoas sinceras, que recebem e ministram Johrei, podem sofrer severas purificações. Curiosamente, quanto mais dedicadas se mostram, mais rigorosas parecem ser, às vezes, as suas purificações. Se não estiverem imbuídas de verdadeira fé, poderão vacilar. Esse, entretanto, é um momento muito importante. A fim de serem recompensadas por sua sinceridade com as bênçãos Divinas, as suas máculas espirituais devem ser dissipadas de modo mais intenso, assim como um prato sujo deve ser limpo antes de ser usado. Se suportarem pacientemente o seu sofrimento, sentir-se-ão recompensadas muito além da expectativa. Não são raras as situações onde a pessoa acaba tendo prejuízos, logo depois de tomar a decisão de que é preciso praticar fervorosamente a fé. Só que na verdade não existe coisa mais gratificante do que isso. A explicação é a seguinte: como esta pessoa se tornou fervorosa na fé, Deus passa a ter uma grande vontade de premiá-la. Porém, como dentro dela existe muita coisa suja, antes é preciso limpá-la, ou seja, purificá-la. Se esta pessoa tiver a paciência de esperar todo o processo de purificação terminar, toda aquela sujeira será eliminada de uma única só vez.

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● Diferente para quem acabou de ingressar na fé e daqueles que não são membros. Quando a pessoa ingressa na Fé Messiânica, sua alma eleva-se a nível superior. Se somente a alma receber Luz, as sujeiras existentes no corpo físico não corresponderão ao posicionamento da alma, de modo que elas precisam ser purificadas e eliminadas, para que o corpo fique na mesma posição em que se encontra a alma. Isso é a purificação. Assim, a purificação após o ingresso na Fé e a da época em que a pessoa não era membro tem sentidos diferentes. E preciso que saibam essa diferença. A purificação da época em que a pessoa não era membro ocorre naturalmente, com a finalidade de preservar-lhe a saúde. Se não ocorrer tal purificação, a pessoa acaba perdendo a vida. Ocorre, portanto, uma purificação natural para que o homem possa viver e trabalhar o máximo possível. A purificação natural é a limpeza, efetuada por meio de tormentos e sofrimentos. ● Causa dela se realizar está em nós pela ação e pela omissão. Talvez se possa compreender melhor o que Meishu-Sama ensina a seguir, se considere a abrangência da palavra “falta”. Esta, para muitos, só significa erro, pecado, culpa pelo que fez, pela movimentação, e não pelo que não fez, pela passividade, vazio, omissão, estagnação. As catástrofes naturais, como tufões e inundações, são calamidades provocadas pelo homem; são produzidas pelos maus pensamentos e más ações do povo. Em lugar de queixa pelas desgraças e sofrimentos, deve-se convencer de ser o motivo e que a ninguém mais se pode culpar. Inconsciente desse fato, as pessoas, em sua maioria, julgam que a causa da infelicidade esteja fora delas. Esquecem as suas próprias faltas e atribuem a culpa à Grande Natureza, às outras pessoas, à sociedade, à educação ou ao governo. Homens que muitas vezes ocupam posições de destaque argumentam e

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defendem o mesmo errôneo ponto de vista. Contudo, esse fato é um terrível equívoco. Ele permite que muitos se deixem tomar pelo ressentimento, o que, por sua vez, contribui para aumentar as máculas ou toxinas. Muitas pessoas ficam bloqueadas nesse ponto. Em alguns casos, chegam ao extremo de cometer assassinato ou suicídio, incorrendo assim em sérias conseqüências espirituais. E a ignorância das verdadeiras causas do sofrimento e da infelicidade que cria o círculo vicioso. Por outro lado, dificilmente serão abençoadas as pessoas que, há muito tempo, já ingressaram na fé, receberam muitas graças e, por isso, deveriam ter aprofundado o seu conhecimento. Além de nada terem feito, ainda continuam se comportando como aqueles que não conhecem a Deus. As coisas Dele têm de ser realizadas dentro da lógica. O aumento de pessoas acomodadas afrouxa a estrutura da sociedade e facilita o aparecimento de corruptos e criminosos. A realidade social torna patente o que se acabou de afirmar. Para definir o valor de um homem, julga-se importante verificar a sua dosagem de ódio ao mal. Quanto maior ojeriza tiver pelo mal, mais firme é a pessoa, mais sólido é o seu caráter. Meishu-Sama diz: “Afinal, a causa está em nós mesmos. Portanto, quando algo não corre como desejamos, é preciso, primeiramente, refletir sobre a nossa própria conduta. E, quanto a esta, está escrito em alguma parte dos meus livros.” ● Ocorre de forma proporcional, bem como por repurificação. Supondo-se que a pessoa esteja sentindo dor no braço direito. Quando a dor melhora, pela ministração do Johrei, o braço esquerdo começa a doer. Parece, então, que a dor se deslocou, mas isso é que se chama purificação proporcional. Eliminadas as toxinas do braço direito e havendo toxinas no esquerdo, ocorre aí o processo de purificação natural, para estabelecer o equilíbrio. Evidentemente isso não se limita ao braço. Seja no ventre ou nas

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costas, não existe deslocamento da dor. Trata-se tão somente de purificação proporcional. Seria natural que um doente grave, que já estava ciente de sua morte e não tinha mais esperança de ficar completamente curado, antes de qualquer coisa, retribuísse a Deus com todas as suas forças. Apesar de isso ser lógico, se receber graças e esquecer de retribuir, será pessoa por demais ingrata. Explicando-se melhor essa teoria. Considerando-se dez o valor da vida e se a gratidão for dez também, o saldo será zero. Entretanto, se a gratidão for acima de dez, haverá crédito, e Deus concederá graças várias vezes maiores. Por outro lado, se a gratidão for apenas cinco, a diferença ficará como dívida com Deus. Por isso, será melhor saldá-la o quanto antes, pois a sua negligência fará aumentar os juros e, consequentemente, a dívida. Nesse ponto, não difere nem um pouco do Mundo Material, uma vez que está baseada na Lei da Concordância. E quando a dívida se acumula e ultrapassa um determinado limite, recebe-se a intimação e o embargo do Tribunal Divino. Isso é a causa da repurificação; portanto, se perceber isso, pedir perdão sinceramente e pagar toda a dívida, é natural que será salvo. ● Culmina no Juízo Final para evitar que a humanidade seja extinta. De acordo com a Lei da Concordância, à medida que o invisível Mundo Espiritual empreende intensa purificação, os que se encontram no Mundo Material cujos corpos espirituais forem excessivamente maculados, encontrarão dificuldades para suportar as crescentes e freqüentes purificações. Somente aqueles que estiverem suficientemente puros poderão sobreviver. Alguns messiânicos também poderão sentir dificuldades durante o tempo da grande purificação. O que se deve fazer é empenhar-se para estar preparado espiritual e fisicamente, caso deseja-se passar por este período com relativa facilidade. Este grande drama cósmico foi denominado Juízo Final. O planeta Terra é o palco, no qual a representação está sendo levada.

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Um tão extraordinário drama não poderia ter sido vivido em qualquer outro tempo da História. O Grande Juízo é a manifestação do amor absoluto de Deus e, caso não ocorra uma ampla purificação, a humanidade virá a ser extinta, devido ao acúmulo excessivo de máculas. Felicidade e saúde só existem em decorrência das doenças que, na realidade, são o meio de se prolongar a vida e, por essa razão, correspondem à maior e mais maravilhosa graça que Deus concedeu ao ser humano. ● No entanto, não se trata de advertência divina. Ministro – De vez em quando, algumas pessoas dizem que a ação purificadora é uma advertência de Deus. Essa afirmação corresponde à verdade? Meishu-Sama – Não! Está completamente errado afirmar isso! Se por acaso houver advertência, ela vem do Guardião, que é um espírito escolhido dentre os antepassados mais evoluídos. ● Nem corresponde à atitude de Jesus Cristo em redimir os pecados. Meishu-Sama diz que: “Quem realizou esse processo de absorção de máculas foi Jesus, ao carregar a cruz dos pecados da humanidade. Contudo, é necessário ficar bem claro que essa atitude de Jesus não corresponde à Lei da Purificação que eu ensino. Ele apenas tirou os pecados dos outros, assumindo-os para si mesmo. No caso do Johrei, entretanto, ele queima as máculas da pessoa e, por essa mesma razão, melhora cada vez mais a saúde tanto de quem o recebe quanto daquele que o ministra.” “Isto é, através dos pecados e máculas. Porém, é engraçado falar de pecado em relação àquele Deus [Cristo], mas [Jesus] Cristo foi crucificado porque na [numa] encarnação anterior [Sussanao-no-Mikoto] praticou um grande pecado e sendo crucificado pagou pelo pecado. Por isso foi crucificado. E só com isso não pode ser salvo totalmente. Então, depois de sofrer durante muito tempo, ao se

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encontrar com a Luz, o pecado em forma de máculas se dissolve e desaparece. E aí é salvo. Por isso é que deseja a Luz.” “Dentro desse relatório existe diversos significados, mas o que mais senti foram as palavras de Cristo, terrivelmente impertinentes e o interessante era que parecia estar ouvindo a bíblia. A bíblia foi escrita pelos discípulos mas dá para notar que era essa a maneira de falar quando Cristo dava seus conselhos. E o mais engraçado é a frase “Deus que não é Deus”, esse é um modo de falar muito engraçado. Realmente, até hoje se falava Deus, mas na verdade não era Deus. Era o representante de Deus ou o seu discípulo. Era nesse sentido. Por isso Cristo também não disse: “Eu sou Deus”. Ele disse: finalmente surgiu o tão esperado Senhor da Salvação. Entretanto, na realidade, não é o Senhor da Salvação. Então, ao contrário, para não cometer esse erro deixou se crucificar, tem também esse significado. E isso é igual tanto para o homem como para Deus, mas Deus principalmente é rígido, por isso se não estiver de acordo é um sofrimento.” 7.13. Lei da Inversão. Um dia, Ookyo tendo-se dirigido a um famoso restaurante de Quioto, logo ao entrar, percebeu que havia algo de anormal, pois o proprietário mostrava-se muito preocupado. Ao perguntar o que estava acontecendo, o dono do restaurante contou-lhe que os negócios não andavam bem nos últimos tempos e, por isso, pensava em encerrar suas atividades. Ookyo, tentando ajudar o proprietário, disse-lhe que tinha uma idéia. Retirou-se em seguida, voltando mais tarde com o desenho de um vulto feminino, na realidade, uma assombração. Logo em seguida, a tela foi colocada numa moldura e o quadro afixado no tokonoma. Diante da atitude de Ookyo, a preocupação do dono do restaurante tornou-se bem maior, pois achava que a pintura

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representando um fantasma iria afugentar ainda mais os clientes. Ookyo, porém, recomendou-lhe que ficasse tranqüilo, deixasse o problema por sua conta e continuasse apenas observando os resultados. Com o passar dos dias, o inusitado quadro começou a ficar famoso: muita gente afluía para vê-lo e o restaurante voltou a prosperar mais do que antes. Na verdade, Ookyo empregou a Lei da Inversão segundo a qual no momento em que yin atinge o ponto máximo, muda para yang e vice-versa. Também conhecida pela Lei dos Efeitos Contrários. Meishu-Sama ensina que: “Os homens que não obtém resultados satisfatórios naquilo que executam com esforço, ou no que julgam ser uma boa ação, desconhecem a teoria dos efeitos contrários, ou melhor, falta-lhes discernimento a respeito de sua razão transcendental. Vou explicar essa teoria dando alguns exemplos. Quem a entender, não deixará de lucrar com isso. Dentre os líderes dos fiéis, há os que procuram mostrar-se mais elevados, mais importantes do que realmente são. Tais líderes acabam recebendo o que merecem e, conseqüentemente, são menosprezados. Aqueles que sempre mantêm uma atitude discreta e moderada atraem maior consideração. Existem, também, os que gostam de contar seus sucessos, o que não é agradável para os ouvintes. A exibição é condenável. Quem expõe os fatos tal qual eles se apresentam, granjeia maior simpatia, e sua palavra discreta o enobrece perante o ouvinte. Ao prestar um auxílio evite falar como estivessem vendendo favores, pois isso só serve para diminuir o sentimento de gratidão das pessoas. Como vemos pelos exemplos acima, em tudo há efeitos contrários. Se procederem levando esse ponto em consideração, obterão bons resultados. Certa vez cedi à insistência de um visitante a quem vinha evitando, e concedi-lhe uma entrevista. Ele perguntou-me: “Quem é

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o deus da Igreja Messiânica Mundial?” “Ignoro-o completamente”, respondi. O visitante tornou a interrogar-me: “O senhor prevê todos os acontecimentos futuros, não é?” Retruquei: “Eu nada sei, porque não sou Deus.” Parece-me que ele se decepcionou, pois não voltou mais. Antigamente, apareciam muitas pessoas que queriam me enganar, levando-me dinheiro. Nessas ocasiões, antes que tocassem no assunto, eu lhes indagava se não conheciam alguém que pudesse emprestar-me determinada quantia, porque eu estava muito necessitado. Então elas acabavam se despedindo sem falar nada a respeito do seu intento. Também há ocasiões em que, quando acho que uma pessoa tem qualidades e futuramente pode ter um grande desempenho na Obra Divina, intencionalmente eu a trato sem consideração. Aí, ao invés de se mostrar desinteressada e negligente, ela dedica ainda mais e realiza ótimos trabalhos. Procuro utilizar tais pessoas em tarefas importantes, como elementos capazes e dignos de confiança. Muitos outros exemplos poderiam ser citados, mas é de grande importância ter em mente a teoria dos efeitos contrários.” Resultados insatisfatórios nunca poderão causar, por conseguinte, estranheza a quem desrespeita a Lei dos Efeitos Contrários. 7.14. Lei da Grande Natureza. Divididos em bem e mal, yang é espírito e bem; yin é corpo e mal. Nesse sentido, o bem e o mal estão em contraposição. Tal é o aspecto básico da Grande Natureza. Este princípio impõe de modo que: Propicia a visualização do crescimento incessante; Proporciona alimentos aos seres humanos; Corrige o ambiente imediatamente com uma ação purificadora; Ensina que os métodos divinos fazem alcançar os resultados previstos; Possibilita existência saudável e feliz.

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● Propicia a visualização do crescimento incessante. Na Grande Natureza, tudo progride e evolui incessantemente, num ininterrupto processo de renovação. Veja como, a cada ano, aumenta o número de pessoas e o aproveitamento das terras, e como progridem os meios de transporte, a construção e as maquinarias. As plantas e árvores crescem em direção ao céu e nunca para baixo. Assim também, o homem deve acompanhar e imitar o progresso e evolução de todos os fenômenos da Natureza. ● Proporciona alimentos aos seres humanos. Meishu-Sama diz: “É por isso que eu afirmo: toda vez que meditarmos sobre a lógica divina, iremos entender claramente que nunca poderia ter sido possível a Deus criar o ser humano sem lhe ter proporcionado alimentos e todas as demais condições de sobrevivência. Então podemos concluir sem sombra de dúvidas que, se um país não consegue produzir alimentos suficientes para a sua população, é por que não está agindo de acordo com a Lei da Grande Natureza, criada por Deus. Portanto a solução para o problema da fome no mundo tem seu ponto focal no respeito que o ser humano devotar à lógica divina, ao lidar com a terra. Até hoje, o que se vê, porém, é a negação da Lei de Deus pela crença de que o único meio de se conseguir uma produção satisfatória seria o uso de adubo.” ● Corrige o ambiente imediatamente com uma ação purificadora. De acordo com a Lei da Natureza, sempre que se acumularem substâncias impuras ou duvidosas em qualquer ambiente, uma ação purificadora ocorre automaticamente como um método corretivo.

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● Ensina que os métodos divinos fazem alcançar os resultados previstos. A Natureza ensina ao homem a importância do tempo. Em seu aspecto real, a Natureza é a própria verdade. Portanto, o homem deve tomá-la, em tudo, como exemplo. Aprender com a Natureza é a condição básica do sucesso. Nesse sentido, tanto o Johrei como a agricultura sem adubos e demais métodos que Meishu-Sama vem difundindo, sempre logram atingir os resultados previstos, quando praticados sem falhas, porque obedecem às leis da Natureza. ● Possibilita existência saudável e feliz. Se os seres humanos procurassem estabelecer para si mesmos um padrão existencial de acordo com a Lei da Grande Natureza, com certeza, teriam uma existência sem doenças nem infortúnios. Finalizando: É natural que após obedecer ao Messias de procurar saber quem é Deus e conscientizar-se de Sua existência se tenha como próximo passo de busca o espaço e o tempo com corpos e seres que mais do que os sentidos do ser humano pode abranger através da astronomia, geografia, ecologia, biologia, história e religião, enfim é previsível de se querer examinar o mundo. No entanto, o que foi visto neste volume, mundo tem várias conotações. Uma delas é que o mundo pode ser desde o universo até algo local, passando pelo globo terrestre na sua origem como Pangéia desmembrada em dois grandes continentes Gondwana (América do Sul, África, Austrália e Índia) e Laurásia (América do Norte, Ásia, Europa e Ártico), ou na sua divisão moderna em dois

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continentes que são a Eurafrásia (antigo) e a América (novo) ou então na sua divisão clássica em Ocidental e Oriental. Outra conotação é que o mundo pode ser também a humanidade que vai do civilizado e bestas, passando pelo exito e resignado, até realista e lunático. Percorrendo o vindouro e velho, passando pelo hodierno e anacrônico, até presente e passado. Movimentando-se do físico, carnal, concreto e material ao espiritual e abstrato. Ou do Deus negativo (inferior, infernal, imperfeito, vulgar, triste, atribulado), escuro e gélido, noite, falso, mal e feio, doença, pobreza e conflito, Satanás, 666, quatro, ao Deus positivo (superior, celestial, perfeito, maravilhoso, alegre, calmo), luz e calor, dia, verdade, bem e belo, saúde, prosperidade e paz, Meishu-Sama, 567, nove. Ou ainda, do inteiro e restrito, passando pelo ideal e real, até alcançar Miroku e Reino do Céu na Terra e se afastar das trevas e reino do inferno terrestre. Mas, mundo com sua conotação é assunto do próximo volume, mesmo com a dificuldade apontada por Meishu-Sama: “Vasta, ilimitada e infinita é a existência do mundo. O ser humano, com a pretensão de desvendar este mundo misterioso, vem empregando todos os meios, principalmente a pesquisa; apesar de seus esforços, só consegue conhecer uma pequena parcela dos fenômenos infinitos.” Com o que foi dito na primeira observação do prefácio, se apresenta uma síntese de Deus em termos de tópicos, itens, pontos e se mais tiver.

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DEUS 1. MANIFESTAÇÃO. 1.1. Supremo Deus, Miroku Oomikami, Ookunitokotati, Jeová, Pai

do Céu, Alá e etc. 1.2. Kannon (oriundo de Kunitokotati). 1.3. Buda (oriundo de Izunome) e Sakyamuni (de Wakahimeguimi). 1.4. Cristo (oriundo de Michael) e Jesus (de Sussanao). 1.5. Na Era da Noite (Budista e Cristã). 1.6. Na Transição da Era da Noite para a Era do Dia (Kannon). ● Kannon (oriental): Miroku Oomikami, Ooshin-Miroku, Koomyo-

Nyorai e Kanzeon-Bossatsu. ● Kannon (ocidental): Jeová, Messias, Michael e Cristo (Segunda

Vinda). ● Kannon (mundial): Jeová, Messias, Miroku Oomikami e

Kunitokotati-no-Mikoto. 1.7. Na Era do Dia (Messias). 2. SIGNIFICADO. 2.1. Espírito do Espírito composto de Luz e Calor que cria o

Universo. ● Matéria. ● Espírito. ● Espírito do Espírito. ● Luz. ● Calor. ● Universo. 2.2. Todo Grande Universo. 2.3. Ser absoluto que se transforma em deuses, sendo o Supremo

deles.

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2.4. Ente eterno, infinito, imutável, onisciente, onipresente e onipotente.

● Onisciente. ● Onipresente. ● Onipotente. 2.5. Mente plena de Sabedoria, Amor e Força. ● Mente. ● Sabedoria. ● Amor. ● Força. 2.6. Grande Espírito da Palavra que movimenta o cosmos.

2.7. Princípio de Tudo, ocupando a camada espiritual mais elevada. ● Criador do Mundo Espiritual e do Mundo Material. ● Criador da Verdade, Bem e Belo, mas também do Falso, Mal e Feio. ● Criador do homem. ● Criador do solo. ● Criador das religiões. ● Criador das doenças. 2.8. Caminho Perfeito. 2.9. Justiça. ● Severidade de Kunitokotati-no-Mikoto. ● Grandeza por salvar os úteis e os de poucos pecados. ● Magistrado que quer benefícios para o mundo inteiro. ● Rigor e imparcialidade que nem sempre perdoa e concede graça. ● Jurisdição que detém poder de julgar, permitindo liberdade de pensamento. ● Tribunal que inicia julgamento por pequena falha. ● Legitimidade que exige atualmente ações transparentes e organizadas. 2.10. Vontade universal. 3. IMPORTÂNCIA. 3.1. Autor e governador do Universo.

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3.2. Afirmador do mundo e da existência. 3.3. Tranqüilizador quanto ao passado e futuro. 3.4. Determinador da mudança de vida e das crenças superiores. 3.5. Planejador e construtor do paraíso na Terra. 3.6. Orientador do homem verdadeiro, bondoso e belo. 3.7. Lutador contra Satanás e os demônios. 3.8. Curador das doenças. 3.9. Erradicador das mortes antinaturais. 3.10. Encaminhador da felicidade. 4. PROPÓSITOS. 4.1. Buscar que se viva com entusiasmo num mundo de êxito. 4.2. Elaborar a construção de uma nova cultura.

4.3. Projetar o desenvolvimento do Johrei, Agricultura Natural e Belo. ● Aumentar a prática do Johrei na solução das desgraças, como não

sendo presunçoso. ● Evoluir o despertar na Agricultura Natural, como não empregando

agrotóxicos. ● Progredir a concretização do Belo, como não vivenciando

dominação e ascetismo. 4.4. Salvar o indivíduo e a sociedade, através do homem. ● Propiciar reencarnações com caráter e capacidades peculiares. ● Inspirar a obrar para o divino. ● Intencionar empenho de acordo com o desenvolvimento da Obra

Divina. ● Determinar a expansão e resgatar da resignação. ● Livrar da doença material e espiritual. ● Aconselhar a constituição do ente e do lar celestial. ● Desejar redimir primeiramente os intelectuais e a classe alta. 4.5. Imperar saúde, prosperidade e paz. ● Atacar de modo a eliminar máculas e toxinas, a fim de atingir

longevidade. ● Viver o libertar, a si e os outros, da pobreza. ● Conseguir enriquecer, sem dívidas.

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● Chegar a poder comer com satisfação aquilo que desejar. ● Englobar a garantia de concórdia dos filhos divinos. ● Ver o respeito à missão de cada país. 4.6. Edificar mundo sublime de perfeita Verdade, Bem e Belo. ● Preparar a base material em 1961. ● Implantar através de pequeno modelo até chegar aos Estados

Unidos, depois para Oriente. ● Disponibilizar por meio de dinheiro puro. ● Criar a sociedade humana para concretizar a verdade. ● Imaginar a supremacia do mal para sua subordinação ao bem. ● Arquitetar a Obra Divina via a pratica do bem ocultamente. ● Dedicar a salvar pessoa. ● Elaborar o Paraíso Terrestre como o mundo do belo. 5. ATRIBUTOS. 5.1. Propriedade focada de liberdade e ira. ● Liberdade. ● Ira. 5.2. Característica de outorgar missão, procurar orientar e refrear os negligentes. ● Outorgar missão. ● Procurar orientar. ● Refrear os negligentes. 5.3. Predicado de trabalhar pelo paraíso terrestre e atuar para

salvar os que estão no inferno. ● Trabalhar pelo Paraíso Terrestre. ● Atuar para salvar os que estão no Inferno. 5.4. Traço de destruir a superstição científica pelo pensamento

espiritualista. 5.5. Aspecto de oferecer alegria quando confia e de preparar

acontecimentos. ● Oferecer alegria quando confia. ● Preparar acontecimentos.

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5.6. Cunho de conceder provações, purificações, aprofundamentos e soluções.

5.7. Sinal de agraciar as criaturas com vigor e testar força de vontade.

● Agraciar as criaturas com vigor. ● Testar força de vontade. 5.8. Marca de facultar graça à medida que haja servir e

recompensar os fidedignos. ● Facultar graça à medida que haja dedicação. ● Recompensar os confiáveis. 5.9. Perfil de fonte de proteção e desapego, desde que o homem

faça a sua parte. 5.10. Particularidade de ajudar os justos, impedir solidão e gostar

da humildade. ● Ajudar os justos. ● Impedir solidão. ● Gostar da humildade. 5.11. Singularidade de determinar respostas verdadeiras e exigir

sinceridade. ● Determinar respostas verdadeiras. ● Exigir sinceridade. 5.12. Inconfundível em ser atencioso com os atenciosos. 5.13. Privativo de maior dos sofredores com destruição da

humanidade. 5.14. Distintivo de ficar contente quando alguém se entrega a

verdadeira dedicação. 5.15. Próprio de enfraquecer a vitalidade humana através de

remédios. 5.16. Representativo de indicar medicina correta, mostra que não

se deve tomar remédios. 5.17. Individualidade de revelar e levar ao conhecimento. 5.18. Personalidade de abrir caminho para os de soonem forte. 5.19. Típico de passar qualificação divina aos que não se deixa

vencer pela perversidade.

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5.20. Exclusivo de ser único com autoridade para censurar os homens.

5.21. Específico em punir as divindades, tirar vida humana e eliminar animal desnecessário.

● Punir as divindades. ● Tirar a vida humana. ● Eliminar animal desnecessário. 5.22. Faculdade de reger a Era do Dia. 5.23. Peculiaridade de missão explicita. ● Anuência que se entre em estado de união Consigo. ● Concessão de liberdade infinita para o ser humano. ● Assenso de incorporação de Espírito Secundário. ● Autorização de incorporação de dragão em personalidades

demolidoras. ● Licença de encosto de artistas em crianças. ● Nução do aflorar de apetites carnais e mundanos. ● Concordância de descanso para conter a precipitação. ● Assentimento de ministrar Johrei em animais. ● Aprovação de duvidar quando desconhece. ● Consentimento de dizer abertamente o sentido do Juízo Final. 5.24. Característico de desconsentimento manifesto. ● Aprofundar muito que a purificação se intensifica no dia 4 de

fevereiro. ● Divulgar totalmente que Kanzeon-Bossatsu é o Buda mais oculto. ● Expor integralmente os fundamentos absolutos e infinitos. ● Ter dado aos líderes da Era da Noite conhecer o grau superior de

Kenshinjitsu. ● Explicar o fato misterioso ocorrido no dia 15 de junho de 1931. ● Realizar tarefas no Mundo Material antes de ocorrerem no

Mundo Espiritual. ● Impossibilitar que os dedicantes fiéis e sinceros fiquem

miseráveis.

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6. MÉTODOS. 6.1. Ateísmo. 6.2. Transição nos mundos. 6.3. Coisa útil da cultura noturna. 6.4. Mensageiro. 6.5. Religião. 6.6. Divisão da Igreja. 6.7. Situação equivocada. 6.8. Ensinamento. 6.9. Doença. 6.10. Auto-recuperação. 6.11. Johrei. 6.12. Agricultura Natural. 6.13. Solo Sagrado. 6.14. Altar. 6.15. Oração. 6.16. Gratidão. 6.17. Difusão mundial. 6.18. Modelo. 6.19. Espírito Primordial e Yukon. 6.20. Mal. 6.21. Espírito Guardião. 6.22. Pessoa. 6.23. Transe. 6.24. Reencarnação. 6.25. Fé. 6.26. Milagre. 6.27. Aprimoramento. 6.28. Altruísmo. 6.29. Desapego. 6.30. Makoto. 6.31. Ponto vital. 6.32. Antepassado. ● Esforçam-se para salvar e prosperar linhagem.

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● Mas também distribuem suas máculas e mazelas. 7. LEIS. 7.1. Impõe regras regedoras de todos os processos, mutações,

situações e conhecimentos. 7.2. Invioláveis e imutáveis até pelo Criador. 7.3. Removedoras de impurezas. 7.4. Necessárias para se viver construtivamente. 7.5. Indicativas de liberdade mental e boa vontade como

elementos essenciais ao progresso. 7.6. Obedecidas trazem recompensas. 7.7. Compreendidas onde se está infringindo-as, por meio do

Johrei e ensinamentos. 7.8. Lei do Espírito Precede a Matéria. ● Movimentar o Universo. ● Refletir o Mundo Espiritual no Mundo Material. ● Purificar pela Luz é readquirir força vital e acelerar qualquer ação

purificadora. ● Elevar espírito é erradicar sofrimento. ● Decair espírito é promover sofrimento. ● Priorizar os assuntos espirituais em primeiro plano. ● Pensar dos dirigentes e ação dos membros. ● Eliminar máculas é eliminar toxinas. ● Considerar é ter que, às vezes, ministrar Johrei de trás para frente. 7.9. Lei de identidade Espírito e Matéria. 7.10. Lei de Causa e Efeito. ● Efeito de felicidade é causado pelo altruísmo. ● Efeito da infelicidade é causado pela maldade. ● Quem salva é salvo, quem quer ajudar fica mais poderoso. ● Esforços para atender os serviços da Igreja trarão maiores

bênçãos. ● Plano desta vida é estabelecido pelas encarnações anteriores. ● Socorros especiais são determinados por afinidades. ● Ciclo da saúde: purificação-mais vigor-mais purificação.

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● Quanto mais cedo ocorrerem às penalidades, mais brandas serão. ● Dedicação impede sofrimento por privações financeiras. ● Entendendo esta lei, elimina-se o crime. ● Pessoas mudam para uma casa de acordo com a sua

espiritualidade. ● Resultado de tornar membro é causa de propósito divino. 7.11. Lei da Ordem. Disposição. ● Ser Supremo em primeiro lugar e imparcialidade com as pessoas. ● Ser Absoluto é quem cura e não o homem. ● Deixar as coisas em desordem embota a mente. ● Publicações e fotos da Messiânica devem ficar nos locais mais

altos. ● Agradecer de acordo com rendimento. ● Até nos cumprimentos, atenções e lugares existem hierarquia. ● Assistência religiosa na família deve ser dada pela família. ● Assistência religiosa só com consentimento familiar. ● Importância do chefe e do primogênito. Harmonia. ● Tudo está em harmonia. ● Causa dos movimentos. ● Todas as matérias seguem numa seqüência infinita na cadeia da

evolução. ● As ações das pessoas e todas as coisas da vida devem estar de

acordo com o Jishoi. ● As purificações ocorrem de acordo com os gêneros de máculas. ● Fundamenta por onde sai o espírito quando se morre. Tempo. ● Aguardar o tempo certo, pois tempo é sagrado e nem Ele pode

vencê-lo. ● Deve-se esperar o momento exato de se encaminhar e renascer. ● Deve-se esperar o instante adequado para realizar empreendimentos. ● Quanto mais atarefado, maior cuidado se deve tomar. ● A religião deve acompanhar o tempo de modo a orientar o

progresso da vida do homem atual.

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7.12. Lei da Purificação. ● Será de âmbito mundial e não apenas individualmente. ● Regida pelo sofrimento, virtude e arte de alto nível. ● Ação de expelir impurezas onde elas existirem. ● Cumpre-se por doença, incêndio, inundação, praga, perversidade

e Johrei. ● Mais severa para quem tem mais máculas, maior missão ou

sinceridade. ● Diferente para quem acabou de ingressar na fé e daqueles que

não são membros. ● Causa dela se realizar está em nós pela ação e pela omissão. ● Ocorre de forma proporcional, bem como por repurificação. ● Culmina no Juízo Final para evitar que a humanidade seja extinta. ● No entanto, não se trata de advertência divina. ● Nem corresponde à atitude de Jesus Cristo em redimir os pecados. 7.13. Lei da Inversão. 7.14. Lei da Grande Natureza. ● Propicia a visualização do crescimento incessante. ● Proporciona alimentos aos seres humanos. ● Corrige o ambiente imediatamente com uma ação purificadora. ● Ensina que os métodos divinos fazem alcançar os resultados

previstos. ● Possibilita existência saudável e feliz.