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Fernando Sasaki Gabriel Nogueira Miranda Wagner R. Batista Larissa Ferezin Guidugli Nogueira & Sasaki Advocacia e Consultoria Jurídica Rua Piauí n° 399 Ed. São Paulo Towers 17º Andar, Sala 1705. Fone/fax (43) 3025-7164 / 3024-5859 Londrina/PR. CEP 86010-420 www.nsadvocacia.adv.br | [email protected] Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) de Direito da ____ Vara Civil da Comarca de Londrina Estado do Paraná. LEON CAVALIN NETO CUNHA, brasileiro, tatuador, portador da Cédula de Identidade RG 9780330-7 SESP- PR e inscrita no CPF/MF 068.960.089-54; e MÔNICA REZENDE VILLAS, brasileira, estilista, portadora da Cédula de Identidade RG 14.10.1997 SESP-PR e inscrita no CPF/MF 068.068.539-19, ambos residente e domiciliada na Rua Jesus Gonçalves n° 114, em Londrina/PR, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, por seus procuradores que ao final assinam, cujo instrumento procuratório segue em anexo, propor a presente AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL C/C REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS; INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E OBRIGAÇÃO DE FAZER em face de MRV ENGENHARIA E PARTICIPAÇÕES S/A, pessoa jurídica de direito privado, com sede na Av. Raja Gabaglia, 2720, 2º Andar Estoril Belo Horizonte/MG, CEP 30.494-170, inscrito no CNPJ/MF sob o n.º 08.343.492/0001-20, em conformidade com os fundamentos fáticos e jurídicos a seguir aduzidos: Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJ5XW JYVEX RCFXV QS8ER PROJUDI - Processo: 0075829-02.2015.8.16.0014 - Ref. mov. 1.1 - Assinado digitalmente por Fernando Sasaki, 27/11/2015: JUNTADA DE PETIÇÃO DE INICIAL. Arq: Petição Inicial

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Fernando Sasaki

Gabriel Nogueira Miranda

Wagner R. Batista

Larissa Ferezin Guidugli

Nogueira & Sasaki Advocacia e Consultoria Jurídica

Rua Piauí n° 399 – Ed. São Paulo Towers – 17º Andar, Sala 1705. Fone/fax (43) 3025-7164 / 3024-5859 Londrina/PR. CEP 86010-420

www.nsadvocacia.adv.br | [email protected]

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) de Direito da ____ Vara Civil da Comarca de

Londrina – Estado do Paraná.

LEON CAVALIN NETO CUNHA,

brasileiro, tatuador, portador da Cédula de Identidade RG 9780330-7 SESP-

PR e inscrita no CPF/MF 068.960.089-54; e MÔNICA REZENDE

VILLAS, brasileira, estilista, portadora da Cédula de Identidade RG

14.10.1997 SESP-PR e inscrita no CPF/MF 068.068.539-19, ambos

residente e domiciliada na Rua Jesus Gonçalves n° 114, em Londrina/PR,

vem respeitosamente perante Vossa Excelência, por seus procuradores que

ao final assinam, cujo instrumento procuratório segue em anexo, propor a

presente

AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL C/C REPARAÇÃO

DE DANOS MATERIAIS; INDENIZAÇÃO POR DANOS

MORAIS E OBRIGAÇÃO DE FAZER em face de

MRV ENGENHARIA E PARTICIPAÇÕES S/A,

pessoa jurídica de direito privado, com sede na Av. Raja Gabaglia, 2720, 2º

Andar – Estoril – Belo Horizonte/MG, CEP 30.494-170, inscrito no CNPJ/MF

sob o n.º 08.343.492/0001-20, em conformidade com os fundamentos fáticos

e jurídicos a seguir aduzidos:

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01. | Dos Fatos.

Em meados do mês de AGOSTO DE 2014, os Autores (noivos) foram até a

o plantão de vendas da Requerida, situado à Rua Bélgica, e lá foram atendidos pelo

vendedor/corretor de imóveis, Sr. Tiago Silva Heber.

Os Autores estavam interessados em adquirir um apartamento oferecido

pela requerida, e através do corretor atendente, receberam as informações dos apartamentos

que estavam à disposição para a venda.

Inicialmente os Autores possuíam interesse em adquirir um imóvel na região

sul, porém pela indisponibilidade de unidades nesta região os autores aceitaram conhecer as

unidades disponíveis no Condomínio Spazio Lótus.

Chegando ao local dos apartamento, os planos eram para os Autores

conhecerem 2 unidades, sendo elas: Ap. 205 do bloco 09; Ap.305 do bloco 14.

Ocorreu que ao tentarem conhecer o apartamento 305 do bloco 14, o

corretou não conseguiu abrir a porta, posto que a fechadura não abria com a chave que estava

tentando utilizar. Os autores notaram também que havia um tapete colocado na porta de

entrada, embora a Requerida lhe garantisse que todas as unidades ali sendo mostradas

tratavam-se de apartamentos novos, sem nenhum ter utilizado anteriormente.

Pois bem, com a indisponibilidade da utilização a chave para abrir o

apartamento 305 do bloco 14, o Corretor optou por demonstrar o apartamento Térreo do bloco

01, informando que a planta do apartamento era exatamente a mesma. Nesta ocasião o

corretou ligou para sua gerente, e esta confirmou que não havia ninguém morando no

apartamento 305 do bloco 14, e que este estava disponível para a venda, sendo um

apartamento novo, igual aos outros dois anteriores que os Autores haviam visualizado.

Pois bem, após conhecer os apartamentos que despertaram maior interesse

aos autores, estes resolveram fechar negócio com a Requerida, e adquirir a UNIDADE 305

DO BLOCO 14.

Foram solicitados diversos documentos para a elaboração o contrato de

compromisso de compra e venda entre os autores e a requerida (documento em anexo), e no

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dia 05 de Setembro de 2014, foram chamados à sede do imóvel adquirido (Spazio Lótus)

para assinarem o contrato de compromisso de compra e venda.

Pois bem, realizado todos os procedimentos solicitados pela empresa

Requerida, contratado inclusivo os serviços de terceiros (como por ex. despachante) através

da requerida, pelo valor de R$700,00 (setecentos Reais) divididos em 10 (dez) parcelas de

R$70,00 (setenta Reais) os autores começaram a realizar os pagamentos avençados.

Iniciou-se pelo depósito da entrada, no valor total de R$4.851,24

(quatro mil oitocentos e cinquenta e um Reais e vinte e quatro centavos), sendo um

depósito de R$3.622,12 (três mil seiscentos e vinte e dois Reais e doze centavos) pago em

24/09/2014, e mais dois boletos de R$ 614,56 (seiscentos e quatorze Reais e cinquenta e seis

centavos) cada um com venc. nos dias 08/10 e 08/11 de 2014, respectivamente.

Todos os comprovantes de pagamento referente aos valores acima mencionados,

seguem em anexo à esta exordial.

Na ocasião da assinatura do contrato, o corretor Tiago deu aos Autores

um documento informando a entrega do imóvel estava prevista para o dia 31 de

Dezembro de 2014, porém informou verbalmente que poderia ocorrer antes desta data, pois

não se trava de um imóvel na planta, mas sim de um apartamento que já estava construído e

pronto para morar, conforme conferido pelos Autores (mesmo que através de uma unidade

similar).

Conforme consta no contrato de promessa de compra e venda celebrado

entre os Autores e a Requerida, o pagamento do objeto do contrato, OCORREU da

seguinte forma:

R$ 4.851,24 (quatro mil oitocentos e cinquenta e um Reais e vinte e quatro

centavos) a título de SINAL;

R$ 13.520,32 (treze mil quinhentos e vinte Reais e trinta e dois centavos),

a serem pagos em 22 (vinte e duas) PARCELAS no valor de R$ 614,56

(seiscentos e quatorze Reais e cinquenta e seis centavos) cada, vencíveis a

partir do dia 08 de Dezembro de 2014.

R$ 123.861,97 (cento e vinte e três mil, oitocentos e sessenta e um Reais

e noventa e sete centavos), a serem pagos mediante FINANCIAMENTO

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habitacional realizado junto com o agente financeiro indicado pela construtora

(Banco do Brasil);

R$ 2.648,47 (dois mil seiscentos e quarenta e oito Reais e quarenta e sete

centavos) à título de resgate de FGTS;

Totalizando o montante final (valor total da unidade residencial) de R$ 144.882,00

(cento e quarenta e quatro mil oitocentos e oitenta e dois Reais).

Na ocasião da assinatura do contrato, conforme já mencionado, os autores

contrataram os serviços terceirizados de despachante, oferecidos pela própria Requerida,

pelo valor de R$700,00 (setecentos Reais) conforme aditivo em anexo.

Pois bem, aproximadamente 15 (quinze) dias após a celebração do contrato,

a Sra. Marilia (responsável pelos serviços de despachante) entrou em contato para

intermediar o financiamento junto à instituição financeira (Banco do Brasil) e informar que

encontrou dificuldades administrativas junto ao banco quanto à utilização do FGTS na

aquisição do imóvel, porém administrativamente já haviam conseguido solucionar.

No dia 17 de Setembro de 2014, os Autores foram chamados por Marília,

para irem junto ao Bando do Brasil e abrirem uma conta bancária em referida instituição, à fim

de viabilizar o financiamento proposto. Procedimento este realizado conforme orientações

(vide documento anexo de abertura de conta no Bando do Brasil (ag. 0108-2 –

Calçadão/Londrina).

Nesta ocasião, a gerente da conta, ciente do motivo de contratação,

mencionou que os autores não receberiam boleto bancário, porém apenas deveriam se

lembrar de que todo dia 10, deveriam depositar R$601,00 (seiscentos e um Reais) na conta,

por 30 (trinta) anos, e que no contrato, haveria um cronograma de financiamento para controle.

Neste mesmo dia (17/09/2014), e após a abertura da conta solicitada,

foram se encontrar com a Sra. Marília, que já estava com 03 (três) vias do contrato de

compra e venda para que os Autores pudessem assinar, haja vista que o financiamento

havia sido aceito, e tudo estava conforme o combinado, bem como os autores

permaneceram realizando todos os pagamentos pactuados em dia, conforme a Requerida

solicitava (inclusive valores referente à condomínios).

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É válido frisar que, conforme se demonstra no contrato de compra e

venda com efeito de escritura pública mediante financiamento garantido por alienação

fiduciária, pela confissão da própria requerida, COMPROVA-SE QUE A REQUERIDA

RECEBEU DOS AUTORES, O VALOR INTEGRAL DO IMÓVE, nas condições acima

descritas.

1.1. | Do Casamento.

Pois bem. Passado todo o trâmite administrativo e burocrático para a

aquisição do imóvel, os Autores continuaram com seus planos, haja vista que buscaram

justamente comprar um apartamento, tendo em vista que HAVIAM PLANEJADO SE

CASAR.

A Autora Mônica continuou a orçar os casamentos, agendar datas e tentar

fechar com um serviço de buffet para celebrar a união dos Autores. Comprova-se referido

fato, com a JUNTADA DO ORÇAMENTO DE CASAMENTO (em anexo), realizado em

Janeiro de 2015.

Os autores estavam confiantes de que a empresa requerida iria cumprir com

o combinado, entregando o imóvel da nada prevista (haja vista que não se tratava de um

imóvel que ainda poderia contar com imprevistos, pois já estava construído e pronto para

morar), porém só faltava a finalização dos tramites formais burocráticos para receberem as

chaves.

Fora justamente com esta confiança que já deixaram previamente marcado

reservado a data da celebração do casamento, e informaram os amigos e parentes mais

próximos sobre a celebração do contrato de compra do imóvel, e que o casamento finalmente

iria sair.

Com a notícia recebida, os amigos e familiares próximos aos autores,

começaram a comprar e entregar presentes que seriam destinados para o imóvel adquirido

pelos Autores. Demonstra-se através das fotos e notas fiscais em anexo, que vários itens

recebidos de presente de casamento ao longo do período em que celebraram o contrato

de compra e venda e pouco tempo depois do mês previsto para a entrega (dezembro/2014),

começaram a chegar para os autores, a fim de que estes pudessem utilizá-los em sua

nova casa, quais sejam:

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01 Condicionar de Ar Midea Liva 9.000 BTUS 220V;

01 Compressor Midea AR Liva 9.000BTUS 220V;

01 Banqueta de Aço / PVC + Courino

01 Exaustor/Depurador de Cozinha Fischer 60CM Power Steel Inoz Escovado

01 Fogão à gás - Tropical Inox 4 Bocas - Atlas

01 Refrigedador 02 Portas Eletrolux Frost Free 310L 110V

03 Guarda-roupas Havana Plus de 08 Oirtas e 4 Gavetas

01 Máquina de Lavar Roupas 8Kg Eletrolux 110V

01 Liquidificador Premium Due Black Silver 5V L-55 110V

01 Batedeira Premium CRYS 110V

01 Mesa de jantar com 4 lugares e 4 cadeiras - Aliança Móveis

01 Forno de Microondas LG 30L 127V

01 Sofá 3 Lugares Retrátil Reclinável

01 Ventilador VTR803 Cadence

02 Cortinas Persianas 140x16

01 Cortina Persiana 163x16

01 Tapete "Bem Vindo"

01 Luminária Gigalux 2x18w

02 Plafon Ice 30CM Fosco

03 Plafon Ice 25CM Fosco

Ressalva-se ainda que o Autor também já havia adquirido os pisos

laminados, para colocar em todo o apartamento adquirido, senão vejamos:

36m² (trinta e seis metros quadrados) de Piso Laminado Eucafloor 7mm

36m² (trinta e seis metros quadrados) de manta Eucafloor 3mm

40,80ML (quarenta metros lineares e oitenta centímetros) de rodapé Eucafloor de

5mm

03 Juntas de transição Eucafloor - Cappuccino

06 tubos de cola PVA Tubo,

Vale dizer que todos os itens acima descritos, seguem acompanhados

de nota fiscal e fotografias (em anexo), de onde ENCONTRARAM-SE (ESTOCADOS) NO

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QUINTAL DA MÃE DA REQUERIDA, até o início de AGOSTO DE 2015, fato este que se

passa a analisar.

1.2. | Do Descumprimento Contratual da Requerida

Decorrido a data prevista em contrato para a Requeria entregar as chaves e

o imóvel aos Autores, referido evento não ocorreu.

É válido ressalvar que, desde o período em que celebrou o contrato de

compra e venda do imóvel em apreço, mesmo sem receber as chaves do apartamento

adquirido em contrato, os Autores foram informados pela Requerida que deveriam começar a

pagar as TAXAS DE CONDOMÍNIO, desde então. Taxas estas que foram pagas fielmente

pelos Autores.

Fato curioso que havia ocorrido quando o Autor solicitou os boletos de

condomínio para proceder com os pagamento, junto com a empresa de administração de

condomínios Dezainy Condomínios, os boletos iniciais chegaram com o nome de

destinatário de um Sr. chamado Fábio Aparecido Lopes, conforme demonstra boleto de

vencimento 10/11/2014 (em anexo).

Novamente o Autor entrou em contato com o Tiago, porém este informou

que o apartamento estava disponível e que não havia ninguém morando lá, pois tratava-se de

apartamento novo.

Pois bem, os Autores seguiram com a recomendação da Empresa

requerida, e então começaram a pagar as taxas de condomínio, mesmo sendo muito antes

do mês de previsão de entrada das chaves, inclusive tendo pago o ITBI antecipado, na

esperança de receber antes o imóvel, fato este que não ocorreu.

Pois bem, chegada a data da prevista de entrega (31/12/2014)

determinada no contrato, a ENTREGA das chaves NÃO ACONTECEU. Tampouco em

Janeiro de 2015.

O autor realizou então uma reclamação no próprio portal da empresa

Requerida (Portal de relacionamento MRV) e fora então lhe passada uma nova data para

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entrega das chaves, qual seja, dia 24 de Fevereiro de 2015 – Aproximadamente 02 meses

após a previsão estipulada em contrato (conforme doc. anexo)

Não restou outra escolha aos autores, senão aguardar a nova data,

enquanto isso, iam seguindo com os planos de casamento, e continuaram a receber os

presentes de casamento, posto que tudo já muitos dos presentes já estava certo, e o Autor

estava confiante de que desta vez, as chaves lhe seria entregue, permitindo que os autores

realizassem a decoração o acabamento (colocar os pisos) e mobilharem com os presentes

de casamento que já iam chegando.

Ocorreu que chegando a nova data determinada, (24 de Fevereiro de

2015), a ENTREGA NOVAMENTE NÃO ACONTECEU.

Totalmente frustrados, buscaram a empresa Requerida para saber o que

estava ocorrendo, já que o imóvel já estava pronto, não havia impedimentos, não se tratava

de obra ainda em construção. Considerando ainda que os Autores não deixaram de honrar

em nenhum momento com qualquer compromisso determinado, realizando TODOS os

pagamento solicitados pela Requerida, não deixou nada atrasado ou deixou de cumprir

nenhum requisito solicitado.

Não havia qualquer motivo que o impedisse de receber as chaves do

apartamento comprado, e igualmente já quitado pelo financiamento realizado junto à

instituição financeira indicada pela própria Requerida, posto que nãos e trata de obra ainda

em construção, mas de imóvel que já estava há muito tempo, pronto para morar.

Já em MARÇO DE 2015, depois de tanto pressionar por seus direitos, a

empresa Requerida entrou em contato (atendente Paula) informando que havia ocorrido

algo de muito grave no apartamento que os Autores havia adquiridos, qual seja, que o

imóvel havia sido “invadido” e ali estava residindo uma outra família.

Depois deste fato, houve um completo silêncio da Empresa Requerida para

com os Autores, deixando-os COMPLEAMENTE DESAMPARADOS e sem qualquer notícia

sobre o que estava acontecendo, e ainda, se um dia iriam conseguir entrar no apartamento.

O SILÊNCIO DA REQUERIDA para com os Autores PIOROU TODA A

SITUAÇÃO, visto que trouxe uma imensurável sensação de insegurança do negócio, pois

já haviam pago o valor da entrada, estavam pagando as prestações da Requerida mais os

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valores de Financiamento e os demais encargos, INCLUSIVE, estavam pagando desde o ano

passado (2014) o condomínio do apartamento em questão.

Depois de muito procurar sozinhos por informações, junto com a síndica do

condomínio, os Autores souberam que o apartamento que haviam comprado como NOVO da

Requerida, existia uma família morando desde 2013, por estes também terem celebrado um

contrato de promessa de compra e venda com a Requerida, e aparentemente tiveram

problemas com o financiamento, porém se mantiveram residindo no local.

A síndica ainda informou que o condomínio estava sendo pago pelas

moradores, até que o Requerido solicitou – frise-se à mando da Empresa Requerida – que

começasse a pagar os condomínios daquela unidade.

AINDA INCONFORMADOS COM A SITUAÇÃO, a Autora Mônica

conseguiu conversar “em off” com o Corretor que inicialmente lhes atendera e tinha

acompanhado todo o caso.

Nesta ocasião, no dia 07 de Março de 2015 o Corretor, Sr. Tiago Silva,

informou que o silêncio da MRV, era por orientação do jurídico da empresa, orientando

todos os funcionários a não mais atender os Autores, porém apenas Paula poderia falar

com eles (porém nunca estava disponível)1.

De março em diante, os autores ficaram com dificuldades em se comunicar

com a empresa requerida.

Ocorreu que somente e Julho de 2015, os Autores foram procurados pela

Requerida, para serem informados de que a Requerida não teria mais condições de cumprir

com o contrato celebrado. E que por tal motivo, teriam de rescindir o contrato anterior, para

que eles pudessem comprar um novo apartamento, mediante novo contrato com a Requerida.

Nesta ocasião, fora oferecido um novo apartamento aos autores, qual seja:

Apartamento 303, Bloco 01 do mesmo residencial qual haviam comprado.

Os autores não tiveram escolha, senão aceitar a troca do imóvel sugerido, e

em 05 de Julho de 2015, celebrou com a Requerida, um novo contrato de compra e venda,

1 Vide Ata Notarial em anexo.

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referente à este novo imóvel. Tendo recebido as chaves deste outro imóvel, em 07 de Agosto

de 2015.

Porém até o presente momento, a empresa requerida não rescindiu

formalmente o contrato anterior, tampouco informou aos autores quanto ao “contrato de

compra e venda com efeito de escritura pública mediante financiamento garantido por

alienação fiduciária” (cuja cópia encontra-se em anexo) que realizou com a Requerida

junto ao Banco do Brasil em relação ao apartamento do contrato inicial, que não pode ser

cumprido pela Requerida, não apresentando, devidamente, a forma que pretendem

resolver a situação deste financiamento que realizaram com o banco, bem como

apresentando qualquer documento aos mesmos, para lhe trazer alguma segurança

jurídica quanto a fato.

Ora Excelência, tamanho é a irresponsabilidade da Requerida, que esta

realizou com os Autores junto ao BANCO DO BRASIL um contrato de compra e venda com

financiamento a ser pago pelos Autores, DE UM IMÓVEL QUE JÁ HÁVIA SIDO VENDIDO

PARA TERCEIRO, como se fosse novo, nunca usado. Inclusive, tendo recebido o valor

integral de referido imóvel.

Logo, considerando também que a Empresa Requerida até AGOSTO DE

2015 (mês em que completou 01 ANO de quando foram comprar o imóvel), não havia

entregue nenhum imóvel aos Autores, considerando ainda o casamento dos mesmos,

que fora completamente frustrado, por decorrência desta situação, restando estocado e

se deteriorando tudo o que já haviam recebido de presentes de casamento (conforme

notas fiscais e fotos em anexo), não restou outra alternativa, senão a busca pelo Poder

Judiciário, à fim de que lhe faça valer seus direitos.

02. | Dos Direitos.

É fato notório que a Requerida comercializa bem imóvel, bem como que os

Autores são consumidores finais de referido produto, posto que trata-se de um imóvel

residencial, a ser utilizado para este fim específico aos mesmo, conforme restou

demonstrando nos documentos e fotografias e fatos já apresentados.

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Preenchidos as condições consubstanciadas no art. 2º e 3º da Lei

8078/1990 (CDCD) ao qual especifica a classificação entre Consumidores e Fornecedores,

temos na presente demanda, uma nítida RELAÇAÕ DE CONSUMO ENTRE AS PARTES.

Sendo assim, em análise à presente demanda, o artigo 14 do Código de

Defesa do Consumidor determina a responsabilidade do fornecedor de serviços,

independentemente da existência de culpa, vejamos seu dispositivo:

Artigo 14: O fornecedor de serviços RESPONDE, INDEPENDENTEMENTE DA

EXISTÊNCIA DE CULPA, pela reparação dos danos causados aos

consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por

informação insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

Tutelado, portanto, o consumidor que sofre danos morais e materiais em sua

relação de consumo, e com respaldo em lei que, tais dados devem ser reparados pelo

fornecedor dos serviços, independentemente da existência de culpa do mesmo acerca do

dano causado, conforme determina o nosso Código Civil Brasileiro no artigo 186 e no

parágrafo único do artigo 927, que assim dispõe:

Art. 186: Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,

violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete

ato ilícito.

Art. 927: Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica

obrigado a repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de

culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente

desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos

de outrem.

Denota-se, por conseguinte, que o código de defesa do consumidor

determina o que dispõe no parágrafo único do artigo acima transcrito, afastando assim,

qualquer discussão que poderia acarretar sobre a presença ou não de culpa da empresa Ré

em relação aos danos morais e materiais sofridos pela Autora, obrigando aquela à

reparação dos danos.

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Verificado a obrigação de reparação dos danos causados aos Autores,

passa-se para a análise dos danos materiais e morais sofridos pelos Autores:

2.1 | Dos Danos Materiais:

Conforme já mencionado, os Autores foram arbitrariamente submetidos ao

pagamento de taxas condominiais desde antes da data prevista para a entrega dos chaves

(que inclusive não ocorreu).

Buscando fielmente cumprir com as solicitações da Requerida, os Autores

começaram a realizar os pagamentos dos condomínios, desde o mês de Outubro de 2014 –

Conforme demonstra os comprovantes de pagamento, e assim o fizeram até o mês de Abril

de 2015 – MESMO SEM TEREM RECEBIDO AS CHAVES DO IMÓVEL.

Os Autores apenas deixaram de realizar os pagamentos, porque

descobriram que o imóvel que a Requerida deixou de entregar para os mesmos, possuía outra

família morando, e somado ao sentimento de revolta por terem sido prejudicados quanto a

celebração e realização de seu casamento e seus sonhos de casarem e morarem juntos.

Pois bem. Quanto aos pagamento referente à taxa de condomínio, já é

matéria assentada em nosso Tribunal de Justiça do ESTADO DO PARANÁ, que somente

são devidas, após a efetiva entrega das chaves, sendo que se cobrados antes de tal fato,

são cobranças indevidas passível do ressarcimento do indébito (em dobro), senão vejamos:

RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE COBRANÇA. COMPRA E VENDA DE

IMÓVEL. ATRASO NA ENTREGA. COBRANÇA DE COTAS CONDOMINIAIS

ANTES DA ENTREGA DEFINITIVA DAS CHAVES. CONDUTA ABUSIVA.

TAXAS DE CONDOMÍNIO SOMENTE SÃO DEVIDAS APÓS A IMISSÃO NA

POSSE DO CONDOMÍNIO. RESSARCIMENTO DEVIDO COM RELAÇÃO AOS

IMPOSTOS. DANO MORAL CONFIGURADO. VALOR ARBITRADO DE ACORDO

COM AS PECULIARIDADES DO CASO. SENTENÇA MANTIDA. Recurso

conhecido e desprovido. Resolve esta 1ª Turma Recursal, por unanimidade de

votos, conhecer do recurso e, no mérito, desprover, nos exatos termos do voto

(TJPR - 1ª Turma Recursal - 0047967-61.2012.8.16.0014/0 - Londrina - Rel.: Maria

Ãngela Carobrez Franzini - - J. 02.03.2015)

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RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E

MATERIAIS. AQUISIÇÃO DE IMÓVEL NOVO. COBRANÇA DE COTAS

CONDOMINIAIS ANTES DA ENTREGA DEFINITIVA DAS CHAVS. CONDUTA

ABUSIVA. TAXAS DE CONDOMÍNIO SOMENTE SÃO DEVIDAS APÓS A

IMISSÃO NA POSSE DO CONDOMÍNIO. DEVOLUÇÃO DO VALOR - R$ 2.281,75

- MANUTENÇÃO. LUCROS CESSANTES. POSSE DEFINITIVA DO IMÓVEL QUE

OCORREU APÓS UM ANO DA DATA PREVISTA, PARA QUE A RÉ EFETUASSE

REPAROS DE INFILTRAÇÕES NO IMÓVEL - FATO INCONTROVERSO. LUCROS

CESSANTES DEVIDOS. VALOR MÉDIO DE LOCAÇÃO DE IMÓVEL

SEMELHANTE NA REGIÃO DO EMPREENDIMENTO. R$ 800,00. TOTAL DE R$

9.600,00. PROCEDENCIA DO PEDIDO. DANO MORAL CONFIGURADO.

INÚMEROS CONTATOS REALIZADOS PARA QUE A RECLAMADA REALIZASSE

O REPARO DAS INFILTRAÇÕES NO IMÓVEL. QUANTUM FIXADO EM R$

5.000,00 QUE NÃO COMPORTA REDUÇÃO. PÓS- VENDA INEFICIENTE.

ENUNCIADO 8.3. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA, resolve esta 1ª

Turma Recursal, por unanimidade de votos, 4 conhecer dos recursos e, no mérito,

negar provimento (reclamada) e dar provimento (autor), nos exatos termos do voto.

(TJPR - 1ª Turma Recursal - 0000338-54.2014.8.16.0036/0 - São José dos Pinhais

- Rel.: ANA PAULA KALED ACCIOLY RODRIGUES DA COSTA - J. 02.12.2014).

AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL - DECISÃO

QUE CONCEDEU A TUTELA ANTECIPADA PARA DETERMINAR QUE OS RÉUS

SEJAM RESPONSÁVEIS PELO PAGAMENTO DAS TAXAS CONDOMINIAIS -

ALEGAÇÃO DE AUSÊNCIA DOS REQUISITOS AUTORIZADORES -

INOCORRÊNCIA - PRESENÇA DOS PRESSUPOSTOS PARA SEU

DEFERIMENTO - ATRASO NA ENTREGA DO IMÓVEL - COBRANÇA DE

CONDOMÍNIO - INEXISTÊNCIA DE ENTREGA DAS CHAVES - DESPESAS QUE

NÃO PODEM SER COBRADAS DO PROMITENTE COMPRADOR SEM QUE

ESTE ESTEJA NA POSSE PARA LIVREMENTE DISPOR DO IMÓVEL -

RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. (TJPR - 7ª C.Cível - AI - 991615-0 -

Curitiba - Rel.: Luiz Sérgio Neiva de Lima Vieira - Unânime - - J. 03.09.2013)

RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE COBRANÇA. TAXAS CONDOMINIAIS.

CONSTRUTORA PROPRIETÁRIA DOS IMÓVEIS. COBRANÇA DAS TAXAS

ANTERIORES À IMISSÃO NA POSSE DOS PROMITENTES COMPRADORES

DOS IMÓVEIS. AUSÊNCIA DE TRANSFERÊNCIA DA PROPRIEDADE.

CONSTRUTORA RESPONSÁVEL PELO PAGAMENTO DAS COTAS.

LEGITIMIDADE PARA FIGURAR NO POLO PASSIVO DA AÇÃO. SENTENÇA

MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. Diante do exposto, resolve

esta 1ª Turma Recursal, por unanimidade de votos, CONHECER E NEGAR

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PROVIMENTO ao recurso, nos exatos termos do voto. (TJPR - 1ª Turma Recursal

- 0006209-83.2014.8.16.0030/0 - Foz do Iguaçu - Rel.: Fernanda Bernert Michelin -

J. 24.11.2014).

Ora Excelência, desnecessário seria colacionar outros tantos extratos

jurisprudenciais que demonstram a ilegitimidade da cobrança dos Autores quanto às taxas

condominiais, quando estes não estiveram em nenhum momento de posso das chaves do

imóvel, tampouco puderam dele dispor, quanto mais para o fim que o compraram, qual seja:

para a moradia de sua própria família.

Diante de tais fato, cabe aos autores o ressarcimento dos valores cobrados

e pagos, indevidamente, referente às taxas de condomínio, devidamente corrigidos pelo

índice INPC/IGP (tabela do cartório do contador de Londrina/PR) e acrescidos de juros

moratórios à ordem de 1% (hum por cento) ao mês; tudo contado da data do desembolso

conforme abaixo se verifica: (comprovantes de pagamento em anexo).

Temos também as despesas oriundas do Registro de Cartório e do valor

do ITBI, ambos pagos referente ao imóvel adquirido e que não fora entregue aos Autores,

conforme abaixo se discrimina: (conforme comprovantes e boletos de pagamento emitidos

pela empresa Requerida – MRV, referente à tais cobranças- em anexo).

Mês de ref.:

Data do venc.

Valor cobrado e pago:

Atualização Monetária

Juros Moratórios

Valor Atualizado e

com juros

out/14 10/11/2014 R$ 244,81 1,0959 11% R$ 297,80

nov/14 10/12/2014 R$ 233,28 1,0816 10% R$ 277,55

dez/14 10/01/2015 R$ 199,48 1,0762 9% R$ 234,00

jan/15 10/02/2015 R$ 228,92 1,0648 8% R$ 263,25

fev/15 10/03/2015 R$ 196,84 1,0559 7% R$ 222,39

mar/15 10/04/2015 R$ 188,15 1,0417 6% R$ 207,76

TOTAL R$ 1.502,75

Valor Pago Data do

Pgto. Atualização Monetária

Juros de mora Valor Atualizado

e com juros

ITBI R$ 1.699,00 16/12/2014 1,0816 10% R$ 2.021,40

Registro R$ 512,31 16/12/2014 1,0816 10% R$ 609,53

TOTAL R$ 2.630,93

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Ora Excelência, todos estes valores foram (in)devidamente pagos pelos

Autores, na esperança de que iriam morar no imóvel NOVO que a empresa Requerida lhes

haviam prometidos, todos pagos até mesmo em datas anteriores ao vencimento, na

expectativa esperança de que o quanto antes pagar, talvez o quanto antes receberiam.

Desta feita, tem-se que é devido a repetição do indébito é devido, sendo em

dobro em relação aos condomínios, posto que fora com flagrante má-fé que a Requerida

impôs os pagamentos dos condomínios aos autores, haja vista que, o apartamento vendido

aos Autores, já havia sido vendido a terceiro, sendo que este, inclusive, já estavam residindo

naquele local.

Inclusive, quanto ao cabimento da devolução em dobro, este é o

entendimento atual e predominante de nosso TJPR, senão vejamos:

RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE COBRANÇA. CONTRATO DE COMPRA

E VENDA DE IMÓVEL NA PLANTA. TAXAS DE CONDOMÍNIO.

RESPONSABILIDADE DA VENDEDORA ATÉ A ENTREGA DAS CHAVES.

DEVOLUÇÃO EM DOBRO. APLICAÇÃO DO ART. 42 DO CÓDIGO DE

DEFESA DO CONSUMIDOR. SENTENÇA REFORMADA. (...) devida a

restituição dos valores desembolsados pelo recorrente, havendo

cobrança indevida a restituição deve ocorrer na forma dobrada, nos

termos do art. 42 do Código de Defesa do Consumidor. Ante o exposto, voto

pelo parcial provimento do recurso, conforme razões expostas acima, devendo

ser reformada a sentença de improcedência, condenando a reclamada ao

pagamento na forma dobrada de R$9.549,91 (nove mil quinhentos e quarenta

e nove reais e noventa e um centavos), devidamente corrigidos pela média

INPC e IGP-DI desde a data do efetivo pagamento, acrescidos de juros de 1%

ao mês desde a data da citação. Recurso conhecido e parcialmente provido.

Ante o exposto, esta Turma Recursal resolve, por unanimidade de votos,

CONHECER e DAR PARCIAL PROVIMENTO ao recurso interposto, nos exatos

termos deste voto (TJPR - 1ª Turma Recursal - 0035114-30.2014.8.16.0182/0 -

Curitiba - Rel.: FERNANDA DE QUADROS JORGENSEN GERONASSO - J.

10.08.2015)

Sendo assim, é devido o valor de R$ 3.005,50 (três mil e cinco Reais e

cinquenta centavos) a título de restituição dos valores pagos indevidamente à Requerida

pelos alugueis indevidamente cobrados, mais os valores referente ao ITBI e Registro.

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Não obstante aos valores acima mencionados quanto aos pagamentos

realizados indevidamente pelos autores, é importante destacar que estes também realizaram,

por orientação da Requerida, a contratação de serviço de assessoramento de cartório, para a

formalização do contrato celebrado, quantos aos atos burocráticos de registros e contratos.

Junta-se à presente, o comprovante do contrato realizado, do qual fora

anexado como aditivo ao contrato com a Requerida, refere aos valores que pagariam para

receber este assessoramento, que teoricamente seria fornecido e prestado pela própria

Requerida – MRV aos autores, sendo referido aditivo de contrato, parte integrante do contrato

que realizou coma mesma referente à promessa de compra e venda do imóvel que lhe era

objeto.

No termo em comento consta a seguinte redação:

E ainda:

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Ora Excelência, trata-se de um contrato aditivo, onde a Requerida cobra

mais o valor de R$700,00 (setecentos Reais) para auxiliar os Autores junto à instituição

financeira, da qual resultou em um contrato de financiamento de imóvel impossível de ser

entregue aos mesmos.

Não se demonstra necessário uma prolongada e exaustiva narrativa para

demonstrar que os serviços prestados pela Requerida, não se demonstrou satisfatório, porém

falho, em conduzir os Autores para um contrato que por culpa dela mesma, não seria possível

de ser cumprido.

Ademais, conforme se observa nos itens 4.2, os autores não preencheram

os requisitos descritos no item anterior (4.1), portanto, fazem jus ao ressarcimento do valor

pago referente aos serviços contratados, devendo os mesmos, serem ressarcidos no valor

de R$ 700,00 (setecentos Reais) pela notória má prestação de serviços por parte

exclusiva da Requerida.

2.2 | Dos Danos Morais:

2.2.1 | Do Casamento Adiado e presentes deteriorados

Quando os Autores procuraram a Empresa Requerida, estes a procuraram

com um fim específico, qual seja; além da realização do sonho da casa própria, possuíam

avançados planos de se casarem e constituir uma família para morar no lugar adquirido.

Com o contrato devidamente pactuado e firmado entre as partes, os Autores

puderam finalmente anunciar o casamento para os familiares a amigos. Consequentemente,

os familiares e amigos mais próximos do casal começaram a presentear o casal, conforme a

lista de presentes acima já discriminada.

Foram vários presentes que, por decorrência do tempo em que ficaram

estocados (vide fotos anexas) foram se deteriorando, juntamente com o SONHO dos

Autores em consumar o casamento anunciado e residirem no imóvel adquirido com a

Requerida. Casamento este que não pode ser celebrado até o presente momento por

decorrência da Requerida.

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INFELIZMENTE, Excelência, ao que se demonstra, conforme as denúncias

realizadas no sítio eletrônico “Reclame Aqui”, bem como na matéria vinculada no portal de

notícias da Globo (g1.com), a Requerida é responsável por destruir os sonhos de vários

outros jovens casais que, estavam com o casamento marcado, porém tiveram de abrir mão

por tempo indeterminado, ou ainda, casando e não tempo onde morar, por consequência da

imensurável negligência e descaso com o Consumidor.

Junta-se em anexo à esta exordial inúmeros casos similares postados de

reclamações de casais com casamento marcado e estragado pela Requerida, vejamos a

narrativa de alguns casos em comento:

Demonstra-se também casos similares onde o Sonho do Casamento fora

amargurado pela Requerida, através de Jurisprudências recentes que abaixo se colaciona:

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Ação de ressarcimento por danos morais. COMPRA E VENDA. IMÓVEL NÃO

ENTREGUE PELA CONSTRUTORA NO PRAZO AVENÇADO. Dano moral que se

configura "in re ipsa". Situação agravada pelo fato de a AUTORA ESTAR COM

DATA MARCADA PARA CELEBRAÇÃO DE SEU CASAMENTO. Imóvel

adquirido para servir como residência do casal. Sentença de improcedência

reformada. Apelo provido. Vistos, relatados e discutidos estes autos do Apelação nº

0020937-25.2010.8.26.0602, da Comarca de Sorocaba, em que é apelante ANA

PAULA CISNEIROS CHRISTOFOLETTI (JUSTIÇA GRATUITA), é apelado MRV

ENGENHARIA E PARTICIPAÇÕES S/A (TJ-SP, Relator: Cesar Ciampolini, Data

de Julgamento: 17/03/2015, 10ª Câmara de Direito Privado)

Apelações Cíveis. COMPROMISSO DE VENDA E COMPRA Preliminar de

ilegitimidade passiva da incorporadora Saint Moritz afastada Rescisão contratual

pelo atraso na entrega das obras Corrés que não se insurgem contra a rescisão

Devolução de valores pagos a título de corretagem Imóvel adquirido na planta

diretamente pelos autores, sem que fosse realizada aproximação das partes por

meio de corretor Imposição de pagamento da taxa de corretagem que caracteriza

venda casada Dever da vendedora de restituição da verba recebida a tal título aos

consumidores Precedentes desta Colenda Câmara Revogação da multa por

inadimplemento imposta em sentença, ausente previsão contratual de sua

incidência Inadimplemento contratual que, na hipótese, configurou dano moral

indenizável Autores que DESMARCARAM CASAMENTO PORQUE NÃO

FINALIZADO IMÓVEL QUE SE DESTINAVA À MORADIA DO CASAL Quantum

indenizatório fixado em montante razoável Recursos providos em parte, tão-só para

afastar a incidência de multa por inadimplemento. Dá-se provimento em parte aos

recursos. (TJ-SP, Relator: Christine Santini, Data de Julgamento: 28/10/2014, 1ª

Câmara de Direito Privado).

Os presentes que os Autores ganharam referente ao casamento anunciado

aos amigos e familiares, tiveram de ficar estocados por muitos meses, nos fundos da casa da

mãe da Autora, por decorrência do descumprimento completamente injustificado da

Requerida em não entregar o imóvel adquirido.

Não obstante é ainda necessário mencionar que pelo próprio atraso

injustificado na entrega do imóvel, já enseja danos morais, quanto mais em um caso onde se

agrava por decorrência da frustração do casamento e dos presentes recebidos, que tiveram

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de ficar estocados, conforme demonstra as notas fiscais e fotografias, em anexo à esta

exordial.

Ora Excelência, é inequívoco o sentimento de frustração de uma família,

que adquire com dificuldades a casa própria, observa esvair-se o sonho de utilizá-la de

imediato, quando do fim do prazo contratual, o que não ocorre por descaso da construtora,

que os obriga a esperar pela finalização da obra por mais de um ano. Isto se agrava quando

a família se mudaria de outro local para aquele onde se localiza o bem adquirido, como é o

caso.

Muitos planejamentos e cronogramas são suspensos, isto é certo. Isto

não é mero aborrecimento por descumprimento contratual. Trata-se de verdadeiros danos de

natureza moral porque causam frustração, incômodos, insônia, toda ordem de inquietude

naqueles que quitaram a sua obrigação e não puderam usufruir do bem no prazo e condições

previamente acordado.

Toda esta situação familiar somada à demora injustificada na entrega,

não pode ser considerado como mero dissabor. Sem dúvida gera mais do que meros

dissabores à parte, mas efetivo abalo suscetível de indenização.

Este é o entendimento consolidado pela jurisprudência, senão vejamos:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RESCISÃO DE CONTRATO. ATRASO NA

ENTREGA DA OBRA. DEVOLUÇÃO INTEGRAL DAS PARCELAS PAGAS.

INDENIZAÇÃO DE DANO MORAL. A existência de multa contratual não afasta o

direito de rescisão do pacto, fundada na inadimplência de um dos contratantes, pois

a parte lesada pelo inadimplemento tem o direito de pedir a resolução do contrato

(art. 475, CCB). É nula a disposição contida em contrato de adesão que estipula a

renúncia antecipada dos aderentes ao direito de restituição integral dos valores

pagos, mesmo no caso de inadimplemento da obrigação de entrega do imóvel no

prazo ajustado (art. 424 CCB e 51, IV, § 1º, I, II e III, CDC). Como a casa própria

está no imaginário de grande parte da população brasileira, ocupa as

preocupações dos pais de família e alimenta o sonho de segurança,

independência e conforto, o rompimento do contrato de compra e venda de

imóvel, destinado à residência, traduz-se em uma frustração de legítima

expectativa, caracterizando ofensa de ordem moral. (TJMG - Ap. Cível nº.

1.0024.08.137511-5/001 - 13ª CC - Rel. Luiz Carlos Gomes da Mata - J. 11/02/2010)

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AÇÃO COMINATÓRIA - CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA -

INADIPLEMENTO - ATRASO NA ENTREGA DA OBRA - FORÇA MAIOR -

AUSÊNCIA DE PROVA - DANO MATERIAL - DANO MORAL - INDENIZAÇÃO

DEVIDA. Se restou estipulado no contrato a data de entrega do imóvel, e não tendo

a Construtora cumprido o prazo ou comprovado a existência de motivo de força

maior que a impediu de fazê-lo, assume, com sua inércia, o ônus de indenizar o

promissário-comprador pelos danos, materiais e morais decorrentes da

inadimplência contratual. Mostra-se desnecessária à comprovação objetiva do dano

moral, haja vista que esse se presume, devendo o valor da indenização ser

estimado de acordo com a natureza e extensão do dano extrapatrimonial, pautando-

se sempre pela razoabilidade e proporcionalidade, de forma a não ocasionar o

enriquecimento sem causa do credor, mas que, principalmente, cumpra junto ao

devedor o seu objetivo pedagógico, desmotivando futuras imprudências no mesmo

sítio. (TJMG - Ap. Cível nº. 1.0024.04.326808-5/001 - 17ª CC - Rel. Luciano Pinto -

J. 02/08/2007)

2.2.2 | Da má-fé na Prestação de Serviços e atendimento ao consumidor

Conforme mencionado nos fatos da presente exordial, o SILÊNCIO da

Requerida para com os Autores, referente ao injustificado atraso na entrega das chaves de

um imóvel que já estava há tempos construído e pronto para morar, trouxe um imensurável

sentimento de insegurança e medo doas Autores.

De igual forma, conforme mencionado, no dia 07 de Março de 2015 o

Corretor, Sr. Tiago Silva, informou que o silêncio da MRV, era por orientação do jurídico

da empresa, orientando todos os funcionários a não mais atender os Autores, porém

apenas Paula poderia falar com eles (porém nunca estava disponível).

Para comprovar referida alegação, os Autores procederam com a

LAVRATURA DE ATA NOTARIAL, devidamente registrada no Livro 150-N, às folhas 179

com protocolo n.º 0006147/2015 realizado no 2º Ofício de Registro Civil e 7º Tabelionato

de Notas de Londrina/PR.

Em pleno exercício de sua FÉ-PÚBLICA, constatou o Escrevente, Sr.

Felipe Julião, no diálogo da Autora Mônica com Tiago Santos, que este informa que a

orientação do jurídico da empresa requerida, era de que ninguém mais teria autorização

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de falar sobre o assunto com os Autores, apenas alguém chamada Paula – do

Relacionamento, que poderia fazer o contato. (Ata Notarial em Anexo).

Ora Excelência, isso vai muito além do flagrante desrespeito com o

consumidor, pois tal atitude, demonstra a má-fé objetiva da empresa em deixar

propositalmente o cliente abandonado. Os atendentes foram orientados a não mais realizar o

devido atendimento ao cliente.

Excelência, não é preciso muito, para perceber o GRANDE ABSURDO a

situação em que a empresa Requerida colocou os Autores. Veja que os Autores já haviam

realizado todos os pagamentos em dia (até mesmo adiantado). O financiamento com o banco

fora devidamente realizado. O valor já havia sido 100% repassado à Requerida, porém o

imóvel (que embora há meses estava pronto) não fora entregue aos Autores.

Além de terem cumprido e realizado todo o pagamento do contrato, não

receberam o imóvel, e então, sem qualquer motivo aparente, os atendentes da Requerida,

COMEÇAM A NEGAR ATENDIMENTO E PRESTAR INFORMAÇÕES, injustificadamente e

sem motivação qualquer.

Frisa-se, o próprio funcionário da Requerida informa que todos haviam

recebido orientação para não mais passar nenhuma informação do caso aos autores. Apenas

uma funcionária poderia conversar com os mesmos, porém esta nunca os atendia.

Gerou nos autores uma imensurável sensação de insegurança e medo

quanto ao contrato que haviam realizado, posto que haviam investido todas as suas

economias e sonhos naquele investimento.

Trata-se de uma atitude de enorme desonestidade para com os Autores,

clientes da Requerida, que ficaram sem informações quanto ao andamento de seu negócio.

A postura da empresa requerida, em deixar de atender os Autores e não lhe

prestar mais o atendimento, barrando inclusive, o atendente que, desde o início, havia

acompanhado todo o processo de compra e venda, não pode ser considerado como um mero

dissabor, porém lesando ainda mais a moral dos autores, trazendo angústias e sofrimentos,

medo e incertezas quanto à todo o valor até aquele momento investido.

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2.2.3. | Do quantum indenizatório por Danos Morais:

A princípio, importante salientar que o quantum indenizatório em ação de

natureza moral é fixado Pelo Poder Judiciário, por arbitramento judicial. O requerente poderá

sugerir critérios e parâmetros e, até, pleitear alguma quantia, porém, de modo indicativo, pois

não se trata de ação de cobrança, com título de dívida pré-constituído.

A sentença é que será o título de crédito, e na sua prolação não está o

magistrado limitado às quantias pleiteadas pelas partes, mas livre das amarras do artigo 460

do Código de Processo Civil. Assim, tanto poderá fixar a indenização no valor pleiteado como

em quantia superior ou inferior, segundo o seu prudente arbítrio e senso de Justiça.

Com relação ao valor a ser fixado a título de danos morais, a doutrina e a

jurisprudência pátrias são unânimes ao reconhecer que é mister atentar-se para o duplo

caráter de que se reveste a presente indenização, qual seja, o de punir o autor do ilícito, de

forma a desestimulá-lo a reincidir na mesma prática ou em outras condutas semelhantes e o

de compensar a dor e o constrangimento indevidamente sofridos.

Conforme as Jurisprudências já colacionadas nesta exordial, devemos

observar o princípio da razoabilidade para falarmos do quantum indenizatório. Não se pode

fixar um valor tão alto ao ponto que proporcione enriquecimento ilícito à requerente, da mesma

forma que este valor não pode ser pequeno que não surta efeito pedagógico algum sobre o

causador do dano.

Devemos ainda, levar em consideração todas as características

capazes de elevar o grau, a dimensão e a profundidade dos danos morais sofridos e

experimentados pelos Autores, por decorrência do descumprimento contratual da

Requerida, e de seu comportamento e postura com os mesmos. VEJAMOS:

É consolidado no tribunal, o entendimento dos danos morais quanto à NÃO

ENTREGA DAS CHAVES do imóvel, na data prevista no contrato, (conforme

jurisprudências colacionadas e anexas);

Também já é entendimento pacífico que os danos morais sofrem substancial

majoração por decorrência do CASAMENTO DOS AUTORES FRUSTRADO pela

inadimplência da Requerida, além da DETERIORAÇÃO DOS PRESENTES de

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casamentos ganhos e que tiveram de ficar estocados no quintal da mãe da

Autora, (também conforme as jurisprudências colacionadas).

Outrossim, é motivo de majoração da lesão à moral dos autores, a atitude

absurdamente inconsequente e negligente adotada pela empresa Requerida

em orientar, expressamente, através do “jurídico” que ninguém mais poderia

repassar informações aos Autores, deixando-os marginalizados e abandonados

quanto ao que estava acontecendo com seu contrato e sem saber os motivos

pelos quais as chaves do imóvel adquirido não foram entregues na data

avençada, tampouco informar qualquer previsão de entrega ou solução do

problema, causando ainda mais desgosto, tristeza, desesperança e um grande

sentimento de impotência frente à requerida, quando descobriram que a

mesma fora quem havia orientado seus funcionários para não mais lhe

prestarem informações;

O valor da indenização deve ter proporções significativas para coibir que os

réus mantenham sua conduta danosa e continuem a prestar seus serviços de forma

negligente, imprudente e insatisfatória.

Tendo em vista todos os fatos acima transcritos e levando em consideração

a orientação de nossos tribunais, bem como a jurisprudência predominante e já consolidada

quanto ao caso, inclusive onde figuram como parte a Requerida, o valor sugerido que

cumpriria com todas as finalidades da indenização de danos morais, tanto para os Autores,

quanto às Requeridas, seria o de R$ 40.000,00 (Quarenta mil Reais).

Referido valor amenizaria a dor e o sofrimento moral nas dimensões e áreas

sofridas por ambos os Autores, bem como está em completa sintonia com os valores

arbitrados por nosso tribunal, conforme as jurisprudências colacionadas.

2.3 | Da Declaração da Rescisão Contratual pela Requerida:

É importante ressalvar que, embora a Requerida tenha solicitado que os

Autores celebrassem um novo contrato de promessa de compra e venda (conforme se

demonstra em anexo), alterando datas, condições e objeto. O contrato anterior assinado, de

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mesma natureza, referente ao imóvel que a Requerida não conseguiu entregar aos autores

pelos fatos já descritos, não foi devidamente rescindido.

Ora, é à luz da razão que se deduz que demonstrado a necessidade da

celebração de um novo contrato de promessa de compra e venda, de um outro apartamento

distinto ao que fora anteriormente celebrado, o contrato anterior de mesma natureza

celebrado entre as partes, não pôde ser cumprido e necessita ser devidamente rescindido, e

sobre este, recair todas as multas, perdas e dados para aquele quem deu causa à sua

Rescisão.

Vejamos a seguir, a necessária aplicação das penalidades previstas no

contrato de promessa de compra e venda do apartamento 305 BLOCO 14 Spazio Lótus,

sob a luz do CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR:

2.3.1 | Da Aplicação das Multas contratuais:

A cláusula 5 do contrato celebrado entre as partes determina que, em não

havendo prorrogação no prazo de conclusão da obra, as Autores seriam imitidos na posse do

imóvel no dia 31 de Dezembro de 2014, sendo que para que lhe fosse entregue as chaves,

os Autores deveriam estar em dia com suas obrigações contratuais, frisando-se que de forma

especial, os Autores deveriam estar em dia com o pagamento. Senão vejamos:

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Não obstante ao determinado em contrato, e EMBORA NÃO TENHA

OCORRIDO NENHUM ATRASO NAS OBRAS, pois quando os Autores foram formalizar

compromisso e posterior contrato de compra e venda, AS OBRAS JÁ ESTAVAM

CONCLUÍDAS, inclusive com muitos moradores já residindo nos apartamentos, os Autores –

INJUSTIFICADAMENTE – não receberam as chaves no prazo combinado, qual seja, em 31

de Dezembro de 2014, conforme estabelecido no quatro 5, vejamos:

Conforme pode ser observado, somente em Julho de 2015 a requerida

reconheceu que não iria cumprir com o contrato, e ofereceu um novo contrato de compra e

venda, de um outro apartamento. Porém durante o período de 31/12/2014 até 05/07/2015 os

autores ficaram, injustificadamente, sem receber as chaves do imóvel que haviam escolhido

para morar, não apresentando a Requerida, qualquer motivo ou justificação para a situação

dos autores.

Pelo contrário, começou a fugir e negar informação aos autores, quando

estes solicitavam por esclarecimentos, e pelo injustificado motivo de não poder entrar no

imóvel, conforme haviam combinado no contrato.

Por fim, os Autores conversaram com a síndica do condomínio, e esta

informou que já havia uma família residindo na unidade do imóvel que haviam comprado da

requerida. Sendo que esta sabia que haviam também celebrado contrato de promessa de

compra e venda com aqueles, e que por referido contrato, haviam justificado a entra na

unidade.

Inconformados com a situação, os autores procuraram a Requerida, e esta

informou que realmente havia uma família residindo, pois haviam celebrado contrato de

promessa de compra e venda com aqueles, e que tal imóvel não seria mais nas condições

que anteriormente haviam combinado, posto que há meses (antes da celebração de contrato

com os Autores) outra família já estavam ali residindo, estando pendente apenas a provação

do financiamento com aqueles.

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Por fim, embora o contrato celebrado com os autores já estivesse 100%

quitado (tendo a Requerida recebido o valor financiado pelos autores junto ao Banco do

Brasil), não puderam receber no imóvel, sendo obrigados a rescindirem o contrato, por

inadimplência de cumprimento das obrigações por parte da REQUERIDA em não conseguir

cumprir com suas obrigações contratuais.

Ora Excelência, o contrato celebrado entre as partes previa multa pela

sua rescisão, vejamos o que dispões a CLÁUSULA 7, ALÍNEA “F” do contrato celebrado:

Podemos observar aqui que qualquer das partes pode dar ensejo à rescisão

do contrato celebrado, por decorrência do descumprimento das obrigações estipuladas no

contrato POR QUAISQUER DAS PARTES.

Outrossim, conforme já destacado, a requerida faltou com o cumprimento

de diversas cláusulas contratuais, sendo a principal delas, a entrega do imóvel e das chaves

da data convencionada, posto que à época da celebração do contrato, as obras há muito

tempo já haviam sido terminadas, e os moradores já estavam residindo no local.

Não se trata da compra e venda de um imóvel na planta, mas com as

construções já finalizadas, sendo vendido apenas os apartamentos que, supostamente,

seriam novos e estavam vagos para serem vendidos.

Pois bem, conforme determinado em contrato, pela rescisão injustificada por

culpa exclusiva da Requerida, deve ser aplicada a mula prevista em referida cláusula (cláusula

07), senão vejamos seu dispositivo:

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O contrato prevê uma dedução de 08% do valor do contrato, mais 1%

ao mês deste mesmo valor, à título de fruição, quando houver.

Ora Excelência, é nítida a fruição aqui, porém por parte da Requerida,

posto que recebera o valor integral do imóvel por decorrência do contrato de financiamento

realizado pelos Autores, conforme demonstrado no contrato e nos pagamentos do

financiamento em anexo.

Ora Excelência, por todo o período em que os Autores ficaram sem receber

um imóvel da Requerida, houve a fruição do montante total do valor do contrato,

R$144.882,00 (cento e quarenta e quatro mil, oitocentos e vinte e dois Reais), por parte

da REQUERIDA.

Não obstante, o imóvel estava sendo usufruído por terceiros, por

decorrência direta da relação daquela, com a Requerida.

Os Autores somente foram receber um novo imóvel, mediante a celebração

de um novo contrato com a Requerida, em 07 de Agosto de 2015. Sendo que durante todo

este tempo, se manteve fiel e adimplente com suas obrigações determinadas no contrato,

sobretudo sobre os valores já repassados para a Requerida.

Neste sentido, é fundamental destacar que, pelos fatos já narrados, assiste

razão aos autores, pelo pagamento de multa moratória, por equiparação, para o caso de

descumprimento do contrato. No montante de 8% sobre o valor pago à Requerida, qual

seja, o valor integral do contrato, nas condições previstas na cláusula supra colacionada.

Este é o entendimento ATUAL e já consolidado em nosso Tribunal de

Justiça do Paraná (TJPR) senão vejamos: (OBS: todas as jurisprudências colacionadas

da presente exordial, a Requerida MRV figura como parte).

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EMENTA: AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL CUMULADA COM INDENIZAÇÃO

POR PERDAS E DANOS.COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL

NA PLANTA. EMPREENDIMENTO SEM AUTORIZAÇÃO DE CONSTRUÇÃO.

SENTENÇA QUE JULGOU PARCIALMENTE PROCEDENTES OS PEDIDOS

INICIAIS (ART. 269, I DO CPC). 1. SENTENÇA ULTRA PETITA. NÃO

FORMULADO PEDIDO DE DEVOLUÇÃO EM DOBRO DA COMISSÃO DE

CORRETAGEM. REVOGAÇÃO PARCIAL. 2. DEVOLUÇÃO SIMPLES DA

COMISSÃO DE CORRETAGEM. CONSTRUTORA QUE DEU CAUSA À

RESCISÃO CONTRATUAL. ABUSIVIDADE DESTA COBRANÇA. ADMISSÃO DO

INTERMEDIÁRIO PELA PRÓPRIA CONSTRUTORA.ATUAÇÃO DO CORRETOR

DIVERSA DA PRESTAÇÃO AUTÔNOMA DE SERVIÇOS DE CORRETAGEM,

POIS OPERAVA A MANDO E INTERESSE DA INCORPORADORA.

DESEMPENHO CONJUNTO DAS EMPRESAS, QUE RETIRARAM A AUTONOMIA

DA PARTE EM ESCOLHER QUEM QUISESSE PARA A MEDIAÇÃO DO

NEGÓCIO. FAVORECIMENTO APENAS DA EMPRESA DE ENGENHARIA, QUE

OTIMIZOU SUA ATIVIDADE EMPRESARIAL E MAXIMIZOU A VENDA DAS

UNIDADES HABITACIONAIS E O SEU PRÓPRIO LUCRO. VENDA CASADA.

PRÁTICA ABUSIVA. APLICAÇÃO DO ARTIGO 39, INCISO I E DO ARTIGO 51,

INCISOS III E IV, AMBOS DO CDC. RESTITUIÇÃO SIMPLES DOS VALORES

PAGOS. 3. REPETIÇÃO DAS PARCELAS PAGAS.POSSIBILIDADE. EXPRESSA

PREVISÃO CONTRATUAL. 4. DANO MORAL. AUSÊNCIA DE BOA FÉ OBJETIVA

DA RÉ QUE COMERCIALIZOU APARTAMENTOS NA PLANTA SEM ALVARÁ

PARA EXECUÇÃO DA OBRA. FALTA DE AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL QUE

IMPEDIU A EXECUÇÃO DO EMPREENDIMENTO. INEXISTÊNCIA DE

COMPROVAÇÃO DE INFORMAÇÃO À PARTE AUTORA. INADIMPLEMENTO

CONTRATUAL QUE EXTRAPOLOU O MERO ABORRECIMENTO. 5. RETENÇÃO

DE FRAÇÃO DAS PARCELAS PAGAS. CONTRATO QUE PREVIA A

RETENÇÃO DE 8% EM FAVOR DA RÉ INDEPENDENTEMENTE DE

QUEM DESSE CAUSA À RESCISÃO CONTRATUAL. ÔNUS QUE

RECAI UNICAMENTE EM DESFAVOR DO CONSUMIDOR.

PRINCÍPIO DA ISONOMIA. CLÁUSULA PENAL QUE DEVE SER

IMPOSTA PARA AS DUAS PARTES. VEDAÇÃO DA OCORRÊNCIA DA

REFORMATIO IN PEJUS.MANUTENÇÃO DA SENTENÇA QUE SE IMPÕE. 6.

ÔNUS SUCUMBENCIAIS MANTIDOS.RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO

E DESPROVIDO. (TJPR - 17ª C.Cível - AC - 1377513-8 - Curitiba - Rel.: Luis

Sérgio Swiech - Unânime - J. 19.08.2015)

Tanto o Código de Defesa do Consumidor (CDC) quanto princípios gerais

de direito, além da equidade, apontam como abusiva a prática de impor penalidade exclusiva

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ao consumidor. De fato tem-se a exigência de que as relações entre consumidores e

fornecedores sejam equilibradas (art. 4º, inciso III do CDC).

Tem-se também como um direito básico do consumidor a "igualdade nas

contratações" (art. 6º, inciso II do CDC) e outros direitos não previstos no CDC, mas que

derivem "dos princípios gerais de direito" e da "equidade"(art. 7º). O art. 51 do Código de

Defesa do Consumidor, ao enumerar algumas cláusulas tidas por abusivas, deixa claro que

nos contratos de consumo deve haver reciprocidade de direitos entre fornecedores e

consumidores, mostrando-se abusivas, por exemplo, as cláusulas contratuais que:

IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o contrato,

embora obrigando o consumidor

Dessa forma, o fornecedor não pode ficar isento de sanção em situações de

descumprimento análogas às previstas para o consumidor.

Destaca-se ainda, que, conforme já mencionado, ao contrário dos Autores,

a Requerida não cumpriu com seus deveres contratuais, sendo um destes descumprimentos,

a não entrega das chaves conforme determinado, impedido o direito de fruição, por parte dos

autores em relação ao imóvel adquirido.

Sendo assim, e com base nas jurisprudências que respaldam o assunto,

tem-se que, se há expressa disposição ao pagamento mensal à título de fruição por parte dos

Autores/Consumidores, quando estes derem ensejo à rescisão do contrato, A FRUIÇÃO NÃO

GOZADA POR CULPA DA REQUERIDA também deve ser indenizada nos mesmos

moldes e condições previstas no contrato.

Sendo assim, deve a Requerida indenizar os Autores no montante de 1% ao

mês, do valor do contrato, iniciando-se em Janeiro de 2015, até Agosto de 2015 - data do

recebimento das chaves do outro imóvel (objeto do novo contrato celebrado entre as partes),

posto que este não mais seria possível de se cumprir, por ter a Requerida realizada a venda

deste mesmo imóvel à terceiro.

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Não obstante, o contrato ainda prevê as penalidades de mora e multa pelo

atraso no cumprimento das obrigações estipuladas quanto aos Compradores/Consumidores,

conforme cláusula 4.2 senão vejamos:

Ora Excelência, o próprio contrato menciona que, caso os

compradores/AUTORES atrasassem QUALQUER prestação que fosse, a

Vendedora/REQUERIDA, estaria desobrigada a entregar as chaves na data originalmente

acordada entre ambos.

Logo, o pagamento em dia dos valores determinado em contrato, inclusive

tendo a Requerida recebido o valor integral do contrato por parte dos Autores decorrentes do

financiamento realizado com o Banco do Brasil, e tendo a Requerida deixado

injustificadamente de entregue as chaves conforme combinado, é devida a aplicação de multa

nos moldes da cláusula contratual em comento, incidindo esta, sobre o valor integral do

contrato.

Frisa-se que o contrato prevê a incidência de multa para o caso de atraso

por parte do consumidor. Sendo assim, a mesma multa deverá incidir, em reprimenda do

fornecedor, caso seja deste a mora, o inadimplemento, ou a rescisão do contato, como ocorre

na espécie.

Neste sentido termos, temos recentes julgados no TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO PARANÁ, quanto ao entendimento da aplicação da multa em favor do

consumidor, pelo princípio da equidade e boa-fé, norteadores do Código de Defesa do

Consumidor, senão vejamos alguns extratos jurisprudenciais:

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Frisa-se novamente que TODAS as Jurisprudências ora colacionadas,

a Requerida – MRV ENGENHARIA figura como parte, sendo casos similares e análogos ao

presente, senão vejamos:

APELANTE: VITOR PACHECO DOS SANTOS APELADO: MRV ENGENHARIA E

PARTICIPAÇÕES S.A. EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL.AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE

FAZER C/C INDENIZAÇÃO. (1) ATRASO NA ENTREGA DE OBRA. CLÁUSULA

CONTRATUAL QUE PREVÊ DUPLO PRAZO. NULIDADE PARCIAL. ARTS. 6.º, III

E IV, 47, 51, IV E XIII DO CDC e 122 e 423 DO CC. PREVALÊNCIA DO TERMO

CERTO. INTERPRETAÇÃO MAIS FAVORÁVEL AO CONSUMIDOR. (2) PRAZO

DE TOLERÂNCIA.180 DIAS. LEGALIDADE. (3) MULTA MORATÓRIA. INVERSÃO

EM FAVOR DO PROMITENTE COMPRADOR. ADMISSIBILIDADE. (4) DANOS

MORAIS. TRANSTORNOS QUE EXTRAPOLAM OS MEROS

ABORRECIMENTOS.INDENIZAÇÃO DEVIDA. (5) ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA.

DECAIMENTO MÍNIMO DO AUTOR. CONDENAÇÃO DA RÉ. ART. 21,

PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC.1. (...) 3. Prevista a multa moratória apenas para

a hipótese de inadimplemento do promitente comprador, impõe- se a sua

inversão, em contrato amparado pelo CDC, caso seja da promitente vendedora

o descumprimento contratual, de forma a atender ao princípio da isonomia

contratual entre os contratantes (art. 6.º, II) e aos preceitos que vedam

cláusulas com restrições aos direitos do consumidor (art. 51, I e IV), em

observância, ainda, ao princípio da boa-fé contratual que deve permear

qualquer ajuste entre as partes, nos termos do disposto no art. 422 do CC.4.

Existindo transtornos que extrapolam os meros aborrecimentos de uma

inadimplência contratual, relativos à frustração da expectativa no recebimento de

imóvel objeto de compra e venda, impõe-se o ressarcimento dos danos morais. 5.

Decaindo o autor de parte mínima do pedido, responde a ré, por inteiro pelo ônus

da sucumbência, nos termos do parágrafo único, do art. 21 do CPC. 6. Recurso

conhecido e parcialmente provido. (TJPR - 7ª C.Cível - AC - 1363036-7 - Curitiba -

Rel.: Fábio Haick Dalla Vecchia - Unânime - - J. 15.09.2015)

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL 1 E 2. AÇÃO DE REPARAÇÃO POR DANOS

MATERIAIS. SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA.AGRAVO RETIDO.

AUSÊNCIA DE PEDIDO DE APRECIAÇÃO DAS PRELIMINARES DO RECURSO

DE APELAÇÃO. NÃO CONHECIMENTO. MÉRITO. ATRASO NA

OBRA.CONFIGURAÇÃO. LEGALIDADE DA CLÁUSULA DE TOLERÂNCIA DE 180

DIAS. PRAZO QUE SE INICIA A PARTIR DA DATA PREVISTA PARA ENTREGA

DA OBRA. INTERPRETAÇÃO MAIS FAVORÁVEL AO CONSUMIDOR.

CONDENAÇÃO DA CONSTRUTORA NO PAGAMENTO DE MULTA DE 1% AO

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MÊS PRO RATA DIE. POSSIBILIDADE. RESPEITO AO PRINCÍPIO DA

EQUIDADE CONTRATUAL ENTRE AS PARTES. REFORMA DA SENTENÇA

QUANTO AOS LUCROS CESSANTES. APURAÇÃO EM SEDE DE LIQUIDAÇÃO

DE SENTENÇA. PARTE AUTORA QUE DECAIU DE PARTE MÍNIMA DO PEDIDO.

APLICAÇÃO DO ARTIGO 21, PARÁGRAFO ÚNICO DO CPC. SENTENÇA

REFORMADA.RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL 1 CONHECIDO E NÃO

PROVIDO. RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL 2 CONHECIDO E PARCIALMENTE

PROVIDO. (TJPR - 7ª C.Cível - AC - 1320858-9 - Curitiba - Rel.: Dartagnan Serpa

Sa - Unânime - - J. 02.06.2015)

recurso de apelação interposto pela MRV ENGENHARIA E PARTICIPAÇÕES

LTDA, nos termos do voto do Relator. EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL E RECURSO

ADESIVO - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS, LUCROS

CESSANTES E DANOS MORAIS - CONTRATO DE COMPROMISSO DE

COMPRA E VENDA - ATRASO NA ENTREGA DA OBRA - INADIMPLEMENTO

CONTRATUAL CONFIGURADO - ABUSIVIDADE DA CLÁUSULA QUE

CONDICIONA A ENTREGA DO BEM ATÉ 1 (UM) MÊS APÓS A ASSINATURA DO

CONTRATO DE FINANCIAMENTO COM A CEF - CONSTRUTORA DEIXOU DE

PROVIDENCIAR AS CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA POSSIBILITAR O

FINANCIAMENTO - INCIDÊNCIA DE HIPOTECA SOBRE O IMÓVEL -

RESSARCIMENTO DAS COTAS CONDOMINIAIS E IMPOSIÇÃO AO

PAGAMENTO DAS FATURAS PENDENTES - CABIMENTO - AS TAXAS DE

CONDOMÍNIO SOMENTE PODEM SER COBRADAS DO COMPRADOR A

PARTIR DO MOMENTO QUE ESTE RECEBE EFETIVAMENTE AS CHAVES DO

IMÓVEL – LUCROS CESSANTES PRESUMIDOS NO CASO DE ATRASO NA

ENTREGA DO BEM - PRECEDENTES DO STJ E DESTE TRIBUNAL - DANO

MORAL CONFIGURADO - ULTRAPASSADO O MERO ABORRECIMENTO PELA

INADIMPLÊNCIA CONTRATUAL (...) - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, EM

FAVOR DO PATRONO DA AUTORA, AUMENTADOS PARA 20% (VINTE POR

CENTO) SOBRE A CONDENAÇÃO - SENTENÇA REFORMADA - APELO

CONHECIDO E IMPROVIDO -RECURSO ADESIVO CONHECIDO E PROVIDO.”

(TJPR – AP nº 1179264-4, Rel. Des. LUIZ SÉRGIO NEIVA DE LIMA VIEIRA,

Unânime, J. 10/2/2015).

APELAÇÕES CÍVEIS – CONTRATO DE COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA

- MRV - ATRASO NA ENTREGA DA OBRA - INADIMPLEMENTO CONTRATUAL

CONFIGURADO (...) CONDENAÇÃO DA CONSTRUTORA NO PAGAMENTO DE

MULTA CONTRATUAL, A CONTAR DO PRIMEIRO DIA ÚTIL APÓS O

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VENCIMENTO DO PRAZO ATÉ A EFETIVA ENTREGA DAS CHAVES -

POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO DA CLÁUSULA PENAL MORATÓRIA COM

PERDAS E DANOS (...) CONDENAÇÃO DA INADIMPLENTE NO PAGAMENTO

DE MULTA DE 2% SOBRE O VALOR DO IMÓVEL, MAIS 1% AO MÊS PRO-RATA

DIE DEVIDA (...)” (TJPR - 7ª C.Cível - AC 1.131.360-7 - Rel.: Luiz Sérgio Neiva de

Lima Vieira - DJE 19.5.2014)

APELAÇÃO CÍVEL E RECURSO ADESIVO - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR

DANOS MORAIS E MATERIAIS C/C REVISÃO CONTRATUAL - CONTRATO DE

COMPRA E VENDA - ATRASO NA ENTREGA DE IMÓVEL - INADIMPLEMENTO

CONTRATUAL - CONFIGURADO (...) APLICAÇÃO DE MULTA DE 1% SOBRE O

VALOR DO IMÓVEL POR MÊS DE ATRASO (...).” (TJPR - 7ª C.Cível - AC

1.126.118-0 - Rel.: Roberto Antônio Massaro - DJE 25.6.2014)

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL 1.233.988-5, DA 12.ª VARA CÍVEL DO FORO

CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA

APELANTES 1: ANDERSON LUIZ MOURA E CRISTINA LOPES DE LIMA MOURA

APELANTE 2: MRV ENGENHARIA E PARTICIPAÇÕES S.A. APELADOS:

APELANTES 1 E APELANTE 2 RELATOR: DES. FÁBIO HAICK DALLA

VECCHIAEMENTA CIVIL E PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL.AÇÃO

REVISIONAL C/C REPARAÇÃO DE PERDAS E DANOS. COMPROMISSO DE

COMPRA VENDA. APELAÇÃO CÍVEL (1) PROMITENTE- VENDEDORA. IMÓVEL

EM CONSTRUÇÃO.ATRASO NA ENTREGA. DEVER DE INDENIZAR.DANOS

EMERGENTES. CONFIGURAÇÃO. MULTA MORATÓRIA. PREVISÃO

EXCLUSIVAMENTE EM BENEFÍCIO DA VENDEDORA. INVERSÃO EM FAVOR

DOS COMPRADORES. ADMISSIBILIDADE. DANOS MORAIS. OCORRÊNCIA.

TRANSTORNOS QUE EXTRAPOLAM OS MEROS ABORRECIMENTOS. 1. O

atraso injustificado na entrega de imóvel em construção, caracteriza o

inadimplemento contratual, por parte da promitente-vendedora, da obrigação de

entrega da obra no prazo estipulado, gerando, assim, o dever de indenizar as perdas

e danos experimentadas pelos promitentes- compradores. 2. (...) Prevista a multa

moratória, em contrato sob a égide do Código de Defesa do Consumidor,

somente para a hipótese de inadimplemento dos compradores, impõe-se a

sua inversão, caso seja da construtora vendedora o descumprimento

contratual, de forma a atender ao princípio da isonomia contratual entre os

contratantes (art. 6.º, II) e aos preceitos que vedam cláusulas com restrições

aos direitos do consumidor (art. 51, I e IV), com observância, ainda, ao

princípio da boa-fé contratual que deve permear qualquer ajuste entre as

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partes, nos termos do disposto no art. 422 do CC. (...) .5. Recurso conhecido e

não provido. (...) (TJPR - 7ª C.Cível - AC - 1233988-5 - Foro Central da Comarca

da Região Metropolitana de Curitiba - Rel.: Fábio Haick Dalla Vecchia - Unânime - -

J. 18.11.2014)

INVERSÃO DA CLÁUSULA CONTRATUAL QUE PREVÊ MULTA DE 1% EM

CASO DE RESOLUÇÃO DO CONTRATO - MATÉRIA NÃO DISCUTIDA EM

PRIMEIRO GRAU - INOVAÇÃO RECURSAL - CONHECIMENTO PARCIAL DO

RECURSO - ATRASO NA ENTREGA DO IMÓVEL - CONFIGURADO -

CONDENAÇÃO DA CONSTRUTORA AO PAGAMENTO DE MULTA

CONTRATUAL DE 2% SOBRE O VALOR DO IMÓVEL ACRESCIDO DE JUROS

DE MORA DE 1% AO MÊS -MANTIDA - LUCROS CESSANTES - PRESUNÇÃO -

CABIMENTO – (...) ” (TJPR – AP nº 1114978-5, Rel. Des. ROBERTO ANTÔNIO

MASSARO, 7ª Câmara Cível, J. 9.9.2014)

APELAÇÃO CÍVEL - DEMANDA DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO C/C PEDIDO DE

DANOS MORAIS E LUCROS CESSANTES RECURSO DE APELAÇÃO 01

INTERPOSTO PELO REQUERIDO (MRV ENGENHARIA E PARTICIPAÇÕES S/A)

- PRELIMINAR DE AUSÊNCIA DE INTERESSE DE AGIR EM RAZÃO DA

RENÚNCIA DE DIREITOS - INOCORRÊNCIA - ABUSIVIDADE DA CLÁUSULA -

ARTIGO 51, I, DO CDC - TAXA DE TRANSFERÊNCIA INDEVIDA - ATRASO NA

ENTREGA DO IMÓVEL - AUSÊNCIA DE CLÁUSULA ESPECÍFICA ACERCA DA

MULTA MORATÓRIA - INVERSÃO DA CLÁUSULA CONTRATUAL QUE PREVIA

MULTA APENAS EM DESFAVOR DO CONSUMIDOR -OBSERVÂNCIA AO

EQUILÍBRIO CONTRATUAL -RECURSO DESPROVIDO RECURSO DE

APELAÇÃO 02 INTERPOSTO PELO REQUERENTE (MILTON FERREIRA DOS

SANTOS) – (...) LUCROS CESSANTES -DEVIDOS - PRESUNÇÃO NOS CASOS

DE ATRASO NA ENTREGA - PRECEDENTES DO STJ - VALOR QUE DEVE SER

AFERIDO EM LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA -MULTA MORATÓRIA DE 2% QUE

DEVE INCIDIR SOBRE O VALOR DO CONTRATO, ALÉM DE JUROS

MORATÓRIOS DE 1% AO MÊS OU PRO RATA DIE -MAJORAÇÃO DOS

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS -POSSIBILIDADE - ARTIGO 20, § 3º DO CPC -

RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.” (TJPR – AP nº 11158051, Rel. Des.

DENISE KRUGER PEREIRA, 7ª Câmara Cível, J. 18.2.2014)

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36

Também este é o entendimento do SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ),

senão vejamos:

DIREITO DO CONSUMIDOR E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL.

CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL. RESCISÃO

POR CULPA DA CONSTRUTORA (VENDEDOR). (...) INVERSÃO DE CLÁUSULA

CONTRATUAL QUE PREVIA MULTA EXCLUSIVAMENTE EM BENEFÍCIO DO

FORNECEDOR, PARA A HIPÓTESE DE MORA OU INADIMPLEMENTO DO

CONSUMIDOR. POSSIBILIDADE. (...) Seja por princípios gerais do direito, seja

pela principiologia adotada no Código de Defesa do Consumidor, seja, ainda,

por comezinho imperativo de equidade, mostra-se abusiva a prática de se

estipular penalidade exclusivamente ao consumidor, para a hipótese de mora

ou inadimplemento contratual, ficando isento de tal reprimenda o fornecedor

- em situações de análogo descumprimento da avença. Assim, prevendo o

contrato a incidência de multa moratória para o caso de descumprimento

contratual por parte do consumidor, a mesma multa deverá incidir, em

reprimenda do fornecedor, caso seja deste a mora ou o inadimplemento.

Assim, mantém-se a condenação do fornecedor - construtor de imóveis - em restituir

integralmente as parcelas pagas pelo consumidor, acrescidas de multa de 2% (art.

52, § 1º, CDC), abatidos os aluguéis devidos, em vista de ter sido aquele, o

fornecedor, quem deu causa à rescisão do contrato de compra e venda de imóvel.”

(STJ - Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO - 4.ª T - DJe 29/08/2012)

Sendo assim, é justo a aplicação da multa de 08% sobre o valor recebido

pela Requerida em relação ao contrato celebrado entre as partes, a título de perdas e danos,

por decorrência da rescisão deste contrato celebrado, conforme cláusula 7 do contrato, e

fundamentações acima expostas.

De igual forma, é também justo a aplicação da cláusula penal de 2% do valor

do contrato, mais 1% ao mês, devidos de Janeiro de 2015 à Agosto de 2015 (data do

recebimento do outro imóvel), posto que o imóvel originalmente adquirido não fora possível

de ser entregue, haja vista que o mesmo, anteriormente já havia sido vendido pela Requerida

para terceiro que estava na posse do imóvel à época da venda para os Autores.

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2.4 | Dos Lucros Cessantes:

Sobre este tema, inicialmente é valido recordar que os Autores cumpriram

integral e fielmente com suas obrigações contratuais determinadas pelo contrato fornecido

pela Requerida.

Outrossim, conforme previa expressamente no contrato, pelo fiel

cumprimento contratual dos Autores, os mesmos teriam o devido direito de fruição do imóvel

em 31 de Dezembro de 2014, conforme já acima mencionado. Contudo, a fruição não lhe

fora possível por culpa exclusiva da Requerida.

Neste sentido, é pertinente o tema referente aos lucros cessantes, posto

que os Autores foram indevidamente impedidos de usufruir o imóvel adquirido, morando em

local diverso do que deveria por consequência da inadimplência da Requerida.

Sendo assim, é cabível o deferimento dos lucros cessantes aos Autores, no

valor de R$ 6.300,00 (seis mil e trezentos Reais) sendo considerado o valor de R$700,00

(setecentos Reais) o valor médio dos alugueis daquele imóvel, conforme se observa em

anexo, nos anúncios de imóveis daquele condomínio, sendo devidos de Janeiro de 2015 à

Agosto de 2015 – data em que os Autores receberam as chaves do novo apartamento.

Neste sentido é o entendimento da jurisprudência deste tribunal, senão

vejamos:

APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR

DANOS MATERIAIS (LUCROS CESSANTES) E MORAIS - CONTRATO DE

COMPRA E VENDA - ATRASO NA ENTREGA DO IMÓVEL (CHAVES) POR

CULPA DA CONSTRUTORA -(...) - LUCROS CESSANTES DEVIDAMENTE

FIXADOS QUE TERÃO A FINALIDADE DE COMPENSAR O

AUTOR/COMPRADOR PELO ATRASO DA OBRA - (...) -RECURSO DE

APELAÇÃO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO COM READEQUAÇÃO

DA SUCUMBÊNCIA”. (TJPR - 7ª C.Cível - AC - 1175651-1 -Região Metropolitana

de Londrina - Foro Central deLondrina - Rel.: Antenor Demeterco Junior - Unânime

-J. 29.04.2014 - DJ 15.05.2014)

LUCROS CESSANTES PRESUMIDOS NO CASO DE ATRASO NA ENTREGA DO

BEM - PRECEDENTES DO STJ E DESTE TRIBUNAL - DANO MORAL

CONFIGURADO - ULTRAPASSADO O MERO ABORRECIMENTO PELA

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INADIMPLÊNCIA CONTRATUAL (...) - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, EM

FAVOR DO PATRONO DA AUTORA, AUMENTADOS PARA 20% (VINTE POR

CENTO) SOBRE A CONDENAÇÃO - SENTENÇA REFORMADA - APELO

CONHECIDO E IMPROVIDO -RECURSO ADESIVO CONHECIDO E PROVIDO.”

(TJPR – AP nº 1179264-4, Rel. Des. LUIZ SÉRGIO NEIVA DE LIMA VIEIRA,

Unânime, J. 10/2/2015)

Que acompanham o entendimento majoritário do STJ, vejamos:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO INCAPAZ

DE ALTERAR O JULGADO. LUCROS CESSANTES. ATRASO NA ENTREGA DE

IMÓVEL. PRESUNÇÃO DE PREJUÍZO. PRECEDENTES. 1. Esta Corte Superior

já firmou entendimento de que, descumprido o prazo para entrega do imóvel

objeto do compromisso de compra e venda, é cabível a condenação por lucros

cessantes, havendo presunção de prejuízo do promitente-comprador. 2.

Agravo regimental não provido”. (STJ AgRg no Ag 1319473/RJ, Rel. Ministro

RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 25/06/2013,

DJe 02/12/2013).

Pelo exposto, o entendimento predominante em nosso Tribunal (TJPR) e

igualdade de entendimento junto ao STJ, a aplicação dos lucros cessantes, é cabível

necessário no caso em apreço, posto que os Autores pagaram pelo imóvel, e não puderam

utiliza-lo, no período de Janeiro à Agosto de 2015, conforme acima já narrado.

2.5 | Da Obrigação de Fazer.

Consoante ao que já fora exposto, vale destacar que até o presente

momento a Requerida não FORNECEU aos Autores, qualquer documento capaz de

comprovar e garantir a segurança jurídica que contrato celebrado com aqueles e o

BANCO DO BRASIL está regular perante ao novo apartamento.

Isso porque no contrato de compra e venda com cláusula de financiamento

e escritura pública, consta como objeto, o imóvel que a própria Requerida informou ser

impossível de cumprir com a entrega, posto que este já encontra-se utilizado e fora das

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condições inicialmente contratadas, ou seja, é um imóvel diferente do que os Autores

atualmente receberam.

A Requerida celebrou com os Autores, um novo contrato de promessa de

compra e venda, porém padronizado, sem qualquer ressalva quanto as reais condições já

realizada entre as partes, sobretudo quanto ao valor integral que já recebeu do imóvel anterior

e cujo crédito, TEÓRICAMENTE, seria utilizado para quitar o atual apartamento do novo

contrato de promessa de compra e venda que realizou com os Autores.

Demonstra-se necessário, que a Requerida apresente a solução correta

e adequada quanto ao cumprimento, assegurando que ao final da quitação do contrato de

financiamento celebrado junto ao BANCO DO BRASIL, será o imóvel que atualmente

estão residindo, que irá ser registrado em nome dos Autores, e não o imóvel anterior que

consta atualmente no contrato.

É importante observar que, apensar das promessas realizadas pela

Requerida, inclusive de que tudo já estava certo e garantido quanto ao repasse para o novo

imóvel, a Requerida até o presente momento não lhes deram nenhum documento que

assegurem que o imóvel atual que finalmente receberam em meados de Agosto deste ano, é

o mesmo que será registrado em nome dos Autores quando findarem as obrigações oriundas

do financiamento do outro imóvel.

De igual forma, deve proceder a Requerida quanto ao pagamento do

Registro, ITBI e contratação de serviços de assessoria. Posto que, embora a Requerida tenha

dito que os Autores não teriam despesas com referidas contas, taxas e impostos, estes

tiveram de assinar novo contrato de contratação deste serviço, e documentos que os obrigam

ao pagamento de destes valores, conforme se observa em anexo, nos documentos

relacionados ao novo contrato celebrado pelas partes.

Para que não seja necessário a devolução destes serviços de Assessoria

para a realização de financiamento, mais o valor do ITBI e Registro do imóvel anterior

(conforme mencionado no item 2.1 desta petição – valor de R$3.330,93), a Requerida

necessita apresentar um documento de quitação referente estes débitos, sem prejuízo da

cobrança dos valores de condomínio pagos indevidamente pelo Autor, nos moldes requerido.

Portanto, serve o presente tópico, para que a Requerida demonstre qual

meio utilizou para solucionar o empasse contratual dos Autores junto ao Banco do Brasil, e se

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realmente conseguiu transferir o contrato de financiamento daqueles, para o novo imóvel,

fornecendo um documento que seja hábil e capaz de garantir que o imóvel entregue aos

Autores, será de propriedade destes ao final do cumprimento contratual de financiamento.

2.6 | Da Inversão do Ônus da Prova:

Com fundamento na aplicação do Código de Defesa do Consumidor, sabe-

se que é facultado ao magistrado inverter o ônus da prova nas hipóteses de hipossuficiência

da parte, bem como diante da verossimilhança das alegações, conforme o artigo 6º, VIII, do

referido diploma legal:

Art. 6º: São direitos básicos do consumidor:

(...)

VI: a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais,

coletivos e difusos;

VIII: A facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus

da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil

a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de

experiências; (grifo nosso)

Ora, observe-se que todos os meios de prova que cabiam ao autor juntar na

exordial, bem como todos os fatos alegados, estão dentro das limitações que este possuía

para a produção de provas. Todos os documentos que lhe era possível de juntar, ou produzir

prova, na qualidade de consumidor e homem médio, os Autores produziram.

Entretanto, há que se considerar que algumas provas seriam impossíveis se

de incumbência da autora a sua demonstração. A exemplo disso, os motivos pelos quais

as chaves do imóvel vendido pela Requerida, não puderam ser entregue aos Autores,

ou ainda por qual motivo, orientou seus funcionários a não mais responderem os

Autores, dentre outros desdobramentos.

Principalmente, demonstrando o fiel cumprimento das normas

determinadas no CDC, em especial o Artigo 6º e seus incisos.

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Apenas as empresas requeridas teriam a real possibilidade de trazer à tona

as provas necessárias para vislumbrar a origem dos danos ora pleiteados, a fim de

comprovar a justificativa de seu inadimplemento contratual e postura diante dos

Autores. Ademais, junta-se a esta exordial, indícios suficientes de prova documental para a

análise dos fatos.

Diante disso, verifica-se que estão presentes os dois requisitos necessários

para a concessão da inversão do ônus da prova: são verossímeis as alegações da requerente

ao demonstrar o cadastro de seu nome em órgãos de proteção ao crédito e também as demais

documentações (devidamente evidenciadas através de prova documental) e condições

impostas ao autor e fatos narrados na presente peça vestibular.

Destarte, torna-se indubitável que autora figure como parte hipossuficiente

na relação jurídica em tela, tendo em vista que a presente demanda é proposta contra

instituições de grande porte.

Requer-se, portanto, a inversão do ônus da prova, tendo em vista o

cabimento desta faculdade ao caso em questão.

03. | Da Concessão da Gratuidade da Justiça.

Tal assunto, é devidamente regulado pela lei federal n.º 1.060/1950, no

caput do artigo 4o, senão vejamos tal redação:

Art. 4º. A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante simples

afirmação, na própria petição inicial, de que não está em condições de pagar as

custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua

família.

Excelência, nem o autor e nem a requerida, não possuem condições

financeiras para arcar com custas judiciais sem prejudicar diretamente o seu sustento,

declarando não possuir condições de arcar com custas processuais e honorários advocatícios

sem prejudicar severamente seu sustento e o de sua família.

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Exigir o autor arque com as custas processuais, seria colocar em risco o

sustento dele e de sua família, estar-se-ia ferindo o princípio constitucional da dignidade

humana.

Sendo assim, requer-se pela concessão dos benefícios da gratuidade da

justiça, nos termos da lei federal n.º 1.060/1950.

4. | Dos Pedidos.

Diante de todo o exposto, e levando-se em consideração a atual situação do

requerente que figura no presente acordo, requer a V. Excelência:

1) Requer-se, pela CITAÇÃO da Requerida no endereço apresentado em

sua qualificação, para que se desejar, apresente CONTESTAÇAÕ, sob

pena de revelia, reputando-se como verdadeiros os fatos ora alegados e

de julgamento antecipado da lide;

2) Seja a Requerida Condenada à Reparação dos DANOS MATERIAIS,

concedidos em dobro, conforme previsto no CDC e argumentados no

item 2.1 desta exordial, no valor de R$ 3.005,50 (três mil e cinco Reais

e cinquenta centavos);

2.1 Condenada ao ressarcimento de R$3.330,93 (três mil trezentos

e trinta Reais e noventa e três centavos), em caso de

indeferimento ou não cumprimento integral do pedido “7”

referente à obrigação de fazer, referente aos valores de ITBI,

registro e Assessoria contratada, conforme item 2.5 da exordial;

3) Seja a Requerida condenada à Indenizar os Autores, pelos DANOS

MORAIS, conforme o item 2.2 e 2.2.3, desta exordial, referentes à:

3.1 Pela NÃO ENTREGA INJUSTIFICADA DO IMÓVEL na data

convencionada, por culpa exclusiva da Requerida, consoante

ao consolidado entendimento da doutrina e jurisprudência atual;

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3.2 DO CASAMENTO ADIADO pelo não cumprimento contratual;

bem como pela deterioração dos presentes de casamento

recebidos, conforme item 2.2.1; 2.2.3 e documentos em

anexo;

3.3 Pela MÁ-FÉ e MÁ PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, demonstrada

documentalmente através da Ata Notarial em anexo, onde o

funcionário da requerida informa que o silêncio dos atendentes

quanto às investidas de buscar explicações quanto ao ocorrido,

por parte dos Autores, se deu pela orientação da própria

Requerida, em não lhes prestarem mais atendimento, limitando

à apenas uma pessoa diversa ao conhecimento dos Autores que

não lhe dava o devido retorno, conforme mencionado no item

2.2.2 e 2.2.3 desta exordial.

4) Pela declaração da RESCISÃO CONTRATUAL por culpa Exclusiva

da Requerida, referente ao apartamento 305 do Bloco 14, conforme

item 2.3 desta exordial;

5) Pela inversão das MULTAS CONTRATUAIS decorrentes da rescisão

por culpa exclusiva da Requerida, através do princípio da isonomia (CDC)

e nos termos e argumentos descritos no item 2.3.1 desta exordial

(8% + 1% ao mês ref. Rescisão e fruição e; 2% + 1 % ao mês ref. a

moratória e juros [jan.2015 à ago.2015]);

6) Seja a Requerida condenada ao pagamento dos LUCROS CESSANTES

aos Autores, referente aos meses de Janeiro de 2015 à Agosto de 2015,

nos termos do item 2.4 e documentos em anexo referente aos valores

de aluguel das unidades do condomínio em comento.

7) Seja determinada a OBRIGAÇÃO DE FAZER, consoante ao exposto no

item 2.5 desta exordial, sobretudo quanto à devida regularização

documental quanto ao financiamento realizado junto ao Banco do Brasil,

capaz de confirmar a alteração do objeto principal de referido negócio;

8) Seja concedida a INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA, conforme dispõe

o artigo 6º, VIII, do Código de Defesa do Consumidor, por se tratar os

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autores hipossuficientes frente à empresa que figura no polo passivo,

nos termos do Item 2.6 desta exordial;

9) Seja concedido aos Autores, os BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA

GRATUITA, nos termos da lei n.º 1.060/50, uma vez que a requerente

não possuem condições de arcar com custas judiciais sem colocar em

risco o seu próprio sustento;

10) Condene a Requerida ao pagamento de CUSTAS E DESPESAS

PROCESSUAIS e HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS SUCUMBENCIAIS

do patrono do autor, estes arbitrados em 20% do valor da presente

demanda (art. 20, § 3º, do CPC);

Dos requerimentos finais

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos,

em especial, o depoimento pessoal das partes, oitiva de testemunhas e juntada de novos

documentos e perícias, caso façam-se necessárias.

Dá-se à causa o valor de R$ 144.882,00 (cento e quarenta e quatro mil oitocentos e

oitenta e dois Reais).

Nestes termos, pede Juntada e deferimento.

Londrina, 20 de Novembro de 2015.

Fernando Sasaki

OAB/PR nº. 45.202 Gabriel Nogueira Miranda

OAB/PR nº. 51.352

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PROJUDI - Processo: 0075829-02.2015.8.16.0014 - Ref. mov. 1.1 - Assinado digitalmente por Fernando Sasaki,

27/11/2015: JUNTADA DE PETIÇÃO DE INICIAL. Arq: Petição Inicial