01 - Laboratório de Microbiologia - Prática Microbiologia 2014 - Farmácia 4º p. Noturno

Farmácia – 4º Período/2014

MICROBIOLOGIA BÁSICA Profª Esp.Luciana S. de Mello Cordeiro

Médica Veterinária

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Aula Prática 01 Data: ........../........../.............

Disciplina: MICROBIOLOGIA BASICA Professora: LUCIANA CORDEIRO

Tema da Aula: “LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA”

Assunto: Equipamentos e Materiais Utilizados, Definições Aplicadas ao Controle

de Microrganismos nas Práticas Laboratoriais de Microbiologia.

Objetivo(s):

Apresentação do Laboratório de Microbiologia

Promover o conhecimento e identificação dos materiais de uso

microbiológico

Reconhecimento e identificação dos equipamentos laboratoriais de

microbiologia

Conhecimento da função do emprego dos equipamentos de microbiologia

Manuseio, e cuidados gerais com as vidrarias requeridas para pratica

microbiológica

Conhecimento das práticas laboratoriais de microbiologia desenvolvidas com

utilização dos principais equipamentos microbiológicos

Definir os conceitos de esterilização, desinfecção, antissepsia e assepsia.

LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA

INTRODUÇÃO

Um laboratório é uma sala ou espaço físico com parâmetros ambientais

controlados; e equipado com diversos elementos, que permitem a correta medida




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ou análise ao objeto de estudo de carater microbiano. Engloba uma série de

componentes constituidores como um todo.

Dentre os componentes constituidores do laboratório de microbiologia as

vidrarias e alguns equipamentos específicos se fazem indispensáveis na prática

microbiológica. Assim é de extrema importância o conhecimento de cada uma das

diversas vidrarias empregadas, e de todos equipamentos requeridos, bem como o

devido manuseio e adoção do adequado procedimento operacional aliado as ações

de cuidados gerais. Não deixando de lado o conhecimento e entendimento das

funções pertinentes a utilização de cada item no emprego das inúmeras técnicas e

procedimento de microbiologia laboratorial.

EQUIPAMENTOS

Estufa incubadora (Microbiológica):

É um tipo específico de estufa que

apresenta além da porta metálica, uma porta de

vidro. Apresenta um sistema de aquecimento

controlado por resistência elétrica. O

aquecimento é controlado através de um

termostato e a temperatura acompanhada com

termômetro analógico ou digital. A temperatura

não deve ter uma variação superior à ±0,5ºC.

Para determinar a temperatura, coloca-se um

termômetro com o bulbo submerso em líquido

(glicerina, água, etc.) para maior homogeneidade




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da medida. Esse equipamento é utilizado como auxiliar no crescimento e

reprodução dos microrganismos, uma vez que fornece a temperatura adequada a

cada espécie microbiana.

Incubadora de banho de água (banho-maria):

É um equipamento indispensável para

realizações dos ensaios de coliformes

termotolerantes (44,5ºC ± 0,2ºC). O mesmo é

dotado de um termômetro, termostato e tampa

para o controle de temperatura do banho.

Estufa de Esterilização:

É um tipo específico de estufa que apresenta um

sistema de aquecimento controlado por resistência

elétrica, é munida de termostato e termômetro para o

controle de temperatura. Em geral este equipamento é

utilizado para esterilizar vidrarias.

Potenciômetro;

É um equipamento muito utilizado no

laboratório de Microbiologia para se determinar o

pH dos diferentes tipos de meios de culturas e

soluções tampão. É constituído por eletrodos,




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botões de ajuste e é dotado de um sistema eletrônico capaz de fornecer leituras

diretas com exatidão de ±0,1 unidades de pH.

Verifica-se a exatidão do aparelho pelo menos duas vezes ao dia, usandose

soluções-padrão tamponadas.

Há medidores portáteis de fácil uso.

Balanças:

São destinadas a pesagens das diferentes substâncias

usadas no preparo dos vários tipos de meios de cultura,

soluções e corantes. Podem ser analógicas ou digitais. As

balanças devem ser mantidas sobre uma base sólida

protegidas de vibrações, e também de umidade e mudanças

bruscas de temperatura.

Autoclave:

É um equipamento destinado à esterilização pelo

calor úmido (vapor d´água sob pressão). Normalmente, são

utilizados para esterilizar águas de diluições, meios de

cultura que suportem temperaturas elevadas (115-120ºC),

materiais contaminados que vão ser descartados e outros.

A autoclave de laboratório pode ser do tipo horizontal ou

vertical, contendo os seguintes acessórios: caldeira

cilíndrica hermeticamente fechada por uma tampa de

bronze ou cobre, dotada de manômetro, válvula de escape

de ar e de segurança. Em seu interior existe uma cesta

metálica (móvel) onde são colocados todos os materiais a

serem esterilizados.




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É empregado o uso de bioindicadores ou fitas de controle para se testar a

eficiência deste equipamento.

Geladeiras e Congeladores (Freezers):

As geladeiras são utilizadas para a conservação

de meios de cultura estéreis, soluções e amostras de

contra-prova. As culturas microbianas e soluções não

devem ser colocados no mesmo equipamentos que as

amostras. Jamais poderá guardar refeições, lanches,

bebidas ou qualquer outro alimento que irá ser consumido. Se contiver material

com risco biológico deverá ser identificada com o pictograma adequado. Culturas

vivas não devem ser congeladas.

A verificação diária da temperatura é regra geral de controle destes

equipamentos.

Agitador Magnético:

É munido de uma plataforma metálica onde o

recipiente contendo o meio líquido e uma barra magnética

revestida de material inerte é colocado. O mesmo gira a

barra magnética de modo circular, agitando o meio

continuamente durante a incubação e também expondo

maior superfície do meio à fase gasosa,

Microscópio Ótico:

Equipamento utilizado para o estudo dos microrganismos. Os equipamentos

mais usados permitem o aumento de até 1.250 vezes e podem ser monocular ou




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binocular. Deve-se ter cuidado para não utilizar preparações a fresco com a

objetiva de imersão.

Cabines de Fluxo Laminar Horizontal (A) e Vertical (B):

As cabines de fluxo horizontal se prestam para a

manipulação de materiais estéreis como meios de cultura

esterilizados e amostras de materiais estéreis (soluções

injetáveis, nutrição parenteral, etc). Não devem ser usadas

para materiais muito contaminados ou culturas puras de

microrganismos, pois o fluxo de é direcionado no sentido do

operador.

VIDRARIAS

Vidraria refere-se a uma grande variedade de equipamentos de laboratório

que tradicionalmente são feitos de vidro, mas também podem ser plásticos. Em

geral são utilizados em análises e experimentos. Contudo o vidro ainda é muito

utilizado devido a sua transparência, resistência ao calor e por ser praticamente um

material inerte.

Tipos de Vidrarias e suas Funções

Geralmente a vidraria de laboratório apresenta graduações e marcas

volumétricas em suas paredes. Essa marcação pode ser de maior ou de menor

precisão conforme o tipo de vidraria e sua função.




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Além das marcações, da precisão e do tipo de material, a função da

vidraria também é determinada pelo seu formato. Em alguns casos, a vidraria não

apresenta marcação. Algumas tem formato específico para algumas vidrarias (ex.

algumas mantas aquecedoras), e da mesma forma algumas vidrarias tem formatos

específicos para o equipamento (ex. tubos falcon).

As vidrarias também podem apresentar cores e materiais diferenciados:

Vidro cristal: vidro de alta qualidade e transparência, geralmente

denominado vidro boro que possui maios resistência a choques térmicos,

mecânicos e químicos.

Vidro âmbar: é o vidro escurecido, utilizado na maioria das vezes para

diminuir o efeito da luz no armazenamento de compostos fotossensíveis.

Plástico: Atualmente alguns equipamentos estão sendo fabricados com

plástico, em sua maioria por razões econômicas, porém sem apresentar muitas das

qualidades do vidro.

Outros materiais: porcelana, borrachas, metais, entre outros também podem

ser encontrados entre os materiais que compõem as vidrarias de laboratórios.

Descrição das Vidrarias Empregadas em Microbiologia

1. Anel para funil: usado como suporte de funis.

2. Alça de platina: usada basicamente em microbiologia. Pode ser usada para

outros fins.

3. Lâmina: usada por vários setores técnicos e para diversos fins.

4. Lamínula: usada por vários setores e para diversos fins.

5. Câmara de Neubauer: usada para contagem global de células bactérias, e

sanguíneas.

6. Balão de destilação: usado em destilações. Possui saída lateral para

condensação de vapores.

7. Balão de fundo chato: usado para aquecimento e armazenamento de líquidos.




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8. Balão de fundo redondo: usado para aquecimento de líquidos e reações de

desprendimento de gases.

9. Balão volumétrico: usado para preparar e diluir soluções.

10. Becker: usado para aquecimento de líquidos, reações de precipitação etc.

11. Bico de Bunsen: usado para aquecimento.

12. Bureta: usada para medidas precisas de líquidos. Usada em análises

volumétricas.

13. Capilares: tubos de diâmetro reduzido usados em micropesquisas. São

usados também em hematologia (hematócrito) e bacteriologia.

14. Condensador: usados para condensar os gases ou vapores na destilação.

15. Dessecador: usado para resfriar substâncias em ausência de umidade.

16. Erlenmeyer: usado para titulações e aquecimento de líquidos.

17. Escovas: usadas para limpeza de tubos de ensaio e outros materiais.

18. Estante para tubos de ensaio: suporte de tubos de ensaio.

19. Frasco de reagentes: usado para o armazenamento de soluções.

20. Funil de Buchner: usado em conjunto com o Kitassato para filtração a

vácuo.

21. Funil de haste longa: usado em transferências de líquidos e em filtrações

de laboratório.

22. Funil de separação / decantação: usado para separação de líquidos

imiscíveis.

23. Garra metálica: usadas em filtrações, sustentação de peças tais

como condensador, funil de decantação e outros fins.

24. Kitassato: usado para filtração a vácuo.

25. Pinça de madeira: usada para segurar tubos de ensaio durante

aquecimentos diretos no bico de Bunsen.

26. Pinça de Mohr e Pinça de Hoffman: usadas para impedir ou diminuir fluxos

gasosos.

27. Pinça metálica: usada para transporte de cadinhos e outros fins.




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28. Pipeta de Pasteur: usada para a transferência de líquidos.

29. Pipeta de Sahli: usada na dosagem de hemoglobina sangüínea.

30. Pipeta de Thoma: usada para medir a quantidade de células sangüíneas.

31. Pipeta de Westergreen: usada na determinação da velocidade de

hemossedimentação.

32. Pipeta graduada: usada para medir volumes variáveis de líquidos.

33. Pipeta volumétrica: para medir volumes fixos de líquidos.

34. Pisseta: usada para lavagens, desinfeção, remoção de precipitados e outros

fins.

35. Placa de Petri: usada para fins diversos, especialmente cultivo de

microrganismos.

36. Proveta graduada: usada para medidas aproximadas de volumes de

líquidos.

37. Termômetro: usado para a medida de temperaturas.

38. Tubo cônico: usados em pesquisas bacteriológicas,

sedimentoscopia urinária, pesquisas parasitológicas e bioquímica.

39. Tubo de Ensaio: usado em reações químicas, principalmente testes de

reação.

40. Tubo de Wintrobe: usada na determinação do volume celular sanguíneo –

hematócrito.

41. Vidro de relógio: usado para cobrir beckers em evaporações, pesagens e

fins diversos.




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CONCEITOS E DEFINIÇÕES EMPREGADOS AO CONTORLE DE

MICRORGANISMOS ENQUANTO MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA QUE VISAM

MINIMIZAR RISCOS DE CONTAMINAÇÃO

1. Antissepsia: é a eliminação das formas vegetativas de bactérias patogênicas e

grande parte da flora residente da pele ou mucosa, através da ação de substâncias

químicas (antissépticos).

2. Antisséptico: substância ou produto capaz de deter ou inibir a proliferação de

microrganismos patogênicos, à temperatura ambiente, em tecidos vivos.

3. Assepsia: Método empregado para impedir que um determinado meio seja

contaminado. Quando este meio for isento de bactérias chamamos de meio

asséptico.

4. Degermação: é a remoção de detritos, impurezas, sujeira e microrganismos da

flora transitória e alguns da flora residente depositados sobre a pele do paciente ou

das mãos da equipe laboratorial através da ação mecânica de detergente, sabão

ou pela utilização de substâncias químicas (antissépticos).

5. Descontaminação: tem por objetivo a diminuição dos microrganismos sem

eliminação completa devido à presença de matéria orgânica, realizado em

instrumentais e superfícies.

6. Desinfecção: é a eliminação de microrganismos patogênicos na forma

vegetativa de laboratórios e demais ambientes de saúde, geralmente é feita por

meio químicos (desinfetantes).

7. Desinfetantes: substância ou produto capaz de deter ou inibir a proliferação de

microrganismos patogênicos em ambientes e superfícies do laboratório, à

temperatura ambiente.

8. Detergente: substância ou preparação química que produz limpeza; possui uma

ou mais propriedades: tensoatividade, solubilização, dispersão, emulsificação e

umectação.

9. Equipamento de proteção individual (EPI'S): são equipamentos de proteção

utilizados pelo profissional, pessoal auxiliar, paciente e equipamentos, a fim de




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evitar contaminação e acidentes (gorro, máscara, avental, luvas, óculos de

proteção...)

10. Esporos: os esporos nada mais são que a forma mais resistente dos

microrganismos, sendo mais difícil de serem eliminados.

11. Esterilização: é a destruição dos microrganismos nas formas vegetativas e

esporuladas. A esterilização pode ser por meio físico (calor) ou químico (soluções

esterilizantes).

12. Esterilizante: agente físico (estufa, autoclave) ou químico (glutaraldeído 2%,

formaldeído 38%) capaz de destruir todas as formas de microrganismos, inclusive

as esporuladas.

13. Infecção cruzada: é a infecção ocasionada pela transmissão de um

microrganismo de um indivíduo para outro, geralmente pelo pessoal, ambiente ou

um instrumento laboratorial contaminado.

BIBLIOGRAFIA

BRASIL. Biossegurança em laboratórios biomédicos e de microbiologia. Ministério da Saúde. Secretaria

de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. 3.ed. Brasília: Ministério da Saúde,

2006. 290p.

LACAZ, R.. Manual Prático de Microbiologia Básica. 1ª ed. São Paulo: EDUSP - Editora da Universidade

de São Paulo, 2000.

VERMELHO, A. B.. Práticas de Microbiologia. 1ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.




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RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA DE MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA

Data: ........../............./..............

Curso: FARMÁCIA Turno: NOTURNO Série: 4º PERÍODO Série: ................

Disciplina: MICROBIOLOGIA BÁSICA Professora: LUCIANA CORDEIRO

Tema da Aula: “LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA”

Aluno: ....................................................................................................................................

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. Quanto a contextualização descrita nesta apostila, cite três dos

equipamentos requeridos nas práticas de microbiologia, os quais considera

de maior importância para garantir segurança técnica, processual, e de

resultados, e justifique sua resposta.

2. Estabeleça a função de cada uma das vidrarias citadas abaixo.

A) Câmara de Neubauer:




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B) Alça de Platina:

C) Tubo de Ensaio:

D) Placa de Petri:

E) Erlermayer:

F) Pisseta:

G) Becker:

3. Diferencie os termos abaixo:

A) Antissepsia de Assepsia:

B) Detergente de Desinfetante:

C) Esterilização de Descontaminação:

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